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Memorex TJDFT – Técnico Administrativo - Rodada 04

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


ÉTICA ....................................................................................................................................... 15
REGIMENTO INTERNO ................................................................................................... 21
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ...................................................................... 23
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS ........................................................................................................ 25
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO........................................................................................................................ 28
ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA .................................................. 30
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 39
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 49
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 57
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 64
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 75
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 84

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SINTAXE - ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente INDEPENDENTES.
Classificam-se em:
Assindéticas: sem conjunção.
Ex.: Joana estuda, trabalha, viaja.
Sindéticas: com conjunção.
Ex.: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.
DICA 02
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
Aditivas: ideia de soma.
Ex.: e, também, nem, bem como.
Ex.: Eu e minha filha caminhamos no parque e fomos jantar em um belo restaurante.
Adversativas: ideia de oposição.
Ex.: mas, porém, todavia, entretanto.
DICA 03
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
Alternativas: ideia de alternância.
Ex.: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.
Ex.: Ora você me ama, ora não ama.
Conclusivas: ideia de conclusão.
Ex.: portanto, logo, por isso.
Ex.: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais
colegas.
EXPLICATIVAS: ideia de explicação.
Ex.: porque, porquanto, que.
Ex.: Reprovou porque não estudou muito.
DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são DEPENDENTES
entre si (uma se subordina a outra).
Ex.: É necessário que todos lavem as mãos.
O que é necessário? Veja que precisa de uma complementação, “que todos lavem as
mãos”. A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa
“que”.
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DICA 05
ORAÇÕES REDUZIDAS

As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou


SEM conjunção e com o verbo em uma das seguintes formas:

INFINITIVO - cantar
GERÚNDIO - cantando
PARTICÍPIO – cantado

Até o momento, você estudou a oração de forma desenvolvida. Se a conjunção for


retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração
desenvolvida passará a ser uma oração reduzida.
DICA 06
DIVISÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas podem se dividir em:
Substantivas: neste caso, exercem a função de substantivo. Podem ser orações
subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais, predicativas e apositivas.
Adjetivas: neste caso, exercem a função de adjunto adnominal.
Adverbiais: neste caso, exercem a função de adjunto adverbial.
DICA 07
ORTOGRAFIA OFICIAL - USO DOS PORQUÊS
Por que:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).
Ex.: Por que não faz a prova?
Poderá aparecer no meio de uma frase e terá a função de pronome relativo. Será
equivalente a "por qual”, "pelo qual" e suas variações.

Ex.: Esta é a razão por que rezo. → Esta é a razão pela qual rezo.
Por quê:
Também indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).

Ex.: Chorou por quê? → Chorou por qual motivo?


Demorou por quê? → Demorou por qual razão?

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DICA 08
USO DOS PORQUÊS
Porque:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser SUBSTITUÍDO por “pois”, “para que” e “uma vez que”.

Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.

Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da
mochila.
Porquê:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.
Ex.: Não me disseram o porquê de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
Não me disseram o motivo de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
DICA 09
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.
Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar
Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.
Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.


Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.


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Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.

QUESTÃO FGV, 2020.


Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é:

“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO
DICA 10
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.
Portanto, lembre que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma
conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso. Ex.: Os maus
pensamentos não nos fazem bem.
DICA 11
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.
O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:
MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.
CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.
EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.
Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:
CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.
QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.

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DICA 12
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – OXÍTONAS

As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)


A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens

EM: também, alguém, refém.


ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s


ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas,
pois o til (~) não é um acento.

QUESTÃO FGV, 2015.


As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é. CERTO, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é monossílabo
terminado em “e”.

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DICA 13
PAROXÍTONAS
As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica. Há as
seguintes regras:

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em R Açúcar, caráter, néctar.

Palavras terminadas em X Córtex, látex, tórax, fênix.

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em N Abdômen, pólen, próton.

Palavras terminadas em L Ágil, fácil, amável.

Palavras terminadas em PS Bíceps, tríceps.

Palavras terminadas em ã(s), ão(s) Órfã, órfãos, bênção.

Palavras terminadas em I, IS Táxi, grátis, tênis.

Palavras terminadas em EI, EIS Hóquei, jóquei.

Palavras terminadas em US Vírus, bônus.

Palavras terminadas em om, ons um,


Prótons, álbum, álbuns.
uns

DICA 14
PAROXÍTONAS
Com o Novo Acordo Ortográfico foram abolidos:
O acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos.
Ex.: Feiura
O acento agudo nos ditongos abertos oi e ei.
CUIDADO! Nas palavras oxítonas, ainda há o acento agudo, como em: herói, papéis.
Ex.: heroico, joia, paranoia, jiboia.
O acento circunflexo nos encontros oo e ee.
Ex.: abençoo, voo, enjoo, leem, creem.

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QUESTÃO FGV, 2013.


(Questão adaptada) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas
pela mesma regra de acentuação, à EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.
A) será / está.
B) ônibus / últimos.
C) política / econômica.
D) médio / saúde. ”Médio” é paroxítona terminada em ditongo. “Saúde” é
hiato.

DICA 15
PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica.
TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS!

EXEMPLOS

Acadêmico (a-ca-dê-mi-co)

Acústica (a-cús-ti-ca)

Círculo (cír-cu-lo)

Décimo (dé-ci-mo)

Elétrico (e-lé-tri-co)

Fósforo (fós-fo-ro)

Ginástica (gi-nás-ti-ca)

Ínterim (ín-te-rim)

Lâmpada (lâm-pa-da)

Míope (mí-o-pe)

Plástico (plás-ti-co)

Próxima (pró-xi-ma)

DICA 16
FALSA PROPAROXÍTONA
Muitas vezes há dúvida sobre uma palavra ser paroxítona terminada em ditongo oral
crescente ou proparoxítona. Exemplos de palavras paroxítonas: his-tó-ria, ar-má-rio,
á-rea, tê-nue. São ditongos orais crescentes.
Por outro lado, essas palavras podem ser interpretadas como proparoxítona (em última
instância).
Ex.: his-tó-ri-a, ar-má-ri-o, á-re-a, tê-nu-e.

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ATENÇÃO!

1º - Se aparecer uma questão, pedindo 2º - SOMENTE se você não encontrar


para você marcar a palavra que possui
uma palavra proparoxítona, com certeza
a mesma regra de acentuação que a terá uma palavra que seja paroxítona
terminada em ditongo crescente e
palavra “ÚLCERA” (que é uma
você marcará esta como correta (ex.:
proparoxítona), por exemplo, você
vitória), pois, daí, significa que o
procura por uma palavra proparoxítona,
examinador considerou essa palavra
em que a antepenúltima sílaba seja
“vitória” como proparoxítona. Embora
acentuada (ex.: vítima → ví-ti-ma).
“vitória” não seja uma verdadeira
proparoxítona, ela pode ser uma falsa
proparoxítona.

DICA 17
REESCRITA DE FRASES – SUBSTITUIÇÃO

A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de:

Substantivo por verbo:


Ex.: Maria exigiu o esforço dos alunos.
Maria exigiu que os alunos se esforçassem.

Verbo por substantivo:


Ex.: Espero que se resolva a situação.
Espero a resolução da situação.

Voz verbal:
Ex.: Pode-se visualizar isso.
Isso pode ser visualizado.

Antônimos:
Ex.: O cachorro estava desanimado.
O cachorro não estava animado.

Sinônimos:
Ex.: Muitas meninas moram naquela casa.
Várias gurias residem naquele domicílio.
Gurias = muito falado no Estado do RS.

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QUESTÃO FGV, 2021.


“Muita sabedoria unida a uma santidade moderada é preferível a muita santidade com
pouca sabedoria.” Santo Inácio de Loyola.
Essa frase pode ser reescrita, mantendo-se o sentido original e sua correção gramatical
tradicional, da seguinte forma:
a) É preferível a muita santidade com pouca sabedoria do que muita sabedoria unida a
uma santidade moderada.
b) Deve-se preferir muita sabedoria unida a uma santidade moderada do que muita
santidade com pouca sabedoria.
c) Muita santidade com pouca sabedoria é preferível a muita sabedoria unida a uma
santidade moderada.
d) É preferível muita sabedoria unida a uma santidade moderada a muita santidade
com pouca sabedoria.
e) Uma santidade moderada unida a muita sabedoria é preferível do que pouca
sabedoria unida a muita santidade.
Gabarito: Alternativa d.

DICA 18
SUBSTITUIÇÃO E DESLOCAMENTO

A reescrita de frases pode ocorrer por substituição de:

Conectivos do mesmo valor semântico:


Ex.: Então, foi passear no shopping.
Assim sendo, foi passear no shopping.

Tempo verbal:
Ex.: Em 1945 ocorreu o fim da Segunda Guerra Mundial.
Em 1945 ocorre o fim da Segunda Guerra Mundial.

Tempo composto:
Ex.: Estudara tanto que passou na prova.
Tinha estudado tanto que passou na prova.

Discurso:
Ex.: Nós viajaremos amanhã. (DIRETO)
Eles disseram que viajariam no dia seguinte. (INDIRETO)

Reescrita de frases por deslocamento: A banca FGV cobra esse assunto deslocando
algum vocábulo da frase e perguntando se essa mudança altera ou não o sentido
original da frase.

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Veja esse exemplo:


“A ética só se põe no mundo da liberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.”

Sentido original da frase → A ética só (apenas) se coloca...


“Só a ética se põe no mundo da liberdade, da escolha entre ações humanas avaliadas.”

Sentido → Só (apenas a ética e mais nada) a ética se coloca...


Então, se o “só” for deslocado para o início da frase, haverá mudança no sentido
original da frase.
DICA 19
PARALELISMO

Paralelismo são expressões dentro de uma oração que possuem uma estrutura
paralela. Portanto, existe paralelismo quando há harmonia, lógica e sentido entre as
diferentes partes da oração e do texto.

Veja o exemplo a seguir: “Sinta-se linda. Sinta-se amada” → Veja que em cada
oração há um verbo no imperativo, qual seja: “sinta-se”. HÁ ESTRUTURA PARALELA!

Veja outro exemplo: “Joana é dorminhoca e advogada”. → HÁ QUEBRA DE


PARALELISMO, pois não há sentido na oração.

QUESTÃO FGV, 2015.


“Felizmente, a inteligência permite encontrar soluções e nos possibilita criar
alternativas”; a forma de reescrever-se o segmento em negrito que respeita o
paralelismo sintático é:
a) permite o encontro de soluções e nos possibilita que criemos alternativas;
b) permite o encontro de soluções e a possibilidade de criação de alternativas;
c) permite que encontremos soluções e nos possibilita que criemos alternativas;
d) permite que encontremos soluções e nos possibilita a criação de alternativas;
e) permite o encontro de soluções e a possibilidade de criarmos alternativas.
Gabarito: Alternativa c.

DICA 20
PARALELISMO SINTÁTICO

PARALELISMO SINTÁTICO

Quando existe simetria entre as estruturas sintáticas que se encontram na oração.


A utilização do paralelismo sintático dá PRECISÃO E CLAREZA!
Exemplos:
COM PARALELISMO SINTÁTICO: Escrevi meu artigo científico com base no livro
de Direito e na apostila de Antropologia.
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SEM PARALELISMO SINTÁTICO: Escrevi meu artigo científico com base no livro
de Direito e da apostila de Antropologia.
COM PARALELISMO SINTÁTICO: O atleta americano vencedor da maratona foi
seguido pelo atleta cubano e pelo atleta venezuelano.
SEM PARALELISMO SINTÁTICO: O atleta americano vencedor da maratona foi
seguido pelo atleta cubano e do atleta venezuelano.

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ÉTICA
DICA 21
ADVOCACIA JUDICIAL OU ADMINISTRATIVA
É vedado ao servidor, sem que haja qualquer prejuízo das demais obrigações legais e
Regulamentares exercer advocacia judicial ou administrativa. E mais: É também proibido
prestar consultoria técnica ou qualquer tipo de serviço a terceiro, pessoa física ou jurídica,
ligada direta ou indiretamente ao processo judicial ou administrativo, bem como a
empresa licitante ou que preste serviços ao Tribunal. Lembrando sempre que esta
vedação não está apenas no Código de Ética dos Servidores do TJDFT, mas também no
próprio Estatuto da OAB, no art. 31, inciso I:
São impedidos de exercer a advocacia:
a) os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
DICA 22
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA- INFORMAÇÕES PRELIMINARES
Os agentes públicos podem realizar a prática condutas violadoras do Direito, no exercício
das funções estatais, e estas condutas serão capazes de lhe imputar muitas formas de
punição. E aí vemos a chamada Improbidade Administrativa. De uma forma bem
simplificada, a improbidade administrativa é uma conduta inadequada, que é praticada
por agentes públicos ou outros envolvidos, que esta conduta venha a causar danos à
administração pública. Ela está prevista na Lei n. 8.429/1992, que é mais conhecida como
Lei de Improbidade Administrativa (LIA).
Mas a improbidade administrativa é crime? Não, e isto é algo que merece muito sua
atenção. A improbidade, em si, não é crime. A Lei 8.429/92, Lei da Improbidade
Administrativa, não tem natureza penal, logo, não há crime. Também é comum
algumas pessoas confundirem a improbidade administrativa com a corrupção. São
institutos diferentes:
Improbidade administrativa: De natureza cível.
Corrupção: É crime, que é bem especificado pelo Código Penal. Os tipos de corrupção
são: A corrupção ativa, a corrupção passiva e a corrupção de menores.
Não confunda improbidade administrativa com crime contra a administração. A
improbidade administrativa é de natureza civil, já os crimes contra a administração
pública são do âmbito penal.

