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PREPARATÓRIO
BANRISUL
CARGO:
Escriturário
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
“Deus me conceda falar com propriedade e pensar de forma correspondente aos dons
que me foram dados, porque ele é o guia da sabedoria e o orientador dos sábios. Em seu
poder estamos nós, as nossas palavras, a nossa inteligência e as nossas habilidades.”
(Sabedoria 7,15- 17)
“Mesmo que alguém fosse o mais perfeito dos homens, se lhe faltasse sabedoria que
provém de ti, ele de nada valeria.” (Sabedoria 9,6)
RESUMO DE AULA:
1. Morfologia: 10 classes
2. Sintaxe → função da palavra
3. Semântica → sentido/significado
4. Fonologia/fonética
São 10: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, interjeição, preposição
e conjunção. É como se fosse a identidade da palavra.
VERBO
ADVÉRBIO
ADJETIVO ADVÉRBIO
PREPOSIÇÕES
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como
preposições.
Conforme, consoante, como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto,
menos, não obstante etc.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a
última palavra é uma preposição simples (normalmente “de”)
Abaixo de, através de, a fim de, além de, antes de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito
de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, para
com, para cima de , por baixo de, por cima de, perto de, por causa de, por cima de, por trás de
1. causa ou motivo: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido dos amigos.
2. conformidade: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe; bife à milanesa; jogar à
Telê Santana.
3. destino (em correlação com a preposição de): de Santos a Guarujá; daqui a Salvador.
Com
A preposição “com” introduz objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial e indica
estas relações:
Contra
A preposição “contra” introduz objeto indireto ou adjunto adverbial e indica estas relações:
1. oposição: jogar contra os ingleses; lançar uma pedra contra alguém; remar contra a maré;
depor contra alguém; ser contra o governo.
2. direção: olhar contra o sol.
3. proximidade ou contigüidade: apertar alguém contra o peito; cingir contra o coração a
bandeira.
A preposição “de” introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto
adnominal, adjunto adverbial e indica estas relações:
Desde
Não use desde de: desde de 1945 isso não acontece por aqui.
Em
A preposição “em” introduz objeto indireto e adjunto adverbial e indica estas relações:
1. estado ou qualidade: ferro em brasa; televisor em cores; foto em branco e preto; votos em
branco.
2. fim: vir em socorro; pedir em casamento.
3. forma ou semelhança: juntar as mãos em conchas.
4. limitação: em Matemática nunca foi bom aluno.
5. lugar ficar em casa: o jantar está na mesa.
6. meio: pagar em cheque; indenizar em ações.
7. modo: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês.
8. preço: avaliar a casa em milhares de reais.
9. sucessão: de grão em grão; de porta em porta.
10. tempo: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em minutos, no ano 2000.
11. transformação ou alteração: mudar a água em vinho, transformar reais em dólares.
Para
A preposição “para” introduz complemento nominal e adjunto adverbial e pode indicar estas
relações:
1. consequência: estar muito alegre para preocupar-se com mesquinharias; ser bastante
inteligente para não cair em esparrela.
2. fim: nascer para o trabalho; vir para ficar; chegar para a conferência.
3. lugar: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. Observação: dá ideia de estada permanente
ou definitiva, ao contrário da preposição a, que exprime breve regresso; de fato, vamos para o
céu, para o inferno, etc., e não ao céu, ao inferno, porque de tais lugares não há regresso.
4. proporção: as baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as galinhas.
5. referência: para mim, ela está mentindo.
6. tempo: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá para o final de dezembro
viajaremos.
Perante
A preposição “perante” introduz adjunto adverbial e indica a relação de lugar (posição em frente);
perante o juiz, negou o crime.
Por
A preposição “por” introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva e adjunto
adverbial e pode indicar estas relações:
1. causa: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem, por isso é que a
chamei.
2. conformidade: tocar pela partitura; copiar pelo original.
3. favor: morrer pela pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu.
4. lugar: ir por Bauru, morar por aqui.
5. medida: vender bolacha por quilo.
6. meio: ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mão; contar pelos dedos; enviar pelo Correio;
mandar um recado por alguém.
7. modo: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por alto o que aconteceu.
8. preço: comprar o livro por dois reais; vender a mercadoria pelo custo.
9. quantidade: chorar por três vezes; perder por O a 2.
10. substituição: deixar o certo pelo duvidoso; comprar gato por lebre; jurar por Deus; valer por
cinco homens.
11. tempo: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela manhã.
