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SOUSA NUNES
COMENTÁRIO SOUSA NUNES
a) A palavra "mas", sublinhada no texto, vem acompanhada da partícula inclusiva “também”, formando o par correlato aditivo “não só
... mas também”, que indica soma (no caso, dois fatores negativos), e não contraste. Observe que ficou subentendia a primeira parte do
par correlato (“não só”).
b) A palavra "embora", sublinhada no texto, introduz uma concessão, que é uma declaração contrária ao que é dito na oração principal,
e não uma explicação.
d) A menção aos "cientistas", sublinhada no texto, é relevante, pois indica a autoridade e a origem do estudo mencionado, agregando
credibilidade à informação.
e) A palavra "gás" refere-se especificamente ao dióxido de carbono, que é o foco do texto em relação aos efeitos negativos sobre as
plantas, não diretamente aos "combustíveis fósseis" e "queimadas". Embora esses sejam fontes de emissão de gases, a palavra "gás" no
contexto específico está ligada ao dióxido de carbono, em uma relação hiponímia (hipônimo: termo específico dióxido de carbono =
gás-estufa ) e hiperonímia (hiperônimo: termo genérico gás ). Observe: todo dióxido de carbono é um gás, mas nem todo gás é
dióxido de carbono, o que caracteriza a relação hiponímia-hiperonímia).
COMENTÁRIO SOUSA NUNES
Molha-me
Seca-me
Observe ainda que há mistura tratamental no trecho da
música, ou seja, quebra da uniformidade de tratamento.
Os verbos “molhar”, “secar” e “deixar” estão na segunda
pessoa do imperativo afirmativo (tu), mas o verbo
“receber” e o pronome “seu”, que se referem ao
interlocutor e deveriam estar na segunda pessoa (tu),
estão na terceira pessoa (você): receba e seu. Para
corrigir essa violação, basta trocar “receba” por “recebe”
e “seu” por “teu”.
Crônicas de Natal, novo filme da Netfli x com Kurt
Russell, foi um dos grandes des taques da pla taforma de
streaming em novembro.
https://observatoriodocinema.uol.com.br/filmes/cronicas-de-natal-fa-
mistura-papai-noel-de-kurt-russell-com-personagem-de-fuga-de-nova-
york/
COMENTÁRIO SOUSA NUNES
A expressão “o mero fato” não introduz um novo aspecto no texto, mas reforça ou enfatiza uma ideia já
apresentada anteriormente. Neste caso, o "mero fato" de Kurt Russell, conhecido por papéis como Wyatt Earp,
interpretar o Papai Noel em "Crônicas de Natal" serve para destacar o argumento inicial de que essa escolha de
elenco é uma razão suficiente para assistir ao filme. A expressão é usada para sublinhar o contraste entre as
personas anteriores do ator e o papel inesperado que ele está desempenhando aqui, e não para apresentar um
novo argumento ou mudar o tópico de discussão. Mero = sem complexidade, sem importância; banal, trivial.
Portanto, “o mero fato” serve como um dispositivo enfático, destacando uma informação considerada
importante ou surpreendente que pode atrair o espectador, mas não desvia o curso da discussão nem
acrescenta uma nova linha de pensamento. É uma continuação da ideia de que o autor começou com a frase
“Nunca antes na história da Sétima Arte, Snake Plissken foi o Papai Noel”, indicando que a peculiaridade do
elenco (casting) é um ponto de interesse central para a resenha do filme.
O crítico está sinalizando que, enquanto há algo digno de nota no filme (a atuação
de Kurt Russell como Papai Noel), a película em geral não atinge um padrão de
excelência que poderia ser considerado maravilhoso ou espetacular. Portanto, a
frase estabelece uma avaliação balanceada: reconhece um elemento positivo, mas
também aponta que o filme como um todo não se destaca de forma significativa no
panorama de filmes natalinos.
