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Direito Penal Econômico e Criminalidade Organizada

Prof. Ms. Patricie Barricelli Zanon

Doutoranda e Mestre em Direito Político e Econômico - Mackenzie


Pós-Graduado em Compliancepela Universidade de Coimbra.
Advogada – Criminal Compliance

e-mail: patricie.barricelli@yahoo.com.br

Direito
Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
Crimes contra a ordem
econômica, relações de
consumo e falimentares

Direito
Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
I - Crimes contra a ordem
econômica

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Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
Aspectos gerais

Direito
Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
1. Introdução – Contexto

AGENTE NORMATIVO E
REGULADOR
Arts. 170, LIMITAÇÃO DA (ADMINSITRATIVO)
ATUAÇAO ESTATAL EX: SBDC, CADE, SDE
173, 174 CF

INTERVENÇÃO DO
ESTADO
INSUFICÊNCIA
DIREITO
PENAL
ECONÔMICO

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Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
1. Introdução – Conceito , função e bem jurídico: Ordem econômica

Conceito: conjunto de regulam o Função: evitar a concentração de mercado, o


comportamento dos agentes econômicos. abuso do poder econômico e a deslealdade

Bem jurídico: ordem econômica e economia


popular

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Direito Penal Econômico Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
1. Introdução – Conceito – Abuso do Poder Econômico

“Ocorre toda vez que uma empresa se aproveita de sua


condição de superioridade econômica para prejudicar a
concorrência, inibir o funcionamento do mercado ou ainda
aumentar arbitrariamente seus lucros.” (Cartilha do CADE)

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1. Introdução –Evolução Normativa

Lei 1521/51 – Lei dos Crimes contra a Economia popular

 Lei 8137/90 - Lei dos crimes contra ordem tributária, contra a


ordem econômica e as relações de consumo

Lei 8176/91 – Lei dos crimes contra a ordem econômica e


criadora do Sistema de Estoques de Combustíveis.

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90

Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:


I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante qualquer forma
de ajuste ou acordo de empresas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
e) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
f) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores. (Redação dada pela Lei nº
12.529, de 2011).
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
VII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – CARTEL

Incisos I e II:

 Bem jurídico tutelado: Ordem econômica


 Sujeitos:
Ativo: empresário ou quem exerce a função de empresário (não há responsabilidade pelo cargo).
Passivo: concorrentes e consumidores.
 Tipo subjetivo: dolo
 Consumação: Crime Material/Formal

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – CARTEL Inciso I
I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência
mediante qualquer forma de ajuste ou acordo de empresas;

LEI
DOMINAR O NORMA PENAL EM 12529/2011
MERCADO BRANCO
ART. 36, §2º

Art. 36, § 2º Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de
empresas for capaz de alterar unilateral ou coordenadamente as condições de mercado ou
quando controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado relevante, podendo este
percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia.

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – CARTEL Inciso II
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando:
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas;
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas;
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores.

PRODUÇÃO
ACORDO REGIÃO

CONTROLE –
NORMA PENAL
EM BRANCO
DISTRIBUIDORES/
FORNECEDORES

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 - CARTEL

 Dolo: visa evitar responsabilidade objetiva e denúncia genérica.


Necessidade de evidências que demonstrem as finalidades.

 Dificuldade na imputação/ caracterização do delito: ausência de base factual em relação à economia


de uma região.

Competência: jurisdição estadual ou federal na medida


 em que restar comprovado o interesse em
jogo, se local ou se nacional.

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 –CARTEL – Competência

COMPETÊNCIA

HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM ECONÔMICA. CARTELIZAÇÃO. LEI N.º 8.137/90.
COMPETÊNCIA. INTERESSE NACIONAL. RESTRIÇÃO À ATIVIDADE PROFISSIONAL EM VÁRIOS ESTADOS.
JUSTIÇA FEDERAL.
Inexistindo determinação expressa, os crimes contra a ordem econômica, previstos na Lei 8.137/90,
reclamam a jurisdição estadual ou federal na medida  em que restar comprovado o interesse em jogo, se
local ou se nacional. In casu, ante a figura do crime sobrevindo da prática de cartel, onde a atuação do
agente teve reflexo em vários estados-membros, restringindo o livre exercício da atividade profissional
de transportadores pelo Brasil afora, resta patente o interesse supra-regional pelo qual se firmam a
necessidade de interferência da União e a competência da Justiça Federal. Tal se dá porque, apesar de a
conduta ilícita ser oriunda de um núcleo determinado, a sua propensão ofensiva à ordem econômica se
faz sentir em localidades diversas e em territórios distintos. Ordem denegada. (STJ, HC 32.292, Rel. Min.
JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, DJe. 03.05.2004)

