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Memorex Carreiras Policiais – Rodada 02

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 23/11/2022
Rodada 04 30/11/2022
Rodada 05 07/12/2022
Rodada 06 14/12/2022

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 11
RLM ........................................................................................................................................... 18
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 22
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 34
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 43
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 56
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ..................................................... 65
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 76
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 82
MEDICINA LEGAL .............................................................................................................. 88

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SINTAXE: ORAÇÃO - ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente independentes.

Classificam-se em:

Assindéticas: sem conjunção.

Ex.: Joana estuda, trabalha, viaja.

Sindéticas: com conjunção.

Ex.: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.


DICA 02
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

ADITIVAS: ideia de soma.

Ex.: e, também, nem, bem como.

Ex.: Eu e minha filha caminhamos no parque e fomos jantar em um belo restaurante.

ADVERSATIVAS: ideia de oposição.

Ex.: mas, porém, todavia, entretanto.


DICA 03
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

ALTERNATIVAS: ideia de alternância.

Ex.: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.

Ex.: Ora você me ama, ora não ama.

CONCLUSIVAS: ideia de conclusão.

Ex.: portanto, logo, por isso.

Ex.: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais
colegas.

EXPLICATIVAS: ideia de explicação.

Ex.: porque, porquanto, que.

Ex.: Reprovou porque não estudou muito.


DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são dependentes
entre si (uma se subordina a outra).

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Ex.: É necessário que todos lavem as mãos.
O que é necessário?
Veja que precisa de uma complementação, “que todos lavem as mãos”. A integração
das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa “que”.
DICA 05
ORAÇÕES REDUZIDAS
As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou SEM
conjunção e com o verbo em uma das seguintes formas:

INFINITIVO - cantar

GERÚNDIO - cantando

PARTICÍPIO – cantado

Até o momento, você estudou a oração de forma desenvolvida. Se a conjunção for


retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração
desenvolvida passará a ser uma oração reduzida.
DICA 06
DIVISÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações subordinadas podem se dividir em:

Substantivas: neste caso, exercem a função de substantivo. Podem ser orações


subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais, predicativas e apositivas.

Adjetivas: neste caso, exercem a função de adjunto adnominal.

Adverbiais: neste caso, exercem a função de adjunto adverbial.


DICA 07
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) SUBJETIVA

OSS Subjetiva: Terá a função de SUJEITO para a oração principal.


A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é aquela que
tem a conjunção.
As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada
(se/que).

Ex.: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte em “azul” é a oração subordinada substantiva subjetiva (OSS Subjetiva).

→ ela é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.

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DICA 08
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) OBJETIVAS DIRETAS E
INDIRETAS

OSS Objetivas Diretas: Terão função de OBJETO DIRETO (não tem preposição) do
verbo presente na oração principal.

Ex.: A aluna disse que odeia matemática.


Sobre o exemplo acima, veja: O que a aluna disse? “que odeia matemática” (é o OD
do verbo DISSE).

OSS Objetivas Indiretas: Terão a função de OBJETO INDIRETO (é aquele que tem
preposição) do verbo presente na oração principal.

Ex.: Ninguém desconfiava de que a receita de sandasse. (OSS Obj. Ind.)


Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.
DICA 09
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) COMPLETIVAS NOMINAIS

OSS Completivas Nominais: Elas complementam o nome (substantivo abstrato


com preposição) que está na oração principal.

Ex.: Eu tenho certeza de que eles passarão na prova.


Veja que “de que eles passarão na prova” complementa “certeza” que é um
substantivo abstrato com preposição.
DICA 10
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) PREDICATIVAS E APOSITIVAS

OSS Predicativas: Terão função de predicativo do sujeito para a oração principal.

Ex.: O problema é que o prazo já expirou. (OSS Predicativa)


Veja que a OSS Predicativa acima se liga ao sujeito da oração principal por meio do
verbo de ligação “é”.
OSS Apositivas: Terão a função de aposto (termo explicativo da oração principal).

Ex.: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (OSS Apositiva) →


explica qual é o desejo.
DICA 11
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
TOME NOTA: A dica abaixo ajudará você a identificar uma oração subordinada
substantiva na sua prova, mas a classificação (se ela é uma OSS subjetiva, objetiva
direta, objetiva indireta, apositiva, predicativa...) deverá se analisada posteriormente.
DICA: Substituir a oração subordinada por “ISSO”.

Ex.: É provável que Juca coma mais tarde hoje.


É provável ISSO.
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Note que “que Juca coma mais tarde hoje” é uma ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA, pois é possível substituir por “ISSO”. Após, você precisará saber a
classificação dessa OSS. “Que Juca coma mais tarde hoje” funciona como sujeito da
oração principal. Então, é uma OSS Subjetiva.
DICA 12
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas recebem esse nome, pois exercem uma função
sintática de adjunto adnominal.
São introduzidas por um pronome relativo, o qual é um elemento de coesão que vai
retomar um antecedente.

Ex.: O homem que é sedentário vive menos. → “que é sedentário” é a ORAÇÃO


SUBORDINADA ADJETIVA e está no meio da oração principal “O homem vive menos.”

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


DICA 13
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o seu


referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.
As vírgulas introduzem uma informação que é adicional. Isso significa que a informação
está presente em todos os termos do seu antecedente.

Exemplo: A Lua, que é o único satélite natural da Terra, é divina.


Note que “que é o único satélite natural da Terra” é uma informação acessória da
Lua, uma explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO!

→ à Minha neta, que mora em Porto Alegre, estuda Medicina. à EXPLICATIVA


→ à Minha neta que mora em Porto Alegre estuda Medicina. à RESTRITIVA
Na oração 1 é possível entender que há apenas 1 neta e “, que mora em POA,” é
uma informação adicional, uma explicação.

A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de uma neta e apenas aquela que mora em POA estuda Medicina.

QUESTÃO ADAPTADA
No trecho “A lei, sancionada em 18 de novembro do ano passado, regulamenta o
acesso a informações públicas e sigilosas”, a oração intercalada funciona como:
Gabarito: qualificação descritiva dos fatos. Certo, pois está qualificando a lei e é uma
oração subordinada adjetiva explicativa.

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DICA 14
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


Após identificar a oração subordinada adjetiva, faz-se necessário identificar se ela é
restritiva ou explicativa. Vejamos sobre a restritiva sem vírgula.
Restritiva: SEM vírgula.
Veja que na frase: “O estudante que se dedica passa” é possível substituir o pronome
“que” por “O estudante”. O “que” faz referência ao termo anterior “O estudante”,
exercendo função de pronome relativo.
Então, “que se dedica” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois não
possui vírgula.
TOME NOTA:

A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA → DELIMITA de modo mais preciso o


seu referente. Ela restringe o tipo de estudante que passa → o que se dedica. Há
vários tipos de estudantes, mas apenas o estudante que se dedica passa.
DICA 15
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
Veja só sobre a oração subordinada adjetiva explicativa com vírgula:
Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o
seu referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.
As vírgulas introduzem uma informação que é ADICIONAL. Isso significa que a
informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Ex.: A Terra, que é um planeta, é coberta por 70% de água.


Note que “que é um planeta” é uma informação acessória da Terra, uma explicação,
uma ampliação de sentido.
CUIDADO:

Meu filho, que mora em São Paulo, estuda Direito. → EXPLICATIVA


Meu filho que mora em São Paulo estuda Direito. → RESTRITIVA
Na oração 1 entende-se que existe apenas 1 filho e “, que mora em SP,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de um filho e apenas aquele que mora em SP estuda Direito.
DICA 16
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal. Ela
desempenha as funções um advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa

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oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a qual indicará a circunstância
que a oração expressa.
Então, a oração subordinada adverbial pode ser do tipo:
Causal
Comparativa
Concessiva
Condicional
Conformativa
Consecutiva
Final
Proporcional
Temporal
DICA 17
CAUSAL
Causal: indica uma causa, um motivo.

Exemplos de conjunções causais: porque, como, na medida em que, visto que, uma vez
que, porquanto...

Ex.: Ela não foi ao parque porque estava doente. → Note que a conjunção causal
“porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela
não ter ido ao parque (porque estava doente).
DICA 18
COMPARATIVA
Comparativa: exprime uma comparação.

Exemplos de conjunções comparativas: tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ...
qual, como (no sentido de comparação, normalmente vem acompanhado com “quem”).

Ex.: O guepardo é mais veloz do que o leão. → Note que há uma comparação entre
o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.
DICA 19
CONCESSIVA
Concessiva: indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas
circunstâncias. Exemplos de conjunções concessivas: apesar de, conquanto, embora,
ainda que, se bem que, por mais que...

Ex.: Por mais que Júlia não esteja bem, ela irá ao casamento. → Note que é
inesperado que Júlia vá ao casamento, já que ela não está bem... Mas, ela irá.

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DICA 20
CONDICIONAL
Condicional: indica uma condição.
Exemplos de conjunções condicionais: caso, a menos que, salvo se, exceto se...

Ex.: Se chover, não iremos ao show. → Note que somente iremos ao show se o dia
estiver bom, sem chuva. Há uma condição para irmos ao show: não chover, pois se
chover, não iremos.
DICA 21
CONFORMATIVA
Conformativa: indica conformidade, acordo entre um fato e outro.
Exemplos de conjunções conformativas: conforme, segundo, de acordo com, consoante,
como (no sentido de conformidade)...
Ex.: A monografia deverá ser redigida de acordo com as regras da ABNT.
DICA 22
CONSECUTIVA
Consecutiva: indica uma consequência, um resultado do que foi dito na oração
principal. Exemplos de conjunções consecutivas: tão que, tanto que, tal que, que...
Ex.: Márcia gritou tanto que ficou sem voz.
DICA 23
FINAL
Final: exprime finalidade. Exemplos de conjunções finais: a fim de, por que (= para
que)...

Ex.: A aluna Manoela estudou muito a fim de que não reprovasse. → Note que
Manoela estudou com a finalidade de não reprovar.
DICA 24
PROPORCIONAL
Proporcional: exprime proporcionalidade com o acontecimento da oração principal.
Exemplos de conjunções proporcionais: ao passo que, à medida que, à proporção
que, à maneira que...
Ex.: Lucas ficava mais musculoso à medida que treinava.
DICA 25
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: TEMPORAL
Temporal: indica uma ideia de tempo.
Exemplos de conjunções temporais: logo que, quando, enquanto, agora que, depois
que...

Ex.: Quando ouço Marília Mendonça, penso em você. → Note que “quando” indica
uma ideia de tempo.

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INFORMÁTICA
DICA 26
ESTRUTURA DO WORD - EDIÇÃO DE TEXTOS
A janela do documento do Word é composta por alguns componentes. Vejamos alguns:

Barra de Títulos - Barra que exibe o nome do documento que está sendo editado, o
nome do usuário que está logado e um botão com as opções de Ocultar a faixa de
opções, Mostrar Guias e Mostrar Guias e Comandos.

Barra de Status - Contém informações do documento, como número de páginas,


quantidade de palavras e o idioma. E opções de visualização como Modo de Leitura,
Layout de Impressão, Layout da Web e uma barra para zoom.

DICA 27

EDIÇÃO DE TEXTOS
São alguns componentes de um documento do Word:

Barra de acesso rápido - Barra para salvar, desfazer uma ação (CTRL + Z), Repetir
digitação (CTRL + R) e visualizar impressão. Além disso, é personalizável, ao clicar na
setinha ao lado de Repetir digitação, um menu será apresentado com opções para serem
colocados a esta barra .

Página - É o documento que é feito e inclui acima e ao lado esquerdo as réguas, que
definem as margens do documento.

DICA 28

FAIXA DE OPÇÕES GERAIS


As faixas de opções gerais estão presentes nos três programas: Word, Excel e
Powerpoint. Com exceção da Guia Arquivo, elas podem ser personalizadas
(Mostrar/ocultar comandos) e movidas de lugar. As guias são divididas em grupos, para
cada programa os grupos podem variar. As guias gerais que são fixas: Página Inicial,
Inserir, Arquivo, Revisão, Exibir.

DICA 29

FAIXA DE OPÇÕES DO WORD


Assim como as barras de títulos, acesso rápido e status, é uma das barras do Word. A
faixa de opções apresenta Guias e Comandos. As guias podem ser personalizadas,
ocultadas e movidas, exceto a guia arquivo que não pode ser ocultada ou movida. As
guias são Arquivo, Página Inicial, Inserir, Design, Layout, Referências, Correspondências,
Revisão, Exibir e Ajuda.

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As guias são divididas em grupos.

DIVISÃO DOS GRUPOS

Página Inicial - Grupos

Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilos, Editando, Voz.

Inserir - Grupos

Páginas, Tabelas, Ilustrações, Suplementos, Comentários, Cabeçalho e Rodapé,


Texto, Símbolos.

Design - Grupos

Formatação do Documento, Plano de Fundo da página.

Layout - Grupos

Configurar Página, Parágrafo, Organizar.

Referências - Grupos

Sumário, Notas de Rodapé, Pesquisar, Citações e bibliografia, Legendas, Índice.

Correspondências - Grupos

Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados, Concluir.

Revisão - Grupos

Revisão de Texto, Acessibilidade, Idioma, Comentários, Controle, Alterações,


Compara, Proteger, Tinta.

Exibir - Grupos

Modos de Exibição, Movimentação de Páginas, Mostrar, Zoom, Janela, Macros,


SharePoint.

Ajuda - Grupos

Ajuda.

DICA 30

ÍCONES DO WORD - FORMATAÇÃO


Ícones despencam em prova!

Ícones que alteram a formatação do texto. Apresentados respectivamente:

Negrito, Itálico, Sublinhado, tachado, subscrito (A100), sobrescrito (A100 ):

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Escolher fonte, Tamanho da fonte, Aumentar fonte, Diminuir fonte, Maiúscula e
Minúscula, Limpar toda a formatação:

Efeitos de texto e Tipografia, Cor de Realce, Cor da fonte:

O “colar” possui algumas opções que são:

Manter formatação original, Mesclar formatação, Imagem, Manter somente texto:

DICA 31

INSERIR

Ícones que inserem elementos no documento:

O instantâneo faz um print de uma janela selecionada pelo usuário que está aberta no
momento e insere no documento:

Equação - inserir equações matemáticas ou pode criar suas próprias equações.


Símbolo - insere símbolos que não estão presentes no teclado:

Insere Links que podem ser um link para um arquivo externo ou site, um indicador
(permite pular para uma parte específica no texto) ou uma referência cruzada (Faz
referência a lugares específicos no documento, como títulos, ilustrações e tabelas):

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DICA 32
ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

Ícones que organizam o texto:

Alinhar à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita, Justificar, Espaçamento de Linha e


Parágrafo, Sombreamento, Bordas:

Bullets (cria marcadores), Numeração (cria uma lista numerada), Lista de Vários Níveis,
Diminuir Recuo, Aumentar Recuo, Classificar (Organizar em ordem alfabética ou
numérica), Mostrar Tudo:

Localizar é para procurar uma palavra no texto. Replace é para procurar e substituir um
texto por outro:

DICA 33

EXIBIÇÃO

Nova Janela - abre uma segunda janela de documento para que se possa trabalhar
em diferentes locais ao mesmo tempo.

Organizar Tudo - Empilha as janelas abertas para que possa ver todas de uma vez.