Comentário Sousa Nunes
Em “Crônicas de Natal” (The Christmas Chronicles), o ator Kurt Russell interpreta o Papai
Noel, não Wyatt Earp. A referência a Wyatt Earp no texto é uma alusão ao fato de que
Kurt Russell interpretou o famoso xerife em outro filme, “Tombstone” (1993), que é
bem conhecido e distante do papel tradicional de Papai Noel. A menção serve para criar
um contraste interessante e inesperado para os leitores que estão familiarizados com a
carreira de Russell, ressaltando que é incomum e interessante vê-lo no papel de uma
figura tão icônica e benevolente quanto o Papai Noel, em contraste com os papéis
anteriores mais duros e sérios.
COMENTÁRIO SOUSA NUNES
Comentário Sousa Nunes
No contexto do texto, a expressão “o que nos impele a criar” refere-se à ideia de que ter
um sonho, ou uma aspiração, é a força motriz por trás da criatividade e da motivação para
a realização pessoal e a inovação. O autor está argumentando que os sonhos são
essenciais para nos mover além do cotidiano, da estagnação e da rotina, pois eles nos
inspiram a ter ambições, a formular planos e a buscar realizar algo novo ou diferente. A
criação mencionada aqui pode ser interpretada de maneira ampla, englobando não só a
arte e a inovação, mas também a capacidade de criar novos caminhos na vida, resolver
problemas e imaginar futuros possíveis.
Comentário Sousa Nunes
Observação:
Correção: “...um compositor sobre o qual não podemos afirmar que pertença...”
Explicação: Quem afirma, afirma algo sobre alguém, e não de alguém.
No caso de “Bradescompleto”, temos a fusão de duas palavras conhecidas (Bradesco + completo) para
criar uma nova, com o intuito de transmitir a ideia de que o banco oferece um conjunto completo de
serviços. É um recurso criativo e persuasivo, utilizado frequentemente na publicidade para chamar
atenção e fixar a marca na memória dos consumidores.
Essa fusão de dois radicais com perda de fonemas (perdeu-se co) chama-se composição por
aglutinação. Logo, temos um neologismo por aglutinação. É o que também acontece na formação do
neologismo “namorido” (namorado+marido).
“quente” - vinculado a notícias, transmite a ideia de que as informações são atuais e imediatamente relevantes.
“exclusivas” - sugere que a revista oferece conteúdo que não pode ser encontrado em outros lugares.
“privilegiadas” - implica que a revista tem acesso a informações que são de difícil acesso para a maioria. Portanto,
lendo-a, o leitor também terá acesso a essas informações.
“completa” - apresenta a revista como uma fonte que cobre todos os aspectos necessários, sem deixar nada de fora.
“premiada” - indica reconhecimento por excelência, aumentando a credibilidade da revista.
“imprescindível” - sugere que a revista é essencial para quem quer se manter informado sobre negócios e economia.
Esses adjetivos realçam as qualidades da revista, sugerindo que ela é uma fonte única e valiosa de informação
econômica e de negócios. Ao fazer isso, eles ajudam a construir uma imagem positiva da revista na mente do leitor e
aumentam o potencial de persuasão da propaganda.
Comentário Sousa Nunes
A famosa Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, é uma exaltação da terra natal do poeta (Brasil) em detrimento da
terra do exílio (Portugal). Para alcançar o primor e a simplicidade de sua poesia, ele não usou adjetivos (como é
propício a essa finalidade), como fez o autor da publicidade da revista Dinheiro, mas substantivos, dando ao seu poema
um caráter literalmente substantivo.
O segredo de tal simplicidade reside em mais de um ponto. O principal é talvez a ausência de qualificativos. A
falta desse elemento valoriza de maneira singular os substantivos do poema, dando-lhes relevo, dilatando-lhes a
sugestão emocional.
E por que razão a ausência de qualificativos valoriza tão fortemente os substantivos do poema, conforme foi dito?
Porque o poeta usou de substantivos carregados, já por si, de um denso conteúdo sugestivo – seres e coisas da
natureza, na maioria, ou abstrações: elementos que, assim despojados, nus, ganham fundo em intensidade; que se
fazem valer melhor por si sós: terra, palmeiras, Sabiá, aves, céu, estrelas, várzeas, flores, bosques, vida, amores, noite,
prazer, primores, Deus.
