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Memorex Carreiras Policiais – Rodada 01

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Memorex Carreiras Policiais – Rodada 01

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 16/11/2022
Rodada 03 23/11/2022
Rodada 04 30/11/2022
Rodada 05 07/12/2022
Rodada 06 14/12/2022

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 17
RLM ........................................................................................................................................... 23
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 37
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 47
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 60
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ..................................................... 69
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 81
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 86
MEDICINA LEGAL .............................................................................................................. 92

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO - GÊNERO DO TEXTO -
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS

A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações


que aparecem nele, considerando suas características internas.

Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a


função do texto na sociedade e as características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 02
TIPO NARRATIVO

Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou


imaginários).

Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no


presente, referindo-se ao passado (presente histórico).

Há evolução cronológica (antes e depois).

Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo:

Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no


presente.
Intenção do autor: contar uma história!
DICA 03
TIPO DESCRITIVO

Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem,


de uma situação.

Há detalhamentos e simultaneidade.

Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas


coloridas.

Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo:

Simultaneidade: não há antes e depois.


Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações...

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DICA 04
TIPO ARGUMENTATIVO

Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese


defendida.

Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.

A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,


desenvolvimento e conclusão.
DICA 05
TIPO ARGUMENTATIVO

Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.


A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, não é feita
argumentação da tese.

No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,


apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões
históricas...
Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos
apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.
DICA 06
MODOS VERBAIS - IMPERATIVO E SUBJUNTIVO

Imperativo: Indica um pedido, um conselho ou uma ordem.

Ex.: Vá para o seu quarto!; Repense melhor!

Subjuntivo: Indica uma possibilidade ou uma dúvida.

Ex.: Talvez Márcio jante esta noite.


Se eu morasse em São Paulo, eu seria feliz.
DICA 07
MODO VERBAL DO INDICATIVO

Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade.

Ex.: Mônica sempre estuda no quarto.


Eu moro em Londrina.

QUESTÃO.
No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (7° parágrafo), o
verbo destacado tem o sentido de:
A) conselho.

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B) permissão.
C) decreto.
D) dúvida.
Gabarito: Alternativa A, pois o verbo tem o objetivo de aconselhar e está no modo
imperativo.

DICA 08
INFINITIVO
Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas manifesta a
ação e, por vezes, pode ter valor de
substantivo.
Ex.: Elas comeram muito churrasco.
Ouvi eles cochicharem baixinho. Ex.: Dormir é a melhor coisa da Vida.

DICA 09
GERÚNDIO E PARTICÍPIO

Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).

Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). O particípio pode ser regular ou
irregular:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Caracteriza-se pela terminação “ado” e Pode exercer o papel de adjetivo.


“ido”.
Ex.: Mari adora polentas fritas.
Ex.: João havia jantado no restaurante.
Todo o presente é aceito com muito amor.
Mari tinha sido batizada.

DICA 10
ADVÉRBIO
É palavra invariável que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo.
Expressa uma circunstância.

Ex.: As crianças falavam calmamente (advérbio de modo).

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QUESTÃO
Na frase “e torcer para eles sumirem logo”, o termo ‘logo’ funciona como:
A) advérbio de lugar.
B) advérbio de tempo.
C) conjunção conclusiva.
D) conjunção explicativa.
Gabarito: Alternativa B, pois “logo” expressa um valor temporal.

DICA 11
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO

Lugar: Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

Tempo: Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, logo, ainda (até agora).

Ordem: Primeiramente, depois, ultimamente.


Intensidade: Tão, pouco, muito, mais, menos.
Modo: Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

Afirmação: Sim, realmente, certamente.

Negação: Não, nunca, nem, tampouco.

Dúvida: Provavelmente, talvez, possivelmente.


Inclusão: Ainda, também, mesmo.

Exclusão: Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

Um exemplo das circunstâncias do advérbio:

Maria dormiu.

→ ONDE ela dormiu? (no quarto) → lugar


→ QUANDO ela dormiu? (ontem) → tempo
→ COMO ela dormiu? (sentada) → modo
OBS.: As circunstâncias adverbiais são infinitas.
OBS.: “Dormir” é VI (verbo intransitivo). Então, tudo o que for adicionado
após o verbo é apenas um acréscimo de circunstância.

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DICA 12
TEMPOS VERBAIS - TEMPOS DO INDICATIVO

Presente: indica um fato atual ou que acontece muito.

Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias.

Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de
ocorrer.

Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias.

Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído.

Ex.: Ele brincou no pátio ontem.

Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

Ex.: Mauro falara de suas profissões.

Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual.

Ex.: Marina comerá massa amanhã.

Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior.

Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro.


DICA 13
TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Presente do Subjuntivo: Indica um fato hipotético no presente.

Ex.: Minha mãe quer que eu seja arquiteta.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: Fato hipotético no passado.

Ex.: Seria melhor se eu esperasse menos de você.

Futuro do Subjuntivo: Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao
atual.

Ex.: Quando ela vier à loja, levará os vestidos mais ousados.

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DICA 14
TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples:

PRESENTE IMPERFEITO FUTURO

que eu ame se eu amasse quando eu amar


que tu ames se tu amasses quando tu amares
que ele ame se ele amasse quando ele amar
que nós amemos se nós amássemos quando nós amarmos
que vós ameis se vós amásseis quando vós amardes
que eles amem se eles amassem quando eles amarem

DICA 15
MORFOLOGIA : CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Exemplos: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 16
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.


Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...
Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

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NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.


Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.
Exemplos: embora, mas, e.

QUESTÃO.
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

DICA 17
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO

PREPOSIÇÃO

Termo que exprime uma relação de regência.

As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE,


DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

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ADJETIVO

Atribui características aos substantivos.


Exemplos: azul, espanhol, inteligente.

INTERJEIÇÃO

Expressa o estado emotivo daquele momento.


Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa!

VERBO

Expressa estado, ação e fenômeno da natureza.


Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer.

DICA 18
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

INTERJEIÇÕES ADJETIVOS

PREPOSIÇÕES PRONOMES

CONJUNÇÕES SUBSTANTIVOS

ADVÉRBIOS NUMERAIS

VERBOS

ARTIGOS

As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam.

Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e


não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável.

As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM.

Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo:

Ex.: A menina esperta.


As meninas espertas.
DICA 19
SUBSTANTIVAÇÃO
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA.

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Veja os exemplos abaixo:

O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).
Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.

O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 20
ESTRUTURA DAS PALAVRAS: RADICAL E DESINÊNCIA

A palavra tem seu significado principal no RADICAL. São acrescentados outros


elementos ao radical.

Ex.: VENDER → VENDA → VENDEDOR (RADICAL = VEND)


A DESINÊNCIA aparece após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal.

Desinência Nominal: indica o número (singular ou plural) e o gênero (feminino ou


masculino). As desinências de gênero são, portanto, “a” e “o”. Quanto à desinência de
número, é formada pelo “s” se for plural; se for singular, não existe uma desinência
própria.

Desinência Verbal: indica o modo, a pessoa, o número, bem como o tempo dos
verbos.

Ex.: “NAMORÁVAMOS”
Radical = namor
Vogal temática = á
Desinência modo-temporal = va
Desinência número-pessoal = mos
DICA 21
PROCESSO E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Palavras Primitivas: não se formam por meio de outras palavras.
Ex.: flor; pedra.
Palavras Derivadas: formam-se por meio de palavras que já existem.
Ex.: floricultura; pedreiro.
Palavras Compostas: têm dois ou mais radicais. Geralmente, possuem um
significado novo, diferente do significado das palavras que a formam.
Ex.: planalto.
couve-flor.

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DICA 22
DERIVAÇÃO

Derivação prefixal: é a inclusão do prefixo à palavra de origem primitiva.


Ex.: Recomeçar.

Derivação sufixal: é a inclusão do sufixo à palavra de origem primitiva.


Ex.: tristeza.

Derivação regressiva: quando existe um processo de redução na


palavra primitiva.
Ex.: “portuga” é derivação regressiva de “português”.

Derivação imprópria: alteração semântica na nova palavra.


Há uma mudança de classe gramatical.
Ex.: “alto” é adjetivo, mas pode ser um advérbio.
→ Mônica fala muito alto. (Nesse caso, “alto” não é um adjetivo, mas um
advérbio).

Derivação parassintética/parassíntese: há a inclusão de um prefixo


e de um sufixo à palavra.
Ex.: per + noit + ar = pernoitar

DICA 23
FLEXÃO NOMINAL

Pontos importantes sobre flexão nominal:

Substantivos terminados em “ão”:


1) Apenas é acrescentado o “s” ao final. Ex.: cidadão – cidadãos.

2) “Ão” → “ães”. Ex.: alemão – alemães.


3) “Ão” → “ões”. Ex.: doação – doações.

Substantivos que terminam em “al”, “ol”, “el” e “ul”:


Ex.: lençol – lençóis.
guarda-sol – guarda-sóis.

Substantivos terminados em “x”:


Ex.: O tórax – os tórax.
SÃO INVARIÁVEIS!

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ATENÇÃO!

Pode ser “pegadinha” de prova:

Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães → (TODAS ESTÃO CORRETAS)


Guardião – guardiães e guardiões → (TODAS ESTÃO CORRETAS)

DICA 24
FLEXÃO VERBAL

MODO:

Modo indicativo – há certeza na fala.


Ex.: Eu vou comprar ingressos para o teatro.

Modo subjuntivo – há hipótese/suposição na fala.


Ex.: Se você falasse comigo, seria muito bom.

Modo imperativo – há uma ordem/pedido.


Ex.: Vá tomar banho!

TEMPO:

Passado:
Pretérito perfeito: Ex.: Eu amei.
Pretérito imperfeito: Ex.: Eu amava.
Pretérito mais-que-perfeito: Ex.: Eu amara.
Presente: Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama...

FUTURO:

Futuro do presente: Ex.: Eu amarei.


Futuro do pretérito: Ex.: Eu amaria.

PESSOA:

1ª pessoa: Eu e nós.
2ª pessoa: Tu e vós.
3ª pessoa: Ele e eles.

NÚMERO:

singular e plural.

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VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM PROVA:

QUESTÃO
“Sou tudo o que fui, o que sou, o que serei.”
Assinale a opção em que todas as formas verbais que correspondem, respectivamente,
às sublinhadas no fragmento acima, estão corretas.
a) teve / tenho / terei.
b) fiz / faço / fazerei.
c) vi / vejo / virei.
d) houve / hei / haverei.
e) venho / vim / verei.
Gabarito: Alternativa D.

DICA 25
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

“CONJUNÇÃO” é um tema muito cobrado em prova.


Conjunções coordenativas: ligam termos que não têm dependência entre si. As
conjunções coordenativas podem ser:

ADVERSATIVA = relação de OPOSIÇÃO

Ex.: todavia, porém, entretanto, contudo, mas.


MACETE: TOME NO COPO

TOdavia

Mas

Entretanto

NO entanto

COntudo

POrém

ADITIVA = relação de SOMA

Ex.: mas também, bem como, como também.

ALTERNATIVA = relação de ALTERNÂNCIA

Ex.: seja... seja, quer... quer.


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EXPLICATIVA = relação de EXPLICAÇÃO

Ex.: porquanto, porque, pois (antes do verbo)

CONCLUSIVA = relação de CONCLUSÃO

Ex.: portanto, logo, pois (após o verbo)

QUESTÃO.
Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o
miserável”, a conjunção sublinhada pode ser adequadamente substituída por:
a) no entretanto;
b) embora;
c) visto que;
d) portanto;
e) contudo.
Gabarito: Alternativa E, pois, há a ideia de oposição.

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INFORMÁTICA
DICA 26
COMPONENTES DE UM COMPUTADOR
A arquitetura básica de computador é formada por Processador, Memória Principal e
entradas e saídas. Tudo isso conectado através de barramentos. O processador é
composto pela ULA (Unidade lógica aritmética), pelos registradores e pela UC (Unidade de
Controle). O processador é responsável pelo processamento dos dados, é ele quem
coleta e armazena os dados na memória principal. A memória principal realiza o
armazenamento dos dados. A entrada e saída é responsável pela movimentação dos
dados para dentro e fora do computador.
DICA 27
PRINCIPAIS PERIFÉRICOS

Os periféricos são utilizados para enviar ou receber dados do computador,


como por exemplo quando escrevemos no computador, utilizamos o teclado, tipo de
periférico de entrada. Assim como o mouse também é um periférico de entrada. Outros
periféricos de entrada são: Scanner, Microfone, caneta óptica etc.
Os periféricos de saída são aqueles responsáveis por emitir algo do computador,
como por exemplo o monitor de vídeo. Chama-se o monitor de vídeo de periférico de
saída temporária, pois caso não haja energia não haverá saída. Outros periféricos de saída
são: Impressora, Caixa de Som, Fone de ouvido etc.
DICA 28
MÍDIAS PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS

São as mídias que armazenam os dados que desejamos ter de maneira


permanente.

Exemplos de mídias são: HD (Hard Disk ou Disco Rígido), CD, DVD, Pen drive , HD
externo, Fita Magnética, cartão de memória etc.
O pen drive e os cartões de memória utilizam a memória flash. É um tipo de memória
mais rápida que a do HD convencional, porém mais lenta que a memória volátil.
DICA 29
CONCEITOS GERAIS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
O sistema operacional é o software base do computador. É ele quem acessa
diretamente o Hardware e faz todo o gerenciamento dos recursos, seja de memória
volátil, armazenamento e escalonamento de processos. O usuário não acessa
diretamente nenhum desses hardwares, tudo é feito através do sistema operacional, feito
através de chamadas de funções. O sistema operacional tem funções que são
chamadas para realizar determinadas tarefas, como por exemplo abrir um arquivo,
enviar um arquivo para impressão etc.
DICA 30
WINDOWS 10
É um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft. É um sistema
proprietário, multisessão (capacidade de operar com várias contas de usuários),
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multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas). Disponível nas versões Home, Pro,
Education, Enterprise.

Home - Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro - Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise - Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções


avançadas como como o AppLocker.

Education - Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 31
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de de trabalho.

As opções são:

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 32
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS
Pastas são utilizadas para agrupar itens, é uma forma de organização. Um diretório tem a
mesma função que uma pasta.
Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser do
tipo Texto, Dado, Binário, Executável etc.
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de
contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba
segurança.
Arquivos têm extensões, elas representam qual o tipo de arquivo e facilitam qual
programa pode abri-lo.

Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word.


Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows.

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DICA 33
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, COPIAR, COLAR
Utiliza-se o Windows Explorer para gerenciar arquivos no Windows. É possível copiar
(CTRL + C) arquivos e colá-los(CTRL + V) para outras pastas. Também é possível
mover arquivos e pastas.

Caso um arquivo seja copiado para dentro de uma pasta onde já exista um arquivo com
o mesmo nome, o Windows irá perguntar se deseja:

Substituir o arquivo no destino;

Ignorar este arquivo;

Comparar informações para ambos os arquivos.


No caso de copiar um arquivo e colar na mesma pasta em que o arquivo foi copiado, será
feita uma cópia do arquivo e o nome será alterado para “nome do arquivo - Copia”
É possível copiar arquivos utilizando o botão direito do mouse. Será necessário arrastá-
lo com o botão direito do mouse até a pasta de destino. Terá as seguintes opções: Copiar
Aqui, Mover para Cá, Criar atalhos aqui.
DICA 34
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, MOVER E RECORTAR
A opção de recortar (CTRL + X) um arquivo se assemelha com a de mover, quando se
recorta um arquivo, este irá para a área de transferência e quando for colado no
destino, o arquivo inicial deixará de existir, existindo, agora, somente no destino.
Porém, faz-se necessário uma ressalva, caso a opção de mover seja a escolhida, isto é, o
arquivo seja arrastado utilizando-se o botão esquerdo do mouse de um pasta para
outra, caso o arquivo esteja em outra partição, ele não será excluído e será feita uma
cópia na partição de destino. Caso o arquivo seja arrastado utilizando o botão direito do
mouse e a opção Mover para Cá seja escolhida, o arquivo também deixará de existir na
pasta de origem.
DICA 35
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS, EXCLUSÃO
Para excluir um arquivo, basta selecionar o arquivo e pressionar a tecla delete. Assim, o
arquivo será enviado para a Lixeira e deste modo pode ser recuperado posteriormente.
Porém, caso deseje excluir o arquivo definitivamente, pressione em conjunto as teclas
SHIFT + DEL. Assim, o arquivo não será enviado para a Lixeira. Caso um atalho seja
deletado, utilizando a tecla DEL ou a combinação SHIFT+ DEL, isto não irá afetar os
arquivos originais, apenas o atalho será excluído.
Ao deletar um arquivo de um pendrive ou outra mídia externa, mesmo utilizando apenas a
tecla DEL, o arquivo não será enviado a Lixeira, será excluído definitivamente. Sendo
possível somente a sua recuperação com ferramentas especializadas.

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DICA 36
PAINEL DE CONTROLE E TIPOS DE USUÁRIO
A visualização do painel de controle se dá através de categorias ou de ícones, que
mostram todos os itens pertencentes ao painel. através de categorias os itens ficam
agrupados.
Para desativar ou ativar recursos do Windows ou desinstalar um programa, utiliza-se a
opção Programas e Recursos da categoria Programas. Para gerenciar o Firewall do
Windows, ferramentas administrativas, histórico de arquivos, essas opções estão
disponíveis na categoria Sistema e Segurança. Outras categorias são responsáveis por
Aparência e Personalização, Relógio e Região, Rede e Internet, Contas de usuário.
Para que se possa realizar alterações no painel de controle, o usuário deve ser um
administrador. Além do administrador, o Windows conta com o tipo de conta usuário
padrão. A diferença é que o usuário padrão não pode fazer alterações no sistema, porém,
pode instalar programas para o seu usuário.
DICA 37
ELEMENTOS DO WINDOWS
O Windows contém elementos que auxiliam o usuário.
Barra de Tarefas - Mostra os programas ativos e permite iniciar novos programas
fixadas na barra de tarefas;

Barra de Ferramentas - Permite iniciar um endereço, um link, atalhos da área de


trabalho ou arquivos uma pasta específica escolhida pelo usuário. Pode ser habilitada ou
desabilitada clicando com o botão direito do mouse na barra de tarefas e ir até barra de
ferramentas. Localizada na parte inferior da tela;
Central de Ações - Na central de ações ficam localizadas as notificações do Windows
relativas ao e-mail, sistema, microsoft store;
Menu Iniciar - Contém opções de desligamento, de usuário, lista de programas
ordenados alfabeticamente, e é possível adicionar atalhos de programas na tela do menu
iniciar em forma de quadrados e organizá-los em grupos.

QUESTÃO.
Com relação a sistemas operacionais e ferramentas de edição de texto e planilhas,
julgue o item a seguir.
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso no ambiente Windows podem ser
acessados pelo Painel de controle, que é uma barra horizontal localizada na parte
inferior da tela.
Gabarito: Errado.

DICA 38
WINDOWS 10 - CORTANA

O Windows 10 trouxe inúmeros recursos que facilitam nosso dia a dia, sendo um deles a
Cortana, a qual é a assistente de produtividade pessoal da Microsoft que tem o intuito de
fazer o usuário economizar tempo e se concentrar no que é mais importante.
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Para ativar esse recurso, veja só como se faz:

1º : Clique no ícone da Cortana na barra de tarefas;

2º: Clique em configurações: ;

3º: Após, clique em “Conversar com a Cortana”:

4º: Depois, em Conversar com a Cortana, alterne a palavra de ativação para


ativado.

DICA 39
CORTANA - DISPONIBILIDADE E FUNCIONALIDADES

A Cortana está disponível apenas em determinados países/regiões, e alguns de seus


recursos talvez não estejam disponíveis em todos os lugares, inclusive, sobre isso há uma
lista das regiões e idiomas nos quais a Cortana está disponível pode ser encontrada no
próprio site da Microsoft.

O recurso da Cortana traz inúmeras funcionalidades ao usuário do Windows, veja


algumas delas:

Gerenciar seu calendário e manter sua agenda atualizada;

Participar de uma reunião no Microsoft Teams ou descobrir com quem será a sua
próxima reunião;

Criar e gerenciar listas;

Configurar alarmes e lembretes;

Localizar dados, definições e informações;


Abrir aplicativos no computador.
DICA 40
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PERMISSÕES NO LINUX
Arquivos ocultos no Linux são identificados através de um ponto no início do arquivo.
Arquivos e Pastas no Linux têm permissões para saber quem pode ler, executar e
escrever um arquivo ou pasta. No Linux as permissões são divididas entre Dono, grupo
e outros. As permissões são representadas da seguinte maneira: R para leitura, X para
execução e W para escrita. Assim são 9 campos para cada arquivo ou pasta.
Os três primeiros representam as permissões do dono, os três do meio do grupo e os
últimos de outros. Um exemplo de um arquivo que pode ser lido, escrito e executado pelo
dono e pelo grupo, mas não por outros: rwxrwx---

A notação de permissão de um arquivo também pode ser representada por números:


Read - 4

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Write - 2
Execute - 1
Assim, para representar nesta notação o exemplo anterior temos, 770. O comando que
realiza essas alterações é o chmod
Podemos notar que o valor 7 é o resultado da soma dos três campos.

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RLM
DICA 41
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS

O conjunto dos números naturais é representado pelo símbolo N, esse conjunto


compreenderá aqueles números que surgem naturalmente da necessidade de contar.

Ex.: N= {0,1,2,3,4,5,6...};
No conjunto dos números naturais não temos números quebrados, e não têm números
negativos. É o conjunto mais simples e possui uma quantidade infinita de elementos
Conjunto dos Inteiros (Z) basta acrescentar os números negativos aos números
naturais;

Ex.: Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...};

Os números racionais Q serão formados pelo conjunto dos números inteiros mais os
números quebrados, dizemos que um número é racional se ele pode ser representado na
forma de fração;
O conjunto dos números inteiros é um subconjunto dos racionais Z ⊂ Q.
DICA 42
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS

Um total de R$ 4.800,00 será dividido entre Ângela, Beatriz e Cláudio, de modo que
Beatriz receberá R$ 100,00 a menos que Ângela, e Cláudio receberá R$ 200,00 a mais
que Beatriz. O valor que receberá Beatriz é de?

Ex.: A+B+C=4.800, B=A-100, C=B+200. Com isso montamos o nosso sistema, sendo
que A, B e C quantidade recebida por Ângela, Beatriz e Claudio, respectivamente. Vamos
isolar C e jogar na 1º equação. A+B+B+200=4.800, A+2B=4.600 e B=A-100. Logo,
A+2x(A-100)=4.600 → A+2A-200=4.600 → 3A=4.800 → A=1.600, B=1.500 e
C=1.700.
Em um bazar da pechincha, foram vendidas 168 peças a R$ 2,00 cada, 53 peças a R$
5,00 cada e roupas de festa a R$ 10,00 cada. Sabendo-se que o valor total arrecadado
nesse bazar foi de R$ 1.071,00, a quantidade de roupas de festa vendidas foi?

Ex.: Vamos retirar as informações do enunciado:


1) 168 peças a R$ 2,00 cada;
2) 53 peças a R$ 5,00 cada;
3) x roupas de festa a R$ 10,00 cada. Logo, O total arrecadado foi R$ 1.071,00. Ora, veja
que o produto do número de peças pelo preço unitário fornece quanto o bazar arrecadou
com aquela peça. Para obter o valor total, basta somarmos cada um desses produtos
→ 168.2+53.5+x.10 = 1.071 → 336+265+10x = 1.71 → 10x = 1.071-601 → 10x = 470
→x=47 peças de roupas foram vendidas.

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DICA 43
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS

As amigas Flávia, Gilda e Hilda, saíram para fazer um lanche. A 1º tinha 35 reais, a 2º
tinha 45 reais e a 3º tinha 64 reais. Como Hilda tinha mais dinheiro, ela deu a cada uma
das amigas alguma quantia de forma que ficassem, as 3, com quantias iguais. Vamos
calcular a quantidade que Hilda deu a cada uma das amigas?

Ex.: Seja F quantidade de Flavia, G de Gilda e H de Hilda. Hilda tem mais grana e vai
dar um pouquinho dela para suas amigas de modo que as 3 fiquem com a mesma
quantia. Considere que x seja a quantia que Hilda dá a Gilda e y seja a quantia que Hilda
dá a Flávia. G=45+x, F=35+y, H=64-x-y. Nesse momento as 3 têm a mesma quantidade:
64-x-y=45+x=35+y. Ficamos com 2 equações, 2x+y=19 e x-y=-10. Logo x=3 reais e
y= 13 reais;
A soma de três números pares, positivos e consecutivos é 330. O maior número dessa
sequência é o número?

Ex.: São 3 números pares, positivos e consecutivos. Vamos considerar que o segundo
número par dessa sequência seja x. O próximo número par será x+2. O número par
anterior a ele será x-2. Assim, temos a seguinte sequência de números: x-2, x, x+2.
Sabemos que a soma deles é 330. Logo, x-2+x+x+2=330. 3x=330. X=110. Portanto, o
maior número é o 112.
DICA 44
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS

No ato de pagamento por um produto, um cliente entregou ao caixa uma nota de R$ 50.
Informado de que o dinheiro entregue não era suficiente, o cliente entregou mais uma
nota de R$ 50 e recebeu do caixa R$ 27 de troco. O cliente reclamou que ainda faltavam
R$ 9 de troco e foi imediatamente atendido pelo caixa. Nessa situação, o valor da compra
foi de quanto? → O cliente entregou R$ 50,00 + R$ 50,00 = R$ 100,00, para o caixa. O
atendente, apesar de inicialmente ter errado o troco, devolveu R$ 27,00 + R$ 9,00 = R$
37,00, logo, valor da compra total foi de R$ 100,00 − R$ 36,00 = R$ 64,00;
Maria colocou 62 livros em três prateleiras. Na primeira prateleira, ela colocou 19 livros.
Na segunda prateleira, ela colocou 25. Quantos livros Maria colocou na terceira prateleira?
→ temos 62 livros distribuídos em 3 prateleiras, na primeira tem 19 livros, na segunda
tem 25, e na terceira tem x. Quando somarmos as quantidades em cada prateleira,
devemos obter o total de livros. Logo, 19 + 25 + x = 62 → 44 + x = 62 → x = 62 − 44
→ x = 18 → Na terceira prateleira tem 18 livros;

Durante 185 dias úteis, 5 funcionários de uma agência bancária participaram de um


rodízio. Nesse rodízio, a cada dia, exatamente 4 dos 5 funcionários foram designados para
trabalhar no setor X, e cada um dos 5 funcionários trabalhou no setor X o mesmo número
N de dias úteis. O resto de N na divisão por 5 é igual a quanto? → 185 dias úteis são 37
semanas, contando 5 dias úteis em cada uma delas, como 4 funcionários trabalham por
dia útil. Dessa forma, cada funcionário trabalha 4 dias na semana no setor X. Assim, como
são 37 semanas, o total de dias trabalhados será N=37x4=148. Dividindo 148/5=29x5+3,
logo o Resto é de 3.

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DICA 45
MÚLTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS

Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando o número por um fator. Este fator,
por sua vez, é também divisor do múltiplo encontrado;

Ex.: O número 6 é um múltiplo de 2, pois 2x3=6 e o número


2 é um divisor de 6, pois 6 2 = 3;
Quando um número é múltiplo de outro, é o mesmo que dizer que o primeiro é divisível
pelo último. No nosso exemplo 6 é múltiplo de 2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é
divisor de 6;
Sendo assim, os múltiplos de um número podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3,
4, 5…. Logo, os múltiplos de um número são infinitos;
Já os divisores de um número são aqueles cuja divisão tem como resultado um número
inteiro, ou seja, a divisão é exata.
DICA 46
DIVISIBILIDADE - DIVISORES E MÚLTIPLOS

Todo número é divisor de si mesmo;


O número 1 é divisor de qualquer número.
O conjunto dos divisores de um número diferente de zero, é finito no campo dos
NATURAIS(N).
Ex.: Os divisores de 8 são (1, 2, 4, 8), finito.
Ser múltiplo de, é o mesmo que dizer: ser divisível por...
Ex.: Os múltiplos de 5, incluindo o zero, serão infinitos (0, 5, 10, 15, 20, 25, ....) pois
de 5 em 5 todos serão divisíveis por 5.
DICA 47
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Se um número é múltiplo do outro, o M.M.C. é o maior número.