A preposição “sem” introduz adjunto adnominal e adjunto adverbial e indica a relação de ausência
ou desacompanhamento (que pode ser vista como de modo): estar sem dinheiro; palavras sem
sentido; sem o empréstimo, não construiremos a casa; não se vive sem oxigênio.
Sob
Sobre
Trás
No português contemporâneo não se usa senão nas locuções adverbiais “para trás” e “por trás”
(ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva por trás de (ficar por trás do muro).
OBSERVAÇÕES GERAIS:
Ela disse isso para mim ainda ontem. (Na língua culta, prefere-se: Ela me disse isso ainda ontem.
Ou: Ela disse isso a mim ainda ontem.) Dei o dinheiro para ele e saí. (Na língua culta, prefere-
se: Dei- lhe o dinheiro e saí. Ou: Dei o dinheiro a ele e saí.)
De fato, quem diz, diz alguma coisa a alguém; quem dá, dá alguma coisa a alguém. O emprego
dessa preposição confere mais elegância à construção.
2. É a preposição “a”, e não “de”, que indica a repetição de um fato, em determinado dia da
semana. Ex. Aos domingos vou à missa. (E não: De domingo)
3. Em construções do tipo “Nada tenho a declarar”, “Você tem muitas explicações a dar”,
convém substituir a preposição “a” pelo pronome “que”: “Nada tenho que declarar”, “Você tem
muitas explicações que dar”.
5. Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na página 28 do jornal.
Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do
jornal.
7. Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou necessidade,
mas há os que preferem usar apenas a primeira. Ex.: Tenho de/que viajar amanhã sem falta.
Temos de/que terminar isto ainda hoje.
9. Não há propriedade no uso da preposição “em” entre os verbos ser, estar ou ir e numeral.
Exemplos:
Em casa somos dez. (E não: somos em dez.) Estávamos cinco no automóvel. (E não: em cinco.)
Fomos quatro ao baile. (E não: em quatro.)
COORDENADAS:
e, nem(= e não), mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), tanto quanto,
bem como etc.
São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc.
São elas: ou... ou, ou, ora... ora, já... já, quer... quer, etc.
Ex.: Ou ela, ou eu.
São elas: que, porque, porquanto, pois, por isso (anteposta ao verbo), já que, visto que,
dado que, na medida em que, haja vista...
São elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por
isto, assim, enfim, por fim, por conseguinte.
Ex.: Ela bebeu bem mais do que poderia; logo, ficou embriagada.
Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto
direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três
últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As
conjunções subordinativas integrantes são que e se.
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se “se”.
Ex. Afirmo que sou inteligente. Não sei se existe ou se dói. Espero que você não demore.
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.
1. Causal
porque, pois, porquanto, como (=porque), pois que, por isso que, já que, uma vez que,
visto que, visto como, que, na medida em que.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa. Estabelece, na frase, uma relação de causa
e consequência entre dois ou mais fatos mencionados.
Exemplos:
Dona Luísa foi para lá pois estava doente.
Não fomos à festa porque tínhamos de estudar.
Como o calor estava forte, pusemo-nosa andar pelo passeio público. Como o frio era grande,
aproximou-se da lareira.
2. Comparativa
Exemplos:
Era mais alta do que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.
embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem
que, apesar de que, nem que, que,e, a despeito de, não obstante, por menos que, por mais
que
Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração
principal, mas incapaz de impedi-la.
4. Condicional
se, caso, contanto que, salvo se, sem que (=se não), dado que, desde que, a menos que,
a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária
para que seja realizado ou não o fato principal.
5. Conformativa
6. Consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes
na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou. Falou tanto na reunião que
ficou rouco. Tamanho o labor que sentiu sede. Era tal a vitória que transbordou lágrimas de
emoção. As palavras são todas de tal modo ou tamanho
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade, o objetivo da oração principal.
Aqui vai o livro para que o leia. Fiz-lhe sinal que se calasse. Chegue mais cedo a fim de que
possamos conversar.
8. Proporcional
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto
mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos
… (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos …
(tanto mais)
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se
simultaneamente com o da oração principal.
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares. Tudo isso vou escrevendo
enquanto entramos no Ano Novo. O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta
no mercado.
9. Temporal
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
Custas a vir e, quando vens, não demora. Ela sorriu, quando me viu. Implicou comigo assim que
me viu.
Com relação ao período composto, você deve se preocupar mais com a oração
subordinada adjetiva, especialmente por causa da regência e da concordância com o pronome
relativo. A lista dos pronomes relativos foi apresentada no esquema acima. Tome cuidado com
a classificação da palavra ‘que’, pois, dentre as principais classificações, pode ser pronome
relativo ou conjunção integrante.