Alguém poderá lembrar-me que sozinho figura no poema e é um adjetivo. Em rigor, porém, não merecerá tal
denominação: falta a sozinho (como a só, está claro) a essência pictural característica das palavras daquela categoria,
como azul, branco, bom, forte, largo, rico. Por outro lado, se alguém o considerar de fato adjetivo, será o único em meio
ao reinado dos substantivos.
“Em cismar – sozinho, à noite –”.
Leia-se na íntegra a poesia:
“Canção do Exílio”
Comentário Sousa Nunes
Na passagem:
^ Co-hipônimos
Holônimos e merônimos
Em seu poema, Carlos Drummond de Andrade explora a sonoridade e a formação de palavras para criar um ritmo e uma musicalidade próprios, além
de brincar com os significados. Ele faz uso de neologismos, que são palavras inventadas ou renovadas semanticamente, às vezes manipulando
prefixos e sufixos para criar palavras com novos sentidos.
a) “sonalha” é a junção de “som” com o sufixo “-alha” (derivação sufixal), mas sem sentido pejorativo; é uma palavra que evoca o som das
campainhas ou sinos pequenos. Definição: Cada uma das lâminas metálicas do pandeiro.
b) “sonouro” pode ser interpretado como uma junção dos radicais (composição por justaposição, pois não houve perda de) “som” e “ouro”, mas sem
sentido irônico, pois trata-se de neologismo que denota um som de alto valor musical.
c) “sona” é um neologismo com função verbal, o que se encaixa no uso criativo do poeta, que cunhou o verbo “sonar”, inexistente em português. No
contexto do poema, essa forma verbal neológica sugere uma ação relacionada a produzir ou curtir som.
d) “sonoterápico” é adjetivo derivado por sufixação ( e não aglutinação) a partir de sonoterapia que, por sua vez, é substantivo formado pelo
processo de composição por justaposição de dois radicais: sono+ terapia. Em “sonoterápico”, temos derivação sufixal (sufixo -ico): sonoterápico
(sono + teráp + ico). Definição: Relativo a sonoterapia - método de tratamento aplicado a certas doenças mentais que consiste em produzir e manter
o sono artificial medianteo uso de drogas
e) “mui” não é uma regressão de muito; é uma redução arcaica para “muito”, um advérbio de intensidade. Segundo o Dicionário Michaelis, trata-se
de um advérbio que se emprega antes de adjetivos e advérbios que começam por consoante. É a forma apocopada (que sofreu perda de
fonema no final da palavra) de muito. Regressão é diferente de redução.
Derivação regressiva
A abreviação consiste em criar lexemas mediante a redução da forma de uma construção que
funciona como unidade lexical (=palavra). Há três modelos principais de abreviação:
1. Redução, geralmente ao primeiro elemento, da forma lexicalmente complexa: foto (por fotografia),
micro (por microcomputador), pré (por pré-vestibular), pós (por pós-graduação), vice (por vice-
presidente), ex (por ex-namorado, ex-marido etc.), extra (por extraordinário), lipo (por
lipoaspiração) tetra (por tetracampeão, tetracampeonato), moto (por motocicleta), mini (por
minissaia), quilo (por quilograma), bi (por bilhão), máxi (por maxidesvalorização), vídeo (por
videocassete);
2. Supressão de uma parte fonética, inicial ou final, sem significado próprio: Bonsuça (por Bonsucesso),
Mengo (por Flamengo), Flu (por Fluminense), Tina ou Cris (por Cristina), Bel ou Isa (por Isabel), Edu ou
Duda (por Eduardo), Zé (por José), Tião (por Sebastião), Bete ou Elis (por Elisabete), Filó (por Filomena).
3. Acronímia: formação de acrônimos, como USP, PT, PFL e outros podem ainda receber sufixos:
uspiano, petista, pefelista.