Dividir - Visualize duas seções do documento ao mesmo tempo:

DICA 34

EXIBIÇÃO

Alternar Janelas - Alternar rapidamente para outra janela aberta:

Colocar a página com 100% do tamanho:

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DICA 35
PESQUISA INTELIGENTE E PESQUISADOR
A pesquisa inteligente é a busca por um termo utilizando o Bing sem a necessidade de
abrir um navegador. Duas formas possíveis de usar a pesquisa inteligente, selecionar uma
palavra no texto, clicar com o botão direito sobre ela e depois clicar em pesquisa
inteligente. O pesquisador pesquisa termos e auxilia na incorporação de textos de fontes
confiáveis ao texto e pode acrescentar citações ao texto.

Pesquisa Inteligente e Pesquisador


DICA 36
PROTEÇÃO

Estes ícones são acessíveis através da aba Informações na Guia Arquivo:

Proteger documento geral com os seguintes subitens:

Sempre abrir como somente Leitura - Solicita que os leitores optem pela edição.

Criptografar com senha - Proteger o documento com uma senha.

Restringir Edição - Controlar os tipos de alterações que outras pessoas podem fazer.

Adicionar uma assinatura digital - Garantir a integridade do documento adicionado


uma assinatura digital invisível.

DICA 37
DIVERSOS

Traduzir - Traduz o conteúdo em um idioma diferente usando o Microsoft Translator.

Idioma - Escolher o idioma para as ferramentas de revisão de texto e verificação


ortográfica.

Novo comentário, Excluir comentário, Saltar para o


comentário anterior, Saltar para o próximo comentário, mostrar comentários.

Comparar - Comparar dois documentos para ver a diferença entre eles.

Ler em Voz Alta.

Verificar acessibilidade.

Ortografia e Gramática.

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DICA 38

WORD ONLINE
É possível utilizar a versão online do Word, através do Onedrive Live, a ferramenta online
é gratuita, diferentemente da versão desktop que é paga. Algumas funções não estão
disponíveis na versão online, como por exemplo a inserção de equações, apenas a
inserção de símbolos. Um documento salvo no Word Online é salvo automaticamente no
OneDrive.

DICA 39

ATALHOS DO WORD

Abrir Documento CTRL + A

Salvar Documento CTRL + B

Copiar CTRL + C

Copiar Formatação do Texto CTRL + SHIFT + C

Colar CTRL + V

Colar somente formatação CTRL + SHIFT + V

Colar Especial CTRL + ALT + V

Recortar CTRL + X

Negrito CTRL + N

Itálico CTRL + I

Sublinhado CTRL + S

Desfazer CTRL + Z

Repetir / Refazer CTRL + R

Refazer CTRL + Y

Selecionar Tudo CTRL + T

Imprimir CTRL + P

Visualizar Impressão CTRL + F12

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Novo documento CTRL + O

Localizar CTRL + L

Substituir (Replace) CTRL + U

Alinhar à esquerda CTRL + Q

Centralizar CTRL + E

Alinhar à Direita CTRL + G

Alinhar Justificado (Justificar) CTRL + J

Inserir Hyperlink CTRL + K

Inserir Comentário ALT + CTRL + A

Inserir Página adicional ALT + CTRL + S

Remover página adicional ALT + SHIFT + C ou ALT + CTRL + S

DICA 40
EDIÇÃO DE PDF NO WORD
O word 365 possui a função de editar documentos em PDF. O Word irá realizar uma
conversão, transformando o documento PDF em um documento de Word, devido a essa
conversão, pode ser que o documento não fique totalmente parecido com o original
especialmente se o original contiver muitos elementos gráficos. A versão online do Word
também não possui esta funcionalidade.

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RLM
DICA 41
FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Para formar uma fração tem-se o numerador e o denominador, o numerador
representa o dividendo e o denominador representa o divisor.
Duas frações são equivalentes quando representam o mesmo número, para somar e
subtrair frações, devemos transformar todas as frações em frações equivalentes com o
mesmo denominador.
Para realizar a multiplicação de frações, realiza-se a multiplicação dos numeradores e a
multiplicação dos denominadores.
Para comparar frações, devemos encontrar frações equivalentes que apresentem o mesmo
denominador.

Ex.: Uma empresa tem 120 funcionários, entre homens e mulheres. Se 2/5 desses
funcionários são mulheres, calcule o número de mulheres:
Nº de mulheres 2/5 de 120 funcionários= (2/5) x120=240/5=48 mulheres.
DICA 42
FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Para dividir uma fração por um número ou por uma fração, inverte-se o número ou a
fração e multiplique pela fração inicial;

Ex.: A família de Cláudio pediu uma pizza, que veio dividida em 8 fatias iguais.
Cláudio comeu uma fatia inteira e dividiu uma outra fatia igualmente com sua irmã.
Vamos calcular a parte que Cláudio comeu:
Uma fatia corresponde a: 1/8, já a metade de 1/8 é: (1/8) /2= (1/8) x (1/2) = (1x1)
/(8x2) =1/16, somando 1/16+1/8=1/16+2/16= 3/16 da Pizza;

Ex.: Em certo reservatório, 2/3 do volume de água correspondem a 120 litros,


portanto, 3/2 do volume de água desse mesmo reservatório correspondem a:
Uma forma prática de se obter o todo a partir da parte do problema é utilizar o recurso
inverte e multiplica → se 2/3 correspondem a 120 litros, a capacidade total do
reservatório é → (3/2) x120=3 x (120/2) =3x60=180 Litros;
Então, (3/2) de 180 litros= (3/2) x180= 270 Litros.
DICA 43
FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Obtenção da fração complementar: 1-(5/8) = (8/8) - (5/8) =3/8, ou seja, 1-(a/b) =(b/b)
-(a/b) =(b-a) /b;

Ex.: Flavia comeu, inicialmente, um quarto da barra de chocolate que comprou. Depois,
comeu um terço do que tinha sobrado. A fração da barra de chocolate que Marlene ainda
tem para comer é de:

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Flavia comeu 1/4 da barra de chocolate, então sobrou 1-1/4=3/4 da barra de chocolate.
Depois comeu 1/3 da sobra → (1/3) x (3/4) =1/4 barra de chocolate → 1/4
+1/4=2/4=1/2 da barra;

Ex.: No início de determinado mês, uma escola tinha um estoque de 720 kg de


alimentos. Nas 3 primeiras semanas desse mês, foram consumidos, respectivamente, 1/6,
5/24 e 1/5 desse estoque de alimentos. Considerando essa situação hipotética, calcule a
opção que apresenta a quantidade de alimentos restante nesse estoque logo após essas 3
semanas:
A fração que corresponde ao total de alimentos consumidos é
1/6+5/24+1/5=20/120+25/120+24/120= 69/120;
A fração que corresponde ao total de alimentos não consumidos é dada pela fração
complementar 1-(69/120)= 51/120;
O total de alimentos não consumidos é dado por (51/120) x720= 306 Kg.
DICA 44
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL
A razão entre os números A e B é a divisão de A por B ou razão entre A e B ou razão de
A para B ou A está para B ou A/B;

Ex.: Se a razão A/B vale 3, sendo B diferente de 0, então a razão de (2A−B) /2A vale:
A/B=3, A=3B, então → (2A-B) /2A=(2x3B-B) /(2x3B) =(5B) /(6B) = 5/6.
DICA 45
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL
Proporção é a igualdade entre duas ou mais razões, sejam as razões A/B e C/D, a
proporção é dada pela igualdade (A/B) =(C/D);
Em uma proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, ou seja, (A/B)
=(C/D) → (CxB)=(AxD).

Ex.: O valor de x na proporção 2 =


𝑋 𝑋+7
4
→ pode ser calculado da seguinte maneira
→ 4x=2(x+7) → 4x=2x+14 → 2x=14 → x= 7;
A escala é um tipo específico de razão, trata-se da razão entre uma medida
representada em um desenho e a medida real do objeto que se representa → Escala =
Medida Representada/Medida Real.
DICA 46
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL
Uma grandeza A é diretamente proporcional às grandezas B, C e D quando
A/B=A/C=A/D=K, sendo K uma constante.

Ex.: Em uma pizzaria, a produção diária de pizzas é proporcional ao número de horas


trabalhadas pelos seus funcionários. Em um determinado dia, foram produzidas 80 pizzas
em 5 horas. Vamos calcular quantas pizzas foram produzidas em um dia em que os
funcionários trabalharam 7 horas:

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Portanto, (80/5) = (nº pizza/7), logo nº pizza=7x80/5=7x16=112 pizzas em 7 horas.
Ex.: A sequência numérica (6, X, Y,12) é diretamente proporcional a sequência
(3,4,5,6). Vamos calcular o valor de X e Y → (6/3) =(x/4) =(y/5) = (12/6) =k → k=2 →
(x/4) =2→ x=8→ (y/5) =2→ y=10.

DICA 47
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL
Uma grandeza A é inversamente proporcional às grandezas B, C e D quando A/(1/B)
=A/(1/C) =A/(1/D) = K ou A x B x C x D=K;

Ex.: Vamos dividir o número 700 em partes inversamente proporcionais a 5, 10 e 20.

Portanto, (Ax5) =(Bx10) =(Cx20) =K e A+B+C=700, então A=K/5, B=K/10 e C=K/20 →


K/5+K/10+K/20=700 → (4𝐾+2𝐾+𝐾)
20
=700 → 7K=700x20 → K=2.000, logo, A=400,
B=200 e C=100.
DICA 48
RAZÃO

FRAÇÃO obtida pela dois números INTEIROS (Z) e ESCRITA na forma A/B.

Ex.: 2/5 ; -9/4 ; 50/67 ; -5/3

Temos duas razões importantes que são elas: escalas e densidade demográfica.

ESCALAS: Comparação entre comprimento do desenho(d) e comprimento REAL(R)


por D/R.

Ex.: 1:100 significa que 1 representa valor de desenho e 100 valor real.

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: razão entre número de HABITANTES(HAB) e


ÁREA(A) da região, onde teremos HAB/A.

Ex.: Um município paranaense ocupa a área de 100000 km2. De acordo com o censo
realizado, tem população aproximada de 50 000 habitantes. A densidade demográfica
desse município é obtida assim: 50000/100000 = 0,5 HAB/Km2
DICA 49
PROPORÇÃO

IGUALDADE entre RAZÕES do tipo A/B = C/D.


Duas razões formam uma proporção quando o PRODUTO de MEIOS e EXTREMOS são
iguais.

Ex.: 4/10 = 6/15 onde teremos 10.6 = 4.15


Podemos aplicar PROPORÇÃO em divisão de LUCROS, BENS e etc, para duas ou mais
pessoas. Chamaremos de REGRA DE SOCIEDADE.

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DICA 50
DIVISÃO PROPORCIONAL
Aplicamos uma proporção para dividirmos um determinado total estabelecido.
É preciso obter uma CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE (K) para separar o
TOTAL estabelecido.

Ex.: Um valor de R$ 3.600,00 dividido proporcionalmente entre 5, 7 e 3.


K = 3600/5+7+3 = 3600/15 = 240 (diretamente)
A divisão proporcional pode ser classificada como diretamente (proporcional) ou
inversamente.

Ex.: Dividir o número 72 em três partes inversamente proporcionais a 3, 4 e 12.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 51
INVIOLABILIDADE DA CASA

Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação
judicial.

Da leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.
Entende-se como “casa”:
Qualquer compartimento habitado;
Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;
Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

SISTEMATIZANDO

REGRA:
A casa é inviolável;

EXCEÇÃO:
Consentimento do morador;
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar socorro;
Determinação Judicial.

JURISPRUDÊNCIA

O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de


flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição
acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar
abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa
causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem
determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti
Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).

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DICA 52
LIBERDADE PROFISSIONAL

Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho


profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora NÃO IMPEDE o exercício da profissão.

ATENÇÃO!

Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador NÃO pode


exercer a advocacia.

DICA 53
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE DE REUNIÃO

Previsão constitucional (art. 5º, inciso XVI):

“XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;”

Ao analisar esse direito fundamental, extrai-se os seguintes requisitos:

Reunião pacífica;

Sem armas;

Em locais abertos ao público – o que não veda a realização de reuniões em espaços


privados;

Independentemente de autorização;

Não frustrem outra reunião marcada anteriormente para o mesmo local;

Exige-se prévio aviso.

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JURISPRUDÊNCIA

O PRÉVIO AVISO, segundo a jurisprudência do STF, não exige uma comunicação


formal, pois “eventual ausência de prévio aviso para o exercício do direito de reunião
não transforma a manifestação em ato ilícito e que o Poder Público pode
legitimamente impedir o bloqueio integral de via pública para assegurar o direito de
locomoção de todos” (Notícias STF de 19.12.2018).

Como os demais direitos fundamentais, o direito de reunião não é absoluto e pode


ser restringido na vigência de estado de defesa (art. 136, § 1.o, I, “a”) e de estado de
sítio (art. 139, IV).

JURISPRUDÊNCIA – FIQUE ATENTO

Sobre o requisito do AVISO, o STF, por meio do Recurso Especial n° 806339/SE,


cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que para que o aviso seja
cumprido não há nenhum tipo de forma pré-estabelecida, bastando apenas que chegue
o conhecimento da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de
aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de
informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de
forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário.
RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin,
julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

DICA 54
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade


para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

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DICA 55
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.

Mesmo identificado civilmente, o indivíduo será submetido à identificação criminal


nas seguintes hipóteses:

Documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

Documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes


entre si;

Identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da


autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

Estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do


documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
DICA 56
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES

Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou


pessoas jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;

A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de poder;


Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de situações
de interesse pessoal.

Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado para


combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

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DICA 57
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO

Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.

É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de


violação da inafastabilidade da jurisdição.
OBS.: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa
PROIBIDO!

No Brasil é adotado o sistema inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o


Poder Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada
material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista
que até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo
submete-se à análise do Poder Judiciário.

Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível


buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam:

Habeas data;

Controvérsia desportiva;

Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração


Pública;

Requerimento de benefício previdenciário.


DICA 58
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:

Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;


Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.


A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ser ampliada pelo legislador ordinário.

Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima.


Em que pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o
patrimônio e não contra a vida.

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ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não será do
tribunal do júri.

DICA 59
EXTRADIÇÃO

Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado nos


seguintes casos:
Crime comum, cometido antes da naturalização;

Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;

NÃO será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição


voluntária de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.
DICA 60
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
Na CF/88 existem “mandados de criminalização” onde o constituinte determina que o
legislador criminalize alguma conduta ensejadora de violação a algum bem jurídico.

Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo* constitui crime inafiançável e imprescritível;


XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evita-los, se omitirem.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armado civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

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CRIMES
CRIMES
INAFIANÇÁVEIS E
INAFIANÇÁVEIS E
INSUSCETÍVEIS DE
IMPRESCRITÍVEIS:
GRAÇA E ANISTIA:

Tortura;
RACISMO;
Tráfico ilícito de
entorpecentes e
drogas afins;

Ação de grupos
armado civis ou Terrorismo;
militares, contra a
ordem constitucional
e o estado
democrático. Crimes
hediondos.

IMPORTANTE!
Recentemente, foi sancionada a Lei 14.532 de 2023, que tipifica como crime de racismo a
injúria racial, com a pena aumentada de UM A TRÊS ANOS para de dois a cinco anos de
reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria
é direcionada ao indivíduo.
DICA 61
INTRANSCEDÊNCIA DAS PENAS

Conforme o preconizado pelo inciso XLV, nenhuma pena passará da pessoa do


condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
bens ser estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.

