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DIREITO PENAL

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SUMÁRIO
DIREITO PENAL .................................................................................................................................................. 2
EMPURRANDO O PALITO................................................................................................................................... 2
GABARITO ........................................................................................................................................................ 16
DIREITO PENAL ................................................................................................................................................ 17
EMPURRANDO O PALITO................................................................................................................................. 17

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DIREITO PENAL
EMPURRANDO O PALITO
1. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia)
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio
de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Perito Criminal Federal) A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas
para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a
mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal
incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.

( ) CERTO ( ) ERRADO
3. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário –
Judiciária) Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que
o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.

( ) CERTO ( ) ERRADO
4. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Inspetor -
Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) Segundo o princípio da intervenção mínima,
o direito penal somente deverá cuidar da proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida
social.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Provas: CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em consequência da fragmentaridade do direito penal, ainda
que haja outras formas de sanção ou outros meios de controle social para a tutela de determinado bem
jurídico, a criminalização, pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse bem será adequada e
recomendável.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI) Conforme jurisprudência assente do
STF, o princípio da insignificância descaracteriza a tipicidade penal em seu caráter material.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XXII) O princípio constitucional da

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autodefesa não alcança o indivíduo que se atribua falsa identidade perante autoridade policial com o
intento de ocultar seus maus antecedentes criminais.

( ) CERTO ( ) ERRADO
8. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área V) O princípio da reserva legal aplica-se,
de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não
incriminadoras.

( ) CERTO ( ) ERRADO
9. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra
somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional.

( ) CERTO ( ) ERRADO
10. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter
absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou
alterar a pena.

( ) CERTO ( ) ERRADO
11. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal,
só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da reserva legal,
expresso no artigo primeiro do Código Penal.

( ) CERTO ( ) ERRADO
12. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI) A analogia, cuja utilização é vedada
no direito penal, constitui método de integração do ordenamento jurídico.

( ) CERTO ( ) ERRADO
13. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE - 2013 - TC-DF – Procurador) De
acordo com o CP, com relação à sucessão das leis penais no tempo, não se aplicam as regras gerais da
irretroatividade da lei mais severa, tampouco a retroatividade da norma mais benigna, bem como não se
aplica o preceito da ultra-atividade à situação caracterizada pela chamada lei penal em branco.

( ) CERTO ( ) ERRADO
14. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no
caso de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas
para que se configure o crime.

( ) CERTO ( ) ERRADO
15. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) Considere que Alberto, querendo apoderar-se dos bens de Cícero, tenha apontado uma
arma de fogo em direção a ele, constrangendo-o a entregar-lhe a carteira e o aparelho celular. Nessa
situação hipotética, da mera comparação entre os tipos descritos como crime de constrangimento ilegal
e crime de roubo, aplica-se o princípio da especialidade a fim de se tipificar a conduta de Alberto.

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( ) CERTO ( ) ERRADO
16. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa situação,
aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de violação de domicílio, mas
somente pelo crime de furto.

( ) CERTO ( ) ERRADO
17. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2012 - Polícia Federal -
Agente da Polícia Federal) Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no
princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais abrangente.
Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para a prática do crime de
estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.

( ) CERTO ( ) ERRADO
18. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista
Ministerial - Área Processual) O princípio da consunção, consoante posicionamento doutrinário e
jurisprudencial, resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave é meio
necessário, fase de preparação ou de execução de outro mais nocivo, respondendo o agente somente
pelo último. Há incidência desse princípio no caso de porte de arma utilizada unicamente para a prática
do homicídio.

( ) CERTO ( ) ERRADO
19. (Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2008 - MPE-RR - Promotor de
Justiça)
Júlio falsificou certidão atestando o óbito de sua esposa e, munido desse documento, requereu pensão
por morte perante a previdência social, tendo recebido o benefício durante três anos, até que foi
descoberta a fraude. Nessa situação, Júlio poderá ser punido pelos crimes de falsificação de documento
público e estelionato contra o ente previdenciário, devendo o processo tramitar na justiça federal.

( ) CERTO ( ) ERRADO
20. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário
de Procuradoria) A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se
aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da referida lei seja
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

( ) CERTO ( ) ERRADO
21. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário
de Procuradoria) O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá ser
considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do crime deverá ser aquele onde
tenha ocorrido a ação ou a omissão.

( ) CERTO ( ) ERRADO
22. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP) Situação hipotética: João cometeu crime
permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro
de 2011, houve alteração legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Assertiva: Nessa
situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade
da lei penal mais gravosa.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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23. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Agente de Polícia Federal) Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei
que diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito
penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.

( ) CERTO ( ) ERRADO
24. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Delegado de Polícia Federal) Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de
nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com
a edição da nova lei.

( ) CERTO ( ) ERRADO
25. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a teoria da ubiquidade quando se fala do
tempo do crime, ou seja, o crime é considerado praticado no momento da ação ou da omissão.

( ) CERTO ( ) ERRADO
26. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH – Advogado)
Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para
essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a
anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. Assertiva: Nessa situação,
dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime.

( ) CERTO ( ) ERRADO

27. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário –
Judiciária) Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se esta tiver vigência antes
da cessação da permanência.

( ) CERTO ( ) ERRADO
28. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência
- Área 1) No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao prever como crime
conduta até então considerada atípica, será aplicada a retroatividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
29. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,
configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no entanto, foi alcançado
somente dois meses depois, ou seja, em sete de março do mesmo ano, momento no qual a conduta
criminosa tinha previsão de ser punida com pena menos grave, de restrição de direitos.
Considera-se praticado o crime somente em sete de março de 2017, momento em que se alcançou o
resultado desejado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

30. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,
configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no entanto, foi alcançado

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somente dois meses depois, ou seja, em sete de março do mesmo ano, momento no qual a conduta
criminosa tinha previsão de ser punida com pena menos grave, de restrição de direitos.
Nessa situação hipotética, de acordo com a lei penal, João não poderá ser condenado com a pena de
prisão em razão da retroatividade da lei mais benéfica.

( ) CERTO ( ) ERRADO
31. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciário
– Judiciária) Se um indivíduo praticar uma série de crimes da mesma espécie, em continuidade delitiva e
sob a vigência de duas leis distintas, aplicar-se-á, em processo contra ele, a lei vigente ao tempo em que
cessaram os delitos, ainda que seja mais gravosa.

( ) CERTO ( ) ERRADO
32. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público)
Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria ter sido produzido o resultado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
33. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do governo
brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.

( ) CERTO ( ) ERRADO
34. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Papiloscopista Policial Federal) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo
de um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética,
para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro adota o princípio da
ubiquidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
35. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Técnico Judiciário
– Administrativa) Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera-se lugar do crime não só aquele
onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também aquele onde deveria produzir-se o resultado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
36. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no território da
República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda que o agente seja absolvido naquele país.

( ) CERTO ( ) ERRADO
37. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN – Auditor) Situação
hipotética: João, brasileiro, residente em Portugal, cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro
no território português, condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em Portugal. Antes do fim das
investigações, João fugiu e retornou ao território brasileiro. Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode
ser aplicada ao crime praticado por João em Portugal.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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38. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEGESP-AL Prova: CESPE - 2013 - SEGESP-AL –
Papiloscopista) Segundo o princípio da territorialidade, se uma pessoa comete latrocínio em embarcação
brasileira mercante em alto-mar, aplica-se a lei brasileira.

( ) CERTO ( ) ERRADO
39. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Segundo a norma penal vigente, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido em
embarcações brasileiras, sendo elas de natureza pública ou privada, salvo se essas embarcações não se
encontrarem em águas internacionais.

( ) CERTO ( ) ERRADO
40. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Segundo a atual redação do Código Penal Brasileiro, os crimes cometidos no estrangeiro
são puníveis segundo a lei brasileira se praticados contra a administração pública quando o agente
delituoso estiver a serviço do governo brasileiro, salvo se já absolvido pela justiça no exterior com relação
àqueles mesmos atos delituosos.

( ) CERTO ( ) ERRADO
41. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia)
A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo território argentino, Andrés, cidadão
guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer de uma discussão.
Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os tiros atingiram Hernando, cidadão
venezuelano que também estava a bordo. Nessa situação, em decorrência do princípio da territorialidade,
aplicar-se-á a lei penal brasileira.

( ) CERTO ( ) ERRADO
42. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia)
Considere a seguinte situação hipotética.
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico internacional
de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime, também foi
condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser cumprida
por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses.

( ) CERTO ( ) ERRADO
43. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A lei penal brasileira será aplicada a crime cometido contra a administração pública por
servidor público em serviço, ainda que seja praticado no estrangeiro.

( ) CERTO ( ) ERRADO

44. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A lei penal brasileira será aplicada aos crimes cometidos no território nacional ainda que
praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de propriedade privada em voo no espaço aéreo
correspondente, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional.

( ) CERTO ( ) ERRADO
45. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A homologação de sentença estrangeira no Brasil, nos casos em que a aplicação da lei

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brasileira produza na espécie as mesmas consequências, independe de pedido da parte interessada, a fim
de obrigar o condenado a reparar o dano.

( ) CERTO ( ) ERRADO
46. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2013 - PC-BA -
Investigador de Polícia) A extraterritorialidade da lei penal condicionada e a da incondicionada têm como
elemento comum a necessidade de ingresso do agente no território nacional.

( ) CERTO ( ) ERRADO
47. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Técnico Judiciário
– Administrativa) Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito acerca do delito, em
uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a
concepção da sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido.

( ) CERTO ( ) ERRADO
48. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha
tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.

( ) CERTO ( ) ERRADO
49. (o: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União) O
direito penal brasileiro não admite a punição de atos meramente preparatórios anteriores à fase
executória de um crime, uma vez que a criminalização de atos anteriores à execução de delito é uma
violação ao princípio da lesividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
50. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VI) Na legislação pátria, adotou-se o
critério bipartido na definição das infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais
e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas últimas espécies.

( ) CERTO ( ) ERRADO
51. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área V) A partir da teoria tripartida do delito
e das opções legislativas adotadas pelo Código Penal, é correto afirmar que o dolo integra a culpabilidade
e corrobora a aplicação concreta da pena.

( ) CERTO ( ) ERRADO
52. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL) Em caso de urgência, a definição do que é crime
pode ser realizada por meio de medida provisória.

( ) CERTO ( ) ERRADO
53. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Provas: CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas) Na doutrina e jurisprudência contemporâneas, predomina
o entendimento de que a punibilidade não integra o conceito analítico de delito, que ficaria definido como
conduta típica, ilícita e culpável.

( ) CERTO ( ) ERRADO
54. (Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de
Inteligência - Área de Direito) No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de crime, o

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sistema tricotômico, de acordo com o qual as infrações penais são separadas em crimes, delitos e
contravenções.

( ) CERTO ( ) ERRADO
55. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova) Cleiton, policial rodoviário federal e professor de curso
de direção defensiva e ofensiva, viajava de carro com sua namorada, Gisele. Durante a viagem, Gisele
reclamou da alta velocidade empreendida pelo namorado e o alertou da possibilidade de causar um
acidente, tendo em vista o tempo chuvoso. Cleiton, por sua vez, respondeu que nada aconteceria, porque
ele era um profissional competente, de excelência, que ensinava outros policiais rodoviários federais a
pilotarem viaturas. Entretanto, durante uma curva, o veículo derrapou na pista molhada, o carro ficou
desgovernado, capotou e Gisele faleceu instantaneamente. Cleiton sofreu pequenas escoriações. A
perícia feita no local constatou excesso de velocidade.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Cleiton agiu com dolo eventual, devendo responder pela prática de homicídio doloso.

( ) CERTO ( ) ERRADO
56. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário –
Administrativa) Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou
imperícia.

( ) CERTO ( ) ERRADO
57. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal) Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para
o dolo direto e a teoria do assentimento para o dolo eventual.

( ) CERTO ( ) ERRADO
58. (Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-SC Prova: CESPE - 2016 - TCE-SC - Auditor Fiscal de
Controle Externo – Direito) Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua
habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao
animal que ele desejava abater.

( ) CERTO ( ) ERRADO
59. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área IV) Ricardo, com o objetivo de matar
Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo
do qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave
morreram.

Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito contra
Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros do avião.

( ) CERTO ( ) ERRADO
60. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área III) Age com dolo eventual o agente que
prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades,
será capaz de evitá-los.