Azeredo, José Ca rlos de. Fundamentos de Gramática do Português (Portuguese Edition) (p. 136). Zahar. Edição do Ki ndle.
Comentário Sousa Nunes
a) “voceis” e “nóis”. Regra: ditongação, ou seja, transformação da vogal “ó” no ditongo “ói” pelo acréscimo da
semigoval “i”. Aqui se vê que a mesma regra se aplicou aos dois vocábulos.
b) “fumos” e “vortemo”. Regras diferentes: transformação ou alternância da vogal “o” em “u”; transformação
do “L” de “voltamos” em R (rotacismo), supressão do fonema final “S” e alternância da vogal “A” em “E”:
“vortemo”.
c) “Ói” e “aqui”. Regra: supressão do fonema “lh” de “olhe”, resultando na forma (ói); o vocábulo “aqui” não
sofreu alteração.
d) “tava” e “arresorvemo”. Regras diferentes: supressão da primeira sílaba de “estava” e acréscimo de fonema
“A” em “resolvemos” com transformação de “L” em “R” e perda de fonema final “S”: arresorvemo”.
e) “prá” e “traveis”. Regras diferentes: supressão da vogal intermediária “A” (por síncope) do vocábulo “para”,
resultando em “prá”; supressão da sílaba inicial do pronome indefinido “outra” e fusão desse vocábulo com o
substantivo “vez” que, por sua vez, sofreu ditongação, ganhando uma semivogal “i”, resultando em “traveis”.
Comentário Sousa Nunes
Correção: Deixa que eu seja eu / E aceite / O que seja seu / Então deita e aceite me...
Comentário Sousa Nunes
O vocábulo “Caetanear” é um
neologismo formado por derivação
sufixal. Ao radical do nome próprio
Caetano, acrescentou-se o sufixo “-ar”
à
Comentário Sousa Nunes
A letra da música “Se”, de Djavan, utiliza o termo “se” de maneira a explorar as dúvidas e indecisões do ser amado. Esse termo
pode assumir diferentes funções na língua portuguesa, como conjunção condicional ou integrante, pronome reflexivo, pronome
apassivador e índice de indeterminação do sujeito.
Para identificar em que verso o “se” exerce uma classe morfológica distinta das demais, analisemos as opções dadas:
a) “não sabe se não” - aqui, o “se” é uma conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta que
completa o sentido do verbo “sabe”. A oração grifada equivale a isso. Não se sabe isso.
b) “Pode ser, se é assim” - neste caso, o “se” funciona como uma conjunção condicional (se= caso), introduzindo uma oração subordinada
adverbial condicional, que indica uma condição para o que é expresso na oração principal (“Pode ser”).
c) “Mas você adora um se” - o “se” foi usado como substantivo. Trata-se da substantivação da conjunção “se” para a expressão de dúvida
em si. Esta é a função distinta de pronome, pois aqui é tratado como um substantivo, materializando a ideia de incerteza.
d) “Do que você decidir se dá ou não” - aqui, o “se” é uma conjunção subordinativa integrante, introduzindo uma oração subordinada
substantiva objetiva direta que complementa o sentido do verbo “decidir”.
Dentre as opções, a letra C (“Mas você adora um se”) é aquela em que o pronome o termo “se" exerce uma função diferente das demais,
por funcionar como um substantivo, e não como conjunção.
à
Comentário Sousa Nunes
A letra da canção “Quase Sem Querer”, da banda Legião Urbana, apresenta o eu lírico expressando suas reflexões pessoais, seus
sentimentos e emoções. A função de linguagem predominante é aquela que enfatiza o emissor e seus sentimentos.
a) Função fática: se refere ao uso da linguagem para verificar a eficácia do canal de comunicação, não é o foco principal desta letra.
b) Função metalinguística: ocorre quando a linguagem é usada para falar dela mesma, o que também não é o caso aqui.
c) Função referencial: está ligada à transmissão objetiva de informações sobre o mundo exterior; embora haja elementos descritivos na
letra, esse não é o aspecto central.
d) Função apelativa: é caracterizada pelo uso da linguagem para persuadir ou convocar o receptor a realizar uma ação. Na letra em
questão, o eu lírico não está buscando convencer alguém de algo, e sim expressando seu próprio estado de espírito.
e) Função emotiva: é a função da linguagem em que predomina a expressão dos sentimentos, emoções e opiniões do emissor. Esta
função é claramente expressa na letra, já que o eu lírico está compartilhando suas emoções e reflexões pessoais.
Portanto, a função de linguagem que se destaca na letra da canção é a emotiva, e a alternativa correta é:
A passagem apresenta uma situação em que o narrador, ao empregar uma linguagem típica de sua região, é recebido com estranheza pelos seus
colegas e pelo mestre. A linguagem específica do narrador é evidenciada através do uso de palavras ou expressões que são desconhecidas ou usadas
de forma diferente pelos outros personagens da narrativa. Vamos analisar as opções:
a) O verbo “arribar” é a forma como os meninos da rua diziam “erguer” (fala do mestre, linguagem padrão) ou “sungar” (termo regional do narrador),
não sendo característico da região do narrador.
b) A expressão “angu-de-caroço” é uma metáfora para uma situação confusa ou problemática, mas não indica especificamente a linguagem da região
do narrador.
c) As palavras “trancas” e “caçoar” são termos que, embora possam ser regionais, não pertencem à linguagem do narrador.
d) As palavras “estatalou” (possivelmente uma variação de “estalou”) e “risadagem” são típicas da região do narrador, conforme se subentende no
texto.
e) O verbo “escanchelou” é apresentado como uma tentativa de outro personagem de reinterpretar o adjetivo “azangado”, que o narrador usou para
descrever o estado do relógio. O uso desse verbo indica uma tentativa de traduzir um termo próprio da linguagem do narrador para uma variante
local que o mestre pudesse entender, sugerindo que “azangado” é próprio da linguagem do narrador.
Portanto, a opção que mais diretamente aponta para a linguagem específica da região do narrador é:
d) As palavras “estatalou” (possivelmente uma variação de “estalou”) e “risadagem” são típicas da região do narrador, conforme se subentende no
texto.
Comentário Sousa Nunes
O texto aborda a formação da identidade cultural e linguística do Brasil durante o período colonial, destacando a coexistênci a e a
interação entre a língua portuguesa e a língua tupi. De acordo com o excerto, as línguas portuguesa e tupi foram usadas conjuntamente,
com o tupi sendo a língua falada em casa e a portuguesa aprendida na escola.
Analisemos as alternativas:
a) A contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros não é o foco do texto, ele fala sobre a língua falada em casa e a aprendida na
escola, não sobre quem contribuiu para a escolarização.
b) O texto não se concentra na diferença entre as línguas dos colonizadores e dos indígenas, mas na coexistência dessas línguas.
c) A importância do Padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa, embora seja um fato, não é o tema discutido no texto
apresentado.
d) O texto não foca a origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi, mas a forma como essas línguas eram utilizadas na
comunicação diária.
e) A interação no uso da língua portuguesa e da língua tupi é o ponto central do texto, que destaca como ambas as línguas foram
utilizadas lado a lado, sendo o tupi a língua de comunicação doméstica e a portuguesa aprendida na escola.
Os dois textos oferecem pontos de vi sta diferentes s obre o impacto do uso da i nternet na escrita e na a quisição da norma culta da l íngua portuguesa.
O Texto I a rgumenta que o uso excessivo da internet (“em demasia”) e a consequente adoção de uma linguagem i nformal e abreviada (i nternetês) podem prejudi ca ra capa cidade de
es crever textos l ongos e formais, i nfluenciando negativamente o desenvolvimento gramaticaldos jovens.