Assim, nenhuma pessoa pode sofrer a penalização por ato de outrem.


IMPORTANTE!
Esse dispositivo é bastante cobrado nas provas de carreiras policiais. Então, fique atento,
pois pode ser cobrado em sua prova.
DICA 62
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas,
vejamos o dispositivo em questão.

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XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

privação ou restrição da liberdade;

perda de bens;

multa;

prestação social alternativa;

suspensão ou interdição de direitos;

O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.

Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do
inciso XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:

De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
De caráter perpétuo;
De trabalhos forçados;
De banimento;
Cruéis.

DICA 63
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS

ATENÇÃO!

HABEAS CORPUS:

Sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção contra abuso de


poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a informalidade.

Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao


direito de locomoção do indivíduo.

Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para


reprimir a ofensa e cessá-la.

Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a


ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida.

Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a


legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da
ordem.

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DICA 64
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA

MANDADO DE SEGURANÇA:

Tem por objetivo resguardar direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalidade
praticado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;

Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.

Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.

MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no


Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais
de 1 ano e com pertinência temática.

DICA 65
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS DATA

HABEAS DATA:

Será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o conhecimento de


informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou ainda para a retificação
de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso, judicial ou
administrativo.

NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio


impetrante.

Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial


deverá ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso
de mais de 10 dias sem decisão.

DICA 66
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR

MANDADO DE INJUNÇÃO

cabível em caso de omissão total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável


o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, CF/88.

AÇÃO POPULAR

qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
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administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe;


moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado.
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.

DICA 67
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

Habeas Corpus Liberdade de locomoção SIM NÃO

Habeas Data Direito de informação pessoal SIM SIM


e retificação.

Mandado de Proteger direito líquido e NÃO SIM


Segurança certo, não amparado por HC
ou HD.

Mandado de Sanar omissões legislativas NÃO SIM


Injunção

Ação Popular ANULAR ATO LESIVO SIM SIM

DICA 68
NACIONALIDADE
Nacionalidade originária: resulta do nascimento. Trata-se de forma involuntária de
aquisição da nacionalidade. Os que recebem a nacionalidade por essa forma são
chamados “brasileiros natos”.
Nacionalidade derivada: resulta de um ato de vontade do indivíduo. Os que recebem
a nacionalidade derivada são chamados “brasileiros naturalizados”.
DICA 69
NACIONALIDADE - BRASILEIRO NATO
SÃO BRASILEIROS NATOS:

Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde


que estes não estejam a serviço de seu país;
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente OU venham a residir na
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República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
DICA 70
NACIONALIDADE - BRASILEIRO NATURALIZADO
SÃO BRASILEIROS NATURALIZADOS:

Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


originários de países de língua portuguesa apenas residência por 1 ano ininterrupto e
idoneidade moral;

Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do


Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
DICA 71
DOS PORTUGUESES
TOME NOTA!
Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos na Constituição.

- Residência Direitos inerentes ao


permanente no país brasileiro, salvo os
PORTUGUESES casos previstos na
- Reciprocidade em favor Constituição de 1988
de brasileiros

DICA 72
PERDA DA NACIONALIDADE DO BRASILEIRO

Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade


nociva ao interesse nacional;

Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

De reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

De imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis;
DICA 73
NACIONALIDADE: CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATO
A Constituição Federal, em seu Art. 12, §2º, proíbe diferenciação entre brasileiros
natos e naturalizados. Contudo, alguns cargos públicos são privativos a brasileiros
natos:
→ Presidente e Vice-Presidente da República;
→ Presidente da Câmara dos Deputados;
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
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→ Presidente do Senado Federal;
→ Ministro do Supremo Tribunal Federal;
→ Carreira diplomática;
→ Oficial das Forças Armadas;
→ Ministro de Estado da Defesa.

ATENÇÃO!

Nota-se que o brasileiro naturalizado PODE ocupar o cargo de deputado ou senador, o


que não pode é ser presidente dessas Casas.

Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato, já


que eles recebem o tratamento de brasileiro naturalizado.
DICA 74
IDIOMA OFICIAL E SÍMBOLOS
A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Embora pareça simples, é possível que caia na prova. Por isso vamos esquematizar:

- Bandeira
Símbolos - Hino

- Armas

- Selo nacionais

E, DF, M – símbolos próprios

DICA 75
DIREITOS POLÍTICOS
São direitos que asseguram a soberania popular, através do alistamento eleitoral, o qual
garante o exercício da cidadania.

Direitos Políticos Negativos: traduzem os impedimentos e as causas de


inelegibilidade, sejam a impossibilidade de participar das eleições ou privação dos direitos
políticos.

Direitos Políticos Positivos: possibilidade das pessoas de votarem ou serem


votadas, traduzido no conhecido direito de sufrágio.

Soberania Popular: plebiscito é a consulta do povo em um momento prévio à


elaboração da lei, já o referendo é a consulta que ocorre após a elaboração de lei.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 76
AGENTES PÚBLICOS: PROVIMENTO ORIGINÁRIO
O provimento originário se dá por meio da NOMEAÇÃO, sendo está a única forma de
ingresso primário no cargo público existente no ordenamento jurídico atual. Pode ser em
caráter efetivo ou em comissão;
Em caráter efetivo, a nomeação se dará após aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego;
No cargo em comissão, não é precedido de concurso público, sendo um ato
discricionário da autoridade competente. São declaradas em lei de livre nomeação e
exoneração, não necessitando de motivação para sua efetivação;
A nomeação é ato unilateral da administração pública e o nomeado apenas terá
vínculo com a administração pública com a posse, que deve ocorrer no prazo de trinta
dias da nomeação.
DICA 77
AGENTES PÚBLICOS: PROVIMENTO DERIVADO
O servidor público pode, além das formas originárias de ingresso no serviço público,
ocupar um cargo por meio de provimento derivado.
São as modalidades de provimento derivado:
Promoção: forma de provimento derivado vertical nos cargos da administração
pública. É quando ocorre o provimento na carreira de cargos sucessivos e ascendentes.
Por exemplo, o inspetor evolui da classe II para se tornar inspetor classe I.
CUIDADO: A ASCENSÃO FOI CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL!

Readaptação: Quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física


ou mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria. Caso o
servidor seja considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentadoria do
respectivo agente público.

Reversão: Retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado, desde que


atendidas as regras estabelecidas pelo Poder Executivo e desde que o servidor não
tenha atingido a idade de 70 anos.

Aproveitamento: O chamado, feito pela administração pública, para que o servidor


público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.

Recondução: Forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo


anteriormente ocupado, como por exemplo no caso de inabilitação em estágio
probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

Reintegração: Consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo


anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com
ressarcimento de todas as vantagens.

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OBS.: Há doutrina que classifica a reversão como modo de ingresso originário, uma
vez que o servidor aposentado retorna para o MESMO cargo anteriormente ocupado.
DICA 78
AGENTES PÚBLICOS: INGRESSO SEM CONCURSO PÚBLICO
Pode haver ingresso em cargo público sem concurso? SIM! Nas hipóteses de
cargos em comissão;
Contudo, é importante não confundir o cargo em comissão com a função de
confiança;

O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de
concurso, pois é de livre nomeação e exoneração;

A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem


ser exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;
Importante saber também que PARTE dos cargos em comissão devem ser preenchidos
por servidores de carreira, em percentual definido em lei;
VAMOS À ESQUEMATIZAÇÃO?

CARGO EM COMISSÃO FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Prescinde de concurso público Prescinde de concurso público

Podem ser ocupados por qualquer pessoa,


Exercidas EXCLUSIVAMENTE por
mas parte dos cargos será reservado a
ocupantes de cargo efetivo
servidores de carreira (cargo efetivo)

Atribuições de direção, chefia e Atribuições de direção, chefia e


assessoramento assessoramento

DICA 79
AGENTES PÚBLICOS: PERDA DO CARGO PÚBLICO
O servidor público estável poderá perder o cargo, contudo, em apenas quatro
hipóteses:
em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
Perda do cargo por excesso de gastos com folha de pessoal (Lei de
Responsabilidade Fiscal e art. 169, §§ 3º e 4º, da CF), incluindo os ativos e os inativos.
CUIDADO!
Especialmente nas três primeiras hipóteses, muita atenção às palavras grifadas, pois
quando suprimidas deixam a assertiva incompleta e, portanto, errada.

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DICA 80
AGENTES PÚBLICOS: DEVERES
É dever do servidor cumprir as ordens de seus superiores e levar a eles irregularidades
observadas durante o exercício da função.
Quando a suspeita de irregularidade, ilegalidade, omissão ou abuso de poder, for
relacionado a seu superior, é dever informar e representar a outra autoridade
competente.
A não execução da ordem do superior, por suspeita de irregularidade de tal atividade,
não acarretará prejuízo ao servidor.
Quando um servidor não observar algum dos deveres, será penalizado, em regra,
com penalidade de advertência.
DICA 81
AGENTES PÚBLICOS: DAS PROIBIÇÕES

O art. 117 da lei discorre sobre interdições impostas ao servidor. Dependo da violação
cometida, o servidor poderá ser responsabilizado com advertência, suspensão ou
demissão.

É passível de suspensão:
Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo em que ocupa, exceto em
situações de emergência ou transitórias.
Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário e trabalho.
DICA 82
AGENTES PÚBLICOS: DA ACUMULAÇÃO
Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram
essas remunerações forem acumuláveis nas atividades.
Na aposentadoria, só pode cumular nas mesmas hipóteses em que poderia na
atividade.
Lembre que há uma diferença sútil entre o ato de sindicância e o ato de processo
adminsitrativo. Ambos são processos administrativos que visam a aplicação de
penalidades aos servidores.

Da sindicância poderá resultar a aplicação de penalidades mais leves como


advertência ou suspensão de até 30 dias. O prazo para conclusão não excederá 30 dias,
podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Já o processo administrativo disciplinar (PAD), sempre será necessário para


aplicação de penalidades mais graves. Entre elas, demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou função de confiança e suspensão
superior a 30 dias. O prazo para conclusão é de 60 (sessenta) dias prorrogável por mais
60.

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DICA 83
AGENTES PÚBLICOS: DAS RESPONSABILIDADES
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
funções.

A responsabilidade penal engloba os crimes e as contraversões penais.

A responsabilidade civil abrange atos comissivos ou omissivos e atos dolosos e


culposos.
Ao provocar danos a terceiros, a vítima poderá cobrar do estado, e o estado cobrar do
servidor AÇÃO REGRESSIVA.
O servidor que agir de forma dolosa, o estado poderá realizar confisco dos bens.
Ao não informar alguma irregularidade, ou executá-la tendo ciência da irregularidade, o
servidor responde por ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo juntamente com
o servidor em investigação.
DICA 84
PODERES ADMINISTRATIVOS - CONCEITO
Os Poderes Administrativos são instrumentos colocados à disposição do administrador
para atingir o interesse público.
Não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente público.
DICA 85
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO: USO E ABUSO DO PODER
O uso do poder consiste em um privilégio do agente público. A sua utilização implica
que o agente deverá observar as normas constitucionais e legais em busca do interesse
público.
O abuso de poder ocorre quando o agente público deixa de lado o interesse público e
observa apenas o seu interesse particular, o que torna o ato ilegal. Assim, o abuso de
poder é toda a atuação que torna irregular a execução do ato administrativo.
DICA 86
ABUSO DO PODER
São espécies de abuso de poder: excesso de poder; e desvio de poder.

Excesso de poder: O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos
limites legais de sua competência.

Desvio de poder ou de finalidade: O desvio de poder quanto à finalidade ocorre


quando o administrador agente dentro dos limites de sua competência, mas o faz para
alcançar fim diverso do previsto.

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DICA 87
PODERES ADMINISTRATIVOS:

Poder de Polícia: É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício


de direitos e da propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.
A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público
sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.
DICA 88
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO - PODER DE POLÍCIA
Atributos do poder de polícia:
Discricionariedade (regra) – exceção: Aplicação de multa é vinculado
Coercibilidade
Autoexecutoriedade – desdobra-se em exigibilidade e a executoriedade
DICA 89
CICLOS DO PODER DE POLÍCIA

Ordem de Polícia: Limitação e acondicionamento ao exercício de atividades


privadas e uso de bens, imposta pela lei.

Consentimento de polícia: Anuência prévia da administração para prática de


certas atividades.

Fiscalização de polícia: Atividade que a administração pública analisa se está


ocorrência o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular ou se este
está agindo conforme as condições impostas.

Sanção de polícia: É a atuação administrativa de modo coercitivo.


DICA 90
PODER HIERÁRQUICO
É o poder para estabelecer a hierarquia entre órgãos e agente público.
Órgãos de nível superior fiscalizam e revisam atos de órgãos de hierarquia inferior, com a
correção dos atos mediante revogação ou anulação.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO:
Na delegação, a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente
praticar o ato.
Na avocação, uma autoridade chama para si a prática de ato de subordinado.
A delegação não exige que exista hierarquização.
A avocação exige hierarquia, podendo avocar quem possuí a hierarquia superior.
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DICA 91
PODER DISCIPLINAR
É o poder de punir internamente as infrações dos servidores ou outras pessoas sujeitas
à relação com a Administração Pública.
É um poder que incide tanto em relação a servidores como também a particulares,
que mantenham algum tipo de vínculo especial com o poder público.
Ex.: Concessionários de Serviços Públicos.
Para punição é necessária a existência de superioridade hierárquica.
O poder disciplinar tem como característica a discricionariedade, ou seja, margem de
liberdade para decidir sobre o ato mais adequado a ser aplicado.
DICA 92
PODERES ADMINISTRATIVOS: PODER REGULAMENTAR
É o poder da administração de editar atos normativos para complementação das leis
(Poder Normativo).
Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento
da administração pública.
Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional
a sustar o ato.
DICA 93
PODER DISCRICIONÁRIO E PODER VINCULADO
O poder discricionário é uma prerrogativa que o agente escolha, entre várias condutas
possíveis, qual melhor se adequa a oportunidade e ao interesse público.
É uma certa liberdade de agir, dentro da margem prevista em lei.

O poder vinculado, ao contrário do poder discricionário, não é uma prerrogativa, mas


sim um poder-dever.
No poder vinculado, o agente público pratica o ato determinado pela lei, sem margem de
flexibilidade.
DICA 94
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.
Cria, restringe, declara ou extingue direitos.
São sujeitos ao controle judicial.

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DICA 95
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.
ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de
retirá-los do sistema.
INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.
Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:

SÚMULA 346 STF

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473 STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.

Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.


Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
DICA 96
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.

A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por


consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.

Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade


apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.

O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.

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Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.


DICA 97
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de
retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos
os direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.


A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53 da
Lei nº 9.784/99:

Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

DICA 98
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

CO-FI-FO-MO-OB

(CO) (FI) (FO) (MO) (OB)


COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA MOTIVO OBJETIVO

COMPETÊNCIA OU SUJEITO
É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição para praticar o ato.
A competência resulta e é delimitada pela lei.

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Ex.: Competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.
DICA 99
COMPETÊNCIA – CARACTERÍSTICAS

IRRENUNCIÁVEL – O agente não pode recusar sua competência.

IMPRORROGÁVEL – Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação


de qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

IMPRESCRITÍVEL – Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

INDERROGÁVEL – A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.

DICA 100
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA

Excesso de Poder: Ocorre quando o agente público, embora competente, se


excede no exercício de suas atribuições.

Usurpação de Função: Quando uma pessoa se apropria de uma função para


praticar atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido
investida legalmente nela.

Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.

Agente Putativo: Ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função


pública.

Ex.: Fraude em um concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o


infrator com a aprovação no concurso.

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DIREITO PENAL
DICA 101
EXCLUDENTES DO FATO TÍPICO

Excludentes do fato típico:


Caso fortuito;
Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de
culpabilidade);
Estado de inconsciência;
Erro de tipo inevitável (escusável ou desculpável);
Movimentos reflexos;
Princípio da Insignificância;
Consentimento do ofendido quando elementar do tipo penal o fato será atípico.
DICA 102
DOLO

Conceito: Consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo.


Considera-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade -
dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento - dolo
eventual).

TEORIAS DO DOLO:

Teoria da representação ou possibilidade: dolo é o ato de prever o resultado.


Teoria do consentimento (assentimento): dolo é consentir com a produção do
resultado.

Teoria da vontade: dolo é querer o resultado.


DICA 103
ABRANGÊNCIA DO DOLO (DIRETO)

→ Agente quis o resultado pretendido (dolo de 1° grau).


→ Abrange os meios escolhidos (dolo de 1° grau).
Ex.: veneno, arma, etc.
Consequências secundárias (dolo de 2° grau).

Ex.: sujeito atira no coração de irmãos grudados.

Ex.: Pablo Escobar quando colocou uma bomba no avião para matar um sujeito. Neste
caso, Escobar responderá por dolo direito.

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Espécies de dolo:

DOLO DIRETO:
Dolo de 1° grau: resultado pretendido e os meios escolhidos.
Dolo de 2° grau: consequências necessárias inerentes aos meios escolhidos.

DOLO INDIRETO:
Eventual: agente assumiu o risco de produzir o resultado;
Alternativo: o agente prevê a pluralidade de resultados e dirige sua conduta na busca
de realizar qualquer um deles indistintamente.

Ex.: o agente quer praticar lesão corporal ou homicídio indistintamente. O agente tem a
mesma vontade de um ou de outro.
DICA 104
CULPA

Excepcionalidade do crime culposo: Como regra, apenas se pune a conduta a título


de dolo, salvo quando a lei expressamente tipificar a forma culposa.

Conceito: Imprudência, negligência ou imperícia (modalidades de culpa).

Imprudência: culpa que se manifesta de forma ativa, por meio de um ato


descuidado, distração.
Imprudência “vem a ser uma atitude positiva, um agir sem a cautela, a atenção
necessária, com precipitação, afoitamento ou inconsideração. É a conduta arriscada,
perigosa, impulsiva”.

Negligência: culpa que se manifesta de forma omissiva. Deixar de adotar alguma


cautela, medida de precaução. Desleixo, a desatenção ou a displicência.
Negligência como “a inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo
agir para não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo,
desatenção ou displicência”.

Imperícia: culpa que se manifesta no desempenho de uma profissão.

Imprudência Negligência Imperícia

Atuação positiva – agir sem Forma omissiva – deixa Culpa - profissão


cautela de adotar alguma
cautela

TOME NOTA:

É necessário no crime culposo, além do dever objetivo de cuidado (imprudência,


negligência e imperícia), os seguintes elementos:

Conduta voluntária;

Resultado Involuntário (mas previsível);


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Nexo Causal e Tipicidade;

Previsibilidade objetiva (padrão mediano);

Ausência de Previsão;
Ausente esses elementos, o fato será atípico.
DICA 105
TEORIA DO CRIME - ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
A ilicitude é a contrariedade à lei, sendo as suas causas excludentes:
Legítima defesa: uso moderado dos meios necessários + INJUSTA agressão + ATUAL
ou IMINENTE;
Estado de necessidade: perigo ATUAL + não provocado pelo agente + sacrifício
inexigível;
Estrito cumprimento do dever legal: dever LEGAL + atuação nos LIMITES da lei +
em regra por agente público;
Exercício regular de direito: existência de um direito + atuação FACULTATIVA +
dentro dos LIMITES.

L LEGÍTIMA DEFESA

E ESTADO DE NECESSIDADE

E ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL

E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO

FIQUE ATENTO!

Animal agiu por instinto = estado de necessidade.

Animal agiu por provocação de pessoa = legítima defesa.


DICA 106
CULPABILIDADE
A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, composta
por:
Imputabilidade: capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito da
conduta;
Potencial consciência da ilicitude: possibilidade do agente conhecer a hipótese
criminosa;

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Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade que o agente tinha de agir de outra
forma e não praticar o fato.

São excludentes da culpabilidade:


Menoridade (imputabilidade): menos de 18 anos;
Embriaguez completa e acidental (imputabilidade);
Doença Mental (imputabilidade);
Erro de Proibição Inevitável (potencial consciência da ilicitude)
Coação Moral Irresistível (exigibilidade da conduta diversa)
Obediência Hierárquica (exigibilidade de conduta diversa)
DICA 107
EMBRIAGUEZ
A embriaguez é a intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou
substâncias de efeitos análogos.
FIQUE ATENTO!
A embriaguez do art. 28 não se aplica a intoxicação decorrente do consumo de drogas
ilícitas, pois essa é tratada em lei própria (Art. 45 da Lei de Drogas).

EMBRIAGUEZ COMPLETA:

POSSUI TRÊS NÍVEIS:


Excitação: primeiro estágio da embriaguez, quando sujeito fica mais alegre, falante.
(Embriaguez Incompleta);
Depressão: alteração emocional. (Embriaguez Completa);
Letargia: continuou inserindo o álcool (coma alcoólico, por exemplo) – completa.

EMBRIAGUEZ INVOLUNTÁRIA:

Caso fortuito;
Força maior;

EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA:

Se a embriaguez for voluntária será aplicada a teoria “actio libera in causa” (ação livre
na causa), tendo o sujeito de maneira voluntária ingerido a substância responde pelo
crime cometido.

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A embriaguez voluntária se subdivide em:


Culposa: é o excesso imprudente no consumo.
Dolosa: sujeito quer se embriagar.
Preordenada: se embriaga para cometer o crime (agravante – art. 61, II, l, CP).

É possível que em casos de embriaguez aplique-se medida de segurança?


É possível quando se tratar de embriaguez patológica, ou seja, quando o sujeito for
alcoólatra, pois configura doença mental, admitindo-se a aplicação do art. 26. Sendo
assim, caso necessário será possível à imposição de medida de segurança.
DICA 108
TEORIA GERAL DO CRIME
PEGADINHA DE PROVA
Muita atenção aos detalhes, pois o seu examinador vai se utilizar de mudanças sutis
para te induzir ao erro:
A coação física exclui a conduta e, portanto, o fato típico, mas a coação MORAL
irresistível afasta a culpabilidade;
O erro de tipo inevitável exclui a tipicidade, pois faz com o que o agente se
confunda quanto à situação de FATO, mas o erro de proibição inevitável afasta a
culpabilidade;
O erro de proibição evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas pode
reduzir a pena de 1/6 a 1/3;
Na Legítima Defesa o perigo pode ser atual ou iminente, mas no Estado de
Necessidade deve ser somente atual;
A emoção e a paixão não afastam a responsabilidade penal.
DICA 109
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
A desistência voluntária quando o agente, depois de iniciar a execução do crime,
DESISTE e impede que o resultado se consuma;
A grande diferença entre a tentativa e a desistência voluntária é que a primeira
acontece por motivos ALHEIOS à vontade do agente e a segunda por sua decisão
voluntária;
Na tentativa eu QUERO continuar, mas não POSSO;
Na desistência voluntária, eu POSSO continuar, mas não QUERO.
DICA 110
ARREPENDIMENTO EFICAZ

Agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza.

Agente iniciou a execução e exauriu a sua potencialidade lesiva (iniciou e encerrou a


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execução).

Agente impede que o resultado ocorra.


Arrependimento eficaz também pode ser chamado de resipiscência.
Consequência: só responde pelos atos já praticados.

Ex.: não responde por tentativa de homicídio, mas lesão corporal.

Doutrina: considera esses institutos (desistência voluntária e arrependimento


posterior) como causas de atipicidade da conduta, pois desconsidera o dolo inicial e
apenas responde pelo que foi praticado até aquele momento.
DICA 111
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Requisitos:
Deve ser sem violência ou grave ameaça à pessoa;
Deve reparar o dano ou restituir a coisa;
Deve ser até o recebimento da denúncia ou da queixa;
Deve ser ato voluntário do agente (não precisa ser espontâneo);

Consequência: redução de um a dois terços (= da tentativa).


DICA 112
CRIME IMPOSSÍVEL
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

Chamado de tentativa inidônea.


Situações que caracterizam o crime impossível:
Ineficácia absoluta do meio:

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima ministrando veneno, mas que erra e dá à vítima
água.

Ex.: sujeito que tenta matar a vítima com uma arma de brinquedo.
Absoluta impropriedade do objeto.

Ex.: sujeito tenta matar um morto.


Objeto aqui é o objeto material do crime, que é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a
conduta criminosa.

Consequência do crime impossível: não é punível.

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DICA 113
TENTATIVA
A tentativa ocorre quando o agente não atinge o resultado por motivos alheios à sua
vontade;
A tentativa é também chamada de “conatus”;
A tentativa é uma causa de diminuição de pena, de 1/3 a 2/3 da pena;
Crimes que não admitem a tentativa:

Alguns crimes não admitem a forma tentada, são eles:

C CONTRAVENÇÕES

C CULPOSOS

H HABITUAIS

O OMISSIVOS PRÓPRIOS

U UNISSUBSISTENTES

P PRETERDOLOSOS

P PERMANENTES

CUIDADO: as contravenções penais na verdade admitem a tentativa, contudo, por


opção do legislador não são puníveis.
DICA 114
ITER CRIMINIS
1ª Fase: Cogitação
Agente apenas cogita praticar o crime. A prática do delito ainda está no pensamento do
agente.
É impunível.
2ª Fase: Atos preparatórios
Regra geral – impunível.
Exceções - casos em que a lei pune atos preparatórios. Ex.: associação criminosa
3º Fase: Atos executórios
Agente inicia a realização do crime.

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Ato executório - aquele que inicia a realização do núcleo do tipo.
4º fase: Consumação
O delito reúne todos os elementos de sua definição legal
DICA 115
DO CRIME - ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO

INEVITÁVEL
ESSENCIAL
EVITÁVEL

ERRO DE SOBRE O OBJETO


TIPO
SOBRE A PESSOA
ERRO

ACIDENTAL
NA EXECUÇÃO
INEVITÁVEL
ERRO DE SOBRE O NEXO
PROIBIÇÃO CAUSAL
EVITÁVEL

DICA 116
ERRO DE TIPO ESSENCIAL
Recai sobre as circunstâncias do fato;
Art. 20 e §1º, §2º e §3º, CP;
Causa EXCLUDENTE DE TIPICIDADE.

DOLO
INVENCÍVEL
EXCLUSÃO
(inevitável)
CULPA
EFEITOS EXCLUSÃO DO
DOLO
VENCÍVEL
(evitável)
RESPONDE POR
CRIME CULPOSO, SE
PREVISTO EM LEI

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DICA 117
ERRO DE PROIBIÇÃO
Recai sobre a ilicitude do fato;
Art. 21 e Parágrafo único, CP;
Causa de DIMINUIÇÃO DE PENA.

DIRETO

ESPÉCIES INDIRETO

MANDAMENTAL

INEVITÁVEL ISENTO DE PENA

EFEITOS

CAUSA DE
EVITÁVEL
DIMINUIÇÃO DE PENA

DICA 118
CONCURSO DE PESSOAS
Previsão legal: art. 29 e 30 do CP.

Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Conceito: É a consciente e voluntária cooperação de duas ou mais pessoas para a


prática da mesma infração penal.

Natureza jurídica: norma de ampliação da adequação típica.


DICA 119
TEORIAS DO CONCURSO DE PESSOAS - TEORIA MONISTA OU UNITÁRIA

Teoria monista / unitária


TEORIAS DO CONCURSO DE PESSOAS
Teoria dualista

Teoria pluralista

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TEORIA MONISTA/UNITÁRIA: Todos os colaboradores respondem pelo mesmo
crime – adotada como regra no Brasil, por força dos arts. 29 e 30 do CP.

Ex.: Briena quer furtar uma TV e, para isso, chama Priscila para lhe auxiliar. Priscila
aceita prontamente e, juntas, subtraem a TV. Logo em seguida, repartem o proveito
obtido na empreitada criminosa. Nesse caso, ambas respondem pelo mesmo crime, qual
seja, furto qualificado (art. 155, §4º, inciso IV, CP).
A teoria unitária / monista é utilizada para aplicação de pena no concurso de pessoas, de
modo que todos os autores, coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.

Coautores: Conduta típica é praticada por mais de uma pessoa, pode ser caracterizada
pelo princípio da divisão do trabalho.

Partícipes: Não realiza a conduta típica, não pratica diretamente os atos de execução.
A participação é, pois, necessariamente, acessória e secundária.
DICA 120
TEORIAS DO CONCURSO DE PESSOAS - TEORIA DUALISTA OU PLURALISTA

TEORIA DUALISTA: Segundo essa teoria, devem ser reconhecidos tipos de autor e
tipos de partícipe.

Exemplificando: É como se a legislação estivesse assim: Matar (autor) alguém e


ajudar (partícipe) alguém a matar alguém (não foi adotado em nenhuma legislação, em
regra).

Conclusão: Haveria no tipo penal a conduta do autor e do partícipe.

TEORIA PLURALISTA: De acordo com essa teoria, cada colaborador pode e deve
responder por seu próprio crime. É adotada de modo excepcional pelo Código Penal
em dois grupos de casos:
1º grupo - Previsão expressa da conduta de cada colaborador em um tipo autônomo.

Exemplo do art. 317 e 333 (corrupção), 124 e 126 (aborto) e o 342 e 343 (falso
testemunho e suborno para falso testemunho) do CP.
2º grupo - Cooperação dolosamente distinta.
Nos termos do artigo 29, §2º do CP, “se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave”.
DICA 121
CONCURSO DE PESSOAS

Requisitos:

Pluralidade de agentes: Duas ou mais pessoas realizando a conduta típica ou


concorrendo de algum modo para que outro a realize.

Relevância causal das condutas: Relação de causa e efeito entre cada conduta
com o resultado que é utilizado na teoria da equivalência dos antecedentes causais.

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Liame subjetivo entre os agentes: Vontade de colaborar para o mesmo crime. NÃO
É necessário o acordo prévio entre os agentes, bastando que um venha a aderir a vontade
do outro.

Identidade de fato: Todos os concorrentes devem responder pelo mesmo crime.


DICA 122
AUTORIA E PARTICIPAÇÃO

Teoria objetivo-formal

Teorias que buscam caracterizar e Teoria objetivo-material


diferenciar autoria e participação
Teoria subjetiva

Teoria do domínio do fato

Pessoal, é muito comum que o aluno que com muita dúvida aqui e se enrole todo nesse
conteúdo. Por isso, fique atento!
Essas teorias (objetivo-formal, objetivo material, subjetiva e teoria do domínio do fato)
são utilizadas para caracterizar e diferenciar autor de partícipe.

TEORIA OBJETIVO-FORMAL
Essa teoria é a tradicionalmente adotada no Brasil.
Segundo a teoria objetivo-formal, autor é quem realiza o verbo nuclear do tipo,
enquanto o partícipe quem colabora sem realizar o verbo.

Benefícios da teoria: grande vantagem da proposta é sua fácil instrumentalização.