( ) CERTO ( ) ERRADO
61. (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova) A negligência, como modalidade de

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conduta, é caracterizada quando o agente do delito demonstra inaptidão técnica em profissão ou


atividade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
62. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Perito Criminal Federal - Conhecimentos Básicos - Todas as Áreas) A fim de garantir o sustento de sua
família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto
expunha os produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi
surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a
delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à sua vontade, ele responderá
pelo crime tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao crime consumado diminuída de
um a dois terços.

( ) CERTO ( ) ERRADO
63. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade
habitual, em razão da pressa para entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as
precauções no preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à
integridade física de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Embora não tenha desejado o resultado danoso, Antônio poderá ser punido devido à imperícia na
execução do procedimento laboratorial.

( ) CERTO ( ) ERRADO
64. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) Crime culposo não admite tentativa.

( ) CERTO ( ) ERRADO
65. (Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-SC Prova: CESPE - 2016 - TCE-SC - Auditor Fiscal de
Controle Externo – Direito) A culpa imprópria ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas em que o
agente, em virtude de erro evitável pelas circunstâncias, dá causa dolosamente a um resultado, mas
responde como se tivesse praticado um delito culposo.

( ) CERTO ( ) ERRADO
66. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-GO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - TRE-GO -
Analista Judiciário - Área Judiciária) A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer o filho recém-
nascido dentro de um veículo responderá pela prática de homicídio doloso no caso de o bebê morrer por
sufocamento dentro do veículo fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a
obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança.

( ) CERTO ( ) ERRADO
67. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público)
A superveniência de causa relativamente independente da conduta do agente excluirá a imputação do
resultado nos casos em que, por si só, ela tiver produzido o resultado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
68. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi adotada como

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regra, no CP, a teoria da causalidade adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos
antecedentes causais.

( ) CERTO ( ) ERRADO
69. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário -
Área Judiciária) Considere que Alfredo, logo depois de ter ingerido veneno com a intenção de suicidar-se,
tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por Paulo, que desejava matá-lo. Considere,
ainda, que Alfredo tenha morrido em razão da ingestão do veneno. Nessa situação, o resultado morte não
pode ser imputado a Paulo.

( ) CERTO ( ) ERRADO
70. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista – Direito)
Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de revólver em sua direção. Socorrida, Maria foi
conduzida, com vida, de ambulância, ao hospital; entretanto, no trajeto, o veículo foi abalroado pelo
caminhão de José, que ultrapassara um sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente.
Nessa situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo.

( ) CERTO ( ) ERRADO
71. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Papiloscopista Policial Federal) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo
de um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética,
se o policial ferido não falecer em decorrência do tiro disparado pelo traficante, estar-se-á diante de
homicídio tentado, que, no caso, terá como elementos caracterizadores: a conduta dolosa do traficante;
o ingresso do traficante nos atos preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à consumação do crime
por circunstâncias alheias à vontade do traficante.

( ) CERTO ( ) ERRADO
72. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota
a teoria objetiva.

( ) CERTO ( ) ERRADO
73. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-GO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - TRE-GO -
Analista Judiciário - Área Judiciária) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir
atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta.

( ) CERTO ( ) ERRADO
74. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público)
O STJ tem firmado entendimento de que, na tentativa incruenta de homicídio qualificado, deve-se reduzir
a pena eventualmente aplicada ao autor do fato em dois terços.

( ) CERTO ( ) ERRADO
75. (no: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: CESPE - 2013 - Polícia Federal -
Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) Considere que Aldo, penalmente capaz, após ser fisicamente
agredido por Jeremias, tenha comprado um revólver e, após municiá-lo, tenha ido ao local de trabalho de
seu desafeto, sem, no entanto, o encontrar. Considere, ainda, que, sem desistir de seu intento, Aldo tenha
se posicionado no caminho habitualmente utilizado por Jeremias, que, sem nada saber, tomou direção
diversa. Flagrado pela polícia no momento em que esperava por Jeremias, Aldo entregou a arma que

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portava e narrou que pretendia atirar em seu desafeto. Nessa situação, Aldo responderá por tentativa
imperfeita de homicídio, com pena reduzida de um a dois terços.

( ) CERTO ( ) ERRADO
76. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Um crime é enquadrado na modalidade de delito tentado quando, ultrapassada a fase
de sua cogitação, inicia-se, de imediato, a fase dos respectivos atos preparatórios, tais como a aquisição
de arma de fogo para a prática de planejado homicídio.

( ) CERTO ( ) ERRADO
77. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova) Vitor, namorado de Ana, motivado por ciúmes,
resolveu matar o ex-namorado dela, Bruno. Adquiriu, ilegalmente, uma arma de fogo para executar o
crime e a guardou dentro de um armário em seu quarto. Vitor, então, mandou uma mensagem para Bruno
pelo celular de Ana, fingindo ser ela e combinou de se encontrarem no dia seguinte. Bruno, pensando
estar conversando com Ana, aceitou o convite. Durante a noite, Vitor desistiu de executar o crime. No dia
seguinte, foi ao shopping e lá foi preso, pois Bruno havia descoberto o plano e avisado à polícia.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A polícia agiu de forma correta ao prender Vitor, que responderá por tentativa de homicídio.

( ) CERTO ( ) ERRADO
78. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de
Inteligência - Área 2) João integra conhecida organização criminosa de âmbito nacional especializada em
tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com o objetivo de tornar legal o dinheiro obtido ilicitamente, ele
convenceu Pedro e Jorge, conselheiros fiscais de uma cooperativa de mineradores que atuam na região
Norte do país, a modificar valores obtidos em uma mina de ouro. Pedro, sem conhecer a fundo a origem
dos valores, concordou em fazer a transação. Antes de concluí-la, entretanto, ele desistiu da ação, e
tentou convencer Jorge a fazer o mesmo. Tendo Jorge decidido prosseguir no esquema, Pedro, então, fez
uma denúncia sigilosa à polícia, que passou a investigar o fato e reuniu elementos necessários ao
indiciamento dos envolvidos. Antes que concretizasse a ação final de registro de valores, Jorge foi
impedido pela polícia, que o prendeu em flagrante.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Pedro será punido com pena atenuada em virtude de arrependimento eficaz, e Jorge será punido por
crime tentado.

( ) CERTO ( ) ERRADO
79. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) É admissível a incidência do arrependimento eficaz nos crimes
perpetrados com violência ou grave ameaça.

( ) CERTO ( ) ERRADO
80. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciário
– Judiciária) Em se tratando do delito de furto, havendo subsequente arrependimento do agente e
devolução voluntária da res substracta antes do oferecimento da denúncia, fica caracterizado o
arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse caso, ser reduzida de um a dois terços.

( ) CERTO ( ) ERRADO
81. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público
Federal) Configura-se a desistência voluntária ainda que não tenha partido espontaneamente do agente
a ideia de abandonar o propósito criminoso, com o resultado de deixar de prosseguir na execução do
crime.

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( ) CERTO ( ) ERRADO
82. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) Denomina-se arrependimento eficaz a
reparação do dano ou a restituição voluntária da coisa antes do recebimento da denúncia, o que
possibilita a redução da pena, em se tratando de crimes contra o patrimônio.

( ) CERTO ( ) ERRADO
83. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal)
Entende-se que o arrependimento eficaz se configura quando o agente, no curso do iter criminis, podendo
continuar com os atos de execução, deixa de fazê-lo por desistir de praticar o crime.

( ) CERTO ( ) ERRADO
84. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PG-DF Prova: CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador)
Marcos, imbuído de animus necandi, disparou tiros de revólver em Ricardo por não ter recebido deste
pagamento referente a fornecimento de maconha. Apesar de ferido gravemente, Ricardo sobreviveu.
Marcos, para chegar ao local onde Ricardo se encontrava, foi conduzido em motocicleta por Rômulo, que
sabia da intenção homicida do amigo, embora desconhecesse o motivo, e concordava em ajudá-lo.
Ricardo foi atingido pelas costas enquanto caminhava em via pública, e Marcos e Rômulo, ao verem a
vítima tombar, fugiram, supondo tê-la matado.
Houve desistência voluntária, pois os agentes fugiram do local ao perceberem a vítima tombar no chão,
sem disparar o tiro de misericórdia.

( ) CERTO ( ) ERRADO
85. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Delegado de Polícia Federal) Cristiano, maior e capaz, roubou, mediante emprego de arma de fogo, a
bicicleta de um adolescente, tendo-o ameaçado gravemente. Perseguido, Cristiano foi preso, confessou
o crime e voluntariamente restituiu a coisa roubada. Nessa situação, a restituição do bem não assegura a
Cristiano a redução de um a dois terços da pena, pois o crime foi cometido com grave ameaça à pessoa.

( ) CERTO ( ) ERRADO
86. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário –
Administrativa) O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado,
violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.

( ) CERTO ( ) ERRADO
87. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal) O arrependimento posterior incide apenas nos crimes patrimoniais e sua
caracterização depende da existência de voluntariedade e espontaneidade do agente.

( ) CERTO ( ) ERRADO
88. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, estará
caracterizado crime impossível.

( ) CERTO ( ) ERRADO
89. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) Situação hipotética: André, que tinha praticado crime de roubo e subtraído, na ocasião,
R$ 1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o referido valor a este antes do recebimento da denúncia.
Assertiva: Nessa situação, a restituição do dinheiro subtraído configura arrependimento posterior, o que
incorre no reconhecimento de causa de diminuição de pena.

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( ) CERTO ( ) ERRADO
90. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
João, empregado de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a órgão da administração
pública direta, subtraiu aparelho celular de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse
órgão.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Se devolver voluntariamente o celular antes do recebimento de eventual denúncia pelo crime, João
poderá ser beneficiado com redução de pena justificada por arrependimento posterior.

( ) CERTO ( ) ERRADO
91. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário –
Direito) Configura crime impossível a tentativa de subtrair bens de estabelecimento comercial que tem
sistema de monitoramento eletrônico por câmeras que possibilitam completa observação da
movimentação do agente por agentes de segurança privada.

( ) CERTO ( ) ERRADO
92. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal) O
CP permite a aplicação de causa de diminuição de pena quando o arrependimento posterior for
voluntário, não exigindo que haja espontaneidade no arrependimento.

( ) CERTO ( ) ERRADO
93. (Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PE) O arrependimento posterior, por exigir
voluntariedade, é uma circunstância subjetiva que se restringe à esfera pessoal de quem a realiza e, de
acordo com a jurisprudência do STJ, não se estende aos co-autores e partícipes da infração penal

( ) CERTO ( ) ERRADO
94. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VI) Ocorre crime preterdoloso quando o
agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente
responda pelo resultado posterior, é necessário que este seja previsível.

( ) CERTO ( ) ERRADO
95. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH – Advogado)
Situação hipotética: Um agente, com a livre intenção de matar desafeto seu, disparou na direção deste,
mas atingiu fatalmente pessoa diversa, que se encontrava próxima ao seu alvo. Assertiva: Nessa situação,
configurou-se o erro sobre a pessoa e o agente responderá criminalmente como se tivesse atingido a
pessoa visada.

( ) CERTO ( ) ERRADO
96. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia)
Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento invencível de algum
elemento do tipo quanto a conduta do agente que age acreditando estar autorizado a fazê-lo ensejam
como consequência a exclusão do dolo e, por conseguinte, a do próprio crime.

( ) CERTO ( ) ERRADO
97. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia)
O erro de tipo, se vencível, afasta o dolo e a culpa, estando diretamente ligado à tipicidade da conduta do
agente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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98. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2011 - TRE-ES -
Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) Erro de pessoa é o mesmo que erro na execução ou
aberratio ictus.

( ) CERTO ( ) ERRADO
99. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2011 - TRE-ES -
Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) O erro que recai sobre elemento constitutivo do tipo
permissivo também é conhecido como descriminante putativa, embora nem todo erro relacionado a uma
descriminante seja erro sobre elemento constitutivo do tipo permissivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO
100. (Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Provas: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Área
Judiciária) Considere a seguinte situação hipotética. Lúcio manteve relação sexual com Márcia, após
conhecê-la em uma boate, cujo acesso era proibido para menores de 18 anos, tendo ela afirmado a Lúcio
ter 19 anos de idade, plenamente compatível com sua compleição física. Nessa situação, constatado
posteriormente que Márcia era menor de 14 anos, Lúcio não será punido por crime de estupro, tendo em
vista que a jurisprudência do STF reconhece, no caso, o erro de proibição, que afasta a culpabilidade do
agente.

( ) CERTO ( ) ERRADO
101. (Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Caixa Prova: CESPE - 2006 - Caixa – Advogado) O erro
de tipo é aquele que recai sobre os elementos ou circunstâncias do tipo, excluindo-se o dolo e, por
consequência, a culpabilidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO
102. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Provas: CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário -
Direito - Área Judiciária - específicos) Considere que, no âmbito penal, um agente, julgando ter obtido o
resultado intentado, pratique uma segunda ação, com diverso propósito, e, só a partir desta ação,
produza-se, efetivamente, o resultado pretendido. Nessa situação, configura-se o dolo geral, também
denominado aberratio causae.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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GABARITO

1. E 35. C 69. C
2. E 36. C 70. C
3. E 37. C 71. E
4. C 38. C 72. C
5. E 39. E 73. C
6. C 40. E 74. C
7. C 41. C 75. E
8. C 42. E 76. E
9. E 43. C 77. E
10. E 44. C 78. E
11. C 45. E 79. C
12. E 46. E 80. E
13. E 47. C 81. C
14. E 48. E 82. E
15. E 49. E 83. E
16. C 50. C 84. E
17. C 51. E 85. C
18. C 52. E 86. C
19. E 53. E 87. E
20. C 54. E 88. C
21. E 55. E 89. E
22. E 56. E 90. C
23. E 57. C 91. E
24. C 58. E 92. C
25. E 59. C 93. E
26. C 60. E 94. C
27. C 61. E 95. E
28. E 62. C 96. E
29. E 63. E 97. E
30. C 64. C 98. E
31. C 65. C 99. C
32. C 66. E 100. E
33. C 67. C 101. E
34. C 68. E 102. C

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DIREITO PENAL
EMPURRANDO O PALITO
1. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia)
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio
de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

A questão inverteu a aplicação, pois a incriminação deve ser feita somente por meio de
lei em sentido estrito (lei formal, que é a ordinária ou complementar). Por outro lado, em casos
excepcionalíssimos, o STF decidiu que é possível tratar por meio de Medida Provisória (lei
material) normas penais NÃO INCRIMINADORAS, a exemplo da abolitio criminis temporária
(Estatuto do Desarmamento).
Portanto, absolutamente, LEI FORMAL → NORMA INCRIMINADORA (RESERVA LEGAL)

GABARITO. ERRADO

2. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Perito Criminal Federal) A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas
para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada
praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a
mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal
incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.

Os tribunais consolidaram o entendimento de que é típica a conduta de expor à venda


CDs e DVDs piratas, afastando-se a aplicação do princípio da adequação social. Isso porque não
é socialmente tolerável uma conduta que causa enormes prejuízos aos autores das obras, ao
fisco, à indústria fonográfica e aos comerciantes regularmente estabelecidos.

GABARITO. ERRADO

3. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário –
Judiciária) Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que
o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.

Conforme entendimento sumulado pelo STJ (SÚMULA – 599), não se aplica o princípio da
insignificância aos crimes contra administração pública, ainda que o valor envolvido seja ínfimo,
pois se tutela também a moralidade administrativa. Destaca-se que é aceitável no caso do crime
de descaminho até 20 mil reais, mas é exceção, pois a sua natureza é muito mais fiscal. Portanto,

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você só vai responder de acordo com o descaminho se a banca tratar especificamente. Regra
geral, aplica-se a Súmula 599 do STJ – impossibilidade de incidência do princípio da
insignificância.

GABARITO. ERRADO

4. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Inspetor -
Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) Segundo o princípio da intervenção mínima,
o direito penal somente deverá cuidar da proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida
social.

A intervenção mínima é construída sob a subsidiariedade do direito penal (aplicação de


forma subsidiária, porque os outros ramos não foram eficazes) e sob a fragmentariedade
(proteção dos bens mais relevantes).

GABARITO. CERTO

5. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Provas: CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em consequência da fragmentaridade do direito penal, ainda
que haja outras formas de sanção ou outros meios de controle social para a tutela de determinado bem
jurídico, a criminalização, pelo direito penal, de condutas que invistam contra esse bem será adequada e
recomendável.

Se há outros meios eficazes de tutelar determinado bem jurídico, não será necessária a
criminalização de determinada conduta, a exemplo do adultério, que não é mais considerado
crime, uma vez que é possível controlar a situação por meio da seara cível.

GABARITO. ERRADO

6. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI) Conforme jurisprudência assente do
STF, o princípio da insignificância descaracteriza a tipicidade penal em seu caráter material.

O Princípio da Insignificância tem íntima relação com o caráter fragmentário do direito


penal, pois é aplicado aos casos insignificantes, conhecidos como crimes bagatelares (ou de
bagatela). Incide nos casos em que a MARI for preenchida:
Mínima ofensividade da conduta
Ausência de periculosidade social da ação
Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento
Inexpressividade de lesão ao bem jurídico tutelado

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Nesses casos, apesar de formalmente típicas (escrita na lei), a conduta torna-se


materialmente atípica, porque não tem o condão, sequer, de causar uma ameaça de lesão ao
bem jurídico. Excluindo-se, portanto, o caráter material. Ressalta-se que o Princípio da Bagatela
possui causa supralegal de excludente de tipicidade.

GABARITO. CERTO

7. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XXII) O princípio constitucional da
autodefesa não alcança o indivíduo que se atribua falsa identidade perante autoridade policial com o
intento de ocultar seus maus antecedentes criminais.

O direito constitucional de não se autoincriminar não é absoluto. Nesse caso, entendem


os tribunais superiores que a conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial
é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.
Trata-se do inteiro teor da Súmula 522 do STJ, que cai bastante em prova, associando-se
ao tipo penal do art. 307.

GABARITO. CERTO

8. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área V) O princípio da reserva legal aplica-se,
de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não
incriminadoras.

Essa questão é bem pesada, mas você nunca mais vai ficar com medo de respondê-la. O
princípio da reserva legal determina que a criação de norma penal INCRIMINADORA (define
crime e comina penas) somente deve ser feita por meio de LEI FORMAL (EM SENTIDO ESTRITO).
Por outro lado, é possível criar uma norma penal, DESDE QUE NÃO INCRIMINADORA, por meio
de Medida Provisória, a exemplo da abolitio criminis temporária do Estatuto do Desarmamento.
Este é o entendimento do STF.
NORMA PENAL INCRIMINADORA → RESERVA LEGAL
NORMA PENAL NÃO INCRIMINADORA → EXCEPCIONALMENTE, PODE MP.

GABARITO. CERTO

9. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra
somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional.

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A criação de uma norma penal incriminadora deve ser feita somente por meio de lei
formal (em sentido estrito), a exemplo da Lei Ordinária. Não é possível versar sobre conteúdo
incriminador por meio de lei em sentido material.

GABARITO. ERRADO

10. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter
absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou
alterar a pena.

A analogia é um meio de integração da lei, sendo permitida a aplicação somente para


beneficiar o indivíduo. Nesse caso, a analogia (ou aplicação analógica) vem suprir uma lacuna
legislativa, isto é, uma falta de norma que regulamente determinada situação. Portanto, a
questão peca ao afirmar que é proibida em caráter absoluto.

GABARITO. ERRADO

11. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal,
só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da reserva legal,
expresso no artigo primeiro do Código Penal.

Típica questão que ensina o aluno e ainda apresenta um sinônimo para analogia. O
candidato poderia até se confundir com interpretação analógica, mas este instituto cairá
somente com este nome. Por outro lado, a Analogia pode vir de outras formas, como aplicação
analógica (questão), suplementação da lei, integração legal.
A interpretação analógica não se confunde com a analogia, porque esta somente será
aplicada nos casos em que beneficiar o réu (direito penal). Aquela, por sua vez, pode ser utilizada
para beneficiar (art. 121, §1º) ou para prejudicar o autor do crime (art. 121, §2° I).
Analogia → meio de integração
Interpretação Analógica → meio de interpretação

Analogia → suprir lacuna legislativa


Interpretação analógica → inicia uma fórmula casuística (caso a caso) e fecha com uma
fórmula genérica (relacionada aos casos anteriormente citados), por exemplo, art. 121, §2° I, III,
IV.

GABARITO. CERTO

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12. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI) A analogia, cuja utilização é vedada
no direito penal, constitui método de integração do ordenamento jurídico.

A analogia é um meio de integração da lei (supre lacuna) e não meio de interpretação.


Entretanto, não é vedada no direito penal, uma vez que pode ser utilizada para o benefício do
réu, por exemplo, o criminoso que furta sua companheira em união estável será isento de pena,
apesar de a lei tratar especificamente do cônjuge na constância da sociedade conjugal.
Perceba, o art. 181, I, não fala de companheiros em união estável, mas o direito penal
vem criar uma analogia, pegando uma lei que regula um fato semelhante (cônjuge na constância
da sociedade conjugal).

GABARITO. ERRADO

13. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE - 2013 - TC-DF – Procurador) De
acordo com o CP, com relação à sucessão das leis penais no tempo, não se aplicam as regras gerais da
irretroatividade da lei mais severa, tampouco a retroatividade da norma mais benigna, bem como não se
aplica o preceito da ultra-atividade à situação caracterizada pela chamada lei penal em branco.

A norma penal em branco é aquela em que precisa de um complemento normativo para


sua fiel aplicação, a exemplo do art. 33 da Lei Antidrogas, pois traz 18 condutas relacionadas ao
termo “droga”, mas não especifica no dispositivo o que seria essa substância para fins penais.
Nesse caso, precisa-se da complementação da Portaria 344 do M.S.
Nesses casos, aplica-se a retroatividade mais benéfica, caso haja estudos novos sobre
determinada droga e o poder estatal ache por bem retirar da lista dessa portaria. Os indivíduos
que foram punidos, exclusivamente, por causa da substância tratada na hipótese trazida neste
comentário, serão beneficiados e postos em liberdade.

GABARITO. ERRADO

14. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário
Federal) Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no
caso de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas
para que se configure o crime.

O conflito aparente de normas é o conflito que ocorre quando duas ou mais normas
são aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma pretende regular
o fato, mas é um conflito aparente, já que, com efeito, apenas uma delas acaba sendo aplicada
à hipótese. A questão está narrando um caso de crime de conteúdo variado/misto/alternativo,
porque a pratica de mais de um dos verbos, em um mesmo contexto fático, configura-se crime

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único por aplicação do princípio da alternatividade. Nesse caso, o agente não será punido por
vários crimes, pois o conflito de normas é apenas aparente, incidindo apenas uma.

GABARITO. ERRADO

15. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) Considere que Alberto, querendo apoderar-se dos bens de Cícero, tenha apontado uma
arma de fogo em direção a ele, constrangendo-o a entregar-lhe a carteira e o aparelho celular. Nessa
situação hipotética, da mera comparação entre os tipos descritos como crime de constrangimento ilegal
e crime de roubo, aplica-se o princípio da especialidade a fim de se tipificar a conduta de Alberto.

Não há de se falar em especialidade quando comparado o constrangimento ilegal e crime


de roubo. Nesse caso, mais coerente é a aplicação da consunção (crime fim absorve o crime
meio, que é necessário para atingir o resultado desde logo pretendido). Portanto, a consunção
vem resolver os casos de progressão criminosa, crime progressivo e, também, crime complexo,
que é o caso do roubo.

GABARITO. ERRADO

16. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de bens existentes no interior de uma casa
habitada, tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD e forno micro-ondas. Nessa situação,
aplicando-se o princípio da consunção, Adolfo não responderá pelo crime de violação de domicílio, mas
somente pelo crime de furto.

O art. 15 do Código Penal trata da desistência voluntária, ocorrendo quando o indivíduo


está no MEIO DA EXECUÇÃO, pode continuar, mas desiste voluntariamente e vai embora; mas
trata também do arrependimento eficaz, quando o agente, após esgotar os atos executórios,
mas sem consumar o delito, impede que o resultado se produza (pode ser por meio de socorro
à vítima).
Em ambos os casos, o agente não responde pela tentativa do crime inicialmente
pretendido, sendo responsabilizado somente pelos atos já praticados.
No caso de homicídio, desclassifica-se esse tipo penal e aplica-se a lesão corporal. Por
outro lado, no caso de furto à residência, descaracteriza-se o furto e aplica-se o crime de
violação de domicílio (questão).

GABARITO. CERTO

17. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2012 - Polícia Federal -
Agente da Polícia Federal) Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no
princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio
necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais abrangente.

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Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para a prática do crime de
estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.

Meu aluno, a consunção é aplicada nos casos em que um crime é meio necessário/fase
de preparação para um crime fim (resultado fim pretendido). Nesse contexto, quando o
indivíduo se utiliza de um crime de falso para a prática tão somente do estelionato, o falso fica
absorvido pelo estelionato, conforme conteúdo da Súmula 17 do STJ.
Repare que não necessariamente deve ser a relação de um crime menos grave sendo
absorvido pelo mais grave, pois a própria súmula retrata um caso de um crime menos grave que
absorve o mais grave.

GABARITO. CERTO

18. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista
Ministerial - Área Processual) O princípio da consunção, consoante posicionamento doutrinário e
jurisprudencial, resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave é meio
necessário, fase de preparação ou de execução de outro mais nocivo, respondendo o agente somente
pelo último. Há incidência desse princípio no caso de porte de arma utilizada unicamente para a prática
do homicídio.

Quando o porte de arma é utilizado no mesmo contexto do homicídio, sendo exclusivo


para alcançar o fim pretendido (morte), o homicídio absorve o crime de porte por causa da
aplicação da consunção.
A consunção é geralmente aplicada nos contextos de crime progressivo, progressão
criminosa e crime complexo (que tutela dois bens jurídicos distintos).

GABARITO. CERTO

19. (Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2008 - MPE-RR - Promotor de
Justiça)
Júlio falsificou certidão atestando o óbito de sua esposa e, munido desse documento, requereu pensão
por morte perante a previdência social, tendo recebido o benefício durante três anos, até que foi
descoberta a fraude. Nessa situação, Júlio poderá ser punido pelos crimes de falsificação de documento
público e estelionato contra o ente previdenciário, devendo o processo tramitar na justiça federal.

Não haverá concurso de crimes, pois o conflito de normas é meramente aparente nesse
caso. Perceba que o autor do crime falsificou a certidão de óbito necessariamente para praticar
o crime de estelionato previdenciário (conceito doutrinário). Nesse caso, o crime-fim
(estelionato previdenciário) absorve o crime de falsificação de documento público.

GABARITO. ERRADO

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20. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário
de Procuradoria) A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se
aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da referida lei seja
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Trata-se do teor da Súmula 711 do STF (aplicação específica nas situações de crimes
CONTINUADO OU PERMANENTE). Nesses casos, aplicar-se-á a lei que estiver vigente NO
MOMENTO EM QUE CESSAR a continuidade ou permanência, AINDA QUE A LEI SEJA MAIS
GRAVE. Portanto, não haverá necessariamente aplicação da retroatividade mais benéfica para
esses casos, observando-se, estritamente, a regra da súmula do STF.
DICA: em se tratando da lei penal no tempo, é importante observar as regras específicas
(art. 3º e Súmula 711 do STF). Se não for nenhuma das situações citadas, aí você pode visualizar
as hipóteses de extratividade mais benéfica (ultratividade e retroatividade).

GABARITO. CERTO

21. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário
de Procuradoria) O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá ser
considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do crime deverá ser aquele onde
tenha ocorrido a ação ou a omissão.

O tempo do crime é fixado pelo princípio da atividade, considerando-se no exato


momento da ação/omissão, independente do resultado. Para essa teoria, não importa quando
o crime se consumou, quando se deu o resultado, bastando o momento da ação/omissão, a
prática da conduta criminosa. Importante anotar que o crime permanente está ocorrendo o
tempo todo.
No caso da questão, apontou-se a teoria da atividade, mas colocaram no texto o termo
LOCAL, que não é atribuição desse princípio. Para o local do crime, aplica-se a teoria da
ubiquidade. Portanto, QUANDO É ATIVIDADE E ONDE É UBIQUIDADE.

GABARITO. ERRADO

22. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP) Situação hipotética: João cometeu crime
permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro
de 2011, houve alteração legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Assertiva: Nessa
situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade
da lei penal mais gravosa.

O crime de João é classificado como permanente, isto é, prolonga-se no tempo. Nessa


situação, teve início em fevereiro de 2011 (lei do início é mais branda). E se encerrou em
dezembro de 2011 (já vigia outra lei, que era mais grave). Por se tratar de um crime permanente,
aplica-se a lei que estava valendo NO MOMENTO DA CESSAÇÃO DA PERMANÊNCIA, não

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havendo, necessariamente, aplicação da ultratividade mais benéfica e nem lesão ao princípio da


irretroatividade da lei penal mais gravosa.

GABARITO. ERRADO

23. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Agente de Polícia Federal) Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei
que diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito
penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.

A questão não tratou de crime permanente/continuado ou sobre lei


temporária/excepcional. Nesse caso, posso aplicar a retroatividade de lei penal mais benéfica,
conforme entendimento constitucional penal. Portanto, se sobreveio uma nova lei mais
benéfica, aplicar-se-á a retroatividade de lei.
Retroatividade → lei nova mais benéfica;
Ultratividade → lei anterior revogada, sob a qual o agente praticou o crime.

GABARITO. ERRADO

24. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Delegado de Polícia Federal) Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de
nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com
a edição da nova lei.

A abolitio criminis ocorre quando uma nova lei deixa de considerar determinada conduta
como crime no ordenamento jurídico, isto é, ela simplesmente some do mapa penal. Nesse caso,
cessam os efeitos da execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
A continuidade normativo-típica, por sua vez, suprime somente o conceito formal, mas
materialmente a conduta continua causando ofensa a um bem jurídico tutelado pela norma
penal, só que em outro artigo. Em uma linguagem mais simples, a conduta migra para outro
artigo, a exemplo do atentado violento ao pudor, que migrou para o crime de estupro; o
contrabando, que saiu do art. 334 e passou a integrar o art. 334-A do Código Penal.
Reiterando, não houve abolitio no caso da questão, mas sim continuidade normativo-
típica.

GABARITO. CERTO

25. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a teoria da ubiquidade quando se fala do
tempo do crime, ou seja, o crime é considerado praticado no momento da ação ou da omissão.

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A teoria da ubiquidade trata do local do crime, conforme art. 6º do Código Penal. Nesse
dispositivo, considera-se praticado o crime no local onde ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, onde se produziu o resultado ou deveria produzir-se. É incompatível o termo
MOMENTO com LUGAR/LOCAL. Momento é TEMPO, que é fixado pela ATIVIDADE.
LUTA → LUGAR UBIQUIDADE / TEMPO ATIVIDADE.

GABARITO. ERRADO

26. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH – Advogado)
Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para
essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a
anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. Assertiva: Nessa situação,
dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime.

O autor do crime praticou o crime sob a vigência de lei X (multa), mas no meio do processo
criminal sobreveio uma lei nova mais gravosa (restrição de liberdade). No momento do
julgamento, o juiz vai aplicar a ultratividade de lei mais benéfica, que foi justamente a que vigia
no tempo do crime. Ressalta-se que a característica do fenômeno ultrativo é a aplicação de uma
lei revogada, mas que o fato foi praticado sob a vigência dela, que é o caso da questão.

GABARITO. CERTO

27. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário –
Judiciária) Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se esta tiver vigência antes
da cessação da permanência.

Ora, crime permanente ou continuado segue a regra da Súmula 711 do STF, aplicando-se
a lei que estiver valendo no momento em que cessada a continuidade ou permanência do delito.
Portanto, se a lei que estiver valendo antes da cessação da permanência for mais grave, não
importa, pois não ocorrerá, necessariamente, a ultratividade mais benéfica.

GABARITO. CERTO

28. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência
- Área 1) No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao prever como crime
conduta até então considerada atípica, será aplicada a retroatividade.

Perceba que determinada conduta X não era considerada crime. Entretanto, sobreveio
uma nova lei, agora, incriminando a conduta X. Nessa situação, não haverá retroatividade para

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punir o indivíduo, sob pena de violar o princípio da anterioridade de lei, pois não há crime sem
lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

GABARITO. ERRADO

29. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,
configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no entanto, foi alcançado
somente dois meses depois, ou seja, em sete de março do mesmo ano, momento no qual a conduta
criminosa tinha previsão de ser punida com pena menos grave, de restrição de direitos.
Considera-se praticado o crime somente em sete de março de 2017, momento em que se alcançou o
resultado desejado.

A ação criminosa praticada pelo autor foi em 7 de janeiro de 2017, considerando-se este
dia como O MOMENTO DO CRIME, conforme aplicação da Teoria da Atividade, tipificada no art.
4º do Código Penal.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.
A segunda parte do art. 4º pode ser interpretada da seguinte maneira: não importa o
momento do resultado.

GABARITO. ERRADO

30. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época,
configurava crime punível com prisão. O resultado desejado pelo autor, no entanto, foi alcançado
somente dois meses depois, ou seja, em sete de março do mesmo ano, momento no qual a conduta
criminosa tinha previsão de ser punida com pena menos grave, de restrição de direitos.
Nessa situação hipotética, de acordo com a lei penal, João não poderá ser condenado com a pena de
prisão em razão da retroatividade da lei mais benéfica.

Em sete de janeiro, vigia lei que punia o autor com pena de prisão (restrição de liberdade).
Entretanto, sobreveio uma nova lei mais benéfica, uma vez que pune o agente com pena
restritiva de direitos (que não é a liberdade). Como não se trata de crime
continuado/permanente ou lei excepcional/temporária, o autor será beneficiado pela
retroatividade de lei mais benéfica, AINDA QUE HAJA SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA
EM JULGADO.

GABARITO. CERTO

31. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciário
– Judiciária) Se um indivíduo praticar uma série de crimes da mesma espécie, em continuidade delitiva e

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sob a vigência de duas leis distintas, aplicar-se-á, em processo contra ele, a lei vigente ao tempo em que
cessaram os delitos, ainda que seja mais gravosa.

O crime continuado ou crime praticado em continuidade delitiva é classificado quando o


indivíduo pratica mais de um crime da mesma espécie, considerando-se em relação a eles, o
tempo, lugar, modo de execução e outras semelhanças, conforme art. 71 do Código Penal.
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer
caso, de um sexto a dois terços.
Em se tratando da sucessão de leis, aplica-se a lei que estiver valendo anteriormente à
cessação da continuidade, AINDA QUE SEJA MAIS GRAVE. Em uma forma mais clara, a lei que
estiver valendo no exato instante da cessação da continuidade ou permanência será a aplicada,
ainda que mais gravosa, será a aplicada.

GABARITO. CERTO

32. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público)
Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria ter sido produzido o resultado.

Trata-se do inteiro teor do art. 6º do Código Penal: considera-se praticado o crime no


lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado
UBIQUIDADE → LUGAR (ONDE):
- Ação ou omissão, no todo ou em parte;
- Onde se produziu;
- Onde deveria se produzir o resultado.

GABARITO. CERTO

33. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Analista Portuário
- Área Jurídica) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do governo
brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.

O Direto Penal adotou o princípio da territorialidade temperada/relativa/mitigada para


determinar a circunscrição penal do país. Nesse caso, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido
no território nacional e sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional.
Além disso, considera-se território nacional por extensão/assimilação/equiparação as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro

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onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente
ou em alto-mar.
A questão aponta um caso de crime cometido em navio a serviço do governo brasileiro,
que será considerado território nacional EM QUALQUER LUGAR, mesmo que no estrangeiro.
Nesse caso, não há de se falar em extraterritorialidade de lei, mas sim territorialidade, pois
ocorreu no território nacional (por extensão).
Embarcação/Aeronave PÚBLICA ou A SERVIÇO GOV. BR → QUALQUER LUGAR
Embarcação/Aeronave PRIVADA OU MERCANTE → LOCAL ESPECÍFICO

GABARITO. CERTO

34. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Papiloscopista Policial Federal) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo
de um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética,
para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro adota o princípio da
ubiquidade.

O princípio da ubiquidade resolve conflito de direito internacional, isto é, crimes a


distância (países distintos). Essa situação não se confunde com o crime plurilocal (vários locais
DENTRO do território nacional), isto é, resolve conflito interno, que é regulado pelo Direito
Processual Penal.
Nesse contexto, o Código Penal adotou o princípio da ubiquidade para determinar o lugar
do crime. Essa determinação trata da competência para o país aplicar a sua lei penal. A
ubiquidade fixa como local o lugar onde ocorreu a ação ou omissão, onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.