Ex.: Entre os números 4 e 12 o MMC será 12.
O M.M.C de números primos entre si é sempre igual ao produto deles.

Ex.: 15 e 13 teremos MMC igual a 15 x 13 = 195

O M.M.C de dois números consecutivos é sempre o produto deles.

Ex.: 7 e 8 o MMC será 7 x 8 = 56

Para obter o MMC de dois ou mais números fatoramos até chegarmos a 1.

Ex.: Qual o M.M.C. dos números 12,18 e 30?


MMC 12, 18, 30 =
12,18,30 |2
6,9,15 |2
3,9,15 |3
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1,3,5 |3
1,1,5 |5
1,1,1
Logo, 2x2x3x3x5 = 180
MMC (12,18,30) = 180
DICA 48
MÁXIMO DIVISOR COMUM

Se um número é múltiplo do outro, o M.D.C é o menor número.


Ex.: Entre 6 e 24 o MDC será o número 6.
O M.D.C de números primos entre si é sempre igual a 1.
Ex.: 4 e 15 não tem divisor comum, portanto MDC igual a 1.
DICA 49
MÁXIMO DIVISOR COMUM

Identificamos o MDC pela ideia de agrupar, separar, dividir, maior possível e o MMC
pela ideia do após, encontro após um tempo, algo no futuro.
Ex.: Uma abelha rainha dividiu as abelhas de sua colmeia nos seguintes grupos para
exploração ambiental: um composto de 288 batedoras e outro de 360 engenheiras. Sendo
você a abelha rainha e sabendo que cada grupo deve ser dividido em equipes constituídas
de um mesmo e maior número de abelhas possível, então você redistribuiria suas abelhas
em:
a) 8 grupos de 81 abelhas. b) 9 grupos de 72 abelhas.
c) 24 grupos de 27 abelhas. d) 2 grupos de 324 abelhas.
MDC = 2 x 2 x 2 x 3 x 3 = 72
Então cada grupo terá 72 abelhas. Para saber a quantidade de grupos basta dividir o
total de abelhas por 72. Veja:
288 + 360 = 648 (Total de abelhas)
648: 72 = 9
DICA 50
MÁXIMO DIVISOR COMUM

Para obter o MDC de dois ou mais números fatoramos sempre por um divisor COMUM
aos números dados.
Ex.: Qual o M.D.C. dos números 12, 18 e 30?
Explicação passo-a-passo:
12,18,30 – 2
6,9,15 – 3

2,3,5 → não temos mais um divisor comum a esses números, paramos a fatoração
GAB -2x3 = 6

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 51
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

A Constituição Federal brasileira pode ser classificada da seguinte maneira:

Quanto ao conteúdo: Materiais e formais.

Quanto à forma: Escritas e não escritas.

Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica.

Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas

Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis.

Quanto a extensão: Analítica e sintética.

Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação!

A CF/88 é classificada como uma PEDRAF:

P Promulgada

E Escrita

D Dogmática

R Rígida

A Analítica

F Formal

DICA 52
CONSTITUIÇÃO - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - CONCEPÇÕES OU SENTIDOS

Concepções ou Sentidos de Constituição, são:

Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o
efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não
ocorresse, ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel.

Sentido político: Para Carl Schmitt a Constituição é uma decisão política


fundamental do titular do constituinte. E traz as normas de organização do Estado,
limitação do estado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente
constitucionais.

Sentido jurídico: Para Hans Kelsen a Constituição é fruto da vontade racional do


homem, e não das leis naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de
qualquer consideração de cunho político, social, filosófico. Para o sentido lógico-
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jurídico Constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de
fundamento lógico transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva, que
equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras
normas, lei nacional no seu mais alto grau.

Sentido lógico-jurídico: norma pressuposta - hipotética fundamental.

Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita que ocupa o todo do


ordenamento jurídico.
DICA 53
CONSTITUIÇÃO - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO

Supremacia Material: É um corolário do objeto clássico das constituições, ou seja,


das chamadas matérias constitucionais, as quais são os fundamentos do Estado de
Direito. Por isso, segundo a doutrina, estão acima das leis. A supremacia material é
um atributo de toda constituição. Não gera consequências jurídicas.

Supremacia Formal: É uma característica exclusiva das constituições rígidas. A


supremacia formal decorre da rigidez (isto é muito importante para o controle de
constitucionalidade). A rigidez constitucional decorre exatamente da previsão de um
processo especial e agravado, reservado para alteração das normas constitucionais,
significantemente distinto do processo comum e simples, previsto para a elaboração e
alteração das leis complementares e ordinárias.
A supremacia formal da Constituição decorre da rigidez e da presença de mecanismos de
controle de Constitucionalidade. Porém, a supremacia material, que é a que decorre de
uma consciência constitucional.
FIXANDO!

Formal típica de constituições rígidas

Material típica de constituições flexíveis

DICA 54
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOAL
HUMANA
Esse princípio traduz a ideia do ser humano como alguém irrepetível e único, razão
pela qual não pode ser tomado como meio para o atingimento dos objetivos do Estado,
mas como um fim em si mesmo. Do ponto de vista jurídico, o conteúdo da dignidade da
pessoa se relaciona com os direitos fundamentais. Nesse sentido, somente terá a
dignidade preservada aquele sujeito que seja titular dos direitos relativos à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, sem qualquer discriminação.
A dignidade é a base de todos os direitos constitucionais, sejam individuais ou coletivos,
de participação política ou dos trabalhadores.

ATENÇÃO!

O Princípio da dignidade da pessoa humana se aplica a todos os brasileiros, mas


também aos estrangeiros no País.
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DICA 55
PODER CONSTITUINTE: EVOLUÇÃO DO PODER CONSTITUINTE

Versão clássica: Poder Constituinte na modalidade originária é um poder de fato


(não jurídico), criador de uma nova ordem jurídica por meio da elaboração de uma nova
constituição. Seu titular é a nação.

Versão moderna: Titular é o povo, seu exercício é realizado pelas Assembleias


Constituintes, incorporando instrumentos de decisão popular como o plebiscito e o
referendo.

Versão contemporânea: Também denominado de patriotismo constitucional, traz


a ideia de autonomia. O ato fundador da Constituição de um Estado passa a ser tomado
como um “processo de aprendizado social capaz de se corrigir si mesmo”.
DICA 56
TEORIAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

Teoria jusnaturalista – o poder constituinte é um poder de direito, anterior e


superior ao direito posto. Tem-se a ideia de um Direito Natural.

Teoria positivista – o poder constituinte é um poder de fato, funda a si próprio.


Trata- se de uma ruptura não jurídica, rompendo cm a lei máxima e se impondo como
uma força social ou político social.

Teoria da natureza híbrida – o poder constituinte é visto a partir de duas


perspectivas: como ruptura, é um poder de fato, mas na elaboração, é um poder de
direito. Ocorre, na verdade, uma ruptura jurídico-política que visa romper com a ordem
anterior e constituir uma nova ordem.
DICA 57
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

Características:

Inicial;

Autônomo;

Permanente;

Incondicionado;

Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos
direitos humanos (direitos suprapositivos).
DICA 58
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR

Natureza Jurídica: poder jurídico.


Por definição é limitado e condicionado pelo Poder Constituinte Originário.
Reforma é gênero e possui duas espécies: revisão e emenda.
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Revisão Constitucional Emenda Constitucional

Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da
CF/88, em sessão unicameral (Congresso República; um terço da Câmara dos
Nacional), com quórum de maioria absoluta Deputados ou do Senado federal; mais
para aprovação das emendas de revisão. da metade das Assembleias Legislativas
da federação, com votação de maioria
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas.
simples em cada uma delas.

Forma: Discutida em cada uma das


casas do Congresso Nacional, em dois
turnos com três quintos dos votos dos
membros.

Limites Materiais: não pode ser


objeto de EC a forma federativa de
Estado; o voto direito, secreto, universal
e periódico; a separação dos Poderes e
os direitos e garantias individuais.

DICA 59
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
É entendido como consequência da autonomia político-administrativa garantida
constitucionalmente, é a possibilidade dos Estados-membros de se auto organizarem por
meio de suas constituições estaduais.

Características: derivado, subordinado e condicionado.

Limites: princípios constitucionais sensíveis; princípios federais extensíveis; e


princípios constitucionais estabelecidos (normas de competência e normas de
preordenação).
A reforma da Constituição estadual deve respeitar os parâmetros estabelecidos pelo Poder
Constituinte Originário para a reforma (pontual via emendas) da Constituição federal.
Não há que se falar em revisão na Constituição Estadual.
DICA 60
PODER CONSTITUINTE DIFUSO – MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Poder constituinte difuso é o poder de fato que atua na etapa da mutação


constitucional, meio informal de alteração da Constituição.

Na mutação constitucional ocorre a alteração do conteúdo, do alcance e do sentido


das normas constitucionais, mas de modo informal, sem qualquer modificação na
literalidade do texto da Constituição.
É chamado de difuso porque não vem formalizado (positivado) no texto das
Constituições. É um poder de fato porque nascido do fato social, político e econômico. É
meio informal porque se manifesta por intermédio das mutações constitucionais,

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modificando o sentido das Constituições, mas sem nenhuma alteração do seu texto
expresso.
DICA 61
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua
aplicabilidade.

1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas


constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis.

Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e


inexistência de análise do papel das normas pragmáticas.

2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de


juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais.

Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.

DICA 62
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA

Possui todos os elementos


para a produção de efeitos
EFICÁCIA PLENA jurídicos diretos e eficácia plena =
imediatos, ex. art. 1º, 44 e direta + imediata + integral
46, CF.
Eficácia: 100%

Possui todos os elementos,


mas seu âmbito de eficácia
EFICÁCIA CONTIDA é restringido/contido pelo eficácia contida =
legislador ordinário, ex. art. direta + imediata + não
37, I, CF. integral
Eficácia: 100% - lei

Não possui todos os


elementos. Necessita da
EFICÁCIA LIMITADA atuação do legislador eficácia limitada =
ordinário para que produza indireta + mediata +
seus efeitos e aumentar seu reduzida + diferida
âmbito de eficácia.
Eficácia: % + lei = 100%

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DICA 63
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA

As normas de eficácia limitada se subdividem em:

Normas de princípio programático: Direcionam a atuação do Estado instituindo


programas de governo.
São normas que estabelece os princípios e diretrizes que serão cumpridos pelo Estado
observando seus fins sociais, estabelecendo programas de ação futura.
Vinculam programas de governo, sendo dirigidas aos próprios governantes.

→ STF: normas programáticas, sobretudo de temas relacionados à saúde e educação,


possuem aplicabilidade direta e imediata, à luz da teoria do mínimo existencial atrelado à
dignidade da pessoa humana.

Normas de princípio institutivo: Ordenam ao legislador a organização ou


instituição de órgãos, instituições ou regulamentos.
DICA 64
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania;
Mnemônico:
Cidadania;
SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.

Fique atento!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

Independência e Harmonia dos Poderes: São Poderes da União, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
DICA 65
OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

Garantir o desenvolvimento nacional;

Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e


regionais;

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Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Dica: Fique atento aos verbos. Vale dizer, são normas de eficácia limitada
definidoras de princípios programáticos.
DICA 66
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;

Autodeterminação dos povos;

Não-intervenção; (foi cobrado recentemente na prova de Delegado do Paraná de


2021)

Igualdade entre os Estados;

Defesa da paz;

Solução pacífica dos conflitos;

Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

Concessão de asilo político.


FIQUE ATENTO!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 67
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica.

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ATENÇÃO!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:

Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –


também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.

Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a


qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados
indistintamente a todos os indivíduos.

DICA 68
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade […].

Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade

DICA 69
DIREITO À VIDA

O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.


Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

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Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 70
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I).

A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL:

Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais


de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento
para as ações afirmativas;

Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades.
DICA 71
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de
defesa (artigo 136, CF/88).

O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a


outra à Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já
o segundo pode fazer somente o que a lei permite.
DICA 72
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da reserva legal impõe a necessidade que determinadas matérias sejam


disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo
59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em sentido amplo.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.

A reserva legal pode ser classificada em:

Absoluta: a norma constitucional necessita de lei formal para sua regulamentação.

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Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies
infralegais para regulamentação da norma constitucional.

O Princípio da Irretroatividade das Leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá,
exceto em benefício do réu.
DICA 73
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
A Vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a
terceiros ao exercer a livre manifestação do pensamento.
A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso
de ódio, inclusive a incitação ao racismo.
DICA 74
DIREITO DE RESPOSTA
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas e pessoas


jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com


indenização por dano material,
moral ou à imagem.

DICA 75
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política.

Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88.


Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 76
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO
O interesse público prevalece em detrimento dos
INTERESSE
interesses particular, por exemplo, a desapropriação.
PÚBLICO

Voltado à atuação do administrador, posto que este


INDISPONIBILIDADE DO deve exercer suas funções sempre buscando garantir o
INTERESSE PÚBLICO interesse público, não devendo desistir dos feitos ou
dispor de suas prerrogativas.

DICA 77
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico,


por
meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 78
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de Economia


Mista, Fundação Pública e Empresa Pública.
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
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DICA 79
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.

Centralização: Na centralização a pessoa política (União, Estados, DF ou Municípios)


pratica suas atividades por meio de seus órgãos, realizado diretamente a atividade
administrativa, sem interferência de outra entidade.

Desconcentração: Na desconcentração há uma distribuição interna de competência,


dentro da mesma pessoa jurídica.
Há o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia ficam subordinados aos
seus superiores.

Concentração: A concentração ocorre quando um único órgão desempenha todas as


funções do ente político, sem divisão com órgãos menores.

Descentralização: A atividade é prestada por pessoa diversa. O Estado resolve


repassar a atividade para outra pessoa executar em seu lugar.

Ex.: concessão, permissão ou autorização para execução de um serviço público


para empresas particulares, através de contratos, precedidos de licitação.
DICA 80
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal: cai bastante nas provas! Os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.

- Independentes

- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores

- Subalternos

DICA 81
ÓRGÃOS INDEPENDENTES
Os órgãos independentes são os originários da Constituição de 1988 e
representativos dos poderes do Estado, de modo que não possuem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional.
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções
outorgadas diretamente pela Constituição Federal.

Ex.: Chefias do Executivo - Presidência da República.


DICA 82
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.


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Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão
diretamente subordinados aos seus chefes.
Tem ampla autonomia administrativa e financeira.
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que
estão dentro de sua esfera de competência.

Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.


DICA 83
ÓRGÃOS SUPERIORES
Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de
assuntos relacionados com a sua competência específica.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada.
Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua
área de competência.
Exemplo: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos.
DICA 84
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos,
cumprimento de decisões, dentre outras atribuições.

Ex.: Delegacia
DICA 85
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO

Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos.

Quanto à posição estatal, os órgãos - Simples


podem ser:
- Compostos

Simples: constituídos por apenas um centro de competência

Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.

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DICA 86
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS

Os órgãos não possuem:

- Personalidade jurídica

Órgãos não possuem - Patrimônio próprio

- Capacidade processual

Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.

Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a


qual ele pertence.

Capacidade processual: Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual,


de modo que não podem figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda
processual. No entanto, os órgãos independentes e os autônomos têm capacidade
processual para tutelar as suas prerrogativas institucionais.
DICA 87
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade
jurídica:

Autarquias;

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista;


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia.


A autarquia possuí personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública: são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação: personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.


Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

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DICA 88
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder


público detém a maioria do capital
votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 89
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA

Características da autarquia:

Natureza: pessoa jurídica de direito público

Atividade: Típica de Estado

Regime de pessoal: Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo


efetivo)

Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços

Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos

Se sujeita a lei de licitações.

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DICA 90
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS
FUNDAÇÕES

Veja a tabela abaixo:

Características das fundações:

NATUREZA:

Direito público - Lei cria

Direito privado - Lei autoriza

Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado

REGIME PESSOAL:

Direito público - servidores estatutários

Direito privado – CLT.

DICA 91
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I impessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União,
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).
DICA 92
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do
Poder Público à lei.

O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:

Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
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FIQUE ATENTO!
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de
edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de
atuação.
DICA 93
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará NULO
por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público. Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei
para o ato administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.

Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.
DICA 94
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da
moralidade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 95
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Trata-se do dever de transparência na atuação pública.

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Possui dupla acepção:

Requisito de eficácia dos atos administrativos;

Transparência da atuação administrativa, de forma a possibilitar o controle pelos


administrados.
O princípio da publicidade não é absoluto, encontra limites no direito à inviolabilidade da
intimidade e da vida privada; e as informações indispensáveis à segurança do
Estado e da Sociedade.
DICA 96
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.

Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e


benefício dos gastos públicos.
DICA 97
AGENTES PÚBLICOS
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Todo aquele que exerce, ainda que


transitoriamente ou sem remuneração, por
Agentes públicos eleição, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função na administração
pública.

DICA 98
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do


Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

→ Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

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→ Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público
efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

→ Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;

→ Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são


submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

→ Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

→ Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos;
DICA 99
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual:

Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos a uma hierarquia constitucional,


independente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores públicos e
empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos;

Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de


prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os
leiloeiros e os concessionários;

Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente desempenharem


uma função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse tipo de agente;

Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração para


representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes credenciados os
professores substitutos e os médicos credenciados.
DICA 100
AGENTES PÚBLICOS: PROVIMENTO X INVESTIDURA

Provimento: é o ato pelo qual se atribui um titular ao cargo público.


O provimento do cargo público se dá, originariamente, com a NOMEAÇÃO, contudo, pode
se dar de forma derivada;

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No geral, são formas de provimento vigentes:

Nomeação;

Promoção;

Readaptação;

Reversão;

Aproveitamento;

Reintegração;

Recondução;

Investidura: ato unilateral da Administração decorrente da POSSE, pela toma o


servidor já nomeado, lugar ou assento na Administração, ocupando efetivamente o cargo;
ESQUEMATIZANDO:

PROVIMENTO: NOMEAÇÃO

INVESTIDURA: POSSE

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DIREITO PENAL
DICA 101
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)

Não há:
Crime sem lei anterior que o defina;

Pena sem prévia cominação legal.


A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei;

Divisão do princípio da legalidade: reserva legal + anterioridade da lei penal.


DICA 102
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

Somente lei em sentido estrito (formal) pode:

Definir condutas criminosas; e

Estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança).


FIQUE ATENTO!

Não podem estabelecer condutas criminosas nem sanções:

Medidas Provisórias (MP);

Decretos;

Demais diplomas legislativos.


CUIDADO!

MP em matéria penal: pode, se favorável ao réu (STF).

Ex.: descriminalização de condutas.


DICA 103
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL

A lei deve ser anterior a prática do crime;

Culmina no princípio da irretroatividade da lei penal gravosa.


FIQUE ATENTO!

Lei penal não retroage para prejudicar;

Lei penal retroage para beneficiar.

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DICA 104
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que
a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado (caráter fragmentário).

Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da intervenção
mínima
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes

DICA 105
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE

Nilo Batista explica que o princípio da lesividade/ofensividade apresenta quatro


funções:

1) "proibir a incriminação de uma atitude interna”

2) "proibir a incriminação de uma conduta que não


exceda o âmbito do próprio autor"
Princípio da
lesividade 3) "proibir a incriminação de simples estados
existenciais"

4) afastar a "incriminação de condutas desviadas


que não afetem qualquer bem jurídico"

"proibir a incriminação de uma atitude interna”: As ideias e convicções, os


desejos, aspirações e sentimentos dos homens não podem constituir o fundamento de um
tipo penal. Dessa forma, evidencia-se, mais uma vez, a radical separação entre direito e
moral que deve nortear o direito penal, ao impedir que o sujeito seja punido por
pensamentos e ideias, daí a exigência da exterioridade da ação para que haja uma
reprovação penal.

"proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio


autor", impedindo a punição e a criminalização de atos preparatórios.

"proibir a incriminação de simples estados existenciais", norteando o direito


penal do fato e eliminando-se a possibilidade da criação de um direito penal do autor.

por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de


condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".

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DICA 106
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
O direito penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo
menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal.

Requisitos do princípio da insignificância:

mínima ofensividade da conduta do agente;


nenhuma periculosidade social da ação;

reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;

inexpressividade da lesão jurídica provocada.


Memorize!

INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA


P. DA INSIGNIFICÂNCIA P. DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO

A situação nasce penalmente relevante. O


fato é típico do ponto de vista formal e
A situação já nasce atípica. O fato é atípico
material. Em virtude de circunstâncias
por atipicidade material
envolvendo o fato e o seu autor, constata-
se que a pena se tornou desnecessária.

O agente tem que ser processado (a ação


penal deve ser iniciada) e somente após a
O agente não deveria nem mesmo ser
análise das peculiaridades do caso
processado já que o fato é atípico
concreto, o juiz poderia reconhecer a
desnecessidade da pena.

Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.

DICA 107
LEI PENAL NO TEMPO

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.

Abolitio criminis: descriminalização da conduta – não necessariamente legaliza a


conduta. Ex.: adultério.

Efeito penal da sentença condenatória.

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Principal Execução da pena


Efeito da sentença
penal condenatória Reincidência,
Secundário antecedentes
criminais, etc

FIQUE ATENTO!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc.
DICA 108
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.

Desdobramento do princípio da legalidade;

Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;

Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução.

STF/STJ:

não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz
estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.

SÚMULA 611-STF:

Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a


aplicação de lei mais benigna.

SÚMULA 471-STJ:

Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da


Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

SÚMULA 501-STJ:

É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da


incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

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DICA 109
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração


ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência.

→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.

→ Lei excepcional: vigora enquanto perdurarem as situações de instabilidade


institucional.

Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)

Leis intermitentes são as leis temporárias ou excepcionais.

FIQUE ATENTO!
Segundo Rogério Greco, extra-atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-
atividade e a retroatividade.

→ Ultratividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os


fatos ocorridos durante a sua vigência.

→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de


regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.

Memorize!

Ativas Retroatividade: retroage no


Aplicação da lei a tempo para alcançar fatos
fatos ocorridos ocorridos antes de sua
entrada em vigor.
durante sua vigência
Leis penais
Extra-ativas (extra-
atividade)
Ultra-atividade: quando a lei
Aplicação da lei fora do penal, depois de revogada,
seu período de vigência avança no tempo de modo a
continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência.
Ex.: Leis excepcionais,
temporárias, crimes
continuados.

Ex.: Ultratividade: Leis Excepcionais ou Temporárias. Aplica-se a legislação do tempo


do cometer do fato delitivo, mesmo que não mais vigente.

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Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em
continuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento
consumativa se prolonga no tempo – sequestro).
DICA 110
TEMPO E LUGAR DO CRIME

O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da


atividade);

O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar


onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade);

L Lugar

U Ubiquidade

T Tempo

A Atividade

Não se aplica a teoria da ubiquidade:

CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais.
Abrangem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.

Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não
aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.

Crimes plurilocais: teoria do resultado

Infrações penais de menor potencial ofensivo (juizado especial): teoria da


atividade

Crimes falimentares: local da decretação da falência.

Atos infracionais: teoria da atividade

Crimes contra a vida: teoria da atividade - deve preponderar a teoria da atividade,


devido à dificuldade em se realizar o júri.
DICA 111
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO

Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;

Excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de


extraterritorialidade;

A extraterritorialidade pode ser incondicionada, quando a lei brasileira de aplica em


qualquer hipótese, até mesmo se o agente já tiver sido condenado ou absolvido no
exterior, ou condicionada quando depender de alguns requisitos;
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As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão
do BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade.
DICA 112
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA

Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.

Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,


de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

Princípio da Justiça Universal ou cosmopolita

Crimes contra a vida P. de proteção / real


ou a liberdade do PR / da defesa

Crimes contra ao
patrimônio ou a fé P. de proteção / real
Extraterritorialidade pública da adm / da defesa
incondicionada direta e indireta

Crimes contra a adm


P. de proteção / real
pública - por quem
/ da defesa
está a seu serviço

O agente é punido segundo


a lei brasileira, ainda que Crimes de genocídio,
absolvido ou condenado no P. da Justiça
quando o agente for
estrangeiro. Universal ou
brasileiro ou
cosmopolita
domiciliado no Brasil

DICA 113
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA

Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal
brasileira desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do
CP.

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Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir:

Princípio da justiça universal / cosmopolita / jurisdição mundial.

Crimes praticados por brasileiro:

Princípio da nacionalidade ativa: é importante a aplicação da lei, pois o brasileiro nato


não pode ser extraditado.

Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de


propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados:

Quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Princípio da bandeira / pavilhão / representação / subsidiário / substituição.

Crimes que, por


P. justiça universal /
tratado ou
cosmopolita /
convenção, o Brasil
jurisdição mundial
se obrigou a reprimir

Crimes praticados P. Princípio da


Extraterritorialidade por brasileiro nacionalidade ativa:
condicionada

Crimes praticados em
aeronaves ou
P. da bandeira /
embarcações
pavilhão /
brasileiras, mercantes
representação /
ou de propriedade
subsidiário /
privada, quando em
substituição
território estrangeiro e
aí não sejam julgados

DICA 114
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: CONDIÇÕES CUMULATIVAS

Nos casos de extraterritorialidade condicionada, a aplicação da lei brasileira depende do


concurso das seguintes condições (cumulativas):

Entrar o agente no território nacional;

Ser o fato punível também no país em que foi praticado;

Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

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DICA 115
EXTRATERRITORIALIDADE

MNÊMONICO – “PAG A BET”

INCONDICIONADA

P Presidente

A Administração

G Genocídio

CONDICIONADA

B Brasileiro

E Embarcação ou Aeronave privada

T Tratado ou Convenção

DICA 116
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime


da seguinte forma:

Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil;

Quando são idênticas nela é computada;


DICA 117
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as


mesmas consequências, pode ser homologada (STJ) no Brasil para:

Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis →


Depende de requerimento da parte interessada

Sujeitá-lo a medida de segurança → Não pode homologar a sentença estrangeira para


imposição de pena.

MS: inimputabilidade por doença mental: internação ou tratamento ambulatorial.

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Depende de tratado de extradição com o país que emanou a sentença ou requisição do
Ministro da Justiça.
DICA 118
CONTAGEM DE PRAZO

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses


e os anos pelo calendário comum.

Prazo penal: dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Prazos de prescrição e


decadência (apenas naquelas situações em que há a necessidade de atuação do ofendido
para tomar a iniciativa da ação penal).

Prazo processual: exclui o primeiro dia da contagem e começa a contagem a partir do


primeiro dia útil subsequente. Porém, a contagem do prazo no CPP é em dias corridos,
diferente do CPC.
DICA 119
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos,


as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

Não importa o horário em que o sujeito foi preso, ali será o primeiro dia.

Vale para qualquer prazo penal, como, por exemplo, na prescrição.

Às vezes essas regras se aplicam a questões processuais penais, como, por exemplo, o
prazo para o Delegado concluir o inquérito policial. Assim, quando o investigado estiver
preso a contagem observa os prazos do direito penal (pois envolve a privação da liberdade
do sujeito), ao passo que quando estiver solto a contagem observa o prazo do direito
processual.
DICA 120
ANALOGIA
Analogia é uma integração normativa, ou seja, possui como pré-requisito uma lacuna
legislativa, de modo que para preencher essa lacuna utiliza-se um caso paradigma para a
solução do caso concreto.

Em matéria penal, a analogia pode ser dividida em:

in bonam partem (beneficia o réu) - pode ser aplicada no direito penal

in malam partem (prejudica o réu) - não pode ser aplicada no direito penal.

FIQUE ATENTO! Analogia é diferente de interpretação analógica.


A interpretação analógica, como o próprio nome diz, ocorre quando o intérprete está
interpretando um texto legal.

Ex.: a interpretação dada ao motivo torpe previsto no art. 121, §2º, inciso I, do Código
Penal.
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DICA 121
CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS
O conflito aparente de normas ocorre quando duas ou mais leis mostram-se
aparentemente aplicáveis ao caso.
Assim, para evitar o bis in idem (dupla punição pelo mesmo fato), existem três critérios
para a solução desses conflitos.

Especialidade: Lei especial prevalece sobre a lei geral.


