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DIREITO
PENAL

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Sumário

PRINCÍPIOS......................................................................................................................................................... 3
APLICAÇÃO DA LEI PENAL .................................................................................................................................. 9
DO CRIME ........................................................................................................................................................ 22
CONCURSO DE PESSOAS .................................................................................................................................. 60
DAS PENAS ....................................................................................................................................................... 64
AÇÃO PENAL .................................................................................................................................................... 66
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ..................................................................................................................... 67
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................................................................................ 86
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA ......................................................................................... 96
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................................... 96
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................................... 102
BÔNUS ........................................................................................................................................................... 127

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PRINCÍPIOS

1-Macete:

Princípio da Taxatividade

Este princípio se encontra ligado à técnica redacional legislativa. Não basta existir uma lei que
defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, compreensível,
permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.

Quem tiver CC vai ser TAXADO

Clara

Compreensível

Q886774 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA -
Investigador de Polícia

Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos penais


genéricos e indeterminados. [CERTO]

3
Q1860572 Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: TJ-SC Prova: FCC - 2021 - TJ-SC - Técnico Judiciário
Auxiliar

Sobre o princípio da legalidade:

A requer que além de prévia, a lei seja taxativa.


B limita-se à previa definição do crime, mas a pena pode ser cominada posteriormente.
C aplica-se a crime e contravenções penais, salvo crimes hediondos e equiparados.
D permite a retroatividade da lei penal em caso de crime violento e sexual.
E constitui um entrave ao combate da criminalidade violenta no Brasil.

R: LETRA A

2-Macete:

**O Princípio da Legalidade desdobra-se em quatro subprincípios: anterioridade da lei; reserva


legal; proibição de analogia in malam partem; taxatividade da lei parte-se em 4.

PARTe-se em 4

Proibição de analogia em malam partem (é aquela onde adota-se lei prejudicial ao réu)

Anterioridade da lei (Lei Penal' só se aplica aos fatos praticados após sua vigência)

Reserva Legal (o agente somente poderá ser processado, se sua conduta for previamente tipificada)

Taxatividade (A norma incriminadora legal deve ser clara e compreensível,)

4
Q493967 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Auxiliar
Judiciário - Reaplicação

Artigo 1.º do Código Penal Brasileiro: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.” O dispositivo legal ora transcrito explicita, dentre outros, o princípio
a) da insignificância.
b) da intervenção mínima.
c) da taxatividade.
d) da culpabilidade.
e) da proporcionalidade.

R: LETRA C

3-Macete:

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA/ BAGATELA:

O Direito Penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo
menos de colocar em perigo o bem jurídico protegido pela lei penal. Este princípio guarda uma
estreita relação com o funcionalismo penal e Roxin é um dos grandes nomes do funcionalismo.

A súmula 599 do STJ dispõe que “o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a
administração pública”.

Requisitos do princípio da insignificância:

MARI, OPERE A LESÃO

-> Mínima Ofensividade da conduta:

-> Ausência de PEriculosidade social da ação

-> Reduzido grau de REprovabilidade do comportamento (crime de militar - alto grau)

> Inexpressividade dA LESÃO jurídica.

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Ou

ARMI PRO “L”

Ausência de Periculosidade

Reduzido grau de Reprovabilidade

Mínima Ofensividade da conduta

Inexpressiva Lesão ao bem jurídico

Q821257 Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2017 -
MPE-RR - Promotor de Justiça Substituto

No direito penal, o princípio da insignificância, segundo o entendimento do STF, pressupõe apenas


três requisitos para a sua configuração: mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma
periculosidade social e reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. [ERRADA]

Q1852708 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de
Serviços de Notas e de Registros - Provimento

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No interior de serventia extrajudicial, Joana buscava obter determinada certidão. Enquanto
aguardava o funcionário, verificou que, do lado de dentro do balcão, havia um compartimento com
moedas que eram utilizadas para facilitar a entrega de troco aos clientes. Diante da facilidade da
situação, aproveitou para subtrair R$ 60,00 em moedas, valor que seria utilizado para comprar um
presente de aniversário para sua filha. Ocorre que a conduta de Joana foi registrada pelas câmeras
de segurança, chegando os fatos ao conhecimento da autoridade policial. Foi constatado, ainda, que
Joana era primária, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato policial ou judicial.
Considerando apenas as informações expostas, a conduta praticada por Joana se adequaria,
abstratamente, ao delito de:

A peculato, sendo inaplicável o princípio da insignificância em razão da natureza de crime contra a


Administração Pública;
B peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade da
conduta;
C peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade da
agente;
D furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade da conduta;
E furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade da agente.