GABARITO. CERTO

35. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Técnico Judiciário
– Administrativa) Ainda que se trate de tentativa delituosa, considera-se lugar do crime não só aquele
onde o agente tiver praticado atos executórios, mas também aquele onde deveria produzir-se o resultado.

A ubiquidade é a junção da atividade + resultado, isto é, considera-se o local onde ocorreu


a ação ou omissão, mas também onde se deu o resultado/deveria produzir-se. Importante
ressaltar que a ubiquidade vai tratar necessariamente do local do crime, conforme art. 6º do
Código Penal. O tempo, por sua vez, é determinado pelo princípio da atividade.
Nessa situação, ainda que se trate de uma tentativa delituosa em um crime a distância,
aplicar-se-á o texto penal: onde se deu a ação ou onde deveria produzir-se o resultado.

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GABARITO. CERTO

36. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no território da
República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda que o agente seja absolvido naquele país.

A extraterritorialidade de lei ocorre quando o agente pratica um crime no estrangeiro fora


das hipóteses do art. 5º do Código Penal. Além disso, pode ser classificada como
INCONDICIONADA, não se importando, de modo geral, com os efeitos causados no estrangeiro;
ou CONDICIONADA, havendo necessidade do preenchimento de várias condições (cumulativas)
para que o Brasil tenha interesse de aplicar a sua lei penal.
O art. 7º, I, do CP, trata da EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA, sendo o agente
punido independente de qualquer situação que tenha ocorrido no estrangeiro, isto é, absolvido,
perdoado, cumprido pena, etc. Nesse contexto, o crime contra a fé pública praticado contra a
Administração Direta ou Indireta é hipótese de extraterritorialidade incondicionada. Portanto,
o autor fica sujeito à lei penal brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro.

GABARITO. CERTO

37. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN – Auditor) Situação
hipotética: João, brasileiro, residente em Portugal, cometeu crime de corrupção e de lavagem de dinheiro
no território português, condutas essas tipificadas tanto no Brasil quanto em Portugal. Antes do fim das
investigações, João fugiu e retornou ao território brasileiro. Assertiva: Nessa situação, a lei brasileira pode
ser aplicada ao crime praticado por João em Portugal.

O crime de corrupção e de lavagem de dinheiro não está no rol das hipóteses de


extraterritorialidade incondicionada. Por outro lado, encaixam-se na extraterritorialidade
condicionada. Nessa situação, a lei brasileira poderá ser aplicada ao crime praticado por Joao,
uma vez que ele entrou no território nacional. Entretanto, importante destacar que se faz
necessário o acúmulo dos demais requisitos expostos no §2º do art. 7º CP.
- Entrar no território nacional
- Dupla tipicidade
- Crime praticado é passível de extradição
- Não absolvido ou não cumpriu a pena
- Não perdoado ou não houve extinção de punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Os requisitos supracitados são CUMULATIVOS. Portanto, se deixar de preencher um deles,
não haverá interesse do Brasil em punir o agente, em outras palavras, não será aplicada a lei
penal brasileira se faltar PELO MENOS UM REQUISITO.
Como a questão tratou da possibilidade, torna-se correta. É possível? SIM! Bastando, para
tanto, o preenchimento dos demais requisitos.

GABARITO. CERTO

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38. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEGESP-AL Prova: CESPE - 2013 - SEGESP-AL –
Papiloscopista) Segundo o princípio da territorialidade, se uma pessoa comete latrocínio em embarcação
brasileira mercante em alto-mar, aplica-se a lei brasileira.

O princípio da territorialidade incidirá nos casos em que o crime tenha sido cometido
dentro do território nacional. Esse território, para fins penais, estende-se para além das
fronteiras geográficas, considerando-se também as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem; e as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar
Importante quebrar o mito de que a esse caso é aplicado o princípio da bandeira. Não,
não! Aplica-se o princípio da territorialidade. O princípio da bandeira é aplicado quando o crime
for praticado em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Portanto, a questão aponta um caso de territorialidade de lei, pois o crime ocorreu em
um dos espaços classificados como extensão do território nacional para fins penais.

GABARITO. CERTO

39. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Segundo a norma penal vigente, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido em
embarcações brasileiras, sendo elas de natureza pública ou privada, salvo se essas embarcações não se
encontrarem em águas internacionais.

Há de se fazer a diferença em relação às naturezas das embarcações ou aeronaves.


Quando pública ou a serviço do governo brasileiro, as embarcações e aeronaves serão
consideradas território brasileiro por extensão, ainda que se encontre em águas internacionais.
Por outro lado, classificando-se em privada ou mercante, somente será território nacional por
extensão quando no espaço aéreo correspondente (aeronave) ou em alto-mar (embarcação).
Nessa situação, a questão peca ao trazer como exceção “águas internacionais”, que
poderá ter aplicação da territorialidade de lei se o crime for cometido em embarcação e
aeronave pública ou a serviço do governo brasileiro.

GABARITO. ERRADO

40. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Segundo a atual redação do Código Penal Brasileiro, os crimes cometidos no estrangeiro
são puníveis segundo a lei brasileira se praticados contra a administração pública quando o agente
delituoso estiver a serviço do governo brasileiro, salvo se já absolvido pela justiça no exterior com relação
àqueles mesmos atos delituosos.

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O crime cometido no estrangeiro contra a administração pública por quem está a seu
serviço é regulado pela extraterritorialidade incondicionada. Nesse caso, independe se o
agente foi absolvido, se cumpriu pena ou se foi perdoado no estrangeiro. O autor do fato será
também julgado no Brasil. Portanto, questão errada.

GABARITO. ERRADO

41. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia)
A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo território argentino, Andrés, cidadão
guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer de uma discussão.
Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os tiros atingiram Hernando, cidadão
venezuelano que também estava a bordo. Nessa situação, em decorrência do princípio da territorialidade,
aplicar-se-á a lei penal brasileira.

O avião da Força Aérea Brasileira é de natureza pública, sendo território nacional EM


QUALQUER LUGAR DO MUNDO!
Portanto, aplica-se o princípio da territorialidade de lei penal, mesmo que esteja
sobrevoando em espaço estrangeiro.

GABARITO. CERTO

42. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia)
Considere a seguinte situação hipotética.
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico internacional
de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime, também foi
condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser cumprida
por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses.

Objetivamente, a banca tratou de um crime que ocorreu no estrangeiro, aplicando-se a


extraterritorialidade CONDICIONADA. Portanto, Jurandir não será punido no Brasil, mesmo que
entre no território nacional, já que CUMPRIU A PENA NO ESTRANGEIRO.
Condições cumulativas:
- Entrar no território nacional (ok)
- Dupla tipicidade (ok)
- Crime praticado é passível de extradição (ok)
- Não absolvido (ok) ou não cumpriu a pena (não ok)
- Não perdoado ou não houve extinção de punibilidade, segundo a lei mais favorável.

GABARITO. ERRADO

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43. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A lei penal brasileira será aplicada a crime cometido contra a administração pública por
servidor público em serviço, ainda que seja praticado no estrangeiro.

Trata-se do art. 7º, I, “c”, do CP, que é uma situação de extraterritorialidade


incondicionada. O autor será punido mesmo que seja absolvido, tenha cumprido pena ou
perdoado no estrangeiro, por causa da classificação da extraterritorialidade.

GABARITO. CERTO

44. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A lei penal brasileira será aplicada aos crimes cometidos no território nacional ainda que
praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de propriedade privada em voo no espaço aéreo
correspondente, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional.

A questão transcreveu o art. 5º de uma maneira diferente, trazendo o parágrafo segundo


combinado com o caput, que aponta a territorialidade relativa, pois haverá situações em que
será aplicada lei internacional, apesar de cometido em território brasileiro, a exemplo das
imunidades diplomáticas.

GABARITO. CERTO

45. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário) A homologação de sentença estrangeira no Brasil, nos casos em que a aplicação da lei
brasileira produza na espécie as mesmas consequências, independe de pedido da parte interessada, a fim
de obrigar o condenado a reparar o dano.

A homologação de sentença estrangeira nos casos de efeitos civis (de modo geral)
depende do pedido da parte interessada. Nos demais casos, como aplicação de medida de
segurança, depender-se-á da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

GABARITO. ERRADO

46. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2013 - PC-BA -
Investigador de Polícia) A extraterritorialidade da lei penal condicionada e a da incondicionada têm como
elemento comum a necessidade de ingresso do agente no território nacional.

O elemento em comum entre as classificações apontadas no art. 7º é a APLICAÇÃO DA LEI


PENAL BRASILEIRA. O Brasil não dependerá da entrada no território nacional para aplicar sua lei
penal no caso em que o autor for responsável por um crime regulado por extraterritorialidade
incondicionada.

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GABARITO. ERRADO

47. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Técnico Judiciário
– Administrativa) Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito acerca do delito, em
uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a
concepção da sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido.

Parece difícil por causa da linguagem, mas a questão apontou apenas os conceitos do
caráter formal e material do delito. Em seu caráter formal, crime é a conduta reprovável por lei
(visão legislativa – legislativo edita a lei). O caráter material, por sua vez, retrata a conduta
reprovável pela sociedade, que causa ofensa “social” (pré-jurídico – antes de adentrar na esfera
legislativa).

GABARITO. CERTO

48. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é aplicável caso o agente tenha
tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.

O commodus discessus (saída mais cômoda) é aplicado no estado de necessidade, isto é,


se o autor tem a possibilidade de evitar a situação, deve-se, assim, optar pela evitabilidade. Por
outro lado, não há obrigação do commodus discessus na Legítima Defesa. Nessa situação, se o
agente tem a possibilidade de fugir (saída mais cômoda) e mesmo assim enfrenta a injusta
agressão para cessá-la, continuará acobertado pela Legítima Defesa.

GABARITO. ERRADO

49. (o: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União) O
direito penal brasileiro não admite a punição de atos meramente preparatórios anteriores à fase
executória de um crime, uma vez que a criminalização de atos anteriores à execução de delito é uma
violação ao princípio da lesividade.

O iter criminis é o estudo do percurso do crime, que é constituído por uma cogitação,
preparação, execução e consumação. A fase de preparação, em regra, é impunível. Entretanto,
será punível quando a preparação constituir o próprio delito, a exemplo do porte ilegal de arma
de fogo, da associação criminosa, entre outros.

GABARITO. ERRADO

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50. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VI) Na legislação pátria, adotou-se o
critério bipartido na definição das infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais
e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas últimas espécies.

A doutrina majoritária adotou o sistema dicotômico/bipartido/bipartite para definição de


INFRAÇÃO PENAL, considerando-se como gênero, que comporta DUAS espécies (por isso
bipartido). Essas espécies são a contravenção penal e o crime (chamado também de delito –
sinônimo). Portanto, a questão está corretíssima, pois não há, de fato, diferença entre crime e
delito, já que são termos sinônimos.
INFRAÇÃO PENAL → SISTEMA BIPARTIDO (contravenção penal e crime)
CRIME → SISTEMA TRIPARTIDO (fato típico, ilícito e culpável)

GABARITO. CERTO

51. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área V) A partir da teoria tripartida do delito
e das opções legislativas adotadas pelo Código Penal, é correto afirmar que o dolo integra a culpabilidade
e corrobora a aplicação concreta da pena.

Em atenção à teoria finalista tripartite da ação (adotada pelo Código Penal), o crime é
constituído por um fato típico antijurídico e culpável. Para essa teoria, o dolo é natural,
integrando-se a conduta, que é um dos componentes do fato típico.
A teoria causalista que integra o dolo como elemento da culpabilidade, sendo classificado
como dolo normativo. Importante salientar que essa teoria não é a adotada atualmente pelo
Código Penal.
TEORIA FINALISTA (CP) → DOLO NATURAL (FATO TÍPICO)
TEORIA CAUSALISTA → DOLO NORMATIVO (CULPABILIDADE)
GABARITO. ERRADO

52. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL) Em caso de urgência, a definição do que é crime
pode ser realizada por meio de medida provisória.

Não é possível PREVER crimes e COMINAR penas por meio de lei em sentido material, sob
pena de violar o princípio da reserva legal. Nesses casos, faz-se necessário utilizar o instrumento
normativo adequado para tratar sobre normal penal incriminadora, a exemplo da LEI
ORDINÁRIA ou LEI COMPLEMENTAR, que são classificadas como LEI EM SENTIDO ESTRITO (LEI
FORMAL).