Então a pessoa que comete a improbidade não é punida? De forma alguma. O art. 37
da CF/88, as penas para quem pratica improbidade administrativa podem ser:
perda dos bens ou valores acrescidos indevidamente ao patrimônio;
devolução integral dos bens ou dinheiro;
pagamento de multa;
suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública e

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proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais,


ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.
DICA 23
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA- INFORMAÇÕES IMPORTANTES
A LIA (Lei de Improbidade Administrativa) completará este ano 20 anos. É de suma
importância que se saiba que o conceito de improbidade tem uma grande ligação com a
ideia de desonestidade. E lembrando sempre que não configura improbidade a ação ou
omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda
que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas
decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário.
Mas de quem é a competência para legislar a respeito da improbidade administrativa?
Muito embora a CF/88 não tenha definido tal competência para maior parte da
jurisprudência e a doutrina é de competência legislativa privativa da União.

Qualquer agente
SUJEITO
público, servidor
ATIVO
ou não

Entidades que recebam subvenção, benefício ou


incentivo, fiscal ou creditício, provenientes de
órgãos públicos.

SUJEITO
PASSIVO Entidades para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com menos de 50%
do patrimônio ou da receita anual.

Administração pública indireta.

Empresas incorporadas ao patrimônio público ou


Administração de entidade cuja criação ou custeio o erário haja
pública direta concorrido ou concorra com mais de 50% do
patrimônio ou da receita anual.

Importante: Da decisão que converter a ação de improbidade em ação civil pública


caberá o recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO.

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DICA 24
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTA ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Antes de qualquer, há na Lei de Improbidade Administrativa um rol, do art. 9° ao 11,
de formas de improbidade. Lembrando sempre que este rol é exemplificativo. Suas
possibilidades são as seguintes:
receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;

utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à


disposição de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho
de servidores, de empregados ou de terceiros contratados por essas entidades;

receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a


exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando,
de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas ou qualquer
outro serviço ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei;
adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de emprego ou de
função pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos
descritos no caput deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio
ou à renda do agente público, assegurada a demonstração pelo agente da licitude da
origem dessa evolução;
aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba
pública de qualquer natureza;
receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

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DICA 25
O CONCEITO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DENTRO DA IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
A ideia do enriquecimento ilícito parece muito abrangente, e quando se estuda a
improbidade administrativa é de suma importância saber o que é, de fato um
enriquecimento ilícito. Antes de tudo, cuidado para não confundir o enriquecimento ilícito
com o enriquecimento sem causa.
São institutos distintos:

O enriquecimento ilícito é o aumento do patrimônio de alguém, pelo empobrecimento


injusto de outra pessoa.

Já o enriquecimento sem causa é o proveito que, embora não necessariamente ilegal,


configura o abuso de direito, ensejando uma reparação".

Posto isso, na legislação vigente, na improbidade temos um enriquecimento ilícito, ou


seja, em detrimento do empobrecimento de outra pessoa ou da Administração Pública.
DICA 26
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSA PREJUÍZO AO ERÁRIO
Tem uma gravidade mediana, com suas possibilidades elencadas no art. 10 da LIA. Esta
improbidade causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa que resulte é uma
efetiva e comprovada perda patrimonial, com desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei. Um exemplo
clássico é permitir ou até mesmo facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou
serviço por preço superior ao de mercado.
Como faço para diferenciar a Improbidade Administrativa que causa prejuízo ao erário da
Improbidade Administrativa que importa enriquecimento ilícito?

PEGAR PRA SI = ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

PEGAR PROS OUTROS OU DEIXAR QUE PEGUEM PRA SI = PREJUÍZO AO ERÁRIO


DICA 27
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE VÁ CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
É qualquer ação ou omissão que vá contra os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições. Um exemplo é deste tipo de improbidade é deixar de
prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das condições para
isso, com vistas a ocultar irregularidades.

Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os Princípios da


Administração Pública frustrar a licitude de concurso Público? Sim.
Dica extra: ATENTAM CONTRA PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA: CONCURSO PÚBLICO, CHAMAMENTO OU PROCEDIMENTO LICITATÓRIO.

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DICA 28
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: OMISSÕES

O direito não é uma matéria exata. Logo, o que acontece em casos aonde há uma
divergência jurisprudencial? Haverá a configuração de improbidade administrativa? A Lei
14.230/21 traz uma disposição a respeito disto:
§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência
interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que
não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos
tribunais do Poder Judiciário.”

Logo, qualquer conduta omissiva ou comissiva nascida de divergência interpretativa da


lei não será caraterizada como improbidade. Mudança super recente, viu? A banca pode te
cobrar.
DICA 29
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E COLABORADORES DE PESSOA JURÍDICA DE
DIREITO PRIVADO

A Lei 14.230/21 trouxe uma série de mudanças, e uma delas refere-se à possibilidade
de aplicar as disposições da LIA para colaboradores de pessoa jurídica de direito privado.
Vejamos a mudança trazida:
Lei 14.230/21:
“Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de
improbidade.
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado NÃO respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa
jurídica, SALVO se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em
que responderão nos limites da sua participação.”
DICA 30
DIFERENÇA ENTRE A AÇÃO POPULAR E A AÇÃO DE IMPROBIDADE
Como já fica bastante claro no título desta dica que a ação popular e a ação de
improbidade são distintas entre si, sendo esta motivada em somente uma conduta lesiva.
Logo, a ação popular poderá apenas ser proposta por uma pessoa física que esteja em
pleno gozo de direitos políticos, e mais: Neste caso, a sentença causa a anulação do ato
lesivo à moralidade, bem como a condenação do réu ao pagamento de perdas e danos.
Já a ação de improbidade administrativa só pode ser proposta pelo Ministério Público e
haverá os efeitos possíveis da sentença:

perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente;

ressarcimento integral do dano;

perda da função pública;

suspensão dos direitos políticos;

multa civil;
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proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais


ou creditícios.
Pode haver propositura simultânea das duas ações? Sim, visto que não há proibição legal
para propositura simultânea, sendo esta motivada em somente uma conduta lesiva.
DICA BÔNUS
O PARECERISTA E O CONSULTOR JURÍDICO PODEM SER RESPONSABILIZADOS
COM BASE NA LIA (LEI 8.429/92)?
De forma excepcional, sim. Segundo o STJ, em seu REsp 1.183.504/DF, há a possiblidade
de enquadrar o consultor jurídico ou o parecerista como sujeito passivo em uma ação de
improbidade administrativa. Para que isto ocorra, é essencial que a peça opinativa seja só
um instrumento, dolosamente criado, sendo este instrumento dedicado a possibilitar a
realização do ato de improbidade.
Ou seja:
Para enquadra-lo em uma ação de improbidade, é preciso que haja DOLO, e não culpa.

DOLO= VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE ALCANÇAR O RESULTADO ILÍCITO

CULPA = NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA OU IMPERÍCIA

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
DOS SERVIÇOS E DO PROCESSO JUDICIAL - DISPOSIÇÕES GERAIS
Os autos serão registrados no protocolo do Tribunal no dia de sua ENTRADA.
O registro obedecerá à numeração única de processos no âmbito do Poder Judiciário,
observada a ordem de recebimento, RESSALVADOS os feitos em que haja pedido de
liminar ou que exijam urgência, os quais terão preferência na autuação.

Far-se-á anotação na capa dos autos quando:

Ocorrerem pedidos incidentes;

Houver interposição de recursos;

Estiver preso o réu;

For o caso de preferências legais e metas do poder judiciário;

Correr o processo em segredo de justiça;

For determinada pelo relator a certificação de impedimento ou de suspeição de


desembargador.
DICA 32
PREPARO E DA DESERÇÃO

Sujeitam-se a PREPARO:

a ação rescisória;

a reclamação;

a ação penal privada originária;

o agravo de instrumento interposto contra decisão de primeiro grau;

o mandado de segurança;

a medida cautelar;

incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

os recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça.


DICA 33
PREPARO E DA DESERÇÃO

São ISENTOS de PREPARO os recursos e as ações:

intentados pela Fazenda Pública ou pelo Ministério Público;

em que ao requerente sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita.

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Serão cobrados emolumentos pelo fornecimento de certidões, de quaisquer


documentos, e de cópias por qualquer meio de reprodução, autenticadas ou não,
ressalvadas as isenções legais.

A cobrança será feita de acordo com a Tabela do Regimento de Custas das Serventias
Judiciais e dos Serviços Notariais e de Registro

A expedição de alvará de soltura ou de salvo-conduto NÃO será cobrada.


DICA 34
DA DISTRIBUIÇÃO

A distribuição far-se-á publicamente por meio de sorteio eletrônico.

A distribuição atenderá ao critério da alternatividade e à numeração sequencial.

A alternatividade observará as CLASSES PROCESSUAIS.

Após a distribuição os autos serão imediatamente conclusos ao relator.

A falta de preparo não impedirá a distribuição.


DICA 35
DO REVISOR

Haverá REVISOR nos seguintes casos:

ação penal originária;

apelação criminal, quando a pena cominada ao crime for de reclusão;

embargos infringentes em matéria criminal;

revisão criminal.

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DA PROMOÇÃO E DA REMOÇÃO.
O preenchimento dos cargos de Juiz de Direito, exceto os da Circunscrição Judiciária
de Brasília, será por promoção de Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal.
Os cargos de Juiz de Direito da Circunscrição Judiciária de Brasília serão providos
por remoção dos Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, reservado
aos últimos (Territórios) um décimo das vagas, ou por promoção de Juiz Substituto,
caso remanesça vaga não provida por remoção.
Somente após 2 anos de exercício na classe, poderá o Juiz ser promovido ou
removido, salvo se não houver com tal requisito quem aceite o lugar vago, ou se forem
todos recusados pela maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça.
As indicações para promoção por merecimento serão, sempre que possível, feitas
por lista tríplice, cabendo ao Tribunal a escolha do magistrado a ser promovido.
No caso de promoção por antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá
recusar o Juiz mais antigo pelo voto de 2/3 (dois terços) dos seus membros.
O provimento de cargo de Desembargador será feito por promoção de Juiz de
Direito do Distrito Federal, por antiguidade e merecimento alternadamente,
reservado 1/5 (um quinto) de lugares, que será preenchido por membros do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e advogados em efetivo
exercício da profissão.
Concorrerão à promoção os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios,
observadas as disposições constitucionais e da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Os lugares reservados a membros do Ministério Público ou da Ordem dos
Advogados do Brasil serão preenchidos dentre aqueles de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados
em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos 20 dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.
A indicação de membro do Ministério Público e de advogado será feita de modo a
resguardar a igualdade de representação das duas categorias e observar-se-á o
critério de alternatividade, iniciando-se por advogado.
As remoções requeridas por juízes do Distrito Federal e dos Territórios vinculam-se a
ato do Presidente do Tribunal e poderão dar-se para qualquer Circunscrição
Judiciária, exceto para Vara da mesma natureza dentro da própria Circunscrição
Judiciária.
Os pedidos de remoção serão formulados no prazo de 15 dias, a contar da
declaração de vacância do cargo, publicada no Diário de Justiça.
A requerimento dos interessados, será permitida a permuta, condicionada a ato do
Presidente, ouvido o Tribunal.
Não será permitido permuta entre juízes de direito em condições de acesso ao Tribunal
de Justiça após o surgimento de vaga enquanto não for ela provida.
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A verificação de invalidez para o fim de aposentadoria será feita na forma da Lei


Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno do Tribunal.
DICA 37
DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL
Compete ao Juiz da Vara do Juizado Especial Cível a conciliação, o processo, o
julgamento e a execução das causas cíveis de menor complexidade, na forma da lei.
Compete ao Juiz da Vara do Juizado Especial Criminal a conciliação, o processo e o
julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei, bem
como o acompanhamento do cumprimento da transação penal e da suspensão
condicional do processo.
DICA 38
DA AJUDA DE CUSTO
A ajuda de custo para mudança e transporte será atribuída na época do
deslocamento do magistrado e sua família do Território Federal para o Distrito
Federal ou vice-versa.
O valor da ajuda de custo não excederá a 30% dos vencimentos básicos dos
magistrados.
A ajuda de custo será arbitrada pelo Presidente do Tribunal e cobrirá o valor das
passagens aéreas e do transporte de móveis e utensílios.
Os Juízes de Direito dos Territórios terão direito a uma ajuda de custo para o
pagamento de aluguel em locais onde não exista residência oficial a eles
destinada.
DICA 39
DO PROVIMENTO DOS CARGOS DOS SERVIÇOS AUXILIARES.
Compete ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios prover os
cargos dos serviços auxiliares previstos na Constituição Federal.
As nomeações obedecerão à ordem de classificação no concurso, salvo para os cargos
de confiança.
Os cargos em comissão de Diretor da Secretaria dos Ofícios Judiciais, das Turmas,
Câmaras, Conselhos e Secretarias Judiciárias, assim como de seus substitutos
eventuais, serão preenchidos por Bacharéis em Direito, do Quadro de Pessoal do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, em efetivo exercício.
Cada serventia judicial terá, além do titular, pelo menos 2 outros servidores ativos,
Bacharéis em Direito.
DICA 40
DO INSTITUTO DE FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PESQUISA.
O art. 81 da Lei 11.697/08 dispõe sobre a criação do Instituto de Formação,
Desenvolvimento Profissional e Pesquisa, como Escola de Administração
Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios.
Possui como missão a capacitação e o aperfeiçoamento dos seus magistrados e
servidores, bem como demais atividades afins.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
DAS ANOTAÇÕES NA CAPA DOS AUTOS
Na hipótese de prioridade especial aos maiores de 80 anos, deverá ser aplicada
etiqueta roxa na lombada dos autos .

Será anotada na capa dos autos a ocorrência de:

impedimento ou suspeição de Juiz ou de membro do Ministério Público

penhora no rosto dos autos

deferimento dos benefícios da justiça gratuita e

informações dos patronos da causa.


DICA 42
DA NUMERAÇÃO DAS FOLHAS DOS AUTOS

As folhas dos autos serão numeradas:

manual ou eletronicamente

no canto superior direito,

iniciando-se a contagem a partir da capa, sem, contudo, numerá-la,

constará a rubrica de quem o grafou, imediatamente abaixo do número.