Subsidiariedade: Lei primária deve prevalecer sobre a lei subsidiária

Consunção / absorção: Crime mais grave, por ser mais amplo, absorve o menos
greve. Ex.: Para matar alguém uma pessoa fere o seu desafeto. No entanto, responderá
apenas por homicídio e não por lesão corporal.
DICA 122
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
Sistematizando:

RECLUSÃO

CRIMES

DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS

CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")

CRIME CONTRAVENÇÃO

PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos

PENA reclusão ou detenção prisão simples

NÃO PODE ser aplicada PODE ser aplicada


MULTA
isoladamente isoladamente

TENTATIVA Cabe NÃO cabe

Todas APENAS pública


AÇÃO PENAL
incondicionada

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DICA 123
CRIME - CONTRAVENÇÃO

Crime:

Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;


Previsto no código penal e legislação extravagante;

Penal de multa não pode ser aplicada isoladamente;


É possível a tentativa;

Todos os tipos de ação penal.

Contravenção:

Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples;

Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41);

Penal de multa pode ser aplicada isoladamente;


Não cabe tentativa;

Somente ação penal pública incondicionada.


DICA 124

TEORIA GERAL DO CRIME


Conceito tripartido de crime:

O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em três elementos:

Fato típico;

Ilicitude ou antijuridicidade;

Culpabilidade;

A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim (DOLO
ou CULPA).

ATENÇÃO!

A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para


aplicação da pena.

DICA 125

FATO TÍPICO

O fato típico é composto por:

Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa);

Resultado: jurídico ou naturalístico;


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Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e
resultado;

Tipicidade (adequação formal e material à lei).

C CONDUTA

R
RESULTADO
E

N NEXO CAUSAL

T
TIPICIDADE
I

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 126
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL -
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 127
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO
SILÊNCIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao
silêncio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual
ninguém será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa
passiva.
DICA 128
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL -
IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial.

Veja só, na íntegra:

Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;

Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao
relaxamento da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 129
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
O Código de Processo Penal adota a Teoria da Territorialidade, ou seja, as disposições
do CPP aplicam-se nos limites do território nacional.

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Contudo, o mencionado princípio comporta exceções:

Imunidade Diplomática: Chefes de governo estrangeiro ou de Estado estrangeiro,


suas famílias e membros das comitivas, embaixadores e suas famílias, funcionários
estrangeiros do corpo diplomático e suas famílias, assim como funcionários de
organizações internacionais em serviço (ONU, OEA, etc.) – possuem a prerrogativa de
responder no seu país de origem pelo delito praticado no Brasil (Convenção de Viena
sobre Relações Diplomáticas).
Quando as autoridades acima praticam infrações penais no território brasileiro, NÃO
se aplicam as regras do CPP. Será aplicada a lei do país de origem da autoridade.

Tal imunidade NÃO É EXTENSIVA aos empregados particulares dos agentes


diplomáticos.
Cônsul: só goza de imunidade em relação aos crimes funcionais.

Prerrogativas Constitucionais do Presidente da República e de outras


autoridades, em relação aos crimes de responsabilidade: Compete ao Senado
Federal (Art. 52, incisos I e II, CF).

Processo e Competência da Justiça Militar: processar e julgar os crimes militares


definidos em lei, conforme o Código de Processo Penal Militar

Crimes Eleitorais: A competência criminal da Justiça Eleitoral é fixada em razão da


matéria, cabendo o processo e o julgamento dos crimes eleitorais.
DICA 130
LEI PROCESSUAL NO TEMPO
A lei processual penal aplica-se imediatamente. Não é analisado se o conteúdo da lei
processual penal é mais benéfico ou não para o réu.

Art. 2º, CPP – Princípio Tempus Regit Actum: “A lei processual penal aplicar-se-á
desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”.

Normas unicamente processuais: cuidam de procedimentos, atos processuais,


técnicas do processo – a elas se aplica o art. 2º, CPP.

Normas processuais materiais ou mistas: abrigam conteúdo de natureza penal


(crime, pena, medida de segurança, efeitos da condenação e do direito de punir do
Estado) e processual penal. Neste caso, em razão do conteúdo de natureza penal,
aplica-se a legislação mais benéfica para o réu.
DICA 131
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL

Conceito: O inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os fatos,


as fontes de prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a polícia
investigativa possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa
ingressar com a Ação Penal.

Natureza do inquérito: O inquérito policial possui a natureza de um procedimento


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administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia).
NÃO é um processo ou procedimento judicial!

Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 132
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento ESCRITO As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito.


(art. 9º, CPP)

O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal. O


Procedimento
MP dispensará o inquérito se com a representação forem
DISPENSÁVEL (art. 39,
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação
§5, CPP)
penal.

Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode


mandar arquivar os autos do inquérito policial.
Procedimento
INDISPONÍVEL O delegado pode até concluir que o fato apurado não é
crime, mas não pode arquivar o inquérito.
(art. 17, CPP)
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal,
observando o procedimento do art. 28 do CPP.

A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito,


necessário à elucidação do fato.
Procedimento SIGILOSO Imaginem se cair no conhecimento popular que um
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma
(art. 20)
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito,
correto? É por isso que o inquérito é um procedimento
SIGILOSO.

DICA 133
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o
afastamento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA)
FIQUE ATENTO!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com
contraditório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro
regulado na Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
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DICA 134
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISCRICIONÁRIO
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o
Inquérito Policial a realidade do crime apurado.
TOME NOTA!
Os arts. 6º e 7º do CPP, de forma não exaustiva, apontam diligências que podem ou
devem ser cumpridas, para melhor aparelhar o Inquérito Policial.
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo o
exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do CPP).
DICA 135
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).

Princípio da presunção de inocência: Informações do Inquérito Policial não serão


apontadas na certidão de antecedentes criminais.
DICA 136
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO ESCRITO
Prevalece a forma documental, sendo que os atos orais serão reduzidos a termo (art.
9º, CPP).
O delegado deve rubricar todas as laudas do Inquérito Policial.
As novas ferramentas tecnológicas podem ser empregadas na documentação, o que
envolve captação de som e imagem, assim como a estenotipia (técnica de resumo de
palavras por símbolos).
DICA 137
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial.
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
Memorize!

JAMAIS poderá arquivar o inquérito


Delegado
policial

DICA 138
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial
(posição majoritária)
FIQUE ATENTO (a)! Inquérito indispensável (posição minoritária).
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Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de
justa causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 139
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL
O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente
consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões?
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de um
procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura dialética,
típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada.
A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o
amplo acesso aos elementos de prova que já tiverem sido documentadas no inquérito
policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao advogado.
É isso o que quer dizer a:

SÚMULA VINCULANTE n. 14

“é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos


de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

DICA 140
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS
Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime!
Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!

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DICA 141
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação literal do art. 155 do CPP!!

FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP)

São colhidos no inquérito policial,


ELEMENTOS DE Sozinhas, NÃO podem
sem a observância do
INFORMAÇÃO embasar a condenação.
contraditório.

São aquelas produzidas sob o


São elas que servem para
PROVAS contraditório judicial, durante a
embasar a condenação.
instrução criminal.

São eles:
São elementos que, embora
ELEMENTOS colhidos durante o inquérito provas cautelares;
MIGRATÓRIOS policial, podem servir para provas não repetíveis;
embasar a condenação.
provas antecipadas.

Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao


contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Mas, existem algumas exceções, isso porque muitas vezes os elementos de informação
colhidos na delegacia não poderão ser repetidos durante a instrução criminal, seja
porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha que prestou o
depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
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elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 142
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
IMPORTANTE!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!

DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU PRESO:


Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.

DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU SOLTO:


Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).

DURAÇÃO DO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS:


Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas).

PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em que Prazo de 30 dias,


se executar a ordem de prisão (art. 10, CPP) podendo ser
prorrogado.
O pacote anticrime passou a prever a
possibilidade de prorrogação, por uma
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias


(podendo ser
duplicado)

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ATENÇÃO!

Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!


Para complementar as informações dessa dica, façam a leitura literal de três
artigos:
artigo 10 do CPP;
art. 3º-B, §2º, do CPP;
art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 143
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar

De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será


uma portaria.

Mediante requerimento Se o requerimento de instauração


do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
Nos crimes de ação Chefe de Polícia.
penal pública
INCONDICIONADA
Por requisição da Prevalece que a autoridade
autoridade judiciária e do judiciária requisitar a instauração
Ver artigo 5º, CPP Ministério Público de inquérito policial ofende o
Sistema Acusatório.

Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio


pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
através do B.O.

DICA 144
NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS E DENÚNCIA ANÔNIMA

Notitia criminis: é o conhecimento, por parte da autoridade policial, acerca de um


crime. A partir dela, o delegado dá início à investigação, apurando a sua verdadeira
ocorrência bem como descobrindo a sua autoria. Pode ser espontâneo (ex: delegado ao
andar na rua vê a prática de um crime) ou provocado (ex.: B.O., requisição do MP, etc)

Delatio criminis: é uma espécie de notitia criminis. Quando qualquer pessoa do


povo (e não a vítima/ofendido) comunica um fato criminoso à autoridade policial.
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Denúncia anônima: esse ponto é importante. A denúncia anônima é um importante
instrumento no combate à criminalidade. Porém, a CF veda expressamente o anonimato
(art. 5º, inciso IV).
É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de
pronto, instaurar um inquérito policial.
Pelo contrário, deverá verificar a procedência e a veracidade das informações veiculadas
pela denúncia anônima, através de um procedimento chamado de Verificação da
Procedência das Informações (VPI), previsto no art. 5º, §3º do CPP.
Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o
inquérito.
DICA 145
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)

REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES dados e informações cadastrais de órgãos
públicos ou empresas privadas.
(art. 13-A)
2. INDEPENDE de autorização judicial

1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à


condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de
pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante
sequestro; 6) Envio de criança ao exterior.

Qual o prazo para atendimento? 24 horas.

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


meios técnicos necessários que permitam a
localização da vítima às empresas de
telecomunicação.

2. PRECISA de autorização judicial, mas se o


REQUISIÇÃO DE MEIOS juiz não se manifestar em 12 horas, a
TÉCNICOS ADEQUADOS autoridade pode requisitar diretamente, com
(ART. 13-B) imediata comunicação ao juiz.

3. Previsto apenas para o crime de tráfico de


pessoas

4. Prazo máximo da diligência: 30 dias,


REQUISIÇÃO DE MEIOS renovável por igual período
TÉCNICOS ADEQUADOS
(ART. 13-B) 5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser
instaurado em 72 horas, contado do registro da
ocorrência.

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LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL
DICA 146
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
A Lei de Organização Criminosa, Lei nº 12.850/2013, veio para regulamentar as condições
já existentes na Convenção de Palermo.
Um dos pontos mais importantes dessa lei é a definição de organização criminosa:
Esta caracteriza-se pela união de quatro ou mais indivíduos, organizados de maneira
estruturada, para aferir vantagens, por meio de infrações penais, cujas penas máximas
ultrapassam quatro anos, OU que tenham caráter transnacional.

Os requisitos para a constituição de uma organização criminosa são:

Organização de quatro ou mais pessoas;

Caráter de permanência ou estabilidade;

Estruturação e divisão de tarefas;

Ter como fim obter alguma vantagem econômica ou moral;

Prática de infrações (crime ou contravenção) com pena máxima superior a quatro


anos;

Prática de infrações de caráter transnacional (qualquer pena).

CUIDADO!
Só será organização criminosa a reunião de no mínimo quatro pessoas;
A reunião dessas pessoas não pode ser eventual, é necessário que haja estabilidade;
A organização deve ser, como o nome diz, minimamente organizada, ou seja, com uma
estrutura e divisão de tarefas entre os seus membros;
DICA 147
APLICAÇÃO DA LEI
A Lei de Organização Criminosa se aplica também a outras duas hipóteses:
Infrações previstas em tratado ou convenção internacional quando a ação ou o
resultado acontecerem no estrangeiro;
Organizações terroristas.
Isso significa que os mecanismos da lei, meios de obtenção de prova, dentre outros
podem ser utilizados tanto no combate à organização criminosa, como em delitos de
caráter transnacional previstos em tratados internacionais e às organizações terroristas.
DICA 148
APLICAÇÃO DA LEI
NÃO CONFUNDA! Observamos também que o crime de organização criminosa é
diferente do crime de associação criminosa.
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Definida pelo Art. 288 do Código Penal, a associação criminosa se dá quando três ou
mais indivíduos se associam para cometer crimes cuja pena seja de até três anos.
MEMORIZE!

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Código Penal Lei nº 12.850/2013

3 ou mais indivíduos 4 ou mais indivíduos

Prática de infrações com pena máxima


Prática de crimes superior a 4 anos ou de caráter
transnacional

Pena: reclusão de 1 a 3 anos Pena: reclusão de 3 a 8 anos

DICA 149
FIGURA PRINCIPAL E FIGURA EQUIPARADA
Será punido pelas penas da lei aquele que, em relação à Organização Criminosa:
Promover;
Constituir;
Financiar;
Integrar.
OBS.: ainda que o agente integre a organização por interposta pessoa (ou seja, não
integre pessoalmente, mas tenha um “representante” seu será considerado parte);
Figura equiparada: responderá pelas mesmas penas aquele que impede ou
embaraça a investigação que envolva a organização criminosa.
DICA 150
CAUSAS DE AUMENTO
A Lei dispõe algumas hipóteses em pena será aumentada.
FIQUE ATENTO (a)!

Emprego de arma de fogo Aumenta de 1/2

Participação de criança ou adolescente

Concurso de funcionário público

Produto com destino ao exterior


Aumenta de 1/6 a 2/3

Conexão com outras Organizações


criminosas

Transnacionalidade

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DICA 151
AGRAVANTE
Importante não confundir as hipóteses de causas de aumento (ou majorantes)
com a agravante trazida pela lei. Embora ambas os institutos aumentem de a pena de
alguma forma, elas não se confundem;

As causas de aumento (ou majorantes) são aplicadas na terceira fase da dosimetria


da pena e estão em forma de fração;

As agravantes são aplicadas na segunda fase da dosimetria da pena;

A lei de organização criminosa diz que a pena será agravada para aquele que:

Exerce o comando, individual ou coletivo, ainda que não pratique pessoalmente atos
de execução.
DICA 152
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
A participação do funcionário público na organização criminosa, fazendo uso das
facilidades do cargo, é causa de aumento de 1/6 a 2/3.
Além disso, ao funcionário público pode-se aplicar:

Afastamento cautelar: se houver indícios suficientes, poderá o juiz determinar seu


afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração,
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

Perda do cargo: com a condenação com trânsito em julgado acarretará ao


funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição
para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao
cumprimento da pena.
MUITO CUIDADO: o prazo não é a contar do crime ou da sentença, mas do final do
cumprimento da pena!
DICA 153
POLICIAL

Havendo indícios de participação de policial nos crimes da Lei de Organização


Criminosa:

Inquérito policial será instaurado pela corregedoria;


Que comunicará o Ministério Público;

Que designará membro para acompanhar a investigação até a sua conclusão.


DICA 154
CUMPRIMENTO DA PENA
Atenção redobrada! Inovação do pacote anticrime!

A pena se iniciará em estabelecimento de segurança máxima:


No caso das lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas
à disposição;
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PROGRESSÃO DE REGIME OU LIVRAMENTO CONDICIONAL:

O condenado por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de
organização criminosa;

NÃO poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento


condicional ou outros benefícios prisionais;

Se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo


associativo.

DICA 155

MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA

A Lei de Organização Criminosa prevê vários meios de obtenção de prova com vistas
a auxiliar na investigação. São eles:

colaboração premiada;

captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

ação controlada;

acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes


de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;

interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas;

afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal;

infiltração, por policiais, em atividade de investigação;

cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais;

MNEMÔNICO: 2A 3C 2I

A Acesso a dados

A Afastamento de sigilo

C Colaboração premiada

C Captação ambiental

C Cooperação entre instituições

I Interceptação telefônica

I Infiltração de agentes

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DICA 156
COLABORAÇÃO PREMIADA

COLABORAÇÃO Identificação dos coautores e das infrações praticadas

Revelação da estrutura hierárquica e das tarefas da ORCRIM

Prevenção de infrações praticadas pela ORCRIM

Recuperação total ou PARCIAL do produto ou proveito

Localização de vítima com integridade física preservada

REQUISITOS Personalidade do colaborador

Natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do


fato

Eficácia da colaboração

PRÊMIOS Redução da pena em 2/3

Perdão Judicial

Substituição da pena por restritiva de direitos

Não oferecimento da denúncia (apenas se o colaborador não


for o líder da organização e tiver sido o primeiro a colaborar

Redução da pena até a metade ou progressão de regime


(colaboração após a sentença)

DICA 157
COLABORAÇÃO PREMIADA

ATENÇÃO!

Na colaboração premiada o JUIZ não é parte, cabendo a ele apenas a


homologação após a verificação somente dos seguintes critérios:
→ Regularidade;
→ Legalidade;
→ Adequação dos resultados;
→ Adequação dos benefícios.
→ Voluntariedade.

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DICA 158
AÇÃO CONTROLADA
Consiste a ação controlada em retardar (atrasar) a intervenção policial ou
administrativa, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção
de informações.

A ação controlada é o atraso na atuação policial de modo que mais provas possam ser
coletadas;

Não exige autorização judicial!

Mas exige comunicação prévia ao juiz;

O juiz estabelecerá os limites da ação e comunicará sigilosamente o ministério


público;

Os autos da ação controlada serão sigilosos, só tendo acesso o juiz, o ministério


público e o delegado de polícia.
DICA 159
INFILTRAÇÃO DE AGENTES
É a infiltração de agentes policiais disfarçados no seio da organização criminosa a fim de
obter provas.

Será requerida pelo Ministério Público ou representada pelo Delegado de Polícia;

Só será admitida se não houver outra forma de obter as provas (meio subsidiário);

Prazo: até 6 meses, podendo ser renovadas quantas vezes forem necessárias;
DICA 160
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES

Infiltração virtual de agentes policiais na internet;

Quando demonstrada sua necessidade;

Devem ser indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas;

Quando possível, devem ser informados os dados de conexão ou cadastrais que


permitam a identificação dessas pessoas.

Prazo: até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
exceda a 720 dias;

INFILTRAÇÃO PRAZO RENOVAÇÃO

Presencial 6 meses Sem limite

Virtual 6 meses Até 720 dias

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DICA 161
DIREITOS DO AGENTE INFILTRADO

São direitos do agente:

Recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada (pode parar quando quiser);

Ter sua identidade alterada, bem como usufruir das medidas de proteção a
testemunhas;

Ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais
preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão
judicial em contrário;

Não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de
comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.

CRIMES PRATICADOS PELO AGENTE INFILTRADO

Pode acontecer do agente, durante o período de infiltração, ser obrigado a participar de


algum fato criminoso para que seu disfarce não seja descoberto;

Esse fato não será punível quando inexigível conduta diversa, desde que sua
atuação seja proporcional e voltada à finalidade da investigação, pois os excessos serão
punidos.
DICA 162
ACESSO A DADOS CADASTRAIS
O delegado de polícia e o ministério público terão acesso, independentemente de
autorização judicial.
Aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação
pessoal, a filiação e o endereço.
Mantidos pela justiça eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores
de internet e administradoras de cartão de crédito.
As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 anos, acesso direto e
permanente do juiz, do ministério público ou do delegado de polícia aos bancos de
dados de reservas e registro de viagens.
As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à
disposição do juiz, do ministério público ou do delegado, registros de identificação dos
números dos terminais de origem e de destino das ligações telefônicas internacionais,
interurbanas e locais.
DICA 163
LICITAÇÃO

Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade


investigatória, poderá ser dispensada licitação para:

Contratação de serviços técnicos especializados;

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Aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia judiciária para o
rastreamento e obtenção de provas;
DICA 164
INVESTIGAÇÃO E INSTRUÇÃO CRIMINAL

Prazo para encerramento da instrução criminal:

120 dias para o réu preso.

Prorrogáveis por até período igual.

Por decisão fundamentada na complexidade da causa ou na procrastinação do réu.

Sigilo das investigações:

Poderá ser decretado pela autoridade judicial competente.

Para garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias.

Assegurando-se ao defensor amplo acesso aos elementos de prova que digam


respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização
judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.
DICA 165
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
A CF prevê, no art. 5º, inciso XII, que é inviolável o sigilo das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, neste último caso, por ordem judicial
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Autorização Judicial: Pela Constituição, para a quebra do sigilo das comunicações
telefônicas é indispensável a autorização judicial. No plano infraconstitucional, a
regulamentação dessa quebra de sigilo das comunicações telefônicas foi regulamentada
pela Lei 9296/96.
Conceito: interceptação telefônica significa captar a comunicação telefônica de outra
pessoa, passando a descobrir o conteúdo da comunicação.
DICA 166
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: TERMINOLOGIAS

Há algumas terminologias e distinções relevantes para a sua prova, veja abaixo:

Interceptação É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro,


telefônica sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores.

Escuta É a captação da comunicação por um terceiro, com o


telefônica conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento
do outro.

Gravação É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos


telefônica comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento do
clandestina outro comunicador.
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Comunicação Refere-se às comunicações realizadas diretamente num ambiente,


ambiental como numa sala, num carro etc. Normalmente realizado por cabos
de fibra óticas.

Escuta É a captação de uma comunicação no ambiente feita por terceiro


ambiental com o consentimento de um dos comunicadores.

Gravação É a captação da comunicação no ambiente feita por um dos


ambiental comunicadores.

DICA 166
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

ESSA É IMPORTANTE!
Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento
das interceptações telefônicas.
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura.
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios
razoáveis de autoria ou participação em infração penal.
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser
decretada quando os fatos NÃO puderem ser provados por outros meios.
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO.
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, NÃO será admitida a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas!!!

1) NÃO houver indícios razoáveis da


autoria ou participação em infração
penal

2) a prova puder ser feita


por outros meios
disponíveis
NÃO será admitida
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
3) o fato investigado
constituir infração punida,
no máximo, com pena de
DETENÇÃO

PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão


fundamentada, pelo prazo de 15 DIAS, renovável por igual tempo UMA VEZ,
comprovada a indispensabilidade da prova.

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DICA 167
CAPTAÇÃO AMBIENTAL
ESSA É IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!!!
A captação ambiental é a quebra do sigilo da comunicação realizada num ambiente,
e NÃO através de meios telefônicos, como na interceptação telefônica.

Ex.: num reality show da televisão, quando uma das participantes se infiltra e se
esconde no ambiente para ouvir a conversa dos demais, está havendo captação
ambiental das comunicações. No meio policial isso é um pouco mais “sofisticado”, já
que muitas vezes há recursos tecnológicos à disposição da polícia para interceptar a
comunicação dos investigados.
Essa captação ambiental foi regulamentada pelo PACOTE ANTICRIME, que incluiu o art.
8º-A na Lei de Interceptações Telefônicas (lei 9296/96).

Segundo esse artigo, a captação ambiental pode ser determinada em sede de


investigação ou instrução penal, dependendo de autorização judicial após
requerimento do MP ou da autoridade policial, e desde que observados os seguintes
requisitos:

1) A prova NÃO puder ser feita por


outros meios disponíveis e igualmente
eficazes

2) Elementos probatórios razoáveis de


CAPTAÇÃO autoria ou participação
AMBIENTAL
(art. 8º-Aº, Lei
9.296/96)
3) Infrações penais com pena
máxima superior a 4 ANOS, ou
em infrações penais conexas.

PRAZO: A captação ambiental NÃO pode exceder o prazo de 15 dias, renovável


por iguais períodos através de nova decisão judicial, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova, e quando presente atividade criminal permanente,
habitual ou continuada.
CUIDADO:
Na interceptação telefônica, só pode prorrogar o prazo de 15 dias uma vez. Na
captação ambiental, pela lei, pode prorrogar tal prazo por sucessivos períodos.
O requerimento do MP ou da autoridade policial deve descrever detalhadamente o
local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.
A instalação do dispositivo de captação ambiental pode ser realizada por meio de
operação policial disfarçada, se necessário, ou ainda no período noturno, vedado na
casa (art. 8º-A, §2º).
A gravação ambiental (captação feita por um dos interlocutores sem o prévio
conhecimento do outro), sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP pode
ser utilizada em MATÉRIA DE DEFESA, quando demonstrada a integridade da gravação

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(§4º). Isso nos remete a uma observação feita nas rodadas anteriores, que diz respeito à
possibilidade de utilização da prova ilícita em favor do réu.
DICA 168
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA E CAPITAÇÃO AMBIENTAL
Abaixo, um quadro-resumo das principais distinções entre interceptação telefônica e
captação ambiental. NÃO CONFUNDAM. Isso vai estar na sua prova!

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA CAPTAÇÃO AMBIENTAL

É a captação da comunicação telefônica É a captação da comunicação realizada no


de terceiros. ambiente, e NÃO por meios telefônicos.

Só pode ser decretado para infrações Só pode para infrações penais punidas com
penais punidas com RECLUSÃO. NÃO pena máxima superior a 4 anos, ou em
pode para crimes punidos com infrações penais conexas.
DETENÇÃO.

Não poderá exceder o prazo de 15 dias, Pode ser decretada pelo prazo de 15 dias,
renovável por igual tempo uma vez prorrogáveis por iguais períodos.
comprovada a indispensabilidade do meio
de prova (art. 5º).

OBS.: O art. 5º da Lei nº 9.296/1996


estabelece o prazo de 15 dias para a
interceptação, que poderá ser renovado,
não havendo qualquer limitação na lei ou
na jurisprudência acerca da quantidade
de prorrogações, que poderão ser
deferidas se ainda presentes os
pressupostos de admissibilidade. Assim
sendo, fundamentadas as decisões de
prorrogação, não há falar em excesso de
prazo ou qualquer nulidade."

DICA 169
LEI MARIA DA PENHA - LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER)

Conforme podemos extrair da leitura do art. 5º, configura violência doméstica e


familiar contra a mulher qualquer AÇÃO OU OMISSÃO baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial,
praticada em qualquer dos cenários:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;

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II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos


que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha


convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

ATENÇÃO!!

QUESTÃO, 2020:
No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item a seguir:
A violência doméstica e familiar pode ser caracterizada tanto por ação quanto
por omissão.
Gabarito: CERTO.
Comentário: CERTO É A RESPOSTA! BASTAVA TER CONHECIMENTO DA LETRA DE LEI
ART. 5º CAPUT DA LEI 11.340, CITADA ACIMA.

DICA 170
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER)

ATENÇÃO:

Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no


artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, NÃO se exige a coabitação entre
autor e vítima”.

NÃO se exige coabitação entre autor e vítima para configurar a violência doméstica e
familiar.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 171
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS

Relacionado a garantia ao mínimo existencial da pessoa humana, para garantir a


solidariedade, igualdade, fraternidade, liberdade e a dignidade.

Ligado ao Direito Internacional Público.


A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição que estabeleceu, de forma
objetiva, a prevalência dos Direitos Humanos como preceito fundamental.
DICA 172
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS - ANTECEDENTES
A primeira declaração de Direitos Humanos da história foi o Cilindro de Ciro.

CILINDRO DE CIRO – PEÇA DE ARGILA COM AFIRMAÇÕES.

Ex.: o direito de cada pessoa escolher a própria religião, além de estabelecer a


igualdade racial;
Ciro, o grande, em 539 a.C, libertou os escravos de uma cidade da Babilônia para que eles
pudessem voltar para suas casas, pois a ideia inicial de direito só poderia ser conquistada
com fundamento no pertencimento a um grupo (clã, povo, família);
Nesse sentido, rapidamente a ideia de direitos humanos difundiu-se pela Índia, Grécia e
Roma.
DICA 173
ANTECEDENTES

Documentos que merecem destaque na busca e efetivação dos Direitos Humanos:

1215 - A Magna Carta: limitava os poderes do monarca na Inglaterra;


Muitos consideram como o primeiro documento sobre os direitos humanos.

1628 - A Petição de Direito: ou “petition of rights”. Aprovada pelo parlamento inglês e


visava limitar os poderes do rei;

1776 - A Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia: demonstrou grande


preocupação com o governo democrático e a soberania popular, além de reconhecer
direitos inerentes à condição humana;

1789 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: sofreu forte influência da


Revolução Francesa de 1789. Trata-se de uma declaração generalizante, ou seja, não
falava apenas dos franceses, mas sim de toda a humanidade.

1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos (veremos mais adiante).

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DICA 174
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS

Inicialmente, temos que saber que existem 3 vertentes de proteção da pessoa


humana:

Direitos Humanos: versa sobre a situação geral da pessoa;

Direito Humanitário: versa sobre a proteção do ser humano em tempo de guerra;

Direito dos Refugiados: versa sobre a garantia de asilo quando recluso de seu país.