Críticas a teoria: dificuldade para explicar a autoria mediata e os casos do “homem


de trás”.

TEORIA OBJETIVO-MATERIAL
Autor é aquele que tem a mais importante contribuição para a prática criminosa; é
aquele que contribui de forma essencial para o delito.
O partícipe é secundário, apenas auxilia o autor.

Crítica: Muito aberta, muito difícil de aplicar. Ainda que se aproxime dos próprios
conceitos de autoria e participação, a proposta não explica como distinguir quem é o mais
importante (autor) e quem é o auxiliar (o partícipe).

TEORIA SUBJETIVA
Autor é quem é o dono dos motivos do crime, ou seja, quem realmente quer cometê-lo.
Partícipe é quem tem vontade de auxiliar, isto é, vontade de participe.
Essa teoria foi adotada por décadas na Alemanha.

Crítica: Muito subjetiva.

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DICA 123
TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO
Autor é quem controla finalisticamente o fato, ou seja, quem decide a sua forma de
execução, seu início, cessação e demais condições.
Partícipe, por sua vez, será aquele que, embora colabore dolosamente para o alcance do
resultado, não exerce domínio sobre a ação.
FIQUE ATENTO!

Para Claus Roxin, a autoria pode ser identificada nas seguintes situações:

Domínio da ação na realização pessoal do fato;

Domínio da vontade realização do fato através de outro;

Domínio funcional execução conjunta do fato - domínio funcional com divisão de


tarefas;

Domínio no aparato organizado de poder.


DICA 124
COMUNICABILIDADE DE ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS (ART. 30 CP)

O que são elementares?


As elementares são elementos constitutivos do crime, e são sempre comunicáveis.
São os fatores que integram a definição básica de uma infração penal. No homicídio
simples (CP, art. 121, caput), por exemplo, as elementares são “matar” e “alguém”.

O que são as circunstâncias?


As circunstâncias, por sua vez, são os fatores que se agregam ao tipo fundamental, para o
fim de aumentar ou diminuir a pena.

As circunstâncias podem ser:

Objetivas: são os dados do crime, e são sempre comunicáveis.

Subjetivas: são incomunicáveis, salvo se elementares do crime ou de


conhecimento do outro agente.

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo


quando elementares do crime.

Exemplo: Elisabeth, funcionária pública, subtrai bens da repartição em que trabalha,


com auxílio de Pedro, particular (especialista em design). Pedro está ciente da condição de
servidora pública de Elisabeth. Ambos respondem por peculato-furto, pois o dado
funcionário público é elementar do tipo e Pedro tinha conhecimento disso. Lembre-se: as
elementares comunicam.

Exemplo: Anaelisa e Giovana, com a intenção de subtrair coisa alheia móvel, abordam
Carlos na saída do supermercado. A vítima não possuía dinheiro, mas estava com seu
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notebook que havia acabado de ganhar no amigo oculto na empresa em que trabalhava.
Giovana, sem pensar duas vezes, pegou sua arma e ameaçou o ofendido. Carlos, temendo
por sua vida, entregou rapidamente o computador para a criminosa. Ato contínuo,
Giovana sobe na moto e empreende em fuga com a condutora Anaelisa. Pois bem, analise
atentamente o exemplo: O uso de arma de fogo é uma circunstância de caráter objetivo,
por isso comunica. Anaelisa é reincidente (circunstância de caráter subjetivo). Ambas
respondem por roubo com a pena aumentada por uso de arma de fogo. Contudo, a
reincidência de Anaelisa não se comunicará a Giovana por se tratar de circunstancia de
caráter subjetivo, sendo incomunicável.
DICA 125
PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL

Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa


em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.

O referido dispositivo menciona que, salvo disposição expressa, a participação não


será punida se o delito não for ao menos tentado.
Demonstra a natureza acessória da participação.

- Ajuste - Não são puníveis, se o crime não chega,


pelo menos, a ser tentado.
- Determinação
- Salvo disposição expressa em sentido
- Instigação
contrário
- Auxílio

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 126
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um
“órgão superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão
Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.

Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz
não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento,
faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
Portanto: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação
da instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério
Público.

ATENÇÃO!

Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento,
prevalece a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e
encaminha para o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!

Note que aqui, é extremamente importante ter conhecimento a respeito da redação


anterior (ainda vigente) e a suspensão da redação nova, haja vista que a FGV pode
cobrar do candidato esse assunto, exigindo que esse tenha conhecimento a respeito da
ADI 6305/DF.

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DICA 127
TERMO CIRCUNSTANCIADO
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, NÃO se exige a instauração de inquéritos
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere,
chamado de Termo Circunstanciado.
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado.
Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95, “a autoridade policial que tomar conhecimento da
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com
o autor do fato e a vítima”.
DICA 128
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: NATUREZA JURÍDICA E REQUISITOS

Natureza de negócio jurídico processual que veicula política criminal do MP.

Requisitos:

Não ser caso de arquivamento;

Investigado ter confessado formal e circunstancialmente;

Infração sem violência ou grave ameaça;

Pena MÍNIMA INFERIOR a 4 anos;

Necessário e suficiente para reprovação do crime.

DICA 129
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: CONDIÇÕES

→ reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;

→ renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como


instrumentos, produto ou proveito do crime;

→ prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à


pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado
pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do CP

→ pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do CP, a entidade
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo delito; ou

→ cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde
que proporcional e compatível com a infração penal imputada.

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DICA 130
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO

Hipóteses de não cabimento do ANPP:

→ se for cabível transação penal;

→ se o investigado for reincidente OU se houver elementos probatórios que indiquem


conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
infrações penais pretéritas;

→ se o agente tiver sido beneficiado nos últimos 5 anos com ANPP, transação penal
ou SURSIS processual.

→ se o crime tiver sido praticado na Maria da Penha ou por razão do sexo feminino.

DICA 131
AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA

DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA

CONDICIONADA

A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP


inicia a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
DICA 132

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA


A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o
titular da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos
casos de ação penal pública incondicionada.

de requisição do
promovida por Ministro da Justiça,
denúncia do ou de representação
Crimes de ação
Ministério Público, do ofendido ou de
pública
dependerá, quando quem tiver
a lei o exigir, qualidade para
representá-lo.

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OBS: Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).

Qualquer
crime

praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município

a ação penal
será pública

OBS: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de


violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada.

Exceção: crime de ameaça em que a ação penal pública é condicionada à


representação.
DICA 133
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA - REPRESENTAÇÃO
De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia.
Por outro lado, quando se tratar de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.

Art. 15 do CPP Art. 16 da Lei Maria da Penha

Art. 25. A representação será irretratável, Art. 16. Nas ações penais públicas
depois de oferecida a denúncia. condicionadas à representação da ofendida
de que trata esta Lei, só será admitida a
renúncia à representação perante o juiz,
em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento
da denúncia e ouvido o Ministério Público.

DICA 134
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PÚBLICA

Obrigatoriedade: Presentes a materialidade e indícios de autoria deve o MP oferecer


denúncia;

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Divisibilidade: Havendo mais de um autor do crime, o MP pode ajuizar a ação
somente em face de um ou uns, deixando para ajuizar em face dos outros depois
(visando, por exemplo, reunir mais provas);

Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação - mas pode pedir o arquivamento


do IP - ou absolvição do réu;

Oficialidade: O MP é uma instituição pública e;

Intranscendência: A pena não poderá passar da pessoa do condenado.


DICA 135
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA

PROPRIAMENTE DITA

AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA


PRIVADA

SUBSIDIÁRIA

A ação penal de iniciativa privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.
DICA 136
AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA
A ação penal privada propriamente dita é a regra entre os crimes de ação penal
privada. O seu titular é o ofendido ou o seu representante legal. Para a promoção da
queixa-crime, o ofendido ou o seu representante legal possui o prazo decadencial de 6
meses, contados do conhecimento da autoria.
OBS.: caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).

Ex.: crime contra a honra de funcionário público.


O STF editou a Súmula 714 que dispõe: “É concorrente a legitimidade do ofendido,
mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para
a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de
suas funções”.
DICA 137
AÇÃO PENAL PRIVADA: PEREMPÇÃO

Conceito: é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da


ação privada.

Hipóteses: elas estão previstas no art. 60 do CPP, ocasionando a extinção da


punibilidade.
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Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, OU deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

DICA 138
JURISDIÇÃO E CARACTERÍSTICA

Conceito: é o poder de o Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo


conflitos e substituindo a vontade das partes.

São características da jurisdição:

Substitutividade – significa a atuação do Estado em substituição à vontade das partes


na resolução de conflitos.
Inércia – os órgãos jurisdicionais precisam ser provocados para atuarem.

Existência de lide – a lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado


pela pretensão resistida. Todavia, esse conceito não encontra amparo no processo penal,
tendo em vista que não há conflito de interesses, pois todos buscam um justo provimento
jurisdicional.

Atuação do direito – é objetivo da jurisdição a aplicação do direito no caso concreto.

Imutabilidade – após a conclusão do exercício da jurisdição por meio de uma


sentença, em regra, não há como alterar o que foi resolvido.
DICA 139
PRINCÍPIOS

A Jurisdição é regida pelos seguintes princípios:

Investidura – para exercer a jurisdição é necessário ser magistrado (juiz), o qual deve
estar legalmente investido no cargo, por meio de concurso público.

Indeclinabilidade – o juiz não pode deixar de julgar os casos submetidos a


apreciação.

Inevitabilidade ou Irrecusabilidade – a jurisdição não está sujeita a vontade das


partes, ela se impõe.

Improrrogabilidade – as partes, ainda que desejem, não podem retirar do juiz


natural o conhecimento de determinado caso, na esfera criminal.

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Indelegabilidade – o juiz não pode delegar a sua função jurisdicional a quem não
possui.
Juiz natural – este princípio apresenta duas facetas. A primeira dispõe que ninguém
será processado e nem sentenciado senão pela autoridade competente. A segunda é que
não haverá juízo ou tribunal de exceção.

Inafastabilidade – a lei não excluirá da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a


direito.
Devido Processo Legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.

Unidade – A jurisdição é única, do Poder Judiciário. O que há é a diferença no tocante


a sua aplicação e grau de especialização (cível, criminal; estadual, federal, militar,
trabalhista, eleitoral e etc).
DICA 140
COMPETÊNCIA
A competência, por sua vez, é a medida da jurisdição. Jurisdição todo juiz possui, mas a
sua competência é limitada.

A competência pode ser determinada em razão da:


Matéria (ratione materiae) – leva em consideração a natureza da infração a ser
julgada. Exemplo: crime comum, federal, militar, eleitoral.

Prerrogativa da função (ratione personae) – considera a o cargo público ocupado


pela pessoa que cometeu a infração (foro por prerrogativa de função).

Funcional – considera a distribuição dos atos processuais praticados e envolve três


critérios:

Fase do processo – por exemplo um juiz cuida da fase inicial do processo até a
sentença e outro da execução penal.

Objeto do juízo – quando há distribuição de tarefas dentro de um mesmo processo.


Exemplo: Tribunal do júri (o juiz cuida das questões de direito, dosimetria da pena,
sentença; enquanto compete aos jurados a votação dos quesitos).

Grau de jurisdição – resulta do duplo grau de jurisdição. É a distribuição VERTICAL


da competência.

Territorial (ratione loci) – considera o local do crime.


DICA 141
COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Envolve interesse público Envolve o interesse das partes

Não permite prorrogação, pode ser Admite prorrogação. Pode ser arguida
arguida a qualquer tempo e grau de pelas partes.
jurisdição.

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Pode ser declarada de ofício pelo juiz Pode ser declarada de ofício pelo juiz, até
a fase da absolvição sumária.

Implica NULIDADE ABSOLUTA de todos Implica NULIDADE RELATIVA dos atos


os atos decisórios e instrutórios do decisórios (art. 567, CPP)
processo

Espécies: competência em razão da Espécie: competência territorial.


matéria, por prerrogativa de função e
funcional.

DICA 142
COMPETÊNCIA

O art. 69, do CPP, dispõe que “Determinará a competência jurisdicional:


o lugar da infração:

o domicílio ou residência do réu;

a natureza da infração;

a distribuição;

a conexão ou continência;
a prevenção;

a prerrogativa de função.”
A regra geral para definição da competência é o lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Com essa regra, o CPP adotou a TEORIA DO RESULTADO.

ATENÇÃO!

NÃO confundir a regra adotada para fixação da competência territorial, que é a


TEORIA DO RESULTADO, com a teoria adotada para o lugar do crime no Código
Penal, que foi a TEORIA DA UBIQUIDADE.

DICA 143
EXCEÇÕES
Em regra, a competência é firmada pelo local onde se consuma a infração penal ou onde
for praticado o último ato da execução, nos crimes tentados.
Todavia essa regra possui algumas exceções:
Crimes a distância ou de espaço máximo – é aquele em que a conduta e o
resultado ocorrem em países distintos, gerando um conflito de competência internacional.
Essa é a regra que está prevista no Código Penal, como lugar do crime e segue a Teoria
da Ubiquidade.
Incerteza do limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou incerteza da
jurisdição – segue a teoria da ubiquidade.
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Infração continuada ou permanente – Teoria da UBIQUIDADE.
Crime plurilocal de homicídio – segue a Teoria da ATIVIDADE (entendimento
jurisprudencial).
Juizado Especial Criminal – nas infrações de menor potencial ofensivo, a regra de
competência é do local onde foi praticada a conduta (Teoria da ATIVIDADE).
DICA 144
COMPETÊNCIA PARA OS CRIMES DE ESTELIONATO
ATENÇÃO PARA A ALTERAÇÃO DO CPP:
A Lei 14.155/2021 incluiu o §4º no art. 70 do CPP e disciplinou a competência para os
crimes de estelionato. Confira-se:

“Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940


(Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado
ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á
pela prevenção.”

DICA 145
CONEXÃO

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

INTERSUBJETIVA:
Por simultaneidade - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas;

Concursal - várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar;


Reciprocidade - várias pessoas, umas contra as outras;

OBJETIVA:

Teleológica – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar;
Consequencial – ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em
relação a qualquer delas;

INSTRUMENTAL:

quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares


influir na prova de outra infração.

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LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL
DICA 146
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER) - DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER

São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, previstas no rol do art.
7º (rol exemplificativo): Física, Psicológica, Sexual, Patrimonial e Moral.

VIOLÊNCIA FÍSICA: Entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e


diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou
que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo
à saúde psicológica e àautodeterminação;

VIOLÊNCIA SEXUAL: Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a


participar de relação sexual NÃO desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso
da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ouque limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

VIOLÊNCIA PATRIMONIAL: Qualquer conduta que configure retenção, subtração,


destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a
satisfazer suas necessidades;

VIOLÊNCIA MORAL: Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

DICA 147
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER)

ATENÇÃO!

Apenas condutas DOLOSAS caracterizam violência doméstica e familiar contra a


mulher.

QUESTÃO, 2019.
A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria, é uma das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher,
estabelecida na Lei n. 11.340/2006.
Gabarito: correto. Conforme disposto no art. 7º, V da Lei 11.340

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Dos sujeitos ativo e passivo da violência doméstica e familiar:

O sujeito ativo da violência doméstica e familiar poder ser um HOMEM OU UMA


MULHER.