MEMORIZE! Os autos não excederão a 200 folhas por volume, permitido o
acréscimo ou redução para evitar a cisão de peças processuais.
DICA 43
DA JUNTADA
A juntada de petições, mandados, ofícios, Avisos de Recebimento – AR e demais
documentos deverá ser realizada no PRAZO MÁXIMO DE 48 HORAS, salvo os casos
que reclamem apreciação imediata pelo Juiz, hipótese em que serão imediatamente
juntados e levados à conclusão.
O Aviso de Recebimento – AR devolvido sem o efetivo cumprimento não necessitará
ser juntado aos autos, bastando que seja certificada a informação prestada pelos Correios
quanto ao motivo do não cumprimento.
DICA 44
DAS PUBLICAÇÕES NO DIÁRIO DE JUSTIÇA ELETRÔNICO – DJE
O Diário de Justiça eletrônico – DJe do TJDFT é o instrumento oficial de publicação dos
atos judiciais, administrativos e de comunicação em geral.
A publicação eletrônica não substituirá a intimação ou vista pessoal nos casos em que
a lei as exigir.
É isenta de custas a publicação de atos no DJe.
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DICA 45
DOS MANDADOS
O diretor de secretaria adotará, como regra, a via postal para a comunicação dos atos
processuais, utilizando-se do oficial de justiça, exclusivamente, nos casos previstos em
lei.
Frustrada a citação ou intimação por via postal, o mandado será destacado do envelope
para cumprimento por oficial de justiça.
DICA 46
DOS MANDADOS
Os mandados de prisão civil serão expedidos com validade de 1 ano e renovados ao fim
desse prazo, se ainda não cumprida a ordem judicial.
Nos mandados que possam exigir apoio policial deverá constar a expressão “em caso de
necessidade, requisite-se reforço policial”.
Os mandados deverão ser entregues na unidade de distribuição de mandados das 12h às
18h, salvo aqueles que se destinarem ao cumprimento de medidas urgentes, os quais
serão recebidos até as 19h30.
DICA 47
DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS E DOS ALVARÁS DE LEVANTAMENTO DE VALORES
Os valores decorrentes de depósitos judiciais serão levantados mediante ALVARÁ
JUDICIAL.
O alvará deverá ser expedido, obrigatoriamente, por meio do sistema informatizado,
podendo ser substituído pela transferência eletrônica do valor depositado em conta
corrente vinculada ao juízo para outra indicada pelo exequente.
A instituição bancária dispõe de até 24 horas, contadas da apresentação do alvará, para a
liberação do valor em favor do beneficiário.

O alvará de levantamento será expedido em nome:

da parte ou

do advogado que detiver procuração válida nos autos com poderes expressos para
receber e dar quitação, ou

em nome de ambos.
DICA 48
DAS CERTIDÕES, DOS OFÍCIOS, DOS ALVARÁS E DOS DEMAIS DOCUMENTOS
As correspondências concernentes a processos com réu preso serão remetidas pelo meio
mais rápido e seguro, apondo-se carimbo com a palavra URGENTE, tanto no expediente
quanto no envelope.
As certidões serão expedidas sem rasuras e com inutilização dos espaços não
aproveitados, no prazo máximo de 5 dias, salvo motivo justificado.

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ATENÇÃO!

O nome do requerente constará das certidões. O nome da vítima não poderá constar
das certidões e dos documentos referentes a informações sobre o andamento de
processos criminais.

DICA 49
DOS DOCUMENTOS E DOS FEITOS SOB SIGILO OU EM SEGREDO DE JUSTIÇA

Considera-se sob sigilo qualquer documento, medida cautelar ou procedimento que,


por sua natureza, exija a preservação do segredo das informações nele contidas para
assegurar a eficácia da investigação criminal, tais como:

os pedidos de quebra de sigilo e de escuta telefônica,

de prisão preventiva ou temporária,

e de quebra de sigilo bancário ou fiscal.


DICA 50
DA CONSULTA E DA CARGA DE AUTOS

A consulta dos autos na secretaria da vara poderá ser realizada pelas partes, os
estagiários, os interessados e os advogados, mesmo sem procuração nos autos.

ATENÇÃO!

Quaisquer autos de processos poderão ser consultados, com exceção dos processos que
tramitarem em segredo de justiça ou sob sigilo, que terão a consulta restrita:

às partes, e

seus advogados.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DA PRÁTICA E DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os atos processuais praticados pelas partes consideram-se realizados no dia e na hora em
que foram recebidos no sistema PJe.
A postulação será considerada TEMPESTIVA quando recebida até as 24h00m do último
dia do prazo.
Considera-se prorrogado o prazo até as 24h00m do primeiro dia útil subsequente ao
vencimento quando este ocorrer em dia sem expediente forense.
DICA 52
DA PRÁTICA E DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da
Fazenda Pública, serão realizadas por meio eletrônico.

Das intimações dos despachos e decisões proferidos em processos distribuídos por meio
eletrônico constará:

o conteúdo,

a data e a hora em que foram proferidos e

a assinatura eletrônica da autoridade que os prolatou.

Sempre que possível, será utilizada a carta AR digital.


DICA 53
DA PRÁTICA E DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

ATENÇÃO!

Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização
de citação, intimação ou notificação, ou nas hipóteses de ausência de representação
da parte por advogados, esses atos processuais poderão ser praticados SEGUNDO
AS REGRAS ORDINÁRIAS, mediante digitalização e posterior destruição do
documento físico.

DICA 54
DA PRÁTICA E DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Serão publicadas no Diário da Justiça Eletrônico as citações, intimações e notificações
de processos em tramitação no sistema PJe.
As instituições que gozam de prerrogativa de intimação pessoal serão intimadas através
do próprio sistema PJe, dispensada a publicação no Diário da Justiça Eletrônico se não
houver partes ou interessados que, por outro modo, devam ser intimados.

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ATENÇÃO!

Os ofícios judiciais devem se certificar de que os documentos assinalados como


SIGILOSOS estejam disponíveis para visualização pelos destinatários da intimação,
sob pena de nulidade da intimação.

DICA 55
DA PRÁTICA E DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
As atas e termos de audiência e de oitiva de testemunhas poderão ser assinados
digitalmente apenas pelo PRESIDENTE DO ATO, assim como o documento digital, no
caso de gravações audiovisuais de audiência, os quais passarão a integrar os autos
digitais, mediante registro em termo.
Os demais participantes da audiência que possuam assinatura digital poderão assinar os
termos e as atas.

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ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA


DICA 56
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PATRIMONIALISTA
O patrimonialismo é um conceito desenvolvido por Max Weber que se refere à
característica de um Estado sem distinções entre os limites do público e os limites do
privado. Como o termo sugere, o Estado acaba se tornando um patrimônio de seu
governante.
No estilo de administração do Estado denominado patrimonialismo, o modelo de
administração, típico dos estados absolutistas europeus, tinha como principal
característica a não distinção entre o que era bem público e o que era bem privado.

São características do Estado Patrimonialista

Início a partir e 1500

Estado como extensão do Poder Público

Res publica não era diferenciada da res principis

O patrimônio público não era separado do privado

Nepotismo e corrupção

Bens públicos para fins particulares

DICA 57
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA
A Administração Burocrática foi adotada para substituir a Administração Patrimonialista,
que definiu as monarquias absolutas, na qual o patrimônio público e o privado eram
confundidos. Nesse tipo de administração, o Estado era entendido como propriedade do
rei. Dessa forma, a Burocracia configurou-se como uma forma de organização humana
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fundamentada na racionalidade, na adequação dos meios às finalidades pretendidas,


com o intuito de assegurar a máxima eficiência no atingimento dos objetivos.

São características da Burocracia

Teve início com Getúlio Vargas no Brasil

A partir de 1930

Conhecida como a Primeira Reforma

Visava combater a corrupção e nepotismo

Controle rígido dos processos

Procedimentos inflexíveis

Impessoalidade

DICA 58
CARACTERÍSTICAS DA BUROCRÁCIA POR MAX WEBER

Segundo Max Weber, a Burocracia tem as seguintes características:

Caráter legal das normas e regulamentos.

Caráter formal das comunicações.

Caráter racional e divisão do trabalho.

Impessoalidade nas relações.

Hierarquia de autoridade.

Rotinas e procedimentos padronizados.

Competência técnica e meritocracia.

Especialização da administração.

Profissionalização dos participantes.

Completa previsibilidade do funcionamento.


DICA 59
PRINCÍPIOS E DESVANTAGENS DA BUROCRÁCIA

Profissionalismo;

Hierarquia Funcional;

Impessoalidade;

Formalismo;

Poder racional-legal.

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DESVANTAGENS

Lentidão nos processos;

Autoritarismo;

Apego às rotinas.

QUESTÃO FGV, 2021.


É possível identificar três modelos na administração pública brasileira: patrimonialista,
burocrático e gerencial.
A ideia de profissionalização, carreiras estruturadas, hierarquia funcional e
impessoalidade são características do(s) modelo(s):
Alternativas
a) patrimonialista;
b) gerencial;
c) burocrático;
d) patrimonialista e burocrático;
e) patrimonialista e gerencial.
Gabarito: Letra c

DICA 60
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL
A Administração Pública Gerencial emerge na segunda metade do século XX, como
resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de
outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez
que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior.
A eficiência da administração pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a
qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A
reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da
eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma
cultura gerencial nas organizações.

O foco deixa de ser o controle de processos e passa a ser o controle dos resultados.

A administração pública gerencial tem como pontos essenciais a eficiência da


administração pública, a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos
serviços.

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DICA 61
CARACTERISTICAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL

São características do Estado Gerencial

Administração baseada em concepção democrática e plural

Controle por resultados “a posteori”

Descentralização

Maior autonomia e flexibilidade

Orientação para o cidadão

Participação social

Transparência e eficiência

QUESTÃO FGV, 2018.

Relacione as formas de Administração Pública às suas respectivas características.


I. Patrimonialista
II. Burocrática
III. Gerencial
( ) Rigidez nos procedimentos e na hierarquia.
( ) Não existe uma distinção clara entre o público e o privado.
( ) Promove a descentralização política.
Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.
Alternativas
a) I – II – III.
b) I – III – II.
c) III – I – II.
d) II – III – I.
e) II – I – III.
Gabarito – Letra e

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DICA 62
EFICIÊNCIA
Eficiência é quando algo é realizado da melhor maneira possível, ou seja, com menos
desperdício ou em menor tempo – método ou modo certo de fazer as coisas. A eficiência é
a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu meio, seu
método, seu procedimento. Assim, possui foco interno e se refere à realização de algo
com o mínimo de esforço, custo ou desperdício.

ATENÇÃO!

A eficiência não é simplesmente reduzir custos, mas sim a melhor relação entre esses
custos e o que se quer produzir.

DICA 63
EFICÁCIA
Já a eficácia é a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas,
independentemente dos processos ou dos custos implicados. Possui foco externo e refere-
se aos resultados, metas e objetivos. Eficácia é quando um projeto/produto/pessoa atinge
o objetivo ou a meta.

Chievanato traz que eficiência:


“É o grau em que a organização realiza seus objetivos. Eficácia é um conceito abrangente.
Ele implicitamente leva em consideração um leque de variáveis tanto do nível
organizacional como do departamental. A eficácia avalia a extensão em que os múltiplos
objetivos – oficiais ou operativos – foram alcançados.”

QUESTÃO FGV, 2021.


Considere que um candidato a governador de determinado estado brasileiro seja eleito
com a promessa de redução de 20% dos assaltos à mão armada. Ao final de seu
mandato, o relatório oficial apresenta uma redução de 22% dos assaltos à mão
armada, mas um aumento de 8% no número de assaltos. Com base no relatório oficial,
é possível afirmar que a gestão do governador foi
Alternativas
a) eficiente.
b) eficaz.
c) econômica.
d) excelente.
e) evasiva.
Gabarito: Letra b

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DICA 64
EFETIVIDADE
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resultados
alcançados e as transformações ocorridas, ou seja, grau de qualidade do resultado. Possui
foco externo e refere-se aos impactos. É a capacidade de fazer uma coisa (eficácia) da
melhor maneira possível (eficiência). Por fim, efetividade são os impactos gerados pelos
produtos, serviços, processos ou projetos.

ATENÇÃO!

A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a


transformação produzida no contexto em geral.

DICA 65
O PARADIGMA DO CLIENTE NA GESTÃO PÚBLICA
Entendendo que, na gestão privada, o conceito de qualidade tem foco na satisfação do
cliente, e que, porém, na gestão pública a ideia do conceito de qualidade prioriza a
satisfação das necessidades e das expectativas do usuário-cidadão. Isso significa dizer
que, se o usuário-cidadão está satisfeito, tem-se um bom indicador de que os serviços
prestados pelo Estado possuem qualidade; da mesma forma, se o usuário-cidadão não
está satisfeito, temos um indicativo de que os serviços precisam ser melhorados. Logo, a
aplicação dos princípios da qualidade na área pública tem como objetivo final a melhoria
da qualidade de vida da população.
O termo “paradigma” corresponde a algo que serve de modelo e de exemplo para
determinada situação. Portanto, é possível chegar à conclusão de que o paradigma do
cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado no cidadão.
DICA 66
GESTÃO POR RESULTADOS

No âmbito da administração pública brasileira, a gestão por resultados tem foco


semelhante ao verificado em programas de qualidade e excelência, contemplando a busca
de resultados. Caracterizando-se por ser o ciclo que começa com o:

estabelecimento de resultados desejados, a partir da tradução dos objetivos do


governo;

prescrevendo o monitoramento e avaliação do desempenho da organização ou da


política pública a partir do alcance desses resultados;

retroalimentação do sistema. Esse modelo disponibiliza informações relevantes voltadas


à eficácia, à eficiência e à performance das políticas públicas.
Assim, pode-se, portanto, dizer que a gestão por resultados se relaciona com o modelo
gerencial de administração pública.