Por outro lado, o Texto II apresenta uma perspecti va que contradi z a primei ra , sugeri ndo que as crianças e adoles centes que crescera m comuni cando-se por mei os di gi tais podem
des envolver uma escrita mais fl uente e ri ca em detalhes, defendendo que o ato de escrever em qualquer forma é benéfico para aprimorar as habilidades l inguísticas.
a) O texto I é contrá rio à opinião de que a i nternet é benéfica à produção de texto em norma cul ta. Es ta opção é falsa, já que o Texto I defende que é o uso da internet em demasia
que acarreta problemas gramaticais: “O motivo é o uso da internet em demasia”.
b) O texto II concorda pa rcialmente com o uso da internet como ferra menta na melhoria na produção de texto. Esta al terna ti va é i ncorreta , pois o Texto II concorda integralmente
que o uso da i nternet pode s er benéfico para a escrita.
c) Os textos I e II discorda m quanto à opinião de que a internet é prejudicial ao aprendizado da norma cul ta da língua. Es ta opção es tá incorreta , pois os textos apresentam opiniões
opostas s obre o i mpa cto da internet na aquisição da norma culta . O texto II defende a ideia de que a internet é benéfi ca pa ra a es cri ta. Dizer que ambos os textos dis cordam quanto
a o prejuízo que i nternet faz à escrita s ignifica dizer que ambos entendem ser o uso dela benéfico à escrita, o que não é verdade, pois o texto I não vê benefício nisso.
d) O texto I aprova a i nternet como um elemento que contri bui para um melhor desenvol vi mento da es cri ta . Es ta opção é incorreta , pois o Texto I cri ti ca o i mpa cto da internet no
des envolvimento da escrita, principalmente quando usada em demasia.
e) O texto II afirma que o uso da i nternet desenvolve a habilidade da comunicação, aperfeiçoando a escrita. Esta opção está correta, refletindo a opinião do Texto II.
e) o texto II a firma que o uso da internet desenvolve a habilidade da comunicação, aperfeiçoando a escrita.
Comentário Sousa Nunes
A) Quando Mafalda diz que está cheia desses livros, referindo-se aos livros que estão no chão, o pronome “esses” refere-se, de fato, a algo fora
do texto, externo a ele, considerando o texto sua fala no balão. Está correta, portanto, a alternativa A, pois o referente do pronome
demonstrativo (esses) é dêitico, isto é, está situado fora do texto, no mundo biossocial.
B) O pronome relativo “que”, no primeiro quadrinho, retoma “lobos e ogros”, logo seu referente é endofórico (=dentro do texto) e anafórico, ou
seja, situado dentro do texto e antes do pronome. A alternativa B está, portanto, errada.
C) O pronome reto “nós”, no segundo quadrinho, refere-se a Mafalda, que está situada fora do texto (ou seja, fora do balão, que é o espaço da
fala) e a outras pessoas como ela, Mafalda, não necessariamente ao termo “crianças” mencionado antes, sintaticamente falando. Se o “nós”
retomasse “crianças”, termo anteriormente mencionado, o pronome que resgataria esse termo não seria “nós”, mas “elas”. Veja: O futuro da
humanidade não são elas? Observe ainda que os pronomes eu-nós, tu-vós e você-vocês têm seus referentes fora do texto, pois são pronomes
dêiticos por excelência. Já os pronomes ele(s)-ele(s) e suas formas femininas correspondentes podem ser usados endoforicamente (como
anáfora ou catáfora), retomando (anáfora) ou anunciando (catáfora) um elemento dentro do texto ou podem ser usados exoforicamente
(referência dêitica, apontando para elemento ou referente fora do texto): Pedro é engenheiro. Ele formou-se no FB Uni. (ele, que retoma
Pedro, é pronome anafórico); Ele é um grande homem, Pedro cultiva altos valores morais (“ele” é pronome catafórico, pois seu referente
“Pedro” vem depois dele); Dois amigos conversam entre si em um diálogo textual e um aponta para um indivíduo que vai passando e diz: Veja
como anda ele apressado! Nesse caso, o pronome ele não tem referente endofórico, pois refere-se a alguém fora do discurso, ou seja, externo
à fala dos dois interlocutores. Logo, a alternativa C está correta.
