LIVRE INICIATIVA E REGULAMENTAÇÃO

DAS PROFISSÕES

- STF: JULGAMENTO SOBRE A CONSTITCUIONALIDADE DO EXAME DE ORDEM DA OAB – RE

nº 603.583/RS – “... O Exame de Ordem ... No que a atuação profissional repercute no
campo de interesse de terceiros mostra-se consentâneo com a Constituição Federal, que
remete às qualificações previstas em lei. – Min. Marco Aurélio.

- DISPENSA DE DIPLOMA UNIVERSITÁRIO PARA EXERCÍCIO DA PROFISSÃO – JORNALISMO.

“AS LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO E, ESPECIFICAMENTE, A LIBERDADE
DE IMPRENSA, SOMENTE PODEM SER RESTRINGIDAS PELA LEI EM HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS, SEMPRE EM RAZÃO DA PROTEÇÃO DE OUTROS VALORES E INTERESSES
CONSTITUCIONAIS IGUALMENTE RELEVANTES, COMO OS DIREITOS À HONRA, À
IMAGEM, À PRIVACIDADE E À PERSONALIDADE EM GERAL. Min. Carlos Britto.
 LIVRE INICIATIVA E REGULAMENTAÇÃO
DAS PROFISSÕES

- OUTRA DECISÃO DO STF – GARANTIU O LIVRE EXERCÍCIO DE PROFISSÃO PARA OS

MÚSICOS, AFASTANDO A OBRIGATORIEDADE DE OS MÚSICOS SE FILIAREM À ORDEM
DOS MÚSICOS PARA PODEREM EXERCER A ATIVIDADE. RELATORA ELLEN GRACIE: “A
REGRA É A LIBERDADE. APENAS QUANDO HOUVER POTENCIAL LESIVO NA
ATIVIDADE É QUE PODE SER EXIGIDA INSCRIÇÃO EM CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO
PROFISSIONAL”
 LIVRE INICIATIVA E REGULAMENTAÇÃO
DAS PROFISSÕES

- RESUMO: TANTO O STF COMO O PODER EXECUTIVO TEM ADOTADO POSTURA QUE,
APENAS QUANDO HOUVER POTENCIAL LESIVO NA ATIVIDADE, GERANDO RISCO DE
DANO A TERCEIROS, PODERÁ HAVER A ATENUAÇÃO DA LIVRE INICIATIVA ATRAVÉS
DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO, QUAL SEJA, EXIGÊNCIA DE DIPLOMA OU
CERTIFICADO E/OU INSCRIÇÃO EM CONSELHO PROFISSIONAL.
 FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA

- E M P R E S A : AT I V I D A D E E C O N Ô M I C A O R G A N I Z A D A PA R A A P R O D U Ç Ã O O U A C I R C U L A Ç Ã O D E B E N S E S E R V I Ç O S .

- EMPRESÁRIO: PESSOA FÍSICA (EMPRESÁRIO INDIVIDUAL) OU JURÍDICA (SOCIEDADE EMPRESÁRIA OU EIRELI) QUE
EXERCE PROFISSIONALMENTE UMA EMPRESA.

- E S TA B E L E C I M E N TO C O M E R C I A L : C O N J U N TO ORGANIZADO DE BENS, M AT E R I A I S OU I M AT E R I A I S , USADOS NO

EXERCÍCIO DE UMA EMPRESA.

- Q U A N D O S E FA L A E M F U N Ç Ã O S O C I A L D A E M P R E S A FA Z - S E R E F E R Ê N C I A À AT I V I D A D E E M P R E S A R I A L E M S I .

- FÁBIO ULHOA COELHO DIZ QUE SÃO EXEMPLOS DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA A CRIAÇÃO DE EMPREGOS,
PA G A M E N TO D E T R I B U TO S , G E R A Ç Ã O D E R I Q U E Z A , C O N T R I B U I Ç Ã O PA R A O D E S E N V O LV I M E N TO E C O N Ô M I C O,
S O C I A L E C U LT U R A L D O E N TO R N O, A D O Ç Ã O D E P R Á T I C A S S U S T E N T Á V E I S E R E S P E I TO A O S D I R E I TO S D O S
CONSUMIDORES;

- A RT. 1 1 6 , PA R Á G R A F O Ú N I C O D A L E I 6 . 4 0 4 / 1 9 7 6 ( S O C I E D A D E P O R A Ç Õ E S ) – “ O A C I O N I S TA C O N T R O L A D O R D E V E
U S A R O P O D E R C O M O F I M D E FA Z E R A C O M PA N H I A R E A L I Z A R O S E U O B J E TO E C U M P R I R S U A F U N Ç Ã O S O C I A L , E
T E M D E V E R E S E R E S P O N S A B I L I D A D E S PA R A C O M O S D E M A I S A C I O N I S TA S D A E M P R E S A , O S Q U E N E L A T R A B A L H A M E
PA R A C O M A C O M U N I D A D E E M Q U E AT U A , C U J O S D I R E I TO S E I N T E R E S S E S D E V E L E A L M E N T E R E S P E I TA R E
AT E N D E R”
 LIVRE CONCORRÊNCIA