Já o sujeito passivo a lei exige uma qualidade especial que é ser MULHER.
DICA 148
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
SITUAÇÕES EM QUE É POSSÍVEL APLICAR A LEI MARIA DA PENHA:

VIOLÊNCIA PRATICADA POR: SE É POSSÍVEL?

FILHO OU FILHA CONTRA A MÃE SIM

PAI CONTRA A FILHA SIM

IRMÃO CONTRA IRMÃ SIM

GENRO CONTRA NORA SIM

NORA CONTRA SOGRA SIM

PADRASTO CONTRA ENTEADA SIM

EX-NAMORADO CONTRA EX-NAMORADA SIM

FILHO CONTRA PAI NÃO


OBS: O sujeito passivo NÃO pode ser
do sexo masculino

O STJ tem decidido reiteradamente acerca dos requisitos para caracterização da


violênciadoméstica, sendo necessário:

Vítima mulher;

Ação ou omissão baseada no gênero;

No âmbito da unidade doméstica, familiar ou de relação de afeto decorrendo daí;

Morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral oupatrimonial.


DICA 149
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER) - DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
TEMA IMPORTANTE: pois trata do trabalho da polícia, portanto atenção especial:
O art. 10-A foi incluído pela lei 13.505/17, vejamos:

Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o


atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores -
preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados. (Incluído pela
Lei nº 13.505, de 2017)

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§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de
testemunha de violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,
obedecerá às seguintes diretrizes: (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
I - Salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da depoente, considerada a
sua condição peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e familiar;
(Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
II - Garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em situação de violência
doméstica e familiar, familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou
suspeitos e pessoas a eles relacionadas; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo
fato nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a
vida privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de
testemunha de delitos de que trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte
procedimento: (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual
conterá os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de
violência doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência
sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em
violência doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; (Incluído
pela Lei nº 13.505, de 2017)
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a
degravação e a mídia integrar o inquérito. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017.

ATENÇÃO!

As questões cobradas desse assunto geralmente são letra de lei, por isso a importância
da leitura do artigo acima.

DICA 150
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
Nas ações penais públicas condicionadas à representação, a vítima só poderá retratar
de sua representação antes do recebimento da denúncia, em uma audiência marcada
exclusivamente para essa finalidade e ouvido o Ministério Público.

Nas ações públicas


Vítima pode retratar de sua
condicionadas à representação
representação antes do
(Ex.: ameaça em situação que
recebimento da denúncia
envolva violência doméstica)

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DICA 151
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
O art. 17 VEDA a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.

Veda a aplicação de penas de cesta


básica ou outras de prestação
pecuniária, bem como a substituição
A lei Maria da Penha
de pena que implique o pagamento
isolado de multa.

DICA 152
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER) - CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DE
URGÊNCIA

Foi inserido um tipo penal por meio da Lei 13.641/18, que traduz o crime de
descumprimento de medidas protetivas de urgência:

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz
quedeferiu as medidas.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá
concederfiança.
§ 3º O disposto neste artigo NÃO exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

Crime punido apenas a título de DOLO, NÃO prevê conduta culposa.


Se consuma no momento em que o agente deixa de cumprir a ordem dada
pelo Juiz.

ATENÇÃO!!

Apenas a autoridade judicial pode conceder fiança no caso de descumprimento de


decisão judicial.
Delegado NÃO pode conceder fiança de acordo com o §2º do art. 24-A.

DICA 153
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
A suspensão condicional do processo e a transação penal NÃO se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
O art. 41 vedou expressamente a aplicação da lei dos Juizados especiais criminais quando
o crime for praticado com violência doméstica e familiar contra a mulher, portanto NÃO
se aplica a lei 9.099/95.
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DICA 154
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER) - AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra
a mulher é Pública Incondicionada.
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça
no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade
por restritiva de direitos.
DICA 155
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO
DESARMAMENTO
Inicialmente, é importante destacar que o Estatuto do Desarmamento regulamenta o
registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no
Brasil. Com o Estatuto, o País passou a ter critérios mais rigorosos para o controle das
armas.
O Estatuto também aperfeiçoou a legislação para punir mais efetivamente o comércio
ilegal e o tráfico internacional de armas de fogo. Tais crimes, antes enquadrados como
contrabando e descaminho, passaram a ser expressamente previstos em lei especifica.
Em 2005, foi convocado um referendo para tratar do teor dos dispositivos legais da Lei
nº 10.826/2003. Naquela época, o art. 35 do Estatuto do Desarmamento vedava a
comercialização de arma e munição em todo território nacional. Contudo, ante a não
aprovação da norma trazida no artigo 35, desde então continua permitida a
comercialização de arma de fogo e munição no Brasil, sob as condições do Estatuto.
Portanto, conclui-se que o referendo não invalidou o Estatuto do Desarmamento, mas
somente a proibição genérica do comércio de arma de fogo e munição.
DICA 156
DISTINÇÕES ENTRE O SINARM E O SIGMA

SIGMA: está relacionado ao Decreto nº 5.123/2004, que regulamentou o Estatuto do


Desarmamento. Este decreto estabelece o cadastro no Sigma das armas de fogo das
Forças Armadas, das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, da Agência
Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República.

SINARM: tem a atribuição de cadastrar as armas de fogo da Polícia Federal, Polícia


Rodoviária Federal, Polícias Civis, órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes das
escolas de presos, das Guardas Portuárias, das Guardas Municipais e dos órgãos
públicos cujos servidores tenham autorização legal para portar arma de fogo em
serviço.
DICA 157
REGISTRO DE ARMA DE FOGO
Nos termos do artigo 3º da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), é
obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

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Órgão competente para fins de registo de armas de fogo:
Armas de fogo de uso permitido – são registradas no SINARM, gerido pela Polícia
Federal.
Armas de fogo de uso restrito - são registradas no comando do exército, que é o
órgão responsável pela gestão do SIGMA.
DICA 158
LEI Nº 10.826/2003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO) - DO SISTEMA NACIONAL
DE ARMAS
O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

Ao Sistema Nacional de Armas compete:

Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela


Polícia Federal;

Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências


suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de segurança privada e de transporte de valores;

Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma


de fogo;

Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos


policiais e judiciais;

Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a
atividade;

Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e


importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições;

Cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de


raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes
obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os


registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como
manter o cadastro atualizado para consulta.
FIQUE ATENTO!
Estas disposições NÃO alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.

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DICA 159
DO REGISTRO
É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na
forma do regulamento da lei 10.826/2003.

Armas de fogo Registradas no


de USO Comando do
RESTRITO Exército

DICA 160
DO REGISTRO

Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de


antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de
não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos;

Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência


certa;

Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de


arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento da lei 10.826/2003.
DICA 161
DO REGISTRO
Memorize!
1) declarar efetiva necessidade

2) comprovar idoneidade
Requisitos para adquirir
arma de fogo de uso
permitido 3) ocupação lícita e residência
certa

4) capacidade técnica e aptidão


psicológica

FIQUE ATENTO!
Estará dispensado das exigências de comprovação de capacidade técnica e de aptidão
psicológica, na forma do Estatuto do Desarmamento, o interessado em adquirir arma de
fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
características daquela a ser adquirida.

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DICA 162
DO REGISTRO
O Sistema Nacional de Armas (Sinarm) expedirá autorização de compra de arma de
fogo após atendidos os requisitos para adquirir arma de fogo de uso permitido, em nome
do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
A expedição dessa autorização será concedida, ou recusada com a devida
fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do
interessado.
A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma
registrada e na quantidade estabelecida no regulamento da lei 10.826/2003.
DICA 163
COMERCIALIZAÇÃO DA ARMA
A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a
comunicar a venda à autoridade competente, como também a manter banco de
dados com todas as características da arma e cópia dos documentos.
A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente
por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem
vendidas.
FIQUE ATENTO!
A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas
somente será efetivada mediante autorização do Sinarm.
DICA 164
DO REGISTRO

O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território


nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
empresa.

O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
precedido de autorização do Sinarm.

Certificado de Polícia
registro de arma de Federal
fogo

Autorização de Sistema Nacional


compra da arma de de Armas
fogo (Sinarm)
A comprovação de idoneidade, ocupação lícita, residência certa, capacidade técnica e
aptidão psicológica deverão ser comprovados periodicamente, em período não
inferior a 3 anos, na conformidade do estabelecido no regulamento da lei 10.826/2003,
para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo.

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FIQUE ATENTO!
Aos residentes em área rural, considera-se residência ou domicílio toda a extensão
do respectivo imóvel rural.
DICA 165
DOS CRIMES E PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido:


Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
Pena: detenção, de 1 a 3 anos, e multa.
DICA 166
DOS CRIMES E PENAS
Omissão de cautela:
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade.

→ Pena: detenção, de 1 a 2 anos, e multa.


FIQUE ATENTO! ÚNICO CRIME CULPOSO DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Figura equiparada a omissão de cautela:
Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de
fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas depois
de ocorrido o fato.
DICA 167
DOS CRIMES E PENAS

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido: Portar, deter, adquirir, fornecer,
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar;

→ Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.


DICA 168
DOS CRIMES E PENAS
Disparo de arma de fogo: Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime.

→ Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.


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DICA 169
DOS CRIMES E PENAS

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito: Possuir, deter, portar,
adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório
ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

→ Pena: reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.


Figuras equiparadas: Nas mesmas penas incorre quem:

Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de


fogo ou artefato;

Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de


fogo de uso PROIBIDO ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a
erro autoridade policial, perito ou juiz;

Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem


autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer


forma, munição ou explosivo.
FIQUE ATENTO!
Se as condutas de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e suas figuras
equiparadas envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a
12 anos.
DICA 170
DOS CRIMES E PENAS

Comércio ilegal de arma de fogo: Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,


ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda,
ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

→ Pena: reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.


FIQUE ATENTO!
Equipara-se à atividade comercial ou industrial, qualquer forma de prestação de
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pelo Pacote Anticrime)

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→ Figura equiparada: Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente. (Importante – incluído pelo Pacote
Anticrime)

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DIREITOS HUMANOS

DICA 171
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS - O
CONCEITO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

Conceito: Os Direitos Fundamentais são aqueles reconhecidos e inseridos na ordem


constitucional de cada Estado ou em acordos e tratados internacionais que digam respeito
à proteção da pessoa humana;
Já os Direitos Humanos são aqueles reconhecidos na ordem internacional, possuindo
como fundamento o princípio da dignidade da pessoa humana e podem ou não estar
positivados (escritos).
DICA 172
APLICABILIDADE IMEDIATA DAS NORMAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

Art. 5º da CF, §1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata.
CUIDADO:
As bancas costumam dizer que os direitos fundamentais não possuem aplicação imediata.
Art. 5º da CF, §2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
IMPORTANTE:
Os direitos e garantias previstos na Constituição constituem um rol exemplificativo, ou
seja, podem estar implícitos, explícitos ou até mesmo fora do texto constitucional.
Art. 5º da CF, §3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
Art. 5º da CF § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja
criação tenha manifestado adesão.
IMPORTANTE:
O Brasil só vai submeter à jurisdição do TPI, os crimes que tiverem ocorrido após a sua
adesão.
DICA 173
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS COM BASE NA CONSTITUIÇÃO

Constituição Federal de 1988, ao arrolar os direitos fundamentais, classifica-os em


cinco grupos distintos (tratamos a fundamentação dos importantes ao longo das dicas,
mas é ideal saber os grupos principais para possíveis questões objetivas):

direitos individuais e coletivos,


direitos sociais,
direitos de nacionalidade,
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direitos políticos; e

direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos.


DICA 174
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: SISTEMA ABERTO DE DIREITOS
FUNDAMENTAIS

O rol de direitos fundamentais, não se limita aos que estão no Título II da Constituição
Federal de 1988;
Outros direitos fundamentais se encontram em demais partes texto constitucional
(exemplos: direitos econômicos, culturais, ambientais, entre outros);
Além disso, ainda outros direitos encontram-se implícitos na CF ou ainda possuem origem
extraconstitucional, sendo uma “norma geral inclusiva”, como os decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte (art. 5º, §2º CF).
Os Direitos Fundamentais são uma categoria jurídica aberta. Essa possibilidade
decorre do que a doutrina chama de “cláusula aberta dos direitos fundamentais” ou de
“princípio da não tipicidade dos direitos fundamentais”.
Sistema de direitos fundamentais: é materialmente aberto, podendo ser explicitados
direitos fundamentais decorrentes do regime e dos princípios constitucionais, além de
haver a possibilidade de virem a existir novos direitos fundamentais introduzidos na
ordem jurídica brasileira por tratados internacionais de direitos humanos.
DICA 175
SISTEMA ABERTO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

→ Pode vir na prova como: “direitos fora do catálogo”;


O catálogo de direitos fundamentais é dinâmico, pois quando há evolução dos costumes e
da moral, novos direitos são abarcados pelo campo jurídico;
IMPORTANTE: novos direitos podem ser contemplados, mas os já alcançados não
podem ser desprezados;

“Geistige situation”: Visando assegurar uma ordem adequada e justa, é


indispensável que a Constituição incorpore o estado espiritual de seu tempo. Novos
tempos, novos direitos, mas sem esquecer dos já conquistados.
DICA 176
EFICÁCIA VERTICAL, HORIZONTAL E DIAGONAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Conceito de Eficácia: Algo que produz efeitos;

Tipos de eficácia: Jurídica e Social;

Jurídica: A norma se encontra apta a produzir efeitos, retira a eficácia da


normatividade anterior;

Social: Efetivamente aplicada a casos concretos → produz efeitos reais na vida em


sociedade;

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Eficácia Vertical dos Direitos Fundamentais: O Estado deve respeitar as normas de
direitos fundamentais (liberdades individuais) e efetivar por meio de uma postura positiva
(ações) os direitos de 2ª e 3ª dimensão. Em outras palavras, a eficácia vertical tem um
duplo papel: fazer com que o Estado se abstenha de interferência na vida individual dos
particulares ao tempo que garante os direitos sociais por meio de ações.
O destinatário principal do dever de respeitar os direitos dos indivíduos é o Estado no
sentido mais amplo do termo.
DICA 177
EFICÁCIA VERTICAL, HORIZONTAL E DIAGONAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais: Atualmente é possível ter como


destinatário um particular a partir do reconhecimento do efeito horizontal dos direitos
fundamentais, ou seja, esses direitos também podem ser aplicados às relações privadas,
uma vez que os particulares também precisam obedecer aos direitos fundamentais.
O nome “Eficácia Horizontal” parte da ideia de que os particulares estariam em situação
de igualdade de relações entre si.

Eficácia Diagonal dos Direitos Fundamentais: Essa expressão surgiu –


inicialmente – no âmbito do Direito do Trabalho;
A Eficácia Diagonal busca a contemplação dos Direitos Fundamentais nas relações em que
há desequilíbrio de força (como na relação jurídica privada entre empregado e
empregador);
Com base na vulnerabilidade de um perante o outro, não se trata de uma relação
horizontal;
Outro âmbito que a Eficácia Diagonal pode ser contemplada é nas relações de consumo.
DICA 178
INCORPORAÇÃO DE TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

Antes da Emenda Constitucional (EC) de 45/2004, só havia uma forma de se incorporar os


tratados internacionais, por meio de Le Ordinária Federal, como norma infraconstitucional.

Após a EC 45/2004, que incluiu o § 3º do art. 5º da Constituição Federal (CF),


estabelecendo que os tratados que tivesse matéria específica em direitos humanos, teria
incorporação diferente, passando a ter status de emenda constitucional, se:

Aprovado nas 2 (duas) casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e


Senado Federal);

Em 2 (dois) turnos;

Com quórum de 3/5 dos votos dos membros.