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DICA 67
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO OU RESULTADOS
Sabendo que não existe gestão por resultados sem avaliação de desempenho. A gestão do
desempenho constitui um conjunto de ações que buscam definir o conjunto de resultados
a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para seu alcance, incluindo-
se a definição de mecanismos de alinhamento de estruturas implementadoras e de
sistemática de monitoramento e avaliação.
Assim, a excelência nos serviços públicos busca garantir a qualidade do serviço público
aos cidadãos. Logo, a gestão pública orientada para os resultados requer avaliações de
opinião do público para se saber se os serviços estão satisfazendo as demandas e as
necessidades de seus usuários.
DICA 68
O PROCESSO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO OU RESULTADOS

O processo de avaliação é aplicável a todas as organizações públicas que desejam


avaliar as suas práticas gerenciais em direção à excelência em gestão. Seguindo o
seguinte processo:

Autoavaliação: diagnóstico interno, realizado pela própria organização, e tem por


objetivo quantificar e qualificar os principais fatores relacionados à organização, com
ênfase em suas práticas de gestão e resultados institucionais.

Elaboração do Plano de Melhoria de Gestão (PMG): instrumento de gestão


constituído de um conjunto de metas e ações, com vistas a transformar a ação gerencial e
melhorar o desempenho institucional. E com base nos resultados da autoavaliação, a
organização seleciona alguns requisitos que na sua interpretação precisam ter suas
práticas melhoradas e elabora o PMG.

Validação externa: processo de verificação dos aspectos relevantes da autoavaliação


da gestão, com vista ao estabelecimento de um consenso entre a organização que a
conduziu e os avaliadores externos, consultores ad hoc indicados pelo GESPÚBLICA.

Implementação das melhorias e monitoramento: aqui, é necessário designar


responsáveis para cada ação e estabelecer pontos de verificação ao longo do ano que
permitam monitorar sua execução.

DICA 69
INDICADORES DE GESTÃO
Avaliar nada mais é que medir o desempenho. E acordo com o Guia Referencial para
Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores (GESPÚBLICA),
indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e
avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois
permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade,
correção de problemas, necessidades de mudança etc.

Assim sendo, pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções
básicas:

descrever, por meio da geração de informações, o estado real dos acontecimentos e o


seu comportamento;

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dar caráter valorativo, que consiste em analisar as informações presentes com base nas
anteriores de forma a realizar proposições valorativas.
Dessa forma, os indicadores servem para:

Mensurar os resultados e gerir o desempenho;

Embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão;

Contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;

Facilitar o planejamento e o controle do desempenho;

Viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de


diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes.
DICA 70
INDICADORES DE GESTÃO – DIMENSÃO DE RESULTADOS
Os indicadores na dimensão de resultados são:
Efetividade - são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos.
A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, à
transformação produzida no contexto em geral.

Eficácia - diz respeito à quantidade e à qualidade de produtos e serviços entregues ao


usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização.

Eficiência - é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos


utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente
sob a forma de custos ou produtividade.

QUESTÃO FGV, 2017.


Um gerente responsável por uma equipe de dez pessoas é constantemente consultado
por seus subordinados sobre os procedimentos para reembolso de pequenas despesas
de deslocamento e lanches. Ele gostaria de comunicar aos seus subordinados, de uma
maneira eficiente, as regras de reembolso.
Nessa situação, o canal de comunicação mais adequado seria:
Alternativas
A - reunião com os subordinados;
B- telefone;
C -videoconferência;
D -e-mail;
E- palestra.
Gabarito: Letra d.

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DICA BÔNUS
INDICADORES DE GESTÃO – DIMENSÃO DE ESFORÇO

Os indicadores na dimensão de esforço são:


Execução - refere-se à realização dos processos, dos projetos e dos planos de ação
preestabelecidos.
Excelência - é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a
realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e
economicidade.
Economicidade - está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o
menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo
adequadamente os recursos financeiros e físicos.

QUESTÃO FGV, 2021.


Um dos procedimentos básicos na gestão de resultados é a aplicação de indicadores
como o que avalia, ainda que de forma subjetiva, o juízo ou a percepção que a
sociedade tem do benefício gerado pela ação implementada.
O fragmento acima se refere ao
Alternativas
a) indicador de economicidade.
b) indicador de eficiência.
c) indicador de eficácia.
d) indicador de efetividade.
e) indicador de transparência.
Gabarito – Letra d

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas
que impedem o registro da candidatura.
A inelegibilidade pode ser absoluta ou relativa.
A inelegibilidade absoluta se refere à condição da pessoa e aplica-se apenas para os
ANALFABETOS e INALISTÁVEIS (estrangeiros e conscritos).
A inelegibilidade relativa está relacionada ao cargo ocupado.

São hipóteses:

Relacionada ao cargo de Chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) –


apenas poderão ser reeleitos para um único período subsequente;

Relacionadas a outros cargos – aplica-se apenas para os cargos de Chefe do


Executivo, pois se quiserem concorrer a outros cargos eletivos, terão que se
desincompatibilizar 6 meses antes da eleição.

Relacionados a cargos não eletivos: os militares deverão cumprir os requisitos do


art. 14, §8º, da CF; aos juízes e membros do Ministério Público são vedadas a dedicação
a atividades político-partidárias.

Relacionadas ao parentesco – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (art. 14, §7º, da CF)
Lei complementar poderá estabelecer outras hipóteses de inelegibilidade.
DICA 72
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
A desincompatibilização significa a condição para que os Chefes do Executivo
concorram a outros cargos eletivos.
“Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito” (art. 14, §6º, da CF).
Suponha que o Governador do Estado A manifeste o interesse de não concorrer à
reeleição e queria disputar as próximas eleições para o cargo de Senador. Dessa forma,
para que o Governador posse concorrer a uma das vagas ao Senado, precisa renunciar
ao seu mandato como Governador até 6 meses antes do pleito (eleição).
Caso não renuncie o mandado, haverá uma causa de inelegibilidade relativa, que o
impedirá de disputar as eleições ao Senado Federal.

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DICA 73
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO
PARENTESCO
Essa espécie de inelegibilidade relativa, quanto ao parentesco, também somente se
aplica aos cargos de Chefe do Executivo.
Dispõe o art. 14, §7º, da CF que “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.”
Suponha que o filho do Governador do estado A queira concorrer às próximas eleições
para o cargo de deputado estadual do estado A. Caso o Governador esteja exercendo o
seu mandato, o filho do Governador não poderá se candidatar ao cargo de deputado
estadual daquele mesmo estado.
Exceções:

Se o filho do governador do estado A se candidatar para deputado estadual ou


qualquer outro cargo em outro estado, não haverá inelegibilidade;

Se o filho do governador já exercia o cargo político de deputado estadual no estado


A, não haverá inelegibilidade se ele se candidatar à reeleição, mesmo que o governador
seja seu pai;

Por fim, se o governador renunciar ao mandato 6 meses antes do pleito, o seu


filho poderá se candidatar a cargo eletivo no mesmo estado.
DICA 74
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – MILITARES
Os militares conscritos são inalistáveis e, por consequência, são inelegíveis de forma
absoluta.

Os militares alistáveis, que não estão conscritos, são elegíveis, atendidas as seguintes
condições:

Militar com menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

Militar com mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
DICA 75
DIREITOS POLÍTICOS – PERDA E SUSPENSÃO
É vedada a cassação dos direitos políticos, contudo é possível a perda ou suspensão
(art. 15, da CF).

PERDA SUSPENSÃO

Cancelamento da naturalização por Incapacidade civil absoluta;


sentença transitada em julgado;

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Recusa de cumprir obrigação a todos Condenação criminal transitada em


imposta ou prestação alternativa, nos julgado, enquanto durarem seus efeitos;
termos do art. 5º, VIII (neste caso, há
divergência da doutrina, mas a
doutrina majoritária de direito
constitucional aponta como PERDA).

Perda da nacionalidade brasileira em Improbidade administrativa, nos


virtude de aquisição de outra (construção termos do art. 37, § 4º.
da doutrina e jurisprudência).

DICA 76
PARTIDOS POLÍTICOS - DISPOSIÇÕES GERAIS

A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas
das regras mais importantes:
Vigora o Princípio da LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA, pois é livre a
criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana.
Não confundir o PLURIPARTIDARISMO, com o FUNDAMENTO DA REPÚBLICA (art.
1º, da CF) PLURALISMO POLÍTICO.

Além disso devem ser observados os seguintes preceitos:

caráter nacional;

proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros;


prestação de contas à Justiça Eleitoral;
funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.


Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e a sua existência legal
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
Na CF há disposição expressa de que os partidos políticos deverão REGISTRAR seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

ATENÇÃO!

Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos atos


constitutivos no registro de pessoas jurídicas. NÃO é o registro do estatuto no TSE
que dá personalidade jurídica aos partidos políticos.
O ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter
jurisdicional, mas tem natureza meramente administrativa.

Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda
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do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.

JURISPRUDÊNCIA

INAPLICABILIDADE da regra de perda do mandato por infidelidade partidária


ao sistema eleitoral majoritário. As características do sistema proporcional, com
sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante
para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário,
adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem
lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema
majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do
mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a
soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel.
min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.]

DICA 77
CLÁUSULA DE BARREIRA

Art. 17, §3º “Somente terão direito a recursos do FUNDO PARTIDÁRIO e ACESSO
GRATUITO AO RÁDIO E À TELEVISÃO, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou

tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em pelo


menos um terço das unidades da Federação.”

ATENÇÃO!

Essa rígida “cláusula de barreira”, contudo, somente será aplicada a partir das
eleições de 2030, prescrevendo a EC n. 97/2017 regras de transição.

CURIOSIDADE:

Na legislatura seguinte às eleições de 2018:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;

na legislatura seguinte às eleições de 2022:


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obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;

na legislatura seguinte às eleições de 2026:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas;

tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuídos em pelo menos


1/3 das unidades da Federação.

DICA 78
COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
Os partidos políticos apresentam liberdade para definir sua estrutura interna, bem como
para realização das coligações partidárias.
A CF dispõe que: Art. 17, § 1º “É assegurada aos partidos políticos autonomia para
definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração
de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e
para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, VEDADA a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.”
Essa vedação direciona-se expressamente e com exclusividade às eleições que são
regidas pelo sistema proporcional, mantida a sua faculdade para o sistema
majoritário. O sistema proporcional é o estabelecido para a eleição de deputados
federais, estaduais, distritais e vereadores, enquanto o majoritário é o adotado nas
eleições para Presidente da República, Governadores de Estados e do DF, Prefeitos e
Senadores da República.

CURIOSIDADE:
Os partidos políticos serão beneficiados pela imunidade tributária prevista no art.
150, VI, “c”, da CF, nos seguintes termos: “Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, instituir imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações”.
Por fim, vale ressaltar a promulgação da EC 111/2021, ocorrida no dia 28 de setembro
de 2021. EM REGRA, os editais não cobram alterações legislativas ocorridas após a
publicação do edital. MAS FICA O REGISTRO DA INCLUSÃO DO §6º NO ART. 17
DA CF:
§6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os
Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o
mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa
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estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido para


fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de
acesso gratuito ao rádio e à televisão.

DICA 79
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

FORMAS DE GOVERNO

MONARQUIA REPÚBLICA

Principais características: Principais características:

Irresponsabilidade; Responsabilidade;

Hereditariedade; Eletividade;

Vitaliciedade. Temporariedade do mandato.

SISTEMA DE GOVERNO

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO

Principais características: Principais características:

As funções de Chefe de Estado e Dois cargos distintos de Chefe de


Chefe de Governo se concentram em Estado e Chefe de Governo;
uma única pessoa;
Em regra, o Chefe de Governo
Mandato Fixo; (Primeiro-Ministro) não tem mandato fixo.

FORMAS DE ESTADO

ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL

Principais características: Principais características:

Um centro de poder sobre toda a Mais de um centro de poder sobre a


população; população;

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DICA 80
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios.
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação.
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de
autoadministração, auto-organização e autogoverno.
Auto-organização corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a
edição da Constituição estadual e das leis estaduais.

Autogoverno está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo


(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e
Poder Judiciário (Justiça Estadual).
Autoadministração, que é o exercício de competências administrativas,
legislativas e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do
autogoverno.
DICA 81
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União,
estados, DF e municípios) exercerá.
No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição das
competências.
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais
são de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de
interesse local.
O Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais.
DICA 82
COMPETÊNCIAS

As competências podem ser divididas em:


Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação.

Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação.

Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da


federação.

Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do


assunto. Os municípios estão excluídos desta competência.
DICA 83
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF.

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Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República Federativa do


Brasil, Vejamos:

Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações


internacionais;

Declarar a guerra e celebrar a paz;


Assegurar a defesa nacional;

Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

Emitir moeda;

Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza


financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros
e de previdência privada;

Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes competências:


Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços


de telecomunicações;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:


radiodifusão sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia elétrica
e o aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea, aeroespacial e
a infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou
Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres;

Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos


Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Conceder anistia;

Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer


monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:

toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

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sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de


radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;


DICA 84
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa.

Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,


espacial e do trabalho;
Mnemônico: CAPACETE PM

C Civil

A Agrário

P Penal

A Aeronáutico

C Comercial

E Eleitoral

T Trabalho

E Espacial

P Processual

M Marítimo

Desapropriação;

Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

Serviço postal;

Diretrizes da política nacional de transportes;

Trânsito e transporte;

Populações indígenas;

Sistemas de consórcios e sorteios;


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Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,


mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;

Seguridade social;

Diretrizes e bases da educação nacional;

Registros públicos;

Atividades nucleares de qualquer natureza;

Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

Propaganda comercial.
DICA 85
DELEGAÇÃO PARA OS ESTADOS
A Competência privativa da União relaciona-se a matéria legislativa e, diferentemente da
competência exclusiva, admite delegação.
Essa delegação será feita apenas para os Estados e DF, na sua competência legislativa
estadual.
A delegação deve ser feita por lei complementar.
A delegação não pode ser feita de forma genérica. Os estados somente poderão legislar
sobre questões específicas.
DICA BÔNUS
COMPETÊNCIA COMUM
A competência comum se relaciona com matérias administrativas e são compartilhadas
entre todos os entes federativos (União, estados, DF e municípios).