- EXPRESSA E ELENCADA NO ART. 170 DA CF COMO PRINCÍPIO GERAL DA ATIVIDADE

ECONÔMICA;

- DUAS FORMAS DE GARANTIR:

- A) COIBIÇÃO DAS PRÁTICAS DE CONCORRÊNCIA DESLEAL (TIPIFICANDO -AS COMO

CRIMES);

- B) REPRESSÃO AO ABUSO DE PODER ECONÔMICO (CARACTERIZANDO -OS COMO

INFRAÇÃO CONTRA A ORDEM ECONÔMICA);
 LIVRE CONCORRÊNCIA

- A) COIBIÇÃO DAS PRÁTICAS DE CONCORRÊNCIA DESLEAL (TIPIFICANDO-AS COMO

CRIMES);

- ART. 183 E SEGUINTES DA LEI 9.279/1996 (OBRIGAÇÕES RELATIVAS À PROPRIEDADE

INDUSTRIAL)

- DOS CRIMES CONTRA AS PATENTES; DOS CRIMES CONTRA AS MARCAS; DOS CRIMES DE
CONCORRÊNCIA DESLEAL; ETC.

- O OBJETO DA PUNIÇÃO SÃO CONDUTAS QUE ATINGEM UM CONCORRENTE IN CONCRETO

- EX: CONTRAFAÇÃO DE MARCA – TODA PRÁTICA ILÍCITA QUE CONSISTA NO

DESRESPEITO AO DIREITO DE EXCLUSIVIDADE DO TITULAR DE DETERMINADA MARCA
REGISTRADA PERANTE O INPI (INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL)
 LIVRE CONCORRÊNCIA

- B) REPRESSÃO AO ABUSO DE PODER ECONÔMICO (CARACTERIZANDO -OS COMO

INFRAÇÃO CONTRA A ORDEM ECONÔMICA);

- PREVISTO NO ART. 36 DA LEI 12.529/2011 (ESTRUTURA O SISTEMA BRASILEIRO DE

DEFESA DA CONCORRÊNCIA)

- O OBJETO DA PUNIÇÃO ESTATAL SÃO CONDUTAS QUE ATINGEM A CONCORRÊNCIA IN

ABSTRATO , ISTO É, O PRÓPRIO AMBIENTE CONCORRENCIAL

- EX: FORMAÇÃO DE CARTEL.

 SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA
CONCORRÊNCIA

- A LIVRE CONCORRÊNCIA PODE SER RESTRINGIDA POR EXCESSIVA CONCENTRAÇÃO

EMPRESARIAL (FUSÕES, INCORPORAÇÕES ETC.) OU PELA PRÁTICA DE CONDUTAS
UNILATERAIS DOS PRÓPRIOS AGENTES ECONÔMICOS PRIVADOS (PRECIFICAÇÃO
PREDATÓRIA, POR EXEMPLO), EXIGINDO-SE UMA INTERVENÇÃO ESTATAL PARA REPRIMIR E
PREVINIR ESSAS OCORRÊNCIAS.
- ART. 173, §4ºCF – A LEI REPRIMIRÁ O ABUSO DO PODER ECONÔMICO QUE VISE À
DOMINAÇÃO DOS MERCADOS, À ELIMINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA E AO AUMENTO
ARBITRÁRIO DOS LUCROS.
- A LEI QUE DISCIPLINA ESSA SITUAÇÃO É A JÁ REFERIDA LEI 12.529/2011, DISCIPLINA O
DIREITO ANTITRUSTE OU DIREITO CONCORRENCIAL
- TRUSTE: ESTRUTURA EMPRESARIAL EM QUE VÁRIAS EMPRESAS, QUE JÁ DETÊM A MAIOR
PARTE DE UM MERCADO, SE AJUSTAM OU SE FUNDEM PARA ASSEGURAR O CONTROLE,
ESTABELECENDO PREÇOS ALTOS PARA OBTER MAIOR MARGEM DE LUCRO.
 SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA
CONCORRÊNCIA

- ART. 1º “ESTA LEI ESTRUTURA O SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA -

SBDC – E DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A
ORDEM ECONÔMICA...”

- O SBDC ESTÁ, ATUALMENTE, ESTRUTURADO DA SEGUINTE FORMA:

- A) CADE (CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA) – AUTARQUIA FEDERAL

COM STATUS DE AGÊNCIA REGULADORA, SUBDIVIDADE EM TRIBUNAL ADMINISTRATIVO,
SUPERINTENDÊNCIA GERAL E DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÔMICOS,
RESPONSÁVEL PELA PREVENÇÃO E REPRESSÃO DAS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM
ECONÔMICA;

- B) SEAE (SECRETARIA DE ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO) – ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DA

FAZENDA, RESPONSÁVEL POR EXERCER A ADVOCACIA DA CONCORRÊNCIA.
 CADE

- PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA POR MEIO DO CONTROLE PRÉVIO

DE ATOS DE CONCENTRAÇÃO EMPRESARIAL (FUSÕES, INCORPORAÇÕES) ;

- ART. 88 DA LEI 12.529/2011 – SERÃO SUBMETIDOS AO CADE PELAS PARTES ENVOLVIDAS NA

OPERAÇÃO OS ATOS DE CONCENTRAÇÃO EM QUE, CUMULATIVAMENTE :

- I – PELO MENOS UM DOS GRUPOS ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO TENHA REGISTRADO, NO

ÚLTIMO BALANÇO, FATURAMENTO BRUTO ANUAL OU VOLUME DE NEGÓCIOS NO PAÍS, NO
ANO ANTERIOR À OPERAÇÃO, EQUIVALENTE OU SUPERIOR A R$750 MILHÕES DE REAIS.