Conceito: bem resumidamente, trata-se de um conjunto de direitos indispensáveis à


concretização da dignidade humana.

Titularidade: toda e qualquer pessoa é titular de Direitos Humanos, apenas pelo fato
de existir, não se admitindo qualquer forma de discriminação ou distinção entre elas.
DICA 175
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Historicidade

Universalidade

Indivisibilidade

Não exaustividade

Relatividade

Imprescritibilidade

Inalienabilidade

Indisponibilidade

DICA 176
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Historicidade: Os direitos humanos foram/estão sendo conquistados com o passar do


tempo, com base nas lutas – muitas vezes árduas - de um processo histórico.
Com base nesse entendimento, pode-se afirmar que não seriam direitos naturais, mas sim
fruto de conquistas históricas;
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O conceito de historicidade é expansivo, ou seja, o que se busca é a ampliação da
proteção à pessoa, visando sempre reconhecer novos direitos;
“Efeito Cliquet” ou vedação ao retrocesso. Significa que os direitos já conquistados e
reconhecidos na ordem jurídica não podem ser suprimidos, mas apenas ampliados.
DICA 177
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Universalidade: O conceito pode ser dividido em duas partes:

Inexistência de discriminações entre as pessoas, pois os direitos humanos são


inerentes a todas elas;

Não há limites territoriais para o reconhecimento e efetividade dos direitos humanos


(transnacionalidade), uma vez que a proteção da dignidade humana ultrapassa os limites
territoriais.
DICA 178
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Indivisibilidade:
Todas as pessoas possuem a mesma proteção jurídica, pois essa é essencial para se ter
uma vida digna;
Não há hierarquia entre os direitos humanos.
Como os direitos humanos tratam-se de um conjunto de direitos, eles não podem ser
analisados de maneira isolada, mas sim de modo sistemático. Em outras palavras: não se
pode garantir um direito em detrimento de outro.
DICA 179
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Não Exaustividade:
A concepção de direitos humanos é aberta, uma vez que há a possibilidade de expansão
deles para a garantia de uma vida digna;
Dessa forma não há exaurabilidade, ou seja, até o rol previsto na Constituição e tratados
são meramente exemplificativos, o seu conteúdo é e sempre será mais amplo.
Pode aparecer na prova como: “inexaurabilidade” – e estará correto, uma vez que os
direitos humanos têm possibilidade de expansão.
DICA 180
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Relatividade:

Nenhum direito é absoluto, até mesmo os direitos humanos podem sofrer


limitações de acordo do caso concreto;

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No entanto, a relatividade é usada com muita cautela, dentro dos parâmetros


expressos e implícitos da Constituição e deve atender ao critério da proporcionalidade;

Imprescritibilidade:

Os direitos humanos não se perdem pelo decurso do tempo.


DICA 181
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS -

Inalienabilidade: Os direitos humanos não possuem “preço”, estão fora do comércio,


não há possibilidade de se atribuir valor pecuniário ao próprio direito.

Indisponibilidade: Não é permitido ao titular do direito humano abrir mão de sua


condição humana visando dispor da proteção à sua dignidade.
DICA 182
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Primeira Geração: Envolvem os direitos de Liberdade.

Marco: Revoluções Liberais do Século XVIII na Europa e Estados Unidos.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de primeira geração é passivo


(prestações negativas).

Ex.: Direito à liberdade, intimidade, segurança, propriedade, igualdade perante a lei.


DICA 183
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Segunda Geração: Envolvem os direitos de Igualdade.

Marco: Frutos das chamadas lutas sociais na Europa e Américas, sendo seus marcos a
Constituição Mexicana, a Alemã de Weimar.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de segunda geração é ativo


(prestações positivas).

Ex.: Direito à saúde, educação, previdência social, habitação, entre outros.


DICA 184
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Terceira Geração: Envolvem os direitos de Fraternidade.

Marco: Pós Segunda Guerra Mundial.

De titularidade da comunidade.

Ex.: Direito ao desenvolvimento, a autodeterminação, direito ao meio ambiente


equilibrado.

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DICA 185
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
OBS: Os concursos têm cobrado a classificação das gerações com base no
entendimento de Paulo Bonavides, que considera mais duas gerações, a saber:

Direitos de Quarta Geração: resultante da globalização dos direitos humanos,


corresponde ao direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação genética.

Direitos de Quinta Geração: contemplam o direito à paz em toda a humanidade.

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CRIMINOLOGIA

DICA 186
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
A criminologia não está prevista em lei, pois ela é uma ciência concreta e real.

No que diz respeito à Criminologia:

A criminologia é uma ciência interdisciplinar e empírica;

A criminologia abrange o estudo do crime, do delinquente, da vítima e dos


mecanismos de controle social;

A criminologia é fundamental para produzir informações concretas e reais para a


política criminal;

A criminologia mede estatística, sociologia e psicologia criminal;

Seu objeto é o crime enquanto fato.

A Criminologia, por exemplo, estuda sobre o furto, o agente que furta, a vítima deste
crime e também como a sociedade se comporta.

Quanto ao conceito de delito/crime para a Criminologia, deve haver:

Incidência massiva na população;

Incidência aflitiva (causar dor a angústia) do fato praticado;

E ocorrer com certa regularidade.


DICA 187
DIFERENÇAS ENTRE CRIMINOLOGIA X DIREITO PENAL X POLÍTICA CRIMINAL
Agora, vejamos as diferenças da Criminologia em relação ao Direito Penal e à Política
Criminal.

DIREITO PENAL:

O Direito Penal é uma ciência jurídica e normativa;

Com o objetivo de proteger os bens jurídicos, o Direito Penal atua definindo quais
condutas são infrações penais e quais são as suas penas;

Seu objeto é o crime enquanto norma;

Em relação ao conceito de crime, este é um fato típico, ilícito e culpável;

Ao contrário da Criminologia, por exemplo, o Direito Penal vai definir o crime de


furto com a sua pena respectiva.

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POLÍTICA CRIMINAL:

A Política Criminal é conceituada como sendo a “ponte” entre a Criminologia e o


Direito Penal;

Trabalha formas de controle social da criminalidade, além de estratégias;

Seu objeto é o crime enquanto valor;

A Política Criminal, por sua vez, estuda meios de reduzir o furto.

DICA 188
A PALAVRA “CRIMINOLOGIA”
A palavra “criminologia” significa “estudo do crime”. Desse modo, o conceito mais
moderno e amplo de criminologia é que ela é uma ciência empírica e interdisciplinar,
a qual estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social, como já visto. Importante
mencionar que o artigo 59 do Código Penal dispõe sobre o comportamento da vítima, ou
seja, esse artigo traz em sua essência uma ideia criminológica (que é estudo da
criminologia).
TOME NOTA!
A palavra Criminologia foi utilizada pela 1ª vez no ano de 1883, por Paul Topinard, e
aplicada internacionalmente por Raffaele Garófalo, em sua obra "Criminologia", de
1885.
DICA 189
OBJETOS DA CRIMINOLOGIA: CRIME, CRIMINOSO, VÍTIMA E CONTROLE SOCIAL

Uma síntese acerca dos objetos da criminologia, os quais serão tratados


posteriormente:

Crime: Segundo a criminologia, crime é problema social e comunitário entendido,


explicado e descrito. O Direito Penal é que dá soluções ao problema da criminalidade.
Ainda, a criminologia entende que é uma obrigação conjunta do Estado e da
comunidade a busca pela diminuição do crime.

Criminoso: a figura do criminoso pode mudar dependendo da escola criminológica.


Para a Escola Clássica, o criminoso é um pecador. Para a Escola Positiva, o criminoso já
nasce criminoso. Para a Escola Correcionalista, ele é um ser inferior. Para o Marxismo, ele
é uma vítima do capitalismo. Um conceito mais atual, dispõe que o criminoso é aquele que
descumpre regras preestabelecidas devido a fatos internos e externos.

Vítima: a pessoa que sofre as consequências de um ato, de um fato ou também


de um acidente. O direito conceitua que vitima é o indivíduo que sofre ofensa, bem como
ameaça de um bem juridicamente tutelado.

Controle social: conjunto de estratégias e sanções para conter o crime.

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De acordo com a criminologia, o controle social dos crimes ocorre por meio de dois
tipos de controle:

Controle Informal (socialização da pessoa desde a sua infância) e o;

Controle Formal (exercido por órgãos como: Ministério Público e polícias)


DICA 190
TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE
Em decorrência do surgimento das teorias sociológicas da criminalidade, ocorreu uma
divisão conforme o modo que os sociólogos encaram a composição da sociedade:
consensual ou conflitual. Portanto, grandes correntes e com visões distintas surgiram,
dando origem às: Teorias do Consenso e Teorias do Conflito.

Teorias do Consenso: Podem ser chamadas também de Teorias de Integração e


Teorias de Cunho Funcionalista. De acordo com estas teorias, a finalidade da
sociedade se atinge no momento em que há um consenso entre os membros de
uma comunidade e o perfeito funcionamento de suas instituições, de modo que as pessoas
aceitam as regras que estão vigendo e compartilham estas regras sociais.
Estas teorias possuem pensamento conservador, uma vez que de acordo com elas a
sociedade possui uma estrutura estável, a qual é sustentada no consenso entre seus
membros.

São exemplos de Teorias do Consenso:

Escola de chicago (e outras teorias decorrentes dela);


Teoria da anomia;
Teoria da anomia;
Teoria da associação diferencial;
Teoria da subcultura deliquente.

DICA 191
TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE

Teorias do Conflito:

Podem ser chamadas também de Teorias de cunho Argumentativo;

De acordo com essas teorias os objetivos da sociedade são impostos por uma classe
que dominante sobre uma classe dominada;

Tais objetivos mudam conforme o tempo;

Portanto, as teorias do conflito possuem uma política progressista;

Ainda, de acordo com elas, a ordem social possui fundamento na força e na coerção,
não sendo levada em consideração a voluntariedade de cada pessoa;

Há a dominação por alguns e a sujeição de outros indivíduos, os quais são


dominados.

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São exemplos de Teorias do Conflito:

Teoria do labelling approach;

Teoria crítica.
DICA 192
TEORIAS DO CONSENSO: ESCOLA DE CHICAGO

Escola de Chicago: A Escola de Chicago surgiu nos Estados Unidos e obteve o seu
marco no ano de 1925, com a publicação da obra: “The City: Suggestions for
Investigation of Human Behavior in the Urban Environment”, do autor Robert Park.
Esta escola investiga como o espaço urbano pode ter uma influência no que tange ao
desenvolvimento da criminalidade.
Foi em decorrência da Revolução Industrial nos Estados Unidos que os centros
urbanos cresceram e por consequência disso, também cresceu a criminalidade. Em
Chicago, regiões periféricas começaram a ficar muito violentas.
A conclusão foi que o crescimento dos centros urbanos gerava um aumento da
criminalidade. Quando esta escola surgiu, houve grande migração e formação das
grandes metrópoles. Devido a isso, surgiram os “guetos” e as “gangues” se proliferaram
cada vez mais.
Para a Escola de Chicago, a desorganização social, os conflitos culturais, as migrações, a
industrialização, entre outros, são fatores que influenciam a produção de crimes.
Importante destacar algumas teorias que surgiram a partir da Escola de Chicago: Teoria
das Janelas Quebradas; Teoria Espacial e Teoria da Tolerância Zero.
DICA 193
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS

Teoria das Janelas Quebradas: Esta Teoria surgiu nos Estados Unidos e foi
apresentada a partir do resultado de estudos dos crimonólogos James Q. Wilson e
George Kelling, ambos norte-americanos. O estudo “A Polícia e a Segurança da
Comunidade” possuía relação com o crime e a desordem.
Os criminólogos utilizaram uma metáfora, qual seja, a da janela quebrada, a fim de
apresentarem o que pensavam acerca do crime.
Em suma, o argumento utilizado por eles foi o seguinte: se fosse quebrada a janela de
uma fábrica e esta não fosse consertada logo em seguida, todos os indivíduos que
passassem por ali, pensariam que naquele local o policiamento não é eficaz (por não
haver punição do responsável pelo dano). Desse modo, outros indivíduos que por ali
passassem, jogariam pedras para danificarem as outras janelas da fábrica. E, assim, essas
pessoas passariam a ocupar o local e destruí-lo, causando desordem naquela comunidade.
Portanto, a Teoria das Janelas Quebradas aduz que os delitos pequenos devem ser
reparados de imediato a fim de que se evite um crescimento de crimes mais severos
por deixar transparecer que não existe autoridade sobre os bens.

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DICA 194
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA ESPACIAL

Teoria Espacial:

De acordo com esta teoria, a urbanização, o nível social, bem como a segregação são
fatores que estão conectados de forma direta ao crime;

Oscar Newman, em sua obra “Defensible Space”, defende um modelo de residência


e moradia que impeça ao máximo o cometimento do delito;

Dependendo da arquitetura, esta pode favorecer a prática de crimes. Quando é de


fácil acesso ou quando é possível visualizar seu interior facilmente, esse tipo de
arquitetura propicia o cometimento de delitos;

Esta teoria atingiu seu ápice em 1940;

Como exemplo de uma arquitetura que propicia a prática de delitos, pode-se citar a
cidade de Medelin que nas décadas de 80 e 90 foi “tomada” pelo crime.

Após grandes transformações arquitetônicas na cidade, a criminalidade diminuiu.


DICA 195
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA TOLERÂNCIA ZERO

Teoria da Tolerância Zero:


Importante salientar que a Teoria da Tolerância Zero se diferencia da Teoria das
Janelas Quebradas, uma vez que naquela a polícia atua de forma mais agressiva diante
dos pequenos delitos e há um aumento da vigilância;
A autoridade policial atua de forma mais eficaz com o objetivo de diminuir a
criminalidade (infrações pequenas ou não);
Esta teoria foi colocada em prática nas décadas de 80 e 90, na cidade de Nova Iorque;
Foi fundada por Willian Bratton, o qual se baseou na Teoria das Janelas Quebradas;
Após a implementação desta teoria, a criminalidade diminuiu muito, uma vez que a
polícia de Nova Iorque estava sendo rígida em relação às pequenas infrações, como até
mesmo urinar na rua (indivíduo era preso);
Antes da implementação desta teoria, a cidade de Nova Iorque possuía alguns problemas
existentes nos metrôs da cidade: os passageiros pulavam as catracas, pois não queriam
pagar a passagem; a desordem e a criminalidade. Por isso veio a ideia da implementação
desta teoria.
DICA BÔNUS
TEORIA DA ANOMIA

“Anomia” significa “ausência de lei”. Esta teoria foi implementada por Robert King
Merton, em razão dos estudos de Émile Durkhein. Ela defende: a normalidade do
delito e a funcionalidade do crime.
A Teoria da Anomia é uma teoria do consenso, mas possui predicados Marxistas.
Segundo Robert, em uma sociedade há valores dominantes (que a maioria elege como

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ideais para uma convivência harmoniosa) e para uma sociedade ser civilizada e ser
pacífica, deverá haver metas culturais e meios institucionalizados para alcança-las.