GABARITO. ERRADO

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53. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Provas: CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas) Na doutrina e jurisprudência contemporâneas, predomina
o entendimento de que a punibilidade não integra o conceito analítico de delito, que ficaria definido como
conduta típica, ilícita e culpável.

A doutrina dominante entende que o crime é constituído por três elementos, sendo fato
típico, ilícito e culpável. Nessa situação, aponta-se para a teoria tripartite para definir essa
espécie de infração penal, não aceitando como um dos elementos a punibilidade, que é a
possibilidade jurídica de punição estatal diante de uma situação criminosa.
Há uma corrente que é minoritária, mas que você só responderá se perguntar
especificamente sobre ela (há raríssimas questões), aceitando a punibilidade como elemento do
crime, no caso da teoria QUADRIPARTITE/QUADRIPARTIDA: fato típico, ilícito, culpável e punível.
Mas lembre-se: o ordenamento jurídico adota a TEORIA TRIPARTITE, que não integra a
punibilidade como elemento do delito.

GABARITO. ERRADO

54. (Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de
Inteligência - Área de Direito) No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de crime, o
sistema tricotômico, de acordo com o qual as infrações penais são separadas em crimes, delitos e
contravenções.

O sistema tricotômico adotado para definição do crime diz respeito aos elementos que o
constituem: fato típico, antijurídico e culpável. Crimes (delitos) e contravenção são espécies de
infração penal, que é classificada pela teoria dicotômica/bipartida. Lembre-se de que delito e
crime são a mesma coisa.

GABARITO. ERRADO

55. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova) Cleiton, policial rodoviário federal e professor de curso
de direção defensiva e ofensiva, viajava de carro com sua namorada, Gisele. Durante a viagem, Gisele
reclamou da alta velocidade empreendida pelo namorado e o alertou da possibilidade de causar um
acidente, tendo em vista o tempo chuvoso. Cleiton, por sua vez, respondeu que nada aconteceria, porque
ele era um profissional competente, de excelência, que ensinava outros policiais rodoviários federais a
pilotarem viaturas. Entretanto, durante uma curva, o veículo derrapou na pista molhada, o carro ficou
desgovernado, capotou e Gisele faleceu instantaneamente. Cleiton sofreu pequenas escoriações. A
perícia feita no local constatou excesso de velocidade.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Cleiton agiu com dolo eventual, devendo responder pela prática de homicídio doloso.

Cleiton estava se confiando nas habilidades dele, acreditando que o resultado previsto
jamais iria acontecer. Essa situação é característica fundamental da culpa consciente. Repare
que não se confunde com dolo eventual, porque nesta situação o agente prevê o resultado e

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ainda assume o risco de produzi-lo, não se importando para a sua ocorrência. É o verdadeiro “Tô
nem aí!”, “dane-se!”.
Culpa Consciente → Previsão do resultado e NÃO aceitação dele (confiando nas
habilidades).
Dolo Eventual → Previsão do resultado e assunção do risco de sua ocorrência (dane-se,
tô nem aí).

GABARITO. ERRADO

56. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário –
Administrativa) Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou
imperícia.

O crime doloso ocorre quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
lo. O crime culposo ocorre quando o sujeito ativo (autor) deu causa ao resultado por
imprudência, negligência e imperícia.

GABARITO. ERRADO

57. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal) Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para
o dolo direto e a teoria do assentimento para o dolo eventual.

O dolo direto é fixado pela teoria da vontade. Já o dolo eventual é fixado pela teoria do
assentimento (assunção do risco). Ambos estão no art. 18, I, do Código Penal.
1ª Parte: Teoria da Vontade
2ª Parte: Teoria do Assentimento

GABARITO. CERTO

58. (Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-SC Prova: CESPE - 2016 - TCE-SC - Auditor Fiscal de
Controle Externo – Direito) Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua
habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao
animal que ele desejava abater.

Meus alunos, quando a banca descrever uma situação de “não ocorrência do resultado
pela confiança das habilidades”, caracterizar-se-á CULPA CONSCIENTE. A banca sempre vai
querer fazer esse tipo de pegadinha.
Culpa Consciente → Previsão do resultado e NÃO aceitação dele (confiando nas
habilidades).
Dolo Eventual → Previsão do resultado e assunção do risco de sua ocorrência (dane-se,
tô nem aí).

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A questão trata sobre a culpa consciente!

GABARITO. ERRADO

59. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área IV) Ricardo, com o objetivo de matar
Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo
do qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave
morreram.
Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito contra
Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros do avião.

O DOLO DIRETO DE 1º GRAU ocorre quando o agente quer atingir determinado resultado
e alcança sem que haja necessariamente outros efeitos decorrentes do primeiro.
Por outro lado, ocorre o DOLO DIRETO DE 2º GRAU quando o agente quer atingir
determinado resultado, mas necessariamente ocorrerá efeitos colaterais, isto é, produzirá
efeitos necessários para consumação do que ele realmente queria fazer (praticar o dolo direto
de primeiro grau).
No caso da questão, ocorrido o fato, “A” responderá por homicídio com:
- DOLO DIRETO DE 1º GRAU → CONTRA O PILOTO DE AVIÃO
- DOLO DIRETO DE 2º GRAU → CONTRA OS DEMAIS PASSAGEIROS DO AVIÃO.
Importante destacar que o dolo de segundo grau é direto, não havendo confusão com o
dolo eventual (que é indireto). Neste, há assunção de um risco, que pode ou não ocorrer. Por
outro lado, naquele (dolo direto de segundo grau), o resultado necessariamente ocorrerá para
que se atinja o dolo direto de primeiro grau.

GABARITO. CERTO

60. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área III) Age com dolo eventual o agente que
prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades,
será capaz de evitá-los.

Mais uma vez a banca querendo fazer confusão com culpa consciente e dolo eventual.
Neste ocorre a assunção do risco (“tô nem aí”). Naquele, o agente acredita que jamais ocorrerá
o resultado, porque ele confia na habilidade que possui. Portanto, a questão tratou mais uma
vez da culpa consciente.

GABARITO. ERRADO

61. (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova) A negligência, como modalidade de

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conduta, é caracterizada quando o agente do delito demonstra inaptidão técnica em profissão ou


atividade.

A questão conceitua perfeitamente a culpa por IMPERÍCIA, falta de aptidão técnica, que
não se confunde com inobservância de regra técnica (aumento de pena o crime de homicídio e
lesão corporal, ambas na modalidade culposa).
A negligência fica caracterizada quando o agente pratica uma conduta omissiva (um não
fazer). Em termos mais práticos, o agente deixa de fazer o que normalmente seria feito. Por
outro lado, a imprudência se classifica quando o agente faz o que normalmente não deveria ser
feito.

GABARITO. ERRADO

62. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Perito Criminal Federal - Conhecimentos Básicos - Todas as Áreas) A fim de garantir o sustento de sua
família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto
expunha os produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi
surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a
delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à sua vontade, ele responderá
pelo crime tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao crime consumado diminuída de
um a dois terços.

Não há de se discutir sobre a conduta da situação hipotética, se já foi consumada ou não.


Atenha-se ao comando da questão, que nesse caso trouxe uma CONDIÇÃO, qual seja, “SE A
CONDUTA” de Pedro não se consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente, fica
caracterizado o crime tentado, cuja pena será reduzida de 1/3 a 2/3.

GABARITO. CERTO

63. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Técnico Judiciário - Área Administrativa) Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade
habitual, em razão da pressa para entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as
precauções no preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à
integridade física de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Embora não tenha desejado o resultado danoso, Antônio poderá ser punido devido à imperícia na
execução do procedimento laboratorial.

Antônio foi omisso ao não tomar as precauções no caso, ocorrendo a culpa pela
negligência. Antônio pode ter a pena aumentada em 1/3 se ficar comprovado que ele deixou de
observar as regras técnicas para exercer determinada atividade.

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GABARITO. ERRADO

64. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) Crime culposo não admite tentativa.

Objetivamente, não se admite a tentativa na hipótese de crime culposo. Além disso, não
se aplicará aos demais casos citados abaixo:
- Crime de atentado
- Crime condicionado
- Crime unissubsistente
- Contravenção penal
- Crime omissivo próprio
- Crime habitual
- Crime Preterdoloso
PUCCACHO

GABARITO. CERTO

65. (Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-SC Prova: CESPE - 2016 - TCE-SC - Auditor Fiscal de
Controle Externo – Direito) A culpa imprópria ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas em que o
agente, em virtude de erro evitável pelas circunstâncias, dá causa dolosamente a um resultado, mas
responde como se tivesse praticado um delito culposo.

Conforme leciona Rogério Sanches, a culpa imprópria deriva de uma descriminante


putativa por erro de tipo (EVITÁVEL/INDESCULPÁVEL). Há um erro sobre os pressupostos do
fato, em que o autor age dolosamente (pensando estar sob uma excludente de ilicitude), mas
erra sobre um dos elementos por causa das circunstâncias. Nesse caso, a conduta é praticada
com vontade, mas pensando que está abarcado por uma descriminante. O erro, nessa situação,
se evitável, exclui o dolo, mas pune a título de culpa se previsto em lei (culpa imprópria).

GABARITO. CERTO

66. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-GO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - TRE-GO -
Analista Judiciário - Área Judiciária) A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer o filho recém-
nascido dentro de um veículo responderá pela prática de homicídio doloso no caso de o bebê morrer por
sufocamento dentro do veículo fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a
obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança.

A mãe foi descuidada ao esquecer o seu filho dentro do veículo, o que, nessa situação,
classifica-se como homicídio culposo. O homicídio seria doloso se a mãe tivesse deixado o filho
dentro do carro com a intenção homicida (por meio do sufocamento). A omissão penalmente
relevante pode ser tanto culposa quanto dolosa. Fique ligado!

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GABARITO. ERRADO

67. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público)
A superveniência de causa relativamente independente da conduta do agente excluirá a imputação do
resultado nos casos em que, por si só, ela tiver produzido o resultado.

O art. 13 caput do CP adota, como regra, a equivalência dos antecedentes causais


(condition sine qua non). E como exceção, parágrafo primeiro, a superveniência de causa
relativamente independente (também chamada de causalidade adequada). Na exceção (estudo
das concausas – causas concorrentes), a imputação do resultado em relação à causa “A” será
excluída quando, por si só, a causa concorrente, “B”, tiver produzido o resultado. Em relação à
causa “A”, o agente responde pelos fatos praticados anteriormente.

GABARITO. CERTO

68. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi adotada como
regra, no CP, a teoria da causalidade adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos
antecedentes causais.

Sobre o estudo do nexo causal, o Código Penal adotou como regra a equivalência dos
antecedentes causais (caput do art. 13). Por outro lado, o parágrafo primeiro deste artigo
descreve a exceção, que é a causalidade adequada (estudo das concausas). Portanto questão
errada!

GABARITO. ERRADO

69. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário -
Área Judiciária) Considere que Alfredo, logo depois de ter ingerido veneno com a intenção de suicidar-se,
tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por Paulo, que desejava matá-lo. Considere,
ainda, que Alfredo tenha morrido em razão da ingestão do veneno. Nessa situação, o resultado morte não
pode ser imputado a Paulo.

Perceba que a situação hipotética traz um contexto de causas que concorrem para
determinado resultado (concausas). Nessa situação, importante verificar qual delas de fato
consumou o crime.
Causa “A” → Disparos de arma de fogo
Causa “B” → Ministrou veneno
Ora, a questão aponta que a vítima morreu em decorrência da ingestão do veneno. Nessa
situação, a causa efetiva foi o veneno (“B”). Portanto, não se pode imputar o resultado morte

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em relação à causa “A”, porque não foi ela quem determinou o resultado. Em relação à “A”, no
máximo, imputar-se-ia uma tentativa de homicídio.

GABARITO. CERTO

70. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista – Direito)
Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de revólver em sua direção. Socorrida, Maria foi
conduzida, com vida, de ambulância, ao hospital; entretanto, no trajeto, o veículo foi abalroado pelo
caminhão de José, que ultrapassara um sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente.
Nessa situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo.