As principais competências são:

Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,


os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à


pesquisa e à inovação;

Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

Preservar as florestas, a fauna e a flora;

Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 86
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SANÇÕES
É necessário que você vá para sua prova sabendo quais as sanções aplicáveis em caso
de conduta ímproba decorrente de ato que gera enriquecimento ilícito. Pensando
nisso, fizemos esse quadrinho esquemático para você.

Veja só:

SANÇÕES ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. APLICA?

Perda dos bens ou valores acrescidos SIM!


ilicitamente;

Ressarcimento integral do dano; SIM, mas somente se for o caso.

Perda da função pública; SIM!

Suspensão dos direitos políticos; SIM, até 14 (quatorze) anos!

Multa civil; SIM! Equivalente ao valor do acréscimo


patrimonial

Proibição de contratar com o Poder SIM, por prazo não superior a 14


Público; (quatorze) anos!

DICA 87
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: CONCEITO
Também chamada de responsabilidade extracontratual.
É a responsabilidade do Estado em indenizar o particular, quando possuir responsabilidade
pela ação de agente que causou um dano ao particular.

TEORIA DO RISCO
A Teoria do Risco Integral é a situação na qual o Estado responde por qualquer
prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, não podendo
invocar em sua defesa as excludentes de responsabilidade.
A Teoria do Risco Administrativo é aquele na qual o Estado só responde por prejuízos
que tiver ocasionado a terceiros, podendo sua responsabilidade ser afastada nas
hipóteses de aplicação de excludentes de responsabilidade.

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DICA 88
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade civil do Estado é objetiva, conforme prescrito no artigo 37, § 6º da
CF/88.
Pela responsabilidade objetiva, o Estado responderá independentemente de dolo ou
culpa, quando o particular sofrer dano.
A regra é a responsabilidade objetiva, porém, quando o ato for por omissão, a
responsabilidade será subjetiva.
DICA 89
ATOS COMISSIVOS
Para os atos comissivos (ação) o Estado responderá de acordo com a Responsabilidade
Objetiva, ou seja, independentemente da demonstração de dolo ou culpa.

ATOS OMISSIVOS
Entende-se que, quando o Estado é omisso no seu dever de agir, deverá reparar o
prejuízo causado.
Nos casos omissivos a responsabilidade será subjetiva, sendo necessária demonstrar a
omissão (culpa).
DICA 90
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LEGISLATIVO
Em regra, não cabe indenização.

Exceção:

Atualmente, aceita-se a responsabilidade do Estado por atos legislativos pelo menos


nas seguintes hipóteses:

Leis inconstitucionais;

Atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com função normativa,


com vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade;

Lei de efeitos concretos, constitucionais ou inconstitucionais

Omissão o poder de legislar e regulamentar


Fique atento! Vai cair em sua prova
Morte do detento

Em regra: o Estado responde de forma objetiva pela morte de detento. Isso porque
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX,
da CF/88.

Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a
morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade
entre o resultado morte e a omissão estatal.

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Responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos


de artifício
Info 969, STF: (...) Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por
danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de
um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para
funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público
eventuais irregularidades praticadas pelo particular. (...) (STF. Plenário. RE 136861/SP,
rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
11/3/2020) (repercussão geral – Tema 366)
DICA 91
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.
Cria, restringe, declara ou extingue direitos.
São sujeitos ao controle judicial.
DICA 92
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.
Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:
Súmula 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus
próprios atos.
Súmula 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.


Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
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DICA 93
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
ANULAÇÃO tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por
consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
DICA 94
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
REVOGAÇÃO tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando
de retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os
direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.


A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53 da
Lei nº 9.784/99:
Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

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DICA 95
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
CO-FI-FO-MO-OB
(CO)Competência, (FI)Finalidade, (FO) Forma, (MO) Motivo e (OB) Objetivo
COMPETÊNCIA OU SUJEITO
É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição para praticar o ato.
A competência resulta e é delimitada pela lei.

Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.

COMPETÊNCIA - CARACTERÍSTICAS

Irrenunciável: o agente não pode recusar sua competência.

Improrrogável: Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação de


qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

Imprescritível: Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

Inderrogável: A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.

VÍCIOS DE COMPETÊNCIA
Excesso de Poder ocorre quando o agente público, embora competente, se excede no
exercício de suas atribuições.

Usurpação de Função: Quando uma pessoa se apropria de uma função para praticar
atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido investida
legalmente nela.

Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.
Agente Putativo ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função
pública.

Ex.: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o infrator
com a aprovação no concurso.
DICA 96
FINALIDADE
É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo
deve ser sempre voltado para satisfazer o interesse público.
A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato.

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Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente


poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade).
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade.

FORMA
É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo concretizada.
É como o ato vem ao mundo.
Pode ser escrito (regra), verbal ou sons.

Ex.: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo vem
ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista).
DICA 97
MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo.
A situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo.

Ex.: excesso de velocidade gera um ato administrativo – multa.


Situação de direito é aquela que está na lei. A lei descreve a situação.

Ex.: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade,


ocorre a aposentadoria.

OBJETO
É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato produz, o seu
resultado.

Ex.: o objeto de um ato administrativo de desapropriação é extinguir o direito de


propriedade do particular em favor do Estado. Ao ser praticado o ato, o objeto é a
desapropriação.
DICA 98
DISCRICIONARIEDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
Ato discricionário é aquele que permite ao agente público realizar um juízo de
conveniência e oportunidade, podendo decidir o melhor ato a ser praticado.
A lei confere ao administrador certa margem de liberdade para escolha.
No ato discricionário há mérito administrativo.

Ex.: realização de concurso público pelo prazo de 2 anos, prorrogável por igual
período. O administrador, utilizando do juízo de conveniência e oportunidade decidirá
se prorrogará ou não o concurso.
O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário, não podendo o
Judiciário analisar o mérito (conveniência e oportunidade), mas sim analisar sua
legalidade.

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VINCULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO


Ato vinculado é aquele em que todos os requisitos ou elementos estão em lei, não
havendo margem de liberdade para o agente público.

Nos atos vinculados não há mérito administrativo, é a lei quem determina a


forma e o conteúdo.
DICA 99
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

São 3 os atributos dos atos administrativos:

Presunção de Legitimidade / Legalidade;

Imperatividade;

Autoexecutoriedade.

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
Os atos administrativos nascem com presunção de que são legítimos, ou seja, que estão
de acordo com a lei.
Essa presunção decorre do princípio da legalidade, haja vista que o agente somente
pode fazer aquilo que a lei permite. Assim, se praticou o ato, presume-se que o este está
de acordo com a lei.
A presunção de legitimidade é relativa, podendo ser provado o contrário.

IMPERATIVIDADE
A imperatividade é o Poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado,
concorde ou não.
É um atributo que não está presente em todos os atos, pois alguns deles não
necessitam.

Ex.: atestados e licença não necessitam, pois são atos apenas enunciativos.
Vale destacar que esse atributo é fundamental para a efetividade do ato, pois
necessária a força imperativa do ato para que o mesmo se concretize.
AUTOEXECUTORIEDADE
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial.
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo Poder
Judiciário.
Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode
ocorrer seu controle.
DICA 100
FORMAÇÃO

Atos Simples: São os que resultam da manifestação de vontade de um único


órgão ou de apenas um agente público.
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Ato Composto: São os que resultam da vontade única de um órgão ou agente, mas
que depende da aprovação de outro órgão para produzir efeitos.

Ato Complexo: São os que precisam do encontro de vontades de mais de um


órgão. Essas vontades têm de estar em conjunto, diferentemente do ato composto, que
depende da aprovação. No ato complexo, todas as vontades têm o mesmo nível.

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DIREITO CIVIL

DICA 101
DOMICÍLIO – DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
O domicílio da pessoa natural pode ser VOLUNTÁRIO ou NECESSÁRIO.
O domicílio voluntário divide-se em: geral ou comum, profissional e especial ou
contratual.
Domicílio geral: onde a pessoa estabelece sua residência com ânimo definitivo.
Domicílio profissional: lugar em que o indivíduo desenvolve suas relações
profissionais.
Domicílio contratual: lugar para a pessoa cumprir obrigações oriundas de um contrato.
MUDANÇA DE DOMICÍLIO: O artigo 74 do Código Civil dispõe que muda-se o
domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. A prova
da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que
deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as
circunstâncias que a acompanharem.
TOME NOTA! Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência
habitual, o lugar onde for encontrada.

QUESTÃO FGV ADAPTADA, 2020.


Danilo, dentista, residente no Rio de Janeiro, resolve estabelecer consultório na
comarca de Sapucaia, onde passa a exercer sua profissão, de segunda a quinta-feira,
ali formando sua clientela. Nessa situação, assinale a afirmativa correta.
a) O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua residência,
independentemente de ânimo definitivo.
b) É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à
profissão, o lugar onde esta é exercida.
c) Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, apenas um destes constituirá
domicílio para todas as relações correspondentes.
Gabarito: Alternativa B, pois está de acordo com o artigo 72 do CC: “É também
domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde
esta é exercida.”

DICA 102
DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
O domicílio necessário é imposto por lei a algumas pessoas, INDEPENDENTEMENTE da
vontade.
Possuem domicílio necessário: o incapaz, o servidor público, o militar, o
marítimo e o preso.

Domicílio do incapaz: é o do seu representante ou assistente;

Domicílio do servidor público: o lugar em que exercer permanentemente suas

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funções;

Domicílio do militar: onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede


do comando a que se encontrar imediatamente subordinado;

Domicílio do marítimo, onde o navio estiver matriculado;

Domicílio do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

ATENÇÃO!

O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar


extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o
teve.

QUESTÃO FGV, 2018.


Carlos, serventuário do Poder Judiciário, reside em Marechal Deodoro, leciona em
centro universitário localizado em Maceió e está lotado na Comarca de São Miguel dos
Campos, onde exerce suas funções.
Diante desse quadro, Carlos possui domicílio necessário em:
a) Maceió e São Miguel dos Campos;
b) Marechal Deodoro;
c) Maceió;
d) Marechal Deodoro e Maceió;
e) São Miguel dos Campos.
Gabarito: Alternativa e.

DICA 103
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA

Sobre o domicílio da pessoa jurídica, tem-se que será:

Da União → o Distrito Federal;

Dos Estados e Territórios → as respectivas capitais;

Do Município → o lugar onde funcione a administração municipal;


Das demais pessoas jurídicas → o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu

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estatuto ou atos constitutivos.

TOME NOTA! Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares


diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
DICA 104
PESSOAS JURÍDICAS
A pessoa jurídica (PJ) caracteriza-se por ser um conjunto de pessoas ou de bens que
possui personalidade jurídica própria e que visa a consecução de certos fins comuns. É
reconhecida como sujeito de direitos e obrigações.
Quanto às características da PJ, tem-se que ela possui personalidade própria;
estrutura organizacional própria; patrimônio próprio e independente; seus
membros possuem objetivos comuns; licitude de seus propósitos e, por fim,
publicidade de sua Constituição.

ATENÇÃO!

A pessoa jurídica NÃO pode exercer todo e qualquer ato da vida civil, tendo em vista
que alguns atos da vida civil são próprios somente das pessoas naturais, como o
casamento.

DICA 105
REQUISITOS PARA A CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Os requisitos para a constituição da pessoa jurídica são: VONTADE DE CONSTITUIR;
ATO CONSTITUTIVO E REGISTRO NO ÓRGÃO COMPETENTE E LICITUDE DOS
OBJETIVOS.
Vontade de constituir: A vontade humana conectada por uma intenção comum de
criar uma entidade distinta da de seus membros, formada por 2 ou mais pessoas,
materializa-se no ato de constituição (escrito).
Ato constitutivo e registro no órgão competente: Começa a existência legal das
pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo
(art. 45, CC).
Licitude dos objetivos: é requisito INDISPENSÁVEL para a formação da pessoa
jurídica. Ademais, deve ser determinado e possível.

ATENÇÃO!

Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou


vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer
interessado, lhe promoverá a EXTINÇÃO, incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante (art. 69, CC).

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DICA 106
ADMINISTRAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
OBRIGAM a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus
poderes definidos no ato constitutivo.
Caso a pessoa jurídica tenha ADMINISTRAÇÃO COLETIVA, as decisões se tomarão pela
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
DECAI EM 3 ANOS o direito de anular as decisões a que se refere este artigo (48 do
CC), quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou
fraude. CUIDADO! → A FGV pode fazer uma “pegadinha” quanto ao prazo. Ela pode
mudá-lo, colocando 2 anos, 5 anos...
DICA 107
ADMINISTRAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer
interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.

ATENÇÃO!

A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou


administradores.

NOVIDADE! As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em


legislação especial e em seus atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias
gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins do disposto no art. 59, respeitados
os direitos previstos de participação e de manifestação (art. 48-A, CC).
DICA 108
REGISTRO DA PESSOA JURÍDICA

Segundo o artigo 46 do Código Civil, o REGISTRO declarará:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando


houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e


extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio,


nesse caso.

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DICA 109
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Quanto ao CONCEITO de DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA,
pode-se dizer que é um instituto em que pode haver a responsabilização dos sócios, pelas
obrigações da pessoa jurídica.
A REGRA é a AUTONOMIA PATRIMONIAL, disposta no artigo 49-A do Código Civil:

“A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou


administradores.”