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 –CARTEL – Causa de Aumento de Pena

CAUSA DE AUMENTO DE PENA:

Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas previstas nos
arts. 1°, 2° e 4° a 7°:
I - ocasionar grave dano à coletividade;
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
III - ser o crime praticado em relação à prestação deserviços ou ao comércio de bens essenciais à vida
ou à saúde.

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2. Crimes em espécie: Lei 8137/90 –CARTEL – Causa de diminuição de pena

CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA:

Art. 16

Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou
partícipe que através de confissão espontânea revelar
 à autoridade policial ou judicial toda a trama
delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.

 Aplica-se às modalidades de concurso de agentes.

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2. Crimes em espécie: Lei 12529/2011– ACORDO DE LENIÊNCIA

Art. 86. O Cade, por intermédio da Superintendência-Geral, poderá celebrar acordo de leniência, com a extinção da
ação punitiva da administração pública ou a redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços) da penalidade aplicável, nos
termos deste artigo, com pessoas físicas e jurídicas que forem autoras de infração à ordem econômica, desde que
colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo e que dessa colaboração resulte:
I - a identificação dos demais envolvidos na infração; e
II - a obtenção de informações e documentos que comprovem a infração noticiada ou sob investigação.
§ 1º O acordo de que trata o caput deste artigo somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente,
os seguintes requisitos:
I - a empresa seja a primeira a se qualificar com respeito à infração noticiada ou sob investigação;
II - a empresa cesse completamente seu envolvimento na infração noticiada ou sob investigação a partir da data de
propositura do acordo;
III - a Superintendência-Geral não disponha de provas suficientes para assegurar a condenação da empresa ou
pessoa física por ocasião da propositura do acordo; e
IV - a empresa confesse sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as investigações e o
processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até
seu encerramento.

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2. Crimes em espécie: Lei 12529/2011 – ACORDO DE LENIÊNCIA

Art. 86. O Cade, por intermédio da Superintendência-Geral, poderá celebrar acordo de leniência, com a extinção da
ação punitiva da administração pública ou a redução de 1 (um) a 2/3 (dois terços) da penalidade aplicável, nos
termos deste artigo, com pessoas físicas e jurídicas que forem autoras de infração à ordem econômica, desde que
colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo e que dessa colaboração resulte:
I - a identificação dos demais envolvidos na infração; e
II - a obtenção de informações e documentos que comprovem a infração noticiada ou sob investigação.

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2. Crimes em espécie: Lei 12529/2011 – ACORDO DE LENIÊNCIA

Art. 86 § 1o O acordo de que trata o caput deste artigo somente poderá ser celebrado se preenchidos,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - a empresa seja a primeira a se qualificar com respeito à infração noticiada ou sob investigação;
II - a empresa cesse completamente seu envolvimento na infração noticiada ou sob investigação a partir da data
de propositura do acordo;
III - a Superintendência-Geral não disponha de provas suficientes para assegurar a condenação da empresa ou
pessoa física por ocasião da propositura do acordo; e
IV - a empresa confesse sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente com as investigações e o
processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais,
até seu encerramento.

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2. Crimes em espécie: Lei 12529/2011 – ACORDO DE LENIÊNCIA

IMPACTO NA PRESCRIÇÃO
Art. 87. Nos crimes contra a ordem econômica, tipificados na Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos
demais crimes diretamente relacionados à prática de cartel, tais como os tipificados na Lei no 8.666, de 21 de
junho de 1993, e os tipificados no art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, a
celebração de acordo de leniência, nos termos desta Lei, determina a suspensão do curso do prazo prescricional
e impede o oferecimento da denúncia com relação ao agente beneficiário da leniência.