A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por


si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Nessa situação, há a quebra do nexo de causalidade entre uma das causas e o resultado,
respondendo o agente pelo fato anteriormente praticado. No contexto da questão, os disparos
efetuados por Júlio (causa “A”) não foi o causador efetivo da morte de Maria. Júlio, então,
responderá por tentativa de homicídio, uma vez que José, por si só, causou o resultado morte
na modalidade culposa, quebrando o nexo entre a conduta de Júlio e a morte de Maria.
Assim, Júlio responderá por tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo.

GABARITO. CERTO

71. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Papiloscopista Policial Federal) Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo
de um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-
no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região. Nessa situação hipotética,
se o policial ferido não falecer em decorrência do tiro disparado pelo traficante, estar-se-á diante de
homicídio tentado, que, no caso, terá como elementos caracterizadores: a conduta dolosa do traficante;
o ingresso do traficante nos atos preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à consumação do crime
por circunstâncias alheias à vontade do traficante.

O iter criminis ou percurso do crime é constituído por 4 fases: COGITAÇÃO, PREPARAÇÃO,


EXECUÇÃO E CONSUMAÇÃO. A tentativa ocorre quando o agente inicia a fase de execução, mas
o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do autor. Nesse contexto, a
questão está errada, pois afirmou que a tentativa tem como elemento “a entrada nos atos
preparatórios”

GABARITO. ERRADO

72. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota
a teoria objetiva.

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Pune-se a tentativa porque o Código Penal adotou a teoria objetiva, isto é, a intenção da
prática do agente, ainda que não se tenha atingido o resultado pretendido. Todavia, essa
punição ocorre por causa de uma adequação típica mediata por uma ficção jurídica de
antecipar, de forma temporal, a figura típica (que é editada na forma de consumação, mas se
antecipa para a execução).

GABARITO. CERTO

73. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-GO Prova: CESPE / CEBRASPE - 2015 - TRE-GO -
Analista Judiciário - Área Judiciária) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir
atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta.

A tentativa pode ser classificada como branca/incruenta quando não atinge a vítima ou o
objeto contra qual deveria recair a conduta; ou pode ser classificada como vermelha/cruenta,
quando a vítima ou o objeto é atingido.
Pode ser classificado, paralelamente, como perfeita (esgotam-se os meios) ou imperfeita
(ainda há meios para continuar a execução), sendo que em ambas as situações não há
consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente.

GABARITO. CERTO

74. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público)
O STJ tem firmado entendimento de que, na tentativa incruenta de homicídio qualificado, deve-se reduzir
a pena eventualmente aplicada ao autor do fato em dois terços.

O crime tentado poderá reduzir a pena de 1/3 a 2/3, via de regra. Esse intervalo está
associado ao percurso do iter criminis, ou seja, quanto mais próximo o agente chegou à
consumação. Nessa situação, se o agente ficou mais distante, a redução será maior; se chegou
bem próximo à consumação, a redução será menor. Diante disso, o STJ entendeu que o autor
de crime tentado na modalidade branca (não atingiu a vítima/coisa) terá a pena reduzida em
2/3.

GABARITO. CERTO

75. (no: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: CESPE - 2013 - Polícia Federal -
Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) Considere que Aldo, penalmente capaz, após ser fisicamente
agredido por Jeremias, tenha comprado um revólver e, após municiá-lo, tenha ido ao local de trabalho de
seu desafeto, sem, no entanto, o encontrar. Considere, ainda, que, sem desistir de seu intento, Aldo tenha
se posicionado no caminho habitualmente utilizado por Jeremias, que, sem nada saber, tomou direção
diversa. Flagrado pela polícia no momento em que esperava por Jeremias, Aldo entregou a arma que

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portava e narrou que pretendia atirar em seu desafeto. Nessa situação, Aldo responderá por tentativa
imperfeita de homicídio, com pena reduzida de um a dois terços.

Aldo não chegou, sequer, a adentrar na esfera de execução para o crime do art. 121. Nessa
situação, não será punido por tentativa de homicídio, uma vez que ação criminosa não chegou
ao menos a ser tentada. Por outro lado, o autor poderá responder por porte ilegal de arma de
fogo.

GABARITO. ERRADO

76. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCU Prova: CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de
Controle Externo) Um crime é enquadrado na modalidade de delito tentado quando, ultrapassada a fase
de sua cogitação, inicia-se, de imediato, a fase dos respectivos atos preparatórios, tais como a aquisição
de arma de fogo para a prática de planejado homicídio.

O crime é tentado quando o agente inicia a execução, mas não chega à consumação por
circunstâncias alheias à sua vontade, conforme art. 14, II, do Código Penal. Nessa situação, a
questão se encontra errada, pois os atos preparatórios, em regra, são impuníveis.

GABARITO. ERRADO

77. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 - PRF - Policial
Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova) Vitor, namorado de Ana, motivado por ciúmes,
resolveu matar o ex-namorado dela, Bruno. Adquiriu, ilegalmente, uma arma de fogo para executar o
crime e a guardou dentro de um armário em seu quarto. Vitor, então, mandou uma mensagem para Bruno
pelo celular de Ana, fingindo ser ela e combinou de se encontrarem no dia seguinte. Bruno, pensando
estar conversando com Ana, aceitou o convite. Durante a noite, Vitor desistiu de executar o crime. No dia
seguinte, foi ao shopping e lá foi preso, pois Bruno havia descoberto o plano e avisado à polícia.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A polícia agiu de forma correta ao prender Vitor, que responderá por tentativa de homicídio.

Vitor não chegou, sequer, a adentrar na esfera de execução para o crime do art. 121.
Nessa situação, não será punido por tentativa de homicídio, uma vez que ação criminosa não
chegou ao menos a ser tentada. Ele, inclusive, desistiu de INICIAR a execução. Não seria nem
mesmo desistência voluntária, porque precisa que o agente esteja nos atos executórios. Nesse
caso, a polícia agiu erroneamente ao executar a prisão do indivíduo.

GABARITO. ERRADO

78. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de
Inteligência - Área 2) João integra conhecida organização criminosa de âmbito nacional especializada em
tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com o objetivo de tornar legal o dinheiro obtido ilicitamente, ele
convenceu Pedro e Jorge, conselheiros fiscais de uma cooperativa de mineradores que atuam na região

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Norte do país, a modificar valores obtidos em uma mina de ouro. Pedro, sem conhecer a fundo a origem
dos valores, concordou em fazer a transação. Antes de concluí-la, entretanto, ele desistiu da ação, e
tentou convencer Jorge a fazer o mesmo. Tendo Jorge decidido prosseguir no esquema, Pedro, então, fez
uma denúncia sigilosa à polícia, que passou a investigar o fato e reuniu elementos necessários ao
indiciamento dos envolvidos. Antes que concretizasse a ação final de registro de valores, Jorge foi
impedido pela polícia, que o prendeu em flagrante.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Pedro será punido com pena atenuada em virtude de arrependimento eficaz, e Jorge será punido por
crime tentado.

A desistência voluntária e arrependimento eficaz não atenua a pena do autor. Em ambos


os casos, o que ocorre é a desclassificação (exclusão) da figura típica de um crime para aplicação
de outro, a depender do caso concreto. Por exemplo, em uma tentativa de homicídio, se o
resultado não se consuma porque o autor desistiu voluntariamente no meio da execução ou
impediu que o resultado se produzisse, ele será beneficiado, excluindo-se a tentativa de
homicídio e respondendo somente pelos atos já praticados, LESÃO CORPORAL. Em outro
contexto, a exemplo do furto à residência, o agente não responderá por tentativa de furto, mas
sim violação de domicílio.
É importante identificar em qual momento do iter criminis o agente se encontra, porque
se o agente estava praticando os atos executórios, poderá incidir a desistência voluntária. Mas
quando o agente esgota os atos executórios e não chega à consumação porque a impediu, estar-
se-á diante do arrependimento eficaz.

GABARITO. ERRADO

79. (Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- Analista Judiciário - Área Judiciária) É admissível a incidência do arrependimento eficaz nos crimes
perpetrados com violência ou grave ameaça.

Tanto a desistência voluntária quanto o arrependimento eficaz aceitam os crimes que o


autor utiliza violência ou grave amaça, a exemplo do homicídio por exemplo. Por outro lado, não
será possível incidir o arrependimento posterior, porque o art. 16 determina que o crime deve
ser praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa.
+ Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz → Aceita a incidência nos crimes com
violência ou grave ameaça
+ Arrependimento Posterior → Não aceita os crimes com violência ou grave ameaça.

GABARITO. CERTO

80. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciário
– Judiciária) Em se tratando do delito de furto, havendo subsequente arrependimento do agente e
devolução voluntária da res substracta antes do oferecimento da denúncia, fica caracterizado o
arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse caso, ser reduzida de um a dois terços.

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O arrependimento eficaz ocorre quando o autor do crime se arrepende e evita a


consumação do delito depois de esgotado os atos executórios. O autor do crime não responde
pelo resultado que era pretendido inicialmente, mas somente pelos atos já praticados. Por
exemplo, se a intenção era de homicídio, não responderá por tentativa de homicídio, mas sim
lesão corporal.

GABARITO. ERRADO

81. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público
Federal) Configura-se a desistência voluntária ainda que não tenha partido espontaneamente do agente
a ideia de abandonar o propósito criminoso, com o resultado de deixar de prosseguir na execução do
crime.

A desistência deve ser VOLUNTÁRIA, não se exigindo espontaneidade. Portanto, se


alguém pedir para que ele não continue, o agente pode simplesmente aceitar e desistir
VOLUNTARIAMENTE (por vontade própria). É diferente da tentativa do art. 14, que o crime não
se consuma por circunstâncias ALHEIAS.
Portanto, não se exige a espontaneidade, bastando que o ato seja voluntário.

GABARITO. CERTO

82. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa) Denomina-se arrependimento eficaz a
reparação do dano ou a restituição voluntária da coisa antes do recebimento da denúncia, o que
possibilita a redução da pena, em se tratando de crimes contra o patrimônio.

Denomina-se arrependimento posterior quando o agente repara o dano integralmente


ou restitui a coisa antes do recebimento da denúncia, nos crimes patrimoniais ou com reflexos
patrimoniais e sem violência ou grave ameaça à pessoa. Preenchidos os requisitos do art. 16,
reduz-se a pena do autor de 1/3 a 2/3.

GABARITO. ERRADO

83. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal)
Entende-se que o arrependimento eficaz se configura quando o agente, no curso do iter criminis, podendo
continuar com os atos de execução, deixa de fazê-lo por desistir de praticar o crime.

Repare que o autor está no MEIO DE EXECUÇÃO, o que não é compatível com o
arrependimento eficaz, mas sim com a desistência voluntária (os atos executórios estão
ocorrendo). No arrependimento eficaz, o agente já passou da execução, mas não chegou à
consumação por ter impedido voluntariamente esse resultado.

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GABARITO. ERRADO

84. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PG-DF Prova: CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador)
Marcos, imbuído de animus necandi, disparou tiros de revólver em Ricardo por não ter recebido deste
pagamento referente a fornecimento de maconha. Apesar de ferido gravemente, Ricardo sobreviveu.
Marcos, para chegar ao local onde Ricardo se encontrava, foi conduzido em motocicleta por Rômulo, que
sabia da intenção homicida do amigo, embora desconhecesse o motivo, e concordava em ajudá-lo.
Ricardo foi atingido pelas costas enquanto caminhava em via pública, e Marcos e Rômulo, ao verem a
vítima tombar, fugiram, supondo tê-la matado.
Houve desistência voluntária, pois os agentes fugiram do local ao perceberem a vítima tombar no chão,
sem disparar o tiro de misericórdia.

Os agentes não desistiram voluntariamente de continuar na execução do delito. O crime


não se consumou por circunstâncias alheias à vontade deles (tombou e pensou que a vítima já
estava morta). Nessa situação, fica caracterizado homicídio tentado.

GABARITO. ERRADO

85. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal -
Delegado de Polícia Federal) Cristiano, maior e capaz, roubou, mediante emprego de arma de fogo, a
bicicleta de um adolescente, tendo-o ameaçado gravemente. Perseguido, Cristiano foi preso, confessou
o crime e voluntariamente restituiu a coisa roubada. Nessa situação, a restituição do bem não assegura a
Cristiano a redução de um a dois terços da pena, pois o crime foi cometido com grave ameaça à pessoa.