Exemplos de metas culturais: educação, qualidade de vida, riqueza, bom emprego...


a maioria da sociedade elege essas metas como ideais.

Exemplos de meios institucionalizados: estudos, trabalhos, bons relacionamentos e


etc.
Segundo Robert, uma anomia, ou seja, um Estado sem lei/sem regras é o insucesso de se
alcançar as metas culturais pelos meios institucionalizados. Então, quando o indivíduo
viola os valores comuns daquela sociedade, seu comportamento é criminoso. Uma
sociedade sem regras e sem limites é uma sociedade doente. O termo “anomia” significa
que algo na sociedade não está harmônico. Há uma crise moral da sociedade.
Segundo Robert, crime é um comportamento capaz de violar o consciente coletivo
(causa lesões aos valores da sociedade), e pena é um instrumento de defesa para
preservar a sociedade.

Robert divide a sociedade em 5 camadas:

Conformidade: indivíduos que aceitam as metas culturais e os meios


institucionalizados.

Inovação: aceitam as metas culturais e não aceitam os meios institucionalizados.

Ritualismo: não aceitam as metas culturais, mas aceitam os meios institucionalizados.

Evasão: renunciam as metas culturais e os meios institucionalizados.

Ex.: Cracolândia.

Rebelião: não aceitam as metas culturais, nem os meios institucionalizados.

Ex.: rebeldes sem causa.

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MEDICINA LEGAL

DICA 196
PERÍCIA E PERITOS

Medicina Legal é a aplicação dos conhecimentos médicos-biológicos na elaboração e


na execução das leis que deles carecem, é a arte de pôr os conceitos médicos a
serviço da Administração da Justiça;
É também o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução
dos dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada, ou seja, a medicina
legal faz a interface entre medicina e o direito;
O objeto da medicina legal é a perícia médica;

Peritos são pessoas qualificadas ou experientes em certos assuntos, a quem se


incumbe a tarefa de esclarecer um fato de interesse da justiça, quando solicitada.
Os peritos podem ser solicitados para atuarem na fase pré-processual, ou seja, inquérito
policial, e na fase processual.
O Perito médico-legista goza de autonomia técnica, científica e funcional no seu mister
pericial.
DICA 197
PERÍCIA E PERITOS

O exame de corpo de delito deverá ser realizado por perito oficial portador de
curso superior. Assim, perito oficial, o qual tem autonomia, é aquele que pertence aos
quadros do Estado, aquele concursado.
Exame de corpo de delito direto é feito sobre vestígios da infração existentes;
Exame de corpo de delito indireto é prova testemunhal feito no desaparecimento dos
vestígios ou não quando não existentes;
O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora, mesmo
feriados. Já em relação ao exame interno do cadáver (necropsia ou autópsia), o qual
deverá ser feito no mínimo 6 horas após a morte;
A Perícia pode ser considerada uma diligência na qual se busca encontrar a
veracidade através da análise dos vestígios deixados por uma infração;
Para se realizar a perícia é necessário que o delito praticado tenha deixado vestígios,
como determina o art. 158, do Código de Processo Penal, quando dispõe que o exame é
indispensável, não sendo suprido nem mesmo pela confissão do acusado, haja vista
que o mesmo poderá confessar algo que não fez para beneficiar outro que tenha praticado
o ato criminoso;
A Perícia médica visa colaborar com a investigação, ou seja, busca oferecer provas
objetivas para uma investigação. Produzir prova com observância do Princípio da
Objetividade (lembrando que esse princípio é o mais importante e o que rege a Medicina
Legal), e o Princípio da Imparcialidade (VISUM ET REPERTUM) – visto e referido (ver e
reportar).

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DICA 198
PERÍCIA E PERITOS
Entende-se por perícia complexa aquela que abrange mais de uma área de
conhecimento especializado, daí pode ser designado mais de um perito oficial para
atuar.

As perícias podem ser divididas em 4 grupos:

exame médico-legal, feito em pessoas vivas;

exame de necroscopia, feito sobre cadáveres;

exame de exumação, feito em cadáver já sepultado;

exames laboratoriais;

Com isso o papel do perito, uma vez sendo regido pelos princípios da objetividade e
imparcialidade é o de apenas observar os sinais existentes e reportar, sem emitir
quaisquer julgamentos de valor;
Concluímos que não cabe ao Perito médico legal determinar a causa jurídica da
morte, cabe a este apenas visualizar, descrever com objetividade e reportar para o
Magistrado os elementos vistos;

Para os diferentes tipos de exames de corpo de delito (perícias) existem duas classes
de peritos oficiais:

Perito médico legista é o responsável pela realização das seguintes perícias:


necroscópicas, exumações, lesões corporais, exame clínico de embriaguez,
conjunção carnal, atentado violento ao pudor, etc.
Perito criminal é o responsável pela realização das seguintes perícias: local de crime
contra a pessoa, local de incêndio, local de explosão, local de desmoronamento, local de
acidente de trabalho, local de acidente de trânsito, local de danos à propriedade, local de
arrombamento, papiloscópicos, grafotécnicos, contábeis, balística, toxicológicos,
biológicos, avaliações, etc.

DICA 199
PERÍCIA E PERITOS
Segundo o art. 280, do CPP, é extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto
sobre suspeição dos juízes;
O Perito Médico Legista possui os mesmos impedimentos e suspeições que os juízes
no âmbito criminal;

Está disposto no art. 254, do CPP, que o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer,
poderá ser recusado por qualquer das partes:

Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;


Logo, o perito deve se declarar suspeito caso seja amigo íntimo/irmão do acusado pelo
crime;

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Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
Deve ser declarado suspeito se for esposa/o, filho, pai ou mãe;

Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau,


inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;
Deve ser declarado suspeito se for parente até 3º grau;

Se tiver aconselhado qualquer das partes;


Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo;


De acordo com o constante no art. 160, parágrafo único, o laudo pericial deve ser
concluído no prazo de 10 dias, e pode ser prorrogável a pedido do perito;
DICA 200
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS

Os Documentos Criminalísticos e/ou Médico-Legais constam todas as informações de


conteúdo médico ou não, e que tenham interesse judicial, possuem características
específicas, tais como:

São emitidos por peritos habilitados;


Decorrem de exames médicos;

São apresentados geralmente por escrito;

Objetivam o esclarecimento de questão judicial;


Os Documentos Médicos Legais classificam-se em: atestados, notificações compulsórias,
relatórios médico-legais (autos e laudos), pareceres (técnico ou do legista) e depoimentos
orais.

Atestado é a declaração escrita de determinado fato médico e suas possíveis


consequências, ou seja, resume de forma objetiva, o resultado da avaliação realizada de
um paciente, o teor de sua doença ou sanidade;
Os Atestados são divididos em Atestados de Oficio, Administrativo e Judicial;

Atestado de oficio é aquele fornecido por médico em atividade privada, em situação


menos formal, o Administrativo é aquele que vai desempenhar uma finalidade junto a
repartição pública e o Judicial é expedido por solicitação do Juiz, integrando autos de
processo judiciário;
DICA 201
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS

Notificações Compulsórias são as comunicações que devem ser expedidas às


autoridades competentes por razões sociais ou sanitárias. Casos de epidemias
obrigam notificações obrigatórias como Dengue, Hanseníase, Sida, Tuberculose entre
outras. Essas notificações incluem doenças profissionais e do trabalho, como também o
acidente de trabalho via CAT.
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Parecer é o documento médico-legal, de natureza subjetiva, que expressa a opinião,
mesmo que fundamentada, de um profissional. Podem ser meramente oficiosos,
particulares e encomendados pelas partes para reforçar uma tese e, por isto, devem ser
analisados com cautela e raramente se sobrepõem aos exames oficiais;

Ex.: Em alguns casos é solicitada a opinião de um reconhecido técnico em alguma área


pericial, que irá opinar sobre o que foi demonstrado nas provas ou do que foi lavrado nos
laudos e o documento médico legal usado é o Parecer médico legal;

O Parecer é formado por 4 partes:

Preâmbulo em que consta a qualificação do médico consultado;

Exposição que transcreve os quesitos e o objeto da consulta;

Discussão que é a parte mais importante do parecer, em que os fatos apresentados


serão analisados em minúcias;

Conclusões em que o modo de ver do parecerista dá as respostas aos quesitos


formulados;

O parecer técnico tem uma abrangência mais restrita que o laudo, pois este é um relatório
médico-legal e é mais minucioso;
DICA 202
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS

Depoimentos Orais são depoimentos dados pelos legistas perante autoridade


policial ou judicial e objetiva o esclarecimento de uma questão médica específica e de
interesse judicial;

O Relatório médico-legal é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica


a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária frente a um
inquérito policial;
O Relatório médico-legal é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica.
Os Relatórios médico-legais são classificados em Auto e em Laudo.

Auto é um relatório ditado ao escrivão ou ao escrevente na presença do delegado


ou de um juiz. É elaborado por peritos “Ad hoc” e assinado pelos peritos nomeados,
pelo escrivão e pelo delegado.

Laudo é elaborado pelo próprio médico e é o mais comum dos relatórios médico-
legais, ou seja, tem muita clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações.
Logo, a diferença entre Laudo e Auto médico-legal é que o primeiro é escrito pelo
próprio legista e o segundo é ditado a um escrivão perante testemunhas.

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DICA 203
QUESITOS OFICIAIS
É importante que o relatório médico-legal apresente os quesitos respondidos pelo perito,
pois a resposta aos quesitos é condição obrigatória do perito, imposta pelo art. 160 do
código de processo penal.

Os quesitos apresentados para o juízo criminal se apresentam de dois tipos: os oficias


e os complementares ou suplementares.
Os quesitos complementares podem ser formulados pelo Ministério Público, pelo
assistente de acusação, pelo acusado, pelo querelante e pelo ofendido, com a intenção de
esclarecer dados do crime no inquérito ou até mesmo no processo judicial.
Já os quesitos oficiais são instituídos por lei Estadual.
Para responder aos quesitos, o profissional deve observar alguns critérios estabelecidos
para que as respostas sejam proferidas no sentido de evitar ao máximo dúvidas quanto à
questão suscitada.

Monossilábica: Sim ou Não nos casos em que somente caibam respostas mo-
nossilábicas;

Ex.: Houve a Morte?

Justificada: os quesitos que necessitam de justificativa devem vir precedidos da


observação “(resposta justificada)”.

Especificada: são casos de quesitos que envolvam várias perguntas e perguntas


complexas, devendo o perito especificar qual item refere-se a resposta.

Evasivas: quando do exame não se extrai uma resposta conclusiva, o perito utiliza o
termo “sem elementos”, uma vez que não se pode negar ou afirmar o conteúdo do
quesito.

Prejudicadas: quando a resposta ao quesito se apresenta impossível ou pôr a


afirmação ser falsa ou porque a pergunta não se aplica.

DICA 204
PERÍCIAS MÉDICAS
O termo “Perícia” quer dizer habilidade, experiência, daí entende-se que perícia é a
atividade técnica realizada no sentido de verificar situações, buscando esclarecer um fato
de interesse legal.
A atividade pericial será sempre executada por especialista técnico ou doutor em
determinado assunto.
A Perícia médico-legal interessa quando o fato é de relevância legal e diz respeito à saúde
ou à vida, realizada por peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior.
As perícias médico-legais podem ser realizadas em seres humanos vivos, mortos
(necroscópico), cadáver já enterrado (exumação), laboratoriais, animais presentes na
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cena do crime, em objetos e também sobre documentos ou quaisquer outros elementos
que se refiram ou que guardem relação com a efetividade do exame, além disso, podem
ocorrer sobre o fato a analisar (peritia percipiend) ou sobre uma perícia já realizada
(perícia deducendi).
Podemos afirmar que a Perícia Médica busca a definição do nexo de causalidade,
principalmente, entre a doença e a morte, a lesão e a morte, a doença ou sequela e a
incapacidade ou invalidez física e/ou mental, o acidente e a lesão, e a doença e a
atividade laboral.
Assim, o exame pericial deve ser obrigatoriamente pautado em normas técnicas,
científicas e jurídicas, uma vez que seu objetivo maior é auxiliar a Justiça e esclarecer
fatos obscuros para o julgador.
DICA 205
ÉTICA MÉDICA E PERICIAL
A medicina legal deixou de ser uma disciplina acessória, para se tornar uma disciplina de
pleno direito, que requer treino adequado, experiência e capacidade para auxiliar o resto
da profissão médica dentro da sua área especializada, daí podemos afirmar, que a
medicina legal é a “medicina ao serviço das ciências jurídicas e sociais”.
Se a determinação de um facto médico-legal leva à formulação de uma verdade que será
utilizada na aplicação da justiça, então o exercício forense levanta necessariamente
questões éticas fundamentais para os seus profissionais.
Estes profissionais terão de possuir um nível elevado de moralidade profissional, o que
implica serem autocríticos e estarem conscientes da sua própria responsabilidade
quando aceitam exercer está atividade, bem como, em manter o controlo quando
confrontados com várias pressões, ameaças e mesmo insultos.
Terão de ter presente que a integridade moral, a liberdade pessoal, o tipo e duração do
castigo do acusado, bem como o sustento da respectiva família, dependem da veracidade
do seu testemunho.
Um médico não poderá considerar-se apto a realizar perícias simplesmente por ser
médico. Nenhum médico, embora eminente, está apto a ser perito pelo simples facto de
ser médico, uma vez que a medicina legal requer conhecimentos próprios e trata de
assuntos exclusivamente seus.

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