Caso os tratados que têm matéria de direitos humanos, que não cumprir os requisitos
do § 3º do art. 5º da CF, terá caráter de norma supralegal.

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DICA 179
COMO OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS PODEM SER
INCORPORADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - INTRODUÇÃO

A proteção dos direitos humanos pode ser contemplada tanto por normas nacionais,
quanto por normas internacionais.
Ao assumir um compromisso perante organizações internacionais (ratificação), o Brasil se
compromete a adotar medidas necessárias para que os direitos contemplados no âmbito
internacional, sejam também devidamente protegidos no âmbito interno.

Conceito de tratado: trata-se de um “acordo internacional concluído por escrito entre


Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de
dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica”
(Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados/1969).
Geralmente os Estados que assumem um compromisso formal com o tratado,
participaram ativamente do processo de formação. Dessa forma, pelo princípio da boa-fé,
devem cumprir fielmente o disposto ao qual se vincularam.
DICA 180
COMO OS TRATADOS INTERNACIONAIS SÃO INCORPORADOS AO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO COM FORÇA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

O artigo 5º, §3º da CF aduz que: “Os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais”.
A Emenda Constitucional n° 45/04 abriu a possibilidade de ampliar a relação dos direitos
fundamentais de Status constitucional por meio da aprovação de tratados internacionais
com o mesmo rito de EC.
Em regra, os Tratados Internacionais são equivalentes às leis ordinárias e, caso versem
sobre direitos humanos, mas não possuam status de EC, o STF entende que possuem
“supra legalidade”.

Ex.: Pacto de San José da Costa Rica.


A exceção consiste nos que cumpram os requisitos citados: versem sobre direitos
humanos, seu decreto legislativo seja aprovado pelas casas do CN, em dois turnos, por
três quintos dos votos → esses terão status de Emenda Constitucional.
DICA 181
FORMAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Negociações Preliminares: O texto é estudado e negociado até que não existam


mais pendências. Os Estados chegam a um entendimento relativo à conclusão de
determinado instrumento internacional;

Aprovação Parlamentar: O parlamento de cada Estado irá analisar a conveniência da


vinculação do país ao compromisso nacional. No Brasil (art. 49, I, da CF/88), essa
competência é exclusiva do Congresso Nacional;

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Ratificação: De acordo com o art. 84, VII da CF/88 – cabe ao PRESIDENTE DA
REPÚBLICA “celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
congresso nacional”. É uma competência privativa do Presidente. Todavia, trata-se de um
ato discricionário, observando-se a conveniência e oportunidade. Ratificar → Aderir;
IMPORTANTE: mesmo que o Parlamento se mostre favorável ao tratado, o
Presidente não estará obrigado a ratificá-lo.
Promulgação do Tratado Internacional: última fase. Realiza-se com a expedição de
um Decreto de Execução, por parte do Presidente da República, que determina que o
tratado deve ser executado e cumprido em sua integralidade.
IMPORTANTE:
O tratado pode gerar obrigações desde o momento da ratificação, mas o STF entende que
a expedição do Decreto de Execução e publicação do texto na imprensa oficial são
requisitos necessários para dar ao tratado a aplicabilidade em âmbito interno.
DICA 182
TRATADOS INTERNACIONAIS INCORPORADOS AO ORDENAMENTO JURÍDICO
BRASILEIRO COM FORÇA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Protocolo
Convenção
Facultativo da
Internacional
Convenção sobre
sobre os Direitos
os Direitos das
das Pessoas com
Pessoas com
Deficiência
Deficiência

Convenção
Tratado de Interamericana
Marraqueche Contra o
Racismo

DICA 183
STATUS DOS TRATADOS INTERACIONAIS

Nem todo tratado ratificado pelo Brasil possui força de Emenda à Constituição, apenas os
que vierem a ser aprovados, quando da análise parlamentar, pelo quórum qualificado
indicado no art. 5º, 3º, CF/88.

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Sabendo disso, o STF entende que os tratados que versem sobre Direitos Humanos que
não possuem status equivalentes às Emendas Constitucionais, deverão ser compreendidos
como normas infraconstitucional e supralegal.
Norma Infraconstitucional: Subordinada à Constituição.
Norma Supralegal: Considerada superior a toda legislação infraconstitucional.
DICA 184
STATUS HIERÁRQUICOS DOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Tratados Internacionais de
Direitos Humanos que tem
Status de Emenda
Constitucional

Tratados Internacionais de Direitos


Humanos que não passaram pelo
Rito de EC – Status de norma
Supralegal

Tratados Internacionais em geral → Status de Lei


Ordinária

DICA 185
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 – PONTOS
IMPORTANTES

No Brasil, após a promulgação da Emenda Constitucional nº 45/2004, os tratados relativos


aos direitos humanos aprovados na forma prevista são equivalentes às Emendas
Constitucionais.
Emenda à Constituição: em linhas gerais, trata-se de uma alteração feita em
determinado texto específico presente na Constituição de um Estado, alterando as bases
da lei em determinada matéria.
A “supra legalidade” consiste nas normas de tratados internacionais sobre direitos
humanos internalizadas por meio de Decreto legislativo e Decreto presidencial,
respectivamente.

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CRIMINOLOGIA

DICA 186
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL
Foi criada pelo sociólogo Edwin H. Sutherland, o qual verificou que o crime não se
originava das pessoas de classes menos favorecidas, ou seja, para Edwin o
comportamento criminal é aprendido por associação e não hereditário.
Para o sociólogo o indivíduo age de forma semelhante às pessoas que estão na sua
volta. Portanto, o crime não advém de uma anormalidade, psíquica ou física, mas
por meio da aprendizagem dentro do contexto social que está inserido o indivíduo.

Algumas atitudes desviantes requerem um conhecimento ou habilidade de seu agente,


que aprende a conduta desviada e associa-se ao comportamento em específico.
Edwin, por meio desta teoria, possui o objetivo de desconstruir as teorias que diziam
que a criminalidade se baseava em fatores biológicos ou psíquicos.
Edwin desenvolve esta teoria a fim de que ela seja aplicada em todos os casos, até
mesmo "delitos de colarinho branco", ou seja, crimes praticados por indivíduos ricos no
exercício de suas profissões.
DICA 02
TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE
Foi desenvolvida por Albert Cohen, em sua obra “Deliquent Boys”, no ano de 1955.
Segundo a Teoria da Subcultura Delinquente, há grupos específicos que possuem
suas próprias regras, normas, filosofia, e, por isso, não correspondem aos padrões
da sociedade.

Esta teoria vai de encontro à ordem social (criminologia tradicional).

Um exemplo do conceito desta teoria → um jovem se une a um grupo de gangues ele


passa a aceitar os valores impostos pela gangue da qual faz parte. Tais valores são
maiores que os valores sociais dominantes na sociedade.

Albert elenca três fatores para a sua teoria:

Não utilitarismo da ação: vários delitos não tem motivação prática. Um jovem de
uma gangue, muitas vezes, furta um bem sem motivo algum.

Malícia: o indivíduo possui o prazer de prejudicar o seu próximo.

Negativismo: a conduta delituosa nega os valores dominantes na Sociedade, uma vez


que se baseia nos valores do grupo.
DICA 03
TEORIAS DO CONFLITO: LABELLING APPROACH
Criada na década de 60, é uma das mais importantes teorias do conflito.
Esta teoria surgiu por meio do estudo de Erving Goffman e Howard Becker, o qual relata a
interação entre a sociedade e o crime.

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Também é conhecida como Teoria do Etiquetamento Social. Para essa teoria, a
criminalidade não advém do comportamento humano. O criminoso apenas se diferencia
dos demais porque a sociedade lhe atribui uma “etiqueta”. E assim, ele passa a ter
condutas desviantes.
Conforme o que ensina essa teoria, cada indivíduo se torna aquilo que o outro vê
nele. Então, a pessoa que é “etiquetada” como criminosa, se comportará como um
criminoso.

Tudo isso influencia na repetição da prática criminosa (criminalização secundária).


Desse modo, a natureza delitiva de um crime cometido por essa pessoa não está na
conduta em si, nem na pessoa que o pratica, mas na valorização que a sociedade dá.

DICA 04
TEORIAS DO CONFLITO: CRIMINOLOGIA CRÍTICA/RADICAL
Esta teoria se origina da negação ao capitalismo. Portanto, possui base Marxista e
dispõe que é o capitalismo a base da criminalidade, uma vez que é um sistema
ganancioso.
Esta teoria diz que em uma sociedade capitalista não é possível resolver o
problema da criminalidade. Desse modo, o caminho mais eficaz seria modificar a
sociedade na qual o criminoso se encontra.
A criminologia radical critica o capitalismo de um modo geral, relatando que é uma
forma de exploração da mão de obra e que causa várias injustiças e desigualdades na
sociedade, gerando grande criminalidade.
A atribuição da criação desta teoria é dada a George Rusche, Otto Kirchheimer, Willem
Bonger, entre outros.

Em virtude desta teoria, surgiram outras teorias criminológicas, quais sejam:

Abolicionismo Penal: O Direito Penal destaca as desigualdades sociais. Portanto, é


defendido o fim das prisões. O diálogo e a solidariedade são suficientes.

Direito Penal Mínimo: O Direito Penal apenas legitima uma minoria. Então, deve
ser reduzido drasticamente.

Neorrealismo: A criminalidade se origina da pobreza, da ganância, da individualidade,


entre outros.
DICA 05
MODERNOS MODELOS SOCIOLÓGICOS

Teoria do Controle Social: esta teoria se torna relevante e importante diante do


modelo atual sociológico em que vivemos.
Foi criada por Travis Hirschi, um criminólogo americano, conhecido pela sua teoria do
controle social e do autocontrole.
Segundo essa teoria, os princípios, crenças e valores de cada indivíduo fazem com que
ele não cometa um crime, ou seja, devido a estes fatores ele não violará a lei.
O foco desta teoria não é compreender por que o criminoso pratica um crime, mas
porque alguns cometem crimes.
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Teoria da Conformidade Diferencial: é uma variação da Teoria do Controle Social.


Foi criada por Scott Briar e Irving Piliavin.
De acordo com essa teoria, um indivíduo com grau alto de conformidade com os
valores convencionais possivelmente não terá comportamentos delitivos, quando
comparado com outro indivíduo de nível inferior de conformidade.
DICA 06
MODERNOS MODELOS SOCIOLÓGICOS

Teoria da Contenção: Foi criada por Walter Reckless.


Segundo essa teoria, a sociedade produz estímulos que fazem com que a pessoa tenha
uma conduta desviada.
Então, o indivíduo conta com dispositivos externos e internos de contenção, que atuam
em cada pessoa produzindo uma possibilidade de prática do crime.

INTERNOS

Projetos e metas definidos;


Grau elevado de tolerância à frustração;
Bom conceito de si mesmo.

EXTERNOS

Código moral consistente;


Reforço dos valores;
Papéis sociais com sentido.

Teoria do Controle Interior: Foi criada por Albert J. Reiss Jr.


Segundo essa teoria, a criminalidade é o resultado de ausência de normas e regras
internalizadas, bem como de um conflito entre regras e técnicas sociais.

Teoria da Antecipação Diferencial: Em suma, essa teoria diz que o indivíduo estaria
inclinado a ter um comportamento criminoso se em decorrência dele existissem muitas
vantagens (e menos desvantagens), levando em consideração os seus vínculos com
outras pessoas, com a sociedade e suas experiências anteriores.
DICA 07
ETAPAS EVOLUTIVAS: PERÍODO DA ANTIGUIDADE

Período da Antiguidade: Na fase pré-científica não havia a aplicação prática da


criminologia. Neste período, o criminoso era visto como um pecador. Esta fase limita-se
a pensamentos e discussões filosóficas. Abaixo, as ideias de pensadores importantes
deste período.

Período da Antiguidade: Na fase pré-científica não havia a aplicação prática da


criminologia. Neste período, o criminoso era visto como um pecador. Esta fase limita-se
a pensamentos e discussões filosóficas. Abaixo, as ideias de pensadores importantes

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deste período.

Período da Antiguidade: Na fase pré-científica não havia a aplicação prática da


criminologia. Neste período, o criminoso era visto como um pecador. Esta fase limita-se
a pensamentos e discussões filosóficas. Abaixo, as ideias de pensadores importantes
deste período.

Platão: 427-347 a.C. Para Platão, os fatores de ordem econômica (ganância, por
exemplo) ocasionavam a criminalidade. Assim, Platão buscou compreender a origem do
crime.

Aristóteles: 388-322 a.c. Este pensador também acreditava que os fatores de ordem
econômica ocasionavam a criminalidade. Segundo o pensamento de Aristóteles, delitos
mais graves eram praticados com o fim de se obter valores e bens que excediam o que
era necessário para o sustento próprio.

Sócrates: 470-399 a.C. Este pensador entende que o cometimento de delitos é algo
instintivo do homem. Para Sócrates a ressocialização é algo muito importante.
Acreditava que os delinquentes deveriam ser ensinados a não cometer novamente um
delito. Desse modo, Sócrates entende que a pena possui um caráter de prevenção
negativa e positiva (não reincidência e ressocialização).

Protágoras: 485-415 a.C. Este pensador entendia que a pena deveria ter a ideia de
evitar o cometimento de delitos posteriores. Assim, a pena não deveria ter caráter de
mero castigo. Portanto, segundo Protágoras, a pena possuía caráter dissuasório
(intimidar outras pessoas a não delinquir).

DICA 08
ETAPAS EVOLUTIVAS: IDADE MÉDIA

Idade Média: O Feudalismo e o Cristianismo influenciaram na criminalidade.


Também se encontra na fase pré-científica. Há dois pensadores importantes que se
relacionam com a idade média, quais sejam:

SÃO TOMÁS DE AQUINO (1226-1274)

Pregava que o crime só era cometido em razão da pobreza;


Se o indivíduo está “morrendo” de fome e comete um furto em razão disso, não deve
ser punido. Isso é uma questão humanitária.
Portanto, São Tomás de Aquino defendia que o furto famélico, acima explicitado, era
uma causa de estado de necessidade.

SANTO AGOSTINHO (354 A 430 D.C.)

Foi o primeiro filósofo cristão importante;


Influente pensador da era medieval;
Segundo este pensador, a pena deveria ter o fim de ressocializar o indivíduo que
cometeu o delito, para que ele não pratique crimes novamente;
A pena também deve ter um caráter de afastar o criminoso de indivíduos que não

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cometem delitos.
A pena é uma forma de prevenção e tem caráter intimidativo.

DICA 09
ETAPAS EVOLUTIVAS: IDADE MODERNA

Idade Moderna: A Criminologia moderna é dividida em fase pré-científica e fase


científica. Na fase pré-científica, os critérios utilizados eram subjetivos. Então, não havia
um resultado seguro. Por outro lado, na fase científica foram utilizados métodos
científicos, mas com um pouco de critério subjetivo.

Fase pré-científica: Pseudociências (frenologia, a demonologia e a fisionomia) e


Criminologia clássica (Escola Clássica). As pseudociências se baseavam na má formação
do crânio, bem como em crenças religiosas para explicar o fenômeno criminal. Para a
criminologia clássica, o criminoso era um pecador, que optou pelo mal e não pelo bem.
Nas pseudociências são destacadas a frenologia, a demonologia e a fisionomia.