Não há de se falar em arrependimento posterior quando o crime patrimonial envolve


violência ou grave ameaça à pessoa, como no caso de roubo (art. 157). Ainda que o autor
restitua a coisa integralmente, não haverá redução de pena. No máximo, pode incidir atenuante
genérica do Código Penal.
Por outro lado, é possível que se aplique a desistência voluntária ou arrependimento
eficaz.
+ Com violência/ameaça à pessoa → pode desistência voluntária ou arrependimento
eficaz
+ Com violência/ameaça à pessoa → NÃO pode arrependimento posterior

GABARITO. CERTO

86. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário –
Administrativa) O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado,
violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.

Crime impossível é um termo doutrinário que se encaixa quando o agente tenta praticar
um crime com um meio empregado absolutamente ineficaz ou quando há impropriedade
absoluta do objeto atacado/atingido. Nesses casos, NÃO HÁ CRIME. O Direito Penal adotou a

AGORA EU PASSO!
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teoria objetiva temperada/relativa, necessitando-se que o meio ou o objeto sejam ABSOLUTOS


em relação à ineficácia ou impropriedade, respectivamente.
Portanto, se não há nem tampouco perigo de lesão, o meio é totalmente ineficaz, como
uma arma de brinquedo para tentar praticar o crime de homicídio.

GABARITO. CERTO

87. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal) O arrependimento posterior incide apenas nos crimes patrimoniais e sua
caracterização depende da existência de voluntariedade e espontaneidade do agente.

Não se exige ESPONTANEIDADE para aplicação do arrependimento posterior, assim como


na desistência voluntária e no arrependimento eficaz. Basta, para incidência dos 3 institutos,
que o ato seja VOLUNTÁRIO:
+ Desistência voluntária → ato de desistir
+ Arrependimento eficaz → ato de impedir a consumação
+ Arrependimento posterior → ato de reparar o dano ou restituir a coisa (integralmente).

GABARITO. ERRADO

88. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime, estará
caracterizado crime impossível.

Trata-se de entendimento jurisprudencial e sumulado pelo STF (Súmula 145),


denominado delito putativo por obra do agente provocador. É classificado como um flagrante
preparado/provocado, que é ilegal. É importante destacar que a Lei de Drogas e a Lei que rege
o Estatuto do Desarmamento foram alteradas recentemente pelo Pacote Anticrime, criando-se
uma possibilidade de flagrante preparado, quando presentes elementos probatórios razoáveis
de conduta criminal preexistente (art. 33, §1º, IV e art. 17, §2º).

GABARITO. CERTO

89. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-RN - Assessor Técnico
Jurídico - Cargo 2) Situação hipotética: André, que tinha praticado crime de roubo e subtraído, na ocasião,
R$ 1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o referido valor a este antes do recebimento da denúncia.
Assertiva: Nessa situação, a restituição do dinheiro subtraído configura arrependimento posterior, o que
incorre no reconhecimento de causa de diminuição de pena.

Não há de se falar em arrependimento posterior, porque André praticou um crime de


roubo (que há violência), ainda que haja reparação ou restituição integral do bem.

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GABARITO. ERRADO

90. (Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2015 - AGU - Advogado da União)
João, empregado de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a órgão da administração
pública direta, subtraiu aparelho celular de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse
órgão.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Se devolver voluntariamente o celular antes do recebimento de eventual denúncia pelo crime, João
poderá ser beneficiado com redução de pena justificada por arrependimento posterior.

A conduta de João é considerada crime de furto (art. 155 do CP). Nesse caso, como não
há violência ou grave ameaça à pessoa, poderá incidir o arrependimento posterior, caso haja
devolução da coisa ou reparação antes do recebimento da denúncia. Preenchidos os requisitos
legais, João será beneficiado com a redução de 1/3 a 2/3.

GABARITO. CERTO

91. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário –
Direito) Configura crime impossível a tentativa de subtrair bens de estabelecimento comercial que tem
sistema de monitoramento eletrônico por câmeras que possibilitam completa observação da
movimentação do agente por agentes de segurança privada.

É pacífico o entendimento de que a vigilância por monitoramento eletrônico e por


vigilantes em uma empresa não configura, por si só, crime impossível a tentativa de subtrair
bens de estabelecimento comercial. O crime se consuma com a inversão da posse do bem
(amotio), independente se foi mansa e pacífica ou se o indivíduo saiu da esfera de vigilância da
vítima.

GABARITO. ERRADO

92. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal) O
CP permite a aplicação de causa de diminuição de pena quando o arrependimento posterior for
voluntário, não exigindo que haja espontaneidade no arrependimento.

Essa característica é uma das que são mais cobradas em prova quando se trata de
arrependimento eficaz, desistência voluntária e arrependimento posterior. Não se exige a
espontaneidade, BASTA que o ato seja voluntário. Portanto, questão correta.

GABARITO. CERTO

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93. (Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PE) O arrependimento posterior, por exigir
voluntariedade, é uma circunstância subjetiva que se restringe à esfera pessoal de quem a realiza e, de
acordo com a jurisprudência do STJ, não se estende aos co-autores e partícipes da infração penal

A doutrina majoritária leciona que o arrependimento posterior possui circunstâncias


objetivas, a exemplo da restituição ou reparação integral, que se comunica aos demais corréus.
Nesse caso, quando um agente restitui ou repara a coisa integralmente, ainda que sozinho, o
arrependimento posterior incidirá aos demais coautores do crime, reduzindo-se a pena de 1/3
a 2/3.

GABARITO. ERRADO

94. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara
dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VI) Ocorre crime preterdoloso quando o
agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente
responda pelo resultado posterior, é necessário que este seja previsível.

O crime preterdoloso é uma espécie dos crimes agravados pelo resultado. Nesse
especificamente, o crime ocorre por uma CONDUTA DOLOSA e um RESULTADO CULPOSO. Por
exemplo, o agente tem a intenção de lesionar (dolo de lesionar – conduta) e das lesões, ocorre
um resultado morte que ele não queria (culpa na morte – resultado). Nessa situação, o agente
não responderá por homicídio, mas sim lesão corporal seguida de morte.

GABARITO. CERTO

95. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH – Advogado)
Situação hipotética: Um agente, com a livre intenção de matar desafeto seu, disparou na direção deste,
mas atingiu fatalmente pessoa diversa, que se encontrava próxima ao seu alvo. Assertiva: Nessa situação,
configurou-se o erro sobre a pessoa e o agente responderá criminalmente como se tivesse atingido a
pessoa visada.

O erro sobre a pessoa ocorre, em 99% dos casos, quando somente a vítima efetiva está
em perigo, que não é o caso da questão. Perceba que a vítima virtual (quem se pretendia matar)
estava em perigo juntamente com a vítima efetiva (quem de fato morreu). Diante disso,
configurou-se o erro na execução – aberratio ictus. Entretanto, destaca-se que em ambas as
situações (erro sobre a pessoa e erro na execução) o autor do crime responderá como se tivesse
atingido a pessoa que de fato ele pretendia praticar o crime.

GABARITO. ERRADO

96. (Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia)
Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento invencível de algum

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elemento do tipo quanto a conduta do agente que age acreditando estar autorizado a fazê-lo ensejam
como consequência a exclusão do dolo e, por conseguinte, a do próprio crime.

O erro de tipo recai sobre os elementos que constituem o crime, que excluirá o dolo, mas
poderá punir a título de culpa se previsto em lei. Por outro lado, o erro de proibição recai sobre
a ilicitude do fato, que isentará a pena do indivíduo ou reduzirá de 1/6 a 1/3. A questão apontou
duas situações e deu apenas uma consequência.

GABARITO. ERRADO

97. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE - 2012 - PC-AL - Delegado de Polícia)
O erro de tipo, se vencível, afasta o dolo e a culpa, estando diretamente ligado à tipicidade da conduta do
agente.

O erro de tipo vencível ou também indesculpável exclui o dolo, mas permite a punição a
título de culpa, se previsto em lei.

GABARITO. ERRADO

98. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2011 - TRE-ES -
Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) Erro de pessoa é o mesmo que erro na execução ou
aberratio ictus.

Apesar de em ambas as situações o autor responder como se tivesse atingido a vítima


pretendida, o erro na execução ocorre quando o agente por acidente ou erro no uso dos meios
de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa
diversa. Por outro lado, o erro sobre a pessoa ocorre quando o autor se engana em relação à
pessoa. Nesta última situação, apenas a vítima efetiva está no local (99% das questões). Por
exemplo, o agente atira em uma pessoa que tem cabelo comprido, achando que é a mulher
dele, mas na verdade era um colega cabeludo. Na situação criada, apenas a vítima efetiva estava
no local – aberratio in persona.
No caso de erro na execução, a vítima efetiva e a virtual estão em perigo, tanto que o
agente erra a pontaria e acaba acertando pessoa diversa.

GABARITO. ERRADO

99. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2011 - TRE-ES -
Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) O erro que recai sobre elemento constitutivo do tipo
permissivo também é conhecido como descriminante putativa, embora nem todo erro relacionado a uma
descriminante seja erro sobre elemento constitutivo do tipo permissivo.

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De acordo com a teoria limitada da culpabilidade, a descriminante putativa pode ser


classificada como erro de tipo permissivo ou erro de proibição indireto (erro de permissão). Em
ambos os casos, o erro recai sobre uma descriminante. No primeiro, o autor erra sobre os
pressupostos fáticos de uma excludente que existe. Na segunda situação, o autor erra sobre os
limites de uma excludente existente ou erra sobre uma excludente que não existe (cria na sua
cabeça), isto é, erro sobre a existência de uma norma permissiva.

GABARITO. CERTO

100. (Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Provas: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Área
Judiciária) Considere a seguinte situação hipotética. Lúcio manteve relação sexual com Márcia, após
conhecê-la em uma boate, cujo acesso era proibido para menores de 18 anos, tendo ela afirmado a Lúcio
ter 19 anos de idade, plenamente compatível com sua compleição física. Nessa situação, constatado
posteriormente que Márcia era menor de 14 anos, Lúcio não será punido por crime de estupro, tendo em
vista que a jurisprudência do STF reconhece, no caso, o erro de proibição, que afasta a culpabilidade do
agente.

De fato, Lúcio não será punido por crime de estupro, porque as circunstâncias o levaram
a acreditar que a menina era maior de idade e consentiu com o ato sexual. Nesse caso, Lúcio
estava sob uma falsa percepção da realidade dos fatos, que enseja em erro sobre os elementos
que constituem o crime, que sempre excluirá o dolo, mas permitirá a punição por crime culposo
se tiver previsão legal, no caso de erro de tipo vencível.
Como se trata de um delito de estupro, não haverá crime, ainda que o erro seja
indesculpável, porque não existe estupro culposo. Portanto, a questão erra ao afirmar que Lúcio
estava em um erro de proibição, quando na verdade era erro de tipo.

GABARITO. ERRADO

101. (Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Caixa Prova: CESPE - 2006 - Caixa – Advogado) O erro
de tipo é aquele que recai sobre os elementos ou circunstâncias do tipo, excluindo-se o dolo e, por
consequência, a culpabilidade.

O dolo é natural (adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro), sendo um dos elementos
da conduta, que compõe o fato típico. Nessa situação, quando se elimina o fato típico, exclui-se
o próprio crime. O dolo normativo, por sua vez, está na culpabilidade, mas não é aceito
atualmente no nosso ordenamento jurídico.

GABARITO. ERRADO

102. (Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Provas: CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário -
Direito - Área Judiciária - específicos) Considere que, no âmbito penal, um agente, julgando ter obtido o
resultado intentado, pratique uma segunda ação, com diverso propósito, e, só a partir desta ação,

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produza-se, efetivamente, o resultado pretendido. Nessa situação, configura-se o dolo geral, também
denominado aberratio causae.

O aberratio causae é o erro sobre o nexo de causalidade (erro de tipo acidental), porque
o agente alcança o resultado pretendido, mas erra em relação ao nexo entre a causa efetiva e o
resultado. Em outros termos, o agente pratica duas ações, mas pensa que alcançou o resultado
pretendido já na primeira, sendo que a segunda tem uma finalidade diversa, a exemplo da
ocultação do delito.
O agente efetua disparos de arma de fogo (1ª AÇÃO) contra alguém e acredita que matou
a vítima. Acontece que a vítima ainda não morreu, só está desacordada. Ato contínuo, o agente
joga a vítima no rio para esconder o corpo – 2ª AÇÃO (sendo que agora assim ela morre).

GABARITO. CERTO

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