A PJ responde até o limite do seu patrimônio, não afetando o patrimônio individual dos
sócios. Essa nada mais é do que uma garantia oferecida pela lei de que o patrimônio do
sócio não responde pelas dívidas que sociedade adquire. Isso incentiva o
empreendedorismo e o começo de novas atividades empresariais.
DICA 110
FATO JURÍDICO
Fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.
O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e
pode ser subdividido em:
Ordinário – é aquele previsível, como o nascimento, a morte, a maioridade etc.
Ressalta-se que o passar do tempo é previsível, e se manifesta nas relações jurídicas por
meio dos institutos da prescrição e decadência;
Extraordinário - é aquele fato imprevisível, sendo incabível imputar a alguém o
extraordinário, pois carece de vontade humana, como exemplo, pode-se citar uma pessoa
que deixou de entregar um veículo que foi vendido pois ele foi destruído por uma
enchente no dia posterior.
DICA 111
ATO JURÍDICO
É toda manifestação de vontade que está de acordo com o ordenamento jurídico. É
composto pelo elemento volitivo (manifestação de vontade humana) e pela licitude.
O ato jurídico é subdividido em:
Atos ilícitos – são aqueles atos contrários ao ordenamento jurídico, ocasionando o
fenômeno da responsabilidade civil;
Atos lícitos – são aqueles praticados em conformidade com o ordenamento jurídico
civilista. Estes atos podem ser: (a) ato jurídico em sentido estrito: é aquele que a
vontade humana está direcionada para o ato em si, e suas consequências já
estão previstas na lei.
Ex.: o reconhecimento de paternidade; (b) negócio jurídico: é aquele que a vontade
humana está direcionada para as consequências de determinado ato, dentre as
permitidas pela lei.
Ex.: os contratos e o testamento.

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DICA 112
ATOS JURÍDICOS
Acontecem sempre que existir a presença de um comportamento humano voluntário.
Dos atos jurídicos nascem os negócios jurídicos e atos não negociais (ou atos jurídicos em
sentido estrito)
Exemplo de negócio jurídico: compra e venda
Exemplo de atos não negociais (ou atos jurídicos em sentido estrito): adoção e
emancipação.
DICA 113
NEGÓCIO JURÍDICO

REQUISITOS DE VALIDADE DO REQUISITOS DE EFICÁCIA DO


NEGÓCIO JURÍDICO NEGÓCIO JURÍDICO

Partes capazes; Condição: condiciona a eficácia do


negócio jurídico a evento futuro e
incerto;

Vontade livre; Termo: relaciona a eficácia do negócio


jurídico a evento futuro e certo;

Objeto lícito, possível e Encargo: é um ônus introduzido em um


determinável; ato de liberalidade.

Forma prescrita ou não defesa em lei.

OBS.: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.
DICA 114
NEGÓCIO JURIDICO

Negócio jurídico → vontade do particular + vontade do estado;


Lembrando que o negócio jurídico deve obedecer aos dispostos na escada ponteana.

EFICÁCIA

VALIDADE

EXISTÊNCIA

Ou seja, o negócio jurídico precisa ser existente, válido e eficaz.

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DICA 115
REQUISITOS DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO

CONDIÇÃO TERMO INICIAL ENCARGO


SUSPENSIVA

Evento futuro e incerto. Evento futuro e certo Ônus e liberalidade.

Suspende a aquisição e o Apenas suspende o Não suspende a


exercício do direito. exercício do direito. aquisição e nem o
exercício do direito.

Não há direito adquirido. Há direito adquirido. Há direito adquirido.

Ex.: João irá ganhar um Ex.: Joana dará à Lúcia Ex.: Pedro doa sua
carro de Pedro quando for um carro no Natal desse casa para Joaquim para
aprovado no vestibular. ano. que ele construa uma
creche.

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PROCESSO CIVIL
DICA 116
DA PRÁTICA DOS ATOS PROCESSUAIS - DOS ATOS PROCESSUAIS

Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela


superveniência delas:

Os procedimentos de jurisdição voluntária e os procedimentos necessários à


conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;

A ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e


curador;

Os processos que a lei determinar.

Ação rescisória: A ação rescisória NÃO está contemplada, de forma expressa ou


tácita, como sendo ação que tenha curso regular no período de férias forenses.
Assim, não é possível ampliar a regra processual que está configurada nos artigos 174 e
275 do CPC, que vedam a suspensão/prorrogação dos prazos forenses nas hipóteses
em que especificam.
DICA 117
DOS ATOS PROCESSUAIS

Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,


excepcionalmente, em outro lugar em razão:

De deferência,

De interesse da justiça,

Da natureza do ato ou

De obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

Sede do juízo: edifício do fórum ou do tribunal competente para a causa.

Gabinete do juiz: normalmente, utilizado pelo magistrado e seus assessores para


realizar os atos de pronunciamento.

Sala de audiência: usualmente, utilizada pelo magistrado para realização dos atos de
audiência, por exemplo, sessões públicas de colhida de provas orais, debates, julgamento,
etc.
Observa-se que o Cartório é, geralmente, utilizado para os atos de documentação e
comunicação pelo escrivão.
DICA 118
DOS PRAZOS

Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

Quando a lei for omissa: o juiz determinará os prazos em consideração à


complexidade do ato;

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Quando a lei ou o juiz não determinar prazo: as intimações somente obrigarão a


comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas;

Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz: será de 5 (cinco) dias
o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

Será considerado tempestivo (dentro do prazo): o ato praticado antes do termo


inicial do prazo.

Os prazos processuais são delimitados por 02 (dois) marcos:

Inicial (dies a quo): é o primeiro dia em que a parte pode, caso queira, realizar o ato.
No processo é, ordinariamente, a intimação da parte;

Final (dies ad quem): neste dia extingue-se a possibilidade de realização do ato, tenha
sido praticado ou não. Momento em que se encerra o prazo previsto em lei.
DICA 119
DOS PRAZOS

O JUIZ proferirá:

Os despachos: prazo de 5 (cinco) dias;

As decisões interlocutórias: prazo de 10 (dez) dias;

As sentenças: prazo de 30 (trinta) dias.


Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual
tempo, os prazos a que está submetido.

Prazos do SERVENTUÁRIO da justiça:

Remeter os autos conclusos: prazo de 1 (um) dias;

Executar os atos processuais: prazo de 5 (cinco) dias;

Contado da data em que:

Houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;

Tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.

Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da


ordem
Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em
geral ocorrerá de forma automática, independentemente de ato de serventuário da
justiça.
DICA 120
DA CITAÇÃO

Citação: é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual.

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Prazo: A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da


propositura da ação.

Para a validade do processo é INDISPENSÁVEL a citação do réu ou do executado,


RESSALVADAS as hipóteses de:

Indeferimento da petição inicial; ou

De improcedência liminar do pedido.


O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de
embargos à execução.

Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:

Conhecimento: o réu será considerado revel;

Execução: o feito terá seguimento.

Citação de pessoa jurídica: Sendo a citação ato constitutivo da relação processual,


impõe-se, para a sua validade, que, em se tratando de pessoa jurídica, seja feita na
pessoa do seu representante legal. Recurso especial conhecido e provido.

Despacho de citação do réu: Não se reveste de ilegalidade, abusividade ou


teratologia o despacho do juiz determinando a citação do réu para responder a ação que
lhe foi proposta.
DICA 121
DA CITAÇÃO

A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz


litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
EXCEÇÃO: ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil) .
A litispendência e a litigiosidade são consideradas efeitos processuais da citação; a
constituição em mora e a interrupção da prescrição, efeitos materiais da citação.
A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para
viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto acima.
A parte NÃO será prejudicada pela demora imputável EXCLUSIVAMENTE ao serviço
judiciário.
Sobre isso é importante rememorar a previsão do art. 5º, LXXVIII, da CF/88: “a todos, no
âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade da sua tramitação”
O efeito retroativo a que se refere o descrito acima sobre a interrupção da prescrição
aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
Portanto, ante todo o exposto, observa-se que o Novo Código de Processo adotou que a
prevenção do juízo ocorre com o registro ou a distribuição da petição inicial (CPC, art. 59).
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Assim, não é mais a citação o marco para que o juízo se torne prevento como ocorria no
CPC/73.
DICA 122
DAS CARTAS

São 04 (quatro) os requisitos legais das cartas de ordem, precatória e rogatória:

A indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

O inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido


ao advogado;

A menção do ato processual que lhe constitui o objeto;

O encerramento com a assinatura do juiz.

São 03 (três) as situações em que o juiz recusará cumprimento a carta precatória


ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada quando:

A carta NÃO estiver revestida dos requisitos legais;

Faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;

O juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.


DICA 123
CITAÇÃO COM HORA CERTA

É uma modalidade de citação ficta, a qual difere da real pois nela não se sabe se o réu
está efetivamente ciente da sua citação.
Caso o citado com hora certa seja revel, será designado para ele um curador
especial, até que seja constituído um advogado (art. 72 CPC).
Requisitos para citação com hora certa:

Oficial de justiça procurar o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar


por 2 (duas) vezes.

suspeita de ocultação.
Cumpridos esses requisitos, o Oficial de Justiça, independentemente de autorização
judicial, irá, na ausência do citando, intimar um familiar, um vizinho ou até mesmo o
porteiro, informando que retornará no dia útil imediato, em hora certa em que determinar.
Retornando no dia e hora determinados, não sendo o citando encontrado, o Oficial do
Justiça dá por feita a citação.
Feita a citação, o Oficial de Justiça lavra uma certidão da ocorrência, cuja contrafé fica
com o familiar/vizinho.
Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do
mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo
ciência.

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O início do prazo se dá na juntada do mandado, afinal se trata de citação por oficial de


justiça e não via postal.
DICA 124
CITAÇÃO POR EDITAL

Também é modalidade de citação ficta e, por conseguinte, se o réu for revel será
designado para ele curador especial, até que seja constituído advogado.
A citação por edital será feita nos seguintes casos:
quando desconhecido ou incerto o citando
quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
nos casos expressos em lei (portanto o rol é exemplificativo).
São requisitos da citação por edital:

a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias


autorizadoras;

a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal


e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos
autos;

a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 e 60 dias, fluindo da data
da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;

a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.


O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em
jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades
da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.
A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das
circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 vezes o
salário-mínimo. A multa reverterá em benefício do citando.
DICA 125
DAS TUTELAS PROVISÓRIAS – DA TUTELA PROVISÓRIA E DA TUTELA DE
URGÊNCIA
A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
A tutela provisória requerida em caráter incidental INDEPENDE do pagamento de
custas.
A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
SALVO decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o
período de suspensão do processo.

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O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da


tutela provisória.
A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento
provisório da sentença, no que couber.
Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz
motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
competente para conhecer do pedido principal.
RESSALVADA disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e
nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para
apreciar o mérito.
DICA 126
DA TUTELA DE EVIDÊNCIA

A tutela de evidência tem como objetivo NÃO propriamente afastar o risco de um dano
econômico ou jurídico, mas sim o de enfrentar a injustiça suportada pela parte que,
mesmo tendo a evidência de seu direito material, se vê sujeita a privar-se da respectiva
usufruição, diante da resistência abusiva do adversário.
No pedido incidental embora seja realizado em petição simples nos autos e não se exija
o pagamento de custas, deve-se comprovar a existência dos requisitos legais: fumus
boni iuris e periculum in mora.
DICA 127
DA TUTELA

TUTELA CAUTELAR TUTELA DE URGÊNCIA SATISFATIVA

Busca-se proteger o direito de perecer, O juiz efetivamente permite o autor


mas SEM dá-lo ao autor. fruir do direito imediatamente.

TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA TUTELA PROVISÓRIA CAUTELAR

NÃO satisfaz, no todo ou em parte, a


É que ela, antecipadamente, satisfaz, no
pretensão do autor. O juiz NÃO concede,
todo ou em parte, a pretensão formulada
já, o que só seria deferido ao final, mas
pelo autor, concedendo-lhe os efeitos
determina providências de
ou consequências jurídicas que ele
resguardo, proteção e preservação
visou obter com o ajuizamento da ação.
dos direitos em litígio.

*Direito processual civil / Pedro Lenza; Marcus Vinicius Rios Gonçalves. – Esquematizado® – 11. ed. – São Paulo :
Saraiva Educação, 2020, pag. 562/563

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DICA 128
DA TUTELA DE URGÊNCIA E DE EVIDÊNCIA

A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem:

a probabilidade do direito e

o perigo de dano ou

o risco ao resultado útil do processo.


Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente NÃO puder
oferecê-la.
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO SERÁ concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante:

Arresto,

Sequestro,

Arrolamento de bens,

Registro de protesto contra alienação de bem, e

Qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.


DICA 129
DA TUTELA PROVISÓRIA

TUTELA DE URGÊNCIA

QUANTO À SATISFATIVIDADE

ANTECIPADA (satisfativa): CAUTELAR:

O órgão julgador antecipa aquele direito ou O órgão julgador confere uma medida
bem da vida que o autor espera conseguir para assegurar aquele direito ou bem da
ao final do processo. Ex.: em uma ação de vida que o requerente espera obter ao
cobrança, o juiz, entendendo que o autor fim do processo. Ex.: em uma ação de
precisa dos valores para sobreviver, cobrança, o juiz, entendendo que há
determina que o réu entregue a quantia receio de que o réu se desfaça de seu
pleiteada enquanto se aguarda o desfecho patrimônio, determina o arresto dos
do processo. bens do requerido.

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QUANTO AO MOMENTO DE SUA CONCESSÃO

INCIDENTAL: ANTECEDENTE:

É aquela que é referida no curso do É aquela “formulada antes que o pedido


processo. A tutela incidental pode ser principal tenha sido apresentado ou, ao
cautelar ou antecipada menos, antes que ele tenha sido
apresentado com a argumentação
completa.” (ob. cit., p. 727). A tutela
antecedente também pode ser cautelar
ou antecipada.

CAVALCANTE, Márcio André Lopes.

DICA 130
DA TUTELA PROVISÓRIA
As tutelas de urgência e da evidência, conforme o CPC/15, são qualificadas pela
provisoriedade, ou seja, NÃO se revestem de caráter definitivo.
Tais tutelas se propõem a durar por um período certo e determinado. São remédios
interinais, seguindo a técnica de cognição sumária em rito de incidente do
processamento completo e definitivo da causa. NÃO compõem objeto de processo
autônomo e exauriente.
A produção antecipada de provas, por si só, NÃO PREVINE a competência para a
ação principal.
DICA 131
DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO – SUSPENSÃO DO
PROCESSO

As causas de SUSPENSÃO DO PROCESSO são:

Pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;

Pela convenção das partes;

Pela arguição de impedimento ou de suspeição;

Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;

Quando a sentença de mérito:

Depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de


inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;

Tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção


de certa prova, requisitada a outro juízo;

Por motivo de força maior;

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Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação


de competência do Tribunal Marítimo;

Nos demais casos previstos no CPC/15.

Pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo


processo constituir a única patrona da causa;

Quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e


tornar-se pai.

ATENÇÃO!

As causas de suspensão do processo previstas nos itens 9 e 10 são posteriores à


entrada em vigor do CPC/15, sendo incluídas pela Lei 13.363, de 2016. Deve-se atentar
que o texto legal NÃO ESPECIFICA o tipo de paternidade relativa ao advogado
(homem), apenas utiliza o termo “tornar-se pai”.

DICA 132
EXTINÇÃO DO PROCESSO

A extinção do processo dar-se-á por sentença.


Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
A ansiedade do processo atual com a composição definitiva do litígio entrega ao
magistrado a prerrogativa de determinar o suprimento de pressupostos processuais e
o saneamento de outros vícios.
A meta da jurisdição se concentra nos julgamentos de mérito, de tal maneira que, antes
de julgar extinto o processo por força de um embaraço formal, deve o magistrado
tentar garantir o prosseguimento do feito, ensejando oportunidade às partes de
suprir.
DICA 133
DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

O cumprimento da sentença será feito segundo as regras do Título II do CPC/15 (DO


CUMPRIMENTO DA SENTENÇA), observando-se, no que couber e conforme a natureza
da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial (DO PROCESSO DE EXECUÇÃO) do
próprio CPC/15.
O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou
definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.

O devedor será intimado para cumprir a sentença:

Pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;

Por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública
ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do item 4
abaixo;

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Por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos;

Por edital, quando, citado na forma do art. 256 do CPC, tiver sido revel na fase de
conhecimento.
Na hipótese dos itens 2 e 3 acima, considera-se realizada a intimação quando o
devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o
disposto no parágrafo único do art. 274 do CPC/15
Se o REQUERIMENTO citado acima for formulado após 1 (um) ano do trânsito em
julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de
carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos,
observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no parágrafo acima.
O cumprimento da sentença NÃO poderá ser promovido em face do fiador, do
coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de
conhecimento.
DICA 134
DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou


definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.

O devedor será intimado para cumprir a sentença:

Pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;

Por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública
ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do item 4
abaixo;

Por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos.

Por edital, quando, citado na forma do art. 256 do CPC, tiver sido revel na fase de
conhecimento.

Na hipótese dos itens 1 e 2 acima, considera-se realizada a intimação quando o


devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o
disposto no parágrafo único do art. 274:

(art. 274) Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos


autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação
temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os
prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no
primitivo endereço.
O cumprimento da sentença NÃO poderá ser promovido em face do fiador, do
coobrigado ou do corresponsável que NÃO tiver participado da fase de
conhecimento.

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ATENÇÃO!

Em observância ao princípio do dispositivo, NÃO se faz necessário o ajuizamento de


nova ação para satisfazer o crédito reconhecido na fase de conhecimento, como
descrito acima basta o requerimento da parte para o início da fase executiva.

DICA 135
DOS PROCEDIMENTOS – DO PROCEDIMENTO COMUM

Regra: Aplica-se a todas as causas o procedimento comum.


Exceções: Salvo, disposição em contrário contida no Código de Processo Civil ou em
lei específica.

O procedimento comum aplica-se subsidiariamente:

aos demais procedimentos especiais e

ao processo de execução.
Portanto, sempre que NÃO for previsto em lei o procedimento especial tratar-se-á do
procedimento comum, sendo este procedimento o ordinário do Código de Processo Civil.

Procedimento Especial: é aquele previsto em legislação específica ou no Código de


Processo Civil, exclusivamente, para os temas que sejam diversos do procedimento
comum.
Os procedimentos especiais são disciplinados pelos arts. 539 a 770 do Código de Processo
Civil, NÃO estando previsto no atual edital.

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DIREITO PENAL

DICA 136
PERSEGUIÇÃO

Crime novo, incluído no ano de 2021, também chamado de “STALKING”, consiste


em:

perseguir alguém;

reiteradamente e por qualquer meio;

ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica;

restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou;

de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou


privacidade;

importante perceber que se trata de um crime habitual, ou seja, só se verifica com a


repetição dos atos;

CAUSA DE AUMENTO (+1/2):

contra criança, adolescente ou idoso;

contra mulher por razões da condição de sexo feminino (mesmas hipóteses do


feminicídio);

mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.


DICA 137
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO: FURTO MAJORADO PELO REPOUSO
NOTURNO (1/3)

Período que a comunidade se recolhe para o repouso noturno. Não precisa ter gente
dormindo nem ocupação na casa.

FURTO PRIVILEGIADO: (1/3 a 2/3)

É causa especial de diminuição de pena, substituição por detenção ou apenas


aplicação de multa;

Quando o réu é primário e a coisa é de pequeno valor (um salário-mínimo, segundo


a jurisprudência);

O princípio da insignificância deve obedecer às balizas da insignificância pelo STF:

M Mínima ofensividade da conduta

A Ausência de periculosidade

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R Reduzido grau de reprovabilidade

I Inexpressiva lesividade

DICA 138
FURTO QUALIFICADO

Destruição de rompimento ou obstáculo;

Abuso de confiança;

Fraude: utilizada para distrair a vítima. No estelionato a fraude é empregada para


que a própria vítima entregue o bem ao autor;

Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode ser meio
subterrâneo, pular muro.

Destreza: é aquele que furta sem ser notado.

Chave falsa: tudo que possa abrir a fechadura. Cópia, grampo.

Concurso de duas ou mais pessoas.

FURTO SUPER QUALIFICADO:


Furto utilizando-se de explosivo ou análogo que cause perigo comum (é crime
hediondo);
Furto de substâncias explosivas ou acessórios (NÃO é crime hediondo).

FURTO QUALIFICADO DE VEÍCULO:


Veículo automotor que vá ser enviado a outro estado ou país.

FURTO QUALIFICADO – ABIGEATO:


Semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local
da subtração.

FURTO QUALIFICADO ELETRÔNICO:


Furto mediante fraude cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático;

conectado ou não à rede de computadores;

com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa


malicioso;

ou por qualquer outro meio fraudulento análogo;

aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante
a utilização de servidor mantido fora do território nacional;

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aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou


vulnerável.
DICA 139
ROUBO

A violência ou grave ameaça pode ser também a violência imprópria, como o boa noite
cinderela;

ROUBO IMPRÓPRIO: quando a subtração vem antes da violência ou grave ameaça


e se utiliza a violência ou grave ameaça para assegurar a detenção da coisa. É um furto
que se transforma em roubo em razão das circunstâncias;

CAUSAS DE AUMENTO: o pacote anticrime trouxe várias alterações, principalmente


em relação ao emprego de arma e explosivos, fique atento aos patamares na tabela
abaixo:

Concurso de 2 ou mais Pessoas


1/3 ATÉ A METADE
Transporte de Valores

Veículo destinado a outro Estado


1/3 ATÉ A METADE

Restrição da liberdade da vítima

Subtração de explosivos

Emprego de explosivo 2/3

Arma Branca 1/3 ATÉ A METADE

Arma de Fogo 2/3

Arma de Fogo Uso Restrito ou Proibido EM DOBRO

DICA 140
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO: LATROCÍNIO

Roubo qualificado que é crime hediondo;


A morte deve decorrer sempre da violência;
A morte deve ocorrer no momento e em razão do assalto. Se a morte for posterior
haverá concurso entre o homicídio e o roubo;

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Não é latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o produto do
crime.

CONSUMAÇÃO: depende sempre da morte, segundo a súmula 610 do STF:

ROUBO TENTADO + MORTE TENTADA = LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO TENTADO + MORTE CONSUMADA = LATROCÍNIO CONSUMADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE TENTADA = LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE CONSUMADA = LATROCÍNIO CONSUMADO

DICA 141
EXTORSÃO

Constranger mediante violência ou grave ameaça;


Tem como fim específico a vantagem econômica indevida. Aqui, ao contrário do roubo, a
colaboração da vítima é indispensável e a vantagem buscada é futura:

Ex: exigir que a vítima forneça a senha bancária para sacar os valores, logo, sem a
“colaboração” da vítima não é possível. Entenda que essa colaboração não é,
logicamente, voluntária;

SEQUESTRO RELÂMPAGO: é modalidade de extorsão qualificada pela restrição da


liberdade da vítima;

DIFERENÇA DO SEQUESTRO RELÂMPAGO PARA A EXTORSÃO MEDIANTE


SEQUESTRO:

Na extorsão qualificada (sequestro relâmpago), a vítima tem a sua liberdade


restringida e a vantagem econômica é exigida dela mesma.
Ex.: agente que entra no carro da vítima e a mantém sob o seu poder até que
informe as senhas bancárias para realizar saques e transações.

Já na extorsão mediante sequestro, a vítima tem a liberdade restringida, mas a


vantagem é exigida de terceira pessoa.
Ex.: pessoa que fica em cativeiro enquanto o agente liga para familiares da vítima
para pedir o resgate.

DICA 142
ESTELIONATO

Elementos estruturais: fraude + vantagem ilícita + prejuízo alheio;


Diferença com furto mediante fraude: aqui a fraude é empregada para enganar a
vítima e fazer com que ela mesma entregue a vantagem para o agente;
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Nova hipótese de estelionato qualificado (fraude eletrônica): utilização de


informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes
sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento;
Causa de Aumento: se vítima for idosa ou vulnerável - 1/3 ao dobro.
CUIDADO: embora a causa de aumento se aplique ao IDOSO (a partir de 60 anos), a
ação necessitará de representação quando a vítima tiver mais de 70 anos!

ATENÇÃO!

Inovação do pacote anticrime.


O estelionato somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:

→ Administração Pública, direta ou indireta;


→ Criança ou adolescente;
→ Pessoa com deficiência mental; ou
→ Maior de 70 anos de idade ou incapaz.

DICA 143
RECEPTAÇÃO

São crimes acessórios, vassalo ou parasitários (precisa de crime anterior);


A pena será em dobro se o bem for público;

Culposa: quando é possível presumir a origem criminosa, mas não se sabe com
certeza, pelo preço que pagou, pelas condições de quem vendeu e etc. Cabe perdão
judicial se primário.

ATENÇÃO!!

Disposições gerais sobre os crimes contra o patrimônio:

→ será isento de pena nos crimes patrimoniais sem violência e grave ameaça à
pessoa: o cônjuge, ascendente ou descendente (inclusive o adotivo);

→ essa isenção é chamada de escusa absolutória;


→ essa isenção não se aplica se a vítima tiver 60 anos ou mais.

DICA 144
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PECULATO

O crime de peculato é a subtração, apropriação ou desvio de bem ou valor da


Administração Pública fazendo uso da condição de funcionário público.
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É preciso que o crime seja facilitado pelo fato do agente ser funcionário público, pois se
esta condição não for utilizada para o crime, o autor responderá por um crime contra o
patrimônio “comum”, como furto, roubo, apropriação indébita e etc.
OBS.: É importante a memorização de cada uma das espécies de peculato, pois a FGV,
em sua prova da OAB, pode trazer casos concretos para que o candidato aponte qual a
hipótese correta.

TIPOS DE PECULATO:

APROPRIAÇÃO/PRÓPRIO Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor


ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do
cargo.

DESVIO/PRÓPRIO Desviar, em proveito próprio ou alheio, o funcionário


público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em
razão do cargo.

FURTO/IMPRÓPRIO O funcionário público, embora não tendo a posse do


dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio,
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.

CULPOSO Funcionário concorre culposamente para o crime de


outrem

MEDIANTE ERRO DE Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no


OUTREM exercício do cargo, recebeu por erro de outrem.

ATENÇÃO!

A reparação do dano no peculato culposo pode ter consequências distintas, a depender


do momento em que é feito:

ANTES da Sentença Irrecorrível (Tj) → EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE


DEPOIS do Trânsito em Julgado → DIMINUIÇÃO DE PENA EM METADE

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DICA 145
PECULATO ELETRÔNICO

Peculato Eletrônico - Inserção Peculato Eletrônico - Modificação

Inserir ou facilitar a inserção, alterar, Modificar ou alterar sistema de informações


excluir dados de sistemas informatizados ou programa de informática.
bancos de dados.

Funcionário Autorizado Funcionário Não Autorizado

Obter vantagem OU causar dano Sem fim especial

Causa de aumento de pena: dano para a


Administração Pública ou Administrado

DICA 146
CONCUSSÃO

EXIGIR + EM RAZÃO FUNÇÃO (fora ou antes) + VANTAGEM INDEVIDA

→ Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função;


→ Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse;
→ Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de extorsão;
→ Se apenas solicitar será corrupção passiva.
DICA 147
EXCESSO DE EXAÇÃO

Espécie de concussão;

Na primeira modalidade o crime consiste em exigir o recolhimento de


tributo/contribuição social que sabe (dolo direto) ou que deveria saber (dolo
eventual) indevido;

Também haverá crime quando, embora devido o tributo, seja cobrado de


forma vexatória ou gravosa;

Modalidade qualificada: quando a agente desvia para si o que arrecado;

Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de extorsão.

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DICA 148
CORRUPÇÃO PASSIVA

SOLICITAR, RECEBER ou ACEITAR PROMESSA + em RAZÃO DA FUNÇÃO (antes


ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA

O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a promessa,


mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal ou demorar
para praticá-lo, haverá causa de aumento;
Na corrupção passiva o agente não pode exigir, mas simplesmente solicitar, receber ou
aceitar;

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA:

Pratica, Deixa de Praticar ou Retarda + Pedido ou Influência de Outrem.

Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem


indevida.

Solicitar, receber ou aceitar promessa.

O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o
crime.

É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção


ativa.

Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa de


aumento de pena.