Parágrafo único. Cumprido o acordo de leniência pelo agente, extingue-se automaticamente a punibilidade dos
crimes a que se refere o caput deste artigo.

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2. Crimes em espécie: Lei12529/2011 – PROCESSO ADMINISTRATIVO

PROCESSO ADMINSITRATIVO E TCC

Art. 85. Nos procedimentos administrativos mencionados nos incisos I, II e III do art. 48 desta Lei, o Cade poderá
tomar do representado compromisso de cessação da prática sob investigação ou dos seus efeitos lesivos, sempre
que, em juízo de conveniência e oportunidade, devidamente fundamentado, entender que atende aos interesses
protegidos por lei.
§ 1o Do termo de compromisso deverão constar os seguintes elementos:
I - a especificação das obrigações do representado no sentido de não praticar a conduta investigada ou seus
efeitos lesivos, bem como obrigações que julgar cabíveis;
II - a fixação do valor da multa para o caso de descumprimento, total ou parcial, das obrigações compromissadas;
III - a fixação do valor da contribuição pecuniária ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos quando cabível.

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2. Crimes em espécie: Lei12529/2011 – PROCESSO ADMINISTRATIVO

PROCESSOS ADMINSITRATIVOS :

Art. 48. Esta Lei regula os seguintes procedimentos administrativos instaurados para prevenção, apuração e
repressão de infrações à ordem econômica:
I - procedimento preparatório de inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica;
II - inquérito administrativo para apuração de infrações à ordem econômica;
III - processo administrativo para imposição de sanções administrativas por infrações à ordem econômica;
IV - processo administrativo para análise de ato de concentração econômica;
V - procedimento administrativo para apuração de ato de concentração econômica; e
VI - processo administrativo para imposição de sanções processuais incidentais.

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2. Crimes em espécie: Lei12529/2011 – INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma
manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa;
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços;
III - aumentar arbitrariamente os lucros; e
IV - exercer de forma abusiva posição dominante.
§ 1º A conquista de mercado resultante de processo natural fundado na maior eficiência de agente econômico em
relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no inciso II do caput deste artigo.
§ 2º Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de empresas for capaz de alterar unilateral
ou coordenadamente as condições de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado
relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia.
§ 3º As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no caput deste artigo e
seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica:
I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma:
a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente;
b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens ou a prestação de um número,
volume ou frequência restrita ou limitada de serviços;
(...)
c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou serviços, mediante, dentre outros,
a distribuição de clientes, fornecedores, regiões ou períodos;
Direito Penal EconômicoDireito Penal Econômico
e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
II - Crimes contra as Relações de
Consumo

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1. Introdução

MCIDROSSISTEMA:
CDC 8078/90:
FUNDAMENTO
normas civis,
CONSTITUCIONAL:
administrativas e
ART. 170, V
penais.
Princípios Direito
Penal

VULNERABILIDADE

Normas gerais CP

Lei 8137/90:
normas penais

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1. Introdução – Conceito , função e bem jurídico: Relações de consumo

Conceito: relação jurídica estabelecida entre


consumidor e o fornecedor. Função: proteção do mercado consumerista

Bem jurídico: interesse coletivo nas relações de


consumo

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2. Aspectos Gerais:

 Bem jurídico: proteger interesse coletivo nas relações de consumo. Transparência e equilíbrio das pessoas envolvidas.

 Sujeitos:
a) Ativo: fornecedor do produto ou serviço (art. 3º CDC), porém, como não se admite a responsabilidade penal da PJ,
somente a PF que desenvolve atividade pode incorrer na prática do crime. PRÓPRIO.
b) Passivo: coletividade de consumidores e a pessoa física diretamente atingida.

Consumação: Em sua grande maioria são formais ou de mera conduta e de perigo abstrato.