R: LETRA D

4-Macete:
São 4 os princípios para resolver o conflito aparente de norma:

SE TIVER CONFLITO você fica na SECA.

S = Subsidiariedade
E = Especialidade
C = Consunção
A = Alternatividade.

฀Princípio da SUBSIDIARIEDADE

A aplicação do direito penal deve ser subsidiária a todos os outros ramos do direito (ultima ratio,
último caso).

฀ Princípio da ESPECIALIDADE

Preceitua que, havendo duas leis “regulamentando” a mesma matéria, deve ser aplicada àquele caso
a lei especial, em detrimento da geral.

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฀Princípio da CONSUNÇÃO

Analisamos dois FATOS diante de um caso CONCRETO: O FATO MAIS GRAVE (homicídio)
consome o FATO MENOS GRAVE (lesão corporal).

฀Princípio da ALTERNATIVIDADE

Aqui temos um tipo penal chamado de misto alternativo (cuja conduta possui várias formas, ou
seja, vários verbos). Nesses casos, mesmo que o agente pratique vários dos núcleos em um mesmo
contexto, responderá por apenas um crime!

Ex: Por força do princípio da alternatividade, mesmo que um indivíduo chegue a produzir, trazer
consigo e a vender drogas, num mesmo contexto fático, não responderá por três delitos, e sim por
um único delito de tráfico.

5-Macete QUER CONFLITO? Então CASE

Consunção
Alternatividade

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Subsidiariedade
Especialidade

Q329579 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF -
Policial Rodoviário Federal

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no caso
de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização de uma
delas para que se configure o crime. [ERRADA]

R: Aplica-se o Princípio da Alternatividade, nos crimes de ação múltipla, o tipo penal prevê vários
verbos, o agente cometendo vários verbos, pratica um único crime.

APLICAÇÃO DA LEI PENAL

6-Macete:

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Lei TEMPORÁRIA X EXCEPCIONAL

TEMPOrária – TEMPO determinado


excepcioNAL - NAL tem tempo determinado

Lei temporária - com prazo de vigência determinado. Exemplo: A Lei Geral da Copa. Aplica-se
aos fatos praticados durante a sua vigência. Logo, os crimes praticados durante a sua vigência,
quando criados por ela, não se sujeitam a abolitio criminis em razão do término da sua vigência.
Lei excepcional - que dura enquanto permanecer a situação de emergência ou calamidade que
justificou sua edição. (não possui data exata para revogação). Ex: Haverá um grande período de
seca e todos os cidadãos devem racionalizar o usar de água com quantidades e horários
determinados para o uso correto da água. Entra uma lei excepcional, vigente enquanto durar a
seca, imputando uma pena para os indivíduos que não cumprirem o período de racionamento.

Q1875254 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Sem Especialidade

A lei penal temporária

A é aplicada a fatos ocorridos na sua vigência, desde que sejam julgados definitivamente nesse
período.

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B é elaborada para vigorar em períodos anormais, e sua vigência não tem duração determinada.
C será aplicada nos crimes permanentes mesmo que, cessada a permanência delituosa, outra lei já
esteja em vigor.
D deve ser revogada expressamente por outra lei posterior para que cesse a sua vigência.
E inclui o fator temporal como pressuposto da ilicitude punível.

R: LETRA E

Q274977 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE - 2012 - PC-
AL - Agente de Polícia

Cessado o estado de guerra, as leis excepcionais editadas para valer durante o referido período
tornam-se ineficazes, devido à abolitio criminis. [ERRADA]

7- Macete:
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
Ex: João atira em José após discussão em um bar. José é levado às pressas ao hospital, mas não
resiste e morre. Será considerado momento do crime aquele em que o autor realizou os disparos
contra a vítima (momento da ação) ainda que este tenha falecido posteriormente no hospital
(momento do resultado)

LUTA
Lugar
Ubiquidade
Tempo
Atividade

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Q1844791 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Técnico
Judiciário

Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal brasileiro adota a teoria:

A da atividade;
B do resultado;
C da ubiquidade;
D da consumação;
E do efeito.

R: LETRA A

Q941665 Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 -
TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Quanto ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou a teoria
do(a) atividade

A) atividade.
B) resultado.
C) ubiquidade.
D) contemporaneidade.

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