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Diferente do que se imagina, as regras de uso da vírgula não estão diretamente condicionadas às
pausas feitas pelos falantes. Isso porque a linguagem escrita segue convenções próprias.
Caso quiséssemos atribuir o uso da vírgula a cada pausa retratada pelo falante, concluiríamos
que nossa pretensão mostra-se aquém das reais possibilidades, fato esse decorrente das
diferenças que se acentuam entre a fala e a escrita, visto que a riqueza melódica da oralidade
não se compara com o convencionalismo da escrita.
A linguagem oral, via de regra, torna-se mais isenta de postulados preestabelecidos, posto que
se condiciona a traços individuais do próprio emissor, cabendo a ele atribuir as possíveis
entonações no momento em que achar conveniente. Na linguagem escrita, em contrapartida, tais
pretensões estão sujeitas a normas que, indiscutivelmente, precisam estar em consonância com
nossos conhecimentos. Para tanto, seguem em evidência algumas considerações dignas de nota,
as quais retratam os casos em que se materializa ou não o uso da vírgula.
* Não me sinto preparada para esta viagem, pois tive que decidir rapidamente.
* Sinto-me honrada com suas desculpas, porém nossa amizade não será mais a mesma.
* Marcos, traga seu certificado assim que puder, pois preciso entregá-lo ao Departamento de
Pessoal.
* Marta, irmã de Pedro, casou-se ontem.
Atenção:
Nota importante:
Ex.: Grande parte dos alunos estava trajada de Country; Patrícia, de caipira.
(A vírgula indica a supressão da locução verbal – estava trajada)
Ex: Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para uma
agradável confraternização familiar.
Ex: Santos Dumont, que é considerado o pai da aviação, foi o inventor do 14 Bis.
Não se usa a vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem
diretamente uma ligação entre si. Eis as seguintes ocorrências:
b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto
indireto se anteponha ao objeto direto.
Diferente do que se imagina, as regras de uso da vírgula não estão diretamente condicionadas às
pausas feitas pelos falantes. Isso porque a linguagem escrita segue convenções próprias.
Caso quiséssemos atribuir o uso da vírgula a cada pausa retratada pelo falante, concluiríamos
que nossa pretensão mostra-se aquém das reais possibilidades, fato esse decorrente das
diferenças que se acentuam entre a fala e a escrita, visto que a riqueza melódica da oralidade
não se compara com o convencionalismo da escrita.
A linguagem oral, via de regra, torna-se mais isenta de postulados preestabelecidos, posto que
se condiciona a traços individuais do próprio emissor, cabendo a ele atribuir as possíveis
entonações no momento em que achar conveniente. Na linguagem escrita, em contrapartida, tais
pretensões estão sujeitas a normas que, indiscutivelmente, precisam estar em consonância com
nossos conhecimentos. Para tanto, seguem em evidência algumas considerações dignas de nota,
as quais retratam os casos em que se materializa ou não o uso da vírgula.
Circunstâncias em que usamos a vírgula:
* Não me sinto preparada para esta viagem, pois tive que decidir rapidamente.
* Sinto-me honrada com suas desculpas, porém nossa amizade não será mais a mesma.
* Marcos, traga seu certificado assim que puder, pois preciso entregá-lo ao Departamento de
Pessoal.
Atenção:
Nota importante:
Ex.: Grande parte dos alunos estava trajada de Country; Patrícia, de caipira.
(A vírgula indica a supressão da locução verbal – estava trajada)
Ex: Aos domingos, reuniam-se todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para uma
agradável confraternização familiar.
Ex: Santos Dumont, que é considerado o pai da aviação, foi o inventor do 14 Bis.
Não se usa a vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem
diretamente uma ligação entre si. Eis as seguintes ocorrências:
b) Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto
indireto se anteponha ao objeto direto.
2 – (FUVEST 2010) – Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do
verbo?
a) Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um
jardim.
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais
c) Para quem não conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem livre do
economês.
d) A sensação é de estar perdido: você não vai encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver a
natureza intocada
e) Esta é a informação mais importante para a preservação da água: sabendo usar, não vai faltar
a) Separar o aposto.
b) Separar o vocativo.
c) Separar orações coordenadas assindéticas.
d) Separar oração subordinada adverbial da oração principal.
e) Separar palavras com a mesma função sintática.
6 – (UFGD MS/2015) –
Quem é esta senhora? – Perguntei a Sá.
A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de bonomia e fatuidade, que
desperta nos elegantes da corte a ignorância de um amigo, profano na difícil ciência das
banalidades sociais.
— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita. Queres conhecê-la ?. . .
Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do
vício com o modesto recato da inocência. Só então notei que aquela moça estava só, e que a
ausência de um pai, de um marido, ou de um irmão devia-me ter feito suspeitar a verdade.
Depois de algumas voltas descobrimos ao longe a ondulação do seu vestido, e fomos encontrá-
la, retirada a um canto, distribuindo algumas pequenas moedas de prata à multidão de pobres
que a cercava. Voltou-se confusa ouvindo Sá pronunciar o seu nome:
— Lúcia!
— Não há modos de livrar-se uma pessoa desta gente! São de uma impertinência! disse ela
mostrando os pobres e esquivando-se aos seus agradecimentos.
Feita a apresentação no tom desdenhoso e altivo com que um moço distinto se dirige a essas
sultanas do ouro, e trocadas algumas palavras triviais, meu amigo perguntou-lhe:
— Vieste só?
— Em corpo e alma.
— E não tens companhia para a volta?
Ela fez um gesto negativo.
— Neste caso ofereço-te a minha, ou antes a nossa.
— Em qualquer outra ocasião aceitaria com muito prazer; hoje não posso.
— Já vejo que não foste franca!
— Não acredita?. .. Se eu viesse por passeio!
— E qual é o outro motivo que te pode trazer à festa da Glória?
— A senhora veio talvez por devoção? disse eu.
— A Lúcia devota!.. . Bem se vê que a não conheces.
— Um dia no ano não é muito, respondeu ela sorrindo
ALENCAR, José de. Lucíola. 12ª ed., São Paulo: Ática, 1988, capítulo II