Elemento Subjetivo:
Em regra dolo.
Ex: Exceção culpa – art. 63 §2º e art. 66 CDC §2º

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2. Aspectos Gerais:

Pena:
a) CDC
Todos os crimes são punidos com detenção - Não superior a 2 anos.
Infrações de menor potencial ofensivo
Previsão de agravantes
b) Lei 8137/90
Art. 7º - 2 a 5 anos ou multa. Não são Menor Potencial Ofensivo.
Previsão de causa de aumento de pena

OBS: Todos crimes, inclusive na 8137/90, são de detenção.


Todos tem previsão de multa. (Alguns crimes tem penas alternativas, outros cumulativas)

Fiança:
Todos crimes do CDC são afiançáveis.

Ação Penal Pública: incondicionada.

Normas penais em branco homogêneas

Base constitucional: art. 170, art. 5


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3. Crimes em espécie: Lei 8137/90

Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:


I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por
intermédio de distribuidores ou revendedores;
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em
desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros;
misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço estabelecido
para os demais mais alto custo;
IV - fraudar preços por meio de:
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo,
marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto;
c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado;
d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na prestação dos serviços;

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3. Crimes em espécie: Lei 8137/90

V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de
juros ilegais;
VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas condições publicamente
ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;
VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza,
qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária;
VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito
próprio ou de terceiros;
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou
mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a
detenção de 1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte.

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3. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – Pena e concurso de agentes

Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jurídica, concorre para os crimes definidos nesta
lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por
intermédio de outro em que o preço ao consumidor é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o
ato por este praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.

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3. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – Causa de aumento de Pena

Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e
4° a 7°:
I - ocasionar grave dano à coletividade;
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde.

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3. Crimes em espécie: Lei 8137/90 – Causa de aumento de Pena

Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e
4° a 7°:
I - ocasionar grave dano à coletividade;
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde.

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e Criminalidade Organizada e Criminalidade Organizada
3. Crimes em espécie: CDC - art. 63 a 74

Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica,
qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.

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3. Crimes em espécie: CDC - art. 63 a 74

Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa.

Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade:

Pena Detenção de um a seis meses ou multa.

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3. Crimes em espécie: CDC - art. 63 a 74

Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas
incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa.

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3. Crimes em espécie: CDC - art. 63 a 74

Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas
incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa.

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3. Crimes em espécie: CDC - Aplicação de pena

Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidos neste código, incide as penas a esses
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em
depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele proibidas.

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3. Lei 11.101/ 2005 – Jurisprudência

RECURSO EM HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO. ART. 7º, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO
IX DA LEI N. 8.137/90. ALIMENTOS IMPRÓPRIOS PARA O CONSUMO. MERCADORIA COM PRAZO DE VALIDADE
VENCIDA. AUSÊNCIA DE PERÍCIA TÉCNICA. MATERIALIDADE DELITIVA NÃO DEMONSTRADA. FALTA DE JUSTA CAUSA
PARA A AÇÃO PENAL. TRANCAMENTO. RECURSO PROVIDO.
1. Esta Corte Superior pacificou o entendimento segundo o qual, em razão da excepcionalidade do trancamento da
ação penal, tal medida somente se verifica possível quando ficar demonstrado, de plano e sem necessidade de
dilação probatória, a total ausência de indícios de autoria e prova da materialidade delitiva, a atipicidade da
conduta ou a existência de alguma causa de extinção da punibilidade. É certa, ainda, a possibilidade de
trancamento da persecução penal nos casos em que a denúncia for inepta, não atendendo o que dispõe o art. 41
do CPP, o que não impede a propositura de nova ação desde que suprida a irregularidade.
2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça se firmou no sentido de que a conduta tipificada no art. 7º,
parágrafo único, inciso IX, da Lei 8.137/90 – expor à venda produtos impróprios para o consumo – deixa vestígios,
razão pela qual a perícia é indispensável para a demonstração da materialidade delitiva, nos termos do art. 158 do
Código de Processo Penal. Precedentes.
3. A realização de mero laudo de constatação não é suficiente para atestar que a mercadoria é efetivamente
imprópria para o consumo, sendo imprescindível a realização de perícia técnica. Precedente.
4. Recurso em habeas corpus ao qual se dá provimento para determinar o trancamento da ação penal por falta de
justa causa. (STJ, RHC 91.502/SP, 5ª Turma, Rel. Min. JOEL ILAN PACIORNIK, DJe. 01.02.2018)

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3. Crimes em espécie: CDC - Agravantes

Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste código:
I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de calamidade;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-social seja manifestamente superior à da
vítima;
b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas
portadoras de deficiência mental interditadas ou não;
V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou
serviços essenciais .