- II – PELO MENOS UM OUTRO GRUPO ENVOLVIDO NA OPERAÇÃO TENHA REGISTRADO, NO

ÚLTIMO BALANLO OU NO FATURAMENTO BRUTO ANUAL OU VOLUME DE NEGÓCIOS TOTAL NO
PAÍS, NO ANO ANTERIOR À OPERAÇÃO, EQUIVALENTE OU SUPERIOR A R$ 75 MILHÕES DE
REAIS.
 CADE

- REPRESSÃO DE INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA TAMBÉM É REALIZADA PELO

CADE. EX: PRECIFICAÇÃO PREDATÓRIA, FORMAÇÃO DE CARTÉIS...

- ART. 36 DA LEI 12.529 – “CONSTITUEM INFRAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA,

INDEPENDENTEMENTE DE CULPA, OS ATOS SOB QUALQUER FORMA MANIFESTADOS, QUE
TENHAM POR OBJETO OU POSSAM PRODUZIR OS SEGUINTES EFEITOS, AINDA QUE NÃO
ALCANÇADOS:

- I – LIMITAR, FALSEAR OU DE QUALQUER FORMA PREJUDICAR A LIVRE CONCORRÊNCIA OU A

LIVRE INICIATIVA;

- II – DOMINAR MERCADO RELEVANTE DE BENS OU SERVIÇOS;

- III – AUMENTAR ARBITRARIAMENTE OS LUCROS;

- IV – EXERCER DE FORMA ABUSVA POSIÇÃO DOMINANTE;

 CADE

- O §3º DO ARTIGO ANTERIOR ABARCA UM ROL MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO DE

CONDUTAS UNILATERAIS OU COLUSIVAS QUE PODEM CARACTERIZAR O ILÍCITO
PREVISTO NO CAPUT.

- EX: “ACORDAR, COMBINAR, MANIPULAR OU AJUSTAR COM CONCORRENTE, SOB

QUALQUER FORMA, OS PREÇOS DE BENS OU SERVIÇOS OFERTADOS INDIVIDUALMENTE
(CARTEL);

- “VENDER MERCADORIA OU PRESTAR SERVIÇOS INJUSTIFICADAMENTE ABAIXO DO PREÇO

DE CUSTO” (PRECIFICAÇÃO PREDATÓRIA);

- “SUBORDINAR A VENDA DE UM BEM À AQUIÇÃO DE OUTRO OU À UTILIZAÇÃO DE UM

SERVIÇO, OU SUBORDINAR A PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO À UTILIZAÇÃO DE OUTRO OU
À AQUISIÇÃO DE UM BEM” (VENDA CASADA)...
 SEAE

- A AD VO CAC IA DA C ON C ORRÊ N CIA É EXE RC IDA PELO SE AE PO R ME IO DA PRO MO ÇÃO D E UMA C ULTU RA
D E C ON C ORRÊNC IA TANTO PE RA N TE O PO D E R PÚ B L IC O QUAN TO PERA N TE A SOC IED ADE C IVIL .

- A RT. 1 9 DA L EI 1 2.5 2 9 “C O MPETE À SE C RETARIA D E ACO MPANHA ME NTO E CON ÔM ICO PRO MO VE R A
C ON C ORRÊ CIA E M Ó RGÃOS D E GO VE RNO E PE RANTE A SO CIEDAD E CA B END O - LH E, E SPE CIAL ME NTE, O
SE G U INTE :

- I – OPINA R, N OS ASPECTO S RE FE REN TE S À PROM O ÇÃO DA CON C ORRÊN C IA, SOB RE PROPOSTAS DE
A LTE RAÇ ÕE S DE ATO S NO RMATIVO S DE IN TE RE SSE GE RAL D OS AGE NTE S E CO NÔ MIC OS, DE
C ON SU MIDO RE S OU U SUÁRIOS DE SE RVIÇ OS PRE STADO S SU B METID OS A C ON SU LTA PÚ BLICA PELAS
A G Ê NC IAS RE G U L ADORAS. ..

- I I – OPINA R, QUAND O CONSID E RA R PE RTIN EN TE , SOB RE M INU TAS D E ATOS NORMATIVOS ELA BORADOS
PO R QUALQUE R EN TIDAD E PÚ B LI CA OU PRIVADA SUM B ET IDO S À C ON SU LTA PÚB L ICA, NO S ASPE C TOS
RE FE RE N TE S À C O N C O RRÊ N CIA

- E L A B O RAR E STU D OS, PRO PO R RE VISÃ O D E L E IS ETC .