Uma dica importante para classificá-lo é ver o antecedente da palavra ‘que’. Se antes do
‘que’ existir um nome, haverá uma grande chance de ser pronome relativo, substitua, então, o
‘que’ por ‘o qual ou a qual’. Assim, haverá uma oração subordinada adjetiva, que, se for
pontuada, será explicativa, e, se não for pontuada, será restritiva.
Se antes do ‘que’ existir um verbo, substitua a próxima oração por ‘isso’, por exemplo,
“Espero que passem no concurso.”- “Espero isso”, então, o ‘que’ será conjunção integrante e
haverá uma oração subordinada substantiva.
Quando existir pronome relativo, você tem de descobrir a função deste pronome, para
investigar se deve ou não aparecer preposição antes do pronome relativo. O erro pode ser a
falta de preposição, excesso de preposição ou o uso da preposição errada. Por exemplo: ‘O
filme [que assisti] ainda está em cartaz.’, deve ser “O filme [A que assisti] ainda está em cartaz.”,
pois quem assiste assiste a algo, nesse contexto, o verbo exige a preposição A.
O pronome relativo ONDE só pode ser usado para indicar uma ideia de lugar físico e
fixo. Sempre que aparecer esse pronome tome cuidado, pois ele sempre é usado de forma
equivocada. Por exemplo: No século XIX, onde se acreditava em ... (errado). Poderia ser: quando
se discutia; em que se discutia ou no qual se discutia.
✍OBS- Sempre é possível substituir o ONDE por EM QUE, NO QUAL, NA QUAL, mas nem
sempre dá para fazer o contrário. O ‘EM QUE, NO QUAL ou NA QUAL’ já têm de dar ideia de
lugar no texto original.
SUJEITO/CONCORDÂNCIA
Classificações do sujeito:
• SIMPLES - UM NÚCLEO
• COMPOSTO - MAIS DE UM NÚCLEO
• INDETERMINADO – 3º PESSOA DO PLURAL OU 3º PESSOA DO SINGULAR + SE (IIS)
• INEXISTENTE OU ORAÇÃO SEM SUJ. - VERBOS IMPESSOAIS (haver no sentido de existir,
acontecer ou ocorrer; haver e fazer indicando tempo decorrido; ser, estar, ficar, fazer, continuar
indicando tempo ou clima...)
• ELÍPTICO/DESINENCIAL
1. Partícula Apassivadora:
Para resolver questões de concordância, você precisa primeiro olhar para o verbo e
descobrir quem é o núcleo do sujeito. Lembre-se de que o núcleo do sujeito é sempre um
substantivo ou qualquer palavra substantivada e nunca tem preposição. Você deve observar a
palavra SE que aparecer nas alternativas apresentadas, essa palavra sempre é determinante
para resolver a questão.
Quando a palavra SE estiver perto de VTD ou VTDI, há uma grande chance se ser
partícula apassivadora(PA). Se de fato for uma partícula apassivadora, haverá uma voz passiva
sintética. Você deve, então, tentar passar a estrutura para a voz passiva analítica. Seguindo o
modelo:
“ nem sempre se persegue o encarceramento do agressor...”- “ o encarceramento do
agressor nem sempre é perseguido.”; “identifica-se a necessidade..”- “ a necessidade é
identificada...”. Se for possível essa transposição, é porque é uma PA e o detalhe mais do que
importante é que haverá sujeito, por isso, tem de tomar cuidado com a concordância.
Em “ nem sempre se persegue o encarceramento do agressor...”, ‘encarceramento’ é o
sujeito da oração, por isso o verbo deve ficar no singular. Em “identifica-se a necessidade..”,
‘necessidade’ é o sujeito da oração, por isso, esse verbo deve ficar no singular. Se fosse
‘necessidades’, deveria ficar: ‘identificam-se as necessidades...”. Com a partícula apassivadora,
existe sujeito, sempre observe a forma do verbo para ver se está concordando com o sujeito da
oração.
Outro ponto determinante é o emprego da palavra “SE” sendo índice de indeterminação
do sujeito (IIS). Nesse caso, o verbo deve ficar sempre no singular. Quando a palavra SE estiver
perto de VTI, VI ou VL, e você não encontrar sujeito na estrutura, então, o SE será IIS. Por
exemplo, em ‘trata-se de questões econômicas e políticas...”, o SE está ligado do verbo ‘tratar’,
que é VTI, ‘de questões econômicas e políticas’ é o objeto indireto da estrutura e não estamos
identificando o sujeito, por isso o sujeito é indeterminado pela palavra SE. Se fosse ‘‘tratam-se
de questões econômicas e políticas...”, a estrutura estaria errada, pois ‘questões econômicas e
políticas’ jamais seria o sujeito por ter preposição. Com índice de indeterminação do sujeito, o
verbo deve ficar no singular.