DICA 149
PREVARICAÇÃO

RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR ou PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER


INTERESSE ou SENTIMENTO PESSOAL.
Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer uma
vantagem, mas porque tem um interesse ou sentimento pessoal, como amizade, por
exemplo.
Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o diretor de
penitenciária ou o agente público permite que entre no estabelecimento prisional
aparelho telefônico, rádio ou similar.

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DICA 150
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Consiste em:

Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável,


quando não o for;

Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que
tenha sido cometida em razão da função;

Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar;


CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva
privilegiada e a condescendência criminosa:

Corrupção Passiva Privilegiada Pedido ou Influência

Prevaricação Interesse ou Sentimento Pessoal

Condescendência Criminosa Indulgência

DICA BÔNUS
FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Funcionário público para fins penais é todo aquele que exerce:

Cargo, emprego ou função;

Caráter permanente ou transitório;

Com ou sem remuneração;

Cargo, emprego ou função de entidade paraestatal;

Empresa prestadora de serviço público.

Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração pública
praticados por funcionário público terão a pena aumentada em 1/3 se:

Ocupantes de cargo em comissão;

Função de direção ou assessoramento;

Administração direta ou indireta.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 151
FLAGRANTE PREPARADO
O flagrante PREPARADO é ILEGAL. Ao passo que o flagrante ESPERADO é possível.
Flagrante preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula,
incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em
flagrante.

Ex.: Imagine que um policial à paisana entre numa festa universitária. Questiona
alguma pessoa se ela não teria maconha para vender. Essa pessoa prontamente se dispõe
de uma certa quantidade que possuía, para consumo próprio, para vender ao policial.
Nisso, o policial dá voz de prisão ao narco-estudante.
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal
a prisão e, mais do que isso: sequer haveria crime nessa conduta!

Súmula 145 do STF: NÃO há crime, quando a preparação do flagrante


pela polícia torna impossível a sua consumação.

DICA 152
FLAGRANTE ESPERADO
Flagrante esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer
induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade
policial, tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para
realizar a prisão em flagrante.

Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e
hora ajustados para prendê-los em flagrante.
É por isso que o flagrante ESPERADO é possível e válido. Já o flagrante PREPARADO não!!!
DICA 153
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO)
A AÇÃO CONTROLADA é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações
Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06).
A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima bastante
do flagrante esperado, mas com ele não se confunde.
A autoridade policial tem o DEVER de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a
ação controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja
adiada para outro momento, mais oportuno para as investigações.
A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo de
provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas
não faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização
criminosa.
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de

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frente da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada.
Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei
12.850/2013).
DICA 154
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
É atribuição do ESCRIVÃO da Polícia Civil a lavratura do auto de prisão em
flagrante (art. 305, CPP).

Ex.: Um Policial Militar está trabalhando, fazendo a patrulha das ruas dentro de sua
viatura. Ao passar por uma rua famosa por ser “point de tráfico”, avista uma pessoa em
atividade suspeita. Faz uma revista e encontra uma quantidade razoável de drogas e de
dinheiro no bolso do agente.
DICA 155
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
1º PASSO: o Policial Militar tem o dever de realizar a prisão em flagrante. Ele deverá
realizar a prisão e conduzi-lo à Delegacia da Polícia Civil.
2º PASSO: chegando na Polícia Civil, o escrivão deve realizar a documentação da
prisão em flagrante, por meio do auto de prisão em flagrante. Mas antes de concluí-lo,
a autoridade deve percorrer pelos demais passos ainda...
O auto de prisão em flagrante é um instrumento por meio do qual o escrivão documenta a
regularidade da prisão e da ocorrência.
3º PASSO: após a apresentação do preso na Polícia Civil, o Policial Militar que conduziu
até a delegacia deve ser ouvido, colhendo sua assinatura e lhe entregando recibo de
entrega do preso.
Esse recibo de entrega do preso é um documento que funciona como uma verdadeira
garantia ao Policial Militar. Garantia acerca da efetiva apresentação do preso até a
delegacia de Polícia Civil, demonstrando que cumpriu regularmente o seu dever de realizar
a prisão.
A partir daquele momento, o preso é de responsabilidade da delegacia de Polícia Civil.
O Policial Militar está dispensado e pode retomar suas atividades profissionais, não
precisando aguardar a oitiva das testemunhas, o interrogatório, etc.
4º PASSO: Após, o Policial Civil deve ouvir as testemunhas e, por último, realizar o
interrogatório do acusado. Feito tudo isso, finalmente o auto de prisão em flagrante é
lavrado.
A ausência de testemunhas do crime NÃO impede o auto de prisão em flagrante. Nesse
caso, além do condutor, DUAS testemunhas que tenham presenciado a apresentação
do preso à Polícia Civil deverão ser ouvidas (art. 304, §2, CPP).
Já na lavratura do auto de prisão em flagrante, o preso deverá ser indagado sobre a
existência de filhos, idades, se possuem alguma deficiência, e o nome de algum
responsável pelos seus cuidados. Isso será importante posteriormente, para o juiz
verificar se relaxa ou converte a prisão em flagrante.

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5º PASSO: deve haver comunicação imediata da prisão em flagrante ao juiz e à


família do preso.
6º PASSO: deve haver, em até 24 horas, a entrega ao preso da NOTA DE CULPA,
com o motivo da prisão, o nome do condutor e as testemunhas.
7º PASSO: AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA EM 24 HORAS. Aqui, o preso é
apresentado ao juiz, numa audiência de custódia. Aqui, o juiz analisará a regularidade
dessa prisão em flagrante. Esse tema é importante e, por isso, será tratado em uma dica
específica!
DICA 156
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
A seguir, fluxograma do caminho do Flagrante:

3) oitiva do
1) Realização do 2) lavratura do policial condutor 4) Oitiva das
flagrante, auto de prisão e emissão do testemunhas e
independente em flagrante, recibo de interrogatório
de mandado mas antes deve: entrega do do acusado
preso

5) Comunicação
6) Emissão da
imediata da 7) Audiência de
NOTA DE
prisão ao juiz e custódia, em até
CULPA, em até
à família do 24 horas.
24 horas
preso

DICA 157
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Na audiência de custódia, portanto, o juiz vai analisar a regularidade do auto de prisão


em flagrante, na presença do acusado, de seu defensor, e do membro do Ministério
Público. Nessa audiência de custódia, o juiz pode:

1) Relaxar a prisão ilegal

AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA 2) Converter a prisão em
flagrante em prisão preventiva
(Art. 310, CPP)

3) Conceder liberdade
provisória, com ou sem
fiança.

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→ Se a prisão for ILEGAL, o juiz deve relaxar a prisão.


→ Se verificar que a prisão é legal e válida, mas desnecessária neste momento,
concederá ao réu a liberdade provisória, podendo ou não fixar fiança.

→ Mesmo quando o réu permanece preso, não há que se falar mais em prisão
provisória, mas sim em prisão preventiva!
Por fim, de acordo com o art. 310, §4º, se decorrer 24 horas, após o prazo para
audiência de custódia (que também é de 24 horas!), sem que a audiência tenha sido
realizada, estará configurada a ilegalidade da prisão, que deverá ser RELAXADA pelo
juiz.
DICA 158
NÃO SE ADMITE PRISÃO EM FLAGRANTE
Por fim, há casos em que não se admite a prisão em flagrante. Sobre isso, as três
principais regras que vocês precisam levar para a prova de vocês é:

LEI 9.099/95 (Lei dos Juizados) – no caso de crime de menor potencial


ofensivo, NÃO se impõe prisão em flagrante ao agente que assumir o compromisso de
comparecer no Juizado, quando intimado a tanto. Caso se recuse a comparecer, pode ser
imposto o flagrante.

CRIME DE PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (art. 28, Lei de


Drogas): NÃO se impõe prisão em flagrante para esse crime. Deve o autor do fato ser
imediatamente encaminhado ao juízo competente ou assumir o compromisso de a ele
comparecer.

ACIDENTE DE TRÂNSITO: nos termos do art. 301 do Código de Trânsito, ao condutor


de veículo, nos acidentes de trânsito de que resulte vítima, NÃO se impõe prisão em
flagrante nem se exige fiança, se prestar pronto e integral socorro.

Ou seja, se fugir, pode ser preso em flagrante! Mas, se prestar socorro, a lei proíbe
expressamente o flagrante e, também, a imposição de fiança!
DICA 159
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz, em
qualquer fase da persecução penal (na investigação ou no processo), sempre que ocorrer
os motivos que a lei autoriza e desde que preenchidos os requisitos legais.
Nos termos do art. 313, §2, NÃO será admitida a decretação da prisão preventiva
como antecipação de cumprimento de pena, ou como decorrência direta/automática
da investigação/denúncia.
DICA 160
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva é sempre a última saída. Ou seja, ela só pode ser decretada pelo juiz
quando as outras medidas cautelares forem insuficientes, nos termos do art. 312 do CPP.
Exemplo: ao invés de decretar a prisão, o juiz deve priorizar decretar outras medidas,
como a proibição de sair da comarca, a tornozeleira eletrônica etc.
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Ademais, uma das modificações MAIS IMPORTANTES do Pacote Anticrime diz respeito
à IMPOSSIBILIDADE de o juiz decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar de
ofício, seja na fase de investigação policial, seja na fase processual penal.
Portanto, para decretar a prisão preventiva é necessário requerimento do MP (ação
penal pública), assistente ou querelante (ação penal privada).
Art. 311 – em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Isso é NOVIDADE do pacote anticrime que CERTAMENTE ESTARÁ NA SUA PROVA!!
Juiz NÃO pode decretar prisão preventiva de ofício. NÃO pode decretar preventiva
de ofício na fase de investigação. NÃO pode decretar preventiva de ofício durante o
processo/instrução criminal.

ATENÇÃO!

O art. 316 do CPP prevê que o juiz pode, DE OFÍCIO ou a requerimento, REVOGAR
a prisão preventiva. Veja: o juiz não pode decretá-la de ofício, mas REVOGAR pode!!!!

DICA 161
PRISÃO PREVENTIVA – PRESSUPOSTOS
Pressupostos da prisão preventiva se trata do que é preciso para que o juiz possa
decretá-la. Essa resposta nós encontramos no art. 312 do CPP.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como (1) garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver (2) prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

PROVA da existência do crime

INDÍCIO suficiente de autoria

Pressupostos Da Garantia da ordem pública


Prisão Preventiva

Garantia da ordem econômica

ia
Conveniência da instrução criminal

Garantia da aplicação da lei penal

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Esses pressupostos servem como norte ao juiz. Só poderá decretar a prisão preventiva
caso esteja presente a prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. E,
mesmo presentes esses 2 requisitos, ainda assim só poderá decretá-la para a finalidade
de garantia da ordem pública/econômica, para a conveniência da instrução criminal ou
para a garantia da aplicação da lei penal.
Mnemônico:

“PRECISA de 3GIN”

PRECISA → PRova da Existência do Crime + Indício Suficiente de Autoria.


3G → Garantia da ordem pública + Garantia da ordem econômica + Garantia da
aplicação da lei penal.

IN → Conveniência da Instrução criminal


DICA 162
PRISÃO PREVENTIVA – HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
Não é para todo e qualquer crime que se admite a prisão preventiva. Imaginem só uma
prisão preventiva decretada num crime em que sequer seja punido com pena privativa de
liberdade. A prisão preventiva (de natureza processual) seria mais grave do que a própria
pena máxima daquele crime.
É por isso que o art. 313 prevê as hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva,
sendo admissível nos seguintes casos:

nos crimes DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos;

se tiver sido condenado por OUTRO crime doloso (o acusado deve ser reincidente
em crime doloso);

Quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.

Além disso, o art. 313, parágrafo único do CPP admite a prisão preventiva quando
se tiver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando essa pessoa não fornecer
dados para esclarecer a sua identidade.
Por fim, o CPP também prevê a decretação da prisão preventiva em razão do
descumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão. Exemplo: réu que
arrebenta a tornozeleira eletrônica na intenção de fraudá-la. Pode ser decretada a prisão
preventiva.
DICA 163
DA SENTENÇA
A sentença conterá:
os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para
identificá-las;
a exposição sucinta da acusação e da defesa;
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a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;


a indicação dos artigos de lei aplicados;
o dispositivo;
a data e a assinatura do juiz.
Fique atento!
Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 dias, pedir ao juiz que declare a sentença,
sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.
DICA 164
EMENDATIO LIBELLI
Princípio da correlação (adstrição): o juiz não pode na sentença julgar um fato que não
está contido na acusação, pois o judiciário é inerte.
O que seria a emendatio libelli?
MP se equivoca - narra um fato e atribui definição jurídica equivocada
Fique atento!
Juiz pode "corrigir" o equívoco feito pelo MP, pois o réu se defende dos fatos.

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena
mais grave.
§ 1º Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta
de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.
§ 2º Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados
os autos.

DICA 165
MUTATIO LIBELLI
Decorre do princípio da adstrição
O que seria a mutatio libelli?
Durante a instrução do processo surge um fato novo não contido na denúncia. Por isso, o
juiz abre vista ao MP para que seja feito o aditamento da denúncia.

Prazo: 5 dias.

Se o MP não aditar o juiz não pode utilizar esse fato em consideração à sentença.

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do
fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou
queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo
em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

§ 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28


deste Código.
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§ 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o


juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da
audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de
debates e julgamento.

§ 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1º (possibilidade de o juiz aplicar a suspensão


condicional do processo se for o caso) e 2º do art. 383 (competência de outro juízo,
remete os autos) ao caput deste artigo.

§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo
de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.

§ 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.

DICA 166
SITUAÇÕES QUE O JUIZ ABSOLVERÁ O RÉU

O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que


reconheça:

estar provada a inexistência do fato;

não haver prova da existência do fato;

não constituir o fato infração penal;

estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;

não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;

existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena, ou mesmo se


houver fundada dúvida sobre sua existência;

não existir prova suficiente para a condenação.


DICA 167
CONSEQUÊNCIAS DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA

Na sentença absolutória, o juiz:

mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;

ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas;

aplicará medida de segurança, se cabível.

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