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3. Crimes em espécie: CDC - Outras penas

Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente,
observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
I - a interdição temporária de direitos;
II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do condenado, de
notícia sobre os fatos e a condenação;
III - a prestação de serviços à comunidade.

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III – Crimes falimentares

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1. Introdução

ILÍCITOS E
FALÊNCIA FRAUDES

JUDICIAL
RECUPERAÇÃO JUDICIAL

EXTRAJUDICIAL
DIREITO
PENAL

Direito
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2. Aspectos Gerais
Bem jurídico: Patrimônio dos credores

Sujeito:
a) Ativo: falido ou terceiro (ainda que não tenham vínculo direto com a empresa)
OBS: Crimes próprios e impróprios.
b) Passivo: credor
OBS: em alguns casos pode ser o falido.

Sanções penais:
Reclusão
Detenção
Penas alternativas: perdas de bens ou serviços comunitários.
Em alguns casos admite-se a aplicação das medidas despenalizadoras da lei 9099/95.

Efeitos da condenação: art. 181


Inabilitação para exercício de atividade empresarial; Impedimento para exercício de cargo ou função em CA,
diretoria ou gerencia de sociedades sujeitas a lei de falência; Impossibilidade de gerir a empresa por mandato e
etc.
Não são automáticos

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2. Aspectos Gerais
•.

 Reabilitação:
Cível: quando inexiste nova prática de crime falimentar. Declaram-se extinta as obrigações do falido. Deve
ser requerida em situações específicas: rateiod e mais de 5% do passivo após a realização do ativo, art. 158,
II.
Penal:
Inabilitação para exercício da empresa de 5 anos do encerramento da falência se não foi condenado
anterirormente por crimes falimentares ou 10 se já foi. (ler art. 158).

Prescrição: segue o CP
Súmula 147 STF
A prescrição de crime falimentar começa a correr da data em que deveria estar encerrada a falência, ou do
trânsito em julgado da sentença que a encerrar ou que julgar cumprida a concordata.
Eventual decretação da falência do devedeor interrompe a prescrição que se iniciou com a concessão da
recuperação judicial ou homolagação do plano extrajudicial

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2. Aspectos Gerais
•.

•Competência: art. 183


Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a recuperação
judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes previstos
nesta Lei.

Ação Penal: pública incondicionada

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2. Lei 11.101/ 2005 – Condição de Procedibilidade
•.

Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação
extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais descritas
nesta Lei.

FALÊNCIA

CONDIÇÃO DE SENTENÇA
PROCEDIBILIDADE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

RECUPERAÇÃO
EXTRAJUDICIAL

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2. Lei 11.101/ 2005 – Conceitos
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego
dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa,
sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça
regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,
cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as
responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no
plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no
plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 147, de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

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2. Lei 11.101/ 2005 – Conceitos

Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e negociar com
credores plano de recuperação extrajudicial.

Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:


I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos
executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de
falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro
do prazo legal;
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar
pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores,
negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;

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2. Lei 11.101/ 2005 – Conceitos

c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com
bens suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou
para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados
suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona
estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.

(...)

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3. Lei 11.101/ 2005 – Crimes em espécie

Fraude contra credores


Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a
recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter
ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Violação de sigilo empresarial


Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou
serviços, contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Divulgação de informações falsas


Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o fim
de levá-lo à falência ou de obter vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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3. Lei 11.101/ 2005 – Crimes em espécie

PRESCRIÇÃO

Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á pelas disposições do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, começando a correr do dia da decretação da falência, da concessão da
recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial.

Parágrafo único. A decretação da falência do devedor interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado com a
concessão da recuperação judicial ou com a homologação do plano de recuperação extrajudicial.

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