Frenologia: significa o “estudo da mente”. Foi desenvolvida por Joseph Lavater e


difundida por Johan Gall. A Teoria das Localizações Cerebrais foi criada por Johan
Gall, o qual dizia que o indivíduo que possuísse defeitos físicos no cérebro teria mais
chances de cometer um crime.
Demonologia: é o estudo dos demônios. Os demônios seriam os Responsáveis por
influenciarem indivíduos a cometerem crimes (possessão e tentação).
Fisionomia: a aparência do criminoso determina o fenômeno criminológico.
Quanto mais feia a pessoa, maiores as chances de ela cometer um crime.

Fase científica: Há o destaque da Escola Positivista (criminoso como objeto de estudo


– Criminologia Positivista) e da Criminologia Moderna (investiga o crime, o criminoso,
vítima e o controle social), a qual supera a Criminologia Tradicional. Desse modo, os
fatores psicológicos e sociológicos começaram a ser estudados (sendo que já era estudado
o fato biológico) como causas principais ou secundárias do crime. Assim, surgem as
Teorias do Conflito e do Consenso (Criminologia Moderna).
DICA 10
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS: ESCOLA CLÁSSICA
Também chamada de Retribucionista. Porém, em provas é mais utilizado o nome “Escola
Clássica”. Foi influenciada pelo Iluminismo e era contrária ao regime absolutista da época.
Esta Escola centralizou os estudos acerca do crime, por meio do método dedutivo. Cesare
Bonesana e Francesco Carrara foram os nomes que se destacaram por defenderem a
Escola Clássica. Há outros também, como: Giovanni Carmignani, Jean Domenico
Romagnosi, Jeremias Bentham, Franz Joseph Gall e Anselmo Von Feuberbach.

Ainda, importante destacar alguns princípios da Escola Clássica:

Esta Escola aduz que o crime é uma ficção jurídica e não uma ação (baseada no
Iluminismo);
A pessoa pode praticar tanto o bem quanto o mal, pois possui o livre-arbítrio. Então,
quando decide praticar o mal, deve ser punida e responsabilizada. O indivíduo que
pratica um crime merece um castigo.
Luta pela garantia de direitos fundamentais aos indivíduos e por limites ao poder de
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punir do Estado, com base nos estudos de Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria).
Defende a pena como meio da proteção de bens jurídicos. A pena possui caráter
retributivo. Deve alcançar a ordem social, ser severa e proporcional.

A Escola Clássica parte das teorias do Jusnaturalismo e do Contratualismo. A Teoria


do Jusnaturalismo defende que os direitos são inerentes à natureza humana. O
Contratualismo aduz que o Estado se origina de um pacto entre ele e os indivíduos. Os
cidadãos cedem parte de sua liberdade e direitos para que todos estejam em segurança.
DICA BÔNUS
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS: ESCOLA CLÁSSICA

Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria): Foi um grande expoente deste período.


Autor da obra “Dos delitos e Das penas”.

Marquês de Beccaria foi inspirado pela filosofia de Montesquieu, Hume e


Rosseau;
Também, defendia que a pena deveria ser aplicada apenas por um juiz togado, o
qual deveria ser imparcial;
Era contra as penas cruéis. As penas eram mais cruéis para os indivíduos
pobres. Em razão disso, Beccaria fez com que surgisse o movimento humanitário
quanto ao poder de punir do Estado.
A pena deveria ser proporcional. Defendia a publicidade dos processos e o
conhecimento das leis por todos.

Para ele, a pena não deveria ser retributiva, mas um instrumento para eliminar uma
ameaça.
Foi influenciado por Beccaria. Para ele, o delito é formado por uma força física e uma
força moral. A força física é o movimento do corpo e o dano gerado após o cometimento
do delito. A força moral é a vontade do criminoso, a qual é livre e consciente. Carrara foi
quem atribuiu o delito como ente jurídico (ficção jurídica), defendendo que o crime é uma
contrariedade entre a lei e a conduta do homem.

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MEDICINA LEGAL

DICA 196
ANTROPOLOGIA MÉDICO-LEGAL
A Antropologia Médico-Legal é o ramo da medicina legal que estuda a identidade e a
identificação através dos restos vivos ou mortais, sejam eles humanos ou de animais;
Antropologia Médico-Legal ou Antropologia Forense é a aplicação prática ao Direito de um
conjunto de conhecimentos da Antropologia Geral visando principalmente às questões
relativas à identidade médico-legal e à identidade judiciária ou policial;
Um dos objetivos desta parte da Medicina Legal é determinar a identificação de pessoa,
esteja ela viva ou morta;
É por meio da Antropologia Médico-Legal que conseguimos realizar a identificação de
informações importantes com relação ao gênero, estatura, etnia, idade, ou seja,
identificar a individualização de cada pessoa dentro de um grupo;
A Cranotanatognose busca conhecer o intervalo de tempo volvido após a morte.

Ex.: Para identificação de óbitos mais recentes, comumente são utilizadas a


temperatura corpórea, a presença e fixação de livores hipostáticos e a rigidez cadavérica.
Na identificação de óbitos não recentes, são verificadas, principalmente, as fases de
putrefação do corpo;
DICA 197
IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO
A identidade relaciona-se às características físicas, psíquicas e funcionais que
individualizam os indivíduos, essas características intrínsecas podem ser originárias do ser
humano ou adquiridas com o tempo;
Os tipos de identidade podem ser apresentados como subjetivos e objetivos;
O tipo objetivo é aquela identidade fornecida pelos caracteres físicos, funcionais e
psicológicos, e o tipo subjetivo é a maneira de ser de cada indivíduo;
Já a identificação é um conjunto de procedimentos adotados para se estabelecer a
identidade da pessoa, que não se confunde com o reconhecimento, uma vez que neste
ocorre uma comparação, e naquela a identidade se materializa de forma objetiva e
inequívoca;
Os métodos de identificação não possuem hierarquia de importância, devendo ser
aplicados visando à economia e precisão nos resultados. São divididos em Simples e
Complexos;
Métodos Simples: cédulas de identidade ou registros, fotografias, testemunhas, retrato
falado, vídeo e sinais individuais;
Método Complexo: estudo Antropológico (antropometria–medição dos ossos), métodos
laboratoriais, químico/físicos (exames de DNA), superposição de imagens, datiloscopia
(papiloscopia), arcada dentária e íris.

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DICA 198
IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO
Para que os métodos de identificação sejam cientificamente seguros é necessário que
estejam presentes os seguintes critérios técnicos e biológicos:
Praticabilidade em que o processo deve se mostrar seguro, simples e rápido, tanto na
obtenção, quanto no registro dos caracteres;
Classificabilidade em que os métodos de arquivamento das informações devem pos-
suir sistematização que permitam a comparação rápida e precisa;
Unicidade em que as características tornam o indivíduo único, diferente dos demais;
Imutabilidade em que as características intrínsecas não sofrem modificações com o
tempo;
Perenidade em que as características permanecem com o indivíduo durante toda a
vida;
Dispõe o art. 166 do Código de Processo Penal: Havendo dúvida sobre a identidade do
cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto
de reconhecimento e identidade, no qual se descreverá com todos os sinais e indicações;
DICA 199
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA
A Identificação Judiciária ou Policial é aquele ocorrida no âmbito civil ou criminal,
ocorrem independentemente do conhecimento do profissional de medicina, são
executadas pelos Institutos de Identificação de cada Estado;
A Identificação Judiciaria é dividida em Bertilonagem e Datiloscopia;
Bertilonagem é conjunto de medidas corporais (antropometria), complementado pelo
retrato falado, a fotografia e as impressões digitais (datiloscopia);
Datiloscopia é produzida pelo registro das pontas dos dedos deixados em superfícies
pela gordura que os indivíduos carregam nas mãos. Esse tipo de identificação tem a
vantagem de se encaixar em todos os critérios técnicos e biológicos garantidores da
segurança dos métodos de identificação, perenidade, imutabilidade, variedade,
praticabilidade e classificabilidade;
O Brasil utiliza o Sistema Datiloscópico de Vucetich;

Existem quatro formas básicas de desenhos das polpas digitais:

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Presilha Interna (figura I=2): Um delta (Δ) está presente à direita do examinador;

Presilha Externa (figura E=3): Um delta (Δ) está presente à esquerda do


examinador;

Verticilo (figura V=4): Estão presentes dois deltas (Δ Δ), um à direita e um à


esquerda do examinador;

Arco (figura A=1): As linhas que atravessam o campo digital apresentam formas mais
ou menos paralelas, não há formações em delta (Δ);
Nos exames datiloscópicos os polegares recebem letras, os demais dedos recebem
números, e a impressão do polegar direito é chamada de fundamental. Os dedos
inexistentes são identificados pelo “0” e as cicatrizes são marcadas com “x”.
DICA 200
TRAUMATOLOGIA MÉDICO LEGAL
A Traumatologia ou Lesonologia Médico-legal estuda as lesões e estados patológicos,
imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, nos seus
aspectos do diagnóstico, do prognóstico e das suas implicações legais e
socioeconômicas.
Trata também do estudo das diversas modalidades de energias causadoras desses
danos;
Existem várias formas de lesões produzidas por diversos tipos de energias;
Essas energias dividem-se em: energias de ordem mecânica, de ordem física, de ordem
química, de ordem físico-química, de ordem bioquímica, de ordem biodinâmica e de ordem
mista.
DICA 201
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
Os agentes mecânicos responsáveis por danos vão desde as armas propriamente
ditas (punhais, revólveres, etc.), armas eventuais (faca, navalha, foice, facão, machado,
etc.), armas naturais (punhos, pés, dentes), até os mais diversos meios imagináveis
(máquinas, animais, veículos, quedas, explosões, precipitações);
Esses meios atuam por pressão, percussão, tração, torção, compressão, descompressão,
explosão, deslizamento e contrachoque;
Os meios mecânicos são classificados em: perfurantes, cortantes, contundentes,
perfurocortantes, perfurocontundentes, cortocontundentes;

Lesões por Instrumentos Perfurantes: denominam-se feridas punctiformes ou


punctórias, pela sua exteriorização em forma de ponto;
Têm como características a abertura estreita, são de raro sangramento, de pouca
nocividade na superfície e, às vezes, de certa gravidade na profundidade, em face desse
ou daquele órgão atingido;
Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume
aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos e Langer.

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DICA 202
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

Lesões produzidas por instrumento cortante: os meios ou instrumentos de


ação cortante agem através de um gume mais ou menos afiado, por um mecanismo de
deslizamento sobre os tecidos e, na maioria das vezes, em sentido linear.

Ex.: A navalha, a lâmina de barbear e o bisturi são exemplos de agentes produtores


dessas ações;
As feridas cortantes têm suas extremidades mais superficiais e a parte mediana
mais profunda, e têm também como característica principal a chamada “cauda de
escoriação”, conhecidas como feridas fusiformes (em forma de fuso);
Essas feridas produzidas por instrumento cortantes diferenciam-se das demais lesões
pelas seguintes características: forma linear, regularidade das bordas, regularidade
do fundo da lesão, ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida, hemorragia
quase sempre abundante, predominância do comprimento sobre a profundidade,
afastamento das bordas da ferida, presença de cauda de escoriação voltada para o lado
onde terminou a ação do instrumento, vertentes cortadas obliquamente e centro da ferida
mais profundo que as extremidades.
DICA 203
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
Já no tocante à causa jurídica das feridas cortantes, devem-se levar em conta, entre
outros dados, o número de lesões, as regiões atingidas, direção, profundidade e
regularidade;
As feridas cortantes são mais acidentais e homicidas que suicidas, normalmente;

Esquartejamento é traduzido pelo ato de dividir o corpo em partes (quartos), por


amputação ou desarticulação, quase sempre como modalidade de o autor livrar-se
criminosamente do cadáver ou impedir sua identificação;

A castração é também uma lesão produzida por ação cortante e tem na maioria das
vezes a finalidade e o instinto de vingança;

A decapitação é também de ocorrência rara e se traduz pela separação da cabeça do


corpo e pode ser oriunda de outras formas de ação além da cortante. Sua etiologia pode
ser acidental ou homicida e, mais raramente, suicida.
DICA 204
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA
Esgorjamento que se caracteriza por uma longa ferida transversal do pescoço, de
significativa profundidade, lesando além dos planos cutâneos, vasculonervosos e
musculares, órgãos mais internos como esôfago, laringe e traqueia. Sua etiologia pode ser
homicida ou suicida;

Ex.: Uma lesão com secção da artéria carótida comum esquerda, em alguns casos,
pode ser denominada de esgorjamento, independentemente de ter sido produzida por
ação cortante ou cortocontundente;

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As lesões cortantes ou incisas no pescoço profundas e localizadas no pescoço são
chamadas de esgorjamento quando nas faces laterais ou anterior. Se forem localizadas
na face posterior, recebem o nome de degolamento;

Lesões produzidas por ação contundente: são os maiores causadores de dano.


Sua ação é quase sempre produzida por um corpo de superfície, e suas lesões mais
comuns se verificam externamente, embora possam repercutir na profundidade;
As feridas contusas são produzidas por meios ou instrumentos de superfície e não
de gume, mais ou menos afiados, apresentam elas as seguintes características: forma
estrelada, sinuosa ou retilínea, bordas irregulares, escoriadas e equimosadas, fundo
irregular, vertentes irregulares, pontes de tecido íntegro ligando as vertentes, retração
das bordas da ferida, pouco sangrantes, integridade de vasos, nervos e tendões no fundo
da lesão e ângulo tendendo à obtusidade.
DICA 205
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

As lesões produzidas por ação contundente sofrem uma incrível variação, e


são classificadas em:

Rubefação não chega a ser uma lesão, sob o ponto de vista anatomopatológico, por
não apresentar significativas e permanentes modificações de ordem estrutural, mas o é
sob o ângulo da Medicina Legal;

Escoriação tem quase sempre como origem a ação tangencial dos meios
contundentes, pode ser encontrada isolada ou associada a outras modalidades de
lesões contusas mais graves;

Escoriação que deixa cicatriz não é escoriação, o único vestígio de recenticidade é


uma mancha rósea, descorada, que desaparece com poucos dias. Escoriação não cicatriza,
não deixa marcas;

Escoriação típica é aquela em que apenas a epiderme sofre a ação da violência.


Quando a derme é atingida, não é mais escoriação, e sim uma ferida.
DICA BÔNUS
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

Equimose trata-se de lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica nas


malhas dos tecidos. Para que ela se verifique, é necessária a presença de um plano mais
resistente abaixo da região traumatizada e de ruptura capilar, permitindo, assim, o
extravasamento sanguíneo;

Luxação é um tipo de lesão causada por ação contundente;

Existe uma mudança de tonalidades que se processa em uma equimose que é:


Vermelha no 1º dia, violácea no 2º e no 3º dia, Azul do 4º ao 6º dia, Esverdeada do 7º ao
10° dia, Amarelada por volta do 12º dia e desaparecendo em torno do 15º ao 20º dia;

Edema é o acúmulo de líquido no espaço intersticial e é constituído por uma solução


aquosa de sais e proteínas do plasma, variando de acordo com sua etiologia, por exemplo
Edema no olho;

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Hematoma é o maior extravasamento de sangue de um vaso bastante calibroso e a
sua não difusão nas malhas dos tecidos moles dão, em consequência, um hematoma.
Formam-se, no interior dos tecidos, verdadeiras cavidades, onde surge uma coleção
sanguínea. Pela palpação da região afetada, percebe-se a sensação de flutuação.

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