D) O pronome demonstrativo “isso”, no último quadrinho, refere-se à metáfora insólita (incomum) “carne de imprensa”. Logo, o referente desse
pronome é anafórico, pois está dentro do texto e vem antes do pronome. Está incorreta, pois, esta alternativa.
E) O pronome “o”, que pode ser traduzido por “aquilo”, no último quadrinho, em “É isso o que nós somos”, tem seu referente na oração adjetiva
“que nós somos”. Veja a frase na ordem direta: Isso (carne de imprensa) é o que nós somos. Isso é aquilo. Aquilo o quê? Que nós somos, o que
retoma a ideia de “carne de imprensa”, em uma verdadeira circularidadesemântica. Esta alternativa está, pois, incorreta.
Respostas: A e C.
Comentário Sousa Nunes
A charge apresentada mostra um logo do “Governo Federal” com a inscrição “BRASIL - País Rico, País Sem
Pobreza”, enquanto, em contraste, uma figura desabrigada ou em situação de vulnerabilidade se esconde
atrás da faixa.
O uso do slogan “País Rico, País Sem Pobreza” é uma forma de expressar uma visão idealizada ou
promocional do Brasil, sugerindo prosperidade e ausência de pobreza. Entretanto, a presença da figura
em situação de vulnerabilidade logo abaixo desse slogan cria uma ironia, fazendo contrastar a mensagem
oficial com a realidade observada no cotidiano de muitos brasileiros.
Essa ironia é característica das charges, que utilizam imagens e palavras para comentar e criticar
situações sociais, políticas ou culturais de forma humorística e, muitas vezes, sarcástica. Portanto, o
objetivo da charge é “criticar situações importantes por meio da ironia”, como é o caso desta, que
questiona a efetividade das políticas governamentais em relação à pobreza e à desigualdade no Brasil.
Resposta: B
Questão nula por
falta do texto
verbal, que foi
cortado na
imagem.
24.
Comentário Sousa Nunes
A tirinha mostra um paciente descrevendo seus sintomas a um médico. No entanto, em vez de usar termos médicos ou
linguagem comum, o paciente usa expressões peculiares e específicas de uma região ou localidade. Os regionalismos.
Ele menciona “mucumbu” para designar “fim da coluna vertebral, acima das nádegas; “meio das pazes” para
referir-se à parte do corpo entre as escápulas; e titela, para designar peito ou tórax. Trata-se de termos que
não pertencem à língua portuguesa padrão e que, por isso, deixam o médico confuso.
A escápula é um osso importante, uma vez que fornece ponto de inserção para vários músculos do braço e do ombro.
Ela se articula também com o úmero e com a clavícula, formando a articulação glenoumeral (ombro) e a articulação
acromioclavicular, respectivamente.
Essa peculiaridade no modo de falar indica uma variação regional do idioma, ou variante diatópica (dialetal).
Variações regionais ocorrem quando diferentes regiões de um país ou falantes de uma língua em diferentes
localidades desenvolvem expressões, pronúncias ou gramáticas distintas. Isso é comum em países grandes como o
Brasil, onde a diversidade cultural e geográfica pode levar a diferenças linguísticas marcantes entre regiões.
Portanto, a tirinha destaca, de forma humorística, as dificuldades de comunicação que podem surgir devido a essas
variações regionais. O paciente usa termos que são, provavelmente, comuns ou compreensíveis em sua região de
origem, mas que são estranhos para o médico, evidenciando o contraste entre a linguagem regional e a linguagem
padrão ou comum.
Resposta: A
24.
Comentário Sousa Nunes
A charge mostra dois personagens comentando sobre a
“maioridade penal”, que é mencionada como sendo “16 anos”.
Um dos personagens diz: “Sem problemas! A gente nunca chega
até ‘lá’, mesmo!”
Texto II
“Que venha essa nova mulher de dentro de mim,
Com olhos felinos felizes e mãos de cetim
E venha sem medo das sombras, que rondam o meu coração,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher”
Texto I: O eu lírico descreve a si mesmo como uma joia que precisa ser lapidada, uma chama que precisa de combustível, e histórias que
precisam de uma fada. Ela declara “Sou uma mulher” e “Preciso ser amada”, sugerindo uma vulnerabilidade e uma necessidade de amor
e cuidado.
Texto II: O eu lírico pede por uma “nova mulher” que venha de dentro dela mesma. Esta mulher tem “olhos felinos felizes” e “mãos de
cetim”, e não tem medo das sombras. Ela é descrita como uma figura renovada e forte, pronta para enfrentar desafios e conquistar seu
direito de ser essa nova mulher.
COMENTÁRIO SOUSA NUNES
a) O Texto I não mostra a mulher como amarga, e o Texto II não especificamente como batalhadora.
b) No Texto I, não há sugestão direta de sedução. O Texto II não mostra a mulher como desiludida.
c) O Texto I pode ser interpretado como mostrando uma mulher carente. No entanto, o Texto II não sugere que a
mulher foi abandonada.
d) O Texto I sugere uma mulher que é, de certa forma, frágil ou em necessidade. O Texto II apresenta a ideia de uma
mulher que está se renovando ou transformando.
e) O Texto I sugere uma necessidade de amor, mas não necessariamente paixão. O Texto II não mostra a mulher como
triste.
O texto discute a capacidade de todas as línguas de expressar qualquer conteúdo e ressalta que, embora todas as línguas tenham o
potencial de fazê-lo, na prática, a realização desse potencial é limitada pelo vocabulário disponível na língua. O texto sublinha que, mesmo
que uma língua não tenha tradição escrita ou esteja extinta, ela pode teoricamente ser usada para discutir qualquer assunto. No entanto,
o desafio está em desenvolver o vocabulário necessário para discutir certos temas, o que pode exigir esforço e tempo. Vamos examinar as
alternativas:
b) O texto não sugere que línguas são limitadas na comunicação perfeita sobre qualquer conteúdo, mas destaca a questão do vocabulário.
c) O texto não compara a restrição de vocabulário e gramática de línguas indígenas com línguas de origem europeia.
d) Esta alternativa está correta. O texto aborda as diferenças de vocabulário entre as línguas e sugere que essas diferenças estão ligadas à
cultura dos falantes.
d) existência de diferenças vocabulares entre os idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura dos falantes de uma
comunidade.
Comentário Sousa Nunes
a) Não há um emprego inadequado de pronomes pessoais de
tratamento no trecho.
a) histórica.
REPERTÓRIOS PODEROSOS
Comentário Sousa Nunes
Social e Política
No nível social e político, o ato de questionar é a base da democracia. É por meio
de questionamentos que se pode desafiar o status quo e buscar reformas ou melhorias
na governança. Quando uma sociedade perde a capacidade ou o desejo de questionar,
torna-se passível de manipulação e controle. Em regimes autocráticos, por exemplo, um
dos primeiros direitos a serem cerceados é o da liberdade de expressão, que inclui o
direito de questionar.
Comentário Sousa Nunes
Econômico
Individual
Educação
Conclusão
Redação exemplar
REPERTÓRIOS
A máxima “Sapere aude” é uma expressão latina que significa “Ousa saber” ou
“Atreve-te a conhecer”. Originalmente, foi utilizada por Horácio e mais tarde adotado
por Immanuel Kant, particularmente no contexto da Ilustração ou Iluminismo, como
um chamado à coragem de usar a própria inteligência e raciocínio crítico para
entender o mundo, em vez de depender cegamente da autoridade ou da tradição.
Na era da inteligência artificial e, em particular, de modelos como o GPT (Generative Pre-
trained Transformer), “Sapere aude” possui uma relevância renovada por várias razões:
Responsabilidade Ética
O uso de IA traz consigo questões éticas complexas que exigem uma aplicação
cuidadosa do raciocínio humano. Seja no desenvolvimento de algoritmos mais justos
ou na avaliação de seus impactos sociais, "ousar saber" é fundamental para navegar
nesse terreno ético de forma responsável.
Acesso ao Conhecimento