Outro assunto importantíssimo é o emprego dos verbos impessoais, pois, esses verbos
devem ficar no singular. São eles:
PONTUAŲÃO
PERÍODO SIMPLES:
2. A retirada da pontuação na ADJETIVA EXPLICATIVA, fará com que ela se torne ADJETIVA
RESTRITIVA. Assim, haverá alteração sintática e semântica, mas não haverá prejuízo para
estrutura.
5. A única oração subordinada substantiva que será pontuada é a apositiva, por causa da
natureza do aposto. Desejo-lhes isto: que passem no concurso.
7. Cuidado com a vírgula antes da conjunção aditiva ‘e’. Em regra, antes dessa conjunção, a
vírgula estará correta, ou por motivo sintático, ou por motivo semântico. Isso acabou de ser
cobrado pela banca no concurso para a Delegado da Bahia.
8. A vírgula também marca a elipse de termos, nesse caso, a vírgula é facultativa, desde que a
sua ausência não prejudique o sentido. Exemplo: Pedro comprou sapatos, e João, blusas. A
vírgula depois de “João” serve para marcar a elipse do verbo e é facultativa. A vírgula antes do
conectivo ‘e’ é pelo fato de haver coordenada aditiva com sujeitos diferentes.Nesse caso a vírgula
é preferencial e só será obrigatória se a falta da vírgula comprometer o sentido, como no exemplo
a seguir: “O Estado existe para proteger e tutelar o ser humano e a vida e a saúde são tratadas
pela Constituição Federal como bens indisponíveis.” – O correto nesse caso, é inserir uma vírgula
depois de ‘ser humano’.
• Pronome (lat. pro= em lugar de) é a classe de palavras que acompanha ou substitui os
substantivos.
• Os pronomes podem ser: pessoal (reto, oblíquo ou de tratamento), possessivo,
demonstrativo, indefinido, interrogativo e relativo.
• Os pronomes retos são os que têm por função representar o sujeito da oração.
• Os pronomes oblíquos são os que, na frase, têm função complementar, ou seja, representam
o complemento do verbo. As formas mim, ti e si sempre se usam com preposição. Os pronomes
oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e
com. Os pronomes oblíquos átonos são os que não são precedidos de preposição.
• Os pronomes oblíquos em regra funcionam como complemento do verbo, mas podem,
também, exercer a função de complemento nominal, adjunto adnominal e adjunto adverbial.
• Os pronomes oblíquos o,a, os, as exercerão a função de complemento direto do verbo; e os
pronomes oblíquos lhe, lhes, de complemento indireto do verbo.
Em provas de concursos, as bancas cobram bastante o emprego dos pronomes no que diz
respeito à escolha do pronome correto de acordo com o verbo (regência); à concordância dos
pronomes que substituem palavras no texto; e à colocação pronominal.
OBSERVAÇÃO
3. Quando não há fator de atração, a próclise é facultativa, inclusive com verbos no futuro do
presente ou no futuro do pretérito
4. Se não existir fator de atração e o uso da próclise for proibido, haverá mesóclise com os
verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
5. Depois de pontuação, não pode haver próclise, mas se for termo intercalado, a próclise
é permitida. Ex. “No Brasil, duvida- se sempre do uso adequado de recursos públicos.”
(próclise proibida). Ex. “Pedro, ao entrar na sala, me avisou do problema” ou ... avisou-me do
...
6. Com infinitivos soltos, é permitida a próclise ou a ênclise, mesmo havendo fator de atração.
• advérbios;
• palavras negativas;
• pronomes em geral (menos o pronome pessoas do caso reto)
• conjunções subordinativas;
• frases optativas. Ex. “Que Deus te abençoe!”
• palavras exclamativas. Ex. “Que o vento te leve os meus recados de saudade.”
• frases interrogativas. Ex. Quem te contou essa história?
• Em + gerúndio. Ex. Em se tratando de ...
• Quando não houver fator de atração e o pronome não estiver iniciando a frase, o pronome
pode ser colocado antes do verbo auxiliar, depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal,
desde que o verbo não esteja no particípio. O PRONOME NUNCA FICARÁ PRESO AO
PARTICÍPIO.
• Se houver fator de atração, o pronome não ficará após o verbo auxiliar, poderá ficar antes do
verbo auxiliar ou depois do verbo principal, desde que este não esteja no particípio.
A palavra crase significa “fusão”. Nos estudos de língua portuguesa, crase é o nome que
se dá à fusão de duas vogais idênticas. Tem particular importância a crase da preposição a com
o artigo feminino a(s), com o pronome demonstrativo a(s), com o a inicial dos pronomes
aquele(s), aquela(s), aquilo e com o a do relativo a qual(as quais) – em todos esses casos, a
fusão das vogais idênticas é assinalada na escrita por um acento grave.
O uso apropriado do acento indicador de crase depende essencialmente da composição
desse fenômeno. Como foi dito acima, a crase que se assinala na escrita ocorre entre uma
preposição e um artigo ou pronome. Aprender a colocar o acento consiste, portanto, em aprender
a verificar a ocorrência simultânea dessas duas palavras num ponto da cadeia sintática. Verificar
a existência de uma preposição é, antes de mais nada, aplicar os conhecimentos de regência
verbal e nominal que você
tem. Observe:
No primeiro caso, o verbo é transitivo direto (conhecer é conhecer algo ou alguém) - não
existe preposição: não pode ocorrer crase, portanto. No segundo caso, o verbo é transitivo
indireto (referir-se é referir-se a algo ou alguém) - e a preposição é precisamente a: a crase é
possível, desde que essa preposição seja seguida por um artigo feminino ou um dos pronomes
já especificados.
Para verificar a existência de um artigo feminino ou de um demonstrativo a(s) após uma
preposição a, podem-se utilizar dois expedientes práticos. O primeiro deles consiste em colocar
um termo masculino no lugar do termo feminino sobre o qual se tem dúvida. O surgimento da
forma ao denuncia, nesse caso, a ocorrência de crase. Observe:
Acostumei-me a duvidar. ➜
Cansei-me de duvidar.
Fui punido por duvidar.
Tudo consiste em duvidar.
Para completar nossos estudos, vamos agora apresentar alguns casos em que são
comuns as dúvidas relativas ao emprego do acento indicador de crase. Observe que o que
faremos a seguir consiste na aplicação prática dos conceitos e dos expedientes estudados.
A crase obviamente não ocorre diante de palavras que não podem ser precedidas de
artigo feminino. É o caso:
b. Dos verbos:
Não tenho nada a declarar. Começamos a sofrer.
Chegou a titubear. Pôs-se a andar.
Os poucos casos de pronomes que admitem artigo podem ser facilmente detectados
pela aplicação dos métodos descritos há pouco:
Nesses casos, o ‘a’ é preposição, e os substantivos estão sendo usados em sentido genérico.
Quando são usados e sentido específico, os substantivos passam a ser precedidos do artigo as;
ocorrerá, então, a crase. Compare as frases seguintes:
Esse caso não se aplica às pessoas de quem estávamos falando. Você está se referindo a vidas
humanas?
Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fazer a verificação da ocorrência da crase por
meio da troca de termo regente:
Vou à Paraíba. ➜ Vim da Paraíba. Estou na Paraíba. Vou à Itália. ➜ Vim da Itália. Estou na
Itália.
Vou à Recife. ➜ Vim de Recife. Estou em Recife.
Vou à Recife dos grandes poetas. ➜ Vim da Recife dos grandes poetas. Estou na Recife dos
grandes poetas.
Cheguei a casa. ➜ Quando não especificada, não há crase. Cheguei à casa de meus pais. ➜
Quando especificada, há crase.
A tripulação do cargueiro desceu a terra. A tripulação do cargueiro está em terra. (terra se opõe
à noção de “estar embarcado”).
À tarde
À noite
À direita
Às claras
À toa
À beça
À esquerda
Às vezes
Às ocultas
À chave
Às moscas
Às avessas
À meia noite
À uma hora
Às duas horas
Às três e quarenta
Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras repetidas femininas ou masculinas:
Cara a cara Gota a gota Passo a passo Dia a dia
A crase é facultativa diante dos nomes próprios femininos e após a preposição ate que antecede
substantivos femininos (também o é, como já vimos, no caso já apontado dos pronomes
possessivos):
A crase com o demonstrativo a(s) é detectável pelo recurso da substituição do termo regido
feminino por um termo regido masculino:
O mesmo expediente deve ser usado para detectar a crase com o pronome a qual, as quais: