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Técnico Judiciário

Edital nº 001 / 2017


TJ-RS
Sumário

Língua Portuguesa – Prof. Carlos Zambeli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


Redação – Prof. Carlos Zambeli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Matemática – Prof. Dudan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Matemática e Raciocínio Lógico – Prof. Edgar Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 397
Legislação Específica – Prof. Mateus Silveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 489
Direito Constitucional – Prof. André Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1075
Direito Constitucional – Profª Tatiana Marcello . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1351
Estatuto da Criança e do Adolescente – Prof. André Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1399
Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1463
Direito Processual Penal – Prof. Joerberth Nunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1491
Informática – Prof. Márcio Hunecke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1535
Atualidades – Prof. Cássio Albernaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1767
Atualidades – Prof. Thiago Scott . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2019
Atualidades – Prof. Luciano Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2071
Ética e Cidadania – Prof. Pedro Kuhn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2091

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Professor Carlos Zambeli

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ORTOGRAFIA

Os Porquês

1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual

•• Por que não me disse a verdade?

•• Gostaria de saber por que não me disse a verdade.

•• As causas por que discuti com ele são sérias demais.

2. por quê = por que


Mas sempre bate em algum sinal de pontuação!

•• Você não veio por quê?

•• Não sei por quê.

•• Por quê? Você sabe bem por quê!

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3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.

•• Não vá, porque você é útil aqui.

4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.

•• Ele sabe o porquê de tudo isso.

Este porquê é um substantivo.

Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?

Existem quatro porquês.

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.

São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.

São: forma reduzida de santo.


•• São José é meu santo protetor.

Eu cedo essa cadeira para minha professora!

Eu nunca acordo cedo!

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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli

•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção: corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião

Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil

Acender: pôr fogo a


Ascender: elevar-se, subir

Acessório: pertences de qualquer instrumento; que não é principal


Assessório: diz respeito a assistente, adjunto ou assessor

Caçado: apanhado na caça


Cassado: anulado

Censo: recenseamento
Senso: juízo

Cerra: do verbo cerrar (fechar)


Serra: instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar)

Descrição: ato de descrever


Discrição: qualidade de discreto

Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar

Emergir: sair de onde estava mergulhado


Imergir: mergulhar

Emigração: ato de emigrar


Imigração: ato de imigrar

Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer

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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça

Espectador: o que observa um ato


Expectador: o que tem expectativa

Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado

Incipiente: que está em começo, iniciante


Insipiente: ignorante

Mandado: ordem judicial


Mandato: período de permanência em cargo

Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir

Tacha: tipo de prego; defeito; mancha moralTaxa - imposto


Tachar: censurar, notar defeito em; pôr prego emTaxar - determinar a taxa de

Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito

Acento: inflexão de voz, tom de voz, acento


Assento: base, lugar de sentar-se

Concerto: sessão musical; harmonia


Conserto: remendo, reparação

Deferir: atender, conceder


Diferir: ser diferente, distinguir, divergir, discordar

Acerca de: Sobre, a respeito de.


Falarei acerca de vocês.
A cerca de: A uma distância aproximada de.
Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.
Há cerca de: Faz aproximadamente.
Trabalha há cerca de cinco anos

Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.

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Português – Ortografia – Prof. Carlos Zambeli

ACORDO ORTOGRÁFICO

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.


[...] J K L [...] V W X Y Z.

Usadas em
a) em símbolos de unidades de medida: km (quilômetro)/kg (quilograma)...
b) em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait,
kuwaitiano…
c) em nomes próprios de pessoas e seus derivados: Darwin, darwinismo...
d) podem ser usadas em palavras estrangeiras de uso corrente: sexy, show, download,
megabyte…

Trema

Não se usa mais o trema, que permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
antiguidade / sequência / consequência /
frequência / tranquilo / cinquenta!

Uso do hífen

Sempre se usa o hífen diante de h:


•• sub-habitação / proto-história / sobre-humano / anti-higiênico / super-homem...

Prefixo Palavra REGRA


última letra igual à primeira letra SEPARA

•• contra-ataque / semi-interno / anti-inflamatório / micro-ondas / inter-racial / sub-


bibliotecário/ super-romântico/ inter-regional
Obs. 1: com o prefixo sub-, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região,
sub-raça.

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Prefixo Palavra REGRA
última letra diferente da primeira letra JUNTAR

•• antieducativo / autoescola / infraestrutura / socioeconômico/ semiárido / agroexportador


/ semianalfabeto / coautor / subúmido
Obs. 2: O prefixo co- aglutina-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:
coordenar.

Prefixo Palavra REGRA


terminado em vogal começar por R ou S JUNTAR E DOBRAR ESSAS LETRAS

•• autossuficiente / contrarregra / cosseno / semirrígida / ultrassom microssistema / minissaia


/antissocial / semissubmersa / macrorregião /antirrábica / neorrealismo / semirreta /
biorritmo / antirrugas
Com os prefixos circum- e pan-, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
•• circum-navegação / pan-americano
Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice usa-se sempre o hífen.
•• ex-aluno / sem-terra / além-túmulo / aquém-mar / recém-casado / pós-graduação / pré-
vestibular / pró-euro / vice-rei

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Português

CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA) / FLEXÃO NOMINAL E VERBAL

A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes


gramaticais.
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição,
Conjunção e Interjeição.

Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...

Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.

Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).

•• Dor, saudade, beijo, pontapé, chute, resolução, resposta

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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...

Artigo

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.

Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.

•• Não aceito um não de você.

Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.

Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.

•• A Nossa banca é fácil.

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Adjetivo

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa"


diretamente ao lado de um substantivo.
•• O querido médico nunca chega no horário!

•• O aluno concurseiro estuda com o melhor curso.

Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.

•• Os concurseiros são dedicados.

Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)

Pronome

Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.

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•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.

•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.

Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos, de acordo com a função que


desempenham na oração.
RETOS: assumem na oração as funções de sujeito ou predicativo do sujeito.
OBLÍQUOS: assumem as funções de complementos, como o objeto direto, o objeto indireto, o
agente da passiva, o complemento nominal.

“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”

Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).

Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.

Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Verbos

As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.

Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.

Advérbio

É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

•• Ela reflete muito sobre acordar cedo!

•• Ela nunca pensa muito pouco!

•• Ela é muito charmosa.

O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…

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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.

Regência nominal: Somos favoráveis ao debate.

Zambeli, quais são as preposições?


a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante –
por – sem – sob – sobre – trás.

•• Lugar: Estivemos em Londres.


•• Origem: Essas uvas vieram da Argentina.
•• Causa: Ele morreu, por cair de um guindaste.
•• Assunto: Conversamos muito sobre política.
•• Meio: Fui de bicicleta ontem.
•• Posse: O carro é de Edison.
•• Matéria: Comprei pão de leite.
•• Oposição: Corinthians contra Palmeiras.
•• Conteúdo: Esse copo é de vinho.
•• Fim ou finalidade: Ele veio para ficar.
•• Instrumento: Você escreveu a lápis.
•• Companhia: Sairemos com amigos.
•• Modo: nas próximas eleições votarei em branco.

Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.

•• Espero que você seja estudiosa.

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.

Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.

Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta

Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.

Interjeição

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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.

A cerveja que eu bebo gelada.

André Vieira é um professor exigente.

O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.

Carlos está no meio da sala.

Leu meia página da matéria.

Aquelas jovens são meio nervosas.

Ela estuda muito.

Não faltam pessoas bonitas aqui.

O bonito desta janela é o visual.

Vi um bonito filme brasileiro.

O brasileiro não desiste nunca.

A população brasileira reclama muito de tudo.

O crescimento populacional está diminuindo no Brasil.


Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.

Classifique as palavras destacadas, usando este código


1. numeral
2. artigo indefinido
a) ( ) Um dia farei um concurso fácil!
b) ( ) Tu queres uma ou duas provas de Português?
c) ( ) Uma aluna apenas é capaz de enviar os emails.
d) ( ) Zambeli só conseguiu fazer uma prova?
e) ( ) Não tenho muitas canetas. Então pegue só uma para você!
f) ( ) Ontem uma professora procurou por você.
g) ( ) Escrevi um artigo extenso para o jornal!
h) ( ) você tem apenas um namorado né?

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:


a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.
b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato.
c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.
d) Assisti à aula de Português aqui no curso. Uma aula _________ é indispensável para mim!
e) Por que você nunca lava _________ mãos?
f) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado.
g) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui.

Classifique a classe gramatical das palavras numeradas no texto extraído do jornal


Zero Hora.
Ciência mostra que estar só pode trazer benefícios, mas também prejudicar a saúde física e
mental
As (1) pessoas preferem sofrer a ficar sozinhas e desconectadas(2), mesmo que por poucos
minutos. Foi isso(3) que mostrou um recente(4) estudo realizado por pesquisadores(5) da
Universidade de(6) Virginia, nos Estados Unidos, e publicado este(7) mês na revista científica(8)
"Science". Colocados sozinhos em uma sala(9), os voluntários do experimento deveriam passar
15 minutos sem fazer(10) nada, longe de seus(11) celulares e qualquer outro estímulo, imersos
em seus pensamentos. Mas(12), caso quisessem, bastava apertar um botão(13) e tomariam
um choque(14) elétrico(15).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.

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Português

SINTAXE DA ORAÇÃO (ANÁLISE SINTÁTICA)

Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.

SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)

Existem aqui bons alunos, boas apostilas e exemplares professores.

Discutiu-se esse assunto na aula de Português da Casa.

Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.

“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão.”

b) Com o verbo na 3ª pessoa do singular. (VI, VTI, VL) + SE


Precisa-se de muita atenção durante a aula.

Dorme-se muito bem neste hotel.

“Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud)

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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.

Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!

Deve chover nesta madrugada.

Haver - no sentido de existir, ocorrer, ou indicando tempo decorrido.


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” (Rubem
Alves)

Havia muitas coisas estranhas naquele lugar.

Deve haver bons concursos neste mês.

Devem existir bons concursos neste mês.

Fazer – indicando temperatura, fenômeno da natureza, tempo.


Faz 18ºC em Porto Alegre hoje.

Deve fazer 40ºC amanhã em Recife.

Fez calor ontem na cidade.

Faz 3 anos que eu trabalho na Casa do Concurseiro.

Está fazendo 10 meses que nós nos vimos aqui.

Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.

Hoje é dia 29 de abril.

Eram dezessete horas em Brasília.

Daqui até Porto Alegre são 229 km.

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.

“Parecia que era minha aquela solidão.”

Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.

Seria interessante se você estudasse pela Casa.

TRANSITIVIDADE VERBAL

1. Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento.


“O poeta pena quando cai o pano, e o pano cai.” (Teatro Mágico)

“Meu coração já não bate nem apanha. ” (Arnaldo Antunes)

2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)

“Por onde andei enquanto você me procurava?” (Nando Reis)

3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)

“Acreditar por um instante em tudo que existe.” (Legião)

4. Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – precisa de 2 complementos. (OD e OI)


“A Mônica explicava ao Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar.” (Legião)

“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)

5. Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação.


Esses verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características. Estas características
são chamadas de predicativo do sujeito.
“O sonho é a realização de um desejo.” (Freud) ser, viver, acha, encontrar, fazer,
Tu estás cansado agora? parecer, estar, continuar, ficar,
permanecer, andar, tornar, virar

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ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.

Advérbio X Adjunto Adverbial


Hoje eu prometo a você uma taça de vinho na minha casa alegremente!
Ontem assisti à aula do Zambeli na sala confortavelmente

APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!

Sempre me disseram duas coisas: estude e divirta-se.

“Não chore, meu amor, tudo vai melhorar” (Natiruts)

Adjunto adnominal é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de


palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivo, artigos,
pronomes, numerais, locução adjetiva. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que
modificara o nome ao qual se refere.
Artigo – O preço do arroz subiu.
Adjetivos – A política empresarial deve ser o grande debate no seminário.
Pronome – Algumas pessoas pediram essas dicas.
Numeral – Dez alunos dedicados fizeram o nosso simulado.
Locução adjetiva – A aula de Português sempre nos emociona muito!

Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

Temos necessidade de ajuda.

Estamos confiantes na vitória.

OBS.: o complemento nominal pode ser representado por um pronome oblíquo.


Aquela atitude lhe era prejudicial.

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal


a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os
complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Logo, o
termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento
nominal.
b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que
recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.

CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.

A vila aguarda a construção da escola.

A autora fez uma mudança de cenário.

Observamos o crescimento da economia.

Assaltaram a loja de brinquedos.

Sujeito X Objeto Direto


Existiram algumas reclamações nesta semana.

Ouvi algumas reclamações nesta semana.

Bastam três gostas do remédio.

Tomaram três gostas do remédio.

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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!

Estudamos todas as matérias!

Assisti aos vídeos no sábado.

Vi os vídeos no sábado.

Objeto Indireto X Complemento Nominal


O livro resistiu ao tempo.

O livro ofereceu resistência ao tempo.

Tenho necessidade de algum tempo livre.

Necessito de algum tempo livre.

Predicativo do sujeito X Adjunto Adverbial


Eu estava nervoso.

Eu estava na rua.

Edgar anda rápido.

Edgar anda estressado.

Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.


a) O aluno voltou da prova.

b) Fatos impressionantes relatou-nos aquele professor.

c) O professor do curso ofereceu-lhe um lugar melhor na sala.

d) Procurei-a por toda a cidade.

e) “Assaltaram a gramática, assassinaram a lógica...”

f) Talvez ainda haja questões difíceis.

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.

h) A prova foi interessante.

i) Hotel oferece promoções aos clientes.

j) Contei-lhe uma historia verdadeira!

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Português

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.

Verbos Intransitivos

Os verbos intransitivos não possuem complemento. São verbos significativos, capazes de


constituir o predicado sozinhos. Sua semântica é completa.
•• O balão subiu.
•• O cão desapareceu desde ontem.
•• Aquela geleira derreteu no inverno passado.

Verbos Transitivos Diretos

Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.

Verbos Transitivos Indiretos

Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!

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Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos

Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.

Verbos de Ligação

Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...

Pronome relativo

QUE:
Retoma pessoas ou coisas.

•• André Vieira, que me ensinou Constitucional, é uma grande professor!

•• Os arquivos das provas de que preciso estão no meu email.

•• O colega em que confio é o Dudan.

Função sintática dos pronomes relativos

Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

Objeto direto

•• Chegaram as apostilas que comprei no site.

Objeto indireto

•• Aqui há tudo de que você precisa para o concurso.

Complemento nominal

•• São muitas aprovações de que a Casa do Concurseiro é capaz.

Predicativo do sujeito

•• Reconheço a grande mulher que você é.

Agente da passiva

•• Aquela é a turma do curso por que foste homenageado?

Adjunto adverbial

•• Este é o curso em que trabalho de segunda a sábado!

QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.

•• A professora em quem tu acreditas pode te ajudar.

•• O amigo de quem Pedro precisará não está em casa.

•• O colega a quem encontrei no concurso foi aprovado.

O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.

•• O chocolate de que gosto está em falta.

•• O chocolate do qual gosto está em falta.

•• A paixão por que lutarei.

•• A paixão pela qual lutarei.

www.acasadoconcurseiro.com.br 33
•• A prova a que me refiro foi anulada.

•• A prova à qual me refiro foi anulada.

CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.

•• A prova cujo assunto eu não sei será amanhã!

•• A professora com cuja crítica concordo estava me orientando.

•• A namorada a cujos pedidos obedeço sempre me abraça forte.

ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE

•• O país aonde viajarei é perto daqui.

•• O problema em que estou metido pode ser resolvido ainda hoje.

•• O lugar onde deixo meu carro fica próximo daqui.

Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:

•• O policial não assistiu as vítimas durante a prova = O policial não as assistiu...

•• O conselho tutelar assiste todas as crianças.

VTI: ver, olhar, presenciar (prep. A obrigatória):

•• Assistimos ao vídeo no youtube = Assistimos a ele.

•• O filme a que eu assisti chama-se “ Intocáveis”.

Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:

•• Pagou a conta.

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

VTI: OI – A alguém:

•• Pagou ao garçom.

VTDI: alguma COISA A ALGUÉM:

•• Pagou a dívida ao banco.

•• Pagamos ao garçom as contas da mesa.

Querer
VTD – desejar, almejar:

•• Eu quero esta vaga para mim.

VTI – estimar, querer bem, gostar:

•• Quero muito aos meus amigos.

•• Quero a você, querida!

Implicar
VTD: acarretar, ter consequência

•• Passar no concurso implica sacrifícios.

•• Essas medidas econômicas implicarão mudanças na minha vida.

VTI: ter birra, implicância

•• Ela sempre implica com meus amigos!

Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y

•• Prefiro concursos federais a concursos estaduais.

Ir, Voltar, Chegar


Usamos as preposições A ou DE ou PARA com esses verbos.

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•• Chegamos a casa.

•• Foste ao curso.

Esquecer-se, Lembrar-se: VTI (DE)


Esquecer, Lembrar: VTD
•• Eu nunca me esqueci de você!

•• Esqueça aquilo.

•• O aluno cujo nome nunca lembro foi aprovado.

•• O aluno de cujo nome nunca me lembro foi aprovado.

Aspirar
VTD – respirar

•• Naquele lugar, ele aspirou o perfume dela.

•• O cheiro que aspiramos era do gás!

VTI – desejar, pretender

•• Alexandre aspira ao sucesso nos concursos!

•• O cargo a que todos aspiram está neste concurso.

Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A

•• Zambeli nunca obedece ao sinal de trânsito.

Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:

•• A prova do concurso constará de trinta questões objetivas.

(B) No sentido de “estar incluído, registrado”, constrói-se com a preposição EM:

•• Seu nome consta na lista de aprovados do concurso!

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

Visar
VTD – quando significa “mirar”

•• O atirador visou o alvo certo!

VTD – quando significa “assinar”

•• Você já visou o chegue?

VTI – quando significar “ almejar, ter por objetivo”

•• Visamos ao sucesso no vestibular de verão!

•• A vaga a que todos visam está desocupada.

Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.

•• Logo procederemos à reunião.

VTI (de) – originar-se.

•• Ele procede de boa família.

VI – ter lógica.

•• Teus argumentos não procedem.

Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!

Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!

Simpatizar/ antipatizar – VTI


•• Eu simpatizei com ela.

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Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivos e seu


respectivo complemento nominal. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.
Deve-se considerar que muitos nomes seguem exatamente a mesma regência dos verbos
correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime
dos nomes cognatos. Por exemplo, obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
complementos introduzidos pela preposição a: obedecer a algo/a alguém; obediência a algo/a
alguém; obediente a algo/a alguém; obedientemente a algo/a alguém.

admiração a, por horror a


atentado a, contra impaciência com
aversão a, para, por medo a, de
bacharel em, doutor em obediência a
capacidade de, para ojeriza a, por
devoção a, para com, por proeminência sobre
dúvida acerca de, em, sobre respeito a, com, para com, por

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal


a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os
complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Logo, o ermo
ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.

b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a


substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que
recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.

•• A vila aguarda a construção da escola.

•• A autor fez uma mudança de cenário.

•• Observamos o crescimento da economia.

•• Assaltaram a loja de brinquedos.

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Português

SINTAXE DO PERÍODO

Coordenativas: Ligam orações independentes, ou seja, que possuem sentido completo.

1. Aditivas: Expressam ideia de adição, soma, acréscimo.


São elas: e, nem,não só... mas também, mas ainda, etc.
•• “A alegria evita mil males e prolonga a vida.” (Shakespeare)

•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)

•• Não avisaram sobre o feriado, nem cancelaram as aulas.

2. Adversativas: Expressam ideia de oposição, contraste.


São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.

•• “Sejamos todas as capas de edição especial, mas, porém, contudo, entretanto, todavia, não
obstante sejamos também a contracapa, porque ser a capa e ser contracapa é a beleza da
contradição.” (Teatro Mágico)

•• “Todos caem; apenas os fracos, porém, continuam no chão.” (Bob Marley)

3. Alternativas: Expressam ideia de alternância ou exclusão.


São elas; ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, etc.
•• “Toda ação humana, quer se torne positiva, quer negativa, precisa depender de motivação.” (Dalai Lama)

•• Ora estuda com disposição, ora dorme em cima das apostilas.

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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.

•• Apaixonou-se; deve, pois, sofrer em breve.

•• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)

5. Explicativas: A segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira


oração. São elas: pois, porque, que.

•• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)

•• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)

•• Edgar devia estar nervoso, porque não parava de gritar na aula.

Subordinativas: ligam orações dependentes, de sentido incompleto, a uma oração principal


que lhe completa o sentido. Podem ser adverbiais, substantivas e adjetivas; neste caso,
estudaremos as conjunções que introduzem as orações subordinadas adverbiais.

1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.

•• “Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.” (Willian


Shakespeare)

•• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)

2. Comparativas: Estabelecem uma comparação com o elemento da oração principal. São


elas: como, que (precedido de “mais”, de “menos”, de “tão”), etc.

•• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)

•• “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.” (Legião)

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Português – Sintaxe do Período – Prof. Carlos Zambeli

3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres, enfim,

tem de ser bem devagarinho, Amada,

que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)

•• “Se as pessoas são boas só porque temem a punição, e esperam a recompensa, então nós
somos mesmo uns pobres coitados.” (Albert Einstein)

4. Consecutivas: Expressam ideia de consequência ou efeito do fato expresso na oração


principal. São elas: que (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.), de
modo que, de sorte que, de maneira que, etc.

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)

•• A gente estuda tanto durante a semana que no sábado só quer revisar Português.

5. Conformativas: Expressam ideia de conformidade ou acordo em relação a um fato expresso


na oração principal. São elas: conforme, segundo, consoante, como.

•• Segundo indicam as pesquisas, o candidato não tem chances.

•• Como tínhamos imaginado, a Casa do Concurseiro sempre é a melhor opção.

6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.

•• “Mesmo que seja desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para
mim, vencer é nunca desistir.” (Albert Einstein)

•• “Ainda que o bem que persigo esteja distante, sei que existe.” (Confúcio)

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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.

“Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui;


Sê todo em cada coisa; põe quanto és
No mínimo que fazes;
Assim em cada lago, a lua toda
Brilha porque alta vive.” (Fernando Pessoa)

•• As pessoas devem estudar para que seus sonhos se realizem.

8. Proporcionais: Expressam ideia de proporção, simultaneidade. São elas: à medida que, à


proporção que, ao passo que, etc.

•• Ao passo que o tempo corre, mais nervoso vamos ficando.

9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.

•• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)

•• “Preciso demonstrar pra ela que mereço seu tempo para dizer um pouco das ideias novas."
(Natiruts)

10. Temporais: expressam anterioridade, simultaneidade, posteridade relativas ao que vem


expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, assim que, desde que, logo que,
depois que, antes que, sempre que, etc.

•• “Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti .” (Tim Maia)

•• “Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você.” (Teatro Mágico)

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Português
Português

PONTUAÇÃO

Emprego da vírgula

Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)

•• Os jornais informaram aos leitores os últimos concursos.

Dica zambeliana = Não se separam por vírgula:

•• predicado de sujeito = Ocorrem, alguns protestos no centro!

•• objeto de verbo = Enviamos, ao grupo, todas as questões.

•• adjunto adnominal de nome = A questão, de Português, está comentada no site!

Entre os termos da oração

1. para separar itens de uma série (Enumeração)

•• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso

próprio trem, nossa Jerusalém, nosso mundo, nosso carrossel.” (Jeneci)

•• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.

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2. para assinalar supressão de um verbo.
•• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.

3. para separar o adjunto adverbial deslocado.


•• “No meio do caminho, tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho.”
(Carlos Drummond de Andrade)

•• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.

•• A mentira é, muita vezes, tão involuntária como a respiração. (Machado de Assis)

Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.

•• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)

4. para separar o aposto.


•• “Pois eu vou fazer uma prece prá Deus, nosso Senhor, prá chuva parar de molhar o meu
divino amor...” (Jorge Ben)

•• O FGTS, conta vinculada ou poupança forçada, é um direito dos trabalhadores rurais e


urbanos que está expresso no artigo 7º da Constituição Federal, a Carta Magna.

5. para separar o vocativo.


•• “É, morena, tá tudo bem, sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus.” (Marcelo Camelo)

6. para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou


enfáticas (aliás, além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor,
por exemplo, etc).
•• “A vida, enfim, vivida de manhã quando tenho você.” (Vanguart)

•• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a

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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli

pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.

Entre as orações

1. para separar orações coordenadas assindéticas.

•• ” O girino é o peixinho do sapo, o silêncio é o começo do papo, o bigode é a antena do gato,

o cavalo é o pasto do carrapato, o cabrito é o cordeiro da cabra, o pescoço é a barriga da

cobra.” (Arnaldo Antunes)

•• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)

2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações


coordenadas são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ...
ou, ora ... ora), adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e
explicação (porque, pois).
•• Estudar para concursos é coisa séria entretanto as pessoas, muitas vezes, levam na
brincadeira.

•• Estou sem celular, portanto não estarei respondendo no whats!

3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)

•• “A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é


impossível sem um rigoroso controle da gula.” (Mahatma Gandhi)

4. para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.


•• Em determinado momento, todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)

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5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
•• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.

•• Começaremos, assim que todos os alunos chegarem, a trabalhar.

6. Orações subordinadas adjetivas


Podem ser:
a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma
qualidade que não é inerente ao substantivo.

•• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)

•• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)

•• “ Eu tenho meus amigos que só aparecem quando eu bebo.” (Vanguart)

b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente


(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.

•• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

•• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.

•• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.

Emprego do Ponto-e-Vírgula

1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.

•• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,

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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli

quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)

•• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)

2. para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam


deslocadas.
•• “A carne é boa; não creio, porém, que valha a de um camundongo, mas camundongo é que
não há aqui.” (Machado de Assis)

•• Vamos terminar este namoro; considere-se, portanto, livre deste compromisso.

3. para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia,


entretanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula.
•• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.

Emprego dos Dois-Pontos

1. para anunciar uma citação.


•• Já dizia Freud: “Poderíamos ser melhores, se não quiséssemos ser tão bons.”

2. para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência


ou um esclarecimento.
•• “O uísque é o melhor amigo do homem: é um cachorro engarrafado.” (Vinícius de Moraes)

•• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.

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Português

IDENTIFICAÇÃO DA IDEIA CENTRAL

Trata-se de realizar “compreensão” de textos, ou seja, estabelecer relações com os


componentes envolvidos em dado enunciado, a fim de que se estabeleçam a apreensão e a
compreensão por parte do leitor.

Interpretar x Compreender

INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que

Procedimentos

Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”

Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.

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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.

1. Fonte bibliográfica: revista periódica de circulação nacional. O próprio nome da revista –


Vida Simples – indica o ponto de vista dos artigos nela veiculados.
2. O fato de o texto não ser assinado permite-nos concluir que se trata de um EDITORIAL
(texto opinativo) ou de uma NOTÍCIA (texto informativo).
3. O fato de o título do texto ser uma pergunta permite-nos concluir que o texto constitui-se
em uma resposta (geralmente, nos primeiros períodos).
4. Identificação do tópico frasal: percebido, via de regra, no 1º e no 2º períodos, por meio das
palavras-chave (expressões substantivas e verbais): não existam / comprovações científicas /
especialistas acreditam / banhos de mar / benefícios à saúde.
5. Identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque
do assunto: água marinha / alivia tensões musculares / pode ser considerada energizante /
terapeuta / ondas do mar / estimula a circulação sanguínea / aumento da oxigenação das células
/ talassoterapia / água do mar / tratar doenças / conhecimento / carece de embasamento
científico.

1. Qual é a ideia central do texto acima?


a) Os depoimentos científicos sobre as propriedades terapêuticas do banho de mar são
contraditórios.
b) Molhar-se com água salgada é energizante, mas há necessidade de cuidados com infecções.
c) O banho de mar tem uma série de propriedades terapêuticas, que não têm comprovação
científica.
d) Os trabalhos científicos sobre as propriedades medicinais do banho de mar têm publicações
respeitadas no meio científico.
e) A água do mar é composta por vários elementos químicos e bactérias que atuam no sistema
nervoso.

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Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli

Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.

2. Comprovação = campo lexical.

3. Resposta correta = a mais completa


(alternativa com maior número de palavras-chave destacadas no texto).

Campo Lexical

Conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.


Exemplo:
•• Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação
•• Concurso, prova, gabarito, resultado, candidato, gabarito

EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”

2. Nessa declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem


a) moral.
b) militar.
c) jurídica.
d) religiosa.
e) econômica.

Gabarito: 1. C 2. E

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Português

ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA

Que que é isso?


Genericamente, estratégias textuais, linguísticas e discursivas seriam "táticas", "escolhas" do
falante/ escritor com relação ao modo como ele se utiliza da linguagem. 
As estratégias textuais dizem respeito especificamente à construção do texto – oral ou escrito
–, considerando que o texto é uma tessitura de linguagem que se enquadra em determinada
esfera e gênero, que detém sentido para o falante e para o interlocutor, e que depende de
certas características (como coesão e coerência) para ser adequadamente construído e
apropriadamente chamado de texto.
As estratégias linguísticas estão mais diretamente ligadas à linguagem em sua acepção
estruturalista/formalista: léxico, sintaxe, prosódia. As estratégias discursivas dizem respeito à
linguagem enquanto discurso, ou seja, interação, envolvendo sujeitos, contexto, condições de
produção.

(Gazeta do Povo, online. 05.03.2009)

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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico

Paráfrase é a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado, sem prejuízo do sentido


original.
A paráfrase pode ser construída por várias formas:
•• substituição de locuções por palavras;
•• uso de sinônimos;
•• mudança de discurso direto por indireto e vice-versa;
•• conversão da voz ativa para a passiva;
•• emprego de antonomásias ou perífrases (Machado de Assis = O bruxo do Cosme Velho; o
povo lusitano = portugueses).

EXEMPLIFICANDO

1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado

Epidemia: manifestação muito numerosa de qualquer fato ou conduta; proliferação generalizada.


Disseminar: espalhar(-se), difundir(-se), propagar(-se).

2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.

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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli

2. Observação de palavras de cunho categórico: Advérbios & Artigos

3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado

4. Por meio da afirmativa destacada, o autor


Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para
inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de
fevereiro, uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura
da Constituição liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar
todas as janelas do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
a) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito da atitude do rei diante da iminência da
Revolução do Porto.
b) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, acuado, passa o poder para as mãos do
filho. de modo inflexível – loc. adverbial
c) demonstra que o rei era dono de uma personalidade intempestiva, que se assemelhava a
uma chuva forte.
d) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado com a informação recebida.
e) utiliza-se de ironia para induzir o leitor à conclusão de que seria mais do que justo depor o
rei. mais do que justo – expressão adverbial

5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado

6. Assinale a opção correta.


Mas, como toda novidade, a nanociência está assustando. Afinal, um material com
características incríveis poderia também causar danos incalculáveis ao homem ou ao meio
ambiente. No mês passado, um grupo de ativistas americanos tirou a roupa para protestar
contra calças nanotecnológicas que seriam superpoluentes.
a) Coisas novas costumam provocar medo nas pessoas.
b) Produtos criados pela nanotecnologia só apresentam pontos positivos.
c) Os danos ao meio ambiente são provocados pela nanotecnologia.
d) Os ativistas mostraram que as calças nanotecnológicas provocam poluição.

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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.

EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que 
é possível dominar as incertezas da existência por  meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do  saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E

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Estratégia linguística 2 (agora vai)

1. Observação de palavras de cunho categórico:

•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas

Tempos Verbais

1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.

2. Provoca-se incoerência textual e perde-se a noção de continuidade da ação ao se substituir a


expressão verbal vem produzindo por tem produzido.
Na verdade, a integração da economia mundial — apontada pelas nações ricas e seus prepostos
como alternativa única — vem produzindo, de um lado, a globalização da pobreza e, de outro,
uma acumulação de capitais jamais vista na história, o que permite aos grandes grupos
empresariais e financeiros atuar em escala mundial, maximizando oportunidades e lucros.
( ) Certo ( ) Errado

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Expressões Restritivas

3. Depreende-se da argumentação do texto que o autor considera as instituições como as únicas


“características fixas” aceitáveis de “democracia”.
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo ca-
pitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das socie-
dades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito
do que significa democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas,
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se esgota nelas. [...]
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com
adaptações).

( ) Certo ( ) Errado

4. Considerado corretamente o trecho, o segmento grifado em A colonização do imaginário não


busca nem uma coisa nem outra deve ser assim entendido:
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de alguns historiadores, de abandonar uma
visão eurocêntrica da “conquista” da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do ponto de
vista dos “vencidos”, enquanto outros continuaram a reconstituir histórias da instalação de
sociedades europeias em solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos documentos
produzidos no período colonial informações sobre os mundos indígenas demolidos pela
colonização. A colonização do imaginário não busca nem uma coisa nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A
colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol
(séculos XVI-XVIII)).

a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.

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Expressões Totalizantes

5. De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no Planeta,


A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas como a funções e coloca
problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a
biodiversidade pode significar:
•• a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical;
•• a proteção das populações cujos sistemas de produção e de cultura repousam num dado
ecossistema;
•• a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria
prima, para produzir mercadorias.
a) o principal desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas.
b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos,
independentemente do equilíbrio ecológico.
c) deve-se valorizar o equilíbrio do ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da
terra e de seus recursos.
d) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações
não devem constituir preocupação para ninguém.
e) há diferentes visões em jogo, tanto as que consideram aspectos ecológicos, quanto as que
levam em conta aspectos sociais e econômicos.

6. A argumentação do texto desenvolve-se no sentido de se compreender a razão por que


Quando alguém ouve que existem tantas espécies de plantas no mundo, a primeira reação
poderia ser: certamente, com todas essas espécies silvestres na Terra, qualquer área com um
clima favorável deve ter tido espécies em número mais do que suficiente para fornecer muitos
candidatos ao desenvolvimento agrícola.
Mas então verificamos que a grande maioria das plantas selvagens não é adequada por
motivos óbvios: elas servem apenas como madeira, não produzem frutas comestíveis e suas
folhas e raízes também não servem como alimento. Das 200.000 espécies de plantas selvagens,
somente alguns milhares são comidos por humanos e apenas algumas centenas dessas são mais
ou menos domesticadas. Dessas várias centenas de culturas, a maioria fornece suplementos
secundários para nossa dieta e não teriam sido suficientes para sustentar o surgimento de
civilizações. Apenas uma dúzia de espécies representa mais de 80% do total mundial anual
de todas as culturas no mundo moderno. Essas exceções são os cereais trigo, milho, arroz,
cevada e sorgo; o legume soja; as raízes e os tubérculos batata, mandioca e batata-doce; fontes
de açúcar como a cana-de-açúcar e a beterraba; e a fruta banana. Somente os cultivos de
cereais respondem atualmente por mais da metade das calorias consumidas pelas populações
humanas do mundo.
Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás, é menos
surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande
potencial. Nossa incapacidade de domesticar uma única planta nova que produza alimento nos
tempos modernos sugere que os antigos podem ter explorado praticamente todas as plantas
selvagens aproveitáveis e domesticado aquelas que valiam a pena.
(Jared Diamond. Armas, germes e aço)

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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.

Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.

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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli

d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.

Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.

EXEMPLIFICANDO

8. Acerca do texto, são feitas as seguintes afirmações:


No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de escravos de
uma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros.
Essa política, a multiplicidade linguística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram
da África dificultaram a formação de grupos solidários que retivessem o patrimônio cultural
africano, incluindo-se aí a preservação das línguas.
Porém alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas – e indígenas – como um mal
necessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo, alguns
clérigos aprenderam as línguas africanas [...]. Outras pessoas, por se envolverem com o tráfico
negreiro [...], devem igualmente ter-se familiarizado com as línguas dos negros.
I – os portugueses impediram totalmente a concentração de escravos da mesma etnia nas
propriedades e nos navios negreiros.
II – a política dos portugueses foi ineficiente, pois apenas a multiplicidade cultural dos negros,
de fato, impediu a formação de núcleos solidários.
III – Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africana teve penetração entre alguns
senhores e clérigos. Cada um, é bem verdade, tinha objetivos específicos para tanto.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

9. Considere as afirmações feitas acerca do texto:


Macaco Esperto
Chimpanzés, bonobos e gorilas possuem uma função cerebral relacionada à fala que se pensava
exclusiva do ser humano. Isso sugere que a evolução da estrutura cerebral da fala começou
antes de primatas e humanos tomarem caminhos distintos na linha da evolução. O mais perto
que os primatas chegaram foi gesticular com a mão direita ao emitir grunhidos.

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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Gabarito: 1. A 2. E 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. D

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Português

INFERÊNCIA

Que que é isso?


INFERÊNCIA – ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados – “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”,
Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia.

Observe a seguinte frase:


Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.

O autor transmite 2 informações de maneira explícita:


a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.

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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.

1. “O tempo continua ensolarado”,


Comunica-se, de maneira explícita, que, no momento da fala, faz sol, mas, ao mesmo tempo, o
verbo “continuar” permite inferir que, antes, já fazia sol.

2. “Pedro deixou de fumar”


Afirma-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma. O verbo “deixar”, todavia,
transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.

1. A leitura atenta da charge só não nos permite depreender que


a) é possível interpretar a fala de Stock de duas maneiras.
b) Wood revela ter-se comportado ilicitamente.
c) há vinte anos, a sociedade era mais permissiva.
d) as atividades de Wood eram limitadas.
e) levando-se em conta os padrões morais de nossa sociedade, uma das formas de entender a
fala de Stock provoca riso no leitor.

2. Observe a frase que segue:


É preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um ataque norte-coreano.
Sobre ela, são feitas as seguintes afirmações:
I – O conteúdo explícito afirma que há necessidade da construção de mísseis, com a finalidade
de defesa contra o ataque norte-coreano.
II – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que os norte-coreanos
pretendem atacar o Ocidente.
III – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que a negociação com os
norte-coreanos é o único meio de dissuadi-los de um ataque ao Ocidente.

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Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

Inferência Verbal X Não-verbal

Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.

Pressuposto: Os convidados já deviam ter chegado ou os convidados chegarão mais tarde.

b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.

Pressuposto: O desvio não era público antes.

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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.

Pressuposto: Todos os políticos defendem tão somente seus interesses.

d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.

Pressuposto: Existem partidos “de fachada” no Brasil.

Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.

3. Infere-se do texto que


a) o ato de informar pode ser manipulado em função da defesa de interesses pessoais de
quem escreve.
b) a ausência de viés compromete a carga de veracidade de dados da realidade.
c) a atitude de neutralidade é meio indispensável para a boa aceitação de uma notícia.
d) o escritor tendencioso põe em risco sua posição perante o público.
e) o bom escritor tem em mira a verdade objetiva dos fatos. 

4. Infere-se ainda o texto que


a) uma mensagem será tanto mais aceita quanto maior for a imparcialidade do escritor.
b) o escritor, fingindo neutralidade, será mais capaz de interessar o leitor.
c) o interesse da leitura centraliza-se na análise dos pormenores relatados.
d) o viés introduz uma nota de humor na transmissão de uma mensagem.
e) o leitor deve procurar reconhecer todo tipo de viés naquilo que lê.

Gabarito: 1. C 2. D 3. A 4. A

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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS

COMPREENSÃO DE TEXTOS

Estabelecimento de relações entre os componentes envolvidos em dado enunciado. Assinalar


a resposta correta consiste em encontrar, no texto, as afirmações feitas nas alternativas, e vice-
versa.

PROCEDIMENTOS DE APREENSÃO DO TEXTO


1. Leitura da fonte bibliográfica;
2. leitura do título;
3. leitura do enunciado;
4. leitura das afirmativas;
5. destaque das palavras-chave das afirmativas;
6. procura, no texto, das palavras-chave destacadas nas alternativas.

Será a felicidade necessária? (2)


Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da
pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é
procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir
da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O
segundo é examinar-se, em busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no
emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente,
parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento
de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de
(6) permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada,
o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma
tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que
entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na
profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se
não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar.
Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno
de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142) (1)

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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.

1. De acordo com o texto, (3)


•• Devido à expressão “De acordo com”, podemos afirmar que se trata, tão somente, de
compreender o texto.
•• Outras expressões possíveis: “Segundo o texto”, “Conforme o texto”, “Encontra suporte no
texto”, ...
Assim sendo,
Compreensão do texto: RESPOSTA CORRETA = paráfrase MAIS COMPLETA daquilo que foi
afirmado no texto.
Paráfrase: versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo
mais fácil ao entendimento.

1. De acordo com o texto,


a) a realização pessoal que geralmente faz parte da vida humana, como o sucesso no trabalho,
costuma ser percebida como sinal de plena felicidade.
b) as atribuições sofridas podem comprometer o sentimento de felicidade, pois superam os
benefícios de conquistas eventuais.
c) o sentimento de felicidade é relativo, porque pode vir atrelado a circunstâncias diversas da
vida, ao mesmo tempo que deve apresentar constância.
d) as condições da vida moderna tornam quase impossível a alguma pessoa sentir-se feliz,
devido às rotineiras situações da vida.
e) muitos pais se mostram despreparados para fazer com que seus filhos planejem sua vida
no sentido de que sejam, realmente, pessoas felizes.

Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.

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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

Evidentemente, as várias culturas e sociedades não definiram nem definem a violência da


mesma maneira, mas, ao contrário, dão-lhe conteúdos diferentes, segundo os tempos e os
lugares. No entanto, malgrado as diferenças, certos aspectos da violência são percebidos da
mesma maneira, formando o fundo comum contra o qual os valores éticos são erguidos.
Marilena Chauí. In: Internet: <www2.uol.com.br/aprendiz> (com adaptações).

Julgue o item a seguir.


Conclui-se a partir da leitura do texto que, apesar de diferenças culturais e sociais, é por
meio dos valores éticos estabelecidos em cada sociedade que se conserva o grupo social e se
protegem seus membros contra a violência.
( x ) Certo ( ) Errado
2º parágrafo

Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.

EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)

Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)

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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II

ERROS COMUNS COMPREENSÃO DE TEXTOS


O primeiro passo para acertar é entender o que está sendo pedido no enunciado e o que dizem
as alternativas ou itens. Algumas questões dão "pistas" no próprio enunciado. Assim sendo, é
fundamental "decodificar" os verbos que nele e nas alternativas se encontram.
Alguns verbos utilizados nos enunciados
•• Afirmar: certificar, comprovar, declarar.
•• Explicar: expor, justificar, expressar, significar.
•• Caracterizar: distinguir, destacar as particularidades.
•• Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (determinada coisa), ser feito, formado ou
composto de.
•• Associar: estabelecer uma correspondência entre duas coisas, unir-se, agregar.
•• Justificar: provar, demonstrar, argumentar, explicar.
•• Comparar: relacionar (coisas animadas ou inanimadas, concretas ou abstratas, da mesma
natureza ou que apresentem similitudes) para procurar as relações de semelhança ou de
disparidade que entre elas existam; aproximar dois ou mais itens de espécie ou de natureza
diferente, mostrando entre eles um ponto de analogia ou semelhança.
•• Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação.
•• Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a significação precisa de, retratar, conceituar,
explicar o significado.
•• Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção entre, reconhecer as diferenças.
•• Identificar: distinguir os traços característicos de; reconhecer; permitir a identificação,
tornar conhecido.
•• Classificar: distribuir em classes e nos respectivos grupos, de acordo com um sistema ou
método de classificação; determinar a classe, ordem, família, gênero e espécie; pôr em
determinada ordem, arrumar (coleções, documentos etc.).
•• Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se.
•• Determinar: precisar, indicar (algo) a partir de uma análise, de uma medida, de uma
avaliação; definir.
•• Citar: transcrever, referir ou mencionar como autoridade ou exemplo ou em apoio do que
se afirma.
•• Indicar: fazer com que, por meio de gestos, sinais, símbolos, algo ou alguém seja visto;
assinalar, designar, mostrar.
•• Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir.
•• Inferir: concluir, deduzir.
•• Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor etc.
•• Propor: submeter (algo) à apreciação (de alguém); oferecer como opção; apresentar,
sugerir.
•• Depreender: alcançar clareza intelectual a respeito de; entender, perceber, compreender;
tirar por conclusão, chegar à conclusão de; inferir, deduzir.
•• Aludir: fazer rápida menção a; referir-se.
(Fonte: dicionário Houaiss)

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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

ERROS COMUNS COMPREENSÃO DE TEXTOS

EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.

PRECONCEITOS

EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.

1. Assinale a alternativa cuja afirmação não encontra suporte no texto.


a) A solução encontrada por Ida lançou mão das novas tecnologias educacionais.
b) O problema enfrentado por Ida, bem como a solução por ela encontrada, faz parte da
realidade de muitas pessoas no Brasil.
c) A Educação a Distância já é uma realidade brasileira.
d) O ensino oferecido pela web abrange uma vasta gama de possibilidades, buscando atender
a variadas tendências intelectuais.
e) Os cursos oferecidos pela web não podem ser considerados de grande importância, tendo
em vista não contemplarem a modalidade presencial e abordarem tão somente aspectos
triviais do conhecimento.

REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.

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EXEMPLIFICANDO

Bichos para a Saúde


Está nas livrarias a obra O poder curativo dos bichos. Os autores, Marty Becker e Daniel Morton,
descrevem casos bem-sucedidos de pessoas que derrotaram doenças ou aprenderam a viver
melhor graças à ajuda de algum animalzinho. Cães, gatos e cavalos estão entre os bichos
citados.
(ISTO É)

2. De acordo com o texto,


a) pessoas que têm animais de estimação são menos afeitas a contrair doenças.
b) a convivência entre seres humanos e animais pode contribuir para a cura de males físicos
daqueles.
c) indivíduos que têm cães e gatos levam uma existência mais prazerosa.
d) apenas cães, gatos e cavalos são capazes de auxiliar o ser humano durante uma
enfermidade.
e) pessoas bem-sucedidas costumam ter animais de estimação.
(A) EXTRAPOLAÇÃO: contrair doenças ≠ derrotar doenças.
(C) REDUÇÃO: cães e gatos < animalzinho.
(D) REDUÇÃO: cães, gatos e cavalos < animalzinho.
(E) EXTRAPOLAÇÃO: pessoas bem-sucedidas > casos bem-sucedidos de pessoas que derrotaram
doenças.

CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.

EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)

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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.

( x ) Certo ( ) Errado

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Português

COMPREENSÃO GRAMATICAL DO TEXTO

Estabelecimento de relações entre os aspectos semânticos e gramaticais envolvidos em dado


anunciado.
Procedimentos

1. Leitura do enunciado e das alternativas;

2. identificação do aspecto gramatical apontado no enunciado e/ou na alternativa

3. Aplicação das técnicas de compreensão, inferência e vocabulário.


Os Pais de hoje constumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. [...] É irrelevante
que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos
na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora felicdade é coisa
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não
for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venham a abrigar. Se ainda
for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos
mais cruel para a pobre criança
ORA:
Advérbio = nesta ocasião; AGORA; A lei, ora apresentada, proíbe a venda de armas.
Conjunção = Ou... ou...: Ora ria, ora chorava. / Entretanto, mas: Eu ofereci ajuda; ora, orgulhosa
como é, nem aceitou.
Interjeição = manifesta surpresa, ironia, irritação etc.

1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.

2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à

www.acasadoconcurseiro.com.br 75
mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.

3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.

4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.

5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.

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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli

d) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.


e) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.

6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.

5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.

Gabarito: 1. B 2. A 3. C 4. B 5. D 6. B 7. E

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Português

DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO

O signo linguístico (a palavra) é constituído pelo significante – parte perceptível, constituída de


sons – e pelo significado (conteúdo) – a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que
ouvimos, percebemos um conjunto de sons (o significante), que nos faz lembrar um conceito (o
significado).
Denotação: resultado da união entre o significante e o significado, ou entre o plano da
expressão e o plano do conteúdo.
Conotação: resultado do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da
palavra, isto é, outro plano de conteúdo pode ser combinado com o plano da expressão. Esse
outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou
positivos, reações psíquicas que um signo evoca.
Assim,
Denotação é a significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em "estado de
dicionário”
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras
realidades devido às associações que ela provoca.

DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva

EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)

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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.

Música “Dois rios”, de Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis.


“O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão”

1. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido figurado.


a) Lendo o futuro no passado dos políticos.
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos.
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com regularidade mecânica.
d) Antes do meio-dia, a tarefa estava pronta.
e) Era capaz de cortar palavras com a elegância de um golpe de florete.

2. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s) empregada(s) em sentido conotativo:


a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar suas raízes.
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.”
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de partida.”
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver tranquilo ...”
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais rápidas.”

Sinônimos X Antônimos

A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.

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Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli

Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

A bruxa prendeu os irmãos.

A feiticeira prendeu os irmãos.

Porém os sinônimos podem ser


•• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.
Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião
•• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo - formoso/ adorar – amar / fobia - receio

Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos: 
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático

3. A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, “obviamente”, é


Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente
pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles
próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a
sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço.
a) Necessariamente
b) Realmente
c) Justificadamente
d) Evidentemente
e) Comprovadamente

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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)

a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão

Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. D

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Português

ELEMENTOS REFERENCIAIS

Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:

1. Carlos mora com a tia. Ele faz faculdade de Direito.


Ele – retomada de Carlos = anáfora.

2. Carlos ganhou um cachorro. O cachorro chama-se Lulu.


“Um cachorro”, informação para a frente = “o cachorro” = catáfora.

Mecanismos

1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.

2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.

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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.

e) exemplificação, pelo relato de situações específicas.

3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).

2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”

O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.

3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.

Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”

ESTE = assunto posterior.


“O problema é este: não há possibilidade de reposição das peças.”

ESTE = antecedente mais próximo


AQUELE = antecedente mais distante
“Jogaram Inter e Grêmio: este perdeu; aquele ganhou.”

4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.

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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”

5. Considere as afirmativas que seguem.


I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança.
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no
país.
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere
o aumento de idosos no país.
Está correto o que se afirma em
a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

“Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o ex-Ministro dos


Esportes, a seleção...”

6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado

7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”

7. Assinale a alternativa cuja frase apresenta uma retomada deverbal.


a) E naquela casinha que eu havia feito, naquela habitação simples, ficava meu reino.
b) Mas como foi o negócio da Fazenda do Taquaral, lugar em que se escondiam os corruptores?
c) Ao comprar o sítio do Mané Labrego, realizou um grande sonho; tal compra redundaria em
sua independência.
d) O que ele quer lá, na fazenda Grota Funda?

Gabarito: 1. C 2. E 3. B 4. D 5. E 6. Certo 7. C

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Mecanismos

PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...

SEMELHANÇA, COMPARAÇÃO, CONFORMIDADE


Ex.: igualmente, da mesma forma, de acordo com, segundo, conforme, tal qual, tanto quanto,
como, assim como...
O PAVÃO
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial.
Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão.
Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como
em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande
artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu
esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh!
minha amada; de tudo que suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas
meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glória e me faz magnífico.
Rubem Braga

1. No trecho da crônica de Rubem Braga, os elementos coesivos produzem a textualidade que


sustenta o desenvolvimento de uma determinada temática. Com base nos princípios linguísticos
da coesão e da coerência, pode-se afirmar que
a) na passagem, “Mas andei lendo livros”, o emprego do gerúndio indica uma relação de
proporcionalidade.
b) o pronome demonstrativo “este” (Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o
máximo de matizes com um mínimo de elementos.) exemplifica um caso de coesão anafórica,
pois seu referente textual vem expresso no parágrafo seguinte.
c) o articulador temporal “por fim” (Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada)
assinala, no desenvolvimento do texto, a ordem segundo a qual o assunto está sendo abordado.
d) a expressão “Oh! minha amada” é um termo resumitivo que articula a coerência entre a
beleza do pavão e a simplicidade do amor.
e) o pronome pessoal “ele”(existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me
cobre de glória e me faz magnífico.), na progressão textual, faz uma referência ambígua a
“pavão”.

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado

CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...

ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...

DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...

CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...

FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...

3. Em ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade


de maior número de viagens..., os termos em destaque estabelecem relação de
a) explicação.
b) oposição.
c) alternância.
d) conclusão.
e) adição.

4. O trecho em que a preposição em negrito introduz a mesma noção da preposição destacada


em “Na luta para melhorar” é
a) O jogador com o boné correu.
b) A equipe de que falo é aquela.
c) A busca por recordes move o atleta.
d) A atitude do diretor foi contra a comissão.
e) Ele andou até a casa do treinador.

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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...

RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...

CAUSA, CONSEQUÊNCIA, EXPLICAÇÃO


Ex.: por conseguinte, por isso, por causa de, em virtude de, assim, porque, pois, já que, uma vez
que, visto que, de tal forma que...

CONTRASTE, OPOSIÇÃO, RESTRIÇÃO, RESSALVA


Ex.: pelo contrário, salvo, exceto, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora,
apesar de, ainda que, mesmo que, se bem que...

5. “Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um


milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo
todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”
Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom,
77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos
da História da Literatura, os melhores escritores do mundo segundo seus critérios e gosto
particular.
No segundo parágrafo do texto, a conjunção portanto poderia substituir o termo “assim”, sem
prejuízo para a coesão e a coerência textuais.
( ) Certo ( ) Errado

6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.

7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.

8. No anúncio publicitário, a substituição do elemento coesivo “para” pelo elemento coesivo


“porque” evidencia

a) a importância da liberdade como causa e não como finalidade.


b) a concepção de que a liberdade aumenta à proporção que lutamos por ela.
c) uma reflexão sobre a busca de liberdade como a principal finalidade da vida.
d) a liberdade como uma consequência de uma ação planejada com fins definidos.
e) a necessidade de compreender a liberdade como uma consequência de objetivos claros

Gabarito: 1. C 2. Errado 3. E 4. C 5. Errado 6. C 7. D 8. A

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Português

POLISSEMIA E FIGURAS DE LINGUAGEM

Polissemia

Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.

•• Ele é o cabeça da rebelião.

•• Edgar Abreu tem boa cabeça.

Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.

CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude

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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.

Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo

•• Abasteci o carro no posto da estrada. = posto de gasolina.

•• Os eventos eram de graça. = gratuitos

•• Aquela mulher era uma graça. = beleza.

•• Os fiéis agradecem a graça recebida. = auxílio divino

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Figuras De Linguagem

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em


•• figuras de som,
•• figuras de construção,
•• figuras de pensamento,
•• figuras de palavras.

Algumas Figuras de

Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

•• “Que o teu afeto me afetou é fato agora faça-me um favor...”

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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)

Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”

•• No curso, aprovações e mais aprovações!

Zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.


•• Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

Pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.


•• “E rir meu riso e derramar meu pranto.”

•• O resultado da eleição, é importante anunciá-lo logo.

O pleonasmo vicioso – ao contrário do literário – é indesejável.


•• hemorragia de sangue.

2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Pensamento
Antítese: consiste na  aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”

•• “Já estou cheio de me sentir vazio.” (Renato Russo)

Ironia: apresenta um termo em sentido oposto ao usual; efeito crítico ou humorístico.


•• “A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças”.

3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.

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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante."

Anáfora: repetição de uma ou mais palavras no início de frases ou versos consecutivos.


“Tende piedade, Senhor, de todas mulheres
Quem ninguém mais merece tanto amor
Que ninguém mais deseja tanto a poesia
Que ninguém mais precisa de tanta alegria.”
(Vinícius de Moraes)

Eufemismo: consiste na tentativa de suavizar expressão grosseira ou desagradável.


•• “Quando a indesejada das gentes chegar” (morte).”

•• “O problema não é você, sou eu.”

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Hipérbole: consiste em exagerar uma ideia com finalidade enfática.


•• “Pela lente do amor/Vejo tudo crescer/Vejo a vida mil vezes melhor”. (Gilberto Gil)

•• “Roseana Sarney (PMDB) aproveitou ontem o clima de campanha, na posse do secretariado,


para anunciar um mar de promessas.”

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados qualidades ou


características que são próprias de seres animados.

Em um belo céu de anil,


os urubus, fazendo ronda,
discutem, em mesa redonda,
os destinos do Brasil.

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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)

Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.

•• Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.

•• Quando embarquei no avião, fui dominado pelo o medo.

•• A cabeça do prego está torta.

Gabarito: 1. A 2. E 3. E

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Português

TIPOLOGIA TEXTUAL

O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.

Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade

A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)

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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.

Descrição

É a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto,


pessoa, ambiente ou paisagem. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo.
Exemplos:
“Sua estatura era alta, e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos
negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços
bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.”

Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

2. O texto, predominantemente descritivo, apresenta detalhes do funcionamento do sistema de


identificação que deve ser implantado em todo o Brasil.
( ) Certo ( ) Errado

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Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli

Dissertação

A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.

Redes sociais: o uso exige cautela


Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre buscar novas maneiras de se
comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são apenas alguns dos vários exemplos de meios
comunicativos que o homem desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais
recente e talvez o mais fascinante desses meios, são as redes virtuais, consagradas pelo uso,
que se tornam cada vez mais comuns...

Exposição

Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.

Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”

Argumentação

Modalidade na qual se expõem ideias gerais, seguidas da apresentação de argumentos que


as defendam e comprovem, persuadam o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia imposta
pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também
mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

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“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).

O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.

3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado

Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.

Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.

Gabarito: 1. D 2. E 3. E

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Português
Aula XX

GÊNERO TEXTUAL

É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.

Editorial

É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.

O alto preço do etanol


A imagem de modernidade e inovação que o Brasil projetou internacionalmente em razão do
uso combustível do etanol é incompatível com as condições desumanas a que são submetidos
de modo geral os cortadores de cana, que têm uma vida útil de trabalho comparável à dos
escravos, como indica pesquisa da Unesp divulgada hoje pela Folha.[...]
Folha de São Paulo

www.acasadoconcurseiro.com.br 105
1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.

2. Podemos citar como características do editorial


a) Imparcialidade na informação;
b) Excesso de narração;
c) Objetividade na informação
d) Dissertativo, crítico e informativo no desenvolvimento do texto
e) poético, rítmico e emocional.

Artigos

São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.

3. Leia o texto e considere as afirmações.


“Antes de mais nada, acho que querer ser milionário não é um bom objetivo na vida. Meu único
conselho é: ache aquilo que você realmente ama fazer. Exerça atividade pela qual você tem
paixão. É dessa forma que temos as melhores chances de sucesso. Se você faz algo de que não
gosta, dificilmente será bom. Não há sentido em ter uma profissão somente pelo dinheiro.”
DELL, Michael. O Mago do Computador. In: Veja

I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

Notícias

Podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu


em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas
personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas
vezes, minuciosamente descritos. São autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu
objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)

Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.

Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.

Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).

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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado

Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".

“Entre os primatas, o aumento da densidade populacional não conduz necessariamente


à violência desenfreada. Diante da redução do espaço físico, criamos leis mais fortes para
controlar os impulsos individuais e impedir a barbárie. Tal estratégia de sobrevivência tem
lógica evolucionista: descendemos de ancestrais que tiveram sucesso na defesa da integridade
de seus grupos; os incapazes de fazê-lo não deixaram descendentes. Definitivamente, não
somos como os ratos.”
Dráuzio Varella.

5. Como a escolha de estruturas gramaticais pode evidenciar informações pressupostas e


significações implícitas, o emprego da forma verbal em primeira pessoa — “criamos” — autoriza
a inferência de que os seres humanos pertencem à ordem dos primatas.
( ) Certo ( ) Errado

Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.

Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.

6. Considere as afirmativas seguintes:


I – O assunto do poema reflete simplicidade de vida, coerentemente com o título.
II – Predominam nos versos elementos descritivos da realidade.
III – Há no poema clara oposição entre o frio silencioso da madrugada e o sol que surge e traz o
calor do dia.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.

Peça Publicitária

Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.

7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.

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Piada

Dito ou pequena história espirituosa e/ou engraçada.

8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.

Gráficos e Tabelas

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

9. Analisando as informações contidas no gráfico, é correto afirmar que


a) a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais manteve-se a mesma em
todas as regiões do país desde 2000.
b) o número de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais diminuiu entre a população
brasileira em geral nas últimas décadas.
c) a região Centro-oeste é a que vem apresentando, nos últimos vinte anos, o menor número
de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais.
d) em comparação com o ano de 1991, pode-se dizer que, no Nordeste, em 2010, o número
de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais aumentou.

Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.

10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.

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QUADRINHOS

Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.

11. A mãe identifica no discurso do menino


a) contradição
b) crueldade
c) tristeza
d) generosidade
e) acerto

Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A

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Português

CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS

Análise de períodos considerando-se:


•• Coesão
•• Coerência
•• Clareza
•• Correção

Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc

Nessa peça, a Jovem Pan busca vender sua cobertura da Copa do


Mundo de futebol, mas em nenhum momento usa essa palavra.
Contudo, os elementos coesivos remetem a esse esporte.

Moldura = bolas
de futebol

Cantos =
local de
escanteio +
bola

Fontes ≈ ideograma oriental Vermelho = alusão ao Oriente

www.acasadoconcurseiro.com.br 113
O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.

A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.

Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.

Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente. 
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?

Coerência

Na situação comunicativa, é o que dá sentido ao texto.

Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade

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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli

http://www.wbrasil.com.br/wcampanhas/index.asp – Acesso em 22 nda agosto de 2005 – uso didático da peça

Fonte: http://www.meioemensagem.com.br/projmmdir/home_portfolio.jsp - Acesso em 17 de setembro de 2005


- uso didático da peça.

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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.

“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)

Vícios De Linguagem

São palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do


pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.

BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.

SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...

AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)

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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli

ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.

CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)

NEOLOGISMO (palavra nova)


É o emprego de palavras que não passaram ainda para o corpo do idioma:
Devido ao apoiamento ao projeto, deram início às obras.

GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”

“Nós vamos estar repassando o problema para a equipe técnica.”

“A senhora vai estar pagando uma taxa de reparo....”

1. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:


a) Peter Burke não compartilha com a tese que os românticos viam o fenômeno da invenção
como um atributo de apenas gênios isolados.
b) Na visão de um historiador, não há feito isolado, como invenção absoluta, que
independessem de outros fatos concorrentes a ela.
c) Embora aparentemente se oponha quanto ao sentido, tradição e invenção se mesclam
como um fator de progresso extremamente inventivo.
d) Não há dúvida quanto a períodos históricos aonde ocorra especial desenvolvimento
inventivo, sejam nas artes, sejam na tecnologia.
e) Faz parte do senso comum acreditar, ainda hoje, que toda e qualquer grande invenção
decorre do talento pessoal de um gênio.

Gabarito: 1. E

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Português

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

São várias as funções da linguagem, dependendo da intenção do falante e das circunstâncias


em que ocorre a comunicação. A adequada utilização dessas funções permitirá que ocorra o
perfeito entendimento da mensagem pretendida.

6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem

2
código

O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.

Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL

Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA

Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA

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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.

Função emotiva ou expressiva – exterioriza emoções, opiniões, avaliações, utilizando a 1ª


pessoa (eu). Aparece nas cartas, na poesia lírica, nas músicas sentimentais, nas opiniões e
avaliações. Predomina o elemento emocional sobre o lógico.
Exemplo: Tendo passado já sete dias sem a ver, se acentuava vivamente em mim o desejo de
estar outra vez com ela, beber-lhe o olhar e o sorriso, sentir-lhe o timbre da voz ou a graça dos
gestos.
(Cyro dos Anjos – “Abdias”)

Função conativa ou apelativa – visa a influir no comportamento do receptor, persuadi-


lo, seduzi-lo. Utiliza vocativo, verbos no imperativo e ocorre, principalmente, em textos de
propaganda.
Exemplo: O filtro “purex” é indispensável para a saúde de sua família. Procure hoje mesmo o
nosso revendedor autorizado.

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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.

•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.

Função poética – privilegia o imprevisto, a inovação, a criatividade. Produz no leitor ou no


ouvinte surpresa e prazer estético. Predomina na poesia, mas pode aparecer em textos
publicitários, jornalísticos, nas crônicas, etc. Nela, aparecem as figuras de linguagem, a
conotação.
Exemplo:
“De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento”
Vinícius de Moraes

Função metalinguística – quando a linguagem procura explicar a si mesma, definindo ou


analisando o próprio código que utiliza. É empregada nos textos em que se explica o uso da
palavra, como nos dicionários, nos poemas que falam da própria poesia, nas canções que falam
de outras canções ou de como se fazem canções.
Exemplo: Literatura é ficção, é a forma de expressão mediante a qual o artista recria a realidade.

EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)

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1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.

2. Há correspondência entre ELEMENTO do processo de comunicação e FUNÇÃO da linguagem


em
a) emissor – poética.
b) destinatário – emotiva.
c) contexto – referencial.
d) código – fática.
e) canal – metalinguística.

3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado

4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)

Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.

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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo

6. Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a


Cidade Grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)

a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.


b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. D 5. E 6. C

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Português

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.

1. A Linguagem Culta Formal ou Padrão

É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.

2. A Linguagem Culta Informal ou Coloquial

É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.

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1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.

3. Linguagem Popular ou Vulgar


Existe uma linguagem popular ou vulgar, segundo Dino Preti, “ligada aos grupos extremamente
incultos, aos analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com a instrução formal. Na
linguagem vulgar, multiplicam-se estruturas como “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”,
“Vamo i no mercado”, “Tu vai í cum nóis”.
Saudosa Maloca
Peguemo todas nossas coisas
E fumo pro meio da rua
Preciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada tauba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mais em cima eu falei:
Os home tá c’a razão,
Nóis arranja otro lugá.
Só se conformemo quando o Joca falô:
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
BARBOSA, Adoniran. In: Demônios da Garoa - Trem das 11. CD 903179209-2, Continental-Warner Music Brasil, 1995.

2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.

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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli

d) apenas I e II.
e) I, II e III.

4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.

3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.

5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E

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nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)

4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.

6. Linguagem das Mídias Eletrônicas


São dois os principais motivos da simplificação e da abreviação de palavras entre quem usa
a internet e costuma mandar mensagens: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo
simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a
economia e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral.

Boa tarde, amigão,


Como vc está interessado em trabalhar nesta empresa, e somente poderá o fazer por meio
de concurso público, deve acessar o link Concursos, em www.fepese.org.br. Assim, tu tens
informação não apenas a respeito do concurso da CASAN, mas tb de outros que aquela
fundação coordena.
Abraços.
Manoel

5. Assinale a alternativa correta, quanto a esse tipo de correspondência.


a) Nesse tipo de correspondência o termo “amigão” é permitido, desde que realmente haja
amizade entre quem a envia e quem a recebe.
b) Nesse tipo de correspondência, são aceitáveis abreviaturas como vc e tb, comuns em
e-mails entre amigos.
c) Está correto o emprego de pessoas gramaticais diferentes: vc (você) está interessado e tu
tens; considerar isso erro gramatical é preconceito linguístico.
d) Em “somente poderá o fazer” há erro no emprego do pronome oblíquo; a correspondência
empresarial, mesmo sob a forma eletrônica, obedece à norma culta da língua.

Gabarito: 1. D 2. D 3. A 4. B 5. D

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Redação

Professor Carlos Zambeli

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Redação

10 DICAS PARA COMEÇAR!

1. A redação não é um texto construído por um monte de frases, é, sim, um enredo semântico
a que dados o nome de textualidade (coesão).
Por exemplo: Escreva a redação. Coloque-a sobre a mesa depois de pronta.
Essas frases possuem coesão?
Sim, pois tratam do mesmo assunto! Além disso temos o pronome “a” recuperando a palavra
“redação”.

Pedi um refrigerante. O refrigerante, porém, não estava gelado. (com coesão)

Pedi um refrigerante. Um refrigerante, porém, não estava gelado. (sem coesão)

2. Quais os tipos de erro de coesão?


a) Uso inadequado do conectivo:
Preposição: “Este governo diminuiu o salário dos professores e eliminou conteúdos importantes
no desenvolvimento de todos os estudantes.”

Pronome Relativo: “As crianças que as mães são presentes se caracterizam pela disciplina.”

Conjunção: “Aumentar a passagem, para muitas pessoas, é fundamental para qualificar o


serviço. Portanto, se as pessoas não aceitam essa verdade, devem protestar sem violência.”

b) Redundância:
Entende-se por redundância a repetição desnecessária ou exagerada da palavra, ideia ou
expressão. Quanto mais redundante for o texto mais fica provado que o candidato não tem
repertório suficiente para escrever uma boa redação.
Exemplos:
“Nesta semana, eu ganhei um brinde grátis da Casa do Concurseiro.”

“O projeto não foi aprovado, porque não houve consenso geral.”

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c) Ambiguidade:
Esse problema ocorre quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido,
comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode provocar dúvidas no leitor e levá-lo a
conclusões equivocadas na interpretação do texto.
Ex: “A mãe discutia com a filha sentada no sofá!”
Como resolver?
Opção 1 _________________________________________________

Opção 2 _________________________________________________

3. Como estruturar a minha redação, Zambeli?


Existem vários modelos de redação. No texto expositivo-argumentativo, vamos trabalhar
com introdução, 2 desenvolvimentos e conclusão. A chave para começar essas 3 estruturas é
caprichar no tópico frasal. No texto descritivo, a análise do ser ou do produto pode ser objetiva
ou subjetiva. No texto narrativo, a organização na sequência de fatos é o grande segredo. Já
no texto instrucional (prescritivo), a base se faz como se estivéssemos orientando algo a fazer,
construir, vender algo.

4. O que é o trópico frasal?


Esse item resume o conteúdo do parágrafo. Ele enuncia a ideia a ser desenvolvida. Esse trópico
frasal deve ser claro, detalhado e específico.

5. Erro de clareza:
“Para passar em um concurso, devemos saber como fazer isso.”

“Estudar é importante.”

“Ver Big Brother é prejudicial.”

Como consertar?
O sonho de ser concursado exige muito estudo por parte dos candidatos.

O estudo desenvolve no aluno o domínio do assunto e permite a reflexão crítica.

Programas considerados fúteis podem entreter as pessoas e fazê-las perder o foco de seus reais
objetivos.

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6. Essa divisão do texto em três parte faz o que exatamente?


A introdução estabelece o objetivo e a ideia central do texto, ela é a promessa do debate.
O desenvolvimento explana a ideia central, é onde ficam os argumentos para sustentar sua
opinião. A conclusão sintetiza seu conteúdo.

7. O que é a falta de unidade de um texto?


A falta de unidade decorre da “emoção” na analise de um argumento em detrimento do outro.
Assim o texto não fica uniforme e o corretor pode interpretar como uma bela manha para
completar as linhas!

8. Como fugir da ausência de coerência?


Não seja repetitivo, aborde o tópico no mesmo parágrafo de desenvolvimento, não aborde um
assunto sem um encadeamento progressivo, não comece a conclusão por nexos adversativos.

9. Como manter a coesão no texto?


Use sinônimos, capriche na escolha dos nexos, seja simples no vocabulário, etc.

10. O que são frases siamesas?


São duas frase completas, escritas como se fossem uma apenas. Essas frase unem o que não
deveria estar junto.
Exemplo:
Errado: “ Quis fazer o curso de redação do Zambeli e do Cássio acho sempre importante estudar
mais.”

Certo: “ Quis fazer o curso de redação do Zambeli e do Cássio, pois acho sempre importante
estudar mais.”

10 detalhes da estrutura para um texto argumentativo!

1. A dica da introdução
Uma boa introdução é aquela que informa o que será trabalhado. Sabe o que é necessário para
ficar legal? Informar o tema e as partes em que este tema foi dividido (exatamente na ordem
como vão aparecer no decorrer do texto.)

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2) Tipos de introduções problemáticas
a) Introduções vagas:
Esse tipo de introdução apresenta de forma vaga ou indiretamente o assunto do texto.

“Esse tema realmente é complicado.”

“Esse produto do Banco do Brasil é tão incrível quanto o da Caixa.”

b) Introduções prolixas:
vá direto ao que interessa! Exagerar nas explicações pode gerar dúvidas no leitor!

c) Introduções abruptas:
calmaaaaaaaaaaa! Não precisa ir tão direto ao ponto! Seu leitor precisa conhecer o assunto
com uma boa explanação. Seu leitor precisa ter o roteiro adequado para começar a ler seu
texto.

3. Resumo da introdução!
Não exagere no tamanho e não comece a argumentar ainda!

Busque apresentar o tema, delimitar o assunto e deixe claro o seu posicionamento.

4 Modelos de Introdução
a) Declaratória:
Você expõe o sugerido pela banca, usando as suas palavras! Não se esqueça de que você deve
delimitar a abordagem do assunto.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

b) Perguntas:
Só pergunte se você tiver a resposta para desenvolver depois! Não pense em fazer a introdução
toda com pergunta, mas é um bom recurso para iniciar.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

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Redação – Prof. Carlos Zambeli

c) Hipóteses:
Você supõe algumas formas de abordar e as fará no desenvolvimento do texto.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

d) Histórica:
Você compara algo do passado com a problemática do tema de redação. Apresenta uma
trajetória histórica para reforçar sua tese.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

e) Comparação
Você compara fatos, países, casos, problemas, enfim, apresenta sua ideia deixando claro que
nada é tão novidade assim.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

f) Citação
Você abre o texto com as palavras de uma autoridade no tema em questão.
Qual o problema dessa?
___________________________________________________

5. Zambeli, posso começar como esse texto?


•• Ao contrário do que muitos pensam...
•• Muito se discute a importância de...
•• Apesar de muitos acreditarem que...
•• Pode-se afirmar que, em razão de/ devido a
•• É indiscutível que...

6. E o desenvolvimento?
É a base do seu texto! Aqui ficam suas ideias principais. Vamos trabalhar com dois
desenvolvimentos (D1 e D2).
No D1, pode-se desdobrar o tema, detalhar, analisar, demonstrar!
No D2, apresentaremos nossos argumentos a favor ou contra. De que maneira? Demonstrando,
confrontando a validade dos nossos argumentos. Apresentando ordenada, clara e
convictamente.
Neles, devemos usar todo nosso poder de convencimento!

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7. Como desenvolver?
a) Hipóteses:
Você apresenta hipóteses para dar as soluções! Apresenta prováveis resultados. Assim,
demonstra dominar o assunto e ter interesse por ele.

b) Causa e Consequência:
Você analisa o que leva ao problema e apresenta suas consequências!

c) Exemplificação:
Você mostra, na prática, como seus argumentos são bons! Mas cuidado!!!! Exemplificar demais
pode transformar sua dissertação em narração! Os exemplos deve ser concretos, importantes
para a sociedade.

8. Como argumentar?
O que escrever? Para que escrever? Como escrever? Para que lado puxar? Essas perguntas
podem ajudá-lo a argumentar com mais precisão, sem se perder em detalhes desnecessários.

Observe: palavras- frases; frases-parágrafos; parágrafos-texto! Simples? Então fique fiel ao


tema, evidencie sentido e associe à realidade!
•• Argumente com algo de valor universal, ou com dados estatísticos, ou com a opinião de
uma autoridade, ou com uma breve narrativa!

9. Como ligar um desenvolvimento no outro?


D1
•• É preciso frisar também...

•• É necessário, primeiramente, considerar/lembrar/ater-se...

D2
•• Nota-se, por outro lado, que...

•• Não se pode esquecer...

•• Além disso...

•• Outro fator importante é...

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Redação – Prof. Carlos Zambeli

10. Concluindo então? Ufa!


A conclusão não é apenas uma recapitulação do que foi trabalhado. Deixe claro o caminho que
você seguiu para chegar até ali. Nesse momento tão fundamental, admite-se um fato novo,
uma ideia, um argumento, mas não se esqueça da estrutura: tema – tese – solução.
Essa parte deve ser breve, no entanto, não use apenas um período. Para concluir use: portanto,
logo, dessa forma, definitivamente...

10 detalhes tão pequenos! Mas...

1. Registro equivocado!
•• Só que – prefira mas, porém...
•• Ter – cuide se for o sentido de “haver”.
•• A gente – prefira “nós”
•• Fazer com que – Essas injustiças fazem com que as pessoas desacreditem no sistema./
Essas injustiças fazem as pessoas desacreditarem no sistema.

2. Problemas de Semântica!
•• Redundância e obviedade: Há dois meses atrás./ Eu penso.../ No mundo em que vivemos...
•• Sentido amplo demais: A crise da educação é uma coisa enorme!
•• Uso de gírias: Após resolver esse detalhe, a vida ficou um barato!

3. Lugar-comum
•• de mão beijada, depois de um longo e tenebroso inverno, desbaratada a quadrilha, de
vento em popa...
•• agradável surpresa, amarga decepção, calor escaldante, calorosa recepção, carreira
meteórica, cartada decisiva, chuvas torrenciais, corpo escultural, crítica construtiva
•• “se cada um fizer a sua parte...”, “é preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade...”, “as
pessoas saem de casa sem saber se voltarão...”

4. Expressões comuns!
•• Em princípio – antes de mais nada, em tese.
•• A princípio – no início, no começo.
•• Possuir – só no sentido de posse, propriedade. “Edgar possui um carro velho.”/ “Edgar
desfruta de uma boa condição de vida.”

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•• Na medida em que – = porque
•• À medida que – = proporção
•• A meu ver – não use “ao meu ver”.
•• Em frente de/ diante de – não use “frente a”

5. Gerúndio (-ndo) – ação continua


•• Suas atitudes acabam gerando intrigas. (errado)
•• Suas atitudes geram intrigas. (certo)

6. Pontuação
•• Dois-pontos: usa-se para explicações, consequências.
•• Aspas: servem para indicar estes casos: palavras estrangeiras, ironia, transcrições textuais,
neologismos, títulos.

7. Paralelismo
•• Engano no paralelismo nas comparações:
“Falar com pessoas é mais fácil do que a conversa do dia a dia.” (errado)

“Falar com pessoas é mais fácil do que conversar no dia a dia.” (certo)

•• Falso paralelismo de sentido:


“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.”

•• Falso paralelismo morfológico:


“Essas crises se devem a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressores que
insistentemente o humilhavam na empresa.”

•• Falso paralelismo sintático:


“A preservação dessa consciência representa não só um dever de cidadania e é para que a
ordem seja mantida.”

8. Emprego dos nexos


•• Este,esta,isto = vai ser dito / esse, essa, isso = já foi dito
•• Onde = lugar parado! Na redação, use “em que”

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Redação – Prof. Carlos Zambeli

•• Mesmo(a) = não retoma palavras ou expressões. Use ele(a)


•• Prefira entretanto, contudo, todavia, não obstante no lugar de mas e porém.

9. Dúvidas comuns!
Letra: utilize tamanho regular. Não importa a letras, apenas diferencie maiúscula de minúscula.
Retificações: (excessões) exceções
•• Linhas: veja o edital! Obedeça à indicação!

10. Ortografia nova ou antiga?


Leia o edital!!!!!

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Matemática

Professor Dudan

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Matemática

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Números Naturais (ℕ)

Definição: ℕ = {0, 1, 2, 3, 4,...}

Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.

Números Inteiros (ℤ)

Definição: ℤ = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4,...}

Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.

ℤ + = {0, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não negativos (naturais).

ℤ*+ = {1, 2, 3, 4,...} inteiros positivos.

ℤ- = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 0} inteiros não positivos.

ℤ*- = {..., – 4, – 3, – 2, – 1} inteiros negativos.

O módulo de um número inteiro, ou valor absoluto, é a distância da origem a esse ponto


representado na reta numerada. Assim, módulo de – 4 é 4 e o módulo de 4 é também 4.

|– 4| = |4| = 4

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Faça você:

1. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas


( ) 0 ∈ N ( ) 0 ∈ Z ( ) – 3 ∈ Z ( ) – 3 ∈ N ( )NcZ

2. Calcule o valor da expressão 3 – |3+ | – 3|+|3||.

Números Racionais (ℚ)

Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q

Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.

Faça você:
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) N c Q ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) Q c Z

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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan

Frações, Decimais e Fração Geratriz


Decimais exatos
2 1
= 0,4 = 0,25
5 4

Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9

Transformação de dízima periódica em fração geratriz

São quatro passos

1. Escrever tudo na ordem, sem vírgula e sem repetir.


2. Subtrair o que não se repete, na ordem e sem vírgula.
3. No denominador:
a) Para cada item “periódico”, colocar um algarismo “9”;
b) Para cada intruso, se houver, colocar um algarismo “0”.

Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990

Números Irracionais (𝕀)

Definição: Todo número cuja representação decimal não é periódica.

Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π

Números Reais (ℝ)


Definição: Conjunto formado pelos números racionais e pelos irracionais.

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ℝ = ℚ ∪ 𝕀, sendo ℚ ∩ 𝕀 = Ø

Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I

Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos

Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.

Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i

9 1,3 1,203040...

2 π

Resumindo:
Todo número é complexo.

Faça você:
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.

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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan

5. Entre os conjuntos abaixo, o único formado apenas por números racionais é:


a)

b)

c)

d)

e)

6. Dados os conjuntos numéricos ℕ, ℤ, ℚ e ℝ, marque a alternativa que apresenta os


elementos numéricos corretos, na respectiva ordem.
a) – 5, – 6, – 5/6, .
b) – 5, – 5/6, – 6, .
c) 0, 1, 2/3, .
d) 1/5, 6, 15/2, .
e) , 2, 2/3, .

7. A lista mais completa de adjetivos que se aplica ao número −1+ 25 é:


2
a) Complexo, real, irracional, negativo.
b) Real, racional, inteiro.
c) Complexo, real, racional, inteiro, negativo.
d) Complexo, real, racional, inteiro, positivo.
e) Complexo, real, irracional, inteiro.

8. Observe os seguintes números.


I – 2,212121...
II – 3, 212223...
III – /5
IV – 3,1416
V – −4
Assinale a alternativa que identifica os números irracionais.
a) I e II
b) I e IV
c) II e III
d) II e V
e) III e V

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9. Se a = 5 , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a

Gabarito: 1. * 2. * 3. * 4. A 5. B 6. C 7. D 8. C 9. E

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Matemática

TEORIA DOS CONJUNTOS (LINGUAGEM DOS CONJUNTOS)

Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas, etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.

Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim, temos:
•• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
•• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
•• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}

II – Por propriedade (ou compreensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado por


uma lei de formação que caracteriza todos os seus elementos. Assim, o conjunto “A” das vogais
é dado por A = {x / x é vogal do alfabeto} –> (Lê-se: A é o conjunto dos elementos x, tal que x é
uma vogal)
Outros exemplos:
•• B = {x/x é número natural menor que 5}
•• C = {x/x é estado da região Sul do Brasil}
III – Por Diagrama de Venn: Nessa representação, o conjunto é apresentado por meio de uma
linha fechada de forma que todos os seus elementos estejam no seu interior. Assim, o conjunto
“A” das vogais é dado por:

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Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
•• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
•• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
•• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para a realização de um
estudo (pesquisa, entrevista, etc.)
•• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
•• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.

Relação de Pertinência

É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:

a) 10 ____ ℕ

b) – 4 ____ ℕ

c) 0,5 ____ 𝕀

d) – 12,3 ____ ℚ

e) 0,1212... ____ ℚ

f) 3 ____ 𝕀

g) −16 ____ ℝ

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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan

Relação de Inclusão

É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação, fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.

Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ 𝕀
d) 𝕀 _____ ℚ

Observações:
•• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
•• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
•• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.

União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos

Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C

b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C

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1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale:
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.

2. Uma pesquisa encomendada sobre a preferência entre rádios em determinada cidade,


obteve o seguinte resultado:
•• 50 pessoas ouvem a rádio Riograndense;
•• 27 pessoas escutam tanto a rádio Riograndense quanto a rádio Gauchesca;
•• 100 pessoas ouvem apenas uma dessas rádios;
•• 43 pessoas não escutam a rádio Gauchesca;
O número de pessoas entrevistadas foi:
a) 117
b) 127
c) 147
d) 177
e) 197

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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan

3. Uma pesquisa sobre a inscrição em cursos de esportes tinha as seguintes


opções: A (Natação), B (Alongamento) e C (Voleibol) e assim foi montada a
tabela seguinte:

Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3

Analise as afirmativas seguintes com base nos dados apresentados na tabela.


1. 33 pessoas se inscreveram em pelo menos dois cursos.
2. 52 pessoas não se inscreveram no curso A.
3. 48 pessoas se inscreveram no curso B.
4. O total de inscritos nos cursos foi de 88 pessoas.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) 1e2
b) 1e3
c) 3e4
d) 1, 2 e 3
e) 2, 3 e 4

4. Assinale a alternativa incorreta:


a) ℝ⊂𝕔
b) ℕ⊂ℚ
c) ℤ⊂ℝ
d) ℚ⊂ℤ
e) �⊂ℕ

Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. D

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Matemática

INTERVALOS NUMÉRICOS

O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos conjuntos dos números Naturais,
Inteiros, Racionais e Irracionais.
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x ϵ R a um ponto
de uma reta r.
Assim, se convencionarmos uma origem O, associando a ela o zero, adotamos uma unidade e
um sentido positivo para esta reta, teremos aquela que denominamos reta orientada.

Tipos de intervalo

Intervalos Limitados

Intervalo fechado:
Números reais maiores ou iguais a “a” e menores ou iguais a “b”.

Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4]

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Intervalo aberto:
Números reais maiores do que a e menores do que b.

Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a < x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4)

Intervalo fechado à esquerda:


Números reais maiores ou iguais a a e menores do que b.

Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x < b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4)

Intervalo fechado à direita:


Números reais maiores do que a e menores ou iguais a b.

Intervalo: ]a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a < x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4]

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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan

Intervalos ilimitados

Semirreta esquerda, fechada, de origem b:


Números reais menores ou iguais a b.

Intervalo: ] – ∞ ,b]
Conjunto: {x ϵ R | x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; + 4]

Semirreta esquerda, aberta, de origem b:


Números reais menores que b.

Intervalo: ] – ∞ ,b[
Conjunto: {x ϵ R | x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; +4)

Semirreta direita, fechada, de origem a:


Números reais maiores ou iguais a a.

Intervalo: [a,+ ∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x ≥ a}

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Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + ∞)

Semirreta direita, aberta, de origem a:


Números reais maiores que a.

Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x > a}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + ∞)

Reta numérica:
Números reais.

Intervalo: ] – ∞ ,+ ∞ [
Conjunto: R

Exercicios:

1. Se A = {x ϵ IR; –1 < x < 2} e B = {x ϵ IR; 0 ≤ x < 3}, o conjunto A ∩ B é o intervalo:


a) [0; 2[
b) ]0; 2[
c) [–1; 3]
d) ]–1; 3[
e) ]–1; 3]

2. Para o intervalo A = [–2, 5], o conjunto A ∩ IN* é igual a:


a) {–2,–1, 1, 2, 3, 4, 5}
b) {1, 2, 3, 4, 5}
c) {1, 5}

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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan

d) {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e) ]1, 5]

3. A diferença A – B, sendo A = {x ϵ IR; – 4 ≤ x ≤ 3} e B = {x ϵ IR; – 2 ≤ x < 5} é igual a:


a) {x ϵ IR; – 4 ≤ x < – 2}
b) {x ϵ IR; – 4 ≤ x ≤ – 2}
c) {x ϵ IR; 3 < x < 5}
d) {x ϵ IR; 3 ≤ x ≤ 5}
e) {x ϵ IR; – 2 ≤ x < 5}

4. Dados os conjuntos A = [1, 3[ e B = ]2, 9], os conjuntos (A U B), (A ∩ B) e (A – B) são,


respectivamente:
a) [1, 9], ]2, 3[, [1, 2]
b) ]1, 9], ]2, 3[, ]1, 2]
c) ]1, 9[, ]2, 3[, ]1, 2]
d) [1, 9], ]2, 3], [1, 2]
e) [1, 9], [2, 3], [1, 2]

Gabarito: 1. A 2. B 3. A 4. A

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Matemática

NÚMEROS PRIMOS

Por definição, os números primos são números pertencentes ao conjunto dos números naturais
não nulos, que possuem exatamente apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e o
próprio número.
Segundo essa definição, o número 1 não é um número primo, pois não apresenta dois divisores
distintos. Seu único divisor é o próprio 1.
O número 2 é o único número primo par, já que todos os demais números pares possuem ao
menos 3 divisores, dentre eles a unidade, o próprio número e o número 2.
Números naturais não nulos que possuem mais de dois divisores são chamados de números
compostos.

Exemplos:
a) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
b) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
c) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.

Observações:
•• 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
•• 2 é o único número primo que é par.
Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.

Exemplo:
15 tem mais de dois divisores → 15 é um número composto.

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Como identificar se um número é primo?

Iremos testar a divisibilidade do número por cada um dos números primos, iniciando em 2, até
que a divisão tenha resto zero ou que o quociente seja menor ou igual ao número primo que se
está testando como divisor.
Vamos testar se o número 17 é primo ou não:
17 ÷ 2 = 8, resta 1;
17 ÷ 3 = 5, restam 2;
17 ÷ 5 = 3, restam 2.
Nesse ponto, já podemos ter a certeza de que o número 17 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados produziu resto 0 e o quociente da divisão pelo número primo 5 é igual a 3 que
é menor que o divisor 5.
Vejamos agora se o número 29 é primo ou não:
29 ÷ 2 = 14, resta 1;
29 ÷ 3 = 9, restam 2;
29 ÷ 5 = 5, restam 4.
Como nesse ponto, quociente da divisão de 29 pelo número primo 5 é igual ao próprio divisor
5, podemos afirmar com certeza que o número 29 é primo, pois nenhum dos divisores primos
testados resultou em uma divisão exata.
E o número 161?
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 6 + 1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Quando dividido por 7 ÷ 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não
é um número primo.
E o número 113:
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 1 + 3 = 5, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Se dividido por 7 ÷ 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
Agora dividido por 11 ÷ 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11),
e, além disso, o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.

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Matemática – Números Primos e Primos Entre Si – Prof. Dudan

O que são números primos entre si?

Um resultado na teoria de números é que todo número natural, maior que 1, pode ser escrito
como um produto, em que os fatores são todos números primos.
Por exemplo, (2.2.5) é a decomposição do número 20 em fatores primos, isto é, 20 = 2.2.5
Deve-se observar que, se o número em questão for um número primo, então a decomposição
será o próprio número.
Por exemplo, 7 será a decomposição em fatores primos do número 7.
Assim, se após a decomposição de dois números naturais a e b (maiores que 1), em fatores
primos, não houver fatores comuns; então a e b serão denominados números primos entre si.
Observe que 20 e 21 são números primos entre si, pois 20 = 2.2.5 e 21 = 3.7;
Já os números 15 e 21 não são primos entre si, pois 15 = 3.5 e 21 = 3.7
Resumindo: Um conjunto de números inteiros é chamado de mutuamente primo se não existir
um inteiro maior do que 1 que divida todos os elementos.
Assim chamamos de números primos entre si um conjunto de dois ou mais números naturais
cujo único divisor comum a todos eles seja o número 1.

Exemplo:
Os divisores do número 10 são: 1, 2, 5 e 10.
Os divisores de 20 são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Os divisores de 21 são: 1, 3, 7 e 21.
Podemos então afirmar que, juntos, os números 10, 20 e 21 são primos entre si, ou mutuamente
primos, já que o único divisor comum a todos eles continua sendo o número 1.
Observe, no entanto que os números 10 e 20 não são números primos, pois os números 1, 2, 5
e 10 são divisores comuns aos dois.
Em síntese, para sabermos se um conjunto de números são primos entre si, ou mutuamente
primos, basta calcularmos o seu máximo divisor comum (MDC). Se for 1, todos números do
conjuntos serão primos entre si.
Regra prática para descobrir se dois números naturais são primos entre si:
Seriam os números 49 e 6 primos entre si?
46
Se colocarmos 49 e 6 na forma de fração , não dá para simplificar por nenhum número,
logo temos uma fração IRREDUTÍVEL. 6

Assim, dizemos que 49 e 6 são PRIMOS ENTRE SI.

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Matemática

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

Observe que cada operação tem nomes especiais:


•• Adição: 3 + 4 = 7, em que os números 3 e 4 são as parcelas e o número 7 é a soma ou total.
•• Subtração: 8 – 5 = 3, em que o número 8 é o minuendo, o número 5 é o subtraendo e o
número 3 é a diferença.
•• Multiplicação: 6 × 5 = 30, em que os números 6 e 5 são os fatores e o número 30 é o
produto.
•• Divisão: 10 ÷ 5 = 2, em que 10 é o dividendo, 5 é o divisor e 2 é o quociente. Nesse caso o
resto da divisão é ZERO.

Regra de sinais da adição e subtração de números inteiros

•• A soma de dois números positivos é um número positivo.


(+ 3) + (+ 4) = + 7, na prática eliminamos os parênteses. + 3 + 4 = + 7

•• A soma de dois números negativos é um número negativo.


(-3) + (-4) = – 7, na prática eliminamos os parênteses. – 3 – 4 = – 7

•• Se adicionarmos dois números de sinais diferentes, subtraímos seus valores absolutos e


damos o sinal do número que tiver o maior valor absoluto.
(– 4) + (+ 5) = + 1, na prática eliminamos os parênteses. – 4 + 5 = 1 assim, 6 – 8 = – 2.

•• Se subtrairmos dois números inteiros, adicionamos ao 1º o oposto do 2º número.


(+ 5) – (+ 2) = (+ 5) + (– 2) = + 3, na prática eliminamos os parênteses escrevendo o oposto
do segundo número, então: + 5 – 2 = + 3 (o oposto de +2 é – 2)
(– 9) – (- 3) = – 9 + 3 = – 6
(– 8) – (+ 5) = – 8 – 5 = – 13

DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.

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1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =

c) – 9 – 24 = d) – 25 + (– 32) =

e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =

g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =

i) + 9 – 5 = j) – 8 + 4 + 5 =

k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =

Regra de sinais da multiplicação e divisão de números inteiros


•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais positivos, o resultado é um
número positivo.
a) (+ 3) × (+ 8) = + 24
b) (+12) ÷ (+ 2) = + 6

•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais negativos, o resultado é um


número positivo.
a) (– 6) × (– 5) = + 30
b) (– 9) ÷ (– 3) = + 3

•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais diferentes, o resultado é um


número negativo.
a) (– 4) × (+ 3) = – 12
b) (+ 16) ÷ (– 8) = – 2

DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

2. Calcule os produtos e os quocientes:


a) (– 9) × (– 3) = b) 4 ÷ (– 2) = c) – 6 × 9 =

d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =

g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) – 5 x (- 4) ÷ 2 =

3. Efetue os cálculos a seguir:


a) 2085 – 1463 = b) 700 + 285 = c) 435 x 75 =

d) 4862 ÷ 36 = e) 3,45 – 2,4 = f) 223,4 + 1,42 =

g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =

Potenciação e Radiciação
•• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
•• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
•• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
1
Ex.: a) (– 4) = – 4 b) (+ 5)1 = 5
•• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
0
Ex.: a) (– 8) = 1 b) (+ 2)0 = 1

•• No exemplo 3 8 = 2 temos que: 3 é o índice da raiz, 8 é o radicando, 2 é a raiz e o símbolo


é o radical.
2
Ex.: a) 5 = 25 b) 23 = 8 c) 34 = 81
d) 4 625 = 5 e) 64 = 8 f) 3 27 = 3

Regra de sinais da potenciação de números inteiros


•• Expoente par com parênteses: a potência é sempre positiva.
Exemplos: a) (– 2)4 = 16, porque (– 2) × (– 2) × (– 2) × (– 2) = + 16
b) (+ 2)² = 4, porque (+ 2) × (+ 2) = + 4

•• Expoente ímpar com parênteses: a potência terá o mesmo sinal da base


3
Exemplos: a) (– 2) = – 8, porque ( – 2) × (– 2) × ( – 2) = – 8
5
b) (+ 2) = + 32, porque (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) = + 32

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•• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
3
d) + 5 = + 125

4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =

c) – 3² = d) (+ 5)3 =

e) (– 6)² = f) – 43 =

g) (– 1)² = h) (+ 4)² =

i) (– 5)0 = j) – 7² =

k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =

m) (–8)² = n) – 8² =

Propriedades da Potenciação

•• Produto de potência de mesma base: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


Exemplos:
a) a3 x a4 x a2 = a9
b) (– 5)2 x (– 5) = (– 5)3
c) 3 x 3 x 32 = 34

•• Divisão de potências de mesma base: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


Exemplos:
a) b5 ÷ b2 = b3
b) (– 2)6 ÷ (– 2)4 = (– 2)2
c) (– 19)15 ÷ (– 19)5 = (– 19)10

•• Potência de potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


Exemplos:
a) (a2)3 = a6
b) [(– 2)5]2 = (– 2)10

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

•• Potência de um produto ou de um quociente: Multiplica–se o expoente de cada um dos


elementos da operação da multiplicação ou divisão pela potência indicada.
Exemplos:
a) [(– 5)2 x (+ 3)4]3 = (– 5)6 x (+ 3)12
b) [(– 2) ÷ (– 3)4]2 = (– 2)2 ÷ (– 3)8

Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas, é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e as radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e as divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e as subtrações na ordem em que aparecem.

Caso contenha sinais de associação:


1º resolvemos os parênteses ( )
2º resolvemos os colchetes [ ]
3º resolvemos as chaves { }

5. Calcule o valor das expressões numéricas:


a) 6² ÷ 3² + 10² ÷ 50 =

b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =

c) 100 + 1000 + 10000 =

d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =

e) 53 – 2² × [24 + 2 × (23 – 3)] + 100 =

f) 2 × {40 – [15 – (3² – 4)]} =

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Simplificação de frações

•• Para simplificar uma fração, divide-se o numerador e o denominador da fração por um


mesmo número.
Exemplo:
a) 6 ÷ 2 = 3
14 2 7
2
b) 40 ÷ 2 = 20 ÷ 2 = 10 ou 40 ÷ 4 = 10
12 2 6 3 12 4 3
•• Quando o numerador é divisível pelo denominador, efetua-se a divisão e se obtém um
número inteiro.
Exemplo:
a) 100 = – 4
-25
b) 299 = 13
23

6. Simplifique as frações, aplicando a regra de sinais da divisão:

a) – 75 b) – 48 c) – 36 d) – 10
50 84 2 15

A relação entre as frações decimais e os números decimais

•• Para transformar uma fração decimal em número decimal, escrevemos o numerador da


fração e o separamos com uma vírgula, deixando tantas casas decimais quanto forem os
zeros do denominador.
Exemplo: a) 48 = 4,8 b) 365 = 3,65 c) 98 = 0,098 d) 678 = 67,8
10 100 1.000 10

•• Para transformar um número decimal em uma fração decimal, colocamos no denominador


tantos zeros quanto forem os números depois da vírgula do número decimal.

Exemplo: a) 43,7 = 437 b) 96,45 = 9.645 c) 0,04 = 4 d) 4,876 = 4.876


10 100 100 1.000

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

Adição e subtração de frações


Com o mesmo denominador
•• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou diminuir os numeradores.
Exemplo: a) 21 – 4 + 9 = 26 simplificando 26 = 13 b) 1 + 3 = 4 = 1
6 6 6 6 6 3 4 4 4

Com denominadores diferentes


•• Sendo os denominadores diferentes, é preciso encontrar as frações equivalentes às frações
dadas, de modo que os denominadores sejam iguais, uma maneira prática é encontrar o
MMC dos denominadores. Veja:
2 4
3 – 5 , o MMC de 3 e 5 é 15. Para encontrar os novos numeradores, dividímos o MMC (15) pelo
denominador da primeira fração e multiplicamos o resultado da divisão pelo seu numerador:
15 ÷ 3 = 5 x 2 = 10. Assim procedemos com as demais frações, então: 2 – 4 = 10 – 12
3 5 15 15
2
Observe que a fração 10 é equivalente à fração e a fração 12 é equivalente a fração 4
15 3 15 5
Por fim, efetuamos o cálculo indicado entre 10 – 12 = – 2
15 15 15

7. Calcule o valor das expressões e simplifique quando for possível:

a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 + 2 – 1
4 10 2 10 3 4

Multiplicação e divisão de frações


•• Para multiplicar frações, basta multiplicar os numeradores entre si e os denominadores
entre si também.
Exemplo: a) 2 x �– 3 � = – 6 simplificando – 3
5 4 20 10

•• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
3 3 7 21 2
5
Exemplo: a) – ÷ = – x = – b) _____
=– 1 x 5 – 5
8 7 8 5 40 3 2 3 6

5

DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!

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8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8

9. Aplique seus conhecimentos e calcule o valor das expressões numéricas. Observe


as operações indicadas, a existência de sinais de associação e tenha cuidado com as
potências.

a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =

b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =

c) – 3 – {– 2 – [(- 35) ÷ 25 + 2]} =

d) 4 – {(– 2) × (– 3) – [– 11 + (– 3) × (– 4)] – (– 1)} =

e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =

f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =

10. Efetue os cálculos a seguir:

a) 2075 – 2163 b) 740 – 485 c) 415 × 72

d) 1548 ÷ 36 e) 13,46 – 8,4 f) 223,4 + 1,42

g) 3,32 × 2,5 h) 86,2 × 3 i) 78,8 ÷ 4

j) 100 ÷ 2,5 k) 21,2 ÷ 0,24 l) 34,1 ÷ 3,1

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

Potenciação e radiciação de frações


•• Para elevarmos uma fração a uma determinada potência, determina-se a potenciação do
numerador e do denominador obedecendo as regras de sinais da potenciação.
Exemplo: a) � – 2 � = + 4 b) � – 1 � = – 1 c) �+ 3 � = 27
2 3 3
3 9 4 64 5 125
•• Um número racional negativo não tem raiz de índice par no conjunto Q, se o índice for
ímpar pode ter raiz positiva ou negativa.
Exemplo: a) - 36 = ∉ Q
b) 4 -81 = ∉ Q
•• Já o índice ímpar admite raiz nagativa em Q.
Exemplo: a) 3 -64 = – 4, porque (- 4)3 = – 64
5
b) 5 -32 = – 2, porque (- 2) = – 32

Expoente negativo

Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4

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Matemática

FRAÇÕES

Definição

Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros. A palavra vem do latim fractus e significa partido, dividido ou quebrado (do verbo
frangere: quebrar).
Também é considerada parte de um inteiro que foi dividido em partes exatamente iguais. As
frações são escritas na forma de números e na forma de desenhos. Observe alguns exemplos:

www.acasadoconcurseiro.com.br 175
Na fração, a parte de cima é chamada de numerador e indica quantas partes do inteiro foram
utilizadas.
A parte de baixo é chamada de denominador, que indica a quantidade máxima de partes em
que fora dividido o inteiro e nunca pode ser zero.

Ex.: Uma professora tem que dividir três folhas de papel de seda entre quatro alunos, como ela
pode fazer isso?
Se cada aluno ficar com 3/4 (lê-se três quartos) da folha. Ou seja, você vai dividir cada folha em
4 partes e distribuir 3 para cada aluno.
Assim, por exemplo, a fração 56/8 (lê-se cinquenta e seis oitavos) designa o quociente de 56
por 8. Ela é igual a 7, pois 7 × 8 = 56.

Relação entre frações decimais e os números decimais


Para transformar uma fração decimal (de denominador 10) em um número decimal, escrevemos
o numerador da fração e o separamos com uma vírgula, deixando tantas casas decimais à
direita quanto forem os zeros do denominador.
Exemplo: 48 /10 = 4,8 365 / 100 = 3,65
98/1000 = 0,098 678 / 10 = 67,8
Para a transformação contrária (decimal em fração decimal), colocamos no denominador
tantos zeros quantos forem os números à direita da vírgula no decimal.
Exemplo: 43,7 = 437 / 10 96,45 = 9645/ 100
0,04 = 4 / 100 4,876 = 4876 / 1000

SIMPLIFICAÇÃO de FRAÇÕES
Para simplificar uma fração, se possível, basta dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número se eles não são números primos entre si.
Exemplos:

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Matemática – Frações – Prof. Dudan

COMPARAÇÃO entre FRAÇÕES


Se duas frações possuem denominadores iguais, a maior fração é a que possui maior numerador.
Por exemplo:
3 < 4
5 5

Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador.
Isso é obtido por meio do menor múltiplo comum.
Exemplo:

Na comparação entre frações com denominadores diferentes, devemos usar frações


equivalentes a elas e de mesmo denominadores, para assim, compará-las.
O M.M.C entre 5 e 7 é 35, logo:

Assim, temos que

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
•• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou subtrair os numeradores e manter o
denominador.
Exemplos:

www.acasadoconcurseiro.com.br 177
•• Se os denominadores forem diferentes será necessário encontrar frações equivalentes
(proporcionais) que sejam escritas no mesmo denominador comum. Usaremos o M.M.C, veja:
Exemplo:

O M.M.C de 3 e 5 é 15. Em seguida, divide-se o M.M.C pelo denominador original de cada


fração e multiplica-se o resultado pelo numerador, obtendo, assim, uma fração equivalente.
Observe que, com isso, temos :

Por fim, efetuamos o cálculo:

Exemplo:

Exemplo: Calcule o valor das expressões e simplifique quando for possível:

a) −3 + 2 − 5 − 5
4 10 2 10

7 1
b) +2−
3 4
⎛ 1 1⎞ ⎛ 5 3⎞
c) ⎜ + ⎟ − ⎜ − ⎟
⎝ 3 2⎠ ⎝ 6 4⎠

d)
1
2
(
+ −0,3 )

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Matemática – Frações – Prof. Dudan

MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO
Para multiplicar frações, basta multiplicar os numeradores entre si e fazer o mesmo entre os
denominadores, independente de serem iguais ou não.
Exemplo:

Para dividir as frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:

Exemplos: Efetue e simplifique quando for possível:

1
−1−
4 ⎛ 2⎞ 1 ⎛ −3 ⎞ 2 ⎛ −3 ⎞
a) ÷ −
7 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
b)
⎜ ⎟
2⎝ 4 ⎠ 3
( )
c) −4 ÷ ⎜
⎝ 8⎠ ⎟   d)
7
3 ⎛ −1 ⎞

6 ⎜⎝ 3 ⎟⎠

→ Potenciação e radiciação de frações


Para elevarmos uma fração à determinada potência, basta aplicarmos a potência no numerador
e no denominador, respeitando as regras dos sinais da potenciação.
Exemplo:

2 2
⎛ 2 ⎞ ⎛ 22 ⎞ 4 ⎛ 4 ⎞ ⎛ 42 ⎞ 16
= ⎜ ⎟
⎜⎝ 3 ⎟⎠ ⎝ 3 ⎠ 9= − = ⎜ +
⎜⎝ 9 ⎟⎠ ⎝ 9 ⎠ ⎟ = +
2 2
81

3 2 2
⎛ 3 ⎞ ⎛ 33 ⎞ 27 ⎛ 12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 32 ⎞ 9
⎜⎝ 5 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 53 ⎟⎠ = + 125 ⎜⎝ − 8 ⎟⎠ = ⎜⎝ − 2 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 22 ⎟⎠ = 4

www.acasadoconcurseiro.com.br 179
Caso seja necessário aplicar um radical numa fração, basta entender que: “a raiz da fração é a
fração das raízes.”
Exemplos:

Exemplo: Calcule o valor das expressões:

Questões:

1. João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu
a terça parte da metade. Quem comeu mais?
a) João, porque a metade é maior que a terça parte.
b) Tomás.
c) Não se pode decidir porque não se conhece o tamanho do bolo.
d) Os dois comeram a mesma quantidade de bolo.
e) Não se pode decidir porque o bolo não é redondo.

2. Dividir um número por 0,0125 equivale a multiplicá-lo por:


a) 1/125.
b) 1/8.
c) 8.
d) 12,5.
e) 80.

Gabarito: 1. D 2. E

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Matemática

POTÊNCIAS

A potenciação indica multiplicações de fatores iguais.


Por exemplo, o produto 3 . 3 . 3 . 3 pode ser indicado na forma 34. Assim, o símbolo an, sendo
a um número inteiro e n um número natural, n > 1, significa o produto de n fatores iguais a a:

an = a . a . a . ... . a
n fatores

Exemplo:
26 = 64, onde,
2 = base
6 = expoente
64 = potência

Exemplos:
a) 54 = 5 . 5 . 5 . 5 . = 625
•• 5 é a base;
•• 4 é o expoente;
•• 625 é a potência
b) ( – 6) = ( – 6) . ( – 6) = 36
2

•• – 6 é a base;
•• 2 é o expoente;
•• 36 é a potência
3
c) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
•• – 2 é a base;
•• 3 é o expoente;
•• – 8 é a potência
1
d) 10 = 10
•• 10 é a base;
•• 1 é o expoente;
•• 10 é a potência

www.acasadoconcurseiro.com.br 181
Casos especiais:

a1 = a 1n = 1 a0 = 1
a ≠ 0

Exemplo: Calcule as potências.


a) 52 = b) – 52 = c) ( – 5)2 =
3
d) – 5 = e) ( – 5)3 = f) – 18 =
3
g) – ( – 5) = h) (√3)0 = i) – 100 =

j) – 3³ = k) ( – 3)³ = l) – 3²=
0 0
m) ( – 3)² = n) ( – 3) = o) – 3 =

Potências “famosas”
21 = 2 3¹ = 3 5¹= 5
2² = 4 3² = 9 5² = 25
2³ = 8 3³ = 27 5³ = 125
24 = 16 34 = 81 54 = 625
25 = 32 35 = 243
26 = 64
27 = 128
28 = 256
29 = 512
210 = 1024

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Potências de base “dez”

“n” inteiro e positivo “n” inteiro e positivo

10n = 10000...0 10n = 0,0000...001


“n” zeros “n” algarismos

Exemplos:
a) 104 = 10000 d) 10-5 = 0,00001
b) 106 = 1000000 e) 10-2 = 0,01
c) 103 = 1000 f) 10-1 = 0,1

Exemplo: Analise as sentenças abaixo e assinale a alternativa que completa os parênteses


corretamente e na ordem correta.
4 4 4 4 5
( )4 +4 +4 +4 =4
( ) 320 + 320 + 320 = 920
( ) 27 + 27 = 28
( ) 53 + 53 + 53 + 53 + 53 = 515
a) V–F–F–F
b) V–V–V–V
c) F–V–F–V
d) V–F–V–F
e) F–V–V–F
Exemplo: Qual o dobro de 230?
30
a) 4
b) 260
c) 460
d) 231
e) 431
Exemplo: Qual é a metade de 2100?
a) 250
b) 299
c) 1100
d) 150
e) 225

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Propriedades de potências

Produto de potências de mesma base


Na multiplicação de potências de bases iguais, conserva-se a base e somam-se os expoentes.

ax . ay = ax + y

Exemplos:

a) 2 . 2 = 2 = 2 = 32
3 2 3+2 5

b) 54 . 5 = 54 + 1 = 55
c) 2x . 26 = 2x + 6
d) 24 . 2-3 = 24 + (-3) = 24 - 3 = 21 = 2
e) 37 . 3-7 = 37 + (-7) = 37 - 7 = 30 = 1
f) xn . x-n = xn + (-n) = xn - n = x0 = 1
g) 8 . 2x = 23 . 2x = 23 + x
h) 2x . 2x = 2x + x = 22x

Observação: A propriedade aplica-se no sentido contrário também

am + n = am . an
Exemplo:
= 2x . 22 = 2x . 4 = 4 . 2x
x+2
a) 2
b) 32x = 3x + x = 3x . 3x = (3x)2
c) 5m + x = 5m . 5x
d) 42 + n = 42 . 4n = 16 . 4n

Observação: Somente podemos aplicar essa propriedade quando as bases são iguais.
25 . 32 ≠ 65 + 2 (não há propriedade para esses casos)

Não é possível multiplicar as bases quando houver expoente (não há propriedade para esses
casos)
Exemplos:
a) 2 . 6x ≠ 12x
b) 32 . 3x = 32 + x

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Divisão de potências de mesma base


Na divisão de potências de bases iguais, conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.

ax ÷ ay = ax - y
OU

ax = a x - y
ay
Exemplos:
a) 710 ÷ 78 = 710 - 8 = 72 = 49
b) 32 ÷ 3-5 = 32- (-5) = 32 + 5 = 37
c) 102x ÷ 10x = 102x - x = 10x
d) 20 ÷ 25 = 20 - 5 = 2-5
103x
e) = 103x - x = 102x
10x
f) 13x ÷ 13x + 2 = 13x - (x + 2) = 13x - x - 2 = 13- 2
g) 53 ÷ 53 = 53 - 3 = 50 = 1
h) 43 ÷ 48 = 43 - 8 = 4-5
i) 11-5 ÷ 113 = 11-5 - 3 = 11- 8
x5n
j) = x5n - 10n = x-5n
x10n

A propriedade aplica-se no sentido contrário também.

am - n = am ÷ an
Exemplos:
x-2 x 2 x x
a) 2 = 2 ÷ 2 = 2 ÷ 4 = 2 /4
b) 5m-x = 5m ÷ 5x = 5m/5x
c) 42 - n = 42 ÷ 4n = 16 + 4n = 16/4n

www.acasadoconcurseiro.com.br 185
Potência de potência
Quando uma potência está elevada a algum expoente, conserva-se a base e multiplica-se o
expoente.

(ax)y = axy
Exemplos:

a) (22)3 = 22 . 3 = 26 = 128
b) (33x)2 = 36x
c) (54 + x)3 = 512+3x
d) (77)0 = 77 . 0 = 70 = 1
e) (2-3)2 = 2(-3) . 2 = 2-6

Cuidado!
n
(am)n ≠ am
Exemplo:
2
(23)2 ≠ 23   →  26 ≠ 29  →  128 ≠ 512

Potência de mesmo expoente


O produto de dois números quaisquer a e b, ambos elevados a um expoente n, conserva-se o
expoente e multiplicam-se as bases.

an . bn = (a . b)n
Exemplos:
a) (3 . 2)3 = 33 . 23 = 27 . 8 = 216
b) (5x)2 = 52 . x2 = 25x2
c) ( – 2ab)4 = ( – 2)4 . a4 . b4 = 16 a4 . b4
d) (x2y3)4 = (x2)4 . (y3)4 = x8 . y12
e) 57 . 27 = (5 . 2)7 = 107
f) (4 . a3 . b5)2 = 42 . (a3)2 . (b5)2 = 16 . a6 . b10

Exemplo: A soma dos algarismos do produto 421 . 540 é:

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Divisão de mesmo expoente


A divisão de dois números quaisquer a e b, ambos elevados a um expoente n, conserva-se os
expoentes e dividem-se as bases. (b ≠ 0)

n
an ⎛ a ⎞
=⎜ ⎟
b ⎝ b⎠
n

Exemplos:
4
⎛ ⎞ 4
a) 2 = 2 = 16
⎜⎝ 3 ⎟⎠ 34 81
7
7
⎛ ⎞
b) 5 = 5 = 17 = 1
5 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
7

( )( )
3 3 3
3 4
⎛ 2x 4z2 ⎞ 2 x z2 8x12z6
c)
⎜ 3y 3 ⎟ = =
( )
3
⎝ ⎠ 33 y 3 27y 9
8
88 ⎛ 8 ⎞
d) 8 = ⎜ ⎟ = 48
2 ⎝ 2⎠
2x
e) 9 = ⎛ 9 ⎞ = 32x
2x

32x ⎜⎝ 3 ⎟⎠

Potência de expoente negativo


O expoente negativo indica que se deve trabalhar com o inverso multiplicativo dessa base.

Expoente – 1 Expoente qualquer

n n n
−1 1 1 1
−1 − n −n 1 1 1 − n −ou
− n −1 1 1 1
a = aa = = a =a a= =n a =a n n= a− n =
a a a a a a a a an

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Exemplos:

1
a) 5−1 =
5
2
−21 1
b) x = =
x x2
3
−3 1 1
c) 2 = =
2 8
1
d) y −1 =
y

Casos especiais:

−n n −1
a b a b
= =
b a b a

Exemplos:

−1
2 3
a) =
3 2
−2 2
5 3 9
b) = =
3 5 25
−4 4
1 2
c) = = 24 = 16
2 1
−2 2
3 x x2
d) − = − =
x 3 9

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Regras importantes
Base NEGATIVA elevada a expoente ÍMPAR resulta em NEGATIVO.
Exemplo:
a) ( – 1)5 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
b) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
3
1
c) ( – 5) = – 5

Base NEGATIVA elevada a expoente PAR resulta em POSITIVO.


Exemplo:
a) ( – 2)4 = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = + 16
b) ( – 7) = ( – 7) . ( – 7) = + 49
2

c) ( – 1) = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = + 1
6

Caso especial para BASE = – 1


Exponente PAR Exponente ÍMPAR
(–1)0 = +1 (–1)1 = –1
(–1) = (–1) . (–1) = +1 (–1) = (–1) . (–1) . (–1) = –1
2 3

(–1) = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = +1 (–1)5 = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = –1
4

( –1) = (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) = + 1 ( – 1)7 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
6

. .
. .
. .
PAR
( – 1) = + 1 ( – 1)ÍMPAR = – 1

Exemplos:

a) ( – 1)481 = – 1
1500
b) ( – 1) = + 1
( – 1) . ( – 1) = ( – 1)
123 321 123 + 321
c) = ( – 1)444 = + 1
2n
d) ( – 1) = + 1 pois "2n" é um número par
6n - 1
e) ( – 1) = – 1 pois "6n – 1" é um número ímpar

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Exemplos: Calcule as potências:
3 5
a) 8 . 16 = j) 0,25-3 =
7 -4 −1
b) 7 ÷ 7 = 7
k) =
c) 5 =
-3 4
3 5
d) (3 ) = l) π0 =
5
e) ( – 5)0 = m) 10 =
-3
f) – 50 = n) 10 =
2 −4 −1
3 1 7 o) (0,001)3 =
g) − = −
4 2 4 p) (0,001)-3 =
-23 −4 −1
3 q) 410 ÷ 2 =
h) − = −1 7
4 2 4 r) 10003 =
2 −4 −1
3 1 7
− i) − =
4 2 4

Exemplo: Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.


( ) 05
( ) 50 a) 1
7
( ) ( – 1) b) – 1
10
( ) ( – 1) c) 0
0
( ) 1

A alternativa que completa corretamente os parênteses, de cima para baixo é:


a) a–b–c–b–a
b) c–a–b–a–a
c) c–b–b–b–a
d) c–b–a–b–c
e) a–a–a–a–c

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Matemática

RADICAIS

Certas situações envolvendo radicais podem ser simplificadas utilizando algumas técnicas
matemáticas. Vamos, por meio de propriedades, demonstrar como simplificar números na
forma de radicais, isto é, números ou letras que podem possuir raízes exatas ou não. Nesse
último caso, a simplificação é primordial para os cálculos futuros e para as questões de concurso.

Definição
Se perguntássemos qual número multiplicado por ele mesmo tem resultado 2, não
encontraríamos nenhum número natural, inteiro ou racional como resposta.
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada
para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Radiciação de números relativos é a operação inversa da potenciação. Ou seja:
n
an = b ⇔ b = �a (com n > 0)

Regra do “SOL e da sombra”

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Exemplos:
3 3
5 5
a)a)7 57=5 = 737=3 =5 343
5
343
3 3
4 43 3
b)b) 2 2= =
22 4 4

1 1

3 3= = 3 3
c)c) 2 2

5 5
3 3
d)d) 3232= =
22 3 3

8 8 4 4
0 ,80 ,8 5 5
4 4 5 5
e)10
e)10
  = 10
= 10 = 10
10 10
= 10 = = 1010
5 5
= = 10000
10000

Atenção: par
negativo ≠ IR

Propriedades

I. Simplificação de radicais
Regra da chave-fechadura
Exemplos:
a)  27 = b)  32 =
c)  3 16 = d)  5 32 =
e)  36 = f)  4 512 =
g)  243 = h)  3 729 =
i)  108 = j)  3 −64 =

Atenção!
n
an = a

II. Soma e subtração de radicais


Exemplos:
a) 5 − 5 20 + 45 − 7 125 + 320 =
b) 3 2 − 3 54 + 3 128 =

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III. Multiplicação de raízes de mesmo índice

�a . n�b = n�a . b
n

Exemplos:
a) 2 . 5 = 2.5 = 10
3 3
b) 4 . 2 = 3 4.2 = 3 8 = 2
c) 2 27 . 2
3
d) 3 16 . 3
2

IV. Divisão de raízes de mesmo índice

n 20 20
a a a) = = 4 =2
= n
20 20 5
5
n
b b a) = = 4 =2
5 5 4 3
4 3
b) = = 2 3
Exemplos: Atenção:
2 3 2

3
a)
20
=
20
= 4 =2 4 4 3 144 144 12
5 5 b) =3 1 ,=44 =2
100
= =
10
= 1 ,2
3
2 2 100
20 20
a) 3 = = 4 =2
45 3 4 5 3 m n
b) = = 2 a = m.n a
3
2 2

144 144 12
1 , 44 = = 64 = 64= 2 ,2
= 64 == 1
3
44
b) =3 =32 a) 3 2.3
=2 6 6 6
3
V. 1 Raiz
144
2
, 442= de raiz
=
144 12
= = 1 ,2
100 100 10
100 100 10
5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
144 144 12
1 , 44 = = = = 1 ,2
m n
a = m.n a
m n
a = m.n a100 100 10

m n m.n
a) a =3 64 a= 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
6

Exemplos:
3 6
5 34 2.3 6
a) 64 = 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
20 6
3 ==5.4 364= = 3 64 = 2 = 2
6
a)
b) 64

5 4 5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
b) 3 = 5.4 3 = 20 3

www.acasadoconcurseiro.com.br 193
VI. Simplificação de índice e expoente

n.p n
am.p = am
n.p n
am.p = am n.p n
Exemplos: am.p =4 am 4 2
4 4
a) 9= 3 = 3
a) 9 = 32 = 3
4 4
a) 9 8= 6 32 2= 3 4 3
.4 2.3
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
b) 7 = 7 = 7
n.p n
am.p = am
2.3 8 2.4 4
m
a⋅n b =
m.n
b) 7 6
=
an ⋅ bm
VII. Multiplicação de raízes de míndices
7 = 7 3

a ⋅ n bdistintos
m.n
a) 4
9= 3 = 3
4 2 = an ⋅ bm
3 12
a) 5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73 m m.n
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
a ⋅ n b 3= 4an ⋅ b12m 4 3
5 4 20 20
a)15 5 ⋅ 7 = 5 ⋅ 7
b)
m n ⋅ 5n3 =m 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 2 ⋅ 5
22 m.n 8
a⋅ b = a ⋅ b
Exemplos: 3 12
a) 5 5⋅ 4 27 =4 354 ⋅2073 2⋅4 3⋅5 20 8 15
a) 3
5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73
12 b) 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅5
5 4 20 20
b)
5
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅b)
4 20
515
20
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅ 515

Exercícios

1. Se x = 2 e y = 98 − 32 − 8 então:
a) y = 3x
b) y = 5x
c) y=x
d) y = −x
e) y = 7x

2. Se a = 2 e b = 2 − 8 , então a/b é um número:


a) racional positivo.
b) racional não inteiro.
c) racional.
d) irracional.
e) complexo não real.

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Matemática – Radicais – Prof. Dudan

3. O numeral 5120,555 é equivalente a:


a) 32.
b) 16 2 .
c) 2.
d) 2 .
e) 5 2 .
1,777...
4. O valor de é:
0,111...

a) 4,444...
b) 4.
c) 4,777...
d) 3.
e) 4/3.
50%
5. O valor de (16%) é:
a) 0,04%
b) 0,4%
c) 4%
d) 40%
e) 400

2 2 3
6. O valor de  8 + 14 + 6 + 4  é:
a) 2 3
b) 3 2 2
c) 5
d) 2 5
e) 5 2

7. Se a = 23,5, então:
a) 6 < a < 8,5.
b) 8,5 < a < 10.
c) 10 < a < 11,5.
d) 11,5 < a < 13.
e) 13 < a < 14,5.

Gabarito: 1. C 2. C 3. A 4. B 5. D 6. A 7. C

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Matemática

PRODUTOS NOTÁVEIS

Existem alguns produtos que se notabilizaram por algumas particularidades, chamam-se


de PRODUTOS NOTÁVEIS. Essas multiplicações são frequentemente usadas e, para evitar a
multiplicação de termo a termo, existem algumas fórmulas que convém serem memorizadas.

QUADRADO DA SOMA DE DOIS NÚMEROS

O quadrado da soma de dois números é igual ao quadrado do primeiro somado duas vezes o
primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.

Exemplos:
(x + 4)2 = x2 + 2.x.4 + 42 = x2 + 8x + 16
(3x + 1)2 = (3x)2 + 2.3x.1 + 12 = 9x2 + 6x + 1
(2a + 3b)2 = (2a)2 + 2.2a.3b + (3b)2 = 4a2 + 12ab + 9b2
(3x2 + 2x)2 = (3x2)2 + 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 + 12x3 + 4x2

CUIDADO: (x + y)2 ≠ x2 + y2

DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a + b)2 = (a + b).(a + b)

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Aplicando a distributiva,

(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Exemplos:
a) (a + 7)2 =
2
b) (a³ + 5b) =

QUADRADO DA DIFERENÇA DE DOIS NÚMEROS

O quadrado da diferença de dois números é igual ao quadrado do primeiro subtraído duas


vezes o primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.

EXEMPLOS:
(x – 3)2 = x2 – 2.x.3 + 32 = x2 – 6x + 9
(5x – 3)2 = (5x)2 – 2.5x.3 + 32 = 25x2 – 30x + 9
(2a – 4b)2 = (2a)2 - 2.2a.4b + (4b)² = 4a2 + 16ab + 16b2
(3x2 – 2x)2 = (3x2)2 – 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 – 12x3 + 4x2

CUIDADO: (x – y)2 ≠ x2 – y2

DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a – b)2 = (a – b).(a – b)
Aplicando a distributiva,

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Matemática – Produtos Notáveis – Prof. Dudan

(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2

Exemplos:
a) (3x – 1)2 =
b) (5x2 – 3x)2 =

PRODUTO DA SOMA PELA DIFERENÇA ENTRE DOIS NÚMEROS

O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo
subtraído o quadrado do segundo termo.

Exemplos:
(x + 1).(x – 1) = x2 – 12 = x2 – 1
(2a + 3).(2a – 3) = (2a)2 – 32 = 4a2 – 9
(3x + 2y).(3x – 2y) = (3x)2 – (2y)2 = 9x2 – 4y2

DICA:
Obs.: Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar de aplicar a distributiva:

(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2

www.acasadoconcurseiro.com.br 199
Exemplos:
(3a – 7).(3a + 7)=

(5a3 – 6).(5a3 + 6) =

Exercicios:
2 2
1. A expressão (x – y) – (x + y) é equivalente a:
a) 0
2
b) 2y
c) – 2y3
d) – 4xy
e) – 2xy

2. A expressão (3 + ab).(ab – 3) é igual a:


2
a) a b–9
2
b) ab – 9
2 2
c) a b –9
2 2
d) a b –6
2 2
e) a b +6
2 2
3. Se (x – y) – (x + y) = – 20, então x.y é igual a:
a) 0
b) –1
c) 5
d) 10
e) 15
2 2
4. Se x – y = 7 e xy = 60, então o valor da expressão x + y é:
a) 53
b) 109
c) 169
d) 420
e) 536

5. A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual:
a) a diferença dos quadrados dos dois números.
b) a soma dos quadrados dos dois números.
c) a diferença dos dois números.
d) ao dobro do produto dos números.
e) ao quádruplo do produto dos números.

Gabarito: 1. D 2. C 3. C 4. C 5. E

200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática

FATOR COMUM

Quando todos os termos de uma expressão tem um fator comum, podemos colocá-lo em
evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pelo que se obtém dividindo-se cada
termo da expressão original dada pelo fator comum.
Para usar esse método, temos que achar um fator que seja comum entre os termos, seja
número ou uma incógnita (letra), e colocá-lo em evidência.
Exemplos:
a) 2a + 2b = 2 (a + b)

1º Achamos o fator comum que é o 2.


2º Depois colocamos em evidência e dividimos cada termo pelo fator comum:
2a : 2 = a
2b : 2 = b

b) 6ax + 8ay = 2a (3x + 4y)

1º Nesse caso, temos a incógnita como fator comum, mas temos também números que
aparentemente não têm nada em comum. Então, devemos achar algum número que seja
divisível pelos dois números ao mesmo tempo, ou seja, encontramos o 2. Colocamos,
assim, em evidência.
2º Agora dividimos cada termo pelo fator comum:
6ax : 2a = 3x
8ay : 2a = 4y

www.acasadoconcurseiro.com.br 201
Exemplo: Colocando o fator comum em evidência, fatore os seguintes polinômios:

a) 10a + 10b =

b) 4a – 3ax =

2
c) 35c + 7c =

TRINÔMIO DO QUADRADO PERFEITO

Outra maneira de fatorar expressões algébricas é utilizando a regra do trinômio do quadrado


perfeito. Para fatorar uma expressão algébrica utilizando esse caso, a expressão deverá ser um
trinômio e formar um quadrado perfeito.
Então, para compreender melhor esse tipo de fatoração, vamos recapitular o que é um trinômio
e quando um trinômio pode ser um quadrado perfeito.
Para que uma expressão algébrica seja um trinômio, ela deverá ter exatamente 3 termos. Veja
alguns exemplos de trinômios:

3 2
x + 2x + 2x

– 2x5 + 5y – 5

ac + c – b

É importante lembrar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. Por isso, é preciso
verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.

Como identificar um trinômio do quadrado perfeito?


Veja se o trinômio 16x2 + 8x + 1 é um quadrado perfeito. Para isso, siga as seguintes regras:
Verifique se dois membros do trinômio têm raízes quadradas exatas e se o dobro delas é o
outro termo.

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Matemática – Fator Comum – Prof. Dudan

Assim, o trinômio 16x2 + 8x + 1 é quadrado perfeito.


Então, a forma fatorada do trinômio é 16x2 + 8x + 1 é (4x + 1)2, pois é a soma das raízes ao
quadrado.

Exemplos Resolvidos

Fatore a expressão x2 – 18x + 81.

Encontre a forma fatorada de x2 – 100x + 2500.

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Exercícios:

x+3
1. Para x ≠ 3, a simplificação da expressão é:
x2 − 9
a) x – 3

b) 3 – x
1
c)
x−3
1
d)
x+3
1
e)
3− x

2x2 − 8y2
2. Se y ≠ 0 e se x ≠ – 2y, a expressão é igual a:
3x2y + 6xy2
−2
a)
y + 2x

b) 2x − 4y
3xy
x − 4y
c)
y + 2x

1
d)
x + 2y

e) 2
3
a2 + 6a+ 9 a2 − 9
3. Para a ≠ – 3 e a ≠ 3, a expressão ÷ é equivalente a:
a+ 3 3 a− 3
a)
3
b) a + 2
c) a + 3
d) a – 3
e) a− 3
3

Gabarito: 1. C 2. B 3. A

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Matemática

DIVISORES E MÚLTIPLOS

Os múltiplos e divisores de um número estão relacionados entre si da seguinte forma: 


Se 15 é divisível por 3, então 3 é divisor de 15, assim, 15 é múltiplo de 3. 
Se 8 é divisível por 2, então 2 é divisor de 8, assim, 8 é múltiplo de 2. 
Se 20 é divisível por 5, então 5 é divisor de 20, assim, 20 é múltiplo de 5. 

Múltiplos de um número natural 


Denominamos múltiplo de um número o produto desse número por um número natural
qualquer. Um bom exemplo de números múltiplos é encontrado na tradicional tabuada. 
Múltiplos de 2 (tabuada da multiplicação do número 2) 
2 x 0 = 0 
2 x 1 = 2 
2 x 2 = 4 
2 x 3 = 6 
2 x 4 = 8 
2 x 5 = 10 
2 x 6 = 12 
2 x 7 = 14 
2 x 8 = 16 
2 x 9 = 18 
2 x 10 = 20 
E assim sucessivamente. 
Múltiplos de 3 (tabuada da multiplicação do número 3) 
3 x 0 = 0 
3 x 1 = 3 
3 x 2 = 6 
3 x 3 = 9 
3 x 4 = 12 
3 x 5 = 15 
3 x 6 = 18 
3 x 7 = 21 
3 x 8 = 24 
3 x 9 = 27 
3 x 10 = 30 

www.acasadoconcurseiro.com.br 205
E assim sucessivamente. 
Portanto, os múltiplo de 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 18, 20, ... 
E os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, ... 

Divisores de um número natural 


Um número é divisor de outro quando o resto da divisão for igual a 0. Portanto, 
12 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6 e 12. 
36 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18 e 36. 
48 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24 e 48. 

Importante!
• O menor divisor natural de um número é
sempre o número 1. 
• O maior divisor de um número é o próprio
número. 
• O zero não é divisor de nenhum número. 
• Os divisores de um número formam um
conjunto finito.

Principais Critérios de Divisibilidade


Dentre as propriedades operatórias existentes na Matemática, podemos ressaltar a divisão,
que consiste em representar o número em partes menores e iguais.
Para que o processo da divisão ocorra normalmente, sem que o resultado seja um número
não inteiro, precisamos estabelecer situações envolvendo algumas regras de divisibilidade.
Lembrando que um número é considerado divisível por outro quando o resto da divisão entre
eles é igual a zero.

Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.

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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan

Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
237 não é divisível por 2, pois não é um número par.

Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2 + 3 + 4 = 9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.

Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.

Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3 , logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

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Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7, quando estabelecida a diferença entre o dobro do seu último
algarismo e os demais algarismos, encontramos um número divisível por 7.

Exemplos:
161 : 7 = 23, pois 16 – 2.1 = 16 – 2 = 14
203 : 7 = 29, pois 20 – 2.3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2.4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2.0 = 84

E o número 165928? Usando a regra : 16592 – 2.8 = 16592 – 16 = 16576


Repetindo o processo: 1657 – 2.6 = 1657 – 12 = 1645
Mais uma vez : 164 – 2.5 = 164 – 10 = 154 e 15 – 2.4 = 15 – 8 = 7
Logo 165928 é divisível por 7.

Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis
por 8.

Exemplos:
1000 : 8 = 125, pois termina em 000
45128 é divisível por 8 pois 128 dividido por 8 fornece 16
45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível por 8.

Divisibilidade por 9
Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número
múltiplo de 9.

Exemplos:
81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27

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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan

Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0 (zero).
Exemplos: 5420 é divisível por 10 pois termina em 0 (zero)
6342 não é divisível por 10 pois não termina em 0 (zero).

Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o
número formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2
algarismos, resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas
(11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 13 – 2 = 11
2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66

Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.

Exemplos:
192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48
672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168

Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.

Exemplos:
1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.
1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.

Exemplo: Teste a divisibilidade dos números abaixo por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10.


a) 1278
b) 1450
c) 1202154

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Matemática

FATORAÇÃO

Podemos escrever os números como produto (multiplicação) de números primos. Contudo,


qual a finalidade de fatorarmos esses números? Preciso realizar a fatoração separadamente ou
posso fazê-la simultaneamente, com dois ou mais números? Esses respostas virão adiante.
Um dos pontos importantes da fatoração, encontra-se no cálculo do M.D.C (Máximo Divisor
Comum) e do M.M.C (Mínimo Múltiplo Comum). Entretanto, devemos tomar cuidado quanto
à obtenção desses valores, pois utilizaremos o mesmo procedimento de fatoração, ou seja, a
mesma fatoração de dois ou mais números para calcular o valor do M.D.C e do M.M.C. Sendo
assim, devemos compreender e diferenciar o modo pelo qual se obtém cada um desses valores,
por meio da fatoração simultânea.
Vejamos um exemplo no qual foi feita a fatoração simultânea:
12,  42  2 (Divisor Comum)
6,  21  2
3,  21  3 (Divisor Comum)
1,  7   7
1  1

Note que na fatoração foram destacados os números que dividiram simultaneamente os


números 12 e 42. Isto é um passo importante para conseguirmos determinar o M.D.C. Se
fôssemos listar os divisores de cada um dos números, teríamos a seguinte situação:
D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D(42) = {1, 2, 3, 6, 7, 21, 42}

Note que o maior dos divisores comuns entre os números 12 e 42 é o número 6. Observando
a nossa fatoração simultânea, este valor 6 é obtido realizando a multiplicação dos divisores
comuns.
Por outro lado, o M.M.C será obtido de uma maneira diferente. Por se tratar dos múltiplos,
deveremos multiplicar todos os divisores da fatoração. Sendo assim, o M.M.C (12,14) = 2 x 2 x
3 x 7 = 84.
Portanto, esse processo de fatoração é muito utilizado no cálculo do M.M.C e do M.D.C também,
mas cada um com seu respectivo procedimento, portanto, cuidado para não se confundir.

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Exemplos: Vamos fatorar, para o cálculo do M.M.C, os valores abaixo:
15, 24, 60  2
15, 12, 30  2
15, 6,  15  2
15, 3,  15   3
5,  1,  5   5
1,  1,  1

Logo, o produto desses fatores primos: 2 . 2 . 2 . 3 . 5 = 120 é o menor múltiplo comum entre os
valores apresentados.
Agora se quiséssemos calcular o M.D.C , teríamos que fatorá-los sempre juntos, até não haver
mais divisor comum além do número 1.
Assim:
15, 24, 60  3
5,  8,  20  

E com isso, temos que o M.D.C dos valores dados é 3.


Exemplo: Fatore 20 e 30 para o cálculo do M.M.C
20,  30  2
10,  15  2
5,  15  3
5,  5   5
1  1

Assim, o produto desses fatores primos obtidos: 2.2.3.5 = 60 é o M.M.C de 20 e 30.

212 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Fatoração – Prof. Dudan

De fato, se observarmos a lista de múltiplos de 20 e 30, verificaremos que, dentre os comuns,


o menor deles é, de fato, o 60.
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, 140, 160,...
M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150,...
Agora, se buscássemos o M.D.C teríamos que fatorar de forma diferente.
20,  30  2
10,  15  5
2,  3

Com isso, o produto desses fatores primos, 2 . 5 = 10, obtidos pela fatoração conjunta,
representa o M.D.C .
De fato, se observarmos a lista de divisores de 20 e 30, verificaremos que, dentre os comuns,
o maior deles é, de fato, o 10.
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20.
D(30) = 1, 2 ,3 ,5 ,6, 10, 15, 30.

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Matemática

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o M.M.C entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, .... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o M.M.C entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o M.M.C entre 20 e 30 é pela fatoração, em que devemos escolher
os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe:
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5 logo
M.M.C (20; 30) = 2² * 3 * 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
20,  30  2
10,  15  2
5,  15  3
5,  5   5
1
M.M.C (20, 30) = 2 * 2 * 3 * 5 = 60

Dica:
Apenas números naturais
têm M.M.C.

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Um método rápido e fácil para se determinar o M.M.C de um conjunto de números naturais é
a FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que ao menos um deles possa
ser dividido pelo fator primo apresentado, até que não sobrem valores maiores que 1.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Mínimo Múltiplo Comum.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar os números 6, 8 e 12 como exemplo.
Da fatoração desses três números temos:
6, 8, 12  2
3, 4, 6   2
3, 2, 3   2
3, 1, 3    3
1, 1, 1

O M.M.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.M.C (6 , 8 , 12) = 2.2.2.3 = 24
Qual é o M.M.C (15, 25, 40)?
Fatorando os três números, temos:
15, 25, 40  2
15, 25, 20  2
15, 25, 10  2
15, 25, 5    3
5,  25, 5  5
1,  5,  1  5
1,  1,  1

Assim o M.M.C (15, 25, 40) = 2. 2 . 2 . 3 . 5 . 5 = 600

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Matemática – Mínimo Múltiplo Comum – Prof. Dudan

Propriedade do M.M.C.
Todo múltiplo comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo do m.m.c. desses números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 2 , 5 e 6 são exatamente os múltiplos positivos de
30 (m.m.c. (2 ,5 , 6) = 30), ou seja, são 30 , 60, 90,... 

Como identificar questões que exigem o cálculo do M.M.C?


Para não ficar em dúvida quanto à solicitação da questão, M.M.C ou M.D.C, basta entender que
o M.M.C por ser um “múltiplo comum”, é um número sempre será maior ou igual ao maior dos
valores apresentados , logo sempre um valor além dos valores dados.
Apesar do nome Mínimo Múltiplo Comum é equivocado pensar que o “mínimo” indica um
número pequeno, talvez menor que os valores apresentados. Na verdade, ele é o menor dos
múltiplos e quase sempre maior que todos esses valores de quem se busca o cálculo do M.M.C.

Exemplo

1. Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias; na
máquina B, a cada 4 dias; e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 2 de dezembro foi feita a
manutenção nas três máquinas, após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
mesmo dia?
Temos que determinar o M.M.C entre os números 3, 4 e 6.
3, 4, 6  2
3, 2, 3  2
3, 1, 3  3
1, 1, 1   
Assim, o M.M.C (3, 4, 6) = 2 * 2 * 3 = 12
Concluímos que, após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Portanto, dia 14
de dezembro.

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2. Um médico, ao prescrever uma receita, determina que três medicamentos sejam ingeridos
pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 em 2 horas;
remédio B, de 3 em 3 horas; e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três
remédios às 8 horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão dos medicamentos?
Calcular o M.M.C dos números 2, 3 e 6.
2, 3, 6  2
1, 3, 3  3
1, 1, 1
M.M.C (2, 3, 6) = 2 * 3 = 6
O mínimo múltiplo comum dos números 2, 3, 6 é igual a 6.
De 6 em 6 horas os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será
às 14 horas.

3. Em uma árvore de natal, três luzes piscam com frequência diferentes. A primeira pisca a
cada 4 segundos, a segunda a cada 6 segundos e a terceira a cada 10 segundos. Se num
dado instante as luzes piscam ao mesmo tempo, após quantos segundos voltarão a piscar
juntas?

4. No alto da torre de uma emissora de televisão, duas luzes “piscam” com frequências
diferentes. A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pisca” 10 vezes por
minuto. Se num certo instante, as luzes piscam simultaneamente, após quantos segundos
elas voltarão a “piscar simultaneamente”?
a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30
5. Três ciclistas percorrem um circuito saindo todos ao mesmo tempo, do mesmo ponto, e com
o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 s; o segundo em 36 s; e o terceiro em 30
s. Com base nessas informações, depois de quanto tempo os três ciclistas se reencontrarão
novamente no ponto de partida, pela primeira vez, e quantas voltas terá dado o primeiro, o
segundo e o terceiro ciclista, respectivamente?
a) 5 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 13 voltas.
b) 6 minutos, 9 voltas, 10 voltas e 12 voltas.
c) 7 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
d) 8 minutos, 8 voltas, 9 voltas e 10 voltas.
e) 9 minutos, 9 voltas, 11 voltas e 12 voltas.

Gabarito: 3. 60 Segundos 4. A 5. B 6. B

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Matemática

MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C)

O máximo divisor comum entre dois números é representado pelo maior valor comum
pertencente aos divisores dos números. Observe o M.D.C entre os números 20 e 30:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20. e D(30) = 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30.
O maior divisor comum dos números 20 e 30 é 10.
Podemos também determinar o M.D.C entre dois números através da fatoração, em que
escolheremos os fatores comuns de menor expoente. Observe o M.D.C de 20 e 30 utilizando
esse método.
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5
Logo M.D.C (20; 30) = 2 * 5 = 10
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea e conjunta dos números,
multiplicando os fatores obtidos. Observe:
20,  30  2
10,  15  2
2,  3   

Logo o M.D.C (20 , 30) = 10


Um método rápido e fácil para se determinar o M.D.C de um conjunto de números naturais é a
FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que todos eles devem
ser divididos, ao mesmo tempo, pelo fator primo apresentado, até que se esgotem as
possibilidades dessa divisão conjunta.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Máximo Divisor Comum.

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Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar novamente os números 6, 8 e 12
como exemplo.
Da fatoração conjunta destes três números, temos:
6, 8, 12  2
3, 4, 6  

O M.D.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.D.C (6 , 8 , 12) = 2

Qual é o M.D.C (15, 25, 40)?


Fatorando os três números, temos:
15, 25, 40  2
3,  5,  5  

Assim o M.D.C (15, 25, 40) = 5

Exemplo:
Qual é o M.D.C (15, 75, 105)?
Fatorando os três números, temos:
15,  75, 105  3
5,  25, 35  5
1,  5,  7   

M.D.C (15, 75, 105) = 3 . 5 = 15


Note que temos que dividir todos os valores apresentados, ao mesmo tempo, pelo fator primo.
Caso não seja possível seguir dividindo todos, ao mesmo tempo, dá-se por encerrado o cálculo
do M.D.C.

Propriedade Fundamental
Existe uma relação entre o M.M.C e o M.D.C de dois números naturais a e b.
M.M.C.(a,b) . M.D.C. (a,b) = a . b
Ou seja, o produto entre o M.M.C e M.D.C de dois números é igual ao produto entre os dois
números.

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Matemática – Máximo Divisor Comum – Prof. Dudan

Exemplo
Se x é um número natural em que M.M.C. (14, x) = 154 e M.D.C. (14, x) = 2, podemos dizer que
x vale.
a) 22
b) – 22
c) +22 ou – 22
d) 27
e) – 27

Como identificar questões que exigem o cálculo do M.D.C?


Para não ficar em dúvida quanto à solicitação da questão, M.M.C ou M.D.C, basta entender
que o M.D.C por ser um “divisor comum”, é um número sempre será menor ou igual ao menor
dos valores apresentados, logo sempre um valor aquém dos valores dados, dando ideia de
corte, fração.
Já o M.M.C, por ser um “múltiplo comum”, é um número sempre será maior ou igual ao maior
dos valores apresentados, logo sempre um valor além dos valores dados, criando uma ideia
de “futuro”.
Apesar do nome Mínimo Múltiplo Comum, é equivocado pensar que o “mínimo” indica um
número pequeno, talvez menor que os valores apresentados. Na verdade, ele é o menor
dos múltiplos e quase sempre maior que todos esses valores de quem se busca o cálculo do
M.M.C.

Exemplo:

1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mesmo comprimento. Após realizarem os


cortes necessários, verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes medidas: 156
centímetros e 234 centímetros. O gerente de produção ao ser informado das medidas, deu
a ordem para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e de maior comprimento
possível. Como ele poderá resolver essa situação?

2. Uma empresa de logística é composta de três áreas: administrativa, operacional e


vendedores. A área administrativa é composta de 30 funcionários, a operacional de 48 e a
de vendedores com 36 pessoas. Ao final do ano, a empresa realiza uma integração entre as
três áreas, de modo que todos os funcionários participem ativamente. As equipes devem
conter o mesmo número de funcionários com o maior número possível. Determine quantos
funcionários devem participar de cada equipe e o número possível de equipes.

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3. Para a confecção de sacolas, serão usados dois rolos de fio de nylon. Esses rolos, medindo
450 cm e 756 cm serão divididos em pedaços iguais e do maior tamanho possível. Sabendo
que não deve haver sobras, quantos pedaços serão obtidos?
a) 25
b) 42
c) 67
d) 35
e) 18
4. Nas últimas eleições, três partidos políticos tiveram direito, por dia, a 90 s, 108 s e 144 s
de tempo gratuito de propaganda na televisão, com diferentes números de aparições. O
tempo de cada aparição, para todos os partidos, foi sempre o mesmo e o maior possível. A
soma do número das aparições diárias dos partidos na TV foi de: 
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
5. Um escritório comprou os seguintes itens: 140 marcadores de texto, 120 corretivos e 148
blocos de rascunho e dividiu esse material em pacotinhos, cada um deles contendo um
só tipo de material, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade
possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, então o número total de
pacotinhos feitos foi:
a) 74
b) 88
c) 96
d) 102
e) 112

Dica:
Quando se tratar de M.M.C
a solução será um valor no
mínimo igual ao maior dos
valores que você dispõe. Já
quando se tratar de M.D.C
a solução será um valor no
máximo igual ao menor dos
valores que você dispõe.

Gabarito: 1. 78 2. 6 e 19 3. C 4. D

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Matemática

EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

Definição
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter
números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável
das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
No cotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que representam expressões
algébricas ou numéricas.
Numa papelaria, quando calculamos o preço de um caderno somado ao preço de duas canetas,
usamos expressões como 1x + 2y, onde x representa o preço do caderno e y, o preço de cada
caneta.
Num colégio, ao comprar um lanche, somamos o preço de um refrigerante com o preço de um
salgado, usando expressoes do tipo 1x + 1y, onde x representa o preço do salgado e y, o preço
do refrigerante.
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as
propostas a seguir:
•• O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20.
•• A diferença entre x e y: x – y
•• O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x

Propriedades das expressões algébricas


Para resolver uma expressão algébrica, é preciso seguir a ordem exata de solução das operações
que a compõem:
1º Potenciação ou radiciação
2º Multiplicação ou divisão
3º Adição ou subtração

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Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver
primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses; em seguida, o que estiver contido nos
colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma:
1º Parênteses
2º Colchetes
3º Chaves

Assim como em qualquer outro cálculo matemático, essa hierarquia é muito importante, pois,
caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos:

a) 8x – (3x – √4)


8x – (3x – 2)
8x – 3x + 2
5x + 2

Exemplo resolvido:
Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69
anos, qual é a idade de cada um?
x + ( x – 5) = 69
x + x – 5 = 69
2x – 5 = 69
2x = 69 + 5
2x = 74
x = 37
69 – 37 = 32
37 – 5 = 32
Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.

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Matemática – Expressões Algébricas – Prof. Dudan

Exercícios:

1. O resultado da expressão:
1 – 2 + 3 – 4 + 5 – 6 + 7 – 8 + . . . – 168 + 169 – 170
é igual a:
a) 170
b) – 170
c) 85
d) – 85
e) – 87
2. De um total de 40 questões planejadas para uma prova, eliminaram-se 2x delas e, do resto,
ainda tirou-se a metade do que havia sobrado. Qual é a tradução algébrica do número de
questões que restaram?
a) (40 – 2x) – 20 + x
b) (40 – 2x) – 20
c) (40 – 2x) – X/2
d) (40 – 2x) – x
e) (40 – 2x) – 20 – x
3. Um ano de 365 dias é composto por n semanas completas mais 1 dia. Dentre as expressões
numéricas abaixo, a única cujo resultado é igual a n é:
a) 365 ÷ (7 + 1)
b) (365 + 1) ÷7
c) 365 + 1 ÷ 7
d) (365 – 1) ÷7
e) 365 – 1 ÷ 7
4. Adriano, Bernardo e Ciro são irmãos e suas idades são números consecutivos, cuja soma é
igual a 78. Considerando que Ciro é o irmão do meio, então a soma das idades de Adriano e
Bernardo há 8 anos era igual a:
a) 33
b) 36
c) 34
d) 37
e) 35

Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. B

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Enigma Facebookiano

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Matemática

PROBLEMAS ALGÉBRICOS E ARITMÉTICOS

Definição
A aritmética (da palavra grega arithmós, "número") é o ramo da matemática que lida com
números e com as operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar da
matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em cálculos científicos ou de
negócios e sempre cobrada em concursos públicos.
Já a álgebra é o ramo que estuda a manipulação formal de equações, as operações matemáticas,
os polinômios e as estruturas algébricas. A álgebra é um dos principais ramos da matemática
pura, juntamente com a geometria, topologia, análise combinatória e Teoria dos números.
O termo álgebra, na verdade, compreende um espectro de diferentes ramos da matemática,
cada um com suas especificidades.
A grande dificuldade encontrada pelos alunos nas questões envolvendo problemas é na
sua interpretação. O aluno tem que ler o texto e “decodificar” suas informações para o
matematiquês.
Em algumas questões, iremos abordar alguns pontos importantes nessa interpretação.

Exemplos
Há 19 anos uma pessoa tinha um quarto da idade que terá daqui a 14 anos. A idade da pessoa,
em anos, está entre:
a) 22 e 26
b) 27 e 31
c) 32 e 36
d) 37 e 41
e) 42 e 46

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Um casal e seu filho foram a uma pizzaria jantar. O pai comeu 3/4 de uma pizza. A mãe comeu
2/5 da quantidade que o pai havia comido. Os três juntos comeram exatamente duas pizzas,
que eram do mesmo tamanho. A fração de uma pizza que o filho comeu foi:
a) 3/5
b) 6/20
c) 7/10
d) 19/20
e) 21/15

Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais velho comeu 3/8 da pizza que compraram. Ainda
da mesma pizza, o mais novo comeu 7/5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo
assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi:
a) 3/5
b) 7/8
c) 1/10
d) 3/10
e) 36/40

O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e, ao formar pilhas, todas com o mesmo
número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha era igual ao dobro do
número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era:
a) 12
b) 14
c) 16
d) 18
e) 20

Durante o seu expediente, Carlos digitalizou 1/3 dos processos que lhe cabiam pela parte da
manhã; no início da tarde, ele digitalizou metade do restante e, no fim da tarde, ¼ do que havia
sobrado após os 2 períodos iniciais. No fim do expediente, ele decidiu contar todos os processos
que não haviam sido digitalizados e encontrou 30 processos. O número total de processos que
ele devia ter digitalizado nesse dia era de:
a) 80
b) 90
c) 100
d) 110
e) 120

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Matemática

LOGARITMOS

DEFINIÇÃO

Na matemática, o logaritmo de um número é o expoente a que outro valor fixo, a base, deve
ser elevado para produzir esse número.
Por exemplo, o logaritmo de 1000 na base 10 é 3 porque 10 ao cubo é 1000 (1000 = 10 × 10 × 10
3
= 10 ).
De maneira geral, para quaisquer dois números reais a e b, onde b >0 e b ≠ 1, temos:

logb a = c       ⇒bc = a

onde a é o logaritmando
b é a base
c é o logaritmo
Exemplos:
a) log39 = 2 b) log20,25 = – 2 c) log28 = 3

CASOS PARTICULARES

www.acasadoconcurseiro.com.br 229
Exemplos:
a) log31 = 0 b) log22 = 1 c) log21 = 0

PROPRIEDADES

Propriedade do produto

logba +logca =logb.c


a

Exemplo:
a) log312 + log35 = log312.5 = log360

Propriedade do quociente

b
logba −logca =loga c

Exemplo:
72
a) log372 – log312 = log3 = log3 6
12

Propriedade da potência

logban =n.logba
Exemplo:
a) log3 72 = 2. log3 7

Propriedade da mudança de base

logbc
log = log
b
a a
c

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Matemática – Logaritmos – Prof. Dudan

Exemplo:
log10 7
a) log37 =
log10 3

Exemplos:

1. Considere as afirmações:
I – log 1 = 0
II – log 0,01 = – 2
III – log (a + b) = log a + log b
Associe a cada uma delas a letra V se for verdadeira e F caso seja falsa. Na ordem apresentada,
temos:
a) V, F, V
b) V, V, F
c) F, V, V
d) V, V, V
e) V, F, F

2. Se, x = log 2 128 então x – 3 é:


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
1
3. Se log8 x −log8 y = , então a relação entre x e y é:
3
a) x= 3y
b) 2x – y = 0
x 1
c) =
y 3
d) y = 8x
e) x = 2y

4. A base do sistema de logaritmos no qual o logarítmo de 8 vale 3 é:


a) 0
b) 1
c) 2
d) –1
e) –2

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5. Calcule log9 27.
a) 1
b) 2
c) 3
3
d)
2
e) 1
2

Gabarito: 1. B 2. D 3. E 4. C 5. D

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Matemática

RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois números, A e
A
B, denotada por .
B
12
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4, pois = 4.
3
Proporção
Já a palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de uma
grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.

6 10 6 10
Exemplo: = , a proporção é proporcional a .
3 5 3 5

A C
Se numa proporção temos B = D , então os números A e D são denominados extremos enquanto
os números B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos, isto é:

A×D=C×B

x 12
Exemplo: Dada a proporção = , qual é o valor de x?
3 9
Dica
x 12
= logo, 9.x=3.12 → 9x=36 e, portanto, x=4 DICA: Observe a ordem com
3 9
que os valores são enunciados
para interpretar corretamente a
questão.
Exemplo: Se A, B e C são proporcionais a 2, 3 e 5,
•• Exemplos: A razão entre a e b
é a/b e não b/a!!!
logo: A B C A sua idade e a do seu colega são
= =
2 3 5 proporcionais a 3 e 4,
sua idade 3
logo = .
idade do colega 4

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Faça você:

2
1. A razão entre o preço de custo e o preço de venda de um produto é . Se for
vendida a R$ 42,00, qual é o preço de custo? 3

2. A razão entre dois números P e Q é 0,16. Determine P + Q, sabendo que eles são
primos entre si.

3. A idade do professor Zambeli está para a do professor Dudan assim como 8 está para
7. Se apesar de todos os cabelos brancos o professor Zambeli tem apenas 40 anos, a
idade do professor Dudan é de:
a) 20 anos.
b) 25 anos.
c) 30 anos.
d) 35 anos.
e) 40 anos.

4. A razão entre os números (x + 3) e 7 é igual à razão entre os números (x – 3) e 5. Nessas


condições, o valor de x é?

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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan

Grandezas diretamente proporcionais

A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.

Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?

300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x=  à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.

Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?

100 folhas 5 minutos


1300 folhas x minutos

100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100

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Grandeza inversamente proporcional

Entendemos por grandezas inversamente proporcionais as situações em que ocorrem


operações inversas, isto é, se dobramos uma grandeza, a outra é reduzida à metade.

São grandezas que, quando uma aumenta, a


outra diminui e vice-versa. Percebemos que Dica!!
variando uma delas, a outra varia na razão
inversa da primeira. Isto é, duas grandezas são
inversamente proporcionais quando, dobrando Dias
uma delas, a outra se reduz pela metade; inv
triplicando uma delas, a outra se reduz para a Op. H/d
terça parte... E assim por diante.

Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).

8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x =  à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.

Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:

Velocidade (km/h) 120 60 40


Tempo (min) 1 2 3

Observando a tabela, percebemos que se trata de uma grandeza inversamente proporcional,


pois, à medida que uma grandeza aumenta, a outra diminui.

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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan

5. Diga se é diretamente ou inversamente proporcional:


a) Número de cabelos brancos do professor Zambeli e sua idade.
b) Número de erros em uma prova e a nota obtida.
c) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma
casa.
d) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago.
e) O número de regras matemática ensinadas e a quantidade de aulas do professor
Dudan assistidas.

6. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.

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7. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130
b) 135
c) 140
d) 145
e) 150

8. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5
b) 6
c) 8
d) 9
e) 10

Gabarito: 1. R$28,00 2. 29 3. D 4. 18 5. B 6. B 7. B 8. D

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Matemática

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Grandezas diretamente proporcionais

A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.

Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?

300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x=  à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.

Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?

100 folhas 5 minutos


1300 folhas x minutos

www.acasadoconcurseiro.com.br 239
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100

Grandeza inversamente proporcional


Entendemos por grandezas inversamente proporcionais as situações em que ocorrem
operações inversas, isto é, se dobramos uma grandeza, a outra é reduzida à metade.

São grandezas que quando uma aumenta a outra


diminui e vice-versa. Percebemos que, variando Dica!!
uma delas, a outra varia na razão inversa da
primeira. Isto é, duas grandezas são inversamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a Dias
outra se reduz pela metade; triplicando uma inv
delas, a outra se reduz para a terça parte... E Op. H/d
assim por diante.

Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não. E se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).

8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x =  à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.

Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:

Velocidade (km/h) 120 60 40


Tempo (min) 1 2 3

Observando a tabela, percebemos que se trata de uma grandeza inversamente proporcional,


pois, à medida que uma grandeza aumenta, a outra diminui.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

Questões

1. Diga se é diretamente ou inversamente proporcional:


a) Número de cabelos brancos do professor Zambeli e sua idade.
b) Número de erros em uma prova e a nota obtida.
c) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma casa.
d) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago.
e) O número de regras matemática ensinadas e a quantidade de aulas do professor
Dudan assistidas.

2. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor
de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32

3. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6 000 kg de cana-de-açúcar. Determine
quantos litros de álcool são produzidos com 15 000 kg de cana.
a) 1000 litros.
b) 1050 litros.
c) 1100 litros.
d) 1200 litros.
e) 1250 litros.

4. Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir
um muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão
necessários?
a) 5000 tijolos.
b) 5100 tijolos.
c) 5200 tijolos.
d) 5300 tijolos.
e) 5400 tijolos.

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5. Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 4 dias.
e) 5 dias.

6. Em uma panificadora, são produzidos 90 pães de 15 gramas cada um. Caso queira
produzir pães de 10 gramas, quantos serão produzidos?
a) 120 pães.
b) 125 pães.
c) 130 pães.
d) 135 pães.
e) 140 pães.

7. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.

8. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130 dias.
b) 135 dias.
c) 140 dias.
d) 145 dias.
e) 150 dias.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

9. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por
12 dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um
náufrago a menos, qual será a duração dos alimentos?
a) 12 dias.
b) 14 dias.
c) 16 dias.
d) 18 dias.
e) 20 dias.

10. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5 dias.
b) 6 dias.
c) 8 dias.
d) 9 dias.
e) 10 dias.

11. Para realizar certo serviço de manutenção são necessários 5 técnicos trabalhando
durante 6 dias, todos com o mesmo rendimento e o mesmo número de horas. Se
apenas 3 técnicos estiverem disponíveis, pode-se concluir que o número de dias a
mais que serão necessários para realizar o mesmo serviço será:
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.

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12. Três torneiras, com vazões iguais e constantes, enchem totalmente uma
caixa d’água em 45 minutos. Para acelerar esse processo, duas novas
torneiras, iguais às primeiras, foram instaladas. Assim, o tempo gasto para
encher essa caixa d’água foi reduzido em:
a) 18 min.
b) 20 min.
c) 22 min.
d) 25 min.
e) 28 min.

13. Um empreiteiro utilizou 10 pedreiros para fazer um trabalho em 8 dias. Um vizinho


gostou do serviço e contratou o empreiteiro para realizar trabalho idêntico em sua
residência. Como o empreiteiro tinha somente 4 pedreiros disponíveis, o prazo dado
para a conclusão da obra foi:
a) 24 dias.
b) 20 dias.
c) 18 dias.
d) 16 dias.
e) 14 dias.

Casos particulares

João, sozinho, faz um serviço em 10 dias. Paulo, sozinho, faz o mesmo serviço em 15 dias. Em
quanto tempo fariam juntos esse serviço?
Primeiramente, temos que padronizar o trabalho de cada um. Nesse caso, já está padronizado,
pois ele refere-se ao trabalho completo, o que poderia ser dito a metade do trabalho feito em
um certo tempo.
Se João faz o trabalho em 10 dias, isso significa que ele faz 1/10 do trabalho por dia.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

Na mesma lógica, Paulo faz 1/15 do trabalho por dia.

1 1 3 2 5 1
Juntos o rendimento diário é de + = + = =
10 15 30 30 30 6
Se em um dia eles fazem 1/6 do trabalho em 6 dias os dois juntos completam o trabalho.

Sempre que as capacidades forem diferentes, mas o serviço a ser feito for o mesmo,
1 1 1
seguimos a seguinte regra: + =
t1 t2 tT (tempo total)

14. Uma torneira enche um tanque em 3h, sozinha. Outra torneira enche o
mesmo tanque em 4h, sozinha. Um ralo esvazia todo o tanque sozinho em
2h. Estando o tanque vazio, as 2 torneiras abertas e o ralo aberto, em quanto
tempo o tanque encherá?
a) 10 h.
b) 11 h.
c) 12 h.
d) 13 h.
e) 14 h.

Gabarito: 1. * 2. E 3. E 4. E 5. B 6. D 7 B 8. B 9. D 10. D 11. C 12. A 13. B 14. C

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Matemática

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais. Para não vacilar, temos que montar um esquema com base na
análise das colunas completas em relação à coluna do “x”.
Vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo:
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
3
necessários para descarregar 125m ?
A regra é colocar, em cada coluna, as grandezas de mesma espécie e deixar o X na segunda
linha.

+ –
Horas Caminhões Volume
8 20 160

5 x 125

Identificando as relações quanto à coluna que contém o X:


Se, em 8 horas, 20 caminhões carregam a areia, em 5 horas, para carregar o mesmo volume,
serão necessários MAIS caminhões. Então se coloca o sinal de + sobre a coluna Horas.
Se 160 m³ são transportados por 20 caminhões, 125 m³ serão transportados por MENOS
caminhões. Sinal de – para essa coluna.
Assim, basta montar a equação com a seguinte orientação: ficam no numerador, acompanhando
o valor da coluna do x, o MAIOR valor da coluna com sinal de +, e da coluna com sinal de –, o
MENOR valor.
Assim:
20 × 125 × 8
= 25 Logo, serão necessários 25 caminhões.
160 × 5

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Exemplo:
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:

– +
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16

Observe que, se 8 homens montam 20 carrinhos, então 4 homens montam MENOS carrinhos.
Sinal de – nessa coluna.

Se, em 5 dias montam-se 20 carrinhos, então, em 16 dias montam-se MAIS carrinhos. Sinal de +.
20 × 4 × 16
Montando a equação: x = = 32
8× 5
Logo, serão montados 32 carrinhos.

Exemplo:
O professor Cássio estava digitando o material para suas incríveis aulas para a turma do BNB
e percebeu que digitava 30 linhas em 2,5 minutos num ritmo constante e errava 5 vezes a
digitação nesse intervalo de tempo.
Sabe-se que o número de erros é proporcional ao tempo gasto na digitação.
Assim, com o objetivo de diminuir o total de erros para 4, se Cassio for digitar 120 linhas com
velocidade 20% inferior ele precisará de um tempo igual a:
a) 300 segundos.
b) 400 segundos.
c) 500 segundos.
d) 580 segundos.
e) 600 segundos.

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

RESOLUÇÃO:
Inicialmente organizaremos as colunas nas mesmas unidades de medida, portanto, usaremos o
tempo em segundos lembrando que 2,5 minutos = 2,5 x 60 segundos, logo 150 segundos.
Assim:

linhas t(seg) erros velocidade(%)


30 150 5 100
120 x 4 80

Agora temos que fazer as perguntas para a coluna do x:


Se 30 linhas precisam de 150 segundos para serem digitadas, 120 linhas gastarão MAIS ou
MENOS tempo? RESPOSTA: MAIS tempo.
Se 5 erros são cometidos em 150 segundos de digitação, 4 erros seriam cometidos em MAIS ou
MENOS tempo? RESPOSTA: MENOS tempo.
Se com velocidade de 100% a digitação é feita em 150 segundos, com velocidade reduzida em
20% gastaríamos MAIS ou MENOS tempo?RESPOSTA: MAIS tempo.
Agora colocamos os sinais nas colunas e montamos a equação.

+ – +
linhas t(seg) erros velocidade(%)
30 150 5 100
120 x 4 80

Assim, basta colocar no numerador o valor que respeita o sinal colocado na coluna completa:
Sinal de + , coloca-se o MAIOR , sinal de - , coloca-se o MENOR valor.
X = 150.120.4.100 = 150.120.4.100 = 5.120.4.100 = 120.4.100 =
30.5.80 30.5.80 5.80 80
12.4.100 = 12.50 = 600 segundos.
8
Alternativa E

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Questões

1. Num acampamento, 10 escoteiros consumiram 4 litros de água em 6 dias. Se


fossem 7 escoteiros, em quantos dias consumiriam 3 litros de água?
a) 6,50
b) 6,45
c) 6,42
d) 6,52
e) 6,5

2. Em uma campanha publicitária, foram encomendados, em uma gráfica, quarenta e oito


mil folhetos. O serviço foi realizado em seis dias, utilizando duas máquinas de mesmo
rendimento, oito horas por dia. Dado o sucesso da campanha, uma nova encomenda
foi feita, sendo, desta vez, de setenta e dois mil folhetos. Com uma das máquinas
quebradas, a gráfica prontificou-se a trabalhar doze horas por dia, entregando a
encomenda em:
a) 7 dias.
b) 8 dias.
c) 10 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.

3. Franco e Jade foram incumbidos de digitar as laudas de um texto. Sabe-se que ambos
digitaram suas partes com velocidades constantes e que a velocidade de Franco era
80% da de Jade. Nessas condições, se Jade gastou 10 min para digitar 3 laudas, o
tempo gasto por Franco para digitar 24 laudas foi:
a) 1h e 15 min.
b) 1h e 20 min.
c) 1h e 30 min.
d) 1h e 40 min.
e) 2h.

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

4. Uma fazenda tem 30 cavalos e ração estocada para alimentá-los durante 2


meses. Se forem vendidos 10 cavalos e a ração for reduzida à metade, os
cavalos restantes poderão ser alimentados durante:
a) 3 meses.
b) 4 meses.
c) 45 dias.
d) 2 meses.
e) 30 dias.

5. Uma ponte foi construída em 48 dias por 25 homens, trabalhando​-se 6 horas por dia.
Se o número de homens fosse aumentado em 20% e a carga horária de trabalho em 2
horas por dia, essa ponte seria construída em:
a) 24 dias.
b) 30 dias.
c) 36 dias.
d) 40 dias.
e) 45 dias

6. Usando um ferro elétrico 20 minutos por dia, durante 10 dias, o consumo de energia
será de 5 kWh. O consumo do mesmo ferro elétrico se ele for usado 70 minutos por
dia, durante 15 dias será de.
a) 25 kWh.
b) 25,5 kWh.
c) 26 kWh.
d) 26,25 kWh.
e) 26,5 kWh.

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7. Trabalhando oito horas por dia, durante 16 dias, Pedro recebeu R$ 2 000,00.
Se trabalhar 6 horas por dia, durante quantos dias ele deverá trabalhar para
receber R$ 3000,00?
a) 31 dias.
b) 32 dias.
c) 33 dias.
d) 34 dias.
e) 35 dias.

8. Cinco trabalhadores de produtividade padrão e trabalhando individualmente,


beneficiam ao todo, 40 kg de castanha por dia de trabalho referente a 8 horas.
Considerando que existe uma encomenda de 1,5 toneladas de castanha para ser
entregue em 15 dias úteis, quantos trabalhadores de produtividade padrão devem ser
utilizados para que se atinja a meta pretendida, trabalhando dez horas por dia?
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14

9. Uma montadora de automóveis demora 20 dias, trabalhando 8 horas por dia, para
produzir 400 veículos. Quantos dias serão necessários para produzir 50 veículos,
trabalhando 10 horas ao dia?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

10. Em 12 horas de funcionamento, três torneiras, operando com vazões iguais e


constantes, despejam 4500 litros de água em um reservatório. Fechando-se uma das
torneiras, o tempo necessário para que as outras duas despejem mais 3 500 litros de
água nesse reservatório será, em horas, igual a:
a) 10h
b) 11h
c) 12h
d) 13h
e) 14h

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

11. Em uma fábrica de cerveja, uma máquina encheu 2 000 garrafas em 8 dias,
funcionando 8 horas por dia. Se o dono da fábrica necessitasse que ela
triplicasse sua produção dobrando ainda as suas horas diárias de
funcionamento, então o tempo, em dias, que ela levaria para essa nova
produção seria:
a) 16
b) 12
c) 10
d) 8
e) 4

12. Em uma fábrica de tecidos, 7 operários produziram, em 10 dias, 4 060 decímetros de


tecido. Em 13 dias, 5 operários, trabalhando nas mesmas condições, produzem um
total em metros de tecidos igual a:
a) 203
b) 377
c) 393
d) 487
e) 505

13. Para cavar um túnel, 30 homens demoraram 12 dias. Vinte homens, para cavar dois
túneis do mesmo tamanho e nas mesmas condições do primeiro túnel, irão levar:
a) 36 dias.
b) 38 dias.
c) 40 dias.
d) 42 dias.
e) 44 dias.

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14. Em um contrato de trabalho, ficou acertado que 35 operários construiriam
uma casa em 32 dias, trabalhando 8 horas diárias. Decorridos 8 dias, apesar
de a obra estar transcorrendo no ritmo previsto, novo contrato foi
confirmado: trabalhando 10 horas por dia, 48 operários terminariam a obra.
O número de dias gasto, ao todo, nessa construção foi:
a) 14
b) 19
c) 22
d) 27
e) 50

15. Numa editora, 8 digitadores, trabalhando 6 horas por dia, digitaram 3/5 de um
determinado livro em 15 dias. Então, 2 desses digitadores foram deslocados para um
outro serviço, e os restantes passaram a trabalhar apenas 5 horas por dia na digitação
desse livro. Mantendo-se a mesma produtividade, para completar a digitação do
referido livro, após o deslocamento dos 2 digitadores, a equipe remanescente terá de
trabalhar ainda:
a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
e) 12 dias.

Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. C 5. B 6. D 7. B 8. A 9. B 10. E 11. B 12. B 13. A 14. C 15. B

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Matemática

DIVISÃO PROPORCIONAL

Existem problemas que solicitam a divisão de um número em partes diretamente proporcionais


a outro grupo de números, assim como aqueles que pedem a divisão em partes inversamente
proporcionais. Temos também os casos em que, em uma mesma situação, um número pode
ser dividido em partes diretamente proporcionais a um grupo de números, e em partes
inversamente proporcionais a um outro grupo de números.
A divisão proporcional é muito usada em situações relacionadas à Matemática Financeira,
Contabilidade, Administração, na divisão de lucros e prejuízos proporcionais aos valores
investidos pelos sócios de uma determinada empresa, por grupos de investidores em bancos
de ações e contas bancárias.
São questões sempre presentes em concursos públicos, por isso faremos uma abordagem
cuidadosa e detalhada desse mecanismo.

CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE

Considere as informações na tabela:

A B As colunas A e B não são iguais, mas são PROPORCIONAIS.


5 10 Então, podemos escrever:
6 12
5 ∞ 10
7 14
6 ∞ 12
9 18
9 ∞ 18
13 26
15 30
Toda a proporção se transforma em uma
Assim, podemos afirmar que: igualdade quando multiplicada por uma
constante
5k = 10
6k = 12


9k = 18
Onde a constante de proporcionalidade k é igual a dois.

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DIVISÃO PROPORCIONAL

Podemos definir uma DIVISÃO PROPORCIONAL, como uma forma de divisão no qual se
determinam valores que, divididos por quocientes previamente determinados, mantêm-se
uma razão constante (que não tem variação).
Exemplo Resolvido 1
Vamos imaginar que temos 120 bombons para distribuir em partes diretamente proporcionais
a 3, 4 e 5, entre 3 pessoas A, B e C, respectivamente:
Num total de 120 bombons, k representa a quantidade de bombons que cada um receberá.
Pessoa A - k k k = 3k
Pessoa B - k k k = 4k
Pessoas C - k k k = 5k
Se A + B + C = 120 então 3k + 4k + 5k = 120
3k + 4k + 5k = 120 logo 12k = 120 e assim k = 10
Pessoa A receberá 3 x 10 = 30
Pessoas B receberá 4 x 10 = 40
Pessoas C receberá 5 x 10 = 50
Exemplo Resolvido 2
Dividir o número 810 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.
Primeiramente tiramos o mínimo múltiplo comum entre os denominadores 3, 4 e 6.
2 3 5 8 9 10
=
3 4 6 12 12 12

Depois de feito o denominador e encontradas frações equivalentes a 2/3, 3/4 e 5/6 com
denominador 12, trabalharemos apenas com os numeradores ignorando o denominador, pois
como ele é comum nas três frações. Logo, não precisamos trabalhar com ele mais.
Podemos então dizer que:
8K + 9K + 10K = 810
27K = 810
K = 30.
Por fim, multiplicamos cada parte proporcional pelo valor encontrado de k e assim obtemos:
240, 270 e 300.
8 x 30 = 240
9 x 30 = 270
10 x 30 = 300

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

Exemplo Resolvido 3
Dividir o número 305 em partes inversamente proporcionais a 3/8, 5 e 5/6.
O que muda quando diz inversamente proporcional? Simplesmente invertemos as frações pelas
suas inversas.

3 8
 à 
8 3
1
5 à  Depois disso, usamos o mesmo método de cálculo.
5
5 6
 à 
6 5

8 1 6 40 3 18
=
3 5 5 15 15
5 15

Ignoramos o denominador e trabalhamos apenas com os numeradores.


40K + 3K + 18K = 305 logo 61K = 305 e assim K = 5
Por fim,
40 x 5 = 200
3 x 5 = 15
18 x 5 = 90
200, 15 e 90
Exemplo Resolvido 4
Dividir o número 118 em partes simultaneamente proporcionais a 2, 5, 9 e 6, 4 e 3.
Como a razão é direta, basta multiplicarmos suas proporcionalidades na ordem em que foram
apresentadas em ambas.
2 x 6 = 12
5 x 4 = 20
9 x 3 = 27 logo 12K + 20K + 27K =
118 → 59K = 118 daí
K=2
Teremos então,
12 x 2 = 24
20 x 2 = 40 24, 40 e 54.
27 x 2 = 54

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Questões:

1. Dividir o número 180 em partes diretamente proporcionais a 2,3 e 4.

2. Divida o número 250 em partes diretamente proporcionais a 15, 9 e 6.

3. Dividir o número 540 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.

4. Dividir o número 48 em partes inversamente proporcionais a 1/3, 1/5 e 1/8.

5. Dividir o número 148 em partes diretamente proporcionais a 2, 6 e 8 e inversamente


proporcionais a 1/4, 2/3 e 0,4.

6. Dividir o número 670 em partes inversamente proporcionais simultaneamente a 2/5,


4, 0,3 e 6, 3/2 e 2/3.

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

7. Dividindo-se 70 em partes proporcionais a 2, 3 e 5, a soma entre a menor e a


maior parte é:
a) 35
b) 49
c) 56
d) 42
e) 28

8. Com o lucro de R$ 30.000,00, o sócio A investiu R$ 60.000,00, o sócio B R$ 40.000,00 e


o sócio R$ 50.000,00. Qual é a parte correspondente de cada um?

9. Quatro amigos resolveram comprar um bolão da loteria. Cada um dos amigos deu a
seguinte quantia:
Carlos: R$ 5,00 Roberto: R$ 4,00 Pedro: R$ 8,00 João: R$ 3,00
Se ganharem o prêmio de R$ 500.000,00, quanto receberá cada amigo, considerando
que a divisão será proporcional à quantia que cada um investiu?

10. Três sócios formam uma empresa. O sócio A entrou com R$ 2 000 e trabalha 8h/dia.
O sócio B entrou com R$ 3 000 e trabalha 6h/dia. O sócio C entrou com R$ 5 000 e
trabalha 4h/dia. Se, na divisão dos lucros o sócio B recebe R$ 90 000, quanto recebem
os demais sócios?

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11. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica,
respectivamente, R$ 20.000,00, R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço
anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio
receberá, respectivamente:
a) R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00
b) R$ 7.000,00; R$ 11.000,00 e R$ 22.000,00
c) R$ 8.000,00; R$ 12.000,00 e R$ 20.000,00
d) R$ 10.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00
e) R$ 12.000,00; R$ 13.000,00 e R$ 15.000,00

12. Uma herança foi dividida entre 3 pessoas em partes diretamente proporcionais às suas
idades que são 32, 38 e 45
Se o mais novo recebeu R$ 9 600, quanto recebeu o mais velho?

13. Uma empresa dividiu os lucros entre seus sócios, proporcionais a 7 e 11. Se o 2º sócio
recebeu R$ 20 000 a mais que o 1º sócio, quanto recebeu cada um?

14. Certa herança foi dividida de forma proporcional às idades dos herdeiros, que tinham
35, 32 e 23 anos. Se o mais velho recebeu R$ 525,00 quanto coube ao mais novo?
a) R$ 230,00
b) R$ 245,00
c) R$ 325,00
d) R$ 345,00
e) R$ 350,00

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

15. Certo mês o dono de uma empresa concedeu a dois de seus funcionários
uma gratificação no valor de R$ 500. Essa gratificação foi dividida entre eles
em partes que eram diretamente proporcionais aos respectivos números de
horas de plantões que cumpriram no mês e, ao mesmo tempo, inversamente
proporcional à suas respectivas idades. Se um dos funcionários tem 36 anos
e cumpriu 24h de plantões e, outro, de 45 anos cumpriu 18h, coube ao mais
jovem receber:
a) R$ 302,50
b) R$ 310,00
c) R$ 312,5
d) R$ 325,00
e) R$ 342,50

Casos Especiais

Usaremos o método da divisão proporcional para resolver sistemas de equações que


apresentem uma das equações como proporção.
Exemplo Resolvido 5 :
A idade de meu pai está para a idade do filho assim como 9 está para 4. Determine essas idades
sabendo que a diferença entre eles é de 35 anos.
P=9
F=4

P–F=9
Como já vimos as proporções ocorrem tanto “verticalmente” como “horizontalmente”. Então
podemos dizer que:
P∝4
P está para 9 assim como F está para 4. Simbolicamente,
F∝9
Usando a propriedade de que “toda proporção se transforma em uma igualdade quando
multiplicada por uma constante”, temos:
P = 9k e F = 4k
Logo, a expressão fica:
P – F = 35
9k – 4k = 35 Assim, P = 9 x 7= 63 e F = 4 x 7 = 28
5k = 35
K=7

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y
16. Se 9x = e x + y = 154 determine x e y:
13

17. Sabendo-se que x – y = 18, determine x e y na proporção xy = 5 .


2

18. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades que são
40 e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9100,00, qual é a diferença de salário
desses funcionários?

19. A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim como o
menor está para 19.Que números são esses?

20. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre
essas idades é 32 anos, determine a idade de cada um.

Gabarito: 1. 40, 60 e 80 2. 125, 75 e 50 3. 240, 270 e 300 4. 9, 15 e 24 5. 32,36 e 80 6. 50, 20 e 600 7. B 8. 1200 / 8000 / 10000
9. R$ 125000, R$ 10000, R$ 200000 e R$ 75000 10. R$ 80000, R$ 90000 e R$100000 11.C 12. R$ 13500 13. R$ 35000 e R$ 55000 
14. D 15. C 16. x = 63 / y = 91 17. 30 e 12 18. R$ 2100 19. 299 e 247 20. 56 e 24

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Matemática

SISTEMA DE MEDIDA DE TEMPO

Medidas de tempo

É comum em nosso dia a dia perguntas do tipo:


•• Qual é a duração dessa partida de futebol?
•• Qual é o tempo dessa viagem?
•• Qual é a duração desse curso?
•• Qual é o melhor tempo obtido por esse corredor?
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida
de tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Um dia é um intervalo de tempo relativamente longo. Nesse período você pode dormir, se
alimentar, estudar, se preparar para concursos e muitas outras coisas.
Muitas pessoas se divertem assistindo a um bom filme; porém, se os filmes tivessem a duração
de um dia, eles não seriam uma diversão, mas sim uma tortura.
Se dividirmos em 24 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um dia, cada uma destas
frações de tempo corresponderá a exatamente uma hora, portanto concluímos que um dia
equivale a 24 horas e que 1 24 do dia equivale a uma hora.
Uma ou duas horas é um bom tempo para se assistir um filme, mas para se tomar um banho é
um tempo demasiadamente grande.
Portanto, dependendo da tarefa, precisamos fracionar o tempo, nesse caso, a hora.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo correspondente a uma hora, cada uma
dessas 60 partes terá a duração exata de um minuto, o que nos leva a concluir que uma hora
equivale a 60 minutos, assim como 1 60 da hora equivale a um minuto.
Dez ou quinze minutos é um tempo mais do que suficiente para tomarmos um bom banho
ouvindo uma boa música, mas, para atravessarmos a rua, esse tempo é um verdadeiro convite
a um atropelamento.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um minuto, cada uma dessas
partes terá a duração exata de um segundo. Com isso concluímos que um minuto equivale a 60
segundos e que 1 60 do minuto equivale a um segundo.
Das explicações acima podemos chegar ao seguinte resumo:
•• 1 dia = 24 horas
•• 1 hora = 60 minutos
•• 1 minuto = 60 segundos

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Assim, também podemos concluir que :
•• 1 hora = 1/24 dia
•• 1 minuto = 1/60 hora
•• 1 segundo = 1/60 minuto.

Múltiplos e Submúltiplos do Segundo


Quadro de unidades

Múltiplos
Minutos Horas Dia
min h d
60s 60 min = 3.600s 24h = 1.440min = 86.400s

São submúltiplos do segundo:


•• décimo de segundo
•• centésimo de segundo
•• milésimo de segundo
Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2h40min. Pois o sistema de medidas
de tempo não é decimal.
Observe:

Tabela para Conversão entre Unidades de Medidas de Tempo

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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan

Além das unidades vistas anteriormente, podemos também relacionar algumas outras:

Unidade Equivale
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês 30 dias *
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos

* O mês comercial utilizado em cálculos financeiros possui, por convenção, 30 dias.

Exemplos Resolvidos
•• Converter 25 minutos em segundos
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60
segundos. Portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação,
mas devemos multiplicar por quanto?
Devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
A min = 60 seg
Então:
Assim, 25 min é igual a 1500 s.

•• Converter 2220 segundos em minutos


Este exemplo solicita um procedimento oposto ao do exemplo anterior. A unidade de tempo
segundo é menor que a unidade minuto já que: 1s = 1 60 min
Logo, devemos dividir por 60, pois cada segundo equivale a 1 60 do minuto: 2.200 ÷ 60 = 37
Note que alternativamente, conforme a tabela de conversão acima, poderíamos ter multiplicado
60 ao invés de termos dividido por 60, já que são operações equivalentes:
1

2.200 x 1 = 37
60
Assim, 2.220 s é igual a 37 min.

www.acasadoconcurseiro.com.br 265
•• Quantos segundos há em um dia?
Nos exemplos anteriores nos referimos a unidades vizinhas, convertemos de minutos para
segundos e vice-versa.
Como a unidade de tempo dia é maior que a unidade segundo, iremos solucionar o problema
recorrendo a uma série de multiplicações.
Pela tabela de conversão acima para convertermos de dias para horas devemos multiplicar por
24, para convertermos de horas para minutos devemos multiplicar por 60 e finalmente para
convertermos de minutos para segundos também devemos multiplicar por 60. Temos então o
seguinte cálculo:
1 x 24 x 60 x 60 = 864.000

•• 10.080 minutos são quantos dias?


Semelhante ao exemplo anterior, só que, nesse caso, precisamos converter de uma unidade
menor para uma unidade maior. Como as unidades não são vizinhas, vamos então precisar de
uma série de divisões.
De minutos para horas precisamos dividir por 60 e de horas para dias temos que dividir por 24.
O cálculo será então:
10.080 ÷ 60 ÷ 24 = 7
Assim, 10.080 minutos correspondem 7 dias.

1. Fernando trabalha 2h 20min todos os dias numa empresa, quantas minutos


ele trabalha durante um mês inteiro de 30 dias.

a) 420
b) 4200
c) 42000
d) 4,20
e) 42,00

2. Um programa de televisão começou às 13 horas, 15 minutos e 20 segundos, e


terminou às 15 horas, 5 minutos e 40 segundos. Quanto tempo esse programa durou,
em segundos?
a) 6.620 s
b) 6.680 s
c) 6.740 s
d) 10.220 s
e) 13.400 s

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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan

3. Uma competição de corrida de rua teve início às 8h04min. O primeiro atleta


cruzou a linha de chegada às 12h02min05s. Ele perdeu 35s para ajustar seu
tênis durante o percurso. Se esse atleta não tivesse tido problema com o
tênis, perdendo assim alguns segundos, ele teria cruzado a linha de chegada com o
tempo de
a) 3h 58min 05s.
b) 3h 57min 30s.
c) 3h 58min 30s.
d) 3h 58min 35s.
e) 3h 57min 50s.

4. Um atleta já percorreu o mesmo percurso de uma corrida por dez vezes. Em duas
vezes seu tempo foi de 2h25 min. Em três vezes percorreu o percurso em 2h17min.
Por quatro vezes, seu tempo foi de 2h22min, e, em outra ocasião, seu tempo foi de
2h11min. Considerando essas marcações, o tempo médio desse atleta nessas dez
participações é:
a) 2h 13 min.
b) 2h 18 min.
c) 2h 20 min.
d) 2h 21 min.
e) 2h 24 min.

5. Uma espaçonave deve ser lançada exatamente às 12 horas, 32 minutos e 30 segundos.


Cada segundo de atraso provoca um deslocamento de 44 m de seu local de destino,
que é a estação orbital. Devido a uma falha no sistema de ignição, a espaçonave foi
lançada às 12 horas 34 minutos e 10 segundos. A distância do ponto que ela atingiu até
o destino previsto inicialmente foi de:
a) 2,2 km.
b) 3,3 km.
c) 4,4 km.
d) 5,5 km.
e) 6,6 km.

6. Os 3 de um dia correspondem a
50
a) 1 hora, 4 minutos e 4 segundos.
b) 1 hora, 26 minutos e 4 segundos.
c) 1 hora, 26 minutos e 24 segundos.
d) 1 hora, 40 minutos e 4 segundos.
e) 1 hora e 44 minutos.

Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. C 5. C 6. C

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Matemática

PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Definição

Uma progressão aritmética (abreviadamente, P.A.) é uma sequência numérica em que cada
termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo anterior com uma constante r. O número r
é chamado de razão da progressão aritmética.
Alguns exemplos de progressões aritméticas:
• 1, 4, 7, 10, 13, ..., é uma progressão aritmética em que a razão (a diferença entre os números
consecutivos) é igual a 3.
• – 2, – 4, – 6, – 8, – 10, ..., é uma P.A. em que r = – 2.
• 6, 6, 6, 6, 6, ..., é uma P.A. com r = 0.
Exemplo: (5, 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37, 41, 45, 49, ...)
r = a2 – a1 = 9 – 5 = 4 ou r = a3 – a2 = 13 – 9 = 4 ou r = a4 – a3 = 17 – 13 = 4
e assim por diante.

Dica:
Observe que a razão é constante e pode ser calculada subtraindo um termo qualquer
pelo seu antecessor.

CLASSIFICAÇÃO

Uma P.A. pode ser classificada em crescente, decrescente ou constante dependendo de como
é a sua razão (R).

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Exemplos:

I – (5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, ...) → CRESCENTE pois r = + 3

II – (26, 18, 10, 2, – 6, – 14, – 22, ...) → DECRESCENTE pois r = – 8

III – (7, 7, 7, 7, 7, ...) → ESTACIONÁRIA OU CONSTANTE pois r = 0

TERMO GERAL ou enésimo termo ou último termo

Numa P.A. de n termos, chamamos de termo geral ou enésimo termo, o último termo ou o
termo genérico dessa sequência.

an = a1 + (n-1)r ou an = ap + (n-p)r

Atenção!
a20 = a1 + 19r ou a20 = a7 + 13r ou a20 = a14 + 6r

Exemplo Resolvido:
Sabendo que o 1º termo de uma P.A. é igual a 2 e que a razão equivale a 5, determine o valor do
18º termo dessa sequência numérica.
a18 = 2 + (18 – 1) . 5
a18 = 2 + 17 . 5
a18 = 2 + 85 logo a18 = 87
O 18º termo da PA em questão é igual a 87.

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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan

Faça Você:

1. Dada a progressão aritmética (8, 11, 14, 17, ...), determine:


a) razão b) décimo termo c) a14 d) termo geral

2. Calcule a razão da P.A. em que o terceiro termo vale 14 e o décimo primeiro termo
vale 40.

3. A razão de uma P.A. de 10 termos, em que o primeiro termo é 42 e o último é – 12


vale:
a) –5
b) –9
c) –6
d) –7
e) 0

4. Numa progressão aritmética, temos a7 = 5 e a15 = 61. Então, a razão pertence ao


intervalo:
a) [8,10]
b) [6,8)
c) [4,6)
d) [2,4)
e) [0,2)

TERMO GERAL ou MÉDIO

Numa progressão aritmética, a partir do segundo termo, o termo central é a média aritmética
do termo antecessor e do sucessor, isto é,

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Exemplo:
Na P.A (2, 4, 6, 8, 10,...) veremos que ou , etc.

Na P.A (1, 4, 7, 10, 13,...) veremos que ou , etc.

Dica:
Sempre a cada três termos consecutivos de uma P.A, o termo central é a média
dos seus dois vizinhos, ou seja, a soma dos extremos é o dobro do termo central.
Além disso, a soma dos termos equidistantes dos extremos é constante.

Faça Você:

5. Determine a razão da P.A. (x + 2, 2x, 13).

6. As idades das três filhas de Carlos estão em progressão aritmética. Colocando em


ordem crescente tem-se (1 + 3x, 4x + 2, 7x + 1). Calcule a idade da filha mais nova.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

7. Calcule o termo central da progressão (31, 33, 35,..., 79)

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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan

8. Se uma P.A. de 3 termos a soma dos extremos é 12, o termo médio é:


a) 5
b) –5
c) 6
d) –6
e) 0

9. Numa P.A. de nove termos, o primeiro termo é igual a 7 e o termo central é igual a
13. O nono termo dessa sequência é igual a:
a) 26
b) 23
c) 21
d) 19
e) 14

10. Sabendo que a sequência (1 – 3x, x – 2, 2x + 1) é uma P.A., determine o valor da


razão.
a) –2
b) 0
c) 2
d) 4
e) 5

SOMA DOS “n” TERMOS

Sendo n o número de termos que se deseja somar, temos:

Dica:
Essa fórmula pode ser lembrada como a soma do primeiro e do último termos,
multiplicada pelo número de casais ( ).

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Exemplo Resolvido:
Na sequência numérica ( – 1, 3, 7, 11, 15,...), determine a soma dos 20 primeiros termos.

1) Cálculo da razão da P.A.


r = 3 – (–1) = 3 + 1 = 4 ou r = 7 – 3 = 4 ou r = 11 – 7 = 4

2) Determinando o 20º termo da P.A.


a20 = –1 + (20 – 1) * 4
a20 = – 1 + 19 * 4
a20 = – 1 + 76
a20 = 75
2) Calculando a soma dos termos

s20 = 740
A soma dos 20 primeiros termos da PA ( – 1, 3, 7, 11, 15, ...) equivale a 740.
Observe que a soma do 1º termo com o último (20º) é 74 que multiplicada pelo número de
casais formados com 20 pessoas (10 casais) totalizará 740.

Faça Você

11. Calcule a soma dos vinte primeiros termos da sequencia (15, 21, 27, 33, ...).

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Matemática – Progressão Aritmética – Prof. Dudan

12. A soma dos 12 primeiros termos de uma P.A. é 180. Se o primeiro termo vale 8,
calcule o último termo dessa progressão.

13. O termo geral de uma sucessão é an = 3n + 1 . A soma dos trinta primeiros termos
dessa sucessão é igual a:
a) 91
b) 95
c) 110
d) 1425
e) 1560

14. Uma exposição de arte mostrava a seguinte sequência lógica formada por bolinhas
de gude:

O primeiro quadro contém 5 bolas, o segundo contém 12 bolas, o terceiro contém 21


bolas, o quarto contém 32 bolas ... . Cada quadro contém certa quantidade de bolas
de gude e seguirá nesse padrão até chegar ao vigésimo quadro que tem n bolinhas. É
correto afirmar que n vale:
a) 420
b) 440
c) 460
d) 480
e) 500

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15. Devido à epidemia de gripe do último inverno, foram suspensos alguns concertos
em lugares fechados. Uma alternativa foi realizar espetáculos em lugares abertos,
como parques ou praças. Para uma apresentação, precisou-se compor uma plateia
com oito filas, de tal forma que na primeira fila houvesse 10 cadeiras; na segunda,
14 cadeiras; na terceira, 18 cadeiras; e assim por diante. O total de cadeiras foi:
a) 384
b) 192
c) 168
d) 92
e) 80

Gabarito: 3. C 4. B 6. D 8. C 9. D 10. E 13. D 14. D 15. C

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Matemática

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Uma progressão geométrica (abreviadamente, P.G.) é uma sequência numérica em que cada
termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior por uma constante q. O
número q é chamado de razão da progressão geométrica.
Alguns exemplos de progressões geométricas:
• 1, 2, 4, 8, 16, ..., é uma progressão geométrica em que a razão é igual a 2.
• – 1, – 3, – 9, – 27, – 81, ..., é uma P.G. em que q = 3.
• 6, 6, 6, 6, 6, ..., é uma P.G. com q = 1.
• (3, 9, 27, 81, 243, ...) → é uma P.G. Crescente de razão q = 3
1
• (90, 30, 10, 10/3, ...) → é uma P.G. Decrescente de razão q =
3
Exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ...)

a2 2 a 4 a 8
q= = = 2 ou q = 3 = = 2 ou q = 4 = = 2 e assim por diante.
a1 1 a2 2 a3 4

Dica:
Observe que a razão é constante e pode ser calculada dividindo um termo qualquer
pelo seu antecessor.

CLASSIFICAÇÃO

Uma P.G. pode ser classificada em crescente, decrescente, constante ou oscilante, dependendo
de como é a sua razão (q).
Exemplos:

I – (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ...) → CRESCENTE pois a2 > a1 , a3 > a2 e assim por diante;
II – ( – 1, – 3, – 9, – 27, – 81, ...) → DECRESCENTE pois a2 < a1 , a3 < a2 e assim por diante;

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III – (7, 7, 7, 7, 7, ...) → CONSTANTE pois q =1 e a2=a1 e assim por diante;
IV – (3, – 6, 12, – 24, 48, – 96, ...) → OSCILANTE pois há alternância dos sinais.

TERMO GERAL ou enésimo termo ou último termo

Numa P.G. de n termos, chamamos de termo geral ou enésimo termo o último termo ou o
termo genérico dessa sequência.

an = a1.qn-1 ou an = ap.qn-p

Atenção!

a20 = a1q19 ou a20 = a7.q13 ou a20=a14q6 ou a20 = a18q2

Exemplo Resolvido
Em uma progressão geométrica, temos que o 1º termo equivale a 4 e a razão igual a 3.
Determine o 8º termo dessa PG.
a8 = 4 .37
a8 = 4 . 2187
a8 = 8748 logo, o 8º termo da PG descrita é o número 8748.

Faça Você:

1. Dada a progressão geométrica (5, 10, 20, 40, ...), determine:


a) razão b) oitavo termo c) a10 d) termo geral

2. Calcule a razão da P.G. na qual o primeiro termo vale 2 é o quarto termo vale 54.

278 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan

TERMO GERAL ou MÉDIO

Numa progressão geométrica, a partir do segundo termo, o termo central é a média geométrica
do termo antecessor e do sucessor, isto é an = an−1 .an+1
Exemplo Resolvido:
Na P.G. (2,4,8,16,...) veremos que 4 = 2.8 ou 8 = 4.16 , etc.

Faça Você:

3. Calcule a razão da P.G. (x – 2, x + 1, x + 7, ...).

4. Na P.G. cujos três primeiros termos são x – 10, x e 3x, o valor positivo de x é:
a) 15.
b) 10.
c) 5.
d) 20.
e) 45.

5. O primeiro termo de uma progressão geométrica em que a3 = 1 e a5 = 9 é:


a) 1
27
1
b)
9
c) 1
3
d) 1

e) 0

6. O quinto e o sétimo termo de uma P.G. de razão positiva valem respectivamente


10 e 16. O sexto termo desta P.G. é:
a) 13
b) 10
c) 4 10
d) 41
e) 40

www.acasadoconcurseiro.com.br 279
SOMA DOS FINITOS TERMOS

Caso deseje-se a soma de uma quantidade exata de termos, usaremos:

Exemplo:
Considerando a PG (3, 9, 27, 81, ...), determine a soma dos seus 7 primeiros elementos.

Faça Você:

7. Calcule a soma dos oito primeiros termos da progressão (3, 6, 12, 24, ...)

8. Calcule a soma dos 9 primeiros termos da série (2, 4, 8, 16,...)

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Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan

SOMA DOS INFINITOS TERMOS

Para calcular a soma de uma quantidade infinita de termos de uma P.G. usaremos:

Dica:
Essa fórmula é usada quando o texto confirma o desejo pela soma de uma quantidade
infinita de termos e também quando temos 0 < q < 1.

Faça Você:

⎛ 3 3 ⎞.
9. Calcule a soma dos infinitos termos da progressão
⎜⎝ 6,3, 2 , 4 ,...⎟⎠

2x 4x 8x
10. Determine x, sendo x + + + +... = 12 .
3 9 27
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6

www.acasadoconcurseiro.com.br 281
(x) (x)
11. O valor de x na igualdade x + + +... = 12 , é igual a:
3 9
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) n.d.a.
1 1 1
12. A soma da série infinita 1+ + + ... é:
5 25 125+
a) 6
5
b) 7
5
c) 5
4
d) 2
e) 7
4
⎛1 1 1 ⎞
13. A soma dos seis primeiros termos da PG ⎜ , , ,...⎟ é:
⎝ 3 6 12 ⎠
a) 12
33
15
b)
32
c) 21
33
d) 21
32
2
e)
3
14. Na 2ª feira, foram colocados 3 grãos de feijão num vidro vazio. Na 3ª feira, o vidro
recebeu 9 grãos, na 4ª feira, 27 e assim por diante. No dia em que recebeu 2187
grãos, o vidro ficou completamente cheio. Isso ocorreu:
a) num sábado
b) num domingo
c) numa 2ª feira
d) no 10º dia
e) no 30º dia

282 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Progressão Geométrica – Prof. Dudan

15. Considere que, em julho de 1986, foi constatado que era despejada uma certa
quantidade de litros de poluentes em um rio e que, a partir de então, essa
quantidade dobrou a cada ano. Se hoje a quantidade de poluentes despejados
nesse rio é de 1 milhão de litros, há quantos anos ela era de 500 mil litros?
a) Nada se pode concluir, já que não é dada a quantidade despejada em 1986.
b) Seis.
c) Quatro.
d) Dois.
e) Um.

Gabarito: 4. A 5. B 6. C 10. C 11. A 12. C 13. D 14. B 15. E

www.acasadoconcurseiro.com.br 283
Matemática

EQUAÇÕES DO 1º GRAU

A equação de 1º grau é a equação na forma ax + b = 0, onde a e b são números reais e x é a


variável (incógnita). O valor da incógnita x é − b
a

ax + b = 0 → x=

Resolva as equações:
a) 10x – 2 = 0

b) – 7x + 18 = – x

c) x + 3 − x − 3 = 7
2 3

2x
d) +3= x
5

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Faça Você

1 1
1. Gastei do dinheiro do meu salário e depois gastei do restante, ficando
3 4
com R$ 120,00 apenas. Meu salário é de:
a) R$ 480,00
b) R$ 420,00
c) R$ 360,00
d) R$ 240,00
e) R$ 200,00

2. Duas empreiteiras farão conjuntamente a pavimentação de uma estrada, cada


2
uma trabalhando a partir de uma das extremidades. Se uma delas pavimentar
5
da estrada e a outra os 81 km restantes, a extensão dessa estrada será de:
a) 125 km.
b) 135 km.
c) 142 km.
d) 145 km.
e) 160 km.

3. O denominador de uma fração excede o numerador em 3 unidades. Adicionando-


se 11 unidades ao denominador, a fração torna-se equivalente a 3 . A fração
4
original é:
a) 54
57
30
b)
33
33
c)
36

d) 42
45

18
e)
21

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Matemática – Equações do 1º Grau – Prof. Dudan

1
4. Uma pessoa gasta do dinheiro que tem e, em seguida, 2 do que lhe resta,
4 3
ficando com R$ 350,00. Quanto tinha inicialmente?
a) R$ 400,00
b) R$ 700,00
c) R$ 1400,00
d) R$ 2100,00
e) R$ 2800,00

1
5. Uma peça de tecido, após a lavagem, perdeu de seu comprimento e este ficou
10
medindo 36 metros. Nessas condições, o comprimento, em m, da peça antes da
lavagem era igual a:
a) 44
b) 42
c) 40
d) 38
e) 32

7
6. Do salário que recebe mensalmente, um operário gasta e guarda o restante,
8
R$ 122,00, em caderneta de poupança. O salário mensal desse operário, em reais,
é:
a) R$ 868,00
b) R$ 976,00
c) R$ 1204,00
d) R$ 1412,00
e) R$ 1500,00

7. O valor de x que é solução da equação (x/3) – (1/4) = 2(x – 1) pertence ao intervalo:


a) ]0, 1]
b) ]1, 2]
c) ]2, 3]
d) ]3, 4]
e) ]4, 5]

Gabarito: 1. D 2. B 3. D 4. C 5. C 6. B 7. B

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Matemática

EQUAÇÕES DO 2º GRAU

A equação de 2º grau é a equação na forma ax² + bx + c = 0, onde a, b e c são números reais e x


é a variável (incógnita). O valor da incógnita x é determinado pela fórmula de Bháskara.
Nas equações escritas na forma ax² + bx + c = 0 (forma normal ou forma reduzida de uma
equação do 2º grau na incógnita x), chamamos a, b e c de coeficientes.
•• “a” é sempre o coeficiente de x²;
•• “b” é sempre o coeficiente de x,
•• “c” é o coeficiente ou termo independente.
Assim:
•• x² – 5x + 6 = 0 é um equação do 2º grau com a = 1, b = – 5 e c = 6.
•• 6x² – x – 1 = 0 é um equação do 2º grau com a = 6, b = – 1 e c = – 1.
•• 7x² – x = 0 é um equação do 2º grau com a = 7, b = – 1 e c = 0.
•• x² – 36 = 0 é um equação do 2º grau com a = 1, b = 0 e c = – 36.
Complete o quadro conforme os exemplos:

Coeficientes
Equação
a b c
6x2 – 3x + 1=0

5
−3x2 − + 4x = 0
2
2x2 – 8 = 0
2
6x – 3x = 0

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COMPLETAS DE 2º GRAU

ax2 + bx + c = 0

www.acasadoconcurseiro.com.br 289
Como solucionar uma equação do 2º grau?
Para solucionar equações do 2º grau, utilizaremos a fórmula de Bháskara.

−b ± b2 − 4ac
x=
2a
Onde a, b e c são os coeficientes (números) encontrados na equação.
Exemplo:
Resolução a equação: 7x2 + 13x – 2 = 0
Temos a = 7, b = 13 e c = – 2 .
Substituindo na fórmula, temos:

Vale ressaltar que, de acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:
•• 1º caso: O discriminante é positivo , ∆ > 0, então a equação tem duas raízes reais diferentes.
•• 2º caso: O discriminante é nulo , ∆ = 0, então a equação tem duas raízes reais e iguais.
•• 3º caso: O discriminante é negativo, ∆ < 0 ,então não há raízes reais.

Atenção!
•• Raiz (ou zero da função) é(são) o(s) valor(es) da incógnita x que tornam verdadeira a
equação.

Exemplos:
I – As raízes de x² – 6x + 8 = 0 são x1 = 2 e x2 = 4 pois (2)² – 6(2) + 8 = 0 e (4)² – 6(4) + 8 = 0

290 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan

II – As raízes de x² + 6x + 9 = 0 são x1 = x2 = – 3 pois (– 3)² + 6 (– 3) + 9 =0

Faça Você:

1. Determine as raízes das equações:


a) x² – 2x – 15 = 0 b) – x² + 10x – 25 = 0 c) x² – 4x + 5 = 0

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES INCOMPLETAS DE 2º GRAU


Na resolução das incompletas não é necessário resolver por Bháskara, basta usar os métodos
específicos:

Faça Você:

2. Encontre as raízes das equações abaixo:


a) x² – 4x = 0 b) – 3x² +9x = 0 c) x² – 36 = 0 d) 3x² = 0

www.acasadoconcurseiro.com.br 291
SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES

A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:
Soma = x1 + x2 = ____
–b

a

Produto = x1 . x2 = ___
c
a

Faça Você:

3. Determine a soma e o produto das raízes das equações:


a) x² – 7x – 9 = 0 b) – 4x² + 6x = 0 c) 3x² – 10 = 0

2
4. O número – 3 é a raíz da equação x – 7x – 2c = 0. Nessas condições, o valor do
coeficiente c é:
a) 11
b) 12
c) 13
d) 14
e) 15

5. A maior raiz da equação – 2x² + 3x + 5 = 0 vale:


a) –1
b) 1
c) 2
d) 2,5
e) (3 + 19 )
4

292 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan

6. O produto das raízes reais da equação 4x² – 14x + 6 = 0 é igual a:


3
a) −
2
1
b) −
2
1
c)
2
3
d)
2
e) 5
2

7. A diferença entre o quadrado de um número natural e o seu dobro é igual a 15.


Qual é esse número?
a) –5
b) –3
c) 1
d) 3
e) 5

8. O quadrado da minha idade menos a idade que eu tinha há 20 anos é igual a 2000.
Assim, minha idade atual é:
a) 41
b) 42
c) 43
d) 44
e) 45

www.acasadoconcurseiro.com.br 293
9. Se a soma das raízes da equação kx² + 3x – 4 = 0 é 10, podemos afirmar que o
produto das raízes é:
a) 40
3
40
b) −
3
c) 80
3
40
d) −
3
e) − 3
10

10. Considere as seguintes equações:


I. x² + 4 = 0
II. x² – 2 = 0
III. 0,3x = 0,1

Sobre as soluções dessas equações é verdade que:


a) II são números irracionais.
b) III é número irracional.
c) I e II são números reais.
d) I e III são números não reais.
e) II e III são números racionais.

Gabarito: 4. E 5. D 6. D 7. E 8. E 9. A 10. A

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Matemática

SISTEMAS DE EQUAÇÕES

Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.

DETERMINADO
Admite uma única solução
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL
quando admite solução �
SISTEMA INDETERMINADO


LINEAR Admite infinitas soluções

IMPOSSÍVEL OU INCOMPATÍVEL
quando não admite solução

Métodos de Resolução
Método da Adição
Definição
Consiste em somar as equações, que podem ser previamente multiplicadas por uma constante,
com o objetivo de eliminar uma das variáveis apresentadas.
Esse método consiste em multiplicar as equações de maneira que se criem valores "opostos"
da mesma variável que será eliminada quando somarmos as equações.
Vale ressaltar que nem sempre é necessária tal multiplicação .

x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Assim, multiplicaremos a segunda equação por 2, logo:
x + 2y = 16
� assim criamos os valores opostos 2y e – 2y.
6x - 2y = 26

Agora somaremos as 2 equações, logo:


x + 2y = 16
6x - 2y = 26
7x + 0y = 42

www.acasadoconcurseiro.com.br 295
42
Logo x = 7 → x = 6 e, para achar o valor de y, basta trocar o valor de x obtido em qualquer uma
das equações dadas:
10
Assim, se x + 2 y = 16, então 6 + 2y = 16 → 2y = 10 e portanto y = →y=5
2

1. Resolva usando o método da adição.

3x + y = 9 3x − 2y = 7
a) b)
2x + 3y = 13 x + y = −1

Método da Substituição

Definição
Esse método consiste em isolar uma das variáveis numa equação e substituí-la na outra.
Vale ressaltar que preferencialmente se deve isolar a variável que possuir “coeficiente” 1; assim
evitamos um trabalho com o m.m.c.

x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13

Assim, isolando o “x” na primeira equação, temos:


x = 16 – 2y e substituindo-o na segunda equação:
−35
3(16 – 2y) – y = 13 → 48 – 6y – y = 13 → – 7y = 13 – 48 → – 7y = – 35 logo x = =5
−7
Daí basta trocar o valor de x obtido na equação isolada:
Se x = 16 – 2y, logo x = 16 – 2 x 5 → x = 16 – 10 → x = 6

2. Resolva usando o método da substituição.


3x + y = 9 3 x − 2y = 7
a) b)
2 x + 3y = 13 x + y = −1

Caso Especial
Sempre que nos depararmos com um sistema de duas equações no qual uma delas seja uma
“proporção”, podemos resolvê-la de maneira eficaz e segura aplicando os conceitos de divisão
proporcional.

296 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Sistemas de Equações – Prof. Dudan

Exemplo:

3. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre essas
idades é 32 anos, determine a idade de cada um.

4. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades, que são 40
e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9.100,00 qual a diferença de salário desses
funcionários?

Faça Você:

5. Na garagem de um prédio, há carros e motos num total de 13 veículos e 34 pneus.


O número de motos nesse estacionamento é:

a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9

6. Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e pede 3 pontos por exercício
que erra. Ao fim de 50 exercícios, tinha 10 pontos. Quantos exercícios ele acertou?

a) 15
b) 35
c) 20
d) 10
e) 40

7. Uma família foi a um restaurante em que cada criança paga a metade do buffet
e cada adulto paga R$ 12,00. Se nessa família há 10 pessoas e a conta foi de R$
108,00, o número de adultos é:

a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10

www.acasadoconcurseiro.com.br 297
8. O valor de dois carros de mesmo preço adicionado ao de uma moto é R$ 41.000. O
valor de duas motos iguais à primeira adicionado ao de um carro de mesmo preço
que os primeiros é de R$ 28.000. A diferença entre o valor do carro e o da moto é:
a) R$ 5.000
b) R$ 13.000
c) R$ 18.000
d) R$ 23.000
e) R$ 41.000

9. João entrou na lanchonete BOG e pediu 3 hambúrgueres, 1 suco de laranja e


2 cocadas, gastando R$ 21,50. Na mesa ao lado, algumas pessoas pediram 8
hambúrgueres, 3 sucos de laranja e 5 cocadas, gastando R$ 57,00. Sabendo-se
que o preço de um hambúrguer, mais o de um suco de laranja, mais o de uma
cocada totaliza R$ 10,00, assim o preço de cada um desses itens em reais,
respectivamente, vale.
a) 4; 2,5 e 3,5
b) 3; 2 e 4
c) 4; 3 e 2
d) 4; 2,5 e 3
e) 3; 2,5 e 3,5

10. Durante uma aula de ginástica, três amigas, com a mesma preocupação, resolveram
avaliar o peso de cada uma, utilizando a balança da academia. A pesagem, contudo,
foi efetuada duas a duas. Ana e Carla pesaram, juntas, 98 kg; Carla e Márcia, 106
kg; Ana e Márcia, 104 kg. O peso das três amigas, juntas, subtraindo o dobro do
peso de Carla, é igual a:
a) 42 kg
b) 46 kg
c) 48 kg
d) 54 kg
e) 58 kg

Gabarito: 5. E 6. C 7. D 8. B 9. A 10. D

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Matemática

GRÁFICO DE FUNÇÕES

A importância do estudo de função não é restrita apenas aos interesses da Matemática, mas
colocado em prática em outras ciências, como a física e a química.
Na matemática, o estudo de função é dividido basicamente em:

•• Características, tipos e elementos de uma função.


•• Tipos de funções.

Nem sempre percebemos, mas estamos em contato com as funções no nosso dia a dia, por
exemplo:
Quando assistimos ou lemos um jornal, muitas vezes nos deparamos com um gráfico que
nada mais é que uma relação, comparação de duas grandezas ou até mesmo uma função, mas
representada graficamente.
Para que esse gráfico tome forma é necessário que essa relação, comparação, seja representada
em uma função na forma algébrica.
Para dar início ao estudo de função, é necessário o conhecimento de equações, pois todo o
desenvolvimento algébrico de uma função é resolvido por meio de equações.
Precisamos antes, definir “funções”:
É uma relação entre dois conjuntos, em que há uma relação entre cada um de seus elementos.
Também pode ser uma lei que para cada valor x é correspondido por apenas um e único
elemento y, também denotado por ƒ(x).

www.acasadoconcurseiro.com.br 299
Exemplo: Assinale abaixo se o gráfico representa ou não uma função.

1. Relacione adequadamente um gráfico para cada situação relatada:


a) Eu tinha acabado de sair de casa, quando percebi que havia esquecido meus livros; então
eu voltei para buscá-los.
b) Tudo ia bem até que o pneu furou.
c) Eu iniciei calmamente, mas aumentei a velocidade quando me dei conta de que iria me
atrasar.
d) Saí rapidamente de casa, mas comecei a andar mais lentamente para poder apreciar as
vitrines das lojas.

A alternativa que melhor relaciona os gráficos com as situações é:


a) 1 → d, 2 → b, 3 → a, 4→c
b) 1 → b, 2 → d, 3 → a, 4→c
c) 1 → d, 2 → b, 3 → c, 4→a
d) 1 → c, 2 → b, 3 → a, 4→d
e) 1 → d, 2 → a, 3 → b, 4→c

Gabarito: 1. A

300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática

FUNÇÃO PAR / ÍMPAR

Função é a relação do conjunto de chegada com o conjunto de partida. A forma que essa
relação assume poderá definir uma função como sendo par ou ímpar.

Função Par

Será uma função par a relação em que elementos simétricos do conjunto do domínio tiverem a
mesma imagem no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será par se f(x) = f(– x).
2
Por exemplo: a função A→B, com A = {– 2,– 1,0,1,2} e B = {1,2,5} definida pela fórmula f(x) = x +
1, obedece o seguinte diagrama:

Veja nesse diagrama que os elementos simétricos do domínio, como o 2 e – 2, possuem a


mesma imagem. O mesmo acontece com 1 e – 1.
Por isso, essa função é uma função par.

Outro exemplo:
Analise a função: f(x) = x2 – 1
Note que, na função, temos:
f(–1) = (–1)2 – 1 = 1 – 1 = 0
f(1) = 1² – 1 = 1 – 1 = 0
f(–2) = (–2)² –1 = 4 – 1 = 3

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f(2) = 22 – 1 = 4 – 1 = 3 e com isso:
f(1) = f(– 1) = 0 e também
f(2) = f(– 2) = 3.
Observe no gráfico a simetria com o eixo Y.

Função Ímpar

Será uma função ímpar a relação onde elementos simétricos do conjunto do domínio terão
imagens simétricas no conjunto de chegada. Ou seja, uma função será ímpar se:
f(– x) = – f(x).
Por exemplo: a função A→B, com A = {– 2,– 1,0,1,2} e B = {– 10,– 5,0,5,10} definida pela fórmula
f(x) = 5x, obedece o seguinte diagrama:

Veja que os elementos simétricos do conjunto A como – 2 e 2 possuem imagens simétricas. O


mesmo ocorre com – 1 e + 1.
Por isso, essa função é uma função ímpar.

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Matemática – Função Par / Ímpar – Prof. Dudan

Outro exemplo:
Analisaremos a função f(x) = 2x
Nessa função, temos que:
f(– 2) = 2 . (– 2) = – 4
f(2) = 2 . 2 = 4
Assim:
f(– 2) = – 4 e f(2) = 4 , logo f(– 2) = – f(2)

Exemplos:

1. Classifique as funções a seguir em par, ímpar e nem par nem ímpar.


a) f(x) = 3x
b) f(x) = x2 + 1
c) f(x) = – x3
d) y = 4x – 1
e) y = 7x4
f) f(x) = x2 – 4

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Gabarito: 1. a) ímpar / b) par / c) ímpar /d) nenhuma delas / e) par / f) par

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Matemática

FUNÇÃO CRESCENTE OU DECRESCENTE

As funções que são expressas pela lei de formação y = ax + b ou f(x) = ax + b, onde a e b


pertencem ao conjunto dos números reais, com a ≠ 0, são consideradas funções do 1º grau.
Esse tipo de função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a, se a > 0, a
função é crescente, caso a < 0, a função se torna decrescente.
Vamos analisar as seguintes funções com domínio no conjunto dos números reais, na medida
em que os valores de x aumentam.
Exemplo 1: f(x) = 3x

Quando temos, numa função, os valores de x aumentando e os valores das imagens também
aumentando, diremos que a função é crescente.
Outros exemplos:

www.acasadoconcurseiro.com.br 305
Exemplo 2: f(x) = – 3x

Nesse caso, os valores de x aumentam e os valores das imagens diminuem, e assim temos a
função decrescente.
Outro exemplo:

Mas será que esse conceito só pode ser aplicado em funções de 1º grau?

306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função Crescente ou Decrescente – Prof. Dudan

Exemplo 3: Classifique cada uma das funções seguintes em crescente ou decrescente:


a) y = 4x + 6

b) f(x) = – x + 10

Exemplo 4: A função real de variável real, definida por f (x) = (3 – 2a).x + 2, é crescente quando:
a) a > 0

3
b) a <
2

3
c) a =
2

3
d) a >
2

e) a < 3

Gabarito: 4. B

www.acasadoconcurseiro.com.br 307
Matemática

DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍNIO

→ Domínio da função é o conjunto de todos os elementos x para os quais a função deve ser
definida.

→ Contradomínio da função é o conjunto que contém os elementos que podem ser relacionados
a elementos do domínio. Em outras palavras, é o conjunto em que a função toma valores.

→ Dentro do contradomínio define-se o conjunto imagem da função, como o conjunto de


valores que efetivamente f(x) assume. O conjunto imagem é, pois, sempre um subconjunto do
contradomínio.

Exemplo: Nas funções abaixo, defina domínio, contradomínio e imagem.

Como já vimos nos exemplos, o gráfico cartesiano de uma função é o conjunto de todos os
pontos (x,y) do plano que satisfazem a condição y = f(x).
Assim, resumidamente: domínio são os possíveis valores de “x” que podem ser utilizados e
imagem os possíveis valores de “y" que serão encontrados.
Exemplo: Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} criamos a função f: A → B,
definida por f(x) = x + 5, que também pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, dessa função, é:

www.acasadoconcurseiro.com.br 309
O conjunto A é o conjunto de saída e o B é o conjunto de chegada.
Domínio é um sinônimo para conjunto de saída, ou seja, para essa função o domínio é o próprio
conjunto A = {1, 4, 7}.
Como, em uma função, o conjunto de saída (domínio) deve ter todos os seus elementos
relacionados (regra fundamental), não precisamos ter subdivisões para o domínio.
O conjunto de chegada "B", também possui um sinônimo, é chamado de contradomínio.
Note que podemos fazer uma subdivisão dentro do contradomínio (conjunto rosa da figura
acima). Podemos ter elementos do contradomínio que não são relacionados a algum elemento
do domínio e outros que são. Por isso, devemos levar em consideração essa subdivisão (que é
até mais importante do que o próprio contradomínio).
Este subconjunto é chamado de conjunto imagem, e é composto por todos os elementos em
que as flechas chegam.
O conjunto imagem é representado por "Im" e é formado por cada ponto em que a flecha
chega.
•• Obs.: Note que existe uma diferença entre imagem e conjunto imagem, o primeiro é um
ponto em que a flecha de relacionamento toca, e o segundo é o conjunto de todos elementos
que as flechas tocam.
No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contradomínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o
conjunto imagem é Im = {6, 9, 12} e:
•• a imagem do ponto x = 1 é y = 6, indicado por f(1) = 6;
•• a imagem do ponto x = 4 é y = 9, indicado por f(4) = 9;
•• a imagem do ponto x = 7 é y = 12, indicado por f(7) = 12.

Exemplo 1: Quantos elementos possui o conjunto imagem da função f(x) = x² – 2x + 1,


considerando que seu domínio é o conjunto D = { – 2, – 1, 0, 1, 2}?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

Gabarito: 1. E

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Matemática
Aula XX

RESTRIÇÃO DE DOMINIO

Uma função y = f(x) associa os valores de x e y através de uma lei, formando pares ordenados
pertencentes aos conjuntos domínio e contradomínio. Através de alguns exemplos, veremos
como determinar o domínio de uma função, isto é, descobrir quais os números que o “x” da
função não pode assumir para que a sua condição de existência não seja afetada.
Existem dois casos principais de condições de existência que devem ser respeitados e que
acarretam numa restrição do domínio.

Caso 1: Não existe divisão por zero

Sendo assim, em qualquer função, quando houver x no denominador, devemos garantir que a
estrutura da qual ele faz parte nunca resulte em zero.

Exemplo:
x −1
f(x) =
x+2

Nesse caso, devemos garantir que o denominador x + 2 não zere, logo temos que fazer
x+2≠0→x≠–2
Assim o dominio da função deixa de ser real (R) e passa a ser R – { – 2} (reais exceto o – 2).

Exemplo:
x−7
f(x) =
x − 5x + 6
2

Agora temos que garantir que x2 – 5x + 6 ≠ 0, para isso devemos calcular as raízes dessa estrutura:
2
x – 5x + 6, que são 2 e 3.
Assim é necessário que x ≠ 2 e x ≠ 3, pois esses valores iriam zerar a estrutura do denominador.
Logo o domínio fica restrito: D: R – {2;3}

www.acasadoconcurseiro.com.br 311
Caso 2: Não existe raiz de índice par de número negativo

Nesse caso, em toda função que tiver na sua estrutura uma raiz de índice par, temos que
garantir que o radicando não resulte em algo negativo.

Exemplo: f(x) = x − 4
Aqui precisamos garantir que x – 4 ≥ 0.
Pois raiz quadrada de numero negativo não pertence ao conjunto dos números reais.
Assim x ≥ 4, logo o domínio passa a ser D = {x E R / x ≥ 4}.

Exemplo: f(x) = 4 −2x + 6


Agora é necessário garantir que – 2x + 6 ≥ 0.
Pois raiz de índice par de numero negativo não pertence ao conjunto dos números reais.
Resolvendo: – 2x ≥ – 6
Daí temos que lembrar que, nesse caso especifico, devemos multiplicar toda a estrutura por
– 1, o que inverte os sinais e muda o sentido da desigualdade.
Assim 2x ≤ 6 → x ≤ 6/2 → x ≤ 3 logo o domínio passa a ser D = {x E R / x ≤ 3}.

Exemplo:
−7x + 4
f(x) =
−x + 4

Nesse caso especifico precisamos garantir que o denominador não zere e, ao mesmo tempo,
garantir também que a estrutura dentro da raiz não resulte em algo negativo.
Assim é preciso que: – x + 4 ≠ 0 e ao mesmo tempo – x + 4 ≥ 0, basta entendermos que, o que
de fato deve ser garantido, é que – x + 4 > 0.

Assim – x > – 4 e multiplicando tudo por – 1 , temos: X < 4


Logo o Domínio é D: {x E R / x < 4}

312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática

FUNÇÕES DE 1º GRAU

Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada


por uma lei da forma:
onde a e b são números reais dados e a ≠ 0.
f (x) = ax + b
Seu gráfico é sempre uma reta.
a → Coeficiente angular, Parâmetro angular, Inclinação ou Declividade.
b → Coeficiente linear, Parâmetro linear ou Termo Independente.
Atenção!
O coeficiente linear b é o ponto de intersecção do eixo y.
O coeficiente angular a não é o ponto de intersecção do eixo x.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x – 3, onde a = 5 e b = – 3
f(x) = – 2x – 7, onde a = – 2 e b = – 7
f(x) = – x, onde a = – 1 e b = 0
Exemplo:

1. Sendo f(x) = – 4x + 10, determine:


a) f(3)
b) f(0)
c) f(x) = 2
d) f(x) = 0

www.acasadoconcurseiro.com.br 313
•• Coeficiente angular a:
a > 0 a < 0
Reta CRESCENTE Reta DECRESCENTE

•• Coeficiente linear b:

2. Sendo a função f(x) = mx + n que possui os pontos f(2) = 5 e f( – 1) = 2. Determine m e n.

3. Assinale as leis de formação das funções abaixo:

( ) f(x) = – 3/2 x ( ) f(x) = – 3x + 2


( ) f(x) = – 3/2 x +2 ( ) f(x) = 2x – 3
( ) f(x) = – 3x +2 ( ) f(x) = 2x – 1
( ) f(x) = – 2x + 3 ( ) f(x) = x – 2
( ) f(x) = – 2/3x ( ) f(x) = 2x – 2

314 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Funções de 1º Grau – Prof. Dudan

4. Uma função polinomial f do 1º grau é tal que f(3) = 6 e f(4) = 8. Portanto, o valor de f(10) é:
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20

5. A função geradora do gráfico abaixo é do tipo y = mx + n

Então, o valor de m³ + n é
a) 2
b) 3
c) 5
d) 8
e) 13

6. Considere a tabela a seguir, que apresenta dados sobre as funções g, h, k, m, f.


A função cujo gráfico está sobre uma mesma reta é
a) g
b) h
c) k
d) m
e) f

7. A tabela a seguir, obtida a partir de dados do Ministério do Meio Ambiente, mostra o cresci-
mento do número de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.
Se mantida, nos anos subsequentes, a tendência linear de crescimento mostrada na tabela, o
número de espécies ameaçadas de extinção em 2011 será igual a:

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a) 461
b) 498
c) 535
d) 572
e) n.d.a

8. Em fevereiro, o governo da Cidade do México, metrópole com uma das maiores frotas de
automóveis do mundo, passou a oferecer à população bicicletas como opção de transporte.
Por uma anuidade de 24 dólares, os usuários têm direito a 30 minutos de uso livre por dia.
O ciclista pode retirar em uma estação e devolver em qualquer outra e, se quiser estender a
pedalada, paga 3 dólares por hora extra. Revista Exame. 21 abr. 2010.
A expressão que relaciona o valor f pago pela utilização da bicicleta por um ano, quando se
utilizam x horas extras nesse período é
a) f(x) = 3x
b) f(x) = 24
c) f(x) = 27
d) f(x) = 3x + 24
e) f(x) = 24x + 3

9. Em uma experiência realizada na aula de Biologia, um grupo de alunos mede o crescimento


de uma planta, em centímetros, todos os dias. Plotando os pontos (t,a), em que t corresponde
ao tempo em dias, e a corresponde à altura da planta em centímetros, os alunos obtiveram a
figura a seguir.
Se essa relação entre tempo e altura da planta for mantida, estima-se que, no 34º dia, a planta
tenha, aproximadamente,
a) 10 cm
b) 6 cm
c) 8 cm
d) 5 cm
e) 7 cm

10. O valor de um caminhão do tipo A novo é de R$ 90.000,00 e, com 4 anos de uso, é de


R$ 50.000,00. Supondo que o preço caia com o tempo, segundo uma função linear, o valor de
um caminhão do tipo A, com 2 anos de uso, em reais, é de
a) 40.000,00
b) 50.000,00
c) 60.000,00
d) 70.000,00
e) 80.000,00

Gabarito: 4. E 5. B 6. C 7. B 8. D 9. E 10. D

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Matemática

FUNÇÃO DE 2º GRAU

Definição

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR


dada por uma lei da forma f(x) = ax² + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.

f(x)=ax2+bx+c
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau é uma curva chamada parábola.
Exemplos de funções quadráticas:
f(x) = 3x² – 4x + 1, onde a = 3, b = – 4 e c = 1
f(x) = x² – 1, onde a = 1, b = 0 e c = – 1
f(x) = – x² + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
f(x) = – 4x², onde a = – 4, b = 0 e c = 0

→ Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:


concavidade voltada para cima concavidade voltada para baixo

www.acasadoconcurseiro.com.br 317
→ Outra relação importante na função do 2º grau é o ponto onde a parábola corta o eixo y.
Verifica-se que o valor do coeficiente “c” na lei de formação da função corresponde ao valor do
eixo y onde a parábola o corta.

→ A análise do coeficiente "b" pode ser orientada pela analise de uma reta “imaginária” que
passa pelo “c” e pelo vértice. Assim:

Nos exemplos acima, se a reta “imaginária” for crescente, b > 0, caso contrário, b < 0, e no caso
em que o vértice e o “c” coincidem, teremos b = 0 e uma simetria em relação ao eixo Y.
Atenção!
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o
radicando ∆ , chamado discriminante:
Se ∆ > 0, há duas raízes Se ∆ = 0, há duas raízes Se ∆ < 0, não há raiz real.
reais e distintas; reais e iguais;

318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan

Exemplo:

1. Complete as lacunas:

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2. Determine o valor de K para que a função f(x) = x² – kx + 9 tenha raízes reais e iguais.

Zero ou Raiz da Função

Chamam-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, os


números reais x tais que f(x) = 0.
Para determinar as raízes, aplica-se a chamada fórmula de Bhaskara:

x=
−b ± b2 − 4a.c
2a
,sendo =b2 − 4.a.c 
Exemplo:

3. Encontre as raízes de x² – 5x + 6.

SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES

A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:

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Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan

4. Determine a soma e o produto das raízes das funções abaixo.


a) f(x) = x² + 5x + 6 b) y = – x² – 4 c) f(x) = 6x² – 4x + 1

Vértice da Parábola

O vértice da parábola constitui um ponto importante do gráfico, pois indica o ponto de valor
máximo e o ponto de valor mínimo. De acordo com o valor do coeficiente a, os pontos serão
definidos. Observe:

Para determinar o ponto de máximo (quando a < 0) ou ponto de mínimo (quando a > 0):
V(XV,YV)

b Δ
XV = − YV = −
2a 4a
Atenção: Xv é o ponto médio das raízes reais.

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Exemplo:

5. Determine o vértice da parábola f(x) = 2x² – 8x + 5.

6. A função que define o lucro de uma empresa é L(x) = – 2x² + 32x + 10, sendo x o número de
peças vendidas e L o lucro em milhares de reais. Determine:
a) Qual é o lucro na venda de 10 peças?

b) Quantas peças devem ser vendidas para obter o lucro máximo?

c) Qual é o lucro máximo?

7. A expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado, é:
a) f(x) = –2x2 – 2x + 4
2
b) f(x) = x + 2x – 4
2
c) f(x) = x + x – 2
2
d) f(x) = 2x + 2x – 4
2
e) f(x) = 2x + 2x – 2

8. Considere a função f: ℜ → ℜ definida por


O valor de f(π) + f( 2 ) – f(1) é
a) π2+2 π -2
b) 2π + 2 2 – 2
c) π2 – 2
d) 2π + 1
e) 2 2 – π + 1

322 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Função de 2º Grau – Prof. Dudan

9. Baseado no gráfico da função f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, e c ∈! , pode-se afirmar que:


a) a > 0,  Δ < 0
b) a > 0,  Δ = 0
c) a > 0,  Δ > 0
d) a < 0,  Δ > 0
e) a < 0,  Δ = 0

2
10. A função f(x) = Ax + Bx + C, A ≠ 0 tem como gráfico a figura abaixo. Podemos então concluir
que:
2
a) A > 0, B < 4AC, C > 0
2
b) A > 0, B = 4AC, C > 0
2
c) A > 0, B > 4AC, C > 0
2
d) A < 0, B < 4AC, C < 0
2
e) A > 0, B < 4AC, C < 0

11. O movimento de um projétil, lançado para cima verticalmente, é descrito pela equação
2
y= – 40x + 200x, onde y é a altura, em metros, atingida pelo projétil x segundos após
o lançamento. A altura máxima atingida e o tempo que esse projétil permanece no ar
corresponde, respectivamente, a:
a) 6,25 m, 5s
b) 250 m, 0s
c) 250 m, 5s
d) 250 m, 200s
e) 10.000 m , 5s

12. Na parábola y = 2x² – (m – 3)x + 5, o vértice tem abscissa 1. A ordenada do vértice é:


a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7

Gabarito: 7. D 8. C 9. C 10. C 11. C 12. A

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Matemática

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de função exponencial qualquer função de ℜ em ℜ , definida por:

onde a ∈ℜ + e a ≠ 1
*
f(x) = ax
Exemplos:
x
x ⎛ 3⎞
I) f(x) = 4 II) f(x) = III) f(x) = 2x – 1 IV) f(x) = 5 – x
⎜⎝ 7 ⎟⎠

GRÁFICOS

FUNÇÃO CRESCENTE FUNÇÃO DECRESCENTE

www.acasadoconcurseiro.com.br 325
Exemplo:

1. Esboce o gráfico das seguintes funções: x −x


x
⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞
a) f(x) = 10 b) f(x) = ⎜ ⎟ c) f(x) = ⎜⎝ 5 ⎟⎠
⎝π⎠

d) f(x) = 10 – x e) y = 3x – 2 f) y = – 2.3x

2. Em uma cultura, o número de bactérias é dado por f(t) = 1000 . 30,5t, onde t é o tempo em
horas. Quando o número de bactérias for 9000, o valor de t será:
a) 1
b) 2
c) 4
4500
d) 1000 . 3
4500
e) 3000

3. Uma instituição financeira oferece um tipo de aplicação tal que, após t meses, o montante
0,04t
relativo ao capital aplicado é dado por M(t) = C . 2 , onde C > 0. O menor tempo possível para
quadruplicar uma certa quantia aplicada nesse tipo de aplicação é:
a) 5 meses
b) 2 anos e 6 meses
c) 4 anos e 2 meses
d) 6 anos e 4 meses
e) 8 anos e 5 meses

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Matemática – Função Exponencial – Prof. Dudan

4. A figura mostra um esboço do gráfico da função y = ax + b, com a, b ∊ IR, a > 0, a ≠ 1 e b ≠ 1.

Então o valor de a² – b² é:
a) –3
b) –1
c) 0
d) 1
e) 3

x
5. A função representada no gráfico é definida por f(x) = a . b . Então:
a) a<0eb>1
b) a<0e0<b<1
c) a<0eb=1
d) a>0eb>1
e) a>0e0<b<1

Gabarito: 2. C 3. C 4. E 5. A

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Matemática

ÂNGULOS

Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que possuem uma
origem em comum, chamada vértice do ângulo.
A unidade usual de medida de ângulo, de acordo com o sistema internacional de medidas, é o
grau, representado pelo símbolo °, e seus submúltiplos são o minuto ’ e o segundo ”.
Temos que 1° (grau) equivale a 60’ (minutos) e 1’ equivale a 60”(segundos).
Ângulo é um dos conceitos fundamentais da matemática, ocupando lugar de destaque na
Geometria Euclidiana, ao lado de ponto, reta, plano, triângulo, quadrilátero, polígono e
perímetro.

Tipos de ângulo
•• Ângulos Complementares: dois ângulos são complementares se a soma de suas medidas é
igual a 90°. Nesse caso, cada um é o complemento do outro.
Na ilustração, temos que:

α
0

α + β = 90°

www.acasadoconcurseiro.com.br 329
•• Ângulos Suplementares: dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é
igual a 180°. Nesse caso, cada um é o suplemento do outro.
Na ilustração, temos que:

β
α

α + β = 180°
•• Ângulos Replementares: dois ângulos são replementares quando a soma de suas medidas é
igual a 360°. Nesse caso, cada um é o replemento do outro.
Na ilustração, temos que:

α + β = 360°
Exemplo: Assinale V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo:
( ) 80° e 100° são suplementares.
( ) 30° e 70° são complementares.
( ) 120° e 60° são suplementares.
( ) 20° e 160° são complementares.
( ) 140° e 40° são complementares.
( ) 140° e 40° são suplementares.
Exemplo: Dê a medida do ângulo que vale o dobro de seu complemento.

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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Dadas duas ou mais retas paralelas, cada reta transversal a essas retas formam ângulos opostos
pelo vértice.

r/s
y
x t é transversal
r
x
y

y
x
s
x
y
x + y = 180° e ângulos opostos
congruentes

ângulos opostos pelo vértice são


CONGRUENTES

a + b = 180°

Exemplos:

www.acasadoconcurseiro.com.br 331
Exemplo:
As retas r e s são interceptadas pela transversal "t", conforme a figura. O valor de x para que r e
s sejam paralelas é:

a) 20°.
b) 26°.
c) 28°.
d) 30°.
e) 35°.

Exemplo:
Na figura adiante, as retas r e s são paralelas, o ângulo 1 mede 45° e o ângulo 2 mede 55°. A
medida, em graus, do ângulo 3 é:

a) 50°.
b) 55°.
c) 60°.
d) 80°.
e) 100°.

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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Ângulos de um Polígono
A soma dos ângulos internos de qualquer polígono depende do número de lados (n), sendo
usada a seguinte expressão para o cálculo:

Polígono regular e irregular


Todo polígono regular possui os lados e os ângulos com medidas iguais. Alguns exemplos de
polígonos regulares.

Polígonos regulares

Um polígono irregular é aquele que não possui os ângulos com medidas iguais e os lados não
possuem o mesmo tamanho.

Polígonos irregulares

www.acasadoconcurseiro.com.br 333
Diagonais de um polígono
Diagonal de um polígono é o segmento de reta que liga um vértice ao outro, passando pelo
interior da figura. O número de diagonais de um polígono depende do número de lados (n) e
pode ser calculado pela expressão:

Exemplo:
A medida mais próxima de cada ângulo externo do heptágono regular da moeda de R$ 0,25 é:

a) 60°.
b) 45°.
c) 36°.
d) 83°.
e) 51°.

Exemplo:
Os ângulos externos de um polígono regular medem 20°. Então, o número de diagonais desse
polígono é:
a) 90°.
b) 104°.
c) 119°.
d) 135°.
e) 152°.

334 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Exemplo:
Dada a figura:

Sobre as sentenças:
I – O triângulo CDE é isósceles.
II – O triângulo ABE é equilátero.
III – AE é bissetriz do ângulo BÂD.
é verdade que
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.

Gabarito: 1. V F V F F V 2. 60° 3. B 4. E 5. E 6. D 7. E

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Matemática

TEOREMA DE TALES

Definição

O Teorema de Tales pode ser determinado pela seguinte lei de correspondência:


“Se duas retas transversais são cortadas por um feixe de retas paralelas, então a razão entre
quaisquer dois segmentos determinados em uma das transversais é igual à razão entre os
segmentos correspondentes da outra transversal”.
Para compreender melhor o teorema, observe o esquema representativo a seguir:

Nesse feixe de retas, podemos destacar, de acordo com o Teorema de Tales, as seguintes razões:

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Exemplo 1
Aplicando a proporcionalidade existente no Teorema de Tales, determine o valor dos segmentos
AB e BC na ilustração a seguir:

2. Determine o valor de x na figura abaixo:

Exemplos

3. O proprietário de uma área quer dividi-la em três lotes, conforme a figura. Sabendo-se que as
laterais dos terrenos são paralelos e que a + b + c = 120 m, os valores de a, b¸e c, em metros,
são, respectivamente:
a) 40, 40 e 40
b) 30, 30 e 60
c) 36, 64 e 20
d) 30, 36 e 54
e) 30, 46 e 44

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Matemática – Teorema de Tales – Prof. Dudan

4. Determine o valor de x na figura a seguir:

CASO ESPECIAL

a y
Nesse caso, as proporções determinadas são: =
x b

5. Determine o valor de x.

Gabarito: 3. D

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Matemática

TEOREMA DE PITÁGORAS

DEFINIÇÃO

O teorema de Pitágoras é uma relação matemática entre os comprimentos dos lados de


qualquer triângulo retângulo. Na Geometria Euclidiana, o teorema afirma que:
“Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados dos comprimentos dos catetos”.
Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto, e os catetos são os dois lados que
o formam. O enunciado anterior relaciona comprimentos, mas o teorema também pode ser
enunciado como uma relação entre áreas:
“Em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma
das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos”.

Para ambos os enunciados, pode-se equacionar:


 a2 = b2 + c2

Exemplo:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

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Exemplo:
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo a seguir:

Exemplo:
Determine x no triângulo a seguir:

•• Triângulos Retângulos PITAGÓRICOS


Existem alguns tipos especiais de triângulos retângulos cujos lados são proporcionais a:

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Matemática – Teorema de Pitágoras – Prof. Dudan

Questões

1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu
terreno (em ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado,
sem sobra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em
metros?
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.

2. Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa


ao vértice B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6.
b) 1,3.
c) 3,7.
d) 5,2.
e) 6,3.

www.acasadoconcurseiro.com.br 343
3. Em um prédio do Tribunal de Justiça, há um desnível de altura entre a calçada
frontal e a sua porta de entrada. Deseja-se substituir a escada de acesso
existente por uma rampa. Se a escada possui 40 degraus iguais, cada um com
altura de 12,5 cm e comprimento de 30 cm, o comprimento da rampa será de:
a) 5 m.
b) 8 m.
c) 10 m.
d) 12 m.
e) 13 m.

4. Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial,
percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:

Qual é a medida mínima do comprimento do cabo de aço?


a) 8 m.
b) 9 m.
c) 10 m.
d) 11 m.
e) 12 m.

Gabarito: 1. C 2. A 3. E 4. E

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Matemática

TRIÂNGULO

Triângulo é uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não
passam pelo mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.
Para fazer o cálculo do perímetro de um triângulo, basta fazer a soma da medida de todos os
lados. A soma dos ângulos internos é sempre 180°.
Observando o triângulo, podemos identificar alguns de seus elementos:

•• A, B e C são os vértices.
•• Os lados dos triângulos são simbolizados pelo encontro dos vértices (pontos de encontros):
, , segmentos de retas.
•• Os ângulos têm duas formas de representá-los: no caso do triângulo ele tem 3 lados,
consequentemente, 3 ângulos.

Tipos de Triângulo
O triângulo pode ser classificado segundo:

A medida do seu lado.


Triângulo Equilátero: é todo triângulo que apresenta os três lados com a mesma medida. Nesse
caso, dizemos que os três lados são congruentes.

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Triângulo Isósceles: é todo triângulo que apresenta dois lados com a mesma medida, ou seja,
dois lados de tamanhos iguais.

Triângulo Escaleno: é todo triângulo que apresenta os três lados com medidas diferentes, ou
seja, três lados de tamanhos diferentes.

A medida de seus ângulos


Triângulo acutângulo: é todo triângulo que apresenta os três ângulos internos menores que
90º, ou seja, os três ângulos internos são agudos.

Triângulo obtusângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno maior que 90º, ou
seja, que possui um ângulo obtuso.

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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan

Triângulo retângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno reto, ou seja, que
possui um ângulo medindo 90º.

TRIÂNGULO RETÂNGULO

Triângulos Retângulos PITAGÓRICOS


Existem alguns tipos especiais de triângulos retângulos cujos lados são proporcionais a:

Exemplo:
Determine x no triângulo abaixo:

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Exemplo:
Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa ao vértice
B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6
b) 1,3
c) 3,7
d) 5,2
e) 5,9

Exemplo:
Na figura abaixo, ABD e BCD são triângulos retângulos isósceles. Se AD = 4, qual é o comprimento
de DC?

a) 4 2
b) 6
c) 7
d) 8
e) 8 2

Exemplo:
Calcule o valor de x.

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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan

Calculo da área do Triângulo


A área de um triângulo é a metade do produto da medida da sua altura pela medida da sua
base. Assim, a área do triângulo pode ser calculada pela fórmula:
onde h é a altura do triângulo, b a medida da base.

Questões

1. Determine a área do triângulo a seguir considerando que a sua base mede


23 metros e a altura 12 metros.

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Exemplo:
A área do triângulo sombreado da figura abaixo é:

a) 13,5
b) 9 10
c) 10,5
d) 21
e) 10,5 10

Exemplo:
Calcule a área do triangulo retângulo abaixo.

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Matemática

TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Definição
Trigonometria é uma ferramenta matemática bastante utilizada no cálculo de distâncias
envolvendo triângulos retângulos. Na antiguidade, matemáticos utilizavam o conhecimento
adquirido em trigonometria para realizar cálculos ligados à astronomia, determinando a
distância, quase que precisa, entre a Terra e os demais astros do sistema solar. Há muito tempo,
medições eram realizadas de formas indiretas, usando as estrelas e os corpos celestes para
orientação, principalmente na navegação.
Com o estudo das relações métricas no triângulo retângulo, essas medidas se tornaram mais
eficientes, mais precisas, tornando viáveis cálculos outrora impossíveis.

Composição do Triângulo Retângulo


Catetos: correspondem aos lados que compõem o ângulo reto, formada por dois catetos:
adjacente e oposto.
Hipotenusa: lado oposto ao ângulo reto considerado o maior lado do triângulo retângulo.

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Relações Trigonométricas

•• Seno de x é a razão entre o comprimento do cateto oposto ao ângulo x e o comprimento


da hipotenusa do triângulo.
•• Cosseno de x é a razão entre o comprimento do cateto adjacente ao ângulo x e o
comprimento da hipotenusa do triângulo.
•• Tangente de x é a razão entre os comprimentos do cateto oposto e do cateto adjacente ao
ângulo x .

Principais Ângulos

0o 30o 45o 60o 90o


Seno
Cos
Tan

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Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan

Casos especiais de Triângulos Retângulos

Caso : “Coisa” , “2Coisa” e “Coisa √3”

Caso : Triangulo Retângulo Isósceles

Exemplo: Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 8 cm, e um dos ângulos internos possui
30°. Qual é o valor dos catetos oposto (x) e adjacente (y) desse triângulo?

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Exemplo: Determine os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos agudos do triângulo
abaixo.

Exemplo: Sabendo que sen α =1/2 , determine o valor de x no triângulo retângulo abaixo:

Exemplo: Considerando o triângulo retângulo ABC da figura, determine as medidas a e b


indicadas.

Exemplo: Sabe-se que, em um triângulo retângulo isósceles, cada lado congruente mede 30
cm. Determine a medida da hipotenusa desse triângulo.

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Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan

Exemplo: Nos triângulos das figuras abaixo, calcule tg Â, tg Ê, tg Ô:

Exemplo: Encontre os valores de x e y nos triângulos retângulos abaixo.

               

Exemplo: No triângulo retângulo da figura abaixo, determine as medidas de x e y indicadas


(Use: sen 65° = 0,91; cos 65° = 0,42 ; tg 65° = 2,14)

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Exemplo: Um alpinista deseja calcular a altura de uma encosta que vai escalar. Para isso, afasta-
se, horizontalmente, 80 m do pé da encosta e visualiza o topo sob um ângulo de 60° com o
plano horizontal. A altura da encosta, em metros, é:
a) 160
b) 40√3
c) 80√3
d) 40√2
e) 80 3
3

Exemplo: Uma escada de 2 m de comprimento está apoiada no chão e em uma parede vertical.
Se a escada faz 30° com a horizontal, a distância do topo da escada ao chão é de:
a) 0,5 m
b) 1m
c) 1,5 m
d) 1,7 m
e) 2m

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Matemática

QUADRILÁTEROS

Um quadrilátero é um polígono de quatro lados. Em geral, um quadrilátero será uma figura


geométrica limitada por quatro lados, todos diferentes e que formam entre si quatro ângulos
internos também diferentes.
Em qualquer caso, a soma dos valores dos ângulos internos de um quadrilátero é sempre 360°.
Algumas propriedades dos quadriláteros:

1. A soma dos seus ângulos internos é 360°.

2. A soma dos seus ângulos externos é 360°.

3. Todos os quadriláteros apresentam dois diagonais.

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Exemplo: Determine a medida dos ângulos indicados:

Classificação dos Quadriláteros

Os quadriláteros classificam-se em paralelogramos e trapézios.

Paralelogramos
São quadriláteros de lados opostos paralelos.

Exemplos:
Retângulo – Paralelogramo em que todos os ângulos são retos. O retângulo cujos lados são
congruentes chama-se quadrado.
Quadrado – Retângulo cujos lados tem medidas iguais.
Losango, paralelogramo.

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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan

Exemplo: Observe os paralelogramos e, considerando as propriedades estudadas, determine:


a) MN e NP b) xey

Exemplo: Encontre os valores de x e de y:


a) ABCD é um losango b) ABCD é um retângulo

Trapézios
Quadrilátero que tem dois e só dois lados opostos paralelos.
Exemplos:
Trapézio Escaleno: tem todos os lados de medidas distintas.
Trapézio Retângulo – Trapézio que tem dois ângulos retos.
Trapézio Isósceles – Trapézio que tem os lados não paralelos com a mesma medida.

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Exemplo:
A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.

Principais Quadriláteros

1. Trapézio

Características:
Apresenta dois lados paralelos apenas.
Exemplos: Calcule o valor de x e de y nos trapézios abaixo:

2. Paralelogramo

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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan

Características:
Lados paralelos congruentes, ângulos opostos congruentes.

3. Losango

Características:
Lados paralelos congruentes, todos os lados de mesma medida, ângulos opostos congruentes,
diagonais cortam-se nos seus pontos médios e são proporcionais entre si.

3. Retângulo

Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e diagonais de mesma
medida e que se cortam nos seus pontos médios.

4. Quadrado

Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e de mesma medida,
com diagonais de mesma medida, perpendiculares entre si e que se cortam nos seus pontos
médios.

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Questões

1. A área da sala representada na figura é:

a) 15 m2
b) 17 m2
2
c) 19 m
2
d) 20 m

2. Na figura, ABCD é um quadrado e DCE é um triângulo equilátero. A medida do ângulo


AED, em graus, é:

a) 30
b) 49
c) 60
d) 75
e) 90

Gabarito: 1. D 2. D

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Matemática

COMPRIMENTO OU PERÍMETRO

Um exemplo claro do uso do conhecimento matemático nessas simples situações é quando


precisamos saber o tamanho de certas coisas. Logo, sabemos que essas medidas que
procuramos correspondem também ao uso das unidades de medida correspondentes. Um
terreno por exemplo, além da área que possui, também possui medidas laterais independente
da natureza que é formado esse terreno – quadrado, retângulo, trapézio, etc.
Se tratarmos de um terreno retangular com dimensões laterais de 12 m e 25 m, sabemos
2
que sua área é 300 m . Isso significa que, se quisermos calçar o terreno devemos comprar o
material necessário para 300 m², mas, por outro lado, se falarmos em cercar esse mesmo local,
falaremos em perímetro.
O perímetro de um determinado lugar é a soma das medidas de seus lados. Considerando
as dimensões do terreno citado acima temos: 12 m e 25m. Somando a medida de seus lados
temos que o perímetro do terreno é igual a 74 m (12 m + 25 m + 12 m + 25 m).
Se necessitarmos obter o perímetro de uma figura geométrica qualquer, por exemplo, devemos
observar primeiro a natureza da figura, ou seja, quantos lados possui: pentágono 5 lados,
eneágono 9 lados, triângulo 3 lados, e depois realizar a soma das medidas de todos os lados
para achar o perímetro.
Sendo assim, o perímetro é a medida do contorno de um objeto bidimensional, ou seja, a soma
de todos os lados de uma figura geométrica.
Imagine a seguinte situação: Um fazendeiro quer descobrir quantos metros de arame serão
gastos para cercar um terreno de pastagem com formato retangular. Como ele deveria proceder
para chegar a uma conclusão? De maneira bem intuitiva, concluímos que ele precisa determinar
as medidas de cada lado do terreno e, então, somá-las, obtendo o quanto seria gasto. A esse
procedimento damos o nome de perímetro.
O perímetro de uma figura é representado por 2p apenas por convenção.
Exemplo: Um fazendeiro pretende cercar um terreno retangular de 120 m de comprimento
por 90 m de largura. Sabe-se que a cerca terá 5 fios de arame. Quantos metros de arame serão
necessários para fazer a cerca? Se o metro de arame custa R$ 15,00, qual será o valor total
gasto pelo fazendeiro?

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Solução: Imagine que a cerca terá somente um fio de arame. O total de arame gasto para
contornar todo o terreno será igual à medida do perímetro da figura. Como a cerca terá 5 fios
de arame, o total gasto será 5 vezes o valor do perímetro.
Cálculo do perímetro:
2p = 120 m + 90 m + 120 m + 90 m = 420 m
Total de arame gasto:
5.420 = 2100 m de arame para fazer a cerca.
Como cada metro de arame custa R$ 15,00, o gasto total com a cerca será de:
2100.15 = R$ 31.500,00.

Principais Figuras

1. Triângulo Retângulo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo.

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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan

2. Triângulo Equilátero

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

3. Quadrado

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

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4. Retângulo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

5. Losango

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan

6. Círculo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

Questões

1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele tem um
alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu terreno (em
ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra. Se
ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em metros,
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.

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2. Para fazer um cercado para ratos, em um laboratório, dispõe-se de 12 metros
de tela de arame. Para um dos lados, será aproveitada a parede do fundo da
sala, de modo a fazer o cercado com um formato retangular, usando os 12
metros de tela para formar os outros três lados do retângulo.
Se a parede a ser usada tem 4 metros, qual será a área do cercado?
2
a) 28 m
b) 24 m2
c) 20 m2
d) 16 m2
e) 12 m2

3. Deseja-se traçar um retângulo com perímetro de 28 cm e com a maior área possível. O


valor dessa área será de:
2
a) 14 cm
b) 21 cm2
c) 49 cm2
d) 56 cm2
e) 70 cm2

4. Analise as afirmações a seguir, relativas ao retângulo representado abaixo, cujo


perímetro mede 158 cm.

I – A área desse retângulo é igual a 13,50 m2.


2
II – A área desse retângulo é menor do que 1 m .
III – O lado menor desse retângulo mede 50 cm.
Quais são verdadeiras?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a I e a III.
e) Apenas a II e a III.

Gabarito: 1. E 2. D 3. C 4. B

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Matemática

ÁREA

Definição
O cálculo de área é uma atividade cotidiana na vida de todos nós. Sempre nos vemos envolvidos
em alguma situação em que há a necessidade de se calcular a área de uma forma geométrica
plana. Seja na aquisição de um terreno, na reforma de um imóvel ou na busca de reduzir custos
com embalagens, o uso do conhecimento de cálculo de áreas se faz presente. É uma atividade
muito simples, mas, às vezes, deixamos algumas questões passarem despercebidas.
Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço
bidimensional, ou seja, de superfície.
2
Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado (m ) e os
seus múltiplos e submúltiplos.
Para não haver erro, lembre-se: “Área é o que eu posso pintar”.

Fórmulas mais importantes

1. Triângulo Qualquer

Exemplo:

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2. Triângulo Retângulo

Exemplo:

3. Triângulo Equilátero

Exemplo:

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Matemática – Área – Prof. Dudan

4. Quadrado

Exemplo:

5. Retângulo

Exemplo:

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6. Losango

Exemplo:

7. Paralelogramo

Exemplo:

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8. Trapézio

Exemplo:

9. Círculo

Exemplo

www.acasadoconcurseiro.com.br 373
Curiosidades
Primeiro, faremos um exemplo conhecendo as medidas do retângulo, depois faremos a
generalização.
Exemplo 1. Considere o retângulo abaixo:

Sua área será de:


A1 = 10 x 3 = 30 cm2
Agora, vamos duplicar as medidas dos lados.

A área desse novo retângulo será de:


A2 = 20 x 6 = 120 cm2
Observe que, ao dobrar as medidas dos lados do retângulo, sua área mais que dobrou, na
verdade, quadruplicou.

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Matemática – Área – Prof. Dudan

Questões
1. Uma praça ocupa uma área retangular com 60 m de comprimento e 36,5 m
de largura. Nessa praça, há 4 canteiros iguais, e cada um ocupa 128,3 m².
Qual é a área, em m², da praça não ocupada pelos canteiros?
a) 1.676,8
b) 1.683,2
c) 1.933,4
d) 2.061,7
e) 2.483,2

2. A área do quadrado sombreado:

a) 36
b) 40
c) 48
d) 50
e) 60

3. No quadrilátero RAMP, o ângulo R é reto, e os lados PR e RA medem,


respectivamente, 6 cm e 16 cm.

Se a área de RAMP é 105 cm2, qual é, em cm2, a área do triângulo PAM?


a) 47
b) 53
c) 57
d) 63
e) 67

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4. No desenho abaixo, uma cruz é formada por cinco quadrados de lado 1
justapostos.

A área do quadrado ABCD é:


a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8

5. Se a área da região destacada na figura corresponde a 30% da área do terreno, então a


medida x vale:

a) 15 m
b) 12 m
c) 10 m
d) 6m
e) 3m

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Matemática – Área – Prof. Dudan

6. Sabendo-se que todos os ângulos dos vértices do terreno ilustrado na figura


acima medem 90o e que o metro quadrado do terreno custa R$ 120,00, é
correto afirmar que o preço desse terreno é

a) superior a R$ 9.900,00 e inferior a R$ 10.100,00.


b) superior a R$ 10.100,00.
c) inferior a R$ 9.500,00.
d) superior a R$ 9.500,00 e inferior a R$ 9.700,00.
e) superior a R$ 9.700,00 e inferior a R$ 9.900,00.

7. Seja o octógono EFGHIJKL inscrito num quadrado de 12 cm de lado, conforme mostra


a figura a seguir. Se cada lado do quadrado está dividido pelos pontos assinalados em
segmentos congruentes entre si, então a área do octógono, em centímetros quadrados,
é:

a) 98
b) 102
c) 108
d) 112
e) 120

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8. A área do polígono da figura é 30. O lado x mede.

15
a)
6
b) 3
c) 4
d) 5
e) 17

Gabarito: 1. A 2. D 3. C 4. B 5. D 6. D 7. D 8. D

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Matemática

CICLO TRIGONOMÉTRICO

Definição

•• O Círculo Trigonométrico ou Ciclo Trigonométrico é um recurso criado para facilitar a


visualização das proporções entre os lados dos triângulos retângulos. Ele consiste em uma
circunferência orientada de raio unitário, centrada na origem dos 2 eixos de um plano
cartesiano ortogonal, ou seja, um plano definido por duas retas perpendiculares entre si,
ambas com o valor 0 (zero) no ponto onde elas se cortam.
Existem dois sentidos de marcação dos arcos no ciclo: o sentido positivo, chamado de anti-
horário, que se dá a partir da origem dos arcos até o lado terminal do ângulo correspondente
ao arco; e o sentido negativo, ou horário, que se dá no sentido contrário ao anterior.

•• O radiano (símbolo: rad ) é a razão entre o comprimento de um arco e o seu raio. Ele é a
unidade padrão de medida angular utilizada em muitas áreas da Matemática.
Relação Principal: πrad = 180°
•• Nos estudos trigonométricos, existem arcos que possuem medidas maiores que 360º, isto
é, eles possuem mais de uma volta. Sabemos que uma volta completa equivale a 360º
ou 2π rad. Com base nessa informação, podemos reduzi-lo à primeira volta, realizando o
seguinte cálculo: dividir a medida do arco em graus por 360° (volta completa), o resto da
divisão será a menor determinação positiva do arco.
•• Dois arcos são côngruos quando possuem a mesma origem e a mesma extremidade.
Dessa forma, a determinação principal do arco em um dos quadrantes fica mais fácil. A
determinação principal de um arco que mede α (graus ou radianos) é dada de acordo com
as definições: 0° ≤ α < 360° ou 0 ≤ α < 2π.

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→ Exemplo Resolvido: Considerando o arco α = 2100°, qual será a sua determinação principal?
2100° : 360° = quociente 5 e resto igual a 300. Portanto, o arco possui determinação principal
no 3º quadrante (300°), com 5 voltas completas. Logo, ele é côngruo do 300°.

17π
→ Exemplo 2: Dado o arco , a sua determinação principal será:
4 rad
17π 16π π π
= + = 4π + , onde:
4 rad 4 4 4

4π = corresponde a duas voltas completas


π
= determinação principal (45° – 1° quadrante)
4

Resumindo: NÃO IMPORTA QUANTAS VOLTAS SÃO DADAS, MAS SIM ONDE ELA PARA.

TRANSFORMAÇÕES: RADIANOS ↔ GRAUS

•• Quando medimos o ângulo de um arco, utilizamos como unidade o grau ou o radiano.


Temos que 1º (um grau) possui 60’ (sessenta minutos) e 1’ (um minuto) possui 60” (sessenta
segundos). Uma circunferência possui 360 arcos de abertura igual a 1°.
Α tabela a seguir mostra algumas relações entre as unidades em graus e radianos:

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Matemática – Ciclo Trigonométrico – Prof. Dudan

7π 5π
1. Localize no ciclo trigonométrico os arcos 45°, π , 210°,330°, e .
3 6 6

2. Calcule a determinação principal e localize os arcos côngruos de 810°, 1620°, 2000° e 27π .
4

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3. Dentre os desenhos abaixo, aquele que representa o ângulo que tem medida mais próxima de
1 radiano é:

4. Se um ângulo mede 40°, então sua medida em radianos vale:


π
a)
3
π
b)
4

c)
9

d)
7

e)
6

Gabarito: 4. C

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Matemática

VOLUME

DEFINIÇÃO

As medidas de volume possuem grande importância nas situações envolvendo capacidades


de sólidos. Podemos definir volume como o espaço ocupado por um corpo ou a capacidade
que ele tem de comportar alguma substância. Da mesma forma que trabalhamos com o metro
linear (comprimento) e com o metro quadrado (comprimento x largura), associamos o metro
cúbico a três dimensões: altura x comprimento x largura.
O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por esse corpo. Volume tem unidades
de tamanho cúbicos (por exemplo, cm³, m³, dm³, etc.).
Observe a tabela e os métodos de transformação de unidades de volume:

Exemplos:
Transformar 12 km3 em m3 = 12 x 1000 x 1000 x 1000 = 12 000 000 000 m3
Transformar 2 m3 em cm3 = 2 x 1000 x 1000 = 2 000 000 cm3
Transformar 1000 cm3 em m3 = 1000: 1000 : 1000 = 0,001 m3
Transformar 5000 dm3 em m3 = 5000 : 1000 = 5 m3
Ainda devemos lembrar que:
1m3 ----- 1000 litros
1 m3 ----- 1 litro
1 m3 ----- 1 ml

www.acasadoconcurseiro.com.br 383
Podemos encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à
“capacidade” desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos. É possível preenchê-lo
com algum material, como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do
volume desses objetos.
Para a grande maioria dos sólidos abordados em questões de concursos públicos, o cálculo do
volume será feito usando uma fórmula clássica.
Calcularemos a área de sua base para, em seguida, multiplicá-la pela sua altura.
A área da base dependerá de qual figura da geometria plana serve de base ao prisma.
Sendo assim:
V = (área da base) . altura
Essa “ideia” serve para os seguintes sólidos:

1. Cubo

Volume = Ab .H = a² .a = a³
Exemplo: Calcule o volume, em litros, de um cubo de aresta 3 m.

384 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Volume – Prof. Dudan

2. Paralelepípedo

Volume = AB. H = ab.c = abc


Exemplo: Calcule o volume de um paralelepípedo de medidas 2, 3 e 4 m.

3. Prisma qualquer
Um prisma é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são
paralelas e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam.

www.acasadoconcurseiro.com.br 385
Usaremos a mesma ideia:
Vol = Ab. H, mas o cálculo da área da base será feita separadamente, dependendo da base.
Exemplo: Calcule o volume do prisma abaixo:

4. Cilindro
Usaremos a mesma ideia.

Vol = AB . H = πR² .H
Lembrando que, no caso do cilindro reto, a geratriz serve como altura.
Exemplo:
Calcule o volume do cilindro cuja base tem diâmetro 12 m e a altura vale 4 m.

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Matemática – Volume – Prof. Dudan

Casos Especiais
Há casos em que teremos que usar a mesma ideia de volume porem deveremos dividir o
resultado por “3”.
Esses casos ocorrem nas pirâmides e cones.

5. Cone

πR². H
Assim Vol = V =
3
Exemplo: Calcule o volume, em ml, de um cone com geratriz 5 cm e raio da base 3 cm.

6. Pirâmides

Usaremos a mesma estratégia do cone, mas com atenção especial ao cálculo da área da base,
pois, assim como nos prismas, dependerá da figura plana que serve de base desse sólido.
Assim:
Vol =

www.acasadoconcurseiro.com.br 387
Exemplo: Uma pirâmide quadrangular tem aresta da base medindo 5 cm e altura 4. Qual é o
volume desse sólido?

7. Esfera
Caso mais particular ainda, seu volume será calculado por uma fórmula específica:

Exemplo: Calcule o volume de uma esfera de diâmetro 10 m.

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Matemática – Volume – Prof. Dudan

Questões:
1. O volume de um cilindro circular reto é 160 π m³. Se o raio da base desse
sólido mede 4 m, a altura mede:
a) 80 dm.
b) 90 dm.
c) 100 dm.
d) 110 dm.
e) 120 dm.

2. Uma caixa d’água tem a forma de um cilindro reto. A base é um círculo de 2 m de


diâmetro e a altura é de 1,5 m. Dentre as opções abaixo, indique aquela que mais se
aproxima da capacidade de armazenamento de caixa, em litros.
a) 1000.
b) 2000.
c) 3500.
d) 4700.
e) 5500.

3. Um tanque com a forma de um paralelepípedo retangular tem as seguintes medidas


internas: base medindo 3 m x 2 m e altura de 4 m. O tanque inicialmente está vazio.
Após serem despejados 15.000 litros de água nesse tanque, a altura que a água
atingirá, em m, será de:
a) 1.
b) 2.
c) 2,5.
d) 3.
e) 3,5.

4. Uma piscina retangular de 10,0 m x 15,0 m e fundo horizontal está com água até a
altura de 1,5 m. Um produto químico em pó deve ser misturado à água à razão de um
pacote para cada 4500 litros. O número de pacotes a serem usados é:
a) 45.
b) 50.
c) 55.
d) 60.
e) 75.

Gabarito: 1. C 2. D 3. C 4. B

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Matemática

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Definição

A Trigonometria (trigono: triângulo e metria: medidas) é o ramo da Matemática que estuda a


proporção, fixa, entre os comprimentos dos lados de um triângulo retângulo, para os diversos
valores de um dos seus ângulos agudos.
Entre esses ângulos, os de 30°, 45° e 60° são denominados ângulos notáveis. As proporções
entre os 3 lados dos triângulos retângulos são denominadas de seno, cosseno, tangente e
cotangente, dependendo dos lados considerados na proporção.

Principais Relações Trigonométricas

→ Os estudos iniciais sobre a Trigonometria são associados ao grego Hiparco, que relacionou
os lados e os ângulos de um triângulo retângulo e possivelmente construiu a primeira tabela
de valores trigonométricos, por isso muitos o consideram o pai da trigonometria. Os estudos
trigonométricos no triângulo são embasados em três relações fundamentais: seno, cosseno e
tangente.
•• O seno é uma função Trigonométrica. Dado um triângulo retângulo com um de seus
ângulos internos igual a θ, define-se sen θ como sendo a razão entre o cateto oposto a θ e a
hipotenusa desse triângulo. Dessa mesma forma, o cosseno, definido como cos θ, é a razão
entre o cateto adjacente a θ e a hipotenusa. Para completar, temos a tangente, tg θ, que é
a razão entre os catetos oposto e adjacente.
•• Assim:

cateto oposto
sen θ =
hipotenusa
cateto adjacente
cos θ =
hipotenusa
cateto oposto
tg θ =
cateto adjacente

DICA: SOH CAH TOA

www.acasadoconcurseiro.com.br 391
Visualização no ciclo

Vale lembrar que − 1 ≤ senx ≤ +1 , − 1 ≤ cosx ≤ +1 e − ∞ ≤ tgx ≤ + ∞.


NÃO ESQUECER : sen² x + cos² x = 1 , para todo x∊R.
Além disso, é importante sabermos os valores dos ângulos notáveis.

IMPORTANTE: Use Sempre Sua Cabeça!!!!!


Exemplos:
2m−1
1. Sendo sen x = e π < x < 2π, o menor valor inteiro de m é:
6
a) −3
b) −2
c) −1
d) 0
e) 1

2. Um avião decola, percorrendo uma trajetória retilínea, formando com o solo, um ângulo de 30°
(suponha que a região sobrevoada pelo avião seja plana). Depois de percorrer 1.000 metros, a
altura atingida pelo avião é.
a) 250 m
b) 250 3

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Matemática – Relações Trigonométricas – Prof. Dudan

c) 500 m
d) 500 2
e) 500 3

3. Um foguete é lançado sob um ângulo de 45°. Num certo instante, a altura dele é de 500 m.
Logo a distância percorrida por ele, em linha reta, é de:
a) 1000 m
b) 600 m
c) 500 m
d) 500 2 m
e) 1000 2 m

4. Um avião levanta voo sob um ângulo constante de 20°. Após percorrer 2.000 metros em linha
reta, a altura atingida pelo avião, é de aproximadamente.
(Utilize: sen 20° = 0,342; cos 20° = 0,94 e tg 20° = 0,364)
a) 684 m
b) 728 m
c) 1280 m
d) 1880 m
e) 2000m

5. As ruas Jerônimo Coelho e Duque de Caxias, ambas retilíneas, cruzam-se conforme um ângulo
de 30°. A sede da Casa do Concurseiro encontra-se na avenida Jerônimo Coelho, a 900 m do
citado cruzamento. Portanto, em metros, a distância da sede da Casa do Concurseiro a Duque
de Caxias é de.
a) 300 m
b) 450 m.
c) 450 3 m
d) 600 m
e) 900 m

6. Quando o ângulo de elevação do sol é de 65°, a sombra de um edifício mede 18 m. A altura do


edifício é de:
(sen 65° = 0,9063, cos 65° = 0,4226 e tg 65° = 2,1445)
a) 7,60 m
b) 16,31 m
c) 24,45 m
d) 38,60 m
e) 45,96 m

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− 3 ⎡π ⎤
7. Sendo cos x = ex∊ ⎢ ,π ⎥ ; o valor de tg x é:
2 ⎣2 ⎦
a) 3
− 3
b)
3
c) − 3

d) 3 3

e) 1

42
8. Sendo x um número real, o menor e o maior valor possíveis da expressão são,
respectivamente, ( )
5− 2.sen 10x

a) 6 e 14

42
b) − 21 e
5
14 42
c) − e
5 25
d) − 42 e 42

e) − 14 e − 6

Outras Relações Trigonométricas

COTANGENTE, SECANTE E COSSECANTE


→ As razões trigonométricas vistas anteriormente possuem inversas que são nomeadas
cossecante, secante e cotangente. Assim:
1 hipotenusa
•• sec x = =
cosx cateto adjacente
1 hipotenusa
•• cossec x = =
senx cateto oposto
1 cateto adjacente
•• cotg x = =
tg x cateto oposto

Vale lembrar que secante, cossecante e cotangente herdam os sinais de cosseno, seno e
tangente respectivamente.

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Matemática – Relações Trigonométricas – Prof. Dudan

→ Ainda devemos lembrar que:


sec² x = 1 + tg² x cosec²x = 1 + cotg²x

1 π
9. Sabendo-se que cotg x = e 0 < x < , pode-se afirmar que o valor de sen x é:
2 2
1
a)
10
2
b)
5
5
c)
5
2 5
d)
5
5
e)
2

10. A expressão (1 + cotg2x).(1 − cos2x) é igual a:


a) 0
b) 1
c) cos x
d) sen x
e) cotg x

Gabarito: 1. B 2. C 3. D 4. A 5. B 6. D 7. B 8. A 9. D 10. B

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Matemática e Raciocínio Lógico

Professor Edgar Abreu

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Raciocínio Lógico

PROPOSIÇÃO

PROPOSIÇÃO SIMPLES

Um argumento é uma sequência de proposições na qual uma delas é a conclusão e as demais


são premissas. As premissas justificam a conclusão.
Proposição: Toda frase que você consiga atribuir um valor lógico é proposição, ou seja, frases
que podem ser verdadeiras ou falsas.

Exemplos:

1) Ed é feliz.

2) João estuda.

3) Zambeli é desdentado

Não são proposições frases onde você


não consegue julgar, se é verdadeira
ou falsa, por exemplo:

1) Vai estudar?

2) Mas que legal!

Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.

Frases interrogativas, no imperativo, exclamativas e com sujeito indeterminado, não


são proposições.

www.acasadoconcurseiro.com.br 399
Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.

QUESTÃO COMENTADA
(Cespe – Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Proposição Composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.

400 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu

Já proposições compostas terão mais do que 2 possibilidades distintas de combinações dos


seus valores lógicos, conforme demonstrado no exemplo abaixo:
Consideramos as duas proposições abaixo, “chove” e “faz frio”
Chove e faz frio.

Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.

E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.

A sentença composta terá outras possibilidades,

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PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:

Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2

QUESTÃO COMENTADA
(CESPE – Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.

402 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu

Slides – Proposição

Prova:  UESPI  -­‐  2014  -­‐  PC-­‐PI  -­‐  Escrivão  de  Polícia  Civil  
 
Assinale,   dentre   as   alterna>vas   a   seguir,   aquela   que   NÃO  
caracteriza  uma  proposição.  
 
 a)  107  -­‐  1  é  divisível  por  5  
 b)  Sócrates  é  estudioso.  
 c)  3  -­‐  1  >  1  
 d)  
 e)  Este  é  um  número  primo.  

 Prova:  CESPE  -­‐  2014  -­‐  MEC  -­‐  Todos  os  Cargos  
 
Considerando  a  proposição  P:  “Nos  processos  sele?vos,  se  o  candidato  for  
pós-­‐graduado   ou   souber   falar   inglês,   mas   apresentar   deficiências   em  
língua   portuguesa,   essas   deficiências   não   serão   toleradas”,   julgue   os   itens  
seguintes  acerca  da  lógica  sentencial.  
 
 
A  tabela  verdade  associada  à  proposição  P  possui  mais  de  20  linhas  
 
(      )  Certo    (      )Errado  

www.acasadoconcurseiro.com.br 403
Prova:  CESPE  -­‐  2013  -­‐  SEGER-­‐ES  -­‐  Analista  Execu<vo    
 
Um  provérbio  chinês  diz  que:  
 
P1:  Se  o  seu  problema  não  tem  solução,  então  não  é  preciso  se  preocupar  com  ele,  
pois  nada  que  você  fizer  o  resolverá.  
P2:  Se  o  seu  problema  tem  solução,  então  não  é  preciso  se  preocupar  com  ele,  pois  
ele  logo  se  resolverá.  
 
O   número   de   linhas   da   tabela   verdade   correspondente   à   proposição   P2   do   texto  
apresentado  é  igual  a  
 a)  24.  
 b)  4.  
 c)  8.  
 d)  12.  
 e)  16.  

Prova:  CESPE  -­‐  2011  -­‐  MEC  -­‐  Todos  os  Cargos  
 
Considerando   as   proposições   simples   P,   Q   e   R,   julgue   os  
próximos   itens,   acerca   de   tabelas-­‐verdade   e   lógica  
proposicional.  
 
A  tabela-­‐verdade  da  proposição  (¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)  tem  8  
linhas.  
(      )  Certo    (      )  Errado  
 
 
 

404 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO SIMPLES

1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?

Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira

PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.

2. Maria Rita não é louca.


Negação: “Maria Rita é louca.”
Para negar uma negação excluímos o não

Simbologia: Assim como na matemática representamos valores desconhecidos por x, y, z... Na


lógica também simbolizamos frases por letras. Exemplo:

Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.

www.acasadoconcurseiro.com.br 405
Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A

p= Thiago Machado gosta de matemática.


~p = Thiago Machado não gosta de matemática.
Caso eu queira negar que Thiago Machado não gosta de matemática a frase voltaria para a
proposição “p”, Thiago Machado gosta de matemática”.
~p = Thiago Machado não gosta de matemática.
~(~p) = Não é verdade que Thiago Machado não gosta de matemática.
ou
~(~p) = Thiago Machado gosta de matemática.

EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".

406 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

CONECTIVOS LÓGICOS

Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).

CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.

Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.

www.acasadoconcurseiro.com.br 407
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.

H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.

H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.

H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.

p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V

Conclusão

408 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu

Slides – Conectivo E (Conjunção)

1. Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário

Julgue o item que se segue, relacionado à lógica proposicional.

A sentença “O reitor declarou estar contente com as políticas relacionadas


à educação superior adotadas pelo governo de seu país e com os rumos
atuais do movimento estudantil” é uma proposição lógica simples.
( ) Certo ( ) Errado

2. Prova: FCC - 2009 - TJ-SE Técnico Judiciário

Considere as seguintes premissas:

p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.

A afirmação "Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata" é FALSA se


a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) p e q são verdadeiras.
d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.

Gabarito: 1. Errado 2. D

www.acasadoconcurseiro.com.br 409
Raciocínio Lógico

DISJUNÇÃO – “OU”

Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.

H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...

H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.

www.acasadoconcurseiro.com.br 411
Tabela Verdade:

p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

412 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA – “OU...OU”

Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de " v "
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.

www.acasadoconcurseiro.com.br 413
Tabela Verdade:

p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

414 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”

Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.

Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1, proposição 2.

Exemplo: “Se estudo, então sou aprovado”.

Proposição 1: estudo (Condição Suficiente).

Proposição 2: sou aprovado (Condição Necessária).

Conetivo: se... então.

Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “→”

Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p → q

Agora vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.

H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.

H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.

H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 415
p q P→Q
H1 V V V

H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F

A tabela verdade do condicional é a mais cobrada em provas de concurso público.


A primeira proposição, que compõe uma condicional, chamamos de condição suficiente da
sentença e a segunda é a condição necessária.
No exemplo anterior temos:
• Estudo é condição necessária para ser aprovado.
• Ser aprovado é condição suficiente para estudar.

416 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

BICONDICIONAL – “... SE SOMENTE SE ...”

Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

www.acasadoconcurseiro.com.br 417
p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V

O bicondicional só será verdadeiro quando ambas as proposições


possuírem o mesmo valor lógico, ou quando as duas forem verdadeiras
ou as duas proposições forem falsas.

Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:

Neste caso, transformamos um bicondicional em duas condicionais conectadas por uma


conjunção. Estas sentenças são equivalentes, ou seja, possuem o mesmo valor lógico.

PARA GABARITAR

SENTENÇA LÓGICA VERDADEIROS SE... FALSO SE...


p∧q p e q são, ambos, verdade um dos dois for falso

p∨q um dos dois for verdade ambos, são falsos

p→q nos demais casos que não for falso p=Veq=F

p↔q p e q tiverem valores lógicos iguais p e q tiverem valores


lógicos diferentes

418 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu

Slides – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional)

1. Prova: FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal -RJ - Analista

P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z

Os valores lógicos que devem substituir x, y e z são, respectivamente:

a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F

2. Prova: CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico

Com base nessa situação, julgue os itens seguintes.

A especificação E pode ser simbolicamente representada por A↔[B∨C], em que A, B e


C sejam proposições adequadas e os símbolos ↔ e ∨ representem, respectivamente,
a bicondicional e a disjunção.

( ) Certo ( ) Errado

www.acasadoconcurseiro.com.br 419
3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

Com a finalidade de reduzir as despesas mensais com energia elétrica na sua


repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas de circulação, sensores de presença e
de claridade natural que atendem à seguinte especificação:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes.

A especificação P pode ser corretamente representada por p ↔ (q Λ r ), em que p, q e


r correspondem a proposições adequadas e os símbolos ↔ e Λ representam,
respectivamente, a bicondicional e a conjunção

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. D 2. Certo 3. Certo

420 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

TAUTOLOGIA

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:

H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.

H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.

p ~p p v ~p
H1 V F V
H2 F V V

Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pvq
q = Guilherme é gordo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 421
Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:

p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V

Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.

422 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu

Slides – Tautologia

1. Prova: Uespi - 2014 - PC-PI - Escrivão de Polícia Civil

Um enunciado é uma tautologia quando não puder ser falso, um


exemplo é:

a) Está fazendo sol e não está fazendo sol.


b) Está fazendo sol.
c) Se está fazendo sol, então não está fazendo sol.
d) não está fazendo sol.
e) Está fazendo sol ou não está fazendo sol.

2. Prova: Cespe - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário

Julgue os próximos itens, considerando os conectivos lógicos usuais


¬, ∧, ∨, →, ↔ e que P, Q e R representam proposições lógicas simples.

A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. C

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Raciocínio Lógico

CONTRADIÇÃO

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.

p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F

Logo temos uma CONTRADIÇÃO!

PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência

www.acasadoconcurseiro.com.br 425
Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA

Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.

NEGAÇÃO DE UMA DISJUNÇÃO.

Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:

p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.

www.acasadoconcurseiro.com.br 427
Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.

NEGAÇÃO DE UMA CONJUNÇÃO.

Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.

428 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) – Prof. Edgar Abreu

PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)

1. Prova: CESPE – 2008 - TRT 5ª Região(BA) - Téc. Judiciário


Na linguagem falada ou escrita, o elemento primitivo é a sentença, ou proposição simples, formada basicamente
por um sujeito e um predicado. Nessas considerações, estão incluídas apenas as proposições afirmativas ou
negativas, excluindo, portanto, as proposições interrogativas, exclamativas etc. Só são consideradas proposições
aquelas sentenças bem definidas, isto é, aquelas sobre as quais pode decidir serem verdadeiras (V) ou falsas (F).
Toda proposição tem um valor lógico, ou uma valoração, V ou F, excluindo-se qualquer outro. As proposições serão
designadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de determinadas proposições, denominadas proposições
simples, são formadas novas proposições, empregando-se os conectivos “e”, indicado por v, “ou”, indicado por w,
“se ... então”, indicado por ÷, “se ... e somente se”, indicado por ø. A relação AøB significa que (A÷B) v (B÷A).
Emprega-se também o modificador “não”, indicado por ¬. Se A e B são duas proposições, constroem-se as
“tabelas-verdade”, como as mostradas abaixo, das proposições compostas formadas utilizando-se dos conectivos e
modificadores citados — a coluna correspondente a determinada proposição composta é a tabelaverdade daquela
proposição.
A B R
V V F
V F F
F V F
F F V

www.acasadoconcurseiro.com.br 429
Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.

A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.

Certo Errado

2. Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo

A negação da frase “Ele não é artista, nem jogador de futebol” é


equivalente a:

a) ele é artista ou jogador de futebol.


b) ele é artista ou não é jogador de futebol.
c) não é certo que ele seja artista e jogador de futebol.
d) ele é artista e jogador de futebol.
e) ele não é artista ou não é jogador de futebol.

Gabarito: 1. E 2. A

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA CONDICIONAL

Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:

1. Se bebo então sou feliz.


p = bebo.
�p→q
q = sou feliz.
Conectivo = →

Negação de uma condicional.


~ (p → q) = p ∧ ~ q
Resposta: Bebo e não sou feliz.

2. Se não estudo então não sou aprovado.


p = estudo.
~p = não estudo.
� ~p→~q
q = sou aprovado.
~q = não sou aprovado
Conectivo = →

Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 431
3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA BICONDICIONAL

Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,

~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.

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Raciocínio Lógico

EQUIVALÊNCIA DE UMA CONDICIONAL

Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:

p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →

Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q

Solução: Não estudo sozinho ou sou autodidata.

Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.

p Q ~p p→q ~pvq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

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Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”

p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.

Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.

~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.

Exemplo 3: Agora procuramos uma sentença equivalente a “Canto ou não estudo.”

c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.

Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.

p→q=~p∨q , podemos mudar a ordem da igualdade.

~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,

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Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu

Troco “ou” por “se...então” e mantenho o valor lógico de q, ficando


Se não canto então não estudo.
Exemplo 4: Estudo ou não sou aprovado. Qual a sentença equivalente?

e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.

Dica: quando for “ou” a equivalência sempre será “se...então”.


Assim, temos que transformar “ou” em “se...então”. Mas como?
p → q = ~ p ∨ q (equivalentes), vamos inverter.

~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.

e∨~a=~e→~a

Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!

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Raciocínio Lógico

CONTRAPOSITIVA

Utilizamos como exemplo a sentença abaixo:


Se estudo lógica então sou aprovado
p = estudo lógica.
�p→q
q = sou aprovado.

Vamos primeiro negar esta sentença:

�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.

�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q� p↔ q→ p
� � �
Logo encontramos uma outra equivalência para a nossa sentença inicial.
Esta outra equivalência chamamos de contrapositiva e é muito fácil de encontrar, basta
comutar as proposições (trocar a ordem) e negar ambas.
p→q=� q→� p
Exemplo 2: Encontrar a contrapositiva (equivalente) da proposição “Se estudo muito então
minha cabeça dói”
p = estudo muito.
� p → q
q = minha cabeça dói.

www.acasadoconcurseiro.com.br 439
Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.

PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q

EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �

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Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu

Slides – Equivalência Contrapositiva

'

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Raciocínio Lógico

EQUIVALÊNCIA BICONDICIONAL E CONDICIONAL

Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:

p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V

Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:

Neste caso, transformamos um bicondicional em duas condicionais conectadas por uma


conjunção. Estas sentenças são equivalentes, ou seja, possuem o mesmo valor lógico.

p q p→q p←q (p → q) Ʌ (p ← q) p↔q


V V V V V V
F F V V V V
F V V F F F
V F F V F F

www.acasadoconcurseiro.com.br 443
Raciocínio Lógico

QUANTIFICADORES LÓGICOS

Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma


outra proposição final, que será conseqüência das primeiras. Estudaremos aqui apenas os
argumentos que podemos resolver por diagrama, contendo as expressões: Todo, algum,
nenhum ou outras similares.
Um argumento válido tem obrigatoriamente a conclusão como consequência das premissas.
Assim, quando um argumento é válido, a conjunção das premissas verdadeiras implica
logicamente a conclusão.
Exemplo: Considere o silogismo abaixo:

1. Todo aluno da Casa do Concurseiro é aprovado.

2. Algum aprovado é funcionário da defensoria.


Conclusão:
Existem alunos da casa que são funcionários da defensoria.
Para concluir se um silogismo é verdadeiro ou não, devemos construir conjuntos com as
premissas dadas. Para isso devemos considerar todos os casos possíveis, limitando a escrever
apenas o que a proposição afirma.

Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.

www.acasadoconcurseiro.com.br 445
Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.

ALGUM

Vamos representar graficamente as premissas que contenham a expressão “algum”.


São considerados sinônimos de algum as expressões: existe(m), há pelo menos um ou qualquer
outra similar.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.

446 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu

NENHUM

Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.

TODO

Vamos representar graficamente as premissas que contenham a expressão “todo”.


Pode ser utilizado como sinônimo de todo a expressão “qualquer um” ou outra similar.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.

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Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio

Afirma-se que: “Toda pessoa gorda come muito”.

É correto concluir que:

a) se uma pessoa come muito, então é gorda.


b) se uma pessoa não é gorda, então não come muito.
c) se uma pessoa não come muito, então não é gorda.
d) existe uma pessoa gorda que não come muito.
e) não existe pessoa que coma muito e não seja gorda.

Gabarito: 1. C

448 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE TODO, ALGUM E NENHUM

As Proposições da forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um


elemento em comum com o conjunto B.
As Proposições da forma Todo A é B estabelecem que o conjunto A é um subconjunto de B.
Note que não podemos concluir que A = B, pois não sabemos se todo B é A.
Como negamos estas Proposições:
Exemplos:

1. Toda mulher é friorenta.


Negação: Alguma mulher não é friorenta

2. Algum aluno da casa será aprovado.


Negação: Nenhum aluno da casa vai ser aprovado.

3. Nenhum gremista é campeão.


Negação: Pelo menos um gremista é campeão.

4. Todos os estudantes não trabalham


Negação: Algum estudante trabalha.

PARA GABARITAR

Cuide os sinônimos como por exemplo, existem, algum e etc.

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1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação

Assinale a alternativa que apresenta a negação de “Todos


os pães são recheados”.

a) Existem pães que não são recheados.


b) Nenhum pão é recheado.
c) Apenas um pão é recheado.
d) Pelo menos um pão é recheado.
e) Nenhuma das alternativas.

2. Prova: FJG-RIO – 2014 – Câmara Municipal do Rio de Janeiro –


Analista Legislativo

Seja a seguinte proposição: “existem pessoas que não acordam cedo e


comem demais no almoço”.

A negação dessa proposição está corretamente indicada na seguinte


alternativa:

a) Todas as pessoas acordam cedo ou não comem demais no almoço.


b) Não existem pessoas que comem demais no almoço.
c) Não existem pessoas que acordam cedo.
d) Todas as pessoas que não acordam cedo comem demais no almoço.

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Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu

3. Prova: CESPE – 2014 – Câmara dos Deputados –


Técnico Legislativo

Considerando que P seja a proposição “Se o bem é público, então


não é de ninguém”, julgue os itens subsequentes.

A negação da proposição P está corretamente expressa por “O


bem é público e é de todos”.

( ) Certo ( ) Errado

4. Prova: FGV - 2013 – TJ/AM - Analista Judiciário - Serviço Social

José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.

Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que


José afirmou:

a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.

Gabarito: 1. A 2. A 3. Errado 4. C

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Raciocínio Lógico

SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.

QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.

I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q

II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.

~ P →~ R

III – Os superávits serão fantasiosos.

Passo 2: Considere as premissas como verdade.

www.acasadoconcurseiro.com.br 453
PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.

Passo 3: Substitui a premissa 3 em 2 e analise.


•• Como na premissa 3 vimos que R é V logo ~ R = F.
•• Como P é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V.

Vamos testar:

P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F

Como a premissa 2 é verdade e caso a proposição P tenha valor V teremos uma


premissa falsa, logo chegamos a conclusão que P = F.
Passo 3: Substitui a premissa 2 em 1 e analise.
•• Como na premissa 2 vimos que P é F logo ~ P = V.
•• Como Q é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V.
•• Analisando o condicional temos:
~P → ~Q
V V V
V F F
Logo ~ Q = V, assim Q = F
Passo 4: Traduzir as conclusões para o português.
Premissa 1: P = F
•• as metas de inflação não são reais.
Premissa 2: Q = F
•• crise econômica não demorará a ser superada.

Conclusão: Alternativa A

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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Slides

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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

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Raciocínio Lógico

ARGUMENTO COM QUANTIFICADORES VÁLIDO – SILOGISMO

QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.

Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.

II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.

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Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.

Vamos considerar agora a possibilidade de todos os funcionários terem noções de Matemática,


ficamos agora com duas possibilidades distintas.

Analisamos agora as alternativas:


Alternativa A: Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções
de Matemática

Solução:

Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.

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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Alternativa B: Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.

Alternativa C: Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então


ele é escriturário.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.

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Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.

Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.

Solução:

O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.

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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Prova: IESES - 2014 - IGP-SC - Auxiliar Pericial – Criminalístico

Considere que as seguintes frases são verdadeiras e assinale a alternativa


correta:

- Algum policial é alto;


- Todo policial é educado.

a) Todo policial educado é alto.


b) Algum policial alto não é educado.
c) Algum policial não educado é alto.
d) Algum policial educado é alto.

Prova: FDRH - 2008 - IGP-RS - Papiloscopista Policial

Considere os argumentos abaixo:

I – Todos os gatos são pretos.


Alguns animais pretos mordem.
Logo, alguns gatos mordem.

II – Se 11 é um número primo, então, 8 não é um número par.


Ora 8 é um número par, portanto, 11 não é um número primo.

III – Todos os X são Y.


Todos os Z são Y.
Alguns X estão quebrados.
Logo, alguns Y estão quebrados.

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Quais são válidos?

a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.

Gabarito: 1. D 2. D

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Matemática Financeira

PORCENTAGEM – TAXA UNITÁRIA

DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos
a taxa unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma
fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
COMO FAZER AGORA É A SUA VEZ:

10
10% = = 0,10
100 15%
20 20%
20% = = 0,20
100 4,5%
5
5% = = 0,05 254%
100
0%
38
38% = = 0,38 22,3%
100
1,5 60%
1,5% = = 0,015
100 6%
230
230% = = 2,3
100

FATOR DE CAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para determinarmos o novo preço deste produto, após o acréscimo.

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120
Fator de Capitalização = = 1,2
100

O Fator de capitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de capitalização 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se que
1 = 100/100 = 100%

COMO CALCULAR:
o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20% devo multiplicar por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00.

COMO FAZER:

130
Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% = = 1,3
100
115
Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% = = 1,15
100
103
Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% = = 1,03
100
300
Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% = =3
100

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Matemática Financeira – Porcentagem – Prof. Edgar Abreu

1. AGORA É A SUA VEZ:

Acréscimo Cálculo Fator


15%
20%
4,5%
254%
0%
22,3%
60%
6%

FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que
conseguimos utilizar para aferir o novo preço deste produto, após o acréscimo.

80
Fator de Descapitalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de descapitalização 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Desconto de 45% = 100% – 45% = 65% = 55/ 100 = 0,55
o Desconto de 20% = 100% – 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8

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ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20% devemos multiplicar o valor deste
produto por 0,80.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar
1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00.
COMO FAZER:

70
Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% = = 0,7
100
85
Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% = = 0,85
100
97
Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% = = 0,97
100
50
Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% = = 0,5
100

2. AGORA É A SUA VEZ:

Desconto Cálculo Fator


15%
20%
4,5%
254%
0%
22,3%
60%
6%

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Matemática Financeira

ACRÉSCIMO E DESCONTO SUCESSIVO

Temas muito comuns abordados nos concursos são os acréscimos e os descontos sucessivos.
Isto acontece pela facilidade que os candidatos têm em se confundir ao resolver uma questão
deste tipo.
O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo
que na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.
Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não tivermos estes conceitos bem
definidos:
Exemplo:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2º semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos:
Após receber um acréscimo de 30%
10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00
Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2º semestre de 2009.
13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60
Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma
alta de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente.

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COMO RESOLVER A QUESTÃO ANTERIOR DE UMA FORMA MAIS DIRETA:
Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2
1,3 x 1,2 = 1,56
Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver
módulo 1.2)
Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%.

COMO FAZER
Exemplo 1.5.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor,
em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos
afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Aumento de 20% = 1,2
Aumento de 40% = 1,4
Desconto de 50% = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
(Alternativa E)
Exemplo O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do
concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando
em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso
de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20% do seu peso.
Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:

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Matemática Financeira – Acréscimos e Descontos – Prof. Edgar Abreu

a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 0,8
Aumento de 25% = 1,25
Aumento de 25% = 1,25
Perda de 20% = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E).

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Matemática Financeira

TAXA PROPORCIONAL
Calculada em regime de capitalização SIMPLES: Resolve-se apenas multiplicando ou dividindo
a taxa de juros:
Exemplo 2.1: Qual a taxa de juros anual proporcional a taxa de 2% ao mês?
Resposta: Se temos uma taxa ao mês e procuramos uma taxa ao ano, basta multiplicarmos essa
taxa por 12, já que um ano possui 12 meses.
Logo a taxa proporcional é de 2% x 12 = 24% ao ano.
Exemplo 2.2: Qual a taxa de juros bimestral proporcional a 15% ao semestre?
Resposta: Neste caso temos uma taxa ao semestre e queremos transformá-la em taxa bimestral.
Note que agora essa taxa vai diminuir e não aumentar, o que faz com que tenhamos que dividir
essa taxa ao invés de multiplicá-la, dividir por 3, já que um semestre possui 3 bimestres.
15%
Assim a taxa procurada é de = 5% ao bimestre.
3

COMO FAZER

TAXA TAXA PROPORCIONAL


25% a.m (ao mês) 300% a.a (ao ano)
15% a.tri (ao trimestre) 5% a.m
60% a. sem (ao semestre) 40% ao. Quad. (quadrimestre)
25% a.bim (ao bimestre) 150% (ao ano)

AGORA É A SUA VEZ

QUESTÕES TAXA TAXA PROPORCIONAL


2.1.1 50% a.bim. ___________a.ano
2.1.2 6% a.mês _________a.quad.
2.1.3 12% a.ano _________ a.Trim.
2.1.4 20% a. quadri. __________a.Trim.

Gabarito: 2.1.1. 300% 2.1.2. 24% 2.1.3 3% 2.1.4 15%

www.acasadoconcurseiro.com.br 473
Matemática Financeira

TAXA EQUIVALENTE

Calculada em regime de capitalização COMPOSTA. Para efetuar o cálculo de taxas equivalentes


é necessário utilizar uma fórmula.
Para facilitar o nosso estudo iremos utilizar a ideia de capitalização de taxas de juros de uma
forma simplificada e mais direta.
Exemplo: Qual a taxa de juros ao bimestre equivalente a taxa de 10% ao mês?
1º passo: Transformar a taxa de juros em unitária e somar 1 (100%). Assim:
1 + 0,10 = 1,10
2º passo: elevar esta taxa ao período de capitalização. Neste caso 2, pois um bimestre possui
dois meses.
(1,10)2 = 1,21
3º passo: Identificar a taxa correspondente.
1,21 = 21%

Exemplo: Qual a taxa de juros ao semestre equivalente a taxa de 20% ao bimestre?


1º passo: Transformar a taxa de juros em unitária e somar 1 (100%). Assim:
1 + 0,20 = 1,20
2º passo: elevar esta taxa ao período de capitalização. Neste caso 3, pois um semestre possui
três bimestres.
(1,20)3 = 1,728
3º passo: Identificar a taxa correspondente.
1,728 = 72,8%

COMO FAZER

10% a.m equivale a:


Ao Bimestre (1,1)2 = 1,21 = 21%
3
Ao Trimestre (1,1) = 1,331 = 33,10%

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20% a.bim equivale a:
Ao Quadrimestre (1,2)2 = 1,44 = 44%
3
Ao Semestre (1,2) = 1,728 = 72,8%

AGORA É A SUA VEZ

QUESTÃO 1 QUESTÃO 2
21% a.sem. equivale a: 30% a.mês. equivale a:
Ao Ano Ao Bimestre
Ao Trimestre Ao Trimestre

Gabarito: 1. 46,41% ao ano e 10% ao trimestre 2. 69% ao bimestre e 119,7% ao trimestre.

476 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira

CAPITALIZAÇÃO SIMPLES X CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

A definição de capitalização é uma operação de adição dos juros ao capital. Bom, vamos
adicionar estes juros ao capital de duas maneiras, uma maneira simples e outra composta e
depois comparamos.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
Exemplo: José realizou um empréstimo de antecipação de seu 13º salário no Banco do Brasil no
valor de R$ 100,00 reais, a uma taxa de juros de 10% ao mês. Qual o valor pago por José se ele
quitou o empréstimo após 5 meses, quando recebeu seu 13º?
Valor dos juros que este empréstimo de José gerou em cada mês.
Em juros simples, os juros são cobrados sobre o valor do empréstimo (capital)

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 110,00 + R$ 10,00 = R$ 120,00
3º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 120,00 + R$ 10,00 = R$ 130,00
4º 10% de R$ 100,10 = R$ 10,00 R$ 130,00 + R$ 10,00 = R$ 140,00
5º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 140,00 + R$ 10,00 = R$ 150,00

Em juros composto, os juros são cobrados sobre o saldo devedor (capital + juros do período
anterior)

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 110,00 = R$ 11,00 R$ 110,00 + R$ 11,00 = R$ 121,00
3º 10% de R$ 121,00 = R$ 12,10 R$ 121,00 + R$ 12,10 = R$ 133,10
4º 10% de R$ 133,10 = R$ 13,31 R$ 133,10 + R$ 13,31 = R$ 146,41
5º 10% de R$ 146,41 = R$ 14,64 R$ 146,41 + R$ 14,64 = R$ 161,05

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Assim notamos que o Sr. josé terá que pagar após 5 meses R$ 150,00 se o banco cobrar juros
simples ou R$ 161,05 se o banco cobrar juros compostos.

GRÁFICO DO EXEMPLO

Note que o crescimento dos juros compostos é mais rápido que os juros simples.

JUROS SIMPLES

FÓRMULAS:

CÁLCULO DOS JUROS CÁLCULO DO MONTANTE

J=Cxixt M = C x (1 + i x t)
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros;
t = Prazo.
A maioria das questões relacionadas a juros simples podem ser resolvidas sem a necessidade
de utilizar fórmula matemática.

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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu

APLICANDO A FÓRMULA
Vamos ver um exemplo bem simples aplicando a fórmula para encontrarmos a solução.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3 meses
e taxa de 2% ao mês. Qual o valor dos juros?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 2% ao mês
OBS: Cuide para ver se a taxa e o mês estão em menção período. Neste exemplo não tem
problema para resolver, já que tanto a taxa quanto o prazo foram expressos em meses.
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,02 (taxa unitária) x 3
J = 6.000,00
Resposta: Os juros cobrado será de R$ 6.000,00

RESOLVENDO SEM A UTILIZAÇÃO DE FÓRMULAS:


Vamos resolver o mesmo exemplo 3.2.1, mas agora sem utilizar fórmula, apenas o conceito de
taxa de juros proporcional.
Resolução:
Sabemos que 6% ao trimestre é proporcional a 2% ao mês.
Logo os juros pagos será de 6% de 100.000,00 = 6.000,00

PROBLEMAS COM A RELAÇÃO PRAZO X TAXA


Agora veremos um exemplo onde a taxa e o prazo não são dados em uma mesma unidade,
necessitando assim transformar um deles para dar continuidade a resolução da questão.
Sempre que houver uma divergência de unidade entre taxa e prazo é melhor alterar o prazo
do que mudar a taxa de juros. Para uma questão de juros simples, esta escolha é indiferente,
porém caso o candidato se acostume a alterar a taxa de juros, irá encontrar dificuldades para
responder as questões de juros compostos, pois estas as alterações de taxa de juros não são
simples, proporcional, e sim equivalentes.
Exemplo 3.2.2 Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3
meses e taxa de 12% ao ano. Qual o valor dos juros?

www.acasadoconcurseiro.com.br 479
Dados:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 12% ao ano
Vamos adaptar o prazo em relação a taxa. Como a taxa está expressa ao ano, vamos transformar
o prazo em ano. Assim teremos:
C = 100.000,00
t = 3 meses =

i = 12% ao ano
Agora sim podemos aplicar a fórmula
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,12 x

J = 3.000,00

ENCONTRANDO A TAXA DE JUROS


Vamos ver como encontrar a taxa de juros de uma maneira mais prática. Primeiramente vamos
resolver pelo método tradicional, depois faremos direto.
Exemplo 3.2.3 Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, sabendo que
o valor do montante acumulado em após 1 semestre foi de 118.000,00. Qual a taxa de juros
mensal cobrada pelo banco.
Como o exemplo pede a taxa de juros ao mês, é necessário transformar o prazo em mês. Neste
caso 1 semestre corresponde a 6 meses, assim:
Dados:
C = 100.000,00
t = 6 meses
M = 118.000,00
J = 18.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
Aplicando a fórmula teremos:
18.000 = 100.000 x 6 x i
18.000 18.000
i= = = 0,3
100.000x6 600.000

i = 3% ao mês

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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu

Agora vamos resolver esta questão sem a utilização de fórmula, de uma maneira bem simples.
Para saber o valor dos juros acumulados no período, basta dividirmos o montante pelo capital:
Juros acumulado = 18.000 = 1,18
100.000
Agora subtraimos o valor do capital da taxa de juros (1 = 100%) e encontramos:
1,18 – 1 = 0,18 = 18%
18% são os juros do período de um semestre, para encontrar o juros mensal, basta calcular a
taxa proporcional e assim encontrar 3 % ao mês.

ESTÃO FALTANDO DADOS?


Alguns exercícios parecem não informar dados suficientes para resolução do problema. Coisas
do tipo: O capital dobrou, triplicou, o dobro do tempo a metade do tempo, o triplo da taxa
e etc. Vamos ver como resolver este tipo de problema, mas em geral é bem simples, basta
atribuirmos um valor para o dado que está faltando.
Exemplo: Um cliente aplicou uma certa quantia em um fundo de investimento em ações. Após
8 meses resgatou todo o valor investido e percebeu que a sua aplicação inicial dobrou. Qual a
rentabilidade média ao mês que este fundo rendeu?
Para quem vai resolver com fórmula, a sugestão é dar um valor para o capital e assim teremos
um montante que será o dobro deste valor. Para facilitar o cálculo vamos utilizar um capital
igual a R$ 100,00, mas poderia utilizar qualquer outro valor.
Dados:
C = 100,00
t = 8 meses
M = 200,00 (o dobro)
J = 100,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
Substituindo na fórmula teremos:
100 = 100 x 8 x i
i = 100 = 100 = 0,125
100x8 800

i = 12,5% ao mês

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COMO RESOLVER
Exemplo: A que taxa de juros simples, em porcento ao ano, deve-se emprestar R$ 2 mil, para
que no fim de cinco anos este duplique de valor?
Dados:
C = 2.000,00
t = 5 anos
M = 4.000,00 (o dobro)
J = 2.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
i = ?? a.a

Substituindo na fórmula teremos


2.000 = 2.000 x 5 i
2.000 2000
i= = = 0,2
2.000x5 10.000

i = 20% ao ano
Exemplo: Considere o empréstimo de R$ 5 mil, no regime de juros simples, taxa de 2% ao mês
e prazo de 1 ano e meio. Qual o total de juros pagos nesta operação?
Dados:
C = 5.000,00
i = 2 % ao mês
t = 1,5 anos = 18 meses
J = ???
Substituindo na fórmula teremos
J = 5.000 x 18 x 0,02
J = 1.800,00

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Matemática Financeira

JUROS COMPOSTOS

FÓRMULAS:

CÁLCULO DOS JUROS CÁLCULO DO MONTANTE

J=M–C M = C x (1 + i)t
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros.
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros
t = Prazo

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE JUROS COMPOSTOS

Como notamos na fórmula de juros compostos, a grande diferença para juros simples é que o
prazo (variável t ) é uma potência da taxa de juros e não um fator multiplicativo.
Assim poderemos encontrar algumas dificuldades para resolvermos questões de juros
compostos em provas de concurso público, onde não é permitido o uso de equipamentos
eletrônicos que poderiam facilitar estes cálculos.
Por este motivo, juros compostos podem ser cobrados de 3 maneiras nas provas de concurso
público.
1. Questões que necessitam da utilização de tabela.
2. Questões que são resolvidas com substituição de dados fornecidas na própria questão.
3. Questões que possibilitam a resolução sem a necessidade de substituição de valores.
Vamos ver um exemplo de cada uma dos modelos.

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JUROS COMPOSTOS COM A UTILIZAÇÃO DE TABELA

Este método de cobrança de questões de matemática financeira já foi muito utilizado em


concurso público, porém hoje são raras as provas que fornecem tabela para cálculo de juros
compostos. Vamos ver um exemplo.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros compostos, no valor de R$ 100 mil, prazo de 8
meses e taxa de 10% ao mês. Qual o valor do montante?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 8 meses
i = 10% ao mês
t
M = C x (1 + i)
M = 100.000 x (1 + 0,10)8
8
M = 100.000 x (1,10)
O problema está em calcular 1,10 elevado a 8. Sem a utilização de calculadora fica complicado.
A solução é olhar em uma tabela fornecida na prova em anexo, algo semelhante a tabela abaixo.
Vamos localizar o fator de capitalização para uma taxa de 10% e um prazo igual a 8.

(1+i)t TAXA
5% 10% 15% 20%
1 1,050 1,100 1,150 1,200
2 1,103 1,210 1,323 1,440
3 1,158 1,331 1,521 1,728
4 1,216 1,464 1,749 2,074
PRAZO

5 1,276 1,611 2,011 2,488


6 1,340 1,772 2,313 2,986
7 1,407 1,949 2,660 3,583
8 1,477 2,144 3,059 4,300
9 1,551 2,358 3,518 5,160
10 1,629 2,594 4,046 6,192

Consultando a tabela encontramos que (1,10)8 = 2,144


Substituindo na nossa fórmula temos:
M = 100.00 x (1,10)8
M = 100.00 x 2,144
M= 214.400,00
O valor do montante neste caso será de R$ 214.400,00

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Matemática Financeira – Juros Compostos – Prof. Edgar Abreu

JUROS COMPOSTOS COM A SUBSTITUIÇÃO DE VALORES


Mais simples que substituir tabela, algumas questões disponibilizam o resultado da potência
no próprio texto da questão, conforme a seguir.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros compostos, no valor de R$ 100 mil, prazo de 8
8
meses e taxa de 10% ao mês. Qual o valor do montante? Considere (1,10) = 2,144
Assim fica até mais fácil, pois basta substituir na fórmula e encontrar o resultado, conforme o
exemplo anterior.

JUROS COMPOSTOS SEM SUBSTITUIÇÃO


A maioria das provas de matemática financeira para concurso público, buscam avaliar a
habilidade do candidato em entender matemática financeira e não se ele sabe fazer contas de
multiplicação.
Assim as questões de matemática financeira poderão ser resolvidas sem a necessidade de
efetuar contas muito complexas, conforme abaixo.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros compostos, no valor de R$ 100 mil, prazo de 2
meses e taxa de 10% ao mês. Qual o valor do montante?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 2 meses
i = 10% ao mês

M = C x (1 + i)t
M = 100.000 x (1 + 0,10)2
M = 100.000 x (1,10)2
M = 100.00 x 1,21
M= 121.000,00
Resposta: O valor do montante será de R$ 121.000,00

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COMO RESOLVER
Exemplo: Qual o montante obtido de uma aplicação de R$ 2.000,00 feita por 2 anos a uma taxa
de juros compostos de 20% ao ano?
Dados do problema:
C = 2.000,00
t = 2 anos
i = 10% ao ano
M = ???
t
M = C x (1 + i)
M = 2.000 x (1 + 0,20)2
M = 2.000 x (1,20)2
M = 2.000 x 1,44
M= 2.880,00

Exemplo: Quais os juros obtidos de uma aplicação de R$ 5.000,00 feita por 1 ano a uma taxa de
juros compostos de 10% ao semestre?
Dados:
C = 5.000,00
t = 1 ano ou 2 semestres
i = 10% ao ano

M = C x (1 + i)t
M = 5.000 x (1 + 0,10)2
M = 5.000 x (1,10)2
M = 5.000 x 1,21
M= 6.050,00
Como a questão quer saber quais os juros, temos:
J=M–C
J = 6.050 – 5.000
J = 1.050,00
Assim os juros serão de R$ 1.050,00

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Matemática Financeira – Juros Compostos – Prof. Edgar Abreu

Exemplo: Uma aplicação de R$ 10.000,00 em um Fundo de ações, foi resgatada após 2 meses
em R$ 11.025,00 (desconsiderando despesas com encargos e tributos), qual foi a taxa de juros
mensal que este fundo remunerou o investidor?
Dados:
C = 10.000,00
t = 2 meses
M = 11.025,00
i = ??? ao mês

M = C × (1+ i)t
11.025 = 10.000 × (1+ i)2
11.025
(1+ i)2 =
10.000

11.025
(1+i)2 =
10.000
105
(1+i) =
100
i = 1,05−1 = 0,05
i = 5% ao mês

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Legislação Específica

Professor Mateus Silveira

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Direito e Legislação

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ

PREÂMBULO inviolabilidade dos direitos e garantias fun-


damentais por ela estabelecidos;
Nós, representantes do povo paranaense, reu- II – a defesa dos direitos humanos;
nidos em Assembleia Constituinte para instituir
o ordenamento básico do Estado, em consonân- III – a defesa da igualdade e o consequente
cia com os fundamentos, objetivos e princípios combate a qualquer forma de discrimina-
expressos na Constituição da República Fede- ção;
rativa do Brasil, promulgamos, sob a proteção IV – a garantia da aplicação da justiça, de-
de Deus, a seguinte Constituição do Estado do vendo prover diretamente o custeio da gra-
Paraná. tuidade processual aos reconhecidamente
pobres, nos termos da lei;
V – a busca permanente do desenvolvimen-
TÍTULO I
to e da justiça social;
Da Organização do Estado VI – a prestação eficiente dos serviços públi-
e dos Municípios cos, garantida a modicidade das tarifas;
VII – o respeito incondicional à moralidade
e à probidade administrativas;
CAPÍTULO I VIII – a colaboração e a cooperação com os
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO demais entes que integram a Federação;
IX – a defesa do meio ambiente e da quali-
Seção I dade de vida.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º A soberania popular será exercida pelo
Art. 1º O Estado do Paraná, integrado de for- sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
ma indissolúvel à República Federativa do Bra- nos termos desta Constituição e da lei, e me-
sil, proclama e assegura o Estado democrático, diante:
a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os
valores sociais, do trabalho e da livre iniciativa, I – plebiscito;
o pluralismo político e tem por princípios e ob- II – referendo;
jetivos:
III – iniciativa popular.
I – o respeito à unidade da Federação, a
esta Constituição, à Constituição Federal e à Art. 3º É mantida a integridade territorial do
Estado, que só poderá ser alterada mediante

www.acasadoconcurseiro.com.br 491
aprovação de sua população, por meio de ple- Art. 10. Os bens imóveis do Estado não podem
biscito, e por lei complementar federal. ser objeto de doação ou de utilização gratuita,
salvo, e mediante lei, se o beneficiário for pes-
Art. 4º A organização político-administrativa do soa jurídica de direito público interno, órgão ou
Estado compreende os Municípios, regidos por fundação de sua administração indireta ou en-
leis orgânicas próprias, observados os princípios tidade de assistência social sem fins lucrativos,
da Constituição Federal e desta. declarada de utilidade pública, ou para fins de
Art. 5º A cidade de Curitiba é a Capital do Esta- assentamentos de caráter social.
do e nela os Poderes têm sua sede. Parágrafo único. A alienação, a título one-
Parágrafo único. A Capital somente poderá roso, de bens imóveis do Estado depende-
ser mudada mediante lei complementar e rá de autorização prévia da Assembleia Le-
após consulta plebiscitária. gislativa e será precedida de concorrência
pública, a qual será dispensada quando o
Art. 6º O Estado adota como símbolos, além dos adquirente for uma das pessoas jurídicas de
nacionais, a Bandeira, o Hino, o Brasão de Ar- direito público interno, referidas neste arti-
mas e o Sinete. go, ou para fins de assentamentos de cará-
Art. 7º São Poderes do Estado, independentes e ter social.
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e Seção II
o Judiciário.
DA COMPETÊNCIA DO ESTADO
Parágrafo único. Salvo as exceções previs-
tas nesta Constituição, é vedado a qualquer Art. 11. O Estado exerce em seu território toda
dos poderes delegar atribuições, sendo que a competência que não lhe seja vedada pela
quem for investido na função de um deles Constituição Federal.
não poderá exercer a de outro. Art. 12. É competência do Estado, em comum
Art. 8º Incluem-se entre os bens do Estado: com a União e os Municípios:

I – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, I – zelar pela guarda da Constituição, das
que estiverem em seu domínio, excluídas leis e das instituições democráticas e con-
aquelas sob o domínio da União, dos Muni- servar o patrimônio público;
cípios ou de terceiros; II – cuidar da saúde e assistência pública, da
II – as ilhas fluviais e lacustres e as terras de- proteção e garantia das pessoas portadoras
volutas situadas em seu território, não per- de deficiência;
tencentes à União; III – proteger os documentos, as obras e ou-
III – as águas superficiais ou subterrâneas, tros bens de valor histórico, artístico e cul-
fluentes, emergentes e em depósitos, res- tural, os monumentos, as paisagens natu-
salvadas, neste caso, na forma da lei, as de- rais notáveis e os sítios arqueológicos;
correntes de obras da União; IV – impedir a evasão, a destruição e a des-
IV – os rendimentos decorrentes das ativi- caracterização de obras de arte e de outros
dades e serviços de sua competência e da bens de valor histórico, artístico ou cultural;
exploração dos bens imóveis de se domínio. V – proporcionar os meios de acesso à cul-
Art. 9º Cabe ao Estado explorar, diretamente ou tura, à educação e à ciência;
mediante concessão, a ser outorgada após lici- VI – proteger o meio ambiente e combater
tação pública, os serviços locais de gás canaliza- a poluição em qualquer de suas formas;
do na forma da Lei.

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Direito e Legislação – Constituição Estadual - PR – Prof. Mateus Silveira

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; X – criação, competência, composição e


funcionamento dos juizados especiais de
VIII – fomentar a produção agropecuária e que trata o art. 109 desta Constituição, ob-
organizar o abastecimento alimentar; servado o disposto no art. 98, I, da Consti-
IX – promover programas de construção de tuição Federal;
moradias e a melhoria das condições habi- XI – procedimentos em matéria processual;
tacionais e de saneamento básico;
XII – previdência social, proteção e defesa
X – combater as causas da pobreza e os fa- da saúde;
tores de marginalização, promovendo a in-
tegração social dos setores desfavorecidos; XIII – assistência jurídica e defensoria públi-
ca;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as
concessões de direitos de pesquisa e explo- XIV – proteção e integração social das pes-
ração de recursos hídricos e minerais em soas portadoras de deficiência;
seu território;
XV – proteção à infância e à juventude;
XII – estabelecer e implantar política de
educação para a segurança do trânsito. XVI – organização, garantias, direitos e de-
veres da Polícia Civil.
Parágrafo único. A cooperação entre o Es-
tado, a União e os Municípios será definida § 1º O Estado, no exercício de sua compe-
em lei complementar e visará ao equilíbrio tência suplementar, observará as normas
do desenvolvimento e do bem-estar no âm- gerais estabelecidas pela União.
bito estadual e municipal. § 2º Inexistindo lei federal sobre as normas
Art. 13. Compete ao Estado, concorrentemente gerais, o Estado poderá exercer competên-
com a União, legislar sobre: cia legislativa plena para atender às suas
peculiaridades.
I – direito tributário, financeiro, penitenciá-
rio, econômico e urbanístico; § 3º A superveniência de lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia da lei es-
II – orçamento; tadual, no que lhe for contrário.
III – juntas comerciais; Art. 14. O Estado do Paraná poderá celebrar
convênios com entidades de direito público ou
IV – custas dos serviços forenses; privado, para a realização de obras ou serviços.
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conserva-
ção da natureza, defesa do solo e dos recur- CAPÍTULO II
sos naturais, proteção ao meio ambiente e DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
controle da poluição;
VII – proteção do patrimônio histórico, cul- Seção I
tural, artístico, turístico e paisagístico; DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
VIII – responsabilidade por dano ao meio Art. 15. Os municípios gozam de autonomia,
ambiente, ao consumidor e a bens e direi- nos termos previstos pela Constituição Federal
tos de valor artístico, estético, histórico, tu- e por esta Constituição.
rístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino e desportos;

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Art. 16. O município reger-se-á por lei orgâni- g) de cento e vinte mil e um a um milhão de
ca, votada em dois turnos, com interstício míni- habitantes, vinte e um Vereadores;
mo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promul- h) de um milhão e um a um milhão e qui-
gará, atendidos os princípios estabelecidos na nhentos mil habitantes, trinta e cinco Vere-
Constituição Federal, nesta Constituição e os se- adores;
guintes preceitos: i) de um milhão e quinhentos mil e um a
I – eleição do Prefeito e Vice-Prefeito, entre dois milhões de habitantes, trinta e sete Ve-
eleitores inscritos maiores de vinte e um readores;
anos, e dos Vereadores, entre maiores de j) de dois milhões e um a dois milhões e qui-
dezoito anos, para mandato de quatro anos, nhentos mil habitantes, trinta e nove Vere-
mediante pleito direto e simultâneo, em adores;
todo País;
l) de dois milhões e quinhentos mil e um a
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, cinco milhões de habitantes, quarenta e um
noventa dias antes do término do mandato Vereadores;
daqueles a que devem suceder, aplicadas as
regras do art. 77 da Constituição Federal no m) mínimo de quarenta e dois e máximo de
caso de Municípios com mais de duzentos cinquenta e cinco nos municípios de mais
mil eleitores; de cinco milhões de habitantes.

III – os Prefeitos ou quem os houver suce- VI – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito


dido ou substituído no curso dos mandatos e dos Secretários Municipais fixados por lei
poderão ser reeleitos para um único perío- de iniciativa da Câmara Municipal, observa-
do subsequente; do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, §4º,
150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição
IV – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no Federal; (CF – art. 29, V).
dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição; VII – subsídios dos Vereadores fixado por lei
de iniciativa da Câmara Municipal, na razão
V – número de Vereadores proporcional à de 75% (setenta e cinco por cento), daquele
população do Município, obedecidos os se- estabelecido, em espécie, para os Deputa-
guintes limites: (Aplicação da CF – art. 29, dos Estaduais, observado o que dispõem os
IV, alíneas "a" até "x") arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153,
a) até quinze mil habitantes, nove Vereado- §2º, I, da Constituição Federal; (CF – art. 29,
res; VI).

b) de quinze mil e um a trinta mil habitan- VIII – o total da despesa com a remunera-
tes, onze Vereadores; ção dos Vereadores não poderá ultrapassar
o montante de 5%, cinco por cento, da re-
c) de trinta mil e um a cinquenta mil habi- ceita do município;
tantes, treze Vereadores;
IX – inviolabilidade dos Vereadores por suas
d) de cinquenta mil e um a setenta mil habi- opiniões, palavras e votos no exercício do
tantes, quinze Vereadores; mandato e na circunscrição do Município;
e) de setenta mil e um a noventa mil habi- X – proibições e incompatibilidades, no
tantes, dezessete Vereadores; exercício da vereança, similares, no que
couber, ao disposto na Constituição Federal,
f) de noventa mil e um a cento e vinte mil para os membros do Congresso Nacional, e
habitantes, dezenove Vereadores;

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nesta Constituição, para os membros da As- mento e controle do uso, do parcelamento


sembleia Legislativa; e da ocupação do solo urbano;
XI – julgamento do Prefeito perante o Tribu- IX – promover a proteção do patrimônio
nal de Justiça; histórico-cultural local, observada a legisla-
ção e a ação fiscalizadora federal e estadual;
XII – organização das funções legislativas e
fiscalizadoras da Câmara Municipal; X – garantir a defesa do meio ambiente e da
qualidade de vida;
XIII – cooperação das associações represen-
tativas no planejamento municipal; XI – instituir guardas municipais incumbidas
da proteção de seus bens, serviços e instala-
XIV – iniciativa popular de projetos de lei de ções, na forma da lei.
interesse específico do Município, da cida-
de ou de bairros, através de, pelo menos, Art. 18. A fiscalização do Município será exerci-
cinco por cento do eleitorado; da pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle
XV – perda do mandato do Prefeito, nos ter- interno do Poder Executivo Municipal, na forma
mos do art. 28, § 1º da Constituição Federal. da lei.
Art. 17. Compete aos Municípios: § 1º O controle externo da Câmara Muni-
I – legislar sobre assuntos de interesse local; cipal será exercido com o auxílio do Tribu-
nal de Contas do Estado, competindo-lhe,
II – suplementar a legislação federal e a es- no que couber, o disposto no art. 75 desta
tadual no que couber; Constituição.
III – instituir e arrecadar os tributos de sua § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
competência, bem como aplicar suas ren- competente, sobre as contas que o Prefeito
das, sem prejuízo da obrigatoriedade de deve anualmente prestar, só deixará de pre-
prestar contas e publicar balancetes nos valecer por decisão de dois terços da Câma-
prazos fixados em lei; ra Municipal.
IV – criar, organizar e suprimir distritos, ob- § 3º As contas dos Municípios ficarão, a
servada a lei estadual; cada ano, durante sessenta dias, nas Câma-
V – organizar e prestar, diretamente ou sob ras Municipais, à disposição de qualquer
o regime de concessão ou permissão, os contribuinte, para exame e apreciação, o
serviços públicos de interesse local, incluí- qual poderá questionar-lhes a legitimidade,
do o de transporte coletivo, que tem caráter nos termos da lei.
essencial; § 4º É vedada a criação de tribunais, conse-
VI – manter, com a cooperação técnica e lhos ou órgãos de contas municipais.
financeira da União e do Estado, programas § 5º As Câmaras Municipais elegerão o ór-
de educação pré-escolar, de educação espe- gão oficial do Município para a publicação
cial e de ensino fundamental; das leis.
VII – prestar, com a cooperação técnica e
financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planeja-

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Seção II esta não poderá ser renovada na mesma
DA CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, sessão legislativa.
FUSÃO E DESMEMBRAMENTO Seção III
DE MUNICÍPIOS DA INTERVENÇÃO DO ESTADO
Art. 19. Lei complementar estadual disporá so- NOS MUNICÍPIOS
bre a criação, a incorporação, a fusão e o des-
Art. 20. O Estado não intervirá nos Municípios,
membramento de Municípios.
exceto quando:
§ 1º Os seguintes requisitos serão observa-
I – deixar de ser paga, sem motivo de força
dos na criação de Municípios:
maior, por dois anos consecutivos, a dívida
I – efetivação por lei estadual; fundada;

II – a criação, incorporação, fusão e des- II – não forem prestadas as contas devidas,


membramento de município far-se-ão por na forma da lei;
Lei Estadual, dentro do período determina-
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigi-
do por lei complementar federal e depende-
do da receita municipal na manutenção e
rão de consulta prévia, mediante plebiscito,
desenvolvimento do ensino;
às populações dos municípios envolvidos,
após a divulgação dos estudos de viabilida- IV – o Tribunal de Justiça der provimento a
de municipal, apresentados e publicados na representação para assegurar a observância
forma da lei; de princípios indicados na Constituição do
Estado, ou para prover a execução de lei, de
III – preservação da continuidade e da uni-
ordem ou de decisão judicial.
dade histórico-cultural do ambiente urba-
no; § 1º A intervenção será decretada pelo Go-
vernador, de ofício, ou mediante solicitação
IV – não-constituição de área encravada no
da Câmara Municipal, aprovada pelo voto
Município de origem.
da maioria absoluta dos seus membros, ou
§ 2º O procedimento de criação, incorpo- do Tribunal de Contas do Estado, depen-
ração, fusão e desmembramento de Muni- dendo sua execução de prévia apreciação
cípios terá início mediante representação e aprovação da Assembleia Legislativa, no
dirigida à Assembleia Legislativa, subscrita prazo de vinte e quatro horas.
por 100 eleitores das áreas interessadas,
§ 2º Aprovada a intervenção, o Governador
devidamente identificados.
nomeará o interventor, que assumirá seus
§ 3º O projeto de criação, incorporação, encargos perante a Mesa Executiva da Câ-
fusão e desmembramento de Municípios mara Municipal ou, se for o caso, perante a
apresentará a área da unidade proposta em autoridade judiciária competente, median-
divisas claras, precisas e contínuas. te a prestação do compromisso de cumprir
as Constituições Federal e Estadual, obser-
§ 4º A aprovação do eleitorado, prevista no var as leis e os limites do decreto interven-
§ 1º, II, deste artigo, dar-se-á pelo voto da tivo, para bem e lealmente desempenhar as
maioria simples, exigindo-se o compareci- funções de seu encargo extraordinário.
mento da maioria absoluta do eleitorado.
§ 3º Se a Assembleia Legislativa estiver em
§ 5º Se o comparecimento do eleitorado recesso, a mesma será convocada extraordi-
não tiver sido suficiente ou o resultado do nariamente, em vinte e quatro horas.
plebiscito for desfavorável à proposição,

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§ 4º O interventor prestará contas de sua Art. 25. Poderão os Municípios, com anuência e
administração à Câmara Municipal e ao Tri- fiscalização das respectivas Câmaras Municipais,
bunal de Contas, nas mesmas condições es- tendo em vista interesses mútuos, associar-se e
tabelecidas para o Prefeito Municipal. conceder serviço público, para utilização con-
junta, a qualquer entidade com personalidade
§ 5º No caso do inciso IV deste artigo, dis- jurídica própria, direção autônoma e finalidade
pensada a apreciação pela Assembleia Le- específica.
gislativa, o decreto limitar-se-á a suspender
a execução do ato impugnado, se essa me- Art. 26. Serão instituídos, por lei complementar,
dida bastar ao restabelecimento da norma- mecanismos de compensação financeira para os
lidade. Municípios que sofrerem diminuição ou perda
da receita, por atribuições e funções decorren-
§ 6º Cessados os motivos da intervenção, as tes do planejamento regional.
autoridades afastadas de seus cargos a es-
ses retornarão, salvo impedimento legal. § 1º Os Municípios que, através de norma
estadual, receberem restrições ao seu de-
senvolvimento socioeconômico, limitações
ambientais ou urbanísticas, em virtude de
CAPÍTULO III possuírem mananciais de água potável que
DAS REGIÕES METROPOLITANAS, abastecem outros Municípios, ou por se-
AGLOMERAÇÕES URBANAS E rem depositários finais de resíduos sólidos
metropolitanos, absorvendo aterros sanitá-
MICRORREGIÕES rios, terão direito à compensação financeira
Art. 21. O Estado instituirá, mediante lei com- mensal.
plementar, regiões metropolitanas, aglomera- 1 – Os recursos da compensação de que tra-
ções urbanas e microrregiões, constituídas por ta este parágrafo deverão ser integralizados
agrupamentos de Municípios limítrofes, para diretamente aos Municípios pelas conces-
integrar a organização, o planejamento e a exe- sionárias de serviços públicos cuja atividade
cução de funções públicas de interesse comum, se beneficie das restrições, na proporção de
assegurando-se a participação dos Municípios 10% (dez por cento) do valor do metro cúbi-
envolvidos e da sociedade civil organizada na co de água extraída do manancial ou bacia
gestão regional. hidrográfica e de 10% (dez por cento) do va-
Art. 22. O planejamento das regiões metropo- lor da tonelada de lixo depositada, levando-
litanas, aglomerações urbanas e microrregiões -se em conta os seguintes critérios:
deverá adequar-se às diretrizes de desenvolvi- a) somente terão direito a compensação
mento do Estado. financeira, na hipótese de mananciais, os
Art. 23. É facultada a criação, mediante lei, de Municípios com restrições legais de uso, su-
órgãos ou entidades de apoio técnico de âmbito periores a 75% (setenta e cinco por cento)
regional, para organizar, planejar e executar as em seus territórios;
funções públicas de interesse comum. b) quando o aproveitamento do potencial
Art. 24. Para a organização, planejamento e de abastecimento constante da alínea an-
execução das funções públicas de interesse co- terior atingir mais de um Município, a dis-
mum, no âmbito das regiões metropolitanas, tribuição dos percentuais será proporcional,
aglomerações urbanas e microrregiões, serão levando-se em consideração, dentre outros
destinados recursos financeiros do Estado e dos parâmetros regulamentados na forma do
Municípios integrantes, previstos nos respecti- caput deste artigo, o tamanho das áreas de
vos orçamentos anuais. captação, o volume captado, o impacto am-

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biental, social, econômico e o interesse pú- de provas ou de provas e títulos serão con-
blico regional; vocados, com prioridade sobre novos con-
cursados para assumir cargo ou emprego;
c) os recursos da compensação deverão ser
aplicados pelos Municípios, em programas V – as funções de confiança exercidas ex-
de urbanização, de desenvolvimento social clusivamente por servidores ocupantes de
e de preservação do meio ambiente. cargo efetivo, e os cargos em comissão a se-
rem preenchidos por servidores de carreira
§ 2º A compensação tratada no parágrafo nos casos, condições e percentuais mínimos
primeiro não dependerá de lei complemen- previstos em lei, destinam-se apenas às
tar e terá eficácia imediata. atribuições de direção, chefia e assessora-
mento;

TÍTULO II VI – é garantido ao servidor público civil, es-


tadual e municipal, o direito à livre associa-
Da Administração Pública ção sindical;
VII – o direito de greve será exercido nos
termos e nos limites definidos em lei espe-
cífica;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS VIII – a lei reservará percentual dos cargos
e empregos públicos para as pessoas por-
Art. 27. A administração pública direta, indireta tadoras de deficiência e definirá os critérios
e fundacional, de qualquer dos Poderes do Es- de sua admissão;
tado e dos Municípios obedecerá aos princípios
IX – lei complementar estabelecerá os casos
da legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
de contratação, por tempo determinado,
blicidade, razoabilidade, eficiência, motivação,
para atender à necessidade temporária de
economicidade e, também, ao seguinte:
excepcional interesse público, atendidos os
I – os cargos, empregos e funções públicas seguintes princípios:
são acessíveis aos brasileiros que preen-
a) realização de teste seletivo, ressalvados
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
os casos de calamidade pública;
sim como aos estrangeiros, na forma da lei;
b) contrato com prazo máximo de dois anos;
II – a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em X – a remuneração dos servidores públicos
concurso público de provas ou de provas e e o subsídio de que trata o §4º do art. 39 da
títulos, de acordo com a natureza e comple- Constituição Federal, somente poderão ser
xidade do cargo ou emprego, na forma pre- fixados ou alterados por lei específica, ob-
vista em lei, respeitada a ordem de classifi- servada a iniciativa privativa em cada caso,
cação, ressalvadas as nomeações para cargo assegurada revisão anual, sempre na mes-
em comissão; ma data e sem distinção de índices;
III – o prazo de validade do concurso público XI – a remuneração e o subsídio dos ocu-
será de até dois anos, prorrogável, uma vez, pantes de cargos, funções e empregos pú-
por igual período; blicos da administração direta, autárquica
e fundacional, dos membros de qualquer
IV – durante o prazo previsto no edital de
dos Poderes dos Estados e dos Municípios,
convocação, respeitado o disposto no item
dos detentores de mandato eletivo e dos
anterior, os aprovados em concurso público
demais agentes políticos e os proventos,

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pensões ou outras espécies remunerató- lei complementar, neste último caso, definir
rias, percebidos cumulativamente ou não, as áreas de sua atuação;
incluídas as vantagens pessoais de qualquer
natureza, não poderão exceder o subsídio XIX – depende de autorização legislativa a
mensal, em espécie, dos Ministros do Su- transformação, fusão, cisão, incorporação,
premo Tribunal Federal; extinção e privatização e, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades men-
XII – os vencimentos dos cargos do Poder cionadas no inciso anterior, assim como a
Legislativo e do Poder Judiciário não po- participação de qualquer delas em empresa
derão ser superiores aos pagos pelo Poder privada;
Executivo;
XX – ressalvados os casos especificados na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação legislação, as obras, serviços, compras e
de quaisquer espécies remuneratória para o alienações serão contratados mediante pro-
efeito de remuneração de pessoal do servi- cesso de licitação que assegure igualdade
ço público; de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam as obrigações de
XIV – os acréscimos pecuniários percebidos pagamento, mantidas as condições efetivas
por servidor público não serão computados da proposta, nos termos da lei, a qual per-
nem acumulados, para fins de concessão de mitirá somente as exigências de qualificação
acréscimos ulteriores; técnico-econômica indispensáveis à garan-
XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu- tia do cumprimento das obrigações;
pantes de cargos e empregos públicos são XXI – além dos requisitos mencionados no
irredutíveis, ressalvados o disposto nos in- inciso anterior, o órgão licitante deverá, nos
cisos XI e XIV deste artigo e nos arts 39 §4º, processos licitatórios, estabelecer preço
150, II, 153, III e 153, §2º, I da Constituição máximo das obras, serviços, compras e alie-
Federal; nações a serem contratados;
XVI – é vedada a acumulação remunerada XXII – as obras, serviços, compras e aliena-
de cargos públicos, exceto quando houver ções contratados de forma parcelada, com
compatibilidade de horários, observados o fim de burlar a obrigatoriedade do pro-
em qualquer caso o disposto no inciso XI: cesso de licitação pública, serão considera-
a) a de dois cargos de professor; dos atos fraudulentos, passíveis de anula-
ção, por eles respondendo os autores, civil,
b) a de um cargo de professor com outro administrativa e criminalmente, na forma
técnico ou científico; da lei;
c) a de dois cargos privativos de médico; XXIII – a admissão nas empresas públicas,
XVII – a proibição de acumular estende-se a sociedades de economia mista, fundações
empregos e funções e abrange autarquias, e autarquias da administração indireta es-
fundações e empresas públicas, socieda- tadual depende de aprovação prévia em
des de economia mista, suas subsidiárias e concurso público de provas ou de provas e
sociedades controladas, direta ou indireta- títulos.
mente, pelo Poder Público; § 1º A publicidade dos atos, programas,
XVIII – somente por lei específica poderá obras, serviços e campanhas dos órgãos
ser criada autarquia e autorizada a institui- públicos deverá ter caráter educativo, infor-
ção de empresa pública, de sociedade de mativo ou de orientação social, dela não po-
economia mista e de fundação, cabendo à dendo constar nomes, símbolos ou imagens

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que caracterizem promoção pessoal de au- § 7º Os vencimentos dos servidores estadu-
toridades ou servidores públicos. ais devem ser pagos até o último dia do mês
vencido, corrigindo-se os seus valores, se tal
§ 2º Semestralmente, a administração dire- prazo for ultrapassado.
ta, indireta e fundacional, publicará, no Diá-
rio Oficial, relatório das despesas realizadas § 8º A sonegação e o fornecimento incom-
com a propaganda e a publicidade dos atos, pleto ou incorreto ou a demora na presta-
programas, obras, serviços e campanhas, ção de informações públicas importam em
especificando os nomes dos veículos publi- responsabilidade, punível na forma da lei.
citários.
§ 9º As contas da administração pública
§ 3º A não observância do disposto nos inci- direta, fundações, autarquias, empresas
sos II, III, IV, VIII, IX e XXII deste artigo impli- públicas e sociedades de economia mista
cará a nulidade do ato e a punição da auto- ficarão, durante sessenta dias, anualmente,
ridade responsável, nos termos da lei. em local próprio da Assembleia Legislativa,
à disposição, para exame e apreciação, de
§ 4º A lei disciplinará as formas de partici- qualquer contribuinte, o qual poderá ques-
pação do usuário na Administração Pública tionar-lhes a legitimidade, nos termos da
direta e indireta, regulando especialmente: lei.
I – as reclamações relativas a prestação dos § 10. O servidor aposentado, no exercício
serviços públicos em geral, asseguradas a de mandato eletivo, de cargo em comissão
manutenção de serviços de atendimento ao ou quando contratado para prestação de
usuário e a avaliação periódica, externa e serviços públicos, poderá perceber a remu-
interna, da qualidade dos serviços; neração dessas atividades cumulada com
II – o acesso dos usuários a registros admi- os proventos da aposentadoria, observado
nistrativo e a informações sobre atos de Go- o disposto no art. 35, § 11, desta Constitui-
verno observado o disposto no art. 5º, X e ção.
XXXIII da Constituição Federal; § 11. Nos concursos públicos promovidos
III – a disciplina da representação contra o pela Administração Pública, não haverá pro-
exercício negligente ou abusivo de cargo, va oral de caráter eliminatório, ressalvada a
emprego ou função na administração públi- prova didática para os cargos do Magistério.
ca. § 12. A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 5º Os atos de improbidade administrativa restrições ao ocupante de cargo ou empre-
importarão na suspensão dos direitos polí- go da Administração direta e indireta que
ticos, na perda da função pública, na indis- possibilite o acesso a informações privile-
ponibilidade de bens e no ressarcimento ao giadas.
erário, na forma e gradação previstas em lei § 13. A autonomia gerencial, orçamentária
federal, sem prejuízo da ação penal cabível. e financeira dos órgãos e entidades da ad-
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público ministração direta e indireta poderá ser am-
e as de direito privado prestadoras de servi- pliada mediante contrato de gestão, a ser
ços públicos responderão pelos danos que firmado entre seus administradores e o Po-
seus agentes, nessa qualidade, causarem a der Público, que tenha por objeto a fixação
terceiros, assegurado o direito de regresso de metas de desempenho para o órgão ou
contra o responsável nos casos de dolo ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
culpa. I – o prazo de duração de contrato;

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II – os controles e critérios de avaliação de seu tempo de serviço será contado para to-
desempenho, direitos, obrigações e respon- dos os efeitos legais, exceto para promoção
sabilidades dos dirigentes; por merecimento;
III – a remuneração do pessoal. V – para efeito de benefícios previdenci-
ários, no caso de afastamento, os valores
§ 14. O disposto no inciso XI deste artigo serão determinados como se no exercício
aplica-se às empresas públicas e às socieda- estivesse.
des de economia mista e suas subsidiárias
que receberem recursos da União, dos Es- Art. 29. Nenhum servidor poderá ser diretor ou
tados, do Distrito Federal ou dos municípios integrar conselho de empresa fornecedora, ou
para pagamento de despesas de pessoal ou que realize qualquer modalidade de contrato
de custeio em geral. com o Estado, sob pena de demissão do serviço
público.
§ 15. É vedada a percepção simultânea de
proventos de aposentadoria decorrentes do Art. 30. As empresas, sob controle do Estado, as
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constitui- autarquias e as fundações por ele constituídas
ção Federal com a remuneração de cargo, terão, no mínimo, um representante dos seus
emprego ou função pública, ressalvados os servidores na diretoria, na forma que a lei esta-
cargos acumuláveis na forma desta Consti- belecer.
tuição, os cargos eletivos e os cargos em co-
missão declarados em lei de livre nomeação Art. 31. Ao Estado é vedado celebrar contrato
e exoneração. com empresas que comprovadamente desres-
peitarem normas de segurança, de medicina do
§ 16. O direito de regresso deverá ser exer- trabalho e de preservação do meio ambiente.
cido após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, caso não tenha sido promovi- Art. 32. A lei instituirá o registro obrigatório de
da a denunciação à lide. bens e valores pertencentes ao patrimônio das
pessoas que assumirem cargo, função ou em-
Art. 28. Ao servidor público da administração prego na administração direta, indireta e funda-
direta, autárquica e fundacional, no exercício de cional.
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal CAPÍTULO II
ou estadual, ficará afastado de seu cargo,
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito será Art. 33. O Estado e os Municípios instituirão
afastado do cargo, emprego ou função, sen- conselho de política de administração e remu-
do-lhe facultado optar pela sua remunera- neração de pessoal, integrado por servidores
ção; designados pelos respectivos Poderes.

III – investido no mandato de Vereador e § 1º A fixação dos padrões de vencimentos


havendo compatibilidade de horários, per- dos demais componentes do sistema remu-
ceberá as vantagens de seu cargo, emprego neratório observará:
ou função, sem prejuízo da remuneração do I – a natureza, o grau de responsabilidade
cargo eletivo e, não havendo compatibilida- e a complexidade dos cargos componentes
de, será aplicada a norma do inciso anterior; de cada carreira;
IV – em qualquer caso que exija o afasta- II – os requisitos para a investidura;
mento para o exercício de mandato eletivo,

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III – as peculiaridades dos cargos; do subsídio e da remuneração dos cargos e
empregos públicos.
IV – sistema de méritos objetivamente apu-
rados para ingresso no serviço e desenvolvi- § 7º Leis estadual e municipal disciplinarão
mento na carreira; a aplicação de recursos orçamentários pro-
venientes de economia com despesas cor-
V – remuneração adequada à complexidade rentes em cada órgão, autarquia e funda-
e responsabilidade das tarefas e à capacita- ções, para aplicação no desenvolvimento de
ção profissional; programas de qualidade e produtividade,
VI – tratamento uniforme aos servidores treinamento e desenvolvimento, moderni-
públicos, no que se refere à concessão de zação, reaparelhamento e racionalização
índices de reajuste ou outros tratamentos do serviço público, inclusive sob a forma de
remuneratórios ou desenvolvimento nas adicional ou prêmio de produtividade.
carreiras. § 8º A remuneração dos servidores públicos
§ 2º O Estado manterá escola de governo organizados em carreira poderá ser fixada
para a formação e o aperfeiçoamento dos nos termos do § 4º deste artigo.
servidores públicos, constituindo-se a parti- § 9º Lei complementar estabelecerá a orga-
cipação nos cursos um dos requisitos para a nização, as atribuições e o estatuto das car-
promoção na carreira, facultada, para isso, a reiras exclusivas do Estado.
celebração de convênios ou contratos entre
os entes federados. § 10. A remuneração, sob a forma de sub-
sídio passa a ser fixada com a diferença de
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de 5% de uma para outra classe, aos servidores
cargos públicos o disposto no art. 7º, IV, VII, públicos integrantes da Carreira Jurídica Es-
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, pecial de Advogado dos Poderes Executivo,
XXII e XXX, da Constituição Federal, poden- Legislativo e Judiciário do Estado do Paraná,
do a lei estabelecer requisitos diferenciados obedecendo ao disposto no § 4º do artigo
de admissão quando a natureza do cargo o 39 da Constituição Federal, observado, o
exigir. contido nos incisos X, XI e XV do artigo 27
§ 4º O membro de Poder, o detentor de desta Constituição.
mandato eletivo e os Secretários Estaduais Art. 34. São direitos dos servidores públicos, en-
e Municipais serão remunerados exclusiva- tre outros:
mente por subsídio fixado em parcela úni-
ca, vedado o acréscimo de qualquer grati- I – vencimentos ou proventos não inferiores
ficação, adicional, abono, prêmio, verba de ao salário mínimo;
representação ou outra espécie remunera-
tória, obedecido, em qualquer caso, o dis- II – irredutibilidade do subsídio e dos ven-
posto no art. 27, X e XI desta Constituição. cimentos dos ocupantes de cargo e empre-
go público, ressalvado o que dispõe o artigo
§ 5º A lei poderá estabelecer a relação en- 37, XV, da Constituição Federal;
tre a maior e a menor remuneração dos ser-
vidores públicos, obedecido, em qualquer III – garantia de vencimento nunca inferior
caso, o disposto no art. 27, XI, desta Cons- ao salário mínimo para os que percebem re-
tituição. muneração variável;

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- IV – décimo terceiro vencimento com base


diciário publicarão anualmente os valores na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;

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V – remuneração do trabalho noturno supe- XVIII – assistência e previdência sociais, ex-


rior à do diurno; tensivas aos dependentes e ao cônjuge;
VI – salário-família pago em razão do de- XIX – gratificação pelo exercício de função
pendente do trabalhador de baixa renda de chefia e assessoramento;
nos termos da lei;
XX – promoção, observando-se rigorosa-
VII – duração da jornada normal do traba- mente os critérios de antiguidade e mere-
lho não superior a oito horas diárias e qua- cimento.
renta horas semanais, facultada a compen-
sação de horário e redução de jornada, nos Art. 35. Aos servidores públicos titulares de car-
termos da lei; gos efetivos do Estado e dos Municípios, incluí-
das suas autarquias e fundações, é assegurado
VIII – repouso semanal remunerado; regime de previdência de caráter contributivo
observados critérios que preservem o equilíbrio
IX – remuneração do serviço extraordinário financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
superior, no mínimo, em cinquenta por cen-
to à do normal; I – por invalidez permanente, sendo os pro-
ventos proporcionais ao tempo de contri-
X – gozo de férias anuais remuneradas com, buição, exceto se decorrente de acidente
pelo menos, um terço a mais do que a re- em serviço, moléstia profissional ou doença
muneração normal, vedada a transforma- grave, contagiosa ou incurável, especificada
ção do período de férias em tempo de ser- em lei;
viço;
II – compulsoriamente, aos setenta anos
XI – licença à gestante, sem prejuízo do car- de idade, com proventos proporcionais ao
go ou emprego e dos vencimentos ou sub- tempo de contribuição;
sídios, com a duração de cento e vinte dias;
III – voluntariamente, desde que cumprido
XII – licença-paternidade, nos termos tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
fixados em lei; cício no serviço público e cinco anos no car-
XIII – proteção do mercado de trabalho da go efetivo em que se dará a aposentadoria
mulher, mediante incentivos específicos, observadas as seguintes condições:
nos termos da lei; a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
XIV – redução dos riscos inerentes ao traba- contribuição, se homem, e cinquenta e cin-
lho por meio de normas de saúde, higiene e co anos de idade e trinta de contribuição, se
segurança; mulher;

XV – adicional de remuneração para as ati- b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-


vidades penosas, insalubres ou perigosas, mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
na forma da lei; com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
XVI – proibição de diferença de vencimen-
tos, de exercício de funções e de critérios de § 1º Os servidores de abrangidos pelo regi-
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou me de previdência de que trata este artigo
estado civil; serão aposentados, calculados os seus pro-
ventos a partir dos valores fixados na forma
XVII – adicionais por tempo de serviço, na do § 3º deste artigo.
forma que a lei estabelecer;
§ 2º Os proventos da aposentadoria e as
pensões, por ocasião de sua concessão, não

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poderão exceder a remuneração do respec- riormente concedidos aos servidores em
tivo servidor, no cargo efetivo em que se atividade, inclusive quando decorrentes da
deu a aposentadoria ou que serviu de refe- transformação ou reclassificação do cargo
rência para a concessão da pensão. ou função em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a conces-
§ 3º Os proventos da aposentadoria, por são da pensão, na forma da lei.
ocasião da concessão, serão calculados com
base na remuneração do servidor no cargo § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
efetivo em que se der a aposentadoria e, na dual ou municipal será contado para efeito
forma da lei, corresponderão à totalidade de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
da remuneração. respondente para efeito de disponibilidade.
§ 4º È vedada a adoção de requisitos e cri- § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
térios diferenciados para a concessão de forma de contagem de tempo de contribui-
aposentadoria aos abrangidos pelo regime ção fictício.
de que trata este artigo, ressalvados os ca-
sos de atividades exercidas exclusivamente § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 27, XI
sob condições especiais que prejudiquem a desta Constituição à soma total dos pro-
saúde ou a integridade física definidos em ventos da inatividade, inclusive quando
lei complementar. decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de atividades sujeitas a contribuição para o re-
contribuição serão reduzidos em cinco anos, gime geral de previdência social, e ao mon-
em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para tante resultante da adição de proventos de
o professor que comprove exclusivamente inatividade com remuneração de cargo acu-
tempo de efetivo exercício das funções de mulável na forma desta Constituição, cargo
magistério na educação infantil e no ensino em comissão declarado em lei de livre no-
fundamental e médio. meação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
rentes de cargos acumuláveis na forma des- me de previdência dos servidores públicos
ta Constituição, é vedada a percepção de titulares de cargo efetivo observará, no que
mais de uma aposentadoria à conta do regi- couber, os requisitos e critérios fixados para
me de previdência de que trata este artigo. o regime geral de previdência social.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
fício da pensão por morte, que será igual ao te, de cargo em comissão, bem como de ou-
valor dos proventos do servidor falecido ou tro cargo temporário ou de emprego públi-
ao valor de proventos a que teria direito o co, aplica-se o regime geral de previdência
servidor em atividade na data de seu faleci- social.
mento, observado o disposto no § 3º deste
artigo. § 14. O Estado e os Municípios, desde que
instituam regime de previdência comple-
§ 8º Observado o disposto no art. 27, XI, mentar para os seus respectivos servido-
desta Constituição os proventos de aposen- res titulares de cargo efetivo, poderão fixar,
tadoria e as pensões serão revistos na mes- para o valor das aposentadorias e pensões
ma proporção e na mesma data, sempre a serem concedidas pelo regime de que tra-
que se modificar a remuneração dos servi- ta este artigo, o limite máximo estabelecido
dores em atividade, sendo também esten- para os benefícios do regime geral de pre-
didos aos aposentados e aos pensionistas vidência social de que trata o art. 201 da
quaisquer benefícios ou vantagens poste- Constituição Federal.

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§ 15. Observado o disposto no art. 202 da de desempenho por comissão instituída


Constituição Federal, lei complementar dis- para essa finalidade.
porá sobre as normas gerais para a institui-
ção de regime de previdência complemen- Art. 37. Ao servidor público eleito para cargo
tar pelo Estado e Município, para atender de direção sindical são assegurados todos os
aos seus respectivos servidores titulares de direitos inerentes ao cargo, a partir do registro
cargos efetivos. da candidatura e até um ano após o término do
mandato, ainda que na condição de suplente,
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- salvo se ocorrer exoneração nos termos da lei.
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15
poderá ser aplicado ao servidor que tiver § 1º São assegurados os mesmos direitos,
ingressado no serviço público até a data da até um ano após a eleição, aos candidatos
publicação do ato de instituição do corres- não eleitos.
pondente regime de previdência comple- § 2º É facultado ao servidor público, eleito
mentar. para a direção de sindicato ou associação
Art. 36. São estáveis, após três anos de efetivo de classe, o afastamento do seu cargo, sem
exercício os servidores nomeados para cargo de prejuízo dos vencimentos, vantagens e as-
provimento efetivo em virtude de concurso pú- censão funcional, na forma que a lei esta-
blico. belecer.

§ 1º O servidor público estável só perderá o car- Art. 38. Ao servidor será assegurada remoção
go: para o domicílio da família, se o cônjuge tam-
bém for servidor público, ou se a natureza do
I – em virtude de sentença judicial transita- seu emprego assim o exigir, na forma da lei.
da em julgado;
Art. 39. É vedada a contratação de serviços de
II – mediante processo administrativo em terceiros para a realização de atividades que
que lhe seja assegurada ampla defesa; possam ser regularmente exercidas por servido-
res públicos, bem como para cobrança de débi-
III – mediante procedimento de avaliação tos tributários do Estado e dos Municípios.
periódica de desempenho, na forma de lei
complementar federal, assegurada ampla Art. 40. É vedada a participação de servidores
defesa. públicos no produto da arrecadação de tributos
e multas, inclusive da dívida ativa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a de-
missão do servidor estável, será ele reinte- Art. 41. É assegurada, nos termos da lei, a par-
grado, e o eventual ocupante da vaga, se es- ticipação paritária de servidores públicos na ge-
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem rência de fundos e entidades para as quais con-
direito a indenização, aproveitado em outro tribuem.
cargo ou posto em disponibilidade com re-
muneração proporcional ao tempo de ser- Art. 42. O Estado promoverá o bem-estar social
viço. e o aperfeiçoamento físico e intelectual dos ser-
vidores públicos e de suas famílias.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des-
necessidade, o servidor estável ficará em § 1º O Estado manterá instituição destina-
disponibilidade, com remuneração propor- da a concessão e manutenção de benefícios
cional ao tempo de serviço, até seu adequa- previdenciários e de atendimento à saúde
do aproveitamento em outro cargo. dos servidores titulares de cargos efetivos,
incluídos os membros do Poder Judiciário,
§ 4º Como condição para a aquisição da es- do Ministério Público, do Tribunal de con-
tabilidade, é obrigatória a avaliação especial

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tas, os serventuários da justiça e os milita- nessa situação, ser promovido por antigui-
res estaduais. dade, contando-se-lhe o tempo de serviço
apenas para aquela promoção e transferên-
§ 2º Toda prestação de serviços de assistên- cia para a reserva, sendo depois de 2 (dois)
cia e a concessão de benefícios de previdên- anos de afastamento, contínuos ou não,
cia, destinada aos servidores do Estado e transferido para a reserva remunerada, nos
seus dependentes só poderá ser concedida, termos da lei.
majorada ou estendida mediante efetiva
contribuição. § 3º São vedadas ao militar estadual a sin-
dicalização, a greve e, enquanto em efetivo
§ 3º O cônjuge ou companheiro de servi- serviço, a filiação a partido político.
dora, ou o cônjuge ou a companheira de
servidor segurados são considerados seus § 4º O oficial da Polícia Militar só perderá
dependentes e terão direito à pensão previ- o posto e a patente se for julgado indigno
denciária, na forma da lei. do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão do tribunal competente, em tempo
§ 4º A inscrição ao órgão de previdência e de paz, ou de tribunal especial, em tempo
assistência dos servidores de que trata o § de guerra.
1º é obrigatória, sendo a contribuição social
do Estado e de seus servidores devidas na § 5º O oficial da Polícia Militar condenado
forma e percentual fixados em lei, separan- na justiça comum ou militar à pena priva-
do-se as contribuições para a previdência e tiva de liberdade superior a dois anos, por
para a assistência. sentença transitada em julgado, será sub-
metido ao julgamento previsto no parágrafo
Art. 43. É vedada a cessão de servidores públi- anterior.
cos da administração direta ou indireta do Esta-
do à empresas ou entidades privadas. § 6º A lei disporá sobre os direitos, os de-
veres, as garantias e as vantagens dos mili-
Art. 44. (Revogado pela Emenda Constitucional tares estaduais, bem como sobre as normas
13 de 10/12/2001) de ingresso, acesso à carreira, estabilidade,
limites de idade, condições de transferência
para a inatividade e outras situações pecu-
liares.
CAPÍTULO III
DOS MILITARES ESTADUAIS § 7º Aplica-se aos militares estaduais a que
se refere este artigo e seus pensionistas
Art. 45. São servidores militares estaduais os in- o disposto no art. 35, §§ 2º, 3º e 4º, desta
tegrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bom- Constituição.
beiros Militar.
§ 8º Aplica-se aos militares estaduais o dis-
§ 1º O militar estadual da ativa que aceitar posto nos art. 27, XI, XIII, XIV, e XV e 34, II,
cargo ou emprego público civil permanente IV, VI, X, XI, XII, XVII, XVIII e XX desta Consti-
será transferido para a reserva, nos termos tuição.
da lei.
§ 9º Aplica-se aos militares estaduais, além
§ 2º O militar estadual da ativa que, de acor- do que vier a se fixado em lei, as disposi-
do com a lei, tomar posse em cargo, empre- ções dos artigos 14, § 8º, 40, §9º, 142, §§ 2º
go ou função pública civil temporária, não e 3º da Constituição Federal, cabendo a lei
eletiva, ainda que da administração indire- estadual específica dispor sobre as matérias
ta, ficará agregado ao respectivo quadro e do artigo 142, § 3º, X, sendo as patentes ofi-
somente poderá, enquanto permanecer ciais conferidas pelo Governador do Estado.

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§ 10. Aos militares e a seus pensionistas Parágrafo único: O Corpo de Bombeiros é


aplica-se o disposto no art. 40, §§ 7º e 8º da integrante da Polícia Militar.
Constituição Federal.
Art. 47. A Polícia Civil, dirigida por delegado
§ 11. A lei disporá sobre a remuneração do de polícia, preferencialmente da classe mais
trabalho em locais especiais e de risco de elevada da carreira, é instituição permanen-
vida e saúde. te e essencial à função da Segurança Públi-
ca, com incumbência de exercer as funções
§ 12. São direitos do militar estadual: de polícia judiciária e as apurações das in-
I – foro competente de primeira e segunda frações penais, exceto as militares.
instâncias para o julgamento de crimes mili- § 1º A função policial civil fundamenta-se
tares definidos em lei; na hierarquia e disciplina.
II – soldo da classe inicial de soldado nun- § 2º O Conselho da Polícia Civil é órgão con-
ca inferior ao salário mínimo fixado em lei, sultivo, normativo e deliberativo, para fins
assegurando-se a diferenciação decorrente de controle do ingresso, ascensão funcio-
do escalonamento hierárquico. nal, hierarquia e regime disciplinar das car-
§ 13. Aplica-se ao servidor militar estadual a reiras policiais civis.
legislação penal militar. § 3º Os cargos policiais civis serão providos
§ 14. Aplica-se aos militares estaduais, além mediante concurso público de provas e tí-
do disposto em lei, as disposições dos arti- tulos, observado o disposto na legislação
gos 33, § 2º, 38, 39, 40, 41 e 42, §§ 2º e 3º específica.
desta Constituição. § 4º O cargo de Delegado de Polícia integra,
§ 15. A Polícia Militar e o Corpo de Bombei- para todos os fins, as carreiras jurídicas do
ros do Estado do Paraná passam a perceber Estado.
remuneração sob a forma de subsídio, em § 5º A remuneração dos delegados e po-
parcela única, em observância ao contido liciais civis passa a ser fi xada na forma de
no § 4º do artigo 39, em face do que dispõe subsídio, em parcela única, conforme dis-
o § 9º do artigo 44, ambos da Constituição põe o § 4º do art. 39 da Constituição Fede-
Federal. ral em face do que dispõe o § 9º do art. 144
da Constituição Federal, observado o dis-
posto nos incisos X, XI e XV do art. 27 e dos
§§ 4º, 5º e 6º do art. 33 da Constituição do
CAPÍTULO IV
Estado do Paraná.
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 48. À Polícia Militar, força estadual, institui-
Art. 46. A segurança Pública, dever do Estado, ção permanente e regular, organizada com base
direito e responsabilidade de todos é exercida, na hierarquia e disciplina militares, cabe a polí-
para a preservação da ordem pública e incolu- cia ostensiva, a preservação da ordem pública, a
midade das pessoas e do patrimônio, pelos se- execução de atividades de defesa civil, preven-
guintes órgãos: ção e combate a incêndio, buscas, salvamentos
e socorros públicos, o policiamento de trânsito
I – Polícia Civil;
urbano e rodoviário, de florestas e de manan-
II – Polícia Militar; ciais, além de outras formas e funções definidas
em lei.
III – Polícia Científica.

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Parágrafo único. As patentes, com prerro- II – coordenadoria estadual vinculada ao ga-
gativas, direitos e deveres a elas inerentes, binete do Governador do Estado.
são asseguradas em toda sua plenitude aos
oficiais da ativa, reserva ou reformados da
Polícia Militar, sendo-lhes privativos os títu- TÍTULO III
los, uniformes militares e postos até o coro-
nel. Da Organização dos Poderes
Art. 49. A Polícia Militar, comandada por oficial
da ativa do último posto, força auxiliar e reser-
va do Exército, e a Polícia Civil subordinam-se
ao Governador do Estado e serão regidas por CAPÍTULO I
legislação especial, que definirá suas estruturas, DO PODER LEGISLATIVO
competências, bem como direitos, garantias,
deveres e prerrogativas de seus integrantes, de Seção I
maneira a assegurar a eficiência de suas ativida- DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
des.
Art. 52. O Poder Legislativo é exercido pela As-
Art. 50. A Polícia Científica, com estrutura pró- sembleia Legislativa, constituída de represen-
pria, incumbida das perícias de criminalística e tantes do povo, eleitos pelo sistema propor-
médico-legais e de outras atividades técnicas cional, por voto direto e secreto, observadas as
congêneres, será dirigida por perito oficial de seguintes condições de elegibilidade:
carreira da classe mais elevada, na forma da lei.
I – nacionalidade brasileira;
§ 1º A função policial científica fundamen-
ta-se na hierarquia e disciplina. II – pleno exercício dos direitos políticos;
§ 2º O Conselho da Polícia Científica é órgão III – alistamento eleitoral;
consultivo, normativo e deliberativo, para
IV – domicílio eleitoral na circunscrição do
fins de controle do ingresso, ascensão fun-
Estado;
cional, hierarquia e regime disciplinar das
carreiras policiais científicas. V – filiação partidária;
§ 3º Os cargos da Polícia Científica serão VI – idade mínima de vinte e um anos.
providos mediante concurso público de pro-
vas e títulos, observando o disposto na le- Parágrafo único. Cada legislatura terá dura-
gislação especifica. ção de quatro anos.

Art. 51. A prevenção de eventos desastrosos, Seção II


o socorro e a assistência aos atingidos por tais DAS ATRIBUIÇÕES DA
eventos e a recuperação dos danos causados se- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
rão coordenados pela Defesa Civil, que disporá
de: Art. 53. Cabe à Assembleia Legislativa, com a
I – organização sistêmica, dela fazendo par- sanção do Governador do Estado, a qual não é
te os órgãos públicos estaduais, podendo exigida, no entanto, para o especificado no art.
integrar suas ações os municipais e federais, 54, dispor sobre todas as matérias de compe-
os classistas, entidades assistenciais, clubes tência do Estado, especificamente:
de serviço, a imprensa, autoridades eclesi- I – plano plurianual e orçamentos anuais;
ásticas e a comunidade em geral;
II – diretrizes orçamentárias;

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III – tributos, arrecadação e distribuição de XVII – matéria da legislação concorrente da


rendas; Constituição Federal.
IV – dívida pública, abertura e operações de Art. 54. Compete, privativamente, à Assembleia
crédito; Legislativa:
V – planos e programas estaduais, regionais I – eleger a Mesa e constituir as Comissões;
e setoriais de desenvolvimento;
II – elaborar o Regimento Interno;
VI – normas suplementares de direito urba-
nístico, bem como de planejamento e exe- III – dispor sobre sua organização, funciona-
cução de políticas urbanas; mento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de
VII – fixação e modificação dos efetivos da seus serviços, e a iniciativa de lei para fixa-
Polícia Militar; ção da respectiva remuneração, observados
os parâmetros estabelecidos na lei de dire-
VIII – criação, transformação e extinção de trizes orçamentárias;
cargos, empregos e funções públicas na ad-
ministração direta, autárquica e fundacional IV – aprovar créditos suplementares à sua
e fixação de remuneração, observados os Secretaria, nos termos desta Constituição;
parâmetros estabelecidos na lei de diretri-
zes orçamentárias; V – conceder licença para processar depu-
tado;
IX – servidores públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, seu regime VI – fixar, por meio de lei, o subsídio dos De-
jurídico único, provimento de cargos, esta- putados Estaduais, à razão de, no máximo
bilidade e aposentadoria de civis, reforma e 75% (setenta e cinco porcento) daquele es-
transferência de militares para a inativida- tabelecido, em espécie, para os Deputados
de; Federais, observado o que dispõe os arti-
gos 37, XI, 39, §4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III e
X – criação, estruturação e definição de atri- 153, §2º, I, da Constituição Federal;
buições das Secretarias de Estado;
VII – fixar os subsídios do Governador e do
XI – organização do Ministério Público, da Vice-Governador do Estado e dos Secretá-
Procuradoria-Geral do Estado, da Defenso- rios de Estado, observado o que dispõem os
ria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153 §
Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da 2º, I, da Constituição Federal;
administração pública;
VIII – dar posse ao Governador e ao Vice-
XII – organização e divisão judiciárias; -Governador;
XIII – bens do domínio público; IX – conhecer da renúncia do Governador e
do Vice-Governador;
XIV – aquisição onerosa e alienação de bens
imóveis do Estado; X – conceder licença, bem como autorizar
o Governador e o Vice-Governador a se au-
XV – transferência temporária da sede do sentarem do País por qualquer tempo, e do
Governo Estadual; Estado, quando a ausência exceder a quin-
XVI – matéria decorrente da competência ze dias; (a expressão "por qualquer tempo"
comum prevista no art. 23 da Constituição foi declarada inconstitucional pelo STF na
Federal; ADIN-2453)

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XI – processar e julgar o Governador e o Vi- XXI – autorizar plebiscito e referendo, na
ce-Governador, nos crimes de responsabili- forma da lei;
dade, e os Secretários de Estado, nos crimes
da mesma natureza conexos com aqueles; XXII – aprovar convênios intermunicipais
(ADI nº 4.791 – STF). para modificação de limites;

XII – processar e julgar o Procurador-Geral XXIII – solicitar intervenção federal;


de Justiça, o Procurador-Geral do Estado e XXIV – aprovar ou suspender intervenção
o Defensor-Geral da Defensoria Pública nos em Município;
crimes de responsabilidade;
XXV – suspender, no todo ou em parte, a
XIII – aprovar, por maioria absoluta, a exo- execução de lei ou ato normativo declarado
neração de ofício do Procurador-Geral de inconstitucional por decisão irrecorrível do
Justiça, antes do término de seu mandato, Tribunal competente;
na forma da lei complementar respectiva;
XXVI – sustar os atos normativos do Poder
XIV – destituir do cargo o Governador e o Executivo que exorbitem do poder regula-
Vice-Governador, após condenação irrecor- mentar ou dos limites de delegação legisla-
rível por crime comum cometido dolosa- tiva;
mente, ou de responsabilidade;
XXVII – fiscalizar e controlar os atos do Po-
XV – proceder à tomada de contas do Go- der Executivo, incluídos os da administração
vernador do Estado, quando não apresenta- indireta;
das dentro de sessenta dias após a abertura
da sessão legislativa; XXVIII – dispor sobre limites e condições
para a concessão de garantia do Estado em
XVI – julgar, anualmente, as contas presta- operações de crédito;
das pelo Governador do Estado e apreciar
os relatórios sobre a execução dos planos XXIX – zelar pela preservação de sua com-
de governo; petência legislativa em face da atribuição
normativa dos outros Poderes;
XVII – escolher cinco dos sete conselheiros
e auditores do Tribunal de Contas do Esta- XXX – aprovar, previamente, a alienação ou
do; concessão de terras públicas, com área su-
perior a cem hectares, ressalvado o dispos-
XVIII – apreciar, anualmente, as contas do to no art. 49, XVII, da Constituição Federal;
Tribunal de Contas;
XXXI – mudar temporariamente sua sede;
XIX – aprovar, previamente, após arguição
pública, a escolha: XXXII – manifestar-se, mediante resolução
aprovada pela maioria de seus membros,
a) de conselheiros e auditores do Tribunal perante o Congresso Nacional, na hipótese
de Contas do Estado, indicados pelo Gover- de incorporação, subdivisão ou desmem-
nador; bramento de área do território do Estado,
b) de interventor em Município; nos termos do art. 48, VI, da Constituição
Federal;
c) dos titulares de cargos que a lei determi-
nar; XXXIII – convocar, por si ou qualquer de
suas comissões, Secretários de Estado ou
XX – apreciar a legalidade dos convênios a quaisquer titulares de órgãos diretamente
serem celebrados pelo Governo do Estado; subordinados ao Governo do Estado para
prestarem, pessoalmente, informações so-

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bre assunto previamente determinado, im- § 2º O indeferimento do pedido de licença


portando em crime de responsabilidade a ou a ausência de deliberação suspende a
ausência sem justificação adequada; prescrição enquanto durar o mandato.
XXXIV – autorizar operações de natureza fi- § 3º No caso de flagrante de crime inafian-
nanceira externa ou interna; çável, os autos serão remetidos, dentro de
vinte e quatro horas, à Assembleia Legislati-
XXXV – sustar as despesas não autorizadas va, para que a mesma, pelo voto da maioria
na forma do art. 76 desta Constituição. de seus membros, resolva sobre a prisão e
Parágrafo único. Nos casos previstos no in- autorize, ou não, a formação de culpa.
ciso XII, funcionará, como Presidente, o do § 4º Os Deputados serão submetidos a jul-
Tribunal de Justiça, limitando-se a conde- gamento perante o Tribunal de Justiça do
nação, que somente será proferida por dois Estado.
terços dos votos da Assembleia Legislativa,
à perda do cargo, com inabilitação, por oito § 5º Os Deputados não serão obrigados a
anos, para o exercício de função pública, testemunhar sobre informações recebi-
sem prejuízo das demais sanções judiciais das ou prestadas em razão do exercício do
cabíveis. mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.
Art. 55. A Mesa da Assembleia Legislativa pode-
rá encaminhar pedidos escritos de informações § 6º A incorporação às Forças Armadas de
aos Secretários de Estado ou a qualquer das Deputados, embora militares e ainda que
pessoas referidas no inciso XXXIII do art. 54 des- em tempo de guerra, dependerá de prévia
ta Constituição, importando em crime de res- licença da Assembleia Legislativa.
ponsabilidade a recusa, ou o não atendimento,
no prazo de 30 (trinta) dias, bem como a presta- § 7º As imunidades de Deputados subsisti-
ção de informações falsas. rão durante o estado de sítio, só podendo
ser suspensas mediante o voto de dois ter-
Art. 56. Salvo disposição constitucional em con- ços dos membros da Assembleia Legislativa,
trário, as deliberações da Assembleia Legislativa nos casos de atos praticados fora de seu re-
e de suas comissões serão tomadas por maioria cinto que sejam incompatíveis com a execu-
de votos, presente a maioria absoluta de seus ção da medida, e só quando assim o forem
membros. as dos Deputados Federais e Senadores,
conforme fixa a Constituição Federal.
Parágrafo único. Não será permitido o voto
secreto nas deliberações do processo legis- Art. 58. Os Deputados não poderão:
lativo.
I – desde a expedição do diploma:
Seção III a) firmar ou manter contrato com pessoa
DOS DEPUTADOS jurídica de direito público, autarquia, em-
presa pública, sociedade de economia mista
Art. 57. Os Deputados são invioláveis por suas ou empresa concessionária de serviço pú-
opiniões, palavras e votos. blico, salvo quando o contrato obedecer a
§ 1º Desde, a expedição do diploma, os De- cláusulas uniformes;
putados não poderão ser presos, salvo em b) aceitar ou exercer cargo, função ou em-
flagrante de crime inafiançável, nem pro- prego remunerado, inclusive os de que se-
cessados criminalmente, sem prévia licença jam demissíveis "ad nutum", nas entidades
da Assembleia Legislativa. constantes da alínea anterior;

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II – desde a posse: Assembleia Legislativa, assegurada ampla
defesa.
a) ser proprietários, controladores ou dire-
tores de empresa que goze de favor decor- § 3º Nos casos dos incisos III, IV e V, a per-
rente de contrato com pessoa jurídica de da será declarada pela Mesa, de ofício ou
direito público, ou nela exercer função re- mediante a provocação de qualquer de seus
munerada; membros, ou de partido político represen-
tado na Assembleia Legislativa, assegurada
b) ocupar cargo ou função de que sejam de- ampla defesa.
missíveis "ad nutum", nas entidades referi-
das no inciso I, alínea "a"; Art. 60. Não perderá o mandato o Deputado:
c) patrocinar causa em que seja interessada I – investido no cargo de Ministro de Estado,
qualquer das entidades a que se refere o in- Governador de Território, Secretário de Es-
ciso I, alínea "a"; tado, Secretário de Prefeitura de Capital ou
chefe de missão diplomática temporária;
d) ser titular de mais de um cargo ou man-
dato público eletivo. II – licenciado pela Assembleia Legislativa
por motivo de doença, ou para tratar, sem
Art. 59. Perderá o mandato o Deputado: remuneração, de interesse particular, desde
I – que infringir qualquer das proibições es- que, neste caso, o afastamento não ultra-
tabelecidas no artigo anterior; passe cento e vinte dias por sessão legisla-
tiva.
II – cujo procedimento for declarado incom-
patível com o decoro parlamentar; § 1º O suplente será convocado nos casos
de vaga decorrente da investidura em
III – que deixar de comparecer, em cada ses- funções previstas neste artigo ou de licença
são legislativa, à terça parte das sessões or- superior a cento e vinte dias.
dinárias, salvo se em licença ou missão au-
torizadas pela Assembleia; § 2º Ocorrendo vaga e não havendo
suplente, far-se-á eleição para preenchê-
IV – que perder ou tiver suspensos os direi- la, se faltarem mais de quinze meses para o
tos políticos; término do mandato.
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado
nos casos previstos na Constituição Federal; poderá optar pela remuneração do
VI – que sofrer condenação criminal em mandato.
sentença transitada em julgado. Seção IV
§ 1º Além de outros casos definidos DAS REUNIÕES
no Regimento Interno, considerar-se-á
incompatível com o decoro parlamentar Art. 61. A Assembleia Legislativa reunir-se-á,
o abuso das prerrogativas asseguradas ao anualmente, na Capital do Estado, independen-
Deputado, ou a percepção, no exercício do te de convocação, de 2 de fevereiro a 17 de ju-
cargo, de vantagens indevidas. lho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda § 1º As reuniões marcadas para essas datas
de mandato será decidida pela Assembleia serão transferidas para o primeiro dia útil
Legislativa, pela maioria absoluta de seus subsequente, quando recaírem em sábados
membros, mediante provocação da Mesa ou feriados.
ou de partido político representado na

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§ 2º A sessão legislativa não será interrom- II – realizar audiências públicas com entida-
pida sem a aprovação do projeto de lei de des da sociedade civil;
diretrizes orçamentárias.
III – convocar Secretários de Estado para
§ 3º A Assembleia Legislativa do Paraná reu- prestarem informações sobre assuntos ine-
nir-se-á em sessão preparatória, a partir de rentes a suas atribuições;
1º de fevereiro, no primeiro ano de legisla-
tura, para a posse de seus membros e elei- IV – receber petições, reclamações, repre-
ção da mesa para mandato de dois anos. sentações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou
§ 4º A convocação extraordinária da Assem- entidades públicas;
bleia Legislativa poderá ser feita:
V – solicitar depoimento de qualquer auto-
I – pelo seu Presidente, para o compromisso ridade ou cidadão;
e a posse do Governador e Vice-Governador
do Estado, bem assim em caso de interven- VI – apreciar programas de obras, planos
ção; estaduais, regionais e setoriais de desenvol-
vimento e sobre eles emitir parecer.
II – pelo seu Presidente, ou a requerimento
da maioria de seus membros, ou pelo Go- § 3º As comissões parlamentares de in-
vernador do Estado, em caso de urgência ou quérito, que terão poderes de investigação
de interesse público relevante. próprios das autoridades judiciais, além de
outros previstos no Regimento Interno da
§ 5º Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa, serão criadas me-
Assembleia Legislativa somente deliberará diante requerimento de um terço dos Depu-
sobre a matéria para a qual foi convocada, tados, para apuração de fato determinado
vedado o pagamento de parcela indenizató- e por prazo certo, sendo suas conclusões,
ria, em razão da convocação. se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabiliza-
Seção V ção civil ou criminal dos infratores.
DAS COMISSÕES
§ 4º Durante o recesso, haverá uma comis-
Art. 62. A Assembleia Legislativa terá comis- são representativa da Assembleia Legislati-
sões permanentes e temporárias, constituídas va, eleita na última sessão ordinária do pe-
na forma e com as atribuições previstas nesta ríodo legislativo, com atribuições definidas
Constituição, no Regimento Interno, ou no ato regimentalmente e cuja composição repro-
de que resultar a sua criação. duzirá, tanto quanto possível, a proporcio-
nalidade da representação partidária.
§ 1º Na constituição da Mesa e de cada
comissão, é assegurada, tanto quanto pos- Seção VI
sível, a representação proporcional dos DO PROCESSO LEGISLATIVO
partidos, ou dos blocos parlamentares que
participam da Assembleia Legislativa. Subseção I
§ 2º As comissões, em razão da matéria e DISPOSIÇÃO GERAL
sua competência, cabe:
Art. 63. O processo legislativo compreende a
I – discutir e votar o projeto de lei que dis- elaboração de:
pensar, na forma do regimento, a compe-
tência do Plenário, salvo se houver recurso I – emendas à Constituição;
de um décimo dos membros da Assembleia II – leis complementares;
Legislativa;

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III – leis ordinárias; Subseção III
IV – decretos legislativos; DAS LEIS
V – resoluções; Art. 65. A iniciativa das leis complementares e
ordinárias cabe a qualquer membro ou comis-
VI – leis delegadas. são da Assembleia Legislativa, ao Governador
Parágrafo único. Lei complementar dispo- do Estado, ao Presidente do Tribunal de Justiça,
rá sobre a elaboração, redação, alteração e ao Procurador-Geral de Justiça e aos cidadãos,
consolidação das leis. na forma e nos casos previstos nesta Constitui-
ção.
Subseção II
Art. 66. Ressalvado o disposto nesta Constitui-
ção, são de iniciativa privativa do Governador
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO do Estado as leis que disponham sobre:
Art. 64. A Constituição poderá ser emendada I – criação de cargos, função ou empregos
mediante proposta: públicos na administração direta e autárqui-
I – de um terço, no mínimo, dos membros ca do Poder Executivo ou aumento de sua
da Assembleia Legislativa; remuneração;

II – do Governador do Estado; II – servidores públicos do Poder Executi-


vo, seu regime jurídico, provimento de car-
III – de um terço das Câmaras Municipais gos, estabilidade e aposentadoria, reforma
do Estado, manifestando-se cada uma delas e transferência de policiais militares para a
pela maioria relativa de seus membros. reserva;
§ 1º A Constituição não poderá ser emen- III – organização da Defensoria Pública do
dada na vigência de intervenção federal no Estado e das Polícias Civil e Militar;
Estado, estado de defesa ou estado de sítio.
IV – criação, estruturação e atribuições das
§ 2º A proposta será discutida e votada Secretarias de Estado e órgãos da adminis-
em dois turnos, considerando-se a mesma tração pública.
aprovada quando obtiver, em ambas as vo-
tações, o voto favorável de três quintos dos § 1º O Governador do Estado pode solicitar
membros da Assembleia Legislativa. urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa.
§ 3º A emenda à Constituição será promul-
gada pela Mesa da Assembleia Legislativa, § 2º No caso do § 1º, se a Assembleia Le-
com o respectivo número de ordem. gislativa não se manifestar em até quarenta
e cinco dias sobre a proposição, será esta
§ 4º A matéria constante de proposta de incluída na ordem do dia, suspendendo-se
emenda rejeitada ou havida por prejudica- a deliberação quanto aos demais assuntos,
da não pode ser objeto de nova proposta na para que se ultime a votação.
mesma sessão legislativa.
§ 3º O prazo do parágrafo anterior não flui
§ 5º Será nominal a votação de emenda à no período de recesso da Assembleia Legis-
Constituição. lativa, nem se aplica aos projetos de código,
leis orgânicas e estatutos.
Art. 67. A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Assembleia Legislativa do
projeto de lei, subscrito por, no mínimo, um por

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cento do eleitorado estadual, distribuído em § 5º Se o veto não for mantido, será o proje-
pelo menos cinquenta Municípios, com um por to enviado, para promulgação, ao Governa-
cento de eleitores inscritos em cada um deles. dor do Estado.
Art. 68. Não é admitido aumento de despesa § 6º Esgotado sem deliberação o prazo es-
prevista: tabelecido no § 4º, que não flui durante o
recesso parlamentar, o veto será colocado
I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Go- na ordem do dia da sessão imediata, sus-
vernador do Estado, ressalvadas as emen- pendendo-se as demais proposições, até a
das ao projeto de lei do orçamento anual, sua votação final.
quando compatíveis com a lei de diretrizes
orçamentárias e com o plano plurianual; § 7º Se a lei não for promulgada dentro de
quarenta e oito horas pelo Governador do
II – nos projetos sobre organização dos ser- Estado, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presi-
viços administrativos da Assembleia Legisla- dente da Assembleia Legislativa a promul-
tiva, do Tribunal de Justiça e do Ministério gará; e, se este não o fizer em igual prazo,
Público. caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
Art. 69. As leis complementares são aprovadas Art. 72. As leis delegadas serão elaboradas pelo
por maioria absoluta dos integrantes da Assem- Governador do Estado, que deverá solicitar de-
bleia Legislativa. legação à Assembleia Legislativa.
Art. 70. A matéria constante do projeto de lei § 1º Não serão objeto de delegação os atos
rejeitado somente pode constituir objeto de de competência exclusiva da Assembleia Le-
novo projeto, na mesma sessão legislativa me- gislativa, a matéria reservada à lei comple-
diante proposta da maioria dos Deputados. mentar e a legislação sobre:
Art. 71. Concluída a votação, a Assembleia Le- I – organização do Poder Judiciário e do
gislativa enviará o projeto de lei ao Governador Ministério Público, a carreira e garantia de
do Estado, que, aquiescendo, o sancionará. seus membros;
§ 1º Se o Governador julgar o projeto, no II – planos plurianuais, diretrizes orçamen-
todo ou em parte, inconstitucional ou con- tárias e orçamentos;
trário ao interesse público, vetá-lo-á to-
tal ou parcialmente, dentro de quinze dias III – direitos individuais.
úteis, contados da data do recebimento, e
comunicará, dentro de quarenta e oito ho- § 2º A delegação ao Governador do Estado
ras, ao Presidente da Assembleia Legislativa terá forma de resolução da Assembleia Le-
os motivos do veto. gislativa, que especificará seu conteúdo e os
termos de seu exercício.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto
integral de artigo, parágrafo, inciso ou alí- § 3º Se a resolução determinar a apreciação
nea. do projeto pela Assembleia Legislativa, esta
a fará em votação única, vedada qualquer
§ 3º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, emenda.
o silêncio do Governador importará em san-
ção. Art. 73. As resoluções e decretos legislativos se
farão na forma do Regimento Interno.
§ 4º O veto será apreciado em sessão única,
dentro de trinta dias a contar de seu recebi-
mento, só podendo ser rejeitado pelo voto
da maioria absoluta dos Deputados.

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Seção VII que não alterem o fundamento legal do ato
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, concessório;
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA IV – realizar, por iniciativa própria, da As-
sembleia Legislativa, de comissão técnica
Art. 74. A fiscalização contábil, financeira, orça- ou de inquérito, inspeções e auditorias de
mentária, operacional e patrimonial do Estado e natureza contábil, financeira, orçamentária,
das entidades da administração direta e indire- operacional e patrimonial, nas unidades ad-
ta, quanto à legalidade, legitimidade, economi- ministrativas dos Poderes Legislativo, Exe-
cidade, aplicação das subvenções e renúncia de cutivo e Judiciário e demais entidades refe-
receitas, será exercida pela Assembleia Legisla- ridas no inciso II;
tiva, mediante controle externo e pelo sistema
de controle interno de cada Poder. V – fiscalizar a aplicação de quaisquer re-
cursos repassados pelo Estado a Municípios
Parágrafo único. Prestará contas qualquer mediante convênio, acordo, ajuste ou ou-
pessoa física, jurídica, ou entidade pública tros instrumentos congêneres;
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiro, bens e valores públicos VI – homologar os cálculos das quotas do
ou pelos quais o Estado responda, ou que, ICMS devidas aos Municípios, dando ciência
em nome deste, assuma obrigações de na- à Assembleia Legislativa;
tureza pecuniária.
VII – prestar as informações solicitadas pela
Art. 75. O controle externo, a cargo da Assem- Assembleia Legislativa, por qualquer das
bleia Legislativa, será exercido com o auxílio do respectivas comissões, sobre a fiscalização
Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete: contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional, patrimonial e sobre resultados de
I – apreciar as contas prestadas anualmente auditorias e inspeções realizadas;
pelo Governador do Estado, mediante pa-
recer prévio que deverá ser elaborado em VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de
sessenta dias a contar de seu recebimento; ilegalidade de despesas ou irregularidade
de contas, as sanções previstas em lei, que
II – julgar as contas dos administradores e estabelecerá, entre outras cominações,
demais responsáveis por dinheiro, bens e multa proporcional ao dano causado ao erá-
valores públicos da administração direta rio;
e indireta, incluídas as fundações e socie-
dades instituídas e mantidas pelo Poder IX – assinar prazo de até trinta dias, pror-
Público estadual, e as contas daqueles que rogável por idêntico período, para que o
derem causa a perda, extravio ou outra irre- órgão ou entidade adote as providências
gularidade de que resulte prejuízo ao erário necessárias ao exato cumprimento da lei, se
público; verificada a ilegalidade;

III – apreciar, para fins de registro, a lega- X – sustar, se não atendido, a execução do
lidade dos atos de admissão de pessoal, a ato impugnado, comunicando a decisão à
qualquer título, na Administração direta e Assembleia Legislativa;
indireta, incluídas as fundações instituídas e
XI – representar ao Poder competente so-
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
bre irregularidades ou abusos apurados.
nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a legalidade das con- § 1º No caso de contrato, o ato de sustação
cessões de aposentadorias, reformas e pen- será adotado diretamente pela Assembleia
sões, ressalvadas as melhorias posteriores Legislativa, que solicitará, de imediato, ao
Poder Executivo as medidas cabíveis.

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§ 2º Se a Assembleia Legislativa ou o Poder tre brasileiros que satisfaçam os seguintes


Executivo, no prazo de noventa dias, não requisitos:
efetivar as medidas previstas no parágrafo
anterior, o Tribunal decidirá a respeito. I – mais de trinta e cinco e menos de sessen-
ta e cinco anos de idade;
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte
imputação de débito ou multa terão eficácia II – idoneidade moral e reputação ilibada;
de título executivo. III – notórios conhecimentos jurídicos, eco-
§ 4º O Tribunal encaminhará à Assembleia nômicos, financeiros, contábeis ou de admi-
Legislativa, trimestral e anualmente, relató- nistração pública;
rio de suas atividades, e desse todos os par- IV – mais de dez anos de exercício de função
lamentares terão conhecimento. ou de efetiva atividade profissional que exi-
§ 5º No caso de aposentadoria, o ato referi- ja os conhecimentos mencionados no inciso
do no inciso III deste artigo somente produ- anterior.
zirá efeito após seu registro pelo Tribunal de § 2º Os conselheiros do Tribunal de Contas
Contas, que o apreciará no prazo máximo do Estado serão escolhidos:
de sessenta dias.
I – dois pelo Governador do Estado, com a
Art. 76. A comissão permanente de fiscalização aprovação da Assembleia Legislativa, alter-
da Assembleia Legislativa, diante de indícios nadamente, entre auditores e membros do
de despesas não autorizadas, ainda que sob a Ministério Público junto ao Tribunal, indica-
forma de investimentos não programados ou dos em lista tríplice pelo mesmo Tribunal,
de subsídios não aprovados, poderá solicitar à segundo os critérios de antiguidade e me-
autoridade responsável que, no prazo de cinco recimento.
dias, preste os esclarecimentos necessários.
II – cinco pela Assembleia Legislativa.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou
considerados esses insuficientes, a Comis- § 3º Os conselheiros do Tribunal de Con-
são solicitará ao Tribunal pronunciamen- tas do Estado terão as mesmas garantias,
to conclusivo sobre a matéria, no prazo de prerrogativas, impedimentos, vencimentos
trinta dias. e vantagens dos desembargadores do Tri-
bunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto
§ 2º Entendendo o Tribunal que a despesa é à aposentadoria e pensão, as normas cons-
irregular, a Comissão, se julgar que o gasto tantes do art. 35 desta Constituição.
pode causar dano irreparável ou grave lesão
à economia pública, proporá à Assembleia § 4º Os auditores do Tribunal de Contas, em
Legislativa sua sustação, se ainda não reali- número de sete, quando em substituição
zado, ou reembolso, se já feito. aos conselheiros, terão as mesmas garan-
tias e impedimentos dos titulares.
Art. 77. O Tribunal de Contas, integrado por
sete conselheiros, tem sede na Capital do Esta- § 5º Os controladores do Tribunal de Con-
do, quadro próprio de pessoal e jurisdição em tas, em número de sete, terão suas atribui-
todo o território estadual, exercendo, no que ções definidas em lei de iniciativa da Assem-
couber, as atribuições previstas no art. 101 des- bleia Legislativa do Paraná, com as mesmas
ta Constituição. garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos auditores.
§ 1º Os conselheiros e auditores do Tribunal
de Contas do Estado serão nomeados den- § 6º O Tribunal de Contas, quando do en-
cerramento do exercício financeiro, presta-

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rá contas da execução orçamentária anual à das pelo Tribunal de Contas em grau de re-
Assembleia Legislativa. curso.
§ 7º O Conselheiro, escolhido pela Assem-
bleia Legislativa, deverá tomar posse no
Tribunal de Contas no prazo máximo de 30 CAPÍTULO II
(trinta) dias, a contar da data de sua esco-
DO PODER EXECUTIVO
lha.
I – Na hipótese de desatenção ao prazo es- Seção I
tabelecido neste parágrafo, o Poder Executi- DO GOVENADOR E
vo sujeitar-se-á ao disposto no art. 88 dessa VICE-GOVERNADOR DO ESTADO
Constituição.
Art. 79. O poder Executivo é exercido pelo Go-
Art. 78. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judi-
vernador do Estado, com o auxílio dos Secretá-
ciário manterão, de forma integrada, sistema e
rios de Estado.
controle interno com a finalidade de:
Art. 80. A eleição do Governador e do Vice-Go-
I – avaliar o cumprimento das metas pre-
vernador de Estado, para mandato de 4 anos,
vistas no plano plurianual, a execução dos
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
programas de governo e dos orçamentos do
e no último domingo de outubro em segundo
Estado;
turno, se houver, do ano anterior ao término do
II – comprovar a legalidade e avaliar os re- mandato de seus antecessores e a posse ocorre-
sultados, quanto à eficácia e eficiência, da rá em primeiro de janeiro de ano subsequente,
gestão orçamentária, financeira e patrimo- observado, quanto ao mais, o disposto no art.
nial nos órgãos e entidades da administra- 77 da Constituição Federal.
ção estadual, bem como da aplicação de
Parágrafo único. A eleição do Governador
recursos públicos por entidades de direito
do Estado implicará a do candidato a Vice-
privado;
-Governador com ele registrado.
III – exercer o controle das operações de
Art. 81. Será considerado eleito Governador o
crédito, avais e garantias, bem como dos di-
candidato que, registrado por partido político,
reitos e haveres do Estado;
obtiver maioria absoluta de votos, não compu-
IV – apoiar o controle externo no exercício tados os em branco e os nulos.
de sua missão institucional.
§ 1º Se nenhum candidato obtiver a maio-
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ria absoluta em primeira votação, far-se-á
ao tomarem conhecimento de qualquer ir- nova eleição em até vinte dias após a pro-
regularidade ou ilegalidade, dela darão ci- clamação do resultado, concorrendo os dois
ência ao Tribunal de Contas do Estado, sob candidatos mais votados e considerando-se
pena de responsabilidade solidária. eleito aquele que obtiver a maioria dos vo-
tos válidos.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, as-
sociação ou entidade sindical é parte legíti- § 2º Se, antes de realizado o segundo turno,
ma para, na forma da lei, denunciar irregu- ocorrer morte, desistência ou impedimento
laridades ou ilegalidades perante o Tribunal legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
de Contas do Estado. remanescentes, o de maior votação.
§ 3º As decisões fazendárias de última ins- § 3º Se, na hipótese dos parágrafos ante-
tância, contrárias ao erário, serão aprecia- riores, remanescer em segundo lugar, mais

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de um candidato com a mesma votação, depois da última vaga, pela Assembleia Le-
qualificar-se-á o mais idoso. gislativa, na forma da lei.
Art. 82. O Governador e o Vice-Governador do § 4º Em qualquer dos casos os eleitos deve-
Estado exercerão o cargo por quatro anos, po- rão completar o período de seus antecesso-
dendo ser reeleitos para um único período sub- res.
sequente.
§ 5º Cessada a investidura no cargo de Go-
Parágrafo único. O disposto no caput apli- vernador do Estado, quem o tiver exercido
ca-se aos que os houver sucedido ou substi- em caráter permanente fará jus, a título de
tuído no curso do mandato. representação, desde que não tenha sofrido
suspensão dos direitos políticos, a um sub-
Art. 83. O Governador e o Vice-Governador do sídio mensal e vitalício, igual ao vencimento
Estado tomarão posse em sessão solene peran- do cargo de desembargador do Tribunal de
te a Assembleia Legislativa, especialmente con- Justiça do Estado.
vocada, prestando compromisso de cumprir e
fazer cumprir a Constituição da República e a do Art. 86. O Governador e o Vice-Governador não
Estado, observar as leis e promover o bem-estar poderão, sem licença da Assembleia Legislati-
geral do povo paranaense. va, ausentar-se do País, por qualquer tempo, e
do Estado, quando a ausência exceder a quinze
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da dias, sob pena de perda do cargo. (a expressão
data fixada para a posse, o Governador ou "por qualquer tempo" foi declarada inconstitu-
o Vice-Governador, salvo motivo de força cional pelo STF na ADIN-2453)
maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago. Parágrafo único. Perderá o mandato o Go-
vernador que assumir outro cargo ou fun-
Art. 84. O Vice-Governador do Estado, além de ção na administração pública direta ou
outras atribuições que lhe forem conferidas por indireta, ressalvada a posse em virtude de
lei complementar, auxiliará o Governador, sem- concurso público e observado o disposto no
pre que por ele convocado para missões espe- art. 38, I, IV, e V, da Constituição Federal.
ciais.
Art. 85. Substituirá o Governador, em caso de Seção II
impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR
Vice-Governador do Estado.
Art. 87. Compete privativamente ao Governa-
§ 1º Em caso de impedimento do Vice-Go- dor:
vernador, ou vacância do seu cargo, serão
sucessivamente chamados ao exercício da I – representar o Estado nas suas relações
Governadoria o Presidente da Assembleia jurídicas, políticas e administrativas;
Legislativa e o Presidente do Tribunal de II – nomear e exonerar os Secretários de Es-
Justiça. tado;
§ 2º Vagando os cargos de Governador e III – exercer, com o auxílio dos Secretários
Vice-Governador do Estado, far-se-á elei- de Estado, a direção superior da administra-
ção noventa dias depois de aberta a última ção estadual;
vaga.
IV – iniciar o processo legislativo, na forma
§ 3º Ocorrendo vacância nos últimos dois e nos casos previstos nesta Constituição;
anos do período governamental, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias

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V – sancionar, promulgar e fazer publicar as XVIII – celebrar ou autorizar convênios ou
leis e expedir decretos e regulamentos para acordos com entidades públicas ou particu-
a sua fiel execução; lares, na forma desta Constituição;
VI – dispor sobre a organização e o funcio- XIX – realizar as operações de crédito pre-
namento da administração estadual, na for- viamente autorizadas pela Assembleia;
ma da lei;
XX – mediante autorização da Assembleia
VII – vetar projeto de lei, total ou parcial- Legislativa, subscrever ou adquirir ações,
mente; realizar ou aumentar capital, desde que
haja recursos hábeis, de sociedade de eco-
VIII – solicitar a intervenção federal no Esta- nomia mista ou de empresa pública, bem
do, nos termos da Constituição Federal; como dispor, a qualquer título, no todo ou
IX – decretar e fazer executar a intervenção em parte, de ações ou capital que tenha
estadual nos Municípios, na forma desta subscrito, adquirido, realizado ou aumenta-
Constituição; do.

X – remeter mensagem e plano de gover- Parágrafo único. O Governador do Estado


no à Assembleia Legislativa, por ocasião da poderá delegar as atribuições menciona-
abertura da sessão legislativa, expondo a si- das nos incisos VI e XVI primeira parte, aos
tuação do Estado; Secretários de Estado, ao Procurador-Geral
de Justiça e ao Procurador-Geral do Estado,
XI – prestar contas, anualmente, à Assem- que deverão observar os limites traçados
bleia Legislativa, dentro de sessenta dias nas respectivas delegações.
após a abertura da sessão legislativa, relati-
vamente ao ano anterior; Seção III
XII – prestar informações solicitadas pelos DA RESPONSABILIDADE
Poderes Legislativo e Judiciário, nos casos e DO GOVERNADOR
prazos fixados em lei;
Art. 88. São crimes de responsabilidade os atos
XIII – nomear agentes públicos, nos termos do Governador que atentarem contra a Consti-
estabelecidos nesta Constituição; tuição Federal, a Constituição do Estado e, espe-
cialmente:
XIV – enviar à Assembleia Legislativa o pla-
no plurianual, o projeto de lei de diretrizes I – a existência da União;
orçamentárias e as propostas de orçamen-
tos previstos nesta Constituição; II – o livre exercício do Poder Legislativo,
do Poder Judiciário, do Ministério Público e
XV – indicar dois dos conselheiros, audito- dos poderes constitucionais;
res e controladores do Tribunal de Contas
do Estado; III – o exercício dos direitos políticos, indivi-
duais e sociais;
XVI – prover e extinguir os cargos públicos
estaduais, na forma da lei e com as restri- IV – a lei orçamentária;
ções previstas nesta Constituição; V – a segurança interna do País;
XVII – nomear os conselheiros, auditores VI – a probidade na administração;
e controladores do Tribunal de Contas do
Estado, sendo cinco após aprovação da As- VII – o cumprimento das leis e das decisões
sembleia Legislativa, obedecido o disposto judiciais.
no art. 77, § 1º

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Parágrafo único. Esses crimes de responsa- ministração estadual, na área de suas atri-
bilidade serão os definidos em lei federal. buições, e referendar os atos e decretos as-
sinados pelo Governador;
Art. 89. Admitida a acusação contra o Gover-
nador do Estado, por dois terços dos membros II – expedir instruções para a execução das
da Assembleia Legislativa, será ele submetido a leis, decretos e regulamentos;
julgamento perante o Superior Tribunal de Jus-
tiça, nas infrações penais comuns, ou perante III – apresentar ao Governador do Estado
a própria Assembleia Legislativa, nos crimes de e à Assembleia Legislativa relatório anual
responsabilidade. de sua gestão na Secretaria, o qual deverá
ser obrigatoriamente publicado no Diário
(Por decisão do STF na Ação Direta de In- Oficial;
constitucionalidade nº 4.791, declara a in-
constitucionalidade das expressões “pro- IV – praticar atos pertinentes às atribuições
cessar e julgar o Governador... nos crimes que lhe forem outorgadas ou delegadas
de responsabilidade”, presente no art. 54, e pelo Governador do Estado;
“... ou perante a própria Assembleia Legisla- V – encaminhar à Assembleia Legislativa
tiva, nos crimes de responsabilidade”, esta informações por escrito, quando solicitado
última contida na segunda parte do art. 89, pela Mesa, podendo ser responsabilizado,
ambos da Constituição do Estado do Para- na forma da lei, em caso de recusa ou não
ná). atendimento no prazo de trinta dias, bem
§ 1º O Governador ficará suspenso de suas como de fornecimento de informações fal-
funções: sas.

I – nas infrações penais comuns, se recebida Art. 91. Os Secretários de Estado poderão com-
à denúncia ou queixa-crime pelo Superior parecer à Assembleia Legislativa, por sua inicia-
Tribunal de Justiça; tiva e mediante entendimento com a Mesa Exe-
cutiva, para expor assunto de relevância de sua
II – nos crimes de responsabilidade, após Secretaria.
a instauração de processo pela Assembleia
Legislativa. Art. 92. Os Secretários de Estado, nos crimes co-
muns e nos de responsabilidade, serão proces-
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oiten- sados e julgados pelo Tribunal de Justiça e, nos
ta dias, o julgamento não estiver concluído, crimes conexos com os do Governador do Esta-
cessará o afastamento do Governador, sem do, pelos órgãos competentes para o processo e
prejuízo do regular prosseguimento do pro- julgamento deste.
cesso.

Seção IV
DOS SECRETÁRIOS DE ESTADO CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 90. Os Secretários de Estado serão esco-
lhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um Seção I
anos e no exercício de seus direitos políticos.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Compete ao Secretário de
Estado, além de outras atribuições estabe- Art. 93. São órgãos do Poder Judiciário no Esta-
lecidas nesta Constituição e na lei: do:

I – exercer a orientação, coordenação e I – o Tribunal de Justiça;


supervisão dos órgãos e entidades da Ad-

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II – (Revogado pela Emenda Constitucional ção da Ordem dos Advogados do Brasil em
16 de 26/10/2005) todas as fases, exigindo-se do bacharel em
Direito, no mínimo, três anos de atividade
III – os Tribunais do Júri; jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
IV – os Juízes de Direito; à ordem de classificação;

V – os Juízes Substitutos; II – promoção de entrância para entrância,


alternadamente, por antiguidade e mereci-
VI – os Juizados Especiais; mento, atendidas as seguintes normas:
VII – os Juízes de Paz. a) é obrigatória a promoção do juiz que fi-
Art. 94. Os tribunais e juízes são independentes gurar por três vezes consecutivas ou cinco
e estão sujeitos somente à lei. alternadas em lista de merecimento;

Parágrafo único. No Tribunal de Justiça ha- b) a promoção por merecimento pressupõe


verá um órgão especial, integrado por vinte dois anos de exercício na respectiva entrân-
e cinco desembargadores, para o exercício cia e integrar o juiz a primeira quinta parte
de atribuições administrativas e jurisdicio- na lista de antiguidade desta, salvo se não
nais, delegadas da competência do tribunal houver com tais requisitos quem aceite o
pleno, provendo-se a metade das vagas por lugar vago;
antiguidade e a outra metade por eleição c) aferição do merecimento conforme o
pelo tribunal pleno. desempenho e pelos critérios objetivos de
Art. 95. Um quinto dos lugares do Tribunal de produtividade e presteza no exercício da ju-
Justiça será composto de membros do Ministé- risdição e pela frequência e aproveitamento
rio Público, com mais de dez anos de carreira, e em cursos de aperfeiçoamento oficiais ou
de advogados inscritos na Ordem dos Advoga- reconhecidos;
dos do Brasil, Seção do Paraná, de notório saber d) a lista de promoção por merecimento
jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez será formada pelos três juízes mais votados
anos de efetiva atividade profissional. pelo órgão competente, cabendo ao Pre-
§ 1º Os integrantes do quinto constitucional sidente do Tribunal de Justiça o respectivo
serão indicados em lista sêxtupla pelos ór- provimento;
gãos de representação das respectivas clas- e) havendo mais de uma vaga a ser preen-
se. chida pelo critério de merecimento, a lista
§ 2º Recebidas as indicações, o Tribunal será formada por tantos juízes, quantas va-
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder gas houver, mais dois;
Executivo, que, nos vinte dias subsequen- f) na apuração de antiguidade, o Tribunal
tes, escolherá um de seus integrantes para somente poderá recusar o juiz mais antigo
nomeação. pelo voto fundamentado de dois terços de
Art. 96. Lei de Organização e Divisão Judiciárias, seus membros, conforme procedimento
de iniciativa do Tribunal de Justiça, disporá so- próprio, e assegurada ampla defesa, repe-
bre a estrutura e funcionamento do Poder Ju- tindo-se a votação até fixar-se a indicação;
diciário do Estado e a carreira de magistratura, g) a aplicação alternada dos critérios de
observados os seguintes princípios: promoção atenderá à ordem numérica dos
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial atos de vacância dos cargos a serem preen-
será o de juiz substituto, mediante concurso chidos;
público de provas e títulos, com a participa-

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h) não será promovido o juiz que, injusti- atenderá, no que couber, ao disposto nas
ficadamente, retiver autos em seu poder alíneas a, b, c, e e h do inciso II;
além do prazo legal, não podendo devolvê-
-los ao cartório sem o devido despacho ou XI – todos os julgamentos dos órgãos do
decisão. Poder Judiciário serão públicos, e funda-
mentadas todas as decisões, sob pena de
III – à promoção e ao provimento inicial pre- nulidade, podendo a lei limitar a presença,
cede a remoção, alternadamente, por anti- em determinados atos, às próprias partes e
guidade e merecimento. a seus advogados, ou somente a estes, em
casos em que a preservação do direito à in-
IV – publicação do edital de remoção ou timidade do interessado no sigilo não preju-
promoção no prazo de dez dias contados da dique o interesse à informação;
data de vacância do cargo a ser preenchido;
XII – as decisões administrativas do Tribunal
V – o acesso ao Tribunal de Justiça far-se-á de Justiça serão motivadas e em sessão pú-
por antiguidade e merecimento, alternada- blica, sendo as disciplinares tomadas pelo
mente, apurados na última entrância; voto da maioria absoluta de seus membros;
VI – previsão de cursos oficiais de prepara- XIII – a atividade jurisdicional será ininter-
ção, aperfeiçoamento e promoção de ma- rupta, sendo vedadas as férias coletivas nos
gistrados, constituindo etapa obrigatória do juízos e no Tribunal de Justiça, funcionando,
processo de vitaliciamento a participação nos dias em que não houver expediente fo-
em curso oficial ou reconhecido por escola rense normal, juízes em plantão permanen-
nacional de formação e aperfeiçoamento te;
de magistrados;
XIV – o número de juízes na unidade jurisdi-
VII – subsídios fixados por lei, não podendo cional será proporcional à efetiva demanda
a diferença entre uma e outra categoria ser judicial e à respectiva população;
superior a dez por cento ou inferior a cinco
por cento, nem exceder a noventa e cinco XV – os servidores receberão delegação
por cento do subsídio mensal dos Ministros para prática de atos de administração e de
do Supremo Tribunal Federal, obedecido, atos de mero expediente sem caráter deci-
em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, sório;
XI e 39, § 4º da Constituição Federal;
XVI – a distribuição de processos será ime-
VIII – a aposentadoria dos magistrados e a diata, em todos os graus de jurisdição;
pensão de seus dependentes observarão o
disposto no artigo 35 desta Constituição; XVII – as custas e emolumentos serão des-
tinados exclusivamente ao custeio dos ser-
IX – o juiz titular residirá na respectiva co- viços afetos às atividades específicas da Jus-
marca, salvo autorização do Tribunal; tiça;
X – o ato de remoção disponibilidade e apo- XVIII – o Tribunal de Justiça poderá funcio-
sentadoria do magistrado, por interesse pú- nar descentralizadamente, constituindo Câ-
blico, fundar-se-á em decisão por voto da maras regionais, a fim de assegurar o pleno
maioria absoluta do Tribunal de Justiça ou acesso do jurisdicionado à Justiça em todas
do Conselho Nacional de Justiça, assegura- as fases do processo;
da ampla defesa;
XIX – o Tribunal de Justiça instalará a justiça
X-A – a remoção a pedido ou a permuta de itinerante, com a realização de audiências e
magistrados de comarca de igual entrância demais funções da atividade jurisdicional,
nos limites territoriais da respectiva jurisdi-

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ção, servindo-se de equipamentos públicos § 1º-A. Se o Tribunal não encaminhar a res-
e comunitários. pectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orça-
Art. 97. Os juízes gozam das seguintes garantias: mentárias, o Poder Executivo considerará,
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só para fins de consolidação da proposta orça-
será adquirida após dois anos de exercício, mentária anual, os valores aprovados na lei
dependendo a perda do cargo, nesse perío- orçamentária vigente, ajustados de acordo
do, de deliberação do Tribunal de Justiça; e, com os limites estipulados na forma do § 1º
nos demais casos, de sentença judicial tran- deste artigo.
sitada em julgado, assegurado, em qualquer § 1º-B. Se a proposta orçamentária de que
hipótese, o direito a ampla defesa; trata este artigo for encaminhada em desa-
II – inamovibilidade, salvo por motivo de cordo com os limites estipulados na forma
interesse público, na forma estabelecida na do § 1º, o Poder Executivo procederá aos
Constituição Federal; ajustes necessários para fins de consolida-
ção da proposta orçamentária anual.
III – irredutibilidade de subsídios, ressalva-
do o disposto nos arts. 37, X e XI, 38, § 4º, § 1º-C. Durante a execução orçamentária do
150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição exercício, não poderá haver a realização de
Federal. despesas ou a assunção de obrigações que
extrapolem os limites estabelecidos na lei
Parágrafo único. Aos magistrados é vedado: de diretrizes orçamentárias, exceto se pre-
I – exercer, ainda que em disponibilidade, viamente autorizadas, mediante a abertura
outro cargo ou função, salvo uma de magis- de créditos suplementares ou especiais.
tério; § 2º Os pagamentos devidos pela fazenda
II – receber, a qualquer título ou pretexto, estadual ou municipal, em virtude de con-
custas ou participação em processo; denação judicial, serão feitos exclusivamen-
te na ordem cronológica da apresentação
III – dedicar-se à atividade político-partidá- dos precatórios e à conta dos respectivos
ria. créditos, proibida a designação de casos ou
de pessoas nas dotações orçamentárias e
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, nos créditos adicionais, abertos para este
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, fim, à exceção dos de natureza alimentar.
entidades públicas ou privadas, ressalvadas
as exceções previstas em lei; § 3º É obrigatória a inclusão, no orçamen-
to das entidades de direito público, de do-
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal tação necessária ao pagamento dos seus
do qual se afastou, antes de decorridos três débitos constantes de precatórios judiciais
anos do afastamento do cargo por aposen- apresentados até 1º de julho, data em que
tadoria ou exoneração. seus valores serão atualizados, fazendo-se o
Art. 98. Ao Poder Judiciário é assegurada auto- pagamento até o final do exercício seguinte.
nomia administrativa e financeira. § 4º As dotações orçamentárias e os cré-
§ 1º O Tribunal de Justiça elaborará a propos- ditos abertos serão consignados ao Poder
ta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos Judiciário, recolhendo-se as importâncias
limites estipulados conjuntamente com os de- respectivas à repartição competente, ca-
mais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. bendo ao Presidente do Tribunal de Justiça
determinar o pagamento, segundo as possi-
bilidades do depósito, e autorizar, a requeri-

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mento dos credores, exclusivamente para o I – propor à Assembleia Legislativa, obser-


caso de preterimento do seu direito de pre- vado o disposto no art. 169 da Constituição
cedência, o sequestro da quantia necessária Federal:
à satisfação do débito.
a) a alteração do número de seus membros;
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamen-
to das entidades de direito público, de do- b) a criação e a extinção de cargos e a re-
tação necessária ao pagamento dos seus muneração dos seus serviços auxiliares e
débitos constantes de precatórios judiciais dos juízos que lhe forem vinculados, bem
apresentados até 1º de julho, data em que como a fixação do subsídio de seus mem-
seus valores serão atualizados, fazendo-se o bros e dos juízes, observado o que dispõem
pagamento até o final do exercício seguinte. os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I
da Constituição Federal;
Art. 99. Compete privativamente aos tribunais
de segundo grau: c) a criação, extinção ou alteração do núme-
ro de membros dos tribunais inferiores;
I – eleger seus órgãos diretivos na forma da
lei complementar que dispõe sobre o Esta- d) a alteração da organização e da divisão
tuto da Magistratura; judiciárias;

II – elaborar seu regimento interno, com e) a criação e extinção de comarcas, varas


observância das normas de processo e das ou distritos judiciários;
garantias processuais das partes, dispondo II – prover, na forma prevista na Constitui-
sobre a competência e o funcionamento ção Federal e nesta, os cargos de magistra-
dos órgãos jurisdicionais e administrativos; tura estadual, de primeiro e segundo graus,
III – organizar sua Secretaria e serviços au- incluídos os de desembargador, ressalvada
xiliares; a competência pertinente aos cargos do
quinto constitucional;
IV – prover, por concursos públicos de pro-
vas, ou de provas e títulos, vedado concurso III – aposentar os magistrados e os servido-
interno, os cargos necessários à administra- res da justiça;
ção da Justiça, exceto os de confiança, as- IV – conceder licença, férias e outros afas-
sim definidos em lei, que poderão ser provi- tamentos aos magistrados que lhe forem
dos sem concurso; vinculados;
V – conceder férias, que não poderão ser V – encaminhar a proposta orçamentária do
coletivas, licenças e outros afastamentos a Poder Judiciário;
seus membros e servidores.
VI – solicitar, quando cabível, a intervenção
Seção II federal no Estado;
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA VII – processar e julgar, originariamente:
Art. 100. O Tribunal de Justiça, com sede na Ca- a) nos crimes comuns e de responsabilida-
pital e jurisdição em todo o território do Estado, de, os deputados estaduais, os juízes de di-
compõe-se de desembargadores, em número fi- reito e juízes substitutos, os secretários de
xado em lei, nomeados entre os juízes de última Estado, os membros do Ministério Público
entrância, observando o disposto nos arts. 95 e e os prefeitos municipais, ressalvada a com-
96, V, desta Constituição. petência da Justiça Eleitoral, e, nos crimes
Art. 101. Compete privativamente ao Tribunal comuns, o vice-governador do Estado;
de Justiça, através de seus órgãos:

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b) os mandados de segurança contra atos IX – exercer as demais funções que lhe fo-
do Governador do Estado, da Mesa e da rem atribuídas por lei.
Presidência da Assembleia Legislativa, do
próprio Tribunal ou de algum de seus ór- § 1º Aos órgãos do Poder Judiciário do Es-
gãos, de Secretário de Estado, do Presidente tado compete a administração, conservação
do Tribunal de Contas, do Procurador-Geral e o uso dos imóveis e instalações forenses,
de Justiça, do Procurador-Geral do Estado e podendo ser autorizada a sua utilização por
do Defensor-Geral da Defensoria Pública; órgãos diversos, no interesse da justiça,
como dispuser o Tribunal de Justiça.
c) os mandados de injunção e os "habeas-
-data"; § 2º Os agentes do Ministério Público e da
Defensoria Pública terão, no conjunto arqui-
d) os "habeas-corpus" nos processos cujos tetônico dos fóruns, instalações próprias ao
os recursos forem de sua competência, ou exercício de suas funções, com condições
quando o coator ou paciente for autoridade assemelhadas às dos juízes de Direito junto
diretamente sujeita à sua jurisdição; aos quais funcionem.
e) as ações rescisórias de seus julgados e Seção III
as revisões criminais nos processos de sua (Revogado pela Emenda Constitucional 16 de
competência; 26/10/2005)
f) as ações diretas de inconstitucionalida- Art. 102. (Revogado pela Emenda Constitucio-
de e de constitucionalidade de leis ou atos nal 16 de 26/10/2005)
normativos estaduais e municipais contes-
tados em face desta Constituição e a incons- Art. 103. Compete aos Tribunais de Alçada:
titucionalidade por omissão de medida para I – propor ao Tribunal de Justiça, para en-
tornar efetiva norma constitucional; caminhamento à Assembleia Legislativa, a
g) a execução de sentença nas causas de criação e extinção de cargos de suas secre-
sua competência originária, facultada a tarias e a fixação dos respectivos vencimen-
delegação de atribuições para a prática de tos;
atos processuais; Art. 104. (Revogado pela Emenda Constitucio-
h) a reclamação para a preservação de sua nal 16 de 26/10/2005)
competência e garantia da autoridade de
suas decisões; Seção IV
DOS JUÍZES DE DIREITO
i) as causas e os conflitos entre o Estado e
E JUÍZES SUBSTITUTOS
os Municípios, inclusive entre as respectivas
entidades de administração indireta; Art. 105. Em primeiro grau de jurisdição, a car-
j) os conflitos de atribuições entre autorida- reira da magistratura compreende as entrân-
des administrativas e judiciárias do Estado, cias, definidas na Lei de Organização e Divisão
ou entre estas e as administrativas munici- Judiciárias.
pais; Art. 106. Além de outros enumerados em lei,
VIII – julgar em grau de recurso os feitos de constitui requisito e inscrição no concurso de in-
competência da justiça estadual, salvo os gresso na carreira ser bacharel em Direito.
atribuídos, por lei, aos órgãos recursais dos Art. 107. Para dirimir conflitos fundiários, o Tri-
juizados especiais; bunal de Justiça proporá a criação de varas es-
pecializadas, com competência exclusiva para
questões agrárias.

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§ 1º (Revogado pela Emenda Constitucional Parágrafo único. Como órgão recursal das
16 de 26/10/2005) decisões proferidas pelos juizados especiais,
funcionarão turmas de juízes de primeiro
§ 2º Sempre que entender necessário à grau, sem prejuízo das demais atribuições.
eficiente prestação da tutela jurisdicional, o
juiz irá ao local do litígio. Art. 110. A Justiça de Paz, remunerada, será
composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
Seção V universal e secreto, com mandato de quatro
DA JUSTIÇA MILITAR anos e competência para celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação
Art. 108. A Justiça Militar é constituída, em pri- apresentada, o processo de habilitação, exercer
meiro grau, pelos Conselhos de Justiça e, em se- atribuições conciliatórias e outras, sem caráter
gundo, pelo Tribunal de Justiça ou por Tribunal jurisdicional, conforme dispuser a Lei de Organi-
de Justiça Militar. zação e Divisão Judiciárias.
§ 1º A lei poderá criar, mediante proposta Seção VII
do Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça
Militar, quando cumprido o requisito previs- DO CONTROLE DA
to no art. 125, § 3º, da Constituição Federal. CONSTITUCIONALIDADE
§ 2º Compete à Justiça Militar estadual pro- Art. 111. São partes legítimas para propor a
cessar e julgar os militares do Estado nos ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
crimes militares definidos em lei e as ações ato normativo estadual ou municipal, em face
judiciais contra atos disciplinares militares, desta Constituição:
ressalvada a competência do júri, quando
a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de I – o Governador do Estado e a Mesa da As-
Justiça decidir sobre a perda do posto ou sembleia Legislativa;
da patente dos oficiais e da graduação dos II – o Procurador-Geral de Justiça e o Procu-
praças. rador Geral do Estado;
§ 3º Compete aos juízes de direito do juízo III – o Prefeito e a Mesa da Câmara do res-
militar processar e julgar, singularmente, os pectivo Município, quando se tratar de lei
crimes militares cometidos contra civis e as ou ato normativo local;
ações judiciais contra atos disciplinares, ca-
bendo ao conselho de justiça, sob a presi- IV – o Conselho Seccional da Ordem dos Ad-
dência de juiz de direito, processar e julgar vogados do Brasil;
os demais crimes militares. V – os partidos políticos com representação
Seção VI na Assembleia Legislativa;
DOS JUIZADOS ESPECIAIS E VI – as federações sindicais e as entidades
DOS JUÍZES DE PAZ de classe de âmbito estadual;

Art. 109. A competência, a composição e o fun- VII – o Deputado Estadual.


cionamento dos juizados especiais, de causas Art. 112. Somente pelo voto da maioria absolu-
cíveis de menor complexidade e de infrações ta dos seus membros ou dos membros do órgão
penais de menor potencial ofensivo serão de- especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar
terminados na Lei de Organização e Divisão Ju- a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
diciárias, observado o disposto no art. 98, I, da do Poder Público.
Constituição Federal.

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Parágrafo único. O Procurador-Geral de Art. 115. O Ministério Público elaborará sua
Justiça será sempre ouvido nas ações de in- proposta orçamentária dentro dos limites da lei
constitucionalidade. de diretrizes orçamentárias.
Art. 113. Declarada a inconstitucionalidade, a Art. 116. O Ministério Público tem por chefe o
decisão será comunicada à Assembleia Legisla- Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Go-
tiva ou à Câmara Municipal para suspensão da vernador do Estado, após a aprovação da As-
execução da lei ou ato impugnado. sembleia Legislativa, dentre os integrantes da
carreira, indicados em lista tríplice elaborada,
§ 1º Reconhecida a inconstitucionalidade na forma da lei, por todos os seus membros,
por omissão de medida para tornar efetiva para mandato de dois anos, permitida uma re-
norma desta Constituição, a decisão será condução, em que se observará o mesmo pro-
comunicada ao poder competente para cesso.
adoção das providências necessárias à prá-
tica do ato ou início do processo legislativo, § 1º O Procurador-Geral de Justiça poderá
e, em se tratando de órgão administrativo, ser destituído por deliberação da maioria
para emiti-lo em trinta dias, sob pena de absoluta da Assembleia Legislativa, na for-
responsabilidade. ma da lei complementar respectiva.
§ 2º Na ação direta de inconstitucionalida- § 2º Enquanto estiver exercendo o cargo, e
de incumbirá à Procuradoria Geral do Esta- até seis meses depois de havê-lo deixado, é
do atuar na curadoria de presunção de legi- vedado ao Procurador-Geral da Justiça con-
timidade do ato impugnado. correr às vagas de que trata o art. 95 desta
Constituição.
Art. 117. O ingresso na carreira do Ministério
CAPÍTULO IV Público far-se-á mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
dos Advogados do Brasil, observada, nas nome-
ações, a ordem de classificação.
Seção I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 118. Lei complementar, cuja iniciativa é fa-
cultada ao Procurador-Geral de Justiça, estabe-
Art. 114. O Ministério Público é instituição per- lecerá a organização, as atribuições e o estatu-
manente, essencial à função jurisdicional do to do Ministério Público, observadas, quanto a
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem ju- seus membros:
rídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis. I – as seguintes garantias:

§ 1º São princípios institucionais do Minis- a) vitaliciedade, após dois anos de exercício,


tério Público a unidade, a indivisibilidade e não podendo perder o cargo senão por sen-
a independência funcional. tença judicial transitada em julgado;

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada b) inamovibilidade, salvo por motivo de in-


autonomia funcional e administrativa, po- teresse público, mediante decisão do órgão
dendo, observado o disposto no art. 169 da colegiado competente do Ministério Públi-
Constituição Federal, propor ao Poder Le- co, por voto de dois terços de seus mem-
gislativo a criação e extinção de seus cargos bros, assegurada ampla defesa;
e serviços auxiliares, provendo-os por con- c) irredutibilidade de vencimentos, obser-
curso público de provas e títulos, a política vado o que dispõe o art. 27, XI, desta Cons-
remuneratória e os planos de carreira.

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tituição e os arts. 150, II, 153, III; e 153, § 2º, II – zelar pelo efetivo respeito dos poderes
I, da Constituição Federal; públicos e dos serviços de relevância públi-
ca aos direitos assegurados nesta Constitui-
d) revisão de vencimentos e vantagens, em ção e na da República, promovendo as me-
igual percentual, sempre que revistos os da didas necessárias à sua garantia;
magistratura;
III – promover o inquérito civil e ação civil
e) promoção voluntária, por antiguidade pública, para proteção do patrimônio públi-
e merecimento, alternadamente, de uma co e social, do meio ambiente e de outros
para outra entrância e da entrância mais interesses difusos e coletivos;
elevada para o cargo de procurador de jus-
tiça, aplicando-se, por assemelhação, o dis- IV – promover a ação de inconstitucionali-
posto no art.93, II, da Constituição Federal; dade ou representação para fins de inter-
venção do Estado no Município, nos casos
f) subsídios fixados com diferença de cinco previstos nesta Constituição e na Federal;
por cento de uma para outra entrância;
V – expedir notificações nos procedimentos
g) aposentadoria nos termos do artigo 35 administrativos de sua competência, requi-
desta Constituição. sitando informações e documentos, para
II – as seguintes vedações: instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
a) receber, a qualquer título e sob qual-
quer pretexto, honorários, percentagens VI – exercer o controle externo da ativida-
ou custas processuais, sendo a verba hono- de policial, na forma da lei complementar
rária decorrente da sucumbência recolhida mencionada no inciso anterior;
ao Estado, como renda eventual, à conta VII – requisitar diligências investigatórias e a
da Procuradoria-Geral de Justiça, para seu instauração de inquérito policial, indicados
aperfeiçoamento, o de seus integrantes e o os fundamentos jurídicos de suas manifes-
de seus equipamentos; tações processuais;
b) exercer a advocacia; VIII – exercer fiscalização dos estabeleci-
c) participar de sociedades comerciais, na mentos prisionais e dos que abriguem me-
forma da lei; nores, idosos, incapazes ou pessoas porta-
doras de deficiência, supervisionando sua
d) exercer, ainda que em disponibilidade, assistência;
qualquer outra função pública, salvo uma
de magistério; IX – fiscalizar, concorrentemente, a aplica-
ção das dotações públicas destinadas às ins-
e) exercer atividade político-partidária, sal- tituições assistenciais;
vo exceções previstas em lei.
X – participar em organismos estatais de de-
Art. 119. As funções do Ministério Público só fesa do meio ambiente, do trabalhador, do
podem ser exercidas por integrantes da carrei- consumidor, de menores, de política penal
ra, que deverão residir na comarca da respecti- e penitenciária e outros afetos a sua área de
va lotação. atuação;
Art. 120. São funções institucionais do Ministé- XI – receber petições, reclamações, repre-
rio Público: sentações ou queixas de qualquer pessoa
I – promover, privativamente, a ação penal por desrespeito aos direitos assegurados na
pública, na forma da lei; Constituição Federal e nesta, promovendo
as medidas necessárias à sua garantia;

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XII – exercer outras funções que lhe forem Art. 125. O exercício das atribuições da Procu-
conferidas, desde que compatíveis com as radoria-Geral do Estado é privativo dos procu-
suas finalidades, sendo-lhe vedada a repre- radores integrantes da carreira, que será orga-
sentação judicial e a consultoria jurídica de nizada e regida por estatuto próprio, definido
entidades públicas. em lei, com observância dos arts. 39 e 132 da
Constituição Federal.
Parágrafo único. A legitimação do Minis-
tério Público para as ações civis previstas § 1º O ingresso na carreira de procurador
neste artigo não impede a de terceiros, nas far-se-á na classe inicial, mediante concurso
mesmas hipóteses, segundo o disposto na público específico de provas e títulos, orga-
Constituição Federal e na lei. nizado e realizado pela Procuradoria-Geral
do Estado, assegurada a participação da Or-
Art. 121. Aos membros do Ministério Público, dem dos Advogados do Brasil, obedecida,
junto ao Tribunal de Contas, aplicam-se as dis- na nomeação, a ordem de classificação.
posições desta seção, no que se refere a direi-
tos, vedações e formas de investidura. § 2º É assegurado aos procuradores do Es-
tado:
Art. 122. O Ministério Público de superior ins-
tância terá composição mínima correspondente I – irredutibilidade de subsídios e proven-
a dois terços do número de membros de igual tos;
instância do Poder Judiciário.
II – inamovibilidade, na forma da lei;
Seção II III – estabilidade após três anos de efetivo
DA PROCURADORIA-GERAL exercício, mediante avaliação de desempe-
DO ESTADO nho perante os órgãos próprios, após rela-
tório circunstanciado da Corregedoria;
Art. 123. A advocacia do Estado, como função
institucionalizada e organizada por lei comple- IV – promoção voluntária por antiguidade e
mentar, terá como órgão único de execução a merecimento, alternadamente, observados
Procuradoria-Geral do Estado, diretamente vin- os requisitos previstos em lei;
culada ao Governador e integrante de seu gabi- V – subsídios fixados com a diferença de
nete. cinco por cento de uma para outra classe,
Art. 124. Compete à Procuradoria-Geral do Es- observado o disposto no art. 27, XI, desta
tado, além de outras atribuições que lhe forem Constituição.
conferidas por lei: § 3º É vedado aos procuradores do Estado:
I – a representação judicial e extrajudicial I – exercer advocacia fora das funções insti-
do Estado e a consultoria jurídica do Poder tucionais;
Executivo;
II – o exercício de qualquer outra função pú-
II – a unificação da jurisprudência adminis- blica, salvo o magistério.
trativa do Estado;
Art. 126. O Procurador-Geral do Estado, chefe
III – a cobrança judicial da dívida ativa do Es- da instituição, é de livre nomeação do Governa-
tado; dor, preferencialmente dentre os integrantes da
IV – a realização dos processos administrati- carreira e gozará de tratamento e prerrogativas
vo-disciplinares, nos casos previstos em lei; de Secretário de Estado.

V – a orientação jurídica aos Municípios, em


caráter complementar ou supletivo.

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Seção III Parágrafo único. (Revogado pela Emenda


DA DEFENSORIA PÚBLICA Constitucional 7 de 24/04/2000)
Art. 130. Qualquer subsídio ou isenção, redução
Art. 127. A Defensoria Pública é instituição de base de cálculo, concessão de crédito presu-
essencial à função jurisdicional do Estado, in- mido, anistia ou remissão, relativos a impostos,
cumbindo-lhe a orientação jurídica integral e taxas ou contribuições, só poderá ser concedido
gratuita, a postulação e a defesa, em todas as mediante lei específica estadual ou municipal
instâncias, judicial e extrajudicial, dos direitos e que regule exclusivamente as matérias acima
dos interesses individuais e coletivos dos neces- enumeradas ou o correspondente tributo ou
sitados, na forma da lei. contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo
Parágrafo único. São princípios institucio- 155, § 2º, XII, da Constituição Federal.
nais da Defensoria Pública a unidade, a im- Art. 131. O Estado poderá celebrar convênio
pessoalidade e a independência na função. com a União, Estados, Distrito Federal e Municí-
Art. 128. Lei complementar, observada a legis- pios, para dispor sobre matérias tributárias.
lação federal, disporá sobre a organização, es-
trutura e funcionamento da Defensoria Pública,
bem como sobre os direitos, deveres, prerroga-
tivas, atribuições e carreiras de seus membros. CAPÍTULO II
DA REPARTIÇÃO DAS
RECEITAS TRIBUTÁRIAS
TÍTULO IV
Art. 132. A repartição das receitas tributárias do
Dos Tributos e dos Orçamentos Estado obedece ao que, a respeito, determina a
Constituição Federal.
Parágrafo único. O Estado assegurará, na
forma da lei, aos Municípios que tenham
CAPÍTULO I parte de seu território integrando unida-
DA TRIBUTAÇÃO des de conservação ambiental, ou que se-
jam diretamente influenciados por elas, ou
Art. 129. Compete ao Estado instituir: àqueles com mananciais de abastecimento
público, tratamento especial quanto ao cré-
I – impostos previstos na Constituição Fede-
dito da receita referida no art. 158, parágra-
ral;
fo único, II, da Constituição Federal.
II – taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou poten-
cial, de serviços públicos específicos e divisí-
veis, prestados ao contribuinte ou postos à CAPÍTULO III
sua disposição; DOS ORÇAMENTOS
III – contribuição de melhoria, decorrente Art. 133. Leis de iniciativa do Poder Executivo
de obras públicas; estabelecerão:
IV – contribuição social, cobrada de seus I – o plano plurianual;
servidores, para o custeio, em benefício
destes, de sistemas de previdência e assis- II – as diretrizes orçamentárias anuais;
tência social.
III – os orçamentos anuais.

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§ 1º A lei que instituir o plano plurianual es- IX – os demonstrativos dos efeitos sobre as
tabelecerá, de forma regionalizada, as dire- receitas e despesas públicas decorrentes da
trizes, objetivos e metas da Administração concessão de quaisquer benefícios de natu-
Pública estadual, direta e indireta, abran- reza financeira, tributária e creditícia pela
gendo os programas de manutenção e ex- administração pública estadual.
pansão das ações do governo, observando
políticas sociais que garantirá a dignidade § 4º Os Poderes Legislativo, Executivo e Ju-
da pessoa humana, inclusive com o paga- diciário publicarão, até trinta dias após o
mento pelo estado, da tarifa do consumo encerramento de cada bimestre, relatórios
de água e esgoto e de energia elétrica e dos resumidos da execução orçamentária.
encargos decorrentes para as famílias ca- § 5º Os planos de programas estaduais, re-
rentes, na forma da lei. (NR) gionais e setoriais previstos nesta Constitui-
§ 2º Nenhum investimento cuja execução ção serão elaborados em consonância com
ultrapasse um exercício financeiro poderá o plano plurianual apreciado pela Assem-
ser iniciado sem prévia inclusão no plano bleia Legislativa.
plurianual, ou sem lei que autorize sua in- § 6º A lei orçamentária anual compreende-
clusão, sob pena de crime de responsabili- rá:
dade.
I – o orçamento fiscal, fixando as despesas
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias, de ca- referentes aos poderes estaduais, seus fun-
ráter anual, compreenderá: dos, órgãos e entidades da administração
I – as metas e prioridades da administração direta e indireta, estimando as receitas do
pública estadual direta e indireta; Estado, efetivas e potenciais, aqui incluídas
as renúncias fiscais a qualquer título;
II – as projeções das receitas e despesas
para o exercício financeiro subsequente; II – o orçamento próprio da administração
indireta, compreendendo as receitas pró-
III – os critérios para a distribuição setorial prias e as receitas de transferências do Esta-
e regional dos recursos para os órgãos dos do e suas aplicações relativas às autarquias
poderes do Estado; e às fundações;
IV – as diretrizes relativas à política de pes- III – o orçamento de investimento das em-
soal do Estado; presas públicas e daquelas em que o Estado,
direta ou indiretamente, detenha a maioria
V – as orientações para a elaboração da lei do capital social com direito a voto.
orçamentária anual;
§ 7º Os orçamentos previstos no § 6º, I, II
VI – os ajustamentos do plano plurianual e III deste artigo, em que constarão, deta-
decorrentes de uma reavaliação da realida- lhada e individualizadamente, as obras pre-
de econômica e social do Estado; vistas e seus respectivos custos, deverão ser
VII – as disposições sobre as alterações na elaborados em consonância com as políti-
legislação tributária; cas de desenvolvimento urbano, rural e re-
gional integrantes do plano plurianual.
VIII – as políticas de aplicação dos agentes
financeiros oficiais de fomento, apresen- § 8º O projeto de lei orçamentária será
tando o plano de prioridades das aplicações acompanhado de demonstrativos dos efei-
financeiras e destacando os projetos de tos sobre as receitas e despesas públicas
maior relevância; decorrentes da concessão de quaisquer be-
nefícios de natureza financeira, tributária e

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creditícia, pela administração pública esta- § 3º As emendas ao projeto de lei do or-


dual, detalhados de forma regionalizada e çamento anual e aos projetos que o
identificando os objetivos de tais conces- modifiquem somente podem ser aprovadas
sões. caso:
§ 9º A lei orçamentária anual não conterá I – sejam compatíveis com o plano plurianu-
dispositivo estranho à previsão da receita al e com a lei de diretrizes orçamentárias;
e à fixação de despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de II – indiquem os recursos necessários, admi-
créditos suplementares e contratação de tidos apenas os provenientes de anulação
operações de crédito, ainda que por anteci- de despesa, excluídas as que incidam sobre:
pação de receita, nos termos da lei. a) dotações para pessoal e seus encargos;
§ 10. Ao Poder Legislativo é assegurada au- b) serviço da dívida;
tonomia financeira e administrativa e a sua
proposta orçamentária será elaborada den- c) transferências tributárias constitucionais
tro do limite percentual das receitas corres- para os Municípios;
pondentes aos demais Poderes, a ser fixada
III – sejam relacionadas:
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
a) com a correção de erros ou omissões;
§ 11. Os recursos, a que se referem o art.
136, serão repassados, com base na receita, b) com os dispositivos do texto do projeto
em duodécimos e ser-lhe-á entregue até o de lei.
dia 20 de cada mês, corrigidas as parcelas
na mesma proporção do excesso de arreca- § 4º As emendas ao projeto de lei de dire-
dação. trizes orçamentárias não poderão ser apro-
vadas quando incompatíveis com o plano
Art. 134. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual.
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao or-
çamento anual e aos créditos adicionais serão § 5º O Governador do Estado poderá enviar
apreciados pela Assembleia Legislativa. mensagem à Assembleia Legislativa para
propor modificação nos projetos a que se
§ 1º Caberá às comissões técnicas compe- refere este artigo, enquanto não tiver sido
tentes da Assembleia Legislativa: iniciada a votação, em plenário, da parte
cuja alteração é proposta.
I – examinar e emitir parecer sobre os proje-
tos referidos neste artigo e sobre as contas § 6º Aplicam-se aos projetos mencionados
apresentadas anualmente pelo Governador neste artigo, no que não contrariem o dis-
do Estado; posto nesta seção, as demais normas relati-
vas ao processo legislativo.
II – examinar e emitir parecer sobre os pla-
nos e programas estaduais, regionais e se- § 7º Os recursos que, em decorrência de
toriais previstos nesta Constituição e exer- veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
cer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária anual, ficarem sem despe-
orçamentária. sas correspondentes poderão ser utiliza-
dos, conforme o caso, mediante créditos
§ 2º As emendas serão apresentadas à co-
especiais ou suplementares, com prévia e
missão competente, que sobre elas emitirá
específica autorização legislativa.
parecer, e apreciadas em plenário, na forma
regimental. § 8º Sempre que solicitado pela Assembleia
Legislativa, o Tribunal de Contas emitirá, no

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prazo por ela consignado, parecer prévio IX – a instituição de fundos de qualquer na-
sobre a proposta orçamentária. tureza, sem prévia autorização legislativa;
Art. 135. São vedados: X – a subvenção ou auxílio do Poder Públi-
co às entidades de previdência privada com
I – o início de programas ou projetos não in- fins lucrativos.
cluídos na lei orçamentária anual;
§ 1º Os créditos especiais e extraordiná-
II – a realização de despesas ou a assunção rios terão vigência no exercício financeiro
de obrigações diretas que excedam os cré- em que forem autorizados, salvo se o ato
ditos orçamentários ou adicionais; de autorização for promulgado nos últimos
III – a realização de operações de crédi- quatro meses do exercício, caso em que,
to que excedam o montante das despesas reabertos nos limites de seus saldos, serão
de capital, exceto as autorizadas mediante incorporados ao orçamento do exercício
créditos suplementares ou especiais com financeiro subsequente.
finalidade precisa, aprovados pelo Poder § 2º A abertura de crédito extraordinário
Legislativo por maioria absoluta; somente será admitida para atender a des-
IV – a vinculação de receita de impostos a pesas imprevisíveis e urgentes como as de-
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re- correntes de guerra, comoção interna ou
partição do produto da arrecadação dos calamidade pública.
impostos a que se referem os artigos 158 e Art. 136. Os recursos correspondentes às dota-
159, a destinação de recursos para manu- ções orçamentárias, compreendidos os crédi-
tenção e desenvolvimento do ensino, como tos suplementares e especiais destinados aos
determinado pelo artigo 212, e a prestação órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do
de garantias às operações de crédito por Ministério Público, serão entregues até o dia
antecipação de receita, previstas no artigo vinte de cada mês, na forma da legislação per-
165, § 8º, bem assim como o disposto no § tinente.
4º do art. 167, todos da Constituição Fede-
ral; Art. 137. A despesa com pessoal ativo e inativo
do Estado e dos Municípios não poderá exercer
V – a abertura de crédito suplementar ou os limites estabelecidos em lei complementar
especial sem prévia autorização legislativa e federal.
sem indicação dos recursos corresponden-
tes; § 1º A concessão de qualquer vantagem ou
aumento de remuneração, a criação de car-
VI – a transposição, o remanejamento ou a gos, empregos e funções ou alteração de es-
transferência de recursos de uma categoria trutura de carreiras, bem como a admissão
de programação para outra ou de um órgão ou contratação de pessoal, a qualquer títu-
para outro, sem prévia autorização legisla- lo, pelos órgãos e entidades da administra-
tiva; ção direta ou indireta, inclusive fundações
VII – a concessão ou utilização de créditos instituídas e mantidas pelo poder público,
ilimitados; só poderão ser feitas:

VIII – a utilização, sem autorização legisla- I – se houver prévia dotação orçamentária


tiva específica, de recursos do orçamento suficiente para atender às projeções de des-
fiscal, para suprir necessidades ou cobrir pesa de pessoal e aos acréscimos dela de-
déficit de empresas, fundações e fundos; correntes;

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II – se houver autorização específica na lei TÍTULO V


de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de eco- Da Ordem Econômica
nomia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei
complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, se- CAPÍTULO I
rão imediatamente suspensos todos os re- DOS PRINCÍPIOS GERAIS
passes de verbas estaduais aos Municípios DA ORDEM ECONÔMICA
que não observem os referidos limites.
Art. 139. A organização da atividade econômi-
§ 3º Para o cumprimento dos limites esta- ca, fundada na valorização do trabalho, na livre
belecidos com base neste artigo, durante o iniciativa e na proteção do meio ambiente, tem
prazo fixado na lei complementar referida por objetivo assegurar existência digna a todos,
no caput, o Estado e os Municípios adota- conforme os mandamentos da justiça social e
rão as seguintes providências: com base nos princípios, estabelecidos na Cons-
I – redução em pelo menos vinte por cen- tituição Federal.
to das despesas com cargos em comissão e Art. 140. Como agente normativo e regulador
funções de confiança; das atividades econômicas, o Estado exerce-
II – exoneração dos servidores não estáveis. rá, na forma da lei, as funções de orientação,
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
§ 4º Se as medidas adotadas com base no este determinante para o setor público e indica-
parágrafo anterior não forem suficientes tivo para o setor privado.
para assegurar o cumprimento da determi-
nação da lei complementar referida neste Art. 141. A lei definirá o sistema, as diretrizes
artigo, o servidor estável poderá perder o e bases do planejamento e desenvolvimento
cargo, desde que o ato normativo motivado estadual equilibrado, integrando-o ao planeja-
de cada um dos Poderes especifique a ati- mento nacional e a ele se incorporando e com-
vidade funcional, o órgão ou unidade admi- patibilizando os planos regionais e municipais,
nistrativa objeto da redução de pessoal. atendendo:

§ 5º O servidor que perder o cargo na for- I – ao desenvolvimento social e econômico;


ma prevista no parágrafo anterior fará jus a II – ao desenvolvimento urbano e rural;
indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço. III – à ordenação territorial;

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos IV – à articulação, integração e descentrali-


parágrafos anteriores será considerado ex- zação dos diferentes níveis de governo e das
tinto, vedada a criação de cargo, emprego respectivas entidades da administração in-
ou função com atribuições iguais ou asse- direta com atuação nas regiões, distribuin-
melhadas pelo prazo de quatro anos. do-se adequadamente recursos financeiros;

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas a V – à definição de prioridades regionais.


serem obedecidas na efetivação do dispos-
Parágrafo único. A lei regulamentará as re-
to no § 4º deste artigo.
lações da empresa pública com o Estado e a
Art. 138. A Assembleia Legislativa elaborará a sociedade.
proposta orçamentária do Poder Legislativo.

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Art. 142. As parcelas de recursos asseguradas, novação e prorrogação, bem como sobre as
nos termos da lei federal, ao Estado, como parti- condições de caducidade, fiscalização e res-
cipação no resultado da exploração de petróleo cisão da concessão ou permissão;
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos II – os direitos dos usuários;
minerais, no seu território, ou como compensa- III – a política tarifária;
ção financeira por essa exploração, serão aplica-
das e distribuídas na forma, nos prazos e nos cri- IV – a obrigação de manter serviço adequa-
térios definidos na lei complementar estadual. do;

Parágrafo único. A política de aplicação § 2º Nas delegações de novas linhas de


dos recursos a que alude este artigo será transporte coletivo de passageiros, a serem
definida por comissão composta paritaria- implantadas no Estado, bem como nas re-
mente de representantes dos Poderes Exe- novações e prorrogações das mesmas, é ve-
cutivo e Legislativo, das classes produtoras dada a cláusula de exclusividade.
e trabalhadoras.
§ 3º (Revogado pela Emenda Constitucional
Art. 143. As microempresas e as empresas de 7 de 24/04/2000)
pequeno porte, assim definidas em lei, recebe-
Art. 147. A empresa pública, a sociedade de
rão do Estado tratamento jurídico diferenciado,
economia mista e outras entidades estatais que
visando ao incentivo de sua criação, preserva-
explorem atividade econômica sujeitam-se ao
ção e desenvolvimento, através da eliminação,
regime jurídico próprio das empresas privadas,
redução ou simplificação de suas obrigações ad-
inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tri-
ministrativas, tributárias e creditícias, por meio
butárias.
da lei.
Parágrafo único. As empresas públicas e as
Parágrafo único. O poder público estimula-
sociedades de economia mista não poderão
rá a atividade artesanal.
gozar de privilégios fiscais não extensivos às
Art. 144. O Estado e os Municípios promoverão do setor privado.
e incentivarão o turismo como fator de desen-
Art. 148. O Estado apoiará e estimulará o coo-
volvimento social e econômico.
perativismo.
Art. 145. O Estado, por lei e ação integrada com
Parágrafo único. É assegurada a participa-
a União, Municípios e a sociedade, promove-
ção do cooperativismo, através do seu ór-
rá a defesa dos direitos sociais do consumidor,
gão de representação, nos colegiados de
através de sua conscientização, da prevenção
âmbito estadual dos quais a iniciativa priva-
e responsabilização por danos a ele causados,
da faça parte e que tratem de assuntos re-
democratizando a fruição de bens e serviços es-
lacionados com as atividades desenvolvidas
senciais.
pelas cooperativas.
Art. 146. Incumbe ao poder público, na forma
Art. 149. O sistema financeiro estadual, estrutu-
da lei, diretamente ou sob regime de conces-
rado de forma a promover o desenvolvimento
são ou permissão, sempre através de licitação, a
equilibrado do Estado e a servir aos interesses
prestação de serviços públicos.
da coletividade, será regulado em lei comple-
§ 1º Lei complementar disporá sobre: mentar, obedecendo, em sua organização, fun-
cionamento e atribuições, às normas emanadas
I – o regime das empresas concessionárias da legislação federal.
e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato, de sua re-

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CAPÍTULO II III – critérios de parcelamento, uso e ocu-


DA POLÍTICA URBANA pação do solo e zoneamento, prevendo áre-
as destinadas a moradias populares, com
Art. 150. A política de desenvolvimento urbano garantias de acesso aos locais de trabalho,
será executada pelo Poder Público municipal, serviço e lazer;
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, ten- IV – proteção ambiental;
do por objetivo ordenar o desenvolvimento das
funções da cidade e garantir o bem-estar dos V – ordenação de usos, atividades e funções
seus habitantes. de interesse zonal.
Art. 151. A política de desenvolvimento urbano § 2º O Poder Público municipal poderá exi-
visa assegurar, dentre outros objetivos: gir, nos termos do art. 182, § 4º, da Consti-
tuição Federal, o adequado aproveitamento
I – a urbanização e a regularização de lotea- do solo urbano não edificado, subutilizado
mentos de áreas urbanas; ou não utilizado.
II – a cooperação das associações represen- Art. 153. As cidades com população inferior a
tativas no planejamento urbano municipal; vinte mil habitantes receberão assistência de
III – a preservação de áreas periféricas de órgão estadual de desenvolvimento urbano na
produção agrícola e pecuária; elaboração das normas gerais de ocupação do
território, que garantam a função social do solo
IV – a garantia à preservação, à proteção e urbano.
à recuperação do meio ambiente e da cul-
tura;
V – a criação e manutenção de parques de
CAPÍTULO III
especial interesse urbanístico, social, am-
biental, turístico e de utilização pública; DAS POLÍTICAS AGRÍCOLA E AGRÁRIA
VI – a utilização racional do território e dos Art. 154. A política agrícola estadual será pla-
recursos naturais, mediante controle da im- nejada e executada, na forma da lei, com a
plantação e do funcionamento de ativida- participação paritária e efetiva dos produtores
des industriais, comerciais, residenciais e e trabalhadores rurais, objetivando o desenvol-
viárias. vimento rural nos seus aspectos econômicos e
sociais com racionalização de uso e preservação
Art. 152. O plano diretor, instrumento básico dos recursos naturais e ambientais, cabendo ao
da política de desenvolvimento econômico e Estado:
social e de expansão urbana, aprovado pela Câ-
mara Municipal, é obrigatório para as cidades I – a orientação, assistência técnica e exten-
com mais de vinte mil habitantes, expressando são rural;
as exigências de ordenação da cidade e explici-
II – a geração contínua e evolutiva de tecno-
tando os critérios para que se cumpra a função
logia de produção;
social da propriedade urbana.
III – a inspeção e fiscalização da produção,
§ 1º O plano diretor disporá sobre:
comercialização e utilização de insumos
I – normas relativas ao desenvolvimento ur- agropecuários;
bano;
IV – o estabelecimento de mecanismos de
II – políticas de orientação da formulação apoio:
de planos setoriais;

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a) a programas que atendam às áreas da de preservação ambiental, através de títulos de
agropecuária do Estado; domínio ou de concessão de uso, inegociáveis
pelo prazo de dez anos, segundo forma e crité-
b) a sistemas de seguro agrícola; rio definidos em lei complementar estadual.
c) à complementação dos serviços voltados § 1º Os órgãos do Estado devem ser colo-
para a comercialização agrícola, armazena- cados, em caráter complementar, a serviço
gem, transporte e abastecimento; dos assentamentos, no sentido de torná-los
d) à organização dos produtores em coope- produtivos.
rativas, associações de classe e demais for- § 2º A política de assentamento rural, de-
mas associativas; senvolvida pelo Estado, estimulará o coope-
e) à agroindustrialização de forma regionali- rativismo e demais formas associativas.
zada e, preferencialmente, no meio rural ou § 3º O Estado assegurará, aos detentores de
em pequenas comunidades; posse de terras devolutas por eles tornadas
f) ao setor pesqueiro; produtivas, com o seu trabalho e com o da
sua família, preferência a receber título de
V – a instituição de um sistema de planeja- domínio ou de concessão de uso, com os
mento agrícola integrado; gravames previstos neste artigo, desde que:
VI – o investimento em benefícios sociais I – não sejam proprietários de área superior
para rurícolas e comunidades rurais; a um módulo rural mínimo;
VII – a irrigação, drenagem, eletrificação e II – tenham na agricultura sua atividade
telefonia rural; principal;
VIII – as ações de conhecimento da realida- III – residam no imóvel.
de e o encaminhamento de soluções ao tra-
balhador rural, especialmente ao volante; § 4º Fica assegurada aos beneficiários e
suas organizações representativas a partici-
IX – a manutenção de controle estatístico pação no planejamento e execução dos as-
de produção com estimativas de safras. sentamentos.
§ 1º A lei agrícola dará tratamento diferen- § 5º A concessão de título de domínio ou
ciado e privilegiado ao micro e pequeno de uso de terras públicas e devolutas de-
produtor. verá considerar a manutenção das reservas
§ 2º O Estado implantará em todo território florestais públicas e as restrições de uso do
o sistema estadual de cadastro técnico ru- solo, nos termos da lei.
ral, com vistas ao planejamento e desenvol- § 6º Os lotes destinados a assentamen-
vimento das políticas agrícola, agrária, de tos nunca serão inferiores ao módulo rural
regularização fundiária, utilização e preser- mínimo definido por lei, ficando vedada a
vação dos recursos naturais e de apoio às concessão de título de domínio ou de uso
políticas urbanas municipais. de mais de um lote ao mesmo conjunto fa-
Art. 155. Observada a lei federal, o Estado pro- miliar.
moverá todos os esforços no sentido de implan- § 7º O título de domínio e a concessão de
tar a reforma agrária. uso de imóveis rurais serão concedidos ao
Art. 156. A regularização de ocupações e a desti- homem ou à mulher ou a ambos, indepen-
nação de terras públicas e devolutas serão com- dentemente de estado civil, nos termos da
patibilizadas com as políticas agrícola, agrária e Constituição Federal.

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§ 8º As terras devolutas do Estado, obser- II – inspecionará, classificará e estabelecerá


vado o disposto no art. 208 desta Constitui- padrões de qualidade e sanidade, para co-
ção, terão prioridade para assentamento de mercialização de produtos agropecuários e
trabalhadores rurais. subprodutos de origem animal e vegetal;
Art. 157. A concessão do uso de terras públicas III – adotará medidas de defesa sanitária
far-se-á por meio de contrato, onde constarão, animal e vegetal e serviço de erradicação e
obrigatoriamente, além de outras que forem es- prevenção de doenças e pragas que afetem
tabelecidas pelas partes, cláusulas definidoras: o setor agrossilvopastoril;
I – da exploração de terra, direta, pessoal, IV – manterá serviço de assistência técnica
familiar, associativa ou cooperativa para cul- e extensão rural, assegurando orientação
tivo ou qualquer outro tipo de exploração prioritária ao micro e pequeno produtor so-
que atenda aos objetivos da política agrária, bre a produção agrossilvopastoril, sua orga-
sob pena de reversão ao outorgante; nização, comercialização e preservação dos
recursos naturais;
II – da residência permanente dos
beneficiários na área objeto de contrato; V – promoverá ações que visem à
profissionalização no meio rural;
III – da indivisibilidade e intransferibilidade
das terras, por parte dos outorgados e seus VI – criará, disciplinando-os em lei, fundos
herdeiros, a qualquer título, sem autoriza- específicos para o desenvolvimento rural.
ção expressa e prévia do outorgante.
Art. 160. No caso de aquisição, pelo Estado, de
Art. 158. Caberá ao Estado, em benefício dos áreas destinadas à implantação de usinas hi-
projetos de assentamento: drelétricas, é facultada ao proprietário a opção
pelo pagamento em terras, compensando-se a
I – estabelecer programas especiais de cré- qualidade pela quantidade.
dito, assistência técnica e extensão rural;
Parágrafo único. O pagamento na forma
II – executar obras de infra-estrutura física prevista neste artigo dependerá de prévia
e social; autorização da Assembleia Legislativa.
III – estabelecer programas de fornecimen-
to de insumos básicos e de serviços de me-
canização agrícola;
CAPÍTULO IV
IV – criar mecanismos de apoio à comercia- DOS RECURSOS NATURAIS
lização da produção;
Art. 161. Compete ao Estado, na forma da lei,
V – estabelecer programas de pesquisas
no âmbito de seu território, respeitada a políti-
que subsidiem o diagnóstico e acompanha-
ca do meio ambiente:
mento sócio-econômico dos assentamen-
tos, bem como seus levantamentos físicos. I – instituir e manter sistema de gerencia-
mento dos recursos naturais;
Art. 159. O Estado, adotando as medidas cabí-
veis: II – o registro, o acompanhamento e a
fiscalização do uso dos recursos naturais.
I – disciplinará, por lei, tudo que se referir a
produtos destinados a uso agrícola que ofe- Art. 162. As negociações sobre aproveitamento
reçam risco à vida, à flora, à fauna e ao meio energético, de recursos hídricos, entre a União e
ambiente; o Estado e entre este e outras unidades da fede-
ração, devem ser acompanhadas por comissão

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parlamentar nomeada pela Assembleia Legisla- II – a uniformidade e equivalência dos be-
tiva do Estado. nefícios e serviços às populações urbanas e
rurais;
Art. 163. O Estado fomentará a implantação, em
seu território, de usinas hidrelétricas de peque- III – a participação organizada da sociedade
no porte, para o atendimento ao consumo local, civil na definição e execução dos objetivos,
respeitada a capacidade de suporte do meio permitindo que os segmentos interessados
ambiente. tenham participação nos programas sociais.
Art. 164. O Estado, na forma da lei, promove- Seção II
rá e incentivará a pesquisa do solo e subsolo e DA SAÚDE
o aproveitamento adequado dos seus recursos
naturais, sendo de sua competência: Art. 167. A saúde é direito de todos e dever do
I – organizar e manter os serviços de geolo- Estado, garantido mediante políticas sociais e
gia e cartografia de âmbito estadual; econômicas que visem à prevenção, redução e
eliminação de doenças e de outros agravos e ao
II – fornecer os documentos e mapeamen- acesso universal e igualitário às ações e serviços
tos geológico-geotécnicos necessários ao de saúde para a sua promoção, proteção e recu-
planejamento da ocupação do solo e subso- peração.
lo, nas áreas urbana e rural, no âmbito re-
gional e municipal. Parágrafo único. Ao Estado, como integran-
te do sistema único de saúde, compete im-
plementar ações destinadas a cumprir as
atribuições referidas no art. 200 da Consti-
TÍTULO VI tuição Federal.
Da Ordem Social Art. 168. As ações e serviços de saúde são de
relevância pública, cabendo ao poder público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamen-
tação, fiscalização e controle, devendo sua exe-
CAPÍTULO I cução ser feita, preferencialmente, através de
DA SEGURIDADE SOCIAL serviços oficiais e, supletivamente, através de
serviços de terceiros, pessoas físicas ou jurídicas
Seção I de direito privado.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 169. As ações e serviços públicos de saúde
integram uma rede regionalizada e hierarquiza-
Art. 165. O Estado, em ação conjunta e inte- da e constituem um sistema estadual de saúde,
grada com a União, Municípios e a sociedade, organizado de acordo com as seguintes diretri-
tem o dever de assegurar os direitos relativos zes:
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à capacitação para o traba- I – municipalização dos recursos, serviços
lho, à cultura e de cuidar da proteção especial e ações, com posterior regionalização dos
da família, da mulher, da criança, do adolescen- mesmos, de forma a apoiar os Municípios;
te, do idoso e do índio.
II – integralidade na prestação das ações,
Art. 166. Cabe ao Estado garantir a coordenação preventivas e curativas, adequadas às reali-
e execução de uma política social que assegure: dades epidemiológicas;

I – a universalidade da cobertura e do aten- III – integração da comunidade, através da


dimento; constituição do Conselho Estadual de Saú-

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de, com caráter deliberativo, garantida a Seção III


participação dos usuários, prestadores de
serviços e gestores, na forma da lei. DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 170. O Estado e os Municípios dotarão os Art. 173. O Estado e os Municípios assegurarão,
serviços de saúde de meios adequados ao aten- no âmbito de suas competências, a proteção e a
dimento à saúde da família, da mulher, da crian- assistência à família, especialmente à materni-
ça, do adolescente, do jovem e do idoso objeti- dade, à infância, à adolescência, à juventude e à
vando também, quando da instituição do plano velhice, bem como a educação do excepcional,
plurianual, garantir as seguintes políticas sociais na forma da Constituição Federal.
regulamentadas em Lei Complementar:
Art. 174. As ações governamentais de assistên-
I – exames periódicos gratuitos para os do- cia social, observada a competência da União,
miciliados no Estado, objetivando preven- serão descentralizadas e integradas, cabendo ao
ção do câncer e do diabetes, garantindo aos Estado e Municípios a coordenação e execução,
portadores o fornecimento de medicamen- com participação das entidades beneficentes de
tos e insumos destinados ao tratamento e assistência social e das comunidades.
controle destas doenças;
Art. 175. O Estado destinará, deduzidos os prê-
II – exames semestrais aos alunos da rede mios e as despesas operacionais, cinquenta por
pública de ensino objetivando prevenção cento do produto da arrecadação de concursos
do câncer e do diabetes, além de campa- de prognósticos de números aos Municípios,
nhas educativas. para programas de assistência social e de apoio
Art. 171. A assistência à saúde é livre à iniciativa ao esporte amador.
privada. Parágrafo único. A lei estabelecerá critérios
Parágrafo único. As instituições privadas de proporcionalidade para a distribuição
poderão participar, de forma complemen- dos recursos referidos neste artigo.
tar, do sistema único de saúde, segundo di- Art. 176. O Estado garantirá, na rede pública
retrizes deste, mediante contrato de direito hospitalar, o atendimento para interrupção da
público ou convênio, tendo preferência as gravidez, nos casos previstos em lei.
entidades filantrópicas e as sem fins lucra-
tivos.
Art. 172. O Estado manterá o Fundo Esta-
dual de Saúde, a ser criado na forma da lei, CAPÍTULO II
financiado com recursos dos orçamentos DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E
da seguridade social, da União, do Estado e DO DESPORTO
dos Municípios, além de outras fontes.
§ 1º O volume dos recursos a esse fim
Seção I
destinados pelo Estado e Municípios será DA EDUCAÇÃO
definido em suas respectivas leis orçamen-
Art. 177. A educação, direito de todos e dever
tárias.
do Estado e da família, será promovida e incen-
§ 2º É vedada a destinação de recursos pú- tivada com a colaboração da sociedade, visan-
blicos para auxílio ou subvenções a institui- do ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
ções privadas com fins lucrativos. preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

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Art. 178. O ensino será ministrado com base IV – atendimento educacional especializado
nos seguintes princípios: gratuito aos portadores de deficiência, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino;
I – igualdade de condição para acesso e per-
manência na escola, vedada qualquer for- V – acesso aos níveis mais elevados do en-
ma de discriminação e segregação; sino, da pesquisa e da criação artística, se-
gundo a capacidade de cada um;
II – gratuidade de ensino em estabeleci-
mentos mantidos pelo Poder Público esta- VI – organização do sistema estadual de en-
dual, com isenção de taxas e contribuições sino;
de qualquer natureza;
VII – assistência técnica e financeira aos
III – liberdade de aprender, ensinar, pesqui- Municípios para o desenvolvimento do en-
sar e divulgar o pensamento, a arte e o sa- sino fundamental, pré-escolar e de educa-
ber; ção especial;
IV – valorização dos profissionais do ensino, VIII – Atendimento ao educando, no ensi-
garantindo-se, na forma da lei, planos de no pré-escolar, fundamental, médio e de
carreira para todos os cargos do magistério educação especial, através de programas
público, piso salarial de acordo com o grau suplementares de material didático-escolar,
de formação profissional e ingresso, exclu- transporte, alimentação e assistência à saú-
sivamente por concurso de provas e títulos, de;
realizado periodicamente, sob o regime ju-
rídico adotado pelo Estado; IX – atendimento em creche e pré-escola às
crianças de até seis anos de idade;
V – garantia de padrão de qualidade em
toda a rede e níveis de ensino a ser fixada X – ampliação e manutenção da rede de
em lei; estabelecimentos públicos de ensino fun-
damental e médio, independentemente da
VI – pluralismo de idéias e de concepções existência de escola mantida por entidade
pedagógicas e religiosas, e coexistência de privada.
instituições públicas e privadas de ensino;
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gra-
VII – asseguramento da pluralidade de ofer- tuito é direito público subjetivo.
ta de ensino de língua estrangeira na rede
pública estadual de educação. § 2º O não oferecimento do ensino obriga-
tório pelo Poder Público, ou sua oferta irre-
Art. 179. O dever do Poder Público, dentro das gular, importa responsabilização da autori-
atribuições que lhe forem conferidas, será cum- dade competente.
prido mediante a garantia de:
§ 3º Compete ao Poder Público estadual,
I – ensino fundamental, obrigatório e gratui- com a colaboração dos Municípios, recen-
to, inclusive para os que a ele não tenham sear os educandos no ensino fundamental,
tido acesso na idade própria; fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais
ou responsáveis, pela frequência à escola.
II – progressiva universalização do ensino
médio gratuito; § 4º Na organização de seus sistemas de en-
sino, os Estados e os Municípios definirão
III – ensino público noturno, fundamen- formas de colaboração, de modo a assegu-
tal e médio, adequado às necessidades do rar a universalização do ensino obrigatório.
educando, assegurado o mesmo padrão de
qualidade do ensino público diurno;

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§ 5º Os Municípios atuarão prioritariamen- II – autorização e avaliação de qualidade


te no ensino fundamental e na educação in- pelo Poder Público competente.
fantil.
Art. 183. Compete ao Poder Público estadual
§ 6º O Estado atuará prioritariamente no normatizar e garantir a aplicação das normas e
ensino fundamental e médio. dos conteúdos mínimos para o ensino pré-esco-
lar, fundamental, médio e de educação especial,
§ 7º Os programas suplementares de ali- de maneira a assegurar formação básica comum
mentação e assistência à saúde previstos no e respeito aos valores culturais e artísticos uni-
art. 179, inciso VIII, serão financiados com versais, nacionais e regionais.
recursos provenientes de contribuições so-
ciais e outros recursos orçamentários, sem § 1º O ensino religioso, de matrícula facul-
ônus para as verbas de educação previstas tativa e de natureza interconfessional, asse-
no art. 185 desta Constituição. gurada a consulta aos credos interessados
sobre o conteúdo programático, constituirá
§ 8º Os programas suplementares de mate- disciplina dos horários normais das escolas
rial didático-escolar e de transporte escolar públicas de ensino fundamental.
poderão ingressar no cálculo previsto no
art. 185 desta Constituição. § 2º O ensino fundamental regular será mi-
nistrado em língua portuguesa, assegurada
Art. 180. As universidades gozam de autonomia às comunidades indígenas também a utili-
didático-científica, administrativa e de gestão zação de suas línguas maternas e processos
financeira e patrimonial e obedecerão ao princí- próprios de aprendizagem.
pio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa,
extensão e ao da integração entre os níveis de Art. 184. O plano plurianual de educação es-
ensino. tabelecido em lei objetivará a articulação e o
desenvolvimento do ensino em seus diversos
§ 1º As instituições de ensino superior aten- níveis, neles atendendo às necessidades apon-
derão, através de suas atividades de pesqui- tadas em diagnósticos decorrentes de consultas
sa e extensão, a finalidades sociais e torna- a entidades envolvidas no processo pedagógico
rão públicos seus resultados. e à integração do Poder Público, visando à:
§ 2º É facultado às universidades admitir I – erradicação do analfabetismo;
professores, técnicos e cientistas estrangei-
ros, na forma da lei. II – universalização do atendimento escolar;
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se às ins- III – melhoria da qualidade de ensino;
tituições de pesquisa científica e tecnológi-
ca. IV – formação para o trabalho;

Art. 181. As instituições de ensino superior do V – promoção humanística, científica e tec-


Estado terão recursos necessários à manuten- nológica.
ção de pessoal, na lei orçamentária do exercício, Art. 185. O Estado aplicará, anualmente, 30%
em montante não inferior, em termos de valor (trinta por cento), no mínimo, e os Municípios
real, ao do exercício anterior. aplicarão, anualmente, 25% (vinte e cinco por
Art. 182. O ensino é livre à iniciativa privada, cento), no mínimo, da receita resultante de im-
atendidas as seguintes condições: postos, compreendida a proveniente de transfe-
rências, na manutenção e desenvolvimento do
I – cumprimento das normas da educação ensino público.
nacional e estadual;
Parágrafo único. A parcela da arrecadação
de impostos transferida pela União ao Es-

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tado e aos Municípios, ou pelo Estado aos Art. 189. O Poder Público estadual assegurará
Municípios, não é considerada, para efeito funções e cargos aos especialistas de educação
do cálculo previsto neste artigo, receita do do sistema estadual de ensino.
governo que a transferir.
Seção II
Art. 186. Os Municípios atuarão, com a coope-
ração técnica e financeira da União e do Esta- DA CULTURA
do, nos programas de educação pré-escolar e
de ensino fundamental, em consonância com o Art. 190. A cultura, direito de todos e manifes-
sistema estadual de ensino. tação da espiritualidade humana, deve ser esti-
mulada, valorizada, defendida e preservada pe-
Art. 187. Os recursos públicos serão destinados
los Poderes Públicos estadual e municipal, com
às escolas públicas, objetivando atender a todas
a participação de todos os segmentos sociais,
as necessidades exigidas pela universalização
visando a realização dos valores essenciais da
do ensino, sendo que, cumpridas tais exigên-
pessoa.
cias, poderão ser dirigidos a escolas comunitá-
rias, confessionais ou filantrópicas, definidas em Parágrafo único. Fica assegurada pelo Es-
lei, que: tado a liberdade de expressão, criação e
produção no campo artístico e cultural e ga-
I – comprovem finalidade não lucrativa e
rantidos, nos limites de sua competência, o
apliquem seus excedentes financeiros em
acesso aos espaços de difusão e o direito à
educação;
fruição dos bens culturais.
II – assegurem a destinação de seu patrimô-
Art. 191. Os bens materiais e imateriais refe-
nio à outra escola comunitária, filantrópica
rentes às características da cultura, no Paraná,
ou confessional, ou ao Poder Público, no
constituem patrimônio comum que deverá ser
caso de encerramento de suas atividades.
preservado através do Estado com a cooperação
§ 1º Os recursos de que trata este artigo da comunidade.
poderão ser destinados a bolsas de estu-
Parágrafo único. Cabe ao Poder Público
do para o ensino fundamental e médio, na
manter, a nível estadual e municipal, órgão
forma da lei, para os que demonstrarem
ou serviço de gestão, preservação e pes-
insuficiência de recursos, quando houver
quisa relativo ao patrimônio cultural para-
falta de vagas e cursos regulares na rede
naense, através da comunidade ou em seu
pública, na localidade da residência do edu-
nome.
cando, ficando o Poder Público obrigado a
investir, prioritariamente, na expansão de Art. 192. É dever do Estado assegurar ao traba-
sua rede na localidade. lhador cultural a qualificação profissional ine-
rente à especificidade de cada área em seu qua-
§ 2º A distribuição dos recursos assegurará
dro funcional.
prioritariamente o atendimento das neces-
sidades do ensino obrigatório, nos termos Parágrafo único. A lei estabelecerá normas
do sistema estadual de educação. de aprimoramento e valorização do traba-
lhador cultural, priorizando a mão de obra
Art. 188. O ensino fundamental público terá
artística do Estado.
como fonte adicional de financiamento a contri-
buição social do salário-educação, recolhida na Art. 193. Ao Estado incumbe manter seus ór-
forma da lei, pelas empresas, que dela poderão gãos e espaços culturais devidamente dotados
deduzir a aplicação realizada no ensino funda- de recursos humanos, materiais e financeiros,
mental de seus empregados e dependentes. promovendo pesquisa, preservação, veiculação
e ampliação de seus acervos, bem como pro-

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teger os espaços destinados às manifestações V – estímulo à construção, manutenção e


artístico-culturais. aproveitamento de instalações e equipa-
mentos desportivos e destinação de área
Art. 194. O Conselho Estadual de Cultura, or- para atividades desportivas, nos projetos
ganizado e regulamentado por lei, contará com de urbanização pública, habitacionais e nas
a participação de categorias envolvidas com a construções escolares;
produção cultural, com direito a voto.
VI – tratamento diferenciado para o despor-
Parágrafo único. A participação das catego- to profissional e não profissional;
rias referidas neste artigo será observada
também nos demais conselhos e comissões VII – equipamentos e instalações adequa-
instituídos pelo Estado no âmbito cultural. dos à prática de atividades físicas e despor-
tivas pelos portadores de deficiência.
Art. 195. O Poder Público garantirá e estimula-
rá o intercâmbio entre os órgãos competentes, Art. 198. Caberá ao Estado estabelecer e desen-
com o objetivo de: volver planos e programas de construções e ins-
talações desportivas comunitárias para a prática
I – assegurar, nos três níveis sistematizados do desporto popular.
de ensino, como forma de desenvolvimento
e aprimoramento do potencial criativo do Art. 199. O Poder Público incentivará o lazer,
educando, um tratamento destacado às di- como forma de promoção social.
versas áreas artístico-culturais;
II – assegurar tratamento especial à difusão
da cultura paranaense. CAPÍTULO III
Art. 196. O orçamento estadual destinará recur- DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
sos compatíveis com o desenvolvimento das ati-
vidades culturais e artísticas. Art. 200. Cabe ao Poder Público, com a partici-
pação da sociedade, em especial as instituições
Seção III de ensino e pesquisa, bem como as empresas
DO DESPORTO públicas e privadas, promover o desenvolvi-
mento científico e tecnológico e suas aplicações
Art. 197. É dever do Estado fomentar as ativi- práticas, com vistas a garantir o desenvolvimen-
dades desportivas em todas as suas manifesta- to econômico e social paranaense.
ções, como direito de cada um, assegurando: Art. 201. A pesquisa científica básica e a
I – autonomia das entidades desportivas e pesquisa tecnológica receberão, nessa or-
associações, quanto à organização e funcio- dem, tratamento prioritário do Estado, ten-
namento; do em vista o bem público e o progresso da
ciência.
II – destinação de recursos públicos para a
promoção prioritária do esporte educacio- Art. 202. A pesquisa, a capacitação e o desen-
nal e amador; volvimento tecnológico voltar-se-ão, preponde-
rantemente, para a elevação dos níveis de vida
III – incentivo a programas de capacitação da população paranaense, através do fortaleci-
de recursos humanos, à pesquisa e ao de- mento e da constante modernização do sistema
senvolvimento científico aplicado à ativida- produtivo estadual.
de esportiva;
Art. 203. O Estado apoiará a formação de re-
IV – criação de medidas de apoio e valoriza- cursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa
ção do talento desportivo;

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e tecnologia e concederá aos que delas se ocu- proteção dos ecossistemas e o uso racional dos
pem meios e condições especiais de trabalho. recursos ambientais.
Art. 204. A lei apoiará e estimulará as empresas § 1º Cabe ao Poder Público, na forma da lei,
que propiciem: para assegurar a efetividade deste direito:
I – investimentos em pesquisas e criação de I – estabelecer, com a colaboração de repre-
tecnologia adequada ao sistema produtivo sentantes de entidades ecológicas, de tra-
estadual; balhadores, de empresários e das universi-
dades, a política estadual do meio ambiente
II – investimentos em formação e aperfeiço- e instituir o sistema respectivo constituído
amento de seus recursos humanos; pelos órgãos do Estado, dos Municípios e do
III – participação dos empregados em seus Ministério Público;
lucros. II – atribuir, ao órgão responsável pela
Art. 205. O Estado destinará, anualmente, uma coordenação do sistema, a execução e
parcela de sua receita tributária, não inferior fiscalização da política e a gerência do fun-
a dois por cento, para o fomento da pesqui- do estadual do meio ambiente;
sa científica e tecnológica, que será destinada III – determinar que o fundo estadual do
em duodécimos, mensalmente, e será gerida meio ambiente receba, além dos recursos
por órgão específico, com representação pa- orçamentários próprios, o produto das mul-
ritária do Poder Executivo e das comunidades tas por infrações às normas ambientais;
científica, tecnológica, empresarial e trabalha-
dora, a ser definida em lei. IV – instituir as áreas a serem abrangidas
por zoneamento ecológico, prevendo as
formas de utilização dos recursos naturais e
a destinação de áreas de preservação am-
CAPÍTULO IV biental e de proteção de ecossistemas es-
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL senciais;

Art. 206. O Estado, dando prioridade à cultura V – exigir a realização de estudo prévio de
regional, estimulará a manifestação do pen- impacto ambiental para a construção, ins-
samento, a criação, a expressão e a informa- talação, reforma, recuperação, ampliação e
ção, sob qualquer forma, processo ou veículo, operação de atividades ou obras potencial-
as quais não sofrerão restrição, observados os mente causadoras de significativa degrada-
princípios da Constituição Federal. ção do meio ambiente, do qual se dará pu-
blicidade;
VI – exigir a análise de risco para o desen-
volvimento de pesquisas, difusão e implan-
CAPÍTULO V tação de tecnologia potencialmente perigo-
DO MEIO AMBIENTE sa;
Art. 207. Todos têm direito ao meio ambiente VII – determinar àquele que explorar re-
ecologicamente equilibrado, bem de uso co- cursos minerais a obrigação de recuperar o
mum e essencial à sadia qualidade de vida, im- meio ambiente degradado, de acordo com
pondo-se ao Estado, aos Municípios e à coletivi- solução técnica exigida pelo órgão público
dade o dever de defendê-lo e preservá-lo para competente;
as gerações presente e futuras, garantindo-se a
VIII – regulamentar e controlar a produção,
a comercialização, as técnicas e os métodos

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de manejo e utilização das substâncias que tindo medidas de proteção às populações


comportem risco para a vida e para o meio envolvidas;
ambiente, em especial agrotóxicos, bioci-
das, anabolizantes, produtos nocivos em XVII – estabelecer aos que, de qualquer
geral e resíduos nucleares; forma utilizem economicamente matéria-
-prima florestal, a obrigatoriedade, direta
IX – informar à população sobre os níveis de ou indireta, de sua reposição;
poluição e situações de risco e desequilíbrio
ecológico; XVIII – incentivar as atividades privadas de
conservação ambiental;
X – promover a educação ambiental em to-
dos os níveis de ensino e a conscientização XIX – declarar, como área de preserva-
pública para a preservação do meio am- ção permanente, o remanescente das
biente; matas ciliares dos mananciais de bacias
hidrográficas que abasteçam os centros ur-
XI – incentivar a solução de problemas co- banos.
muns relativos ao meio ambiente, mediante
celebração de acordos, convênios e consór- § 2º As condutas e atividades poluidoras ou
cios, em especial para a reciclagem de resí- consideradas lesivas ao meio ambiente, na
duos; forma da lei, sujeitarão os infratores, pesso-
as físicas ou jurídicas:
XII – promover o controle, especialmente
preventivo, das cheias, da erosão urbana, I – a obrigação de, além de outras sanções
periurbana e rural e a orientação para o uso cabíveis, reparar os danos causados;
do solo; II – a medidas definidas em relação aos resí-
XIII – autorizar a exploração dos rema- duos por elas produzidos;
nescentes de florestas nativas do Estado III – a cumprir diretrizes estabelecidas por
somente através de técnicas de manejo, órgão competente.
excetuadas as áreas de preservação perma-
nente; § 3º As empresas que desenvolvam ativi-
dades potencialmente poluidoras, ou ati-
XIV – proteger a fauna, em especial as es- vidades que provoquem outras formas de
pécies raras e ameaçadas de extinção, veda- degradação ao meio ambiente de impacto
das as práticas que coloquem em risco a sua significativo, deverão por ocasião do regis-
função ecológica ou submetam os animais à tro de seus atos constitutivos na Junta Co-
crueldade; mercial, bem como, quando da criação de
XV – proteger o patrimônio de reconhecido novas filiais ou novos empreendimentos,
valor cultural, artístico, histórico, estético, apresentar a licença ambiental emitida pelo
faunístico, paisagístico, arqueológico, turís- órgão competente.
tico, paleontológico, ecológico, espeleoló- § 4º A lei disporá especificamente sobre a
gico e científico paranaense, prevendo sua reposição das matas ciliares.
utilização em condições que assegurem a
sua conservação; § 5º É vedado o fornecimento de “habite-
-se”, por parte dos Municípios:
XVI – monitorar atividades utilizadoras de
tecnologia nuclear em quaisquer de suas I – sem a comprovação de existência de fos-
formas, controlando o uso, armazenagem, sa séptica para os imóveis não assistidos
transporte e destinação de resíduos, garan- por rede coletora de esgoto;

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II – sem a certificação da responsável pela § 1º Nas políticas estaduais de recursos hí-
rede de coleta e afastamento de esgotos dricos e de saneamento serão observados
sanitários domésticos, da ligação direta na os seguintes fundamentos e diretrizes:
rede coletora, quando esta existir.
I – no ordenamento do território e no uso
Art. 208. São indisponíveis as terras devolutas dos recursos hídricos, a conservação, a pro-
ou as arrecadadas pelo Estado, por ações discri- teção e a preservação do seu meio ambien-
minatórias, necessárias à proteção dos ecossis- te;
temas naturais.
II – a gestão sustentável dos recursos hídri-
Art. 209. Observada a legislação federal perti- cos, solidária com as gerações futuras, e a
nente, a construção de centrais termoelétricas preservação do seu ciclo hidrológico;
e hidrelétricas dependerá de projeto técnico de
impacto ambiental e aprovação da Assembleia III – a gestão descentralizada e participati-
Legislativa; a de centrais termonucleares, desse va dos recursos hídricos, assegurando-se a
projeto, dessa aprovação e de consulta plebisci- participação dos usuários e da sociedade ci-
tária. vil nos respectivos processos decisórios;
IV – o estabelecimento das bacias hidrográ-
ficas como unidades básicas de gestão dos
recursos hídricos;
CAPÍTULO VI
DO SANEAMENTO V – o estabelecimento de prioridades para o
uso dos recursos hídricos por bacia ou sub-
Art. 210. O Estado, juntamente com os muni- -bacia, sendo a prioridade maior o abasteci-
cípios, instituirá, com a participação popular, mento de água potável à população;
programa de saneamento urbano e rural, com
VI – na prestação dos serviços de água po-
o objetivo de promover a defesa preventiva da
tável e saneamento, a prevalência de razões
saúde pública, respeitada a capacidade de su-
de ordem social frente às de ordem econô-
porte do meio ambiente aos impactos causa-
mica.
dos.
§ 2º As águas superficiais e subterrâneas de
Parágrafo único. O programa será regula-
domínio do Estado constituem um bem uni-
mentado mediante lei e orientado no senti-
tário cujo uso é subordinado ao interesse
do de garantir à população:
geral.
I – abastecimento domiciliar prioritário de
§ 3º Os serviços públicos de saneamento e
água tratada;
de abastecimento de água serão prestados
II – coleta, tratamento e disposição final de por pessoas jurídicas de direito público ou
esgotos sanitários e resíduos sólidos; por sociedade de economia mista sob con-
trole acionário e administrativo, do Poder
III – drenagem e canalização de águas plu- Público Estadual ou Municipal.
viais;
§ 4º Eventual reparação decorrente do dis-
IV – proteção de mananciais potáveis; posto neste artigo, não gerará indenização
Art. 210-A. A água é um bem essencial à vida. O por lucro cessante, reembolsando-se unica-
acesso à água potável e ao saneamento consti- mente os investimentos não amortizados.
tui um direito humano fundamental. Art. 211. É de competência comum do Estado e
dos Municípios implantar o programa de sanea-
mento, cujas premissas básicas serão respeita-

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das quando da elaboração dos planos diretores de denúncias referentes a violência no âm-
municipais. bito das relações familiares;
III – implantação de albergues destinados
ao recolhimento provisório de pessoas víti-
CAPÍTULO VII mas de violência familiar;
DA HABITAÇÃO Art. 216. É dever da família, da sociedade e do
Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
Art. 212. A política habitacional do Estado, in- deficiente, com absoluta prioridade, o direito a
tegrada à da União e Municípios, objetivará a vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao la-
solução de carência habitacional de acordo com zer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
os seguintes princípios e critérios: ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
I – ofertas de lotes urbanizados; comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, explora-
II – estímulo e incentivo à formação de coo- ção, violência, crueldade e opressão.
perativas populares de habitação;
Parágrafo único. A lei disporá sobre a cria-
III – atendimento prioritário à família caren- ção, organização, composição e compe-
te; tência do Conselho Estadual de Defesa da
Criança e do Adolescente.
IV – formação de programas habitacionais
pelo sistema de mutirão e autoconstrução. Art. 217. O Estado incentivará as entidades par-
ticulares sem fins lucrativos, atuantes na políti-
Art. 213. As entidades da Administração direta
ca do bem-estar da criança, do adolescente, da
e indireta, responsáveis pelo setor habitacional,
pessoa portadora de deficiência e do idoso, de-
contarão com recursos orçamentários próprios
vidamente registradas nos órgãos competentes,
e de outras fontes, com vistas à implantação da
subvencionando-as com auxílio financeiro e am-
política habitacional do Estado.
paro técnico.
Art. 218. O Estado subsidiará a família ou pes-
soa que acolher criança ou adolescente órfão
CAPÍTULO VIII ou abandonado, sob forma de guarda deferida
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA e supervisionada pelo Poder Judiciário, com a
CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO intervenção do Ministério Público, nos termos
JOVEM E DO IDOSO da lei.
Art. 219. O Conselho Estadual da Condição Fe-
Art. 214. A família, base da sociedade, tem es-
minina é órgão governamental de assessora-
pecial proteção do Estado, na forma da Consti-
mento, instituído por lei, com o objetivo de
tuição Federal.
promover e zelar pelos direitos da mulher, pro-
Art. 215. O Estado manterá programas destina- pondo estudos, projetos, programas e iniciati-
dos à assistência e promoção integral da família, vas que visem eliminar a discriminação contra
incluindo: a mulher em todos os aspectos, em integração
com os demais órgãos do Governo.
I – assistência social às famílias de baixa
renda; § 1º O Conselho Estadual da Condição Femi-
nina terá estrutura administrativa e dotação
II – serviços de prevenção e orientação, orçamentária.
bem como recebimento e encaminhamento

www.acasadoconcurseiro.com.br 549
§ 2º O Conselho Estadual da Condição Femi- adequando-se-os à utilização por pessoas por-
nina propugnará pela dignidade da mulher, tadoras de deficiência.
compreendida como direito à educação, ao
trabalho, à saúde, à cultura, à maternidade, Parágrafo único. O Estado promoverá o
à integridade física e moral, sem qualquer apoio necessário aos idosos e deficientes
discriminação, promovendo-a como cidadã para fins de recebimento do salário mínimo
em todos os aspectos da vida econômica, mensal, previsto no art. 203, V, da Constitui-
social, política e cultural. ção Federal.

Art. 220. O Estado, com a participação dos Mu- Art. 223. A família, a sociedade e o Estado têm
nicípios e da sociedade, promoverá programas o dever de amparar as pessoas idosas, assegu-
de assistência integral à criança e ao adolescen- rando sua participação e plena integração na
te, observadas, entre outras, as seguintes dire- comunidade, defendendo sua dignidade e bem-
trizes: -estar e propiciando-lhes fácil acesso aos bens e
serviços coletivos.
I – aos portadores de deficiência, visando à
sua integração comunitária: Parágrafo único. Os programas de amparo
aos idosos, visando a superação de qual-
a) prevenção e atendimento especializado; quer tratamento discriminatório, serão exe-
cutados preferencialmente em seus lares.
b) educação e capacitação para o trabalho;
Art. 224. É garantida a gratuidade nos transpor-
c) acesso a bens e serviços coletivos com a tes coletivos urbanos e das regiões metropoli-
eliminação de preconceitos e obstáculos ar- tanas aos maiores de sessenta e cinco anos e às
quitetônicos; pessoas portadoras de deficiência que compro-
II – incentivo à prática de desportos e re- vem carência de recursos financeiros.
alização de eventos com participação Art. 225. Ao adolescente carente, vinculado a
financeira de empresas privadas e estatais; programas sociais ou internado em estabeleci-
III – prevenção e atendimento especializado mento oficial, que esteja frequentando escola
à criança e ao adolescente dependentes de de primeiro ou segundo graus, ou de educação
entorpecentes e drogas afins, com estrutura especial, será assegurado, na forma da lei, a tí-
física, administrativa e de recursos huma- tulo de iniciação ao trabalho, o direito a estágio
nos multidisciplinares; remunerado em instituições públicas estaduais.

IV – realização de cursos, palestras e outras Art. 225A. O Estado protegerá os direitos eco-
atividades afins para a orientação progra- nômicos, sociais e culturais dos jovens, median-
mática e pedagógica, especialmente em te políticas específicas, visando assegurar-lhes:
campanhas antitóxicos. I – formação profissional e desenvolvimen-
Art. 221. A lei criará, quando da elaboração do to da cultura;
Código de Organização e Divisão Judiciárias, II – acesso ao primeiro emprego e à habita-
varas especializadas e exclusivas para o atendi- ção;
mento dos direitos dos menores nas comarcas
de entrância final. III – lazer;
Art. 222. A lei disporá sobre a construção de lo- IV – segurança social.
gradouros e de edifícios de uso público, adap-
tação de veículos de transporte coletivo e so- Parágrafo único. As diretrizes das políticas
norização dos sinais luminosos de trânsito, a que se refere o caput deste artigo serão
asseguradas pelo Estatuto da Juventude e
pelo Plano Estadual da Juventude, instituí-

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Direito e Legislação – Constituição Estadual - PR – Prof. Mateus Silveira

dos por lei, sem prejuízo do disposto na Lei Parágrafo único. O Estado estimulará, atra-
Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e vés dos meios de comunicação, a captação
nos demais diplomas legais pertinentes. dos recursos oriundos de incentivos fiscais e
de outra ordem.
Art. 231. O Estado implantará e manterá biblio-
CAPÍTULO IX tecas públicas e escolares em número compatí-
vel com a densidade populacional e clientela es-
DO ÍNDIO
colar, respectivamente, destinando às mesmas
Art. 226. As terras, as tradições, usos e costu- verbas suficientes para aquisição e reposição de
mes dos grupos indígenas do Estado integram o acervos e manutenção de recursos humanos es-
seu patrimônio cultural e ambiental, e como tais pecializados.
serão protegidos. Art. 232. O Estado implantará, de acordo com as
Parágrafo único. Esta proteção estende-se diretrizes do sistema único de saúde, em cada
ao controle das atividades econômicas que Município, serviço odontológico de atendimen-
danifiquem o ecossistema ou ameacem a to à população escolar.
sobrevivência física e cultural dos indígenas. Art. 233. Os servidores públicos civis estáveis,
da administração direta, autárquica e das fun-
dações públicas estaduais, serão regidos pelo
TÍTULO VII Estatuto dos Funcionários Civis do Estado, a par-
tir da promulgação desta Constituição.
Das Disposições
Parágrafo único. Os Poderes Executivo, Le-
Constitucionais Gerais gislativo e Judiciário, para o cumprimen-
Art. 227. O Conselho Permanente dos Direitos to do disposto neste artigo, farão a devida
Humanos terá a sua organização, composição adequação em seus quadros funcionais.
e funcionamento regulados por lei, nele garan- Art. 234. O Estado publicará anualmente, no
tindo-se a participação de representantes dos mês de março, a relação completa dos servido-
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do res lotados por órgão ou entidade, da adminis-
Ministério Público, da Ordem dos Advogados do tração pública direta, indireta e fundacional, em
Brasil, seção do Paraná, e de associações repre- cada um de seus Poderes, indicando o cargo ou
sentativas da comunidade. função e o local de seu exercício, para fins de re-
Art. 228. O Conselho Estadual de Educação, ór- censeamento e controle.
gão deliberativo, normativo e consultivo, será Art. 235. É assegurado aos servidores públi-
regulamentado por lei, garantidos os princípios cos, na forma da lei, a percepção do benefí-
de autonomia e representatividade na sua com- cio do vale-transporte.
posição.
Art. 236. A administração do tráfego rodovi-
Art. 229. A lei disporá sobre a organização, com- ário estadual compete ao órgão responsável
posição e competência do Conselho Estadual do pelas estradas de rodagem e sua execução
Meio Ambiente. dar-se-á em harmonia com a Polícia Militar,
Art. 230. A lei instituirá o Fundo Estadual de Cul- na forma da lei.
tura gerido pelo Conselho Estadual de Cultura Art. 237. O Estado do Paraná instalará, pro-
vinculado à Secretaria de Estado da Cultura e gressivamente, no âmbito da segurança pú-
destinado ao atendimento de pesquisa, produ- blica, delegacias de polícia nos Municípios,
ção artístico-cultural e preservação do patrimô-
nio.

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especializadas no trato de assuntos referen- § 1º A lei regulará as atividades, disciplinará
tes à integridade física e moral da mulher. a responsabilidade civil e criminal dos notá-
rios, dos oficiais de registro e de seus pre-
Parágrafo único. Até que se instale a dele- postos e definirá a fiscalização de seus atos
gacia especializada, será implantado o ser- pelo Poder Judiciário.
viço de atendimento à mulher junto às dele-
gacias policiais nos Municípios. § 2º O ingresso na atividade notarial e de
registro depende de concurso público de
Art. 238. É vedada a alteração de nomes dos provas e títulos, não se permitindo que
próprios públicos estaduais e municipais que qualquer serventia fique vaga, sem abertu-
contenham nomes de pessoas, fatos históricos ra de concurso de provimento ou de remo-
ou geográficos, salvo para correção ou adequa- ção, por mais de seis meses.
ção aos termos da lei; é vedada também a ins-
crição de símbolos ou nomes de autoridades ou Art. 243. A consultoria jurídica e a representa-
administradores em placas indicadoras de obras ção judicial, no que couber, do Poder Legislati-
ou em veículo de propriedade ou a serviço da vo, bem como a supervisão dos seus serviços
administração pública direta, indireta ou funda- de assessoramento jurídico são exercidas pelos
cional do Estado, a partir da promulgação desta procuradores que integram a Procuradoria da
Constituição, inclusive a atribuição de nome de Assembleia Legislativa, vinculada à Mesa Execu-
pessoa viva a bem público de qualquer nature- tiva.
za, pertencente ao Estado ou ao Município.
§ 1º Os procuradores da Assembleia Legis-
Art. 239. O Estado promoverá a assistência a lativa opinarão nos procedimentos admi-
homens e mulheres internos e egressos do sis- nistrativos concernentes ao controle da le-
tema penal, inclusive aos albergados, visando à galidade dos atos internos e promoverão a
sua reintegração à sociedade. defesa dos interesses do Poder Legislativo,
incluídos os de natureza financeiro orça-
Art. 240. As disponibilidades de caixa do Estado, mentária.
das entidades do Poder Público e das empresas
por ele controladas serão depositadas em insti- § 2º A Procuradoria da Assembleia Legis-
tuições financeiras oficiais, ressalvados os casos lativa será dirigida pelo Procurador-Geral,
previstos em lei. nomeado pelo Presidente da Assembleia,
dentre cidadãos de reputação ilibada, maio-
Parágrafo único. As transferências ou re- res de trinta e cinco anos e de notório saber
passes de recursos públicos aos Municípios jurídico.
deverão ser efetuados através das institui-
ções referidas neste artigo. § 3º Aos Procuradores de Assembleia Legis-
lativa, aplica-se, no que couber, o regime de
Art. 241. É assegurado aos proprietários de úni- direitos, garantias e vencimentos dos inte-
co imóvel rural, com área inferior a quinze hec- grantes da carreira disciplinada no art. 125.
tares, que tenham título definitivo expedido até desta Constituição.
31 de dezembro de 1988 o direito de, excluídas
as matas ciliares, utilizarem, no máximo, oitenta Art. 244. O Estado destinará recursos orçamen-
por cento da área para atividade agropecuária, tários às casas de estudantes.
desde que não averbada no registro de imóveis
como de preservação permanente. Art. 245. Toda importância recebida, pelo Es-
tado, da União Federal, a título de indenização
Art. 242. Os serviços notariais e de registro são ou pagamento de débito, ficará retida, à dispo-
exercidos, em caráter privado, por delegação do sição do Poder Judiciário, para pagamento, a
Poder Público. terceiros, de condenações judiciais decorrentes
da mesma origem da indenização e ou do paga-

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Direito e Legislação – Constituição Estadual - PR – Prof. Mateus Silveira

mento. (Declarado inconstitucional pelo STF na Art. 253. O Estado promoverá ações discrimina-
ADI-584) tórias sobre imóveis urbanos e rurais irregula-
res.
Art. 246. Fica concedida pensão mensal corres-
pondente a cinquenta por cento dos subsídios Parágrafo único. Os imóveis arrecadados
fixos dos Deputados Estaduais aos Deputados através dessas ações discriminatórias serão
Constituintes de 1947. destinados a projetos de recuperação am-
biental, programas habitacionais e assenta-
Parágrafo único. O benefício de que trata mentos rurais.
este artigo é de caráter pessoal e intransfe-
rível. Art. 254. O Estado instituirá creches nos presí-
dios femininos, assegurando-se às mães inter-
Art. 247. O Poder Público estadual reconhecerá nas o direito a permanecer com o filho, no perí-
os conselhos comunitários, legalmente consti- odo de aleitamento.
tuídos e representativos da sociedade civil, com
a finalidade de acompanhar e fiscalizar o cum- Art. 255. Fica assegurado, pelo Estado, o siste-
primento dos dispositivos constitucionais re- ma de previdência e assistência dos membros
ferentes ao ensino e à educação no âmbito da e servidores do Poder Legislativo, sendo o seu
competência estadual, na forma da lei. funcionamento regulado na forma da lei.
Art. 248. A contribuição social do salário-educa- Art. 256. O Estado e os Municípios disciplinarão
ção, de que trata o art. 188 desta Constituição, por meio de lei os consórcios públicos e os con-
deve ser transferida de imediato à Secretaria de vênios de cooperação entre os entes federados,
Estado da Educação. autorizando a gestão associada de serviços pú-
blicos, bem como a transferência total ou par-
Art. 249. O Estado estimulará e apoiará o de- cial de encargos, serviços, pessoal e bens essen-
senvolvimento de programas voltados ao escla- ciais à continuidade dos serviços transferidos.
recimento sobre os malefícios das substâncias
capazes de gerar dependência no organismo Art. 257. As leis previstas no inciso III do § 1º do
humano. art. 41 e no § 7º do art. 169 da Constituição Fe-
deral estabelecerão critérios e garantias espe-
Art. 250. No caso da superveniência de altera- ciais para a perda do cargo pelo servidor público
ção legislativa estadual que prejudique direito estável que, em decorrência das atribuições de
previsto em lei, o Estado assumirá, desde logo, seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusi-
através do Poder competente, todos os encar- vas de Estado.
gos necessários para assegurar a integral fruição
do direito por quem, oportunamente, o tenha Parágrafo único. Na hipótese de insufici-
adquirido. ência de desempenho, a perda do cargo
somente ocorrerá mediante processo admi-
Art. 251. Os vencimentos dos auditores e pro- nistrativo em que lhe sejam assegurados o
curadores do Tribunal de Contas do Estado não contraditório e a ampla defesa.
serão inferiores a noventa e cinco por cento dos
vencimentos dos Conselheiros. Art. 258. Os benefícios pagos, a qualquer títu-
lo, pelo órgão responsável pelo regime geral de
Art. 252. A Casa do Expedicionário é monumen- previdência social, ainda que à conta do Tesouro
to de valor histórico, com a proteção do Estado, do Estado, e os não sujeitos ao limite máximo
mantida sua administração pela Legião Parana- de valor fixado para os benefícios concedidos
ense do Expedicionário. por esse regime observarão os limites fixados
Parágrafo único. O Estado destinará recur- no art. 37 XI da Constituição Federal.
sos orçamentários para a manutenção da
instituição.

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Art. 259. Com o objetivo de assegurar recursos
para o pagamento de proventos de aposen-
tadoria e pensões concedidas aos respectivos
servidores e seus dependentes, em adição aos
recursos dos respectivos tesouros, o Estado e os
Municípios poderão constituir fundos integra-
dos pelos recursos provenientes de contribui-
ções e por bens, direitos e ativos de qualquer
natureza, mediante lei que disporá sobre a na-
tureza e administração desses fundos.

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Legislação Específica

EMENDAS DA CONSTITUIÇÃO DO PARANÁ PARA O TJ-PR

Emenda Constitucional 35 – 03 de Dezembro de 2014

Publicado no Diário Oficial nº 423 de 8 de Dezembro de 2014


Súmula: Alteração do art. 173 e da denominação do CAPÍTULO VIII do TÍTULO VI e inserção do
art. 225-A, concernentes à Constituição Estadual.
A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, nos termos do § 3º do art. 64 da
Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1.º O art. 173 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 173. O Estado e os Municípios assegurarão, no âmbito de suas competências, a proteção
e a assistência à família, especialmente à maternidade, à infância, à adolescência, à juventude
e à velhice, bem como a educação do excepcional, na forma da Constituição Federal.”
Art. 2.º O Capítulo VIII do Título VI da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte
redação:
“TÍTULO VI
(...)
CAPÍTULO VIII
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO”.
Art. 3.º Insere o art. 225-A à Constituição Estadual, com a seguinte redação:
“Art. 225A. O Estado protegerá os direitos econômicos, sociais e culturais dos jovens, mediante
políticas específicas, visando assegurar-lhes:
I – formação profissional e desenvolvimento da cultura;
II – acesso ao primeiro emprego e à habitação;
III – lazer;
IV – segurança social.
Parágrafo único. As diretrizes das políticas a que se refere o caput deste artigo serão asseguradas
pelo Estatuto da Juventude e pelo Plano Estadual da Juventude, instituídos por lei, sem prejuízo

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do disposto na Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e nos demais diplomas legais
pertinentes.”
Art. 4.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Dezenove de Dezembro, em 3 de dezembro de 2014.

Emenda Constitucional 36 – 18 de Abril de 2016

Publicado no Diário Oficial nº. 1065 de 25 de Abril de 2016


Súmula: Dá nova redação ao parágrafo único do art. 94 da Constituição Estadual.
A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, nos termos do § 3º do art. 64 da
Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O parágrafo único do art. 94 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte
redação.
Parágrafo único. No Tribunal de Justiça haverá um órgão especial, com o mínimo de onze e
o máximo de 25 (vinte e cinco) membros, para o exercício de atribuições administrativas e
jurisdicionais, delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se a metade das vagas
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.(NR)
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Curitiba, em 18 de abril de 2016.

Emenda Constitucional 37 – 18 de Outubro de 2016

Publicado no Diário Oficial nº. 1179 de 24 de Outubro de 2016


Súmula: Altera o art. 209 da Constituição do Estado do Paraná, incluindo a construção de poços
de extração de gás de xisto pelo método de fracionamento da rocha.
A Mesa da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, nos termos do § 3º do art. 64 da
Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O art. 209 da Constituição do Estado do Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 209. Observada a legislação federal pertinente, a construção de centrais termoelétricas,
hidrelétricas e a perfuração de poços de extração de gás de xisto pelo método de fraturamento
hidráulico da rocha dependerá de projeto técnico de impacto ambiental e aprovação da
Assembleia Legislativa; a de centrais termonucleares, desse projeto, dessa aprovação e de
consulta plebiscitária. (NR)
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Curitiba, em 18 de outubro de 2016.

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Legislação Específica

LEI ESTADUAL Nº 16.024, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2008

ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS DO PODER JU- Art. 3º Cargo é o conjunto de atribuições e res-
DICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ (Publicado ponsabilidades previstas na estrutura organi-
no DOE nº 7875 de 19 de Dezembro de 2008) zacional cometidas a funcionário, identificado
pelas características de criação por lei, denomi-
Súmula: Estabelece o regime jurídico dos fun- nação própria, número certo e pagamento pe-
cionários do Poder Judiciário do Estado do Pa- los cofres públicos.
raná.
§ 1º Função é conjunto de atribuições vin-
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná culadas a determinadas habilitações para o
decretou e eu sanciono a seguinte lei: desempenho de tarefas distintas em grau
de responsabilidade e de complexidade e
será atribuída por ato do Presidente do Tri-
TÍTULO I bunal de Justiça.
§ 2º Caberá ao Presidente do Tribunal de
Justiça a designação e a dispensa da função
CAPÍTULO ÚNICO gratificada.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 3º A designação para função gratificada
vigorará a partir da publicação do ato, com-
Art. 1º O presente Estatuto estabelece o regime petindo à autoridade a que se subordinará
jurídico dos funcionários do Poder Judiciário do o funcionário designado dar-lhe exercício
Estado do Paraná. imediato.
Parágrafo único. São considerados funcio- § 4º Os vencimentos e as gratificações de
nários para os fins deste Estatuto os ocu- função têm valores fixados em lei.
pantes dos cargos da Secretaria do Tribunal
de Justiça e do Quadro de Pessoal de 1º Art. 4º A estrutura organizacional deverá aten-
Grau de Jurisdição, os Secretários do Con- der por lei própria o seguinte:
selho de Supervisão do Juizado Especial, os
Secretários de Turma Recursal do Juizado I – Classe é o agrupamento de cargos da
Especial, os Secretários do Juizado Especial, mesma denominação, com iguais atribui-
os Oficiais de Justiça do Juizado Especial, os ções, responsabilidades e variação de ven-
Auxiliares de Cartório do Juizado Especial, cimentos de acordo com os níveis que com-
os Auxiliares Administrativos do Juizado Es- preende;
pecial, e os Contadores e Avaliadores do Jui- II – Grupo ocupacional é o conjunto de clas-
zado Especial. ses que diz respeito a atividades profissio-
Art. 2º Funcionário é a pessoa investida em car- nais correlatas ou afins, quanto à natureza
go público com vencimentos ou remunerações do respectivo trabalho ou ao ramo de co-
percebidos dos cofres públicos estaduais. nhecimento aplicado em seu desempenho;

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III – Nível é a subdivisão interna das classes de livre nomeação e exoneração, satisfeitos
ao qual se atribui vencimentos próprios fi- os requisitos fixados em lei ou regulamento.
xados em lei.
Art. 7º As atribuições e as responsabilidades
§ 1º A progressão se dá dentro da mesma inerentes aos cargos serão definidas em lei.
classe de um nível para outro imediatamen-
te superior.
§ 2º Haverá no máximo 09 (nove) níveis em
TÍTULO II
cada classe.
Do Provimento, Da Vacância, Da
Art. 5º Os Quadros do Pessoal da Secretaria Lotação, Da Relotação
do Tribunal de Justiça e de 1º Grau de Jurisdi- e Da Substituição
ção são organizados em grupos, escalonados de
acordo com a hierarquia, a natureza, a comple-
xidade do serviço e o nível de escolaridade exi-
gido em lei ou regulamento.
CAPÍTULO I
§ 1º Os Quadros compreendem: DO PROVIMENTO
I – Parte permanente que é integrada pelos
cargos de provimento efetivo e em comis-
Seção I
são; DISPOSIÇÕES GERAIS
II – Parte suplementar que é integrada pe- Art. 8º A investidura em cargo público de provi-
los cargos extintos na forma estabelecida mento efetivo depende de aprovação prévia em
em lei. concurso público de provas ou de provas e títu-
los, de acordo com a natureza e a complexidade
§ 2º A lotação do pessoal integrante do do cargo na forma prevista em lei, ressalvadas
Quadro da Secretaria do Tribunal de Justiça as nomeações para cargo em comissão que são
é regulada por decreto judiciário. de livre nomeação e exoneração.
§ 3º A distribuição dos cargos dos funcioná- Art. 9º São requisitos básicos para investidura
rios afetos ao 1º Grau de Jurisdição referi- em cargo público:
dos no parágrafo único do art. 1º do presen-
te Estatuto é a definida lei. I – a nacionalidade brasileira;
§ 4º A lotação no caso do § 3º deste artigo II – o gozo dos direitos políticos;
é a determinada por ato do Presidente do
III – a quitação com as obrigações militares
Tribunal de Justiça, salvo afetação em lei à
e eleitorais;
determinada secretaria ou repartição.
IV – o nível de escolaridade exigido para o
Art. 6º Os cargos públicos são de provimento
exercício do cargo;
efetivo ou de provimento em comissão.
V – a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
§ 1º Os cargos de provimento efetivo serão
organizados em classes, ou de forma isola- VI – aptidão física e mental.
da, e serão providos por concurso público.
Art. 10. Provimento é o ato do Presidente do
§ 2º Os cargos de provimento em comissão Tribunal de Justiça que preenche o cargo e se dá
envolvem atribuições de direção, de asses- com a nomeação, a posse e o exercício.
soramento e de assistência superior e são

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Legislação Específica – Estatuto do Servidor do Poder Judicíario TJ-PR – Prof. Mateus Silveira

Art. 11. São formas de provimento de cargo pú- § 2º É vedada a nomeação para cargo de
blico: provimento em comissão, bem como a
lotação no âmbito da Secretaria do Tribu-
I – nomeação; nal de Justiça, dos ocupantes de cargos do
II – readaptação; Quadro de Pessoal de 1º Grau de Jurisdição,
de cargos do foro judicial de Escrivão e de
III – reversão; Oficial Contador, Avaliador, Partidor, Depo-
IV – aproveitamento; sitário e de Distribuição, de Auxiliar de Car-
tório, de Auxiliar Administrativo, de Oficial
V – reintegração; de Justiça, de Comissário de Vigilância, de
Assistente Social, de Psicólogo, de Portei-
VI – recondução; ro de Auditório, de Agente de Limpeza, de
VII – remoção; Secretário do Conselho de Supervisão do
Juizado Especial, de Secretário de Turma
VIII – promoção. Recursal do Juizado Especial, de Secretário
do Juizado Especial, de Oficial de Justiça do
Parágrafo único. A remoção e a promoção
Juizado Especial, de Auxiliar de Cartório do
implicam na vacância do cargo e somente se
Juizado Especial, de Auxiliar Administrativo
aplicam aos ocupantes do Quadro de Pesso-
do Juizado Especial e de Contador e Avalia-
al de 1º Grau de Jurisdição, aos Secretários
dor do Juizado Especial.
do Conselho de Supervisão do Juizado Espe-
cial, aos Secretários de Turma Recursal do Subseção I
Juizado Especial, aos Secretários do Juizado
Especial, aos Oficiais de Justiça do Juizado
DO CONCURSO
Especial, aos Auxiliares de Cartório do Jui- Art. 15. O concurso obedecerá ao que dispuser
zado Especial, aos Auxiliares Administrati- o Regimento Interno, as normas do regulamen-
vos do Juizado Especial, e aos Contadores e to que for elaborado por Comissão designada
Avaliadores do Juizado Especial. pelo Presidente do Tribunal de Justiça e o res-
pectivo edital.
Seção II
Art. 16. O concurso público é de provas ou de
DA NOMEAÇÃO provas e títulos e terá validade de até 02 (dois)
anos, podendo ser prorrogado uma vez, por
Art. 12. A nomeação é o chamamento para a igual período.
posse e para a entrada no exercício das atribui-
ções do cargo público. § 1º O edital de abertura do concurso públi-
co conterá as regras que regem o seu fun-
Art. 13. O ato de nomeação deverá indicar o cionamento e será publicado no Diário da
cargo de provimento efetivo ou o cargo de pro- Justiça do Estado do Paraná, com divulgação
vimento em comissão a ser preenchido. pelos meios de comunicações disponíveis.
Art. 14. A nomeação para cargo público de pro- § 2º Durante o prazo referido no caput deste
vimento efetivo ocorrerá de acordo com a or- artigo, o aprovado em concurso público de
dem de classificação e se dará durante o prazo provas ou de provas e títulos será convo-
de validade do concurso. cado para assumir o cargo com prioridade
§ 1º A nomeação para cargo de provimento sobre os aprovados em novos concursos.
em comissão é livre, observados os requisi- § 3º Às pessoas portadoras de deficiência
tos mencionados no art. 9º é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento de cargo

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cujas atribuições sejam compatíveis com a VIII – para tratamento da saúde, até o limite
deficiência de que são portadoras, sendo- de 24 (vinte e quatro) meses, cumulativo ao
-lhes reservadas 5% (cinco por cento) das longo do tempo de serviço público presta-
vagas oferecidas no concurso. do ao Estado do Paraná, em cargo de provi-
mento efetivo;
§ 4º Aos afrodescendentes serão reserva-
das 10% (dez por cento) das vagas ofereci- IX – por motivo de acidente em serviço ou
das no concurso. de doença profissional;
Art. 17. Para ser admitido no concurso, o candi- X – para deslocamento à nova sede;
dato deverá preencher os requisitos do art. 9º,
apresentar documento de identidade indicado XI – para missão ou estudo no exterior.
no edital e recolher a taxa de inscrição que for § 3º Admite-se o ato de posse por procura-
fixada pela Comissão. ção com poderes específicos.
Subseção II § 4º Somente haverá posse nos casos de
DA POSSE provimento por nomeação.

Art. 18. Posse é o ato expresso de aceitação das § 5º No ato da posse o funcionário apresen-
atribuições, dos deveres e das responsabilida- tará declaração de seus bens, de exercício
des do cargo formalizado com a assinatura do ou não de outro cargo, emprego ou função
termo pelo empossado e pela autoridade com- pública.
petente. § 6º É ineficaz o provimento se a posse não
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trin- ocorrer dentro do prazo estabelecido nesta
ta) dias contados da publicação da nome- lei.
ação, prorrogável por até 30 (trinta) dias, § 7º Somente se dará posse àquele que for
a requerimento do interessado ou de seu julgado apto física e mentalmente para o
representante legal e a juízo da Administra- exercício do cargo.
ção.
§ 8º O Presidente do Tribunal de Justiça de-
§ 2º O prazo previsto no § 1º será contado, signará os funcionários competentes a dar
quando o aprovado for funcionário público, posse.
do término da licença:
Subseção III
I – por motivo de doença em pessoa da fa-
mília; DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
II – para a prestação de serviço militar; Art. 19. Ao entrar em exercício, o funcionário
nomeado para cargo de provimento efetivo fi-
III – para capacitação, conforme dispuser o cará sujeito a estágio probatório por período
regulamento; de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua
IV – em razão de férias; aptidão e capacidade serão objetos de avaliação
para o desempenho do cargo, observados os se-
V – para participação em programa de trei- guintes fatores:
namento regularmente instituído, confor-
me dispuser o regulamento; I – assiduidade;

VI – para integrar júri e outros serviços obri- II – disciplina;


gatórios por lei; III – capacidade;
VII – à gestante, à adotante e à paternidade; IV – produtividade;

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V – responsabilidade. VIII – pelo período do registro de sua candi-


datura perante a Justiça Eleitoral até o déci-
ASSI–DI–CA–PRO–RES = mo dia seguinte ao pleito.
ASSIDICAPRORES
Art. 20. A avaliação de desempenho constitui
§ 1º Seis meses antes de findo o período condição para aquisição da estabilidade e tem
do estágio probatório, será submetida à como finalidade avaliar a capacidade e a apti-
homologação da autoridade competente a dão do funcionário para o exercício do cargo.
avaliação de desempenho do funcionário, Art. 21. O estágio probatório será sempre rela-
realizada de acordo com o que dispuser a cionado com o cargo ocupado.
lei ou o regulamento, sem prejuízo da conti-
nuidade de apuração dos fatores enumera- Parágrafo único. Na hipótese de nomeação
dos nos incisos I a V deste artigo. para outro cargo de provimento efetivo, o
prazo de estágio probatório e da avaliação
§ 2º O funcionário em estágio probatório especial reiniciará com a respectiva assun-
poderá exercer quaisquer cargos de provi- ção.
mento em comissão ou funções gratifica-
das. Art. 22. Na hipótese da autoridade competen-
te não homologar a avaliação de desempenho
§ 3º O estágio probatório e respectivo prazo indicando a exoneração, será aberto procedi-
ficarão suspensos durante as licenças e os mento que é regido pelas normas do processo
afastamentos sendo retomados a partir do administrativo disciplinar conforme o Quadro
término de tais impedimentos. ao qual pertencer o funcionário.
§ 4º O funcionário em estágio probatório Parágrafo único. Durante o trâmite do pro-
não poderá ser cedido a qualquer outro cesso referido no caput deste artigo, o pra-
órgão da administração pública direta ou zo para aquisição da estabilidade ficará sus-
indireta e a ele somente poderão ser conce- penso até o julgamento final.
didas as seguintes licenças:
Art. 23. O Presidente do Tribunal de Justiça re-
I – para tratamento de saúde; gulamentará o procedimento da avaliação de
II – por motivo de doença em pessoa da fa- desempenho.
mília;
Subseção IV
III – para acompanhamento do cônjuge ou DA ESTABILIDADE
companheiro funcionário público;
Art. 24. O funcionário habilitado em concurso
IV – para prestar serviço militar ou outro público e empossado em cargo de provimento
serviço obrigatório por lei; efetivo adquirirá estabilidade no serviço públi-
V – para participar de curso de formação co ao completar 03 (três) anos de efetivo exer-
decorrente de aprovação em concurso para cício.
outro cargo na administração pública; Art. 25. O funcionário estável somente perderá
VI – para o exercício de mandato político; o cargo em virtude de:

VII – pelo período que mediar a sua escolha I – sentença judicial transitada em julgado;
como candidato a cargo eletivo e a véspe- II – decisão em processo administrativo dis-
ra do registro de sua candidatura perante a ciplinar;
Justiça Eleitoral;

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III – decisão derivada de processo de ava- I – no caso de aposentadoria por invalidez,
liação periódica de desempenho, na forma quando junta médica oficial declarar insub-
da lei complementar federal, assegurada a sistentes os motivos da aposentadoria;
ampla defesa;
II – no interesse da administração e a partir
IV – para corte de despesas com pessoal de requerimento do funcionário aposenta-
conforme disposto na Constituição e legis- do, observadas as seguintes condições:
lação federal.
a) que a aposentadoria tenha sido voluntá-
Seção III ria;
DA READAPTAÇÃO b) ocorrência da aposentadoria nos 05 (cin-
co) anos anteriores ao requerimento;
Art. 26. A readaptação é o provimento de fun-
cionário efetivo em cargo de atribuições com- c) estabilidade adquirida quando em ativi-
patíveis com a sua capacidade física ou mental, dade;
derivada de alteração posterior à nomeação e
verificada em inspeção médica oficial. d) haja cargo vago.

Art. 27. O procedimento de readaptação terá o § 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou


prazo de 06 (seis) meses, podendo ser prorro- no cargo resultante de sua transformação.
gado no caso de o funcionário estar participan- § 2º Após o retorno, o tempo de exercício
do de programa de reabilitação profissional. será considerado para concessão de nova
§ 1º Ao final do referido procedimento, se aposentadoria.
julgado incapaz, o funcionário será aposen- § 3º No caso do inciso I do caput deste arti-
tado. go, encontrando-se provido o cargo, o fun-
§ 2º Declarado reabilitado para a função cionário exercerá suas atribuições como ex-
pública: cedente, até a ocorrência de vaga.

I – a readaptação será realizada em cargo § 4º O funcionário que retornar à atividade


com atribuições afins, respeitada a habili- por interesse da administração perceberá,
tação exigida para o cargo de origem, bem em substituição aos proventos da aposen-
como o nível de escolaridade e os venci- tadoria, a remuneração do cargo que voltar
mentos inerentes a este; a exercer, inclusive com a vantagem de na-
tureza pessoal incorporada e que percebia
II – na hipótese de inexistência de cargo anteriormente à aposentadoria.
vago, o funcionário exercerá suas atribui-
ções como excedente, até a ocorrência de § 5º O funcionário de que trata o inciso II do
vaga. caput deste artigo somente terá os proven-
tos calculados com base nas regras atuais se
§ 3º A readaptação será sempre para cargo permanecer pelo menos 05 (cinco) anos no
de vencimento igual ou inferior ao de ori- cargo.
gem, preservado o direito à remuneração
paga ao funcionário neste último. § 6º Não poderá reverter o aposentado
que já tiver completado 70 (setenta) anos
Seção IV de idade.
DA REVERSÃO
Art. 28. Reversão é o retorno de funcionário
aposentado ao exercício das atribuições:

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Seção V III – maior tempo de serviço público;


DA DISPONIBILIDADE E DO IV – maior idade.
APROVEITAMENTO
Art. 33. Não haverá aproveitamento para cargo
Subseção I de natureza superior ao anteriormente ocupa-
do.
DA DISPONIBILIDADE
Parágrafo único. O funcionário aproveitado
Art. 29. O funcionário será posto em disponibi- em cargo de natureza inferior ao anterior-
lidade quando extinto o seu cargo ou declara- mente ocupado perceberá a diferença de
da sua desnecessidade, com remuneração pro- remuneração correspondente.
porcional ao tempo de serviço.
Art. 34. O aproveitamento se dará somente
Parágrafo único. A remuneração mensal àquele que for julgado apto física e mental-
para o cálculo da proporcionalidade corres- mente para o exercício do novo cargo.
ponderá ao vencimento, acrescido das van-
tagens pessoais, permanentes e relativas ao Parágrafo único. Declarada a incapacidade
exercício do cargo de provimento efetivo. para o novo cargo em inspeção médica, o
funcionário será aposentado por invalidez,
Art. 30. A disponibilidade do funcionário se considerando-se, para tanto, o tempo de
dará conforme os seguintes critérios e ordem: disponibilidade.
I – menor pontuação na avaliação de de- Seção VI
sempenho no ano anterior;
DA REINTEGRAÇÃO
II – maior número de faltas ao serviço;
Art. 35. Reintegração é o retorno do funcionário
III – menor idade; ao exercício das atribuições de seu cargo, ou de
IV – maior remuneração. cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a demissão por decisão administra-
Art. 31. O período de disponibilidade é consi- tiva ou judicial.
derado como de efetivo exercício para efeito de
aposentadoria, observadas as normas próprias § 1º Na hipótese de extinção do cargo ou
a esta. declarada sua desnecessidade, o funcioná-
rio ficará em disponibilidade e será aprovei-
Subseção II tado na forma dos arts. 32 a 34 deste Esta-
tuto.
DO APROVEITAMENTO
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu
Art. 32. Aproveitamento é o retorno obrigatório eventual ocupante será reconduzido ao car-
do funcionário em disponibilidade ao exercício go de origem, sem direito à indenização, ou
de cargo de atribuições e vencimentos compatí- aproveitado em outro cargo, ou, ainda, pos-
veis com o anteriormente ocupado. to em disponibilidade.
Parágrafo único. O aproveitamento se dará § 3º O funcionário reintegrado por decisão
na primeira vaga que ocorrer com precedên- definitiva será ressarcido financeiramente
cia sobre as demais formas de provimento, pelo que deixou de perceber como venci-
observada a seguinte ordem de preferência mento ou remuneração durante o período
dentre os funcionários em disponibilidade: de afastamento.
I – maior tempo de disponibilidade;
II – maior tempo de serviço público estadual;

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§ 4º Transitada em julgado a decisão defini- dias, contados da publicação do ato de de-
tiva, será expedido o decreto de reintegra- signação.
ção no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 3º O funcionário removido, promovido,
Seção VII relotado, requisitado, cedido ou posto em
DA RECONDUÇÃO exercício provisório terá 08 (oito) dias de
prazo, contados da publicação do ato, para
Art. 36. Recondução é o retorno do funcionário o retorno ao efetivo desempenho das atri-
ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá buições do cargo na mesma comarca.
de: § 4º Na hipótese do § 3º, sendo a lotação de
I – inabilitação em estágio probatório relati- destino em outra comarca, o prazo da en-
vo a outro cargo; trada em exercício será de 15 (quinze) dias.

II – reintegração do anterior ocupante. § 5º O funcionário licenciado nos termos


deste Estatuto retornará às efetivas atribui-
§ 1º Encontrando-se provido o cargo de ori- ções a partir do término da licença.
gem, o funcionário será aproveitado em ou-
tro, observado o disposto nos arts. 32 a 34 § 6º O exercício em cargo efetivo nos casos
deste Estatuto. de reintegração, aproveitamento, reversão,
recondução e readaptação dependerá de
§ 2º Na impossibilidade do aproveitamento prévia satisfação dos requisitos atinentes a
o funcionário será posto em disponibilidade tais formas de provimento e aptidão física
conforme os arts. 29 a 31 deste diploma le- e mental comprovada em inspeção médica
gal. oficial.
Seção VIII § 7º O funcionário que, após a posse, não
DO EXERCÍCIO entrar em exercício dentro do prazo fixado,
será exonerado.
Art. 37. Exercício é o desempenho das atribui-
§ 8º A posse e o exercício poderão ser reu-
ções do cargo público ou da função gratificada.
nidos em um só ato.
Parágrafo único. O início, a suspensão, a in-
Art. 39. O exercício é condicionado à vedação
terrupção e o reinício do exercício serão no-
de conferir ao funcionário atribuições diversas
tados na ficha funcional.
das do seu respectivo cargo.
Art. 38. É de 30 (trinta) dias o prazo para en-
trar no exercício das atribuições do cargo ou da Seção IX
função, contado da data: DA FREQUÊNCIA E
I – da posse;
DO HORÁRIO DE EXPEDIENTE
II – da publicação no Diário da Justiça dos Art. 40. A jornada de trabalho dos servidores do
atos relativos às demais formas de provi- Poder Judiciário é de 8 (oito) horas diárias e de
mento previstas nos incisos II a VI do art.11. 40 (quarenta) horas semanais, facultada a fixa-
ção de 7 (sete) horas ininterruptas.
§ 1º Os prazos previstos neste artigo pode-
rão ser prorrogados por 30 (trinta) dias, a I – das 08h30min (oito horas e trinta mi-
requerimento do interessado e a juízo da nutos) às 11h00min (onze horas) e das
autoridade competente para dar posse. 13h00min (treze horas) às 17h00min (de-
zessete horas) para os lotados em 1º Grau
§ 2º O exercício em função de confiança de Jurisdição;
dar-se-á no prazo máximo de 30 (trinta)

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II – das 09h00min (nove horas) às 11h00min em Segundo Grau, para que seja iniciado o pro-
(onze horas) e das 13h00min (treze horas) cesso de nova lotação e controle de frequência.
às 18h00min (dezoito horas) para os lotados
na Secretaria do Tribunal de Justiça. Art. 43. Em caso de óbito do magistrado, o setor
competente do Departamento Administrativo
§ 1º Em razão do exercício de atividade ex- fará lavrar e publicar, no trigésimo dia da data
terna incompatível com a fixação de horá- do falecimento, o ato de exoneração dos funcio-
rios de expediente, os funcionários com nários ocupantes de cargo de provimento em
atribuições de Oficiais de Justiça e de Ava- comissão vinculados ao gabinete.
liadores terão somente a sua frequência di-
ária registrada nos boletins das Secretarias Parágrafo único. Os funcionários efetivos
para as quais estiverem designados. devem se apresentar na Divisão de Recur-
sos Humanos no terceiro dia após o fale-
§ 2º A jornada de trabalho dos servidores cimento, sendo exonerados do cargo em
e os expedientes dos Ofícios de Justiça do comissão eventualmente exercido a partir
Foro Judicial e da Secretaria serão fixados daquela data.
e regulamentados por Resolução do Ór-
gão Especial do Tribunal de Justiça do Es- Art. 44. Nos dias úteis, somente por determina-
tado do Paraná, observado o disposto na ção do Presidente do Tribunal de Justiça pode-
Lei Complementar nº 101, de 04 de maio rão deixar de funcionar os serviços do Judiciá-
de 2000. (Redação dada pela Lei 16571 de rio ou ser suspensos, no todo ou em parte, seus
15/09/2010) trabalhos.

§ 3º Fica autorizada a compensação da jor- Art. 45. Os funcionários regidos por este Esta-
nada de trabalho do servidor mediante a tuto, ocupantes de cargo de provimento efetivo
utilização do Banco de Horas, no qual serão ou em comissão, poderão ser convocados fora
registradas de forma individualizada as ho- do horário do expediente sempre que houver
ras trabalhadas no exclusivo interesse do interesse da Administração.
serviço, sendo regulamentada por ato do Parágrafo único. Na hipótese do caput des-
Presidente do Tribunal de Justiça".(Redação te artigo e para os funcionários comissiona-
dada pela Lei 17250 de 31/06/2012). dos deverá ser observada a vedação do arti-
Art. 41. Em todos os Juízos, Gabinetes, Depar- go 78, parágrafo único, deste Estatuto.
tamentos e Centros do Tribunal de Justiça have-
rá controle de frequência dos funcionários por
meio de livro-ponto ou de outro meio de con-
CAPÍTULO II
trole regulamentado pelo Presidente do Tribu-
nal de Justiça. DA VACÂNCIA
Parágrafo único. É vedado dispensar o fun- Seção I
cionário do registro de frequência, salvo DISPOSIÇÕES GERAIS
disposição legal em contrário ou autoriza-
ção do Presidente do Tribunal de Justiça. Art. 46. A vacância do cargo público decorrerá
de:
Art. 42. Os funcionários ocupantes de cargo
de provimento efetivo vinculados a gabinete I – remoção;
de magistrado que se aposentarem devem se
apresentar na Divisão de Recursos Humanos do II – promoção;
Departamento Administrativo na data em que III – exoneração;
for publicado o decreto de aposentadoria do
Desembargador ou do Juiz de Direito Substituto IV – demissão;

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V – readaptação; uma ou outra será autorizado concurso de
provimento por ingresso.
VI – aposentadoria;
§ 5º Os critérios para aferição do mereci-
VII – falecimento. mento serão estabelecidos com base nos
Art. 47. Vagará o cargo na data: princípios dispostos nos artigos 57 a 61 do
presente Estatuto.
I – da publicação do ato de aposentadoria,
exoneração, remoção, promoção, demissão Art. 49. Vagando cargo, o Presidente do Tribunal
ou readaptação; autorizará a expedição de edital com prazo de
05 (cinco) dias convocando os interessados à re-
II – do falecimento do ocupante do cargo. moção ou à promoção.
Seção II § 1º Decorrido o prazo legal, os pedidos
DA REMOÇÃO E DA PROMOÇÃO serão reunidos em uma só autuação e en-
caminhados à Corregedoria-Geral da Justi-
Art. 48. A remoção ou promoção se dá por ato ça para informação sobre os antecedentes
do Presidente do Tribunal de Justiça de acordo funcionais.
com indicação do Conselho da Magistratura e
§ 2º Não será deferido a inscrição a quem
com base nas regras por ele aprovadas, obser-
tenha sofrido pena disciplinar nos últimos
vados os princípios dispostos nos artigos 57 a 61
02 (dois) anos.
do presente Estatuto.
§ 3º À remoção ou à promoção somente se-
§ 1º A remoção ou promoção somente se
rão admitidos funcionários com mais de 02
aplica aos ocupantes de cargos do Quadro
(dois) anos em exercício no cargo e que es-
de Pessoal de 1º Grau de Jurisdição, aos Se-
tejam ao menos no penúltimo nível de sua
cretários do Conselho de Supervisão do Jui-
classe.
zado Especial, aos Secretários de Turma Re-
cursal do Juizado Especial, aos Secretários § 4º Vencidas as etapas anteriores, o proce-
do Juizado Especial, aos Oficiais de Justiça dimento será relatado pelo Corregedor-Ge-
do Juizado Especial, aos Auxiliares de Cartó- ral da Justiça perante o Conselho da Magis-
rio do Juizado Especial, aos Auxiliares Admi- tratura, que deliberará sobre a indicação ou
nistrativos do Juizado Especial, e aos Conta- não dos pretendentes.
dores e Avaliadores do Juizado Especial.
§ 5º Não se aplica remoção ou promoção
§ 2º A remoção é transferência do funcio- aos cargos cuja extinção é prevista em lei à
nário de um cargo para outro de mesma medida que vagarem e nem aos cargos que,
natureza em outra comarca ou foro de de livre remanejamento, forem redistribuí-
igual entrância e dar-se-á alternadamente dos pela Administração Pública.
por antiguidade e merecimento.
Seção III
§ 3º A promoção é a passagem do funcio-
nário de um cargo para outro de mesma DA EXONERAÇÃO
natureza e classe imediatamente superior Art. 50. A exoneração dar-se-á a pedido do fun-
e dar-se-á alternadamente por antiguidade cionário ou de ofício.
e merecimento.
Parágrafo único. A exoneração de ofício
§ 4º A abertura dos editais à remoção e à ocorrerá:
promoção se dará alternadamente e não
concorrendo interessados ou habilitados a I – quando não satisfeitas as condições do
estágio probatório;

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II – quando, após a posse, o funcionário não § 2º O Presidente do Tribunal de Justiça de-


entrar em exercício no prazo estabelecido; finirá em regulamento os cargos em comis-
são que poderão ser preenchidos tempora-
III – para corte de despesas com pessoal nos riamente por substituição.
termos da lei federal.
Art. 55. O substituto perceberá, além de sua re-
Art. 51. A exoneração de cargo em comissão ou muneração, a diferença proporcional ao tempo
a dispensa da função de confiança dar-se-á: de substituição, calculada como se fosse titular
I – a juízo do Presidente do Tribunal de Jus- do cargo em comissão ou da função gratificada.
tiça;
II – a pedido do próprio funcionário. TÍTULO III

CAPÍTULO III
CAPÍTULO ÚNICO
DA LOTAÇÃO E DA RELOTAÇÃO
DA PROGRESSÃO FUNCIONAL
Art. 52. Lotação é o ato de definição da secreta-
Art. 56. Progressão funcional é a passagem do
ria, do setor ou da repartição em que o funcio-
funcionário de um nível para outro imediata-
nário exercerá as suas atribuições.
mente superior dentro da mesma classe.
Parágrafo único. A lotação sempre se dará
Art. 57. A progressão dar-se-á, alternadamente,
de ofício, respeitados os casos em que seja
por antiguidade e por merecimento.
previamente definida em lei a secretaria, o
foro ou a comarca ao qual o cargo é afetado. § 1º A progressão por antiguidade é a pas-
sagem do funcionário mais antigo de um
Art. 53. Relotação é o deslocamento do funcio-
nível para o imediatamente subsequente,
nário, a pedido ou de ofício, de uma repartição
dentro da mesma classe, desde que:
ou setor para outro, inclusive entre foros, co-
marcas, ou secretarias, respeitados os casos em I – tenha cumprido o interstício de 03 (três)
que seja previamente definida em lei a secreta- anos de efetivo exercício no nível em que se
ria ou a comarca ao qual o cargo é afetado. encontrava;
II – não tenha sido apenado nos últimos 02
(dois) anos;
CAPÍTULO IV III – não esteja em licença para o trato de
DA SUBSTITUIÇÃO interesses particulares;
Art. 54. Nos casos de impedimentos superiores IV – não esteja cumprindo pena privativa de
a 10 (dez) dias, o funcionário ocupante do cargo liberdade.
de provimento em comissão ou de função grati-
ficada será substituído. § 2º Progressão por merecimento é a passa-
gem do funcionário de um nível para o ime-
§ 1º A substituição depende de ato da ad- diatamente subsequente, dentro da mesma
ministração e recairá em funcionário ocu- classe, desde que preenchidos os pressu-
pante de cargo de provimento efetivo e será postos definidos no regulamento da avalia-
por prazo determinado não superior a 120 ção periódica de desempenho individual e
(cento e vinte) dias. cumprido o interstício de 02 (dois) anos de

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efetivo exercício no nível em que se encon- TÍTULO IV
trava.
Art. 58. Não poderá concorrer à progressão por Dos Direitos e Das Vantagens
merecimento o funcionário que:
I – tenha sofrido qualquer tipo de penalida-
de nos últimos 02 (dois) anos; CAPÍTULO I
II – esteja em disponibilidade. DO VENCIMENTO E DA
REMUNERAÇÃO
Art. 59. O funcionário, para obter a progressão
por merecimento, será submetido à avaliação Art. 62. Vencimento é a retribuição pecuniária
de desempenho bienal. pelo efetivo exercício do cargo com valor fixado
em lei e correspondente ao nível de enquadra-
§ 1º A avaliação de desempenho bienal será
mento do funcionário.
executada com base em regulamento a ser
editado pelo Presidente do Tribunal de Jus- Art. 63. Remuneração é o vencimento do cargo
tiça. efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias es-
tabelecidas em lei.
§ 2º O regulamento da avaliação de desem-
penho bienal, dentre outros critérios, deve- Art. 64. Os funcionários ocupantes de cargo de
rá estabelecer requisitos mínimos de frequ- provimento efetivo e de provimento em comis-
ência e desempenho em cursos oficiais de são perceberão seus vencimentos ou suas re-
aperfeiçoamento. munerações nos termos da lei que define o Pla-
no de Cargos e Progressão do Poder Judiciário.
§ 3º Será conferida a progressão por mere-
cimento ao funcionário com maior desem- Parágrafo único. Nenhum funcionário do
penho na avaliação bienal imediatamente Poder Judiciário terá remuneração superior
anterior à abertura de vaga no nível imedia- ao subsídio percebido por Desembargador.
tamente superior.
Art. 65. O funcionário perderá:
Art. 60. A execução do procedimento e aferição
da progressão funcional fica a cargo de Depar- I – a remuneração do(s) dia(s) em que faltar
tamento específico da Secretaria do Tribunal de ao serviço;
Justiça, nos termos a ser definido pelo Regula- II – a remuneração correspondente ao tur-
mento a ser editado pelo Presidente do Tribunal no da falta (manhã ou tarde);
de Justiça.
III – 1/3 (um terço) da remuneração do dia,
Art. 61. Será conferida progressão funcional se comparecer ao serviço com atraso ou
para fins de aposentadoria ou pensão caso o sair antecipadamente.
funcionário preencha os requisitos legais por
ocasião da perda do vínculo com a administra- § 1º Considera-se atraso o comparecimento
ção. ao serviço após o início do expediente até o
máximo de uma hora, após o que será lan-
çada falta do respectivo turno.
§ 2º Considera-se saída antecipada aquela
que ocorrer antes do término do turno ou
do período de trabalho.
§ 3º As faltas justificadas decorrentes de
caso fortuito ou força maior poderão ser

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compensadas a critério da chefia imedia- em comissão o disposto no caput deste arti-


ta, sendo assim consideradas como efetivo go como se na ativa estivesse.
exercício.
Art. 68. Não incidirá desconto sobre o venci-
§ 4º O funcionário poderá perder 50% (cin- mento ou a remuneração, salvo por imposição
qüenta por cento) do valor do vencimento legal, ordem judicial ou autorização escrita do
ou da remuneração, no caso de aplicação funcionário, observando-se que, nesta última
de pena de suspensão convertida em multa, hipótese, a consignação do desconto fica a cri-
ficando obrigado a permanecer no serviço. tério da administração pública.
Art. 66. As faltas ao serviço, decorrentes de or- Art. 69. As reposições e indenizações ao Erário
dens judiciais dirigidas contra o funcionário, im- Estadual serão descontadas em parcelas men-
plicarão em: sais, não excedentes a 10% (dez por cento) da
remuneração.
I – redução da remuneração a 2/3 (dois ter-
ços) durante o afastamento por motivo de § 1º As reposições e indenizações serão
prisão cautelar; previamente comunicadas ao funcionário e
corrigidas pela média do INPC (IBGE) e IGP-
II – redução da remuneração a metade du- -DI (Fundação Getúlio Vargas) ou pela mé-
rante o afastamento em virtude de decisão dia dos índices que vierem a substituí-los e
condenatória penal transitada em julgado, acrescidas de juros nos termos da lei civil.
que não determine a perda do cargo.
§ 2º A reposição será integral e em parcela
§ 1º No caso do inciso I do caput deste ar- única quando o pagamento indevido tiver
tigo, o funcionário terá direito à integrali- ocorrido no mês anterior ao do processa-
zação da remuneração se for absolvido em mento da folha.
decisão definitiva.
§ 3º Quando o funcionário for exonerado,
§ 2º As reduções cessarão no dia em que o dispensado ou demitido terá o prazo de 60
funcionário for posto em liberdade. (sessenta) dias, a contar da data da perda do
§ 3º O funcionário que for posto em liberda- vínculo com a administração pública, para
de nos termos deste artigo deverá retornar pagar o débito, sendo que o não pagamento
ao exercício de suas atribuições no dia se- implicará em inscrição em dívida ativa.
guinte à soltura. § 4º As reposições derivadas de revogações
Art. 67. O funcionário nomeado para cargo de de ordens judiciais que majoraram venci-
provimento em comissão optará entre o venci- mentos ou remunerações deverão ser feitas
mento de tal cargo e a remuneração que rece- em 30 (trinta) dias, a contar da data da no-
be em razão de seu cargo efetivo, acrescida em tificação administrativa, sob pena de inscri-
20% (vinte por cento) do valor símbolo do cargo ção em dívida ativa.
comissionado. § 5º No caso de recebimento de valores in-
§ 1º Em nenhuma hipótese a diferença re- devidos a título de remuneração ou venci-
muneratória percebida pelo funcionário mento o funcionário comunicará, no prazo
efetivo em razão do exercício de cargo em de 10 (dez) dias, à Secretaria do Tribunal de
comissão será incorporada aos seus venci- Justiça, sob pena de caracterização de com-
mentos. portamento desleal para com a administra-
ção pública.
§ 2º Aplica-se ao funcionário em disponibi-
lidade nomeado para cargo de provimento

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CAPÍTULO II § 1º A ajuda de custo compreende as des-
DAS VANTAGENS pesas do funcionário e de sua família com
combustível ou passagem e do transporte
Seção I de bagagens e de bens pessoais até o valor
de uma remuneração mensal.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 2º A compensação será feita mediante
Art. 70. Poderão ser pagas ao funcionário as se- comprovação documental das despesas nos
guintes vantagens: termos do § 1º deste artigo.
I – indenizações; § 3º A ajuda de custo somente será realiza-
II – adicionais; da uma vez a cada intervalo mínimo de 02
(dois) anos, no caso de remoções ou pro-
III – gratificações. moções, conforme dispuser regulamento a
ser editado pelo Presidente do Tribunal de
§ 1º (Revogado pela Lei 17.250 de Justiça.
31/07/2012)
§ 4º A ajuda de custo em razão de relota-
§ 2º (Revogado pela Lei 17.250 de ção de ofício pela administração pública
31/07/2012) não possui o limite de tempo previsto no §
§ 3º Os adicionais incorporam-se ao venci- 3º deste artigo e será regulamentada pelo
mento ou aos proventos, nos casos e condi- Presidente do Tribunal de Justiça.
ções indicados em lei. § 5º Não será devida ajuda de custo na hi-
§ 4º As vantagens não serão computadas pótese de relotação a pedido do funcioná-
nem acumuladas para efeito de concessão rio.
de quaisquer outros acréscimos pecuniários § 6º O funcionário ficará obrigado a restituir
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico integralmente a ajuda de custo recebida, no
fundamento. prazo de 10 (dez) dias, quando, injustifica-
damente, não se apresentar na nova sede,
Seção II
no prazo 30 (trinta) dias, ou ainda, pedir
DAS INDENIZAÇÕES exoneração antes de completar 90 (noven-
ta) dias de exercício na nova sede.
Art. 71. Constituem indenizações:
I – ajuda de custo; Subseção II
DAS DIÁRIAS
II – diárias;
Art. 73. O funcionário em serviço que se afastar
III – transporte.
por ordem da Administração Pública da sede de
Subseção I sua lotação, em caráter eventual ou transitório
para outro ponto do território nacional ou para
DA AJUDA DE CUSTO o exterior, terá direito ao pagamento das passa-
Art. 72. Ajuda de custo é a compensação das gens e de diárias destinadas a indenizar as des-
despesas do funcionário que em virtude de pro- pesas realizadas em razão do deslocamento.
moção, remoção ou relotação muda de domicí- § 1º A diária é devida por dia de afastamen-
lio para exercer as suas atribuições em caráter to e terá valor arbitrado conforme regula-
permanente em outra comarca. mento a ser editado pelo Presidente do Tri-
bunal de justiça, observado o seguinte:

570 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Estatuto do Servidor do Poder Judicíario TJ-PR – Prof. Mateus Silveira

I – valores fixos para alimentação e pernoi- Parágrafo único. O acréscimo será imedia-
te; e to, inclusive para efeito de aposentadoria,
pensão ou disponibilidade.
II – a base de cálculo dos valores de alimen-
tação e pernoite será estabelecida segundo Art. 77. Ao completar 30 (trinta) anos de efetivo
o cargo, função e nível na carreira do fun- exercício, o funcionário terá direito ao acrésci-
cionário. mo aos vencimentos do nível de seu cargo de
5% (cinco por cento) por ano excedente, até o
§ 2º Quando o deslocamento da sede cons- máximo de 25% (vinte e cinco por cento), conta-
tituir exigência permanente do cargo, o fun- dos de forma linear.
cionário não terá direito a diárias.
§ 1º A incorporação desses acréscimos será
Art. 74. O funcionário que receber diária e não imediata, inclusive para efeito de aposenta-
se afastar da sede por qualquer motivo, fica doria, pensão ou disponibilidade.
obrigado a restituí-la integralmente, no prazo
de 02 (dois) dias. § 2º No cálculo e para efeito de pagamento
do adicional referido nesta Seção, não será
Parágrafo único. Na hipótese de o funcioná- considerada a soma ao vencimento de qual-
rio retornar à sede em prazo menor do que quer acréscimo de adicional anteriormente
o previsto para o seu afastamento restituirá deferido.
as diárias recebidas em excesso, no prazo
previsto no caput deste artigo.

Subseção III
Atenção!
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Arts. 78 a 94 foram regovados pela Lei
Art. 75. Conceder-se-á indenização de transpor- nº 17.250, de 31/07/2012 que tratam
te ao funcionário que realizar despesas com a das gratificações.
utilização de meio próprio de locomoção para
a execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme dispu-
ser regulamento a ser editado pelo Presidente
do Tribunal de Justiça.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. A compensação será feita
nos termos a serem fixados em regulamen- DAS FÉRIAS
to. Art. 95. Após cada período de 12 (doze) meses
de efetivo exercício, o funcionário terá direito
Seção III
a férias, que podem ser cumuladas por até 02
DOS ADICIONAIS (dois) períodos, por comprovada necessidade
de serviço, observada a seguinte proporção:
Art. 76. O funcionário ocupante de cargo de pro-
vimento efetivo terá acrescido aos vencimentos, I – 30 (trinta) dias corridos, quando não
a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício, 5% houver faltado ao serviço por mais de 05
(cinco por cento) do valor do vencimento pre- (cinco) vezes no período aquisitivo;
visto para o nível do cargo que ocupa até com-
pletar 25% (vinte e cinco por cento), contados II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando
de forma linear. houver tido de 06 (seis) a 14 (quatorze) fal-
tas no período aquisitivo;

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III – 18 (dezoito) dias corridos, quando hou- Parágrafo único. Consideram-se dependen-
ver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) fal- tes econômicos para efeito de percepção do
tas no período aquisitivo; salário-família:
IV – 12 (doze) dias corridos, quando hou- I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, in-
ver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e clusive os enteados até 18 (dezoito) anos de
duas) faltas no período aquisitivo. idade ou, se estudante, até 24 (vinte e qua-
tro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de
férias serão exigidos 12 (doze) meses de II – o menor de 18 (dezoito) anos que, me-
efetivo exercício. diante autorização judicial, viver na com-
panhia e às expensas do funcionário, ou do
§ 2º A escala de férias dos funcionários lota- inativo;
dos na Secretaria do Tribunal de Justiça será
organizada pelo chefe de cada Divisão ou III – a mãe e o pai sem economia própria.
Departamento, e pelo Juiz de Direito Dire-
tor do Fórum para os demais casos. Art. 98. Não se configura a dependência econô-
mica quando o beneficiário do salário-família
§ 3º É vedado compensar dias de faltas com perceber rendimento de trabalho ou de qual-
os de férias. quer outra fonte, inclusive pensão ou provento
da aposentadoria, em valor igual ou superior ao
§ 4º As férias poderão ser parceladas, desde salário-mínimo.
que assim requeridas pelo funcionário, e no
interesse da administração pública. Art. 99. Quando o pai e a mãe forem funcioná-
rios públicos e viverem em comum, o salário-fa-
Art. 96. Não terá direito a férias o funcionário mília será pago a um deles; quando separados,
que, no curso do período aquisitivo, deixar de será pago a um e outro, de acordo com a distri-
trabalhar, com percepção do vencimento ou da buição dos dependentes.
remuneração, por mais de 30 (trinta) dias, em
virtude de paralisação parcial ou total do servi- Parágrafo único. Equiparam-se ao pai e à
ço público. mãe o padrasto, a madrasta e, na falta des-
tes, os representantes legais dos incapazes.
Parágrafo único. Na hipótese de cessação
do vínculo com a administração pública será Art. 100. O salário-família não está sujeito a
devida ao funcionário indenização de férias qualquer tributo estadual, nem servirá de base
não-gozadas, integrais ou proporcionais, para qualquer contribuição estadual, inclusive
calculadas com base no vencimento ante- para o sistema previdenciário.
rior ao ato do desligamento.
Art. 101. As licenças concedidas ao funcionário
não acarretam a suspensão do pagamento do
salário-família, excepcionada a hipótese para
CAPÍTULO IV tratamento de interesses particulares.
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 97. O salário-família é devido no valor fixa-
do na legislação federal, mensalmente, ao fun- CAPÍTULO V
cionário ativo ou inativo que receba vencimento DO AUXÍLIO FUNERAL
igual ou inferior a 01 (um) salário-mínimo nacio-
nal, na proporção do número de dependentes Art. 102. À pessoa que provar ter feito despesas
econômicos. com o funeral do funcionário será paga a impor-
tância correspondente até 01 (um) mês de re-

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muneração do falecido para o respectivo ressar- IX – para o desempenho de mandato clas-


cimento. sista;
§ 1º O pagamento correrá pela dotação pró- X – especial;
pria à remuneração do funcionário falecido,
não podendo, por esse motivo, novo ocu- XI – para missão ou estudo no exterior.
pante entrar em exercício antes do trans- Parágrafo único. Os pedidos de licença de-
curso de 30 (trinta) dias da data do óbito. vem ser instruídos com os documentos que
Art. 103. Em caso de acumulação legal de car- comprovem os respectivos fundamentos,
gos do Estado do Paraná, o auxílio funeral cor- sob pena de indeferimento liminar, salvo
responderá ao pagamento do cargo de maior nas hipóteses em que seja necessária inspe-
vencimento do funcionário falecido. ção médica para constatação do respectivo
motivo.
Art. 104. Com base na mesma dotação, forma
e prazo referidos nos parágrafos 1º e 2º do art. Art. 106. A competência para o exame e a deli-
102 será concedido transporte ou meios para beração sobre os pedidos de licenças previstas
mudança à família do funcionário, quando este no art. 105 é do Presidente do Tribunal de Justi-
falecer fora do Estado do Paraná, no desempe- ça, que poderá delegar tal atribuição às autori-
nho do cargo ou de serviço. dades e aos funcionários que lhes sejam subor-
dinados.
§ 1º O funcionário em gozo de licença co-
municará ao seu chefe imediato o local em
CAPÍTULO VI que poderá ser encontrado.
DAS LICENÇAS
§ 2º O tempo necessário à inspeção médica
Seção I será sempre considerado como período de
licença.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 105. Ao (a) funcionário(a) conceder-se-á li-
Seção II
cença: DA LICENÇA PARA
TRATAMENTO DE SAÚDE
I – para tratamento de saúde;
Art. 107. Será concedida ao funcionário licença
II – por motivo de doença em pessoa da fa-
para tratamento de saúde, a pedido ou de ofí-
mília;
cio, com base em perícia médica.
III – à gestante, à paternidade e à adotante;
Art. 108. Para licença de até 30 (trinta) dias, a
IV – para acompanhar o cônjuge ou o com- inspeção será feita por médico do Tribunal de
panheiro; Justiça e, por prazo superior, será efetivada por
junta médica oficial.
V – para o serviço militar;
§ 1º Sempre que necessário, a inspeção mé-
VI – para atividade política e para exercício dica será realizada na residência do funcio-
de mandato eletivo; nário ou no estabelecimento hospitalar em
II – para capacitação, freqüência de cursos e que se encontrar internado.
horário especial; § 2º Inexistindo médico do Quadro no local
VIII – para tratar de interesses particulares; em que se encontra lotado o funcionário
será aceito atestado firmado por médico
particular.

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§ 3º No caso do parágrafo 2º deste artigo, o Art. 112. No curso de licença para tratamento
atestado somente produzirá efeitos depois de saúde, o funcionário abster-se-á de ativida-
de homologado pelo setor médico do Tribu- des remuneradas, sob pena de interrupção da
nal de Justiça, pelas autoridades ou pelos licença com perda total do vencimento ou da
funcionários nos termos do art. 106 deste remuneração, até que reassuma o cargo, e de
Estatuto. responder a processo administrativo disciplinar.
§ 4º Não homologado o atestado ou inde- Art. 113. Licenciado para tratamento de saúde,
ferido o pedido de licença, o funcionário re- por acidente no exercício de suas atribuições ou
assumirá imediatamente o exercício de suas por doença profissional, o funcionário recebe
atribuições, sendo considerados os dias que integralmente o vencimento ou a remuneração
deixou de comparecer ao serviço como fal- com as vantagens inerentes ao cargo.
tas ao trabalho, por haver alegado doença.
Art. 114. O funcionário acidentado no exercício
§ 5º O funcionário que no período de 12 de suas atribuições, ou acometido de doença
(doze) meses atingir o limite de 30 (trinta) profissional, será posto em licença a requeri-
dias de licença para tratamento de saúde, mento ou de ofício para o respectivo tratamen-
consecutivos ou não, para a concessão de to.
nova licença, independentemente do prazo
de sua duração, será submetido à inspeção § 1º Entende-se por doença profissional a
por junta médica oficial. que se deva atribuir, com relação de causa
e efeito, às condições inerentes ao serviço e
Art. 109. O funcionário não permanecerá em aos fatos ocorridos em razão do seu desem-
licença para tratamento de saúde por prazo penho.
superior a 24 (vinte e quatro) meses, contados
ainda que interpoladamente, exceto nos casos § 2º Acidente é o evento danoso que tenha
considerados recuperáveis pela junta médica, como causa, mediata ou imediata, o exercí-
que poderá prorrogá-lo motivadamente e por cio de atribuições inerentes ao cargo.
período certo. § 3º Considera-se também acidente a agres-
Parágrafo único. Decorrido o prazo do ca- são sofrida e não provocada pelo funcioná-
put deste artigo, o funcionário será subme- rio no exercício de suas atribuições ou em
tido à nova inspeção, sendo aposentado se razão delas.
julgado definitivamente inválido para o ser- § 4º A comprovação do acidente, indispen-
viço público em geral e não puder ser rea- sável para a concessão da licença, deve ser
daptado. feita em procedimento próprio, no prazo de
Art. 110. Em casos de doenças graves, contagio- 08 (oito) dias, prorrogáveis por igual perío-
sas ou não, que imponham cuidados permanen- do.
tes, poderá a junta médica, se considerar o do- Art. 115. O funcionário que apresentar indícios
ente irrecuperável, recomendar como resultado de lesões orgânicas ou funcionais será subme-
da inspeção a imediata aposentadoria. tido à inspeção médica e não poderá recusá-la
Parágrafo único. Na hipótese de que trata sob pena de suspensão de pagamento dos ven-
o caput deste artigo e o parágrafo único do cimentos ou da remuneração, até que ela seja
art. 109, a inspeção será feita por uma junta realizada, e de responder a processo adminis-
médica de pelo menos 03 (três) médicos. trativo disciplinar.

Art. 111. No processamento das licenças para Parágrafo único. Consideram-se doenças
tratamento de saúde, será observado o devido determinantes do licenciamento compul-
sigilo sobre os laudos e os atestados médicos. sório para tratamento de saúde do funcio-

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nário a tuberculose ativa, a hanseníase, a ou não, compreendidos no período de 24


alienação mental, a neoplasia maligna, a (vinte e quatro) meses, contados ainda que
cegueira posterior ao ingresso no serviço interpoladamente.
público, a paralisia irreversível e incapaci-
tante, a cardiopatia grave, a doença de Pa- § 3º Durante a fruição da licença por motivo
rkinson, a espondiloartrose anquilosante, a de doença em pessoa da família o funcioná-
nefropatia grave, o estado avançado do mal rio não exercerá nenhuma atividade remu-
de Paget (osteíte deformante), a síndrome nerada, sob pena de interrupção da licença
da deficiência imunológica adquirida (Aids), e de responder a processo administrativo
a esclerose múltipla, a contaminação de ra- disciplinar.
diação e outras que forem indicadas em lei, Seção IV
de acordo com os critérios de estigma, de-
formação, mutilação, deficiência, ou outro DA LICENÇA À GESTANTE, À
fator que lhe confira especificidade e gravi- PATERNIDADE E À ADOTANTE
dade, com base na medicina especializada.
Art. 119. À funcionária gestante será concedi-
Art. 116. No curso da licença, poderá o funcio- da, mediante atestado médico, licença por 180
nário requerer inspeção médica, caso se julgue (cento e oitenta) dias, com percepção de venci-
em condições de reassumir o exercício de suas mento ou remuneração com demais vantagens
atribuições ou com direito à aposentadoria. legais.
Art. 117. Considerado apto em inspeção mé- § 1º A funcionária gestante, quando em
dica, o funcionário reassumirá o exercício, sob serviço de natureza braçal, será aproveita-
pena de serem computados os dias de ausência da em função compatível com o seu estado,
como faltas. a contar do primeiro dia do quinto mês de
gestação, salvo antecipação por prescrição
Seção III médica, sem prejuízo do direito à licença de
DA LICENÇA POR MOTIVO que trata esta Seção.
DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA § 2º A licença poderá, a pedido da funcio-
Art. 118. Será concedida licença ao funcionário nária gestante, ter início no primeiro dia do
por motivo de doença do cônjuge ou de compa- nono mês de gestação, salvo antecipação
nheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou da por prescrição médica.
madrasta e de enteado, ou de dependente que § 3º Na hipótese de nascimento prematuro,
viva às suas expensas e conste na sua ficha fun- a licença terá início a partir do parto.
cional, mediante comprovação por junta médi-
ca oficial. § 4º No caso de natimorto, a funcionária fi-
cará licenciada por 30 (trinta) dias a contar
§ 1º A licença somente será deferida se a do evento, decorridos os quais, será subme-
assistência direta do funcionário for indis- tida a exame médico, e se julgada apta, re-
pensável e não puder ser prestada simulta- assumirá o exercício de suas atribuições.
neamente com o exercício do cargo ou me-
diante compensação de horário. § 5º No caso de aborto atestado por mé-
dico, a funcionária terá direito a 30 (trinta)
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo dias de repouso remunerado.
da remuneração, por até 30 (trinta) dias,
podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) Art. 120. Para amamentar o próprio filho até a
dias, mediante laudo de junta médica oficial idade de 06 (seis) meses, a funcionária lactante
e, excedendo estes prazos, sem remunera- terá, durante a jornada de trabalho, duas horas
ção, por até 90 (noventa) dias consecutivos

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de descanso, que poderá ser parcelada em 02 § 3º Independentemente do regresso do(a)
(dois) períodos de uma hora. cônjuge ou do(a) companheiro(a), o(a)
funcionário(a) poderá requerer, a qualquer
Art. 121. À funcionária que adotar ou tiver con- tempo, o retorno ao exercício de suas atri-
cedida guarda judicial para fins de adoção será buições, o que lhe será deferido observados
concedida licença nos seguintes prazos: os requisitos dos arts. 29 a 34 deste Estatu-
I – de 120 (cento e vinte) dias, se a criança to.
tiver de 0 (zero) a 30 (trinta) dias; § 4º Para acompanhar o (a) cônjuge ou o (a)
II – de 90 (noventa) dias, se a criança tiver companheiro(a) poderá ser aplicado o dis-
de 02 (dois) meses incompletos a 06 (seis) posto no art. 140 deste Estatuto ao invés da
meses; licença de que trata esta Seção.

III – de 60 (sessenta) dias, se a criança tiver Seção VI


de 07 (sete) meses incompletos a 02 (dois) DA LICENÇA PARA
anos; O SERVIÇO MILITAR
IV – de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de
03 (três) anos incompletos a 06 (seis) anos. Art. 124. Ao funcionário convocado para o servi-
ço militar será concedida licença sem vencimen-
§ 1º Considera-se a idade da criança à épo- to ou remuneração na forma e nas condições
ca de sua entrega à mãe adotiva. previstas na legislação específica e mediante
documento comprovante da incorporação.
§ 2º Findo o prazo de licença, a mãe ado-
tante deverá retornar ao trabalho, sendo Parágrafo único. Concluído o serviço militar,
improrrogável a licença. o funcionário terá até 30 (trinta) dias sem
remuneração para reassumir o exercício do
Art. 122. Pelo nascimento ou adoção de filhos, cargo.
o funcionário terá direito à licença-paternidade
de 05 (cinco) dias consecutivos. Art. 125. Será concedida licença sem remune-
ração ou vencimento ao funcionário que tiver
Seção V feito curso para oficial da reserva das forças ar-
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O madas durante os estágios prescritos nos regu-
CÔNJUGE OU O COMPANHEIRO lamentos militares.

Art. 123. Será concedida licença ao funcionário Seção VII


(a) para acompanhar cônjuge ou companheiro DA LICENÇA PARA ATIVIDADE
(a) que for deslocado (a) de ofício pela admi- POLÍTICA E PARA O EXERCÍCIO
nistração pública para outro ponto do território DE MANDATO ELETIVO
nacional ou exterior ou para o exercício de man-
dato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. Art. 126. O funcionário poderá ser licenciado,
§ 1º A licença será por prazo indeterminado sem remuneração, durante o período que me-
e sem vencimento ou remuneração. diar entre a sua escolha em convenção parti-
dária, como candidato a cargo eletivo do Poder
§ 2º No deslocamento do(a) funcionário(a) Legislativo ou do Poder Executivo, e a véspera
poderá haver exercício provisório em órgão do registro de sua candidatura perante a Justiça
ou entidade da administração do Estado do Eleitoral.
Paraná, inclusive autárquica ou fundacio-
nal, desde que para o exercício de atividade § 1º O funcionário candidato a cargo eleti-
compatível com o seu cargo. vo que exerça cargo de direção, chefia, as-
sessoramento, arrecadação ou fiscalização,

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dele será licenciado, a partir do dia imediato para localidade diversa daquela em que
ao do registro de sua candidatura perante a exerce o mandato.
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte
ao do pleito. § 6º O funcionário deverá reassumir o exer-
cício de seu cargo no Poder Judiciário no
§ 2º A partir do registro da candidatura e primeiro dia útil subsequente:
até o décimo dia seguinte ao da eleição o
funcionário será licenciado, assegurada per- I – ao trânsito em julgado da decisão da Jus-
cepção dos vencimentos do cargo efetivo. tiça Eleitoral que indeferiu o registro de sua
candidatura ou homologou a sua desistên-
Art. 127. O funcionário ficará licenciado do car- cia;
go em decorrência do exercício de mandato ele-
tivo: II – após o decurso do prazo de que trata o
§2º do art. 126, caso seja confirmado o re-
I – federal, estadual ou distrital; gistro de sua candidatura;
II – de Prefeito, sendo-lhe facultado optar III – ao da apresentação de sua desistência
pela remuneração do cargo que ocupa; à candidatura.
III – de Vereador, e havendo compatibilida- § 7º A inobservância do disposto no §6º
de de horários, perceberá as vantagens de deste artigo implicará em falta ao serviço.
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo
da remuneração do cargo eletivo, e, não ha- § 8º A licença e o retorno do funcionário ao
vendo compatibilidade, será aplicada a nor- exercício de suas atribuições deverão ser
ma do inciso II deste artigo. comunicados à Presidência do Tribunal de
Justiça no prazo de 15 (quinze) dias, con-
§ 1º Em qualquer caso que exija o licencia- tados, respectivamente, de seu início e das
mento para o exercício do cargo eletivo, o datas previstas no parágrafo 6º deste artigo.
tempo de serviço será contado para todos
os efeitos legais, exceto para promoção ou Seção VIII
progressão funcional por merecimento. DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
§ 2º Para efeito de benefício previdenciário, E FREQÜÊNCIA DE CURSOS E DO
no caso do licenciamento, os valores serão HORÁRIO ESPECIAL
determinados como se no exercício estives-
sem. Art. 128. Após cada quinquênio de efetivo exer-
cício, o funcionário ocupante de cargo efetivo
§ 3º Será computado integralmente o tem- poderá, no interesse e a critério da administra-
po de exercício de mandato eletivo federal, ção, licenciar-se com a respectiva remuneração,
estadual, distrital e municipal, prestado sob por até 03 (três) meses, para participar ou com-
a égide de qualquer regime jurídico, bem pletar requisitos de curso de capacitação profis-
como as contribuições feitas para institui- sional correlatos às responsabilidades e às atri-
ções oficiais de previdência social brasileira. buições do cargo que ocupa.
§ 4º A contagem recíproca estabelecida no Parágrafo único. Os períodos de licença de
§3º deste artigo atenderá ao disposto na Lei que trata o caput deste artigo não são acu-
Estadual n.º 12.398 de 30.12.1998 e na Lei muláveis.
Federal n.º 9.717 de 27.11.1998.
Art. 129. O funcionário que usufruir da licença
§ 5º O funcionário investido em mandato prevista no art. 128 será obrigado a restituir os
eletivo não poderá ser relotado de ofício valores percebidos como remuneração duran-
te o respectivo período, no caso de ocorrer sua

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exoneração no prazo de 02 (dois) anos, a contar suas atribuições no prazo de 30 (trinta) dias
do término do tal benefício. depois de notificado, sob pena de respon-
der administrativamente por abandono de
Art. 130. O funcionário que for estudante em cargo.
cursos de formação até o grau universitário,
incluídos os de pós-graduações, desde que mi- § 2º O tempo de afastamento em razão da
nistrados na localidade da lotação, terá horários fruição da licença que se trata esta Seção
especiais de trabalho que possibilitem a frequ- não será computado para qualquer efeito
ência ao curso, condicionados à possibilidade legal. (Redação dada conforme Republica-
e à realização das necessárias compensações a ção em 17/03/2009)
perfazerem a carga horária normal de trabalho.
Art. 132. Não será concedida a licença de que
§ 1º Será deferido horário especial somen- trata esta Seção ao funcionário que esteja res-
te por uma vez para a realização de 01 (um) pondendo a processo administrativo disciplinar.
curso técnico, 01 (um) de graduação, 01
(um) de especialização, 01 (um) de mestra- Seção X
do e 01 (um) de doutorado, observado o pe- DA LICENÇA PARA DESEMPENHO
ríodo de regular duração de cada um deles. DE MANDATO CLASSISTA
§ 2º O funcionário beneficiário de horário
Art. 133. É assegurado ao funcionário efetivo li-
especial não terá direito a qualquer gra-
cença com remuneração para o desempenho de
tificação ou aumento de vencimentos ou
mandato em associação de classe ou sindicato
remuneração por trabalho fora do horário
representativo da categoria de funcionários:
normal de expediente.
I – para entidades com até 500 (quinhentos)
§ 3º Será concedido horário especial ao
associados, 01 (um) funcionário;
funcionário portador de necessidades es-
peciais quando atestado por junta médica, II – para entidades com 501 (quinhentos e
independentemente de compensação de um) a 1000 (mil) associados, 02 (dois) fun-
horário, observado o disposto no §2º deste cionários;
artigo.
III – para entidades com 1001 (mil e um)
§ 4º O Presidente do Tribunal de Justiça de- a 1500 (mil e quinhentos) associados, 03
finirá os funcionários competentes a delibe- (três) funcionários;
rar sobre os pedidos de horários especiais.
IV – para entidades com mais de 1501 (mil e
Seção IX quinhentos e um) associados, será liberado
DA LICENÇA PARA TRATAR DE mais um dirigente, a cada quinhentos asso-
ciados excedentes a tal número, até o limite
INTERESSES PARTICULARES de oito.
Art. 131. A critério da administração poderão § 1º Somente poderão ser licenciados fun-
ser concedidas ao funcionário ocupante de car- cionários eleitos para cargos de direção ou
go efetivo, desde que não esteja em estágio representação nas referidas entidades, des-
probatório, licenças para o trato de assuntos de que cadastradas em Ministério da admi-
particulares pelo prazo de até 02 (dois) anos nistração pública federal nos termos da le-
consecutivos. gislação federal.
§ 1º A licença poderá ser interrompida, a § 2º A licença terá duração igual à do man-
qualquer tempo, a pedido do funcionário dato, podendo ser prorrogada no caso de
ou no interesse do serviço, devendo o fun- reeleição, e será computado o tempo de
cionário, nesta última hipótese, reassumir

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afastamento para todos os efeitos legais, missão oficial desde que autorizado pelo Presi-
exceto para promoção por merecimento. dente do Tribunal de Justiça.
(Redação dada conforme Republicação em
17/03/2009) § 1º A ausência não excederá a 02 (dois)
anos, e finda a missão ou o estudo, somen-
§ 3º O funcionário investido em mandato te decorrido igual período, será permitida
classista não poderá ser relotado de ofício nova ausência.
para localidade diversa daquela em que
exerce o mandato. § 2º Ao funcionário beneficiado pelo dis-
posto neste artigo não será concedida exo-
Seção XI neração, bem como as licenças para tratar
DA LICENÇA ESPECIAL de interesses particulares, para capacitação
ou especial, antes de decorrido período
Art. 134. O funcionário estável que durante 10 igual ao da licença.
(dez) anos não se afastar do exercício de suas § 3º As hipóteses, condições e formas para
funções terá direito à licença especial de 06 a concessão da licença de que trata esta
(seis) meses, por decênio, com percepção de Seção, inclusive no que se refere à percep-
vencimento ou remuneração. ção de vencimentos ou de remuneração do
Parágrafo único. Após cada qüinqüênio de funcionário estável e efetivo serão discipli-
efetivo exercício, ao funcionário estável que nadas em regulamento a ser editado pelo
requerer conceder-se-á licença especial de 03 Presidente do Tribunal de Justiça.
(três) meses com vencimento ou remuneração. Art. 138. O licenciamento de funcionário estável
Art. 135. Não podem gozar de licença especial, e efetivo para servir em organismo internacio-
simultaneamente, o funcionário e o seu substi- nal de que o Brasil participe ou com o qual coo-
tuto legal; se requeridas para períodos coinci- pere dar-se-á com perda total da remuneração.
dentes, ainda que parcialmente, a preferência
para a fruição é daquele que tenha mais tempo
de serviço público estadual.
CAPÍTULO VII
Parágrafo único. Na mesma repartição não DOS AFASTAMENTOS
poderão usufruir de licença especial, simulta-
neamente, funcionários em número superior Art. 139. Serão concedidos os seguintes afasta-
à sexta parte do total do respectivo Quadro mentos do exercício das atribuições aos funcio-
de lotação e, quando o número de funcioná- nários, sem prejuízo dos vencimentos ou das
rios for inferior a 06 (seis), somente 01 (um) remunerações, para:
deles poderá entrar em licença especial. Em
ambos os casos, a preferência será estabele- I – trânsito, conforme prazos estabelecidos
cida na forma prevista no caput deste artigo. nos §§ 3º e 4º do art. 38 deste Estatuto;

Art. 136. É vedada a conversão da licença de II – casamento, por 08 (oito) dias;


que trata esta Subseção em pecúnia. III – luto por falecimento de cônjuge ou
companheiro, filho ou enteado, pai ou pa-
Seção XII drasto, mãe ou madrasta, irmão, por 08
DA LICENÇA PARA ESTUDO (oito) dias;
OU MISSÃO NO EXTERIOR
IV – júri e outros serviços obrigatórios por lei;
Art. 137. Somente o funcionário estável e efe- V – doar sangue, por 01 (um) dia a cada 12
tivo poderá ausentar-se do País para estudo ou (doze) meses de trabalho;

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VII – alistamento como eleitor, por 02 (dois) § 5º A contagem de tempo de serviço do
dias. funcionário cedido para fins previdenciários
obedecerá às normas contidas na Lei Esta-
Parágrafo único. Para efeito do disposto no dual n.º 12.398 de 30.12.1998.
caput deste artigo haverá compensação de
horários respeitada a duração máxima se-
manal do trabalho de 40 (quarenta) horas.
CAPÍTULO IX
DA APOSENTADORIA, DO
CAPÍTULO VIII TEMPO DE SERVIÇO E DA
DA CESSÃO PARA SERVIR A OUTRO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
ÓRGÃO OU ENTIDADE PÚBLICA Art. 141. A aposentadoria sob qualquer modali-
Art. 140. O funcionário efetivo e estável poderá dade se dará nos prazos e nas formas previstas
ser cedido para outro órgão ou outra entidade na Constituição Federal, na Constituição Estadu-
da administração direta ou indireta dos Poderes al, na Lei Federal n.º 9.717 de 27 de novembro
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 1998 e na Lei Estadual n.º 12.398 de 30 de de-
dos Municípios, nas seguintes hipóteses: zembro de 1998 e suas alterações subsequen-
tes.
I – para exercício de cargo em comissão ou
função de confiança; § 1º Os valores a serem pagos em razão das
aposentadorias são os definidos nas men-
II – em casos previstos em leis específicas. cionadas normas e têm por base as remu-
nerações com forma de fixação e incorpora-
§ 1º Na hipótese do inciso I do caput deste ções de vantagens previstas neste Estatuto.
artigo, sendo a cessão para órgãos ou enti-
dades de outros Estados, da União, do Dis- § 2º O sistema de seguridade dos depen-
trito Federal ou dos Municípios, o ônus da dentes e dos funcionários inativos do Poder
remuneração será do órgão ou da entidade Judiciário é o previsto na Lei Estadual n.º
cessionária, inclusive no que se referem às 12.398 de 30.12.1998 e nas suas alterações
contribuições previdenciárias. subsequentes.
§ 2º O funcionário cedido ao órgão, à em-
presa pública ou à sociedade de economia
mista do Estado do Paraná, nos termos das CAPÍTULO X
respectivas normas, poderá optar pela remu-
DO DIREITO DE PETIÇÃO
neração do cargo efetivo ou pela remunera-
ção do cargo efetivo acrescida de percentual Art. 142. É assegurado ao funcionário o direito
da retribuição do cargo em comissão. de petição em defesa de direito ou contra ile-
§ 3º A entidade cessionária efetuará o re- galidade ou abuso de poder contra si praticado.
embolso das despesas realizadas pelo ce- Art. 143. A petição será dirigida à autoridade
dente a qualquer título, inclusive no que da qual emanou o ato impugnado ou a que for
toca à diferença derivada da opção referida competente para deliberar sobre o pleito con-
no § 2º deste artigo. cessivo de direito.
§ 4º A cessão far-se-á a critério do Presi- Art. 144. Cabe pedido de reconsideração diri-
dente do Tribunal de Justiça por prazo cer- gido à autoridade que houver proferido a pri-
to, não superior a 01 (um) ano, e mediante meira decisão, não podendo ser renovado.
Portaria publicada no Diário da Justiça.

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Parágrafo único. A impugnação, o requeri- III – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais
mento e o pedido de reconsideração de que casos, salvo quando outro prazo for fixado
trata o caput deste artigo e os arts. 142 e em lei.
143 deste Estatuto deverão ser despacha-
dos no prazo de 05 (cinco) dias e decididos Parágrafo único. O prazo de prescrição será
dentro de 30 (trinta) dias. contado da data da publicação do ato im-
pugnado ou da data da ciência pelo interes-
Art. 145. Caberá recurso com efeito devolutivo sado quando se der antes da publicação.
do indeferimento do pedido de reconsideração
e da decisão do primeiro recurso. Art. 149. O pedido de reconsideração e o recur-
so, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade
imediatamente superior que tiver expedido Art. 150. A prescrição é de ordem pública, não
o ato ou proferido a decisão, e, sucessiva- podendo ser relevada pela administração.
mente, ao Presidente do Tribunal de Justiça. Art. 151. Para o exercício do direito de petição,
§ 2º O Presidente do Tribunal de Justiça po- é assegurada vista de autos e de documento, na
derá delegar poderes aos funcionários ime- repartição, ao funcionário ou ao procurador por
diatamente subordinados para a apreciação ele constituído.
dos recursos de sua competência.
§ 3º O prazo para deliberar sobre os recur- TÍTULO V
sos é de 30 (trinta) dias.
Art. 146. O prazo para interposição de pedido Do Regime Disciplinar
de reconsideração ou de recurso é de 15 (quin-
ze) dias, a contar da publicação ou da ciência da
decisão pelo interessado.
CAPÍTULO I
Art. 147. O recurso será recebido com efeito DISPOSIÇÕES GERAIS
suspensivo pelo Presidente do Tribunal de Justi-
ça, ou pela autoridade a quem cabe a atribuição Seção I
do respectivo julgamento, no caso de risco de
lesão grave e de difícil reparação.
DA CUMULAÇÃO DE CARGOS
Parágrafo único. Em caso de provimento do Art. 152. Ressalvados os casos previstos na
pedido de reconsideração ou do recurso, os Constituição Federal, é vedada a acumulação
efeitos da decisão retroagirão à data do ato remunerada de cargos públicos.
impugnado. § 1º A proibição de acumular estende-se a
Art. 148. O direito de peticionar prescreve: cargos, empregos e funções e abrange au-
tarquias, fundações públicas, empresas pú-
I – em 05 (cinco) anos, a contar dos atos blicas, sociedades de economia mista, suas
que afetem interesse patrimonial e créditos subsidiárias, e sociedades controladas dire-
resultantes das relações com a administra- ta ou indiretamente pelo poder público.
ção do Poder Judiciário;
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lí-
II – em 02 (dois) anos, a contar da demis- cita, fica condicionada à comprovação da
são, da cassação de aposentadoria ou da compatibilidade de horários.
cassação de disponibilidade;
§ 3º Considera-se acumulação proibida a
percepção de vencimento de cargo ou em-

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prego público efetivo com proventos da VI – lealdade e respeito às instituições a que
inatividade ou pensão paga a partir de va- servir;
lores de órgão ou entidade previdenciária
pública, salvo quando os cargos ou empre- VII – observar as normas legais e regula-
gos de que decorram essas remunerações mentares;
forem acumuláveis na atividade. VIII – cumprir as ordens superiores, exceto
Art. 153. O funcionário não poderá exercer mais quando manifestamente ilegais;
de um cargo em comissão ou mais de uma fun- IX – atender com presteza:
ção gratificada prevista no caput do art. 79 des-
te Estatuto. a) ao público em geral, prestando as infor-
mações requeridas, ressalvadas às protegi-
Art. 154. O funcionário vinculado ao regime das por sigilo;
deste Estatuto, que acumular licitamente 02
(dois) cargos efetivos, quando investido em b) à expedição de certidões requeridas para
cargo de provimento em comissão, ficará afas- defesa de direito ou esclarecimento de situ-
tado de ambos os cargos efetivos, salvo na ações de interesse pessoal;
hipótese em que houver compatibilidade de c) às requisições para a defesa da Fazenda
horário e de local com o exercício de um deles, Pública;
declarada pelas autoridades máximas dos ór-
gãos ou das entidades envolvidas. X – levar ao conhecimento da autoridade
superior as irregularidades de que tiver ci-
Art. 155. É vedado o exercício gratuito de fun- ência em razão do cargo;
ção ou cargo remunerado.
XI – zelar pela economia do material e con-
Parágrafo único. A vedação contida no ca- servação do patrimônio público;
put deste artigo não abrange os funcioná-
rios aposentados no desempenho de ser- XII – guardar sigilo sobre assunto da repar-
viço voluntário como conciliador ou para tição;
cumprir tarefas especiais, desde que devi-
damente autorizados pelo Presidente do XIII – representar contra ilegalidade, omis-
Tribunal de Justiça ou por quem ele desig- são ou abuso de poder;
nar para tal atribuição. XIV – atender prontamente às convocações
para serviços extraordinários;
Seção
DOS DEVERES XV – zelar pela manutenção atualizada dos
seus dados cadastrais perante a administra-
Art. 156. São deveres do funcionário: ção pública;
I – assiduidade; XVI – apresentar-se convenientemente tra-
jado em serviço ou com uniforme determi-
II – pontualidade; nado;
III – urbanidade; XVII – proceder na vida pública e na vida
IV – manter conduta compatível com a mo- privada de forma a dignificar o cargo ou a
ralidade administrativa; função que exerce;

V – exercer com zelo e dedicação as atribui- XVIII – cumprir os prazos previstos para a
ções do cargo; prática dos atos que lhe são afetos ou que
forem determinados pela autoridade admi-

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nistrativa ou judiciária a que estiver vincu- VI – cometer a pessoa estranha ao Quadro


lado; da repartição, fora dos casos previstos em
lei, o desempenho de atribuição que seja de
XIX – comunicar à Secretaria do Tribunal de sua responsabilidade ou de seu subordina-
Justiça e restituir imediatamente os valores do;
que perceber indevidamente como remu-
neração; VII – coagir ou aliciar subordinados no sen-
tido de se filiarem à associação profissional
XX – frequentar os cursos instituídos pela ou sindical, ou a partido político;
administração do Tribunal de Justiça para
aperfeiçoamento ou especialização; VIII – manter sob sua chefia imediata, em
cargo ou função de confiança, cônjuge,
XXI – submeter-se à inspeção médica quan- companheiro ou parente até o terceiro
do determinada pela autoridade competen- grau;
te.
IX – valer-se do cargo para lograr proveito
§ 1º A representação de que trata o inciso pessoal ou para outrem, em detrimento da
XIII será encaminhada pela via hierárquica dignidade da função pública;
e apreciada por autoridade superior àquela
contra a qual é formulada. X – participar de gerência ou administração
de sociedade privada, personificada ou não
§ 2º Será dispensado da frequência a cur- personificada, salvo a participação em so-
sos de aperfeiçoamento ou especialização o ciedade cooperativa constituída para pres-
funcionário que comprovar relevante moti- tar serviços a seus membros, e exercer o
vo que o impeça. comércio, exceto na qualidade de acionista
§ 3º A frequência e o aproveitamento a cur- ou cotista;
sos de aperfeiçoamento ou especialização XI – atuar como procurador ou intermediá-
será considerada para a progressão e a pro- rio junto a repartições públicas;
moção funcional.
XII – receber propina, comissão, presente
Seção III ou vantagem de qualquer para o desempe-
DAS PROIBIÇÕES nho de suas atribuições;

Art. 157. Ao funcionário é proibido: XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão


de estado estrangeiro;
I – ausentar-se do serviço durante o expe-
diente, sem prévia autorização do chefe XIV – praticar usura sob qualquer de suas
imediato; formas;

II – retirar qualquer documento ou objeto XV – proceder de forma desidiosa;


da repartição sem prévia anuência da auto- XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais
ridade competente; do Poder Público em serviços ou atividades
III – recusar fé a documentos públicos; particulares;

IV – opor resistência injustificada ao enca- XVII – cometer a outro funcionário atribui-


minhamento de documento, ao andamento ções estranhas ao cargo que ocupa, exceto
de processo ou à execução de serviço; em situações de emergência e transitórias;

V – promover manifestação de apreço ou XVIII – exercer quaisquer atividades que se-


desapreço no recinto da repartição; jam incompatíveis com o exercício do cargo
ou da função e com o horário de trabalho;

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XIX – recusar-se a atualizar seus dados ca- § 3º A obrigação de reparar o dano estende-
dastrais quando solicitado; -se aos sucessores e contra eles será execu-
tada até o limite do valor da herança rece-
XX – referir-se de modo depreciativo em bida.
qualquer escrito ou por palavras às autori-
dades constituídas e aos atos administrati- Art. 161. A responsabilidade penal abrange os
vos por ela praticados, ressalvada a análise crimes e as contravenções imputadas ao funcio-
técnica e doutrinária em trabalho de natu- nário, nessa qualidade.
reza acadêmica;
Art. 162. A responsabilidade administrativa re-
XXI – deixar de comparecer ao serviço sem sulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
justificativa aceita pela administração; desempenho do cargo ou da função.
XXII – tratar de assuntos particulares na re- Art. 163. A responsabilidade administrativa do
partição durante o horário de expediente; funcionário será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou de
XXIII – empregar materiais e bens do Poder sua autoria.
Judiciário ou à disposição deste em serviço
ou atividade estranha às funções públicas;
XXIV – manter domicílio ou residência fora
da localidade de sua lotação; CAPÍTULO II
DO SISTEMA DISCIPLINAR
XXV – acumular cargos ou funções, obser-
DOS FUNCIONÁRIOS DE
vados os permissivos constitucionais e le-
gais. 1º GRAU DE JURISDIÇÃO

Seção IV Seção I
DAS RESPONSABILIDADES DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 158. O funcionário responde civil, penal e Art. 164. Aos funcionários do Quadro de Pesso-
administrativamente pelo exercício irregular al de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Para-
de suas atribuições. ná, aos Secretários do Conselho de Supervisão
do Juizado Especial, aos Secretários de Turma
Art. 159. As responsabilidades e sanções civis, Recursal do Juizado Especial, aos Secretários do
penais e administrativas poderão cumular-se, Juizado Especial, aos Oficiais de Justiça do Jui-
sendo independentes entre si. zado Especial, aos Auxiliares de Cartório do Jui-
Art. 160. A responsabilidade civil decorre zado Especial, aos Auxiliares Administrativos do
de ato omissivo ou comissivo, doloso ou Juizado Especial e aos Contadores e Avaliadores
culposo, que resulte em prejuízo ao erário do Juizado Especial se aplica o sistema previsto
público ou a terceiros. neste Capítulo.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente Parágrafo único. Aos funcionários do Qua-


causado ao erário será liquidada na forma dro da Secretaria do Tribunal de Justiça
prevista no art. 69, sem prejuízo da execu- que estiverem lotados ou atuando no foro
ção do débito pela via judicial. judicial, em 1º Grau de jurisdição, ainda
que subordinados a juízes, não se aplicam
§ 2º Tratando-se de dano causado a tercei- as disposições referidas no caput deste ar-
ros, responderá o funcionário perante a Fa- tigo e sim as que seguem no Capítulo III
zenda Pública, em ação regressiva. deste Título.

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Art. 165. Os funcionários do Quadro de Pesso- d) praticar usura;


al de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná
deverão exercer suas funções com dignidade e e) receber propinas e comissões de qual-
compostura, obedecendo às determinações de quer natureza em razão do cargo ou função;
seus superiores e cumprindo as disposições le- f) revelar fato ou informação de natureza
gais a que estiverem sujeitos. sigilosa de que tenha ciência em razão do
Art. 166. Os funcionários do Quadro de Pesso- cargo ou função;
al de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná g) delegar, salvo nos casos previstos em lei,
terão domicílio e residência na sede da comarca o desempenho de encargo que a si compe-
em que exercerem suas funções. tir ou a seus subordinados;
Art. 167. Os funcionários do Quadro de Pesso- h) deixar de comparecer ao trabalho sem
al de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná causa justificada;
ficarão sujeitos às seguintes penas disciplinares
pelas faltas cometidas no exercício de suas fun- i) retirar ou utilizar materiais e bens do Esta-
ções: do indevidamente;

I – de advertência, aplicada por escrito em j) deixar de cumprir atribuições inerentes


caso de mera negligência; ao cargo no prazo estipulado;

II – de censura, aplicada por escrito em caso V – de demissão, aplicada nos casos de:
de falta de cumprimento dos deveres revis-
a) crime contra a administração pública;
tos nesta lei, e também de reincidência de
que tenha resultado aplicação de pena de b) abandono de cargo;
advertência;
c) falta ao serviço, sem justa causa, por 60
III – de devolução de custas em dobro, apli- (sessenta) dias alternados no período de 12
cada em casos de cobrança de custas que (doze) meses;
excedam os valores fixados na respectiva
tabela, a qual ainda poderá ser cumulada d) improbidade administrativa;
com outra pena disciplinar; e) incontinência pública ou conduta escan-
IV – de suspensão, aplicada em caso de rein- dalosa na repartição;
cidência em falta de que tenha resultado na f) reincidência em caso de insubordinação;
aplicação de pena de censura, ou em caso
de infringência às seguintes proibições: g) ofensa física, em serviço, a funcionário ou
a particular, salvo escusa legal;
a) exercer cumulativamente 02 (dois) ou
mais cargos ou funções públicas, salvo as h) aplicação irregular de dinheiro público;
exceções permitidas em lei;
i) revelação de segredo que conheça em ra-
b) retirar, modificar ou substituir, sem pré- zão do cargo ou da função;
via autorização da autoridade competente,
j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do
qualquer documento de órgão estatal, com
patrimônio do Estado;
o fim de criar direito ou obrigação ou de al-
terar a verdade dos fatos; l) corrupção;
c) valer-se do cargo ou função para obter m) acumulação ilegal de cargos, empregos
proveito pessoal em detrimento da dignida- ou funções públicas;
de do cargo ou função;

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n) transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e tos legais, será considerado como demitido
XXV do art. 157; do serviço público.
o) condenação por crime comum à pena § 2º Independentemente de qualquer tipo
privativa de liberdade superior a 04 (qua- de exoneração, permanece a necessidade
tro) anos; de processamento e julgamento das con-
dutas passíveis de punição com suspensão,
p) reiterada desídia no cumprimento das demissão ou cassação de aposentadoria e
atribuições do cargo ou da função. de disponibilidade.
§ 1º A pena de suspensão poderá ser con- Art. 169. São competentes para aplicação das
vertida em multa quando houver conveni- penalidades disciplinares o Conselho da Magis-
ência para o serviço, à razão de 50% (cin- tratura, o Corregedor-Geral da Justiça e os Juí-
qüenta por cento) do valor da remuneração zes perante os quais servirem ou a quem estive-
a que no período imposto fizer jus o funcio- rem subordinados os funcionários, observado o
nário, que fica obrigado neste caso a per- seguinte:
manecer em atividade.
I – o Conselho da Magistratura poderá apli-
§ 2º Para os fins do inciso V, alínea "b", des- car quaisquer das penalidades previstas no
te artigo, considera-se abandono de cargo artigo anterior;
a ausência ao serviço, sem justa causa, por
mais de 30 (trinta) dias. II – o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes
poderão aplicar as penas de advertência,
§ 3º Durante o período de suspensão, o fun- censura, devolução de custas em dobro e
cionário perderá todas as vantagens decor- suspensão de até 30 (trinta) dias.
rentes do exercício do cargo.
Art. 170. As penas de advertência, censura e de-
§ 4º Na aplicação das penalidades, consi- volução de custas em dobro poderão ser aplica-
derar-se-ão a natureza e a gravidade da in- das em sindicância, respeitados o contraditório
fração, os meios empregados, os danos que e a ampla defesa.
dela provierem para o serviço público e os
antecedentes disciplinares do funcionário. Art. 171. Qualquer penalidade imposta ao fun-
cionário será comunicada à Corregedoria-Geral
Art. 168. Será cassada a aposentadoria ou dis- da Justiça para as devidas anotações.
ponibilidade se ficar provado que o inativo:
Art. 172. Se a pena imposta for a de demissão
I – praticou falta grave no exercício do cargo ou de cassação de aposentadoria, a decisão será
ou função; remetida ao Presidente do Tribunal de Justiça,
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pú- que expedirá o respectivo decreto, comunican-
blica; do o fato, na segunda hipótese, ao Tribunal de
Contas.
III – aceitou representação de Estado es-
trangeiro sem prévia autorização do Presi- Art. 173. Sempre que houver comprovação de
dente da República; prática de crime de ação penal pública, reme-
ter-se-ão peças ao Ministério Público.
IV – praticou usura em qualquer de suas
formas; Art. 174. As penalidades de advertência, censu-
ra e devolução de custas em dobro terão seus
V – perdeu a nacionalidade brasileira. registros cancelados após o decurso de 03 (três)
§ 1º Cassada a aposentadoria ou a disponi- anos, e a de suspensão após 05 (cinco) anos,
bilidade, o funcionário, para todos os efei- respectivamente, contados da aplicação ou do
cumprimento da pena, se o funcionário não

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houver, nesse período, praticado nova infração sura, devolução de custas em dobro e sus-
disciplinar. pensão; (Redação dada pela Lei 17201 de
26/06/2012)
Art. 175. Mediante decisão do Corregedor-Ge-
ral da Justiça, o funcionário poderá ser afasta- II – em 05 (cinco) anos, para as infrações
do do exercício do cargo quando criminalmente sujeitas à pena de demissão e de cassação
processado ou condenado enquanto estiver tra- de aposentadoria. (Redação dada pela Lei
mitando o processo ou pendente de execução a 17201 de 26/06/2012)
pena aplicada.
Parágrafo único. A punibilidade da infração,
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou também prevista na lei penal como crime,
transitada em julgado a sentença, o Juiz do prescreve juntamente com este.
processo remeterá ao Corregedor-Geral da
Justiça cópias das respectivas peças. Art. 181. O prazo de prescrição começa a correr
da data em que o fato se tornou conhecido pela
Art. 176. O Corregedor-Geral da Justiça, por autoridade competente para aplicar a penalida-
decisão fundamentada, poderá afastar o fun- de.
cionário do exercício do cargo, pelo prazo de 60
(sessenta) dias, prorrogável por igual período, § 1º Interrompe-se a contagem do prazo de
se houver necessidade de acautelamento a fim prescrição com:
de evitar a continuidade dos ilícitos administra- I – a abertura de sindicância;
tivos praticados, para garantia da normalidade
do serviço público ou por conveniência da ins- II – a instauração do processo administrati-
trução do processo administrativo. vo;

Art. 177. Fica assegurado ao funcionário, quan- III – a decisão de mérito proferida em sindi-
do do afastamento ocorrido pela aplicação das cância ou no processo administrativo;
normas contidas nos arts. 175 e 176 deste Esta- IV – o acórdão proferido no julgamento do
tuto, o direito à percepção de sua remuneração. recurso interposto em face da decisão a que
Art. 178. Afastado o funcionário, o Corregedor- se refere o inciso III deste parágrafo." (Reda-
-Geral da Justiça designará substituto se assim a ção dada pela Lei 17201 de 26/06/2012)
necessidade do serviço o exigir. § 2º A abertura da sindicância meramente
Art. 179. Apena de demissão ou de cassação de preparatória do processo administrativo,
aposentadoria será aplicada ao funcionário do desprovida de contraditório e da ampla de-
Quadro de Pessoal de 1º Grau de Jurisdição do fesa, não interrompe a prescrição.
Estado do Paraná: § 3º Suspende-se o prazo prescricional
I – em virtude de sentença que declare a quando a autoridade reputar conveniente o
perda de cargo ou de função pública; sobrestamento do processo administrativo
até a decisão final do inquérito policial, da
II – mediante processo administrativo em ação penal ou da ação civil pública, desde
que lhe seja assegurada ampla defesa. que originadas no mesmo fato do processo
administrativo.
Seção II
DA PRESCRIÇÃO § 4º Interrompida a prescrição, todo o prazo
começa a correr novamente do dia da inter-
Art. 180. Prescreverá o direito de punir: rupção.
I – em 03 (três) anos, para as infrações su-
jeitas às penalidades de advertência, cen-

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Seção III dos os prazos em relação às mensagens de
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO cunho pessoal.
§ 4º Far-se-á citação por meio de mandado,
Art. 182. O processo administrativo terá início por oficial de justiça, quando frustrada a ci-
após a certeza dos fatos, por portaria baixada tação mediante ofício ou por meio eletrôni-
por Juiz ou pelo Corregedor-Geral da Justiça, na co;
qual se imputarão os fatos ao funcionário, deli-
mitando-se o teor da acusação. § 5º Na citação por mandado, verificando
que o funcionário se oc ulta para não ser
Parágrafo único. Os atos instrutórios do citado, o oficial de justiça certificará a ocor-
processo poderão ser delegados pelo Corre- rência e proce derá a citação com hora cer-
gedor-Geral da Justiça a Juiz ou a assessor ta, na forma estabelecida nos arts. 227 a
lotado na Corregedoria-Geral da Justiça. 229 do Código de Processo Civil.
Art. 183. Ao funcionário acusado será dada a § 6º Achando-se o indiciado em lugar incer-
notícia dos termos da acusação, devendo ser to e não sabido, será citado por edital, publi-
ele citado para, no prazo de dez dias, apresentar cado três vezes no Diário da Justiça Eletrô-
defesa e requerer a produção de provas. nico e afixado no átrio do Fórum. (Redação
§ 1º A citação far-se-á: dada pela Lei n. 17842 de 19/12/2014).

I – por ofício, expedido pela autoridade ins- Art. 184. Em caso de revelia, inclusive na hipó-
trutora do processo, a ser entregue dire- tese de o funcionário não comparecer após ser
tamente ao indiciado mediante recibo em citado por hora certa, será designado pela au-
cópia do original, ou pela via postal, sob re- toridade competente bacharel para funcionar
gistro e com aviso de recebimento; como defensor dativo ao funcionário. (Redação
dada pela Lei n. 17842 de 19/12/2014).
II – pelo meio eletrônico, através do Sistema
Mensageiro, acompanhado da íntegra dos Art. 185. Apresentada defesa, seguir-se-á a ins-
autos, sob a forma de arquivo anexo; trução com a produção das provas deferidas,
podendo a autoridade instrutora determinar a
III – por mandado; produção de outras necessárias à apuração dos
IV – por carta precatória ou de ordem; fatos.

V – por edital, com prazo de quinze dias. § 1º A autoridade que presidir a instrução
deverá interrogar o funcionário acusado
§ 2º No caso de recusa do indiciado em acerca da imputação, designando dia, hora
opor o ciente na cópia da citação, que lhe e local e determinando sua intimação bem
é entregue em mãos, o prazo para defesa como a de seu defensor.
contar-se-á da data declarada, em termo
próprio, pelo servidor designado a fazer a § 2º Em todas as cartas precatórias e de or-
citação pela autoridade instrutora do pro- dem, a autoridade processante declarará o
cesso, com a assinatura de duas testemu- prazo dentro do qual elas deverão ser cum-
nhas. pridas. Vencido esse prazo, o feito será le-
vado a julgamento independentemente de
§ 3º A citação eletrônica, feita pelo Siste- seu cumprimento.
ma Mensageiro, considerar-se-á realizada
quando a mensagem for lida pelo destina- § 3º Encerrada a instrução, será concedido
tário, cuja data e horário ficarão registrados um prazo de 05 (cinco) dias para as alega-
no sistema, salvo no período de afastamen- ções finais do acusado.
to do usuário, quando não serão computa-

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§ 4º Apresentadas as alegações finais, a au- Seção V


toridade competente proferirá decisão. DOS RECURSOS
§ 5º Instaurado o processo administrativo
por determinação do Corregedor-Geral da Art. 190. Das decisões do Juiz ou do Correge-
Justiça, este, após receber os autos com o dor-Geral da Justiça caberá recurso em último
relatório elaborado pela autoridade instru- grau ao Conselho da Magistratura no prazo de
tora, decidi-lo-á ou o relatará, conforme o 15 (quinze) dias.
caso, perante o Conselho da Magistratura. Art. 191. Das decisões originárias do Conselho
§ 6º A instrução deverá ser ultimada no pra- da Magistratura cabe recurso ao Órgão Especial
zo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis no prazo de 15 (quinze) dias.
por mais 60 (sessenta) dias. Art. 192. O recurso será interposto perante a
autoridade que houver proferido a decisão re-
Seção IV corrida, a qual, se o receber, encaminhá-lo-á
DO ABANDONO DO CARGO no prazo de 02 (dois) dias ao órgão competente
para julgamento.
Art. 186. Caracterizada a ausência do funcioná-
rio na forma do art. 167, § 2º, deste Código, fará § 1º Só não será recebido o recurso em caso
o Juiz a respectiva comunicação à Corregedoria- de intempestividade.
-Geral da Justiça.
§ 2º O recurso será sempre recebido nos
Art. 187. Diante da comunicação da ausência efeitos devolutivo e suspensivo.
do funcionário, e havendo indícios de abandono
de cargo, o Corregedor-Geral da Justiça baixará
portaria instaurando processo administrativo,
com expedição de edital de chamamento e cita- CAPÍTULO III
ção, que será publicado no Diário da Justiça por DO SISTEMA DISCIPLINAR DOS
03 (três) dias consecutivos, convocando o fun- FUNCIONÁRIOS DO QUADRO DA
cionário a justificar sua ausência ao serviço no
SECRETARIA DO TRIBUNAL DE
prazo de 10 (dez) dias, contados da última pu-
blicação. JUSTIÇA
Art. 188. Se procedente a justificativa apresen- Seção I
tada pelo funcionário, deverá ele reassumir DAS PENALIDADES DISCIPLINARES
imediatamente suas funções.
Art. 193. São penalidades disciplinares:
Parágrafo único. Não ocorrendo o retorno
do funcionário à atividade, segue-se o pro- I – advertência;
cedimento estabelecido nos arts. 183 e 184
deste Código. II – suspensão;

Art. 189. Declarado o abandono do cargo pelo III – demissão;


Conselho da Magistratura, os autos serão enca- IV – cassação de aposentadoria ou de dis-
minhados ao Presidente do Tribunal de Justiça, ponibilidade;
que expedirá o decreto de demissão do funcio-
nário. V – destituição de cargo em comissão.
§ 1º Cassada a aposentadoria ou a disponi-
bilidade, o funcionário, para todos os efei-

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tos legais, será considerado como demitido § 2º Caracteriza falta punível com suspen-
do serviço público. são de até 90 (noventa) dias o não atendi-
mento à convocação para sessões do Tribu-
§ 2º Independentemente de qualquer tipo nal do Júri e a outros serviços obrigatórios.
de exoneração, permanece a necessidade
de processamento e julgamento das con- § 3º Quando houver conveniência para o
dutas passíveis de punição com suspensão, serviço, a penalidade de suspensão poderá
demissão ou cassação de aposentadoria e ser convertida em multa, na base de 50%
de disponibilidade. (cinquenta por cento) por dia de vencimen-
to ou remuneração, ficando o funcionário
Art. 194. Na aplicação das penalidades serão obrigado a permanecer em serviço.
consideradas a natureza e a gravidade da in-
fração cometida, os danos que dela provierem Art. 197. Durante o cumprimento da pena de
para o serviço público e os antecedentes funcio- suspensão o funcionário perderá todas as van-
nais. tagens decorrentes do exercício do cargo.

Subseção I Art. 198. A penalidade de suspensão terá seu


DA ADVERTÊNCIA registro cancelado após o decurso de 05 (cin-
co) anos, contados do cumprimento integral da
Art. 195. A advertência será aplicada por escri- pena, e se o funcionário não houver, nesse perí-
to, nos casos de violação de proibição constan- odo, praticado nova infração disciplinar.
te do art. 157, incisos I a VIII, XIX e XXII, e de Parágrafo único. O cancelamento da penali-
inobservância de dever funcional previsto em dade não surtirá efeitos retroativos.
lei, regulamentação ou norma interna, que não
justifique imposição de penalidade mais grave. Subseção III
§ 1º A penalidade de advertência terá seu DA DEMISSÃO
registro cancelado após o decurso de 03
(três) anos, contados de sua anotação, e se Art. 199. A demissão será aplicada nos seguin-
o funcionário não houver, nesse período, tes casos:
praticado nova infração disciplinar. I – crime contra a administração pública;
§ 2º O cancelamento da penalidade não II – abandono de cargo;
surtirá efeitos retroativos.
III – falta ao serviço, sem justa causa, por 60
Subseção II (sessenta) dias alternados no período de 12
DA SUSPENSÃO (doze) meses;

Art. 196. A suspensão será aplicada em caso IV – improbidade administrativa;


de reincidência das faltas punidas com adver- V – incontinência pública ou conduta escan-
tência e de violação das demais proibições que dalosa na repartição;
não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) VI – reincidência em caso de insubordina-
dias. ção;

§ 1º Será punido com suspensão de até 30 VII – ofensa física, em serviço, a funcionário
(trinta) dias o funcionário que, injustifica- ou a particular, salvo escusa legal;
damente, recusar-se a ser submetido à ins- VIII – aplicação irregular de dinheiro públi-
peção médica determinada pela autoridade co;
competente, cessando os efeitos da penali-
dade uma vez cumprida a determinação.

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IX – revelação de segredo que conheça em não elidirá a necessidade de processamen-


razão do cargo ou da função; to e julgamento das condutas que se lhe im-
putam.
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação
do patrimônio do Estado; § 2º O julgamento procedente da imputa-
ção, no caso do §1º deste artigo, será ano-
XI – corrupção; tado na ficha funcional para fim de carac-
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos terização dos impedimentos constantes do
ou funções públicas; caput deste artigo.

XIII – transgressão dos incisos IX a XV, XXIII e § 3º Ao funcionário efetivo que for demitido
XXV do art. 157; também se aplicam os impedimentos referi-
dos no caput deste artigo.
XIV – condenação por crime comum à pena
privativa de liberdade superior a 04 (qua- § 4º Independentemente do contido neste
tro) anos; artigo ou da prática de qualquer infração
por ocupante de cargo de provimento em
XV – reiterada desídia no cumprimento das comissão a administração pública conserva
atribuições do cargo ou da função. o poder de livremente exonerá-lo a qual-
Parágrafo único. Considera-se abandono de quer tempo.
cargo a ausência ao serviço, sem justa cau- Art. 202. Não poderá retornar ao Poder Judici-
sa, por 30 (trinta) dias consecutivos. ário estadual o funcionário que tiver contra si
julgada procedente definitivamente, no âmbito
Subseção IV administrativo ou judicial, imputação de impro-
DA CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA bidade administrativa, aplicação irregular de di-
OU DE DISPONIBILIDADE nheiro público, lesão aos cofres públicos, dilapi-
dação do patrimônio público ou corrupção.
Art. 200. Será cassada a aposentadoria ou a dis-
ponibilidade do inativo que houver praticado, Seção II
na atividade, falta punível com demissão. DA PRESCRIÇÃO DA
Parágrafo único. A aplicação definitiva de PRETENSÃO PUNITIVA
uma das penas referidas no caput deste ar-
Art. 203. A pretensão punitiva disciplinar pres-
tigo será anotada na ficha funcional.
creverá:
Subseção V I – em 05 (cinco) anos para as infrações pu-
DA DESTITUIÇÃO DE níveis com demissão, cassação de aposen-
CARGO EM COMISSÃO tadoria ou de disponibilidade e destituição
de cargo em comissão;
Art. 201. A destituição de funcionário não efeti-
vo de cargo de provimento em comissão se dará II – em 02 (dois) anos para as infrações pu-
nos casos de infração punível com as penas de níveis com advertência ou suspensão.
suspensão ou de demissão para os funcionários § 1º O prazo de prescrição começa a correr
efetivos e o inabilitará à nomeação para outro da data em que o fato se tornou conhecido
cargo em comissão e para participar de concur- da autoridade competente para ordenar a
so público para cargo no Poder Judiciário esta- instauração do procedimento administrati-
dual por 05 (cinco) anos. vo disciplinar.
§ 1º Em tal hipótese, a exoneração do fun-
cionário comissionado, a qualquer título,

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§ 2º Os prazos e os termos de interrupção § 1º As competências em matéria discipli-
de prescrição previstos na lei penal aplicam- nar do Secretário do Tribunal de Justiça po-
-se às infrações disciplinares tipificadas derão ser delegadas a funcionários a ele di-
como crime. retamente subordinados.
§ 3º Interrompe-se a contagem do prazo de § 2º Ao designar os integrantes da Comis-
prescrição: são e os respectivos suplentes, o Secretário
do Tribunal de Justiça indicará o funcionário
I – com a instauração de sindicância ou do que irá presidi-la.
procedimento administrativo disciplinar;
§ 3º O Presidente da Comissão Disciplinar
II – com a instauração de processo adminis- designará, dentre os membros, aquele que
trativo; irá secretariá-lo.
III – com a decisão de mérito proferida no § 4º A Comissão Disciplinar será composta
processo administrativo; de 03 (três) funcionários ocupantes de car-
IV – com a interposição de recurso ou de gos efetivos, estáveis e bacharéis em Direi-
pedido de revisão da decisão de mérito pro- to, pelo prazo de 02 (dois) anos, prorrogável
ferida em processo administrativo; por até mais (02) dois anos.

V – com a decisão de recurso ou de pedido § 5º Os integrantes da comissão justificarão


de revisão da decisão de mérito proferida previamente e por escrito ao superior e hie-
em processo administrativo; rárquico o afastamento do serviço de suas
repartições por ocasião dos trabalhos relati-
VI – com a propositura de ação judicial que vos aos procedimentos administrativos dis-
tenha por pretensão a anulação ou revisão ciplinares.
de decisão punitiva ou de processo adminis-
trativo disciplinar. Art. 205. Detectada a qualquer tempo a acu-
mulação ilegal de cargos, empregos ou funções
§ 4º Na hipótese do inciso VI a contagem públicas, abandono de cargo ou falta ao serviço,
do prazo prescricional somente se reiniciará sem justa causa, por 60 (sessenta) dias, alterna-
após o trânsito em julgado da decisão judi- dos no período de 12 (doze) meses, a autorida-
cial da ação anulatória ou de revisão. de competente determinará à Comissão Disci-
§ 5º Interrompida a prescrição, todo o prazo plinar a abertura de processo administrativo de
começa a correr novamente do dia da inter- rito sumário.
rupção. Seção IV
Seção III DA COMPETÊNCIA PARA
DA COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO DOS RECURSOS
APLICAÇÃO DAS PENALIDADES E DA Art. 206. Das decisões disciplinares do Secretá-
INSTAURAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS rio do Tribunal de Justiça caberá recurso, com
ADMINISTRATIVOS efeitos suspensivo e devolutivo, no prazo de 15
(quinze) dias, ao Presidente do Tribunal de Jus-
Art. 204. O Secretário do Tribunal de Justiça é tiça.
competente para ordenar a instauração de pro-
cedimentos disciplinares, nomear e designar in- § 1º As penas de demissão, de cassação de
tegrantes para Comissão Disciplinar e aplicar as aposentadoria, de cassação de disponibili-
penalidades disciplinares. dade e de destituição de cargo de provimen-
to em comissão aplicadas pelo Secretário do
Tribunal de Justiça serão necessariamente

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reexaminadas pelo Presidente do Tribunal da extensão dos fatos apontados como irre-
de Justiça a quem serão remetidos os autos gulares cuja autoria ainda é desconhecida.
de processo disciplinar no prazo de 30 (trin-
ta) dias, independentemente de recurso do Art. 208. As denúncias sobre irregularidades se-
apenado. rão objeto de apuração desde que contenham
a identificação, a qualificação e o endereço do
§ 2º Na hipótese do §1º deste artigo, a pe- denunciante e sejam formuladas por escrito,
nalidade só produzirá efeitos após o reexa- confirmada a autenticidade.
me, que se dará no prazo de 30 (trinta) dias,
pelo Presidente do Tribunal de Justiça a Parágrafo único. Caso o fato narrado não
quem caberá, caso decida pela manutenção configure infração disciplinar ou ilícito pe-
da pena, determinar as providências para a nal, a denúncia será arquivada de plano.
efetiva aplicação. Art. 209. Da sindicância e do procedimento pré-
§ 3º Na hipótese do §2º deste artigo, a de- vio poderão resultar:
cisão do Presidente do Tribunal substitui I – o arquivamento;
sempre a decisão do Secretário para todos
os efeitos legais. II – a instauração de processo disciplinar ou
a aplicação de pena nos termos deste Esta-
§ 4º O Presidente do Tribunal de Justiça po- tuto.
derá delegar sua competência disciplinar a
um ou mais integrantes da cúpula diretiva § 1º O prazo para conclusão da sindicância
do Tribunal de Justiça. e do procedimento prévio não excederá 60
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado
Seção V por até igual período, a critério da autorida-
DO PROCEDIMENTO de que ordenou a respectiva instauração.
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR § 2º As penas de advertência e de suspen-
E DA SINDICÂNCIA são de até 30 (trinta) dias poderão ser apli-
cadas em sindicância, assegurados o contra-
Art. 207. A autoridade que tiver ciência de irre- ditório e a ampla defesa.
gularidade no serviço público do Poder Judiciá-
rio deverá comunicar ao Secretário do Tribunal Art. 210. A sindicância e o procedimento prévio
de Justiça, a quem cabe ordenar apuração. terão início no prazo de 03 (três) dias a contar
da data que for comunicada à Comissão Discipli-
§ 1º A competência para apuração prévia nar a ordem de apuração dos fatos.
por sindicância ou por procedimento de
que trata o caput deste artigo é da Comis- § 1º Obtida a autoria, ou sendo ela conheci-
são Disciplinar. da pela Comissão Disciplinar, e delimitados
os fatos, o sindicado será intimado para se
§ 2º A sindicância é o procedimento disci- manifestar por escrito, no prazo de cinco
plinar que antecede o processo administra- (05) dias, podendo indicar provas.
tivo disciplinar e serve para a apuração da
extensão dos fatos apontados como irregu- § 2º Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o
lares e da extensão da responsabilidade de prazo será comum e de 10 (dez) dias.
cada autor. § 3º A Comissão Disciplinar procederá a
§ 3º O procedimento disciplinar prévio de todas as diligências que julgar necessárias
caráter genérico é o que antecede o proces- para a elucidação dos fatos.
so administrativo e serve para a apuração § 4º Concluindo pela inexistência de falta
funcional, a Comissão Disciplinar elaborará

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relatório final e encaminhará os autos à au- Seção VII
toridade competente. DO PROCESSO
§ 5º Sendo possível a aplicação de pena no ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
caso de conclusão no sentido de existir ilíci-
to administrativo, em tese, será feito relató- Subseção I
rio com a delimitação dos fatos, a indicação DISPOSIÇÕES GERAIS
das normas violadas e eventuais sanções
cabíveis e os autos serão encaminhados à Art. 213. O processo disciplinar é destinado a
autoridade competente. apurar a responsabilidade de funcionário por
infração praticada no exercício de suas atribui-
Art. 211. Na hipótese de ser necessário o pro- ções ou que com elas tenha relação.
cesso administrativo para a aplicação de pena-
lidade, em razão da sua natureza, a Comissão Art. 214. O processo disciplinar será conduzido
Disciplinar tomará de ofício as providências pela Comissão Disciplinar e antecederá neces-
para a respectiva instauração através de porta- sariamente à aplicação das penas de suspensão
ria acusatória. por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação
de aposentadoria, cassação de disponibilidade
§ 1º Em tais hipóteses a sindicância ou o ou destituição de cargo em comissão.
procedimento prévio terão natureza inqui-
sitorial, sendo garantidos a ampla defesa e § 1º Não poderá participar de Comissão Dis-
o contraditório para o processo administra- ciplinar cônjuge, companheiro ou parente
tivo propriamente dito. do acusado, consangüíneo ou afim, em li-
nha reta ou colateral, até o terceiro grau.
§ 2º A portaria acusatória conterá a delimi-
tação dos fatos e das condutas e indicará as § 2º O processo administrativo poderá ser
normas violadas e as sanções cabíveis. utilizado nas hipóteses de aplicação de
pena de advertência e de suspensão de até
Seção VI 30 (trinta) dias, respeitada a possibilidade
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO prevista no § 2º do art. 209 deste Estatuto.

Art. 212. Para garantia da instrução tanto no Art. 215. O processo administrativo possui 02
âmbito da sindicância, como do processo admi- (dois) ritos:
nistrativo disciplinar, a autoridade julgadora po- I – o sumário para as hipóteses do art. 217
derá determinar o afastamento cautelar do fun- deste Estatuto; e
cionário do exercício de suas atribuições, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da II – o ordinário para as demais hipóteses.
remuneração.
Art. 216. A Comissão Disciplinar exercerá suas
§ 1º O afastamento poderá ser prorrogado atividades com independência e imparcialida-
por igual prazo, findo o qual cessarão os de, assegurado o sigilo necessário à elucidação
seus efeitos, ainda que não concluída a sin- dos fatos ou conforme exigido pelo interesse da
dicância ou o processo administrativo. administração.
§ 2º A providência deste artigo poderá ser § 1º Sempre que necessário, a Comissão
adotada de ofício pela autoridade compe- Disciplinar dedicará tempo integral aos seus
tente para julgamento ou a requerimento trabalhos, e seus membros justificarão pre-
do Presidente da Comissão Disciplinar. viamente e por escrito ao superior e hie-
rárquico o afastamento do serviço de suas
repartições por ocasião dos trabalhos relati-

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vos aos procedimentos administrativos dis- ou funções públicas em situação de acumu-


ciplinares. lação ilegal, dos órgãos ou das entidades de
vinculação, das datas de ingresso, do horá-
§ 2º As reuniões e as audiências da Comis- rio de trabalho e do correspondente regime
são Disciplinar terão caráter reservado e se- jurídico.
rão registradas em atas que deverão deta-
lhar as deliberações adotadas. § 2º A Comissão Disciplinar lavrará portaria
em até 03 (três) dias após a ciência do ato
§ 3º Em razão da natureza do fato que se que determinou a apuração, em que serão
apura, nos casos em que a preservação do transcritas as informações, as normas vio-
direito à intimidade do interessado não pre- ladas, os fatos delimitados, indicadas as
judique o interesse público à informação, sanções cabíveis, bem como promoverá a
poderá a Comissão Disciplinar ou a auto- citação pessoal do funcionário para que, no
ridade julgadora limitar a publicidade dos prazo de 05 (cinco) dias, apresente defesa
atos ao acusado e a seus defensores. escrita.
Subseção II § 3º Apresentada defesa, a Comissão Disci-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO plinar elaborará relatório conclusivo quanto
DISCIPLINAR DE RITO SUMÁRIO à existência ou não de acumulação ilegal,
em que resumirá as peças principais dos au-
Art. 217. O processo administrativo de rito su- tos, indicará os dispositivos legais e sanções
mário é de responsabilidade da Comissão Disci- eventualmente aplicáveis e remeterá o pro-
plinar e se aplica às infrações: cesso à autoridade competente para julga-
mento.
I – de falta ao serviço, sem justa causa, por
60 (sessenta) dias alternados no período de § 4º No prazo de 05 (cinco) dias, contados
12 (doze) meses; do recebimento do processo, a autoridade
julgadora proferirá a sua decisão e remeterá
II – de abandono de cargo; os autos para reexame necessário ao Presi-
III – de acumulação ilegal de cargos, empre- dente do Tribunal de Justiça no caso de apli-
gos ou funções públicas. car pena de demissão.

Art. 218. O processo administrativo disciplinar § 5º Efetivada opção pelo funcionário até
sumário obedecerá: o último dia de prazo para defesa configu-
rará sua boa-fé, hipótese em que a pena se
I – encaminhamento de ordem de apuração converterá automaticamente em pedido de
à Comissão Disciplinar com a indicação do exoneração do outro cargo, devendo tal cir-
funcionário e da materialidade da trans- cunstância constar no mandado de citação.
gressão objeto da apuração;
§ 6º Caracterizada acumulação ilegal e má-
II – instrução sumária, que compreende -fé, aplicar-se-á a pena de demissão, des-
acusação com delimitação dos fatos e indi- tituição, cassação de aposentadoria ou de
cação dos dispositivos violados e das san- cassação de disponibilidade em relação aos
ções cabíveis, citação, defesa e relatório; cargos, empregos ou funções públicas em
regime de cumulação ilegal, hipótese em
III – julgamento.
que os órgãos ou as entidades de vincula-
§ 1º A indicação da autoria de que trata o ção serão comunicados.
inciso I deste artigo, dar-se-á pelo nome e
§ 7º O prazo para a conclusão do processo
pela matrícula do funcionário, e da materia-
administrativo disciplinar submetido ao rito
lidade, pela descrição dos cargos, empregos
sumário não excederá 60 (sessenta) dias,

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contados da data de ciência, por parte da II – citação pessoal para apresentar defesa
Comissão Disciplinar, do ato que ordenou a escrita, no prazo de 10 (dez) dias, com a in-
apuração, admitida a sua prorrogação por dicação das provas que pretende produzir,
até 30 (trinta) dias, quando as circunstân- inclusive com o rol das testemunhas;
cias o exigirem.
III – interrogatório do acusado;
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas
disposições deste artigo, observando-se, no IV – definição das provas a serem produzi-
que lhe for aplicável, subsidiariamente as das e sua produção;
disposições gerais do processo administrati- V – apresentação de alegações finais pela
vo regido pelo rito ordinário. defesa no prazo de dez (10) dias;
Art. 219. Na apuração de abandono de cargo ou VI – relatório e remessa dos autos para a
de inassiduidade habitual, também será adota- autoridade julgadora;
do o procedimento sumário a que se refere o
art. 217, observando-se: VII – julgamento.

I – a indicação da materialidade que se dará: Parágrafo único. Havendo 02 (dois) ou mais


acusados, o prazo será comum e de 20 (vin-
a) na hipótese de abandono de cargo, com te) dias.
indicação precisa do período de ausência in-
tencional do funcionário ao serviço superior Art. 221. Em caso de revelia, será designado
a 30 (trinta) dias; pelo Presidente da Comissão Disciplinar bacha-
rel como defensor dativo que acompanhará o
b) no caso de inassiduidade habitual, com processo, inclusive na fase de reexame necessá-
indicação dos dias de falta ao serviço sem rio ou de recurso voluntário.
causa justificada, por período igual ou supe-
rior a 60 (sessenta) dias interpoladamente, § 1º O acusado ou indiciado que mudar de
no período de 12 (doze) meses; residência fica obrigado a comunicar à Co-
missão Disciplinar o lugar em que poderá
II – após a apresentação da defesa escrita, ser encontrado, sob pena de ser considera-
a Comissão Disciplinar elaborará relatório do revel.
conclusivo quanto à inocência ou à respon-
sabilidade do funcionário, em que resumi- § 2º Achando-se o indiciado em lugar incer-
rá as peças principais dos autos, indicará o to e não sabido, será citado por edital, pu-
respectivo dispositivo legal, opinará sobre a blicado no Diário da Justiça e em jornal de
intencionalidade da ausência e remeterá o grande circulação da localidade do último
processo à autoridade competente para jul- domicílio conhecido, para apresentar defe-
gamento. sa escrita.

Subseção III § 3º Na hipótese deste artigo, o prazo para


defesa será de 10 (dez) dias a partir da últi-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ma publicação do edital.
DISCIPLINAR DE RITO ORDINÁRIO
Art. 222. Apresentada defesa, seguir-se-á a ins-
Art. 220. O processo disciplinar se desenvolve trução com a produção das provas deferidas.
nas seguintes fases:
§ 1º A Comissão Disciplinar determinará a
I – instauração, com a lavratura da portaria produção de outras provas não requeridas
de acusação que indicará as provas que se- pela defesa ou não indicadas na peça de
rão produzidas, inclusive com o rol das tes- acusação e que sejam necessárias à elucida-
temunhas; ção dos fatos.

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§ 2º A Comissão Disciplinar deverá intimar § 10. Apresentadas alegações finais, a Co-


o acusado e defensor para o interrogatório missão Disciplinar elaborará relatório con-
sobre os fatos imputados, designando dia, clusivo no prazo de 30 (trinta) dias e reme-
hora e local. terá os autos à autoridade competente que
proferirá decisão em igual prazo.
§ 3º Em todas as cartas precatórias e de or-
dem, a Comissão Disciplinar processante § 11. A instrução deverá ser ultimada no
declarará o prazo em que deverão ser cum- prazo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogá-
pridas pelas autoridades administrativas veis por mais 60 (sessenta) dias, contados
destinatárias, sejam elas funcionários ou da data da lavratura da portaria de acusa-
magistrados. ção.
§ 4º Cabe à Comissão Disciplinar intimar o § 12. Para a realização dos atos de instrução
defensor da expedição da carta precatória, aplicam-se subsidiariamente as normas do
sendo responsabilidade deste acompanhar Código de Processo Penal, da legislação pro-
o respectivo andamento na repartição ou cessual penal extravagante e as do Código
comarca de destino, inclusive no que con- de Processo Civil, nessa ordem.
cerne às publicações de intimações para os
atos deprecados. Art. 223. Os autos da sindicância ou de procedi-
mento prévio integrarão os do processo discipli-
§ 5º A Comissão Disciplinar denegará pe- nar, como peça informativa da instrução.
didos impertinentes, protelatórios ou de
nenhum interesse para esclarecimento dos § 1º Na hipótese da Comissão Discipli-
fatos, inclusive com relação à produção de nar concluir que a infração está capitulada
prova pericial quando a elucidação puder como ilícito penal, a autoridade competen-
ser alcançada por outros meios ou não de- te para julgamento encaminhará cópia dos
pender de conhecimentos técnicos. autos ao Ministério Público.

§ 6º Os órgãos estaduais, sob pena de res- § 2º A providência do §1º deste artigo será
ponsabilidade de seus titulares, atenderão tomada no âmbito da sindicância ou do pro-
com a máxima presteza às solicitações da cesso administrativo independentemente
Comissão Disciplinar, inclusive requisição da finalização de um ou de outro.
de técnicos e peritos, devendo comunicar Art. 224. As testemunhas serão intimadas a
prontamente a impossibilidade de atendi- depor mediante mandado expedido pelo Presi-
mento, em caso de força maior. dente da Comissão Disciplinar ou pela autorida-
§ 7º A prova técnica no interesse da acusa- de deprecada.
ção será produzida, sem ônus para o Poder Parágrafo único. Se a testemunha for fun-
Judiciário, pelos órgãos competentes da ad- cionário público, a expedição do mandado
ministração direta e indireta do Estado do será imediatamente comunicada ao chefe
Paraná, e no interesse da defesa, os ônus da repartição em que serve, com a indica-
financeiros serão suportados pelo acusado. ção do dia e da hora marcados para inqui-
§ 8º Serão ouvidas as testemunhas de acu- rição.
sação e na seqüência as de defesa. Art. 225. Quando houver dúvida sobre a sani-
§ 9º Encerrada a instrução, será concedido dade mental do acusado, a Comissão Disciplinar
um prazo de 10 (dez) dias para as alegações proporá à autoridade competente que ele seja
finais pela defesa. submetido a exame por junta médica oficial, da
qual participe ao menos um médico psiquiatra.

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§ 1º O incidente de sanidade mental será Parágrafo único. Ocorrida exoneração por-
processado em autos apartados que serão que não satisfeitas as condições do estágio
apensados, e a sua instauração suspenderá probatório e, posteriormente julgado pro-
o curso do processo principal até a juntada cesso administrativo disciplinar conclusivo
do laudo pericial conclusivo, ressalvada a pela demissão, o ato de exoneração será
produção de provas consideradas urgentes. convertido nesta.
§ 2º Durante o processamento do inciden- Art. 231. São asseguradas indenizações em ra-
te fica suspenso o curso da prescrição, cujo zão do trânsito e das diárias:
prazo volta a ser contado após a juntada do
laudo pericial. I – ao funcionário convocado para prestar
depoimento fora da sede de sua repartição,
Art. 226. Finda a instrução e apresentadas as na condição de testemunha, acusado ou in-
alegações finais, a Comissão Disciplinar elabora- diciado;
rá relatório em que indicará as peças principais
dos autos e mencionará as provas em que se ba- II – aos membros de Comissão e ao Secre-
seou para formar a sua convicção. tário, quando obrigados a se deslocarem da
sede dos trabalhos para a realização de mis-
Parágrafo único. O relatório concluirá sobre são essencial ao esclarecimento dos fatos.
a responsabilidade ou não do funcionário, e
reconhecida esta, a Comissão Disciplinar in- Subseção IV
dicará os dispositivos legais ou regulamen- DA EXECUÇÃO
tares violados e as sanções cabíveis. DAS PENAS DISCIPLINARES
Art. 227. A autoridade julgadora não está vin-
Art. 232. O cumprimento da pena de suspensão
culada à motivação e à conclusão do relatório
terá início após a publicação no Diário da Justi-
apresentado pela Comissão Disciplinar e poderá
ça, cabendo ao superior hierárquico a fiscaliza-
julgar diversamente da proposta seja para agra-
ção da sua efetivação.
var, abrandar ou afastar a responsabilização do
funcionário. § 1º Se o funcionário estiver afastado na
data de publicação, o início do cumprimen-
Art. 228. Verificada a ocorrência de vício insaná-
to dar-se-á a partir da reassunção.
vel, a autoridade julgadora declarará a nulidade
do ato, ordenando a respectiva repetição. § 2º Os dias não trabalhados em virtude da
aplicação da pena de suspensão serão ex-
Parágrafo único. A autoridade de instrução
cluídos da folha de pagamento, salvo se não
ou julgamento que der causa à prescrição
houver tempo hábil, quando será feito o
da pretensão punitiva por ato comissivo ou
desconto no mês imediatamente posterior
omissivo, doloso ou culposo, será responsa-
ao do início do cumprimento da penalidade.
bilizada na forma da lei.
Art. 233. A ordem de ressarcimento e a pena
Art. 229. Extinta a punibilidade pela prescrição,
em valor certo terão a expressão nominal cor-
a autoridade julgadora determinará o registro
rigida, respectivamente, desde o evento danoso
do fato na ficha funcional do funcionário.
e da aplicação, até a data da quitação do débito
Art. 230. O funcionário efetivo que responder pelo funcionário.
a processo disciplinar só poderá ser exonerado
Art. 234. As penas de destituição de cargo, de
a pedido ou aposentado voluntariamente, após
demissão, de cassação de aposentadoria ou de
a conclusão do processo e do cumprimento da
cassação de disponibilidade serão executadas
sanção, se for aplicada.
após o trânsito em julgado da decisão.

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Parágrafo único. A aplicação das penas de de- me de requerimento de pensão ou de pro-


missão, de cassação de aposentadoria ou de ventos de aposentadoria.
cassação de disponibilidade ao funcionário não § 4º Na hipótese do § 3º deste artigo ou para
impedirá o processamento e o julgamento de fins de aposentadoria, a análise da condição
outras faltas que possam implicar na aplicação de dependente perante o órgão de previdên-
das mesmas penalidades ou na de suspensão. cia se dará de forma autônoma e desvincula-
Art. 235. As penas definitivamente impostas ao fun- da da realizada no âmbito da revisão do pro-
cionário serão anotadas em sua ficha funcional. cesso administrativo disciplinar.
Art. 238. O apenado com destituição de cargo em
comissão poderá, no prazo de 02 (dois) anos do
trânsito em julgado da respectiva decisão, pedir
CAPÍTULO IV revisão do seu processo, desde que alegue exis-
DA REVISÃO DO PROCESSO tência de novas provas que impliquem na impos-
ADMINISTRATIVO sibilidade de aplicação da referida penalidade.
Art. 239. A simples alegação de injustiça ou des-
Art. 236. O procedimento de revisão do proces-
proporção da penalidade aplicada não constitui
so administrativo aplica-se ao sistema discipli-
fundamento para o conhecimento e o processa-
nar dos funcionários do Quadro de Pessoal de
mento de qualquer pedido de revisão.
1º grau de jurisdição e do Quadro da Secretaria
do Tribunal de Justiça. Parágrafo único. O pedido de revisão exige
indicação de novos elementos de prova e de
Art. 237. O processo administrativo disciplinar fato certo e determinado, ainda não apre-
poderá ser revisto no prazo de 02 (dois) anos ciados no processo disciplinar originário.
do trânsito em julgado da decisão que aplicou
a pena, a pedido do apenado que argumentar Art. 240. O requerimento de revisão será diri-
a existência de novas provas que impliquem na gido ao Secretario do Tribunal que, na hipótese
diminuição da penalidade ou na exclusão de de deferir o seu processamento:
responsabilidade funcional. I – remeterá o pedido à autoridade de 1º
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou grau competente para instrução e julga-
desaparecimento do funcionário, qualquer mento, se o pedido for formulado por fun-
pessoa indicada como dependente na le- cionário integrante do Quadro de Pessoal
gislação previdenciária do Estado do Paraná de 1º Grau de jurisdição;
poderá requerer a revisão do processo no II – designará Comissão para o respectivo
caso de ter sido aplicada pena de cassação fim nos termos do art. 204 deste Estatuto,
da aposentadoria, cassação da disponibili- se o pedido for formulado por funcionário
dade ou demissão. integrante do Quadro de Pessoal da Secre-
§ 2º Preenchidos os requisitos do § 1º des- taria do Tribunal de Justiça.
te artigo, e no caso de incapacidade mental § 1º Aos integrantes da Comissão de Revi-
do funcionário, a revisão será requerida por são ou à autoridade julgadora se aplicam os
uma das pessoas indicadas na referida legis- mesmos impedimentos previstos para a Co-
lação ou pelo respectivo curador. missão Disciplinar.
§ 3º No caso de procedência da revisão do § 2º O funcionário não integrará a Comissão
processo administrativo, restabelecendo-se de Revisão se tiver integrado a Comissão
o vínculo do apenado com a administração Disciplinar que concluiu pela responsabili-
pública, o reconhecimento da qualidade de dade do funcionário apenado no processo
dependente do funcionário para tal fim não que irá se revisar.
vincula os órgãos previdenciários para exa-

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Art. 241. O pedido de revisão será autuado em Art. 246. Por motivo de crença religiosa, convic-
apenso aos autos do processo originário. ção filosófica ou política, o funcionário não po-
derá ser privado de quaisquer dos seus direitos,
Parágrafo único. A petição inicial conterá a sofrer discriminação em sua vida funcional, nem
indicação das provas e a exposição dos fatos se eximir do cumprimento de seus deveres.
que se pretendem provar, inclusive, no caso
de requerimento de prova oral, trará o rol Art. 247. Ao funcionário público do Poder Judi-
de testemunhas. ciário do Estado do Paraná é assegurado o di-
reito à livre associação sindical, nos termos da
Art. 242. Ao procedimento de revisão aplicam- Constituição Federal.
-se, no que couberem, as normas do procedi-
mento originário disciplinar e o seu julgamento Art. 248. O direito de greve será exercido na for-
caberá à autoridade que aplicou a penalidade. ma prevista em lei federal.
Art. 243. Julgado procedente o pedido de re- Art. 249. Enquanto não sobrevier lei que defina
visão, será declarada sem efeito a penalidade os valores, forma de pagamento e hipóteses de
aplicada e substituída por mais branda no caso incidência das gratificações de qualquer natu-
de ficar provada circunstância atenuante, ou se- reza previstas neste Estatuto, o pagamento das
rão restabelecidos todos os direitos do funcio- remunerações continuará a ser feito com base
nário, no caso de ser afastada a sua responsabi- na legislação em vigor ao tempo da edição da
lidade administrativa. presente lei e nos termos definidos pela Admi-
nistração Pública.
§ 1º Em caso de procedência do pedido de
revisão de destituição do cargo em comis- § 1º As remunerações pagas pelo Poder Ju-
são serão afastados os impedimentos de- diciário aos seus funcionários não serão ma-
correntes de tal pena e haverá a conversão joradas por ato administrativo com base no
para exoneração. presente Estatuto enquanto não sobrevier
lei especial que fixe os valores, as formas e
§ 2º A penalidade não poderá ser agravada as hipóteses de incidência das gratificações
quando da revisão do processo administrativo de qualquer natureza previstas nesta lei.
ou da interposição de recurso administrativo.
§ 2º Não haverá redução do valor da remu-
neração paga aos atuais funcionários do Po-
TÍTULO VI der Judiciário em razão do estabelecido na
presente lei.
Art. 250. Até a promulgação de nova lei que re-
gulamentará o Quadro do Tribunal de Justiça do
CAPÍTULO ÚNICO Estado do Paraná e sua estrutura administrativa
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS e hierárquica, permanece em vigor a Lei Estadu-
al n.º 11.719 de 12.05.1997.
Art. 244. O Dia do Funcionário Público do Poder
Judiciário será comemorado em 28 (vinte e oito) Art. 251. Esta lei entrará em vigor na data de
de outubro. sua publicação.
Art. 245. Os prazos previstos neste Estatuto se- FIM!
rão contados em dias corridos, excluindo-se o
dia do começo e incluindo-se o do vencimento, BOM ESTUDO!
ficando prorrogado para o primeiro dia útil se-
guinte o prazo vencido em sábado, domingo, fe-
riado ou ponto facultativo.

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Legislação Específica

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA – PR

RESOLUÇÃO Nº 01/2010 COM I – o Tribunal Pleno, constituído pela totali-


AS MODIFICAÇÕES DA EMENDA dade dos Desembargadores;
REGIMENTAL Nº 01 /2016, DE II – o Órgão Especial, composto de vinte e
13.09.2016. cinco Desembargadores;
III – a Seção Cível Ordinária, integrada por
dezoito Desembargadores, e a Seção Cível
LIVRO I em Divergência nos casos previstos nes-
te Regimento;(Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
TÍTULO I IV – a Seção Criminal, composta de dez De-
sembargadores;
Das Disposições Iniciais
V – as Câmaras Cíveis, compostas por cinco
Art. 1º Este Regimento dispõe sobre o funcio- Desembargadores, observado, quanto ao
namento do Tribunal de Justiça, estabelece a quórum, o disposto no art. 70, incisos V e
competência de seus órgãos, regula a instrução VI, deste Regimento;
e julgamento das ações originárias e dos recur-
sos que lhe são atribuídos e institui a disciplina VI – as Câmaras Criminais, também com-
de seus serviços. postas de cinco Desembargadores, obser-
vado, quanto ao quórum, o disposto no art.
Art. 2º Ao Tribunal compete o tratamento de 70, incisos V e VI, deste Regimento;
“Egrégio”, seus integrantes têm o título de “De-
sembargador”, recebem o tratamento de “Ex- VII – o Conselho da Magistratura, constituí-
celência” e usarão, nas sessões públicas, vestes do por sete Desembargadores.
talares, conforme o modelo especificado no Art. 5º A cúpula diretiva do Tribunal de Justiça
Anexo I. é composta pelo Presidente, 1º e 2º Vice-Presi-
dentes, Corregedor-Geral da Justiça e Correge-
dor.
CAPÍTULO I Art. 6º O Presidente do Tribunal terá, nas ses-
DA ORGANIZAÇÃO sões, assento especial ao centro da mesa; à di-
reita, assentar-se-á o Procurador-Geral de Justi-
Art. 3º O Tribunal de Justiça do Estado do Para- ça, e, à esquerda, o Corregedor-Geral da Justiça.
ná, composto de cento e vinte Desembargado-
§ 1º O Desembargador mais antigo ocupará,
res, tem sua sede na Capital e competência em
na bancada, a primeira cadeira à direita; seu
todo o seu território.
imediato, à esquerda, seguindo-se assim,
Art. 4º São órgãos do Tribunal:

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alternada e sucessivamente, na ordem de- CAPÍTULO II
crescente de antiguidade. DAS ELEIÇÕES
§ 2º O Desembargador convocado para
substituir no Órgão Especial terá assento Art. 10. A eleição para os cargos de direção do
no lugar do mais moderno se for suplente Tribunal realizar-se-á em sessão do Tribunal
de eleito, ou conforme a sua antiguidade se Pleno, especialmente convocado para tal fim,
convocado com base nesta. com início às 13h30min, na segunda segunda-
-feira do mês de novembro antecedente ao
§ 3º No Conselho da Magistratura, o De- término do mandato, ou no dia útil imediato
sembargador convocado para substituir os se não houver expediente. (Redação dada pela
membros eleitos terá assento na forma do Res. Nº 10/2012, publicada no e-DJ nº 957 de
§ 2º deste artigo. 26/09/2012)
§ 4º Nas sessões dos demais órgãos julgado- §1º A eleição será regida pelas normas es-
res, em que houver a participação de Juiz de tabelecidas na lei complementar que trata
Direito Substituto em Segundo Grau, este da carreira da Magistratura e no Código de
tomará o lugar do Desembargador mais mo- Organização e Divisão Judiciárias do Estado.
derno; se houver mais de um Substituto, a
antiguidade será regulada na seguinte or- § 2º A intenção de concorrer será manifes-
dem: tada ao Tribunal a partir do início do segun-
do semestre do ano eleitoral, ocasião em
I – pela data da posse no cargo de Juiz de que o candidato deverá apresentar certidão
Direito Substituto em Segundo Grau; fornecida pela Secretaria de que está com o
serviço em dia, encerrando-se o prazo trinta
II – pela data da posse na entrância final. dias antes da data da eleição; a manifesta-
Art. 7º Nas sessões solenes, os lugares da mesa ção de concorrer será publicada no Diário
serão ocupados conforme o estabelecido no da Justiça Eletrônico do Tribunal.
protocolo especificamente organizado. § 3º Qualquer Desembargador poderá im-
Art. 8º O Presidente do Tribunal presidirá as pugnar a candidatura, no prazo de quarenta
sessões de que participar. e oito horas, a contar da data da publicação
prevista no § 2º deste artigo.
Art. 9º O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presiden-
te, o Corregedor-Geral e o Corregedor não inte- § 4º Ouvido o impugnado em igual prazo, o
grarão as Seções ou Câmaras e, ao deixarem o Presidente relatará o feito perante o Tribu-
cargo, ocuparão os lugares deixados pelos no- nal Pleno, especialmente convocado para
vos eleitos, respectivamente. tal fim, também no mesmo prazo.

Parágrafo único. O Presidente, o 1º Vice- § 5º Presente a maioria dos membros do


-Presidente, o 2º Vice-Presidente, o Corre- Tribunal Pleno, a eleição e a apuração se-
gedor-Geral e o Corregedor não integrarão rão realizadas, em sessão pública, para
a distribuição de processos de competên- cada um dos cargos, observada a seguinte
cia do Órgão Especial. (Redação dada pela ordem: Presidente, 1º Vice-Presidente, Cor-
Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de regedor-Geral da Justiça, 2º Vice-Presiden-
19/10/2010). te e Corregedor. (Redação dada pela Res.
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de
02/04/2013)

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§ 6º A votação, em escrutínio secreto, ob- retidão os deveres do cargo e, em seguida,


servará a antiguidade dos membros eleito- tomará o dos demais eleitos.
res.
§ 2º Se, decorridos dez dias da data fixada
§ 7º Considerar-se-á eleito o Desembarga- para a posse, qualquer dos eleitos, salvo
dor que, no respectivo escrutínio, obtiver por comprovado motivo de força maior, não
a maioria absoluta dos votos dos membros tiver assumido o cargo, este será considera-
do Tribunal. do vago.
§ 8º Não alcançada essa maioria, proceder- § 3º O Tribunal Pleno resolverá sobre os
-se-á ao segundo escrutínio entre os dois motivos alegados; se procedentes, conce-
mais votados. derá prazo improrrogável de trinta dias; não
havendo posse nesse prazo, nova eleição
§ 9º Caso concorram somente dois candida- será realizada.
tos, considerar-se-á eleito o que obtiver a
maioria de votos dos presentes. Art. 12. Com a vacância, no prazo inferior a seis
meses do término do mandato, do cargo de
§ 10º No caso de empate, considerar-se-á Presidente, completá-lo-á o 1º Vice-Presidente;
eleito o candidato mais antigo. com a vacância do cargo de 1º Vice-Presidente
§ 11º Eleito o Desembargador do quinto ou de Corregedor-Geral da Justiça, em igual pra-
constitucional, que não integre por antigui- zo, completá-lo-á, respectivamente, o 2º Vice-
dade o Órgão Especial, para um dos cargos -Presidente e o Corregedor.
da cúpula diretiva cujo ocupante tenha as- § 1º Com a vacância dos cargos de Presiden-
sento nato no colegiado, os demais Desem- te, 1º Vice-Presidente e Corregedor-Geral
bargadores da mesma classe do quinto elei- da Justiça, no prazo igual ou superior a seis
to, desde que não integrem por antiguidade meses do término do mandato, haverá elei-
o Órgão Especial, tornar-se-ão inelegíveis ção para completá-lo, no prazo de dez dias,
para os outros cargos da cúpula cujos ocu- a contar do fato que lhe deu causa, observa-
pantes também tenham assento no cole- das as regras previstas na lei complementar
giado. (Redação dada pela Res. Nº 11/2013, que trata da carreira da Magistratura e no
publicada no e-DJ nº 1070 de 02/04/2013) Código de Organização e Divisão Judiciárias
§ 12º Ao final da apuração dos votos, o Pre- do Estado.
sidente proclamará o resultado da eleição, § 2º Com a vacância dos cargos de 2º Vice-
anunciando os Desembargadores eleitos -Presidente e de Corregedor, independen-
para cada um dos cinco cargos de direção temente do prazo do término do mandato,
do Tribunal, os quais ficarão afastados da realizar-se-á eleição na forma do § 1º deste
função jurisdicional sessenta dias antes da artigo.
posse, sem prejuízo dos processos que lhe
foram conclusos. (Redação dada pela Res. § 3º A eleição ocorrerá em sessão do Tribu-
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de nal Pleno, especialmente convocada para
02/04/2013) tal fim.
Art. 11. A posse dos eleitos ocorrerá no primei- § 4º A posse do eleito dar-se-á imediata-
ro dia útil do mês de fevereiro seguinte perante mente após a respectiva apuração e procla-
o Tribunal Pleno, reunido em sessão especial. mação do resultado.
§ 1º O Presidente eleito prestará o compro-
misso solene de desempenhar com honra e

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CAPÍTULO III VIII – presidir as sessões do Tribunal Pleno,
DA PRESIDÊNCIA E DAS do Órgão Especial e do Conselho da Magis-
tratura, convocá-las e dirigir os trabalhos
VICE-PRESIDÊNCIAS para manter a ordem, regular as discussões
Art. 13. O Presidente do Tribunal de Justiça é e debates, encaminhar votações, apurar vo-
o chefe do Poder Judiciário, e nos seus impedi- tos e proclamar resultados;
mentos será substituído pelo 1º Vice-Presiden- IX – submeter questões de ordem ao Tribu-
te. nal;
Parágrafo único. No caso de impedimento X – intervir e votar nos julgamentos de ma-
do Presidente e do 1º Vice-Presidente, será térias administrativas dos colegiados de que
chamado ao exercício da Presidência o 2º participar, inclusive proferindo voto de qua-
Vice-Presidente, e, no caso de impedimen- lidade no caso de empate;
to deste, sucessivamente o Desembargador
mais antigo que não exerça os cargos de a) no julgamento de feitos de natureza cível,
Corregedor-Geral ou de Corregedor. da competência do Órgão Especial, no caso
de empate, o Presidente, ou seu substituto,
Art. 14. São atribuições do Presidente: proferirá voto de desempate.
I – a representação e a direção em geral da XI – fazer expedir editais e efetivar os atos:
administração do Poder Judiciário;
a) próprios à movimentação ou à nomea-
II – velar pelas prerrogativas do Tribunal, ção na carreira da Magistratura, dos fun-
cumprindo e fazendo cumprir seu Regimen- cionários do Poder Judiciário, bem como de
to Interno; movimentação e outorga de delegação aos
III – superintender os serviços judiciais, agentes do foro extrajudicial;
expedindo os atos normativos e as ordens b) relativos aos concursos do Poder Judiciá-
para o seu regular funcionamento; rio, com indicação das suas normas de fun-
IV – ordenar despesas em geral, inclusive o cionamento e dos integrantes das bancas
pagamento daquelas relativas às decisões examinadoras;
proferidas contra a Fazenda Pública; c) de vacância e de exercício das atribuições
V – homologar licitações, firmar contratos do cargo dos integrantes da Magistratura,
administrativos e convênios; dos funcionários do Poder Judiciário e dos
agentes delegados do foro extrajudicial;
VI – praticar os atos relativos à proposta or-
çamentária e às suplementações de crédi- d) referentes a dados estatísticos do Poder
tos, às requisições de verbas e à execução Judiciário e de seus órgãos julgadores;
do orçamento, bem como à respectiva pres- XII – participar dos julgamentos de matérias
tação de contas; constitucionais no âmbito do Órgão Espe-
VII – atribuir gratificações, conceder férias cial;
e licenças, determinar contagens de tempo XIII – funcionar como Relator em:
e fazer editar lista de antiguidade, arbitrar
e mandar pagar verbas de caráter indeniza- a) arguições de suspeição ou impedimento
tório em razão do desempenho das funções de Desembargadores, de Juízes de Direito
de magistrado, de serventuário e de funcio- Substitutos em Segundo Grau, do Procura-
nário nos termos da lei; dor-Geral de Justiça, dos Procuradores de
Justiça; (Redação dada pela ER nº 01/2016
-DJe nº 1882 de 13/09/2016).

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b) pedidos de aposentadoria, reversão ou b) Juízes auxiliares da cúpula diretiva do Tri-


aproveitamento de magistrados e reclama- bunal de Justiça;
ção sobre a lista de antiguidade da respec-
tiva carreira; Parágrafo único. A designação de Juiz de
Direito da Comarca da região Metropolita-
c) procedimentos disciplinares contra De- na de Curitiba, para auxiliar os trabalhos da
sembargadores; cúpula diretiva do Tribunal, de que trata o
inciso XVII, alínea b, deste artigo dar-se-á
d) agravos contra suas decisões monocráti- mediante indicação do dirigente, pelo pra-
cas; zo do respectivo mandato, permitida uma
e) reclamação contra cobrança de custas e prorrogação com a seguinte limitação:
de taxas no âmbito da Secretaria do Tribu- I – quatro Juízes para auxílio à Presidência;
nal de Justiça; (Renumerado pela Res. Nº 12/2013, publi-
XIV – decidir: cada no e-DJ nº 1135 de 05/07/2013)

a) os pedidos de suspensão da execução de c) Juiz de Direito Substituto em Segundo


medida liminar ou de sentença, sendo ele o Grau para substituir Desembargador;
Relator das reclamações, para preservar a d) Desembargador para substituir membro
sua competência ou garantir a autoridade titular do Órgão Especial em férias ou em li-
das suas decisões nesses feitos; cença;
b) sobre a expedição de ordens de paga- e) Juiz de Direito para exercer a Direção do
mento devido pela Fazenda Pública e movi- Fórum das Comarcas de entrância final;
mentação dos precatórios;
XVIII – nomear juízes de paz;
c) sobre o sequestro, na forma do art. 97, §
10, inciso I, do Ato das Disposições Constitu- XIX – exercer:
cionais Transitórias; (Redação dada pela ER
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). a) correição permanente na Secretaria do
Tribunal de Justiça e impor penalidades dis-
d) durante o recesso forense do Tribunal, os ciplinares aos seus integrantes;
pedidos de liminar em processos de compe-
tência do Órgão Especial e das Seções; b) o poder de polícia no âmbito do Tribunal
de Justiça, determinando a efetivação dos
XV – proferir os despachos de expediente; atos necessários à manutenção da ordem;
XVI – criar comissões temporárias e desig- XX – delegar aos Vice-Presidentes, ao Se-
nar os seus membros e ainda os das comis- cretário, Subsecretário, Diretores dos De-
sões permanentes partamentos do Tribunal de Justiça e outros
servidores públicos subordinados direta ou
XVII – designar: indiretamente a sua pessoa, o desempenho
a) Juízes para as Comarcas ou Varas em re- das funções administrativas e as previstas
gime de exceção, ou para atenderem muti- neste Regimento, incluindo os atos que im-
rões ou substituições, com delimitação das pliquem na efetivação de despesas, em va-
respectivas competências, bem como nos lores a serem estabelecidos em Decreto Ju-
casos de impedimento ou suspeição onde diciário específico:
não estiver preenchido o cargo de substitu- a) A delegação de competência será utiliza-
to ou se este também se declarar suspeito da como instrumento de desconcentração
ou impedido; e terá por objetivo acelerar a decisão dos

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assuntos de interesse público ou da própria zo do respectivo mandato, permitida uma
administração; prorrogação, com a seguinte limitação:
b) o ato de delegação, que será expedido a I – dois Juízes para auxílio à Presidência;
critério da autoridade delegante, indicará a
autoridade delegada, as atribuições objeto II – um Juiz para auxílio a cada Vice-Presi-
da delegação e, quando for o caso, o prazo dência;
de vigência, que, na omissão, ter-se-á por III – oito Juízes para auxílio à Corregedoria-
indeterminado; -Geral da Justiça e à Corregedoria; (Redação
c) a delegação de competência não envolve dada pela Res. 8/2012, publicada no e-DJ
a perda, pelo delegante, dos corresponden- 863, de 14/05/2012)
tes poderes, sendo-lhe facultado, quando XXVI – convocar um juiz para atuar na con-
entender conveniente, exercê-los mediante ciliação de precatórios;
avocação do caso, sem prejuízo da validade
da delegação; (Incluída pela Res. 29/2015, XXVII – decretar regime de exceção, de ofí-
do Tribunal Pleno, publicada no e-DJ, n. cio ou a pedido de qualquer Desembarga-
1701, de 30/11/2015) dor Integrante das Câmaras nas quais exista
distribuição superior à média das demais,
d) quando conveniente ao interesse da Ad- dispondo sobre o prazo, designação e for-
ministração, as competências objeto de ma de atuação dos Magistrados. (Acrescido
delegação poderão ser incorporadas, em pela Res. Nº 14/2013, publicada no e-DJ nº
caráter permanente, às normas internas da 1224 de 07/11/2013)
Secretaria do Tribunal de Justiça. (Incluída
pela Res. 29/2015, do Tribunal Pleno, publi- XXVIII – determinar o imediato cumpri-
cada no e-DJ, n. 1701, de 30/11/2015) mento da decisão proferida na Reclamação
ajuizada nos termos do art. 988 e seguin-
XXI – deliberar sobre prisão em flagrante de tes do Código de Processo Civil. (Redação
autoridade judiciária e tê-la sob sua custó- dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
dia; 13/09/2016).
XXII – autorizar magistrados a celebrar ca- XXIX – disciplinar o uso de videoconfe-
samentos; rência ou de outro recurso tecnológico de
XXIII – editar normas sobre a organização transmissão de sons e imagens em tempo
e funcionamento dos cursos de formação real para realização de sustentações orais.
para ingresso na Magistratura e de aperfei- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
çoamento de magistrados; 1882 de 13/09/2016).

XXIV – elaborar o regimento interno da Es- Art. 14-A. A Ouvidoria Geral do Poder Judiciá-
cola de Servidores da Justiça Estadual do rio, Órgão Administrativo, está vinculada à Pre-
Paraná (ESEJE); sidência do Tribunal de Justiça, sendo o Ouvi-
dor Geral, bem como seu substituto, escolhido
XXV – dar posse aos magistrados. pelo Tribunal Pleno, para mandato de dois anos,
coincidente ao da cúpula diretiva, não permiti-
Parágrafo único. A designação de Juiz de da a reeleição. (Incluído pela Res. 19/2015, pu-
Direito da Comarca da Região Metropolita- blicado no e-DJ 1558, de 05/05/2015).
na de Curitiba, para auxiliar os trabalhos da
cúpula diretiva do Tribunal, de que trata o Parágrafo único. Compete ao Ouvidor-Ge-
inciso XVII, alínea b, deste artigo, dar-se-á ral, bem como ao seu substituto, receber e
mediante indicação do dirigente, pelo pra- registrar queixas, de qualquer cidadão, por
abusos, erros ou omissões das autoridades

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judiciárias de 1º e 2º graus, de seus auxilia- dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de


res, servidores do foro judicial, agentes de- 13/09/2016).
legados do foro extrajudicial e funcionários
da justiça. (Incluído pela Res. 19/2015, pu- VIII – gerenciar as demandas repetitivas em
blicado no e-DJ 1558, de 05/05/2015). todos os graus de jurisdição, inclusive nos
Juizados Especiais, no que diz respeito aos
Art. 15. Ao 1º Vice-Presidente incumbe substi- institutos da Repercussão Geral, Recursos
tuir o Presidente nas férias, licenças, ausências Repetitivos, Incidentes de Resolução de De-
e impedimentos eventuais. mandas Repetitivas e Incidentes de Assun-
ção de Competência. (Redação dada pela ER
§ 1º O 1º Vice-Presidente integra o Tribu- nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
nal Pleno, o Órgão Especial e o Conselho da
Magistratura. Art. 16. Ao 2º Vice-Presidente compete:
§ 2º O 1º Vice-Presidente colaborará com I – substituir o Presidente e o 1º Vice-Presi-
o Presidente nos atos de representação do dente nas férias, licenças, ausências e impe-
Tribunal de Justiça. dimentos eventuais;
§ 3º Ao 1º Vice-Presidente incumbe, ainda, II – colaborar com o Presidente e o 1º Vice-
por delegação do Presidente: -Presidente nos atos de representação do
Tribunal;
I – presidir, em audiência pública, a distribui-
ção dos processos cíveis e criminais e realizar Parágrafo único. Ao 2º Vice-Presidente in-
as urgentes quando o sistema automatizado cumbe, ainda, por delegação do Presidente:
estiver eventualmente inoperante;
I – a Supervisão-Geral do Sistema dos Juiza-
II – homologar pedido de desistência de re- dos Especiais;
curso formulado antes da distribuição;
II – abrir, rubricar e encerrar os livros desti-
III – processar e exercer juízo de admissibili- nados aos serviços do Tribunal;
dade de recursos para as instâncias superio-
res e decidir questões sobre eles incidentes, III – determinar o início do processo de res-
inclusive suspensão do trâmite de recursos tauração de autos eventualmente extravia-
vinculados ao regime de repercussão geral dos na Secretaria do Tribunal;
e repetitivos, além de medidas cautelares, IV – exercer as demais atribuições previstas
observado o disposto nos arts. 107, 107-A e em lei ou neste Regimento.
107-B deste Regimento. (Redação dada pela
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
IV – determinar a baixa de autos;
CAPÍTULO IV
V – processar e julgar o pedido de conces- DA CORREGEDORIA-GERAL
são de justiça gratuita quando o feito não DA JUSTIÇA
estiver distribuído ou depois de cessadas as
atribuições do Relator; Art. 17. A Corregedoria-Geral da Justiça, cuja
competência abrange todo o Estado, é exercida
VI – exercer as demais atribuições previstas
pelo Corregedor-Geral, que conta com o auxílio
em lei ou neste Regimento.
de Juízes de Direito da Comarca da Região Me-
VII – disciplinar a organização e funciona- tropolitana de Curitiba.
mento do Núcleo de Repercussão Geral e
Art. 18. Anualmente, o Corregedor-Geral da
Recursos Repetitivos – NURER. (Redação
Justiça visitará, obrigatoriamente, pelo menos

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sessenta Comarcas ou Varas em correição geral são monocrática quando manifesta sua im-
ordinária, sem prejuízo das correições extraor- procedência;
dinárias gerais ou parciais e das inspeções cor-
reicionais que entenda fazer, ou haja de realizar VII – receber, processar e decidir as recla-
por determinação do Órgão Especial ou do Con- mações contra os servidores do foro judi-
selho da Magistratura. cial, agentes delegados do foro extrajudicial
e funcionários da Justiça que atuem em pri-
Parágrafo único. Serão feitas anualmente meiro grau de jurisdição;
em Varas das Comarcas de entrância final,
inclusive na da Região Metropolitana de VIII – delegar a Juiz Auxiliar da Corregedoria
Curitiba, pelo menos dez inspeções correi- poderes para proceder a inspeções;
cionais. IX – delegar poderes a Juízes e assessores
Art. 19. (Revogado pela Res. 19/2015, Tri- lotados na Corregedoria para procederem
bunal Pleno, publicado no e-DJ nº 1558, de a diligências instrutórias de processos a seu
05/05/2015) cargo;

Art. 20. O Corregedor-Geral da Justiça e o Corre- X – instaurar, de ofício ou mediante repre-


gedor ficarão dispensados das funções normais sentação, procedimento administrativo
nos julgamentos judiciais, salvo nas questões para apuração de falta funcional ou invali-
constitucionais, administrativas e relativas à or- dez de servidores do foro judicial, de agen-
ganização da Justiça. tes delegados do foro extrajudicial e de fun-
cionários da Justiça que atuem em primeiro
Art. 21. Compete ao Corregedor-Geral da Justi- grau de jurisdição, exceto, quanto a estes,
ça: os integrantes do Quadro de Pessoal da Se-
cretaria;
I – participar do Tribunal Pleno, do Órgão
Especial e do Conselho da Magistratura; XI – verificar, determinando as providências
que julgar convenientes, para a imediata
II – coligir provas para apurar a responsabili- cessação das irregularidades que encontrar:
dade dos magistrados de primeiro grau;
a) se os títulos de nomeação dos Juízes, dos
III – realizar correições gerais periódicas; servidores do foro judicial e dos funcioná-
IV – proceder a correições gerais ou parciais rios da Justiça que atuem em primeiro grau
extraordinárias, bem como à inspeção cor- de jurisdição e se a outorga de delegação
reicional em Comarcas, Varas e Distritos; aos agentes do foro extrajudicial se reves-
tem das formalidades legais;
V – realizar, de ofício ou por determinação
de órgão fracionário do Tribunal, correições b) se os Juízes praticam faltas relativas ao
extraordinárias em prisões, sempre que, em exercício do cargo;
processo de habeas corpus, houver indícios c) se os servidores do foro judicial, agentes
veementes de ocultação ou remoção de delegados do foro extrajudicial e funcioná-
presos com intuito de ser burlada a ordem rios da Justiça que atuam em primeiro grau
ou dificultada sua execução; de jurisdição observam o Regimento de
VI – receber e processar as reclamações Custas, se servem com presteza e urbanida-
contra Juízes, funcionando como Relator de às partes ou retardam, indevidamente,
perante o Órgão Especial nos julgamentos atos de ofício e se têm todos os livros orde-
de admissibilidade da acusação ou de arqui- nados e cumprem seus deveres funcionais
vamento de procedimentos preliminares, com exação;
sem prejuízo de igual providência por deci-

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d) se consta a prática de erros ou abusos trajudicial e aos funcionários da Justiça que


que devam ser emendados, evitados ou pu- atuam em primeiro grau de jurisdição, exce-
nidos, no interesse e na defesa do prestígio to, quanto a estes, os integrantes do Qua-
da Justiça; dro de Pessoal da Secretaria, observado o
devido processo legal;
e) se os atos relativos à posse, concessão de
férias, licenças e consequente substituição XVI – designar para o plantão judiciário, os
dos servidores do foro judicial, agentes de- Juízes de Direito Substitutos em primeiro
legados do foro extrajudicial e funcionários grau do Foro Central da Região Metropoli-
da Justiça que atuam em primeiro grau de tana de Curitiba e em segundo grau, por es-
jurisdição se revestem dos requisitos legais; cala semanal, que deverá ser publicada no
Diário da Justiça Eletrônico;
f) em autos cíveis e criminais, apontando
erros, irregularidades e omissões havidas XVII – relatar, perante o Conselho da Magis-
em processos findos ou pendentes; tratura, Órgão Especial ou Tribunal Pleno,
conforme o caso:
g) se as contas estão lançadas nos autos,
ordenando, se for o caso, a restituição das a) o procedimento de promoção, inclusive
custas cobradas de forma indevida ou ex- para o cargo de Desembargador, de remo-
cessivamente, observado o devido processo ção e de permuta de Juízes;
legal;
b) os procedimentos de movimentação dos
XII – instaurar, de ofício ou a requerimento servidores do foro judicial e funcionários
de interessado, do Ministério Público ou da da Justiça que atuam em primeiro grau de
Defensoria Pública, procedimento de ve- jurisdição, exceto, quanto a estes, os inte-
rificação de eventual excesso de prazo em grantes do Quadro de Pessoal da Secretaria;
processos, em geral, contra servidores e,
contra Juízes conforme previsto no art. 235 c) relatar os processos relativos à vacância
do Código de Processo Civil e no art. 452 e designação de servidores do foro judicial,
deste Regimento. (Redação dada pela ER nº agentes delegados do foro extrajudicial e
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). funcionários da Justiça que atuam em pri-
meiro grau de jurisdição;
XIII – apreciar, nas serventias do foro judi-
cial e extrajudicial, a disposição do arquivo, XVIII – delegar poderes a Juízes de Direito
as condições de higiene e a ordem dos tra- para a realização de diligências e de atos
balhos, dando aos servidores do foro judi- instrutórios em procedimentos administra-
cial, aos agentes delegados e aos funcioná- tivos;
rios da Justiça que atuam em primeiro grau XIX – instaurar processos de abandono de
de jurisdição as instruções que forem con- cargo;
venientes;
XX – marcar prazo, em prorrogação, para
XIV – verificar se os servidores do foro judi- serem expedidas certidões a cargo da Cor-
cial, os agentes delegados do foro extrajudi- regedoria e das Serventias de Justiça;
cial e os funcionários da Justiça que atuam
em primeiro grau de jurisdição criam difi- XXI – instaurar sindicância e processos ad-
culdades às partes, impondo-lhes exigên- ministrativos e deliberar sobre os afasta-
cias ilegais; mentos preventivos dos servidores do foro
judicial, agentes delegados do foro extraju-
XV – impor penas disciplinares, no âmbito dicial e funcionários da Justiça que atuam
da sua competência, aos servidores do foro em primeiro grau de jurisdição;
judicial, aos agentes delegados do foro ex-

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XXII – executar diligências complementares I – substituir o Corregedor-Geral nas férias,
no âmbito administrativo, no caso de prisão licenças, ausências e impedimentos;
em flagrante de magistrado, servidores do
foro judicial, agente delegado do foro extra- II – colaborar com o Corregedor-Geral nos
judicial e funcionários da Justiça que atuam atos de representação da Corregedoria da
em primeiro grau de jurisdição; Justiça;

XXIII – propor ao Conselho da Magistratura III – exercer a fiscalização disciplinar, con-


a decretação de regime de exceção de qual- trole e orientação dos organismos judiciais
quer Comarca ou Vara, indicando a distri- e extrajudiciais, assim como realizar inspe-
buição da competência entre os Juízes que ções e correições que lhe forem delegadas;
venham a atuar durante o respectivo perí- IV – atuar, por delegação, nos procedimen-
odo; tos de movimentação dos servidores do
XXIV – elaborar as “Normas Gerais da Cor- foro judicial e funcionários da Justiça que
regedoria da Justiça”, dispondo a respeito atuam em primeiro grau de jurisdição.
da organização e funcionamento dos servi-
ços do foro judicial e extrajudicial, a serem
submetidas à aprovação do Conselho da
CAPÍTULO V
Magistratura;
DO PODER DE POLÍCIA DO TRIBUNAL
XXV – propor ao Conselho da Magistratura
a delegação de poderes a Desembargador Art. 23. O Presidente responde pelo poder de
para realizar correição em determinada Co- polícia do Tribunal, podendo requisitar o auxílio
marca ou Vara; de outras autoridades, quando necessário.

XXVI – requerer diárias e passagens; Parágrafo único. O poder de polícia nas


sessões e nas audiências compete a quem
XXVII – realizar sindicância a respeito da presidi-las.
conduta de magistrado não vitalício, de-
corridos dezoito meses da investidura des- Art. 24. Sempre que tiver conhecimento de de-
te, devendo concluí-la e relatá-la perante o sacato ou desobediência à ordem emanada do
Conselho da Magistratura no prazo de trinta Tribunal, de Desembargador, ou de substituto
dias; deste, no exercício da função, o Presidente co-
municará o fato ao Procurador-Geral de Justi-
XXVIII – indicar Juízes à Presidência do Tri- ça, provendo-o dos elementos de que dispuser
bunal de Justiça para atuar, em regime de para as providências penais cabíveis.
exceção, nas Comarcas ou Varas, ou para
proferir decisões em regime de mutirão; Parágrafo único. Nos demais casos, o Presi-
dente requisitará a instauração de inquérito
XXIX – manter cadastro funcional na Corre- à autoridade competente.
gedoria-Geral dos Juízes de primeiro grau,
dos servidores do foro judicial, dos agentes Art. 25. Decorrido o prazo de trinta dias sem
delegados do foro extrajudicial e dos fun- que tenha sido instaurado o processo-crime, o
cionários que atuam em primeiro grau de Presidente dará ciência ao Órgão Especial, em
jurisdição; sessão, para as providências que julgar necessá-
rias.
XXX – expedir provimentos, instruções, por-
tarias, circulares e ordens de serviço no âm-
bito de sua competência.
Art. 22. Compete ao Corregedor:

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TÍTULO II CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO
Dos Desembargadores
Art. 30. Na ocorrência de vaga e no dia da vei-
culação no Diário de Justiça eletrônico do res-
CAPÍTULO I pectivo Decreto Judiciário, o Diretor do Depar-
tamento da Magistratura noticiará a todos os
DO COMPROMISSO, DA POSSE
Desembargadores, por meio do sistema eletrô-
E DO EXERCÍCIO nico oficial do Tribunal de Justiça, para que, se
houver interesse, de requeiram remoção para o
Art. 26. Os Desembargadores tomarão posse
lugar vago, no prazo 48 (quarenta e oito) horas,
perante o Tribunal Pleno, em sessão especial,
devendo ser removido o mais antigo entre os
salvo manifestação em contrário do interessa-
requerentes; o prazo deverá ser contado da for-
do.
ma da norma contida no §1º do art. 177 deste
Art. 27. A posse dar-se-á até trinta dias após a Regimento. (Redação dada pela Res. 26/2015,
publicação oficial do ato de nomeação, poden- do Tribunal Pleno, publicada no e-DJ 1701, de
do esse prazo ser prorrogado por período idên- 30/11/2015)
tico, mediante solicitação do interessado, desde
Art. 31. O Desembargador que deixar a Câmara
que provado motivo justo.
continuará vinculado aos feitos que lhe foram
Parágrafo único. Em caso de doença, o pra- distribuídos nos órgãos fracionários que integra-
zo poderá ser dilatado. va, exceto quanto aos de competência originá-
ria, em relação aos quais somente haverá vincu-
Art. 28. Se o nomeado estiver em gozo de férias lação quando ultrapassados os prazos previstos
ou licença, o prazo para a posse será contado da no art. 205 deste Regimento.
data do término ou da interrupção das férias ou
licença.
Art. 29. Nomeado e compromissado, o Desem-
bargador tomará assento na Câmara em que
CAPÍTULO III
houver vaga. DA ANTIGUIDADE
§ 1º Se houver mais de um Desembargador Art. 32. O Desembargador, após haver assumido
empossado na mesma data, a escolha da o exercício do cargo, será incluído na respectiva
vaga referida no caput caberá ao mais an- lista de antiguidade.
tigo.
Art. 33. A antiguidade será estabelecida, para os
§ 2º A antiguidade, na hipótese do § 1º des- efeitos de precedência, pela data da posse no
te artigo, é aferida na entrância final, e, ha- cargo; em igualdade de condições, prevalecerá
vendo nomeado pelo quinto constitucional, a da entrância final.
a este caberá a vaga remanescente da esco-
lha efetivada pelos demais.
§ 3º Ao tomar posse, caso o Desembargador CAPÍTULO IV
receba um acervo superior a cem proces- DAS SUSPEIÇÕES E
sos, o Presidente, sem prejuízo das medidas
administrativas cabíveis, designará Juízes de DOS IMPEDIMENTOS
Direito Substitutos em Segundo Grau para
Art. 34. O Desembargador dar-se-á por suspeito
promover o julgamento dos feitos que exce-
ou impedido nos casos previstos em lei e, se não
derem ao referido número.
o fizer, poderá ser oposta a respectiva exceção.

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Parágrafo único. Em caso de suspeição ou § 2º (Revogado pela Res. nº 18, Tribu-
impedimento, declarado por membro vogal nal Pleno, publicada no e-DJ nº 1487 de
no curso de julgamento no Órgão Especial, 15/01/2015)
Seção Cível, Seção Criminal ou no Conselho
da Magistratura não haverá necessidade de
convocação de substituto, ainda que o jul- TÍTULO III
gamento se prolongue devido aos pedidos
de vista, a menos que tal circunstância im- Das Licenças, das Férias, do
porte em falta de quórum. (Redação dada Afastamento, das Substituições e das
pela Res. 8/2012, publicada no e-DJ 863, de
14/05/2012) Convocações
Art. 35. Os Desembargadores que forem cônju-
ges ou companheiros, ou parentes entre si, por CAPÍTULO I
consanguinidade ou afinidade, até o terceiro
DAS LICENÇAS
grau, inclusive, em linha reta ou colateral, não
poderão funcionar no mesmo feito, nem exer- Art. 39. Conceder-se-á licença:
cer função na mesma Câmara ou Seção. (Reda-
ção data pela Res. 22 do Tribunal Pleno, publica- I – para tratamento de saúde;
do no e-DJ n.1570, de 21/05/2015)
II – por motivo de doença em pessoa da fa-
Art. 36. Nas sessões contenciosas do Órgão Es- mília;
pecial e das Seções, existindo, entre os mem-
III – para repouso à gestante;
bros, vínculo que suscite impedimento, o voto
de um excluirá a participação dos outros. IV – em razão da paternidade.
Art. 37. A exceção de suspeição ou impedimen- Art. 40. A licença é requerida com indicação do
to será feita mediante petição assinada por período e começa a correr do dia em que pas-
procurador habilitado, com poderes especiais sou a ser utilizada.
no caso de procedimento penal, em que serão
apresentadas as razões, que virão acompanha- Art. 41. Salvo contraindicação médica, o De-
das de prova documental e do rol de testemu- sembargador ou o Juiz de Direito Substituto
nhas, seguindo-se o processo competente regu- em Segundo Grau licenciado poderá reassumir
lado neste Regimento. o cargo a qualquer tempo, entendendo-se que
desistiu do restante do prazo.
Art. 38. Não estarão impedidos os Desembarga-
dores que tenham participado: § 1º Observada a hipótese do caput deste
artigo e sem prejuízo à fruição da licença, o
I – de julgamento no Conselho da Magistra- Desembargador ou o Juiz de Direito Substi-
tura para conhecer e julgar o respectivo re- tuto em Segundo Grau poderá proferir de-
curso no Órgão Especial; cisões em processos que, antes da licença,
hajam-lhe sido conclusos para julgamento,
II – de ato administrativo de qualquer Órgão
ou tenham recebido seu visto como Relator
do Tribunal, para conhecer e julgar o res-
ou Revisor, ou ainda tenham sido objeto de
pectivo mandado de segurança.
pedido de vista como vogal.
§ 1º Não se aplica a norma do inciso II des-
§ 2º O Desembargador ou o Juiz de Direi-
te artigo se o Desembargador figurar como
to Substituto em Segundo Grau em licença
autoridade coatora, hipótese em que estará
não poderá funcionar como vogal em hipó-
impedido e não deverá participar da sessão.
tese diversa daquela prevista no § 1º deste
artigo.

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CAPÍTULO II CAPÍTULO III


DAS FÉRIAS DO AFASTAMENTO
Art. 42. Os Desembargadores e Juízes de Direi- Art. 44. Sem prejuízo dos vencimentos, ou qual-
to Substitutos em Segundo Grau terão direito quer vantagem legal, o Desembargador poderá
a férias anuais de sessenta dias, divididas em afastar-se de suas funções, por motivo de:
dois períodos de trinta, a serem estabelecidos
conforme escala da Presidência do Tribunal, que I – casamento, por até oito dias consecuti-
terá por base a escolha feita pelo mais antigo vos;
em cada Câmara, excluído este no período se- II – falecimento do cônjuge, ascendente,
guinte, que passa a ocupar a última posição, e descendente ou irmão, por até oito dias
assim sucessivamente, até que todos tenham consecutivos;
exercido a preferência.
III – prestação de serviços exclusivamente à
§ 1º Os magistrados referidos no caput des- Justiça Eleitoral;
te artigo que tiverem filhos em idade esco-
lar poderão receber tratamento especial na IV – exercício da presidência de associação
escala de férias, sem prejuízo aos demais de classe;
colegas, desde que haja a possibilidade de V – exercício de atividades de relevante in-
designar mais um Juiz de Direito Substituto teresse da Justiça;
em Segundo Grau.
VI – exercício do cargo de Diretor-Geral da
§ 2º O Desembargador ou o Juiz de Direito Escola da Magistratura.
Substituto em Segundo Grau em férias po-
derá proferir decisões em processos que, an-
tes das férias, hajam-lhe sido conclusos para
julgamento, ou tenham recebido seu visto CAPÍTULO IV
como Relator ou Revisor, ou ainda tenham
sido objeto de pedido de vista como vogal.
DAS SUBSTITUIÇÕES
§ 3º O Desembargador ou o Juiz de Direi- Art. 45. Nas ausências e impedimentos ocasio-
to Substituto em Segundo Grau em férias nais ou temporários, são substituídos, observa-
não poderá funcionar como vogal em hipó- dos os impedimentos legais:
tese diversa daquela prevista no art. 41, § I – o Presidente do Tribunal pelo 1º Vice-
1º, deste Regimento. (Redação dada pela -Presidente, este pelo 2º Vice-Presidente,
Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de e este pelos demais Desembargadores, na
19/10/2010). ordem decrescente de antiguidade, obser-
Art. 43. As férias individuais não poderão fra- vado o art. 13, parágrafo único, deste Regi-
cionar-se em períodos inferiores a trinta dias, e mento;
somente podem acumular-se por imperiosa ne- II – o Corregedor-Geral da Justiça pelo Cor-
cessidade do serviço e pelo período máximo de regedor, e este pelos demais Desembarga-
dois meses. dores, na ordem decrescente de antiguida-
Parágrafo único. É vedado o afastamento de;
do Tribunal ou de qualquer de seus órgãos III – o Presidente da Câmara ou da Seção
judicantes, em gozo de férias individuais, no pelo Desembargador mais antigo entre seus
mesmo período, de Desembargadores em membros;
número que possa comprometer o quórum
de julgamento.

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IV – o Presidente da Comissão pelo mais an- Art. 48. Nos afastamentos por prazo superior a
tigo entre os seus integrantes; sessenta dias, caso as circunstâncias que o de-
terminaram indiquem potencial prejuízo à pres-
V – qualquer dos membros das Comissões tação jurisdicional, a partir de provocação de
pelo Suplente. qualquer interessado e por deliberação do Ór-
Art. 46. Mediante ato do Presidente do Tribunal gão Especial, os processos em que o Relator ou
de Justiça, a substituição no Órgão Especial e no o Revisor substituído tenha lançado visto pode-
Conselho da Magistratura far-se-á por Desem- rão ser encaminhados ao magistrado substituto
bargador que não o integre, observado o dis- para a respectiva finalidade.
posto no art. 49 deste Regimento.
Parágrafo único. Na ausência de suplentes
à metade eleita, será observado o segundo CAPÍTULO V
critério referido no art. 49 deste Regimento DAS CONVOCAÇÕES
e, em qualquer hipótese, será respeitada a
representação do quinto constitucional de Art. 49. Para completar quórum no Órgão Espe-
acordo com a classe de origem. cial ou no Conselho da Magistratura, serão con-
vocados Desembargadores que dele não fazem
Art. 47. O Relator é substituído:
parte, respeitada a ordem de suplência para os
I – pelo Revisor, se houver, ou pelo Desem- eleitos e a decrescente de antiguidade para os
bargador imediato em antiguidade, confor- membros natos e, no caso do Órgão Especial, a
me a competência, em caso de ausência ou classe de origem.
impedimento eventual, quando se tratar de
§ 1º Os Desembargadores poderão recusar
deliberação de medida urgente;
convocação para substituir na classe de an-
II – pelo Desembargador designado para tiguidade no Órgão Especial.
lavrar o acórdão, quando vencido no julga-
§ 2º Caso todos os Desembargadores não
mento;
aceitem a substituição, na forma do pará-
III – em caso de aposentadoria, renúncia ou grafo anterior, a convocação recairá, então,
morte: no mais antigo, inadmitida nova recusa.

a) pelo Desembargador nomeado para su- Art. 50. Nas Câmaras, não havendo número le-
cedê-lo; gal para o julgamento, a substituição será feita
por Desembargador de outra Câmara ou por
b) após ter votado, pelo Desembargador Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau, de
que tiver proferido o primeiro voto vence- preferência da mesma especialização, median-
dor, acompanhando o Relator, para lavrar te convocação do Presidente da Câmara, o que
os acórdãos dos julgamentos anteriores à constará, para efeito de publicidade, da ata da
abertura da vaga; sessão de julgamento.
c) pela mesma forma da alínea b deste in-
ciso, enquanto não empossado o novo De-
sembargador, para admitir ou julgar eventu-
CAPÍTULO VI
al recurso.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. O Revisor será substituído,
em caso de impedimento, pelo Desembar- Art. 51. O Desembargador afastado não poderá
gador que o seguir em ordem decrescente devolver nenhum processo em seu poder, sal-
de antiguidade. vo se compensado com a distribuição feita ao
Desembargador Convocado, no Órgão Especial,

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nas Seções Cível e Criminal ou no Conselho da substituído, o Juiz de Direito Substituto em


Magistratura, ou ao Juiz de Direito Substituto Segundo Grau ficará vinculado somente à
em Segundo Grau, nos demais órgãos julgado- metade do número de feitos que lhe foram
res, ou se o afastamento for por motivo de saú- distribuídos no período da substituição.
de e tratar-se de medida urgente.
Art. 53. O Presidente do Tribunal de Justiça de-
§ 1º Nas substituições e nas convocações signará, desde que possível, dois Juízes Substi-
em geral será observado: tutos em Segundo Grau para cada Câmara, os
quais, salvo motivo justificado, substituirão ex-
I – Nos casos de afastamento ou de vacân- clusivamente os respectivos integrantes.
cia, os feitos serão encaminhados, median-
te simples conclusão, ao Desembargador ou
ao Juiz de Direito Substituto em Segundo
Grau convocado, que exercerá a respectiva
TÍTULO IV
atividade jurisdicional, ficando vinculado
ao número de processos distribuídos no Da Procuradoria-Geral de Justiça
período, excetuadas as ações rescisórias,
revisões criminais, ação penal originária e
procedimentos pré-processuais, assegurada
a compensação com aqueles que tiverem CAPÍTULO ÚNICO
julgado ou encaminhado os autos, com re- Art. 54. O Procurador-Geral de Justiça toma as-
latório, ao Revisor; sento à mesa, à direita do Presidente, exceto
II – Terminado o período de convocação: nas sessões administrativas.

a) serão devolvidos os feitos não julgados, § 1º Os Procuradores de Justiça oficiarão,


salvo aqueles aos quais o convocado tenha nas sessões, mediante delegação do Procu-
se vinculado, observado o disposto no inci- rador-Geral de Justiça.
so I deste artigo; § 2º Ao Procurador-Geral e aos Procurado-
b) se houver solicitado vista ou proferido o res de Justiça aplica-se o disposto no art. 64,
voto, o convocado continuará no julgamen- § 1º, deste Regimento.
to. Art. 55. Sempre que o Procurador de Justiça ti-
§ 2º Na compensação de que trata o §1º, in- ver que se manifestar, o Relator mandará abrir-
ciso I, deste artigo, ficam excluídas as deci- -lhe vista, antes de pedir dia para julgamento
sões proferidas em embargos de declaração ou de passar os autos ao Revisor, quando hou-
e agravos internos. (Redação dada pela ER ver previsão legal (Redação dada pela ER nº
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).

Art. 52. O Juiz de Direito Substituto em Segundo Parágrafo único. Excedido o prazo, o Rela-
Grau, ao substituir o Desembargador, terá para tor poderá requisitar os autos.
auxiliá-lo, além da sua própria estrutura, no mí- Art. 56. Nas sessões de julgamento, o Procura-
nimo mais dois funcionários, com prática jurídi- dor poderá usar da palavra sempre que houver
ca, do gabinete do substituído. interesse do Ministério Público.
Parágrafo único. A indicação dos respecti- Art. 57. O Procurador poderá pedir preferência
vos nomes será efetuada até o dia anterior para julgamento de processos em pauta.
ao início da substituição, mediante ofício
dirigido ao Presidente do Tribunal; se não
houver indicação pelo Desembargador

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TÍTULO V § 4º A Primeira, Segunda, Terceira, Quarta,
Quinta, Sexta e Sétima Câmaras Cíveis Isola-
Das Sessões e das Audiências das e em Composição Integral funcionarão
às terças-feiras; a Décima Primeira, Décima
Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta,
Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sé-
CAPÍTULO I tima e Décima Oitava Câmaras Cíveis Isola-
das e em Composição Integral, às quartas-
DAS SESSÕES
-feiras; a Oitava, Nona e Décima Câmaras
Art. 58. As sessões serão ordinárias, extraordi- Cíveis Isoladas e em Composição Integral,
nárias e especiais. bem como as Câmaras Criminais Isoladas e
em Composição Integral, às quintas-feiras.
Art. 59. As sessões ordinárias terão início às
13h30min, havendo uma tolerância de quinze § 5º O Tribunal Pleno, o Órgão Especial, as
minutos para a abertura dos trabalhos, e en- Seções, as Câmaras Isoladas e em Compo-
cerrar-se-ão às 19 horas, podendo ser prorro- sição Integral e o Conselho da Magistratura
gadas quando o serviço o exigir. (Redação dada funcionarão nas salas designadas pelo Pre-
pela Res. 2/2011, publicada no e-DJ 607, de sidente do Tribunal.
07/04/2011) Art. 61. As sessões extraordinárias do Tribunal,
§ 1º Às 15h30min, a sessão poderá ser sus- ou de qualquer de seus órgãos judicantes, se-
pensa por tempo não excedente a trinta mi- rão convocadas pelo secretário corresponden-
nutos. te, mediante ordem do respectivo Presidente,
consignando-se a data e o objeto da sessão no
§ 2º Enquanto estiver sendo realizada qual- ato da convocação, que deverá ser publicado no
quer sessão no Tribunal, o expediente do Diário da Justiça Eletrônico com antecipação de
pessoal, inclusive dos gabinetes, ficará au- pelo menos vinte e quatro horas, exceto para
tomaticamente prorrogado. fins de pauta extraordinária de julgamento das
Câmaras Cíveis, que será de cinco dias. (Reda-
Art. 60. O Tribunal Pleno e a Seção Criminal fun-
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
cionarão por convocação dos respectivos Presi-
13/09/2016).
dentes. (Redação dada pela Res. 2/2010, publi-
cado no e-DJ 493, de 19/10/2010). § 1º A sessão extraordinária poderá ser con-
vocada:
§ 1º O Órgão Especial funcionará, em ma-
téria contenciosa, na primeira e na terceira I – no caso de acúmulo de feitos para julga-
segunda-feira, e, em matéria administrati- mento;
va, na segunda e na quarta segunda-feira do
mês; (Redação dada pela Res. 8/2012, pu- II – por solicitação de qualquer Desembar-
blicada no e-DJ 863, de 14/05/2012) gador que deva entrar em férias ou licença,
ou se afastar;
§ 2º O Conselho da Magistratura se reunirá
nas sextas-feiras que antecederem a reali- III – nos casos de perigo iminente de pere-
zação das sessões administrativas do Órgão cimento de direito da parte legitimada no
Especial. (Redação dada pela Res. 8/2012, processo, ou no interesse de advogado que,
publicada no e-DJ 863, de 14/05/2012) por motivo razoável e de ordem pessoal,
possa temer não estar presente à próxima
§ 3º A Seção Cível Ordinária e a Seção Cí- sessão ordinária.
vel em Divergência funcionarão na terceira
sexta-feira do mês.

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§ 2º Nas hipóteses dos incisos II e III do § 1º especial, podendo a presidência determinar


deste artigo, os motivos do pedido deverão a retirada do ambiente, com discrição, de
ser comprovados. pessoas que estiverem inadequadamente
vestidas.
§ 3º Sempre que, no encerramento do ex-
pediente, restarem em pauta ou em mesa, Art. 65. Do que ocorrer nas sessões o secretário
feitos sem julgamento, a sessão poderá lavrará ata circunstanciada, que será lida, discu-
prosseguir, mediante deliberação do pró- tida, emendada, se for o caso, e votada na ses-
prio órgão julgador, em dia, hora e local são imediata, assinando-a com o Presidente.
anunciados pelo Presidente, independen-
temente de publicação ou de nova pauta, § 1º A ata mencionará:
salvo os recursos cíveis que exijam republi- I – a data da sessão e a hora de abertura;
cação de pauta. (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). II – quem presidiu aos trabalhos;

Art. 62. As sessões especiais destinam-se às III – o nome dos magistrados presentes,
solenidades de posse, comemorações festivas pela ordem de antiguidade, e do represen-
e homenagens a pessoas mortas ou vivas que tante do Ministério Público, quando for o
tenham efetivamente prestado relevantes ser- caso;
viços à causa da Justiça e do Direito; no último
IV – os processos julgados, sua natureza e
caso, a resolução respectiva do Tribunal Pleno
número de ordem, o nome do Relator e os
só será considerada como aprovada se houver
nomes dos demais integrantes do quórum
unanimidade dos Desembargadores presentes,
e das partes, bem como suas qualificações
com limitação de presença.
no feito, se houver sustentação oral pelo
Art. 63. As sessões serão públicas, exceto quan- Procurador de Justiça ou pelo advogado das
do: partes, o resultado da votação com a con-
signação dos nomes dos magistrados venci-
I – a lei ou este Regimento determinar em dos, a designação do Relator que lavrará o
contrário; acórdão e o que mais ocorrer;
II – houver necessidade de preservar direito V – o teor do que for requerido pelos pre-
à intimidade do interessado, caso em que a sentes para que dela conste conforme defe-
sessão será presenciada unicamente pelos rido pelo Presidente da sessão.
litigantes, procuradores e pessoas judicial-
mente convocadas, além dos funcionários § 2º Nas sessões especiais, será dispensada
em serviço. a leitura da ata.

Art. 64. Na hora designada, o Presidente, assu- Art. 66. Lida e aprovada a ata da sessão anterior,
mindo sua cadeira e assegurando-se da existên- passará o órgão a deliberar segundo a pauta.
cia de quórum, declarará aberta a sessão.
Art. 67. Os advogados poderão fazer uso da pa-
§ 1º Os Desembargadores ingressarão nas lavra para sustentação oral da tribuna, quando
salas de sessões e delas se retirarão com as cabível, mediante solicitação, depois da leitura
vestes talares. do relatório, os quais deverão usar vestes tala-
res, observado o disposto no art. 64, § 1º, deste
§ 2º O secretário usará beca, e os auxiliares, Regimento.
capa, conforme a tradição forense.
Parágrafo único. É permitido ao advogado
§ 3º Não se exigirá do público presente às com domicílio profissional em cidade di-
sessões do Tribunal, inclusive do Órgão Es- versa daquela onde está sediado o Tribunal
pecial e do Tribunal Pleno, qualquer traje realizar sustentação oral por meio de video-

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conferência ou outro recurso tecnológico de VI – nas Câmaras Isoladas: três julgadores,
transmissão de sons e imagens em tempo incluído o Presidente;
real, desde que o requeira até o dia anterior
ao da sessão. (Incluído pela ER nº 01/2016 VII – no Conselho da Magistratura: quatro
-DJe nº 1882 de 13/09/2016). Desembargadores, incluído o Presidente.

Art. 68. Nas sessões, se houver solicitação, o Parágrafo único. O julgamento nas Câma-
Presidente poderá conceder aos profissionais da ras Isoladas será tomado pelo voto de três
imprensa, entre a aprovação da ata e o início do julgadores, observada a ordem decrescen-
primeiro julgamento, o tempo necessário para te de antiguidade, a partir do Relator ou do
fotografar ou gravar imagens para televisão. Revisor, se for o caso.

Art. 69. As homenagens e registro em sessões


reservadas, destinadas apenas a membros da
Magistratura e pessoas ou fatos relacionados CAPÍTULO II
com a vida jurídica do País, só serão permitidas DA PRESIDÊNCIA DAS SESSÕES
após o julgamento de todos os feitos.
Art. 71. A presidência das sessões:
Art. 70. O quórum para o funcionamento dos
órgãos do Tribunal é de: I – do Tribunal Pleno, do Órgão Especial e do
Conselho da Magistratura é exercida pelo
I – no Tribunal Pleno: sessenta e um Desem- Presidente do Tribunal;
bargadores, incluído o Presidente, salvo na
convocação para exame de eventual recusa II – das Seções, das Câmaras Isoladas e das
na promoção ao cargo de Desembargador em Composição Integral é exercida pelo De-
pelo critério de antiguidade, caso em que sembargador mais antigo no mesmo cole-
serão exigidos dois terços de seus mem- giado, pelo período de um ano, em caráter
bros; de rodízio; (Redação dada pela Res. 21 do
Tribunal Pleno, publicado no e-DJ n.1570,
II – no Órgão Especial: treze Desembarga- de 21/05/2015).
dores, incluído o Presidente, salvo na con-
vocação para exame de eventual recusa na Art. 72. Compete aos Presidentes das sessões:
promoção de Juiz pelo critério de antiguida-
I – dirigir os trabalhos, sem permitir inter-
de, cujo quórum é de dezessete Desembar-
rupções nem o uso da palavra a quem não a
gadores;
houver obtido;
III – na Seção Cível Ordinária: treze Desem-
II – organizar a pauta de julgamento;
bargadores, incluído o Presidente; na Seção
Cível em Divergência, nos casos previstos III – determinar a convocação de sessão ex-
neste Regimento, o quórum qualificado mí- traordinária nos casos do art. 61, § 1º, deste
nimo de sete julgadores para o julgamento. Regimento.
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
1882 de 13/09/2016). IV – convocar Desembargador ou Juiz de Di-
reito Substituto em Segundo Grau, quando
IV – na Seção Criminal: seis Desembargado- necessário;
res, incluído o Presidente;
V – exigir dos funcionários do Tribunal o
V – nas Câmaras em Composição Integral: cumprimento dos atos necessários ao regu-
todos os seus julgadores, incluído o Presi- lar funcionamento das sessões e execução
dente; de suas determinações;

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VI – apreciar os pedidos de preferência e CAPÍTULO IV


requerimentos de interesse no julgamento DAS AUDIÊNCIAS
presencial, na pauta do dia, e para a própria
sessão, nos termos dos arts. 936 e 937, §§ 2º Art. 77. As audiências serão realizadas em dia,
e 4º, do Código de Processo Civil;(Redação hora e lugar determinados pelo Desembargador
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de a quem couber a presidência, intimadas as par-
13/09/2016). tes.
VII – encaminhar, mensalmente, ao Procu- Art. 78. As audiências serão públicas, exceto nas
rador-Geral de Justiça relação dos feitos que hipóteses previstas no art. 63, incisos I e II, des-
se encontram com o Ministério Público. te Regimento, e realizar-se-ão nos dias úteis, en-
VIII – inserir as informações referentes às tre as 9 e as 18 horas.
condenações que geram inelegibilidade, Art. 78-A. Considerando as disposições do Có-
em ação ordinária ou em grau de recurso, digo de Processo Civil, instituindo a realização
mesmo sem o trânsito em julgado, no Ca- de audiências públicas necessárias à formação
dastro Nacional de Condenados por Ato de e superação de precedentes obrigatórios, cabe-
Improbidade Administrativa e por Ato que rá ao Relator designar data para essa finalidade,
implique inelegibilidade. (Incluído pela Re- fixando calendário, em comum acordo com as
solução 24/2015, publicada no e-DJ n.1575, partes, na forma do art. 263 deste Regimento.
de 28/05/2015) (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
13/09/2016).
§ 1º A convocação será efetuada com prazo
CAPÍTULO III de trinta dias, mediante ampla divulgação
DO ERRO DE ATA no site do Tribunal de Justiça e no Diário
da Justiça Eletrônico, com comunicação ao
Art. 73. O erro contido em ata poderá ser corri- Conselho Nacional de Justiça, bem como
gido de ofício, ou mediante reclamação do inte- pela mídia escrita e digital, informando a
ressado, no prazo de quarenta e oito horas, em data, local e horário, inclusive fora do ho-
petição dirigida ao Presidente do Tribunal ou do rário normal de expediente forense, caso
órgão julgador, conforme o caso, a partir da sua seja necessário para garantir a efetiva par-
aprovação. ticipação dos destinatários do ato. (Inclu-
ído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
§1º Não se admitirá a reclamação a pretex- 13/09/2016).
to de modificação do julgado.
§ 2º As audiências poderão ser realizadas
§2º A reclamação não suspenderá o prazo fora do prédio do Tribunal, em local de fá-
para recurso, salvo o disposto no art. 75 cil acesso ao público, destinatário, inclusive
deste Regimento. fora do juízo, sempre que se mostrar im-
Art. 74. A petição será entregue ao protocolo, prescindível para garantia do amplo com-
que a encaminhará ao encarregado da ata, o parecimento. (Incluído pela ER nº 01/2016
qual a levará a despacho, no mesmo dia, com – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
sua informação. § 3º Serão admitidas as inscrições de inte-
Art. 75. Se o pedido for julgado procedente, far- ressados para manifestação daqueles repre-
-se-á a retificação da ata e nova publicação. sentantes de entidades ou órgãos potencial-
mente atingidos pela decisão, bem como de
Art. 76. O despacho que julgar a reclamação especialistas na tese jurídica discutida ou do
será irrecorrível.

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fato probando. (Incluído pela ER nº 01/2016 LIVRO II
– DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 4º Caberá ao Relator assegurar, dentro
do possível, a isonomia para a participação TÍTULO I
nos debates, entre as opiniões favoráveis
ou contrárias, selecionando as pessoas que Das Atribuições
serão ouvidas e estabelecendo o tempo da
manifestação de cada um, bem como de-
terminar a ordem dos trabalhos. (Incluí-
do pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de CAPÍTULO I
13/09/2016). DO TRIBUNAL PLENO
§ 5º Todos os membros do colegiado com- Art. 81. Ao Tribunal Pleno, constituído por to-
petente para o julgamento serão cientifica- dos os membros do Tribunal de Justiça, compe-
dos dos atos processuais, os quais poderão te privativamente:
participar da audiência, formular perguntas
e solicitar diligências ao esclarecimento dos I – eleger em sessão pública, mediante vo-
especialistas ouvidos. (Incluído pela ER nº tação secreta, seus dirigentes, quatro inte-
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). grantes do Conselho da Magistratura, doze
do Órgão Especial, bem como o Ouvidor-
§ 6º A audiência pública será registrada -Geral e seu substituto.
em ata e preservada mediante a gravação
de áudio e vídeo, constituindo, assim, ma- II – eleger em sessão pública, mediante vo-
terial de consulta e fundamentos para os tação secreta, os Desembargadores e Juízes
debates que se seguirem no julgamento de Direito, na condição de membros efeti-
da causa, com o exame pelo órgão julgador vos e substitutos, para compor o Tribunal
competente (art. 489, § 1º, do CPC). (Inclu- Regional Eleitoral, os quais, no ato da ins-
ído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de crição, deverão apresentar certidão, obtida
13/09/2016). perante a Secretaria, de que se encontram
com os serviços em dia;
§ 7º A audiência pública poderá ser desig-
nada nos procedimentos de uniformização III – indicar em sessão pública, mediante
de jurisprudência, conforme previsto no art. votação aberta, os advogados para compor
260 deste Regimento. (Incluído pela ER nº o Tribunal Regional Eleitoral; (Incluído pela
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). Res. 32/2015, do Tribunal Pleno, publicada
no e-DJ n. 1701, de 30/11/2015).
Art. 79. A abertura e o encerramento da audi-
ência serão anunciados, a toque de sineta, pelo IV – organizar em sessão pública, mediante
porteiro, que apregoará as partes cujo compa- votação aberta, a lista para provimento de
recimento for obrigatório. cargo de Desembargador;
Art. 80. De tudo quanto ocorrer na audiência, o V – dar posse aos membros do Tribunal, ob-
funcionário encarregado fará menção, median- servado o disposto na parte final do art. 26
te termo, que será rubricado pelo Desembarga- deste Regimento;
dor e assinado pelos presentes.
VI – celebrar acontecimento especial, bem
como prestar homenagem a Desembarga-
dor que deixar de integrá-lo;
VII – aprovar e emendar o Regimento Interno.

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CAPÍTULO II § 6º O número de cargos da cúpula diretiva


DO ÓRGAO ESPECIAL com assento nato no Órgão Especial, preen-
chidos por Desembargador não integrante
Art. 82. O Órgão Especial será composto do Pre- da metade mais antiga, será descontado
sidente do Tribunal de Justiça, do 1.º Vice-Pre- das doze vagas a serem preenchidas por
sidente e do Corregedor-Geral da Justiça, que eleição. (Redação dada pela Res. 7/2011,
nele exercerão iguais funções, e de mais vinte e publicada no e-DJ 762, de 25/11/2011)
dois Desembargadores.
§ 7º O Desembargador elegível que preten-
§ 1º A representação de um quinto dos in- der se candidatar deverá manifestar seu in-
tegrantes do Órgão Especial, originários da teresse, no prazo de cinco dias, a contar da
classe dos advogados e do Ministério Públi- data de publicação, para tanto, no Diário da
co, tem por base os seus vinte e cinco inte- Justiça Eletrônico; o prazo deverá ser conta-
grantes, sendo três vagas providas por anti- do na forma do § 1º do art. 177 deste Re-
guidade e duas por eleição; gimento. (Redação dada pela Res. 7/2011,
publicada no e-DJ 762, de 25/11/2011)
§ 2º Das vagas de antiguidade destinadas
ao quinto constitucional uma delas será, al- § 8º Para concorrer à vaga pelo critério de
ternada e sucessivamente, preenchida por eleição, o candidato deverá apresentar no
Desembargadores oriundos do Ministério ato de sua inscrição certidão obtida perante
Público ou da classe dos advogados, de tal a Secretaria do Tribunal de que se encon-
forma, também sucessiva e alternadamen- tra com os serviços em dia. (Redação dada
te os representantes de uma dessas classes pela Res. 7/2011, publicada no e-DJ 762,
superem os da outra em uma unidade. de 25/11/2011) (Renumerado pela Res.
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de
§ 3º Das vinte e cinco vagas de Desembar- 02/04/2013)
gadores, treze serão providas por antiguida-
de e as outras doze por eleição do Tribunal § 9º Cada eleitor poderá votar em tantos
Pleno, respeitados numa e noutra hipótese candidatos quantas forem as vagas a ser
os limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º deste providas, sendo que:
artigo.
I – os Desembargadores de carreira pode-
§ 4º Não poderá haver recusa por par- rão se candidatar simultaneamente, às dez
te do Desembargador que preencherá a automaticamente excluídos das listas sub-
vaga por antiguidade. (Redação dada pela sequentes;
Res. 7/2011, publicada no e-DJ 762, de
II – todos os votos de uma cédula serão nu-
25/11/2011)
los quando houver mais votos do que o nú-
§ 5º A eleição para as doze vagas será reali- mero de vagas a serem providas;
zada na mesma sessão de eleição da cúpula
III – será considerado eleito o candidato que
diretiva do Tribunal de Justiça, com manda-
obtiver a maioria dos votos dos eleitores
to coincidente com o desta, admitida uma
presentes na sessão;
recondução, não devendo figurar entre
os elegíveis aquele que tiver exercido por IV – em caso de empate, será considerado
quatro anos a função, até que se esgotem eleito o candidato mais antigo no Tribunal;
todos os nomes. (Redação dada pela Res.
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de V – os candidatos não eleitos serão consi-
02/04/2013) derados suplentes pelo prazo do manda-
to, na ordem decrescente de votação; na
ausência de suplentes, será obedecida a

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ordem decrescente de antiguidade dos de- III – conhecer da prestação de contas a ser
sembargadores na convocação para subs- encaminhada anualmente ao Tribunal de
tituir no Órgão Especial. (Redação dada Contas;
pela Res. 7/2011, publicada no e-DJ 762,
de 25/11/2011) (Renumerado pela Res. IV – deliberar sobre pedido de informação
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de de comissão parlamentar de inquérito;
02/04/2013) V – propor ao Poder Legislativo a criação ou
§ 10º A convocação de suplente para substi- extinção de cargos e a fixação dos respecti-
tuição no Órgão Especial e a eleição de De- vos vencimentos;
sembargador para completar mandato infe- VI – aprovar modelos de vestes talares para
rior a um ano não serão consideradas para os magistrados e servidores da Justiça;
os efeitos do § 5º deste artigo. (Redação
dada pela Res. 7/2011, publicada no e-DJ VII – autorizar a instalação de Câmaras, Co-
762, de 25/11/2011) (Renumerado pela marcas, Varas e Ofícios de Justiça;
Res. Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070
VIII – determinar a instauração de processo
de 02/04/2013)
administrativo disciplinar contra magistra-
§ 11º Ocorrida a vacância, por qualquer do, aplicando as penalidades cabíveis;
motivo, de vaga decorrente da metade
IX – deliberar acerca da aposentadoria de
eleita do Órgão Especial, o suplente com-
magistrado;
pletará o mandato se o prazo restante for
igual ou inferior a seis meses; se superior X – homologar o resultado de concurso para
a seis meses, será convocada nova eleição o ingresso na Magistratura;
para completar o mandato. (Redação dada
pela Res. 7/2011, publicada no e-DJ 762, XI – solicitar a intervenção federal nos casos
de 25/11/2011) (Renumerado pela Res. previstos na Constituição Federal;
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de XII – conhecer das sugestões contidas nos
02/04/2013) relatórios anuais da Presidência, da Corre-
§ 12º Concluído o mandato, o Desembar- gedoria-Geral da Justiça e dos Juízes, po-
gador ficará vinculado aos processos que dendo organizar comissões para estudo de
estejam conclusos em seu poder por pra- matéria de interesse da Justiça;
zo superior a trinta dias. (Redação dada XIII – organizar listas e fazer indicações uni-
pela Res. 7/2011, publicada no e-DJ 762, nominais relativas ao preenchimento de va-
de 25/11/2011) (Renumerado pela Res. gas de Juízes;
Nº 11/2013, publicada no e-DJ nº 1070 de
02/04/2013) XIV – declarar a vacância, por abandono de
cargo, na Magistratura, observado o devido
Art. 83. São atribuições do Órgão Especial, por processo legal administrativo;
delegação do Tribunal Pleno, além de outras
previstas em lei e neste Regimento: XV – processar e dirimir as dúvidas de atri-
buições administrativas dos dirigentes do
I – aprovar a proposta do orçamento da Tribunal, valendo as decisões tomadas
despesa do Poder Judiciário, a ser encami- como normativas;
nhada, em época oportuna, ao Governador
do Estado; XVI – referendar, ou não, as decisões do
Presidente do Tribunal relativas a férias,
II – aprovar as propostas de abertura de cré- afastamentos, substituições, convocações e
ditos adicionais; licenças concedidas aos Desembargadores;

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XVII – denominar os Fóruns com nomes de proposta orçamentária, ou pela não satisfa-
pessoas falecidas ligadas ao meio jurídico ção oportuna das dotações orçamentárias;
do Estado, ouvido o Conselho da Magistra-
tura; XXVI – definir, privativamente, as compe-
tências das Turmas Recursais dos Juizados
XVIII – decretar regime de exceção em ór- Especiais;
gão do Tribunal de Justiça;
XXVII – expedir Resolução estabelecendo a
XIX – deliberar acerca das representações, competência dos Juízos e das Varas das Co-
por excesso de prazo, contra membros do marcas de entrância final;
Tribunal;
XXVIII – julgar os recursos administrativos
XX – propor, privativamente, ao Poder Le- das decisões originárias do Conselho da
gislativo, pela maioria absoluta de seus Magistratura;
membros, projeto de lei de interesse do Po-
der Judiciário, bem como para alteração do XXIX – proceder à investigação de crime,
Código de Organização e Divisão Judiciárias em tese, praticado por Juiz.
e introdução de emenda à Constituição Es- § 1º Compete, ainda, ao Órgão Especial
tadual; encaminhar ao Superior Tribunal de Justi-
XXI – indicar os magistrados para efeito de ça peças informativas para averiguação de
remoção, opção e promoção em primeiro crime comum praticado, em tese, pelo Go-
grau de jurisdição; vernador do Estado e, neste e no de respon-
sabilidade, por Desembargador ou membro
XXII – recusar, pela maioria de dois terços do Tribunal de Contas.
dos seus membros, magistrado a promoção
por antiguidade, observada a ampla defesa; § 2º Poderá o Órgão Especial, mediante
deliberação da maioria dos Desembarga-
XXIII – decidir os conflitos de atribuições dores presentes à sessão, facultar o uso da
entre autoridades administrativas e judiciá- palavra, por quinze minutos, ao Presidente
rias do Estado, ou entre estas; da Associação dos Magistrados do Paraná
quando estiver em apreciação matéria ad-
XXIV – deliberar sobre: ministrativa de interesse geral da Magistra-
a) assuntos de ordem interna, quando es- tura.
pecialmente convocado para esse fim pelo Art. 84. Compete privativamente ao Órgão Es-
Presidente, por ato próprio ou a requeri- pecial, por delegação do Tribunal Pleno:
mento de um ou mais Desembargadores;
I – processar e julgar originariamente os
b) quaisquer propostas ou sugestões do mandados de segurança, os mandados de
Conselho da Magistratura, notadamente as injunção e os habeas data contra:
concernentes à organização da Secretaria
do Tribunal de Justiça e dos serviços auxilia- a) seus atos, do Tribunal Pleno, do Presi-
res; dente do Tribunal, dos Vice-Presidentes do
Tribunal, do Corregedor-Geral da Justiça,
XXV – solicitar ao Supremo Tribunal Fede- do Corregedor, do Conselho da Magistra-
ral, pela maioria absoluta de seus membros, tura, da Seção Cível, da Seção Criminal e da
a intervenção da União no Estado, quando Comissão de Concurso para provimento de
o regular exercício das funções do Poder Ju- cargo de Juiz Substituto;
diciário for impedido por falta de recursos
decorrentes de injustificada redução de sua b) atos do Governador do Estado;

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c) atos do Presidente, dos Vice-Presidentes, honra, em que forem querelantes as pesso-
dos Secretários, da Mesa Executiva e das as sujeitas à sua jurisdição;
Comissões permanentes e temporárias da
Assembleia Legislativa, bem como do Con- c) os habeas corpus quando o paciente for
selho de Ética e Decoro Parlamentar, da autoridade diretamente sujeita à sua juris-
Procuradoria Parlamentar e da Corregedo- dição;
ria Parlamentar; d) as habilitações e outros incidentes, nos
d) atos do Procurador-Geral de Justiça, dos processos de sua competência originária ou
Subprocuradores-Gerais de Justiça, do Co- recursal;
légio de Procuradores de Justiça, do Órgão e) as ações rescisórias e as revisões crimi-
Especial do Colégio de Procuradores de Jus- nais de seus acórdãos;
tiça, do Conselho Superior do Ministério
Público, do Corregedor-Geral do Ministério f) os impedimentos e as suspeições opos-
Público e da Comissão de Concurso para tas a Desembargadores, a Juízes de Direito
provimento de cargo de Promotor de Justi- Substitutos em Segundo Grau, ao Procura-
ça Substituto; dor-Geral de Justiça, a Procuradores de Jus-
tiça e a Promotores de Justiça Substitutos
e) atos do Presidente, do Vice-Presidente, em Segundo Grau;
do Corregedor-Geral, do Pleno e das Câma-
ras do Tribunal de Contas, do Procurador- g) a execução do julgado em causas de sua
-Geral do Ministério Público junto ao Tribu- competência originária, facultada a delega-
nal de Contas, do Colégio de Procuradores ção de competência para a prática de atos
do Ministério Público de Contas, da Comis- processuais não decisórios;
são de Concurso para provimento de cargo
h) os pedidos de intervenção federal no Es-
de Procurador do Ministério Público junto
tado;
ao Tribunal de Contas e da Comissão de
Concurso para provimento de cargo de Au- i) as ações diretas de inconstitucionalidade
ditor do Tribunal de Contas; e declaratórias de constitucionalidade de
leis ou de atos normativos estaduais e mu-
f) os atos do Defensor Público-Geral, do
nicipais contestados em face da Constitui-
Subdefensor Público-Geral do Estado, do
ção Estadual e a inconstitucionalidade por
Conselho Superior da Defensoria Pública do
omissão de medida para tornar efetiva nor-
Estado, da Corregedoria-Geral da Defenso-
ma constitucional;
ria Pública do Estado, da Ouvidoria-Geral da
Defensoria Pública do Estado e da Comissão j) as reclamações para preservar a sua com-
de Concurso para provimento de cargo de petência ou garantir a autoridade das suas
Defensor Público. decisões;
II – processar e julgar originariamente: k) as causas e os conflitos entre o Estado e
os Municípios, inclusive entre as respectivas
a) nos crimes comuns e de responsabilida-
entidades da administração indireta;
de, os Deputados Estaduais, os Juízes de Di-
reito e Juízes Substitutos, os Secretários de III – julgar:
Estado e os membros do Ministério Público,
ressalvada a competência da Justiça Eleito- a) os embargos infringentes interpostos aos
ral, e, nos crimes comuns, o Vice-Governa- seus acórdãos em ação de natureza penal,
dor do Estado; bem como o agravo contra a decisão interlo-
cutória que não os admitirem;(Redação pela
b) a exceção da verdade, quando oposta e ER nº 01/2016 DJe nº 1882 de 13/09/2016).
admitida, nos processos por crimes contra a

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b) o agravo interno contra decisão do Pre- competência; (Redação pela ER nº 01/2016,


sidente que conceder ou negar a suspen- DJe nº 1882 de 13/09/2016).
são de liminar, de tutela provisória ou de
sentença, prolatadas no primeiro grau de II – os recursos de apelação, agravo de ins-
jurisdição, em mandado de segurança, em trumento ou de remessa necessária enca-
habeas data, em mandado de injunção, em minhados, nas hipóteses do art. 978, pa-
procedimento comum ou especial, em ação rágrafo único, do Código de Processo Civil;
popular ou em ação civil pública, movidas (Redação pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882
contra o Poder Público; (Redação pela ER nº de 13/09/2016).
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016). III – as ações rescisórias de acórdãos pro-
c) os agravos ou outros recursos de decisões feridos nas Câmaras Cíveis em composição
proferidas nos feitos de sua competência Isolada ou Integral, e as ações rescisórias
pelo Presidente, pelos Vice-Presidentes e contra decisões monocráticas do Relator,
pelos Relatores; com exame de mérito, ou na hipótese do
art. 966, § 2º, do CPC. (Redação pela ER nº
d) os embargos de declaração interpostos 01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
aos seus acórdãos;
IV – os mandados de segurança contra atos,
e) os incidentes de declaração de inconsti- monocráticos ou colegiados, das Câmaras
tucionalidade suscitados pelos demais ór- Cíveis em Composição Integral;
gãos julgadores;
V – os embargos de declaração interpostos
f) o incidente de resolução de demandas aos seus acórdãos;
repetitivas e o incidente de assunção de
competência quando for o caso de obser- VI – os agravos internos de decisões profe-
vância do disposto no art. 97 da Consti- ridas, nos feitos de sua competência, pelo
tuição Federal, ou se suscitado a partir de Presidente e Relatores; (Redação pela ER nº
processo competência do Tribunal Pleno; 01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
(Redação pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 VII – as execuções de seus acórdãos, nas
de 13/09/2016). causas de sua competência originária, po-
g) as ações rescisórias interpostas aos acór- dendo delegar ao Juízo de primeiro grau a
dãos da Seção Cível Ordinária ou da Seção prática de atos não decisórios;
Cível em Divergência. (Redação pela ER nº VIII – as reclamações para preservar a sua
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016). competência ou garantir a autoridade das
suas decisões;
IX – as ações rescisórias contra os acórdãos
CAPÍTULO III de outra ação rescisória julgada pelas Câ-
DA SEÇÃO CÍVEL maras Cíveis em composição Isolada ou In-
tegral; (Redação pela ER nº 01/2016, DJe nº
Art. 85. Compete à Seção Cível Ordinária, inte- 1882 de 13/09/2016).
grada pelos primeiros Desembargadores que
X – as reclamações destinadas a dirimir a
imediatamente, na ordem de composição das
divergência entre acordão prolatado por
Câmaras Cíveis, seguirem-se aos seus Presi-
Turma Recursal Estadual e a jurisprudência
dentes, processar e julgar: (Redação pela ER nº
do Superior Tribunal de Justiça, consolidada
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
em incidente de assunção de competência
I – os incidentes de resolução de demandas e de resolução de demandas repetitivas, em
repetitivas e os incidentes de assunção de julgamento de recurso especial repetitivo

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e em enunciados das Súmulas do STJ. (Re- (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882
dação pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de de 13/09/2016).
13/09/2016).
a) pelo Presidente e pelos sete Desembar-
§ 1º O Desembargador afastado, impedido gadores que participaram do julgamento
ou suspeito será substituído pelo Desem- inicial que resultou na decisão não unâni-
bargador subsequente na ordem decres- me; (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº
cente de antiguidade na respectiva Câmara, 1882 de 13/09/2016).
independentemente de qualquer formali-
dade. b) a convocação de vogais, entre os Desem-
bargadores integrantes da Seção Cível, no
§ 2º Na Seção Cível Ordinária ou de Diver- mínimo mais dois ou tantos quantos forem
gência, seu Presidente terá somente voto necessários em vista do resultado inicial;
de qualidade, exceto nos casos em que for (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882
Relator, hipótese em que passará a presi- de 13/09/2016).
dência ao Desembargador mais antigo na
sessão. (Redação pela ER nº 01/2016, DJe c) o Presidente fará a referida convocação,
nº 1882 de 13/09/2016). iniciando-a pelos Desembargadores que su-
cedem na ordem de antiguidade o último
§ 3º Na Seção Cível ordinária, nos casos de vogal do julgamento inicial; (Incluído pela ER
julgamento das ações rescisórias previs- nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
tas nos incisos III e IX, a votação inicial será
submetida ao quórum qualificado de sete d) recaindo a convocação entre Desembar-
julgadores, incluindo o Relator, conforme a gadores vogais que estejam impedidos ou
composição definida neste Regimento. (Re- afastados, os demais integrantes sucessivos
dação pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de na ordem de antiguidade serão chamados
13/09/2016). para o prosseguimento do julgamento; (In-
cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
§ 4º Concluindo-se, por unanimidade de 13/09/2016).
sete votos, pela procedência da rescisória,
ou se for, por maioria de votos, admitida § 2º Os julgamentos, na Seção Cível em
a improcedência, proclamado algum des- Divergência, serão decididos pela maioria
ses resultados, o feito será considerado simples dos julgadores. (Incluído pela ER nº
devidamente julgado. (Redação pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016). Art. 85-B. Será de competência da Seção Cí-
Art. 85-A. Ocorrendo, julgamento favorável à vel Ordinária, exceto no caso do art. 84, III, “f”,
procedência da rescisão do acordão, por maio- deste regimento, a atribuição para processar e
ria de votos, o exame quanto ao julgamento não julgar os incidentes de resolução de demandas
unânime, para os fins do art. 942, § 3º, inc. I, do repetitivas e o incidente de assunção de compe-
Código de Processo Civil, a Seção Cível Ordinária tência, cuja tese jurídica será aprovada com de-
será convolada em Seção Cível em Divergência, cisão favorável de dois terços dos seus integran-
constituída por maior composição e suficiente tes do órgão julgador para fins de sua eficácia
para possibilitar a inversão do resultado do jul- vinculante. (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe
gamento. (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº nº 1882 de 13/09/2016).
1882 de 13/09/2016).
§ 1º A composição do quórum de julga-
mento passará a ser formada por número
superior de integrantes do seguinte modo:

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Legislação Específica – Regimento Interno - TJ-PR – Prof. Mateus Silveira

CAPÍTULO IV em que passará a presidência ao Desem-


DA SEÇÃO CRIMINAL bargador mais antigo na sessão. (Redação
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
Art. 86. Compete à Seção Criminal, integrada 13/09/2016).
pelos primeiros e segundos Desembargadores
que, imediatamente, na ordem de composição
das Câmaras Criminais, seguirem-se aos seus
Presidentes, processar e julgar: CAPÍTULO V
DAS CÂMARAS EM
I – os incidentes de uniformização de juris-
prudência;
COMPOSIÇÃO INTEGRAL
II – (Revogado pela Res. nº 18, Tribu- Art. 87. Às Câmaras Cíveis em Composição Inte-
nal Pleno, publicada no e-DJ nº 1487 de gral compete processar e julgar:
15/01/2015) I – os conflitos de competência entre os Ju-
III – os mandados de segurança contra atos, ízes em exercício em primeiro grau de juris-
monocráticos e colegiados, das Câmaras dição;
Criminais em Composição Integral; II – os mandados de segurança contra atos,
IV – as revisões criminais de acórdãos das monocráticos ou colegiados, da Câmara Cí-
Câmaras Criminais em Composição Integral; vel Isolada;

V – os embargos de declaração interpostos III – os mandados de segurança, mandados


aos seus acórdãos; de injunção e habeas data contra atos:

VI – os agravos de decisões proferidas, nos a) das Comissões Internas de Concurso, ex-


feitos de sua competência, pelo Presidente ceto a de acesso à Magistratura;
e Relatores; b) dos Deputados Estaduais, dos Conselhei-
VII – as reclamações para preservar a sua ros e Auditores do Tribunal de Contas, dos
competência ou garantir a autoridade das Secretários de Estado, dos Procuradores de
suas decisões; Justiça e dos Procuradores do Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas;
VIII – os embargos infringentes e de nulida-
de interpostos aos acórdãos das Câmaras c) do Procurador-Geral do Estado, do Con-
Criminais em Composição Integral. selho Superior da Procuradoria-Geral do Es-
tado e da Comissão de Concurso para pro-
§ 1º O Desembargador afastado, impedido vimento de cargo de Procurador do Estado;
ou suspeito será substituído pelo Desem-
bargador subsequente na ordem decres- IV – as exceções de impedimento e de sus-
cente de antiguidade na respectiva Câmara, peição opostas aos Juízes em exercício em
independentemente de qualquer formali- primeiro grau de jurisdição;
dade. V – os agravos das decisões proferidas, nos
§ 2º (Revogado pela Res. nº 18, Tribu- feitos de sua competência, pelo Presidente
nal Pleno, publicada no e-DJ nº 1487 de e Relatores;
15/01/2015). VI – os embargos de declaração interpostos
§ 3º Na Seção Criminal, seu Presidente terá aos seus acórdãos;
somente voto de qualidade, exceto nos ca- VII – as execuções de seus acórdãos, nas
sos em que for Relator ou Revisor, hipóteses causas de sua competência originária, po-

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dendo delegar ao Juízo de primeiro grau a I – os embargos infringentes e de nulidade
prática de atos não decisórios; interpostos aos acórdãos das Câmaras Cri-
minais Isoladas;
VIII – os pedidos de intervenção estadual
nos municípios; II – os conflitos de competência entre Juízes
em exercício em primeiro grau de jurisdi-
IX – as reclamações para preservar a sua ção;
competência ou garantir a autoridade das
suas decisões; III – os mandados de segurança contra atos,
monocráticos ou colegiados, das Câmaras
X – as ações relativas ao direito de greve Criminais Isoladas;
de servidores públicos municipais e esta-
duais; (Redação dada pela Res. 20, do Tri- IV – as exceções de impedimento e de sus-
bunal Pleno, publicado no eDJ n.1567, de peição opostas aos Juízes em exercício em
18/05/2015) primeiro grau de jurisdição;
XI – o recurso de apelação, em prossegui- V – os agravos das decisões proferidas, nos
mento, quando o resultado do julgamen- feitos de sua competência, pelo Presidente
to iniciado na Câmara Cível Isolada não for e Relatores;
unânime, aplicando-se a regra prevista no
art. 942, caput, do CPC e observado o dis- VI – os embargos de declaração interpostos
posto neste Regimento; (Redação dada pela aos seus acórdãos;
ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016). VII – as reclamações para preservar a sua
XII – o recurso de Agravo de Instrumento, competência ou garantir a autoridade das
em prosseguimento, nos casos de decisão suas decisões;
não unânime, iniciado na Câmara Cível Iso- VIII – as revisões criminais dos Acórdãos das
lada, quando houver a reforma por maioria Câmaras Criminais Isoladas e das sentenças
da decisão que julgar parcialmente o méri- de primeiro grau de jurisdição;
to; (Redação dada pela ER nº 01/2016, DJe
nº 1882 de 13/09/2016). IX – as infrações penais atribuídas a Prefei-
tos Municipais;
XIII – a ação rescisória de decisão dos Juízes
de primeiro grau, em prosseguimento, seja X – os habeas corpus, quando o paciente for
relativa ao mérito ou contida na previsão do autoridade diretamente sujeita à sua juris-
art. 966, § 2º, do CPC, quando o resultado dição; (Redação dada pela Res. 2/2010, pu-
do julgamento iniciado na Câmara Cível Iso- blicado no e-DJ 493, de 19/10/2010).
lada for favorável por maioria à procedên-
Parágrafo único. Os mandados de seguran-
cia da rescisão; (Redação dada pela ER nº
ça contra atos, monocráticos ou colegiados,
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
das Câmaras Criminais Isoladas, as revisões
Parágrafo único. Os mandados de seguran- criminais e os embargos infringentes e de
ça contra atos, monocráticos ou colegiados, nulidade interpostos a seus acórdãos serão
das Câmaras Cíveis Isoladas, serão distri- distribuídos a outra Câmara em Composi-
buídos a outra Câmara em Composição In- ção Integral de mesma especialização, ex-
tegral de mesma especialização. (Redação ceto se impugnarem decisão da Primeira ou
dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de da Segunda Câmara Criminal Isolada, hipó-
13/09/2016). tese em que serão distribuídos entre estas.

Art. 88. Às Câmaras Criminais em Composição


Integral compete processar e julgar:

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CAPÍTULO VI b) ações relativas a responsabilidade civil


DAS CÂMARAS ISOLADAS E DA em que for parte pessoa jurídica de direito
público ou respectivas autarquias, funda-
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA ções de direito público e entidades paraes-
MATÉRIA tatais;
Art. 89. Às Câmaras Cíveis isoladas compete c) ações relativas a servidores públicos em
processar e julgar: geral, exceto as concernentes a matéria pre-
videnciária;
I – os habeas corpus, no caso de prisão civil;
II – à Quarta e à Quinta Câmara Cível:
II – os recursos de decisões dos Juízes de
primeiro grau; a) Ação popular, exceto as concernentes a
matéria tributária, a previdência pública e
III – as correições parciais; privada e a ensino público e particular;
IV – as habilitações incidentes; b) Ação decorrente de ato de improbidade
V – os embargos de declaração interpostos administrativa;
aos seus acórdãos; c) Ação civil pública, exceto as concernentes
VI – os agravos internos de decisões do Pre- a matéria tributária, a previdência pública e
sidente e Relatores; (Redação dada pela ER privada e a ensino público e particular, ob-
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). servando-se, quanto às coletivas, o disposto
no §1º deste artigo;
VII – os mandados de segurança, mandados
de injunção e habeas data contra atos do d) Ações e execuções relativas a penalida-
Secretário do Tribunal de Justiça, do Secre- des administrativas que não possuam natu-
tário da Procuradoria-Geral de Justiça, do reza tributária;
Diretor-Geral da Assembleia Legislativa, dos e) Ações relativas a licitação e contratos ad-
Juízes de primeiro grau e dos Promotores ministrativos
de Justiça;
f) Ações de desapropriação, inclusive a in-
VIII – as reclamações para preservar a sua direta;
competência ou garantir a autoridade das
suas decisões; g) Ações relativas a concursos públicos;
IX- as ações rescisórias de decisão dos Juí- h) Mandados de segurança e de injunção
zes de primeiro grau, sejam as relativas ao contra atos ou omissões de agentes ou ór-
mérito, sejam as contidas na previsão do gãos públicos, ressalvada outra especializa-
art. 966, § 2º, do Código de Processo Civil, ção;
nas causas de sua competência.
i) Pedidos de intervenção estadual nos mu-
Art. 90. Às Câmaras Cíveis serão distribuídos os nicípios;
feitos atinentes a matéria de sua especialização,
assim classificada: j) Ações relativas a proteção do meio am-
biente, exceto as que digam respeito a res-
I – à Primeira, à Segunda e à Terceira Câma- ponsabilidade civil;
ra Cível:
k) Salvo se previstas nos incisos I, III, IV, V, VI
a) quaisquer ações e execuções relativas a e VII deste artigo, as demais ações e recur-
matéria tributária; sos que figure como parte pessoa jurídica
de direito público ou respectivas autarquias,

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fundações de direito público e entidades d) ações relativas a Registros Públicos;
paraestatais;
e) ações relativas a arrendamento rural, a
l) Ações relativas ao direito de greve dos parceria agrícola e a empreitada;
servidores públicos municipais e estadu-
ais; (Redação dada pela Res. 20, do Tri- f) ações relativas a locação em geral, inclusi-
bunal Pleno, publicado no eDJ n.1567, de ve as execuções dela derivadas;
18/05/2015) g) ações relativas a prestação de serviços,
m) Ações relativas a servidores públicos exceto quando concernente exclusivamente
em geral, exceto as concernentes a maté- a responsabilidade civil;
ria previdenciária. (Res. 27/2015, do Tri- h) ações e recursos alheios à área de espe-
bunal Pleno, publicada no e-DJ n. 1701, de cialização.
30/11/2015)
VI – à Décima Terceira, à Décima Quarta, à
III – à Sexta e à Sétima Câmara Cível: Décima Quinta e à Décima Sexta Câmara Cí-
a) Ações relativas a previdência pública e vel:
privada; a) execuções fundadas em título extrajudi-
b) Ações concernentes a ensino público e cial e as ações a ele relativas, inclusive quan-
particular; do cumuladas com pedido de indenização;

c) Ações e recursos alheios às áreas de es- b) ações relativas a negócios jurídicos ban-
pecialização. (Redação dada pela Res. nº 15, cários e cartões de crédito, inclusive quan-
publicada no e-DJ nº 1484 de 12/01/2015) do cumuladas com pedido de indenização,
excetuada a competência prevista na alínea
IV – à Oitava, à Nona e à Décima Câmara Cí- d do inciso VII deste artigo;
vel:
VII – à Décima Sétima e à Décima Oitava Câ-
a) ações relativas a responsabilidade civil, mara Cível;
inclusive as decorrentes de acidente de veí-
culo e de acidente de trabalho, excetuada a a) ações relativas ao domínio e à posse
competência prevista na alínea b do inciso I pura, excetuadas quanto a estas as decor-
deste artigo; rentes de resolução e nulidade de negócios
jurídicos;
b) ações relativas a condomínio em edifício;
b) ações relativas ao Direito Falimentar, ex-
c) ações relativas a contrato de seguro de ceto a matéria penal;
qualquer natureza, inclusive as execuções
dele derivadas e as ações decorrentes de c) ações decorrentes de dissolução e liqui-
plano de saúde; dação de sociedade;

V – à Décima Primeira e à Décima Segunda d) ações relativas a arrendamento mercan-


Câmara Cível: til; (Redação dada pela Res. nº 15, publicada
no e-DJ nº 1484 de 12/01/2015)
a) ações relativas a Direito de Família, união
estável e homoafetiva; e) ações relativas a contratos de consórcio
de bem móvel ou imóvel; (Redação dada
b) ações relativas ao Estatuto da Criança e pela Res. nº 15, publicada no e-DJ nº 1484
do Adolescente, ressalvada a matéria infra- de 12/01/2015)
cional;
c) ações relativas ao Direito das Sucessões;

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f) ações e recursos alheios às áreas de es- IX – execução de suas decisões originárias,


pecialização. (Redação dada pela Res. nº 15, facultada a delegação de competência para
publicada no e-DJ nº 1484 de 12/01/2015) a prática de atos processuais não decisórios;
§ 1º Os recursos relativos às ações civis pú- X – os mandados de segurança contra atos
blicas coletivas e às execuções individuais dos Juízes de primeiro grau e dos Promoto-
delas decorrentes serão distribuídos às Câ- res de Justiça.
maras Cíveis de acordo com a matéria de
sua especialização. Art. 93. Às Câmaras Criminais serão distribuídos
os feitos atinentes à matéria de sua especializa-
§ 2º Na distribuição dos recursos interpos- ção, assim classificada:
tos de decisões proferidas em embargos
de terceiro, observar-se-á a competência I – à Primeira Câmara Criminal:
em razão da matéria versada na demanda a) crimes contra a pessoa, exceto os contra
principal da qual se originou a constrição. a honra;
(Redação dada pela Res. nº 15, publicada no
e-DJ nº 1484 de 12/01/2015) b) crimes militares definidos em lei;

Art. 91. A distribuição equânime entre todas as c) processos oriundos do Conselho de Justi-
Câmaras Cíveis Isoladas e em Composição Inte- ficação da Polícia Militar;
gral será assegurada mediante a distribuição de
II – à Segunda Câmara Criminal:
ações e recursos referentes a matéria de aliena-
ção fiduciária, inclusive as execuções extrajudi- a) infrações penais atribuídas a Prefeitos
ciais propostas pelo credor fiduciário, cumulada Municipais;
ou não com pedido de indenização. (Redação
dada pela Res. nº 15, publicada no e-DJ nº 1484 b) crimes contra a administração pública;
de 12/01/2015) c) crimes contra a fé pública;
Art. 92. Às Câmaras Criminais Isoladas compete d) crimes contra a honra;
processar e julgar:
e) crimes contra a incolumidade pública, in-
I – habeas corpus e recursos de habeas cor- cluídos os definidos no Estatuto do Desar-
pus; mamento;
II – recursos criminais; f) crimes contra a ordem tributária e econô-
III – ações penais e procedimentos pré-pro- mica, contra as relações de consumo e fali-
cessuais de sua competência originária; mentares;

IV – pedidos de desaforamento; g) crimes ambientais;

V – correições parciais; h) demais infrações penais, na proporção


de metade do que delas for distribuído, iso-
VI – embargos de declaração interpostos ladamente, à Terceira, à Quarta e à Quinta
aos seus acórdãos; Câmara Criminal;
VII – agravos de decisões do Presidente e i) atos infracionais previstos no Estatuto da
Relatores; Criança e do Adolescente, por estes pratica-
dos.
VIII – reclamações para preservar a sua
competência ou garantir a autoridade das III – à Terceira, à Quarta e à Quinta Câmara
suas decisões; Criminal:

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a) crimes contra o patrimônio; CAPÍTULO VII
b) crimes contra a dignidade sexual; DO NÚCLEO DE CONCILIAÇÃO
c) crimes contra a paz pública; Art. 95. Ao Núcleo de Conciliação, vinculado à
Presidência, com funcionamento nas depen-
d) infrações penais relativas a tóxicos e en- dências deste Tribunal no horário de expediente
torpecentes; forense, compete buscar a conciliação em se-
e) demais infrações penais. gundo grau de jurisdição nos processos que lhe
forem encaminhados para essa finalidade, in-
§ 1º Na hipótese de conexão ou continên- clusive entre os oriundos das Turmas Recursais,
cia de crimes, a distribuição caberá ao ór- observado o que segue:
gão cuja matéria de especialização abran-
ger a infração a que for cominada a pena I – o Núcleo de Conciliação terá funcioná-
mais grave; se iguais as penas, ao órgão a rios e estagiários em número adequado às
que competir o maior número de crimes; suas necessidades, aos quais incumbirão o
se igual o número de crimes, ao órgão sor- recebimento dos autos, a organização da
teado entre os de competência concorren- pauta de audiências de conciliação, o cha-
te. A distribuição, porém, caberá sempre à mamento das partes e seus advogados e o
Primeira Câmara Criminal se o feito for de encaminhamento dos feitos conciliados, ou
competência do Tribunal do Júri. não, aos locais de origem;

§ 2º Excetuada a hipótese do art. 419 do II – o encaminhamento dos feitos ao Nú-


Código de Processo Penal, quando houver cleo dar-se-á por solicitação das partes ou
desclassificação e a acusação não interpu- da Coordenadoria aos Relatores, bem como
ser recurso, a distribuição será feita ao ór- por estes, de ofício, no prazo de trinta dias,
gão cuja matéria de especialização abranger a contar da conclusão, quando lhes pareça
a infração definida pela decisão recorrida. possível a conciliação;
Igual regra deverá ser observada quando III – o chamamento das partes e de seus ad-
houver absolvição de crimes julgados por vogados para a conciliação deverá ser feito
conexão ou continência. de forma célere, por telefone, fax, correio
Art. 94. Havendo risco de perecimento do direi- eletrônico, carta, ou publicação no Diário da
to, o Relator deverá apreciar o pedido de tute- Justiça Eletrônico;
la provisória de urgência, de natureza cautelar IV – as audiências de conciliação deverão
ou de evidência de natureza cível, requerida em ser realizadas no prazo de noventa dias,
recurso de Agravo de Instrumento ou liminares contados do recebimento dos autos pelo
em feito de competência originária, bem como Núcleo de Conciliação;
medidas assecuratórias de natureza penal, ain-
da que venha a declinar da competência. (Reda- V – frustrada a conciliação, o fato será cer-
ção dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de tificado nos autos, que serão restituídos de
13/09/2016). imediato ao Relator para o processamento
e julgamento do recurso ou da ação;
Parágrafo único. Ocorrendo a redistribuição
do feito, caberá ao novo Relator sorteado VI – obtida a conciliação, esta será reduzida
manter ou modificar, total ou parcialmen- a termo, assinado pelas partes, por seus ad-
te, essa decisão. (Redação dada pela ER nº vogados e pelo Conciliador;
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
VII – a conciliação será homologada pelo
Desembargador Coordenador-Geral ou, na
sua falta, por Magistrado Coordenador Au-

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xiliar da ativa, que extinguirá o processo, VI – organizar e executar mutirões de conci-


com resolução de mérito, na forma do art. liação nas Semanas de Conciliação promovi-
487, inciso III, alínea b, do Código de Proces- das pelo Conselho Nacional de Justiça e em
so Civil; (Redação dada pela ER nº 01/2016 outras oportunidades consideradas conve-
-DJe nº 1882 de 13/09/2016). nientes;
Art. 96. A Coordenadoria de Supervisão de Con- § 1º Ao Coordenador-Geral da Conciliação
ciliação será composta de: compete:
I – um Desembargador, como Coordenador- a) coordenar e dirigir os trabalhos do Nú-
-Geral, um Juiz de Direito Substituto em Se- cleo de Conciliação e da própria Coordena-
gundo Grau e um Juiz de Direito de Turma doria;
Recursal, designados pelo Presidente, que
atuarão sem prejuízo de suas funções juris- b) prestar informações acerca do desenvol-
dicionais; vimento das atividades conciliatórias;

II – conciliadores voluntários, que serão no- c) homologar as conciliações realizadas no


meados pelo Presidente do Tribunal, prefe- Núcleo, extinguindo o processo, com reso-
rencialmente entre magistrados, membros lução de mérito, na forma do art. 487, inci-
do Ministério Público e Procuradores Públi- so III, alínea b, do Código de Processo Civil;
cos aposentados; (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
1882 de 13/09/2016).
III – assessoria composta por dois funcioná-
rios do Tribunal com formação jurídica; § 2º Na ausência do Coordenador-Geral da
Conciliação, a homologação das concilia-
IV – um dos funcionários desempenhará ções e a consequente extinção do processo,
ainda as funções de Chefe do Núcleo de na forma da alínea “c” do § 1º deste artigo,
Conciliação, cabendo-lhe ordenar e supervi- será efetuada por um dos magistrados Co-
sionar os serviços dos demais funcionários ordenadores Auxiliares da Ativa; (Redação
e dos estagiários. dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ
493, de 19/10/2010).
Art. 97. Compete à Coordenadoria:
§ 3º O Coordenador-Geral da Conciliação
I – orientar e supervisionar os trabalhos do poderá, a critério do Presidente do Tribunal
Núcleo de Conciliação; e ad referendum do Órgão Especial, ficar
II – identificar e indicar as áreas de conflitos afastado de suas funções jurisdicionais, por
mais propícias à conciliação; prazo determinado, para atendimento ex-
clusivo ao Núcleo de Conciliação; (Redação
III – estabelecer diretrizes e programas de dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ
atuação que promovam a cultura da conci- 493, de 19/10/2010).
liação, inclusive com a participação de ou-
tras instituições jurídicas e de ensino jurídi- § 4º A Coordenadoria funcionará juntamen-
co; te com o Núcleo de Conciliação. (Redação
dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ
IV – baixar normas procedimentais comple- 493, de 19/10/2010).
mentares e ordens de serviço necessárias
ao funcionamento do Núcleo de Concilia- Art. 98. As audiências de conciliação poderão
ção; ser designadas e realizadas também pelos Re-
latores, em seus gabinetes, competindo-lhes
V – propor aos órgãos diretivos do Tribunal homologar os acordos firmados e extinguir o
medidas para estimular e implementar a processo, com resolução de mérito, na forma do
prática da conciliação pelos magistrados;

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art. 487, inciso III, alínea b, do Código de Proces- dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
so Civil. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe 13/09/2016).
nº 1882 de 13/09/2016).
§ 2º Antes de considerar inadmissível o re-
Parágrafo único. O Relator poderá valer-se curso, o 1º Vice-Presidente concederá o
do pessoal de seu gabinete para auxiliá-lo prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para
nas audiências de conciliação. que seja sanado vício ou complementada a
documentação exigível. (Redação dada pela
Art. 99. A Escola da Magistratura e a Escola de ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Servidores do Poder Judiciário incluirão, em sua
programação anual, módulos de técnicas de § 3º O 1º Vice-Presidente determinará o
conciliação nos seus cursos. sobrestamento dos recursos que versarem
sobre controvérsia de caráter repetitivo e
Art. 100. O Tribunal, por seu Presidente, poderá de repercussão geral ainda não decidida
firmar convênios com outras instituições para pelo Superior Tribunal de Justiça ou pelo Su-
atingir os objetivos do Movimento Nacional premo Tribunal Federal, na forma do artigo
pela Conciliação. 1.030, inciso III, do Código de Processo Civil.
Art. 101. O conciliador e o mediador recebe- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
rão, pelo seu trabalho, remuneração prevista 1882 de 13/09/2016).
em tabela de custas fixada pelo Tribunal, con- § 4º Caberá a interposição de agravo inter-
forme parâmetros estabelecidos pelo Conselho no da decisão que determinar o sobresta-
Nacional de Justiça, nos termos do art. 169 do mento de recurso ainda não afetado pelas
Código de Processo Civil, ressalvada a hipóte- Cortes Superiores, na forma do § 3º deste
se do art. 167, § 6º, do mesmo Código. (Reda- artigo. (Redação dada pela ER nº 01/2016,
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de DJe nº 1882 de 13/09/2016).
13/09/2016).
Art. 103. Se houver multiplicidade de recursos
extraordinários e especiais com fundamento na
mesma questão de direito, serão admitidos dois
CAPÍTULO VIII ou mais recursos representativos da controvér-
DOS RECURSOS REPETITIVOS E DA sia para submissão ao Supremo Tribunal Federal
REPERCUSSÃO GERAL e ao Superior Tribunal de Justiça, respectiva-
mente. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
Art. 102. Serão processados na forma deste ca- nº 1882 de 13/09/2016).
pítulo os recursos extraordinários e especiais
Parágrafo único. Caberá ao 1º Vice-Presi-
que tenham por fundamento idêntica questão
dente decidir sobre a suspensão dos demais
de direito bem como os recursos extraordiná-
processos pendentes, individuais ou coleti-
rios com repercussão geral. (Redação dada pela
vos, em trâmite no Estado (art. 1.036, § 1º,
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
do CPC). (Redação dada pela ER nº 01/2016,
§ 1º O 1º Vice-Presidente negará seguimen- DJe nº 1882 de 13/09/2016).
to aos recursos extraordinários e especiais
Art. 104. Os recursos serão selecionados, desde
interpostos contra acórdão que estiver em
que atendidos os pressupostos de admissibili-
conformidade com o entendimento estabe-
dade, levando-se em consideração, preferen-
lecido pelas Cortes Superiores exarados no
cialmente: (Redação dada pela ER nº 01/2016
regime de repercussão geral e de recursos
-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
repetitivos, na forma do artigo 1.030, inciso
I, alíneas “a” e “b”, e do artigo 1.040, inci- I – a existência de outras questões de direito;
so I, do Código de Processo Civil. (Redação

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II – a maior diversidade de fundamentos no que tenha sido interposto intempestivamen-


acórdão e de argumentos nos recursos es- te, tendo os recorrentes o prazo de cinco dias
pecial ou extraordinário; para se manifestar sobre o requerimento. (Re-
dação dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de
III – a divergência, se existente, entre os ór- 13/09/2016).
gãos julgadores deste Tribunal, caso em que
deverá ser observada a paridade no núme- Parágrafo único. Da decisão que indeferir
ro de feitos selecionados; esse requerimento caberá agravo interno,
nos termos dos arts. 1.035, § 7º, e 1.036,
IV – a questão central de mérito, sempre § 3º, do Código de Processo Civil. (Redação
que o seu exame puder tornar prejudicada dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de
a análise de outras questões periféricas ar- 13/09/2016).
guidas no mesmo recurso.
Art. 107-A. Caberá ao 1º Vice-Presidente apre-
Art. 105. Os demais recursos que tratem de ciar o requerimento incidental de concessão do
idêntica questão de direito ficarão sobrestados, efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a
devendo aguardar, no Departamento Judiciário, recurso especial, já interposto e ainda penden-
após intimadas as partes e certificada a suspen- te da publicação da decisão de admissibilidade,
são pelo setor competente, o pronunciamento ou, no caso em que o recurso tenha sido sobres-
definitivo dos Tribunais Superiores. tado.
Parágrafo único. As partes serão intima- § 1º O requerimento será autuado em apar-
das da suspensão de seus processos pelo tado como Pedido de Tutela de Urgência
respectivo Juiz ou pelo Relator quando in- para concessão de Efeito Suspensivo, e,
formados da decisão de suspensão do 1º anotada na distribuição como incidente ao
Vice-Presidente ou do Relator no Tribunal recurso em tramitação, com posterior con-
Superior. clusão ao 1º Vice-Presidente. (Incluído pela
Art. 106. O recorrente, não concordando com a ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
seleção ou com o sobrestamento de seu recur- § 2º O requerimento será instruído com do-
so, ou com a decisão de suspensão, demons- cumentos e com relevante fundamentação
trando a existência de distinção entre a questão que demonstre a viabilidade do recurso no
a ser decidida no processo e aquela a ser julga- tribunal superior, provados os requisitos de
da no recurso especial ou extraordinário afeta- sua admissibilidade, bem como, a compro-
do, poderá requerer ao Juiz ou ao Relator, nas vação que a imediata produção dos efeitos
hipóteses do art. 1.037, §10 e incisos, o prosse- venha a causar dano grave e de difícil repa-
guimento do seu processo, sendo ouvida a par- ração, ou risco ao resultado útil do proces-
te contrária no prazo de cinco dias. so, com pedido de concessão de tutela de
Parágrafo único. Reconhecida a distin- urgência.
ção no caso, aplicar-se-á o disposto no art. § 3º Não estando devidamente instruído
1.037, § 12, do CPC, cabendo agravo de ins- o pedido, ou faltando elementos para sua
trumento da decisão do Juiz ou agravo in- apreciação, a parte será intimada a emen-
terno se a decisão for do Relator. (Redação dar no prazo de 15 (quinze) dias sob pena
dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de de indeferimento. (Incluído pela ER nº
13/09/2016). 01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 107. O interessado poderá requerer ao 1º § 4º Estando devidamente instruído e com
Vice-Presidente que exclua da decisão de so- as formalidades legais atendidas, a aprecia-
brestamento, ou da suspensão, e não admita ção do efeito suspensivo será efetuada sem
o recurso especial ou o recurso extraordinário a prévia manifestação da parte contrária.

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(Incluído pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 III – determinar que os processos suspensos
de 13/09/2016). em primeiro e segundo graus de jurisdição
retomem o curso para julgamento e aplica-
§ 5º A decisão de concessão do efeito sus- ção da tese firmada pelo Tribunal Superior;
pensivo será trasladada para o recurso, e os (Incluído pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882
autos do incidente serão arquivados junto de 13/09/2016).
à 1ª Vice-Presidência; (Incluído pela ER nº
01/2016, DJe nº 1882 de 13/09/2016). IV – comunicar o resultado do julgamento
ao órgão, ente ou agência reguladora com-
Art. 107-B. Nas hipóteses do art. 107-A, “ca- petente quando os recursos versarem so-
put”, caberá ao 1º Vice-Presidente apreciar pe- bre questão relativa a prestação de serviço,
dido incidental de tutela de urgência de nature- objeto de concessão, permissão ou autori-
za cautelar. (Incluído pela ER nº 01/2016, DJe nº zação. (Incluído pela ER nº 01/2016, DJe nº
1882 de 13/09/2016). 1882 de 13/09/2016).
§ 1º Não sendo caso de concessão da tu- Art. 110. Na hipótese do inciso II do art. 109, o
tela de urgência, ou após a sua apreciação juízo de retratação não será efetuado mediante
liminar, a parte contrária será ouvida para decisão monocrática, devendo ser exercido em
manifestação no prazo de 15 (quinze) dias. sessão colegiada de julgamento, com prévia in-
(Incluído pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 clusão do feito em pauta.
de 13/09/2016).
§ 1º Em caso de retratação pelo órgão jul-
§ 2º Da decisão de concessão ou não da tu- gador, será lavrado o respectivo acórdão,
tela antecipada recursal de urgência caberá casos em que:
Agravo Interno, adotando-se o procedimen-
to contido no art. 1.021 do Código de Pro- I – se mantida a decisão recorrida, os autos
cesso Civil. (Incluído pela ER nº 01/2016, serão conclusos ao 1º Vice-presidente para
DJe nº 1882 de 13/09/2016). juízo de admissibilidade do recurso inter-
posto; (Redação dada pela ER nº 01/2016,
Art. 108. Negada a existência de repercussão DJe nº 1882 de 13/09/2016).
geral, os recursos extraordinários sobrestados
serão conclusos ao 1º Vice-Presidente, que au- II – se o órgão julgador reformar a decisão
tomaticamente negar-lhes-á seguimento. recorrida, adotando a orientação do respec-
tivo Tribunal Superior, os autos serão con-
Art. 109. Publicado o acórdão dos Tribunais Su- clusos ao 1º Vice-Presidente, que negará
periores, com o julgamento de mérito da ques- seguimento ao recurso;
tão controvertida, os recursos sobrestados se-
rão conclusos ao 1º Vice-Presidente para: III – se houver no recurso questões perifé-
ricas não abrangidas pelo julgamento da
I – negar seguimento aos recursos extra- questão central de mérito, proceder-se-á ao
ordinários e especiais quando os acórdãos juízo de admissibilidade;
recorridos coincidirem com a orientação
do respectivo Tribunal Superior; (Redação § 2º Ainda que não haja retratação, será la-
dada pela ER nº 01/2016, DJe nº 1882 de vrado o respectivo acórdão, devidamente
13/09/2016). fundamentado, mediante decisão colegia-
da.
II – submeter os autos ao órgão julgador
competente para juízo de retratação quan- Art. 111. Os autos encaminhados para retra-
do constatada a divergência entre o acór- tação serão conclusos, pelo setor competente
dão recorrido e a orientação do respectivo do Departamento Judiciário, por prevenção, ao
Tribunal Superior; mesmo Relator, se este ainda integrar o órgão

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julgador que exarou a decisão objeto do recurso te ou de caso em que da demora possa
interposto. resultar risco de grave prejuízo ou de di-
fícil reparação;(Redação dada pela ER nº
Parágrafo único. Nos demais casos, o feito 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
será distribuído ao sucessor do Relator ori-
ginário. VII – medidas urgentes, cíveis ou criminais,
da competência dos Juizados Especiais a
Art. 112. Descabe sustentação oral no procedi- que se referem as Leis nos 9.099, de 26 de
mento de retratação. (Redação dada pela ER nº setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). de 2001, limitadas às hipóteses acima enu-
Art. 113. Da decisão do 1º Vice-Presidente que meradas.
aplicar o entendimento firmado em regime § 1º O Plantão Judiciário não se destina à
de repercussão geral ou julgamento de recur- reiteração de pedido já apreciado no órgão
sos repetitivos caberá agravo interno. (Reda- judicial de origem ou em plantão anterior,
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de nem à sua reconsideração ou reexame ou à
13/09/2016). apreciação de solicitação de prorrogação de
autorização judicial para escuta telefônica.
§ 2º As medidas de comprovada urgência
CAPÍTULO IX que tenham por objeto o depósito de im-
DO PLANTÃO JUDICIÁRIO EM portância em dinheiro ou valores só pode-
SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO rão ser ordenadas por escrito pela autorida-
de judiciária competente e somente serão
Art. 114. O Plantão Judiciário, em segundo grau executadas ou efetivadas durante o expe-
de jurisdição, destina-se exclusivamente ao exa- diente bancário normal por intermédio de
me das seguintes matérias: servidor credenciado do juízo ou de outra
autoridade por expressa e justificada dele-
I – pedidos de habeas-corpus e mandados gação do Juiz.
de segurança em que figurar como coator
autoridade submetida à competência juris- § 3º Durante o Plantão não serão aprecia-
dicional do magistrado plantonista; dos pedidos de levantamento de importân-
cia em dinheiro ou valores, nem liberação
II – medida liminar em dissídio coletivo de de bens apreendidos.
greve;
Art. 115. O Plantão Judiciário em segundo grau
III – comunicações de prisão em flagrante e de jurisdição será mantido nos dias em que não
apreciação dos pedidos de concessão de li- houver expediente forense, e, nos dias úteis,
berdade provisória; antes ou após o expediente normal, nos termos
IV – em caso de justificada urgência, de re- disciplinados pela Corregedoria-Geral da Justi-
presentação da autoridade policial ou do ça.
Ministério Público visando à decretação de Parágrafo único. A divulgação dos endere-
prisão preventiva ou temporária; ços e dos telefones do serviço de plantão
V – pedidos de busca e apreensão de pes- será realizada com antecedência razoável
soas, bens ou valores, desde que objetiva- pelo site deste Tribunal e pelo Diário da
mente comprovada a urgência; Justiça Eletrônico, devendo os nomes dos
Juízes de Direito Substitutos em segundo
VI – tutela provisória de urgência, de na- grau serão divulgados apenas 5(cinco) dias
tureza cível ou criminal, que não possa ser antes do plantão. (Redação dada pela Res.
realizada no horário normal de expedien-

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Nº 13/2013, publicada no e-DJ nº 1224 de § 2º Os pedidos, requerimentos, comunica-
07/11/2013) ções, autos, processos e quaisquer papéis
recebidos ou processados durante o perí-
Art. 116. Nos dias em que não houver expedien- odo de plantão serão recebidos mediante
te normal, o plantão será realizado em horário protocolo que consigne a data e a hora da
acessível ao público e terá pelo menos três ho- entrada e o nome do recebedor, e serão im-
ras contínuas de atendimento ou dois períodos preterivelmente encaminhados à distribui-
de três horas. ção no início do expediente do primeiro dia
Art. 117. O Juiz de Direito Substituto em Segun- útil imediato ao do encerramento do plan-
do Grau que se encontrar em plantão perma- tão.
nece nessa condição mesmo fora dos períodos Art. 121. A Corregedoria-Geral da Justiça pode-
previstos nos artigos anteriores, podendo aten- rá editar ato normativo complementar regula-
der excepcionalmente em domicílio, caso haja mentando as disposições contidas no artigo an-
necessidade e se comprove a urgência. terior e seus parágrafos.
Art. 118. O atendimento do serviço de plantão Art. 122. Os feitos urgentes de competência do
em segundo grau será prestado mediante esca- Órgão Especial, da Seção Cível e da Seção Crimi-
la de Juízes de Direito Substitutos em Segundo nal serão apreciados pelo Presidente do Tribu-
Grau, a ser elaborada pela Corregedoria-Geral nal; na sua ausência ou impedimento eventual,
da Justiça, com observância do disposto no pa- pelo 1º Vice-Presidente; na ausência ou impedi-
rágrafo único do art. 115 deste Regimento. mento eventual deste, pelo 2º Vice-Presidente;
Parágrafo único. Poderá a Corregedoria-Ge- e assim sucessivamente pelo Desembargador
ral da Justiça estabelecer escalas e plantões imediato em antiguidade.
especiais para períodos em que existam pe-
culiaridades locais ou regionais ou para pe-
ríodo de festas tradicionais, feriados, reces-
so ou prolongada ausência de expediente CAPÍTULO X
normal. DO CONSELHO DA MAGISTRATURA
Art. 119. Durante todo o período de plantão, fi- Art.123. O Conselho da Magistratura, do qual
carão à disposição do Juiz de Direito Substituto são membros natos o Presidente do Tribunal
em Segundo Grau, conforme dispuser a Corre- de Justiça, o 1º Vice-Presidente e o Corregedor-
gedoria-Geral da Justiça, pelo menos um servi- -Geral da Justiça, compõe-se de mais quatro De-
dor e um oficial de justiça. sembargadores eleitos.
Art. 120. O serviço de plantão manterá registro § 1º A eleição para as quatro vagas será
próprio de todas as ocorrências e diligências ha- realizada na mesma sessão de eleição da
vidas com relação aos feitos apreciados, arqui- cúpula diretiva do Tribunal, com mandato
vando cópia das decisões, ofícios, mandados, al- coincidente com o desta, admitida uma re-
varás, determinações e providências adotadas. condução, não devendo figurar entre os ele-
gíveis aquele que tiver exercido por quatro
§ 1º Os pedidos, requerimentos e docu-
anos a função, até que se esgotem todos os
mentos que devam ser apreciados pelo ma-
nomes.
gistrado de plantão serão apresentados em
duas vias, ou com cópia, e recebidos pelo § 2º O Desembargador elegível que preten-
servidor plantonista designado para a for- der se candidatar deverá manifestar seu in-
malização e conclusão ao Juiz plantonista. teresse, no prazo estabelecido no art. 10, §
2º deste Regimento, anexando certidão da

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Secretaria do Tribunal de que se encontra III – exercer controle sobre a execução do


com os serviços em dia. orçamento da despesa do Poder Judiciário;
§ 3º Cada eleitor poderá votar em tantos IV – elaborar o regulamento de concurso
candidatos quantas forem as vagas a serem para Juiz Substituto;
providas, observando que:
V – (Revogado pela Res. 2/2011, Tribu-
I – todos os votos de uma cédula serão nu- nal Pleno, publicada no e-DJ 607, de
los quando houver mais votos do que o nú- 07/04/2011)
mero de vagas a serem preenchidas;
VI – não permitir aos Juízes de Direito e
II – será considerado eleito o candidato que Substitutos que:
obtiver maioria dos votos dos membros efe-
tivos do Tribunal Pleno; a) residam fora da sede da Comarca sem a
devida autorização (Res. nº 18/2007-OE);
III – em caso de empate será considerado
eleito o candidato mais antigo no Tribunal; b) venham a ausentar-se de sua sede sem
licença ou autorização do Presidente do Tri-
IV – os candidatos não eleitos serão consi- bunal;
derados suplentes na ordem decrescente
de votação. c) deixem de atender às partes, a qualquer
momento, quando se tratar de assunto ur-
Art. 124. O Conselho da Magistratura reunir-se- gente;
-á ordinária ou extraordinariamente.
d) excedam prazos processuais;
§ 1º As sessões serão públicas, podendo,
quando a lei ou este Regimento o determi- e) não prestem informações ou demorem
narem ou o interesse público o exigir, ser na execução de atos e diligências judiciais;
limitada a presença às próprias partes e a f) maltratem as partes, testemunhas, servi-
seus advogados. dores, agentes delegados e demais auxilia-
§ 2º As decisões serão tomadas por maioria res da Justiça;
de votos, inclusive o do Presidente. g) deixem de presidir, pessoalmente, as au-
§ 3º Nos julgamentos com limitação de diências e aos atos nos quais a lei exige sua
presença, da resenha enviada à publicação presença;
constarão os nomes das partes abreviados h) deixem de exercer assídua fiscalização
por suas iniciais. sobre seus subordinados, especialmente no
Art. 125. O Conselho da Magistratura possui que se refere à cobrança de taxas, custas e
função regulamentadora e disciplinar e tem o emolumentos, sempre verificando de ofício
Órgão Especial como superior, competindo-lhe: a respectiva pertinência;

I – discutir e aprovar a proposta do orça- i) frequentem lugares onde sua presença


mento da despesa do Poder Judiciário e as possa diminuir a confiança pública na Justi-
propostas de abertura de créditos especiais, ça;
encaminhando-as ao Órgão Especial; j) cometam repetidos erros de ofício, deno-
II – aprovar a prestação de contas do Fun- tando incapacidade, desídia ou pouca dedi-
do de Reequipamento do Poder Judiciário cação ao estudo;
(FUNREJUS) e do Fundo da Justiça (FUN- k) pratiquem, no exercício de suas funções
JUS); ou fora delas, faltas que prejudiquem a dig-
nidade do cargo;

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VII – mandar proceder a correições e sindi- -Geral da Justiça, do Corregedor e dos Juízes
câncias quando constar a prática de qual- de Direito e Substitutos;
quer dos abusos mencionados nas alíneas
do inciso VI deste artigo ou outras infrações XVI – julgar os recursos interpostos contra
disciplinares em algum Juízo; as decisões da Comissão de Concursos para
Juízes, Servidores em geral de primeiro grau
VIII – (Revogado pela Res.6/2011, Tri- de jurisdição e agentes delegados do foro
bunal Pleno, publicada no e-DJ 762, de extrajudicial, nos termos do respectivo re-
25/11/2011) gulamento, bem como homologá-los e indi-
car os candidatos para nomeação;
IX – delegar poderes a Desembargadores
para realizarem correições nas Comarcas, XVII – referendar, ou alterar, por proposta
mediante proposta do Corregedor-Geral da do Corregedor-Geral da Justiça, a designa-
Justiça; ção de substituto aos servidores do foro ju-
dicial e agentes delegados do foro extrajudi-
X – regulamentar em geral todo e qualquer cial, em caso de vacância;
concurso de servidor do foro judicial, dos
agentes delegados do foro extrajudicial e do XVIII – regulamentar, processar e julgar os
quadro funcional da Secretaria do Tribunal afastamentos em geral de servidores do
de Justiça; foro judicial, inclusive nos casos de invalidez
para função ou aposentadoria compulsória;
XI – processar e julgar, na forma do art. 165
do Código de Organização e Divisão Judiciá- XIX – regulamentar, processar e julgar os
rias, os servidores do foro judicial e os rela- afastamentos em geral de agente delegado
cionados nos incisos II a XVI do art. 123 do do foro extrajudicial, inclusive nos casos de
mesmo Código, agentes delegados e servi- invalidez para a delegação;
dores do foro extrajudicial, e impor-lhes pe-
nas disciplinares, no âmbito de sua compe- XX – determinar, em geral, todas as provi-
tência; dências que forem necessárias para garan-
tir o regular funcionamento dos órgãos da
XII – julgar os procedimentos administrati- Justiça, manter-lhes o prestígio e assegurar
vos de invalidez de servidor do foro judicial a disciplina forense;
e extrajudicial, bem como de agente dele-
gado do foro extrajudicial; XXI – declarar em regime de exceção qual-
quer Comarca ou Vara, pelo tempo neces-
XIII – autorizar os servidores do foro judicial sário à regularização dos serviços, enca-
a exercerem cargos em comissão, observa- minhando expediente ao Presidente do
do o disposto no art. 14, § 2º, da Lei Estadu- Tribunal para a designação dos Juízes neces-
al nº 16.024, de 19 de dezembro de 2008, sários;
a prestarem serviços em outros órgãos pú-
blicos e ordenar anotação dos afastamentos XXII – apreciar o procedimento de vitalicia-
destes e dos agentes delegados para o exer- mento ou sindicância realizada pelo Corre-
cício de mandatos políticos; gedor-Geral da Justiça acerca da conduta
de magistrado, propondo, se for o caso, ao
XIV – decidir os pedidos de remanejamen- Órgão Especial a abertura de processo ad-
to, remoção, relotação e permuta de servi- ministrativo para demissão;
dores do foro judicial;
XXIII – autorizar magistrados a residirem
XV – julgar os recursos interpostos contra fora da Comarca, em casos excepcionais,
as decisões administrativas do Corregedor- desde que não cause prejuízo à efetiva pres-
tação jurisdicional e diante da plausibilida-

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de dos fundamentos invocados pelo reque- TÍTULO II


rente;
XXIV – aprovar as “Normas Gerais da Cor- Das Comissões
regedoria da Justiça” (Código de Normas),
dispondo a respeito da organização e fun-
cionamento dos serviços do foro judicial e
extrajudicial; CAPÍTULO I
DAS COMISSÕES PERMANENTES
XXV – decidir recursos que indeferirem ins-
crição ou classificarem candidatos a concur- Art. 130. No início de cada biênio, o Presiden-
sos públicos para a atividade Notarial e de te do Tribunal de Justiça designará os membros
Registro, que deverá ser interposto no pra- das Comissões, a serem presididas pelo mais
zo de cinco dias da publicação do respecti- antigo, sendo permanentes:
vo ato no Diário de Justiça Eletrônico. (Re-
dação dada pela Res. 2/2010, publicado no I – a de Organização e Divisão Judiciárias;
e-DJ 493, de 19/10/2010). II – a de Regimento Interno e Procedimento;
Parágrafo único. O prazo a que se refere o III – a de Jurisprudência, Revista, Documen-
inciso XXV deste artigo deverá ser contado tação e Biblioteca;
na forma do §1º do art. 177 deste Regimen-
to. (Redação dada pela Res. 2/2010, publi- IV – a de Informática;
cado no e-DJ 493, de 19/10/2010).
V – a de Obras;
VI – a de Segurança. (Redação dada pela
Res. 8/2012, publicada no e-DJ 863, de
CAPÍTULO XI 14/05/2012)
DOS RECURSOS DE DECISÕES DO
§ 1º A Comissão de Organização e Divisão
CONSELHO DA MAGISTRATURA Judiciárias será constituída de sete mem-
Art. 126. Das decisões originárias do Conselho bros.
da Magistratura cabe recurso ao Órgão Especial, § 2º As matérias que devam ser examina-
no prazo de quinze dias. das pelo Órgão Especial e afetas a qualquer
Art. 127. Interposto o recurso perante o Relator, Comissão serão relatadas, na forma do art.
este, se o receber, encaminhá-lo-á, no prazo de 457 deste Regimento, pelo Relator indicado,
dois dias ao Órgão Especial para julgamento. sem direito a voto, salvo se integrar o referi-
do órgão julgador.
Art. 128. O recurso será sempre recebido nos
efeitos devolutivo e suspensivo. § 3º Os integrantes do Tribunal Eleitoral
e do Conselho da Magistratura, exceto os
Art. 129. Distribuído o processo, o Relator o suplentes, não participarão das Comissões
apresentará em mesa para julgamento, na ses- Permanentes.
são seguinte, ordenará a intimação do recor-
rente e o encaminhamento aos demais Desem-
bargadores de cópias do respectivo acórdão
recorrido. (Redação dada pela Res. 2/2010, pu- CAPÍTULO II
blicado no e-DJ 493, de 19/10/2010). DA COMPETÊNCIA
Art. 131. Compete às Comissões:

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I – de Organização e Divisão Judiciárias: b) superintender as alterações e modifica-
ções ordenadas pelo Conselho Nacional de
a) elaborar anteprojeto de organização e di- Justiça nos sistemas informatizados do Tri-
visão judiciárias, bem como as respectivas bunal e sob sua fiscalização.
alterações;
V – de Obras:
b) expedir normas de serviço e sugerir ao
Presidente do Tribunal de Justiça as que en- a) emitir parecer nos projetos e nos proces-
volvam matéria de sua competência; sos de licitação de construção, reformas e
manutenção de prédios destinados aos ser-
II – de Regimento e Procedimento: viços do Poder Judiciário;
a) emitir parecer sobre emendas ao Regi- b) acompanhar e dar parecer, se necessário,
mento e, se aprovadas, dar-lhes redação fi- na etapa de entrega das obras.
nal e incorporá-las ao texto;
§ 1º Incumbe às respectivas comissões ela-
b) sugerir emendas e elaborar anteprojeto borar os seus regulamentos.
de reforma total ou parcial do Regimento;
§ 2º As Comissões terão o prazo de sessen-
c) manifestar-se sobre proposta de altera- ta dias para oferecer seu parecer sobre os
ção normativa de matérias de sua compe- expedientes que lhes forem encaminhados.
tência;
VI – de Segurança:
III – de Jurisprudência, Revista, Documenta-
ção e Biblioteca: a) Elaborar o plano de proteção e assistên-
cia dos juízes em situação de risco em virtu-
a) superintender os serviços de sistematiza- de de atividade funcional;
ção e divulgação da jurisprudência do Tribu-
nal de Justiça; b) Conhecer e decidir sobre pedidos de pro-
teção especial formulados por magistrados;
b) requisitar da Seção de Jurisprudência
a assistência necessária ao exercício de c) Sugerir aos órgãos administrativos do Tri-
suas competências; (Redação dada pela bunal a aplicação de medidas que forcem a
Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de segurança de locais onde estejam instaladas
19/10/2010). Varas ou Câmaras com competência crimi-
nal;
c) organizar, manter e publicar revista de ju-
risprudência; d) Sugerir aos órgãos administrativos do Tri-
bunal a aquisição de materiais e contrata-
d) manter um serviço de documentação ção de serviços necessários à proteção dos
que sirva de subsídio à história do Tribunal magistrados em situação de risco;
de Justiça e superintender o Museu da Jus-
tiça; e) Propor medidas de segurança a serem
adotadas em projetos arquitetônicos no
e) orientar e inspecionar os serviços da Bi- âmbito do Poder Judiciário.
blioteca, sugerindo as providências neces-
sárias ao seu funcionamento;
IV – de Informática:
CAPÍTULO III
a) sugerir ao Presidente alteração dos pro- DAS COMISSÕES NÃO PERMANENTES
gramas de informática utilizados em primei-
ro e segundo graus de jurisdição; Art. 132. As Comissões não permanentes pode-
rão ser organizadas para desempenho de outros

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encargos, a critério do Presidente do Tribunal, I – os do Tribunal Pleno e os do Órgão Espe-


seja no início do biênio ou no seu curso. cial, em acórdãos, súmulas, resoluções e as-
sentos; (Redação dada pela ER nº 01/2016
Parágrafo único. Compete ao Presidente do – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Tribunal de Justiça designar comissões de
concurso para admissão de funcionários da II – os das Seções, em acórdãos e súmulas;
Secretaria do Tribunal.
III – os das Câmaras, em acórdãos; (Redação
Art. 133. A Comissão de Concurso para ingresso dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
na Magistratura é composta na forma do Regu- 13/09/2016).
lamento próprio.
IV – os do Conselho da Magistratura, em
acórdãos e assentos;
LIVRO III V – os do Presidente do Tribunal, em decre-
tos judiciários, portarias, decisões, despa-
chos, instruções, circulares, ordens de servi-
TÍTULO I ços, avisos e memorandos;
VI – os dos Vice-Presidentes, em portarias,
Da Administração do Tribunal decisões, despachos e avisos;
VII – os do Corregedor-Geral da Justiça em
provimentos, portarias, decisões, despa-
CAPÍTULO I chos, instruções, circulares, ordens de servi-
DO EXPEDIENTE ço, avisos e memorandos;
VIII – os dos Presidentes de Seções e de Câ-
Art. 134. O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presi- maras, em portarias, despachos e decisões;
dente, o Corregedor-Geral da Justiça, o Corre-
gedor e os demais Desembargadores terão, nos IX – os dos Relatores, e Revisores em pro-
edifícios do Tribunal, gabinetes de despacho de cessos criminais, em decisões e despachos.
uso privativo. (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
1882 de 13/09/2016).
Parágrafo único. Terão igualmente salas
próprias, ainda que possam ser comuns, as Art. 138. Constarão sempre de acórdãos as de-
Comissões Permanentes. cisões tomadas, na função jurisdicional, pelos
órgãos colegiados, e, na função administrativa
Art. 135. O horário de expediente da cúpula do do Tribunal Pleno, do Órgão Especial e do Con-
Tribunal é o mesmo fixado para o respectivo selho da Magistratura, aquelas que imponham
pessoal. sanções disciplinares, aprovem ou desaprovem
Art. 136. Durante o expediente, os dirigentes do relatórios e propostas de natureza orçamentária
Tribunal darão audiências, observada, no res- ou financeira, decidam sobre aposentadoria, re-
pectivo atendimento, a ordem cronológica de versão ou aproveitamento, ou julguem proces-
comparecimento dos interessados. sos de natureza administrativa e sindicâncias.
Art. 139. Serão consignadas em forma de re-
soluções as decisões do Órgão Especial sobre
propostas de lei de sua iniciativa, alterações
CAPÍTULO II
ou reformas do Regimento Interno, mudanças
DOS ATOS E DOS TERMOS substantivas nas disposições das salas e repar-
tições do Tribunal, além de outros assuntos de
Art. 137. Os atos são expressos:

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ordem interna que, por sua relevância, tornem Art. 146. Todo expediente administrativo deve-
necessária a audiência do plenário. rá ser concluído no prazo de sessenta dias úteis,
a contar da data da respectiva entrada no Tribu-
Art. 140. O provimento é ato de caráter norma- nal, considerada a demora injustificada como
tivo, a expedir-se como regulamentação geral omissão funcional.
da Corregedoria da Justiça, tendo a finalidade
de esclarecer e orientar quanto à aplicação de Art. 147. A publicidade e a forma dos atos e ter-
dispositivos de lei. mos serão regidas pelas leis aplicáveis.
Art. 141. Constarão de decretos judiciários os Art. 148. A todos é assegurada certidão desti-
atos da competência do Presidente relativos à nada à defesa de direitos e esclarecimento de
movimentação de magistrados, investiduras e situações de ordem pessoal.
exercício funcional dos servidores do Poder Ju-
diciário, bem como os de administração finan- Art. 149. Todos os atos oficiais emanados do
ceira que, por sua natureza e importância, de- Tribunal, ou de qualquer de seus órgãos, serão
vam, a seu juízo, ser expressos daquela forma. publicados no Diário da Justiça Eletrônico e no
site do Tribunal de Justiça, na Internet, quando
Parágrafo único. Poderá o Presidente sub- necessária a ampla publicidade, além das hipó-
meter a minuta do decreto à aprovação do teses legalmente previstas. (Redação dada pela
Órgão Especial. ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 142. As decisões serão proferidas nos casos § 1º Dispensa-se a juntada, aos autos do
previstos nas leis processuais e nos processos processo, de cópia impressa dos atos veicu-
administrativos de natureza disciplinar. lados pelo Diário da Justiça Eletrônico.
Art. 143. Serão expressos em despachos os atos § 2º Obrigatoriamente a Secretaria ou o Ór-
ordinatórios. gão deverá exarar nos autos certidão con-
tendo:
Art. 144. As normas e os preceitos que devam
ser observados, de modo geral, no desempenho I – a data da veiculação da matéria no Diário
da função pública, serão consignados em instru- da Justiça Eletrônico;
ções.
II – a data considerada como sendo da pu-
Parágrafo único. Quando a instrução visar blicação;
a pessoas determinadas, será por meio de
avisos ou de simples memorandos, ou ver- III – a data do início do prazo para a prática
balmente. de ato processual;

Art. 145. Os prazos para despachos de anda- IV – o local, a data em que a certidão é ex-
mento de expediente administrativos serão, no pedida, a assinatura, o nome e o cargo do
máximo, de dez dias úteis, e os destinados a de- responsável por sua elaboração.
cisão final, de trinta dias úteis. § 3º Considera-se como data da publicação
§ 1º Os autos e os expedientes administrati- o primeiro dia útil seguinte ao da veiculação
vos devidamente protocolados serão enca- da informação no Diário da Justiça Eletrôni-
minhados, tão logo despachados, às repar- co, ainda que tenha ocorrido em dia de fe-
tições internas a que se destinam. riado municipal.

§ 2º A prestação de informações e o cum- § 4º Os prazos processuais terão início no


primento de diligência externa ficarão su- primeiro dia útil subsequente àquele consi-
bordinados a prazo razoável, marcado no derado como data da publicação.
respectivo despacho.

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Art. 150. O Tribunal de Justiça do Estado do Pa- por meio eletrônico. (Redação dada pela Res.
raná utiliza o Sistema Mensageiro e de Malote 9/2012, publicada no e-DJ 933, de 22/08/2012)
Digital como meios eletrônicos de comunicação
oficial e entre seus usuários e unidades organi- § 1º Poderá ser ainda dispensada a utiliza-
zacionais. (Redação dada pela Res. 9/2012, pu- ção dos sistemas de mensageiro e de malo-
blicada no e-DJ 933, de 22/08/2012) te digital, realizando-se a comunicação pela
via tradicional mais expedida:
§ 1º Os magistrados, servidores e serventu-
ários da Justiça autorizados, deverão, obri- I – quando houver necessidade de cumpri-
gatoriamente, abrir os sistemas Mensageiro mento célere, como nos casos de medidas
e de Malote Digital e ler as mensagens re- urgentes;
cebidas, todos os dias em que houver ex- II – na hipótese de inviabilidade de digita-
pediente. (Redação dada pela Res. 9/2012, ção de documentos por ordem técnica ou
publicada no e-DJ 933, de 22/08/2012) em virtude de grande volume.
§ 2º O Mensageiro é um sistema informa- § 2º Os documentos produzidos eletronica-
tizado que tem por objetivo a comunicação mente, com garantia de origem e de seu sig-
direta e a remessa de documentos entre natário, serão considerados originais para
usuários. (Redação dada pela Res. 9/2012, todos os efeitos legais.
publicada no e-DJ 933, de 22/08/2012)
§ 3º Os usuários e as unidades poderão
§ 3º O Malote Digital é um sistema informa- utilizar o documento extraído pelo meio
tizado responsável pela organização, auten- eletrônico, certificando que se trata de có-
ticação e armazenamento de comunicações pia fiel que consta em seu banco de dados
oficiais recíprocas entre unidades organiza- ou documento digitalizado. (Redação dada
cionais do Poder Judiciário. (Redação dada pela Res. 9/2012, publicada no e-DJ 933, de
pela Res. 9/2012, publicada no e-DJ 933, de 22/08/2012)
22/08/2012)
§ 4º Quem fizer uso do sistema de transmis-
§ 4º Considera-se: são fica responsável pelo conteúdo, quali-
I – usuário: todo indivíduo, incluindo ma- dade e fidelidade dos documentos.
gistrados, servidores e serventuários, que Art. 152. Considera-se realizada a comunicação
mantenham vínculo formal com o Poder quando a mensagem for lida pelo destinatário,
Judiciário, devidamente credenciado para cuja data e horário ficarão registradas no siste-
acesso aos ativos de informática de cada ór- ma.
gão;
§ 1º Os atos sujeitos a prazo começarão a
II – unidade organizacional: qualquer unida- fluir no dia seguinte ao da leitura da men-
de administrativa ou judicial do Poder judi- sagem.
ciário;
§ 2º No caso de a leitura ser feita um dia
§ 5º A impossibilidade de conexão com os não útil, será considerado como realizado
sistemas deverá ser imediatamente comu- no primeiro dia útil, iniciando a contagem
nicada ao departamento de Tecnologia da no dia seguinte.
informação e Comunicação, mediante cha-
mado técnico, com a consequente solicita- § 3º Quando a comunicação for enviada
ção de manutenção. para atender a prazo procedimental, serão
consideradas tempestivas as transmitidas
Art. 151. Salvo no caso de vedação legal, to- até as vinte e quatro horas do seu último
das as comunicações deverão ser realizadas dia.

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§ 4º Ocorrendo falha na transmissão da res- I – diretamente neste tribunal; (Redação
posta, a mensagem deverá ser enviada ao dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
destinatário por meio, não havendo prorro- 13/09/2016).
gação de prazo.
II – na própria comarca, de forma integra-
§ 5º Nos requerimentos funcionais e admi- da, descentralizada, nos processos geridos
nistrativos considera-se realizado o ato no por meio físico; (Redação dada pela ER nº
dia e horário do seu envio. (Redação dada 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
pela Res. 9/2012, publicada no e-DJ 933, de
22/08/2012) III – sob postagem, mediante convênio pos-
tal ou carta registrada com aviso de recebi-
§ 6º No período de afastamento do usuá- mento; (Redação dada pela ER nº 01/2016
rio, não serão computados os prazos em – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
relação as mensagens de cunho pessoal,
inclusive intimações. (Redação dada pela IV – através dos respectivos sistemas PRO-
Res. 9/2012, publicada no e-DJ 933, de JUDI e PJe – Sistema Processo Judicial
22/08/2012) Eletrônico, de forma eletrônica, confor-
me regulamentação específica; (Redação
Art. 153. As comunicações de cunho intimatório dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
dirigidas a magistrados e servidores serão reali- 13/09/2016).
zadas exclusivamente pelo sistema Mensageiro.
(Redação dada pela Res. 9/2012, publicada no V – por transmissão de dados tipo fac-sími-
e-DJ 933, de 22/08/2012) le, nos termos da lei. (Redação dada pela ER
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 1º As intimações feitas por meio eletrôni-
co serão consideradas pessoais para todos § 1º O protocolo integrado far-se-á junto
os efeitos legais, observando-se, quanto sua aos Distribuidores das comarcas de entrân-
efetivação, o disposto no art.152 deste Re- cia inicial e intermediária do Estado do Para-
gimento. (Redação dada pela Res. 9/2012, ná, que receberão as petições endereçadas
publicada no e-DJ 933, de 22/08/2012). ao Tribunal de Justiça, ao Supremo Tribunal
Federal e ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 2º Ressalvada a hipótese do art. 152, § (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
6º, deste Regimento, a consulta e a comu- 1882 de 13/09/2016).
nicação referida neste artigo, pelo usuário,
deverá ser feita em até dez dias corridos, § 2º O serviço de protocolo descentralizado
contados da data do envio da intimação, funcionará nas comarcas de entrância final,
sob pena de considerar-se a intimação au- que poderá receber petições endereçadas
tomaticamente realizada ao término desse ao Tribunal de Justiça, ao Supremo Tribunal
prazo. (Redação dada pela Res. 9/2012, pu- Federal e ao Superior Tribunal de Justiça.
blicada no e-DJ 933, de 22/08/2012) § 3º O serviço de protocolo postal integrado
dar-se-á mediante convênio com a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT),
por meio da qual poderão ser enviadas pe-
CAPÍTULO III tições e recursos endereçados ao Tribunal
DO PROTOCOLO de Justiça, ao Supremo Tribunal Federal e
ao Superior Tribunal de Justiça. (Redação
Art. 154. O protocolo no Tribunal de Justiça se dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
faz: (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 13/09/2016).
1882 de 13/09/2016).

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§ 4º O protocolo postal mediante carta re- Parágrafo único. Sem prejuízo de outras
gistrada, com aviso de recebimento, deve sanções, o usuário do sistema será conside-
observar ao disposto no § 4º do art. 1.003 rado litigante de má-fé se não houver per-
do Código de Processo Civil. (Redação feita concordância entre o original remetido
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de pelo fac-símile (fax) e o original entregue
13/09/2016). em Juízo.

CAPÍTULO IV CAPÍTULO V
DO USO DO FAC-SIMILE (FAX) DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO
Art. 155. Fica autorizado o uso de fac-símile Art. 159. Fica autorizada, em segundo grau de
(fax) para o encaminhamento de petições e re- jurisdição, a utilização do Sistema de Peticiona-
cursos ao Tribunal de Justiça. mento Eletrônico (SPE) para a prática de atos
processuais que dependam de petição escrita,
Parágrafo único. Somente terão validade as pela Internet (e-mail), nos termos da Lei Federal
petições e recursos recebidos pela máquina nº 9.800, de 26 de maio de 1999, e deste Regi-
instalada na Seção do Protocolo-Geral deste mento.
Tribunal.
§ 1º Não serão aceitas pelo Sistema de Peti-
Art. 156. As petições transmitidas deverão aten- cionamento Eletrônico (SPE):
der as exigências das leis processuais, contendo
o nome, a assinatura e o número da inscrição do a) petições iniciais ou recursais que depen-
advogado na Ordem dos Advogados do Brasil, dam de preparo, inclusive aquelas sujeitas
além da procuração, se ainda não juntada aos à gratuidade da justiça, bem como as re-
autos. queridas pela Fazenda Pública; (Redação
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
Art. 157. Quando houver prazo para a prática 13/09/2016).
do ato processual, o usuário deverá protocolar
os originais até cinco dias da data do seu térmi- b) petições que venham instruídas com do-
no, sem qualquer interrupção por feriados ou cumentos;
dias sem expediente, sob pena de serem consi-
derados inexistentes. c) pedidos de liminares em tutela provisó-
ria, em mandado de segurança, mandado
§ 1º Nos atos não sujeitos a prazo, os origi- de injunção, habeas data, habeas corpus,
nais deverão ser entregues, necessariamen- ação direta de inconstitucionalidade, medi-
te, até cinco dias da data da recepção do da cautelar em ação direta de inconstitucio-
material, sob pena de serem considerados nalidade ou ação direta de constitucionali-
inexistentes. dade e reclamação;
§ 2º Não se aplicam ao prazo de cinco dias d) pedidos de efeito suspensivo ou anteci-
para a entrega dos originais as regras dos pação de tutela recursal em agravos de ins-
arts. 180, 183 e 229 do Código de Proces- trumento, homologação de acordos, desis-
so Civil. (Redação dada pela ER nº 01/2016 tência de ação ou de recurso e pedidos de
-DJe nº 1882 de 13/09/2016). preferência e de adiamento.
Art. 158. Quem fizer uso do sistema de trans- § 2º Ficam também excluídas deste sistema
missão fica responsável pela qualidade e fideli- as petições, inclusive recursais, dirigidas aos
dade do material transmitido e por sua entrega Tribunais Superiores (STJ e STF), aos Tribu-
ao órgão judiciário. nais das demais Unidades da Federação, as

www.acasadoconcurseiro.com.br 647
de competência da Justiça Federal, do Tra- tocolo, data e hora do registro, o que servirá
balho, Eleitoral e Militar Federal, bem como de comprovante para efeito de prazo.
as relativas a feitos administrativos.
§ 2º As petições serão recebidas exclusi-
§ 3º Não será autorizada a impressão de pe- vamente pelo site do Tribunal de Justiça
tição encaminhada por e-mail que contiver (www.tjpr.jus.br).
mais de dez laudas.
§ 3º As petições transmitidas depois das 18
Art. 160. O Sistema de Peticionamento Eletrô- horas serão recebidas e protocoladas no
nico (SPE) poderá ser utilizado por advogados primeiro dia útil imediato ao seu envio. (Re-
previamente credenciados pelo Centro de Pro- dação dada pela Res. 2/2011, publicada no
tocolo Judiciário Estadual. e-DJ 607, de 07/04/2011)
Art. 161. A petição será encaminhada em for- Art. 164. Além das sanções processuais acima
ma de anexo (attachment) à correspondência enumeradas, o uso inadequado do Sistema de
eletrônica (e-mail), em formato Word 6.0 ou em Peticionamento Eletrônico (SPE), que venha
versões posteriores. causar prejuízo ou ameaça de lesão ao direito
das partes e ao serviço judiciário, implicará res-
Parágrafo único. No início das mensagens ponsabilidade civil e criminal e imediato descre-
eletrônicas, deverão constar as seguintes denciamento do advogado.
expressões identificadoras: “transmissão
por e-mail, nome completo do advogado, Art. 165. A responsabilidade pela adequada
número da inscrição na OAB e assunto”, remessa das mensagens e sua tempestividade
bem como informações completas sobre o será inteiramente do remetente, não poden-
número dos autos, tipo ou espécie de ação do ser atribuída ao serviço judiciário eventu-
ou recurso, Tribunal, órgão julgador ou Re- al demora ou erros decorrentes da incorreta
lator. utilização da informática, ou provenientes das
eventualidades e instabilidades operacionais
Art. 162. A remessa dos originais será efetuada do sistema, nem servindo de escusa para o des-
na forma do art. 157 deste Regimento, deven- cumprimento dos prazos legais ou de sua ade-
do ser destacado, na primeira folha do referido quação regulamentar. (Redação dada pela ER nº
documento, que se trata de “documento origi- 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
nal já enviado por e-mail”, indicando a data do
envio da mensagem eletrônica e o número do
protocolo recebido.
Parágrafo único. A falta de remessa dos ori- CAPÍTULO VI
ginais tornará ineficaz e inválido o ato pro- DA CONSTITUIÇÃO DE
cessual praticado, sem prejuízo das sanções PROCURADORES PERANTE O
cominadas nos arts. 79 a 81 do Código de TRIBUNAL
Processo Civil. (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). Art. 166. As petições de juntada de procurações,
para atuar nos processos em tramitação no Tri-
Art. 163. O Centro de Protocolo Judiciário pro-
bunal, depois de protocoladas, serão encami-
moverá a conferência e a impressão do material
nhadas imediatamente ao órgão competente.
recebido e fará o imediato encaminhamento ao
setor competente. §1º As divisões, seções e setores, após ve-
rificação do andamento do processo a que
§1º O advogado receberá por e-mail, em até
se referir a procuração, no âmbito de sua
oito horas úteis após a protocolização da
competência, adotarão o seguinte procedi-
petição, a confirmação do número do pro-
mento:

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a) se os autos estiverem com vista à Procu- mento, se for o caso, para efeito de intimação
radoria-Geral de Justiça, reterão a petição das partes e publicação de acórdão.
para juntada na oportunidade da devolu-
ção; Art. 170. Quando se tratar de pedido de desis-
tência ou de petição que verse matéria a exi-
b) se os autos estiverem conclusos ao Re- gir pronta solução, o Departamento Judiciário,
lator, a petição aguardará na seção, para após despacho do Presidente ou do Relator,
oportuna juntada; requisitará os autos respectivos, para imediata
juntada e providências cabíveis.
c) se os autos estiverem em mesa para jul-
gamento, com pauta publicada em data an- Parágrafo único. As demais petições so-
terior à sua protocolização, o requerimento mente poderão ser juntadas aos autos,
será remetido ao Relator e se providenciará desde logo, quando decorrentes do cumpri-
a alteração da pauta interna; mento de despacho ou constituírem recur-
sos previstos no Regimento Interno e nas
d) se em mesa para julgamento, com pauta leis processuais.
publicada em data posterior à protocoliza-
ção, a petição será remetida ao relator para Art. 171 e incisos. (Revogado pela ER nº 01/2016
retificação e republicação da pauta, se for o – DJe nº 1882 de 13/09/2016 – o texto do dispo-
caso; sitivo foi inserido no art. 183-A)
e) se julgado o feito, o pedido será encami- Art. 172. A retirada dos autos da Seção, por
nhado à seção do órgão julgador, para jun- advogado (público, particular ou sociedade
tada antes da publicação do acórdão. de advogados), defensor público, membro do
Ministério Público ou pessoa credenciada por
§ 2º Em relação aos processos que indepen- qualquer destes, somente será permitida nos
dem de inclusão em pauta para julgamento, casos em que assim a lei dispuser e mediante
observar-se-á, conforme a fase em que se recibo, em livro de carga ou documento próprio,
encontrem, o disposto nas alíneas a, b e e com a discriminação da data para devolução no
do § 1º deste artigo. prazo do ato a ser praticado.
Art. 167. Se o requerimento for apresentado na § 1º Decorrido o prazo do parágrafo ante-
sessão de julgamento, o Secretário, após certi- rior, e intimado para devolução no prazo de
ficar a data do recebimento, encaminhá-lo-á ao três dias, perderá o advogado o direito à vis-
Protocolo, adotando-se o procedimento previs- ta fora da Secretaria ou Seção, e incidirá em
to na alínea e do § 1º do art. 166 deste Regi- multa correspondente à metade do salário
mento. mínimo.
Art. 168. Quando o advogado, na sessão de jul- § 2º Verificada a falta, o Relator ou Presi-
gamento, protestar pela apresentação oportuna dente do órgão colegiado comunicará o fato
de procuração, e a medida for deferida, o Secre- à Seção local da Ordem dos Advogados do
tário fará o registro na ata. Brasil para procedimento disciplinar e im-
Parágrafo único. Oferecida a procuração no posição da multa.
prazo legal, será encaminhada, depois de Art. 172-A. Sendo o prazo comum às partes, os
protocolizada, ao Departamento Judiciário, procuradores poderão retirar os autos somente
que observará o disposto na alínea e do §1º em conjunto ou mediante ajuste prévio, por pe-
do art. 166 deste Regimento. tição nos autos. (Incluído pela ER nº 01/2016 –
Art. 169. A juntada de nova procuração implica- DJe nº 1882 de 13/09/2016).
rá a retificação da autuação e da pauta de julga-

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§ 1º Em referida hipótese, é lícito ao pro- I – o nome das partes e seus números de
curador retirar os autos para obtenção de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou
cópias, pelo prazo de duas a seis horas, in- no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica,
dependentemente de ajuste e sem prejuízo além de endereço eletrônico, se houver;
da continuidade do prazo. (Incluído pela ER (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). 1882 de 13/09/2016).
§ 2º O procurador perderá, no mesmo pro- II – os dados de seus advogados ou da so-
cesso, o direito a que se refere o parágrafo ciedade de advogados e respectivos núme-
anterior se não devolver os autos tempesti- ros de inscrição na Ordem dos Advogados
vamente, salvo se prorrogado o prazo pelo do Brasil, além de endereço eletrônico, se
Relator ou pelo Presidente do órgão cole- houver; (Redação dada pela ER nº 01/2016
giado; (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
1882 de 13/09/2016).
III – a menção aos números dos recursos an-
§ 3º Publicada a pauta de julgamento, deve- teriormente interpostos no mesmo feito ou
-se observar as regras do art. 210, § 1º, des- em ações conexas; (Redação dada pela ER
te Regimento Interno. (Incluído pela ER nº nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
IV – a anotação de prioridade na tramitação
do processo ou procedimento e na execu-
ção dos atos e diligências judiciais quando
CAPÍTULO VII figurar como parte ou interveniente pessoa
com idade igual ou superior a sessenta anos
DO REGISTRO E DA CLASSIFICAÇÃO
ou portadora de doença grave, assim com-
DOS FEITOS preendida qualquer das enumeradas no art.
6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22 de de-
Art. 173. As petições e os processos serão regis-
zembro de 1988; (Redação dada pela ER nº
trados, no protocolo da Secretaria do Tribunal,
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
no mesmo dia do recebimento
§ 4º O interessado, para obtenção da prio-
§ 1º O registro dos processos, no Departa-
ridade a que alude o inciso IV, do § 3º, fará
mento Judiciário, far-se-á, após verificação
prova de sua condição e requererá o benefí-
de competência, em numeração sequencial
cio ao Relator, quando já distribuído o feito.
contínua, independentemente de classe,
(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
observada a ordem de apresentação.
1882 de 13/09/2016).
§ 2º Quando o setor competente verificar
§ 5º Se antes da distribuição do feito ou na
tratar-se de feito da competência de outro
fase de recursos aos Tribunais Superiores,
Tribunal ou Juízo, providenciará seu enca-
o requerimento do benefício do inciso IV
minhamento ao 1º Vice-Presidente para de-
do § 3º será dirigido ao 1º Vice-Presidente;
cisão.
(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
§ 3º Deverão integrar o registro, entre ou- 1882 de 13/09/2016).
tros, os dados referentes ao número do
§ 6º Se já deferido o benefício em primeiro
protocolo, origem, tipo e número da ação
grau de jurisdição, será dispensável renová-
originária e classe do processo, conforme o
-lo, cabendo ao respectivo serviço provi-
disposto no art. 195 deste Regimento, e ain-
denciar a anotação no registro e autuação.
da: (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe
nº 1882 de 13/09/2016). § 7º Se o órgão julgador decidir conhecer de
um recurso por outro, far-se-á a alteração

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do registro existente e, na hipótese de mo- § 1º Fica dispensada a juntada, aos autos do


dificação da competência, a redistribuição processo, de cópia impressa dos atos veicu-
do feito. lados pelo Diário da Justiça Eletrônico.
§ 8º Terão a mesma numeração das ações § 2º Obrigatoriamente deverá ser exarada
e dos recursos a que se referem, conforme nos autos certidão contendo:
o caso:
I – a data da veiculação da matéria no Diário
I – os embargos de declaração, os embar- da Justiça Eletrônico;
gos infringentes e de nulidade em matéria
criminal, os agravos internos, os agravos II – a data considerada como sendo da pu-
regimentais, os recursos aos tribunais supe- blicação;
riores e os recursos que não os admitirem; III – a data do início do prazo para a prática
(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº de ato processual;
1882 de 13/09/2016).
IV – o local, a data em que a certidão é ex-
II – os pedidos incidentes ou acessórios, in- pedida, a assinatura, o nome e o cargo do
clusive as exceções de impedimento de sus- responsável pela sua elaboração.
peição;
§ 3º Para os fins deste capítulo, entende-se
III – a arguição de inconstitucionalidade, os por:
incidentes de assunção de competência e os
incidentes de resolução de demandas repe- I – “redator”: o responsável pela digitação
titivas; (Redação dada pela ER nº 01/2016 – da matéria a ser publicada, podendo ser
DJe nº 1882 de 13/09/2016). qualquer servidor, bem como funcionários
e estagiários regularmente contratados;
IV – os pedidos de execução;
II – “aprovador”: o escrivão, secretário, che-
V – as ações rescisórias e revisões criminais fe de serviço ou responsável pela “unidade
relativas a acórdãos de órgãos do Tribunal; produtora”, os quais atuarão na aprovação
§ 9º Far-se-á, na autuação e no registro, da matéria digitada pelo redator, a qual será
nota distintiva do recurso ou incidente, automaticamente enviada ao “publicador”;
quando este não alterar o número do pro- III – “unidade produtora”: a Escrivania, Se-
cesso. cretaria ou órgão responsável pela produ-
§ 10º O processo de restauração de autos ção da matéria e envio ao “publicador”;
será distribuído na classe do feito extravia- IV – “publicador”: o servidor, ou seu substi-
do ou destruído. tuto, responsável pela assinatura digital do
Diário da Justiça Eletrônico, os quais serão
designados por ato do Presidente do Tribu-
nal.
CAPÍTULO VIII
DO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO Art. 175. O Diário da Justiça Eletrônico será vei-
culado na rede mundial de computadores, no
Art. 174. O Diário da Justiça Eletrônico destina- site do Tribunal de Justiça (http://www.tjpr.jus.
-se à comunicação oficial, publicação e divulga- br), e poderá ser acessado gratuitamente pelo
ção dos atos judiciais e administrativos do Poder interessado, independentemente de cadastra-
Judiciário do Estado do Paraná. mento.
Parágrafo único. A veiculação será diária, de
segunda a sexta-feira, a partir das 8 (oito)

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horas, exceto nos feriados nacionais, esta- responsável pela sua não divulgação a ter-
duais e do Município de Curitiba, bem como ceiros.
nos dias em que, mediante divulgação, não
houver expediente. § 2º O usuário que divulgar indevidamente
a terceiros o seu nome de usuário e senha
Art. 176. As edições serão assinadas digitalmen- será responsabilizado pelo conteúdo da ma-
te, com certificação por Autoridade de Certifica- téria que venha a ser publicada.
ção credenciada, atendendo aos requisitos de
autenticidade, integridade, validade jurídica e Art. 181. Nos dias em que houver expediente
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves no Tribunal de Justiça, o Sistema Informatizado
Públicas Brasileira (ICP-Brasil). selecionará às 16 horas todas as matérias que
se encontrarem aprovadas e consolidará o do-
Art. 177. Considera-se como data da publicação cumento que originará a nova edição do Diário
o primeiro dia útil seguinte ao da veiculação da da Justiça Eletrônico. (Redação dada pela Res.
informação no Diário da Justiça Eletrônico. 2/2011, publicada no e-DJ 607, de 07/04/2011)
§1º Os prazos processuais, para o Tribunal § 1º Até às 15h59min, os aprovadores po-
de Justiça e para todas as comarcas, terão derão desaprovar as matérias já aprovadas,
início no primeiro dia útil subsequente ao as quais não serão incluídas no documen-
considerado como data da publicação. to que originará a nova edição do Diário
da Justiça Eletrônico. (Redação dada pela
§ 2º Aplica-se o disposto no caput deste ar- Res. 2/2011, publicada no e-DJ 607, de
tigo ainda que a veiculação da informação 07/04/2011)
no Diário da Justiça Eletrônico tenha ocorri-
do em dia de feriado municipal. § 2º Entre às 17 e às 19 horas, o publica-
dor ou seu substituto deverá examinar o
Art. 178. Os editais serão veiculados gratuita- documento consolidado e providenciar a
mente, sem prejuízo da publicação pela impren- sua assinatura digital. (Redação dada pela
sa local, quando exigida pela legislação proces- Res. 2/2011, publicada no e-DJ 607, de
sual. 07/04/2011)
Parágrafo único. Quando houver necessi- § 3º O Diário da Justiça Eletrônico, depois
dade de publicação pela imprensa local, o de assinado digitalmente, será veiculado na
prazo será contado com base na publicação rede mundial de computadores, na forma
impressa, obedecendo-se às respectivas do art. 175 e seu parágrafo único deste Re-
normas processuais. gimento.
Art. 179. Serão aceitas para publicação apenas Art. 182. Após a assinatura digital do Diário da
as matérias encaminhadas por intermédio do Justiça Eletrônico pelo publicador ou por seu
sistema informatizado para o Diário da Justiça substituto, o documento não poderá sofrer mo-
Eletrônico (DJ-e), desenvolvido pelo Departa- dificações ou supressões.
mento de Informática do Tribunal e com a uti-
lização dos padrões de formatação contidos no § 1º Eventuais retificações de documentos
respectivo sistema. deverão constar de nova publicação.
Art. 180. Para cada nível de acesso (redator, § 2º Ao Departamento de Informática do
aprovador e publicador) será realizado cadastro Tribunal incumbe zelar pelo pleno funciona-
de login (nome de usuário e senha). mento do Sistema Informatizado e pela ma-
nutenção permanente de cópia de seguran-
§1º O nome de usuário e a senha são pes- ça, para arquivamento de todos os Diários
soais e intransferíveis, ficando o usuário

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da Justiça Eletrônicos que forem veiculados e) omissão, inversão ou truncamento no


na rede mundial de computadores. texto de despacho ou ementa de acórdão,
de maneira a tornar o sentido ininteligível
Art. 183. O aprovador é responsável pela vera- ou diverso daquilo que foi decidido. (Inclu-
cidade do conteúdo da matéria que tenha sido ído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
aprovada e veiculada no Diário da Justiça Eletrô- 13/09/2016).
nico, ficando sujeito, em caso de falha intencio-
nal ou falsidade, às sanções de natureza admi- II – por decisão do Presidente do órgão jul-
nistrativo-disciplinar aplicáveis, sem prejuízo da gador ou do Relator, mediante petição do
responsabilização civil e criminal. interessado ou dúvida suscitada pela seção,
no prazo de cinco dias, contados da publi-
§ 1º A função do aprovador consiste na ela- cação, nos casos não cogitados nas alíneas
boração de matérias, revisão e conferência do inciso I deste artigo. (Incluído pela ER nº
de conteúdo e aprovação dos documentos. 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 2º As matérias não serão revisadas pelo Art. 184. O Poder Judiciário do Estado do Paraná
Centro de Documentação, e seu conteúdo se reserva os direitos autorais e de publicação
ficará sob responsabilidade exclusiva da do Diário da Justiça Eletrônico, sendo permitida
unidade produtora. a respectiva impressão, mas vedada sua comer-
Art. 183-A. A retificação de publicações no Di- cialização, salvo expressa autorização específica
ário da Justiça Eletrônico, com efeito de inti- da Presidência do Tribunal de Justiça.
mação, decorrente de incorreções ou omis- Art. 185. Os casos omissos serão resolvidos pela
sões, será providenciada: (Incluído pela ER nº Presidência do Tribunal, sem prejuízo de que a
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). Corregedoria-Geral da Justiça baixe atos admi-
I – de ofício, pela respectiva seção, quando nistrativos que se afigurem necessários ao fun-
ocorrer; (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe cionamento, controle e fiscalização do disposto
nº 1882 de 13/09/2016). neste capítulo.

a) omissão total do nome ou supressão par-


cial do prenome ou sobrenome usual do TÍTULO II
advogado constituído perante o Tribunal de
Justiça; (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe Do Preparo, da Deserção e da
nº 1882 de 13/09/2016).
Distribuição (Arts.186 A 199)
b) omissão total do nome ou supressão par-
cial do prenome ou sobrenome usual da
parte ou do advogado constituído na ori- CAPÍTULO I
gem; (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº DO PREPARO (ARTS. 186 A 192)
1882 de 13/09/2016).
c) erro grosseiro na grafia do nome da parte
ou do advogado, de forma a tornar impossí- CAPÍTULO II
vel a sua identificação; (Incluído pela ER nº DA DESERÇÃO (ART. 193)
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
d) omissão ou erro no número do processo;
(Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 CAPÍTULO III
de 13/09/2016). DA DISTRIBUIÇÃO (ARTS. 194 A 199)

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TÍTULO II Art. 189. O preparo será efetuado por meio de
guia à unidade arrecadadora competente, a
Do Preparo, da Deserção qual deverá ser juntada aos autos.
e da Distribuição Art. 190. A gratuidade da justiça perante o Tri-
bunal será apreciada pelo Relator e, quando já
concedida em primeiro grau de jurisdição, será
anotada na autuação. (Redação dada pela ER nº
CAPÍTULO I 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
DO PREPARO
Art. 191. Independem de preparo:
Art. 186. Quando da distribuição de quaisquer I – as remessas necessárias e os recursos in-
processos de competência originária sem os terpostos pelo Ministério Público, pela De-
comprovantes do pagamento da taxa judiciária fensoria Pública, pela União, pelo Estado e
e das custas e sem o instrumento procuratório pelos Municípios e respectivas autarquias,
conferido a advogado ou sociedade de advoga- assim como as ações por estes intentadas;
dos devidamente habilitados, salvo nas hipóte- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
ses previstas no art. 287, parágrafo único, do 1882 de 13/09/2016).
Código de Processo Civil, será certificado, com o
encaminhamento dos autos ao Relator respec- II – os processos e recursos previstos no Es-
tivo. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº tatuto da Criança e do Adolescente;
1882 de 13/09/2016).
III – os conflitos e reclamações de compe-
Parágrafo único. Existindo pedido de justi- tência e as exceções de impedimento e
ça gratuita, o processo originário ou o re- de suspeição; (Redação dada pela ER nº
curso será distribuído independentemente 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
de preparo, para posterior apreciação pelo
IV – os habeas corpus, os habeas data e os
Relator. (Redação dada pela ER nº 01/2016
processos criminais, salvo os iniciados me-
-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
diante queixa;
Art. 187. O preparo, que compreende todos os
V – as ações diretas de inconstitucionalida-
atos do processo, inclusive porte de remessa e
de e declaratórias de constitucionalidade,
de retorno, far-se-á: (Redação dada pela ER nº
as reclamações e os pedidos de interven-
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
ção;
I – dos recursos de primeiro grau de juris-
VI – os embargos de declaração, os agravos
dição, nos termos do art. 1.007 e seguintes
internos e os agravos regimentais; (Redação
do CPC; (Redação dada pela ER nº 01/2016
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
13/09/2016).
II – dos processos de competência originá-
VII – os processos em que o autor ou o
ria, do agravo de instrumento e dos recur-
recorrente gozem do benefício da gratui-
sos aos Tribunais Superiores, no Tribunal de
dade da justiça; (Redação dada pela ER nº
Justiça, na forma prevista na legislação pro-
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
cessual e nas leis especiais.
VIII – os recursos interpostos por testamen-
Art. 188. No mandado de segurança, quando
teiro e inventariante dativos, inventariante
indicados os litisconsortes passivos, o preparo
judicial e curador especial;
incluirá as cartas de ordem e as precatórias a se-
rem expedidas. IX – os processos e requerimentos adminis-
trativos.

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X – o incidente de Resolução de Demandas CAPÍTULO III


Repetitivas, quando interposto em petição DA DISTRIBUIÇÃO
autônoma (art. 976, § 5º, do CPC). (Redação
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de Art. 194. A distribuição será efetuada por pro-
13/09/2016). cessamento eletrônico, mediante sorteio alea-
Art. 192. Verificados o preparo ou sua isenção, tório e uniforme em cada classe, no decorrer de
os autos serão encaminhados à distribuição. todo o expediente do Tribunal.
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 § 1º Serão distribuídos imediatamente os
de 13/09/2016). mandados de segurança e de injunção, os
Parágrafo único. Acerca da dispensa de habeas corpus e os habeas data, as correi-
recolhimento do preparo, na hipótese de ções parciais e demais processos de nature-
gratuidade da justiça, deve-se observar o za urgente.
disposto no art. 186, parágrafo único, des- § 2º Se o Sistema Informatizado estiver mo-
te Regimento. (Redação dada pela ER nº mentaneamente inoperante, os processos
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). referidos no § 1º deste artigo serão distri-
buídos mediante registro em livro próprio,
do qual constarão o número e a classe do
processo, Relator sorteado, data, visto do
CAPÍTULO II 1º Vice-Presidente e as observações que se
DA DESERÇÃO fizerem necessárias.
Art. 193. Considerar-se-á deserto o recurso § 3º Se o Relator sorteado encontrar-se
quando não preparado na forma legal. eventualmente ausente, os autos que con-
tiverem matérias urgentes serão conclusos
§ 1º A deserção será declarada: ao Revisor em matéria criminal, se houver,
I – pelo 1º Vice-Presidente, antes da distri- ou ao Desembargador imediato em antigui-
buição e nos recursos aos Tribunais Superio- dade, na forma do art. 47, inciso I, deste Re-
res; gimento. (Redação dada pela ER nº 01/2016
-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
II – pelo Relator;
§ 4º A resenha de distribuição será, sema-
III – pelos órgãos julgadores, ao conhece- nalmente, encaminhada para publicação
rem do feito. no Diário da Justiça Eletrônico, e quando se
tratar de processos que tramitam em segre-
§ 2º Da decisão que declarar a deserção do
do de justiça, os nomes das partes serão pu-
recurso dirigido a este Tribunal, na forma
blicados pelas iniciais.
dos incisos I e II do § 1º deste artigo, caberá
agravo interno. § 5º A distribuição estará automaticamen-
te homologada se, no prazo de cinco dias, a
§ 3º Se a decisão agravada for proferida
contar da publicação referida no § 4º deste
pelo 1º Vice-Presidente e não houver retra-
artigo, não houver impugnação por interes-
tação, o recurso será relatado na sessão se-
sados.
guinte pelo Desembargador a quem for dis-
tribuído. (Redação dada pela Res. 2/2010, § 6º As distribuições serão automaticamen-
publicado no e-DJ 493, de 19/10/2010). te registradas pelo Sistema Informatizado,
do qual se extraem os termos respectivos,
que conterão: (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).

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I – o número e o tipo do processo; (Redação buídos por classe, com designação distinta, a
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de saber:
13/09/2016).
I – no Cível:
II – os nomes das partes e seus números de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou a) habeas corpus;
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, b) mandado de segurança;
além de endereço eletrônico, se houver;
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº c) habeas data;
1882 de 13/09/2016).
d) mandado de injunção;
III – os dados dos advogados ou da socieda-
e) conflito de competência;
de de advogados e respectivos números de
inscrição na Ordem dos Advogados do Bra- f) agravo de instrumento;
sil, além de endereço eletrônico, se houver;
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº g) ação rescisória;
1882 de 13/09/2016). h) embargos à execução;
IV – o órgão julgador; (Redação dada pela ER i) correição parcial;
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
j) apelação;
V – o nome do Relator e o do Revisor em
processos criminais, se houver; (Redação k) remessa necessária; (Redação dada pela
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
13/09/2016).
l) medida cautelar preparatória;
VI – a data do sorteio; (Redação dada pela
m) arguição de impedimento ou de suspei-
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
ção; (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
VII – menção aos números dos recursos an- nº 1882 de 13/09/2016).
teriormente interpostos no mesmo feito ou
n) pedido de intervenção;
em ações conexas; (Redação dada pela ER
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). o) ação direta de inconstitucionalidade;
VIII – as observações relativas à distribui- p) ação declaratória de constitucionalidade.
ção por prevenção, dependência, sucessão
ou outra causa; (Redação dada pela ER nº q) pedido de concessão de efeito suspensi-
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). vo em apelação; (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
IX – anotações de prioridade na tramitação
do processo ou procedimento e na execu- r) pedido de tutela provisória incidental;
ção dos atos e diligências judiciais quando (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
figurar como parte ou interveniente pessoa 1882 de 13/09/2016).
com idade igual ou superior a sessenta anos s) incidente de assunção de competência;
ou portadora de doença grave, assim com- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
preendida qualquer das enumeradas no art. 1882 de 13/09/2016).
6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22 de de-
zembro de 1988. t) incidente de resolução de demandas re-
petitivas. (Redação dada pela ER nº 01/2016
Art. 195. Os feitos, numerados segundo a or- -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
dem em que forem apresentados, serão distri-

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Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso III – Especiais:


I, alíneas s e t, deste artigo, a distribuição
somente ocorrerá quando houver pedido a) processo administrativo;
autônomo. Tratando-se de incidente nos b) recurso contra decisão do Conselho da
próprios autos do Recurso, o registro obser- Magistratura;
vará o disposto no art. 173, § 8º, inciso III,
deste Regimento. (Incluído dada pela ER nº c) notificação judicial;
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). d) procedimento especial de reexame de
II – no Crime: súmula;

a) habeas corpus; e) representação;

b) mandado de segurança; f) reclamação.

c) habeas data; Art. 196. A distribuição será obrigatória e alter-


nada em cada classe.
d) ação penal;
§ 1º Em caso de impedimento ou suspeição
e) queixa-crime; do Relator, o sorteio será renovado ao mes-
f) representação; mo órgão julgador, mediante a devida com-
pensação.
g) inquérito policial;
§ 2º Haverá, também, compensação quan-
h) apelação; do a distribuição couber, por prevenção, a
determinado Relator.
i) recurso de ofício;
§ 3º O Desembargador em exercício que se
j) recurso em sentido estrito; deva aposentar por implemento de idade
k) conflito de competência; ficará excluído da distribuição durante os
trinta dias que antecederem o afastamento.
l) carta testemunhável;
§ 4º No caso de aposentadoria voluntá-
m) revisão criminal; ria, será suspensa a distribuição a partir da
apresentação do requerimento de Desem-
n) embargos infringentes;
bargador em exercício no protocolo e pelo
o) desaforamento; prazo máximo de trinta dias; ultrapassado
esse prazo, ou se ocorrer desistência do pe-
p) dúvida de competência; dido, efetuar-se-á a compensação.
q) recurso de agravo; Art. 197. Observada a competência dos órgãos
r) exceção de suspeição; colegiados, a distribuição de mandado de se-
gurança, de mandado de injunção, de habeas
s) exceção de impedimento; corpus, de habeas data, de pedido de conces-
são de efeito suspensivo em apelação e de re-
t) exceção da verdade;
curso torna preventa a competência do Relator
u) correição parcial; para todos os demais recursos e incidentes an-
teriores e posteriores, tanto na ação quanto na
v) interpelação criminal; execução referentes ao mesmo processo.(Reda-
w) autos de conselho de justificação; ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).
x) autos de investigação criminal.

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§ 1º Serão distribuídos também ao mes- acórdão, salvo quando se tratar de agravo
mo Relator os recursos interpostos con- interno ou regimental. (Redação dada pela
tra decisões prolatadas em ações conexas, ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
acessórias e reunidas por continência, sem
prejuízo à regra do § 3º do art. 55 do Có- § 8º O Relator dos recursos oriundos de
digo de Processo Civil, o que poderá ser re- decisões proferidas no processo de conhe-
conhecido, de ofício ou a requerimento da cimento da ação civil pública coletiva não
parte, pelo relator, devendo a reunião nesta ficará prevento para os recursos interpostos
hipótese se operar junto ao primeiro recur- contra as decisões prolatadas nas execu-
so distribuído. (Redação dada pela ER nº ções individuais da sentença condenatória
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). genérica, devendo igual procedimento ser
adotado em relação à recuperação de em-
§ 2º A distribuição de medida cautelar ou presa e as posteriores habilitações de cré-
assecuratória de natureza penal, de re- dito; a prevenção somente ocorrerá se os
presentação criminal, de pedido de provi- recursos forem interpostos contra decisões
dência, de inquérito, de notícia crime, de prolatadas no mesmo processo.
queixa e de ação penal, bem como a reali-
zada para efeito de concessão de fiança ou § 9º Em caso de dúvida, por ocasião da dis-
de decretação de prisão preventiva ou de tribuição, os autos serão remetidos, com as
qualquer diligência anterior à denúncia ou informações necessárias, à decisão do 1.º
queixa, prevenirá a da ação penal. (Redação Vice-Presidente, à qual estará vinculado o
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de Relator e o órgão julgador. (Redação dada
13/09/2016). pela Res. nº 18, publicada no e-DJ nº 1487
de 15/01/2015)
§ 3º Alterada a competência do órgão fra-
cionário pela classificação realizada na de- § 10. Nas hipóteses, se o relator, segundo
núncia, observar-se-á a competência da a sua interpretação, não concordar com a
matéria de sua especialização prevista nes- distribuição, apresentará as respectivas ra-
te Regimento. zões e encaminhará os autos ao exame do
1º Vice-Presidente, a cuja decisão estarão
§ 4º No afastamento do Relator, far-se-á a vinculados tanto o desembargador que en-
distribuição ao Juiz de Direito Substituto em caminhou quanto aquele que receber o
Segundo Grau convocado para substituí-lo; processo, assim como o órgão julgador. (Re-
cessada a convocação, ao titular. dação dada pela Res. nº 18, publicada no
e-DJ nº 1487 de 15/01/2015)
§ 5º Se o Relator deixar o Tribunal ou trans-
ferir-se de Câmara, a prevenção será ainda § 11. A prevenção, se não for reconhecida
do órgão julgador, e o feito será distribuído de ofício, poderá ser arguida por qualquer
ao seu sucessor. das partes ou pelo Órgão do Ministério Pú-
blico, até o início do julgamento.
§ 6º Serão também distribuídas ao mesmo
órgão julgador as ações oriundas de outra, § 12. A distribuição de processos que inde-
julgada ou em curso, as conexas, as aces- pendam de sorteio será efetuada na forma
sórias e as que tenham de ser reunidas por prevista no § 3º deste artigo.
continência quando houver desistência e o
pedido for reiterado, mesmo que em litis- Art. 198. Nos embargos infringentes e de nuli-
consórcio com outros autores, bem como dade em matéria criminal, nas ações rescisórias,
as acessórias de outras em andamento. nas revisões criminais e nos recursos de deci-
sões administrativas de competência do Órgão
§ 7º Vencido o Relator, a prevenção recairá Especial, não se fará a distribuição, como Relator
no Desembargador designado para lavrar o e Revisor em processos criminais, sempre que

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possível, a Desembargador que tenha participa- I – relatar os processos que lhe forem dis-
do de julgamento anterior. (Redação dada pela tribuídos, no prazo legal, e lavrar o acórdão,
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). salvo se for vencido;
Art. 199. Vago o cargo de Desembargador, serão II – decidir os incidentes que não dependem
distribuídos a quem preenchê-lo, independen- de acórdão e executar as diligências neces-
temente de sorteio e do órgão fracionário que sárias ao julgamento;
vier a ocupar, os feitos pendentes de julgamen-
to distribuídos ao Desembargador que deixou III – presidir todos os atos do processo, in-
o Tribunal e ao Juiz de Direito Substituto em clusive os da execução de acórdãos profe-
Segundo Grau designado para responder pelo ridos em feitos de competência originária,
cargo vago, preservada, nessa última hipótese, salvo os que se realizarem em sessão;
a vinculação prevista no Capítulo III do Título III (...)
deste Regimento.
XVII – expedir ordem de prisão ou de remo-
§ 1º Se o cargo vago for provido por Juiz que ção;
exercia a substituição em segundo grau, fi-
cará ele vinculado ao número de feitos que XVIII – expedir ordem de soltura;
lhe foram distribuídos no período de subs- (...)
tituição ou designação para responder por
cargo vago, observado o disposto no Capí- XL – decidir o incidente de desconsideração
tulo III do Título III deste Regimento. de personalidade jurídica, quando instaura-
do originariamente perante este Tribunal,
§ 2º Na ocorrência de vaga, o Presidente do podendo delegar atos não decisórios a Juiz
Tribunal designará imediatamente Juiz de de primeiro grau;
Direito Substituto em Segundo Grau para
responder pelo cargo. XLI – deliberar a respeito de questão su-
perveniente à interposição do recurso, ou
matéria apreciável de ofício ainda não exa-
LIVRO III minada e que deve ser considerada por oca-
sião do julgamento, intimando-se as partes
para que se manifestem, no prazo de cinco
dias, nos termos dos arts. 10 e 933 do Códi-
TÍTULO III go de Processo Civil.
Do Relator, do Revisor em Processos Art. 201. Terminada a instrução, o Relator, a
Criminais, da Vinculação e quem os autos serão conclusos, mandará pre-
Restituição de Processos encher as lacunas porventura existentes no
processo e, em seguida, se for o caso de: (Re-
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
dação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
nº 1882 de 13/09/2016).
13/09/2016).
I – habeas corpus e recurso de habeas cor-
pus, havendo requerimento do advogado
CAPÍTULO I do impetrante para a sua intimação da data
DO RELATOR do julgamento, agravo de execução, man-
dado de segurança, recurso crime e outros
Art. 200. Compete ao Relator: processos que não dependem do visto do
Revisor em processo criminal, lançará seu
visto e pedirá dia para julgamento; (Reda-

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ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 Art. 204. Há revisão nos seguintes processos de
de 13/09/2016). Ação Penal:
II – habeas corpus e recurso de habeas cor- I – apelação criminal em que a lei comine
pus, não incluídos no inciso anterior, correi- pena de reclusão;
ção parcial, carta testemunhável, lançará
seu visto e ordenará a colocação em mesa II – revisão criminal; (Redação dada pela ER
para julgamento, sem nenhuma formalida- nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
de; (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe III – embargos infringentes e de nulidade.
nº 1882 de 13/09/2016). (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
III – na apelação criminal interposto em 1882 de 13/09/2016).
processo a que a lei comine pena de re- § 1º Nos casos acima, na discussão e vota-
clusão, na revisão criminal, nos embargos ção da causa, o Revisor fará a exposição do
infringentes e de nulidade, fará o relatório seu voto após ser pronunciado o voto do
escrito e passará os autos ao Revisor. (Reda- Relator e, caso exista divergência entre es-
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 ses votos, a discussão será reiniciada com
de 13/09/2016). preferência à manifestação do Relator, se-
IV – nos Recursos Cíveis e ações cíveis de guindo-se a do Revisor, e, posteriormente,
competência originária, superada a possi- será aberta a discussão para os demais jul-
bilidade de proferir voto em mesa na ses- gadores do quórum. (Redação dada pela ER
são de julgamento, no caso dos embargos nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
de declaração, pedirá a inclusão em pauta, § 2º Pronunciado o último voto do julgador
observadas as prioridades legais e a, prefe- a intervir na discussão, poderão o Relator
rencial, ordem cronológica de julgamento. e o Revisor usar da palavra para sustentar
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº ou modificar suas conclusões. (Redação
1882 de 13/09/2016). dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).
Art. 205. O prazo para o exame do recurso cí-
CAPÍTULO II vel é de trinta dias, cabendo ao Relator elaborar
DO REVISOR o voto e devolver os autos à Secretaria. (Reda-
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
Art. 202. Será Revisor, nas hipóteses legais, o 13/09/2016).
Desembargador de antiguidade imediata à do
§ 1º No recurso de agravo de instrumen-
Relator; se o Relator for o mais moderno, seu
to, para o exame da concessão do efeito
Revisor será o mais antigo. (Redação dada pela
suspensivo ao recurso, ou atribuir a ante-
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
cipação total ou parcial da tutela, o prazo
Art. 203. Compete ao Revisor: é de cinco dias. (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
I – sugerir ao Relator medidas ordinatórias
do processo que tenham sido omitidas ou § 2º Nos recursos criminais, salvo disposi-
surgidas após o relatório; ção diversa em lei penal, os prazos para o
Relator e o Revisor são de dez dias, tendo
II – confirmar, completar ou retificar o rela- o Procurador de Justiça o mesmo prazo.
tório; (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
III – pedir dia para julgamento. 1882 de 13/09/2016).

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§ 3º Nos recursos em sentido estrito, com tos vinculados, o disposto nos arts. 51 e 52
exceção do habeas corpus, e nas apelações deste Regimento.
interpostas das sentenças em processo de
contravenção ou de crime a que a lei comi- § 2º Respeitado o número de feitos previsto
ne pena de detenção, os autos irão imedia- no § 1º deste artigo, o Juiz de Direito Subs-
tamente com vista ao Procurador-Geral de tituto em Segundo Grau convocado não fi-
Justiça pelo prazo de cinco dias, e, em segui- cará vinculado às ações rescisórias, revisões
da, por igual prazo, ao Relator, que pedirá a criminais, ação penal originária e procedi-
designação de dia para julgamento. mentos pré-processuais que lhe forem dis-
tribuídos no período da substituição.
Art. 206. Salvo disposição em contrário, os ser-
vidores do Tribunal terão o prazo de quarenta e Art. 209. O Presidente, os Vice-Presidentes, o
oito horas para os atos do processo. Corregedor-Geral da Justiça e o Corregedor dei-
xarão de intervir no julgamento dos feitos em
que figuram como Relator ou Revisor, mesmo
quando apuserem seu visto antes da assunção
CAPÍTULO III do cargo respectivo.
DA VINCULAÇÃO E DA
RESTITUIÇÃO DE PROCESSOS TÍTULO IV
Art. 207. Os autos, após o sorteio, serão enca-
minhados ao gabinete do Relator, imediatamen- Do Julgamento
te, mediante termo de conclusão datado e assi-
nado pelo servidor responsável.
§ 1º A remessa dos autos à Seção de Pau- CAPÍTULO I
ta, com o devido Relatório, nos processos DA PUBLICAÇÃO E DA
cíveis, pressupõe ordem do Relator para a
inclusão do feito em pauta de julgamento. PAUTA DE JULGAMENTO
§ 2º O julgamento que tiver sido iniciado Art. 210. Salvo as exceções previstas no art.
prosseguirá, computando-se os votos já 201, I, II e IV deste Regimento, os feitos serão
proferidos, ainda que o Desembargador julgados mediante inclusão em pauta, cuja pu-
eventualmente afastado seja o Relator. blicação deverá ser efetivada pelo menos cinco
dias antes da data da sessão de julgamento. (Re-
§ 3º Somente quando indispensável para dação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
decidir nova questão, surgida na continua- 13/09/2016).
ção do julgamento, será dado substituto ao
ausente, cujo voto se computará exclusiva- § 1º Às partes será permitida vista dos au-
mente em relação a essa questão. tos junto à Secretaria após a publicação da
pauta de julgamento, vedada a realização
Art. 208. O Desembargador, ou o Juiz de Direito de carga, exceto para fins de extração de có-
Substituto em Segundo Grau convocado, que ti- pias na forma do art. 107, § 3º, do Código
ver lançado visto no processo ou proferido voto, de Processo Civil; (Redação dada pela ER nº
como Relator, ou Revisor nos recursos criminais, 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
fica vinculado ao respectivo julgamento, den-
tro dos prazos legais. (Redação dada pela ER nº § 2º No caso do agravo de instrumento o
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). Relator solicitará dia para julgamento em
prazo não superior a um mês da intimação
§ 1º Ao Juiz de Direito Substituto em Segun-
do Grau aplica-se, quanto ao número de fei-

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do Agravado; (Redação dada pela ER nº tenham seu julgamento interrompido ou adia-
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). do, seja em razão de pedido de vista nos pra-
zos legais, seja pela superveniência de férias,
§ 3º Não ocorrendo a retratação do Rela- licenças e suspensão do expediente forense, ou
tor, em razão de agravo interno interposto outro motivo ponderável que determine o adia-
contra sua decisão, o julgamento deverá mento, somente serão julgados mediante nova
ser efetuado pelo colegiado mediante a in- publicação.
clusão em pauta; (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). Art. 215. As pautas de julgamento serão afi-
xadas, na entrada da sala em que se realizar a
§ 4º Não sendo possível ao Relator apre- sessão de julgamento, trinta minutos antes do
sentar os embargos de declaração para jul- início, e encaminhadas aos Desembargadores e
gamento na sessão subsequente e proferir Juízes integrantes do quórum com antecedência
seu voto, deverá ser incluído em pauta au- mínima três dias.
tomaticamente. (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). Parágrafo único. Presentes todos os advo-
gados das partes, não obstará o julgamento
Art. 211. A pauta de julgamento conterá todos nenhum defeito, omissão ou intempestivi-
os processos em condições de julgamento na dade na publicação da pauta em face deter-
sessão, iniciando-se pelos adiados anteriormen- minado processo.
te. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
1882 de 13/09/2016). Art. 216. Quando houver substituição do Rela-
tor ou do Revisor, nos casos de afastamento ou
Parágrafo único. O adiamento do julgamen- vacância, bem como na hipótese dos arts. 48 e
to de algum processo, com a expressa de- 209 deste Regimento e, também, sendo inviável
liberação na ata da sessão e sua inclusão a convocação de que trata o art. 940, § 2º, do
na primeira sessão subsequente, em pauta Código de Processo Civil, o julgamento somente
complementar, independe de nova publica- será retomado com a devida publicação de pau-
ção no Diário de Justiça Eletrônico. (Reda- ta. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 1882 de 13/09/2016).
de 13/09/2016).
Art. 217. A pauta de julgamento identificará o
Art. 212. Para cada sessão será elaborada uma feito a ser julgado, mencionará o nome das par-
pauta de julgamento, observada a antiguidade tes, sua posição no processo e os respectivos
dos feitos dentro da mesma classe. advogados, o Relator e, quando for o caso, o Re-
Parágrafo único. A antiguidade do feito será visor.
contada da data do recebimento do proces- Art. 218. Os processos incluídos na pauta obe-
so no Tribunal, observando-se o contido no decerão à seguinte ordem de preferência:
art. 1.045, § 5º, das disposições transitó-
rias do Código de Processo Civil. (Redação I – Cíveis:
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016). a) habeas corpus;

Art. 213. O julgamento interrompido em decor- b) incidente de resolução de demandas re-


rência de pedido de vista terá, na sessão ime- petitivas e incidente de assunção de compe-
diata, preferência sobre os demais. tência;

Art. 214. Ressalvada a ocorrência de julgamento c) mandado de segurança;


na primeira sessão subsequente, nas hipóteses d) mandado de injunção;
deste Regimento, todos os recursos cíveis que
e) habeas data;

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f) ação direta de inconstitucionalidade; h) recurso de ofício e recurso em sentido es-


trito;
g) ação declaratória de constitucionalidade;
i) recurso de agravo;
h) arguição de inconstitucionalidade;
j) agravo regimental;
i) pedido de intervenção;
k) apelação;
j) arguição de suspeição ou de impedimen-
to; l) revisão criminal;
k) embargos de declaração; m) conflito de competência;
l) agravo regimental; n) medida cautelar;
m) agravo interno; o) carta testemunhável;
n) arguição de incompetência p) embargos infringentes e de nulidade;
o) tutela cautelar de urgência ou de evidên- q) correição parcial;
cia em procedimento cautelar. (Redação
dada pela ER nº 01/2016-DJe nº 1882 de r) denúncia ou queixa;
13/09/2016). s) inquérito policial;
p) embargos à execução de acórdão; t) ação penal;
q) agravo de instrumento; u) representação criminal;
r) apelação; v) notícia-crime;
s) remessa necessária; w) pedido de providência;
t) correição parcial; x) exceção da verdade;
u) ação rescisória; y) autos de conselho de justificação;
v) reclamação; (Redação dada pela ER nº z) demais feitos.
01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 219. Nos processos de declaração de cons-
w) demais feitos. titucionalidade e direta de inconstitucionali-
II – Criminais: dade, ação rescisória, mandado de segurança
originário e ação penal originária, o serviço pró-
a) habeas corpus; prio, ao incluí-los em pauta, remeterá aos De-
sembargadores vogais cópia do relatório e do
b) recurso de habeas corpus; parecer da Procuradoria-Geral de Justiça. (Re-
c) mandado de segurança; dação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).
d) habeas data;
§ 1º Além das peças indicadas, serão extraí-
e) embargos de declaração; das e remetidas aos vogais, na ação rescisó-
ria e na revisão criminal, as cópias da sen-
f) desaforamento;
tença ou acórdão rescindendo. (Redação
g) exceção de suspeição ou de impedimen- dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
to; 13/09/2016).

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§ 2º Em qualquer processo, as partes pode- mara vinculada ao julgamento; (Redação
rão fornecer cópias de suas razões para dis- dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
tribuição aos vogais. 13/09/2016).
Art. 219-A. Fica instituído o sistema de gravação II – tratar-se de feitos em que a extinção
de áudio e vídeo das salas de sessão de julga- do direito ou a prescrição forem iminentes,
mento deste Tribunal de Justiça. (Incluído pela consoante indicação do Relator; (Redação
Res. 30/2015, do Tribunal Pleno, publicada no dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
e-DJ n. 1701, de 30/11/2015) 13/09/2016).
§ 1º Compete ao Secretário da Sessão a III – quando couber sustentação oral ou
operacionalização do sistema, incluindo sua tiver sido manifestado interesse no julga-
disponibilização na rede mundial de com- mento presencial; (Redação dada pela ER nº
putadores, observadas as cautelas quan- 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
to às sessões sigilosas. (Incluído pela Res.
30/2015, do Tribunal Pleno, publicada no IV – Após julgado o feito, haja outros em
e-DJ n. 1701, de 30/11/2015) idêntica situação. (Redação dada pela ER nº
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 2º O Presidente do Tribunal de Justiça
expedirá ato normativo regulamentando § 1º Atendidas as preferências já deferidas,
a implantação do sistema previsto neste serão julgados após os feitos cujos advo-
artigo. (Incluído pela Res. 30/2015, do Tri- gados manifestaram pedido de sustenta-
bunal Pleno, publicada no e-DJ n. 1701, de ção oral estiverem presentes, observada a
30/11/2015) ordem dos requerimentos de inscrição na
pauta do dia, com prioridade às advogadas
gestantes e aos advogados idosos. (Redação
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
CAPÍTULO II 13/09/2016).
DA ORDEM DOS JULGAMENTOS § 2º A seguir, serão examinados os feitos,
com manifestação apenas de interesse pre-
Art. 220. Os julgamentos obedecerão à seguinte sencial no julgamento, que tenha sido for-
ordem: mulado por advogado, estagiário ou por
I – os habeas corpus levados em mesa; qualquer um dos recorrentes, observada
a ordem dos requerimentos. (Redação
II – os processos constantes da pauta, ini- dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
ciando-se por aqueles que tenham sido 13/09/2016).
adiados em razão dos pedidos de vista na
sessão anterior; (Redação dada pela ER nº § 3º O requerimento para sustentação oral,
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). por meio de videoconferência ou outro
meio similar, por advogado com domicílio
III – os processos que independem de pu- profissional diverso da sede deste Tribu-
blicação. nal, deverá ser formulado até o dia ante-
rior ao da sessão. (Redação dada pela ER nº
Art. 221. A ordem da pauta de julgamento po-
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
derá ser alterada nos seguintes casos: (Reda-
ção dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de § 4º O Tribunal de Justiça regulamentará a
13/09/2016). utilização deste meio tecnológico, aplican-
do-se tal utilização quando o recurso estiver
I – se o Relator ou o Revisor deva se retirar
disponível no Tribunal e no local de origem.
ou se afastar da sessão, ou quando tenha
comparecido Desembargador de outra Câ-

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(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº retirada de pauta ou a interrupção do julgamen-


1882 de 13/09/2016). to.
Art. 222. O julgamento poderá ser adiado me-
diante declaração do Presidente da sessão:
I – se o Relator manifestar-se, pela ordem CAPÍTULO III
e logo após a leitura da ata, para apontar DO RELATÓRIO E DA
dúvidas que lhe surgirem, ou constatar a SUSTENTAÇÃO ORAL
ocorrência de fato superveniente à decisão
recorrida ou existência de questão apreci- Art. 225. Aberta a sessão a toque de campai-
ável de ofício que devam ser considerados nha, havendo quórum, o Presidente, lida e apro-
no voto a ser proferido no feito que indicar. vada a ata, anunciará a pauta de julgamento e
(Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe nº os pedidos de preferência e de adiamento apre-
1882 de 13/09/2016). sentados à mesa.

II – se o pedirem, em petição conjunta, os § 1º Os julgadores integrantes do quórum,


advogados das partes interessadas em reali- sem prejuízo da informação ao Secretário
zar composição amigável que ponha fim ao da sessão, devem declarar ao Presidente,
litígio; no início dos trabalhos, os eventuais feitos
em que estejam com impedimento ou sus-
III – quando sobrevier pedido de desistên- peição para participar do julgamento, pos-
cia. sibilitando a convocação de Desembargador
§ 1º O pedido de preferência deverá ser ou de Juiz Substituto para a composição.
dirigido ao Presidente do Órgão Julgador e (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
entregue ao Secretário até o início da ses- 1882 de 13/09/2016).
são de julgamento. (Redação dada pela ER § 2º O advogado que, pela primeira vez, ti-
nº 01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016). ver de produzir sustentação oral, encami-
§ 2º O processo cujo julgamento tenha sido nhará à mesa, por intermédio do Secretário
adiado, e for estabelecido de forma expres- da sessão, sua carteira de habilitação profis-
sa sua inclusão para a primeira sessão se- sional para a respectiva identificação, sob
guinte, figurará em primeiro lugar na pauta pena de não lhe ser deferida a palavra.
ordinária ou complementar de julgamento § 3º Anunciado o feito a ser julgado, o Rela-
da sessão imediata, observadas as demais tor fará a exposição dos pontos controverti-
preferências legais. (Redação dada pela ER dos, destacando questões que, ao seu juízo
nº 01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016). devem constituir exame de preliminares ou
§ 3º Nos demais feitos adiados, será obser- prejudiciais que exijam apreciação antes do
vado o contido no art. 214 deste Regimen- mérito, após o que o relatório será declara-
to, retirando-se da pauta os processos adia- do em discussão. (Redação dada pela ER nº
dos que serão novamente incluídos após a 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
devida publicação. (Redação dada pela ER § 4º Caso o Relator antecipe a conclusão
nº 01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016). do seu voto, a parte poderá desistir da
Art. 223. Serão retirados de pauta, por determi- sustentação oral previamente requerida,
nação do Presidente, os processos que não esti- sendo-lhe assegurada a palavra se houver
verem em condições de julgamento. voto divergente. (Redação dada pela ER nº
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 224. A ata da sessão mencionará a circuns-
tância que tenha determinado o adiamento, a

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Art. 226. Obedecida a ordem processual e o res- constitucionalidade, dar-se-á conforme o
pectivo requerimento de inscrição na pauta do art. 984, inc. II, letras a e b, e §1º, do Código
dia, as partes, por seus advogados poderão sus- de Processo Civil e as disposições deste Re-
tentar oralmente suas conclusões, nos seguin- gimento;
tes prazos improrrogáveis: (Redação dada pela
ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). § 4º Ressalvada a disposição legal em con-
trário no Código de Processo Civil e no Có-
I – quinze minutos, para cada parte, por digo de Processo Penal, não haverá susten-
seu advogado, e, se houver litisconsortes tação oral nos julgamentos de embargos
ou terceiros intervenientes que não estive- declaratórios, incidente de suspeição ou
rem representados pelo mesmo advogado, impedimento, conflito de competência,
o prazo será concedido em dobro e dividi- correição parcial, carta testemunhável, ar-
do, igualmente entre os do mesmo grupo, quivamento de inquérito ou representação
salvo convenção em contrário; (Redação criminal.
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
13/09/2016). Art. 226-A. O advogado, em seguida à susten-
tação oral, poderá pedir a juntada aos autos do
II – quinze minutos, nas apelações criminais esquema do resumo da defesa, bem como pe-
interpostas em processos a que a lei comine dir a palavra, pela ordem, durante o julgamento,
pena de reclusão, nos habeas corpus e nas para, mediante intervenção sumária, esclarecer
revisões criminais; cada corréu, apelante e equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
apelado, terá o prazo por inteiro, salvo se o documentos ou afirmações que possam influir
advogado for comum, caso em que o prazo no julgamento, ou para indicar que determina-
será concedido em dobro; o assistente terá, da questão suscitada na sessão não foi submeti-
ainda, o restante do prazo eventualmente da ao contraditório, requerendo a aplicação do
deixado pelo órgão assistido; art. 933, § 1, do Código de Processo Civil.
III – dez minutos, em feitos criminais não § 1º No caso da última parte do caput des-
compreendidos no inciso anterior e nos re- te artigo, o pedido de palavra, pela ordem,
cursos em matéria falimentar. será dirigido ao Presidente, e o advogado só
ficará autorizado a falar depois de consulta-
§ 1º Será admitida sustentação oral na ape- do o Relator e se este, expressamente, con-
lação cível, na ação rescisória, no mandado cordar em ouvir a observação.
de segurança, na reclamação e no agravo de
instrumento interposto contra decisão in- Art. 227. Sempre que houver interesse público,
terlocutória que resolva parcialmente o mé- o Procurador-Geral e os Procuradores de Justiça
rito, ou verse sobre a tutela provisória de poderão intervir no julgamento e participar dos
urgência ou evidência, bem como no agravo debates, manifestando-se após a sustentação
de instrumento que julgue a liquidação da das partes e nos mesmos prazos estabelecidos
sentença. para estas.
§ 2º Nos processos de competência originá- Parágrafo único. Em se tratando de recurso
ria, caberá sustentação oral no agravo inter- interposto ou de causa proposta pelo Minis-
no que vier a ser interposto, em relação à tério Público, em qualquer instância, o Pro-
decisão que extinga o mandado de seguran- curador-Geral e os Procuradores de Justiça
ça, a ação rescisória e a reclamação; falarão antes do advogado do recorrido ou
do réu.
§ 3º A sustentação oral no julgamento do
Incidente de Resolução de Demandas Repe- Art. 228. Os representantes do Ministério Públi-
titivas, do Incidente de Assunção de Com- co e os advogados, quando no uso da palavra,
petência e do Incidente de Arguição de In- não poderão ser aparteados.

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Art. 229. Ao faltarem dois minutos para a expi- § 1º O integrante do colegiado julgador, no
ração do prazo da sustentação oral, o Presiden- Colendo Tribunal Pleno, do Órgão Especial,
te comunicará o fato ao orador. da Seção Cível e da Seção Criminal, poderá
pedir vista dos autos, que serão apresenta-
Parágrafo único. Se houver desobediência, dos, para julgamento, na sessão seguinte
o Presidente fará soar a campainha e in- ao término do prazo de dez dias, contados
terromperá o discurso; se a desobediência da data em que os recebeu, ainda que te-
aliar-se a qualquer palavra ou gesto des- nha deixado de integrá-lo ou que dele es-
respeitoso do ocupante da tribuna, o Presi- teja afastado, nas hipóteses autorizadas
dente determinará sua imediata retirada da neste Regimento. (Redação dada pela ER nº
sala de sessão, sem prejuízo de outras san- 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
ções legais.
§ 2º O pedido de vista não impede os que
Art. 230. O Presidente chamará à ordem o re- se sintam aptos a votar de adiantarem seus
presentante do Ministério Público ou o advoga- votos.
do quando qualquer deles se utilizar do tema
destinado à sustentação oral da causa para dis- Art. 232. O órgão julgador poderá converter o
correr sobre assuntos impertinentes ou cons- julgamento em diligência para esclarecimentos,
trangedores para o Tribunal, ou quando fizer correção de vício sanável ou produção de pro-
uso de linguagem inconveniente ou insultuosa. vas. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
1882 de 13/09/2016).
§ 1º Se houver desobediência, o Presidente
cassará a palavra do orador e terá a faculda- § 1º Reconhecida a necessidade de produ-
de, conforme o caso, de tomar as providên- ção de prova, o Relator converterá o julga-
cias referidas no parágrafo único do art. 229 mento em diligência, que se realizará no
deste Regimento. Tribunal ou em primeiro grau de Jurisdi-
ção, decidindo-se o recurso após a conclu-
§ 2º Não se reputa impertinente a crítica são da instrução. (Redação dada pela ER nº
elevada à lei ou ao sistema da organização 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
judiciária vigente, nem injuriosa a simples
denúncia, em linguagem comedida, de fa- § 2º Poderá o órgão julgador, por maioria
tos que, no entendimento do orador, pos- de votos, vencido o relator que não admita
sam ter prejudicado o reconhecimento do a conversão em diligência, determinar que
direito ou influído ruinosamente no desen- se produza prova necessária, convertendo o
volvimento normal do processo. feito em diligência. (Redação dada pela ER
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 233. No caso de nova questão abordada,
CAPÍTULO IV ou ocorrência de fato superveniente constatado
durante a sessão de julgamento, bem como a
DA DISCUSSÃO E DA
verificação de questão preliminar ou prejudicial
VOTAÇÃO DA CAUSA ainda não examinada, o julgamento deverá ser
suspenso, afim de que as partes se manifestem
Art. 231. Em qualquer fase do julgamento, seja
especificadamente.
questão jurisdicional ou administrativa, poste-
rior ao relatório ou à sustentação oral, poderão § 1º Se a constatação se der em vista dos
os Desembargadores pedir esclarecimentos so- autos por algum dos julgadores, caberá ao
bre fatos e circunstâncias pertinentes à matéria Juiz que a solicitou encaminhar ao Relator
em debate. para adotar as providências necessárias à
intimação das partes, e, posteriormente,
solicitará novamente a inclusão em pauta

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com a submissão integral da nova questão que for incluído. (Redação dada pela ER nº
aos julgadores. 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 2º O Relator poderá requerer o adiamento Art. 234-A. Considerando a previsão do art.
para a sessão seguinte quando não se sentir 940, § 2º, do Código de Processo Civil, se, após
habilitado para proferir julgamento, seja em a requisição dos autos, o Desembargador ou o
decorrência da sustentação oral, seja por Juiz que pediu vista ainda não se sentir habili-
motivo relevante suscitado nos debates, fi- tado a votar, será convocado, pelo Presidente
cando, desde logo, os interessados que es- do respectivo órgão julgador, o Desembargador
tiverem presentes intimados da nova pauta vogal que o suceder na ordem decrescente de
de julgamento, ordinária ou complementar. antiguidade no órgão julgador. (Incluído pela ER
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 234. Encerrada a sustentação oral, e estan-
do o feito apto ao julgamento, o Presidente, em § 1º Na substituição do Desembargador
seguida, concederá a palavra ao Relator para mais moderno no órgão julgador, o seu su-
proferir seu voto, não se admitindo interrup- cessor será o mais antigo. (Incluído pela ER
ções ou apartes. nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 1º Ocorrendo pedido de vista, e sendo § 2º Caso o Desembargador a ser indica-
dispensado pelo Desembargador ou pelo do nesta ordem de sucessão esteja sendo
Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau substituído por Juiz de Direito Substituto
convocado o prazo de dez dias para sua em Segundo Grau, a convocação se fará ao
apreciação, o julgamento interrompido em referido magistrado para proferir voto. (In-
decorrência desse pedido de vista terá, na cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
sessão imediata, preferência sobre os de- 13/09/2016).
mais.
§ 3º Caso o pedido de vista tenha sido for-
§ 2º Se, ao contrário, o pedido de vista ocor- mulado por Juiz de Direito Substituto em
rer sem a dispensa do prazo pelo julgador Segundo Grau, a ordem decrescente de an-
que o suscitar, a apreciação será de dez tiguidade será apurada em relação ao De-
dias, salvo a prorrogação por igual prazo, se sembargador que na ocasião estava desig-
ainda não estiver habilitado a proferir o seu nado para substituição.
voto.
§ 4º Ocorrendo situação excepcional que
§ 3º Nas hipóteses do parágrafo anterior, não permita a composição do quórum pe-
terminado o prazo para exame do pedido los integrantes da respectiva Câmara em
de vista, vindo a ocorrer sua devolução, o Composição Integral ou Isoladas, o Presi-
recurso será novamente incluído em pauta dente do órgão julgador fará a convocação
na primeira sessão após a data da devolu- de Desembargadores de outra Câmara, da
ção, observado o prazo legal de cinco dias mesma área de especialização, ou de Juízes
para publicação. (Redação dada pela ER nº de Direito Substitutos em Segundo Grau,
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). aplicando-se o disposto no art. 50 deste Re-
gimento.
§ 4º Nas hipóteses dos §§ 1º e 2º deste ar-
tigo, não devolvidos os autos no prazo, nem § 5º Caso a convocação seja formalizada
solicitada expressamente sua prorrogação em Juiz ou Desembargador que não tenha
pelo Desembargador ou pelo Juiz que te- assistido aos debates, ficará assegurado às
nha pedido vista dos autos, o Presidente do partes e a eventuais interessados o direito
órgão julgador requisitará o processo e rea- de renovar a sustentação oral que tenha
brirá o julgamento na sessão ordinária sub- sido realizada em sessão anterior, perante o
sequente, com a publicação da pauta em novo quórum julgador.

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Art. 234-B. Pronunciado o voto do Relator, ficará proferidos pelos Desembargadores, mes-
aberta a discussão para os julgadores integran- mo que não compareçam ou hajam deixado
tes do quórum. (Incluído pela ER nº 01/2016 – o exercício do cargo, ainda que o afastado
DJe nº 1882 de 13/09/2016). seja o Relator.
§ 1º Na discussão do voto do Relator, os vo- § 2º Não participará do julgamento o De-
gais, pela ordem decrescente de antiguida- sembargador ou o Juiz Convocado que não
de, poderão proferir, uma primeira vez, des- tenha assistido ao relatório, salvo se mani-
de logo, o respectivo voto. (Incluído pela ER festar que está habilitado a votar. (Redação
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).
§ 2º Depois do pronunciamento do último
Desembargador ou Juiz convocado a inter- § 3º Se, para o efeito do quórum ou desem-
vir na discussão, o Relator poderá usar da pate na votação, for necessário o voto de
palavra para sustentar ou modificar suas Desembargador ou Juiz Convocado nas con-
conclusões. (Incluído pela ER nº 01/2016 – dições do § 2º deste artigo, serão renovados
DJe nº 1882 de 13/09/2016). o relatório e a sustentação oral, computan-
do-se os votos anteriormente proferidos.
§ 3º Em seguida, observada a mesma or- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº
dem do § 2º deste artigo, poderão os de- 1882 de 13/09/2016).
mais Desembargadores ou Juízes Convoca-
dos voltar a se manifestar para, igualmente, § 4º O cargo vago de Desembargador será
sustentar ou modificar suas conclusões. (In- considerado o mais moderno da Câmara
cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de para fins de quórum, salvo em relação aos
13/09/2016). recursos já distribuídos e pendentes até a
vacância, em cujos julgamentos será preser-
§ 4º Os Desembargadores ou os Juízes Con- vada a ordem de antiguidade do Desembar-
vocados usarão da palavra sempre sem limi- gador que deixou o Tribunal. (Redação dada
tação de tempo, e nenhum se pronunciará pela Res. 8/2012, publicada no e-DJ 863, de
sem que o Presidente lhe conceda a pala- 14/05/2012)
vra, nem aparteará o que dela estiver usan-
do, salvo expresso consentimento deste.
(Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882
de 13/09/2016). CAPÍTULO V
§ 5º Na hipótese de diálogo generalizado na DA APURAÇÃO DOS VOTOS E DA
discussão, o Presidente apelará pela ordem PROCLAMAÇÃO DO JULGAMENTO
e, em caso de tumulto, terá a faculdade de
suspender temporariamente a sessão. (In- Art. 236. As decisões serão, salvo disposição em
cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de contrário, tomadas por maioria de votos dos
13/09/2016). Desembargadores presentes.

Art. 235. Encerrada a discussão, o Presiden- Art. 237. Nas sessões do Tribunal Pleno ou do
te tomará os votos na ordem decrescente de Órgão Especial, o Presidente, ou seu substituto
antiguidade em relação ao Relator, até o mais legal, não proferirá voto, exceto nas questões
moderno; o voto de cada um será consignado, constitucionais, administrativas, regimentais e,
de modo resumido, na papeleta de julgamento nos demais casos, quando ocorrer empate.
constante dos autos.
Art. 238. No julgamento de agravo regimental,
§ 1º O julgamento que tiver sido iniciado terá voto necessário o Presidente ou o seu subs-
prosseguirá, computando-se os votos já tituto.

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Art. 239. Nas Câmaras em Composição Inte- composição do quórum, o Presidente de-
gral, o quórum de julgamento será sempre de terminará a suspensão do julgamento e
cinco magistrados, e nas Câmaras Isoladas será anunciará o prosseguimento para a sessão
de três julgadores, observando-se o contido no seguinte, cientes as partes, caso presentes.
art. 70, parágrafo único, deste Regimento. (Re- (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
dação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 1882 de 13/09/2016).
13/09/2016).
§ 5º Não sendo possível a designação desde
Art. 240. Quando o resultado da Apelação não logo da sessão para prosseguir o julgamen-
for unânime, o julgamento terá prosseguimento to, o recurso será retirado de pauta, e após,
na mesma sessão, ou em sessão a ser designada, ordenadas as providências, será novamente
com a convocação de outros julgadores em nú- incluído em pauta com a devida publicação.
mero suficiente para garantir a inversão do re- (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
sultado inicial, conforme a previsão do art. 942 1882 de 13/09/2016).
do Código de Processo Civil. (Redação dada pela
ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). § 6º Após a composição do quórum em Câ-
mara Integral, prosseguindo o julgamento
§ 1º Proferido voto divergente na Câmara com o quórum ampliado, serão renovados
Cível Isolada, para concluir o julgamento o Relatório e a sustentação oral perante os
serão convocados, pelo Presidente do res- novos julgadores, salvo se já tenham assisti-
pectivo órgão, os Desembargadores que do os debates e se sintam habilitados a pro-
sucederem o terceiro julgador na ordem ferir seus votos. (Redação dada pela ER nº
decrescente de antiguidade no colegiado, 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
estabelecendo o novo quórum em Câma-
ra Integral de cinco magistrados. (Redação § 7º É permitido o exercício do direito de re-
dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de visão ou modificação do voto por qualquer
13/09/2016). dos integrantes do julgamento inicial, até a
proclamação do resultado do julgamento,
§ 2º Caso algum dos Desembargadores con- e a eventual alteração no voto proferido
vocados esteja sendo substituído por Juiz não afasta a necessidade de que o quarto
de Direito Substituto em Segundo Grau, a e o quinto julgadores profiram seus votos.
convocação se fará ao referido magistrado (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
para proferir voto. (Redação dada pela ER 1882 de 13/09/2016).
nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 240-A. Nas Câmaras Cíveis Isoladas, a mes-
§ 3º Ocorrendo situação excepcional que ma técnica de julgamento contida no artigo an-
não permita a composição do quórum pelos terior se aplica, igualmente, na ação rescisória
integrantes da respectiva Câmara Isolada, das sentenças quando o resultado do julgamen-
seja por impedimento, ausência ou afasta- to, na composição original, for favorável, por
mento justificado, o Presidente do órgão maioria, à sua procedência. (Incluído pela ER nº
julgador fará a convocação de Juiz de Direito 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Substituto em Segundo Grau, em substitui-
ção ao (s) Desembargador (es) ausente (s), § 1º Aplicam-se as mesmas disposições
aplicando-se o disposto no art. 50 deste Re- deste Regimento aos casos de julgamentos
gimento. (Redação dada pela ER nº 01/2016 não unânimes do agravo de instrumento,
– DJe nº 1882 de 13/09/2016). quando houver reforma, por maioria, da de-
cisão que julgar parcialmente o mérito. (In-
§ 4º Sendo inviável a conclusão do jul- cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
gamento na mesma sessão, diante de 13/09/2016).
providências atinentes a convocação e

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§ 2º Nos feitos de Remessa Necessária, não salvo se com este for incompatível, hipótese em
será aplicada a regra de julgamento prevista que não será conhecida. (Redação dada pela ER
no art. 942 e parágrafos do Código de Pro- nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
cesso Civil. (Incluído pela ER nº 01/2016 –
DJe nº 1882 de 13/09/2016). § 1º Nos julgamentos das questões prelimi-
nares e prejudiciais, sem ressalva de outras
Art. 241. Quando o objeto do julgamento pu- hipóteses no caso concreto, será observa-
der ser decomposto em questões distintas, cada do, tanto quanto possível a seguinte ordem:
uma delas será votada separadamente. a) competência do Tribunal e da Câmara,
b) admissibilidade recursal; c) legitimidade
Art. 242. Se na votação da questão global, in- para recorrer; e) interesse na interposição
suscetível de decomposição, ou das questões do recurso; d) existência de impugnação
distintas, três ou mais opiniões se formarem, se- específica quanto aos fundamentos da deci-
rão as soluções votadas duas a duas, de tal for- são recorrida; e) nulidades; f) coisa julgada;
ma que a vencedora será posta em votação com g) pressupostos processuais e condições da
as restantes, até se fixar, das duas últimas, a que ação, na causa; h) decadência ou prescri-
constituirá a decisão. ção; e i) inconstitucionalidade de lei. (Reda-
§ 1º A ordem dos confrontos constará de ção dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882
esquema previamente anunciado pelo Pre- de 13/09/2016).
sidente, salvo nas Câmaras, em que o con- § 2º Nos mandados de segurança, a prelimi-
fronto será feito, em primeiro lugar, entre as nar de decadência será apreciada logo após
soluções dadas pelo Revisor e pelo vogal, ou o órgão julgador reconhecer a sua compe-
entre as dos vogais, se não houver Revisor. tência. (Redação dada pela ER nº 01/2016
§ 2º No caso em que a maioria divergir – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
quanto a detalhes da questão em julgamen- § 3º Serão apreciadas, no recurso de Ape-
to, reputar-se-á decidido aquilo que obtiver lação, em exame preliminar, todas as ques-
apoio comum, desprezados os pontos de di- tões que não tenham sido objeto de agravo
vergência dos votos vencedores. de instrumento na fase de conhecimento,
Art. 243. Concluída a votação, o Presidente pro- oportunamente impugnadas nas razões
clamará a decisão, não podendo ser retirados ou contrarrazões recursais, não atingidas
ou modificados os votos já anunciados. pela preclusão. (Redação dada pela ER nº
01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 244. O julgamento, uma vez iniciado, ul-
timar-se-á e não será interrompido pela hora § 4º Se a preliminar versar sobre vício saná-
regimental de encerramento do expediente do vel, inclusive aquele que possa ser conheci-
Tribunal, podendo, no entanto, ser suspenso do de ofício pelo Relator, será determinada
para descanso dos participantes. a realização ou a renovação do ato proces-
sual no próprio Tribunal, convertendo-se o
julgamento em diligência, e, após a regula-
rização o feito, será novamente incluído em
CAPÍTULO VI pauta para julgamento, intimadas as partes.
DAS QUESTÕES PRELIMINARES (Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
1882 de 13/09/2016).
OU PREJUDICIAIS
§ 5º Quando não determinada pelo Relator,
Art. 245. Qualquer questão de ordem, prelimi- o Órgão Julgador poderá determinar a pro-
nar ou prejudicial, constante do Relatório, com vidência de correção do vício sanável, por
a exposição dos pontos controvertidos e objeto decisão da maioria, não sendo lavrado acór-
do julgamento, será decidida antes do mérito,

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dão, constando somente na ata da sessão e o recorrente e depois o recorrido, salvo se
cabendo ao Secretário transcrevê-la nos au- este for o suscitante, caso em que lhe será
tos, inclusive quanto ao prazo razoável que autorizado a falar em primeiro lugar. (In-
foi fixado para ser efetuada, mantendo-se cluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
o julgamento vinculado ao mesmo Relator. 13/09/2016).
(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº
1882 de 13/09/2016). § 5º Apreciada a questão preliminar ou pre-
judicial, e sendo o caso de prosseguir o jul-
Art. 245-A. Tratando-se de questão preliminar gamento com o exame do mérito, o prazo
relativa a matéria de mérito ou outra causa que da sustentação oral pelos advogados será
diga respeito a pressuposto processual, condi- descontado daquele já previsto no art. 226,
ções da ação, e de admissibilidade, e que, caso I, deste Regimento, podendo o Presiden-
seja acolhida, por unanimidade de votos, de- te prorrogar por até dez minutos se a dis-
termine o encerramento do exame recursal, o cussão da preliminar for considerada mais
julgamento será finalizado com proclamação do complexa. (Incluído pela ER nº 01/2016 –
resultado. (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº DJe nº 1882 de 13/09/2016).
1882 de 13/09/2016).
Art. 245-B. O agravo de instrumento será julga-
§ 1º Se, ao contrário, na apreciação da do antes da Apelação interposta no mesmo pro-
questão preliminar, no caso do parágrafo cesso. Estando incluído na mesma pauta da Ape-
anterior, o resultado da votação inicial, pela lação, terá procedência aquele para julgamento
sua acolhida não for unânime, será aplicada na sessão, salvo se não for declarado prejudica-
a técnica de julgamento do art. 942 do Códi- do porque proferida sentença. (Incluído pela ER
go de Processo Civil às situações legalmen- nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
te previstas, com a convocação de outros
julgadores e a possibilidade de inversão do Parágrafo único. Verificada, pelo Relator,
julgamento. (Incluído pela ER nº 01/2016 – a existência de conexão entre dois ou mais
DJe nº 1882 de 13/09/2016). processos, poderá ele propor o julgamento
em conjunto. (Incluído pela ER nº 01/2016 –
§ 2º Formada a composição do quórum em DJe nº 1882 de 13/09/2016).
prosseguimento, rejeitada a preliminar ou
prejudicial, por maioria de votos, e não sen-
do considerada incompatível a apreciação
do mérito, serão dispensados os outros jul- CAPÍTULO VII
gadores especificamente convocados para DOS ACÓRDÃOS
análise da divergência quanto à questão
preliminar. (Incluído pela ER nº 01/2016 – Art. 246. Os julgamentos do Tribunal, salvo as
DJe nº 1882 de 13/09/2016). questões administrativas de caráter geral, serão
redigidos em forma de acórdãos.
§ 3º Retomando-se o julgamento, na com-
posição do quórum inicial, será julgada e Art. 247. O acórdão será redigido pelo Relator
discutida a matéria principal, e o julgador e dele constarão a data da sessão, a espécie, o
vencido na preliminar deverá votar no mé- número do feito, a Comarca de procedência, o
rito. (Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº nome dos litigantes e dos magistrados que par-
1882 de 13/09/2016). ticiparam do julgamento.

§ 4º Exclusivamente sobre a questão preli- Parágrafo único. Constitui parte integrante


minar ou prejudicial, os advogados das par- do acórdão a respectiva ementa, na qual
tes, devidamente inscritos para sustenta- será indicado o princípio jurídico que hou-
ção oral, poderão usar da palavra, primeiro ver orientado a decisão.

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Art. 248. A lavratura do acórdão terá a funda- dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
mentação que resultar vencedora, devendo o 13/09/2016).
Relator consignar sucintamente as ressalvas
manifestadas por algum dos Julgadores, sem § 2º Caso os demais votos vencidos sigam
que o resultado final da questão global tenha os mesmos fundamentos do julgador que
sido modificado, e, portanto, sem a necessidade iniciou a divergência e declarou seu voto, a
de declaração de voto vencido. manifestação dos demais poderá ser limi-
tada à declaração de concordância ao que
§ 1º Vencido o Relator, será designado para já foi exposto. (Redação dada pela ER nº
redigir o acórdão aquele que primeiro pro- 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
feriu voto vencedor. Será facultada a decla-
ração de eventuais outros votos vencedo- § 3º Se algum Desembargador estiver im-
res. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe possibilitado de declarar o voto vencido, o
nº 1882 de 13/09/2016). Relator registrará a ocorrência, suprindo a
falta tanto quanto possível.
§ 2º O acórdão será redigido, porém, pelo
relator se este for vencido somente na pre- Art. 252. O acórdão será publicado no prazo de
liminar, mencionando-se no acórdão os fun- até trinta dias, contado da sessão de julgamen-
damentos do voto vencedor, ou em parte to, e não sendo observado caberá ao Presiden-
do mérito, de menor extensão, caso em que te adotar as providências previstas no art. 944
o Desembargador vencedor em tal parte o e parágrafo único do Código de Processo Civil.
assinará e lançará seu voto com os respecti- (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882
vos fundamentos. (Redação dada pela ER nº de 13/09/2016).
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). Art. 253. Lavrado e registrado o acórdão, serão
Art. 249. O voto vencido será necessariamente as suas conclusões publicadas no Diário da Justi-
declarado e considerado parte integrante do ça Eletrônico dentro do prazo de dez dias, certi-
acórdão para todos os efeitos legais, inclusive ficando-se nos autos a respectiva data.
de prequestionamento. (Redação dada pela ER Parágrafo único. O registro do acórdão po-
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016). derá ser feito mediante processo mecânico,
Art. 250. Na impossibilidade de ser o acórdão inclusive microfilmagem, com extração de
redigido pelo Desembargador Relator, observar- cópias destinadas à divulgação, formação
-se-á a norma do art. 47, inciso III, alínea b, des- de volumes de jurisprudência e arquivo par-
te Regimento, no que for aplicável. ticular do Relator.

Art. 251. Se não houver votos a declarar, o acór- Art. 254. Publicado o acórdão, os autos somen-
dão será assinado apenas pelo Relator, que ru- te sairão da Secretaria durante o prazo para in-
bricará as folhas em que não conste sua assina- terposição do recurso cabível, nos casos previs-
tura. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº tos em lei.
1882 de 13/09/2016). §1º Nas causas em que houver intervenção
§ 1º Vencido mais de um Desembargador, do Ministério Público, os autos ser-lhe-ão
nos feitos de julgamento da Câmara em encaminhados, para fins de intimação pes-
composição integral, ou nos Órgãos Julga- soal, certificando-se a data de sua remessa.
dores de maior composição, os que proferi- § 2º A intimação do Ministério Público, do
ram voto em tal sentido também assinarão Procurador do INSS e do defensor nomeado
o acórdão, devendo, necessariamente, de- será pessoal.
clarar o voto vencido, por eventuais razões
vencidas de fundamento diverso. (Redação § 3º Quaisquer questões posteriormente
suscitadas serão resolvidas pelo Presidente

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do órgão julgador, salvo aquelas relativas à Art. 258. Se for necessária mais de uma assina-
execução. tura em um documento, os magistrados envol-
vidos lançarão as suas em sequência, cabendo
Art. 255. O padrão de formatação para lavratura ao primeiro permitir outras assinaturas, e ao úl-
de acórdão será definido por Resolução do Ór- timo não obstar a continuidade do procedimen-
gão Especial. to.
Art. 259. Os acórdãos, decisões e despachos
assinados digitalmente serão impressos e junta-
CAPÍTULO VIII dos aos respectivos autos físicos.
DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Art. 259-A. O julgamento dos recursos e dos
E DO ACÓRDÃO DIGITAL processos de competência originária do órgão
(Redação da ER nº 01/2016 -DJe julgador poderá realizar-se por meio eletrôni-
nº 1882 de 13/09/2016). co, cabendo ao Relator enviar a relação dos fei-
tos para intimação dos advogados das partes a
Art. 256. O sistema de acórdão digital tem por
respeito dessa ocorrência, cientificando-os de
objetivo a assinatura digital de acórdãos, deci-
que serão oportunamente incluídos em pauta.
sões e despachos proferidos pelos magistrados
(Incluído pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
de segundo grau.
13/09/2016).
§ 1º A prática da assinatura digital em acór-
dãos, decisões e despachos ocorrerá nos LIVRO IV
atos gerados digitalmente, em arquivos no
padrão PDF (Portable Document Format),
por meio do sistema de assinatura de docu- TÍTULO I
mentos digitais desenvolvido pelo Departa-
mento de Informática do Tribunal de Justi- DO PROCESSO NO TRIBUNAL
ça. (Arts. 260 a 337)
§ 2º Depois de assinado e certificado digi-
talmente o documento, proceder-se-á sua
juntada ao sistema de controle de proces- CAPÍTULO I
sos de segundo grau, de acordo com a siste- DOS PROCEDIMENTOS
mática utilizada. DE UNIFORMIZAÇÃO DE
Art. 257. Todos os atos processuais assinados JURISPRUDÊNCIA
digitalmente serão públicos e estarão dispo- (Arts. 260 a 269)
níveis no site do Tribunal de Justiça, mediante (Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe
consulta processual de segundo grau e consulta nº 1882 de 13/09/2016).
à jurisprudência, ressalvados os elementos que
assegurem o sigilo dos feitos que tramitarem Seção I
em segredo de justiça. DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 260)
Parágrafo único. Para assegurar o segredo
de justiça, nos atos processuais lavrados e Seção II
assinados digitalmente, os nomes das par- DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE
tes serão indicados pelas respectivas ini- DEMANDAS REPETITIVAS
ciais, ficando este procedimento sob a in- (ARTS. 261 A 266)
teira responsabilidade dos gabinetes dos
(Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe
magistrados de segundo grau.
nº 1882 de 13/09/2016).

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Seção III CAPÍTULO VI


DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE DO PEDIDO DE INTERVENÇÃO
COMPETÊNCIA (ARTS. 267 A 268) FEDERAL (ARTS. 295 A 297)
(Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe
nº 1882 de 13/09/2016).

Seção IV CAPÍTULO VII


DA REVISÃO DE TESE JURÍDICA DA AÇÃO PENAL (ARTS. 298 A 300)
FIRMADA EM PROCEDIMENTO
DE UNIFORMIZAÇÃO DE
JURISPRUDÊNCIA CAPÍTULO VIII
(ARTS. 269 E 269-A) DA EXCEÇÃO DA VERDADE
(Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe
(ARTS. 301 E 302)
nº 1882 de 13/09/2016).

CAPÍTULO II CAPÍTULO IX
DO INCIDENTE DE DO HABEAS CORPUS
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI (ARTS. 303 A 311)
OU DE ATO NORMATIVO
(ARTS. 270 A 272)
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
nº 1882 de 13/09/2016). CAPÍTULO X
DA REVISÃO CRIMINAL
(ARTS. 312 A 317)
CAPÍTULO III
DA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE CAPÍTULO XI
(ARTS. 273 A 288) DOS CONFLITOS DE JURISDIÇÃO, DE
COMPETÊNCIA E DE ATRIBUIÇÕES
CAPÍTULO IV (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
nº 1882 de 13/09/2016).
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE
(ARTS. 289 A 293)
CAPÍTULO XII
DA AÇÃO RESCISÓRIA
CAPÍTULO V (ARTS. 323 A 325)
DA DISPOSIÇÃO COMUM ÀS AÇÕES
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
E DECLARATÓRIA DE
CONSTITUCIONALIDADE (ART. 294)

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CAPÍTULO XIII Seção I
DO MANDADO DE SEGURANÇA DISPOSIÇÕES GERAIS
(ARTS. 326 A 330)
Art. 260. O Tribunal deverá uniformizar sua ju-
risprudência, mantê-la estável, íntegra e coe-
rente, editando enunciados de súmula corres-
pondente à sua jurisprudência dominante, com
CAPÍTULO XIV
a formulação de precedentes por meio dos Inci-
DOS RECURSOS (ART. 331) dentes de Resolução de Demandas Repetitivas,
do Incidente de Assunção de Competência e do
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade.
(Redação dada pela ER nº 01/2016-DJe nº 1882
CAPÍTULO XV de 13/09/2016).
DO AGRAVO INTERNO
§ 1º Não caberá recurso contra decisão que
(ARTS. 332 A 334) admitir a instauração de qualquer um des-
(Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe tes procedimentos. (Redação dada pela ER
nº 1882 de 13/09/2016). nº 01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 2º A tese jurídica resultante do julgamen-
to firmado poderá ser objeto de súmula
CAPÍTULO XVI pelo voto de dois terços dos Desembarga-
DA CORREIÇÃO PARCIAL dores integrantes do respectivo órgão jul-
(ARTS. 335 A 337) gador competente. Ao editar enunciados de
súmulas, o Tribunal deve ater-se às circuns-
tâncias fáticas dos precedentes que motiva-
ram a sua criação.
CAPÍTULO XVII § 3º Poderá ser também objeto de súmula
DO PEDIDO DE EXPLICAÇÕES EM a tese jurídica que corresponda a decisões
JUÍZO (ARTS. 337-A A 337-E) firmadas pela unanimidade dos membros
efetivos do Tribunal no julgamento de ques-
tões administrativas.
LIVRO IV § 4º O Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas e o Incidente de Assunção de
Competência serão processados de acordo
TÍTULO I com as normas do Código de Processo Civil
e as disposições deste Regimento e têm por
Do Processo no Tribunal objeto a solução de questões de direito ma-
terial ou processual.
§ 5º É incabível o incidente de resolução de
demandas repetitivas quando um dos tribu-
CAPÍTULO I nais superiores, no âmbito de sua respec-
DOS PROCEDIMENTOS tiva competência, já tiver afetado recurso
DE UNIFORMIZAÇÃO DE para definição de tese sobre questão de di-
reito material ou processual repetitiva. (Re-
JURISPRUDÊNCIA dação dada pela ER nº 01/2016-DJe nº 1882
de 13/09/2016).

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§ 6º O Tribunal dará publicidade aos seus Seção III


precedentes, organizando-os por temas DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO
jurídicos e divulgando-os pela rede mun-
dial de computadores, bem como manterá DE COMPETÊNCIA
banco eletrônico de dados atualizados com Art. 267. O incidente de assunção de competên-
as informações necessárias das questões cia tem por objeto a solução de relevante ques-
submetidas aos incidentes e fará a comu- tão de direito, com grande repercussão social,
nicação ao Conselho Nacional de Justiça, jurídica, econômica ou política, sem repetição
na forma do art. 979, §1º e § 2º, do Código em múltiplos processos, a respeito do qual seja
de Processo Civil. (Redação dada pela ER nº conveniente a prevenção ou a composição de
01/2016-DJe nº 1882 de 13/09/2016). divergência entre as Câmaras do Tribunal. (Re-
§ 7º A Seção Cível ou Criminal comunicará dação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
o setor responsável pelo gerenciamento de 13/09/2016).
precedentes das decisões de admissibilida- Art. 267, § 1º até Art. 268, § 3º do Reg. Interno
de ou mérito, proferidas em Incidentes de
Resolução de Demandas Repetitivas e Inci- Seção IV
dente de Assunção de Competência. (Reda-
DA REVISÃO DE TESE JURÍDICA
ção dada pela ER nº 01/2016-DJe nº 1882
de 13/09/2016). FIRMADA EM PROCEDIMENTO
DE UNIFORMIZAÇÃO DE
§ 8º O Tribunal deverá manter o cadastro
eletrônico atualizado para incluir as infor-
JURISPRUDÊNCIA.
mações relativas ao ingresso de amicus Art. 269. A alteração de tese jurídica firmada
curiae, as designações de audiências públi- em jurisprudência dominante adotada em jul-
cas e outras informações relevantes para a gamentos repetitivos ou nos procedimentos de
instrução e julgamento dos incidentes. (Re- assunção de competência poderá ser suscitada
dação dada pela ER nº 01/2016-DJe nº 1882 mediante requerimento dos legitimados men-
de 13/09/2016). cionados no art. 977, inc. III, do CPC, ou de ofício
Art. 261. O incidente de resolução de demandas por algum dos Julgadores deste Tribunal, diante
repetitivas será iniciado mediante requerimen- de exame de recurso sob a respectiva relatoria.
to dirigido ao Presidente do Tribunal, por meio (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882
de ofício ou petição, na forma do art. 977 do de 13/09/2016).
Código de Processo Civil, devidamente instruído § 1º A modificação da tese jurídica firmada
com os documentos necessários à demonstra- nos incidentes de resolução de demandas
ção dos pressupostos para sua instauração. repetitivas ou no incidente de assunção de
§ 1º Caberá ao solicitante demonstrar si- competência dar-se-á com a instauração de
multaneamente a existência de: novo procedimento de incidente, fundado
nos pressupostos da necessidade de alte-
a) efetiva repetição de processos que conte- ração no interesse social e segurança jurí-
nham controvérsia sobre a mesma questão dica, ou ainda nos princípios da proteção
unicamente de direito em ações individuais da confiança e isonomia jurídica. (Redação
ou coletivas; dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).
b) a ocorrência de risco de ofensa à isono-
mia e à segurança jurídica.
Art. 261, § 2º até Art. 266 do Reg. Interno.

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CAPÍTULO II IV – o Conselho Seccional da Ordem dos Ad-
DO INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE vogados do Brasil;
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI V – os partidos políticos com representação
OU ATO NORMATIVO na Assembleia Legislativa;

Art. 270. Arguida, em controle difuso, a incons- VI – as federações sindicais e as entidades


titucionalidade de lei ou de ato normativo do de classe de âmbito estadual;
poder público, em razão de recurso, remessa VII – o Deputado Estadual.
necessária ou ação de competência originária
apreciado nas Câmaras ou nas Seções, observa- Art. 276. Proposta a ação direta de inconstitu-
do o disposto no art. 97 da Constituição Federal, cionalidade, não se admitirá desistência, ain-
a questão será submetida a julgamento perante da que, ao final, o Procurador-Geral de Justiça
o Órgão Especial. manifeste-se pela sua improcedência. (Reda-
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
§ 1º Igual procedimento será adotado quan- 13/09/2016).
do as Seções ou Câmaras, embora não de-
clarando expressamente a inconstituciona- Art. 279. A Procuradoria-Geral do Estado fun-
lidade de lei ou de ato normativo do poder cionará como curadora, em razão da presunção
público, afastam sua incidência, no todo ou de legitimidade do ato impugnado. (Redação
em parte. dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493,
de 19/10/2010).
§ 2º Não será submetida ao Órgão Especial
a arguição de inconstitucionalidade quando Parágrafo único. O Procurador-Geral do Es-
já houver pronunciamento deste ou do Ple- tado será notificado pessoalmente para in-
nário do Supremo Tribunal Federal sobre a tervir no processo no prazo de quinze dias.
questão. (Redação dada pela Res. 2/2010, publicado
no e-DJ 493, de 19/10/2010).
Art. 282. Somente pelo voto da maioria absolu-
CAPÍTULO III ta dos membros do Órgão especial poderá o Tri-
bunal de Justiça declarar a inconstitucionalida-
DA AÇÃO DIRETA DE de de lei ou de ato normativo do Poder Público.
INCONSTITUCIONALIDADE
§ 1º O julgamento somente ocorrerá se pre-
Art. 273. Podem propor ação direta de inconsti- sentes na sessão pelo menos dezessete De-
tucionalidade de lei ou ato normativo estadual sembargadores;
ou municipal, perante a Constituição Estadual,
§ 2º Se não for alcançada a maioria indis-
ou por omissão de medida necessária para tor-
pensável à declaração de inconstitucionali-
nar efetiva norma ou princípio da mesma Cons-
dade, estando ausentes Desembargadores
tituição, no âmbito de seu interesse:
em número que possam influir no julga-
I – o Governador do Estado e a Mesa da As- mento, este será suspenso, para que sejam
sembleia Legislativa; colhidos oportunamente os votos faltantes,
até ser atingido o número necessário para
II – o Procurador-Geral de Justiça e o Procu- prolação de decisão em um ou em outro
rador-Geral do Estado; sentido;
III – o Prefeito e a Mesa da Câmara do res- § 3º Não participarão do julgamento os De-
pectivo Município, quando se tratar de lei sembargadores que não tenham assistido
ou ato normativo local ou estadual que afe- ao Relatório e aos debates. Comparecendo
te a autonomia local;

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os que forem convocados ou que estiveram ou de ato normativo local ou estadual que
ausentes na sessão anterior, será renova- afete a autonomia municipal;
do o Relatório, salvo quando se derem por
esclarecidos e assegurada a renovação da IV – o Conselho Seccional da Ordem dos Ad-
sustentação oral, se a parte presente o re- vogados do Brasil;
querer. V – os partidos políticos com representação
Art. 283. Declarada a inconstitucionalidade, a na Assembleia Legislativa;
decisão será comunicada à Assembleia Legisla- VI – as federações sindicais e as entidades
tiva ou à Câmara Municipal para suspensão da de classe de âmbito estadual;
execução da lei ou do ato impugnado.
VII – o Deputado Estadual.
Art. 284. Reconhecida a inconstitucionalidade
por omissão de medida para tornar efetiva nor- Art. 293. Aplicam-se, no que couberem, as re-
ma da Constituição do Estado do Paraná, a deci- gras previstas no Capítulo III deste Título.
são será comunicada ao Poder competente para
adoção das providências necessárias à prática
do ato ou início do processo legislativo, no pra-
zo de cento e oitenta dias, e, em se tratando de CAPÍTULO V
entidade administrativa, para emiti-lo em trinta DA DISPOSIÇÃO COMUM ÀS AÇÕES
dias, sob pena de responsabilidade. DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 285. Salvo no período de recesso, a medida E DECLARATÓRIA DE
cautelar na ação direta de inconstitucionalidade CONSTITUCIONALIDADE
será concedida por decisão da maioria absolu-
ta dos membros do Órgão Especial, observado Art. 294. Efetuado o julgamento, observado o
o disposto no § 1º do art. 282 deste Regimento, quórum necessário, proclamar-se-á a inconsti-
após a audiência dos órgãos ou das autoridades tucionalidade ou a constitucionalidade, exigin-
dos quais emanou a lei ou o ato normativo im- do-se o voto de pelo menos treze Desembarga-
pugnado, que deverão se pronunciar no prazo dores, em um ou em outro sentido.
de cinco dias. (Redação dada pela Res. 2/2010,
publicado no e-DJ 493, de 19/10/2010).
CAPÍTULO VI
DO PEDIDO DE
CAPÍTULO IV INTERVENÇÃO FEDERAL
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE
Art. 295. O pedido de intervenção federal no Es-
CONSTITUCIONALIDADE
tado (Constituição Federal, arts. 34, incisos IV e
Art. 289. Podem propor ação declaratória de VI, e 36, incisos I e II, e Constituição Estadual,
constitucionalidade: art. 101, inciso VI) será encaminhado, pelo Pre-
sidente, para o Supremo Tribunal Federal, no
I – o Governador do Estado e a Mesa da As- caso do art. 34, inciso IV, da Constituição Fede-
sembleia Legislativa; ral; e, no caso do art. 34, inciso VI, da mesma
Carta, ao Supremo Tribunal Federal ou ao Supe-
II – o Procurador-Geral de Justiça e o Procu-
rior Tribunal de Justiça, em razão da matéria:
rador-Geral do Estado;
I – para assegurar o livre exercício do Poder
III – o Prefeito e a Mesa da Câmara do res-
Judiciário, quando houver violação declara-
pectivo Município, quando se tratar de lei
da pelo Órgão Especial;

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II – após acolhida, pelo Órgão Especial, de § 3º Será permitida sustentação oral, obser-
representação de qualquer de seus mem- vado o prazo de quinze minutos para cada
bros ou de Juízes de primeiro grau, quando parte.
se tratar de assegurar garantias ao Poder
Judiciário, o livre exercício deste ou prover
execução de ordem ou decisão judicial;
CAPÍTULO VII
III – quando se tratar de requerimento do
DA AÇÃO PENAL
Ministério Público, ou de parte interessada,
visando a prover execução de ordem ou de- Art. 298. Nos crimes de ação penal pública, o
cisão judicial. Ministério Público terá o prazo de quinze dias
Art. 296. O exame do cabimento do pedido de para oferecer denúncia ou pedir arquivamento
intervenção federal no Estado compete ao Ór- do inquérito ou das peças informativas.
gão Especial, em processo de iniciativa do Pre- (...)
sidente ou decorrente de representação. (Re-
dação dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ § 3º O Relator será o Juiz da instrução, que
493, de 19/10/2010). se realizará segundo o disposto neste Regi-
mento e no Código de Processo Penal, no
Parágrafo único. No caso de representa- que for aplicável, e terá as atribuições que
ção compete ao Presidente: (Redação dada a legislação penal confere aos Juízes sin-
pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de gulares, podendo submeter diretamente à
19/10/2010). decisão do órgão colegiado competente as
I – mandar arquivá-la, se a considerar ma- questões surgidas durante a instrução.
nifestamente infundada, cabendo agravo
regimental de sua decisão;
II – se manifesta sua procedência, providen- CAPÍTULO VIII
ciar administrativamente para remover a DA EXCEÇÃO DA VERDADE
respectiva causa;
Art. 301. Recebida, no Tribunal, a exceção da
III – frustrada a solução administrativa, de- verdade, em processo por crime contra a hon-
terminar a remessa do pedido à distribui- ra, quando forem querelantes as pessoas que a
ção. Constituição sujeita à jurisdição do Tribunal de
Art. 297. O Relator dirigirá a instrução, solicitan- Justiça, será adotado o seguinte procedimento:
do informações à autoridade ou às autoridades I – os autos serão distribuídos independen-
apontadas na inicial. temente de despacho;
§ 1º Oferecido parecer pelo Procurador-Ge- II – será facultado ao querelante contestar
ral de Justiça, no prazo de dez dias, em igual a exceção, no prazo de dois dias, podendo
prazo o Relator determinará a inclusão do ser inquiridas as testemunhas arroladas na
feito em pauta de julgamento. queixa, ou outras indicadas naquele prazo,
§ 2º A decisão do Órgão Especial será toma- em substituição às primeiras, ou para com-
da pela maioria absoluta de seus membros, pletar o máximo legal.
votando, inclusive, o Presidente do Tribunal
e o Corregedor-Geral da Justiça.

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CAPÍTULO IX CAPÍTULO XIV


DO HABEAS CORPUS DOS RECURSOS
Art. 303. O habeas corpus poderá ser impetra- Art. 331. Os recursos serão processados segun-
do por qualquer pessoa, em seu favor ou de ou- do as normas da legislação aplicável e as dispo-
trem, bem como pelo Ministério Público. sições deste Regimento. (Redação dada pela ER
nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 304. O pedido, quando subscrito por advo-
gado do paciente, não será conhecido se não § 1º As determinações decorrentes da de-
vier instruído com os documentos necessários cisão que atribuir efeito suspensivo ao re-
ao convencimento preliminar da existência do curso ou deferir, em antecipação de tutela,
motivo legal invocado na impetração, salvo ale- total ou parcialmente, a pretensão recursal,
gação razoável da impossibilidade de juntá-los serão cumpridas no Juízo de origem, me-
desde logo. diante comunicação do Relator. (Redação
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
13/09/2016).

CAPÍTULO X § 2º Para a instrução dos recursos é facul-


tado ao advogado autenticar as cópias dos
DA REVISÃO CRIMINAL
autos do processo, mediante declaração
Art. 312 ao Art. 317 formulada na própria petição ou em separa-
do. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe
nº 1882 de 13/09/2016).

CAPÍTULO XI
DOS CONFLITOS DE JURISDIÇÃO, DE CAPÍTULO XV
COMPETÊNCIA E DE ATRIBUIÇÕES DO AGRAVO REGIMENTAL E DO
Art. 318 ao Art. 322 AGRAVO INTERNO
Art. 332 ao Art. 334-A, § 4º.

CAPÍTULO XII
DA AÇÃO RESCISÓRIA CAPÍTULO XVI
Art. 323 ao Art. 328 DA CORREIÇÃO PARCIAL
Art. 335. A correição parcial visa à emenda de
erros ou abusos que importem na inversão tu-
CAPÍTULO XIII multuária de atos e fórmulas legais, na paralisa-
DO MANDADO DE SEGURANÇA ção injustificada dos feitos ou na dilação abusiva
de prazos, quando, para o caso, não haja recur-
Art. 326 ao Art. 330 so previsto em lei. (Redação dada pela ER nº
01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Parágrafo único. O procedimento da correi-
ção parcial será o do agravo de instrumento,
conforme disciplinado na lei processual ci-

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vil. (Redação dada pela ER nº 01/2016 -DJe sões, ou a observância de precedente formado
nº 1882 de 13/09/2016). em julgamento de incidentes de resolução de
demandas repetitivas e incidentes de assunção
de competência, caberá reclamação da parte in-
teressada ou do Ministério Público, nos termos
CAPÍTULO XXVII do art. 988 do Código de Processo Civil. (Reda-
DO PEDIDO DE EXPLICAÇÕES ção dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de
EM JUÍZO 13/09/2016).
§ 1º A reclamação, dirigida ao Presidente
(Incluído pela Res. 28/2015, do Tribu-
do Tribunal, instruída com prova documen-
nal Pleno, publicado no e-DJ n. 1701, de
tal, será autuada e distribuída ao Relator da
30/11/2015)
causa principal, ou ao Órgão Julgador cuja
Art. 337-B. O pedido de explicações a que se re- competência se busca preservar ou autori-
fere o art. 144 do Código Penal será processado, dade que se pretende garantir, sempre que
no Tribunal quando quem se julgar ofendido for possível. (Redação dada pela ER nº 01/2016
pessoa sob sua jurisdição. (Redação dada pela – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de 13/09/2016).

TÍTULO II CAPÍTULO VI
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Dos Processos Incidentes
Art. 356. A restauração dos autos far-se-á de
ofício pelo 2º Vice-Presidente do Tribunal, e,
quando requerida pela parte interessada, será
distribuída, sempre que possível, ao Relator do
CAPÍTULO I
feito extraviado, seguindo o processo a forma
DAS TUTELAS PROVISÓRIAS DE estabelecida na legislação processual.
NATUREZA CIVIL E MEDIDAS
Art. 357. Os processos criminais que não forem
CAUTELARES PENAIS da competência originária do Tribunal serão res-
Art. 338 ao Art. 339-A taurados na primeira instância, e, no tocante
aos processos cíveis, observar-se-á o disposto
no art. 717 do Código de Processo Civil. (Reda-
ção dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
CAPÍTULO II 13/09/2016).
DOS INCIDENTES DE SUSPEIÇÃO
E DE IMPEDIMENTO
Art. 340 ao Art. 348

CAPÍTULO III
DA RECLAMAÇÃO
Art. 349. Para preservar a competência do Tri-
bunal ou garantir a autoridade de suas deci-

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TÍTULO IV § 6º Se algum integrante da quinta parte


não manifestar interesse, apenas partici-
Da Carreira da Magistratura pam os demais integrantes dela, não sendo
admissível sua recomposição.
§ 7º As remoções por opção ocorrerão so-
mente nas Comarcas de mais de uma Vara,
CAPÍTULO I internamente.
DA PARTE GERAL
§ 8º No caso de desdobramento ou criação
Art. 373. A carreira da Magistratura de primeira de Vara ou Comarca, o Juiz titular da que foi
instância far-se-á por meio de promoções, re- desdobrada ou da qual saíram as atribui-
moções, opções e permutas. ções tem direito a optar pela de sua prefe-
rência, nos dez dias seguintes à publicação
§ 1º As promoções, remoções e opções se- do ato que determinar a respectiva instala-
rão feitas alternadamente, por antiguidade ção; não o fazendo, entender-se-á que pre-
e merecimento, esta em lista tríplice, entre feriu aquela da qual é titular. (Redação dada
os integrantes do primeiro quinto da lista pela Res.6/2011, publicada no e-DJ 762, de
de antiguidade, observada a exigência de 25/11/2011)
interstício de dois anos, salvo a inexistência
de Juízes com esse requisito. § 9º As permutas poderão ser deferidas en-
tre Juízes de Comarcas da mesma entrância
§ 2º Não havendo candidatos que figurem ou de Seções Judiciárias.
na primeira quinta parte da lista de antigui-
dade, deve-se apurar a segunda quinta par- Art. 374. A movimentação na carreira será fei-
te considerando os magistrados remanes- ta em sessão pública, mediante votação aber-
centes da mesma entrância, excluindo-se os ta e fundamentada, iniciando-se pelo voto do
integrantes da primeira, e assim sucessiva- relator; na sequência, proferirá voto o Desem-
mente. bargador mais antigo no Tribunal, seguindo-se,
sucessivamente, na ordem decrescente, sendo
§ 3º Para efeito de remoção por mereci- obrigatória a promoção por merecimento do
mento ao cargo de Juiz de Direito Substituto juiz que figure na lista por três vezes consecuti-
em Segundo Grau, será considerado o pri- vas ou cinco alternadas. (Redação dada pela Res.
meiro quinto da lista dos Juízes de entrância 8/2012, publicada no e-DJ 863, de 14/05/2012)
final, excluindo-se dela os que já exercem o
respectivo cargo, e somando-se o número § 1º A promoção deverá ser realizada até
que resultar dessa exclusão, e assim suces- quarenta dias da abertura da vaga, cuja de-
sivamente. claração se fará nos dez dias subsequentes
ao seu fato gerador.
§ 4º Se houver mais de uma vaga a ser pre-
enchida na mesma sessão, a quinta parte da § 2º O prazo para abertura da vaga poderá
lista de antiguidade de que trata os §§ 1º, ser prorrogado uma única vez, por igual pra-
2º e 3º deste artigo será apurada a cada vo- zo, mediante justificativa fundamentada da
tação. (Redação dada pela Res. 2/2010, pu- Presidência do Tribunal.
blicado no e-DJ 493, de 19/10/2010).
§ 3º Para acesso ao Tribunal, aplicam-se,
§ 5º A quinta parte da lista de antiguidade no que couberem, as regras previstas no
deve sofrer arredondamento para o núme- art. 373 deste Regimento. (Redação dada
ro inteiro superior, caso seja fracionário o pela Res. 8/2012, publicada no e-DJ 863, de
resultado da aplicação do percentual. 14/05/2012)

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Art. 375. O magistrado interessado na promo- § 3º Os Juízes em exercício ou convocados
ção dirigirá requerimento ao Presidente do Tri- na Presidência, Corregedoria-Geral, Corre-
bunal de Justiça no prazo de inscrição previsto gedoria e Vice-Presidências do Tribunal, ou
no edital de abertura do respectivo procedi- licenciados para exercício de atividade asso-
mento. ciativa da Magistratura, deverão ter a mé-
dia de sua produtividade aferida no período
Parágrafo único. Salvo em relação ao art. anterior às suas designações, deles não se
382 deste Regimento, as demais condições exigindo a participação em ações específi-
e elementos de avaliação serão levadas em cas de aperfeiçoamento técnico durante o
consideração até à data de inscrição para período em que se dê a convocação ou afas-
concorrência à vaga. tamento.
Art. 376. São condições para concorrer à pro- Art. 378. Na avaliação da qualidade das deci-
moção e ao acesso ao Tribunal, por merecimen- sões proferidas serão levados em consideração:
to, além daquelas previstas no art. 373 deste
Regimento: I – a redação;
I – não existir retenção injustificada de au- II – a clareza;
tos além do prazo legal;
III – a objetividade;
II – não ter o Juiz sido punido, nos últimos
doze meses, em processo disciplinar com IV – a pertinência de doutrina e jurispru-
pena igual ou superior à de censura. dência, quando citadas;

Art. 377. Na votação, os membros votantes do V – o respeito às súmulas do Supremo Tri-


Tribunal deverão declarar os fundamentos de bunal Federal e dos Tribunais Superiores
sua convicção, com menção individualizada aos Art. 379. Na avaliação da produtividade, serão
critérios utilizados na escolha relativos a: considerados os atos praticados pelo magistra-
I – desempenho (aspecto qualitativo da do no exercício profissional, levando-se em con-
prestação jurisdicional); ta os seguintes parâmetros:

II – produtividade (aspecto quantitativo da I – estrutura de trabalho, tais como:


prestação jurisdicional); a) compartilhamento das atividades na uni-
III – presteza no exercício das funções; dade jurisdicional com outro magistrado (ti-
tular, substituto ou auxiliar);
IV – aperfeiçoamento técnico;
b) acervo e fluxo processual existente na
V – adequação da conduta ao Código de Éti- unidade jurisdicional;
ca da Magistratura Nacional.
c) cumulação de atividades;
§ 1º A avaliação desses critérios deverá
abranger a totalidade da carreira do magis- d) competência e tipo do Juízo;
trado requerente. e) estrutura de funcionamento da vara (re-
§ 2º No caso de afastamento ou de licença cursos humanos, tecnologia, instalações fí-
legais do magistrado nesse período, será sicas, recursos materiais);
considerado o tempo de exercício jurisdicio- II – volume de produção, mensurado pelo:
nal imediatamente anterior, exceto no caso
do inciso V deste artigo, em que também se a) número de audiências realizadas;
levará em consideração o período de afasta-
b) número de conciliações realizadas;
mento ou licença.

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c) número de decisões interlocutórias pro- f) residência e permanência na Comarca;


feridas;
g) inspeção em serventias judiciais e extra-
d) número de sentenças proferidas, por judiciais e em estabelecimentos prisionais
classe processual e com priorização dos e de internamento de proteção de menores
processos mais antigos; sob sua jurisdição;
e) número de acórdãos e decisões proferi- h) medidas efetivas de incentivo à concilia-
das em substituição ou auxílio no Segundo ção em qualquer fase do processo;
Grau, bem como em Turmas Recursais dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais; i) inovações procedimentais e tecnológicas
para incremento da prestação jurisdicional;
f) o tempo médio do processo na Vara.
j) publicações, projetos, estudos e procedi-
§1º Na avaliação da produtividade, de- mentos que tenham contribuído para a or-
verá ser considerada a média do número ganização e a melhoria dos serviços do Po-
de sentenças e audiências em compara- der Judiciário;
ção com a produtividade média de Juízes
de unidades similares, utilizando-se, para k) alinhamento com as metas do Poder Ju-
tanto, dos institutos da mediana e do des- diciário, traçadas sob a coordenação do
vio padrão oriundos da ciência da estatísti- Conselho Nacional de Justiça.
ca, privilegiando-se, em todos os casos, os II – celeridade na prestação jurisdicional,
magistrados cujo índice de conciliação seja considerando-se:
proporcionalmente superior ao índice de
sentenças proferidas dentro da mesma mé- a) a observância dos prazos processuais,
dia. computando-se o número de processos
com prazo vencido e os atrasos injustificá-
§ 2º Não serão consideradas sentenças de veis;
mérito, para fins de produtividade, as sen-
tenças homologatórias de transação e as b) o tempo médio para a prática de atos;
de extinção do processo sem resolução de
c) o tempo médio de duração do processo
mérito, salvo, quanto a estas, se exigirem
na Vara, desde a distribuição até a senten-
maior fundamentação.
ça;
Art. 380. A presteza será avaliada quanto aos
d) o tempo médio de duração do processo
seguintes aspectos:
na Vara, desde a sentença até o arquiva-
I – dedicação, definida a partir de ações mento definitivo, desconsiderando-se, nes-
como: se caso, o tempo que o processo esteve em
grau de recurso ou suspenso;
a) assiduidade ao expediente forense;
e) número de sentenças líquidas prolatadas
b) pontualidade nas audiências e sessões; em processos submetidos ao rito sumário e
c) gerência administrativa; sumaríssimo e de sentenças prolatadas em
audiências.
d) atuação em unidade jurisdicional defini-
da previamente pelo Tribunal como de difí- § 1º Não serão computados na apuração
cil provimento; dos prazos médios os períodos de licenças,
afastamentos ou férias.
e) participação efetiva em mutirões, em jus-
tiça itinerante e em outras iniciativas insti- § 2º Os prazos médios serão analisados à
tucionais; luz da sistemática prevista no § 1º do art.

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379 deste Regimento. (Redação dada pela Art. 382. Na avaliação da adequação da conduta
Res. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de ao Código de Ética da Magistratura Nacional se-
19/10/2010). rão considerados:
Art. 381. Na avaliação do aperfeiçoamento téc- I – a independência, imparcialidade, trans-
nico serão considerados: parência, integridade pessoal e profissional,
diligência e dedicação, cortesia, prudência,
I – a frequência e o aproveitamento em sigilo profissional, conhecimento e capaci-
cursos oficiais ou reconhecidos pela Esco- tação, dignidade, honra e decoro;
la Nacional da Magistratura, considerados
os cursos e eventos oferecidos em igualda- II – de forma negativa, eventual processo
de a todos os magistrados pelo Tribunal e administrativo disciplinar aberto contra o
Conselhos do Poder Judiciário, pela Escola magistrado concorrente, bem como as san-
da Magistratura, diretamente ou mediante ções aplicadas no período da avaliação, não
convênio. sendo consideradas eventuais representa-
ções em tramitação e sem decisão definiti-
II – os diplomas, títulos ou certificados de va, salvo com determinação de afastamento
conclusão de cursos jurídicos ou de áreas prévio do magistrado e as que, definitivas,
afins e relacionados com as competências datem de mais de dois anos, na data da
profissionais da Magistratura, realizados abertura do edital.
após o ingresso na carreira.
Art. 383. Na avaliação do merecimento, não se-
III – ministração de aulas em palestras e cur- rão utilizados critérios que venham atentar con-
sos promovidos pelo Tribunal ou Conselhos tra a independência funcional e a liberdade de
do Poder Judiciário, pela Escola da Magis- convencimento do magistrado, tais como índi-
tratura ou pelas instituições de ensino con- ces de reforma de decisões.
veniadas com o Poder Judiciário.
Parágrafo único. A disciplina judiciária do
§ 1º Os critérios de frequência e aprovei- magistrado, aplicando a jurisprudência su-
tamento dos cursos oferecidos deverão ser mulada do Supremo Tribunal Federal e dos
avaliados de forma individualizada e segui- Tribunais Superiores, com registro de even-
rão os parâmetros definidos pela Escola Na- tual ressalva de entendimento, constitui
cional de Formação e Aperfeiçoamento de elemento a ser valorizado para efeito de
Magistrados (ENFAM). merecimento, nos termos do princípio da
§ 2º O Tribunal e os Conselhos do Poder Ju- responsabilidade institucional, insculpido
diciário deverão custear as despesas para no Código Ibero-Americano de Ética Judicial
que todos os magistrados participem dos (2006).
cursos e palestras oferecidos, respeitada a Art. 384. Na avaliação do merecimento, será uti-
disponibilidade orçamentária. lizado o sistema de pontuação para cada um dos
§ 3º As atividades exercidas por magistra- cinco critérios estabelecidos no art. 377 deste
dos na direção, coordenação, assessoria Regimento, com a livre e fundamentada convic-
e docência em cursos de formação de ma- ção do membro votante do Tribunal, observada
gistrados na Escola Nacional ou do Tribunal a seguinte pontuação máxima:
são consideradas serviço público relevante I – desempenho: 20 pontos;
e, para o efeito deste artigo, computadas
como tempo de formação pelo total de ho- II – produtividade: 30 pontos;
ras efetivamente comprovadas.
III – presteza: 25 pontos;
IV – aperfeiçoamento técnico: 10 pontos;

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V – adequação da conduta ao CEMN: 15 possam os autos ser levados à primeira ses-


pontos. são ordinária do respectivo Colegiado.
Parágrafo único. Cada um dos cinco itens Art. 387. No caso de antiguidade, o Órgão Es-
deverá ser valorado de zero até a pontua- pecial ou o Tribunal Pleno poderá recusar o Juiz
ção máxima estipulada, com especificação mais antigo, pelo voto de dois terços de seus
da pontuação atribuída a cada um dos res- membros, assegurada ampla defesa, observado
pectivos subitens constantes dos arts. 378 a o disposto no art. 389 deste Regimento, repe-
382 deste Regimento. tindo-se a votação até se fixar a indicação. (Re-
dação dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ
Art. 385. A Corregedoria-Geral da Justiça cen- 493, de 19/10/2010).
tralizará a coleta de dados para avaliação de
desempenho, fornecendo os mapas estatísticos Art. 388. Na organização da lista tríplice, serão
para os magistrados avaliadores e disponibili- considerados indicados os candidatos que obti-
zando as informações para os concorrentes às verem a maioria de votos dos Desembargadores
vagas a serem providas por promoção ou aces- presentes.
so.
§ 1º Se nenhum dos candidatos obtiver a in-
§ 1º A Escola da Magistratura fornecerá os dicação na primeira votação, adotar-se-á o
dados relativos aos cursos de que participa- seguinte procedimento:
ram os magistrados que concorrem à pro-
moção. I – outro escrutínio será realizado, e concor-
rerão os dois mais votados;
§ 2º Será Relator nato da matéria o Correge-
dor-Geral da Justiça, que fará distribuir aos II – para o segundo lugar na lista, será reali-
Desembargadores os dados informativos zado outro escrutínio, concorrendo os dois
de avaliação dos concorrentes, com antece- mais votados e não indicados no anterior;
dência mínima de cinco dias. III – para o terceiro lugar na lista, será reali-
§ 3º Toda movimentação de Juízes na car- zado outro escrutínio, concorrendo os dois
reira será examinada previamente pelo Cor- mais votados e não indicados no anterior.
regedor-Geral da Justiça, que será o Relator §2º Se ocorrer empate na votação, será
nato da matéria, no Órgão Especial ou no considerado indicado, ou integrante do pró-
Tribunal Pleno, incumbindo-lhe praticar as ximo escrutínio, o candidato mais antigo na
diligências e prestar as informações neces- entrância.
sárias.
§ 3º O magistrado que constar de lista de
Art. 386. Finalizado o processo de levantamento merecimento para promoção, ou remoção
de dados dos magistrados inscritos, serão eles ao cargo de Juiz de Direito Substituto em
notificados para tomar ciência das informações Segundo Grau, nela será mantido, só po-
relativas a todos os concorrentes, facultando- dendo ser excluído motivadamente pelo
-lhes a impugnação em prazo não inferior a voto de dois terços dos membros do Órgão
cinco dias, com direito de revisão pelo mesmo Especial ou do Tribunal Pleno. (Redação
órgão que examinar a promoção e na mesma dada pela Res. 2/2010, publicado no e-DJ
sessão. 493, de 19/10/2010).
Parágrafo único. Findo o prazo para impug- Art. 389. Nas promoções pelo critério de an-
nação aos registros, a informação será par- tiguidade, ou quando for um só o aspirante à
ticipada aos integrantes do órgão do Tribu- indicação, se a proposta de recusa, manejada
nal ao qual seja afeta a matéria relativa às por qualquer integrante do colegiado, for acei-
promoções, para que, decorridos dez dias, ta como plausível pela maioria dos presentes à

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sessão, será suspenso o provimento da vaga e V – protocolização do requerimento no dia
observado o seguinte: (Redação dada pela Res. da publicação do decreto que deu causa à
2/2010, publicado no e-DJ 493, de 19/10/2010). vaga.
I – o voto que propõe a recusa delimitará os Art. 393. Aberta a vaga e verificado o critério
fatos e as provas que a justificam; pelo qual deverá ser preenchida, o Presidente
do Tribunal fará publicar edital, com o prazo de
II – o interessado será notificado, com cópia cinco dias, chamando os interessados à remo-
do voto, para, no prazo de cinco dias, apre- ção ou à promoção.
sentar defesa;
§ 1º A movimentação na carreira far-se-á na
III – o procedimento terá por Relator o Cor- Comarca, tomando-se por base o último cri-
regedor-Geral da Justiça, que, caso neces- tério adotado em cada uma delas para re-
sário, ordenará a produção das provas que moção e promoção.
entender indispensáveis;
§ 2º Na ocorrência de duas ou mais vagas,
IV – após as providências do inciso III des- será publicado edital para cada vaga, simul-
te artigo, o procedimento será relatado pe- taneamente, assegurada a alternância dos
rante o Órgão Especial ou o Tribunal Pleno, critérios de merecimento e antiguidade.
conforme o caso, com inclusão em pauta.
§ 3º No caso de Comarca de mais de uma
Art. 390. Todos os debates e fundamentos da Vara, independentemente de edital, no pra-
votação serão registrados e disponibilizados zo de cinco dias a partir da publicação do
preferencialmente no sistema eletrônico. decreto que deu causa à vaga, os Juízes que
o quiserem poderão requerer a opção, ob-
servada a alternância de critério na Comar-
ca.
CAPÍTULO II
DA PARTE ESPECIAL Art. 394. Ao provimento do Juiz Substituto na
entrância inicial e à promoção por merecimen-
Art. 391. A nomeação de Juiz Substituto à ent- to, precederá a remoção, alternadamente, por
rância inicial decorrerá de vaga que resultar da antiguidade e merecimento.
inexistência de requerimento de remoção por
Juízes de Direito de entrância inicial. Art. 395. Na promoção, definida a vaga resul-
tante da opção e não sendo ela por antiguidade,
Art. 392. Os pedidos de remoção de Seções será publicado edital de promoção por mereci-
Judiciárias formuladas por Juízes Substitutos mento, precedida de remoção, pelo critério que
somente serão aceitos quando, segundo o en- couber, indicando a Comarca ou a vaga a ser
tendimento do Tribunal, a solicitação atender, provida.
exclusivamente, aos interesses da Justiça, ob-
servados, ainda, os seguintes critérios: § 1º Se a vaga não for preenchida por meio
de promoção por merecimento, porque o
I – antiguidade na carreira; foi por remoção, novo edital será publicado
para promoção novamente por merecimen-
II – permissão de uma única remoção;
to, precedida de remoção, pelo critério que
III – não atribuição de ajuda de custo a qual- couber, com indicação da Comarca ou da
quer título; vaga a ser provida.
IV – assunção imediata na sede da Seção Ju- § 2º Se mais uma vez a vaga for preenchida
diciária; por remoção, a seguinte será provida, obri-

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gatoriamente, por promoção pelo critério vestidura e o décimo oitavo mês de exercício da
de merecimento. função, bem assim cópias dos autos dos respec-
tivos procedimentos de concurso para ingresso
Art. 396. A formação de lista tríplice a ser en- na carreira.
caminhada ao Poder Executivo, para a escolha
de membro do Tribunal a ser nomeado na vaga Art. 401. Na avaliação do desempenho jurisdi-
destinada ao quinto constitucional, será feita cional do magistrado não vitalício, levar-se-ão
em sessão pública, mediante votos abertos, no- em consideração:
minais e fundamentados.
I – a exação no cumprimento dos deveres
do cargo consoante os arts. 35, 36 e 39 da
LOMAN e arts. 73 e 74 do CODJPR;
CAPÍTULO III II – a compatibilidade de sua conduta com a
DO PROCEDIMENTO dignidade, a honra e o decoro de suas fun-
ADMINISTRATIVO DE ções;
VITALICIAMENTO III – a capacidade de trabalho na perspecti-
va qualitativa e quantitativa, e da presteza e
Art. 397. O procedimento de vitaliciamento
a segurança no exercício da função;
compreende a avaliação contínua do desem-
penho jurisdicional do magistrado durante o IV – a adaptação ao cargo e à função.
biênio de estágio probatório, acompanhada de
orientações referentes à atividade judicante e à Art. 402. A compatibilidade da conduta do ma-
carreira da Magistratura. gistrado com a dignidade, a honra e o decoro de
suas funções será avaliada com base nas obser-
Art. 398. O Corregedor-Geral da Justiça presi- vações e informações colhidas pela Corregedo-
dirá o procedimento de vitaliciamento, no que ria-Geral da Justiça em visitas à Seção Judiciária
será coadjuvado pelos Juízes Auxiliares da Cor- ou à Comarca em que estiver atuando o vitali-
regedoria e por Juízes Formadores. ciando, bem assim por meio de comunicações
reservadas dos Juízes Formadores e dos demais
Art. 399. Consideram-se Juízes Formadores os
magistrados vitalícios, sempre que necessárias.
magistrados vitalícios que poderão ser designa-
dos pelo Corregedor-Geral da Justiça, sem ônus Parágrafo único. Decorridos doze meses de
para o Poder Judiciário, salvo os casos previstos exercício da função pelo vitaliciando, infor-
no art. 86 do Código de Organização e Divisão mações sobre sua conduta funcional e so-
Judiciárias do Estado do Paraná, para acompa- cial serão solicitadas à Ordem dos Advoga-
nhar o desempenho dos vitaliciandos, minis- dos do Brasil – Seção do Estado do Paraná,
trando-lhes as orientações necessárias à carrei- à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado e
ra da Magistratura. aos magistrados junto aos quais atuou.
Parágrafo único. A Corregedoria-Geral da Art. 403. O vitaliciando deverá encaminhar,
Justiça poderá firmar convênio com a Escola mensalmente, à Corregedoria ou ao Juiz Forma-
da Magistratura objetivando a preparação e dor designado, cópias das sentenças e das de-
indicação dos Juízes Formadores. cisões proferidas, estas a seu critério, as quais
embasarão a avaliação qualitativa de seu traba-
Art. 400. A Corregedoria-Geral da Justiça, sob a
lho.
supervisão dos Juízes Auxiliares, formará pron-
tuários individuais dos juízes vitaliciandos, em Art. 404. Na avaliação qualitativa, levar-se-ão
que serão reunidos todos os documentos, peças em conta, principalmente:
processuais e informações referentes ao seu de-
sempenho no período compreendido entre a in-

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I – a estrutura do ato sentencial e das deci- sobre a conduta pessoal do Juiz ou sobre o
sões em geral; seu perfil vocacional, a que poderá atribuir
caráter sigiloso.
II – a presteza e a segurança no exercício da
função, inclusive na condução de audiên- Art. 406. Cópias dos relatórios mencionados no
cias. § 1º do art. 404 e § 1º do art. 405 deste Regi-
mento serão encaminhadas ao vitaliciando pelo
§ 1º O avaliador elaborará, trimestralmen- Corregedor-Geral da Justiça.
te, relatório sobre os trabalhos analisados,
no qual se especificarão os aspectos a se- Parágrafo único. Todos os relatórios e co-
rem aperfeiçoados pelo vitaliciando; municações referentes ao procedimento de
vitaliciamento serão assinados pelo Corre-
§ 2º Os Juízes Auxiliares da Corregedoria- gedor-Geral da Justiça e por um Juiz Auxiliar
-Geral da Justiça, por ocasião das visitas ou Juiz Formador.
correcionais ordinárias, ou o Juiz Formador,
a qualquer tempo, assistirão às audiências Art. 407. A avaliação concernente à adaptação
presididas pelo vitaliciando, com posterior ao cargo e à função será levada a efeito na ob-
preenchimento de planilha, a qual embasa- servação contínua sob todos os outros aspectos
rá as orientações que lhe serão encaminha- mencionados no art. 405 deste Regimento.
das em trinta dias.
Parágrafo único. Decorridos quatorze me-
Art. 405. Na avaliação quantitativa, além dos ses da investidura, os Juízes em fase de vita-
relatórios mensais, que deverão ser encaminha- liciamento serão submetidos à reavaliação
dos pelo vitaliciando à Corregedoria, serão ana- psicossocial, segundo procedimento sigilo-
lisados: so a cargo da Corregedoria. Os fatos rele-
vantes relacionados a esses exames serão
I – a conjugação produtividade/qualidade comunicados, reservadamente, pelo psicó-
de trabalho; logo ou pelo psiquiatra ao Corregedor-Geral
II – a concentração ao trabalho e eficiência da Justiça, para fins de acompanhamento e
no exercício da função; orientação, quando possível.

III – a desenvoltura nas audiências realiza- Art. 408. Na data de sua investidura, ao novo
das; magistrado será informado o nome do Juiz Au-
xiliar ou do Juiz Formador que acompanhará
IV – outras atividades eventualmente exer- seu desempenho jurisdicional, a quem deverá
cidas (Juizados Especiais, Eleitoral e Direção dirigir-se para obter informações e orientações
do Fórum); relativas à carreira. (Redação dada pela Res.
V – o método de trabalho. 2/2010, publicado no e-DJ 493, de 19/10/2010).

§ 1º O Juiz Auxiliar ou o Juiz Formador, tri- Parágrafo único. Por iniciativa da Correge-
mestralmente, efetuará análise do trabalho doria-Geral da Justiça, ou do próprio Juiz
do magistrado não vitalício sob o prisma Formador que estiver com dificuldades para
quantitativo, elaborando relatório em que dar cumprimento ao encargo, poderá haver
se consignarão as orientações indispensá- mudança de indicação do Juiz Formador
veis, dando prioridade à metodologia de durante o estágio probatório, tantas vezes
trabalho, com anotações atinentes às evolu- quantas necessárias.
ções constatadas. Art. 409. Após a investidura, a Corregedoria-
§ 2º Além das avaliações quantitativa e qua- -Geral da Justiça poderá organizar, com a par-
litativa, o Juiz Formador poderá encaminhar ticipação da Escola da Magistratura, curso de
à Corregedoria-Geral da Justiça informações orientações básicas ao exercício da Magistratu-

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ra, eminentemente prático no que tange a ma- Parágrafo único. Quando o relatório conti-
térias jurídicas, dando-se ênfase à metodologia ver conclusões negativas referentes ao seu
do trabalho forense e ao relacionamento do Juiz desempenho funcional, o juiz vitaliciando
com as partes, com os servidores do Judiciário, será intimado para, querendo, apresentar
com o Ministério Público, com os advogados, informações no prazo de cinco dias.
com os Departamentos do Tribunal de Justiça,
com as autoridades policiais e demais institui- Art. 414. No prazo de trinta dias, perante o Con-
ções. selho da Magistratura, o procedimento de vita-
liciamento será relatado pelo Corregedor-Geral
Parágrafo único. Os candidatos, aprovados da Justiça, que apresentará suas conclusões re-
no concurso, que aguardam a nomeação, lativamente à capacidade, aptidão e adequação
serão convidados a participar do curso refe- ao cargo demonstradas pelo magistrado não vi-
rido no caput. talício.
Art. 410. Durante o estágio probatório, a Corre- Art. 415. O relatório e a conclusão do Correge-
gedoria-Geral da Justiça poderá promover en- dor-Geral da Justiça serão apreciados pelo Con-
contro regional ou geral com os vitaliciandos, selho da Magistratura.
com a participação da Escola da Magistratura,
para avaliação das atividades por eles desen- § 1º Na hipótese de não haver restrições à
volvidas até então, propiciando-lhes trocas de confirmação do vitaliciando na carreira, o
experiências e projetando a orientação a ser Conselho declarará estar este apto à aqui-
seguida no período restante do estágio proba- sição da vitaliciedade ao término do biênio.
tório. § 2º A declaração de aptidão a que se refe-
Parágrafo único. Sempre que possível, es- re o § 1º deste artigo não impede que seja
ses encontros abordarão também, entre proposta pelo Conselho a demissão do ma-
outros, temas como economia, sociologia, gistrado não vitalício que, até o término do
psicologia, antropologia, informática, ges- biênio, venha a cometer falta grave.
tão de tribunais, modernização da justiça, § 3º Se a decisão for pela não confirmação
técnicas de comunicação. do magistrado na carreira, o Conselho pro-
Art. 411. Os Juízes Formadores reunir-se-ão pe- porá a sua demissão, com afastamento de
riodicamente com o Corregedor-Geral da Justiça suas funções até decisão final, obedecido o
e com os Juízes Auxiliares da Corregedoria, para devido processo legal.
a análise e uniformização dos métodos de ava- § 4º A proposta de demissão do vitaliciando
liação dos vitaliciandos, podendo receber trei- implica suspensão automática do prazo de
namento da Escola da Magistratura. vitaliciamento.
Art. 412. Decorridos dezoito meses da inves-
tidura, o Juiz Auxiliar ou o Juiz Formador, com
base no prontuário do vitaliciando, apresentará
CAPÍTULO IV
relatório geral sobre seu desempenho jurisdi-
cional ao Corregedor-Geral da Justiça, instruin- DA ORGANIZAÇÃO DA LISTA
do-o com os documentos e peças necessárias. DE ANTIGUIDADE
Art. 413. O relatório geral será juntado ao pro- Art. 416. A lista de antiguidade dos Desembar-
cedimento de vitaliciamento e receberá a aná- gadores, dos Juízes de Direito e Substitutos, cor-
lise do Corregedor-Geral da Justiça, que poderá respondente a cada categoria, será atualizada
determinar diligências complementares. anualmente pelo Presidente do Tribunal e publi-
cada no Diário da Justiça Eletrônico até o último
dia útil do mês de fevereiro.

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Art. 417. Os que se considerarem prejudicados Art. 422. São considerados:
poderão reclamar, no prazo de quinze dias, con-
tados da publicação da lista. I – de curta duração os eventos que não ul-
trapassem trinta dias;
Art. 418. Apresentada a reclamação, se mani-
festamente infundada, o Presidente do Tribunal II – de média duração os eventos que du-
a indeferirá de plano. rem de trinta a noventa dias;

§ 1º Se, porém, parecer-lhe ponderáveis os III – de longa duração os eventos que ultra-
motivos alegados, mandará ouvir os inte- passem noventa dias.
ressados, cuja antiguidade possa ser preju- Art. 423. O pedido de afastamento deverá con-
dicada, marcando-lhes prazo razoável; ter, obrigatoriamente:
§ 2º Findo o prazo, com ou sem a resposta I – o nome e o local de funcionamento da
dos interessados, a reclamação será apre- instituição de ensino promotora do curso
sentada em mesa para julgamento do Ór- ou atividade de aperfeiçoamento profissio-
gão Especial, com prévia distribuição de có- nal;
pias aos seus membros.
II – a data de início e término do curso ou
Art. 419. A lista que sofrer alteração será repu- evento, o calendário acadêmico, os horários
blicada, não ensejando nova reclamação. das aulas, a carga horária total e eventual
Art. 420. No caso de reversão e de aproveita- previsão de férias durante o curso;
mento de magistrados aposentados ou postos III – prova da inscrição, aprovação em pro-
em disponibilidade, respectivamente, passarão cesso seletivo ou aceitação do requerente,
eles a figurar na lista de antiguidade no lugar a ser fornecida pela instituição promoto-
correspondente ao tempo de efetivo exercício ra do curso ou evento de aperfeiçoamento
na entrância. profissional;
IV – a natureza do curso ou evento e a sua
pertinência e compatibilidade com a presta-
CAPÍTULO V ção jurisdicional;
DO AFASTAMENTO DE V – prova de domínio da língua em que será
MAGISTRADOS PARA FINS DE ministrado o curso, se no exterior;
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
VI – o compromisso de:
Art. 421. Sempre que o magistrado, tanto em a) permanência na Instituição a que está
primeiro quanto em segundo grau, pretender vinculado, pelo menos, por prazo idêntico
frequentar curso ou seminário de aperfeiço- ao do afastamento, após o retorno às ativi-
amento jurídico ou outros de interesse públi- dades;
co, fora do território de sua jurisdição, dirigirá
requerimento ao Corregedor-Geral da Justiça, b) apresentação de certificado de participa-
com a antecedência mínima de noventa dias, ção, se o evento for de curta duração, e de
que instruirá o processo e submeterá a matéria conclusão, com aproveitamento, na hipóte-
ao órgão Especial, para deliberação, ouvida pre- se de eventos de média e longa duração;
viamente a Escola da Magistratura.
c) disponibilização do trabalho de conclu-
Parágrafo único. O requerimento emanado são do evento, permitida a publicação gra-
de membro do Tribunal será dirigido ao Ór- tuita em revista do Tribunal, a inserção do
gão Especial. respectivo texto no site da Escola da Magis-

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tratura ou do Tribunal na rede mundial de Art. 425. No exame do pedido, o Tribunal, me-
computadores e arquivamento na Bibliote- diante decisão objetivamente fundamentada e
ca para consulta pelos interessados; tomada em sessão aberta, deverá levar em con-
ta os seguintes requisitos:
d) disseminar, mediante aulas e palestras,
os conhecimentos adquiridos durante o I – para habilitação do candidato:
evento, quando solicitado pelo Tribunal ou
pela Escola da Magistratura; a) a observância do limite de afastamentos
a que se refere o art. 424 deste Regimento;
e) restituir ao Erário o valor corresponden-
te aos subsídios e vantagens percebidos b) a instrução do pedido com os documen-
durante o afastamento, na hipótese de não tos, declarações e informações indicados no
conclusão do curso por fato atribuível ao art. 423 deste Regimento;
magistrado, bem como indenizar o Erário II – para deferimento do pedido, observado
pelo subsídio a que faria jus no período re- o art. 426 deste Regimento:
manescente em caso de descumprimento
da exigência de permanência mínima, após a) a pertinência e compatibilidade do curso
o retorno às atividades, conforme exigência ou atividade com a prestação jurisdicional;
prevista na alínea a deste artigo.
b) a conveniência e oportunidade para a
Parágrafo único. Quando se tratar de even- Administração Pública;
to de curta duração poderá ser exigida do
c) a ausência de prejuízo para os serviços ju-
magistrado a apresentação de resumo dos
diciários.
estudos ou relatório sobre os temas discu-
tidos. § 1º A Corregedoria-Geral da Justiça instrui-
rá o procedimento administrativo com a in-
Art. 424. O total de afastamentos para evento
formação atualizada indicativa do total de
de longa duração não poderá exceder a cinco
magistrados em atividade a que se refere o
por cento do número de magistrados em ativi-
art. 424 deste Regimento.
dade em primeira e segunda instâncias, limita-
do, contudo, a vinte afastamentos simultâneos. § 2º A ausência de qualquer dos requisitos
de habilitação implicará o não conhecimen-
Parágrafo único. Considera-se em efetivo
to do pedido de afastamento, sem prejuízo
exercício o número total de Juízes em ati-
de sua renovação com o suprimento dos da-
vidade, excluídos os que se encontram em
dos faltantes ou com a redução do número
gozo de:
de magistrados afastados.
I – licença para tratamento de saúde;
§ 3º Não se deferirá afastamento para aper-
II – licença por motivo de doença em pes- feiçoamento profissional por período supe-
soa da família; rior a dois anos.

III – licença para repouso à gestante; Art. 426. No caso de empate na votação para
escolha dos candidatos inscritos para o mesmo
IV – afastamento para exercer a presidência curso, ou havendo mais candidatos do que o li-
de associação de classe; mite estabelecido, dar-se-á preferência, na se-
V – afastamento em razão da instauração guinte ordem, ao magistrado que:
de processo disciplinar; I – ainda não usufruiu do benefício;
VI – afastamento para exercer o cargo de II – conte com maior tempo de serviço na
Diretor-Geral da Escola da Magistratura. carreira, a partir da posse;

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III – seja mais idoso em relação aos concor- Parágrafo único. Se o período das férias es-
rentes. colares for inferior a sessenta dias, o rema-
nescente será usufruído posteriormente à
Art. 427. Não será autorizado o afastamento de conclusão do curso.
magistrado quando:
I – não haja cumprido o período de vitalicia-
mento, ressalvadas as hipóteses de eventos TÍTULO V
de curta duração ou, a critério do Tribunal
ou da respectiva escola nacional ou local, de Do Processo Administrativo
frequência obrigatória; Disciplinar de Magistrados
II – estiver respondendo a processo admi-
nistrativo disciplinar, ou houver recebido
qualquer punição dessa natureza nos últi-
mos dois anos; CAPÍTULO I
DAS PENAS APLICÁVEIS
III – tenha despachos ou sentenças penden-
E DO PROCEDIMENTO
tes além do prazo legal, injustificadamente;
IV – haja usufruído de idêntico benefício Art. 431. São penas disciplinares:
nos últimos cinco anos; I – advertência;
V – apresentar baixa produtividade no exer- II – censura;
cício da função.
III – remoção compulsória;
Art. 428. Não terá direito à percepção de diárias
o magistrado que se afastar para realização de IV – disponibilidade;
curso de longa duração, salvo se a sua participa-
V – aposentadoria compulsória;
ção for obrigatória ou de iniciativa da Adminis-
tração do Tribunal. VI – demissão.
Parágrafo único. Nos demais casos, o Tribu- § 1º Os deveres do magistrado são os pre-
nal poderá deferir o pagamento de diárias, vistos na Constituição Federal, na Lei Com-
na forma da lei. plementar nº 35, de 1979, nas disposições
do Código de Processo Civil e do Código de
Art. 429. Poderá ser autorizado, ainda, e pelo
Processo Penal, bem como nas Resoluções
prazo estabelecido pelo Tribunal, o afastamen-
do Conselho Nacional de Justiça. (Redação
to:
dada pela ER nº 01/2016 -DJe nº 1882 de
I – de magistrado que não se licenciou du- 13/09/2016).
rante a participação no curso, para elabora-
§ 2º Na instrução do processo serão inquiri-
ção do trabalho de conclusão;
das no máximo oito testemunhas de acusa-
II – quando necessário para a apresentação ção e até oito de defesa.
ou defesa do trabalho de conclusão.
Art. 432. O magistrado negligente no cumpri-
Art. 430. O gozo de férias pelo magistrado, sem- mento dos deveres do cargo está sujeito à pena
pre acrescidas da metade deverá coincidir com de advertência; na reiteração e nos casos de
as férias na instituição de ensino promotora do procedimento incorreto, a pena será de censu-
curso. ra, se a infração não justificar punição mais gra-
ve.

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Art. 433. O magistrado será removido compul- respectivos autos à Presidência do Tribunal de
soriamente, por interesse público, quando in- Justiça.
compatibilizado para o exercício funcional em
qualquer órgão fracionário do Tribunal, na Vara § 1º O Presidente do Tribunal, mediante
ou na Comarca em que atue; não havendo vaga, ofício, nas quarenta e oito horas seguintes,
ficará em disponibilidade até ser aproveitado na determinará a entrega, ao magistrado, de
primeira que ocorrer. cópia do teor da acusação e das provas exis-
tentes, para que ofereça defesa preliminar,
Art. 434. O magistrado será posto em disponi- no prazo de quinze dias, a contar do efetivo
bilidade, com vencimentos proporcionais ao recebimento.
tempo de serviço, quando a gravidade das fal-
tas não justificar a decretação da aposentadoria § 2º Findo o prazo da defesa preliminar,
compulsória. haja ou não sido apresentada, o Presidente
convocará o Órgão Especial para que decida
§ 1º O magistrado posto em disponibilida- sobre a instauração do processo administra-
de por determinação do Órgão Especial so- tivo, sendo Relator o Corregedor-Geral da
mente poderá pleitear o seu aproveitamen- Justiça.
to após dois anos do afastamento;
§ 3º Determinada a instauração do pro-
§ 2º Na hipótese deste artigo, o tempo de cesso administrativo, o respectivo acórdão
disponibilidade não será computado, senão conterá, de acordo com a deliberação do
para efeito de aposentadoria. Órgão Especial, a imputação dos fatos e a
delimitação do teor da acusação; na mesma
Art. 435. O magistrado será aposentado com- sessão, será sorteado o Relator, não haven-
pulsoriamente, por interesse público, com do Revisor.
proventos proporcionais ao tempo de serviço,
quando: § 4º Por maioria absoluta de seus membros,
o Órgão Especial poderá, motivadamente,
I – manifestamente negligente no cumpri- determinar a instauração de processo admi-
mento de seus deveres; nistrativo disciplinar e, se for o caso, afastar
II – seu procedimento for incompatível com preventivamente o magistrado, pelo prazo
a dignidade, a honra e o decoro de suas fun- de noventa dias, prorrogável até o dobro,
ções; assegurados os vencimentos e as vantagens
até a decisão final; o prazo de afastamento
III – demonstrar escassa ou insuficiente ca- poderá, ainda, ser prorrogado em razão de
pacidade de trabalho, ou cujo proceder fun- delonga decorrente do exercício do direito
cional seja incompatível com o bom desem- de defesa.
penho das atividades do Poder Judiciário.
§ 5º O afastamento do magistrado poderá
Art. 436. Compete ao Órgão Especial o processo também ser determinado na fase de sindi-
administrativo disciplinar contra o magistrado cância se o fato assim o recomendar, obser-
para a aplicação de qualquer das penalidades vando-se, no que couber, o disposto no § 4º
previstas no art. 431 deste Regimento. deste artigo.
Art. 437. O processo será iniciado pelo Órgão § 6º O Relator determinará a citação do ma-
Especial, por proposta do Corregedor-Geral da gistrado para apresentar defesa em quinze
Justiça, após prévia sindicância, se necessária; dias, encaminhando-lhe cópia do acórdão
o Corregedor-Geral da Justiça baixará Portaria do Órgão Especial; em seguida decidirá so-
que conterá a imputação dos fatos e a delimi- bre a produção de provas que se fizerem
tação do teor da acusação, com remessa dos necessárias, podendo delegar poderes, para

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colhê-las, a Juiz de Direito de entrância su- II – o incidente seguirá o procedimento para
perior à do acusado. aposentadoria por incapacidade previsto no
capítulo III deste Título, no que couber.
§ 7º O magistrado e seu procurador serão
intimados de todos os atos, e o Relator po- Art. 439. O Corregedor-Geral da Justiça, no caso
derá interrogar o magistrado sobre os fatos de magistrados de primeiro grau, ou o Presiden-
imputados, designando dia, hora e local, te do Tribunal, nos demais casos, que tiver ciên-
bem como determinando a intimação do cia de irregularidade é obrigado a promover a
acusado e de seu procurador. apuração imediata dos fatos.
§ 8º Finda a instrução, o magistrado ou seu
procurador terá vista dos autos, por dez
dias, para razões. CAPÍTULO II
§ 9º Após o visto do Relator, serão remeti- DA DEMISSÃO DE MAGISTRADO
das aos Desembargadores do Órgão Espe- NÃO VITALÍCIO
cial, cópias da Portaria do Corregedor-Geral
da Justiça, do acórdão do Órgão Especial, da Art. 440. O magistrado não vitalício perderá o
defesa prévia e das razões do magistrado, cargo por proposta do Conselho da Magistratu-
além de outras peças determinadas pelo ra, acolhida pelo voto da maioria absoluta dos
Relator. integrantes do Órgão Especial do Tribunal de
Justiça.
§ 10. Depois do relatório e da sustentação
oral, serão colhidos os votos. A punição do § 1º A pena de demissão será aplicada em
magistrado somente será imposta pelo voto caso de falta grave cometida pelo Juiz não
da maioria absoluta do Órgão Especial. vitalício e nas hipóteses de manifesta ne-
gligência no cumprimento dos deveres do
§ 11. Da decisão somente será publicada a cargo, de procedimento incompatível com a
conclusão. dignidade, a honra e o decoro de suas fun-
§ 12. Se o Órgão Especial concluir pela exis- ções, de escassa ou insuficiente capacidade
tência de indícios bastantes de crime de de trabalho, ou se o proceder funcional for
ação pública, o Presidente do Tribunal re- incompatível com o bom andamento das
meterá ao Ministério Público cópia dos au- atividades do Poder Judiciário.
tos. § 2º O procedimento será, a qualquer tem-
§ 13. Em se tratando de falta disciplinar co- po, instaurado dentro do biênio inicial pre-
metida por Desembargador, a sindicância, visto na Constituição Federal, mediante
o início do processo administrativo e a re- provocação do Conselho da Magistratura ao
latoria caberão ao Presidente do Tribunal, Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
observadas as regras deste artigo. § 3º Poderá o Órgão Especial, se concluir
Art. 438. No caso de a defesa suscitar invali- não ser o caso de pena de demissão, aplicar
dez parcial ou total, temporária ou permanen- as de remoção compulsória, censura ou ad-
te, para o exercício do cargo, o magistrado será vertência, vedada a disponibilidade.
afastado das suas funções sem prejuízo de seus § 4º No caso de aplicação de alguma das pe-
vencimentos, e será instaurado incidente pró- nas do § 3º deste artigo, o Juiz não vitalício
prio em autos apartados, sendo observado que: ficará impedido de ser promovido ou remo-
I – o processo administrativo e o prazo pres- vido enquanto não decorrer um ano da pu-
cricional da pretensão punitiva ficarão sus- nição imposta.
pensos até o julgamento final do incidente;

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§ 5º Na hipótese de haver restrições à con- mais dez, ofereça razões para defesa de seus di-
firmação do magistrado vitaliciando na reitos, podendo juntar documentos.
carreira, o Conselho da Magistratura enca-
minhará ao Órgão Especial proposta de sua § 1º Quando a invalidez resultar de doença
demissão, que suspenderá o curso do prazo mental, será nomeado curador ao magistra-
de vitaliciamento. do, sem prejuízo da defesa que ele próprio
queira oferecer ou tenha oferecido.
§ 6º O procedimento será o previsto no art.
437 e seus parágrafos deste Regimento, as- § 2º Decorrido o prazo de defesa, com ou
segurados o contraditório e a ampla defesa. sem resposta, o Relator nomeará junta de
três médicos, de reconhecida competência,
§ 7º Somente pelo voto da maioria absoluta sempre que possível especialistas, para pro-
dos integrantes do Órgão Especial será ne- ceder ao exame do magistrado, no prazo de
gada a confirmação do magistrado na car- dez dias, ordenando as diligências pertinen-
reira. tes.
§ 8º Negada a vitaliciedade, o Presidente do § 3º O magistrado, antes do exame ou no
Tribunal de Justiça expedirá o ato de exone- decurso do prazo de dez dias, poderá arguir
ração. motivo legítimo contra a nomeação dos pe-
ritos, cabendo ao Relator julgar a arguição,
irrecorrivelmente.

CAPÍTULO III Art. 443. Na hipótese do § 1º do art. 442 deste


Regimento, o magistrado será afastado, desde
DA APOSENTADORIA
logo, do exercício do cargo, até decisão final a
POR INCAPACIDADE ser proferida no prazo de sessenta dias.
Art. 441. O processo para verificação da incapa- § 1º Se o examinado se encontrar fora do
cidade física de magistrado será instaurado após Estado, a nomeação da comissão de médi-
dois anos de licença reiterada para tratamento cos e a realização do exame serão depreca-
de saúde, em períodos contínuos ou não, a re- das.
querimento do interessado ou mediante porta-
ria baixada pelo Presidente do Tribunal. § 2ºNo caso de incapacidade mental, o
curador poderá assistir ao exame e requerer
§ 1º A portaria pode ser lavrada de ofício ou o que for de direito.
em atendimento a deliberação do Órgão Es-
pecial, ou por provocação da Corregedoria- Art. 444. Se o magistrado recusar-se a se sub-
-Geral da Justiça. meter ao exame médico, o julgamento far-se-á
com apoio em qualquer outra espécie de prova.
§ 2º No caso de doença grave e irreversível,
incompatível com o exercício da judicatu- Art. 445. Efetuado ou não o exame, será aberto
ra, o procedimento será instaurado, quan- o prazo de dez dias para as alegações finais.
do requerida nova licença para tratamento Art. 446. Recebidos os autos, pedirá o Relator
de saúde, se o magistrado, no biênio, hou- a designação de sessão do Órgão Especial, com
ver se afastado, ao todo, por seis meses ou limitação de presença, para o julgamento do fei-
mais. to.
Art. 442. Distribuída a portaria ou o requeri- § 1º No julgamento, depois do relatório, po-
mento, o Relator sorteado mandará notificar o derá o procurador ou o curador do magis-
magistrado, com cópia da ordem inicial, para trado oferecer sustentação oral.
que, no prazo de quinze dias, prorrogável por

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§ 2º A aprovação da proposta de aposenta- Art. 451. Se a decisão concluir pela reversão, o
doria por invalidez será por maioria absolu- Presidente do Tribunal expedirá ato preenchen-
ta dos membros do Órgão Especial. do a vaga, se houver; caso contrário, ficará o
magistrado em disponibilidade até a abertura
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o Ór- de vaga.
gão Especial deliberará, motivadamente,
acerca da necessidade, ou não, de o apo-
sentado ser submetido à reavaliação médi-
ca periódica, estabelecendo prazo para tan- CAPÍTULO V
to; nesse caso, deverá ser observada a regra
DO PROCEDIMENTO
do § 2º do art. 442 deste Regimento.
POR EXCESSO DE PRAZO
Art. 447. Concluído o julgamento pela incapa-
cidade, o Presidente do Tribunal fará expedir o Art. 452. Qualquer parte, o Ministério Público,
ato de aposentadoria. ou a Defensoria Pública poderá representar ao
Corregedor-Geral do Tribunal de Justiça ou ao
Art. 448. Todos os atos do processo deverão ser Conselho Nacional de Justiça contra Juiz ou Re-
completados em prazo que não exceda a ses- lator que injustificadamente exceder o prazo
senta dias, a contar do afastamento do magis- legal ou regimental. (Redação dada pela ER nº
trado do exercício de seu cargo. 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
§ 1º Autuada e numerada a representação e
distribuída ao órgão competente, será orde-
CAPÍTULO IV nada a comunicação ao representado para
DA REVERSÃO E DO que seja ouvido, previamente, no prazo de
APROVEITAMENTO quinze dias.
§ 2º Obtida a manifestação por meio da oi-
Art. 449. A reversão ou aproveitamento do ma- tiva prévia do representado, não sendo caso
gistrado dependerá de pedido do interessado e de arquivamento liminar, será instaurado
de existência de vaga a ser preenchida pelo cri- procedimento para apuração de responsa-
tério de merecimento, podendo o Órgão Espe- bilidade, com a intimação por meio eletrô-
cial deixar de fazer a indicação, no interesse da nico, para que, querendo, apresente sua
Justiça. justificativa no prazo de quinze dias.
§ 1º O requerente será aproveitado em Se- § 3º Sem prejuízo das sanções administra-
ção Judiciária, em Comarca de igual entrân- tivas cabíveis, em até quarenta e oito horas
cia ou no cargo que ocupava anteriormente. após a apresentação ou não das justificati-
§ 2º O magistrado que desejar reverter à vas, o representado poderá ser intimado
atividade deverá provar sua aptidão física para que em dez dias pratique o ato. (Reda-
e mental, mediante laudo de inspeção de ção dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882
saúde, passado pelo Centro de Assistência de 13/09/2016).
Médica e Social do Tribunal de Justiça, na § 4º Mantida a inércia, caberá à autoridade
forma do § 2º do art. 442 deste Regimento. competente determinar que os autos sejam
Art. 450. A decisão, ouvido o Conselho da Ma- remetidos ao substituto legal do Juiz ou do
gistratura, será tomada pelo voto da maioria Relator contra o qual se representou, para
absoluta dos membros do Órgão Especial, em decisão em dez dias. (Redação dada pela ER
sessão com limitação de presença. nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).

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§ 5º No caso do Relator, sendo comunicado berá ao Presidente comunicar o representa-


ao Presidente tal inércia, os autos serão re- do, com cópia do referido expediente, por
metidos ao Desembargador que se seguir à meio do sistema Mensageiro, e adotar as
antiguidade daquele que se representou na providências para encaminhamento ao Con-
Seção ou Órgão Especial. Nas Câmaras, po- selho Nacional de Justiça. (Incluído pela ER
derá ocorrer a designação de Juiz de Direito nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Substituto em Segundo Grau para deliberar
nos autos objeto da representação. (Reda-
ção dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 CAPÍTULO VI
de 13/09/2016).
DOS RECURSOS E DAS
Art. 453. Recebida a defesa, ou decorrido o pra- DISPOSIÇÕES GERAIS
zo sem sua apresentação, o Corregedor-Geral
da Justiça, no prazo de dez dias, apresentará o Art. 454. Das decisões proferidas pelo Relator,
processo em mesa, para julgamento na primeira nos procedimentos estabelecidos neste título,
sessão do Órgão Especial. (Redação dada pela caberá agravo regimental.
ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016).
Art. 455. O Presidente do Tribunal ou o Corre-
§ 1º O Corregedor-Geral da Justiça poderá gedor-Geral da Justiça poderão arquivar, de pla-
avocar os autos em que ocorrer o excesso no, qualquer reclamação ou representação que
de prazo, a fim de instruir o julgamento. se mostrar manifestamente infundada ou que
(Redação dada pela ER nº 01/2016 – DJe nº envolver, exclusivamente, matéria jurisdicional,
1882 de 13/09/2016). passível de impugnação pelos recursos ordiná-
rios ou mediante correição parcial.
§ 2º Se a representação for julgada pro-
cedente, o Órgão Especial determinará a § 1º Da decisão do Presidente ou do Corre-
redistribuição do feito, adotando as provi- gedor-Geral da Justiça caberá agravo regi-
dências que entender cabíveis em face da mental ao Órgão Especial ou ao Conselho
responsabilidade funcional apurada contra da Magistratura, respectivamente.
o Juiz. (Redação dada pela ER nº 01/2016 –
§ 2º Após a preclusão administrativa, as
DJe nº 1882 de 13/09/2016).
penalidades definitivamente impostas e as
Art. 453-A. Igual procedimento será adotado alterações decorrentes de recursos julgados
pelo Presidente do Tribunal, de ofício, quando pelo Órgão Especial serão anotadas em fi-
constatado significativo volume de feitos com cha funcional.
excesso de prazo, o qual encaminhará ao Corre-
gedor-Geral de Justiça as informações necessá-
rias para a instauração do procedimento de sua LIVRO V
competência contra magistrado do 1º grau, bem
como ao Conselho Nacional de Justiça, quando
a verificação ocorrer no âmbito de atribuições TÍTULO ÚNICO
de julgador integrante do 2º Grau. (Incluído pela
ER nº 01/2016 – DJe nº 1882 de 13/09/2016). Da Alteração e Interpretação do
Parágrafo único. Caso a representação con- Regimento e das Disposições Finais e
tra Desembargador, por excesso injustifica- Transitórias
do dos prazos em determinado processo ou
por ser constatado significativo volume de Art. 456 ao Art. 470
feitos com injustificado excesso de prazo,
FIM!
seja protocolado no Tribunal de Justiça, ca-
BOM ESTUDO!

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Legislação Específica

REGULAMENTO DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ


(Redação dada pelo D.J. 158/15 , Alterado pelo D.J. 160/17)

DECRETO JUDICIÁRIO nº 391 DE 19 DE MAIO DE 1995

Art. 1º Este regulamento estabelece a estrutura DO GABINETE DO SECRETÁRIO:


da Secretaria do Tribunal de Justiça, fixa a com-
petência dos órgãos que o integram e dispõe Art. 3º O Gabinete do Secretário é constitu-
sobre as atribuições dos titulares dos cargos e ído de: (Redação dada pelo D.J. 328/98, Reda-
funções. ção dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J.
160/17)
DA SECRETARIA DO TRIBUNAL I – Chefia de Gabinete:
DE JUSTIÇA
a) Oficial de Gabinete;
Art. 2º A Secretaria é constituída de: b) Assessor de Gabinete;
I – Gabinete do Secretário; c) Auxiliar de Gabinete;
II – Gabinete do Subsecretário; II – Assessoria Jurídica, (Redação dada pelo
III – Departamento Judiciário; D.J. 158/15)

VII – Departamento de Gestão de Servi- III – Assessoria de Controle de Resultados:


ços Terceirizados; (Redação dada pelo D.J. (Redação dada pelo D.J. 158/15)
297/98, Redação dada pelo D.J. 222/00, IV – Centro de Assistência Médica e Social:
Redação dada pelo D.J. 1000/13, Redação (Renumerado pelo D.J. 158/15) a) Supervi-
dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J. são do Centro de Assistência Médica e So-
160/17) cial: (Redação dada pelo D.J. 207/00)
VIII – Departamento de Engenharia e Ar- b) Seção Médica:
quitetura. (Redação dada pelo D.J. 297/98,
Redação dada pelo D.J. 141/00, Revogado b.1) Serviço de Clínica Médica;
pelo D.J. 158/15 , Redação dada pelo D.J.
160/17) b.2) Serviço de Clínica Cirúrgica;

IX – Departamento de Tecnologia de Infor- b.3) Serviço de Clínica Pediátrica;


mação e Comunicação (Redação dada pelo b.4) Serviço de Perícia Médica; (Incluído
D.J. 160/17) pelo D.J. 158/15)
c) Seção de Enfermagem:
c.1) Serviço de Vacinação;

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d) Seção de Psicologia: c.3) Serviço de Compras e Controle de Es-
toques e Almoxarifado; (Redação dada pelo
d.1) Serviço de Psicologia para Adultos; (Re- D.J. 87/00)
dação dada pelo D.J. 207/00)
c.4) Serviço de Conservação e Limpeza; (Re-
d.2) Serviço de Psicologia para Adolescen- dação dada pelo D.J. 87/00)
tes; (Redação dada pelo D.J. 335/96, Reda-
ção dada pelo D.J. 207/00) c.5) Serviço de Atendimento Alimentar; (Re-
dação dada pelo D.J. 87/00)
d.3) Serviço de Psicologia Infantil; (Incluído
pelo D.J. 207/00) c.6) Serviço de Lavanderia. (Redação dada
pelo D.J. 87/00)
e) Seção de Serviço Social:
O Art. 3º do Regulamento vai até o inciso
e.1) Serviço de Atendimento Psiquiátrico; VIII falando e estruturando a constituição
(Incluído pelo D.J. 335/96, Redação dada do gabinete do secretário.
pelo D.J. 207/00, Redação dada pelo D.J.
158/15) Art. 4º Ao Secretário do Tribunal de Justiça
compete: (Redação dada pelo D.J. 842/11, Re-
f) Seção Odontológica: (Redação dada pelo dação dada pelo D.J. 158/15 , Alterado pelo D.J.
D.J. 335/96) 160/17)
f.1) Serviço Clínico (Incluído pelo D.J. I – supervisionar todos os serviços da Se-
614/97) cretaria, orientando-os, coordenando-os,
f.2) Serviço Cirúrgico (Incluído pelo D.J. fiscalizando-os e respondendo por sua re-
614/97) gularidade; (Redação dada pelo D.J. 158/15
, Alterado pelo D.J. 160/17)
f.3) Serviço Técnico-Administrativo; (Incluí-
do pelo D.J. 614/97) II – velar pela disciplina, ordem, guarda, as-
seio e conservação dos prédios e do patri-
g) Seção de Apoio Administrativo: (Incluído mônio do Poder Judiciário;
pelo D.J. 158/15)
III – despachar pessoalmente com o Presi-
g.1) Serviço de Atendimento ao Público e dente do Tribunal;
Digitação; (Incluído pelo D.J. 158/15)
IV – secretariar as sessões do Tribunal Pleno
V – Centro de Educação Infantil (Redação e do Órgão Especial;
dada pelo D.J. 87/00, Redação dada pelo
D.J. 208/00, Renumerado pelo D.J. 158/15) V – fazer cumprir as determinações do Pre-
sidente do Tribunal;
a) Supervisão;
VI – propor ao Presidente do Tribunal pro-
b) Assessoria Pedagógica; vidências para aperfeiçoar os serviços da
c) Seção Administrativa: (Redação dada pelo Secretaria; (Redação dada pelo D.J. 158/15,
D.J. 614/97, Redação dada pelo D.J. 87/00) Alterado pelo D.J. 160/17)

c.1) Serviço de Atendimento à Secretaria, VII – delegar atribuições aos Subsecretário,


Digitação, Papelaria e Material Didático; Diretores de Departamento, Coordenado-
(Redação dada pelo D.J. 87/00) res, Supervisores e Assessores, de acordo
com as necessidades do serviço; (Redação
c.2) Serviço de Atendimento Externo e dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J.
Transporte Escolar; (Redação dada pelo D.J. 160/17)
87/00)

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VIII – aplicar sanções administrativas as li- despesas com a magistratura e subvenções


citantes e empresas contratadas pelo Tribu- sociais; (Incluído pelo D.J. 158/15)
nal de Justiça previstas no artigo 150 da Lei
Estadual n. 15.608/07; (Redação dada pelo b) a concessão de verbas de adiantamento
D.J. 158/15) a servidores do Quadro de Pessoal da Secre-
taria, de conformidade com o Provimento
IX – aplicar penalidades aos servidores da n.º 01/88, do Tribunal de Contas; (Incluído
Secretaria do Tribunal de Justiça, nos ter- pelo D.J. 158/15 Alterado pelo D.J. 160/17)
mos do artigo 204 da Lei n. 16.024/08; (Re-
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo c) a concessão do Auxílio Funeral, nos
D.J. 160/17) termos do art. 102 da Lei Estadual
nº16.024/2008; (Incluído pelo D.J. 158/15)
X – propor elogios aos servidores que se
destacarem pela disciplina e dedicação ao d) a implantação, em folha de pagamento,
serviço; do auxílio alimentação conforme previsão
da Lei Estadual nº 16.476/2010 e suas alte-
XI – indicar ao Presidente do Tribunal os rações; (Incluído pelo D.J. 158/15)
servidores que devam compor as diversas
Comissões; (Redação dada pelo D.J. 158/15) e) determinar a implantação, em folha de
pagamento, de cotas referentes a salário
XII – emitir pareceres jurídicos em expe- família, na forma prevista em Lei; (Incluído
dientes que tramitem pela Secretaria; (Re- pelo D.J. 158/15)
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo
D.J. 160/17) XIX – lotar os servidores nos diversos órgãos
da Secretaria, excetuados os dos Gabinetes
XIII – emitir Ordens de Serviço; (Redação da Cúpula Diretiva do Poder Judiciário, e
dada pelo D.J. 158/15) dos Gabinetes dos Desembargadores; (Re-
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo
XIV – conceder os benefícios estatutários D.J. 160/17)
aos servidores do Tribunal e serventuários
da Justiça, nos termos da legislação de re- XX – organizar a escala de férias dos servi-
gência ou por delegação do Presidente; (Re- dores do Quadro da Secretaria, a exceção
dação dada pelo D.J. 158/15) dos lotados nos Gabinetes da Cúpula Dire-
tiva e dos Senhores Desembargadores; (Re-
XV – justificar faltas dos servidores ao servi- dação dada pelo D.J. 158/15 , Alterado pelo
ço, na forma da Lei; (Redação dada pelo D.J. D.J. 160/17)
158/15)
XXI – determinar anotações nas fichas de
XVI – Abrir, rubricar e encerrar os livros des- assentamentos funcionais, referentes a li-
tinados aos serviços do Tribunal de Justiça; cenças, férias, comunicações e outras dos
(Redação dada pelo D.J. 158/15) servidores do Tribunal de Justiça; (Redação
XVII – exercer qualquer outro encargo que dada pelo D.J. 158/15)
lhe for atribuído pelo Presidente do Tribu- XXII – analisar os recursos administrativos;
nal; (Redação dada pelo D.J. 158/15) (Redação dada pelo D.J. 158/15)
XVIII – autorizar (Redação dada pelo D.J. XXIII – nos expedientes em que sejam inte-
158/15) ressados os servidores do Tribunal de Justi-
a) despesas até o limite máximo previsto ça: (Redação dada pelo D.J. 158/15)
para a "Modalidade Dispensável de Lici- a) determinar a contagem de tempo de ser-
tação" (Lei n.º 8.666/93), bem como as li- viço; (Incluído pelo D.J. 158/15)
quidações e os pagamentos, excetuadas as

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b) conceder licença especial; (Incluído pelo de expediente; (Redação dada pelo D.J.
D.J. 158/15) 158/15)
c) conceder licença para tratamento de XXXI – expedir certidões afetas às áreas de
saúde, por motivo de doença em pessoa atuação do Centro de Protocolo Judiciário
da família e a gestante; (Incluído pelo D.J. Estadual e Arquivo Geral; (Redação dada
158/15) pelo D.J. 158/15)
d) conceder horário especial de trabalho a XXXII – autorizar, no âmbito da Secretaria
funcionário estudante. (Incluído pelo D.J. do Tribunal, os servidores do Poder Judi-
158/15) ciário ou de outro órgão, desde que regu-
larmente cedidos a este Poder, a conduzir
e) conceder, transferir, cassar ou interrom- veículos oficiais da frota deste Tribunal: (Re-
per as férias dos servidores da Secretaria do dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo
Tribunal, observando o disposto no item an- D.J. 160/17)
terior; (Incluído pelo D.J. 158/15, Alterado
pelo D.J. 160/17)
XXIV – expedir certidões de documentos Incisos Revogados.
arquivados ou em trâmite na Secretaria do
Tribunal: (Redação dada pelo D.J. 158/15, Art. 5º Ao Chefe de Gabinete do Secretário com-
Alterado pelo D.J. 160/17) pete: (Redação dada pelo D.J. 158/15, Alterado
pelo D.J. 160/17)
XXV – representar ao Presidente do Tribu-
nal sobre eventuais faltas funcionais dos I – supervisionar todo serviço afeto ao Ga-
servidores, sugerindo as medidas cabíveis; binete, orientando o cumprimento das or-
(Redação dada pelo D.J. 158/15) dens superiores; (Redação dada pelo D.J.
158/15)
XXVI – registrar diplomas de bacharel em
Direito; (Redação dada pelo D.J. 158/15) II – elaborar e, após aprovada, fazer expedir
a correspondência pessoal do Secretário,
XXVII – autorizar anotação de diplomas, bem como estudar os expedientes que lhe
certificados de aproveitamento e atestados forem encaminhados; (Alterado pelo D.J.
de frequência de cursos, nas fichas de as- 160/17)
sentamentos funcionais dos servidores do
Tribunal de Justiça; (Redação dada pelo D.J. III – recepcionar e anunciar as autoridades,
158/15) observando o protocolo sobre a espécie;
(Redação dada pelo D.J. 158/15)
XXVIII – expedir certidões em sua área de
atuação; (Redação dada pelo D.J. 158/15) IV – marcar audiências solicitadas, de acor-
do com a agenda do Secretário; (Redação
XXIX – autorizar o pagamento de diárias e dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J.
ajuda de custo aos servidores definidos no 160/17)
artigo 123 e seus Incisos, do Código de Or-
ganização e Divisão Judiciária do Estado; V – exercer outras atribuições que lhe forem
após delegação do Presidente do Tribunal; conferidas pelo Secretário; (Redação dada
(Redação dada pelo D.J. 158/15) pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J. 160/17)

XXX – conforme o caso e a seu critério, a Art. 6º Ao Oficial de Gabinete do Secretário


permanência de servidores em qualquer compete: (Redação dada pelo D.J. 158/15, Alte-
dependência do Tribunal, fora do horário rado pelo D.J. 160/17)

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I – desempenhar com presteza e urbanida- VII – exercer demais atribuições no âmbito


de as tarefas que lhe forem atribuídas; de sua competência.
II – colaborar no atendimento de partes que Art. 9º À Assessoria Jurídica do Gabinete do
compareçam ao Gabinete; Secretário compete: (Redação dada pelo D.J.
842/11, Redação dada pelo D.J. 158/15, Altera-
III – exercer demais atividades no âmbito de do pelo D.J. 160/17)
sua competência.
I – prestar assessoramento jurídico e admi-
Art. 7º Ao Assessor de Gabinete do Secretário nistrativo ao Secretário;
compete: (Redação dada pelo D.J. 842/11, Re-
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo D.J. II – realizar pesquisa de legislação, doutrina
160/17) e jurisprudência sobre assuntos pertinentes
à Administração do Tribunal de Justiça;
I – analisar e minutar decisões em matéria
de competência do Secretário; (Redação III – analisar, emitir parecer e minutar deci-
dada pelo D.J. 842/11, Redação dada pelo sões em matéria de competência do Secre-
D.J. 158/15, Alterado pelo D.J. 160/17) tário, em especial, abertura e prorrogação
de concurso público, convênios, exceto os
II – analisar e minutar decisões em pedidos assuntos referentes aos Juizados Especiais;
de reconsideração de decisões exaradas realização de cursos e congressos por servi-
pelo Secretário e em recursos administra- dores promovidos pela Escola dos Servido-
tivos das decisões exaradas pelos Diretores res do Poder Judiciário – ESEJE, instauração
e Supervisores Administrativos. (Redação de procedimento administrativo disciplinar
dada pelo D.J. 842/11, Redação dada pelo e pedido de providências contra servidores
D.J. 158/15, Alterado pelo D.J. 160/17) do Quadro de Pessoal da Secretaria, pedi-
Art. 8º Ao Auxiliar de Gabinete do Secretário dos de enquadramento funcional, de recon-
compete: (Redação dada pelo D.J. 158/15, Alte- sideração e recursos administrativos, esses
rado pelo D.J. 160/17) dois últimos quando disserem respeito aos
assuntos tratados neste artigo;
I – auxiliar o Oficial de Gabinete no atendi-
mento de partes e nos demais serviços ine- IV – elaborar estudos, quando determina-
rentes ao cargo; do, sobre outras matérias de cunho jurídi-
co-administrativo levada a exame do Secre-
II – digitar todo o serviço do Gabinete; (Re- tário e do Presidente;
dação dada pelo D.J. 158/15)
V – elaborar ou revisar minutas de antepro-
III – manter ordenadamente arquivadas as jetos de lei e propostas de atos normativos
cópias dos serviços que forem digitados. sobre assuntos pertinentes à Administração
(Redação dada pelo D.J. 158/15) do Tribunal de Justiça, por determinação do
IV – arquivar a correspondência recebida e Secretário ou Presidente; (Incluído pelo D.J.
atendida, após determinação neste sentido; 842/11, Redação dada pelo D.J. 158/15, Al-
terado pelo D.J. 160/17)
V – proceder a digitação das atas do Tribu-
nal Pleno e do Órgão Especial, dos Termos VI – responder à consultas jurídicas formu-
de Posse e de Certidões; (Redação dada ladas ou encaminhadas pelo Secretário ou
pelo D.J. 158/15) Presidente. (Incluído pelo D.J. 842/11, Re-
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo
VI – atender ao público quando solicitado, D.J. 160/17)
especificamente com referência ao registro
de diplomas e entrega de certidões;

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§ 1º Ao Coordenador da Assessoria Jurídica, IV – assessorar o Presidente do Tribunal de
que deverá ser ocupante do cargo de Asses- Justiça nas questões parlamentares; (Incluí-
sor Jurídico efetivo, do Quadro de Pessoal do pelo D.J. 160/17)
da Secretaria, incumbe coordenar os servi-
ços afetos ao setor e das demais Assessorias V – supervisionar a alocação e o preenchi-
Jurídicas do Tribunal, para fins de unificação mento das vagas de estágio no Tribunal de
da jurisprudência administrativa, orientan- Justiça. (Incluído pelo D.J. 160/17)
do o seu cumprimento. (Incluído pelo D.J.
744/11, Redação dada pelo D.J. 842/11, Re- DO CENTRO DE ASSISTÊNCIA
dação dada pelo D.J. 158/15, Alterado pelo MÉDICA E SOCIAL (12)
D.J. 160/17)
Art. 10. Ao Centro de Assistência Médica com-
§ 2º Ao Supervisor da Assessoria Jurídica,
pete: (Redação dada pelo D.J. 396/01)
que deverá ser ocupante do cargo de As-
sessor Jurídico efetivo do Quadro de Pes- a) através da Supervisão:
soal da Secretaria, incumbe supervisionar,
impulsionar e distribuir os processos e ex- I – supervisionar, coordenar e dirigir as ati-
pedientes encaminhados à Assessoria para vidades do Centro de Assistência Médica e
consultas, informações, pareceres e cotas. Social zelando pela regularidade, disciplina
(Incluído pelo D.J. 744/11, Redação dada e ordem do serviço: (Redação dada pelo D.J.
pelo D.J. 842/11, Redação dada pelo D.J. 335/96)
158/15, Alterado pelo D.J. 160/17) II – supervisionar o atendimento médico e
Art. 9º-A. À Assessoria de Controle de Resulta- odontológico, das consultas ou pequenas ci-
dos compete: (Incluído pelo D.J. 158/15) rurgias, a magistrados, servidores do Poder
Judiciário e familiares dependentes, confor-
I – acompanhar as atividades desempenha- me suas necessidades; (Redação dada pelo
das nos departamentos, centros e núcleos; D.J. 335/96)
(Incluído pelo D.J. 158/15)
III – responder pela execução objetiva das
II – elaborar relatórios de acompanhamen- atividades do Centro, supervisionando as
to para subsidiar o processo de tomada de tarefas e orientando os funcionários sobre
decisão; (Incluído pelo D.J. 158/15) os seus deveres, obrigações e direitos; (Re-
dação dada pelo D.J. 335/96)
III – exercer demais atividades que lhe fo-
rem atribuídas. (Incluído pelo D.J. 158/15) IV – gerenciar a implantação e o desenvol-
vimento de programas afetos a área; (Reda-
Art. 9º-B. Ao Subsecretário do Tribunal de Justi-
ção dada pelo D.J. 335/96)
ça compete: (Incluído pelo D.J. 160/17)
V – prestar a supervisão técnica especializa-
I – substituir o Secretário do Tribunal de
da nas áreas pertencentes ao Centro; (Re-
Justiça nas férias, licenças, ausências ou im-
dação dada pelo D.J. 335/96)
pedimentos eventuais; (Incluído pelo D.J.
160/17) VI – assinar os laudos médico-periciais e
presidir a Junta Médica, quando designado;
II – atuar por delegação do Secretário ou do
(Redação dada pelo D.J. 335/96)
Presidente do Tribunal de Justiça; (Incluído
pelo D.J. 160/17) VII – exercer outras atividades determinada
por seu superior. (Redação dada pelo D.J.
III – Coordenar as ações dos departamentos
335/96)
de infraestrutura da Secretaria do Tribunal
de Justiça; (Incluído pelo D.J. 160/17) b) através da Seção Médica e seus Serviços:

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I – prestar assistência médica aos magistra- V – efetuar curativos e eletrocardiogramas,


dos, funcionários do Poder Judiciário e os mediante indicação médica; (Redação dada
respectivos familiares, nos consultórios do pelo D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J.
Centro de Assistência Médica e Social do 207/00)
Tribunal de Justiça; (Redação dada pelo D.J.
335/96) VI – prestar atendimento domiciliar, quando
necessário, a critério do médico assistente;
II – realizar pequenas cirurgias dentro das (Redação dada pelo D.J. 335/96, Redação
possibilidades do Centro de Assistência Mé- dada pelo D.J. 207/00)
dica Social; (Redação dada pelo D.J. 335/96)
VII – manter sob sua responsabilidade o es-
III – compor a Junta Médica do Poder Judici- toque de medicamentos do Centro de Assis-
ário, conforme designação; (Redação dada tência Médica e Social; (Redação dada pelo
pelo D.J. 335/96) D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J. 207/00)
IV – inspecionar e orientar os serviços pa- VIII – atender o serviço de oxigenoterapia
ramédicos a serem executados; (Redação aplicando inalações e similares; (Redação
dada pelo D.J. 335/96) dada pelo D.J. 335/96, Redação dada pelo
D.J. 207/00)
V – solicitar informações externas de ca-
ráter profissional médico sempre que ne- IX – controlar e esterilizar materiais segun-
cessárias, para avaliação pericial; (Redação do normas técnicas; (Redação dada pelo
dada pelo D.J. 335/96) D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J. 207/00)
VI – elaborar laudos médicos-periciais sem- X – exercer outras atividades que lhe forem
pre que necessário; (Redação dada pelo D.J. atribuídas; (Redação dada pelo D.J. 335/96,
335/96) Redação dada pelo D.J. 207/00)
VII – exercer outras atribuições que lhe d) através da Seção de Psicologia e seus Ser-
forem determinadas; (Incluído pelo D.J. viços :
335/96)
I – realizar avaliação psicológica para adul-
c) através da Seção de enfermagem e seus tos e adolescentes, psicodiagnóstico, psi-
Serviços : coterapia, avaliação psicológica, orientação
aos pais, avaliação do estado mental para
I – prestar atendimento aos magistrados e candidatos que ingressam no Poder Judici-
servidores do Poder Judiciário e seus res- ário, perícias em caso de designação, ava-
pectivos dependentes; (Redação dada pelo liação psicológica de candidatos à Adoção
D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J. 207/00) Internacional (CEJA);
II – assistir e auxiliar os trabalhos médicos; II – realizar a orientação vocacional de ado-
(Redação dada pelo D.J. 335/96, Redação lescentes;
dada pelo D.J. 207/00)
III – aplicar e avaliar testes psicológicos,
III – programar, desenvolver e executar cam- orientação psicopedagógica de crianças
panha de vacinação; (Redação dada pelo em tratamento, orientação a familiares e
D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J. 207/00) encaminhamentos, atendimento psicoterá-
IV – administrar medicação com receitu- pico das famílias: (Redação dada pelo D.J.
ário médico, no consultório do Centro de 335/96)
Assistência Médica e Social ou a domicílio,
quando necessário; (Redação dada pelo D.J.
335/96, Redação dada pelo D.J. 207/00)

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IV – atender as crianças da Creche e Pré-Es- VIII – desenvolver atividades de caráter
cola do Centro Social Infantil; (Incluído pelo preventivo e cientifico; (Incluído pelo D.J.
D.J. 335/96) 335/96)
V – exercer outras atribuições afins que IX – entrevistar candidatos para admis-
lhe forem determinadas. (Incluído pelo D.J. são ao Poder Judiciário; (Incluído pelo D.J.
335/96) 335/96)
e) através da Seção de Serviço Social e seus X – implementar ações voltadas a adequada
Serviços: preparação de funcionários em vias de apo-
sentadoria por invalidez; (Incluído pelo D.J.
I – desenvolver programas de caráter cura- 335/96)
tivo, preventivo e promocional, visando o
equilíbrio psicossocial do funcionário, tanto XI – prestar atendimento preventivo e assis-
em sua vida funcional como familiar, atra- tencial a funcionários e familiares, em rela-
vés da elaboração, implantação e execução ção a AIDS; (Incluído pelo D.J. 335/96)
de projetos sociais;
XII – exercer outras atribuições afins que
II – atender os funcionários, prevenindo lhe forem determinadas. (Incluído pelo D.J.
problemas de saúde, que venha interferir 335/96)
em seu desempenho funcional e relacio-
namento familiar; (Redação dada pelo D.J. f) através da Seção Odontológica e seus Ser-
335/96) viços: (Redação dada pelo D.J. 335/96, Re-
dação dada pelo D.J. 614/97)
III – minimizar e prevenir tensões existentes
no ambiente de trabalho, contribuindo para I – prestar assistência odontológica aos Ma-
a melhoria das relações interpessoais e da gistrados, funcionários e respectivos depen-
qualidade de vida dos funcionários; (Reda- dentes, nos consultórios da Seção Odonto-
ção dada pelo D.J. 335/96) lógica do Tribunal de Justiça, de acordo com
as possibilidades técnicas do serviço; (Reda-
IV – realizar acompanhamento dos funcio- ção dada pelo D.J. 335/96)
nários e familiares portadores de distúr-
bios psiquiátricos; (Redação dada pelo D.J. II – atender, preventiva e profilaticamente,
335/96) as crianças a partir da primeira dentição,
com extensão ao atendimento a creche;
V – controlar as licenças para tratamento de (Redação dada pelo D.J. 335/96)
saúde (Redação dada pelo D.J. 335/96)
III – compor a Junta de Inspeção de Saú-
VI – atender os funcionários que se encon- de Dentária, quando designada; (Redação
tram em licença, para tratamento de saúde, dada pelo D.J. 335/96)
acompanhando–os, bem como a sua famí-
lia, durante e após o tratamento, através IV – realizar compras de acordo com a ne-
de visitas domiciliares, hospitalares, en- cessidade da Seção Odontológica. (Incluído
trevistas e orientações; (Incluído pelo D.J. pelo D.J. 335/96, Redação dada pelo D.J.
335/96) 614/97)

VII – colocar à disposição de funcionários V – coordenar os serviços de raio-X, odonto-


e familiares informações sobre os diversos pediatria, profilaxia, exodontia, periodontia
recursos existentes na comunidade, assim e endodontia; (Incluído pelo D.J. 614/97)
como os critérios e as possibilidades de VI – coordenar e controlar as doenças infec-
acesso a esses recursos; (Incluído pelo D.J. to bacteriológica (esterilização); (Incluído
335/96) pelo D.J. 614/97)

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VII – atender a manutenção e conserva- DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL


ção dos equipamentos; (Incluído pelo D.J.
614/97) Art. 11. Ao Centro de Educação Infantil com-
pete: (Redação dada pelo D.J. 87/00, Redação
VIII – exercer outras atribuições afins que dada pelo D.J. 208/00)
lhe forem determinadas. (Incluído pelo D.J.
614/97) a) através da Supervisão:
h) através da Seção de Apoio Administrativo I – direcionar o trabalho com justiça, hones-
e seus serviços: (Incluído pelo D.J. 207/00) tidade e boa vontade, sempre estabelecen-
do boas relações entre funcionários, pais,
I – supervisionar todo o serviço administra- cúpula diretiva e Secretaria do Tribunal de
tivo; (Incluído pelo D.J. 207/00) Justiça; (Redação dada pelo D.J. 87/00)
II – coordenar os serviços de forma a agilizar II – distribuir, controlar e supervisionar o
o atendimento ao usuário; (Incluído pelo trabalho dos membros da equipe de acordo
D.J. 207/00) com as suas atribuições;
III – organizar e manter atualizado o fichário III – representar a entidade junto a órgãos
de funcionários e seus dependentes, bem educacionais municipais e estaduais; (Reda-
como as fichas microfilmadas; (Incluído ção dada pelo D.J. 87/00)
pelo D.J. 207/00)
IV – administrar o estabelecimento, proven-
IV – supervisionar a confecção de laudos do de bens móveis e alimentação necessá-
de posse, licenças para tratamento de saú- rios ao funcionamento da mesma, respon-
de, juramentação, aposentadoria; (Incluído dendo junto à Secretaria do Tribunal de
pelo D.J. 207/00) Justiça; (Redação dada pelo D.J. 87/00)
V – marcar consultas, dar encaminhamento V – elaborar e supervisionar o planejamen-
e demais orientações aos usuários; (Incluí- to de atividades a serem desenvolvidas no
do pelo D.J. 207/00) Centro de Educação Infantil (Incluído pelo
VI – elaborar os laudos emitidos pelos mé- D.J. 87/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
dicos, anotando nas fichas dos pacientes; b) através da Assessoria Pedagógica:
(Incluído pelo D.J. 207/00)
I – planejar, implantar, supervisionar e ava-
VII – prestar pronto atendimento aos usu- liar as atividades pedagógicas adequadas às
ários do Centro; (Incluído pelo D.J. 207/00) diversas idades, visando o desenvolvimento
VIII – elaborar, ofícios, informações, boletim global da criança;
de frequência e demais funções burocráti- II – elaborar, implantar, aferir os instrumen-
cas; (Incluído pelo D.J. 207/00) tos de avaliação individual da criança na
IX – controlar, verificar e providenciar a área supracitada; (Redação dada pelo D.J.
aquisição ou manutenção de equipamen- 87/00)
tos; (Incluído pelo D.J. 207/00) III – prestar atendimento ao Supervisor do
X – exercer outras atividades que lhe forem Centro de Educação Infantil, no exercício
atribuídas. (Incluído pelo D.J. 207/00) de suas funções, respondendo a consultas
e emitindo pareceres; (Redação dada pelo
Parágrafo único: (Incluído pelo D.J. 335/96, D.J. 87/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
Revogado pelo D.J. 670/07)

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IV – contatar outros estabelecimentos con- til; (Redação dada pelo D.J. 87/00, Redação
gêneres, no sentido de aprimorar e atuali- dada pelo D.J. 208/00)
zar o planejamento pedagógico; (Redação
dada pelo D.J. 87/00) XI – controlar e organizar o serviço de secre-
taria; (Redação dada pelo D.J. 87/00)
V – controlar e supervisionar a biblioteca.
(Incluído pelo D.J. 87/00) XII – organizar e manter atualizada a coletâ-
nea das leis, regulamentos, instruções e or-
c) através da Seção Administrativa e seus dens de serviço necessárias ao bom funcio-
Serviços: (Redação dada pelo D.J. 87/00) namento escolar; (Incluído pelo D.J. 614/97,
Redação dada pelo D.J. 87/00)
I – cumprir e fazer cumprir as leis e normas
do ensino e determinações da Supervisão; XIII – zelar pelo uso adequado dos bens
(Redação dada pelo D.J. 87/00) materiais da Secretaria; (Incluído pelo D.J.
87/00)
II – substituir o Supervisor em suas faltas
e impedimentos; (Redação dada pelo D.J. XIV – atender e encaminhar ligações telefô-
87/00) nicas; (Incluído pelo D.J. 87/00)
III – planejar, no início de cada ano, as ati- XV – atender e encaminhar aos Serviços, as
vidades a serem desenvolvidas pela sua visitas recebidas; (Incluído pelo D.J. 87/00)
Seção, estabelecendo um cronograma de
execução e submetendo-o à apreciação do XVI – providenciar orçamentos, quando so-
supervisor; (Redação dada pelo D.J. 87/00) licitado; (Incluído pelo D.J. 87/00)

IV – executar, avaliar e realimentar o plane- XVII – realizar compras diárias, mensais,


jamento proposto em sua área; (Redação semanais de acordo com a necessidade do
dada pelo D.J. 87/00) Centro de Educação Infantil e autorização
da Supervisão; (Incluído pelo D.J. 87/00, Re-
V – redigir e preparar os expedientes para dação dada pelo D.J. 208/00)
despacho do supervisor; (Redação dada
pelo D.J. 87/00) XVIII – controlar permanentemente o esto-
que de gêneros alimentícios, comunicando
VI – elaborar, implantar, supervisionar e à Supervisão a necessidade de reposição;
avaliar as rotinas de limpeza e conservação (Incluído pelo D.J. 87/00)
geral; (Redação dada pelo D.J. 87/00)
XIX – organizar as relações de contas e
VII – efetivar as matrículas dos alunos, de- obrigações a pagar, bem como efetuar os
pois de verificada a exatidão dos documen- pagamentos autorizados pela Supervisão/
tos apresentados; (Redação dada pelo D.J. Direção do Centro de Educação Infantil
87/00) das compras efetuadas; (Incluído pelo D.J.
87/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
VIII – secretariar as reuniões de caráter ad-
ministrativo; (Redação dada pelo D.J. 87/00) XX – orientar e supervisionar as cozinheiras
no preparo das refeições; (Incluído pelo D.J.
IX – controlar e supervisionar o livro ponto 87/00)
dos funcionários; (Redação dada pelo D.J.
87/00) XXI – escriturar o inventário de bens mó-
veis, inclusive material didático; (Incluído
X – atender todo trâmite administrativo pelo D.J. 87/00)
dos processos encaminhados ao Tribunal
de Justiça pelo Centro de Educação Infan-

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d) através da Seção de Atendimento ao f) através da Seção de Atendimento à Edu-


Berçário e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. cação Infantil e seus Serviços: (Incluído pelo
87/00) D.J. 87/00)
I – organizar e manter em ordem o ambien- I – desenvolver as atividades pedagógicas
te, onde se desenvolvem as atividades das junto às crianças de acordo com a propos-
crianças; (Incluído pelo D.J. 87/00) ta educacional desenvolvida; (Incluído pelo
D.J. 87/00)
II – atender as crianças, respeitando seu de-
senvolvimento de acordo com o plano de II – orientar as responsáveis de turma sobre
trabalho; (Incluído pelo D.J. 87/00) os conteúdos a serem desenvolvidos nos
bimestres e encaminhar relatório à Supervi-
III – supervisionar o lactário e a nutrição das são; (Incluído pelo D.J. 87/00)
crianças matriculadas; (Incluído pelo D.J.
87/00) III – orientar as atitudes e procedimentos
das funcionárias, auxiliares de turma e esta-
IV – orientar as atitudes e procedimentos giárias; (Incluído pelo D.J. 87/00)
das funcionárias pertencentes ao serviço;
(Incluído pelo D.J. 87/00) IV – responder pelo inventário de bens mó-
veis do serviço. (Incluído pelo D.J. 87/00)
V – responder pelo inventário dos bens mó-
veis do serviço; (Incluído pelo D.J. 87/00) g) através da Seção de Apoio e seus Servi-
ços: (Incluído pelo D.J. 87/00)
VI – orientar as responsáveis sobre as ativi-
dades a serem desenvolvidos nos bimestres I – promover programas de atendimento
e encaminhar relatórios à Supervisão; (In- junto aos funcionários do estabelecimento,
cluído pelo D.J. 87/00) de acordo com as necessidades apresenta-
das, em conjunto com o Serviço Social da
VII – orientar e supervisionar as funcioná- Divisão Médica do Tribunal de Justiça; (In-
rias quanto a higiene e limpeza dos berçá- cluído pelo D.J. 87/00)
rios. (Incluído pelo D.J. 87/00)
II – desenvolver programas sociais que vi-
e) através da Seção de Atendimento ao Ma- sem o bom atendimento das crianças matri-
ternal e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. culadas no Centro de Educação Infantil; (In-
87/00) cluído pelo D.J. 87/00, Redação dada pelo
I – desenvolver as atividades pedagógicas D.J. 208/00)
junto às crianças, de acordo com a proposta III – promover atividades culturais com as
educacional designada; (Incluído pelo D.J. crianças, de acordo com o planejamento
87/00) feito previamente pelo Supervisor; (Incluído
II – orientar as responsáveis sobre os conte- pelo D.J. 87/00)
údos a serem desenvolvidos nos bimestres IV – promover atividades visando a integra-
e encaminhar relatórios à Supervisão; (In- ção família/escola; (Incluído pelo D.J. 87/00)
cluído pelo D.J. 87/00)
V – atender e orientar individualmente as
III – orientar as atitudes e procedimentos crianças e seus familiares quando apresen-
das funcionárias, auxiliares de sala e estagi- tarem problemas específicos; (Incluído pelo
árias; (Incluído pelo D.J. 87/00) D.J. 87/00)
IV – responder pelo inventário de bens mó- VI – realizar estudo socioeconômico das fa-
veis do serviço. (Incluído pelo D.J. 87/00) mílias requerentes a vagas; (Incluído pelo
D.J. 87/00)

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VII – encaminhar para avaliação médica as DO CENTRO DE APOIO AO FUNDO
crianças que apresentarem, durante o perí- DE REEQUIPAMENTO DO PODER
odo escolar, alguma anormalidade orgâni-
ca; (Incluído pelo D.J. 87/00) JUDICIÁRIO – FUNREJUS
VIII – proceder exames periódicos nas crian- Art. 12. Ao Centro de Apoio ao Fundo de Ree-
ças; (Incluído pelo D.J. 87/00) quipamento do Poder Judiciário- FUNREJUS
compete: (Incluído pelo D.J. 209/00, Renumera-
IX – afastar da Escola as crianças que apre- do pelo D.J. 152/05)
sentarem doenças infectocontagiosas, de-
vendo retornar a frequência, portando a) através da Supervisão: (Incluído pelo D.J.
atestado médico com o CID. da doença; (In- 209/00
cluído pelo D.J. 87/00) I – supervisionar, coordenar e promover o
X – participar de orientação e realização dos desenvolvimento do FUNREJUS para que
trabalhos de estimulação essenciais ao de- sejam atingidas suas finalidades; (Incluído
senvolvimento, em todas as classes, inclusi- pelo D.J. 209/00)
ve berçário; (Incluído pelo D.J. 87/00) II – fixar as diretrizes administrativas opera-
XI – atender os responsáveis no ato da ma- cionais; (Incluído pelo D.J. 209/00)
trícula para esclarecimento de dados fa- III – gerenciar a implantação e o desenvolvi-
miliares, afetivos e outros que auxiliem na mento de programas afetos a área; (Incluí-
adaptação da criança no novo ambiente; do pelo D.J. 209/00)
(Incluído pelo D.J. 87/00)
IV – elaborar, anualmente, relatório das
XII – colaborar no recrutamento e seleção atividades do FUNREJUS; submetendo-o à
dos estagiários, bem como no treinamento apreciação do Conselho Diretor; (Incluído
e supervisão de atividades; (Incluído pelo pelo D.J. 209/00)
D.J. 87/00)
V – prestar a supervisão técnica especializa-
XIII – orientar as crianças nas atividades fí- da nas áreas pertinentes ao Centro; (Incluí-
sicas que propiciem seu desenvolvimento do pelo D.J. 209/00)
integral; (Incluído pelo D.J. 87/00)
VI – exercer outras atividades determina-
XIV – estimular a prática de esportes como das por seus superiores. (Incluído pelo D.J.
um aspecto saudável para o seu desenvolvi- 209/00)
mento; (Incluído pelo D.J. 87/00)
b) através da Assessoria Jurídica: (Incluído
XV- desenvolver nas crianças o senso crítico pelo D.J. 209/00)
e estético; (Incluído pelo D.J. 87/00)
I – instruir os processos a serem encami-
XVI – desenvolver nas crianças o gosto pe- nhadas ao Conselho Diretor; (Incluído pelo
las artes, música e literatura; (Incluído pelo D.J. 209/00)
D.J. 87/00)
II – elaborar pareceres técnicos- jurídicos
XVII – incentivar nas crianças o gosto pelas e informações sobre matéria específica do
brincadeiras infantis e cantigas de roda; (In- FUNREJUS; (Incluído pelo D.J. 209/00)
cluído pelo D.J. 87/00)
III – elaborar minutas de normas inerentes
XVIII – responder pelo inventário de bens ao FUNREJUS; (Incluído pelo D.J. 209/00)
móveis do serviço. (Incluído pelo D.J. 87/00)
IV – prestar assessoramento ao Conselho
Diretor; (Incluído pelo D.J. 209/00)

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V – desenvolver outras atividades correla- I – Receber diariamente as guias de recolhi-


tas. (Incluído pelo D.J. 209/00) mento, encaminhadas pelo banco; (Incluído
pelo D.J. 209/00)
Art. 13. À Divisão Jurídica compete: (Incluído
pelo D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J. 152/05) II – Organizar e controlar o lançamento das
guaias no sistema próprio de controle e ge-
a) Através da Seção de Assessoramento Ju- renciamento; (Incluído pelo D.J. 209/00)
rídico: (Incluído pelo D.J. 209/00)
III – Conferir os lançamentos efetuados; (In-
I – instruir os processos a serem encami- cluído pelo D.J. 209/00)
nhados ao Conselho Diretor; (Incluído pelo
D.J. 209/00) IV – Informar os pedidos de restituição de
recolhimentos incorretos ou em duplicida-
II – dar andamento aos processos encami- de; (Incluído pelo D.J. 209/00)
nhados à Assessoria para consultas e infor-
mações; (Incluído pelo D.J. 209/00) V – Manter atualizado o sistema de contro-
le de guias restituídas; (Incluído pelo D.J.
III – elaborar minutas de normas inerentes 209/00)
ao FUNREJUS (alterações legislativas, decre-
tos judiciários, instruções normativas, por- VI – Elaborar e manter atualizado os relató-
tarias); (Incluído pelo D.J. 209/00) rios gerenciais sobre o comportamento da
arrecadação; (Incluído pelo D.J. 209/00)
IV – elaborar pareceres técnico-jurídicos
e informações sobre matéria específica do VII – Elaborar e manter atualizados os re-
FUNREJUS; (Incluído pelo D.J. 209/00) latórios de controle de receita por fontes,
visando dar suporte às Seções de Contabili-
V – desenvolver outras tarefas correlatas dade e Orçamento nas suas atribuições; (In-
(Incluído pelo D.J. 209/00) cluído pelo D.J. 209/00)
b) Através da Seção de Orientação Jurídico- VIII – Exercer outras atribuições que sejam
-Administrativo: (Incluído pelo D.J. 209/00) relacionadas a arrecadação; (Incluído pelo
I – Prestar assessoramento ao Conselho Di- D.J. 209/00)
retor; (Incluído pelo D.J. 209/00) b) (alínea não prevista)
II – Dar ciência as partes interessadas dos c) através da Seção de Fiscalização e seus
despachos do Conselho Diretor; e parece- serviços: (Incluído pelo D.J. 209/00)
res dos seus membros; (Incluído pelo D.J.
209/00) I – analisar relatórios com a finalidade de
produzir dados estatísticos sobre os recolhi-
III – Solicitar informações em autos de pedi- mentos do FUNREJUS por fonte de receita,
do de providências, reclamações; Inspeção por unidade arrecadadora e quantidade de
e Correições, nas serventias da Capital e In- guias; (Incluído pelo D.J. 209/00)
terior; (Incluído pelo D.J. 209/00)
II – fiscalizar as unidades arrecadadoras no
IV – Desenvolver outras tarefas correlatas. que diz respeito ao preenchimento correto
(Incluído pelo D.J. 209/00) das guias; (Incluído pelo D.J. 209/00)
Art. 14. À Divisão de Arrecadação e Fiscalização III – elaborar e implantar sistema de contro-
compete: (Incluído pelo D.J. 209/00, Renumera- le e avaliação das guias; (Incluído pelo D.J.
do pelo D.J. 152/05) 209/00)
a) Através da Seção de Arrecadação e seus
serviços: (Incluído pelo D.J. 209/00)

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IV – avaliar a segurança e a eficácia dos sis- IX – executar periodicamente as rotinas de
temas de controle da arrecadação; (Incluído auditoria do sistema de contabilidade; (In-
pelo D.J. 209/00) cluído pelo D.J. 209/00)
V – verificar o cumprimento das normas X – elaborar e efetuar os lançamentos ma-
e procedimentos estabelecidos. (Incluído nuais no sistema de contabilidade, quando
pelo D.J. 209/00) necessário; (Incluído pelo D.J. 209/00)
Art. 15. À Divisão de Contabilidade e Orçamen- XI – elaborar e manter atualizado o relatório
to compete; (Incluído pelo D.J. 209/00, Renu- de incorporação de bens móveis e imóveis,
merado pelo D.J. 152/05) resultantes e independentes da execução
orçamentaria; (Incluído pelo D.J. 209/00)
a) Através da Seção de Contabilidade e seus
serviços: (Incluído pelo D.J. 209/00) XII – elaborar e encaminhar a prestação de
contas mensal para a Inspetoria de Contro-
I – contabilizar as receitas de acordo com le Externo do Tribunal de Contas; (Incluído
a Lei de Orçamento; (Incluído pelo D.J. pelo D.J. 209/00)
209/00)
XIII – elaborar, encaminhar e acompanhar
II – efetuar mensalmente a contabilização e o andamento da prestação de contas anual;
o repasse das receitas de terceiros, confor- (Incluído pelo D.J. 209/00)
me a legislação vigente, mantendo relató-
rios atualizados (Incluído pelo D.J. 209/00) XIV – exercer o controle contábil de todos
os atos da gestão orçamentária, financeira e
III – processar toda a documentação relativa patrimonial; (Incluído pelo D.J. 209/00)
a pagamentos, observando a regularidade
dos processos; (Incluído pelo D.J. 209/00) d) através da Seção de Orçamento e seus
serviços: (Incluído pelo D.J. 209/00)
IV – prestar as informações relativas a pro-
cessos de pagamentos; (Incluído pelo D.J. I – auxiliar na elaboração da proposta orça-
209/00) mentária; (Incluído pelo D.J. 209/00)
V – manter organizado o arquivo de pro- II – auxiliar na elaboração do Plano de Apli-
cessos de pagamentos auditados pela Ins- cação, exercendo o controle sobre a sua
petoria de Controle Externo do Tribunal de execução; (Incluído pelo D.J. 209/00)
Contas, de forma a agilizar as consultas; (In-
cluído pelo D.J. 209/00) III – promover a execução orçamentária e
financeira em conformidade com a metas
VI – controlar e fiscalizar a consulta de pro- previstas; (Incluído pelo D.J. 209/00)
cessos já auditados pelo Tribunal de Contas;
(Incluído pelo D.J. 209/00) IV – proceder a classificação orçamentária
das despesas em conformidade com as nor-
VII – exercer o controle sobre os processos mas vigentes; (Incluído pelo D.J. 209/00)
de despesas parciais, dedutivos de empe-
nhos estimativos ou globais; (Incluído pelo V – efetuar os bloqueios estimativos de
D.J. 209/00) recursos, assegurando orçamento para os
bens e serviços que estão em processo de
VIII – efetuar e controlar as aplicações fi- aquisição; (Incluído pelo D.J. 209/00)
nanceiras, mantendo relatórios atualizados;
(Incluído pelo D.J. 209/00) VI – elaborar e manter atualizado o cadastro
de fornecedores; (Incluído pelo D.J. 209/00)

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VII – emitir as notas de empenhos, de estor- c) (alínea não prevista)


no ou de recolhimento; (Incluído pelo D.J.
209/00) d) (alínea não prevista)

VIII – controlar a execução do orçamento, e) através da Seção de Distribuição e Ex-


propondo as alterações orçamentárias ne- pedição e seus serviços: (Incluído pelo D.J.
cessárias; (Incluído pelo D.J. 209/00) 209/00)

IX – elaborar e manter atualizado os relató- I – receber, triar e cadastrar os expedientes


rios gerenciais relativos a execução do Pla- pertinentes ao FUNREJUS; (Incluído pelo
no de Aplicação e do orçamento; (Incluído D.J. 209/00)
pelo D.J. 209/00) II – autuar os processos a fim de providen-
X – elaborar o relatório anual de execução ciar a respectiva distribuição, encaminha-
orçamentária e financeira para a prestação mento ou alteração da distribuição; (Inclu-
de contas; (Incluído pelo D.J. 209/00) ído pelo D.J. 209/00)

XI – elaborar relatório de execução física do III – extrair e juntar aos autos os respectivos
orçamento. (Incluído pelo D.J. 209/00) termos de distribuição e conclusão, bem
como, as etiquetas próprias; (Incluído pelo
Art. 16. À Divisão Administrativa compete: (In- D.J. 209/00)
cluído pelo D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J.
152/05) IV – encaminhar os processos conclusos aos
Desembargadores relatores; (Incluído pelo
a) através da Seção de Sistematização de D.J. 209/00)
Dados e seus serviços: (Incluído pelo D.J.
209/00) V – expedir ofícios e correspondências
aos setores envolvidos. (Incluído pelo D.J.
I – fornecer as unidades arrecadadoras as 209/00)
guias de recolhimento; (Incluído pelo D.J.
209/00) Art. 16-A. Ao Centro de Apoio ao Fundo da Jus-
tiça compete: (Incluído pelo D.J. 1074/09)
II – prestar atendimento ao público; (Incluí-
do pelo D.J. 209/00) a) através da Supervisão: (Incluído pelo D.J.
1074/09)
III – orientar às unidades arrecadadoras
responsáveis pelos recolhimentos ao FUN- I – supervisionar, coordenar e promover o
REJUS, sobre o correto preenchimento desenvolvimento do Fundo da Justiça para
das guias, observando-se o disposto na re- que sejam atingidas suas finalidades; (Inclu-
gulamentação própria; (Incluído pelo D.J. ído pelo D.J. 1074/09)
209/00) II – fixar as diretrizes administrativas opera-
IV – digitar todos os serviços da Assessoria cionais; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
Jurídica; (Incluído pelo D.J. 209/00) III – gerenciar a implantação e o desenvolvi-
V – manter, ordenadamente arquivadas as mento de programas afetos a área; (Incluí-
cópias dos serviços que forem executados, do pelo D.J. 1074/09)
bem como da legislação selecionada, per- IV – elaborar, anualmente, relatório das ati-
mitindo fácil consulta quando necessário; vidades do Fundo da Justiça, submetendo-o
(Incluído pelo D.J. 209/00) à apreciação do Conselho Diretor; (Incluído
b) (alínea não prevista) pelo D.J. 1074/09)

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V – prestar a supervisão técnica especializa- IV – elaborar minutas de normas inerentes
da nas áreas pertinentes ao Centro; (Incluí- ao Fundo da Justiça (alterações legislativas,
do pelo D.J. 1074/09) decretos judiciários, instruções normativas,
portarias); (Incluído pelo D.J. 1074/09)
VI – orientar os servidores das serventias
do foro judicial em caso de descumprimen- V – elaborar pareceres técnico-jurídicos
to das normas e procedimentos adotados e informações sobre matéria específica
quanto à arrecadação de custas apontados do Fundo da Justiça; (Incluído pelo D.J.
pela Divisão de Controladoria/Seção de Fis- 1074/09)
calização e Arrecadação e, no caso de rein-
cidência, proceder à notificação do Diretor VI – desenvolver outras tarefas correlatas.
da Secretaria assinalando prazo para que se (Incluído pelo D.J. 1074/09)
adote as providências necessárias ao exa- b.2) através da Seção de Apoio Administra-
to cumprimento da lei; (Incluído pelo D.J. tivo: (Incluído pelo D.J. 1074/09)
1074/09)
I – elaborar e encaminhar as pautas de reu-
VII – comunicar o Juiz de Direito da respec- niões do Conselho Diretor; (Incluído pelo
tiva Secretaria do foro judicial e a Corre- D.J. 1074/09)
gedoria-Geral da Justiça a respeito do não
atendimento da notificação referida no in- II – organizar e Arquivar os documentos e
ciso anterior ou no caso de averiguação de atas referentes às reuniões do Conselho Di-
qualquer ato executado por servidor das retor; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
serventias estatizadas que possa dar origem
III – dar ciência às partes interessadas dos
a procedimento administrativo disciplinar;
despachos do Conselho Diretor e parece-
(Incluído pelo D.J. 1074/09)
res dos seus membros; (Incluído pelo D.J.
VIII – supervisionar a gestão do processo de 1074/09)
estatização; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
IV – solicitar informações em autos de pedi-
IX – aplicar as disponibilidades financeiras; do de providências, reclamações, inspeções
(Incluído pelo D.J. 1074/09) e correições, nas serventias do foro judicial
da Capital e do Interior; (Incluído pelo D.J.
X – exercer outras atividades determina- 1074/09)
das por seus superiores. (Incluído pelo D.J.
1074/09) V – desenvolver outras tarefas correlatas.
(Incluído pelo D.J. 1074/09)
Art. 16-B. À Divisão Jurídica compete: (Incluído
pelo D.J. 1074/09) Art. 16-C. À Divisão de Controladoria compete:
(Incluído pelo D.J. 1074/09)
b.1) através da Seção de Assessoramento
Jurídico: (Incluído pelo D.J. 1074/09) c.1) através da Seção de Contabilidade, Fi-
nanças e Orçamento: (Incluído pelo D.J.
I – prestar assessoramento ao Conselho Di- 1074/09)
retor; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
I – contabilizar as receitas de acordo com a
II – instruir os processos a serem encami- legislação vigente e Lei de Orçamento; (In-
nhados ao Conselho Diretor; (Incluído pelo cluído pelo D.J. 1074/09)
D.J. 1074/09)
II – efetuar a contabilização e o repasse das
III – dar andamento aos processos encami- receitas de terceiros, conforme a legislação
nhados à Assessoria para consultas e infor- vigente, mantendo relatórios atualizados;
mações; (Incluído pelo D.J. 1074/09) (Incluído pelo D.J. 1074/09)

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III – processar toda a documentação relativa XIV – exercer o controle contábil de todos
a pagamentos, observando a regularidade os atos da gestão orçamentária, financeira e
dos processos; (Incluído pelo D.J. 1074/09) patrimonial; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
IV – prestar as informações relativas a pro- XV – elaborar a proposta orçamentária; (In-
cessos de pagamentos; (Incluído pelo D.J. cluído pelo D.J. 1074/09)
1074/09)
XVI – elaborar o Plano de Aplicação, exer-
V – manter organizado o arquivo de pro- cendo o controle sobre a sua execução; (In-
cessos de pagamentos auditados pela Ins- cluído pelo D.J. 1074/09)
petoria de Controle Externo do Tribunal de
Contas, de forma a agilizar as consultas; (In- XVII – promover a execução orçamentária;
cluído pelo D.J. 1074/09) (Incluído pelo D.J. 1074/09)

VI – controlar e fiscalizar a consulta de pro- XVIII – proceder à classificação orçamen-


cessos já auditados pelo Tribunal de Contas; tária das despesas em conformidade com
(Incluído pelo D.J. 1074/09) as normas vigentes; (Incluído pelo D.J.
1074/09)
VII – exercer o controle sobre os processos
de despesas parciais, dedutivos de empe- XIX – efetuar os bloqueios estimativos de
nhos estimativos ou globais; (Incluído pelo recursos, assegurando orçamento para os
D.J. 1074/09) bens e serviços que estão em processo de
aquisição; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
VIII – controlar as aplicações financeiras,
mantendo relatórios diários; (Incluído pelo XX – elaborar e manter atualizado o ca-
D.J. 1074/09) dastro de fornecedores; (Incluído pelo D.J.
1074/09)
IX – executar periodicamente as rotinas de
auditoria no Sistema Integrado de Acom- XXI – emitir as notas de empenhos, de es-
panhamento Financeiro – SIAF ou outro torno ou de recolhimento; (Incluído pelo
que venha a ser adotado; (Incluído pelo D.J. D.J. 1074/09)
1074/09) XXII – controlar a execução do orçamento,
X – elaborar e efetuar os lançamentos ma- propondo as alterações orçamentárias ne-
nuais no sistema de contabilidade, quando cessárias; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
necessário; (Incluído pelo D.J. 1074/09) XXIII – elaborar e manter atualizado os re-
XI – elaborar e manter atualizado o relatório latórios gerenciais relativos à execução do
de incorporação de bens móveis e imóveis, Plano de Aplicação e do orçamento; (Incluí-
resultantes e independentes da execução do pelo D.J. 1074/09)
orçamentária; (Incluído pelo D.J. 1074/09) XXIV – elaborar o relatório anual de execu-
XII – elaborar e encaminhar a prestação de ção orçamentária e financeira para a presta-
contas mensal para a Inspetoria de Contro- ção de contas; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
le Externo do Tribunal de Contas; (Incluído XXV – elaborar relatório de execução física
pelo D.J. 1074/09) do orçamento. (Incluído pelo D.J. 1074/09)
XIII – elaborar, encaminhar e acompanhar XXVI – executar outras tarefas correlatas.
o andamento da prestação de contas anual; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
(Incluído pelo D.J. 1074/09)
c.2) através da Seção de Fiscalização e Arre-
cadação: (Incluído pelo D.J. 1074/09)

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I – desenvolver e manter rotinas e proce- minhadas pelos bancos; (Incluído pelo D.J.
dimentos de fiscalização da arrecadação 1074/09)
oriunda das serventias do foro judicial; (In-
cluído pelo D.J. 1074/09) XII – organizar e controlar o lançamento das
guias no sistema próprio de controle e ge-
II – fiscalizar e orientar as unidades arreca- renciamento; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
dadoras no que diz respeito ao preenchi-
mento correto das guias; (Incluído pelo D.J. XIII – conferir os lançamentos efetuados;
1074/09) (Incluído pelo D.J. 1074/09)

III – elaborar e implantar sistema de con- XIV – informar os pedidos de restituição de


trole da arrecadação; (Incluído pelo D.J. recolhimentos incorretos ou em duplicida-
1074/09) de; (Incluído pelo D.J. 1074/09)

IV – verificar o cumprimento das normas e XV – manter atualizado o sistema de con-


procedimentos estabelecidos e, em caso de trole de guias restituídas; (Incluído pelo D.J.
descumprimento, comunicar ao Chefe da 1074/09)
Divisão de Controladoria que deverá levar XVI – elaborar e manter atualizado os rela-
o fato ao conhecimento do Supervisor do tórios gerenciais sobre o comportamento
Centro de Apoio ao Fundo da Justiça para da arrecadação; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
adoção das medidas previstas no art. 16-A,
VII, a; (Incluído pelo D.J. 1074/09) XVII – elaborar e manter atualizados os re-
latórios de controle de arrecadação por tipo
V – avaliar a segurança e a eficácia dos sis- de receita, unidade arrecadadora e quanti-
temas de controle da arrecadação; (Incluído dade de guias, visando dar suporte à Seção
pelo D.J. 1074/09) de Fiscalização; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
VI – encaminhar relatório dos débitos apu- XVIII – exercer outras atribuições que sejam
rados e dos remanescentes à Chefia imedia- relacionadas à arrecadação. (Incluído pelo
ta; (Incluído pelo D.J. 1074/09) D.J. 1074/09)
VII – elaborar e analisar relatórios com a fi- c.3) através da Seção de Apoio Administrati-
nalidade de produzir dados estatísticos so- vo: (Incluído pelo D.J. 1074/09)
bre os recolhimentos do Fundo da Justiça
por tipo de receita, por unidade arrecada- I – expedir ofícios e correspondências
dora e quantidade de guias; (Incluído pelo aos setores envolvidos; (Incluído pelo D.J.
D.J. 1074/09) 1074/09)

VIII – fornecer, quando solicitado, relatórios II – realizar pedidos de materiais; (Incluído


à Corregedoria-Geral da Justiça para efeitos pelo D.J. 1074/09)
de correição; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
III – elaborar e encaminhar o boletim de fre-
IX – prestar informações em expedien- quência; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
tes e aos interessados; (Incluído pelo D.J.
IV – manter, ordenadamente arquivadas as
1074/09)
cópias dos serviços que forem executados;
X – executar outras tarefas atribuídas. (In- (Incluído pelo D.J. 1074/09)
cluído pelo D.J. 1074/09)
V – receber, triar e autuar os processos a
XI – receber diariamente as informações fim de providenciar a respectiva distribui-
sobre os recolhimentos das receitas enca- ção, ao setor responsável; (Incluído pelo
D.J. 1074/09)

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VI – prestar atendimento inicial ao público, VIII – requisitar informações, certidões, dili-


direcionando ao setor responsável; (Incluí- gências ou quaisquer outros esclarecimen-
do pelo D.J. 1074/09) tos a setores do Tribunal de Justiça, desde
que necessários à instrução de processos
VII – supervisionar as atividades dos estagi- ou ao desempenho de funções que lhe fo-
ários que atuam no Centro de Apoio ao Fun- rem determinadas, relacionados à execução
do da Justiça; (Incluído pelo D.J. 1074/09) da estatização; (Incluído pelo D.J. 1074/09)
VIII – executar outras tarefas correlatas. (In- IX – monitorar a execução da estatização;
cluído pelo D.J. 1074/09) (Incluído pelo D.J. 1074/09)
Art. 16-D. À Divisão de Gestão do Processo X – oferecer sugestões úteis, à chefia ime-
de Estatização compete: (Incluído pelo D.J. diata, que visem ao aprimoramento da
1074/09) execução da estatização; (Incluído pelo D.J.
d.1) Através da Seção de Informações, Co- 1074/09)
municação, Execução e Monitoramento: XI – acompanhar o processo de instalação
(Incluído pelo D.J. 1074/09) das Secretarias do Foro Judicial; (Incluído
I – movimentar expedientes e documentos pelo D.J. 1074/09)
que lhe forem enviados, determinando as XII – contatar a Secretaria para promover
medidas a serem adotadas; (Incluído pelo as comunicações necessárias à logística de
D.J. 1074/09) instalação das Secretarias do Foro Judicial,
II – elaborar planilhas e prestar informa- para a fixação de prazos e elaboração de
ções aos interessados; (Incluído pelo D.J. cronograma de ações de execução; (Incluí-
1074/09) do pelo D.J. 1074/09)

III – elaborar e apresentar o relatório anu- XIII – organizar as tarefas envolvidas na exe-
al das atividades desenvolvidas na Divisão; cução do processo de estatização; (Incluído
(Incluído pelo D.J. 1074/09) pelo D.J. 1074/09)

IV – apoiar os trabalhos de comunicação do XIV – executar outras tarefas correlatas. (In-


processo de execução da estatização das cluído pelo D.J. 1074/09)
serventias do foro judicial; (Incluído pelo
D.J. 1074/09) DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
V – manter em cadastro os dados técnicos Art. 22. Ao Centro de Documentação compete:
e estatísticos e demais indicadores relacio- (Renumerado pelo D.J. 209/00, Renumerado
nados à estatização, bem como atualizá-los; pelo D.J. 222/00, Renumerado pelo D.J. 152/05)
(Incluído pelo D.J. 1074/09) (12)
VI – comunicar e providenciar a inserção de a) através da Supervisão :
alteração de dados das serventias junto ao
sistema de arrecadação de custas e receitas I – exercer a supervisão geral do Centro de
destinadas ao Fundo da Justiça; (Incluído Documentação; (Redação dada pelo D.J.
pelo D.J. 1074/09) 222/00, Redação dada pelo D.J. 782/11)
VII – proceder às comunicações devidas aos II – planejar, coordenar, orientar e supervi-
diversos setores do Tribunal de Justiça, prin- sionar as atividades referentes à Gestão da
cipalmente à Corregedoria-Geral da Justiça; Informação Documental e Pesquisa nas áre-
(Incluído pelo D.J. 1074/09) as de doutrina, jurisprudência e legislação;

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(Redação dada pelo D.J. 222/00, Redação ção dada pelo D.J. 222/00, Redação dada
dada pelo D.J. 782/11) pelo D.J. 782/11)
III – elaborar plano de ação e projetos re- II – monitorar o gerenciamento de infor-
lativos ao Centro; (Redação dada pelo D.J. mações geradas; (Redação dada pelo D.J.
222/00, Redação dada pelo D.J. 782/11) 365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00, Re-
dação dada pelo D.J. 782/11)
IV – desenvolver padrões de qualidade ge-
rencial; (Redação dada pelo D.J. 222/00, Re- III – auxiliar a supervisão das unidades
dação dada pelo D.J. 782/11) de atendimento; (Redação dada pelo D.J.
365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00, Re-
V – controlar a execução das atividades de dação dada pelo D.J. 782/11)
seleção, aquisição, renovação e descarte do
acervo (Redação dada pelo D.J. 222/00, Re- IV – controlar a gestão de qualidade; (Re-
dação dada pelo D.J. 782/11) dação dada pelo D.J. 365/96, Redação dada
pelo D.J. 222/00, Redação dada pelo D.J.
VI – coordenar a formação de coleções para 782/11)
gabinetes e comarcas; (Incluído pelo D.J.
222/00, Redação dada pelo D.J. 782/11) V – elaborar relatórios; (Redação dada pelo
D.J. 365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00,
VII – proferir despachos administrativos de Redação dada pelo D.J. 782/11)
sua competência; (Incluído pelo D.J. 222/00,
Redação dada pelo D.J. 782/11) VI – conferir e elaborar os Boletins de Fre-
quência. (Redação dada pelo D.J. 365/96,
VIII – promover a integração entre as unida- Redação dada pelo D.J. 222/00, Redação
des de execução; (Incluído pelo D.J. 222/00, dada pelo D.J. 782/11)
Redação dada pelo D.J. 782/11)
VII – organizar a documentação adminis-
IX – prestar suporte aos magistrados na trativa; (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação
área de pesquisa e obtenção de material de dada pelo D.J. 782/11)
apoio; (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação
dada pelo D.J. 782/11) VIII – manter atualizado o cadastro de Ma-
gistrados para remessa de materiais; (Incluí-
X – elaborar normas e procedimentos de do pelo D.J. 222/00, Redação dada pelo D.J.
serviços; (Incluído pelo D.J. 222/00, Reda- 782/11)
ção dada pelo D.J. 782/11)
IX – responder pelo Supervisor na sua au-
XI – secretariar a Comissão de Jurisprudên- sência; (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação
cia, Revista, Documentação e Biblioteca; dada pelo D.J. 782/11)
(Incluído pelo D.J. 222/00, Redação dada
pelo D.J. 782/11) X – elaborar normas e procedimentos de
serviços; (Incluído pelo D.J. 222/00, Reda-
XII – desenvolver demais atividades que lhe ção dada pelo D.J. 782/11)
forem atribuídas; (Incluído pelo D.J. 222/00,
Redação dada pelo D.J. 782/11) XI – secretariar a Comissão de Jurisprudên-
cia, Revista, Documentação e Biblioteca;
b) Através da Assessoria Técnica: (Redação (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação dada
dada pelo D.J. 365/96, Redação dada pelo pelo D.J. 782/11)
D.J. 222/00)
XII – desenvolver demais atividades que lhe
I – prestar assessoramento técnico ao Cen- forem atribuídas; (Incluído pelo D.J. 222/00,
tro; (Redação dada pelo D.J. 365/96, Reda- Redação dada pelo D.J. 782/11)

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b) Através da Assessoria Técnica: (Redação a) através da Seção de Gerenciamento do


dada pelo D.J. 365/96, Redação dada pelo Acervo: (Incluído pelo D.J. 141/00, Redação
D.J. 222/00) dada pelo D.J. 782/11)
I – prestar assessoramento técnico ao Cen- I – analisar o perfil dos usuários reais, suas
tro; (Redação dada pelo D.J. 365/96, Reda- expectativas e necessidades de informação;
ção dada pelo D.J. 222/00, Redação dada (Incluído pelo D.J. 141/00, Redação dada
pelo D.J. 782/11) pelo D.J. 782/11)
II – monitorar o gerenciamento de infor- II – pesquisar, selecionar e propor a aquisi-
mações geradas; (Redação dada pelo D.J. ção do material doutrinário e outras publi-
365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00, Re- cações de interesse dos trabalhos afetos à
dação dada pelo D.J. 782/11) Justiça Estadual; (Incluído pelo D.J. 141/00,
Redação dada pelo D.J. 782/11)
III – auxiliar a supervisão das unidades
de atendimento; (Redação dada pelo D.J. III – organizar e tratar tecnicamente os do-
365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00, Re- cumentos, exercendo o controle de con-
dação dada pelo D.J. 782/11) servação e circulação; (Incluído pelo D.J.
141/00, Redação dada pelo D.J. 782/11)
IV – controlar a gestão de qualidade; (Re-
dação dada pelo D.J. 365/96, Redação dada IV – agregar valor informacional à pesquisa,
pelo D.J. 222/00, Redação dada pelo D.J. tratando e disponibilizando analíticas de li-
782/11) vros; (Incluído pelo D.J. 141/00, Redação
dada pelo D.J. 782/11)
V – elaborar relatórios; (Redação dada pelo
D.J. 365/96, Redação dada pelo D.J. 222/00, V – indexar, em base de dados própria, a
Redação dada pelo D.J. 782/11) doutrina administrativa e de interesse da
área, publicada em material bibliográfico
VI – conferir e elaborar os Boletins de Fre- especializado; (Incluído pelo D.J. 141/00,
quência. (Redação dada pelo D.J. 365/96, Redação dada pelo D.J. 782/11)
Redação dada pelo D.J. 222/00, Redação
dada pelo D.J. 782/11) VI – distribuir e controlar as obras disponi-
bilizadas aos Gabinetes e Assessorias; (In-
VII – organizar a documentação adminis- cluído pelo D.J. 141/00, Redação dada pelo
trativa; (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação D.J. 782/11)
dada pelo D.J. 782/11)
VII – manter atualizado o acervo das Salas
VIII – manter atualizado o cadastro de Ma- de Sessões. (Incluído pelo D.J. 141/00, Re-
gistrados para remessa de materiais; (Incluí- dação dada pelo D.J. 782/11)
do pelo D.J. 222/00, Redação dada pelo D.J.
782/11) VIII – divulgar o material e bases de da-
dos sob sua supervisão; (Incluído pelo D.J.
IX – responder pelo Supervisor na sua au- 782/11)
sência; (Incluído pelo D.J. 222/00, Redação
dada pelo D.J. 782/11) IX – elaborar mensalmente a estatística das
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
Art. 23. À Divisão de Biblioteca compete: (In- 782/11)
cluído pelo D.J. 141/00, Renumerado pelo D.J.
208/00, Renumerado pelo D.J. 209/00, Renu- X – executar outras atividades típicas da Se-
merado pelo D.J. 210/00, Renumerado pelo D.J. ção. (Incluído pelo D.J. 782/11)
44/05, Renumerado pelo D.J. 152/05, Redação
dada pelo D.J. 782/11) b) através da Seção de Controle de Periódi-
cos: (Incluído pelo D.J. 782/11)

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I – organizar a seleção, aquisição e o contro- VII – elaborar mensalmente estatística das
le das assinaturas de periódicos impressos atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
e/ou on-line; (Incluído pelo D.J. 782/11) 782/11)
II – proceder ao controle patrimonial, re- VIII – executar outras atividades típicas da
gistro e distribuição dos títulos e fascículos Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11)
de periódicos impressos e controlar senhas
e uso dos periódicos on-line; (Incluído pelo Art. 23-A. À Divisão de Jurisprudência compete:
D.J. 782/11) (Incluído pelo D.J. 782/11)

III – indexar, em base de dados própria, a a) através da Seção de Análise da Informa-


doutrina administrativa e de interesse da ção: (Incluído pelo D.J. 782/11)
área publicada em periódicos especializa- I – analisar os acórdãos, proceder a inter-
dos; (Incluído pelo D.J. 782/11) pretação dos assuntos abordados; (Incluído
IV – divulgar o material e bases de dados, pelo D.J. 782/11)
dessa tipologia documental, sob sua super- II – proceder a indexação dos acórdãos con-
visão; (Incluído pelo D.J. 782/11) forme os termos do Thesaurus Jurídico; (In-
V – elaborar mensalmente estatística das cluído pelo D.J. 782/11)
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J. III – inserir no sistema automatizado os
782/11) acórdãos devidamente indexados; (Incluído
VI – executar outras atividades típicas da pelo D.J. 782/11)
Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11) IV – zelar pela coleção de acórdãos; (Incluí-
c) através da Seção de Referência, Pesquisa do pelo D.J. 782/11)
e Atendimento ao Público: (Incluído pelo V – elaborar mensalmente estatística das
D.J. 782/11) atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
I – administrar a utilização da sala de leitura 782/11)
e zelar pela manutenção do acervo; (Incluí- VI – executar outras atividades típicas da
do pelo D.J. 782/11) Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11)
II – orientar e auxiliar os usuários nos ser- b) através da Seção de Pesquisa Jurispru-
viços oferecidos pela Biblioteca; (Incluído dencial: (Incluído pelo D.J. 782/11)
pelo D.J. 782/11)
I – realizar pesquisa de jurisprudência no
III – atender as solicitações de pesquisas sistema e nas demais bases de dados; (In-
formuladas por Magistrados e Assessores; cluído pelo D.J. 782/11)
(Incluído pelo D.J. 782/11)
II – prestar atendimento e orientação ao
IV – supervisionar o empréstimo e devolu- usuário em pesquisa na base de dados do
ção de obras, conforme normas da Bibliote- Tribunal; (Incluído pelo D.J. 782/11)
ca; (Incluído pelo D.J. 782/11)
III – controlar o sistema de empréstimo de
V – controlar o acervo bibliográfico, inclusi- acórdãos solicitados para reprografia; (In-
ve através de vistorias periódicas; (Incluído cluído pelo D.J. 782/11)
pelo D.J. 782/11)
IV – elaborar mensalmente estatística das
VI – providenciar a reprodução do material atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
bibliográfico, quando solicitado, via fotocó- 782/11)
pias e scanner; (Incluído pelo D.J. 782/11)

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V – executar outras atividades típicas da Se- II – analisar, Indexar e inserir no banco de


ção. (Incluído pelo D.J. 782/11) dados, a legislação pertinente; (Incluído
pelo D.J. 782/11)
c) através da Seção de Formação da Juris-
prudência Comparada: (Incluído pelo D.J. III – pesquisar, organizar e manter coletânea
782/11) de legislação específica; (Incluído pelo D.J.
782/11)
I – pesquisar, elaborar e disponibilizar a ju-
risprudência dominante dos órgãos julgado- IV – elaborar e distribuir o clipping legislati-
res sobre temas específicos; (Incluído pelo vo; (Incluído pelo D.J. 782/11)
D.J. 782/11)
V – elaborar mensalmente estatística das
II – identificar, registrar e disponibilizar os atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
precedentes jurisprudenciais, por amostra- 782/11)
gem; (Incluído pelo D.J. 782/11)
VI – executar outras atividades típicas da
III – identificar o entendimento e a diver- Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11)
gência de posicionamentos dos órgãos jul-
gadores e de seus integrantes; (Incluído b) através da Seção de Editoração Legislati-
pelo D.J. 782/11) va: (Incluído pelo D.J. 782/11)

IV – identificar a divergência de posiciona- I – gerenciar e manter atualizado, de acordo


mento entre os integrantes dos órgãos jul- como os originais, o Código de Organização
gadores em relação ao mesmo tema; (Inclu- e Divisão Judiciárias; o Regimento Interno
ído pelo D.J. 782/11) do Tribunal de Justiça; o Regulamento da
Secretaria do Tribunal de Justiça; o Estatuto
V – coordenar e manter atualizado o The- dos Funcionários do Poder Judiciário; Atos
saurus Jurídico; (Incluído pelo D.J. 782/11) normativos e Súmulas, disponibilizando-os
na Internet e servidores internos; (Incluído
VI – selecionar acórdãos para publicação pelo D.J. 782/11)
em revistas especializadas; (Incluído pelo
D.J. 782/11) II – elaborar mensalmente estatística das
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
VII – elaborar mensalmente estatística das 782/11)
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J.
782/11) III – executar outras atividades típicas da
Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11)
VIII – executar outras atividades típicas da
Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11) Art. 23-C. À Divisão de Tecnologia da Informa-
ção, compete: (Incluído pelo D.J. 782/11)
Art. 23-B. À Divisão de Informação Legislativa,
compete: (Incluído pelo D.J. 782/11) a) através da Seção de Gerenciamento de
Documentos on-line: (Incluído pelo D.J.
a) através da Seção de Análise e Divulgação: 782/11)
(Incluído pelo D.J. 782/11)
I – coordenar as atividades do serviço de
I – acompanhar e proceder leitura diária alerta, através da digitalização dos sumários
nos diferentes suportes informacionais le- dos periódicos selecionados; (Incluído pelo
gislativos: Diário da Justiça Eletrônico; Diá- D.J. 782/11)
rio Oficial do Estado, Diário Oficial da União,
Diário da Justiça da União; (Incluído pelo II – efetuar leitura diária visando a seleção
D.J. 782/11) de arquivos e noticias para compor o Infor-

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mativo Jurídico do CEDOC; (Incluído pelo II – realizar o treinamento dos usuários vir-
D.J. 782/11) tuais no uso da Biblioteca Digital e do servi-
ço virtual de referência; (Incluído pelo D.J.
III – organizar e disponibilizar o Informativo 782/11) III – manter repositório de docu-
Jurídico CEDOC na Intranet e na Internet; mentos eletrônicos para disponibilização
(Incluído pelo D.J. 782/11) na Biblioteca Virtual; (Incluído pelo D.J.
IV – divulgar, pela Intranet, novas obras ad- 782/11)
quiridas por compra e doação, incorporadas IV – divulgar, por meio eletrônico, resulta-
ao acervo da Biblioteca; (Incluído pelo D.J. do de pesquisas relevantes na área jurídica;
782/11) (Incluído pelo D.J. 782/11)
V – manter atualizada mala direta; (Incluído V – identificar e cadastrar Sites da Internet
pelo D.J. 782/11) pertinentes a área Jurídica e outras áreas de
VI – elaborar mensalmente estatística das interesse do Tribunal de Justiça para inte-
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J. grar a biblioteca Virtual; (Incluído pelo D.J.
782/11) 782/11)

VII – executar outras atividades típicas da VI – planejar e executar produtos e servi-


Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11) ços de acesso remoto; (Incluído pelo D.J.
782/11)
b) através da Seção de Edição Eletrônica –
Revista: (Incluído pelo D.J. 782/11) VII – monitorar o estado da arte sobre tec-
nologia de disponibilização remota de ser-
I – gerenciar e proceder Assinatura Digital viços de informação. (Incluído pelo D.J.
do Diário da Justiça Eletrônico (e-DJ); (Inclu- 782/11)
ído pelo D.J. 782/11)
Art. 23-D. À Divisão de Museu da Justiça com-
II – solicitar aos Magistrados, de acordo com pete: (Incluído pelo D.J. 782/11)
o cronograma da Revista, seleção de acór-
dãos e indicação de produção intelectual, a) através da Seção de Documentação His-
para compor seções da Revista Paraná Judi- tórica: (Incluído pelo D.J. 782/11)
ciário Eletrônico; (Incluído pelo D.J. 782/11) I – planejar, organizar, catalogar e controlar
III – elaborar a Revista Paraná Judiciário Ele- a memória documental; (Incluído pelo D.J.
trônica e seus índices, atuando nas ativida- 782/11)
des de captação dos documentos, organi- II – estabelecer critérios para a seleção e
zação, indexação e distribuição da revista; manutenção de documentos históricos; (In-
(Incluído pelo D.J. 782/11) cluído pelo D.J. 782/11)
IV – executar outras atividades típicas da III – pesquisar junto às unidades competen-
Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11) tes, dados históricos e funcionais relativos a
c) através da Seção de Informação Digital: atuação do Poder Judiciário e de seus Mem-
(Incluído pelo D.J. 782/11) bros; (Incluído pelo D.J. 782/11)

I – identificar e manter cadastro atualiza- IV – atualizar periodicamente a página do


do de especialistas em instituições na área Museu Virtual; (Incluído pelo D.J. 782/11)
jurídica para elaboração de repositório de V – prestar atendimento ao público no que
documentos eletrônicos; (Incluído pelo D.J. se refere à pesquisa em documentação his-
782/11) tórica; (Incluído pelo D.J. 782/11)

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VI – funcionar como guardião e agente di- II – Assessorar a Cúpula Diretiva do Tribunal


fusor da memória documental do Poder de Justiça dentro da competência do res-
Judiciário Paranaense; (Incluído pelo D.J. pectivo Departamento; (Incluído pelo D.J
782/11) 251/96, Redação dada pelo D.J. 1897/13)
VII – propor políticas de preservação e ge- III – Assessorar o Secretário e Subsecretário
renciamento da documentação histórica do do Tribunal de Justiça na prestação de in-
Poder Judiciário do Paraná; (Incluído pelo formações, pareceres e despachos nos ex-
D.J. 782/11) pedientes e autos protocolizados e em trâ-
mite no Tribunal de Justiça, estritamente na
VIII – elaborar mensalmente estatística das competência do Centro; (Incluído pelo D.J
atividades desenvolvidas; (Incluído pelo D.J. 251/96, Redação dada pelo D.J. 1897/13)
782/11)
IV – Coordenar as atividades de guarda, mi-
IX – executar outras atividades típicas da crofilmagem e conservação de documentos
Seção. (Incluído pelo D.J. 782/11) públicos que, por sua importância, nature-
b) através da Seção de Controle e Manuten- za, originalidade ou valor histórico, requei-
ção do Acervo Histórico: (Incluído pelo D.J. ram cuidados; (Incluído pelo D.J 251/96, Re-
782/11) dação dada pelo D.J. 1897/13)

I – Proceder periodicamente inventário do V – Autorizar a reprodução e as consultas


acervo; (Incluído pelo D.J. 782/11) de documentos sob a guarda do Centro de
Protocolo Judiciário Estadual, Autuação e
II – Zelar pela manutenção e preservação do Arquivo Geral, conforme solicitação e ne-
acervo; (Incluído pelo D.J. 782/11) cessidade dos diversos setores deste Tribu-
III – programar e realizar exposições perti- nal de Justiça e demais interessados (Incluí-
nentes (Incluído pelo D.J. 782/11) do pelo D.J 251/96, Redação dada pelo D.J.
1897/13)

DO CENTRO DE PROTOCOLO VI – Extrair certidões referentes a docu-


mentos sob sua guarda, mediante solici-
JUDICIÁRIO ESTADUAL, AUTUAÇÃO E
tação dos interessados, bem como de cer-
ARQUIVO GERAL tidões negativas após consulta nominal e
por assunto/natureza, junto aos Aplicativos:
Art. 24. Ao Centro de Protocolo Judiciário Esta-
PROT, PROT-TA e JUDWIN. (Incluído pelo D.J
dual, Autuação e Arquivo Geral compete: (Reda-
251/96, Redação dada pelo D.J. 1897/13)
ção dada pelo D.J 251/96, Renumerado pelo D.J.
208/00, Renumerado pelo D.J. 209/00, Renu- VII – Dar suporte técnico às atividades de-
merado pelo D.J. 44/05, Renumerado pelo D.J. senvolvidas no referido Centro. (Incluído
152/05, Redação dada pelo D.J. 1897/13) pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo D.J.
265/06, Redação dada pelo D.J. 1897/13)
a) através da Coordenação e Assistente de
Gabinete: (Redação dada pelo D.J. 1897/13) VIII – Autenticar fotocópias extraídas nas
Seções de Reprodução de Documentos e
I – Controlar a entrada de documentos atra-
Autenticação de quaisquer papéis que tra-
vés de numeração sequencial, visando uni-
mitem na Secretaria deste Tribunal, confor-
ficar e agilizar, com segurança, as atividades
me Portaria n.º 802/99; (Incluído pelo D.J.
do Centro de Protocolo Judiciário Estadual,
265/06, Redação dada pelo D.J. 1897/13)
Autuação e Arquivo Geral l. (Redação dada
pelo D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. IX – Imprimir termo de justificativa de even-
1897/13) tual falha técnica do sistema de contro-

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le protocolar da Secretaria do Tribunal de guindo as rotinas pré-estabelecidas, efetu-
Justiça (Aplicativo PROT) (Incluído pelo D.J. ar a triagem dos mesmos, encaminhando-
437/06, Redação dada pelo D.J. 1897/13) -os para distribuição; (Incluído pelo D.J.
1897/13)
X – Subscrever certidões negativas extraí-
das pelo Centro de Protocolo Judiciário Es- IV – encaminhar os documentos recebidos,
tadual, Autuação e Arquivo Geral de maté- registrados e cadastrados aos setores com-
ria contenciosa da Secretaria do Tribunal de petentes, através de guia de movimentação
Justiça; (Incluído pelo D.J. 1897/13) interna exclusiva da seção; (Incluído pelo
D.J. 1897/13)
b) através da Divisão de Assessoramento
Técnico e Administrativo e sua Seção de V – proceder rigoroso controle das guias
Apoio e Pesquisa: (Redação dada pelo D.J internas de distribuição de documentos,
251/96, Redação dada pelo D.J. 208/00, Re- mantendo-as devidamente organizadas por
dação dada pelo D.J. 265/06) Setor, data, mês e ano; (Incluído pelo D.J.
1897/13)
I – assessorar o Coordenador nas ativida-
des do Centro de Protocolo Judiciário Es- VI – emitir informação circunstanciada,
tadual, Autuação e Arquivo Geral nas suas quando solicitada, através de despachos
atribuições, acompanhar permanentemen- contidos em protocolizados judiciários,
te a execução dos trabalhos pertinentes às após a realização de pesquisa em Sistema
Seções, garantindo a qualidade técnica e o próprio; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
aperfeiçoamento dos profissionais da área.
(Redação dada pelo D.J 251/96, Redação b.2) através da Seção de Recebimento de
dada pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo Expedientes e Atendimento Interno: (Incluí-
D.J. 1897/13) do pelo D.J. 1897/13)

II – extrair e conferir certidão negativa de I – receber e controlar os expedientes reme-


matéria contenciosa da Secretaria do Tri- tidos ao Departamento pelos diversos Seto-
bunal de Justiça, solicitadas através de re- res da Secretaria e Órgãos deste Tribunal de
querimento e/ou através de despachos Justiça; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
contidos em expedientes judiciários, após a II – atender o serviço de juntada, anexa-
realização de pesquisa em sistema próprio; ções, apensamentos e desentranhamentos
(Incluído pelo D.J. 437/06) de expedientes e remeter conforme despa-
III – dirigir à Divisão a seu cargo, velando cho aos diversos Departamentos que com-
pela regularidade, disciplina e ordem do põem a Secretaria deste Tribunal de Justiça;
serviço; (Incluído pelo D.J. 1897/13) (Incluído pelo D.J. 1897/13)

b.1) através da Seção de Protocolo Judiciá- III – encaminhar os expedientes em trâmite


rio de 2º Grau: (Incluído pelo D.J. 1897/13) aos setores competentes através de guia de
movimentação interna; (Incluído pelo D.J.
I – organizar os serviços de atendimento 1897/13)
às partes e advogados; (Incluído pelo D.J.
1897/13) IV – proceder o controle das guias internas
de expedientes recebidos dos diversos De-
II – receber e controlar as petições e autos partamentos que compõem a Secretaria
endereçados ao Tribunal de Justiça para re- deste Tribunal de Justiça, mantendo-as de-
gistro; (Incluído pelo D.J. 1897/13) vidamente organizadas; (Incluído pelo D.J.
1897/13)
III – proceder ao cadastro das petições e
autos através de Sistema automatizado se-

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V – emitir informação circunstanciada, III – controlar as requisições e ofícios de


quando solicitada, através de despachos atendimento interno, com lançamento dos
contidos em expedientes administrativos dados diariamente no sistema Cópia (Con-
ou judiciários, após a realização de pesqui- trole de Fotocópias); (Incluído pelo D.J.
sa em Sistema próprio; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
1897/13)
IV – extrair as fotocópias para autenticação
b.3) através da Seção de Recebimento de de documentos protocolados na Secretaria
Fac-símile e Correio Eletrônico: (Incluído deste Tribunal de Justiça, procedendo o seu
pelo D.J. 1897/13) preparo e encaminhamento ao Diretor do
Departamento de Protocolo Judiciário Es-
I – receber e controlar os expedientes trans- tadual e Arquivo Geral, bem como informar
mitidos via eletrônica de dados tipo fac-sí- através de relatório semanal os valores co-
mile ou correio eletrônico (E-mail) endere- brados; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
çados ao Tribunal de Justiça para registro;
(Incluído pelo D.J. 1897/13) V – extrair as cópias e os recibos de valores
pagos por particulares; (Incluído pelo D.J.
II – proceder a validação dos protocolos re- 1897/13)
gistrados no Sistema (Aplicativo); (Incluído
pelo D.J. 1897/13) VI – prestar contas dos valores recebidos
por extração e autenticação de cópias re-
III – proceder o cadastro dos expedientes prográficas de processos em trâmite na
recebidos através do Sistema automatizado, Secretaria deste Tribunal de Justiça, bem
seguindo as rotinas preestabelecidas, efetu- como de expedientes e ou procedimentos
ar a triagem dos mesmos, encaminhando- administrativos; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
-os para distribuição aos setores compe-
tentes, através de guia de movimentação VII – atender e controlar as atividades refe-
interna exclusiva da Seção; (Incluído pelo rentes à reprodução e proteção dos docu-
D.J. 1897/13) mentos; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
IV – emitir informação circunstanciada, b.5) através da Segunda Seção de Reprodu-
quando solicitada, através de despachos ção e Autenticação de Documentos: (Incluí-
contidos em expedientes judiciários, após a do pelo D.J. 1897/13)
realização de pesquisa em sistema próprio;
(Incluído pelo D.J. 1897/13) I – atender e controlar as atividades refe-
rentes à reprodução e proteção dos docu-
V – extrair relatório diário no final do expe- mentos; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
diente dos aparelhos de fac-símile instala-
dos no Setor; (Incluído pelo D.J. 1897/13) II – manter o registro completo dos serviços
executados, dos materiais e equipamentos
b.4) através da Primeira Seção de Reprodu- em uso; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
ção e Autenticação de Documentos: (Incluí-
do pelo D.J. 1897/13) III – prestar contas ao Chefe da Divisão,
através de relatórios semanais, das fotocó-
I – manter os registros completos dos ser- pias extraídas diariamente em cada equipa-
viços executados, dos materiais e equipa- mento e das autenticações; (Incluído pelo
mentos em uso; (Incluído pelo D.J. 1897/13) D.J. 1897/13)
II – prestar contas ao Chefe de Divisão, atra- IV – controlar as requisições e ofícios de
vés de relatórios semanais, das fotocópias atendimento interno, com lançamento
extraídas, diariamente, em cada equipa- dos dados, diariamente, no Sistema Cópia
mento; (Incluído pelo D.J. 1897/13)

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(Controle de Fotocópias); (Incluído pelo D.J. IV – controlar diariamente a emissão das
1897/13) guias pelo sistema computacional da mo-
vimentação e remessa de todo e qualquer
V – extrair as fotocópias para autenticação protocolizado distribuído pela referida Se-
de documentos protocolados na Secretaria ção; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
deste Tribunal de Justiça, procedendo o seu
preparo e encaminhamento ao Diretor do V – proceder um rigoroso controle sobre
Departamento de Protocolo Judiciário Es- as guias de remessa de expedientes e pro-
tadual e Arquivo Geral, bem como informar cessos ordenando-as por Setor, data, mês
através de relatório semanal os valores co- e ano, sequencialmente para posterior ar-
brados; (Incluído pelo D.J. 1897/13) quivamento da 1ª via; (Incluído pelo D.J.
1897/13)
VI – extrair as cópias e os recibos de valores
pagos por particulares; (Incluído pelo D.J. VI – extrair diariamente relatório das guias
1897/13) de remessa impressas no Setor; (Incluído
pelo D.J. 1897/13)
VII – prestar contas ao Chefe da Divisão, dos
valores recebidos por extração e autenti- VII – remeter as guias à Divisão de Arquivo
cação de cópias reprográficas de processos Geral, através de ofício, ao fim de cada ano.
em trâmite na Secretaria deste Tribunal de (Incluído pelo D.J. 1897/13)
Justiça, bem como de expedientes e ou pro-
cedimentos administrativos; (Incluído pelo VIII – prestar informação circunstanciada
D.J. 1897/13) sobre a movimentação de expedientes e
processos na Seção, quando solicitado; (In-
b.6) através da Seção de Protocolo Judi- cluído pelo D.J. 1897/13)
ciário Descentralizado: (Incluído pelo D.J.
1897/13) IX – receber e conferir os malotes dos pro-
tocolos descentralizados, verificando o pra-
I – receber toda a documentação protoco- zo de recebimento previamente estipulado,
lizada e cadastrada pelo Departamento, encaminhando-os ao setor responsável; (In-
procedendo à triagem dos expedientes da cluído pelo D.J. 1897/13)
Secretaria do Tribunal de Justiça; (Incluído
pelo D.J. 1897/13) b7) Através da Seção de Juntadas e Anexa-
ções: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
II – movimentar todos os protocolizados
recebidos no setor, em razão do seu ca- I – Juntar e anexar expedientes protocoliza-
dastramento, ou aqueles que forem ob- dos através do aplicativo protocolar, certifi-
jeto de pesquisa e informações, ainda, os cando nos expedientes. (Incluído pelo D.J.
expedientes que vierem ao Departamento 1897/13)
para juntadas, anexações, apensamentos e c) através da Divisão de Arquivo Geral e suas
desentranhamentos, e remeter, conforme Seções: (Redação dada pelo D.J 251/96, Re-
despacho aos demais Departamentos que dação dada pelo D.J. 341/01, Redação dada
compõem a Secretaria deste Tribunal de pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
Justiça; (Incluído pelo D.J. 1897/13) 1897/13)
III – proceder à atualização e conferência I – dirigir a Divisão a seu cargo, velando pela
diária de todos os protocolizados lançados regularidade, disciplina e ordem do serviço;
através do sistema computacional nas guias (Redação dada pelo D.J 251/96, Redação
de expedição interna de movimentação e dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
distribuição pela referida Seção; (Incluído D.J. 1897/13)
pelo D.J. 1897/13)

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II – distribuir os encargos da Divisão às Se- I – organizar e manter o arquivo da docu-


ções que a compõem; (Redação dada pelo mentação sob custódia; (Incluído pelo D.J.
D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 341/01, 1897/13)
Redação dada pelo D.J. 265/06, Redação
dada pelo D.J. 1897/13) II – encaminhar ao Diretor para autorizar os
requerimentos e petições, solicitando a re-
III – instruir os funcionários sobre os seus produção de documentos arquivados e ou
deveres e obrigações; (Redação dada pelo microfilmados, bem como apresentar rela-
D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 341/01, tório semestral circunstanciado das ativida-
Redação dada pelo D.J. 265/06, Redação des gerais; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
dada pelo D.J. 1897/13)
III – receber documentos e proceder a sua
c.1) através da Seção de Controle de Guar- avaliação e posterior destinação; (Incluído
da de Documentos: (Incluído pelo D.J. pelo D.J. 1897/13)
1897/13)
IV – atualizar o registro cadastral dos docu-
I – organizar e manter o arquivo da docu- mentos, efetuando as devidas anotações;
mentação sob custódia; (Incluído pelo D.J. (Incluído pelo D.J. 1897/13)
1897/13)
V – controlar a guarda e conservação dos
II – encaminhar ao Diretor para autorizar os documentos sob custódia e em trânsito,
requerimentos e petições, solicitando a re- mantendo-os devidamente organizados;
produção de documentos arquivados, bem (Incluído pelo D.J. 1897/13)
como apresentar relatório semestral cir-
cunstanciado das atividades gerais; (Incluí- VI – encaminhar os documentos, periodica-
do pelo D.J. 1897/13) mente, para microfilmagem; (Incluído pelo
D.J. 1897/13)
III – receber documentos e proceder a sua
avaliação e posterior destinação; (Incluído VII – proceder o atendimento às consultas
pelo D.J. 1897/13) dos expedientes custodiados, bem como
responder pelos documentos arquiva-
IV – atualizar o registro geral dos documen- dos e ou microfilmados. (Incluído pelo D.J.
tos, efetuando as devidas anotações; (Inclu- 1897/13)
ído pelo D.J. 1897/13)
c.3) através da Seção de Microfilmagem e
V – controlar a guarda e conservação dos Digitalização de Documentos Arquivados:
documentos sob custódia e em trânsito, (Incluído pelo D.J. 1897/13)
mantendo-os devidamente organizados;
(Incluído pelo D.J. 1897/13) I – organizar as rotinas pertinentes às ta-
refas de microfilmagem; (Incluído pelo D.J.
VI – encaminhar os documentos, periodica- 1897/13)
mente, para microfilmagem; (Incluído pelo
D.J. 1897/13) II – dirimir dúvidas originárias da execução
dos serviços micrográficos; (Incluído pelo
VII – proceder o atendimento à consulta D.J. 1897/13)
dos expedientes custodiados, bem como
responder pelos documentos arquivados; III – planejar e organizar os documentos a
(Incluído pelo D.J. 1897/13) serem microfilmados, junto com o respon-
sável do setor solicitante; (Incluído pelo D.J.
c.2) através da Seção de Arquivo: (Incluído 1897/13)
pelo D.J. 1897/13)

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IV – proceder a montagem dos filmes com detectar eventuais falhas de microfilma-
base na análise do relatório do filme; (Inclu- gem; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
ído pelo D.J. 1897/13)
XIV – prestar atendimento de consulta de
V – proceder a remicrofilmagem dos docu- dados aos usuários, enquanto os expedien-
mentos, quando necessário; (Incluído pelo tes se encontrarem para o processamen-
D.J. 1897/13) to da microfilmagem; (Incluído pelo D.J.
1897/13)
VI – preparar e numerar os documentos a
serem microfilmados, manter em ordem XV – conferir os documentos liberados para
numérica e identificar os lotes documentais eliminação; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
para cadastramento em sistema próprio;
(Incluído pelo D.J. 1897/13) XVI – indexar os dados dos expedientes
para descarte, em Sistema próprio; (Incluí-
VII – processar os filmes seguindo as nor- do pelo D.J. 1897/13)
mas técnicas exigidas para o manuseio e
utilização da máquina processadora, bem XVII – emitir e afixar o Edital de Eliminação
como indexar a caixa do filme original e en- de Documentos para publicação, no átrio
caminhá-lo à duplicação; (Incluído pelo D.J. do edifício do Tribunal de Justiça, mantendo
1897/13) os lotes documentais devidamente organi-
zados, conforme o especificado no edital;
VIII – manter os índices de qualidade para (Incluído pelo D.J. 1897/13)
microfilmes, orientar os operadores quanto
à exposição correta para as máquinas mi- XVIII – fornecer os documentos aos usuá-
crofilmadoras e efetuar os testes necessá- rios através de requerimento padrão; (In-
rios, nos padrões exigidos pelo CENADEM; cluído pelo D.J. 1897/13)
(Incluído pelo D.J. 1897/13) XIX – assegurar-se do destino dos papéis
IX – revisar e inspecionar os microfilmes du- inservíveis para empresa de reciclagem; (In-
plicados de acordo com o cadastramento e cluído pelo D.J. 1897/13)
avaliar as características exigidas quanto à XX – reproduzir a partir dos microfilmes
qualidade dos microfilmes, bem como reali- imagem digitalizada de expedientes ad-
zar os testes necessários para esse controle; ministrativos e disponibilizá-la aos Depar-
(Incluído pelo D.J. 1897/13) tamentos que compõem a Secretaria do
X – proteger e preservar o acervo micrográ- Tribunal de Justiça e ou às autoridades ju-
fico através de tarefas de desinfecção, imu- diciárias, quando solicitado. (Incluído pelo
nização e outros métodos; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
D.J. 1897/13) d) Através da Divisão de Protocolo Adminis-
XI – cadastrar os lotes documentais, devida- trativo e suas Seções: (Redação dada pelo
mente numerados, seguindo a ordem cres- D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06,
cente dos filmes, conferindo os dados da in- Redação dada pelo D.J. 1897/13)
dexação; (Incluído pelo D.J. 1897/13) I – protocolar em ordem cronológica de
XII – extrair relatório dos filmes cadastrados apresentação, todos os expedientes ende-
e encaminhá-los ao Diretor do Departamen- reçados ao Tribunal de Justiça, fazendo o
to de Protocolo Judiciário Estadual e Arqui- registro do ato através de Sistema compu-
vo Geral; (Incluído pelo D.J. 1897/13) tacional próprio; (Redação dada pelo D.J
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re-
XIII – comparar as guias de remessa de ex- dação dada pelo D.J. 1897/13)
pedientes com o cadastramento, a fim de

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II – relacionar, orientar e controlar a remes- IV – controlar os registros computacionais


sa de expedientes administrativos aos di- através de relatórios diários, conforme pa-
versos setores do Tribunal, mediante guia dronização pré-estabelecida; (Incluído pelo
de remessa; (Redação dada pelo D.J 251/96, D.J. 1897/13)
Redação dada pelo D.J. 265/06, Redação
dada pelo D.J. 1897/13) V – proceder as alterações cadastrais sem-
pre que solicitadas e emitir relatórios diá-
III – emitir informação circunstanciada, rios; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
quando solicitada, através de despachos
contidos em expedientes administrativos, VI – imprimir etiquetas de protocolos provi-
após a realização de pesquisa em Sistema sórios anualmente aos Serviços Descentra-
próprio; (Redação dada pelo D.J 251/96, Re- lizados de Protocolo integrado à Secretaria
dação dada pelo D.J. 265/06, Redação dada deste Tribunal de Justiça, conforme prevê o
pelo D.J. 437/06, Redação dada pelo D.J. artigo 7º da Resolução nº 06/2002, do OE-
1897/13) -TJ; (Incluído pelo D.J. 1897/13)

IV – proceder o controle das guias de re- VII – distribuir e recolher anualmente as eti-
messa e atualização da movimentação de quetas de protocolos provisórios aos Servi-
expedientes interdepartamentais, manten- ços Descentralizados de Protocolo Integra-
do-as devidamente organizadas, atualiza- do à Secretaria deste Tribunal de Justiça;
das e arquivadas; (Redação dada pelo D.J (Incluído pelo D.J. 1897/13)
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- VIII – vincular os protocolos provisórios
dação dada pelo D.J. 1897/13) quando utilizados pelos Serviços Descentra-
V – remeter as guias à Divisão de Arquivo lizados de Protocolo Integrado à Secretaria
Geral, através de ofício, ao fim de cada ano; deste Tribunal de Justiça aos números defi-
(Incluído pelo D.J. 1897/13) nitivos do Sistema automatizado (Aplicativo
PROT); (Incluído pelo D.J. 1897/13)
VI – dirigir a Divisão a seu cargo, velando
pela regularidade, disciplina e ordem do IX – expedir ofício solicitando informações
serviço; (Incluído pelo D.J. 1897/13) ao Departamento de Informática sempre
que houver razão técnica que impossibilite
d.1) através da Seção de Análise de Dados a utilização do Sistema, a fim de que fique
Cadastrais: (Incluído pelo D.J. 1897/13) justificada a utilização de protocolos provi-
sórios, comunicando o Departamento Judi-
I – analisar a qualidade e o desempenho ca- ciário; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
dastral, a confiabilidade e precisão dos da-
dos, os quais se baseiam nas decisões ope- d.2) através da Seção de Atendimento ao
racionais; (Incluído pelo D.J. 1897/13) Público: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
II – controlar a qualidade do Sistema visan- I – organizar os serviços de atendimento ao
do melhoria no Aplicativo utilizado, man- público; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
tendo-o atualizado e informando aos cadas-
tradores as eventuais alterações; (Incluído II – receber os expedientes administrativos
pelo D.J. 1897/13) endereçados ao Tribunal de Justiça para re-
gistro e proceder a remessa dos mesmos
III – proceder a padronização e atualização para fins de cadastramento, através de guia
de lista de personagens, localização de mo- própria; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
vimentação e demais dados, visando a uni-
formidade dos mesmos; (Incluído pelo D.J. III – prestar informações e efetuar consulta
1897/13) sobre os expedientes administrativos proto-
colados e a movimentação dos mesmos nos

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diversos setores do Tribunal de Justiça; (In- IV – autuar e registrar preferencialmente os
cluído pelo D.J. 1897/13) processos em que figure como parte pes-
soa com mais de sessenta anos, atendendo
d.3) através da Seção de Cadastramento de às demais preferências instituídas em lei;
Expedientes Administrativos: (Incluído pelo (Incluído pelo D.J 251/96, Redação dada
D.J. 1897/13) pelo D.J. 265/06, , Redação dada pelo D.J.
I – proceder o cadastro dos expedientes 1897/13)
através de Sistema automatizado seguindo V – emitir termos de autuação, capear e nu-
as rotinas pré-estabelecidas, efetuar a tria- merar os feitos; (Incluído pelo D.J 251/96,
gem dos mesmos, encaminhando-os para Redação dada pelo D.J. 265/06, , Redação
distribuição; (Incluído pelo D.J. 1897/13) dada pelo D.J. 1897/13)
e) através da Divisão de Protocolo e Autua- VI – emitir informação circunstanciada,
ção de Medidas Urgentes e suas seções: (In- quando solicitada, através de despachos
cluído pelo D.J 251/96, Redação dada pelo contidos em expedientes e processos con-
D.J. 341/01, Redação dada pelo D.J. 265/06, tenciosos, após a realização de pesquisa em
Redação dada pelo D.J. 1897/13) Sistema próprio; (Incluído pelo D.J. 341/01,
I – protocolar e autuar em ordem cronológi- Redação dada pelo D.J. 265/06, , Redação
ca de apresentação, os autos e expedientes dada pelo D.J. 1897/13)
urgentes endereçados ao Tribunal de Justi- VII – proceder o controle das guias de re-
ça, fazendo o registro do ato através de Sis- messa, mantendo-as devidamente organi-
tema computacional próprio; (Incluído pelo zadas, atualizadas e arquivadas; (Incluído
D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, pelo D.J. 265/06, , Redação dada pelo D.J.
, Redação dada pelo D.J. 1897/13) 1897/13)
II – encaminhar ao 1º Vice-Presidente, an- VIII – remeter as guias à Divisão de Arquivo
tes da autuação, os feitos cuja competên- Geral, através de ofício, ao fim de cada ano;
cia para julgamento não seja do Tribunal (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada
de Justiça, providenciando, após despacho, pelo D.J. 437/06, , Redação dada pelo D.J.
a remessa determinada; (Incluído pelo D.J 1897/13)
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, ,
Redação dada pelo D.J. 1897/13) e.1) através da Seção de Apoio Técnico-Ad-
ministrativo: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
III – proceder o protocolo, autuação e re-
gistro, através de sistema computacional I – auxiliar o chefe da Divisão de Protocolo
próprio, os processos contendo pedido Judiciário e Autuação nas suas atribuições,
de medidas urgentes, os processos de réu acompanhar permanentemente a execução
preso, nele inserindo dados referentes ao dos trabalhos pertinentes às Seções, garan-
nome das partes e seus procuradores, tipo tindo a qualidade técnica; (Incluído pelo D.J.
de recurso, comarca e vara de origem, tipo 1897/13)
e número da ação originária, volume (de
acordo com o provimento da Corregedoria II – proceder ao recebimento e cadastra-
da Justiça, inclusive com termo de abertura mento das medidas urgentes; (Incluído pelo
e encerramento, se necessário), dados com- D.J. 1897/13)
plementares, assistência judiciária e justiça e.2) através da Seção de Apoio Técnico-Jurí-
gratuita, quando for o caso, e demais dados dico: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
que se fizerem necessários; (Incluído pelo
D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, I – receber e atualizar autos de processos
, Redação dada pelo D.J. 1897/13) contenciosos, procedendo a atualização da

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movimentação no Sistema computacional IV – controlar os registros através de rela-


próprio, remetendo ao setor competente; tórios diários, conforme padronização pré-
(Incluído pelo D.J. 1897/13) -estabelecida; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
II – auxiliar na triagem de expedientes judi- V – proceder toda a movimentação interna
ciários; (Incluído pelo D.J. 1897/13) dos expedientes cadastrados, encaminhan-
do-os aos setores competentes; (Incluído
III – proceder um rigoroso controle sobre pelo D.J. 1897/13)
as guias de remessa de expedientes e pro-
cessos ordenando-as por Setor, data, mês VI – encaminhar os expedientes aos setores
e ano, sequencialmente para posterior ar- competentes, através de guia de movimen-
quivamento da 1ª via; (Incluído pelo D.J. tação interna; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
1897/13)
e.5) através da Seção de Revisão de Dados
e.3) através da Seção de Recebimento, Tria- Cadastrais: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
gem e Abertura de Correspondências: (In-
cluído pelo D.J. 1897/13) I – revisar os dados inseridos por ocasião de
registro no aplicativo PROT de matéria judi-
I – organizar os serviços de recebimento ciária. (Incluído pelo D.J. 1897/13)
de correspondências da Portaria; (Incluído
pelo D.J. 1897/13) e.6) através da Seção de Autuação e Regis-
tro de Habeas Corpus e Mandado de Segu-
II – efetuar a abertura e triagem das corres- rança: (Incluído pelo D.J. 1897/13)
pondências; (Incluído pelo D.J. 1897/13)
I – registrar e autuar os Habeas Corpus e
III – receber os expedientes destinados ao Mandados de Segurança através do aplicati-
Tribunal de Justiça para registro e proceder vo JUDWIN. (Incluído pelo D.J. 1897/13)
a remessa dos mesmos para fins de cadas-
tramento; (Incluído pelo D.J. 1897/13) e.7) através da Seção de Autuação e Regis-
tro de Agravos de Instrumento: (Incluído
IV – prestar informações e efetuar consul- pelo D.J. 1897/13)
tas sobre os expedientes recebidos, proto-
colados e movimentados; (Incluído pelo D.J. I – registrar e autuar os Agravos de Instru-
1897/13) mento através do aplicativo JUDWIN, con-
sultando previamente ao aplicativo PROT
e.4) através da Seção de Cadastro e Con- acerca do registro de recebimento de Fax
trole de Documentos: (Incluído pelo D.J. simille; aguardando o envio dos originais
1897/13) nos termos da Lei Federal nº 9.800/2001, e
do disposto na Resolução nº 04/98, do Ór-
I – receber, distribuir e controlar os ex- gão Especial, salvo os pedidos com liminar
pedientes na Seção; (Incluído pelo D.J. que serão posteriormente encaminhados à
1897/13) autoridade judiciária que for distribuído o
II – proceder o cadastramento dos docu- Agravo de Instrumento. (Incluído pelo D.J.
mentos através do Sistema Automatizado, 1897/13)
seguindo as rotinas pré-estabelecidas de II – Certificar quando não acompanhar o re-
personagens e demais dados, visando a uni- gistro de pré-cadastro nos termos da Reso-
formidade dos mesmos; (Incluído pelo D.J. lução nº 14/2011 do Órgão Especial. (Incluí-
1897/13) do pelo D.J. 1897/13)
III – proceder alterações cadastrais sempre f) através da Divisão de Protocolo e Autu-
que solicitadas e emitir relatórios; (Incluído ação e Registro de Apelações Cíveis e Cri-
pelo D.J. 1897/13)

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minais e suas seções: (Incluído pelo D.J tenciosos, após a realização de pesqui-
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- sa em Sistema próprio; (Incluído pelo D.J.
dação dada pelo D.J. 437/06, Redação dada 1897/13)
pelo D.J. 724/11, Redação dada pelo D.J.
1897/13) VII – proceder o controle das guias de re-
messa, mantendo-as devidamente organi-
I – protocolar, autuar e registrar em ordem zadas, atualizadas e arquivadas; (Incluído
cronológica de apresentação, os autos de pelo D.J. 1897/13) VIII – remeter as guias
Apelação, cíveis e criminais endereçados ao à Divisão de Arquivo Geral, através de ofí-
Tribunal de Justiça, fazendo o registro do ato cio, ao fim de cada ano; (Incluído pelo D.J.
através de Sistema computacional próprio 1897/13)
(Incluído pelo D.J 251/96, Redação dada
pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. g) através da Primeira Seção de Reprodu-
724/11, Redação dada pelo D.J. 1897/13) ção de Documentos e Autenticação e seus
Serviços: (Incluído pelo D.J 251/96, Redação
II – encaminhar ao 1º Vice-Presidente, an- dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
tes da autuação, os feitos cuja competên- D.J. 437/06)
cia para julgamento não seja do Tribunal
de Justiça, providenciando, após despacho, I – proceder a autenticação das fotocópias
a remessa determinada; (Incluído pelo D.J extraídas na Seção, de quaisquer papéis que
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- tramitem na Secretaria deste Tribunal, con-
dação dada pelo D.J. 724/11, Redação dada forme Portaria n.º 802/99; (Incluído pelo
pelo D.J. 1897/13) D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06,
Redação dada pelo D.J. 437/06)
III – proceder a autuação e registro, atra-
vés de sistema computacional próprio, dos II – manter os registros completos dos servi-
feitos de competência do Tribunal, nele in- ços executados dos materiais e equipamen-
serindo dados referentes ao nome das par- tos em uso; (Incluído pelo D.J 251/96, Re-
tes e seus procuradores, tipo de recurso, dação dada pelo D.J. 265/06, Redação dada
número do protocolado, comarca e vara de pelo D.J. 437/06)
origem, tipo e número da ação originária, III – prestar contas ao Chefe de Divisão,
volume (de acordo com o provimento da através de relatórios semanais, das fotocó-
Corregedoria da Justiça, inclusive com ter- pias extraídas, diariamente, em cada equi-
mo de abertura e encerramento, se neces- pamento e das autenticações; (Incluído pelo
sário), dados complementares, assistência D.J 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06,
judiciária e justiça gratuita, quando for o Redação dada pelo D.J. 437/06)
caso, e demais dados que se fizerem neces-
sários; (Incluído pelo D.J. 1897/13) IV – controlar as requisições e ofícios de
atendimento interno, com lançamento dos
IV – autuar e registrar preferencialmente os dados diariamente no sistema Cópia (Con-
processos em que figure como parte pessoa trole de Fotocópias); (Incluído pelo D.J
com mais de sessenta anos, obedecendo às 251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re-
demais preferências instituídas por lei; (In- dação dada pelo D.J. 437/06)
cluído pelo D.J. 1897/13)
V – extrair as fotocópias para autenticação
V – emitir termos de autuação, capear e nu- de documentos protocolados na Secretaria
merar os feitos; (Incluído pelo D.J. 1897/13) deste Tribunal de Justiça, procedendo o seu
VI – emitir informação circunstanciada, preparo e encaminhamento ao Supervisor
quando solicitada, através de despachos do Centro de Protocolo Judiciário Estadual e
contidos em expedientes e processos con- Arquivo Geral, bem como informar através

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de relatório semanal os valores cobrados; dos dados, diariamente, no Sistema Cópia


(Incluído pelo D.J 251/96, Redação dada (Controle de Fotocópias); (Incluído pelo D.J.
pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
437/06)
V – extrair as fotocópias para autenticação
VI – extrair as cópias e os recibos de valores de documentos protocolados na Secretaria
pagos por particulares; (Incluído pelo D.J deste Tribunal de Justiça, procedendo o seu
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- preparo e encaminhamento ao Supervisor
dação dada pelo D.J. 437/06) do Centro de Protocolo Judiciário Estadual e
Arquivo Geral, bem como informar através
VII – prestar contas dos valores recebidos de relatório semanal os valores cobrados;
por extração e autenticação de cópias re- (Incluído pelo D.J. 437/06)
prográficas de processos contenciosos de
competência originária da Secretaria deste VI – extrair as cópias e os recibos de valores
Tribunal de Justiça, bem como de expedien- pagos por particulares; (Incluído pelo D.J.
tes e ou procedimentos administrativos; (In- 437/06)
cluído pelo D.J 251/96, Redação dada pelo
D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) VII – prestar contas ao Chefe da Divisão, dos
valores recebidos por extração e autenti-
VIII – atender e controlar as atividades re- cação de cópias reprográficas de processos
ferentes à reprodução e proteção dos docu- contenciosos de competência originária da
mentos; (Incluído pelo D.J 251/96, Redação Secretaria deste Tribunal de Justiça, bem
dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo como de expedientes e ou procedimentos
D.J. 437/06) administrativos; (Incluído pelo D.J. 437/06)
h) através da Segunda Seção de Reprodu- i) através da Seção de Controle de Guarda
ção de Documentos e Autenticação e seus de Documentos e seus Serviços: (Incluído
Serviços: (Incluído pelo D.J 251/96, Redação pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo D.J.
dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
D.J. 437/06)
I – organizar e manter o arquivo da docu-
I – atender e controlar as atividades refe- mentação sob custódia; (Incluído pelo D.J.
rentes à reprodução e proteção dos docu- 208/00, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re-
mentos; (Incluído pelo D.J 251/96, Redação dação dada pelo D.J. 437/06)
dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
D.J. 437/06) II – encaminhar ao Supervisor para autori-
zar os requerimentos e petições, solicitando
II – manter o registro completo dos serviços a reprodução de documentos arquivados,
executados, dos materiais e equipamentos bem como apresentar relatório semestral
em uso; (Incluído pelo D.J 251/96, Redação circunstanciado das atividades gerais (Inclu-
dada pelo D.J. 265/06) ído pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo D.J.
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
III – prestar informações e efetuar consulta
sobre os expedientes protocolados e a mo- III – receber documentos e proceder a sua
vimentação dos mesmos nos diversos seto- avaliação e posterior destinação; (Incluído
res do Tribunal de Justiça; (Incluído pelo D.J pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo D.J.
251/96, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
dação dada pelo D.J. 437/06)
IV – atualizar o registro geral dos documen-
IV – controlar as requisições e ofícios de tos, efetuando as devidas anotações; (Inclu-
atendimento interno, com lançamento

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ído pelo D.J. 208/00, Redação dada pelo D.J. VII – processar os filmes seguindo as nor-
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) mas técnicas exigidas para o manuseio e
utilização da máquina processadora, bem
V – controlar a guarda e conservação dos como indexar a caixa do filme original e en-
documentos sob custódia e em trânsito, caminhá-lo à duplicação; (Incluído pelo D.J.
mantendo-os devidamente organizados. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 208/00, Redação dada
pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. VIII – manter os índices de qualidade para
437/06) microfilmes, orientar os operadores quanto
à exposição correta para as máquinas mi-
VI – encaminhar os documentos, periodica- crofilmadoras e efetuar os testes necessá-
mente, para microfilmagem; (Incluído pelo rios, nos padrões exigidos pelo CENADEM;
D.J. 265/06 Redação dada pelo D.J. 437/06) (Incluído pelo D.J. 437/06)
VII – proceder o atendimento à consulta IX – revisar e inspecionar os microfilmes du-
dos expedientes custodiados, bem como plicados de acordo com o cadastramento e
responder pelos documentos arquivados; avaliar as características exigidas quanto à
(Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada qualidade dos microfilmes, bem como reali-
pelo D.J. 437/06) zar os testes necessários para esse controle;
j) através da Seção de Microfilmagem e seus (Incluído pelo D.J. 437/06)
Serviços: (Incluído pelo D.J. 233/03, Reda- X – proteger e preservar o acervo micrográ-
ção dada pelo D.J. 265/06, Redação dada fico através de tarefas de desinfecção, imu-
pelo D.J. 437/06) nização e outros métodos; (Incluído pelo
I – organizar as rotinas pertinentes às ta- D.J. 437/06)
refas de microfilmagem; (Incluído pelo D.J. XI – cadastrar os lotes documentais, devida-
233/03, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- mente numerados, seguindo a ordem cres-
dação dada pelo D.J. 437/06) cente dos filmes, conferindo os dados da in-
II – dirimir dúvidas originárias da execução dexação; (Incluído pelo D.J. 437/06)
dos serviços micrográficos; (Incluído pelo XII – extrair relatório dos filmes cadastrados
D.J. 437/06) e encaminhá-los ao Supervisor do Centro
III – planejar e organizar os documentos a de Protocolo Judiciário Estadual e Arquivo
serem microfilmados, junto com o respon- Geral; (Incluído pelo D.J. 437/06)
sável do setor solicitante; XIII – comparar as guias de remessa de ex-
IV – proceder a montagem dos filmes com pedientes com o cadastramento, a fim de
base na análise do relatório do filme; (Inclu- detectar eventuais falhas de microfilma-
ído pelo D.J. 437/06) gem; (Incluído pelo D.J. 437/06)

V – proceder a remicrofilmagem dos docu- XIV – prestar atendimento de consulta de


mentos, quando necessário; (Incluído pelo dados aos usuários, enquanto os expedien-
D.J. 437/06) tes se encontrarem para o processamen-
to da microfilmagem; (Incluído pelo D.J.
VI – preparar e numerar os documentos a 437/06)
serem microfilmados, manter em ordem
numérica e identificar os lotes documentais XV – conferir os documentos liberados para
para cadastramento em sistema próprio; eliminação; (Incluído pelo D.J. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 437/06)

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XVI – indexar os dados dos expedientes V – exercer outras atividades que lhe forem
para descarte, em Sistema próprio; (Incluí- atribuídas; (Incluído pelo D.J. 233/03, Re-
do pelo D.J. 437/06) dação dada pelo D.J. 265/06, Redação dada
pelo D.J. 437/06)
XVII – emitir e afixar o Edital de Eliminação
de Documentos para publicação, no átrio L) através da Seção de Protocolo Judiciário
do edifício do Tribunal de Justiça, mantendo de 2º Grau e seus Serviços: (Incluído pelo
os lotes documentais devidamente organi- D.J. 274/03, Redação dada pelo D.J. 265/06,
zados, conforme o especificado no edital; Redação dada pelo D.J. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 437/06)
I – organizar os serviços de atendimento
XVIII – fornecer os documentos aos usuá- às partes e advogados; (Incluído pelo D.J.
rios através de requerimento padrão; (In- 274/03, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re-
cluído pelo D.J. 437/06) dação dada pelo D.J. 437/06)
XIX – assegurar-se do destino dos papéis II – receber e controlar as petições e autos
inservíveis para empresa de reciclagem. (In- endereçados ao Tribunal de Justiça para re-
cluído pelo D.J. 437/06) gistro; (Incluído pelo D.J. 274/03, Redação
dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
k) através da Primeira Divisão de Protocolo D.J. 437/06)
e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 233/03,
Redação dada pelo D.J. 265/06, Redação III – proceder ao cadastro das petições e
dada pelo D.J. 437/06) autos através de Sistema automatizado se-
guindo as rotinas pré-estabelecidas, efetuar
I – protocolar em ordem cronológica de a triagem dos mesmos, encaminhando-os
apresentação, todos os autos de processos para distribuição; (Incluído pelo D.J. 274/03,
e expedientes endereçados ao Tribunal de Redação dada pelo D.J. 265/06, Redação
Justiça, fazendo o registro do ato através dada pelo D.J. 437/06)
de Sistema computacional próprio; (Incluí-
do pelo D.J. 233/03, Redação dada pelo D.J. IV – encaminhar os documentos recebidos,
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) registrados e cadastrados aos setores com-
petentes, através de guia de movimentação
II – relacionar, orientar e controlar a remes- interna exclusiva da seção (Incluído pelo
sa de expedientes aos diversos setores do D.J. 274/03, Redação dada pelo D.J. 265/06,
Tribunal, mediante guia de remessa; (Incluí- Redação dada pelo D.J. 437/06)
do pelo D.J. 233/03, Redação dada pelo D.J.
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) V – proceder rigoroso controle das guias
internas de distribuição de documentos,
III – emitir informação circunstanciada, mantendo-as devidamente organizadas por
quando solicitada, através de despachos Setor, data, mês e ano; (Incluído pelo D.J.
contidos em expedientes administrativos e 274/03, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re-
processos contenciosos, após a realização dação dada pelo D.J. 437/06)
de pesquisa em Sistema próprio; (Incluído
pelo D.J. 233/03, Redação dada pelo D.J. VI – emitir informação circunstanciada,
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) quando solicitada, através de despachos
contidos em protocolizados judiciários,
IV – proceder o controle das guias de remes- após a realização de pesquisa em Sistema
sa, mantendo-as devidamente organizadas, próprio. (Incluído pelo D.J. 274/03, Redação
atualizadas e arquivadas; (Incluído pelo D.J. dada pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
233/03, Redação dada pelo D.J. 265/06, Re- D.J. 437/06)
dação dada pelo D.J. 437/06)

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VII – proceder ao controle das petições re- I – organizar os serviços de atendimento ao
cebidas pelo Sistema de Auto-Atendimento público; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação
(VEICULAR), relativas a processos conten- dada pelo D.J. 437/06)
ciosos de competência exclusiva (originária
e recursal) do Tribunal de Justiça do Estado II – receber os expedientes e autos de pro-
do Paraná; (Incluído pelo D.J. 340/05, Reda- cessos endereçados ao Tribunal de Justiça
ção dada pelo D.J. 265/06, Redação dada para registro e proceder a remessa dos mes-
pelo D.J. 437/06) mos para fins de cadastramento, através de
guia própria; (Incluído pelo D.J. 265/06, Re-
VIII – extrair relatórios das petições rece- dação dada pelo D.J. 437/06)
bidas por este Sistema; (Incluído pelo D.J.
340/05) III – prestar informações e efetuar consulta
sobre os expedientes protocolados e a mo-
IX – efetuar a coleta dos envelopes conten- vimentação dos mesmos nos diversos seto-
do as petições depositadas no equipamento res do Tribunal de Justiça; (Incluído pelo D.J.
coletor de Auto-Atendimento (VEICULAR); 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 340/05)
IV – proceder o controle das guias de remes-
X – efetuar a abertura dos envelopes que sa, mantendo-as devidamente organizadas,
contém as petições, conferir o seu conte- atualizadas e arquivadas; (Incluído pelo D.J.
údo, verificando se está em conformidade 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
com o disposto na Resolução nº 07/2004,
do Órgão Especial que disciplina o seu fun- V – exercer outras atividades que lhe forem
cionamento; (Incluído pelo D.J. 340/05) atribuídas; (Incluído pelo D.J. 265/06, Reda-
ção dada pelo D.J. 437/06)
XI – efetuar a impressão no verso da última
folha da petição, onde se encontra a assina- n) através da Seção de Análise de Dados Ca-
tura de seu subscritor, dos dados constan- dastrais e seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
tes do comprovante de entrega ao usuário 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
deste Sistema, os quais deverão constar no I – analisar a qualidade e o desempenho
registro do número de protocolo definitivo cadastral, a confiabilidade e precisão dos
do Sistema de Controle Protocolar da Secre- dados, os quais se baseiam nas decisões
taria do Tribunal de Justiça, em conformida- operacionais (Incluído pelo D.J. 265/06, Re-
de com o disposto na Resolução n° 07/2004 dação dada pelo D.J. 437/06)
– O.E.T.J.; (Incluído pelo D.J. 340/05)
II – controlar a qualidade do Sistema visan-
XII – fornecer informações circunstancia- do melhoria no Aplicativo utilizado, man-
das, quando solicitadas, acerca do recebi- tendo-o atualizado e informando aos cadas-
mento de documentos pelo sistema de Au- tradores as eventuais alterações; (Incluído
to-Atendimento (VEICULAR); (Incluído pelo pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
D.J. 340/05) 437/06)
XIII – imprimir termo de justificativa de III – proceder a padronização e atualização
eventual falha técnica do sistema. (Incluído de lista de personagens, localização de mo-
pelo D.J. 340/05) vimentação e demais dados, visando a uni-
m) através da Seção de Atendimento ao formidade dos mesmos; (Incluído pelo D.J.
Público e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) IV – controlar os registros computacionais
através de relatórios diários, conforme pa-

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dronização pré-estabelecida; (Incluído pelo p) através da Segunda Divisão de Protocolo


D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 265/06,
Redação dada pelo D.J. 437/06)
V – proceder as alterações cadastrais sem-
pre que solicitadas e emitir relatórios di- I – protocolar em ordem cronológica de
ários; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação apresentação, todos os autos de processos
dada pelo D.J. 437/06) e expedientes endereçados ao Tribunal de
Justiça, fazendo o registro do ato através
VI – imprimir etiquetas de protocolos provi- de Sistema computacional próprio; (Incluí-
sórios anualmente aos Serviços Descentra- do pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
lizados de Protocolo integrado à Secretaria 437/06)
deste Tribunal de Justiça, conforme prevê
o artigo 7º da Resolução nº 06/2002, do II – relacionar, orientar e controlar a remes-
OE-TJ; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação sa de expedientes aos diversos setores do
dada pelo D.J. 437/06) Tribunal, mediante guia de remessa; (Incluí-
do pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
VII – distribuir e recolher anualmente as eti- 437/06)
quetas de protocolos provisórios aos Servi-
ços Descentralizados de Protocolo Integra- III – emitir informação circunstanciada,
do à Secretaria deste Tribunal de Justiça; quando solicitada, através de despachos
(Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada contidos em expedientes administrativos e
pelo D.J. 437/06) processos contenciosos, após a realização
de pesquisa em Sistema próprio; (Incluído
VIII – vincular os protocolos provisórios pelo D.J. 437/06)
quando utilizados pelos Serviços Descentra-
lizados de Protocolo Integrado à Secretaria IV – proceder o controle das guias de re-
deste Tribunal de Justiça aos números defi- messa, mantendo-as devidamente organi-
nitivos do Sistema automatizado (Aplicativo zadas, atualizadas e arquivadas; (Incluído
PROT); (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação pelo D.J. 437/06)
dada pelo D.J. 437/06)
V – exercer outras atividades que lhe forem
IX – expedir ofício solicitando informações atribuídas; (Incluído pelo D.J. 437/06)
ao Departamento de Informática sempre
que houver razão técnica que impossibilite q) através da Seção de Apoio Técnico-Admi-
a utilização do Sistema, a fim de que fique nistrativo: (Incluído pelo D.J. 265/06, Reda-
justificada a utilização de protocolos provi- ção dada pelo D.J. 437/06)
sórios, comunicando o Departamento Judi- I – apoiar a Segunda Divisão de Protocolo
ciário; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação nas suas atribuições, acompanhar perma-
dada pelo D.J. 437/06) nentemente a execução dos trabalhos per-
o) através da Seção de Cadastramento de tinentes às Seções, garantindo a qualidade
Expedientes Administrativos e seus Ser- técnica; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação
viços: (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
dada pelo D.J. 437/06) II – desempenhar demais funções que lhe
I – proceder o cadastro dos expedientes sejam atribuídas; (Incluído pelo D.J. 265/06,
através de Sistema automatizado seguindo Redação dada pelo D.J. 437/06)
as rotinas pré-estabelecidas, efetuar a tria- r) através da Seção de Apoio Técnico-Jurídi-
gem dos mesmos, encaminhando-os para co: (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada
distribuição; (Incluído pelo D.J. 265/06, Re- pelo D.J. 437/06)
dação dada pelo D.J. 437/06)

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I – receber e atualizar autos de processos IV – controlar os registros através de rela-
contenciosos, procedendo a atualização da tórios diários, conforme padronização pré-
movimentação no Sistema computacional -estabelecida; (Incluído pelo D.J. 265/06,
próprio, remetendo ao setor competente; Redação dada pelo D.J. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada
pelo D.J. 437/06) V – proceder toda a movimentação interna
dos expedientes cadastrados, encaminhan-
II – auxiliar na triagem de expedientes judi- do-os aos setores competentes. (Incluído
ciários; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
dada pelo D.J. 437/06) 437/06)
s) através da Seção de Protocolo Geral e VI – proceder a triagem e distribuição dos
seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 265/06, documentos; (Incluído pelo D.J. 437/06)
Redação dada pelo D.J. 437/06)
VII – encaminhar os expedientes e autos de
I – organizar os serviços de atendimento ao processos aos setores competentes, através
público; (Incluído pelo D.J. 265/06, Redação de guia de movimentação interna; (Incluído
dada pelo D.J. 437/06) pelo D.J. 437/06)
II – receber os expedientes destinados ao VIII – exercer outras atividades no âmbi-
Tribunal de Justiça para registro e proceder to de sua competência; (Incluído pelo D.J.
a remessa dos mesmos para fins de cadas- 437/06)
tramento; (Incluído pelo D.J. 265/06, Reda-
ção dada pelo D.J. 437/06) u) através da Seção de Recebimento de Fac-
-símile e seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
III – prestar informações e efetuar consultas 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
sobre os expedientes protocolados e a mo-
vimentação dos mesmos nos diversos seto- I – receber e controlar os expedientes trans-
res do Tribunal de Justiça; (Incluído pelo D.J. mitidos via fac-símile endereçados ao Tribu-
265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06) nal de Justiça para registro; (Incluído pelo
D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
t) através da Seção de Cadastro e Controle
de Documentos e seus Serviços: (Incluído II – proceder a validação dos protocolos re-
pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. gistrados no Sistema (Aplicativo); (Incluído
437/06) pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J.
437/06)
I – receber e controlar os expedientes rece-
bidos na Seção; (Incluído pelo D.J. 265/06, III – proceder o cadastro dos expedientes
Redação dada pelo D.J. 437/06) recebidos através do Sistema automatizado,
seguindo as rotinas pré-estabelecidas, efe-
II – proceder o cadastramento dos docu- tuar a triagem dos mesmos, encaminhan-
mentos recebidos através de Sistema Au- do-os para distribuição aos setores compe-
tomatizado, seguindo as rotinas pré-esta- tentes, através de guia de movimentação
belecidas de personagens e demais dados, interna exclusiva da Seção; (Incluído pelo
visando a uniformidade dos mesmos; (In- D.J. 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
cluído pelo D.J. 265/06, Redação dada pelo
D.J. 437/06) IV – proceder o controle das guias de remes-
sa, mantendo-as devidamente organizadas,
III – proceder alterações cadastrais sempre atualizadas e arquivadas; (Incluído pelo D.J.
que solicitadas e emitir relatórios diários; 265/06, Redação dada pelo D.J. 437/06)
(Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada
pelo D.J. 437/06)

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V – emitir informação circunstanciada, Art. 24, “a” – a) através da Coordenação e Assis-


quando solicitada, através de despachos tente de Gabinete (I ao X);
contidos em expedientes judiciários, após a
realização de pesquisa em Sistema próprio; Art. 24, “b” – b) através da Divisão de Assesso-
(Incluído pelo D.J. 265/06, Redação dada ramento Técnico e Administrativo e sua Seção
pelo D.J. 437/06) de Apoio e Pesquisa (I ao III);

v) através da Seção de Arquivo e seus Servi- b.1) através da Seção de Protocolo Judiciá-
ços: (Incluído pelo D.J. 437/06) rio de 2º Grau (I ao VI);

I – organizar e manter o arquivo da docu- b.2) através da Seção de Recebimento de


mentação sob custódia; (Incluído pelo D.J. Expedientes e Atendimento Interno (I ao V);
437/06) b.3) através da Seção de Recebimento de
II – encaminhar ao Supervisor para autori- Fac-símile e Correio Eletrônico (I ao V);
zar os requerimentos e petições, solicitando b.4) através da Primeira Seção de Repro-
a reprodução de documentos arquivados, dução e Autenticação de Documentos (I ao
bem como apresentar relatório semestral VII);
circunstanciado das atividades gerais; (In-
cluído pelo D.J. 437/06) b.5) através da Segunda Seção de Repro-
dução e Autenticação de Documentos (I ao
III – receber documentos e proceder a sua VII);
avaliação e posterior destinação; (Incluído
pelo D.J. 437/06) b.6) através da Seção de Protocolo Judiciá-
rio Descentralizado (I ao IX);
IV – atualizar o registro geral dos documen-
tos, efetuando as devidas anotações; (Inclu- b7) Através da Seção de Juntadas e Anexa-
ído pelo D.J. 437/06) ções (I).

V – controlar a guarda e conservação dos Art. 24, “c” – c) através da Divisão de Arquivo
documentos sob custódia e em trânsito, Geral e suas Seções (I ao III);
mantendo-os devidamente organizados; c.1) através da Seção de Controle de Guarda
(Incluído pelo D.J. 437/06) de Documentos (I ao VII);
VI – encaminhar os documentos, periodica- c.2) através da Seção de Arquivo (I ao VII);
mente, para microfilmagem; (Incluído pelo
D.J. 437/06) c.3) através da Seção de Microfilmagem e
Digitalização de Documentos Arquivados (I
VII – proceder o atendimento às consultas ao XX);
dos expedientes custodiados, bem como
responder pelos documentos arquivados. Art. 24, “d” – d) Através da Divisão de Protocolo
(Incluído pelo D.J. 437/06) Administrativo e suas Seções (I ao VI);
d.1) através da Seção de Análise de Dados
RESUMO DO ART. 24 – Competências Cadastrais (I ao IX);
do Centro de Protocolo Judiciário
d.2) através da Seção de Atendimento ao
Estadual, Autuação e Arquivo Geral. Público (I ao III);
Há 5 Divisões neste centro, distribuídas da d.3) através da Seção de Cadastramento de
seguinte forma: Expedientes Administrativos (I);

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Art. 24, “e” – e) através da Divisão de Protocolo Art. 24, “n” – n) através da Seção de Análise de
e Autuação de Medidas Urgentes e suas seções Dados Cadastrais e seus Serviços (I ao IX);
(I ao VIII);
Art. 24, “o” – o) através da Seção de Cadastra-
e.1) através da Seção de Apoio Técnico-Ad- mento de Expedientes Administrativos e seus
ministrativo (I ao II); Serviços (I);
e.2) através da Seção de Apoio Técnico-Jurí- Art. 24, “p” – p) através da Segunda Divisão de
dico (I ao III); Protocolo e seus Serviços (I ao V);
e.3) através da Seção de Recebimento, Tria- Art. 24, “q” – q) através da Seção de Apoio Téc-
gem e Abertura de Correspondências I ao nico-Administrativo (I ao II);
IV);
Art. 24, “r” – r) através da Seção de Apoio Técni-
e.4) através da Seção de Cadastro e Contro- co-Jurídico (I ao II);
le de Documentos (I ao VI);
Art. 24, “s” – s) através da Seção de Protocolo
e.5) através da Seção de Revisão de Dados Geral e seus Serviços (I ao III);
Cadastrais (I);
Art. 24, “t” – t) através da Seção de Cadastro e
e.6) através da Seção de Autuação e Regis- Controle de Documentos e seus Serviços (I ao
tro de Habeas Corpus e Mandado de Segu- VIII);
rança (I);
Art. 24, “u” – u) através da Seção de Recebi-
e.7) através da Seção de Autuação e Regis- mento de Fac-símile e seus Serviços (I ao V);
tro de Agravos de Instrumento (I e II);
Art. 24, “v” – v) através da Seção de Arquivo e
Art. 24, “f” – f) através da Divisão de Protocolo seus Serviços (I ao VII).
e Autuação e Registro de Apelações Cíveis e Cri-
minais e suas seções (I ao VIII); DO CENTRO DE TRANSPORTE
Art. 24, “g” – g) através da Primeira Seção de
Reprodução de Documentos e Autenticação e Art. 25. Ao Centro de Transporte compete: (Re-
seus Serviços (I ao VIII); numerado pelo D.J. 208/00, Renumerado pelo
D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J. 44/05, Renu-
Art. 24, “h” – h) através da Segunda Seção de merado pelo D.J. 152/05) a) através da Supervi-
Reprodução de Documentos e Autenticação e são:
seus Serviços (I ao VII);
I – atender os pedidos de veículos para
Art. 24, “i” – i) através da Seção de Controle de transporte de pessoas e realização de servi-
Guarda de Documentos e seus Serviços (I ao ços, mediante requisição ou determinação
VII); superior;
Art. 24, “j” – j) através da Seção de Microfilma- II – atender as ocorrências de trânsito; (Re-
gem e seus Serviços (I ao XIX); dação dada pelo D.J. 208/00)
Art. 24, “k” – k) através da Primeira Divisão de III – solicitar ao setor competente avaliação
Protocolo e seus Serviços (I ao V); médica e psicológica; (Redação dada pelo
D.J. 208/00)
Art. 24, “l” – L) através da Seção de Protocolo
Judiciário de 2º Grau e seus Serviços (I ao XIII); IV – solicitar ao setor competente a manu-
tenção dos veículos deste Tribunal de Justi-
Art. 24, “m” – m) através da Seção de Atendi- ça; (Redação dada pelo D.J. 208/00)
mento ao Público e seus Serviços (I ao V);

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V – coordenar o atendimento dos motoris- VIII – controlar a frequência, bem como,


tas para eventos especiais; (Redação dada organizar a escala de férias (Redação dada
pelo D.J. 208/00) pelo D.J. 347/00, Redação dada pelo D.J.
208/00)
VI – elaborar relatório circunstanciado do
estado dos veículos, bem como propor IX – controlar e coordenar os estoques e
aquisição de novos; (Redação dada pelo D.J. distribuição de materiais próprios do Centro
208/00) (Redação dada pelo D.J. 347/00, Redação
dada pelo D.J. 208/00)
VII – propor, informar e atestar processos
relativos a transporte, quanto aos seus as- X – verificar periodicamente os materiais
pectos materiais, bem como em relação aos (Redação dada pelo D.J. 347/00, Redação
recursos humanos disponíveis; (Redação dada pelo D.J. 208/00)
dada pelo D.J. 208/00)
c) através da Seção de Controle de Frotas
VIII – desenvolver outras atividades correla- e seus Serviços: (Redação dada pelo D.J.
tas; (Incluído pelo D.J. 208/00) 208/00)
b) através da Seção de Controle de Pessoal I – desenvolver tarefas através do sistema
e Materiais e seus serviços (Redação dada informatizado de todos os expedientes do
pelo D.J. 347/00) Centro; (Redação dada pelo D.J. 208/00)
I – coordenar a distribuição de motoristas II – elaborar e fazer cumprir os relatórios
para serviços do Tribunal de Justiça (Reda- das atividades e encaminhá-los à chefia
ção dada pelo D.J. 347/00, Redação dada imediata; (Redação dada pelo D.J. 208/00)
pelo D.J. 208/00)
III – coordenar e controlar o consumo
II – orientar os funcionários do Centro de combustível; (Redação dada pelo D.J.
de Transportes (Redação dada pelo D.J. 208/00)
347/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
IV – regularizar e manter em ordem a docu-
III – informar à chefia imediata as irregu- mentação dos veículos de propriedade do
laridades cometidas pelos motoristas no Tribunal de Justiça; (Redação dada pelo D.J.
exercício da função (Redação dada pelo D.J. 208/00)
347/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
V – controlar a quilometragem e consumo
IV – elaborar e fazer cumprir a escala de de combustíveis dos veículos do Tribunal de
plantão em eventos (Redação dada pelo D.J. Justiça; (Redação dada pelo D.J. 208/00)
347/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
VI – orientar os usuários no preenchimento
V – prestar informações nos expedientes das notas fiscais de abastecimento em pos-
relativos a sua competência (Redação dada to não conveniado; (Redação dada pelo D.J.
pelo D.J. 347/00, Redação dada pelo D.J. 208/00)
208/00)
VII – supervisionar a conservação da frota;
VI – coordenar o adiantamento destinado (Redação dada pelo D.J. 208/00)
ao Centro (Redação dada pelo D.J. 347/00,
Redação dada pelo D.J. 208/00) VIII – controlar e prover o estoque de lubri-
ficantes e outros produtos que promovam
VII – verificar periodicamente a validade conservação dos veículos. (Redação dada
das habilitações dos profissionais (Redação pelo D.J. 208/00)
dada pelo D.J. 347/00, Redação dada pelo
D.J. 208/00)

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d) através da Seção de Oficina Automotiva Resumo do Art. 25 – DO CENTRO DE
e seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 316/09) TRANSPORTE
I – supervisionar os serviços de conservação
dos veículos do Tribunal de Justiça; (Incluído Art. 25. Ao Centro de Transporte compete;
pelo D.J. 316/09) a) através da Supervisão (I ao VIII);
II – coordenar a manutenção da mecânica, b) através da Seção de Controle de Pessoal
lataria e pintura dos veículos; (Incluído pelo e Materiais e seus serviços (I ao X);
D.J. 316/09)
c) através da Seção de Controle de Frotas e
III – prestar informação nos expedientes seus Serviços (I ao VIII);
relativos a sua competência; (Incluído pelo
D.J. 316/09) d) através da Seção de Oficina Automotiva e
seus Serviços (I ao XI).
IV – coordenar os serviços de reparos me-
cânicos e de lataria e pintura; (Incluído pelo Art. 26 ao Art. 31 – foram revogados.
D.J. 316/09)
V – efetuar vistoria periódica nos veículos; DOS DEPARTAMENTOS
(Incluído pelo D.J. 316/09) (Competências)
VI – comunicar à Chefia a ocorrência de Art. 32. Ao Diretor de Departamento compete
quaisquer defeitos, desgaste mecânico ou (I ao XX);
avaria na lataria ou pintura, cuja causa pos-
sa ser originária do mau uso do veículo; (In- Art. 33. Ao Chefe de Divisão compete (I ao XI);
cluído pelo D.J. 316/09) Art. 34. Ao Chefe de Seção compete (I ao IV);
VII – providenciar socorro externo aos veí- Art. 35. Ao Chefe de Serviço compete (I ao IV);
culos em serviço; (Incluído pelo D.J. 316/09)
VIII – apresentar à Chefia imediata, requi- DOS DEPARTAMENTOS
sição de peças e equipamentos indispensá-
veis à manutenção dos veículos em reparo; Art. 32. Ao Diretor de Departamento compete:
(Incluído pelo D.J. 316/09)
I – dirigir os serviços do Departamento, pri-
IX – controlar e prover o estoque de peças mando pela sua organização e ordenação;
de reposição, lubrificantes, acessórios e ou-
II – orientar, coordenar e fiscalizar a execu-
tros produtos que promovam a conserva-
ção dos serviços, respondendo pela sua re-
ção dos veículos; (Incluído pelo D.J. 316/09)
gularidade e disciplina;
X – propor a compra dos materiais específi-
III – sugerir medidas visando o aperfeiçoa-
cos para a manutenção do estoque; (Incluí-
mento do serviço;
do pelo D.J. 316/09)
IV – dirimir dúvidas suscitadas no âmbito do
XI – manter o controle do almoxarifado com
Departamento em casos concretos;
relatórios a serem encaminhados à Chefia
imediata. (Incluído pelo D.J. 316/09) V – atender reclamações sobre irregularida-
des no andamento do serviço;
VI – autorizar a entrega de autos e expe-
dientes a advogados e partes, nos casos
permitidos;

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VII – providenciar a devida instrução dos ex- cargos especificados no inciso anterior, para
pedientes a serem encaminhados ao Secre- tanto habilitados e autorizados; (Incluído
tário e ao Presidente; pelo D.J 164/01)
VIII – cumprir e fazer cumprir as ordens su- XX – exercer outras atribuições que lhe fo-
periores; rem determinadas pelos superiores. (Inclu-
ído pelo D.J 164/01)
IX – assessorar a cúpula diretiva do Tribunal
de Justiça, em matéria afeta ao respectivo Art. 33. Ao Chefe de Divisão compete: (Renu-
Departamento; merado pelo D.J. 208/00, Renumerado pelo D.J.
209/00, Renumerado pelo D.J. 44/05, Renume-
X – propor ao Secretário, anualmente, a es- rado pelo D.J. 152/05)
cala de férias do pessoal lotado no Departa-
mento; I – dirigir a Divisão a seu cargo, velando pela
regularidade, disciplina e ordem do serviço;
XI – conferir as requisições de material de
consumo e permanente dirigidas ao Secre- II – cumprir e fazer cumprir as ordens supe-
tário; riores;
XII – encaminhar ao Secretário, na primei- III – distribuir os encargos da Divisão às Se-
ra quinzena do mês de janeiro, relatório das ções competentes;
atividades do Departamento no exercício
anterior; IV – propor escala de férias dos funcionários
da Divisão;
XIII – fiscalizar os livros de ponto do Depar-
tamento; V – responder pela execução objetiva dos
serviços, examinando, conferindo os traba-
XIV – encaminhar mensalmente boletins de lhos e orientando os funcionários;
frequência do Departamento;
VI – instruir os funcionários sobre os seus
XV – propor ao Secretário elogios aos fun- deveres, obrigações e direitos;
cionários que se destacarem no exercício de
suas funções; VII – requisitar o material de consumo e
permanente necessário;
XVI – propor ao Secretário punição aos fun-
cionários, quando for necessário; VIII – manter o Diretor do Departamento in-
formado sobre a conduta dos funcionários;
XVII – comunicar ao Centro de Assistência
Médica do Tribunal de Justiça o não com- IX – responder pelos bens da Divisão;
parecimento do funcionário por motivo de X – apresentar, diariamente, ao Diretor do
saúde; Departamento, o livro ponto com as obser-
XVIII – referendar, ao Secretário, solicita- vações que lhe parecerem oportunas;
ções de servidores ocupantes dos cargos XI – exercer outros encargos determinados
dos Grupos Ocupacionais Superior, Inter- por seus superiores.
mediário e Básico, para uso de veículos de
transportes e serviços do Tribunal de Justi- Art. 34. Ao Chefe de Seção compete:
ça (Redação dada pelo D.J 164/01, Redação
I – dirigir e distribuir os encargos da Seção;
dada pelo D.J. 341/01)
II – conferir os trabalhos, orientando os fun-
XIX – supervisionar e fiscalizar o uso dos ve-
cionários no sentido do seu aprimoramen-
ículos de transportes e serviços do Tribunal
to;
de Justiça pelos servidores ocupantes dos

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III – informar ao Chefe da Divisão sobre f) Seção de Especialização;
anormalidades no serviço e na conduta fun-
cional dos seus subordinados; g) Seção de Complementação;

IV – exercer outros encargos que lhe forem g.1) Serviço de Abertura de Volumes;
determinados. g.2) Serviço de Criação de Incidentes Pro-
Art. 35. Ao Chefe de Serviço compete: cessuais;

I – dirigir e distribuir os encargos do Serviço; g.3) Serviço de Recepção e Expedição;

II – conferir os trabalhos, orientando os fun- V – Divisão de Registro da Movimentação


cionários no sentido do seu aprimoramen- Processual
to; a) Seção de Registro da Movimentação de
III – informar ao Chefe de Seção sobre anor- Matérias Urgentes
malidades no serviço e na conduta funcio- a.1) Serviço de Movimentação de Agravos
nal dos seus subordinados; de Instrumento;
IV – exercer outros encargos que lhe forem a.2) Serviço de Movimentação de Habeas
determinados. Corpus e Mandados de Segurança;
b) Seção de Registro da Movimentação de
DO DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO Processos Cíveis:
Art. 36. O Departamento Judiciário é constituí- b.1) Serviço de Triagem;
do de:
b.2) Serviço de Registro de Processos aos
I – Diretoria; Tribunais Superiores;
a) Assessoria; b.3) Serviço de Registro de Processos da Pri-
IV – Divisão de Distribuição; meira e Segunda Divisões de Processo Cível;

a) Seção de Distribuição Cível: b.4) Serviço de Registro de Processos da


Terceira e Quarta Divisões de Processo Cí-
a.1) Serviço de Recepção e Expedição; vel;
a.2) Serviço de Revisão; c) Seção de Registro da Movimentação de
Processos Criminais e do Órgão Especial:
b) Seção de Distribuição Criminal:
c.1) Serviço de Triagem;
b.1) Serviço de Recepção e Expedição;
c.2) Serviço de Registro de Processos aos
b.2) Serviço de Revisão; Tribunais Superiores.;
c) Seção de Distribuição de Medidas Urgen- c.3) Serviço de Registro de Processos;
tes:
d) Seção de Cadastro de Petições: (Redação
c.1) Serviço de Recepção e Expedição; dada pelo D.J. 55/02, Redação dada pelo
c.2) Serviço de Revisão; D.J. 275/05)

d) Seção de Redistribuição; d.1) Serviço de Recepção e Expedição;

e) Seção de Redistribuição por Sucessão e d.2) Serviço de Cadastro de Petições Cíveis;


Remoção;

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d.3) Serviço de Cadastro de Petições Crimi- a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;


nais e do Órgão Especial;
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
VI – Divisão de Processo Crime:
b) Seção da 2ª Câmara Cível:
a) Seção da 1ª Câmara Criminal:
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
c) Seção da 3ª Câmara Cível:
b) Seção da 2ª Câmara Criminal:
c.1) Serviço de Movimentação Processual;
b.1) Serviço de Movimentação Processual;
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
d) Seção da 4ª Câmara Cível: (Incluído pelo
b.4) Serviço de Controle de Prazos; D.J. 275/05)
c) Seção da 3ª Câmara Criminal: d.1) Serviço de Movimentação Processual;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
c.1) Serviço de Movimentação Processual;
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; cluído pelo D.J. 275/05)
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
d) Seção da 4ª Câmara Criminal: (Incluído pelo D.J. 275/05)

d.1) Serviço de Movimentação Processual; e) Seção da 5ª Câmara Cível: (Incluído pelo


D.J. 275/05)
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
e.1) Serviço de Movimentação Processual;
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; (Incluído pelo D.J. 275/05)
e) Seção da 5ª Câmara Criminal: e.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
cluído pelo D.J. 275/05)
e.1) Serviço de Movimentação Processual;
e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
e.2) Serviço de Acórdãos e Publicações;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
f) Seção de Pautas: (Incluído pelo D.J.
f) Seção de Pautas: (Incluído pelo D.J. 275/05)
275/05)
f.1) Serviço de Organização e Expedição de
f.1) Serviço de Organização e Expedição de Pautas de Julgamento; (Incluído pelo D.J.
Pautas de Julgamento; 275/05)
VII – Primeira Divisão de Processo Cível: VIII – Segunda Divisão de Processo Cível:
(Incluído pelo D.J. 275/05)
a) Seção da 1ª Câmara Cível:
a) Seção da 6ª Câmara Cível: (Incluído pelo
a.1) Serviço de Movimentação Processual; D.J. 275/05)

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a.1) Serviço de Movimentação Processual; a) Seção da 8ª Câmara Cível: (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05)
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- a.1) Serviço de Movimentação Processual;
cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
(Incluído pelo D.J. 275/05) cluído pelo D.J. 275/05)
b) Seção da 7ª Câmara Cível: (Incluído pelo a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
b.1) Serviço de Movimentação Processual; b) Seção da 9ª Câmara Cível: (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05)
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- b.1) Serviço de Movimentação Processual;
cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
(Incluído pelo D.J. 275/05) cluído pelo D.J. 275/05)
c) Seção da 17ª Câmara Cível: (Incluído pelo b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
c.1) Serviço de Movimentação Processual; c) Seção da 10ª Câmara Cível: (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05)
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- c.1) Serviço de Movimentação Processual;
cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
(Incluído pelo D.J. 275/05) cluído pelo D.J. 275/05)
d) Seção da 18ª Câmara Cível: (Incluído pelo c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
d.1) Serviço de Movimentação Processual; d) Seção da 11ª Câmara Cível: (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05)
d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- d.1) Serviço de Movimentação Processual;
cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
cluído pelo D.J. 275/05)
e) Seção de Pautas: (Incluído pelo D.J.
275/05) d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
e.1) Serviço de Organização e Expedição de
Pautas de Julgamento; (Incluído pelo D.J. e) Seção da 12ª Câmara Cível: (Incluído pelo
275/05) D.J. 275/05)
IX – Terceira Divisão de Processo Cível: (In- e.1) Serviço de Movimentação Processual;
cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)

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e.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- d.1) Serviço de Movimentação Processual;


cluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
e.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; d.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
(Incluído pelo D.J. 275/05) cluído pelo D.J. 275/05)
f) Seção de Pautas: (Incluído pelo D.J. d.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
275/05) (Incluído pelo D.J. 275/05)
f.1) Serviço de Organização e Expedição de e) Seção de Pautas: (Incluído pelo D.J.
Pautas de Julgamento; (Incluído pelo D.J. 275/05)
275/05)
e.1) Serviço de Organização e Expedição de
X – Quarta Divisão de Processo Cível: (Inclu- Pautas de Julgamento; (Incluído pelo D.J.
ído pelo D.J. 275/05) 275/05)
a) Seção da 13ª Câmara Cível: (Incluído pelo f) Seção de Atendimento Operacional das
D.J. 275/05) Salas de Sessões de Julgamento: (Incluído
pelo D.J. 781/11)
a.1) Serviço de Movimentação Processual;
(Incluído pelo D.J. 275/05) f.1) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
tos das Câmaras Cíveis; (Incluído pelo D.J.
a.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- 781/11)
cluído pelo D.J. 275/05)
f.2) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
a.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; tos das Câmaras Criminais; (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 781/11)
b) Seção da 14ª Câmara Cível: (Incluído pelo f.3) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
D.J. 275/05) tos da Seção Cível;
b.1) Serviço de Movimentação Processual; f.4) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
(Incluído pelo D.J. 275/05) tos da Seção Criminal; (Incluído pelo D.J.
b.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In- 781/11)
cluído pelo D.J. 275/05) f.5) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
b.3) Serviço de Elaboração de Expedientes; tos do Órgão Especial; (Incluído pelo D.J.
(Incluído pelo D.J. 275/05) 781/11)

c) Seção da 15ª Câmara Cível: (Incluído pelo f.6) Serviço de Atendimento aos Julgamen-
D.J. 275/05) tos do Conselho da Magistratura; (Incluído
pelo D.J. 781/11)
c.1) Serviço de Movimentação Processual;
(Incluído pelo D.J. 275/05) XI – Divisão do Órgão Especial: (Incluído
pelo D.J. 275/05)
c.2) Serviço de Acórdãos e Publicações; (In-
cluído pelo D.J. 275/05) a) Seção de Movimentação Processual: (In-
cluído pelo D.J. 275/05)
c.3) Serviço de Elaboração de Expedientes;
(Incluído pelo D.J. 275/05) a.1) Serviço de Movimentação Processual;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
d) Seção da 16ª Câmara Cível: (Incluído pelo
D.J. 275/05) a.2) Serviço de Juntada de Petições; (Incluí-
do pelo D.J. 275/05)

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b) Seção de Pautas de Julgamento; (Incluído b.1) Serviço de Publicação; (Incluído pelo
pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J. 332/05)
b.1) Serviço de Organização e Expedição de b.2) Serviço de Controle de Prazos; (Incluí-
Pautas de Julgamento; (Incluído pelo D.J. do pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J.
275/05) 332/05)
c) Seção de Registro e Publicação; (Incluído c) Seção de Agravos de Instrumento Cíveis
pelo D.J. 275/05) aos Tribunais Superiores: (Incluído pelo D.J.
275/05)
c.1) Serviço Controle de Acórdãos; (Incluído
pelo D.J. 275/05) c.1) Serviço de Controle de Contra-Minutas;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
c.2) Serviço de Publicação de Despachos;
(Incluído pelo D.J. 275/05) c.2) Serviço de Movimentação; (Incluído
pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J.
c.3) Serviço de Elaboração de Ofícios; (In- 332/05)
cluído pelo D.J. 275/05)
d) Seção de Recursos Criminais aos Tribu-
d) Seção da Seção Cível e da Seção Criminal: nais Superiores: (Incluído pelo D.J. 275/05,
(Incluído pelo D.J. 275/05) Redação dada pelo D.J. 332/05)
d.1) Serviço de Movimentação Processual; d.1) Serviço de Publicação e Controle de
(Incluído pelo D.J. 275/05) Contra-Razões (Incluído pelo D.J. 332/05)
e) Seção de Reprodução Interna de Docu- e) Seção de Sobrestamento de Recursos;
mentos: (Incluído pelo D.J. 275/05) (Incluído pelo D.J. 1897/13)
e.1) Serviço de Reprodução; (Incluído pelo XIII – Divisão de Baixa e Expedição: (Incluído
D.J. 275/05) pelo D.J. 275/05)
e.2) Serviço de Controle de Atendimento; a) Seção de Baixa de Processos da Primeira
(Incluído pelo D.J. 275/05) e da Segunda Divisão de Processos Cíveis:
XII – Divisão de Recursos aos Tribunais Su- (Incluído pelo D.J. 275/05)
periores: (Incluído pelo D.J. 275/05) a.1) Serviço de Baixa e Arquivo; (Incluído
a) Seção de Controle de Contra-Razões a pelo D.J. 275/05)
Recursos Cíveis: (Incluído pelo D.J. 275/05, a.2) Serviço de Verificação de Petições Pen-
Redação dada pelo D.J. 332/05) dentes; (Incluído pelo D.J. 275/05)
a.1) Serviço de Publicação e Juntada; (Inclu- a.3) Serviço de Baixa de Agravos de Instru-
ído pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J. mento; (Incluído pelo D.J. 275/05)
332/05)
b) Seção de Baixa de Processos da Terceira
a.2) Serviço de Movimentação; (Incluído e da Quarta Divisão de Processos Cíveis: (In-
pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J. cluído pelo D.J. 275/05)
332/05)
b.1) Serviço de Baixa e Arquivo; (Incluído
a.3) Serviço de Expedientes; (Incluído pelo pelo D.J. 275/05)
D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J. 332/05)
b.2) Serviço de Verificação de Petições Pen-
b) Seção de Publicação de Despachos em dentes; (Incluído pelo D.J. 275/05)
Recursos Cíveis: (Incluído pelo D.J. 275/05,
Redação dada pelo D.J. 332/05)

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b.3) Serviço de Baixa de Agravos de Instru- d) Seção de Mandados e Cartas: (Incluído


mento; (Incluído pelo D.J. 275/05) pelo D.J. 275/05)
c) Seção de Baixa de Processos Criminais: d.1) Serviço de Elaboração; (Incluído pelo
(Incluído pelo D.J. 275/05) D.J. 275/05)
c.1) Serviço de Baixa e Arquivo; (Incluído d.2) Serviço de Cumprimentos de Manda-
pelo D.J. 275/05) dos das Divisões de Processo Cível; (Incluído
pelo D.J. 275/05)
c.2) Serviço de Verificação de Petições Pen-
dentes; (Incluído pelo D.J. 275/05) d.3) Serviço de Cumprimento de Mandados
da Divisão de Processo Crime e do Órgão Es-
d) Seção de Expedição: (Incluído pelo D.J. pecial.
275/05)
Art. 37. Ao Diretor do Departamento Judiciário,
d.1) Serviço de Expedição Cível; (Incluído além das atribuições gerais compete:
pelo D.J. 275/05)
I – assessorar o Secretário nas sessões con-
d.2) Serviço de Expedição Crime e do Órgão tenciosas do Órgão Especial; (Redação dada
Especial; (Incluído pelo D.J. 275/05) pelo D.J. 141/00)
XIV – Divisão de Preparo e Informações: (In- II – atender e prestar esclarecimentos às
cluído pelo D.J. 275/05) partes e aos Senhores Advogados, quando
a) Seção de Preparo: (Incluído pelo D.J. necessário; (Redação dada pelo D.J. 141/00)
275/05) III – superintender os serviços executados
a.1) Serviço de Preparo de Processos Origi- dentro do Departamento, fiscalizando, jun-
nários; (Incluído pelo D.J. 275/05) tamente com os Chefes de Divisão, o corpo
de servidores nele lotados, a fim de que a
a.2) Serviço de Preparo de Recursos aos consecução dos serviços seja otimizada
Tribunais Superiores; (Incluído pelo D.J. quanto à produtividade e exação; (Redação
275/05) dada pelo D.J. 141/00)
b) Seção de Informações: (Incluído pelo D.J. IV – encaminhar à Assessoria de Planeja-
275/05) mento estudo relativo à proposta orçamen-
b.1) Serviço de Extração de Certidões; (In- tária; (Redação dada pelo D.J. 141/00)
cluído pelo D.J. 275/05) V – assessorar o Presidente e Vice-Presiden-
b.2) Serviço de Extração de Informações; te do Tribunal de Justiça, nas decisões de
(Incluído pelo D.J. 275/05) suas respectivas competências.

b.3) Serviço de Extração de Relatórios; (In- VI – gerir as alterações do sistema compu-


cluído pelo D.J. 275/05) tacional de controle da movimentação pro-
cessual. (Incluído pelo D.J. 141/00)
b.4) Serviço de Teleprocesso; (Incluído pelo
D.J. 275/05) Art. 38. À Assessoria do Diretor compete:

c) Seção de Registro de Acórdãos: (Incluído I – supervisionar os serviços dos assessores


pelo D.J. 275/05) e auxiliares da Diretoria;

c.1) Serviço de Armazenamento Eletrônico II – supervisionar a recepção e a expedição


de Processos; (Incluído pelo D.J. 275/05) dos expedientes e correspondências afetos
à Diretoria;

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III – proceder o estudo e a triagem dos ex- III – atender ao público em geral, fornecen-
pedientes e correspondências a serem en- do com presteza informações referentes ao
caminhadas à consideração do Diretor e aos Departamento;
setores competentes.
IV – executar outras tarefas correlatas.
IV – despachar diretamente com o Diretor
as matérias atinentes à Diretoria; (Incluído c) através dos Auxiliares:
pelo D.J. 275/05) I – realizar o serviço de digitação afeto à Di-
V – auxiliar os Chefes de Divisão no que for retoria;
solicitado; (Incluído pelo D.J. 275/05) II – elaborar mensalmente o Boletim de Fre-
VI – realizar a conferência dos expedientes quência dos funcionários e dos estagiários
encaminhados pelas Divisões para despa- do Departamento;
cho e assinatura do Presidente, Vice-Presi- III – manter ordenadamente arquivada a
dente, bem como para os outros Departa- correspondência recebida, atendidas as de-
mentos; (Incluído pelo D.J. 275/05) terminações a respeito;
VII – processar e controlar a movimentação IV – manter arquivo organizado das cópias
das Cartas Rogatórias, assim como informar dos ofícios, informações e demais docu-
os Juízes, Advogados e partes sobre seu trâ- mentos da Diretoria, de forma a facilitar a
mite, extração e expedição; (Incluído pelo consulta, quando necessária;
D.J. 275/05)
V – receber e encaminhar os expedientes
VIII – proceder a conferência das certidões afetos à Diretoria, conforme determinação,
extraídas pelos diversos setores do Depar- de tudo mantendo registro;
tamento; (Incluído pelo D.J. 275/05)
VI – encaminhar as certidões para assinatu-
IX – elaborar ofícios, informações e demais ra do Secretário, mantendo controle de sua
expedientes relacionados à Diretoria; (In- entrega aos solicitantes;
cluído pelo D.J. 275/05)
VII – atender ao público em geral, fornecen-
X – conferir os Boletins de Frequência; (In- do com presteza informações referentes ao
cluído pelo D.J. 275/05) Departamento;
XI – processar as Cartas Rogatórias; (Incluí- VIII – executar outras tarefas correlatas.
do pelo D.J. 275/05)
Parágrafo único. As Chefias de Divisão se-
XII – atender ao público em geral, fornecen- rão exercidas por acadêmicos ou Bacharéis
do com presteza informações referentes ao em Direito.
Departamento;
Art. 39. Às Divisões de Autuação e Registro de
b) através dos Assessores: Processos, através de suas Seções e Serviços,
I – realizar estudos e pesquisas sobre maté- compete:
rias afetas ao Departamento; I – receber do Protocolo Geral recursos e
II – selecionar, organizar e manter atualiza- petições de ações originárias;
da a legislação de interesse do Departamen- II e III – Revogados pelo D.J. 1897/13)
to, encaminhando as cópias necessárias às
Divisões competentes; IV – proceder a autuação e registro, atra-
vés de sistema computacional próprio, dos
feitos de competência do Tribunal, nele in-

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serindo dados referentes ao nome das par- III – proceder a distribuição dos feitos nos
tes e seus procuradores, tipo do recurso, dias e horários determinados pelo Regi-
número do protocolado, comarca e vara de mento Interno, observadas as prevenções
origem, tipo e número da ação originária, definidas, impedimentos e suspeições de-
volume (de acordo com provimento da Cor- claradas;
regedoria da Justiça, inclusive com termo
de abertura e encerramento, se necessá- IV – extrair semanalmente a resenha de
rio), dados complementares, assistência ju- distribuição, encaminhando-a ao Vice-Pre-
diciária e justiça gratuita, quando for o caso, sidente para homologação e posterior pu-
e demais dados que se fizerem necessários; blicação; (Redação dada pelo D.J. 141/00,
Redação dada pelo D.J. 275/05)
V – autuar e registrar preferencialmente
os processos contendo pedido de medidas V – proceder as redistribuições, conforme
urgentes, os processos de réu preso, bem determinação contida em despacho; (Re-
como aqueles em que figure como parte dação dada pelo D.J. 141/00, Redação dada
pessoa com mais de sessenta anos; (Reda- pelo D.J. 275/05)
ção dada pelo D.J. 141/00, Redação dada VI – proceder o encaminhamento dos feitos
pelo D.J. 275/05) que independam de distribuição; (Redação
VI – emitir termos e etiquetas de autuação; dada pelo D.J. 141/00, Redação dada pelo
(Redação dada pelo D.J. 141/00, Redação D.J. 275/05)
dada pelo D.J. 275/05) VII – proceder a substituição do Revisor, na
VII – capear, numerar e etiquetar os feitos; forma regimental; (Redação dada pelo D.J.
(Redação dada pelo D.J. 141/00, Redação 141/00, Redação dada pelo D.J. 275/05)
dada pelo D.J. 275/05) VIII – extrair e anexar aos autos os respecti-
VIII – proceder a revisão final, bem como a vos termos de distribuição e de conclusão,
remessa dos recursos e ações autuadas aos bem como as etiquetas próprias; (Redação
setores competentes. dada pelo D.J. 141/00, Redação dada pelo
D.J. 275/05)
IX – receber os processos das demais Divi-
sões do Departamento para alteração e/ IX – proceder a distribuição manual dos fei-
ou complementação de seus registros, bem tos, na forma regimental, quando o sistema
como para autuação de novos recursos, in- computacional encontrar-se inoperante;
clusive daqueles destinados aos Tribunais (Redação dada pelo D.J. 141/00, Redação
Superiores, providenciando seu cadastra- dada pelo D.J. 275/05)
mento, conferência e posterior devolução; X – distribuir, preferencialmente, os feitos
Art. 40. À Divisão de Distribuição compete: contendo pedido de medidas urgentes, os
processos de réu preso, bem como aqueles
I – receber das Divisões de Autuação os em que figure como parte pessoa com mais
recursos e ações; (Redação dada pelo D.J. de sessenta anos; (Redação dada pelo D.J.
141/00, Redação dada pelo D.J. 275/05) 141/00, Redação dada pelo D.J. 275/05)
II – verificar, através de consulta ao sistema XI – manter atualizados os registros com-
computacional, a existência de prevenção e, putacionais referentes a assunção, férias,
se for o caso, encaminhar os feitos à Vice- licenças, remoções e aposentadorias dos
-Presidência acompanhados das informa- Senhores Desembargadores, bem como no
ções e do respectivo estudo; que concerne a afastamentos temporários
comunicados pela Vice-Presidência; (Reda-

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ção dada pelo D.J. 141/00, Redação dada I – receber os processos autuados de sua
pelo D.J. 275/05) competência e petições a eles relacionadas,
registrando sua movimentação por via com-
XII – elaborar os relatórios dos processos putacional; (Redação dada pelo D.J. 141/00,
destinados a distribuição por sucessão e a Redação dada pelo D.J. 275/05)
regime de exceção;
II – fazê-los conclusos aos Senhores Desem-
XIII – Proceder à análise da matéria afeta bargadores Relatores, Revisores e Presiden-
aos autos para fins de proceder à distribui- tes dos respectivos órgãos julgadores, con-
ção de acordo com a especialização das Câ- forme determinação legal (Redação dada
maras de Julgamento; pelo D.J. 141/00, Redação dada pelo D.J.
XIV – receber os processos das demais Di- 55/02, Redação dada pelo D.J. 275/05)
visões do Departamento Judiciário para al- III – proceder a juntada de petições confor-
teração e/ou complementação de seus re- me despacho ou disposição legal; (Redação
gistros, bem como para autuação de novos dada pelo D.J. 141/00)
recursos, providenciando seu cadastramen-
to, conferência e posterior devolução; IV – comunicar a concessão de medidas ur-
gentes à autoridade competente, de forma
Art. 41. À Divisão de Registro da Movimentação célere, através de fac-símile ou, na falta des-
Processual, através de suas Seções e Serviços, te, através de comunicação telefônica, de
compete: tudo certificando nos autos; (Redação dada
I – registrar, no sistema computacional, a pelo D.J. 141/00, Redação dada pelo D.J.
movimentação dos feitos de natureza cível 55/02, Redação dada pelo D.J. 275/05)
e criminal que lhe forem encaminhados; V – elaborar e encaminhar para assinatura
(Redação dada pelo D.J. 141/00, Redação ofícios, mandados, editais, alvarás, cartas
dada pelo D.J. 275/05) de ordem, precatórias, rogatórias ou de
II – receber e registrar, no sistema compu- sentença, em cumprimento a despacho ou
tacional, expedientes e petições a eles rela- disposição legal; (Redação dada pelo D.J.
tivos; (Redação dada pelo D.J. 141/00, Re- 141/00, Redação dada pelo D.J. 55/02, Re-
dação dada pelo D.J. 55/02, Redação dada dação dada pelo D.J. 275/05)
pelo D.J. 275/05) VI – cumprir as Cartas de Ordem e Preca-
III – extrair e conferir relatórios diários dos tórias encaminhadas por outros Tribunais;
registros efetuados, providenciando as cor- (Redação dada pelo D.J. 141/00, Redação
reções que se fizerem necessárias; (Reda- dada pelo D.J. 55/02, Redação dada pelo
ção dada pelo D.J. 141/00, Redação dada D.J. 275/05)
pelo D.J. 275/05) VII – organizar as matérias a serem publi-
IV – efetuar a triagem, expedir, receber e cadas no Diário da Justiça, observadas as
controlar a remessa de autos e documen- prescrições legais; (Redação dada pelo D.J.
tos procedentes ou destinados às Divisões 141/00, Redação dada pelo D.J. 55/02, Re-
do Departamento; (Redação dada pelo D.J. dação dada pelo D.J. 275/05)
141/00, Redação dada pelo D.J. 275/05) VIII – no caso de processos de competência
V – zelar pelo registro da movimentação das Câmaras Criminais em Composição In-
processual; tegral, selecionar as cópias a serem extraí-
das de peças dos autos incluídos em pauta
Art. 42. À Divisão de Processo Crime, através de de julgamento, na forma determinada pelo
suas Seções e Serviços, compete: Regimento Interno e anexá-las às pautas in-

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ternas; (Redação dada pelo D.J. 141/00, Re- XVIII – proceder a juntada aos autos das pe-
dação dada pelo D.J. 55/02, Redação dada tições de recurso aos Tribunais Superiores e
pelo D.J. 275/05) encaminhá-los ao setor competente; (Inclu-
ído pelo D.J. 275/05)
IX – organizar as pautas na forma regimen-
tal, encaminhando para publicação pela Im- XIX – encaminhar à Divisão de Baixa os pro-
prensa Oficial as pautas externas e aos Ga- cessos com trânsito em julgado; (Incluído
binetes dos Senhores Desembargadores e pelo D.J. 275/05)
demais setores as pautas internas;
XX – extrair certidões explicativas requeri-
X – juntar aos processos a papeleta e acór- das acerca dos processos de sua competên-
dão respectivos, bem como eventuais de- cia, submetendo-as à Chefia de Divisão; (In-
clarações de voto, colhendo as assinaturas cluído pelo D.J. 275/05)
dos Desembargadores e Juízes Convocados;
(Incluído pelo D.J. 275/05) XXI – proceder as intimações para as audi-
ências designadas pelos Desembargadores
XI – registrar e numerar os acórdãos, atra- Relatores, auxiliando nos atos necessários
vés de via computacional, e providenciar a à sua realização; (Incluído pelo D.J. 275/05)
publicação do respectivo resumo no Diário
da Justiça, procedendo à sua certificação; XXII – prestar as informações que forem so-
(Incluído pelo D.J. 275/05) licitadas pelos Senhores Desembargadores,
Juízes Convocados, Procuradores e partes.
XII – encaminhar os processos, em que haja (Incluído pelo D.J. 275/05)
manifestação do Ministério Público ou nos
quais integre como parte, para ciência pes- Art. 43. Às Divisões de Processo Cível, através
soal de seus representantes; (Incluído pelo de suas Seções e Serviços, compete: (Incluído
D.J. 275/05) pelo D.J. 275/05)

XIII – encaminhar os autos à Defensoria Pú- I – receber os processos autuados de sua


blica, quando for o caso; (Incluído pelo D.J. competência e petições a eles relacionadas,
275/05) registrando sua movimentação por via com-
putacional; (Incluído pelo D.J. 275/05)
XIV – proceder a montagem dos livros de
acórdãos para encaminhá-los ao Centro de II – fazê-los conclusos aos Senhores Desem-
Documentação; (Incluído pelo D.J. 275/05) bargadores Relatores, Revisores e Presiden-
tes das respectivas Câmaras, conforme de-
XV – controlar os prazos processuais dos terminação legal; (Incluído pelo D.J. 275/05)
autos em Cartório e daqueles em poder
dos Senhores Advogados; (Incluído pelo D.J. III – proceder a juntada de petições confor-
275/05) me despacho ou disposição legal; (Incluído
pelo D.J. 275/05)
XVI – certificar nos autos o decurso de pra-
zo sem manifestação das partes, com rela- IV – comunicar a concessão de medidas ur-
ção aos despachos publicados no Diário da gentes à autoridade competente, de forma
Justiça ou intimados pessoalmente; (Incluí- célere, através de fac-símile ou, na falta des-
do pelo D.J. 275/05) te, através de comunicação telefônica, de
tudo certificando nos autos; (Incluído pelo
XVII – informar ao Relator ou Presidente do D.J. 275/05)
órgão julgador a inexistência de manifesta-
ção, dentro do prazo estipulado, em respos- V – elaborar e encaminhar para assinatura
ta aos ofícios expedidos; (Incluído pelo D.J. ofícios, mandados, editais, alvarás, cartas
275/05) de ordem, precatórias, rogatórias ou de

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sentença, em cumprimento a despacho ou XV – controlar os prazos processuais dos
disposição legal; (Incluído pelo D.J. 275/05) autos em Cartório e daqueles em poder
dos Senhores Advogados; (Incluído pelo D.J.
VI – cumprir as Cartas de Ordem e Preca- 275/05)
tórias encaminhadas por outros Tribunais,
conforme orientação da Diretoria; (Incluído XVI – certificar nos autos o decurso de pra-
pelo D.J. 275/05) zo sem manifestação das partes, com rela-
ção aos despachos publicados no Diário da
VII – organizar as matérias a serem publica- Justiça ou intimados pessoalmente; (Incluí-
das no Diário da Justiça, observadas as pres- do pelo D.J. 275/05)
crições legais; (Incluído pelo D.J. 275/05)
XVII – informar ao Relator ou Presidente
VIII – no caso de processos de competência da Câmara a inexistência de manifestação,
das Câmaras Cíveis em Composição Inte- dentro do prazo estipulado, em resposta
gral, selecionar as cópias a serem extraídas aos ofícios expedidos; (Incluído pelo D.J.
de peças dos autos incluídos em pauta de 275/05)
julgamento, na forma determinada pelo Re-
gimento Interno e anexá-las às pautas inter- XVIII – proceder a juntada aos autos das pe-
nas; tições de recurso aos Tribunais Superiores e
encaminhá-los ao setor competente; (Inclu-
IX – organizar as pautas na forma regimen- ído pelo D.J. 275/05)
tal, encaminhando para publicação pela Im-
prensa Oficial as pautas externas e aos Ga- XIX – encaminhar à Divisão de Baixa os pro-
binetes dos Senhores Desembargadores e cessos com trânsito em julgado; (Incluído
demais setores as pautas internas; (Incluído pelo D.J. 275/05)
pelo D.J. 275/05)
XX – extrair certidões explicativas requeri-
X – juntar aos processos a papeleta e acór- das acerca dos processos de sua competên-
dão respectivos, bem como eventuais de- cia, submetendo-as à Chefia de Divisão; (In-
clarações de voto, colhendo as assinaturas cluído pelo D.J. 275/05)
dos Desembargadores e Juizes Convocados;
(Incluído pelo D.J. 275/05) XXI – proceder as intimações para as audi-
ências designadas pelos Desembargadores
XI – registrar e numerar os acórdãos, atra- Relatores, auxiliando nos atos necessários
vés de via computacional, e providenciar a à sua realização; (Incluído pelo D.J. 275/05)
publicação do respectivo resumo no Diário
da Justiça, procedendo à sua certificação; XXII – prestar as informações que forem so-
(Incluído pelo D.J. 275/05) licitadas pelos Senhores Desembargadores,
Juízes Convocados, Procuradores e partes.
XII – encaminhar os processos, em que haja (Incluído pelo D.J. 275/05)
manifestação do Ministério Público ou nos
quais integre como parte, para ciência pes- Art. 43-A. À Seção de Atendimento Operacional
soal de seus representantes; (Incluído pelo das Salas de Sessões de Julgamento, e seus Ser-
D.J. 275/05) viços, pertencentes à Quarta Divisão de Proces-
so Cível, compete: (Incluído pelo D.J. 781/11)
XIII – encaminhar os autos à Defensoria Pú-
blica, quando for o caso; (Incluído pelo D.J. I – fiscalizar a frequência às salas de ses-
275/05) sões; (Incluído pelo D.J. 781/11)

XIV – proceder a montagem dos livros de II – vedar o ingresso de pessoas trajadas


acórdãos para encaminhá-los ao Centro de inconvenientemente; (Incluído pelo D.J.
Documentação; (Incluído pelo D.J. 275/05) 781/11)

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III – coordenar os serviços de atendimento VII – informar ao Relator, Presidente ou


das salas de sessões, em consonância com Vice-Presidente a inexistência de manifes-
as necessidades de cada órgão julgador tação, dentro do prazo estipulado, em res-
do Tribunal de Justiça; (Incluído pelo D.J. posta aos ofícios expedidos; (Incluído pelo
781/11) D.J. 275/05)
IV – manipular e ajustar microfones e o vo- VIII – extrair certidões explicativas, reque-
lume do som durante as Sessões; (Incluído ridas acerca dos processos de sua compe-
pelo D.J. 781/11) tência, submetendo-as à Chefia de Divisão;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
V – manter atualizada o acervo de livros
normalmente utilizados pelos Desembarga- IX – prestar informações, acerca de proces-
dores; (Incluído pelo D.J. 781/11) sos, que forem solicitadas pelos Senhores
Desembargadores, Procuradores e partes;
VI – exercer outras atividades que lhe forem (Incluído pelo D.J. 275/05)
atribuídas (Incluído pelo D.J. 781/11)
b) através da Seção de Pautas de Julgamen-
Art. 44. À Divisão do Órgão Especial compete: to e de seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
a) através da Seção de Movimentação Pro- 275/05)
cessual e de seus Serviços: I – selecionar as cópias a serem extraídas
I – receber os processos autuados de sua dos autos incluídos em pauta para julga-
competência e petições a eles relacionadas, mento, na forma determinada pelo Regi-
controlando-os por via computacional; (In- mento Interno; (Incluído pelo D.J. 275/05)
cluído pelo D.J. 275/05) II – organizar as pautas na forma regimen-
II – fazê-los conclusos aos Senhores Desem- tal, encaminhando para publicação pela
bargadores Relatores, Revisores, Presidente Imprensa Oficial as pautas externas e aos
e Vice-Presidente, conforme determinação Gabinete dos Senhores Desembargadores e
legal; (Incluído pelo D.J. 275/05) demais setores as pautas internas, acompa-
nhadas das cópias antes referidas; (Incluído
III – proceder a juntada de petições confor- pelo D.J. 275/05)
me despacho ou disposição legal; (Incluído
pelo D.J. 275/05) III – extrair certidões explicativas dos pro-
cessos de sua competência, submetendo-as
IV – comunicar a concessão de medidas ur- à aprovação de Chefia de Divisão; (Incluído
gentes à autoridade competente, de forma pelo D.J. 275/05)
célere, através de fac símile” ou, na falta
deste, através de comunicação telefônica, IV – prestar informações, acerca de proces-
de tudo certificando nos autos; (Incluído sos, que forem solicitadas pelos Senhores
pelo D.J. 275/05) Desembargadores, Procuradores e partes;
(Incluído pelo D.J. 275/05)
V – proceder as intimações para as audi-
ências designadas pelos Desembargadores c) através da Seção de Registro e Publica-
Relatores, auxiliando nos atos necessários ção e de seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
à sua realização; (Incluído pelo D.J. 275/05) 275/05)

VI – controlar os prazos processuais dos au- I – juntar aos processos a papeleta e acór-
tos em Cartório e daqueles em poder dos dão respectivos, bem como eventuais votos
Senhores Advogados; (Incluído pelo D.J. vencidos, colhendo as assinaturas dos De-
275/05) sembargadores; (Incluído pelo D.J. 275/05)

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II – registrar e numerar os acórdãos, atra- XII – prestar as informações que forem so-
vés de via computacional, e providenciar licitadas pelos Senhores Desembargadores,
sua publicação no Diário da Justiça, proce- Procuradores e partes; (Incluído pelo D.J.
dendo à sua certificação; (Incluído pelo D.J. 275/05)
275/05)
d) através da Seção da Seção Cível e da Se-
III – encaminhar os processos, em que haja ção Criminal e de seus serviços: (Incluído
manifestação do Ministério Público ou nos pelo D.J. 275/05)
quais integre como parte, para ciência pes-
soal de seus representantes; (Incluído pelo I – exercer as mesmas funções da Seção de
D.J. 275/05) Movimentação e de seus serviços, no que
toca aos processos de competência da Se-
IV – encaminhar os autos à Defensoria Pú- ção Cível e da Seção Criminal. (Incluído pelo
blica, quando for o caso; (Incluído pelo D.J. D.J. 275/05)
275/05)
e) através da Seção de Reprodução Inter-
V – proceder a montagem dos livros de na e de seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
acórdãos para encaminhá-los ao Centro de 275/05)
Documentação; (Incluído pelo D.J. 275/05)
I – extrair as fotocópias atinentes ao serviço
VI – organizar as matérias a serem publica- solicitadas pelas Seções que integram as Di-
das no Diário da Justiça, observadas as pres- visões do Departamento; (Incluído pelo D.J.
crições legais; (Incluído pelo D.J. 275/05) 275/05)
VII -. certificar o decurso de prazo, sem ma- II – proceder a chamada técnica, quando
nifestação das partes, com relação aos des- necessário, a fim de que sejam efetuados os
pachos publicados no Diário da Justiça ou serviços de manutenção e reparo dos equi-
intimados pessoalmente; (Incluído pelo D.J. pamentos utilizados na extração de fotocó-
275/05) pias; (Incluído pelo D.J. 275/05)
VIII – proceder a juntada aos autos das pe- III – zelar pelo estoque, na Seção, do ma-
tições de recurso aos Tribunais Superiores e terial necessário ao regular funcionamento
encaminhá-los ao setor competente; (Inclu- dos equipamentos fotocopiadores; (Incluí-
ído pelo D.J. 275/05) do pelo D.J. 275/05)
IX – elaborar e encaminhar para assinatura IV – extrair relatório estatístico mensal de ti-
ofícios, mandados, precatórios requisitó- ragem de cópias. (Incluído pelo D.J. 275/05)
rios, editais, cartas de ordem, precatórias,
rogatórias ou de sentença, em cumprimen- Art. 45. À Divisão de Recursos aos Tribunais
to a despacho ou disposição legal; (Incluído Superiores, através de suas Seções e Serviços,
pelo D.J. 275/05) compete: (Incluído pelo D.J. 275/05)

X – encaminhar à Divisão de Baixa os pro- I – receber, processar e encaminhar os re-


cessos com trânsito em julgado; (Incluído cursos interpostos aos Tribunais Superiores
pelo D.J. 275/05) e as petições a eles relacionadas; (Incluído
pelo D.J. 275/05)87
XI – extrair certidões explicativas, requeri-
das acerca dos processos de sua competên- II – proceder a juntada de petições confor-
cia, submetendo-as à Chefia de Divisão; (In- me despacho ou disposição legal; (Incluído
cluído pelo D.J. 275/05) pelo D.J. 275/05)
III – controlar os prazos processuais dos au-
tos em Cartório e daqueles em poder dos

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Senhores Advogados; (Incluído pelo D.J. XIV – prestar as informações que forem so-
275/05) licitadas pelos Senhores Desembargadores,
Juízes Convocados, Procuradores e partes.
IV – certificar a interposição de recursos (Incluído pelo D.J. 275/05)
e o decurso de prazo; (Incluído pelo D.J.
275/05) Art. 46. À Divisão de Baixa e Expedição compe-
te: (Incluído pelo D.J. 275/05)
V – organizar as matérias a serem publica-
das no Diário da Justiça, observadas as pres- a) através das Seções de Baixa e de seus ser-
crições legais; (Incluído pelo D.J. 275/05) viços: (Incluído pelo D.J. 275/05)
VI – elaborar e encaminhar para assinatu- I – receber e ordenar os processos que lhes
ra ofícios, mandados, editais, alvarás, car- forem encaminhados pelas demais Divi-
tas de ordem, precatórias, rogatórias ou de sões do Departamento; (Incluído pelo D.J.
sentença, em cumprimento a despacho ou 275/05)
disposição legal, providenciando seu de-
vido encaminhamento; (Incluído pelo D.J. II – receber os autos remetidos pelo Supre-
275/05) mo Tribunal Federal e pelo Superior Tribu-
nal de Justiça, analisando-os e atendendo
VII – informar ao Presidente a inexistência às determinações do Vice-Presidente; (In-
de manifestação, dentro do prazo estipula- cluído pelo D.J. 275/05)
do, em resposta aos ofícios expedidos; (In-
cluído pelo D.J. 275/05) III – verificar a pendência de petições gerais
e de recursos relacionadas aos processos;
VIII – encaminhar à Divisão de Baixa os pro- (Incluído pelo D.J. 275/05)
cessos com trânsito em julgado; (Incluído
pelo D.J. 275/05) IV – certificar o trânsito em julgado dos
acórdãos; (Incluído pelo D.J. 275/05)
IX – encaminhar os processos, em que haja
manifestação do Ministério Público ou nos V – baixar ao Juízo de origem ou remeter à
quais integre como parte, para ciência pes- Seção de Arquivo os processos com trânsito
soal de seus representantes; (Incluído pelo em julgado; (Incluído pelo D.J. 275/05)
D.J. 275/05) VI – baixar ao Juízo de origem ou remeter à
X – encaminhar os autos à Defensoria Pú- Seção de Arquivo os processos cujos acór-
blica, quando for o caso; (Incluído pelo D.J. dãos não tenham ainda transitado em jul-
275/05) gado, por pendência de processo vinculado
ou por inexistir determinação no sentido de
XI – receber e encaminhar, ao Gabinete da que devam aguardar em Cartório; (Incluído
Presidência, as comunicações oriundas dos pelo D.J. 275/05)
Tribunais Superiores acerca de suas deci-
sões; (Incluído pelo D.J. 275/05) VII – baixar os processos em diligência; (In-
cluído pelo D.J. 275/05)
XII – proceder as providências cabíveis,
quando da devolução dos autos pelos Tribu- VIII – remeter os processos com trânsito em
nais Superiores; (Incluído pelo D.J. 275/05) julgado a outros Tribunais ou Departamen-
tos, observando as determinações e os dis-
XIII – extrair certidões explicativas requeri- positivos legais atinentes; (Incluído pelo D.J.
das acerca dos processos em trâmite, sub- 275/05)
metendo-as à Chefia de Divisão; (Incluído
pelo D.J. 275/05) IX – encaminhar cópias das decisões de jul-
gamentos aos Relatores e aos setores que

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forem determinados; (Incluído pelo D.J. II – elaborar listagens dos feitos sujeitos
275/05) a preparo e encaminhá-las à publicação,
bem como conferi-las no Diário da Justiça,
X – extrair certidões explicativas requeridas lançando no sistema as datas e prazos para
acerca dos processos em trâmite, subme- os respectivos preparos; (Incluído pelo D.J.
tendo-as à Chefia de Divisão; (Incluído pelo 275/05)
D.J. 275/05)
III – certificar nos autos a eventual inexis-
XI – prestar as informações que forem so- tência de preparo no prazo legal e fazê-los
licitadas pelos Senhores Desembargadores, conclusos ao Vice-Presidente; (Incluído pelo
Juízes Convocados, Procuradores e partes. D.J. 275/05)
(Incluído pelo D.J. 275/05)
IV – controlar e atualizar as tabelas de cus-
b) através da Seção de Expedição e de seus tas contidas no sistema computacional es-
serviços: (Incluído pelo D.J. 275/05) pecífico. (Incluído pelo D.J. 275/05)
I – receber das Divisões competentes e or- b) através da Seção de Informações e de
ganizar a correspondência a ser expedida; seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 275/05)
(Incluído pelo D.J. 275/05)
I – prestar informações acerca dos proces-
II – emitir as etiquetas necessárias ao en- sos em trâmite no Tribunal de Justiça, con-
vio da correspondência; (Incluído pelo D.J. tidas no sistema computacional do Departa-
275/05) mento Judiciário, pessoalmente ou por via
III – envelopar e etiquetar a correspon- telefônica, às partes, aos procuradores, aos
dência a ser expedida; (Incluído pelo D.J. Desembargadores e ao público em geral;
275/05)88 (Incluído pelo D.J. 275/05)

VI – proceder o preenchimento de Avisos II – preparar e extrair certidões e informa-


de Recebimento e demais guias necessárias ções com base nos registros computacio-
à sua expedição; (Incluído pelo D.J. 275/05) nais do Departamento Judiciário; (Incluído
pelo D.J. 275/05)
V – providenciar a remessa da correspon-
dência a ser expedida ao setor competente, III – preparar, extrair e conferir relatórios
para posterior postagem; (Incluído pelo D.J. mensais e anuais, bem como outros que se-
275/05) jam solicitados, com base nos dados cons-
tantes no sistema computacional do De-
VI – proceder o registro da expedição no partamento Judiciário. (Incluído pelo D.J.
sistema computacional. (Incluído pelo D.J. 275/05)
275/05)
IV – esclarecer dúvidas acerca da consulta
Art. 47. À Divisão de Preparo e Informações de processos via Internet; (Incluído pelo D.J.
compete: (Incluído pelo D.J. 275/05) 275/05)
a) através da Seção de Preparo e de seus c) através da Seção de Registro de Acór-
Serviços: (Incluído pelo D.J. 275/05) dãos e de seus Serviços: (Incluído pelo D.J.
I – elaborar o cálculo das custas de preparo, 275/05)
extrair e fornecer as guias para o respecti- I – proceder à seleção dos documentos de
vo recolhimento, bem como juntá-las aos processos a serem digitalizados, conforme
autos quando de sua entrega, devidamente determinação superior; (Incluído pelo D.J.
pagas; (Incluído pelo D.J. 275/05) 275/05)

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II – proceder à digitalização dos documen- D.J. 152/05, Renumerado pelo D.J. 275/05, Re-
tos selecionados e respectivo armazena- dação dada pelo D.J. 185/15)
mento; (Incluído pelo D.J. 275/05)
I – Diretoria:
III – proceder à remontagem dos proces-
sos e devida conferência; (Incluído pelo D.J. a) Assessoria; (Revogado pelo D.J.
275/05) 358/08,Reestabelecido pelo D.J. 563/10)

d) através da Seção de Mandados e Cartas e II – Divisão de Desenvolvimento Humano e


de seus Serviços: (Incluído pelo D.J. 275/05) Organizacional:

I – receber os mandados e cartas das de- III – Divisão de Estágio:


mais Divisões do Departamento; (Incluído IV – Divisão de Triagem, Controle de Frequ-
pelo D.J. 275/05) ência e Vantagens Funcionais:
II – providenciar a remessa das Cartas aos V – Divisão de Documentação e Atos Admi-
órgãos competentes,no sentido de seu nistrativos:
cumprimento; (Incluído pelo D.J. 275/05)
VI – Divisão de Informações Funcionais:
III – cumprir, através de Oficial de Justiça,
os mandados que lhe forem encaminhados, VII – Divisão de Admissão de Pessoal Efeti-
devendo estes certificar todas as diligências vo:
e ocorrências para o seu fiel cumprimento VIII – Divisão de Acompanhamento de For-
e, após, devolvê-los ao setor originário; (In- ças-Tarefas e Mutirões:
cluído pelo D.J. 275/05)
Art. 49. À Diretoria do Departamento de Gestão
IV – controlar o prazo de cumprimento dos de Recursos Humanos, além das atribuições ge-
mandados, apresentado à Diretoria relató- rais, compete:
rios mensais contendo o nome do Oficial de
Justiça, número do processo em que foi ou (Renumerado pelo D.J. 208/00, Redação
foram expedidos, número de pessoas a se- dada pelo D.J. 210/00, Renumerado pelo
rem citadas, intimadas ou notificadas, data D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J. 44/05,
da entrega ao Oficial e data da devolução, Renumerado pelo D.J. 152/05, Renumera-
se for o caso; (Incluído pelo D.J. 275/05) do pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J.
185/15) (4) (5)
V – expedir as Cartas e recebê-las, encami-
nhando-as ao setor competente, (Incluído I – promover a administração geral do De-
pelo D.J. 275/05) partamento em estrita consonância com as
disposições legais;
VI – informar sobre o cumprimento de man-
dados e cartas, quando determinado. (In- II – assessorar o Presidente e o Secretário
cluído pelo D.J. 275/05) do Tribunal de Justiça em assuntos de com-
petência do Departamento; (Redação dada
DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO pelo D.J. 297/98)
DE RECURSOS HUMANOS (Redação III – preparar e despachar diretamente com
dada pelo D.J. 185/15) o Presidente e o Secretário do Tribunal de
Justiça; (Redação dada pelo D.J. 297/98)
Art. 48. O Departamento de Gestão de Recur-
sos Humanos é constituído de: (Renumerado IV – submeter à consideração do Presidente
pelo D.J. 208/00, Renumerado pelo D.J. 209/00, e do Secretário os assuntos que excedam a
Renumerado pelo D.J. 44/05, Renumerado pelo

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sua competência; (Redação dada pelo D.J. XII – desempenhar outras tarefas correla-
297/98, Redação dada pelo D.J. 185/15) tas. (Incluído pelo D.J. 185/15)
V – programar, organizar, dirigir, orientar, Art. 50. À Assessoria do Diretor do Departamen-
controlar e coordenar as atividades do De- to de Gestão de Recursos Humanos compete:
partamento; (Renumerado pelo D.J. 208/00, Renumerado
pelo D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J. 44/05,
VI – supervisionar a atuação das Divisões e Renumerado pelo D.J. 152/05, Renumerado
da Assessoria no âmbito do Departamento, pelo D.J. 275/05, Revogado pelo D.J. 358/08,
para o fiel cumprimento das determinações Reestabelecido pelo D.J. 563/10, Redação dada
superiores; pelo D.J. 185/15)
VII – prestar informações aos membros des- a) através do Supervisor : Revogado pelo D.J.
te Poder e aos Juízes de Direito, quando so- 358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10)
licitado, em matéria administrativa e de re-
cursos humanos; I – controlar e conferir pareceres e manifes-
tações em procedimentos administrativos;
VIII – emitir parecer conclusivo em assunto (Revogado pelo D.J. 358/08, Reestabelecido
de excepcional relevância, observados os pelo D.J. 563/10)
princípios Constitucionais e normas aplicá-
veis; II – coordenar estudos e pesquisas sobre
matéria administrativa; (Revogado pelo D.J.
IX – conceder, transferir, autorizar e suspen- 358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10)
der férias, na forma da lei, do pessoal lota-
do nos gabinetes da cúpula diretiva e dos III – orientar os integrantes da Assessoria
membros do Tribunal de Justiça, inclusive no desempenho de suas atribuições; (Revo-
dos servidores ocupantes de cargos de pro- gado pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo
vimento em comissão; (Redação dada pelo D.J. 563/10)
D.J. 297/98, Redação dada pelo D.J. 185/15)
IV – orientar os senhores juízes, quando so-
X – emitir relatório de férias deferidas e licitado, acerca de procedimentos adminis-
encaminhá-lo ao Departamento Econômi- trativos; (Revogado pelo D.J. 358/08, Rees-
co e Financeiro, para pagamento da parcela tabelecido pelo D.J. 563/10)
constitucional equivalente a um terço da re-
muneração; (Incluído pelo D.J. 185/15) V – orientar, quando solicitado, os senhores
servidores sobre direitos e deveres funcio-
Parágrafo único. Eventual estorno será feito nais; (Revogado pelo D.J. 358/08, Reestabe-
à vista do ato de transferência ou cassação lecido pelo D.J. 563/10)
das férias, com comunicação aos interessa-
dos. (Incluído pelo D.J. 185/15) VI – controlar a entrada e saída de expe-
dientes da Assessoria; (Revogado pelo D.J.
XI – expedir certidões relativas à sua área 358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10)
de atuação. (Incluído pelo D.J. 185/15)
VII – auxiliar o Diretor do Departamen-
Parágrafo único. Caberá ao Diretor do De- to, quando solicitado; (Revogado pelo D.J.
partamento ou ao Subsecretário o deferi- 358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10)
mento ou indeferimento do pleito, depois
de verificados os registros mantidos no VIII – exercer outras tarefas correlatas. (Re-
referido setor e o pagamento/ isenção de vogado pelo D.J. 358/08, Reestabelecido
custas, na forma da lei; (Incluído pelo D.J. pelo D.J. 563/10)
185/15)

762 www.acasadoconcurseiro.com.br
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b ) através de seus Assessores : (Revogado III – exercer outras tarefas correlatas. (Revo-
pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo D.J. gado pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo
563/10) D.J. 563/10)
I – realizar pesquisa de legislação, doutrina Art. 51. À Divisão de Desenvolvimento Humano
e jurisprudência sobre assuntos pertinen- e Organizacional compete: (Renumerado pelo
tes ao Departamento; (Revogado pelo D.J. D.J. 297/98, Renumerado pelo D.J. 208/00, Re-
358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10, numerado pelo D.J. 209/00, Renumerado pelo
Redação dada pelo D.J. 842/11) D.J. 44/05, Renumerado pelo D.J. 152/05, Re-
numerado pelo D.J. 275/05, Redação dada pelo
II – analisar, emitir parecer e minutar deci- D.J. 185/15)
sões em procedimentos administrativos em
matéria de natureza funcional, em especial, a) através da Seção de Desenvolvimento
Justiça de Paz, aposentadoria dos servido- Organizacional: (Redação dada pelo D.J.
res do Quadro de Pessoal da Secretaria e 607/10, Redação dada pelo D.J. 185/15)
do Primeiro Grau, abono de permanência,
pedidos de licenças, progressão funcional, I – desenvolver projetos para melhoria da
relotação e remoção, na parte pertinente às estrutura organizacional (cargos, carreiras,
atribuições do Departamento de Gestão de descrição de competências, benefícios, en-
Recursos Humanos, estabelecida em Decre- tre outros); (Redação dada pelo D.J. 607/10)
to Judiciário, readaptação, reversão, dispo- II – pesquisa e organização de métodos de
nibilidade, aproveitamento, reintegração, trabalho que ofereçam maior rapidez e pre-
recondução, justificativa de faltas ao servi- cisão nos serviços prestados pelos diversos
ço, contagem de tempo de serviço, estágio setores do Tribunal de Justiça, minimizando
e demais matérias correlatas ao Departa- e racionalizando o trâmite processual admi-
mento de Gestão de Recursos Humanos; nistrativo; (Redação dadapelo D.J. 607/10)
(Revogado pelo D.J. 358/08, Reestabelecido
pelo D.J. 563/10, Redação dada pelo D.J.
842/11, Redação dada pelo D.J. 185/15) Incisos III ao IX.
Parágrafo único. A Assessoria será super-
b) através da Seção de Movimentação de
visionada por Assessor Jurídico efetivo do
Pessoal: (Redação dada pelo D.J. 210/00,
Quadro de Pessoal da Secretaria. (Revogado
Redação dada pelo D.J. 607/10)
pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo D.J.
563/10, Redação dada pelo D.J. 842/11) I – criar e manter atualizado banco de dados
de solicitações de servidores para relota-
c ) através de seus Auxiliares : (Revogado
ção, no âmbito do foro judicial da Capital e
pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo D.J.
de todo o interior e de lotação em gabine-
563/10)
tes, núcleos, departamentos e centros; (Re-
I – digitar ou datilografar pareceres e ma- dação dada pelo D.J. 607/10, Redação dada
nifestações administrativas; (Revogado pelo D.J. 185/15)
pelo D.J. 358/08, Reestabelecido pelo D.J.
II – subsidiar a lotação de servidores dos
563/10)
quadros de pessoal da secretaria ou foro
II – auxiliar no serviço de distribuição e judicial considerando as deficiências fun-
baixa de expedientes; (Revogado pelo D.J. cionais levantadas pela Divisão nas diversas
358/08, Reestabelecido pelo D.J. 563/10) unidades administrativas ou jurisdicionais;
(Redação dada pelo D.J. 607/10, Redação
dada pelo D.J. 185/15)

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III – proceder à análise e emissão de pare- I – providenciar a abertura dos procedimen-
cer técnico ou informação nos processos tos de avaliação especial; (Incluído pelo D.J.
de lotação, disposição funcional e de movi- 607/10)
mentação de pessoal; (Redação dada pelo
D.J. 607/10, Redação dada pelo D.J. 185/15) II – controlar o envio e devolução das fichas
de avaliação especial; (Incluído pelo D.J.
IV – criar e manter atualizado banco de da- 607/10)
dos relativos a permutas, relotações, soli-
citações de funcionários e características III – proceder à valoração dos instrumen-
de nomeações; (Redação dada pelo D.J. tos de avaliação especial; (Incluído pelo D.J.
321/99, Redação dada pelo D.J. 210/00, Re- 607/10)
dação dada pelo D.J. 607/10, Redação dada IV – orientar os servidores a respeito dos
pelo D.J. 185/15) procedimentos de Estágio Probatório; (In-
cluído pelo D.J. 607/10)

Incisos V ao X. V – instruir procedimentos com os docu-


mentos necessários para análise da Comis-
c) através da Seção de Benefícios: (Redação são de Avaliação Especial; (Incluído pelo D.J.
dada pelo D.J. 607/10) 607/10)
I – informar e emitir parecer técnico em ex- VI – encaminhar os procedimentos de ava-
pedientes relativos à concessão e manuten- liação especial à Comissão de Avaliação Es-
ção de benefícios; (Redação dada pelo D.J. pecial bem como para publicação dos atos
210/00, Redação dada pelo D.J. 607/10, Re- que mereçam publicidade; (Incluído pelo
dação dada pelo D.J. 185/15) D.J. 607/10)
II – proceder, em sistema informatizado, a
inclusão, exclusão e alteração de dados dos Incisos VII ao XII.
servidores, e de seus dependentes, que têm
direito aos benefícios concedidos pelo Tri- e) através da Seção de Progressão Funcio-
bunal de Justiça; (Redação dada pelo D.J. nal: (Incluído pelo D.J. 321/99, Redação
607/10) dada pelo D.J. 210/00, Redação dada pelo
III – analisar e conferir notas fiscais, relató- D.J. 275/04, Redação dada pelo D.J. 607/10,
rios e documentos comprobatórios de des- Redação dada pelo D.J. 185/15)
pesas relativas a benefícios concedidos aos I) controlar o envio e devolução das fichas
servidores do Tribunal de Justiça; (Redação de avaliação de desempenho; (Incluído pelo
dada pelo D.J. 210/00, Redação dada pelo D.J. 321/99, Redação dada pelo D.J. 275/04,
D.J. 607/10, Redação dada pelo D.J. 185/15) Redação dada pelo D.J. 607/10)
II) proceder à valoração dos instrumentos
Incisos IV ao VI de avaliação de desempenho; (Incluído pelo
D.J. 321/99, Redação dada pelo D.J. 275/04,
d) através da Seção de Avaliação Especial Redação dada pelo D.J. 607/10)
(Incluído pelo D.J. 321/99, Redação dada
III) orientar os servidores a respeito dos
pelo D.J. 210/00, Redação dada pelo D.J.
procedimentos de Avaliação e Progressões
607/10)
Funcionais; (Incluído pelo D.J. 321/99, Re-
dação dada pelo D.J. 275/04, Redação dada
pelo D.J. 607/10)

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IV) manter o Sistema de Avaliação, orien- cessão de servidores; (Incluído pelo D.J.
tando o setor competente nas alterações 185/15)
necessárias para adequação e bom funcio-
namento; (Incluído pelo D.J. 321/99, Reda- VII – proceder ao registro de dados relativos
ção dada pelo D.J. 275/04, Redação dada aos processos afetos e de responsabilidade
pelo D.J. 607/10) da Seção; (Incluído pelo D.J. 185/15)

V) verificar o devido preenchimento das fi- VIII – (alínea não prevista)


chas de avaliação, solicitando a regulariza- IX – desenvolver outras atividades correla-
ção quando necessária; (Incluído pelo D.J. tas.
321/99, Redação dada pelo D.J. 275/04, Re-
dação dada pelo D.J. 607/10) Art. 52 À Divisão de Estágio compete:
a) através da Seção de Estagiários do 2º
Grau de Jurisdição:
Incisos VI ao X.
b) através da Seção de Estagiários das Co-
f) através da Seção de Gestão de Convênios: marcas do Interior:
(Incluído pelo D.J. 185/15)
c) através da Seção de Estagiários do Foro
I – manter relação atualizada dos convênios Central e dos Foros Regionais da Comar-
celebrados pelo Tribunal de Justiça, relati- ca da Região Metropolitana de Curitiba e
vos a cessão de funcionários e entre insti- das Seções Judiciárias: (Incluído pelo D.J.
tuições; (Incluído pelo D.J. 185/15) 607/10, Redação dada pelo D.J. 185/15)
II – acompanhar os processos de convênios d) através da Seção de Publicidade de Edi-
de cessão de funcionários e institucionais tais de Processos Seletivos de Estagiários:
implementando, oportunamente, ações
pertinentes com vistas à renovação, adita- Art. 53. À Divisão de Triagem, Controle de Fre-
mento, publicação e denunciação obser- quência e Vantagens Funcionais compete: (Re-
vados os prazos e normas legais; (Incluído numerado pelo D.J. 297/98,
pelo D.J. 185/15) Renumerado pelo D.J. 208/00, Renumera-
III – prestar informações em processos de do pelo D.J. 209/00, Renumerado pelo D.J.
convênios vigentes, quando solicitados; (In- 210/00, Renumerado pelo D.J. 44/05, Renu-
cluído pelo D.J. 185/15) merado pelo D.J. 152/05, Renumerado pelo
D.J. 275/05, Redação dada pelo D.J. 185/15)
IV – controlar os convênios de cooperação
mútua entre Tribunal de Justiça e outros Art. 54. À Divisão de Documentação e Atos Ad-
órgãos para cooperação técnica; (Incluído ministrativos compete:
pelo D.J. 185/15) Art. 54-A. À Divisão de Informações Funcionais
V – requisitar, receber e tabular os da- compete: (Incluído pelo D.J. 1000/13)
dos pertinentes a funcionários cedidos, Art. 55. À Divisão de Admissão de Pessoal Efeti-
informando-os, mensalmente, ao Núcleo vo compete:
de Gestão Estratégica para publicação no
Portal da Transparência; (Incluído pelo D.J. Art. 55-A. À Divisão de Acompanhamento de
185/15) Forças-Tarefas e Mutirões compete:
VI – prestar informações em expedientes Art. 56. O Departamento Econômico e Financei-
relativos a convênios institucionais e de ro é constituído de:
I – Diretoria:

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II – Divisão de Assessoramento Técnico – Art. 79. O Departamento de Engenharia e Ar-
Administrativo quitetura é constituído de:
III – Divisão de Contadoria Geral I – Diretoria
IV – Divisão Financeira II – Divisão de Arquitetura
V – Divisão da Folha de Pagamento III – Divisão de Engenharia
VI – Divisão de Controle Financeiro do Pes- IV – Divisão Administrativa
soal
V – Divisão de Regularização de Imóveis e
VII – Divisão do Fundo Rotativo e Adianta- de Projetos
mento
VI – Divisão de Arquivo e de Acervo de Ima-
Art. 65 O Departamento do Patrimônio é cons- gens
tituído de:
VII – Divisão de Controle de Contratos de
I – Diretoria: Obras
II – Divisão de Administração de Materiais VIII- Divisão de Manutenção
III – Divisão de Compras Art. 86. O Gabinete do Presidente é constituído
de:
IV – Divisão de Controle Patrimonial
I – Diretoria de Gabinete:
V – Divisão de Licitações
a ) Assessor Jurídico-Administrativo;
VI – Divisão de Contratos e Atas
b ) Assessor Econômico e Financeiro;
VII – Divisão de Administração de Expedien-
tes c ) Assessor Judiciário;
VIII – Divisão de Análise e Gerenciamento d ) Assessor Patrimonial;
de Requisições
e ) Assessor Parlamentar;
Art. 73. O Departamento de Gestão de Serviços
Terceirizados é constituído de: f ) Assessor Especial do Presidente;

I – Diretoria g ) Assessor Especial A-E-1;

II – Divisão de Gestão de Contratos h ) Assessoria de Imprensa;

III – Divisão de Segurança Institucional i ) Assessoria Militar;

IV – (Revogado pelo D.J. 697/15) j ) Oficial de Gabinete;

V – Divisão de Serviços de Alimentação k ) Auxiliar de Gabinete;

VI – Divisão de Serviços de Asseio II – Secretário do Presidente;

VII – Divisão de Atendimento Predial III – Assessoria de Recursos;

VIII – Divisão de Controle e Publicação da IV – Departamento de Planejamento;


Informação V – Cerimonial;
IX – Divisão de Gerenciamento de Informa- VI – Departamento da Magistratura;
ções de Empregados Terceirizados

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VII – Coordenadoria da Infância e da Juven- Art. 129. O Gabinete do Corregedor da Justiça é


tude; constituído de:
VII – Departamento de Tecnologia da Infor- I – Chefia de Gabinete:
mação e Comunicação;
II – Secretário do Corregedor;
VIII – Central de Precatórios;
III – Assessor Jurídico Administrativo;
IX ao XII – NÃO PREVISTO
IV – Gabinete dos Juízes Auxiliares da Corre-
XIII – Escola de Servidores da Justiça Esta- gedoria da Justiça;
dual – ESEJE
V – Assessor Especial do Corregedor;
Art. 112. O Gabinete do 1º Vice-Presidente é
constituído de: VI – Assessoria Jurídica;

I – Chefia de Gabinete VII – Comissão Estadual Judiciária de Ado-


ção:
a ) Oficial de Gabinete;
VIII – Departamento da Corregedoria da
b ) Auxiliar de Gabinete; Justiça;
II – Secretário; (Redação dada pelo D.J. Art. 146. O Gabinete do Corregedor Adjunto é
333/05) constituído de:
III – Assessor Jurídico Administrativo; (Re- I – Chefia de Gabinete: (Incluído pelo D.J.
dação dada pelo D.J. 100/05, Redação dada 100/05)
pelo D.J. 333/05)
a) Oficial de Gabinete; (Incluído pelo D.J.
IV – Assessor Especial (Redação dada pelo 100/05)
D.J. 333/05)
b) Auxiliar de Gabinete. (Incluído pelo D.J.
V – Assessoria Jurídica (Incluído pelo D.J. 100/05)
333/05)
II – Assessor Jurídico Administrativo.
Art. 120. O Gabinete do 2° Vice-Presidente é
constituído de: Art. 151. O Gabinete de Desembargador, é cons-
tituído de:
I – Chefia de Gabinete: (Incluído pelo D.J.
100/05) I – Secretário de Desembargador;

a) Oficial de Gabinete; (Incluído pelo D.J. II – Assessor Jurídico de Gabinete de De-


100/05) sembargador;

b ) Auxiliar de Gabinete. (Incluído pelo D.J. III – Auxiliar de Gabinete de Desembarga-


100/05) dor.

II – Assessor Jurídico Administrativo. (Incluí-


DISPOSIÇÕES FINAIS E GERAIS
do pelo D.J. 100/05)
III – Assessoria. (Incluído pelo D.J. 100/05) Art. 155. O Diretor Geral, e o Vice-Diretor Geral
da Secretaria do Tribunal da Justiça, os Diretores
IV – Centro de Apoio à Turma Recursal Úni- e Departamentos e o Supervisor da Assessoria
ca: de Planejamento reunir-se-ão mensalmente,
sob a presidência do primeiro, para avaliação,

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análise e definição de serviços, com vistas à rea- Arquivo geral, em razão do contido na Reso-
lização de proposições ao Presidente. lução nº 06/96;
Art. 156. Além do Diretor do Departamento, os § 2º O expediente dos serviços auxiliares fi-
funcionários ocupantes de cargos de chefia as- cará automaticamente prorrogado enquan-
sinarão os termos administrativos e processu- to houver órgão julgador em Sessão.
ais pertinentes aos expedientes e processos em
trâmite no Tribunal. Art. 160. Não será permitido o acesso de servi-
dores ou de outras pessoas nas dependências
Art. 157. No início de cada ano, o Departamento do Palácio da Justiça, após o expediente normal,
Administrativo fará publicar lista de antiguidade com exceção daquelas autorizadas pelo Presi-
dos funcionários remunerados pelo Tribunal de dente ou pelo Diretor Geral.
Justiça.
Art. 161. O Secretários nas sessões de julga-
Art. 158. Enquanto o Presidente não se retirar mento, usarão beca, e os agentes de conserva-
das dependências do Palácio da Justiça, os ser- ção e copeiros, uniformes próprios.
vidores de seu gabinete deverão permanecer no
mesmo. Art. 162. Aos servidores que utilizarem veículos
de transportes e serviços do Tribunal de Justiça
Art. 159. O horário de expediente da Secretaria como instrumento de trabalho para o exercício
do Tribunal de Justiça será das 9 (nove) às 11 de suas atribuições e funções, caberão os deve-
(onze) horas e das 13 (treze) às 18 (dezoito) ho- res estabelecidos na Lei Estadual n° 6174/70 e,
ras. no que couber, os previstos na Instrução Nor-
mativa n° 02/2001 e neste regulamento.
§ 1º A disposição contida no caput deste ar-
tigo não alcança os serviços essenciais em Art. 163. Os casos omissos serão resolvidos pela
virtude de suas características, bem como Presidência do Tribunal de Justiça.
o Centro de Protocolo Judiciário Estadual e
Art. 164. Ficam revogadas as disposições em
contrário.

SECRETÁRIO (A) DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA:


Ao secretário compete, dentre várias funções supervisionar todos os serviços da Secretaria do
Tribunal de Justiça, orientando-os, coordenando-os, fiscalizando-os e respondendo por sua re-
gularidade.
Compete à Secretária velar pela disciplina, ordem, guarda, asseio e conservação dos prédios e
do patrimônio do Poder Judiciário, também zelar por toda a estrutura de pessoal do Tribunal de
Justiça.
Dentre várias outras atribuições do Secretário, destacam-se a competência para aplicar san-
ções administrativas a licitantes e empresas contratadas pelo Tribunal de Justiça; aplicar pe-
nalidades aos servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça; propor elogios aos servidores
que se destacarem pela disciplina e dedicação ao serviço; indicar ao Presidente do Tribunal os
servidores que devam compor as diversas Comissões; emitir pareceres jurídicos em expedien-
tes que tramitem pela Secretaria; emitir Ordens de Serviço; autorizar despesas até o limite má-
ximo previsto para a "Modalidade Dispensável de Licitação"; autorizar a concessão de verbas
de adiantamento a servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria; autorizar a concessão do

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Legislação Específica – Regulamento do TJ-PR – Prof. Mateus Silveira

Auxílio Funeral e a implantação, em folha de pagamento, do auxílio alimentação, também de


determinar a implantação, em folha de pagamento, de cotas referentes a salário família; lotar
os servidores nos diversos órgãos da Secretaria; organizar a escala de férias dos servidores do
Quadro da Secretaria.

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO:
O Departamento de Planejamento coordena a elaboração do plano plurianual do orçamento
anual do Tribunal de Justiça e acompanha a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias do
Estado. Coordena também a consolidação de dados das unidades do Poder Judiciário do Estado
na atualização do sistema de apropriação e controle de custos. Promove e gerencia os projetos
estratégicos do Tribunal, por meio do Escritório de Projetos.
Trabalha também na integração das unidades do Tribunal em assuntos relacionados à gestão
estratégica, indicando ou provendo o suporte técnico necessário para que as metas sejam cum-
pridas de acordo com o estabelecido no Plano Estratégico.
Assessora a Presidência na elaboração de projetos de lei e atos normativos e administra as
atividades de planejamento do Tribunal de Justiça, mediante orientação metodológica. Desen-
volve ainda sistemas de organização e métodos compatíveis com a estrutura do Tribunal de
Justiça.

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS


O Departamento é o responsável por gerir os contratos de serviços terceirizados vigentes. É
composto por sete Divisões que já forma mencionadas no material.

DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO
Ao Departamento Judiciário compete assessorar o Presidente e o 1º Vice-Presidente do Tri-
bunal de Justiça nas decisões de suas respectivas competências, concernentes à aplicação de
dispositivos legais e regimentais relativos ao trâmite dos processos em curso no Tribunal de
Justiça, além de prestar esclarecimentos aos 120 Desembargadores que integram o Tribunal de
Justiça, aos 66 Juízes Substitutos em 2º Grau, às suas respectivas assessorias, às partes e aos
advogados, quando necessário.
Também é o responsável por secretariar as sessões contenciosas do Órgão Especial e superin-
tender os serviços executados dentro do Departamento, composto por 57 Seções, integradas
em 11 Divisões.
Ao Diretor também cabe controlar e processar a movimentação dos processos que versam so-
bre Cooperação Jurídica Internacional, informando Juízes de 1º Grau, advogados e partes sobre
o seu trâmite, extração e expedição.

DEPARTAMENTO DA MAGISTRATURA
Ao Departamento da Magistratura compete administrar os assuntos referentes à carreira dos
Juízes e Desembargadores do Tribunal de Justiça, como nomeações de Magistrados, manuten-
ção dos dados funcionais, controle e publicidade da lista de antiguidade, andamento e proces-
samento dos requerimentos de Magistrados, fornecimento de Certidões a respeito da Magis-
tratura e elaboração de atos (Decretos, Portarias e Resoluções).

www.acasadoconcurseiro.com.br 769
Além disso, organiza e divulga relações dos cargos vagos e critérios para preenchimento na
carreira da Magistratura. Analisa as concessões de auxílio saúde, funeral, ajuda de custo, os pe-
didos de exoneração, férias, gratificações de direção de fórum, indenizações, licenças, isenções
de Imposto de Renda e Contribuição Previdenciária, inclusão de dependentes, alteração de no-
mes, além de processar e elaborar acórdãos referentes às aposentadorias.
Também dá apoio às sessões do Órgão Especial Administrativo e Tribunal Pleno e de forma
geral presta auxílio a todos os Magistrados do Estado (ativos e inativos) e a seus dependentes.
Fornece informações aos candidatos ao concurso da magistratura e a advogados nos processos
de magistrados e recursos contra decisão do Conselho da Magistratura. Fornece ainda autoriza-
ções para emissão de Certificados Digitais de Magistrados.

DEPARTAMENTO ECONÔMICO E FINANCEIRO


A Diretora do Departamento Econômico e Financeiro coordena e dirige assuntos e matérias
relacionadas a contabilidade, execução orçamentária, financeira e patrimonial, folha de paga-
mento de magistrados e servidores, entre outras. Também presta informações e realiza atendi-
mento aos Desembargadores, Magistrados e Servidores, ativos e inativos, além de advogados e
demais pessoas de outros órgãos nos assuntos pertinentes ao Departamento.

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


Ao Diretor do Diretor do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC)
compete dar suporte diário aos serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (inclusive
telefonia) no TJ-PR. Abrange todo o Estado do Paraná, atendendo diversos grupos de usuários,
desde servidores, magistrados, usuários externos (através de convênios com outras institui-
ções) e advogados.
Compete ainda ao DTIC a manutenção e o suporte a todos os equipamentos de Informática
cujo parque está em torno de 15 mil microcomputadores, 3 mil impressoras, 45 servidores físi-
cos (computadores de médio porte), 576 servidores virtuais, entre outros equipamentos.

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO
O Departamento do Patrimônio é o responsável pelo fornecimento de material de consumo e
bens permanentes, como mobiliários e materiais de escritório, aos demais setores do Tribunal.
No departamento também são processadas as licitações, englobando inclusive as provenientes
de demandas de outros departamentos.

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS


Ao Diretor do Departamento de Gestão de Recursos Humanos (DGRH) compete prestar infor-
mações aos membros do Poder Judiciário, quando solicitado, em matéria administrativa e de
recursos humanos. Também concede, transfere, autoriza e suspende férias, na forma da lei, do
pessoal lotado nos gabinetes da cúpula diretiva e dos membros do Tribunal de Justiça, inclusive
dos servidores ocupantes de cargos de provimento em comissão, além de emitir relatórios de
férias deferidas e encaminhá-los ao Departamento Econômico e Financeiro para pagamento da
parcela constitucional equivalente a um terço da remuneração.

770 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Regulamento do TJ-PR – Prof. Mateus Silveira

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


O objetivo do Departamento de Engenharia e Arquitetura (DEA) é idealizar e elaborar projetos
arquitetônicos para obras de reforma, ampliação e construção, a partir dos pedidos que são
realizados pela Cúpula do Tribunal de Justiça, pelos Senhores Desembargadores e Juízes (Dire-
tores dos Fóruns) de todo o Estado.
Também compete ao DEA contratar e fiscalizar a elaboração dos projetos e a execução das
obras, realizar serviços de manutenção predial, contratar e fiscalizar a instalação de equipa-
mentos de condicionamento de ar e fiscalizar rotinas de manutenção desses equipamentos e
dos elevadores/plataformas elevatórias. Ainda elabora projetos de mobiliário e comunicação
visual e fiscaliza sua instalação.

CENTRO DE APOIO AO FUNDO DA JUSTIÇA


Ao Diretor do Departamento compete a coordenação e a supervisão das atividades inerentes
ao Fundo da Justiça. O fundo tem por objetivo prover os recursos orçamentários e financeiros
necessários à execução das despesas decorrentes do processo de estatização das serventias do
foro judicial.
Dentre outras atividades, o Centro de Apoio ao FUNJUS também coordena a instalação de ser-
ventias judiciais e gerencia o Sistema Uniformizado (sistema de arrecadação das custas das ser-
ventias estatizadas e privadas, dos atos e despesas de condução dos oficiais de justiça e dos
valores devidos a título de condenação a pena de prestação pecuniária).

CENTRO DE APOIO ADMINISTRATIVO AO FUNREJUS


O Centro de Apoio Administrativo ao FUNREJUS é responsável pela coordenação e supervisão
das atividades financeiras e jurídicas relacionadas a três Fundos Especiais do Poder Judiciário:
•• FUNREJUS – Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário, que visa suprir o Poder Judiciá-
rio com recursos financeiros necessários para a construção ou reformas dos edifícios foren-
ses, aquisição de equipamentos e materiais permanentes ou de consumo, como também
para implementar os serviços de informática. Suas diretrizes constam de um Plano de Apli-
cação anual, cujas metas são fixadas pelo seu Conselho Diretor, composto pelo Presidente
do Tribunal de Justiça, que o preside, além do 1º Vice-Presidente, do Corregedor-Geral da
Justiça e mais cinco integrantes da magistratura.
•• FUNSEG – Fundo Estadual de Segurança dos Magistrados.
•• Fundo Judiciário – Destinado exclusivamente à construção do Centro Judiciário de Curitiba.

CENTRO DE PROTOCOLO JUDICIÁRIO ESTADUAL,


AUTUAÇÃO E ARQUIVO GERAL
Ao Centro de Protocolo Judiciário Estadual, Autuação e Arquivo Geral compete controlar a
entrada de documentos através de numeração sequencial, visando unificar e agilizar, com se-
gurança, as suas atividades. Assessora a Cúpula Diretiva do Tribunal de Justiça dentro da sua
competência, assim como o Secretário e Subsecretário do Tribunal de Justiça na prestação de
informações nos expedientes e autos protocolizados e em trâmite no Tribunal de Justiça, estri-
tamente em sua competência.

www.acasadoconcurseiro.com.br 771
Também coordena as atividades de guarda, microfilmagem e conservação de documentos pú-
blicos que, por sua importância, natureza, originalidade ou valor histórico, requeiram cuidados,
autorizando reproduções e consultas. Fornece, ainda, certidões negativas após consulta nomi-
nal junto aos aplicativos PROT, SEI e JUDWIN.
Procede à autuação e registro, através de sistema computacional próprio, dos feitos de compe-
tência do Tribunal, nele inserindo dados referentes ao nome das partes e seus procuradores,
tipo de recurso, número do protocolado, comarca e vara de origem, tipo e número da ação ori-
ginária, volume (de acordo com o provimento da Corregedoria da Justiça, inclusive com termo
de abertura e encerramento, se necessário), dados complementares, assistência judiciária e
justiça gratuita, quando for o caso, e demais dados que se fizerem necessários. Também organi-
za e mantém o arquivo da documentação sob custódia.

LINK NO SITE DO TJPR – ENTENDA COMO FUNCIONA O TJPR:


https://www.tjpr.jus.br/destaques//asset_publisher/1lKI/content/entenda-como-funciona-
-cada-departamento-do-tj-pr/18319?inheritRedirect=false&redirect=https%3A%2F%2Fwww.
tjpr.jus.br%2Fdestaques%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_1lKI%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_
state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-2%26p_p_col_
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FIM!
BOM ESTUDO!

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Legislação Específica

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO


PARANÁ

(LEI ESTADUAL nº 14.277, de 30 de dezembro de 2003)

Dispõe sobre a Organização e Divisão Judiciárias II – motivação;


do Estado do Paraná e adota outras providên-
cias. III – finalidade;
IV – razoabilidade;
CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E
DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO V – proporcionalidade;
PARANÁ VI – ...Vetado...;

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR VII – interesse público;


VIII – modicidade das custas e emolumen-
Art. 1º Este Código dispõe sobre a Organização
tos.
e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná e disci-
plina a constituição, a estrutura, as atribuições e § 3º Na constituição e alteração das atribui-
a competência do Tribunal de Justiça, de Juízes ções e competência dos Tribunal de Justiça,
e dos Serviços Auxiliares, observados os prin- de Juízes e dos Serviços Auxiliares, deverão
cípios constitucionais que os regem (redação ser observados, além dos princípios previs-
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE tos nos parágrafos anteriores, os critérios
nº 7109 de 25/11/2005). de democratização da gestão e do acesso
à Justiça, qualificação permanente, efeti-
§ 1º São regentes do presente código, den-
vidade e celeridade (redação dada pela Lei
tre outros os seguintes princípios constitu-
nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de
cionais:
25/11/2005).
I – legalidade:
§ 4º Os aludidos princípios e critérios são
II – impessoalidade; condições de aplicação e hermenêutica, ve-
dada a sua afastabilidade, sob pena de nuli-
III – moralidade; dade absoluta, decretável de ofício.
IV – publicidade; § 5º . Ficam estatizadas as serventias do
V – eficiência. foro judicial, inclusive as criadas por esta lei,
respeitados os direitos dos atuais titulares.
§ 2º Além dos princípios referidos no pará-
grafo anterior, também se aplicam à presen- § 6º O Poder Judiciário, observadas as suas
te lei, os seguintes: disponibilidades financeiras e orçamentá-
rias, encaminhará mensagem à Assembléia
I – probidade; Legislativa dispondo sobre o Quadro de

www.acasadoconcurseiro.com.br 773
Servidores e respectivos vencimentos, para do Presidente do Tribunal de Justiça, dos Vice-
cumprimento do disposto no parágrafo an- -Presidentes, do Corregedor-Geral da Justiça
terior. e do Corregedor, em matéria administrativa,
jurisdicional e correicional (redação dada pela
§ 7º A administração da Justiça é exercida Lei nº 16.181 de 17/07/2009 – DOE nº 8015 de
pelo Poder Judiciário. 17/07/2009).
§ 1º O Presidente do Tribunal de Justiça po-
LIVRO I derá designar Juízes de Direito da Comarca
da Região Metropolitana de Curitiba para
Organização Judiciária atuarem junto aos órgãos superiores do Tri-
bunal de Justiça, nos termos do caput deste
artigo.
TÍTULO I § 2º As designações a que se refere o pa-
rágrafo anterior não implicarão vantagem
Organização Judiciária pecuniária aos Juízes designados, salvo o
ressarcimento de despesas de transporte e
o pagamento de diárias, sempre que estes
tiverem que se deslocar da sede.
CAPÍTULO ÚNICO
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
TÍTULO II
Art. 2º São órgãos do Poder Judiciário do Esta-
do: Tribunal De Justiça
I – o Tribunal de Justiça;
II – REVOGADO; (pela Lei nº 14.925 de
24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005). CAPÍTULO I
III – os Tribunais do Júri; COMPOSIÇÃO
IV – os Juízes de Direito; Art. 4º O Tribunal de Justiça, órgão máximo do
Poder Judiciário estadual, composto por cento
V – os Juízes de Direito Substitutos de ent- e quarenta e cinco (145) Desembargadores, tem
rância final; sede na Capital e jurisdição em todo o território
do Estado (redação dada pela Lei nº 17.550 de
VI – os Juízes Substitutos;
24/04/2013 – DOE nº 8944 de 24/04/2013).
VII – os Juizados Especiais;
Art. 5º Os Juízes de última entrância serão pro-
VIII – os Juízes de Paz. movido ao cargo de Desembargador pelo Pre-
sidente do Tribunal de Justiça nas vagas corres-
Parágrafo único. Para executar decisões ou pondentes à respectiva classe, por antiguidade
diligências que ordenarem, poderão os tri- e merecimento, alternadamente, observado
bunais e Juízes requisitar o auxílio da força o disposto no artigo 6º deste Código (redação
pública. dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE
Art. 3º É vedada a convocação ou a designação nº 7109 de 25/11/2005).
de Juiz de primeiro grau para exercer cargo ou § 1º No caso de antiguidade, apurada na
função no Tribunal de Justiça, ressalvada a subs- última entrância, o Tribunal de Justiça so-
tituição de seus integrantes e o auxílio direto mente poderá recusar o Juiz mais antigo

774 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Código de Organização e Divisão Judiciárias - PR – Prof. Mateus Silveira

pelo voto fundamentado de dois terços § 3º Recebidas as indicações, o Tribunal de


(2/3) de seus membros, conforme procedi- Justiça formará lista tríplice, enviando-a ao
mento próprio e assegurada ampla defesa, Poder Executivo, que, nos vinte (20) dias
repetindo-se a votação até fixar-se a indi- subsequentes, escolherá um de seus inte-
cação (redação dada pela Lei nº 14.925 de grantes para nomeação (redação dada pela
24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005). Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109
de 25/11/2005).
§ 2º Tratando-se de vaga a ser provida pelo
critério de merecimento, a promoção recai- Art. 7º Verificada vaga de Desembargador, a ser
rá no Juiz que for incluído na lista tríplice preenchida por magistrado de carreira, o Presi-
organizada pelo Tribunal de Justiça e com dente do Tribunal de Justiça convocará o órgão
o maior número de votos, sem prejuízo dos competente para o preenchimento do respec-
remanescentes mantidos em lista e obser- tivo cargo (redação dada pela Lei nº 14.925 de
vado o disposto no art.93, II, letras "a" e 24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005).
"b", da Constituição Federal.
Parágrafo único. Se a vaga de Desembar-
§ 3º Não será promovido o Juiz que, injus- gador destinar-se ao quinto constitucional,
tificadamente, retiver autos em seu poder o Presidente do Tribunal de Justiça oficiará
além do prazo legal, não podendo devolvê- ao órgão de classe a que couber a vaga para
-lo ao cartório sem o devido despacho ou os fins do artigo 6º (redação dada pela Lei
decisão (redação dada pela Lei nº 14.925 de nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de
24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005). 25/11/2005).
Art. 6º Um quinto (1/5) dos lugares do Tribu-
nal de Justiça será composto de membros do
Ministério Público, com mais de dez (10) anos CAPÍTULO II
de carreira, e de advogados de notório saber ju-
FUNCIONAMENTO
rídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados Art. 8º O Tribunal de Justiça é dirigido pelo Pre-
em lista sêxtupla pelos órgãos de representa- sidente, pelos Vice-Presidentes, Corregedor-Ge-
ção das respectivas classes (redação dada pela ral da Justiça e Corregedor (redação dada pela
Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de Lei nº 16.181 de 17/07/2009 – DOE nº 8015 de
25/11/2005). 17/07/2009).
§ 1º Sendo ímpar o número de vagas des- § 1º Vetado.
tinadas ao quinto constitucional, uma de-
las será alternada e sucessivamente preen- § 2º Não figurará mais entre os elegíveis
chida por membro do Ministério Público e quem tiver exercido o cargo de Presiden-
por advogados, de tal forma que, também te ou quaisquer outros cargos de direção,
sucessiva e alternadamente, os represen- pelo período de quatro (4) anos, até que se
tantes de uma dessas classes superem os da esgotem todos os nomes na ordem de an-
outra em uma unidade (redação dada pela tiguidade, salvo quando houver recusa ma-
Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 nifestada por um elegível e aceita antes da
de 25/11/2005). eleição.

§ 2º Quando resultar em fração o número § 3º O disposto no parágrafo anterior não


de vagas destinadas ao quinto constitucio- se aplica aos Desembargadores eleitos para
nal, corresponderá ela ao número inteiro se- qualquer dos cargos da cúpula diretiva, com
guinte (redação dada pela Lei nº 14.925 de a finalidade de completar período de man-
24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005). dato inferior a um (1) ano.

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Art. 9º Vagando a Presidência, o 1º Vice-Presi- CAPÍTULO IV
dente a exercerá pelo período restante, se infe- CONSELHO DA MAGISTRATURA
rior a seis (6) meses.
§ 1º Caracterizada a hipótese supra, tratan- Art. 13. O Conselho da Magistratura, do qual
do-se da 1ª Vice-Presidência ou da Correge- são membros natos o Presidente do Tribunal
doria-Geral da Justiça, o cargo será exercido, de Justiça, o 1º Vice-Presidente e o Corregedor-
respectivamente, pelo 2º Vice-Presidente -Geral da Justiça, compõe-se de mais quatro (4)
e pelo Corregedor, para período restante, Desembargadores eleitos (redação dada pela
quando inferior a seis (6) meses (redação Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de
dada pela Lei nº 16.181 de 17/07/2009 – 25/11/2005).
DOE nº 8015 de 17/07/2009). § 1º A eleição será realizada na mesma ses-
§ 2º Se, entretanto, a vacância de quaisquer são em que for eleito o corpo diretivo do
cargos descritos se der em razão de o eleito Tribunal de Justiça, com mandato coinci-
não ter assumido o correspondente cargo dente com o deste.
diretivo na oportunidade prevista pelo Regi- § 2º O Conselho da Magistratura terá suas
mento Interno do Tribunal de Justiça, nova atribuições estabelecidas no Regimento In-
eleição deverá ser realizada, para o preen- terno.
chimento daquela função, observando-se o
que dispuserem as normas regimentais.
Art. 10. O Tribunal de Justiça funcionará em Tri- CAPÍTULO V
bunal Pleno, Órgão Especial, Conselho da Ma-
gistratura e em órgãos fracionários, na forma CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
que dispuserem a lei e o Regimento Interno (re-
Art. 14. A Corregedoria-Geral da Justiça, que
dação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 –
tem como incumbência a inspeção permanen-
DOE nº 7109 de 25/11/2005).
te dos Magistrados, das serventias do foro judi-
Parágrafo único. O Presidente, os Vice- cial e dos serviços do foro extrajudicial, terá sua
-Presidentes, o Corregedor-Geral da Justiça competência e atribuições estabelecidas no Re-
e o Corregedor não integrarão Câmaras ou gimento Interno.
Grupos de Câmaras (redação dada pela Lei
nº 16.181 de 17/07/2009 – DOE nº 8015 de
17/07/2009). TÍTULO III
Art. 11. O Tribunal de Justiça constituirá comis- Atribuições e Competência dos
sões internas, permanentes ou não, cuja com-
posição, atribuições e funcionamento serão dis- Dirigentes do Tribunal de Justiça
ciplinados no Regimento Interno.

CAPÍTULO I
CAPÍTULO III PRESIDENTE, 1º e 2º VICE-
TRIBUNAL PLENO E ÓRGÃO ESPECIAL PRESIDENTES DO TRIBUNAL
Art. 12. O Tribunal Pleno e o Órgão Especial te- Art. 15. O Presidente, o 1º e o 2º Vice-Presiden-
rão sua competência estabelecida no Regimen- tes do Tribunal terão sua competência e atribui-
to Interno. ções estabelecidas no Regimento Interno.

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Legislação Específica – Código de Organização e Divisão Judiciárias - PR – Prof. Mateus Silveira

CAPÍTULO II II – Juiz de Direito de entrância inicial;


CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA III – Juiz de Direito de entrância intermedi-
E CORREGEDOR ária;
(pela Lei nº 16.181 de 17/07/2009 – DOE nº IV – Juiz de Direito de entrância final, titular
8015 de 17/07/2009). da vara, titular de turma recursal ou subs-
Art. 16. O Corregedor-Geral da Justiça, além de tituto em primeiro e segundo graus. (reda-
realizar inspeções e correições permanentes ção do inciso dada pela Lei nº 17.395 de
nos serviços judiciários, terá sua competência 10/12/2012 – DOE nº 8859 de 14/12/2012).
e atribuições estabelecidas no Regimento Inter- .
no. § 1º São Juízes Substitutos os de início de
Parágrafo único. O Corregedor terá sua carreira, para substituição nas entrâncias
competência e atribuições estabelecidas no inicial e intermediária com sede na comarca
Regimento Interno (redação dada pela Lei que encabeçar a respectiva seção, nome-
nº 16.181 de 17/07/2009 – DOE nº 8015 de ados mediante concurso, nos termos dos
17/07/2009). arts. 28 a 32, e com competência definida
no art. 33 deste Código.
§ 2º São Juízes de Direito Substitutos de
TÍTULO IV primeiro grau os de entrância final, quan-
do não titulares de varas, para substituição
TRIBUNAL DE ALÇADA nas comarcas dessa categoria sediadas na
(Suprimido o Título IV e seus capítulos I, II e III Região Metropolitana de Curitiba, na Re-
do Livro I pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 – gião Metropolitana de Londrina, na Região
DOE nº 7109 de 25/11/2005) Metropolitana de Maringá, em Ponta Gros-
sa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e
Art. 17 ao Art. 24 foram revogados. Umuarama, promovidos entre os de entrân-
cia intermediária ou removidos de uma para
outra das comarcas de entrância final.(reda-
LIVRO II ção do parágrafo dada pela Lei nº 17.210 de
02/07/2012 – DOE nº 8745 de 02/07/2012)
Magistrados
§ 3º São Juízes de Direito Substitutos em
Segundo Grau os classificados na entrância
final, com preenchimento do cargo median-
TÍTULO I te remoção, observados, alternadamente,
os critérios de antiguidade e de mereci-
Magistrados de Primeiro Grau mento (redação dada pela Lei nº 14.925 de
24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005).
§ 4º Os Juízes de Direito Substitutos em Se-
CAPÍTULO ÚNICO gundo Grau, durante a substituição, terão a
CONSTITUIÇÃO mesma competência dos membros do Tri-
bunal de Justiça, exceto em matéria admi-
Art. 25. A magistratura de primeiro grau de ju- nistrativa, ficando vinculados aos feitos em
risdição é constituída de: que tenham lançado visto como relator ou
revisor, e, ainda, se tiverem solicitado vista
I – Juiz Substituto; ou proferido voto, hipótese em que conti-
nuarão o julgamento (redação dada pela Lei

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nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de anos, prorrogável uma única vez e, no máximo,
25/11/2005). por igual período.
§ 5º Caberá ao Presidente do Tribunal de Art. 29. O concurso, salvo outra forma de rea-
Justiça a designação dos Juízes de Direito lização estabelecida pelo Órgão Especial, será
Substituto em Segundo Grau (redação dada prestado perante comissão examinadora inte-
pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº grada pelo Presidente do Tribunal de Justiça,
7109 de 25/11/2005). pelo Corregedor-Geral da Justiça, por um repre-
sentante da Ordem dos Advogados do Brasil e
§ 6º Em regime de exceção, decorrente do por Desembargadores indicados pelo Órgão Es-
acúmulo de processos, os Juízes de Direito pecial.
Substituto em Segundo Grau poderão ser
designados para auxiliar no Tribunal de Jus- Parágrafo único. Para inscrever-se no con-
tiça, caso em que atuarão exclusivamente curso, o interessado deverá preencher, na
nos processos acumulados, constantes de data da inscrição, os seguintes requisitos:
relação específica (redação dada pela Lei
nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de I – ser brasileiro;
25/11/2005). II – estar em pleno exercício dos direitos
Art. 26. Vago o cargo de Desembargador ou civis e políticos e quite com as obrigações
encontrando-se o titular afastado por trinta (30) eleitoral e militar;
dias ou mais, far-se-á a convocação de Juiz de III – ser bacharel em Direito;
Direito Substituto de Segundo Grau (redação
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE IV – gozar de boa saúde física e mental e
nº 7109 de 25/11/2005). não apresentar deficiência que o incapacite
ao exercício da magistratura;
Art. 27. Antes de decorrido o biênio do estágio
probatório e desde que indicada pelo Conselho V – não possuir antecedentes criminais,
da Magistratura a aplicação da pena de demis- nem ter sofrido penalidade no exercício de
são, o Juiz Substituto e o Juiz de Direito, quando cargo público ou de atividade profissional.
for o caso, ficarão automaticamente afastados VI – comprovar, por documento, o exercício
das respectivas funções, com perda do direito de, no mínimo, três (03) anos de atividade
à vitaliciedade, ainda que a aplicação da pena jurídica, na forma da lei (redação dada pela
ocorra após o decurso daquele prazo. Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109
de 25/11/2005).

TÍTULO II Art. 30. No pedido de inscrição, deverá o candi-


dato indicar todos os cargos ou atividades que
Juízes Substitutos tiver exercido profissionalmente.
Art. 31. O Tribunal de Justiça, mediante convê-
nio com a Associação dos Magistrados do Pa-
raná e com a Escola da Magistratura, às quais
CAPÍTULO I repassará os necessários recursos financeiros,
NOMEAÇÃO organizará cursos permanentes voltados tanto à
preparação para ingresso na magistratura quan-
Art. 28. O ingresso na carreira da magistratura, to ao aperfeiçoamento de magistrados.
cujo cargo inicial será o de Juiz Substituto, dar-
-se-á mediante concurso público de provas e tí- Parágrafo único. No concurso público re-
tulos, este com prazo de validade de até dois (2) ferido no art. 28, será atribuído valor rele-
vante à conclusão do curso de preparação

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ministrado pela Escola da Magistratura do conflitos fundiários, no âmbito de todo o


Paraná. Estado, atribuindo-lhes competência exclu-
siva.
Art. 32. O Regimento Interno do Tribunal de
Justiça disciplinará a forma e as condições do § 2º Cumpre ao Juiz defender, pelas vias re-
concurso, cabendo ao Conselho da Magistratura gulares de direito, a sua competência.
elaborar o seu regulamento.
Art. 35. Nas comarcas onde houver mais de um
Parágrafo único. Serão indicados para no- Juízo, proceder-se-á à distribuição dos feitos.
meação os candidatos correspondentes ao
número de vagas, respeitados a ordem de Art. 36. O Presidente do Tribunal de Justiça, ou-
classificação e o prazo de validade do con- vido o Corregedor-Geral da Justiça, se este não
curso. for o proponente da medida, poderá designar
Juízes de Direito de primeiro grau de jurisdição
para, cumulativamente com suas funções, pro-
ferirem sentença ou, nos limites das respectivas
CAPÍTULO II comarcas, responderem por matéria da com-
petência de outros Juízos (redação dada pela
COMPETÊNCIA
Lei nº 16.220 de 26/08/2009 – DOE nº 8043 de
Art. 33. O Juiz Substituto, quando no exercício 26/08/2009).
de substituição, ou designado para auxiliar os Art. 37. Nas Comarcas e Foros de entrância fi-
Juízes de Direito das comarcas que integram as nal, a Direção do Fórum será exercida por um
correspondentes seções judiciárias, terá a mes- dos Juízes Titulares designado pelo Presidente
ma competência destes. do Tribunal de Justiça, pelo prazo máximo de
Parágrafo único. Caberá ao substituto, na dois anos.
ausência, mesmo eventual, do Juiz titular, § 1º Nas Comarcas e Foros de entrância in-
decidir os pedidos cíveis e criminais de na- termediária e inicial com mais de uma se-
tureza urgente e comunicar, incontinenti, o cretaria do foro judicial com cargo de Juiz
fato ao Corregedor-Geral da Justiça (reda- de Direito, a Direção do Fórum será exercida
ção dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 por um dos Juízes Titulares, pelo prazo má-
– DOE nº 7109 de 25/11/2005). ximo de dois anos, independentemente de
designação, mediante sucessão automática
e obedecendo-se à ordem de antiguidade
TÍTULO III na Comarca ou Foro.

Juízes de Direito § 2º Nas Comarcas ou Foros de Juízo Único


a Direção do Fórum será exercida pelo Juiz
Titular, enquanto nela judicar.
§ 3º Na hipótese do § 1º, o Juiz Diretor do
CAPÍTULO ÚNICO Fórum, ao assumir suas funções, deve co-
COMPETÊNCIA municar à Presidência do Tribunal de Justi-
ça.
Art. 34. Salvo disposições em contrário, compe-
te ao Juiz de Direito, em primeiro grau de juris- § 4º A substituição eventual do Juiz Diretor
dição, o exercício de toda a jurisdição. do Fórum será exercida pelo Juiz de Direito
Titular mais antigo na comarca ou foro, in-
§ 1º O Tribunal de Justiça, por ato de seu dependente de designação.
Presidente, poderá designar Juízes de Direi-
to de entrância final para conhecer e julgar

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§ 5º O Juiz Substituto responderá pela Di- Fórum, até o provimento dos cargos a ela
reção do Fórum, independente de desig- vinculados, serão mantidas as designações
nação, quando na Comarca ou Foro não se dos servidores efetuadas com base na legis-
encontrar em exercício nenhum dos Juízes lação anterior. (redação do artigo e parágra-
titulares de varas. fos dados pela Lei nº 18.571 de 24/09/2015
– DOE nº 9543 de 25/09/2015).
§ 6º Na hipótese do § 5 deste artigo, haven-
do na Seção Judiciária mais de um Juiz Subs- Art. 40. Além daquelas previstas em lei ou em
tituto, responderá pela Direção do Fórum normativas emanadas do Tribunal de Justiça, a
aquele mais antigo na Seção. Secretaria da Direção do Fórum exercerá as se-
guintes atribuições:
§ 7º Além daquelas previstas em lei e outros
atos normativos, o Juiz Diretor do Fórum I – Supervisionar a Central de Mandados;
possuirá outras atribuições definidas pelo
Conselho da Magistratura. (redação do arti- II – Dar suporte e apoio às atividades de-
go e parágrafos dados pela Lei nº 18.571 de sempenhadas pelo Juiz Diretor do Fórum.
24/09/2015 – DOE nº 9543 de 25/09/2015). (redação do artigo e incisos dados pela Lei
nº 18.571 de 24/09/2015 – DOE nº 9543 de
Art. 38. Nas Comarcas ou Foros onde houver 25/09/2015).
mais de um prédio destinado às dependências
do Fórum, o Presidente do Tribunal de Justi- Art. 41. À Secretaria da Direção do Fórum po-
ça designará, para cada um, entre magistrados derão ser acumuladas outras secretarias do foro
nele atuantes, o Juiz Diretor do Fórum, com atri- judicial, no interesse da Justiça.
buições limitadas ao gerenciamento do edifício, Parágrafo único. A hipótese prevista neste
bem como, entre os Juízes Diretores dos Fóruns, artigo não implicará no aumento ou acu-
o Juiz Diretor-Geral do Fórum, com as demais mulação das gratificações legalmente es-
atribuições definidas pelo Conselho da Magis- tabelecidas para cada secretaria. (redação
tratura. do artigo e parágrafo único dados pela Lei
Parágrafo único. As atribuições inerentes à nº 18.571 de 24/09/2015 – DOE nº 9543 de
Secretaria da Direção do Fórum serão exer- 25/09/2015).
cidas pelos servidores próprios, onde hou-
ver, ou pela Secretaria Judicial do órgão de
que for titular o Juiz Diretor do Fórum, salvo TÍTULO IV
determinação contrária deste. (redação do
artigo e parágrafo único dados pela Lei nº Da Justiça Militar
18.571 de 24/09/2015 – DOE nº 9543 de
25/09/2015).
Art. 39. Em todas as Comarcas e Foros haverá CAPÍTULO I
uma Secretaria da Direção do Fórum com estru-
COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO
tura funcional própria e subordinada ao respec-
tivo Juiz Diretor do Fórum. Art. 42. A Justiça Militar Estadual será exercida:
§ 1º A instalação da Secretaria da Direção I – pelo Juiz de Direito da Vara da Justiça Mi-
do Fórum nas Comarcas ou Foros será pre- litar e pelos Conselhos de Justiça previstos
cedida de ato do Presidente do Tribunal de na legislação militar, com jurisdição em pri-
Justiça. meiro grau em todo o Estado;
§ 2º Salvo nas hipóteses em que existir qua- II – pelo Tribunal de Justiça, em segundo
dro próprio nas Secretarias da Direção do grau de jurisdição.

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Art. 43. A titularidade da Vara da Justiça Militar TÍTULO V


será exercida por Juiz de Direito de entrância fi-
nal. Tribunal do Júri
Art. 44. A Justiça Militar Estadual, em primeiro
grau de jurisdição, terá uma secretaria cível e
uma secretaria criminal.
CAPÍTULO I
I – a Secretaria Cível compor-se-á de um Di- COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO
retor de Secretaria e Técnicos Judiciários em
número suficiente para o bom desempenho Art. 48. O Tribunal do Júri, instalado nas sedes
dos trabalhos da serventia. das comarcas, obedecerá, em sua composição
e funcionamento, às normas do Código de Pro-
II – a Secretaria Criminal compor-se-á de cesso Penal.
um Diretor de Secretaria e Auxiliares em
número suficiente para o bom desempenho Art. 49. As reuniões do Tribunal do Júri serão
dos trabalhos da serventia. mensais, devendo instalar-se mediante convo-
cação do Juiz Presidente.
Parágrafo único. O Juiz de Direito titular da
Vara da Justiça Militar requisitará da corpo- § 1º Será dispensada a convocação das reu-
ração um Oficial Subalterno ou intermedi- niões quando não houver processo prepa-
ário para a função de Diretor da Secretaria rado para julgamento.
Criminal e praças para atuarem como seus
auxiliares, excepcionando-se a regra conti- § 2º O Presidente do Tribunal de Justiça po-
da no § 1º do art. 5º da Lei 16.023/2008. derá determinar, sempre que o exigir o inte-
resse da Justiça, reunião extraordinária do
Art. 45. Na composição do Conselho de Justiça, Tribunal do Júri em qualquer comarca.
observar-se-á, no que for aplicável, o disposto
na legislação da Justiça Militar. Art. 50. Compete ao Tribunal do Júri o julga-
mento dos crimes dolosos contra a vida e dos
Art. 46. Em seus eventuais impedimentos ou que lhe forem conexos, consumados ou tenta-
ausências, o Juiz da Justiça Militar será substi- dos.
tuído por Juiz de Direito Substituto designado
pelo Presidente do Tribunal de Justiça. § 1º Aos Juízos das Varas do Tribunal do Júri
compete a organização e presidência deste
e a instrução e julgamento de todos os pro-
cessos de sua competência.
CAPÍTULO II § 2º No Foro Central da Comarca da Região
COMPETÊNCIA Metropolitana de Curitiba, a competência
será definida por distribuição entre as varas
Art. 47. Compete à Justiça Militar processar e privativas dos Tribunais do Júri.
julgar os militares do Estado, nos crimes milita-
res definidos em lei e as ações judiciais contra Art. 51. Nas comarcas que não contarem com
atos disciplinares militares, ressalvada a com- vara privativa do júri, mas que tenham mais de
petência do Tribunal do Júri quando a vítima for uma vara criminal, os processos relativos a cri-
civil. mes dolosos contra a vida a que se refere o ca-
put do artigo anterior serão distribuídos entre
essas varas e ali processados até a fase dos arts.
408 a 411 do Código de Processo Penal.

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§ 1º O réu será submetido a julgamento Presidente substituir-se-ão reciprocamente
pelo Tribunal do Júri, presidido pelo Juiz da sempre que não houver incompatibilida-
1ª Vara Criminal, para onde serão remeti- de ao desenvolvimento de suas específicas
dos os autos. funções, independentemente de designa-
ção.
§ 2º A cada julgamento realizado pelo Tri-
bunal do Júri, a respectiva vara receberá um
processo a menos na distribuição.
TÍTULO VI
Art. 52. No Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba, cada Tribunal do Júri Juizados Especiais Cíveis e Criminais
contará com dois magistrados, sendo um deles
Juiz Sumariante, e o outro, Juiz Presidente.
Art. 53. Competirá ao Juiz Sumariante: CAPÍTULO I
I – receber ou rejeitar a denúncia; ESTRUTURA DO SISTEMA
II – presidir a instrução, proferir sentença e Art. 56. Integram o Sistema dos Juizados Espe-
processar o eventual recurso que for inter- ciais:
posto.
I – o Conselho de Supervisão;
Parágrafo único. Ficará preventa a compe-
tência do Juiz Sumariante na hipótese de II – as Turmas Recursais;
desclassificação, salvo se operada pelo Tri-
III – os Juizados Especiais Cíveis;
bunal do Júri.
IV – os Juizados Especiais Criminais.
Art. 54. Ao Juiz Presidente competirá:
I – receber o libelo;
II – preparar o processo para julgamento; CAPÍTULO II
III – presidir a sessão de julgamento e profe- CONSELHO DE SUPERVISÃO DOS
rir sentença; JUIZADOS ESPECIAIS
IV – processar os recursos interpostos con- Art. 57. Compõem o Conselho de Supervisão
tra decisões que proferir; dos Juizados Especiais:
V – organizar a lista geral de jurados anual- I – o Presidente do Tribunal de Justiça;
mente;
II – o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça;
VI – fazer o sorteio e a convocação dos vinte
e um (21) jurados componentes do júri para III – o Corregedor-Geral da Justiça;
a sessão. IV – um Juiz Diretor dos Juizados Especiais
Art. 55. Ao Juiz Sumariante e ao Juiz Presiden- da Capital;
te, nas respectivas fases do processo em que V – um Juiz Supervisor dos Juizados Espe-
exercerem a competência funcional, caberá de- ciais de uma das comarcas de entrância fi-
cretar, relaxar ou regular a prisão do réu, bem nal do interior;
como conceder-lhe liberdade provisória.
VI – um Juiz Presidente de Turma Recursal.
Parágrafo único. Nos impedimentos e au-
sências justificadas, os Juízes Sumariante e

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Parágrafo único. Os Juízes a que se referem XIII – planejar e supervisionar, no plano ad-
os incisos IV, V e VI serão indicados pelo ministrativo, a instalação e funcionamen-
Conselho da Magistratura. to dos Juizados Especiais, sem prejuízo da
competência da Corregedoria-Geral da Jus-
Art. 58. Ao Conselho de Supervisão dos Juizados tiça;
Especiais compete:
XIV – exercer outras atribuições definidas
I – elaborar o seu Regimento Interno; em lei.
II – propor ao Presidente do Tribunal de Jus- Art. 59. A Supervisão-Geral do Sistema dos Jui-
tiça a designação de Juízes leigos e de con- zados Especiais no Estado competirá ao Presi-
ciliadores; dente do Tribunal de Justiça, que poderá dele-
III – expedir editais de concurso e homo- gá-la a um dos Vice-Presidentes.
logar concurso para provimento de cargos
para a estrutura administrativa e de apoio
dos Juizados Especiais;
CAPÍTULO III
IV – referendar portarias de designação de TURMAS RECURSAIS
Juízes togados para compor as Turmas Re-
cursais; Art. 60. A Turmas Recursais serão compostas
por Juízes de Direito de entrância final. (redação
V – processar e julgar os recursos e as re-
dada pela Lei nº 17.395 de 10/12/2012 – DOE
clamações contra o resultado de concursos
nº 8859 de 14/12/2012).
levados a efeito no âmbito dos Juizados Es-
peciais; § 1º O Presidente do Tribunal de Justiça,
após parecer do Conselho de Supervisão,
VI – aprovar, anualmente, o relatório de ati-
poderá criar tantas Turmas Recursais quan-
vidades elaborado pela Supervisão-Geral
tas forem necessárias e dispor a respeito da
dos Juizados Especiais no âmbito do Estado;
sua composição, sede e competência terri-
VII – referendar ou alterar, por proposta da torial, bem como designar Juízes para exer-
Supervisão-Geral, a designação de substitu- cerem as funções de suplentes em número
to aos servidores da Justiça no âmbito dos suficiente para atender eventual aumento
Juizados Especiais, no caso de vacância, li- da quantidade de recursos para julgamen-
cença ou férias; to (redação dada pela Lei nº 16.030 de
19/12/2008 – DOE nº 7875 de 19/12/2008).
VIII – regulamentar procedimentos;
§ 2º Compete à Turma Recursal processar
IX – receber reclamações e sugestões; e julgar os recursos interpostos contra de-
X – decretar regime de exceção nos Juiza- cisões dos Juizados Especiais, bem como os
dos Especiais, mediante proposição do Su- embargos de declaração de suas próprias
pervisor do Sistema; decisões.

XI – organizar cursos de preparação e aper- § 3º A Turma Recursal é igualmente compe-


feiçoamento para juízes togados e leigos, tente para processar e julgar os mandados
conciliadores e servidores; de segurança e os habeas corpus impetra-
dos contra atos dos Juízes de Direito dos Jui-
XII – promover encontros para acompanha- zados Especiais.
mento, orientação e avaliação das ativida-
des dos Juizados Especiais; § 4º A Turma Recursal será presidida pelo
Juiz mais antigo entre os seus componen-
tes.

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§ 5º Nos impedimentos e ausências, o Pre- pelos juízes leigos e conciliadores correrão
sidente será automaticamente substituído à conta da dotação orçamentária própria do
pelo membro mais antigo. Poder Judiciário, suplementada, se neces-
sário, observado o limite financeiro impos-
§ 6º Em caso de afastamento temporário de to pela Lei Complementar nº 101, de 4 de
qualquer dos membros integrantes da tur- maio de 2000.
ma, não haverá redistribuição de processos.
Art. 63. As unidades dos Juizados Especiais Cí-
§ 7º As funções administrativas e de chefia veis e Criminais, que funcionarão em todas as
serão exercidas por Secretário. comarcas, contarão com a estrutura prevista no
§ 8º As demais normas de organização e anexo VII.
funcionamento das Turmas Recursais serão § 1º Nas comarcas onde não existirem car-
objeto de resolução do Conselho de Super- gos próprios dos Juizados Especiais, o Pre-
visão. sidente do Tribunal de Justiça, mediante
proposta do Juiz de Direito, poderá designar
servidores para cumprirem as funções nas
respectivas unidades jurisdicionais.
CAPÍTULO IV
JUIZADOS ESPECIAIS E SUAS § 2º O cargo de Secretário é privativo de
UNIDADES JURISDICIONAIS bacharel em Direito (redação dada pela Lei
nº 16.008 de 05/12/2008 – DOE nº 7865 de
Art. 61. Os Juizados Especiais, divididos por se- 05/12/2008).
cretarias, constituem unidades jurisdicionais
§ 3º
compostas por Juízes de primeiro grau.
§ 4º Aos Oficiais de Justiça que funcionarem
Art. 62. Em cada unidade jurisdicional, o Juiz
nos Juizados Especiais poderá ser atribuída
de Direito poderá contar com o auxilio de juízes
ajuda de custo para transporte, a ser regu-
leigos e conciliadores, cujas atividades são con-
lamentada por resolução do Conselho de
sideradas como de serviço público relevante,
Supervisão.
podendo a estes ser atribuído valor pecuniário
referente a prestação de serviços, o que, em ne- Art. 64. Às unidades dos Juizados Especiais Cí-
nhuma hipótese, importará em vínculo empre- veis compete, por distribuição, a conciliação,
gatício com o Poder Judiciário. processamento, julgamento e a execução de
causas cíveis de menor complexidade, assim
§ 1º O Presidente do Tribunal de Justiça, de-
definidas nos termos da lei. Às unidades dos
pois de ouvido o Conselho de Supervisão,
Juizados Especiais Criminais compete, por distri-
poderá, conforme as disponibilidades orça-
buição, a conciliação, processo, julgamento e a
mentárias, limitar o número de conciliado-
execução de seus julgados, proferidos em pro-
res e juízes leigos, bem como corrigir os va-
cessos relativos a infrações penais de menor po-
lores pelos serviços por eles prestados.
tencial ofensivo, nos termos da lei, ressalvados
§ 2º Os pagamentos dos valores pecuniários o disposto no art. 74 da Lei Federal 9.099/95 e
por serviços prestados pelos juízes leigos os casos de competência exclusiva da Vara de
e conciliadores não terão efeito retroativo Execuções Penais e da Vara de Execução de Pe-
e serão regulamentados por resolução do nas e Medidas Alternativas, respectivamente.
Conselho de Supervisão, ao que se dará am-
Art. 65. Nas comarcas de entrância intermedi-
pla publicidade.
ária com mais de uma vara, a competência pre-
§ 3º As despesas decorrentes dos valores vista neste título será fixada por resolução do
pecuniários pagos pelos serviços prestados Conselho de Supervisão.

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§ 1º Nas comarcas de entrância intermediá- atendidas as necessidades do serviço e as pecu-


ria de Juízo único e nas de entrância inicial, liaridades de cada comarca.
a competência do Juízo será plena e conco-
mitante. b) nas demais comarcas do Estado, a distri-
buição ou o registro, conforme o caso, serão
§ 2º Em casos excepcionais, o Conselho de feitos pelos Distribuidores, sem antecipa-
Supervisão poderá dispor de maneira diver- ção de custas.
sa.
Art. 68. Os processos e atos relativos aos Juiza-
dos Especiais Cíveis e Criminais estão sujeitos à
distribuição, observando-se para tanto o conti-
CAPÍTULO V do nos arts. 4º, 6º, 16, 76 e §§ e 84, parágrafo
único, da Lei Federal 9.099/95, além das dispo-
FUNCIONAMENTO DOS
sições do Código de Normas da Corregedoria-
JUIZADOS ESPECIAIS -Geral da Justiça, no que for pertinente.
Art. 66. Os Juizados Especiais poderão fun- Parágrafo único. O Conselho de Supervisão
cionar descentralizadamente, em unidades a baixará instruções relativamente à forma de
serem instaladas em Distritos Judiciários que distribuição dos feitos cíveis e criminais, no
compõem as comarcas, bem como nos bairros prazo de até noventa (90) dias, contados da
do município-sede, inclusive de forma itineran- vigência desta Lei, observando-se que:
te em áreas de elevada densidade populacional,
para maior comodidade e presteza no atendi- a) No Foro Central da Comarca da Região
mento ao jurisdicionado. Metropolitana de Curitiba, a distribuição
dos feitos cíveis e criminais será feita pelo
§ 1º A instalação de unidades fixas descen- 5º Ofício Distribuidor, e no Foro Central
tralizadas dependerá de prévia aprovação da Comarca da Região Metropolitana de
do Presidente do Tribunal de Justiça, me- Londrina, a distribuição será feita pelo 2º
diante requerimento fundamentado do Su- Ofício Distribuidor, Contador, Partidor e
pervisor do Sistema dos Juizados Especiais Depositário Público, sem antecipação de
Cíveis e Criminais. custas; (redação da alínea ‘a’ dada pela Lei
nº 17.210 de 02/07/2012 – DOE nº 8745 de
§ 2º As unidades centrais já instaladas po-
02/07/2012)
derão ser objeto de descentralização, cuja
iniciativa caberá ao Supervisor do Sistema. b) nas demais comarcas do Estado, a distri-
buição ou o registro, conforme o caso, serão
§ 3º Aos Juízes de Direito e servidores do
feitos pelos Distribuidores, sem antecipa-
quadro de pessoal do Tribunal de Justiça
ção de custas.
que funcionarem perante as unidades avan-
çadas poderá ser atribuída ajuda de custo Art. 69. O acesso ao Juizado Especial Cível, no
para transporte, a ser regulamentada por primeiro grau de jurisdição, não dependerá do
resolução do Conselho de Supervisão, ob- pagamento de custas, taxas ou de outras despe-
servado o limite financeiro imposto pela sas.
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000. § 1º O preparo de recurso, na forma do art.
42, § 1º, da Lei Federal 9.099/95, compre-
Art. 67. Sem prejuízo do cumprimento do horá- enderá todas as despesas processuais, in-
rio de expediente para os ofícios de justiça do clusive aquelas dispensadas em primeiro
foro judicial, as unidades jurisdicionais cíveis e grau de jurisdição, bem como as taxas re-
criminais dos Juizados Especiais poderão fun- cursais, ressalvada a hipótese de assistência
cionar fora do expediente normal de trabalho, judiciária.

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§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo CAPÍTULO III
anterior, bem assim do contido no art. 55, PROMOÇÃO E REMOÇÃO
primeira parte, da Lei Federal 9.099/95, de-
verão ser cotadas, no curso do processo, as Art. 73. A promoção e a remoção serão feitas
custas, taxas e outras despesas previstas em com observância da Constituição Federal, da Lei
lei ou resolução. Orgânica da Magistratura Nacional e da Consti-
§ 3º A isenção de custas, taxas e despesas tuição Estadual.
previstas no caput deste artigo não se aplica Art. 74. A antiguidade será apurada na entrân-
a terceiros não-envolvidos na relação pro- cia, e o merecimento será aferido mediante cri-
cessual, para efeito de expedição de certi- térios objetivos, levando-se em conta:
dões.
a) a colocação do juiz, observando-se ini-
§ 4º As custas, taxas e despesas pagas pelas cialmente, o primeiro quinto da lista de an-
partes reverterão, na forma da lei, em favor tiguidade e, vencida esta etapa, o do segun-
do Fundo de Reequipamento do Poder Judi- do, do terceiro e assim sucessivamente;
ciário – FUNREJUS, excetuadas aquelas de-
vidas aos ofícios não-integrantes do Sistema b) a dedicação e o esmero com que desem-
de Juizados Especiais. penha a função;

Art. 70. Os atos dos Depositários Públicos, Con- c) a produtividade e a qualidade dos servi-
tadores, Partidores e Avaliadores serão pratica- ços prestados;
dos pelos respectivos ofícios das comarcas do
Estado, sem antecipação de custas.
TÍTULO VIII

TÍTULO VII Compromisso, Posse, Exercício e


Antigüidade
Nomeação, Remoção, Opção,
Promoção e Permuta dos Juízes
CAPÍTULO I

CAPÍTULO I COMPROMISSO, POSSE E EXERCÍCIO


NOMEAÇÃO
Art. 75. Nenhuma autoridade judiciária poderá
Art. 71. A nomeação do Juiz Substituto para o entrar em exercício do cargo sem apresentar o
cargo de Juiz de Direito será feita com obser- título de nomeação ao órgão ou à autoridade
vância da ordem de classificação no respectivo competente para dar-lhe a posse; esta se efeti-
concurso. vará mediante compromisso solene de honrar o
cargo e de desempenhar com retidão suas fun-
ções.
CAPÍTULO II § 1º O compromisso será reduzido a termo,
OPÇÃO E PERMUTA e a posse somente se completará pela en-
trada em exercício.
Art. 72. A opção e a permuta far-se-ão no inte-
§ 2º No ato de posse, o Juiz deverá apre-
resse da Justiça por deliberação do Órgão Espe-
sentar declaração pública de seus bens, sob
cial.

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pena de não se consumar o ato, ou de anu- Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109
lá-lo, caso já investido. de 25/11/2005).
Art. 76. O prazo para o Juiz entrar em exercício § 5º As anotações aludidas no parágrafo an-
é de trinta (30) dias, contados da publicação do terior, que serão iniciadas após o nomeado
ato oficial de nomeação, prorrogável por idênti- prestar o compromisso legal e entrar em
co período mediante solicitação do interessado. exercício, referir-se-ão a remoções, promo-
ções, licenças, interrupções de exercício e
§ 1º. O pedido de prorrogação será dirigido quaisquer ocorrências que possam interes-
ao Presidente do Tribunal de Justiça e deve- sar ao cômputo do tempo de serviço.
rá ser justificado.
§ 2º. Nos casos de promoção, remoção ou
permuta, o prazo de entrada em exercício é
de quinze (15) dias, prorrogável, justificada- CAPÍTULO II
mente, por igual prazo, exceto se não hou- ANTIGÜIDADE
ver mudança de comarca, caso em que a as-
sunção deverá ocorrer imediatamente após Art. 79. O quadro de antiguidade dos Desem-
a publicação do ato. bargadores, dos Juízes de Direito e dos Juízes
Substitutos, composto das listas corresponden-
Art. 77. Perderá o direito ao cargo, que será ha- tes a cada categoria de magistrado, será atua-
vido como vago, o Juiz que não prestar compro- lizado anualmente pelo Presidente do Tribunal
misso ou não entrar em exercício nos prazos do de Justiça e publicado no Diário de Justiça (re-
artigo anterior. dação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 –
DOE nº 7109 de 25/11/2005).
Parágrafo único. O órgão ou a autoridade
competente para empossar o Juiz verificará § 1º O quadro será publicado até o dia quin-
se foram satisfeitas, no ato da investidura, ze (15) de fevereiro seguinte, e os que se
as condições estabelecidas em lei. considerarem prejudicados poderão recla-
mar, no prazo de dez (10) dias, contados da
Art. 78. Os Desembargadores tomarão posse
publicação.
perante o Tribunal, em sessão plenária, salvo
manifestação em contrário do empossando (re- § 2º Se a reclamação não for rejeitada li-
dação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – minarmente por manifesta improcedência
DOE nº 7109 de 25/11/2005). serão ouvidos os interessados cuja antigui-
dade possa ser prejudicada pela decisão
§ 1º Quando do ingresso na magistratura,
no prazo de dez (10) dias, findo o qual será
os Juízes Substitutos tomarão posse peran-
apreciada pelo Órgão Especial.
te o Presidente do Tribunal de Justiça.
§ 3º Julgada procedente a reclamação, a lis-
§ 2º Os atos em referência poderão ocorrer
ta de antigüidade será republicada, com as
em período de férias.
pertinentes correções.
§ 3º O termo de compromisso será lavra-
Art. 80. A antiguidade será apurada na data do
do em livro próprio, anotando-se a data da
efetivo exercício na entrância, prevalecendo, no
posse no verso do título de nomeação.
caso de empate, a colocação na imediatamente
§ 4º O Departamento da Magistratura man- inferior, e assim por diante, até se fixar a indi-
terá registro atualizado das atividades dos cação, considerando-se para esse efeito, suces-
Desembargadores, dos Juízes de Direito e sivamente, o tempo exercido como Juiz Subs-
dos Juízes Substitutos (redação dada pela tituto e a ordem de classificação no respectivo
concurso.

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Parágrafo único. Se persistir a igualdade, a goria imediatamente inferior aos de entrân-
antigüidade será determinada pelo tempo cia inicial.
de serviço público prestado ao Estado do § 6º O Juiz de Direito que, por ato do Pre-
Paraná. sidente do Tribunal de Justiça, for convoca-
do para substituir em Comarca de entrância
imediatamente superior perceberá, duran-
TÍTULO IX te o período de designação, a diferença de
subsídio correspondente ao cargo que pas-
Subsídio, Representações, sa a exercer.
Gratificações, Ajudas de Custo, § 7º O Juiz de Direito Substituto em Segun-
Diárias e Auxílio Funeral do Grau que for designado para substituir
no Tribunal perceberá, durante o período
da designação, o subsídio devido ao substi-
tuto, salvo as vantagens de caráter pessoal.
CAPÍTULO I
Art. 82. Além do subsídio mensal, poderão ser
SUBSÍDIO, REPRESENTAÇÕES E
outorgadas aos magistrados, nos termos da lei,
GRATIFICAÇÕES as seguintes vantagens:
Art. 81. O subsídio mensal do Desembargador I – ajuda de custo para despesas com trans-
do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná cor- porte e mudança, cursos e seminários de
responde a 90,25% (noventa inteiros e vinte e aperfeiçoamento e estudos;
cinco centésimos por cento) do subsídio mensal II – diárias;
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
III – representação;
§ 1° É irredutível o subsídio dos magistra-
dos, sujeitando-se esse, entretanto, aos im- IV – auxílio-moradia;
postos gerais, inclusive ao de renda e aos V – décimo terceiro salário;
extraordinários, bem como aos descontos
VI – gratificação de férias;
fixados em lei.
VII – gratificação de direção de Fórum; e
§ 2º As alterações do subsídio de Ministro
do Supremo Tribunal Federal serão estendi- VIII – gratificação por tempo de serviço.
das ao subsídio de Desembargador do Tri-
Art. 83. Aos magistrados será concedida a grati-
bunal de Justiça do Estado do Paraná, não
ficação adicional de que trata o inciso IV do ar-
podendo constituir paradigma para a remu-
tigo anterior, no limite de cinco por cento (5%)
neração de qualquer outro servidor público
sobre seu subsídio, por quinquênio de serviço,
do Estado.
até o máximo de sete (7).
§ 3º O subsídio dos demais Magistrados se-
rão escalonados, na forma de sua estrutura Parágrafo único. É vedada a percepção, a
e com a diferença estabelecida em lei. qualquer título, de gratificação adicional
por tempo de serviço de forma diversa da
§ 4º Os Juízes de entrância final receberão disposta neste artigo.
95% (noventa e cinco por cento) do subsídio
do Desembargador e a diferença de uma Art. 84 O Presidente do Tribunal de Justiça per-
entrância para outra será de 5% (cinco por ceberá, mensalmente, pelo exercício do cargo,
cento). gratificação correspondente a vinte e cinco por
cento (25%) sobre o subsídio. O 1º Vice-Presi-
§ 5º Para efeito do parágrafo anterior, os Ju-
dente do Tribunal de Justiça e o Corregedor-Ge-
ízes Substitutos serão considerados de cate-
ral da Justiça perceberão vinte por cento (20%).

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O 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça e o dez (10) por mês. Em seus deslocamentos


Corregedor perceberão quinze por cento (15%) no âmbito da seção judiciária, ao Juiz Subs-
e os Juízes Diretores do Fórum, farão jus a cinco tituto serão atribuídas diárias em casos ex-
por cento (5%). cepcionais mediante decisão do Presidente
§ 1º Pela substituição transitória, o substi- do Tribunal de Justiça.
tuto terá direito à percepção da gratificação Art. 87. A atribuição de diárias aos magistrados
de direção de Fórum, proporcionalmente é prerrogativa do Presidente do Tribunal de Jus-
aos dias em que exercer a substituição. tiça.
§ 2º Quando o substituto tiver que respon- Parágrafo único. O afastamento do Presi-
der cumulativamente por duas ou mais co- dente do Tribunal de Justiça, dos Vice-Pre-
marcas, ser-lhe-á devida apenas uma gra- sidentes, do Corregedor-Geral da Justiça e
tificação de direção de fórum, quando a do Corregedor, quando no desempenho de
tenha exercido nas condições previstas no suas correspondentes funções, não depen-
parágrafo anterior. de de autorização.

CAPÍTULO II CAPÍTULO III


AJUDAS DE CUSTO E DIÁRIAS AUXÍLIO FUNERAL
Art. 85. A ajuda de custo prevista no inciso I do Art. 88. Ao cônjuge sobrevivente, ao compa-
art. 82, em importância de até uma (1) remune- nheiro pela união estável ou aos herdeiros
ração mensal do cargo que exercia, será devida necessários do magistrado, em caso de faleci-
apenas uma vez a cada período de dois anos e mento deste, pagar-se-á importância corres-
desde que o magistrado tenha que transferir re- pondente a um subsídio para atender às despe-
sidência para outra comarca em decorrência de sas de funeral.
promoção ou remoção. Parágrafo único. Na falta das pessoas apon-
§ 1º Em caso de permuta, não será devida tadas, quem houver custeado o funeral será
ajuda de custo. indenizado pelas despesas comprovadas
até o montante referido neste artigo. (re-
§ 2º A critério do Presidente do Tribunal de dação DO ARTIGO 81 AO 98, dada pela Lei
Justiça, a ajuda de custo poderá ser adian- nº 16.747 de 29/12/2010 – DOE nº 8373 de
tada. 29/12/2010).
Art. 86. A diária, correspondente a um trin-
ta avos (1/30) do subsídio do magistrado, será
paga até o limite de quinze (15) por mês, sem- TÍTULO X
pre que este, devidamente autorizado pelo Pre-
sidente do Tribunal de Justiça, deslocar-se da Licenças, Concessões e Férias
respectiva sede a serviço do Poder Judiciário.
§ 1º O valor da diária será reduzido à meta-
de quando, no âmbito interno, não houver CAPÍTULO I
necessidade de pernoite. LICENÇAS
§ 2º Ao Juiz Substituto que, autorizado pelo Art. 89. O magistrado poderá afastar-se do car-
Presidente do Tribunal de Justiça, deslocar- go em razão de:
-se da seção judiciária para atender outra
comarca, serão pagas diárias até o limite de I – licença para tratamento de saúde;

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II – licença por motivo de doença em pes- reassumir o cargo dentro de dez (10) dias,
soa da família; contados da data do laudo.
III – licença para repouso à gestante; § 3º Se o laudo concluir pela continuação da
IV – licença-paternidade; enfermidade, deverá ser iniciado o proces-
so de aposentadoria do magistrado.
V – licença para freqüentar cursos, congres-
sos, seminários ou reuniões de interesse do Art. 92. O magistrado que houver gozado licen-
Poder Judiciário; ça-enfermidade pelo período máximo não po-
derá ser novamente licenciado, senão depois de
VI – licença especial; um (1) ano de efetivo exercício do cargo, conta-
VII – licença para tratar de assuntos parti- do da reassunção.
culares por um período de até oito (8) dias,
conforme disposto em resolução. Parágrafo único. Antes de decorrido o prazo
de que trata este artigo, só excepcionalmen-
Art. 90. A licença para tratamento de saúde será te poderá ser-lhe concedida outra licença
concedida por até trinta (30) dias, mediante para tratamento de saúde por deliberação
apresentação de atestado médico oficial ou do do Órgão Especial.
médico assistente do requerente, tendo esse
atestado que indicar a classificação internacio- Art. 93. O magistrado licenciado não poderá
nal da doença (CID). exercer nenhuma de suas funções jurisdicionais
ou administrativas, nem outra função pública
§ 1º A concessão de licença, por prazo su- ou privada, ressalvado o disposto no parágrafo
perior a trinta (30) dias, assim entendida a seguinte.
prorrogação, dependerá de laudo expedido
por junta médica oficial, nomeada pelo Pre- Parágrafo único. Salvo contra-indicação
sidente do Tribunal de Justiça, quando se médica, o magistrado licenciado poderá
tratar de Desembargador ou de Juiz de pri- proferir decisões em processos que, antes
meiro grau. da licença, foram-lhe conclusos para julga-
mento ou tenham recebido seu visto como
§ 2º Se não houver junta médica oficial na relator ou revisor.
Comarca de exercício do magistrado, a li-
cença poderá ser concedida à vista de ates- Art. 94. O requerimento de licença para trata-
tado assinado por mais de um médico e mento de saúde em pessoa da família do magis-
visado pela junta médica do Tribunal de Jus- trado, além de instruído na forma estabelecida
tiça, que poderá exigir o exame pessoal do no art. 90 deste Código, deverá conter a expres-
paciente sempre que assim o entender. sa declaração acerca da indispensabilidade da
assistência pessoal do magistrado ao paciente e
Art. 91. A licença para tratamento de saúde terá sobre a incompatibilidade da prestação com o
o prazo máximo de dois (2) anos, cuja contagem exercício do cargo.
não se interromperá quando da reassunção do
exercício por período de até trinta (30) dias. Parágrafo único. A licença por motivo de
doença em pessoa da família será concedi-
§ 1º Após vinte e quatro (24) meses de afas- da ao magistrado que perceberá seu sub-
tamento consecutivo, nos termos do caput sídio integral pelo prazo máximo de trinta
deste artigo, o magistrado será submetido (30) dias; além desse tempo, a licença será
à inspeção de saúde, perante junta médica sem a percepção dos subsídio, salvo situa-
oficial nomeada pelo Presidente do Tribunal ções excepcionais, a critério do Órgão Espe-
de Justiça. cial do Tribunal de Justiça.
§ 2º Se a junta médica concluir pelo resta- Art. 95. O direito ao gozo de licença maternida-
belecimento do magistrado, deverá este de, com duração de cento e vinte (120) dias, é

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assegurado à magistrada, sem prejuízo do subsí- CAPÍTULO III


dio e de outras vantagens. FÉRIAS
Art. 96. A licença-paternidade de que trata o
art. 89, IV, deste Código será concedida pelo Art. 99. Os magistrados gozarão de férias anuais
prazo de cinco (5) dias, necessariamente con- consoante disposto no Estatuto da Magistratura
tados a partir do dia do nascimento, ainda que e nos períodos fixados por resolução.
a apresentação da correspondente certidão de
nascimento ocorra posteriormente.
TÍTULO XI

Substituição no Tribunal de Justiça e


CAPÍTULO II nas Comarcas
CONCESSÕES
Art. 97. Sem prejuízo da percepção do subsí- CAPÍTULO I
dio e das vantagens legais, o magistrado pode-
rá afastar-se de suas funções por até oito (8)
SUBSTITUIÇÃO NO TRIBUNAL DE
dias consecutivos, sempre contados a partir do JUSTIÇA
evento, por motivo de: (redação DO ARTIGO 81
AO 98, dada pela Lei nº 16.747 de 29/12/2010 – Art. 100. A substituição no Tribunal de Justiça
DOE nº 8373 de 29/12/2010). será efetuada em conformidade com o Regi-
mento Interno.
I – casamento;
II – falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, sogro, sogra ou irmão. CAPÍTULO II
Parágrafo único. No caso do inciso I deste SUBSTITUIÇÕES NAS COMARCAS
artigo, o magistrado comunicará, com an-
tecedência, o seu afastamento, inclusive a Art. 101. Os Juízes de Direito, titulares de varas
seu substituto legal e, na hipótese do inciso das comarcas de entrância final, serão substituí-
II, as comunicações deverão ser feitas logo dos por Juízes de Direito Substitutos em primei-
que possível. ro grau, da seção judiciária respectiva, quando
for o caso, ou por designação do Presidente do
Art. 98. Conceder-se-á afastamento ao magis- Tribunal de Justiça, que excepcionalmente po-
trado, sem prejuízo da percepção dos subsídio derá valer-se de Juízes Substitutos ou de titula-
e vantagens: res de outras varas.
I – para freqüentar cursos ou seminários de Art. 102. O Presidente do Tribunal de Justiça,
aperfeiçoamento e estudos, a critério do sempre que as circunstâncias exigirem, poderá
Órgão Especial do Tribunal de Justiça; designar Juiz de Direito Substituto em primeiro
grau para, cumulativamente, substituir o titular
II – para prestação de serviços exclusiva- em duas ou mais varas da mesma ou de diversa
mente à Justiça Eleitoral; seção judiciária da mesma comarca de entrân-
III – para exercer a presidência da Associa- cia final.
ção dos Magistrados do Paraná e Associa- Art. 103. As substituições decorrentes de férias,
ção dos Magistrados Brasileiros; licença, afastamento, impedimento e vacância
IV – para exercer o cargo de Diretor-Geral de cargo pelos Juízes Substitutos no âmbito das
da Escola da Magistratura do Paraná. comarcas que integram a respectiva seção ju-

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diciária, serão incontinenti e automaticamente Art. 108. Computar-se-á em favor dos magistra-
comunicadas ao Presidente do Tribunal de Justi- dos, para efeito de aposentadoria e disponibili-
ça e à Corregedoria-Geral da Justiça. dade, o tempo de efetivo exercício da advocacia,
até o máximo de quinze (15) anos, comprovada
Parágrafo único. As substituições a serem a correspondente contribuição previdenciária.
feitas pelos Juízes de Direito Substitutos em
primeiro e segundo graus, conforme seja o Art. 109. O Regimento Interno disciplinará o
caso, processar-se-ão em consonância com processo de verificação de invalidez do magis-
as determinações da Presidência do Tribu- trado, para efeito de sua aposentadoria, com
nal de Justiça. observância dos seguintes requisitos:
Art. 104. Os Juízes Substitutos substituirão, or- I – o processo terá início a requerimento do
dinariamente, os Juízes de Direito das comarcas magistrado, por ordem do Presidente do
de entrância intermediária e inicial que compu- Tribunal, de ofício, em cumprimento de de-
serem a respectiva seção judiciária. liberação do Órgão Especial, ou por provo-
cação da Corregedoria-Geral da Justiça;
Parágrafo único. Nos casos de impedimen-
to, de suspeição e de encontrar-se vago o II – tratando-se de incapacidade mental, o
cargo de Juiz Substituto, ou conforme as Presidente do Tribunal nomeará curador ao
exigências do serviço, as substituições po- paciente, sem prejuízo da defesa que este
derão ser excepcionalmente feitas por Juiz queira oferecer pessoalmente ou por pro-
de Direito, mediante designação do Presi- curador que constituir;
dente do Tribunal de Justiça.
III – o paciente deverá ser afastado, desde
Art. 105. Sempre que conveniente à administra- logo, do exercício do cargo até final decisão,
ção da Justiça, o Presidente do Tribunal poderá devendo o processo ser concluído no prazo
deslocar temporariamente Juízes Substitutos de de sessenta (60) dias;
uma para outra seção judiciária, ou designá-los
para atender cumulativamente a mais de uma IV – a recusa do paciente de submeter-se à
seção ou comarca. perícia médica permitirá o julgamento, este
baseado em quaisquer outras provas;
V – o magistrado que, por dois (2) anos con-
TÍTULO XII secutivos, afastar-se ao todo por seis (6)
meses ou mais para tratamento de saúde,
Aposentadoria, Reversão e deverá sujeitar-se, ao requerer nova licen-
Aproveitamento ça para igual fim, dentro de dois (2) anos, a
exame para verificação de invalidez;
VI – se o Órgão Especial concluir pela inca-
pacidade do magistrado, os autos serão en-
CAPÍTULO I caminhados ao Presidente do Tribunal de
APOSENTADORIA Justiça.
Art. 106. A aposentadoria dos magistrados será
concedida nos termos da Constituição Federal.
Art. 107. Reajustar-se-ão os proventos de apo- CAPÍTULO II
sentadoria com a mesma periodicidade e pro- REVERSÃO E APROVEITAMENTO
porção do aumento do subsídio concedido, a
qualquer título, aos magistrados em atividade. Art. 110. A reversão de magistrado, aposenta-
do por invalidez, bem como o aproveitamento

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daquele em disponibilidade, dependerá de re- II – dedicar-se a atividades político-partidá-


querimento do interessado, podendo o Órgão rias.
Especial do Tribunal de Justiça deixar de acolher
o pedido, se assim for do interesse da Justiça. Art. 113. Nos Juízos colegiados e nos atos sole-
nes da Justiça é obrigatório o uso de vestes ta-
§ 1º Em qualquer caso, será necessária a lares, conforme modelo aprovado pelo Órgão
existência de vaga a ser preenchida pelo Especial do Tribunal de Justiça.
critério de merecimento, em comarca de
categoria igual à que ocupara o requeren- Art. 114. Os magistrados de primeiro grau de
te, que deverá provar idade não superior a jurisdição deverão comparecer diariamente à
sessenta e cinco (65) anos e aptidão física sede do Juízo, salvo quando em diligência exter-
e mental, mediante laudo de inspeção de na, conforme estabelecer o Regimento Interno
saúde expedido por junta médica nomeada do Tribunal de Justiça.
pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Con- § 1º As disposições deste artigo não se apli-
selho da Magistratura e tendo como relator cam aos Juízes de varas de atendimento
o Corregedor-Geral da Justiça. permanente, que terão seu funcionamento
§ 2º A reversão e o aproveitamento não disciplinado por ato do Presidente do Tribu-
excluem o cumprimento dos interstícios nal de Justiça, ouvido o Corregedor-Geral da
de trinta (30) anos de serviço público e de Justiça.
cinco (5) anos de efetiva atuação na magis-
tratura, este contado a partir do novo exer- § 2º Serão instituídos, conforme definição
cício. do Órgão Especial do Tribunal de Justiça e
por ato de seu Presidente, sistemas de plan-
tões permanentes no Tribunal, nas comar-
cas de entrância final e naquelas que forem
TÍTULO XIII sede de seções judiciárias, para atendimen-
to nos dias em que não houver expediente
Tratamento, Vestes Talares e forense normal.
Expediente

LIVRO III
CAPÍTULO ÚNICO.
Juízes de Paz
TRATAMENTO, VESTES TALARES
E EXPEDIENTE
Art. 111. Ao Tribunal de Justiça, suas Câmaras e TÍTULO I
Grupos, cabe o tratamento de egrégio, e a todos
os magistrados o de excelência. Juízes de Paz
Art. 112. Os membros do Tribunal de Justiça
têm o título de Desembargador e os Magistra-
dos de primeiro grau, o de Juiz de Direito e Juiz CAPÍTULO ÚNICO
Substituto. NOMEAÇÃO, ATRIBUIÇÕES,
Parágrafo único. O magistrado aposentado COMPETÊNCIA E SUBSTITUIÇÃO
perderá o tratamento correspondente ao
cargo se: Art. 115. A justiça de paz será composta de cida-
I – inscrever-se nos quadros da Ordem dos dãos com competência para celebrar casamen-
Advogados do Brasil; tos; verificar, de ofício ou em face de impug-

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nação apresentada, o processo de habilitação; LIVRO IV
exercer atribuições conciliatórias e outras sem
caráter jurisdicional. Auxiliares da Justiça
Parágrafo único. O Juiz de Paz, na celebra-
ção de casamento, usará faixa verde e ama-
rela de 10 (dez) centímetros de largura, TÍTULO I
posta a tiracolo, do lado direito para o es-
querdo. Serventuários e Funcionários da
Art. 116. Em cada distrito das comarcas de ent-
Justiça e Agentes Delegados do Foro
rância inicial e intermediária e em cada circuns- Extrajudicial
crição do registro civil das comarcas de entrân-
cia final, haverá um (1) Juiz de Paz e dois (2)
suplentes, que reúnam os seguintes requisitos:
CAPÍTULO ÚNICO
I – cidadania brasileira e maioridade civil; COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO
II – gozo dos direitos civis, políticos e quita-
ção com o serviço militar; Art. 118. Os serviços auxiliares do Poder Judici-
ário são desempenhados por servidores com a
III – ter domicílio e residência na sede do denominação específica de:
distrito ou da comarca, conforme seja o
caso; I – funcionários da justiça;

IV – ter escolaridade correspondente ao se- II – serventuários da justiça do foro judicial;


gundo grau; III – agentes delegados do foro extrajudicial.
V – ter bons antecedentes e não ser filiado Art. 119. Denominam-se serventuários da justi-
a partido político. ça do foro judicial os titulares de ofícios da justi-
Art. 117. O Juiz de Paz tomará posse e entrará ça a seguir relacionados:
no exercício da função perante o Juiz de Direi- I – Escrivanias do Cível;
to Diretor de Fórum da circunscrição onde deva
servir. II – Escrivanias do Crime;

§ 1º Nos impedimentos, nas ausências ou III – Escrivanias da Fazenda Pública, Falên-


no abandono do cargo, a substituição do cias e Concordatas;
Juiz de Paz será feita, sucessivamente, pelo IV – Escrivanias de Família;
primeiro e pelo segundo suplentes.
V – Escrivanias da Infância e da Juventude;
§ 2º Não havendo suplente para substitui-
ção, o Juiz de Direito Diretor de Fórum de- VI – Escrivanias de Execuções Penais;
signará Juiz de Paz ad hoc para intervir nos
processos de habilitação de casamento. VII – Escrivania de Inquéritos Policiais;
VIII – Escrivania de Execução de Penas e
Medidas Alternativas;
IX – Escrivania de Delitos de Trânsito;
X – Escrivania de Adolescentes Infratores;

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XI – Escrivania de Registros Públicos, Aci- § 3º Compete ao Presidente do Tribunal de


dentes do Trabalho e Precatórias Cíveis; Justiça outorgar a delegação para a ativida-
de notarial e de registro.
XII – Escrivania de Precatórias Criminais;
Art. 121. Os titulares de ofícios de justiça do
XIII – Escrivania da Corregedoria dos Presí- foro judicial não remunerados pelos cofres pú-
dios; blicos poderão admitir, sob sua responsabilida-
XIV – Escrivanias dos Tribunais do Júri; de e às expensas próprias, tantos empregados
quantos forem necessários ao serviço, ficando
XV – Secretarias dos Juizados Especiais, das as relações empregatícias respectivas subordi-
Turmas Recursais e do Conselho de Super- nadas à legislação trabalhista.
visão;
§ 1º Sob proposta do titular do ofício ao Juiz
XVI – Ofício do Distribuidor; Diretor de Fórum, este poderá juramentar
XVII – Ofício do Contador e Partidor; um ou mais empregados para subscrever
atos da serventia, sem alteração da corres-
XVIII – Ofício do Avaliador; pondente relação empregatícia.
XIX – Oficio do Depositário Público. § 2º Para os fins do parágrafo anterior, os
empregados indicados deverão ter o segun-
Parágrafo único. Os ofícios poderão funcio- do grau completo e preencher os requisitos
nar acumulados, no interesse da Justiça. enumerados no art .126, incisos I a III, deste
Art. 120. Denominam-se agentes delegados do Código.
foro extrajudicial os ocupantes da atividade no- § 3º Caberá ao Juiz Diretor de Fórum enca-
tarial e de registro, a saber: minhar cópia da portaria de juramentação,
I – Tabeliães de Notas; no prazo de três (3) dias, à Corregedoria-
-Geral da Justiça, para verificação da regula-
II – Tabeliães de Protesto de Títulos; ridade do ato e anotações.
III – Oficiais de Registro de Imóveis; Art. 122. Os agentes delegados da justiça do
foro extrajudicial poderão admitir, sob sua res-
IV – Oficiais de Registro de Títulos de Docu-
ponsabilidade e às expensas próprias, tantos
mentos e Civis das Pessoas Jurídicas;
empregados quantos forem necessários ao ser-
V – Oficiais de Registro Civis das Pessoas viço, ficando as relações empregatícias respecti-
Naturais; vas subordinadas à legislação trabalhista.
VI – Oficiais de Registro de Distribuição Ex- § 1º Os agentes delegados indicarão, por
trajudicial; escrito, seus substitutos e escreventes, para
praticar atos, observadas as condições pre-
VII – Oficiais Distritais. vistas no art. 121, § 2º, deste Código e as
§ 1º Os serviços notariais e de registro po- normas fixadas pela Corregedoria-Geral da
derão funcionar acumulados precariamen- Justiça, sem alteração da correspondente
te, no interesse da Justiça ou em razão do relação empregatícia, que continuará su-
volume da receita e dos serviços. bordinada à legislação laboral.

§ 2º Os Oficiais Distritais poderão acumular § 2º Para os fins do parágrafo anterior, as


as funções de registrador civil de pessoas indicações serão feitas ao Juiz Corregedor
naturais e as de tabelião de notas. do foro extrajudicial, que, após verificar
quanto ao cumprimento das formalidades
indispensáveis, submeterá as respectivas

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propostas ao Juiz Diretor de Fórum, a quem sitários, os intérpretes, os peritos, os tradutores
caberá lavrar portaria de juramentação com e os leiloeiros, eventualmente nomeados para
encaminhamento de cópia à Corregedoria- fins específicos.
-Geral da Justiça.
Art. 123. Denominam-se funcionários da justiça
os servidores que constituem o quadro do Tri-
TÍTULO II
bunal de Justiça, distinguindo-se em:
Concurso, Nomeação e Posse
I – os integrantes dos cargos da Secretaria
do Tribunal;
II – os Auxiliares de Cartório; CAPÍTULO I
III – os Auxiliares Administrativos; SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA
IV – os Oficiais de Justiça; DO FORO JUDICIAL
V – os Comissários de Vigilância; Art. 125. Os serventuários da justiça serão no-
meados mediante concurso de provas e títulos,
VI – os Assistentes Sociais; por ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
VII – os Psicólogos; Parágrafo único. A realização do concurso
VIII – os Porteiros de Auditório; será determinada pelo Presidente do Tribu-
nal de Justiça, após vacância do cargo.
IX – os Agentes de Limpeza;
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o can-
X – os Secretários do Conselho de Supervi- didato deverá preencher os seguintes requisitos
são do Juizado Especial; no momento da inscrição:
XI – os Secretários de Turma Recursal do Jui- I – ser brasileiro, estar no exercício dos di-
zado Especial; reitos civis e políticos e quite com o serviço
militar, quando for a hipótese;
XII – os Secretários do Juizado Especial;
II – ter idade mínima de dezoito (18) anos;
XIII – os Oficiais de Justiça do Juizado Espe-
cial; III – apresentar cédula de identidade forne-
cida pela repartição estadual;
XIV – os Auxiliares de Cartório do Juizado
Especial; IV – fazer prova do recolhimento da taxa de
inscrição que for fixada pelo Conselho Dire-
XV – os Auxiliares Administrativos do Juiza- tor do FUNREJUS.
do Especial;
Parágrafo único. Os candidatos classifica-
XVI – os Contadores e Avaliadores do Juiza- dos deverão comprovar sanidade física e
do Especial. mental, por meio de laudo fornecido por
Parágrafo único. Os funcionários da justiça órgão oficial do Estado, apresentar prova de
subordinam-se às normas do Estatuto dos bons antecedentes e indicar fontes de infor-
Funcionários Públicos Civis do Estado do Pa- mações pessoais, na forma do regulamento
raná no que lhes for aplicável. do concurso.

Art. 124. Consideram-se auxiliares da justiça, Art. 127. O Regimento Interno do Tribunal de
entre outros, enquanto estiverem participando Justiça disporá sobre as formalidades adminis-
de atos judiciais, os administradores, os depo-

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trativas do concurso, cabendo ao Conselho da lamento baixado para tal fim, observadas as dis-
Magistratura elaborar seu Regulamento. posições legais aplicáveis à espécie.
Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o can-
didato deverá preencher os requisitos do art.
CAPÍTULO II 126 deste Código.
FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA DO § 1º Para o cargo de agente de limpeza, exi-
TRIBUNAL DE JUSTIÇA gir-se-á escolaridade equivalente ao Ensino
Fundamental e para o de auxiliar de cartó-
Art. 128. O Tribunal de Justiça, constituído de rio, escolaridade correspondente ao segun-
quadro próprio, somente admitirá funcionários do grau completo.
mediante concurso público de provas, ou de
provas e de títulos, excetuados os cargos em co- § 2º ...Vetado...
missão. § 3º REVOGADO (pela Lei nº 18.571 de
Parágrafo único. O concurso obedecerá ao 24/09/2015 – DOE nº 9543 de 25/09/2015).
que dispuser o regimento interno e as nor- Art. 133. Os Agentes de Limpeza serão admi-
mas do regulamento que for elaborado pela tidos mediante teste seletivo, sob o regime da
Comissão de Concursos e de Promoções do Consolidação das Leis do Trabalho, ficando os
Tribunal de Justiça. atuais cargos extintos à medida que vagarem.
Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o Art. 134. Os candidatos aprovados serão nome-
candidato, com idade mínima de dezoito (18) ados na forma prevista no art. 130 deste Código.
anos completos quando da inscrição, deverá
preencher os requisitos estabelecidos no art.
126, incisos I e III, deste Código, além de ou-
tras condições que vierem a ser impostas pelo CAPÍTULO IV
regulamento, inclusive quanto ao grau de esco- POSSE
laridade e de habilitação profissional ou técni-
ca exigidos, conforme a natureza do cargo a ser Art. 135. Os funcionários da Secretaria do Tri-
ocupado. bunal tomarão posse perante o Secretário (re-
Art. 130. A nomeação dos candidatos aprova- dação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005
dos será efetivada por ato do Presidente do Tri- – DOE nº 7109 de 25/11/2005).
bunal de Justiça. Parágrafo único. Os serventuários da justiça
tomarão posse perante o Juiz Diretor de Fó-
rum da comarca onde exercerão suas fun-
ções.
CAPÍTULO III
OFICIAIS DE JUSTIÇA, PORTEIROS Art. 136. A Secretaria do Tribunal manterá regis-
tro apropriado referente a seus serviços, deven-
DE AUDITÓRIO, AUXILIARES DE
do nele ser anotada toda e qualquer alteração
CARTÓRIO E ADMINISTRATIVOS, ocorrida na carreira funcional de seus quadros.
COMISSÁRIOS DE VIGILÂNCIA E (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005
AGENTES DE LIMPEZA – DOE nº 7109 de 25/11/2005).

Art. 131. O concurso para provimento desses


cargos obedecerá ao que dispuserem o Regi-
mento Interno do Tribunal de Justiça e o regu-

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CAPÍTULO V sados à remoção, à promoção ou ao provimen-
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS to, mediante concurso público, se não houver
interessado em remoção.
Art. 137. O regulamento próprio da Secretaria Art. 140. Decorrido o prazo legal, os pedidos se-
do Tribunal de Justiça disciplinará as atribuições rão reunidos em uma só autuação e encaminha-
do quadro funcional, levando em conta: (reda- dos à Corregedoria-Geral de Justiça, que, após
ção dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – parecer, submetê-los-á à prévia deliberação do
DOE nº 7109 de 25/11/2005). Conselho da Magistratura.
I – a descentralização e racionalização dos Parágrafo único. Será excluído o pretenden-
serviços; te que tenha sofrido pena disciplinar, salvo
II – o exercício em comissão de funções de se, não-reincidente, já decorridos mais de
chefia, observados os parâmetros técnicos dois (2) anos da última punição.
recomendáveis, inclusive no que tange à Art. 141. Vencidas as fases de que trata o artigo
indispensável relação de proporcionalidade anterior, o Corregedor-Geral da Justiça relatará
numérica entre chefes e subordinados dire- o processo perante o Conselho da Magistratu-
tos. ra, que deliberará quanto à indicação ou não de
pretendentes.

TÍTULO III Parágrafo único. Publicado o decreto de


remoção, o serventuário da justiça do foro
Remoções, Permutas e Promoções judicial terá o prazo de dez (10) dias para
assumir as novas funções, salvo em caso
de remoção no âmbito da mesma comarca,
quando a assunção será imediata.
CAPÍTULO ÚNICO Art. 142. Não havendo candidatos à remoção
REMOÇÕES, PERMUTAS ou à promoção, quando for o caso, ou tendo
E PROMOÇÕES sido indeferidos pedidos eventualmente feitos,
será expedido edital de chamamento a concur-
Art. 138. A remoção ou promoção dos Titulares so público para provimento do cargo vago por
de Oficio, correrá por ato do Presidente do Tri- nomeação.
bunal de Justiça, entre o serventuário que este-
ja respondendo pela designação da serventia, Art. 143. Aplicam-se aos Oficiais de Justiça, as-
se assim o requerer e os demais candidatos in- sim como aos Auxiliares de Cartório, aos Auxilia-
dicados pelo Conselho da Magistratura de acor- res Administrativos e Comissários de Vigilância,
do com as regras por este aprovadas. no que couberem, as disposições contidas neste
Capítulo.
§ 1º A permuta dar-se-á por requerimento
das partes, por ato do Presidente do Tribu- Art. 144. Ao concurso de remoção somente po-
nal de Justiça. derão ser admitidos titulares que exerçam a ati-
vidade por mais de dois (2) anos, salvo se não
§ 2º A promoção e remoção observarão os houver candidato que atenda este requisito.
critérios de antiguidade e merecimento, al-
ternadamente.
Art. 139. No caso de vacância de ofício, o Juiz
Diretor de Fórum fará imediata comunicação ao
Presidente do Tribunal de Justiça, que autoriza-
rá a expedição de edital, convocando os interes-

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TÍTULO IV tante, prévia e obrigatoriamente registra-


dos pelo Distribuidor em livro próprio;
Serventuários da Justiça do f) cumprir as normas editadas pela Correge-
Foro Judicial doria-Geral da Justiça e pelo Juiz Diretor de
Fórum.
III – aos Contadores:
CAPÍTULO ÚNICO a) contar, em todos os feitos, antes da sen-
ATRIBUIÇÕES tença ou de qualquer despacho definitivo,
mediante ordem do Juiz, os emolumentos e
Art. 145. Aos servidores do foro judicial em ge- as custas, conforme previsto no regimento
ral incumbe: respectivo;
I – aos Escrivães, a prática de todos os atos b) proceder à contagem do principal e dos
privativos previstos em lei, observados as juros nas ações referentes a dívidas em
formas, usos, estilos e costumes seguidos quantia certa e nos cálculos aritméticos que
no foro. se fizerem necessários relativamente a di-
II – aos Distribuidores, a distribuição de to- reitos e obrigações;
dos os processos e atos entre Juízes, Escri- c) fazer o cálculo para pagamento de impos-
vães, titulares de ofícios de justiça e agentes tos;
delegados do foro extrajudicial, observadas
as seguintes regras: d) cumprir, sob pena de responsabilidade,
as disposições legais sobre recolhimento de
a) estão sujeitos à distribuição, unicamente, importâncias devidas a instituições ou fun-
os processos e atos pertencentes à compe- dos.
tência de dois ou mais Juízes ou de dois ou
mais serventuários ou ainda de dois ou mais IV – aos Partidores, organizar as partilhas
agentes delegados; judiciais.
b) é vedado ao Distribuidor reter quaisquer V – aos Depositários Públicos, ter sob sua
processos e atos destinados à distribuição, guarda e segurança, com obrigação legal
a qual deve ser feita imediatamente e em de os restituir na oportunidade própria, os
ordem rigorosamente sucessiva, à propor- bens corpóreos apreendidos judicialmente,
ção que lhe forem apresentados; salvo os que forem confiados a depositários
particulares.
c) no caso de incompatibilidade ou suspei-
ção daquele a quem for distribuído algum VI – aos Avaliadores Judiciais, por distribui-
processo ou ato, em tempo oportuno se lhe ção nas comarcas em que houver mais de
fará a compensação; um, expedir laudo de avaliação de bens,
rendimentos, direitos e ações, segundo o
d) distribuir-se-ão, por dependência, os fei- que for determinado no mandado.
tos de qualquer natureza que se relaciona-
rem com outros já distribuídos e ajuizados;
e) os atos e processos que não estiverem
sujeitos à distribuição por não pertencerem
à competência de dois ou mais Juízes ou de
dois ou mais serventuários ou ainda de dois
ou mais agentes delegados, serão, não obs-

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TÍTULO V adolescentes, seus pais, tutores ou encarre-
gados de sua guarda, com o fim de esclare-
Outros Auxiliares da Justiça cer a ocorrência de fatos ou circunstâncias
que possam comprometer sua segurança
física e moral;
III – apreender e conduzir, por determina-
CAPÍTULO ÚNICO ção judicial, crianças e adolescentes aban-
ATRIBUIÇÕES donados ou infratores e proceder, a respei-
to deles, às investigações referidas no inciso
Art. 146. Aos Oficiais de Justiça incumbe: anterior;
I – fazer citações, arrestos, penhoras e de-
IV – manter o serviço de fiscalização de
mais diligências que lhe forem cometidas;
crianças e adolescentes sujeitos à liberdade
II – lavrar autos e certidões referentes aos assistida ou entregues mediante termo de
atos que praticarem; responsabilidade e guarda;
III – convocar pessoas idôneas para que tes- V – auxiliar no preparo de processos rela-
temunhem atos de sua função, quando a lei tivos a crianças e adolescentes, promover
assim o exigir; medidas preliminares de instrução determi-
IV – exercer, onde não houver, as funções nadas pelo Juiz, incluindo a tomada de de-
de porteiro de auditório, mediante designa- clarações de pais, tutores ou responsáveis
ção do Juiz; e de demais pessoas que possam oferecer
esclarecimentos;
V – exercer cumulativamente quaisquer ou-
tras funções previstas neste Código e dar VI – exercer vigilância sobre crianças e ado-
cumprimento às ordens emanadas da Cor- lescentes em ambientes públicos, em cine-
regedoria-Geral da Justiça e do Juízo perti- mas, teatros e casas de diversão públicas
nentes aos serviços judiciários. em geral, mediante ordem de serviço espe-
cífica para a diligência;
Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditórios:
VII – proceder a todas as investigações con-
I – apregoar e fazer a chamada das partes e cernentes a crianças e adolescentes junto
testemunhas; ao meio em que vivem e às pessoas que os
II – apregoar os bens, nas praças e leilões cercam e efetivar o encaminhamento ne-
judiciais; cessário dessa pesquisa aos órgãos e enti-
dades competentes;
III – passar certidões de pregões, editais,
praças, arrematações ou de quaisquer ou- VIII – investigar os antecedentes de crianças
tros atos que praticarem no exercício da e adolescentes e de seus familiares;
função. IX – colaborar junto aos programas oficiais
Art. 148. Aos Comissários de Vigilância incum- de voluntariado do Poder Judiciário ou sob
be: a fiscalização deste.

I – exercer vigilância sobre as crianças e Art. 149. REVOGADO; (pela Lei nº 15.950, de
adolescentes e fiscalizar a execução das leis 24/09/2008 – DOE nº 7813 de 24/09/2008).
de assistência e proteção que lhes digam Art. 150. Aos Auxiliares de Cartório e Adminis-
respeito; trativos incumbe desempenhar serviços com-
II – proceder mediante determinação judi- patíveis com as funções, sob a responsabilidade
cial às investigações relativas a crianças e do titular respectivo.

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TÍTULO VI CAPÍTULO III


LICENÇAS
Vencimentos, Ajudas de Custo,
Licenças eFérias Art. 153. A licença para tratamento de saú-
de será concedida à vista de atestado médico,
com indicação da classificação internacional da
doença (CID). Se superior a trinta (30) dias, me-
CAPÍTULO I diante a apresentação de laudo expedido por
VENCIMENTOS junta médica nomeada pelo Presidente do Tri-
bunal.
Art. 151. Os vencimentos dos titulares de ofícios Parágrafo único. Aplicam-se no que couber
da justiça remunerados, exclusivamente, pelos as disposições do Estatuto dos Funcionários
cofres públicos e os dos funcionários da justiça Públicos Civis do Estado do Paraná.
serão fixados em lei, observados os princípios
constitucionais.
§ 1º Nenhum dos auxiliares da justiça referi-
dos no caput deste artigo poderá perceber, CAPÍTULO IV
mensalmente, remuneração bruta superior FÉRIAS
à percebida pelos Juízes de Direito de ent-
rância final, salvo a acumulação de proven- Art. 154. Os titulares de ofício das escrivanias
tos com vencimentos de cargo em comis- remuneradas pelos cofres públicos e os fun-
são. cionários da justiça gozarão férias previstas no
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Es-
§ 2º O Presidente do Tribunal de Justiça bai- tado do Paraná, mediante escala organizada no
xará, no prazo de noventa (90) dias, conta- princípio de cada ano pelo Juiz Diretor de Fó-
dos da vigência deste Código, ato dispondo rum ou pelo chefe de serviço a que estiverem
sobre a forma de aplicação da norma conti- subordinados, com comunicação ao Presidente
da no parágrafo anterior. do Tribunal de Justiça e ao Corregedor-Geral da
Justiça.
§ 1º As férias deverão ser gozadas nos doze
CAPÍTULO II (12) meses seguintes, a contar da data em
AJUDAS DE CUSTO que se completou o período aquisitivo, sal-
vo imperiosa necessidade da administração
Art. 152. Aos auxiliares da justiça do foro judi- da justiça, quando as férias poderão ser cas-
cial é devida a ajuda de custo no valor de até sadas, assegurada sua oportuna fruição.
uma (1) remuneração mensal, para cobrir des- § 2º Havendo comprovada necessidade do
pesas de transporte, quando tiverem que trans- serviço, a critério da autoridade a que esti-
ferir residência para outra comarca, em virtude ver imediatamente subordinado o servidor,
de promoção ou de remoção. as férias poderão ser interrompidas, asse-
Parágrafo único. Na fixação do valor da aju- gurado o direito de gozo dos dias remanes-
da de custo, que não será concedida em in- centes oportunamente.
tervalo inferior a dois (2) anos, tomar-se-á
em conta a distância a ser percorrida com a
mudança.

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TÍTULO VII TÍTULO VIII

Substituições Incompatibilidades, Impedimentos


e Suspeições

CAPÍTULO ÚNICO
SUBSTITUIÇÕES CAPÍTULO ÚNICO
INCOMPATIBILIDADES,
Art. 155. Em caso de afastamento do servidor
ocupante do cargo de Escrivão remunerado pe- IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES
los cofres públicos ou Secretário dos Juizados Art. 157. As incompatibilidades dos serventuá-
Especiais, o Juiz de Direito da respectiva unida- rios da justiça do foro judicial e dos funcionários
de indicará servidor ocupante de cargo efetivo da justiça regulam-se pelo Estatuto dos Funcio-
de Analista Judiciário, da área jurídica, ou Téc- nários Públicos Civis do Estado do Paraná, e os
nico Judiciário ou Técnico de Secretaria, desde impedimentos e suspeições, pelas normas con-
que bacharel em Direito, para o exercício pre- tidas no Código de Processo Civil, no que forem
cário das funções, cuja designação dar-se-á por pertinentes.
ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
§ 1º Poderá ser excepcionado, para efeito
de substituição, o critério de escolaridade, TÍTULO IX
na hipótese de inexistir, na unidade, servi-
dor que preencha tal requisito. APOSENTADORIA
§ 2º O servidor designado para o exercício
precário das funções do titular da Escrivania
ou Secretaria dos Juizados Especiais, du-
CAPÍTULO ÚNICO
rante o período de substituição, perceberá
proporcionalmente o valor correspondente APOSENTADORIA
à gratificação de função de Chefe de Secre-
Art. 158. A aposentadoria dos serventuários do
taria (redação dada pela Lei nº 17.532 de
foro judicial sujeitar-se-á à legislação específica.
09/04/2013 – DOE nº 8933 de 09/04/2013).
Parágrafo único. O pedido de aposentado-
Art. 156. A substituição dos servidores do Tribu-
ria dos serventuários da Justiça do foro judi-
nal de Justiça far-se-á de acordo com o regula-
cial tramitará junto à secretaria do Tribunal
mento próprio (redação dada pela Lei nº 14.925
de Justiça, levando-se a efeito mediante de-
de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de 25/11/2005).
creto do Presidente.
Art. 159. O processo de aposentadoria dos fun-
cionários da Justiça tramitará perante a Secre-
taria do Tribunal de Justiça, e será efetivada por
decreto do Presidente.

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TÍTULO X II – de censura, aplicada por escrito em caso


de falta de cumprimento dos deveres pre-
Direitos e Garantias vistos neste Código, e também de reinci-
dência de que tenha resultado aplicação de
pena de advertência;
III – de devolução de custas em dobro, apli-
CAPÍTULO ÚNICO cada em casos de cobrança de custas que
DIREITOS E GARANTIAS excedam os valores fixados na respectiva
tabela, a qual ainda poderá ser cumulada
Art. 160. Os direitos e garantias dos auxiliares com outra pena disciplinar;
da justiça do foro judicial são os estabelecidos
em lei e neste Código. IV – de suspensão, aplicada em caso de rein-
cidência em falta de que tenha resultado na
aplicação de pena de censura, ou em caso
TÍTULO XI de infringência às seguintes proibições:
a) exercer cumulativamente dois ou mais
Foro Judicial cargos ou funções públicas, salvo as exce-
ções permitidas em lei;
b) retirar, modificar ou substituir, sem pré-
CAPÍTULO I via autorização da autoridade competente,
DEVERES qualquer documento de órgão estatal, com
o fim de criar direito ou obrigação ou de al-
Art. 161. Os auxiliares da justiça deverão exer- terar a verdade dos fatos;
cer suas funções com dignidade e compostura,
c) valer-se do cargo ou função para obter
obedecendo às determinações de seus superio-
proveito pessoal em detrimento da dignida-
res e cumprindo as disposições a que estiverem
de do cargo ou função; (redação dada pela
sujeitos. (Obs.: redação dada pela Lei nº 14.351
Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109
de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de 15/03/2004–
de 25/11/2005).
sub-judice ADI 3517)
d) praticar usura;
Art. 162. Os auxiliares da justiça terão domicílio
e residência na sede da comarca em que exerce- e) REVOGADO; (pela Lei nº 18.787 de
rem suas funções e, sendo titulares de ofício do 23/05/2016 – DOE nº 9704 de 24/05/2016).
foro judicial, deverão permanecer à frente das
respectivas serventias. f) revelar fato ou informação de natureza
sigilosa de que tenha ciência em razão do
cargo ou função;
g) delegar, salvo nos casos previstos em lei,
CAPÍTULO II
o desempenho de encargo que a si compe-
PENALIDADES tir ou a seus subordinados;
Art. 163. Os auxiliares da justiça do foro judicial, h) deixar de comparecer ao trabalho sem
pelas faltas cometidas no exercício de suas fun- causa justificada;
ções, ficarão sujeitos às seguintes penas discipli-
nares: i) retirar ou utilizar materiais e bens do Esta-
do indevidamente;
I – de advertência, aplicada por escrito em
caso de mera negligência;

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j) deixar de cumprir atribuições inerentes Art. 164. Será cassada a aposentadoria se ficar
ao cargo no prazo estipulado; provado que o inativo:
V – de demissão, aplicada nos casos de: I – praticou falta grave no exercício do cargo
ou função;
a) crimes contra a administração pública;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pú-
b) abandono de cargo; blica;
c) falta ao serviço, sem justa causa, por ses- III – aceitou representação de Estado es-
senta (60) dias alternados durante o ano; trangeiro sem prévia autorização do Presi-
d) ofensa grave, física ou moral, em serviço, dente da República;
contra servidor ou particular, salvo escusa IV – praticou usura em qualquer de suas
legal; formas;
e) reincidência, em caso de insubordinação; V – perdeu a nacionalidade brasileira.
f) aplicação irregular de dinheiro público; Art. 165. São competentes para aplicação das
g) transgressão dolosa a proibição legal de penalidades disciplinares o Conselho da Magis-
natureza grave; tratura, Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes
perante os quais servirem ou a quem estiverem
h) reincidência na prática de infração disci- subordinados os servidores, observado o se-
plinar pelo funcionário que, nos quatro (4) guinte:
anos imediatamente anteriores, tenha sido
punido com pena de suspensão igual ou su- I – o Conselho da Magistratura poderá apli-
perior a cento e oitenta (180) dias, aplicada car quaisquer das penalidades previstas nos
isoladamente ou resultante da soma de vá- artigos 163 e 164 (redação dada pela Lei nº
rias penas de suspensão. 16.010/2008, de 05/12/2008 – DOE nº 7865
de 05/12/2008);
§ 1º A pena de suspensão poderá ser con-
vertida em multa quando houver conveni- II – o Corregedor-Geral da Justiça e os Juízes
ência para o serviço, à razão de cinqüenta poderão aplicar as penas de advertência,
por cento (50%) do valor do salário a que censura, devolução de custas em dobro e
no período imposto fizer jus o servidor, que suspensão até trinta (30) dias.
fica obrigado neste caso a permanecer em Art. 166. As penas de advertência, censura e de-
atividade. volução de custas em dobro poderão ser aplica-
§ 2º Para os fins do inciso V, alínea "b", des- das em sindicância, respeitados o contraditório
te artigo, considera-se abandono de cargo e a ampla defesa.
a ausência ao serviço, sem justa causa, por Art. 167. Qualquer penalidade imposta ao auxi-
mais de trinta (30) dias. liar da justiça será comunicada à Corregedoria-
§ 3º Durante o período de suspensão, o au- -Geral da Justiça para as devidas anotações.
xiliar da justiça perderá todas as vantagens Art. 168. Se a pena imposta for a de demissão
decorrentes do exercício do cargo. ou de cassação de aposentadoria, a decisão será
§ 4º Na aplicação das penalidades, consi- remetida ao Presidente do Tribunal de Justiça,
derar-se-ão a natureza e a gravidade da in- que expedirá o respectivo decreto, comunican-
fração, os meios empregados, os danos que do o fato, na segunda hipótese, ao Tribunal de
dela provierem para o serviço público e os Contas.
antecedentes funcionais do servidor.

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Art. 169. Sempre que houver comprovação de Art. 175. A pena de demissão ou de cassação de
prática de crime de ação penal pública, reme- aposentadoria será aplicada ao auxiliar da justi-
ter-se-ão peças ao Ministério Público. ça do foro judicial:
Art. 170. As penalidades de advertência, censu- I – em virtude de sentença que declare a
ra e devolução de custas em dobro terão seus perda de cargo ou de função pública;
registros cancelados após o decurso de três
(3) anos, e a de suspensão após cinco (5) anos, II – mediante processo administrativo em
respectivamente, contados da aplicação ou do que lhe seja assegurada ampla defesa.
cumprimento da pena, se o servidor não hou- Art. 176. A punição dos funcionários da Secre-
ver, nesse período, praticado nova infração dis- taria do Tribunal será efetivada por ato do Pre-
ciplinar. sidente.
Art. 171. Mediante decisão do Corregedor-Geral
da Justiça, os auxiliares da justiça de que trata
este capítulo poderão ser afastados do exercício
CAPÍTULO III
do cargo quando criminalmente processados
ou condenados enquanto estiver tramitando o PRESCRIÇÃO
processo ou pendente de execução a pena apli-
Art. 177. Prescreverá o direito de punir:
cada.
I – em três (3) anos, para as infrações sujei-
Parágrafo único. Recebida a denúncia ou
tas às penalidades de advertência, censura,
transitada em julgado a sentença, o Juiz do
devolução de custas em dobro e suspen-
processo remeterá ao Corregedor-Geral da
são (redação dada pela Lei nº 17.201 de
Justiça cópias das respectivas peças.
26/06/2012 – DOE nº 8741 de 26/06/2012);
Art. 172. O Corregedor-Geral da Justiça, por de-
II – em cinco (5) anos, para as infrações su-
cisão fundamentada, poderá afastar os auxilia-
jeitas à pena de demissão e de cassação de
res da justiça do exercício do cargo, pelo prazo
aposentadoria (redação dada pela Lei nº
de sessenta (60) dias, prorrogável por igual pe-
17.201 de 26/06/2012 – DOE nº 8741 de
ríodo, se houver necessidade de acautelamento
26/06/2012);
a fim de evitar a continuidade dos ilícitos admi-
nistrativos praticados, para garantia da normali- Parágrafo único. A punibilidade da infração,
dade do serviço público ou por conveniência da também prevista na lei penal como crime,
instrução do processo administrativo. prescreve juntamente com este.
Art. 173. Fica assegurado ao serventuário titular Art. 178. O prazo de prescrição começa a correr
da serventia, desde que não perceba remunera- da data em que o fato se tornou conhecido pela
ção dos cofres públicos, quando do afastamen- autoridade competente para aplicar a penalida-
to ocorrido pela aplicação das normas contidas de.
nos arts. 171 e 172 deste Código, o direito à per-
cepção mensal de metade da renda líquida da § 1º Interrompe-se a contagem do prazo
serventia; a outra metade será depositada em de prescrição com: (redação dada pela Lei
conta bancária remunerada à disposição do Ju- nº 17.201 de 26/06/2012 – DOE nº 8741 de
ízo. 26/06/2012).

Art. 174. Afastado o titular, o Corregedor-Geral I – a abertura da sindicância;(redação dada


da Justiça designará interventor para responder pela Lei nº 17.201 de 26/06/2012 – DOE nº
pela serventia, fixando-lhe a remuneração. 8741 de 26/06/2012);

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II – a instauração do processo administra- tado para, no prazo de dez (10) dias, apresentar
tivo; (redação dada pela Lei nº 17.201 de defesa e requerer a produção de provas.
26/06/2012 – DOE nº 8741 de 26/06/2012);
§ 1º A citação far-se-á:
III – a decisão de mérito proferida em sindi-
cância ou no processo administrativo; (reda- I – por mandado ou pelo correio, por meio
ção dada pela Lei nº 17.201 de 26/06/2012 de ofício sob registro e com aviso de recebi-
– DOE nº 8741 de 26/06/2012); mento;

IV – o acórdão proferido no julgamento do II – por carta precatória ou de ordem;


recurso interposto em face da decisão a que III – por edital, com prazo de quinze (15)
se refere o inciso III deste parágrafo;(redação dias.
dada pela Lei nº 17.201 de 26/06/2012 –
DOE nº 8741 de 26/06/2012) § 2º O edital será publicado três (3) vezes
no Diário da Justiça e afixado no átrio do Fó-
§ 2º A abertura da sindicância meramente rum ou no da Corregedoria-Geral da Justiça.
preparatória do processo administrativo,
desprovida de contraditório e da ampla de- Art. 181. Em caso de revelia, será designado
fesa, não interrompe a prescrição. pela autoridade competente defensor dativo ao
servidor.
§ 3º Suspende-se o prazo prescricional
quando a autoridade reputar conveniente o Art. 182. Apresentada defesa, seguir-se-á a ins-
sobrestamento do processo administrativo trução com a produção das provas deferidas,
até a decisão final do inquérito policial, da podendo a autoridade instrutora determinar a
ação penal ou da ação civil pública, desde produção de outras necessárias à apuração dos
que originadas no mesmo fato do processo fatos.
administrativo. § 1º A autoridade que presidir a instrução
§ 4º Interrompida a prescrição, todo o prazo deverá interrogar o servidor acusado acerca
começa a correr novamente do dia da inter- da imputação, designando dia, hora e local
rupção. e determinando sua intimação bem como a
de seu advogado.
§ 2º Em todas as cartas precatórias e de or-
CAPÍTULO IV dem, a autoridade processante declarará o
prazo dentro do qual elas deverão ser cum-
PROCESSO ADMINISTRATIVO pridas. Vencido esse prazo, o feito será le-
vado a julgamento independentemente de
Art. 179. O processo administrativo terá início
seu cumprimento.
após a certeza dos fatos, por portaria baixada
por Juiz ou pelo Corregedor-Geral da Justiça, na § 3º Encerrada a instrução, será concedido
qual se imputarão os fatos ao servidor, delimi- um prazo de cinco (5) dias para as alegações
tando-se o teor da acusação. finais do acusado.
Parágrafo único. Os atos instrutórios do § 4º Apresentadas as alegações finais, a au-
processo poderão ser delegados pelo Corre- toridade competente proferirá decisão.
gedor-Geral da Justiça a Juiz ou a assessor
lotado na Corregedoria-Geral da Justiça. § 5º Instaurado o processo administrativo
por determinação do Corregedor-Geral da
Art. 180. Ao servidor acusado será dada a notí- Justiça, este, após receber os autos com o
cia dos termos da acusação, devendo ele ser ci- relatório elaborado pela autoridade instru-

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tora, decidi-lo-á ou o relatará, conforme o Art. 188. Das decisões originárias do Conselho
caso, perante o Conselho da Magistratura. da Magistratura cabe recurso ao Órgão Especial
no prazo de quinze (15) dias.
§ 6º A instrução deverá ser ultimada no pra-
zo de cento e vinte (120) dias, prorrogáveis Art. 189. O recurso será interposto perante a
por mais sessenta (60) dias. autoridade que houver proferido a decisão re-
corrida, a qual, se o receber, encaminhá-lo-á no
prazo de dois (2) dias ao órgão competente para
julgamento.
CAPÍTULO V
§ 1º Só não será recebido o recurso em caso
ABANDONO DO CARGO
de intempestividade.
Art. 183. Caracterizada a ausência do servidor § 2º O recurso será sempre recebido nos
na forma do art. 163, § 2º, deste Código, fará o efeitos devolutivo e suspensivo.
Juiz a respectiva comunicação à Corregedoria-
-Geral da Justiça.
Art. 184. Diante da comunicação da ausência TÍTULO XI
do servidor, e havendo indícios de abandono
de cargo, o Corregedor-Geral da Justiça baixará Foro Extrajudicial
portaria instaurando processo administrativo,
com expedição de edital de chamamento e cita-
ção, que será publicado no Diário da Justiça por
três (3) dias consecutivos, convocando o servi- CAPÍTULO I
dor a justificar sua ausência ao serviço no prazo DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
de dez (10) dias, contados da última publicação.
Art. 190. Aplica-se o regime deste título aos No-
Art. 185. Se procedente a justificativa apresen- tários e Registradores.
tada pelo servidor, deverá ele reassumir imedia-
tamente suas funções. Parágrafo único. Aos oficiais de registro de
Parágrafo único. Não ocorrendo o retorno pessoas naturais, aos de registro de imóveis,
do servidor à atividade, segue-se o procedi- aos de registro de títulos e documentos,
mento estabelecido nos arts. 180 e 181 des- aos tabeliães de protestos e aos tabeliães
te Código. de notas, incumbem as atribuições ineren-
tes aos seus ofícios, segundo as disposições
Art. 186. Declarado o abandono do cargo pelo legais e observados os limites circunscricio-
Conselho da Magistratura, os autos serão enca- nais, quanto aos dois primeiros.
minhados ao Presidente do Tribunal de Justiça,
que expedirá o decreto de demissão do servi- Art. 191. Além do contido no art. 13 da Lei Fe-
dor. deral 8935/94, observar-se-á o seguinte:
I – quanto às escrituras, será permitido às
partes indicar o tabelião de sua preferência,
que encaminhará ao ofício de registro e dis-
CAPÍTULO VI tribuição, para fins de registro, relação con-
RECURSOS tendo todas as escrituras lavradas em prazo
não superior a dez (10) dias, contados da
Art. 187. Das decisões do Juiz ou do Corregedor- lavratura;
-Geral da Justiça caberá recurso em último grau
ao Conselho da Magistratura no prazo de quinze II – nos distritos, esses registros serão fei-
(15) dias. tos pelo próprio oficial distrital, em livro

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próprio, com encaminhamento no prazo de para defesa das pessoas jurídicas de direito
dez (10) dias da correspondente relação das público em Juízo;
escrituras lavradas ao Ofício de Registro de
Distribuição para os devidos fins. IV – manter em arquivo as leis, regulamen-
tos, resoluções, provimentos, regimentos,
III – nas comarcas onde haja dois ou mais ordens de serviço e quaisquer outros atos
ofícios de títulos e documentos e de pesso- que digam respeito a sua atividade;
as jurídicas, o ofício de registro de distribui-
ção procederá, antes da realização de seu V – proceder de forma a dignificar a função
registro, à distribuição eqüitativa dos títulos exercida, tanto nas atividades profissionais
e documentos em número e valores. Serão como na vida privada;
também registrados, previamente, no Dis- VI – guardar sigilo sobre a documentação e
tribuidor os aditivos, alterações, averbações os assuntos de natureza reservada de que
e anexos. As notificações e interpelações tenham conhecimento em razão do exercí-
são de livre escolha do interessado, não cio de sua profissão;
ensejando compensação entre os ofícios,
os quais deverão comunicar o Distribuidor VII – afixar em local visível, de fácil leitura e
para fins de registro, no prazo máximo de acesso ao público, as tabelas de emolumen-
quarenta e oito (48) horas, a contar do pro- tos em vigor;
tocolo; VIII – observar os emolumentos fixados
IV – da relação a que alude os itens anterio- para a prática dos atos do seu ofício;
res deverá constar o valor recolhido, quan- IX – dar recibo discriminado dos emolumen-
do devido, em favor do Fundo de Reequipa- tos percebidos;
mento do Poder Judiciário – FUNREJUS, sob
pena de responsabilidade; X – observar os prazos legais fixados para a
prática dos atos do seu ofício;
V – em caso de inobservância do disposto
no item anterior, o oficial titular do ofício de XI – fiscalizar o recolhimento dos valores
registro de distribuição comunicará ao Juiz devidos incidentes sobre os atos que devam
competente, sob pena de responsabilidade. praticar;
XII – facilitar por todos os meios o acesso à
documentação existente às pessoas legal-
CAPÍTULO II mente habilitadas;
DEVERES XIII – encaminhar ao Juízo competente as
dúvidas suscitadas, obedecida a sistemática
Art. 192. São deveres dos Notários e Registra- processual fixada pela legislação respectiva;
dores:
XIV – observar as normas técnicas estabe-
I – manter em ordem os livros, papéis e do- lecidas pela autoridade competente e as
cumentos de sua serventia, guardando-os prescrições legais e normativas;
em local seguro;
XV – residir na sede da comarca ou no dis-
II – atender as partes com eficiência, urba- trito em que exerçam suas funções;
nidade e presteza;
XVI – comparecer pontualmente à hora de
III – atender prioritariamente as requisi- iniciar seu expediente e não se ausentar in-
ções de papéis, documentos, informações justificadamente antes do término das ati-
ou providências que lhes forem feitas pelas vidades;
autoridades judiciárias ou administrativas

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XVII – cumprir as instruções da Corregedo- Art. 196. São cabíveis penas disciplinares de:
ria-Geral da Justiça.
I – repreensão, aplicada no caso de falta
leve;
II – multa, em caso de reincidência ou de
CAPÍTULO III infração que não configure falta mais grave;
PROIBIÇÕES
III – suspensão, aplicada em caso de reitera-
Art. 193. Aos Notários e Registradores, além de do descumprimento dos deveres ou de falta
outras previstas em lei, são estabelecidas as se- grave;
guintes proibições:
IV – perda da delegação nos casos de:
I – o exercício da advocacia, da intermedia-
a) crimes contra a administração pública;
ção de seus serviços ou o exercício de qual-
quer cargo, emprego ou função pública, ain- b) abandono da serventia por mais de trinta
da que em comissão, salvo cargo eletivo nos (30) dias;
termos da lei;
c) transgressão dolosa a proibição legal de
II – no serviço de que é titular, praticar pes- natureza grave.
soalmente qualquer ato de seu interesse ou
de seu cônjuge ou de parentes, na linha reta Parágrafo único. As penas serão impostas
ou na colateral, consangüíneos ou afins até pelo órgão competente, independentemen-
o terceiro grau; te da ordem de gradação, conforme a gravi-
dade do fato.
III – a conduta atentatória às instituições
notariais e de registro; Art. 197. O valor da pena de multa será fixado,
considerados os rendimentos da delegação, em
IV – a cobrança indevida ou excessiva de dias-multa, observados os critérios previstos no
custas, ainda que sob a alegação de urgên- Código Penal.
cia ou a qualquer outro título;
§ 1º O recolhimento da multa a que se refe-
V – valer-se do cargo para obter proveito in- re o caput deste artigo deverá ser efetuado
devido para si ou para outrem. nos termos do art. 3º, inciso XXIII, da Lei Es-
tadual 12.216/98.
§ 2º A comprovação do pagamento a que se
CAPÍTULO IV refere este artigo far-se-á com a juntada ao
PENALIDADES respectivo procedimento de guia de recolhi-
mento, devidamente autenticada pelo ban-
Art. 194. São penas disciplinares: co oficial, que encaminhará as demais guias
ao seu destino.
I – repreensão;
Art. 198. As penalidades de repreensão e de
II – multa;
multa terão seus registros cancelados após o
III – suspensão por noventa (90) dias, pror- decurso de dois (2) anos e a de suspensão após
rogáveis por mais trinta (30); o decurso de três (3) anos, se o servidor não
houver nesse período praticado nova infração
IV – perda da delegação.
disciplinar.
Art. 195. Na aplicação da pena, levar-se-ão em
conta as disposições do art. 163, § 4º, deste Có- Art. 199. São competentes para aplicação das
digo. penalidades disciplinares o Conselho da Ma-

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gistratura e o Corregedor-Geral da Justiça e os CAPÍTULO V
Juizes perante os quais servirem ou a quem es- PRESCRIÇÃO
tiverem subordinados os servidores, observado
o seguinte: Art. 208. Prescreverá o direito de punir:
I – O Conselho da Magistratura poderá apli- I – em três (3) anos, para as infrações sujei-
car quaisquer das penalidades previstas no tas às penalidades de repreensão, multa e
art. 194 deste Código; suspensão;
II – Os Juízes e o Corregedor-Geral da Justi- II – em cinco (5) anos, para as infrações su-
ça poderão aplicar as penas de repreensão jeitas à pena de perda da delegação;
e de multa.
Parágrafo único. A punibilidade da infração
Art. 200. As penas de repreensão e de multa po- também prevista na lei penal como crime
derão ser aplicadas em sindicância, assegurados prescreve juntamente com este.
o contraditório e a ampla defesa.
Art. 209. O prazo de prescrição começa a correr
Art. 201. Da imposição de penalidade dar-se-á da data em que o fato tornou-se conhecido pela
ciência à Corregedoria-Geral da Justiça. autoridade competente para aplicar a penalida-
Art. 202. Se a pena imposta pelo Conselho da de.
Magistratura for a de perda da delegação, a de- § 1º Interrompe-se a contagem do prazo de
cisão será remetida ao Presidente do Tribunal prescrição com:
de Justiça, que expedirá o respectivo decreto.
I – a abertura da sindicância;
Art. 203. Sempre que houver comprovação da
prática de crime de ação penal pública, reme- II – a instauração do processo administrati-
ter-se-ão peças ao Ministério Público (redação vo;
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE III – a decisão de mérito proferida em sindi-
nº 7109 de 25/11/2005). cância ou no processo administrativo;
Art. 204. No caso de afastamento do agente IV – o acórdão proferido no julgamento do
delegado para a apuração de faltas imputadas, recurso interposto em face da decisão a que
proceder-se-á na forma do art. 173 deste Códi- se refere o inciso III deste parágrafo;
go.
§ 2º A abertura da sindicância meramente
Art. 205. Fica assegurado ao agente delegado, preparatória do processo administrativo,
quando do afastamento ocorrido pela aplicação desprovida de contraditório e da ampla de-
do artigo anterior, o direito à percepção mensal fesa, não interrompe a prescrição.
de metade da renda líquida da delegação; a ou-
tra metade será depositada em conta bancária § 3º Interrompida a prescrição, o prazo co-
remunerada à disposição do Juízo. meça a correr novamente do dia da inter-
rupção.
Art. 206. Afastado o agente delegado, aplicar-
-se-á o disposto no art. 174 deste Código.
Art. 207. A perda da delegação dependerá de:
CAPÍTULO VI
I – decisão definitiva em processo adminis- PROCESSO ADMINISTRATIVO
trativo;
Art. 210. O processo administrativo reger-se-á
II – sentença transitada em julgado.
pelos arts. 179 a 186 deste Código.

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CAPÍTULO VII § 2º Cada comarca, constituída de um ou


RECURSOS mais municípios e distritos, terá a denomi-
nação do município que a ela servir de sede.
Art. 211. Aplicam-se aos recursos os arts. 187 a Art. 215. Em caso de necessidade ou de relevan-
189 deste Código. te interesse público, mediante aprovação do Ór-
gão Especial, poderá ser transferida provisoria-
mente a sede da comarca ou da seção judiciária,
TÍTULO XII bem como ser determinada a sua agregação.

Vestes Talares, Expediente e Horário


CAPÍTULO II
CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO DE
CAPÍTULO ÚNICO COMARCAS, VARAS E DISTRITOS
VESTES TALARES, EXPEDIENTE
E HORÁRIO Art. 216. São requisitos para a criação e instala-
ção de comarcas:
Art. 212. Nos atos solenes da justiça é obriga-
tório o uso de vestes talares, conforme modelo I – Para criação:
aprovado. a) cidade-sede de município;
Art. 213. O expediente dos ofícios de justiça b) população não inferior a trinta mil
será fixado pelo Órgão Especial. (30.000) habitantes, com um mínimo de dez
mil (10.000) eleitores;

LIVRO V c) existência de renda tributária significativa


do desenvolvimento econômico do municí-
DIVISÃO JUDICIÁRIA pio ou da microrregião, que não poderá ser
inferior ao dobro da exigida para a criação
de municípios no Estado;
TÍTULO I d) movimento forense anual, nos municí-
pios que comporão a comarca, equivalente,
DIVISÃO JUDICIÁRIA no mínimo, à distribuição de quatrocentos
(400) feitos, observando-se o que for esta-
belecido pelo Órgão Especial quanto à natu-
reza dos processos.
CAPÍTULO I II – Para instalação:
DISPOSIÇÕES GERAIS
a) existência de edifícios públicos apropria-
Art. 214. O território do Estado constitui cir- dos ao Fórum, à Delegacia de Polícia e à Ca-
cunscrição única, dividindo-se, para efeito da deia Pública, esta dotada da indispensável
administração da Justiça, em seções judiciárias, segurança e em condições de abrigar pre-
comarcas, foros regionais, municípios e distri- sos;
tos.
b) existência de prédios públicos apropria-
§ 1º As seções judiciárias serão integradas dos para residência do Juiz de Direito e do
por grupos de comarcas, conforme anexo II. Promotor de Justiça;

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c) preenchimento de todos os cargos judi- ocorrido à Corregedoria-Geral da Justiça, para
ciais, por designação, até o provimento efe- as providências necessárias à criação de nova
tivo, este no prazo de seis (6) meses. unidade judicial, observado o disposto neste Ca-
pítulo.
§ 1º As condições referidas no inciso I deste
artigo poderão ser excepcionalmente dis- Parágrafo único. No caso de comarca de Ju-
pensadas pelo Órgão Especial do Tribunal ízo único, computar-se-á a soma das ações
de Justiça se a distância e a dificuldade de penais com as cíveis para os fins da comuni-
acesso à sede da comarca de origem acon- cação de que trata este artigo.
selharem a criação de nova unidade judici-
ária. Art. 220. Para a criação de Distrito Judiciário,
ressalvado o previsto no § 1º do art. 216, exige-
§ 2º A comarca poderá ser extinta por pro- -se a preexistência de Distrito Administrativo,
posta do Órgão Especial do Tribunal de Jus- de população não inferior a quatro mil (4.000)
tiça, quando deixarem de existir quaisquer habitantes e de colégio eleitoral de, no mínimo,
dos requisitos que justificaram sua criação, mil e quinhentos (1.500) eleitores.
ressalvando-se o disposto no parágrafo an-
terior. Parágrafo único. Os Distritos Judiciários se-
rão instalados mediante prévia autorização
Art. 217. Para a criação de vara, observar-se-ão, do Presidente do Tribunal de Justiça.
além dos requisitos enumerados no artigo ante-
rior, no que couber, a ocorrência das seguintes
condições: TÍTULO II
a) se vara cível, um mínimo de quatrocentos
(400) feitos contenciosos por ano, não com- Prestação Jurisdicional
putadas as execuções não-embargadas;
b) se criminal, um mínimo de duzentos
(200) processos por ano. CAPÍTULO ÚNICO
Art. 218. A instalação de comarca será feita em PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
audiência pública.
Art. 221. A prestação jurisdicional no Estado é
§ 1º Presidirá a audiência de instalação o exercida por Desembargadores, Juízes de Direi-
Presidente do Tribunal de Justiça ou o ma- to de entrância final, intermediária e inicial e
gistrado designado. por Juízes Substitutos nos termos do anexo V.

§ 2º Do termo lavrado, remeter-se-ão cópias


autenticadas aos Presidentes dos Tribunais TÍTULO III
de Justiça e Regional Eleitoral, ao Governa-
dor do Estado, ao Presidente da Assembléia Classificação das Comarcas, Seções
Legislativa, ao Procurador-Geral de Justiça e
às Justiças Federal e do Trabalho no Estado. Judiciárias e Distritos Judiciários
Art. 219. Distribuídos, no ano imediatamente
anterior, mais de oitocentos (800) feitos cíveis,
não computados nesse número as execuções CAPÍTULO I
fiscais e execuções não-embargadas, os pedi- CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS
dos de alvarás, as ações consensuais e as pre-
catórias, ou quatrocentos (400) processos crimi- Art. 222. As comarcas, segundo a importância
nais, o Juiz da comarca ou da vara dará conta do do movimento forense, a densidade demográ-

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fica, a situação geográfica e a condição de sede TÍTULO IV


de seção judiciária, são classificadas em:
I – de entrância inicial;
Comarcas, Juízos e
Serviços Auxiliares
II – de entrância intermediária; e
III – de entrância final;
Parágrafo único. Para os fins constantes CAPÍTULO I
deste artigo, as comarcas obedecem ao COMPOSIÇÃO DAS COMARCAS E
elenco previsto no anexo I. COMPETÊNCIA DOS JUÍZOS
Art. 225. As comarcas compõem-se de Juízo
único ou de duas ou mais varas judiciais, cuja
CAPÍTULO II denominação e competência serão fixadas e al-
SEÇÕES JUDICIÁRIAS teradas por Resolução do Órgão Especial do Tri-
bunal de Justiça.
Art. 223. As seções judiciárias constituem agru-
pamento de comarcas ou foros regionais ou va- Parágrafo único. Os Juizados Especiais com
ras, assim organizadas para facilitar o exercício unidade administrativa própria e cargo de
da prestação jurisdicional por Juízes Substitutos Juiz são considerados, para fins deste arti-
e por Juízes de Direito Substitutos, com a defi- go, varas judiciais.
nição dos limites de competência atribuídos a
Art. 226. REVOGADO (pela Lei nº 17.585 de
cada um.
04/06/2013 – DOE nº 8970 de 04/06/2013)
§ 1º A composição das seções judiciárias é
Art. 227. As comarcas e varas poderão ser de-
estabelecida conforme o contido no anexo
claradas em regime de exceção, em casos espe-
II.
ciais, por ato do Conselho da Magistratura, ou-
§ 2º Na Comarca da Região Metropolitana vido o Corregedor-Geral da Justiça quando este
de Curitiba e nas Comarcas de entrância fi- não for o proponente da medida.
nal de Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta
Parágrafo único. Configurada a hipótese de
Grossa, Foz do Iguaçu e Guarapuava, a com-
que trata este artigo, o Presidente do Tribu-
petência do Juiz de Direito Substituto será
nal de Justiça designará Juiz para exercer,
definida por resolução.
cumulativamente com o titular, a jurisdição
na comarca ou na vara, fixando-lhe a com-
petência, definindo a forma de distribui-
CAPÍTULO III ção dos processos e estabelecendo o limite
temporal da medida em até seis (6) meses
DISTRITOS JUDICIÁRIOS prorrogáveis.
Art. 224. Distritos são seções territoriais em que
se divide a circunscrição judiciária de cada uma
das comarcas.
CAPÍTULO II
Parágrafo único. Os Distritos Judiciários SERVIÇOS AUXILIARES
agrupam-se em torno de comarcas-sede ou
foro central ou foros regionais, conforme Art. 228. Os serviços do foro judicial e extraju-
estabelece o anexo III. dicial, nas comarcas, serão executados por ser-
ventuários, funcionários da justiça e agentes de-

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legados com as atribuições previstas para cada dor, nos créditos que se destinam aos Tabe-
um dos correspondentes ofícios, observadas as lionatos de Protestos de Títulos de 1º ao 6º
disposições deste Código e na forma dos anexos
I, IV e VI, tabelas 1, 2, 3 e 4. II – o 2º Ofício de Distribuidor terá com-
petência em matéria Cível, da Vara da Au-
Art. 229. É mantida a atual constituição dos ofí- ditoria da Justiça Militar, nas notas que se
cios da justiça, com as alterações, supressões e destinem aos Tabelionatos de Notas de 1º
acréscimos previstos neste Código. a 7º, nos Títulos e Documentos e Cívil das
Pessoas Jurídicas de 1º a 4º
Art. 230. Nas varas e nos ofícios criados por esta
Lei, a constituição das serventias do foro judicial III – o 3º Ofício de Distribuidor terá compe-
e dos ofícios do foro extrajudicial obedecerá aos tência em matéria da Infância e da Juventu-
critérios estabelecidos para as demais comarcas de e Adoção de Adolescentes em conflito
de igual entrância, ressalvadas as peculiarida- com a Lei, de Execução de Penas e Medidas
des de cada caso. Alternativas e Precatórias Criminais, nos
créditos que se destinem aos Tabelionatos
Art. 231. Em cada Juízo único ou vara servirão, de Protesto de Títulos de 1º a 6º
no mínimo, dois (2) Oficiais de Justiça.
IV – o 4º Ofício de Contador e Partidor terá
Art. 232. Os Técnicos de Secretaria e Auxiliares competência em matérias que não se refi-
Administrativos da Comarca da Região Metro- ram ao 1º Ofício;
politana de Curitiba serão lotados pelo Presi-
dente do Tribunal de Justiça, enquanto os de V – o 5º Ofício de Distribuidor terá com-
idênticos cargos nas demais comarcas, pelo Juiz petência em matéria de Execuções Penais,
Diretor do Fórum, de acordo com a necessidade dos Juizados Especiais Cíveis e dos Juizados
do serviço. Especiais Criminais, de Registros Públicos e
Acidentes do Trabalho e Precatórias Cíveis,
§ 1º Os Oficiais de Justiça e Técnicos Judici- de Inquéritos Policiais, no registro dos atos
ários com a mesma atribuição serão lotados lavrados nos Serviços Distritais do Bacache-
junto à Secretaria da Direção do Fórum das ri, Barreirinha, Boqueirão, Cajuru, Campo
respectivas Comarcas ou Foros. Comprido, Portão, Santa Felicidade, Santa
§ 2º Aos Oficiais de Justiça e Técnicos Judi- Quitéria, Mercês, Novo Mundo, Pinheiri-
ciários com a mesma atribuição serão distri- nho, São Casemiro Taboão, Tatuquara, Ube-
buídos indistinta e equitativamente, man- raba e Umbará, e nas notas que se destinem
dados para cumprimento. aos Tabelionatos de Notas de 13º a 16º

Art. 233. No Foro Central da Comarca da Região Parágrafo único. As atribuições dos Ofícios
Metropolitana de Curitiba, os ofícios distribui- não instalados ou extintos poderão, provi-
dores, contadores e partidores, de 1º a 5º, te- soriamente, ser redistribuídas, equitativa-
rão suas atribuições previstas em resolução do mente, por resolução do Órgão Especial.
Órgão Especial, observadas as seguintes dispo- Art. 234. No Foro Central da Comarca da Região
sições: Metropolitana de Londrina, os 1º e 2º Ofícios
I – o 1º Ofício de Distribuidor, Contador e Distribuidores terão suas atribuições previstas
Partidor terá competência em matéria cri- em resolução do Órgão Especial, observadas as
minal, do Tribunal do Júri, da Fazenda Pú- seguintes disposições:
blica, de Falência e de Recuperação Judi- I – o 1º Ofício de Distribuidor, Contador,
cial, de Família e de Delitos de Trânsito, nas Partidor e Depositário Público terá compe-
notas que se destinem aos Tabelionatos de tência em matéria Cível, da Infância e da Ju-
Notas de 8º a 12º, e como Contador e Parti- ventude, nos créditos que se destinem aos

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Tabelionatos de Protestos de Títulos de 1º a I – Foro Regional de Almirante Tamandaré,


3º, e nos títulos que se destinem aos Ofícios compreendendo a sede e os Distritos Judici-
de Registro de Títulos e Documentos e Civil ários de Tranqueira (Município de Almirante
das Pessoas Jurídicas de 1º e 2º Tamandaré), Campo Magro (Município do
mesmo nome);
II – o 2º Ofício de Distribuidor, Contador,
Partidor e Depositário Público terá compe- II – Foro Regional de Araucária, compreen-
tência em matéria Criminal, de Execuções dendo o Distrito da sede;
Penais, de Família, de Registros Públicos e III – Foro Regional de Campo Largo, compre-
Corregedoria do Foro Extrajudicial, de Aci- endendo a sede e os Distritos Judiciários de
dentes do Trabalho, dos Juizados Especiais Três Córregos, Bateias (Município de Cam-
Cíveis e dos Juizados Especiais Criminais, po Largo), Balsa Nova (Município do mesmo
nas notas que se destinem aos Tabeliona- nome) e São Luiz do Purunã (Município de
tos de Notas de 1º a 7º, no registro dos atos Balsa Nova);
lavrados no Serviço Distrital de Tamarana,
Warta, Guaravera, Irerê, Lerro Ville, Paique- IV – Foro Regional de Bocaiúva do Sul,
rê, São Luís e Maravilha. compreendendo a sede e os Distritos Judi-
ciários de Adrianópolis e Tunas do Paraná
Parágrafo único. As atribuições dos Ofícios (Municípios do mesmo nome) e Marquês
não instalados ou extintos poderão, provi- de Abrantes (Município de Tunas do Para-
soriamente, ser redistribuídas equitativa- ná), reclassificado em comarca de entrância
mente, por resolução do Órgão Especial. inicial (redação dada pela Lei nº 16.027 de
19/12/2008 – DOE nº 7875 de 19/12/2008);
V – Foro Regional de Campina Grande do
CAPÍTULO III Sul, compreendendo a sede e os Distritos
DISTRITOS JUDICIÁRIOS Judiciários de Paiol de Baixo (Município
de Campina Grande do Sul), Quatro Barras
Art. 235. Em cada Distrito Judiciário, excetuado (Município do mesmo nome), Jardim Paulis-
o da sede da Comarca, haverá um oficial distrital ta e Borda do Campo (Município de Quatro
com as atribuições definidas neste Código. Barras);
VI – Foro Regional de Colombo, compreen-
dendo a sede e os Distritos Judiciários de
TÍTULO V Guaraituba e Roça Grande (Município de
Colombo);
COMARCA DA REGIÃO
VII – Foro Regional de Fazenda Rio Grande,
METROPOLITANA DE CURITIBA
compreendendo a sede e os Distritos Judici-
ários de Mandirituba (Município do mesmo
nome), Areia Branca dos Assis (Município
de Mandirituba), Agudos do Sul (Município
CAPÍTULO ÚNICO do mesmo nome) e Quintandinha (Municí-
COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIA E pio do mesmo nome);
DISTRIBUIÇÃO
VIII – ...Vetado...
Art. 236. A Comarca da Região Metropolitana IX – Foro Regional de Pinhais, compreen-
de Curitiba é composta pelo Município de Curi- dendo o Distrito da sede;
tiba, em que se situarão o Foro Central e ainda,
pelos seguintes Foros Regionais: X – Foro Regional de Piraquara, compreen-
dendo o Distrito da sede;

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XI – Foro Regional de Rio Branco do Sul, § 2º A 22ª Seção Judiciária fica composta
compreendendo a sede e o Distrito Judi- pelas Comarcas de São Jerônimo da Serra e
ciário de Itaperuçu (Município do mesmo Assaí, que passa a ser sede da Seção.
nome), reclassificado em comarca de ent-
rância intermediária (redação dada pela Lei § 3º A 32ª Seção Judiciária fica composta
nº 16.027 de 19/12/2008 – DOE nº 7875 de pelas Comarcas de Primeiro de Maio, Serta-
19/12/2008); nópolis e Bela Vista do Paraíso, que passa a
ser Sede da Seção.
XII – Foro Regional de São José dos Pinhais,
compreendendo a sede e os Distritos Judi- Art. 236-B. Fica criada a Comarca da Região
ciários de Cachoeira de São José, Campo Metropolitana de Maringá, compreendendo o
Largo da Roseira, Colônia Murici, Borda do Foro Central de Maringá, sede da Comarca, e os
Campo de São Sebastião, São Marcos (Mu- Distritos Judiciários de Iguatemi e de Floriano
nicípio de São José dos Pinhais), e Tijucas do (Município de Maringá), Doutor Camargo (Mu-
Sul (Município do mesmo nome). nicípio de mesmo nome), Ivatuba (Município de
mesmo nome), Floresta (Município de mesmo
§ 1º REVOGADO (pela Lei nº 17.585 de nome), Paiçandu (Município de mesmo nome) e
04/06/2013 – DOE nº 8970 de 04/06/2013) Água Boa (Município de Paiçandu), e os seguin-
tes Foros Regionais:
§ 2º REVOGADO (pela Lei nº 17.585 de
04/06/2013 – DOE nº 8970 de 04/06/2013) I – Foro Regional de Mandaguaçu, compre-
endendo a sede e os Distritos Judiciários de
Art. 236-A. Fica criada a Comarca da Região Pulinópolis (Município de Mandaguaçu),
Metropolitana de Londrina, compreendendo o Ourizona (Município do mesmo nome), São
Foro Central de Londrina, sede da Comarca, no Jorge do Ivaí (Município do mesmo nome)
mesmo incluído o Distrito Judiciário de Tamara- e Copacabana do Norte (Município de São
na, e os seguintes Foros Regionais: Jorge do Ivaí);
I – Foro Regional de Cambé, compreenden- II – Foro Regional de Sarandi, compreen-
do o Distrito da sede; dendo o Distrito da sede;
II – Foro Regional de Ibiporã, compreenden- III – Foro Regional de Marialva, compre-
do o Distrito da sede e os Distritos Judiciá- endendo a sede e os Distritos Judiciários
rios de Frei Timóteo e de Antônio Brandão de Aquidabã (Município de Marialva) e de
de Oliveira, ambos do Município de Ibiporã; Itambé (Município de mesmo nome);
III – Foro Regional de Rolândia, compreen- IV – Foro Regional de Mandaguari.
dendo o Distrito da sede e os Distritos Judi-
ciários de São Martinho e de Nossa Senhora V – Foro Regional de Nova Esperança, com-
Aparecida, ambos do Município de Rolân- preendendo a sede e os Distritos Judiciários
dia, e de Pitangueiras (Município de mesmo de Barão de Lucena (Município de Nova
nome). Obs.: O Município de Pitangueiras Esperança), Ivaitinga (Município de Nova
foi transferido para a Comarca de Astorga, Esperança), Floraí (Município de mesmo
Lei 17.825 de 13/12/2013. nome), Nova Bilac (Município de Floraí),
Presidente Castelo Branco (Município de
§ 1º A Comarca da Região Metropolitana de mesmo nome), Atalaia (Município de mes-
Londrina passa a ser composta por Seção mo nome) e Uniflor (Município de mesmo
Judiciária única, de número 5 (cinco), cuja nome).
competência será fixada por Resolução do
Órgão Especial do Tribunal de Justiça. § 1º A Comarca da Região Metropolitana
de Maringá passa a ser composta por Seção

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Judiciária Única, de número 6 (seis), cuja sob pena de responsabilidade do serventuário,


competência será fixada por Resolução do do funcionário da justiça ou do agente delega-
Órgão Especial do Tribunal de Justiça. do, ressalvado o caso de comprovado acúmulo
de serviço, hipótese em que o Presidente do Tri-
§ 2º A 39ª Seção Judiciária fica composta bunal de Justiça, o Corregedor-Geral da Justiça
pelas Comarcas de Paranacity e Colorado, ou Juiz competente, conforme a situação, mar-
esta sede da Seção. carão prazo de até quarenta e oito horas (48)
§ 3º O cargo de Juiz Substituto da então 47ª horas excedentes para efetivo atendimento.
Seção Judiciária, cuja Sede era a Comarca Art. 241. Os atos processuais devem ser pratica-
de Sarandi, fica transformado em um Cargo dos de ordinário na sede do Juízo, salvo razões
de Juiz de Direito Substituto e transferido de interesse da Justiça ou de obstáculos argüi-
para a Seção Judiciária Única da Comarca da dos pelas partes e acolhidos pelo Juiz.
Região Metropolitana de Maringá.
Art. 242. A delimitação territorial das delega-
Art. 236-C. REVOGADO (pela Lei nº 17.585 de ções será fixada e alterada por lei de iniciativa
04/06/2013 – DOE nº 8970 de 04/06/2013) do Poder Judiciário.
Art. 237. Nos Foros Centrais, a distribuição entre Art. 243. Os Desembargadores que integram a
varas de igual competência será feita sob a pre- cúpula diretiva do Tribunal de Justiça não parti-
sidência de um dos Juízes de Direito Substitutos ciparão do Tribunal Regional Eleitoral.
dos respectivos Foros Centrais, designados pelo
Corregedor-Geral da Justiça, que baixará ato Art. 244. Aos oficiais maiores e aos escreven-
disciplinando a matéria. Nos Foros Regionais, tes juramentados ainda remanescentes quando
sob a presidência do Juiz Diretor do Fórum. da entrada em vigor deste Código e com direi-
tos assegurados pelo art. 200 da Resolução nº
Art. 238. REVOGADO (pela Lei nº 17.210 de 01/70, aplicam-se as disposições previstas no
02/07/2012 – DOE nº 8745 de 02/07/2012). Livro IV, Título XI, Capítulo II.
Art. 239. A Comarca da Região Metropolitana Art. 245. O Estatuto dos Funcionários Públicos
de Curitiba terá sua composição conforme o Civis do Estado do Paraná aplicar-se-á supletiva-
contido no anexo III, tabela 1. mente, no que couber, aos servidores do Poder
Judiciário e à magistratura, exceto nos procedi-
mentos disciplinares.
LIVRO VI
Art. 246. Nas comarcas de entrância inicial, as
Disposições Finais escrivanias cível e criminal poderão ser anexa-
das, a título precário, à medida que qualquer
delas venha a vagar, mediante deliberação do
Conselho da Magistratura.
TÍTULO I
Art. 247. Os cargos de oficial maior e escrevente
Disposições Finais juramentado serão extintos à medida que vaga-
rem, ressalvados a seus ocupantes os direitos
assegurados nas leis anteriores.

CAPÍTULO ÚNICO Art. 248. Os serviços do foro extrajudicial pre-


cariamente acumulados aos ofícios do foro ju-
DISPOSIÇÕES FINAIS dicial serão desacumulados quando da vacância
da titularidade destes, por decisão do Conselho
Art. 240. A expedição de certidões não poderá
da Magistratura.
exceder o prazo de vinte e quatro (24) horas,

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Art. 249. Ficam mantidos os efeitos do art. 2º k) a 2ª Vara de Inquéritos Policiais. (redação
do Decreto Judiciário nº 320/2000, até a realiza- da alínea “k” (erro: na Lei consta “j”), dada
ção de concurso público e a conseqüente outor- pela Lei nº 17.473 de 02/01/2013 – DOE nº
ga de delegação. 8868 de 02/01/2013).
Art. 250. Os serviços do foro extrajudicial pre- Art. 255. Fica criado nos Foros Regionais que in-
cariamente acumulados serão desacumulados tegram a Comarca da Região Metropolitana de
quando da vacância da titularidade, excetuan- Curitiba, o seguinte:
do-se os desmembrados no disposto do art. 262
da presente lei. I – no Foro Regional de Almirante Tamanda-
ré:
Art. 251. Fica criada a Comissão Estadual Judici-
ária de Adoção (CEJA), vinculada à Corregedoria- a) a Vara Cível;
-Geral da Justiça, presidida pelo Corregedor-Ge- b) a 1ª Vara Criminal;
ral da Justiça, com atribuições e competência
fixadas em resolução do Tribunal de Justiça. c) a 2ª Vara Criminal;

Art. 252. Ficam criados e extintos os cargos de d) a Vara da Infância e da Juventude, Fa-
magistrados conforme o contido no anexo IX, mília, Registros Públicos, Acidentes do
tabela 1. Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju-
dicial. (redação dada pela Lei nº 16.887 de
Art. 253. Os cargos do foro judicial ficam cria- 26/07/2011 – DOE nº 8515 de 26/07/2011)
dos, extintos e transformados conforme o conti-
do no anexo IX, tabelas 2, 3, 4, 5, 7 e 8. e) a 6ª Vara Judicial (redação da alínea dada
pela Lei nº 18.644 de 10/12/2015 – DOE nº
Art. 254. Fica criado no Foro Central da Comarca 9596 de 14/12/2015);
da Região Metropolitana de Curitiba o seguinte:
II – no Foro Regional de Araucária:
a) o 2º Tribunal do Júri, a ele se agregando a
atual 2ª Vara; a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
b) a Vara de Adolescentes Infratores; lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
c) a Vara de Execução de Penas e Medidas b) a 2ª Vara Cível. (redação da alínea ‘b’,
Alternativas; dada pela Lei nº 17.252, de 31/07/2012 –
d) a Vara de Inquéritos Policiais; DOE nº 8766 de 31/07/2012).

e) 24 Varas Cíveis, de 23ª a 46ª; III – no Foro Regional de Campo Largo:

f) 4 Varas de Família, de 5ª a 8ª; a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-


lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
g) 4 Varas da Fazenda Pública, Falências e lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Concordatas de 5ª a 8ª;
b) a 2ª Vara Cível. (redação da alínea ‘b’,
h) a Vara da Corregedoria dos Presídios; dada pela Lei nº 17.222, de 09/07/2012 –
DOE nº 8750 de 09/07/2012).
i) a 12ª e 13ª Varas Criminais.
IV – no Foro Regional de Colombo
j) 08 (oito) cargos de Juiz de Direito Subs-
tituto; (redação da alínea “j”, dada pela Lei a) a 2ª Vara Cível; e
nº 17.395 de 10/12/2012 – DOE nº 8859 de
14/12/2012). b) a Vara da Infância e da Juventude, Regis-
tros Públicos, Acidentes do Trabalho e Cor-
regedoria do Foro Extrajudicial; (redação

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da alínea “b”, dada pela Lei nº 17.256 de b) a Vara de Família, Registros Públicos, Aci-
31/07/2012 – DOE nº 8766 de 31/07/2012) dentes do Trabalho e Corregedoria do Foro
Extrajudicial;
c) a 2ª Vara Criminal; (redação da alínea “c”,
dada pela Lei nº 16.743 de 29/12/2010 – c) a Vara de Fazenda Pública; (redação
DOE nº 8373 de 29/12/2010). da alínea “c”, dada pela Lei nº 17.056 de
23/01/2012 – DOE nº 8636 de 23/01/2012).
d) a Vara de Família; (redação da alínea “d”,
dada pela Lei nº 17.256 de 31/07/2012 – d) a 3ª Vara Criminal. (redação da alínea
DOE nº 8766 de 31/07/2012). “d” (erro: na Lei consta “e”), dada pela Lei
nº 17.324 de 08/10/2012 – DOE nº 8814 de
e) a Vara da Fazenda Pública. (redação da 08/10/2012).
alínea “e” (erro: na Lei consta “d”), dada
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº IX – no Foro Regional de Piraquara:
8865 de 26/12/2012).
a) a Vara de Execuções Penais. (reda-
V – no Foro Regional de Fazenda Rio Gran- ção do inciso dada pela Lei nº 17.136 de
de: 02/05/2012 – DOE nº 8704 de 02/05/2012).
a) a Vara Cível; b) a Vara da Infância e da Juventude, Fa-
mília, Registros Públicos, Acidentes do
b) a Vara Criminal; e Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju-
c) a Vara da Infância e da Juventude, Famí- dicial (redação da alínea “b” dada pela Lei
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba- nº 17.325 de 08/10/2012 – DOE nº 8814
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial. de 08/10/2012); a referida Lei 17.325 de
08/10/2012 faz menção ao inciso XI, quan-
VI– no Foro Regional de Pinhais: do o correto é inciso IX.
a) a Vara Cível; X – no Foro Regional de Campina Grande do
b) a Vara Criminal; e Sul:

c) a Vara da Infância e da Juventude, Famí- a) a 3ª Vara Judicial. (redação do inciso dada


lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba- pela Lei nº 18.644 de 10/12/2015 – DOE nº
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; 9596 de 14/12/2015).

VII – no Foro Regional de Rio Branco do Art. 255-A. Fica criado nos Foros Regionais que
Sul: reclassificado em comarca de entrân- integram a Comarca da Região Metropolitana
cia intermediária (redação dada pela Lei nº de Maringá, o seguinte:
16.027 de 19/12/2008 – DOE nº 7875 de I – no Foro Regional de Sarandi:
19/12/2008);
a) a 2ª Vara Criminal;
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- b) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
dicial; e lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu- (redação do artigo e inciso I dada pela Lei
de e Família. nº 17.221 de 09/07/2012 – DOE nº 8750 de
VIII – no Foro Regional de São José dos Pi- 09/07/2012)
nhais: II – no Foro Regional de Mandaguari:
a) a 3ª Vara Cível; e

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a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes nº 16.963 de 05/12/2011 – DOE nº 8603 de
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra- 06/12/2011)
judicial;
d) a 4ª Vara Criminal; (redação da alínea
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventu- “d”,(erro: na Lei consta “c”), dada pela Lei
de e Família. (redação do inciso II, dada pela nº 17.186 de 12/06/2012 – DOE nº 8731 de
Lei nº 17.255 de 31/07/2012 – DOE nº 8766 12/06/2012).
de 31/07/2012)
e) a Vara da Fazenda Pública. (redação
III – no Foro Regional de Nova Esperança: da alínea “e”, dada pela Lei nº 17.436 de
21/12/2012 – DOE nº 8865 de 26/12/2012).
a) a 3ª Vara Judicial. (redação do inciso III,
dada pela Lei nº 18.290 de 04/11/2014 – f) a 18ª Vara Judicial (redação da alínea “f”
DOE nº 9327 de 06/11/2014). dada pela Lei nº 18.644 de 10/12/2015 –
DOE nº 9596 de 14/12/2015).
Art. 255-B. Fica criado nos Foros Regionais que
integram a Comarca da Região Metropolitana II – na Comarca de Foz do Iguaçu:
de Londrina o seguinte:
a) a 4ª Vara Criminal; e
I – no Foro Regional de Ibiporã:
b) a 2ª Vara de Família e Acidentes do Tra-
a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí- balho;
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial; c) a 1ª Vara de Fazenda Pública; (reda-
ção da alínea dada pela Lei nº 17.258 de
b) Unidade Administrativa Própria do Jui- 31/07/2012 – DOE nº 8766 de 31/07/2012)
zado Especial Cível, Criminal e da Fazenda
Pública com cargo de Juiz. (redação do ar- d) a 2ª Vara de Fazenda Pública. (reda-
tigo e inciso I, dada pela Lei nº 17.467 de ção da alínea dada pela Lei nº 17.258 de
02/01/2013 – DOE nº 8868 de 02/01/2013) 31/07/2012 – DOE nº 8766 de 31/07/2012)

II – no Foro Regional de Rolândia: III – na Comarca de Guarapuava:

a 4ª Vara Judicial (redação do inciso II, dada a) a 3ª Vara Cível; e


pela Lei nº 18.144 de 04/07/2014 – DOE nº b) a Vara da Família, Registros Públicos, Aci-
9240 de 04/07/2014). dentes do Trabalho e Corregedoria do Foro
III – no Foro Regional de Cambé: Extrajudicial;

a 6ª Vara Judicial (redação do inciso III, dada IV – na Comarca da Região Metropolitana


pela Lei nº 18.644 de 10/12/2015 – DOE nº de Londrina, Foro Central: (redação do inci-
9596 de 14/12/2015). so dado pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012
– DOE nº 8745 de 02/07/2012)
Art. 256. Fica criado nas comarcas de entrância
final o seguinte: a) a 11ª e 12ª Varas Cíveis;

I – na Comarca de Cascavel: b) a 6ª, 7ª e 8ª Varas Criminais;

a) a 4ª e 5ª Varas Cíveis; e c) a 3ª Vara de Família;

b) a 3ª Vara Criminal; d) a 2ª Vara da Infância e da Juventude;


(redação da alínea “d”, dada pela Lei nº
c) a 2ª Vara de Família e Acidentes do Tra- 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº 8865 de
balho; (redação da alínea “c”, dada pela Lei 26/12/2012)

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e) a Vara de Execução de Penas e Medidas a) a 3ª Vara Cível. (redação do inciso VII,


Alternativas(redação da alínea “e”, dada dada pela Lei nº 17.254 de 31/07/2012 –
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº DOE nº 8766 de 31/07/2012)
8865 de 26/12/2012).
VIII – na Comarca de Arapongas:
V – na Comarca da Região Metropolitana de
Maringá, Foro Central: (redação do inciso a) a 2ª Vara Criminal. (redação do inciso VIII,
dado pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012 – (erro: na Lei consta VII), alínea “a”, dada
DOE nº 8745 de 02/07/2012). pela Lei nº 17.383 de 06/12/2012 – DOE nº
8853 de 06/12/2012)
a) a 7ª Vara Cível;
Art. 257. Fica transformado no Foro Central da
b) a 5ª Vara Criminal. (redação da alínea Comarca da Região Metropolitana de Curitiba o
“b” (erro: na Lei consta “c”), dada pela Lei seguinte:
nº 17.324 de 08/10/2012 – DOE nº 8814 de
08/10/2012). a) a Vara de Precatórias Cíveis na 22ª Vara
Cível;
c) a 1ª Vara da Fazenda Pública; (redação
da alínea “c”, (erro: na Lei consta “b”), dada b) a Vara de Registros Públicos e Acidentes
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº do Trabalho na Vara de Registros Públicos,
8865 de 26/12/2012) Acidentes do Trabalho e Precatórias Cíveis;
e
d) a 2ª Vara da Fazenda Pública; (redação
da alínea “d”, (erro: na Lei consta “c”), dada c) a 2ª Vara da Infância e da Juventude na
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº Vara da Infância e da Juventude e Adoção.
8865 de 26/12/2012) d) a Vara de Corregedoria dos Presídios
e) a Vara de Execução de Penas e Medidas na 3ª Vara de Execuções Penais; (redação
Alternativas(redação da alínea “e”, (erro: na da alínea “d” dada pela Lei nº 17.136 de
Lei consta “d”), dada pela Lei nº 17.436 de 02/05/2012 – DOE nº 8704 de 02/05/2012).
21/12/2012 – DOE nº 8865 de 26/12/2012). e) 08 (oito) cargos de Juiz de Direito Subs-
VI – na Comarca de Ponta Grossa: tituto em 08 (oito) cargos de Juiz de Direi-
to da Turma Recursal; (redação da alínea
a) a 3ª Vara Criminal; “e” (erro: na Lei consta “d”), dada pela Lei
nº 17.395 de 10/12/2012 – DOE nº 8859 de
b) a 4ª Vara Criminal. (redação da alínea 14/12/2012).
“b” (erro: na Lei consta “c”), dada pela Lei
nº 17.324 de 08/10/2012 – DOE nº 8814 de Art. 258. Fica transformado na Comarca de Foz
08/10/2012). do Iguaçu o seguinte:
c) a 1ª Vara da Fazenda Pública; (redação a) a Vara de Família, Registros Públicos, Aci-
da alínea “c”, (erro: na Lei consta “b”), dada dentes do Trabalho e Corregedoria do Foro
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº Extrajudicial na 1ª Vara de Família, Registros
8865 de 26/12/2012) Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudi-
cial;
d) a 2ª Vara da Fazenda Pública; (redação
da alínea “d”, (erro: na Lei consta “c”), dada Art. 259. Fica transformado na Comarca de Gua-
pela Lei nº 17.436 de 21/12/2012 – DOE nº rapuava o seguinte:
8865 de 26/12/2012)
a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
VII – na Comarca de Umuarama: lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-

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lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial na b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu-
Vara da Infância e da Juventude; de e Família.
Art. 260. Fica transformado na Comarca de Cor- II – na Comarca de Arapongas:
nélio Procópio:
a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
a) Ofício de Registro de Títulos e Documen- lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
tos e Civis das Pessoas Jurídicas e Tabeliona- lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
to de Protesto de Títulos, acumulando, pre-
cariamente, o 1º Tabelionato de Notas em b) a 2ª Vara Cível.
Ofício de Registro de Títulos e Documentos III – na Comarca de Bandeirantes:
e Civis das Pessoas Jurídicas e Tabelionato
de Protesto de Títulos; e a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju-
b) 1º Tabelionato de Notas. dicial; e
Art. 261. Ficam transformadas as Serventias b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu-
Distritais de Warta, Maravilha, Lerroville, Pai- de e Família.
querê, Guaravera, São Luiz e Irerê e seus res-
pectivos titulares em 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª c) a 2ª Vara Cível. (redação da alínea ‘c’, dada
e 14ª Serventias Notariais da Sede da Comarca pela Lei nº 17.323/2012, de 08/10/2012 –
de Londrina, com a extinção daqueles Distritos DOE nº 8814 de 08/10/2012).
Judiciários, devendo seus respectivos titulares
IV – na Comarca de Cambé:
manter os livros atinentes aos Ofícios de Regis-
tro Civil das Pessoas Naturais dos extintos Distri- a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
tos Judiciários. lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
Art. 262. Ficam desanexadas as serventias de
Tabelionato de protesto de títulos precariamen- V – na Comarca de Castro:
te acumuladas aos Tabelionatos de Notas das
Comarcas de Campo Largo, Araucária, Parana- a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
guá e Sarandi e na Comarca de Guarapuava fica lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
desanexado o 1º Tabelionato de protesto de tí- lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
tulos do Tabelionato de Títulos e Documentos e VI – na Comarca de Cornélio Procópio:
Civil de Pessoas Jurídicas. Na Comarca de Pato
Branco fica desanexado o Tabelionato de Pro- a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
testo de Títulos do Serviço de Registro de títu- lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
los e documentos e civil de pessoas jurídicas e lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
do Serviço de registro civil das pessoas naturais.
b) a 2ª Vara Cível. (redação do inciso dada
Na Comarca de Cambé fica desanexado o Tabe-
pela Lei nº 17.220/2012, de 09/07/2012 –
lionato de protesto de títulos do Tabelionato de
DOE nº 8750 de 09/07/2012).
Notas.
VII – na Comarca de Francisco Beltrão:
Art. 263. Fica criado nas comarcas de entrância
intermediária o seguinte: a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
I – na Comarca de Andirá:
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
VIII – na Comarca de Guaratuba:
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju-
dicial; e

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a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes XV – na Comarca de Telêmaco Borba:


do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju-
dicial; e a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu- lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
de e Família.
XVI – na Comarca de Toledo:
IX – na Comarca de Jacarezinho:
a) a 2ª Vara Criminal.
a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba- b) a 3ª Vara Cível. (redação da alínea
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial. ‘b’, dada pela Lei nº 17.067/2012, de
23/01/2012 – DOE nº 8636 de 23/01/2012).
X – na Comarca da Loanda:
XVII – na Comarca de Astorga:
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
dicial; e do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu-
de e Família. b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
e Família. (redação do inciso dada pela Lei
XI – na Comarca de Matinhos: nº 14.548/2004, de 30/11/2004 – DOE nº
6864 de 01/12/2004)
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- XVIII – na Comarca de Chopinzinho:
dicial; e
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
b) a Vara Criminal, da Infância e da Juventu- do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
de e Família. judicial; e
XII – na Comarca de Rolândia: b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
e Família. (redação do inciso dada pela Lei
a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí- nº 14.548/2004, de 30/11/2004 – DOE nº
lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba- 6864 de 01/12/2004)
lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
XIX – na Comarca de Santo Antonio do Su-
XIII – na Comarca de São Mateus do Sul: doeste:
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
dicial; e judicial; e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
e Família. e Família. (redação do inciso dada pela Lei
XIV – na Comarca de Sarandi: nº 14.548/2004, de 30/11/2004 – DOE nº
6864 de 01/12/2004)
a) a Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extraju- XX – na Comarca da Lapa:
dicial; e a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
e Família. judicial; e

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b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
e Família. (redação do inciso dada pela Lei do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
nº 14.548/2004, de 30/11/2004 – DOE nº judicial; e
6864 de 01/12/2004)
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
XXI – na Comarca de Irati: e Família. (redação do inciso dada pela Lei
nº 16.029/2008, de 19/12/2008 – – Repu-
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes blicada DOE nº 7890 de 15/01/2009).
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e XXVI – na Comarca de Apucarana:
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude a) a 2ª Vara Criminal. (redação do in-
e Família. (redação do inciso dada pela Lei ciso dada pela Lei nº 16.834/2011, de
nº 15.520/2007, de 04/06/2007 – DOE nº 28/06/2011 – DOE nº 8495 de 28/06/2011).
7486 de 05/06/2007)
XXVII – na Comarca de União da Vitória:
c) a 2ª Vara Cível. (redação da alínea ‘c’, dada
pela Lei nº 17.253/2012, de 31/07/2012 – a) a 2ª Vara Cível.
DOE nº 8766 de 31/07/2012). b) a 2ª Vara Criminal.
d) a 4ª Vara Judicial. (redação da alí- XXVIII – na Comarca de Cianorte:
nea ‘d’, dada pela Lei nº 18.417/2014, de
29/12/2014 – DOE nº 9361 de 29/12/2014). a) a 2ª Vara Cível. (redação do inciso dada
pela Lei nº 16.962 /2011, de 05/12/2011 –
XXII – na Comarca de Francisco Beltrão: DOE nº 8603 de 06/12/2011).
a) a Vara de Execuções Penais e Corregedo- XXIX – na Comarca de Antonina:
ria dos Presídios.
a) Vara Cível e de Direito Ambiental, Regis-
XXIII – na Comarca de Matelândia: tros Públicos, Acidentes do Trabalho e Cor-
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes regedoria do Foro Extrajudicial; e
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra- b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
judicial; e e Família. (redação do inciso dada pela Lei
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude nº 17.003/2011, de 14/12/2011 –DOE nº
e Família. (redação do inciso dada pela Lei 8609 de 14/12/2011).
nº 15.846/2008, de 30/05/2008 – DOE nº XXX – na Comarca de Cruzeiro do Oeste:
7731 de 30/05/2008)
a) a Vara de Execuções Penais e Corregedo-
XXIV – na Comarca de Rio Negro: ria dos Presídios. (redação do inciso dada
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes pela Lei nº 16.964/2011, de 05/12/2011 –
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra- DOE nº 8603 de 06/12/2011)
judicial; e XXXI – na Comarca de Marechal Cândido
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude Rondon:
e Família. (redação do inciso dada pela Lei a) a Vara da Infância e da Juventude, Famí-
nº 15.847/2008, de 30/05/2008 – DOE nº lia, Registros Públicos, Acidentes do Traba-
7731 de 30/05/2008) lho e Corregedoria do Foro Extrajudicial.
XXV – na Comarca de Quedas do Iguaçu: (redação dada pela Lei nº 17.066/2012, de
23/01/2012 – DOE nº 8636 de 23/01/2012).
XXXII – na Comarca de Paranaguá:

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a) a 3ª Vara Cível; nº 17.249/2012, de 31/07/2012 –DOE nº


8766 de 31/07/2012).
b) a Vara da Fazenda Pública.
XXXVIII – na Comarca de São Miguel do
XXXIII – na Comarca de Jandaia do Sul: Iguaçu:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra- do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e judicial; e
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude
e Família. (redação do inciso dada pela Lei e Família. (redação do inciso dada pela Lei
nº 17.057/2012, de 23/01/2012 –DOE nº nº 17.472/2013, de 02/01/2013 –DOE nº
8636 de 23/01/2012). 8868 de 02/01/2013).
XXXIV – na Comarca de Corbélia: XXXIX – na Comarca de Ivaiporã:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes a 3ª Vara Judicial (redação do inciso dada
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra- pela Lei nº 18.095/2014, de 28/05/2014 –
judicial; e DOE nº 9215 de 28/05/2014).
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude XL – na Comarca de Santo Antônio da Pla-
e Família. (redação do inciso dada pela Lei tina:
nº 17.249/2012, de 31/07/2012 –DOE nº
8766 de 31/07/2012). a 3ª Vara Judicial (redação do inciso dada
pela Lei nº 18.102/2014, de 30/05/2014 –
XXXV – na Comarca de Ibaiti: DOE nº 9218 de 02/06/2014).
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes XLI – na Comarca de Pinhão:
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e a) a 2ª Vara Judicial. (redação do inciso dada
pela Lei nº 18.289, de 04/11/2014 – DOE nº
b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude 9327 de 06/11/2014.
e Família. (redação do inciso dada pela Lei
nº 17.249/2012, de 31/07/2012 –DOE nº Art. 264. Ficam elevadas de entrância as seguin-
8766 de 31/07/2012). tes Comarcas:
XXXVI – na Comarca de Prudentópolis: I – à entrância final as Comarcas de:
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes a. Guarapuava;
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e b. Umuarama;

b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude c. Apucarana;


e Família. d. Arapongas;
XXXVII – na Comarca de Jaguariaíva: e. Campo Mourão;
a) Vara Cível, Registros Públicos, Acidentes f. Cianorte;
do Trabalho e Corregedoria do Foro Extra-
judicial; e g. Francisco Beltrão;

b) Vara Criminal, da Infância e da Juventude h. Paranaguá;


e Família. (redação do inciso dada pela Lei
i. Paranavaí;

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j. Pato Branco; § 3º A disposição acima somente se aplica
quando a elevação se der para Comarca de
k. Toledo; entrância imediatamente superior.
l. União da Vitória. Art. 266. Havendo desdobramento ou cria-
II – à entrância intermediária as Comarcas ção de vara ou comarca, o Juiz Titular da vara
de: ou comarca desdobrada ou da qual saírem as
atribuições, terá o direito de optar pela de sua
a. Guaratuba; preferência, respeitados, os seus direitos, nos
dez dias seguintes à publicação do ato respec-
b. Matinhos;
tivo e, não o fazendo, entender-se-á que prefe-
c. São Mateus do Sul; riu aquela de que é titular (redação dada pela
Lei nº 17.532 de 09/04/2013 – DOE nº 8933 de
d. Sarandi; 09/04/2013).
e. Andirá; Art. 267. Por ato do Presidente do Tribunal de
f. Chopinzinho; Justiça, mediante proposta do Corregedor-Geral
da Justiça, poderá ser instituída como serviço
g. Matelândia; auxiliar uma central de mandados.
h. Quedas do Iguaçu; Art. 268. Nas Comarcas das Regiões Metropo-
litanas de Curitiba, Londrina e Maringá, poderá
i. Antonina;
o tribunal de Justiça distribuir as varas ou Juízos
j. Jandaia do Sul; em Foros Regionais, estabelecendo a respectiva
competência.
k. Corbélia;
Art. 269. Os cargos de Oficial de Justiça criados
l. Jaguariaíva; pelo art. 70 da Lei Estadual 10.219, de 21 de de-
m. Prudentópolis; zembro de 1992, e transformados pela Lei Esta-
dual 11.719, de 12 de maio de 1997, passam a
n. São Miguel do Iguaçu; integrar o Foro Judicial das seguintes comarcas:
o. Pinhão. I – na Comarca da Região Metropolitana de
Curitiba:
Art. 265. A categoria do Juiz não será alterada
por efeito de nova classificação dada à comarca, a) no Foro Central – quarenta e um (41) car-
continuando nela a ter exercício. gos;
§ 1º Em caso de mudança da sede da co- b) no Foro Regional de Pinhais – um (1) car-
marca, ao Juiz é facultado remover-se para go;
a nova sede ou para comarca de igual en-
trância ou ainda obter disponibilidade sem c) no Foro Regional de Rio Branco do Sul –
prejuízo de seus direitos. três (3) cargos;

§ 2º O Juiz que permanecer na Comarca ele- II – na Comarca da Região Metropolitana de


vada de entrância poderá, se promovido, Maringá – um (1) cargo; (redação do inciso
nela continuar, desde que o requeira antes dado pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012 –
de findo o prazo para assumir o exercício na DOE nº 8745 de 02/07/2012)
Comarca para o qual tenha sido promovido. III – na Comarca de Arapongas – um (1) car-
go;
IV – na Comarca de Goioerê – um (1) cargo;

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V – na Comarca de Laranjeiras do Sul – um rão – um (1) cargo; Sertanópolis – um (1) cargo;


(1) cargo; Grandes Rios – um (1) cargo e Jaguariaíva – um
(1) cargo.
VI – na Comarca de Paranaguá – um (1) car-
go; Art. 272. Dos dez (10) cargos de Secretário de
Turmas Recursais, de entrância final, criados
VII – na Comarca de Toledo – um (1) cargo pela Lei Estadual 11.468, de 16 de julho de
VIII – na Comarca de Campo Mourão – um 1996, oito (8) ficam transformados nos cargos
(1) cargo; de Secretário de Juizado Especial, assim distri-
buídos:
IX – na Comarca de Corbélia – um (1) cargo;
a) dois (2) cargos de Secretário de Juizado
X – na Comarca de Guaratuba – um (1) car- Especial Cível e um (1) cargo de Secretário
go; de Juizado Especial Criminal no Foro Cen-
XI – na Comarca de Morretes – dois (2) car- tral da Comarca da Região Metropolitana de
gos; Curitiba;

XII – na Comarca de São João do Triunfo – b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
um (1) cargo; pecial Cível na Comarca na Região Metropo-
litana de Londrina; (redação do artigo dada
XIII – na Comarca de Mandaguari – um (1) pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012 – DOE nº
cargo 8745 de 02/07/2012).
XIV – na Comarca de Sertanópolis – um (1) c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
cargo; pecial Cível na Comarca na Região Metropo-
litana de Maringá; (redação do artigo dada
XV – na Comarca de Grandes Rios – um (1) pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012 – DOE nº
cargo; e 8745 de 02/07/2012).
XVI – na Comarca de Jaguariaíva – um (1) d) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
cargo. pecial Cível na Comarca de Cascavel;
Art. 270. Ficam extintos, à medida que vagarem, e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
os cargos de Oficial de Justiça criados pelo artigo pecial Cível na Comarca de Ponta Grossa; e
70 da Lei Estadual 10219, de 21 de dezembro de
1992, e transformados pela Lei Estadual 11719, f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
de 12 de maio de 1997, nas Comarcas a seguir pecial Cível na Comarca de Foz do Iguaçu.
discriminadas: Goioerê – um (01) cargo; Laran-
jeiras do Sul – um (01) cargo; Paranaguá – um Parágrafo único. Dois (2) dos cargos de Se-
(01) cargo; Corbélia – um (01) cargo; Morretes cretário de Turma Recursal, de entrância
– dois (02) cargos; São João do Triunfo – um (01) final, um da Comarca da Região Metropo-
cargo, e Mandaguari – um (01) cargo (redação litana de Londrina e outro da Comarca da
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE Região Metropolitana de Maringá, criados
nº 7109 de 25/11/2005). pela Lei 11.468, de 16 de julho de 1996,
permanecem inalterados, e seus ocupantes
Art. 271. Ficam extintos os cargos de Oficial exercerão suas funções na Turma Recursal
de Justiça criados pelo art. 70 da Lei Estadual com sede no Foro Central da Comarca da
10.219, de 21 de dezembro de 1992, e transfor- Região Metropolitana de Curitiba, para os
mados pela Lei Estadual 11.719, de 12 de maio fins dispostos nesta lei.
de 1997, nas Comarcas a seguir discriminadas:
Rio Branco do Sul – um (1) cargo; Campo Mou- Art. 273. Os catorze (14) cargos de Secretário de
Turmas Recursais, de entrância intermediária,

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criados pela lei 11.468, de 16 de julho de 1996, e jurisdicionais, bem assim os das Turmas
ficam transformados nos cargos de Secretário Recursais, não poderão, a qualquer título,
de Juizado Especial, assim distribuídos: obter remoção ou designação para qual-
quer unidade administrativa ou jurisdicio-
a) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- nal, exceto para aquelas do próprio Sistema
pecial Cível na Comarca de Apucarana; de Juizados Especiais, cuja regulamentação
b) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- será objeto de resolução.
pecial Cível na Comarca de Arapongas; Art. 275. Na Comarca da Região Metropolitana
c) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- de Curitiba, ficam criadas oito (8) Unidades Ad-
pecial Cível na Comarca de Campo Mourão; ministrativas de Juizado Especial, sendo duas (2)
Unidades Criminais e seis (6) Unidades Cíveis,
d) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- todas com um (1) cargo de Juiz de Direito.
pecial Cível no Foro Regional de Colombo;
Art. 276. Nos Foros Centrais das Comarcas das
e) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- Regiões Metropolitanas de Curitiba, Londrina e
pecial Cível na Comarca de Cornélio Procó- Maringá, e nas Comarcas de entrância final fica
pio; criado um cargo de Contador/Avaliador de Jui-
f) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- zado Especial, conforme os anexos VII e IX, tabe-
pecial Cível na Comarca de Francisco Bel- la 8. (redação do artigo dada pela Lei nº 17.210
trão; de 02/07/2012 – DOE nº 8745 de 02/07/2012).

g) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- Art. 277. No Foro Regional de Almirante Taman-
pecial Cível na Comarca de Guarapuava; daré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campina Gran-
de do Sul, Campo Largo, Colombo, Fazenda Rio
h) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- Grande, Pinhais, Piraquara e Rio Branco do Sul;
pecial Cível na Comarca de Irati; e nas Comarcas de entrância intermediária de
Apucarana, Arapongas, Cambé, Campo Mourão,
i) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- Castro, Cianorte, Francisco Beltrão, Lapa, Para-
pecial Cível na Comarca de Paranavaí; naguá, Paranavaí, Pato Branco, Sarandi, Telêma-
j) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- co Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitó-
pecial Cível na Comarca de Pato Branco; ria, fica criada uma (1) Unidade Administrativa
de Juizado Especial Cível e Criminal, com um (1)
l) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- cargo de Juiz de Direito.
pecial Cível no Foro Regional de São José
dos Pinhais; Art. 278. Na Comarca de entrância final de Gua-
rapuava e no Foro Regional de São José dos Pi-
m) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es- nhais ficam criadas três (3) Unidades Adminis-
pecial Cível na Comarca de Telêmaco Borba; trativas de Juizado Especial, duas Cíveis e uma
Criminal, todas com um (1) cargo de Juiz de Di-
n) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
reito.
pecial Cível na Comarca de Toledo; e
Art. 279. Nas Comarcas de entrância final de
o) um (1) cargo de Secretário de Juizado Es-
Cascavel, Foz do Iguaçu, Região Metropolitana
pecial Cível na Comarca de Umuarama.
de Londrina, Região Metropolitana de Maringá
Art. 274. Os servidores dos Juizados Especiais e Ponta Grossa, fica criada mais uma (1) Unida-
integrarão quadro próprio nos termos do anexo de Administrativa de Juizado Especial Cível, to-
VII. das com um (1) cargo de Juiz de Direito.
Parágrafo único. Os servidores que ocupa- Art. 280. Nas Comarcas de entrância intermedi-
rem os cargos das unidades administrativas ária de Cornélio Procópio, Guaíra, Irati, Ivaiporã,

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Jacarezinho, Marechal Cândido Rondon e Rolân- III – Nova Santa Rosa e Alto Santa Fé – da
dia, fica criada uma (1) Unidade Administrativa Comarca de Toledo para a Comarca de Ma-
de Juizado Especial Cível e Criminal. rechal Cândido Rondon;
Art. 281. Nas comarcas de entrância final, inter- IV – Guairaçá – da Comarca de Paranavaí
mediária e inicial, ficam criados cargos de Auxi- para a Comarca de Terra Rica;.
liar Administrativo dos Juizados Especiais Cíveis
e Criminais, conforme os anexos VII e IX, tabela V – Rondon – da Comarca de Cidade Gaú-
8. cha para a Comarca de Paraíso do Norte;
(Obs.: redação dada pela Lei nº 14.351 de
Art. 282. Ficam criadas as Seções Judiciárias, 10/03/2004 – DOE nº 6687 de 15/03/2004
com sede nas Comarcas de Goioerê, Palmas, Pi- – sub-judice ADI 3517)
tanga e Sarandi.
VI – Nova Esperança do Sudoeste – da Co-
Art. 283. REVOGADO. (pela Lei nº 17.210 de marca de Francisco Beltrão para a Comarca
02/07/2012 – DOE nº 8745 de 02/07/2012). de Salto do Lontra;
Art. 284. Nas Seções Judiciárias com sede nas VII – Alvorada do Sul – da Comarca de Bela
Comarcas de Arapongas, Campo Mourão e Pa- Vista do Paraíso para a Comarca de Primei-
ranaguá haverá dois (2) Juízes Substitutos, cuja ro de Maio; (Obs.: redação dada pela Lei nº
competência será fixada por resolução (redação 14.351 de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de
do artigo dada pela Lei nº 17.210 de 02/07/2012 15/03/2004 – sub-judice ADI 3517)
– DOE nº 8745 de 02/07/2012)
VIII – Quitandinha – da Comarca de Rio Ne-
Art. 285. A Comarca de entrância final de Cas- gro para a Comarca da Fazenda Rio Grande;
cavel contará com três (3) seções judiciárias e a (Obs.: redação dada pela Lei nº 14.351 de
Comarca de Guarapuava contará com duas (2) 10/03/2004 – DOE nº 6687 de 15/03/2004
seções judiciárias, com a competência estabele- – sub-judice ADI 3517)
cida no anexo II.
IX – Diamante do Oeste – da Comarca de
Art. 286. Ficam criados serviços de Registros e Matelândia para a Comarca de Santa He-
Tabelionatos do Foro Extrajudicial, conforme o lena; (Obs. de 2004: redação dada pela Lei
contido no anexo IV. nº 14.351 de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de
15/03/2004 – sub-judice ADI 3517); (Obs.
Art. 287. Fica criado o Distrito Judiciário de Fer- de 2011: redação dada pela Lei nº 16.706 de
raria, no Foro Regional de Campo Largo, com 22/12/2010 – DOE nº 8386 de 18/01/2011).
delimitação territorial a ser estabelecida por lei
de iniciativa do Poder Judiciário. X – Manfrinópolis – da Comarca de Barra-
cão para a Comarca de Francisco Beltrão;
Art. 288. Ficam transferidos os seguintes Distri- (Obs.: redação dada pela Lei nº 17.111 de
tos Judiciários: 17/04/2012 – DOE nº 8694 de 17/04/2012)
I – Antonio Olinto – da Comarca da Lapa XI – Jataizinho, juntamente com seu Distrito
para a Comarca de São Mateus do Sul; Judiciário de Frei Timóteo, da Comarca de
II – Vila Alta (Obs.: Pela Lei nº 14.349/04 o Uraí, de entrância inicial, para o Foro Regio-
município de Vila Alta passa a denominar- nal de Ibiporã, da Comarca da Região Me-
-se Alto Paraíso), Ivaté e Herculândia – da tropolitana de Londrina, de entrância final;
Comarca de Umuarama para a Comarca de (Obs.: redação dada pela Lei nº 17.248 de
Icaraíma; 31/07/2012 – DOE nº 8766 de 31/07/2012)
XII – Bela Vista da Caroba, da Comarca de
Capanema e Pinhal de São Bento, da Co-

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marca de Santo Antônio do Sudoeste para Art. 296. Os ocupantes do cargo de Psicólogo
a Comarca de Ampére; (Obs.: redação dada da Vara de Execuções e de Penas e Medidas Al-
pela Lei nº 17.434 de 20/12/2012 – DOE nº ternativas, criado por esta Lei, terão seus venci-
8864 de 21/12/2012) mentos fixados ao nível E3.
XIII – Pitangueiras, do Foro Regional de Art. 297. Os ocupantes do cargo de Auxiliar Ad-
Rolândia, Comarca da Região Metropolita- ministrativo do Foro Judicial, criados por esta
na de Londrina, para a Comarca de Astorga; Lei, terão seus vencimentos fixados da seguinte
(Obs.: redação dada pela Lei nº 17.825 de forma: entrância final – nível A3; na entrância
13/12/2013 – DOE nº 9107 de 16/12/2013) intermediária – nível A2 e na entrância inicial –
nível A1.
XIV – Honório Serpa – da Comarca de Man-
gueirinha para a Comarca de Coronel Vivi- Art. 298. Aos atuais Juízes Substitutos da Seção
da; (Obs.: redação do inciso dada pela Lei Judiciária de Guarapuava é assegurado o direi-
nº 18.385 de 17/12/2014 – DOE nº 9357 de to de opção pelas Seções Judiciárias criadas nos
18/12/2014) dez (10) dias seguintes à vigência deste Código.
Art. 289. Os Distritos Judiciários de Flor da Serra Art. 299. O agente delegado, ingressado no
e Jardinópolis, ambos da Comarca de Medianei- concurso na forma do disposto pelo § 3º do art.
ra, serão mantidos até a vacância. O que vagar 236, da Constituição Federal, que esteja res-
primeiro será extinto, ficando o serviço rema- pondendo por diferente delegação, poderá ser
nescente transformado no Distrito Judiciário de para esta última removido com a aprovação do
Serranópolis do Iguaçu. Conselho da Magistratura, assim o requeren-
do, comprovada: (Obs.: redação dada pela Lei
Art. 290. Ficam extintos os Distritos Judiciários nº 14.351 de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de
constantes do anexo IX, tabela 6. 15/03/2004 – sub-judice ADI 3517)
Art. 291. Permanecem até a vacância, quando a) a baixa rentabilidade da serventia para
serão extintos, os Distritos Judiciários constan- a qual recebeu a delegação; (Obs.: redação
tes do anexo IX, tabela 7. dada pela Lei nº 14.351 de 10/03/2004 –
Art. 292. Os limites territoriais dos novos servi- DOE nº 6687 de 15/03/2004 – sub-judice
ços de registro de imóveis serão fixados e alte- ADI 3517)
rados por lei de iniciativa do Poder Judiciário. b) que a designação perdure por dois anos
Art. 293. A competência da execução penal e ou mais; (Obs.: redação dada pela Lei nº
corregedoria dos presídios será fixada por reso- 14.351 de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de
lução. 15/03/2004 – sub-judice ADI 3517)

Art. 294. No Foro Central da Comarca da Região c) a vacância da serventia a ser


Metropolitana de Curitiba, a Escrivania do 2º preenchida(Obs.: redação dada pela Lei nº
Ofício da 1ª Vara da Infância e da Juventude fica 14.351 de 10/03/2004 – DOE nº 6687 de
transformada em Escrivania de Adolescentes In- 15/03/2004 – sub-judice ADI 3517)
fratores, e a Escrivania do 2º Ofício da 1ª Vara Art. 299A. Os titulares das serventias notariais
de Execuções Penais e Corregedoria dos Presí- e de registros alcançados por atos de desmem-
dios em Escrivania da Vara da Corregedoria dos bramento ou de desdobramento terão direito
Presídios. de opção, no prazo de vinte dias, contados da
Art. 295. REVOGADO (pela Lei nº 17.473, de 02 publicação da lei ou do ato que deu origem, de-
de janeiro de 2013 – DOE 8868 de 02/01/2013). caindo desse direito, se não exercido nesse pra-
zo, permanecendo, portanto, no mesmo servi-
ço.

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Legislação Específica – Código de Organização e Divisão Judiciárias - PR – Prof. Mateus Silveira

§ 1º Se o ato de desmembramento ou de •• Tabela 2 – Demais comarcas de entrân-


desdobramento atingir mais de um titular cia final;
de serviço notarial e de registro, prevalece-
rá a opção manifestada por aquele que te- •• Tabela 3 – Entrância intermediária;
nha mais tempo de serviço público. •• Tabela 4 – Entrância inicial.
§ 2º Em caso de empate terá preferência o ANEXO VII – Juizados Especiais Cíveis e Cri-
mais idoso. minais.
§ 3º Ressalva ao preterido o direito de optar ANEXO VIII – Jurisdição das Varas de Exe-
pela serventia remanescente, no prazo de cuções Penais (redação do inciso dada pela
cinco dias contados da data da publicação Lei nº 17.136 de 02/05/2012 – DOE nº 8704
do acórdão do Conselho da Magistratura, de 02/05/2012).
independentemente de nova intimação.
ANEXO IX – Criação e extinção de cargos:
§ 4º As normas para processamento e tra-
mitação dos pedidos de opção serão defini- •• Tabela 1 – Cargos da magistratura esta-
das em regulamento próprio, aprovado pelo dual;
Conselho da Magistratura. •• Tabela 2 – Cargos da Comarca da Região
Art. 300. Os anexos abaixo relacionados fazem Metropolitana de Curitiba – entrância
parte integrante desta Lei: final;

ANEXO I •• Tabela 3 – Cargos do foro judicial por


comarca – demais comarcas de entrân-
•• Classificação das comarcas: cia final;
•• Entrâncias final, intermediária e inicial. •• Tabela 4 – Cargos do foro judicial por
ANEXO II comarca – entrância intermediária;

•• Seções judiciárias: •• Tabela 5 – Cargos do foro judicial por


comarca – entrância inicial;
•• Tabela 1 – Comarca da Região Metropo-
litana de Curitiba; •• Tabela 6 – Extinção de Distritos Judici-
ários;
•• Tabela 2 – Demais comarcas.
•• Tabela 7 – Extinção de Distritos Judiciá-
ANEXO III – Composição das comarcas e rios após vacância;
seus distritos judiciários:
•• Tabela 8 – Cargos dos Juizados Especiais
•• Tabela 1 – Comarca da Região Metropo- Cíveis e Criminais.
litana de Curitiba;
Art. 301. As despesas com a criação de cargos e
•• Tabela 2 – Demais comarcas. com a execução do presente Código correrão à
conta das dotações orçamentárias do Poder Ju-
ANEXO IV – Composição do foro judicial e diciário.
foro extrajudicial por comarca.
Art. 302. A instalação das varas e o preenchi-
ANEXO V – Magistratura estadual mento dos cargos criados por esta Lei, assim
ANEXO VI – Cargos do foro judicial: como qualquer alteração que aumente a despe-
sa, ficam condicionados aos limites constantes
•• Tabela 1 – Comarca da Região Metropo- da Lei Complementar nº 101, de 5 de maio de
litana de Curitiba – entrância final; 2000 (LRF), e ao interesse da justiça, bem como

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a autorização específica do Órgão Especial, por
maioria absoluta de seus membros.
Art. 303. Este Código entrará em vigor na data
de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 30 de
dezembro de 2003.

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Legislação Específica

CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DA


JUSTIÇA FORO JUDICIAL

CAPÍTULO 1 1.1.4.1 – Excetuadas aquelas relativas ao Artigo


DISPOSIÇÕES GERAIS 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as
demais portarias, publicadas na vara ou comar-
ca, deverão ser registradas no Livro de Registro
SEÇÃO 01
de Portarias da Direção do Fórum.
AS NORMAS E SUA UTILIZAÇÃO
- Incluído pelo Provimento n. 227
1.1.1 – O Código de Normas da Corregedoria-
-Geral da Justiça, também denominado Código 1.1.4.2 – As portarias serão encaminhadas:
de Normas ou CN, consolida as normas proce- I – à Supervisão-Geral dos Juizados Espe-
dimentais já existentes, constantes de diversos ciais, quando baixadas no âmbito dos Juiza-
Provimentos e outros atos normativos. dos Especiais;
1.1.2 – O CN é editado mediante provimento. II – à Corregedoria-Geral da Justiça nas hi-
1.1.3 – A norma específica do Código é designa- póteses previstas no item 1.1.5.
da pela sigla CN, seguida de até cinco grupos de - Item acrescentado pelo Provimento n. 238
algarismos: o primeiro corresponde ao capítulo;
o segundo, à seção; o terceiro, à norma propria- 1.1.5 – Ressalvadas as hipóteses do item 1.1.5.1,
mente dita; o quarto, à subnorma; e o quinto, as portarias, publicadas na vara ou comarca,
ao subitem. serão encaminhadas pelo juízo que a expediu
à Corregedoria-Geral da Justiça para análise e
- Redação alterada pelo Provimento n. 141 anotação. No âmbito dos juizados especiais, as
1.1.4 – Para atender às peculiaridades locais, portarias serão ainda encaminhadas à supervi-
o juiz titular da vara ou comarca poderá baixar são-geral dos juizados especiais.
normas complementares, mediante portaria, - Incluído pelo Provimento nº 227.
com remessa de cópia à Corregedoria-Geral da
Justiça. 1.1.5 – O encaminhamento das portarias previs-
tas no item 1.1.4 à Corregedoria-Geral da Justi-
1.1.4 – O juiz da vara ou comarca poderá bai- ça será efetuado por meio eletrônico e somente
xar normas complementares de cunho adminis- na hipótese de existir:
trativo, mediante portaria, cujo teor é acessível
aos jurisdicionados. I – determinação legal ou normativa para o
encaminhamento;
- Redação alterada pelo Provimento n. 227
II – dúvida não sanada pelo juízo que a ex-
pediu;

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III – insurgência; ou XI – atribuam e regulamentem o pagamen-
to de condução e diligência dos oficiais de
IV – impugnação. Justiça;
- Redação alterada pelo Provimento n. 238 - Ver CN 9.4.8.3 e Art. 25 da Lei Estadual nº
1.1.5.1 – Excetuadas as hipóteses do item 7.567/1982.
1.1.5.2, não serão encaminhadas à Corregedo- XII – Estabeleçam ou homologuem horário
ria-Geral da Justiça as portarias que: de atendimento dos serviços afetos ao foro
I – suspendam o expediente forense; extrajudicial;

II – disciplinam a utilização das dependên- - Ver CN 10.4.2.2, CN 12.2.1.1 e Resolução


cias do fórum; 06/2005 do Órgão Especial.

III – determinam a realização de inspeções XIII – sejam expedidas no âmbito dos juiza-
nas unidades do foro judicial ou extrajudi- dos especiais:
cial; a) designam servidores como supervisores
IV – delegam aos servidores a prática de de setor de triagem, bem como seus subs-
atos de administração e de mero expedien- titutos;
te, sem caráter decisório (CN 2.19.1); b) delegam a magistrados a supervisão de
V – versem sobre o Artigo 149 do Estatuto setor de triagem;
da Criança e do Adolescente; - Ver Resolução 06/2004 do CSJES, alterada
VI – refiram-se a férias ou licença de fun- pela Resolução 08/2010;
cionário, entendido como a pessoa investi- c) determinam a abertura de processo sele-
da em cargo público, com vencimentos ou tivo para as funções de conciliadores e/ou
remunerações percebidos dos cofres pú- juízes leigos;
blicos estaduais (Art. 2º da Lei Estadual nº
16.024/2008); d) designam servidores para o exercício das
funções de diretor ou supervisor de secreta-
VII – sejam relativas ao plantão judiciário, ria e seus substitutos.
caso tenha ocorrido o prévio cadastro no
sistema Publique-se; - Ver Resoluções 02/2011, 03/2011 e
04/2011 do CSJEs.
- Ver CN 1.12.6.3.
- Incluído pelo Provimento nº 227.
VIII – versem sobre as hipóteses do CN
2.3.13 e 2.3.14; 1.1.5.1 – Para os fins do item 1.1.5, inciso I, não
se considera determinação normativa para en-
IX – regulamentem as normas estabeleci- caminhamento aquela inserida no texto da pró-
das na Seção 14 do Capítulo 5 do Código de pria portaria.
Normas;
- Redação alterada pelo Provimento nº 238.
- Ver CN 5.14.14.
1.1.5.2 – Haverá o encaminhamento das por-
X – autorizem a subscrição de atos por ser- tarias previstas no item 1.1.5.1 à Corregedoria-
vidores; -Geral da Justiça quando houver:
- Ver CN 2.4.1, 2.5.5, 6.7.8. I – dúvida não sanada pelo juízo que a ex-
pediu;
II – insurgência; ou

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III – impugnação. Estado pelo Corregedor-Geral da Justiça e, nos


limites das suas atribuições, pelos juízes.
- Incluído pelo Provimento nº 227.
1.2.2 – No desempenho dessa função poderão
1.1.5.2 – Nas hipóteses dos incisos II a IV do ser baixadas instruções, emendados erros, pu-
item 1.1.5, o juízo que expediu a portaria a en- nidas as faltas disciplinares e os abusos, com
caminhará à Corregedoria-Geral da Justiça por anotações em ficha funcional, após regular pro-
meio eletrônico, acompanhada da respectiva cesso administrativo disciplinar, sem prejuízo
dúvida, impugnação ou insurgência. das conseqüências civis e criminais.
- Redação alterada pelo Provimento n. 238 1.2.3 – A função correicional será exercida por
1.1.5.3 – O encaminhamento da portaria, pelo meio de correições ordinárias ou extraordiná-
juízo que a expediu, à Corregedoria- Geral da rias, gerais ou parciais e inspeções correicionais.
Justiça será acompanhado da respectiva dúvida, 1.2.4 – A correição ordinária consiste na fisca-
impugnação ou insurgência. lização normal, periódica e previamente anun-
ciada.
- Incluído pelo Provimento nº 227.
1.2.5 – A correição extraordinária consiste na
1.1.5.3 – Haverá o arquivamento de ofício pelo fiscalização excepcional, realizável a qualquer
Departamento da Corregedoria-Geral da Justiça momento, podendo ser geral ou parcial, con-
quando recebida portaria: forme abranja ou não todos os serviços da co-
I – que não se enquadre nas hipóteses do marca. Se em segredo de justiça, far-se-á sem-
item 1.1.5; pre com a presença do implicado, salvo escusa
deste.
II – relativa aos incisos II a IV do item 1.1.5
desacompanhada dos documentos previs- 1.2.6 – Sempre que houver indícios veementes
tos no item 1.1.5.2. de ocultação, remoção ilegal ou dificultação do
cumprimento de ordem judicial de soltura ou de
- Redação alterada pelo Provimento n. 238 apresentação de preso, especialmente em ação
de habeas corpus, poderá ser feita correição ex-
1.1.5.4 – Recebida na Corregedoria-Geral da
traordinária ou inspeção em presídio ou cadeia
Justiça portaria relativa ao item 1.1.5.1, sem os
pública.
documentos previstos no item 1.1.5.2, haverá
seu arquivamento de ofício. 1.2.7 – As correições ordinárias e extraordiná-
rias nos ofícios de justiça, serventias do foro ex-
- Incluído pelo Provimento nº 227. trajudicial e secretarias poderão ser feitas por
1.1.5.4 – Ordem de Serviço disciplinará as por- Juízes Auxiliares da Corregedoria-Geral da Justi-
tarias que serão analisadas pelo Gabinete da ça, desde que presididas pelo Corregedor-Geral
Corregedoria-Geral da Justiça. da Justiça.

- Redação alterada pelo Provimento n. 238 1.2.8 – As inspeções correicionais não depen-
dem de prévio aviso e o Corregedor- Geral da
SEÇÃO 02 Justiça as fará nos serviços forenses de qualquer
FUNÇÃO CORREICIONAL comarca, juízo, juizado ou serventia de justiça,
podendo delegá-las a juiz auxiliar.
1.2.1 – A função correicional consiste na orien- 1.2.9 – O resultado da correição ou inspeção
tação, fiscalização e inspeção permanente sobre constará de ata ou relatório circunstanciado,
todos os juízes, serventuários da justiça, auxilia- com instruções, se for o caso, as quais serão
res da justiça, ofícios de justiça, serventias do imediatamente encaminhadas ao juiz para o de-
foro extrajudicial, secretarias, serviços auxiliares vido cumprimento.
e unidades prisionais, sendo exercida em todo o

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1.2.10 – A correição permanente nos serviços cional dos magistrados, serventuários e fun-
notariais e de registro, secretarias e ofícios de cionários da justiça;
justiça caberá aos juízes titulares das varas ou
juizados a que estiverem subordinados. III – INSTRUÇÃO – Ato de caráter comple-
mentar, com o objetivo de orientar a execu-
1.2.11 – A inspeção permanente dos serviços ção de serviço judiciário específico;
notariais e de registro, inclusive os distritais, do
Foro Central da Comarca da Região Metropoli- IV – CIRCULAR – Instrumento em que se di-
tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara vulga matéria normativa ou administrativa,
de registros públicos, que remeterá ao Correge- para conhecimento geral;
dor-Geral da Justiça relatório trimestral de suas V – ORDEM DE SERVIÇO – Ato de providên-
atividades. cia interna e circunscrita ao plano adminis-
1.2.12 – A inspeção permanente do foro extra- trativo da Corregedoria-Geral da Justiça.
judicial das comarcas do interior e dos Foros Re- 1.2.16.1 – Exceto as portarias concernentes a
gionais da Comarca da Região Metropolitana de processos administrativos, bem como as ordens
Curitiba será exercida pelo juiz corregedor res- de serviço referentes às inspeções correicionais
pectivo. e àquelas que necessitam do indispensável sigi-
1.2.13 – O juiz corregedor poderá determinar lo para a consecução dos fins correicionais, os
que livros e processos sejam transportados ao atos acima descritos tornar-se-ão públicos me-
fórum para serem examinados. diante publicação no Diário da Justiça.

1.2.14 – Ficarão à disposição do Corregedor ou - Ver art. 4º, da Resolução nº 01, do Tribunal
dos Juízes Auxiliares da Corregedoria- Geral da de Justiça, datada de 22.02.2008.
Justiça, para o serviço da correição ou inspeção, 1.2.16.2 – É dever dos servidores e serventuá-
todos os serventuários e funcionários da justiça rios a consulta diária das publicações no Diário
da comarca, podendo ainda ser requisitada for- da Justiça eletrônico e nos sítios do Tribunal de
ça policial, caso seja necessário. Justiça, na Corregedoria-Geral da Justiça e no
1.2.15 – Todos os funcionários e auxiliares da Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais
justiça são obrigados a exibir, no início das cor- dos atos emanados, bem como a consulta ao
reições ou inspeções, quando exigidos pelo juiz Sistema Mensageiro, sempre que houver expe-
ou Corregedor, os seus títulos. diente forense.

1.2.16 – É a seguinte a nomenclatura, com seus - Ver art. 4º, da Resolução nº 01, do Tribunal
conceitos, dos atos emanados do Corregedor- de Justiça, datada de 22.02.2008.
-Geral da Justiça do Estado do Paraná: - Alterado pelo Provimento nº 173 de
I – PROVIMENTO – Ato de caráter normati- 12/01/2009.
vo com a finalidade de esclarecer e orientar 1.2.16.3 – A diretoria da Corregedoria-Geral da
a execução dos serviços judiciais e extraju- Justiça providenciará a publicação, na impren-
diciais em geral. Quando for emanado para sa oficial, dos atos referidos no CN 1.2.16, bem
alterar o Código de Normas, deverá ser re- como os disponibilizará no site da Corregedoria-
digido de tal forma a indicar expressamente -Geral da Justiça (www.tj.pr.gov.br/cgj), para
a norma alterada, a fim de preservar a siste- fins de conhecimento e consulta.
matização e a numeração existente;
II – PORTARIA – Ato de natureza geral ob-
jetivando aplicar, em casos concretos, os
dispositivos legais atinentes à atividade fun-

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Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

SEÇÃO 03 1.3.1.5 – É obrigatório o encaminhamento da


ROTEIRO DE INSPEÇÃO ANUAL planilha de dados estatísticos do Anexo C, in-
dependentemente de ser dispensada ou não se
1.3.1 – O juiz inspecionará, no primeiro bimes- realizar a inspeção, observando-se o prazo esta-
tre de cada ano, ou ainda quando reputar ne- belecido no item 1.3.1.2.
cessário ou conveniente, as serventias que lhe
1.3.2 – Ao assumir a vara ou comarca, o juiz titu-
forem subordinadas, instruindo os respectivos
lar deverá remeter à Corregedoria-Geral da Jus-
auxiliares sobre seus deveres, dispensando-lhes
tiça, pelo Sistema Mensageiro, para o endereço
elogios ou adotando as providências legais e re-
"Seção do Fichário Confidencial da Magistratu-
gulamentares, conforme a situação.
ra", no prazo de quinze (15) dias, histórico ela-
- Ver CN 1.2.10 e 1.2.12. borado pelo escrivão, com os seguintes dados:

- Ver Of. Circular nº 59/99, nº 69/02 e Acór- I – número de processos em andamento


dão nº 9071-C.M., que trata da movimenta- (distribuídos e não sentenciados), incluindo
ção na carreira da Magistratura. os feitos administrativos da Direção do Fó-
rum e Corregedoria do Foro Extrajudicial;
1.3.1.1 – Para os fins do item 1.3.1, o escrivão II – número de processos aguardando con-
ou secretário elaborará, na primeira quinzena clusão para sentença e despacho, relacio-
do mês janeiro, a planilha de dados estatísticos nando os feitos paralisados há mais de 90
correspondente ao Anexo C de cada serventia, dias, com a data do último ato praticado;
relativo ao período compreendido entre o pri-
meiro dia do mês janeiro e o dia trinta e um do III – a data da última audiência designada; e
mês dezembro do ano anterior, observado o dis- IV – a relação de processos devolvidos de
posto no item 1.13.5.2. conclusão anterior sem sentença ou despa-
- Ver CN 1.13.5.1, 1.13.5.2, 1.13.6.1 e cho, em decorrência de promoção ou remo-
1.13.6.2. ção, constando o número dos autos, data
de conclusão e data da devolução.
1.3.1.2 – O resultado da inspeção constará de - Redação alterada pelo Provimento n. 174
relatório elaborado pelo juiz, informando as de 15/01/2009
providências tomadas, bem como o cumpri-
mento das determinações pela escrivania e re- 1.3.2.1 – Tratando-se de juízo único ou vara com
gularização das falhas, e deverá ser enviado à mais de um ofício, o relatório deverá ser indivi-
Corregedoria- Geral da Justiça até o último dia dualizado por área.
do mês março, pelo sistema Mensageiro, para
o endereço "Seção de Correições e Inspeções", 1.3.2.2 – Os dados do Relatório de Assunção
juntamente com os dados estatísticos. serão cadastrados no sistema informatizado da
Corregedoria-Geral da Justiça, ficando a disposi-
- Ver CN 1.2.12. ção do Corregedor- Geral da Justiça e dos Juízes
Auxiliares da Corregedoria, exclusivamente, não
1.3.1.3 – Uma via do aludido relatório deve- constando na ficha funcional do magistrado.
rá ser arquivada na Direção do Fórum, com os
dados estatísticos e, se caso, com a certidão de - Redação dada pelo Provimento n. 174 de
regularização, preferencialmente em mídia CD- 15/01/2009
-ROM.
1.3.3 – Aplicam-se subsidiariamente, no que
1.3.1.4 – A inspeção poderá ser dispensada se couber, as normas contidas na seção 13, deste
tiver sido realizada, a partir do mês de outubro, capítulo.
inclusive, do ano anterior, correição geral ordi- - Ver CN 1.13.5.1, 1.13.5.2, 1.13.6.1 e
nária ou inspeção correicional nas serventias. 1.13.6.2.

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SEÇÃO 04 ao usuário que altere sua senha padrão para ou-
RELATÓRIO SEMESTRAL DO CNJ E tra senha restrita a seu conhecimento.
BOLETIM MENSAL DE MOVIMENTO 1.4.3.2.2 – A chave de acesso e a senha são pes-
FORENSE soais e intransferíveis, ficando cada usuário res-
ponsável pela utilização adequada.
1.4.1 – O Relatório Semestral do Conselho Na-
cional de Justiça, que objetiva a manutenção 1.4.3.2.3 – O usuário é responsável pela vera-
do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciá- cidade dos dados que lançar ou alterar no sis-
rio, será gerado no âmbito do Tribunal de Jus- tema. O erro, a falha, a falta ou a falsidade dos
tiça com base nos dados constantes dos Bole- dados sujeitarão o responsável a sanções de na-
tins Mensais encaminhados na forma dos itens tureza administrativo-disciplinar, sem prejuízo
seguintes pelas escrivanias do foro judicial, nos de eventual responsabilidade criminal.
termos da Resolução nº 15, de 20 de abril de 1.4.4 – O Boletim Mensal de Movimento Foren-
2006, do CNJ, ficando as escrivanias dispensa- se apresenta-se dividido em duas partes prin-
das da elaboração de Relatório Trimestral do cipais: uma referente aos dados da Escrivania
STF. (com separação de dados por ofícios) e outra re-
1.4.2 – O Boletim Mensal de Movimento Foren- lativa aos Magistrados que nela atuaram no mês
se deve ser preenchido pelo Escrivão ou Secre- em apuração, denominadas, respectivamente,
tário responsável pela Serventia (mediante titu- "Boletim Mensal de Movimento Forense – Escri-
laridade ou designação), utilizando obrigatória vania" e "Boletim Mensal de Movimento Foren-
e exclusivamente o sistema on-line disponibili- se – JUIZ".
zado na internet pelo sítio http://www.tj.pr.gov. 1.4.4.1 – Os dados do "Boletim Mensal de Movi-
br/cgj/boletim. mento Forense – JUIZ" serão lançados individu-
1.4.3- O sistema on-line deverá ser utilizado por almente em relação a cada um dos Juízes atuan-
todas as Escrivanias e Secretarias do Foro Judi- tes na escrivania durante o mês em apuração.
cial (Criminal, Cível, Família, Infância e Juven- 1.4.5 – O mês em apuração coincide com o cri-
tude, Registros Públicos, Corregedoria do Foro tério de mês utilizado no calendário civil, abran-
Extrajudicial, Varas Especializadas e Juizados gendo o período que vai do primeiro ao último
Especiais Cível e Criminal), excluídos os Ofícios dia de cada mês.
de Distribuidor, Contador, Partidor, Avaliador e
Depositário Público. 1.4.5.1 – O sistema somente permitirá o preen-
chimento de boletins referentes a meses findos.
1.4.3.1 – A obrigatoriedade de utilização do sis-
tema on-line estende-se inclusive àquelas Es- 1.4.6 – Encerrado o mês em apuração, o Escri-
crivanias e Secretarias em que foi implantado o vão ou Secretário deverá providenciar a entra-
sistema informatizado oficial do Tribunal de Jus- da dos dados no sistema on-line entre os dias
tiça (v.g. SICC, LEGIS e SIJEC). 1º (primeiro) e 5 (cinco) do mês imediatamente
subseqüente. O lançamento de dados fora des-
1.4.3.2 – O acesso ao sistema on-line é restrito se período (digitação de boletins atrasados) será
às pessoas autorizadas pela Corregedoria-Geral permitido, porém, considerado extemporâneo.
da Justiça (Escrivães, Secretários, Juízes e mem-
bros da Corregedoria), denominadas usuários, 1.4.6.1 – Após o término da digitação ou altera-
com níveis de acesso específicos, e será proce- ção do formulário, o Escrivão ou Secretário op-
dido mediante login (chave de acesso) e senha. tará por:

1.4.3.2.1 – O login e a primeira senha serão dis- a) apenas salvar as informações para even-
tribuídos pela Corregedoria-Geral da Justiça. tuais conferências e alterações;
Quando do primeiro acesso, o sistema solicitará

838 www.acasadoconcurseiro.com.br
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b) salvar e enviar ao Juiz; ou 1.4.8.1 – Encerrados os prazos, as alterações so-


mente poderão ser efetuadas pela Corregedo-
c) somente reemitir cópia do boletim. ria-Geral da Justiça, mediante solicitação escri-
1.4.6.1.1 – Optando por "salvar e enviar ao Juiz", ta e fundamentada. Tratando-se de solicitação
o sistema formatará o boletim e encaminhará formulada por Escrivão ou Secretário, o reque-
automaticamente um e-mail aos Magistrados a rimento deverá ser instruído com a aposição da
que se refere, comunicando a circunstância. ciência do Magistrado que estiver atendendo a
respectiva Vara.
1.4.6.1.2 – Tratando-se do último dia do pra-
zo regular para lançamento do boletim – dia 5 1.4.9 – Após o dia 10 (dez), encerrado o "perí-
de cada mês -, o Escrivão ou Secretário deverá odo de conferência e aprovação", os dados es-
obrigatoriamente salvar os dados e enviar ao tarão disponíveis para a Corregedoria-Geral da
Magistrado (opção "salvar e enviar ao Juiz"). Justiça.

1.4.7 – Recebendo o Magistrado o comunicado 1.4.10 – Os boletins que não mais sejam pas-
de lançamento de boletim em seu nome, terá síveis de alteração pelo Escrivão/Secretário ou
início o período de conferência e aprovação, en- Magistrado, para esses usuários, somente po-
cerrando-se no dia 10 (dez). derão ser objeto de consulta ou reemissão.

1.4.7.1 – O Juiz, ao acessar o sistema on-line, 1.4.11 – Verificada a inexistência do Boletim


terá disponíveis os boletins lançados em seu Mensal de Movimento Forense, o Fichário Con-
nome e, em relação aos que estiverem no "pe- fidencial da Magistratura certificará o ocorrido,
ríodo de conferência e aprovação", possui a autuará procedimento para regularização, que
incumbência de simplesmente aprová-los, ou será instruído com cópia do último boletim re-
alterá-los e aprová-los. alizado, e oficiará ao Escrivão ou Secretário de-
terminando que, no prazo de 10 (dez) dias, pro-
1.4.7.2 – Serão considerados validados pelo videncie a elaboração do Boletim, bem como
Magistrado os boletins que não forem objeto de encaminhe à Corregedoria-Geral da Justiça a
aprovação expressa durante o "período de con- justificativa para o não-cumprimento do prazo.
ferência e aprovação".
1.4.11.1 – Recebida a justificativa e elaborado
1.4.7.3 – Constatada a ausência de expressa o boletim, ou decorrido o prazo para a adoção
aprovação do Boletim Mensal de Movimento dessas providências, os autos serão submetidos
Forense pelo Magistrado, a circunstância será ao Corregedor-Geral da Justiça, para análise.
certificada pelo Fichário Confidencial da Magis-
tratura e submetida a análise pelo Corregedor- 1.4.12 – A cada mês, cópia impressa do corres-
-Geral da Justiça. pondente Boletim Mensal de Movimento Fo-
rense deverá ser afixada no local de costume
- Ver Art. 39 da LOMAN. destinado à publicidade dos atos processuais
1.4.8 – As alterações nos dados lançados pode- do respectivo ofício, inclusive no que se refere à
rão ser realizadas: atuação dos Juízes Substitutos e Juízes de Direi-
to Substitutos.
a) pelo Escrivão ou Secretário durante o pe-
ríodo de lançamento (de 1º a 5), desde que 1.4.13 – Os dados do Boletim Mensal de
ainda não utilizada a opção "salvar e enviar Movimentação Forense servirão de base
ao Juiz"; e para compor os critérios de avaliação nas
promoções, por merecimento, dos Juízes.
b) pelo Magistrado, durante o período de
conferência e aprovação (de 6 a 10), limi- 1.4.14 – Constatada alguma irregularidade, bem
tadas as alterações ao "Boletim Mensal de como atraso na prolação de sentenças, decisões
Movimento Forense – JUIZ". interlocutórias e despachos por prazo superior a

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90 (noventa) dias, a relação será autuada peran- nar, assegurados a ampla defesa e o contraditó-
te o Fichário Confidencial da Magistratura para rio.
fins de análise pelo Corregedor-Geral da Justiça.
- Ver art. 15 do Regulamento de Penalida-
1.4.14.1 – Por ocasião das correições, será feita des
conferência entre as relações encaminhadas, o
livro ou sistema de carga e os autos. - Redação alterada pelo Provimento 136.

- Redação dada pelo Provimento n. 91 1.5.1.1 – Deve ser instaurada sindicância, me-
diante portaria do juiz competente a ser comu-
1.4.14.2 – O procedimento previsto neste item nicada à Corregedoria-Geral da Justiça, quando
também será adotado sempre que constatado desconhecida a autoria do fato e/ou inexistir
atraso, por prazo superior a 90 (noventa) dias, certeza de que esse constitua infração discipli-
nos recursos e processos conclusos a Juiz de nar, assegurados a ampla defesa e o contraditó-
Direito Substituto de Segundo Grau, como Re- rio.
lator ou Revisor. Para tanto, a Divisão de Apoio
ao Conselho da Magistratura autuará perante o - Redação alterada pelo Provimento n. 238
Fichário Confidencial da Magistratura a relação 1.5.2 – A sindicância deverá ser iniciada no pra-
dos processos que se encontrem nessa situação, zo de três (3) dias a contar da data da notícia do
obtida junto ao Departamento Judiciário, para fato ao juiz e encerrada no prazo de sessenta
fins de análise pelo Corregedor-Geral da Justiça. (60) dias.
- Redação dada pelo Provimento n. 105 1.5.2.1 – O sindicado será intimado para se ma-
1.4.15 – Nos termos dos art. 35, inc. I e 39 da nifestar no prazo de quinze (15) dias, podendo
LOMAN, cabe aos juízes de direito a fiscalização indicar provas.
pessoal do cumprimento da obrigação prevista 1.5.2.2 – O juiz procederá a todas as diligências
nos itens acima. que julgar necessárias para a elucidação dos fa-
tos.
SEÇÃO 05
SINDICÂNCIA 1.5.3 – Concluindo pela inexistência de falta
funcional, o juiz fará relatório final e determina-
- Ver Regulamento de Penalidades Aplicá- rá o arquivamento da sindicância, comunicando
veis aos Auxiliares da Justiça (Acórdão nº a Corregedoria-Geral da Justiça.
7556 – CM).
1.5.4 – Se a conclusão for no sentido da existên-
- ANEXO F deste CN. cia de ilícito administrativo, em tese, o juiz ins-
taurará processo administrativo, mediante por-
- Ver Lei nº 8.935, de 18.11.94 (Lei dos No- taria que conterá a descrição
tários e Registradores).
pormenorizada dos fatos imputados e das
1.5.1 – Todas as reclamações contra ato de ser- normas violadas, com envio de comunica-
ventuários e funcionários da justiça e de agen- ção à Corregedoria-Geral da Justiça.
tes delegados do foro extrajudicial deverão
ser tomadas por termo perante o juiz, salvo se - Sobre processo administrativo, observar o
apresentadas por escrito, com descrição porme- art. 179 e seguintes do CODJ.
norizada do fato.
1.5.5 – As penas de advertência, censura e de-
1.5.1.1 – Deve ser instaurada sindicância, me- volução de custas em dobro poderão ser aplica-
diante portaria do Juiz competente, quando das, em sindicância, aos serventuários do foro
desconhecida a autoria do fato e/ou inexistir judicial.
certeza de que este constitua infração discipli-

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- Ver art. 166 do CODJ. será exercida pela escrivania da vara em que o
magistrado desempenha as suas funções.
1.5.6 – As penas de repreensão e de multa po-
derão ser aplicadas aos agentes delegados, em 1.6.2.1 – Os serviços, entretanto, poderão ser
sindicância. realizados por funcionários próprios da secreta-
ria, onde houver.
- Ver art. 32 da Lei n° 8935/94.
1.6.3 – Nas comarcas de juízo único, os serviços
- Ver art. 200 do CODJ. da secretaria da direção do fórum poderão ser
1.5.7 – A aplicação de pena em sindicância não realizados por qualquer dos titulares das escri-
pode ser feita sem a prévia delimitação do teor vanias do foro judicial, a critério do juiz.
da acusação e das normas violadas, bem como 1.6.4 – O livro Registro Geral de Feitos é desti-
sem a rigorosa observância dos princípios do nado ao registro de todos os feitos administra-
contraditório e da ampla defesa. tivos da comarca, tais como reclamações contra
SEÇÃO 06 serventuários, realização de concursos, dentre
outros.
DIREÇÃO DO FÓRUM
1.6.5 – No livro de Registro de Sentenças deve-
1.6.1 – A secretaria da direção do fórum mante- rão ser lançadas as decisões de natureza admi-
rá os seguintes livros e arquivos: nistrativa, como a homologatória de concurso,
a aplicação de penalidades contra auxiliares da
I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-A);
justiça, dentre outras medidas da competência
II – Registro de Sentenças (Adendo 5-A); Re- da direção do fórum.
vogado pelo Provimento nº 216.
- Revogado pelo Provimento n. 216.
III – Registro de Atas (Adendo 2-A);
1.6.5.1 – A secretaria responsável pela direção
IV – Registro de Compromisso (Adendo do fórum deve efetuar os registros de sentenças
3-A); em livro próprio da secretaria, sendo vedado o
registro em livro da própria escrivania.
V – Revogado pelo Provimento nº 173 de
12/01/2009 - Revogado pelo Provimento n. 216.
VI – Arquivo de Portarias (Adendo 6-A); 1.6.6 – Nas comarcas de menor movimento fo-
rense, autoriza-se a abertura de livros não pa-
VII – Arquivo de Relatório de Inspeção dronizados, de cinqüenta (50) ou cem (100) fo-
(Adendo 7-A). lhas.
VIII – Livros de controle dos bens perma- 1.6.7 – Os livros de registros de sentenças deve-
nentes. rão ser encerrados ao completar 200 (duzentas)
- Redação dada pelo Provimento n. 51. folhas, lavrando-se termo de encerramento e
colhendo-se visto do juiz de direito.
1.6.1.1 – As secretarias poderão abrir outros li-
vros, além dos obrigatórios, quando houver ne- - Revogado pelo Provimento n 216.
cessidade ou o movimento forense justificar. 1.6.7.1 – Os aludidos livros, todavia, obedece-
1.6.1.2 – Revogado pelo Provimento nº 173 de rão aos mesmos critérios de escrituração dos
12/01/2009. livros-padrão, conforme os adendos deste Códi-
go de Normas.
1.6.2 – Salvo determinação expressa, em con-
trário, do juiz, a secretaria da direção do fórum - Revogado pelo Provimento n. 216.

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1.6.8 – No livro de atas serão registrados os atos destinada à direção do fórum, ou que estejam
solenes da comarca, inclusive a posse de magis- instaladas em prédio autônomo.
trado e as visitas correicionais.
1.6.10 – Nas comarcas de entrância final, a di-
1.6.9 – Os registros de termos de compromisso, reção do fórum será exercida por um dos juízes
por exemplo, dos conciliadores, juízes leigos, titulares pelo máximo de dois (02) anos, sob in-
dentre outros, deverão ser lavrados no livro dicação do Órgão Especial e designação do Pre-
próprio da direção do fórum. sidente do Tribunal de Justiça.
1.6.9.1 – No livro Registro de Compromisso será - Art. 37 do CODJ.
lavrado também o termo de entrega de certifi-
cado de compromisso a quem for concedida a 1.6.10.1 – Nas comarcas onde houver mais de
naturalização, devendo constar do referido ter- um prédio destinado às dependências do fó-
mo que o naturalizado: rum, o Presidente do Tribunal de Justiça desig-
nará um juiz de direito para, nos edifícios onde
I – demonstrou conhecer a língua portugue- o diretor do fórum não exercer suas atividades
sa, segundo a sua condição, pela leitura de judicantes, responder pelas atribuições pre-
trechos da Constituição; vistas nos incisos III, IV, V, VI, X, XII, XIII, XXVII e
XXIX do item 1.6.13.
II – declarou, expressamente, que renuncia
à nacionalidade anterior; - Ver art. 2º, § 2º, do Acórdão 5.877.
III – assumiu o compromisso de bem cum- 1.6.11 – Nas demais comarcas do Estado, a di-
prir os deveres de brasileiro. reção do fórum será exercida por um dos juízes
titulares, pelo prazo máximo de dois (02) anos,
1.6.9.2 – Ao naturalizado de nacionalidade por- mediante sucessão automática e obedecendo-
tuguesa não se aplica o disposto no subitem -se à ordem de antigüidade na comarca.
1.6.9.1, inciso I.
- Ver art. 37, § 1º, do CODJ.
1.6.9.3 – Serão anotadas no certificado a data
em que o naturalizado prestou compromisso e a 1.6.12 – O controle do rodízio na direção do fó-
circunstância de haver sido lavrado o respectivo rum será exercido pela Corregedoria- Geral da
termo. Justiça, devendo o juiz que a assumir comunicar
o fato à Presidência e à Corregedoria.
1.6.9.4 – O juiz comunicará ao Departamento
Federal de Justiça a data da entrega do certifi- - Ver Of. Circular nº 17/99 da CGJ.
cado.
1.6.13 – As substituições eventuais do juiz de di-
- Ver Lei nº 6.815, de 19.08.1980, e art. 128, reito diretor do fórum serão exercidas pelo ma-
§ 3º e 129 do Dec. nº 86.715, de 10.12.1981. gistrado mais antigo na comarca, independen-
temente de designação.
1.6.9.5 – As portarias publicadas na comarca
deverão ser registradas no livro de Registro de - Ver art. 39 do CODJ.
Portarias da direção do fórum, com encaminha-
mento de cópia à Corregedoria-Geral da Justiça, 1.6.13.1 – O juiz substituto responderá pela di-
para análise e anotação. reção de fórum, independentemente de desig-
nação, sempre que na comarca não se encon-
• Ver CN 1.1.4. trar em exercício nenhum dos juízes titulares.
- Revogado pelo Provimento n. 227. - Ver art. 40 do CODJ.
1.6.9.6 – Faculta-se a abertura de livros pró-
prios, nas comarcas com mais de uma secretaria

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1.6.14 – São atribuições do juiz diretor do fó- IX – encaminhar a cada dois meses ao Cor-
rum: regedor-Geral boletim de freqüência dos
- Ver art. 41 do CODJ. titulares dos ofícios do foro judicial, não re-
munerados pelo erário público;
- Ver art. 4º, do Acórdão 5.877 do CM.
- Em razão do disposto na Lei nº 8.935, de
I – representar o juízo em solenidades, po- 18.11.1994, não há necessidade de comuni-
dendo delegar essa atribuição a outro juiz cação com relação aos notários e registra-
da comarca; dores.
II – presidir as solenidades oficiais realiza- - Redação dada pelo Provimento nº 29.
das no fórum;
X – requisitar policiamento ao Comando da
III – ordenar o hasteamento das bandeiras Polícia Militar do Estado para manter a se-
Nacional e do Estado do Paraná, como dis- gurança do edifício do fórum;
põe a lei;
XI – solicitar ao Presidente do Tribunal de
- Ver Dec. nº 70.274, de 09.03.1972. Justiça autorização para a colocação de
IV – manter a ordem nas dependências do retratos, hermas, placas, medalhões e si-
fórum; milares, no edifício do fórum e demais de-
pendências, após ouvidos os demais magis-
V – disciplinar o uso das dependências do trados em exercício na comarca;
prédio do fórum e zelar pela sua conserva-
ção e limpeza; XII – designar local apropriado no edifício
onde devam ser realizados as arrematações,
VI – fiscalizar o horário do expediente fo- os leilões e outros atos judiciais da espécie;
rense e autorizar o acesso às dependências
do fórum após o seu encerramento; XIII – fixar normas para o uso dos telefones
oficiais do fórum, vedando as chamadas in-
VII – determinar o fechamento do fórum e terurbanas de cunho particular;
suas dependências nas hipóteses previstas
na Lei n° 1.408, de 09.08.1951, nas datas XIV – exercer inspeção correicional perió-
em que se comemoram oficialmente a ins- dica nos ofícios do distribuidor, contador,
talação da comarca e a emancipação políti- partidor, depositário público e avaliador ju-
ca do município, bem como quando razões dicial, encaminhando cópia do relatório ao
especiais o exigirem, encaminhando cópia Corregedor-Geral da Justiça;
da respectiva portaria à Corregedoria-Geral
da Justiça; XV – requisitar da repartição competente as
verbas destinadas à diretoria do fórum;
VII – determinar o fechamento do fórum e
suas dependências, nas hipóteses previstas XVI – em caso de vacância de ofício, solici-
na Lei n° 1.408, de 9.08.1951, nas datas em tar o provimento da vaga ao Presidente do
que se comemoram oficialmente a instala- Tribunal de Justiça;
ção da comarca e a emancipação política do XVII – baixar portaria, ad referendum do
município, bem como quando razões espe- Conselho da Magistratura, designando
ciais o exigirem; substituto para responder, em caráter pro-
- Redação alterada pelo Provimento nº 227. visório, até o regular provimento do ofício,
com envio de cópia do ato à Corregedoria-
VIII – encaminhar mensalmente ao Presi- -Geral da Justiça, obedecidos os seguintes
dente do Tribunal de Justiça boletim de fre- critérios:
qüência dos titulares dos ofícios do foro ju-
dicial, remunerados pelo erário público;

www.acasadoconcurseiro.com.br 843
a) em ofícios do foro judicial, um titular de designação de substituto, para efeito de as-
outro ofício do mesmo foro, salvo se a es- sentamento funcional.
crivania contar com auxiliar de cartório, re-
munerado pelo erário público, caso em que - Redação alterada pelo Provimento n. 227.
esse auxiliar poderá ser designado; XXI – designar substitutos, ouvido o juiz in-
b) em serviços do foro extrajudicial, um ti- teressado, aos servidores da Justiça quando
tular de outro serviço do foro extrajudicial afastados por ato de autoridade hierarqui-
da comarca; camente superior, observando, no que cou-
ber, o disposto no item anterior;
XVIII – conceder licença, até trinta dias, aos
serventuários do foro judicial e funcionários XXII – proceder à juramentação de empre-
da justiça; e homologar os afastamentos gados contratados pelos titulares dos ofí-
dos agentes delegados. cios judiciais não remunerados pelos cofres
públicos, mediante proposta do titular do
- Redação alterada pelo Provimento 191. ofício;
- Item suspenso em razão de liminar con- - Ver Modelo 7 deste CN.
cedida no Agravo Regimental nº 700.062-
4/01. XXIII – designar oficial de justiça para o
exercício das funções de porteiro de auditó-
XVIII – conceder licença, até trinta dias, aos rio, quando for o caso;
serventuários do foro judicial e funcionários
da justiça; e formalizar os afastamentos dos - Ver art.146, inc. IV, do CODJ.
agentes delegados, mediante a indicação XXIV – deferir compromisso e dar posse aos
do substituto para responder pela serventia servidores da Justiça;
no período, encaminhando cópia do ato ao
Juiz Corregedor do Foro Extrajudicial da Co- XXV – organizar, no princípio de cada ano e
marca, para ciência. ouvidos os juízes interessados, as escalas de
férias dos titulares de ofício das escrivanias
- Redação alterada pelo Provimento n. 234. remuneradas pelos cofres públicos e dos
XIX – encaminhar à diretoria do Departa- funcionários da justiça, inclusive dos que es-
mento Administrativo da Secretaria do Tri- tiverem à disposição da direção do fórum,
bunal de Justiça, com antecedência mínima com comunicação ao Presidente do Tribunal
de sessenta (60) dias, os requerimentos de de Justiça e ao Corregedor- Geral da Justiça;
férias dos servidores da comarca, com a ne- XXVI – autorizar os titulares das serventias a
cessária manifestação de aquiescência do se ausentarem dos respectivos ofícios, des-
juiz da vara; de que presente motivo justo, ouvido o juiz
XX – comunicar à Corregedoria-Geral da a que estiverem diretamente subordinados
Justiça a concessão de férias e licença aos e comunicada a ocorrência à Corregedoria-
servidores da justiça, encaminhando cópia -Geral da Justiça;
das portarias de concessão, bem como de XXVII – requisitar ao departamento compe-
designação de substituto, para efeito de as- tente material de expediente e limpeza ne-
sentamento funcional; cessário à comarca;
XX – comunicar à Corregedoria-Geral da XXVIII – encaminhar todo e qualquer ex-
Justiça a concessão de férias e licença aos pediente administrativo oriundo dos juízos
servidores da Justiça não remunerados pe- e dos ofícios dos foros judicial e extrajudi-
los cofres públicos, encaminhando cópia cial aos órgãos competentes do Tribunal de
das portarias de concessão, bem como de Justiça, com exceção dos requerimentos de

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caráter pessoal dos magistrados, centrali- 1.6.15.2 – A homologação da indicação de es-


zando a remessa dos malotes de correspon- creventes e substitutos por notários e registra-
dência na diretoria do fórum; dores observará o disposto no capítulo 10, se-
ção 4, deste CN.
XXIX – regulamentar e fiscalizar o uso do es-
tacionamento de veículos, na área privativa 1.6.15.3 – Cópia da respectiva portaria deverá
do fórum, e disciplinar o uso das cantinas, ser encaminhada à Corregedoria-Geral da Justi-
baixando os atos necessários; ça.
XXX – apreciar as declarações de suspeição - Ver CN 10.4.6.4.
ou impedimento dos juízes de paz e demais
servidores da comarca, ressalvadas as argüi- SEÇÃO 07
ções feitas em processos, nomeando substi- USO DO FAX
tuto ad hoc, se for o caso;
1.7.1 – É autorizado o uso do fax (fac-símile ou
XXXI – representar ao Corregedor-Geral da fax-message) para o encaminhamento de peti-
Justiça o afastamento dos servidores sujei- ções às escrivanias do foro judicial e de docu-
tos a processo administrativo ou incursos mentos do foro extrajudicial.
em falta de natureza grave;
1.7.2 – Sob pena de ser desconsiderada a práti-
XXXII – proceder à instalação dos distritos ca do ato, deverão ser observados os seguintes
judiciários, remetendo à Corregedoria- Ge- requisitos:
ral da Justiça cópia da portaria ou ata de
instalação, a qual deverá especificar data e I – recebimento por máquina instalada no
hora do fato, salvo quando ocorrer designa- juízo destinatário, cujo número deverá ser
ção de outra autoridade pelo Presidente do comunicado à Corregedoria-Geral da Justi-
Tribunal de Justiça; ça;

XXXIII – proceder à lotação dos oficiais de II – assinatura do advogado na petição;


justiça; III – encaminhamento da procuração a este
XXXIV – proceder, mediante delegação do outorgada pela parte, se ainda não constan-
Corregedor-Geral da Justiça, à instrução de te dos autos;
processo administrativo disciplinar instau- IV – apresentação do original da transmis-
rado contra serventuário da justiça ou agen- são, no prazo de cinco (5) dias, ao ofício do
te delegado do foro extrajudicial; juízo destinatário, que o juntará aos autos.
XXXV – desempenhar outras funções admi- 1.7.3 – As decisões judiciais decorrentes de pe-
nistrativas que forem delegadas pelo Presi- tições transmitidas por fax somente serão cum-
dente do Tribunal de Justiça ou pelo Corre- pridas após o recebimento do respectivo origi-
gedor-Geral da Justiça. nal, salvo quando a espera puder acarretar dano
1.6.15 – O juiz de direito diretor do fórum po- à parte ou tornar ineficaz a providência requeri-
derá juramentar, sob proposta do titular do da, caso em que o juiz determinará o imediato
respectivo ofício, um ou mais empregados para cumprimento. Cessará a eficácia da decisão se o
subscrever os atos especificados na portaria. original da petição não for apresentado, no pra-
zo de cinco (5) dias.
1.6.15.1 – Para ser juramentado o empregado
- Ver CN 1.7.2, IV.
deverá preencher os requisitos do art. 126, inc.
I, II e III, do CODJ, bem como fazer prova do vín- 1.7.4 – O relatório e a autenticação pelo equipa-
culo empregatício. mento de fax constituem prova da transmissão
e do recebimento pelo juízo.

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1.7.5 – Recebido, o fax será juntado aos autos 1.8.3.1- É obrigatória a consignação prévia da
e, apresentado o original, se procederá à subs- qualificação completa dos depoentes ou dos
tituição, evitando-se a renumeração de folhas e interrogados no registro fonográfico ou audiovi-
certificado o ocorrido. Não apresentado o ori- sual.
ginal, no prazo de cinco (5) dias e se a petição - Incluído pelo Provimento 187.
ou documento for relevante, será fotocopiado o
fax, efetuando a substituição nos autos, sem re- 1.8.3.2 – Antes de iniciados os trabalhos, se for
numerar as folhas, para preservar a integridade o caso, o juiz informará as partes a respeito do
do documento. método de registro audiovisual dos interroga-
tórios ou depoimentos, colhendo desde logo o
1.7.6 – Desde que se adote meio de seguran- consentimento das partes para utilização desse
ça, como a imediata confirmação telefônica, os sistema.
alvarás de soltura poderão ser remetidos, para
cumprimento, à vara de execuções penais ou - Incluído pelo Provimento 210.
aos juízes das comarcas do interior do Estado, 1.8.3.3 – O juiz decidirá eventual discordância
por fax, enviando-se em seguida o respectivo das partes quanto ao método de registro utili-
original. zado.
1.7.7 – É autorizado o uso do fax para encami- - Incluído pelo Provimento 210.
nhamento e recebimento de cartas precatórias, 1.8.3.4 – A fundamentação da decisão judicial,
ofícios e outros expedientes do juízo, quando a bem como as razões da discordância serão re-
urgência do ato recomendar, mediante autori- gistradas no respectivo termo.
zação do juiz, bem como para o envio de certi-
dões e documentos, entre ofícios do foro judi- - Incluído pelo Provimento 210.
cial e extrajudicial, observando-se os incisos I e 1.8.4 – Dos atos gravados será lavrado termo de
IV do CN 1.7.2. audiência de que constarão, resumidamente, a
identificação da mídia digital, informando res-
SEÇÃO 08 pectiva marca e número gravado pela fábrica,
GRAVAÇÃO DE SOM E DE IMAGEM o número de série da cópia de segurança, con-
(Alterada pelo Provimento nº 220) forme item 1.8.4.6, bem como o número dos
autos, natureza da ação, data, nome das partes,
1.8.1 – É autorizado o uso de gravação fonográ- interrogatórios, declarações e/ou depoimentos
fica ou digital de som e imagem como método prestados e as deliberações do juiz.
idôneo para a documentação de audiências nos • Redação alterada pelo Provimento nº 142.
ofícios do Foro Judicial, inclusive Juizados Espe-
ciais, cabendo ao Juízo competente prévia divul- 1.8.4.1 – Um disco gravado será destinado aos
gação acerca do procedimento, com imediata autos (CD-processo) e outro servirá como cópia
comunicação à Corregedoria- Geral da Justiça. de segurança (CD-segurança ou DVD-seguran-
ça), o qual deverá ser mantido separado dos au-
• Ver art. 170 e 417 do CPC. tos, em local seguro.
1.8.2 – A implantação do sistema não implicará • Redação alterada pelo Provimento nº 142.
acréscimo de custas processuais.
1.8.4.2 – As partes, terceiros intervenientes, Mi-
1.8.3 – O juiz orientará as partes quanto à segu- nistério Público e assistente de acusação, con-
rança e confiabilidade do sistema adotado. Nos forme o caso, poderão obter cópia do material
depoimentos, a partes e as testemunhas serão gravado, cabendo ao interessado apresentar à
previamente informadas sobre a gravação de serventia o CD gravável.
som e imagem, para o fim único e exclusivo de
documentação processual. 1.8.4.3 – A parte ou seu advogado assinará ter-
mo de recebimento da cópia gravada, em que

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se responsabilizará pelo material e seu uso ex- 1.8.4.9 – Optando pelo armazenamento conjun-
clusivo para fins processuais. to de atos de diferentes processos em uma mes-
1.8.4.4 – Não será permitida a retirada do CD- ma mídia, a escrivania deverá duplicar a cópia
-segurança ou DVD-segurança da serventia, de segurança (com o mesmo número de série),
quando da carga dos autos aos procuradores diante da possibilidade de falha ou deterioração
das partes. da mídia.

• Redação alterada pelo Provimento nº 142. • Redação dada pelo Provimento nº 142.

1.8.4.5 – No CD-segurança ou DVD-segurança, 1.8.5 – Os atos processuais poderão ser repe-


a critério do juízo, poderão ser gravados de- tidos, de ofício ou mediante impugnação da
poimentos de feitos distintos, unificando os parte, quando houver falha ou deficiência na
arquivos armazenados na escrivania. Os depoi- gravação, de modo a impossibilitar seu entendi-
mentos de um mesmo processo deverão ser mento.
reunidos em uma única pasta, gravada na mídia, 1.8.6 – Havendo necessidade de atualização,
identificada pelo tipo do feito, número do regis- como no caso de gravação de novos atos instru-
tro e, sendo carta precatória, juízo deprecante. tórios, a parte fará a apresentação do mesmo
• Ex.: "carta precatória n.º 2008.001.0. Juízo CD à serventia.
deprecante" = Curitiba.PR – 1ª Vara Crimi- 1.8.7 – Se houver recurso, o CD-processo acom-
nal panhará os autos quando da remessa ao Tribu-
• Redação dada pelo Provimento nº 142. nal ou Turma Recursal, permanecendo na escri-
vania o CD-segurança ou DVD-segurança.
1.8.4.6 – Na mídia CD-processo será afixada
etiqueta de identificação, informando o núme- • Redação alterada pelo Provimento nº 142.
ro dos autos e o juízo respectivo, constando na 1.8.8 – O juiz poderá dispensar a gravação digi-
capa do disco os mesmos dados, consignados tal ou magnética nos casos em que se frustrar
no anverso, com a relação discriminada dos atos a realização da audiência ou em qualquer outra
realizados anotada no verso (interrogatório, hipótese em que a adoção do sistema não resul-
depoimento, acareação etc.). Na etiqueta e na tar em proveito da celeridade processual.
capa dos discos de segurança será anotado o ju- 1.8.8.1
ízo a que pertencem e um número de série (se-
qüencial e não renovável), com a denominação • Revogado pelo Provimento nº 142.
"Audiências em Mídia", lançando-se no verso 1.8.9 – O juiz poderá adotar outras providências
da capa a relação dos processos registrados. que entender convenientes em razão do rito
• Ver Modelos 35 a 40 processual aplicável e também para preservar a
segurança do sistema e os princípios da celeri-
• Redação dada pelo Provimento nº 142. dade, do contraditório e da ampla defesa.
1.8.4.7 – A critério do juiz, o uso das mídias de 1.8.10 – No cumprimento de carta precatória
segurança poderá ser separado por tipo de fei- é livre a adoção do sistema de gravação digital,
to para facilitar as buscas (ex. processos, cartas não havendo necessidade de degravação no juí-
precatórias, etc.). zo deprecado.
• Redação dada pelo Provimento nº 142. • Redação dada pelo Provimento nº 142.
1.8.4.8 – Saturada a capacidade de armazena- 1.8.10.1 – Na carta precatória não se fará men-
mento, a mídia de segurança será encerrada, ção à adoção ou não do sistema no juízo depre-
lançando-se, na etiqueta e na capa, a data e as- cante, ao qual competirá dispensar a degrava-
sinatura do juiz. ção ou determiná-la, ao crivo do respectivo juiz,
• Redação dada pelo Provimento nº 142. providenciando-a por meio de seus servidores.

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• Redação dada pelo Provimento nº 142. 1.8.2 – A implantação do sistema não implicará
1.8.10.2 – O juízo deprecado devolverá os autos acréscimo de custas processuais.
de carta precatória acompanhados do CD-pro- 1.8.3 – O juiz orientará as partes quanto à segu-
cesso, contendo os atos registrados, competin- rança e confiabilidade do sistema adotado. Nos
do ao juízo deprecante providenciar cópia do depoimentos, as partes e as testemunhas serão
disco (CD-segurança ou DVD-segurança). previamente informadas sobre a gravação de
• Redação dada pelo Provimento nº 142. som e imagem, para o fim único e exclusivo de
documentação processual.
1.8.10.3 – No juízo deprecado será mantido
pelo prazo de seis meses, contados da baixa da - Ver artigo 20 do Código Civil.
precatória, arquivo digital dos atos realizados,
em CD ou DVD, no qual poderão ser coligidos 1.8.4 – Na hipótese prevista no artigo 217 do
atos de diferentes cartas precatórias, dispensa- Código de Processo Penal, ou quando for ne-
da a duplicação a que se refere o item 1.8.4.9. cessária a preservação da intimidade, da honra
e da imagem do depoente, o juiz procederá ao
• Ver CN 1.8.4.5 e 1.8.4.7 registro de suas declarações pela via tradicional
• Redação dada pelo Provimento nº 142. ou por gravação digital apenas em áudio, sem
registro visual.
1.8.11 – Na hipótese prevista no artigo 217 do
Código de Processo Penal, ou quando for ne- 1.8.5 – A audiência em que houver utilização do
cessária a preservação da intimidade, da honra sistema de gravação audiovisual será documen-
e da imagem do depoente, o juiz procederá ao tada por termo a ser juntado nos autos, assina-
registro de suas declarações pela via tradicional do pelo Juiz e pelos presentes, nos quais cons-
ou por gravação digital apenas em áudio, sem tarão:
registro visual.
I – data e horário da audiência; II – nome do
- Incluído pelo Provimento 210. juiz;
SEÇÃO 08 III – número dos autos;
GRAVAÇÃO DE AUDIÊNCIAS EM IV – identificação das partes e, conforme
AÚDIO E VÍDEO o caso, seus representantes, declinando a
(Nova redação conferida pelo Provimento presença ou ausência para o ato;
nº 220)
V – se for o caso, a presença do Ministério
1.8.1 – É obrigatória a utilização da gravação au- Público ou da Defensoria Pública;
diovisual para a documentação de audiências VI – resumo dos principais fatos ocorridos
em todos os processos nos ofícios do Foro Judi- em audiência e, em relação aos depoimen-
cial, inclusive Cartas Precatórias. tos, a ordem em que foram tomados;
1.8.1.1 – Não será utilizado o sistema de grava- VII – as deliberações do juiz.
ção audiovisual de audiências:
- Ver Modelo nº 43.
I – em unidade que não disponha desse sis-
tema; 1.8.6 – O termo de depoimento será lavrado em
separado, dele constando:
II – na ocorrência de problema que impossi-
bilite sua utilização; I – se é depoimento pessoal de parte, inter-
rogatório, oitiva de informante ou testemu-
III – na hipótese do item 1.8.4. nha;
II – o nome do depoente;

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III – a qualificação do depoente, ressalvada 1.8.10 – As pastas contendo os arquivos de gra-


a hipótese do item 1.8.7; vação das audiências serão armazenadas em
servidor/hard disk destinado para esta finalida-
IV – o disposto no CN 1.8.1 e 1.8.3. de, dele não podendo ser excluídas.
- Ver Modelo nº 44. 1.8.10.1 – Em se tratando de processo físico, os
1.8.7 – A qualificação dos depoentes poderá ser arquivos de gravação das audiências serão sal-
lavrada por escrito no termo de depoimento ou vos em CD-Rom/DVD, denominado CD-Processo
registrada no sistema de gravação audiovisual. ou DVD-Processo, o qual será acostado à contra-
capa dos autos e cuja mídia deverá ser finaliza-
1.8.7.1 – O compromisso legal das testemu- da, impossibilitando a inserção de novos arqui-
nhas, as objeções e decisões a ele afetas serão vos.
necessariamente registradas pelo sistema de
gravação audiovisual. 1.8.10.1.1 – Na mídia CD-Processo ou DVD-
-Processo será afixada etiqueta de identificação,
1.8.8 – O sistema de gravação audiovisual de informando o número dos autos e o juízo res-
audiências poderá ser utilizado para consigna- pectivo, constando na capa do disco os mesmos
ção de qualquer manifestação das partes ou dados, consignados no anverso, com a relação
seus representantes, nos procedimentos que discriminada dos atos realizados anotada no
admitirem a oralidade. verso (interrogatório, depoimento, acareação
1.8.8.1 – À exceção do 1.8.7.1, as decisões e etc.).
sentenças proferidas em audiência serão sem- - Ver Modelos 38 a 40.
pre lavradas por escrito.
1.8.10.2 – Em se tratando de processo eletrô-
1.8.9 – Os depoimentos tomados em audiência nico, salvo na hipótese do item 1.8.10.4, inciso
serão agrupados em pasta cuja nomenclatura II, é dispensada a formação do CD-Processo ou
corresponderá ao número dos autos. DVD/Processo, desde que os servidores e o ma-
- Por exemplo: “Autos 00000- gistrado tenham acesso aos arquivos das audi-
50.2011.8.16.0000”. ências gravadas em pasta ou servidor compar-
tilhado.
1.8.9.1 – Cada depoimento tomado correspon-
derá a um arquivo, assim nomeado: “Número 1.8.10.3 – As pastas contendo os arquivos de
dos autos – Nome do Depoente – Indicação se gravação das audiências, independentemente
é Autor, Réu, Testemunha do Autor/Réu/Juízo, de serem relativas a feitos físicos ou virtuais, se-
Informante do Autor/Réu/Juízo”. rão ainda salvas em CD-Rom/DVD, denominado
CD-Segurança ou DVD-segurança, o qual deverá
- Por exemplo: “Autos 00000- ser mantido separado dos autos, em local segu-
50.2011.8.16.0000 – Fulano de Tal – Teste- ro.
munha do Autor”.
1.8.10.3.1 – Em nenhuma hipótese o CD-segu-
1.8.9.2 – Cada manifestação das partes ou ad- rança ou DVD-segurança será retirado da ser-
vogados, nos procedimentos que admitirem a ventia.
oralidade, caso gravada pelo sistema audiovisu-
al, corresponderá a um arquivo, assim nomeado 1.8.10.3.2 – No CD-segurança ou DVD-seguran-
“Número dos Autos – Espécie de Ato”. ça, a critério do juízo, poderão ser gravadas pas-
tas contendo os arquivos de gravação das audi-
- Por exemplo: “Autos 00000- ências de feitos distintos.
50.2011.8.16.0000 – Defesa Oral pelo réu
Fulano de Tal”. 1.8.10.3.3 – Na etiqueta e na capa dos discos
de segurança será anotado o juízo a que per-

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tencem e um número de série (sequencial e não 1.8.11.2 – O advogado poderá outorgar auto-
renovável), com a denominação “Audiências em rização para obtenção de cópia dos arquivos, a
Mídia”, lançando-se no verso da capa a relação qual, anexa ao termo mencionado no 1.8.11.1,
dos processos registrados. será juntada aos autos.
- Ver Modelos 35 a 37. 1.8.12 – Não se fará, em primeiro grau, trans-
crição dos depoimentos gravados pelo sistema
1.8.10.3.4 – A critério do juiz, o uso das mídias audiovisual.
de segurança poderá ser separado por tipo de
feito para facilitar as buscas (ex. processos, car- - Ver artigo 2º da Resolução 105/2010 do
tas precatórias, etc.). CNJ.
1.8.10.3.5 – Saturada a capacidade de armaze- 1.8.12.1 – Nas decisões proferidas pelo juiz, em
namento, a mídia de segurança será encerrada, que houver menção de trechos de depoimentos
lançando-se na etiqueta e na capa a data e assi- gravados pelo sistema audiovisual, não é neces-
natura do juiz. sária sua transcrição integral, bastando sua des-
crição e o apontamento respectivo do tempo do
1.8.10.3.6 – Optando pelo armazenamento con- vídeo.
junto de atos de diferentes processos em uma
mesma mídia, a escrivania deverá duplicar a - Por exemplo: “A testemunha Fulano de Tal
cópia de segurança (com o mesmo número de afirmou que não presenciou o fato, confor-
série), diante da possibilidade de falha ou dete- me se infere aos 02 min. e 03 seg. de seu
rioração da mídia. depoimento”.
1.8.10.4 – Se houver recurso que enseje a re- 1.8.13 – Os atos processuais poderão ser repeti-
messa dos autos ao órgão julgador: dos de ofício ou mediante insurgência da parte,
I – em processo físico, o CD-processo acom- quando houver falha ou deficiência na gravação,
panhará os autos quando da remessa ao Tri- de modo a impossibilitar seu entendimento.
bunal ou Turma Recursal; 1.8.14 – Nas cartas precatórias:
II – em processo eletrônico, será formado o I – o juízo deprecado:
CD-Processo e remetido ao Tribunal ou Tur-
ma Recursal, salvo se o órgão julgador tiver a) devolverá os autos de carta precatória
acesso aos arquivos por servidor ou pasta acompanhados do CD-Processo. Poderá,
compartilhada, na forma do CN 1.8.10.2. entretanto, utilizar meio eletrônico para en-
vio dos arquivos das gravações ou comparti-
1.8.11 – As partes, advogados, terceiros interve- lhá-los com o juízo deprecante em pasta ou
nientes, Ministério Público e assistente de acu- servidor. Na última hipótese deverá o juízo
sação, conforme o caso, poderão obter cópia do deprecado comunicar o juízo de origem so-
material gravado, cabendo ao interessado apre- bre o método para obtenção dos arquivos.
sentar à serventia o meio no qual os arquivos
serão gravados (CD-Rom, DVD, Discos Removí- b) Apenas manterá os arquivos das grava-
veis, etc.). ções realizadas em cumprimento aos atos
deprecados em hard disk ou servidor (CN
1.8.11.1 – O interessado assinará termo de re- 1.8.10), dispensada, portanto a gravação do
cebimento da cópia gravada, pelo qual se res- CD-Segurança.
ponsabilizará pelo material e seu uso exclusivo
para fins processuais. O termo será reproduzido II – O juízo deprecante:
em duas vias: a primeira, entregue ao interessa-
do e a segunda, juntada aos autos. a) recebendo os arquivos das gravações, ob-
servará quanto à formação do CD- Processo,
- Ver Modelo 45. as disposições do CN 1.8.10.1 e 1.8.10.2.

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b) gerará o CD-Segurança ou DVD-Seguran- 1.9.9 – Os papéis de natureza urgente terão, em


ça, conforme CN 1.8.10.3 e seguintes. caracteres visíveis, a palavra URGENTE, aposta
pelas partes, devendo ser entregues imediata-
SEÇÃO 09 mente, pelo serviço, aos destinatários.
SERVIÇO DE PROTOCOLO
1.9.10 – O serviço não receberá autos, volumes
1.9.1 – O Serviço de Protocolo é destinado ao ou quaisquer objetos que não venham em for-
recebimento de papéis endereçados aos juízes ma de petição, nem as petições que:
de direito e escrivães de todas as varas do Foro
Central da Comarca da Região Metropolitana de I – devam obrigatoriamente ser entregues
Curitiba, inclusive Auditoria Militar. em dependências administrativas;

1.9.2 – O expediente para o atendimento ao II – não estejam endereçadas a juízos certos


público será das 8h30min às 11 horas e das 13 e determinados;
às 17 horas, de segunda a sexta-feira, nos ter- III – dependam de preparo, distribuição e
mos do art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de outras providências preliminares, na forma
08.01.1980, até que o Órgão Especial do Tribu- da legislação vigente;
nal de Justiça delibere de outra forma.
IV – envolvam pedidos de natureza urgen-
•- Ver art. 213 do CODJ.
te e por isso devam merecer apreciação
1.9.3 – A utilização do serviço é facultativa aos judicial imediata, sob pena de prejuízo pro-
interessados. cessual insuperável, como por exemplo, as
petições de pedidos de adiamento de audi-
1.9.4 – O Serviço de Protocolo utilizará protoco- ências e de suspensão de praça ou leilão;
lador mecânico, que conterá a data e horário do
recebimento de forma bem legível, cujo modelo V – se apresentem incompletas, faltando al-
deverá ser aprovado pela Corregedoria-Geral da guma de suas folhas;
Justiça.
VI – objetivem depósito judicial e venham
1.9.5 – O Serviço de Protocolo fornecerá aos acompanhadas de cheque ou importância
interessados recibos-comprovantes dos expe- em dinheiro.
dientes protocolizados, mencionando dia, mês,
hora, ano, número de controle, número dos au- 1.9.11 – A presidência e fiscalização dos traba-
tos, natureza do feito, quantidade de anexos, lhos do serviço ficarão sob a responsabilidade
número de cópias, assunto, nome das partes e dos juízes de direito diretores do fórum cível e
juízo ao qual deverão ser encaminhados. criminal, respectivamente.

1.9.6 – Os recibos poderão ser dados em livro 1.9.12 – O Serviço de Protocolo poderá ser ins-
próprio apresentado pelo interessado ou nas tituído em outras comarcas, obedecendo aos
cópias dos protocolados se estas, no ato da en- critérios desta seção, desde que autorizado pela
trega, vierem com os originais. Corregedoria- Geral da Justiça.
1.9.7 – Os livros referidos no item anterior de- SEÇÃO 10
verão conter as especificações mencionadas no ELIMINAÇÃO DE AUTOS
item 1.9.5, bem como estar em condições de re-
ceber o recibo individual do protocolador auto- 1.10.1 – É vedada a eliminação, por qualquer
mático. meio, de autos de processos cíveis, criminais e
1.9.8 – Os papéis serão entregues pelo Serviço da infância e juventude, tendo em vista o esta-
de Protocolo aos juízos e escrivanias em rela- tuído na Lei nº 6.246, de 07.10.75, e as decisões
ções próprias, que serão carimbadas e assinadas do Superior Tribunal de Justiça (Recurso Ordiná-
pelo chefe do serviço ou respectivo substituto. rio em Mandado de Segurança nº 11.824/SP) e

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do Supremo Tribunal Federal (ADIn nº 1919- 8/ I – qualquer feito em que ocorreu a extin-
SP). ção por sentença sem julgamento do méri-
to, nas hipóteses do art. 267, inc. I, II, III e
1.10.2 – O juiz poderá, no entanto, oficiar por VIII, do CPC;
carta, com AR, à direção do Departamento Es-
tadual de Arquivo Público, a universidades, fa- II – execuções de título extrajudicial, de títu-
culdades e bibliotecas públicas localizadas na lo judicial, execuções fiscais, bem como as
região ou no Estado, assim como às Secretarias antigas ações executivas e embargos à exe-
de Educação e Cultura Municipais e Estadual, cução ou do devedor;
consultando sobre o interesse destas entidades
III – ações de despejo;
na guarda dos autos de processos, para preser-
vação de valores históricos, no prazo de trinta IV – ações de busca e apreensão e ações de
(30) dias. depósito, referentes à alienação fiduciária;
- Departamento Estadual de Arquivo Pú- V – notificações, interpelações e protestos;
blico – Rua dos Funcionários, 1796 CEP
80.035-050 – Curitiba – Paraná. VI – tutelas, desde que o tutelado tenha
atingido a maioridade e inexista especializa-
1.10.2.1 – Se ocorrer interesse de algumas des- ção de hipoteca;
sas entidades, após comunicar à Corregedoria
a quantidade de processos e documentos e ser VII – suprimentos de consentimento;
por esta autorizada, o juiz poderá fazer a entre- VIII – alvarás para levantamentos de impor-
ga mediante termo de guarda. tâncias;
1.10.2.2 – Ficam excluídos desta possibilidade IX – agravos de instrumento;
os documentos e processos que tenham sido
processados em "segredo de justiça". X – ação revisional de aluguel;

1.10.3 – Os autos serão relacionados, pela or- XI – pedidos de assistência judiciária gratui-
dem do mais antigo ao mais recente, ficando a ta;
relação arquivada na escrivania da vara de ori- XII – ações de reparação de danos materiais
gem do feito. A relação conterá: por acidente de veículos;
I – o número dos autos ou inquérito;
XIII – ações ordinárias e sumárias de co-
II – o nome das partes, réus ou indiciados; brança;
III – a indicação do número do artigo e da lei XIV – impugnações ao valor da causa;
em que os réus ou indiciados foram incur-
sos, na área criminal; XV – reclamações trabalhistas.

IV – a data e o número do registro da sen- XVI – exceções de impedimento ou suspei-


tença ou do arquivamento; ção e de incompetência;

IV – a data da sentença ou do arquivamen- XVII – ações cautelares.


to; Redação dada pelo Provimento nº 216. 1.10.5 – Na área criminal, autoriza-se a entre-
V – a data do trânsito em julgado da senten- ga, sob guarda, dos autos de processo em que
ça ou do arquivamento do inquérito. todos os réus tenham sido absolvidos, daqueles
em que ocorreu prescrição antes de sentença
1.10.4 – Na área cível autoriza-se a entrega, sob condenatória, bem como dos habeas corpus jul-
guarda, decorridos cinco (05) anos do arquiva- gados prejudicados e dos inquéritos policiais ar-
mento, após o respectivo trânsito em julgado da quivados, desde que decorridos cinco (05) anos
sentença ou decisão, dos seguintes processos: do arquivamento.

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SEÇÃO 11 IV – pedidos de busca e apreensão de pes-


TRANSMISSÃO ELETRÔNICA DE soas, bens ou valores, desde que objetiva-
mente comprovada a urgência;
DADOS EM TEMPO REAL E CONSULTA
PROCESSUAL V – medida cautelar ou liminar, de natureza
cível ou criminal, que não possa ser realiza-
- Regulamentado pelo Dec. n° 46/2001 – do no horário normal de expediente ou de
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado caso em que da demora possa resultar risco
do Paraná (Anexo S deste CN) de grave prejuízo ou de difícil reparação;
• Ver Lei nº 9.800, de 26.05.1999. VI – comunicação de apreensão em flagran-
te e pedidos de internação provisória de
SEÇÃO 12 adolescente infrator, medidas de proteção
PLANTÃO JUDICIÁRIO a criança ou adolescente em caráter de ur-
gência, ou comunicação de acolhimento
- Seção alterada pelo Provimento 195 institucional, realizado em caráter excep-
• Ver Resolução nº 06/2005 do Órgão Espe- cional e de emergência, consoante previsão
cial do Tribunal de Justiça. contida no art. 93, do Estatuto da Criança e
do Adolescente, com a redação dada pela
• Ver art. 93, inciso XII, da CF/1988.
Lei nº 12.010/2009.
• Ver art. 114, § 2º, do CODJ.
VII – medidas urgentes, cíveis ou criminais,
1.12.1 – O Plantão Judiciário funcionará inin- da competência dos Juizados Especiais a
terruptamente nos períodos compreendidos que se referem as Leis nos 9.099, de 26 de
entre o término do expediente do dia corrente setembro de 1995 e 10.259, de 12 de julho
e o início do expediente do dia seguinte, bem de 2001, limitadas as hipóteses acima enu-
assim nos dias em que não houver expediente meradas.
forense.
1.12.1.3 – Em segundo grau, compete ao ma-
1.12.1.1 – Os procedimentos urgentes iniciados gistrado de plantão conhecer de medidas de
em horário de expediente forense não serão re- caráter urgente em matéria cível e criminal,
metidos ao plantão judiciário. atribuídas por lei ou pelo Regimento Interno ao
Presidente do Tribunal, ressalvadas as da com-
1.12.1.2 – Em primeiro grau, compete ao magis-
petência privativa deste, ou ao Relator, quando
trado de plantão o exame das seguintes maté-
a providência objetivar evitar o perecimento de
rias:
direito e tiver se revelado objetivamente inviá-
I – pedidos de habeas corpus e mandados vel a dedução do requerimento respectivo no
de segurança em que figurar como coator horário de expediente.
autoridade submetida à competência juris-
1.12.1.4 – Consideram-se medidas de caráter
dicional do magistrado plantonista;
urgente as que, sob pena de dano irreparável ou
II – comunicações de prisão em flagrante, de difícil reparação, tiverem de ser apreciadas,
apreciação de pedidos de concessão de li- inadiavelmente, fora do horário de expediente
berdade provisória e arbitramento de fian- forense.
ça;
1.12.1.5 – As medidas de comprovada urgência
III – em caso de justificada urgência, de re- que tenham por objeto o depósito de impor-
presentação da autoridade policial ou do tância em dinheiro ou valores só poderão ser
Ministério Público, visando à decretação de ordenadas por escrito pela autoridade judiciária
prisão preventiva ou temporária; competente e só serão executadas ou efetiva-
das durante o expediente bancário normal por

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intermédio de servidor credenciado do juízo ou Nossa Senhora da Salete, s/n – Centro Cívico –
de outra autoridade por expressa e justificada Curitiba.
delegação do juiz.
1.12.2.1 – O atendimento em todas as áreas
1.12.1.6 – O Plantão Judiciário não se destina será efetuado por um dos juízes de direito subs-
à apreciação de solicitação de prorrogação de titutos da comarca, escalado para funcionar no
autorização judicial para escuta telefônica – res- período compreendido entre o encerramento
salvada a hipótese de risco eminente e grave à do expediente de segunda-feira e o mesmo ho-
integridade ou à vida de terceiros -, de pedidos rário da segunda-feira da semana seguinte, sem
de levantamento de importância em dinheiro prejuízo de suas demais atribuições.
ou valores nem liberação de bens apreendidos.
1.12.2.2 – A escalação será feita pela Correge-
• Ver § 1º, art. 1º, da Resolução nº 84/2009- doria-Geral da Justiça e alterada sempre que
CNJ. houver necessidade, observando-se a ordem de
antiguidade dos juízes, do menos ao mais antigo
1.12.1.7 – É vedada a apresentação, no na entrância. Não participarão do revezamento
Plantão Judiciário, de reiteração de pedido os juízes auxiliares do Presidente do Tribunal de
já apreciado no órgão judicial de origem ou Justiça, dos Vice-Presidentes, do Corregedor-
em plantão anterior, de reconsideração ou Geral e do Corregedor.
reexame, cabendo ao requerente declarar,
sob as penas da lei, que semelhante pedi- 1.12.2.3 – O juiz escalado para o plantão em
do não foi anteriormente formulado. Será determinado período será automaticamente
reputada litigância de má-fé a reiteração de substituído, em suas faltas ou impedimentos,
requerimentos já apreciados. sucessivamente, pelos juízes escalados para os
períodos subseqüentes.
1.12.1.8 – A propositura de qualquer me-
dida no Plantão Judiciário não isenta o 1.12.2.4 – Eventual pedido de alteração da es-
interessado da demonstração do preen- calação poderá ser revista se requerida justifi-
chimento de seus requisitos formais de cadamente ao Corregedor-Geral da Justiça, no
admissibilidade e nem dispensa o preparo, prazo de cinco (05) dias úteis antes do início do
quando exigível, cabendo à parte interessa- respectivo período de plantão.
da providenciar o recolhimento no primeiro
dia útil subseqüente em que houver expe- • Ver Ofício-circular nº 06/2010-CGJ.
diente bancário. 1.12.2.5 – O reajuste na escalação será também
• Ver arts. 34 a 36, todos do Decreto Judici- efetuado em caso de promoção ou remoção.
ário nº 744/2009. Havendo tempo hábil, o juiz promovido ou re-
movido ocupará, na escala, o lugar do juiz que
1.12.1.9 – O juiz de plantão analisará se estão originou a vacância, observando-se nos perío-
presentes as circunstâncias que autorizam a dos subseqüentes o subitem 1.12.2.2.
formulação de pedido no Plantão Judiciário, re-
metendo os autos à distribuição normal ou ao 1.12.2.6 – Cabe ao juiz escalado para o plantão
órgão competente caso repute ausente o cará- em primeiro grau entrar em contato com o Se-
ter de urgência ou o receio de prejuízo, ou ainda tor de Plantões de primeiro grau do Tribunal de
quando a apreciação do pedido revelar- se invi- Justiça para informar o meio pelo qual poderá
ável por estar inadequadamente instruído. ser encontrado nos horários a que alude o item
1.12.1 deste Código.
1.12.2 – No Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba, o Plantão Judiciário 1.12.2.7 – A escalação dos escrivães cíveis será
em primeiro grau funcionará no andar térreo do feita pela ASSEJEPAR – Associação dos Serven-
Edifício do Palácio da Justiça, situado na Praça tuários da Justiça do Estado do Paraná, que en-

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caminhará à Corregedoria- Geral da Justiça a do magistrado afastado para o período ime-


relação dos escalados e dos períodos em que diatamente seguinte ao retorno às atividades,
atuarão, para deliberação e publicação nos ter- observando-se, na redistribuição dos períodos
mos do item 1.12.6 deste Código. aos demais magistrados, o contido no subitem
1.12.2.3.
• Ver Provimento n. 29-CGJ.
1.12.3.3 – Será admitida a troca de períodos de
1.12.2.8 – O oficial de justiça escalado atuará plantão entre os juízes escalados, desde que co-
em matéria cível e criminal. municadas ao Juiz Diretor do Fórum antes do
1.12.2.9 – Os mandados de busca e apreensão início de cada período, atendendo-se à necessá-
em matéria criminal, expedidos no Plantão Judi- ria publicação.
ciário, serão imediatamente encaminhados, por 1.12.3.4 – Havendo divergência entre os magis-
ofício, às autoridades policiais encarregadas de trados, o Juiz Diretor do Fórum suscitará dúvida
cumpri-los. ao Corregedor-Geral da Justiça.
1.12.2.10. O escrivão de plantão, previamente 1.12.3.5 – Funcionará junto ao juiz de plantão
à conclusão dos autos ao juiz de plantão, certi- o escrivão da respectiva vara ou, se necessário,
ficará a existência de feito semelhante em que seu auxiliar legalmente habilitado. Tratando-
o requerente seja parte, após consulta ao ban- -se de juiz de direito substituto, juiz substituto
co de dados da distribuição, vedada a utilização ou juiz supervisor de juizado especial, um dos
deste para qualquer outra finalidade. escrivães das varas do foro ou comarca ou, em
1.12.2.11 – Os materiais de expediente para o suas ausências justificadas, seus auxiliares legal-
funcionamento do Plantão Judiciário cível se- mente habilitados, mediante revezamento.
rão fornecidos pela ASSEJEPAR – Associação dos 1.12.3.6 – Os secretários, oficiais de justiça e
Serventuários da Justiça do Estado do Paraná. demais servidores do Sistema de Juizados Es-
• Ver Provimento n. 29-CGJ. peciais não estão sujeitos ao regime de plantão
judiciário da Justiça comum.
1.12.3 – Nos Foros Regionais da Comarca da
Região Metropolitana de Curitiba, nas demais • Ver deliberação n. 03/2004, do Conselho
comarcas de entrância final e nas comarcas de Supervisão dos Juizados Especiais.
de entrância intermediária, o atendimento no • Ver art. 274, parágrafo único, do CODJ.
Plantão Judiciário será efetuado, em todas as
áreas, por um dos magistrados em atividade no 1.12.3.7 – O oficial de justiça escalado atuará
foro ou comarca, entre titulares e substitutos, em matéria cível e criminal.
sem prejuízo de suas demais atribuições.
1.12.4 – Nas comarcas de entrância inicial,
1.12.3.1 – O revezamento, por períodos cor- as medidas urgentes de que trata o subitem
respondentes ao mencionado no subitem 1.12.1.2 serão apreciadas pelo juiz de direito ou
1.12.2.1, ocorrerá conforme escala organizada pelo juiz substituto, este quando no exercício de
pelo Juiz Diretor do Fórum nos termos do subi- substituição ou nas ausências eventuais daque-
tem 1.12.2.2, ouvidos os demais magistrados, le.
devendo ser reajustada na forma dos subitens
1.12.3.3 e 1.12.3.4 sempre que houver necessi- 1.12.5 – O Plantão Judiciário em segundo grau
dade, observado o subitem 1.12.2.5. funcionará no andar térreo do Edifício do Palá-
cio da Justiça, situado na Praça Nossa Senhora
1.12.3.2 – Os afastamentos em decorrência de da Salete, s/n – Centro Cívico – Curitiba, utili-
férias, já programadas por ocasião da elabora- zando a mesma estrutura do plantão judiciário
ção da escala, licenças e concessões serão com- criminal em primeiro grau.
patibilizados com o plantão mediante escalação

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1.12.5.1 – O atendimento será efetuado por juiz comarcas, o Juiz Diretor do Fórum velará pela
de direito substituto em segundo grau, escalado afixação, em local visível e de fácil acesso da en-
para funcionar no período compreendido entre trada do Fórum, de informações a respeito do
o encerramento do expediente de segunda- Plantão Judiciário e do modo de acioná-lo, espe-
-feira e o mesmo horário da segunda-feira da cificamente no tocante ao nome do magistrado
semana seguinte, sem prejuízo de suas demais que atenderá o plantão, endereço, número de
atribuições. telefone e fax do local de atendimento e nome
dos servidores à disposição, observadas as pe-
1.12.5.2 – A escalação será feita pela Correge- culiaridades locais.
doria-Geral da Justiça segundo a ordem de an-
tiguidade, do menos ao mais antigo na substi- 1.12.6.2 – A escala de plantão judiciário em pri-
tuição em segundo grau, não participando do meiro grau de jurisdição será, no mínimo, men-
revezamento os juízes auxiliares do Presidente sal, observado o subitem 1.12.3.1, cabendo ao
do Tribunal de Justiça, dos Vice-Presidentes, do Juiz Diretor do Fórum dos Foros Regionais da
Corregedor-Geral e do Corregedor. Comarca da Região Metropolitana de Curitiba e
nas demais comarcas, disponibilizá-la tanto no
1.12.5.3 – Aplica-se ao Plantão Judiciário em se- portal do Tribunal de Justiça como no Diário da
gundo grau, no que couber, o disposto nos subi- Justiça Eletrônico (e-DJ), por meio do sistema
tens 1.12.2.2, 1.12.2.3, 1.12.2.4 e 1.12.2.5. "Publique-se", até o antepenúltimo dia útil do
1.12.5.4 – Atuará como secretário o funcionário mês, anterior ao mês de referência, consideran-
da Vara de Inquéritos Policiais escalado para o do-se os feriados da capital.
plantão criminal em primeiro grau, limitando-se - Ver Ofício-circular nº 60/2010-CGJ.
sua atuação a: recebimento do pedido, registro
em livro próprio, autuação provisória, informa- 1.12.6.3 – O cadastramento dos plantões judi-
ção, conclusão ao juiz, expedição de documen- ciários, através do Sistema "Publique-se", torna
tos e remessa ao órgão competente. desnecessário o encaminhamento à Corregedo-
ria Geral, das portarias que disponham sobre o
1.12.5.5 – O funcionário/secretário de plantão, plantão, por meio físico, e importará na divulga-
previamente à conclusão dos autos ao juiz, cer- ção da escala na página eletrônica do Tribunal
tificará nos autos sobre a existência em segundo de Justiça.
grau de feito em que figure como parte o reque-
rente ou o requerido, após consulta ao sistema 1.12.7 – Todos os requerimentos deduzidos no
informatizado do Tribunal de Justiça, vedada Plantão Judiciário receberão autuação provisó-
sua utilização para qualquer outra finalidade. ria.
1.12.5.6 – As diligências externas eventual- 1.12.7.1 – O preparo dos feitos observará o dis-
mente necessárias serão requisitadas ao juiz de posto nos artigos 34 a 36, todos do Decreto Ju-
plantão em primeiro grau e cumpridas pelo ofi- diciário nº 744/2009 – O depósito de importân-
cial de justiça. cia em dinheiro ou valores se dará nos moldes
do previsto no subitem 1.12.1.4.
1.12.6 – Serão publicados no Diário da Justiça e
em jornais de grande circulação local os nomes 1.12.7.2 – As verbas destinadas ao FUNREJUS,
dos juízes, do escrivão e do oficial de justiça es- relativas a expedientes ingressados no plantão
calados para o plantão em primeiro e segundo de segundo grau, serão recolhidas pelo funcio-
graus no Foro Central da Comarca da Região nário plantonista, mediante guia própria que
Metropolitana de Curitiba, bem como o endere- será juntada aos autos, previamente à remes-
ço do local de atendimento. sa destes ao Protocolo do Tribunal de Justiça, o
que ocorrerá até as 13 horas do primeiro dia útil
1.12.6.1 – Nos Foros Regionais da Comarca da seguinte.
Região Metropolitana de Curitiba e nas demais

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1.12.7.3 – As custas serão pagas de acordo com 1.12.8.6 – O livro Registro de Depósitos – 2º
as tabelas vigentes e, relativamente ao oficial de Grau destina-se ao lançamento de valores re-
justiça, conforme as Instruções nos 09/1999 e cebidos pelo plantonista/secretário, referentes
02/2007, ambas da Corregedoria-Geral da Jus- a verbas destinadas ao FUNREJUS, que serão
tiça. recolhidas mediante guia própria no primeiro
dia útil subseqüente, nos termos do subitem
1.12.8 – No Setor de Plantões de primeiro e se- 1.12.7.2.
gundo graus, mantido junto ao Edifício do Palá-
cio da Justiça – sede do Tribunal de Justiça, se- 1.12.9 – Nos foros e comarcas a que alude o
rão mantidos os seguintes livros obrigatórios: item 1.12.3, serão também mantidos pela Se-
cretaria da Direção do Fórum os seguintes livros
a) Para o plantão de primeiro grau: obrigatórios:
I – Registro Geral de Feitos; I – Registro de Feitos do Plantão Judiciário;
II – Registro de Depósitos; II – Protocolo de Remessa;
III – Protocolo de Remessa. III – Registro de Depósitos;
b) Para o plantão segundo grau: IV – Arquivo de Escalações;
I – Registro Geral de Feitos – 2º Grau; V – Arquivo de Termos de Recebimento e
II – Registro de Depósitos – 2º Grau; Entrega.

III – Protocolo de Remessa ao Tribunal. 1.12.9.1 – O livro de Registro de Feitos do Plan-


tão Judiciário destina-se ao registro de todos os
1.12.8.1 – O livro de Registro Geral de Feitos feitos ajuizados perante o plantão judiciário.
destina-se ao registro de todos os feitos ajuiza-
dos perante o plantão em primeiro grau, poden- 1.12.9.2 – No livro de Protocolo de Remessa, o
do ser utilizado um para matéria cível e outro escrivão de plantão colherá o visto do distribui-
para matéria criminal. dor, por ocasião do encaminhamento dos feitos
ajuizados durante o plantão.
1.12.8.2 – O livro de Registro de Depósitos des-
tina-se ao registro das custas e outros valores 1.12.9.3 – O livro de Registro de Depósitos des-
recebidos pelo escrivão de plantão. Nele devem tina-se ao registro das custas e outros valores
ser colhidos os recibos do distribuidor compe- recebidos pelo escrivão de plantão. Nele devem
tente e do escrivão da vara a que o feito for dis- ser colhidos os recibos do distribuidor compe-
tribuído. tente e do escrivão da vara a que o feito for dis-
tribuído.
1.12.8.3 – No livro de Protocolo de Remessa, o
escrivão de plantão colherá o visto do distribui- 1.12.9.4 – No Arquivo de Escalações serão ar-
dor por ocasião do encaminhamento dos feitos quivadas as relações de juízes, escrivães e ofi-
ajuizados durante o plantão de primeiro grau. ciais de justiça escalados para o plantão a cada
intervalo de tempo mencionado no subitem
1.12.8.4 – No livro de Registro Geral de Feitos – 1.12.3.1, nelas devendo ser averbados todos os
2º Grau serão registrados os feitos protocolados ajustes efetuados.
no plantão de segundo grau.
1.12.9.5 – O Juiz Diretor do Fórum alocará local
1.12.8.5 – No livro de Protocolo de Remessa ao para o Setor de Plantões, subordinado à Direção
Tribunal o plantonista/secretário colherá o visto do Fórum, onde serão mantidos os materiais
do funcionário do serviço de protocolo do Tribu- de expediente do Plantão Judiciário e os livros
nal de Justiça, por ocasião do encaminhamento mencionados nos incisos I, II e III do item 1.12.9.
dos feitos ajuizados durante o plantão.

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1.12.9.6 – O escrivão designado para o plantão, III – determinar a devolução de todos os
por ocasião do encerramento do expediente de autos em poder das partes, procuradores
segunda-feira, firmará termo de recebimento e peritos, até o dia útil imediatamente an-
dos livros mencionados no subitem anterior e terior à correição ou inspeção, sob pena de
das chaves do Setor de Plantões, que será bai- cobrança, salvo daqueles cujo prazo ainda
xado pelo Secretário da Direção do Fórum no esteja em curso;
início da segunda-feira seguinte e arquivado na
pasta a que alude o inciso V do item 1.12.9. IV – colocar à disposição e agendar reunião,
se necessário, com o chefe do Poder Execu-
SEÇÃO 13 tivo e membros do Poder Legislativo local,
ROTEIRO DE CORREIÇÃO com os advogados militantes na comarca,
com os serventuários do foro judicial e ex-
1.13.1 – A Corregedoria-Geral da Justiça fará trajudicial, bem como com os demais juris-
publicar, no Diário da Justiça, ordem de serviço dicionados.
com a relação das comarcas a serem correicio- 1.13.4 – O juiz de direito corregedor do foro ex-
nadas, designando: trajudicial deverá providenciar:
I – a data da correição; I – o comparecimento de todos os agen-
II – o período a que corresponde a correi- tes delegados em atividade na comarca, às
ção. 8h30min, no fórum local;

1.13.1.1 – O Departamento da Corregedoria- II – a apresentação do relatório do Anexo


-Geral da Justiça fará expedir ofício à Superin- C-10, de todos os livros registrados na cor-
tendência do Instituto Nacional de Seguridade regedoria do foro extrajudicial, mencionan-
Social (INSS), Superintendência do Instituto Bra- do número de ordem e data do registro.
sileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Delega- 1.13.4.1 – O escrivão ou designado responsável
cia da Receita Federal e Instituto de Identifica- pela corregedoria do foro extrajudicial deverá
ção do Estado do Paraná, encaminhando- lhes efetuar o correto preenchimento do Anexo C-10
relação das comarcas que serão visitadas em deste CN.
correição, para conhecimento, bem como soli-
citando informações quanto à regular comuni- 1.13.5 – Os escrivães, notários, registradores,
cação dos atos praticados pelos notários e regis- distribuidores, secretários dos juizados espe-
tradores. ciais, titulares ou designados, deverão preen-
cher o quadro estatístico previstos nos itens
1.13.2 – Na data ou período da correição, em 1.13.4.1, 1.13.8.1, 1.13.12, 1.13.16, 1.13.20,
princípio não deverão ser designadas audiên- 1.13.24, 1.13.28, 1.13.30.1, 1.13.32, 1.13.37.V e
cias. Entretanto, deverão ser realizadas as ante- 1.13.37.VI deste Código de Normas, correspon-
riormente designadas e as de caráter urgente. dente à área de atuação da serventia, escrivania
1.13.3 – O juiz de direito diretor do fórum deve- ou vara, referente ao período correicionado, o
rá providenciar: qual é determinado na ordem de serviço.

I – o comparecimento de todos os funcioná- - Ver anexo C deste CN.


rios da Justiça em atividade na comarca, às 1.13.5.1 – O escrivão ou secretário deverá co-
8h30min, no fórum local; piar a planilha de dados estatísticos correspon-
II – divulgar a data da realização da Correi- dente à competência do(s) ofício(s) judicial(is),
ção Geral Ordinária aos jurisdicionados, da página da Corregedoria- Geral da Justiça –
afixando avisos e oficiando à Subseção da Serviços – Código de Normas – Anexos C – Da-
OAB; dos Estatísticos de Correição – e preencher de

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acordo com as orientações constantes do Anexo I – título de nomeação;


C.
II – cópias dos Boletins Mensais de Movi-
- Redação dada pelo Provimento n. 154 mentação Forense;
1.13.5.2 – Após o preenchimento, a planilha III – cópias dos relatórios trimestrais do STF;
deverá ser salva em formato Excel, constando
como nome do arquivo: a Comarca; a designa- IV – comprovantes de recolhimento das re-
ção da Vara ou Secretaria; e o ano de referência ceitas devidas ao FUNREJUS;
(ex. Comarca de Curitiba – Primeira Vara Cível – - Redação alterada pelo Provimento 207.
2008.xls). Os dados deverão ser individualizados
por ofício, não se admitindo unificações. V – apresentação dos livros obrigatórios
utilizados desde a última correição ou ins-
- Redação dada pelo Provimento n. 154 peção realizada pela Corregedoria-Geral da
1.13.6 – Os dados estatísticos deverão ser re- Justiça. Os livros deverão ser colocados na
metidos pelo magistrado à Corregedoria- Geral ordem do Código de Normas, conforme a
da Justiça pelo Sistema Mensageiro, para o en- escrivania, observado o disposto nos capí-
dereço "Seção de Correições e Inspeções", com tulos 4, 5, 6, 7, 8, 17, 18 e 19 deste CN, assi-
antecedência de quinze (15) dias, em relação à nalados com tarja de papel no local onde foi
data da correição. A planilha deverá ser apre- correicionado o último ato; e
sentada no dia da correição, gravada em mídia VI – relatório quantitativo de todos os atos
CD-ROM, juntamente com os demais relatórios referentes aos recolhimentos da receitas do
e certidões exigidas. FUNREJUS por ano, na forma do Modelo 24.
- Ver CN 1.13.10, 1.13.15, 1.13.19, 1.13.23,
1.13.27, 1.13.29 e 1.13.31. 1.13.8 – O titular ou designado responsável
pelo ofício do distribuidor e anexos na comarca
- Ver CN 1.13.66 e seg. deverá apresentar:
- Redação alterada pelo Provimento n. 154 I – relatório cadastral e quantitativo dos fei-
1.13.6.1 – O preenchimento dos dados estatísti- tos distribuídos ao foro judicial, por área (cí-
cos é responsabilidade de quem estiver desem- vel, criminal, família, infância e juventude,
penhando as funções de oficial da serventia e juizados especiais e registros públicos), por
será acompanhado pelo magistrado, que fiscali- escrivania e por ano;
zará a observância do prazo e conferirá os dados - Ver anexo C-11 deste CN.
inseridos na planilha.
- Ver CN 1.13.46. II – relação dos autos em poder da serventia
para elaboração de conta ou cálculo, esbo-
- Redação dada pelo Provimento n. 154 ço de partilha ou sobrepartilha e avaliação
1.13.6.2 – O preenchimento incorreto, a falta de (mandado ou autos) mencionando a data
dados ou a não apresentação dentro do prazo da respectiva carga;
determinado, salvo justificativa aceita pelo ór- III – os livros obrigatórios, que deverão ser
gão censor, serão objeto de apuração disciplinar. colocados na ordem deste CN, conforme a
- Redação dada pelo Provimento n. 154 escrivania, observado o disposto no capítu-
lo 3, assinalados com tarja de papel no local
1.13.7 – Na data da correição, os escrivães, se- onde foi correicionado ou inspecionado o
cretários dos juizados, titulares ou designados último ato;
dos ofícios de justiça deverão comparecer ao
início dos trabalhos, levando, cada um, o se- IV – relatório quantitativo de todos os atos
guinte: lavrados referentes à distribuição do foro

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extrajudicial (títulos e documentos, escritu- cionando a finalidade respectiva e a data do
ras e títulos levados a protesto), a partir da último ato praticado;
última correição ou inspeção, por ofício, in-
clusive distritos judiciários e por ano; IV – dos autos em andamento, com mais de
cinco (05) anos de autuação, mencionando
- Ver anexo C-11 deste CN. o número dos autos, a natureza e a fase em
que se encontram;
V – relação de bens sob sua guarda e dos
bens em mãos de depositários particulares. V – dos mandados em poder dos oficiais
de justiça, mencionando o número dos au-
VI – Revogado pelo Provimento 207. tos, a data da carga, o prazo concedido para
VII – arquivo das taxas judiciárias e de ocu- cumprimento e a finalidade;
pação recolhidas em favor do FUNREJUS; e VI – das audiências designadas, mencionan-
VIII – relatório quantitativo de todos os atos do o número e a data, a partir da última re-
referentes aos recolhimentos da receitas do alizada;
FUNREJUS por ano, na forma do Modelo 24. VII – das cartas precatórias recebidas e ain-
1.13.8.1 – O titular ou designado responsável da não devolvidas ao respectivo juízo de-
pelo ofício distribuidor deverá efetuar o correto precante, mencionando o número da au-
preenchimento do Anexo C-11 deste CN. tuação, data do recebimento, finalidade da
deprecação e a fase que se encontram;
1.13.9 – O escrivão ou designado responsável
pela vara ou escrivania cível deverá providen- VIII – dos depósitos não levantados, men-
ciar que todos os autos estejam na serventia, cionando o número dos autos, natureza do
cobrando a devolução daqueles com carga aos processo e data do depósito;
advogados, peritos etc., até o dia útil imediata- IX – dos autos arquivados no período correi-
mente anterior à correição, salvo se o prazo ain- cionado;
da estiver em curso.
X – dos livros em uso na escrivania.
1.13.9.1 – Os autos com carga aos representan-
tes do Ministério Público serão solicitados du- 1.13.11 – Nas relações dos incisos II e III supra,
rante os trabalhos correicionais, se necessário. deverão constar somente o número dos autos e
a natureza da ação;
1.13.10 – O escrivão ou designado responsável
pela vara ou escrivania cível deverá apresentar 1.13.12 – O escrivão ou designado pela escriva-
relação: nia ou vara cível deverá efetuar o correto preen-
chimento do Anexo C-1 deste CN.
I – de todos os processos em andamento,
por ano de registro, mencionando o núme- 1.13.13 – O escrivão ou designado deve apre-
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em sentar as carteiras de trabalho dos funcionários
que se encontram e a data do último ato sob regime da CLT.
praticado;
1.13.14 – O escrivão ou designado responsável
II – dos autos em poder do juiz, conclusos pela vara ou escrivania criminal deverá provi-
para sentença e para despacho, mencionan- denciar que todos os autos estejam na serven-
do a finalidade e a data da respectiva carga; tia, cobrando a devolução daqueles com carga
aos advogados, delegacia de polícia etc., até o
III – dos autos que se encontram aguar- dia útil imediatamente anterior à correição, sal-
dando conclusão ao juiz, para sentenças e vo se o prazo ainda estiver em curso.
despachos, com os respectivos totais, men-

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1.13.14.1 – Os autos com carga aos represen- VII – dos autos que se encontram aguar-
tantes do Ministério Público serão solicitados dando conclusão ao juiz, para sentenças e
durante os trabalhos correicionais, se necessá- despachos, com os respectivos totais, men-
rio. cionando a finalidade respectiva e a data do
último ato praticado;
1.13.15 – O escrivão ou designado responsável
pela vara ou escrivania criminal deverá apresen- VIII – dos autos em andamento, com mais
tar relação: de cinco (05) anos de autuação, mencionan-
do o número dos autos, a natureza da infra-
I – de todos os processos em andamento, ção e a fase em que se encontram;
excluídos os pronunciados e os relativos a
réus presos provisoriamente, por ano de re- IX – dos mandados em poder dos oficiais
gistro, mencionando o número de autos, o de justiça, mencionando o número dos au-
nome do réu, a natureza da infração, a data tos, a data da carga, o prazo concedido para
do recebimento da denúncia, a fase em que cumprimento e a finalidade;
se encontram e a data do último ato prati-
cado; X – dos autos que se encontram fora da es-
crivania, para outros fins, mencionando o
II – dos processos pronunciados, ainda não nome do destinatário, o número dos autos,
julgados, paralisados (aguardando intima- a data da respectiva carga e a finalidade;
ção pessoal ou prisão), por ano de registro,
mencionando o número de autos, o nome XI – dos processos suspensos pela citação
do réu, a natureza da infração, a data do re- do réu por edital;
cebimento da denúncia, a data da pronún- XII – das armas fora da escrivania, mencio-
cia e a data do último ato praticado; nando o número dos autos, o nome do de-
III – dos processos relativos a réus presos positário e a data da carga;
provisoriamente (flagrante, preventiva, pri- XIII – dos processos de execução de pena
são temporária ou pronúncia), mencionan- privativa de liberdade em regime fechado,
do o número dos autos, nome do réu, a na- mencionando o nome do condenado, a es-
tureza da infração, a data do recebimento pécie e quantidade da pena imposta, a data
da denúncia, a data da prisão e o local onde do início, o estabelecimento de cumprimen-
está preso, a fase em que se encontram e a to de pena, o valor da multa, a data do trân-
data do último ato praticado; sito em julgado da sentença, os prazos de
IV – dos processos em andamento, mesmo pagamento integral ou em parcelas;
que já constem da relação mencionada no XIV – das audiências designadas, mencio-
inciso I, de réu afiançado, mencionando o nando o número e a data, a partir da última
número dos autos, o nome do réu, a natu- realizada;
reza da infração, o valor da fiança e o local
onde está depositada; XV – das cartas precatórias recebidas e ain-
da não devolvidas, mencionando o número
V – dos processos findos, com depósito de da autuação, a data do recebimento, o juízo
fiança não levantadas, mencionando núme- deprecante, a finalidade e a fase em que se
ro dos autos e a data do trânsito em julgado encontram;
da decisão;
XVI – dos inquéritos policiais em andamen-
VI – dos autos em poder do juiz, conclusos to, mencionando o número dos autos, a
para sentença e para despacho, mencionan- data e natureza da infração e o último ato
do a finalidade e a data da respectiva carga; praticado;

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XVII – dos autos arquivados no período cor- V – das audiências designadas, mencionan-
reicionado; do o número e a data, a partir da última re-
alizada;
XVIII – dos livros em uso na escrivania.
VI – das cartas precatórias recebidas e ain-
1.13.16 – O escrivão ou designado responsável da não devolvidas ao respectivo juízo de-
pela escrivania ou vara criminal deverá, tam- precante, mencionando o seu número de
bém, efetuar o correto preenchimento do Ane- autuação, data do recebimento, finalidade
xo C-2 deste CN. de deprecação e o estado em que se encon-
1.13.17 – O escrivão ou designado deve apre- tram;
sentar as carteiras de trabalho dos funcionários VII – mencionando os depósitos não levan-
sob regime da CLT. tados, com o número dos autos, natureza
1.13.18 – O escrivão ou designado responsável do processo e data do depósito;
pela vara ou escrivania da família deverá provi- VIII – dos autos arquivados no período cor-
denciar que todos os autos estejam na serven- reicionado;
tia, cobrando a devolução daqueles com carga
aos advogados, peritos etc., até o dia útil ime- IX – dos livros em uso na serventia.
diatamente anterior à correição, salvo se o pra-
zo ainda estiver em curso. 1.13.20 – O escrivão ou designado responsável
pela escrivania ou vara da família deverá, tam-
1.13.18.1 – Os autos com carga aos represen- bém, efetuar o correto preenchimento do Ane-
tantes do Ministério Público serão solicitados xo C-3 deste CN.
durante os trabalhos correicionais, se necessá-
rio. 1.13.21 – O escrivão ou designado deve apre-
sentar as carteiras de trabalho dos funcionários
1.13.19 – O escrivão ou designado responsável sob regime da CLT.
pela vara ou escrivania da família deverá apre-
sentar relação: 1.13.22 – O escrivão ou designado responsável
pela vara ou escrivania da infância e juventude
I – de todos os processos em andamento, deverá providenciar que todos os autos estejam
por ano de registro, mencionando o núme- na serventia, cobrando a devolução daqueles
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em com carga aos advogados, peritos etc., até o dia
que se encontram e a data do último ato útil imediatamente anterior à correição, salvo o
praticado; prazo ainda estiver em curso.
II – dos autos em poder do juiz, conclusos 1.13.22.1 – Os autos com carga aos represen-
para sentença e para despacho, mencionan- tantes do Ministério Público serão solicitados
do a finalidade e a data da respectiva carga; durante os trabalhos correicionais, se necessá-
rio.
III – dos autos que se encontram aguar-
dando conclusão ao juiz, para sentenças e 1.13.23 – O escrivão ou designado responsável
despachos, com os respectivos totais, men- pela vara ou escrivania da infância e juventude
cionando a finalidade respectiva e a data do deverá apresentar relação:
último ato praticado;
I – de todos os processos em andamento,
IV – dos mandados em poder dos oficiais por ano de registro, mencionando o núme-
de justiça, mencionando o número dos au- ro dos autos, a natureza da ação, a fase em
tos, a data da carga, o prazo concedido para que se encontram e a data do último ato
cumprimento e a finalidade; praticado;

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II – dos autos em poder do juiz de direito, 1.13.25 – O escrivão ou designado deve apre-
conclusos para sentença e para despacho, sentar as carteiras de trabalho dos funcionários
mencionando a finalidade e a data da res- sob regime da CLT.
pectiva carga;
1.13.26 – O escrivão ou designado responsável
III – dos autos que se encontram aguar- pela vara ou escrivania de registros públicos de-
dando conclusão ao juiz, para sentenças e verá providenciar que todos os autos estejam
despachos, com os respectivos totais, men- na serventia, cobrando a devolução daqueles
cionando a finalidade respectiva e a data do com carga aos advogados, peritos etc., até o dia
último ato praticado; útil imediatamente anterior à correição, salvo
se o prazo ainda estiver em curso.
IV – dos mandados em poder dos oficiais
de justiça, mencionando o número dos au- 1.13.26.1 – Os autos com carga aos represen-
tos, a data da carga, o prazo concedido para tantes do Ministério Público serão solicitados
cumprimento e a finalidade; durante os trabalhos correicionais, se necessá-
rio.
V – das audiências designadas, mencionan-
do o número e a data, a partir da última re- 1.13.27 – O escrivão ou designado responsável
alizada; pela vara ou escrivania de registros públicos de-
verá apresentar relação:
VI – relação das armas fora da escrivania,
mencionando o número dos autos e o nome I – de todos os processos em andamento,
do depositário; por ano de registro, mencionando o núme-
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em
VII – das cartas precatórias recebidas e ain- que se encontram e a data do último ato
da não devolvidas ao respectivo juízo de- praticado;
precante, mencionando o seu número de
autuação, data do recebimento, finalidade II – dos autos em poder do juiz, conclusos
da deprecação e a fase em que se encon- para sentença e para despacho, mencionan-
tram; do a finalidade e a data da respectiva carga;
VIII – relação mencionando os depósitos III – dos autos que se encontram aguar-
não levantados, mencionando o número dando conclusão ao juiz, para sentenças e
dos autos, natureza do processo e data do despachos, com os respectivos totais, men-
depósito; cionando a finalidade respectiva e a data do
último ato praticado;
IX – dos autos arquivados no período correi-
cionado; IV – dos mandados em poder dos oficiais
de justiça, mencionando o número dos au-
X – os livros em uso na escrivania. tos, a data da carga, o prazo concedido para
1.13.23.1 – Nas relações dos incisos II e III supra, cumprimento e a finalidade;
deverão constar o número dos autos, a natureza V – das audiências designadas, mencionan-
da ação, a data da respectiva carga e o nome do do o número e a data, a partir da última re-
destinatário; alizada;
1.13.24 – O escrivão ou designado responsável VI – das cartas precatórias recebidas e ainda
pela escrivania ou vara da infância e juventude não devolvidas ao respectivo juízo depre-
deverá, também, efetuar o correto preenchi- cante, mencionando o seu número de au-
mento do Anexo C-4 deste CN. tuação, data do recebimento, finalidade da
deprecação e a fase em que se encontram;

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VII – dos autos arquivados no período cor- VII – dos autos encaminhados a turma re-
reicionado; cursal, mencionando número de autuação e
data da remessa;
VIII – dos livros em uso na escrivania.
VIII – a data da última audiência designada;
1.13.27.1 – Nas relações dos incisos II e III supra,
deverão constar o número dos autos, a natureza IX – dos livros em uso na secretaria.
da ação, a data da respectiva carga e o nome do
destinatário. 1.13.30.1 – No Anexo C-6 deste CN, no quadro
das autuações, deverá ser observado que no
1.13.28 – O escrivão ou designado responsável campo "reclamação" serão computadas as exe-
pela vara ou escrivania de registros públicos de- cuções ajuizadas.
verá, também, efetuar o correto preenchimento
do Anexo C-5 deste CN. 1.13.31 – Os secretários ou responsáveis pelas
secretarias do juizado especial criminal deverão
1.13.29 – Os secretários ou responsáveis pelas apresentar relação:
secretarias do juizado especial cível deverão
apresentar relação: I – de todos os processos em andamento,
por ano de registro, mencionando o núme-
I – de todos os processos em andamento, ro dos autos, a natureza da ação, a fase em
por ano de registro, mencionando o núme- que se encontram e a data do último ato
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em praticado;
que se encontram e a data do último ato
praticado; II – dos autos em poder do juiz de direito,
conclusos para sentença e para despacho,
II – dos autos em poder do juiz, conclusos mencionando a finalidade e a data da res-
para sentença e para despacho, mencionan- pectiva carga;
do a finalidade e a data da respectiva carga;
III – dos autos que se encontram aguardan-
III – dos autos que se encontram aguar- do conclusão ao juiz de direito, para senten-
dando conclusão ao juiz, para sentenças e ças e despachos, com os respectivos totais,
despachos, com os respectivos totais, men- mencionando a finalidade respectiva e a
cionando a finalidade respectiva e a data do data do último ato praticado;
último ato praticado;
IV – dos autos em poder dos juízes leigos
IV – dos autos em poder dos juízes leigos e conciliadores, mencionando o nome do
e conciliadores, mencionando o nome do destinatário, a finalidade e a data da carga;
destinatário, a finalidade e a data da carga;
V – dos mandados em poder dos oficiais
V – dos mandados em poder dos oficiais de justiça, mencionando o número dos au-
de justiça, mencionando o número dos au- tos, a data da carga, o prazo concedido para
tos, a data da carga, o prazo concedido para cumprimento e a finalidade;
cumprimento e a finalidade;
VI – das cartas precatórias recebidas e ain-
VI – das cartas precatórias recebidas e ain- da não devolvidas ao respectivo juízo de-
da não devolvidas ao respectivo juízo de- precante, mencionando o seu número de
precante, mencionando o seu número de autuação, data do recebimento, finalidade
autuação, data do recebimento, finalidade da deprecação e o estado em que se encon-
da deprecação e o estado em que se encon- tram;
tram;
VII – dos autos encaminhados à turma re-
cursal, mencionando número de autuação e
data da remessa;

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VIII – das armas fora da secretaria, mencio- mento, o prazo concedido para cumprimento e
nando o número dos autos e o nome do de- a finalidade.
positário;
1.13.37 – Na data da correição, os notários e re-
IX – a data da última audiência designada; gistradores, inclusive os distritais, deverão com-
parecer ao início dos trabalhos, apresentando:
X – dos livros em uso na secretaria.
I – título de nomeação;
1.13.32 – O secretário ou responsável pela se-
cretaria do juizado especial criminal deverá, II – portarias da direção do fórum indican-
também, efetuar o correto preenchimento do do os substitutos e escreventes das serven-
Anexo C-7 deste CN. tias, em conformidade com a Lei nº 8.935,
18.11.1994;
1.13.33 – O secretário ou designado deve apre-
sentar as carteiras de trabalho dos funcionários III – todos os livros abertos desde a última
sob regime da CLT. correição realizada na serventia, bem como
os em uso. Deve, ainda, assinalar com tarja
1.13.34 – Os secretários ou responsáveis pelas de papel o local onde foi correicionado o úl-
secretarias das turmas recursais regionais ainda timo ato;
em atividade, nas comarcas de sua sede, deve-
rão apresentar relação: IV – comprovantes de recolhimento das re-
ceitas devidas ao FUNREJUS;
I – de todos os processos em andamento,
por ano de registro, mencionando o núme- - Redação alterada pelo Provimento 207.
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em
que se encontram e a data do último ato V – relatório e quadro estatísticos dos Aden-
praticado; dos C-12, 13, 14, 15, 16, e 17.

II – dos autos em poder do juiz, conclusos VI – relatório quantitativo de todos os atos


para sentença e para despacho, mencionan- referentes aos recolhimentos da receitas do
do a data da carga, a finalidade e o destina- FUNREJUS por ano, na forma do Modelo 24.
tário; 1.13.38 – Os livros e arquivos deverão, ainda,
III – dos autos que se encontram aguar- estar registrados perante a corregedoria do foro
dando conclusão ao juiz, para sentenças e extrajudicial.
despachos, com os respectivos totais, men- - Ver CN 4.3.1, inciso I.
cionando a finalidade respectiva e a data do
último ato praticado; 1.13.39 – Os oficiais do registro civil, da sede e
dos distritos, deverão apresentar, além dos li-
IV – a data da última audiência designada; vros obrigatórios (item 15.1.1 do CN), os arqui-
V – dos livros em uso na secretaria. vos a que se referem os itens 15.1.12, 15.5.2,
15.7.7, 15.7.7.1, 15.7.8 do CN, e, ainda:
1.13.35 – O secretário ou responsável pela se-
cretaria da turma recursal deverá, também, I – os 20 (vinte) últimos procedimentos ar-
efetuar o correto preenchimento do Anexo C-8 quivados de habilitação de casamento;
deste CN. II – o arquivo dos termos de alegações de
1.13.36 – Os oficiais de justiça deverão apre- paternidade;
sentar, além do título de nomeação, relação III – certidão de regularidade da comunica-
dos mandados em seu poder, conferida e visada ção mensal de óbitos lavrados firmada pelo
pelo escrivão ou secretário respectivo, mencio- escrivão eleitoral da Zona Eleitoral corres-
nando a vara de origem, a data do seu recebi- pondente ao ofício;

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IV – certidão de regularidade da comunica- • Redação dada pelo Provimento nº 29.
ção mensal de óbitos à Secretaria de Saúde
do município; IV – à Receita Federal;

V – certidão de regularidade da comunica- V – ao juiz corregedor do foro extrajudicial.


ção mensal de óbitos à Junta de Serviço Mi- 1.13.45 – Os notários deverão apresentar o
litar. arquivo de autorizações judiciais para práti-
1.13.40 – O registrador civil da sede da comar- ca de atos notariais.
ca, além dos arquivos referidos no item anterior, 1.13.46 – Os relatórios, anexos e certidões de-
deverá, ainda, apresentar arquivo da comunica- verão ser preenchidos com referência ao perío-
ção a que se refere o item do correicionado, iniciando no primeiro dia do
15.8.7 do CN (comunicação dos registros de ano da última correição ou inspeção, até o dia
emancipações, interdições e ausências ao regis- especificado na ordem de serviço.
trador do nascimento e casamento). 1.13.46.1 – A apresentação dos livros e arquivos
1.13.41 – Os agentes delegados dos tabeliona- obrigatórios também deverá obedecer ao perío-
tos de notas, do registro de imóveis, registro de do determinado na ordem de serviço.
títulos e documentos deverão exibir o compro- 1.13.47 – Com relação aos livros, deverá ser ob-
vante de remessa de Declaração de Operação servado o cumprimento do disposto no CN 2.2.8
Imobiliária – DOI, referente ao período correi- e 2.2.9, ou seja, a lavratura dos termos de aber-
cionado. tura e encerramento e rubrica das folhas dos li-
1.13.42 – O oficial do registro de imóvel, além vros da serventia, bem como deverão providen-
dos livros obrigatórios, deverá apresentar as úl- ciar o visto do juiz de direito abaixo do termo de
timas dez (10) fichas referentes aos atos lavra- abertura.
dos nos livros nº 2, 3, 4 e 5 – Deverá apresentar, 1.13.48 – Deverá ser mencionado no relatório
ainda, o livro auxiliar das aquisições de terras se a vara ou escrivania está ou esteve em regi-
por pessoas estrangeiras, a pasta de arquivo a me de exceção, mutirão ou no Projeto "Paraná
que se refere o art. 198 da Lei de Registros Pú- Sentença em Dia".
blicos e a prova da comunicação, ao INCRA, da
aquisição de imóvel rural por pessoa estrangei- 1.13.49 – Na inspeção ou correição será aferida
ra. a produtividade do juízo, considerando um con-
junto de fatores e dados estatísticos, dentre os
1.13.43 – O registrador de protesto deverá apre- quais ressaltam- se:
sentar, além dos extratos bancários da conta
"Poder Judiciário" dos últimos seis (06) meses, I – as atribuições do juízo, se vara específica
os comprovantes de que trata o item 12.5.6 do (cível, crime, família ou infância e juventu-
CN (comprovante de intimação). de), com anexos ou se trata de juízo único.
Se o juízo acumula outras atribuições, tais
- Redação dada pelo Provimento n. 29 como direção do fórum, Justiça Eleitoral,
1.13.44 – Os notários da sede e dos distritos de- Juizados Especiais e Corregedoria do Foro
verão apresentar cópias das seguintes comuni- Extrajudicial;
cações: II – o número de processos que ingressam
I – (Revogado pelo Provimento n. 236) por ano e a natureza dos processos;

II – ao distribuidor; III – a rotatividade de juízes na comarca ou


vara;
III – (revogado)

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IV – o serviço em atraso encontrado pelo II – na área criminal: até cem (100) autua-
juiz quando assumiu a comarca; ções por ano é considerada escrivania de
pouco movimento; até duzentas (200) autu-
- Ver CN 1.3.1. ações, de movimento médio; acima de du-
V – o número de sentenças de mérito em zentas (200) autuações anuais, trabalhosa.
feitos contestados e a totalidade das sen- 1.13.51 – Quanto ao número de processos em
tenças proferidas consoante a área de atu- andamento, é considerado ideal até uma vez e
ação da vara; meia a média de autuações dos últimos três (3)
VI – (revogado); anos. Não obstante, deve-se levar em conside-
ração que a elevação significativa de autuações
VII – o número de pessoas ouvidas e de au- no último ano considerado pode resultar em
diências realizadas por mês; certa incongruência com o resultado encontra-
VIII – exame da pauta de audiências; consi- do, principalmente se constatado que essa ele-
deram-se o número de audiências designa- vação reflete uma tendência.
das e realizadas por mês. Se as audiências 1.13.52 – Em relação a todas as serventias, tan-
são designadas em todos os dias úteis, ou to do foro judicial, quanto do foro extrajudicial,
não; deverá ser verificado:
IX – o número de processos em andamento; I – se existe o aviso de prazo para a expe-
X – se as conclusões se realizam diariamen- dição de certidões e a tabela de custas dos
te ou se há dias determinados para conclu- atos da serventia e dos oficiais de justiça,
são e limitação no número de processos afixados em local bem visível ao público;
a serem conclusos. Se existem processos - Ver CN 2.5.1.1.
aguardando conclusão indevidamente;
II – se os títulos de nomeação dos servido-
- Ver CN 5.3.1 e CN 6.11.2. res se revestem das formalidades legais e se
XI – (revogado); a situação funcional se encontra regular; se
os empregados juramentados e escreventes
XII – o número de processos conclusos para têm carteira de trabalho anotada;
sentença e para despacho e o tempo em
que se encontram conclusos; examina-se o III – Revogado pelo Provimento 207.
andamento do processo de forma a se veri- IV – se existem serventias vagas e se já se
ficar o impulso processual; realizou a comunicação ao Presidente do
XIII – a fundamentação das decisões e sen- Tribunal de Justiça;
tenças. - Ver art. 160 do CODJ.
1.13.50 – Quanto ao volume de processos, o cri- V – as condições de higiene e ordem do am-
tério utilizado é o seguinte: biente de trabalho, a disposição dos arqui-
I – na área cível: até trezentas (300) autu- vos, dando aos serventuários as instruções
ações por ano é considerada escrivania de que forem convenientes;
pouco movimento; até quinhentas (500) VI – se a escrivania sanou todas as irregu-
autuações, de movimento médio; até oito- laridades detectadas na última inspeção ou
centas (800) autuações, trabalhosa; acima correição e se não estão sendo repetidas,
de oitocentas (800), excessivamente traba- adotando as providências disciplinares ca-
lhosa; bíveis;

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VII – se a escrivania observa o Regimento de ritos arquivados são encaminhadas regular-
Custas; mente ao Ministério do Exército;
VIII – se a escrivania possui exemplar atuali- - Ver Seção 20, do Capítulo 6 deste CN.
zado do Código de Normas.
X – a escrivania não recebe substância en-
1.13.53 – Nas escrivanias do foro judicial que torpecente, mantendo-a em depósito junto
abrangem as áreas do cível, do crime, da famí- à autoridade policial que preside o inquéri-
lia, da infância e juventude e outras especializa- to.
das, deverá ser verificado se:
1.13.54 – Com relação aos processos, cumpre
I – encontra-se em dia o preenchimento do verificar se:
Boletim Mensal de Movimento Forense e o
envio do Relatório Trimestral do STF; I – a escrivania cumpre desde logo os des-
pachos e sentenças, observando as datas
• Redação dada pelo Provimento n° 91. dos mesmos e as datas de expedições de
mandados e precatórias;
II – há fichário geral e individual ou se ado-
tam listagens pelo sistema de computação II – preenche carimbos de juntadas e certi-
para controle de movimentação dos proces- dões; se certifica o recebimento dos expe-
sos; dientes, assim como a data das intimações
de atos processuais, e se o escrivão ou em-
III – existem processos paralisados na escri- pregado juramentado rubrica todas as certi-
vania (aguardando pagamento de custas e dões e termos;
outras diligências), que devam ser impulsio-
nados; III – antes da remessa de processo com re-
curso de apelação ao Tribunal, a escrivania
IV – existem processos com cartas preca- certifica a existência de agravo retido;
tórias expedidas, ainda não respondidas, e
cuja reiteração deva ser feita; IV – a escrivania costuma certificar nos
autos o pagamento de custas e sua dis-
V – existem cartas precatórias, recebidas, tribuição; se o depósito inicial de custas
aguardando cumprimento, e o motivo da é certificado em moeda corrente, VRC e o
demora; percentual correspondente ou a eventual
VI – existem processos aguardando cumpri- dispensa do depósito inicial;
mento de despacho por parte da escrivania V – os depósitos em dinheiro são certifica-
e o motivo da demora; dos nos autos, depositados no mesmo dia
VII – as listas para intimação dos advogados em conta com rendimento e se é lançado
estão sendo enviadas com freqüência nor- no livro próprio;
mal e feitas de modo regular, não faltando VI – a escrivania cumpre os prazos para fa-
nome dos advogados; zer conclusão dos autos, para juntar expe-
VIII – a escrivania retém, sem resposta, pe- dientes e para fazer vista;
didos de antecedentes e ofícios de outras - Ver CN 5.3.1 e CN 6.11.2.
naturezas oriundos da VEP e de outros juí-
zos ou órgãos; VII – nos termos de conclusão e vistas cons-
tam a data e o nome do juiz e do promotor;
IX – as armas e objetos dos processos em
andamento são guardadas em local seguro. VIII – nos depoimentos os declarantes são
Se as armas dos processos findos e inqué- devidamente qualificados, com os requisi-

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tos do art. 414 do CPC e 203 do CPP, inclusi- III – a escrituração é feita corretamente em
ve com RG, CPF e data de nascimento; todas as colunas e utilizada tinta indelével,
preta ou azul. Se não apresenta rasuras e
IX – a autuação dos feitos está bem conser- uso de corretivo e se anotações tais como
vada ou precisa ser refeita; "sem efeito", "inutilizado" e "em branco",
X – na autuação constam todos os dados re- foram ressalvadas e certificadas com data e
comendados no CN; assinatura de quem as fez;

XI – o recebimento da denúncia ou queixa, IV – nos livros carga, a existência de manda-


bem como seu aditamento, é comunicado dos com carga em atraso, as cargas de autos
ao distribuidor, delegacia de polícia e Insti- para promotor e advogado, carga de inqué-
tuto de Identificação; ritos em atraso, providenciando a cobrança.
Quanto aos advogados observar a seção
XII – a sentença criminal é comunicada ao "Cobrança de Autos" do CN;
distribuidor, delegacia de polícia e Instituto
de Identificação e, em caso de condenação, V – nos livros de Registro de Sentenças, es-
à VEP e TRE, com a indicação do trânsito em tão sendo numerados os termos seqüen-
julgado; cialmente e a numeração é renovada anu-
almente;
XIII – em relação à sentença criminal, a es-
crivania certifica em separado o trânsito em VI – no Registro de Feitos da Direção do
julgado para a acusação, defesa e réu; Fórum estão sendo registrados os procedi-
mentos administrativos, como de concur-
XIV – a fiança é certificada nos autos e re- sos, reclamação contra serventuários, den-
gistrada no livro próprio, em nome do afian- tre outros;
çado e à disposição do juízo;
VII – os livros de folhas soltas estão sendo
XV – os feitos em execução de sentença têm encadernados logo após o seu encerramen-
mandado de prisão expedido, se a escriva- to.
nia fiscaliza o cumprimento do sursis ou re-
gime aberto e se foi expedida a guia de re- 1.13.56 – No ofício do distribuidor, contador,
colhimento; depositário e anexos, o exame consistirá em ve-
rificar se:
XVI – a escrivania faz conclusão dos autos
criminais logo após o vencimento do prazo I – há os livros obrigatórios;
do sursis ou regime aberto, para os fins de II – é dado cumprimento aos itens 3.5.1 e
direito. 3.1.15 do CN;
1.13.55 – No que se refere aos livros e sua escri- III – com relação ao distribuidor e depositá-
turação, no âmbito do foro judicial e extrajudi- rio, se todos os atos são lançados no índice
cial, deverá ser verificado se: onomástico;
I – a serventia possui todos os livros obriga- IV – o depositário registra todas as constri-
tórios e se são devidamente nominados e ções (penhoras, arrestos, seqüestros), ainda
numerados seqüencialmente; que os bens permaneçam com depositário
II – contém termo de abertura, e nos encer- particular;
rados o termo de encerramento, com visto V – as condições do depósito, se existem
do juiz; se as folhas se encontram numera- bens depositados de fácil deterioração ou já
das e rubricadas; deteriorados, caso em que deve ser provi-
denciada a venda ou incineração;

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- Ver CN 3.14.6 e seguintes. II – apresenta mensalmente a Declaração
de Operação Imobiliária – DOI.
VI – o avaliador cumpre o disposto nos itens
3.15.4 e 3.15.6 do CN. III – há escritura lavrada e não assinada há
mais de trinta (30) dias, devendo declará- la
- Redação dada pelo Provimento n. 29 incompleta.
1.13.57 – Com relação aos oficiais de justiça, 1.13.60 – Em relação ao tabelionato de protes-
cumpre verificar se: to:
I – certificam os atos de seu ofício de forma I – se apresenta mensalmente o livro Rela-
completa e minuciosa, de acordo com os re- ção de Pagamento ao juiz para visto;
quisitos legais;
II – confrontar a movimentação da conta
II – retiram diariamente da escrivania os "Poder Judiciário" com a escrituração do li-
mandados que lhes são distribuídos; vro antes mencionado;
III – cumprem os mandados no prazo e se III – se vem comunicando regularmente ao
cotam as custas e despesas com diligências, distribuidor as baixas;
observando o Regimento de Custas.
IV – se faz somatório diário do valor arreca-
1.13.58 – Nas serventias do foro extrajudicial, dado no Livro de Pagamento.
além dos procedimentos enumerados no item
1.3.9, se são observadas as seguintes providên- 1.13.61 – Em relação ao registro civil:
cias comuns:
I – se nos registros de nascimentos é obe-
I – se há todos os livros obrigatórios; decida a grafia correta e não se registram
prenomes que exponham ao ridículo seu
II – se são utilizadas, indevidamente, fitas portador;
corrigíveis de polietileno ou outro corretivo
químico; II – se na habilitação de casamento obser-
vou-se a regularidade formal;
III – se são deixados espaços ou verso de
folhas em branco, o que é proibido, salvo • Ver art. 67 e seguintes da LRP.
quando destinado a averbações;
III – se estão sendo feitas as comunicações
IV – se as partes e as testemunhas dos atos mensais dos óbitos registrados ao INSS,
lavrados são bem qualificadas, assim como à Secretaria da Saúde, ao Ministério do
as testemunhas "a rogo"; Exército e à Justiça Eleitoral. O óbito de es-
trangeiro deve também ser comunicado à
V – se são cotadas as custas nos atos lavra- Polícia Federal. Trimestralmente deve ser
dos e nas certidões expedidas; encaminhado o boletim ao IBGE;
VI – se os livros estão registrados perante o IV – se é utilizada a Declaração de Nascido
juiz corregedor do foro extrajudicial; Vivo – DN.
VII – se a escrituração e registro estão de 1.13.62 – Com relação aos títulos e documen-
acordo com a Lei de Registros Públicos. tos:
1.13.59 – Com relação aos tabelionatos de no- I – se o livro protocolo é encerrado diaria-
tas, verificar se: mente, mesmo que nenhum título ou docu-
I – entre o final da escritura e as assinaturas mento tenha sido apresentado para regis-
deixa espaços em branco; tro;

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II – se apresenta mensalmente a Declaração 1.13.65.1 – A cópia da ata da correição ou ins-


de Operação Imobiliária – DOI. peção, juntamente com os dados estatísticos, o
relatório circunstanciado elaborado pelo magis-
1.13.63 – Com relação ao registro de imóveis: trado e a certidão de regularização lavrada pela
I – se todos os documentos protocolados no serventia, deverá ser arquivada na Direção do
livro Protocolo foram registrados ou aver- Fórum, preferencialmente em mídia CD-ROM.
bados. A cada escritura de compra e venda - Redação dada pelo Provimento n. 154
deve corresponder um registro. Todo regis-
tro acarreta alteração no indicador pessoal 1.13.66 – Os relatórios do CN 1.13.8, 1.13.10,
e indicador real; 1.13.15, 1.13.19, 1.13.23, 1.13.27, 1.13.29,
1.13.31, deverão ser confeccionados e apresen-
II – no livro Protocolo, se o documento pro- tados, no dia da Correição, no formato de mídia
tocolizado foi registrado na matrícula; em em CD-ROM, não regraváveis, evitando-se a im-
seguida, verificar se os nomes dos adqui- pressão dos documentos e a formação de livros.
rentes e alienantes, inclusive de suas mu-
lheres foram lançados no indicador pessoal, 1.13.66.1 – Ficam dispensados da apresentação
e examinar a correspondente alteração no dos relatórios os ofícios e secretarias que este-
indicador real. Fazer, por amostragem, em jam interligadas e utilizando os programas ofi-
alguns documentos, tal verificação; ciais do Tribunal de Justiça, além de estar con-
cluído o cadastramento de todos os autos nos
III – se apresenta mensalmente a Declara- sistemas, inclusive os que possuam pendências
ção de Operação Imobiliária – DOI. (depósitos não levantados e objetos apreendi-
1.13.64 – Com relação aos serviços distritais ve- dos sem destinação).
rificar se: 1.13.67 – No mês que anteceder as correições
I – são observadas as mesmas recomenda- ou inspeções, as serventias deverão solicitar, a
ções referentes aos tabelionatos e registro todos os bancos conveniados (Banestado/Itaú,
civil; Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), a
relação de todos os depósitos a disposição dos
II – faz a comunicação mensal ao juiz, a par- juízos. Na data da correição ou inspeção deve-
tir de 18.09.93, noticiando o número do pri- rá ser apresentada certidão de cumprimento a
meiro e do último ato registrado no livro de este item. Não devem ser incluídos os extratos
Registro de Feitos em cada mês; das contas-correntes nos relatórios da Correi-
III – o livro de Registro de Feitos é encerra- ção ou Inspeção, sem que haja determinação na
do diariamente, mesmo que nenhum ato ata.
tenha sido registrado e se a numeração é 1.13.68 – Nas serventias do Foro Judicial (exceto
renovada anualmente. o ofício distribuidor), o escrivão ou secretário,
1.13.65 – Caso tenham sido constatadas fa- titular ou designado, deverá providenciar que
lhas por ocasião da Correição ou Inspeção, será na data da correição ou inspeção todos os au-
concedido prazo para a efetiva regularização, tos estejam na serventia, cobrando a devolução
incumbindo ao magistrado, pessoalmente, a daqueles com carga aos advogados, peritos etc.,
conferência do cumprimento de todas as deter- até o dia útil imediatamente anterior à ativida-
minações contidas na ata, encaminhando rela- de correicional, salvo o prazo ainda estiver em
tório circunstanciado à Corregedoria-Geral da curso. Na data da correição ou inspeção deverá
Justiça, acompanhado de certidão lavrada pelas ser apresentada certidão de que a cobrança foi
serventias, dando conta da regularização das fa- realizada. Não deverão ser juntadas cópias das
lhas apontadas. cobranças de autos, se não houver a exigência.

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1.13.69 – A escrivania ou secretaria deverá - Incluído pelo Provimento n. 196
apresentar a certidão de todos os feitos em que
foi averbado suspeição ou impedimento pelo 1.13.70.2 – No Anexo C-6 deste CN, no quadro
magistrado, ainda que não o tenham feito de das autuações, deverá ser observado que no
maneira expressa nos autos, com a indicação do campo "reclamação" serão computadas as exe-
nome do juiz, a natureza do feito, o nome das cuções ajuizadas.
partes e dos respectivos advogados, dentro do - Incluído pelo Provimento n. 196
período inspecionado.
SEÇÃO 14
1.13.70 – Os secretários ou responsáveis pelas
secretarias do juizado especial da fazenda públi- PROTOCOLO JUDICIAL INTEGRADO
ca deverão apresentar relação:
1.14.1 – O serviço de Protocolo Judicial Inte-
I – de todos os processos em andamento, grado é destinado ao recebimento de petições
por ano de registro, mencionando o núme- endereçadas ao Tribunal de Justiça e a todas as
ro dos autos, a natureza da ação, a fase em demais comarcas do Estado do Paraná, inde-
que se encontram e a data do último ato pendentemente do local onde o ato requerido
praticado; deva ser realizado, desde que neste Estado, fun-
cionando junto ao ofício distribuidor de cada
II – dos autos em poder do juiz, conclusos comarca.
para sentença e para despacho, mencionan-
do a finalidade e a data da respectiva carga; - Redação alterada pelo Provimento n. 186

III – dos autos que se encontram aguar- 1.14.1.1 – Ficam mantidos os protocolos inter-
dando conclusão ao juiz, para sentenças e ligados ao Protocolo Central do Tribunal de Jus-
despachos, com os respectivos totais, men- tiça, existente nas comarcas de entrância final.
cionando a finalidade respectiva e a data do
1.14.1.2 – Poderão ser protocolizadas petições
último ato praticado;
da área cível, criminal, família, infância e juven-
IV – dos autos em poder dos juízes leigos tude, registros públicos e juizados especiais, in-
e conciliadores, mencionando o nome do clusive cartas precatórias, bem como as relati-
destinatário, a finalidade e a data da carga; vas ao segundo grau de jurisdição, notadamente
nos processos de competência originária do Tri-
V – dos mandados em poder dos oficiais bunal de Justiça, desde que sejam apresentados
de justiça, mencionando o número dos au- o original e a cópia da petição, bem como os do-
tos, a data da carga, o prazo concedido para cumentos que porventura venham a instruí-la.
cumprimento e a finalidade;
- Redação alterada pelo Provimento n. 186
VI – dos autos encaminhados a turma re-
cursal, mencionando número de autuação e 1.14.1.3 – O serviço de Protocolo Judicial Inte-
data da remessa; grado poderá receber:

VII – a data da última audiência designada; I – petições iniciais;

VIII – dos livros em uso na secretaria. II – petições em geral (intermediárias);

- Incluído pelo Provimento n. 196 III – cartas precatórias;

1.13.70.1 – O secretário ou responsável pela se- IV – recursos, exceto o especial, o extraordi-


cretaria do juizado especial da fazenda pública nário e o agravo contra a sua não admissão.
deverá, também, efetuar o correto preenchi-
1.14.1.4 – Estão excluídas das disposições des-
mento do Anexo C-6 deste CN.
tas normas as petições inclusive recursais, diri-

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gidas aos Tribunais Superiores (STJ e STF) e às II – a segunda via acompanhará a petição;
demais Unidades da Federação, as de compe-
tência da Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral III – a terceira via será encaminhada por fax
e Militar Federal, bem como as relativas a fei- imediatamente ao distribuidor da comarca
tos administrativos, ficando o descumprimento de destino ou, tratando-se do Foro Central
passível de responsabilidade administrativa dis- da Comarca da Região Metropolitana de
ciplinar. Curitiba, à Seção de Protocolo de Primeiro
Grau da Corregedoria- Geral da Justiça. Se
- Ver CN item 1.14.11, I, II e III. a petição for dirigida ao segundo grau de
jurisdição, ao Protocolo Central do Tribunal
1.14.1.5 – As petições dirigidas ao segundo grau de Justiça.
de jurisdição do Estado do Paraná (Tribunal de
Justiça) deverão ser encaminhadas pelo distri- - Ver CN 1.14.16 e 1.14.17.
buidor da comarca de origem ao PROTOCOLO
CENTRAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no seguin- - Inciso alterado pelo Provimento n. 186
te endereço: Praça Nossa Senhora da Salete, s/ 1.14.5.1 – O distribuidor da comarca de origem
nº, Palácio da Justiça, Centro Cívico, 1º andar, deverá arquivar a via mencionada no inciso III
Curitiba – PR, CEP 80.530-912, telefones (0xx41) supra, juntamente com fotocópia do compro-
3254-4063, 3254-8977, 3354-7222 e 3353- vante da transmissão do fax. Para tanto, deverá
5383. instituir livro próprio com a denominação "Ar-
- Redação alterada pelo Provimento n. 186 quivo do Protocolo Judicial Integrado", obser-
vando, quanto à sua confecção, as regras do
1.14.2 – A utilização do serviço é facultativa. Código de Normas da Corregedoria-Geral da
Justiça.
1.14.3 – O expediente para o atendimento ao
público será das 8h30min às 11 horas e das 13 - Ver Adendo 12-C deste CN.
às 17 horas, de segunda a sexta-feira, nos ter-
mos do art. 198 da Lei Estadual n° 7.297, de 1.14.5.2 – O distribuidor da comarca de origem
08.01.1980, até que o Órgão Especial do Tribu- ao receber da comarca de destino, em devolu-
nal de Justiça delibere de outra forma. ção, o aviso de recebimento do SEDEX, que en-
caminhou a petição original, o grampeará na via
- Ver art. 213 do CODJ. correspondente mencionada no subitem ante-
rior.
1.14.4 – O distribuidor da comarca de origem,
ao receber petições dirigidas a outras comarcas, - Ver CN 1.14.14.2.
deverá certificar, de forma legível, no anverso
da petição e fora do campo da sua margem, a 1.14.6 – Na guia, a que alude o CN 1.14.5, de-
data e a hora do recebimento, fornecendo reci- verão ser mencionados dia, mês, hora e ano do
bo na cópia que ficar com o interessado. protocolo, número de controle seqüencial do
ofício (renovável anualmente), número dos au-
1.14.4.1 – Recomenda-se a adoção de protoco- tos a que se destinam os documentos, natureza
lador mecânico, o que proporcionará maior se- do feito, quantidade de anexos (documentos),
gurança ao ato. número de folhas, assunto, nome das partes, a
comarca e o juízo a que se destinam – se houver
1.14.5 – O distribuidor da comarca de origem mais de um -, bem como, tratando-se de peti-
expedirá guia própria, em três vias: ção inicial, se a sua distribuição se fará por de-
• Ver Modelo 14 deste CN. pendência.

I – a primeira via será entregue ao interes- 1.14.6.1 – O distribuidor da comarca de destino


sado; deverá observar que a ação principal em relação
à cautelar e a cautelar incidental em relação à

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principal não dependem de prévio despacho ju- 1.14.7.1 – Nos casos urgentes, transmitir-se-
dicial para distribuição por dependência, sendo -á via fax o teor dos documentos que acompa-
objeto somente de registro. nham a petição. Tratando-se de fotocópias, o
distribuidor da comarca de origem deverá ob-
- Ver CN 3.1.17 e subitens. servar se se encontram autenticadas. Se estive-
1.14.6.2 – Nos demais casos, a distribuição por rem, lançará no anverso do documento, antes
dependência somente será realizada à vista do da transmissão do fax, a anotação "fotocópia
despacho do juiz competente. autenticada". Se não estiverem, antes da trans-
missão do fax lançará, no anverso do documen-
1.14.6.3 – Para os fins do CN 1.14.6.2, o distri- to, a anotação "fotocópia sem autenticação". Se
buidor da comarca de destino deverá levar a pe- o documento apresentado for o original, lançará
tição inicial, ou fotocópia do fax – se se tratar em seu anverso, antes da transmissão do fax, a
de caso de natureza urgente – para apreciação anotação "documento original"
judicial, devendo o magistrado, por despacho,
deferir ou indeferir a dependência postulada. 1.14.7.2 – O magistrado poderá, nos casos em
que entender conveniente e se as circunstâncias
1.14.7 – O distribuidor da comarca de origem, assim o permitirem, determinar que se aguarde
ao encaminhar o fax a que alude o CN 1.14.5, o recebimento dos documentos originais.
inc. III, deverá obedecer aos seguintes requisi-
tos: 1.14.7.3 – Em nenhuma hipótese, poderá o dis-
tribuidor remeter documentos que não tenham
- Redação dada pelo Provimento n. 49 sido apresentados na oportunidade prevista no
I – a remessa deverá obrigatoriamente – a item 1.14.1.2, deste Código, sob pena de res-
fim de evitar extravio – ser dirigida ao apa- ponsabilidade.
relho instalado no ofício distribuidor da co- 1.14.7.4 – A petição, tratando-se de caso urgen-
marca de destino ou, não o possuindo, ao te, será encaminhada, na sua integralidade e
da secretaria da direção do fórum. Para o acompanhada dos documentos a ela acostados,
Foro Central da Comarca da Região Metro- via fax, imediatamente ao destino, juntamente
politana de Curitiba, em primeiro grau de com a guia a que alude o item 1.14.5, inciso III,
jurisdição, à Seção de Protocolo de Primeiro deste CN.
Grau da Corregedoria-Geral da Justiça, em
segundo grau de jurisdição ao Protocolo 1.14.7.5 – A transmissão integral da petição,
Central do Tribunal de Justiça; quando não se tratar de medida urgente, será
dispensada, cumprindo ao distribuidor obter
- Ver CN 1.14.16 e 1.14.17. declaração da parte nesse sentido e, em segui-
- Ver CN 1.14.16 e 1.14.17. da, postar a petição e documentos no mesmo
dia em que protocolizada, sem prejuízo do dis-
- Ver Anexo M deste CN. posto no CN 1.14.5, inc. III.
- Redação alterada pelo Provimento n. 186 - Redação dada pelo Provimento n. 49
II – verificar se todas as vias da petição en- 1.14.8 – Tratando-se de petição inicial, de caso
contram-se firmadas pelo advogado; urgente ou não, deverá obrigatoriamente acom-
panhá-la cheque nominal e cruzado ao ofício
III – lançar a certidão a que alude o CN distribuidor da comarca de destino, para pre-
1.14.4, antes da transmissão do fax, a fim paro da distribuição, bem como a guia compro-
de que o destinatário, ao recebê-lo, não te- batória do pagamento da taxa judiciária devida,
nha dúvida de que foi transmitido por inter- salvo nas hipóteses previstas no CN 1.14.13.2.
médio do serviço de Protocolo Judicial Inte-
grado.

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1.14.8.1 – O preparo das custas processuais de- em sede jurisdicional se alegue, ou se reconhe-
verá ser efetuado diretamente na vara a que for ça, a preclusão consumativa ou julgamento de
distribuída a petição inicial, no prazo e sob as deserção do recurso.
penas do art. 257, do Código de Processo Civil.
1.14.11 – O serviço de Protocolo Judicial Inte-
1.14.8.2 – A antecipação das custas processuais, grado não receberá autos, volumes ou quais-
provenientes de diligência requerida em peti- quer objetos que não venham em forma de pe-
ção intermediária, deverá ser levada a efeito di- tição, nem as petições que:
retamente na vara em que tramita o processo.
I – devam obrigatoriamente ser entregues
- Ver art. 19 do CPC. em dependências administrativas;
1.14.9 – A petição inicial dos feitos de compe- II – não estejam endereçadas a juízos certos
tência originária do Tribunal de Justiça deve- e determinados;
rá vir acompanhada – exceto nos casos do CN
1.14.13.2 – da guia comprobatória do pagamen- III – se apresentem em desconformidade
to das custas de preparo, observando-se, no com a declaração prestada pela parte;
que couber, a Instrução nº 05/98, da Corregedo- - Ver CN 1.14.1.4, 1.14.1.5 e 1.14.7.5.
ria-Geral da Justiça.
IV – tenham por finalidade depósito judicial
- Redação alterada pelo Provimento n. 186. e venham acompanhadas de importância
1.14.9.1 – Tratando-se de ação rescisória, a pe- em dinheiro ou cheque, exceto na hipótese
tição inicial, além da guia mencionada no item prevista no CN 1.14.8, caso em que esta re-
anterior, deverá ser acompanhada do compro- messa é obrigatória.
vante do depósito a que alude o art. 488, inc. II, 1.14.12 – A presidência e fiscalização dos traba-
do CPC. Esse depósito deverá ser efetuado em lhos ficarão sob a responsabilidade do juiz de di-
caderneta de poupança em qualquer agência de reito diretor do fórum, onde estiver localizado o
banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do respectivo ofício distribuidor.
Paraná, em nome das partes (autor e réu) e vin-
culado ao Tribunal de Justiça. 1.14.13 – As custas relativas ao serviço de Pro-
tocolo Judicial Integrado serão recebidas pelo
- Redação alterada pelo Provimento n. 186 distribuidor da comarca de origem, conforme o
1.14.9.2 – Nos casos urgentes, de competên- disposto no item I, da Tabela XVI, dos Atos dos
cia do Tribunal de Justiça, observar-se- ão, no Distribuidores, do Regimento de Custas.
que couberem, as normas constantes dos itens 1.14.13.1 – Fica vedada a cobrança de quais-
1.14.7.1, 1.14.7.2 e 1.14.20.1 deste CN. quer outras custas ou emolumentos, exceto as
- Redação alterada pelo Provimento n. 186 previstas no CN 1.14.8 e as despesas de posta-
gem, obedecendo-se, quanto a estas, à tabela
1.14.10 – A petição destinada à interposição específica da Empresa Brasileira de Correios e
de recurso deverá estar acompanhada da guia Telégrafos – EBCT.
comprobatória do preparo (de acordo com o
art. 511, do CPC), que poderá ter sido efetua- 1.14.13.2 – Ficam isentas de antecipação de
do na agência bancária da comarca de origem, custas e de despesas de postagem (portes de
observando- se, no que couber, a Instrução nº remessa e retorno) as partes beneficiárias da
05/98 da Corregedoria-Geral da Justiça. Justiça Gratuita, a Fazenda Pública, o Ministério
Público e as partes perante os Juizados Espe-
1.14.10.1 – Não será aceita petição recursal sem ciais.
a comprovação do respectivo preparo, exceto
nos casos previstos em lei, a fim de se evitar que - Redação dada pelo Provimento n. 193

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1.14.13.3 – Para fazer jus à isenção, deverá o 80.530-906 – telefones (0xx41) 3254-7356 e fax
usuário comprovar perante o distribuidor da co- 3252-6405 e 3252-7501.
marca de origem, sempre que se utilizar deste
protocolo, sua condição de beneficiário da gra- - Ver Anexo M deste CN.
tuidade no processo a que se refira a petição. - Redação alterada pelo Provimento n. 186
1.14.13.4 – A parte beneficiária da justiça gra- 1.14.16.1 – Essa Seção encaminhará as petições
tuita fica isenta da antecipação das custas, mas iniciais e cartas precatórias ao distribuidor com-
não de seu reembolso, desde que perdida a petente. As demais, ao juízo de destino, obser-
condição de necessitada vando-se, no que couber, o contido no
- Ver art. 11, § 2º e 12, ambos da Lei nº 1.14.19.
1.060, de 05.02.1950.
- Ver CN 3.4.3.
1.14.13.5 – As despesas decorrentes da utiliza-
ção do fax da direção do fórum e de postagem 1.14.17 – As petições e fax destinados ao Tribu-
(portes de remessa e de retorno), às partes nal de Justiça do Estado do Paraná deverão ser
indicadas no CN 1.14.13.2, em razão do não encaminhados diretamente ao Protocolo Cen-
adiantamento das custas, correrão por conta tral do Tribunal de Justiça.
de recursos orçamentários do Poder Judiciário,
- Ver Anexo M deste CN.
previstos para tal fim.
- Ver CN item 1.14.1.5.
1.14.14 – Nos casos de urgência, o distribuidor
da comarca de origem deverá imediatamente - Redação alterada pelo Provimento n. 186
encaminhar o original da petição e documentos
que a acompanham à comarca de destino, ob- 1.14.18 – Faltando energia elétrica, sendo pon-
servando as normas contidas no CN 1.14.5. to facultativo ou feriado local na comarca de
destino, ou outra razão técnica que impossibi-
1.14.14.1 – Nos demais casos, a remessa dos lite a utilização do sistema, as petições serão
originais será efetuada diariamente, ao final do recebidas e registradas normalmente, fazendo-
expediente forense. -se constar tal circunstância dos carimbos de re-
cebimento apostos no original e na cópia, além
1.14.14.2 – A remessa será feita obrigatoria-
dos dados obrigatórios.
mente via SEDEX com aviso de recebimento
(AR). - Ver CN 1.14.4.
1.14.15 – No Foro Central da Comarca da Região 1.14.18.1 – O distribuidor ou seu substituto de-
Metropolitana de Curitiba, as partes, para se verá, então, transmitir o fax na primeira oportu-
valerem deste Protocolo Judicial Integrado, de- nidade possível, sob pena de responsabilidade.
verão protocolizar as petições dirigidas a outras
comarcas perante o ofício distribuidor compe- 1.14.19 – A entrega do fax e dos originais, na
tente. comarca de destino, aos respectivos juízos, de-
verá ser feita diariamente, quando de seu rece-
- Ver CN 3.4.3. bimento, utilizando-se o livro de "Protocolo de
Devolução" do distribuidor, sob pena de respon-
1.14.16 – As petições destinadas aos juízos de
sabilidade.
primeiro grau do Foro Central da Comarca da
Região Metropolitana de Curitiba serão enca- 1.14.20 – Os casos de natureza urgente, tais
minhadas à Seção de Protocolo de Primeiro como, pedido cautelar, de tutela antecipada,
Grau da Corregedoria-Geral da Justiça, no se- de depoimentos pessoais ou esclarecimentos
guinte endereço: Avenida Cândido de Abreu, nº de peritos ou assistentes técnicos em audiên-
535, 1º andar, Centro Cívico, Curitiba – PR, CEP cia, de apresentação de rol de testemunhas, de

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adiamento de audiência, entre outros, deverão 1.14.24 – Em razão deste Protocolo Judicial In-
ter, em caracteres visíveis, a palavra URGENTE, tegrado ser oficial, aqui não se aplicam as nor-
aposta pelas partes e serão entregues imediata- mas da seção 7, do capítulo 1, deste CN, nem
mente aos destinatários. o art. 4º da Resolução nº 05/91, do Tribunal de
Justiça.
1.14.20.1 – Nos casos de urgência, o fax de pe-
tição inicial e documentos que a acompanham 1.14.24.1 – Não recebida a petição original, pre-
serão distribuídos imediatamente pelo distribui- valece o contido nos itens 1.14.22 e 1.14.24,
dor da comarca de destino, que após o encami- deste código, seguindo o processo seu trâmite
nhará ao juízo. Ao receber os originais, certifica- normal, salvo se tiver que aguardar documento
rá a distribuição e os remeterá à vara respectiva. referido na petição transmitida via fax.
1.14.20.2 – Não constando da petição a palavra SEÇÃO 15
URGENTE, o procedimento será o normal, ocor- CONTROLE PATRIMONIAL
rendo a distribuição somente quando do recebi-
mento dos originais. 1.15.1 – Nas Comarcas de mais de uma Vara, os
1.14.21 – Fica vedado o recebimento de qual- respectivos Juízes manterão controle dos bens
quer petição fora do horário estabelecido no CN permanentes pertencentes ao Poder Judiciário
1.14.3, sob pena de responsabilidade. e ao FUNREJUS nelas em uso, mediante livro
fornecido pelo Departamento do Patrimônio do
1.14.22 – Para todos os efeitos legais, conside- Tribunal de Justiça.
ra-se praticado o ato no momento em que for
protocolada a petição no ofício distribuidor da 1.15.1 – Nas Comarcas de mais de uma Vara,
comarca de origem. os respectivos Juízes manterão, mediante livro
fornecido pelo Departamento de Patrimônio do
1.14.22.1 – Em razão do que dispõe o CN Tribunal de Justiça, até a entrada em vigor do
1.14.22, o término do prazo, no juízo de destino, registro no Cadastramento do Sistema Opera-
será certificado após 03 (três) dias de sua ocor- cional, a guarda e o controle dos bens perma-
rência. nentes ao Poder Judiciário e ao FUNREJUS, em
uso.
1.14.23 – Fotocópias do fax de petição interme-
diária serão, pela escrivania do juízo de destino, -Redação alterada pelo Provimento n.
juntadas aos autos, certificando-se que assim se 254/2014 de 03/07/2014 (E-dj n. 1367, de
fez em obediência ao disposto neste artigo. Re- 09/07/2014).
cebidos os originais, efetuar-se-ão as substitui-
ções, certificando-se o ocorrido. 1.15.1.1 – Iniciado o cadastramento dos bens
permanentes pertencentes ao Poder Judiciário
1.14.23.1 – Tratando-se de petição inicial de no Sistema Operacional, o Juiz Titular da Vara
caso urgente, em que a distribuição se fará ime- fará a conferência e havendo concordância com
diatamente, o fax será, pela escrivania do juízo o inventário disponibilizado, responderá como
de destino, fotocopiado e autuado. Recebidos gestor de todos os bens existentes na referida
os originais, efetuar-se-ão as substituições, cer- Vara.
tificando-se o ocorrido.
-Incluído pelo Provimento n. 254/2014 de
- Ver CN 1.14.20.1. 03/07/2014 (E-dj n. 1367, de 09/07/2014).
1.14.23.2 – Quando houver despacho judicial na 1.15.1.2 – A solicitação de bens permanentes
fotocópia do fax, como nos casos previstos no é de competência do Juiz Titular da Vara ou de
1.14.6.3, ela não será substituída, juntando-se seu Substituto, podendo ser delegada ao chefe
aos autos os originais quando do recebimento. imediato, assessor ou cartorário, mediante au-
torização disponível no sistema.

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-Incluído pelo Provimento n. 254/2014 de partamento de Informática. A remoção do lacre
03/07/2014 (E-dj n. 1367, de 09/07/2014). desses aparelhos ou qualquer modificação em
suas configurações deverá ser imediatamente
1.15.2 – Consideram-se bens permanentes comunicada ao Departamento de Informática,
todos aqueles identificados por plaqueta pa- com apuração da autoria pelo Juízo.
trimonial, tais como móveis, computadores,
equipamentos em geral, eletrodomésticos e as- - Ver Instruções Normativas n. 03 e 04 da
semelhados. Presidência do Tribunal de Justiça, de 29 de
novembro de 2000 (www.tj.pr.gov.br).
1.15.2 – Consideram-se bens permanentes: mó-
veis, computadores, equipamentos em geral, - Redação dada pelo Provimento n. 51
eletrodomésticos e demais itens possíveis ou
não de identificação por plaqueta patrimonial, SEÇÃO 16
tais como persianas, divisórias, ventiladores de SISTEMAS INFORMATIZADOS
teto, máquinas fotográficas, softwares e asse-
melhados. 1.16.1 – Os sistemas informatizados oficiais a
que alude o Decreto Judiciário nº 20-D.M são de
-Redação alterada pelo Provimento n. uso obrigatório pelos ofícios em que instalados,
254/2014 de 03/07/2014 (E-dj n. 1367, de vedada a utilização de programa paralelo.
09/07/2014).
- Ver Decreto Judiciário no 20/2006, DJ de
1.15.3 – O controle patrimonial será também 13.02.2006.
exercido pelos Juízes Substitutos e Juízes de Di-
reito Substitutos, quando ocuparem gabinetes 1.16.1.1 – Os registros do sistema deverão cor-
autônomos, providos desses bens. responder à realidade da movimentação pro-
cessual e serão constantemente atualizados.
1.15.4 – O controle dos bens permanentes, bens
de consumo duráveis e utensílios existentes nas 1.16.1.2 – Os sistemas substituem os livros que,
áreas de uso comum será exercido pelo Juiz Di- pelo procedimento tradicional, são de uso obri-
retor do Fórum. gatório, e todos os campos devem ser preenchi-
dos adequadamente.
1.15.5 – Nas Comarcas de Juízo único, o contro-
le, em um só livro, será efetuado pelo Juiz em 1.16.2 – É de responsabilidade pessoal do Escri-
exercício. vão ou Secretário a exatidão do preenchimento
dos dados e o correto uso do sistema, devendo
1.15.6 – Havendo alteração da titularidade de fiscalizar os atos de seus prepostos e estagiários.
Vara, Juízo ou Seção Judiciária, o sucessor de-
verá conferir o registro dos bens, no prazo de 5 1.16.2.1 – O erro, a falha, a falta, ou a falsidade
(cinco) dias após a assunção. Constatada algu- dos dados sujeitarão o responsável a sanções de
ma incoincidência entre o registro e a situação natureza administrativo-disciplinar, sem prejuí-
física dos bens, comunicará o fato à Corregedo- zo da responsabilidade criminal.
ria-Geral da Justiça e ao Departamento do Pa-
1.16.3 – Findos os prazos previstos no Decreto
trimônio do Tribunal de Justiça, além de adotar,
Judiciário n º 20-D.M. para cadastramento dos
de imediato, providências para a apuração do
feitos, deverá o responsável pelo ofício comu-
ocorrido.
nicar a Corregedoria-Geral da Justiça quanto
1.15.7 – A manutenção de computadores, im- ao efetivo saneamento dos registros. Eventuais
pressoras, scanners e equipamentos correlatos pedidos de dilação de prazo deverão ser enca-
pertencentes ao Tribunal de Justiça e a instala- minhados pelo Juiz de Direito de maneira fun-
ção ou alteração de componentes e programas damentada para apreciação da Corregedoria-
somente poderão ser efetuadas pelo seu De- -Geral da Justiça.

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1.16.4 – O cadastramento dos processos deve SEÇÃO 17


ser feito em ordem anual decrescente, na forma MONITORAMENTO DE VARAS
do Decreto Judiciário nº 20-D.M., não havendo
necessidade de cadastramento de feitos arqui- 1.17.1 – O Corregedor-Geral da Justiça poderá
vados há mais de cinco anos, salvo se houver determinar o monitoramento de vara especifica
pendências. para aferição do respectivo desempenho e dos
1.16.4.1 – O cadastramento de todos os pro- custos de sua manutenção.
cessos deverá ser certificado pelas escrivanias 1.17.2 – A ordem de serviço que instaurar o pro-
ou secretarias junto ao termo de encerramento cedimento previsto no item 17.1 mencionará o
dos livros, sob a supervisão do Juiz, que aporá o prazo de sua duração, delegando poderes a Juiz
respectivo visto. Auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça.
1.16.4.2 – Nos ofícios judiciais em que for insta- 1.17.3 – Encerrado o prazo estabelecido para
lado sistema oficial, permanecerão abertos ape- sua conclusão, os dados colhidos durante o mo-
nas os livros de registro de sentenças, atas do nitoramento da vara serão compilados e relata-
Júri, alistamento de jurados, controle de bens dos ao Corregedor- Geral da Justiça.
patrimoniais e registro de autos destruídos, ob-
servado o disposto no item 2.2.11 e seguintes 1.17.4 – Os dados obtidos após o monitora-
do Código de Normas. mento serão utilizados para o estabelecimento
de critérios mínimos de estrutura, eficiência e
1.16.4.2 – Nos ofícios judiciais em que for insta- desempenho das varas em todo o Estado, bem
lado sistema oficial, permanecerão abertos ape- como para a instituição de parâmetros unifor-
nas os livros de atas do Júri, alistamento de jura- mes de primeiro grau de jurisdição e para di-
dos, controle de bens patrimoniais e registro de mensionamento do prazo razoável de duração
autos destruídos, observado o disposto no item do processo.
2.2.11 e seguintes do Código de Normas.
1.17.5 – Aplicam-se ao monitoramento de varas
- Redação dada pelo Provimento n. 216 as normas relativas às inspeções correicionais.
1.16.4.3 – As escrivanias e secretarias também SEÇÃO 18
deverão manter o controle, em folhas soltas, das
cargas aos advogados e às Delegacias de Polícia, ESTRUTURA DAS VARAS
para eventuais cobranças, as quais poderão ser 1.18.1 – Os escrivães deverão observar os requi-
eliminadas após as respectivas devoluções. sitos mínimos de estrutura para o funcionamen-
1.16.5 – Verificada falha nos registros, será ins- to das varas, salvo autorização da Corregedoria-
taurado procedimento visando ao saneamento -Geral da Justiça.
e exame quanto a eventual responsabilização 1.18.2 – Os requisitos mencionados no item
administrativa. 1.18.1 serão aqueles estabelecidos pela Corre-
1.16.6 – Por ocasião das correições e inspeções gedoria-Geral da Justiça, após a realização do
realizadas pela Corregedoria-Geral da Justiça, fi- Monitoramento de Varas.
cam as serventias informatizadas com programa - Ver Seção 17 do Capítulo 1 do Código de
oficial dispensadas de apresentarem os relató- Normas
rios a que alude o Código de Normas nos itens
1.13.10, 1.13.15, 1.13.19, 1.13.23, 1.13.27, 1.18.3 – Concluído o Monitoramento de Varas,
1.13.29 e 1.13.31. a Corregedoria-Geral da Justiça fará publicar
Anexo, disciplinando os requisitos mínimos de
- Redação dada pelo Provimento n. 83 estrutura das varas.

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1.18.4 – Após a publicação mencionada no item SEÇÃO 19
1.18.3, os escrivães terão o prazo de 90 (noven- SISTEMA DE AFERIÇÃO DE
ta) dias para a respectiva adequação, comuni-
cando ao magistrado em exercício na vara, me- DESEMPENHO DE VARAS
diante relatório circunstanciado. 1.19.1 – Fica instituído, no âmbito da Correge-
1.18.5 – O magistrado em exercício na vara po- doria-Geral da Justiça, o Sistema de Aferição de
derá determinar os ajustes necessários para o Desempenho de Varas.
melhor desempenho da estrutura, fixando pra- 1.19.1.1 – O Sistema de Aferição de Desempe-
zo não superior a 60 (sessenta) dias para a con- nho de Varas destina-se à avaliação do com-
clusão respectiva. portamento das varas judiciais, baseando-se no
1.18.6 – Encerradas as diligências previstas nos binômio demanda/produção, a partir dos ele-
itens 1.18.4 e 1.18.5; o magistrado em exercício mentos de informação colhidos no Banco Esta-
na vara prestará informações à Corregedoria- tístico da Corregedoria- Geral da Justiça.
-Geral da Justiça, no prazo de 15 (quinze) dias, 1.19.1.2 – As avaliações decorrentes da aplica-
declarando concluída a estruturação da vara, ção dos critérios desenvolvidas destinar-se-ão
nos termos do que prevê o Anexo. ao diagnóstico de produtividade das varas, auxi-
1.18.7 – Caso o escrivão não atenda às disposi- liando na detecção de eventuais pontos de obs-
ções contidas nos itens 1.18.1, trução no procedimento.

1.18.4 ou 1.18.5, o magistrado em exercício na 1.19.1.3 – O Sistema de Aferição de Desempe-


vara baixará portaria, instaurando processo ad- nho de Varas será utilizado pela Corregedoria-
ministrativo disciplinar, nos termos do que pre- -Geral da Justiça em correições e inspeções,
vêem o Código de Organização e Divisão Judici- bem como em todas as situações em que seja
árias e o Acórdão nº 7.566 – CM, encerrando-o, necessária a análise de comportamento das va-
impreterivelmente, dentro dos prazos lá estabe- ras judiciais de todo o Estado.
lecidos. 1.19.2 – São critérios de avaliação de desempe-
1.18.7.1 – Concluído o processo administrativo nho de varas:
disciplinar, o magistrado em exercício na vara I – Percentual de desobstrução processual
elaborará relatório circunstanciado, consoante (PDP);
o previsto no art. 22, § 5º, do Acórdão nº 7.566
– CM, sugerindo, se entender ser o caso, inter- II – Percentual de arquivamento (PDA);
venção na vara.
III – Evolução comparativa do número mé-
1.18.7.2 – Caso o magistrado instrutor sugira dio de autuações e do número de processos
intervenção na vara, poderá, desde logo, infor- em andamento (EA e EPA);
mar, mediante justificativa, o nome do servidor
que reputa habilitado para o exercício das fun- IV – Tempo médio de duração do processo
ções. por fases (TJMDP -S);

1.18.8 – Os investimentos necessários à implan- V – Tempo médio de conclusão para prola-


tação das alterações estruturais de vara não ção de sentença (TMCS).
estatizada serão suportados pelo seu respecti- 1.19.2.1 – Os critérios de avaliação de desem-
vo titular, assegurada remuneração compatível penho de varas serão assim calculados:
com o exercício de suas funções.
I – PDP: proporção entre o número de sen-
- Ver art.31 do ADCT (CF 1988) tenças prolatadas e o número de autuações
no período, multiplicada por 100 (cem).

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II – PDA: proporção entre o número de sen- de Produtividade dos Magistrados de Primeiro


tenças prolatadas e o número de autos ar- Grau de Jurisdição.
quivados definitivamente, multiplicada por
100. 1.20.2 – O Sistema de Aferição de Produtividade
dos Magistrados de Primeiro Grau de Jurisdição
III – EA: diferença entre o número médio será elaborado a partir da análise estatística dos
mensal de autuações detectado no momen- dados colhidos pela Corregedoria-Geral da Jus-
to da análise e o respectivo número em pe- tiça, com fundamento no seu Banco Estatístico.
ríodo pretérito.
1.20.3 – Os elementos comparativos definidores
IV – EPA: diferença entre o número de pro- da produtividade dos magistrados de primeiro
cessos em andamento detectado no mo- grau de jurisdição serão veiculados por meio de
mento da análise e o respectivo número em Anexo e lastrear-se-ão nos critérios entrância e/
período pretérito. ou juízo, com base nos dados inseridos no Siste-
ma de Boletim Mensal de Movimento Forense
V – TMDP-S: soma da média de duração de e no Anexo C do Código de Normas, até que os
todos os processos nos quais foi prolatada sistemas processuais de cadastramento estejam
sentença. Conta-se o prazo a partir da dis- devidamente adaptados.
tribuição do feito até a publicação da sen-
tença. 1.20.3.1 – A produtividade individual dos magis-
trados terá caráter sigiloso, nos termos da lei.
VI – TMCS: soma da média de tempo de
duração de conclusão ao magistrado para 1.20.3.2 – A produtividade do magistrado deve
a prolação de sentença. Conta-se o prazo a ser conjugada com a qualidade e a segurança da
partir da data da certidão de conclusão até prestação jurisdicional, constituindo apenas um
a data da certificação do recebimento dos dos aspectos de análise de sua conduta.
autos pela serventia.
1.20.4 – Para a aferição da produtividade dos
1.19.2.2 – Após a implantação do Sistema Avan- magistrados de primeiro grau de jurisdição, se-
çado de Cadastro Processual, o TMDP-S será rão utilizados os seguintes critérios:
aferido por fases do procedimento.
I – Número total de sentenças;
1.19.3 – O Sistema de Aferição de Desempenho
de Varas estará à disposição dos magistrados, a II – Número de decisões e despachos;
fim de que possam fiscalizar as serventias que III – Número de pessoas ouvidas;
lhes estejam subordinadas.
IV – Percentual de eficiência.
1.19.4 – Os sistemas processuais de cadastra-
mento informatizado deverão ser adaptados no 1.20.5 – Considera-se percentual de eficiência a
prazo de 6 (seis) meses, a fim de que o Sistema proporção entre o número de processos em an-
de Aferição de Desempenho de Varas seja auto- damento (distribuídos, mas não sentenciados)
mático e esteja disponível no sítio da Correge- submetidos à apreciação do juiz e o número de
doria- Geral da Justiça." sentenças prolatadas nos referidos feitos, no
período de 12 (doze) meses.
SEÇÃO 20
1.20.6 – O percentual de eficiência será incre-
SISTEMA DE AFERIÇÃO DE mentado nas seguintes situações:
PRODUTIVIDADE DOS MAGISTRADOS
DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO I – Processos não iniciados pelo magistrado
e que se encontrem em andamento (distri-
1.20.1 – Fica instituído, no âmbito da Correge- buídos, mas não sentenciados) há mais de
doria-Geral da Justiça, o Sistema de Aferição 04 (quatro) anos: multiplicado por dois (2X);

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II – Processos não iniciados pelo magistrado 1.20.10.3 – Caso o percentual de desobstrução
e que se encontrem em andamento (distri- seja inferior a 100% (cem por cento), colhida a
buídos, mas não sentenciados) há mais de manifestação prévia do magistrado, e não se
08 (oito) anos: multiplicado por três (3X). tratando de fato de maior gravidade, poderá o
Corregedor-Geral da Justiça indicá-lo, em cará-
1.20.7 – A produtividade do magistrado de pri- ter sigiloso, para freqüência a curso de gestão
meiro grau de jurisdição será aferida segundo da atividade jurisdicional e incremento de pro-
um intervalo padrão, consoante os critérios ent- dutividade.
rância e/ou juízo.
1.20.10.4 – Ao término do curso referido no
1.20.7.1 – Para a aferição da produtividade do item 1.20.10.3, o magistrado será novamente
magistrado, será considerado o prazo mínimo monitorado pelo prazo de 12 (doze) meses.
de 12 (doze) meses.
1.20.10.5 – Não optando o magistrado pela re-
1.20.8 – Nas hipóteses de promoção ou remo- alização do curso referido nos itens anteriores,
ção, o magistrado deverá comunicar a respec- será concitado à elevação imediata e contínua
tiva assunção à Corregedoria-Geral da Justiça, de sua produtividade, até que atinja níveis acei-
a fim de que seja recadastrado no Sistema de táveis, mediante procedimento de acompanha-
Aferição de Produtividade dos Magistrados de mento.
Primeiro Grau de Jurisdição, consoante as varia-
ções do Anexo referido no item 1.20.3. 1.20.11 – Superando a produtividade o interva-
lo padrão, poderá o magistrado ser convidado
1.20.9 – Salvo dolo ou má-fé, o magistrado que para integrar turmas de colaboradores no curso
apresente produtividade no intervalo padrão, mencionado no item 1.20.10.3.
ou acima, não responderá administrativamen-
te por excesso de prazo, desde que observada a 1.20.12 – Se, por intervalo completo de 24 (vin-
antiguidade da conclusão na prolação dos atos te e quatro) meses, superar a produtividade do
judiciais, respeitadas as hipóteses de prioridade magistrado o intervalo padrão, após avaliação
legal, e não se trate de fato de maior gravidade. da qualidade da prestação jurisdicional, poderá
ser inserido elogio em sua ficha funcional.
1.20.10 – Caso a produtividade do magistrado
de primeiro grau de jurisdição resulte inferior 1.20.13 – O Sistema de Aferição de Produtivida-
ao intervalo padrão, o dado em questão será de dos Magistrados de Primeiro Grau de Jurisdi-
cotejado com o percentual de desobstrução do ção consiste em avaliação quantitativa, situação
juízo e com o percentual de desobstrução do que não obsta eventuais elogios ao magistrado
magistrado, sem embargo de outros elementos que, mesmo com produtividade no intervalo
a serem empregados pelo Corregedor-Geral da padrão, apresente qualidade destacada.
Justiça.
1.20.14 – É de responsabilidade do magistrado
1.20.10.1 – Considera-se percentual de desobs- a fiscalização sobre a apresentação dos dados
trução a proporção entre o número médio de no Sistema de Boletim Mensal de Movimento
sentenças prolatadas e o número médio de au- Forense e no Anexo C do Código de Normas (LO-
tuações no período examinado. MAN, art. 39).
1.20.10.2 – Na hipótese do item anterior, que- 1.20.15 – Os sistemas processuais de cadastra-
dando-se o percentual de desobstrução acima mento informatizado deverão serão adapta-
de 100% (cem por cento), considera-se regular dos, no prazo de 6 (seis) meses, a fim de que o
a produtividade do magistrado, sempre obser- Sistema de Aferição de Produtividade dos Ma-
vados os elementos comparativos referidos no gistrados de Primeiro Grau de Jurisdição seja
item 1.20.3. automático e esteja disponível no sítio da Corre-

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gedoria-Geral da Justiça, observado o disposto dos processos, segundo o Sistema Avançado de


no item 1.20.3.1. Cadastro Processual, a fim de que estejam dis-
poníveis no Banco Estatístico da Corregedoria-
SEÇÃO 21 Geral da Justiça.
PRIORIZAÇÃO DE PROCESSOS
CONCLUSOS PARA SENTENÇA HÁ SEÇÃO 22
MAIS DE NOVENTA (90) DIAS MANUAL DE PROCEDIMENTOS
INTERNOS DA CORREGEDORIA-
1.21.1 – Para os fins dos itens 1.4.14 e 1.20.9 GERAL DA JUSTIÇA
do Código de Normas, constatada a existência
de processos conclusos para sentença há mais 1.22.1 – O Manual de Procedimentos internos
de noventa [90] dias, o Fichário Confidencial da da Corregedoria-Geral da Justiça, também de-
Magistratura promoverá a abertura de proto- nominado MPI-CGJ, consolida as instruções que
colo individual de monitoramento da atividade tratam sobre procedimentos internos e rotinei-
jurisdicional. ros desenvolvidos na Corregedoria-Geral da Jus-
tiça do Estado do Paraná, com abrangência ao
1.21.1.1 – O protocolo será instruído com rela- primeiro grau de jurisdição em se tratando de
ção indicativa do número dos autos e a data da matéria administrativa correlata.
conclusão, em ordem cronológica, iniciando-se
pela carga mais antiga, observados os dados do 1.22.2 – O MPI-CGJ será editado e atualizado
Boletim Mensal de Movimento Forense. mediante ordem de serviço (CN 1.2.16, V) expe-
dida pelo Corregedor-Geral da Justiça do Estado
1.21.2 – Ao magistrado será concedido o prazo do Paraná.
de quinze (15) dias para manifestação.
1.22.3 – As instruções operacionais constantes
1.21.3 – Não configurada hipótese de arquiva- do MPI-CGJ são aplicáveis aos procedimentos
mento, o Corregedor-Geral da Justiça estabe- nele mencionados, cujo padrão deverá ser ob-
lecerá prazo no qual o magistrado será instado servado pelas equipes do gabinete e pelas Divi-
a regularizar os feitos em atraso; decorrido o sões da Corregedoria-Geral da Justiça.
prazo, o magistrado deverá apresentar relatório
dos processos julgados. 1.22.3.1 – Na hipótese em que os procedimen-
tos administrativos estiverem em trâmite pe-
1.21.4 – Após análise do relatório, poderá ser rante o primeiro grau de jurisdição, os juízes e
instaurado "incidente de priorização de proces- servidores responsáveis também deverão ob-
sos conclusos para sentença há mais de noventa servar a padronização disciplinada pelo MPI-
[90] dias", estabelecendo-se prazo razoável no -CGJ, naquilo que for aplicável.
qual o magistrado será instado a decidir os fei-
tos de que trata esta seção, com observância da 1.22.4 – O MPI-CGJ, depois de publicado, será
ordem de conclusão mais antiga, respeitadas as disponibilizado na área da internet do TJPR para
hipóteses de prioridade legal; decorrido o pra- acesso dos responsáveis mencionados nesta Se-
zo, o magistrado apresentará relatório dos pro- ção.
cessos julgados.
SEÇÃO 23
1.21.5 – Não sendo regularizada a ocorrência, o PEDIDOS DE CONSULTA E DÚVIDAS
Corregedor deliberará a respeito e, entenden- (Incluída pelo Provimento nº 218)
do pertinente, relatará o protocolado perante o
Conselho da Magistratura. 1.23.1 – Havendo dúvidas sobre a execução do
1.21.6 – As informações referidas nos itens ante- serviço judiciário, os servidores e funcionários
riores serão coletadas durante o cadastramento deverão reportar-se ao respectivo Juiz, a quem
incumbe solucioná-las.

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1.23.2 – Não serão apreciadas pela Corregedo- cujo valor ideal corresponde ao índice maior ou
ria-Geral da Justiça consultas ou dúvidas que igual a 100% (cem por cento).
não suscitem interesse geral.
- Ver CN 1.19.2.1, I.
1.23.2.1 – Entre as matérias que não importam
em interesse geral elencam-se as seguintes: - Ver CN 1.20.10.2 e 1.20.10.3.

I – Não tenham sido previamente aprecia- 1.24.1.3 – A inspeção de diagnóstico estrutural


das pelo magistrado competente; será descrita em relatório circunstanciado ou
inserida em capítulo próprio das atas correicio-
II – Versem sobre matéria jurisdicional; nais.
III – A resposta conste expressamente de 1.24.2 – Identificada a comarca ou a unidade
texto de lei ou norma; judiciária com o menor percentual de desobs-
trução, proceder-se-á ao diagnóstico das causas
IV – Tratem de mera utilização ou manuseio associadas ao referido índice, com foco nos se-
de sistema informatizado cuja orientação guintes elementos:
incumba ao Departamento de Tecnologia
da Informação e Comunicação; I – metodologia de trabalho utilizada pelo
magistrado e pela serventia, nos moldes do
V – A apreciação incumba a Órgão ou De- item 2.19.1 e seguintes do CN;
partamento diverso da Corregedoria-Geral
da Justiça. II – composição da comarca ou unidade ju-
diciária em função da(s):
1.23.2.2 – Constatadas as hipóteses previstas
nos itens 1.23.2 e 1.23.2.1, haverá o arquiva- a) competência;
mento de ofício do pedido.
b) instalações;
1.23.3 – Estas disposições aplicam-se ao foro ex-
trajudicial naquilo que for compatível. c) recursos humanos; e
d) recursos materiais;
SEÇÃO 24
INSPEÇÃO DE DIAGNÓSTICO III – dados estatísticos:
ESTRUTURAL a) número de autuações e de arquivamen-
tos; e
(Incluída pelo Provimento nº 228)
b) marcadores de desempenho definidos
1.24.1 – A Inspeção de diagnóstico estrutural no CN 1.19.2.
objetiva a detecção, após análise estatística, de
comarcas ou unidades judiciais que apresentem 1.24.3 – Caso o diagnóstico referido no item an-
o menor percentual de desobstrução do fluxo terior resulte em indicativo de que a obstrução
processual, priorizando-as na atividade de rees- do fluxo processual esteja relacionada à meto-
truturação administrativa e material. dologia utilizada pela unidade judiciária, o Cor-
regedor proporá ao juiz de Direito medidas pre-
1.24.1.1 – As providências a serem realizadas ventivas de alinhamento às políticas de atuação
destinar-se-ão, primordialmente, à reorganiza- desenvolvidas pela Corregedoria-Geral da Justi-
ção administrativa das comarcas ou unidades ça, consistentes no (a):
judiciais, reservando-se a atividade censória
para os casos injustificáveis de desvio funcional. I – levantamento de todos os processos pa-
ralisados injustificadamente, com imediata
1.24.1.2 – O critério utilizado para a aferição é conclusão ao magistrado;
o Percentual de Desobstrução Processual (PDP),

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II – triagem dos processos segundo sua clas- a criação de nova vara ou medida que atenda às
se, assunto e fase processual, para impulso necessidades locais.
conjunto e padronizado;
• Ver Seção 19 do Capítulo 2 do Código de
Normas; CAPÍTULO 2
III – separação dos processos de acordo OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
com a prioridade legal;
SEÇÃO 01
IV – gerenciamento proativo das atividades
administrativas do cartório, mediante as se-
NORMAS GERAIS
guintes ações: 2.1.1 – As normas deste capítulo têm caráter ge-
a) orientação aos servidores responsáveis ral e se aplicam a todos os ofícios do foro judi-
sobre a nova metodologia de trabalho e sua cial e extrajudicial, inclusive secretaria dos juiza-
conscientização sobre a relevância da co- dos especiais, no que não contrariem as normas
participação no processo de reorganização específicas contidas nos capítulos próprios a es-
da vara ou unidade judiciária; tes ofícios ou em outros atos normativos.

b) orientação aos servidores, esclarecendo- 2.1.1.1 – Os titulares de ofícios dos foros judicial
-lhes suas funções e atribuições; e extrajudicial ou quem nessa qualidade esti-
ver, ainda que designado precariamente, estão
c) estabelecimento de portarias delegató- obrigados a manter livro de Receitas e Despe-
rias de atos judiciais, na forma do que pre- sas, documentos referentes à regularidade das
coniza a Seção 19 do Capítulo 2 do Código contribuições fiscais e previdenciárias inciden-
de Normas; tes sobre a folha de pagamentos, contrato de
prepostos, dentre outros comprovantes perti-
d) exame da capacitação de cada servidor,
nentes à movimentação financeira da serventia.
avaliando a melhor alocação funcional;
Deverão apresentar ao juiz competente, sempre
e) fiscalização constante dos atos do escri- que solicitado, extrato circunstanciado sobre o
vão ou do diretor de secretaria, bem como movimento da serventia, com a indicação da re-
dos demais servidores envolvidos; ceita bruta proveniente das custas e emolumen-
tos, despesas e receita líquida.
V – acompanhamento da evolução dos tra-
balhos segundo os marcadores de desem- 2.1.2 – É proibido ao auxiliar da justiça exercer
penho previstos na Seção 19 do Capítulo 1 suas funções em atos que envolvam interesses
do Código de Normas, em especial do per- próprios ou de cônjuge, parente consangüíneo
centual de desobstrução processual (PDP). ou afim, em linha reta ou na colateral, até o ter-
ceiro grau e nos casos de suspeição.
1.24.4 – A eventual insuficiência de elementos
estruturais da unidade judiciária será relaciona- 2.1.2.1 – Verificado o impedimento ou a suspei-
da e levada ao conhecimento da Presidência do ção, o serventuário solicitará ao juiz a designa-
Tribunal de Justiça mediante proposta de rees- ção de substituto para a prática do ato.
truturação.
2.1.2.2 – O juiz, se acolher as razões apresenta-
1.24.5 – Verificadas a adequação da estrutura das, designará substituto ad hoc, vedada a de-
da comarca ou da unidade judiciária e a efici- signação de juramentado do mesmo Ofício.
ência dos métodos organizacionais de trabalho,
- Ver art. 155, do CODJ, sobre as substitui-
apesar da elevada obstrução do fluxo processu-
ções dos serventuários da justiça.
al, o Corregedor-Geral da Justiça poderá propor

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- Ver art. 134, 135 e 138, inc. II, do CPC, so- 2.1.7 – Os escrivães do foro judicial autentica-
bre impedimento e suspeição. rão as cópias reprográficas ou obtidas por outro
processo de repetição de documentos originais
- Ver art. 27 da Lei nº 8.935, de 18.11.1994. que constem dos autos. Em cada cópia anotará
- Ver CN 1.6.14, inciso XXX. o número dos autos, nome das partes e o res-
pectivo ofício, fazendo menção de que "o do-
2.1.3 – Mediante deferimento do juiz, sob pré- cumento confere com o original que consta dos
via autorização da Corregedoria-Geral da Justiça autos".
e observadas as normas de segurança por esta
aprovadas, poderá ser adotado o sistema de 2.1.7.1 – Se o documento a ser autenticado tra-
chancela mecânica, que valerá como assinatura tar-se de cópia constante dos autos, o escrivão
do serventuário e dos seus substitutos legais. procederá da forma supra, fazendo menção de
que "a cópia extraída confere fielmente com a
2.1.4 – Constitui, também, requisito indispen- cópia constante dos autos".
sável o seu prévio registro no ofício de notas
do domicílio do serventuário, que conterá fac- - Ver CN 11.5.1.1.
-símile da chancela, acompanhada de assina- 2.1.8 – Os escrivães e seus auxiliares ou empre-
tura devidamente reconhecida por notário e a gados darão atendimento prioritário a pessoas
descrição pormenorizada da chancela, com o portadoras de deficiência física ou com mobili-
dimensionamento do clichê. dade reduzida, pessoas com idade igual ou su-
2.1.5 – A autorização para o uso da chancela perior a sessenta anos e gestantes, mediante
mecânica poderá ser suspensa ou revogada de garantia de lugar privilegiado em filas, distri-
ofício pelo juiz ou pela Corregedoria-Geral da buição de senhas com numeração adequada ao
Justiça, inclusive com apreensão de máquinas e atendimento preferencial, alocação de espaço
clichês. para atendimento exclusivo no balcão ou im-
plantação de outro serviço de atendimento per-
2.1.6 – Ressalvada a hipótese de segredo de jus- sonalizado.
tiça, os ofícios de justiça poderão fornecer rela-
ção diária de distribuições de ações e protestos - Redação dada pelo Provimento n. 72 – DJ.
às entidades representativas da indústria e do n. 6939 de 23/08/2005
comércio ou àquelas vinculadas à proteção do 2.1.9 – O escrivão e o secretário do Juizado Es-
crédito, mencionando tratar-se de informação pecial deverão comunicar à Corregedoria-Geral
reservada da qual não se poderá dar publicida- da Justiça, por fac-símile e pelo correio, a aver-
de pela imprensa, nem mesmo parcialmente. bação de suspeição ou impedimento, no prazo
- Ver art. 29 da Lei nº 9.492/97 de 5 (cinco) dias úteis, contados da devolução
dos autos pelo magistrado, sob pena de respon-
- Ver art. 155 do CPC. sabilização administrativa.
2.1.6.1 – O fornecimento da certidão será sus- - Ver Resolução 08/2007 do Órgão Especial.
penso caso se desatenda o seu caráter sigiloso
ou se forneçam informações de protestos can- - Ofício Circular nº 104/2006.
celados. 2.1.9.1 – Da comunicação referida no item 2.9.1
2.1.6.2 – Dos cadastros ou banco de dados das deverão constar:
entidades referidas neste artigo somente serão I – O número dos autos;
prestadas informações restritivas de crédito
oriundas de processos judiciais, títulos ou do- II – A natureza do feito;
cumentos de dívidas regularmente protestadas,
cujos registros não forem cancelados. III – A qualificação completa das partes;

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IV – A identificação dos advogados e o res- sem prejuízo de que as Escrivanias emitam cer-
pectivo número da OAB; tidão relacionada aos feitos que nelas tramitam
ou tramitaram.
V – A data da conclusão e da devolução dos
autos pelo magistrado que se declarou sus- - Inserido pelo Provimento n. 250/2014, de
peito ou impedido; 01 de abril de 2014.
VI – O nome do Juiz Substituto, ou destina- SEÇÃO 02
tário, para o qual forem conclusos os autos; ESCRITURAÇÃO E LIVROS
VII – Cópia da decisão ou pronunciamento
judicial no qual o magistrado averbou sua 2.2.1 – Na lavratura dos atos das serventias, se-
suspeição ou impedimento; rão utilizados papéis com fundo inteiramente
branco, salvo disposição expressa em contrário.
VIII – A assinatura do escrivão e do magis- A escrituração dos atos será sempre em verná-
trado que se declarou suspeito ou impedi- culo e sem abreviaturas, utilizando-se tinta in-
do. delével, de cor preta ou azul. Os algarismos se-
rão expressos também por extenso.
2.1.9.2 – Em nenhuma hipótese o processo, no
qual foi averbada a suspeição ou impedimento, - Ver art. 169, do CPC.
poderá ficar paralisado além do prazo previsto
no item 2.1.9. 2.2.2 – Na escrituração, não se admitem entre-
linhas, procurando evitarem-se erros datilográ-
2.1.10. – Cópias da comunicação referida no ficos, omissões, emendas e rasuras. Caso estes
item 2.1.9 e do respectivo comprovante de en- ocorram, será feita a respectiva ressalva antes
vio deverão ser anexadas aos autos previamen- do encerramento do ato e da aposição das as-
te à conclusão para o Juiz Substituto ou destina- sinaturas.
tário.
- Ver art. 171, do CPC
2.1.11 – Constitui dever funcional do magistra-
do verificar as providências mencionadas nos 2.2.2.1 – É vedado o uso de raspagem por bor-
itens 2.1.9.1, inciso VIII, e 2.1.10. racha ou outro meio mecânico, assim como a
utilização de corretivo ou de outro meio quími-
- Vide art. 2° da Resolução n° 08/07 do Ór- co. Deverão ser evitadas anotações a lápis nos
gão Especial. livros e autos de processo, mesmo que a título
provisório.
2.1.12 – Não são devidas custas para a expe-
dição de certidão de antecedentes criminais 2.2.3 – Nos termos e atos em geral, a qualifica-
quando requerida para defesa de direitos ou ção das pessoas será a mais completa possível,
esclarecimento de situação de interesse pes- contendo o nome por inteiro, o número do RG
soal do respectivo requerente, seja a serventia e do CPF, a naturalidade, o estado civil, a profis-
responsável pelo seu fornecimento privada ou são e o endereço do local do trabalho, a filiação,
estatizada, conforme decidido pelo Conselho a residência e o domicílio especificados (rua,
Nacional de Justiça no Pedido de Providências n. número, bairro, cidade). Nas inquirições, cons-
00000722-10.2013.2.00.0000. tará, também, a data do nascimento.
- Inserido pelo Provimento n. 250/2014, de 2.2.4 – As assinaturas serão apostas logo em
01 de abril de 2014. seguida ao encerramento do ato, não se admi-
tindo espaços em branco. Os espaços não apro-
- Ver CN 3.1.6.3, 6.17.3, 6.17.3.1 e 6.17.3.2. veitados serão inutilizados, preferencialmente,
2.1.12.1 – Cabe aos Ofícios Distribuidores a ex- com traços horizontais ou diagonais.
pedição de certidão de antecedentes criminais,

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2.2.4.1 – Em todas as assinaturas colhidas pela 2.2.10 – Após a lavratura do termo de abertura
escrivania nos autos e termos, será lançado, ou de encerramento, o livro deverá ser apresen-
abaixo, o nome por extenso do signatário. tado ao juiz da vara, diretor do fórum ou ao cor-
regedor do foro extrajudicial, conforme o caso,
2.2.4.2 – Em hipótese alguma será permitida a o qual lançará o seu visto, podendo determinar
assinatura de atos ou termos em branco, total providências que se fizerem necessárias.
ou parcialmente.
2.2.11 – Considerando-se a natureza dos atos
- Ver art. 171, do CPC. escriturados, os livros poderão ser organizados
2.2.5 – Os serventuários manterão em local em folhas soltas, datilografadas, impressas por
adequado e seguro, devidamente ordenados, os sistema de computação ou por fotocópias, e
livros e documentos da serventia, respondendo não ultrapassarão o número de duzentas (200)
por sua guarda e conservação. folhas, numeradas e rubricadas, que deverão
ser encadernados após seu encerramento.
2.2.6 – O desaparecimento e a danificação de
qualquer livro ou documento serão comunica- - Ver CN 10.2.10.
dos imediatamente ao juiz. A sua restauração 2.2.12 – Nas comarcas de juízo único, os livros
será feita desde logo, sob a supervisão do juiz e de Arquivo de Portarias poderão ser unificados.
à vista dos elementos existentes.
2.2.13 – Na escrituração dos livros e dos autos é
2.2.7 – Os livros serão abertos e encerrados pelo proibido o uso de aspas ou outros sinais gráficos
serventuário, que rubricará as suas folhas, para na repetição de dados ou palavras.
isto podendo ser utilizado o processo mecânico,
previamente aprovado pela Corregedoria-Geral 2.2.14 – Recomenda-se que os livros de Alista-
da Justiça. mento de Jurados e Atas de Sessões do Júri se-
jam formados pelo sistema de folhas soltas. Para
- Ver CN 2.1.3 a 2.1.5. tanto, poderão ser utilizadas fotocópias, cópias
2.2.8 – Do termo de abertura constará o núme- datilografadas ou impressas das atas, que não
ro de série do livro, a sua finalidade, o número precisam ser autenticadas. Poderá, ainda, ser
de folhas, a declaração de estas estarem rubri- utilizado o sistema de mídia em CD-ROM. Deve-
cadas e a serventia, bem como a data, o nome rão observar as exigências desta Seção, naquilo
e a assinatura do serventuário, e, ainda, o visto que for pertinente, ressalvadas as especifica-
do juiz. ções. – Redação alterada pelo Provimento 206.

- Ver modelo 01 deste CN. 2.2.14 – Recomenda-se que os livros de Alis-


tamento de Jurados e Atas de Sessões do Júri
2.2.8.1 – Nos livros constituídos pelo sistema de sejam formados pelo sistema de folhas soltas.
impressão por computação ou folhas soltas, o Para tanto, poderão ser utilizadas fotocópias,
juiz lançará o visto no termo de abertura, inde- cópias datilografadas ou impressas das atas,
pendentemente da apresentação das folhas do que não precisam ser autenticadas. Poderá,
correspondente livro. ainda, ser utilizado o sistema de mídia em CD-
-ROM. Deverão observar as exigências desta Se-
2.2.9 – Será lavrado termo de encerramento so- ção, naquilo que for pertinente, ressalvadas as
mente por ocasião do término do livro, consig- especificações.
nando-se qualquer fato relevante, como folha
em branco, certidões de cancelamento de atos, - Redação dada pelo Provimento nº 216.
dentre outros. 2.2.14.1 . Revogado Pelos Provimentos nº 206
e 216.
- Ver modelo 02 deste CN.
2.2.14.2 • Revogado pelos Provimentos nº 206
e 216.

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Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

2.2.14.2.1 • Revogado pelos Provimentos nº - Resolução n. 65 do Conselho Nacional de


206 e 216. Justiça
2.2.14.3 • Revogado pelos Provimentos nº 206 - Incluído pelo Provimento n. 185
e 216.
2.3.2 – As escrivanias utilizarão autuações de
2.2.14.4 • Revogado pelos Provimentos nº 206 cores diferentes para as diversas espécies de fei-
e 216. tos e tarjas ou etiquetas para assinalar situações
2.2.14.5 • Revogado pelos Provimentos nº 206 especiais, como a intervenção do Ministério Pú-
e 216. blico ou de curador, o segredo de justiça, a assis-
2.2.14.6 • Revogado pelos Provimentos nº 206 tência judiciária, entre outras.
e 216. 2.3.2.1 – Serão especialmente destacadas as au-
2.2.14.6.1 • Revogado pelos Provimentos nº tuações de processos de adolescente internado
206 e 216. ou de réu preso, ou que envolvam interesses
de criança e adolescente, de pessoa com ida-
2.2.15.1 • Revogado pelos Provimentos nº 206 de superior a 60 (sessenta) anos, bem como os
e 216. processos que envolvam violência doméstica e
2.2.15.2 • Revogado pelos Provimentos nº 206 familiar contra a mulher, a fim de que tenham
e 216. tramitação prioritária.
2.2.15.2.1 • Revogado pelos Provimentos nº • Ver art. 71 da Lei nº 10.741/2003.
206 e 216.
• Ver art. 4º do Estatuto da Criança e do
2.2.15.2.2 • Revogado pelos Provimentos nº Adolescente.
206 e 216.
• Ver CN 5.2.7.
2.2.15.3 • Revogado pelos Provimentos nº 206
e 216. • Ver art. 33, parágrafo único da Lei nº.
11.340/2006
2.2.15.4 • Revogado pelos Provimentos nº 206
e 216. • Redação alterada pelo Provimento nº 148.

2.2.15.5 • Revogado pelos Provimentos nº 206 2.3.2.1 – Serão especialmente destacadas as au-
e 216. tuações de inquéritos e/ou processos, a fim de
que tenham tramitação prioritária:
2.2.15.6 • Revogado pelos Provimentos nº 206
e 216. I – de adolescente internado;
2.2.16 • Revogado pelos Provimentos nº 206 e II – de réu preso;
216.
III – que envolvam interesses de criança e
SEÇÃO 03 adolescente;
DOS PROCESSOS IV – em que, deferida a prioridade, figure
2.3.1 – Ao receber a petição inicial ou a denún- como parte ou interessado:
cia, a escrivania deverá registrá-la e autuá-la, a) pessoa com idade igual ou superior a ses-
atribuindo numeração seqüencial e renovável senta (60) anos;
anualmente, certificando nos autos.
b) pessoa portadora de doença grave;
- Ver art. 166 e 167, do CPC
V – que envolvam violência doméstica e fa-
2.3.1.1 – A Numeração Única do Processo deve miliar contra a mulher;
ser anotada no livro de registro da escrivania,
destacando-se na autuação.

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VI – em que figure indiciado, acusado, víti- - Ver Dec. nº 962, de 23.04.1932;
ma ou réu colaborador, vítima ou testemu-
nha que esteja coagida ou exposta a grave - Ver Lei Estadual nº 12.821, de 27.12.1999.
ameaça, em razão de colaborar com a in- - Ver art. 3º da Lei Estadual nº 12.216/98,
vestigação ou processo criminal e protegido cuja redação foi alterada pela Lei Estadual
pelos programas de que trata a Lei Federal n. 12.604/99.
nº 9.807/1999.
- Ver art. 5º do Dec. Judiciário nº 153, de
- Ver art. 71 da Lei nº 10.741/2003. 20.04.1999.
- Ver art. 4º do Estatuto da Criança e do - Ver item 4 da Instrução Normativa nº
Adolescente. 01/99.
- Ver art. 33, parágrafo único da Lei nº. - Ver itens 9 a 11 da Instrução Normativa nº
11.340/2006. 02/99, ambas do Conselho Diretor do Fun-
- Ver artigos 1.211-A, 1.211-B e 1.211-C do do de Reequipamento do Poder Judiciário –
Código de Processo Civil, com a redação FUNREJUS.
dada pela Lei nº 12.008/2009. - Ver CN 2.7.8.1 e seguintes.
- Ver artigo 19-A da Lei nº 9.807/1999, in- 2.3.3.2 – Igualmente, informará quando for caso
cluído pela Lei 12.480/2011. de isenção.
- Redação alterada pelo Provimento n. 219. - Ver Provimento n. 49.
2.3.2.2 – – Os feitos que envolvam interesses de - Ver art. 3º do Dec. nº 962, de 23.04.1932.
crianças e adolescentes em todas as áreas, no-
tadamente os relativos a adolescentes privados 2.3.4 – A certidão de recebimento e a nume-
da liberdade, terão tramitação preferencial aos ração das folhas dos autos, com a respectiva
demais, inclusive de réus presos. rubrica, nunca poderão prejudicar a leitura do
conteúdo da petição ou do documento. Se ne-
2.3.2.3 – As capas de autuação fornecidas pelo cessário, este será afixado em uma folha em
Tribunal de Justiça às Varas de Família e Infân- branco, nela sendo lançadas a numeração e a
cia e Juventude não serão utilizadas nos feitos rubrica.
cíveis, cabendo ao juiz coibir seu uso indevido.
2.3.5 – As petições e os demais expedientes
- Redação dada pelo Provimento 74 de (ofícios recebidos, laudos, mandados etc.), in-
25/10/2005. clusive precatórias, serão juntadas aos autos,
2.3.3 – A escrivania certificará de forma legível, mediante certidão. Em seguida, se for o caso, os
no anverso de petições e fora do campo da sua autos irão conclusos.
margem, bem como nos expedientes que lhe fo- 2.3.5.1 – Ao retornarem cumpridas as preca-
rem entregues, a data e a hora do respectivo in- tórias, a escrivania juntará aos autos somente
gresso em cartório, e disto fornecerá recibo ao as peças essenciais, como o original da carta, o
interessado. comprovante do seu cumprimento, a conta de
2.3.3.1 – A escrivania procederá à conferência custas e eventuais peças e documentos nela en-
do preenchimento da guia de recolhimento e cartados.
da regularidade do quantum recolhido a título 2.3.6 – A conclusão dos autos ao juiz e a vista
de Taxa Judiciária, lançando informação ao juízo ao Ministério Público devem ser efetuadas dia-
(CN, Modelo 29). riamente, sem limitação do seu número. Nos
- Redação dada pelo Provimento nº 90. respectivos termos, constará de forma legível o

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Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

nome do juiz e o do promotor, bem como a data - Ver art. 35, inc. I e II, da LOMAN.
do efetivo encaminhamento dos autos, o mes- - Ver Of. Circular nº 27/97 e 113/98.
mo ocorrendo quando da sua devolução, sendo
inadmissíveis a conclusão e a vista sem data. As 2.3.12 – Todos os autos de processo, antes do
assinaturas do magistrado e do promotor tam- arquivamento, serão remetidos ao contador
bém deverão ser identificadas. para o cálculo das custas finais, bem como das
receitas devidas ao FUNREJUS, quando for o
2.3.7 – Desentranhada dos autos alguma de caso.
suas peças, inclusive mandado, em seu lugar
será colocada uma folha em branco na qual se- 2.3.13 – Quaisquer contas ou cálculos somente
rão certificados o fato e o número das folhas an- serão realizados mediante determinação judi-
tes ocupadas, evitando-se a renumeração. cial ou portaria específica que autorize o escri-
vão a remeter os autos ao contador.
2.3.7.1 – Nos casos do art. 15 do CPC, antes de
inutilizar as frases ofensivas, deve-se substituir 2.3.14 – O esboço de partilha somente será rea-
o original por cópia e guardá-la em local apro- lizado mediante determinação judicial ou porta-
priado. Não havendo recurso da decisão ou ha- ria específica que autorize o escrivão a remeter
vendo e sendo mantida esta, o original voltará os autos ao partidor.
aos autos, sendo então nele riscadas as expres- 2.3.15 – Para cumprimento das decisões judi-
sões ofensivas. ciais destinadas a consignação de débito em fo-
2.3.8 – As peças desentranhadas dos autos, lha de pagamento, a escrivania deverá expedir
enquanto não entregues ao interessado, serão os mandados contendo as seguintes informa-
guardadas em local adequado. Nelas a escriva- ções: nome do credor/beneficiário; RG; CPF; en-
nia certificará, em lugar visível e sem prejudicar dereço residencial; conta bancária em que deve
a leitura do seu conteúdo, o número e a nature- ser efetuado o crédito.
za do processo de que foram retiradas. 2.3.15.1 – Tratando-se de servidor estadual
2.3.9 – Os autos do processo não excederão de aposentado, civil ou militar, o mandado deverá
duzentas (200) folhas em cada volume, salvo ser encaminhado ao Paranaprevidência.
determinação judicial expressa em contrário ou 2.3.15.2 – Tratando-se de decisões que envol-
para manter o documento na sua integralidade. vam policiais militares, os mandados devem ser
O encerramento e a abertura dos volumes se- dirigidos ao Quartel do Comando Geral da Polí-
rão certificados em folhas suplementares e sem cia Militar do Estado do Paraná.
numeração. Os novos volumes serão numera-
dos de forma bem destacada e a sua formação SEÇÃO 04
também será anotada na autuação do primeiro
DOS MANDADOS
volume.
2.3.10 – Quinze (15) dias, pelo menos, antes da 2.4.1 – Os mandados poderão ser assinados
audiência, o escrivão examinará o processo a pelo escrivão, desde que dele conste a observa-
fim de verificar se todas as providências para a ção de que o faz sob autorização do juiz, com
sua realização foram tomadas. Diante de irregu- indicação do número da respectiva portaria au-
laridade ou omissão, deverá ser suprida a falha, torizadora.
fazendo- se conclusão dos autos se for o caso. - Ver CN 6.8.1.
Esta diligência será certificada nos autos.
2.4.2 – Os mandados para a realização de ato no
2.3.11 – As informações prestadas ao segundo foro extrajudicial serão expedidos diretamente
grau de jurisdição serão redigidas pelo próprio ao titular do respectivo ofício, a quem o interes-
juiz, devendo ser encaminhadas com a maior sado antecipará os emolumentos, quando exigí-
brevidade possível. veis.

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2.4.3 – Na falta de prazo expressamente deter- juiz diretor do Fórum ou ao juiz corregedor do
minado, os mandados deverão ser cumpridos foro extrajudicial.
no prazo máximo de quinze (15) dias.
- Redação dada pelo Provimento n.
2.4.4 – Quando se tratar de intimação para au- 127/2007
diência, os mandados serão devolvidos até qua-
renta e oito (48) horas úteis antes da data de- 2.5.2 – Do pedido de certidão, a serventia for-
signada, salvo deliberação judicial em contrário. necerá ao interessado um protocolo, contendo
a sua data e a previsão da respectiva entrega.
2.4.5 – No último dia do mês ou com menor fre-
qüência, se necessário, a escrivania relacionará 2.5.3 – Conforme o pedido do interessado e
ao juiz os mandados não devolvidos dentro do ressalvadas situações especiais, a certidão será
prazo e ainda em poder dos oficiais de justiça lavrada em inteiro teor ou por resumo, sempre
para cumprimento. devendo ser autenticada pelo serventuário ou
seu substituto.
2.4.6 – "Cópias dos alvarás de soltura e manda-
dos de prisão civil expedidos pelas escrivanias 2.5.4 – Os ofícios, devidamente numerados, se-
cíveis ou de família deverão ser encaminhadas à rão redigidos de forma precisa e objetiva, evi-
Delegacia de Polícia Civil da sede da comarca e à tando-se a utilização de expressões inúteis. As
Delegacia de Vigilância e Capturas de Curitiba." suas cópias serão juntadas aos autos e também
arquivadas em local adequado. Será lançada
- Redação dada pelo Provimento n. 77 de certidão da remessa e, se for o caso, do rece-
24/11/2005. bimento, quando retornar o respectivo compro-
vante.
SEÇÃO 05
CERTIDÕES E OFÍCIOS 2.5.5 – Os ofícios dirigidos a outro juiz, a tribu-
nal ou às autoridades constituídas, deverão ser
2.5.1 – No recinto da serventia, em lugar ple- redigidos e sempre serão assinados pelo juiz
namente visível pelo público e de modo legível, remetente. Os dirigidos a outras serventias e a
será afixado um quadro contendo a tabela vi- pessoas naturais e jurídicas em geral poderão
gente das custas ou emolumentos dos respec- ser assinados pessoalmente pelo escrivão, com
tivos atos, em R$ e VRC, a tabela do FUNREJUS, a observação de que o ato é praticado por auto-
a pauta mensal das audiências, a relação das in- rização do juiz, mencionando a respectiva por-
timações enviadas ao Diário da Justiça, o banco taria autorizadora.
credenciado para depósitos judiciais, bem como 2.5.5.1 – No foro extrajudicial os expedientes
um aviso de que o prazo máximo para a expedi- serão assinados pelo respectivo titular ou subs-
ção de certidão é de vinte e quatro (24) horas. tituto.
- Ver CN 10.1.13. - Ver art. 27, da Lei nº 8.935, de 18.11.94.
- Ver CODJ, art. 240. 2.5.5.2 – Os ofícios de requisição de força poli-
- Ver Of. Circular nº 031/2004, da CGJ. cial deverão ser assinados pelo juiz requisitante
e entregues, juntamente com o respectivo man-
2.5.1.1 – A serventia deve manter aviso, em lo- dado, ao oficial de justiça que, para cumprimen-
cal visível ao público, de que todo cidadão pode to da diligência, deverá agendar o dia, horário e
dirigir-se à Corregedoria-Geral da Justiça – Palá- local para a realização do ato.
cio da Justiça – Anexo – 10º andar – Centro Cívi-
co – Curitiba – PR – CEP 80.530-912, para formu- 2.5.5.3 – O ofício para requisição de informa-
lar reclamação por escrito contra seus serviços, ções sobre contribuintes e/ou cópias de docu-
podendo, ainda, para o mesmo fim, dirigir-se ao mentos arquivados será assinado pelo juiz e re-
metido diretamente à Receita Federal quando o

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Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

requerente for o Ministério Público ou houver 2.6.3 – Nas execuções fiscais deverá ser obser-
determinação judicial expressa. Em caso diver- vado o disposto no art. 32 da Lei nº 6.830, de
so, será entregue ao advogado da parte solici- 22.09.1980.
tante para que providencie o encaminhamento
e o pagamento das taxas, quando devidas". 2.6.4 – Incumbe ao escrivão manter atualizados
os cartões de autógrafos dos magistrados no
- Ver Of. Circular nº 232/03. banco credenciado, destinado ao recolhimento
- Redação dada pelo Provimento n. 52 dos depósitos judiciais.

2.5.5.4 – Os Magistrados deverão enviar as in- 2.6.5 – Tratando-se de depósitos periódicos, as


formações prestadas em sede de agravo de quantias serão depositadas na conta já aberta,
instrumento com caráter de urgência e de ha- na forma dos itens 2.6.1 e 2.6.2.
beas corpus com réu preso por carta registrada 2.6.6 – Dos depósitos em nome de menores e
e também por fac-símile a ser transmitido dire- exclusivamente em favor deles, constarão a data
tamente às secretarias das respectivas Câmaras do nascimento e a autorização para o levanta-
com confirmação de recebimento. mento independentemente de alvará ou ofício
- Redação dada pelo Provimento n. 92 tão logo adquirida a capacidade civil, anotando-
-se o fato no livro.
SEÇÃO 06
DEPÓSITOS JUDICIAIS - Ver art. 5º, Código Civil
2.6.7 – É vedado aos escrivães, sob qualquer
2.6.1 – Os valores monetários recolhidos em Ju- pretexto, manter quantia destinada a depósito
ízo deverão ser depositados diretamente pelo judicial em seu poder, em conta bancária pesso-
interessado ou pelo escrivão no prazo máximo al ou da serventia.
de 48 (quarenta e oito) horas (art. 190 CPC) em
banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do 2.6.8 – O escrivão, ao fazer o depósito em conta
Paraná, conta "Poder Judiciário" com correção bancária, poderá deduzir o montante das custas
monetária e juros, sempre em nome da par- já contadas, certificando a circunstância nos au-
te ou interessado e à disposição do Juízo, cuja tos, bem como o valor deduzido.
movimentação somente ocorrerá por ordem do
Juiz, sendo lançada no livro de Registro de De- 2.6.8.1 – No caso de depósito de valores devi-
pósitos. dos a título de alimentos, o montante das cus-
tas contadas somente poderá ser deduzido se o
- Ver CN 5.1.5. valor devido a este título compuser o depósito.
2.6.1.1 – O escrivão deverá informar, no quadro 2.6.9 – O levantamento ou a utilização das im-
de avisos da serventia, os bancos credenciados portâncias depositadas, ressalvado o disposto
pelo Tribunal de Justiça do Paraná, autorizados no CN 2.6.5, será efetuado somente por meio
para o recolhimento dos depósitos judiciais. de alvará assinado pelo juiz, devendo o levanta-
mento ser objeto de anotação no registro cons-
- Ver Seção 5 do Capítulo 2. tante do respectivo livro.
2.6.1.2 – Existindo posto de serviço do banco 2.6.10 – O alvará de levantamento será feito em
credenciado nas dependências do fórum, nele papel timbrado com a identificação da serventia
serão preferencialmente feitos os depósitos. e da comarca respectiva, contendo os seguintes
2.6.2 – Antes da conclusão dos autos, a reali- dados: ordem numérica seqüencial da serven-
zação do depósito será neles certificada, cons- tia; prazo de validade estabelecido pelo magis-
tando o número de ordem do registro e do res- trado; nome da parte beneficiada pelo levanta-
pectivo livro, sendo obrigatória a juntada do mento e o dos seus advogados, desde que estes
comprovante de depósito bancário. tenham poderes para receber e dar quitação,

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bem como o número da conta e dos autos e o - Ver Modelo 34
valor autorizado.
2.7.1.3.1 – Até o fornecimento do modelo men-
2.6.10.1 – O alvará de autorização deverá con- cionado no item 2.7.1.3, o comprovante de re-
ter ordem numérica seqüencial por serventia, colhimento bancário será preenchido exclusiva-
renovável anualmente, sendo juntada cópia nos mente pelas serventias.
autos.
2.7.1.4 – Os atos processuais somente serão
2.6.10.2 – Será ele confeccionado logo após o praticados após a juntada aos autos de uma das
despacho do juiz, de modo que o interessado já vias do comprovante de recolhimento bancário,
o encontre à sua disposição, lavrando-se recibo salvo na hipótese de concessão de assistência
da entrega, com a respectiva data, e registro no judiciária gratuita.
livro próprio.
2.7.1.5 – Para efeito do item 2.7.1.4, a serven-
SEÇÃO 07 tia apresentará relação de custas e de despesas
RECOLHIMENTO DE CUSTAS E cumulativa, evitando a necessidade de recolhi-
mento de valores baixos em guias autônomas.
EMOLUMENTOS
2.7.1.6 – Caso a parte não promova a antecipa-
2.7.1 – O recolhimento de custas e despesas ção das custas ou despesas processuais, nos ter-
processuais, no âmbito do foro judicial, será mos do item anterior, os autos serão conclusos
realizado obrigatoriamente através de compro- ao magistrado, para os fins do art. 257, ou do
vante de recolhimento bancário. art. 267, § 1º, ambos do Código de Processo Ci-
vil.
- Redação dada pelo Provimento n. 140
2.7.1.7 – Enquanto o Tribunal de Justiça não im-
2.7.1.1 – No âmbito do foro extrajudicial, do re-
plantar sistema uniformizado de recolhimento
cebimento de emolumentos ou quaisquer valo-
de custas e despesas processuais, os escrivães
res será fornecido ao interessado recibo discri-
e demais servidores, bem como os auxiliares da
minado, com os dados previstos no Modelo 30
justiça, deverão abrir conta-corrente exclusiva
deste Código (item 10.1.7, VIII), que especifica-
para o recebimento respectivo, com comunica-
rá precisamente a que se refere o pagamento,
ção à Corregedoria-Geral da Justiça, no prazo de
sendo este ato da responsabilidade pessoal do
30 (trinta) dias.
agente delegado.
2.7.1.7.1 – Os escrivães e demais servidores e
- Redação dada pelo Provimento n. 140
auxiliares da justiça apresentarão ao magistra-
2.7.1.2 – Efetuado pagamento de numerário na do em exercício na vara, no primeiro dia útil de
serventia, destinado a outro serventuário, fun- cada mês, extrato atualizado da conta corrente
cionário ou auxiliar da justiça, o responsável mencionada no item 2.7.1.9, em referência ao
pelo ofício ficará obrigado ao repasse das ver- mês imediatamente anterior.
bas, em cumprimento do disposto no art. 12 do
2.7.1.7.2 – Os extratos apresentados, nos ter-
Regimento de Custas (Lei Estadual n° 6.149, de
mos do item 2.7.1.7.1, serão compilados em ar-
09.09.1970).
quivo próprio da serventia.
- Redação dada pelo Provimento n. 140
2.7.2 – Os escrivães certificarão nos autos a
2.7.1.3 – O comprovante de recolhimento ban- quantia paga a título de depósito inicial, men-
cário será preenchido pela serventia ou pela cionando o seu correspondente em VRC e o que
própria parte, nos termos de modelo adotado representa, percentualmente, das custas totais
pelo Tribunal de Justiça. (p. ex., 100 ou 50%), juntando aos autos uma via
da guia de recolhimento bancário.
- Ver Ofício-Circular n. 12/2008

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2.7.2 – O escrivão ou o chefe de secretaria, ao 2.7.6 – Quanto à titularidade das custas judi-
constatar a quitação do boleto bancário de re- ciais, nas hipóteses a seguir tratadas, aplicam-se
colhimento de custas, deverá gerar o Demons- as seguintes regras:
trativo de Recolhimento de Custas e Despesas
Processuais no sistema informatizado, juntan- I – Quando por motivo de conexão, conti-
do-o aos autos, no prazo de até 48 horas, cons- nência, exceção de incompetência o proces-
tituindo-se como documento comprobatório da so for remetido para outra vara ou comarca,
quitação das custas e despesas processuais a as custas pertencem a quem de direito era
que se referem. seu titular na data do efetivo pagamento
destas, seja a serventia que as recebeu ex-
- Redação alterada pelo Provimento n. 248 plorada em regime público ou privado, sen-
do repassado ao titular da vara destinatária
2.7.3 – Se ocorrer dispensa do recebimento dos autos a importância de 50% (cinquen-
do depósito inicial, isso deverá ser obrigatoria- ta por cento) das custas iniciais. As custas
mente certificado, constando o total da quantia pendentes, ainda não pagas, passam a ser
devida a título de custas, o correspondente em destinadas ao titular da vara para a qual o
VRC e o percentual respectivo. processo foi remetido. Se escrivania priva-
2.7.3 – Nos casos de benefício de assistência ju- das ao escrivão ou titular e, se secretaria ou
diciária gratuita, autorização legal ou judicial de escrivania estatizada, ao Fundo da Justiça
não antecipação das custas, o escrivão ou o che- (FUNJUS).
fe de secretaria, deverá gerar, no sistema infor- II – Quando na comarca for criada nova vara
matizado, o Documento de Isenção, juntando-o que absorva a competência de determina-
aos autos no prazo de até 48 horas. das ações que necessitem ser remetidas a
- Redação alterada pelo Provimento n. 248 esta unidade, as custas pertencem a quem
de direito era seu titular na data do efetivo
2.7.4 – Se ocorrer devolução de custas por dei- pagamento destas. As custas pendentes,
xar de ser realizado o ato previsto, a importân- ainda não pagas, passam a ser destinadas
cia devida será atualizada monetariamente. ao Fundo da Justiça (FUNJUS).
2.7.5 – As custas devidas por antecipação são III – Caso ocorra a estatização de determi-
as relativas aos atos do distribuidor, contador e nada escrivania, as custas efetivamente pa-
partidor, bem como as relativas aos avaliadores gas antes da data da estatização pertencem
e oficiais de justiça. ao antigo titular. A partir da data de estati-
- Ver art. 9º, da Lei Estadual nº 6.149, de zação, ao Fundo da Justiça (FUNJUS), não
09.09.1970. ensejando nenhum repasse de ambas as
partes.
- Ver também capítulo 9 deste CN, sobre os
oficiais de justiça. - Redação alterada pelo Provimento n.
256/2014, de 07/07/2014 (E-dj n. 1367, de
2.7.6 – Quando por algum motivo, tal como co- 09/07/2014).
nexão, continência, exceção de incompetência
ou criação de comarca, o processo for remeti- 2.7.6.1 – Em nenhuma hipótese poderá ser co-
brado da parte valor por esta já pago perante a
do para outra vara ou comarca, o escrivão terá
outra serventia, pela prática do mesmo ato.
direito às custas relativas aos atos efetivamente
praticados ou até o limite de cinqüenta por cen- 2.7.6.1 – Em nenhuma hipótese poderá ser co-
to das custas totais devidas, devendo remeter brado da parte valor por esta já pago perante
juntamente com o processo eventual valor ex- a outra serventia, pela prática do mesmo ato,
cedente ou recebido em adiantamento ao titu- bem como não haverá transferência de valores
lar da outra serventia. a título de compensação pela remessa dos au-

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tos no caso de custas pendentes ainda não pa- 2.7.8.6 – Se for apresentado outro comprovante
gas. de arrecadação, este deverá estar anexo à guia
- Redação alterada pelo Provimento n. pertinente, a qual ficará retida pela serventia,
256/2014, de 07/07/2014 (E-dj n. 1367, de que também consignará o devido recolhimento
09/07/2014). no corpo do ato praticado.

2.7.7 – Os escrivães, notários e registradores 2.7.8.7 – Caberá à serventia fiscalizar o valor


encaminharão mensalmente ao juiz diretor do quitado e verificar se o comprovante de arreca-
Fórum relatório de suas atividades, em três (03) dação corresponde à guia apresentada, ou seja,
vias. se o número do documento quitado é igual ao
número de compensação impresso na guia.
- Redação alterada pelo Provimento n. 207.
2.7.8.8 – Os modelos antigos de guia de reco-
2.7.8 – Os juízes de direito e substitutos exerce- lhimento só poderão ser utilizados pelas serven-
rão permanente fiscalização quanto ao recolhi- tias do foro judicial nas seguintes hipóteses: a)
mento das receitas devidas ao FUNREJUS, nos na prática de atos originários ou dirigidos ao 2º
termos do art. 39 do Dec. Judiciário n° 153/99. grau de jurisdição; b) na distribuição via proto-
colo integrado; c) em casos de urgência.
- Ver Lei Estadual nº 12.216, de 15.07.1998.
2.7.8.9 – Cabe aos notários e registradores a
- Ver Lei Estadual nº 12.604, de 02.07.1999. emissão das guias de recolhimento das receitas
- Ver Dec. Judiciário nº 153/99. devidas ao FUNREJUS.

- Ver Instrução Normativa nº 01/99. 2.7.8.10 – A guia referente à taxa judiciária em


favor do FUNREJUS será emitida e recolhida
2.7.8.1 – As receitas do FUNREJUS são arrecada- pelo interessado, consignando os códigos da re-
das somente por meio de guia de recolhimen- ceita e da unidade arrecadadora.
to, representada por um título de compensação
bancária, dividido em três partes: a 1ª perten- 2.7.8.11 – A guia de recolhimento das custas
cente ao interessado, a 2ª ao processo ou à uni- processuais e recursais em favor do FUNRE-
dade arrecadadora e a 3ª ao banco. JUS, decorrentes da aplicação Lei 9.099, de
26.09.1995, será preenchida e recolhida pelo
2.7.8.2 – A guia, distribuída às unidades arreca- responsável pela secretaria dos juizados espe-
dadoras, é gratuita e deve ser solicitada ao cen- ciais.
tro de apoio administrativo do FUNREJUS.
2.7.8.12 – Quando não for devido o recolhimen-
2.7.8.3 – A guia poderá ser quitada em qualquer to em favor do FUNREJUS, o fato será consigna-
instituição bancária do território nacional ou do no corpo do ato ou certificado nos autos do
por outros meios de arrecadação autorizados processo, conforme o caso.
pelo Banco Central.
2.7.9 – O requerimento de assistência judiciá-
2.7.8.4 – Para efeitos de quitação, será consi- ria gratuita será deferido se acompanhado da
derada a autenticação mecânica ou o extrato afirmação, na própria petição inicial ou em de-
de pagamento, bem como qualquer outro meio claração autônoma, de que a parte não está em
comprobatório adotado pelas instituições ban- condições de pagar as custas do processo e os
cárias. honorários de advogado, sem prejuízo próprio
ou de suas família.
2.7.8.5 – Se, por critérios dessas instituições,
faltar autenticação mecânica em uma das par- - Ver art. 4º, da Lei n. 1.060/50.
tes da guia, a serventia reterá a autenticada e
consignará o recolhimento no corpo do ato pra- - Redação dada pelo Provimento 135.
ticado.

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2.7.9.1 – Ausente impugnação da parte con- II – o endereço do destinatário não for defi-
trária, e existindo elementos que contrariem a nido ou alcançado pelos serviços da Empre-
afirmação mencionada no item 2.7.9m poderá o sa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT;
magistrado, sem suspensão do feito e em autos
apartados, exigir a apresentação de documen- II – for devolvida a correspondência, por im-
tos ou outros meios de prova para corroborá-la. possibilidade de entrega ao destinatário;

- Ver art. 5º e 6º da Lei n. 1.060/50. IV – descouber a declaração dos efeitos da


revelia pelo não-comparecimento do citan-
2.7.9.2 – O magistrado sempre estabelecerá o do, por não se configurar qualquer das hi-
contraditório antes de decidir o incidente. póteses em que a lei autoriza a citação pos-
tal;
2.7.9.3 – O escrivão poderá apresentar ao ma-
gistrado elementos de convicção para os fins V – a testemunha não comparecer ao ato
previstos no item 2.7.9.1. para o qual foi intimada.
2.7.9.3.1 – Instruído o incidente, proferirá o jul- 2.8.3 – Frustrada a citação ou a intimação pelo
gador sentença, mantendo ou revogando o be- correio, dispensa-se a expedição de precatória,
nefício anteriormente concedido. desde que o juiz autorize o oficial de justiça a
praticar o ato nas comarcas limítrofes.
SEÇÃO 08
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES 2.8.3.1 – Tendo em vista que o art. 230 do CPC
dispensa a carta precatória, exceto quando se
2.8.1 – As citações e intimações, de partes ou tratar de medida constritiva, os oficiais de jus-
testemunhas, com endereço certo e servido tiça do Poder Judiciário dos Estados do Paraná,
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina,
– EBCT, serão cumpridas, em regra, por via pos- portando identidade funcional, podem ingres-
tal, com AR. sar no território da respectiva comarca vizinha,
independentemente do critério de proximida-
2.8.1.1 – Não se aplica a citação pelo correio nas de, para efetuar citações, mesmo com hora cer-
hipóteses previstas pelo art. 222 do CPC. ta, e intimações (depoimento pessoal, testemu-
nhas, perito e assistentes técnicos).
2.8.1.2 – Fica a critério do juiz a adoção da sis-
temática de citações e intimações via postal no - Redação dada pelo Protocolo de Coopera-
processo criminal, por se tratar de forma auxi- ção firmado entre os Estados do Paraná, São
liar. Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
2.8.1.3 – No cumprimento de cartas precatórias - Ver Of. Circular nº 39/99 (São Paulo) e nº
criminais recomenda-se que não seja utilizada 99/98 (Santa Catarina).
a via postal para as citações e intimações, mas,
sim, as formas permitidas no Código de Proces- 2.8.3.2 – Expedir-se-á carta precatória no caso
so Penal. do não-comparecimento da testemunha devi-
damente intimada, excluída a aplicação dos art.
2.8.1.4 – Reputam-se realizadas as citações e in- 218 e 219 do CPP e art. 412 do CPC.
timações com a entrega da correspondência no
endereço. 2.8.4 – Para a realização de estudo social ou psi-
cológico nos feitos da infância e juventude e da
2.8.2 – As citações e intimações serão cumpri- família, os técnicos do Poder Judiciário dos Esta-
das por oficial de justiça quando: dos do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e
Santa Catarina podem atuar em qualquer local
I – assim determinar o juiz, de ofício ou a
da comarca contígua.
requerimento da parte;

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2.8.4.1 – Na execução das medidas sócio-edu- ção das partes em primeira e segunda instân-
cativas em que não haja internação, expedir-se- cias, exceto com relação às medidas considera-
-á carta precatória, com delegação de poderes, das urgentes e às ações penais envolvendo réus
para execução da medida na localidade da resi- presos, nos processos vinculados a essa prisão.
dência do adolescente, de forma a manter seus
vínculos com a família e comunidade. - Ver Resolução nº 13, de 22 de novembro
de 2002, publicada no Diário da Justiça de
2.8.4.2 – Os habilitados para a adoção nacional 29 de novembro de 2002.
poderão requerer inscrição no cadastro da co-
marca vizinha, bastando para tanto encaminhar 2.8.6 – O defensor público será intimado pes-
o requerimento específico, acompanhado de soalmente de todos os atos dos processos, con-
cópia autêntica dos autos de habilitação no foro tando-se em dobro todos os prazos.
de origem. - Ver art. 5º, § 5º, da Lei nº 1.060, de
- Revogado pelo Provimento n. 221. 05.02.1950.

2.8.4.3 – Nos feitos de natureza penal, os ofi- 2.8.7 – O Procurador da Fazenda Pública deverá
ciais de justiça do Poder Judiciário do Paraná, ser intimado pessoalmente.
São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catari- 2.8.7.1 – Nos processos em que atuem em ra-
na, desde que munidos de identidade funcional, zão das atribuições de seus cargos, os ocupan-
ficam autorizados a cumprir mandados de cita- tes dos cargos das carreiras de Procurador Fe-
ção e intimação em qualquer ponto das comar- deral e de Procurador do Banco Central do Brasil
cas contíguas. serão intimados e notificados pessoalmente
2.8.4.4 – A prestação de serviços à comunidade - Redação do art. 17 da Lei nº 10.910, de
(art. 46 do CP) e a limitação de fim de semana 15.07.2004.
(art. 48 do CP), aplicadas como pena ou como
condição do regime aberto (art. 115 da LEP), da - Ver CN 5.4.1.1.
suspensão condicional da pena (art. 78 do CP),
2.8.8 – Tratando-se de processos de interesse
do livramento condicional (art. 718, combinado
da União, as intimações deverão recair na pes-
com o art. 698, § 2º, II, do CPP), serão cumpri-
soa do Procurador-Chefe da União no Estado do
das, sempre que possível, no local da residência
Paraná, remetidas à Avenida Munhoz da Rocha,
do agente, mediante a remessa de carta de guia
1247, Cabral, Curitiba, CEP 80.035-000, nos ter-
ou dos autos do processo de execução.
mos do Of. Circular nº 194/02.
2.8.4.5 – O juízo, nos Estados do Paraná, Mato
2.8.9 – Nos processos de usucapião de imóvel
Grosso do Sul e Santa Catarina, independente-
rural deverá ser observado o item CN 5.4.6., in-
mente da expedição de carta precatória, pode-
timando-se, da sentença, o INCRA para fins de
rá fiscalizar, no território da comarca vizinha, o
cadastramento na forma do § 5° do art. 22 da
cumprimento das condições estabelecidas em
Lei n° 4.947, de 06.04.1966.
suspensão condicional do processo ou transa-
ção criminal, valendo-se dos mecanismos de fis- SEÇÃO 09
calização ali existentes.
PRECATÓRIO REQUISITÓRIO
2.8.5 – No período de férias coletivas, todas as
intimações aos advogados serão feitas pessoal- - Redação alterada pelo Provimento nº 177
mente. de 24/06/2009.

2.8.5.1 – No período compreendido entre 21 e 2.9.1 – O juízo da execução requisitará o paga-


31 de dezembro fica suspensa a publicação de mento das importâncias devidas pela Fazenda
sentenças e de despachos, bem como a intima- Pública Estadual ou Municipal em virtude de

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sentenças judiciais transitadas em julgado, ao quando facultativo o litisconsórcio, para fins de


Presidente do Tribunal de Justiça, mediante pre- RPV (Requisição de Pequeno Valor) ou de pre-
catórios. catório.
2.9.1.1 – Nas causas processadas e julgadas na 2.9.6 – As requisições de pagamento expedi-
justiça estadual, por força de competência de- das, mediante precatórios, serão dirigidas ao
legada pelo art. 109, § 3º, da Constituição Fe- Presidente do Tribunal pelo juiz da execução,
deral, os precatórios e as RPV (requisições de devendo constar no ofício requisitório a nature-
pequeno valor) destinados ao Tribunal Regional za do crédito (comum ou alimentar), o valor da
Federal da 4ª Região obedecerão as regras por obrigação e a indicação da pessoa ou pessoas a
este delineadas. quem deva ser pago.
2.9.2 – Nos débitos de pequeno valor, o juízo da 2.9.7 – Os precatórios serão acompanhados
execução deverá requisitar diretamente ao ente obrigatoriamente das seguintes peças, fotoco-
devedor o pagamento da obrigação pecuniária, piadas e devidamente autenticadas, além de
mediante RPV (Requisição de Pequeno Valor). outras consideradas essenciais à sua instrução
(art. 276 RITJ/PR):
2.9.2.1 – Reputam-se de pequeno valor as obri-
gações iguais ou inferiores a: I – decisão condenatória e acórdão (ou deci-
são monocrática) que tenha sido proferido
I – 40 (quarenta) salários mínimos, perante em grau de recurso ou em sede de reexame
a Fazenda Estadual, nos termos da Lei Esta- necessário;
dual n° 12.601, de 28 de junho de 1999, e
do Decreto Estadual n° 846, de 14 de março II – certidão de trânsito em julgado da con-
de 2003, art. 1º; denação;
II – 30 (trinta) salários mínimos, perante a III – certidão da citação da Fazenda Pública
Fazenda Municipal, se não houver Lei Muni- para opor embargos à execução (art. 730 do
cipal que estabeleça valor diverso, nos ter- CPC);
mos do art. 87 do Ato das Disposições Cons-
titucionais Transitórias (CF). IV – certidão do decurso do prazo legal para
oposição de embargos, ou, no caso de sua
2.9.3 – Compete também ao juízo da execução oposição, cópia da sentença, dos acórdãos
requisitar ao Presidente do Tribunal de Justiça o prolatados e da certidão de trânsito em jul-
pagamento das importâncias devidas pelo Insti- gado destas decisões;
tuto Nacional do Seguro Social (INSS), nas cau-
sas relativas a acidente de trabalho. V – cálculo do valor executado;

2.9.3.1 – Adota-se, para os fins de RPV (Requisi- VI – certidão de intimação do representante


ção de Pequeno Valor), o limite de 60 (sessenta) do Ministério Público acerca dos cálculos;
salários mínimos, nos termos da Lei Federal n° VII – decisão sobre este cálculo e o acórdão
10.259, de 12 de julho de 2001, art. 17, § 1º. no caso de ter havido recurso;
2.9.4 – O credor poderá renunciar ao valor exce- VIII – decisão que determinou a expedição
dente, para optar pelo pagamento da obrigação do precatório requisitório;
na forma de RPV (Requisição de Pequeno Valor),
nos termos do art. 87, parágrafo único do ADCT. IX – certidão de que a decisão que homolo-
gou o cálculo e a que expediu o precatório
2.9.5 – Compete ao juízo requisitante decidir as requisitório restaram preclusas;
questões jurisdicionais pertinentes à execução,
inclusive quanto à necessidade de individuali- X – cópia da manifestação da Fazenda Pú-
zação dos créditos pertencentes a cada credor, blica ou da certidão do decurso do prazo le-

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gal para este fim, no caso de haver custas 2.9.12 – A falta de atendimento dos prazos fi-
e despesas acrescidas após a homologação xados nos itens anteriores será comunicada à
do cálculo ou da expedição do precatório; Corregedoria-Geral da Justiça, que fiscalizará
o seu cumprimento nas correições e inspeções
XI – cópia da procuração outorgada ao ad- que realizar.
vogado da parte exeqüente.
2.9.13 – Ressalvados os casos de atendimento
2.9.7.1 – As partes serão cientificadas do teor das providências suprarreferidas, nenhum pre-
do ofício requisitório, quando forem intimadas catório ficará retido na Vara de origem, devendo
da decisão que determinou a expedição do pre- ser os autos restituídos ao Departamento Eco-
catório requisitório. nômico e Financeiro, quando baixado à origem
2.9.7.2 – A escrivania/secretaria deverá certifi- para complementação de suas peças.
car nos autos de origem o trânsito em julgado 2.9.14 – Quaisquer alterações no valor da exe-
das decisões mencionadas nos incisos I, IV, VII e cução, na titularidade do crédito, na natureza
VIII do item anterior, juntando cópia autentica- do precatório, assim como os pedidos de homo-
da ao ofício requisitório, com as demais peças logação de cessão de crédito, devem ser julga-
supramencionadas. dos pelo juízo da execução.
2.9.8 – Protocolado, autuado, prenotado em 2.9.15 – A fim de dar conhecimento das deci-
livro próprio e informado pelo Departamento sões proferidas no processo de execução, a es-
Econômico e Financeiro, o precatório será enca- crivania/secretaria remeterá ofício ao Departa-
minhado ao Gabinete da Presidência para exa- mento Econômico e Financeiro, com cópia das
me do cumprimento dos requisitos exigidos no decisões referidas no item anterior e da certi-
item 2.9.7. dão do decurso do prazo legal para interposição
2.9.9- Não satisfeitas as exigências previstas no de recurso.
respectivo item ou aquelas que se fizerem ne- 2.9.15.1 – Não tendo ocorrido a preclusão, a es-
cessárias, o Presidente determinará que sejam crivania/secretaria dará informação, no mesmo
supridas. ofício, da interposição de recurso nos autos de
2.9.10 – Estando devidamente formalizado, o execução.
Presidente julgará o pedido de requisição. 2.9.16 – O repasse do valor será efetuado por
2.9.11 – A escrivania/secretaria dará pronto meio de depósito à disposição do juízo da exe-
atendimento às providências solicitadas para cução.
complementação das peças do precatório, en- 2.9.17 – Pago o precatório, comunicará o juízo
caminhando-as ao Departamento Econômico e ao Tribunal, juntando cópia da sentença que ex-
Financeiro no prazo de 15 dias, ou em menor tinguiu o processo de execução e da certidão de
lapso a ser assinalado pelo Presidente do Tribu- seu trânsito em julgado.
nal de Justiça.
2.9.18 – Quando devido o pagamento pela
2.9.11.1 – Havendo necessidade de intimação Fazenda Pública Municipal, o juízo originário
das partes, de novo pronunciamento do juízo da determinará o encaminhamento, ao Departa-
execução ou da realização de outras diligências mento Econômico e Financeiro, de certidão de
para o deferimento da requisição de pagamen- quitação para a devida baixa do débito respec-
to, dará a Vara de origem conhecimento ao Tri- tivo.
bunal, encaminhando ofício, no prazo referido
no item anterior (15 dias), ao Departamento 2.9.19 – No juízo de origem, o pagamento pode-
Econômico e Financeiro. rá ser feito à credor representado por procura-
dor que assim requerer nos autos da execução,

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determinando-se, neste caso, a apresentação advogado ou advogados relacionados na


de procuração atualizada com poderes para dar certidão, embora intimados, não devolve-
e receber quitação. ram os autos, para o fim de instauração de
procedimento disciplinar e imposição de
2.9.20 – As escrivanias/secretarias, quando do multa.
pagamento de precatórios judiciais, reterão e
recolherão as quantias correspondentes ao im- 2.10.3.1 – Persistindo a retenção dos autos, o
posto de renda e à contribuição previdenciária, juiz poderá determinar a expedição de manda-
quando devidas. do de busca e apreensão.

SEÇÃO 10 2.10.3.2 – Se o juiz entender inadequada essa


COBRANÇA DE AUTOS providência, ao invés de determinar a expedição
de mandado de busca e apreensão determinará
2.10.1 – O escrivão deve manter controle sobre a expedição de mandado de exibição e entrega
o cumprimento do prazo de carga de autos aos dos autos, com a advertência da possibilidade
advogados, sendo recomendável regular co- de caracterizar-se o crime de sonegação de au-
brança mensal por meio de intimação pelo Diá- tos.
rio da Justiça. 2.10.4 – Poderá o juiz determinar, ainda, que:
2.10.2 – Ao receber petição de cobrança de au- I – no retorno dos autos certifique o escri-
tos, a escrivania nela lançará pormenorizada vão que o advogado perdeu o direito de vis-
certidão a respeito da situação do processo. Ha- ta dos autos fora de cartório;
vendo a impossibilidade de se efetuar a junta-
da de petição por indevida retenção de autos, a II – como derradeira providência, no caso
certidão pormenorizada será lançada em folha da não devolução, poderá determinar a re-
anexa à petição. messa de peças ao Ministério Público para
oferecimento de denúncia contra o advoga-
2.10.2.1 – Em ambos os casos, o escrivão inti- do pelo crime de sonegação de autos, con-
mará, via Diário da Justiça ou pessoalmente, o forme art. 356 do CP.
advogado para proceder à devolução em vinte
e quatro (24) horas, sob as penas do art. 196 do 2.10.5 – Na devolução dos autos, a escrivania,
CPC. depois de seu minucioso exame, certificará a
data e o nome de quem os retirou e devolveu.
2.10.2.2 – No caso de não atendimento neste Diante da constatação ou suspeita de alguma ir-
prazo, o escrivão poderá fazer a cobrança via te- regularidade, o fato será pormenorizadamente
lefone, a fim de que os autos sejam entregues certificado, fazendo-se conclusão imediata.
em novo prazo de vinte e quatro (24) horas.
2.10.2.3 – Estas providências serão certificadas SEÇÃO 11
na petição ou folha anexa e, não sendo atendi- CARTAS ROGATÓRIAS
das, o escrivão as apresentará ao juiz, para as
providências contidas no art. 196 do CPC. - Ver art. 202, 203 e 210 a 212 do CPC.

2.10.3 – Na hipótese prevista no item anterior o - Ver art. 783 a 786 do CPP.
juiz adotará as seguintes providências: - Ver art. 225 a 229 do Regimento Interno
I – despachará para que seja autuada como do STF.
incidente de "Cobrança de Autos", não ha- - Ver Portaria nº 26, de 14.08.90, do Depar-
vendo necessidade de registro; tamento Consular e Jurídico do Ministério
II – determinará a expedição de ofício à das Relações Exteriores e da Secretaria Na-
OAB, subseção local, comunicando que o cional dos Direitos da Cidadania e Justiça,

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do Ministério da Justiça, além de Tratados, dispensáveis pelo juízo rogante, para o ver-
Convenções e Acordos Internacionais. náculo do país rogado;
2.11.1 – São requisitos essenciais da carta ro- III – original e uma cópia da denúncia em
gatória, além daqueles previstos no art. 202 do português;
CPC, o nome da pessoa responsável, no país de
destino, pelo pagamento das despesas proces- IV – original e uma cópia da tradução e da
suais: denúncia, para o idioma do país destinatá-
rio.
I – a indicação dos juízos de origem e de
cumprimento do ato; 2.11.5 – De todas as cartas rogatórias devem
constar os seguintes elementos informativos:
II – o inteiro teor da petição, do despacho
judicial e do instrumento do mandato con- I – nome e endereço completo da pessoa a
ferido ao advogado; ser citada, notificada, intimada ou inquirida
no juízo rogado;
III – a menção do ato processual, que lhe
constitui o objeto; II – nome e endereço completos da pessoa
responsável, no destino, pelo pagamento
IV – a nome da pessoa responsável, no país das despesas processuais, decorrentes do
de destino, pelo pagamento das despesas cumprimento da carta rogatória no país
processuais; destinatário;
V – o encerramento com a assinatura do III – designação de audiência com antece-
juiz. dência mínima de 240 (duzentos e quaren-
ta) dias, a contar da expedição da carta ro-
2.11.1.1 – O juiz mandará trasladar as peças ne- gatória, pelo juízo rogante.
cessárias ou juntar cópias reprográficas auten-
ticadas, bem como instruir a carta, com mapa, 2.11.6 – Nas cartas rogatórias para inquirição é
desenho ou gráfico, sempre que estes docu- indispensável que as perguntas sejam formula-
mentos devam ser examinados, na diligência, das pelo juízo rogante – original em português,
pelas partes, peritos ou testemunhas. com uma cópia, e tradução para o idioma do
país rogado, com uma cópia.
2.11.2 – Quando o objeto da carta for exame
pericial sobre documento, este será remetido 2.11.7 – Inexiste mecanismo de reembolso de
em original, ficando nos autos cópia reprográfi- pagamento de custas às embaixadas e aos con-
ca. sulados do Brasil no exterior.
2.11.3 – Em todas as cartas declarará o juiz o 2.11.8 – Antes de expedir cartas rogatórias que
prazo dentro do qual deverão ser cumpridas, tenham por objeto o cumprimento de medidas
atendendo à facilidade das comunicações e à de caráter executório, deverá ser consultado se
natureza da diligência. a justiça do país rogado concederá o exequatur.
2.11.4 – Os documentos indispensáveis ao cum- 2.11.9 – No caso de o interessado no cumpri-
primento das cartas rogatórias pelos juízos ro- mento da carta rogatória ser beneficiário da
gados são: justiça gratuita, deve sempre constar que o feito
corre pela assistência judiciária, dispensado o
I – original e uma cópia, em português, da requisito do inciso IV, do item 2.11.1, deste CN.
carta rogatória e dos documentos julgados
indispensáveis pelo juízo rogante;
II – original e uma cópia da tradução da car-
ta rogatória e dos documentos julgados in-

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SEÇÃO 12 III – os Habeas Corpus e Habeas data são


PREPARO DE RECURSO isentos de custas, conforme preconiza o art.
5º, inc. LXXVII, da Constituição Federal;
2.12.1 – O preparo de recurso poderá ser feito
IV – nos Mandados de Segurança, Recla-
pelo próprio recorrente ou seu advogado, nos
mações, Correições Parciais e Conflitos de
termos do art. 525, § 1º, do CPC, reproduzindo,
Competência, deve ser recolhido o valor de-
por qualquer meio, o modelo de guia, em cinco
vido a título de "Atos do Tribunal de Justiça
(05) vias.
e de Alçada", previsto nos itens II e III da Ta-
- Ver Modelo 10 deste CN. bela I do Regimento de Custas;
2.12.2 – O valor devido a título de "Atos do Tri- V – nas Ações Rescisórias deve ser recolhido
bunal de Justiça e de Alçada" é o previsto no o valor devido a título de "Atos do Tribunal
item I, da Tabela I, do Regimento de Custas. de Justiça e de Alçada", previsto no item
IV da Tabela I do Regimento de Custas, no
2.12.3 – O valor correspondente ao porte de re- equivalente a 4% (quatro por cento) sobre o
messa, devido nas comarcas do interior, quando valor da causa.
se tratar de recurso de apelação, será pago di-
retamente ao escrivão, nos mesmos valores do 2.12.4.1 – Nas ações rescisórias deverá, ainda,
porte de retorno, obedecendo à tabela especí- ser apresentado comprovante de depósito em
fica da Empresa Brasileira de Correios e Telégra- conta vinculada ao Poder Judiciário, no equi-
fos – EBCT, devendo ser certificado o pagamen- valente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da
to e o montante recebido, antes da remessa dos causa, a título de multa, caso a ação seja, por
autos ao Tribunal competente. unanimidade de votos, declarada inadmissível
ou improcedente (art. 488, II, do CPC), exceto
2.12.3.1 – No Foro Central da Comarca da Re- à União, ao Estado, ao Município e o Ministério
gião Metropolitana de Curitiba não haverá co- Público.
brança de porte de remessa e de retorno.
2.12.4.2 – Os recolhimentos previstos nos in-
2.12.4 – Tendo em vista a possibilidade de a par- cisos IV e V do item 2.12.4 constituem receitas
te ingressar com ação originária dirigida ao Tri- devidas ao FUNREJUS. • Ver Modelo 10 deste
bunal de Justiça por meio do Protocolo Judicial CN.
Integrado e a necessidade de comprovar o pre-
paro antecipado no ato de interposição da ação 2.12.4.3 – No caso de utilização do Protocolo
originária, devem ser observadas as seguintes Judicial Integrado, implantado pela Resolução
orientações: nº 04/98, o recorrente deverá apresentar, junta-
mente com a petição, cheque nominal ou com-
- Redação alterada pelo Provimento n. 186 provante de depósito em conta corrente, desti-
I – a própria parte ou seu advogado poderá, nado ao pagamento do porte de remessa.
por qualquer meio, reproduzir o modelo da 2.12.5 – As custas processuais previstas no item
guia, em 05 (cinco) vias; XX, letras "a" e "b", da tabela IX, do Regimento
II – o preparo deverá ser efetuado nos Ban- de Custas, devidas a título de "Atos dos Escri-
cos oficiais – Banco do Brasil, Caixa Econô- vães do Cível, Família e da Fazenda", somente
mica Federal e Banco Itaú -, mediante Guia devem ser recolhidas simultaneamente com a
de Recolhimento, que conterá os seguintes interposição do recurso ou da exceção quando
dados: ação originária, nome das partes, estes tramitarem e tiverem de merecer solução
Tribunal competente, número da respectiva em primeiro grau de jurisdição.
conta corrente, total a ser recolhido e data. - Ver Instrução nº 04/99.

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- Por exemplo: embargos infringentes alusi- do-se esta a data expressamente indicada na
vos à Lei nº 6.830, de 22.09.1980. versão eletrônica do Diário da Justiça.
2.12.5.1 – Nos demais casos, em que o recurso 2.13.3.1 – Os prazos processuais para o Tribu-
é direcionado ao segundo grau de jurisdição, as nal de Justiça e todas as comarcas terão início
custas processuais referidas no CN 2.12.5 de- no primeiro dia útil que seguir ao considerado
vem ser contadas e preparadas ao final, sendo como data da publicação.
vedada sua cobrança simultânea com o preparo
das custas recursais. 2.13.4 – Apenas as matérias encaminhadas por
intermédio do sistema serão aceitas para publi-
SEÇÃO 13 cação.
INTIMAÇÕES PELO DIÁRIO 2.13.4.1 – É obrigatória a utilização dos padrões
DA JUSTIÇA de formatação contidos no sistema informatiza-
do.
- Redação alterada pelo Provimento nº 156
de 22/10/2008 2.13.4.2 – O conteúdo da matéria a ser publica-
da é de responsabilidade exclusiva de quem a
2.13.1 – A intimação dos atos judiciais e admi- redigiu e não será revisada pelo Centro de Do-
nistrativos próprios do Tribunal de Justiça do cumentação do Tribunal de Justiça.
Paraná e dos órgãos a ele subordinados, bem
como as comunicações em geral por eles expe- 2.13.4.3 – Eventuais retificações – erros ou
didas, serão feitas mediante publicação no Diá- omissões de elementos indispensáveis na pu-
rio da Justiça Eletrônico, disponível no endereço blicação – deverão constar de nova publicação,
http://www.tjpr.jus.br para consulta. independentemente de decisão judicial ou de
reclamação da parte.
2.13.1.1 – A veiculação será diária, de segunda
a sexta-feira, a partir das oito horas (08h00min), 2.13.5 – Está dispensada a juntada, aos autos do
exceto nos feriados nacionais, estaduais e do processo, de cópia impressa dos atos veiculados
Município de Curitiba, bem como nos dias em pelo Diário da Justiça Eletrônico, devendo a es-
que mediante divulgação, não houver expedien- crivania, secretaria ou órgão exarar, obrigatoria-
te. mente, certidão nos autos contendo:
2.13.2 – A publicação eletrônica, na forma esta- I – a data da veiculação da matéria no Diário
belecida pela Resolução nº 08/2008, substituirá da Justiça;
qualquer outro meio de publicação oficial, para
quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos II – a data considerada como sendo a publi-
que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal. cação;

2.13.2.1 – Os editais serão veiculados gratuita- III – a data do início do prazo para a prática
mente, sem prejuízo da publicação pela impren- do ato processual;
sa local, quando exigido pela legislação proces- IV – o local e a data em que a certidão é
sual. expedida, a assinatura, a identificação do
2.13.2.2 – No caso do item anterior, o prazo será nome e o cargo do responsável pela sua ela-
contado com base na publicação impressa, obe- boração.
decendo-se às respectivas normas processuais. 2.13.6 – O juiz providenciará para que, nos pro-
2.13.3 – Considerar-se-á como data da publica- cessos submetidos ao segredo de justiça, as
ção o primeiro dia útil seguinte ao da disponibi- eventuais intimações pelo Diário da Justiça não
lização da informação na internet, consideran- o violem, indicando a natureza da ação, número
dos autos e tão-somente as iniciais das partes,
mas com o nome completo do advogado.

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- Ver art. 155 do CPC. 2.13.7.7 – Constará sempre da publicação o


nome de um único advogado, ainda que a parte
2.13.7 – Nos atos judiciais, necessariamente tenha constituído mais de um:
conterão:
I – havendo mais de um procurador cons-
- Ver art. 190 do CPC. tituído, constará da publicação o nome do
I – índice nominal, em ordem alfabética, do primeiro que tenha subscrito a petição ini-
nome dos advogados intimados; cial, a contestação ou a primeira interven-
ção nos autos, ou, ainda, o nome do primei-
II – a natureza do processo, o número dos ro advogado relacionado na procuração,
autos, o nome das partes; caso nenhuma daquelas hipóteses tenha
III – o conteúdo daquilo que, de forma pre- ocorrido;
cisa, deva ser dado conhecimento aos advo- II – no caso anterior, havendo requerimento
gados das partes; deferido pelo juiz, poderá constar da publi-
IV – o nome dos advogados das partes; cação o nome daquele que for indicado;

2.13.7.1 – Deve constar o nome completo das III – ambos os procuradores serão intima-
partes e dos advogados e Procuradores Fede- dos quando houver substabelecimento com
rais, Estaduais e Municipais, de acordo com a reserva de poderes para advogado com
Delegação de Poderes, não sendo admitidas banca em outra comarca;
abreviaturas ou supressões. IV – se os litisconsortes tiverem procura-
2.13.7.2 – A omissão do nome do advogado dores diferentes, constará da publicação o
no índice nominal, a que alude o inciso I do nome do advogado de cada um deles.
CN 2.13.7 , ou a falta de observância do item 2.13.7.8 – Da publicação somente constará o
2.13.7.1, ensejará republicação. nome do advogado da parte a que tenha perti-
2.13.7.3 – Se houver mais de uma pessoa no nência a intimação.
pólo ativo ou no pólo passivo, será mencionado 2.13.9 – Os despachos, decisões e sentenças
o nome da primeira, acrescido da expressão "e constarão das relações de intimações com o
outro(s)". máximo de precisão, de forma a se evitarem
2.13.7.4 – Com o ingresso de outrem no proces- ambigüidades ou omissões, assim como refe-
so, como no caso de litisconsórcio ulterior, as- rências dispensáveis, tais como "publique-se"
sistência ou intervenção de terceiros, somente ou "intime-se".
será mencionado o nome da primeira pessoa, 2.13.10 – Quando se tratar de despacho, cons-
em cada uma das hipóteses, com o acréscimo tará, de maneira objetiva, o conteúdo daquilo a
da mesma expressão, sendo o caso. que se refere o juiz, bem como a parte à qual
2.13.7.5 – Em inventários e arrolamentos, assim ele se dirige. Assim, embora do despacho cons-
como em falências e insolvência civil decreta- te, por exemplo, "diga a parte contrária", a pu-
das, não se fará menção ao nome de quem te- blicação conterá a parte à qual é pertinente e o
nha iniciado o processo. ato ou peça processual a que tal despacho está
fazendo alusão.
2.13.7.6 – Não havendo parte contrária, bastará
a menção ao nome do(s) requerente(s), evitan- 2.13.11 – Na intimação para pagamento ou de-
do-se a alusão a "juízo". pósito de certa quantia, preparo de conta ou
mera ciência de cálculo ou conta, sempre have-
rá expressa referência ao seu montante.

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2.13.12 – No despacho de conteúdo múltiplo, torização, a venda casada de certidões, ou qual-
que exija a pré-realização de certo ato de com- quer outra prática abusiva.
petência de serventuário ou oficial de justiça,
deve-se fazer a intimação dos advogados so- 2.14.5 – É obrigatório manter em local visível a
mente depois da concretização desse ato, para tabela de custas, cotadas em real e VRC, forne-
que se obtenha o máximo de utilidade da publi- cendo-se recibo discriminado dos emolumentos
cação. ou custas recebidos, com especificação dos ser-
viços prestados.
2.13.13 – Não haverá publicação de despachos
quanto ao que não diga respeito à parte. SEÇÃO 15
CADASTRO DE INDISPONIBILIDADE
2.13.14 – As decisões e sentenças serão publica-
das somente na sua parte dispositiva, suprimin- DE BENS
do-se relatório, fundamentação, data, nome do - Revogado pelo provimento n. 124.
prolator e expressões dispensáveis.
SEÇÃO 16
2.13.15 – As homologações e a simples extinção
do processo dispensam sua integral transcrição,
CARTAS PRECATÓRIAS
devendo fazer-se, tão-somente, concisa men- 2.16.1 – Recebidas cartas precatórias, após o
ção ao fato. despacho inicial e independentemente de de-
terminação judicial, a escrivania oficiará ao juízo
SEÇÃO 14 deprecante, comunicando o número de autu-
CENTRAL DE CERTIDÕES ação e outros dados importantes para o cum-
- Ver Protocolo nº 97.213/00, da Corregedo- primento do ato, como por exemplo a data de
ria-Geral da Justiça. audiência designada, a expedição de mandados,
etc.
2.14.1 – Ficam autorizadas as serventias do foro
judicial e extrajudicial a firmar convênios com 2.16.2 – Uma vez ao ano, entre os dias 05 e 20
as respectivas entidades de sua classe, a fim de janeiro, a escrivania efetuará levantamento
de fornecer suas certidões em um único local, de todas as cartas precatórias em andamento
sujeitando-se o seu funcionamento à fiscaliza- há período superior a 60 dias e oficiará aos juí-
ção da Corregedoria e prévio assentimento do zos deprecantes comunicando a fase em que se
Corregedor, verificada a conveniência e oportu- encontram.
nidade da medida. 2.16.3 – Quando, em relação às cartas precató-
2.14.2 – Este estabelecimento deverá estar situ- rias expedidas pelo juízo, não estiverem sendo
ado em local de fácil acesso a toda a população respondidos ofícios versando acerca de infor-
da comarca, proporcionando ao jurisdicionado mações sobre o cumprimento do ato junto ao
um atendimento urbano e eficiente. juízo deprecado, a escrivania deverá estabele-
cer contato telefônico com o titular da respecti-
2.14.3 – As entidades de classe que mantiverem va serventia com a finalidade de obter as infor-
em funcionamento este serviço, em nenhuma mações diretamente, de tudo certificando nos
hipótese poderão exceder os valores previstos autos.
na tabela de custas, sob pena de ser cancelada
a autorização. 2.16.4 – A intervenção da Corregedoria-Geral
na Justiça com o intuito da obtenção de infor-
2.14.4 – Na prestação deste serviço deverá ser mações sobre o cumprimento de atos depreca-
respeitado o Código de Defesa do Consumidor, dos somente poderá ser solicitada se instruída
sendo expressamente proibido, sob pena de com certidão da escrivania de que atendeu ao
processo administrativo e cancelamento da au- disposto no item 2.16.3.

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- Redação dada pelo Provimento n. 103 IV – Os prazos observados durante o cadas-


tramento das informações deverá ser com-
2.16.5 – Nas cartas precatórias deverá constar, parado com o prazo legal para a prática dos
obrigatoriamente, o endereço eletrônico oficial atos processuais e com o prazo médio ob-
do Escrivão da comarca deprecante para even- servado em cada fase processual;
tuais comunicações, solicitações de informa-
ções ou peças processuais. V – Aos contadores de prazo serão agrega-
- Redação dada pelo Provimento n. 166 dos alertas específicos, a fim de que qual-
quer distúrbio na condução do processo
2.16.6 – As comunicações ou solicitações, pre- seja imediatamente detectado pela serven-
vistas nos itens anteriores, deverão ser feitas, tia;
preferencialmente, pelo Sistema Mensagei-
ro, observadas as disposições da Resolução nº VI – A visualização do sistema de cadastro
01/2008, do Órgão Especial, do Tribunal de Jus- processual será o mais didática possível, de
tiça do Estado do Paraná, de 22 de fevereiro de forma que os consulentes possam divisar as
2008. fases processuais em sua seqüência legal;

- Redação dada pelo Provimento n. 166 VI – O sistema de cadastro processual de-


verá conter todas as informações necessá-
SEÇÃO 17 rias para a consulta, de forma a estabelecer
SISTEMA AVANÇADO DE CADASTRO uma tendência à utilização exclusiva da In-
ternet ou de postos eletrônicos de consulta;
PROCESSUAL
- Redação dada pelo Provimento n° 159 VII – O sistema de cadastro processual de-
verá conter todas as informações necessá-
2.17.1 – O Sistema Avançado de Cadastro Pro- rias para a supressão dos atuais livros físicos
cessual objetiva o controle rigoroso das movi- do foro judicial, permitindo a mesma fiscali-
mentações processuais e a fiscalização instantâ- zação eletronicamente;
nea das atividades de todos os participantes do
processo, mediante a supressão gradativa dos VIII – O sistema de cadastro processual de-
atuais livros utilizados para tal fim. verá permitir a visualização, pela escrivania,
secretaria ou magistrado, dos resultados es-
2.17.2 – Os atuais sistemas de cadastro proces- tatísticos do Sistema de Aferição de Desem-
suais informatizados deverão, no prazo de 06 penho de Varas.
(seis) meses, ser adaptados aos seguintes pa-
drões: IX – O sistema de cadastro processual deve-
rá permitir a inserção dos dados necessários
I – A movimentação processual será identi- à criação das rotinas processuais criadas pe-
ficada por fases processuais, segundo a es- los magistrados.
pecialidade do procedimento, observadas
as Tabelas Processuais Unificadas do Poder - Vide Provimento n. 163
Judiciário;
2.17.3 – O Sistema Avançado de Cadastro Pro-
II – Ao sistema de cadastro processual será cessual alimentará o Banco Estatístico da Corre-
inserido contador de prazos, de forma que gedoria-Geral da Justiça, permitindo a geração
a duração do processo será composta pela simultânea de dados no Sistema de Aferição
soma dos interlúdios de todas as fases refe- de Produtividade dos Magistrados de Primeiro
ridas no inciso I do presente item; Grau de Jurisdição, do Sistema de Aferição de
Desempenho de Varas e do quantificador do
III – O cadastramento dos dados deverá
prazo-limite, para a Rotina de Priorização de
permitir a geração de planilhas e de gráficos
Processos com Prazo não Razoável.
comparativos;

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2.17.3.1 – Enquanto não for implantado siste- gedoria-Geral da Justiça, para monitoramento
ma de cadastro processual unificado no Estado contínuo do comportamento das varas.
do Paraná, o Banco Estatístico da Corregedoria-
-Geral da Justiça será alimentado por meio de 2.18.1.3 – Os prazos-limite constituem tendên-
sistema especial, no prazo de 06 (seis) meses, cia a ser paulatinamente diminuída, consoante
no qual serão congregados todos os dados ca- a evolução da eficiência das serventias, em um
dastrais atualmente existentes. todo harmônico no Estado.

2.17.3.2 – Todos os dados referentes aos pro- 2.18.1.4 – Para aferição dos prazos-limite, con-
cessos cadastrados no Estado do Paraná deve- sideram-se processos em andamento aqueles
rão estar à disposição do Tribunal de Justiça, distribuídos, mas não sentenciados.
para o fim previsto no item 2.17.3.1. 2.18.1.5 – O Anexo referido no item 2.18.1 po-
2.17.3.3 – Após a implantação do Sistema Avan- derá especificar outras fases do procedimento,
çado de Cadastro Processual, o Banco Estatísti- consoante a evolução dos dados a serem colhi-
co da Corregedoria-Geral da Justiça será alimen- dos futuramente.
tado, simultaneamente, por este sistema e pelo 2.18.2 – Após a publicação do Anexo menciona-
sistema especial referido no item 2.17.3.1. do no item 2.18.1, deverão os escrivães e secre-
2.17.3.4 – O Sistema Avançado de Cadastro Pro- tários lançar certidão explicativa nos autos em
cessual deverá ser adaptado para a automação que se tenha excedido o prazo-limite, informan-
no fornecimento dos dados cadastrais exigidos do os motivos que ensejaram o elastério do fei-
pelo Conselho Nacional de Justiça. to, com promoção, ato contínuo, de conclusão
ao magistrado.
2.17.4 – Para a formação do Sistema Avançado
de Cadastro Processual, será utilizado o protóti- 2.18.3 – À vista da certidão explicativa da escri-
po apresentado no procedimento de Monitora- vania ou secretaria, o magistrado promoverá a
mento de Varas. impulsão dos atos de forma a proferir sentença
em até 06 (seis) meses, salvo impossibilidade
2.17.5 – O Sistema Avançado de Cadastro Pro- justificada.
cessual constituirá padrão na implantação do
processo eletrônico. 2.18.3.1 – Serão apresentados para o magistra-
do, para os fins do item 2.18.3, até 30 (trinta)
SEÇÃO 18 autos por mês, durante o período necessário
ROTINA DE PRIORIZAÇÃO DE para que em todos os feitos seja examinada a
possibilidade de priorização, observada a res-
PROCESSOS COM PRAZO NÃO pectiva ordem de antiguidade.
RAZOÁVEL
2.18.3.2 – Concluída a diligência a que se refe-
- Redação dada pelo Provimento n. 162
re o item anterior, em todos os feitos nos quais
2.18.1 – A Corregedoria-Geral da Justiça fará se tenha extrapolado o prazo-limite previsto no
publicar Anexo, contendo o prazo- limite de du- Anexo, a escrivania ou secretaria formará rela-
ração do processo, para a priorização de proces- ção, contendo o número dos autos e a data má-
sos com prazo não razoável. xima prevista para a prolação de sentença.

2.18.1.1 – Os prazos-limite serão estabelecidos 2.18.3.3 – A relação mencionada no item


após a coleta de dados estatísticos junto às ser- 2.18.3.2 será encaminhada, após o lançamento
ventias, segundo especialização por entrâncias de visto pelo magistrado, à Corregedoria-Geral
e por juízo. da Justiça.

2.18.1.2 – Os dados referidos no item 2.18.1.1 2.18.3.4 – A escrivania ou secretaria afixará em


serão inseridos no Banco Estatístico da Corre- local visível lista dos feitos sujeitos à priorização,

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consignando, inclusive, a data prevista para a dicial, mediante certificação nos autos, em que
prolação de sentença. deverá constar menção de que o ato foi pratica-
do por ordem do juiz e o número da respectiva
2.18.4 – A providência mencionada no item portaria.
2.18.3 não importará no atraso dos demais pro-
cessos em andamento e, quando o caso, solici- - Redação alterada pelo Provimento n. 227
tará o magistrado, fundamentadamente, auxílio
na prolação de sentenças ou na condução dos 2.19.1.1 – Para o aperfeiçoamento dos atos de
feitos por intermédio da Corregedoria-Geral da delegação, recomenda-se aos magistrados a
Justiça. elaboração de portaria, disciplinando os atos
processuais delegáveis às escrivanias ou às se-
2.18.4.1 – Para a consecução do disposto no cretarias.
item 2.18.3, poderá o magistrado instituir pauta
própria. - Incluído pelo Provimento n. 227

2.18.5 – Os processos sujeitos à priorização se- 2.19.2 – Cópia das portarias referidas no item
rão identificados por tarja específica na capa 2.19.1 será encaminhada à Corregedoria-Geral
dos autos, devendo a escrivania reservar seção da Justiça, no prazo de 60 (sessenta) dias, para
própria no cartório ou secretaria para a condu- a formação de Banco de Soluções Unificadas,
ção prioritária dos feitos. visando ao aperfeiçoamento da atividade de de-
legação.
2.18.5.1 – A prioridade estabelecida no item
2.18.5 não se sobreporá às hipóteses legais de - Revogado pelo Provimento n. 227
priorização dos feitos. 2.19.2.1 – Serão novamente encaminhadas à
2.18.6 – Concluído o trabalho a que se refere a Corregedoria-Geral da Justiça as portarias bai-
presente Seção, a regularização das atividades xadas anteriormente à publicação do presente
na vara será comunicada à Corregedoria-Geral provimento.
da Justiça. - Revogado pelo Provimento n. 227
2.18.7 – As providências de que tratam esta se- 2.19.3 – Lastreados nas Tabelas Processuais
ção, quando não determinadas de ofício, pode- Unificadas do Poder Judiciário, ou em dados
rão ser provocadas pela parte, mediante reque- fornecidos pela serventia, os magistrados pode-
rimento escrito, sempre observada a ordem de rão determinar aos escrivães ou secretários que
antiguidade dos feitos." organizem os setores de trabalho por matérias,
objetivando a especialização das atividades car-
SEÇÃO 19 toriais.
DELEGAÇÃO DE ATOS E ROTINAS
PROCESSUAIS 2.19.4 – Criados os setores referidos no item
2.19.3, os escrivães ou secretários indicarão ao
- Redação dada pelo Provimento n. 163 magistrado o funcionário ou servidor respon-
sável pelo acompanhamento e processamento
2.19.1 – Para o aperfeiçoamento dos atos de
dos feitos em cada setor, que passará a receber
delegação, recomenda-se aos magistrados a
a denominação de Gestor.
elaboração de portaria, disciplinando os atos
processuais delegáveis às escrivanias ou às se- 2.19.4.1 – Os magistrados encaminharão lista
cretarias. dos nomes dos Gestores de sua vara à Corre-
gedoria-Geral da Justiça, a fim de que se possa
2.19.1 – O magistrado poderá autorizar os servi-
firmar convênio de educação continuada, con-
dores do poder judiciário a praticar atos de ad-
soante a demanda apresentada.
ministração e de mero expediente, sem caráter
decisório, independentemente de despacho ju-

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2.19.5 – O magistrado, após a aprovação da in- que recebam elogio em ficha funcional e apre-
dicação referida no item 2.19.4, apresentará ao sentem o modelo para a formação de um banco
escrivão ou secretário minutas de decisões in- próprio de soluções administrativas.
terlocutórias e despachos padronizados, a fim
de que seja formado banco digitalizado próprio 2.19.11.1 – Para os fins do item 2.19.11, pode-
junto à serventia. rão os magistrados aplicar os critérios do Siste-
ma de Aferição de Desempenho de Varas.
2.19.5.1 – A instituição do banco digitalizado de
decisões interlocutórias ou despachos padroni- SEÇÃO 20
zados será informada à Corregedoria-Geral da REGISTRO DE SENTENÇAS E
Justiça, a fim de que os padrões possam ser dis- CADASTRO DE DECISÕES
ponibilizados aos magistrados, por área de atu-
- Seção incluída pelo Provimento n. 206
ação.
2.19.6 – O banco digitalizado de decisões ou SUBSEÇÃO 01
despachos padronizados poderá, a critério do NORMAS GERAIS
magistrado, ser adequado ao sistema de cadas-
tramento processual informatizado da serven- 2.20.1 – O Magistrado deverá utilizar o Sistema
tia, respeitadas as Tabelas Processuais Unifica- Athos ou qualquer editor de texto disponível
das do Poder Judiciário. (ex. Word, Open Office, Bloco de Notas, etc.)
para proferir sentenças e decisões interlocutó-
2.19.7 – Concluídas as diligências referidas nos rias.
itens anteriores, apresentará o magistrado roti-
nas procedimentais, aliadas às minutas de deci- - Revogado pelo Provimento n. 216
sões interlocutórias e despachos padronizados,
2.20.1.1 – O registro das sentenças e decisões,
ao Gestor, a fim de que os autos que lhe sejam
no âmbito do Foro Judicial, reger-se-á pelas nor-
submetidos possam ter curso, o tanto quanto
mas desta Seção.
possível, automatizado.
2.20.1.2 – A partir da implantação do Sistema
2.19.8 – Os feitos atribuídos ao Gestor não po-
“Publique-se”, as Escrivanias/Secretarias do
derão ser, salvo deliberação do magistrado, con-
Foro Judicial deverão encerrar os livros de regis-
feridos a outros Gestores, servidores ou funcio-
tro de sentença ou mídias de CD- ROM geradas
nários.
com tal finalidade.
2.19.9 – Eventual substituição do Gestor deverá
2.20.1.3 – O Sistema “Publique-se” é destinado
ser comunicada e autorizada pelo magistrado.
ao cadastro, assinatura, registro e publicação
2.19.10 – Cumprirá à escrivania ou à secretaria, das sentenças e decisões que julgam incidentes
em colaboração com o Oficial Distribuidor, des- autuados em apartado no Banco de Sentenças
de que adotado o modelo de rotina processual e Decisões do Tribunal de Justiça do Estado do
referido nos itens Paraná.

2.19.3 a 2.19.9, informar previamente ao ma- 2.20.1.3.1 – A utilização de assinatura digital é


gistrado a existência de demandas repetitivas, facultativa nos processos que tramitam por su-
a fim de que possam ser geradas novas rotinas porte físico.
processuais.
2.20.1.3.2 – A disponibilização da íntegra do ato
2.19.11 – Os magistrados, constatando a efici- judicial no Portal do Tribunal de Justiça tem fim
ência na implantação das rotinas processuais, exclusivamente informativo, não substituindo
poderão indicar à Corregedoria-Geral da Justiça as vias ordinárias de intimação estabelecidas
os respectivos escrivães ou secretários, a fim de pela legislação processual.

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2.20.1.3.3 – A publicação efetuada pelo sistema III – Publicação da sentença/decisão no


“Publique-se” refere-se à disponibilização da Banco de Sentenças e Decisões do Portal do
sentença ou decisão no Banco de Sentenças e Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
Decisões do site do Tribunal de Justiça do Esta-
do do Paraná, não dispensando, portanto, a res- - Redação alterada pelo Provimento n. 242
pectiva publicação no Diário da Justiça Eletrôni- 2.20.2.1.1 – A critério do magistrado, a inserção
co, quando for a hipótese. e classificação da sentença ou decisão poderão
2.20.1.4 – Tratando-se de processos virtuais, o ser realizadas por servidor lotado no gabinete
registro será feito diretamente no sistema de ou na escrivania/secretaria, que receberá os au-
processo eletrônico, encerrando-se os livros de tos com as decisões e sentenças assinadas para
registro de sentenças ou mídias de CD-ROM. posterior digitalização ou em arquivo PDF.

2.20.1.5 – Em se tratando de processos físicos, 2.20.2.1.1 – A critério do magistrado, a inserção,


o “Publique-se” deverá ser acessado através in- classificação e registro da sentença ou cadastro
tranet / extranet do site do Tribunal de Justiça da decisão poderão ser realizadas por servidor
do Estado do Paraná e, para sua correta utiliza- lotado no gabinete ou na escrivania/secretaria,
ção, observar-se-á o disposto na subseção 02. que receberá os autos com as decisões e sen-
tenças assinadas para posterior digitalização ou
- Subseção incluída pelo Provimento n. 216 em arquivo PDF.

SUBSEÇÃO 02 - Redação alterada pelo Provimento n. 242


DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA 2.20.2.2 – Serão adicionados às respectivas sen-
tenças ou decisões, no campo “arquivo / docu-
2.20.2 – Elaborado o documento, deverá ser uti- mento adicional”, os pareceres proferidos pelos
lizado o Sistema de Registro de Sentença, para Juízes Leigos e os pareceres do Ministério Públi-
cadastrar a sentença ou a decisão interlocutória co na hipótese do CN 6.12.2.
no Banco de Sentenças e Decisões do Tribunal
de Justiça do Estado do Paraná, com a posterior 2.20.2.3 – Junto com a inserção do arquivo da
publicação. sentença ou decisão no Sistema Publique-se,
promover-se-á sua classificação, na qual deverá
- Revogado pelo Provimento n. 216 ser especificado, conforme a hipótese:
2.20.2.1 – O Sistema “Publique-se” é composto I – o tipo do ato: sentença ou decisão que
das seguintes etapas sequenciais: julga incidente autuado em apartado;
I – Inserção do arquivo em formato .PDF e II – se se trata de feito público ou em segre-
classificação da sentença / decisão; do de justiça;
II – Registro da sentença / decisão; III – se houver necessidade de publicação
III – Publicação da sentença / decisão no tardia;
Banco de Sentenças e Decisões do Portal do IV – o número único do processo, quando
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. for cadastrado;
2.20.2.1 – O Sistema “Publique-se” é composto V – a área de competência (cível, criminal,
das seguintes etapas sequenciais: juizado especial cível, etc.);
I – Inserção do arquivo em formato .PDF; VI – o tipo do feito: processo cautelar, pro-
II – Registro e classificação da sentença/de- cesso de conhecimento, cumprimento de
cisão; sentença ou execução de sentença judicial,
incidente processual, etc.;

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VII – o dispositivo no qual está fundada a produtividade do juiz e das unidades judiciárias
sentença (art. 267, 269, inc., etc.) e/ou seu por meio do sistema de avaliação das atividades
tipo (condenatória; absolutória, etc.); dos magistrados e secretarias/escrivanias.
VIII – se é líquida, prolatada em audiência 2.20.2.4 – Após o cadastramento, proceder-se-
ou relativa à conciliação; -á o registro. Para tanto, o servidor responsável
acessará cada documento inserido e cadastrado
IX – a complementação (contestada ou não; no sistema “Publique- se”, confirmando:
se encerra o feito ou não), conforme o caso.
I – A numeração dos autos;
2.20.2.3 – Junto com a inserção do arquivo da
sentença ou decisão no Sistema Publique-se de- II – A Comarca;
verá ser especificado, conforme a hipótese:
III – A Vara;
I – o tipo do ato: sentença ou decisão que
julga incidente autuado em apartado; II – se IV – O assunto, segundo as tabelas proces-
se tratar de feito público ou em segredo de suais unificadas do Conselho Nacional de
justiça; Justiça;

III – se houver necessidade de publicação V – A data da distribuição;


tardia; VI – A data do início da fase;
IV – o número único do processo, obrigató- VII – Data da conclusão dos autos, e;
rio para o registro da sentença e facultativo
para o cadastro de decisões; VIII – Data da devolução dos autos.

V – a área de competência (cível, criminal, 2.20.2.4 – Após a inserção do arquivo, proce-


juizado especial cível etc.); VI – se é líquida; der-se-ão o registro e classificação. Para tanto, o
servidor responsável acessará cada documento
VII – se é prolatada em audiência; inserido e cadastrado no sistema “Publique-se”,
VIII – a complementação (contestada ou confirmando:
não; se encerra o feito ou não), conforme o I – a numeração dos autos;
caso.
II – a Comarca;
- Redação alterada pelo Provimento n. 242
III – a Vara;
2.20.2.3.1 – Haverá publicação tardia quando
necessário para garantir a eficácia da sentença IV – a classe processual e o assunto, se-
ou decisão. Neste caso, deverá ser desmarca- gundo as tabelas processuais unificadas do
da a opção “enviar automaticamente ao Portal Conselho Nacional de Justiça;
após o registro pelo Escrivão”. V – a classificação da sentença/decisão, se-
2.20.2.3.2 – Para fins de registro, consideram-se gundo a tabela de movimentação do Conse-
como sentenças que encerram o feito aquelas lho Nacional de Justiça;
que põem termo a uma fase do procedimento VI – o nome do juiz prolator da decisão/sen-
para todos os réus. tença;
2.20.2.3.3 – Facultativamente, poderá o magis- VII – a data da distribuição;
trado indicar, na sentença ou decisão, os dados
previstos no item 2.20.2.3, visando propiciar VIII – a data do início da fase;
sua correta classificação, porquanto os dados
servirão de base para aferição dos índices de IX – a data da conclusão dos autos, e;

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X – a data da devolução dos autos; 2.20.3 – No cadastro, o Magistrado deverá es-


pecificar:
XI – especialização em 2° grau.
I – o tipo do ato: sentença ou decisão inter-
- Redação alterada pelo Provimento n. 244 locutória;
2.20.2.4.1 – A data do início da fase poderá ser II – o tipo do feito: processo cautelar; pro-
a mesma data da distribuição ou, ainda, a data cesso de conhecimento; cumprimento de
em que houve a alteração no tipo do feito, por sentença ou execução de sentença judicial;
exemplo, iniciou-se o cumprimento da sentença etc.;
(feita nos próprios autos), houve o recebimento III – o dispositivo no qual está fundada a
da denúncia (passando o procedimento investi- sentença (art. 267, 269, inc., etc.);
gatório para processo de conhecimento), dentre
outros. IV – a complementação (contestada ou não;
etc.); e
2.20.2.4.2 – Após o registro, a Secretaria/Escri-
vania gerará a certidão de registro de sentença, V – se se trata de feito público ou em segre-
anexando aos respectivos autos físicos. do de justiça.
2.20.3.1 – Caso o Magistrado especifique na
2.20.2.4.3 – Havendo, na sentença, delibera- decisão a classificação do item anterior, poderá
ções distintas (por exemplo, absolvição e extin- delegar aos assessores, estagiários ou mesmo à
ção da punibilidade), deverá ser anotada aquela secretaria o cadastramento do documento, por-
de mérito ou, sendo ambas meritórias, aquela quanto servirá de base para aferição dos índices
de maior relevância, assim consideradas: de produtividade do juízo e das secretarias.
I – a procedência ou procedência parcial, 2.20.3.2 – Delegada a função do cadastramen-
quando coexistir com improcedência; to à secretaria, o responsável certificará nos
II – a condenação quando coexistir com a autos a data da entrega da decisão, devendo
absolvição. cadastrá-la imediatamente no sistema ou, não
sendo possível, na primeira hora do dia útil sub-
- Redação dada pelo Provimento n. 242 sequente.
2.20.2.5 – Ultimado o registro da sentença/de- 2.20.4 – Conferido o conteúdo e cadastrados
cisão, sua publicação e disponibilização no Ban- os dados, o Magistrado assinará digitalmente
co de Sentenças e Decisões será efetuada auto- o documento, utilizando o cartão de assinatura
maticamente, salvo na hipótese de publicação digital, compartilhando o documento com a es-
tardia. crivania que providenciará a publicação.
2.20.4.1 – Na eventualidade de ocorrer um pro-
2.20.2.5.1 – Selecionada a hipótese de publi-
blema técnico com o cartão de assinatura di-
cação tardia, após o efetivo cumprimento da
gital, o Magistrado deverá proceder da forma
sentença ou decisão, o escrivão/secretário ou
descrita nos itens anteriores, efetuando a im-
servidor responsável deverá encaminhá-la à pu-
pressão do documento, com assinatura de pró-
blicação no Banco de Sentenças e Decisões.
prio punho, entregando a sentença na escriva-
2.20.2.6 – Verificado equívoco no lançamento nia para publicação.
dos dados após a publicação da sentença ou de- 2.20.4.2 – Regularizado o cartão de assinatura
cisão, a retificação será realizada pelo escrivão digital, as sentenças deverão ser, de imediato,
ou secretário diretamente no Sistema “Publi- assinadas digitalmente pelo magistrado, dispo-
que-se”, no qual constará o registro da ocorrên- nibilizando-as para o registro pela escrivania.
cia.
2.20.5 – A escrivania, nos dias em que houver
- Subseção incluída pelo Provimento n. 216 expediente forense, deverá, obrigatoriamente,

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acessar o Sistema de Registro de Sentenças, ve- Lei Federal 11.419/2006 e a Resolução 10/2007
rificando os documentos que estão comparti- do Órgão Especial do TJPR.
lhados para publicação.
2.21.1.2 – Em se tratando de processos eletrô-
2.20.6 – O funcionário responsável acessará nicos, havendo divergência entre as normas dos
cada documento, confirmando a numeração demais capítulos do Código de Normas e as con-
única, a natureza, a data da distribuição e o tidas nesta Seção, prevalecerão estas.
assunto. Deverá complementar o registro, ca-
dastrando a data do início do feito, a data da SUBSEÇÃO 2
conclusão e a data da devolução dos autos, no LIVROS OBRIGATÓRIOS
ofício, com a decisão proferida.
2.20.6.1 – A data do início do feito poderá ser a 2.21.2.1 – Não serão formados os livros obriga-
mesma da data da distribuição ou, ainda, a data tórios relativos aos processos eletrônicos, à ex-
em que houve a alteração no tipo do feito, por ceção dos casos em que o sistema não gerar os
exemplo, iniciou-se o cumprimento da sentença respectivos dados.
(feita nos próprios autos), houve o recebimento - Ver artigo 16 da Lei Federal 11.419/2006.
da denúncia (passando o procedimento investi-
gatório para processo de conhecimento), dentre SUBSEÇÃO 3
outros. DAS CAUSAS, PETIÇÕES E
2.20.7 – Conferidos e cadastrados os dados, a DOCUMENTOS
escrivania dará publicidade da decisão – caso
não haja ocorrido em audiência – só então, dis- 2.21.3.1 – Nas escrivanias/secretarias em que
ponibilizando-a no Banco de Sentenças e Deci- for implantado o processo eletrônico, o ajuiza-
sões, ressalvadas as hipóteses de feitos em se- mento, o peticionamento e a prática dos atos
gredo de justiça. processuais subsequentes ocorrerão, exclusiva-
mente, pelo sistema eletrônico.
2.20.8 – A certidão, emitida pelo Sistema de Re-
gistro de Sentença e Cadastro de Decisões, de- - Ver art. 4º, caput, da Resolução 10/2007
verá ser juntada nos autos, assim como da pu- OE TJPR.
blicação no EDJ, se for o caso.
2.21.3.1.1 – Nas comarcas ou foros em que hou-
2.20.9 – Todas as decisões proferidas nos autos ver mais de uma unidade, com idêntica compe-
ficarão vinculadas no Sistema, incluindo a pro- tência, e não existir o mesmo sistema de pro-
ferida nos embargos de declaração, a qual faz cesso eletrônico para todas essas escrivanias/
parte integrante da sentença principal. secretarias, a petição inicial será apresentada
- Itens e subitens revogados pelo Provimen- perante o distribuidor, que a digitalizará e a in-
to n. 216 serirá no sistema. A digitalização e a inserção da
petição inicial e dos documentos que a acom-
SEÇÃO 21 panham serão, preferentemente, efetuadas de
PROCESSOS VIRTUAIS imediato, com a observância dos itens 2.21.3.4
- Incluída pelo Provimento n. 223 e 2.21.3.5, devolvendo- se, após, ao interessa-
do, juntamente com o recibo de protocolo, no
SUBSEÇÃO 1 sistema de processo eletrônico.
NORMAS GERAIS - Ver Ofícios-Circulares 37/2012 e 40/2012.

2.21.1.1 – Esta Seção disciplina os processos vir- 2.21.3.1.2 – Na impossibilidade de digitalização


tuais, complementando as disposições dos capí- imediata, o distribuidor, após a digitalização e
tulos específicos do Código de Normas, que re- a inserção no sistema, encaminhará a petição
gulam as unidades do Foro Judicial, bem como a inicial e os documentos que a acompanham à

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unidade para a qual o feito foi distribuído, junta- 2.21.3.2.2 – Aplicam-se as regras previstas nos
mente com o recibo de protocolo no sistema de itens 2.21.3.2 e 2.21.3.2.1 ao Ministério Público
processo eletrônico. e às procuradorias e defensorias públicas, na-
quilo que for compatível.
2.21.3.1.3 – A unidade judicial que receber as
petições e os documentos físicos, referidos no 2.21.3.3 – É vedada a juntada, no sistema ele-
item 2.21.3.1.2, após verificar se foram integral- trônico, por serventuário da Justiça, de petições
mente inseridos no sistema, deverá intimar a e documentos de qualquer natureza, ainda que
parte ou o advogado postulante para retirá-los, transmitidas por peticionamento eletrônico (e-
juntamente com o respectivo recibo de proto- -mail), protocolo integrado, fax e correio, relati-
colo no sistema de processo eletrônico. vos aos processos virtuais de partes, que sejam
assistidas ou representadas por advogado, ou
2.21.3.1.4 – Em caso de não atendimento da in- nos feitos em que esse atue em causa própria e
timação prevista no CN 2.21.3.1.3, fica a escri- cuja inserção no sistema seja de sua responsa-
vania/secretaria autorizada a remeter a petição bilidade.
inicial, os documentos e o recibo de protocolo,
no sistema de processo eletrônico, ao endereço 2.21.3.3.1 – Não se aplica a regra do CN 2.21.3.3:
residencial indicado pela parte, ou ao endereço
profissional apontado pelo advogado na peti- I – à juntada da petição inicial na hipótese
ção, mediante correspondência com Aviso de do item 2.21.3.1.1;
Recebimento (A.R.), o qual deverá ser digitaliza- II – nos casos em que o advogado demons-
do e inserido no respectivo processo eletrônico. trar o extravio da sua certificação digital ou
2.21.3.1.5 – Havendo ajuizamento/cadastra- impossibilidade de sua utilização, decorren-
mento dúplice da mesma demanda, em razão te de bloqueio ou danificação do chip ou do
de equívoco, sem a caracterização de litispen- leitor;
dência ou coisa julgada, o juiz, conhecendo do III – nos casos em que não constar da cita-
fato, determinará o simples arquivamento de ção advertência de que o processo tramita
um dos processos, cuja decisão não necessitará exclusivamente por via eletrônica;
de registro ou comunicações obrigatórias. Dessa
decisão deverão ser cientificadas apenas as par- IV – na hipótese do CN 2.21.3.4.3;
tes que integrarem a lide e o distribuidor, caso
V – ao atendimento prestado às partes que
tenha havido anotação da distribuição, o qual
postulam, sem assistência de advogado, no
lançará a respectiva baixa.
âmbito dos Juizados Especiais;
2.21.3.2 – A distribuição da petição inicial e a
- Ver artigo 10, § 4º, da Resolução 10/2007
juntada da contestação, dos recursos e das pe-
OE TJPR.
tições em geral, nas causas em que houver pa-
trocínio de advogado e, naquelas em que esse VI – nos casos em que a lei permite o pe-
atuar em causa própria, deverão ser feitas dire- ticionamento pela própria parte, sem assis-
tamente pelo causídico. tência de advogado;
- Ver artigo 10, caput, da Lei Federal VII – às informações prestadas pelas autori-
11.419/2006. dades impetradas desassistidas de advoga-
- Ver artigos 9º, caput, e 10, caput e § 3º, da do em sede de mandado de segurança.
Resolução 10/2007 OE TJPR.
2.21.3.3.2 – Aplicam-se as regras previstas nos
2.21.3.2.1 – Será possível o protocolo por asses- itens 2.21.3.3 e 2.21.3.3.1 ao Ministério Público
sor cadastrado pelo advogado, sob a responsa- e às procuradorias e defensorias públicas, na-
bilidade desse. quilo que for compatível.

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2.21.3.4 – As petições e os documentos inse- ser arquivados na escrivania/secretaria e, após
ridos no processo virtual deverão ser integral- o trânsito em julgado, devolvidos à parte inte-
mente legíveis e nítidos. ressada, aplicando-se, no que for compatível, as
disposições dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4.
2.21.3.4.1 – Quando da digitalização dos docu-
mentos, o usuário deverá: 2.21.3.4.5 – Nas hipóteses do item 2.21.3.4.4,
será lançada certidão nos autos, com a especifi-
I – observar se eles se revestem de nitidez e cação dos documentos que foram apresentados
inteireza; e arquivados na unidade.
II – escaneá-los, preferencialmente, em co- 2.21.3.4.6 – Quando as partes apresentarem
res, quando sua leitura e visualização assim objetos ou documentos de prova, relativos a
recomendarem; arquivos de áudio ou vídeo, cuja inserção não
III – evitar a sobreposição de documentos; seja possível no sistema de processo eletrônico,
devem ser observadas as disposições dos itens
IV – observar os documentos, cujos teores 2.21.3.4.4 e 2.21.3.4.5, naquilo que for compa-
de interesse ao feito, sejam registrados na tível.
frente e no verso da folha, pois nessa condi-
ção deverão ser digitalizados; 2.21.3.5 – As petições e os documentos, inseri-
dos no processo virtual, respeitarão as ordens
V – digitalizá-los de modo que sua leitura lógica e cronológica.
seja horizontal, salvo quando a dimensão
do documento exigir seu escaneamento de 2.21.3.5.1 – Buscar-se-á a seguinte padroniza-
maneira vertical. ção de ordem e nomenclatura de arquivos:

2.21.3.4.2 – Constatada a digitalização de ma- I – petições iniciais e/ou demais petições,


neira ilegível ou sem nitidez, o juiz poderá de- cuja nomenclatura, quando cabível, cor-
terminar a regularização. responderá ao ato praticado (por exemplo:
petição inicial, contestação, impugnação,
2.21.3.4.3 – Havendo impossibilidade de digita- recurso inominado, embargos de declara-
lização dos documentos, de maneira nítida e le- ção, pedido de cumprimento/execução de
gível, ou em razão do grande volume (por exem- sentença, pedido de extinção, pedido de
plo: exames de raio-x, ressonância magnética, homologação de acordo, requerimento/pe-
plantas topográficas, etc.), esses deverão ser tição, etc.);
apresentados à escrivania/secretaria no prazo
de dez (10) dias, contados da data do envio da II – documentos, respeitada a seguinte se-
petição eletrônica que comunica o fato. Nesse quência, quando houver:
caso, o juiz poderá autorizar a inserção dos ar- a) procurações e/ou substabelecimentos,
quivos por serventuário da Justiça, cuja digitali- com a mesma nomenclatura;
zação deverá ser imediata, devendo os originais
ser devolvidos, em seguida, à parte interessada. b) documentos pessoais, com a nomencla-
tura do documento inserido (por exemplo:
- Ver artigo 11, § 5º, da Lei Federal RG, CPF, CNH, etc);
11.419/2006.
c) comprovante de residência, com a mes-
- Ver artigo 11, §§ 1º e 2º, da Resolução ma nomenclatura;
10/2007 do OE TJPR.
d) demais documentos, cuja nomenclatura
2.21.3.4.4 – Confirmada, por servidor judicial, a identificará a espécie e a finalidade deles
impossibilidade de digitalização dos documen- (por exemplo: contrato, cheque, nota pro-
tos, de maneira nítida e legível, ou em razão do missória, duplicata, instrumento de pro-
grande volume, a critério do juiz, eles poderão

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testo, extratos, faturas, comprovante de origem poderão se valer das informações e do-
pagamento, fotografias, comprovante de cumentos produzidos nos processos eletrônicos
inscrição restritiva, etc.). para prolação de suas decisões, dispensando a
requisição formal de informações dos respecti-
2.21.3.5.2 – Não poderá ser utilizada nomencla- vos magistrados, escrivanias ou secretarias.
tura genérica para os arquivos inseridos no sis-
tema como, por exemplo, “DOC01”, etc. - Redação alterada pelo Provimento n.
251/2014, de 10 de abril de 2014.
2.21.3.5.3 – Os documentos, cujo tamanho ul-
trapasse o permitido para inserção no sistema, 2.21.3.7.2 – Nos agravos de instrumento, o
deverão ser desmembrados, e sua nomencla- acesso mencionado no item 2.21.3.7.1 poderá
tura obedecerá ao disposto no item 2.21.3.5.1, ser utilizado para:
acrescida do número das partições do arqui-
vo (por exemplo: “Contrato Social – Parte 01”, I – dispensa dos documentos obrigatórios
“Contrato Social – 01”, “Contrato Social – Parte exigidos conforme o artigo 525, inciso I, do
02”, “Contrato Social – 02”, etc.). Código de Processo Civil;

2.21.3.6 – No âmbito dos Juizados Especiais Cí- II – verificação de eventual reforma da de-
veis e da Fazenda Pública, quando da utilização cisão recorrida, segundo o art. 529 do CPC;
de petições redigidas pelas partes, sem a assis- III – declaração da perda de objeto do agra-
tência de advogado, como petições iniciais, o vo, quando constatada a prolação de sen-
servidor responsável pelo atendimento deverá tença no processo.
observar se elas preenchem os requisitos do art.
14, § 1º, da Lei 9.099/1995 e, em caso negativo, 2.21.3.7.2 – Nos agravos de instrumento, o
levar a reclamação a termo, com a finalidade de acesso mencionado no item 2.21.3.7.1, a crité-
esclarecê-la ou complementá-la. rio e segundo entendimento do relator, poderá
ser utilizado para:
2.21.3.7 – As petições e os documentos produ-
zidos e juntados, eletronicamente, pelos usu- I – dispensa dos documentos obrigatórios
ários do sistema, com garantia da origem e de exigidos conforme o artigo 525, inciso I, do
seu signatário, são considerados originais para Código de Processo Civil;
todos os efeitos legais e têm a mesma força pro- II – verificação de eventual reforma da de-
bante dos originais. cisão recorrida, segundo o art. 529 do CPC;
- Ver art. 11, caput e § 1º, da Lei Federal III – declaração da perda de objeto do agra-
11.419/2006. vo, quando constatada a prolação de sen-
2.21.3.7.1 – Nos recursos e nas ações que tra- tença no processo.
mitam no Tribunal de Justiça, os desembargado-
- Redação alterada pelo Provimento n.
res, juízes de Direito substitutos em 2º grau e ju-
251/2014, de 10 de abril de 2014.
ízes de Turmas Recursais, que possuírem acesso
integral aos autos virtuais de origem, poderão 2.21.3.8 – Nos processos eletrônicos em que
se valer das informações e documentos produzi- houver declínio de competência:
dos nos processos eletrônicos para prolação de
suas decisões, dispensando a requisição formal I – para escrivania/secretaria em que se
de informações dos respectivos magistrados, encontre implantado o processo virtual, a
escrivanias ou secretarias. remessa deverá ser efetuada pelo próprio
sistema;
2.21.3.7.1 – Nos recursos e nas ações que tra-
mitam no Tribunal de Justiça, os julgadores que II – para escrivania/secretaria que não uti-
possuírem acesso integral aos autos virtuais de lize sistema de processo virtual, o juízo de-

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clinante, promovendo a exportação integral II – salvos em CD-Rom, que será remetido
do feito poderá: por via postal ou por meio eletrônico de co-
a) imprimi-lo e remetê-lo por via postal; municação oficial do Tribunal de Justiça do
Paraná.
b) salvar o arquivo correspondente ao feito
em CD-Rom e encaminhá-lo ao destinatário, - Item suspenso (Ofício-Circular 111/2012).
ou, alternativamente, fazer a remessa do 2.21.3.10.1 – Retornando os autos à unidade de
arquivo pelo meio eletrônico de comunica- origem, todos os atos praticados em meio físico,
ção oficial do Tribunal de Justiça do Paraná. em sede recursal, serão digitalizados e inseridos
- Ver art. 12, § 2º, da Lei Federal 11.419/2006 no respectivo processo eletrônico, na forma dos
e art. 21 da Resolução 10/2007 OE TJPR. itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5.

2.21.3.9 – Caso a escrivania/secretaria, que 2.21.3.10.2 – Nos agravos de instrumento re-


possua sistema de processo eletrônico, receba metidos à unidade de origem, todos os atos que
processo físico em razão de declínio de compe- não estejam reproduzidos no processo eletrô-
tência, esse será digitalizado e inserido no sis- nico deverão ser digitalizados e inseridos nes-
tema por serventuário da Justiça, observadas as se, respeitadas as regras dos itens 2.21.3.4 e
regras dos itens 2.21.3.4 e 2.21.3.5. 2.21.3.5.

2.21.3.9.1 – A escrivania/secretaria, que rece- 2.21.3.10.3 – Aos processos físicos, menciona-


ber o processo físico em razão do declínio de dos nos itens 2.21.3.10.1 e 2.21.3.10.2, são apli-
competência, após sua digitalização e inserção cáveis as regras constantes dos itens 2.21.3.9.1,
integral no sistema, poderá arquivá-lo ou inti- 2.21.3.9.2, 2.21.3.9.3 e 2.21.3.9.4.
mar as partes ou advogados para desentranha- 2.21.3.11 – Desde que digitalizados e juntados
rem os documentos por eles juntados, dispen- no respectivo processo eletrônico, é prescindí-
sada a substituição por fotocópias. vel a retenção dos documentos em escrivania/
2.21.3.9.2 – Havendo o desentranhamento de secretaria, devendo ser recomendado aos de-
todos os documentos juntados pelas partes, po- tentores dos originais dos documentos digi-
derá ser destruído o processo mencionado no talizados a sua conservação, até o trânsito em
item anterior. julgado da sentença, ou, quando admitida, até
o final do prazo para interposição de ação res-
2.21.3.9.3 – Aplica-se a regra do item 2.21.3.1.4, cisória.
na hipótese de intimação não atendida para os
fins do item 2.21.3.9.1. - Ver art. 11, § 3º, da Lei Federal
11.419/2006.
2.21.3.9.4 – A destruição dos autos físicos, men-
cionados no item 2.21.3.9, ocorrerá mediante 2.21.3.11.1 – À exceção da determinação de ar-
critérios de responsabilidade social e de pre- quivamento em escrivania/secretaria, os docu-
servação ambiental, por meio da reciclagem mentos apresentados pelas partes, nos proces-
do material descartado, ficando autorizada sua sos eletrônicos e juntados pelos servidores, nas
destinação a programas de natureza social. hipóteses autorizadas nesta Seção, devem ser
imediatamente a elas restituídos.
2.21.3.10 – Os processos eletrônicos, que ne-
cessitem ser encaminhados à instância recursal, 2.21.3.11.2 – Não haverá destruição dos docu-
que não disponha de sistema de processo ele- mentos apresentados pelas partes e juntados
trônico compatível e, cuja remessa não ocorra nos processos eletrônicos.
diretamente pelo sistema, após serem integral- 2.21.3.11.3 – Relativamente aos documentos
mente exportados, poderão ser: eventualmente mantidos em escrivania/secre-
I – impressos e remetidos por via postal; taria e pertencentes às partes, devem ser obser-
vadas as regras dos itens 2.21.3.1.3 e 2.21.3.1.4,
naquilo que for compatível.

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2.21.3.11.4 – À exceção dos documentos ori- SUBSEÇÃO 5


ginais pertencentes às partes, todos os demais CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
documentos, digitalizados e inseridos nos res-
pectivos processos eletrônicos, podem ser des- 2.21.5.1 – As intimações serão realizadas, por
truídos, observando-se o item 2.21.3.9.4. meio eletrônico, àqueles usuários cadastrados
no sistema, inclusive da Fazenda Pública e das
SUBSEÇÃO 4 partes que postulam sem advogado nos Juiza-
DOS PRAZOS PARA PRÁTICA DE ATOS dos Especiais, e, assim, consideradas pessoais
para todos os efeitos legais, sendo dispensada
2.21.4.1 – Consideram-se realizados os atos
a publicação em órgão oficial, inclusive eletrô-
processuais por meio eletrônico no dia e hora
nico.
do seu envio ao sistema, observado o horário
oficial de Brasília. - Ver artigo 5º, caput e § 6º da Lei Federal
11.419/2006.
- Ver artigo 3º, caput, da Lei Federal
11.419/2006. 2.21.5.2.1 – Considerar-se-á realizada a intima-
ção no dia em que o intimando efetivar a con-
2.21.4.2 – Quando a petição for enviada para
sulta eletrônica de seu teor.
atender prazo processual, serão consideradas
tempestivas aquelas transmitidas até as vinte e - Ver artigo 5º, § 1º da Lei Federal
quatro (24) horas do seu último dia. 11.419/2006 e artigo 17, § 3º, da Resolução
10/2007 OE TJPR.
- Ver artigos 3º, parágrafo único, e 10, § 1º,
da Lei Federal 11.419/2006. 2.21.5.2.2 – Reputar-se-á intimado aquele que
não realizar a consulta da intimação, após o
2.21.4.3 – As petições e documentos, cuja jun-
decurso do prazo de dez (10) dias, contados da
tada é exigida em audiência, deverão estar inse-
data de seu envio.
ridos no respectivo processo eletrônico ao tem-
po de sua abertura. - Ver artigo 5º, § 3º, da Lei Federal
11.419/2006 e artigo 17, § 5º, da Resolução
- Ver artigos 12 e 13 da Resolução 10/2007
10/2007 OE TJPR.
OE TJPR.
2.21.5.2.3 – Nos casos em que a consulta ou o
2.21.4.4 – Havendo indisponibilidade do siste-
decurso do prazo, previsto no item 2.21.5.2.2,
ma, por duas (2) horas consecutivas, durante o
ocorrer em dia não útil, a intimação será con-
período de expediente forense, os prazos pro-
siderada como realizada no primeiro dia útil se-
cessuais, cujo termo ocorra na data de indispo-
guinte.
nibilidade, serão automaticamente prorrogados
até o dia útil subsequente. - Ver artigo 5º, § 2º, da Lei Federal
11.419/2006 e artigo 17, § 4º, da Resolução
- Ver artigo 4º da Resolução 15/2010 OE
10/2007 OE TJPR.
TJPR.
2.21.4.4.1 – Na hipótese do CN 2.21.4.4, incum- 2.21.5.2.4 – As intimações serão expedidas em
birá ao Departamento de Tecnologia da Infor- meio físico e, desde que atinjam sua finalidade:
mação e Comunicação: I – aos usuários não cadastrados no sistema;
I – lançar notas informativas a respeito nas
II – se determinado pelo juiz, nos casos ur-
páginas do sistema PROJUDI e do TJPR;
gentes, em que a intimação por via eletrô-
II – cadastrar no sistema PROJUDI a data de nica possa causar prejuízo a quaisquer das
indisponibilidade para prorrogação dos pra- partes, ou nos casos em que for evidencia-
zos, cuja informação deverá ser armazena- da qualquer tentativa de burla ao sistema.
da no sistema e ficar disponível para consul-
ta dos magistrados.

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- Ver artigo 5º, § 5º, da Lei Federal cesso originário seja físico, serão digitalizadas,
11.419/2006 e artigo 17, §§ 1º e 6º, da Re- inseridas e cadastradas no sistema de processo
solução 10/2007 OE TJPR. eletrônico.
2.21.5.3 – Salvo nos processos criminais e infra- - Ver artigo 4º, § 2º, da Resolução 10/2007,
cionais, é autorizada a realização da citação pela alterada pela Resolução 03/2009 do OE
via eletrônica, desde que haja disponibilidade TJPR.
técnica e a íntegra dos autos esteja acessível ao - Ver Ofícios-Circulares 37/2012 e 40/2012.
citando.
2.21.7.2 – A carta precatória tramitará eletroni-
- Ver artigo 6º da Lei Federal 11.419/2006. camente até sua devolução, momento em que
a escrivania/secretaria, exportando o arquivo
SUBSEÇÃO 6 correspondente à deprecata, alternativamente:
ATOS E TERMOS DO PROCESSO I – após imprimi-la, deverá remetê-la ao juí-
zo deprecante, por via postal;
2.21.6.1 – É dispensada a lavratura e a inserção
de certidões, no processo virtual, quando a mo- II – após salvá-la em CD-Rom, deverá enviá-
vimentação processual indicar o ato praticado. -la ao juízo deprecante, por via postal, ou
Deverão, todavia, sempre ser assinadas pelas através de meio eletrônico de comunicação
partes, com posterior digitalização e inserção no oficial do Tribunal de Justiça do Paraná.
processo virtual: 2.21.7.3 – Em relação às cartas precatórias re-
I – petições de qualquer natureza, nas hipó- cebidas, a escrivania/secretaria tomará as provi-
teses em que a parte não for assistida por dências necessárias ao seu cumprimento, salvo
advogado; nas hipóteses que dependam da intervenção do
juiz.
II – recibos de retirada de alvarás;
2.21.7.4 – Recebidas as cartas precatórias para
III – recibos de citações e intimações prati- cumprimento, independente de determinação
cadas por meio físico. judicial, a escrivania/secretaria oficiará ao juízo
deprecante, comunicando o número de autu-
2.21.6.1.1 – Os termos de audiência, inseridos ação e outros dados importantes para o cum-
no sistema de processo eletrônico, deverão primento do ato como, por exemplo, a data da
sempre estar subscritos pelos presentes. audiência designada, a expedição de mandados,
- Ver artigos 169, § 2º, do CPC, 405, caput, etc.
do CPP e 81, §2º, da Lei 9.099/1995. - Ver CN 2.16.1.
2.21.6.2 – Os ofícios, mandados, cartas, cartas 2.21.7.5 – Sem prejuízo de outras disposições
precatórias, alvarás e demais documentos, ex- específicas, constantes do Código de Normas,
pedidos pelas escrivanias/secretarias, deverão competirá à escrivania/secretaria a prática dos
ser gerados nos respectivos processos eletrô- seguintes atos ordinatórios, nas cartas precató-
nicos, sendo dispensada a lavratura de certidão rias recebidas:
atestando sua expedição. I – responder ofícios encaminhados pelos
juízos de origem, dirigidos aos respectivos
SUBSEÇÃO 7 escrivães, com as informações solicitadas;
CARTAS PRECATÓRIAS RECEBIDAS EM
II – certificar a ausência de resposta aos ex-
MEIO FÍSICO pedientes encaminhados aos respectivos
2.21.7.1 – As cartas precatórias, recebidas em juízos deprecantes, quando expirar o prazo
meio físico de outros juízos, que não utilizem de trinta (30) dias ou outro lapso assinalado
sistema de processo eletrônico ou, cujo pro- pelo juiz;

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III – promover a devolução da carta preca- rias, tornar-se-ão responsáveis pelo seu teor e
tória, com as baixas na distribuição: andamento.
a) na hipótese do supracitado inciso II; 2.21.8.6 – Em relação às cartas precatórias ele-
b) após o cumprimento do ato deprecado; trônicas expedidas, competirá à escrivania/se-
cretaria, independente de determinação judi-
c) quando a carta precatória retornar com cial:
diligência negativa.
I – expedir comunicação dirigida ao escri-
SUBSEÇÃO 8 vão/secretário/diretor de secretaria, so-
licitando a devolução da carta precatória
CARTAS PRECATÓRIAS ELETRÔNICAS
devidamente cumprida, findo o prazo assi-
2.21.8.1 – A expedição de carta precatória, en- nalado para cumprimento ou, na ausência
tre unidades que utilizem o sistema PROJUDI no desse, após trinta (30) dias da expedição;
Estado do Paraná, far-se-á, obrigatoriamente, II – responder comunicações do juízo de-
por via eletrônica, com a utilização da ferramen- precado, instruindo com os respectivos do-
ta existente no sistema. cumentos, quando houver solicitação nesse
2.21.8.2 – A formação e assinatura da carta sentido;
precatória, em unidades que utilizem o sistema III – se a carta precatória for devolvida a car-
PROJUDI, será exclusivamente eletrônica, não tório, com diligência parcial ou totalmente
sendo admitida sua expedição e assinatura em infrutífera, a escrivania/secretaria intimará
meio físico. a parte interessada para dar atendimento
2.21.8.3 – Recebida a carta precatória, após a às diligências que dependam de sua mani-
anotação da distribuição, a escrivania/secreta- festação;
ria tomará as providências necessárias ao seu IV – no caso de cartas precatórias, com a
cumprimento, salvo nas hipóteses que depen- finalidade de inquirir testemunhas, assim
dam da intervenção do juiz. que recebida a comunicação de designação
2.21.8.3.1 – Aplicam-se, naquilo que for compa- de audiência, cientificar as partes da data
tível, as disposições do item 2.21.7.5. agendada.
2.21.8.3.2 – A carta precatória, caso itinerante 2.21.8.7 – Devolvida a carta precatória eletrôni-
ou encaminhada por equívoco, poderá ser re- ca ao juízo deprecante, esse selecionará os do-
metida a outra comarca. cumentos que devem ser juntados aos autos.
2.21.8.4 – O juízo deprecante terá acesso inte- SUBSEÇÃO 9
gral à movimentação da carta precatória no juí- DIGITALIZAÇÃO DOS
zo deprecado, cuja visualização dispensará a re-
quisição de informações sobre seu andamento. PROCESSOS FÍSICOS
2.21.8.4.1 – O juízo deprecado está dispensado 2.21.9.1 – É admissível a digitalização dos pro-
do cumprimento dos itens 2.16.1 e 2.21.7.4 do cessos físicos, em tramitação, que estejam ca-
Código de Normas. dastrados no Sistema de Numeração Única
(SNU) e sua inserção no sistema de processo
2.21.8.5 – As comunicações entre o juízo depre- eletrônico, com a observância dos itens 2.21.3.4
cante e o deprecado serão realizadas pela fer- e 2.21.3.5.
ramenta de comunicação existente no sistema,
evitando-se a expedição de ofícios. - Ver Resolução 15/2011 do Órgão Especial,
que deu nova redação ao § 1º do art. 4º da
2.21.8.5.1 – Os servidores, que expedirem e re- Resolução 10/2007.
ceberem as comunicações nas cartas precató-

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2.21.9.2 – A digitalização dos processos físicos V – arquivamento do processo físico, com
ocorrerá: as baixas necessárias.
I – a critério do magistrado, em qualquer 2.21.9.3.1 – É dispensada a intimação prévia
momento da tramitação do processo; das partes, sem assistência de advogado, nos
II – obrigatoriamente, quando da alteração processos cuja digitalização houver sido deter-
da fase do processo (p. ex., quando o pro- minada.
cesso atinge a fase de cumprimento de sen- 2.21.9.4 – Concluído o procedimento previsto
tença). no CN 2.21.9.3 pela escrivania/secretaria, ve-
- Ver Enunciado 129 do FONAJE. rificado que o procurador da parte não possui
- Ver artigos 8º, caput, e 12, caput, da Lei habilitação no sistema, será lançada certidão no
Federal 11.419/2006. processo eletrônico, promovendo-se conclusão
ao juiz de Direito, que poderá fixar prazo razoá-
2.21.9.2.1 – Em quaisquer das hipóteses dos in- vel para regularização.
cisos do item 2.21.9.2, será necessária delibera-
ção judicial. 2.21.9.4.1 – Nos processos em que houver mais
de um procurador constituído para a mesma
2.21.9.2.2 – A decisão que determinar a digi- parte, haverá somente o cadastramento daque-
talização dos processos físicos, nas hipóteses le que estiver habilitado no sistema.
obrigatórias, indicará, conforme o caso, os do-
cumentos necessários para a tramitação do pro- SUBSEÇÃO 10
cesso eletrônico. DISPOSIÇÕES FINAIS
- Por exemplo, nos casos de cumprimento
de sentença, não serão necessários todos 2.21.10.1 – As normas reguladoras dos sistemas
os documentos do processo, mas aqueles de transmissão de dados e imagens – fac-símile
indispensáveis ao seu trâmite (sentença, (fax) e peticionamento eletrônico (e-mail), –
trânsito em julgado, pedido de cumprimen- para a prática de atos processuais, não se apli-
to, cálculos). cam aos processos que tramitam eletronica-
mente.
2.21.9.3 – Após a determinação, nos autos físi-
cos, o procedimento de sua digitalização obser- 2.21.10.2 – Não será admitido o protocolo inte-
vará as seguintes etapas: grado para petições dirigidas aos processos que
I – intimação dos advogados constituídos tramitam eletronicamente.
por publicação no Diário da Justiça; 2.21.10.3 – Os serviços de protocolo não rece-
II – intimação pessoal do defensor público berão petições físicas relativas a processos ele-
ou dativo e do Ministério Público, quando trônicos.
atuarem nos autos; 2.21.10.4 – Na hipótese de materialização do
III – cadastramento dos autos, partes e pro- processo, cuja tramitação era em meio eletrô-
curadores, bem como a inserção dos arqui- nico, passarão a ser admitidas petições em meio
vos do processo físico no sistema eletrôni- físico.
co, que será realizado, exclusivamente, pela 2.21.10.4.1 – Na hipótese de retomada da tra-
escrivania/secretaria; mitação em meio eletrônico, não mais serão ad-
mitidas petições em meio físico.
IV – lançamento de certidão, nos autos físi-
cos, pela escrivania/ secretaria, atestando o SEÇÃO 22
cadastramento do processo eletrônico;
PRÉ-CADASTRO DE RECURSOS
- Seção criada pelo Provimento n. 231

922 www.acasadoconcurseiro.com.br
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2.22.1 – Todas as apelações cíveis e os reexames ticados; em caso contrário, registrar as co-
necessários dirigidos à apreciação do Tribunal municações recebidas dos órgãos e serviços
de Justiça, desde que recebidos no primeiro competentes;
grau de jurisdição, devem ser, previamente à re-
messa dos autos, pré-cadastrados pela serven- II – efetuar as averbações e os cancelamen-
tia ou secretaria. tos de sua competência;

2.22.2 – Para realizar o pré-cadastro, o escrivão III – expedir certidões de atos e documen-
ou o chefe de secretaria deve acessar a internet, tos que constem de seus registros e papéis.
mediante login e senha fornecidos pelo Depar- 3.1.2.1 – Nos feitos que devam tramitar em se-
tamento de Comunicação e Tecnologia da Infor- gredo de justiça será fornecida certidão somen-
mação, preenchendo os dados lá especificados. te quanto à existência da ação, a vara para a
2.22.3 – Cadastrado o recurso, o escrivão ou o qual foi distribuída, não sendo nela mencionada
chefe de secretaria deve salvar os dados e im- a natureza do feito, nem o nome da parte auto-
primir o espelho do pré-cadastro, juntando-o ra.
aos autos.
3.1.3 – Estão sujeitos à distribuição:
2.22.4 – Ao juiz a que subordinado o serventuá-
rio ou o servidor responsável pelo pré- cadastro I – os processos e atos pertencentes à com-
cabe a supervisão dos trabalhos, competindo- petência de dois ou mais juízes ou de dois
-lhe, de ofício, instaurar os procedimentos ad- ou mais escrivães ou serventuários;
ministrativos necessários a apuração de even- II – os títulos de créditos levados a protesto,
tual descumprimento, de tudo comunicando a nas comarcas onde haja dois ou mais ofícios
Corregedoria-Geral da Justiça. de protestos de títulos;
III – os atos pertinentes aos ofícios do re-
CAPÍTULO 3 gistro de títulos e documentos e de pesso-
OFÍCIO DISTRIBUIDOR, CONTADOR, as jurídicas, com exceção das notificações e
interpelações, que estão sujeitas somente a
PARTIDOR, DEPOSITÁRIO PÚBLICO E registro no distribuidor.
AVALIADOR
3.1.3.1 – As escrituras lavradas nos tabeliona-
SEÇÃO 01 tos de notas e serviços distritais, exceto procu-
rações e substabelecimentos, serão registradas
NORMAS GERAIS mediante relação apresentadas ao ofício distri-
3.1.1 – As normas gerais aludidas nesta seção buidor, observado o disposto na seção 9 deste
obedecerão, ainda, às contidas no capítulo 10, capítulo.
no que a elas forem atinentes.
3.1.3.2 – Salvo autorização judicial, o distribui-
3.1.2 – Aos oficiais de registro de distribuição dor somente fará o registro referido no subitem
compete privativamente: anterior se a relação for remetida dentro do
prazo de dez (10) dias, contados da lavratura.
- Ver art. 13 da Lei nº 8.935, de 18.11.1994,
que regula os serviços notariais e de regis- 3.1.3.3 – A relação a que alude o item 3.1.3.1
tro. deverá ser arquivada em pasta própria, indivi-
dualizada por serventia, sendo suas folhas nu-
- Ver art. 145 e 191 do CODJ.
meradas e rubricadas a medida que forem sen-
I – quando previamente exigida, proceder do arquivadas.
à distribuição eqüitativa pelos serviços da
3.1.4 – Estão sujeitos somente a registro os atos
mesma natureza, registrando os atos pra-
e processos pertencentes à competência de um

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só juiz, de um só escrivão ou de um só titular de desempregado e não dispõe de recurso para o
ofício de justiça do foro extrajudicial. pagamento das respectivas custas. Nesse caso,
o serventuário expedirá referida certidão com a
- Ver art. 13, inc. I, segunda parte, da Lei nº anotação da sua finalidade e da insuficiência de
8.935, de 18.11.1994. recurso.
- Ver art. 191 do CODJ. - Ver art. 2º e 3º da Lei nº 7.115, de 29 de
3.1.5 – Os atos de competência dos registrado- agosto de 1983.
res das pessoas naturais e dos registradores de - Redação dada pelo Provimento nº 63 – DJ
imóveis não estão sujeitos nem a registro nem a nº 6870 de 17/05/2005.
distribuição.
3.1.7 – É vedado ao distribuidor reter quaisquer
- Ver art. 12 da Lei nº 8.935, de 18.11.1994. processos e atos destinados à distribuição, a
3.1.6 – As custas devidas pelos atos dos distri- qual deve ser feita em ato contínuo e em ordem
buidores serão antecipadas. rigorosamente sucessiva, à proporção que lhe
forem apresentados.
3.1.6.1 – No caso da dispensa prevista no item
12.12.1.1, por parte do oficial de protesto, tam- 3.1.8 – Os atos e processos que não estiverem
bém será dispensada a antecipação das custas sujeitos à distribuição, por não pertencerem à
da distribuição, que serão pagas somente por competência de dois ou mais juízes ou de dois
ocasião da desistência, do cancelamento, ou do ou mais serventuários, serão, não obstante, pré-
pagamento. via e obrigatoriamente registrados pelo distri-
buidor nos livros previstos no item 3.2.1.
- Redação dada pelo Provimento n. 58.
3.1.9 – As petições e os feitos apresentados aos
- Item com aplicabilidade suspensa (art. 19, ofícios de distribuição serão protocolizados, re-
CPC/1973 e art. 82, CPC/2015). cebendo um número de ordem, que se observa-
3.1.6.2 – É inexigível o prévio pagamento de rá quando do sorteio.
custas e emolumentos quando da expedição de 3.1.9.1 – A distribuição, nas comarcas ou foros
certidões de antecedentes solicitadas por Advo- onde houver mais de uma vara com mesma
gados do Sistema Penitenciário, Advogados Da- competência, será efetuada por sorteio alea-
tivos e pelo Ministério Público, para a instrução tório e uniforme, sendo os feitos reunidos em
de processos criminais, devendo constar da cer- classes, conforme a sua natureza ou valor.
tidão esta última finalidade.
- Redação dada pelo Provimento nº 152.
- Ver Of. Circular nº 71/2003 da CGJ.
3.1.9.2 – Para que seja observada a eqüidade, o
3.1.6.2 – É inexigível o prévio pagamento de pedido de assistência judiciária gratuita consti-
custas e emolumentos quando da expedição tuirá classe autônoma.
de certidões de antecedentes solicitadas para a
instrução de processos criminais, devendo cons- 3.1.9.3 – Se o juiz deferir a assistência judiciária
tar da certidão esta última finalidade. gratuita depois da distribuição, a escrivania co-
municará ao distribuidor, para fins de compen-
- Redação alterada pelo Provimento n. sação.
250/2014, de 01 de abril de 2014.
3.1.10 – O sorteio será registrado em livros es-
3.1.6.3 – Deve ser expedida sem ônus a certi- peciais, compostos por folhas soltas, em núme-
dão negativa para o fim de obter colocação no ro de duzentas (200), numeradas e rubricadas, a
mercado de trabalho, mediante declaração, serem oportunamente encadernadas.
firmada pelo próprio interessado, de que está

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3.1.11 – A distribuição será feita diariamente 3.1.15.2 – No caso de petição inicial relativa à
em audiência pública às 17 horas, na presença matéria de família, deverá ser certificada a exis-
do juiz diretor do fórum, que mandará lavrar ata tência de distribuição precedente em relação às
resumida. mesmas partes, nestas compreendidas consor-
tes e filhos, independente da natureza.
3.1.12 – A distribuição poderá ser informatiza-
da, mediante autorização expressa da Correge- - Inserido pelo Provimento n. 143
doria-Geral da Justiça.
3.1.16 – Não serão distribuídas as petições ou
3.1.12.1 – No caso de distribuição informatiza- cartas precatórias desacompanhadas de com-
da, o distribuidor emitirá o relatório mensal re- provante de pagamento da taxa judiciária em fa-
gistrando o número de petições encaminhadas vor do FUNREJUS, quando for o caso, bem como
a cada uma das varas, com indicação da respec- as que não estiverem instruídas com procuração
tiva natureza e valor. da parte, salvo se esta for advogado e postular
em causa própria ou se o signatário protestar
3.1.12.2 – Uma via do relatório será arquivada por juntada oportuna.
na distribuição em pasta própria, outra encami-
nhada à Corregedoria-Geral da Justiça. A cada 3.1.16.1 – O fechamento da agência bancária
um dos juízes das respectivas varas será encami- não obstará a distribuição, devendo o respecti-
nhada uma via. vo comprovante de pagamento ser apresentado
no primeiro dia útil subseqüente.
3.1.12.2 – Uma via do relatório será arquivada
na distribuição, em pasta própria. A cada um 3.1.16.2 – Sem prejuízo da distribuição e/ou re-
dos juízes das respectivas varas será encami- gistro das petições iniciais, queixas-crime e car-
nhada uma via. tas precatórias, o distribuidor procederá a verifi-
cação quanto a regularidade do valor recolhido
- Redação alterada pelo Provimento n. 227 a título de Taxa Judiciária, lançando informação
3.1.13 – Nos assentamentos da distribuição no verso da primeira folha (CN, Modelo 28).
constarão dados suficientes à perfeita identifi- - Redação dada pelo Provimento n. 90
cação dos interessados, extraídos da petição e
documentos que a instruem, número do RG e - Ver art. 2º, letra "g" e art. 8º do Dec. nº
do CPF, inclusive as custas cobradas. 962, de 23.04.1932.
3.1.14 – Após o protocolo, nenhuma petição ou - Ver art. 3º da Lei Estadual nº 12.821/99.
feito será confiado a advogado ou a qualquer in-
teressado, até a sua entrega à vara competente. - Ver item 10 da Instrução nº 02/99 do Con-
O ato obedecerá ao disposto no item 3.1.11. selho Diretor do Fundo de Reequipamento
do Poder Judiciário – FUNREJUS.
3.1.15 – A reiteração ou a repetição de petição
inicial será remetida à mesma vara, ainda que - Ver CN 2.3.3.1, 2.3.3.2, 2.7.8.6, 2.7.8.7,
cancelada a distribuição anterior. 2.7.8.10 a 2.7.8.12.

3.1.15.1 – Em se tratando de petição inicial rela- 3.1.17 – Não dependem de despacho judicial
tiva a matéria de sucessão (notadamente inven- para "distribuição por dependência" a ação
tário, arrolamento e alvarás independentes de principal em relação à cautelar, a cautelar inci-
que trata o art. 1.037 do CPC), deverá ser certifi- dental, os embargos opostos pelo devedor e a
cada a existência de distribuição precedente em oposição.
relação ao mesmo espólio. - Ver art. 736, parágrafo único, do CPC
- Inserido pelo Provimento n. 132 - Redação alterada pelo Provimento n. 145

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3.1.17.1 – Nos demais casos, a distribuição por exijam mera anotação perante o distribuidor, a
dependência somente será realizada à vista de qual será cancelada.
despacho do juiz competente, que a determinar.
- Inserido pelo Provimento n. 145
3.1.17.2 – O distribuidor deverá fornecer infor-
mação verbal ao advogado ou interessado da 3.1.20 – As compensações obedecerão ao cri-
existência de ação para fins de distribuição por tério de sorteio e se realizarão mediante ato do
dependência. juiz diretor do fórum.

3.1.17.3 – Na área de família também poderão - Parcela deste item foi revogada pelo Provi-
ser distribuídas por dependência, independen- mento n. 229
temente de despacho, as petições dirigidas a ju- 3.1.21 – Em caso de urgência, a parte, ou seu
ízo prevento, devendo o oficial certificar o fato advogado, poderá requerer, por escrito, ao juiz
na própria petição e obter o visto do juiz de di- diretor do fórum, a distribuição extraordinária.
reito responsável pelo serviço de distribuição. Deferido o pedido, será convocado o distribui-
3.1.17.4 – Oferecida impugnação ao cumpri- dor para o ato.
mento de sentença, será ela anotada pelo dis- 3.1.22 – O encaminhamento dos autos a outros
tribuidor, independentemente de despacho, juízos ensejará compensação.
na ficha do processo, não impedindo o forneci-
mento de certidão negativa ao exeqüente. 3.1.23 – Deverão ser abertas pastas destina-
das ao arquivamento das comunicações dos
- Redação alterada pelo Provimento n. 145 notários e registradores da comarca, individu-
3.1.17.5 – Serão também anotados pelo distri- alizadas por serventia, obedecendo à ordem
buidor, na ficha do processo, os incidentes que cronológica, numeração das folhas e rubrica na
exijam autuação em separado, tais como as ex- medida em que forem sendo arquivadas, bem
ceções processuais, a impugnação ao valor da como demais determinações expressas neste
causa e a impugnação ao pedido de assistência Código de Normas.
judiciária gratuita. - Redação dada pelo Provimento n. 49
- Redação alterada pelo Provimento n. 145 - Ver Modelo 1 deste CN.
3.1.17.6 - - Ver CN 2.2.8 a 2.2.11.
– Excluído pelo Provimento n. 145 - Ver CN 10.3.1.4, 11.2.14.6, 12.2.15,
3.1.18 – Realizado o sorteio, o distribuidor, após 13.1.10 e 14.1.7.
registrar a distribuição em seus livros, encami- 3.1.24 – Utilizando-se sistema informatizado
nhará as petições e os feitos às respectivas varas de recebimento eletrônico de dados, na forma
mediante protocolo. dos itens 10.3.1.4, 11.2.14.6, 12.2.15, 13.1.10
3.1.19 – No cancelamento da distribuição por e 14.1.7 deste CN, deverá abrir pasta destinada
falta de preparo inicial, as petições ou feitos, ao arquivamento do ofício de comunicação en-
após realizado o ato, serão restituídos às varas tregue pelo notário e registrador da comarca.
respectivas. - Redação dada pelo Provimento n. 49
- Ver CN 5.2.3 3.1.24.1 – Aplica-se o disposto no CN 3.1.23
- Redação alterada pelo Provimento n. 145 quanto ao arquivamento dos ofícios de remessa
dos disquetes contendo as relações encaminha-
3.1.19.1 – O mesmo procedimento será adota- das por transmissão eletrônica de dados.
do em relação aos incidentes processuais que
- Redação dada pelo Provimento n. 49

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- Ver Modelo 1 deste CN. tribuição de feitos da Circunscrição Judiciária


Federal de Curitiba, na Rua Anita Garibaldi, 888
- Ver CN 2.2.8 a 2.2.11. – Bairro: Ahú – CEP: 80.540-180 – Curitiba / PR.
- Ver CN 10.3.1.4, 11.2.14.6, 12.2.15, - Redação dada pelo Provimento n 153
13.1.10 e 14.1.7
3.1.26.2 – As dúvidas quanto à possibilidade de
3.1.25 – As atribuições dos Distribuidores dos distribuição da causa no Ofício Distribuidor do
Foros da Comarca da Região Metropolitana cor- Foro em que tenha sido apresentada serão diri-
respondem à distribuição de feitos e atos que midas pelo Juiz Diretor do Fórum.
devam ter curso ou ser praticados no Foro res-
pectivo; - Redação dada pelo Provimento n. 153
- Redação dada pelo Provimento n. 152. 3.1.26.3 – Com a vigência da Resolução no.
07/2008 do Órgão Especial, as escrivanias cíveis
3.1.25.1 – Nos Foros da Comarca da Região dos Foros Regionais da Comarca da Região Me-
Metropolitana de Curitiba não serão recebidos tropolitana de Curitiba remeterão, no prazo de
para distribuição os atos e feitos que, não estan- dez (10) dias, ao Serviço de Distribuição de Fei-
do vinculados à respectiva circunscrição territo- tos da Circunscrição Judiciária Federal de Curiti-
rial, devam ser distribuídos em Ofício Distribui- ba (Rua Anita Garibaldi, 888 – Bairro: Ahú- CEP:
dor de Foro diverso. 80.540-180 – Curitiba / PR) todos os autos de
- Redação dada pelo Provimento n. 152 ações em curso ajuizadas com base no art. 109,
§ 3º, da Constituição Federal ou no art. 15 da Lei
3.1.25.2 – Consideram-se vinculativas à circuns- nº 5010/66.
crição territorial do Foro as situações de que
tratam os art. 94 a 100 do CPC. - Redação dada pelo Provimento n. 153

- Redação dada pelo Provimento n. 152 SEÇÃO 02


3.1.25.3 – Tratando-se de causa fundada em LIVROS E ESCRITURAÇÃO
contrato, considerar-se-á domicílio do réu, para 3.2.1 – São livros do distribuidor:
fim de distribuição, o constante deste, salvo se o
indicado na petição inicial estiver comprovado I – Distribuição Cível (Adendo 1-C);
por outro documento idôneo.
II – Distribuição de Execução Fiscal (Adendo
- Redação dada pelo Provimento n. 152 4-C);
3.1.25.4 – As dúvidas quanto à possibilidade de III – Distribuição de Cartas Precatórias, Ro-
distribuição da causa no Ofício Distribuidor do gatórias e de Ordem Cível (Adendo 3-C);
Foro em que tenha sido apresentada serão diri-
midas pelo Juiz Diretor do Fórum. IV – Distribuição Criminal (Adendo 2-C);

- Redação dada pelo Provimento n. 152 V – Distribuição de Cartas Precatórias, Ro-


gatórias e de Ordem Criminal (Adendo 3-C);
3.1.26 – Nos Foros da Comarca da Região Me-
tropolitana de Curitiba não serão recebidos VI – Distribuição de Família, Infância e Ju-
para distribuição os feitos a que se refere o art. ventude (Adendo 5-C);
15 da Lei 5.010/1966. VII – Distribuição Juizado Especial Cível
- Redação dada pelo Provimento nº 153. (Adendo 13-C);

3.1.26.1 – As partes e advogados serão instruí- VIII – Distribuição Juizado Especial Criminal
dos a proceder à distribuição no serviço de dis- (Adendo 14-C);

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IX – Distribuição de Escrituras (Adendo 6-C); dos no capítulo 2, seções 1 e 2, capítulo 10, no
a eles for atinentes e especificas deste capítulo.
X – Distribuição de Títulos de Crédito Leva-
dos a Protesto (Adendo 8-C); SEÇÃO 03
XI – Distribuição ao Registro de Títulos e Do- DISTRIBUIÇÃO CÍVEL
cumentos e de Pessoas Jurídicas (Adendo
9-C); 3.3.1 – A distribuição observará as normas esta-
belecidas nas seções anteriores.
XII – Protocolo de Devolução (Adendo 10-
C); 3.3.2 – Os arrolamentos e inventários serão dis-
tribuídos à vara em que se procedeu ao registro
XIII – Distribuição de Mandados ao Avalia- do testamento.
dor Judicial (Adendo 11-C);
- Ver CN 11.7.5.
XIV – Arquivo do Protocolo Judicial Integra-
do (Adendo 12-C). 3.3.3 – Serão averbados à margem da distribui-
ção a substituição e a sucessão das partes, a
XV – Distribuição Juizado Especial da Fazen- reconvenção, o litisconsórcio, a assistência e a
da Pública (Adendo 16-C). intervenção de terceiros.
- Incluído pelo Provimento n. 196 - Ver CN 5.2.5 e 5.2.5.1.
3.2.1.1 – Faculta-se a utilização dos livros alu- 3.3.3.1 – Na reconvenção, além da anotação à
didos nos incisos II, III, V e VI, nas comarcas de margem da distribuição anterior, nova se abrirá.
entrância inicial, bem como nas de entrância in-
termediária, quando o movimento justificar. 3.3.3.2 – Os embargos de terceiro receberão
distribuição autônoma e também serão anota-
3.2.2 – O livro Protocolo de Devolução destina- dos à margem da distribuição da ação ou da car-
-se ao registro da devolução dos autos, petições ta onde se efetivou a constrição embargada.
ou mandados às escrivanias, inclusive as relati-
vas ao Protocolo Judicial Integrado. SEÇÃO 04
- Ver CN 1.14.19. DISTRIBUIÇÃO CÍVEL NO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
3.2.3 – Na distribuição de mandados ao avalia-
dor no Foro Central da Comarca da Região Me- METROPOLITANA DE CURITIBA
tropolitana de Curitiba aplica-se o disposto na 3.4.1 – A distribuição entre as varas do Foro
seção 15 deste capítulo, no que se refere à dis- Central da Comarca da Região Metropolitana de
tribuição por sorteio. Curitiba fica a cargo do Serviço de Distribuição
por Sorteio, subordinado ao Gabinete do Corre-
3.2.4 – No caso de implantação do sistema de
gedor-Geral da Justiça.
computação, as folhas dos livros deverão ser
impressas semanalmente, sendo numeradas e 3.4.1.1 – A distribuição, realizada em audiência
rubricadas. supervisionada por juiz designado pelo Corre-
gedor-Geral da Justiça, obedecerá a sorteio e
3.2.4.1 – Eventuais espaços em branco resultan- igualdade.
tes da aplicação do item anterior serão inutili-
zados com a expressão "o restante desta folha 3.4.1.2 – Mediante autorização da Corregedo-
está em branco". ria-Geral da Justiça, a distribuição poderá ser
informatizada e ficar a cargo do distribuidor,
3.2.5 – Os livros aludidos nesta seção obedece- supervisionada por juiz designado pelo Correge-
rão aos mesmos critérios de escrituração conti- dor-Geral da Justiça.

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3.4.2 – O sorteio será público e diário, cabendo - Medidas Cautelares;


ao juiz supervisor designar, de acordo com as - Desapropriações;
necessidades, os horários reservados a cada ofí-
cio de distribuição. - Possessórias;
3.4.2.1 – Os distribuidores comparecerão com - Execuções de Título Extrajudicial;
antecedência necessária às dependências do - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciá-
Serviço de Distribuição por Sorteio. ria;
3.4.2.2 – No caso de urgência, a parte, ou seu - Usucapião;
advogado, poderá requerer, por escrito, ao juiz
supervisor, a distribuição extraordinária. Deferi- - Consignação em Pagamento;
do o pedido, será convocado o distribuidor para - Diversos (alvarás e feitos outros não espe-
o ato. cificados).
3.4.3 – Para o sorteio, as varas cíveis – especiali- c) Varas Criminais
zadas ou não – serão agrupadas de acordo com
II – Ao 2º Ofício de Distribuição:
a competência e os feitos reunidos em classes,
da seguinte forma: - Execução de Título Judicial e Extrajudicial;
I – Ao 1º Ofício de Distribuição: - Procedimentos Ordinários;
a) Varas de Família: - Procedimentos Sumários em Geral;
- Procedimentos Ordinários; - Procedimentos Sumários de Reparação de
Danos;
- Medidas Cautelares;
- Medidas Cautelares em Geral;
- Alimentos;
- Notificações, Protestos, Contraprotestos,
- Divórcio;
Interpelações;
- Separação;
- Procedimentos de Jurisdição Voluntária;
- Conversão de Separação em Divórcio;
- Procedimentos de Jurisdição Contenciosa;
- Anulação de Casamento;
- Busca e Apreensão (alienação fiduciária);
- Investigação de Paternidade;
- Possessórias;
- Existência ou Dissolução de União Estável;
- Despejo;
# Inciso alterado pelo Provimento 139.
- Inventários e Arrolamentos;
- Diversos (alvarás e outros feitos não-espe-
- Registros de Testamentos;
cificados);
- Cartas Precatórias.
b) Varas da Fazenda Pública, Falências e
Concordatas 3.4.3.1 – Mediante ato do Corregedor-Geral da
Justiça poderá ser alterada a classificação do
- Ação Popular;
item anterior.
- Ação Civil Pública;
3.4.4 – As petições distribuídas com o beneficio
- Mandados de Segurança; da assistência judiciária, serão agrupadas em
- Falências; classes, em separado, obedecido o critério do
item 3.4.3 deste CN.
- Concordatas;
- Seção revogada pelo Provimento n. 229
- Procedimentos Sumários;
- Procedimentos Ordinários;

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SEÇÃO 05 SEÇÃO 07
DISTRIBUIÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO CRIMINAL
CARTAS PRECATÓRIAS
3.7.1 – Nas comarcas de mais de uma vara com
3.5.1 – As deprecações dirigidas à comarca de- mesma competência criminal, os inquéritos po-
verão ser encaminhadas diretamente ao ofício liciais e demais feitos de natureza criminal estão
distribuidor, que providenciará a distribuição ou sujeitos à distribuição, conforme as normas es-
devolução, comunicando, no primeiro caso, ao tatuídas na seção 2 do capítulo 6 deste CN.
juízo deprecante, a qual vara ou escrivania foi 3.7.1.1 – Não havendo prevenção, os pedidos
remetida. cautelares (busca e apreensão, prisão preventi-
3.5.2 – No Foro Central da Comarca da Região va, prisão temporária, dentre outros) e bem as-
Metropolitana de Curitiba as cartas precatórias sim as comunicações de prisão em flagrante e
são levadas somente a registro no distribuidor habeas corpus serão distribuídos normalmente,
competente em relação à matéria, cível ou cri- feita a devida compensação por tipo de proce-
minal, por nela haver varas especializadas. dimento.

3.5.3 – Quando do registro da distribuição de 3.7.2 – As escrivanias criminais informarão ao


carta precatória averbar-se-á sua finalidade. ofício distribuidor o recebimento de denúncia
ou queixa; a inclusão na peça acusatória de pes-
3.5.4 – As cartas precatórias para cumprimento soa não-indiciada e a exclusão de indiciado da
nos juizados especiais cíveis e criminais são dis- denúncia; o aditamento da denúncia ou queixa;
tribuídas independentemente de custas, taxas a nova definição jurídica do fato; o trancamento
ou despesas. da ação penal; a declinação de competência; a
- Ver Lei nº 9.099, de 26.09.1995. sentença de pronúncia, impronúncia, absolvi-
ção sumária, condenação, absolvição, reabilita-
3.5.5 – Nas cartas precatórias criminais, antes ção, extinção da punibilidade ou pena, sempre
do seu encaminhamento à vara, o distribuidor com a indicação da data do trânsito em julga-
certificará os antecedentes do acusado. do. Caberá ao distribuidor, ainda, consignar no
campo "observação" a ocorrência e a data, bem
SEÇÃO 06 como as circunstâncias mencionadas nos itens
DISTRIBUIÇÃO DE EXECUTIVO FISCAL 6.15.1 e 6.15.2.

3.6.1 – Os executivos fiscais municipais e es- 3.7.2.1 – Dessa informação constarão, também,
taduais nas comarcas de mais de uma vara de se for o caso, o artigo de lei capitulado, a espé-
mesma competência, serão distribuídos seguin- cie e quantidade de pena aplicada e a circuns-
do os critérios estatuídos na seção 1 deste capí- tância de haver transitado em julgado, ou não,
tulo. a sentença, bem como a data desse trânsito em
julgado e, quando se tratar de queixa-crime, o
3.6.2 – No Foro Central da Comarca da Região valor recolhido da taxa judiciária.
Metropolitana de Curitiba, as execuções fiscais
- Redação dada pelo Provimento n. 49
do Município de Curitiba, as da Fazenda Pública
do Estado do Paraná e as das respectivas autar- - Ver art. 2º, letra "g", Dec. nº 962/32.
quias serão registradas no 1º Ofício do Distribui- - Ver art. 3º da Lei Estadual nº 12.821/99.
dor e distribuídas, mediante sorteio, entre as
Varas da Fazenda Pública. - Ver CN 2.3.3.1
- Ver CN 3.1.16.2
- Ver CN 6.15.2, inc. III.

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3.7.3 – Os inquéritos policiais e demais feitos VI – absolvição;


distribuídos por informatização receberão um
número de registro que os acompanhará em to- VII – impronúncia;
das as fases desenvolvidas na 1ª instância, sem VIII – condenação com suspensão condicio-
prejuízo da numeração própria da escrivania. nal da pena não-revogada;
- Ver CN 2.3.1 IX – reabilitação não-revogada;
3.7.4 – Se requerido, o distribuidor deverá infor- X – condenação à pena de multa, isolada-
mar a existência de prisão do indiciado, mesmo mente, ou à pena restritiva de direitos, não-
antes de receber o inquérito para distribuição, convertidas, observado o que dispõe o item
desde que tenha cadastrado a comunicação da 3.7.6.4;
prisão em flagrante.
XI – pedido de explicações em Juízo, inter-
3.7.5 – As certidões de antecedentes criminais pelação, justificação e peças informativas;
serão expedidas "para fins criminais" ou "para
efeitos civis". Cabe ao distribuidor consultar o XII – suspensão condicional do processo;
interessado sobre a finalidade da certidão, a fim
de expedir o documento adequado. XIII – transação criminal.
- Ver art. 163, § 2.º, e 202 da Lei nº 7.210,
- Ver Modelo 23 deste CN.
de 11.07.1984.
3.7.6 – Somente serão expedidas "para fins cri- - Ver art. 76, § 6º, da Lei nº 9.099, de
minais" as certidões de antecedentes requisita- 26.09.1995.
das por autoridade judiciária ou pelo Ministério
Público, ou ainda as requeridas pelo interessado 3.7.6.2 – As anotações constantes dos incisos IV,
ou pelo defensor do réu/acusado/indiciado que V, VI, VII e VIII serão omitidas somente depois
fizer prova do mandato, para instruir processo do trânsito em julgado da respectiva decisão.
ou pedido de benefício dirigido a autoridade
3.7.6.3 – No caso de revogação do sursis, da
judiciária criminal (fiança, liberdade provisória,
suspensão condicional do processo e da conver-
indulto etc.), caso em que serão observadas as
são da pena restritiva de direitos em privativa
disposições das seções 16 e 17 do capítulo 6
de liberdade, a certidão será positiva, pelo que
deste CN.
o fato deverá ser comunicado pelo juízo compe-
- Vide item 3.7.6.5 tente ao distribuidor.
- Vide item 3.7.6.5. 3.7.6.4 – A informação será positiva quando a
- Redação alterada pelo provimento nº 169. pena restritiva de direitos consistir na proibição
de habilitação ou autorização para conduzir ve-
3.7.6.1 – As certidões para outras finalidades ículos, aeronaves ou ofício que depende de ha-
serão expedidas "para efeitos civis" e delas não bilitação especial, de licença ou autorização do
constarão as anotações relativas a: poder público e a certidão se destinar a um des-
I – inqurito arquivado; ses fins específicos.
- Redação dada pelo Provimento n. 72
II – indiciado não-denunciado;
3.7.6.5 – Salvo quando requisitadas por auto-
III – não-recebimento de denúncia ou quei- ridade judiciária ou pelo Ministério Público, as
xa-crime; certidões "para fins criminais" referidas no su-
IV – trancamento da ação penal; bitem 3.7.6 somente serão expedidas a reque-
rimento escrito do próprio interessado, de seu
V – extinção da punibilidade ou da pena; advogado ou da pessoa por eles expressamen-

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te autorizada, do qual constarão a finalidade e acerca da prática de crime contra a economia
a qualificação completa do requerente. A cer- popular, a fé pública, a administração pública, o
tidão, que mencionará a existência do requeri- patrimônio público, o mercado financeiro, trá-
mento e a sua finalidade, deverá ser entregue fico de entorpecentes e crimes eleitorais (Lei
pessoalmente ao interessado ou pessoa autori- Complementar federal n.º 64, de 18 de maio de
zada, mediante recibo a ser firmado no verso do 1990, art. 1º, inc. I, alínea "e"), ressalvados os
requerimento, o qual será arquivado na serven- casos enumerados nos itens 3.7.6.1 e 3.7.6.2.
tia juntamente com cópia de seu documento de
identidade. Entende-se por interessado a pes- - Redação dada pelo Provimento n. 169
soa a quem os antecedentes se referem. 3.7.8.2 – As certidões de antecedentes criminais
- Redação alterada pelo Provimento n. 169 para o registro e porte de arma de fogo deverão
mencionar os processos penais com sentenças
3.7.6.6 – O distribuidor fornecerá certidão ne- condenatórias transitadas em julgado, os inqué-
gativa ao interessado contra quem se apontou ritos policiais e os processos criminais em anda-
indevidamente distribuição de homônimos. mento (Lei Federal n.º 10.826, de 22 de dezem-
Para tanto, o próprio distribuidor, sem qualquer bro de 2003), ressalvados os casos enumerados
ônus adicional para o interessado, obterá as in- nos itens 3.7.6.1 e 3.7.6.2.
formações necessárias nos órgãos de onde pro-
venham as anotações geradoras da homonímia. - Redação dada pelo Provimento n. 169

- Ver Of. Circular nº 22/99. SEÇÃO 08


DISTRIBUIÇÃO CRIMINAL NO FORO
3.7.7 – As certidões de distribuição de cartas
precatórias serão expedidas com a anotação CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
"nada consta" somente após a informação do METROPOLITANA DE CURITIBA
juízo deprecante, ou comprovação, pelo interes-
sado, da incidência das hipóteses previstas no 3.8.1 – As normas de distribuição de feitos cri-
item 3.7.5.2 deste CN. minais no Foro Central da comarca da Região
Metropolitana de Curitiba obedecerão às nor-
- Redação dada pelo Provimento n. 72 mas da seção anterior, além das específicas des-
ta seção.
3.7.8 – Poderão ser expedidas certidões de an-
tecedentes criminais para fins eleitorais e para o 3.8.2 – No Foro Central da Comarca da Região
registro e porte de arma de fogo, mediante re- Metropolitana de Curitiba, os inquéritos poli-
querimento escrito do interessado. A certidão, ciais e demais feitos de natureza criminal sujei-
que mencionará a existência do requerimento tos à distribuição serão diariamente cadastrados
e a sua finalidade, deverá ser entregue pesso- no ofício distribuidor competente, anotando-se
almente ao interessado ou pessoa autorizada, a espécie do feito, a qualificação das partes, a
mediante recibo a ser firmado no verso do re- discriminação do material apreendido, bem
querimento, o qual será arquivado na serventia como eventuais averbações relativas à distribui-
juntamente com cópia de seu documento de ção.
identidade. Entende-se por interessado a pes-
soa a quem os antecedentes se referem. 3.8.3 – Os inquéritos policiais e demais peças
informativas, bem como os procedimentos ins-
- Redação dada pelo Provimento n. 169 taurados a requerimento das partes para ins-
truir ação penal privada, serão remetidos pelas
3.7.8.1 – As certidões de antecedentes crimi-
Delegacias de Polícia ou pelo interessado ao
nais para fins eleitorais deverão conter referên-
ofício distribuidor competente que os registra-
cia aos processos penais com sentenças conde-
rá, fornecendo os antecedentes do indiciado ou
natórias transitadas em julgado, as distribuições
requerido.

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3.8.3.1 – Em seguida, tratando-se de procedi- SEÇÃO 09


mentos instaurados para instruir ação penal de DISTRIBUIÇÃO DE ESCRITURAS
competência das varas criminais não especiali-
zadas e das varas do Tribunal do Júri, os autos 3.9.1 – É livre a escolha do notário pelas partes.
serão encaminhados à Vara de Inquéritos Poli-
ciais. - Ver art. 191 do CODJ.

3.8.3.2 – Os feitos acima mencionados serão re- 3.9.1.2 – As escrituras lavradas nos serviços de
metidos pelo escrivão da Vara de Inquéritos ao notas, exceto procurações e substabelecimen-
ofício distribuidor competente, após o ofereci- tos, serão registradas mediante relação apre-
mento da denúncia ou queixa, independente- sentada ao ofício distribuidor da sede da comar-
mente de despacho judicial. ca.

3.8.3.3 – Quanto aos procedimentos instaura- - Ver art. 145 e 191, inc. I e II, do CODJ.
dos para instruir ação penal de competência das 3.9.2 – Os notários da sede e dos distritos judi-
varas de Delitos de Trânsito, após o registro pelo ciários encaminharão aos Serviços de Distribui-
ofício distribuidor os autos lhes serão encami- ção da respectiva comarca, no prazo de dez (10)
nhados. dias, a relação referida no item 3.9.1.2, na qual
3.8.4 – Após o oferecimento da denúncia ou informarão:
queixa, será realiza nova distribuição, por sor- I – número de ordem e data constante do
teio, dos feitos de competência das varas crimi- livro protocolo Geral;
nais não especializadas e das Varas do Tribunal
do Júri, respectivamente. Esses feitos, após a - Ver CN 10.3.1.4.
nova distribuição, serão encaminhados, diaria-
mente, com a respectiva listagem de remessa à - Redação dada pelo Provimento n. 157
Vara. II – nome, RG e CPF ou CNPJ dos interessa-
-Redação alterada pelo Provimento n. 181 dos;

3.8.4.1 – Nessa listagem constarão a natureza III – natureza do ato;


do feito, a sua origem, a infração, o nome das IV – valor base para cálculo do FUNREJUS;
partes, a qualificação do indiciado ou esclare-
cimentos pelos quais se possa identificá-lo, o V – valor do FUNREJUS recolhido;
nome da vítima ou da pessoa interessada e o
VI – livro e folhas em que foi lavrado o ato.
destino do feito.
- Ver CN 10.3.1.4.
3.8.5 – Os feitos de competência das Varas de
Delitos de Trânsito, da Vara de Auditoria Militar 3.9.2.1 – Cópia da relação será restituída ao
e da Vara de Precatórias Criminais serão somen- notário, com a data da entrega e recibo do dis-
te registrados no ofício distribuidor competente tribuidor, bem como aposição dos selos do FU-
e, após, encaminhados à respectiva vara, com a NARPEN referentes à distribuição dos atos.
listagem de remessa".
3.9.2.2 – O registro das escrituras pelo distri-
- Redação dada pelo Provimento n. 61 buidor, quando apresentada a relação fora do
prazo, só será feito mediante autorização do juiz
3.8.6 – O pedido de arquivamento desses feitos
corregedor do foro extrajudicial.
será apreciado pelo juiz da Vara de Inquéritos.
3.9.2.3 – A autorização a que alude o item ante-
3.8.6.1 – A Vara de Inquéritos Policiais informa-
rior será requerida pelo tabelião ao juiz correge-
rá ao distribuidor o arquivamento de inquérito
dor do foro extrajudicial, indicando as razões do
policial ou de outra medida requerida.

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atraso e, se for o caso, o nome do responsável cuja praça de pagamento não integre o territó-
pelo retardamento. rio da comarca.
3.9.3 – O distribuidor deverá registrar no li- 3.10.2 – Ao apresentante do título cabe infor-
vro próprio as comunicações referidas no item mar, com precisão, seu endereço, número do
3.9.2. CPF ou CNPJ, bem como o endereço do devedor
ou a circunstância de encontrar-se este em lugar
3.9.4 – O distribuidor informará ao Juiz de Di- ignorado, incerto ou inacessível.
reito Corregedor do Foro Extrajudicial a insufi-
ciência do valor recolhido em face da base de 3.10.3 – Ao apresentante será entregue recibo
cálculo do FUNREJUS, sem prejuízo do registro com as características do título ou documento
em livro das relações a que alude o item 3.9.2 de dívida, sendo de sua responsabilidade os da-
deste CN. dos fornecidos.
- Ver item 10 da Instrução Normativa nº - Ver art. 15, § 2º, da Lei nº 9.492, de
02/99 do Conselho Diretor do Fundo de Re- 10.09.1997.
equipamento do Poder Judiciário – FUNRE- - Ver modelo 19 deste CN.
JUS.
3.10.3.1 – O recibo deve conter, em destaque,
- Ver CN 2.7.8.7. a advertência de que a apresentação desse do-
- Ver CN 3.9.2. cumento, perante o registrador de protesto, é
obrigatória para o recebimento do crédito ou
3.9.5 – No Foro Central da Comarca da Região para a retirada do título.
Metropolitana de Curitiba e na Comarca de
Londrina o registro na distribuição será feito, 3.10.3.2 – O recibo pode constituir-se de foto-
respectivamente, em conformidade com os art. cópia do título, autenticada pelo distribuidor ou
233 e 234 do CODJ. pelo registrador de protesto.
3.10.4 – Não estão sujeitos a nova distribuição
SEÇÃO 10 os títulos cujo protesto tenha sido sustado por
DISTRIBUIÇÃO DE TÍTULOS DE ordem judicial ou evitado pelo devedor por mo-
CRÉDITO LEVADOS A PROTESTO tivo legal (aceite ou aceite e devolução do títu-
- Redação dada pelo Provimento nº 04/99. lo).
3.10.4.1 – Os títulos e documentos de dívida
3.10.1 – Os títulos e documentos de dívida
reapresentados estarão sujeitos a novo registro
destinados a protesto estarão sujeitos à prévia
ou nova distribuição.
distribuição obrigatória nas localidades onde
houver mais de um tabelionato de protesto de 3.10.5 – Não será distribuído o título a que falte
títulos. requisito formal exigido para o protesto.
- Ver art. 191 do CODJ. 3.10.6 – Os títulos e documentos de dívida se-
3.10.1.1 – Nas comarcas onde houver somente rão recepcionados, distribuídos e entregues, na
um tabelionato de protesto de títulos, os títulos mesma data, ao tabelionato de protesto.
e documentos de dívida destinados a protesto 3.10.7 – Poderão ser recepcionadas as indica-
estarão sujeitos ao prévio registro no ofício dis- ções a protesto de duplicatas mercantis, por
tribuidor. meio magnético ou de gravação eletrônica de
- Ver art. 13, inc. I, da Lei n° 8935/94. dados, sendo de inteira responsabilidade do
apresentante os dados fornecidos, ficando a
3.10.1.2 – É vedado ao oficial registrar ou distri- cargo dos tabelionatos a mera instrumentaliza-
buir títulos de crédito ou documentos de dívida ção.

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3.10.7.1 – Nesse caso deverá o distribuidor pro- 3.10.13 – Se for conveniente ao serviço e ha-
ceder à leitura dos dados, com posterior regis- vendo ajuste prévio, o tabelião poderá manter
tro no livro próprio. junto ao ofício de distribuição, sob sua respon-
sabilidade, funcionário autorizado para o rece-
3.10.7.2 – O distribuidor poderá fazer, pelo mes- bimento dos títulos e cobrança dos emolumen-
mo modo, a entrega dos dados recebidos ao re- tos.
gistrador de protesto.
- Ver CN 12.2.3.
3.10.8 – Não serão distribuídos, para protesto,
os cheques furtados, roubados, extraviados ou 3.10.14 – Dar-se-á a baixa da distribuição:
sem confirmação do recebimento do taloná- - Ver art. 13, inc. II, da Lei nº 8.935, de
rio pelo correntista, devolvidos pelo banco sa- 18.11.1994.
cado com fundamento na alínea "B", números
20, 25, 28, 29 e 30 das Circulares nº 2.655/96 e I – por ordem judicial:
3.050/2001 do BACEN, salvo no caso de aval ou II – mediante a comunicação formal do ta-
endosso. belionato de protesto de títulos, de que tra-
- Ver CN 12.2.5.1. ta o CN 12.2.15;

3.10.8.1 – Existindo aval ou endosso, não deve- III – mediante requerimento do interessado
rão constar do assentamento o nome do titu- ou de seu procurador com poderes especí-
lar da conta corrente, o número do seu CPF ou ficos dirigido ao distribuidor, comprovando
CNPJ, anotando, no campo próprio, que o emi- por certidão o cancelamento ou a anulação
tente é desconhecido. do protesto.

3.10.9 – As distribuições serão relacionadas em 3.10.14.1 – Efetuada a baixa, é permitido o for-


livro próprio, com estrita observância da se- necimento de certidão negativa, mas só será
qüência de cada ato. certificada a ocorrência da distribuição por de-
terminação judicial ou a requerimento do deve-
3.10.10 – Após relacionada a última distribuição dor.
do dia, será lavrado o termo de encerramento,
consignando o número de atos distribuídos/re- 3.10.14.2 – O distribuidor deverá efetuar as
gistrados. baixas das distribuições e expedir as correspon-
dentes certidões no prazo máximo de cinco (05)
3.10.11 – A distribuição será eqüitativa, em nú- dias úteis.
mero e valores.
3.10.14.3 – Será averbada à margem do respec-
3.10.11.1 – Não sendo possível observar a rigo- tivo registro/distribuição a comunicação, pelo
rosa distribuição eqüitativa, no dia útil imediato Tabelião de Protesto, dos títulos pagos ou retira-
far-se-á a compensação. dos pelo apresentante antes de protestado.
3.10.11.2 – Para os fins do CN 3.10.11, o distri- 3.10.14.4 – Aplica-se o disposto no item 3.9.4
buidor encaminhará diariamente, nas comarcas deste CN quando o distribuidor verificar que o
onde houver mais de um tabelionato de protes- valor informado como pago é insuficiente quan-
to de títulos, relação de todos os títulos e docu- to ao valor devido ao FUNREJUS.
mentos de dívidas distribuídos.
- Ver Lei Estadual nº 12.821, de 27.12.1999.
- Ver CN 12.2.16.
- Ver art. 3º da Lei Estadual nº 12.216/98,
3.10.12 – A distribuição será feita no mesmo dia cuja redação foi alterada pela Lei Estadual
da apresentação do título ou, sendo impossível, nº 12.604/99.
no dia útil imediato.

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- Ver item 10 da Instrução Normativa nº buidor, mediante o envio de relação por parte
02/99 do Conselho Diretor do Fundo de Re- do registrador, a cada período de dez dias.
equipamento do Poder Judiciário – FUNRE-
JUS. 3.11.4 – A comunicação a que alude o item
3.11.3 deverá ser realizada por meio de trans-
- Ver CN 2.7.8.7. missão eletrônica de dados ou, caso a serventia
- Ver CN 3.9.2. não esteja informatizada, de relatórios em que
constem todos os dados necessários ao fiel re-
- Ver Seção 10 do Capítulo 12 deste CN. gistro do ato, tais como:
3.10.15 – As certidões fornecidas pelo distribui- I – tipo do documento;
dor, atinentes aos títulos levados a protesto, de-
vem seguir as determinações contidas na seção II – nome e qualificação do apresentante;
10, do capítulo 12 deste CN.
III – nome e qualificação das partes;
SEÇÃO 11 IV – data da apresentação e do protocolo;
DISTRIBUIÇÃO DE TÍTULOS E
DOCUMENTOS E DO REGISTRO CIVIL V – valor do documento;
DE PESSOAS JURÍDICAS VII – valor recolhido ao FUNREJUS.

- Ver art. 12 da Lei n° 8935/94. 3.11.5 – O distribuidor terá 24 (vinte e quatro)


horas para registrar os atos a ele encaminhados,
- Ver art. 191, inc III, do CODJ. contados da data de seu recebimento.
3.11.1 – Nas comarcas onde houver dois ou 3.11.6 – Quando do cumprimento do item
mais ofícios de títulos e documentos e de pes- 3.11.4, o oficial do registro fica obrigado a re-
soas jurídicas, o ofício do distribuidor procederá meter, ao distribuidor, ofício constando o núme-
à distribuição eqüitativa dos títulos e documen- ro inicial e final do livro Protocolo, no período
tos em número e valores. abrangido pela comunicação.
3.11.1.2 – É lícito às partes encaminhar as noti- 3.11.6.1 – O distribuidor efetuará o levantamen-
ficações e interpelações diretamente aos ofícios to do que lhe foi apresentado pelos oficiais para
registradores de sua escolha, independente- registro, juntamente com as distribuições reali-
mente de haver dois ou mais ofícios na comar- zadas nos termos do item 3.11.1, e remeterá à
ca. corregedoria do foro extrajudicial relatório cir-
3.11.1.3 – Na hipótese do item anterior, não ha- cunstanciado espelhando todos os atos pratica-
verá compensação entre os ofícios, os quais de- dos na comarca, até o dia dez (10) de cada mês.
verão comunicar o fato ao distribuidor, para fins Os relatórios mensais servirão de base para as
de registro, no prazo máximo de quarenta e oito inspeções e correições da Corregedoria-Geral
(48) horas, a contar do protocolo. da Justiça.

3.11.2 – Os aditivos, alterações, averbações e 3.11.6.2 – O descumprimento do contido nos


anexos serão registrados previamente no distri- itens anteriores importará em responsabilidade
buidor e encaminhados aos ofícios de pessoas do oficial, nos termos da legislação vigente.
jurídicas nos quais tenham sido feitos os regis- 3.11.7 – O registro será feito no livro de distri-
tros originais, não sendo objeto de compensa- buições independentemente de serem ou não
ção. os atos distribuídos previamente.
3.11.3 – Nas comarcas de ofício único, os títulos 3.11.8 – Será cancelada a distribuição do título
e documentos estão sujeitos a registro no distri- ou documento que permanecer na serventia

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durante trinta (30) dias sem impulso do interes- percentual que ela representava por ocasião do
sado. depósito inicial. O valor da causa será atualizado
monetariamente por ocasião da realização da
3.11.8.1 – Verificada a hipótese prevista no item conta.
anterior, o oficial solicitará o cancelamento da
distribuição ou registro. O distribuidor realizará, 3.12.3 – No demonstrativo das contas o conta-
então, a respectiva averbação e posterior com- dor deverá elaborar o cálculo de modo claro,
pensação, observado o disposto no item 3.11.4 discriminando os índices de atualização utili-
e devolverá à serventia de origem. zados, assim como os percentuais de juros e a
forma pela qual foram aplicados, e ainda adicio-
3.11.9 – O distribuidor, no Foro Central da Co- nando, se necessário, notas explicativas quanto
marca da Região Metropolitana de Curitiba, ao cálculo elaborado.
manterá serviço de atendimento telefônico gra-
tuito para informação pública dos atos distribu- 3.12.4 – Quando as partes transigirem, o valor
ídos. das custas deverá ser calculado sobre o valor
do acordo celebrado e não sobre o valor dado
3.11.10 – Na ausência de arrecadação do valor à causa.
devido ao FUNREJUS, o distribuidor procederá
na forma do disposto no item 3.9.4.1. - Ver CN 2.7.2.1 e 5.2.3.3.
- Redação dada pelo Provimento nº 49. - Ver Instrução nº 03/98.
- Ver Adendo 9-C deste CN.
SEÇÃO 13
- Ver Seções 1 dos Capítulos 13 e 14 deste NORMAS DE PROCEDIMENTO
CN.
DO PARTIDOR
SEÇÃO 12
3.13.1 – Incumbe ao partidor organizar esbo-
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO ços de partilha e sobrepartilha de acordo com o
CONTADOR pronunciamento judicial que as houver delibe-
rado e o disposto na legislação processual.
3.12.1 – Incumbe ao contador:
3.13.2 – Quando do esboço constar a partilha
I – contar as custas, a taxa judiciária e de- de bem em comum a mais de uma pessoa, será
mais despesas processuais, em todos os fei- registrada a fração ideal do todo e o respectivo
tos; valor.
• Redação dada pelo Provimento nº 49.
SEÇÃO 14
• Ver Dec. nº 962, de 23.04.1932. NORMAS DE PROCEDIMENTO DO
• Ver Lei Estadual nº 12.821, de 27.12.1999. DEPOSITÁRIO PÚBLICO
II – elaborar os cálculos, atualizando-os pe- 3.14.1 – Incumbe ao depositário público ter sob
los índices oficiais; sua guarda, mediante registro, com obrigação
de restituir, os bens corpóreos que lhe tenham
III – calcular os impostos de transmissão a sido judicialmente confiados.
título de morte e por ato entre vivos.
3.14.1.1 – Ao receber o bem, o depositário pú-
- Ver Lei Estadual nº 8.927, de 28.12.1988, blico deverá identificá-lo, por meio de etique-
sobre imposto causa mortis. ta, constando o número do registro, dos autos,
3.12.2 – Na contagem e atualização das custas vara, nome das partes e a data do recebimento.
será deduzida a quantia inicialmente paga, pelo

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3.14.2 – O depositário público não poderá recu- da tabela XVI, do Regimento de Custas (Dos
sar-se ao recebimento dos depósitos, salvo: Depositários Públicos), quando efetivamen-
te estiver mantendo a guarda do bem imóvel,
I – de gêneros deteriorados ou em começo comprovando ao juiz ter recebido as chaves do
de deterioração; de animais ferozes ou do- imóvel ou mediante outro fato que comprove a
entes; de explosivos e inflamáveis; de subs- imissão na posse do bem penhorado, arrestado,
tâncias tóxicas ou corrosivas; seqüestrado etc.
II – quando o valor do bem não cobrir as 3.14.4.5 – Se o imóvel estiver na posse do de-
despesas com o depósito; vedor ou de terceiro, o depositário público não
III – de móveis e semoventes, quando não fará jus ao recebimento das custas previstas no
possam ser acomodados com segurança no item VIII, "b", mas tão- somente as do inciso II,
depósito, mediante prévia consulta ao juiz. do Regimento de Custas.

3.14.3 – Quando a constrição recair sobre imó- 3.14.4.6 – Os oficiais de justiça deverão certi-
vel ou terminal telefônico, o oficial de justiça ficar nos autos o motivo da recusa do devedor
deixará como depositário o próprio devedor ou em ficar na posse desses bens.
o diretor da companhia telefônica. 3.14.5 – O depositário público deverá manter os
3.14.4 – Todos os bens que ficarem sob a guarda bens em local adequado, com amplas condições
do depositário público e particular serão regis- de segurança e higiene, devendo o local ser vis-
trados no livro de Registro de Penhora, Arresto, toriado pelo juiz, por ocasião das inspeções cor-
Seqüestro e Depósitos, competindo ao oficial de reicionais.
justiça, para essa finalidade, entregar cópia do - Ver capítulo 1, seção 3 deste CN.
auto de penhora ao depositário público.
3.14.6 – Quando os bens depositados forem de
3.14.4.1 – Pelo simples registro, no caso de fácil deterioração, estiverem avariados ou exi-
guarda de bens móveis ou semoventes, com o girem grandes despesas para sua guarda, o de-
depositário particular, o depositário público não positário comunicará o fato ao juiz competente,
terá direito a perceber custas. para fins de alienação judicial antecipada.
3.14.4.2 – Na hipótese de haver constrição an- 3.14.6.1 – Para os fins do CN 13.14.6, o avalia-
terior sobre o mesmo bem, o depositário públi- dor encaminhará semestralmente ao magistra-
co certificará especificamente a ocorrência no do a relação dos bens passíveis de alienação ju-
registro e no auto de todas as constrições, com dicial antecipada.
a correspondente comunicação ao juízo.
3.14.7 – Os bens deteriorados, imprestáveis ou
3.14.4.3 – O depositário público cobrará as cus- destituídos de qualquer valor serão incinera-
tas previstas no item II, da tabela XVI, do Regi- dos na presença do juiz, do depositário público
mento de Custas (Dos Depositários Públicos) e dos interessados, ou doados à instituições de
– e somente essas – quando registrar no livro caridade, lavrando-se termo do ocorrido.
de Registro de Penhora, Arresto, Seqüestro e
Depósitos, o depósito do bem imóvel, mas per- 3.14.8 – A incineração será precedida de:
manecer o imóvel na guarda do devedor ou de
outra pessoa. I – relação dos bens, elaborada pelo deposi-
tário, com a menção dos processos em que
- Redação dada pela Instrução n. 04/98 ocorreu o depósito;
3.14.4.4 – O depositário público cobrará cumu- II – intimação dos procuradores das partes,
lativamente as custas mencionadas no subitem para manifestação;
anterior com as previstas no item VIII, letra "b",

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III – inspeção efetuada diretamente pelo 3.15.3 – O mandado de avaliação será cumpri-
juiz; do no prazo de dez (10) dias. Não sendo possível
o cumprimento no prazo ou sendo necessário
IV – ordem judicial, com designação de dia, maior prazo, o avaliador deverá solicitar a dila-
hora e local; ção por escrito ao juiz.
V – publicação de edital, afixado somente 3.15.3.1 – No mandado cumprido fora do prazo,
no átrio do fórum e de intimação dos procu- deverá o avaliador justificar o motivo da demo-
radores das partes. ra e a inobservância ao item 3.15.3.
SEÇÃO 15 3.15.4 – O laudo de avaliação descreverá por-
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO menorizadamente o bem avaliado, enunciando
AVALIADOR as suas características e o estado em que se en-
contra, bem como os critérios utilizados para a
3.15.1 – Incumbe ao avaliador realizar somente avaliação e as indicações de pesquisas de mer-
as avaliações decorrentes de determinação ju- cado efetuadas.
dicial.
3.15.4.1 – Quando o bem avaliado estiver acres-
3.15.1.1 – As custas dos avaliadores judiciais, cido de benfeitorias, estas também serão des-
bem como, quando houver, as custas de sua critas minuciosamente e constarão de avaliação
condução, serão recolhidas por Guia de Reco- especificada.
lhimento de Custas – GRC, após informado pelo
3.15.5 – O valor do bem corresponderá ao do
avaliador o valor a ser depositado.
valor de mercado na data do laudo, devendo
3.15.1.2 – Em nenhuma hipótese o pagamento ser expresso em moeda corrente; quando exis-
será feito diretamente ao avaliador. tente, também pela quantidade do indexador
aplicado para atualização monetária das contas
3.15.2 – Nas comarcas em que houver mais de judiciais.
um avaliador, a distribuição dos mandados de
avaliação obedecerá aos critérios estatuídos 3.15.6 – Na reavaliação, o avaliador, além de
para a distribuição de petições e feitos em geral, enunciar o resultado da nova avaliação, men-
mediante sorteio supervisionado pela direção cionará o valor corrigido da avaliação anterior
do fórum. e dará as razões de com ele coincidir ou não o
novo valor.
3.15.2.1 – No Foro Central da Comarca da Re-
gião Metropolitana de Curitiba, a distribuição 3.15.7 – Na hipótese de avaliação de bens situ-
será feita pelo Serviço de Distribuição por Sor- ados em outra comarca feita por conhecimento
teio, com registro em livro próprio. do avaliador, é vedada a cobrança das despesas
referentes a diligência e condução.
- Item revogado pelo Provimento n. 229
- Ver Of. Circular nº 20/87.
3.15.2.2 – Nas comarcas de menor movimen-
to forense ou havendo somente um avaliador, - Ver art. 1.006 do CPC.
a critério do juiz, será dispensável a expedição
3.15.8 – No caso de avaliação de jóias, sendo ne-
de mandado, efetuando- se a carga dos próprios
cessário, deverá o avaliador valer-se do auxílio
autos do processo, em livro próprio.
de ourives, a fim de que se descreva, no laudo
3.15.2.3 – Havendo necessidade de mais de respectivo, as características técnicas, inclusive
uma avaliação no mesmo processo, o mandado seus componentes, como forma de possibilitar-
será entregue ao avaliador que realizou a pri- -se a perfeita identificação da jóia em caso de
meira delas, salvo impugnação das partes aco- renovação da avaliação e de seus componentes,
lhida pelo magistrado. bem como a eventual substituição destes.

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- Ver Of. Circular nº 20/87. IX – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
(Adendo 7-G);
3.15.9 – Em não havendo possibilidade técnica
para proceder à avaliação, o avaliador informará X – Arquivo de Guia de Recolhimento de
ao juiz, para fins de nomeação de perito, sendo Custas – GRC (Adendo 10-G).
o caso.
4.1.2 – Na escrituração dos livros e procedimen-
3.15.10 – Nas hipóteses de atualização de ava- tos da escrivania serão observadas as normas
liação ou de nova avaliação, ressalvado o caso gerais contidas no capítulo 2, bem como as nor-
em que nova avaliação se deva a erro cometido mas específicas relativas ao ofício cível, contidas
pelo avaliador na primeira, o avaliador terá di- no capítulo 5 deste CN.
reito às custas normais do ato.
4.1.3 – Estando anexada à escrivania cível, po-
3.15.11 – No caso de avaliação de frações ou derão ser usados para os atos de escrituração os
partes ideais de bens, deverá constar do man- livros comuns a ambos os ofícios.
dado a descrição da integralidade do bem, as-
sim como qual a fração ou parte ideal a ser ava- 4.1.3.1 – Funcionando em anexo ao ofício cri-
liada. minal ou da infância e juventude poderão ser
utilizados para escrituração comum os livros de
CAPÍTULO 4 Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e de
OFÍCIO DA FAMÍLIA, REGISTROS Ordem, Carga de Autos – Juiz, Carga de Autos
– Promotor de Justiça, Carga de Autos – Advoga-
PÚBLICOS E CORREGEDORIA DO dos, Carga de Autos – Contador, Carga de Man-
FORO EXTRAJUDICIAL dados – Oficiais de Justiça.

SEÇÃO 01 4.1.4 – As escrivanias poderão abrir outros li-


vros, além dos obrigatórios, desde que o movi-
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO mento forense justifique tal providência.
OFÍCIO DA FAMÍLIA
4.1.5 – Revogado pelo Provimento n° 104.
4.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias de
família: 4.1.6 – O registro de cartas precatórias, rogató-
rias ou de ordem não será repetido no Registro
I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-G); Geral de Feitos.
II – Registro de Cartas Precatórias, Rogató- 4.1.7 – O registro de sentenças será efetuado
rias e de Ordem (Adendo 2-G); por meio de fotocópias ou cópias impressas ou
datilografadas, evitando-se o registro por tras-
III – Registro de Sentenças (Adendo 8-G);
lado.
Revogado pelo Provimento nº 216.
• Ver CN 2.2.13.
IV – Registro de Depósitos (Adendo 9-G);
- Revogado pelo Provimento n. 216
V – Carga de Autos – Juiz (Adendo 3-G);
4.1.8 – O escrivão colherá o visto mensal do juiz
VI – Carga de Autos – Promotor de Justiça no livro de Registro de Depósitos, desde que
(Adendo 4-G); exista algum lançamento.
VII – Carga de Autos – Advogado (Adendo 4.1.9 – As portarias deverão ser registradas no
5-G); livro de Registro de Portarias da direção do fó-
VIII – Carga de Autos – Contador e Avaliador rum.
(Adendo 6-G); • Ver CN 1.6.1, inc. VI.

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- Revogado pelo Provimento n. 227 - Ver CN 2.6.7.1.


4.1.9.1 – Nas comarcas em que a secretaria for 4.1.13 – As sentenças de separação judicial e de
instalada em prédio autônomo poderá ser aber- divórcio, relativas a casamentos realizados em
to livro próprio para o registro de portarias. comarca diversa, serão inscritas, antes da expe-
• Ver CN 1.6.1.1. dição do mandado de averbação, no livro "E" do
registro civil da sede da comarca.
- Revogado pelo Provimento n. 227
• Ver CN 15.1.1.2.
4.1.10 – Salvo manifestação em contrário, os • Ver art. 33, parágrafo único da LRP.
editais serão expedidos por extrato, contendo
os requisitos obrigatórios, além de cabeçalho • Ver art. 32 da Lei nº 6.515, de 26.12.1977.
destacado com a finalidade do ato (citação, inti- - item foi revogado pelo Provimento n. 226
mação) e o nome do seu destinatário. de 24 de abril de 2012.
- Ver Of. Circular nº 41/94 – sobre modelos 4.1.13.1 – Do mandado de averbação constará
de editais. também o número de ordem, número do livro e
- Ver CN 5.4.3. folhas em que foi inscrita a sentença.

4.1.10.1 – Nos editais de citação e naqueles 4.1.14 – A modificação do regime de bens do


para conhecimento de terceiros, o teor do seu casamento ocorrerá a pedido motivado de am-
resumo será solicitado à parte interessada. Não bos os cônjuges, em procedimento de jurisdição
sendo fornecido em prazo razoável, serão expe- voluntária e com a participação do Ministério
didos com a transcrição integral da petição ini- Público, devendo o juiz competente determinar
cial, depois de consultado o juiz. a publicação de edital com prazo de trinta (30)
dias, a fim de imprimir publicidade à mudança,
4.1.10.2 – Nos demais editais, compete à escri- visando resguardar direitos de terceiros.
vania redigi-los de forma sucinta.
4.1.14.1 – Diante da cautela que a hipótese exi-
4.1.10.3 – Os editais extraídos de processos que ge, poderá o magistrado determinar seja o pe-
tramitam em segredo de justiça conterão so- dido instruído com certidões negativas fiscais,
mente o indispensável à finalidade do ato. O re- do INSS e dos Tabelionatos de Protestos e dos
lato da matéria de fato, se necessário, será feito Cartórios Distribuidores do local do domicílio e
com terminologia concisa e adequada, evitan- da residência dos cônjuges.
do-se expor a intimidade das partes envolvidas
ou de terceiros. 4.1.14.2 – Transitada em julgado a sentença e
independentemente de determinação judicial,
- Ver art. 155, do CPC. a escrivania expedirá mandados de averbação
4.1.11 – A expedição de ofício em ação de ali- aos Ofícios de Registro Civil e de Imóveis, e, caso
mentos, para fins de descontos em folha de pa- qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Ser-
gamento, deverá conter a qualificação comple- viço de Registro Civil das Pessoas Jurídicas e à
ta do devedor, inclusive com o número do RG e Junta Comercial.
CPF, se possível. 4.1.14.3 – A modificação do regime de bens
- Ver art. 4º da Lei nº 5.478/68. será da competência da Vara de Família da res-
pectiva comarca onde se processar a mudança.
4.1.12 – No caso de depósitos de valores devi-
dos a título de alimentos, o montante das cus- - Redação dada pelo Provimento n. 67 – DJ
tas contadas somente poderá ser deduzido se o nº 6881 de 02/06/2005.
valor devido a este título compuser o depósito.

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4.1.15 – Aplicam-se as normas pertinentes aos –Promotor de Justiça, Carga de Autos – Ad-
mandados de prisão e alvarás de soltura, previs- vogados, Carga de Autos – Contador e Carga
tas no Capitulo 6, Seção 14, deste Código. de Mandados – Oficiais de Justiça.
- Incluído pelo provimento n. 202 4.2.4 – Recebido em juízo o termo referente ao
registro de nascimento somente com materni-
SEÇÃO 02 dade estabelecida, será registrado no livro de
NORMAS DE PROCEDIMENTO DO Registro Geral de Feitos como “Averiguação de
OFÍCIO DE REGISTROS PÚBLICOS Paternidade”, devendo ser autuado e processa-
do em segredo de justiça.
4.2.1 – São livros obrigatórios das escrivanias:
- Ver art. 155 do CPC.
I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-G);
- Lei nº 8.560, de 29.12.1992.
II – Registro de Cartas Precatórias, Rogató-
- Ver Provimento n. 01/98
rias e de Ordem (Adendo 2-G);
- Ver CN 15.2.18 e seguintes.
III – Registro de Sentenças (Adendo 3-G);
Revogado pelo Provimento nº 216. 4.2.4.1 – Em caso de confirmação expressa da
paternidade, o termo de reconhecimento deve-
IV – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-G);
rá conter os dados necessários à identificação
V – Carga de Autos – Promotor de Justiça do pai, expedindo-se mandado de averbação,
(Adendo 5-G); vedadas referências à natureza da filiação, ao
estado civil dos pais e à própria Lei n° 8.560, de
VI – Carga de Autos – Advogado (Adendo 29.12.1992.
6-G);
4.2.4.2 – O procedimento de “Averiguação de
VII – Carga de Autos – Contador e Avaliador Paternidade” é isento de custas.
(Adendo 7-G);
4.2.4.3 – A “Averiguação de Paternidade” exau-
VIII – Carga de Mandados – Oficiais de Justi- re-se com o reconhecimento ou com a remessa
ça (Adendo 8-G); dos autos ao Ministério Público para que ajuíze,
IX – Arquivo de Guia de Recolhimento de se for o caso, ação de investigação de paternida-
Custas (Adendo 9-G). de. O término do procedimento deverá constar
do Boletim Mensal de Movimento Forense.
4.2.2 – Na escrituração dos livros e procedimen-
tos da escrivania serão observadas as normas - Ver art. 2º, § 5º, da Lei 8.560/92.
gerais contidas no capítulo 2, bem como as nor- - Ver Of. Circular nº 252/04-CGJ.
mas específicas relativas ao ofício cível contidas
no capítulo 5 deste CN. 4.2.5 – O interessado, no primeiro ano após ter
atingido a maioridade civil, poderá, pessoal-
4.2.3 – Estando o ofício de registros públicos mente ou por procurador, alterar o nome, des-
anexado à escrivania cível, poderão ser usados de que não prejudique os apelidos de família,
para os atos de escrituração os livros comuns a averbando-se a alteração que será publicada
ambos os ofícios. pela imprensa.
4.2.3.1 – Estando anexada a escrivania ao ofício - Ver art. 3º, 4º e 5º do Código Civil e art. 56
criminal ou ao da infância e juventude, poderão da LRP.
ser utilizados para escrituração comum os livros
de Registro de Cartas Precatórias, Rogatórias e 4.2.6 – Qualquer alteração posterior de nome,
de Ordem, Carga de Autos – Juiz, Carga de Autos somente por exceção e motivadamente, após

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audiência do Ministério Público, será permitida cia à sentença autorizadora e ao juiz que a
por sentença do juiz a que estiver sujeito o re- exarou, não podendo constar do documen-
gistro, arquivando-se o mandado e publicando- to o nome que foi alterado;
-se a alteração pela imprensa.
II – a determinação aos órgãos competen-
4.2.7 – Poderá, ainda, ser averbado, nos mes- tes para o fornecimento dos documentos
mos termos, o nome abreviado, usado como decorrentes da alteração;
firma comercial registrada ou em qualquer ati-
vidade profissional. III – a remessa da sentença ao órgão na-
cional competente para o registro único de
4.2.8 – A mulher solteira, separada judicialmen- identificação civil.
te, divorciada ou viúva, que viva com homem
solteiro, separado judicialmente, divorciado ou SEÇÃO 03
viúvo, excepcionalmente e havendo motivo jus- NORMAS DE PROCEDIMENTO
tificável, poderá requerer ao juiz competente DA CORREGEDORIA DO FORO
que, no registro de nascimento, seja averbado
EXTRAJUDICIAL
o patronímico de seu companheiro, sem preju-
ízo dos apelidos próprios, de família, desde que 4.3.1 – O escrivão que estiver exercendo suas
haja impedimento legal para o casamento, de- funções perante o juiz corregedor do foro extra-
corrente do estado civil de qualquer das partes judicial deverá manter os seguintes livros:
ou de ambas.
I – Registro e Controle de Livros dos Regis-
4.2.9 – O prenome será definitivo, admitindo- tradores e Notários (Adendo 1-B);
-se, todavia, a sua substituição por apelidos no-
tórios. II – Arquivo de Comunicações (Adendo 2-B).

4.2.9.1 – A substituição do prenome será ainda 4.3.1.1 – No livro “Arquivo de Comunicações”


admitida em razão de fundada coação ou ame- deverão ser arquivados, em ordem cronológi-
aça decorrente da colaboração com a apuração ca, numerados e rubricados os pedidos de afas-
de crime, por determinação, em sentença, de tamento dos notários e registradores, e as co-
juiz competente, ouvido o Ministério Público. municações de impedimentos previstos no CN
10.1.6.2.
4.2.10 – Será averbada a alteração do nome
completo, inclusive dos filhos menores, e será - Redação dada pelo Provimento n. 157
precedida das providências necessárias ao res-
4.3.2 – A correição permanente nos serviços
guardo de direitos de terceiros.
notariais e de registro, secretarias e ofícios de
- Ver Lei nº 9.807, de 13.07.1999, que esta- justiça caberá aos juízes titulares das varas ou
belece programa especial de proteção a ví- juizados a que estiverem subordinados.
timas e a testemunhas ameaçadas.
•- Ver CN 1.2.10.
4.2.11 – O procedimento tramitará perante a
4.3.3 – A inspeção permanente nos serviços
Vara de Registros Públicos, em segredo de jus-
notariais e de registro, inclusive os distritais, do
tiça.
Foro Central da Comarca da Região Metropoli-
4.2.12 – Concedida a alteração e observado o tana de Curitiba será exercida pelo juiz da vara
sigilo indispensável para a proteção do interes- de registros públicos, que remeterá ao Correge-
sado, deverá constar da sentença o seguinte: dor-Geral da Justiça relatório anual de suas ati-
vidades.
I – a averbação no registro original de nas-
cimento da menção de que houve alteração - Ver art. 236, § 1º e 2º do CODJ..
de nome completo, com expressa referên-

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- Ver CN 1.2.11. XIII – Livro de Receitas e Despesas.
4.3.4 – A inspeção permanente no foro extraju- 5.1.1.1 – O registro de cartas precatórias e de
dicial das comarcas do interior e dos Foros Re- execuções fiscais não será repetido no Registro
gionais da Comarca da Região Metropolitana de Geral de Feitos.
Curitiba será exercida pelo juiz corregedor res-
pectivo. 5.1.1.2 – Nas comarcas em que houver mais de
um oficial avaliador, a carga de autos será subs-
- Ver CN 1.2.12 do CN. tituída por mandado e, para tanto, será aberto
livro específico.
5.1.1.3 – No livro Carga de Autos – Diversas de-
CAPÍTULO 5 verão ser registradas, dentre outras, as cargas
para o distribuidor, contador, avaliador, peritos,
OFÍCIO CÍVEL
equipe técnica, com a correspondente anotação
na coluna "Destinatário".
SEÇÃO 01
LIVROS DO OFÍCIO 5.1.2 – De regra, os livros serão de folhas soltas,
datilografadas, impressas por sistema de com-
5.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias cí- putação ou por fotocópias, devendo conter ter-
veis: mo de abertura e de encerramento, e serem en-
cadernados quando formarem duzentas (200)
I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-E);
folhas.
II – Registro de Execuções Fiscais (Adendo
5.1.2.1 – Não poderão ser formados por sistema
2-E);
de folhas soltas ou de computação os livros: Re-
III – Registro de Cartas Precatórias, Rogató- gistro Geral de Feitos, Registro de Execuções Fis-
rias e de Ordem (Adendo 3-E); cais, Registro de Cartas Precatórias, Registro de
Depósitos e de Carga de Autos para Advogados.
IV – Registro de Sentenças (Adendo 9-E);
- Redação dada pelo Provimento nº 64 – DJ
- Revogado pelo Provimento n. 216 nº 6863 de 06/05/2005.
V – Registro de Depósitos (Adendo 11-E); - Revogado pelo Provimento n. 104
VI – Registro de Testamentos (Adendo 10- 5.1.2.2 – Autoriza-se a abertura de livro desti-
E); nado às cargas referentes aos executivos fiscais,
VII – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-E); formado pelo sistema de folhas soltas, exclusi-
vamente aos procuradores das Fazendas Públi-
VIII – Carga de Autos – Promotor de Justiça cas.
(Adendo 5-E);
5.1.3 – Serão elaborados dois fichários:
IX – Carga de Autos – Advogado (Adendo
6-E); I – um GERAL, baseado no nome dos re-
querentes e requeridos, no qual constarão,
X – Carga de Autos – Diversas (Adendo 7-E); além da designação das partes, a natureza
do feito, o valor da causa, número, livro e
XI – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
folhas do registro de sentenças, anotações
(Adendo 8-E);
quanto aos recursos e arquivamento, com
XII – Arquivo de Guia de Recolhimento de espaço reservado para observações de or-
Custas – GRC (Adendo 12-E); dem geral;

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I – um GERAL, baseado no nome dos re- Portarias da direção do fórum, com posterior re-
querentes e requeridos, no qual constarão, messa de cópia à Corregedoria-Geral da Justiça
além da designação das partes, a natureza (C.N. 1.1.4).
do feito, o valor da causa, anotações quanto
aos recursos e arquivamento, com espaço - Revogado pelo Provimento n. 227
reservado para observações de ordem ge- 5.1.7.1 – Nas comarcas em que a secretaria for
ral; instalada em prédio autônomo poderá ser aber-
- Redação dada pelo Provimento n. 216 to livro próprio para essa finalidade.

II – outro INDIVIDUAL, destinado ao con- 5.1.8 – Os termos de audiência e os compromis-


trole da movimentação dos processos; na sos de tutores e curadores serão juntados aos
oportunidade do arquivamento a respectiva autos, não sendo objeto de registro em livro.
ficha será retirada e guardada em fichário SEÇÃO 02
apropriado.
AUTUAÇÃO
5.1.3.1 – Servirá como índice do livro de Regis-
tro Geral de Feitos o próprio fichário geral de 5.2.1 – Recebida da distribuição e tão logo efe-
feitos, pelo nome de todos os autores e réus. tuado o preparo inicial, ou, sendo este dispen-
sado, a petição inicial será registrada e autuada
5.1.3.2 – Os fichários poderão ser feitos pelo pela escrivania.
sistema de computação.
- Ver art. 257 do CPC.
5.1.4 – Nas comarcas de menor movimento fo-
rense, autoriza-se a abertura de livros não pa- 5.2.2 – Lançadas as certidões de registro e de
dronizados, de cinqüenta (50) ou cem (100) fo- depósito negativo ou positivo das custas, os au-
lhas, para Carga de Autos – Diversas, Registro de tos serão conclusos ao Juiz, no prazo de vinte e
Testamentos, Registro de Depósitos e Arquivo quatro (24) horas. Tratando-se de matéria ur-
de Guia de Recolhimento de Custas – GRC. gente, a conclusão será imediata.

5.1.4.1 – Os mencionados livros, todavia, obe- - Ver CN 2.7.2 e 2.7.3.


decerão aos mesmos critérios de escrituração
5.2.2.1 – Sempre que o valor atribuído à causa,
dos livros-padrão, conforme os adendos deste
pela parte, estiver em desacordo com o estatu-
CN.
ído no art. 259 do CPC ou em outra disposição
5.1.5 – O escrivão apresentará mensalmente ao legal vigente, o escrivão deverá certificar a cir-
Juiz, para visto, o livro de Registro de Depósitos, cunstância antes de fazer conclusos os autos.
salvo nos meses em que não tiver ocorrido qual-
5.2.3 – Se exigível a antecipação de custas, o
quer lançamento.
decurso do prazo de trinta (30) dias, sem o res-
5.1.6 – Não serão objeto de registro no livro de pectivo preparo, será certificado pela escriva-
Registro de Sentenças as decisões interlocutó- nia, cancelando-se a distribuição independen-
rias, tais como de concessão de liminares ou de temente de despacho. Para esta finalidade, as
antecipação de tutela, que rejeita exceção de petições serão encaminhadas ao distribuidor.
pré-executividade, que julga incidentes proces-
- Ver art. 257 do CPC.
suais (exceção de competência, impugnação ao
valor da causa etc), dentre outras. - Ver CN 3.1.19.
- Revogado pelo Provimento n. 216 - Ver CN 2.7.2.1 (emolumentos na transa-
ção)
5.1.7 – As portarias relativas à escrivania cível
deverão ser registradas no livro de Registro de

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5.2.3.1 – No caso de insuficiência das custas de- III – o aditamento à inicial, a interposição de
vidas por antecipação e da taxa judiciária, antes embargos, o agravo retido, a reconvenção,
de se cancelar a distribuição deverá ser intima- o pedido contraposto, a reunião de proces-
da a parte para o fim de completar o valor devi- sos, o apensamento e o desapensamento
do. de autos, a sobrepartilha, a conversão da
ação e do procedimento, a assistência judi-
- Redação dada pelo Provimento n. 49 ciária gratuita, a proibição de retirada dos
- Ver art. 8º do Dec. nº 962, de 23.04.1932. autos e o segredo de justiça, também com
breve referência a folha dos autos;
- Ver CN 2.3.3.1 e 2.7.8.1 a 2.7.8.10.
IV – a penhora nos rosto dos autos, com re-
5.2.3.2 – A contagem do prazo referido no CN ferência precisa no verso da autuação;
5.2.3 terá início a partir da intimação do advo-
gado da parte, realizada por meio de publicação V – a data da concessão da liminar, nos
no Diário da Justiça. mandados de segurança, e da efetivação da
medida liminar, nos processos cautelares,
5.2.4 – Restituídas pelo distribuidor, as petições mencionando-se a folha dos autos.
com os respectivos documentos ficarão sob a
guarda da escrivania até sua devolução à parte, VI – a data da concessão da tutela antecipa-
mediante recibo. da, bem como a data da liminar concedida
em ação civil pública, mencionando-se a fo-
5.2.5 – Da autuação constarão os seguintes lha dos autos.
dados:
5.2.5.1 – As alterações constantes do item II,
I – o juízo, o número do registro e a natu- exceto quanto à sucessão de procuradores, e
reza do feito, o procedimento, o nome das as do item III relativamente à reconvenção, ao
partes com o respectivo número de RG e/ pedido contraposto e à conversão da ação se-
ou CPF, o nome dos advogados com o res- rão comunicadas ao distribuidor, para a devida
pectivo número de inscrição na OAB, a data averbação.
e o número da distribuição, o que também
constará dos demais volumes dos autos; - Ver CN 3.3.3 e 3.3.3.1.

II – a substituição e a sucessão das partes 5.2.5.2 – Os embargos à ação monitória e a ex-


e dos seus procuradores, o litisconsórcio ceção de pré-executividade serão juntados nos
ulterior, a denunciação da lide, a nomea- próprios autos, não dependendo de distribui-
ção à autoria, o chamamento ao processo, ção, nem do pagamento de custas.
a assistência simples e a litisconsorcial, os 5.2.6 – As escrivanias informatizadas poderão
embargos à ação monitória, a exceção de utilizar etiquetas para autuações, observando-
pré-executividade, a fase de cumprimento -se os requisitos do CN 5.2.5.
da sentença e eventual impugnação, a subs-
tituição da pessoa jurídica pela dos sócios – 5.2.7 – Serão especialmente destacadas as au-
no caso de executivo fiscal -, a intervenção tuações de processos que envolvam interesses
de terceiros, a intervenção do Ministério de criança ou adolescente ou de pessoa com
Público e de curador, bem assim a desistên- idade superior a 60 (sessenta) anos, a fim de
cia ou a extinção do processo quanto a algu- que tenham tramitação prioritária.
ma das partes. Disso far-se-á breve referên-
cia à folha dos autos; - Ver CN 2.3.2.1 e 2.3.2.2.

- Redação alterada pelo Provimento n. 144 - Redação dada pelo Provimento 74 de


25/10/2005
- Revogado pelo Provimento n. 219

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SEÇÃO 03 5.4.1.1 – Nos processos em que atuem em ra-


CONCLUSÃO E MANDADOS zão das atribuições de seus cargos, os ocupan-
tes dos cargos das carreiras de Procurador Fe-
5.3.1 – As conclusões dos autos ao juiz devem deral e de Procurador do Banco Central do Brasil
ser realizadas diariamente, sem limite de núme- serão intimados e notificados pessoalmente
ro de processos. Não é permitida a permanên- - Redação do art. 17 da Lei nº 10.910, de
cia dos autos na escrivania, a pretexto de que 15.07.2004.
aguardam conclusão.
- Ver CN 2.8.7.
- Ver CN 2.3.6.
5.4.2 – Apresentado o rol de testemunhas, no
5.3.2 – Nenhum processo permanecerá para- prazo legal, ou naquele que o juiz fixar (art. 407
lisado na escrivania por prazo superior a trinta do CPC), a escrivania expedirá desde logo o
(30) dias, salvo determinação judicial em con- mandado de intimação, salvo se a parte expres-
trário. Neste caso, vencido o prazo, a escrivania samente o dispensar.
certificará o fato e realizará a imediata conclu-
são dos autos. - Ver art. 412, § 1º, do CPC.
5.3.3 – Na hipótese de prazo comum às partes, 5.4.3 – Salvo manifestação em contrário da
os autos serão conclusos somente depois do parte, os editais serão expedidos por extrato,
respectivo decurso, salvo se, antes do seu exau- contendo os requisitos obrigatórios, além de ca-
rimento, todos já tiverem se pronunciado ou se beçalho destacado com a finalidade do ato (ci-
houver requerimento urgente a ser apreciado. tação, intimação) e o nome do seu destinatário.
5.3.4 – Nos processos cautelares, decorridos - Ver Of. Circular nº 41/94 – sobre modelos
trinta (30) dias da efetivação da medida liminar de editais.
sem que tenha havido registro e autuação da
ação principal, o fato será certificado, fazendo- 5.4.3.1 – Nos editais de citação e naqueles para
-se a imediata conclusão dos autos. conhecimento de terceiros, o teor do seu resu-
mo será solicitado à parte interessada; não sen-
5.3.5 – Os mandados de prisão de depositário do fornecido em prazo razoável, serão expedi-
infiel deverão ser obrigatoriamente assinados dos com a transcrição integral da petição inicial,
pelo juiz. após consulta ao juiz.

SEÇÃO 04 5.4.3.2 – Nos demais editais, compete a escriva-


CITAÇÃO E INTIMAÇÃO nia redigi-los de forma sucinta.
5.4.3.3 – Os editais para citação e intimação de
5.4.1 – As intimações dos advogados, median- pessoas jurídicas deverão conter os nomes dos
te carta postal ou mandado, serão realizadas de sócios-gerentes ou diretores.
forma precisa, observando-se também as nor-
mas referentes à intimação pelo Diário da Justi- 5.4.3.4 – Os editais extraídos de processos que
ça. As intimações do Ministério Público e do de- tramitam em segredo de justiça conterão so-
fensor público serão efetuadas pessoalmente, mente o indispensável à finalidade do ato. O re-
dispensada a expedição de mandado, mediante lato da matéria de fato, se necessário, será feito
certidão e ciência nos autos. com terminologia concisa e adequada, evitan-
do-se expor a intimidade das partes envolvidas
- Ver art. 236 – § 2º, do CPC e art. 5º, § 5º, ou de terceiros.
da Lei nº 1.060, de 05.02.1950.
- Ver art. 155 do CPC.
- Ver CN 2.8.6.

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5.4.4 – Em caso de abandono do processo, a re- procuração expressa nesse sentido do procura-
querimento da parte interessada, a escrivania, dor habilitado, desde que o feito não tramite
independente de determinação judicial, sem em segredo de justiça ou contenha informação
prejuízo do disposto no Capítulo 2, Seção 19, in- protegida por sigilo fiscal e bancário.
timará pessoalmente a parte, pelo correio (car-
ta com AR), com a advertência do artigo 267, § - Redação dada pelo Provimento n. 241
1º do Código de Processo Civil, publicando tam- 5.5.2.1.1 – A referida autorização escrita deverá
bém tal intimação no Diário da Justiça a fim de conter expressa afirmação de que o subscritor
cientificar o advogado. assume responsabilidade pessoal, civil, criminal
- Redação dada pelo Provimento n. 200 e administrativa, se vier a ocorrer danificação
ou extravio total ou parcial dos autos do proces-
5.4.5 – Devolvidos à escrivania mandado, carta so enquanto estiver em carga, bem como que se
precatória ou qualquer outro expediente com dá por intimado e ciente de todos os atos havi-
diligência parcial ou totalmente infrutífera, ou dos no processo no momento da carga.
seja, sem a prática de todos os atos, a parte in-
teressada será intimada para se manifestar, in- - Redação dada pelo Provimento n. 241
dependentemente de determinação judicial. 5.5.2.1.2 – As pessoas indicadas no item 5.5.2.1,
5.4.6 – O INCRA deverá ser intimado da senten- assim como os advogados sem procuração,
ça de usucapião de imóvel rural para fins de ca- poderão retirar autos judiciais e administrati-
dastramento na forma do § 5° do art. 22 da Lei vos, que não tramitam em segredo de justiça
n° 4.947, de 06.04.1966. ou contenham informação protegida por sigilo
fiscal ou bancário, bem como, aqueles em que
- Ver art. 1.238 do Código Civil. não haja necessidade de praticar ato urgente,
em carga rápida a fim de obter fotocópia, pelo
SEÇÃO 05 prazo de uma hora, ressalvado que o exercício
ADVOGADO desse direito deve ser compatibilizado com o
horário de expediente destinado ao atendimen-
5.5.1 – O Juiz deve velar para que, em todas as to ao público.
petições submetidas a despacho, sejam indica-
dos pelo advogado que as subscrever o número - Incluído pelo Provimento n. 252/2014, de
da sua inscrição na OAB e seu nome, de forma 05/06/2014 (E-dj n. 1359, de 24/06/2014)
legível. 5.5.2.2 – O advogado regularmente inscrito na
- Ver art. 14 da Lei nº 8.906, de 04.07.1994 Ordem dos Advogados do Brasil, com ou sem
(Estatuto do OAB). procuração nos autos, poderá retirar autos ju-
diciais e administrativos, que não tramitam em
5.5.2 – Os advogados terão direito à vista e à segredo de justiça ou contenham informação
carga dos autos, nas hipóteses previstas no art. protegida por sigilo fiscal ou bancário, em carga
40 do CPC. Quando o prazo for comum às par- rápida a fim de obter fotocópia, pelo prazo de
tes, só em conjunto ou mediante ajuste prévio uma hora, desde que apresente documento idô-
por petição poderão os seus procuradores reti- neo, a ser retido pela serventia até a devolução
rar os autos. dos autos.
5.5.2.1 – Além dos advogados e estagiários re- - Redação dada pelo Provimento n. 240
gularmente inscritos na Ordem dos Advogados
do Brasil, constituídos procuradores de uma das 5.5.2.2 – A serventia deverá exercer rigoroso
partes (EAOAB, artigos 3°, §2° e 7°, incisos XIII, controle de movimentação dos feitos que sairão
XV e XVI), poderão retirar autos judiciais e admi- em carga rápida, devendo um servidor acom-
nistrativos, em carga, pessoas autorizadas com panhar o interessado até o local de extração de

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cópias, retornando ao seu local de trabalho com – ART, na forma do disposto no art. 1º da Lei nº
os autos, desde que não importe em prejuízo 6.496, de 07.12.1977.
para o serviço público.
5.6.1.2 – A aceitação do encargo é obrigatória,
- Redação alterada pelo Provimento n. podendo o perito escusar-se no prazo legal, nas
252/2014, de 05/06/2014 (E-dj n. 1359, de seguintes hipóteses:
24/06/2014)
I – ocorrência de força maior;
5.5.2.3 – A serventia deverá exercer um rigo-
roso controle de movimentação dos processos II – tratar-se de perícia relativa a matéria
que sairão em carga rápida. sobre a qual considere-se inabilitado para
apreciá-la;
- Redação dada pelo Provimento n. 240
III – versar a perícia sobre questão a que
5.5.2.3 – Caso não seja possível dar atendimen- não possa responder sem grave dano a si
to ao item anterior, deverá ser autorizada a car- próprio, bem como a seus familiares;
ga rápida, desde que seja procedida à anotação
em livro carga, mediante prévia apresentação IV – versar a perícia sobre fato em relação
de documento de identificação, bem como, do ao qual esteja obrigado a guardar sigilo;
comprovante de endereço devidamente atuali- V – se for militar ou servidor público, salvo
zado, cujas informações deverão ser anotadas, requisição ao seu superior hierárquico;
par fins de controle.
VI – versar a perícia sobre assunto em que
- Redação alterada pelo Provimento n. interveio como interessado;
252/2014, de 05/06/2014 (E-dj n. 1359, de
24/06/2014) VII – se for suspeito ou impedido.

5.5.2.4 – Na devolução do processo pelo advo- 5.6.1.3 – A gratuidade processual concedida à


gado, a Serventia deverá fazer conferência dos parte postulante da perícia não constitui motivo
autos, a fim de verificar sua integralidade. legítimo para escusar o perito do encargo, po-
rém este não está obrigado a custear as despe-
-Redação dada pelo Provimento n. 240 sas que venha a ter para a realização da perícia.
5.5.3 – As intimações aos advogados em cartas - Redação dada conforme Parecer nº 34/98,
precatórias deverão obedecer ao disposto no do Gabinete dos Juízes Auxiliares da Corre-
item 5.7.8 deste CN. gedoria.
SEÇÃO 06 5.6.2 – O perito e os assistentes técnicos não es-
PERITO tão sujeitos a termo de compromisso.

5.6.1 – A nomeação de perito deverá recair, - Ver art. 422 do CPC.


sempre que possível, em profissional habilitado, 5.6.3 – A remuneração do perito deverá ser de-
inscrito nas respectivas entidades de controle positada, se cabível, antes da realização da dili-
do exercício da profissão. gência.
- Ver art. 145, §§ 1º e 2º, do CPC. 5.6.4 – O perito poderá ter vista dos autos fora
5.6.1.1 – No caso de perícia da área de engenha- da escrivania por prazo fixado pelo juiz quando
ria, arquitetura e agronomia, a comprovação da de sua nomeação e para elaboração do laudo.
capacidade técnica do profissional será feita por 5.6.4.1 – O juiz providenciará a intimação das
meio da Anotação de Responsabilidade Técnica partes quando da entrega do laudo pericial, cor-

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rendo daí o prazo de dez (10) dias estabelecido - Ver art. 202, § 1º, do CPC.
no art. 433, parágrafo único, do CPC.
5.7.2.1 – As cartas precatórias para execução
- Redação dada conforme Parecer nº 81/97, por quantia certa conterão conta atualizada do
do Gabinete dos Juízes Auxiliares. débito principal e dos acessórios, inclusive ho-
norários advocatícios estipulados pelo juiz e to-
SEÇÃO 07 das as despesas processuais relativas ao juízo
CARTAS PRECATÓRIAS deprecante.

5.7.1 – As cartas precatórias serão expedidas 5.7.3 – As cartas precatórias devem ser expedi-
sempre em papel timbrado e mencionarão em das em três vias no mínimo e, juntamente com
destaque e no seu preâmbulo: as peças que a instruírem, serem autenticadas
pela serventia com carimbo e rubrica do escri-
I – a indicação dos juízos de origem e de vão, sendo encerrada, com a assinatura do juiz.
cumprimento do ato;
- Ver art. 202, inc. IV, do CPC.
- Ver art. 202, inc. I, do CPC.
5.7.4 – As cartas precatórias remetidas pelo cor-
II – identificação do processo e das partes, o reio deverão estar acompanhadas de cheque
valor e a natureza da causa, e a data do seu em valor compatível com as custas previsíveis
ajuizamento; para o cumprimento.
III – a menção ao ato processual, que cons- 5.7.4.1 – Excetuadas as hipóteses de assistência
titui o objeto; judiciária e de final pagamento, como as causas
da Fazenda Pública, recebidas cartas precatórias
- Ver art. 202, inc. III, do CPC.
desacompanhadas de valor destinado à anteci-
IV – menção ao prazo dentro do qual deverá pação de custas, ou com valor insuficiente, será
ser cumprida a carta; solicitada ao juízo deprecante a remessa ou a
complementação da importância. Não atendida
- Ver art. 203 do CPC. a solicitação, no prazo de trinta (30) dias, pode-
V – menção às peças processuais e docu- rá ser devolvida a carta, cancelando-se previa-
mentos que a acompanham; mente a sua distribuição.

VI – tratar-se de justiça gratuita, quando for 5.7.5 – Não efetuada a antecipação das custas,
o caso. nem sendo retirada a precatória, pela parte, no
prazo de trinta (30) dias, salvo prazo menor fi-
5.7.2 – Devem acompanhar obrigatoriamente xado pelo juiz, o fato será certificado e os autos,
as cartas precatórias: conclusos.
I – o inteiro teor da petição, do despacho ju- 5.7.6 – As cartas precatórias, remetidas pelo
dicial e do instrumento de mandato conferi- correio, serão postadas mediante registro, lan-
do ao advogado; çando-se certidão nos autos e arquivando-se o
comprovante na escrivania.
- Ver art. 202, inc. II, do CPC.
5.7.6.1 – Se entregues diretamente à parte in-
II – tendo por objeto citação, tantas cópias
teressada, será lavrada certidão nos autos, co-
da inicial quantas forem as pessoas a citar,
lhendo-se o correspondente recibo.
acrescidas de mais uma, que a integrará;
5.7.7 – Se a carta precatória for devolvida à es-
III – outras peças processuais que devam
crivania com diligência parcial ou totalmente in-
ser examinadas, na diligência, pelas partes,
frutífera, ou seja, sem a prática de todos os atos,
peritos ou testemunhas.

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a parte interessada será intimada, independen- 5.8.1.1 – Deferido o cumprimento da sentença


temente de determinação judicial. na forma do parágrafo único do art. 475-P do
CPC, será dada baixa na distribuição originária,
5.7.8 – As intimações aos advogados em cartas anotando-se a remessa; perante o juízo para o
precatórias deverão, de regra, ser efetuadas qual remetidos os autos, haverá nova distribui-
pelo juízo deprecado, observadas as normas ção e autuação.
para as intimações via postal e pelo Diário da
Justiça. 5.8.1.2 – Recebida a impugnação ao cumpri-
mento da sentença, será ela comunicada ao dis-
5.7.9 – Ao retornarem cumpridas as precatórias, tribuidor para anotação, ouvindo-se o credor no
deve ser observado o disposto no CN 2.3.5.1. prazo de quinze (15) dias.
5.7.10 – Salvo determinação judicial em contrá- 5.8.1.3 – Não sendo concedido efeito suspensi-
rio, das precatórias constará o prazo de trinta vo à impugnação, ou sendo prestada a caução a
(30) dias para cumprimento. Para resposta a ex- que se refere o art. 475-M, § 1º, do CPC, o escri-
pediente do juízo, o prazo será de dez (10) dias. vão formará autos apartados, com a petição de
5.7.10.1 – Decorridos os prazos sem a prática do impugnação, eventuais documentos que a ins-
ato, a escrivania certificará a ocorrência, fazen- truírem e cópia do despacho de recebimento,
do conclusão dos autos. dando seqüência ao processo principal em que
será certificada a ocorrência.
5.7.11 – Nas cartas precatórias para citação
em processo de conhecimento, cautelar e para 5.8.1.4 – Aplicam-se subsidiariamente ao cum-
a prática de ato de execução, a baixa será feita primento da sentença, no que couber, as nor-
mediante comunicação do juízo deprecante ou mas deste CN relativas ao processo de execução
sob certidão por este expedida, dando conta da de título extrajudicial.
extinção do processo.
SUBSEÇÃO 2
5.7.11.1 – Nos demais casos a baixa será feita, CERTIDÃO DO AJUIZAMENTO
independentemente de determinação judicial, DA EXECUÇÃO
por ocasião da devolução da carta precatória.
5.7.12 – A expedição de cartas precatórias cíveis 5.8.2 – O distribuidor expedirá a certidão do
deverá obedecer às orientações expressas na ajuizamento da execução, referida no art. 615-A
seção 5 do capítulo 3 deste CN. do CPC, independentemente de ordem judicial,
mediante prévio requerimento do exeqüente.
SEÇÃO 08
SUBSEÇÃO 3
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA E
EXECUÇÃO DE TÍTULO
PROCESSOS DE EXECUÇÃO
EXTRAJUDICIAL PARA ENTREGA DE
- Seção Alterada pelo Provimento nº 144 e COISA CERTA
Provimento nº 194
5.8.3 – Na execução para entrega de coisa cer-
SUBSEÇÃO 1 ta, conforme art. 621 do CPC, o devedor será
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA citado para, dentro de dez (10) dias, satisfazer
a obrigação ou, em quinze (15) dias, indepen-
5.8.1 – O cumprimento da sentença, provocado dentemente de segurança do juízo, apresentar
por requerimento do credor, será comunicado embargos (CPC, art. 738), contando-se os prazos
ao distribuidor para anotação na ficha do pro- da juntada aos autos do mandado de citação.
cesso, noticiando a ocorrência ou não de inver-
são nos pólos da relação processual.

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SUBSEÇÃO 4 para embargar a partir da juntada aos autos de
EXECUÇÃO DE TÍTULO tal comunicação.
EXTRAJUDICIAL OBRIGAÇÕES DE SUBSEÇÃO 6
FAZER E DE NÃO FAZER REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES À
5.8.4 – Na execução das obrigações de fazer e RECEITA FEDERAL
de não fazer, constará do mandado de citação
5.8.6 – A requisição de informações cadastrais
o prazo fixado pelo juiz na forma dos art. 632 e
e cópias de declarações de bens e rendimentos
642 do CPC, bem como o prazo para embargar,
à Receita Federal será realizada mediante ofí-
de quinze dias, contado da juntada aos autos do
cio assinado pelo juiz, e, ao ser entregue pela
mandado de citação (CPC, art. 738).
escrivania em mãos do advogado da parte so-
SUBSEÇÃO 5 licitante, será por ele encaminhada, salvo se o
requerente for o Ministério Público ou houver
EXECUÇÃO DE TÍTULO determinação judicial em contrário, hipótese
EXTRAJUDICIAL POR QUANTIA CERTA em que a remessa se fará diretamente pela es-
crivania.
5.8.5 – Na execução de título extrajudicial por
quantia certa contra devedor solvente, a escri- 5.8.6.1 – Os documentos fiscais remetidos pela
vania expedirá o mandado de citação em três Receita Federal, salvo determinação judicial em
(3) vias. contrário, serão arquivados em cartório, ob-
jetivando a preservação do sigilo fiscal, ressal-
5.8.5.1 – Constará no mandado o prazo de três vando-se o direito à consulta e extração de có-
(3) dias para efetuar o pagamento da dívida e de pia pela parte, certificando-se nos autos o dia,
quinze (15) dias para, querendo, opor-se à exe- horário e qualificação completa de quem teve
cução por meio de embargos, consignando-se, acesso aos dados.
ainda, o disposto nos art. 652-A, parágrafo úni-
co, e 745- A do CPC. 5.8.6.2 – Ressalvados os casos de isenção, gra-
tuidade ou urgência, o que deverá constar ex-
5.8.5.2 – A primeira via do mandado deverá ser pressamente da requisição, a escrivania cientifi-
juntada aos autos logo após a citação; a segun- cará a parte de que o atendimento da requisição
da será retida pelo oficial de justiça e servirá está subordinado às exigências do órgão fiscal,
para continuidade dos atos executórios, caso como pagamento de taxas.
não efetuado o pagamento da dívida; a terceira,
destinada a contrafé, será entregue ao devedor SUBSEÇÃO 7
por ocasião da citação. SISTEMA BACEN JUD
5.8.5.3 – O prazo para pagamento será contado
da efetivação da citação, independentemente 5.8.7 – A requisição de informações sobre a
da juntada do mandado aos autos; por sua vez, existência de valores em conta corrente, conta
o prazo para embargar será contado da juntada de poupança, de investimento e de outros ati-
da primeira via do mandado aos autos (CPC, art. vos financeiros em nome do executado, será
738). transmitida ao Banco Central preferencialmen-
te por meio eletrônico, via sistema Bacen Jud,
5.8.5.4 – Nas execuções por carta precatória, a podendo ser determinado pelo juiz, no mesmo
contagem do prazo para os embargos observará ato, a sua indisponibilidade, até o valor indicado
o disposto no art. 738, §2º, do CPC. A citação do na execução (débito atualizado, mais honorá-
executado poderá ser comunicada através do rios e despesas processuais).
sistema "mensageiro", disciplinado pela Resolu-
ção 01/2008, de 22/02/08, contando-se o prazo 5.8.7.1 – Protocolada a ordem eletrônica, de-
corrido o período de processamento pelas ins-

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Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

tituições financeiras, consoante prazo estabele- vando-se, quando ocorrer a hipótese, a regra do
cido no manual básico de utilização, deverá ser art. 615, II, do mesmo Código.
realizada consulta ao sistema Bacen Jud a fim de
certificar o seu atendimento. 5.8.8.2 – Salvo o disposto no CN 16.5.5, o re-
gistro de atos constritivos (penhora, arresto ou
5.8.7.2 – Confirmado o bloqueio, o juiz emitirá seqüestro) na serventia imobiliária será feito in-
ordem eletrônica de transferência de valores dependentemente da expedição de mandado,
para conta judicial remunerada, em estabeleci- devendo vir aos autos certidão probatória do
mento oficial de crédito, conforme dispõe o art. registro efetuado, à vista de:
666, I, do CPC. Na mesma ordem de transferên-
cia, o juiz deverá informar se mantém ou des- - Ver art. 659, § 4º, do CPC.
bloqueia o saldo remanescente, se houver. - Ver Of. Circulares nº 11/95 e 43/95.
5.8.7.3 – Constatado o bloqueio de valores irri- - Ver art. 239 da Lei de Registros Públicos.
sórios, será deliberado sobre a conveniência de
manutenção da ordem. I – cópia do respectivo auto ou termo que
contenha os elementos previstos no art.
5.8.7.4 – O acesso dos magistrados ao sistema 665 do CPC, acompanhado da petição ini-
Bacen Jud será feito por intermédio de senha cial;
pessoal e intransferível, após o cadastramento
efetuado pelo Master do Tribunal de Justiça. II – pagamento de emolumentos devidos à
serventia;
5.8.7.5 – Observados os critérios e limites de
atuação disciplinados no convênio, podem ser III – comprovante de recolhimento das re-
cadastrados usuários com perfil de assessor in- ceitas devidas ao FUNREJUS.
dicados pelo magistrado.
- Ver CN 16.5.4.
5.8.7.6 – Somente a senha do magistrado per-
5.8.8.3 – A constrição incidente sobre veículo
mitirá a requisição de informações, ordem de
sujeito à certificado de registro será comunica-
indisponibilidade, transferência de valores e a
da ao DETRAN para lançamento no cadastro res-
liberação de contas e de aplicações financeiras.
pectivo, preferencialmente por meio eletrônico.
SUBSEÇÃO 8 SUBSEÇÃO 9
ATOS DE CONSTRIÇÃO AVALIAÇÃO
5.8.8 – O oficial de justiça, ao realizar atos de
5.8.9 – A avaliação será feita pelo oficial de jus-
constrição (penhora, arresto ou seqüestro),
tiça (CPC, art. 475-J e 652, §1º), e não dispon-
deve efetuar a comunicação ao depositário pú-
do ele de conhecimentos especializados, o juiz
blico da comarca, mesmo quando nomeado de-
determinará a remessa dos autos ao avaliador
positário particular, para anotação no livro de
judicial ou, se necessário, nomeará avaliador
Registro de Penhora, Arresto, Seqüestro e De-
perito.
pósitos. Quando a constrição for objeto de ter-
mo nos autos, a comunicação do fato ao depo- 5.8.9.1 – Caso o magistrado defira requerimen-
sitário público será realizada diretamente pela to para que a avaliação seja realizada por ava-
escrivania. liador, o oficial de justiça somente efetuará a
penhora e intimação da constrição, proceden-
- Ver CN 3.14.4.
do, em seguida, a devolução do mandado em
5.8.8.1 – A escrivania intimará o exeqüente para cartório.
fins do contido no art. 659, § 4.º, do CPC, obser-

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SUBSEÇÃO 10 bada, que não seja de qualquer modo parte na
INTIMAÇÃO DA PENHORA E execução (CPC, art. 698).
AVALIAÇÃO 5.8.11.2 – O executado será cientificado do dia,
hora e local da adjudicação e da alienação, por
5.8.10 – Realizada a avaliação de bens, proce- intermédio de seu advogado ou, se não tiver
der-se-á a intimação das partes, independente- procurador constituído nos autos, por meio de
mente de despacho. mandado, carta registrada, edital ou outro meio
5.8.10.1 – Da intimação constará: idôneo, podendo, até antes de assinado o auto
ou termo, remir a execução na forma do art.
I – ciência às partes sobre a constrição; 651 do CPC.
II – abertura de prazo de cinco (5) dias ao SUBSEÇÃO 12
exeqüente para se manifestar sobre a forma ADJUDICAÇÃO
de expropriação (CN 5.8.11);
III – abertura de prazo ao executado para 5.8.12 – A adjudicação do(s) bem(ns)
apresentação de impugnação ao cumpri- penhorado(s) não se realizará por preço inferior
mento da sentença, nos casos processados ao da avaliação. Se o valor do crédito for inferior
nos termos do art. 475-J e seguintes do CPC. ao dos bens penhorados, o adjudicante deposi-
tará de imediato a diferença, na forma regulada
5.8.10.2 – Recaindo a penhora em dinheiro ou pelo art. 685-A do CPC.
sendo dispensada a avaliação (CPC, art. 684),
proceder-se-á, desde logo, à intimação referida SUBSEÇÃO 13
no item 5.8.10.1. ALIENAÇÃO POR INICIATIVA
PARTICULAR
SUBSEÇÃO 11
ATOS DE EXPROPRIAÇÃO 5.8.13 – Deferindo a alienação por iniciativa
particular, o juiz estabelecerá:
5.8.11 – O início dos atos de expropriação de
bens consistirá na intimação do credor para se I – o prazo dentro do qual a alienação deve-
manifestar sobre: rá ser efetivada, marcando a data para en-
trega das propostas em juízo;
I – adjudicação do(s) bem(ns) penhorado(s);
II – o dia, hora e local em que o termo de
II – alienação por iniciativa própria ou por alienação será lavrado;
intermédio de corretor credenciado peran-
te a autoridade judiciária; III – a forma de publicidade, inclusive com o
concurso de meios eletrônicos;
III – alienação em hasta pública;
IV – o preço mínimo, as condições de paga-
IV – usufruto de bem móvel ou imóvel. mento e as garantias;
- Ver art. 620 do CPC. V – nos casos de alienação por meio de cor-
- Ver CN 5.8.10.1, II. retor, o profissional responsável e a comis-
são de corretagem (a ser suportada pelo
5.8.11.1 – Não se efetuará a adjudicação ou adquirente).
alienação de bem do executado sem que da
execução seja cientificado, por qualquer modo 5.8.13.1 – Ao longo do prazo fixado no inciso I
idôneo e com pelo menos dez (10) dias de an- do item 5.8.13, as propostas serão apresenta-
tecedência, o senhorio direto, o credor com ga- das ao responsável pela alienação (exeqüente
rantia real ou com penhora anteriormente aver-

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ou corretor), que na data marcada procederá a 5.8.13.9 – Quando promovida a alienação por
entrega em juízo. iniciativa própria, o exeqüente adiantará as
despesas de publicidade, a serem atribuídas à
5.8.13.2 – Juntadas as propostas aos autos, fica- conta do executado, caso em que o juiz fixará
rão à disposição das partes para consulta. no ato a que se refere o item 5.8.13 o limite de
5.8.13.2.1 – Ao proceder a intimação das partes gastos, compatível com o valor do bem e com o
do ato previsto no item 5.8.13, o escrivão con- valor da dívida.
signará a possibilidade de exame das propostas, 5.8.13.10 – O corretor credenciado, assim como
dispensando-se intimação posterior. o exeqüente quando promover a alienação por
5.8.13.3 – A escrivania expedirá ofícios re- sua própria iniciativa, deverá cientificar os inte-
quisitando as certidões relacionadas no item ressados na compra com as informações indis-
5.8.14.2, observando-se, no pertinente, o esta- pensáveis sobre o imóvel objeto da alienação,
belecido nos itens 5.8.14.3, 5.8.14.4, 5.8.14.5 e notadamente:
5.8.14.6. I – número do processo judicial e a comarca
5.8.13.4 – No dia, hora e local marcado para a onde se processa a execução;
alienação, o juiz apreciará as propostas e será II – data da realização da penhora;
imediatamente lavrado o termo em relação
àquela que for reputada vencedora. III – a existência, ou não, de ônus ou garan-
tias reais; de penhoras anteriores sobre o
5.8.13.5 – O termo de alienação será subscrito mesmo imóvel; de outros processos contra
pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se o mesmo devedor; de débitos fiscais fede-
for presente, pelo executado, cuja ausência não rais, estaduais ou municipais;
comprometerá o aperfeiçoamento da alienação.
IV – valor da avaliação judicial;
5.8.13.6 – Poderão ser habilitados e cadastra-
dos para intermediar a venda de imóveis, os V – preço mínimo fixado para a alienação,
corretores que estiverem aptos e no exercício as condições de pagamento e as garantias
da profissão por não menos de cinco (5) anos, que haverão de ser prestadas, em se tratan-
aferidos por certidão atualizada fornecida pelo do de proposta de pagamento parcelado;
CRECI.
VI – a informação de que a alienação será
5.8.13.7 – O cadastro dos corretores habilitados formalizada por termo nos respectivos au-
deverá ser mantido atualizado perante a auto- tos onde se processa a execução;
ridade judiciária, à qual competirá escolher o
profissional para processar a alienação por ini- VII – a informação de que a alienação po-
ciativa particular. derá ser tornada sem efeito nas seguintes
hipóteses: se não forem prestadas as ga-
5.8.13.8 – As despesas de publicidade correrão rantias exigidas pelo juízo; se o proponente
por conta do profissional credenciado. provar, nos cinco dias seguintes à assinatura
do termo de alienação, a existência de ônus
5.8.13.8.1 – À vista de circunstâncias particula- real ou gravame, até então não menciona-
res de cada caso, a serem apreciadas pelo juízo do; e nos casos de ausência de prévia noti-
da execução, poderão as despesas de publici- ficação da alienação ao senhorio direto, ao
dade ser atribuídas à conta do executado, sem credor com garantia real ou com penhora
prejuízo à sua antecipação pelo corretor, caso anteriormente averbada, que não seja de
em que o juiz fixará no ato a que se refere o qualquer modo parte na execução (CPC, art.
item 5.8.13 o limite de gastos, compatível com o 698);
valor do bem e com o valor da dívida.

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VIII – o nome do corretor responsável pela III – o CCIR do INCRA em relação à imóvel
intermediação, com endereço e telefone; rural.
IX – o valor da comissão de corretagem ar- - Redação alterada pelo Provimento n. 194
bitrado pelo juiz, a ser suportado pelo ad-
quirente. 5.8.14.3 – A certidão referida no inciso III do
item 5.8.14.2 não será requisitada caso o núme-
5.8.13.11 – Caberá ao exeqüente ou ao corre- ro do CCIR do INCRA já conste da matrícula do
tor, conforme a hipótese, ao entregar as pro- imóvel.
postas de aquisição em juízo, apresentar docu-
mento comprobatório do cumprimento do item - Redação alterada pelo Provimento n. 194
5.8.13.10. 5.8.14.4 – A realização da praça será comunica-
5.8.13.12 – O valor obtido na alienação por ini- da mediante correspondência com aviso de re-
ciativa particular será depositado em conta ju- cebimento ou por meio digital:
dicial remunerada, aberta em estabelecimento I – Às Fazendas Públicas do Estado e do Mu-
oficial de crédito. nicípio, à Receita Federal e, quando a par-
5.8.13.13 – Em caso de pagamento do preço em te executada for pessoa física, ao INSS, de-
parcelas, os honorários profissionais serão reti- vendo constar do ofício que o imóvel será
dos e pagos proporcionalmente ao corretor, à levado à praça, com indicação precisa do
medida que forem quitadas. número dos autos, nome das partes e valor
do débito;
SUBSEÇÃO 14 II – Ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA
- Ver Lei Estadual nº 11.054, de 11.01.1995.
5.8.14 – Na alienação em hasta pública, o edital
de arrematação mencionará o montante do dé- - Ver Dec. Estadual nº 387, de 02.03.1999.
bito e da avaliação dos bens em valores atualiza- - Ver Portaria nº 100/99, do Instituto Am-
dos, bem como as respectivas datas. Se a conta biental do Paraná (IAP).
ou o laudo datarem de mais de trinta (30) dias,
a própria escrivania providenciará a atualização - Redação alterada pelo Provimento n. 194.
mediante aplicação do índice oficial adotado 5.8.14.5 – Tratando-se de veículo sujeito a certi-
judicialmente. Neste caso, do edital constará o ficado de registro, antes da expedição do edital
valor primitivo, o valor atualizado e as suas da- de leilão será requisitada certidão atualizada de
tas. No caso de avaliação feita há mais de seis propriedade, a ser expedida pelo DETRAN, jun-
meses, serão conclusos os autos para a devida tando-se aos autos.
apreciação.
- Redação alterada pelo Provimento n. 194.
5.8.14.1 – O juiz poderá determinar a reunião
de publicações em listas referentes a mais de 5.8.14.6 – Revogado pelo Provimento n. 194
uma execução.
5.8.14.7 – Para fins de alienação judicial pela via
5.8.14.2 – Antes da designação da praça, serão eletrônica, serão consideradas habilitadas para
requisitadas: realização da alienação, nessa modalidade, as
entidades públicas ou privadas credenciadas
I – certidão atualizada do registro imobiliá- pela Corregedoria-Geral da Justiça, mediante
rio; cadastro de leiloeiros e arrematantes, desen-
II – certidão do depositário público; volvido pela Secretaria de Tecnologia da Infor-
mação, nos termos de regulamentação técnica
própria.

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5.8.14.7.1 – Por motivo relevante, qualquer 5.8.14.13 – Os bens a serem alienados ficarão
entidade poderá ser descredenciada a realizar em exposição nos locais indicados no site, na
alienação judicial pela via eletrônica, assegura- descrição de cada lote, para visitação dos inte-
do ao interessado o direito de defesa. ressados, nos dias e horários determinados.
5.8.14.7.2 – Todo magistrado, que tiver conhe- 5.8.14.14 – Os bens serão vendidos no estado
cimento de fato relevante, que pode redundar de conservação em que se encontram, sem ga-
no descredenciamento, deverá informá-lo ime- rantia, constituindo ônus do interessado verifi-
diatamente à Corregedoria- Geral da Justiça. car suas condições, antes das datas designadas
para as alienações judiciais eletrônicas.
5.8.14.8 – O interessado em participar da alie-
nação judicial eletrônica deverá se cadastrar, 5.8.14.15 – O gestor suportará os custos e se
previamente, no site em que se desenvolverá a encarregará da divulgação da alienação, obser-
alienação. Questões incidentais a respeito serão vando as disposições legais e as determinações
submetidas à apreciação judicial. judiciais a respeito.
5.8.14.9 – O cadastramento é gratuito e requi- 5.8.14.16 – O primeiro pregão da alienação judi-
sito indispensável para a participação na aliena- cial eletrônica começa no primeiro dia útil sub-
ção judicial eletrônica. sequente ao da publicação do edital.
5.8.14.10. Caberá ao gestor do sistema de alie- 5.8.14.17 – Não havendo lanço superior à im-
nação judicial eletrônica (entidades credencia- portância da avaliação, nos três dias subsequen-
das na forma do art. 2º) a definição dos critérios tes ao da publicação do edital, seguir-se-á, sem
de participação na alienação judicial eletrônica, interrupção, o segundo pregão, que se estende-
com o objetivo de preservar a segurança e a rá por, no mínimo vinte dias, e se encerrará em
confiabilidade dos lanços. dia e hora previamente definidos no edital.
5.8.14.10.1 – O cadastro de licitantes será ele- 5.8.14.18 – Em segundo pregão, não serão ad-
trônico e sujeito à conferência de identidade em mitidos lanços inferiores a 60% (sessenta por
banco de dados oficial. cento) do valor da avaliação, ressalvada deter-
minação judicial diversa.
5.8.14.11 – O gestor confirmará ao interessado
seu cadastramento, via e-mail ou por emissão 5.8.14.18.1 – Igual regra se aplica aos bens in-
de login e senha provisória, a qual será necessa- feriores a 60 (sessenta) salários mínimos, desde
riamente alterada pelo usuário. que determinado pelo juiz do feito e publicado
o edital no sítio eletrônico do gestor, sem ônus
5.8.14.11.1 – O uso indevido da senha, que é para as partes.
pessoal e intransferível, é de exclusiva responsa-
bilidade do usuário. 5.8.14.19 – Nas alienações que exigirem con-
dições especiais, o sítio irá sempre publicar as
5.8.14.12 – Os bens penhorados serão ofereci- normas específicas da alienação para que o usu-
dos pelo site especificamente designado pela ário delas tome conhecimento e forneça os do-
unidade judiciária a que se vincular o proces- cumentos necessários que o habilite para ofer-
so correspondente, com descrição detalhada e tar lanços.
sempre que possível ilustrada, para melhor afe-
rição de suas características e de seu estado de 5.8.14.20. Sobrevindo lanço, nos três minutos
conservação. antecedentes ao termo final da alienação judi-
cial eletrônica, o horário de fechamento do pre-
5.8.14.12.1 – Para possibilitar a ilustração refe- gão será prorrogado em três minutos, para que
rida no caput, o gestor fica autorizado a extrair todos os usuários interessados tenham oportu-
fotos do bem e a visitá-lo, acompanhado ou não nidade de ofertar novos lanços.
de interessados na arrematação.

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5.8.14.21 – Durante a alienação, os lanços de- do ser homologada a arrematação ao segundo
verão ser oferecidos diretamente no sistema do colocado, mediante sua concordância e, desde
gestor e imediatamente divulgados online, de que o lanço oferecido seja, no mínimo, de valor
modo a viabilizar a preservação do tempo real igual à avaliação, se na primeira data ou, salvo
das ofertas. determinação judicial distinta, de 60% do valor
da avaliação, se na segunda.
5.8.14.21.1 – Não será admitido sistema no qual
os lanços sejam remetidos por e-mail e poste- 5.8.14.28 – O arrematante que, injustificada-
riormente registrados no site do gestor, assim mente, deixar de efetuar os depósitos, se assim
como qualquer outra forma de intervenção hu- o declarar o juiz do processo, terá seu nome ins-
mana na coleta e no registro dos lanços. crito no Cadastro de Arrematantes Remissos do
Poder Judiciário do Estado do Paraná e não po-
5.8.14.22 – Serão aceitos lanços superiores ao derá mais participar das alienações judiciais ele-
corrente, tendo por acréscimo mínimo obriga- trônicas, pelo período de um ano, podendo, ain-
tório o valor informado no site, segundo crité- da, ser responsabilizado por tentativa de fraude
rios previamente aprovados pelo juiz. a leilão público (artigos 335 e 358 do Código Pe-
5.8.14.23 – A comissão devida ao gestor será nal) e também por possíveis prejuízos financei-
paga à vista pelo arrematante e arbitrada pelo ros a qualquer das partes envolvidas no leilão, aí
juiz, até o percentual máximo de 5% sobre o va- incluída a comissão do leiloeiro (art. 23 da LEF).
lor da arrematação, não se incluindo no valor do 5.8.14.29 – Para garantir o bom uso do site e a
lanço. integridade da transmissão de dados, o juiz da
5.8.14.24 – Com a aceitação do lanço, o sistema execução poderá determinar o rastreamento do
emitirá guia de depósito judicial identificado, número do IP da máquina utilizada pelo usuário
vinculado ao juízo da execução. para oferecer seus lanços.

5.8.14.24.1 A comissão do gestor ser-lhe-á 5.8.14.30. O gestor deverá disponibilizar ao ju-


paga, mediante recolhimento de guia, creditada ízo da execução acesso imediato à alienação, a
em conta judicial, mediante posterior liberação fim de comunicar decisões proferidas durante
pelo juiz. sua realização ou suspendê-la.

5.8.14.25 – O arrematante terá o prazo de até 5.8.14.30.1 – Ao Ministério Público e às Procu-


24 (vinte e quatro) horas para efetuar os depósi- radorias das Fazendas Públicas (União, Estado e
tos mencionados no artigo anterior, salvo dispo- Município), será permitido o acesso ao sistema
sição judicial diversa. de alienação judicial eletrônica para aposição
de suas manifestações.
- Ver art. 690 do CPC
5.8.14.31 – Correrão por conta do arrematante
5.8.14.26 – O auto de arrematação será assi- as despesas e os custos relativos à desmonta-
nado pelo juiz, após a comprovação efetiva do gem, remoção, transporte e transferência patri-
pagamento integral do valor da arrematação e monial dos bens arrematados.
da comissão, dispensadas as demais assinaturas
referidas no art. 694 do Código de Processo Ci- 5.8.14.32 – Serão de exclusiva responsabilidade
vil. do gestor os ônus decorrentes da manutenção e
operação do site disponibilizado para a realiza-
5.8.14.27 – Não sendo efetuados os depósitos, ção das alienações judiciais eletrônicas, não ca-
o gestor comunicará imediatamente o fato ao bendo ao Tribunal de Justiça do Paraná nenhu-
juízo, informando também os lanços imediata- ma responsabilidade penal, civil, administrativa
mente anteriores, para que sejam submetidos ou financeira pelo uso do site, do provedor de
à apreciação do juiz, sem prejuízo da aplicação acesso ou pelas despesas de manutenção do
da sanção prevista no art. 695 do CPC, poden- software e do hardware necessários à colocação

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do sistema de leilões on-line na Rede Mundial deste Provimento, serão dirimidos pelo juiz
de Computadores. competente para a alienação, se assim entender
necessário, exceto as questões relacionadas ao
5.8.14.33 – Também correrão por conta do credenciamento das empresas gestoras, que se-
gestor todas as despesas com o arquivamento rão resolvidas pelo Corregedor-Geral de Justiça.
das transmissões, bem como todas as despe-
sas necessárias ao perfeito desenvolvimento e - Dispositivos 5.8.14.7 a 5.8.14.38 acrescen-
implantação do sistema de leilões on-line, tais tados pelo Provimento n. 232
como: divulgação das hastas públicas em jornais
de grande circulação, elaborações de projetos SUBSEÇÃO 15
e instalações de equipamentos de multimídia, PROVIDÊNCIAS NA ADJUDICAÇÃO,
contratação de pessoal para os procedimentos ALIENAÇÃO OU ARREMATAÇÃO
do leilão, despesas com aquisição de softwares
e equipamentos de informática, link de trans- 5.8.15 – Efetuada a adjudicação, alienação ou
missão etc. arrematação, o auto ou termo será lavrado de
imediato. Em seguida, aguardar-se-á o prazo de
5.8.14.34 – A estrutura física de conexão exter-
cinco (5) dias para oferecimento de embargos,
na de acesso e segurança ao provedor é de in-
certificadas tais ocorrências. Não oferecidos os
teira responsabilidade do gestor, atendendo as
embargos,serão tomadas as seguintes provi-
especificações técnicas do edital de habilitação.
dências:
5.8.14.34.1 – Caso a alienação judicial eletrô-
- Ver art. 746 do CPC.
nica não possa se realizar em razão de força
maior, seu início se verificará de imediato no I – no caso de móveis:
primeiro dia útil posterior à cessação do impedi-
mento, independentemente de novas providên- a) realiza-se o cálculo e preparam-se as cus-
cias (arts. 688 e 689 do CPC). tas processuais;

5.8.14.35 – O gestor deverá obedecer rigorosa- b) expede-se carta ou mandado para entre-
mente a todos os preceitos deste Provimento e ga de bens;
os requisitos técnicos estabelecidos pela Comis- c) autorizado o levantamento do preço,
são Permanente de Leilão Eletrônico. devolve-se ao executado o que sobejar ou
5.8.14.36 – No caso de o Gestor também rea- prossegue a execução pelo saldo devedor,
lizar alienações eletrônicas para outras pessoas conforme o caso.
físicas ou jurídicas ou para outras entidades pú- II – no caso de imóveis:
blicas, fica de logo advertido de que, para ob-
ter ou manter sua autorização para realizar as a) determina-se o recolhimento do imposto
hastas públicas on- line do Tribunal de Justiça de transmissão inter vivos;
do Paraná, não poderá levar à alienação (mes-
b) realiza-se ou atualiza-se o cálculo;
mo que sob a responsabilidade de terceiros)
qualquer produto que tiver sua venda proibida c) pagas as custas e autorizada a expedição
ou não se enquadrar na concepção de produto de carta e o levantamento do preço, devol-
legal. ve-se ao executado o que sobejar ou pros-
segue a execução pelo saldo devedor, con-
5.8.14.37 – Os lanços e dizeres inseridos na ses-
forme o caso.
são online correrão exclusivamente por conta e
risco do usuário. - Redação alterada pelo Provimenton. 194
5.8.14.38 – Eventuais ocorrências ou proble-
mas, que possam afetar ou interferir nas regras

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SUBSEÇÃO 16 Lei de Registros Públicos, não se admitindo re-
EMBARGOS À ADJUDICAÇÃO, ferências que não coincidam com as constantes
dos registros imobiliários anteriores. Se os autos
ALIENAÇÃO OU ARREMATAÇÃO não contiverem dados suficientes, a escrivania
5.8.16 – Distribuídos por dependência os em- intimará o interessado para que os forneça.
bargos à adjudicação, alienação ou arrema- - Ver CN 16.2.10.
tação, o escrivão procederá ao seu registro e
autuação em apartado, certificando a sua tem- SUBSEÇÃO 18
pestividade (CPC, art. 746, caput). CONCURSO DE PREFERÊNCIA
5.8.16.1 – O adquirente deve ser intimado so-
5.8.18 – Havendo mais de um credor concor-
bre a interposição de embargos, para querendo
rendo na disputa do preço, o juiz, de ofício ou
desistir da aquisição (CPC, art. 746, § 1º).
a requerimento da parte, instaurará o concurso
SUBSEÇÃO 17 de preferência, como incidente da fase de paga-
mento, nos próprios autos.
CARTAS
- Ver art. 711 do CPC.
5.8.17 – Serão expedidas cartas de adjudica-
ção, alienação ou arrematação relativas a bens - Ver art. 698 do CPC.
imóveis, veículos automotores ou outros bens
dependentes de registro no órgão competente. SUBSEÇÃO 19
Fora destas situações, a expedição das cartas LIBERAÇÃO DE VALORES
ficará a critério do interessado, caso em que a
entrega dos bens se fará mediante mandado ju- 5.8.19 – Nas arrematações e alienações por
dicial dirigido ao depositário. iniciativa particular, enquanto não houver nos
autos certidão a respeito da efetiva entrega ao
5.8.17.1 – As cartas determinarão expressa- adquirente dos bens, não será liberado o nume-
mente o cancelamento do registro da penhora rário respectivo em favor do credor; neste caso,
que originou a execução. Se não houver dúvida a escrivania certificará o fato e os autos serão
de que os respectivos credores tiveram oportu- conclusos.
nidade de se habilitar na disputa do preço do
bem, as cartas também poderão determinar o 5.8.19.1 – Não será autorizado o levantamento
cancelamento dos registros de outras constri- do preço sem a prova da quitação dos tributos,
ções. pois há sub-rogação dos débitos fiscais no pre-
ço.
5.8.17.2 – As cartas observarão, no pertinente,
os requisitos dos art. 685-B e 703 do CPC. Se • Ver art. 130, parágrafo único, do CTN.
a venda for a prazo, na carta de alienação de-
verá constar o débito remanescente, que será,
SUBSEÇÃO 20
necessariamente, garantido por hipoteca sobre EXECUÇÕES SUSPENSAS
o próprio bem, nos moldes do disposto no art.
5.8.20 – Os autos de execuções suspensas pela
690 do CPC.
não-localização de bens penhoráveis ou do pró-
5.8.17.3 – Nas cartas constarão os números de prio devedor, poderão aguardar a iniciativa da
RG e CPF dos interessados e todos os elemen- parte no arquivo. Nesse caso, o feito será lan-
tos necessários à sua identificação, não se ad- çado na coluna "Processos Suspensos ou Arqui-
mitindo referências dúbias ou vagas ("também vados sem Baixa" do Boletim Mensal de Movi-
conhecido por", "que também assina"). Quando mento Forense.
tiverem por objeto bem imóvel, serão rigorosa-
- Ver art. 791, inc. III, do CPC.
mente observadas as exigências do art. 225 da

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- Ver art. 40 da Lei nº 6.830, de 22.09.1980. X – a formação de autos apartados na forma


do item 5.8.1.3.
SUBSEÇÃO 21
EXECUÇÕES EXTINTAS 5.8.22.1 – Na expedição de ofícios, será
observado o disposto no item 2.5.5 do CN.
5.8.21 – Nas execuções extintas, a escrivania
conferirá se houve o levantamento do arresto SEÇÃO 09
ou penhora. Caso negativo, fará conclusão dos INSOLVÊNCIA
autos antes de cumprir o arquivamento.
5.9.1 – Ao receber os autos com a decisão de in-
SUBSEÇÃO 22 solvência, a escrivania expedirá ofício ao distri-
ATOS DO ESCRIVÃO buidor, comunicando o fato e solicitando infor-
mação precisa sobre todas as ações e execuções
5.8.22 – São atos do escrivão, a serem realiza- distribuídas contra o insolvente.
dos independentemente de despacho: 5.9.2 – Recebida a informação do distribuidor,
I – as comunicações a que se referem os a escrivania comunicará ao juízo de cada uma
itens 5.8.1, 5.8.1.1, 5.8.1.2, 5.8.6.2, 5.8.8, das ações ou execuções o Dec. de insolvência e,
5.8.8.3 e 5.8.14.5; ainda, certificará nos autos dessas, que trami-
tem pela mesma serventia, tal fato. Em seguida,
II – as intimações referidas nos itens 5.8.8.1, tudo será certificado nos autos de insolvência.
5.8.10, 5.8.10.1, 5.8.10.2, 5.8.11, 5.8.11.1,
5.8.11.2, 5.8.16.1 e 5.8.17.3; SEÇÃO 10
III – a expedição de mandados, consignan- PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
do-se as advertências, a que se referem os 5.10.1 – No inventário negativo, ouvidos os inte-
itens 5.8.4, 5.8.5 e 5.8.5.1; ressados sobre as declarações, que merecem fé
IV – a expedição de ofícios requisitórios até prova em contrário, os autos serão contados
referidos nos itens 5.8.13.3, 5.8.14.2 e e preparados; proferida sentença homologató-
5.8.14.6; ria, a escrivania fornecerá certidão aos interes-
sados.
V – o arquivamento estabelecido no item
5.8.6.1; 5.10.2 – Nos inventários e arrolamentos, a im-
pugnação à avaliação há de ser fundamentada.
VI – a juntada aos autos da comunicação No caso da existência de menores e a partilha
efetuada através do sistema "mensageiro", versar sobre um único bem, inexistirá avaliação
a teor do item 5.8.5.4; judicial, por ausência de qualquer perigo de
prejuízo aos herdeiros menores.
VII – a atualização do montante do débito e
da avaliação dos bens (item 5.8.14); - Ver Paraná Judiciário 40/50.
VIII – a certificação do prazo para ofereci- 5.10.3 – Nos inventários e arrolamentos, quan-
mento de embargos (item 5.8.15), como do aos herdeiros for partilhado bem em comum,
também a certificação a que aludem os da folha de pagamento constará expressamente
itens 5.8.1.3, 5.8.6.1, 5.8.16 e 5.8.19; a fração ideal da área total e o respectivo valor.
IX – a consulta ao sistema Bacen Jud a fim 5.10.4 – Nos arrolamentos, homologada a par-
de certificar o atendimento às ordens ele- tilha ou adjudicação, os respectivos formais ou
trônicas emitidas pelo juiz (item 5.8.7.1); alvarás somente serão expedidos e entregues às
partes após o trânsito em julgado da sentença e

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a comprovação, verificada pela Fazenda Pública, 5.10.9 – Os requerimentos de alvará concernen-
do pagamento de todos os tributos. tes a inventários e arrolamentos não dependem
de distribuição e serão autuados e processados
- Redação dada pelo Provimento n. 12/97 em apenso.
5.10.4.1 – O recolhimento dos impostos de - Ver CN 5.13.4 – sobre desapensamento
transmissão causa mortis e inter vivos será fei- dos alvarás depois de julgados.
to administrativamente depois da conclusão do
arrolamento. 5.10.10 – Salvo determinação judicial em con-
trário, dos alvarás constará o prazo de trinta
- Ver art. 1.034 do CPC. (30) dias para a sua validade.
5.10.4.2 – Idêntico procedimento se adotará
nas partilhas de separações e divórcios consen- SEÇÃO 11
suais. TUTELA E CURATELA
5.10.5 – Em pedido de alvará e desde que todos 5.11.1 – As certidões referentes à nomeação
os interessados estejam de acordo, poderá ser de tutor e curador conterão o inteiro teor da
autorizada judicialmente a alienação de imóvel sentença, mencionado-se a circunstância de ter
pertencente ao espólio, observadas as determi- sido, ou não, prestado o compromisso e de o
nações legais, inclusive no tocante ao recolhi- nomeado encontrar-se, ou não, no exercício da
mento de impostos. função.
5.10.6 – Nos processos de falência, concordata, 5.11.2 – A remoção, a suspensão e a extinção
liquidação, inventário, arrolamento ou concurso serão anotadas na autuação.
de credores, nenhuma alienação será judicial-
mente autorizada sem a prova da quitação da 5.11.3 – O alvará para alienação ou oneração de
dívida ativa ou a concordância da Fazenda Pú- bem de incapaz necessariamente mencionará
blica. o prazo de sua validade. Omissa a decisão
concessiva, será consignado o prazo comum de
- Ver art. 31 da Lei nº 6.830, de 22.09.1980. trinta (30) dias.
5.10.7 – O formal de partilha e a carta de adjudi- 5.11.4 – A sentença que conceder a tutela ou
cação serão constituídos de fotocópias autenti- a curatela será inscrita no registro de pessoas
cadas extraídas dos autos, com termo de confe- naturais.
rência das peças, certidão de sua autenticidade
e do número de páginas. - Ver art. 1.184 do CPC

5.10.7.1 – As partes serão identificadas pelos - Ver art. 5º, inc. VI, da Lei nº 8.935, de
seus nomes corretos, não se admitindo referên- 18.11.1994.
cias dúbias, tais como "também conhecido por", - Ver CN 15.1.1, inc. VII.
"que também assina" ou referências que não
coincidam com as que constam dos registros 5.11.4.1 – O compromisso somente será
imobiliários anteriores. assinado após a inscrição da sentença.

- Ver CN 16.2.10 . - Ver CN 15.8.5.

5.10.8 – No caso de um só herdeiro ou cessioná- - Ver art. 93, parágrafo único, da LRP.
rio, as custas pela carta de adjudicação corres-
pondem às fixadas para a expedição do formal
de partilha.

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SEÇÃO 12 5.12.5 – Na apelação, antes do termo de remes-


RECURSOS sa ao tribunal, a escrivania certificará a interpo-
sição ou não de agravo retido, mencionando as
5.12.1 – Quando da remessa dos autos para folhas dos autos.
apreciação de recurso de apelação, o despacho
deverá mencionar sempre o tribunal competen- SEÇÃO 13
te. Sendo omisso o despacho, far-se-á conclu- ARQUIVAMENTO
são dos autos.
5.13.1 – Decretada a extinção do processo, com
5.12.2 – O preparo das custas recursais, inclu- ou sem julgamento do mérito, e ordenado o
sive com o porte de retorno, será efetuado por arquivamento dos autos, a escrivania comuni-
meio de guia de recolhimento a ser exigida por cará o fato ao distribuidor para ser baixada a
ocasião da entrega da apelação na escrivania. distribuição. Esta providência não depende de
determinação judicial, salvo nos processos de
- Ver seção 12, do capítulo 2, deste CN.
insolvência civil, falência, recuperação judicial e
5.12.3 – No caso de agravo de instrumento de- extrajudicial do empresário e da sociedade em-
verão ser juntados aos autos principais os pedi- presária.
dos de informação do relator bem como cópia
- Redação dada pelo Provimento n. 86
das respectivas informações, substituindo-se os
fax's, conforme o item 1.7.1 e seguintes. 5.13.1.1 – Idêntica providência será tomada
após o trânsito em julgado da decisão que te-
5.12.3.1 – Os autos de agravo de instrumento
nha excluído alguma das partes no processo em
encaminhados à comarca pelo tribunal deverão
andamento.
ser arquivados, com a observância do disposto
no CN 5.13.4 e anotados no campo "observa- 5.13.2 – A comunicação ao distribuidor será fei-
ção" do livro de Registro Geral de feitos os da- ta por ofício ou mediante a remessa dos autos,
dos necessários para localização dos autos, sal- conforme a conveniência local. Em qualquer
vo deliberação do relator em sentido contrário. caso, sempre será certificada nos autos a baixa,
antes do arquivamento.
5.12.3.2 – Na autenticação de peças para ins-
truir recursos de agravo, a escrivania deverá fa- 5.13.3 – Não se efetivando desde logo a baixa
zer constar o juízo, o número do CNPJ e o ende- por falta de pagamento de custas correspon-
reço do ofício, bem como o nome do escrivão dentes, o fato, certificado nos autos, não impe-
que firmou as certidões, excetuando-se a hipó- dirá o arquivamento.
tese em que o advogado agir em conformidade
com o art. 544, § 1.º, do CPC. 5.13.4 – Os autos de processos, de incidentes
e exceções, tais como impugnação ao valor da
- De acordo com o Of. Circular nº 151/97. causa, pedido de alvará, exceções de incompe-
tência, incidente de falsidade, agravos de instru-
5.12.3.3 – A certidão de que trata o art. 525, I,
mento e embargos à execução, já julgados, não
do CPC deverá conter todos os dados possíveis
permanecerão apensos aos do processo princi-
para aferir a tempestividade do recurso inter-
pal, onde será certificado o fato, mencionando-
posto, mencionando, inclusive, eventual sus-
-se a pendência ou não de recurso, o valor das
pensão do expediente forense.
custas pagas e quem as pagou, além de juntar-
5.12.4 – Declarada a incompetência, os autos -se cópia da decisão ou do acórdão.
serão remetidos ao juízo competente, após o
5.13.5 – O juiz não determinará o arquivamento
decurso do prazo para eventual interposição de
dos autos sem a comprovação do recolhimento
recurso, certificada tal circunstância.
das receitas devidas ao FUNREJUS referentes a
atos de constrição.

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5.13.6 – O juiz somente declarará extinto o pro- II – suspensas há mais de um (1) ano por
cesso, sem julgamento do mérito, em razão do força do art. 40 da Lei nº 6.830/80;
abandono pelo autor, quando o ato ou diligên-
cia que lhe competia cumprir inviabilizar o julga- III – paralisadas há mais de seis (6) meses
mento da lide, o que não ocorre na omissão da em decorrência da falta de impulsionamen-
parte em efetuar o preparo das custas antes da to pelo credor.
sentença. 5.14.5 – A 2ª via da relação de processos será
- Ver art. 267, inc. III, do CPC. encaminhada à Fazenda Pública Municipal, na
pessoa de seu Procurador, ou à Fazenda Pública
- Ver Súmula 240, do STJ. Estadual, através de Procurador do Estado com
atribuição na comarca.
SEÇÃO 14
DILIGÊNCIA EXTRAPROCESSUAL – 5.14.6 – A Fazenda Pública, por meio de seu Pro-
curador, será conclamada a adotar a conciliação
EXECUÇÃO FISCAL como meio alternativo para propiciar maior ra-
pidez na pacificação dos conflitos e na solução
- Criada pelo Provimento n. 180
das lides, com exposição pelo magistrado dos
5.14.1 – A normatização desta seção correspon- resultados sociais advindos da conciliação e os
de à diligência extraprocessual, de adoção facul- reflexos positivos na redução da multiplicidade
tativa pelos magistrados, destinada a viabilizar de execuções fiscais em andamento.
e a concitar, de forma diligente e prática, a mais
5.14.6.1 – Para consecução desses objetivos,
ampla conciliação entre as partes envolvidas na
deve ser sugerido que a Fazenda Pública promo-
lide, a se realizar em expediente administrativo
va a qualificação dos créditos viáveis de cobran-
autuado perante o juízo, sem incidência de cus-
ça e a análise dos custos de administração das
tas processuais, dispensada a distribuição.
execuções fiscais de pequeno valor, e que for-
5.14.2 – O expediente administrativo não deve mule, caso entender pertinente, nos termos do
suspender ou retardar o andamento de feito que facultar a lei de regência:
judicial, cuja tramitação permanecerá regular,
I – proposta de pagamento do crédito tri-
nem importará em justificativa de paralisação
butário aos devedores, em parcela única
de autos ou para a falta de apreciação de re-
ou mediante parcelamento mensal, prefe-
querimento formulado pela parte ou de matéria
rencialmente com incentivo de redução ou
que deva ser conhecida de ofício em processo
desconto, ou a concessão de remissão de
ajuizado.
dívida;
5.14.3 – – O expediente administrativo será ins-
II – requerimento de desistência da execu-
truído com a relação das execuções fiscais do
ção fiscal (com ou sem renúncia do crédito
ofício, mesmo que embargadas, separadas por
tributário).
classes e assuntos, para tal fim podendo utilizar
as Tabelas Processuais Unificadas do Poder Ju- 5.14.7 – Os oficiais de Distribuição e da escriva-
diciário. nia da Vara Cível ou especializada, assim como
os oficiais de justiça e demais auxiliares da jus-
5.14.4 – Constarão da relação às execuções fis-
tiça participantes da demanda judicial, serão
cais:
instados à participação no expediente admi-
I – de pequeno valor, consideradas aquelas nistrativo, mediante apresentação de proposta
em que as custas processuais superem o escrita de pagamento das despesas processuais
crédito tributário; atinentes às execuções fiscais objeto da relação
de processos mencionada no item 5.14.4, com

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desconto ou parcelamento, ou de sua dispensa, 5.14.12 – O acordo será individualizado e redu-


afora as hipóteses de justiça gratuita. zido a termo em formulário padrão, cabendo ao
credor a sua elaboração para posterior juntada
5.14.7.1 – O magistrado fará exposição sobre a aos autos da execução fiscal.
imprescindibilidade da participação dos oficiais
e auxiliares da justiça na viabilização do proje- 5.14.13 – O crédito tributário satisfeito pelo pa-
to, e dos reflexos positivos advindos da redução gamento, ou quando concedida a remissão de
da multiplicidade de execuções fiscais em anda- dívida, será comunicado pelo credor ao juízo da
mento. execução para fins de extinção do processo.
5.14.8 – As propostas serão juntadas aos autos 5.14.14 – Desde que adotado o presente pro-
do expediente administrativo. cedimento extraprocessual, o juiz responsável
pelo expediente administrativo, caso entenda
5.14.8.1 – Cumprirá ao credor envidar esforços pertinente, poderá regulamentar as normas
para dar conhecimento aos devedores a res- estabelecidas nesta seção, mediante portaria,
peito das propostas aludidas, mediante meio com objetivo de adequação à realidade da co-
eficaz que entender pertinente, sem ônus para marca.
o processo, sempre com objetivo de divulgar o
projeto e as vantagens pecuniárias advindas da
conciliação.
5.14.9 – O credor dará conhecimento aos de- CAPÍTULO 6
vedores de que não se admitirá arquivamento OFÍCIO CRIMINAL
de execução fiscal sem a comprovação dos re-
colhimentos ao FUNREJUS (taxa judiciária e taxa SEÇÃO 01
devida pelo registro das constrições junto ao LIVROS DO OFÍCIO
Ofício Imobiliário), observadas as hipóteses de
não-incidência referente à justiça gratuita e ou- 6.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias
tras especificadas na Constituição Federal. criminais:

5.14.10 – A critério do juízo e do credor, nos au- I – Registro de Processos Criminais (Adendo
tos de expediente administrativo poderá ser de- 1-F);
signada audiência de tratativas das propostas.
II – Registro de Cartas Precatórias, Rogató-
5.14.10.1 – A audiência poderá ser coletiva, rias e de Ordem (Adendo 2-F);
presidida pelo Juiz ou por pessoa por ele au-
III – Protocolo Geral (Adendo 3-F);
torizada, na qual haverá prévia exposição das
propostas e vantagens pecuniárias advindas da IV – Registro de Apreensões (Adendo 4-F);.
conciliação.
V – Registro de Depósito de Fiança (Adendo
5.14.10.2 – O credor suportará as despesas des- 5-F);
tinadas à divulgação e viabilização da audiên-
cia, sem ônus para o processo, a realizar-se nas VI – Registro de Sentenças (Adendo 6-F);
dependências do Fórum ou, a critério do cre- Revogado pelo Provimento nº 216
dor, após deferimento pelo Juiz, em outro local VII – Carga de Autos – Juiz (Adendo 7-F);
apropriado.
VIII – Carga de Autos – Promotor de Justiça
5.14.11 – Assim que cumprido o estabelecido (Adendo 8-F);
no item 5.14.8, ou quando encerrada a audiên-
cia que alude o item 5.14.10, os autos de expe- IX – Carga de Autos – Advogado (Adendo
diente administrativo serão arquivados. 9-F);

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X – Carga de Autos – Diversos (Adendo 10- 6.1.7 – O registro de decisão proferida em Em-
F); bargos de Declaração deverá ser efetuado na
forma prevista no CN 2.2.14.
XI – Carga de Inquéritos e Procedimentos
Investigatórios (Adendo 11-F); - Revogado pelo Provimento n. 216
XII – Carga de Mandados – Oficiais de Justi- 6.1.8 – No livro de Protocolo Geral serão regis-
ça (Adendo 12-F); trados os inquéritos policiais, procedimentos
investigatórios, pedidos de habeas corpus, li-
XIII – Alistamento de Jurados (Adendo 13- berdade provisória, execução da pena de multa,
F); dentre outros.
XIV – Registro de Atas das Sessões do Júri 6.1.8.1 – Os pedidos de execução da pena de
(Adendo 14-F); multa serão averbados no livro de Registro de
XV – Arquivo de dados sigilosos. Processos Criminais, na coluna observações.

- Redação dada pelo Provimento n. 94 6.1.9 – As multas, em que incorrerem os jurados


do Tribunal do Júri, serão recolhidas ao FUNRE-
6.1.2- As Escrivanias Criminais que já estiverem JUS como "receitas eventuais".
integradas ao Sistema de Informatização dos
Cartórios Criminais – SICC, do Departamento de SEÇÃO 02
Informática do Tribunal de Justiça do Estado do INQUÉRITO POLICIAL E
Paraná, deverão encerrar todos os livros tradi- PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
cionais, passando a lançar todos os registros e
ocorrências somente no Sistema. 6.2.1 – Os autos do inquérito policial, comunica-
6.1.2.1 – Os processos criminais e inquéritos po- dos de prisão em flagrante ou os expedientes de
liciais, nos quais tenham sido prestadas fianças investigação criminal oriundos da Polícia Judici-
que não tenham sido levantadas, mesmo arqui- ária ou do Ministério Público serão encaminha-
vados, deverão ser lançados no sistema infor- dos diretamente ao distribuidor, que fará a con-
matizado. ferência do conteúdo, efetuando a distribuição,
procedendo ao registro no livro ou no sistema
6.1.3 – Na coluna observações do livro de Regis- informatizado.
tro de Processos Criminais, deverá ser anotada
a data em que os autos foram arquivados, bem 6.2.1.1 – Recebidos no plantão judiciário, após a
como o número da respectiva caixa. manifestação do juiz de plantão e cumprimento
das determinações, os expedientes serão enca-
6.1.4 – Mediante autorização do Corregedor- minhados ao distribuidor para registro.
-Geral da Justiça, os livros e papéis de controle
poderão ser substituídos por seguro procedi- 6.2.1.2 – Ainda que não estejam sujeitos à distri-
mento da área de informática, por sugestão do buição, por não pertencerem à competência de
juiz. dois ou mais juízes, todos os inquéritos policiais,
comunicações e demais pedidos serão prévia e
6.1.5 – As varas especializadas só utilizarão os obrigatoriamente registrados pelo distribuidor.
livros próprios de sua competência.
- Ver CN 3.1.8
6.1.6 – No livro de Registro de Sentenças serão
registradas, além das decisões de mérito, as que 6.2.2 – Depois de registrados pelo distribuidor
extinguem a punibilidade, as que julgam inci- serão encaminhados à respectiva escrivania do
dentes e as de arquivamento de inquérito po- crime ou à Vara de Inquéritos Policiais, do Foro
licial. Central da Comarca da Região Metropolitana de
Curitiba, já certificados os antecedentes pelo
• Revogado pelo Provimento nº 216.

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distribuidor, independentemente de despa- 6.2.7.2 – Se o indiciado, por qualquer título, en-


cho judicial, observando-se o disposto no item contrar-se preso e não for oferecida a denúncia
6.16.1.3 do CN. no prazo de lei, o escrivão levará o fato ao co-
nhecimento do magistrado.
6.2.3 – Recebido o expediente na escrivania
do crime ou na Vara de Inquéritos, o qual não 6.2.7.3 – O escrivão monitorará os prazos dos
será autuado, o escrivão procederá ao registro feitos que dependam de intervenção da vítima
no livro de Protocolo Geral ou no sistema infor- ou seu representante legal. Em caso de prescri-
matizado, certificando o registro nos autos e afi- ção ou decadência deverá fazer a imediata con-
xando etiqueta na capa, contendo o número do clusão.
registro e a advertência quando se tratar de réu
preso. 6.2.8 – Nos demais casos e com relação aos in-
quéritos distribuídos a partir de 02.05.2007, a
6.2.4 – As armas e demais objetos apreendidos escrivania fará "remessa" dos autos de inquéri-
serão registrados no livro próprio ou no sistema to à promotoria de justiça com atribuição para
informatizado, bem como as fianças recebidas atuar no feito, independentemente de despa-
que deverão ser registrados nos autos de inqué- cho judicial, anotando a data da "remessa".
rito.
6.2.8.1 – Na situação do item 6.2.8, todos os
6.2.5 – Estando preso o indiciado, havendo pe- atos e diligências preparatórias, por exemplo,
dido de prisão ou outra circunstância que exija requisição de antecedentes, expedição de ofí-
pronunciamento judicial, os autos do inquérito cios, juntadas, movimentação de expedientes,
serão imediatamente conclusos. dentre outros, mesmo as imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia estão ao encargo do
6.2.6 – O escrivão, ao receber a comunicação de Ministério Público.
prisão em flagrante, dará imediato conhecimen-
to ao juiz, encaminhando-lhe os papéis e docu- 6.2.8.2 – Na hipótese do subitem anterior em
mentos recebidos da Delegacia, devendo fiscali- se tratando de entrância intermediária e final,
zar o cumprimento do prazo para a remessa do deverá ser consignado nos documentos que as
inquérito policial correspondente. respostas serão endereçadas à sede da Promo-
toria de Justiça das respectivas comarcas, fican-
6.2.7 – Nos casos de pedidos de arquivamento, do vedado aos servidores do Poder Judiciário
de oferecimento de denúncia e quando houver destas entrâncias o recebimento dos ofícios diri-
pedido de restrição a direito fundamental (bus- gidos ao Ministério Público.
ca e apreensão, pedidos de prisões, intercepta-
ção telefônica, quebra do sigilo fiscal e bancá- 6.2.8.3 – Não há necessidade de pronunciamen-
rio, etc.), bem como nos casos de alegação de to do juiz na baixa de inquéritos policiais à Dele-
exceção de incompetência, de pedidos de resti- gacia de Polícia, cabendo ao Ministério Público
tuição de coisas apreendidas, de seqüestro dos o controle do prazo concedido, para os fins do
bens imóveis, de especialização de hipoteca, de art. 129, VII, da CF.
avaliação de insanidade mental do indiciado, de
exumação para exame cadavérico, de realização 6.2.8.4 – Nas comarcas de entrância inicial não
de perícias e de devolução de fiança, os autos se aplica o subitem 6.2.8.2.
do inquérito serão imediatamente submetidos 6.2.8.5 – Nas comarcas de entrância inicial após
à apreciação judicial. a requisição das providências nos termos do su-
6.2.7.1 – Deferido o pedido de arquivamento bitem 6.2.8.1, o Ministério Público poderá de-
pelo juiz, a escrivania deverá providenciar a bai- volver os autos de inquérito policial ao cartório
xa do registro, dando ciência ao Ministério Pú- criminal, cabendo a este a execução do contido
blico, fazendo as demais comunicações deter- na promoção Ministerial.
minadas no item 6.15.1 do CN.

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6.2.8.6 – Na hipótese do subitem anterior ca- 6.2.10.1 – A remessa será anotada no livro de
berá aos integrantes do cartório o controle dos Protocolo Geral, comunicando-se o fato ao Dis-
prazos do subitem 6.2.8.3 e para as respostas às tribuidor, à Delegacia de Polícia de origem e ao
diligências do subitem 6.2.8.1, bem como a jun- Instituto de Identificação.
tada dos documentos que atendam às requisi-
ções antes referidas. 6.2.10.2 – Na hipótese de remessa do inquérito
ao Procurador-Geral de Justiça, na forma do art.
.2.8.7 – Nos inquéritos distribuídos antes de 28 do Código de Processo Penal, será feita ano-
02.05.2007 o trâmite, fiscalização de prazos e tação no livro ou sistema, dando-se ciência ao
atendimento de diligências permanecerão ao Ministério Público.
encargo da escrivania criminal da comarca in-
dependentemente da entrância, que fará a mo- SEÇÃO 03
vimentação de vista ao Ministério Público e o CARTAS PRECATÓRIAS
atendimento das providências requeridas nos - Nova redação conferida pelo Provimento
termos do subitem 6.2.8.1, observada a dispen- n. 217
sa de intervenção judicial do subitem 6.2.8.3.
6.3.1 – A carta precatória expedida deve ser
6.2.8.8 – Nas entrâncias intermediária e final, instruída com os elementos necessários à boa
na hipótese de dificuldade da guarda física dos realização do ato. Constará sempre o nome de
autos de inquéritos policiais nas dependências todos os réus ou querelados, evitando-se o uso
utilizadas pelo Ministério Público, este usará as de expressões como "Fulano e outros".
dependências da escrivania criminal para a refe-
rida finalidade. 6.3.2 – Se a carta precatória destinar-se à ci-
tação, é indispensável a cópia reprográfica ou
6.2.8.9 – No caso do subitem anterior a entrega traslado da denúncia ou queixa-crime. Se para
e retirada de autos de inquérito policial se darão interrogatório, além da denúncia ou queixa-cri-
mediante livros de protocolo a serem utilizados me, deve acompanhar a cópia do interrogatório
pelo escrivão e pelo integrante do Ministério policial. Se para inquirição de testemunhas, jun-
Público conforme modelo a ser definido pelo tar-se-á ainda cópia da defesa prévia, se houver,
juiz da respectiva vara. e do depoimento policial.
6.2.9 – Concluídas as diligências nas comarcas 6.3.2.1 – No caso de mais de um réu e sendo
de entrância intermediária e final, os autos do as defesas conflitantes, será juntada também
inquérito retornarão ao ofício criminal ou à Vara cópia dos interrogatórios, com a advertência da
de Inquéritos com pronunciamento conclusivo, necessidade de nomeação de defensores distin-
tais como oferecimento da denúncia ou pedido tos.
de arquivamento, que será imediatamente en- 6.3.2.2 – Informar-se-á se as testemunhas fo-
caminhado à conclusão. ram arroladas pela acusação ou pela defesa e,
6.2.9.1 – Concluídas as diligências nas comarcas neste caso, havendo mais de um réu, por qual
de entrância inicial, os autos de inquérito serão deles.
remetidos ao Ministério Público e ao retorna- 6.3.3 – Será necessariamente consignado o pra-
rem ao ofício criminal ou à Vara de Inquéritos zo para a devolução da carta precatória destina-
com pronunciamento conclusivo, tais como ofe- da à inquirição de testemunhas.
recimento da denúncia ou pedido de arquiva-
6.3.4 – Tratando-se de réu preso, serão observa-
mento, serão imediatamente encaminhados à
dos os prazos de dez (10) dias, para comarcas da
conclusão.
mesma região metropolitana, de vinte (20) dias
6.2.10 – Dependerá de decisão judicial a remes- para outras comarcas do Estado ou de Estados
sa de autos de inquérito ou de procedimento in- próximos, e de trinta (30) dias para as dos de-
vestigatório a outro juízo. mais Estados, com as variações pertinentes.

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6.3.4.1 – Tratando-se de réu solto, os prazos aci- II – para interrogatório: da denúncia ou


ma podem ser duplicados. queixa-crime e interrogatório policial;
6.3.5 – Da expedição de carta precatória para a III – para inquirição de testemunhas: da de-
inquirição de testemunhas serão intimadas as núncia ou queixa-crime, resposta, se hou-
partes. ver, e do depoimento policial.
• Ver CN 5.7.8. 6.3.1.2.1 – No caso de mais de um réu e, sendo
6.3.6 – Expirado o prazo para cumprimento da as defesas conflitantes, constará da Carta Preca-
precatória, o escrivão certificará a respeito, fa- tória a advertência da necessidade de nomea-
zendo conclusos os autos ao Magistrado, que, ção de defensores distintos.
por sua vez, poderá determinar o prossegui-
mento do processo independentemente da de- 6.3.1.2.2 – Informar-se-á se as testemunhas fo-
volução da precatória, de acordo com a lei pro- ram arroladas na denúncia, na queixa ou pela
cessual, como meio de evitar a consumação da defesa e, neste caso, havendo mais de um réu,
prescrição da pretensão punitiva. por qual deles.

6.3.7 – O escrivão certificará a data da juntada 6.3.1.3 – Será necessariamente consignado o


da carta precatória devolvida e juntará ao feito prazo para a devolução da Carta Precatória des-
somente as peças necessárias, como a certidão tinada à inquirição de testemunhas.
da citação ou intimação e o termo de interroga- - Ver artigo 222 do Código de Processo Pe-
tório ou inquirição, arquivando em separado as nal.
demais peças.
• Ver CN 2.3.5 e 2.3.5.1. 6.3.1.4 – Tratando-se de feito de réu preso, se-
rão observados os seguintes prazos para cum-
6.3.8 – Devolvida depois das alegações finais, primento da Carta Precatória:
com o cumprimento do ato processual, abrir-se-
-á vista às partes. I – dez (10) dias, para Foros de uma mesma
Comarca e para Comarcas limítrofes;
SEÇÃO 03
II – vinte (20) dias para outras Comarcas do
CARTAS PRECATÓRIAS Estado ou de Estados limítrofes; e
- Nova redação conferida pelo Provimento n.
217 III – trinta (30) dias para as dos demais Es-
tados.
SUBSEÇÃO 01 6.3.1.4.1 – Tratando-se de feito de réu solto, os
DISPOSIÇÕES GERAIS prazos acima podem ser duplicados.
6.3.1.1 – A Carta Precatória expedida deve ser 6.3.1.5 – Da expedição de Carta Precatória para
instruída com os elementos necessários à boa a inquirição de testemunhas serão intimadas as
realização do ato. Constará sempre o nome de partes.
todos os réus ou querelados, evitando-se o uso
de expressões como “Fulano e outros”. 6.3.1.5.1 – As intimações aos advogados em
Cartas Precatórias deverão, de regra, ser efetu-
6.3.1.2 – As Cartas Precatórias, conforme fina- adas pelo Juízo Deprecado, observadas as nor-
lidade abaixo indicada, serão obrigatoriamente mas para as intimações via postal e pelo Diário
acompanhadas de cópias reprográficas ou tras- da Justiça.
lado:
6.3.1.6 – Expirado o prazo para cumprimento
I – para citação: da denúncia ou queixa-cri- da Precatória, o escrivão certificará a respeito,
me; fazendo conclusos os autos ao Magistrado que,

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por sua vez, poderá determinar o prossegui- de trinta (30) dias ou outro lapso temporal
mento do processo, independentemente da de- assinalado pelo juiz.;
volução da Precatória, de acordo com a lei pro-
cessual, como meio de evitar a consumação da III – promover a devolução da Carta Preca-
prescrição da pretensão punitiva. tória, com as baixas na distribuição:

- Ver artigo 222 do Código de Processo Pe- a) na hipótese do inciso II supra;


nal. b) após o cumprimento do ato deprecado;
6.3.1.6.1 – Se a Precatória não tiver prazo para c) quando a Carta Precatória retornar com
cumprimento, o Escrivão fará a conclusão dos diligência negativa.
autos ao juiz assim que decorridos sessenta (60)
dias da expedição. 6.3.1.10 – Em relação às Cartas Precatórias ex-
pedidas, competirá à Escrivania/Secretaria Cri-
6.3.1.7 – O escrivão certificará a data da jun- minal, independente de determinação judicial:
tada da Carta Precatória devolvida, acostando
ao feito somente as peças necessárias, como a I – certificar sua expedição, juntando-se có-
certidão da citação ou intimação e o termo de pia nos autos;
interrogatório ou inquirição.
II – expedir ofício, firmado pelo Juiz, solici-
- Ver CN 2.3.5 e 2.3.5.1. tando a devolução da Carta Precatória de-
vidamente cumprida ou informações sobre
6.3.1.8 – Devolvida depois das alegações finais, o seu andamento, findo o prazo assinalado
com o cumprimento do ato processual depreca- para cumprimento ou, na ausência deste,
do, abrir-se-á vista às partes. após trinta dias da expedição;
6.3.1.9 – Em relação às Cartas Precatórias rece- III – quando, em relação às Cartas Preca-
bidas, a Escrivania/Secretaria Criminal tomará tórias expedidas pelo Juízo, não estiverem
as providências necessárias ao seu cumprimen- sendo respondidos ofícios versando acerca
to, salvo nas hipóteses que dependam da inter- de informações sobre o cumprimento do
venção do juiz. ato junto ao Juízo Deprecado, a escrivania
6.3.1.9.1 – Recebidas Cartas Precatórias para deverá estabelecer contato telefônico com
cumprimento, independente de determinação o titular da respectiva serventia, com a fina-
judicial, a escrivania oficiará ao Juízo Deprecan- lidade de obter as informações diretamen-
te, comunicando o número de autuação e ou- te, de tudo certificando nos autos;
tros dados importantes para o cumprimento do - Ver Item 2.16.3 do CN.
ato, como por exemplo, a data de audiência de-
signada, a expedição de mandados, etc. IV – responder os ofícios do Juízo Depre-
cado, instruindo com os respectivos docu-
- Ver CN 2.16.1. mentos, quando houver solicitação nesse
6.3.1.9.2 – Competirá à Escrivania/Secretaria sentido;
Criminal a prática dos seguintes atos ordinató- V – se a Carta Precatória for devolvida a car-
rios nas Cartas Precatórias recebidas: tório com diligência parcial ou totalmente
I – responder os ofícios encaminhados pelos infrutífera, a Secretaria intimará a parte in-
Juízos de origem, dirigidos aos respectivos teressada para dar atendimento às diligên-
Escrivães, com as informações solicitadas; cias que dependam de sua manifestação;

II – certificar a ausência de resposta aos ex- VI – no caso de Cartas Precatórias com a


pedientes encaminhados aos respectivos finalidade de inquirir testemunhas, assim
Juízos Deprecantes, quando expirar o prazo que recebida comunicação de designação

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de audiência, cientificar as partes da data sagens, se tornarão responsáveis pelo seu anda-
agendada. mento e teor.

SUBSEÇÃO 02 6.3.2.9 – As comunicações ao Distribuidor, pelo


CARTAS PRECATÓRIAS ELETRÔNICAS Juízo Deprecado (recebimento e devolução da
Carta Precatória), far-se-ão mediante remessa
6.3.2.1 – A expedição de Carta Precatória entre de relatórios expedidos pelo sistema.
Varas Criminais do Estado do Paraná far-se-á 6.3.2.10 – Mensalmente, o Escrivão consultará
obrigatoriamente pela via eletrônica, com a uti- o relatório de Cartas Precatórias pendentes de
lização da ferramenta existente no sistema de cumprimento, expedido pelo sistema, impulsio-
informatização do cartório criminal. nando os feitos e efetuando as cobranças perti-
6.3.2.2 – Aplicam-se às Cartas Precatórias Ele- nentes.
trônicas as disposições da Subseção 01, que não
conflitarem com normas específicas desta Sub- SEÇÃO 04
seção. AUTUAÇÃO
6.3.2.3 – A Carta Precatória, cuja formação pode 6.4.1 – Recebida a denúncia ou a queixa-crime,
ser feita pelo sistema, deverá estar assinada por o juiz determinará:
escrito ou digitalmente.
I – a citação do réu ou do querelado;
6.3.2.4 – Os documentos que acompanharem a
Carta Precatória (arquivos anexos) serão digita- II – a designação da data do interrogatório;
lizados em arquivos formato PDF e inseridos no III – a imediata solicitação de informações
sistema, apartados da Carta Precatória. sobre os antecedentes do acusado ou que-
6.3.2.5 – Os arquivos anexos serão descritos/ relado ao juízo do lugar de sua residência,
nominados conforme o ato processual respecti- às Varas de Execuções Penais e ao Instituto
vo (ex. denúncia, defesa prévia, etc.), evitando- de Identificação do Estado;
-se a descrição genérica como, por exemplo, - Ver CN 6.2.10.
doc.1, anexo 1, etc.
IV – a comunicação do recebimento da de-
6.3.2.6 – Recebida a Carta Precatória pelo Juízo núncia ou da queixa-crime ao distribuidor
Deprecado, recomenda-se sua tramitação ele- criminal, ao Instituto de Identificação e,
trônica exclusivamente pelo sistema, evitando- quando for o caso, à delegacia de polícia de
-se, portanto, a autuação física. que se originou o inquérito.
6.3.2.6.1 – Nas Cartas Precatórias Eletrônicas, é - Ver CN 6.15.1.
dispensado o cumprimento do item 6.3.1.9.1.
6.4.1.1 – O interrogatório do réu preso deve
6.3.2.7 – As comunicações entre Juízos Depre- desde logo ser realizado.
cante e Deprecado serão realizadas pela ferra-
menta de “mensagens” existentes no sistema, 6.4.1.2 – Se houver pedido de liberdade provi-
evitando-se a expedição de ofícios. sória ou de revogação de prisão preventiva, e o
juiz entender que deve antes ouvir o réu, requi-
6.3.2.7.1 – As mensagens recebidas poderão sitá-lo-á imediatamente para o interrogatório.
ser impressas, a fim de instruírem os autos dos
quais se originou a Carta Precatória. 6.4.1.3 – Os autos de recurso em sentido estri-
to, arbitramento de fiança, liberdade provisória,
6.3.2.8 – Os servidores que receberem as Car- restituições, dentre outros, quando já julgados,
tas Precatórias, lerem e responderem as men- serão desapensados e arquivados, certificando-

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-se o fato nos autos principais, com traslado da I – o juízo, o número do registro e a data
decisão proferida nos autos incidentais. do recebimento da denúncia ou queixa, o
nome do autor ou querelante, o nome do
6.4.2 – No caso de, no mesmo processo-crime, Assistente, o nome dos acusados, com o
haver réu preso e réu solto, e, quanto a este, se respectivo número de RG e/ou CPF, o nome
preveja demora na realização dos atos proces- dos advogados com o respectivo número
suais, é recomendável que o juiz desmembre o de inscrição na OAB, o dispositivo legal im-
processo. putado aos acusados, a data, o número da
- Ver art. 80 do CPP. distribuição, e demais observações neces-
sárias, o que também constará dos demais
6.4.2.1 – Idêntica solução será adotada quando volumes dos autos, e
houver suspensão do processo pela revelia.
II – as circunstâncias de o réu estar preso,
- Ver art. 366 do CPP. de ter sido arbitrada fiança, de o processo
6.4.2.2 – Quando houver mais de um réu e a encontrar-se suspenso e de ter havido tran-
algum deles for concedido o benefício da sus- sação.
pensão condicional do processo, em relação a III – O fato de ter sido determinada a pre-
ele deverá ser extraído traslado do respectivo servação do sigilo de dados de vítimas ou
termo que, autuado com registro no livro Proto- testemunhas, na forma da lei e do item
colo Geral e no Ofício Distribuidor, servirá para 6.27.4, mediante a utilização de etiqueta ou
fiscalização e acompanhamento das condições. tarja de forma destacada.
- Ver art. 89 da Lei nº 9.099, de 26.09.1995. - Redação dada pelo Provimento n. 94
6.4.2.3 – Havendo revogação do benefício ou 6.4.6 – No caso de demanda inicial relativa à
sentença de extinção pelo cumprimento ou de- violência doméstica e familiar contra a mulher,
curso do prazo, tal decisão deverá ser traslada- os processos deverão ser autuados com capa
da ao processo. vermelha. Nas demandas já em trâmite, deverá
6.4.2.4 – Sendo revogado o benefício e estando ser aposta etiqueta da mesma cor com os dize-
o processo na instância superior, o juiz solicitará res: PRIORIDADE – LEI 11.340/06.
cópias e providenciará o desmembramento do - Redação dada pelo Provimento n. 148
processo.
SEÇÃO 05
6.4.3 – É obrigatória a utilização do modelo de
capa de autos de processo-crime constante des- CITAÇÃO
te CN, cabendo ao juiz a fiscalização, em cor- 6.5.1 – Do mandado de citação deverão cons-
reição permanente, quanto ao correto preen- tar os requisitos do art. 352 do CPP, quanto aos
chimento dos campos destinados às anotações endereços residencial e comercial do réu, cum-
referentes ao feito. prindo ao escrivão indicar pontos de referência.
- Ver modelo 11 do CN. 6.5.1.1 – Acompanhará o mandado cópia da de-
6.4.4 – A numeração das folhas do processo será núncia ou da queixa-crime.
feita a partir da capa, desprezada a numeração 6.5.2 – A citação e intimação pessoal do militar
original dos autos do inquérito policial. em atividade não dispensam a sua requisição
6.4.5 – Da autuação constarão os seguintes da- por intermédio do chefe do respectivo serviço.
dos: - Ver art. 358 do CPP.

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6.5.2.1 – O integrante da Polícia Militar do Es- 6.5.4 – Efetivamente esgotados os meios dispo-
tado deverá ser requisitado mediante ofício ao níveis para a localização do acusado, o que de-
respectivo Comandante, o qual deverá dar en- verá ser certificado com clareza pelo oficial de
trada, no endereço correto, pelo menos sete justiça, proceder-se-á à citação por edital, que
(07) dias antecedentes a data do compareci- será afixado na porta do fórum ou em outro lu-
mento, ressalvados os casos extraordinários, gar de costume e publicado no Diário da Justiça.
para que seja possível a informação de impedi-
mento justificável. - Ver art. 365 do CPP.

- Redação alterada pelo Provimento n. 190 6.5.4.1 – A afixação será certificada nos autos
pelo oficial de justiça que a tiver feito e a publi-
6.5.2.2 – No ofício deverão constar, obrigato- cação provada pela juntada da página do jornal
riamente, os seguintes requisitos para a identi- em que haja o nome do periódico e a data da
ficação do policial militar e da unidade em que publicação ou certidão do escrivão contendo
serve ou serviu na época do fato: aqueles dados.
I – nome completo; 6.5.4.2 – Além dos requisitos do art. 365 do CPP,
deverão constar do edital extrato da denúncia
II – posto ou graduação; ou queixa e a menção dos dispositivos de lei ati-
III – número do Registro Geral; nentes à imputação.

IV – data e hora do comparecimento; 6.5.5 – O escrivão deverá tomar especial cui-


dado para que, entre a publicação e a data do
V – o número do boletim de ocorrência; interrogatório, esteja compreendido o prazo da
VI – a data da elaboração; citação.

VII – a unidade policial militar. SEÇÃO 06


INTERROGATÓRIO
- Criado pelo Provimento n. 190
6.5.2.3 – No ofício constará, ainda, a identifica- 6.6.1 – No interrogatório, expressamente es-
ção da autoridade militar estadual (ex. Coman- clarecido o réu de seu direito de permanecer
dante do 13º Batalhão da Polícia Militar), com calado, o juiz deve procurar obter informações
o endereçamento correto da unidade no enve- sobre:
lope. No caso do Foro Central de Curitiba e dos I – as circunstâncias do fato e seus autores;
Foros da Região Metropolitana, se houver dú-
vida ou falta de dados que permitam o correto II – a vida e os antecedentes do acusado;
endereçamento, dirigi-lo ao Comandante-Geral III – sua situação econômica, com a renda e
da Polícia Militar do Paraná. os encargos financeiros e familiares.
- Criado pelo Provimento n. 190 6.6.2 – Ao réu incapaz, o juiz deve nomear cura-
6.5.3 – O dia designado para funcionário pú- dor ao ensejo do interrogatório.
blico em atividade comparecer em Juízo, como 6.6.2.1 – Salvo inconveniência concreta, poderá
acusado, será notificado a ele e ao chefe de sua o advogado, dativo, constituído ou membro da
repartição. Defensoria Pública, ser nomeado curador.
6.5.3.1 – Em Curitiba, quando o réu for policial 6.6.3 – Havendo substituição do defensor, ao
civil, o superior a ser notificado será o Delega- substituto deverá ser estendida a função de
do-Geral de Polícia, com antecedência mínima curador.
de trinta (30) dias, exceto no caso de réu preso.

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6.6.4 – Se o curador não for o próprio defensor - Ver art. 370, § 4º, do CPP
do acusado, deverá ser intimado de todos os
atos do processo. 6.7.5 – Nas intimações de policiais militares da
ativa observar-se-ão as normas contidas nos
6.6.5 – Se o réu não falar português, ou se for itens 6.5.2 e 6.5.2.1; nas intimações dos funcio-
surdo-mudo ou surdo que não saiba ler e escre- nários públicos em atividade, inclusive policiais
ver, o interrogatório será levado a efeito por in- civis, observar-se-ão os itens 6.5.3 e 6.5.3.1;
térprete, cuja escolha não poderá recair no de- havendo informações nos autos ou na medida
fensor do interrogando. do possível, quanto aos policiais civis, principal-
mente do interior, convém comunicar ao chefe
SEÇÃO 07 da repartição em que servirem.
INTIMAÇÃO
6.7.6 – De todos os atos do processo o advoga-
6.7.1 – Encerrado o interrogatório, o juiz deve do do assistente de acusação deverá ser regu-
designar imediatamente a audiência para a in- larmente intimado.
quirição das testemunhas arroladas na peça ini- 6.7.6.1 – Todavia, se, intimado, o advogado do
cial, intimando-se o réu, seu defensor e, sendo assistente deixar de comparecer a qualquer dos
o caso, seu curador. atos da instrução ou do julgamento, sem moti-
6.7.2 – Ao defensor será aberta, desde logo, vis- vo de força maior devidamente comprovado, o
ta dos autos para apresentação das alegações processo prosseguirá independentemente de
preliminares (defesa prévia), cabendo à Escriva- sua nova intimação.
nia fiscalizar o cumprimento do prazo a fim de - Ver art. 271, § 2º, do CPP.
evitar eventual retardamento indevido.
6.7.6.2 – Na hipótese do subitem anterior, de-
6.7.3 – A intimação do defensor constituído, do verá o assistente de acusação ser cientificado
advogado do querelante e do assistente far-se-á das conseqüências advindas do não-compareci-
por publicação no Diário da Justiça, mencionan- mento de seu advogado.
do, sob pena de nulidade, o nome do acusado.
6.7.7 – Nos mandados de intimação, o escri-
- Ver art. 370, § 1º, do CPP (com a redação vão deverá observar o art. 370 do CPP, fazendo
dada pela Lei nº 9.271, de 17.04.1996). constar os dados mencionados no item 6.5.1.
6.7.3.1 – A intimação pessoal feita pelo escrivão 6.7.8 – Os mandados de intimação poderão ser
torna dispensável a publicação de que trata o assinados pelo escrivão, desde que dele conste
caput. a observação de que o faz sob autorização do
- Ver art. 370, § 3º, do CPP (com a redação juiz, com indicação do número da respectiva
dada pela Lei nº 9.271, de 17.04.1996). portaria autorizadora.

6.7.3.2 – Na hipótese do subitem anterior, o es- 6.7.9 – Independentemente de determinação


crivão deverá colher o ciente do intimando, com judicial, a parte será intimada para falar sobre
sua assinatura, rubrica ou impressão digital, a testemunha não encontrada e que por ela te-
neste caso com duas testemunhas. nha sido arrolada.

6.7.3.3 – Será certificada a recusa do ciente ou 6.7.10 – O juiz, sempre que possível, deliberará
a prática de ato inequívoco de que decorra o co- na própria audiência, para que as partes fiquem
nhecimento do ato judicial objeto da intimação. desde logo intimadas.

6.7.4 – A intimação do Ministério Público e do 6.7.11 – Na hipótese de as vítimas ou teste-


defensor nomeado será sempre pessoal. munhas se enquadrarem no disposto no item
6.27.3, o mandado de intimação deverá ser indi-

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vidualizado, de modo que não se possa ter aces- SEÇÃO 10


so aos seus dados pessoais. INSTRUÇÃO
6.7.12 – Após o cumprimento do mandado, será
juntado aos autos a Certidão do Oficial de Jus- 6.10.1 – Na organização da pauta de audiências,
tiça, sem identificação dos dados pessoais de deverá ser reservado um período para os pro-
vítimas e testemunhas e o original deverá ser cessos de réu preso. É aconselhável que, quan-
destruído pelo Escrivão. do possível, não sejam marcadas audiências no
expediente matutino, reservando-o para sen-
- Redação dada pelo Provimento n. 94 tenciar e despachar.

SEÇÃO 08 6.10.2 – Em audiência, será dada oportunidade


à parte para desde logo se pronunciar a respei-
ATOS ESPECÍFICOS DO JUIZ
to de testemunha sua não encontrada; haven-
6.8.1 – Deverão ser sempre assinados pelo juiz: do insistência na inquirição ou requerimento de
substituição, a data será imediatamente marca-
I – os mandados de prisão; da, intimando-se os presentes.
II – os contramandados; 6.10.2.1 – Na designação de datas para audiên-
cias, devem-se priorizar os processos em que o
III – os alvarás de soltura;
momento da prescrição estiver próximo.
IV – os salvo-condutos;
6.10.2.2 – Salvo inconveniência do caso concre-
V – as requisições de réu preso; to, a ser aferida pelo juiz, o réu deve permane-
cer ao lado do advogado, na tribuna de defesa,
VI – as guias de recolhimento, de internação nas audiências e sessões do tribunal do júri.
ou de tratamento;
6.10.3 – Em qualquer fase do processo, toda vez
VII – os ofícios e alvarás para levantamento que documento relevante for juntado aos autos,
de depósito; inclusive carta precatória, as partes serão inti-
VIII – ofícios dirigidos a magistrados e de- madas para se pronunciar.
mais autoridades constituídas. 6.10.4 – No procedimento comum, encerrada a
6.8.2 – A inquirição de testemunhas e o inter- produção da prova, o escrivão dará vista às par-
rogatório do acusado devem ser inteiramente tes para os fins do art. 499 do CPP, independen-
realizados pelo juiz, não podendo ser lido sim- te de determinação judicial.
plesmente o termo do inquérito policial ou o 6.10.4.1 – Se forem requeridos somente os an-
que tiver sido anulado, considerando-os confir- tecedentes do réu, o escrivão os certificará ou
mados, sob pena de nulidade. os solicitará independentemente de determina-
ção judicial.
SEÇÃO 09
DEFESA 6.10.4.2 – Nas solicitações de antecedentes às
varas de execução penal, devem-se anotar, em
6.9.1 – Quando a atuação do defensor for negli- destaque, os casos de réu preso e em fase de
gente, omissa ou defeituosa, nomear- se-á ou- alegações finais. Havendo demora no atendi-
tro advogado. mento, a Corregedoria-Geral da Justiça deverá
ser comunicada.
6.9.2 – Se o advogado constituído renunciar ao
mandato, o réu será notificado para a contrata- 6.10.4.3 – Se não houver requerimento algum
ção de outro e, se não o fizer no prazo assinado, na fase do art. 499 do CPP, o escrivão abrirá vis-
ser-lhe-á nomeado um defensor.

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ta às partes para alegações finais, independen- conteúdo de outra peça processual. Quando o
temente de despacho. fizer, a peça mencionada deverá ser igualmen-
te registrada no livro de Registro de Sentenças
6.10.5 – Se com as alegações finais da defesa logo após a respectiva sentença, como parte in-
forem juntados documentos, dar-se-á vista dos tegrante.
autos ao Ministério Público, independentemen-
te de pronunciamento judicial. 6.12.2 – Recomenda-se ao juiz que evite a práti-
ca de considerar parte integrante de sua senten-
SEÇÃO 11 ça o pronunciamento do Ministério Público ou o
MOVIMENTAÇÃO DOS PROCESSOS conteúdo de outra peça processual. Quando o
fizer, a peça mencionada deverá ser igualmente
6.11.1 – O escrivão deverá revisar periodica- registrada como parte integrante da sentença.
mente os autos de processo-crime, verificando
se alguma diligência se encontra pendente de - Redação dada pelo Provimento n. 216
cumprimento e fazendo- os conclusos se o im- 6.12.3 – Nas sentenças em geral, recomenda-se
pulso depender de despacho do juiz. a adoção de cabeçalho do qual conste o número
6.11.1.1 – Nenhum processo ficará paralisado dos autos do processo-crime, nome das partes e
na escrivania por prazo superior a trinta (30) espaço para o número de registro da sentença,
dias, salvo deliberação judicial em contrário, à semelhança dos acórdãos.
devendo a escrivania, no controle desse prazo, 6.12.3 – Nas sentenças em geral, recomenda-se
dedicar especial atenção às requisições de cer- a adoção de cabeçalho do qual conste o número
tidões e aos ofícios e cartas precatórias expedi- dos autos do processo-crime e nome das partes.
dos. Vencido o prazo, a escrivania certificará o
fato, fazendo conclusos os autos. - Redação dada pelo Provimento n. 216
6.11.2 – As conclusões dos autos ao juiz devem 6.12.4 – O juiz deve estar atento para o dispos-
ser realizadas diariamente, sem limite de núme- to no art. 92 do CP, declarando, fundamenta-
ro de processos. Não é permitida a permanên- damente, a perda de cargo, função pública ou
cia dos autos na escrivania, a pretexto de que mandato eletivo, a incapacidade para o exercí-
aguardam conclusão. cio do pátrio poder, tutela e curatela, e a inabi-
litação para dirigir veículo, sempre que o réu,
- Ver CN 2.3.6. pelo crime praticado e pelas demais circunstân-
6.11.3 – Se injustificado atraso processual ocor- cias, não tenha condições de continuar a exer-
rer por negligência do oficial de justiça ou do cer aquelas atividades.
escrivão, o juiz deverá instaurar o procedimento 6.12.5 – As fases do art. 68 do CP devem ser
administrativo correspondente. atentamente observadas para o cálculo da pena.
SEÇÃO 12 6.12.6 – Na análise das circunstâncias judiciais
DAS SENTENÇAS E APLICAÇÃO do caput do art. 59 do CP, o magistrado deve
DA PENA abordá-las uma a uma, de maneira a demons-
trar que efetivamente buscou, para tanto, ele-
6.12.1 – Mesmo havendo pedido de absolvição mentos do conjunto probatório.
por parte do representante do Ministério Públi-
6.12.6.1 – Frases e expressões vagas e padro-
co, as sentenças absolutórias devem ser funda-
nizadas, tais como "personalidade normal",
mentadas, ainda que concisamente.
"culpabilidade, a do próprio tipo penal", "cir-
6.12.2 – Recomenda-se ao juiz que evite a práti- cunstâncias: desfavoráveis", não traduzem a in-
ca de considerar parte integrante de sua senten- dividualização da pena prevista no art. 59 do CP
ça o pronunciamento do Ministério Público ou o e no art. 5°, XLVI da CF.

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6.12.6.2 – A reincidência não deve ser conside- do, seja constituído, dativo ou defensor público,
rada na análise dos antecedentes do condenado correndo o prazo recursal do último ato.
na fase de individualização da pena, mas tão-
-somente como agravante. 6.13.1.1 – A intimação por edital, observados
os itens 6.5.4 e 6.5.4.1, será precedida de dili-
6.12.6.3 – Quando houver mais de um condena- gência do oficial de justiça, no cumprimento do
do, a análise das circunstâncias judiciais deverá mandado. Do edital constarão também o nome
ser feita separadamente a cada um deles, sob do réu, o prazo, as disposições de lei e as penas
pena de nulidade. aplicadas, o regime de cumprimento e o conte-
údo sucinto da sentença.
6.12.6.4 – Recomenda-se que, sendo fixada a
pena base acima do mínimo legal, o magistrado 6.13.1.2 – A escrivania, publicada a sentença
esclareça quais as circunstâncias que determi- em cartório, dará ciência da parte dispositiva às
naram o acréscimo e qual o quantum que acres- vítimas do crime e, sendo o caso, da quantidade
ceu em relação a cada uma delas. de pena aplicada, acrescentando que os autos e
o inteiro teor da decisão encontram-se disponí-
6.12.7 – Para a agravação da pena por ter sido o veis para consulta na serventia.
crime cometido contra cônjuge, criança ou ve-
lho, deve ser obtida prova documental do casa- - De acordo com o Of. Circular nº 140/00
mento, ou da idade da vítima. (protocolo nº 123.622/2000).
6.12.8 – Sempre que a pena comportar a sua 6.13.2 – No ato da intimação, se o réu declarar
substituição ou suspensão, a sentença deve ser que deseja recorrer, lavrar-se-á o respectivo ter-
expressa quanto à respectiva concessão ou aos mo. Redação revogada pelo Provimento nº 215.
motivos de não o deferir.
6.13.2 – No ato da intimação será perguntado
6.12.9 – A fixação do regime inicial deve ser fun- ao réu se deseja recorrer e, sendo afirmativa a
damentada, principalmente quando for estabe- resposta, lavrar-se-á o respectivo termo.
lecido regime mais rigoroso do que aquele que
a quantidade e a qualidade da reprimenda, em - Redação dada pelo Provimento n. 215
princípio, permitem. 6.13.3 – O trânsito em julgado da sentença será
6.12.10 – É obrigatória a fixação do regime ini- certificado separadamente para o Ministério
cial de cumprimento da pena, ainda que, des- Público, ao assistente da acusação, ao defensor
de logo, o magistrado resolva substituir a pena e ao réu.
aplicada por restritiva de direito. 6.13.4 – Após o trânsito em julgado da sentença
6.12.11 – Sempre que houver condenação cri- condenatória, o escrivão lançará o nome do réu
minal de profissional qualificado (advogado, na coluna rol dos culpados, do livro de Registro
médico, engenheiro etc.), a sentença deverá de Processos Criminais.
conter disposição expressa no sentido de que, SEÇÃO 14
com o trânsito em julgado, seja feita comunica-
ção ao respectivo órgão de classe (OAB, CRM, ALVARÁS DE SOLTURA E MANDADOS
CREA etc.). DE PRISÃO
SEÇÃO 13 6.14.1 – Alvarás de soltura e mandados de pri-
INTIMAÇÕES DAS SENTENÇAS são deverão ser imediatamente expedidos.
6.14.1.1 – Cópias dos alvarás de soltura e dos
6.13.1 – Da sentença condenatória devem ser
mandados de prisão deverão ser encaminhadas
necessariamente intimados o réu e o advoga-
à Vara de Execuções Penais competente, à De-

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legacia de Vigilância e Capturas – DVC, dentre 6.14.6 – Se o responsável pelo presídio tiver dú-
outros. vida quanto ao cumprimento do alvará de sol-
tura, deverá comunicar-se imediatamente com
6.14.1.2 – Sendo relaxada a prisão, o mandado o juiz que expediu a ordem, solicitando-lhe ins-
deve ser recolhido, fazendo-se as necessárias truções.
comunicações em caráter de urgência.
6.14.7 – Os mandados de prisão serão gerados,
- De acordo com o Of. Circular nº 119/97 e obrigatoriamente, pelo Sistema eMandado,
nº 242/04. criado por convênio entre o Tribunal de Justiça
6.14.2 – Dos mandados de prisão, dos alvarás e as Secretarias de Estado da Justiça e Cidada-
de soltura e dos salvo-condutos constarão os nia e da Segurança Pública. Após a conferência,
nomes, a naturalidade, o estado civil, a data de serão assinados digitalmente pelo Magistrado,
nascimento ou a idade, a filiação, a profissão, o com o encaminhamento eletrônico aos órgãos
endereços da residência ou do trabalho, o nú- da segurança pública, com a confirmação da pu-
mero dos autos do inquérito ou do processo, blicidade no próprio Sistema.
características físicas e especialmente o número - Ver item 6.14.10.
do CPF e do RG, bem como o tempo de duração
da ordem de segregação, se for o caso, e a data - Incluído pelo Provimento n. 202
de sua validade, com obediência ao prazo pres-
cricional. 6.14.7.1 – Fora do horário de expediente dos
órgãos do Poder Executivo, havendo urgência
- Redação dada pelo Provimento 131. e relevância definida pelo magistrado no cum-
primento do mandado, será gerado no Siste-
6.14.2.1 – A cada seis (06) meses, realizar-se- ma eMandado e encaminhado por meio físico,
-á revisão nos mandados de prisão expedidos, mantendo-se contato com a autoridade, por
recolhendo-se aqueles que não mais estejam vi- qualquer meio (telefone, fac-símile, etc.), para
gorando; e, anualmente, deverão ser renovados ciência.
os mandados vigentes que serão novamente en-
caminhados à autoridade policial competente. - Ver item 6.14.13.
6.14.3 – Dos alvarás de soltura constarão, ain- - Incluído pelo Provimento n. 202
da, a data e a natureza da prisão, a infração, a
pena imposta, o motivo da soltura e a cláusula 6.14.7.2 – À exceção do previsto no item
"se por outro motivo não estiver preso" (ou "se 6.14.7.1, ficam dispensadas quaisquer outras
por al não estiver preso"). comunicações aos órgãos de segurança públi-
ca e à Vara de Execuções Penais e Corregedoria
6.14.4 – No interior, se o alvará de soltura tiver dos Presídios.
de ser cumprido pelas Varas de Execuções Pe-
nais, será instruído com certidão do distribui- - Incluído pelo Provimento n. 202
dor. Nesse caso, a carta precatória deverá con- 6.14.7.3 – A autoridade judiciária deverá comu-
ter certidão da escrivania de que contra o preso nicar a prisão de qualquer pessoa estrangeira à
não há outra ordem de prisão na comarca. missão diplomática de seu Estado de origem ou,
- Ver Lei Estadual nº 11.374, de 16.05.1996, na sua falta, ao Ministério das Relações Exterio-
que criou as novas Varas de Execução no Es- res, e ao Ministério da Justiça, no prazo máximo
tado. de 05 (cinco) dias.

6.14.5 – Desde que adotados meios seguros, os - Incluído pelo Provimento n. 246
mandados poderão ser transmitidos via fax ou 6.14.7.3.1 – A comunicação será acompanhada
correio eletrônico. dos seguintes documentos:

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I – na hipótese de prisão definitiva, de cópia V – a numeração única dos autos do inqué-


da sentença penal condenatório ou do acór- rito ou do processo;
dão transitado em julgado;
VI – a tipificação;
II – na hipótese de prisão cautelar, de cópia
da decisão que manteve a prisão em fla- VII – o tempo de duração da ordem de se-
grante ou que decretou a prisão provisória. gregação, se for o caso;

- Incluído pelo Provimento n. 246 VIII – a data de sua validade, com obediên-
cia ao prazo prescricional; e
6.14.7.3.2 – Incumbe à autoridade judiciária,
após a realização das perícias pertinentes, en- IX – a numeração de série.
caminhar o passaporte do preso estrangeiro à - Ver art. 285, parágrafo único do CPP.
respectiva missão diplomática ou, na sua falta,
ao Ministério das Relações Exteriores, no prazo - Incluído pelo Provimento n. 202
de 05 (cinco) dias.
6.14.8.1 – Para efeitos do item 6.14.8.IV, a se-
- Incluído pelo Provimento n. 246 cretaria deverá consultar o sistema informatiza-
do para verificar informação de anterior prisão
6.14.7.4 – Caberá ao juiz da execução penal co- do réu e sua localização, caso em que indicará
municar à missão diplomática do Estado de ori- como destinatária do mandado a unidade pri-
gem do preso estrangeiro, ou na sua falta, ao sional que detém a custódia.
Ministério das Relações Exteriores, e ao Minis-
tério da Justiça, no prazo máximo de 05 (cinco) - Incluído pelo Provimento n. 202
dias:
6.14.8.2 – Deverão constar, quando possível, a
I – progressão ou regressão de regime; naturalidade; a data de nascimento; estado ci-
vil; o número do RG e CPF; profissão; caracte-
II – a concessão de livramento condicional; rísticas físicas; dentre outras informações perti-
III – a extinção da punibilidade. nentes ao réu.

- Incluído pelo Provimento n. 246 - Incluído pelo Provimento n. 202

6.14.7.4.1 – A comunicação de que trata o item 6.14.9 – Havendo ciência ou suspeita, referên-
acima será acompanhada da respectiva decisão. cia, indicação, ou declaração de qualquer inte-
ressado ou agente público, que a pessoa a ser
- Incluído pelo Provimento n. 246 presa está fora do país, vai sair dele ou pode ser
encontrada no exterior, essa circunstância de-
6.14.8 – No mandado de prisão constarão obri- verá constar, de forma expressa, na ordem de
gatoriamente: prisão por decisão judicial criminal definitiva, de
I – o nome; sentença de pronúncia ou de qualquer caso de
prisão preventiva em processo crime.
II – a filiação;
- Art. 1º, da Instrução Normativa nº 01, de
III – o endereço da residência ou do traba- 10/02/2010 – CNJ.
lho;
- Incluído pelo Provimento n. 202
IV – a indicação da unidade policial destina-
tária principal do mandado (aquela a que 6.14.9.1 – O mandado de prisão com esse efei-
vinculado o inquérito policial respectivo) to, será imediatamente encaminhado, por cópia
ou, no caso de o réu já se encontrar recolhi- autenticada, ao Superintendente Regional da
do por anterior ordem de prisão, a unidade Polícia Federal – SR/DPF neste Estado, com vista
prisional que o cumprirá; à difusão.

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• Art. 2º, da Instrução Normativa nº 01, de ou da unidade prisional, juntando o documento
10/02/2010 – CNJ. aos autos do processo a que se refere, que se-
rão encaminhados à conclusão de imediato.
- Incluído pelo Provimento n. 202
- Incluído pelo Provimento n. 202
6.14.10 – Havendo necessidade, em virtude de
caráter sigiloso das investigações, o mandado 6.14.12.1 – No caso de os autos não se encon-
será gerado e assinado digitalmente no Siste- trarem no ofício, o documento impresso será
ma eMandado, sendo impresso e encaminhado, encaminhado ao magistrado, para as providên-
por meio físico, ao oficial de justiça ou autorida- cias necessárias, lançando-se no sistema infor-
de policial, postergando o lançamento de publi- matizado a pendência. Retornando os autos,
cidade no Sistema, o que será feito, obrigatoria- proceder-se-á a juntada.
mente, após a informação de cumprimento da
diligência. - Incluído pelo Provimento n. 202

- Incluído pelo Provimento n. 202 6.14.12.2 – A responsabilidade pela conferên-


cia e alteração da situação do réu nos sistemas
6.14.10.1 – Na hipótese de restarem frustradas informatizados de movimentação processu-
as diligências, as informações deverão constar al (SICC, SIJEC, PROJUDI, etc.), imediatamente
no Sistema eMandado para conhecimento das após a confirmação do cumprimento do alvará
autoridades competentes, com a juntada dos ou do mandado, é exclusivamente da escriva-
documentos aos autos. nia, conforme previsão do item 1.16.2.1 do Có-
digo de Normas.
- Incluído pelo Provimento n. 202
- Incluído pelo Provimento n. 202
6.14.11 – Nos termos do art. 684 Código de Pro-
cesso Penal, nos casos de fuga, a recaptura não 6.14.13 – Declinada a competência para outro
depende de reexpedição do mandado de prisão juízo, o mandado ficará sob a responsabilidade
constante no sistema, salvo hipótese de haver da escrivania a quem foi redistribuído o proces-
alteração quanto ao prazo de validade nele so, cabendo ao juízo declinante o lançamento
constante, caso em que, feita a comunicação da informação no Sistema eMandado.
pela autoridade responsável, novo mandado
será elaborado (com referência à circunstância). - Incluído pelo Provimento n. 202
Em se tratando de prisão decorrente de auto de 6.14.14 – O juízo deverá promover a revisão pe-
flagrante delito, o mandado de recaptura será riódica dos mandados de prisão expedidos nos
expedido mediante solicitação da autoridade processos de sua competência, para o fim de re-
policial, quando necessário para solicitar ato de colher aqueles que não mais estejam vigorando,
cooperação de outros órgãos. ainda que originados por outro juízo que, por
- Incluído pelo Provimento n. 202 qualquer razão, lhe declinou a competência.

6.14.12 – É obrigação de escrivães e secretá- - Incluído pelo Provimento n. 202


rios, nos dias em que houver expediente foren- 6.14.14.1 – Os mandados expedidos, nos quais
se, a consulta no Sistema eMandado e, para os não constem os prazos de validade (com obedi-
responsáveis pelas varas criminais, no Sistema ência ao prazo prescricional), deverão ser reco-
Informatizado do Cartório Criminal – SICC. Ha- lhidos e substituídos pelos mandados eletrôni-
vendo lançamento a respeito de mandado expe- cos no prazo de noventa (90) dias. Os demais,
dido pela respectiva vara ou secretaria, deverá anteriores ao sistema, deverão ser substituídos
imprimir a informação do cumprimento ou re- gradativamente, na revisão periódica e ao ter-
colhimento do mandado, assim como fuga e ou- mo de seus prazos de validade (se ainda vigen-
tras ocorrências, advinda da autoridade policial tes a ordem prisional).

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- Incluído pelo Provimento n. 202 6.15.1.2 – Quando se tratar de réu pertencente


à Corporação Militar do Estado ou da União, o
6.14.15 – O recolhimento do mandado de escrivão fará as comunicações do item 6.15.1 ao
prisão ainda não cumprido será ordenado por Comandante Geral da Polícia Militar do Estado
documento gerado pelo eMandado e assinado ou ao Comando da Unidade Militar a que esti-
digitalmente pelo Magistrado, denominado ver subordinado o militar.
“contramandado”.
6.15.1.3 – Igualmente deverá o escrivão comu-
- Incluído pelo Provimento n. 202 nicar ao juízo de execuções penais competente
6.14.15.1 – No caso de mandado cumprido, o trânsito em julgado de qualquer sentença con-
será expedido o alvará de soltura, devendo denatória, caso não ocorra, após tal trânsito em
a autoridade policial ou diretor da unidade julgado, a imediata extração de carta de guia.
prisional, conforme o caso, lançar a informação - Redação dada pelo Provimento n. 98
de cumprimento (em termos ou integral) no
registro eletrônico do mandado de prisão. 6.15.2 – Ao distribuidor serão ainda comunica-
dos, com certidão nos autos:
- Incluído pelo Provimento n. 202
I – a revogação do sursis;
6.14.16 – Estas normas se aplicam aos Ofícios
de Família e ao Juizado Especial Criminal, no II – a conversão da pena e os demais inci-
que for pertinente. dentes processuais.
- Incluído pelo Provimento n. 202 III – o valor recolhido a título de taxa judiciá-
ria quando se tratar de queixa-crime.
SEÇÃO 15
COMUNICAÇÕES PELA ESCRIVANIA - Redação dada pelo Provimento n. 49
- Ver art. 2º, letra "g", Dec. nº 962/32.
6.15.1 – O escrivão comunicará ao distribuidor,
ao Instituto de Identificação e à delegacia de - Ver art. 3º da Lei Estadual nº 12.821/99.
origem, certificando nos autos:
- Ver CN 2.3.3.1
I – o arquivamento do inquérito policial;
- Ver CN 3.7.2.1
II – a decisão de recebimento da denúncia
ou da queixa-crime; 6.15.3 – Serão comunicadas ao juízo eleitoral,
até o dia quinze (15) de cada mês e para os efei-
III – o aditamento da denúncia ou da quei- tos do art. 15, inc. III, da CF, as decisões conde-
xa-crime; natórias transitadas em julgado.
IV – a suspensão condicional do processo; 6.15.4 – Da comunicação constarão o nome do
réu e sua qualificação (filiação, data de nasci-
V – o trânsito em julgado da decisão de ex- mento, naturalidade, número do título de elei-
tinção da punibilidade e da sentença conde- tor), classificação do crime e a data da sentença
natória ou absolutória. e de seu trânsito em julgado.
6.15.1.1 – Nas comunicações feitas à delegacia 6.15.5 – Não havendo nos autos referência pre-
de polícia de origem, a escrivania deve fazer re- cisa à zona eleitoral em que se encontra inscri-
ferência ao número que o inquérito policial cor- to o réu, a comunicação será efetuada ao juízo
respondente recebeu naquele órgão. eleitoral do local da condenação.
- De acordo com o Of. Circular nº 28/00.

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6.15.5.1 – Nas comarcas compostas por mais de 6.16.2.2 – As certidões de antecedentes serão
uma zona eleitoral, a comunicação será dirigida requisitadas à Vara de Execução Penal da res-
à mais antiga, que a encaminhará às demais. pectiva jurisdição.
- Ver Provimento nº 01/99, da Corregedoria - Provimento n. 38/2001
Regional Eleitoral.
6.16.2.3 – Verificada a existência de execução
SEÇÃO 16 ou de registro relativo à corregedoria dos pre-
ANTECEDENTES E EXPEDIÇÃO sídios em outra vara, a certidão mencionará o
fato.
DE CERTIDÕES
- Provimento n. 38/2001
6.16.1 – A requisição de folha de antecedentes
criminais deverá conter os elementos necessá- 6.16.3 – As requisições de antecedentes serão
rios sobre o indiciado ou réu, especialmente o formuladas preferencialmente por fax, telefone,
número de identidade e o órgão expedidor. ou correio eletrônico.

6.16.1.1 – A requisição será dirigida ao Institu- 6.16.4 – As comarcas interligadas ao Tribunal de


to de Identificação do Estado do Paraná ou ao Justiça do Estado do Paraná deverão obrigato-
do Estado em que residir o indiciado ou réu e riamente fazer a pesquisa no Sistema Oráculo.
será realizada no curso do inquérito policial ou - Inserido pelo Provimento n. 133.
por ocasião do recebimento da denúncia ou da
queixa-crime. 6.16.4.1 – As Varas de Execuções Penais e Cor-
regedoria dos Presídios, Vara de Execução de
- Ver CN 6.2.10. Penas e Medidas Alternativas estão dispensadas
6.16.1.2 – Será providenciada uma requisição de fornecer certidão de antecedentes aos Ofí-
para cada indiciado ou réu. cios interligados.

6.16.1.3 – No atendimento às requisições judi- 6.16.4.2 – Excetuam-se os casos de dúvidas ou


ciais, a certidão deverá informar a data da prá- divergências de informações constantes dos Sis-
tica do fato, do recebimento da denúncia e do temas, as quais deverão ser dirimidas pelos Ofí-
trânsito em julgado da decisão, bem como o dis- cios responsáveis pelos registros.
positivo legal em que o réu foi incurso, a data 6.16.5 – A informação processual destina-se a
do cumprimento ou da extinção da pena, e, nos instruir feitos no âmbito criminal, em substitui-
casos de extinção de punibilidade, de sua decla- ção às requisições de antecedentes dos Juízos
ração, para que se possibilite, com mais clareza, e do Ministério Público às Varas de Execuções
a verificação da reincidência. Penais, bem como às demais Varas Criminais e
6.16.2 – As requisições às varas de execuções, Juizados Especiais Criminais, não podendo ser
das comarcas que não estão interligadas ao sis- utilizada para outros fins.
tema informatizado do Tribunal de Justiça, de- - Ver CN 6.2.8.1.
verão ser atendidas em, no máximo cinco (5)
dias, quando se tratar de indiciado ou réu solto; 6.16.5.1 – Esta informação não terá validade
o atendimento deverá ser imediato na hipótese como certidão de antecedentes criminais, sen-
de indiciado ou réu preso. do vedada sua expedição para este fim.
6.16.2.1 – O não-atendimento e a inobservância 6.16.6 – Quem proceder à pesquisa torna-se
dos prazos estabelecidos neste item devem ser responsável pelas informações e pela utilização
comunicados à Corregedoria-Geral da Justiça. do documento.

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6.16.6.1 – A atualização constante dos registros VIII – condenação com suspensão condicio-
nos sistemas que integram o Oráculo é funda- nal da pena não-revogada;
mental, respondendo solidariamente as escri-
vanias que geram as informações constantes do IX – reabilitação não-revogada;
conteúdo da pesquisa. X – condenação à pena de multa, isolada-
- Ver CN 1.16.2, 1.16.2.1. mente, ou à pena restritiva de direitos, não-
convertidas, observado o que dispõe o subi-
SEÇÃO 17 tem 6.17.1.5;
CERTIDÕES DE XI – pedido de explicações em Juízo, inter-
ANTECEDENTES CRIMINAIS pelação, justificação e peças informativas;

6.17.1 – As certidões de antecedentes criminais XII – suspensão condicional do processo;


serão expedidas "para fins criminais" ou "para XIII – transação criminal.
efeitos civis". Cabe ao escrivão consultar o inte-
ressado sobre a finalidade da certidão, a fim de - Ver art. 163, § 2.º, e 202 da Lei nº 7.210,
expedir o documento adequado. de 11.07.1984.
- Ver Modelo 23 deste CN. - Ver art. 76, § 6º, da Lei nº 9.099, de
26.09.1995.
6.17.1.1 – Somente serão expedidas "para fins
criminais" as certidões de antecedentes requi- 6.17.1.3 – As anotações constantes dos incisos
sitadas por autoridade judiciária ou pelo Mi- IV, V, VI, VII e VIII serão omitidas somente depois
nistério Público, ou ainda as requeridas pelo do trânsito em julgado da respectiva decisão.
interessado ou pelo defensor do réu/acusado/
indiciado que fizer prova do mandato, para ins- 6.17.1.4 – No caso de revogação do sursis, da
truir processo ou pedido de benefício dirigido a suspensão condicional do processo e da conver-
autoridade judiciária criminal (fiança, liberdade são da pena restritiva de direitos em privativa
provisória, indulto etc.), caso em que serão ob- de liberdade, a certidão será positiva, pelo que
servadas as disposições dos itens 6.16.1 a 6.16.3 o fato deverá ser comunicado pelo juízo compe-
deste CN. tente ao distribuidor.

- Redação alterada pelo Provimento n. 169. 6.17.1.5 – A informação será positiva quando a
pena restritiva de direitos consistir na proibição
6.17.1.2 – As certidões para outras finalidades de habilitação ou autorização para conduzir ve-
serão expedidas "para efeitos civis" e delas não ículos, aeronaves ou ofício que depende de ha-
constarão as anotações relativas a: bilitação especial, de licença ou autorização do
poder público e a certidão se destinar a um des-
I – inquérito arquivado; ses fins específicos.
II – indiciado não-denunciado; - Redação dada pelo Provimento n. 72
III – não-recebimento de denúncia ou quei- 6.17.1.6 – Salvo quando requisitadas por auto-
xa-crime; ridade judiciária ou pelo Ministério Público, ou
IV – trancamento da ação penal; ainda quando requeridas pelo defensor do réu/
acusado/indiciado que fizer prova do mandato,
V – extinção da punibilidade ou da pena; as "certidões para fins criminais" referidas no
subitem 6.17.1.1 somente serão expedidas a
VI – absolvição;
requerimento escrito do próprio interessado ou
VII – impronúncia; de pessoa por ele expressamente autorizada,
do qual constarão a finalidade e a qualificação

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completa do requerente. A certidão, que men- pagamento das respectivas custas. Nesse caso,
cionará a existência do requerimento e a sua o serventuário expedirá referida certidão com a
finalidade, deverá ser entregue pessoalmente anotação da sua finalidade e da insuficiência de
ao interessado ou pessoa autorizada, mediante recurso.
recibo a ser firmado no verso do requerimento, - Ver Instrução nº 02/04 da CGJ.
o qual será arquivado na serventia juntamente
com cópia de seu documento de identidade. - Ver art. 2º e 3º da Lei nº 7.115, de 29 de
Entende-se por interessado a pessoa a quem os agosto de 1983.
antecedentes se referem. - Ver item 3.1.6.3 deste CN.
- Redação alterada pelo Provimento n. 169. - Redação dada pelo Provimento n. 72
6.17.1.7 – Quando o pedido de benefício vier 6.17.4 – Poderão ser expedidas certidões de an-
instruído com certidão negativa "para efeitos ci- tecedentes criminais para fins eleitorais e para o
vis", o juiz solicitará a apresentação de certidão registro e porte de arma de fogo, mediante re-
para "fins criminais", ou a requisitará ao juízo querimento escrito do interessado. A certidão,
competente. que mencionará a existência do requerimento
- Ver Of. Circular nº 101/98. e a sua finalidade, deverá ser entregue pesso-
almente ao interessado ou pessoa autorizada,
• Redação dada pelo Provimento n. 72 mediante recibo a ser firmado no verso do re-
6.17.2 – Em substituição às certidões, poderão querimento, o qual será arquivado na serventia
ser fornecidas cópias reprográficas de peças dos juntamente com cópia de seu documento de
autos, que, para esse fim, deverão estar regular- identidade. Entende-se por interessado a pes-
mente autenticadas. soa a quem os antecedentes se referem.
6.17.3 – Está isenta de custas e emolumentos a - Redação dada pelo Provimento n. 169
expedição de certidões para fins criminais a in- 6.17.4.1 – As certidões de antecedentes cri-
diciados ou réus pobres. minais para fins eleitorais deverão conter re-
6.17.3.1 – É inexigível o prévio pagamento de ferência aos processos penais com sentenças
custas e emolumentos quando da expedição de condenatórias transitadas em julgado, proces-
certidões de antecedentes solicitadas por Advo- sos relacionados à prática de crime contra a
gados do Sistema Penitenciário, Advogados Da- economia popular, a fé pública, a administra-
tivos e pelo Ministério Público, para a instrução ção pública, o patrimônio público, o mercado
de processos criminais, devendo constar da cer- financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por
tidão esta última finalidade. crimes eleitorais (Lei Complementar federal n.º
- Ver nº 71/2003 da CGJ. 64, de 18 de maio de 1990, art. 1º, inc. I, alínea
"e"), ressalvados os casos enumerados nos itens
6.17.3.1 – É inexigível o prévio pagamento de 6.17.1.2 e 6.17.1.3.
custas e emolumentos quando da expedição
de certidões de antecedentes solicitadas para a - Redação dada pelo Provimento n. 169
instrução de processos criminais, devendo cons- 6.17.4.2 – As certidões de antecedentes crimi-
tar da certidão esta última finalidade. nais para o registro e porte de arma de fogo
- Redação alterada pelo Provimento n. deverão mencionar processos penais com sen-
250/2014, de 01 de abril de 2014. tenças condenatórias transitadas em julgado, os
inquéritos policiais e os processos criminais em
6.17.3.2 – Deve ser expedida sem ônus a cer- andamento (Lei federal n.º 10.826, de 22 de de-
tidão negativa para o fim de obter colocação zembro de 2003), ressalvados os casos enume-
no mercado de trabalho, mediante declaração, rados nos itens 6.17.1.2 e 6.17.1.3.
firmada pelo próprio interessado, de que está
desempregado e não dispõe de recurso para o - Redação dada pelo Provimento n. 169

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SEÇÃO 18 recolhido em caderneta de poupança em nome


SISTEMA DE do afiançado e à disposição do juízo.
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 6.19.2 – Quando se tratar de fiança concedida
pela autoridade policial ou pelo juízo da Vara de
6.18.1 – Os boletins de distribuição e de decisão Inquéritos Policiais, o juízo ao qual for distribuí-
judicial, constantes do Sistema de Identificação da a denúncia oficiará à agência bancária deter-
Criminal e remetidos pelo Instituto Criminal de minando que o depósito fique em conta vincu-
Identificação, serão grampeados na contracapa; lada ao juízo.
a folha de antecedentes será juntada aos autos.
6.19.3 – Devem ser anotados todos os depósi-
6.18.2 – As fichas do Sistema de Identificação tos feitos, inclusive os prestados na delegacia de
Criminal (SIC) serão encaminhadas ao órgão re- polícia, mantendo controle permanente e ano-
gional do Departamento de Polícia Federal mais tando-se eventuais levantamentos.
próximo.
6.19.4 – A escrivania deve fazer conclusão dos
- Comarca de Curitiba – Coordenação Re- autos, quando for o caso, para tomada das pro-
gional Judiciária da Superintendência; co- vidências necessárias pelo juiz, no sentido de
marcas do interior para as divisões ou de- ser possibilitado o levantamento da fiança logo
legacias – DPF de Londrina, Foz do Iguaçu, após o trânsito em julgado da decisão, evitan-
Paranaguá e Guaíra. do-se que tais importâncias fiquem depositadas
6.18.2.1 – O boletim de distribuição deverá ser eternamente em contas de poupança vincula-
preenchido de acordo com as instruções cons- das ao juízo.
tantes de seu verso logo após a distribuição, o 6.19.4.1 – Nos casos de absolvição, de arquiva-
recebimento e o registro do inquérito policial na mento de inquérito policial ou de extinção da
escrivania do juízo. A seguir, deverá ser devolvi- punibilidade, o valor atualizado da fiança será
do ao mesmo órgão indicado no caput. integralmente restituído ao réu.
6.18.2.2 – O boletim judicial deverá ser preen- - Provimento n. 55/2004
chido de acordo com as instruções contidas em
seu verso somente após o trânsito em julgado 6.19.4.2 – No caso de condenação, o réu levan-
da sentença e devolvido ao mesmo órgão apon- tará o saldo que sobejar, deduzidas as custas
tado no caput. processuais e o montante devido à vítima.

6.18.2.3 – A folha de antecedentes deverá per- 6.19.4.3 – Nas hipóteses em que o réu, intima-
manecer definitivamente nos autos, porquanto do, não comparece para o levantamento, bem
é peça instrutiva. como nos casos em que é impossível sua loca-
lização para intimação pessoal, após esgotadas
6.18.3 – O boletim individual de estatística cri- todas as diligencias, o valor atualizado da fiança
minal, depois de devidamente preenchido na será levantado e recolhido pelo escrivão para o
sua segunda parte destacável, será remetido ao FUNREJUS, a titulo de receitas eventuais, me-
Instituto de Identificação do Estado do Paraná. diante a guia apropriada.
- Ver art. 809, § 3º, do CPP . - Ver art. 3° da Lei Estadual n° 12.216/99
SEÇÃO 19 6.19.4.4 – Em caso de comparecimento poste-
FIANÇA CRIMINAL rior do réu ao ofício criminal, para o levanta-
mento da fiança, o FUNREJUS promoverá a res-
6.19.1 – O depósito do valor da fiança, registra- tituição do valor atualizado, por solicitação do
do no livro próprio e lavrado o respectivo termo, Juiz.
deve ser certificado nos autos e imediatamente

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6.19.4.5 – Quando da Inspeção Anual, o escri- 6.20.4 – Todas as apreensões, inclusive substân-
vão, mediante ofício do Juízo, solicitará aos ban- cias entorpecentes e explosivas, deverão ser re-
cos oficiais relação completa de todos os depósi- gistradas no sistema do Tribunal de Justiça (SICC,
tos de fianças à disposição do Juízo, a fim serem SIJEC, etc.), independentemente de não terem
apurados eventuais valores ou saldos residuais sido encaminhadas com os autos, a exceção dos
nas contas- poupança, determinando as provi- bens restituídos pela autoridade policial, com a
dências contidas nos item 6.19.4.1, 6.19.4.2 ou indicação do local onde se encontram deposita-
6.19.4.3, evitando-se que tais importâncias fi- das. Juntar-se-á, nos autos, o comprovante do
quem eternamente a disposição do Juízo. cadastro no sistema, inclusive das apreensões
de dinheiro, mesmo que o depósito tenha sido
SEÇÃO 20 feito pela autoridade policial.
DEPÓSITO E GUARDA DE
6.20.4.1 – Deverão, ainda, ser cadastradas no
APREENSÕES Sistema Nacional de Bens Apreendidos – SNBA,
- Alterado pelo Provimento n. 171 de do Conselho Nacional de Justiça, pelo magistra-
09/01/2009 do ou servidor designado, até o último dia do
mês seguinte ao da distribuição do inquérito
6.20.1 – As armas e objetos apreendidos ou policial ou procedimento criminal em que hou-
arrecadados pelas autoridades policiais, com ve a apreensão.
exceção de substâncias entorpecentes e explo-
sivas, deverão ser encaminhados, com os res- - Ver art. 3º da Resolução nº 63 do CNJ, de
pectivos autos, relacionados em duas vias, ao 16.12.2008.
juízo competente.
6.20.5 – Todos os objetos apreendidos deverão
6.20.1 – As armas e objetos apreendidos ou ar- ser identificados com etiquetas dos referidos
recadados pelas autoridades policiais, com ex- Sistemas.
ceção de substâncias entorpecentes, explosivas
6.20.6 – Tratando-se de valores monetários de-
e de todos os demais objetos arrolados no arti-
verão ser depositados no Banco Oficial, no mes-
go 62 da Lei n° 11.343/06, deverão ser encami-
mo dia ou, se encerrado o expediente bancário,
nhados, com os respectivos autos, relacionados
no primeiro dia útil subseqüente, com a juntada
em duas vias, ao juízo competente.
do comprovante nos autos.
- Redação alterada pelo Provimento n. 247
6.20.6.1 – No caso de apreensões de moedas
6.20.1.1 – Sem as duas vias mencionadas, as ar- estrangeiras, devem ser convertidas pelo Banco,
mas e objetos não deverão ser recebidos. e depositadas a disposição do Juízo, no tempo
e modo indicado no item anterior. Os compro-
6.20.2 – Nas comarcas em que houver mais de
vantes dos depósitos devem ser juntados nos
uma vara criminal, feita a distribuição dos autos
autos.
de inquérito policial oriundos da delegacia de
polícia, as armas e objetos serão encaminhados 6.20.7 – Caso a Delegacia deixe de remeter al-
à vara à qual forem distribuídos, com uma das gum dos objetos, o fato deve ser certificado nos
vias da relação. autos, encaminhando-os imediatamente a con-
clusão para deliberação.
6.20.3 – As apreensões devem ser conferidas
pela escrivania, quando do recebimento do in- 6.20.8 – As armas deverão ser guardadas no fó-
quérito policial na Vara, verificando se todos os rum da comarca, sob a responsabilidade do juí-
objetos acompanharam o inquérito policial ou zo e da escrivania.
foram restituídos à vítima, comprovado através
do termo de restituição. 6.20.8.1 – Nas comarcas do interior do Estado,
incluindo as de juízo único, todas as armas e ob-

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jetos apreendidos das varas criminais, ofício da rior e os requisitos do art. 4º da Lei n° 10.826,
infância e juventude e juizado especial criminal, de 22.12.2003.
serão recolhidos na Seção de Depósito, que será
supervisionada, preferencialmente, pelo juiz - Ver § 3o do art. 65, do Dec. n° 5.123, de 1o
criminal mais antigo na comarca e instalada em de julho de 2004.
local apropriado, designado pelo diretor do fó- 6.20.11.2 – As armas apreendidas pertencentes
rum. às Polícias Civil e Militar serão desde logo devol-
6.20.8.2 – No Foro Central da Comarca da Re- vidas à autoridade competente, com observân-
gião Metropolitana de Curitiba, as Seções de cia do item 6.20.11.
Depósitos serão supervisionadas pelos respecti- 6.20.11.3 – Para esse fim, comunicar-se-á a As-
vos diretores dos fóruns. sessoria Militar do Gabinete da Presidência do
6.20.9 – A Seção de Depósito manterá as armas Tribunal de Justiça que as armas estarão à dis-
e objetos devidamente classificados e registra- posição para serem retiradas por agente devida-
dos no Sistema, dos quais constarão todos os mente credenciado da Diretoria da Polícia Civil
dados necessários à sua rápida identificação, de ou do Comando da Polícia Militar, conforme o
maneira a facilitar sua procura e permitir o for- caso.
necimento de informações. 6.20.11.4 – Caso seja necessária a guarda de
6.20.10 – No decorrer da instrução criminal, os armas de fogo e munições apreendidas, consi-
juízes poderão requisitar as armas e os objetos deradas imprescindíveis para o esclarecimento
relacionados com o processo crime, com ante- dos fatos apurados no processo judicial, deverá
cedência de dois (2) dias, devolvendo-os quan- o juiz fundamentar a sua decisão.
do cessados os motivos da requisição. - Redação dada pelo Provimento n. 225 de
6.20.11 – Depois de periciadas e da juntada do 08/03/2012.
laudo aos respectivos autos, as armas de fogo 6.20.12 – Arquivado o inquérito policial ou findo
que não mais interessarem a persecução penal, o processo crime, as armas de fogo não recla-
ouvidos previamente o Ministério Público e a madas serão relacionadas, no prazo de 48 (qua-
defesa, no prazo de quarenta e oito horas (48h), renta e oito) horas, para remessa ao Ministério
serão relacionadas para que seja dada a desti- do Exército, observado o disposto nos art.119,
nação pela autoridade judiciária. 122, 123 e 124 do CPP.
6.20.11 – Depois de periciadas e da juntada do • Ver art. 25 da Lei n° 10.826, de 22.12.2003
laudo aos respectivos autos, as armas de fogo e art. 65 do Dec. n° 5.123 de 01.07.2004.
que não mais interessarem à persecução penal,
ouvidos previamente o Ministério Público e a 6.20.12 – Ressalvada a hipótese do item 6.20.11
defesa, além de eventual notificação do pro- do CN, arquivado o inquérito policial ou findo
prietário e de boa- fé para manifestação quanto o processo crime, as armas de fogo não recla-
ao interesse na restituição, no prazo de quaren- madas serão, no prazo de quarenta e oito (48)
ta e oito horas (48h), serão relacionadas para horas, relacionadas para remessa ao Comando
que seja dada a destinação pela autoridade ju- do Exército, observado o disposto nos art. 119,
diciária. 122, 123 e 124 do CPP.

- Redação dada pelo Provimento n. 225 de - Redação dada pelo Provimento n. 225 de
08/03/2012 08/03/2012.

6.20.11.1 – As armas apreendidas poderão ser 6.20.13 – As armas de fogo, acessórios e muni-
devolvidas aos seus legítimos proprietários, ções, que se encontrarem sem a identificação
desde que obedecidos o disposto no item ante- prevista no item 6.20.5, que não se possa rela-

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cionar a um determinado feito ou que não cons- dando baixa individualmente no sistema e, tudo
tituam prova em inquérito policial ou processo certificado, arquivando o expediente.
criminal, deverão ser encaminhadas ao Minis-
tério do Exército, sob pena de responsabilidade 6.20.16 – Semestralmente, os juízos deverão
de quem detiver a guarda. remeter à Assessoria Militar do Gabinete da
Presidência do Tribunal de Justiça, pelo Siste-
- Ver art. 25 da Lei n° 10.826 de 22.12.2003. ma Mensageiro, a relação de armas acautela-
das, mencionando suas características e o local
6.20.14 – Relacionadas as armas para encami- onde se encontram, a fim de ser repassada ao
nhamento ao Ministério do Exército, em con- SINARM ou SIGMA, conforme determinação do
formidade com o documento oficial e demais § 5º, do art. 25, da Lei nº 10.826, de 22.12.2003.
requisitos daquela instituição, a escrivania for-
mará o procedimento de remessa, encaminhan- 6.20.16.1 – Compete a Assessoria Militar o ge-
do ao Ministério Público e fazendo conclusão renciamento dos dados, inclusive a orientação
posterior para deliberação. aos juízos em relação a periodicidade e desti-
nação dos armamentos apreendidos, visando à
6.20.14.1 – A escrivania deverá certificar nos segurança dos fóruns.
autos do processo criminal ou inquérito policial
a destinação da arma, constando o número do 6.20.17 – É proibida a retirada de armas, mes-
ofício de liberação para remessa ao Ministério mo a título de depósito, bem como a doação ou
do Exército ou a juntada do termo de devolução. outra forma de cessão para órgão, corporação
ou instituição, à exceção das hipóteses previstas
6.20.14.2 – O responsável pelo depósito deverá nos parágrafos do art. 25 da Lei 11.706 e no §
formar procedimento único de remessa de ar- 1º do art. 65 do Dec. n° 5.123, de 2 de julho de
mas. 2004.
- Ver item 6.20.8.1, do CN. 6.20.17.1 – É vedada, também, a retirada ou
6.20.14.3 – Deverá ser oficiada a Assessoria Mi- uso dos demais objetos apreendidos, ressalvada
litar do Gabinete da Presidência do Tribunal de expressa deliberação judicial, ouvido o Ministé-
Justiça, pelo Sistema Mensageiro, responsável rio Público.
pelo controle e agendamento da data de remes- 6.20.17.2 – Tratando-se de veículos nos quais a
sa com os Comandos do Exército e da Polícia Mi- adulteração do chassi inviabilize a descoberta
litar do Estado. do verdadeiro proprietário ou de qualquer ou-
6.20.14.4 – No dia programado, as armas serão tro bem cujo dono não possa ser identificado, o
entregues à unidade do Exército por um (01) juiz deverá deixar em mãos do Depositário Pú-
funcionário do Poder Judiciário, preferencial- blico da Comarca, observado o disposto no item
mente ocupante do cargo de Oficial de Justiça, 6.20.21 do CN.
sob escolta da Polícia Militar. - Ver art. 120, § 4º, do CPP.
- Ver Anexo J do Código de Normas. 6.20.17.3 – Findo o processo ou não havendo
6.20.14.5 – Agendada a entrega de armas de interesse a persecução penal, depois de pericia-
mais de uma comarca na mesma remessa, de- do e ouvidos previamente o Ministério Público e
verá ser designado apenas um (01) funcionário, a defesa, não tendo sido requerida a regulariza-
em comum acordo entre os juízos. ção administrativa do veículo com adulteração
de chassi no prazo de noventa (90) dias, poderá
6.20.15 – Entregues as armas no Comando do ser leiloado como sucata, cumpridas as Resolu-
Exército, a escrivania juntar o comprovante res- ções do CONTRAM, observado o item 6.20.21 e
pectivo nos autos do procedimento de remessa, seguintes do Código de Normas.

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- Ver Resoluções nº 11/98 e 24/98 do CON- 6.20.21.2 – Os bens declarados perdidos em fa-
TRAM. vor da União, cujos valores sejam vultosos, de-
verão ser leiloados pelos respectivos juízos, ob-
- Ver art. 114 do Código de Trânsito Brasi- servada legislação pertinente, sendo o dinheiro
leiro. depositado em favor da Secretaria Nacional An-
6.20.17.4 – Caso o inquérito policial ou proces- tidrogas/SENAD, quando referentes a procedi-
so criminal esteja em andamento, o dinheiro mentos desta natureza, ou ao Fundo Penitenci-
proveniente do leilão será depositado em con- ário, quando relacionados às demais naturezas.
ta vinculada ao juízo até o trânsito em julgado - Ver item 6.21.8
da sentença, a qual deverá indicar a destinação
do valor, observado o item 6.20.22 do Código de 6.20.21.3 – Os bens móveis servíveis, de valores
Normas. inferiores, que sejam de interesse das institui-
ções de cunho social, deverão ser doados, com
6.20.17.5 – Ao assumir a comarca ou vara, deve- observância ao item 6.20.18.
rá o juiz rever as autorizações de que tratam os
subitens anteriores, bem assim verificar se o pe- 6.20.21.4 – Os demais bens imprestáveis deve-
ríodo concedido não se escoou, determinando, rão ser destruídos, sempre na presença de um
se for o caso, a devolução imediata. (01) funcionário do Poder Judiciário, preferen-
cialmente ocupante do cargo de Oficial de Jus-
6.20.18 – Tratando-se de objetos, o juiz, após tiça.
ouvir o representante do Ministério Público, po-
derá, ao invés de incinerar, doá-los a instituição 6.20.21.5 – Concluído o procedimento, a escri-
de cunho social, mediante termo nos autos. vania deverá dar as respectivas baixas no Siste-
ma, individualmente, e juntar o comprovante
6.20.19 – Se as coisas apreendidas e deposita- nos autos do procedimento de leilão, doação ou
das forem facilmente deterioráveis, o juiz super- destruição, arquivando-o.
visor da Seção de Depósito comunicará o juízo
do processo para os fins do art. 120, § 5º, do 6.20.21.6 – Nas comarcas do interior compete
CPP. ao responsável pelo depósito o cumprimento
das medidas previstas neste item.
6.20.20 – Os juízos deverão encaminhar a re-
lação de locais apropriados para destruição de 6.20.22 – Findo o processo ou inquérito, o di-
armas brancas e demais objetos imprestáveis, nheiro apreendido, não reclamado, decretada
na região, à Assessoria Militar do Gabinete da a perda, deverá ser levantado pela escrivania
Presidência do Tribunal de Justiça, pelo Sistema por alvará e depositado em favor da Secretaria
Mensageiro, para cadastramento. Nacional Antidrogas/SENAD, quando referente
a procedimentos desta natureza, ou ao Fundo
6.20.21 – Deverão ser relacionados, semestral- Penitenciário, quando relacionado às demais
mente, os objetos apreendidos, não reclama- naturezas.
dos, observado o disposto no art. 123 do CPP,
assim como os declarados perdidos em favor da - Ver item 6.21.8
União, devendo a escrivania proceder à abertu-
ra do procedimento leilão público, doação ou 6.20.22.1 – Os alvarás e comprovantes de de-
destruição, encaminhando ao Ministério Públi- pósitos deverão ser juntados aos autos, com as
co e, posteriormente, à conclusão para adoção respectivas certificações e baixas no Sistema.
das medidas cabíveis. 6.20.23 – Os autos não poderão ser arquivados
6.20.21.1 – A abertura do procedimento será ou baixados definitivamente sem prévia libera-
certificada nos autos do processo ou inquérito ção para destinação final dos bens neles apre-
policial. endidos.

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- Ver art. 6º, parágrafo único, da Resolução 6.21.6.1 – Da destruição ou incineração será la-
nº 63 do CNJ, de 16.12.2008. vrado auto circunstanciado.
- Ver item 6.20.14.1 6.21.7 – Após o trânsito em julgado da senten-
ça, o juiz determinará, por ofício, à autoridade
SEÇÃO 21 responsável pelo depósito das substâncias en-
DEPÓSITO DE SUBSTÂNCIAS torpecentes e explosivas, sua remessa à Vigilân-
ENTORPECENTES E EXPLOSIVAS cia Sanitária Municipal, que deverá proceder à
incineração.
- Alterado pelo Provimento nº 171 de
- Ver CN 6.21.1.
09/01/2009.
6.21.8 – Tratando-se de bem de valor econô-
6.21.1 – As escrivanias criminais não recebe-
mico, apreendido em decorrência de tráfico de
rão substâncias entorpecentes ou explosivas,
drogas, ou utilizado de qualquer forma em ati-
seja com os autos de inquérito policial, separa-
vidades ilícitas de produção ou comercialização
damente, ou com os laudos de constatação ou
de drogas abusivas, ou, ainda, que haja sido ad-
toxicológicos. Essas substâncias deverão perma-
quirido com recursos provenientes da traficân-
necer em depósito na delegacia de polícia ou no
cia e perdido em favor da União, constituirá re-
órgão médico-legal.
curso da Secretaria Nacional Antidrogas/SENAD
6.21.2 – O auto de apreensão policial de qual- e a apreensão deverá ser comunicada ao Con-
quer produto constituído por substância entor- selho Estadual de Entorpecentes – CONEN, que,
pecente deve mencionar, dentre outros requisi- por força de convênio firmado com o Ministé-
tos, a quantidade, a unidade, o peso, o volume, rio da Justiça, procederá à guarda e à alienação
o conteúdo e a descrição do recipiente ou invó- oportuna desse bem, e ainda, ao Conselho Fe-
lucro. deral de Entorpecentes.
6.21.3 – A requisição de perícia deve conter o SEÇÃO 22
inteiro teor do auto de apreensão. DA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
6.21.4 – Os laudos de constatação e toxicoló- EM HABEAS CORPUS
gicos devem mencionar o peso, a unidade, a
quantidade e o volume das substâncias e dos 6.22.1 – As informações referentes a habeas
medicamentos recebidos e a quantidade em- corpus deverão ser redigidas pelo próprio juiz,
pregada para a realização da perícia. observando-se o seguinte:

6.21.5 – Retirada a quantidade necessária para I – máxima prioridade e celeridade;


a realização da perícia, a substância ou medica- II – relatório objetivo;
mento será acondicionado em saco plástico ou
de papel, ou outro recipiente apropriado, e, a III – sustentação das razões;
seguir, lacrado.
IV – omissão de qualquer consideração de
6.21.6 – Se a guarda da substância tóxica ou me- caráter jurídico dispensável;
dicamento se tornar inconveniente ou perigosa,
como no caso de apreensão de grande quanti- V – remessa da informação, direta e imedia-
dade, pode o juiz, preservada a porção suficien- tamente, à autoridade requisitante;
te para a realização da perícia e da contraprova, VI – endereçamento da requisição à autori-
depois de ouvido o Ministério Público, determi- dade efetivamente coatora, caso verifique
nar ou autorizar a destruição ou incineração. ter sido equivocada a sua expedição.

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SEÇÃO 23 cendo os antecedentes do indiciado e encami-


DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA nhando à Vara de Inquéritos Policiais.
6.24.4 – Somente após o oferecimento de de-
6.23.1 – Presente a necessidade de imediata núncia ou queixa-crime é que os aludidos feitos
apreciação dos pedidos de interceptação tele- serão remetidos às varas criminais respectivas.
fônica, bem como a preservação do respectivo
sigilo, o deferimento, desde que obedecidos os 6.24.4.1 – Os procedimentos instaurados a re-
requisitos legais, poderá ser concedido no pró- querimento das partes para instruir processo-
prio requerimento apresentado pela autoridade -crime decorrente do exercício da ação penal
responsável, que valerá como mandado. privada aguardarão a iniciativa destas na Vara
de Inquéritos Policiais.
6.23.2 – As autorizações serão entregues direta-
mente à autoridade requerente. 6.24.5 – Compete ao juízo da Vara de Inquéritos
Policiais:
6.23.3 – As providências do art. 8º da Lei nº
9.296, de 24.07.1996, devem ser efetivadas I – determinar a distribuição por prevenção,
após a apresentação do relatório de que trata o se for o caso;
art. 6º, § 2º, do mesmo estatuto.
II – decidir, no horário de expediente foren-
SEÇÃO 24 se, sobre a matéria afeta ao plantão judici-
VARA DE INQUÉRITOS POLICIAIS ário;
III – decidir a respeito de todas as medidas
- Criada a Central pelo Dec. Judiciário nº judiciais em inquéritos policiais e demais
543, de 26.11.1993 e alterada pelo Dec. Ju- feitos que não comportem distribuição ou
diciário nº 528, de 03.08.1998 – Passou a remessa às varas criminais;
ser Vara por força do art. 254, alínea d, do
CODJ. IV – determinar o arquivamento de inquéri-
to, peça informativa ou outro feito de natu-
6.24.1 – Dos livros obrigatórios aos ofícios crimi- reza criminal, na forma da lei, ou tomar as
nais, a Vara de Inquéritos Policiais terá os indis- providências previstas no art. 28 do CPP;
pensáveis à prática dos atos de sua atribuição e
competência. V – supervisionar os serviços do plantão ju-
diciário.
6.24.2 – A Vara de Inquéritos Policiais do Foro
Central da Comarca da Região Metropolitana de 6.24.6 – O juízo da Vara de Inquéritos Policiais
Curitiba exerce controle sobre os inquéritos po- comunicará ao distribuidor as decisões de ar-
liciais, demais peças informativas e outros feitos quivamento de inquéritos e dos demais proce-
de natureza criminal ainda não distribuídos, de dimentos de sua competência.
competência das varas criminais não especiali-
zadas e dos Tribunais do Júri. 6.24.7 – No que couber, aplica-se a seção 2 des-
te capítulo (Inquérito Policial e Procedimento
6.24.2.1 – A Vara de Inquéritos Policiais abran- Investigatório).
gerá, ainda, o serviço do Plantão Judiciário.
6.24.8 – Revogado pelo Provimento n. 91
6.24.3 – Os feitos de que trata o item anterior
serão remetidos pelas delegacias de polícia ou 6.24.9 – O escrivão da Vara de Inquéritos Poli-
pelo interessado ao ofício distribuidor compe- ciais é responsável também pelos serviços do
tente, que os registrará com a indicação da vara plantão judiciário, competindo-lhe sua organi-
criminal, à qual competir por distribuição e para zação, sob a supervisão do juiz.
onde serão remetidos oportunamente, forne-

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6.24.9.1 – Pelo critério de rodízio, um dos ofi- vação do cadáver, ou, ainda, de imperativo da
ciais de justiça deve ficar à disposição do plan- saúde pública.
tão judiciário.
6.25.6 – Não se convencendo da urgência ou da
6.24.9.2 – O escrivão e os auxiliares se reveza- conveniência da liberação imediata do corpo,
rão no atendimento do plantão judiciário. o juiz ordenará o retorno do pedido de autori-
zação à polícia, sem prejuízo de sua posterior
SEÇÃO 25 apreciação.
CREMAÇÃO DE CADÁVER
6.25.7 – Os pedidos de autorização para crema-
6.25.1 – A cremação de cadáver somente será ção de cadáver, após a efetivação da medida ou
feita daquele que houver manifestado a von- seu indeferimento, deverão ser imediatamente
tade ou no interesse da saúde pública e se o registrados no livro de Distribuição Criminal e
atestado de óbito houver sido firmado por dois apensados aos autos de inquérito policial, ou de
(02) médicos ou por um (01) médico legista e, processo- crime, se já instaurado.
no caso de morte violenta, depois de autorizada
pela autoridade judiciária. SEÇÃO 26
REMOÇÃO DE ÓRGÃOS PARA FINS DE
- Ver art. 77, § 2.º, da LRP, com redação TRANSPLANTE E TRATAMENTO
dada pela Lei nº 6.216, de 30.06.1975.
- Ver art. 159 do CPP. 6.26.1 – No Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba, os pedidos de remo-
6.25.2 – A autorização para cremação de cadá- ção de órgãos, tecidos e partes do corpo huma-
ver, daquele que houver manifestado a vonta- no para fins de transplante e tratamento, cons-
de, no caso de morte violenta, será dada pela tantes da Lei Federal nº. 9.434, de 04.02.1997,
autoridade judicial competente pelo inquérito dada a natureza cautelar e urgente, devem tra-
policial, após ouvido o Ministério Público. mitar na Vara
6.25.3 – O pedido será formulado, nos casos SEÇÃO 27
de urgência, perante a autoridade policial, que PROTEÇÃO DE VÍTIMAS
após opinar sobre a conveniência ou não da li-
beração do corpo, remeterá, imediatamente, os E TESTEMUNHAS EM
autos ao juízo. PROCESSO CRIMINAL
6.25.3.1 – Nos dias em que não houver expe- 6.27.1 – Aplicam-se as disposições desta Seção
diente forense, o incidente deverá ser decidido aos processos criminais em que os réus são acu-
pelo juiz de direito responsável pelo plantão ju- sados de crimes previstos no art. 1º, III, da Lei
diciário. n.º 7960/89.
6.25.4 – Os autos serão instruídos com prova de 6.27.2 – Quando houver, por parte de vítimas
que o falecido, em vida, manifestou a vontade ou testemunhas, a alegação de receio decorren-
de ser cremado; e mais, com o boletim de ocor- te de coação ou grave ameaça, em razão de co-
rência policial, o laudo médico-legal ou declara- laboração em processo criminal, o Juiz de Direi-
ção dos médicos legistas no sentido da libera- to deverá observar o contido nesta Seção.
ção do corpo para cremação.
6.27.3 – Na hipótese de a vítima ou testemunha
6.25.5 – O pedido de autorização deverá ser coagida ou submetida a grave ameaça solicitar
apreciado prioritariamente pela autoridade ju- as medidas de proteção previstas em lei, seus
diciária competente e a urgência na providência dados não constarão dos termos de depoimen-
deverá decorrer do interesse da família na re- to e ficarão anotados em impressos distintos e
moção do corpo, da impossibilidade de conser-

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arquivados em pasta própria, sob responsabili- nia formará os autos de execução de pena, com
dade do Escrivão. uma via da guia de recolhimento, instruída com
a cópia da sentença e outras peças reputadas
6.27.4 – Na capa dos autos será consignada, de necessárias.
forma destacada, a circunstância de existirem
dados sigilosos. - Ver CN 7.3.1

6.27.5 – O acesso à pasta destinada ao arqui- 6.28.3.1 – A formação dos autos de execução
vo dos dados de vítimas ou testemunhas fica de pena será comunicada ao distribuidor, obser-
garantido ao Ministério Público e ao Defensor vado o item 3.1.8, devendo os autos ser cadas-
constituído nos autos, com controle de vistas trados pela escrivania no Sistema Informatizado
pelo Escrivão. do Cartório Criminal – SICC ou, no caso de escri-
vania não informatizada, no livro de Protocolo
6.27.6 – O mandado de intimação de vítimas Geral.
ou testemunhas, nas condições previstas nesta
Seção, deverá ser individualizado, de modo que - Ver CN 7.7.6
não se possa ter acesso aos seus dados pesso- 6.28.4 – Com a remoção do réu para o sistema
ais. penitenciário, os autos de execução serão reme-
6.27.6.1 – Após o cumprimento do mandado, tidos à vara de execuções penais competente,
será juntada aos autos a Certidão do Oficial de devendo a escrivania providenciar as baixas no
Justiça, sem identificação dos dados pessoais de Sistema ou livro e no Distribuidor.
vítimas e testemunhas e o original deverá ser 6.28.5 – Julgado o pedido de transferência do
destruído pelo Escrivão. cumprimento da pena para outra comarca, os
- Redação dada pelo Provimento n. 94 autos de execução serão remetidos ao juízo
competente, com as devidas baixas.
SEÇÃO 28 - Ver CN 7.2.3
ARQUIVAMENTO DO PROCESSO
6.28.5.1 – Recebidos os autos de execução, ex-
DE CONHECIMENTO ceto nas Varas de Execuções Penais, cumprirá a
escrivania o item 6.28.3.1.
- Redação dada pelo Provimento n. 141
6.28.6 – Cabe ao juízo que decretar a extinção
6.28.1 – Transitada em julgada a sentença, fei-
da pena ou da punibilidade efetuar as comuni-
tas as comunicações obrigatórias previstas no
cações referidas no item 6.15.1, bem como o ar-
item 6.15.1, e, no caso da existência de fiança
quivamento dos autos de execução.
e apreensões, após o levantamento e a destina-
ção dos objetos, os autos serão arquivados, com
as respectivas baixas no Sistema ou livros, res-
salvada a hipótese do item 7.8.1. CAPÍTULO 7
6.28.2 – No caso de sentenças condenatórias, EXECUÇÕES PENAIS
qualquer que tenha sido a pena ou medida de
segurança, a escrivania deverá expedir a guia de SEÇÃO 01
recolhimento remetendo-a à vara de execuções LIVROS DO OFÍCIO
competente.
7.1.1 – São livros obrigatórios dos juízos de exe-
- Ver CN 7.4.1
cuções:
6.28.3 – Iniciando o cumprimento da pena em
I – Registro de Guia de Recolhimento;
regime fechado e semi-aberto na comarca, ou
tratando-se de regime inicial aberto, a escriva- II – Protocolo Geral (Adendo 3-F);

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III – Registro de Sentenças (Adendo 6-F); V – a suspensão condicional da pena.
Revogado pelo Provimento nº 216.
7.2.1.1 – No Foro Central da Comarca da Região
IV – Carga de Alvarás de Soltura; Metropolitana de Curitiba e naquelas em que
for criada Central de Execução de Penas Alter-
V – Carga de Autos – Juiz (Adendo 7-F); nativas, a competência do juízo da condenação
VI – Carga de Autos – Promotor de Justiça limitar-se-á ao disposto no inciso III supra.
(Adendo 8-F); 7.2.2 – O juiz da condenação aplicará o art. 66
VII – Carga de Autos – Advogado (Adendo da Lei de Execução Penal no que for pertinente
9-F); à matéria de sua competência.

VIII – Carga de Mandados – Oficiais de Justi- 7.2.2.1 – Ao fixar o regime aberto, o juiz poderá
ça (Adendo 12-F); estabelecer condições especiais, sem prejuízo
das obrigatórias, previstas no art. 115 da Lei de
IX – Carga de Autos – Conselho Penitenciá- Execuções Penais.
rio.
- Alterado pelo Provimento n. 184
7.1.2 – O livro de Registro de Guia de Recolhi-
mento poderá ser substituído por seguro proce- 7.2.3 – Quando o condenado tiver de cumprir as
dimento na área de informática, em que devem condições do regime aberto, ainda que decor-
ser anotados, além dos dados necessários, os rente de progressão de regime, ou outra pena
incidentes da execução, tais como progressão restritiva de direitos em comarca diversa, os au-
de regime, livramento condicional, remissão, tos de execução serão encaminhados àquele ju-
comutação, indulto, dentre outros. ízo, que passará a ser o competente.

7.1.3 – No livro de Protocolo Geral deverão ser 7.2.3.1 – Declarada extinta a pena, o juiz comu-
registrados os pedidos incidentais, não objeto nicará o juízo competente de origem.
daqueles registrados no item 7.1.2. 7.2.3.2 – Se o cumprimento das condições for
7.1.3.1 – O aludido livro também poderá ser por período de tempo relativamente pequeno,
substituído por seguro procedimento na área de poderá ser expedida carta precatória para fisca-
informática. lização.

7.1.4 – As portarias alusivas às varas de execu- 7.2.4 – No juízo da sentença, o processo de


ções penais deverão ser arquivadas na direção execução da pena, de medida de segurança
do fórum. restritiva ou de fiscalização do cumprimento
iniciar-se-á, nos próprios autos, com a guia de
- Revogado pelo Provimento n. 227 recolhimento, de internação ou de tratamento.
SEÇÃO 02 - Ver art. 96, inc. II, do CP.
REGIME ABERTO 7.2.5 – Nos casos em que o condenado deva
comparecer em juízo, sempre que possível, o
7.2.1 – Compete ao juízo da condenação:
magistrado o entrevistará, para que se atinjam
I – as penas privativas de liberdade a serem as finalidades dessa condição imposta.
cumpridas em regime aberto;
7.2.6 – Nas comarcas em que houver equipes
II – as penas restritivas de direitos; técnicas da Secretaria da Justiça ou de outro
órgão especializado em acompanhamento da
III – as penas de multa; execução da pena, o juiz poderá autorizar a tais
IV – as medidas de segurança restritivas; órgãos a realização da entrevista ao condenado.

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SEÇÃO 03 ída com cópia da denúncia, da sentença – com


REGIME SEMI-ABERTO E FECHADO certidão de trânsito em julgado – a data da ter-
minação da pena e outras peças reputadas in-
7.3.1 – Enquanto o apenado efetivamente não dispensáveis, sendo remetida ao juízo de execu-
ingressar em uma das unidades do sistema pe- ções penais competente.
nitenciário, a atribuição para a execução da - Ver Of. Circular nº 124/04
pena em regime fechado e semi-aberto será do
juízo onde se encontrar preso o sentenciado. - Redação dada pelo Provimento n. 88
- Ver nº 126/97 e 146/97. 7.4.1.1 – No caso de cumprimento de pena em
regime inicial aberto, a escrivania deve encami-
7.3.1.1 – O disposto no CN 7.3.1 não se aplica nhar somente a guia de recolhimento para fins
aos sentenciados que se encontrarem presos apenas de controle de antecedentes, não sendo
nas comarcas em que existir vara de execução necessário instruí-la com os demais documen-
penal, cuja competência se estenderá aos sen- tos a que alude o item 7.4.1.
tenciados recolhidos aos distritos e delegacias
policiais. - Ver CN 6.22.1.
7.3.2 – A remoção do condenado a pena privati- - Ver art. 156 da LEP.
va de liberdade a ser cumprida em regime semi-
-aberto deve ser providenciada imediatamente, 7.4.1.2 – A remessa será feita também ao esta-
via fax. E, enquanto não ocorrer, não poderá o belecimento prisional do cumprimento da pena
condenado permanecer todo o tempo preso na ou à autoridade administrativa incumbida da
cadeia pública, devendo o juiz sentenciante, a execução e ao Conselho Penitenciário, se for o
cada caso, adotar medidas que se harmonizem caso, assim como ao estabelecimento de inter-
com o regime semi-aberto. nação, na hipótese de medidas de segurança.

7.3.2.1 – Nos demais casos, a remoção de pre- 7.4.2 – É obrigatória a utilização do modelo de
sos ao Sistema Penitenciário deve ser requisi- guia de recolhimento aprovado pela Corregedo-
tada ao juízo das execuções penais competente ria-Geral da Justiça.
com o prazo de cinco (5) dias, salvo casos urgen- - Ver Modelo 9 do CN.
tes, quando será realizada via fax.
7.4.3 – A expedição e a remessa das guias de re-
7.3.3 – Os juízos de execuções penais poderão colhimento devem ser sempre certificadas nos
autorizar o cumprimento da pena em outros es- autos.
tabelecimentos prisionais, inclusive em outros
Estados, desde que o condenado não seja preju- 7.4.4 – Recomenda-se ao juiz sentenciante que
dicado quanto a benefícios que teria se estives- assine a guia de recolhimento tão- somente
se em unidade do sistema, como o decorrente após a anexação das peças processuais que, por
do trabalho. fotocópia, devem acompanhá-la.

- Ver art. 29 e 126 da LEP. 7.4.5 – O juiz da sentença, em correição per-


manente ou nas inspeções semestrais, deverá
SEÇÃO 04 revisar, ainda que por amostragem, os proces-
GUIA DE RECOLHIMENTO sos-crime em fase de execução, examinando a
regularidade das remessas das guias de recolhi-
7.4.1 – Imediatamente após o trânsito em jul- mento.
gado da sentença condenatória, se o réu estiver
ou vier a ser preso, qualquer que tenha sido a 7.4.6 – Sobrevindo alteração quanto ao regime
pena ou a medida de segurança, será extraída de cumprimento da pena ou ao tempo de du-
guia de recolhimento ou de internação, instru- ração da pena ou da medida de segurança apli-

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cada, expedir-se-á guia de recolhimento suple- 7.5.5 – Sobrevindo condenação transitada em
mentar. julgado, o juízo de conhecimento encaminhará
as peças complementares ao juízo competente
7.4.7 – Para cada condenado, haverá no juízo de para a execução, que se incumbirá das provi-
execuções competente um cadastro numerado. dências cabíveis, também informando as altera-
SEÇÃO 05 ções verificadas à autoridade administrativa.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA - Inserido pelo Provimento n. 106

7.5.1 – Antes do trânsito em julgado da decisão SEÇÃO 06


poderá ser iniciada a execução da pena, na for- CORREGEDORIA DOS PRESÍDIOS
ma do art. 2º, parágrafo único, da Lei de Execu-
ção Penal, com expedição de guia provisória de 7.6.1 – O ofício da corregedoria dos presídios
recolhimento. manterá os seguintes livros obrigatórios:
7.5.1.1 – Suprimido pelo Provimento n. 106. I – Registro e Carga de Alvarás de Soltura;
7.5.2 – O juízo da sentença, na execução pro- II – Registro de Mandados de Prisão;
visória, deverá cuidar para que o art. 34 do CP
seja integralmente cumprido na própria comar- III – Registro de Cartas Precatórias;
ca, de maneira a evitar constrangimento ilegal, IV – Registro de Pedidos de Implantação de
salvo quanto ao trabalho em face do disposto Réu no Sistema Penitenciário;
no art. 31, § 1º, da LEP.
V – Protocolo Geral;
7.5.3 – A guia de recolhimento provisório será
expedida quando da prolação da sentença con- VI – Carga de Mandados – Oficial de Justiça.
denatória sujeita a recurso sem efeito suspensi- - Redação dada pelo provimento n. 150
vo, devendo ser prontamente remetida ao Juízo
da Execução Criminal. 7.6.2 – Nas comarcas com mais de uma vara cri-
minal, a Corregedoria dos Presídios será exerci-
- Inserido pelo Provimento n. 106 da pelo juiz da 1ª Vara Criminal.
7.5.3.1 – Deverá ser anotada na guia de reco- 7.6.2.1 – Onde houver Vara de Execuções Penais
lhimento, expedida nas condições do item ante- a Corregedoria dos Presídios será exercida pelo
rior, a expressão "PROVISÓRIO", em seqüência juízo desta.
da expressão guia de recolhimento.
7.6.3 – São atribuições do juiz corregedor dos
- Inserido pelo Provimento n. 106 presídios:
7.5.3.2 – A expedição da guia de recolhimento - Ver art. 238, do CODJ.
provisório será certificada nos autos do proces-
so criminal. - Ver nº 126/97.
- Inserido pelo Provimento n. 106 I – realizar pessoalmente inspeção mensal
nos estabelecimentos penais de qualquer
7.5.4 – Sobrevindo decisão absolutória o juízo natureza (casas de custódia, delegacias poli-
prolator comunicará imediatamente o fato ao ciais, etc.) sob sua responsabilidade e tomar
juízo competente para a execução, para anota- providências para seu adequado funciona-
ção e cancelamento da guia de recolhimento. mento, promovendo, quando for o caso, a
- Inserido pelo Provimento n. 106 apuração de responsabilidade.
- Ver Resolução n. 47 do CNJ

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- Ver Ofício-Circular n.º 01 da Corregedoria - Redação dada pelo Provimento n. 150


Nacional de Justiça
7.6.3.2 – As informações referidas no item
- Redação dada pelo Provimento n. 138 7.6.3.1 serão enviadas na forma de planilha de
dados, devendo constar:
II – fiscalizar a situação dos presos e zelar
pelo correto cumprimento da pena e de I – localização, destinação, natureza e estru-
medida de segurança; tura do estabelecimento penal;
III – autorizar a remoção dos presos para o II – dados relativos ao cumprimento do dis-
Sistema Penitenciário e sua saída, quando posto do Título IV da Lei n.º 7.210/84;
necessário;
III – dados relevantes da população carcerá-
IV – autorizar as saídas temporárias e o tra- ria e da observância dos direitos dos presos
balho externo dos condenados provisórios, assegurados na Constituição Federal e na
ou não; Lei n.º 7.210/84;
V – autorizar a realização de Exame Crimi- IV – medidas adotadas para o funcionamen-
nológico, Toxicológico e de Insanidade Men- to adequado do estabelecimento.
tal, pelo Complexo Médico Penal ou em en-
tidade similar; - Redação dada pelo Provimento n. 138

VI – registrar todos os mandados de prisão 7.6.3.3 – A atualização dos dados referidos no


e cumprir os alvarás de soltura relativos item anterior será mensal, indicando-se somen-
aos presos do Sistema Penitenciário, salvo te as alterações, inclusões e exclusões processa-
quando a ordem de soltura emanar do plan- das após a última remessa de dados.
tão judiciário, adotadas as cautelas legais; - Ver Resolução n. 47 do CNJ
VII – interditar, no todo ou em parte, esta- - Redação dada pelo Provimento n.138
belecimento prisional que estiver funcio-
nando em condições inadequadas ou com 7.6.4 – O juiz de direito da vara criminal respon-
infringência à lei; sável pela corregedoria dos presídios informará,
até o dia dez (10) de cada mês, ao juízo de exe-
VIII – compor e instalar o Conselho da Co- cuções penais competente, o número de presos
munidade; provisórios, ou não, que se encontrem na ca-
IX – nas comarcas onde houver mais de deia pública do(s) município(s) que integre(m)
uma vara de execução, as atribuições conti- a comarca, mencionando nome do réu, data
das nos incisos I, II, III e IV supra, serão exer- da prisão, a comarca pela qual foi sentenciado,
cidas pelo juiz da 2ª Vara, nos cadastros dos caso não seja a própria e, sendo o caso, data
sentenciados que lhe estão afetos. do trânsito em julgado ou existência de recurso
pendente.
- Ordem dos incisos modificada pelo Provi-
mento n. 138 7.6.4.1 – A ausência da remessa dessas informa-
ções ou seu excessivo atraso deverão ser comu-
7.6.3.1 – Concluída a inspeção mencionada no nicados pelo juízo de execuções à Corregedoria-
inciso I do item 7.6.3, o magistrado preencherá Geral da Justiça, para a tomada das providências
os campos indicados no endereço https://ser- devidas.
pensp2.cnj.gov.br/resolucao47, do sítio do Con-
selho Nacional de Justiça, até o dia 05 do mês 7.6.5 – Os alvarás de soltura e as requisições de
seguinte. presos recolhidos ao Sistema Penitenciário do
Estado, expedidos por juízes de outros Estados,
- Ver Resolução nº. 47 do CNJ.

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deverão ser encaminhados ao juízo de execu- 7.6.9 – As certidões que instruirão pedidos de
ções competente. soltura, seja qual for a espécie de prisão, deve-
rão ser expedidas imediatamente.
7.6.6 – Os juízes corregedores de presídios de
todo o Estado deverão cuidar para o fiel cumpri- 7.6.10 – No caso de prisão civil ou falimentar, os
mento dos art. 40 e 41 da LEP. presos ficam à disposição do juízo da decisão, ao
qual está afeto, exclusivamente, o cumprimento
7.6.7 – Os alvarás de soltura e as requisições de alvará de soltura, que não depende de estar
referentes a presos recolhidos no Sistema Pe- instruído com certidões.
nitenciário do Estado serão encaminhados ao
juízo de execuções penais competente para re- 7.6.10.1 – Excepcionalmente, e desde que fora
gistro. do expediente forense, o cumprimento do alva-
rá será determinado pelo juiz de plantão.
7.6.7.1 – Os alvarás de soltura deverão estar ins-
truídos com certidões, negativa ou positiva, do 7.6.11 – Haverá nos juízos de execuções penais
distribuidor da comarca de origem e, quanto a fichário de assinaturas de todos os magistrados
existir ordem de prisão contra o requerente, da do Estado, para segurança no cumprimento de
escrivania competente. alvarás de soltura, requisições e mandados em
geral.
7.6.7.2 – Se a certidão acusar distribuição de
inquérito policial ou de denúncia, o postulante 7.6.11.1 – As assinaturas deverão ser sempre
deverá fazer prova de que, no juízo a que foi dis- conferidas, anotando-se no documento a iden-
tribuído, inexiste ordem de prisão. tificação do funcionário conferente.
7.6.7.3 – Nas comarcas em que houver vara de 7.6.11.2 – Por ocasião da investidura dos juízes
execução penal, os alvarás de soltura, mesmo substitutos, será colhida sua assinatura em fi-
referentes a presos provisórios, serão encami- chas próprias, que serão remetidas aos juízos de
nhados ao juiz corregedor dos presídios, para execuções penais.
cumprimento.
7.6.11.3 – Havendo alteração no padrão de assi-
7.6.7.4 – O cumprimento de alvará de soltu- natura, o juiz deverá providenciar a atualização
ra protocolizado no horário de expediente não nas varas de execuções penais do Estado.
se suspende pelo encerramento deste. Se por
qualquer razão o cumprimento imediato se SEÇÃO 07
mostrar inviável, o juiz determinará ao escrivão PEDIDOS INCIDENTAIS
que remeta o alvará ao magistrado de plantão.
7.7.1 – Os pedidos apresentados ao juízo da
7.6.7.5 – Fora do horário de expediente, o cum- condenação, referentes à execução de pena ou
primento de alvará de soltura ficará a cargo do de medida de segurança de competência do ju-
juiz de plantão, a quem deverá ser apresentado ízo das execuções penais, serão a este pronta-
pelo interessado devidamente instruído. mente encaminhados, com as informações ne-
- Redação dada pelo Provimento n. 72 – DJ cessárias.
nº 6939 de 23/08/2005. 7.7.2 – Tratando-se de remição da pena, instrui-
7.6.8 – Requerimento de soltura de preso fir- rão o pedido informações sobre o comporta-
mado por advogado constituído deverá ser por mento carcerário do condenado, a portaria da
este instruído. autoridade administrativa que o autorizou a tra-
balhar e o atestado dos dias de trabalho, com o
7.6.8.1 – Serão instruídos pelo escrivão do juízo período e os dias trabalhados, descontados os
que expediu o alvará de soltura os pedidos for- de descanso.
mulados por defensor público ou dativo.

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7.7.3 – Os réus ou indiciados sujeitos a exame ta, encaminhando-a ao órgão que considerar
de insanidade mental ou de dependência toxi- competente, para que este, se for o caso, pro-
cológica serão encaminhados pelo juiz direta- mova a execução do débito.
mente ao Complexo Médico Penal, mediante
prévio agendamento nas Varas de Execuções - Ver Lei nº 6.830, de 22.09.1980 – Lei de
Penais de Curitiba. Execução Fiscal.

7.7.3.1 – Os autos serão encaminhados direta- - Ver nº 118/97.


mente ao Complexo Médico Penal. 7.8.2.1 – Da certidão deverão constar os seguin-
7.7.4 – A competência para determinar o inter- tes dados:
namento de inimputável no Complexo Médico I – nome completo do condenado;
Penal (antigo Manicômio Judiciário) é do juiz da
sentença, devendo a vaga ser previamente so- II – número do RG, CPF/MF ou outro docu-
licitada por ofício, fax ou qualquer outro meio mento válido do condenado e seu endereço
idôneo de comunicação à VEP da Comarca da completo, inclusive com CEP;
Região Metropolitana de Curitiba.
III – dispositivo(s) legal(is) infringido(s) pelo
7.7.5 – Na concessão dos benefícios de livra- condenado;
mento condicional, comutação e indulto, deve-
IV – data do trânsito em julgado; e
rá ser observado o disposto no art. 70, inc. I, da
LEP. V – valor da pena de multa aplicada.
7.7.6 – Suprimido pelo Provimento n. 93 - Redação dada pelo Provimento n. 97

SEÇÃO 08 7.8.3 – Quando a pena de multa for aplicada


EXECUÇÃO DE PENA PECUNIÁRIA cumulativamente com a privativa de liberdade
ou restritiva de direitos, aplicar-se-á o art. 170
7.8.1 – Quando a única pena imposta for de na- da LEP, combinado com o art. 51 do CP.
tureza pecuniária, após o trânsito em julgado da
decisão, caberá ao juiz da condenação promo- SEÇÃO 09
ver a intimação do réu para, em dez (10) dias, VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E
pagar a importância correspondente ao valor da MEDIDAS ALTERNATIVAS
condenação.
- Ver Dec. Judiciário nº 462 de 29.09.1997.
7.8.1.1 – Efetuado o pagamento, extinguir-se-á
a pena pelo seu cumprimento. - O Regulamento da Central de Execução de
Penas Alternativas foi encaminhado pelo nº
7.8.1.2 – O recolhimento das multas decorren- 20/98 e alterado pelo Provimento nº 04/98
tes de sentenças criminais, devido ao Fundo e pelo nº 33/98 – Essa Central passou a ser
Penitenciário Nacional, deverá ser efetuado por Vara de Execução de Penas e Medidas Alter-
meio da Guia de Recolhimento da União – GRU, nativas do Foro Central da Comarca da Re-
disponível para preenchimento e impressão no gião Metropolitana de Curitiba por força do
sítio da Secretaria do Tesouro Nacional – Minis- art. 254, alínea c, do CODJ.
tério da Fazenda (http://www.tesouro.fazenda.
gov.br/). - Ver art. 238, do CODJ.

- Redação alterada pelo Provimento n. 182 7.9.1 – Ao juízo da Vara de Execução de Penas e
Medidas Alternativas do Foro Central da Comar-
7.8.2 – Infrutífera a intimação, ou não efetuado ca da Região Metropolitana de Curitiba compe-
o pagamento, o juiz determinará a extração de te promover a execução e fiscalização:
certidão da sentença que impôs a pena de mul-

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I – das penas privativas de liberdade a se- 7.9.3 – No Foro Central da Comarca da Região
rem cumpridas em regime inicial aberto; Metropolitana de Curitiba, os juízes das Varas
Criminais, de Acidentes de Trânsito, do Tribu-
II – das penas ou medidas restritivas de di- nal do Júri, das Execuções Penais, dos Juizados
reito; Especiais Criminais, e o Tribunal de Justiça (nas
III – da suspensão condicional da pena; ações penais de sua competência originária e
quando a execução se der no Foro Central da
IV – da suspensão condicional do processo. Comarca da Região Metropolitana de Curitiba)
7.9.1.1 – Compete, também, ao juízo da Vara de após o trânsito em julgado da sentença conde-
Execução de Penas e Medidas Alternativas deci- natória, em que sejam fixadas penas e medidas
dir os incidentes que possam surgir no curso da mencionadas no item 7.9.1, exceto a suspen-
execução das penas e medidas referidas no item são condicional do processo, extrairão carta de
anterior. execução e encaminharão ao juízo da Vara de
Execução de Penas e Medidas Alternativas uti-
7.9.2 – Caberá, ainda, ao juízo da Vara de Execu- lizando como padrão o modelo fornecido pela
ção de Penas e Medidas Alternativas: Corregedoria-Geral da Justiça, devidamente
preenchida, instruída, ainda, com cópia da de-
I – cadastrar e credenciar entidades públi- núncia, da sentença – com certidão do trânsito
cas ou com elas firmar convênio sobre pro- em julgado – e outras peças reputadas indispen-
gramas comunitários a serem beneficiados sáveis.
com a aplicação da pena ou medida alter-
nativa; 7.9.3.1 – Somente deverão ser remetidos à Vara
de Execução de Penas e Medidas Alternativas as
II – designar entidade ou o programa comu- cartas de execução ou processos que tenham
nitário, o local, dias e horário para o cumpri- por objeto a execução e fiscalização das condi-
mento da pena ou medida alternativa, bem ções do regime inicial aberto, da suspensão con-
como a forma de sua fiscalização; dicional da pena, da suspensão condicional do
III – criar programas comunitários para faci- processo, das penas ou das medidas restritivas
litar a execução das penas e medidas alter- de direito, bem como as cartas precatórias, que
nativas; incluam, além das condições legais, alguma das
hipóteses abaixo:
IV – acompanhar pessoalmente, quando
necessário, a execução dos trabalhos; I – prestação de serviços à comunidade ou
a entidades públicas e limitação de final de
V – revogar os benefícios da suspensão con- semana;
dicional do processo e da suspensão condi-
cional da pena (sursis); II – prestação social alternativa;

VI – converter as penas restritivas de di- III – tratamento para desintoxicação;


reitos em privativa de liberdade, nos casos IV – encaminhamento para freqüentar cur-
previstos no artigo 44, §§ 4º e 5º do Código so supletivo ou profissionalizante;
Penal, comunicando o fato ao juízo do pro-
cesso de conhecimento, para possibilitar as V – prestação pecuniária a entidade pública
comunicações obrigatórias; ou privada com destinação social a ser de-
signada pela Vara de Execução de Penas e
VII – declarar a extinção da pena, o cum- Medidas Alternativas;
primento da medida ou a extinção da pu-
nibilidade, comunicando o fato ao juízo do VI – prestação de outra natureza, nos mol-
processo de conhecimento para possibilitar des do art. 45, § 2º, da Lei nº 9.714/98.
a realização das comunicações obrigatórias.

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7.9.4 – Após o recebimento da denúncia pelo IV – Carga de Autos – Advogado (Adendo


juízo competente e manifestação do Ministério 9-F);
Público quanto ao cabimento da suspensão con-
dicional do processo, as peças essenciais desses V – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
autos deverão ser remetidas ao juízo da Vara de (Adendo 12-F);
Execução de Penas e Medidas Alternativas, para 7.9.8 – De todos os atos relevantes será comuni-
a realização da audiência de suspensão condi- cado o juízo do processo de conhecimento, sen-
cional do processo e fixação das condições. do que este efetuará as comunicações obrigató-
7.9.4.1 – Em caso de aceitação da proposta de rias que se mostrem necessárias.
suspensão condicional do processo, o juízo da 7.9.9 – Após exauridos os procedimentos peran-
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternati- te a Vara de Penas e Medidas Alternativas, os
vas procederá à execução das medidas impostas autos serão remetidos ao juízo do processo de
e fará as comunicações necessárias. conhecimento para fins de que sejam juntados
7.9.4.2 – Em caso da não aceitação da proposta à ação penal respectiva.
de suspensão condicional do processo, o juízo 7.9.9.1 – O escrivão criminal certificará nos
da Vara de Execução de Penas e Medidas Al- autos de ação penal o recebimento dos autos
ternativas dará o réu por citado e remeterá as oriundos da Vara de Execução de Penas e Me-
peças ao juízo de origem, para as providências didas Alternativas e juntará ao feito somente as
cabíveis. peças necessárias.
7.9.5 – Nos casos de descumprimento das pe- 7.9.9.2 – O disposto no item 7.9.9 não se apli-
nas em regime inicial aberto ou das penas ou ca aos feitos que já se encontram arquivados na
medidas restritivas de direito, da suspensão Vara de Execução de Penas e Medidas Alterna-
condicional da pena e da suspensão condicio- tivas.
nal do processo, fica a cargo do juízo da Vara de
Execução de Penas e Medidas Alternativas con- 7.9.10 – Nas hipóteses de regressão de regime,
verter as penas, regredir o regime e revogar os em que a competência para prosseguimento da
benefícios, com comunicação ao juízo do pro- execução passar a ser das Varas de Execuções
cesso. Penais, os próprios autos da Vara de Execução
de Penas e Medidas Alternativas, acompanha-
7.9.5.1 – Recebida a comunicação da revogação dos de guia de recolhimento suplementar, serão
da suspensão condicional do processo, o juiz de remetidos àqueles juízos.
origem prosseguirá no processo.
- Ver CN, 7.4.6.
7.9.6 – O processo de execução da pena ou con- - Redação dada pelo Provimento n.108
tinuidade deste, ou de fiscalização do cumpri-
mento de condições, iniciar-se-á sempre com a SEÇÃO 10
carta de execução.
ATESTADO DE PENA
7.9.7 – São livros obrigatórios da Vara de Execu-
ção de Penas e Medidas Alternativas: - Criada pelo Provimento n.146

I – Registro de Sentenças (Adendo 6-F); Re- 7.10.1 – O Juízo responsável pela execução da
vogado pelo Provimento nº 216. pena deverá emitir atestado de pena a cumprir
e a respectiva entrega ao apenado, mediante
II – Registro de Mandados de Prisão; recibo, nos seguintes prazos:
III – Registro de Cadastramento de Entida- I – sessenta (60) dias, a contar do início da
des ou Programas Comunitários; execução da pena privativa de liberdade;

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II – sessenta (60) dias, a contar da data do V – Registro de Apreensões (Adendo 10-H);
reinício do cumprimento da pena privativa VI – Registro de Adotandos (Adendo 13-H);
de liberdade; e
VII – Registro de Adotantes (Adendo 14-H);
III – para o apenado que já esteja cumprin-
do a pena privativa de liberdade, até o últi- VIII – Arquivo de Termos de Guarda e Tute-
mo dia útil do mês janeiro de cada ano. la;
- Art. 3º da Resolução 29 do CNJ. IX – Arquivo de Alvarás (Adendo 11-H);
X – Arquivo de Inscrições (Adendo 12-H);
7.10.2 – Deverão constar do atestado anual do
cumprimento da pena, dentre outras informa- XI – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-H);
ções consideradas relevantes: XII – Carga de Autos – Promotor de Justiça
I – o montante da pena privativa de liber- (Adendo 5-H);
dade; XIII – Carga de Autos – Advogado (Adendo
II – o regime prisional de cumprimento de 6-H);
pena; XIV – Carga de Autos – Equipe Técnica
III – a data do início do cumprimento da (Adendo 7-H);
pena e a data, em tese, do término do cum- XV – Carga de Mandados – Oficiais de Justi-
primento integral da pena; e ça (Adendo 8-H).
IV – a data a partir da qual o apenado, em 8.1.2 – O registro de termo de compromisso dos
tese, poderá postular a progressão do regi- comissários deverá ser lavrado no livro próprio
me prisional e o livramento condicional. da direção do fórum.
- Art. 4º da Resolução 29 do CNJ. 8.1.2.1 – As portarias alusivas ao ofício da in-
fância e da juventude deverão ser registradas
- Ver Modelo 41 do CN.
no livro de Registro de Portarias da direção do
fórum.
8.1.2.2 – Nas comarcas em que a escrivania
CAPÍTULO 8 for instalada em prédio autônomo poderão ser
OFÍCIO DA INFÂNCIA E abertos livros próprios para estas finalidades.
DA JUVENTUDE 8.1.2.3 – Conforme determinação expressa do
(Revogado pelo Provimento nº 221) Estatuto da Criança e do Adolescente, cada co-
marca deverá manter um registro de crianças e
SEÇÃO 01 adolescentes em condições de serem adotados
LIVROS DO OFÍCIO e outro de pessoas interessadas na adoção.

8.1.1 – São livros obrigatórios das escrivanias da • Ver art. 50 do ECA.


Infância e da Juventude: 8.1.2.4 – No livro de Arquivo de Inscrições deve
I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-H); ser arquivada cópia do programa, bem como
do regime de atendimento de todas as entida-
II – Registro de Procedimentos Investigató- des governamentais e não-governamentais dos
rios (Adendo 2-H); municípios que compõem a comarca, mesmo
III – Registro de Cartas Precatórias, Rogató- havendo Conselho Municipal dos Direitos da
rias e de Ordem (Adendo 3-H); Criança e do Adolescente, em que pese o dis-
posto no art. 90, parágrafo único, do ECA.
IV – Registro de Sentenças (Adendo 9-H);
Revogado pelo Provimento nº 216.

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8.1.3 – Na escrituração, guarda e conservação forem compatíveis, as normas da seção 3 do ca-


dos livros, assim como nos procedimentos da pítulo 2 deste CN.
escrivania, serão observadas as normas gerais 8.2.1.1 – Os pedidos de inscrição para adoção
previstas no capítulo 2, bem como as normas devem ser registrados no livro "Registro de Ado-
específicas relativas ao ofício cível, contidas no tantes" e autuados no livro de Registro Geral de
capítulo 5 deste código. Feitos somente após a formalização do pedido
8.1.4 – Os livros de Registro de Sentenças, Re- de adoção.
gistro de Adotandos, Registro de Adotantes, • Ver art. 50 do ECA.
Arquivo de Termos de Guarda e Tutela, Arquivo
de Alvarás, Arquivo de Inscrições, Carga de Au- • Ver CN 8.2.5.1.
tos – Juiz, Carga de Autos – Promotor de Justiça 8.2.1.2 – No caso de crianças e adolescentes em
e Carga de Autos – Equipe Técnica poderão ser condições de serem adotados, o registro deverá
organizados pelo sistema de folhas soltas. • Re- ser efetuado no livro "Registro de Adotandos",
vogado pelo Provimento n° 104. devendo ser autuado e registrado no "Registro
8.1.4 – Os livros de Arquivo de Inscrições, Carga Geral de Feitos" após o efetivo pedido de ado-
de Autos – Juiz, Carga de Autos – Promotor de ção.
Justiça e Carga de Autos – Equipe Técnica pode- • Ver art. 50 do ECA.
rão ser organizados pelo sistema de folhas sol-
tas. • Ver CN 8.2.5.

• Redação dada pelo Provimento nº 216. 8.2.1.3 – O deferimento da inscrição dar-se-á


após prévia consulta aos órgãos técnicos do jui-
8.1.5 – Funcionando o Ofício da Infância e da zado, ouvido o Ministério Público.
Juventude anexado a outro, poderão ser utili-
zados para escrituração comum todos os livros 8.2.1.4 – Não será deferida a inscrição se o in-
destinados à carga de autos e de mandados. teressado não satisfizer os requisitos legais, ou
verificada qualquer das hipóteses previstas no
8.1.6 – A escrivania deverá manter fichários de art. 29 do ECA.
controle dos processos e procedimentos, nos
moldes previstos no item 5.1.3 deste CN. 8.2.1.5 – Recomenda-se a formação de cadastro
de adotantes (pessoas nacionais interessadas
8.1.7 – Mediante autorização do Corregedor- em adoção) e de adotandos (crianças em con-
-Geral da Justiça, os livros e papéis de controle dições de serem adotadas) por sistema de com-
poderão ser substituídos por seguro procedi- putação, objetivando um intercâmbio entre as
mento da área de informática, por sugestão do comarcas do Estado e demais Unidades da Fe-
juiz. deração.
8.1.8 – As secretarias poderão abrir outros li- 8.2.2 – As peças informativas, autos de infração
vros, além dos obrigatórios, desde que o movi- às normas de proteção, boletins de ocorrência,
mento forense justifique. relatórios policiais, auto de apreensão em fla-
SEÇÃO 02 grante, pedidos de providência e procedimen-
tos investigatórios, entre outros que objetivem
PROCEDIMENTOS EM GERAL a investigação de infrações às medidas de prote-
8.2.1 – Os procedimentos instaurados, tais ção ou apuração de ato infracional, serão autu-
como Pedidos de Guarda, Tutela, Adoção, Per- ados e registrados no livro de Registro de Proce-
da ou Suspensão do Pátrio Poder, Destituição de dimentos Investigatórios.
Tutela, Colocação em Família Substituta, dentre 8.2.2.1 – Nesses casos, se houver representação
outros, serão autuados e registrados no livro de pela prática de ato infracional ou decisão pela
Registro Geral de Feitos, observando-se, no que instauração de ação ou procedimento específi-

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co, proceder-se-á à autuação e registro na for- V – conceder a emancipação, nos termos da
ma prevista no item 8.2.1 deste CN. lei civil, quando faltarem os pais;
• Redação dada pelo Provimento n° 91. VI – designar curador especial em casos de
8.2.3 – Compete ao juiz da infância e da juven- apresentação de queixa ou representação,
tude: ou de outros procedimentos judiciais ou ex-
trajudiciais em que haja interesses de crian-
• Ver art. 148 do ECA. ça ou adolescente;
I – conhecer de representações promovidas VII – conhecer de ações de alimentos;
pelo Ministério Público, para apuração de
ato infracional atribuído a adolescente, apli- VIII – determinar o cancelamento, a retifica-
cando as medidas cabíveis; ção e o suprimento dos registros de nasci-
mento e óbito.
II – conceder a remissão, como forma de
suspensão ou extinção do processo; 8.2.3.2 – O procedimento para a regularização
do registro civil de criança e adolescente, nas si-
III – conhecer de pedidos de adoção e seus tuações previstas no art. 98 da Lei n.° 8.069/90,
incidentes; poderá ser iniciado de ofício, por provocação do
IV – conhecer de ações civis fundadas em Ministério Púbico ou por iniciativa de terceiro.
interesses individuais, difusos ou coletivos 8.2.3.3 – É obrigatória a intervenção do Minis-
afetos à criança e ao adolescente, observa- tério Público no procedimento tratado no item
do o disposto no art. 209 do ECA; 8.2.3.2.
V – conhecer de ações decorrentes de irre- 8.2.3.4 – Para a instrução do procedimento, nas
gularidades em entidades de atendimento, hipóteses de inexistência de registro de nasci-
aplicando as medidas cabíveis; mento anterior ("registro de nascimento tar-
VI – aplicar penalidades administrativas nos dio"), deverá o juiz da infância e da juventude
casos de infrações contra norma de prote- realizar brevíssima averiguação, utilizando-se
ção à criança ou adolescente; dos elementos disponíveis, tais como requisição
de ficha clínica hospitalar e realização de E.V.I.
VII – conhecer de casos encaminhados pelo (exame de verificação de idade).
Conselho Tutelar, aplicando as medidas ca-
bíveis. • Ver art. 102 do ECA.
8.2.3.1 – Quando se tratar de criança ou adoles- 8.2.3.4.1 – O juiz da vara da infância e da juven-
cente em situação de risco é também compe- tude determinará, nas hipóteses de pais des-
tente para o fim de: conhecidos ou que residam em local incerto
ou não sabido, a realização prévia, em 10 (dez)
• Ver art. 98 do ECA. dias, de estudo social.
I – conhecer de pedidos de guarda e tutela; 8.2.3.4.2 – Encerrada a instrução, o juiz da in-
II – conhecer de ações de destituição do pá- fância e da juventude prolatará decisão funda-
trio poder, perda ou modificação da tutela mentada, determinando o suprimento do regis-
ou guarda; tro de nascimento.
III – suprir a capacidade ou o consentimen- 8.2.3.4.3 – Na ausência de outros elementos
to para o casamento; disponíveis, constarão da certidão de nascimen-
to apenas o nome e a data, mesmo que prová-
IV – conhecer de pedidos baseados em dis-
vel, de nascimento da criança ou adolescente.
cordância paterna ou materna, em relação
ao exercício do pátrio poder; 8.2.3.5 – O procedimento previsto no item
8.2.3.4 gozará de prioridade em sua tramitação,
ressalvadas as hipóteses legais.

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• Ver art. 17 da Lei n° 1.533/51. SEÇÃO 03


• Ver art. 19 da Lei n° 9.507/97. APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
8.2.4 – Compete à autoridade judiciária discipli- 8.3.1 – A criança infratora deverá ser encami-
nar, por meio de portaria, ou autorizar, median- nhada ao Conselho Tutelar, e, à sua falta, à auto-
te alvará: ridade judiciária. A ocorrência do ato infracional
deverá ser registrada na delegacia de polícia,
I – a entrada e permanência de criança ou
sem a presença da criança, observado o neces-
adolescente, desacompanhado dos pais ou
sário sigilo.
responsável, em estádio, ginásio e campo
desportivo; bailes ou promoções dançan- • Ver art. 105, 136, I e 262 do ECA.
tes; boate ou congêneres; casa que explore 8.3.1.1 – Considera-se ato infracional a conduta
comercialmente diversões eletrônicas; es- descrita como crime ou contravenção penal.
túdios cinematográficos, de teatro, rádio e
televisão. 8.3.1.2 – Nenhum adolescente será privado de
sua liberdade senão em flagrante de ato infra-
II – a participação de criança e adolescen- cional ou por ordem escrita e fundamentada da
te em espetáculos públicos e seus ensaios e autoridade judiciária competente.
certames de beleza.
• Ver art. 106 do ECA.
8.2.5 – Compete à autoridade judiciária, após o
trânsito em julgado da decisão de destituição de 8.3.2 – Na apuração de ato infracional atribuído
pátrio poder, cadastrar perante a CEJA as crian- ao adolescente, não será instaurado inquérito
ças e os adolescentes em condições jurídicas de policial, devendo a autoridade remeter somen-
serem adotadas. O ofício de cadastramento de- te peças de informações (relatórios, autos, re-
verá ser instruído com os seguintes documen- sultados de exames ou perícias, termos de de-
tos: clarações, etc.), as quais deverão ser autuadas
pelo ofício judicial.
• Ver Provimento n° 41/2002.
• Ver art. 179 do ECA.
a) cópia da certidão de nascimento da crian-
ça ou do adolescente; 8.3.2.1 – Tratando-se de ato infracional pratica-
do por adolescente em co-autoria com pessoa
b) cópia da sentença que destituiu os geni- maior de dezoito (18) anos, a autoridade policial
tores do pátrio poder, com a corresponden- procederá à lavratura de um único auto de pri-
te certidão de trânsito em julgado; são em flagrante e de apreensão.
c) laudo médico da criança ou do adolescen- 8.3.2.2 – Quando não se tratar de ato infracio-
te. No caso de serem portadores de alguma nal cometido mediante violência ou grave ame-
doença ou de deficiência física, mental ou aça à pessoa, a lavratura do auto de apreensão
sensorial, avaliação médica e afins; em flagrante poderá ser substituída por boletim
d) laudo técnico que contenha estudo psi- de ocorrência circunstanciado.
cossocial do caso; 8.3.3 – O adolescente infrator apreendido por
e) fotografia da criança ou do adolescente. ordem judicial será desde logo apresentado à
autoridade judiciária ou encaminhado à entida-
8.2.5.1 – A autoridade judiciária remeterá à
de constante do mandado, devendo, neste caso,
CEJA formulário para cadastramento dos pre-
ser feita imediata comunicação ao juízo compe-
tendentes nacionais habilitados para adoção.
tente.
8.3.3.1 – O adolescente infrator apreendido,
quando for o caso, poderá ser entregue ao di-
rigente ou representante da entidade a que se

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encontrar submetida a medida de abrigo, equi- 8.3.8 – Verificada a prática de ato infracional, a
parado ao guardião para todos os efeitos de di- autoridade competente poderá aplicar ao ado-
reito. lescente as seguintes medidas:
• Ver Art. 174 e 92, parágrafo único do ECA. • Ver art. 112 do ECA.
8.3.4 – Advindo a representação, em face da I – advertência;
não-concessão da remissão ou por não ser caso II – obrigação de reparar o dano;
de arquivamento, proceder-se-á à sua autuação
e seu registro no livro de Registro Geral de Fei- III – prestação de serviços à comunidade;
tos, fazendo conclusão ao juiz. IV – liberdade assistida;
8.3.4.1 – Havendo representação, a escrivania V – inserção em regime de semiliberdade;
deverá comunicar ao Ofício distribuidor, para as
devidas anotações. VI – internação em estabelecimento educa-
cional;
8.3.4.2 – A escrivania não poderá fornecer certi-
dão de antecedentes alusivos à criança ou ado- VII – qualquer uma das previstas no art. 101
lescente, salvo mediante requisição judicial. do ECA.

8.3.5 – A representação contra o adolescente 8.3.9 – A advertência consiste em admoestação


infrator será liminarmente rejeitada quando: verbal, que será reduzida a termo e assinada.

I – desatender aos requisitos formais do art. • Ver art. 115 do ECA.


182, § 1º, do ECA, desde que não emenda- 8.3.10 – Tratando-se de ato infracional com re-
da; flexos patrimoniais, a autoridade poderá deter-
II – o autor do ato infracional tiver 21 anos minar, se for o caso, que o adolescente restitua
de idade completos; a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou,
por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
• Ver art. 2º, parágrafo único c/c o art. 121,
§ 5º, do ECA. • Ver art. 116 do ECA.

III – a ação ou omissão manifestamente não 8.3.10.1 – Havendo manifesta impossibilidade,


constituir ato infracional. a medida poderá ser substituída por outra ade-
quada.
8.3.5.1 – Não caberá representação quando for
formulada em relação a ato infracional pratica- 8.3.11 – A prestação de serviços comunitários
do por criança. consiste na realização de tarefas gratuitas de in-
teresse geral, por período não excedente a seis
• Ver art. 105 c/c os art. 171 a 190, todos do meses, em benefício de entidades assistenciais,
ECA. hospitais, escolas e outros estabelecimentos
8.3.6 – A autoridade judiciária poderá solicitar, congêneres, bem como em programas comuni-
após a oitiva dos pais ou responsável na audi- tários ou governamentais.
ência de apresentação, a opinião do Serviço Au- • Ver art. 117 do ECA.
xiliar da Infância e da Juventude – SAI, e, onde
não houver, de profissional qualificado. 8.3.11.1 – As tarefas serão atribuídas conforme
as aptidões do adolescente, devendo ser cum-
• Ver art. 184 e 186 do ECA. pridas durante jornada máxima de oito horas
8.3.7 – O prazo máximo e improrrogável para semanais, aos sábados, domingos e feriados ou
a conclusão do procedimento, estando o ado- em dias úteis, de modo a não prejudicar a fre-
lescente internado provisoriamente, é de qua- qüência à escola ou à jornada normal de traba-
renta e cinco (45) dias, contados da apreensão lho.
do adolescente, seja ela originária de flagrante,
seja decorrente de decisão judicial.

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8.3.12 – A liberdade assistida será adotada sem- 8.3.14 – A internação constitui medida privativa
pre que se afigurar a medida mais adequada da liberdade, sujeita aos princípios de brevida-
para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o de, excepcionalidade e respeito à condição pe-
adolescente. culiar de pessoa em desenvolvimento.
• Ver art. 118 do ECA. • Ver art. 121 do ECA.
8.3.12.1 – A autoridade designará pessoa capa- 8.3.14.1 – Será permitida a realização de ativi-
citada para acompanhar o caso, a qual poderá dades externas, a critério da equipe técnica da
ser recomendada por entidade ou programa de entidade, salvo expressa determinação judicial
atendimento. em contrário.
8.3.12.2 – A liberdade assistida será fixada pelo 8.3.14.2 – A medida não comporta prazo deter-
prazo mínimo de seis meses, podendo a qual- minado, devendo sua manutenção ser reavalia-
quer tempo ser prorrogada, revogada ou subs- da, mediante decisão fundamentada, no máxi-
tituída por outra medida, ouvido o orientador, o mo a cada seis meses.
Ministério Público e o defensor. 8.3.14.3 – Em nenhuma hipótese o período má-
8.3.12.3 – Incumbe ao orientador, com o apoio ximo de internação excederá a três anos.
e a supervisão da autoridade competente, a re- 8.3.14.4 – Atingido o limite estabelecido no pa-
alização dos seguintes encargos, entre outros: rágrafo anterior, o adolescente deverá ser libe-
• Ver art. 119 do ECA. rado, colocado em regime de semiliberdade ou
I – promover socialmente o adolescente e de liberdade assistida.
sua família, fornecendo-lhes orientação e 8.3.14.5 – A liberação será compulsória aos vin-
inserindo-os, se necessário, em programa te e um anos de idade.
oficial ou comunitário de auxílio e assistên- 8.3.14.6 – Em qualquer hipótese a desinterna-
cia social; ção será precedida de autorização judicial, ouvi-
II – supervisionar a freqüência e o aprovei- do o Ministério Público.
tamento escolar do adolescente, promo- 8.3.15 – A medida de internação só poderá ser
vendo, inclusive, sua matrícula; aplicada quando:
III – diligenciar no sentido da profissionali- • Ver art. 122 do ECA.
zação do adolescente e de sua inserção no
mercado de trabalho; I – tratar-se de ato infracional cometido me-
diante grave ameaça ou violência à pessoa;
IV – apresentar relatório do caso.
II – por reiteração no cometimento de ou-
8.3.13 – O regime de semiliberdade pode ser tras infrações graves;
determinado desde o início, ou como forma de
transição para o meio aberto, possibilitada a re- III – por descumprimento reiterado e injus-
alização de atividades externas, independente- tificável da medida anteriormente imposta.
mente de autorização judicial. 8.3.15.1 – O prazo de internação na hipótese do
• Ver art. 120 do ECA. CN 8.3.15, inciso III, não poderá ser superior a
três meses.
8.3.13.1 – São obrigatórias a escolarização e a
profissionalização, devendo, sempre que possí- 8.3.15.2 – Em nenhuma hipótese será aplicada
vel, ser utilizados os recursos existentes na co- a internação, havendo outra medida adequada.
munidade. 8.3.15.3 – A internação deverá ser cumprida em
8.3.13.2 – A medida não comporta prazo deter- entidade exclusiva para adolescentes, em local
minado aplicando-se, no que couberem, as dis- distinto daquele destinado ao abrigo, obede-
posições relativas à internação.

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cida rigorosa separação por critérios de idade, 8.4.1.3 – Sendo o pedido formulado pelo Minis-
compleição física e gravidade da infração. tério Público, o interessado na guarda, tutela ou
8.3.16 – Antes de iniciado o procedimento ju- adoção poderá assinar conjuntamente a inicial.
dicial para apuração de ato infracional, o repre- 8.4.2 – A colocação em família substituta não
sentante do Ministério Público poderá conceder admitirá transferência da criança ou adolescen-
a remissão, como forma de exclusão do proces- te a terceiros ou a entidades governamentais ou
so, atendendo às circunstâncias e conseqüên- não-governamentais, sem autorização judicial.
cias do fato, ao contexto social, bem como à • Ver art. 30 do ECA.
personalidade do adolescente e sua maior ou
menor participação no ato infracional. 8.4.3 – Ao assumir a guarda ou a tutela, o res-
ponsável prestará compromisso de bem e fiel-
8.3.16.1 – Iniciado o procedimento, a concessão mente desempenhar o encargo, mediante ter-
da remissão pela autoridade judiciária importa- mo nos autos.
rá na suspensão ou extinção do processo.
• Ver art. 32 do ECA.
8.3.16.2 – A remissão não implica necessaria-
mente o reconhecimento ou comprovação da 8.4.4 – A guarda obriga a prestação de assistên-
responsabilidade, nem prevalece para efeito de cia material, moral e educacional à criança ou
antecedentes, podendo incluir eventualmente a adolescente, conferindo a seu detentor o direito
aplicação de qualquer das medidas previstas em de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
lei, exceto a colocação em regime de semiliber- • Ver art. 33 do ECA.
dade e a internação.
8.4.4.1 – A guarda destina-se a regularizar a
8.3.16.3 – A medida aplicada por força da remis- posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou
são poderá ser revista judicialmente, a qualquer incidentalmente, nos procedimentos de tutela e
tempo, mediante pedido expresso do adoles- adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
cente ou de seu representante legal, ou do Mi-
nistério Público. 8.4.4.2 – Excepcionalmente, deferir-se-á a
guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para
SEÇÃO 04 atender a situações peculiares ou suprir a falta
FAMÍLIA SUBSTITUTA eventual dos pais ou responsável, podendo ser
deferido o direito de representação para a práti-
8.4.1 – O pedido de colocação em família subs- ca de atos determinados.
tituta far-se-á mediante guarda, tutela ou ado-
ção, independentemente da situação jurídica da 8.4.4.3 – A guarda confere à criança ou adoles-
criança ou adolescente, nos termos do Estatuto cente a condição de dependente, para todos os
da Criança e do Adolescente, e poderá ser for- fins e efeitos de direito, inclusive previdenciá-
mulado cumulativamente com a destituição da rios.
tutela, perda ou suspensão do pátrio poder. 8.4.5 – O poder público estimulará, por meio
• Ver art. 28 do ECA. de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsí-
dios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de
8.4.1.1 – Sempre que possível, a criança ou ado- criança ou adolescente órfão ou abandonado.
lescente deverá ser previamente ouvido e a sua
opinião devidamente considerada. • Ver art. 34 do ECA.
8.4.1.2 – Na apreciação do pedido levar-se-á em 8.4.6 – A guarda poderá ser revogada a qual-
conta o grau de parentesco e a relação de afini- quer tempo, mediante ato judicial fundamenta-
dade ou de afetividade, a fim de evitar ou mi- do, ouvido o Ministério Público.
norar as conseqüências decorrentes da medida. • Ver art. 35 do ECA.

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8.4.7 – A tutela será deferida, nos termos da lei para inclusão de seu nome no cadastro res-
civil, à pessoa de até vinte e um anos incomple- pectivo;
tos. II – instaurar o processo de adoção interna-
• Ver art. 36 do ECA. cional somente após o pretendente estar
8.4.8 – O deferimento da tutela pressupõe a previamente inscrito na CEJA, portando o
prévia decretação da perda ou suspensão do respectivo laudo de habilitação, quando en-
pátrio poder e implica necessariamente o dever tão poderá iniciar o estágio de convivência
de guarda. da criança ou adolescente com o adotante
estrangeiro;
8.4.9 – A especialização de hipoteca legal será
dispensada, sempre que o tutelado não possuir III – autorizar a colocação de criança ou ado-
bens ou rendimentos ou por qualquer outro lescente em família estrangeira, somente
motivo relevante. diante da impossibilidade de colocação em
família substituta nacional. Esta impossibi-
• Ver art. 37 do ECA. lidade deve ficar demonstrada, ao menos,
8.4.9.1 – A especialização de hipoteca legal com a resposta negativa à consulta formula-
será também dispensada se os bens, porventu- da sobre a existência de adotante nacional
ra existentes em nome do tutelado, constarem cadastrado na CEJA, na qual sempre deve-
de instrumento público, devidamente registra- rão constar todas as características da crian-
do no registro de imóveis, ou se os rendimen- ça ou do adolescente suscetível de adoção;
tos forem suficientes apenas para a mantença • Ver art. 31 do ECA.
do tutelado, não havendo sobra significativa ou
provável. IV – encaminhar à CEJA o nome e qualifica-
ção de todo pretendente nacional à adoção,
8.4.10 – Aplica-se à destituição da tutela o dis- após devidamente inscrito, habilitado e não
posto no art. 24 do ECA. atendido em sua comarca de origem, para
• Ver art. 38 do ECA. o devido cadastramento, a fim de ampliar a
possibilidade de adotar criança ou adoles-
8.4.11 – O juiz assegurará prioridade, sucessiva- cente.
mente, ao exame de pedidos de colocação em
família substituta (adoção), formulado por pes- • Ver CN 8.2.5.1.
soas: • Ver Modelo 27 deste CN.
• Item 8.4.2 do Provimento 07/96. 8.4.13 – É vedada a adoção por procuração.
I – de nacionalidade brasileira; • Ver CN 11.4.1.
II – de nacionalidade estrangeira residentes 8.4.14 – O adotando deve contar com, no máxi-
no País; mo, dezoito (18) anos à data do pedido, salvo se
III – de nacionalidade estrangeira residentes já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
no exterior. • Ver art. 40 do ECA.
8.4.12 – Ao juiz da Infância e da Juventude, no 8.4.14.1 – Podem adotar os maiores de vinte e
exercício de sua competência, cabe: um (21) anos, independentemente de estado ci-
• Ver item 8.4.3 do Provimento 07/96. vil.
I – Comunicar à CEJA a existência de criança • Ver art. 42 do ECA.
ou adolescente sob sua responsabilidade, 8.4.14.2 – O adotante há de ser, pelo menos, de-
passível de ser adotado e que não encontra zesseis (16) anos mais velho do que o adotando.
colocação familiar na comarca de origem,
8.4.15 – A adoção depende do consentimento
dos pais ou do representante legal do adotando.

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• Ver art. 45 do ECA. 8.4.17.4 – A critério da autoridade judiciária,
8.4.15.1 – O consentimento será dispensado em poderá ser fornecida certidão para a salvaguar-
relação à criança ou adolescente cujos pais se- da de direitos.
jam desconhecidos ou tenham sido destituídos 8.4.17.5 – A sentença conferirá ao adotado o
do pátrio poder. nome do adotante e, a pedido deste, poderá de-
8.4.15.2 – Tratando-se de adotando maior de terminar a modificação do prenome.
doze (12) anos de idade, será também necessá- 8.4.17.6 – A adoção produz seus efeitos a partir
rio o seu consentimento. do trânsito em julgado da sentença, exceto na
8.4.16 – A adoção será precedida de estágio de hipótese prevista no art. 42, § 5º, do ECA, caso
convivência com a criança ou adolescente, pelo em que terá força retroativa à data do óbito.
prazo que a autoridade judiciária fixar, observa- 8.4.18 – A sentença judicial de adoção será ins-
das as peculiaridades do caso. crita no ofício de registro civil da comarca onde
• Ver art. 46 do ECA. tramitou o processo, no livro "A", com obser-
vância do art. 47 e parágrafos do ECA, cancelan-
8.4.16.1 – O estágio de convivência poderá ser do-se o registro anterior.
dispensado se o adotando não tiver mais de um
ano de idade ou se, qualquer que seja a sua ida- 8.4.18.1 – Se o assento original do adotado hou-
de, já estiver na companhia do adotante duran- ver sido lavrado em serventia de outra comar-
te tempo suficiente para se poder avaliar a con- ca, o juízo que conceder a adoção fará expedir
veniência da constituição do vínculo. mandado de cancelamento àquela serventia,
cujo oficial procederá à averbação.
8.4.16.2 – Em caso de adoção por estrangeiro
residente ou domiciliado fora do País, o estágio 8.4.18.2 – Tratando-se de ordem oriunda de
de convivência, cumprido no território nacional, outro Estado, antes de proceder à averbação, o
será de no mínimo quinze (15) dias para crian- oficial obterá o "cumpra-se" do juiz da Infância
ças de até dois (02) anos de idade, e de no míni- e da Juventude no próprio mandado.
mo trinta (30) dias quando se tratar de adotan- 8.4.18.3 – O registro de adoção será efetivado
do acima de dois (02) anos de idade. como se tratasse de lavratura fora de prazo, sem
• Ver seção 5 deste capítulo. pagamento, porém, da multa prevista no art. 46
da Lei dos Registros Públicos.
8.4.17 – O vínculo da adoção constitui-se por
sentença judicial, que será inscrita no registro 8.4.19 – Quando o adotando estiver em idade
civil mediante mandado do qual não se forne- escolar, o juiz fará consignar na sentença a or-
cerá certidão. dem para que sejam feitas as devidas retifica-
ções nos assentos escolares, mandando oficiar
• Ver art. 47 do ECA. à direção do estabelecimento de ensino ou ex-
8.4.17.1 – A inscrição consignará o nome dos pedir mandado, neles constando a observação
adotantes como pais, bem como o nome de de que, salvo expressa determinação judicial,
seus ascendentes. nenhuma informação poderá ser prestada acer-
ca dos dados até então existentes em relação
8.4.17.2 – O mandado judicial, que será arqui- àquele aluno.
vado, cancelará o registro original do adotado.
8.4.17.3 – Nenhum ato ou termo conterá qual- SEÇÃO 05
quer designação discriminatória, decorrente de ADOÇÃO INTERNACIONAL
filiação oriunda ou não da relação do casamen- • Ver Provimento nº 42/2002.
to ou de adoção.
8.5.1 – A adoção internacional no Estado do
• Ver art. 20, 26; 27; 41; 47, § 3º, do ECA e Paraná está condicionada ao estudo prévio e
art. 277, § 6º, da CF/88. análise da Comissão Estadual Judiciária de Ado-

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ção – CEJA, que expedirá laudo de habilitação, diplomático, oficial ou de cortesia, candidatos à
com validade em todo o território paranaense, adoção, submeter-se-ão ao pedido de habilita-
às pessoas estrangeiras interessadas na adoção, ção perante a CEJA e processo judicial de ado-
que tenham seus pedidos acolhidos pela refe- ção, que seguirá o mesmo procedimento desti-
rida comissão, para instruir o processo compe- nado às adoções internacionais.
tente. • Ver art. 3o do Provimento nº 42/2002 que
• Ver Dec. Jud. nº 21, de 09.01.1989 e Dec. fixou critérios de prioridade dos pretenden-
Jud. nº 491, de 22.10.1990. tes estrangeiros para adoção de criança e
• Ver art. 50 do ECA. adolescentes nacionais

8.5.2 – A CEJA mantém para uso de todas as co- 8.5.3.3 – A CEJA poderá fazer exigências e soli-
marcas do Estado: citar complementação sobre o estudo psicos-
social do pretendente estrangeiro à adoção, já
I – cadastro centralizado e unificado das realizado no país de acolhida.
pessoas estrangeiras interessadas na ado-
ção de crianças e adolescentes brasileiros 8.5.4 – Os pedidos de inscrição para adoção for-
no Estado, devidamente inscritos e habilita- mulados por estrangeiros residentes no Brasil
dos perante a comissão; com visto permanente deverão estar instruídos
com os documentos exigidos no Estatuto da
II – cadastro de crianças e adolescentes em Criança e do Adolescente.
condições de serem adotados, que não ob-
tiveram colocação em família substituta nas • Ver art. 51 e §§ do ECA.
comarcas em cuja jurisdição se encontrem; 8.5.4.1 – Os pedidos acima serão apresentados
III – cadastro de pessoas nacionais interes- diretamente ao Juízo da Infância e da Juventu-
sadas na adoção de crianças e adolescen- de e submeter-se-ão a estudo psicossocial por
tes, no território paranaense, devidamente equipe interprofissional, devendo o respectivo
inscritas e habilitadas nas comarcas de ori- Juízo, depois de cadastrado em livro próprio,
gem, a fim de oferecer às demais comarcas remetê-lo à CEJA em 48 (quarenta e oito) horas.
do Estado, alternativa para a colocação em • Ver art. 50 do ECA.
família substituta nacional, conforme pre- 8.5.4.2 – O estudo psicossocial dos interessados
coniza o art. 31 do ECA. na adoção, se residentes em Curitiba, serão rea-
• Ver art. 50 e §§ do ECA. lizados por equipe técnica da 2ª. Vara da Infân-
8.5.3 – O processamento de qualquer pedido de cia e da Juventude do Foro Central da Comarca
adoção formulado por estrangeiro residente no da Região Metropolitana de Curitiba.
Brasil, deve ser instruído com o estudo prévio e 8.5.4.3 – Se residentes em comarcas do inte-
análise da CEJA, conforme o disposto no art. 52 rior do Estado do Paraná, por equipe técnica da
do ECA. Assessoria de Apoio aos Juizados da Infância e
8.5.3.1 – A colocação em família substituta es- Juventude (AAJIJ) da região do domicílio do in-
trangeira constitui medida excepcional, somen- teressado.
te admissível na modalidade de adoção. 8.5.4.4 – Se residentes em outro Estado da Fe-
• Ver CN 8.4.12, inciso III. deração, por equipe técnica do Juízo Especial do
domicílio do interessado.
• Ver CN 8.4.16.2.
8.5.5 – O candidato à adoção deverá compro-
8.5.3.2 – Os estrangeiros beneficiados com o var, perante a CEJA, quando de sua habilitação,
visto temporário previstos nos inc. I, IV, V, VI e mediante documento expedido pela autoridade
VII do art. 13 da Lei nº 6.815, de 19.08.1980, competente do respectivo domicílio, estar devi-
assim como os estrangeiros portadores de visto damente habilitado à adoção, consoante as leis

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do seu país, bem como apresentar estudo psi- • Ver art. 4º do Provimento nº 42/2002
cossocial, elaborado por agência especializada e
credenciada no país de origem. SEÇÃO 06
ENTIDADES DE ATENDIMENTO
8.5.5.1 – A autoridade judiciária, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, poderá de- 8.6.1 – A política de atendimento, que abrange
terminar a apresentação do texto pertinente à a promoção, prevenção, proteção e defesa dos
legislação estrangeira, acompanhado de prova direitos da criança e do adolescente, far-se-á
da respectiva vigência. por meio de um conjunto articulado de ações
governamentais e não-governamentais.
8.5.5.2 – Os documentos em língua estrangeira
serão juntados aos autos, devidamente autenti- • Ver art. 86 do ECA.
cados pela autoridade consular, observados os 8.6.2 – As entidades de atendimento são res-
tratados e convenções internacionais, e acom- ponsáveis pela manutenção das próprias unida-
panhados da respectiva tradução, por tradutor des, assim como pelo planejamento e execução
público juramentado. de programas de proteção e sócio-educativos
8.5.6 – Antes de consumada a adoção não será destinados a crianças e adolescentes, em regi-
permitida a saída do adotando do território na- me de:
cional. • Ver art. 90 do ECA.
8.5.7 – Após a sentença de decretação da perda I – orientação e apoio sócio-familiar;
do pátrio poder dos pais da criança ou do ado-
lescente transitar em julgado, o escrivão diligen- II – apoio sócio-educativo em meio aberto;
ciará, na forma do item 8.2.5 deste CN, para a III – colocação familiar;
inclusão da criança/adolescente no cadastro lo-
IV – abrigo;
cal como disponível para adoção.
V – liberdade assistida;
8.5.7.1 – Não existindo candidatos brasileiros
na comarca, nem no banco de dados da CEJA, VI – semiliberdade;
o juízo remeterá à CEJA relatório circunstancia- VII – internação.
do acompanhado do formulário (MODELO 26),
com os dados mínimos disponíveis a respeito 8.6.3 – As entidades governamentais e não-
da criança/adolescente e sua família de origem, -governamentais deverão promover a inscrição
acompanhado dos documentos enumerados no de seus programas, especificando os regimes
item 8.2.5 deste CN. de atendimento, perante o Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
• Ver art. 52 do ECA. manterá registro dessas inscrições e de suas res-
• Ver Modelo 26 deste CN. pectivas alterações, do que fará comunicação
ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
• Ver art. 8º do Provimento nº 42/2002.
8.6.3.1 – As entidades não-governamentais so-
8.5.8 – O candidato nacional residente no exte-
mente poderão funcionar depois de registradas
rior submeter-se-á ao procedimento de habili-
no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
tação no Brasil perante a CEJA, nos termos do
e do Adolescente, o qual comunicará o registro
Estatuto da Criança e do Adolescente.
ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
• Ver art. 52 do ECA. respectiva localidade.
8.5.9 – O candidato parente do adotado deverá 8.6.3.2 – Será negado o registro à entidade que:
igualmente habilitar-se perante a CEJA, dispen-
I – não ofereça instalações físicas em condi-
sando-se o cadastramento perante o juízo da in-
ções adequadas de habitabilidade, higiene,
fância e juventude.
salubridade e segurança;

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II – não apresente plano de trabalho com- III – oferecer atendimento personalizado,


patível com os princípios preconizados no em pequenas unidades e grupos reduzidos;
Estatuto da Criança e do Adolescente; IV – preservar a identidade e oferecer am-
III – esteja irregularmente constituída; biente de respeito e dignidade ao adoles-
IV – tenha em seus quadros pessoas inidô- cente;
neas. V – diligenciar no sentido do restabeleci-
8.6.4 – As entidades que desenvolvam progra- mento e da preservação dos vínculos fami-
mas de abrigo deverão adotar os seguintes prin- liares;
cípios: VI – comunicar à autoridade judiciária, pe-
I – preservação dos vínculos familiares; riodicamente, os casos em que se mostre
inviável ou impossível o reatamento dos
II – integração em família substituta, quan- vínculos familiares;
do esgotados os recursos de manutenção
na família de origem; VII – oferecer instalações físicas em condi-
ções adequadas de habitabilidade, higiene,
III – atendimento personalizado e em pe- salubridade e segurança e os objetos neces-
quenos grupos; sários à higiene pessoal;
IV – desenvolvimento de atividades em re- VIII – oferecer vestuário e alimentação sufi-
gime de co-educação; cientes e adequados à faixa etária dos ado-
V – não-desmembramento de grupos de ir- lescentes atendidos;
mãos; IX – oferecer cuidados médicos, psicológi-
VI – evitar, sempre que possível, a transfe- cos, odontológicos e farmacêuticos;
rência para outras entidades de crianças e X – propiciar escolarização e profissionaliza-
adolescentes abrigados; ção;
VII – participação na vida da comunidade XI – propiciar atividades culturais, esporti-
local; vas e de lazer;
VIII – preparação gradativa para o desliga- XII – propiciar assistência religiosa àqueles
mento; que desejarem, de acordo com suas cren-
IX – participação de pessoas da comunida- ças;
de no processo educativo. XIII – realizar estudo social e pessoal de
8.6.5 – As entidades que mantenham progra- cada caso;
mas de abrigo poderão, em caráter excepcional XIV – reavaliar periodicamente cada caso,
e de urgência, abrigar crianças e adolescentes com intervalo máximo de seis meses, dando
sem prévia determinação da autoridade com- ciência dos resultados à autoridade compe-
petente, fazendo comunicação do fato até o se- tente;
gundo dia útil imediato.
XV – informar, periodicamente, o adoles-
8.6.6 – As entidades que desenvolvem progra- cente internado sobre sua situação proces-
mas de internação têm as seguintes obrigações, sual;
entre outras:
XVI – comunicar às autoridades competen-
I – observar os direitos e garantias de que tes todos os casos de adolescentes portado-
são titulares os adolescentes; res de moléstias infecto-contagiosas;
II – não restringir nenhum direito que não XVII – fornecer comprovante de depósito
tenha sido objeto de restrição na decisão de dos pertences dos adolescentes;
internação;

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XVIII – manter programas destinados ao inclusive suspensão das atividades ou dissolu-
apoio e acompanhamento de egressos; ção da entidade.
XIX – providenciar os documentos necessá- SEÇÃO 07
rios ao exercício da cidadania àqueles que MEDIDAS DE PROTEÇÃO
não os tiverem;
8.7.1 – As medidas de proteção à criança e ao
XX – manter arquivo de anotações de que adolescente são aplicáveis sempre que os direi-
constem data e circunstâncias do atendi- tos reconhecidos no ECA forem ameaçados ou
mento, nome do adolescente, seus pais ou violados:
responsável, parentes, endereços, sexo,
idade, acompanhamento da sua formação, • Ver art. 98 do ECA.
relação de seus pertences e demais dados I – por ação ou omissão da sociedade ou do
que possibilitem sua identificação e a indivi- Estado;
dualização do atendimento.
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou
8.6.7 – As entidades governamentais e não-go- responsável;
vernamentais, referidas no art. 90 do ECA, serão
fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Pú- III – em razão de sua conduta.
blico e pelos Conselhos Tutelares. 8.7.1.1 – As medidas previstas neste capítulo
8.6.8 – São medidas aplicáveis às entidades poderão ser aplicadas isolada ou cumulativa-
de atendimento que descumprirem obrigação mente, bem como substituídas a qualquer tem-
constante do art. 94 do ECA, sem prejuízo da po.
responsabilidade civil e criminal de seus dirigen- • Ver art. 99 do ECA.
tes ou prepostos:
8.7.1.2 – Na aplicação das medidas levar-se-ão
I – às entidades governamentais: em conta as necessidades pedagógicas, prefe-
a) advertência; rindo-se aquelas que objetivem o fortalecimen-
to dos vínculos familiares e comunitários.
b) afastamento provisório de seus dirigen-
tes; • Ver art. 100 do ECA.

c) afastamento definitivo de seus dirigentes; 8.7.2 – O juiz poderá determinar o encaminha-


mento de criança ou adolescente que se encon-
d) fechamento de unidade ou interdição de trem em situação de risco e de criança infrato-
programa. ra, para abrigamento, e do adolescente infrator,
II – às entidades não-governamentais: para internação em estabelecimento educacio-
nal.
a) advertência;
• Criança em situação de risco – ver art. 98
b) suspensão total ou parcial do repasse de do ECA.
verbas públicas;
• Criança infratora – ver art. 103 do ECA.
c) interdição de unidades ou suspensão de
programa; 8.7.2.1 – O encaminhamento para abrigo em
entidade deverá ser feito por intermédio do ór-
d) cassação do registro. gão competente.
8.6.8.1 – Em caso de reiteradas infrações come- • Ver art. 101, inc. VII, do ECA.
tidas por entidades de atendimento, que colo-
quem em risco os direitos assegurados no ECA, 8.7.2.2 – O encaminhamento para internação
o fato deverá ser comunicado ao Ministério Pú- deverá ser feito por intermédio do Centro Inte-
blico ou representado perante autoridade judi- grado de Atendimento ao Adolescente Infrator
ciária competente para as providências cabíveis, – CIAADI.

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8.7.2.3 – A competência para determinar o in- e execução da medida aplicada, se for o caso,
ternamento é do juiz da sentença, devendo a acompanhada da delegação de poderes.
vaga ser previamente solicitada, via fax ou qual- • Ver art. 147, § 2º, do ECA.
quer outro meio de comunicação, ao juízo em
se localizar a respectiva entidade. 8.7.4.1 – Deverão acompanhar o encaminha-
mento da criança ou do adolescente, dentre ou-
8.7.2.4 – Para internamento na Comarca da tros documentos, os seguintes:
Região Metropolitana de Curitiba, a solicitação
será dirigida aos juízos da 1ª Vara da Infância e I – cópia dos autos ou do procedimento;
da Juventude, se constituir medida de proteção, II – cópia da certidão de nascimento;
ou da Vara de Adolescentes Infratores, se medi-
da sócio-educativa. III – cópia do estudo social ou de caso, se
houver;
8.7.3 – Verificada qualquer das hipóteses previs-
tas no art. 98 do ECA, a autoridade competente IV – carta de abrigamento ou carta de inter-
poderá determinar, dentre outras, as seguintes nação, conforme o caso;
medidas: V – oficio endereçado ao Juízo da Infância
• Ver art. 101 do ECA. e da Juventude competente da Comarca
da Região Metropolitana de Curitiba – Foro
I – encaminhamento aos pais ou responsá- Central e à unidade respectiva;
vel, mediante termo de responsabilidade;
VI – a delegação de poderes, se for o caso.
II – orientação, apoio e acompanhamento
temporários; 8.7.5 – Recomenda-se ao juiz delegar a execu-
ção de medidas de proteção ou sócio- educati-
III – matrícula e freqüência obrigatórias em vas à autoridade competente da residência dos
estabelecimento oficial de ensino funda- pais ou responsável, ou do local onde estiver se-
mental; diada a entidade que abrigar a criança ou ado-
IV – inclusão em programa comunitário ou lescente.
oficial de auxílio à família, à criança e ao • Ver art. 101, 112 e 147, § 2º, todos do
adolescente; ECA.
V – requisição de tratamento médico, psico- 8.7.6 – Para a internação do adolescente infra-
lógico ou psiquiátrico, em regime hospitalar tor, existem, atualmente, as seguintes unidades:
ou ambulatorial;
• Ver art. 112, inc. VI, do ECA.
VI – inclusão em programa oficial ou comu-
nitário de auxílio, orientação e tratamento a I – Unidade Social Oficial Educandário São
alcoólatras e toxicômanos; Francisco (Piraquara), para internação defi-
nitiva de adolescentes do sexo masculino;
VII – abrigo em entidade;
II – Unidade Social Oficial Joana Richa, para
VIII – colocação em família substituta. internação definitiva e provisória de adoles-
8.7.3.1 – O abrigo é medida provisória e excep- centes do sexo feminino;
cional, utilizável como forma de transição para a III – Unidades de Internação em Foz do Igua-
colocação em família substituta, não implicando çu, Londrina e Fazenda Rio Grande, para in-
privação de liberdade. ternação definitiva de adolescentes do sexo
8.7.4 – O competente juiz da infância e da ju- masculino.
ventude da Comarca da Região Metropolitana IV – CIAADI/SAS – Centro Integrado de
de Curitiba – Foro Central fará registrar e autu- Atendimento ao Adolescente Infrator – Ser-
ar o encaminhamento, para acompanhamento viço de Atendimento Social, para internação
provisória de adolescentes, com unidades

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instaladas em (Curitiba, Londrina, Foz do • Ver art. 133 do ECA.
Iguaçu, Ponta Grossa, Campo Mourão, To- I – reconhecida idoneidade moral;
ledo, Pato Branco, Umuarama, Paranavaí,
Cascavel e Santo Antonio da Platina). II – idade superior a vinte e um anos;
8.7.6.1 – Para o regime de semiliberdade, as III – residir no município.
atuais unidades destinadas a adolescente infra- 8.8.4 – Lei municipal disporá sobre local, dia e
tor do sexo masculino são as seguintes: horário de funcionamento do Conselho Tutelar,
I – Casa de Semiliberdade Sebastião Osório inclusive quanto a eventual remuneração de
Martins (ponta Grossa); seus membros.
II – Casa de Semiliberdade – Curitiba; • Ver art. 134 do ECA.
III – Semiliberdade de Londrina. 8.8.4.1 – Constará da lei orçamentária munici-
pal previsão dos recursos necessários ao funcio-
8.7.7 – As medidas de proteção de que trata namento do Conselho Tutelar.
este capítulo serão acompanhadas da regulari-
zação do registro civil. 8.8.5 – São atribuições do Conselho Tutelar:
• Ver art. 102 do ECA. • Ver art. 136 do ECA.
8.7.7.1 – Verificada a inexistência de registro I – atender as crianças e adolescentes nas
anterior, o assento de nascimento da criança hipóteses previstas nos art. 98 e 105 do
ou adolescente será feito à vista dos elementos ECA, aplicando as medidas previstas no art.
disponíveis, mediante requisição da autoridade 101, I a VII do mesmo Estatuto;
judiciária. II – atender e aconselhar os pais ou respon-
8.7.7.2 – Os registros e certidões são isentos de sável, aplicando as medidas previstas no
multas, custas e emolumentos, gozando de ab- art. 129, I a VII do ECA;
soluta prioridade. III – promover a execução de suas decisões,
SEÇÃO 08 podendo para tanto:
CONSELHO TUTELAR, ASSESSORIA DE a) requisitar serviços públicos nas áreas de
APOIO AOS JUIZADOS DA INFÂNCIA E saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
JUVENTUDE E SERVIÇOS AUXILIARES
b) representar perante a autoridade judici-
DA INFÂNCIA E JUVENTUDE
ária nos casos de descumprimento injustifi-
8.8.1 – O Conselho Tutelar é órgão permanen- cado de suas deliberações.
te e autônomo, não jurisdicional, encarregado
IV – encaminhar ao Ministério Público notí-
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos
cia de fato que constitua infração adminis-
direitos da criança e do adolescente, definidos
trativa ou penal contra os direitos da crian-
nesta Lei.
ça ou adolescente;
• Ver art. 131 do ECA.
V – encaminhar à autoridade judiciária os
8.8.2 – Em cada município haverá, no mínimo, casos de sua competência;
um Conselho Tutelar composto de cinco mem-
VI – providenciar a medida estabelecida
bros, eleitos pelos cidadãos locais para mandato
pela autoridade judiciária, dentre as previs-
de três anos, permitida uma reeleição.
tas no art. 101, de I a VI, do ECA, para o ado-
• Ver art. 132 do ECA. lescente autor de ato infracional;
8.8.3 – Para a candidatura a membro do Conse- VII – expedir notificações;
lho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisi-
tos:

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VIII – requisitar certidões de nascimento e 12.10.1991, e art. 137, 261 e 262, todos do
de óbito de criança ou adolescente quando ECA.
necessário; 8.8.9 – Os Serviços Auxiliares da Infância e da
IX – assessorar o Poder Executivo local na Juventude (SAI), subordinados à Corregedoria-
elaboração da proposta orçamentária para -Geral da Justiça, objetivam, primordialmente,
planos e programas de atendimento dos di- atender ao juiz de direito competente, no de-
reitos da criança e do adolescente; sempenho de suas funções e atribuições preco-
X – representar, em nome da pessoa e da nizadas nos art. 145 e seguintes do ECA, pres-
família, contra a violação dos direitos pre- tar auxílio, orientação, emitir parecer mediante
vistos no art. 220, § 3º, inc. II, da Constitui- laudo ou verbalmente em audiência, e quando
ção Federal; necessário ou conveniente, às varas de família
acumuladas com a da infância e da juventude.
XI – representar ao Ministério Público, para
efeito das ações de perda ou suspensão do • Ver Dec. Judiciário nº 1.057 de 09.12.1991.
pátrio poder. 8.8.10 – Os Juizados da Infância e da Juventude,
8.8.6 – As decisões do Conselho Tutelar somen- especialmente os que não disponham do Ser-
te poderão ser revistas pela autoridade judiciá- viço Auxiliar da Infância e da Juventude – SAI,
ria a pedido de quem tenha legítimo interesse. poderão valer-se deste serviço, quando existen-
te em comarca contígua, desde que seja previa-
• Ver art. 137 do ECA. mente autorizado e viável.
8.8.7 – O processo eleitoral para a escolha dos 8.8.10.1 – Não sendo possível, poderão valer-
membros do Conselho Tutelar será estabelecido -se dos Núcleos Regionais ou de outros profis-
em lei municipal e realizado sob a presidência sionais qualificados, devidamente orientados e
de juiz eleitoral e a fiscalização do Ministério supervisionados pela AAJIJ, quer para efetuar
Público. triagens e encaminhamento de crianças e ado-
• Ver art. 139 do ECA. lescentes, quer para permanência dos mesmos
no local de origem.
8.8.8 – São impedidos de servir no mesmo
Conselho marido e mulher, ascendentes e des- • Ver Dec.s Judiciários nº 1.057, de
cendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, 09.12.1991 e 797/95.
cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, 8.8.11 – À Assessoria de Apoio aos Juizados da
padrasto ou madrasta e enteado. Infância e da Juventude – AAJIJ, diretamente
• Ver art. 140 do ECA. vinculada ao gabinete do Corregedor-Geral da
Justiça, compete, pelo magistrado coordenador
8.8.8.1 – Estende-se o impedimento do conse- e sua assessoria, dentre outras funções:
lheiro, na forma do CN 8.8.8, em relação à au-
toridade judiciária e ao representante do Minis- • Ver Dec. Judiciário nº 797, de 28.11.1995.
tério Público com atuação na Justiça da Infância I – assessorar os juízes que atuam na área
e da Juventude, em exercício na comarca, foro da infância e juventude;
regional ou distrital.
II – coordenar, orientar e supervisionar as
8.8.8.2 – Ao juízo da infância e da juventude é equipes interprofissionais de apoio em to-
vedado participar dos Conselhos dos Direitos da das as comarcas do Estado, tenham estas
Criança e do Adolescente, nos níveis municipal instalados, ou não, os Serviços Auxiliares da
e estadual, como também, dos Conselhos Tute- Infância e da Juventude – SAI;
lares.
III – delinear políticas da área da infância e
• Ver art. 88, inc. II, art. 131 e 132, com juventude;
a alteração dada pela Lei nº 8.242, de

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IV – propor sugestões que objetivem o apri- III – viajar sozinho ou em companhia de
moramento e o desenvolvimento dos traba- terceiros maiores e capazes, desde que au-
lhos afetos; torizados por ambos os genitores, ou pelos
V – promover e realizar congresso, encon- responsáveis, por documento escrito e com
tro, seminários, palestras etc.; firma reconhecida por autêntica ou verda-
deira;
VI – emitir parecer mediante portarias e ex-
pediente administrativo do SAI. • Redação alterada pelo Provimento nº 179.
IV – viajar sozinho ou em companhia de ter-
SEÇÃO 09 ceiros maiores e capazes, quando estiverem
AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM retornando para a sua residência no exte-
8.9.1 – Nenhuma criança poderá viajar para fora rior, desde que autorizadas por seus pais ou
da comarca onde reside, desacompanhada dos responsáveis, residentes no exterior, me-
pais ou responsável, sem expressa autorização diante documento autêntico.
judicial. • Redação alterada pelo Provimento nº 179.
• Ver art. 83 do ECA. 8.9.2.1 – Para fins do item 8.9.2, considera-se
8.9.1.1 – A autorização não será exigida quan- responsável pela criança ou pelo adolescente
do: aquele que detém a sua guarda ou tutela.
I – tratar-se de comarca contígua à da re- • Criado pelo Provimento nº 179.
sidência da criança, se na mesma unidade 8.9.2.2 – O documento de autorização, mencio-
da Federação, ou incluída na mesma região nado nos incisos do item 8.9.2, além de firma
metropolitana; reconhecida por autêntica ou verdadeira, deve-
II – a criança estiver acompanhada: rá conter fotografia da criança ou adolescente,
prazo de validade, a ser fixado pelos genitores
a) de ascendente ou colateral maior, até o ou responsáveis, e será elaborado em duas vias:
terceiro grau, comprovado documental- uma deverá ser retida pelo agente de fiscaliza-
mente o parentesco; ção da Polícia Federal no momento do embar-
b) de pessoa maior, expressamente autori- que e a outra deverá permanecer com a criança
zada pelo pai, mãe ou responsável. ou o adolescente ou o terceiro maior e capaz
que o acompanhe na viagem.
8.9.1.2 – A autoridade judiciária poderá, a pedi-
do dos pais ou responsável, conceder autoriza- • Criado pelo Provimento nº 179.
ção válida por dois anos. 8.9.2.3 – Ao documento de autorização a ser
8.9.2 – Quando se tratar de viagem ao exterior, retido pela Polícia Federal, deverá ser anexada
a autorização é dispensável, se a criança ou ado- cópia de documento de identificação da criança
lescente: ou do adolescente, bem como, se for o caso, do
termo de guarda ou tutela.
• Ver art. 84 do ECA.
• Criado pelo Provimento nº 179.
I – estiver acompanhado de ambos os pais
ou responsável; 8.9.3 – Sem prévia e expressa autorização judi-
cial, nenhuma criança ou adolescente nascido
II – viajar na companhia de um dos pais,
em território nacional poderá sair do País em
autorizado expressamente pelo outro, me-
companhia de estrangeiro residente ou domici-
diante documento com firma reconhecida
liado no exterior.
por autêntica ou verdadeira.
• Ver art. 85 do ECA.
• Redação alterada pelo Provimento nº 147.
• Ver CN, 11.6.3 e 11.2.1,VI

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8.9.4 – Os requerimentos de autorização para toridade judiciária, sempre que houver perigo
viagem dispensam autuação e registro, e deve- de dano irreparável ou de difícil reparação;
rão ser arquivados, juntamente com os docu- 8.10.4 – Antes de determinar a remessa dos au-
mentos que os instruírem e a ficha de autoriza- tos à superior instância, no caso de apelação, ou
ção, no Arquivo de Alvarás. do instrumento, no caso de agravo, a autorida-
8.9.5 – As autorizações de viagem às crianças, de judiciária proferirá despacho fundamentado,
nos limites do território nacional e de criança mantendo ou reformando a decisão, no prazo
ou adolescente ao exterior, serão efetuadas, à de 05 (cinco) dias;
vista de requerimento dos pais ou responsável, 8.10.4.1 – Mantida a decisão apelada ou agra-
devidamente instruído com os documentos ne- vada, o escrivão remeterá os autos ou o instru-
cessários, mediante a expedição da ficha de au- mento à superior instância dentro de 24 (vinte e
torização de viagem ou alvará, conforme o caso. quatro) horas, independentemente de novo pe-
8.9.6 – Os demais pedidos de alvarás, tais como, dido do recorrente. Se a decisão for reconside-
entrada e permanência em espetáculos públi- rada, pelo Juízo, a remessa dos autos dependerá
cos e participação em eventos públicos, deve- de pedido expresso da parte interessada ou do
rão ser autuados e registrados. Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias,
8.9.7 – É expressamente vedada a cobrança de contados da intimação.
custas para expedição de alvarás ou autorização 8.10.5 – Contra as decisões exaradas em porta-
de viagens. rias baixadas pelo juiz de direito, bem como as
8.9.8 – O juiz da infância e juventude abster-se- autorizações concedidas por meio de alvarás,
-á de fornecer autorização de trabalho à criança caberá recurso de apelação.
ou ao adolescente. • Ver art. 149 e 199 do ECA.
SEÇÃO 10
RECURSOS
CAPÍTULO 8
8.10.1 – Nos procedimentos afetos à justiça da
infância e da juventude os recursos serão inter- OFÍCIO DA INFÂNCIA E DA
postos independentemente de preparo. JUVENTUDE
8.10.2 – Em todos os recursos, salvo o de agra- - Criado pelo Provimento n. 221
vo, mediante instrumento, e de embargos de
declaração, o prazo para interpor e para respon- SEÇÃO 1
der será sempre de dez dias. LIVROS DO OFÍCIO
8.10.2.1 – O agravado será intimado para, no
prazo de 05 (cinco) dias, oferecer resposta e in- 8.1.1 – São livros obrigatórios das Escrivanias da
dicar as peças a serem trasladadas; Infância e da Juventude:

8.10.2.2 – Será de 48 (quarenta e oito) horas o I – Registro Geral de Feitos (Adendo 1-H);
prazo para a extração, a conferência e o concer-
II – Registro de Procedimentos Investigató-
to do traslado;
rios (Adendo 2-H);
8.10.3 – A apelação será recebida em seu efeito
devolutivo. III – Registro de Cartas Precatórias, Rogató-
rias e de Ordem (Adendo 3-H);
8.10.3.1 – Será também conferido efeito sus-
pensivo quando interposta contra sentença que IV – Registro de Sentenças (Adendo 9-H);
deferir a adoção por estrangeiro e, a juízo da au-
V – Registro de Apreensões (Adendo 10-H);

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VI – Registro de Adotandos (Adendo 13-H); 8.1.7 – No livro de Arquivo de Inscrições deve
ser arquivada cópia do programa, bem como
VII – Registro de Crianças e Adolescentes do regime de atendimento de todas as entida-
Acolhidos e Desligados (Adendo 16-H); des governamentais e não- governamentais dos
VIII – Registro de Pretendentes à Adoção municípios que compõem a comarca.
(Adendo 14-H); - Ver art. 90, §1º, do ECA.
IX – Arquivo de Termos de Guarda e Tutela; 8.1.8 – Os procedimentos instaurados de colo-
X – Arquivo de Alvarás (Adendo 11-H); cação em Família Substituta, tais como pedidos
de guarda, tutela, adoção, perda ou suspensão
XI – Arquivo de Inscrições (Adendo 12-H); do poder familiar, destituição de tutela, dentre
XII – Registro de Portarias (Adendo 15-H); outros, serão registrados e autuados no livro de
Registro Geral de Feitos, observando, no que fo-
XIII – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-H); rem compatíveis, as normas da seção 3 do capí-
tulo 2 deste CN.
XIV – Carga de Autos – Promotor de Justiça
(Adendo 5-H); 8.1.9 – Os pedidos de inscrição para adoção de-
vem ser registrados no livro de Registro de Pre-
XV – Carga de Autos – Advogado (Adendo tendentes à Adoção, observando-se o procedi-
6-H); mento do art. 197-A e seguintes do ECA.
XVI – Carga de Autos – Equipe Técnica - Ver art. 50, do ECA.
(Adendo 7-H);
8.1.10 – No caso de crianças e adolescentes em
XVII – Carga de Mandados – Oficiais de Jus- condições de serem adotados, o registro deverá
tiça (Adendo 8-H). ser efetuado no livro de Registro de Adotandos.
8.1.2 – Nos cartórios informatizados, os livros e - Ver art. 50, do ECA.
documentos de controle poderão ser substituí-
dos por registros eletrônicos. 8.1.11 – As peças informativas, autos de infra-
ção às normas de proteção, boletins de ocor-
8.1.3 – Na escrituração, guarda e conservação rência, relatórios policiais, auto de apreensão
dos livros, assim como nos procedimentos da em flagrante, pedidos de providência e procedi-
escrivania, serão observadas as normas gerais mentos investigatórios, entre outros que objeti-
previstas no capítulo 2, bem como as normas vem a investigação de infrações às medidas de
específicas relativas ao ofício cível, contidas no proteção ou apuração de ato infracional, serão
capítulo 5 deste código. registrados e autuados no livro de Registro de
8.1.4 – Funcionando o Ofício da Infância e Ju- Procedimentos Investigatórios.
ventude anexado a outro, poderão ser utiliza- 8.1.11.1 – No caso de representação, pela práti-
dos para escrituração comum todos os livros ca de ato infracional ou decisão pela instauração
destinados à carga de autos e de mandados. de ação ou procedimento específico, proceder-
8.1.5 – A escrivania deverá manter sistemas de -se-á ao registro e autuação na forma prevista
controle de processos e procedimentos, nos no item 8.1.8 deste CN.
moldes previstos no item 5.1.3 deste CN ou por 8.1.12 – O registro de Termo de Compromisso
meio eletrônico, no caso de comarcas informa- dos comissários da infância e da juventude e
tizadas. dos agentes voluntários de proteção deverá ser
8.1.6 – As secretarias poderão abrir outros li- lavrado em livro próprio da direção do fórum.
vros, além dos obrigatórios, desde que o movi- - Ver art. 194, do ECA.
mento forense justifique.

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- Ver CN, Modelo 25. a serviço da Justiça da Infância e da Juventude,


preferencialmente, com o apoio dos técnicos
SEÇÃO 2 responsáveis pela execução da política munici-
FAMÍLIA SUBSTITUTA pal de garantia do direito à convivência familiar.

8.2.1 – O pedido de colocação em família subs- - Ver art. 28, §5º do ECA.
tituta far-se-á mediante guarda, tutela ou ado- 8.2.6 – Em se tratando de criança ou adolescen-
ção, independentemente da situação jurídica da te indígena ou proveniente de comunidade re-
criança ou adolescente, nos termos do Estatuto manescente de quilombo, é ainda obrigatório:
da Criança e do Adolescente, e poderá ser for-
mulado cumulativamente com a destituição da I – que sejam consideradas e respeitadas
tutela, perda ou suspensão do pátrio poder. sua identidade social e cultural, os seus cos-
tumes e tradições, bem como suas institui-
- Ver art. 28 do ECA. ções, desde que não sejam incompatíveis
8.2.2 – Sempre que possível, a criança ou ado- com os direitos fundamentais reconhecidos
lescente deverá ser previamente ouvido por pelo ECA e pela Constituição Federal;
equipe interprofissional, respeitado seu estágio II – que a colocação familiar ocorra priori-
de desenvolvimento e grau de compreensão so- tariamente no seio de sua comunidade ou
bre as implicações da medida e terá sua opinião junto a membros da mesma etnia;
devidamente considerada.
III – a intervenção e oitiva de representan-
- Ver art. 28 do ECA. tes do órgão federal responsável pela polí-
8.2.2.1 – Tratando-se de maior de doze (12) tica indigenista, no caso de crianças e ado-
anos de idade, será necessário seu consenti- lescentes indígenas, e de antropólogos,
mento, colhido em audiência. perante a equipe interprofissional ou multi-
disciplinar que irá acompanhar o caso.
- Ver art. 28, §2º do ECA.
- Ver art. 28, §6º do ECA.
8.2.3 – Na apreciação do pedido levar-se-á em
conta o grau de parentesco e a relação de afi- 8.2.7 – Sendo o pedido formulado pelo Ministé-
nidade ou de afetividade, a fim de evitar ou mi- rio Público, o interessado na guarda, tutela ou
norar as consequências decorrentes da medida. adoção poderá assinar conjuntamente a inicial.

- Ver art. 28, §3º do ECA. 8.2.8 – A colocação em família substituta não
admitirá transferência da criança ou adolescen-
8.2.4 – Os grupos de irmãos serão colocados te a terceiros, ou a entidades governamentais
sob adoção, tutela ou guarda da mesma família ou não-governamentais, sem autorização judi-
substituta, ressalvada a comprovada existência cial.
de risco de abuso ou outra situação que justifi-
que plenamente a excepcionalidade de solução - Ver art. 30 do ECA.
diversa, procurando-se, em qualquer caso, evi- 8.2.9 – Ao assumir a guarda ou a tutela, o res-
tar o rompimento definitivo dos vínculos frater- ponsável prestará compromisso de bem e fiel-
nais. mente desempenhar o encargo, mediante ter-
- Ver art. 28, §4º do ECA. mo nos autos.

8.2.5 – A colocação da criança ou adolescen- - Ver art. 32 do ECA.


te em família substituta será precedida de sua 8.2.10 – A guarda destina-se a regularizar a pos-
preparação gradativa e acompanhamento pos- se de fato, podendo ser deferida, liminar ou in-
terior, realizados pela equipe interprofissional

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cidentalmente, nos procedimentos de tutela e 8.2.13 – A tutela será deferida, nos termos da
adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. lei civil, à pessoa de até dezoito (18) anos in-
completos.
- Ver art. 33, §1º do ECA.
- Ver art. 36 do ECA.
8.2.10.1 – Excepcionalmente, deferir-se-á a
guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para 8.2.13.1 – O deferimento da tutela pressupõe
atender a situações peculiares ou suprir a falta a prévia decretação da perda ou suspensão do
eventual dos pais ou responsável, podendo ser poder familiar e implica necessariamente o de-
deferido o direito de representação para a práti- ver de guarda.
ca de atos determinados.
- Ver arts. 24 e 38, do ECA.
- Ver art. 33, §2º do ECA.
8.2.13.2 – O tutor nomeado por testamento ou
8.2.10.2 – A guarda confere à criança ou ado- qualquer documento autêntico, conforme pre-
lescente a condição de dependente, para todos visto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei nº
os fins e efeitos de direito, inclusive previdenci- 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil,
ários. deverá, no prazo de trinta (30) dias após a aber-
tura da sucessão, ingressar com pedido desti-
- Ver art. 33, §3º do ECA. nado ao controle judicial do ato, observando o
8.2.10.3 – Salvo expressa e fundamentada de- procedimento previsto nos arts. 165 a 170 do
terminação em contrário, da autoridade judiciá- ECA.
ria competente, ou quando a medida for aplica- - Ver art. 37 do ECA.
da em preparação para adoção, o deferimento
da guarda de criança ou adolescente a terceiros 8.2.13.3 – Na apreciação do pedido, serão ob-
não impede o exercício do direito de visitas pe- servados os requisitos previstos nos arts. 28 e
los pais, assim como o dever de prestar alimen- 29 do ECA, somente sendo deferida a tutela à
tos, que serão objeto de regulamentação espe- pessoa indicada na disposição de última vonta-
cífica, a pedido do interessado ou do Ministério de, se restar comprovado que a medida é vanta-
Público. josa ao tutelando e que não existe outra pessoa
em melhores condições de assumi-la.
- Ver art. 33, §4º do ECA.
- Ver art. 37, parágrafo único, do ECA.
8.2.11 – A inclusão da criança ou adolescente,
em programas de acolhimento familiar, terá pre- 8.2.13.4 – Aplica-se à destituição da tutela o dis-
ferência a seu acolhimento institucional, obser- posto no art. 24 do ECA.
vado, em qualquer caso, o caráter temporário
e excepcional da medida, nos termos do ECA. - Ver art. 38 do ECA.
Nessa hipótese, a pessoa ou casal cadastrado 8.2.14 – A adoção é medida excepcional e irre-
no programa de acolhimento familiar derá rece- vogável, à qual se deve recorrer apenas quando
ber a criança ou adolescente, mediante guarda, esgotados os recursos de manutenção da crian-
observado o disposto nos arts. 28 a 33 do ECA. ça ou adolescente na família natural ou extensa,
- Ver art. 34, §§1º e 2º, do ECA. na forma do parágrafo único do art. 25 do ECA.

8.2.12 – A guarda, como forma de colocação em - Ver art. 39, § 1º, do ECA.
família substituta, poderá ser revogada a qual- 8.2.14 – É vedada a adoção por procuração.
quer tempo, mediante ato judicial fundamenta-
do, ouvido o Ministério Público. - Ver art.39, §2º, do ECA.

- Ver art. 35 do ECA. 8.2.16 – A inscrição de pretendentes à adoção


será precedida de um período de preparação

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psicossocial e jurídica, orientado pela equipe cadastrado previamente nos termos do ECA,
técnica da Justiça da Infância e da Juventude, quando:
preferencialmente, com apoio dos técnicos res-
ponsáveis pela execução da política municipal - Ver art. 50, §13, do ECA.
de garantia do direito à convivência familiar. I – se tratar de pedido de adoção unilateral;
- Ver art. 50, §3º do ECA. II – for formulada por parente com o qual a
- Ver art. 197-C, do ECA. criança ou adolescente mantenha vínculos
de afinidade e afetividade;
8.2.16.1 – O deferimento da inscrição de pre-
tendentes à adoção dar-se-á após prévia consul- III – oriundo o pedido de quem detém a
ta aos órgãos técnicos da Justiça da Infância e da tutela ou guarda legal de criança maior de
Juventude, ouvido o Ministério Público. três (3) anos ou adolescente, desde que o
lapso de tempo de convivência comprove a
8.2.16.2 – Não será deferida a inscrição se o fixação de laços de afinidade e afetividade,
pretendente não satisfizer os requisitos legais, e não seja constatada a ocorrência de má-
ou verificada qualquer das hipóteses previstas -fé ou qualquer das situações previstas nos
no art. 29 do ECA. arts. 237 ou 238 do ECA.
- Ver art. 50, §2º, do ECA. 8.2.19 – Compete à Comissão Estadual Judiciá-
ria de Adoção (Autoridade Central Estadual) ze-
8.2.17 – A autoridade judiciária manterá, obri- lar pela manutenção e correta alimentação dos
gatoriamente, na comarca ou foro regional, cadastros, com posterior comunicação à Autori-
um cadastro de crianças e adolescentes aptos dade Central Federal Brasileira.
a serem adotados e outro de pessoas ou casais
habilitados à adoção, bem como de crianças e - Ver art. 50, §9º, do ECA.
adolescentes em regime de acolhimento institu-
cional ou familiar, sob pena de responsabilida- 8.2.20 – O acesso ao Cadastro Nacional de Ado-
de. ção, ao Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas
e de Adolescentes em Conflito com a Lei, dar-
- Ver art. 50, §§ 5º e 8º, do ECA. -se-á mediante uso de senha pessoal.
- Ver art. 258, parágrafo único do ECA. - Ver art. 50, §7º, do ECA.
8.2.17.1 – Igualmente, providenciará no prazo 8.2.21 – Sempre que possível, é recomendável
de quarenta e oito (48) horas, a inscrição das a preparação psicossocial e jurídica, realizada
crianças e adolescentes em situação jurídica de pelos órgãos técnicos competentes em sede de
inserção em família substituta, que não tiveram colocação familiar, referida no art. 50 do ECA,
colocação familiar, na comarca de origem, e incluindo o contato com crianças e adolescen-
das pessoas ou casais que tiveram deferida sua tes em acolhimento familiar ou institucional
habilitação à adoção no Cadastro Estadual de em condições de serem adotados, a ser realiza-
Adoção e no Cadastro Nacional de Adoção, sob do sob a orientação, supervisão e avaliação da
pena de responsabilidade. equipe técnica da Justiça da Infância e da Juven-
tude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo
- Ver art. 50, §8º, do ECA. programa de acolhimento e pela execução da
- Ver art. 258, parágrafo único, do ECA. política municipal de garantia do direito à con-
vivência familiar.
- Ver Resolução nº. 54 do CNJ.
- Ver arts. 50, §4º e 197-C, §1º do ECA.
8.2.18 – Somente poderá ser deferida adoção
em favor de candidato domiciliado no Brasil não

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8.2.22 – O adotando deve contar com, no máxi- 8.2.28 – A adoção depende do consentimento
mo, dezoito (18) anos à data do pedido, salvo se dos pais ou do representante legal do adotando.
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
- Ver art. 45, do ECA.
- Ver art. 40 do ECA.
8.2.28.1 – Na hipótese de concordância dos
8.2.23 – Podem adotar os maiores de 18 (dezoi- pais, esses serão ouvidos pela autoridade judici-
to) anos, independentemente de estado civil. ária e pelo representante do Ministério Público,
tomando-se por termo as declarações.
- Ver art. 42 do ECA.
- Ver art. 166 e parágrafos do ECA.
8.2.24 – O adotante há de ser, pelo menos, de-
zesseis (16) anos mais velho do que o adotando. 8.2.28.2 – O consentimento prestado por escri-
to não terá validade se não for ratificado na au-
- Ver art. 42, §3º, do ECA. diência a que se refere o item anterior.
8.2.25 – Para adoção conjunta, é indispensável 8.2.28.3 – O consentimento é retratável até a
que os adotantes sejam casados civilmente ou data da sentença constitutiva da adoção, e não
mantenham união estável, comprovada a esta- será objeto de homologação anterior a esta.
bilidade da família.
8.2.28.4 – O consentimento será dispensado em
- Ver art. 42, §2º, do ECA. relação à criança ou adolescente cujos pais se-
8.2.26 – Os divorciados, os judicialmente se- jam desconhecidos ou tenham sido destituídos
parados e os ex-companheiros podem adotar do poder familiar.
conjuntamente, contanto que acordem sobre - Ver art. 45, parágrafo único, do ECA.
a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na 8.2.28.5 – Em se tratando de adotando maior
constância do período de convivência e que seja de doze (12) anos de idade, será também neces-
comprovada a existência de vínculos de afini- sário o seu consentimento.
dade e afetividade com aquele não detentor da
guarda, que justifiquem a excepcionalidade da - Ver art. 45, §2º, do ECA.
concessão. 8.2.29 – A adoção será precedida de estágio de
- Ver art. 42, §4º, do ECA. convivência com a criança ou adolescente, pelo
prazo que a autoridade judiciária fixar, observa-
8.2.26.1 – Nos casos de adoção conjunta entre das as peculiaridades do caso.
divorciados, judicialmente separados e ex-com-
panheiros, desde que demonstrado efetivo be- - Ver art. 46 do ECA.
nefício ao adotando, será assegurada a guarda 8.2.29.1 – O estágio de convivência poderá ser
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 dispensado se o adotando já estiver sob a tutela
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Có- ou guarda legal do adotante, durante tempo su-
digo Civil. ficiente para que seja possível avaliar a conveni-
- Ver art. 42, §5º, do ECA. ência da constituição do vínculo.

8.2.27 – A adoção poderá ser deferida ao ado- - Ver art. 46, §1º do ECA.
tante que, após inequívoca manifestação de 8.2.29.2 – A simples guarda de fato não autori-
vontade, vier a falecer no curso do procedimen- za, por si só, a dispensa da realização do estágio
to, antes de prolatada a sentença. de convivência.
- Ver art. 42, §6º, do ECA. - Ver art. 46, §2º do ECA.

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8.2.29.3 – Em caso de adoção por pessoa ou 8.2.31.1 – Caso a modificação de prenome seja
casal residente ou domiciliado fora do País, o requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva
estágio de convivência, cumprido no território do adotando, observado o disposto nos §§ 1º e
nacional, será de, no mínimo, trinta (30) dias. 2º do art. 28 do ECA.
- Ver art. 46, §3º do ECA. - Ver art. 47, §6º do ECA.
8.2.29.4 – O estágio de convivência será acom- 8.2.32 – A adoção produz seus efeitos, a partir
panhado pela equipe interprofissional a serviço do trânsito em julgado da sentença constitutiva,
da Justiça da Infância e da Juventude, preferen- exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 do
cialmente, com apoio dos técnicos responsáveis ECA, caso em que terá força retroativa à data do
pela execução da política de garantia do direito óbito.
à convivência familiar, que apresentarão relató-
rio minucioso acerca da convivência do deferi- - Ver art. 47, §7º do ECA.
mento da medida. 8.2.33 – O processo relativo à adoção, assim
- Ver art. 46, §4º do ECA. como outros a ele relacionados, serão mantidos
em arquivo, admitindo-se seu armazenamento
8.2.30 – O vínculo da adoção constitui-se por em microfilme ou por outros meios, garantindo-
sentença judicial, que será inscrita no registro -se a sua conservação para consulta a qualquer
civil mediante mandado, do qual não se forne- tempo.
cerá certidão.
- Ver art. 47, §8º e 48, parágrafo único, do
- Ver art. 47, do ECA. ECA.
8.2.30.1 – A inscrição consignará o nome dos - Ver Instrução Normativa n. 03/09 do CNJ.
adotantes como pais, bem como o nome de
seus ascendentes. 8.2.33.1 – O adotado tem direito de conhecer
sua origem biológica, bem como de obter aces-
- Ver art. 47, §1º do ECA. so restrito ao processo no qual a medida foi
aplicada e seus eventuais incidentes, após com-
8.2.30.2 – O mandado judicial, que será arqui- pletar dezoito (18) anos.
vado, cancelará o registro original do adotado.
- Ver art. 48, do ECA.
- Ver art. 47, §2º do ECA.
8.2.33.2 – O acesso ao processo de adoção po-
8.2.30.3 – A pedido do adotante, o novo regis- derá ser também deferido ao adotado menor
tro poderá ser lavrado no Cartório do Registro de dezoito (18) anos, a seu pedido, assegurada
Civil do Município de sua residência. orientação e assistência jurídica e psicológica.
- Ver art. 47, §3º do ECA. - Ver art. 48, parágrafo único, do ECA.
8.2.30.4 – Nenhuma observação sobre a origem 8.2.34 – A sentença judicial de adoção será ins-
do ato poderá constar nas certidões do registro. crita no ofício de registro civil da comarca onde
- Ver art. 47, §4º do ECA. tramitou o processo, no livro "A", com obser-
vância do art. 47 e parágrafos do ECA, cancelan-
8.2.31 – A sentença conferirá ao adotado o do-se o registro anterior.
nome do adotante e, a pedido de qualquer de-
les, poderá determinar a modificação do preno- 8.2.34.1 – Se o assento original do adotado hou-
me. ver sido lavrado em cartório de outra comar-
ca, o juízo que conceder a adoção fará expedir
- Ver art. 47, §5º do ECA. mandado cancelatório àquela serventia, cujo
oficial procederá à averbação.

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8.2.34.2 – Tratando-se de ordem oriunda de dual Judiciária de Adoção – CEJA, que expedirá
outro Estado, antes de proceder à averbação, o laudo de habilitação, com validade em todo o
oficial obterá o "cumpra-se" do juiz da infância e território paranaense, às pessoas estrangeiras
da juventude no próprio mandado. interessadas na adoção, que tenham seus pedi-
dos acolhidos pela referida comissão, para ins-
8.2.34.3 – O registro de adoção será efetivado truir o processo competente.
como se tratasse de lavratura fora de prazo, sem
pagamento, porém, da multa prevista no art. 46 - Ver art. 4º do Dec. Presidencial nº. 3.174,
da Lei dos Registros Públicos. de 16/09/99.

8.2.34.4 – Quando o adotando estiver em ida- - Ver Convenção de Haia de 29 de maio de


de escolar, o juiz fará consignar na sentença a 1993 – Decreto nº. 3.087/99 e Decreto Le-
ordem para que sejam feitas as devidas retifica- gislativo nº 01/99.
ções nos assentos escolares, mandando oficiar 8.3.4 – A CEJA deverá manter para uso de todas
à direção do estabelecimento de ensino ou ex- as comarcas do Estado:
pedir mandado, neles constando a observação
de que, salvo expressa determinação judicial, I – cadastro centralizado e unificado das
nenhuma informação poderá ser prestada acer- pessoas estrangeiras e nacionais residen-
ca dos dados até então existentes em relação tes no Exterior, interessadas na adoção de
àquele aluno. crianças e adolescentes brasileiros no Esta-
do, devidamente inscritos e habilitados pe-
SEÇÃO 3 rante a comissão;
ADOÇÃO INTERNACIONAL II – cadastro de crianças e adolescentes em
condições de serem adotados, que não ob-
8.3.1 – Considera-se adoção internacional aque- tiveram colocação em família substituta na-
la na qual a pessoa ou casal postulante é resi- cional ou estrangeira residente no país.
dente ou domiciliado fora do Brasil, conforme
previsto no artigo 2º da Convenção de Haia, 8.3.5 – Não existindo candidatos brasileiros na
de 29 de maio de 1993, relativa à proteção das comarca, no Cadastro Estadual, nem no Cadas-
crianças e à cooperação em matéria de Adoção tro Nacional de Adoção, o juízo remeterá à CEJA
Internacional, aprovada pelo Decreto Legislati- relatório circunstanciado, acompanhado do for-
vo nº 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada mulário exposto no modelo 26 deste CN, com os
pelo Decreto nº 3.087, de 21 de junho de 1999. dados mínimos disponíveis a respeito da crian-
ça ou do adolescente e sua família de origem,
- Ver art. 51, do ECA. acompanhado dos documentos enumerados no
Provimento nº. 41/2002.
8.3.2 – A colocação em família substituta es-
trangeira constitui medida excepcional, somen- 8.3.6 – Em se tratando de adoção internacional
te admissível na modalidade de adoção e, desde de adolescente, deve restar comprovado que o
que esgotadas as possibilidades de adoção da adotando foi consultado por equipe interpro-
criança ou adolescente por nacionais ou estran- fissional, através de meios adequados ao seu
geiros residentes no país, após efetiva consulta estágio de desenvolvimento, que atestará me-
ao Cadastro Estadual de Adoção e ao Cadastro diante parecer à sua preparação para a adoção,
Nacional de Adoção. observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28,
do ECA.
- Ver art. 51, §1º, incisos I, II e III, do ECA.
- Ver art. 51, §1º, inciso III, do ECA.
- Ver art. 50, §10, do ECA.
8.3.7 – A competência para a realização do es-
8.3.3 – A adoção internacional está condiciona- tágio de convivência é do juízo da comarca de
da ao estudo prévio e análise da Comissão Esta- origem da criança ou adolescente.

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8.3.7.1 – Entretanto, o estágio de convivência 8.3.13 – Antes de transitada em julgado a deci-


poderá ser realizado pela equipe interprofis- são, que concedeu a adoção internacional, não
sional da 2ª Vara da Infância e da Juventude, será permitida a saída do adotando do território
do Foro Central da Comarca da Região Metro- nacional.
politana de Curitiba, ainda que a criança seja
oriunda de uma comarca do Interior, mediante - Ver art. 52, §8º, do ECA.
delegação da autoridade judiciária da comarca 8.3.13.1 – Transitada em julgado a decisão, a
de origem do adotando. autoridade judiciária determinará a expedi-
8.3.8 – Os brasileiros residentes no Exterior te- ção de alvará com autorização de viagem, bem
rão preferência aos estrangeiros, nos casos de como para obtenção de passaporte, constando,
adoção internacional de criança ou adolescente obrigatoriamente, as características da crian-
brasileiro. ça ou adolescente adotado, como idade, cor,
sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, as-
- Ver art. 51, §2º, do ECA. sim como foto recente e a aposição da impres-
8.3.9 – A habilitação de postulante estrangeiro são digital do seu polegar direito, instruindo o
ou domiciliado fora do Brasil terá validade máxi- documento com cópia autenticada da decisão e
ma de um (1) ano, podendo ser renovada. certidão de trânsito em julgado.
- Ver art. 52, §13, do ECA. - Ver art. 52, §9º, do ECA.
8.3.10 – A adoção internacional observará o 8.3.14 – A Autoridade Central Federal Brasileira
procedimento previsto nos arts. 165 a 170 do poderá, a qualquer momento, solicitar informa-
ECA. ções sobre a situação das crianças e adolescen-
8.3.11 – A adoção internacional pressupõe a in- tes adotados.
tervenção das Autoridades Centrais Estaduais e
Federal em matéria de adoção internacional. - Ver art. 52, §10, do ECA.

- Ver art. 51, §3º, do ECA. 8.3.15 – A cobrança de valores, por parte dos
organismos credenciados, que sejam conside-
8.3.12 – Se a legislação do país de acolhida as- rados abusivos pela Autoridade Central Federal
sim o autorizar, admite-se que os pedidos de ha- Brasileira e que não estejam devidamente com-
bilitação à adoção internacional sejam interme- provados, é causa de seu descredenciamento.
diados por organismos credenciados.
- Ver art. 52, §1º, do ECA. - Ver art. 52, §11, do ECA.

8.3.12.1 – Incumbe à Autoridade Central Fede- 8.3.16 – Uma mesma pessoa ou seu cônjuge
ral Brasileira o credenciamento de organismos não podem ser representados por mais de uma
nacionais e estrangeiros, encarregados de in- entidade credenciada para atuar na cooperação
termediar pedidos de habilitação à adoção in- em adoção internacional.
ternacional, com posterior comunicação às Au- - Ver art. 52, §12, do ECA.
toridades Centrais Estaduais e publicação nos
órgãos oficiais de imprensa e em sítio próprio 8.3.17 – É vedado o contato direto de repre-
da internet. sentantes de organismos de adoção, nacionais
- Ver art. 52, §§ 2º, 3º a 7º, 10 a 12, 14 e 15, ou estrangeiros, com dirigentes de programas
do ECA. de acolhimento institucional ou familiar, assim
como com crianças e adolescentes em condi-
- Ver art. 52-A, do ECA. ções de serem adotados, sem a devida autoriza-
- Ver Convenção de Haia de 29 de maio de ção judicial.
1993 – Dec. nº 3.087/99 e Dec. Legislativo - Ver art. 52, §14, do ECA.
nº 01/99.

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8.3.18 – A Autoridade Central Federal Brasileira 8.3.22 – Nas adoções internacionais, quando
poderá limitar ou suspender a concessão de no- o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
vos credenciamentos, sempre que julgar neces- tenha sido deferida no país de origem porque
sário, mediante ato administrativo fundamenta- a sua legislação a delega ao país de acolhida,
do. ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão,
a criança ou o adolescente ser oriundo de país
- Ver art. 52, §15, do ECA. que não tenha aderido à Convenção referida, o
8.3.18.1 – É vedado, sob pena de responsabili- processo de adoção seguirá as regras da adoção
dade e descredenciamento, o repasse de recur- nacional.
sos, provenientes de organismos estrangeiros - Ver art. 52-D, do ECA.
encarregados de intermediar pedidos de ado-
ção internacional e organismos nacionais ou 8.3.23 – Os estrangeiros beneficiados com o vis-
a pessoas físicas. Todavia, eventuais repasses to temporário, previsto nos incisos I, IV, V, VI e
somente poderão ser efetuados via Fundo dos VII do artigo 13 da Lei nº 6.815, de 19.08.1980,
Direitos da Criança e do Adolescente e estarão assim como os estrangeiros portadores de visto
sujeitos às deliberações do respectivo Conselho diplomático, oficial ou de cortesia, candidatos à
de Direitos da Criança e do Adolescente. adoção, submeter-se-ão ao pedido de habilita-
ção perante a CEJA e processo judicial de ado-
- Ver art. 52-A, do ECA. ção, que seguirá o mesmo procedimento desti-
8.3.19 – A adoção por brasileiro residente no Ex- nado às adoções internacionais.
terior, em país ratificante da Convenção de Haia, - Ver art. 1º do Provimento nº 42/2002 que
cujo processo de adoção tenha sido processado fixou critérios de prioridade dos pretenden-
em conformidade com a legislação vigente no tes estrangeiros para adoção de criança e
país de residência e, atendido o disposto na alí- adolescentes nacionais.
nea “c” do artigo 17 da referida Convenção, será
automaticamente recepcionada com o reingres- 8.3.24 – Os pedidos de inscrição para adoção,
so no Brasil. formulados por estrangeiros residentes no Bra-
sil com visto permanente, deverão estar instruí-
- Ver art. 52-B, do ECA. dos com os documentos exigidos no Estatuto da
8.3.20 – O pretendente brasileiro residente no Criança e do Adolescente, com observância do
Exterior, em país não ratificante da Convenção art. 52, do ECA.
de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá - Ver arts. 165 a 170, do ECA.
requerer a homologação da sentença estrangei-
ra pelo Supremo Tribunal de Justiça. 8.3.24.1 – Os pedidos acima serão apresenta-
dos diretamente ao juízo da infância e da juven-
- Ver art. 52-B, §2º, do ECA. tude e submeter-se-ão a estudo psicossocial por
8.3.21 – Nas adoções internacionais, quando o equipe interprofissional, devendo o respectivo
Brasil for o país de acolhida, a decisão da auto- juízo, depois de cadastrado em livro próprio,
ridade competente, do país de origem da crian- remetê-lo à CEJA em quarenta e oito (48) horas.
ça ou do adolescente, será conhecida pela Au- 8.3.24.2 – O processamento de qualquer pedi-
toridade Central Estadual que tiver processado do de adoção, formulado por estrangeiro resi-
o pedido de habilitação dos pais adotivos, que dente no Brasil, deve ser instruído com o estudo
comunicará o fato à Autoridade Central Federal prévio e análise da CEJA.
e determinará as providências necessárias à ex-
pedição do Certificado de Naturalização Provi- 8.3.25 – O estudo psicossocial dos interessados
sório. na adoção, se residentes em Curitiba, serão rea-
lizados por equipe técnica da 2ª. Vara da Infân-
- Ver art. 52-C, do ECA.

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cia e da Juventude do Foro Central da Comarca - Ver art. 91, do ECA.


da Região Metropolitana de Curitiba.
8.4.3 – Será negado o registro à entidade que:
8.3.25.1 – Se residentes em comarcas do Inte-
rior do Estado do Paraná, pela equipe técnica - Ver art. 91,§1º, do ECA.
do juízo da infância e da juventude. Em não ha- I – não ofereça instalações físicas em condi-
vendo, a autoridade judiciária poderá valer-se ções adequadas de habitabilidade, higiene,
de profissionais da comarca contígua da região salubridade e segurança;
do domicílio do interessado, ou do apoio dos
técnicos responsáveis pela execução da política II – não apresente plano de trabalho com-
municipal de garantia do direito à convivência patível com os princípios preconizados no
familiar. Estatuto da Criança e do Adolescente;

- Ver CN, 8.7.3 e 8.7.3.1. III – esteja irregularmente constituída;

- Ver arts. 28, §5º e 46, §4º, do ECA. IV – tenha em seus quadros pessoas inidô-
neas;
8.3.25.2 – Se residentes em outro Estado da Fe-
deração, por equipe técnica do juízo da infância V – não se adequar ou deixar de cumprir as
e da juventude do domicílio do interessado. resoluções e deliberações relativas à moda-
lidade de atendimento prestado, expedidas
8.3.26 – O candidato à adoção deverá compro- pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
var, perante a CEJA, quando de sua habilitação, Adolescente, em todos os níveis.
mediante documento expedido pela autoridade
competente do respectivo domicílio, estar devi- 8.4.3.1 – O registro terá validade máxima de
damente habilitado à adoção, consoante as leis quatro (4) anos, cabendo ao Conselho Munici-
do seu país, bem como apresentar estudo psi- pal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
cossocial, elaborado por agência especializada e periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
credenciada no país de origem. renovação, observado o disposto no item ante-
rior.
- Ver art. 52 e incisos do ECA.
- Ver art. 91, §2º, do ECA.
SEÇÃO 4
8.4.4 – O dirigente de entidade, que desenvolve
ENTIDADES DE ATENDIMENTO programa de acolhimento institucional, é equi-
8.4.1 – As entidades governamentais e não- parado ao guardião, para todos os efeitos de di-
-governamentais deverão proceder à inscrição reito.
de seus programas, especificando os regimes de - Ver art. 92, §1º, do ECA.
atendimento junto ao Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, que man- 8.4.4.1 – Os dirigentes de entidades, que desen-
terá registro das inscrições e de suas alterações, volvem programas de acolhimento familiar ou
do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e institucional, remeterão à autoridade judiciária,
à autoridade judiciária. no máximo a cada seis (6) meses, relatório cir-
cunstanciado acerca da situação de cada crian-
- Ver arts. 90, §1º e 91, do ECA. ça ou adolescente acolhido e sua família, para
8.4.2 – As entidades não-governamentais so- fins de reavaliação prevista no § 1º do art. 19 do
mente poderão funcionar depois de registradas ECA.
no Conselho Municipal dos Direitos da Criança - Ver art. 92, §2º, do ECA.
e do Adolescente, que comunicará o registro ao
Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da 8.4.5 – Os entes federados, por intermédio dos
respectiva localidade. Poderes Executivo e Judiciário, promoverão,

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conjuntamente, a permanente qualificação dos - Ver art. 93, parágrafo único, do ECA.
profissionais que atuam, direta ou indiretamen-
te, em programas de acolhimento institucional 8.4.9 – As entidades governamentais e não-go-
e destinados à colocação familiar de crianças e vernamentais, referidas no art. 90 do ECA, serão
adolescentes, incluindo membros do Poder Ju- fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Pú-
diciário, Ministério Público e Conselho Tutelar. blico e pelos Conselhos Tutelares, e estarão su-
jeitas às medidas previstas no art. 198 do ECA.
- Ver art. 92, §3º, do ECA.
- Ver art. 95, do ECA.
8.4.6 – Salvo determinação em contrário da au-
toridade judiciária competente, as entidades SEÇÃO 5
que desenvolvem programas de acolhimento MEDIDAS DE PROTEÇÃO
familiar ou institucional, se necessário, com o
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de as- 8.5.1 – Verificada qualquer das hipóteses pre-
sistência social, estimularão o contato da crian- vistas no art. 98, a autoridade competente po-
ça ou adolescente com seus pais e parentes, em derá aplicar, dentre outras, as medidas previstas
cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do no art. 101, ambos do ECA.
caput do artigo 92 do ECA.
8.5.1.1 – As medidas previstas no Título II, Ca-
- Ver art. 92, §4º, do ECA. pítulo II, do ECA, poderão ser aplicadas, isolada
ou cumulativamente, bem como substituídas a
8.4.7 – O descumprimento das disposições do qualquer tempo.
ECA, pelo dirigente de entidade que desenvolve
programas de acolhimento familiar ou institu- - Ver art. 99 do ECA.
cional, é causa de sua destituição, sem prejuízo
8.5.2 – Na aplicação das medidas, levar-se-ão
da apuração de sua responsabilidade adminis-
em conta as necessidades pedagógicas, prefe-
trativa, civil e criminal.
rindo-se aquelas que visem ao fortalecimento
- Ver art. 92, §6º, do ECA. dos vínculos familiares e comunitários.

8.4.8 – As entidades que mantenham progra- - Ver art. 100, parágrafo único, do ECA.
mas de acolhimento institucional poderão, em
8.5.3 – O acolhimento institucional e o acolhi-
caráter excepcional e de urgência, acolher crian-
mento familiar são medidas provisórias e ex-
ças e adolescentes, sem prévia determinação da
cepcionais, utilizáveis como forma de transição
autoridade competente, fazendo comunicação
para reintegração familiar ou, não sendo esta
do fato em até vinte e quatro (24) horas ao juiz
possível, para colocação em família substituta,
da infância e da juventude, sob pena de respon-
não implicando privação de liberdade.
sabilidade.
- Ver art. 101, VII, VIII e 1º, do ECA.
- Ver art. 93, do ECA.
8.5.4 – A aplicação de medida de acolhimento
8.4.8.1 – Recebida a comunicação, a autoridade
institucional de crianças e adolescentes somen-
judiciária, ouvido o Ministério Público e, se ne-
te será executada mediante a expedição de Guia
cessário, com o apoio do Conselho Tutelar local,
Nacional de Acolhimento e de Guia Nacional de
tomará as medidas necessárias para promover a
Desligamento, expedida pela autoridade judiciá-
imediata reintegração familiar da criança ou do
ria competente, com observância dos requisitos
adolescente ou, se por qualquer razão, não for
do art. 101, §3º, I a IV do ECA e as diretrizes da
isso possível ou recomendável, para seu enca-
Instrução Normativa da Corregedoria Nacional
minhamento a programa de acolhimento fami-
de Justiça nº 3 de 3/11/2009, bem assim para o
liar, institucional ou a família substituta, obser-
desligamento.
vado o disposto no §2º do art. 101 do ECA.

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8.5.5 – Excepcionalmente, para os casos de ur- sideração a opinião da criança ou do adolescen-


gência e fazer cessar violência contra crianças e te e a oitiva dos pais ou do responsável.
adolescentes, conforme § 2º, do artigo 101, do
ECA, ou fora do expediente forense, a autorida- - Ver art. 101, §§ 5º e 6º, do ECA.
de judiciária poderá permitir que o procedimen- 8.5.8 – O acolhimento familiar ou institucional
to da guia de acolhimento se faça através de ocorrerá no local mais próximo à residência dos
terceiros, por ela autorizados, desde que man- pais ou do responsável e, como parte do proces-
tenha referido controle quantitativo atualizado so de reintegração familiar, sempre que identi-
e que efetue a convalidação de reformulação da ficada a necessidade, a família de origem será
medida de proteção aplicada, no prazo máximo incluída em programas oficiais de orientação,
de vinte e quatro (24) horas de sua efetivação. de apoio e de promoção social, sendo facilitado
- Ver Instrução Normativa n. 03/09 do CNJ. e estimulado o contato com a criança ou com o
adolescente acolhido.
8.5.6 – A autoridade judiciária deverá armaze-
nar, eletronicamente, as guias expedidas, dis- - Ver art. 101, §7º, do ECA.
tinguindo os acolhimentos institucionais e os 8.5.9 – Verificada a possibilidade de reintegra-
familiares, assim como daquelas crianças e ado- ção familiar, o responsável pelo programa de
lescentes sobre as quais não se disponha de in- acollhimento familiar ou institucional fará ime-
formação específica sobre sua origem. diata comunicação à autoridade judiciária, que
- Ver Instrução Normativa nº 03/09 do CNJ. dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
cinco (5) dias, decidindo em igual prazo.
8.5.6.1 – Na hipótese da parte final do item an-
terior, a autoridade judiciária velará para que - Ver art. 101, §8º, do ECA.
seja incluída fotografia recente e todos os dados 8.5.9.1 – Em sendo constatada a impossibilida-
e demais características disponíveis, divulgan- de de reintegração da criança ou do adolescente
do as informações entre os órgãos de proteção à família de origem, após seu encaminhamento
das diversas esferas do governo, na tentativa de a programas oficiais ou comunitários de orien-
identificação dos genitores. tação, apoio e promoção social, será enviado re-
- Ver Instrução Normativa nº 03/09 do CNJ. latório fundamentado ao Ministério Público, no
qual conste a descrição pormenorizada das pro-
8.5.6.2 – Imediatamente após o acolhimento da vidências tomadas e a expressa recomendação,
criança ou do adolescente, a entidade respon- subscrita pelos técnicos da entidade ou respon-
sável pelo programa de acolhimento institucio- sáveis pela execução da política municipal de
nal ou familiar elaborará um plano individual de garantia do direito à convivência familiar, para a
atendimento, visando à reintegração familiar, destituição do poder familiar, ou destituição de
ressalvada a existência de ordem escrita e fun- tutela ou guarda.
damentada, em contrário, de autoridade judici-
ária competente, caso em que também deverá - Ver art. 101, §9º, do ECA.
contemplar sua colocação em família substituta, 8.5.10 – Recebido o relatório, o Ministério Públi-
observadas as regras e princípios do Estatuto da co terá o prazo de trinta (30) dias para o ingres-
Criança e do Adolescente. so com a ação de destituição do poder familiar,
- Ver art. 101, §4º, do ECA. salvo se entender necessária a realização de es-
tudos complementares ou outras providências
8.5.7 – O plano individual será elaborado, sob a que entender indispensáveis ao ajuizamento da
responsabilidade da equipe técnica do respecti- demanda.
vo programa de atendimento, e levará em con-
- Ver art. 101, §10, do ECA.

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8.5.11 – A autoridade judiciária manterá, na rência em relação a qualquer outra providência,
comarca ou foro regional, um cadastro conten- caso em que será essa incluída em programas
do informações atualizadas sobre as crianças de orientação e auxílio, nos termos do parágra-
e adolescentes em regime de acolhimento fa- fo único do art. 23, incisos I e IV do caput do art.
miliar e institucional sob sua responsabilidade, 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 do
com informações pormenorizadas sobre a situa- ECA.
ção jurídica de cada um, bem como as providên-
cias tomadas para sua reintegração familiar ou - Ver art. 19, §3º, do ECA.
colocação em família substituta, em qualquer 8.5.16 – Verificada qualquer das hipóteses pre-
das modalidades previstas no art. 28 do ECA. vistas no art. 98, do ECA, a autoridade compe-
- Ver art. 101, §11, do ECA. tente poderá determinar, dependendo do caso
concreto, as medidas previstas no art. 101, do
8.5.12 – Terão acesso ao cadastro o Ministério ECA.
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
Assistência Social e os Conselhos Municipais 8.5.17 – Recomenda-se ao juiz delegar a execu-
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da ção de medidas de proteção ou socioeducativas
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar à autoridade competente da residência dos pais
sobre a implementação de políticas públicas, ou responsável, ou do local onde sediar-se a en-
que permitam reduzir o número de crianças e tidade que acolher a criança ou adolescente.
adolescentes afastados do convívio familiar e - Ver arts. 101, 112 e 147, §2º, do ECA.
abreviar o período de permanência em progra-
ma de acolhimento. 8.5.17.1 – Deverão acompanhar o encaminha-
mento da criança ou do adolescente, dentre ou-
- Ver art. 101, §12, do ECA. tros documentos, os seguintes:
8.5.13 – Toda criança ou adolescente, que esti- I – cópia dos autos do procedimento;
ver inserido em programa de acolhimento fami-
liar ou institucional, terá sua situação reavalia- II – cópia da certidão de nascimento;
da, no máximo, a cada seis (6) meses, devendo
III – cópia do(s) estudo(s) técnico(s) e histó-
a autoridade judiciária competente, com base
rico escolar, se existentes;
em relatório elaborado por equipe interprofis-
sional ou multidisciplinar, decidir de forma fun- IV – guia de acolhimento e informação a
damentada pela possibilidade de reintegração respeito do cadastro da criança ou adoles-
familiar ou colocação em família substituta, em cente no CNCA;
quaisquer das modalidades previstas no art. 28
do ECA. V – ofício endereçado ao juízo da infância e
juventude competente e a entidade respec-
- Ver art. 19, §1º, do ECA. tiva.
8.5.14 – A permanência da criança e do adoles- 8.5.18 – As medidas de proteção de que trata o
cente, em programa de acolhimento institucio- Título II, Capítulo II, do ECA serão acompanha-
nal, não se prolongará por mais de dois (2) anos, das da regularização do registro civil.
salvo comprovada necessidade que atenda ao
seu superior interesse, devidamente fundamen- - Ver art. 102, §1º, do ECA.
tada pela autoridade judiciária. 8.5.19 – O procedimento para a regularização
- Ver art. 19, §2º, do ECA. do registro civil de criança e adolescente, nas si-
tuações previstas no art. 98 da Lei nº. 8.069/90,
8.5.15 – A manutenção ou reintegração de poderá ser iniciado de ofício, por provocação do
criança ou adolescente à sua família terá prefe- Ministério Público ou por iniciativa de terceiro.

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8.5.19.1 – Para a instrução do procedimento, te, deve ser realizada na circunscrição respecti-
nas hipóteses de inexistência de registro de nas- va, expedindo-se nova certidão, na qual devem
cimento anterior (“registro de nascimento tar- ser mantidos os nomes dos pais biológicos.
dio”), deverá o juiz da infância e da juventude
realizar brevíssima averiguação, utilizando-se - Ver art. 163, parágrafo único, do ECA.
dos elementos disponíveis, tais como requisição - Ver art. 102, da Lei nº 6015/73.
de ficha clínica hospitalar e realização de E.V.I.
(exame de verificação de idade) e realização de SEÇÃO 6
prova oral, se necessário, em audiência, obser- REAVALIAÇÃO PERIÓDICA
vado o disposto no art. 102 e parágrafos do ECA.
DE MEDIDA DE ACOLHIMENTO
8.5.19.2 – Nas hipóteses de pais desconhecidos FAMILIAR OU INSTITUCIONAL
ou que residam em local incerto, será determi- APLICADA
nada a realização prévia de estudo social, em
prazo assinalado pela autoridade judiciária. 8.6.1 – Toda criança ou adolescente, que estiver
inserido em programa de acolhimento familiar
8.5.19.3 – Encerrada a instrução, o juiz da infân-
ou institucional, terá sua situação reavaliada, no
cia e da juventude prolatará decisão fundamen-
máximo a cada seis (6) meses, devendo a auto-
tada, determinando o suprimento do registro
ridade judiciária competente, com base em re-
de nascimento.
latório elaborado por equipe técnica, decidir de
8.5.19.4 – Na ausência de outros elementos dis- forma fundamentada sobre a possibilidade de
poníveis, constarão da certidão de nascimento reintegração familiar ou colocação em família
apenas o nome e a data, mesmo que provável, substituta.
de nascimento da criança ou adolescente.
- Ver art. 19, § 1º, do ECA.
8.5.19.5 – Os registros e certidões são isentos
8.6.2 – O trabalho de reavaliação de medida de
de multas, custas e emolumentos, gozando de
acolhimento institucional ou familiar pressupõe
absoluta prioridade.
a atualização dos dados, constantes do Cadastro
- Ver art. 102, §5º, do ECA. Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos
(CNCA), com observância das normas pertinen-
8.5.19.6 – Caso ainda não definida a paterni- tes.
dade, será deflagrado procedimento específico
destinado à sua averiguação, conforme previsto 8.6.3 – Para a reavaliação prevista no item 8.6.1,
pela Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992. deverá o magistrado realizar audiências concen-
tradas, preferencialmente na própria entidade
- Ver art. 102, §3º, do ECA. de acolhimento, nos meses de abril e outubro
8.5.19.7 – Nas hipóteses previstas no item an- de cada ano, com observância dos passos se-
terior, é dispensável o ajuizamento de ação de guintes.
investigação de paternidade, pelo Ministério - Ver Instrução Normativa nº 02/10, do CNJ.
Público se, após o não comparecimento ou a re-
cusa do suposto pai em assumir a paternidade 8.6.3.1 – Até trinta (30) dias antes da data de-
a ele atribuída, a criança for encaminhada para signada para a audiência concentrada, a equipe
adoção. técnica interdisciplinar visitará a instituição de
acolhimento, para:
- Ver art. 102, §4º, do ECA.
I – comunicar a data da audiência concen-
8.5.20 – No caso de sentença de suspensão ou trada;
destituição do poder familiar, a averbação, no
assento de nascimento da criança ou adolescen-

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II – solicitar que a instituição de acolhimen- SEÇÃO 7
to promova a convocação dos pais ou res- SERVIÇO AUXILIAR DA INFÂNCIA
ponsáveis pelos acolhidos para comparece-
rem à audiência de reavaliação; E JUVENTUDE
III – solicitar a atualização do PIA (Plano In- 8.7.1 – Os Serviços Auxiliares da Infância e da
dividual de Atendimento Individualizado) e Juventude (SAI), subordinados à Corregedoria-
seu encaminhamento, no prazo máximo de -Geral da Justiça, objetivam, primordialmente,
quinze (15) dias, ao juiz, com cópia à equi- atender ao juiz de direito competente, no de-
pe técnica do juízo e ao Ministério Público, sempenho de suas funções e atribuições pre-
bem como providências para a inserção de conizadas no art. 151, do ECA, prestar auxílio,
seus dados no CNCA e nos autos do proces- orientação, emitir parecer mediante laudo ou
so virtual ou físico. verbalmente, em audiência e, quando necessá-
rio ou conveniente, às varas de família acumula-
8.6.3.2 – Imediatamente após o recebimento das com a da infância e da juventude.
do PIA, a equipe técnica do juízo procederá ao
estudo do caso, incluindo análise da possibili- - Ver Dec. Judiciário nº 1.057 de 09.12.1991.
dade de desacolhimento e apresentação de su- - Ver art. 151, do ECA.
gestões, cujo relatório será juntado aos autos
respectivos até três (3) dias antes da audiência 8.7.2 – O prazo processual para a conclusão de
concentrada. perícias, laudos e pareceres técnicos, pela equi-
pe interprofissional, será em regra de trinta
8.6.3.3 – Serão intimados a comparecer na audi- (30) dias, ressalvado o disposto no item 8.7.2.2
ência o Promotor de Justiça, o Defensor Público, – Não sendo o prazo suficiente para o cumpri-
os procuradores constituídos, se houver, o Con- mento do estudo técnico, o profissional poderá
selho Tutelar e representantes das Secretarias requerer dilação de prazo, cujo deferimento fica
Municipais de Assistência Social, Saúde, Edu- ao prudente arbítrio da autoridade judiciária.
cação, Habitação e Trabalho (ou similar), bem
como órgãos do SUAS, existentes na comarca. - Ver arts. 212, §1º e 152, do ECA.
8.6.3.4 – Na audiência concentrada, os pais, fa- - Ver arts. 432 e 433 do CPC.
miliares e responsáveis dos acolhidos serão ou-
vidos pelo juiz, assim como a criança ou o ado- 8.7.2.1 – Quando se tratar de casos graves e de
lescente, se necessário. urgência, inclusive nos processos em que hou-
ver internação provisória ou descumprimento
8.6.3.5 – A regularização do registro civil pre- de medida, os prazos serão fixados pela autori-
cederá ou será concomitante a qualquer outra dade judiciária, consoante a situação exigir.
medida aplicada.
- Ver art. 108, do ECA.
8.6.3.6 – Dos atos praticados, será lavrada ata,
conforme modelo constante do anexo. - Ver art. 122, §1º, do ECA.

8.6.3.7 – Concluídas as audiências concentradas - Ver art. 177, segunda parte, do CPC.
do semestre na comarca, será elaborado relató- 8.7.2.2 – Na hipótese de destituição do poder
rio conciso, a ser enviado à Corregedoria-Geral familiar e em outros atos judiciais, que ensejem
da Justiça e ao CONSIJ, conforme modelo cons- a designação de audiência, o estudo técnico de-
tante do anexo. terminado deve ser concluído e anexado aos
autos até cinco (5) dias antes da audiência de
instrução e julgamento.
- Ver art. 162, §1º, do ECA.

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8.7.3 – Os juizados da infância e da juventude, 8.8.3 – Nenhuma criança poderá viajar para fora
especialmente os que não disponham do Ser- da comarca onde reside, desacompanhada dos
viço Auxiliar da Infância e da Juventude – SAI, pais ou responsável, sem expressa autorização
poderão valer-se desse serviço, quando existen- judicial.
te em comarca contígua, desde que seja previa-
mente autorizado e viável. - Ver art. 83 do ECA.

- Ver arts. 19, §1; 28, §5º; 46, §4º; 50, §§3º 8.8.3.1 – A autorização não será exigida quan-
e 4º; 52, IV; 88, VI; 150; 151; 161, §§1º e 2º; do:
166, §7º; 167 e 197-C, §§ 1º e 2º, do ECA. - Ver art. 83, §§ 1º e 2º, do ECA.
8.7.3.1 – Não sendo possível, poderão valer- I – tratar-se de comarca contígua à da re-
-se dos técnicos responsáveis pela execução da sidência da criança, se na mesma unidade
política municipal de garantia do direito e con- da Federação, ou incluída na mesma região
vivência familiar, devidamente orientados e su- metropolitana;
pervisionados pela Coordenadoria da Infância e
da Juventude – CIJ, para a realização das ativida- II – a criança estiver acompanhada:
des preconizadas pelo art. 151 do ECA.
a) de ascendente ou colateral maior, até o
- Ver Dec. Judiciário nº 1.057, de 09.12.1991. terceiro grau, comprovado documental-
mente o parentesco;
- Ver art. 28, §5º, do ECA.
b) de pessoa maior, expressamente autori-
8.7.4 – À equipe interprofissional do Serviço Au- zada pelo pai, mãe ou responsável.
xiliar da Infância e da Juventude – SAI incumbe
o cumprimento das disposições elencadas em 8.8.4 – Sem prévia e expressa autorização judi-
regulamento próprio. cial, nenhuma criança ou adolescente, nascido
em território nacional, poderá sair do País em
- Ver Dec. Judiciário nº 1.057, de 09.12.1991. companhia de estrangeiro residente ou domici-
liado no Exterior.
SEÇÃO 8
AUTORIZAÇÃO PARA VIAGEM E - Ver art. 85 do ECA.
EXPEDIÇÃO DE PORTARIAS 8.8.4.1 – Quando se tratar de viagem ao Exte-
rior, a autorização é dispensável, se a criança ou
8.8.1 – Os requerimentos de autorização para adolescente:
viagem dispensam registro e atuação e deverão
ser arquivados, juntamente com os documentos - Ver art. 84, do ECA.
que os instruírem, no Arquivo de Alvarás ou por
meio eletrônico, no caso de comarcas informa- - Ver Resolução 131/11 do CNJ.
tizadas. I – estiver acompanhado de ambos os pais
- Ver CN, 8.1.2. ou responsável;

8.8.2 – As autorizações de viagem às crianças, II – viajar na companhia de um dos pais, au-


nos limites do território nacional e de criança torizado expressamente pelo outro, através
ou adolescente ao Exterior, serão efetuadas, à de documento com firma reconhecida por
vista de requerimento dos pais ou responsável, autêntica ou verdadeira;
devidamente instruído com os documentos ne- - Ver CN, 11.6.3 e 11.2.1,VI.
cessários, mediante a expedição da ficha de au-
torização de viagem ou alvará, conforme o caso. III – viajar sozinho ou em companhia de
terceiros maiores e capazes, desde que au-
torizados por ambos os genitores, ou pelos

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responsáveis, por documento escrito e com - Ver Resolução nº 06/05 de 22/04/05, do
firma reconhecida por autêntica ou verda- TJ/PR.
deira;
8.8.8 – É expressamente vedada a cobrança de
- Ver Resolução 131/11 do CNJ. custas para expedição de alvarás ou autorização
de viagens.
IV – viajar sozinho ou em companhia de ter-
ceiros maiores e capazes, quando estiverem 8.8.9 – Os demais pedidos de alvarás, tais como,
retornando para a sua residência no Exte- entrada e permanência em espetáculos públi-
rior, desde que autorizadas por seus pais ou cos e participação em eventos públicos, deve-
responsáveis, residentes no Exterior, me- rão ser registrados e autuados.
diante documento autêntico.
8.8.10 – Compete à autoridade judiciária disci-
- Ver Resolução 131/11 do CNJ. plinar, por meio de portaria, ou autorizar, me-
diante alvará:
8.8.4.2 – Para fins do item anterior, considera-se
responsável pela criança ou pelo adolescente I – a entrada e permanência de criança ou
aquele que detém a sua guarda ou tutela. adolescente, desacompanhado dos pais ou
responsável, em estádio, ginásio e campo
- Ver Resolução 131/11 do CNJ. desportivo; bailes ou promoções dançan-
8.8.4.3 – O documento de autorização, mencio- tes; boate ou congêneres; casa que explore
nado nos incisos do item 8.8.4.1, além de firma comercialmente diversões eletrônicas; es-
reconhecida por autêntica ou verdadeira, deve- túdios cinematográficos, de teatro, rádio e
rá conter fotografia da criança ou adolescente, televisão;
prazo de validade, a ser fixado pelos genitores II – a participação de criança e adolescen-
ou responsáveis, e será elaborado em duas vias: te em espetáculos públicos e seus ensaios e
uma deverá ser retida pelo agente de fiscaliza- certames de beleza.
ção da Polícia Federal, no momento do embar-
que, e a outra deverá permanecer com a criança - Ver art. 149, do ECA.
ou o adolescente ou o terceiro maior e capaz
que o acompanhe na viagem. 8.8.11 – As portarias, expedidas pela autoridade
judiciária, bem como as autorizações concedi-
- Ver Resolução 131/11 do CNJ. das por meio de alvarás, para fins do art. 149,
do ECA, deverão ser fundamentadas, vedadas
8.8.5 – A autoridade judiciária poderá, a pedido determinações de caráter geral.
dos pais ou responsável, conceder autorização
válida por dois (2) anos. - Ver art. 149, §2º, do ECA.
- Ver art. 83, §2º, do ECA. SEÇÃO 9
8.8.6 – Ao documento de autorização, a ser re- APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
tido pela Polícia Federal, deverá ser anexada
cópia de documento de identificação da criança 8.9.1 – A criança a que se atribua a autoria de
ou do adolescente, bem como, se for o caso, do ato infracional deverá ser encaminhada ao Con-
termo de guarda ou tutela. selho Tutelar e, à sua falta, à autoridade judici-
ária. A ocorrência do ato infracional deverá ser
- Ver Resolução 131/11 do CNJ. registrada na delegacia de polícia, sem a pre-
sença da criança, observado o necessário sigilo.
8.8.7 – É obrigatória a apreciação dos pedidos
de autorização de viagem pelos plantões judi- - Ver arts. 105, 136, I e 262 do ECA.
ciais.

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8.9.2 – Nenhum adolescente será privado de 8.9.2.6 – A pauta poderá estabelecer dias espe-
sua liberdade senão em flagrante de ato infra- cíficos para que a autoridade policial agende as
cional ou, por ordem escrita e fundamentada da audiências de oitiva informal dos adolescentes,
autoridade judiciária competente. que forem liberados na forma do artigo 174, 1ª
parte, do ECA.
- Ver art. 106, do ECA.
8.9.2.7 – Ao receber as peças de informações,
8.9.2.1 – Na apuração de ato infracional atribuí- o cartório certificará o histórico infracional do
do ao adolescente, não se procederá à instaura- adolescente e fará vista ao Promotor de Justiça,
ção de inquérito policial, devendo a autoridade em tempo hábil à realização da audiência de oi-
remeter apenas peças de informações (relató- tiva informal, previamente agendada.
rios, autos, resultados de exames ou perícias,
termos de declarações, etc.), as quais deverão 8.9.2.8 – Ocorrendo a concessão de remissão
ser previamente autuadas pelo cartório judicial. (8.9.6) e sendo possível, logo após será esta ho-
mologada; havendo aplicação de medida socio-
- Ver art. 179, do ECA. educativa, se realizará audiência admonitória,
8.9.2.2 – Em se tratando de ato infracional prati- na presença do adolescente e seus pais.
cado por adolescente em coautoria com pessoa 8.9.2.9 – Todos os atos praticados poderão cons-
maior de dezoito (18) anos, a autoridade policial tar de um único termo de audiência preliminar,
procederá à lavratura de um único auto de pri- do qual será entregue uma cópia ao adolescen-
são em flagrante e de apreensão. te, a fim de com ela comparecer, quando for o
- Ver art. 172, do ECA. caso, ao respectivo programa, encarregado da
execução da medida socioeducativa aplicada.
8.9.2.3 – Quando não se tratar de ato infracio-
nal, cometido mediante violência ou grave ame- 8.9.3 – Advindo a representação, em face da
aça à pessoa, a lavratura de auto de apreensão não-concessão da remissão ou por não ser caso
em flagrante poderá ser substituída por boletim de arquivamento, proceder-se-á ao seu registro
de ocorrência circunstanciado. e autuação no livro de Registro Geral de Feitos,
fazendo-se conclusão ao juiz.
- Ver art. 173, do ECA.
- Ver art. 182, do ECA.
8.9.2.4 – O adolescente a que se atribua a prá-
tica de ato infracional, apreendido por ordem 8.9.3.1 – Em havendo representação, a escriva-
judicial, será, desde logo, apresentado à auto- nia deverá comunicar ao cartório distribuidor,
ridade judiciária ou encaminhado à entidade para as devidas anotações.
constante do mandado, devendo, nesse caso, 8.9.3.2 – A representação contra o adolescente
ser feita imediata comunicação ao juízo compe- a que se atribua a autoria de ato infracional será
tente. liminarmente rejeitada quando:
- Ver art. 171, do ECA. I – desatender aos requisitos formais do art.
8.9.2.5 – O adolescente apreendido, quando 182, § 1º, do ECA, desde que não emenda-
for o caso, poderá ser entregue ao dirigente ou da;
representante da entidade a que se encontrar II – o autor do ato infracional tiver 21 anos
submetida a medida de acolhimento institucio- de idade completos;
nal, equiparado ao guardião para todos os efei-
tos de direito. - Ver art. 2º, parágrafo único c/c o art. 121,
§ 5º, do ECA.
- Ver art. 92, parágrafo único e 174, do ECA.
III – a ação ou omissão manifestamente não
constituir ato infracional.

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8.9.3.3 – Não caberá representação quando for 8.9.6.3 – A medida, aplicada por força da remis-
formulada em relação a ato infracional pratica- são, poderá ser revista judicialmente, a qual-
do por criança. quer tempo, mediante pedido expresso do ado-
lescente ou de seu representante legal, ou do
- Ver art. 105 c/c os art. 171 a 190, todos do Ministério Público.
ECA.
- Ver art. 128, do ECA.
8.9.4 – Nas hipóteses de aplicação de medidas
socioeducativas de semiliberdade e internação, 8.9.7 – A escrivania não poderá fornecer o histó-
a autoridade judiciária deverá determinar a re- rico infracional alusivo à criança ou adolescente,
alização de estudo social, após a oitiva dos pais salvo mediante requisição judicial.
ou responsável na audiência de apresentação.
SEÇÃO 10
- Ver Decreto Judiciário n. º 1.057, de EXECUÇÃO DA MEDIDA
09/12/1991.
SOCIOEDUCATIVA
- Ver arts. 184 e 186, do ECA.
8.10.1 – O juízo competente para processar e
8.9.5 – O prazo máximo e improrrogável para acompanhar a execução da medida socioeduca-
a conclusão do procedimento, estando o ado- tiva privativa de liberdade, inclusive provisória,
lescente internado provisoriamente, é de qua- é o da jurisdição da unidade de seu cumprimen-
renta e cinco (45) dias, contados da apreensão to.
do adolescente, seja ela originária de flagrante,
seja decorrente de decisão judicial. 8.10.1.1 – O juízo do processo de conhecimento
permanecerá competente para decidir pela ma-
- Ver arts. 108 e 183, do ECA. nutenção ou revogação da internação provisó-
8.9.6 – Antes de iniciado o procedimento judi- ria, e deverá informar, imediatamente, ao juízo
cial para apuração de ato infracional, o repre- da execução toda e qualquer decisão que inter-
sentante do Ministério Público poderá conceder fira na privação de liberdade.
a remissão, como forma de exclusão do pro- 8.10.2 – As medidas em meio aberto deverão
cesso, atendendo às circunstâncias e consequ- ser executadas no juízo do domicílio do adoles-
ências do fato, ao contexto social, bem como à cente.
personalidade do adolescente e sua maior ou
menor participação no ato infracional. 8.10.2.1 – As medidas socioeducativas de re-
paração de danos e de advertência deverão ser
- Ver art. 126, do ECA. executadas pelo juízo do processo de conheci-
8.9.6.1 – Iniciado o procedimento, a concessão mento, nos próprios autos.
da remissão, pela autoridade judiciária importa- 8.10.3 – A execução de medida socioeducativa
rá na suspensão ou extinção do processo. de internação, provisória ou definitiva, deverá
- Ver art. 126, parágrafo único, do ECA. se processar em autos próprios, formados pela
Guia de Execução de Internação e documentos
8.9.6.2 – A remissão não implica, necessaria- que a acompanham.
mente, o reconhecimento ou comprovação da
responsabilidade, nem prevalece para efeito de 8.10.3.1 – Quando se tratar de execução defi-
antecedentes, podendo incluir, eventualmente, nitiva, expedida a guia, o processo de conheci-
a aplicação de qualquer das medidas previstas mento deverá ser arquivado.
em lei, exceto a colocação em regime de semili- 8.10.4 – O adolescente deverá cumprir a me-
berdade e a internação. dida de internação na unidade socioeducativa
- Ver art. 127, do ECA. mais próxima de seu domicílio.

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- Ver art. 124, VI, do ECA. 8.10.7.1 – A Guia de Execução de Internação


Provisória será convertida em Guia de Execução
8.10.4.1 – O cumprimento da medida de inter- de Internação Definitiva, mediante simples co-
nação em unidade que não seja a mais próxima municação do juízo de conhecimento, acompa-
do domicílio do adolescente, dependerá de au- nhada dos documentos necessários.
torização judicial.
8.10.8 – Para efeito da reavaliação prevista no
8.10.5 – O adolescente ingressará na unidade art. 121, § 2º, do ECA, a contagem do prazo será
mediante Guia de Execução de Internação, de- feita a partir da data da apreensão do adoles-
vidamente instruída e remetida ao juízo compe- cente.
tente, onde será autuada.
8.10.9 – O juízo da execução definitiva deverá
8.10.5.1 – Será expedida uma Guia de Execução proferir decisão de reavaliação da medida so-
para cada adolescente. cioeducativa, mantendo a internação, progre-
8.10.5.2 – Caso já existam autos de execução, dindo-a para medida menos gravosa ou extin-
serão remetidos ao juízo competente (item guindo-a, fundamentadamente, no máximo a
8.10.1), via Projudi, imediatamente após a cada seis (6) meses.
transferência ou ingresso do adolescente na 8.10.9.1 – O disposto neste item aplica-se, no
unidade de internação. que couber, à execução de internação provisó-
8.10.6 – A Guia de Execução de Internação Pro- ria.
visória será instruída, obrigatoriamente, com os - Ver art. 121, § 2º, do ECA.
seguintes documentos:
8.10.10 – Antes de decretar-se a regressão da
I – cópia da representação e (ou) do pedido medida socioeducativa, é necessária a oitiva do
de internação provisória; adolescente.
II – cópia da decisão que determinou a in- - Ver Súmula n. 265/STJ
ternação;
III – cópia de documento de identificação SEÇÃO 11
do adolescente; RECURSOS
IV – cópia de documento que comprove a 8.11.1 – Nos procedimentos, afetos à Justiça da
data da apreensão; Infância e da Juventude, aplicam-se as normas
do sistema recursal do Código de Processo Civil
V – certidão atualizada de antecedentes; e suas alterações posteriores, com as adapta-
VI – cópia de estudos técnicos e histórico ções previstas no art. 198 e seguintes do ECA.
escolar, se existentes. - Ver art. 198, do ECA.
8.10.6.1 – Prolatada a sentença e permanecen- 8.11.2 – Em todos os recursos, salvo o de em-
do internado o adolescente, deverá o juízo de bargos de declaração, o prazo para interpor e
conhecimento informar, incontinenti, ao juízo para responder será sempre de dez (10) dias.
da unidade de internação, remetendo eventuais
documentos complementares. - Ver art. 198, II, do ECA.
8.10.7 – A Guia de Execução de Internação De- 8.11.3 – Antes de determinar a remessa dos au-
finitiva deverá conter os documentos mencio- tos à superior instância, no caso de apelação, a
nados no item 8.10.6, acrescidos da cópia da autoridade judiciária proferirá despacho funda-
sentença e do acórdão, se houver, e certidão do mentado, mantendo ou reformando a decisão,
trânsito em julgado. no prazo de cinco (5) dias;

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- Ver art. 198,VII, do ECA. 8.11.9 – A sentença que deferir a adoção produz
efeito desde logo, embora sujeita à apelação,
8.11.3.1 – Mantida a decisão apelada, o escri- que será recebida, exclusivamente, no efeito
vão remeterá os autos à superior instância, devolutivo. Tratando-se de adoção internacio-
dentro de vinte e quatro (24) horas, indepen- nal, bem assim na hipótese do art. 42, § 6º, do
dentemente de novo pedido do recorrente. Se ECA ou, se houver perigo de dano irreparável ou
a reformar, a remessa dos autos dependerá de de difícil reparação ao adotando, o recurso de
pedido expresso da parte interessada ou do Mi- apelação será recebido em ambos os efeitos.
nistério Público, no prazo de cinco (5) dias, con-
tados da intimação. - Ver art. 199-A, do ECA.
- Ver art. 198,VIII, do ECA. - Ver art. 47, § 7º, do ECA.
8.11.4 – Os recursos serão interpostos, indepen- 8.11.10 – O Ministério Público poderá requerer
dentemente de preparo, terão prioridade abso- a instauração de procedimento, para apuração
luta na tramitação, preferência de julgamento e de responsabilidades, se constatar o descumpri-
dispensarão revisor. mento das providências e dos prazos previstos
nos artigos anteriores.
- Ver art. 199-C, do ECA.
- Ver art. 199-E, do ECA.
8.11.5 – Os recursos, nos procedimentos de
adoção e de destituição de poder familiar, em 8.11.11 – Caberá recurso de apelação contra as
face da relevância das questões, serão proces- decisões proferidas pela autoridade judiciária,
sados com prioridade absoluta, devendo ser que venham a disciplinar, através de portarias,
imediatamente distribuídos, ficando vedado ou autorizar, mediante alvará, quaisquer das si-
que aguardem, em qualquer situação, oportu- tuações elencadas no art. 149, do ECA.
na distribuição e serão colocados em mesa para
julgamento sem revisão e com parecer urgente - Ver art. 149 e 199 do ECA.
do Ministério Público.
- Ver art. 199-C, do ECA.
CAPÍTULO 9
8.11.6 – O relator deverá colocar o processo em
OFICIAL DE JUSTIÇA
mesa para julgamento, no prazo máximo de ses-
senta (60) dias, contado da sua conclusão.
SEÇÃO 01
- Ver art. 199-D, do ECA. DAS ATRIBUIÇÕES
8.11.7 – As partes e o Ministério Público serão 9.1.1 – Os oficiais de justiça são hierarquica-
intimados da data do julgamento e esse último mente subordinados aos juízes perante os quais
poderá, na sessão, apresentar oralmente seu servirem, sem prejuízo, todavia, da vinculação
parecer, se entender necessário. administrativa que tiverem com o juiz diretor do
- Ver art. 199-D, parágrafo único, do ECA. fórum.

8.11.8 – A sentença que destituir ambos, ou 9.1.2 – A identificação do oficial de justiça, no


qualquer dos genitores do poder familiar, fica desempenho de suas funções, será feita me-
sujeita à apelação, que deverá ser recebida ape- diante a apresentação da carteira funcional, in-
nas no efeito devolutivo. dispensável em todas as diligências, da qual de-
verá estar obrigatoriamente munido.
- Ver art. 199-D, do ECA.
9.1.3 – No exercício de suas funções, os oficiais
de justiça e os comissários de vigilância terão

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passe-livre no transporte coletivo urbano e in- 9.1.6 – Nas comarcas em que for instituído o
termunicipal, mediante a apresentação da res- plantão judiciário, dois oficiais de justiça serão
pectiva identidade funcional. escalados, sem prejuízo de suas demais atribui-
ções, para o atendimento do plantão.
- Ver art. 149 do CODJ.
9.1.7 – Salvo deliberação judicial em contrário,
9.1.4 – Incumbe ao oficial de justiça: durante o expediente forense, pelo menos um
I – executar as ordens dos juízes a que esti- oficial de justiça permanecerá de plantão na
ver subordinado; serventia.

II – realizar, pessoalmente, as diligências de 9.1.8 – As férias e licenças, salvo para tratamen-


seu ofício, cotando-as em moeda corrente e to de saúde, serão comunicadas pelo oficial,
na forma prevista em lei; com antecedência de dez (10) dias, à serventia,
sendo suspensa, a partir daí, a distribuição de
III – lavrar termos e fornecer certidões refe- mandados.
rentes aos atos que praticar;
- Ver art. 154 do CODJ.
IV – convocar pessoas idôneas para teste-
munhar atos de sua função, quando a lei as- 9.1.8.1 – Até o dia imediatamente anterior ao
sim o exigir; início de suas férias ou licença, o oficial de justi-
ça restituirá, devidamente cumpridos, todos os
V – exercer, pelo prazo de 01 (um) ano, a mandados que lhe forem distribuídos ou justifi-
função de porteiro dos auditórios, median- cará a impossibilidade de tê-los cumprido.
te designação do juiz, obedecendo-se a ri-
goroso rodízio; 9.1.9 – As diligências atribuídas ao oficial de jus-
tiça são intransferíveis e somente com autoriza-
VI – comparecer diariamente ao fórum e aí ção do juiz poderá ocorrer sua substituição.
permanecer enquanto necessário;
9.1.10 – É vedada a nomeação de oficial de jus-
VII – estar presente às audiências, quando tiça ad hoc por meio de portaria. Se necessária,
solicitado, e coadjuvar o juiz na manuten- a designação será para cumprimento de ato de-
ção da ordem. terminado, mediante compromisso específico
- Ver art. 143 e 144 do CPC. nos autos.

- Ver art. 146 do CODJ. 9.1.11 – Ao oficial de justiça é expressamente


vedado incumbir terceiro de cumprir mandado
9.1.5 – Incumbe ao oficial de justiça que exercer ou praticar outro inerente ao seu cargo.
a função de porteiro dos auditórios:
SEÇÃO 02
I – apregoar a abertura e encerramento das DOS PRAZOS
audiências e fazer a chamada das partes e
testemunhas, quando determinado pelo 9.2.1 – Os oficiais de justiça efetuarão suas di-
juiz; ligências no horário das seis (06) às vinte (20)
II – apregoar os bens nas praças e leilões horas.
judiciais quando esta última função não for – De acordo com o art. 172 do CPC.
atribuída a leiloeiro oficial;
9.2.2 – Inexistindo prazo expressamente deter-
III – passar certidões de pregões, editais, minado em lei ou pelo juiz, os mandados serão
praças, arrematações ou de outros atos que cumpridos, no máximo, dentro de quinze (15)
praticar. dias.
- Ver art. 147 do CODJ.

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9.2.2.1 – Nas serventias em que houver acúmu- das funções por gozo de férias ou qualquer ou-
lo de mandados, o juiz poderá prorrogar esse tro motivo.
prazo até o máximo de trinta (30) dias.
9.3.5 – Será desentranhado o mandado, fazen-
9.2.3 – O oficial de justiça entregará, no prazo do recarga ao oficial de justiça para cumprimen-
de vinte e quatro (24) horas, a quem de direito, to correto, sem cobrança de novas custas, quan-
os bens recebidos em cumprimento de ordem do não tiver sido cumprido de conformidade
judicial. com os seguintes parâmetros:
9.2.4 – Ocorrendo circunstâncias relevantes que I – ao cumprirem as diligências do cargo, os
justifiquem o atraso no cumprimento do man- oficiais de justiça deverão, obrigatoriamen-
dado, o oficial de justiça deverá fazer exposição te, consignar a indicação do lugar, do ho-
detalhada ao juiz, que decidirá de plano pela rário, o número da carteira de identidade,
manutenção ou substituição do oficial no pro- órgão expedidor do documento, se possível
cesso em que ocorrer o fato. o CPF, a leitura do mandado e da petição,
a declaração de entrega de contrafé, a nota
9.2.4.1 – No mandado cumprido fora de prazo, do ciente ou a recusa e, quando necessário,
deverá o oficial certificar o motivo da demora. o nome das testemunhas que presenciaram
9.2.4.2 – Se a desídia for reiterada, ou se não o ato.
apresentada a devida justificativa, deverá ser II – é vedada a realização de diligências,
instaurado o respectivo procedimento adminis- pelo oficial de justiça, por intermédio de
trativo. preposto, bem como por meio epistolar ou
- Ver art. 163, 165 e 167 do CODJ. por telefone;

9.2.5 – Será suspensa a distribuição de novos III – as certidões e demais atos efetuados
mandados cíveis ao oficial de justiça que tiver pelo oficial de justiça serão claros e precisos
mandados além do prazo legal para cumprimen- e deverão obedecer às normas preceitua-
to. Cumprirá, neste caso, somente os mandados das nos art. 169 e 171 do CPC. É vedado o
desentranhados, dos quais conste certidão sua. uso de carimbo na lavratura da certidão.

SEÇÃO 03 IV – as intimações de réus presos serão fei-


tas no próprio estabelecimento penal em
NORMAS DE PROCEDIMENTO que se encontrarem, com entrega de cópia
legível do libelo;
9.3.1 – Os oficiais de justiça cumprirão, indistin-
tamente, mandados cíveis e criminais. V – se for encontrada a pessoa, o oficial de
justiça realizará o ato da citação ou notifi-
9.3.2 – Os mandados deverão ser retirados da
cação, fornecendo-lhe contrafé e dela ob-
serventia diariamente, mediante carga, consti-
tendo recibo de ciente, ao pé ou no verso
tuindo falta funcional o descumprimento desta
do mandado. Em seguida, lavrará a certidão
obrigação.
com menção de tudo que houver ocorrido e
9.3.3 – É vedada a devolução do mandado a pe- possa interessar, inclusive, a recusa da con-
dido de qualquer das partes, sem a realização trafé, ou da pessoa não ter querido ou podi-
da diligência. do exarar, naquela ocasião, a nota de ciente.
9.3.4 – Os mandados que forem desentranha- VI – se não encontrar a pessoa por ser ou-
dos para novo cumprimento deverão ser entre- tro o seu endereço, na mesma oportuni-
gues ao mesmo oficial de justiça que iniciou a dade cuidará o oficial de justiça de apurar
diligência, salvo quando este estiver afastado com alguém da família, da casa ou vizinho,
o seu endereço completo, dentro ou fora do

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território de jurisdição do juiz. Certificará, IX – será exigido, rigorosamente, que as cer-


em seguida, todas as informações colhidas, tidões mencionem todas as circunstâncias
dentre as quais: de interesse, inclusive nomes e endereços
de pessoas informantes;
a) se estiver no território da comarca e for
encontrada no endereço fornecido, o oficial X – será recusada a multiplicidade de certi-
de justiça procederá como no item I supra; dões que objetivem somente a majoração
abusiva de custas;
b) se for confirmado o endereço, mas a
pessoa estiver fora na ocasião, o oficial de XI – cumpre aos oficiais de justiça, quando
justiça, indagando o horário de seu retorno, lançarem certidões negativas, mencionar
marcará horário para renovar a diligência; a hora exata em que foram procuradas as
pessoas para a citação ou intimação;
c) se ficar apurado que a pessoa não é en-
contradiça no endereço da diligência e sim, XII – os oficiais de justiça devem dar fé aos
em outra comarca, conseguindo ou não o atos que efetuarem, datando e assinando as
seu endereço completo, ou se em lugar ig- certidões;
norado, constarão tais informações na cer-
tidão, a ser lavrada em seguida, ao pé ou no XIII – frustrada a intimação de advogados,
verso do mandado. por não serem localizados, deverá o oficial
de justiça diligenciar na OAB/PR, a fim de
VII – se a pessoa a ser citada ou intimada obter o respectivo endereço;
não for encontrada no local e houver fun-
dada suspeita de ocultação, o oficial de jus- XIV – efetuadas as diligências na forma au-
tiça marcará hora para o dia útil imediato e torizada pelo art. 172, § 1º e § 2º, do CPC,
certificará. Então será procurada, sempre deverá o oficial de justiça certificar a hora
nos horários marcados, por três vezes con- da sua realização.
secutivas. Essa procura tanto poderá dar-se - Ver art. 226 e 227 do CPC.
no mesmo dia como em dias diversos, nos
mesmos horários ou diferentes. Se presen- 9.3.6 – Antes de certificar que o citando ou inti-
te em alguma das vezes marcada, a pessoa mando se encontra em lugar incerto ou inaces-
será citada ou intimada na forma da lei. Não sível, deverá esgotar todas as possibilidades de
sendo encontrada, na última oportunida- localização pessoal.
de será citada ou intimada na pessoa que
9.3.6.1 – Os mandados de avaliação expedidos
estiver presente, devendo constar na cer-
nos termos do art. 475-J do CPC, que não pu-
tidão respectiva o nome dessa, sua qualifi-
derem ser cumpridos pelo oficial de justiça em
cação completa, carteira de identidade ou
virtude da ausência de conhecimento especiali-
CPF, endereço e sua relação com a pessoa
zado ou técnico, deverão ser devolvidos em car-
citada, se parente, funcionário, vizinho etc.
tório com certidão a respeito de tal circunstân-
Ficam ressalvados desse procedimento os
cia, dentro do prazo de quinze dias, para serem
mandados extraídos de processos criminais,
juntados aos autos que serão encaminhados
em face do disposto no art. 362 do CPP.
para deliberação judicial.
VIII – se forem recusadas as informações
- Redação dada pelo Provimento n. 101
necessárias por pessoa da família ou da
casa, lançará a certidão das ocorrências e 9.3.7 – As citações, penhoras e medidas urgen-
retornará no mesmo dia, em horário pró- tes poderão ser, excepcionalmente, efetuadas
prio, para nova tentativa de cumprir o man- em domingos e feriados e, nos dias úteis, fora
dado; do horário estabelecido, desde que conste ex-
pressamente no mandado autorização do juiz,

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cumprindo ao executor ler os termos dessa au- 9.4.1 – É instituído o recolhimento antecipado
torização e observar a norma constitucional de das custas, despesas de condução e atos com-
proteção ao domicílio. plementares dos oficiais de justiça, por Guia de
Recolhimento de Custas – GRC a ser paga na ser-
- Ver art. 5º, inc. XI da CF. ventia, a não ser que na comarca exista norma
- Ver art. 172, §2º, do CPC. determinando o pagamento em banco, quando
então serão pagas na instituição financeira, na
- Violação de domicílio – art. 150, §§ 1º a 5º forma prevista nesta seção.
do CP.
- Ver Modelo 12 deste CN.
9.3.8 – Nas diligências em que ocorrer busca e
apreensão ou depósito de bens, especialmente - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
veículos, o oficial de justiça deverá descrever 1752/2014.
minuciosamente os bens, especificando suas 9.4.1.1 – A tabela de valores decorrente de acor-
características, tais como marca, estado de con- do estabelecido entre a Associação dos Oficiais
servação, acessórios, funcionamento, quilome- de Justiça do Estado do Paraná – ASSOJEPAR,
tragem, dentre outras que se mostrem relevan- Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná e
tes. É vedado o depósito desses bens fora do Corregedoria-Geral da Justiça, é única em todo
limite territorial da comarca na qual for cumpri- o Estado do Paraná, para ressarcimento das des-
do o mandado. pesas de condução e atos complementares dos
- Ver art. 230 do CPC. oficiais de justiça, na forma prevista nesta seção
e conforme disposto em instrução publicada
9.3.9 – Em ação de nunciação de obra nova, o pela Corregedoria-Geral da Justiça.
oficial de justiça deverá lavrar auto circunstan-
ciado, descrevendo o estado da obra. 9.4.1.2 – Os valores estabelecidos nesta seção
englobam os fixados na Tabela XVIII do Regi-
- Ver art. 173, inc. II e art. 938 do CPC. mento de Custas.
9.3.10 – Salvo quando a lei determinar, o oficial 9.4.1.3 – Nos termos do art. 475-J do CPC, ao
de Justiça não deverá designar depositário par- ser expedido mandado de penhora e avaliação,
ticular de bens sem prévia autorização do juiz. o oficial de justiça que cumprir também esta
9.3.10.1 – Na constrição sobre bem imóvel ou última diligência terá direito à percepção das
terminal telefônico, exceto por determinação mesmas custas estatuídas na Tabela XVII dos
judicial em contrário, o oficial de justiça deixa- Avaliadores Judiciais.
rá como depositário o próprio devedor, salvo se - Redação dada pelo Provimento n. 101
este recusar o encargo, o que deverá ser certifi-
cado, com discriminação dos motivos da recusa. 9.4.1.4 – Deverá ser mantida em local de fácil
visualização e acesso, cópia da tabela de custas
9.3.10.2 – Realizado o depósito em mãos de do oficial de justiça.
particular, o oficial de justiça dará ciência ao de-
positário público, para fins de cumprimento do 9.4.1.5 – O disposto nesta seção não exclui a
disposto no item 3.14.4 deste código. possibilidade de a citação ou a intimação ser fei-
ta pela via postal, conforme disposto na seção 8,
SEÇÃO 04 do capítulo 2, deste CN.
RECOLHIMENTO DE CUSTAS 9.4.2 – Constarão da GRC os seguintes dados:
comarca, vara, número dos autos, natureza da
- Redação dada pelo Provimento n. 01/99
ação, nome completo das partes e do advoga-
- Ver Instrução n. 03/99 e 09/99 do, nome do oficial de justiça, número da conta

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judicial, tipo e quantidade de atos processuais e 9.4.4.1 – Para fins de cálculo, o ato do oficial de
valor das custas em moeda corrente. justiça corresponde a uma diligência, uma cita-
ção, intimação ou notificação, uma certidão e
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. uma contrafé.
1752/2014.
9.4.5 – As despesas somente poderão ser co-
9.4.2.1 – Os depósitos feitos pelas partes em bradas uma vez, sendo vedada a cobrança na
favor dos oficiais de justiça serão efetuados em lavratura de certidão negativa, a não ser que a
conta judicial, isentas do CNPJ/MF do TJPR, em diligência se realize no endereço indicado pela
banco credenciado pelo Tribunal de Justiça do própria parte e ali não resida ou seja domicilia-
Paraná, e, onde não houver, em banco particu- do o citando ou intimando.
lar.
9.4.6 – Os valores serão recolhidos em conta
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. bancária vinculada ao juízo, aberta especifica-
1752/2014. mente para essa finalidade e serão repassados
9.4.3 – A Guia de Recolhimento de Custas – GRC ao oficial de justiça por ocasião da carga do
será confeccionada em cinco (05) vias, assim mandado.
destinadas: - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
I – uma (01) para ser juntada nos autos; 1752/2014.

II – uma (01) à parte; 9.4.6.1 – Com a carga do mandado, os oficiais


de justiça ficam autorizados a fazer o levanta-
III – uma (01) à escrivania; mento da quantia depositada, podendo a auto-
IV – uma (01) ao oficial de justiça, entregue rização constar da própria guia, deduzindo-se o
simultaneamente com o respectivo manda- valor referente à CPMF.
do; - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
V – uma (01) ao banco. 1752/2014.

- Ver art. 7º do Dec. Judiciário 153/99. 9.4.6.2 – A autorização para levantamento será
assinada pelo juiz de direito somente na via des-
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. tinada ao oficial de justiça, a qual permanecerá
1752/2014. em poder do banco, servindo como comprovan-
te de pagamento.
9.4.3.1 – As Guias de Recolhimento de Custas –
GRC, serão arquivadas em ordem cronológica, - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
em pasta própria, devendo a escrivania encerrar 1752/2014.
o livro de Registro de Custas.
9.4.6.3 – Nos casos urgentes, a parte entregará
- Ver art. 7º, parágrafo único, do Dec. Judici- ao escrivão cheque nominal ao juízo, para de-
ário 153/99. pósito assim que for aberta a agência bancária,
fazendo constar o fato no próprio mandado. O
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. oficial de justiça cumprirá o mandado imediata-
1752/2014. mente e depois procederá ao levantamento da
9.4.4 – Os valores serão calculados conforme quantia depositada.
número e tipo de atos a serem praticados e re- - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
colhidos em conta específica. 1752/2014.
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. 9.4.7 – Tratando-se de cartas precatórias, ro-
1752/2014. gatórias e de ordem, as custas serão recolhidas

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no juízo deprecado, seguindo-se as disposições - Ver art. 25, Lei Estadual nº 7.567, de
desta seção. 8.1.82.
9.4.8 – O oficial de justiça fica desobrigado de - Ver Tabela XVIII, inc. V, do Regimento de
receber mandados sem que as custas estejam Custas (Lei Estadual nº 11.960/97, atualiza-
previamente recolhidas, exceto nos casos de da pela Lei Estadual nº 13.611/02).
gratuidade e quando se tratar de mandados ex-
pedidos a requerimento da Fazenda Pública, em 9.4.8.4 – Observar-se-á também, no que aplicá-
processos de que esta participa. vel, o disposto nesta Seção quanto ao cumpri-
mento dos demais mandados, sobretudo em
- Redação dada pelo Provimento n. 48 relação ao depósito e ao levantamento do nu-
merário para o referido custeio de transporte,
- Ver art. 3º da Lei 1060/50. saliente que, na hipótese de haver mais de um
9.4.8.1 – Tanto quanto possível, nesses proces- mandado para ser cumprido na mesma localida-
sos as citações e intimações deverão ser prefe- de, será único o respectivo custeio de transpor-
rentemente realizadas por meio postal, salvo se te.
a Fazenda Pública expressamente requerer se- - Redação dada pelo Provimento n. 48
jam efetuadas por mandado.
9.4.8.5 – Os oficiais de justiça ficam autorizados
- Redação dada pelo Provimento n. 48 a utilizar transporte especial que venha a ser
- Ver CN 2.8.1. ofertado pela Fazenda Pública para a realização
das diligências, caso em que não incidirá, por
9.4.8.2 – No cumprimento dos mandados ex- óbvio, a antecipação de custeio.
pedidos nos referidos processos, o oficial de
justiça deverá realizar as respectivas diligências - Redação dada pelo Provimento n 48
independentemente da antecipação de des- 9.4.9 – O cumprimento dos mandados de inti-
pesas de condução quando o local for servido mação para o fim previsto no art. 267, § 1º, do
por linhas regulares de transporte coletivo ou CPC, se dará independentemente de antecipa-
quando dispensável o transporte, como ocorre ção das custas, devendo o oficial de justiça re-
em sede de comarca constituída por cidade de alizar a diligência e lançar por cotas as custas
pequeno porte ou em locais próximos da sede devidas, com a observação que ainda não as re-
do Juízo. cebeu.
- Redação dada pelo Provimento nº 48. I – Deverá constar no mandado que a parte
- Ver art. 44, § 3º da Lei Estadual nº 6.149, pagará em juízo o valor das diligências;
de 9.9.70, na redação da Lei Estadual nº II – O pagamento será efetuado por Guia de
7.567, de 8.1.82. Recolhimento de Custas – GRC.
9.4.8.3 – Inexistindo linhas regulares de trans- - Modificado pelo Decreto Judiciário n.
porte coletivo em todo o território da comarca, 1752/2014.
o juiz Diretor do Fórum, após coligir informa-
ções precisas e, caso a comarca esteja provida III – Não ocorrendo o pagamento, o escrivão
de mais de um juízo de natureza cível, 'ouvidos certificará nos autos, fazendo-os conclusos.
os demais juízes de direito da comarca', deverá
especificar em Portaria as principais localidades 9.4.10 – Quando o valor das diligências exceder
desprovidas desse serviço e estabelecer o valor o valor depositado, o oficial de justiça descreve-
do respectivo custo da condução, no montante rá os atos realizados, cotando as custas devidas,
indispensável para a realização das diligências. com a observação de que não as recebeu. O
escrivão, então, fará os autos conclusos ao juiz,
- Redação dada pelo Provimento n. 48

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que determinará, sendo o caso, a complemen- CAPÍTULO 11


tação das custas por GRC. TABELIONATO DE NOTAS
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. Capítulo revogado pelo Provimento n.
1752/2014. 249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)
9.4.10.1 – Quando o valor depositado exceder o
efetivamente devido, o escrivão fará a restitui-
ção à parte que efetuou o recolhimento. CAPÍTULO 12
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. TAELIONATO DE PROTESTO
1752/2014. Capítulo revogado pelo Provimento n.
9.4.11 – Para a execução do despejo forçado, 249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)
reintegração e imissão na posse de imóvel e
para a remoção de bens, a parte interessada
fornecerá os meios necessários ao cumprimen- CAPÍTULO 13
to do mandado (caminhão, pessoal e outros).
REGISTRO DE TÍTULOS E
9.4.12 – Após a citação, o oficial de justiça, não DOCUMENTOS
encontrando bens penhoráveis, devolverá o
mandado em cartório, descrevendo os impe- Capítulo revogado pelo Provimento n.
nhoráveis. 249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)

9.4.13 – Cabe ao exeqüente, sem prejuízo da


imediata intimação do executado, providenciar,
para presunção absoluta de terceiros, o respec-
CAPÍTULO 14
tivo registro no ofício imobiliário, mediante a REGISTRO CIVIL DE PESSOAS
apresentação de certidão de inteiro teor do ato JURÍDICAS
e independentemente de mandado judicial. Capítulo revogado pelo Provimento n.
- Ver art. 659, § 4º, do CPC. 249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)
9.4.14 – Se a parte beneficiária da gratuidade
processual for vencedora e a parte sucumbente
não fizer jus ao referido benefício, as custas que CAPÍTULO 15
esta pagar referentes às diligências dos oficiais REGISTRO CIVIL DE PESSOAS
de justiça, serão recolhidas mediante GRC. NATURAIS
- Modificado pelo Decreto Judiciário n. Capítulo revogado pelo Provimento n.
1752/2014. 249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)
9.4.14.1 – Se a parte vencedora não executar a
sentença, o oficial de justiça poderá promover
a execução na forma prevista na legislação pro- CAPÍTULO 16
cessual. REGISTRO DE IMÓVEIS
Capítulo revogado pelo Provimento n.
249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)
CAPÍTULO 10
NOTÁRIOS E REGISTRADORES
Capítulo revogado pelo Provimento n.
249/2013 (E-dj n. 1207 de 15/10/2013)

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CAPÍTULO 17 so à Justiça por parte dos jurisdicionados, deve-
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEL, rão manter nesses postos os livros indispensá-
veis para o controle dos atos praticados.
CRIMINAL E DA FAZENDA PÚBLICA
- Ver art. 13, da Res. n° 02/03 – CSJEs.
SEÇÃO 01 17.1.1.7 – O horário de atendimento ao públi-
DISPOSIÇÕES COMUNS co poderá ser limitado, mediante portaria, ao
período vespertino (das 13 às 17 horas), reser-
SUBSEÇÃO 1 vando-se o período da manhã para expediente
REGRAS GERAIS administrativo interno, sem prejuízo da designa-
ção de audiências e do atendimento aos advo-
17.1.1.1 – Além das normas gerais previstas gados. (revogado em 06/12/2010 pela Resolu-
nos Capítulos 1 e 2 deste Código de Normas, ção nº 15/2010 do Órgão Especial).
aplicam-se ainda aos Juizados Especiais as re- - Ver arts. 4º e 9º da Resolução nº 15/2010
gras comuns previstas nesta seção. Havendo do Órgão Especial.
divergência entre norma geral (Capítulos 1 e
2) e regra específica dos juizados (Capítulo 17), - Suprimido pelo Provimento n. 208
prevalece em sede de Juizados Especiais a regra 17.1.1.7.1 – As audiências poderão ser realiza-
específica. das no horário noturno e em qualquer dia da
17.1.1.2 – A secretaria efetuará controle rigoro- semana.
so dos prazos concedidos às partes, advogados, - Ver artigos 12 e 64 da Lei nº 9.099/95.
oficiais de justiça, contadores, avaliadores, pe-
- Ver art. 67 do CODJ.
ritos, conciliadores e juízes leigos, promovendo
as diligências necessárias à sua regularização. 17.1.1.8 – Em se tratando de unidade adminis-
Nos demais casos, constatado o excesso, comu- trativa de juizados, poderá ser utilizado apenas
nicará imediatamente o juiz supervisor. um livro Registro de Autos Destruídos para os
registros referentes aos Juizados Especiais Cível
- Ver Seção 10 do Capítulo 2 do CN.
e Criminal.
17.1.1.3 – Os termos de compromisso dos con-
17.1.1.9 – O livro de Registro de Sentenças po-
ciliadores e dos juízes leigos deverão ser arqui-
derá ser realizado pelo sistema de mídia de CD-
vados na secretaria da direção do fórum.
-ROM, com anexo contendo relação na qual se
17.1.1.4- As portarias alusivas aos juizados es- anotará o número de série do registro, o núme-
peciais deverão ser arquivadas na direção do ro dos autos e a data do registro.
fórum, com posterior remessa de cópia à Corre-
- Revogado pelo Provimento nº 216.
gedoria-Geral da Justiça e à Supervisão dos Jui-
zados Especiais. 17.1.1.9.1 – Deverá ser utilizada mídia não re-
gravável. Na mídia será afixada etiqueta as-
• Ver CN 1.1.4.
sinada pelo secretário e pelo Juiz Supervisor,
- Revogado pelo Provimento n. 227 contendo o número de série (seqüencial e não
17.1.1.5 – Os convênios, com cópia dos termos renovável) e a denominação "Registro de Sen-
respectivos, serão comunicados pelo juiz super- tenças em Mídia". Tal identificação poderá ser
visor à Corregedoria-Geral da Justiça e à Super- afixada somente após o encerramento do CD-
visão dos Juizados Especiais. -ROM.
17.1.1.6 – As comarcas em que, em razão da ex- - Revogado pelo Provimento n. 216
tensão do município ou por ser composta por 17.1.1.9.2 – Nos autos do processo será certifi-
vários municípios, existirem postos avançados cado pelo escrivão o registro da sentença no sis-
de atendimento, como forma de facilitar o aces-

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tema, consignando o número de série atribuído 17.1.1.12 – Os registros constantes nos pro-
ao CD-ROM em que foi efetivado. cessos, livros e pastas eventualmente em uso
- Revogado pelo Provimento n. 216 devem corresponder à realidade constante no
sistema informatizado oficial do Tribunal de Jus-
17.1.1.9.3 – As decisões de embargos ou as al- tiça, onde implantados.
terações "ex oficio" deverão ser anotadas na
relação anexa ao CD-ROM. Obrigatoriamente 17.1.1.13 – Nenhum processo ficará paralisado
constarão o número de série, a data do registro na secretaria por prazo superior a trinta (30)
da decisão e o número da mídia em que foi re- dias, salvo deliberação judicial em contrário,
alizada. devendo a secretaria, no controle desse pra-
zo, dedicar especial atenção ao cumprimento
- Revogado pelo Provimento n. 216 de mandados de prisão e alvarás de soltura, às
17.1.1.9.4 – Os arquivos a serem incluídos na requisições de certidões e aos ofícios e cartas
mídia deverão necessariamente ser salvos no precatórias expedidos. Vencido o prazo, a se-
formato ".pdf". O nome do arquivo será forma- cretaria certificará o fato, fazendo conclusos os
do pelo número seqüencial do registro (conten- autos.
do 04 dígitos, acrescido do ano), a data respec-
tiva (DD-MM-AA) e o número dos autos (por SUBSEÇÃO 2
exemplo: 0001-06_12-06-06_2006.0151-4.pdf). INTIMAÇÕES, NOTIFICAÇÕES
Tratando-se de alteração da sentença, será in- E CITAÇÕES
cluída a letra "A" (por exemplo: 0001-06-A_12-
06- 06_2006.0151-4.pdf). 17.1.2.1 – As intimações, notificações e a cita-
ção cível serão preferencialmente realizadas
- Revogado pelo Provimento n. 216
mediante meio eletrônico, com o devido cre-
17.1.1.9.5 – As serventias deverão fazer cópia denciamento dos destinatários, ou por corres-
de segurança a cada registro, armazenando as pondência com aviso de recebimento.
mídias em local apropriado e seguro.
- Ver art. 25 do Provimento n. 7 da Correge-
- Revogado pelo Provimento n. 216 doria Nacional de Justiça
17.1.1.9.6 – Esgotada a capacidade de arma-
- Redação alterada pelo Provimento n. 196
zenamento da mídia, deverá ser realizada a fi-
nalização, de modo a impedir nova inserção de 17.1.2.1.1 – Em hipótese alguma será feita cita-
dados. ção via edital.
- Revogado pelo Provimento n. 216 17.1.2.2 – As intimações podem ser realizadas
17.1.1.9.6.1 – Suprimido pelo Provimento n. por qualquer meio idôneo de comunicação.
112
17.1.2.3 – Na intimação feita por telefone, a se-
17.1.1.10 – Todos os atos praticados pela secre- cretaria deverá certificar o número chamado, o
taria devem ser certificados nos autos, inclusive dia, o horário, a pessoa com quem falou e, em
o arquivamento. resumo, o teor da comunicação e da respectiva
17.1.1.10.1 – É dispensada a juntada aos autos resposta, além de outras informações pertinen-
de cópia dos ofícios e mandados expedidos, tes.
desde que devidamente certificada a expedição. 17.1.2.4 – A intimação do representante do Mi-
17.1.1.11 – Nos termos e atos do processo de- nistério Público será efetuada pessoalmente.
vem ser evitados espaços em branco para pos- Da mesma forma se procederá à intimação do
terior preenchimento. Defensor Publico no âmbito do Juizado Especial
Cível.
- Ver art. 171 do CPC.
- Ver STF, HCs nº 85.174/RJ e 86.007/RJ.

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17.1.2.5 – As intimações dos advogados das - Ver CN 2.6.10, 2.6.10.1 e 2.6.10.2 (sobre
partes serão realizadas mediante publicação no os requisitos dos alvarás judiciais).
Diário da Justiça, salvo nos casos de determina-
ção judicial em contrário. 17.1.3.5 – Cópias das guias do FUNREJUS serão
sempre acostadas aos autos.
17.1.2.6 – Apresentado rol de testemunhas no
prazo legal, a secretaria providenciará desde 17.1.3.6 – A responsabilidade pelo recolhimen-
logo a intimação para a audiência de instrução to integral do preparo, bem como pela sua res-
e julgamento, salvo se a parte expressamente a pectiva comprovação, incumbe exclusivamente
dispensar. à parte recorrente.

17.1.2.7 – As diligências atribuídas aos oficiais - Ver art. 36, § 1o, da Res. N. 01/05 – CSJEs.
de justiça são intransferíveis e somente com 17.1.3.7 – A secretaria certificará a data e o ho-
autorização do Juiz Supervisor poderá ocorrer rário do ingresso do recurso e a regularidade do
substituição. preparo.
SUBSEÇÃO 3 - Ver Res. N. 01/05 – CSJEs.
DEPÓSITOS, CUSTAS PROCESSUAIS
SUBSEÇÃO 4
E RECURSAIS
DISTRIBUIÇÃO
17.1.3.1 – As custas processuais e recursais ob-
servarão o disposto em Resolução do Conselho 17.1.4.1 – A distribuição nos Juizados Especiais
de Supervisão dos Juizados Especiais. observará o disposto em Resolução do Conselho
de Supervisão dos Juizados Especiais.
- Ver Res. N. 01/05 – CSJEs.
- Ver Res. N. 06/04 – CSJEs.
17.1.3.2 – É vedada, sob qualquer pretexto, a
manutenção de valores pecuniários em secreta- 17.1.4.2 – Estando implantado na comarca sis-
ria. Todas as importâncias devem ser deposita- tema informatizado oficial do Tribunal de Justi-
das em conta vinculada ao juízo ou recolhidas ça, o distribuidor efetuará o registro com o mes-
ao FUNREJUS, conforme o caso. mo número atribuído pelo sistema.

- Ver Res. N. 01/05 e 11/04 – CSJEs. SUBSEÇÃO 5


SECRETÁRIOS
17.1.3.3 – No Juizado Especial Cível, os valores
depositados em conta vinculada ao juízo serão 17.1.5.1 – Para designação de secretários de-
objeto de registro no livro Registro de Depósi- verá ser observado o procedimento contido em
tos, certificando-se nos autos o número do livro, Resolução do Conselho de Supervisão dos Juiza-
da folha e da ordem em que o registro foi es- dos Especiais.
criturado. No caso de utilização de sistema in-
formatizado oficial, o registro será realizado no - Ver Res. N. 03/04 e 02/06 – CSJEs.
campo próprio do programa, com certificação
nos autos. SUBSEÇÃO 6
CONCILIADORES E JUÍZES LEIGOS
17.1.3.4 – Os levantamentos serão realizados
mediante alvará judicial subscrito pelo Juiz Su- 17.1.6.1 – Para designação dos juízes leigos e
pervisor. Nos casos de recolhimento ao FUNRE- conciliadores deverá ser observado o procedi-
JUS poderá ser realizada transferência direta- mento contido em Resolução do Conselho de
mente ao fundo, mediante ofício. Supervisão dos Juizados Especiais.
- Ver Res. N. 01/04 – CSJEs.

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17.1.6.2 – Os conciliadores advogados e os ju- do sistema informatizado do Banco Central do


ízes leigos ficarão impedidos de exercer ad- Brasil (BACEN-JUD) ou por ofício expedido dire-
vocacia perante os juizados especiais em que tamente à instituição financeira.
atuarem, enquanto no desempenho de suas
funções. 17.1.8.3 – Os documentos que não interessa-
rem ao processo deverão ser devolvidos, quan-
- Ver art. 7º da Lei nº 9.099/95 e art. 12 da do originais, ou destruídos mediante trituração,
Res. n° 01/04 – CSJEs. quando cópias. Em qualquer hipótese, a cir-
cunstância deverá ser especificamente certifica-
17.1.6.3 – Aplicam-se aos juízes leigos e conci- da nos autos.
liadores os motivos de impedimento e suspei-
ção previstos nos artigos 134 e 135 do Código SUBSEÇÃO 9
de Processo Civil, respectivamente, aplicando- ATOS ESPECÍFICOS DO JUIZ
-se, no que couber, o disposto na Seção II, do
Capítulo IV, Título IV do Livro I daquele Código. 17.1.9.1 – O Juiz Supervisor poderá, mediante
- Ver art. 6º, parágrafo único, da Res. nº portaria (com cópia encaminhada à Corregedo-
01/04 – CSJEs. ria-Geral da Justiça e ao Conselho de Supervi-
são), autorizar o secretário ou servidores do Po-
17.1.6.4 – A função correicional sobre concilia- der Judiciário a praticar atos de administração e
dores e juízes leigos compete ao juiz supervisor de mero expediente sem caráter decisório inde-
a que estiverem vinculados e ao Conselho de pendentemente de despacho judicial, mediante
Supervisão dos Juizados Especiais. certificação nos autos em que deverá constar
menção de que o ato foi praticado por ordem
- Ver art. 58, inc. IX, do CODJ e art. 1º da do juiz e ao número da respectiva portaria.
Res. n° 01/04 – CSJEs.
• Ver art. 93, inciso XIV, da CRFB.
SUBSEÇÃO 7
ELIMINAÇÃO DE AUTOS • Ver CN, 17.1.9.2.
- Revogado pelo Provimento n. 227
17.1.7.1 – A eliminação de autos atenderá à re-
gulamentação prevista em Resolução do Conse- 17.1.9.2 – Deverão ser sempre assinados pelo
lho de Supervisão dos Juizados Especiais. juiz:
- Ver Res. no 02/05 – CSJEs. I – os mandados de prisão;

SUBSEÇÃO 8 II – os contramandados;
INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS, III – os alvarás de soltura;
DE INFORMÁTICA OU TELEMÁTICA
IV – os salvo-condutos;
QUEBRA DO SIGILO FINANCEIRO
V – as requisições de réu preso;
17.1.8.1 – Os pedidos de interceptação ou que-
bra de sigilo devem ser autuados em apartado, VI – os ofícios e alvarás para levantamento
atribuindo-se caráter sigiloso ao processo, com de depósito;
anotação de "segredo de justiça" na capa do VII – os ofícios dirigidos a magistrados e de-
processo, de forma destacada. mais autoridades constituídas.
17.1.8.2 – As autorizações serão entregues dire-
tamente à autoridade requerente, salvo na que-
bra de sigilo bancário, hipótese em que o pedi-
do de informações poderá ser efetuado através

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SEÇÃO 02 cesso sem julgamento de mérito, ou com homo-
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL logação de acordo.
- Revogado pelo Provimento n. 216
SUBSEÇÃO 1
LIVROS 17.2.1.3.2 – As decisões proferidas em embar-
gos de declaração e as correções de erro mate-
17.2.1.1 – São livros obrigatórios das secretarias rial serão objeto de registro no livro Registro de
do juizado especial cível: Sentenças.

I – Registro de Pedidos (Adendo 1-I); - Revogado pelo Provimento n. 216

II – Registro de Cartas Precatórias e Equiva- 17.2.1.4 – Nas comarcas de menor movimen-


lentes (Adendo 2-I); to forense, autoriza-se a abertura de livros não
padronizados, de cinqüenta (50) ou cem (100)
III – Registro de Sentenças (Adendo 3-I); Re- folhas. Os livros de registros de sentenças deve-
vogado pelo Provimento n. 216 rão ser encerrados ao completar 200 (duzentas)
IV – Registro de Depósitos (Adendo 4-I); folhas, lavrando-se termo de encerramento e
colhendo-se visto do juiz de direito.
V – Carga de Autos – Juiz (Adendo 5-I);
17.2.1.4 – Nas comarcas de menor movimen-
VI – Carga de Autos – Diversas (Adendo 6-I); to forense, autoriza-se a abertura de livros não
padronizados, de cinquenta (50) ou cem (100)
VII – Carga de Mandados – Oficiais de Justi- folhas.
ça (Adendo 7-I);
- Redação dada pelo Provimento n. 216
VIII – Registro de Autos Destruídos.
17.2.1.5 – O secretário colherá o visto mensal
- Ver Res. N. 02/05 – CSJEs. do juiz no livro de Registro de Depósitos.
- Ver Decreto Judiciário n. 20-D.M. (Siste-
mas Informatizados Oficiais do Tribunal de SUBSEÇÃO 2
Justiça). PEDIDO
17.2.1.2 – O livro Registro de Pedidos poderá 17.2.2.1 – Registrado o pedido, independente-
ser desmembrado em Registro de Pedidos de mente de distribuição ou autuação, a própria
Conhecimento e Registro de Pedidos de Execu- secretaria do juizado ou setor de triagem de-
ção. signará sessão de conciliação a ser realizada no
prazo de quinze (15) dias, sem necessidade de
17.2.1.3 – No livro Registro de Sentenças não se- prévio despacho do juiz supervisor.
rão registradas as sentenças homologatórias de
conciliação (inclusive aquelas noticiadas em pe- 17.2.2.1.1 – Todo pedido apresentado à secre-
tição), de extinção do processo sem julgamento taria ou setor de triagem deverá ser recepcio-
de mérito e as proferidas em sede de execução. nado, mesmo aqueles em que se constate de
plano não estar na esfera de competência do
- Revogado pelo Provimento n. 216 Juizado Especial Cível, hipótese em que o feito
17.2.1.3.1 – O parecer proferido por juiz leigo e será submetido à apreciação do Juiz Supervisor.
a respectiva decisão homologatória serão obje- - Ver Instrução Normativa n. 02/04 da Su-
to de registro no livro Registro de Sentenças. So- pervisão Geral dos Juizados Especiais.
mente não será realizado o registro se o parecer
homologado for no sentido de extinção do pro- 17.2.2.2 – Havendo pedido de antecipação de
tutela, liminar, outros casos urgentes, ou ainda

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mediante requerimento da parte, os autos se- IV – aviso da possibilidade de inversão do


rão imediatamente conclusos ao magistrado an- ônus da prova.
tes da sessão de conciliação.
SUBSEÇÃO 4
17.2.2.3 – A secretaria enviará ao distribuidor CONCILIAÇÃO E JUÍZO ARBITRAL
competente, para registro, relação diária dos
feitos ajuizados. 17.2.4.1 – A sessão de conciliação poderá ser
17.2.2.4 – O pedido oral será reduzido a termo presidida por juiz leigo ou conciliador, assistido
pela secretaria; sendo formulado por escrito, pelo Juiz Supervisor, oportunidade em que as
deverá constar de forma simples e em lingua- partes serão esclarecidas sobre as vantagens da
gem acessível: conciliação.

I – o nome, a filiação, o número do registro 17.2.4.2 – Obtida a conciliação, será reduzida a


geral (RG) ou do cadastro de pessoa física escrito e submetida imediatamente à homolo-
ou jurídica (CPF ou CNPJ) e o endereço das gação pelo juiz supervisor.
partes; 17.2.4.3 – O termo de conciliação será repro-
II – o fato e os fundamentos, de forma su- duzido tantas vezes quantas se mostrem ne-
cinta; cessárias, de forma a que uma via se destine ao
processo e as outras para cada uma das partes.
III – o objeto e seu valor. Admite-se a entrega do termo de audiência digi-
tal através de mídia digital disponibilizada pela
- Ver Res. n. 03/06 – CSJEs parte na audiência.
17.2.2.4.1 – Ainda que a qualificação das partes - Ver Ofício Circular n. 06/04 – CSJEs.
não seja plena no momento do recebimento do
pedido ou da reclamação oral atermada, cum- 17.2.4.4 – Não obtida a conciliação, as partes
prirá à Secretaria, por ocasião da audiência de poderão optar, de comum acordo, pelo juízo ar-
conciliação, coletar a filiação, os números do bitral, sendo que o árbitro será escolhido dentre
Registro Geral (RG) ou do Cadastro de Pessoa os juízes leigos com atuação da respectiva vara
Física ou Jurídica (CPF ou CNPJ), e informar ao ou comarca.
Ofício Distribuidor, em 24 (vinte e quatro) horas,
para as devidas anotações e registros. SUBSEÇÃO 5
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
- Ver Res. n° 03/06 – CSJEs
17.2.5.1 – Restando infrutífera a tentativa de
SUBSEÇÃO 3 conciliação e não instituído o juízo arbitral,
CITAÇÃO proceder-se-á imediatamente à audiência de
instrução e julgamento, desde que não resulte
17.2.3.1 – O documento utilizado para a citação prejuízo para a defesa.
deverá conter:
17.2.5.1.1 – Não sendo possível a imediata con-
I – resumo ou cópia do pedido inicial; volação da audiência preliminar de conciliação
II – dia e hora para comparecimento do ci- em audiência de instrução e julgamento, será
tando; designada nova data, ficando as partes e as
testemunhas eventualmente presentes devida-
III – advertência de que, não comparecen- mente intimadas para o ato.
do o citando, presumir-se-ão verdadeiras as
alegações iniciais e será proferido julgamen- - Ver art. 19, § 1º, da Lei n° 9.099/95
to de plano;

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17.2.5.1.2 – As partes poderão requerer a inti- 17.2.7.3 – As cartas precatórias poderão ser ex-
mação das testemunhas, e, neste caso, o reque- pedidas através de qualquer meio idôneo de co-
rimento deverá ser apresentado à secretaria, no municação, desde que com autorização do juiz
mínimo, cinco (05) dias antes da audiência de supervisor e certificação nos autos.
instrução e julgamento, salvo determinação ju-
dicial diversa. 17.2.7.3.1 – Quando expedidas pela forma tra-
dicional, as cartas precatórias devem ser auten-
- Ver art. 34, § 1º, da Lei n° 9.099/95 ticadas pela serventia com rubrica do secretá-
rio, sendo encerrada, com a assinatura do juiz
17.2.5.2 – Encerrada a instrução realizada pelo supervisor. Em regra, duas vias serão encami-
juiz supervisor, este proferirá a sentença no pró- nhadas ao juízo deprecado. Contudo, na falta
prio ato ou marcará data para a sua leitura. de uma das vias, e sendo necessária ao cumpri-
17.2.5.3 – Finda a audiência de instrução con- mento do ato, o próprio juízo deprecado provi-
duzida por juiz leigo, deverá o parecer ser apre- denciará a extração de cópia reprográfica, certi-
sentado ao juiz supervisor em até 10 (dez) dias, ficando-se o fato nos autos.
ficando intimadas as partes no próprio termo da 17.2.7.4 – A expedição da carta precatória será
audiência acerca da data da leitura da sentença. certificada nos autos, arquivando-se o compro-
SUBSEÇÃO 6 vante na secretaria.
PEDIDO CONTRAPOSTO 17.2.7.4.1 – Se entregues diretamente à parte
interessada, será lavrada certidão nos autos,
17.2.6.1 – Apresentado pedido contraposto a colhendo-se o correspondente recibo.
secretaria deverá realizar anotação a respeito
na capa dos autos, de forma destacada. 17.2.7.5 – As intimações aos advogados em car-
tas precatórias deverão, de regra, ser efetuadas
SUBSEÇÃO 7 pelo juízo deprecado, observadas as normas
CARTAS PRECATÓRIAS para as intimações via postal e pelo Diário da
Justiça.
17.2.7.1 – São requisitos essenciais das cartas
17.2.7.6 – Ao retornarem cumpridas as preca-
precatórias:
tórias, a secretaria juntará aos autos somente
I – a indicação dos juízos de origem e de as peças essenciais, como o original da carta, o
cumprimento do ato; comprovante do seu cumprimento, a conta de
custas e eventuais peças e documentos nela en-
II – identificação do processo e das partes, o cartados.
valor e a natureza da causa, e a data do seu
ajuizamento; 17.2.7.7 – Salvo determinação judicial em con-
trário, das precatórias constará o prazo de trinta
III – o prazo de cumprimento; (30) dias para cumprimento. Para resposta a ex-
IV – a menção ao ato processual, que cons- pediente do juízo, o prazo será de dez (10) dias.
titui seu objeto, bem como das peças pro- 17.2.7.7.1 – Decorridos os prazos sem a prática
cessuais e documentos que a acompanham. do ato e independentemente de despacho judi-
17.2.7.2 – As cartas precatórias para execução cial, o secretário solicitará a devolução da carta
por quantia certa conterão conta atualizada do precatória devidamente cumprida ou informa-
débito principal e dos acessórios, além de todas ções sobre seu andamento.
as despesas processuais relativas ao juízo de- 17.2.7.8 – Nas cartas precatórias para citação e
precante. para a prática de ato de execução, a baixa será
feita mediante comunicação do juízo deprecan-

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te ou sob certidão por este expedida, dando pósitos. Quando a constrição for objeto de ter-
conta da extinção do processo. mo nos autos, a comunicação do fato ao depo-
sitário público será realizada diretamente pela
17.2.7.8.1 – Nos demais casos a baixa será feita, secretaria.
independentemente de determinação judicial,
por ocasião da devolução da carta precatória. 17.2.9.3 – Inexistindo bens penhoráveis, o ofi-
cial de justiça certificará sobre os bens que
17.2.7.9 – A expedição de cartas precatórias de- guarnecem a residência do executado, relacio-
verá obedecer às orientações expressas sobre nando-os e valorando-os por estimativa.
distribuição contidas na seção 5 do capítulo 3
deste CN. 17.2.9.4 – Não encontrado o devedor ou inexis-
tindo bens passíveis de constrição, o processo
SUBSEÇÃO 8 será imediatamente extinto, com baixa na distri-
SENTENÇA buição, não se admitindo o arquivamento provi-
sório do feito.
17.2.8.1 – A intimação da sentença será feita na
própria audiência em que for prolatada, na data 17.2.9.5 – Antes da designação de hasta públi-
designada para sua leitura ou na forma prevista ca para alienação judicial de bens penhorados,
nos itens 17.1.2.1 e 17.1.2.3. será colhida manifestação da parte exeqüente
acerca de eventual interesse na adjudicação dos
17.2.8.2 – O vencido será instado a cumprir a bens.
sentença em até 15 dias do trânsito em julgado,
advertido dos efeitos do seu descumprimento, - Ver art. 53, §2o, da lei nº 9.099/95.
inclusive o de que a execução será realizada in- 17.2.9.6 – Os embargos à execução (do deve-
dependentemente de nova citação. dor) serão processados nos próprios autos da
- Ver art. 52, IV, da Lei nº 9099/95, art. 475-J execução. Os embargos de terceiro serão pro-
do CPC. cessados em apartado. Em ambos os casos a se-
cretaria deverá comunicar ao distribuidor.
17.2.8.3 – Proferida sentença de procedência
ou improcedência, sempre será lançada nos au- 17.2.9.7 – Para utilização do "Sistema Bacen-
tos conta geral de custas. -Jud" a parte interessada deverá apresentar
ao juízo o número de cadastro de pessoa física
SUBSEÇÃO 9 (CPF) ou jurídica (CNPJ), bem como planilha atu-
EXECUÇÃO DISPOSIÇÕES GERAIS alizada do débito.
17.2.9.8 – No caso de deferimento do pedido de
17.2.9.1 – O oficial de Justiça, ao efetuar a pe-
utilização do "Sistema Bacen-Jud", o magistra-
nhora de bens, deve estimá-los, sem prejuízo de
do deverá imprimir o recibo de protocolamento
eventual impugnação do valor por qualquer das
para posterior anexação aos autos pela secreta-
partes, caso em que o juiz decidirá.
ria.
- Ver Instrução Normativa n. 03/04 da Su-
17.2.9.8.1 – Recebida resposta positiva, com
pervisão-Geral dos Juizados Especiais.
bloqueio realizado (integral ou parcial), o juiz
- Ver art. 652, § 1º, do CPC. imprimirá também o respectivo extrato, o qual
substituirá o termo de penhora.
17.2.9.2 – O oficial de justiça, ao realizar atos
de constrição (penhora, arresto ou seqüestro), 17.2.9.8.2 – Depois disso, tratando-se de execu-
deve efetuar a comunicação ao depositário pú- ção de título extrajudicial, a secretaria providen-
blico da comarca, mesmo quando nomeado de- ciará a intimação do devedor para comparecer
positário particular, para anotação no livro de à audiência de conciliação, ocasião em que ele
Registro de Penhora, Arresto, Seqüestro e De- poderá oferecer embargos, por escrito ou ver-

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balmente. Tratando-se, porém, de execução de 17.2.11.5 – Efetuada a penhora ou lavrado o
título judicial, a secretaria intimará o devedor termo de penhora através do "sistema Bacen-
para apresentar embargos no prazo de 15 dias. -jud", o devedor será intimado para apresentar
embargos à execução, no prazo de 15 dias.
17.2.9.8.3 – Na hipótese de ordem complemen-
tar para bloqueio ou desbloqueio de valores, o SUBSEÇÃO 12
magistrado deverá imprimir o recibo para pos- EXTINÇÃO DO PROCESSO
terior juntada aos autos pela secretaria.
17.2.12.1 – Em qualquer hipótese, ordenado o
SUBSEÇÃO 10 arquivamento dos autos, a secretaria comuni-
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO cará o fato ao distribuidor para fins de baixa na
EXTRAJUDICIAL distribuição, independentemente de determi-
nação judicial, de tudo certificando nos autos.
17.2.10.1 – A execução de título extrajudicial
observará o disposto no Código de Processo Ci- 17.2.12.2 – A comunicação ao distribuidor será
vil, com as inovações dadas pela Lei Federal nº. feita por ofício ou mediante a remessa dos au-
9.099/95. tos, conforme a conveniência local. Em qual-
quer caso, sempre será certificada nos autos a
- Ver art. 53 da Lei nº 9.099/95, Livro II do baixa, antes do arquivamento.
CPC e Lei nº 11.382/06.
- Ver Prov. N. 29 – CGJ.
17.2.10.2 – Efetuada a penhora ou lavrado o
termo de penhora através do "sistema Bacen- SEÇÃO 03
-jud", o devedor será intimado a comparecer à JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
audiência de conciliação, quando poderá ofere-
cer embargos, por escrito ou oralmente. SUBSEÇÃO 1
SUBSEÇÃO 11 LIVROS
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL 17.3.1.1 – São livros obrigatórios das secretarias
criminais:
17.2.11.1 – A execução de título judicial será
processada nos mesmos autos do processo de I – Registro de Processos Criminais (Adendo
conhecimento. 1-J);
17.2.11.2 – A conversão do processo de conhe- II – Carga de Termos Circunstanciados e In-
cimento em execução de título judicial ou o de- quéritos Policiais (Adendo 2-J);
sarquivamento do processo de conhecimento
para início da execução deverão ser noticiados • Redação dada pelo Provimento n. 29
ao distribuidor para as devidas anotações. III – Protocolo Geral (Adendo 3-J);
17.2.11.3 – Os cálculos necessários para a exe- IV – Registro de Apreensões (Adendo 4-J);
cução podem ser realizados por funcionário da
própria secretaria, a critério do juiz supervisor. V – Registro de Cartas Precatórias e Equiva-
lentes (Adendo 5-J);
17.2.11.4 – Não cumprida voluntariamente a
sentença transitada em julgado é dispensada VI – Registro de Sentenças (Adendo 6-J); Re-
nova citação para o início da execução. vogado pelo Provimento n. 216

- Ver art. 52, IV, da Lei nº 9.099/95 e art.475- VII – Carga de Autos – Diversos (Adendo
-J do CPC. 7-J);

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VIII – Carga de Mandados – Oficiais de Justi- 17.3.2.6 – Aplicam-se as normas pertinentes


ça (Adendo 8-J); aos mandados de prisão e alvarás de soltura,
previstas no Capitulo 6, Seção 14, deste Código.
IX – Registro de Autos Destruídos.
- Incluído pelo provimento n 202
17.3.1.2 – As cargas à autoridade policial serão
realizadas no livro Carga de Termos Circunstan- SUBSEÇÃO 3
ciados e Inquéritos Policiais. Nas comarcas de AUDIÊNCIA PRELIMINAR
pouco movimento, a critério do Juiz Supervisor,
a secretaria poderá eliminar tal livro, anotando 17.3.3.1 – A secretaria providenciará a separa-
as cargas no livro Carga de Autos – Diversos. ção dos casos passíveis de conciliação daqueles
em que a audiência deva iniciar-se já com pro-
SUBSEÇÃO 2 posta de transação ou oferecimento de denún-
PROCESSOS cia.
17.3.2.1 – Recebido em secretaria inquérito po- 17.3.3.2 – A audiência poderá ser conduzida por
licial, notícia-crime, termo circunstanciado de conciliador, sob supervisão do juiz supervisor.
infração penal ou queixa-crime será imediata-
mente agendada audiência preliminar, com in- 17.3.3.2.1 – Os envolvidos serão esclarecidos
timação dos envolvidos, salvo se a autoridade sobre os benefícios da conciliação ou da transa-
policial assim já tiver procedido. ção penal.

17.3.2.1.1 – A pauta poderá estabelecer dias es- 17.3.3.2.2 – A conciliação será reduzida a ter-
pecíficos para que a autoridade policial agende mo, podendo ser utilizados formulários pré-im-
as respectivas audiências preliminares. pressos.

17.3.2.2 – Todos os feitos, antes da realização 17.3.3.2.3 – Não havendo conciliação, o conci-
da audiência preliminar, devem ser distribuí- liador fará imediatamente comunicação ao juiz
dos ou registrados perante o distribuidor. Nessa de direito, que convocará o representante do
ocasião o distribuidor lançará certidão no feito Ministério Público para a continuidade da audi-
acerca dos antecedentes da pessoa a quem se ência, ocasião em que este poderá requerer o
imputa o fato delituoso. arquivamento ou novas diligências, propor tran-
sação penal ou oferecer denúncia.
17.3.2.3 – Oferecida denúncia ou queixa-crime
será o feito autuado como ação penal (registra- 17.3.3.2.4 – Nos casos de ação de natureza pri-
do no livro Registro de Processos Criminais) e, vada, não havendo conciliação, os envolvidos
não sendo o caso de transação penal, a secre- serão esclarecidos sobre o prazo para ofereci-
taria imediatamente agendará data para reali- mento de queixa-crime e respectivos desdobra-
zação de audiência de instrução e julgamento, mentos.
com intimação dos envolvidos e citação do acu- SUBSEÇÃO 4
sado.
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
17.3.2.4 – O secretario informará imediatamen-
te ao juiz o escoamento do prazo concedido 17.3.4.1 – A intimação far-se-á por qualquer
para a realização de diligência pela autoridade meio idôneo de comunicação, preferencialmen-
policial, bem como para o pronunciamento do te por carta ou telefone, atendidas as peculiari-
Ministério Público ou do interessado. dades locais.

17.3.2.5 – Dependerá de decisão judicial a re- 17.3.4.2 – A prática de atos processuais em ou-
messa do procedimento a outro juízo, comuni- tras comarcas poderá ser solicitada por qual-
cando-se o distribuidor. quer meio hábil de comunicação.

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17.3.4.3 – Dos atos praticados em audiência sente, passando-se imediatamente aos debates
consideram-se cientes as partes, os interessa- orais e à prolação da sentença.
dos e defensores.
17.3.5.4 – Os atos realizados em audiência de
- Ver art. 67, parágrafo único, da Lei n° instrução e julgamento poderão ser gravados
9.099/95. em fita magnética ou equivalente, tais como a
gravação de som e imagem em mídia CD (Com-
17.3.4.4 – A citação far-se-á no próprio juizado, pact disc), aplicando-se o disposto na seção 8
ou por mandado, ou carta precatória, ou carta do Capítulo 1, no que couber.
rogatória, se necessário.
17.3.5.5 – A inquirição de testemunhas e o in-
17.3.4.4.1 – O acusado receberá a cópia da de- terrogatório do acusado devem ser inteiramen-
núncia ou queixa-crime e com ela ficará citado te realizados pelo juiz supervisor.
e imediatamente cientificado da designação de
audiência de instrução e julgamento. SUBSEÇÃO 6
17.3.4.4.2 – Em hipótese alguma será feita cita- MEDIDAS ALTERNATIVAS
ção por edital ou por hora certa.
17.3.6.1 – Para efeito de aplicação e fiscalização
17.3.4.4.3 – Não encontrado o acusado para ser de medidas alternativas poderá o magistrado
citado, o Juiz encaminhará as peças existentes valer-se do Conselho da Comunidade, Patrona-
ao juízo criminal ordinário, com as comunica- to, Programa Pró-Egresso, além de firmar con-
ções necessárias. vênios ou parcerias com entidades comunitárias
ou assistenciais, "ad referendum" do Conselho
17.3.4.4.4 – A remessa referida no item de Supervisão dos Juizados Especiais.
17.3.4.4.3 deve ser posterior ao oferecimento
da denúncia ou da queixa-crime, e uma vez re- - Ver Provimento n. 68/05 e Ofício-Circular
metido o feito, a competência original do Juiza- n. 93/05 – CGJ.
do Especial Criminal não se restabelecerá com a
posterior localização do acusado. 17.3.6.2 – Para o deferimento da transação pe-
nal e aplicação de medidas alternativas, deverá
17.3.4.5 – No cumprimento de cartas precató- o juiz atentar para a situação econômica e so-
rias criminais recomenda-se que não seja utili- cial, rendas e encargos financeiros e familiares
zada a via postal para as citações e intimações, do transacionado, bem como as aptidões e ho-
mas, sim, as formas permitidas no Código de rários disponíveis, de modo a não prejudicar a
Processo Penal. manutenção familiar e a jornada laboral.

SUBSEÇÃO 5 17.3.6.3 – É vedada a manutenção de conta


INSTRUÇÃO E JULGAMENTO bancária judicial para depósito de valores de-
correntes das penas e medidas alternativas
17.3.5.1 – Ao início da audiência de instrução e oriundas dos Juizados Especiais Criminais.
julgamento, será renovada a proposta de conci-
liação ou transação penal, quando for o caso. SUBSEÇÃO 7
CARTAS PRECATÓRIAS E
17.3.5.2 – Antes da decisão de recebimento ou ARQUIVAMENTO
rejeição da denúncia ou queixa- crime, será con-
cedida a palavra ao defensor do acusado, para 17.3.7.1 – As cartas precatórias ou equivalen-
apresentar defesa prévia à acusação formal. tes, eventualmente expedidas para os fins dos
17.3.5.3 – Na mesma audiência serão ouvidas art. 76 e 89 da Lei nº 9.099, de 26.09.1995, de-
a vítima e as testemunhas de acusação e defe- verão conter as respectivas propostas formula-
sa, interrogando-se a seguir o acusado, se pre- das pelo Ministério Público.

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17.3.7.1.1 – O juiz deprecante poderá autorizar cadastro processual eletrônico, dispensando-


o juiz deprecado a modificar as condições im- -se comunicação à Vara de Execuções Penais.
postas, ouvido o representante do Ministério Tratando-se de feito sem vínculo a qualquer sis-
Público. tema informatizado oficial, a comunicação será
dirigida ao distribuidor e à Vara de Execuções
17.3.7.2 – O juízo deprecado comunicará ao ju- Penais da região.
ízo deprecante todos os fatos e atos relevantes,
encaminhando cópia dos documentos necessá- - Redação alterada pelo Provimento n. 204
rios.
17.3.8.1.2 – O recebimento da denúncia, quei-
17.3.7.3 – Incumbe ao juízo deprecante a rea- xa-crime, seus aditamentos, a nova definição
lização das comunicações obrigatórias, salvo na jurídica do fato, a inclusão à peça acusatória de
hipótese deste juízo não integrar a estrutura ju- pessoa não indicada e a exclusão de indiciado
diciária do Estado, caso em que o juízo depreca- na denúncia ou queixa serão comunicados ao
do deverá providenciá-las. distribuidor e ao Instituto de Identificação.

SUBSEÇÃO 8 17.3.8.1.3 – A suspensão condicional do proces-


COMUNICAÇÕES OBRIGATÓRIAS so será comunicada ao distribuidor e ao Institu-
to de Identificação.
17.3.8.1 – A secretaria promoverá comunica- 17.3.8.1.4 – A condenação transitada em julga-
ções obrigatórias sobre: do será comunicada à Vara de Execuções Penais,
I – o deferimento da transação penal; ao distribuidor e ao Tribunal Regional Eleitoral.
II – o recebimento da denúncia, queixa-cri- 17.3.8.1.5 – A absolvição e o trancamento da
me, seus aditamentos e nova definição jurí- ação penal serão comunicados ao distribuidor e
dica do fato; ao Instituto de Identificação.
III – a inclusão à peça acusatória de pessoa 17.3.8.1.6 – A extinção da punibilidade será co-
não indicada e a exclusão de indiciado na municada ao distribuidor e ao Instituto de Iden-
denúncia ou queixa; tificação.
IV – a suspensão condicional do processo;
17.3.8.1.7 – O arquivamento será comunicado
V – a condenação transitada em julgado; VI ao distribuidor e ao Instituto de Identificação.
– a absolvição;
17.3.8.1.8 – A extinção da pena privativa de li-
VII – a extinção da punibilidade; berdade será comunicada ao Tribunal Regional
VIII – o arquivamento; Eleitoral.
IX – a extinção da pena privativa de liberda- 17.3.8.1.9 – As remessas de feitos a outro juízo
de; serão comunicadas ao distribuidor.
X – as remessas de feitos a outro juízo; 17.3.8.1.10 – A reabilitação será comunicada à
XI – o trancamento da ação penal; Vara de Execuções Penais, ao distribuidor e ao
Instituto de Identificação.
XII – a reabilitação.
17.3.8.1.11 – Nos casos dos incisos I, II, III, IV, V,
17.3.8.1.1 – O deferimento da transação penal
VI, VII e XII do item 17.3.8.1 deverá a secretaria
será comunicado ao distribuidor. Tratando-se de
indicar a qualificação disponível da pessoa, dela
processo devidamente cadastrado em sistema
constando a inscrição da cédula de identidade
informatizado em uso na unidade do Juizado
(RG) ou do cadastro de pessoa física (CPF).
Especial Criminal (SIJEC ou Projudi), a respectiva
informação será lançada em campo próprio no

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17.3.8.2 – Todas as comunicações realizadas de- pança vinculada ao juízo, de tudo certificando
vem ser certificadas nos autos, de forma espe- nos autos.
cífica.
- Redação dada pelo Provimento n. 109
17.3.8.3 – As comunicações ao distribuidor se-
rão preferencialmente realizadas mediante o SEÇÃO 4
encaminhamento dos próprios autos, incumbin- JUIZADO ESPECIAL DA
do ao distribuidor lançar certidão no processo FAZENDA PÚBLICA
sobre a realização da anotação.
- Ver Lei Federal n. 12.153/2009.
17.3.8.4 – Quando a autoria do fato for desco-
nhecida, não serão realizadas as comunicações - Ver Provimento n. 7 da Corregedoria Na-
à Vara de Execuções Penais e ao Instituto de cional de Justiça.
Identificação.
• Ver Resoluções n. 09 e 10/2010 do Órgão
17.3.8.5 – Nas secretarias em que estiver im- Especial do Tribunal de Justiça.
plantado sistema informatizado oficial do Tri-
bunal de Justiça as comunicações poderão ser • Seção incluída pelo Provimento n. 196
realizadas mediante utilização de relatórios dele
extraídos.
SUBSEÇÃO 1
LIVROS
SUBSEÇÃO 9
17.4.1.1 – São livros obrigatórios das secretarias
APREENSÕES do juizado especial da Fazenda Pública que não
17.3.9.1 – As armas e objetos apreendidos ou utilizarem o sistema informatizado oficial do Tri-
arrecadados poderão permanecer em depósito bunal de Justiça do Estado do Paraná:
com a autoridade policial competente. Não obs- I – Protocolo Geral (Adendo 1-K);
tante, ainda assim deverão ser registrados no
II – Registro de Cartas Precatórias e de Or-
livro Registro de Apreensões, com anotação de
dem (Adendo 2-K);
observação constando o local em que está reali-
zado o depósito. III – Registro de Sentenças; Revogado pelo
Provimento n. 216
17.3.9.2 – O auto de apreensão e a certidão de
depósito deverão integrar o termo circunstan- IV – Registro de Depósitos (Adendo 3-K);
ciado ou inquérito respectivo. V – Carga de Autos – Juiz (Adendo 4-K);
17.3.9.3 – Findo o feito ou extinta a punibilida- VI – Carga de Autos – Promotor de Justiça
de, não sendo o caso de restituição, deverão (Adendo 5-K);
ser adotadas as providências dos itens 6.20.8 e VII – Carga de Autos – Advogados (Adendo
6.20.9 deste Código de Normas (remessa de ar- 6-K);
mas ao Ministério do Exército, destruição ou re-
messa de objetos a entidades de cunho social). VIII – Carga de Autos – Diversos (Adendo
7-K);
17.3.9.4 – Os valores pecuniários apreendidos
IX – Carga de Mandados – Oficiais de Justiça
devem ser depositados em conta poupança vin-
(Adendo 8-K);
culada ao juízo e escriturados no livro Registro
de Apreensões. Tratando-se de moeda estran- - Ver art. 222, alínea “c” do CPC.
geira, a secretaria efetuará a conversão junto ao XI – Registro de Requisição de Pequeno Va-
Banco do Brasil para a moeda nacional, e logo lor – RPV (Adendo 9-K).
em seguida realizará o depósito em conta pou-

1060 www.acasadoconcurseiro.com.br
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17.4.1.2 – O secretário colherá o visto mensal III – a advertência de que na própria audi-
do juiz no livro de Registro de Depósitos. ência deverão ser apresentados resposta,
oral ou escrita, as provas documentais e o
SUBSEÇÃO 2 requerimento das demais provas que pre-
PEDIDO tenda produzir em juízo.

17.4.2.1 – Realizada a distribuição, registrado o - Ver art. 30 da Lei nº 9.099/95.


pedido na secretaria do juizado, independente- 17.4.3.2 – Para a designação de audiência de
mente de autuação, será designada audiência conciliação observar-se-á a antecedência míni-
de conciliação, sem necessidade de prévio des- ma de 30 (trinta) dias, contados da data da jun-
pacho do juiz supervisor. tada aos autos do mandado de citação cumpri-
- Ver item 17.4.3.2 do CN. do.

- Ver art. 7º da Lei Federal nº 12.153/2009. - Ver art. 7º da Lei Federal nº 12.153/2009.

17.4.2.2 – Não sendo caso de designação de 17.4.3.3 – Os representantes judiciais dos réus
audiência de conciliação ou havendo pedido de presentes à audiência poderão conciliar, tran-
antecipação de tutela, liminar ou outros casos sigir ou desistir nos processos da competência
urgentes, os autos serão imediatamente conclu- dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, nos
sos ao magistrado. termos e nas hipóteses previstas na lei do res-
pectivo ente da federação.
- Ver item 17.4.3.3 do CN.
- Ver arts. 23 e 24 do Provimento nº 7 da
17.4.2.3 – O pedido oral será reduzido a termo Corregedoria Nacional da Justiça.
pela secretaria. Do pedido deverá constar:
17.4.3.3.1 – A representação judicial da Fazen-
I – o nome, a filiação, o número do registro da Pública, inclusive das autarquias, fundações
geral (RG) ou do cadastro de pessoa física e empresas públicas, por seus procuradores ou
ou jurídica (CPF ou CNPJ) e o endereço das advogados ocupantes de cargos efetivos dos
partes; respectivos quadros, independe da apresenta-
ção do instrumento de mandato.
II – o fato e os fundamentos, de forma su-
cinta; 17.4.3.3.2 – O Estado, os Municípios, suas au-
tarquias, fundações e empresas públicas pode-
III – o objeto e seu valor.
rão designar para a audiência cível de causa de
- Ver Res. n° 03/06 – CSJEs. até 40 (quarenta) salários mínimos, por escri-
to, representantes com poderes para conciliar,
SUBSEÇÃO 3 transigir ou desistir nos processos de competên-
CITAÇÃO E CONCILIAÇÃO cia dos Juizados Especiais, advogados ou não.

17.4.3.1 – O mandado de citação deverá conter: 17.4.3.4 – O empresário individual, as microem-


presas e as empresas de pequeno porte pode-
I – resumo ou cópia do pedido inicial; rão ser representados por preposto credencia-
do, munido de carta de preposição com poderes
II – dia e hora para comparecimento do re-
para transigir, sem necessidade de vínculo em-
presentante judicial da entidade ré;
pregatício.
- Ver art. 12, incisos I e II, do CPC.
17.4.3.5 – Obtida a conciliação, esta será redu-
- Ver arts. 222 e 225 do CPC. zida a termo, o qual será subscrito pelas partes
e levado para homologação do juiz supervisor.

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SUBSEÇÃO 4 dos pelo juiz, seguirão para expedição de preca-
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO tório ou requisição de pequeno valor (RPV).
17.4.5.6 – Na obrigação de pagar quantia cer-
17.4.4.1 – Restando infrutífera a tentativa de ta em que o valor do débito ultrapasse o limi-
conciliação, proceder-se-á imediatamente à au- te para a expedição de requisição de pequeno
diência de instrução e julgamento. valor (RPV), observar-se-ão as disposições cons-
17.4.4.2 – Não sendo possível a imediata con- tantes na Seção 9 do Capítulo 2 deste Código de
volação da audiência preliminar em audiência Normas, relativas ao precatório.
de instrução e julgamento, será designada nova
data. SUBSEÇÃO 6
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR
- Ver art. 19, § 1º, da Lei n° 9.099/95.
17.4.6.1 – Tratando-se de obrigação de pagar
17.4.4.3 – Finda a audiência de instrução con-
quantia certa em que o valor da condenação se
duzida por juiz leigo, deverá o parecer ser apre-
enquadre no limite legal para a expedição de
sentado ao juiz supervisor em até 10 (dez) dias.
RPV, o Juízo da execução a encaminhará direta-
SUBSEÇÃO 5 mente ao ente devedor para que efetue o paga-
mento, com os seguintes dados:
SENTENÇA E O SEU CUMPRIMENTO
I – número de ordem da requisição registra-
17.4.5.1 – A intimação da sentença será feita na da no livro da serventia;
própria audiência em que for prolatada ou na
forma prevista nos itens 17.1.2.1 e 17.1.2.3. - Ver item 17.4.1.1, VII do CN.

17.4.5.2 – O cumprimento do acordo ou da sen- II – número do processo de origem;


tença de procedência transitada em julgado, III – nome das partes e seus procuradores,
que imponham obrigação de fazer, não fazer ou com indicação do número de inscrição des-
entrega de coisa certa, será efetuado mediante tes na OAB;
ofício do juiz à autoridade citada para a causa,
com cópia da sentença ou do acordo. IV – relação de beneficiários com valores in-
dividualizados, indicando CIC ou CNPJ;
- Ver art. 12 da Lei Federal nº 12.153/2009
V – valor total da requisição;
17.4.5.3 – Tratando-se de obrigação de pagar
quantia certa definida em sentença transitada VI – data do trânsito em julgado da decisão
em julgado, o credor será intimado para instruir de mérito ou do acordo homologado em Ju-
o pedido com memória de cálculo discriminado. ízo;
17.4.5.3.1 – Apresentado o cálculo a secretaria VII – data considerada para efeito de atuali-
intimará a Fazenda Pública para manifestar-se zação dos cálculos;
em cinco (05) dias.
VIII – indicação de agência bancária oficial
17.4.5.4 – Se necessário, os autos irão ao conta- para depósito à disposição do Juízo da exe-
dor para o cálculo do valor devido. cução.
17.4.5.4.1 – Apresentado o cálculo, a secreta- - Ver Modelo 42 do Código de Normas.
ria intimará as partes para, em cinco (05) dias,
manifestarem-se. - Ver Resolução n. 06/2007 do Tribunal de
Justiça.
17.4.5.5 – Com a manifestação a respeito dos
cálculos, os autos irão conclusos. Se homologa- - Ver art. 22, § 4º da Lei Federal 8.906/94.

1062 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Código de Normas da Corregedoria-Geral da Justiça - PR – Prof. Mateus Silveira

17.4.6.2 – Os ofícios requisitórios (RPV), depois CAPÍTULO 18


de devidamente anotados cronologicamente JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL
em livro próprio da serventia, serão encaminha-
dos ao ente público. Capítulo revogado pelo Provimento n. 109
17.4.6.3 – Os autos aguardarão em cartório as
providências necessárias para a quitação do dé-
bito de pequeno valor pelo prazo de sessenta CAPÍTULO 19
(60) dias, contados da entrega da requisição à
entidade devedora. DISPOSIÇÕES FINAIS
17.4.6.3.1 – Decorrido sem que a Fazenda Pú- 19.1.1 – Os livros e termos obedecerão aos mo-
blica tenha dado atendimento a requisição, os delos aprovados pela Corregedoria- Geral da
autos irão conclusos ao juiz. Justiça.

- Ver art. 13, § 1º da Lei. 19.1.2 – Os livros atualmente em uso poderão


ser utilizados até o final, desde que adaptados
17.4.6.4 – Com o cumprimento da requisição, a aos modelos aprovados por este CN.
secretaria providenciará, independente de des-
pacho, a intimação do requerente para efetuar 19.1.3 – Enquanto estiverem em atividade as
o saque do valor depositado. Turmas Recursais Regionais para a apreciação
dos feitos remanescentes, deverão ser observa-
- Ver art. 13, § 6º da Lei. das as normas preceituadas pelo Capítulo 19 do
17.4.6.4.1 – O advogado da parte poderá efetu- Provimento nº 47, de 15 de janeiro de 2003.
ar o levantamento do valor a ela devido desde 19.1.3.1 – Encerradas as atividades, os livros e
que apresente procuração com poderes espe- documentos deverão ficar arquivados na secre-
ciais para tanto e firma reconhecida, cuja cópia taria do Juizado Especial Cível da comarca sede
será juntada aos autos. das respectivas Regiões.
SUBSEÇÃO 7 19.1.4 – Em todas as serventias do foro judicial
EXTINÇÃO DO PROCESSO e do foro extrajudicial deverá ser mantido um
exemplar atualizado deste Código de Normas.
17.4.7.1 – Nas Comarcas onde não haja sistema
informatizado, operado o pagamento ou orde- 19.1.4.1 – O exemplar do CN tanto poderá ser
nado o arquivamento dos autos, a secretaria em livro tradicional (papel) como em CD-Rom,
comunicará o fato ao distribuidor para fins de podendo ser obtida a sua atualização no site do
baixa, independentemente de determinação ju- Tribunal de Justiça do Paraná, página da Corre-
dicial, de tudo certificando nos autos. gedoria-Geral da Justiça.

17.4.7.2 – A comunicação ao distribuidor será


feita por ofício, meio eletrônico ou mediante a
remessa dos autos, conforme a conveniência lo-
cal. Em qualquer caso, sempre será certificada
nos autos a baixa, antes do arquivamento.

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Legislação Específica

LEIS DOS FUNDOS DO PODER JUDICIÁRIO – PR

•• FUNREJUS – Lei nº 12.216/98 – Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário, que visa su-
prir o Poder Judiciário com recursos financeiros necessários para a construção ou reformas
dos edifícios forenses, aquisição de equipamentos e materiais permanentes ou de consu-
mo, como também para implementar os serviços de informática. Suas diretrizes constam
de um Plano de Aplicação anual, cujas metas são fixadas pelo seu Conselho Diretor, com-
posto pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que o preside, além do 1º Vice-Presidente, do
Corregedor-Geral da Justiça e mais cinco integrantes da magistratura.
•• FUNSEG – Lei nº 17.838/13 – Fundo Estadual de Segurança dos Magistrados.
•• Fundo Judiciário – Lei nº 15.337/06 – Destinado exclusivamente à construção do Centro
Judiciário de Curitiba.
•• Fundo da Justiça – Lei nº 15.942/08 – FUNJUS.

Lei 12.216 – 15 de Julho de 1998

Publicado no Diário Oficial no. 5292 de 15 de Ju- II – aquisição de equipamentos e material


lho de 1998 permanente;
Súmula: Cria o "Fundo de Reequipamento do III – implementação dos serviços de infor-
Poder Judiciário" – FUNREJUS e adota outras mática da Justiça Estadual;
providências.
IV – despesas correntes, exceto com pessoal
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná e encargos sociais, em até, no máximo, 45%
decretou e eu sanciono a seguinte lei: (quarenta e cinco por cento) da receita do
FUNREJUS, na forma estabelecida pelo Re-
Art. 1º Fica criado o "Fundo de Reequipamento gulamento. (Redação dada pela Lei 15338
do Poder Judiciário" – FUNREJUS. de 22/12/2006)
Art. 2º O Fundo de Reequipamento do Poder Parágrafo único. Ressalvado o disposto no
Judiciário tem por finalidade suprir o Poder Ju- item IV deste artigo, não serão admitidos,
diciário Estadual com os recursos financeiros por conta do FUNREJUS, pagamentos de
necessários para fazer frente às despesas com: vencimentos, gratificações e encargos com
I – aquisição, construção, ampliação e refor- custeio de pessoal e outras despesas cor-
ma dos edifícios forenses e outros imóveis rentes. (Redação dada pela Lei 15338 de
destinados ao Poder Judiciário; 22/12/2006)

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Art. 3º Constituem-se receitas do Fundo de Re- 2. os atos relativos às cédulas de crédito co-
equipamento do Poder Judiciário: (vide ADIN mercial, industrial e de exportação; (Incluí-
2143-5) (vide ADIN 2059-5) do pela Lei 12604, de 02/07/1999)
I – dotação orçamentária própria, os recur- 3. os loteamentos urbanos e rurais; (Incluí-
sos transferidos por entidades públicas e do pela Lei 12604, de 02/07/1999)
os créditos adicionais que lhe venham a ser
atribuídos; 4. os atos de cancelamento ou baixa de
pacto comissório, hipoteca, penhoras e ou-
II – saldo financeiro resultante da execução tras garantias; (Incluído pela Lei 12604, de
orçamentária do Poder Judiciário, disponí- 02/07/1999)
vel ao final de cada exercício, deduzido o va-
lor inscrito em restos a pagar; 5. os atos que dividirem imóveis ou os de-
marcarem, inclusive nos casos de incorpo-
III – saldo financeiro apurado no balanço ração que resultarem em constituição de
anual do próprio fundo; condomínio e atribuírem uma ou mais uni-
dades aos incorporadores; (Incluído pela Lei
IV – recursos provenientes do recolhimento 12604, de 02/07/1999)
de valores excedentes da despesa autoriza-
da com telefonia; 6. as convenções antenupciais; (Incluído
pela Lei 12604, de 02/07/1999)
V – receita decorrente da cobrança de có-
pias reprográficas extraídas pelo Poder Judi- 7. os atos referentes ao usufruto e ao uso
ciário; sobre imóveis e sobre habitação, quando
não resultarem de direito de família, des-
VI – o produto da venda de cópias dos edi- de que os bens não ultrapassem o valor de
tais de licitação de obras, aquisição de equi- R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); (Incluído
pamentos e outros; pela Lei 12604, de 02/07/1999)
VII – 0,2% (zero vírgula dois por cento) so- 8. os registros dos formais de partilha; (In-
bre o valor do título do imóvel ou da obri- cluído pela Lei 12604, de 02/07/1999)
gação nos atos praticados pelos cartórios
de protesto de títulos, registros de imóveis 9. os atos sem valores declarados; (Incluído
e tabelionatos, limitado ao teto máximo de pela Lei 12604, de 02/07/1999)
recolhimento para o triplo do valor máximo
das custas fixadas no Regimento de Custas, 10. os atos lavrados com os benefícios da
observando-se ainda que: (Redação dada Assistência Judiciária Gratuita e nos termos
pela Lei 18921 de 13/12/2016) da Lei nº 1.060/50; (Incluído pela Lei 12604,
de 02/07/1999)
a) os atos que venham a ser praticados pe-
los ofícios anteriormente referidos não es- 11. os atos acessórios quando da prática de
tão sujeitos ao recolhimento cumulativo; dois ou mais atos concomitantes, no mes-
(Incluído pela Lei 12604, de 02/07/1999) mo procedimento; (Incluído pela Lei 12604,
de 02/07/1999)
b) não estão sujeitos ao pagamento: (Incluí-
do pela Lei 12604, de 02/07/1999) 12. as entidades civis sem fins lucrativos, re-
conhecidas de utilidade pública e inscritas
1. os atos relativos aos registros das cédu- no cadastro de entidades sociais do Paraná;
las de crédito rural, os contratos de penhor (Incluído pela Lei 12604, de 02/07/1999)
rural e demais títulos representativos de
produtos rurais; (Incluído pela Lei 12604, de 13. as novações e as renovações das hipo-
02/07/1999) tecas legais, judiciais e convencionais, se

1066 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Leis dos Fundos do Poder Judiciário - PR – Prof. Mateus Silveira

realizadas no mesmo exercício financeiro; XII – o produto da alienação de bens, mó-


(Incluído pela Lei 12604, de 02/07/1999) veis e imóveis, incluídos na carga patrimo-
nial do Poder Judiciário;
14. os atos cartoriais relativos a imóveis ur-
banos, com área construída de até 70 m2 XIII – o produto da arrecadação da Taxa
(setenta metros quadrados), destinados à Judiciária; (Revogado pela Lei 16351 de
moradia própria ou à constituição de bens 22/12/2009)
de família; (Incluído pela Lei 12604, de
02/07/1999) XIV – valores decorrentes de cobrança pelo
fornecimento de produtos de informáti-
15. o imóvel comprovadamente destinado à ca em impressos e disquetes, por meio de
residência do funcionário público; (Incluído transmissão telefônica e outros;
pela Lei 12604, de 02/07/1999)
XV – receitas oriundas de convênios, acor-
16. a renovação dos contratos de locação de dos ou contratos firmados pelo Poder Judi-
imóveis, nos quais tenha sido consignada ciário, com entidades de direito público;
cláusula de vigência no caso de alienação;
(Incluído pela Lei 12604, de 02/07/1999) XVI – subvenções, doações e contribuições
de pessoas jurídicas de direito privado ou
17. os atos comprovadamente isentos do público;
ITBI (Imposto sobre Transmissão "inter vi-
vos) de bens imóveis, por ato oneroso) ou XVII – o produto da remuneração das apli-
do ITCMD (Imposto sobre Transmissão de cações financeiras do Poder Judiciário;
"causa mortis" e doação de qualquer bens XVIII – as multas aplicadas no âmbito admi-
ou direitos); (Incluído pela Lei 12604, de nistrativo do Tribunal de Justiça; (Redação
02/07/1999) dada pela Lei 15338 de 22/12/2006)
18. os registros, ainda não formalizados, das XIX – taxa de ocupação das dependências
escrituras públicas e dos compromissos de dos imóveis do Poder Judiciário;
compra e venda, lavrados anteriormente à
regulamentação da Lei nº 12.216/98, pelo XX – as custas decorrentes da aplicação do
Decreto Judiciário nº 153/99. (Incluído pela artigo 51, § 2º, do artigo 54, parágrafo único
Lei 12604, de 02/07/1999) e do artigo 55, incisos I, II e III, da Lei Federal
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995; (Re-
19. os órgãos públicos federais, estaduais dação dada pela Lei 12604, de 02/07/1999)
e municipais; (Incluído pela Lei 14596 de
27/12/2004) XXI – receita decorrente dos descontos efe-
tuados nas folhas de pagamento do Poder
VIII – as custas decorrentes dos atos do Tri- Judiciário, em decorrência de faltas e atra-
bunal de Justiça, fixadas no respectivo Re- sos não justificados;
gimento; (Redação dada pela Lei 15338 de
22/12/2006) XXII – valores da venda das ações da TELE-
PAR relativas a aquisição dos terminais te-
IX – valores oriundos do porte postal para lefônicos pertencentes ao Poder Judiciário;
devolução de documentos e processos;
XXIII – outras receitas eventuais.
X – taxas de inscrição em cursos, seminá-
rios, conferências e outros eventos culturais XXIV – o produto da arrecadação das custas
patrocinados pelo Poder Judiciário; decorrentes dos atos dos Secretários dos
Tribunais de Justiça e Alçada. (Incluído pela
XI – taxas de inscrição em concursos públi- Lei 12604, de 02/07/1999)
cos realizados pelo Poder Judiciário;

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§ 1º O produto da arrecadação da Taxa Ju- Art. 5º Os recursos do Fundo de Reequipamen-
diciária será destinado: 98% (noventa e oito to do Poder Judiciário – FUNREJUS serão depo-
por cento) para o Funrejus e 2% (dois por sitados em estabelecimento bancário oficial.
cento) para o fomento da pesquisa científi- (Redação dada pela Lei 15338 de 22/12/2006)
ca e tecnológica, na forma estabelecida pelo
artigo 205 da Constituição Estadual. (Reda- Art. 6º Os bens adquiridos com recursos do Fun-
ção dada pela Lei 15941 de 03/09/2008) do de Reequipamento do Poder Judiciário serão
imediatamente incorporados ao patrimônio do
a) arrecadação da Taxa Judiciária, será feita, Poder Judiciário.
integralmente, pelo Funrejus, que repassará
o percentual de 2% (dois por cento) para o Art. 7º Aplica-se à administração financeira do
fomento da pesquisa científica e tecnológi- Fundo, no que couber, o disposto da Lei Federal
ca, até o 5º (quinto) dia útil do mês subse- n.º 4.320, de 17 de março de 1964, no Código
qüente, para as contas bancárias indicadas de Contabilidade e na legislação pertinente a
pelos órgãos beneficiários. (Redação dada contratos e licitações, bem como as normas e
pela Lei 15941 de 03/09/2008) instruções baixadas pelo Tribunal de Contas do
Estado.
§ 2º As receitas do FUNREJUS não integram
o percentual da receita estadual destinado Art. 8º O Fundo de Reequipamento do Poder
ao Poder Judiciário, previsto na Lei de Dire- Judiciário será dotado de personalidade jurídica
trizes Orçamentárias. e escrituração contábil própria, sendo seu Presi-
dente o ordenador das despesas e o seu repre-
§ 3º Será de R$ 2,50 (dois reais e cinquenta sentante legal.
centavos) o valor a ser recolhido ao FUN-
REJUS, por ato praticado nos Ofícios de Art. 9º O FUNREJUS prestará contas da arreca-
Registro de Títulos e Documentos e de Pes- dação e aplicação de seus recursos, nos prazos e
soas Jurídicas. (Incluído pela Lei 12604, de na forma da legislação vigente.
02/07/1999) Art. 10. A presente Lei será regulamentada por
XXV – 25% (vinte e cinco por cento) inci- Decreto Judiciário, que será submetido à apro-
dente sobre o valor dos emolumentos cor- vação do Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
respondentes a quaisquer atos notariais e Art. 11. Fica aberto um crédito adicional espe-
registrais sem expressão econômica pratica- cial, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
dos pelos Tabeliães e Registradores, inclusi- reais), para fazer frente às despesas decorrentes
ve nos reconhecimentos de firma, nas cer- da execução desta lei, utilizando como recursos
tidões, nas autenticações de documentos, aqueles previstos no § 1º, do art. 43 da Lei Fede-
nas procurações, nos substabelecimentos, ral n.º 4320, de 17 de março de 1964.
nas atas notariais, nas escrituras sem valor
declarado e nas públicas formas. (Incluído Art. 12. Esta lei entrará em vigor na data de sua
pela Lei 18415 de 29/12/2014) publicação, revogadas as disposições em con-
trário.
Art. 4º O Fundo de Reequipamento do Poder
Judiciário será administrado por um Conselho PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 15 de
Diretor, composto pelo Presidente do Tribunal julho de 1998.
de Justiça, que o presidirá, pelo Vice-Presidente,
pelo Corregedor Geral da Justiça e por mais 5
(cinco) membros, os quais serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Justiça, ouvido o Ór-
gão Especial.

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Legislação Específica – Leis dos Fundos do Poder Judiciário - PR – Prof. Mateus Silveira

Lei 15.942 – 03 de Setembro de 2008

Publicado no Diário Oficial nº 7799 de 3 de Se- ciário, Poder Executivo, fundos especiais e
tembro de 2008 outros órgãos públicos;
Súmula: Cria o Fundo da Justiça, do Poder Ju- IV – o saldo financeiro apurado no balanço
diciário do Estado do Paraná, com a finalidade anual do próprio Fundo;
que especifica e adota outras providências.
V – as receitas decorrentes da cobrança de
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná atos inerentes ou praticados pelo Fundo;
decretou e eu sanciono a seguinte lei:
VI – as receitas oriundas de convênios, acor-
Art. 1º Fica criado o Fundo da Justiça, do Poder dos, termos de cooperação ou contratos fir-
Judiciário do Estado do Paraná, com a finalidade mados pelo Fundo com entidades de direito
de dar cumprimento ao processo de estatização público;
das serventias do foro judicial, em observância
ao estabelecido no artigo 31 do Ato das Dispo- VII – as receitas oriundas de convênios,
sições Constitucionais Transitórias, da Constitui- acordos, termos de cooperação ou contra-
ção Federal e no artigo 1º, parágrafos 5º e 6º, tos firmados pelo Fundo com instituições
da Lei Estadual nº 14.277, de 30 de dezembro financeiras e entidades de direito privado;
de 2003, que dispõe sobre o Código de Organi- VIII – as subvenções, doações e contribui-
zação e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná. ções de pessoas jurídicas de direito público
Art. 2º O Fundo da Justiça – FUNJUS tem por ou privado, nacionais ou estrangeiras, na
objetivo prover os recursos orçamentários e fi- forma da legislação aplicável;
nanceiros necessários à execução das despesas IX – o produto da remuneração das aplica-
decorrentes do processo de estatização, neste ções financeiras do Fundo;
compreendida a recomposição dos servidores
do Quadro de Pessoal das unidades estatais do X – o saldo financeiro apurado no Balanço
1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná. (Re- Geral do Estado do Paraná, em cada exer-
dação dada pela Lei 17217 de 09/07/2012) cício, correspondente à diferença entre os
recursos definidos pelo limite percentual
Art. 3º Constituem receitas do Fundo da Justiça: estabelecido pela Lei de Diretrizes Orça-
I – o produto da arrecadação das custas dos mentárias para o Poder Judiciário e o valor
atos judiciais praticados pelos serviços esta- dos recursos financeiros efetivamente libe-
tizados, conforme as leis de processo e do rados pelo Tesouro Estadual, por conta da
Regimento de Custas estabelecido pela Lei execução do orçamento do Tribunal de Jus-
nº 6.149/70, de 09 de setembro de 1970, tiça do Estado do Paraná, no exercício;
com as suas alterações posteriores; XI – outras receitas.
II – as dotações orçamentárias próprias e os XII – o produto da arrecadação da Taxa
recursos consignados em seus orçamentos, Judiciária. (Incluído pela Lei 16351 de
por entidades públicas ou por fundos espe- 22/12/2009)
ciais públicos, bem como os créditos adicio-
nais que lhe venham a ser atribuídos. § 1º As receitas do Fundo da Justiça, exce-
to as oriundas do Tesouro Geral do Estado,
III – as receitas oriundas de transferências não integram o percentual fixado, para o
orçamentárias autorizadas pelo Poder Judi- Poder Judiciário, na Lei de Diretrizes Orça-
mentárias.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1069
§ 2º O disposto no inciso X deste artigo in- Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964,
clui o saldo financeiro apurado no Balanço no Código de Contabilidade, na Lei Complemen-
Geral do Estado, relativo ao exercício de tar nº 101, de 4 de maio de 2000, e na legislação
2007. pertinente a contratos e licitações, bem como
as normas e instruções baixada pelo Tribunal de
Art. 4º Fica o Presidente do Tribunal de Justiça Contas do Estado do Paraná.
do Estado do Paraná, após aprovação do Órgão
Especial, por maioria absoluta de seus mem- Art. 10. O Fundo da Justiça será dotado de per-
bros, autorizado a destinar para o Fundo da sonalidade jurídico-contábil, com escrituração
Justiça, por Decreto Judiciário, em razão da con- contábil própria, sendo o Presidente do Tribu-
veniência administrativa e do interesse da Justi- nal de Justiça e Presidente do Conselho Diretor
ça, o valor de até 25% (vinte e cinco por cento) o ordenador das despesas e seu representante
dos recursos financeiros oriundos de convênios, legal.
acordos, termos de cooperação ou contratos
firmados pelo Poder Judiciário com instituições Art. 11. O Fundo da Justiça prestará contas da
financeiras e entidades de direito privado. arrecadação e aplicação de seus recursos, nos
prazos e na forma de legislação vigente.
Art. 5º A aplicação das receitas orçamentárias
do Fundo da Justiça será feita por meio de do- Art. 12. Esta lei será regulamentada por Decre-
tações consignadas na Lei de Orçamento Anual to Judiciário, dispondo sobre os procedimentos
ou em créditos adicionais, mediante empenho, relacionados à arrecadação e fiscalização das
liquidação e pagamento, abrangendo as Despe- receitas e sobre as normas para a execução das
sas Correntes e Despesas de Capital necessárias despesas do Fundo da Justiça.
à consecução do objetivo de estatização das Art. 13. O Poder Judiciário fará, à conta de do-
serventias do foro judicial. tação orçamentária do Tribunal de Justiça,
Art. 6º O Fundo da Justiça será administrado por um aporte ao Fundo da Justiça no valor de R$
um Conselho Diretor, composto pelo Presidente 1.000.000,00 (um milhão de reais).
do Tribunal de Justiça, que o presidirá, pelo 1º Art. 14. Fica o Poder Executivo autorizado a
Vice-Presidente, pelo Corregedor-Geral da Jus- abrir crédito especial para a implementação
tiça e por mais 05 (cinco) membros, os quais desta lei.
serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, após aprovação pelo Órgão Especial do Art. 15. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. publicação.

Parágrafo único. Os integrantes do Conse- PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 03 de


lho Diretor do Fundo da Justiça não perce- setembro de 2008.
berão retribuição pecuniária pelo exercício
de suas atividades.
Art. 7º Os recursos financeiros do Fundo da Jus-
tiça serão depositados em instituição financeira
oficial.
Art. 8º Os bens adquiridos com recursos do
Fundo da Justiça serão incorporados ao patri-
mônio do Poder Judiciário e alocados ao Fundo
da Justiça.
Art. 9º Aplica-se à administração financeira do
Fundo da Justiça, no que couber, o disposto na

1070 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Leis dos Fundos do Poder Judiciário - PR – Prof. Mateus Silveira

Lei 17.838 – 19 de Dezembro de 2013

Publicado no Diário Oficial nº 9110 de 19 de De- VII – atividades relativas à sua própria ges-
zembro de 2013 tão, excetuando-se despesas com os servi-
dores já remunerados pelos cofres públicos.
Súmula: Cria o Fundo Estadual de Segurança
dos Magistrados – FUNSEG, com o objetivo de Art. 3º Constituem receitas do Fundo Estadual
financiar a implantação e manutenção do Siste- de Segurança dos Magistrados – FUNSEG:
ma de Segurança dos Magistrados.
I – 0,2% (zero vírgula dois por cento) sobre
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná a receita bruta dos Cartórios do Foro Extra-
decretou e eu sanciono a seguinte lei: judicial.
Art. 1º Cria o Fundo Estadual de Segurança dos II – as receitas oriundas de transferências
Magistrados – FUNSEG, com o objetivo de pro- orçamentárias autorizadas pelo Poder Judi-
ver recursos financeiros para a implantação e ciário, fundos especiais e outros órgãos pú-
manutenção do Sistema de Segurança dos Ma- blicos;
gistrados.
III – o saldo financeiro apurado no balanço
Art. 2º Para a implantação e manutenção do Sis- anual do próprio Fundo;
tema referido no art. 1º desta Lei, o Fundo Es-
tadual de Segurança dos Magistrados – FUNSEG IV – as receitas oriundas de convênios, acor-
irá suprir o Poder Judiciário Estadual com os re- dos, termos de cooperação ou contratos fir-
cursos financeiros necessários para fazer frente mados pelo Fundo com entidades de direito
às seguintes despesas: público;

I – estruturação, aparelhamento, moderni- V – as receitas oriundas de convênios, acor-


zação e adequação tecnológica dos meios dos, termos de cooperação ou contratos
utilizados nas atividades de segurança dos firmados pelo Fundo com instituições finan-
magistrados; ceiras e entidades de direito privado;

II – construção, reforma, ampliação e apri- VI – as subvenções, doações e contribuições


moramento das sedes da Justiça Estadual, de pessoas jurídicas de direito público ou
visando proporcionar adequada segurança privado, nacionais ou estrangeiras, na for-
física e patrimonial aos magistrados; ma da legislação aplicável;

III – manutenção dos serviços de segurança; VII – o produto da remuneração das aplica-
ções financeiras do Fundo;
IV – formação, aperfeiçoamento e especia-
lização do serviço de segurança dos magis- VIII – outras receitas eventuais.
trados; Parágrafo único. As receitas do Fundo Esta-
V – aquisição de material permanente, dual de Segurança dos Magistrados – FUN-
equipamentos e veículos especiais impres- SEG não integram o percentual fixado para
cindíveis à segurança dos magistrados com o Poder Judiciá rio na Lei de Diretrizes Orça-
competência criminal; mentárias.

VI – participação de representantes oficiais Art. 4º O Fundo Estadual de Segurança dos Ma-


em eventos científicos sobre segurança de gistrados – FUNSEG será administrado por um
autoridades, realizados no Brasil ou no ex- Conselho Diretor, composto pelo Presidente do
terior; e Tribunal de Justiça, que o presidirá, pelo Vice-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1071
-Presidente, pelo Corregedor-Geral da Justiça e a contratos e licitações, bem como as normas e
por mais cinco membros, os quais serão nomea- instruções baixadas pelo Tribunal de Contas do
dos pelo Presidente do Tribunal de Justiça, ouvi- Estado do Paraná.
do o Órgão Especial.
Art. 8º O Fundo Estadual de Segurança dos Ma-
Parágrafo único. Os integrantes do Conse- gistrados – FUNSEG será dotado de personalida-
lho Diretor do Fundo Estadual de Segurança de jurídico-contábil, com escrituração contábil
dos Magistrados – FUNSEG não percebe- própria, sendo o Presidente do Tribunal de Jus-
rão retribuição pecuniária pelo exercício de tiça e Presidente do Conselho Diretor o ordena-
suas atividades. dor das despesas e seu representante legal.
Art. 5º Os recursos financeiros do Fundo Esta- Art. 9º O Fundo Estadual de Segurança dos Ma-
dual de Segurança dos Magistrados – FUNSEG gistrados – FUNSEG prestará contas da arreca-
serão depositados em instituição financeira ofi- dação e aplicação de seus recursos, nos prazos e
cial. na forma da legislação vigente.
Art. 6º Os bens adquiridos com recursos do Art. 10º Esta Lei será regulamentada por Decre-
Fundo Estadual de Segurança dos Magistrados to Judiciário, dispondo sobre os procedimentos
– FUNSEG serão incorporados ao patrimônio do relacionados à arrecadação e fiscalização das
Poder Judiciário. receitas e sobre as normas para a execução das
despesas do Fundo Estadual de Segurança dos
Art. 7º Aplica-se à administração financeira do Magistrados – FUNSEG.
Fundo Estadual de Segurança dos Magistrados –
FUNSEG, no que couber, o disposto na Lei Fede- Art. 11º Esta Lei entra em vigor na data de sua
ral nº 4.320, de 17 de março de 1964, no Código publicação.
de Contabilidade, na Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000, e na legislação pertinente Palácio do Governo, em 19 de dezembro de
2013.

Lei 15.337 – 22 de Dezembro de 2006

Publicado no Diário Oficial nº 7375 de 22 de De- II – aquisição de equipamentos, de material


zembro de 2006 permanente e de bens e serviços necessá-
rios à instalação e funcionamento do Centro
Súmula: Cria o Fundo Judiciário, para as finalida- Judiciário de Curitiba.
des que especifica e adota outras providências.
§ 1º Não serão admitidos, por conta do Fun-
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná do Judiciário, pagamentos de vencimentos,
decretou e eu sanciono a seguinte lei: subsídios, gratificações e encargos com cus-
Art. 1º Fica criado o Fundo Judiciário, com a teio de pessoal.
finalidade de prover os recursos necessários § 2º O Fundo Judiciário será extinto após
para: 3 (três) anos do recebimento definitivo da
I – construção, restauração, ampliação e obra do Centro Judiciário de Curitiba e, na
manutenção do Centro Judiciário de Curiti- hipótese de existência de saldo financeiro, o
ba; valor correspondente será transferido para
o FUNREJUS.

1072 www.acasadoconcurseiro.com.br
Legislação Específica – Leis dos Fundos do Poder Judiciário - PR – Prof. Mateus Silveira

§ 3º O Presidente do Tribunal de Justiça bai- Art. 3º O Fundo Judiciário será administrado


xará decreto dispondo sobre a extinção do por um Conselho Diretor, composto pelo Pre-
Fundo Judiciário. sidente do Tribunal de Justiça, que o presidirá,
pelo Primeiro Vice-Presidente, pelo Corregedor-
Art. 2º Constituem receitas do Fundo Judiciário: -Geral da Justiça e por mais 5 (cinco) membros,
I – dotações orçamentárias próprias, re- os quais serão nomeados pelo Presidente do
cursos transferidos por entidades públicas Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, após
e créditos adicionais que lhe venham a ser aprovação pelo Órgão Especial do Tribunal de
destinados; Justiça do Estado do Paraná.

II – subvenções, doações e contribuições de Art. 4º Os bens adquiridos com recursos do Fun-


pessoas jurídicas de direito público ou pri- do Judiciário serão incorporados ao patrimônio
vado, na forma da legislação pertinente; do Poder Judiciário e afetados ao Centro Judici-
ário de Curitiba.
III – produto da alienação de bens móveis
incluídos na carga patrimonial do Centro Ju- Art. 5º Aplica-se à administração financeira do
diciário de Curitiba que forem considerados FUNDO JUDICIÁRIO, no que couber, o dispos-
inservíveis; to na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de
1964, no Código de Contabilidade, na Lei Com-
IV – receitas oriundas de transferências or- plementar nº 101, de 04 de maio de 2000, e na
çamentárias autorizadas pelo Poder Judici- legislação pertinente a contratos e licitações,
ário, Poder Executivo, por fundos e outros bem como as normas e instruções baixadas pelo
órgãos públicos; Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
V – receitas oriundas de convênios, acordos § 1º O Fundo Judiciário será dotado de per-
ou contratos firmados pelo Poder Judiciário sonalidade jurídico-contábil, com escritura-
com entidades de direito público; ção contábil própria, sendo seu Presidente
VI – receitas oriundas de convênios, acordos o ordenador das despesas e o seu represen-
ou contratos firmados pelo Poder Judiciário, tante legal.
com instituições financeiras, na forma que § 2º O Fundo Judiciário prestará contas da
dispuser seu Regulamento; arrecadação e aplicação de seus recursos
VII – resultado de aplicações financeiras do nos prazos e na forma da legislação vigente
FUNDO JUDICIÁRIO; e nos termos estabelecidos em seu Regula-
mento.
VIII – produto da venda de cópias dos edi-
tais de licitação de obra, aquisição de equi- Art. 6º O Poder Executivo fará, à conta de do-
pamentos e outros bens destinados do Cen- tação orçamentária própria, aportes de recursos
tro Judiciário de Curitiba; necessários para a construção do Centro Judi-
ciário de Curitiba, a serem consignados nas leis
IX – saldo financeiro apurado no balanço orçamentárias dos exercícios de 2007 e seguin-
anual do próprio Fundo; e tes e nos Planos Plurianuais.
X – outras receitas eventuais. § 1º O Poder judiciário fará à conta de sal-
do de dotação própria do FUNREJUS, de
Parágrafo Único As receitas do Fundo Ju- que trata a Lei nº 12.216, de 15 de julho de
diciário não integram o percentual fixado, 1998, um aporte de até R$ 40.000.000,00
para o Poder Judiciário, na Lei de Diretrizes (quarenta milhões de reais).
Orçamentárias.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo an-
terior e para fazer frente às despesas decor-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1073
rentes da execução desta lei, fica autorizada
a abertura de um crédito adicional especial,
no valor de R$ 40.000.000,00 (quarenta mi-
lhões de reais), utilizando como recursos
aqueles previstos no § 1º do art. 43 da Lei
Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Art. 7º Os recursos financeiros do Fundo Judi-
ciário serão depositados em estabelecimento
bancário oficial.
Art. 8º Esta Lei será regulamentada por Decre-
to Judiciário, devidamente aprovado pelo Órgão
Especial do Tribunal de Justiça, no prazo de 45
(quarenta e cinco) dias, contados de sua publi-
cação.
Art. 9º Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 22 de
dezembro de 2006.
FIM!
BOM ESTUDO!

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Direito Constitucional

Professor André Vieira

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Direito Constitucional

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

1o Fundamentos

2o Separação dos poderes

3o Objetivos fundamentais

4o Relações Internacionais / Princípios

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I – a soberania;
1o
II – a cidadania; Fundamentos
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

I II III IV V
SO CI DI VA PLU

Forma de Governo Forma de Estado


República Federação

Sistema de Governo Regime de Governo

Presidencialismo Democrático

www.acasadoconcurseiro.com.br 1077
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.

2o
Separação dos poderes

FUNÇÃO TÍPICA
LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO

LEGISLA ADMINISTRA JULGA

FUNÇÃO ATÍPICA
ADMINISTRA LEGISLA ADMINISTRA

JULGA JULGA LEGISLA

SEPARAÇÃO DOS PODERES

Não olhem a imagem!

Princípio

Tripartição dos Poderes


Sistema
Freios e contrapesos
Conhecido

Checks and balance

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Direito Constitucional – Dos Princípios Fundamentais (Art. 001 a 004) – Prof. André Vieira

O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO

www.acasadoconcurseiro.com.br 1079
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

CON GARRA ERRA POUCO


3o

Objetivos fundamentais

I
Con Construir

II
Gar Garantir

III
Erra Erradicar

IV
P Promover

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Direito Constitucional – Dos Princípios Fundamentais (Art. 001 a 004) – Prof. André Vieira

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I – independência nacional;
4o Relações Internacionais:
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos; Princípios
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política,
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.

3 A Autodeterminação
1 IN Independência
6 DA Defesa da paz

4 NÃO Intervenção

10 CON Concessão
2 PRE Prevalência
5 I Igualdade

8 RE Repúdio
9 CO Cooperação
7 S Solução

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Direito Constitucional
Aula XX

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Dos direitos e deveres


5o individuais e coletivos

6o-11o Dos direitos sociais

12o-13o Da nacionalidade

14o-16o Dos direitos políticos

17o Dos partidos políticos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:

Proteção dentro do país. Brasileiros, estrangeiros, pessoas físicas e jurídicas.


Embora o texto do artigo garanta expressamente aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País o exercício de todos os direitos e garantias fundamentais, a
interpretação aqui é sistemática e finalística além desta proteção ser realizada
sem distinção de qualquer natureza. Assim, a proteção dos direitos fundamentais
é reservada a todos os indivíduos, independente de sua nacionalidade ou situação
no Brasil.
A expressão residentes no Brasil, segundo Alexandre Moraes, deve ser interpretada
no sentido de que a Carta Federal só pode assegurar a validade e gozo de direitos
fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, assim, os estrangeiros
em trânsito pelo território nacional. As pessoas jurídicas também são beneficiárias
dos direitos e das garantias individuais, porque reconhece-se às associações o
direito à existência.

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1083
TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

DIREITO DE OPINIÃO – Speech Hate


IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

LIBERDADE DE CRENÇA RELIGIOSA

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício


dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em
lei; (ver artigo 15, inciso IV).

DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;

INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA IMAGEM


X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

1084 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira

INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;

REGRA Inviolabilidade do domicílio

EXCEÇÕES

DIA NOITE

Flagrante delito Flagrante delito

Prestar socorro Prestar socorro

Desastre Desastre

Determinação Judicial X

Key-code Sem consentimento

CPC Art. 212 (06:00/20:00)


CONCEITO DE DIA

J.A.Silva (06:00/18:00)

Sol alto

Nucci Alvorecer/Anoitecer

Pouco importando o horário


Lenza Conjugação de critérios

(06:00/18:00) + Aurora ao crepúsculo

www.acasadoconcurseiro.com.br 1085
SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO

XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

Só será autorizada por ordem judicial nos seguintes casos:

1 Investigação criminal

Interceptação
telefônica

2 Instrução processual penal

XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

DIREITO DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO XV a XXI


XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

1086 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira

ASSOCIAÇÃO

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

PROPRIEDADE

XXII – é garantido o direito de propriedade;


XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de


propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1087
A indenização deve
Prévia Antecipada

Em dinheiro Em espécie

XXVI
Para pagamentos de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva
A pequena
propriedade Desde que trabalhada pela família
rural
Dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de


suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

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XXX – é garantido o direito de herança;


XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus;
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;

PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE JURISDICIONAL ‒ ACESSO À JUSTIÇA


XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1089
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ‒ ANTERIORIDADE


XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL


XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

CRIMES

XLII – a prática do racismo constitui crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL, sujeito à pena


de reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes INAFIANÇÁVEIS e INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV – constitui crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

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CRIMES INAFIANÇÁVEL IMPRESCRITÍVEL INSUSCETÍVEL

RACISMO X X

AGA X X

TORTURA X X

TRÁFICO X X

TERRORISMO X X

HEDIONDO X X

PENAS

XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o


dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas, ATÉ O LIMITE DO VALOR DO PATRIMÔNIO TRANSFERIDO;

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XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

PENAS
Recepciona Não recepciona

5
De morte, salvo em caso de guerra
Privação ou restrição da liberdade
declarada, nos termos do art. 84, XIX

Perda de bens De caráter perpétuo

Multa De trabalhos forçados

Prestação social alternativa De banimento

Suspensão ou interdição de direitos Cruéis

XLVII – não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

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XLVIII – a pena será cumprida em ESTABELECIMENTOS DISTINTOS, de acordo com a


NATUREZA DO DELITO, a IDADE e o SEXO do apenado;

Do cumprimento da pena

A
Estabelecimento distinto

B
Natureza do delito

C
Idade

D
Sexo

XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1093
EXTRADIÇÃO

LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,


praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

Nato Jamais

Crime político

Estrangeiro Não será extraditado

Crime de opinião

Antes Crime comum

Naturalizado

Antes / depois Tráfico ilícito

Competência Originária Juízes Federais

Crime Político

Competência Recursal STF


Ordinária

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PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL – XXXVII e LIII


LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela AUTORIDADE COMPETENTE;

PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL


LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA – FRUITS OF THE POISONOUS TREE


LVI – são inadmissíveis, no processo, AS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS;

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA


LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei;

  

LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1095
PRESO

LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

PRISÃO

LXII – a PRISÃO de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

PRESO

LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;

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PRISÃO

LXV – a PRISÃO ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;


LXVI – ninguém será levado à PRISÃO ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXVII – não haverá PRISÃO civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;

LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora


torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Descrições de Incisos

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Descrições de Incisos

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Assistência Jurídica Integral e Gratuita (AJIG)
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;

CHEGOU A MINHA VEZ!!!


LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

1100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira

LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do


processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta CONSTITUIÇÃO NÃO EXCLUEM OUTROS DECOR-
RENTES DO REGIME E DOS PRINCÍPIOS POR ELA ADOTADOS, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais SOBRE DIREITOS HUMANOS que forem aprova-
dos, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos res-
pectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha mani-
festado adesão.

§,1o Aplicação imediata

§,2o Exemplificativo / não exclui

§,3o 2T # 3/5 # CD e SF # EC

§,4o TPI # Estatuto de Roma

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Direito Constitucional
Aula XX

2 a Geração / Dimensão
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.

EC Ano
Moradia 26 2000
EC Ano
Alimentação 64 2010
EC Ano
Transporte 90 2015

Educação

Saúde TTemos
SÃO DIREITOS SOCIAIS

Trabalho
lazer
alimentação
Lazer demais
Segurança

Prev. Social 7o (individual)


Proteção à
maternidade Direitos sociais
dos trabalhadores
Segurança
Infância
Assistência aos 7o ao 11o (coletivo)
desamparados

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

Destinatários do Art. 7o

Urbano
Rural
Doméstico
Avulso
Aprendiz
Servidor Público
Oficial das Forças Armadas

I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;

1104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1105
VELHAS NA TPM

V Vestuário

E Educação
SALÁRIO MÍNIMO

L Lazer

H Higiene

A Alimentação

S Saúde

T Transporte
Art. 7 o IV

P Previdência Social

M Moradia

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ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
IV
EMPREGADO DOMÉSTICO

VI

VIII

XV

XXI

XVII

XVIII

XIX

XXIV

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NÃO TEM DIREITO
V

XI

EMPREGADO DOMÉSTICO
XIV

XX

XXIII

XXVII

XXIX

XXXII

XXXIV

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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

PROIBIÇÃO PRA JORNADA INSALUBRE é IGUAL PIPA PRO AUTO


1 – PROIBIÇÃO de distinção de trabalho manual, técnico e intelectual;
2 – PRAzo prescricional 2 pra 5;
3 – JORNADA de seis horas ininterruptas com revezamento
4 – INSALUBRidade, Penosidade e Periculosidade;
5 – IGUALdade entre trabalhador permanente e avulso
6 – PIso Salarial;
7 – PArticipação nos lucros;
8 – PROteção do mercado de trabalho da mulher e;
9 – proteção em face da AUTOmação;

Observação: O FGTS do empregado doméstico passou a ser exigido a partir de:

Dia Mês Ano

1o 10 2015

www.acasadoconcurseiro.com.br 1109
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

SERVIDORES PÚBLICOS
IV

< 880 VII

VIII

IX

XII

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XIII

XV

XVI

XVII

XVIII XIX

XX

XXII

XXX

www.acasadoconcurseiro.com.br 1111
Art. 142,
VIII MILITARES

VIII

XII
FORÇAS ARMADAS

XVII

XVIII

XIX

XXV

1112 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas;

IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,


será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Votar

Aposentado Filiado

Ser votado

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de


colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1113
VII
IV

VII
III

VI
II
Considerações

o
V
I

1114 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Prazo %
Parcial 72h X

Alcança Serviços ou Atividades essenciais

Cuidado 114, §, 3o

Paralisações
Prazo %
Total 48h X

Lock out Greve do empregador

Cuidado
Pagamento do salário ainda que
o empregado não tenha trabalhado.

Lei 7783/89
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do EMPREGADOR, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados (LOCK OUT).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1115
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.

Participação Participação
Trabalhadores e Empregadores
COLEGIADOS
de órgãos Públicos

Interesse Interesse
Profissionais ou Previdenciário

Objeto Objeto
Discussão e Deliberação

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

Empresas + 200 empregados

Assegurada Eleição

1 Representante

Finalidade Exclusiva

De promover o entendimento direto


com os empregadores

1116 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridade Comum Responsabilidade

Senadores STF SF

Dep. Federais STF CD

Dep. Estaduais TJ AL

Dep. Distritais TJ CL

Vereadores 1ª instância CV

Salvo

Quando as constituições estaduais estabelecerem o TJ

TÍTULO IV
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei Complementar nº 78, de 1993)
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro
anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

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Poder Legislativo

Quem exerce Congresso Nacional

Composição CD e SF

Legislatura 4 anos

Comparação
entre as casas CD SF

Mandato 4 anos 8 anos

Legislatura 1 2

Sessão 4 8
Legislativa
Período
Legislativo 8 16

Reeleição Sim Sim

Renovação x 1/3 por 2/3

Sistema de Proporcional Majoritário


eleição

Número total 513 81

Número mínimo 8 x

Número máximo 70 x

Número 4 x
(territórios)

Suplentes x 2 por senador

1118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira

COMPOSIÇÃO dos SENADORES – DEPUTADOS FEDERAIS − ESTADUAIS e DISTRITAIS

UF Senadores Deputados Federais Deputados Estaduais


ACRE 3 8 24
ALAGOAS 3 9 27
AMAPÁ 3 8 24
AMAZONAS 3 8 24
BAHIA 3 39 63
CEARÁ 3 22 46
DISTRITO FEDERAL 3 8 24 (Dep. Distritais)
ESPÍRITO SANTO 3 10 30
GOIÁS 3 17 41
MARANHÃO 3 18 42
MATO GROSSO 3 8 24
MATO GROSSO DO SUL 3 8 24
MINAS GERAIS 3 53 77
PARÁ 3 17 41
PARAÍBA 3 12 36
PARANÁ 3 30 54
PERNAMBUCO 3 25 49
PIAUÍ 3 10 30
RIO DE JANEIRO 3 46 70
RIO GRANDE DO NORTE 3 8 24
RIO GRANDE DO SUL 3 31 55
RONDÔNIA 3 8 24
RORAIMA 3 8 24
SANTA CATARINA 3 16 40
SÃO PAULO 3 70 94
SERGIPE 3 8 24
TOCANTINS 3 8 24
BRASIL 81 513 1.059

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REGRA DO ART. 27
O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao TRIPLO da representação
do Estado na Câmara dos Deputados [...]

1ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
mínimo de (8 A 12) X 3 DEPUTADOS
DEPUTADOS FEDERAIS ESTADUAIS

ACRE = 8 X3 24

ALAGOAS = 9 X3 27

ESPÍRITO SANTO = 10 X3 30

(NENHUM ESTADO COM 11) X x

PARAÍBA = 12 X3 36

2ª REGRA
Toma como parâmetro o número = nº de
DEPUTADOS FEDERAIS + 24 DEPUTADOS
ACIMA de 12 ESTADUAIS

RGS = 31 + 24 55

SP = 70 +24 94

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Direito Constitucional – Do Congresso Nacional (Art. 044 a 047) – Prof. André Vieira

Como se materializam as competências do CONGRESSO NACIONAL e das casas legislativas:

Espécie
Artigo Competência Particularidade
normativa

48 Cabe ao CN C/S LO

Competência
49 S/S DL
exclusiva CN

51 Competência S/S Resolução


privativa CD

Competência
52 S/S Resolução
privativa SF

LEI ORDINÁRIA
Observação Com sanção

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Direito Constitucional
Aula XX

Seção II
 DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:

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I − sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II − plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida


pública e emissões de curso forçado;

PPA

Emissão de Diretrizes
curso forçado orçamentárias

Dívida Orçamento
pública anual

Operações
de crédito

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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira

III − FIXAÇÃO E MODIFICAÇÃO DO EFETIVO DAS FORÇAS ARMADAS;

IV − planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

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V − LIMITES DO TERRITÓRIO NACIONAL, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;

VI − incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de TERRITÓRIOS ou ESTADOS,


`

ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;

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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira

VII − transferência temporária da SEDE do GOVERNO FEDERAL;

Cuidado!

Sede do
Governo Federal

  

VIII − concessão de anistia;

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IX − organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;

X − criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que


estabelece o art. 84, VI, b;

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XI − CRIAÇÃO E EXTINÇÃO de Ministérios e órgãos da administração pública;

XII − TELECOMUNICAÇÕES E RADIODIFUSÃO;

Cuidado!
Não confundir com o art. 49, XII

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XIII − matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;

XIV − MOEDA, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira

XV − fixação do SUBSÍDIO dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que


dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.

Cuidado!

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O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO

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www.acasadoconcurseiro.com.br 1133
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Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

DECRETO LEGISLATIVO

Observação Sem sanção

VERBOS

I − resolver definitivamente sobre TRATADOS, ACORDOS ou ATOS INTERNACIONAIS que


acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II − autorizar o Presidente da República a DECLARAR GUERRA, A CELEBRAR A PAZ, a permitir


que FORÇAS ESTRANGEIRAS transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;

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III − autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País,
quando a ausência exceder a quinze dias;

IV − aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender


qualquer uma dessas medidas;

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V − sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;

SUSTAR
EXORBITEM
VI − mudar TEMPORARIAMENTE SUA SEDE;

Cuidado!

“Temporariamente”

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SUBSÍDIOS
VII − fixar idêntico subsídio para os VIII − fixar os subsídios do Presidente e do
Deputados Federais e os Senadores, Vice-Presidente da República e dos Ministros
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, de Estado, observado o que dispõem os arts.
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira

IX − julgar anualmente as CONTAS prestadas pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA e apreciar os


relatórios sobre a execução dos planos de governo;

X − fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder


Executivo, incluídos os da administração indireta;

   

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XI − zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;

XII − apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;

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Direito Constitucional – Das Atribuições do Congresso Nacional (Art. 048 a 050) – Prof. André Vieira

XIII − escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;

2   
XIV − aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;

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XV − autorizar REFERENDO e convocar PLEBISCITO;

XVI − autorizar, em TERRAS INDÍGENAS, a exploração e o aproveitamento de RECURSOS


HÍDRICOS e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;

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XVII − aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
dois mil e quinhentos hectares.

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O S
N H
C U
A S
E R
E S
ÇÕ
TA
ANO

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Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presi-
dência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente de-
terminado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados,
ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não − atendimento, no
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.

RESOLUÇÃO

Observação Sem sanção

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Direito Constitucional

Seção III
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I − autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

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II − proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III − elaborar seu regimento interno;


IV − dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
V − eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

1150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção IV
DO SENADO FEDERAL
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

RESOLUÇÃO

Observação Sem sanção

I − processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes


de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles;
II − processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público,
o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;

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III − aprovar previamente, por VOTO SECRETO, após ARGUIÇÃO PÚBLICA, a escolha de:

VOTO SECRETO
ARGUIÇÃO PÚBLICA

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;


b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV − aprovar previamente, por VOTO SECRETO, após arguição em SESSÃO SECRETA, a escolha
dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;

VOTO SECRETO
SESSÃO SECRETA

V − autorizar OPERAÇÕES EXTERNAS DE NATUREZA FINANCEIRA, de interesse da União, dos


Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI − fixar, por proposta do Presidente da República, LIMITES GLOBAIS para o MONTANTE DA


DÍVIDA consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII − dispor sobre LIMITES GLOBAIS e condições para as OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNO
E INTERNO da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

VIII − dispor sobre limites e condições para a CONCESSÃO DE GARANTIA da União em


OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNO E INTERNO;

IX − estabelecer LIMITES GLOBAIS e condições para o MONTANTE DA DÍVIDA MOBILIÁRIA


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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Direito Constitucional – Do Senado Federal (Art. 052) – Prof. André Vieira

X − suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão


definitiva do Supremo Tribunal Federal;
XI − aprovar, por maioria absoluta e por VOTO SECRETO, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do término de seu mandato;

VOTO SECRETO

XII − elaborar seu regimento interno;


XIII − dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
XIV − eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

XV − avaliar periodicamente a funcionalidade do SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, em sua


estrutura e seus componentes, e o DESEMPENHO DAS ADMINISTRAÇÕES TRIBUTÁRIAS da
União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Key code

Palavras que lembram dinheiro

VI

VII

VIII

IX

XV

www.acasadoconcurseiro.com.br 1153
IMAGENS KEY CODE

DÍVIDA MOBILIÁRIA

1154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.

TIPO DE IMUNIDADE MATERIAL

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento


perante o Supremo Tribunal Federal.

Real

Imunidade Substantiva
material
Freedom of speech

Civil

Decorre Inviolabilidade e

Penal

Por quaisquer Opiniões Palavras Votos

Prerrogativa Função parlamentar

Absoluta ou relativa?

Relativa. Exige conduta que tenha relação com exercício


do mandato parlamentar

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Prerrogativa de Foro

Momento Órgão Julgador

Expedição do diploma STF

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser


presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro
de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão.

TIPO DE IMUNIDADE FORMAL

Imunidade processual
Imunidade
formal Imunidade adjetiva

Freedom from arrest


§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação,
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar
o andamento da ação.

Recebida a denúncia / Crime ocorrido após a diplomação


STF # Dará ciência à casa respectiva

Iniciativa
Partido político nela representado

Tipo de aprovação
M.A.

Sustação do processo
Até a decisão final

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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

Imunidades

Art.29, VIII

x( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Pres. da República
Deputado Federal

IM

Governador
Senadores

Estaduais

Vereador
Distritais

Prefeito
Deputados
IF

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
x

x
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.

Pedido de sustação

Quem aprecia

Casa respectiva

Prazo

Improrrogável de 45 dias

Momento

Momento do seu recebimento pela mesa diretora

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§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

Sustação do processo

Consequência

Suspende a prescrição

Prazo

Enquanto durar o mandato

§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações


recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.

Limitação ao Poder de Testemunhar

Não são obrigados,


mas também não estão impedidos.

§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda


que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

Incorporação as Forças Armadas

Condição Prévia licença da casa respectiva.

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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só


podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos
casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com
a execução da medida.

Imunidade em período de Estado de Sítio

Tipo de aprovação

Subsiste

Suspensa

Mas poderão ser suspensas

Condição

Voto de 2/3 membros da casa respectiva

Considerações

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INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
DOS PARLAMENTARES
As incompatibilidades e os impedimentos constituem vedações impostas aos congressistas.
Em outras palavras, dizem respeito às normas que impedem o congressista de exercer certas
ocupações ou de praticar certos atos cumulativamente com seu mandato. Elas poderão ser:

54, I, b Diploma

Funcional

54, II, b Posse

Negocial Contratual 54, I, a

Diploma

Política 54, II, d Posse

54, II, a Posse

Profissional

54, II, c Posse

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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


I − desde a EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA:

a) FIRMAR ou MANTER CONTRATO com pessoa jurídica


de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa concessionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
uniformes;

Negocial

Observação: O Parlamentar poderá, entretanto, prestar serviço VOLUNTÁRIO às entidades


constantes da alínea a do inciso I do art. 54 da CF, o que pode ser uma forma de manter
atividades que lhe sejam convenientes, seja profissional, seja politicamente.

b) ACEITAR ou EXERCER CARGO, FUNÇÃO ou EMPREGO


REMUNERADO, inclusive os de que sejam demissíveis ad
nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

Funcional

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Observe atentamente quem são pessoas jurídicas de direito público interno bem como as
pessoas jurídicas de direito público externo.
II − DESDE A POSSE:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

Profissional

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no
inciso I, a;

Funcional

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;

Profissional

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Política

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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I − que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II − cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
VI − que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

Perda do Mandato

Quem decide

CD ou SF

Tipo de aprovação

M.A.

Provocação

Respectiva mesa

ou

Partido político representado no CN

Assegurada

Ampla defesa
`

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados
ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

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III − que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias
da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV − que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V − quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;

Perda do Mandato

Quem declara

Mesa da casa respectiva

Forma

Ofício ou Provocação

Legitimados

Qq de seus membros

Partido político representado no CN

Assegurada

Ampla defesa

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Art. 55. Infringência incompatibilidade


Cassação Art. 55 II – Quebra de decoro parlamentar
de mandato
Art. 55 VI – Condenação criminal trans. julgado
mandato
Perda de

Art. 55 III – Ausência na legislatura 1/3 sessões


Extinção
Art. 55 VI – Perda direitos políticos
de mandato
Art. 55 V – Decretação pela Justiça Eleitoral

1164 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno,
o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de
vantagens indevidas.

Fato / Caracterização
Quebra de decoro parlamentar: A Casos definidos no RI
B Abuso de prerrogativas

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do


mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que
tratam os §§ 2º e 3º.

Renúncia / Implicação

Não impedirá o prosseguimento do processo

1. CASSAÇÃO: Mediante processo próprio, nas hipóteses dos art. 55, I, II e VI, por voto secreto
da maioria absoluta;
2. EXTINÇÃO: Decurso da legislatura, morte, renúncia, desinteresse (ausência), perda ou
suspensão dos direitos políticos.

Competências para decidir sobre a perda do mandato

Autoridade Perda do mandato Comum

Deputado Federal CD STF

Senadores SF STF

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O art. 56, I se mostra uma exceção ao princípio da incompatibilidade.

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I − investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado,
do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática
temporária;

Cuidado Prefeitura de Capital

Secretário Ministro
de Estado de Estado

CMDC Governador
Território de Território

Secretário Secretário
de DF de Território

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do


mandato.

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Direito Constitucional – Dos Deputados e dos Senadores (Art.053 a 056) – Prof. André Vieira

II − licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa.

Licenciado

Por motivo de doença Assunto particular

Bolso Bolso
Remunerado Sem remuneração

Prazo Prazo
Indeterminado Máximo 120 dias por SL

§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

Convocação

Suplente no caso de vaga

Deverá ocorrer de forma imediata

Decorrência de encargo indicado no inciso I

Idem

Licença inferior a 120 dias

Não há necessidade de convocação

Licença superior a 120 dias

Deverá ocorrer de forma imediata

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§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem
mais de quinze meses para o término do mandato.

Suplente

Não havendo suplente e sendo o Não havendo suplente e sendo o


prazo para o fim do mandato prazo para o fim do mandato
menor de 15 meses. maior de 15 meses.

Vaga aberta Necessidade


de eleição

Considerações

1168 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção VI
DAS REUNIÕES

SESSÃO LEGISLATIVA
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

1º/02 Inauguração da sessão legislativa

o
02/02 a 17/07 1 período

A sessão legislativa não será interrompida


(LDO)
sem aprovação do projeto de LDO

(RECESSO) 18 de julho a 30 de julho

o
01/08 a 22/12 2 período

(RECESSO) 23 de dezembro a 30 de janeiro

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§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados:

Sábado Domingo Feriado

Transferência 1o dia útil

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.

SESSÃO CONJUNTA
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I − inaugurar a sessão legislativa;
II − elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III − receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV − conhecer do veto e sobre ele deliberar.

1170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira

SESSÃO PREPARATÓRIA
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente.

Finalidades

A Posse de seus membros e eleição das respectivas mesas

B Eleição das mesas

Data
1o de fevereiro

Mandato Recondução
2 anos Vedada # quando p/ o mesmo cargo

§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal,


e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
COMPOSIÇÃO DA MESA DO CONGRESSO NACIONAL

Presidente SF

1o vice-presidente CD

2o vice-presidente SF

1o secretário CD

2o secretário SF

3o secretário CD

4o secretário SF

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CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I − pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de
intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;

Legitimado Presidente do SF

Casos

Decretação E.D.

Decretação I.F.

Pedido de autorização para a decretação de E.S.

1172 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Reuniões (Art. 057) – Prof. André Vieira

II − pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência
ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria
absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

Legitimados

Presidente da República

Presidente da CD

Presidente da SF

A requerimento da maioria dos


membros de ambas as casas do CN

Casos

Urgência ou Int. Púb. relevante

Tipo de aprovação M.A.

De quem

De cada uma das casas do CN

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§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.

Matéria a ser discutida


Matéria pela qual foi convocada

Jeton
Vedado o pagamento de parcela indenizatória

§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso


Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.

Inclusão

Serão as MP automaticamente incluídas

Objetivo
Destrancar pauta

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Direito Constitucional

Seção VII
DAS COMISSÕES
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa.

Constituição das mesas e de cada comissão

Devo levar em conta, tanto quanto possível, a representação proporcional

COMISSÃO TEMÁTICA / PERMANENTE


§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I − discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II − realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III − convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
IV − receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos
ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V − solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI − apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e
sobre eles emitir parecer.

Comissões

Discutem os temas propostos nos projetos de lei.


Ex.: Violência à mulher.

Deu origem à Lei Maria da Penha.

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COMISSÕES PARLAMENTAR DE INQUÉRITO / TEMPORÁRIA
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Comissão Parlamentar de Inquérito

O que pode

Tanto as diligências, audiências externas e convocações de depoimentos


devem ser aprovadas pelo plenário da CPI, em atenção ao princípio de
colegialidade. Para realizar os seus trabalhos a CPI tem os mesmos
poderes de investigação de uma autoridade judicial, podendo, portanto,
através de decisão fundamentada de seu plenário:
1. Quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive dados telefônicos)
2. Requisitar informações e documentos sigilosos diretamente às
instituições financeiras ou através do BACEN ou CVM, desde que
previamente aprovadas pelo Plenário da CD, do Senado ou de suas
respectivas CPIs (art. 4o, §1o, da LC 105);
3. Ouvir testemunhas, sob pena de condução coercitiva;
4. Ouvir investigados ou indiciados.

O que não pode

Todavia, os poderes das CPIs não são idênticos aos dos magistrados,
já que estes últimos tem alguns poderes assegurados na Constituição
que não são outorgados às Comissões Parlamentares tendo em vista o
entendimento do STF (MS 23.452) de que tais poderes são reservados
pela constituição apenas aos magistrados. Assim, a CPI não pode:
1. Determinar de indisponibilidade de bens do investigado;
2. Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante);
3. Determinar o afastamento de cargo ou função púbica durante a
investigação;
4. Decretar busca e apreensão domiciliar de documentos.

1176 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Das Comissões (Art. 058) – Prof. André Vieira

COMISSÃO REPRESENTATIVA / TEMPORÁRIA


§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita
por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas
no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.

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Direito Constitucional

Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

COM SANÇÃO
ESPÉCIES NORMATIVAS ARTIGOS _______________
SEM SANÇÃO

I − EMENDAS À CONSTITUIÇÃO; 60 S/S

II − LEIS COMPLEMENTARES; 61 C/S

III − LEIS ORDINÁRIAS; 61 C/S

IV − LEIS DELEGADAS; 68 S/S

V − MEDIDAS PROVISÓRIAS; 62 S/S

VI − DECRETOS LEGISLATIVOS; 49 S/S

VII − RESOLUÇÕES. 51/52 S/S

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação,


alteração e consolidação das leis.

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Direito Constitucional

60 MEDIDA
EMENDA APROVISÓRIA
CONSTITUIÇÃO

Observação

Subseção II
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I − de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II − do Presidente da República;
III − de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Iniciativa

Incisos II
III

§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de


defesa ou de estado de sítio.

Limitação

Se justifica em razão da instabilidade.

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§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.

Limitação

Quanto ao aspecto processual

§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do


Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I − a forma federativa de Estado;
II − o voto direto, secreto, universal e periódico;
III − a separação dos Poderes;
IV − os direitos e garantias individuais.

Limitação

Quanto à matéria

§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

1182 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Observação

61 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI COMPLEMENTAR

61
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI ORDINÁRIA

Observação

Subseção III
DAS LEIS
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

Iniciativa
A CD
MEMBRO OU COMISSÃO B SF
PRESIDENTE DA REPÚBLICA C CN
STF
Caput 61
TRIBUNAIS SUPERIORES
PGR
CIDADÃOS

www.acasadoconcurseiro.com.br 1183
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I − fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II − disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos
e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles.

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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

62 MEDIDA
MEDIDAPROVISÓRIA
PROVISÓRIA

Observação

Art. 62. Em caso de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

Iniciativa

Presidente da República

§ 1º É VEDADA a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I − relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II − que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
III − reservada a lei complementar;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1185
IV − já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção
ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Não pode ser objeto de MEDIDA PROVISÓRIA:

Relativas a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos


e direito eleitoral;
Relativas a direito penal, processual penal e processual civil;
Relativas a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público
a carreira e garantia de seus membros;
Relativas a planos plurianuais, diretrizes e orçamentárias, orçamentos e
créditos adicionais e suplementares, ressalvada o disposto no art. 167, §, 3º;
Matéria que vise a detenção ou sequestro de bens de poupança popular ou
qualquer outro ativo financeiro;
↗ Matéria reservada a Lei Complementar;
Matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CN e pendente de
COMPARAR

sanção ou veto do Presidente da República.

Não pode ser DELEGADAS:



Matéria de competência exclusiva do CN;
Matéria de competência privativa da CD / SF;
Matéria reservada a Lei Complementar;
Legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público
a carreira e garantia de seus membros;
Legislação nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
Legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a


edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos
do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-
se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.

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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

MP

Prazo Prorrogação
60 dias + 60 dias

Total Exceção
120 dias Recesso

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em REGIME DE URGÊNCIA, subsequentemente, em cada uma das Casas
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

REGIME DE URGÊNCIA

Prazo Consequência
Até 45 dias Sobrestamento

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§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no
prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas
Casas do Congresso Nacional.
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e


sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.

§ 10. É vedada a REEDIÇÃO, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. NÃO editado o DECRETO LEGISLATIVO a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.

1188 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:


I − nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art.
166, § 3º e § 4º;
II − nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República PODERÁ solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa.

§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem
sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão
todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no
prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.
§ 4º Os prazos do § 2º NÃO CORREM NOS PERÍODOS DE RECESSO do Congresso Nacional, nem
se aplicam aos projetos de código.

EU VOU PASSAR!!!

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Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em UM SÓ TURNO DE
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. SENDO O PROJETO EMENDADO, voltará à CASA INICIADORA.

SANÇÃO
______________
CASA INICIADORA CASA REVISORA EMENDA
PROMULGAÇÃO
1º CASO
2º CASO
3º CASO
4º CASO

E
5º CASO

E
6º CASO
7º CASO

UM SÓ TURNO DE DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

SANÇÃO
NÃO OK
OK NÃO OK EMENDA ----------
EMENDA
PROMULGAÇÃO

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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.

CASA CASA SANÇÃO


INICIADORA REVISORA
EMENDA PROMULGAÇÃO
1º CASO
OK

OK
5º CASO
6º CASO
7º CASO

§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores..

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§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República,
nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Princípio

Irrepetibilidade

Novo Projeto
Na mesma sessão legislativa

Condição

Necessita M.A dos membros de qualquer das casas

Considerações

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Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

68
62 MEDIDA PROVISÓRIA
LEI DELEGADA

Observação

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.

Iniciativa

Elaboradas pelo Presidente da República

Quem solicita
Presidente da República

A quem
CN

Espécie normativa
Resolução

Requisitos
Conteúdos e termos

Delegação própria
Quando concede sem restrições

Imprópria ou Condicional
Quando concede impondo restrições

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§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada
à lei complementar, nem a legislação sobre:
I − organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II − nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III − planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Não pode ser DELEGADAS:

Matéria de competência exclusiva do CN;


Matéria de competência privativa da CD / SF;
Matéria reservada a Lei Complementar;
Legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público
a carreira e garantia de seus membros;
↗ Legislação nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
COMPARAR

Legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Não pode ser objeto de MEDIDA PROVISÓRIA:

↘ Relativas a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos


e direito eleitoral;
Relativas a direito penal, processual penal e processual civil;
Relativas a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público
a carreira e garantia de seus membros;
Relativas a planos plurianuais, diretrizes e orçamentárias, orçamentos e
créditos adicionais e suplementares, ressalvada o disposto no art. 167, §, 3º;
Matéria que vise a detenção ou sequestro de bens de poupança popular ou
qualquer outro ativo financeiro;
Matéria reservada a Lei Complementar;
Matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CN e pendente de
sanção ou veto do Presidente da República.

§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional,


que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a RESOLUÇÃO determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará
em votação única, vedada qualquer emenda.

1194 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Processo Legislativo - Das Leis (Art. 061 a 069) – Prof. André Vieira

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

Considerações

LC MA

LO MS

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Direito Constitucional
Aula XX

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridades Comum Responsabilidade

Membro do TCU STF STF

Membros STJ STJ


TCE/DF/TCM

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Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

Fiscalização

F Financeira

O Orçamentária

C Contábil

O Operacional

P Patrimonial

Princípios

Legalidade Legitimidade Economicidade

Subvenções = Recurso

Renúncia = Abrir mão de recurso

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

Quem prestará contas

Física ou Jurídica

Pública ou Privada

5
Condições

1 Utilize

2 Arrecade

3 Guarde

4 Gerencie

5 Administre

Dinheiros

Bens

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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

Prévio
60 dias
Recebimento
CN

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II   -­‐   JULGAR   as   contas   dos   ADMINISTRADORES   e   DEMAIS   RESPONSÁVEIS   por   dinheiros,  
bens   e   valores   públicos   da   administração   direta   e   indireta,   incluídas   as   fundações   e  
sociedades   ins:tuídas   e   man:das   pelo   Poder   Público   federal,   e   as   contas   daqueles   que  
derem   causa   a   perda,   extravio   ou   outra   irregularidade   de   que   resulte   prejuízo   ao   erário  
público;  

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

III   -­‐   APRECIAR,   para   fins   de   registro,   a   legalidade   dos   atos   de   ADMISSÃO   de   PESSOAL,   a  
qualquer  2tulo,  na  administração  DIRETA  e  INDIRETA,  incluídas  as  FUNDAÇÕES  ins;tuídas  e  
man;das  pelo  Poder  Público,  excetuadas  as  nomeações  para  Cargo  de  provimento  em  Comissão.    
   
ETA
  A  e
 IND
IR
ET
DIR
 

ADMINISTRAÇÃO  
 
 
 
 
 
 
Bem     como     a     das   concessões     de  
Aposentadorias,  REFORMAS  e  PENSÕES,  
ressalvadas  as  melhorias  posteriores    que    
não    alterem    o    fundamento    legal    do    
ato    concessório;  

O S
C U NH
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TAÇÕ
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IV   -­‐   realizar,   por   inicia,va   própria,   da   CÂMARA   DOS   DEPUTADOS,   do   SENADO   FEDERAL,   de  
COMISSÃO   TÉCNICA   ou   de   INQUÉRITO,   inspeções   e   auditorias   de   natureza   contábil,  
financeira,   orçamentária,   operacional   e   patrimonial,   nas   unidades   administra,vas   dos  
Poderes  Legisla,vo,  Execu,vo  e  Judiciário,  e  demais  en,dades  referidas  no  inciso  II;  

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

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DEU MIGUÉ?
Não, deu o maior
ACORDO  

AJUSTE    

CONVÊNIO  

ÔUTROS  INSTRUMENTOS  CONGÊNERES  

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1206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

VI   -­‐   fiscalizar   a   aplicação   de   quaisquer   recursos   repassados   pela   União   mediante   Convênio,  
Acordo,   Ajuste   ou   Ôutros   instrumentos   congêneres,   a   Estado,   ao   Distrito   Federal   ou   a  
Município;  

MEDIANTE  
   

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VII  -­‐  PRESTAR  as  INFORMAÇÕES  SOLICITADAS  PELO  CN,  por  qualquer  de  suas  CASAS,  ou  
por  qualquer  das  respec@vas  COMISSÕES,  sobre  a  FISCALIZAÇÃO:  
 
CONTÁBIL,  FINANCEIRA,  ORÇAMENTÁRIA,  OPERACIONAL  e          e                                                                            e  as;  

4  

E  sobre  resultados  de  auditorias  e  inspeções  realizadas;  

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

VIII  -­‐  APLICAR  aos  responsáveis,  em  caso  de  ILEGALIDADE  DE  DESPESA  ou  IRREGULARIDADE  
DE   CONTAS,   as   SANÇÕES   previstas   em   lei,   que   estabelecerá,   entre   outras   cominações,  
MULTA  proporcional  ao  dano  causado  ao  erário;  

ILEGALIDADE de
despesa ou
IRREGULARIDADE
de contas

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IX  -­‐  assinar  prazo  para  que  o  órgão  ou  en3dade  adote  as  providências  necessárias  ao  exato  
cumprimento  da  lei,  se  verificada  ilegalidade;  

ASSINAR PRAZO
ÓRGÃO OU
ENTIDADE
ADOTE AS PROVIDÊNCIAS

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

X   -­‐   SUSTAR,   se   não   atendido,   a   EXECUÇÃO   do   ato   impugnado,   comunicando   a   decisão   à  


Câmara  dos  Deputados  e  ao  Senado  Federal;  

SE  NÃO    
ATENDIDO  
A  

4  

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XI  -­‐  REPRESENTAR  ao  PODER  competente  sobre    IRREGULARIDADES  ou  ABUSOS  APURADOS.  

4  

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso


Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de
suas atividades.

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Controle externo

Quem exerce Congresso Nacional

Quem auxilia TCU

No caso de contrato

Ato de sustação a cargo de quem

Congresso Nacional

Solicitará de imediato o que?

Ao Poder Executivo as medidas cabíveis

Qual é o prazo que o CN ou o Poder Executivo possuem

90 dias

Se dentro deste prazo não efetivar as medidas


previstas, caberá agora a quem as fazê-las

O tribunal decidirá a respeito

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

Natureza do título Título executivo

O que gera o título

Imputação de débito ou Multa

Relatório

Trimestral e Anual

A quem os encaminha

CN

Qual conteúdo Relatório de suas atividades

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

I   -­‐   APRECIAR   as   contas   prestadas   anualmente   pelo   Presidente   da   República,   mediante  


II   -­‐   JULGAR   as   contas   dos   ADMINISTRADORES   e   DEMAIS   RESPONSÁVEIS   por   dinheiros,  
PARECER  PRÉVIO  que  deverá  ser  elaborado  em  SESSENTA  DIAS  a  contar  de  seu  recebimento;  
bens   e   valores   públicos   da   administração   direta   e   indireta,   incluídas   as   fundações   e  
sociedades   ins:tuídas   e   man:das   pelo   Poder   Público   federal,   e   as   contas   daqueles   que  
derem   causa   a   perda,   extravio   ou   outra   irregularidade   de   que   resulte   prejuízo   ao   erário  
público;  

III   -­‐   APRECIAR,   para   fins   de   registro,   a   legalidade   dos   atos   de   ADMISSÃO   de   PESSOAL,   a  
qualquer  2tulo,  na  administração  DIRETA  e  INDIRETA,  incluídas  as  FUNDAÇÕES  ins;tuídas  e   IV   -­‐   realizar,   por   inicia,va   própria,   da   CÂMARA   DOS   DEPUTADOS,   do   SENADO   FEDERAL,   de   V  -­‐  fiscalizar  as  CONTAS  NACIONAIS  das  EMPRESAS  SUPRANACIONAIS  de  cujo  capital  social  
man;das  pelo  Poder  Público,  excetuadas  as  nomeações  para  Cargo  de  provimento  em  Comissão.     COMISSÃO   TÉCNICA   ou   de   INQUÉRITO,   inspeções   e   auditorias   de   natureza   contábil,   a  União  par6cipe,  de  forma  direta  ou  indireta,  nos  termos  do  tratado  cons6tu6vo;  
   
financeira,   orçamentária,   operacional   e   patrimonial,   nas   unidades   administra,vas   dos  
TA Poderes  Legisla,vo,  Execu,vo  e  Judiciário,  e  demais  en,dades  referidas  no  inciso  II;  
IRE
   e  I
ND O   Governo   brasileiro   par6cipa,   em   nome   da  
União,   do   Banco   Brasileiro   Iraquiano   S.A.   (BBI),  
ETA
  DIR
ADMINISTRAÇÃO  

da   Companhia   de   Promoção   Agrícola   (CPA)   e  


da   Itaipu   Binacional,   que   foram   cons6tuídas   a  
  par6r  de  acordos  celebrados,  respec6vamente,  
  com   os   Governos   do   Iraque,   do   Japão   e   do  
Paraguai.  
 
 
 
 
Bem     como     a     das   concessões     de  
Aposentadorias,  REFORMAS  e  PENSÕES,  
ressalvadas  as  melhorias  posteriores    que    
não    alterem    o    fundamento    legal    do    
ato    concessório;  

É  uma  empresa  estatal  que  pertence  a  mais  de  uma  nação.  

VII  -­‐  PRESTAR  as  INFORMAÇÕES  SOLICITADAS  PELO  CN,  por  qualquer  de  suas  CASAS,  ou  

DEU MIGUÉ?
VI   -­‐   fiscalizar   a   aplicação   de   quaisquer   recursos   repassados   pela   União   mediante   Convênio,   por  qualquer  das  respec@vas  COMISSÕES,  sobre  a  FISCALIZAÇÃO:  
Acordo,   Ajuste   ou   Ôutros   instrumentos   congêneres,   a   Estado,   ao   Distrito   Federal   ou   a    
Município;   CONTÁBIL,  FINANCEIRA,  ORÇAMENTÁRIA,  OPERACIONAL  e          e                                                                            e  as;  

Não, deu o maior


ACORDO  

AJUSTE    
4  
MEDIANTE  
CONVÊNIO      

E  sobre  resultados  de  auditorias  e  inspeções  realizadas;  


ÔUTROS  INSTRUMENTOS  CONGÊNERES  

VIII  -­‐  APLICAR  aos  responsáveis,  em  caso  de  ILEGALIDADE  DE  DESPESA  ou  IRREGULARIDADE   IX  -­‐  assinar  prazo  para  que  o  órgão  ou  en3dade  adote  as  providências  necessárias  ao  exato   X   -­‐   SUSTAR,   se   não   atendido,   a   EXECUÇÃO   do   ato   impugnado,   comunicando   a   decisão   à  
DE   CONTAS,   as   SANÇÕES   previstas   em   lei,   que   estabelecerá,   entre   outras   cominações,   cumprimento  da  lei,  se  verificada  ilegalidade;   Câmara  dos  Deputados  e  ao  Senado  Federal;  
MULTA  proporcional  ao  dano  causado  ao  erário;  

SE  NÃO    
ATENDIDO  
A  

ASSINAR PRAZO
ILEGALIDADE de ÓRGÃO OU 4  

despesa ou
IRREGULARIDADE ENTIDADE
de contas ADOTE AS PROVIDÊNCIAS

XI  -­‐  REPRESENTAR  ao  PODER  competente  sobre    IRREGULARIDADES  ou  ABUSOS  APURADOS.   CONTROLE EXTERNO

4  

DENUNCIAR

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Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas
não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua
sustação.

A comissão mista permanente se manifesta

Diante de indícios de despesas não autorizadas

Forma

De investimento não programado


ou
Subsídio não aprovado

Esclarecimento

Poderá ser solicitado à autoridade governamental

Prazo 5 dias

Despesas irregulares

Que possam causar dano irreparável ou grave lesão # CN # proporá sustação

Ou quando entenderem insuficientes

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Não prestados os esclarecimentos

Cuidado

Considerados insuficientes

Pronunciamento conclusivo

Quem solicita o
pronunciamento Comissão

Solicita a quem Tribunal

Prazo 30 dias

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que
satisfaçam os seguintes requisitos:
I − mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II − idoneidade moral e reputação ilibada;
III − notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV − mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I − um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II − dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

Composição 9 ministros

Origem

1/3 Presidente da República

Aprovação Senado Federal

Tipo de aprovação X

1 Por sua livre escolha

3
2 Alternadamente

Dentre Auditores e Membros do MP

Indicados Lista tríplice

A cargo Do tribunal

Critérios Antiguidade e Merecimento

2/3 Congresso Nacional

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Requisitos

A + 35 - 65

B Idoneidade moral

C Reputação ilibada

D Notórios conhecimentos jurídicos

Contábeis Econômicos Financeiros


ou
E De efetiva atividade que exija os conhecimentos citados

Garantias Prerrogativas Impedimentos Vencimentos Vantagens

Ministros do STJ

Aposentadoria e pensão Regras do art. 40

AUDITOR

Substituição

Terá Mesmas garantias impedimentos

De quem Do titular

Demais atribuições

Juiz do TRF

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

CONTROLE EXTERNO
CONTROLE INTERNO

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I − avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II − comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III − exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV − apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Avalia Comprova

Apoia Exerce

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§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

Ciência

Responsabilidade
solidária

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

DENUNCIAR

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Direito Constitucional – Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (Art. 070 a 075) – Prof. André Vieira

Controle Interno

Quem exerce

Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judiciário

Forma Integrada

Finalidade

Avaliar Comprovar Exercer Apoiar

Four Key Code

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Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.

Desta seção aplica-se no que couber

Organização Composição Fiscalização

Quais tribunais alcança

TCE TCDF TC dos M

Composição 7 conselheiros

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Direito Constitucional
Aula XX

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridade Comum Responsabilidade

Presidente STF SF

Vice-presidente STF SF

Regra
Ministro de Estado STF STF

Exceção
Se conexo ao
Presidente da República

Órgão julgador
SF

AGU STF SF

Fundamento Status de ME

Constituições
Governador STJ Estaduais

Cuidado

Prefeito

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CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República,
auxiliado pelos Ministros de Estado.

Nome Dilma Roussef

Quem exerce Presidente da República

Quem auxilia Ministros de Estado

Ad nutum Demissíveis a qualquer tempo

Sistema de
Presidencialista
Governo

Subsídio Competência exclusiva do C.N

Parcela Única

Espécie
Decreto Legislativo
normativa

Particularidade Sem sanção

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Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira

Requisitos

A Brasileiro nato

B Estar no pleno gozo de seus direitos políticos

C Idade mínima 35 anos

D Alistamento eleitoral

E Domicílio eleitoral na circuncrição

F Filiação partidária

G Não ser inalistável nem analfabeto

H Não ser inelegível

Atribuições
do vice

Substituir em caso de impedimento

Suceder-lhe em caso de vacância

Auxiliar quando convocado para missões especiais

Outras atribuições conferidas em lei complementar

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Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o can-
didato que, registrado por partido político, ob-
tiver a maioria absoluta de votos, não computa-
dos os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria
absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição em até vinte dias após a proclamação
do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno,
ocorrer MORTE, DESISTÊNCIA ou IMPEDIMENTO legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de
um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais IDOSO.

Eleição

Sistema
Majoritário Por maioria absoluta

Forma Simultânea (Presidente / Vice)

Imposição Com ele registrado

1o turno 1o domingo de outubro

Prazo 20 dias

A contar Após a promulgação

Desnecessidade
de 2o turno Se tiver alcançado a maioria absoluta de votos
não computados os brancos e os nulos

2o turno Último domingo de outubro

1230 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira

Morte Desistência Impedimento

Antes da realização do 2o turno

Exigência O de maior votação

Empate no Mais idoso


2o turno

– 200 mil
Municípios

Turno único
eleitores

+ 200 mil Regra do art. 77


eleitores

Quando Presidente / Vice deverão assumir os respectivos cargos

57, §, 3, III e 78

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Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso
Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,
promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Compromisso Verbos

Manter Defender Cumprir

Observar Promover Sustentar

Tipo de sessão Sessão conjunta

Declaração
de vacância
Ver 78

1232 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-


Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para
missões especiais.

Tipos de
afastamento

Temporário Impedimento

Situações Doença Férias Licença


Temporárias

Lembrar O Vice é o sucessor natural

Definitivo Vacância

Perda do cargo

Morte Ex.: Getúlio Vargas

Renúncia Jânio Quadros e Collor

Incapacidade Costa e Silva – vítima de derrame


civil

Ausência Por período superior a 15 dias


do país

Prazo
Declaração Se não tiver assumido
de vacância 10 dias

Excessão
Salvo motivo de força maior

Extinção do mandato

Consequências
da renúncia

Convocação do sucessor

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Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos


cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos
Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

???? Presidente da CD

Nome Eduardo Cunha

???? Presidente do SF

Nome Renan Calheiros

???? Presidente do STF

Nome Ricardo Lewandowski

2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4

P / VP P / VP

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Vacância www.acasadoconcurseiro.com.br
Vacância
???? Presidente do SF

Direito Constitucional – Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) – Prof. André Vieira
Nome Renan Calheiros

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa
dias depois ????
de aberta a última vaga. Presidente do STF
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Nome
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o Ricardo Lewandowski
período de seus antecessores.

2
nda
Ma to
2
1 2
4 3 4

P / VP P / VP

Vacância Vacância

Nova eleição Nova eleição

Direta Indireta

Povo CN

90 dias 30 dias

Mandato tampão

Serve para os dois casos

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Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro
do ano seguinte ao da sua eleição.

Mandato Reeleição Início


4 anos Sim 1o de julho

VIAGEM POR PERÍODO SUPERIOR A 15 DIAS


Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Ausência
do país

Prazo Período Superior a 15 dias

Autorização Congresso Nacional

Espécie
Decreto Legislativo
normativa

Particularidade Sem sanção

Inobservância Perda do cargo

Situações que ensejam


a perda do cargo

A Condenação proferida pelo SF / 2/3

B Condenação proferida pelo STF / Crime comum

C Declaração de vacância do cargo / prazo 10 dias

D Ausência do país, por período superior a 15 dias, sem licença do CN

1236 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I − nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II − exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III − iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV − sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V − vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI − dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII − manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII − celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX − decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X − decretar e executar a intervenção federal;
XI − remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII − conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII − exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos;
XIV − nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV − nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

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XVI − nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII − nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII − convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX − declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX − celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI − conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII − permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII − enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV − prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV − prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI − editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII − exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Taxativo ou exemplificação Exemplificativo

Delegações

ME PGR AGU

Incisos passíveis de delegações

VI XII XXV

1a parte

Prover

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Direito Constitucional

Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I − a existência da União;
II − o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III − o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV − a segurança interna do País;
V − a probidade na administração;
VI − a lei orçamentária;
VII − o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.

Dos crimes de responsabilidade

I II III

IV V VI

VII

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Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Quórum Espécie Normativa Particularidade

2/3 Resolução Sem sanção

§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:


I − nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
II − nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

Infração penal comum

Key Code SE
Denúncia

Recebida ou pelo

Queixa-crime

Órgão

Crime de responsabilidade

Instauração pelo
Key Code Após
do processo

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Direito Constitucional – Da Responsabilidade do Presidente da República (Art. 085 a 086) – Prof. André Vieira

§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.

Prazo de 180 dias


suspensão

Não decidido Cessará o afastamento


no prazo

O que ocorre Terá prosseguimento sem qualquer prejuízo


com o processo

Antes da Não estará sujeito à prisão


sentença
Tipo de Crime comum
infração

Imunidade

Formal

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Direito Constitucional

Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I − exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente
da República;
II − expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III − apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV − praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.

Ministros
de Estado

Requisitos

A Brasileiros nato ou naturalizados

Ministro de Estado de Defesa Cuidado

B Maiores de 21 anos de idade

C No exercício dos direitos políticos

Atribuições

Descrições dos incisos

Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.

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Direito Constitucional
Aula XX

Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República,
e dele participam:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V − os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI − o Ministro da Justiça;
VII − seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e
dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.

Requisitos

A Brasileiro nato

B Maiores de 35 anos

Da escolha

2 CD Elege

2 SF Elege

2 Presidente da República Nomeia

Mandato 3 anos

Recondução Vedada

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Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I − intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II − as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião
do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

1246 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX

SUBSEÇÃO II
Do Conselho de Defesa Nacional
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como
membros natos:
I − o Vice-Presidente da República;
II − o Presidente da Câmara dos Deputados;
III − o Presidente do Senado Federal;
IV − o Ministro da Justiça;
V − o Ministro de Estado da Defesa;
VI − o Ministro das Relações Exteriores;
VII − o Ministro do Planejamento.
VIII − os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I − opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II − opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III − propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV − estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a
independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

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Comparação entre as composições CR / CDN

Vice-presidente Vice-presidente

Pres. CD Pres. CD

Pres. SF Pres. SF

CD
Líderes maioria SF

CD
Líderes minoria SF

M Da justiça M Da justiça

M Relações exteriores

M Estado da Defesa

M Planejamento

6 cidadãos

Com. (M. E. A.)

1248 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Conselho da Defesa Nacional (Art. 91) – Prof. André Vieira

Atribuições do CR e do CDN

IF / ED / ES
CR
Pronuncia-se

Questões relevantes para a estabilidade


das instituições democráticas

Cuidado Facultativo

Declaração de guerra e de celebração de paz


CDN
Opina

Decretação ED / ES / IF

Propõe Critérios (...)

Estuda Propõe e acompanha (...)

CR Organização

Lei Regulará

CDN Funcionamento

www.acasadoconcurseiro.com.br 1249
CONSELHO DA REPÚBLICA – ELABORADO POR ANDRÉ VIEIRA
LÍDERES MAIORIA/MINORIA
LIDERES
VICE PRESIDENTE (CD
(CD e/ SF)
SF) 6 BRASILEIROS NATOS

Mais de 35 anos – Mandato: 2 anos – Recondução:vedada


2 Nomeados pelo PR – 2 eleitos pela CD – 2 eleitos pelo SF

1 MINISTRO Presidente CD/SF (Renan Calheiros e Eduardo Cosentino da Cunha)

JUSTIÇA

CONSELHO DE DEFESA NACIONAL – ELABORADO POR ANDRÉ VIEIRA

VICE PRESIDENTE COMANDANTES

MEA

4 MINISTROS Presidente CD/SF (Renan Calheiros e Eduardo Cosentino da Cunha)

JUSTIÇA

ESTADO DE DEFESA

RELAÇÕES EXETERIORES

PLANEJAMENTO

1250 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional
Aula XX

PODER JUDICIÁRIO

STF

CNJ

STJ TST TSE STM

AUDITORIAS
TJ TRF TRT TRE MILITARES

JUIZ DE JUIZ JUIZ DO JUIZ JUIZ


DIREITO FEDERAL TRABALHO ELEITORAL MILITAR

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FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridades Comum Responsabilidade

STF STF SF

Membros do CNJ Há divergência SF

Tribunais superiores STF STF

2a instância STJ STJ

Juízes estaduais TJ TJ
(DF e Territórios)
Juízes federais TRF TRF
(do trabalho e militares)

Considerações

1252 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.

Cuidado!

Não possui jurisdição. Apenas caráter fiscalizatório.

( X )    (...)
CNJ Sede

( X )    ( X )  
STF Sede Jurisdição

( X )    ( X )  
TRIBUNAIS SUPERIORES Sede Jurisdição

STJ STM TST TSE

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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:

Iniciativa STF
Estatuto da
Magistratura
Espécie
LC
normativa

I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação;

Ingresso na
carreira

Cargo inicial Juiz substituto

Concurso Concurso público de provas e títulos

Participação OAB # todas as fases

Prática jurídica M/3 anos

II – promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento,


atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas
em lista de merecimento;

1254 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e


integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com
tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de
produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em
cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada
ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo
legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Promoção
do Juíz

Antiguidade
II Alternada

Merecimento

3 x consecutivas
Lista de
a Obrigatória
merecimento
5 alternada

2 anos de exercício na
respectiva entrância

b Por merecimento pressupõe

Integrar o juiz a
primeira quinta parte

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Aferição de
C
merecimento

Conforme Desempenho

Critérios Objetivos

Produtividade

Presteza

Frequência

OU

Reconhecidos de aperfeiçoamento

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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Recusa do
d Quem pode Tribunal
magistrado
mais antigo

Voto Fundamentado

Quórum 2/3

Assegurada Ampla defesa

Hipótese de
e Retenção de autos
não promoção

Forma Injustificadamente

Prazo Além do prazo legal

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Classificação das Comarcas
O território do Rio Grande do Sul, para efeitos da administração da justiça, é dividido atualmente
em ____________ comarcas. Cada comarca pode abranger um ou mais municípios.

Entrância 1 -
Conceito:
Entrância 2 -
III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância;

2oa Regra do 1/5

Acesso
1oa 1o grau

Forma Antiguidade e Antiguidade

Única entrância
Apuração
Última

IV – previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,


constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

1258 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Previsão de cursos oficiais

Aperfeiçoamento

Promoção

Constitui

Etapa obrigatória do processo de vitaliciamento

V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos
demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e
outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco
por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;

Teto Ministros do STF

95% Ministros dos tribunais superiores

Fixados Lei
Demais
magistrados
Escalonados Nível

Superior 10%

www.acasadoconcurseiro.com.br 1259
Inferior 5%
95% Ministros dos tribunais superiores

Fixados Lei
Demais
magistrados
Escalonados Nível

Superior 10%

Inferior 5%

Exceder 95%

No que percebem os ministros nos tribunais superiores

VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto


no art. 40;

Aposentadoria Pensão

Magistrados Dependentes

Regra

Art. 40

1260 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

VII – o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;


VIII – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
VIII-A – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II;
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído
órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício
das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,
provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal
pleno;

Min 11

Órgão
Obrigatório Facultativo
especial

Máximo 25

Administrativas

Delegação

Jurisdicionais

Met. antiguidade

Composição
Met. por eleição

www.acasadoconcurseiro.com.br 1261
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos
e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente;

Tribunais de
Vedado Juízos ou
2o grau

Férias coletivas

Permitido Tribunais superiores e STF

XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial
e à respectiva população;
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de
mero expediente sem caráter decisório;

Atos de administração

Servidores Receberão Delegação

Atos de mero expediente

XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

Distribuição Será imediata

1262 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

TRF MP Carreira
+ 10
Advogados E. A. P.
1 TE

5 TDF Notório saber jurídico

T R.I.

Promotores MP

Indicados L. sextupla

Advogados OAB

Tribunal L. tríplice Envia

P. Executivo

20 dias

Cuidado

STJ # não tem regra do 1/5. Possui regra do 1/3

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Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III – dedicar-se à atividade político-partidária.
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Administrativo 96
Institucionais
Financeiro 99

Garantias do Vitaliciedade
judiciário
Garantias Inamovibilidade

Funcionais I. de subsídio
ou de órgãos

Vedações Imparcialidade

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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Art. 96. Compete privativamente:


I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva
jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art.
169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança
assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que
lhes forem imediatamente vinculados;
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive
dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada
a competência da Justiça Eleitoral.

Considerações

www.acasadoconcurseiro.com.br 1265
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.

Reserva de plenário

De seus membros

MA ou

Membros do órgão especial

Inconstitucionalidade
da lei

Poderão Tribunais Declarar

Inconstitucionalidade
Key code de ato normativo

Cuidado!

Em relação aos órgãos fracionados não aplico a regra do artigo.

Quem são: Turma Câmara

1 2

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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:


I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo,
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau;

Juizados especiais

Providos Juízes togados ou Togados e leigos

Competência

Conciliação
Julgamento

Execução

Tipos de causas

Cíveis Menor complexidade

Infrações penais De menor potencial ofensivo

Oral
Procedimento
Sumaríssimo

Transação
Nas hipóteses previstas e
em lei cabe
Julgamento

Turmas recursais Juízes de primeiro grau

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II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

Justiça de Paz Remunerada

Requisitos Cidadão e Idade M/21 anos

Escolha Eleição

Tipo de eleição Voto direto Universal

e Secreto

Mandato 4 anos

Recondução

Competência
Xxxxx 1 Celebrar casamentos

2 Verifica processo de habilitação

3 Atribuições conciliatórias

Caráter Sem caráter jurisdicional

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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça.
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
com a aprovação dos respectivos tribunais;
II – no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo
com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.

Proposta orçamentária

§ 1o Elaborarão

§ 2o Encaminhamento

§ 3o Não encaminhamento

§ 4o Desacordo

§ 5o Despesas ou assunção de obrigações que extrapolem os limites na LDO

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1269
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, venci-
mentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indeniza-
ções por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença
judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos,
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditá-
ria, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas
com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º
deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na
ordem cronológica de apresentação do precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas refe-
ridas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba neces-
sária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes
de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessá-
rio à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou ten-
tar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e res-
ponderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago,
bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadra-
mento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, de-
les deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e
certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pú-
blica devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execu-
ção esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre
os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a en-
trega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requi-
sitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza,

1270 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de
compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre
a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto
nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de peti-
ção protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal po-
derá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito
Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de
liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento
de precatórios e obrigações de pequeno valor.
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório
das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços,
de transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art.
20 da Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediata-
mente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e
deduzidas:
I – na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por deter-
minação constitucional;
II – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
III – na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores
para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da
compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal.
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e
obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do compro-
metimento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores,
a parcela que exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endi-
vidamento de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer
outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a vedação de
vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal.
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos pre-
catórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste
precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos
cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante
acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima
de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito
não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regula-
mentação editada pelo ente federado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1271
Conceito
São pagamentos devidos pela fazenda pública
Federal / Estadual / DF e Municipal

Ordem
Cronológica

Caráter alimentar

Salários, vencimentos, proventos, pensões (...)

Condição
Fundadas em responsabilidade civil e em virtude
de sentença judicial transitada em julgado

PRECATÓRIOS
Novos beneficiários
Quem contar com 60 anos de idade ou mais e portadores
de doença grave, definidos na forma da lei

RPV
Requisição de pequeno valor

Habilitação
Até 1o de julho / para pagamento até o
final do exercício seguinte

Preterição da ordem

Possibilidade de sequestro

Ato: Comissivo ou omissivo / quem responde

Presidente do tribunal competente

Tipo de crime

Crime de responsabilidade

1272 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092 a 100) – Prof. André Vieira

Responderá também perante quem

CNJ

Expedição de precatório complementar ou suplementar

Vedado

Compensação de precatório

Possível, desde que ocorra antes da expedição do precatório

Solicitação a fazenda pública devedora

Fazenda pública devedora se manifesta no prazo de 30 dias


PRECATÓRIOS

Compra de imóveis públicos

Possível, desde que com o mesmo ente

Índice de atualização

Caderneta de poupança

Cessão de precatórios

Total ou parcial

Momento que produz efeitos

Após a comunicação

Refinanciamento de precatórios

Possível, neste caso a União é quem deverá assumir

Importante

www.acasadoconcurseiro.com.br 1273
Direito Constitucional

Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1275
Composição Nomeação
11 Presidente da República

Requisitos

Cidadão
Brasileiro nato
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

+ 35 AI # - 65 AI
Notável saber jurídico
Reputação ilibada

Aprovação Tipo de aprovação


SF MA

Importante

Leitura do art. 102


§1o, §2o e §3o

Comum Crimes Responsabilidade

STF SF

1276 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 

Estadual
LEI OU ATO NORMATIVO

Federal
ADI

SIM SIM

Estadual
Federal
ADC

SIM NÃO

b) NAS INFRAÇÕES PENAIS COMUNS, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os


membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) NAS INFRAÇÕES PENAIS COMUNS E NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, os Ministros de
Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes
de missão diplomática de caráter permanente;

INFRAÇÃO PENAL COMUM CRIME COMUM E DE RESPONSABILIDADE

ME
Presidente da República Com (MEA) sem conexão
Vice-presidente da República
CMDC permanente
Membros do CN
⇒ TCU
PGR Membros
Seus próprios ministros ⇒ Tribunais
Superiores

www.acasadoconcurseiro.com.br 1277
d) o HABEAS CORPUS, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o MANDADO DE SEGURANÇA e o HABEAS DATA contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

HABEAS CORPUS

PACIENTE PACIENTE – COATOR COATOR

Tribunal Superior
Autoridade ou funcionário
Alíneas STJ
"b" e "c" STM
Ligados ao STF
TST
TSE

MANDADO DE SEGURANÇA e HABEAS DATA

X Presidente da República Mesas (CD, SF)

STF PGR TCU

1278 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

Litígio
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado,
o Distrito Federal ou o Território;

Cuidado!
RO ____X_____________

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

Causas e os conflitos

UxE U x DF E x DF

Entidades de administração indireta

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;


h) REVOGADO.
i) o HABEAS CORPUS, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente
for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
j) a revisão criminal e a ação rescisória DE SEUS JULGADOS;

Instrumento processual utilizável para reabrir discussão judicial sobre


decisão criminal já transita em julgado.
REVISÃO CRIMINAL
Fundamento: é o conhecimento de situação, posterior à condenação, apta a
alterar esta decisão.

Instrumento processual apto a atacar decisão transitada em julgado


AÇÃO RESCISÓRIA em processo civil, para desconstituí-la e, eventualmente, provocar novo
julgamento.

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de
atribuições para a prática de atos processuais;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1279
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

TODOS / MAGISTRATURA MAIS DA METADE / TRIBUNAL

Impedidos
Direta ou indiretamente interessados
Direta ou indiretamente interessados

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre


Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição
do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um
dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

MANDADO DE INJUNÇÃO

X Presidente da República X

Mesas (CD, SF) CN CD / SF

STF Tribunais superiores TCU

1280 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério


Público;
II – julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos
em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

4 HC MS HD MI

pelos

4 STJ STM TST TSE

1a Condição

Única instância

2a Condição

Se delegatória a decisão

b) o crime político;

Competência originária 109, IV

Competência em R.O.

STF

www.acasadoconcurseiro.com.br 1281
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

REX

Causas decididas

Única

OU

Última instância

Contrariar CF

Tratado

Declarar a inconstitucionalidade

Lei federal

Julgar válida
Em face
Lei local Constestada de lei federal

1282 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

§ 1º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição,


será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine
a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros.

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade:

Legitimação Universais

Neutros

3 CHEFES 3 MESAS 3 OUTROS


Presidente da República CD CFOAB

PGR SF P. Pol com Rep. no CN

Confederação sindical
Assembleia Legislativa ou da
Gov (E, DF) ou entidade de classe de
Câmara legislativa do DF
âmbito nacional

www.acasadoconcurseiro.com.br 1283
Legitimação Especiais

Interessados

x x x

x x x

Assembleia Legislativa Confederaçãp sindical ou


Gov (E, DF) ou da Câmara Legislativa entidade de classe de
do DF âmbito nacional

São "os órgãos ou e entidades cuja autuação é restrita às questões que repercutem
diretamente sobre sua esfera jurídica ou de seus filiados e em relação às quais possam atuar
com representatividade adequada" (Luis Roberto Barroso).
Deve-se demonstrar o prejuízo que a lei ou ato normativo federal ou estadual estão causando
para o ente ou para os seus filiados. A esta obrigação de demonstrar prejuízo é dado nome de
"pertinência temática", ou seja, demonstrar que o tema ou assunto daquela lei lhe é prejudicial,
demonstrando pertinência como interesse do legitimado.
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitu-
cionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma cons-
titucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias
e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

1284 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma


legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato
ou texto impugnado.

PGR Ouvido

Cuidados

AGU Citará

Inconstitucionalidade por omissão

Ciência Poder competente

Objetivo Adoção das providências necessárias

Órgão Em 30 dias deverá fazê-lo


administrativo

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida
em lei. 
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
questão idêntica. 
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1285
Objetivo
§, 1o

De que forma poderá ser criada


Ofício ou provocação

Tipo de aprovação
2/3

Discussão
Matéria constitucional
SÚMULA VINCULANTE

Publicização
DOU

Tipo de efeito
Vinculante

Frente a quem
Órgãos do P. Jud e à Adm. Púb. direta e indireta

Esferas
Nas esferas federal, estadual e municipal

Revisão
§, 2o

Legitimidade (aprovação - revisão ou cancelamento)


Os que podem propor ADi

Desrespeito a SV
Reclamação

Dirigido a quem
STF

Sendo procedente o que ocorre


Anula-se o ato administrativo ou cassará

1286 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2
(dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: 

ORIGEM – CNJ

(3)   Presidente STF
Desembargador TJ (2)
Advogados
J estadual

(3)   M STJ (2)  1 | MPU | Indicado


J TRF    -------------------------------
   1 | MPE | Escolhido
J Federal

(3)   M TST    ⇒ Notável saber jurídico


J TRT (2)  Cidadãos (CD / SF)
   ⇒ Reputação ilibada
J do trabalho

I – o Presidente do Supremo Tribunal Federal; 


II – um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
III – um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; 
IV – um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
V – um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI – um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII – um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VIII – um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
IX – um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 

www.acasadoconcurseiro.com.br 1287
X – um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
XI – um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII – dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII – dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara
dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas
ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal.
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
I – zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais
e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares
em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios
ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas,
assegurada ampla defesa;
IV – representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de
abuso de autoridade;
V – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de
tribunais julgados há menos de um ano;
VI – elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por
unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação
do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
abertura da sessão legislativa.

1288 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e


ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: 
I – receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e
aos serviços judiciários;
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; 
III – requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de
juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça,
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros
ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente
ao Conselho Nacional de Justiça.

Considerações

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Composição

15 membros

Quem preside

Presidente do STF
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Em caso de impedimento e ausência, quem substitui

Vice-presidente do STF

Aprovação

Senado Federal

Tipo de aprovação

Maioria absoluta

Sede

Capital federal

Jurisdição

Não possui

Mandato

2 anos

Recondução

1 (uma)

1290 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Supremo Tribunal Federal (Art. 101 a 103-B) – Prof. André Vieira

Em ausência de indicação, quem procede


Próprio STJ

Que controle exerce o CNJ


§, 4o

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA


Processos disciplinares
Menos de um ano

Relatório estatístico
Semestral e anual

Ouvidorias
Criará

Origem do ministro corregedor


STJ

Particularidades
Excluído da distribuição de processos

Quem oficia
PGR e o presidente CFOAB

Importante
Atentar para as nomeações

Comum Crimes Responsabilidade

STF STF

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Direito Constitucional

Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente
da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo:
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

1/3 Juízes do TRF

1/3 Dentre desembargadores dos TJ

33
Elaborado Lista tríplice

Quem elabora Próprio tribunal

Advogados
1/3
Membros do MP (F / E / DF / T)

Condição Alternadamente

Forma Do art. 94

www.acasadoconcurseiro.com.br 1293
Composição Nomeação
M / 33 Presidente da República

Requisitos

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Brasileiros
Mais de 35 anos e menos de 65
Notável saber jurídico
Reputação ilibada

Aprovação Tipo de aprovação


SF MA

Importante

Não aplico a regra do 1/5


e sim a regra do 1/3

Comum Crimes Responsabilidade

STF STF

1294 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I – processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos
ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante
tribunais;

INFRAÇÃO PENAL COMUM CRIME COMUM E DE RESPONSABILIDADE

Desembargadores
------------------------
E / DF

TCE / TCDF

Governadores TRFs / TREs / TRTs


------------------------
E / DF
4 Membros

Conselhos ou tribunais
de contas dos municípios

MPU - que oficiem


perante tribunais

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b) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 

MANDADO DE SEGURANÇA e HABEAS DATA

ME COM (MEA) Tribunal

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;

HABEAS CORPUS

COATOR OU PACIENTE COATOR

Tribunal sujeito a sua jurisdição

Alínea "a"

Cuidado!! Exceção Justiça Eleitoral

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I,


o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais
diversos;

1296 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira

e) as revisões criminais e as ações rescisórias DE SEUS JULGADOS;

Instrumento processual utilizável para reabrir discussão judicial sobre


decisão criminal já transita em julgado.
REVISÃO CRIMINAL:
Fundamento: é o conhecimento de situação, posterior à condenação, apta a
alterar esta decisão.
Instrumento processual apto a atacar decisão transitada em julgado
AÇÃO RESCISÓRIA: em processo civil, para desconstituí-la e, eventualmente, provocar novo
julgamento.

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição
de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os
casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça
Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

MANDADO DE INJUNÇÃO

Órgão / entidade ou autoridade

Administração (Direta / Indireta)

Cuidar com a exceção

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1297
II – julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

HC pelos TRFs TEs

Condição Única ou última instância

2 Condição Decisão denegatória

2 MS pelos TRFs TEs

Condição Única instância

Condição Denegatória

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado,


e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Competência originária 109, II

R.O.

STJ

1298 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Superior Tribunal de Justiça (Art. 104 a 105) – Prof. André Vieira

III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Palavra-chave RESP

Lei federal

Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça:


I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
II – o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

Funcionarão
STJ
1 2
ENFAM CJF

Regulamenta os cursos oficiais


1 Ingresso
Promoção

Poder correicional
2
Caráter vinculante

www.acasadoconcurseiro.com.br 1299
Direito Constitucional

Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I – os Tribunais Regionais Federais;
II – os Juízes Federais.

Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão,


TRF 1ª Região
Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
TRF 2ª Região Espírito Santo e Rio de Janeiro.
TRF 3ª Região Mato Grosso do Sul e São Paulo.
TRF 4ª Região Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
TRF 5ª Região Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1301
Composição Nomeação
Mínimo 7 juízes Presidente da República

Requisitos

Brasileiros
+ 30 - 65 anos de idade
Recrutados quando possível na respectiva região
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

Aprovação Tipo de aprovação


X X

Importante

Existência de justiça itinerante

Origem

1 ADUs + 10 anos EAP


5 MPF + 10 anos Carreira

Demais mediante promoção


Juízes federais com mais de 5 anos de exercício (A/M)

Comum Crimes Responsabilidade

STJ STJ

1302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.

§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de


audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1303
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I – processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

CRIME COMUM E DE RESPONSABILIDADE

Juízes:
Juízes Membros
federais A Militares do MPU
B Trabalho

Ressalvada a competência
da justiça eleitoral

b) as revisões criminais e as ações rescisórias DE JULGADOS seus ou dos juízes federais da


região;

Instrumento processual utilizável para reabrir discussão judicial sobre


decisão criminal já transita em julgado.
REVISÃO CRIMINAL
Fundamento: é o conhecimento de situação, posterior à condenação, apta a
alterar esta decisão.
Instrumento processual apto a atacar decisão transitada em julgado
AÇÃO RESCISÓRIA em processo civil, para desconstituí-la e, eventualmente, provocar novo
julgamento.

1304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira

c) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato do próprio Tribunal ou de juiz


federal;
d) os HABEAS CORPUS, quando a autoridade coatora for juiz federal;

MS / HD Tribunal ou juiz federal

HC – COATOR Juiz federal

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

JUÍZES TRF
VINCULADOS

JUÍZES STJ
NÃO VINCULADOS

II – julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais
no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1305
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados
os casos de competência dos tribunais federais;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI – a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a UNIÃO FOR AUTORA serão aforadas na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas CONTRA A UNIÃO poderão ser aforadas na seção judiciária em que
for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda
ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

1306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais (Art. 106 a 110) – Prof. André Vieira

FOR AUTORA
§ 1º UNIÃO

   aforadas
§ 2º CONTRA A
UNIÃO

   ser aforadas

§ 3º Serão processadas e julgadas na JUSTIÇA ESTADUAL, no foro do domicílio dos segurados


ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado,
sempre que a COMARCA NÃO SEJA SEDE DE VARA DO JUÍZO FEDERAL, e, se verificada essa
condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela
justiça estadual.
§ 4º NA HIPÓTESE DO PARÁGRAFO ANTERIOR, o RECURSO cabível será sempre para o Tribunal
Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

Foro
JUSTIÇA JUSTIÇA Dom. dos segurados
FEDERAL ESTADUAL ou beneficiários

Causas

Instituição da Previdência Social e segurado

Cuidado! Recurso:

A lei poderá permitir outras causas TRF

www.acasadoconcurseiro.com.br 1307
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de
Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para a Justiça Federal.

CHICO MENDES DOROTHY MAE STANG MANOEL BEZERRA DE MATTOS

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

1308 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção V
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I – o Tribunal Superior do Trabalho;
II – os Tribunais Regionais do Trabalho;
III – Juízes do Trabalho.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94; 
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-
-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na car-
reira; 
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e
segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (novo)

www.acasadoconcurseiro.com.br 1309
Composição Nomeação
27 Ministros Presidente da República

Requisitos

Brasileiros
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

+ 35 - 65 anos de idade
Notável saber jurídico (novo)
Reputação ilibada (novo)

Aprovação Tipo de aprovação


Senado Federal Maioria absoluta

Importante

Alterações da EC.92/2016 (novo)

Origem

1 ADVs. + 10 anos EAP


5 MPT + 10 anos Efetivo Exercício

Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriun-


dos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal
Superior.

Comum Crimes Responsabilidade

STF STF

1310 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira

Funcionarão
TST
1 2

ENFAMT CSJT

Regulamenta os cursos oficiais


1 Ingresso
Promoção

Regulamenta os cursos oficiais


2 _________________________
Efeito vinculante

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por
sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1311
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo
e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; 

II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores;

1312 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado


envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 

MS / HD / HC Sujeitos à sua jurisdição

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto


no art. 102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos
de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do  Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público,
o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do
Trabalho decidir o conflito. 

www.acasadoconcurseiro.com.br 1313
Composição Nomeação
Mínimo 7 juízes Presidente da República

Requisitos

Brasileiros
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

+ 30 - 65 anos de idade
Recrutados quando possível na respectiva região

Aprovação Tipo de aprovação


X X

Importante

Existência de justiça itinerante

Origem

1 Advs + 10 anos EAP


5 MPT + 10 anos EE

Demais mediante promoção, dentre juízes


do trabalho (A / M)

Comum Crimes Responsabilidade

STJ STJ

1314 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes do Trabalho (Art. 111 a 117) – Prof. André Vieira

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94; 
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento,
alternadamente. 

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de


audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo. 
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
Art. 117.

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ANO

1316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:


I ‒ o Tribunal Superior Eleitoral;
II ‒ os Tribunais Regionais Eleitorais;
III ‒ os Juízes Eleitorais;
IV ‒ as Juntas Eleitorais.

Não são órgãos da Justiça Eleitoral

Mesários eleitorais Mesas

Seção eleitorais Zonas

Ministério Público Eleitoral

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos:
I ‒ mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II ‒ por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal
Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor
Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1317
Composição M / 7 membros

Mediante Eleição
Origem
Voto Secreto

3 Juízes dentre Ministros do

2 Juízes dentre Ministros do

Por nomeação do Presidente da República

2 Juízes dentre 6 Advogados

A Notável saber jurídico


B Idoneidade Moral Requisitos

Indicação Supremo Tribunal Federal

Comum Crimes Responsabilidade

STF STF

1318 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais (Art. 118 a 121) – Prof. André Vieira

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I ‒ mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II ‒ de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III ‒ por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os
desembargadores.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de
direito e das juntas eleitorais.
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no
mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta
Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I ‒ forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II ‒ ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III ‒ versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV ‒ anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V ‒ denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de
injunção.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1319
Composição 7 juízes

Mediante Eleição
Origem
Voto Secreto

2 Juízes dentre desembargadores do


TRIBUNAL REGIONAL ELEITORIAL

2 Juízes dentre juízes de direito escolhidos pelo

Estado

1 Juiz do TRF com sede na capital

DF
ou NÃO HAVENDO

Juíz federal, escolhido em qualquer caso pelo TRF respectivo

Por nomeação do Presidente da República

2 Juízes dentre 6 Advogados

A Notável saber jurídico


Requisitos
B Idoneidade Moral

Indicação Tribunal de Justiça

Comum Crimes Responsabilidade

STJ STJ

1320 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
I ‒ o Superior Tribunal Militar;
II ‒ os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre
brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:
I ‒ três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional;
II ‒ dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da
Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça
Militar.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1321
Composição Nomeação
15 ministros Presidente da República

Requisitos

Só se exige dos advogados

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR


Aprovação Tipo de aprovação
SF X

Importante

Todos os ministros são vitalícios

Origem

10
5 civis
3 M 3 advogados
4 E 2 auditores / MPJM
por escolha paritária
3 A

Comum Crimes Responsabilidade

STF STF

1322 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Seção VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça
e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre
a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo
ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes
militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
presente no local do litígio.

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Organização
Observa-se os princípios estabelecidos nesta CF

Competências dos Tribunais


DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Definida pela Constituição Estadual

Organização Judiciária
De iniciativa do TJ

Inconstitucionalidade
Representação

Âmbito
Estaduais ou municipais

Vedação
Legitimidade há um único órgão

Estrutura

2oa TJ ou TJM
1oa Juízes de direito e pelo conselho de justiça

Competência
Processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes definidos em lei nas ações judiciais contra
atos disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil.

1324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Tribunais e Juízes Militares (Art. 125 a 126) – Prof. André Vieira

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Direito Constitucional
Aula XX

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridade Comum Responsabilidade


PGR STF SF
PGJ
Que oficiam Tribunais STJ STJ

Dependerá das constituições estaduais


Que não oficiam TRF TRF
MP (E/DF/T) TJ TJ
Membros do MPU

Membros Há divergências SF

CNMP
STF
ou
Órgão
Órgão de Origem

STF

Funções essenciais
Xxxxxx à justiça 127 a 135

Quem representa
Que representa o Estado
A Art. 131 AGU
Defesa do Estado

Que representa o cidadão

B Art. 132 Procuradores (E / DF)


Defesa do cidadão

A Art. 127 a 130A MP

B Art. 133 Advocacia privada

C Art. 134 Def. pública

www.acasadoconcurseiro.com.br 1327
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Seção I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.

Permanente

MP Instituição

Essencial à função jurisdicional do Estado

A Defesa da ordem jurídica

Incumbências

B Do regime democrático

C Dos interesses sociais

D Individuais e indisponíveis

Memorização:
Ordenou o juíz um regime demorado por interesse
visual diretamente ao indivíduo indigesto.
A. Ordem jurídica
B. Regime democrático
C. Interesses sociais
D. Direitos individuais indisponíveis

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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira

§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional.

Unidade
Princípios
Indivisibilidade
Institucionais
Independência funcional

Cuidado! Promotor natural

Quando Segundo entendimento do STF

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,


observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento.

Funcional

Autonomia Administrativa

Cuidado Financeira

Lenza Orçamentária

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com
os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1329
Proposta Orçamentária
§ 3o Elaborará
§ 4o Não encaminhamento
§ 5o Desacordo
§ 6o Previamente autorizadas

Art. 128. O Ministério Público abrange:


I – o MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II – os MINISTÉRIOS PÚBLICOS DOS ESTADOS.

Ministério Público Brasileiro

1 2
MPEs MPU
Ministérios Públicos Estaduais Ministério Público da União

2a 2b 2c 2d
MPF MPDFT MPM MPT
Ministério Ministério Público Ministério Ministério
Público Federal do DF e Territórios Público Militar Público do Trabalho

2e
MPE
Ministério
Público Eleitoral
Chefes / nomeação

1 Procurador-Geral de Justiça dos Estados

2 Procurador-Geral da República

2a Procurador-Geral da República

2b Procurador-Geral de Justiça DF e T

2c Procurador-Geral da Justiça Militar

2d Procurador-Geral do Trabalho

2e Procurador-Geral Eleitoral

Cuidado É também cargo exercido pelo PGR

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§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado


pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

Nome Rodrigo Janot

Chefe Procurador-Geral da República

Nomeação Presidente da República

Qualquer um Não, dentre integrantes da carreira


pode ser

Aprovação Senado Federal

Tipo de Maioria absoluta


aprovação

Requisitos Maiores de 35 anos / Integrantes da carreira

Mandato 2 anos

Recondução Permitida a recondução

Destituição

Iniciativa Presidente da República

Key Code Deverá

Condição Maioria absoluta Senado

Precedida De autorização

Quórum Maioria absoluta


www.acasadoconcurseiro.com.br 1331
Exoneração

Aprovação Senado Federal

Tipo de aprovação Maioria absoluta

Voto Voto secreto

Forma De ofício

Condição Antes do término do seu mandato

Espécie normativa Resolução

Base legal 52, XI

Ouvido Previamente ouvido / Adin e em todos (...)

Promove
A ação de inconstitucionalidade ou
representação para fins de intervenção
da União e dos Estados,
nos casos previstos nesta C.F.

Oficia Junto ao CNJ

Preside CNMP

Delegações 84, §, ú

Comum Crimes Responsabilidade

STF SF

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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira

§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista


tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser
destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva.

Ministérios Públicos

Estados DF Territórios

Key Code Lista tríplice

Dentre Integrantes da carreria

Forma Lei respectiva

Escolha Procurador-Geral

Nomeação Chefe do Poder Executivo

Aprovação Não tem

Tipo de
aprovação Não tem

Mandato 2 anos

Recondução UMA

Destituição

Procuradores-Gerais

Estados DF Territórios
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Key Code Poderão


Forma Lei respectiva

Escolha Procurador-Geral

Nomeação Chefe do Poder Executivo

Aprovação Não tem

Tipo de
aprovação Não tem

Mandato 2 anos

Recondução UMA

Destituição

Procuradores-Gerais

Estados DF Territórios

Key Code Poderão

Deliberação Maioria absoluta

Poder Legislativo

Forma Lei complementar

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§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I – as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

Ministério Público

1 2
Garantias Vedações

Vitaliciedade

1 Inamovibilidade

Irredutibilidade de subsídio

Poder Judiciário

Comparar

www.acasadoconcurseiro.com.br 1335
II ‒ as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 

Vedações

Ministério Público 128, § , 5o Poder Judiciário 95, P. Ú

Ministério Público

I. exercer, ainda que em disponibilidade,


Comparar
outro cargo ou função, salvo uma de
magistério
2

II. receber, a qualquer título ou pretexto,


custas ou participação em processo

Poder Judiciário

Comparar
III. dedicar-se à atividade político-partidária

IV. receber, a qualquer título ou pretexto,


auxílios ou contribuições de pessoas
§ 6º Aplica-se
físicas,aos membrospúblicas
entidades do Ministério
ou Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei
1336 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da
União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V – defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada
no artigo anterior;
VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a
de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que
deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas
e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação.
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

Incisos mais frequentes em concursos

I Privativamente

III Inquérito civil e ação civil pública

V Em razão do art. 109, XI

www.acasadoconcurseiro.com.br 1337
Funções do MP

Só podem ser exercidas por integrantes da carreira

Imposição

Residir na comarca (de lotação)

Exceção

Salvo autorização do chefe da instituição

Ingresso na carreria

Concurso público deprovas e títulos

OAB

Participação da OAB em sua realização

Prazo de bacharelado

Mínimo de 3 anos

Nomeação

Observa ordem de classificação

Regra do art. 93

No que couber

Distribuição do processo

De forma imediata

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições
desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

1338 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
I ‒ o Procurador-Geral da República, que o preside;
II ‒ quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma
de suas carreiras;
III ‒ três membros do Ministério Público dos Estados;
IV ‒ dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de
Justiça;
V ‒ dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI ‒ dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,
cabendo-lhe:
I ‒ zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II ‒ zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União
e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Tribunais de Contas;
III ‒ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar
e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV ‒ rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V ‒ elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação
do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem
prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições
que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I ‒ receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do
Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II ‒ exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III ‒ requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e
requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1339
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
Conselho.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao
Conselho Nacional do Ministério Público.

Composição Quem preside


CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

14 membros PGR

Nomeação

Presidente da República

Aprovação Tipo de aprovação

SF MA

Mandato Recondução

2 anos UMA

Indicação dos membros do MP

Pelos respectivos MP

Que controle exerce o CNMP

130 A, §, 2o

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Direito Constitucional – Do Ministério Público (Art. 127 a 135-A) – Prof. André Vieira

Processos disciplinares
Pode ser revisto de ofício ou mediante provocação

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO


Relatório estatístico

Relatório anual

Ouvidorias / finalidade
130A, §, 5o

Corregedor Nacional

Será escolhido em votação secreta

Particularidade

Dentre os membros que os integram

Quem oficia
Presidente do CFOAB

Origem - CNMP
(1) PGR (2) Advogados

(2) 1 STF (7) 4 MPU


Juízes 3 MPE
1 STJ
(0) (2) 1 CD
Cidadão
X 1 SF
Notável saber jurídico
Reputação ilibada

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Direito Constitucional
Aula XX
Seção II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da LEI COMPLEMENTAR
que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, observado o disposto em lei.

Nome José Eduardo Cardozo

Advocacia-Geral da União

Função Representar a União

Vias Judicial e Extra-Judicial

Espécie normativa Lei complementar

É quem dispões sobre

Organização
e
Funcionamento

Desenvolve atividades

Consultoria e Assessoramento

Jurídico do Poder Executivo

www.acasadoconcurseiro.com.br 1343
Chefe Advogado-Geral da União

Nomeação Livre nomeação / Presidente da República

Aprovação Não necessita

Tipo de
Não necessita
Aprovação

Requisitos A Cidadãos

B Maiores de 35 anos

C Notável saber jurídico

D Reputação ilibada

Ingresso Concurso público de provas e títulos

OAB Constituição é omissa

Representação da União / execução da dívida ativa

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

Cuidado 1 Necessita a existência de execução

Cuidado 2 Dívida ativa

Cuidado 3 Objetivar o disposto em lei

Status Ministro de Estado

Situação Quando tratar de crime comum

Comum Crimes Responsabilidades

STF SF

1344 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Advocacia Pública (Art. 131 a 132) – Prof. André Vieira

Art. 132. Os PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL, organizados em carreira, na


qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria
jurídica das respectivas unidades federadas.
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três
anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias.

Estados Procuradores DF

Organizados Em carreria

Ingresso Concurso público de provas e títulos

OAB Em todas as suas fases

Exercem a representação judicial

Atribuições e a

Consultoria jurídica

Prazo de Omissa
Bacharelado

Detém Estabilidade

Prazo 3 anos de efetivo exercício

Mediante
Avaliação de desempenho
perante os órgãos próprios

Após
Relatório circunstanciado
das corregedorias

www.acasadoconcurseiro.com.br 1345
Direito Constitucional
Aula XX

Seção III
DA ADVOCACIA
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Advogado É indispensável à administração da justiça

Atos
Inviolável e
Manifestações no exercício da profissão

Limites Da lei

www.acasadoconcurseiro.com.br 1347
Seção IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013)
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no
inciso II do art. 96 desta Constituição Federal."(NR)

Defensoria Pública

Instituição permanente essencial à função


jurisdicional do Estado

Incumbência

Expressão e instrumento do regime democrático

Vias

Judicial e Extrajudicial

Que direitos alcança

Individuais e Coletivos

1348 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Da Advocacia e da Defensoria Pública (Art. 133 a 135) – Prof. André Vieira

Forma

Integral e Gratuita

A quem

Aos necessitados na forma do inciso LXXIV

Lei que Rege

Lei complementar

Ingresso

Concurso público de provas e títulos

Garantia

Inamovibilidade

Vedação

Do exercício fora das atribuições institucionais

Autonomia (Def. Pub. Estadual)

Funcional e Administrativa

Proposta Orçamentária

Dentro dos limites estabelecidos na LDO

Autonomia (Def. Pub. da União/DF)

Disposto no § 2o

Princípios Institucionais

Unidade – Indivisibilidade – Independência funcional

www.acasadoconcurseiro.com.br 1349
Regra do Art. 93

No que couber

Regra do Art. 96, II

No que couber

Subsídio

39, §, 4

OAB
Omissa a CF

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
remunerados na forma do art. 39, § 4º.

Considerações

Remuneração Subsídio

Forma 39, § 4

Parcela Única

1350 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional

Professora Tatiana Marcello

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Direito Constitucional

DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 037 A 038)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – o prazo de validade do concurso público


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto
no edital de convocação, aquele aprovado
CAPÍTULO VII em concurso público de provas ou de pro-
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA vas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir car-
Seção I go ou emprego, na carreira;
DISPOSIÇÕES GERAIS V – as funções de confiança, exercidas ex-
clusivamente por servidores ocupantes de
Art. 37. A administração pública direta e indireta
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
serem preenchidos por servidores de car-
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
reira nos casos, condições e percentuais mí-
aos princípios de legalidade, impessoalidade,
nimos previstos em lei, destinam-se apenas
moralidade, publicidade e eficiência e, também,
às atribuições de direção, chefia e asses-
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons-
soramento; (Redação dada pela Emenda
titucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998)
I – os cargos, empregos e funções públicas
VI – é garantido ao servidor público civil o
são acessíveis aos brasileiros que preen-
direito à livre associação sindical;
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; VII – o direito de greve será exercido nos
(Redação dada pela Emenda Constitucional termos e nos limites definidos em lei espe-
nº 19, de 1998) cífica; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
II – a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em VIII – a lei reservará percentual dos cargos
concurso público de provas ou de provas e e empregos públicos para as pessoas por-
títulos, de acordo com a natureza e a com- tadoras de deficiência e definirá os critérios
plexidade do cargo ou emprego, na forma de sua admissão;
prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-
de livre nomeação e exoneração; (Redação ção por tempo determinado para atender a
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de necessidade temporária de excepcional in-
1998) teresse público;
X – a remuneração dos servidores públicos
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39

www.acasadoconcurseiro.com.br 1353
somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei

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complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:

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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do


caput deste artigo, fica facultado aos Esta-
dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm-
bito, mediante emenda às respectivas Cons-
tituições e Lei Orgânica, como limite único,
o subsídio mensal dos Desembargadores
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do

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povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.

Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.

Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.

Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.

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Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.

Conceito de Agente Público

Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.

Classificação/Espécies dos Agentes Públicos

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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:

c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública


sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:
•• Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o
serviço militar);
•• Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando
o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um
incêndio e presta socorro);
•• Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é
contratado para fazer um parecer);
•• Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e
permissionárias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);
•• Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais).

1360 www.acasadoconcurseiro.com.br
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d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares)


– Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário
especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os
Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis.

Cargo, Emprego e Função Pública

Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.

Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam

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por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.

Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.

AGENTES PÚBLICOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Cargos, empregos e funções públicas

São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).

Exigência de concurso público

A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Cargo em Comissão e Função de Confiança – as funções de confiança, exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-
se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

Prazo de validade do concurso

O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.

Prioridade de nomeação

Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1363
Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.

Direito à livre associação sindical

É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

Direito de greve

O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.

Reserva de percentual aos portadores de deficiência

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.

Fixação e revisão geral da remuneração

A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Teto remuneratório

Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o

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Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.

Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF

Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ

Paridade de Vencimentos

Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

Mandato eletivo

Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

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I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

Acumulação de cargos públicos

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções,


abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém
é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

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c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

Acumulação lícita:

Acumulação de proventos com remuneração

É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.

Atos de Improbidade Administrativa

Os atos de improbidade administrativa importarão:


a) a suspensão dos direitos políticos,
b) a perda da função pública,
c) a indisponibilidade dos bens,
d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
e) sem prejuízo da ação penal cabível.

Responsabilidade por danos

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, quem responde
pelos danos causados a terceiros por agentes públicos são as respectivas pessoas jurídicas;
porém, se houver culpa ou dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

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Administração Pública na
Constituição Federal

Disposições Gerais
(art. 37 a 38)

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Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

• Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência...

• Tratam-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando


que há outros princípios aplicáveis.

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• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:

Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

• A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou


autorize sua atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública
está condicionada ao que a lei permite ou determina.

• Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que


“podem fazer tudo o que a lei não proíba”, no âmbito da administração
pública esse princípio significa que o administrador “só pode fazer o que a lei
autorize ou determine”.

• Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o


administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e
sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última
instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes,
pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

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• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.

• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE

• A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé.


Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser
moral também, já que nem tudo que é legal é honesto.

• Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é


considerado nulo.

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• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

• Esse princípio é tratado sob dois prismas:


a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos
atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o
patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato não pode produzir
efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa - finalidade de
possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública
pelo povo.

• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

• O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998.


Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais
simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da
atividade da administração pública.

• O administrador deve ter planejamento, procurando a melhor solução para


atingir a finalidade e interesse público do ato.

• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.

1372 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

Agente Público

• Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):

Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou


transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.

Agentes
Públicos

Agentes Administrativos Particulares em Agentes Militares


Agentes Políticos colaboração
(Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)

cargo emprego função


público público pública

www.acasadoconcurseiro.com.br 1373
Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários

Cargos Públicos (efetivos


Empregos Públicos Função Pública
ou em comissão)

Regime Estatutário ou Regime Celetista ou Contrato com prazo


Legal Trabalhista (CLT) determinado

Administração Direta, Empresas Públicas e Soc.


Autarquias e Fundações de Economia Mista

Agentes Públicos na Constituição Federal

• Cargos, empregos e funções públicas

• São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,


assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

• (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de pesquisa


científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos
desta Lei).

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Exigência de concurso público

• A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.

• Cargo em Comissão e Função de Confiança - as funções de confiança, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade

www.acasadoconcurseiro.com.br 1375
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

• Prazo de validade do concurso


• O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável 1 vez, por
igual período.

• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

1376 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Direito à livre associação sindical

• É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

• Direito de greve

• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).

ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

• Reserva de percentual aos portadores de deficiência

• A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas


portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

• Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva


de vagas para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a
deficiência é compatível ou não com as atribuições do cargo.

• Obs.: Lei 8.112/90, art. 5, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o


direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1377
• Fixação e revisão geral da remuneração

• A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices.

• Teto remuneratório

• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.

1378 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

www.acasadoconcurseiro.com.br 1379
Mandato eletivo

• Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;

• Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

1380 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

• Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos


públicos são irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

• Acumulação de cargos públicos

• É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e


funções; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI
(teto):
a) a de 2 cargos de professor;
b) a de 1 cargo de professor com 1 técnico ou científico;
c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Obs.: também 1 de vereador + 1 cargo, emprego ou função.

• A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1381
Acumulação lícita:

• Acumulação de proventos de aposentadoria + remuneração de cargo


• É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40,
art. 42 e 142, CF) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

• Regra: vedada a acumulação


• Exceção:
a) cargos acumuláveis na atividade;
b) cargo em comissão;
c) cargo eletivo.

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Atos de Improbidade Administrativa

• Os atos de improbidade administrativa importarão:


Øsuspensão dos direitos políticos,
Øperda da função pública,
Øindisponibilidade dos bens,
Øressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
Øação penal cabível.

• Responsabilidade por danos

• As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

• Portanto, quem responde pelos danos causados a terceiros por agentes


públicos são as respectivas pessoas jurídicas; porém, se houver culpa ou
dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1383
Direito Administrativo

DOS SERVIDORES PÚBLICOS (ART. 039 A 041)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-
ral manterão escolas de governo para a for-
CAPÍTULO VII mação e o aperfeiçoamento dos servidores
públicos, constituindo-se a participação nos
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA cursos um dos requisitos para a promoção
na carreira, facultada, para isso, a celebra-
Seção II ção de convênios ou contratos entre os en-
DOS SERVIDORES PÚBLICOS tes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
18, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re-
competência, regime jurídico único e planos de
quisitos diferenciados de admissão quando
carreira para os servidores da administração pú-
a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela
blica direta, das autarquias e das fundações pú-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
blicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
mandato eletivo, os Ministros de Estado e
e os Municípios instituirão conselho de política
os Secretários Estaduais e Municipais serão
de administração e remuneração de pessoal,
remunerados exclusivamente por subsídio
integrado por servidores designados pelos res-
fixado em parcela única, vedado o acrésci-
pectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda
mo de qualquer gratificação, adicional, abo-
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº
no, prêmio, verba de representação ou ou-
2.135-4)
tra espécie remuneratória, obedecido, em
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
e dos demais componentes do sistema re- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
muneratório observará: (Redação dada pela de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito
I – a natureza, o grau de responsabilidade Federal e dos Municípios poderá estabele-
e a complexidade dos cargos componen- cer a relação entre a maior e a menor re-
tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda muneração dos servidores públicos, obede-
Constitucional nº 19, de 1998) cido, em qualquer caso, o disposto no art.
II – os requisitos para a investidura; (Inclu- 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional
ído pela Emenda Constitucional nº 19, de nº 19, de 1998)
1998)

www.acasadoconcurseiro.com.br 1385
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

1386 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

I – portadores de deficiência; (Incluído pela § 8º É assegurado o reajustamento dos be-


Emenda Constitucional nº 47, de 2005) nefícios para preservar-lhes, em caráter per-
II – que exerçam atividades de risco; (Inclu- manente, o valor real, conforme critérios
ído pela Emenda Constitucional nº 47, de estabelecidos em lei. (Redação dada pela
2005) Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de

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cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-

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Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199

1. Obrigatoriedade de regime jurídico único

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-


tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. Cada ente da Federação deve definir se o re-
gime de todos os seus servidores (em sentido amplo) será celetista ou estatutário. Essa regra
foi alterada pela EC 19/1998, eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia
da nova redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico único).
Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para todos os servidores civis da
União, autarquias e fundações públicas Federais.

2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)

www.acasadoconcurseiro.com.br 1389
exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.

3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.

5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.

1390 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

SLIDES – DOS SERVIDORES PÚBLICOS

• Obrigatoriedade de regime jurídico único


• Regime Jurídico é o conjunto de regras (direitos e deveres) que regem a
relação entre o servidor e a Administração. Pode ser estatutário/legal ou
celetista/trabalhista.

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito


de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.

• Cada ente da Federação deve definir se o regime de todos os seus servidores


será celetista ou estatutário. Essa regra foi alterada pela EC 19/1998,
eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia da nova
redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico
único). Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para
todos os servidores civis da União, autarquias e fundações públicas Federais.

Direitos Trabalhistas aplicáveis aos Servidores

• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1391
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;

• XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;


• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do
normal;
• XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o
salário normal;
• XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
120 dias;
• XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
• XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
• XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
• XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

• Estabilidade

• É a garantia de permanência no serviço público.

• São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para


cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público + avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.

3 anos

Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório

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• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.

• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.

Reintegração

• Invalidada por sentença judicial (ou decisão administrativa) a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado.

• O eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem


direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

1394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

Disponibilidade

• Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.

Está disponível? Vou aproveitar!

• Aposentadoria

• Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado
regime de previdência (Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para a
aposentadoria.

• Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de


livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja,
o regime geral aplicável aos trabalhadores da iniciativa provada regidos pela CLT.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1395
• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.

Aposentadoria

• Por invalidez permanente.

• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.

1396 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

• Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo


que se aposentar):

• 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral);


• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

• 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral);


• Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição).

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Estatuto da Criança e do Adolescente

Professor André Vieira

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Estatuto da Criança e do Adolescente

PARTE GERAL

Texto compilado mento físico, mental, moral, espiritual e social,


Presidência da República em condições de liberdade e de dignidade.
Casa Civil Parágrafo único. Os direitos enunciados
Subchefia para Assuntos Jurídicos nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminação de nasci-
LEI Nº 8.069, mento, situação familiar, idade, sexo, raça,
DE 13 DE JULHO DE 1990 etnia ou cor, religião ou crença, deficiên-
cia, condição pessoal de desenvolvimento
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles- e aprendizagem, condição econômica, am-
cente e dá outras providências. biente social, região e local de moradia ou
outra condição que diferencie as pessoas,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que
as famílias ou a comunidade em que vivem.
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegu-
rar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
TÍTULO I direitos referentes à vida, à saúde, à alimenta-
ção, à educação, ao esporte, ao lazer, à profis-
Das Disposições Preliminares sionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar e comunitá-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral ria.
à criança e ao adolescente.
Parágrafo único. A garantia de prioridade
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos compreende:
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade in-
completos, e adolescente aquela entre doze e a) primazia de receber proteção e socorro
dezoito anos de idade. em quaisquer circunstâncias;

Parágrafo único. Nos casos expressos em b) precedência de atendimento nos servi-


lei, aplica-se excepcionalmente este Esta- ços públicos ou de relevância pública;
tuto às pessoas entre dezoito e vinte e um c) preferência na formulação e na execução
anos de idade. das políticas sociais públicas;
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de to- d) destinação privilegiada de recursos públi-
dos os direitos fundamentais inerentes à pessoa cos nas áreas relacionadas com a proteção à
humana, sem prejuízo da proteção integral de infância e à juventude.
que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei
ou por outros meios, todas as oportunidades e Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvi- objeto de qualquer forma de negligência, dis-
criminação, exploração, violência, crueldade e

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opressão, punido na forma da lei qualquer aten- § 4º Incumbe ao poder público proporcio-
tado, por ação ou omissão, aos seus direitos nar assistência psicológica à gestante e à
fundamentais. mãe, no período pré e pós- natal, inclusive
como forma de prevenir ou minorar as con-
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão sequências do estado puerperal.
em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres § 5º A assistência referida no § 4º deste ar-
individuais e coletivos, e a condição peculiar da tigo deverá ser prestada também a gestan-
criança e do adolescente como pessoas em de- tes e mães que manifestem interesse em
senvolvimento. entregar seus filhos para adoção, bem como
a gestantes e mães que se encontrem em si-
tuação de privação de liberdade.
TÍTULO II § 6º A gestante e a parturiente têm direito
a 1 (um) acompanhante de sua preferência
Dos Direitos Fundamentais durante o período do pré- natal, do traba-
lho de parto e do pós-parto imediato.
§ 7º A gestante deverá receber orientação
CAPÍTULO I sobre aleitamento materno, alimentação
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE complementar saudável e crescimento e
desenvolvimento infantil, bem como sobre
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a formas de favorecer a criação de vínculos
proteção à vida e à saúde, mediante a efetiva- afetivos e de estimular o desenvolvimento
ção de políticas sociais públicas que permitam integral da criança.
o nascimento e o desenvolvimento sadio e har-
§ 8º A gestante tem direito a acompanha-
monioso, em condições dignas de existência.
mento saudável durante toda a gestação e a
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o parto natural cuidadoso, estabelecendo-se
acesso aos programas e às políticas de saúde a aplicação de cesariana e outras interven-
da mulher e de planejamento reprodutivo e, às ções cirúrgicas por motivos médicos.
gestantes, nutrição adequada, atenção humani-
§ 9º A atenção primária à saúde fará a bus-
zada à gravidez, ao parto e ao puerpério e aten-
ca ativa da gestante que não iniciar ou que
dimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral
abandonar as consultas de pré-natal, bem
no âmbito do Sistema Único de Saúde.
como da puérpera que não comparecer às
§ 1º O atendimento pré-natal será realizado consultas pós-parto.
por profissionais da atenção primária.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à
§ 2º Os profissionais de saúde de referência gestante e à mulher com filho na primeira
da gestante garantirão sua vinculação, no infância que se encontrem sob custódia em
último trimestre da gestação, ao estabele- unidade de privação de liberdade, ambiên-
cimento em que será realizado o parto, ga- cia que atenda às normas sanitárias e assis-
rantido o direito de opção da mulher. tenciais do Sistema Único de Saúde para o
acolhimento do filho, em articulação com o
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for sistema de ensino competente, visando ao
realizado assegurarão às mulheres e aos desenvolvimento integral da criança.
seus filhos recém-nascidos alta hospitalar
responsável e contrarreferência na atenção Art. 9º O poder público, as instituições e os em-
primária, bem como o acesso a outros ser- pregadores propiciarão condições adequadas
viços e a grupos de apoio à amamentação. ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de

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ECA – Parte Geral – Prof. André Vieira

mães submetidas a medida privativa de liberda- § 1º A criança e o adolescente com deficiên-


de. cia serão atendidos, sem discriminação ou
segregação, em suas necessidades gerais de
§ 1º Os profissionais das unidades primárias saúde e específicas de habilitação e reabili-
de saúde desenvolverão ações sistemáticas, tação.
individuais ou coletivas, visando ao plane-
jamento, à implementação e à avaliação de § 2º Incumbe ao poder público fornecer
ações de promoção, proteção e apoio ao gratuitamente, àqueles que necessitarem,
aleitamento materno e à alimentação com- medicamentos, órteses, próteses e outras
plementar saudável, de forma contínua. tecnologias assistivas relativas ao tratamen-
to, habilitação ou reabilitação para crianças
§ 2º Os serviços de unidades de terapia in- e adolescentes, de acordo com as linhas de
tensiva neonatal deverão dispor de banco cuidado voltadas às suas necessidades es-
de leite humano ou unidade de coleta de pecíficas.
leite humano.
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos diário ou frequente de crianças na primei-
de atenção à saúde de gestantes, públicos e par- ra infância receberão formação específica
ticulares, são obrigados a: e permanente para a detecção de sinais de
I – manter registro das atividades desenvol- risco para o desenvolvimento psíquico, bem
vidas, através de prontuários individuais, como para o acompanhamento que se fizer
pelo prazo de dezoito anos; necessário.

II – identificar o recém-nascido mediante o Art. 12. Os estabelecimentos de atendimen-


registro de sua impressão plantar e digital e to à saúde, inclusive as unidades neonatais, de
da impressão digital da mãe, sem prejuízo terapia intensiva e de cuidados intermediários,
de outras formas normatizadas pela autori- deverão proporcionar condições para a perma-
dade administrativa competente; nência em tempo integral de um dos pais ou
responsável, nos casos de internação de criança
III – proceder a exames visando ao diag- ou adolescente.
nóstico e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de
prestar orientação aos pais; castigo físico, de tratamento cruel ou degradan-
te e de maus- tratos contra criança ou adoles-
IV – fornecer declaração de nascimento cente serão obrigatoriamente comunicados ao
onde constem necessariamente as intercor- Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem
rências do parto e do desenvolvimento do prejuízo de outras providências legais.
neonato;
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem
V – manter alojamento conjunto, possibi- interesse em entregar seus filhos para ado-
litando ao neonato a permanência junto à ção serão obrigatoriamente encaminhadas,
mãe. sem constrangimento, à Justiça da Infância
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas e da Juventude.
de cuidado voltadas à saúde da criança e do § 2º Os serviços de saúde em suas diferen-
adolescente, por intermédio do Sistema Único tes portas de entrada, os serviços de assis-
de Saúde, observado o princípio da equidade no tência social em seu componente especiali-
acesso a ações e serviços para promoção, prote- zado, o Centro de Referência Especializado
ção e recuperação da saúde. de Assistência Social (Creas) e os demais
órgãos do Sistema de Garantia de Direitos
da Criança e do Adolescente deverão confe-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1403
rir máxima prioridade ao atendimento das I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e
crianças na faixa etária da primeira infância espaços comunitários, ressalvadas as restri-
com suspeita ou confirmação de violência ções legais;
de qualquer natureza, formulando projeto
terapêutico singular que inclua intervenção II – opinião e expressão;
em rede e, se necessário, acompanhamento III – crença e culto religioso;
domiciliar.
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá
programas de assistência médica e odontoló- V – participar da vida familiar e comunitá-
gica para a prevenção das enfermidades que ria, sem discriminação; VI participar da vida
ordinariamente afetam a população infantil, política, na forma da lei;
e campanhas de educação sanitária para pais, VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
educadores e alunos.
§ 1º É obrigatória a vacinação das crianças Art. 17. O direito ao respeito consiste na invio-
nos casos recomendados pelas autoridades labilidade da integridade física, psíquica e moral
sanitárias. da criança e do adolescente, abrangendo a pre-
servação da imagem, da identidade, da autono-
§ 2º O Sistema Único de Saúde promoverá mia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e
a atenção à saúde bucal das crianças e das objetos pessoais.
gestantes, de forma transversal, integral e
intersetorial com as demais linhas de cuida- Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade
do direcionadas à mulher e à criança. da criança e do adolescente, pondo-os a salvo
de qualquer tratamento desumano, violento,
§ 3º A atenção odontológica à criança terá aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
função educativa protetiva e será prestada,
inicialmente, antes de o bebê nascer, por Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o di-
meio de aconselhamento pré-natal, e, pos- reito de ser educados e cuidados sem o uso
teriormente, no sexto e no décimo segundo de castigo físico ou de tratamento cruel ou
anos de vida, com orientações sobre saúde degradante, como formas de correção, disci-
bucal. plina, educação ou qualquer outro pretexto,
pelos pais, pelos integrantes da família amplia-
§ 4º A criança com necessidade de cuidados da, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
odontológicos especiais será atendida pelo executores de medidas socioeducativas ou por
Sistema Único de Saúde. qualquer pessoa encarregada de cuidar deles,
tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, con-
CAPÍTULO II sidera-se:
DO DIREITO À LIBERDADE, AO I – castigo físico: ação de natureza discipli-
RESPEITO E À DIGNIDADE nar ou punitiva aplicada com o uso da força
física sobre a criança ou o adolescente que
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à resulte em:
liberdade, ao respeito e à dignidade como pes-
soas humanas em processo de desenvolvimen- a) sofrimento físico; ou
to e como sujeitos de direitos civis, humanos e b) lesão;
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
II – tratamento cruel ou degradante: condu-
Art. 16. O direito à liberdade compreende os se- ta ou forma cruel de tratamento em relação
guintes aspectos: à criança ou ao adolescente que:

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ECA – Parte Geral – Prof. André Vieira

a) humilhe; ou ambiente que garanta seu desenvolvimento in-


tegral.
b) ameace gravemente; ou
§ 1º Toda criança ou adolescente que esti-
c) ridicularize. ver inserido em programa de acolhimento
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família familiar ou institucional terá sua situação
ampliada, os responsáveis, os agentes públi- reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) me-
cos executores de medidas socioeducativas ses, devendo a autoridade judiciária compe-
ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de tente, com base em relatório elaborado por
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los equipe interprofissional ou multidisciplinar,
ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou decidir de forma fundamentada pela possi-
tratamento cruel ou degradante como formas bilidade de reintegração familiar ou coloca-
de correção, disciplina, educação ou qualquer ção em família substituta, em quaisquer das
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, § 2º A permanência da criança e do ado-
que serão aplicadas de acordo com a gravidade lescente em programa de acolhimento ins-
do caso: titucional não se prolongará por mais de 2
I – encaminhamento a programa oficial ou (dois) anos, salvo comprovada necessidade
comunitário de proteção à família; que atenda ao seu superior interesse, de-
vidamente fundamentada pela autoridade
II – encaminhamento a tratamento psicoló- judiciária.
gico ou psiquiátrico;
§ 3º A manutenção ou a reintegração de
III – encaminhamento a cursos ou progra- criança ou adolescente à sua família terá
mas de orientação; preferência em relação a qualquer outra
IV – obrigação de encaminhar a criança a providência, caso em que será esta incluída
tratamento especializado; em serviços e programas de proteção, apoio
e promoção, nos termos do § 1º do art. 23,
V – advertência. dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos
incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
Parágrafo único. As medidas previstas neste
artigo serão aplicadas pelo Conselho Tute- § 4º Será garantida a convivência da criança
lar, sem prejuízo de outras providências le- e do adolescente com a mãe ou o pai priva-
gais. do de liberdade, por meio de visitas periódi-
cas promovidas pelo responsável ou, nas hi-
póteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, independentemente
CAPÍTULO III de autorização judicial.
DO DIREITO À CONVIVÊNCIA Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do
FAMILIAR E COMUNITÁRIA casamento, ou por adoção, terão os mesmos
direitos e qualificações, proibidas quaisquer de-
Seção I signações discriminatórias relativas à filiação.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 21. O poder familiar será exercido, em
Art. 19. É direito da criança e do adolescente igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na
ser criado e educado no seio de sua família e, forma do que dispuser a legislação civil, assegu-
excepcionalmente, em família substituta, asse- rado a qualquer deles o direito de, em caso de
gurada a convivência familiar e comunitária, em discordância, recorrer à autoridade judiciária
competente para a solução da divergência.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1405
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, cente convive e mantém vínculos de afini-
guarda e educação dos filhos menores, caben- dade e afetividade.
do-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação
de cumprir e fazer cumprir as determinações ju- Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento po-
diciais. derão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou
separadamente, no próprio termo de nascimen-
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os res- to, por testamento, mediante escritura ou outro
ponsáveis, têm direitos iguais e deveres e documento público, qualquer que seja a origem
responsabilidades compartilhados no cui- da filiação.
dado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão fami- Parágrafo único. O reconhecimento pode
liar de suas crenças e culturas, assegurados preceder o nascimento do filho ou suceder-
os direitos da criança estabelecidos nesta -lhe ao falecimento, se deixar descenden-
Lei. tes.

Art. 23. A falta ou a carência de recursos mate- Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação
riais não constitui motivo suficiente para a per- é direito personalíssimo, indisponível e impres-
da ou a suspensão do poder familiar. critível, podendo ser exercitado contra os pais
ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, ob-
§ 1º Não existindo outro motivo que por si servado o segredo de Justiça.
só autorize a decretação da medida, a crian-
ça ou o adolescente será mantido em sua Seção III
família de origem, a qual deverá obrigato- DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
riamente ser incluída em serviços e progra-
mas oficiais de proteção, apoio e promoção. Subseção I
§ 2º A condenação criminal do pai ou da DISPOSIÇÕES GERAIS
mãe não implicará a destituição do poder
Art. 28. A colocação em família substituta far-
familiar, exceto na hipótese de condenação
-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, inde-
por crime doloso, sujeito à pena de reclu-
pendentemente da situação jurídica da criança
são, contra o próprio filho ou filha.
ou adolescente, nos termos desta Lei.
Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio poder
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o
poder familiar serão decretadas judicialmente,
adolescente será previamente ouvido por
em procedimento contraditório, nos casos pre-
equipe interprofissional, respeitado seu es-
vistos na legislação civil, bem como na hipótese
tágio de desenvolvimento e grau de com-
de descumprimento injustificado dos deveres e
preensão sobre as implicações da medida, e
obrigações a que alude o art. 22.
terá sua opinião devidamente considerada.
Seção II § 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos
DA FAMÍLIA NATURAL de idade, será necessário seu consentimen-
to, colhido em audiência.
Art. 25. Entende-se por família natural a comu-
nidade formada pelos pais ou qualquer deles e § 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em
seus descendentes. conta o grau de parentesco e a relação de
afinidade ou de afetividade, a fim de evitar
Parágrafo único. Entende-se por família ou minorar as consequências decorrentes
extensa ou ampliada aquela que se esten- da medida.
de para além da unidade pais e filhos ou
da unidade do casal, formada por parentes § 4º Os grupos de irmãos serão colocados
próximos com os quais a criança ou adoles- sob adoção, tutela ou guarda da mesma fa-

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mília substituta, ressalvada a comprovada Art. 31. A colocação em família substituta es-
existência de risco de abuso ou outra situ- trangeira constitui medida excepcional, somen-
ação que justifique plenamente a excepcio- te admissível na modalidade de adoção.
nalidade de solução diversa, procurando-se,
em qualquer caso, evitar o rompimento de- Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o res-
finitivo dos vínculos fraternais. ponsável prestará compromisso de bem e fiel-
mente desempenhar o encargo, mediante ter-
§ 5º A colocação da criança ou adolescente mo nos autos.
em família substituta será precedida de sua
preparação gradativa e acompanhamento Subseção II
posterior, realizados pela equipe interpro- DA GUARDA
fissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com o apoio Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistên-
dos técnicos responsáveis pela execução da cia material, moral e educacional à criança ou
política municipal de garantia do direito à adolescente, conferindo a seu detentor o direito
convivência familiar. de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
§ 6º Em se tratando de criança ou adoles- § 1º A guarda destina-se a regularizar a pos-
cente indígena ou proveniente de comuni- se de fato, podendo ser deferida, liminar ou
dade remanescente de quilombo, é ainda incidentalmente, nos procedimentos de tu-
obrigatório: tela e adoção, exceto no de adoção por es-
I – que sejam consideradas e respeitadas trangeiros.
sua identidade social e cultural, os seus cos- § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guar-
tumes e tradições, bem como suas institui- da, fora dos casos de tutela e adoção, para
ções, desde que não sejam incompatíveis atender a situações peculiares ou suprir a
com os direitos fundamentais reconhecidos falta eventual dos pais ou responsável, po-
por esta Lei e pela Constituição Federal; dendo ser deferido o direito de representa-
II – que a colocação familiar ocorra priori- ção para a prática de atos determinados.
tariamente no seio de sua comunidade ou
§ 3º A guarda confere à criança ou adoles-
junto a membros da mesma etnia;
cente a condição de dependente, para to-
III – a intervenção e oitiva de representan- dos os fins e efeitos de direito, inclusive pre-
tes do órgão federal responsável pela polí- videnciários.
tica indigenista, no caso de crianças e ado-
lescentes indígenas, e de antropólogos, § 4º Salvo expressa e fundamentada deter-
perante a equipe interprofissional ou multi- minação em contrário, da autoridade judi-
disciplinar que irá acompanhar o caso. ciária competente, ou quando a medida for
aplicada em preparação para adoção, o de-
Art. 29. Não se deferirá colocação em família ferimento da guarda de criança ou adoles-
substituta a pessoa que revele, por qualquer cente a terceiros não impede o exercício do
modo, incompatibilidade com a natureza da direito de visitas pelos pais, assim como o
medida ou não ofereça ambiente familiar ade- dever de prestar alimentos, que serão obje-
quado. to de regulamentação específica, a pedido
do interessado ou do Ministério Público.
Art. 30. A colocação em família substituta não
admitirá transferência da criança ou adolescen- Art. 34. O poder público estimulará, por meio
te a terceiros ou a entidades governamentais ou de assistência jurídica, incentivos fiscais e sub-
não-governamentais, sem autorização judicial. sídios, o acolhimento, sob a forma de guarda,
de criança ou adolescente afastado do convívio
familiar.

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§ 1º A inclusão da criança ou adolescente tura da sucessão, ingressar com pedido desti-
em programas de acolhimento familiar terá nado ao controle judicial do ato, observando o
preferência a seu acolhimento institucio- procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta
nal, observado, em qualquer caso, o caráter Lei.
temporário e excepcional da medida, nos
termos desta Lei. Parágrafo único. Na apreciação do pedido,
serão observados os requisitos previstos
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo a nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo
pessoa ou casal cadastrado no programa deferida a tutela à pessoa indicada na dis-
de acolhimento familiar poderá receber a posição de última vontade, se restar com-
criança ou adolescente mediante guarda, provado que a medida é vantajosa ao tu-
observado o disposto nos arts. 28 a 33 des- telando e que não existe outra pessoa em
ta Lei. melhores condições de assumi-la.
§ 3º A União apoiará a implementação de Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o dis-
serviços de acolhimento em família acolhe- posto no art. 24.
dora como política pública, os quais deverão
dispor de equipe que organize o acolhimen- Subseção IV
to temporário de crianças e de adolescen- DA ADOÇÃO
tes em residências de famílias selecionadas,
capacitadas e acompanhadas que não este- Art. 39. A adoção de criança e de adolescente
jam no cadastro de adoção. reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.

§ 4º Poderão ser utilizados recursos fede- § 1º A adoção é medida excepcional e ir-


rais, estaduais, distritais e municipais para revogável, à qual se deve recorrer apenas
a manutenção dos serviços de acolhimen- quando esgotados os recursos de manu-
to em família acolhedora, facultando-se o tenção da criança ou adolescente na família
repasse de recursos para a própria família natural ou extensa, na forma do parágrafo
acolhedora. único do art. 25 desta Lei.

Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qual- § 2º É vedada a adoção por procuração.
quer tempo, mediante ato judicial fundamenta-
Art. 40. O adotando deve contar com, no máxi-
do, ouvido o Ministério Público.
mo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já
Subseção III estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
DA TUTELA Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, in-
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei clusive sucessórios, desligando-o de qualquer
civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incom- vínculo com pais e parentes, salvo os impedi-
pletos. mentos matrimoniais.
Parágrafo único. O deferimento da tutela § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos
pressupõe a prévia decretação da perda ou adota o filho do outro, mantêm-se os víncu-
suspensão do pátrio poder poder familiar e los de filiação entre o adotado e o cônjuge
implica necessariamente o dever de guarda. ou concubino do adotante e os respectivos
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou parentes.
qualquer documento autêntico, conforme pre- § 2º É recíproco o direito sucessório entre
visto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no o adotado, seus descendentes, o adotante,
10.406, de 10 de janeiro de 2002 Código Civil, seus ascendentes, descendentes e colate-
deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a aber-

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rais até o 4º grau, observada a ordem de vo- sejam desconhecidos ou tenham sido desti-
cação hereditária. tuídos do poder familiar.
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoi- § 2º. Em se tratando de adotando maior de
to) anos, independentemente do estado civil. doze anos de idade, será também necessá-
rio o seu consentimento.
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os
irmãos do adotando. Art. 46. A adoção será precedida de estágio de
convivência com a criança ou adolescente, pelo
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável prazo que a autoridade judiciária fixar, observa-
que os adotantes sejam casados civilmente das as peculiaridades do caso.
ou mantenham união estável, comprovada
a estabilidade da família. § 1º O estágio de convivência poderá ser
dispensado se o adotando já estiver sob a
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, de- tutela ou guarda legal do adotante durante
zesseis anos mais velho do que o adotando. tempo suficiente para que seja possível ava-
§ 4º Os divorciados, os judicialmente sepa- liar a conveniência da constituição do víncu-
rados e os ex-companheiros podem adotar lo.
conjuntamente, contanto que acordem so- § 2º A simples guarda de fato não autoriza,
bre a guarda e o regime de visitas e desde por si só, a dispensa da realização do está-
que o estágio de convivência tenha sido gio de convivência.
iniciado na constância do período de convi-
vência e que seja comprovada a existência § 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal
de vínculos de afinidade e afetividade com residente ou domiciliado fora do País, o es-
aquele não detentor da guarda, que justifi- tágio de convivência, cumprido no territó-
quem a excepcionalidade da concessão. rio nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta)
dias.
§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde
que demonstrado efetivo benefício ao ado- § 4º O estágio de convivência será acompa-
tando, será assegurada a guarda comparti- nhado pela equipe interprofissional a ser-
lhada, conforme previsto no art. 1.584 da viço da Justiça da Infância e da Juventude,
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 Có- preferencialmente com apoio dos técnicos
digo Civil. responsáveis pela execução da política de
garantia do direito à convivência familiar,
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao ado- que apresentarão relatório minucioso acer-
tante que, após inequívoca manifestação de ca da conveniência do deferimento da me-
vontade, vier a falecer no curso do procedi- dida.
mento, antes de prolatada a sentença.
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por
Art. 43. A adoção será deferida quando apre- sentença judicial, que será inscrita no registro
sentar reais vantagens para o adotando e fun- civil mediante mandado do qual não se forne-
dar-se em motivos legítimos. cerá certidão.
Art. 44. Enquanto não der conta de sua adminis- § 1º A inscrição consignará o nome dos ado-
tração e saldar o seu alcance, não pode o tutor tantes como pais, bem como o nome de
ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. seus ascendentes.
Art. 45. A adoção depende do consentimento § 2º O mandado judicial, que será arquiva-
dos pais ou do representante legal do adotando. do, cancelará o registro original do adotado.
§ 1º. O consentimento será dispensado em
relação à criança ou adolescente cujos pais

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§ 3º A pedido do adotante, o novo registro Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em
poderá ser lavrado no Cartório do Registro cada comarca ou foro regional, um registro de
Civil do Município de sua residência. crianças e adolescentes em condições de serem
adotados e outro de pessoas interessadas na
§ 4º Nenhuma observação sobre a origem adoção.
do ato poderá constar nas certidões do re-
gistro. § 1º O deferimento da inscrição dar-se-á
após prévia consulta aos órgãos técnicos do
§ 5º A sentença conferirá ao adotado o juizado, ouvido o Ministério Público.
nome do adotante e, a pedido de qualquer
deles, poderá determinar a modificação do § 2º Não será deferida a inscrição se o in-
prenome. teressado não satisfazer os requisitos legais,
ou verificada qualquer das hipóteses previs-
§ 6º Caso a modificação de prenome seja tas no art. 29.
requerida pelo adotante, é obrigatória a oi-
tiva do adotando, observado o disposto nos § 3º A inscrição de postulantes à adoção
§§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei. será precedida de um período de prepara-
ção psicossocial e jurídica, orientado pela
§ 7º A adoção produz seus efeitos a partir equipe técnica da Justiça da Infância e da
do trânsito em julgado da sentença consti- Juventude, preferencialmente com apoio
tutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º dos técnicos responsáveis pela execução da
do art. 42 desta Lei, caso em que terá força política municipal de garantia do direito à
retroativa à data do óbito. convivência familiar.
§ 8º O processo relativo à adoção assim § 4º Sempre que possível e recomendável,
como outros a ele relacionados serão man- a preparação referida no § 3º deste artigo
tidos em arquivo, admitindo-se seu arma- incluirá o contato com crianças e adolescen-
zenamento em microfilme ou por outros tes em acolhimento familiar ou institucional
meios, garantida a sua conservação para em condições de serem adotados, a ser rea-
consulta a qualquer tempo. lizado sob a orientação, supervisão e avalia-
§ 9º Terão prioridade de tramitação os pro- ção da equipe técnica da Justiça da Infância
cessos de adoção em que o adotando for e da Juventude, com apoio dos técnicos res-
criança ou adolescente com deficiência ou ponsáveis pelo programa de acolhimento e
com doença crônica. pela execução da política municipal de ga-
rantia do direito à convivência familiar.
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua
origem biológica, bem como de obter acesso ir- § 5º Serão criados e implementados cadas-
restrito ao processo no qual a medida foi aplica- tros estaduais e nacional de crianças e ado-
da e seus eventuais incidentes, após completar lescentes em condições de serem adotados
18 (dezoito) anos. e de pessoas ou casais habilitados à adoção.

Parágrafo único. O acesso ao processo de § 6º Haverá cadastros distintos para pes-


adoção poderá ser também deferido ao soas ou casais residentes fora do País, que
adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu somente serão consultados na inexistência
pedido, assegurada orientação e assistência de postulantes nacionais habilitados nos ca-
jurídica e psicológica. dastros mencionados no § 5º deste artigo.

Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece § 7º As autoridades estaduais e federais em
o poder familiar dos pais naturais. matéria de adoção terão acesso integral aos
cadastros, incumbindo- lhes a troca de in-

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formações e a cooperação mútua, para me- 3 (três) anos ou adolescente, desde que o
lhoria do sistema. lapso de tempo de convivência comprove a
fixação de laços de afinidade e afetividade,
§ 8º A autoridade judiciária providencia- e não seja constatada a ocorrência de má-
rá, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, -fé ou qualquer das situações previstas nos
a inscrição das crianças e adolescentes em arts. 237 ou 238 desta Lei.
condições de serem adotados que não ti-
veram colocação familiar na comarca de § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 des-
origem, e das pessoas ou casais que tive- te artigo, o candidato deverá comprovar, no
ram deferida sua habilitação à adoção nos curso do procedimento, que preenche os
cadastros estadual e nacional referidos no § requisitos necessários à adoção, conforme
5º deste artigo, sob pena de responsabilida- previsto nesta Lei.
de.
Art. 51. Considera-se adoção internacional
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual aquela na qual a pessoa ou casal postulante é
zelar pela manutenção e correta alimenta- residente ou domiciliado fora do Brasil, confor-
ção dos cadastros, com posterior comunica- me previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia,
ção à Autoridade Central Federal Brasileira. de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das
Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção
§ 10. A adoção internacional somente será Internacional, aprovada pelo Decreto Legislati-
deferida se, após consulta ao cadastro de vo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada
pessoas ou casais habilitados à adoção, pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999.
mantido pela Justiça da Infância e da Juven-
tude na comarca, bem como aos cadastros § 1º A adoção internacional de criança ou
estadual e nacional referidos no § 5º deste adolescente brasileiro ou domiciliado no
artigo, não for encontrado interessado com Brasil somente terá lugar quando restar
residência permanente no Brasil. comprovado:
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou I – que a colocação em família substituta é a
casal interessado em sua adoção, a criança solução adequada ao caso concreto;
ou o adolescente, sempre que possível e re-
comendável, será colocado sob guarda de II – que foram esgotadas todas as possibi-
família cadastrada em programa de acolhi- lidades de colocação da criança ou adoles-
mento familiar. cente em família substituta brasileira, após
consulta aos cadastros mencionados no art.
§ 12. A alimentação do cadastro e a convo- 50 desta Lei;
cação criteriosa dos postulantes à adoção
serão fiscalizadas pelo Ministério Público. III – que, em se tratando de adoção de ado-
lescente, este foi consultado, por meios
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção adequados ao seu estágio de desenvolvi-
em favor de candidato domiciliado no Bra- mento, e que se encontra preparado para
sil não cadastrado previamente nos termos a medida, mediante parecer elaborado por
desta Lei quando: equipe interprofissional, observado o dis-
posto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.
I – se tratar de pedido de adoção unilateral;
§ 2º Os brasileiros residentes no exterior te-
II – for formulada por parente com o qual a rão preferência aos estrangeiros, nos casos
criança ou adolescente mantenha vínculos de adoção internacional de criança ou ado-
de afinidade e afetividade; lescente brasileiro.
III – oriundo o pedido de quem detém a
tutela ou guarda legal de criança maior de

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§ 3º A adoção internacional pressupõe a estrangeiro à adoção, já realizado no país de
intervenção das Autoridades Centrais Esta- acolhida;
duais e Federal em matéria de adoção inter-
nacional. VII – verificada, após estudo realizado pela
Autoridade Central Estadual, a compatibili-
Art. 52. A adoção internacional observará o pro- dade da legislação estrangeira com a nacio-
cedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta nal, além do preenchimento por parte dos
Lei, com as seguintes adaptações: postulantes à medida dos requisitos obje-
tivos e subjetivos necessários ao seu defe-
I – a pessoa ou casal estrangeiro, interessa- rimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei
do em adotar criança ou adolescente brasi- como da legislação do país de acolhida, será
leiro, deverá formular pedido de habilitação expedido laudo de habilitação à adoção in-
à adoção perante a Autoridade Central em ternacional, que terá validade por, no máxi-
matéria de adoção internacional no país de mo, 1 (um) ano;
acolhida, assim entendido aquele onde está
situada sua residência habitual; VIII – de posse do laudo de habilitação, o in-
teressado será autorizado a formalizar pedi-
II – se a Autoridade Central do país de aco- do de adoção perante o Juízo da Infância e
lhida considerar que os solicitantes estão da Juventude do local em que se encontra a
habilitados e aptos para adotar, emitirá um criança ou adolescente, conforme indicação
relatório que contenha informações sobre efetuada pela Autoridade Central Estadual.
a identidade, a capacidade jurídica e ade-
quação dos solicitantes para adotar, sua si- § 1º Se a legislação do país de acolhida as-
tuação pessoal, familiar e médica, seu meio sim o autorizar, admite-se que os pedidos
social, os motivos que os animam e sua ap- de habilitação à adoção internacional sejam
tidão para assumir uma adoção internacio- intermediados por organismos credencia-
nal; dos.
III – a Autoridade Central do país de acolhi- § 2º Incumbe à Autoridade Central Federal
da enviará o relatório à Autoridade Central Brasileira o credenciamento de organismos
Estadual, com cópia para a Autoridade Cen- nacionais e estrangeiros encarregados de
tral Federal Brasileira; intermediar pedidos de habilitação à ado-
ção internacional, com posterior comuni-
IV – o relatório será instruído com toda a cação às Autoridades Centrais Estaduais e
documentação necessária, incluindo estudo publicação nos órgãos oficiais de imprensa
psicossocial elaborado por equipe interpro- e em sítio próprio da internet.
fissional habilitada e cópia autenticada da
legislação pertinente, acompanhada da res- § 3º Somente será admissível o credencia-
pectiva prova de vigência; mento de organismos que:
V – os documentos em língua estrangeira I – sejam oriundos de países que ratificaram
serão devidamente autenticados pela au- a Convenção de Haia e estejam devidamen-
toridade consular, observados os tratados te credenciados pela Autoridade Central do
e convenções internacionais, e acompanha- país onde estiverem sediados e no país de
dos da respectiva tradução, por tradutor acolhida do adotando para atuar em ado-
público juramentado; ção internacional no Brasil;
VI – a Autoridade Central Estadual poderá II – satisfizerem as condições de integridade
fazer exigências e solicitar complementação moral, competência profissional, experiên-
sobre o estudo psicossocial do postulante cia e responsabilidade exigidas pelos países

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respectivos e pela Autoridade Central Fede- a juntada de cópia autenticada do registro


ral Brasileira; civil, estabelecendo a cidadania do país de
acolhida para o adotado;
III – forem qualificados por seus padrões
éticos e sua formação e experiência para VI – tomar as medidas necessárias para ga-
atuar na área de adoção internacional; rantir que os adotantes encaminhem à Au-
toridade Central Federal Brasileira cópia da
IV – cumprirem os requisitos exigidos pelo certidão de registro de nascimento estran-
ordenamento jurídico brasileiro e pelas nor- geira e do certificado de nacionalidade tão
mas estabelecidas pela Autoridade Central logo lhes sejam concedidos.
Federal Brasileira.
§ 5º A não apresentação dos relatórios re-
§ 4º Os organismos credenciados deverão feridos no § 4º deste artigo pelo organismo
ainda: credenciado poderá acarretar a suspensão
I – perseguir unicamente fins não lucrati- de seu credenciamento.
vos, nas condições e dentro dos limites fi- § 6º O credenciamento de organismo nacio-
xados pelas autoridades competentes do nal ou estrangeiro encarregado de interme-
país onde estiverem sediados, do país de diar pedidos de adoção internacional terá
acolhida e pela Autoridade Central Federal validade de 2 (dois) anos.
Brasileira;
§ 7º A renovação do credenciamento pode-
II – ser dirigidos e administrados por pesso- rá ser concedida mediante requerimento
as qualificadas e de reconhecida idoneidade protocolado na Autoridade Central Federal
moral, com comprovada formação ou expe- Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores
riência para atuar na área de adoção inter- ao término do respectivo prazo de validade.
nacional, cadastradas pelo Departamento
de Polícia Federal e aprovadas pela Auto- § 8º Antes de transitada em julgado a de-
ridade Central Federal Brasileira, median- cisão que concedeu a adoção internacional,
te publicação de portaria do órgão federal não será permitida a saída do adotando do
competente; território nacional.
III – estar submetidos à supervisão das au- § 9º Transitada em julgado a decisão, a au-
toridades competentes do país onde es- toridade judiciária determinará a expedição
tiverem sediados e no país de acolhida, de alvará com autorização de viagem, bem
inclusive quanto à sua composição, funcio- como para obtenção de passaporte, cons-
namento e situação financeira; tando, obrigatoriamente, as características
da criança ou adolescente adotado, como
IV – apresentar à Autoridade Central Fede- idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços
ral Brasileira, a cada ano, relatório geral das peculiares, assim como foto recente e a
atividades desenvolvidas, bem como relató- aposição da impressão digital do seu po-
rio de acompanhamento das adoções inter- legar direito, instruindo o documento com
nacionais efetuadas no período, cuja cópia cópia autenticada da decisão e certidão de
será encaminhada ao Departamento de Po- trânsito em julgado.
lícia Federal;
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasilei-
V – enviar relatório pós-adotivo semestral ra poderá, a qualquer momento, solicitar
para a Autoridade Central Estadual, com informações sobre a situação das crianças e
cópia para a Autoridade Central Federal adolescentes adotados
Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois)
anos. O envio do relatório será mantido até

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§ 11. A cobrança de valores por parte dos Convenção, será automaticamente recepciona-
organismos credenciados, que sejam con- da com o reingresso no Brasil.
siderados abusivos pela Autoridade Central
Federal Brasileira e que não estejam devi- § 1º Caso não tenha sido atendido o dispos-
damente comprovados, é causa de seu des- to na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção
credenciamento. de Haia, deverá a sentença ser homologada
pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge
não podem ser representados por mais de § 2º O pretendente brasileiro residente no
uma entidade credenciada para atuar na exterior em país não ratificante da Conven-
cooperação em adoção internacional. ção de Haia, uma vez reingressado no Brasil,
deverá requerer a homologação da senten-
§ 13. A habilitação de postulante estrangei- ça estrangeira pelo Superior Tribunal de Jus-
ro ou domiciliado fora do Brasil terá valida- tiça.
de máxima de 1 (um) ano, podendo ser re-
novada. Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o
Brasil for o país de acolhida, a decisão da auto-
§ 14. É vedado o contato direto de repre- ridade competente do país de origem da crian-
sentantes de organismos de adoção, na- ça ou do adolescente será conhecida pela Au-
cionais ou estrangeiros, com dirigentes de toridade Central Estadual que tiver processado
programas de acolhimento institucional ou o pedido de habilitação dos pais adotivos, que
familiar, assim como com crianças e adoles- comunicará o fato à Autoridade Central Federal
centes em condições de serem adotados, e determinará as providências necessárias à ex-
sem a devida autorização judicial. pedição do Certificado de Naturalização Provi-
sório.
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasilei-
ra poderá limitar ou suspender a concessão § 1º A Autoridade Central Estadual, ouvido
de novos credenciamentos sempre que jul- o Ministério Público, somente deixará de re-
gar necessário, mediante ato administrativo conhecer os efeitos daquela decisão se res-
fundamentado. tar demonstrado que a adoção é manifes-
tamente contrária à ordem pública ou não
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabili- atende ao interesse superior da criança ou
dade e descredenciamento, o repasse de recur- do adolescente.
sos provenientes de organismos estrangeiros
encarregados de intermediar pedidos de ado- § 2º Na hipótese de não reconhecimento da
ção internacional a organismos nacionais ou a adoção, prevista no § 1º deste artigo, o Mi-
pessoas físicas. nistério Público deverá imediatamente re-
querer o que for de direito para resguardar
Parágrafo único. Eventuais repasses somen- os interesses da criança ou do adolescente,
te poderão ser efetuados via Fundo dos Di- comunicando-se as providências à Autori-
reitos da Criança e do Adolescente e esta- dade Central Estadual, que fará a comunica-
rão sujeitos às deliberações do respectivo ção à Autoridade Central Federal Brasileira
Conselho de Direitos da Criança e do Ado- e à Autoridade Central do país de origem.
lescente.
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
no exterior em país ratificante da Convenção tenha sido deferida no país de origem porque
de Haia, cujo processo de adoção tenha sido a sua legislação a delega ao país de acolhida,
processado em conformidade com a legisla- ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão,
ção vigente no país de residência e atendido o a criança ou o adolescente ser oriundo de país
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida que não tenha aderido à Convenção referida, o

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processo de adoção seguirá as regras da adoção V – acesso aos níveis mais elevados do en-
nacional. sino, da pesquisa e da criação artística, se-
gundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, ade-
CAPÍTULO IV quado às condições do adolescente traba-
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À lhador;
CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER VII – atendimento no ensino fundamental,
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à através de programas suplementares de
educação, visando ao pleno desenvolvimento material didático-escolar, transporte, ali-
de sua pessoa, preparo para o exercício da cida- mentação e assistência à saúde.
dania e qualificação para o trabalho, asseguran- § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gra-
do-se-lhes: tuito é direito público subjetivo.
I – igualdade de condições para o acesso e § 2º O não oferecimento do ensino obriga-
permanência na escola; tório pelo poder público ou sua oferta irre-
II – direito de ser respeitado por seus edu- gular importa responsabilidade da autori-
cadores; dade competente.

III – direito de contestar critérios avaliati- § 3º Compete ao poder público recensear


vos, podendo recorrer às instâncias escola- os educandos no ensino fundamental, fa-
res superiores; zer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsável, pela freqüência à escola.
IV – direito de organização e participação
em entidades estudantis; Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação
de matricular seus filhos ou pupilos na rede re-
V – acesso à escola pública e gratuita próxi- gular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de esta-
ma de sua residência. belecimentos de ensino fundamental comuni-
carão ao Conselho Tutelar os casos de:
Parágrafo único. É direito dos pais ou res-
ponsáveis ter ciência do processo pedagó- I – maus-tratos envolvendo seus alunos;
gico, bem como participar da definição das
propostas educacionais. II – reiteração de faltas injustificadas e de
evasão escolar, esgotados os recursos esco-
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e lares;
ao adolescente:
III – elevados níveis de repetência.
I – ensino fundamental, obrigatório e gra-
tuito, inclusive para os que a ele não tive- Art. 57. O poder público estimulará pesquisas,
ram acesso na idade própria; experiências e novas propostas relativas a calen-
dário, seriação, currículo, metodologia, didática
II – progressiva extensão da obrigatorieda- e avaliação, com vistas à inserção de crianças e
de e gratuidade ao ensino médio; adolescentes excluídos do ensino fundamental
III – atendimento educacional especializado obrigatório.
aos portadores de deficiência, preferencial- Art. 58. No processo educacional respeitar-se-
mente na rede regular de ensino; -ão os valores culturais, artísticos e históricos
IV – atendimento em creche e pré-escola às próprios do contexto social da criança e do ado-
crianças de zero a cinco anos de idade; lescente, garantindo-se a estes a liberdade da
criação e o acesso às fontes de cultura.

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Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e II – perigoso, insalubre ou penoso;
da União, estimularão e facilitarão a destinação
de recursos e espaços para programações cultu- III – realizado em locais prejudiciais à sua
rais, esportivas e de lazer voltadas para a infân- formação e ao seu desenvolvimento físico,
cia e a juventude. psíquico, moral e social;
IV – realizado em horários e locais que não
permitam a freqüência à escola.
CAPÍTULO V Art. 68. O programa social que tenha por base
DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO o trabalho educativo, sob responsabilidade de
entidade governamental ou não-governamental
E À PROTEÇÃO NO TRABALHO
sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adoles-
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores cente que dele participe condições de capacita-
de quatorze anos de idade, salvo na condição de ção para o exercício de atividade regular remu-
aprendiz. nerada.

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescen- § 1º Entende-se por trabalho educativo a
tes é regulada por legislação especial, sem pre- atividade laboral em que as exigências pe-
juízo do disposto nesta Lei. dagógicas relativas ao desenvolvimento
pessoal e social do educando prevalecem
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação sobre o aspecto produtivo.
técnico-profissional ministrada segundo as di-
retrizes e bases da legislação de educação em § 2º A remuneração que o adolescente re-
vigor. cebe pelo trabalho efetuado ou a participa-
ção na venda dos produtos de seu trabalho
Art. 63. A formação técnico-profissional obede- não desfigura o caráter educativo.
cerá aos seguintes princípios:
Art. 69. O adolescente tem direito à profissiona-
I – garantia de acesso e freqüência obrigató- lização e à proteção no trabalho, observados os
ria ao ensino regular; seguintes aspectos, entre outros:
II – atividade compatível com o desenvolvi-
I – respeito à condição peculiar de pessoa
mento do adolescente; III horário especial
em desenvolvimento;
para o exercício das atividades.
II – capacitação profissional adequada ao
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de
mercado de trabalho.
idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de qua-
torze anos, são assegurados os direitos traba- TÍTULO III
lhistas e previdenciários.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência
Da Prevenção
é assegurado trabalho protegido.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz,
em regime familiar de trabalho, aluno de escola CAPÍTULO I
técnica, assistido em entidade governamental DISPOSIÇÕES GERAIS
ou não-governamental, é vedado trabalho:
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência
I – noturno, realizado entre as vinte e duas
de ameaça ou violação dos direitos da criança e
horas de um dia e as cinco horas do dia se-
do adolescente.
guinte;

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Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Fede- VI – a promoção de espaços intersetoriais


ral e os Municípios deverão atuar de forma arti- locais para a articulação de ações e a elabo-
culada na elaboração de políticas públicas e na ração de planos de atuação conjunta foca-
execução de ações destinadas a coibir o uso de dos nas famílias em situação de violência,
castigo físico ou de tratamento cruel ou degra- com participação de profissionais de saúde,
dante e difundir formas não violentas de educa- de assistência social e de educação e de ór-
ção de crianças e de adolescentes, tendo como gãos de promoção, proteção e defesa dos
principais ações: direitos da criança e do adolescente.
I – a promoção de campanhas educativas Parágrafo único. As famílias com crianças e
permanentes para a divulgação do direito adolescentes com deficiência terão priori-
da criança e do adolescente de serem edu- dade de atendimento nas ações e políticas
cados e cuidados sem o uso de castigo físico públicas de prevenção e proteção.
ou de tratamento cruel ou degradante e dos
instrumentos de proteção aos direitos hu- Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas,
manos; que atuem nas áreas a que se refere o art. 71,
dentre outras, devem contar, em seus quadros,
II – a integração com os órgãos do Poder com pessoas capacitadas a reconhecer e comu-
Judiciário, do Ministério Público e da De- nicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de
fensoria Pública, com o Conselho Tutelar, maus-tratos praticados contra crianças e ado-
com os Conselhos de Direitos da Criança e lescentes.
do Adolescente e com as entidades não go-
vernamentais que atuam na promoção, pro- Parágrafo único. São igualmente respon-
teção e defesa dos direitos da criança e do sáveis pela comunicação de que trata este
adolescente; artigo, as pessoas encarregadas, por razão
de cargo, função, ofício, ministério, profis-
III – a formação continuada e a capacitação são ou ocupação, do cuidado, assistência ou
dos profissionais de saúde, educação e as- guarda de crianças e adolescentes, punível,
sistência social e dos demais agentes que na forma deste Estatuto, o injustificado re-
atuam na promoção, proteção e defesa dos tardamento ou omissão, culposos ou dolo-
direitos da criança e do adolescente para o sos.
desenvolvimento das competências neces-
sárias à prevenção, à identificação de evi- Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a
dências, ao diagnóstico e ao enfrentamen- informação, cultura, lazer, esportes, diversões,
to de todas as formas de violência contra a espetáculos e produtos e serviços que respei-
criança e o adolescente; tem sua condição peculiar de pessoa em desen-
volvimento.
IV – o apoio e o incentivo às práticas de re-
solução pacífica de conflitos que envolvam Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não
violência contra a criança e o adolescente; excluem da prevenção especial outras decor-
rentes dos princípios por ela adotados.
V – a inclusão, nas políticas públicas, de
ações que visem a garantir os direitos da Art. 73. A inobservância das normas de preven-
criança e do adolescente, desde a atenção ção importará em responsabilidade da pessoa
pré-natal, e de atividades junto aos pais e física ou jurídica, nos termos desta Lei.
responsáveis com o objetivo de promover a
informação, a reflexão, o debate e a orien-
tação sobre alternativas ao uso de castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante
no processo educativo;

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CAPÍTULO II Parágrafo único. As fitas a que alude este
DA PREVENÇÃO ESPECIAL artigo deverão exibir, no invólucro, informa-
ção sobre a natureza da obra e a faixa etária
Seção I a que se destinam.
DA INFORMAÇÃO, CULTURA, LAZER, Art. 78. As revistas e publicações contendo ma-
ESPORTES, DIVERSÕES terial impróprio ou inadequado a crianças e
E ESPETÁCULOS adolescentes deverão ser comercializadas em
embalagem lacrada, com a advertência de seu
Art. 74. O poder público, através do órgão com- conteúdo.
petente, regulará as diversões e espetáculos Parágrafo único. As editoras cuidarão para
públicos, informando sobre a natureza deles, as que as capas que contenham mensagens
faixas etárias a que não se recomendem, locais pornográficas ou obscenas sejam protegi-
e horários em que sua apresentação se mostre das com embalagem opaca.
inadequada.
Art. 79. As revistas e publicações destinadas
Parágrafo único. Os responsáveis pelas di- ao público infanto-juvenil não poderão conter
versões e espetáculos públicos deverão ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou
afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e
entrada do local de exibição, informação munições, e deverão respeitar os valores éticos
destacada sobre a natureza do espetáculo e e sociais da pessoa e da família.
a faixa etária especificada no certificado de
classificação. Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos
que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso congênere ou por casas de jogos, assim entendi-
às diversões e espetáculos públicos classificados das as que realizem apostas, ainda que eventu-
como adequados à sua faixa etária. almente, cuidarão para que não seja permitida
Parágrafo único. As crianças menores de a entrada e a permanência de crianças e adoles-
dez anos somente poderão ingressar e per- centes no local, afixando aviso para orientação
manecer nos locais de apresentação ou exi- do público.
bição quando acompanhadas dos pais ou
responsável. Seção II
DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão so-
mente exibirão, no horário recomendado para o Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao ado-
público infanto juvenil, programas com finalida- lescente de:
des educativas, artísticas, culturais e informati-
vas. I – armas, munições e explosivos;

Parágrafo único. Nenhum espetáculo será II – bebidas alcoólicas;


apresentado ou anunciado sem aviso de III – produtos cujos componentes possam
sua classificação, antes de sua transmissão, causar dependência física ou psíquica ainda
apresentação ou exibição. que por utilização indevida;
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e IV – fogos de estampido e de artifício, exce-
funcionários de empresas que explorem a ven- to aqueles que pelo seu reduzido potencial
da ou aluguel de fitas de programação em vídeo sejam incapazes de provocar qualquer dano
cuidarão para que não haja venda ou locação físico em caso de utilização indevida;
em desacordo com a classificação atribuída pelo
órgão competente.

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V – revistas e publicações a que alude o art.


78; VI bilhetes lotéricos e equivalentes.
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou
adolescente em hotel, motel, pensão ou esta-
belecimento congênere, salvo se autorizado ou
acompanhado pelos pais ou responsável.

Seção III
DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para
fora da comarca onde reside, desacompanhada
dos pais ou responsável, sem expressa autoriza-
ção judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da re-
sidência da criança, se na mesma unidade
da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o
terceiro grau, comprovado documental-
mente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autori-
zada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pe-
dido dos pais ou responsável, conceder
autorização válida por dois anos. Art. 84.
Quando se tratar de viagem ao exterior, a
autorização é dispensável, se a criança ou
adolescente:
I – estiver acompanhado de ambos os pais
ou responsável;
II – viajar na companhia de um dos pais, au-
torizado expressamente pelo outro através
de documento com firma reconhecida.
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização ju-
dicial, nenhuma criança ou adolescente nascido
em território nacional poderá sair do País em
companhia de estrangeiro residente ou domici-
liado no exterior.

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Estatuto da Criança e do Adolescente

PARTE ESPECIAL

TÍTULO I VI – políticas e programas destinados a pre-


venir ou abreviar o período de afastamen-
Da Política de Atendimento to do convívio familiar e a garantir o efetivo
exercício do direito à convivência familiar
de crianças e adolescentes;
VII – campanhas de estímulo ao acolhimen-
CAPÍTULO I to sob forma de guarda de crianças e ado-
DISPOSIÇÕES GERAIS lescentes afastados do convívio familiar e
à adoção, especificamente inter-racial, de
Art. 86. A política de atendimento dos direitos crianças maiores ou de adolescentes, com
da criança e do adolescente far-se-á através de necessidades específicas de saúde ou com
um conjunto articulado de ações governamen- deficiências e de grupos de irmãos.
tais e não-governamentais, da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios. Art. 88. São diretrizes da política de atendimen-
to:
Art. 87. São linhas de ação da política de aten-
dimento: I – municipalização do atendimento;
I – políticas sociais básicas; II – criação de conselhos municipais, esta-
duais e nacional dos direitos da criança e do
II – serviços, programas, projetos e benefí- adolescente, órgãos deliberativos e contro-
cios de assistência social de garantia de pro- ladores das ações em todos os níveis, asse-
teção social e de prevenção e redução de gurada a participação popular paritária por
violações de direitos, seus agravamentos ou meio de organizações representativas, se-
reincidências; gundo leis federal, estaduais e municipais;
III – serviços especiais de prevenção e aten- III – criação e manutenção de programas
dimento médico e psicossocial às vítimas de específicos, observada a descentralização
negligência, maus-tratos, exploração, abu- político-administrativa;
so, crueldade e opressão;
IV – manutenção de fundos nacional, esta-
IV – serviço de identificação e localização de duais e municipais vinculados aos respecti-
pais, responsável, crianças e adolescentes vos conselhos dos direitos da criança e do
desaparecidos; adolescente;
V – proteção jurídico-social por entidades V – integração operacional de órgãos do
de defesa dos direitos da criança e do ado- Judiciário, Ministério Público, Defensoria,
lescente. Segurança Pública e Assistência Social, pre-
ferencialmente em um mesmo local, para

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efeito de agilização do atendimento inicial CAPÍTULO II
a adolescente a quem se atribua autoria de DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
ato infracional;
VI – integração operacional de órgãos do Seção I
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, DISPOSIÇÕES GERAIS
Conselho Tutelar e encarregados da execu-
ção das políticas sociais básicas e de assis- Art. 90. As entidades de atendimento são res-
tência social, para efeito de agilização do ponsáveis pela manutenção das próprias unida-
atendimento de crianças e de adolescentes des, assim como pelo planejamento e execução
inseridos em programas de acolhimento fa- de programas de proteção e sócio-educativos
miliar ou institucional, com vista na sua rá- destinados a crianças e adolescentes, em regi-
pida reintegração à família de origem ou, se me de:
tal solução se mostrar comprovadamente I – orientação e apoio sócio-familiar;
inviável, sua colocação em família substitu-
ta, em quaisquer das modalidades previstas II – apoio sócio-educativo em meio aberto;
no art. 28 desta Lei;
III – colocação familiar;
VII – mobilização da opinião pública para a
indispensável participação dos diversos seg- IV – acolhimento institucional;
mentos da sociedade. V – prestação de serviços à comunidade;
VIII – especialização e formação continuada VI – liberdade assistida;
dos profissionais que trabalham nas dife-
rentes áreas da atenção à primeira infância, VII – semiliberdade; e
incluindo os conhecimentos sobre direitos
VIII – internação.
da criança e sobre desenvolvimento infantil;
§ 1º As entidades governamentais e não
IX – formação profissional com abrangência
governamentais deverão proceder à inscri-
dos diversos direitos da criança e do adoles-
ção de seus programas, especificando os
cente que favoreça a intersetorialidade no
regimes de atendimento, na forma definida
atendimento da criança e do adolescente e
neste artigo, no Conselho Municipal dos Di-
seu desenvolvimento integral;
reitos da Criança e do Adolescente, o qual
X – realização e divulgação de pesquisas manterá registro das inscrições e de suas al-
sobre desenvolvimento infantil e sobre pre- terações, do que fará comunicação ao Con-
venção da violência. selho Tutelar e à autoridade judiciária.

Art. 89. A função de membro do conselho na- § 2º Os recursos destinados à implementa-


cional e dos conselhos estaduais e municipais ção e manutenção dos programas relacio-
dos direitos da criança e do adolescente é con- nados neste artigo serão previstos nas do-
siderada de interesse público relevante e não tações orçamentárias dos órgãos públicos
será remunerada. encarregados das áreas de Educação, Saúde
e Assistência Social, dentre outros, obser-
vando-se o princípio da prioridade absoluta
à criança e ao adolescente preconizado pelo
caput do art. 227 da Constituição Federal e
pelo caput e parágrafo único do art. 4º des-
ta Lei.

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§ 3º Os programas em execução serão re- cipal dos Direitos da Criança e do Adoles-


avaliados pelo Conselho Municipal dos Di- cente, periodicamente, reavaliar o cabimen-
reitos da Criança e do Adolescente, no má- to de sua renovação, observado o disposto
ximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se no § 1º deste artigo.
critérios para renovação da autorização de
funcionamento: Art. 92. As entidades que desenvolvam progra-
mas de acolhimento familiar ou institucional de-
I – o efetivo respeito às regras e princípios verão adotar os seguintes princípios:
desta Lei, bem como às resoluções relati-
vas à modalidade de atendimento prestado I – preservação dos vínculos familiares e
expedidas pelos Conselhos de Direitos da promoção da reintegração familiar;
Criança e do Adolescente, em todos os ní- II – integração em família substituta, quan-
veis; do esgotados os recursos de manutenção
II – a qualidade e eficiência do trabalho de- na família natural ou extensa;
senvolvido, atestadas pelo Conselho Tute- III – atendimento personalizado e em pe-
lar, pelo Ministério Público e pela Justiça da quenos grupos;
Infância e da Juventude;
IV – desenvolvimento de atividades em re-
III – em se tratando de programas de aco- gime de co-educação;
lhimento institucional ou familiar, serão
considerados os índices de sucesso na rein- V – não desmembramento de grupos de ir-
tegração familiar ou de adaptação à família mãos;
substituta, conforme o caso.
VI – evitar, sempre que possível, a transfe-
Art. 91. As entidades não-governamentais so- rência para outras entidades de crianças e
mente poderão funcionar depois de registradas adolescentes abrigados;
no Conselho Municipal dos Direitos da Criança
VII – participação na vida da comunidade
e do Adolescente, o qual comunicará o registro
local;
ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
respectiva localidade. VIII – preparação gradativa para o desliga-
mento;
§ 1º Será negado o registro à entidade que:
IX – participação de pessoas da comunida-
a) não ofereça instalações físicas em condi-
de no processo educativo.
ções adequadas de habitabilidade, higiene,
salubridade e segurança; § 1º O dirigente de entidade que desenvol-
ve programa de acolhimento institucional é
b) não apresente plano de trabalho compa-
equiparado ao guardião, para todos os efei-
tível com os princípios desta Lei;
tos de direito.
c) esteja irregularmente constituída;
§ 2º Os dirigentes de entidades que desen-
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. volvem programas de acolhimento familiar
ou institucional remeterão à autoridade ju-
e) não se adequar ou deixar de cumprir as diciária, no máximo a cada 6 (seis) meses,
resoluções e deliberações relativas à moda- relatório circunstanciado acerca da situação
lidade de atendimento prestado expedidas de cada criança ou adolescente acolhido e
pelos Conselhos de Direitos da Criança e do sua família, para fins da reavaliação prevista
Adolescente, em todos os níveis. no § 1º do art. 19 desta Lei.
§ 2º O registro terá validade máxima de 4
(quatro) anos, cabendo ao Conselho Muni-

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§ 3º Os entes federados, por intermédio dos do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz
Poderes Executivo e Judiciário, promoverão da Infância e da Juventude, sob pena de respon-
conjuntamente a permanente qualificação sabilidade.
dos profissionais que atuam direta ou indi-
retamente em programas de acolhimento Parágrafo único. Recebida a comunicação,
institucional e destinados à colocação fa- a autoridade judiciária, ouvido o Ministé-
miliar de crianças e adolescentes, incluindo rio Público e se necessário com o apoio do
membros do Poder Judiciário, Ministério Conselho Tutelar local, tomará as medidas
Público e Conselho Tutelar. necessárias para promover a imediata rein-
tegração familiar da criança ou do adoles-
§ 4º Salvo determinação em contrário da cente ou, se por qualquer razão não for isso
autoridade judiciária competente, as en- possível ou recomendável, para seu enca-
tidades que desenvolvem programas de minhamento a programa de acolhimento
acolhimento familiar ou institucional, se ne- familiar, institucional ou a família substitu-
cessário com o auxílio do Conselho Tutelar ta, observado o disposto no § 2º do art. 101
e dos órgãos de assistência social, estimu- desta Lei.
larão o contato da criança ou adolescente
com seus pais e parentes, em cumprimento Art. 94. As entidades que desenvolvem progra-
ao disposto nos incisos I e VIII do caput des- mas de internação têm as seguintes obrigações,
te artigo. entre outras:

§ 5º As entidades que desenvolvem pro- I – observar os direitos e garantias de que


gramas de acolhimento familiar ou institu- são titulares os adolescentes;
cional somente poderão receber recursos II – não restringir nenhum direito que não
públicos se comprovado o atendimento dos tenha sido objeto de restrição na decisão de
princípios, exigências e finalidades desta internação;
Lei.
III – oferecer atendimento personalizado,
§ 6º O descumprimento das disposições em pequenas unidades e grupos reduzidos;
desta Lei pelo dirigente de entidade que
desenvolva programas de acolhimento fa- IV – preservar a identidade e oferecer am-
miliar ou institucional é causa de sua des- biente de respeito e dignidade ao adoles-
tituição, sem prejuízo da apuração de sua cente;
responsabilidade administrativa, civil e cri-
V – diligenciar no sentido do restabeleci-
minal.
mento e da preservação dos vínculos fami-
§ 7º Quando se tratar de criança de 0 (zero) liares;
a 3 (três) anos em acolhimento institucio-
VI – comunicar à autoridade judiciária, pe-
nal, dar-se-á especial atenção à atuação de
riodicamente, os casos em que se mostre
educadores de referência estáveis e quali-
inviável ou impossível o reatamento dos
tativamente significativos, às rotinas espe-
vínculos familiares;
cíficas e ao atendimento das necessidades
básicas, incluindo as de afeto como priori- VII – oferecer instalações físicas em condi-
tárias. ções adequadas de habitabilidade, higiene,
salubridade e segurança e os objetos neces-
Art. 93. As entidades que mantenham progra-
sários à higiene pessoal;
ma de acolhimento institucional poderão, em
caráter excepcional e de urgência, acolher crian- VIII – oferecer vestuário e alimentação sufi-
ças e adolescentes sem prévia determinação da cientes e adequados à faixa etária dos ado-
autoridade competente, fazendo comunicação lescentes atendidos;

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IX – oferecer cuidados médicos, psicológi- § 2º No cumprimento das obrigações a que


cos, odontológicos e farmacêuticos; alude este artigo as entidades utilizarão pre-
ferencialmente os recursos da comunidade.
X – propiciar escolarização e profissionaliza-
ção; Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas,
que abriguem ou recepcionem crianças e ado-
XI – propiciar atividades culturais, esporti- lescentes, ainda que em caráter temporário,
vas e de lazer; devem ter, em seus quadros, profissionais capa-
XII – propiciar assistência religiosa àqueles citados a reconhecer e reportar ao Conselho Tu-
que desejarem, de acordo com suas cren- telar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos.
ças;
Seção II
XIII – proceder a estudo social e pessoal de DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES
cada caso;
Art. 95. As entidades governamentais e não-go-
XIV – reavaliar periodicamente cada caso, vernamentais referidas no art. 90 serão fiscali-
com intervalo máximo de seis meses, dando zadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e
ciência dos resultados à autoridade compe- pelos Conselhos Tutelares.
tente;
Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações
XV – informar, periodicamente, o adoles- de contas serão apresentados ao estado ou ao
cente internado sobre sua situação proces- município, conforme a origem das dotações or-
sual; çamentárias.
XVI – comunicar às autoridades competen- Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades
tes todos os casos de adolescentes portado- de atendimento que descumprirem obrigação
res de moléstias infecto- contagiosas; constante do art. 94, sem prejuízo da respon-
XVII – fornecer comprovante de depósito sabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou
dos pertences dos adolescentes; prepostos:

XVIII – manter programas destinados ao I – às entidades governamentais:


apoio e acompanhamento de egressos; a) advertência;
XIX – providenciar os documentos necessá- b) afastamento provisório de seus dirigen-
rios ao exercício da cidadania àqueles que tes;
não os tiverem;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
XX – manter arquivo de anotações onde
constem data e circunstâncias do atendi- d) fechamento de unidade ou interdição de
mento, nome do adolescente, seus pais ou programa.
responsável, parentes, endereços, sexo,
idade, acompanhamento da sua formação, II – às entidades não-governamentais:
relação de seus pertences e demais dados a) advertência;
que possibilitem sua identificação e a indivi-
dualização do atendimento. b) suspensão total ou parcial do repasse de
verbas públicas;
§ 1º Aplicam-se, no que couber, as obriga-
ções constantes deste artigo às entidades c) interdição de unidades ou suspensão de
que mantêm programas de acolhimento programa;
institucional e familiar.
d) cassação do registro.

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§ 1º Em caso de reiteradas infrações come- Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão
tidas por entidades de atendimento, que em conta as necessidades pedagógicas, prefe-
coloquem em risco os direitos assegurados rindo-se aquelas que visem ao fortalecimento
nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao dos vínculos familiares e comunitários.
Ministério Público ou representado perante
autoridade judiciária competente para as Parágrafo único. São também princípios
providências cabíveis, inclusive suspensão que regem a aplicação das medidas:
das atividades ou dissolução da entidade. I – condição da criança e do adolescente
§ 2º As pessoas jurídicas de direito público como sujeitos de direitos: crianças e adoles-
e as organizações não governamentais res- centes são os titulares dos direitos previstos
ponderão pelos danos que seus agentes nesta e em outras Leis, bem como na Cons-
causarem às crianças e aos adolescentes, tituição Federal;
caracterizado o descumprimento dos prin- II – proteção integral e prioritária: a inter-
cípios norteadores das atividades de prote- pretação e aplicação de toda e qualquer
ção específica. norma contida nesta Lei deve ser voltada à
proteção integral e prioritária dos direitos
de que crianças e adolescentes são titula-
TÍTULO II res;

Das Medidas de Proteção III – responsabilidade primária e solidária


do poder público: a plena efetivação dos di-
reitos assegurados a crianças e a adolescen-
tes por esta Lei e pela Constituição Federal,
CAPÍTULO I salvo nos casos por esta expressamente
ressalvados, é de responsabilidade primária
DISPOSIÇÕES GERAIS e solidária das 3 (três) esferas de governo,
sem prejuízo da municipalização do aten-
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
dimento e da possibilidade da execução de
adolescente são aplicáveis sempre que os direi-
programas por entidades não governamen-
tos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
tais;
violados:
IV – interesse superior da criança e do ado-
I – por ação ou omissão da sociedade ou do
lescente: a intervenção deve atender prio-
Estado;
ritariamente aos interesses e direitos da
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou criança e do adolescente, sem prejuízo da
responsável; consideração que for devida a outros inte-
resses legítimos no âmbito da pluralidade
III – em razão de sua conduta. dos interesses presentes no caso concreto;
V – privacidade: a promoção dos direitos e
proteção da criança e do adolescente deve
CAPÍTULO II ser efetuada no respeito pela intimidade,
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS direito à imagem e reserva da sua vida pri-
DE PROTEÇÃO vada;
VI – intervenção precoce: a intervenção das
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo po-
autoridades competentes deve ser efetua-
derão ser aplicadas isolada ou cumulativamen-
da logo que a situação de perigo seja conhe-
te, bem como substituídas a qualquer tempo.
cida;

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VII – intervenção mínima: a intervenção I – encaminhamento aos pais ou responsá-


deve ser exercida exclusivamente pelas au- vel, mediante termo de responsabilidade;
toridades e instituições cuja ação seja indis-
II – orientação, apoio e acompanhamento
pensável à efetiva promoção dos direitos e
temporários;
à proteção da criança e do adolescente;
III – matrícula e freqüência obrigatórias em
VIII – proporcionalidade e atualidade: a in- estabelecimento oficial de ensino funda-
tervenção deve ser a necessária e adequada mental;
à situação de perigo em que a criança ou o
adolescente se encontram no momento em IV – inclusão em serviços e programas ofi-
que a decisão é tomada; ciais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do ado-
IX – responsabilidade parental: a interven- lescente;
ção deve ser efetuada de modo que os pais
assumam os seus deveres para com a crian- V – requisição de tratamento médico, psico-
ça e o adolescente; lógico ou psiquiátrico, em regime hospitalar
ou ambulatorial;
X – prevalência da família: na promoção de
direitos e na proteção da criança e do ado- VI – inclusão em programa oficial ou comu-
lescente deve ser dada prevalência às me- nitário de auxílio, orientação e tratamento a
didas que os mantenham ou reintegrem na alcoólatras e toxicômanos;
sua família natural ou extensa ou, se isto VII – acolhimento institucional;
não for possível, que promovam a sua inte-
gração em família substituta; VIII – inclusão em programa de acolhimento
familiar;
XI – obrigatoriedade da informação: a crian-
ça e o adolescente, respeitado seu estágio IX – colocação em família substituta.
de desenvolvimento e capacidade de com- § 1º O acolhimento institucional e o aco-
preensão, seus pais ou responsável devem lhimento familiar são medidas provisórias
ser informados dos seus direitos, dos moti- e excepcionais, utilizáveis como forma de
vos que determinaram a intervenção e da transição para reintegração familiar ou, não
forma como esta se processa; sendo esta possível, para colocação em fa-
mília substituta, não implicando privação de
XII – oitiva obrigatória e participação: a
liberdade.
criança e o adolescente, em separado ou na
companhia dos pais, de responsável ou de § 2º Sem prejuízo da tomada de medidas
pessoa por si indicada, bem como os seus emergenciais para proteção de vítimas
pais ou responsável, têm direito a ser ou- de violência ou abuso sexual e das provi-
vidos e a participar nos atos e na definição dências a que alude o art. 130 desta Lei, o
da medida de promoção dos direitos e de afastamento da criança ou adolescente do
proteção, sendo sua opinião devidamente convívio familiar é de competência exclusi-
considerada pela autoridade judiciária com- va da autoridade judiciária e importará na
petente, observado o disposto nos §§ 1º e deflagração, a pedido do Ministério Público
2º do art. 28 desta Lei. ou de quem tenha legítimo interesse, de
procedimento judicial contencioso, no qual
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses se garanta aos pais ou ao responsável legal
previstas no art. 98, a autoridade competente o exercício do contraditório e da ampla de-
poderá determinar, dentre outras, as seguintes fesa.
medidas:
§ 3º Crianças e adolescentes somente po-
derão ser encaminhados às instituições que

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executam programas de acolhimento insti- a serem tomadas para sua colocação em
tucional, governamentais ou não, por meio família substituta, sob direta supervisão da
de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária.
autoridade judiciária, na qual obrigatoria-
§ 7º O acolhimento familiar ou institucional
mente constará, dentre outros:
ocorrerá no local mais próximo à residência
I – sua identificação e a qualificação com- dos pais ou do responsável e, como parte
pleta de seus pais ou de seu responsável, se do processo de reintegração familiar, sem-
conhecidos; pre que identificada a necessidade, a famí-
lia de origem será incluída em programas
II – o endereço de residência dos pais ou do
oficiais de orientação, de apoio e de promo-
responsável, com pontos de referência;
ção social, sendo facilitado e estimulado o
III – os nomes de parentes ou de terceiros contato com a criança ou com o adolescen-
interessados em tê-los sob sua guarda; te acolhido.
IV – os motivos da retirada ou da não rein- § 8º Verificada a possibilidade de reinte-
tegração ao convívio familiar. gração familiar, o responsável pelo progra-
ma de acolhimento familiar ou institucional
§ 4º Imediatamente após o acolhimento da
fará imediata comunicação à autoridade ju-
criança ou do adolescente, a entidade res-
diciária, que dará vista ao Ministério Públi-
ponsável pelo programa de acolhimento
co, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo
institucional ou familiar elaborará um plano
em igual prazo.
individual de atendimento, visando à rein-
tegração familiar, ressalvada a existência § 9º Em sendo constatada a impossibilidade
de ordem escrita e fundamentada em con- de reintegração da criança ou do adolescen-
trário de autoridade judiciária competente, te à família de origem, após seu encaminha-
caso em que também deverá contemplar mento a programas oficiais ou comunitários
sua colocação em família substituta, obser- de orientação, apoio e promoção social,
vadas as regras e princípios desta Lei. será enviado relatório fundamentado ao
Ministério Público, no qual conste a descri-
§ 5º O plano individual será elaborado sob a
ção pormenorizada das providências toma-
responsabilidade da equipe técnica do res-
das e a expressa recomendação, subscrita
pectivo programa de atendimento e levará
pelos técnicos da entidade ou responsáveis
em consideração a opinião da criança ou do
pela execução da política municipal de ga-
adolescente e a oitiva dos pais ou do res-
rantia do direito à convivência familiar, para
ponsável.
a destituição do poder familiar, ou destitui-
§ 6º Constarão do plano individual, dentre ção de tutela ou guarda.
outros:
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Pú-
I – os resultados da avaliação interdiscipli- blico terá o prazo de 30 (trinta) dias para o
nar; ingresso com a ação de destituição do po-
der familiar, salvo se entender necessária a
II – os compromissos assumidos pelos pais
realização de estudos complementares ou
ou responsável; e
outras providências que entender indispen-
III – a previsão das atividades a serem de- sáveis ao ajuizamento da demanda.
senvolvidas com a criança ou com o adoles-
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em
cente acolhido e seus pais ou responsável,
cada comarca ou foro regional, um cadastro
com vista na reintegração familiar ou, caso
contendo informações atualizadas sobre as
seja esta vedada por expressa e fundamen-
crianças e adolescentes em regime de aco-
tada determinação judicial, as providências
lhimento familiar e institucional sob sua

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responsabilidade, com informações porme- multas, custas e emolumentos, gozando de


norizadas sobre a situação jurídica de cada absoluta prioridade.
um, bem como as providências tomadas
para sua reintegração familiar ou colocação § 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a
em família substituta, em qualquer das mo- averbação requerida do reconhecimento de
dalidades previstas no art. 28 desta Lei. paternidade no assento de nascimento e a
certidão correspondente.
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor
da Assistência Social e os Conselhos Muni- TÍTULO III
cipais dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente e da Assistência Social, aos quais in- Da Prática de Ato Infracional
cumbe deliberar sobre a implementação de
políticas públicas que permitam reduzir o
número de crianças e adolescentes afasta-
dos do convívio familiar e abreviar o perío- CAPÍTULO I
do de permanência em programa de acolhi-
mento.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 102. As medidas de proteção de que trata Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta
este Capítulo serão acompanhadas da regulari- descrita como crime ou contravenção penal.
zação do registro civil. Art. 104. São penalmente inimputáveis os me-
§ 1º Verificada a inexistência de registro an- nores de dezoito anos, sujeitos às medidas pre-
terior, o assento de nascimento da criança vistas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos
ou adolescente será feito à vista dos ele- desta Lei, deve ser considerada a idade do ado-
mentos disponíveis, mediante requisição da lescente à data do fato.
autoridade judiciária. Art. 105. Ao ato infracional praticado por crian-
§ 2º Os registros e certidões necessários à ça corresponderão as medidas previstas no art.
regularização de que trata este artigo são 101.
isentos de multas, custas e emolumentos,
gozando de absoluta prioridade.
§ 3º Caso ainda não definida a paternidade, CAPÍTULO II
será deflagrado procedimento específico DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
destinado à sua averiguação, conforme pre-
visto pela Lei no 8.560, de 29 de dezembro Art. 106. Nenhum adolescente será privado de
de 1992. sua liberdade senão em flagrante de ato infra-
cional ou por ordem escrita e fundamentada da
§ 4º Nas hipóteses previstas no § 3º deste autoridade judiciária competente.
artigo, é dispensável o ajuizamento de ação
de investigação de paternidade pelo Minis- Parágrafo único. O adolescente tem direito
tério Público se, após o não comparecimen- à identificação dos responsáveis pela sua
to ou a recusa do suposto pai em assumir apreensão, devendo ser informado acerca
a paternidade a ele atribuída, a criança for de seus direitos.
encaminhada para adoção.
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente
§ 5º Os registros e certidões necessários à e o local onde se encontra recolhido serão in-
inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai continenti comunicados à autoridade judiciária
no assento de nascimento são isentos de

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competente e à família do apreendido ou à pes- CAPÍTULO IV
soa por ele indicada. DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS
Parágrafo único. A decisão deverá ser fun-
damentada e basear-se em indícios sufi- Seção I
cientes de autoria e materialidade, demons- DISPOSIÇÕES GERAIS
trada a necessidade imperiosa da medida.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracio-
Art. 109. O adolescente civilmente identificado nal, a autoridade competente poderá aplicar ao
não será submetido a identificação compulsória adolescente as seguintes medidas:
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais,
salvo para efeito de confrontação, havendo dú- I – advertência;
vida fundada. II – obrigação de reparar o dano;
III – prestação de serviços à comunidade;

CAPÍTULO III IV – liberdade assistida;


DAS GARANTIAS PROCESSUAIS V – inserção em regime de semi-liberdade;
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de VI – internação em estabelecimento educa-
sua liberdade sem o devido processo legal. cional;
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre VII – qualquer uma das previstas no art.
outras, as seguintes garantias: 101, I a VI.
I – pleno e formal conhecimento da atribui- § 1º A medida aplicada ao adolescente leva-
ção de ato infracional, mediante citação ou rá em conta a sua capacidade de cumpri-la,
meio equivalente; as circunstâncias e a gravidade da infração.
II – igualdade na relação processual, poden- § 2º Em hipótese alguma e sob pretexto al-
do confrontar-se com vítimas e testemu- gum, será admitida a prestação de trabalho
nhas e produzir todas as provas necessárias forçado.
à sua defesa;
§ 3º Os adolescentes portadores de doença
III – defesa técnica por advogado; ou deficiência mental receberão tratamen-
to individual e especializado, em local ade-
IV – assistência judiciária gratuita e integral quado às suas condições.
aos necessitados, na forma da lei; V direito
de ser ouvido pessoalmente pela autorida- Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto
de competente; nos arts. 99 e 100.
VI – direito de solicitar a presença de seus Art. 114. A imposição das medidas previstas nos
pais ou responsável em qualquer fase do incisos II a VI do art. 112 pressupõe a existência
procedimento. de provas suficientes da autoria e da materiali-
dade da infração, ressalvada a hipótese de re-
missão, nos termos do art. 127.
Parágrafo único. A advertência poderá ser
aplicada sempre que houver prova da ma-
terialidade e indícios suficientes da autoria.

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Seção II § 1º A autoridade designará pessoa capa-


DA ADVERTÊNCIA citada para acompanhar o caso, a qual po-
derá ser recomendada por entidade ou pro-
Art. 115. A advertência consistirá em admoes- grama de atendimento.
tação verbal, que será reduzida a termo e assi- § 2º A liberdade assistida será fixada pelo
nada. prazo mínimo de seis meses, podendo a
Seção III qualquer tempo ser prorrogada, revogada
ou substituída por outra medida, ouvido o
DA OBRIGAÇÃO DE orientador, o Ministério Público e o defen-
REPARAR O DANO sor.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e
reflexos patrimoniais, a autoridade poderá de- a supervisão da autoridade competente, a reali-
terminar, se for o caso, que o adolescente resti- zação dos seguintes encargos, entre outros:
tua a coisa, promova o ressarcimento do dano,
ou, por outra forma, compense o prejuízo da ví- I – promover socialmente o adolescente e
tima. sua família, fornecendo-lhes orientação e
inserindo-os, se necessário, em programa
Parágrafo único. Havendo manifesta impos- oficial ou comunitário de auxílio e assistên-
sibilidade, a medida poderá ser substituída cia social;
por outra adequada.
II – supervisionar a freqüência e o aprovei-
Seção IV tamento escolar do adolescente, promo-
vendo, inclusive, sua matrícula;
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
À COMUNIDADE III – diligenciar no sentido da profissionali-
zação do adolescente e de sua inserção no
Art. 117. A prestação de serviços comunitários mercado de trabalho;
consiste na realização de tarefas gratuitas de in-
teresse geral, por período não excedente a seis IV – apresentar relatório do caso.
meses, junto a entidades assistenciais, hospi-
tais, escolas e outros estabelecimentos congê-
Seção VI
neres, bem como em programas comunitários DO REGIME DE SEMI-LIBERDADE
ou governamentais.
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas determinado desde o início, ou como forma de
conforme as aptidões do adolescente, de- transição para o meio aberto, possibilitada a re-
vendo ser cumpridas durante jornada má- alização de atividades externas, independente-
xima de oito horas semanais, aos sábados, mente de autorização judicial.
domingos e feriados ou em dias úteis, de
modo a não prejudicar a freqüência à escola § 1º São obrigatórias a escolarização e a
ou à jornada normal de trabalho. profissionalização, devendo, sempre que
possível, ser utilizados os recursos existen-
Seção V tes na comunidade.
DA LIBERDADE ASSISTIDA § 2º A medida não comporta prazo determi-
nado aplicando-se, no que couber, as dispo-
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sições relativas à internação.
sempre que se afigurar a medida mais adequa-
da para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar
o adolescente.

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Seção VII § 2º Em nenhuma hipótese será aplicada a
DA INTERNAÇÃO internação, havendo outra medida adequa-
da.
Art. 121. A internação constitui medida priva- Art. 123. A internação deverá ser cumprida em
tiva da liberdade, sujeita aos princípios de bre- entidade exclusiva para adolescentes, em local
vidade, excepcionalidade e respeito à condição distinto daquele destinado ao abrigo, obede-
peculiar de pessoa em desenvolvimento. cida rigorosa separação por critérios de idade,
§ 1º Será permitida a realização de ativida- compleição física e gravidade da infração.
des externas, a critério da equipe técnica da Parágrafo único. Durante o período de in-
entidade, salvo expressa determinação judi- ternação, inclusive provisória, serão obriga-
cial em contrário. tórias atividades pedagógicas. Art. 124. São
§ 2º A medida não comporta prazo determi- direitos do adolescente privado de liberda-
nado, devendo sua manutenção ser reava- de, entre outros, os seguintes:
liada, mediante decisão fundamentada, no I – entrevistar-se pessoalmente com o re-
máximo a cada seis meses. presentante do Ministério Público;
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máxi- II – peticionar diretamente a qualquer auto-
mo de internação excederá a três anos. ridade;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no pa- III – avistar-se reservadamente com seu de-
rágrafo anterior, o adolescente deverá ser fensor;
liberado, colocado em regime de semi-liber-
dade ou de liberdade assistida. IV – ser informado de sua situação proces-
sual, sempre que solicitada;
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte
e um anos de idade. V – ser tratado com respeito e dignidade;
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação VI – permanecer internado na mesma loca-
será precedida de autorização judicial, ouvi- lidade ou naquela mais próxima ao domicí-
do o Ministério Público. lio de seus pais ou responsável;
§ 7º A determinação judicial mencionada VII – receber visitas, ao menos, semanal-
no § 1º poderá ser revista a qualquer tempo mente;
pela autoridade judiciária.
VIII – corresponder-se com seus familiares
Art. 122. A medida de internação só poderá ser e amigos;
aplicada quando:
IX – ter acesso aos objetos necessários à hi-
I – tratar-se de ato infracional cometido me- giene e asseio pessoal;
diante grave ameaça ou violência a pessoa;
X – habitar alojamento em condições ade-
II – por reiteração no cometimento de ou- quadas de higiene e salubridade; XI receber
tras infrações graves; escolarização e profissionalização;
III – por descumprimento reiterado e injus- XII – realizar atividades culturais, esportivas
tificável da medida anteriormente imposta. e de lazer:
§ 1º O prazo de internação na hipótese do XIII – ter acesso aos meios de comunicação
inciso III deste artigo não poderá ser supe- social;
rior a 3 (três) meses, devendo ser decretada
judicialmente após o devido processo legal.

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XIV – receber assistência religiosa, segundo em lei, exceto a colocação em regime de semi-
a sua crença, e desde que assim o deseje; -liberdade e a internação.
XV – manter a posse de seus objetos pesso- Art. 128. A medida aplicada por força da remis-
ais e dispor de local seguro para guardá-los, são poderá ser revista judicialmente, a qualquer
recebendo comprovante daqueles porven- tempo, mediante pedido expresso do adoles-
tura depositados em poder da entidade; cente ou de seu representante legal, ou do Mi-
nistério Público.
XVI – receber, quando de sua desinterna-
ção, os documentos pessoais indispensáveis
à vida em sociedade.
TÍTULO IV
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunica-
bilidade. Das Medidas Pertinentes
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspen- aos Pais ou Responsável
der temporariamente a visita, inclusive de Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou res-
pais ou responsável, se existirem motivos ponsável:
sérios e fundados de sua prejudicialidade
aos interesses do adolescente. I – encaminhamento a serviços e programas
oficiais ou comunitários de proteção, apoio
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integri- e promoção da família;
dade física e mental dos internos, cabendo-lhe
adotar as medidas adequadas de contenção e II – inclusão em programa oficial ou comu-
segurança. nitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III – encaminhamento a tratamento psicoló-
CAPÍTULO V gico ou psiquiátrico;
DA REMISSÃO IV – encaminhamento a cursos ou progra-
mas de orientação;
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento
judicial para apuração de ato infracional, o re- V – obrigação de matricular o filho ou pupi-
presentante do Ministério Público poderá con- lo e acompanhar sua freqüência e aprovei-
ceder a remissão, como forma de exclusão do tamento escolar;
processo, atendendo às circunstâncias e conse-
VI – obrigação de encaminhar a criança ou
qüências do fato, ao contexto social, bem como
adolescente a tratamento especializado;
à personalidade do adolescente e sua maior ou
menor participação no ato infracional. VII – advertência;
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a VIII – perda da guarda;
concessão da remissão pela autoridade ju-
diciária importará na suspensão ou extinção IX – destituição da tutela;
do processo. X – suspensão ou destituição do pátrio po-
Art. 127. A remissão não implica necessaria- der poder familiar.
mente o reconhecimento ou comprovação da Parágrafo único. Na aplicação das medidas
responsabilidade, nem prevalece para efeito de previstas nos incisos IX e X deste artigo, ob-
antecedentes, podendo incluir eventualmente servar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
a aplicação de qualquer das medidas previstas

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Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, I – cobertura previdenciária;
opressão ou abuso sexual impostos pelos pais
ou responsável, a autoridade judiciária poderá II – gozo de férias anuais remuneradas,
determinar, como medida cautelar, o afasta- acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da re-
mento do agressor da moradia comum. muneração mensal;

Parágrafo único. Da medida cautelar cons- III – licença-maternidade;


tará, ainda, a fixação provisória dos alimen- IV – licença-paternidade;
tos de que necessitem a criança ou o ado-
lescente dependentes do agressor. V – gratificação natalina.
Parágrafo único. Constará da lei orçamen-
tária municipal e da do Distrito Federal
TÍTULO V previsão dos recursos necessários ao fun-
cionamento do Conselho Tutelar e à remu-
Do Conselho Tutelar neração e formação continuada dos conse-
lheiros tutelares.
Art. 135. O exercício efetivo da função de con-
CAPÍTULO I selheiro constituirá serviço público relevante e
DISPOSIÇÕES GERAIS estabelecerá presunção de idoneidade moral.

Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanen-


te e autônomo, não jurisdicional, encarregado
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos CAPÍTULO II
direitos da criança e do adolescente, definidos DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO
nesta Lei.
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
Art. 132. Em cada Município e em cada Região
Administrativa do Distrito Federal haverá, no I – atender as crianças e adolescentes nas
mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
integrante da administração pública local, com- cando as medidas previstas no art. 101, I a
posto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela po- VII;
pulação local para mandato de 4 (quatro) anos, II – atender e aconselhar os pais ou respon-
permitida 1 (uma) recondução, mediante novo sável, aplicando as medidas previstas no
processo de escolha. art. 129, I a VII;
Art. 133. Para a candidatura a membro do Con- III – promover a execução de suas decisões,
selho Tutelar, serão exigidos os seguintes requi- podendo para tanto:
sitos:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de
I – reconhecida idoneidade moral; saúde, educação, serviço social, previdên-
II – idade superior a vinte e um anos; cia, trabalho e segurança;

III – residir no município. b) representar junto à autoridade judiciária


nos casos de descumprimento injustificado
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre de suas deliberações.
o local, dia e horário de funcionamento do Con-
selho Tutelar, inclusive quanto à remuneração IV – encaminhar ao Ministério Público notí-
dos respectivos membros, aos quais é assegura- cia de fato que constitua infração adminis-
do o direito a:

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trativa ou penal contra os direitos da crian- CAPÍTULO III


ça ou adolescente; DA COMPETÊNCIA
V – encaminhar à autoridade judiciária os
casos de sua competência; Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra
de competência constante do art. 147.
VI – providenciar a medida estabelecida
pela autoridade judiciária, dentre as previs-
tas no art. 101, de I a VI, para o adolescente
autor de ato infracional; CAPÍTULO IV
DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e Art. 139. O processo para a escolha dos mem-
de óbito de criança ou adolescente quando bros do Conselho Tutelar será estabelecido em
necessário; lei municipal e realizado sob a responsabilidade
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança
IX – assessorar o Poder Executivo local na e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério
elaboração da proposta orçamentária para Público.
planos e programas de atendimento dos di-
reitos da criança e do adolescente; § 1º O processo de escolha dos membros
do Conselho Tutelar ocorrerá em data unifi-
X – representar, em nome da pessoa e da cada em todo o território nacional a cada 4
família, contra a violação dos direitos pre- (quatro) anos, no primeiro domingo do mês
vistos no art. 220, § 3º, inciso II, da Consti- de outubro do ano subsequente ao da elei-
tuição Federal; ção presidencial.
XI – representar ao Ministério Público para § 2º A posse dos conselheiros tutelares
efeito das ações de perda ou suspensão do ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subse-
poder familiar, após esgotadas as possibi- quente ao processo de escolha.
lidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural. § 3º No processo de escolha dos membros
do Conselho Tutelar, é vedado ao candida-
XII – promover e incentivar, na comunidade to doar, oferecer, prometer ou entregar ao
e nos grupos profissionais, ações de divul- eleitor bem ou vantagem pessoal de qual-
gação e treinamento para o reconhecimen- quer natureza, inclusive brindes de peque-
to de sintomas de maus-tratos em crianças no valor.
e adolescentes.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas
atribuições, o Conselho Tutelar entender CAPÍTULO V
necessário o afastamento do convívio fami-
liar, comunicará incontinenti o fato ao Mi-
DOS IMPEDIMENTOS
nistério Público, prestando-lhe informações Art. 140. São impedidos de servir no mes-
sobre os motivos de tal entendimento e as mo Conselho marido e mulher, ascendentes e
providências tomadas para a orientação, o descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos,
apoio e a promoção social da família. cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar so- padrasto ou madrasta e enteado.
mente poderão ser revistas pela autoridade ju- Parágrafo único. Estende-se o impedimento
diciária a pedido de quem tenha legítimo inte- do conselheiro, na forma deste artigo, em
resse. relação à autoridade judiciária e ao repre-

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sentante do Ministério Público com atuação ferência a nome, apelido, filiação, parentes-
na Justiça da Infância e da Juventude, em co, residência e, inclusive, iniciais do nome
exercício na comarca, foro regional ou dis- e sobrenome.
trital.
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de
atos a que se refere o artigo anterior somente
será deferida pela autoridade judiciária compe-
TÍTULO VI tente, se demonstrado o interesse e justificada
a finalidade.
Do Acesso à Justiça

CAPÍTULO II
CAPÍTULO I DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E
DISPOSIÇÕES GERAIS DA JUVENTUDE
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança
ou adolescente à Defensoria Pública, ao Minis- Seção I
tério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer DISPOSIÇÕES GERAIS
de seus órgãos.
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal pode-
§ 1º A assistência judiciária gratuita será rão criar varas especializadas e exclusivas da
prestada aos que dela necessitarem, através infância e da juventude, cabendo ao Poder Ju-
de defensor público ou advogado nomeado. diciário estabelecer sua proporcionalidade por
número de habitantes, dotá-las de infra- estru-
§ 2º As ações judiciais da competência da
tura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
Justiça da Infância e da Juventude são isen-
plantões.
tas de custas e emolumentos, ressalvada a
hipótese de litigância de má-fé. Seção II
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão DO JUIZ
representados e os maiores de dezesseis e me-
nores de vinte e um anos assistidos por seus Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é
pais, tutores ou curadores, na forma da legisla- o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz que
ção civil ou processual. exerce essa função, na forma da lei de organiza-
ção judiciária local.
Parágrafo único. A autoridade judiciária
dará curador especial à criança ou adoles- Art. 147. A competência será determinada:
cente, sempre que os interesses destes co- I – pelo domicílio dos pais ou responsável;
lidirem com os de seus pais ou responsável,
ou quando carecer de representação ou as- II – pelo lugar onde se encontre a criança ou
sistência legal ainda que eventual. adolescente, à falta dos pais ou responsá-
vel.
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais,
policiais e administrativos que digam respeito a § 1º Nos casos de ato infracional, será com-
crianças e adolescentes a que se atribua autoria petente a autoridade do lugar da ação ou
de ato infracional. omissão, observadas as regras de conexão,
continência e prevenção.
Parágrafo único. Qualquer notícia a respei-
to do fato não poderá identificar a criança § 2º A execução das medidas poderá ser
ou adolescente, vedando-se fotografia, re- delegada à autoridade competente da re-

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sidência dos pais ou responsável, ou do lo- c) suprir a capacidade ou o consentimento


cal onde sediar-se a entidade que abrigar a para o casamento;
criança ou adolescente.
d) conhecer de pedidos baseados em dis-
§ 3º Em caso de infração cometida através cordância paterna ou materna, em relação
de transmissão simultânea de rádio ou tele- ao exercício do pátrio poder poder familiar;
visão, que atinja mais de uma comarca, será e) conceder a emancipação, nos termos da
competente, para aplicação da penalidade, lei civil, quando faltarem os pais;
a autoridade judiciária do local da sede es-
tadual da emissora ou rede, tendo a senten- f) designar curador especial em casos de
ça eficácia para todas as transmissoras ou apresentação de queixa ou representação,
retransmissoras do respectivo estado. ou de outros procedimentos judiciais ou ex-
trajudiciais em que haja interesses de crian-
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é ça ou adolescente;
competente para:
g) conhecer de ações de alimentos;
I – conhecer de representações promovidas
pelo Ministério Público, para apuração de h) determinar o cancelamento, a retificação
ato infracional atribuído a adolescente, apli- e o suprimento dos registros de nascimento
cando as medidas cabíveis; e óbito.
II – conceder a remissão, como forma de Art. 149. Compete à autoridade judiciária disci-
suspensão ou extinção do processo; plinar, através de portaria, ou autorizar, median-
te alvará:
III – conhecer de pedidos de adoção e seus
incidentes; I – a entrada e permanência de criança ou
adolescente, desacompanhado dos pais ou
IV – conhecer de ações civis fundadas em
responsável, em:
interesses individuais, difusos ou coletivos
afetos à criança e ao adolescente, observa- a) estádio, ginásio e campo desportivo;
do o disposto no art. 209;
b) bailes ou promoções dançantes;
V – conhecer de ações decorrentes de irre-
gularidades em entidades de atendimento, c) boate ou congêneres;
aplicando as medidas cabíveis;
d) casa que explore comercialmente diver-
VI – aplicar penalidades administrativas nos sões eletrônicas;
casos de infrações contra norma de prote-
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rá-
ção à criança ou adolescente;
dio e televisão.
VII – conhecer de casos encaminhados pelo
Conselho Tutelar, aplicando as medidas ca- II – a participação de criança e adolescente
bíveis. em:

Parágrafo único. Quando se tratar de crian- a) espetáculos públicos e seus ensaios;


ça ou adolescente nas hipóteses do art. 98, b) certames de beleza.
é também competente a Justiça da Infância
e da Juventude para o fim de: § 1º Para os fins do disposto neste artigo, a
autoridade judiciária levará em conta, den-
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
tre outros fatores:
b) conhecer de ações de destituição do po-
a) os princípios desta Lei;
der familiar, perda ou modificação da tutela
ou guarda; b) as peculiaridades locais;

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c) a existência de instalações adequadas; previstos nesta Lei, assim como na execu-
ção dos atos e diligências judiciais a eles re-
d) o tipo de freqüência habitual ao local; ferentes.
e) a adequação do ambiente a eventual par- Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não
ticipação ou freqüência de crianças e ado- corresponder a procedimento previsto nesta
lescentes; ou em outra lei, a autoridade judiciária poderá
f) a natureza do espetáculo. investigar os fatos e ordenar de ofício as provi-
dências necessárias, ouvido o Ministério Públi-
§ 2º As medidas adotadas na conformidade co.
deste artigo deverão ser fundamentadas,
caso a caso, vedadas as determinações de Parágrafo único. O disposto neste artigo
caráter geral. não se aplica para o fim de afastamento da
criança ou do adolescente de sua família de
Seção III origem e em outros procedimentos neces-
DOS SERVIÇOS AUXILIARES sariamente contenciosos.
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art.
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elabora-
214.
ção de sua proposta orçamentária, prever recur-
sos para manutenção de equipe interprofissio- Seção II
nal, destinada a assessorar a Justiça da Infância
e da Juventude. DA PERDA E DA SUSPENSÃO
DO PODER FAMILIAR
Art. 151. Compete à equipe interprofissional
dentre outras atribuições que lhe forem reser- Art. 155. O procedimento para a perda ou a sus-
vadas pela legislação local, fornecer subsídios pensão do poder familiar terá início por provo-
por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, cação do Ministério Público ou de quem tenha
na audiência, e bem assim desenvolver traba- legítimo interesse.
lhos de aconselhamento, orientação, enca-
minhamento, prevenção e outros, tudo sob a Art. 156. A petição inicial indicará:
imediata subordinação à autoridade judiciária, I – a autoridade judiciária a que for dirigida;
assegurada a livre manifestação do ponto de
vista técnico. II – o nome, o estado civil, a profissão e a
residência do requerente e do requerido,
dispensada a qualificação em se tratando
de pedido formulado por representante do
CAPÍTULO III Ministério Público;
DOS PROCEDIMENTOS III – a exposição sumária do fato e o pedido;
Seção I IV – as provas que serão produzidas, ofere-
DISPOSIÇÕES GERAIS cendo, desde logo, o rol de testemunhas e
documentos.
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a au-
Lei aplicam-se subsidiariamente as normas ge-
toridade judiciária, ouvido o Ministério Público,
rais previstas na legislação processual pertinen-
decretar a suspensão do poder familiar, liminar
te.
ou incidentalmente, até o julgamento definitivo
Parágrafo único. É assegurada, sob pena de da causa, ficando a criança ou adolescente con-
responsabilidade, prioridade absoluta na fiado a pessoa idônea, mediante termo de res-
tramitação dos processos e procedimentos ponsabilidade.

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Art. 158. O requerido será citado para, no prazo tidisciplinar referida no § 1º deste artigo,
de dez dias, oferecer resposta escrita, indicando de representantes do órgão federal respon-
as provas a serem produzidas e oferecendo des- sável pela política indigenista, observado o
de logo o rol de testemunhas e documentos. disposto no § 6º do art. 28 desta Lei.
§ 1º A citação será pessoal, salvo se esgota- § 3º Se o pedido importar em modificação
dos todos os meios para sua realização. de guarda, será obrigatória, desde que pos-
sível e razoável, a oitiva da criança ou ado-
§ 2º O requerido privado de liberdade deve- lescente, respeitado seu estágio de desen-
rá ser citado pessoalmente. volvimento e grau de compreensão sobre as
Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade implicações da medida.
de constituir advogado, sem prejuízo do próprio § 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre
sustento e de sua família, poderá requerer, em que esses forem identificados e estiverem
cartório, que lhe seja nomeado dativo, ao qual em local conhecido.
incumbirá a apresentação de resposta, contan-
do-se o prazo a partir da intimação do despacho § 5º Se o pai ou a mãe estiverem privados
de nomeação. de liberdade, a autoridade judicial requisi-
tará sua apresentação para a oitiva.
Parágrafo único. Na hipótese de requeri-
do privado de liberdade, o oficial de justiça Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade
deverá perguntar, no momento da citação judiciária dará vista dos autos ao Ministério Pú-
pessoal, se deseja que lhe seja nomeado blico, por cinco dias, salvo quando este for o re-
defensor. querente, designando, desde logo, audiência de
instrução e julgamento.
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judici-
ária requisitará de qualquer repartição ou órgão § 1º A requerimento de qualquer das par-
público a apresentação de documento que inte- tes, do Ministério Público, ou de ofício, a
resse à causa, de ofício ou a requerimento das autoridade judiciária poderá determinar a
partes ou do Ministério Público. realização de estudo social ou, se possível,
de perícia por equipe interprofissional.
Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a au-
toridade judiciária dará vista dos autos ao Mi- § 2º Na audiência, presentes as partes e o
nistério Público, por cinco dias, salvo quando Ministério Público, serão ouvidas as teste-
este for o requerente, decidindo em igual prazo. munhas, colhendo-se oralmente o parecer
técnico, salvo quando apresentado por es-
§ 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a crito, manifestando-se sucessivamente o re-
requerimento das partes ou do Ministério querente, o requerido e o Ministério Públi-
Público, determinará a realização de estudo co, pelo tempo de vinte minutos cada um,
social ou perícia por equipe interprofissio- prorrogável por mais dez. A decisão será
nal ou multidisciplinar, bem como a oitiva proferida na audiência, podendo a autori-
de testemunhas que comprovem a presen- dade judiciária, excepcionalmente, designar
ça de uma das causas de suspensão ou des- data para sua leitura no prazo máximo de
tituição do poder familiar previstas nos arts. cinco dias.
1.637 e 1.638 da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 Código Civil, ou no art. 24 Art. 163. O prazo máximo para conclusão do
desta Lei. procedimento será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º Em sendo os pais oriundos de comuni- Parágrafo único. A sentença que decretar
dades indígenas, é ainda obrigatória a inter- a perda ou a suspensão do poder familiar
venção, junto à equipe profissional ou mul- será averbada à margem do registro de nas-
cimento da criança ou do adolescente.

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Seção III § 2º O consentimento dos titulares do po-
DA DESTITUIÇÃO DA TUTELA der familiar será precedido de orientações
e esclarecimentos prestados pela equipe
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se- interprofissional da Justiça da Infância e da
-á o procedimento para a remoção de tutor pre- Juventude, em especial, no caso de adoção,
visto na lei processual civil e, no que couber, o sobre a irrevogabilidade da medida.
disposto na seção anterior. § 3º O consentimento dos titulares do po-
Seção IV der familiar será colhido pela autoridade
judiciária competente em audiência, pre-
DA COLOCAÇÃO EM sente o Ministério Público, garantida a livre
FAMÍLIA SUBSTITUTA manifestação de vontade e esgotados os
esforços para manutenção da criança ou do
Art. 165. São requisitos para a concessão de pe- adolescente na família natural ou extensa.
didos de colocação em família substituta:
§ 4º O consentimento prestado por escrito
I – qualificação completa do requerente e não terá validade se não for ratificado na
de seu eventual cônjuge, ou companheiro, audiência a que se refere o § 3º deste arti-
com expressa anuência deste; go.
II – indicação de eventual parentesco do re- § 5º O consentimento é retratável até a
querente e de seu cônjuge, ou companhei- data da publicação da sentença constitutiva
ro, com a criança ou adolescente, especifi- da adoção.
cando se tem ou não parente vivo;
§ 6º O consentimento somente terá valor se
III – qualificação completa da criança ou for dado após o nascimento da criança.
adolescente e de seus pais, se conhecidos;
§ 7º A família substituta receberá a devida
IV – indicação do cartório onde foi inscri- orientação por intermédio de equipe técni-
to nascimento, anexando, se possível, uma ca interprofissional a serviço do Poder Ju-
cópia da respectiva certidão; V declaração diciário, preferencialmente com apoio dos
sobre a existência de bens, direitos ou ren- técnicos responsáveis pela execução da po-
dimentos relativos à criança ou ao adoles- lítica municipal de garantia do direito à con-
cente. vivência familiar.
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a
observar-se-ão também os requisitos espe- requerimento das partes ou do Ministério Pú-
cíficos. blico, determinará a realização de estudo social
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem ou, se possível, perícia por equipe interprofis-
sido destituídos ou suspensos do poder familiar, sional, decidindo sobre a concessão de guarda
ou houverem aderido expressamente ao pedido provisória, bem como, no caso de adoção, sobre
de colocação em família substituta, este poderá o estágio de convivência.
ser formulado diretamente em cartório, em pe- Parágrafo único. Deferida a concessão da
tição assinada pelos próprios requerentes, dis- guarda provisória ou do estágio de convi-
pensada a assistência de advogado. vência, a criança ou o adolescente será en-
§ 1º Na hipótese de concordância dos pais, tregue ao interessado, mediante termo de
esses serão ouvidos pela autoridade judi- responsabilidade.
ciária e pelo representante do Ministério Art. 168. Apresentado o relatório social ou o
Público, tomando-se por termo as declara- laudo pericial, e ouvida, sempre que possível,
ções.

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a criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do
autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107,
dias, decidindo a autoridade judiciária em igual deverá:
prazo. I – lavrar auto de apreensão, ouvidos as tes-
Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da temunhas e o adolescente;
tutela, a perda ou a suspensão do pátrio poder II – apreender o produto e os instrumentos
poder familiar constituir pressuposto lógico da da infração;
medida principal de colocação em família subs-
tituta, será observado o procedimento contradi- III – requisitar os exames ou perícias neces-
tório previsto nas Seções II e III deste Capítulo. sários à comprovação da materialidade e
autoria da infração.
Parágrafo único. A perda ou a modificação
da guarda poderá ser decretada nos mes- Parágrafo único. Nas demais hipóteses de
mos autos do procedimento, observado o flagrante, a lavratura do auto poderá ser
disposto no art. 35. substituída por boletim de ocorrência cir-
cunstanciada.
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, obser-
var-se-á o disposto no art. 32, e, quanto à ado- Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou
ção, o contido no art. 47. responsável, o adolescente será prontamente
liberado pela autoridade policial, sob termo de
Parágrafo único. A colocação de criança ou compromisso e responsabilidade de sua apre-
adolescente sob a guarda de pessoa inscrita sentação ao representante do Ministério Pú-
em programa de acolhimento familiar será blico, no mesmo dia ou, sendo impossível, no
comunicada pela autoridade judiciária à en- primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela
tidade por este responsável no prazo máxi- gravidade do ato infracional e sua repercussão
mo de 5 (cinco) dias. social, deva o adolescente permanecer sob in-
Seção V ternação para garantia de sua segurança pesso-
al ou manutenção da ordem pública.
DA APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
ATRIBUÍDO A ADOLESCENTE Art. 175. Em caso de não liberação, a autorida-
de policial encaminhará, desde logo, o adoles-
Art. 171. O adolescente apreendido por força cente ao representante do Ministério Público,
de ordem judicial será, desde logo, encaminha- juntamente com cópia do auto de apreensão ou
do à autoridade judiciária. boletim de ocorrência.
Art. 172. O adolescente apreendido em flagran- § 1º Sendo impossível a apresentação ime-
te de ato infracional será, desde logo, encami- diata, a autoridade policial encaminhará o
nhado à autoridade policial competente. adolescente à entidade de atendimento,
que fará a apresentação ao representante
Parágrafo único. Havendo repartição poli- do Ministério Público no prazo de vinte e
cial especializada para atendimento de ado- quatro horas.
lescente e em se tratando de ato infracional
praticado em co-autoria com maior, preva- § 2º Nas localidades onde não houver en-
lecerá a atribuição da repartição especiali- tidade de atendimento, a apresentação
zada, que, após as providências necessárias far-se-á pela autoridade policial. À falta de
e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial especializada, o adoles-
repartição policial própria. cente aguardará a apresentação em depen-
dência separada da destinada a maiores,
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional não podendo, em qualquer hipótese, exce-
cometido mediante violência ou grave ameaça der o prazo referido no parágrafo anterior.

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Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a auto- serão conclusos à autoridade judiciária para ho-
ridade policial encaminhará imediatamente ao mologação.
representante do Ministério Público cópia do
auto de apreensão ou boletim de ocorrência. § 1º Homologado o arquivamento ou a re-
missão, a autoridade judiciária determina-
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, rá, conforme o caso, o cumprimento da me-
houver indícios de participação de adolescente dida.
na prática de ato infracional, a autoridade poli-
cial encaminhará ao representante do Ministé- § 2º Discordando, a autoridade judiciária
rio Público relatório das investigações e demais fará remessa dos autos ao Procurador-Geral
documentos. de Justiça, mediante despacho fundamen-
tado, e este oferecerá representação, desig-
Art. 178. O adolescente a quem se atribua auto- nará outro membro do Ministério Público
ria de ato infracional não poderá ser conduzido para apresentá- la, ou ratificará o arquiva-
ou transportado em compartimento fechado de mento ou a remissão, que só então estará a
veículo policial, em condições atentatórias à sua autoridade judiciária obrigada a homologar.
dignidade, ou que impliquem risco à sua integri-
dade física ou mental, sob pena de responsabi- Art. 182. Se, por qualquer razão, o representan-
lidade. te do Ministério Público não promover o arqui-
vamento ou conceder a remissão, oferecerá re-
Art. 179. Apresentado o adolescente, o repre- presentação à autoridade judiciária, propondo a
sentante do Ministério Público, no mesmo dia e instauração de procedimento para aplicação da
à vista do auto de apreensão, boletim de ocor- medida sócio-educativa que se afigurar a mais
rência ou relatório policial, devidamente autu- adequada.
ados pelo cartório judicial e com informação
sobre os antecedentes do adolescente, proce- § 1º A representação será oferecida por pe-
derá imediata e informalmente à sua oitiva e, tição, que conterá o breve resumo dos fatos
em sendo possível, de seus pais ou responsável, e a classificação do ato infracional e, quan-
vítima e testemunhas. do necessário, o rol de testemunhas, po-
dendo ser deduzida oralmente, em sessão
Parágrafo único. Em caso de não apresenta- diária instalada pela autoridade judiciária.
ção, o representante do Ministério Público
notificará os pais ou responsável para apre- § 2º A representação independe de prova
sentação do adolescente, podendo requisi- pré-constituída da autoria e materialidade.
tar o concurso das polícias civil e militar. Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para
Art. 180. Adotadas as providências a que alude a conclusão do procedimento, estando o ado-
o artigo anterior, o representante do Ministério lescente internado provisoriamente, será de
Público poderá: quarenta e cinco dias.

I – promover o arquivamento dos autos; Art. 184. Oferecida a representação, a autorida-


de judiciária designará audiência de apresenta-
II – conceder a remissão; ção do adolescente, decidindo, desde logo, so-
bre a decretação ou manutenção da internação,
III – representar à autoridade judiciária para observado o disposto no art. 108 e parágrafo.
aplicação de medida sócio-educativa.
§ 1º O adolescente e seus pais ou responsá-
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos vel serão cientificados do teor da represen-
ou concedida a remissão pelo representante do tação, e notificados a comparecer à audiên-
Ministério Público, mediante termo fundamen- cia, acompanhados de advogado.
tado, que conterá o resumo dos fatos, os autos

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§ 2º Se os pais ou responsável não forem lo- audiência de apresentação, oferecerá defe-


calizados, a autoridade judiciária dará cura- sa prévia e rol de testemunhas.
dor especial ao adolescente.
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a as testemunhas arroladas na representação
autoridade judiciária expedirá mandado de e na defesa prévia, cumpridas as diligências
busca e apreensão, determinando o sobres- e juntado o relatório da equipe interprofis-
tamento do feito, até a efetiva apresenta- sional, será dada a palavra ao representante
ção. do Ministério Público e ao defensor, suces-
sivamente, pelo tempo de vinte minutos
§ 4º Estando o adolescente internado, será para cada um, prorrogável por mais dez, a
requisitada a sua apresentação, sem preju- critério da autoridade judiciária, que em se-
ízo da notificação dos pais ou responsável. guida proferirá decisão.
Art. 185. A internação, decretada ou mantida Art. 187. Se o adolescente, devidamente notifi-
pela autoridade judiciária, não poderá ser cum- cado, não comparecer, injustificadamente à au-
prida em estabelecimento prisional. diência de apresentação, a autoridade judiciária
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com designará nova data, determinando sua condu-
as características definidas no art. 123, o ção coercitiva.
adolescente deverá ser imediatamente Art. 188. A remissão, como forma de extinção
transferido para a localidade mais próxima. ou suspensão do processo, poderá ser aplicada
§ 2º Sendo impossível a pronta transferên- em qualquer fase do procedimento, antes da
cia, o adolescente aguardará sua remoção sentença.
em repartição policial, desde que em seção Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará
isolada dos adultos e com instalações apro- qualquer medida, desde que reconheça na sen-
priadas, não podendo ultrapassar o prazo tença:
máximo de cinco dias, sob pena de respon-
sabilidade. I – estar provada a inexistência do fato;
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus II – não haver prova da existência do fato;
pais ou responsável, a autoridade judiciária pro-
cederá à oitiva dos mesmos, podendo solicitar III – não constituir o fato ato infracional;
opinião de profissional qualificado. IV – não existir prova de ter o adolescente
§ 1º Se a autoridade judiciária entender concorrido para o ato infracional.
adequada a remissão, ouvirá o represen- Parágrafo único. Na hipótese deste artigo,
tante do Ministério Público, proferindo de- estando o adolescente internado, será ime-
cisão. diatamente colocado em liberdade.
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplica- Art. 190. A intimação da sentença que aplicar
ção de medida de internação ou colocação medida de internação ou regime de semi-liber-
em regime de semi- liberdade, a autorida- dade será feita:
de judiciária, verificando que o adolescente
não possui advogado constituído, nomeará I – ao adolescente e ao seu defensor;
defensor, designando, desde logo, audiên-
II – quando não for encontrado o adoles-
cia em continuação, podendo determinar a
cente, a seus pais ou responsável, sem pre-
realização de diligências e estudo do caso.
juízo do defensor.
§ 3º O advogado constituído ou o defensor
nomeado, no prazo de três dias contado da

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§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a in- cadas. Satisfeitas as exigências, o processo
timação far-se-á unicamente na pessoa do será extinto, sem julgamento de mérito.
defensor.
§ 4º A multa e a advertência serão impostas
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do ao dirigente da entidade ou programa de
adolescente, deverá este manifestar se de- atendimento.
seja ou não recorrer da sentença.
Seção VII
Seção VI DA APURAÇÃO DE INFRAÇÃO
DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES ADMINISTRATIVA ÀS NORMAS
EM ENTIDADE DE ATENDIMENTO DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E
Art. 191. O procedimento de apuração de irre- AO ADOLESCENTE
gularidades em entidade governamental e não- Art. 194. O procedimento para imposição de
-governamental terá início mediante portaria penalidade administrativa por infração às nor-
da autoridade judiciária ou representação do mas de proteção à criança e ao adolescente terá
Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde início por representação do Ministério Público,
conste, necessariamente, resumo dos fatos. ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração ela-
Parágrafo único. Havendo motivo grave, borado por servidor efetivo ou voluntário cre-
poderá a autoridade judiciária, ouvido o denciado, e assinado por duas testemunhas, se
Ministério Público, decretar liminarmente o possível.
afastamento provisório do dirigente da enti- § 1º No procedimento iniciado com o auto
dade, mediante decisão fundamentada. de infração, poderão ser usadas fórmulas
Art. 192. O dirigente da entidade será citado impressas, especificando-se a natureza e as
para, no prazo de dez dias, oferecer resposta es- circunstâncias da infração.
crita, podendo juntar documentos e indicar as § 2º Sempre que possível, à verificação da
provas a produzir. infração seguir-se-á a lavratura do auto,
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sen- certificando-se, em caso contrário, dos mo-
do necessário, a autoridade judiciária designará tivos do retardamento.
audiência de instrução e julgamento, intimando Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias
as partes. para apresentação de defesa, contado da data
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as da intimação, que será feita:
partes e o Ministério Público terão cinco I – pelo autuante, no próprio auto, quando
dias para oferecer alegações finais, decidin- este for lavrado na presença do requerido;
do a autoridade judiciária em igual prazo.
II – por oficial de justiça ou funcionário le-
§ 2º Em se tratando de afastamento provi- galmente habilitado, que entregará cópia
sório ou definitivo de dirigente de entidade do auto ou da representação ao requerido,
governamental, a autoridade judiciária ofi- ou a seu representante legal, lavrando cer-
ciará à autoridade administrativa imediata- tidão;
mente superior ao afastado, marcando pra-
zo para a substituição. III – por via postal, com aviso de recebimen-
to, se não for encontrado o requerido ou
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, seu representante legal;
a autoridade judiciária poderá fixar prazo
para a remoção das irregularidades verifi-

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IV – por edital, com prazo de trinta dias, se I – apresentar quesitos a serem respondidos
incerto ou não sabido o paradeiro do reque- pela equipe interprofissional encarregada
rido ou de seu representante legal. de elaborar o estudo técnico a que se refere
o art. 197-C desta Lei;
Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no
prazo legal, a autoridade judiciária dará vista II – requerer a designação de audiência para
dos autos do Ministério Público, por cinco dias, oitiva dos postulantes em juízo e testemu-
decidindo em igual prazo. nhas;
Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade III – requerer a juntada de documentos
judiciária procederá na conformidade do artigo complementares e a realização de outras di-
anterior, ou, sendo necessário, designará audi- ligências que entender necessárias.
ência de instrução e julgamento.
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente,
Parágrafo único. Colhida a prova oral, ma- equipe interprofissional a serviço da Justiça da
nifestar-se-ão sucessivamente o Ministério Infância e da Juventude, que deverá elaborar
Público e o procurador do requerido, pelo estudo psicossocial, que conterá subsídios que
tempo de vinte minutos para cada um, pror- permitam aferir a capacidade e o preparo dos
rogável por mais dez, a critério da autorida- postulantes para o exercício de uma paternida-
de judiciária, que em seguida proferirá sen- de ou maternidade responsável, à luz dos requi-
tença. sitos e princípios desta Lei.

Seção VIII § 1º É obrigatória a participação dos postu-


DA HABILITAÇÃO DE lantes em programa oferecido pela Justiça
da Infância e da Juventude preferencial-
PRETENDENTES À ADOÇÃO mente com apoio dos técnicos responsáveis
pela execução da política municipal de ga-
Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domici-
rantia do direito à convivência familiar, que
liados no Brasil, apresentarão petição inicial na
inclua preparação psicológica, orientação e
qual conste:
estímulo à adoção inter-racial, de crianças
I – qualificação completa; maiores ou de adolescentes, com necessi-
dades específicas de saúde ou com defici-
II – dados familiares; ências e de grupos de irmãos.
III – cópias autenticadas de certidão de nas- § 2º Sempre que possível e recomendável,
cimento ou casamento, ou declaração rela- a etapa obrigatória da preparação referida
tiva ao período de união estável; no § 1º deste artigo incluirá o contato com
IV – cópias da cédula de identidade e inscri- crianças e adolescentes em regime de aco-
ção no Cadastro de Pessoas Físicas; lhimento familiar ou institucional em con-
dições de serem adotados, a ser realizado
V – comprovante de renda e domicílio; sob a orientação, supervisão e avaliação da
equipe técnica da Justiça da Infância e da
VI – atestados de sanidade física e mental
Juventude, com o apoio dos técnicos res-
VII – certidão de antecedentes criminais; ponsáveis pelo programa de acolhimento
familiar ou institucional e pela execução da
VIII – certidão negativa de distribuição cível. política municipal de garantia do direito à
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de convivência familiar.
48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da
ao Ministério Público, que no prazo de 5 (cinco) participação no programa referido no art. 197-
dias poderá: C desta Lei, a autoridade judiciária, no prazo de

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48 (quarenta e oito) horas, decidirá acerca das III – os recursos terão preferência de julga-
diligências requeridas pelo Ministério Público e mento e dispensarão revisor;
determinará a juntada do estudo psicossocial,
designando, conforme o caso, audiência de ins- VII – antes de determinar a remessa dos au-
trução e julgamento. tos à superior instância, no caso de apela-
ção, ou do instrumento, no caso de agravo,
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas a autoridade judiciária proferirá despacho
diligências, ou sendo essas indeferidas, a fundamentado, mantendo ou reformando a
autoridade judiciária determinará a junta- decisão, no prazo de cinco dias;
da do estudo psicossocial, abrindo a seguir
vista dos autos ao Ministério Público, por 5 VIII – mantida a decisão apelada ou agra-
(cinco) dias, decidindo em igual prazo. vada, o escrivão remeterá os autos ou o
instrumento à superior instância dentro de
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante vinte e quatro horas, independentemente
será inscrito nos cadastros referidos no art. 50 de novo pedido do recorrente; se a refor-
desta Lei, sendo a sua convocação para a ado- mar, a remessa dos autos dependerá de
ção feita de acordo com ordem cronológica de pedido expresso da parte interessada ou do
habilitação e conforme a disponibilidade de Ministério Público, no prazo de cinco dias,
crianças ou adolescentes adotáveis. contados da intimação.
§ 1º A ordem cronológica das habilitações Art. 199. Contra as decisões proferidas com
somente poderá deixar de ser observada base no art. 149 caberá recurso de apelação.
pela autoridade judiciária nas hipóteses
previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quan- Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção pro-
do comprovado ser essa a melhor solução duz efeito desde logo, embora sujeita a apela-
no interesse do adotando. ção, que será recebida exclusivamente no efeito
devolutivo, salvo se se tratar de adoção interna-
§ 2º A recusa sistemática na adoção das cional ou se houver perigo de dano irreparável
crianças ou adolescentes indicados impor- ou de difícil reparação ao adotando.
tará na reavaliação da habilitação concedi-
da. Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou
qualquer dos genitores do poder familiar fica
sujeita a apelação, que deverá ser recebida ape-
nas no efeito devolutivo.
CAPÍTULO IV Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de
DOS RECURSOS adoção e de destituição de poder familiar, em
face da relevância das questões, serão proces-
Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da sados com prioridade absoluta, devendo ser
Infância e da Juventude, inclusive os relativos à imediatamente distribuídos, ficando vedado
execução das medidas socioeducativas, adotar- que aguardem, em qualquer situação, oportuna
-se-á o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 distribuição, e serão colocados em mesa para
de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), julgamento sem revisão e com parecer urgente
com as seguintes adaptações: do Ministério Público.
I – os recursos serão interpostos indepen- Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo
dentemente de preparo; em mesa para julgamento no prazo máximo de
II – em todos os recursos, salvo nos embar- 60 (sessenta) dias, contado da sua conclusão.
gos de declaração, o prazo para o Ministério Parágrafo único. O Ministério Público será
Público e para a defesa será sempre de 10 intimado da data do julgamento e poderá
(dez) dias;

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na sessão, se entender necessário, apresen- a) expedir notificações para colher depoi-


tar oralmente seu parecer. mentos ou esclarecimentos e, em caso de
não comparecimento injustificado, requisi-
Art. 199-E. O Ministério Público poderá re- tar condução coercitiva, inclusive pela polí-
querer a instauração de procedimento para cia civil ou militar;
apuração de responsabilidades se constatar o
descumprimento das providências e do prazo b) requisitar informações, exames, perícias
previstos nos artigos anteriores. e documentos de autoridades municipais,
estaduais e federais, da administração dire-
ta ou indireta, bem como promover inspe-
ções e diligências investigatórias;
CAPÍTULO V
c) requisitar informações e documentos a
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
particulares e instituições privadas;
Art. 200. As funções do Ministério Público pre- VII – instaurar sindicâncias, requisitar dili-
vistas nesta Lei serão exercidas nos termos da gências investigatórias e determinar a ins-
respectiva lei orgânica. tauração de inquérito policial, para apu-
Art. 201. Compete ao Ministério Público: ração de ilícitos ou infrações às normas de
proteção à infância e à juventude;
I – conceder a remissão como forma de ex-
clusão do processo; VIII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos
e garantias legais assegurados às crianças e
II – promover e acompanhar os procedi- adolescentes, promovendo as medidas judi-
mentos relativos às infrações atribuídas a ciais e extrajudiciais cabíveis;
adolescentes;
IX – impetrar mandado de segurança, de in-
III – promover e acompanhar as ações de junção e habeas corpus, em qualquer juízo,
alimentos e os procedimentos de suspensão instância ou tribunal, na defesa dos interes-
e destituição do poder familiar, nomeação e ses sociais e individuais indisponíveis afetos
remoção de tutores, curadores e guardiães, à criança e ao adolescente;
bem como oficiar em todos os demais pro-
cedimentos da competência da Justiça da X – representar ao juízo visando à aplica-
Infância e da Juventude; ção de penalidade por infrações cometidas
contra as normas de proteção à infância e
IV – promover, de ofício ou por solicitação à juventude, sem prejuízo da promoção da
dos interessados, a especialização e a ins- responsabilidade civil e penal do infrator,
crição de hipoteca legal e a prestação de quando cabível;
contas dos tutores, curadores e quaisquer
administradores de bens de crianças e ado- XI – inspecionar as entidades públicas e par-
lescentes nas hipóteses do art. 98; ticulares de atendimento e os programas de
que trata esta Lei, adotando de pronto as
V – promover o inquérito civil e a ação ci- medidas administrativas ou judiciais neces-
vil pública para a proteção dos interesses sárias à remoção de irregularidades porven-
individuais, difusos ou coletivos relativos à tura verificadas;
infância e à adolescência, inclusive os defi-
nidos no art. 220, § 3º inciso II, da Constitui- XII – requisitar força policial, bem como a
ção Federal; colaboração dos serviços médicos, hospita-
lares, educacionais e de assistência social,
VI – instaurar procedimentos administrati- públicos ou privados, para o desempenho
vos e, para instruí-los: de suas atribuições.

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§ 1º A legitimação do Ministério Público declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento
para as ações cíveis previstas neste artigo de qualquer interessado.
não impede a de terceiros, nas mesmas hi-
póteses, segundo dispuserem a Constitui- Art. 205. As manifestações processuais do re-
ção e esta Lei. presentante do Ministério Público deverão ser
fundamentadas.
§ 2º As atribuições constantes deste artigo
não excluem outras, desde que compatíveis
com a finalidade do Ministério Público.
CAPÍTULO VI
§ 3º O representante do Ministério Público,
DO ADVOGADO
no exercício de suas funções, terá livre aces-
so a todo local onde se encontre criança ou Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais
adolescente. ou responsável, e qualquer pessoa que tenha
§ 4º O representante do Ministério Públi- legítimo interesse na solução da lide poderão
co será responsável pelo uso indevido das intervir nos procedimentos de que trata esta
informações e documentos que requisitar, Lei, através de advogado, o qual será intimado
nas hipóteses legais de sigilo. para todos os atos, pessoalmente ou por publi-
cação oficial, respeitado o segredo de justiça.
§ 5º Para o exercício da atribuição de que
trata o inciso VIII deste artigo, poderá o re- Parágrafo único. Será prestada assistência
presentante do Ministério Público: judiciária integral e gratuita àqueles que
dela necessitarem.
a) reduzir a termo as declarações do recla-
mante, instaurando o competente procedi- Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atri-
mento, sob sua presidência; bua a prática de ato infracional, ainda que au-
sente ou foragido, será processado sem defen-
b) entender-se diretamente com a pessoa sor.
ou autoridade reclamada, em dia, local e
horário previamente notificados ou acerta- § 1º Se o adolescente não tiver defensor,
dos; ser-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o
direito de, a todo tempo, constituir outro de
c) efetuar recomendações visando à me- sua preferência.
lhoria dos serviços públicos e de relevância
pública afetos à criança e ao adolescente, fi- § 2º A ausência do defensor não determina-
xando prazo razoável para sua perfeita ade- rá o adiamento de nenhum ato do proces-
quação. so, devendo o juiz nomear substituto, ainda
que provisoriamente, ou para o só efeito do
Art. 202. Nos processos e procedimentos em ato.
que não for parte, atuará obrigatoriamente o
Ministério Público na defesa dos direitos e inte- § 3º Será dispensada a outorga de manda-
resses de que cuida esta Lei, hipótese em que to, quando se tratar de defensor nomeado
terá vista dos autos depois das partes, podendo ou, sido constituído, tiver sido indicado por
juntar documentos e requerer diligências, usan- ocasião de ato formal com a presença da
do os recursos cabíveis. autoridade judiciária.

Art. 203. A intimação do Ministério Público, em


qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério
Público acarreta a nulidade do feito, que será

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CAPÍTULO VII prios da infância e da adolescência, protegi-


DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS dos pela Constituição e pela Lei.
INTERESSES INDIVIDUAIS, § 2º A investigação do desaparecimento
DIFUSOS E COLETIVOS de crianças ou adolescentes será realizada
imediatamente após notificação aos órgãos
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei competentes, que deverão comunicar o fato
as ações de responsabilidade por ofensa aos di- aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e
reitos assegurados à criança e ao adolescente, companhias de transporte interestaduais
referentes ao não oferecimento ou oferta irre- e internacionais, fornecendo-lhes todos os
gular: dados necessários à identificação do desa-
parecido.
I – do ensino obrigatório;
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo se-
II – de atendimento educacional especiali- rão propostas no foro do local onde ocorreu ou
zado aos portadores de deficiência; deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá
III – de atendimento em creche e pré-escola competência absoluta para processar a causa,
às crianças de zero a cinco anos de idade; ressalvadas a competência da Justiça Federal e
a competência originária dos tribunais superio-
IV – de ensino noturno regular, adequado res.
às condições do educando;
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em inte-
V – de programas suplementares de oferta resses coletivos ou difusos, consideram-se legi-
de material didático-escolar, transporte e timados concorrentemente:
assistência à saúde do educando do ensino
fundamental; I – o Ministério Público;

VI – de serviço de assistência social visando II – a União, os estados, os municípios, o


à proteção à família, à maternidade, à infân- Distrito Federal e os territórios;
cia e à adolescência, bem como ao amparo III – as associações legalmente constituídas
às crianças e adolescentes que dele neces- há pelo menos um ano e que incluam en-
sitem; tre seus fins institucionais a defesa dos in-
VII – de acesso às ações e serviços de saúde; teresses e direitos protegidos por esta Lei,
dispensada a autorização da assembléia, se
VIII – de escolarização e profissionalização houver prévia autorização estatutária.
dos adolescentes privados de liberdade.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo
IX – de ações, serviços e programas de entre os Ministérios Públicos da União e dos
orientação, apoio e promoção social de fa- estados na defesa dos interesses e direitos
mílias e destinados ao pleno exercício do de que cuida esta Lei.
direito à convivência familiar por crianças e
adolescentes. § 2º Em caso de desistência ou abandono
da ação por associação legitimada, o Minis-
X – de programas de atendimento para a tério Público ou outro legitimado poderá
execução das medidas socioeducativas e assumir a titularidade ativa.
aplicação de medidas de proteção.
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados pode-
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não rão tomar dos interessados compromisso de
excluem da proteção judicial outros interes- ajustamento de sua conduta às exigências le-
ses individuais, difusos ou coletivos, pró- gais, o qual terá eficácia de título executivo ex-
trajudicial.

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Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses facultada igual iniciativa aos demais legiti-
protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as mados.
espécies de ações pertinentes.
§ 2º Enquanto o fundo não for regulamen-
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste tado, o dinheiro ficará depositado em es-
Capítulo as normas do Código de Processo tabelecimento oficial de crédito, em conta
Civil. com correção monetária.
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de auto- Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensi-
ridade pública ou agente de pessoa jurídica vo aos recursos, para evitar dano irreparável à
no exercício de atribuições do poder públi- parte.
co, que lesem direito líquido e certo previs-
to nesta Lei, caberá ação mandamental, que Art. 216. Transitada em julgado a sentença que
se regerá pelas normas da lei do mandado impuser condenação ao poder público, o juiz
de segurança. determinará a remessa de peças à autoridade
competente, para apuração da responsabilida-
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cum- de civil e administrativa do agente a que se atri-
primento de obrigação de fazer ou não fazer, o bua a ação ou omissão.
juiz concederá a tutela específica da obrigação
ou determinará providências que assegurem o Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito
resultado prático equivalente ao do adimple- em julgado da sentença condenatória sem que
mento. a associação autora lhe promova a execução,
deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada
§ 1º Sendo relevante o fundamento da de- igual iniciativa aos demais legitimados.
manda e havendo justificado receio de ine-
ficácia do provimento final, é lícito ao juiz Art. 218. O juiz condenará a associação autora
conceder a tutela liminarmente ou após jus- a pagar ao réu os honorários advocatícios arbi-
tificação prévia, citando o réu. trados na conformidade do § 4º do art. 20 da Lei
n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo Processo Civil), quando reconhecer que a pre-
anterior ou na sentença, impor multa diária tensão é manifestamente infundada.
ao réu, independentemente de pedido do
autor, se for suficiente ou compatível com Parágrafo único. Em caso de litigância de
a obrigação, fixando prazo razoável para o má-fé, a associação autora e os diretores
cumprimento do preceito. responsáveis pela propositura da ação se-
rão solidariamente condenados ao décuplo
§ 3º A multa só será exigível do réu após o das custas, sem prejuízo de responsabilida-
trânsito em julgado da sentença favorável de por perdas e danos.
ao autor, mas será devida desde o dia em
que se houver configurado o descumpri- Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo,
mento. não haverá adiantamento de custas, emolu-
mentos, honorários periciais e quaisquer outras
Art. 214. Os valores das multas reverterão ao despesas.
fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da
Criança e do Adolescente do respectivo municí- Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor
pio. público deverá provocar a iniciativa do Minis-
tério Público, prestando-lhe informações sobre
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias fatos que constituam objeto de ação civil, e indi-
após o trânsito em julgado da decisão se- cando-lhe os elementos de convicção.
rão exigidas através de execução promovida
pelo Ministério Público, nos mesmos autos, Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os ju-
ízos e tribunais tiverem conhecimento de fatos

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que possam ensejar a propositura de ação civil, TÍTULO VII


remeterão peças ao Ministério Público para as
providências cabíveis. Dos Crimes e das Infrações
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o inte- Administrativas
ressado poderá requerer às autoridades com-
petentes as certidões e informações que julgar
necessárias, que serão fornecidas no prazo de
quinze dias. CAPÍTULO I
DOS CRIMES
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar,
sob sua presidência, inquérito civil, ou requisi- Seção I
tar, de qualquer pessoa, organismo público ou
particular, certidões, informações, exames ou DISPOSIÇÕES GERAIS
perícias, no prazo que assinalar, o qual não po-
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes pra-
derá ser inferior a dez dias úteis.
ticados contra a criança e o adolescente, por
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, es- ação ou omissão, sem prejuízo do disposto na
gotadas todas as diligências, se convencer legislação penal.
da inexistência de fundamento para a pro-
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta
positura da ação cível, promoverá o arqui-
Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e,
vamento dos autos do inquérito civil ou das
quanto ao processo, as pertinentes ao Código
peças informativas, fazendo-o fundamenta-
de Processo Penal.
damente.
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças
ação pública incondicionada
de informação arquivados serão remetidos,
sob pena de se incorrer em falta grave, no Seção II
prazo de três dias, ao Conselho Superior do
Ministério Público.
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o
a promoção de arquivamento, em sessão dirigente de estabelecimento de atenção à saú-
do Conselho Superior do Ministério público, de de gestante de manter registro das ativida-
poderão as associações legitimadas apre- des desenvolvidas, na forma e prazo referidos
sentar razões escritas ou documentos, que no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à
serão juntados aos autos do inquérito ou parturiente ou a seu responsável, por ocasião
anexados às peças de informação. da alta médica, declaração de nascimento, onde
constem as intercorrências do parto e do desen-
§ 4º A promoção de arquivamento será sub- volvimento do neonato:
metida a exame e deliberação do Conselho
Superior do Ministério Público, conforme Pena - detenção de seis meses a dois anos.
dispuser o seu regimento.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
§ 5º Deixando o Conselho Superior de ho-
Pena - detenção de dois a seis meses, ou
mologar a promoção de arquivamento, de-
multa.
signará, desde logo, outro órgão do Ministé-
rio Público para o ajuizamento da ação. Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou diri-
gente de estabelecimento de atenção à saúde
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que
de gestante de identificar corretamente o neo-
couber, as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de
nato e a parturiente, por ocasião do parto, bem
julho de 1985.

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como deixar de proceder aos exames referidos Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao po-
no art. 10 desta Lei: der de quem o tem sob sua guarda em virtude
de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação
Pena - detenção de seis meses a dois anos. em lar substituto:
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Pena - detenção de dois a seis meses, ou Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de fi-
multa. lho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou re-
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de compensa: Pena reclusão de um a quatro anos,
sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem e multa.
estar em flagrante de ato infracional ou inexis- Parágrafo único. Incide nas mesmas penas
tindo ordem escrita da autoridade judiciária quem oferece ou efetiva a paga ou recom-
competente: pensa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de
Parágrafo único. Incide na mesma pena ato destinado ao envio de criança ou adolescen-
aquele que procede à apreensão sem ob- te para o exterior com inobservância das forma-
servância das formalidades legais. lidades legais ou com o fito de obter lucro:

Art. 231. Deixar a autoridade policial responsá- Pena - reclusão de quatro a seis anos, e
vel pela apreensão de criança ou adolescente multa.
de fazer imediata comunicação à autoridade ju- Parágrafo único. Se há emprego de violên-
diciária competente e à família do apreendido cia, grave ameaça ou fraude:
ou à pessoa por ele indicada:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos,
Pena - detenção de seis meses a dois anos. além da pena correspondente à violência.
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotogra-
sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame far, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
ou a constrangimento: de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo
Pena - detenção de seis meses a dois anos. criança ou adolescente:

Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)
justa causa, de ordenar a imediata liberação de anos, e multa.
criança ou adolescente, tão logo tenha conheci- § 1º Incorre nas mesmas penas quem agen-
mento da ilegalidade da apreensão: cia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer
Pena - detenção de seis meses a dois anos. modo intermedeia a participação de criança
ou adolescente nas cenas referidas no ca-
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, pra- put deste artigo, ou ainda quem com esses
zo fixado nesta Lei em benefício de adolescen- contracena.
te privado de liberdade: Pena detenção de seis
meses a dois anos. § 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço)
se o agente comete o crime:
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de auto-
ridade judiciária, membro do Conselho Tutelar I – no exercício de cargo ou função pública
ou representante do Ministério Público no exer- ou a pretexto de exercê-la;
cício de função prevista nesta Lei: II – prevalecendo-se de relações domésti-
Pena - detenção de seis meses a dois anos. cas, de coabitação ou de hospitalidade; ou

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III – prevalecendo-se de relações de paren- § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3


tesco consangüíneo ou afim até o terceiro (dois terços) se de pequena quantidade o
grau, ou por adoção, de tutor, curador, pre- material a que se refere o caput deste arti-
ceptor, empregador da vítima ou de quem, go.
a qualquer outro título, tenha autoridade
sobre ela, ou com seu consentimento. § 2º Não há crime se a posse ou o armaze-
namento tem a finalidade de comunicar às
Art. 241. Vender ou expor à venda fotogra- autoridades competentes a ocorrência das
fia, vídeo ou outro registro que contenha cena condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-
de sexo explícito ou pornográfica envolvendo A e 241-C desta Lei, quando a comunicação
criança ou adolescente: for feita por:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) I – agente público no exercício de suas fun-
anos, e multa. ções;
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, II – membro de entidade, legalmente cons-
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por tituída, que inclua, entre suas finalidades
qualquer meio, inclusive por meio de sistema institucionais, o recebimento, o processa-
de informática ou telemático, fotografia, vídeo mento e o encaminhamento de notícia dos
ou outro registro que contenha cena de sexo ex- crimes referidos neste parágrafo;
plícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente: III – representante legal e funcionários res-
ponsáveis de provedor de acesso ou serviço
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, prestado por meio de rede de computado-
e multa. res, até o recebimento do material relativo
à notícia feita à autoridade policial, ao Mi-
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: nistério Público ou ao Poder Judiciário.
I – assegura os meios ou serviços para o § 3º As pessoas referidas no § 2º deste arti-
armazenamento das fotografias, cenas ou go deverão manter sob sigilo o material ilíci-
imagens de que trata o caput deste artigo; to referido.
II – assegura, por qualquer meio, o acesso Art. 241-C. Simular a participação de criança ou
por rede de computadores às fotografias, adolescente em cena de sexo explícito ou por-
cenas ou imagens de que trata o caput des- nográfica por meio de adulteração, montagem
te artigo. ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer
§ 2º As condutas tipificadas nos incisos I e II outra forma de representação visual:
do § 1º deste artigo são puníveis quando o Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,
responsável legal pela prestação do serviço, e multa.
oficialmente notificado, deixa de desabilitar
o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
caput deste artigo. quem vende, expõe à venda, disponibiliza,
distribui, publica ou divulga por qualquer
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por meio, adquire, possui ou armazena o mate-
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma rial produzido na forma do caput deste ar-
de registro que contenha cena de sexo explícito tigo.
ou pornográfica envolvendo criança ou adoles-
cente: Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou cons-
tranger, por qualquer meio de comunicação,
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) criança, com o fim de com ela praticar ato libi-
anos, e multa. dinoso:

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Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente,
e multa. como tais definidos no caput do art. 2º desta
Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
quem: Pena - reclusão de quatro a dez anos, e mul-
ta.
I – facilita ou induz o acesso à criança de
material contendo cena de sexo explícito ou § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprie-
pornográfica com o fim de com ela praticar tário, o gerente ou o responsável pelo local
ato libidinoso; em que se verifique a submissão de criança
ou adolescente às práticas referidas no ca-
II – pratica as condutas descritas no caput put deste artigo.
deste artigo com o fim de induzir criança a
se exibir de forma pornográfica ou sexual- § 2º Constitui efeito obrigatório da conde-
mente explícita. nação a cassação da licença de localização e
de funcionamento do estabelecimento.
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nes-
ta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção
pornográfica” compreende qualquer situação de menor de 18 (dezoito) anos, com ele prati-
que envolva criança ou adolescente em ativi- cando infração penal ou induzindo-o a praticá-
dades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou -la:
exibição dos órgãos genitais de uma criança ou
adolescente para fins primordialmente sexuais. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuita- § 1º Incorre nas penas previstas no caput
mente ou entregar, de qualquer forma, a crian- deste artigo quem pratica as condutas ali
ça ou adolescente arma, munição ou explosivo: tipificadas utilizando-se de quaisquer meios
eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. internet.
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou § 2º As penas previstas no caput deste arti-
entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer go são aumentadas de um terço no caso de
forma, a criança ou a adolescente, bebida alco- a infração cometida ou induzida estar incluí-
ólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos da no rol do art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de
componentes possam causar dependência física julho de 1990.
ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos, e multa, se o fato não constitui crime CAPÍTULO II
mais grave.
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuita-
mente ou entregar, de qualquer forma, a crian- Art. 245. Deixar o médico, professor ou respon-
ça ou adolescente fogos de estampido ou de sável por estabelecimento de atenção à saúde
artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido e de ensino fundamental, pré-escola ou creche,
potencial, sejam incapazes de provocar qual- de comunicar à autoridade competente os ca-
quer dano físico em caso de utilização indevida: sos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra
Pena - detenção de seis meses a dois anos, criança ou adolescente:
e multa.
Pena - multa de três a vinte salários de re-
ferência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.

1454 www.acasadoconcurseiro.com.br
ECA – Parte Especial – Prof. André Vieira

Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário minação da autoridade judiciária ou Conselho


de entidade de atendimento o exercício dos di- Tutelar:
reitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI
do art. 124 desta Lei: Pena - multa de três a vinte salários de re-
ferência, aplicando-se o dobro em caso de
Pena multa de três a vinte salários de re- reincidência.
ferência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência. Art. 250. Hospedar criança ou adolescente de-
sacompanhado dos pais ou responsável, ou sem
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização escrita desses ou da autoridade ju-
autorização devida, por qualquer meio de co- diciária, em hotel, pensão, motel ou congênere:
municação, nome, ato ou documento de proce-
dimento policial, administrativo ou judicial rela- Pena – multa.
tivo a criança ou adolescente a que se atribua § 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo
ato infracional: da pena de multa, a autoridade judiciária
Pena - multa de três a vinte salários de re- poderá determinar o fechamento do esta-
ferência, aplicando-se o dobro em caso de belecimento por até 15 (quinze) dias.
reincidência. § 2º Se comprovada a reincidência em perí-
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, odo inferior a 30 (trinta) dias, o estabeleci-
total ou parcialmente, fotografia de crian- mento será definitivamente fechado e terá
ça ou adolescente envolvido em ato infra- sua licença cassada.
cional, ou qualquer ilustração que lhe diga Art. 251. Transportar criança ou adolescente,
respeito ou se refira a atos que lhe sejam por qualquer meio, com inobservância do dis-
atribuídos, de forma a permitir sua identifi- posto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:
cação, direta ou indiretamente.
Pena - multa de três a vinte salários de re-
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de im- ferência, aplicando-se o dobro em caso de
prensa ou emissora de rádio ou televisão, reincidência.
além da pena prevista neste artigo, a auto-
ridade judiciária poderá determinar a apre- Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou
ensão da publicação espetáculo público de afixar, em lugar visível e
de fácil acesso, à entrada do local de exibição,
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade ju- informação destacada sobre a natureza da di-
diciária de seu domicílio, no prazo de cinco dias, versão ou espetáculo e a faixa etária especifica-
com o fim de regularizar a guarda, adolescente da no certificado de classificação:
trazido de outra comarca para a prestação de
serviço doméstico, mesmo que autorizado pe- Pena - multa de três a vinte salários de re-
los pais ou responsável: ferência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.
Pena - multa de três a vinte salários de re-
ferência, aplicando-se o dobro em caso de Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou
reincidência, independentemente das des- quaisquer representações ou espetáculos, sem
pesas de retorno do adolescente, se for o indicar os limites de idade a que não se reco-
caso. mendem:

Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, Pena - multa de três a vinte salários de refe-
os deveres inerentes ao poder familiar ou de- rência, duplicada em caso de reincidência,
corrente de tutela ou guarda, bem assim deter- aplicável, separadamente, à casa de espetá-
culo e aos órgãos de divulgação ou publici-
dade.

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Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televi- Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de
são, espetáculo em horário diverso do autoriza- providenciar a instalação e operacionalização
do ou sem aviso de sua classificação: dos cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do
art. 101 desta Lei:
Pena - multa de vinte a cem salários de re-
ferência; duplicada em caso de reincidência Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
a autoridade judiciária poderá determinar a 3.000,00 (três mil reais).
suspensão da programação da emissora por
até dois dias. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
a autoridade que deixa de efetuar o cadas-
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou tramento de crianças e de adolescentes em
congênere classificado pelo órgão competente condições de serem adotadas, de pessoas
como inadequado às crianças ou adolescentes ou casais habilitados à adoção e de crianças
admitidos ao espetáculo: e adolescentes em regime de acolhimento
institucional ou familiar.
Pena - multa de vinte a cem salários de refe-
rência; na reincidência, a autoridade poderá Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou di-
determinar a suspensão do espetáculo ou rigente de estabelecimento de atenção à saúde
o fechamento do estabelecimento por até de gestante de efetuar imediato encaminha-
quinze dias. mento à autoridade judiciária de caso de que
tenha conhecimento de mãe ou gestante inte-
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adoles- ressada em entregar seu filho para adoção:
cente fita de programação em vídeo, em desa-
cordo com a classificação atribuída pelo órgão Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
competente: 3.000,00 (três mil reais).
Pena - multa de três a vinte salários de re- Parágrafo único. Incorre na mesma pena o
ferência; em caso de reincidência, a autori- funcionário de programa oficial ou comuni-
dade judiciária poderá determinar o fecha- tário destinado à garantia do direito à con-
mento do estabelecimento por até quinze vivência familiar que deixa de efetuar a co-
dias. municação referida no caput deste artigo.
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida
arts. 78 e 79 desta Lei: no inciso II do art. 81:
Pena - multa de três a vinte salários de re- Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais)
ferência, duplicando-se a pena em caso de a R$ 10.000,00 (dez mil reais);
reincidência, sem prejuízo de apreensão da
revista ou publicação. Medida Administrativa - interdição do esta-
belecimento comercial até o recolhimento
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabeleci- da multa aplicada.
mento ou o empresário de observar o que dis-
põe esta Lei sobre o acesso de criança ou ado-
lescente aos locais de diversão, ou sobre sua
participação no espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de re-
ferência; em caso de reincidência, a autori-
dade judiciária poderá determinar o fecha-
mento do estabelecimento por até quinze
dias.

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Estatuto da Criança e do Adolescente

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS § 2º Os conselhos nacional, estaduais e mu-


nicipais dos direitos da criança e do ado-
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias con- lescente fixarão critérios de utilização, por
tados da publicação deste Estatuto, elaborará meio de planos de aplicação, das dotações
projeto de lei dispondo sobre a criação ou adap- subsidiadas e demais receitas, aplicando
tação de seus órgãos às diretrizes da política de necessariamente percentual para incentivo
atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabe- ao acolhimento, sob a forma de guarda, de
lece o Título V do Livro II. crianças e adolescentes e para programas
de atenção integral à primeira infância em
Parágrafo único. Compete aos estados e áreas de maior carência socioeconômica e
municípios promoverem a adaptação de em situações de calamidade.
seus órgãos e programas às diretrizes e
princípios estabelecidos nesta Lei. § 3º O Departamento da Receita Federal,
do Ministério da Economia, Fazenda e Pla-
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar do- nejamento, regulamentará a comprovação
ações aos Fundos dos Direitos da Criança e do das doações feitas aos fundos, nos termos
Adolescente nacional, distrital, estaduais ou deste artigo.
municipais, devidamente comprovadas, sendo
essas integralmente deduzidas do imposto de § 4º O Ministério Público determinará em
renda, obedecidos os seguintes limites: cada comarca a forma de fiscalização da
aplicação, pelo Fundo Municipal dos Direi-
I – 1% (um por cento) do imposto sobre a tos da Criança e do Adolescente, dos incen-
renda devido apurado pelas pessoas jurídi- tivos fiscais referidos neste artigo.
cas tributadas com base no lucro real; e
§ 5º Observado o disposto no § 4º do art.
II – 6% (seis por cento) do imposto sobre a 3º da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de
renda apurado pelas pessoas físicas na De- 1995, a dedução de que trata o inciso I do
claração de Ajuste Anual, observado o dis- caput:
posto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de
dezembro de 1997. I – será considerada isoladamente, não se
submetendo a limite em conjunto com ou-
§ 1º-A. Na definição das prioridades a se- tras deduções do imposto; e
rem atendidas com os recursos captados
pelos fundos nacional, estaduais e munici- II – não poderá ser computada como des-
pais dos direitos da criança e do adolescen- pesa operacional na apuração do lucro real.
te, serão consideradas as disposições do
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-
Defesa do Direito de Crianças e Adolescen- -calendário de 2009, a pessoa física poderá op-
tes à Convivência Familiar e Comunitária e tar pela doação de que trata o inciso II do caput
as do Plano Nacional pela Primeira Infância. do art. 260 diretamente em sua Declaração de
Ajuste Anual.

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§ 1º A doação de que trata o caput poderá de que trata o caput, respeitado o limite
ser deduzida até os seguintes percentuais previsto no inciso II do art. 260.
aplicados sobre o imposto apurado na de-
claração: Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do
art. 260 poderá ser deduzida:
I – (VETADO);
I – do imposto devido no trimestre, para as
II – (VETADO); pessoas jurídicas que apuram o imposto tri-
mestralmente; e
III – 3% (três por cento) a partir do exercício
de 2012. II – do imposto devido mensalmente e no
ajuste anual, para as pessoas jurídicas que
§ 2º A dedução de que trata o caput: apuram o imposto anualmente.
I – está sujeita ao limite de 6% (seis por cen- Parágrafo único. A doação deverá ser efe-
to) do imposto sobre a renda apurado na tuada dentro do período a que se refere a
declaração de que trata o inciso II do caput apuração do imposto.
do art. 260;
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260
II – não se aplica à pessoa física que: desta Lei podem ser efetuadas em espécie ou
a) utilizar o desconto simplificado; em bens.

b) apresentar declaração em formulário; ou Parágrafo único. As doações efetuadas em


espécie devem ser depositadas em conta
c) entregar a declaração fora do prazo; específica, em instituição financeira pública,
III – só se aplica às doações em espécie; e vinculadas aos respectivos fundos de que
trata o art. 260.
IV – não exclui ou reduz outros benefícios
ou deduções em vigor. Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela admi-
nistração das contas dos Fundos dos Direitos da
§ 3º O pagamento da doação deve ser efe- Criança e do Adolescente nacional, estaduais,
tuado até a data de vencimento da primeira distrital e municipais devem emitir recibo em fa-
quota ou quota única do imposto, observa- vor do doador, assinado por pessoa competente
das instruções específicas da Secretaria da e pelo presidente do Conselho correspondente,
Receita Federal do Brasil. especificando:
§ 4º O não pagamento da doação no prazo I – número de ordem;
estabelecido no § 3º implica a glosa defi-
nitiva desta parcela de dedução, ficando a II – nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurí-
pessoa física obrigada ao recolhimento da dica (CNPJ) e endereço do emitente;
diferença de imposto devido apurado na III – nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Fí-
Declaração de Ajuste Anual com os acrésci- sicas (CPF) do doador;
mos legais previstos na legislação.
IV – data da doação e valor efetivamente re-
§ 5º A pessoa física poderá deduzir do im- cebido; e
posto apurado na Declaração de Ajuste
Anual as doações feitas, no respectivo ano- V – ano-calendário a que se refere a doação.
-calendário, aos fundos controlados pelos § 1º O comprovante de que trata o caput
Conselhos dos Direitos da Criança e do Ado- deste artigo pode ser emitido anualmen-
lescente municipais, distrital, estaduais e te, desde que discrimine os valores doados
nacional concomitantemente com a opção mês a mês.

1458 www.acasadoconcurseiro.com.br
ECA – Disposições Finais e Transitórias – Prof. André Vieira

§ 2º No caso de doação em bens, o com- III – informar anualmente à Secretaria da


provante deve conter a identificação dos Receita Federal do Brasil as doações rece-
bens, mediante descrição em campo pró- bidas mês a mês, identificando os seguintes
prio ou em relação anexa ao comprovante, dados por doador:
informando também se houve avaliação, o
nome, CPF ou CNPJ e endereço dos avalia- a) nome, CNPJ ou CPF;
dores. b) valor doado, especificando se a doação
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o foi em espécie ou em bens.
doador deverá: Art. 260-H. Em caso de descumprimento das
I – comprovar a propriedade dos bens, me- obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria
diante documentação hábil; da Receita Federal do Brasil dará conhecimento
do fato ao Ministério Público.
II – baixar os bens doados na declaração de
bens e direitos, quando se tratar de pessoa Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança
física, e na escrituração, no caso de pessoa e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e
jurídica; e municipais divulgarão amplamente à comunida-
de:
III – considerar como valor dos bens doa-
dos: I – o calendário de suas reuniões;

a) para as pessoas físicas, o valor constante II – as ações prioritárias para aplicação das
da última declaração do imposto de renda, políticas de atendimento à criança e ao ado-
desde que não exceda o valor de mercado; lescente;

b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil III – os requisitos para a apresentação de


dos bens. projetos a serem beneficiados com recur-
sos dos Fundos dos Direitos da Criança e do
Parágrafo único. O preço obtido em caso de Adolescente nacional, estaduais, distrital ou
leilão não será considerado na determina- municipais;
ção do valor dos bens doados, exceto se o
leilão for determinado por autoridade judi- IV – a relação dos projetos aprovados em
ciária. cada ano-calendário e o valor dos recursos
previstos para implementação das ações,
Art. 260-F. Os documentos a que se referem os por projeto;
arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo
contribuinte por um prazo de 5 (cinco) anos V – o total dos recursos recebidos e a res-
para fins de comprovação da dedução perante a pectiva destinação, por projeto atendido,
Receita Federal do Brasil. inclusive com cadastramento na base de
dados do Sistema de Informações sobre a
Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela admi- Infância e a Adolescência; e
nistração das contas dos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, VI – a avaliação dos resultados dos projetos
distrital e municipais devem: beneficiados com recursos dos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente nacio-
I – manter conta bancária específica desti- nal, estaduais, distrital e municipais.
nada exclusivamente a gerir os recursos do
Fundo; Art. 260-J. O Ministério Público determinará,
em cada Comarca, a forma de fiscalização da
II – manter controle das doações recebidas; aplicação dos incentivos fiscais referidos no art.
e 260 desta Lei.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1459
Parágrafo único. O descumprimento do profissão, arte ou ofício, ou se o agen-
disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitará te deixa de prestar imediato socorro à
os infratores a responder por ação judicial vítima, não procura diminuir as conse-
proposta pelo Ministério Público, que pode- qüências do seu ato, ou foge para evi-
rá atuar de ofício, a requerimento ou repre- tar prisão em flagrante. Sendo doloso o
sentação de qualquer cidadão. homicídio, a pena é aumentada de um
terço, se o crime é praticado contra pes-
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da soa menor de catorze anos.
Presidência da República (SDH/PR) encaminha-
rá à Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 2) Art. 129 ..............................................
31 de outubro de cada ano, arquivo eletrônico § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se
contendo a relação atualizada dos Fundos dos ocorrer qualquer das hipóteses do art.
Direitos da Criança e do Adolescente nacional, 121, § 4º.
distrital, estaduais e municipais, com a indica-
ção dos respectivos números de inscrição no § 8º Aplica-se à lesão culposa o dis-
CNPJ e das contas bancárias específicas manti- posto no § 5º do art. 121. 3) Art.
das em instituições financeiras públicas, des- 136...........................
tinadas exclusivamente a gerir os recursos dos § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se
Fundos. o crime é praticado contra pessoa me-
nor de catorze anos.
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do
Brasil expedirá as instruções necessárias à apli- 4) Art. 213 ..............................................
cação do disposto nos arts. 260 a 260-K. Parágrafo único. Se a ofendida é menor
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos de catorze anos: Pena reclusão de qua-
direitos da criança e do adolescente, os regis- tro a dez anos.
tros, inscrições e alterações a que se referem os 5) Art. 214..............................................
arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei serão Parágrafo único. Se o ofendido é menor
efetuados perante a autoridade judiciária da co- de catorze anos: Pena reclusão de três a
marca a que pertencer a entidade. nove anos.»
Parágrafo único. A União fica autorizada a Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de
repassar aos estados e municípios, e os es- dezembro de 1973, fica acrescido do seguinte
tados aos municípios, os recursos referentes item:
aos programas e atividades previstos nesta
Lei, tão logo estejam criados os conselhos "Art. 102 ...............................................
dos direitos da criança e do adolescente nos .......
seus respectivos níveis.
6º) a perda e a suspensão do pátrio po-
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos der. "
Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão
exercidas pela autoridade judiciária. Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas
da União, da administração direta ou indireta,
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de de- inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
zembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar poder público federal promoverão edição po-
com as seguintes alterações: pular do texto integral deste Estatuto, que será
1) Art. 121 ............................................. posto à disposição das escolas e das entidades
de atendimento e de defesa dos direitos da
§ 4º No homicídio culposo, a pena é au- criança e do adolescente.
mentada de um terço, se o crime resul-
ta de inobservância de regra técnica de

1460 www.acasadoconcurseiro.com.br
ECA – Disposições Finais e Transitórias – Prof. André Vieira

Art. 265-A. O poder público fará periodicamen-


te ampla divulgação dos direitos da criança e do
adolescente nos meios de comunicação social.
Parágrafo único. A divulgação a que se re-
fere o caput será veiculada em linguagem
clara, compreensível e adequada a crianças
e adolescentes, especialmente às crianças
com idade inferior a 6 (seis) anos.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias
após sua publicação.
Parágrafo único. Durante o período de va-
cância deverão ser promovidas atividades e
campanhas de divulgação e esclarecimen-
tos acerca do disposto nesta Lei.
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964,
e 6.697, de 10 de outubro de 1979 (Código de
Menores), e as demais disposições em contrá-
rio.
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Indepen-
dência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral Carlos Chiarelli Antônio
Magri Margarida Procópio
Este texto não substitui o publicado no DOU
16.7.1990 e retificado em 27.9.1990

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Direito Processual Civil

Professor Giuliano Tamagno

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Direito Processual Civil

DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I Art. 190. Versando o processo sobre direitos


DOS ATOS EM GERAL que admitam autocomposição, é lícito às par-
tes plenamente capazes estipular mudanças no
Art. 188. Os atos e os termos processuais inde- procedimento para ajustá-lo às especificidades
pendem de forma determinada, salvo quando a da causa e convencionar sobre os seus ônus, po-
lei expressamente a exigir, considerando-se vá- deres, faculdades e deveres processuais, antes
lidos os que, realizados de outro modo, lhe pre- ou durante o processo.
encham a finalidade essencial. Parágrafo único. De ofício ou a requerimen-
Art. 189. Os atos processuais são públicos, toda- to, o juiz controlará a validade das conven-
via tramitam em segredo de justiça os proces- ções previstas neste artigo, recusando-lhes
sos: aplicação somente nos casos de nulidade
ou de inserção abusiva em contrato de ade-
I – em que o exija o interesse público ou so- são ou em que alguma parte se encontre
cial; em manifesta situação de vulnerabilidade.
II – que versem sobre casamento, separação Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes
de corpos, divórcio, separação, união está- podem fixar calendário para a prática dos atos
vel, filiação, alimentos e guarda de crianças processuais, quando for o caso.
e adolescentes;
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz,
III – em que constem dados protegidos pelo e os prazos nele previstos somente serão
direito constitucional à intimidade; modificados em casos excepcionais, devida-
mente justificados.
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive
sobre cumprimento de carta arbitral, desde § 2º Dispensa-se a intimação das partes
que a confidencialidade estipulada na arbi- para a prática de ato processual ou a reali-
tragem seja comprovada perante o juízo. zação de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário.
§ 1º O direito de consultar os autos de pro-
cesso que tramite em segredo de justiça e Art. 192. Em todos os atos e termos do processo
de pedir certidões de seus atos é restrito às é obrigatório o uso da língua portuguesa.
partes e aos seus procuradores.
Parágrafo único. O documento redigido em
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse ju- língua estrangeira somente poderá ser jun-
rídico pode requerer ao juiz certidão do dis- tado aos autos quando acompanhado de
positivo da sentença, bem como de inventá- versão para a língua portuguesa tramitada
rio e de partilha resultantes de divórcio ou por via diplomática ou pela autoridade cen-
separação. tral, ou firmada por tradutor juramentado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1465
Seção II Parágrafo único. Nos casos de problema
DA PRÁTICA ELETRÔNICA técnico do sistema e de erro ou omissão do
auxiliar da justiça responsável pelo registro
DE ATOS PROCESSUAIS dos andamentos, poderá ser configurada a
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou justa causa prevista no art. 223, caput e §
parcialmente digitais, de forma a permitir que 1º.
sejam produzidos, comunicados, armazenados Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deve-
e validados por meio eletrônico, na forma da lei. rão manter gratuitamente, à disposição dos in-
Parágrafo único. O disposto nesta Seção teressados, equipamentos necessários à prática
aplica-se, no que for cabível, à prática de de atos processuais e à consulta e ao acesso ao
atos notariais e de registro. sistema e aos documentos dele constantes.

Art. 194. Os sistemas de automação processual Parágrafo único. Será admitida a prática de
respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a atos por meio não eletrônico no local onde
participação das partes e de seus procuradores, não estiverem disponibilizados os equipa-
inclusive nas audiências e sessões de julgamen- mentos previstos no caput.
to, observadas as garantias da disponibilidade, Art. 199. As unidades do Poder Judiciário asse-
independência da plataforma computacional, gurarão às pessoas com deficiência acessibilida-
acessibilidade e interoperabilidade dos siste- de aos seus sítios na rede mundial de compu-
mas, serviços, dados e informações que o Poder tadores, ao meio eletrônico de prática de atos
Judiciário administre no exercício de suas fun- judiciais, à comunicação eletrônica dos atos
ções. processuais e à assinatura eletrônica.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico Seção III
deverá ser feito em padrões abertos, que aten-
derão aos requisitos de autenticidade, integri- DOS ATOS DAS PARTES
dade, temporalidade, não repúdio, conservação
Art. 200. Os atos das partes consistentes em
e, nos casos que tramitem em segredo de justi-
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade
ça, confidencialidade, observada a infraestrutu-
produzem imediatamente a constituição, modi-
ra de chaves públicas unificada nacionalmente,
ficação ou extinção de direitos processuais.
nos termos da lei.
Parágrafo único. A desistência da ação só
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de
produzirá efeitos após homologação judi-
Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regula-
cial.
mentar a prática e a comunicação oficial de atos
processuais por meio eletrônico e velar pela Art. 201. As partes poderão exigir recibo de pe-
compatibilidade dos sistemas, disciplinando a tições, arrazoados, papéis e documentos que
incorporação progressiva de novos avanços tec- entregarem em cartório.
nológicos e editando, para esse fim, os atos que
forem necessários, respeitadas as normas fun- Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas mar-
damentais deste Código. ginais ou interlineares, as quais o juiz mandará
riscar, impondo a quem as escrever multa cor-
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações respondente à metade do salário-mínimo.
constantes de seu sistema de automação em
página própria na rede mundial de computado-
res, gozando a divulgação de presunção de vera-
cidade e confiabilidade.

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Direito Processual Civil – Da Forma dos Atos Processuais – Prof. Giuliano Tamagno

Seção IV Seção V
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU
DO CHEFE DE SECRETARIA
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consisti-
rão em sentenças, decisões interlocutórias e Art. 206. Ao receber a petição inicial de proces-
despachos. so, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará,
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas mencionando o juízo, a natureza do processo, o
dos procedimentos especiais, sentença é o número de seu registro, os nomes das partes e a
pronunciamento por meio do qual o juiz, data de seu início, e procederá do mesmo modo
com fundamento nos arts. 485 e 487, põe em relação aos volumes em formação.
fim à fase cognitiva do procedimento co- Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria nu-
mum, bem como extingue a execução. merará e rubricará todas as folhas dos autos.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronun- Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao
ciamento judicial de natureza decisória que membro do Ministério Público, ao defensor
não se enquadre no § 1º. público e aos auxiliares da justiça é faculta-
§ 3º São despachos todos os demais pro- do rubricar as folhas correspondentes aos
nunciamentos do juiz praticados no proces- atos em que intervierem.
so, de ofício ou a requerimento da parte. Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como e outros semelhantes constarão de notas data-
a juntada e a vista obrigatória, independem das e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de
de despacho, devendo ser praticados de ofí- secretaria.
cio pelo servidor e revistos pelo juiz quando Art. 209. Os atos e os termos do processo serão
necessário. assinados pelas pessoas que neles intervierem,
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado pro- todavia, quando essas não puderem ou não qui-
ferido pelos tribunais. serem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secre-
taria certificará a ocorrência.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as senten-
ças e os acórdãos serão redigidos, datados e as- § 1º Quando se tratar de processo total ou
sinados pelos juízes. parcialmente documentado em autos ele-
trônicos, os atos processuais praticados na
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos presença do juiz poderão ser produzidos e
no caput forem proferidos oralmente, o ser- armazenados de modo integralmente digi-
vidor os documentará, submetendo-os aos tal em arquivo eletrônico inviolável, na for-
juízes para revisão e assinatura. ma da lei, mediante registro em termo, que
será assinado digitalmente pelo juiz e pelo
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os escrivão ou chefe de secretaria, bem como
graus de jurisdição, pode ser feita eletroni- pelos advogados das partes.
camente, na forma da lei.
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contra-
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutó- dições na transcrição deverão ser suscita-
rias, o dispositivo das sentenças e a ementa das oralmente no momento de realização
dos acórdãos serão publicados no Diário de do ato, sob pena de preclusão, devendo o
Justiça Eletrônico. juiz decidir de plano e ordenar o registro, no
termo, da alegação e da decisão.

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Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da esteno-
tipia ou de outro método idôneo em qualquer
juízo ou tribunal.
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos
processuais espaços em branco, salvo os que
forem inutilizados, assim como entrelinhas,
emendas ou rasuras, exceto quando expressa-
mente ressalvadas.

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Direito Processual Civil

DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I II – a tutela de urgência.


DO TEMPO Art. 215. Processam-se durante as férias foren-
ses, onde as houver, e não se suspendem pela
Art. 212. Os atos processuais serão realizados superveniência delas:
em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
I – os procedimentos de jurisdição voluntá-
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) ho- ria e os necessários à conservação de direi-
ras os atos iniciados antes, quando o adia- tos, quando puderem ser prejudicados pelo
mento prejudicar a diligência ou causar gra- adiamento;
ve dano.
II – a ação de alimentos e os processos de
§ 2º Independentemente de autorização nomeação ou remoção de tutor e curador;
judicial, as citações, intimações e penhoras
poderão realizar-se no período de férias fo- III – os processos que a lei determinar.
renses, onde as houver, e nos feriados ou
dias úteis fora do horário estabelecido nes- Art. 216. Além dos declarados em lei, são fe-
te artigo, observado o disposto no art. 5º, riados, para efeito forense, os sábados, os do-
inciso XI, da Constituição Federal. mingos e os dias em que não haja expediente
forense.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por
meio de petição em autos não eletrônicos, Seção II
essa deverá ser protocolada no horário de DO LUGAR
funcionamento do fórum ou tribunal, con-
forme o disposto na lei de organização judi- Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão or-
ciária local. dinariamente na sede do juízo, ou, excepcional-
mente, em outro lugar em razão de deferência,
Art. 213. A prática eletrônica de ato processu- de interesse da justiça, da natureza do ato ou de
al pode ocorrer em qualquer horário até as 24 obstáculo arguido pelo interessado e acolhido
(vinte e quatro) horas do último dia do prazo. pelo juiz.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo
perante o qual o ato deve ser praticado será
considerado para fins de atendimento do
prazo.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feria-
dos, não se praticarão atos processuais, excetu-
ando-se:
I – os atos previstos no art. 212, § 2º;

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Direito Processual Civil

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I IV – arbitral, para que órgão do Poder Judi-


DISPOSIÇÕES GERAIS ciário pratique ou determine o cumprimen-
to, na área de sua competência territorial,
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos de ato objeto de pedido de cooperação ju-
por ordem judicial. diciária formulado por juízo arbitral, inclu-
sive os que importem efetivação de tutela
§ 1º Será expedida carta para a prática de provisória.
atos fora dos limites territoriais do tribunal,
da comarca, da seção ou da subseção judici- Parágrafo único. Se o ato relativo a processo
árias, ressalvadas as hipóteses previstas em em curso na justiça federal ou em tribunal
lei. superior houver de ser praticado em local
onde não haja vara federal, a carta poderá
§ 2º O tribunal poderá expedir carta para ser dirigida ao juízo estadual da respectiva
juízo a ele vinculado, se o ato houver de se comarca.
realizar fora dos limites territoriais do local
de sua sede.
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais CAPÍTULO II
por meio de videoconferência ou outro re-
curso tecnológico de transmissão de sons e DA CITAÇÃO
imagens em tempo real. Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convo-
Art. 237. Será expedida carta: cados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual.
I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do
§ 2o do art. 236; Art. 239. Para a validade do processo é indis-
pensável a citação do réu ou do executado,
II – rogatória, para que órgão jurisdicional ressalvadas as hipóteses de indeferimento da
estrangeiro pratique ato de cooperação ju- petição inicial ou de improcedência liminar do
rídica internacional, relativo a processo em pedido.
curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu
III – precatória, para que órgão jurisdicional ou do executado supre a falta ou a nulidade
brasileiro pratique ou determine o cumpri- da citação, fluindo a partir desta data o pra-
mento, na área de sua competência territo- zo para apresentação de contestação ou de
rial, de ato relativo a pedido de cooperação embargos à execução.
judiciária formulado por órgão jurisdicional
de competência territorial diversa; § 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tra-
tando-se de processo de:

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I – conhecimento, o réu será considerado aluguéis, que será considerado habilitado
revel; para representar o locador em juízo.
II – execução, o feito terá seguimento. § 3º A citação da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal, dos Municípios e de suas res-
Art. 240. A citação válida, ainda quando orde- pectivas autarquias e fundações de direito
nada por juízo incompetente, induz litispendên- público será realizada perante o órgão de
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o Advocacia Pública responsável por sua re-
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e presentação judicial.
398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil). Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer
lugar em que se encontre o réu, o executado ou
§ 1º A interrupção da prescrição, operada o interessado.
pelo despacho que ordena a citação, ainda
que proferido por juízo incompetente, re- Parágrafo único. O militar em serviço ativo
troagirá à data de propositura da ação. será citado na unidade em que estiver ser-
vindo, se não for conhecida sua residência
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de ou nela não for encontrado.
10 (dez) dias, as providências necessárias
para viabilizar a citação, sob pena de não se Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar
aplicar o disposto no § 1º. o perecimento do direito:
§ 3º A parte não será prejudicada pela de- I – de quem estiver participando de ato de
mora imputável exclusivamente ao serviço culto religioso;
judiciário.
II – de cônjuge, de companheiro ou de qual-
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § quer parente do morto, consanguíneo ou
1º aplica-se à decadência e aos demais pra- afim, em linha reta ou na linha colateral em
zos extintivos previstos em lei. segundo grau, no dia do falecimento e nos 7
(sete) dias seguintes;
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de
mérito proferida em favor do réu antes da cita- III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias
ção, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secre- seguintes ao casamento;
taria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
IV – de doente, enquanto grave o seu esta-
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no do.
entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou Art. 245. Não se fará citação quando se verificar
do interessado. que o citando é mentalmente incapaz ou está
impossibilitado de recebê-la.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será
feita na pessoa de seu mandatário, adminis- § 1º O oficial de justiça descreverá e certifi-
trador, preposto ou gerente, quando a ação cará minuciosamente a ocorrência.
se originar de atos por eles praticados. § 2º Para examinar o citando, o juiz nomea-
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil rá médico, que apresentará laudo no prazo
sem cientificar o locatário de que deixou, de 5 (cinco) dias.
na localidade onde estiver situado o imóvel, § 3º Dispensa-se a nomeação de que trata
procurador com poderes para receber cita- o § 2º se pessoa da família apresentar de-
ção será citado na pessoa do administrador claração do médico do citando que ateste a
do imóvel encarregado do recebimento dos incapacidade deste.

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Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno

§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz IV – quando o citando residir em local não


nomeará curador ao citando, observando, atendido pela entrega domiciliar de corres-
quanto à sua escolha, a preferência estabe- pondência;
lecida em lei e restringindo a nomeação à
causa. V – quando o autor, justificadamente, a re-
querer de outra forma.
§ 5º A citação será feita na pessoa do cura-
dor, a quem incumbirá a defesa dos interes- Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o es-
ses do citando. crivão ou o chefe de secretaria remeterá ao ci-
tando cópias da petição inicial e do despacho do
Art. 246. A citação será feita: juiz e comunicará o prazo para resposta, o ende-
reço do juízo e o respectivo cartório.
I – pelo correio;
§ 1º A carta será registrada para entrega ao
II – por oficial de justiça; citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se entrega, que assine o recibo.
o citando comparecer em cartório; § 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será
IV – por edital; válida a entrega do mandado a pessoa com
poderes de gerência geral ou de adminis-
V – por meio eletrônico, conforme regulado tração ou, ainda, a funcionário responsável
em lei. pelo recebimento de correspondências.
§ 1º Com exceção das microempresas e das § 3º Da carta de citação no processo de co-
empresas de pequeno porte, as empresas nhecimento constarão os requisitos do art.
públicas e privadas são obrigadas a manter 250.
cadastro nos sistemas de processo em au-
tos eletrônicos, para efeito de recebimento § 4º Nos condomínios edilícios ou nos lote-
de citações e intimações, as quais serão efe- amentos com controle de acesso, será váli-
tuadas preferencialmente por esse meio. da a entrega do mandado a funcionário da
portaria responsável pelo recebimento de
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, correspondência, que, entretanto, poderá
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Muni- recusar o recebimento, se declarar, por es-
cípios e às entidades da administração indi- crito, sob as penas da lei, que o destinatário
reta. da correspondência está ausente.
§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os Art. 249. A citação será feita por meio de oficial
confinantes serão citados pessoalmente, de justiça nas hipóteses previstas neste Código
exceto quando tiver por objeto unidade au- ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo
tônoma de prédio em condomínio, caso em correio.
que tal citação é dispensada.
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça ti-
Art. 247. A citação será feita pelo correio para ver de cumprir conterá:
qualquer comarca do país, exceto:
I – os nomes do autor e do citando e seus
I – nas ações de estado, observado o dispos- respectivos domicílios ou residências;
to no art. 695, § 3º;
II – a finalidade da citação, com todas as es-
II – quando o citando for incapaz; pecificações constantes da petição inicial,
III – quando o citando for pessoa de direito bem como a menção do prazo para contes-
público; tar, sob pena de revelia, ou para embargar a
execução;

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III – a aplicação de sanção para o caso de outra comarca, seção ou subseção judiciá-
descumprimento da ordem, se houver; rias.
IV – se for o caso, a intimação do citando § 2º A citação com hora certa será efetivada
para comparecer, acompanhado de advoga- mesmo que a pessoa da família ou o vizinho
do ou de defensor público, à audiência de que houver sido intimado esteja ausente,
conciliação ou de mediação, com a menção ou se, embora presente, a pessoa da família
do dia, da hora e do lugar do compareci- ou o vizinho se recusar a receber o manda-
mento; do.
V – a cópia da petição inicial, do despacho § 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de
ou da decisão que deferir tutela provisória; justiça deixará contrafé com qualquer pes-
soa da família ou vizinho, conforme o caso,
VI – a assinatura do escrivão ou do chefe de declarando-lhe o nome.
secretaria e a declaração de que o subscre-
ve por ordem do juiz. § 4º O oficial de justiça fará constar do man-
dado a advertência de que será nomeado
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar curador especial se houver revelia.
o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o es-
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe crivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
a contrafé; executado ou interessado, no prazo de 10 (dez)
II – portando por fé se recebeu ou recusou dias, contado da data da juntada do mandado
a contrafé; aos autos, carta, telegrama ou correspondência
eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
III – obtendo a nota de ciente ou certifican-
do que o citando não a apôs no mandado. Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comu-
nicação e nas que se situem na mesma região
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial metropolitana, o oficial de justiça poderá efe-
de justiça houver procurado o citando em seu tuar, em qualquer delas, citações, intimações,
domicílio ou residência sem o encontrar, deve- notificações, penhoras e quaisquer outros atos
rá, havendo suspeita de ocultação, intimar qual- executivos.
quer pessoa da família ou, em sua falta, qual-
quer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará Art. 256. A citação por edital será feita:
a fim de efetuar a citação, na hora que designar. I – quando desconhecido ou incerto o citan-
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios do;
ou nos loteamentos com controle de aces- II – quando ignorado, incerto ou inacessível
so, será válida a intimação a que se refere o lugar em que se encontrar o citando;
o caput feita a funcionário da portaria res-
ponsável pelo recebimento de correspon- III – nos casos expressos em lei.
dência.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial citação por edital, o país que recusar o cum-
de justiça, independentemente de novo despa- primento de carta rogatória.
cho, comparecerá ao domicílio ou à residência
do citando a fim de realizar a diligência. § 2º No caso de ser inacessível o lugar em
que se encontrar o réu, a notícia de sua ci-
§ 1º Se o citando não estiver presente, o ofi- tação será divulgada também pelo rádio, se
cial de justiça procurará informar-se das ra- na comarca houver emissora de radiodifu-
zões da ausência, dando por feita a citação, são.
ainda que o citando se tenha ocultado em

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Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno

§ 3º O réu será considerado em local ignora- para participação no processo, de interessa-


do ou incerto se infrutíferas as tentativas de dos incertos ou desconhecidos.
sua localização, inclusive mediante requisi-
ção pelo juízo de informações sobre seu en-
dereço nos cadastros de órgãos públicos ou
de concessionárias de serviços públicos. CAPÍTULO III
DAS CARTAS
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I – a afirmação do autor ou a certidão do Art. 260. São requisitos das cartas de ordem,
oficial informando a presença das circuns- precatória e rogatória:
tâncias autorizadoras; I – a indicação dos juízes de origem e de
II – a publicação do edital na rede mundial cumprimento do ato;
de computadores, no sítio do respectivo tri- II – o inteiro teor da petição, do despacho
bunal e na plataforma de editais do Conse- judicial e do instrumento do mandato con-
lho Nacional de Justiça, que deve ser certifi- ferido ao advogado;
cada nos autos;
III – a menção do ato processual que lhe
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que constitui o objeto;
variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
fluindo da data da publicação única ou, ha- IV – o encerramento com a assinatura do
vendo mais de uma, da primeira; juiz.

IV – a advertência de que será nomeado § 1º O juiz mandará trasladar para a carta


curador especial em caso de revelia. quaisquer outras peças, bem como instruí-
-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que esses documentos devam ser examina-
que a publicação do edital seja feita tam- dos, na diligência, pelas partes, pelos peri-
bém em jornal local de ampla circulação ou tos ou pelas testemunhas.
por outros meios, considerando as peculia-
ridades da comarca, da seção ou da subse- § 2º Quando o objeto da carta for exame
ção judiciárias. pericial sobre documento, este será remeti-
do em original, ficando nos autos reprodu-
Art. 258. A parte que requerer a citação por edi- ção fotográfica.
tal, alegando dolosamente a ocorrência das cir-
cunstâncias autorizadoras para sua realização, § 3º A carta arbitral atenderá, no que cou-
incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário- ber, aos requisitos a que se refere o caput e
-mínimo. será instruída com a convenção de arbitra-
gem e com as provas da nomeação do árbi-
Parágrafo único. A multa reverterá em be- tro e de sua aceitação da função.
nefício do citando.
Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo
Art. 259. Serão publicados editais: para cumprimento, atendendo à facilidade das
I – na ação de usucapião de imóvel; comunicações e à natureza da diligência.

II – na ação de recuperação ou substituição § 1º As partes deverão ser intimadas pelo


de título ao portador; juiz do ato de expedição da carta.

III – em qualquer ação em que seja neces- § 2º Expedida a carta, as partes acompa-
sária, por determinação legal, a provocação, nharão o cumprimento da diligência peran-

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te o juízo destinatário, ao qual compete a devendo a parte depositar, contudo, na secre-
prática dos atos de comunicação. taria do tribunal ou no cartório do juízo depre-
cante, a importância correspondente às despe-
§ 3º A parte a quem interessar o cumpri- sas que serão feitas no juízo em que houver de
mento da diligência cooperará para que o praticar-se o ato.
prazo a que se refere o caput seja cumprido.
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, poden- precatória ou arbitral, devolvendo-a com deci-
do, antes ou depois de lhe ser ordenado o cum- são motivada quando:
primento, ser encaminhada a juízo diverso do
que dela consta, a fim de se praticar o ato. I – a carta não estiver revestida dos requisi-
tos legais;
Parágrafo único. O encaminhamento da
carta a outro juízo será imediatamente co- II – faltar ao juiz competência em razão da
municado ao órgão expedidor, que intimará matéria ou da hierarquia;
as partes.
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua auten-
Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ticidade.
ser expedidas por meio eletrônico, caso em que
a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na Parágrafo único. No caso de incompetência
forma da lei. em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz
deprecado, conforme o ato a ser praticado,
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribu-
por meio eletrônico, por telefone ou por tele- nal competente.
grama conterão, em resumo substancial, os re-
quisitos mencionados no art. 250, especialmen- Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao
te no que se refere à aferição da autenticidade. juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, in-
dependentemente de traslado, pagas as custas
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou pela parte.
o chefe de secretaria do juízo deprecante trans-
mitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta
precatória ao juízo em que houver de se cum-
prir o ato, por intermédio do escrivão do primei- CAPÍTULO IV
ro ofício da primeira vara, se houver na comarca DAS INTIMAÇÕES
mais de um ofício ou de uma vara, observando-
-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciên-
264. cia a alguém dos atos e dos termos do processo.

§ 1º O escrivão ou o chefe de secretaria, no § 1º É facultado aos advogados promover a


mesmo dia ou no dia útil imediato, telefo- intimação do advogado da outra parte por
nará ou enviará mensagem eletrônica ao se- meio do correio, juntando aos autos, a se-
cretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe guir, cópia do ofício de intimação e do aviso
de secretaria do juízo deprecante, lendo-lhe de recebimento.
os termos da carta e solicitando-lhe que os
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instru-
confirme.
ído com cópia do despacho, da decisão ou
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão ou o che- da sentença.
fe de secretaria submeterá a carta a despa-
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do
cho.
Distrito Federal, dos Municípios e de suas
Art. 266. Serão praticados de ofício os atos re- respectivas autarquias e fundações de direi-
quisitados por meio eletrônico e de telegrama, to público será realizada perante o órgão de

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Advocacia Pública responsável por sua re- qualquer decisão contida no processo reti-
presentação judicial. rado, ainda que pendente de publicação.
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que § 7º O advogado e a sociedade de advoga-
possível, por meio eletrônico, na forma da lei. dos deverão requerer o respectivo creden-
ciamento para a retirada de autos por pre-
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Pú- posto.
blico, à Defensoria Pública e à Advocacia Pú-
blica o disposto no § 1o do art. 246. § 8º A parte arguirá a nulidade da intimação
em capítulo preliminar do próprio ato que
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intima- lhe caiba praticar, o qual será tido por tem-
ções em processos pendentes, salvo disposição pestivo se o vício for reconhecido.
em contrário.
§ 9º Não sendo possível a prática imediata
Art. 272. Quando não realizadas por meio ele- do ato diante da necessidade de acesso pré-
trônico, consideram-se feitas as intimações pela vio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a
publicação dos atos no órgão oficial. nulidade da intimação, caso em que o prazo
§ 1º Os advogados poderão requerer que, será contado da intimação da decisão que a
na intimação a eles dirigida, figure apenas o reconheça.
nome da sociedade a que pertençam, des- Art. 273. Se inviável a intimação por meio ele-
de que devidamente registrada na Ordem trônico e não houver na localidade publicação
dos Advogados do Brasil. em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável de secretaria intimar de todos os atos do pro-
que da publicação constem os nomes das cesso os advogados das partes:
partes e de seus advogados, com o respec- I – pessoalmente, se tiverem domicílio na
tivo número de inscrição na Ordem dos Ad- sede do juízo;
vogados do Brasil, ou, se assim requerido,
da sociedade de advogados. II – por carta registrada, com aviso de rece-
bimento, quando forem domiciliados fora
§ 3º A grafia dos nomes das partes não deve do juízo.
conter abreviaturas.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo,
§ 4º A grafia dos nomes dos advogados as intimações serão feitas às partes, aos seus
deve corresponder ao nome completo e ser representantes legais, aos advogados e aos de-
a mesma que constar da procuração ou que mais sujeitos do processo pelo correio ou, se
estiver registrada na Ordem dos Advogados presentes em cartório, diretamente pelo escri-
do Brasil. vão ou chefe de secretaria.
§ 5º Constando dos autos pedido expresso Parágrafo único. Presumem-se válidas as
para que as comunicações dos atos proces- intimações dirigidas ao endereço constante
suais sejam feitas em nome dos advogados dos autos, ainda que não recebidas pesso-
indicados, o seu desatendimento implicará almente pelo interessado, se a modifica-
nulidade. ção temporária ou definitiva não tiver sido
§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da devidamente comunicada ao juízo, fluindo
secretaria em carga pelo advogado, por pes- os prazos a partir da juntada aos autos do
soa credenciada a pedido do advogado ou comprovante de entrega da correspondên-
da sociedade de advogados, pela Advoca- cia no primitivo endereço.
cia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo
Ministério Público implicará intimação de

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Art. 275. A intimação será feita por oficial de
justiça quando frustrada a realização por meio
eletrônico ou pelo correio.
§ 1º A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pes-
soa intimada, mencionando, quando possí-
vel, o número de seu documento de identi-
dade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o
interessado não a apôs no mandado.
§ 2º Caso necessário, a intimação poderá
ser efetuada com hora certa ou por edital.

1478 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DAS NULIDADES

Como todo ato jurídico, o ato processual tem como requisitos a


capacidade do agente, a licitude do objeto e a forma prescrita, ou
não, em lei.
A incidência de nulidade é mais presente quando se trata de
CONCEITO
defeito de forma, tanto que, na sistematização do tema, visou,
sobretudo, ao vício decorrente do aspecto do ato.
A forma é livre, havendo, contudo, a exigência do preenchimento
dos requisitos legais.

O princípio prevalente no direito processual é o princípio da


instrumentalidade das formas e dos atos processuais.
Todavia, tal princípio não é absoluto, uma vez que se subordina
aos princípios da finalidade e da ausência de prejuízo.
Se praticado, o ato de forma irregular não atingir o fim a que
se destina nem causar prejuízo, de nada adianta o princípio
da instrumentalidade das formas. Tal princípio viabiliza a
possibilidade de considerar válido o ato praticado de forma
PRINCÍPIOS diferente da prevista em lei, desde que atinja ele o seu objetivo.
Nem as nulidade absolutas escapam da aplicação desse
princípio (art. 280, CPC).
Não havendo prejuízo para a parte não há nulidade.
Não se decreta a nulidade quando o juiz puder decidir o mérito
a favor da parte a que aproveita a decretação.
A nulidade só pode ser decretada a requerimento da parte
prejudicada e nunca pela sua causadora.

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DAS NULIDADES § 2º Quando puder decidir o mérito a favor
da parte a quem aproveite a decretação
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada da nulidade, o juiz não a pronunciará nem
forma sob pena de nulidade, a decretação desta mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
não pode ser requerida pela parte que lhe deu
causa. Art. 283. O erro de forma do processo acarreta
unicamente a anulação dos atos que não pos-
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada sam ser aproveitados, devendo ser praticados
forma, o juiz considerará válido o ato se, realiza- os que forem necessários a fim de se observa-
do de outro modo, lhe alcançar a finalidade. rem as prescrições legais.
Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento
na primeira oportunidade em que couber à par- dos atos praticados desde que não resulte
te falar nos autos, sob pena de preclusão. prejuízo à defesa de qualquer parte.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto
no caput às nulidades que o juiz deva de-
cretar de ofício, nem prevalece a preclusão
provando a parte legítimo impedimento.
Art. 279. É nulo o processo quando o membro
do Ministério Público não for intimado a acom-
panhar o feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem co-
nhecimento do membro do Ministério Pú-
blico, o juiz invalidará os atos praticados a
partir do momento em que ele deveria ter
sido intimado.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após
a intimação do Ministério Público, que se
manifestará sobre a existência ou a inexis-
tência de prejuízo.
Art. 280. As citações e as intimações serão nulas
quando feitas sem observância das prescrições
legais.
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de ne-
nhum efeito todos os subsequentes que dele
dependam, todavia, a nulidade de uma parte do
ato não prejudicará as outras que dela sejam in-
dependentes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz decla-
rará que atos são atingidos e ordenará as provi-
dências necessárias a fim de que sejam repeti-
dos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta
será suprida quando não prejudicar a parte.

1480 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO

Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a II – se a parte estiver representada pela De-
registro, devendo ser distribuídos onde houver fensoria Pública;
mais de um juiz.
III – se a representação decorrer diretamen-
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrô- te de norma prevista na Constituição Fede-
nica, será alternada e aleatória, obedecendo-se ral ou em lei.
rigorosa igualdade.
Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do
Parágrafo único. A lista de distribuição de- interessado, corrigirá o erro ou compensará a
verá ser publicada no Diário de Justiça. falta de distribuição.
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada
causas de qualquer natureza: pela parte, por seu procurador, pelo Ministério
Público e pela Defensoria Pública.
I – quando se relacionarem, por conexão ou
continência, com outra já ajuizada; Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito
se a parte, intimada na pessoa de seu advogado,
II – quando, tendo sido extinto o proces- não realizar o pagamento das custas e despesas
so sem resolução de mérito, for reiterado de ingresso em 15 (quinze) dias.
o pedido, ainda que em litisconsórcio com
outros autores ou que sejam parcialmente
alterados os réus da demanda;
III – quando houver ajuizamento de ações
nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo preven-
to.
Parágrafo único. Havendo intervenção de
terceiro, reconvenção ou outra hipótese de
ampliação objetiva do processo, o juiz, de
ofício, mandará proceder à respectiva ano-
tação pelo distribuidor.
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanha-
da de procuração, que conterá os endereços do
advogado, eletrônico e não eletrônico.
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da
procuração:
I – no caso previsto no art. 104;

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Direito Processual Civil

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Lei 9.099/95 DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
Dispõe sobre os Juizados Especiais órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela
Cíveis e Criminais e dá outras União, no Distrito Federal e nos Territórios, e
pelos Estados, para conciliação, processo, jul-
providências.
gamento e execução, nas causas de sua compe-
tência.
PREVISÃO LEGAL
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios
Art. 98, I, da Constituição Federal – para facili- da oralidade, simplicidade, informalidade, eco-
tar o acesso à Justiça prevê a criação de Juizados nomia processual e celeridade, buscando, sem-
Especiais, competência para causas cíveis de pre que possível, a conciliação ou a transação.
menor complexidade e infrações penais de me-
nor potencial ofensivo COMPETÊNCIA
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competên-
cia para conciliação, processo e julgamento das
JEC E O NOVO CPC causas cíveis de menor complexidade, assim
consideradas:
•• O Juizado Especial Cível foi criado com I – as causas cujo valor não exceda a qua-
o objetivo de tentar solucionar o pro- renta vezes o salário mínimo;
blema da demora na prestação jurisdi-
cional, gerado principalmente pelo nú- II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do
mero exacerbado de demandas e pela Código de Processo Civil;
aplicação de regras processuais que
III – a ação de despejo para uso próprio;
prolongam a duração de um processo.
IV – as ações possessórias sobre bens imó-
•• Assim, com base no princípio da cele-
veis de valor não excedente ao fixado no in-
ridade, a Lei nº9099/95, Lei que rege o
ciso I deste artigo.
Juizado Especial Cível, buscou introdu-
zir novas regras que buscam agilizar o § 1º Compete ao Juizado Especial promover
mecanismo processual, visando forne- a execução:
cer ao cidadão uma rápida resposta aos
seus conflitos de interesses. I – dos seus julgados;
II – dos títulos executivos extrajudiciais, no
valor de até quarenta vezes o salário míni-
mo, observado o disposto no § 1º do art. 8º
desta Lei.

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§ 2º Ficam excluídas da competência do para apreciá-las e para dar especial valor às re-
Juizado Especial as causas de natureza ali- gras de experiência comum ou técnica.
mentar, falimentar, fiscal e de interesse da
Fazenda Pública, e também as relativas a Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão
acidentes de trabalho, a resíduos e ao esta- que reputar mais justa e equânime, atendendo
do e capacidade das pessoas, ainda que de aos fins sociais da lei e às exigências do bem co-
cunho patrimonial. mum.

§ 3º A opção pelo procedimento previsto Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxi-
nesta Lei importará em renúncia ao crédito liares da Justiça, recrutados, os primeiros, prefe-
excedente ao limite estabelecido neste arti- rentemente, entre os bacharéis em Direito, e os
go, excetuada a hipótese de conciliação. segundos, entre advogados com mais de cinco
anos de experiência.
Art. 4º É competente, para as causas previstas
nesta Lei, o Juizado do foro: Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-
pedidos de exercer a advocacia perante os
I – do domicílio do réu ou, a critério do au- Juizados Especiais, enquanto no desempe-
tor, do local onde aquele exerça atividades nho de suas funções.
profissionais ou econômicas ou mantenha
estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório;
DAS PARTES
II – do lugar onde a obrigação deva ser sa- Art. 8º Não poderão ser partes, no processo ins-
tisfeita; tituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pes-
III – do domicílio do autor ou do local do ato soas jurídicas de direito público, as empresas
ou fato, nas ações para reparação de dano públicas da União, a massa falida e o insolvente
de qualquer natureza. civil.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, po- § 1º Somente serão admitidas a propor


derá a ação ser proposta no foro previsto no ação perante o Juizado Especial:
inciso I deste artigo. I – as pessoas físicas capazes, excluídos os
ENUNCIADO 3 – Lei local não poderá am- cessionários de direito de pessoas jurídicas;
pliar a competência do Juizado Especial. II – as pessoas enquadradas como micro-
ENUNCIADO 54 – A menor complexidade empreendedores individuais, microempre-
da causa para a fixação da competência é sas e empresas de pequeno porte na forma
aferida pelo objeto da prova e não em face da Lei Complementar no 123, de 14 de de-
do direito material. zembro de 2006;

ENUNCIADO 73 – As causas de competên- III – as pessoas jurídicas qualificadas como


cia dos Juizados Especiais em que forem co- Organização da Sociedade Civil de Interesse
muns o objeto ou a causa de pedir poderão Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23
ser reunidas para efeito de instrução, se ne- de março de 1999;
cessária, e julgamento. IV – as sociedades de crédito ao microem-
preendedor, nos termos do art. 1º da Lei no
DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.
DOS JUÍZES LEIGOS
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser au-
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade tor, independentemente de assistência, in-
para determinar as provas a serem produzidas, clusive para fins de conciliação.

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Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mí- DOS ATOS PROCESSUAIS
nimos, as partes comparecerão pessoalmente,
podendo ser assistidas por advogado; nas de va- Art. 12. Os atos processuais serão públicos e po-
lor superior, a assistência é obrigatória. derão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciá-
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma ria.
das partes comparecer assistida por ad-
vogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou Art. 13. Os atos processuais serão válidos sem-
firma individual, terá a outra parte, se qui- pre que preencherem as finalidades para as
ser, assistência judiciária prestada por órgão quais forem realizados, atendidos os critérios
instituído junto ao Juizado Especial, na for- indicados no art. 2º desta Lei.
ma da lei local.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniên- sem que tenha havido prejuízo.
cia do patrocínio por advogado, quando a
causa o recomendar. § 2º A prática de atos processuais em outras
comarcas poderá ser solicitada por qual-
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser quer meio idôneo de comunicação.
verbal, salvo quanto aos poderes especiais.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais
§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular serão registrados resumidamente, em notas
de firma individual, poderá ser representa- manuscritas, datilografadas, taquigrafadas
do por preposto credenciado, munido de ou estenotipadas. Os demais atos poderão
carta de preposição com poderes para tran- ser gravados em fita magnética ou equiva-
sigir, sem haver necessidade de vínculo em- lente, que será inutilizada após o trânsito
pregatício. em julgado da decisão.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer § 4º As normas locais disporão sobre a con-
forma de intervenção de terceiro nem de assis- servação das peças do processo e demais
tência. Admitir-se-á o litisconsórcio. documentos que o instruem.
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos DO PEDIDO
previstos em lei.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apre-
sentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria
do Juizado.
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples
e em linguagem acessível:
Art. 178. O Ministério Público será intimado
para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como I – o nome, a qualificação e o endereço das
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas partes;
em lei ou na Constituição Federal e nos proces-
sos que envolvam: II – os fatos e os fundamentos, de forma su-
cinta;
I – interesse público ou social;
III – o objeto e seu valor.
II – interesse de incapaz;
§ 2º É lícito formular pedido genérico quan-
III – litígios coletivos pela posse de terra ru- do não for possível determinar, desde logo,
ral ou urbana. a extensão da obrigação.

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§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito Art. 19. As intimações serão feitas na forma pre-
pela Secretaria do Juizado, podendo ser uti- vista para citação, ou por qualquer outro meio
lizado o sistema de fichas ou formulários idôneo de comunicação.
impressos.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, con-
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º des- siderar-se-ão desde logo cientes as partes.
ta Lei poderão ser alternativos ou cumulados;
nesta última hipótese, desde que conexos e a § 2º As partes comunicarão ao juízo as mu-
soma não ultrapasse o limite fixado naquele dis- danças de endereço ocorridas no curso do
positivo. processo, reputando-se eficazes as intima-
ções enviadas ao local anteriormente indi-
Art. 16. Registrado o pedido, independente- cado, na ausência da comunicação.
mente de distribuição e autuação, a Secretaria
do Juizado designará a sessão de conciliação, a DA REVELIA
realizar-se no prazo de quinze dias.
Art. 20. Não comparecendo o demandado à ses-
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as são de conciliação ou à audiência de instrução e
partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos
conciliação, dispensados o registro prévio de alegados no pedido inicial, salvo se o contrário
pedido e a citação. resultar da convicção do Juiz.
Parágrafo único. Havendo pedidos contra- DA CONCILIAÇÃO E DO
postos, poderá ser dispensada a contes-
JUÍZO ARBITRAL
tação formal e ambos serão apreciados na
mesma sentença. Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo
esclarecerá as partes presentes sobre as vanta-
DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES gens da conciliação, mostrando-lhes os riscos
Art. 18. A citação far-se-á: e as conseqüências do litígio, especialmente
quanto ao disposto no § 3º do art. 3º desta Lei.
I – por correspondência, com aviso de rece-
bimento em mão própria; Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz
togado ou leigo ou por conciliador sob sua
II – tratando-se de pessoa jurídica ou firma orientação.
individual, mediante entrega ao encarrega-
do da recepção, que será obrigatoriamente Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta
identificado; será reduzida a escrito e homologada pelo
Juiz togado, mediante sentença com eficá-
III – sendo necessário, por oficial de justiça, cia de título executivo.
independentemente de mandado ou carta
precatória. Art. 23. Não comparecendo o demandado, o
Juiz togado proferirá sentença.
§ 1º A citação conterá cópia do pedido ini-
cial, dia e hora para comparecimento do Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes po-
citando e advertência de que, não compa- derão optar, de comum acordo, pelo juízo arbi-
recendo este, considerar-se-ão verdadeiras tral, na forma prevista nesta Lei.
as alegações iniciais, e será proferido julga- § 1º O juízo arbitral considerar-se-á ins-
mento, de plano. taurado, independentemente de termo de
§ 2º Não se fará citação por edital. compromisso, com a escolha do árbitro pe-
las partes. Se este não estiver presente, o
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá Juiz convocá-lo-á e designará, de imediato,
a falta ou nulidade da citação. a data para a audiência de instrução.

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§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juí- Parágrafo único. O autor poderá responder
zes leigos. ao pedido do réu na própria audiência ou
requerer a designação da nova data, que
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os será desde logo fixada, cientes todos os pre-
mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e sentes.
6º desta Lei, podendo decidir por eqüidade.
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco DAS PROVAS
dias subseqüentes, o árbitro apresentará o lau- Art. 32. Todos os meios de prova moralmente
do ao Juiz togado para homologação por sen- legítimos, ainda que não especificados em lei,
tença irrecorrível. são hábeis para provar a veracidade dos fatos
DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO alegados pelas partes.
Art. 33. Todas as provas serão produzidas na
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder- audiência de instrução e julgamento, ainda que
-se-á imediatamente à audiência de instrução e não requeridas previamente, podendo o Juiz
julgamento, desde que não resulte prejuízo para limitar ou excluir as que considerar excessivas,
a defesa. impertinentes ou protelatórias.
Parágrafo único. Não sendo possível a sua Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três
realização imediata, será a audiência desig- para cada parte, comparecerão à audiência de
nada para um dos quinze dias subseqüen- instrução e julgamento levadas pela parte que
tes, cientes, desde logo, as partes e teste- as tenha arrolado, independentemente de inti-
munhas eventualmente presentes. mação, ou mediante esta, se assim for requeri-
Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento do.
serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em § 1º O requerimento para intimação das
seguida, proferida a sentença. testemunhas será apresentado à Secretaria
Art. 29. Serão decididos de plano todos os in- no mínimo cinco dias antes da audiência de
cidentes que possam interferir no regular pros- instrução e julgamento.
seguimento da audiência. As demais questões § 2º Não comparecendo a testemunha inti-
serão decididas na sentença. mada, o Juiz poderá determinar sua imedia-
Parágrafo único. Sobre os documentos ta condução, valendo-se, se necessário, do
apresentados por uma das partes, manifes- concurso da força pública.
tar-se-á imediatamente a parte contrária, Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz po-
sem interrupção da audiência. derá inquirir técnicos de sua confiança, permiti-
DA RESPOSTA DO RÉU da às partes a apresentação de parecer técnico.
Parágrafo único. No curso da audiência, po-
Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, derá o Juiz, de ofício ou a requerimento das
conterá toda matéria de defesa, exceto arguição partes, realizar inspeção em pessoas ou coi-
de suspeição ou impedimento do Juiz, que se sas, ou determinar que o faça pessoa de sua
processará na forma da legislação em vigor. confiança, que lhe relatará informalmente o
Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito verificado.
ao réu, na contestação, formular pedido em seu Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito,
favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que devendo a sentença referir, no essencial, os in-
fundado nos mesmos fatos que constituem ob- formes trazidos nos depoimentos.
jeto da controvérsia.

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Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz Art. 43. O recurso terá somente efeito devolu-
leigo, sob a supervisão de Juiz togado. tivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo,
para evitar dano irreparável para a parte.
DA SENTENÇA
Art. 44. As partes poderão requerer a transcri-
Art. 38. A sentença mencionará os elementos ção da gravação da fita magnética a que alude o
de convicção do Juiz, com breve resumo dos fa- § 3º do art. 13 desta Lei, correndo por conta do
tos relevantes ocorridos em audiência, dispen- requerente as despesas respectivas.
sado o relatório.
Art. 45. As partes serão intimadas da data da
Parágrafo único. Não se admitirá senten- sessão de julgamento.
ça condenatória por quantia ilíquida, ainda
que genérico o pedido. Art. 46. O julgamento em segunda instância
constará apenas da ata, com a indicação sufi-
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na ciente do processo, fundamentação sucinta e
parte que exceder a alçada estabelecida nesta parte dispositiva. Se a sentença for confirmada
Lei. pelos próprios fundamentos, a súmula do julga-
mento servirá de acórdão.
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução
proferirá sua decisão e imediatamente a sub- DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
meterá ao Juiz togado, que poderá homologá-
-la, proferir outra em substituição ou, antes de Art. 48. Caberão embargos de declaração con-
se manifestar, determinar a realização de atos tra sentença ou acórdão nos casos previstos no
probatórios indispensáveis. Código de Processo Civil.
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologató- Parágrafo único. Os erros materiais podem
ria de conciliação ou laudo arbitral, caberá re- ser corrigidos de ofício.
curso para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma
composta por três Juízes togados, em exer-
cício no primeiro grau de jurisdição, reuni-
dos na sede do Juizado.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoria-
contra qualquer decisão judicial para:
mente representadas por advogado.
I – esclarecer obscuridade ou eliminar con-
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de
tradição;
dez dias, contados da ciência da sentença, por
petição escrita, da qual constarão as razões e o II – suprir omissão de ponto ou questão so-
pedido do recorrente. bre o qual devia se pronunciar o juiz de ofí-
cio ou a requerimento;
§ 1º O preparo será feito, independente-
mente de intimação, nas quarenta e oito III – corrigir erro material.
horas seguintes à interposição, sob pena de
deserção. Art. 49. Os embargos de declaração serão inter-
postos por escrito ou oralmente, no prazo de
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o cinco dias, contados da ciência da decisão.
recorrido para oferecer resposta escrita no
prazo de dez dias. Art. 50. Os embargos de declaração interrom-
pem o prazo para a interposição de recurso.

DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM

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JULGAMENTO DO MÉRITO que for proferida. Nessa intimação, o ven-


cido será instado a cumprir a sentença tão
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos logo ocorra seu trânsito em julgado, e ad-
previstos em lei: vertido dos efeitos do seu descumprimento
(inciso V);
I – quando o autor deixar de comparecer a
qualquer das audiências do processo; IV – não cumprida voluntariamente a sen-
tença transitada em julgado, e tendo havido
II – quando inadmissível o procedimento solicitação do interessado, que poderá ser
instituído por esta Lei ou seu prosseguimen- verbal, proceder-se-á desde logo à execu-
to, após a conciliação; ção, dispensada nova citação;
III – quando for reconhecida a incompetên- V – nos casos de obrigação de entregar, de
cia territorial; fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença
IV – quando sobrevier qualquer dos impedi- ou na fase de execução, cominará multa di-
mentos previstos no art. 8º desta Lei; ária, arbitrada de acordo com as condições
econômicas do devedor, para a hipótese de
V – quando, falecido o autor, a habilitação inadimplemento. Não cumprida a obriga-
depender de sentença ou não se der no pra- ção, o credor poderá requerer a elevação da
zo de trinta dias; multa ou a transformação da condenação
VI – quando, falecido o réu, o autor não pro- em perdas e danos, que o Juiz de imediato
mover a citação dos sucessores no prazo de arbitrará, seguindo-se a execução por quan-
trinta dias da ciência do fato. tia certa, incluída a multa vencida de obri-
gação de dar, quando evidenciada a malícia
§ 1º A extinção do processo independerá, do devedor na execução do julgado;
em qualquer hipótese, de prévia intimação
pessoal das partes. VI – na obrigação de fazer, o Juiz pode de-
terminar o cumprimento por outrem, fixado
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quan- o valor que o devedor deve depositar para
do comprovar que a ausência decorre de as despesas, sob pena de multa diária;
força maior, a parte poderá ser isentada,
pelo Juiz, do pagamento das custas. VII – na alienação forçada dos bens, o Juiz
poderá autorizar o devedor, o credor ou ter-
DA EXECUÇÃO ceira pessoa idônea a tratar da alienação do
bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em
Art. 52. A execução da sentença processar-se-á juízo até a data fixada para a praça ou leilão.
no próprio Juizado, aplicando-se, no que cou- Sendo o preço inferior ao da avaliação, as
ber, o disposto no Código de Processo Civil, com partes serão ouvidas. Se o pagamento não
as seguintes alterações: for à vista, será oferecida caução idônea,
nos casos de alienação de bem móvel, ou
I – as sentenças serão necessariamente lí- hipotecado o imóvel;
quidas, contendo a conversão em Bônus do
Tesouro Nacional – BTN ou índice equiva- VIII – é dispensada a publicação de editais
lente; em jornais, quando se tratar de alienação
de bens de pequeno valor;
II – os cálculos de conversão de índices, de
honorários, de juros e de outras parcelas se- IX – o devedor poderá oferecer embargos,
rão efetuados por servidor judicial; nos autos da execução, versando sobre:
III – a intimação da sentença será feita, sem- a) falta ou nulidade da citação no processo,
pre que possível, na própria audiência em se ele correu à revelia;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1489
b) manifesto excesso de execução; má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido,
pagará as custas e honorários de advogado, que
c) erro de cálculo; serão fixados entre dez por cento e vinte por
d) causa impeditiva, modificativa ou extinti- cento do valor de condenação ou, não havendo
va da obrigação, superveniente à sentença. condenação, do valor corrigido da causa.

Art. 53. A execução de título executivo extra- Parágrafo único. Na execução não serão
judicial, no valor de até quarenta salários míni- contadas custas, salvo quando:
mos, obedecerá ao disposto no Código de Pro- I – reconhecida a litigância de má-fé;
cesso Civil, com as modificações introduzidas
por esta Lei. II – improcedentes os embargos do deve-
dor;
§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será in-
timado a comparecer à audiência de conci- III – tratar-se de execução de sentença que
liação, quando poderá oferecer embargos tenha sido objeto de recurso improvido do
(art. 52, IX), por escrito ou verbalmente. devedor.
§ 2º Na audiência, será buscado o meio
mais rápido e eficaz para a solução do lití-
gio, se possível com dispensa da alienação
judicial, devendo o conciliador propor, en-
tre outras medidas cabíveis, o pagamento
do débito a prazo ou a prestação, a dação
em pagamento ou a imediata adjudicação
do bem penhorado.
§ 3º Não apresentados os embargos em au-
diência, ou julgados improcedentes, qual-
quer das partes poderá requerer ao Juiz a
adoção de uma das alternativas do parágra-
fo anterior.
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexis-
tindo bens penhoráveis, o processo será
imediatamente extinto, devolvendo-se os
documentos ao autor.
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial indepen-
derá, em primeiro grau de jurisdição, do paga-
mento de custas, taxas ou despesas.
Parágrafo único. O preparo do recurso, na
forma do § 1º do art. 42 desta Lei, com-
preenderá todas as despesas processuais,
inclusive aquelas dispensadas em primeiro
grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de
assistência judiciária gratuita.
Art. 55. A sentença de primeiro grau não con-
denará o vencido em custas e honorários de
advogado, ressalvados os casos de litigância de

1490 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

Professor Joerberth Nunes

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Direito Processual Penal

DO PROCESSO EM GERAL E DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

LIVRO I Art. 3º A lei processual penal admitirá inter-


pretação extensiva e aplicação analógica, bem
DO PROCESSO EM GERAL como o suplemento dos princípios gerais de di-
reito.

TÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o
território brasileiro, por este Código, ressalva-
dos:
I – os tratados, as convenções e regras de
direito internacional;
II – as prerrogativas constitucionais do Pre-
sidente da República, dos ministros de Es-
tado, nos crimes conexos com os do Pre-
sidente da República, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89,
§ 2º, e 100);
III – os processos da competência da Justiça
Militar;
IV – os processos da competência do tribu-
nal especial (Constituição, art. 122, nº 17);
V – os processos por crimes de imprensa.
Vide ADPF nº 130
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto,
este Código aos processos referidos nos
nos. IV e V, quando as leis especiais que os
regulam não dispuserem de modo diverso.
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde
logo, sem prejuízo da validade dos atos realiza-
dos sob a vigência da lei anterior.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1493
Material Complementar
1. Introdução ao Processo Penal:

Linha do Tempo

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Direito Processual Penal
Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

2. Fontes de Processso Penal:


Fonte: é a origem de alguma coisa. No caso do direito processo penal, temos as fontes ma-
teriais e as fontes formais.
2.1. Fontes Materiais: é a base de criação do direito e processo penal. Art. 22, I, e P.U., CF.
2.2. Fontes Formais: em regra, tem-se a lei ordinária.
3. Interpretação da Lei Processual Penal
4. Aplicação da Lei Processual Penal no Espaço: Art. 1º, CPP.
4.1. Princípio da territorialidade e exceções.
5. Aplicação da Lei Processual Penal no tempo: Art. 2º, CPP.

1494 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO E FONTES

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL IV e V, quando as leis especiais que os regu-


lam não dispuserem de modo diverso.
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde
LIVRO I logo, sem prejuízo da validade dos atos realiza-
dos sob a vigência da lei anterior.
DO PROCESSO EM GERAL
Art. 3º A lei processual penal admitirá inter-
pretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de di-
TÍTULO I reito.
Disposições Preliminares
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o
território brasileiro, por este Código, ressalva-
dos:
I – os tratados, as convenções e regras de
direito internacional;
II – as prerrogativas constitucionais do Pre-
sidente da República, dos ministros de Es-
tado, nos crimes conexos com os do Pre-
sidente da República, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89,
§ 2º, e 100);
III – os processos da competência da Justiça
Militar;
IV – os processos da competência do tribu-
nal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V – os processos por crimes de imprensa.
Vide ADPF nº 130.
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto,
este Código aos processos referidos nos nºs

www.acasadoconcurseiro.com.br 1495
MATERIAL DE APOIO

1. Fontes do Direito Processual Penal: as fontes materiais são aquelas onde derivam as regras
processuais, no caso, art. 22, I, CF. Já as fontes formais, tratam-se do fato de que o direito
processual penal deve estar previsto em lei ordinária, podendo, haver, lei complementar e
emendas à Constituição.

2. Interpretação da lei processual penal : o art. 3º, CPP rege esta interpretação. São formas
de interpretação : literal (procura-se o significado das palavras no texto legal); restritiva
(restringe o significado das palavras no texto legal); extensiva (amplia-se o significado das
expressões para dar maior alcance ao texto legal); analógica (utiliza-se de outros termos na
lei para melhor interpretar uma expressão legal); teleológica-sistemática (verifica-se o real
significado da norma no contexto jurídico, dentro do seu fim legal). Não se confunde com
analogia que é um meio de integração da norma, ante o silêncio da legislação sobre deter-
minado assunto. No caso, utiliza-se a analogia para integrar uma situação não prevista na
lei aos termos da legislação.

3. Aplicação da lei processual penal no espaço: art. 1º, CPP. Princípio da territorialidade (ver
exceções no artigo citado).

4. Aplicação da lei processual penal no tempo: art. 2º, CPP. Princípio do efeito imediato. Já em
sendo uma norma processual penal de caráter material, aplica-se a regra da retroatividade
se for mais benéfica ao réu, art. 5º, XL, CF. (diferenciar norma processual penal de norma
processual penal de natureza material para tanto).

1496 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

FONTES DO PROCESSO PENAL

TÍTULO I IV – os processos da competência do tribu-


nal especial (Constituição, art. 122, no 17);
Disposições Preliminares V – os processos por crimes de imprensa.
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o (Vide ADPF nº 130)
território brasileiro, por este Código, ressalvados: Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto,
I – os tratados, as convenções e regras de este Código aos processos referidos nos
direito internacional; nos. IV e V, quando as leis especiais que os
regulam não dispuserem de modo diverso.
II – as prerrogativas constitucionais do Presi-
dente da República, dos ministros de Estado, Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde
nos crimes conexos com os do Presidente da logo, sem prejuízo da validade dos atos realiza-
República, e dos ministros do Supremo Tribu- dos sob a vigência da lei anterior.
nal Federal, nos crimes de responsabilidade Art. 3º A lei processual penal admitirá interpreta-
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); ção extensiva e aplicação analógica, bem como o
III – os processos da competência da Justiça suplemento dos princípios gerais de direito.
Militar;

ROTEIRO DE ESTUDO
1. Fontes do Direito Processual Penal: as fontes materiais são aquelas onde derivam as regras
processuais, no caso, art. 22, I, CF. Já as fontes formais tratam-se do fato de que o Direito
Processual Penal deve estar previsto em lei ordinária, podendo haver lei complementar e
emendas à Constituição.
2. Interpretação da lei processual penal: o art. 3º, CPP rege esta interpretação. São formas de
interpretação: literal (procura-se o significado das palavras no texto legal); restritiva (res-
tringe o significado das palavras no texto legal); extensiva (amplia-se o significado das ex-
pressões para dar maior alcance ao texto legal); analógica (utiliza-se de outros termos na
lei para melhor interpretar uma expressão legal); teleológica-sistemática (verifica-se o real
significado da norma no contexto jurídico, dentro do seu fim legal). Não se confunde com
analogia, que é um meio de integração da norma ante o silêncio da legislação sobre deter-
minado assunto. No caso, utiliza-se a analogia para integrar uma situação não prevista na
lei aos termos da legislação.
3. Aplicação da lei processual penal no espaço: art. 1º, CPP. Princípio da territorialidade (ver
exceções no artigo citado).
4. Aplicação da lei processual penal no tempo: art. 2º, CPP. Princípio do efeito imediato. Já em
sendo uma norma processual penal de caráter material, aplica-se a regra da retroatividade
se for mais benéfica ao réu, art. 5º, XL, CF. (diferenciar norma processual penal de norma
processual penal de natureza material para tanto).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1497
Direito Processual Penal

EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS

•• Imunidades Processuais: algumas pessoas, por exercerem determinadas funções, durante


este período, não estão sujeitas à autoridade do Poder Judiciário.
•• São os seguintes (dentre outros):
•• Presidente da República: art. 86, par. 3º, CF;
•• Deputados Federais e Senadores: art. 53, CF (imunidade material e processual); ver os
parágrafos 2º, 3º, 6º
•• Deputados Estaduais: art. 27, CF

www.acasadoconcurseiro.com.br 1499
Direito Processual Penal

INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

As formas de interpretação são divididas do seguinte modo :

1. Quanto á origem :
a) AUTÊNTICA : é aquela dada ou fornecida pela própria lei, ou seja, pelo legislador ao elabo-
rar a norma.
b) DOUTRINÁRIA : é a efetuada pelos doutrinadores.
c) JURISPRUDENCIAL : é aquela derivada dos juízes ao buscar interpretar a lei e aplica-lan o
caso concreto.

2. Quanto ao modo :
a) GRAMATICAL : leva em consideração o sentido gramatical das palavras ne lei, surgindo, en-
tão, a interpretação.
b) TELEOLÓGICA : interpreta-se a norma buscando o fim a que se destina a norma, ou seja, os
dispositivos legais.
c) HISTÓRICA : busca-se verificar os debates e motivos na história que levou o legsilaldor a
elaborar a lei. Geralmente, está na exposição de motivos da lei.
d) SISTEMÁTICA : dá-se por meio de uma integração da norma dentro do comunto normativo,
buscando daí sua interpretação.

3. QUANTO AO RESULTADO :
a) DECLARATIVA : é quando a lei diz exatamente aquilo que o legislador queria quando a ela-
borou.
b) RESTRITIVA : é quando a lei diz mais daquilo que realmente queria o legislador ao elaborar
a norma.
c) EXTENSIVA : é quando a lei diz menos daquilo que realmente queria o legislador ao elabo-
rar a norma. Assim, a norma deve ser aplicada a outros casos semelhantes aos que estão
por ela regulados.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1501
Direito Processual Penal

INQUÉRITO POLICIAL

TÍTULO II § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver co-


nhecimento da existência de infração penal
Do Inquérito Policial em que caiba ação pública poderá, verbal-
mente ou por escrito, comunicá-la à auto-
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas ridade policial, e esta, verificada a proce-
autoridades policiais no território de suas res- dência das informações, mandará instaurar
pectivas circunscrições e terá por fim a apura- inquérito.
ção das infrações penais e da sua autoria. 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação
Parágrafo único. A competência definida pública depender de representação, não
neste artigo não excluirá a de autoridades poderá sem ela ser iniciado.
administrativas, a quem por lei seja cometi-
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autori-
da a mesma função.
dade policial somente poderá proceder a
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito inquérito a requerimento de quem tenha
policial será iniciado: qualidade para intentá-la.
I – de ofício; Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática
da infração penal, a autoridade policial deverá:
II – mediante requisição da autoridade judi-
ciária ou do Ministério Público, ou a reque- I – dirigir-se ao local, providenciando para
rimento do ofendido ou de quem tiver qua- que não se alterem o estado e conservação
lidade para representá-lo. das coisas, até a chegada dos peritos crimi-
nais;
§ 1º O requerimento a que se refere o no II
conterá sempre que possível: II – apreender os objetos que tiverem rela-
ção com o fato, após liberados pelos peritos
a) a narração do fato, com todas as circuns- criminais;
tâncias;
III – colher todas as provas que servirem
b) a individualização do indiciado ou seus para o esclarecimento do fato e suas cir-
sinais característicos e as razões de convic- cunstâncias;
ção ou de presunção de ser ele o autor da
infração, ou os motivos de impossibilidade IV – ouvir o ofendido;
de o fazer;
V – ouvir o indiciado, com observância, no
c) a nomeação das testemunhas, com indi- que for aplicável, do disposto no Capítulo III
cação de sua profissão e residência. do Título Vll, deste Livro, devendo o respec-
tivo termo ser assinado por duas testemu-
§ 2º Do despacho que indeferir o requeri- nhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
mento de abertura de inquérito caberá re-
curso para o chefe de Polícia.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1503
VI – proceder a reconhecimento de pessoas § 3º Quando o fato for de difícil elucidação,
e coisas e a acareações; e o indiciado estiver solto, a autoridade po-
derá requerer ao juiz a devolução dos au-
VII – determinar, se for caso, que se proce- tos, para ulteriores diligências, que serão
da a exame de corpo de delito e a quaisquer realizadas no prazo marcado pelo juiz.
outras perícias;
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como
VIII – ordenar a identificação do indiciado os objetos que interessarem à prova, acompa-
pelo processo datiloscópico, se possível, e nharão os autos do inquérito.
fazer juntar aos autos sua folha de antece-
dentes; Art. 12. O inquérito policial acompanhará a de-
núncia ou queixa, sempre que servir de base a
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, uma ou outra.
sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
e estado de ânimo antes e depois do crime
e durante ele, e quaisquer outros elemen- I – fornecer às autoridades judiciárias as in-
tos que contribuírem para a apreciação do formações necessárias à instrução e julga-
seu temperamento e caráter. mento dos processos;

Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a II – realizar as diligências requisitadas pelo


infração sido praticada de determinado modo, juiz ou pelo Ministério Público;
a autoridade policial poderá proceder à repro- III – cumprir os mandados de prisão expedi-
dução simulada dos fatos, desde que esta não dos pelas autoridades judiciárias;
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
IV – representar acerca da prisão preventi-
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será ob- va.
servado o disposto no Capítulo II do Título IX
deste Livro. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal,
e o indiciado poderão requerer qualquer di-
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial se- ligência, que será realizada, ou não, a juízo da
rão, num só processado, reduzidas a escrito ou autoridade.
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela au-
toridade. Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á no-
meado curador pela autoridade policial.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo
de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fla- Art. 16. O Ministério Público não poderá reque-
grante, ou estiver preso preventivamente, con- rer a devolução do inquérito à autoridade poli-
tado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em cial, senão para novas diligências, imprescindí-
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo veis ao oferecimento da denúncia.
de 30 dias, quando estiver solto, mediante fian-
Art. 17. A autoridade policial não poderá man-
ça ou sem ela.
dar arquivar autos de inquérito.
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do
do que tiver sido apurado e enviará autos
inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
ao juiz competente.
base para a denúncia, a autoridade policial po-
§ 2º No relatório poderá a autoridade in- derá proceder a novas pesquisas, se de outras
dicar testemunhas que não tiverem sido provas tiver notícia.
inquiridas, mencionando o lugar onde pos-
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pú-
sam ser encontradas.
blica, os autos do inquérito serão remetidos ao

1504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Inquérito Policial – Prof. Joerberth Nunes

juízo competente, onde aguardarão a iniciativa


do ofendido ou de seu representante legal, ou
serão entregues ao requerente, se o pedir, me-
diante traslado.
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido
pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antece-
dentes que lhe forem solicitados, a autori-
dade policial não poderá mencionar quais-
quer anotações referentes a instauração de
inquérito contra os requerentes. 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado de-
penderá sempre de despacho nos autos e so-
mente será permitida quando o interesse da
sociedade ou a conveniência da investigação o
exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que
não excederá de três dias, será decretada
por despacho fundamentado do Juiz, a re-
querimento da autoridade policial, ou do
órgão do Ministério Público, respeitado, em
qualquer hipótese, o disposto no artigo 89,
inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advo-
gados do Brasil (Lei nº 4.215, de 27 de abril
de 1963) 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em
que houver mais de uma circunscrição policial, a
autoridade com exercício em uma delas poderá,
nos inquéritos a que esteja procedendo, orde-
nar diligências em circunscrição de outra, inde-
pendentemente de precatórias ou requisições,
e bem assim providenciará, até que compareça
a autoridade competente, sobre qualquer fato
que ocorra em sua presença, noutra circunscri-
ção.
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inqué-
rito ao juiz competente, a autoridade policial
oficiará ao Instituto de Identificação e Estatís-
tica, ou repartição congênere, mencionando o
juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados
relativos à infração penal e à pessoa do indicia-
do.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1505
Arts. 4º a 23 do CPP e art. 5º, CF
1. Inquérito policial NÃO é processo. É procedimento administrativo
2. Atribuições da PF e PC: art. 144, CF
3. Caráter inquisitorial: não aplica-se o contraditório em ampla defesa: art. 5º, LV, CF. Nada
obsta que a defesa formule requerimentos à Autoridade Policial. art. 14 do CPP.
4. Vícios ou irregularidades: não afetam a ação penal
5. Valor probatório: caráter informativo
6. Sigilo: art 20, CPP e art 7º, XIV, lei nº 8.906/94: não se estende aos advogados; Súmula Vin-
culante nº 14 do STF
7. Incomunicabilidade: art. 21 do CPP e art 136, parágrafo 3º, IV, CF
8. Arquivamento: art. 17 do CPP e Súmula 524 do STF
9. Identificação criminal: art. 5º, LVIII, CF; art. 6º, VIII, CPP;
10. Prazos: art. 10 do CPP (regra geral), lei 5010/66 (art. 66): Justiça Federal, art. 51, lei nº
1.1343/06.
11. Exclusividade: art. 4º, parágrafo único do CPP
12. Escrito: art. 9º do CPP
13. Formas de instauração: art. 5º do CPP e parágrafos 4º e 5º
14. Recurso administrativo: art. 5º, parágrafo 2º do CPP
15. art. 5º, CF: ler os principais incisos em matéria penal (XLV, XLVI, XLVII, XLIX, L, LIII, LIV, LV,
LVI, LVII, LIX, LXI, LXII, LXIII, LXIV, LXV, LXVII, LXVIII)

Linha do Tempo
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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

1506 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

AÇÃO PENAL

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

1. CONCEITO : é o direito de o Ministério Púbico, me crimes de ação pública, ou a vítima,


em casos de ação penal privada, requerer a instauração de processo criminal contra o réu
perante o Poder Judiciário.

2. FUNDAMENTO LEGAL : art. 24 a 62, Código de Processo Penal; art. 100 a 107, v, Código
Penal; art. 5º, LIX e 129, I, CF.

3. CONDIÇÕES DA AÇÃO :

3.1 CONDIÇÕES GENÉRICAS :


•• possibilidade jurídica do pedido :
•• “legitimatio da causam” :
•• interesse de agir :
•• justa causa;

3.2 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS :


•• representação do ofendido;
•• Requisição do Ministro da Justiça;
•• preenchimento do requisitos do art, 7º, parágrafo 2º, CP.

4. ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL

4.1 AÇÃO PENAL PÚBLICA : INCONDICONADA E CONDICIONADA

4.2 AÇÃO PENAL PRIVADA

www.acasadoconcurseiro.com.br 1507
TÍTULO III Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes
de ação pública, se esta não for intentada no
Da Ação Penal prazo legal, cabendo ao Ministério Público adi-
tar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será substitutiva, intervir em todos os termos do
promovida por denúncia do Ministério Público, processo, fornecer elementos de prova, inter-
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisi- por recurso e, a todo tempo, no caso de negli-
ção do Ministro da Justiça, ou de representação gência do querelante, retomar a ação como par-
do ofendido ou de quem tiver qualidade para te principal.
representá-lo.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualida-
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quan- de para representá-lo caberá intentar a ação
do declarado ausente por decisão judicial, o privada.
direito de representação passará ao cônju-
ge, ascendente, descendente ou irmão. (Pa- Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quan-
rágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, do declarado ausente por decisão judicial, o di-
de 27.8.1993) reito de oferecer queixa ou prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente
§ 2º Seja qual for o crime, quando praticado ou irmão.
em detrimento do patrimônio ou interesse
da União, Estado e Município, a ação penal Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a
será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de requerimento da parte que comprovar a sua
27.8.1993) pobreza, nomeará advogado para promover a
ação penal.
Art. 25. A representação será irretratável, de-
pois de oferecida a denúncia. § 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que
não puder prover às despesas do processo,
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será sem privar-se dos recursos indispensáveis
iniciada com o auto de prisão em flagrante ou ao próprio sustento ou da família.
por meio de portaria expedida pela autoridade
judiciária ou policial. § 2º Será prova suficiente de pobreza o
atestado da autoridade policial em cuja cir-
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provo- cunscrição residir o ofendido.
car a iniciativa do Ministério Público, nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito)
por escrito, informações sobre o fato e a autoria anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
e indicando o tempo, o lugar e os elementos de mental, e não tiver representante legal, ou coli-
convicção. direm os interesses deste com os daquele, o di-
reito de queixa poderá ser exercido por curador
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao in- especial, nomeado, de ofício ou a requerimen-
vés de apresentar a denúncia, requerer o arqui- to do Ministério Público, pelo juiz competente
vamento do inquérito policial ou de quaisquer para o processo penal.
peças de informação, o juiz, no caso de consi-
derar improcedentes as razões invocadas, fará Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e
remessa do inquérito ou peças de informação um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de
ao procurador-geral, e este oferecerá a denún- queixa poderá ser exercido por ele ou por seu
cia, designará outro órgão do Ministério Público representante legal.
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arqui- Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de
vamento, ao qual só então estará o juiz obriga- 27.11.1997)
do a atender.

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Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa § 4º A representação, quando feita ao juiz
com direito de queixa, terá preferência o cônju- ou perante este reduzida a termo, será re-
ge, e, em seguida, o parente mais próximo na metida à autoridade policial para que esta
ordem de enumeração constante do art. 31, po- proceda a inquérito.
dendo, entretanto, qualquer delas prosseguir
na ação, caso o querelante desista da instância § 5º O órgão do Ministério Público dispen-
ou a abandone. sará o inquérito, se com a representação fo-
rem oferecidos elementos que o habilitem
Art. 37. As fundações, associações ou socieda- a promover a ação penal, e, neste caso, ofe-
des legalmente constituídas poderão exercer recerá a denúncia no prazo de quinze dias.
a ação penal, devendo ser representadas por
quem os respectivos contratos ou estatutos de- Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que co-
signarem ou, no silêncio destes, pelos seus dire- nhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a
tores ou sócios-gerentes. existência de crime de ação pública, remeterão
ao Ministério Público as cópias e os documen-
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofen- tos necessários ao oferecimento da denúncia.
dido, ou seu representante legal, decairá no di-
reito de queixa ou de representação, se não o Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a expo-
exercer dentro do prazo de seis meses, contado sição do fato criminoso, com todas as suas cir-
do dia em que vier a saber quem é o autor do cunstâncias, a qualificação do acusado ou escla-
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se recimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
esgotar o prazo para o oferecimento da denún- classificação do crime e, quando necessário, o
cia. rol das testemunhas.

Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir
do direito de queixa ou representação, den- da ação penal.
tro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, Art. 43. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
parágrafo único, e 31.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procura-
Art. 39. O direito de representação poderá ser dor com poderes especiais, devendo constar do
exercido, pessoalmente ou por procurador com instrumento do mandato o nome do querelante
poderes especiais, mediante declaração, escrita e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Pú- esclarecimentos dependerem de diligências que
blico, ou à autoridade policial. devem ser previamente requeridas no juízo cri-
§ 1º A representação feita oralmente ou por minal.
escrito, sem assinatura devidamente auten- Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for
ticada do ofendido, de seu representante privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo
legal ou procurador, será reduzida a termo, Ministério Público, a quem caberá intervir em
perante o juiz ou autoridade policial, pre- todos os termos subseqüentes do processo.
sente o órgão do Ministério Público, quan-
do a este houver sido dirigida. Art. 46. O prazo para oferecimento da denún-
cia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado
§ 2º A representação conterá todas as infor- da data em que o órgão do Ministério Público
mações que possam servir à apuração do receber os autos do inquérito policial, e de 15
fato e da autoria. dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No úl-
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a repre- timo caso, se houver devolução do inquérito à
sentação, a autoridade policial procederá a autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo
inquérito, ou, não sendo competente, re- da data em que o órgão do Ministério Público
metê-lo-á à autoridade que o for. receber novamente os autos.

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§ 1º Quando o Ministério Público dispensar sentante legal, ou colidirem os interesses deste
o inquérito policial, o prazo para o ofereci- com os do querelado, a aceitação do perdão ca-
mento da denúncia contar-se-á da data em berá ao curador que o juiz Ihe nomear.
que tiver recebido as peças de informações
ou a representação Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos,
observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa disposto no art. 52.
será de 3 dias, contado da data em que o
órgão do Ministério Público receber os au- Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procu-
tos, e, se este não se pronunciar dentro do rador com poderes especiais.
tríduo, entender-se-á que não tem o que Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual
aditar, prosseguindo-se nos demais termos expresso o disposto no art. 50.
do processo.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito ad-
Art. 47. Se o Ministério Público julgar neces- mitirão todos os meios de prova.
sários maiores esclarecimentos e documentos
complementares ou novos elementos de con- Art. 58. Concedido o perdão, mediante decla-
vicção, deverá requisitá-los, diretamente, de ração expressa nos autos, o querelado será in-
quaisquer autoridades ou funcionários que de- timado a dizer, dentro de três dias, se o aceita,
vam ou possam fornecê-los. devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de
que o seu silêncio importará aceitação.
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores
do crime obrigará ao processo de todos, e o Mi- Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz jul-
nistério Público velará pela sua indivisibilidade. gará extinta a punibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo
queixa, em relação a um dos autores do crime, a constará de declaração assinada pelo querela-
todos se estenderá. do, por seu representante legal ou procurador
com poderes especiais.
Art. 50. A renúncia expressa constará de decla-
ração assinada pelo ofendido, por seu represen- Art. 60. Nos casos em que somente se procede
tante legal ou procurador com poderes espe- mediante queixa, considerar-se-á perempta a
ciais. ação penal:

Parágrafo único. A renúncia do represen- I – quando, iniciada esta, o querelante dei-


tante legal do menor que houver comple- xar de promover o andamento do processo
tado 18 (dezoito) anos não privará este do durante 30 dias seguidos;
direito de queixa, nem a renúncia do último
II – quando, falecendo o querelante, ou so-
excluirá o direito do primeiro.
brevindo sua incapacidade, não compare-
Art. 51. O perdão concedido a um dos querela- cer em juízo, para prosseguir no processo,
dos aproveitará a todos, sem que produza, to- dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qual-
davia, efeito em relação ao que o recusar. quer das pessoas a quem couber fazê-lo,
ressalvado o disposto no art. 36;
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior
de 18 anos, o direito de perdão poderá ser exer- III – quando o querelante deixar de compa-
cido por ele ou por seu representante legal, mas recer, sem motivo justificado, a qualquer
o perdão concedido por um, havendo oposição ato do processo a que deva estar presente,
do outro, não produzirá efeito. ou deixar de formular o pedido de condena-
ção nas alegações finais;
Art. 53. Se o querelado for mentalmente en-
fermo ou retardado mental e não tiver repre-

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IV – quando, sendo o querelante pessoa ju- Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença pe-
rídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. nal que reconhecer ter sido o ato praticado em
estado de necessidade, em legítima defesa, em
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se estrito cumprimento de dever legal ou no exer-
reconhecer extinta a punibilidade, deverá decla- cício regular de direito.
rá-lo de ofício.
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no
Parágrafo único. No caso de requerimento juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
do Ministério Público, do querelante ou do quando não tiver sido, categoricamente, reco-
réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado, nhecida a inexistência material do fato.
ouvirá a parte contrária e, se o julgar con-
veniente, concederá o prazo de cinco dias Art. 67. Não impedirão igualmente a propositu-
para a prova, proferindo a decisão dentro ra da ação civil:
de cinco dias ou reservando-se para apre-
ciar a matéria na sentença final. I – o despacho de arquivamento do inquéri-
to ou das peças de informação;
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz so-
mente à vista da certidão de óbito, e depois de II – a decisão que julgar extinta a punibili-
ouvido o Ministério Público, declarará extinta a dade;
punibilidade. III – a sentença absolutória que decidir que
o fato imputado não constitui crime.

TÍTULO IV Art. 68. Quando o titular do direito à reparação


do dano for pobre (art. 32, §§ 1º e 2º), a exe-
cução da sentença condenatória (art. 63) ou a
Da Ação Civil
ação civil (art. 64) será promovida, a seu reque-
Art. 63. Transitada em julgado a sentença con- rimento, pelo Ministério Público.
denatória, poderão promover-lhe a execução,
no juízo cível, para o efeito da reparação do
dano, o ofendido, seu representante legal ou CÓDIGO PENAL
seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a
sentença condenatória, a execução poderá TÍTULO VII
ser efetuada pelo valor fixado nos termos
do inciso IV do caput do art. 387 deste Códi- Da Ação Penal
go sem prejuízo da liquidação para a apura-
ção do dano efetivamente sofrido. (Incluído Ação Pública e de Iniciativa Privada
pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 100. A ação penal é pública, salvo quan-
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo an- do a lei expressamente a declara privativa do
terior, a ação para ressarcimento do dano pode- ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
rá ser proposta no juízo cível, contra o autor do 11.7.1984)
crime e, se for caso, contra o responsável civil. § 1º A ação pública é promovida pelo Minis-
(Vide Lei nº 5.970, de 1973) tério Público, dependendo, quando a lei o
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o exige, de representação do ofendido ou de
juiz da ação civil poderá suspender o curso requisição do Ministro da Justiça. (Redação
desta, até o julgamento definitivo daquela. dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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§ 2º A ação de iniciativa privada é promo- tamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
vida mediante queixa do ofendido ou de 11.7.1984)
quem tenha qualidade para representá-
-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Parágrafo único. Importa renúncia tácita
11.7.1984) ao direito de queixa a prática de ato incom-
patível com a vontade de exercê-lo; não a
§ 3º A ação de iniciativa privada pode in- implica, todavia, o fato de receber o ofen-
tentar-se nos crimes de ação pública, se o dido a indenização do dano causado pelo
Ministério Público não oferece denúncia crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
no prazo legal. (Redação dada pela Lei nº 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Perdão do Ofendido
§ 4º No caso de morte do ofendido ou de
ter sido declarado ausente por decisão judi- Art. 105. O perdão do ofendido, nos crimes em
cial, o direito de oferecer queixa ou de pros- que somente se procede mediante queixa, obs-
seguir na ação passa ao cônjuge, ascenden- ta ao prosseguimento da ação. (Redação dada
te, descendente ou irmão. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 106. O perdão, no processo ou fora dele,
A Ação Penal no Crime Complexo expresso ou tácito: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 101. Quando a lei considera como elemen-
to ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por I – se concedido a qualquer dos querelados,
si mesmos, constituem crimes, cabe ação públi- a todos aproveita; (Redação dada pela Lei
ca em relação àquele, desde que, em relação a nº 7.209, de 11.7.1984)
qualquer destes, se deva proceder por iniciativa II – se concedido por um dos ofendidos, não
do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº prejudica o direito dos outros; (Redação
7.209, de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Irretratabilidade da Representação III – se o querelado o recusa, não produz
Art. 102. A representação será irretratável de- efeito. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
pois de oferecida a denúncia.  (Redação dada 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º Perdão tácito é o que resulta da prá-
Decadência do Direito de Queixa ou de Repre- tica de ato incompatível com a vontade de
sentação prosseguir na ação. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 103. Salvo disposição expressa em contrá-
rio, o ofendido decai do direito de queixa ou de § 2º Não é admissível o perdão depois que
representação se não o exerce dentro do prazo passa em julgado a sentença condenató-
de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a ria. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do 11.7.1984)
§ 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se
esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Renúncia Expressa ou Tácita do Direito de
Queixa
Art. 104. O direito de queixa não pode ser
exercido quando renunciado expressa ou taci-

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TÍTULO VIII
Da Extinção da Punibilidade
Extinção da Punibilidade
Art. 107. Extingue-se a punibilidade: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais
considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou pe-
rempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou
pelo perdão aceito, nos crimes de ação pri-
vada;
VI – pela retratação do agente, nos casos
em que a lei a admite;
VII – (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
VIII – (Revogado pela Lei nº 11.106, de
2005)
IX – pelo perdão judicial, nos casos previs-
tos em lei.

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MATERIAL COMPLEMENTAR
AÇÃO PENAL E AÇÃO CIVIL EX DELICTO: art. 24 a 68 do CPP e art. 100 a 107, CP

1. Espécies e condições da ação penal:


•• Incondicionada: titular: MP (denúncia); independe da vontade da vítima; Ex.: art. 155,
CP
•• Condicionada: titular: MP(denúncia); depende de vontade da vítima; Ex.: art. 130, Pa-
rágrafo 2º, CP; ou depende de requisição do Ministro da Justiça: Ex.: art. 145, parágrafo
único do CP.
•• Privada: titular: ofendido(queixa-crime); MP: fiscal da lei;
•• Exclusiva: art. 100, parágrafo 2º, CP; Ex.: art. 163 c/c art. 167, CP; aplica-se o art.
36, CPP
•• Personalíssima: Ex.: art. 236, parágrafo único; não se aplica o art. 36, CPP
•• Subsidiária da Pública: inércia do MP; art. 5º, LIX,CF e art. 29, CPP

Linha do Tempo

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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

•• condições genéricas da ação penal: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir


e legitimidade de parte;
•• condições específicas da açãoa penal: representação do ofendido ou requisição do Mi-
nistro da Justiça nos crimes de ação penal pública condicionada.

2. Princípios da Ação Penal Pública:


•• obrigatoriedade

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•• indisponibilidade: art. 42, CPP


•• oficialidade: art. 129, I, CF
•• divisibilidade: para alguns autores, vigora a indivisibilidade.

3. Princípios da Ação Penal Privada:


•• oportunidade ou conveniência
•• disponibilidade: perdão (arts. 105 e 106, CP e arts. 51 e 52, CPP e art. 107, V, CP)
perempção: art. 60, CPP
•• indivisibilidade: arts. 48 e 49, CPP

4. Arquivamento do inquérito policial ou peças de informação: art. 28, CPP

5. Denúncia e queixa-crime: requisitos: art. 43, CPP

6. Representação (ação penal condicionada) e Requerimento (ação penal privada): arts. 25,
30, 31, 34,36,38,39, 44, CPP; prazo decadencial: não se suspende e não se interrompe;

7. Aditamento da queixa-crime: art. 45, CPP e renúncia ao direito de representação ou de


queixa-crime: independe do autor do fato; art. 107, V, CP

8. Ação Civil “ex delicto”: art. 63 a 68, CPP.

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Direito Processual Penal

SUJEITOS PROCESSUAIS

TÍTULO VIII Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão


servir no mesmo processo os juízes que forem
Do Juiz, Do Ministério Público, Do entre si parentes, consangüíneos ou afins, em
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclu-
Acusado E Defensor, Dos Assistentes
sive.
E Auxiliares Da Justiça
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não
o fizer, poderá ser recusado por qualquer das
partes:
CAPÍTULO I I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de
DO JUIZ qualquer deles;
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularida- II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou des-
de do processo e manter a ordem no curso dos cendente, estiver respondendo a processo
respectivos atos, podendo, para tal fim, requisi- por fato análogo, sobre cujo caráter crimi-
tar a força pública. noso haja controvérsia;
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no III – se ele, seu cônjuge, ou parente, con-
processo em que: sangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, in-
clusive, sustentar demanda ou responder a
I – tiver funcionado seu cônjuge ou paren-
processo que tenha de ser julgado por qual-
te, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
quer das partes;
colateral até o terceiro grau, inclusive, como
defensor ou advogado, órgão do Ministério IV – se tiver aconselhado qualquer das par-
Público, autoridade policial, auxiliar da jus- tes;
tiça ou perito;
V – se for credor ou devedor, tutor ou cura-
II – ele próprio houver desempenhado qual- dor, de qualquer das partes;
quer dessas funções ou servido como teste-
munha; Vl – se for sócio, acionista ou administrador
de sociedade interessada no processo.
III – tiver funcionado como juiz de outra ins-
tância, pronunciando-se, de fato ou de di- Art. 255. O impedimento ou suspeição decor-
reito, sobre a questão; rente de parentesco por afinidade cessará pela
dissolução do casamento que Ihe tiver dado
IV – ele próprio ou seu cônjuge ou paren- causa, salvo sobrevindo descendentes; mas,
te, consangüíneo ou afim em linha reta ou ainda que dissolvido o casamento sem descen-
colateral até o terceiro grau, inclusive, for dentes, não funcionará como juiz o sogro, o pa-
parte ou diretamente interessado no feito. drasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem
for parte no processo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1517
Art. 256. A suspeição não poderá ser decla- Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente
rada nem reconhecida, quando a parte inju- ou foragido, será processado ou julgado sem de-
riar o juiz ou de propósito der motivo para fensor.
criá-la.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando
realizada por defensor público ou dativo,
CAPÍTULO II será sempre exercida através de manifesta-
ção fundamentada. 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á no-
I - promover, privativamente, a ação penal meado defensor pelo juiz, ressalvado o seu di-
pública, na forma estabelecida neste Códi- reito de, a todo tempo, nomear outro de sua
go; e confiança, ou a si mesmo defender-se, caso te-
II - fiscalizar a execução da lei.  nha habilitação.

Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não Parágrafo único. O acusado, que não for po-
funcionarão nos processos em que o juiz ou bre, será obrigado a pagar os honorários do
qualquer das partes for seu cônjuge, ou paren- defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
te, consangüíneo ou afim, em linha reta ou co- Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados
lateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se e solicitadores serão obrigados, sob pena de
estendem, no que Ihes for aplicável, as prescri- multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar
ções relativas à suspeição e aos impedimentos seu patrocínio aos acusados, quando nomeados
dos juízes. pelo Juiz.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o
processo senão por motivo imperioso, comuni-
CAPÍTULO III cado previamente o juiz, sob pena de multa de
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem pre-
juízo das demais sanções cabíveis. 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do
acusado com o seu verdadeiro nome ou outros § 1º A audiência poderá ser adiada se, por
qualificativos não retardará a ação penal, quan- motivo justificado, o defensor não puder
do certa a identidade física. A qualquer tempo, comparecer. 
no curso do processo, do julgamento ou da exe- § 2º Incumbe ao defensor provar o impedi-
cução da sentença, se for descoberta a sua qua- mento até a abertura da audiência. Não o
lificação, far-se-á a retificação, por termo, nos fazendo, o juiz não determinará o adiamen-
autos, sem prejuízo da validade dos atos prece- to de ato algum do processo, devendo no-
dentes. mear defensor substituto, ainda que provi-
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação soriamente ou só para o efeito do ato.
para o interrogatório, reconhecimento ou qual- Art. 266. A constituição de defensor independe-
quer outro ato que, sem ele, não possa ser reali- rá de instrumento de mandato, se o acusado o
zado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à indicar por ocasião do interrogatório.
sua presença.
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funciona-
Parágrafo único. O mandado conterá, além rão como defensores os parentes do juiz.
da ordem de condução, os requisitos men-
cionados no art. 352, no que Ihe for aplicá-
vel.

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CAPÍTULO IV CAPÍTULO VI
DOS ASSISTENTES DOS PERITOS E INTÉRPRETES
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, es-
poderá intervir, como assistente do Ministério tará sujeito à disciplina judiciária.
Público, o ofendido ou seu representante legal,
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas Art. 276. As partes não intervirão na nomeação
no Art. 31. do perito.

Art. 269. O assistente será admitido enquanto Art. 277. O perito nomeado pela autoridade
não passar em julgado a sentença e receberá a será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de
causa no estado em que se achar. multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escu-
sa atendível.
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não po-
derá intervir como assistente do Ministério Pú- Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa
blico. o perito que, sem justa causa, provada ime-
diatamente:
Art. 271. Ao assistente será permitido propor
meios de prova, requerer perguntas às testemu- a) deixar de acudir à intimação ou ao cha-
nhas, aditar o libelo e os articulados, participar mado da autoridade;
do debate oral e arrazoar os recursos interpos- b) não comparecer no dia e local designa-
tos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, dos para o exame;
nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
c) não der o laudo, ou concorrer para que a
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, de- perícia não seja feita, nos prazos estabele-
cidirá acerca da realização das provas pro- cidos.
postas pelo assistente.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do
§ 2º O processo prosseguirá independen- perito, sem justa causa, a autoridade poderá de-
temente de nova intimação do assistente, terminar a sua condução.
quando este, intimado, deixar de compare-
cer a qualquer dos atos da instrução ou do Art. 279. Não poderão ser peritos:
julgamento, sem motivo de força maior de- I – os que estiverem sujeitos à interdição de
vidamente comprovado. direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69
Art. 272. O Ministério Público será ouvido pre- do Código Penal;
viamente sobre a admissão do assistente. II – os que tiverem prestado depoimento no
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o processo ou opinado anteriormente sobre o
assistente, não caberá recurso, devendo, entre- objeto da perícia;
tanto, constar dos autos o pedido e a decisão. III – os analfabetos e os menores de 21
anos.
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for
CAPÍTULO V aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efei-
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos ju- tos, equiparados aos peritos.
ízes estendem-se aos serventuários e funcioná-
rios da justiça, no que Ihes for aplicável.

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Material Complementar
1. PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: ART. 251, CPP;
2. DAS CAUSAS DE IMPEDIMENTO DOS JUÍZES: ART. 252, CPP
2.1. relação entre o juiz e o objeto da causa
3. DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO: ART. 254, CPP
3.1. relação entre o juiz e a matéria em debate
3.2. parentesco consanguíneo e por afinidade: arts. 1591, 1592, 1595, CPC
4.. JUÍZOS COLETIVOS. ART. 253, CPP
5. CAUSAS DE MANUTENÇÃO OU CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO: ART. 255,
CPP
6. ANIMOSIDADE POR MÁ-FÉ DA PARTE: ART. 256, CPP
7. FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP E ART. 129, CF
8. CAUSAS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP
9. ACUSADO E SEU DEFENSOR: ART. 259 A 267, CPP
10. INDISPONIBILIDADE DO DIREITO DE DEFESA: ART. 261, CPP
11. PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO: ART. 260, CPP
12. ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO: ART. 268 A 273, CPP
13. ASSISTÊNCIA DO CORRÉU: ART. 270,CPP
14. ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE: ART. 271, CPP
15. DA OITIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A ADMISSÃO DO ASSISTENTE: ART. 272, CPP
16. DA DECISÃO DO JUIZ NA HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE
17. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA: ART. 274, CPP: DA DESNECESSIDADE DO ARTIGO, EIS QUE,
SEGUNDO A DOUTRINA, ESTES FUNCIONÁRIOS ATOS DECISÓRIOS.
18. PERITOS E INTÉRPRETES: ART. 275 A 281, CPP
19. PERITO: É A PESSOA QUE POSSUI ESPECIALIDADE EM DETERMINADO ASSUNTO, O QUAL
SERVE COMO AUXILIAR DA JUSTIÇA.
20. INTÉRPRETE: É A PESSOA QUE SERVE COMO AUXILIAR DA JUSTIÇA DE IDIOMAS E OUTRA
DFORMAS DE COMUNICAÇÃO, NA BUSCA DE RELAÇÃO ENTRE O OUVIDO, O JUIZ E ÁS PAR-
TES.
21. SUSPEIÇÃO DOS PERITOS E INTÉRPRETES: ART. 280, CPP E ART. 281, CPP
Linha do Tempo
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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

1520 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI 9099/95)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL titutos da transação penal e da composição


dos danos civis.
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri-
tórios, e os Estados criarão: Art. 61. Consideram-se infrações penais de me-
nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,
I – juizados especiais, providos por juízes as contravenções penais e os crimes a que a lei
togados, ou togados e leigos, competentes comine pena máxima não superior a 2 (dois)
para a conciliação, o julgamento e a execu- anos, cumulada ou não com multa.
ção de causas cíveis de menor complexida-
de e infrações penais de menor potencial Art. 62. O processo perante o Juizado Especial
ofensivo, mediante os procedimentos oral orientar-se-á pelos critérios da oralidade, infor-
e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses malidade, economia processual e celeridade,
previstas em lei, a transação e o julgamento objetivando, sempre que possível, a reparação
de recursos por turmas de juízes de primei- dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de
ro grau. pena não privativa de liberdade.

SEÇÃO I
LEI 90999/95 DA COMPETÊNCIA E DOS
ATOS PROCESSUAIS
Art. 63. A competência do Juizado será determi-
CAPÍTULO III nada pelo lugar em que foi praticada a infração
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS penal.
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e po-
Disposições Gerais derão realizar-se em horário noturno e em qual-
quer dia da semana, conforme dispuserem as
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por
normas de organização judiciária.
juízes togados ou togados e leigos, tem compe-
tência para a conciliação, o julgamento e a exe- Art. 65. Os atos processuais serão válidos sem-
cução das infrações penais de menor potencial pre que preencherem as finalidades para as
ofensivo, respeitadas as regras de conexão e quais foram realizados, atendidos os critérios
continência. indicados no art. 62 desta Lei.
Parágrafo único. Na reunião de processos, § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, sem que tenha havido prejuízo.
decorrentes da aplicação das regras de co-
nexão e continência, observar-se-ão os ins-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1521
§ 2º A prática de atos processuais em outras compromisso de a ele comparecer, não se im-
comarcas poderá ser solicitada por qual- porá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
quer meio hábil de comunicação. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá
determinar, como medida de cautela, seu afas-
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusi- tamento do lar, domicílio ou local de convivên-
vamente os atos havidos por essenciais. Os cia com a vítima.
atos realizados em audiência de instrução
e julgamento poderão ser gravados em fita Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a ví-
magnética ou equivalente. tima, e não sendo possível a realização imedia-
ta da audiência preliminar, será designada data
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no pró- próxima, da qual ambos sairão cientes.
prio Juizado, sempre que possível, ou por man-
dado. Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-
quer dos envolvidos, a Secretaria providenciará
Parágrafo único. Não encontrado o acusado sua intimação e, se for o caso, a do responsável
para ser citado, o Juiz encaminhará as peças civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.
existentes ao Juízo comum para adoção do
procedimento previsto em lei. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o re-
presentante do Ministério Público, o autor do
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondên- fato e a vítima e, se possível, o responsável civil,
cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra- acompanhados por seus advogados, o Juiz es-
tando-se de pessoa jurídica ou firma individual, clarecerá sobre a possibilidade da composição
mediante entrega ao encarregado da recepção, dos danos e da aceitação da proposta de apli-
que será obrigatoriamente identificado, ou, sen- cação imediata de pena não privativa de liber-
do necessário, por oficial de justiça, indepen- dade.
dentemente de mandado ou carta precatória,
ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni- Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
cação. ou por conciliador sob sua orientação.
Parágrafo único. Dos atos praticados em Parágrafo único. Os conciliadores são auxi-
audiência considerar-se-ão desde logo cien- liares da Justiça, recrutados, na forma da lei
tes as partes, os interessados e defensores. local, preferentemente entre bacharéis em
Direito, excluídos os que exerçam funções
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato na administração da Justiça Criminal.
e do mandado de citação do acusado, constará
a necessidade de seu comparecimento acompa- Art. 74. A composição dos danos civis será redu-
nhado de advogado, com a advertência de que, zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
na sua falta, ser-lhe-á designado defensor públi- sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
co. executado no juízo civil competente.

Seção II Parágrafo único. Tratando-se de ação penal


DA FASE PRELIMINAR de iniciativa privada ou de ação penal públi-
ca condicionada à representação, o acordo
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe- homologado acarreta a renúncia ao direito
cimento da ocorrência lavrará termo circuns- de queixa ou representação.
tanciado e o encaminhará imediatamente ao Art. 75. Não obtida a composição dos danos
Juizado, com o autor do fato e a vítima, provi- civis, será dada imediatamente ao ofendido a
denciando-se as requisições dos exames peri- oportunidade de exercer o direito de represen-
ciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do tação verbal, que será reduzida a termo.
fato que, após a lavratura do termo, for imedia-
tamente encaminhado ao juizado ou assumir o

1522 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes

Parágrafo único. O não oferecimento da antecedentes criminais, salvo para os fins


representação na audiência preliminar não previstos no mesmo dispositivo, e não terá
implica decadência do direito, que poderá efeitos civis, cabendo aos interessados pro-
ser exercido no prazo previsto em lei. por ação cabível no juízo cível.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se Seção III
de crime de ação penal pública incondicionada, DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO
não sendo caso de arquivamento, o Ministério
Público poderá propor a aplicação imediata de Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública,
pena restritiva de direitos ou multas, a ser espe- quando não houver aplicação de pena, pela au-
cificada na proposta. sência do autor do fato, ou pela não ocorrência
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-
única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a nistério Público oferecerá ao Juiz, de imediato,
metade. denúncia oral, se não houver necessidade de di-
ligências imprescindíveis.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar
comprovado: § 1º Para o oferecimento da denúncia, que
será elaborada com base no termo de ocor-
I – ter sido o autor da infração condenado, rência referido no art. 69 desta Lei, com dis-
pela prática de crime, à pena privativa de li- pensa do inquérito policial, prescindir-se-á
berdade, por sentença definitiva; do exame do corpo de delito quando a ma-
terialidade do crime estiver aferida por bo-
II – ter sido o agente beneficiado anterior- letim médico ou prova equivalente.
mente, no prazo de cinco anos, pela aplica-
ção de pena restritiva ou multa, nos termos § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do
deste artigo; caso não permitirem a formulação da de-
núncia, o Ministério Público poderá reque-
III – não indicarem os antecedentes, a con- rer ao Juiz o encaminhamento das peças
duta social e a personalidade do agente, existentes, na forma do parágrafo único do
bem como os motivos e as circunstâncias, art. 66 desta Lei.
ser necessária e suficiente a adoção da me-
dida. § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido
poderá ser oferecida queixa oral, cabendo
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infra- ao Juiz verificar se a complexidade e as cir-
ção e seu defensor, será submetida à apre- cunstâncias do caso determinam a adoção
ciação do Juiz. das providências previstas no parágrafo úni-
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministé- co do art. 66 desta Lei.
rio Público aceita pelo autor da infração, o Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou reduzida a termo, entregando-se cópia ao acu-
multa, que não importará em reincidência, sado, que com ela ficará citado e imediatamen-
sendo registrada apenas para impedir nova- te cientificado da designação de dia e hora para
mente o mesmo benefício no prazo de cinco a audiência de instrução e julgamento, da qual
anos. também tomarão ciência o Ministério Público, o
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo an- ofendido, o responsável civil e seus advogados.
terior caberá a apelação referida no art. 82 § 1º Se o acusado não estiver presente, será
desta Lei. citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § cientificado da data da audiência de instru-
4º deste artigo não constará de certidão de ção e julgamento, devendo a ela trazer suas

www.acasadoconcurseiro.com.br 1523
testemunhas ou apresentar requerimento ízes em exercício no primeiro grau de jurisdição,
para intimação, no mínimo cinco dias antes reunidos na sede do Juizado.
de sua realização.
§ 1º A apelação será interposta no prazo de
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o dez dias, contados da ciência da sentença
responsável civil, serão intimados nos ter- pelo Ministério Público, pelo réu e seu de-
mos do art. 67 desta Lei para comparece- fensor, por petição escrita, da qual consta-
rem à audiência de instrução e julgamento. rão as razões e o pedido do recorrente.
§ 3º As testemunhas arroladas serão intima- § 2º O recorrido será intimado para ofere-
das na forma prevista no art. 67 desta Lei. cer resposta escrita no prazo de dez dias.
Art. 79. No dia e hora designados para a au- § 3º As partes poderão requerer a transcri-
diência de instrução e julgamento, se na fase ção da gravação da fita magnética a que alu-
preliminar não tiver havido possibilidade de de o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á § 4º As partes serão intimadas da data da
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. sessão de julgamento pela imprensa.

Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando § 5º Se a sentença for confirmada pelos pró-
o Juiz, quando imprescindível, a condução coer- prios fundamentos, a súmula do julgamen-
citiva de quem deva comparecer. to servirá de acórdão.

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra Art. 83. Caberão embargos de declaração quan-
ao defensor para responder à acusação, após o do, em sentença ou acórdão, houver obscurida-
que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou quei- de, contradição, omissão ou dúvida. (Vide Lei
xa; havendo recebimento, serão ouvidas a víti- nº 13.105, de 2015) (Vigência)
ma e as testemunhas de acusação e defesa, in- § 1º Os embargos de declaração serão opos-
terrogando-se a seguir o acusado, se presente, tos por escrito ou oralmente, no prazo de
passando-se imediatamente aos debates orais e cinco dias, contados da ciência da decisão.
à prolação da sentença.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os
§ 1º Todas as provas serão produzidas na embargos de declaração suspenderão o
audiência de instrução e julgamento, po- prazo para o recurso. (Vide Lei nº 13.105,
dendo o Juiz limitar ou excluir as que con- de 2015) (Vigência)
siderar excessivas, impertinentes ou prote-
latórias. § 3º Os erros materiais podem ser corrigi-
dos de ofício.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será
lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas Seção IV
partes, contendo breve resumo dos fatos DA EXECUÇÃO
relevantes ocorridos em audiência e a sen-
tença. Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa,
seu cumprimento far-se-á mediante pagamento
§ 3º A sentença, dispensado o relatório,
na Secretaria do Juizado.
mencionará os elementos de convicção do
Juiz. Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o
Juiz declarará extinta a punibilidade, deter-
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou
minando que a condenação não fique cons-
queixa e da sentença caberá apelação, que po-
tando dos registros criminais, exceto para
derá ser julgada por turma composta de três Ju-
fins de requisição judicial.

1524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes

Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, III – proibição de ausentar-se da comarca
será feita a conversão em pena privativa da li- onde reside, sem autorização do Juiz;
berdade, ou restritiva de direitos, nos termos
previstos em lei. IV – comparecimento pessoal e obrigatório
a juízo, mensalmente, para informar e justi-
Art. 86. A execução das penas privativas de li- ficar suas atividades.
berdade e restritivas de direitos, ou de multa
cumulada com estas, será processada perante o § 2º O Juiz poderá especificar outras con-
órgão competente, nos termos da lei. dições a que fica subordinada a suspensão,
desde que adequadas ao fato e à situação
Seção V pessoal do acusado.
DAS DESPESAS PROCESSUAIS § 3º A suspensão será revogada se, no curso
do prazo, o beneficiário vier a ser processa-
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo do por outro crime ou não efetuar, sem mo-
civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou tivo justificado, a reparação do dano.
multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas proces-
suais serão reduzidas, conforme dispuser lei es- § 4º A suspensão poderá ser revogada se
tadual. o acusado vier a ser processado, no curso
do prazo, por contravenção, ou descumprir
Seção VI qualquer outra condição imposta.
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e declarará extinta a punibilidade.
da legislação especial, dependerá de represen- § 6º Não correrá a prescrição durante o pra-
tação a ação penal relativa aos crimes de lesões zo de suspensão do processo.
corporais leves e lesões culposas.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima co- prevista neste artigo, o processo prossegui-
minada for igual ou inferior a um ano, abrangi- rá em seus ulteriores termos.
das ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao
oferecer a denúncia, poderá propor a suspen- Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
são do processo, por dois a quatro anos, desde aos processos penais cuja instrução já estiver
que o acusado não esteja sendo processado ou iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9)
não tenha sido condenado por outro crime, pre-
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se apli-
sentes os demais requisitos que autorizariam a
cam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluí-
suspensão condicional da pena (art. 77 do Códi-
do pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999)
go Penal).
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu
representação para a propositura da ação penal
defensor, na presença do Juiz, este, rece-
pública, o ofendido ou seu representante legal
bendo a denúncia, poderá suspender o pro-
será intimado para oferecê-la no prazo de trinta
cesso, submetendo o acusado a período de
dias, sob pena de decadência.
prova, sob as seguintes condições:
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-
I – reparação do dano, salvo impossibilida-
ções dos Códigos Penal e de Processo Penal, no
de de fazê-lo;
que não forem incompatíveis com esta Lei.
II – proibição de frequentar determinados
lugares;

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CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organi-
zação, composição e competência.
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
prestados, e as audiências realizadas fora da
sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela
pertencentes, ocupando instalações de prédios
públicos, de acordo com audiências previamen-
te anunciadas.
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pra-
zo de seis meses, a contar da vigência desta Lei.
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) me-
ses, contado da publicação desta Lei, serão
criados e instalados os Juizados Especiais
Itinerantes, que deverão dirimir, priorita-
riamente, os conflitos existentes nas áreas
rurais ou nos locais de menor concentração
populacional.
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-
senta dias após a sua publicação.
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de
abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro
de 1984.

1526 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal

PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri- sal e secreto, com mandato de quatro anos
tórios, e os Estados criarão: e competência para, na forma da lei, cele-
brar casamentos, verificar, de ofício ou em
I – juizados especiais, providos por juízes face de impugnação apresentada, o proces-
togados, ou togados e leigos, competentes so de habilitação e exercer atribuições con-
para a conciliação, o julgamento e a execu- ciliatórias, sem caráter jurisdicional, além
ção de causas cíveis de menor complexida- de outras previstas na legislação.
de e infrações penais de menor potencial
ofensivo, mediante os procedimentos oral § 1º Lei federal disporá sobre a criação de
e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses juizados especiais no âmbito da Justiça Fe-
previstas em lei, a transação e o julgamento deral.
de recursos por turmas de juízes de primei-
ro grau; § 2º As custas e emolumentos serão desti-
nados exclusivamente ao custeio dos servi-
II – justiça de paz, remunerada, composta ços afetos às atividades específicas da Jus-
de cidadãos eleitos pelo voto direto, univer- tiça.

Lei nº 9.099/1995

Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por Art. 61. Consideram-se infrações penais de me-
juízes togados ou togados e leigos, tem compe- nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,
tência para a conciliação, o julgamento e a exe- as contravenções penais e os crimes a que a lei
cução das infrações penais de menor potencial comine pena máxima não superior a 2 (dois)
ofensivo, respeitadas as regras de conexão e anos, cumulada ou não com multa.
continência.
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial
Parágrafo único. Na reunião de processos, orientar-se-á pelos critérios da oralidade, infor-
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, malidade, economia processual e celeridade,
decorrentes da aplicação das regras de co- objetivando, sempre que possível, a reparação
nexão e continência, observar-se-ão os ins- dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de
titutos da transação penal e da composição pena não privativa de liberdade.
dos danos civis.

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Seção I Parágrafo único. Dos atos praticados em
DA COMPETÊNCIA E DOS audiência considerar-se-ão desde logo cien-
tes as partes, os interessados e defensores.
ATOS PROCESSUAIS
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato
Art. 63. A competência do Juizado será determi- e do mandado de citação do acusado, constará
nada pelo lugar em que foi praticada a infração a necessidade de seu comparecimento acompa-
penal. nhado de advogado, com a advertência de que,
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e po- na sua falta, ser-lhe-á designado defensor públi-
derão realizar-se em horário noturno e em qual- co.
quer dia da semana, conforme dispuserem as Seção II
normas de organização judiciária.
DA FASE PRELIMINAR
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sem-
pre que preencherem as finalidades para as Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe-
quais foram realizados, atendidos os critérios cimento da ocorrência lavrará termo circuns-
indicados no art. 62 desta Lei. tanciado e o encaminhará imediatamente ao
Juizado, com o autor do fato e a vítima, provi-
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade denciando-se as requisições dos exames peri-
sem que tenha havido prejuízo. ciais necessários.
§ 2º A prática de atos processuais em outras Parágrafo único. Ao autor do fato que, após
comarcas poderá ser solicitada por qual- a lavratura do termo, for imediatamente en-
quer meio hábil de comunicação. caminhado ao juizado ou assumir o compro-
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusi- misso de a ele comparecer, não se imporá
vamente os atos havidos por essenciais. Os prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
atos realizados em audiência de instrução Em caso de violência doméstica, o juiz po-
e julgamento poderão ser gravados em fita derá determinar, como medida de cautela,
magnética ou equivalente. seu afastamento do lar, domicílio ou local
de convivência com a vítima.
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no pró-
prio Juizado, sempre que possível, ou por man- Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a ví-
dado. tima, e não sendo possível a realização imedia-
ta da audiência preliminar, será designada data
Parágrafo único. Não encontrado o acusado próxima, da qual ambos sairão cientes.
para ser citado, o Juiz encaminhará as peças
existentes ao Juízo comum para adoção do Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-
procedimento previsto em lei. quer dos envolvidos, a Secretaria providenciará
sua intimação e, se for o caso, a do responsável
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondên- civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.
cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra-
tando-se de pessoa jurídica ou firma individual, Art. 72. Na audiência preliminar, presente o re-
mediante entrega ao encarregado da recepção, presentante do Ministério Público, o autor do
que será obrigatoriamente identificado, ou, sen- fato e a vítima e, se possível, o responsável civil,
do necessário, por oficial de justiça, indepen- acompanhados por seus advogados, o Juiz es-
dentemente de mandado ou carta precatória, clarecerá sobre a possibilidade da composição
ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni- dos danos e da aceitação da proposta de apli-
cação. cação imediata de pena não privativa de liber-
dade.

1528 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes

Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz III – não indicarem os antecedentes, a con-
ou por conciliador sob sua orientação. duta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias,
Parágrafo único. Os conciliadores são auxi- ser necessária e suficiente a adoção da me-
liares da Justiça, recrutados, na forma da lei dida.
local, preferentemente entre bacharéis em
Direito, excluídos os que exerçam funções § 3º Aceita a proposta pelo autor da infra-
na administração da Justiça Criminal. ção e seu defensor, será submetida à apre-
ciação do Juiz.
Art. 74. A composição dos danos civis será redu-
zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante § 4º Acolhendo a proposta do Ministé-
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser rio Público aceita pelo autor da infração, o
executado no juízo civil competente. Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou
multa, que não importará em reincidência,
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal sendo registrada apenas para impedir nova-
de iniciativa privada ou de ação penal públi- mente o mesmo benefício no prazo de cinco
ca condicionada à representação, o acordo anos.
homologado acarreta a renúncia ao direito
de queixa ou representação. § 5º Da sentença prevista no parágrafo an-
terior caberá a apelação referida no art. 82
Art. 75. Não obtida a composição dos danos desta Lei.
civis, será dada imediatamente ao ofendido a
oportunidade de exercer o direito de represen- § 6º A imposição da sanção de que trata o §
tação verbal, que será reduzida a termo. 4º deste artigo não constará de certidão de
antecedentes criminais, salvo para os fins
Parágrafo único. O não oferecimento da previstos no mesmo dispositivo, e não terá
representação na audiência preliminar não efeitos civis, cabendo aos interessados pro-
implica decadência do direito, que poderá por ação cabível no juízo cível.
ser exercido no prazo previsto em lei.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se Seção III
de crime de ação penal pública incondicionada, DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO
não sendo caso de arquivamento, o Ministério
Público poderá propor a aplicação imediata de Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública,
pena restritiva de direitos ou multas, a ser espe- quando não houver aplicação de pena, pela au-
cificada na proposta. sência do autor do fato, ou pela não ocorrência
da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a nistério Público oferecerá ao Juiz, de imediato,
única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a denúncia oral, se não houver necessidade de di-
metade. ligências imprescindíveis.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar § 1º Para o oferecimento da denúncia, que
comprovado: será elaborada com base no termo de ocor-
rência referido no art. 69 desta Lei, com dis-
I – ter sido o autor da infração condenado, pensa do inquérito policial, prescindir-se-á
pela prática de crime, à pena privativa de li- do exame do corpo de delito quando a ma-
berdade, por sentença definitiva; terialidade do crime estiver aferida por bo-
II – ter sido o agente beneficiado anterior- letim médico ou prova equivalente.
mente, no prazo de cinco anos, pela aplica- § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do
ção de pena restritiva ou multa, nos termos caso não permitirem a formulação da de-
deste artigo; núncia, o Ministério Público poderá reque-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1529
rer ao Juiz o encaminhamento das peças terrogando-se a seguir o acusado, se presente,
existentes, na forma do parágrafo único do passando-se imediatamente aos debates orais e
art. 66 desta Lei. à prolação da sentença.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido § 1º Todas as provas serão produzidas na
poderá ser oferecida queixa oral, cabendo audiência de instrução e julgamento, po-
ao Juiz verificar se a complexidade e as cir- dendo o Juiz limitar ou excluir as que con-
cunstâncias do caso determinam a adoção siderar excessivas, impertinentes ou prote-
das providências previstas no parágrafo úni- latórias.
co do art. 66 desta Lei.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas
reduzida a termo, entregando-se cópia ao acu- partes, contendo breve resumo dos fatos
sado, que com ela ficará citado e imediatamen- relevantes ocorridos em audiência e a sen-
te cientificado da designação de dia e hora para tença.
a audiência de instrução e julgamento, da qual
também tomarão ciência o Ministério Público, o § 3º A sentença, dispensado o relatório,
ofendido, o responsável civil e seus advogados. mencionará os elementos de convicção do
Juiz.
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será
citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou
cientificado da data da audiência de instru- queixa e da sentença caberá apelação, que po-
ção e julgamento, devendo a ela trazer suas derá ser julgada por turma composta de três Ju-
testemunhas ou apresentar requerimento ízes em exercício no primeiro grau de jurisdição,
para intimação, no mínimo cinco dias antes reunidos na sede do Juizado.
de sua realização. § 1º A apelação será interposta no prazo de
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o dez dias, contados da ciência da sentença
responsável civil, serão intimados nos ter- pelo Ministério Público, pelo réu e seu de-
mos do art. 67 desta Lei para comparece- fensor, por petição escrita, da qual consta-
rem à audiência de instrução e julgamento. rão as razões e o pedido do recorrente.

§ 3º As testemunhas arroladas serão intima- § 2º O recorrido será intimado para ofere-


das na forma prevista no art. 67 desta Lei. cer resposta escrita no prazo de dez dias.

Art. 79. No dia e hora designados para a au- § 3º As partes poderão requerer a transcri-
diência de instrução e julgamento, se na fase ção da gravação da fita magnética a que alu-
preliminar não tiver havido possibilidade de de o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de § 4º As partes serão intimadas da data da
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á sessão de julgamento pela imprensa.
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos pró-
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando prios fundamentos, a súmula do julgamen-
o Juiz, quando imprescindível, a condução coer- to servirá de acórdão.
citiva de quem deva comparecer.
Art. 83. Caberão embargos de declaração quan-
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra do, em sentença ou acórdão, houver obscurida-
ao defensor para responder à acusação, após o de, contradição, omissão ou dúvida.
que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou quei-
xa; havendo recebimento, serão ouvidas a víti- § 1º Os embargos de declaração serão opos-
ma e as testemunhas de acusação e defesa, in- tos por escrito ou oralmente, no prazo de
cinco dias, contados da ciência da decisão.

1530 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes

§ 2º Quando opostos contra sentença, os são do processo, por dois a quatro anos, desde
embargos de declaração suspenderão o que o acusado não esteja sendo processado ou
prazo para o recurso. não tenha sido condenado por outro crime, pre-
sentes os demais requisitos que autorizariam a
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigi- suspensão condicional da pena (art. 77 do Códi-
dos de ofício. go Penal).
Seção IV § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu
DA EXECUÇÃO defensor, na presença do Juiz, este, rece-
bendo a denúncia, poderá suspender o pro-
Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, cesso, submetendo o acusado a período de
seu cumprimento far-se-á mediante pagamento prova, sob as seguintes condições:
na Secretaria do Juizado.
I – reparação do dano, salvo impossibilida-
Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o de de fazê-lo;
Juiz declarará extinta a punibilidade, deter-
minando que a condenação não fique cons- II – proibição de freqüentar determinados
tando dos registros criminais, exceto para lugares;
fins de requisição judicial. III – proibição de ausentar-se da comarca
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, onde reside, sem autorização do Juiz;
será feita a conversão em pena privativa da li- IV – comparecimento pessoal e obrigatório
berdade, ou restritiva de direitos, nos termos a juízo, mensalmente, para informar e justi-
previstos em lei. ficar suas atividades.
Art. 86. A execução das penas privativas de li- § 2º O Juiz poderá especificar outras con-
berdade e restritivas de direitos, ou de multa dições a que fica subordinada a suspensão,
cumulada com estas, será processada perante o desde que adequadas ao fato e à situação
órgão competente, nos termos da lei. pessoal do acusado.
Seção V § 3º A suspensão será revogada se, no curso
DAS DESPESAS PROCESSUAIS do prazo, o beneficiário vier a ser processa-
do por outro crime ou não efetuar, sem mo-
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo tivo justificado, a reparação do dano.
civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou
multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas proces- § 4º A suspensão poderá ser revogada se
suais serão reduzidas, conforme dispuser lei es- o acusado vier a ser processado, no curso
tadual. do prazo, por contravenção, ou descumprir
qualquer outra condição imposta.
Seção VI § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
DISPOSIÇÕES FINAIS declarará extinta a punibilidade.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e § 6º Não correrá a prescrição durante o pra-
da legislação especial, dependerá de represen- zo de suspensão do processo.
tação a ação penal relativa aos crimes de lesões
corporais leves e lesões culposas. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta
prevista neste artigo, o processo prossegui-
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima co- rá em seus ulteriores termos.
minada for igual ou inferior a um ano, abrangi-
das ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao
oferecer a denúncia, poderá propor a suspen-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1531
Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
aos processos penais cuja instrução já estiver
iniciada.
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se apli-
cam no âmbito da Justiça Militar.
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
representação para a propositura da ação penal
pública, o ofendido ou seu representante legal
será intimado para oferecê-la no prazo de trinta
dias, sob pena de decadência.
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-
ções dos Códigos Penal e de Processo Penal, no
que não forem incompatíveis com esta Lei.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organi-
zação, composição e competência.
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
prestados, e as audiências realizadas fora da
sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela
pertencentes, ocupando instalações de prédios
públicos, de acordo com audiências previamen-
te anunciadas.
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pra-
zo de seis meses, a contar da vigência desta Lei.
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) me-
ses, contado da publicação desta Lei, serão
criados e instalados os Juizados Especiais
Itinerantes, que deverão dirimir, priorita-
riamente, os conflitos existentes nas áreas
rurais ou nos locais de menor concentração
populacional. (Redação dada pela Lei nº
12.726, de 2012)
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-
senta dias após a sua publicação.

1532 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes

MATERIAL COMPLEMENTAR

1. Conceito: é um dos tipos de procedimento comum.


2. Linha do processo :
3. Esquema dos procedimentos:
4. Linha do procedimento sumaríssimo :
5. Conceito de infração penal de menor potencial ofensivo: art. 61, lei nº 9099 de 1995
6. Princípios do JECRIM: art. 62, lei nº 9099 de 1995
7. Competência do JECRIM: art. 63, lei nº 9099 de 1995
8. Nulidades no JECRIM: art. 65, lei nº 9099 de 1995
9. Citação no JECRIM: art. 66, lei nº 9099 de 1995
10. Intimação no JECRIM: arts. 68 e 69, lei nº 9099 de 1995
11. Termo Circunstanciado e prisão em flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo:
art. 69, lei nº 9099 de 1995
12. Audiência preliminar: arts. 70 a 78, lei nº 9099 de 1995
13. Audiência de Instrução e Julgamento: art. 81, lei nº 9099 de 1995
14. Composição dos danos civis: art. 74, lei nº 9099 de 1995
15. Transação penal: art. 76, lei nº 9099 de 1995
16. Oferecimento da denúncia ou queixa-crime: art. 77 e 78, lei nº 9099 de 1995
17. Citação: art. 78, lei nº 9099 de 1995
18. Recursos: arts. 82 e 83, lei nº 9099 de 1995
19. Suspensão condicional do processo: art. 89, lei nº 9099 de 1995
20. Outras regras: arts. 90 e seguintes, lei nº 9099 de 1995

Linha do Processo
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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

www.acasadoconcurseiro.com.br 1533
Espécies de Procedimentos

ORDINÁRIO

COMUM SUMÁRIO

SUMARÍSSIMO
PROCEDIMENTOS

ESPECIAL

Procedimento Sumaríssimo Lei nº 9.095/1995


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Te Tra De C Re

Art. 61 Art. 69 Art. 74 Art. 76 Art. 77/78 Art.78 Art. 81 Art. 82

Audiência Preliminar

1534 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

Professor Márcio Hunecke

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Informática

CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA – SOFTWARE

O COMPUTADOR
Um sistema computacional é formado basicamente por duas
estruturas. Uma é denominada estrutura lógica (software)
e a outra estrutura física (hardware). Ambas funcionam em
conjunto.
•• Hardware: é o conjunto de elementos físicos que com-
põem o sistema computacional. Como por exemplo, me-
mória, periféricos, cabos, placas e chips que fazem do
computador, impressora, etc.
•• Software: são os programas que, utilizando o hardware,
por exemplo, o computador, executam as diferentes
tarefas necessárias ao processamento de dados.
•• Peopleware: são pessoas que trabalham direta, ou indiretamente, com a área de tecnologia
da informação.
•• Informação e Dado: Informação é o resultado do processamento, da manipulação e da
organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou
qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe.

TIPOS DE SOFTWARES QUANTO À FORMA DE DISTRIBUIÇÃO


PROPRIETÁRIO: seu código fonte não é distribuído e só poderá
ser alterado, copiado e distribuído mediante autorização de seu
proprietário. A distribuição é realizada por comercialização e se dará
no regime jurídico clássico comercial no qual a relação é baseada em
restrições e permissões onerosas ou não, tutelando-se tanto a sua
propriedade e autoria quanto a sua utilização. Exemplos: Windows,
Microsoft Office, Google Chrome, entre outros.
LIVRE: disponibiliza seu código-fonte e executável, podendo seu código-fonte ser alterado,
copiado e distribuído mediante ou não pagamento. A distribuição é realizada em um regime
jurídico de colaboração não compulsória no qual a relação se baseia, ao contrário, em
liberdades, tutelando-se tão somente a autoria e a permanência desse mesmo regime nas
distribuições subsequentes do software. Exemplos: Linux, Mozilla Firefox, BrOffice, LibreOffice,
entre outros.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1537
COMERCIAL: é software desenvolvido para ser comercializado ou com interesses financeiros.
Note que comercial e proprietário não são o mesmo. A maioria do software comercial é
proprietário, mas existe software livre que é comercial, e existe software não livre não
comercial. As características "livres" e "proprietário" apenas representam atributos da licença
do software. São modalidades de relações jurídicas que podem se estabelecer entre um
particular e o fornecedor.
FREEWARE ou GRATUITO: é qualquer programa de computador cuja utilização não implica o
pagamento de licenças de uso ou royalties. É importante não confundir o free de freeware
com o free de free software, pois, no primeiro uso, o significado é de gratuito, e no segundo
de livre. Um programa licenciado como freeware não é necessariamente um software livre,
pode não ter código aberto e pode acompanhar licenças restritivas, limitando o uso comercial,
a redistribuição não autorizada, a modificação não autorizada ou outros tipos de restrições.
Exemplos: AVG, jogos e utilitários em geral.
SHAREWARE: é um programa de computador disponibilizado gratuitamente, porém com algum
tipo de limitação. Sharewares geralmente possuem funcionalidades limitadas e/ou tempo de
uso gratuito do software limitado, após o fim do qual o usuário é requisitado a pagar para
acessar a funcionalidade completa ou poder continuar utilizando o programa. Um shareware
está protegido por direitos autorais. Esse tipo de distribuição tem como objetivo comum
divulgar o software, assim os usuários podem testá-lo antes da aquisição.

TIPOS DE SOFTWARES QUANTO À FINALIDADE

SOFTWARE BÁSICO: responsável pelo gerenciamento dos recursos do computador e pela


conversão da linguagem do homem para a da máquina e vice-versa. Exemplo: sistema
operacional, drivers.
SOFTWARE APLICATIVO: são sistemas que visam a atender a uma determinada área de atuação,
são focados no usuário, servem para atender uma demanda específica. Exemplo: editores de
texto, planilhas de cálculo, gerenciadores de bancos de dados.
SOFTWARE UTILITÁRIO: são programas voltados a atender necessidades do computador/
sistema operacionais, em geral estão ligados a manutenção. Exemplo: desfragmentador de
disco, formatador de disco, limpeza de disco, verificação de erros, compactadores, antivírus.

1538 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA – HARDWARE

O COMPUTADOR

Um sistema computacional é formado basicamente por duas estruturas. Uma é denominada


estrutura lógica (software) e a outra estrutura física (hardware). Ambas funcionam em conjunto.
•• Hardware: é o conjunto de elementos físicos que compõem o sistema computacional.
Como, por exemplo, memória, periféricos, cabos, placas e chips que fazem do computador,
impressora, etc.
•• Software: são os programas que, utilizando o hardware, como por exemplo, o computador,
executam as diferentes tarefas necessárias ao processamento de dados.

PLACA-MÃE (MOTHERBOARD)

A placa mãe é a “espinha dorsal” do computador. É a base na


qual são conectados o microprocessador, a memória, periféricos
de entrada e saída, fonte de alimentação e qualquer placa que se
conecta ao computador, como: som, vídeo ou rede. Toda placa-
mãe já com o chipset integrado, pode ou não ter outros recursos já
incorporados nela.

RECURSOS ON-BOARD → já vem integrado aos circuitos da própria


placa-mãe como, por exemplo, som, vídeo, ou rede.
RECURSOS OFF-BOARD → não vem integrado aos circuitos
da placa-mãe, sendo necessário conectá-lo pelo seu meio de
encaixe próprio (slot). Exemplo: placa de som, vídeo, rede ou
Fax-modem.

CHIPSET
O chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe, dividindo-se entre "pon-
te norte" (northbridge, controlador de memória, alta velocidade) e "ponte sul" (southbridge,
controlador de periféricos, baixa velocidade). A ponte norte faz a comunicação do processa-
dor com as memórias e, em outros casos, com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI

www.acasadoconcurseiro.com.br 1539
Express. Já a ponte sul, abriga os controladores de HDs (ATA/IDE e SATA), portas USB, paralela,
PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, que já não são usados mais em placas-mãe modernas.
O chipset é que define, entre outras coisas, a quantidade máxima de memória RAM que uma
placa-mãe pode ter, o tipo de memória que pode ser usada (SDRAM ou DDR), a frequência má-
xima das memórias e do processador e o padrão de discos rígidos aceitos.

BARRAMENTOS (BUS)

Barramentos são as vias físicas existentes na placa-mãe, pelas quais trafegam as informações
entre os periféricos de entrada, processamento e saída em um computador.

Barramento Local é o principal barramento do micro. Nele, estão conectados os principais


circuitos da placa mãe tais como: memória RAM, chipsets, processadores, memória cache,
memória ROM.

Barramento X é o barramento no qual estão conectados os periféricos on-board, ou seja, os


periféricos integrados à placa mãe, como placa de som, vídeo, fax-modem e rede (on-board).

Barramentos de Expansão

São barramentos nos quais estão conectadas as placas de expansão (off-board), como as
placas de vídeo, fax-modem, som, rede, IDE, e demais placas. Essas placas são conectadas ao
barramento através de conectores denominados Slot.

Algumas características dos barramentos:

Plug and Play – Recurso inerente ao dispositivo e ao sistema operacional que possibilita a sua
conexão e pronto uso.
Hot – Característica inerente ao dispositivo que pode ser conectado ou desconectado mesmo
com o computador ligado.

Tipos de barramentos de expansão:

ISA (Industry Standart Architeture)


VESA (Video Eletronic Standart Association)

1540 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke

PCI - (Periferical Component Interconnect) – Criado pela Intel na época do desenvolvimento do


processador Pentium, o barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) é utilizado até
hoje. O motivo de tanto sucesso se deve à capacidade do barramento de trabalhar a 32 ou 64
bits, o que oferecia altas taxas de transferência de dados. Só para dar uma noção, um slot PCI
de 32 bits pode transferir até 132 MB por segundo. A versão de 64 bits do PCI, cujo slot era um
pouco maior que os slots de 32 bits, nunca chegou a ser popular.
AGP - (Acelerated Graphics Port) – Visando obter uma maior taxa de transferência entre a
placa-mãe e as placas de vídeo (principalmente para uma melhor performance nas aplicações
3D), a Intel desenvolveu um barramento especialmente aprimorado para a comunicação com
o vídeo: o barramento AGP (Accelerated Graphics Port). A principal vantagem do barramento
AGP é o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento de texturas para
objetos tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas texturas para aplicação na
tela. O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que proporcionou uma velocidade 4 vezes
maior que o PCI. Além disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por segundo quando
operando no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X
(hoje, é possível encontrar AGPs com velocidades de 4X e 8X). Geralmente, só se encontra um
único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só interessa às placas de vídeo.
PCI EXPRESS - É o tipo de Barramento PnP, transmissão serial, e veio para substituir os
barramentos PCI e AGP pelo fato de possuir maior taxa de transferência. Cada “caminho” do
PCIe, envia informações a uma taxa de 250 MB/s (250 milhões de bytes por segundo). Cada
slot PCIe roda a um, dois, quatro, oito, dezesseis ou trinta e dois caminhos de dados entre a
placa mãe e a placa ligada ao slot. A contagem dos caminhos é escrita com um sufixo "x", por
exemplo, 1x para um único caminho e 16x para uma placa de dezesseis caminhos. Por exemplo,
um slot PCIe 4x terá uma taxa de transferência de qutro vezes 250 (4 vezes 250), totalizando
1 Gbyte por segundo. O barramento PCI Express é hot plug, ou seja, é possível instalarmos e
removermos placas PCI Express mesmo com o micro ligado.

USB (Universal Serial Bus)


É um tipo de barramento PnP (Plug and Play) que permite a conexão de periféricos sem a
necessidade de desligar o computador. É muito mais rápida que a serial e que a paralela (ver
quadro de velocidades). Existem várias versões para o padrão USB, que hoje se encontra na
versão 3.0, sendo que a diferença mais significativa entre as versões é a velocidade.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1541
Versão do USB 1.0 1.1 2.0 3.0
Ano de
1996 1998 2000 2009
Lançamento
Taxa de
1,5 Mbps - 12 Mbps 480 Mbps 4,8 Gbps
Transferência

FIREWIRE
O FireWire é uma tecnologia de entrada/saída de dados em alta
velocidade para conexão de dispositivos digitais, desde camcorders e
câmaras digitais, até computadores portáteis e desktops. Amplamente
adotada por fabricantes de periféricos digitais como Sony, Canon, JVC
e Kodak, o FireWire tornou-se um padrão estabelecido na indústria
tanto por consumidores como por profissionais. O FireWire também
foi usado no iPod da Apple durante algum tempo, o que permitia
que as novas músicas pudessem ser carregadas em apenas alguns segundos, recarregando
simultaneamente a bateria com a utilização de um único cabo. Os modelos mais recentes,
porém, já não utilizam uma conexão FireWire (apenas USB). O barramento Firewire (assim
como o USB) é Hot Plug And Play.

SLOTS
Slots são conectores que servem para encaixar as placas de expansão de um micro, ligando-as
fisicamente aos barramentos por onde trafegam dados e sinais. Exemplo: placa de vídeo, placa
de som, placa de fax-modem, placas de rede, módulos de memória, entre outros.

PROCESSADOR

O Processador é o “cérebro” de um computador. Possui como sinônimos CPU ou UCP (“Central


Processing Unit” ou Unidade Central de Processamento) e tem a finalidade de processar as
informações, controlar as operações lógicas e aritméticas e efetuar o processamento de
entrada e saída.

1542 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Hardware – Prof. Márcio Hunecke

O processador possui três unidades básicas, a saber:

O processador se comunica com a memória RAM por intermédio de um meio de


comunicação chamado de barramento local.
Barramento local: meio físico de conexão utilizado entre a memória RAM e o
processador e entre a memória ROM e o processador.

QUANTO À FREQUÊNCIA DE PROCESSAMENTO


CLOCK: gerador de impulsos que serão repetidos dentro de determinado tempo, formando,
assim, a frequência, que será medida em hertz.
HERTZ: unidade de medida de frequência referente ao número de ciclos realizados por segundo.
FREQUÊNCIA INTERNA: os processadores têm uma frequência interna com a qual executam
as instruções. O tempo que o processador consome para executar as operações é medido em
ciclos por segundos (HERTZ). Portanto, a unidade de medida de frequência de um processador
é o HERTZ. Exemplos: 1 GHz – 1.000.000.000 ciclos por segundo.
MULTINÚCLEO: ou do inglês multicore, consiste em colocar dois ou mais núcleos de
processamento (cores) no interior de um único chip. Estes dois ou mais núcleos são responsáveis
por dividir as tarefas entre si, ou seja, permitem trabalhar em um ambiente multitarefa. Em
processadores de um só núcleo, as funções de multitarefa podem ultrapassar a capacidade da

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CPU, o que resulta em queda no desempenho enquanto as operações aguardam para serem
processadas. Em processadores de múltiplos núcleos o sistema operacional trata cada um
desses núcleos como um processador diferente. Na maioria dos casos, cada unidade possui seu
próprio cache e pode processar várias instruções simultaneamente. Adicionar novos núcleos de
processamento a um processador possibilita que as instruções das aplicações sejam executadas
em paralelo, como se fossem dois ou mais processadores distintos.
Os dois núcleos não somam a capacidade de processamento, mas dividem as tarefas entre
si. Por exemplo, um processador de dois núcleos com clock de 1.8 GHz não equivale a um
processador de um núcleo funcionando com clock de 3.6 Ghz, e sim dois núcleos de 0.9.
O surgimento dos processadores multicore, tornou-se necessário principalmente devido à
missão cada vez mais difícil de resfriar processadores singlecore (processadores de apenas um
núcleo) com clocks cada vez mais altos; dada a concentração cada vez maior de transistores
cada vez menores em um mesmo circuito integrado. E além dessa e outras limitações dos
processadores singlecore, existe a grande diferença entre a velocidade da memória e do
processador, aliada à estreita banda de dados, que faz com que aproximadamente 75 por cento
do uso do microprocessador seja gasto na espera por resultados dos acessos à memória.
Atualmente, a família de processadores Intel Core é composta por três linhas comerciais, que
são I3, I5 e I7, sendo a I3 a linha de entrada/básica, o I5 a Intermediária e a I7 a linha mais
sofisticada e que apresenta a maior quantidade de recursos.

MEMÓRIAS

As memórias são dispositivos que armazenam temporária ou permanentemente informações.


Entre as memórias, podem-se destacar:

RAM (RANDOM ACCESS MEMORY)

É uma memória de acesso aleatório. Só funciona enquanto o computador estiver ligado. Por
este fato, as informações contidas nela só permanecerão enquanto existir impulso elétrico. Por
esta característica, ela é chamada de memória
VOLÁTIL, ou seja, quando desligado o computador, o
seu conteúdo será apagado.
Ela é chamada de memória principal ou de trabalho
porque todo e qualquer programa, exceto os contidos
na memória ROM, para ser executado, deverá ser
carregado nela. Permite leitura e gravação.

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Caso a memória RAM “acabe”, isto é, caso você tente carregar mais dados na memória RAM
do que ela comporta (por exemplo, a memória RAM já está cheia e você manda o micro
carregar mais um programa), o processador transfere o conteúdo atual da memória RAM para
um arquivo do disco rígido, chamado arquivo de troca, liberando espaço na memória RAM. O
conteúdo do arquivo de troca é colocado de volta na RAM quando for solicitado algum dado
que esteja armazenado. Esse recurso é conhecido como MEMÓRIA VIRTUAL.

MEMÓRIA VIRTUAL: é um espaço reservado pelo sistema operacional no disco rígido,


que serve como memória auxiliar à memória RAM, quando esta necessitar de mais
espaço de armazenamento.

Existem basicamente dois tipos de memória em uso: SDR (SDRam) e DDR (Double Data Rate
SDRam). As SDR´s são o tipo tradicional, em que o controlador de memória realiza apenas
uma leitura por ciclo, enquanto as DDR são mais rápidas, pois fazem duas leituras por ciclo. O
desempenho não chega a dobrar, pois o acesso inicial continua demorando o mesmo tempo,
mas melhora bastante. Os pentes de memória SDR são usados em micros antigos: Pentium II
e Pentium III e os primeiros Athlons e Durons soquete A, já as DDR’s se encontram na terceira
geração (DDR3) e são utilizadas nos computadores atuais.
A ação de salvar consiste em levar os dados da memória RAM para um disco de armazenamento.
Os computadores domésticos atuais vêm equipados com capacidade de memória RAM que
variam aproximadamente de 2GB a 8GB

MEMÓRIA CACHE
Este tipo de memória (tipo RAM estática) é utilizado em um computador com a finalidade de
acelerar o desempenho de processamento; pois, pelo fato do processador ter uma velocidade
muito maior do que a memória principal RAM, haverá um tempo de espera por parte do
processador, sempre que ele fizer uma solicitação à memória RAM. Para reduzir este tempo de
espera, foi criada a memória cache. Ela é um tipo de memória que possui velocidade de acesso
maior do que a RAM, portanto é uma memória de alta velocidade e seu custo é alto comparado
com as outras memórias.

ROM
A Memória ROM (Read Only Memory) é somente utilizada para leitura, pois nelas estão
gravadas as características do computador. Essa memória vem de fábrica com toda a rotina
necessária e não deve ser alterada; pois, além de seu acesso ser difícil, fica reservada a sua
manutenção somente aos técnicos com conhecimento adequado. O software que vem gravado
pelo fabricante se chama FIRMWARE. Dentro desta memória há basicamente:

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BIOS – (Basic Input Output System – Sistema Básico de Entrada e Saída): “ensina” o processador
a trabalhar com os periféricos mais básicos do sistema, tais como os circuitos de apoio, a
unidade de disquete e o vídeo em modo texto.
POST – (Power-On Self-Test, Autoteste ao Ligar): um autoteste sempre que ligamos o micro. Por
exemplo, ao ligarmos o micro verificamos que é feito um teste de memória, vídeo, teclado e
posteriormente o carregamento do sistema operacional.
SETUP – (Configuração): programa de configuração de hardware do microcomputador,
normalmente chama-se este programa apertando um conjunto de teclas durante o
processamento do POST (geralmente basta pressionar a tecla DEL durante a contagem de
memória. Esse procedimento, contudo, pode variar de acordo com o fabricante da placa-mãe).

OBSERVAÇÃO – É muito comum haver confusão nos nomes. Veja que se acabou de
chamar o POST ou o SETUP de “BIOS”. Atualmente, usa-se a nomenclatura “BIOS”, como
algo genérico, podendo ser interpretado como “tudo que está contido na memória
ROM do micro”, mas quando se fala de upgrade de BIOS, refere-se à atualização dos
programas contidos na memória ROM (SETUP, BIOS)

CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor – semicondutor óxido metálico


completmentar): tipo de memória volátil, mantida energeticamente por uma bateria, na
qual ficam armazenadas as configurações do SETUP feitas pelo usuário, assim como mantém
atualizados o relógio e o calendário do sistema.
Quando a bateria perde total ou parte de sua energia, a CMOS perde suas informações, ou seja,
o SETUP volta a sua configuração de fábrica (DEFAULT), o calendário e relógio do sistema ficam
desatualizados. Neste caso, deverá ser trocada a bateria.

OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS COM O COMPUTADOR

ADAPTADOR DE VÍDEO (conectores VGA, HDMI e DVI)


Placa de vídeo, ou aceleradora gráfica, é um componente de um computador que envia sinais
deste para o monitor, de forma que possam ser apresentadas imagens ao usuário. Normalmente
possui memória própria, com capacidade medida em Megabytes.

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Nos computadores de baixo custo, as placas de vídeo normalmente estão incorporadas na


placa-mãe, não possuem memória dedicada e, por isso, utilizam a memória RAM do sistema.
Normalmente denomina-se memória compartilhada. Como a memória RAM do sistema é
geralmente mais lenta do que as utilizadas pelos fabricantes de placas de vídeo e ainda dividem
o barramento com o processador e outros periféricos para acessá-la, este método torna o
sistema mais lento. Isso é notado especialmente quando se usam recursos tridimensionais (3D)
ou de alta definição.
Já em computadores mais sofisticados, o adaptador de vídeo pode ter um processador próprio,
o GPU ou acelerador gráfico. Trata-se de um processador capaz de gerar imagens e efeitos
visuais tridimensionais e acelerar os bidimensionais, aliviando o trabalho do processador
principal e gerando um resultado final melhor e mais rápido. Esse processador utiliza uma
linguagem própria para descrição das imagens tridimensionais. Algo como "crie uma linha do
ponto x1, y1, z1 ao ponto x2, y2, z2 e coloque o observador em x3, y3, z3" é interpretado e
executado, gerando o resultado final, que é a imagem da linha vista pelo observador virtual. O
resultado final normalmente é medido considerando-se o número de vezes por segundo que
o computador consegue redesenhar uma cena, cuja unidade é o FPS (quadros por segundo,
frames per second). Comparando-se o mesmo computador com e sem processador de vídeo
dedicado, os resultados (em FPS) chegam a ser dezenas de vezes maiores quando se tem o
dispositivo.
Também existem duas tecnologias voltadas aos usuários de softwares 3D e jogadores: SLI e
CrossFire. Essa tecnologia permite juntar duas placas de vídeo para trabalharem em paralelo,
duplicando o poder de processamento gráfico e melhorando seu desempenho. SLI é o
nome adotado pela nVidia, enquanto CrossFire é utilizado pela ATI. Apesar da melhoria em
desempenho, ainda é uma tecnologia cara, que exige, além dos dois adaptadores, uma placa-
mãe que aceite esse tipo de arranjo. E a energia consumida pelo computador se torna mais
alta, muitas vezes exigindo uma fonte de alimentação melhor.

ADAPTADOR ou PLACA DE REDE (conector RJ 45)


É a placa responsável pela comunicação entre dois ou mais computa-
dores em rede.

ADAPTADOR DE FAX-MODEM (conector RJ 11)


Permite a comunicação entre computadores via linha telefônica.
Realiza o processo de conversão de sinais digitais em analógicos e
vice-versa. (modula e demodula).

IMPRESSORA ou PLOTTER (conector USB, Paralela ou Serial)


Dispositivo de saída capaz de converter em papel as imagens e textos que são captados pelo
computador. Podem ser:

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1 Matricial => funciona com um cabeçote composto de várias agulhas enfileiradas que, a
cada vez que atingem a fita, imprimem pontos de tinta no papel. Tem menor resolução,
são mais lentas e barulhentas, porém mais baratas e as únicas que imprimem formulários
contínuos ou carbonados.

2 Jato de tinta => dispara um jato de tinta no papel para fazer a impressão. Costuma ter
uma qualidade e rapidez de impressão superior às impressoras matriciais. Outro ponto
forte delas é serem muito silenciosas e imprimirem em cores. Estas impressoras utilizam
cartuchos com as tintas.

3 Laser ou de Páginas => são assim chamadas por serem uma espécie de laser para desenhar
os gráficos e caracteres; porém, antes, montam uma página para depois imprimir. Libera
pequenos pontos de tinta em um cilindro, no qual é passado o papel que é queimado,
fixando melhor a tinta. Utiliza toner. Seu trabalho é mais perfeito, são mais silenciosas,
rápidas, porém o preço mais elevado.

Velocidade de impressão: a velocidade de impressão pode ser medida em CPS (caracteres por
segundo) ou por PPM (páginas por minuto)
Resolução de impressão: característica que permite definir a qualidade de impressão e também
comparar os vários modelos de impressoras. Exemplo: 300 dpi (pontos por polegada).
Plotter: é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada
qualidade e rigor, como, por exemplo, mapas cartográficos, projectos de engenharia e grafismo.

SCANNER
O scanner é outro tipo de dispositivo de entrada de dados. Permite a digitalização de fotos,
gravuras e textos. Os dados são transmitidos ao computador por meio de refletância de luz
e convertidos de sinais analógicos para digitais. Equipamentos multifuncionais executam a
função de digitalização, impressão e cópia.
Uma das principais caraterísticas de um scanner é a sua resolução, que também é medida
em dpi. Um outro termo que também é necessário saber é o pixel (picture element), ou seja,
elemento de imagem. Uma imagem digital é dividida em linhas e colunas de pontos. O pixel
consite na interseção de uma linha com uma coluna.

ESTABILIZADOR
O estabilizador é o equipamento utilizado para proteger o computador contra eventuais danos
causados por piques de energia, ou seja, flutuações na rede elétrica. A energia que alimenta o
sistema deve ser estabilizada.

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NO-BREAK
O no-break é o transferidor de energia. O no-break impede que o computador desligue
quando acaba a energia, ou seja, ele é automaticamente acionado quando ocorre a falta de
energia elétrica e permanece transferindo energia durante o tempo que está programado para
o fornecimento (autonomia). Este tempo poderá ser de meia hora, uma ou mais horas. Isto
depende do tipo de no-break.

MONITOR DE VÍDEO
O monitor é um dispositivo de saída do computador, cuja função é
transmitir informação ao usuário do computador através da imagem. Os
monitores são classificados de acordo com a tecnologia de amostragem
de vídeo utilizada na formação da imagem. Atualmente utiliza-se CRT
(figura ao lado) raramente e o LCD está cada vez mais presente.

UNIDADES DE ARMAZENAMENTO

Os dados são enviados para a memória do computador, pelo teclado ou por outro dispositivo de
entrada, para serem processados mediante instruções preestabelecidas. Mas as informações
contidas na memória são rapidamente repassadas para os dispositivos de saída ou ficam
residentes enquanto o computador estiver ligado.
Diante desses fatos, é necessário armazenar os dados em um meio capaz de mantê-los gravados
de forma permanente. Para isso, são utilizadas as unidades de armazenamento permanente.
Estas unidades são conhecidas como memórias de massa, secundária ou auxiliar.
Os HDs são conectados ao computador por meio de interfaces capazes de transmitir os dados
entre um e outro de maneira segura e eficiente. Há várias tecnologias para isso, sendo as mais
comuns os padrões IDE, SCSI, SATA e SSD. Há também a possibilidade de conectar um HD
através de uma porta USB, como é o caso da maioria dos HDs externos.
A interface IDE (Intelligent Drive Electronics ou Integrated Drive Electronics) também é
conhecida como ATA (Advanced Technology Attachment) ou, ainda, PATA (Parallel Advanced
Technology Attachment).
IDE, ATA ou PATA faz transferência de dados de forma paralela, ou seja,
transmite vários bits por vez, como se estes estivessem lado a lado.
SATA I: a transmissão é em série, tal como se cada bit estivesse um atrás do
outro.
SATA II: taxa máxima de transferência de dados de 300 MB/s ou 2,4 Gbps
(2,4 gigabits por segundo), o dobro do SATA I. Padrão mais utilizado em
computadores pessoais. Esses barramentos (IDE, SATA, PATA) também
são amplamente utilizados para a conexão de dispositivos leitores e
gravadores de DVDs, CDs.

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SCSI: Normalmente utilizado em computadores de grande porte (servidores).
SSD: Padrão mais novo de HDs. Em relação ao SATA II, o SSD é mais
rápido e mais caro e geralmente não passa de 1TB. Utiliza os mesmos
conectadores do HD SATA.

OUTROS TIPOS DE ARMAZENAMENTO


•• Disquetes - discos flexíveis (unidade magnética) – capacidade de 1,44 MB.
•• CD (unidade ou disco óptico) – capacidade aproximada de 700 MB.
•• DVD (unidade ou disco óptico) – capacidade de 4,7 GB (camada simples) ou 9,4 GB (camada
dupla ou dual layer).
•• Blue Ray ou BD (unidade ou disco óptico) – capacidade de 25 GB (camada simples) ou 50GB
(camada dupla ou dual layer).
•• CD / DVD / BD-ROM: já vem gravado e serve apenas para leitura.
•• CD / DVD / BD-R: vem virgem e admite apenas uma gravação fechada, que pode ser
executada em partes mantendo a seção aberta.
•• CD / DVD / BD-RW: vem virgem, porém admite várias gravações.
•• Fita (unidade magnética) – Vários tamanhos: 120, 320 GB.
•• Pen drive ou cartão de memória (memória flash) – Vários tamanhos: 4, 8, 16 e 32 GB.

SISTEMAS DE ARQUIVOS
Um sistema de arquivos permite ao usuário escolher qual será a forma de organização dos
arquivos que será aplicada à unidade de armazenamento.
Quando a unidade de armazenamento for um disco rígido, e para utilização do sistema
operacional Windows, podem-se escolher os seguintes sistemas de arquivos.
FAT ou FAT32: sistema mais veloz em comparação com o NTFS, porém não possui recursos
de segurança. Neste sistema, há um desperdício maior de espaço em relação ao NTFS devido
ao tamanho de seu cluster ou unidade de alocação. Para unidades de disco rígido acima de 2
GB, o tamanho de cada cluster é de 4 KB. Portanto, no armazenamento de um arquivo com
tamanho de 10 KB, serão utilizadas três unidades de alocação totalizando 12 KB, restando 2 KB
desperdiçados, pois o sistema não utiliza bytes restantes de uma unidade já ocupada. Sendo
assim, quanto maior for a ocupação de uma unidade de armazenamento com o sistema FAT32,
maior será o desperdício de espaço. O tamanho máximo de arquivos é de 4 Gb.
NTFS: sistema de arquivos que possui maiores recursos de segurança de dados e praticamente
inexiste desperdício de espaço. É o sistema de arquivos utilizado no HD onde o Windows está
instalado.
O Linux utiliza sistemas de arquivos diferentes do Windows. Os mais usados no Linux são: EXT2,
EXT3, EXT4 e ReiserFS.

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UNIDADES DE MEDIDA DE INFORMAÇÕES

A unidade que representa o volume de dados gravados em um disco ou outro dispositivo de


armazenamento é o byte, que representa um caractere.
As outras grandezas são:
•• 1 bit = menor unidade de medida de informação (1 (ligado) ou 0 (desligado)).
•• 1 Byte (B) = conjunto de 8 bits ou um caractere.
•• 1 Kilobyte (KB) = 1024 bytes - 210
•• 1 Megabytes (MB) = 1024 kilobytes - 220
•• 1 Gigabyte (GB) = 1024 megabytes - 230
•• 1 Terabyte (TB) = 1024 gigabytes - 240

PERIFÉRICOS DE ENTRADA
São chamados de periféricos de entrada os dispositivos utilizados para ativar comandos ou
inserir dados a serem processados pelo computador, como, por exemplo:
•• Teclado
•• Mouse
•• Joystick
•• Caneta óptica
•• Scanner
•• Microfone
•• Webcam

PERIFÉRICOS DE SAÍDA

São periféricos de saída os dispositivos utilizados para exibir, armazenar ou enviar dados já
processados pelo computador, como, por exemplo:
•• Impressora / Plotter
•• Monitor de vídeo / Projetor
•• Caixa de som

OBSERVAÇÃO – Existem periféricos que são tanto de entrada quanto de saída.


Exemplos: os drives de disquete, gravadora de CD/DVD, Pen drive, HD, modem,
monitores que possuem recurso de toque (touch screen) e os equipamentos
multifuncionais.

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Informática

WINDOWS 7

Tela de Boas-Vindas

A tela de boas-vindas é aquela que você usa para fazer logon no Windows. Ela exibe todas as
contas do computador. Você pode clicar no seu nome de usuário em vez de digitá-lo e depois
pode trocar facilmente para outra conta com a Troca Rápida de Usuário. No Windows XP, a
tela de boas-vindas pode ser ativada ou desativada. Nesta versão do Windows, não é possível
desativá-la. Por padrão, a Troca Rápida de Usuário está ativada.

A tela de boas-vindas

Starter Home Basic Home Premium Professional Enterprise Ultimate


Tarefas diárias A versão Somente
A versão O melhor do A versão
mais rápidas e o ideal para comercializado
mais simples Windows 7 em mais
seu fundo de tela quem utiliza o via contrato
do Windows seu computador completa do
personalizado. computador com a
7. Sem AERO pessoal Windows 7
Sem AERO para o trabalho Microsoft

Para identificar a edição do Windows 7, clicar no Menu Iniciar, Painel de Controle e abrir o
ícone “Sistema”.

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Área de Trabalho

A Área de Trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon
no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa
real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na Área de Trabalho. Nela,
também é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A Área de Trabalho é definida, às vezes, de forma mais abrangente para incluir a Barra de
Tarefas. A Barra de Tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em
execução e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão Iniciar , que
pode ser usado para acessar programas, pastas e configurações do computador.

Trabalhando com Ícones da Área de Trabalho


Ícones são imagens pequenas que representam arquivos, pastas, programas e outros itens. Ao
iniciar o Windows pela primeira vez, você verá pelo menos um ícone na Área de Trabalho: a
Lixeira (mais detalhes adiante). O fabricante do computador pode ter adicionado outros ícones
à Área de Trabalho. Veja a seguir alguns exemplos de ícones da Área de Trabalho.

Exemplos de ícones da Área de Trabalho

Se você clicar duas vezes em um ícone da Área de Trabalho, o item que ele representa será
iniciado ou aberto.

Adicionando e Removendo Ícones da Área de Trabalho


Você pode escolher os ícones que serão exibidos na Área de Trabalho, adicionando ou
removendo um ícone a qualquer momento. Algumas pessoas preferem uma Área de Trabalho
limpa, organizada, com poucos ícones (ou nenhum). Outras preferem colocar dezenas de
ícones na Área de Trabalho para ter acesso rápido a programas, pastas e arquivos usados com
frequência.
Se quiser obter acesso fácil da Área de Trabalho a seus programas ou arquivos favoritos, crie
atalhos para eles. Um atalho é um ícone que representa um link para um item, em vez do item
em si. Quando você clica em um atalho, o item é aberto. Se você excluir um atalho, somente
ele será removido, e não o item original. É possível identificar atalhos pela seta no ícone
correspondente.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à direita)

Para Adicionar um Atalho à Área de Trabalho

1. Localize o item para o qual deseja criar um atalho.

2. Clique com o botão direito do mouse no item, clique em Enviar para e em Área de Trabalho
(criar atalho). O ícone de atalho aparecerá na Área de Trabalho.

Para Adicionar ou Remover Ícones Comuns da Área de Trabalho


Alguns exemplos de ícones comuns da Área de Trabalho incluem Computador, sua pasta
pessoal, a Lixeira, o Painel de Controle e a Rede.

1. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da Área de Trabalho e clique em
Personalizar (Observação: Essa opção não está disponível na edição do Windows Started).

2. No painel esquerdo, clique em Alterar ícones da Área de Trabalho.

3. Em Ícones da Área de Trabalho, marque a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja
adicionar à Área de Trabalho ou desmarque a caixa de seleção referente a cada ícone que
deseja remover da Área de Trabalho. Em seguida, clique em OK.

Para Mover um Arquivo de uma Pasta para a Área de Trabalho

1. Abra a pasta que contém o arquivo.

2. Arraste o arquivo para a Área de Trabalho.

Para Remover um Ícone da Área de Trabalho


Clique com o botão direito do mouse no ícone e clique em Excluir. Se o ícone for um atalho,
somente ele será removido, e não o item original.

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Movendo Ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da Área de Trabalho, mas você não
precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo
local na Área de Trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com
o botão direito do mouse em uma parte vazia da Área de Trabalho, clique em Exibir e em
Organizar ícones automaticamente. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo
e os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique
outra vez em Organizar ícones automaticamente, apagando a marca de seleção ao lado desta
opção.
Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os
ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse
em uma parte vazia da Área de Trabalho, aponte para “Exibir” e clique em “Alinhar ícones à
grade”. Repita essas etapas para reativar a grade.

Selecionando Vários Ícones

Para mover ou excluir um grupo de ícones de uma só


vez, primeiro é necessário selecionar todos eles. Clique
em uma parte vazia da Área de Trabalho e arraste o
mouse. Contorne os ícones que deseja selecionar com
o retângulo que aparecerá. Em seguida, solte o botão
do mouse. Agora você pode arrastar os ícones como
um grupo ou excluí-los.

Ocultando Ícones da Área de Trabalho


Para ocultar temporariamente todos os ícones da Área de Trabalho sem realmente removê-
los, clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da Área de Trabalho, clique em
“Exibir” e em “Mostrar Ícones da Área de Trabalho” para apagar a marca de seleção dessa
opção. Agora, nenhum ícone aparece na Área de Trabalho. Para vê-los novamente, clique outra
vez em “Mostrar Ícones da Área de Trabalho”.

Lixeira

Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá removê-lo do computador para ganhar
espaço e impedir que o computador fique congestionado com arquivos indesejados. Para
excluir um arquivo, abra a respectiva pasta ou biblioteca e selecione o arquivo. Pressione a
tecla “Delete” no teclado e, na caixa de diálogo Excluir Arquivo, clique em “Sim”.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Um arquivo excluído é armazenado temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede
de segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos excluídos por engano. De vez em
quando, você deve esvaziar a Lixeira para recuperar o espaço usado pelos arquivos indesejados
no disco rígido.

A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita)

Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer
isso, excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupado.
Regra: Ao recuperar um arquivo da Lixeira ele SEMPRE será colocado no mesmo local onde foi
excluído.
Em situações normais, todos os arquivos são enviados para Lixeira, mas existe algumas
exceções:
a) Excluir com a tecla SHIFT pressionada;
b) Excluir de dispositivos com armazenamento removível (pen drive);
c) Excluir da rede.;
d) Configurar o tamanho de Lixeira como “0”.
e) Excluir arquivos maiores que o tamanho da Lixeira;
f) Configurar a Lixeira selecionando a opção “Não mover arquivos para a Lixeira”;
g) Excluir arquivos maiores que o espaço livre da Lixeira faz com que os arquivos mais antigos
sejam excluídos.

Gadgets

O Windows contém miniprogramas chamados Gadgets que oferecem informações rápidas e


acesso fácil a ferramentas usadas com frequência. Por exemplo, você pode usar Gadgets para
exibir uma apresentação de slides ou exibir manchetes atualizadas continuamente. Alguns
Gadgets incluídos no Windows 7 são: Apresentação de Slides, Calendário, Conversor de
Moedas, Manchetes do Feed, Medidor de CPU, Quebra-cabeças de Imagens, Relógio e Tempo.

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Menu Iniciar

O Menu Iniciar é o portão de entrada para programas, pastas e configurações do computador.


Ele se chama menu, pois oferece uma lista de opções, exatamente como o menu de um
restaurante. E como a palavra “iniciar” já diz, é o local onde você iniciará ou abrirá itens.
Use o Menu Iniciar para fazer as seguintes atividades comuns:
•• Iniciar programas.
•• Abrir pastas usadas com frequência (bibliotecas).
•• Pesquisar arquivos, pastas e programas.
•• Ajustar configurações do computador (Painel de Controle).
•• Obter ajuda com o sistema operacional Windows.
•• Desligar o computador ou fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de usuário.
Para abrir o Menu Iniciar, clique no botão Iniciar no canto inferior esquerdo da tela, ou
pressione a tecla de logotipo do Windows no teclado.
O Menu Iniciar tem duas partes básicas:
•• O painel esquerdo grande mostra uma lista breve de programas no computador. Pode haver
variações na aparência dessa lista porque o fabricante do computador tem autonomia para
personalizá-la. Clique em Todos os Programas para exibir uma lista completa de programas
(mais informações adiante). Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de pesquisa,
que permite que você procure programas e arquivos no computador digitando os termos
de pesquisa.
•• O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, configurações e recursos mais usados. Nele
também é possível fazer logoff do Windows ou desligar o computador.

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Abrindo Programas a Partir do Menu Iniciar


Um dos usos mais comuns do Menu Iniciar é abrir programas instalados no computador. Para
abrir um programa mostrado no painel esquerdo do Menu Iniciar, clique nele. Isso abrirá o
programa e fechará o Menu Iniciar.
Se você não vir o programa que deseja, clique em Todos os Programas, na parte inferior do
painel esquerdo. O painel exibirá uma longa lista de programas, em ordem alfabética, seguida
por uma lista de pastas.
Se você clicar em um dos ícones de programa, ele será inicializado e o Menu Iniciar será fechado.
O que há dentro das pastas? Mais programas. Clique em Acessórios, por exemplo, e uma lista
de programas armazenados nessa pasta aparecerá. Clique em qualquer programa para abri-lo.
Para voltar aos programas que você viu quando abriu o Menu Iniciar pela primeira vez, clique
em “Voltar” perto da parte inferior do menu.
Se você não tiver certeza do que um programa faz, mova o ponteiro sobre o respectivo ícone ou
nome. Aparecerá uma caixa com uma descrição do programa. Por exemplo, a ação de apontar
para a Calculadora exibe esta mensagem: “Executa tarefas aritméticas básicas com uma
calculadora na tela”. Isso funciona também para itens no painel direito do Menu Iniciar.
Você notará que, com o tempo, as listas de programas no Menu Iniciar vão sendo alteradas.
Isso acontece por dois motivos. Em primeiro lugar, quando você instala novos programas, eles
são adicionados à lista Todos os Programas. Em segundo lugar, o Menu Iniciar detecta quais
programas você usa mais e os substitui no painel esquerdo para acesso rápido.

O que está no painel esquerdo?


O painel esquerdo do Menu Iniciar contém links para os programas que você utiliza com mais
frequência. Segue uma descrição da distribuição dos ícones, de cima para baixo:
•• Ícones dos programas fixados no Menu Iniciar – Em uma instalação normal do Windows 7,
nenhum programa fica nesta parte superior do Menu Iniciar.
•• Ícones dos programas mais utilizados – Os dez programas mais usados aparecem na lista.
Se quiser remove algum programa da lista, basta clicar em Remover desta lista.
•• Todos os Programas – Lista de Todos os programas instalados no computador.
•• Pesquisa – Permite pesquisar itens como arquivos, pastas, programas e-mails e outros.

O que está no painel direito?


O painel direito do Menu Iniciar contém links para partes do Windows que você provavelmente
usará com mais frequência. Aqui estão elas, de cima para baixo:
•• Pasta pessoal. Abre a pasta pessoal, que recebe o nome de quem está conectado no
momento ao Windows. Por exemplo, se o usuário atual for Luciana Ramos, a pasta se
chamará Luciana Ramos. Esta pasta, por sua vez, contém arquivos específicos do usuário,
como as pastas Meus Documentos, Minhas Músicas, Minhas Imagens e Meus Vídeos.
•• Documentos. Abre a biblioteca Documentos, na qual é possível acessar e abrir arquivos de
texto, planilhas, apresentações e outros tipos de documentos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1559
•• Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é possível acessar e exibir imagens digitais e
arquivos gráficos.
•• Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possível acessar e tocar música e outros
arquivos de áudio.
•• Jogos. Abre a pasta Jogos, na qual é possível acessar todos os jogos no computador.
•• Computador. Abre uma janela na qual é possível acessar unidades de disco, câmeras,
impressoras, scanners e outros hardwares conectados ao computador.
•• Painel de Controle. Abre o Painel de Controle, no qual é possível personalizar a aparência
e a funcionalidade do computador, instalar ou desinstalar programas, configurar conexões
de rede e gerenciar contas de usuário.
•• Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela que apresenta informações sobre a impressora,
o mouse e outros dispositivos instalados no seu computador.
•• Programas Padrão. Abre uma janela em que é possível selecionar qual programa você
deseja que o Windows use para determinada atividade, como navegação na Web.
•• Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Windows onde você pode procurar e pesquisar
tópicos da Ajuda sobre como usar o Windows e o computador.
•• Na parte inferior do painel direito está o botão de Desligar. Clique nele para desligar o
computador.

Personalizar o Menu Iniciar


Você pode controlar quais itens aparecerão no Menu Iniciar. Por exemplo, você pode adicionar
ícones de seus programas favoritos ao Menu Iniciar para acesso rápido ou remover programas
da lista. Você também pode ocultar ou mostrar certos itens no painel direito. Para isso, clique
com botão da direita do mouse sobre um o Menu Iniciar e selecione “Propriedades”.

Barra de Tarefas

A Barra de Tarefas é aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente
da Área de Trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a Barra de
Tarefas está quase sempre visível. Ela possui três seções principais:
•• O botão Iniciar , que abre o Menu Iniciar.
•• A seção intermediária, que mostra quais programas e arquivos estão abertos e permite que
você alterne rapidamente entre eles.
•• A Área de Notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam
o status de determinados programas e das configurações do computador.
No Windows XP, ao lado no Menu Iniciar, aparecia a “Barra de Inicialização Rápida”, que não
existe no Windows 7, pois agora temos a opção de “Fixar” os programas na Barra de Tarefas.
Como é provável que você use a seção intermediária da Barra de Tarefas com mais frequência,
vamos abordá-la primeiro.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Manter o Controle das Janelas


Se você abrir mais de um programa ou arquivo ao mesmo tempo, as janelas rapidamente
começarão a se acumular na Área de Trabalho. Como as janelas costumam encobrir umas às
outras ou ocupar a tela inteira, às vezes fica difícil ver o que está por baixo ou lembrar do que já
foi aberto.
É aí que a Barra de Tarefas entra em ação. Sempre que você abre um programa, uma pasta ou
um arquivo, o Windows cria um botão na Barra de Tarefas correspondente a esse item. Esse
botão exibe um ícone que representa o programa aberto. Na figura abaixo, dois programas
estão abertos (a Calculadora e o Campo Minado) e cada um tem seu próprio botão na Barra de
Tarefas.

Cada programa possui seu próprio botão na Barra de Tarefas

Observe que o botão na Barra de Tarefas para o Campo Minado está realçado. Isso indica que
o Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na frente das demais janelas abertas e que
você pode interagir imediatamente com ele.
Para alternar para outra janela, clique no botão da Barra de Tarefas. Neste exemplo, se você
clicar no botão da Barra de Tarefas referente à Calculadora, sua janela será trazida para frente.

Clique em um botão da Barra de Tarefas para alternar para a janela correspondente

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Clicar em botões da Barra de Tarefas é apenas uma das diversas formas de alternar entre
janelas.

Minimizar e Restaurar Janelas


Quando uma janela está ativa (seu botão da Barra de Tarefas aparece realçado), o clique no
botão correspondente minimiza a janela. Isso significa que a janela desaparece da Área de
Trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem exclui seu conteúdo. Simplesmente a remove
da Área de Trabalho temporariamente.
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas não fechada. Você sabe que ela ainda está
em execução porque existe um botão na Barra de Tarefas.

A ação de minimizar a Calculadora deixa visível somente seu botão da Barra de Tarefas

Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior
direito da janela.

Botão Minimizar (à esquerda)

Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na Área de Trabalho), clique
no respectivo botão da Barra de Tarefas.

Ver Visualizações das Janelas Abertas


Quando você move o ponteiro do mouse para um botão da Barra de Tarefas, uma pequena
imagem aparece mostrando uma versão em miniatura da janela correspondente. Essa
visualização, também chamada de miniatura, é muito útil. Além disso, se uma das janelas tiver
execução de vídeo ou animação, você verá na visualização.
Você poderá visualizar as miniaturas apenas se o Aero puder ser executado no seu computador
e você estiver executando um tema do Windows 7.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Área de Notificação

A Área de Notificação, na extrema direita da Barra de Tarefas, inclui um relógio e um grupo de


ícones. Ela tem a seguinte aparência:

À esquerda os ícones comuns em um computador de mesa e à direita de um notebook.

Esses ícones comunicam o status de algum item no computador ou fornecem acesso a


determinadas configurações. O conjunto de ícones que você verá varia em função dos
programas ou serviços instalados e de como o fabricante configurou seu computador.
Quando você mover o ponteiro para um determinado ícone, verá o nome desse ícone e o status
de uma configuração. Por exemplo, apontar para o ícone de volume mostrará o nível de
volume atual do computador. Apontar para o ícone de rede informará se você está conectado
a uma rede, qual a velocidade da conexão e a intensidade do sinal.
Na Área de Notificação temos um recurso novo do Windows 7, a “Central de Ações”. Ela é um
local central para exibir alertas e tomar providências que podem ajudar a executar o Windows
uniformemente. A Central de Ações lista mensagens importantes sobre configurações de
segurança e manutenção que precisam da sua atenção. Os itens em vermelho na Central de
Ações são rotulados como Importantes e indicam problemas significativos que devem ser
resolvidos logo, como um programa antivírus que precisa ser atualizado. Os itens em amarelo
são tarefas sugeridas que você deve considerar executar, como tarefas de manutenção
recomendadas.
Em geral, o clique simples em um ícone na Área de Notificação abre o programa ou a configuração
associada a ele. Por exemplo, a ação de clicar uma vez no ícone de volume abre os controles de
volume. O clique simples no ícone de rede abre a Central de Rede e Compartilhamento.
De vez em quando, um ícone na Área de Notificação exibirá uma pequena janela pop-up
(denominada notificação) para informá-lo sobre algo. Por exemplo, depois de adicionar um
novo dispositivo de hardware ao seu computador, é provável que você veja o seguinte:

A Área de Notificação exibe uma mensagem depois que o novo hardware é instalado

Clique no botão Fechar no canto superior direito da notificação para descartá-la. Se você não
fizer nada, a notificação desaparecerá após alguns segundos.

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Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na Área de Notificação quando você fica um
tempo sem usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão “Mostrar ícones ocultos”
para exibi-los temporariamente.

Personalizar a Barra de Tarefas


Existem muitas formas de personalizar a Barra de Tarefas de acordo com as suas preferências.
Por exemplo, você pode mover a Barra de Tarefas inteira para a esquerda, para a direita ou para
a borda superior da tela. Também pode alargar a Barra de Tarefas, fazer com que o Windows a
oculte automaticamente quando não estiver em uso e adicionar barras de ferramentas a ela.
Para isso, clique com botão da direita do mouse sobre uma área sem ícones na Barra de Tarefas
e selecione Propriedades.

Desligando o Computador

Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente, não apenas
para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar
a mantê-lo mais seguro. Há três maneiras de desligar o computador: pressionando o botão
liga/desliga do computador, usando o botão Desligar no Menu Iniciar e, caso tenha um laptop,
fechando a tampa.

Use o Botão Desligar no Menu Iniciar


Para desligar o computador usando o Menu Iniciar, clique no botão Iniciar e, no canto inferior
direito desse menu, clique em Desligar.
Quando você clicar em Desligar, o computador fechará todos os programas abertos, juntamente
com o próprio Windows, para, em seguida, desligar completamente o computador e a tela. O
desligamento não salva seu trabalho; portanto, primeiro salve seus arquivos.

Clique na seta ao lado do botão Desligar para ver mais opções.

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Para Alterar as Configurações do Botão Desligar


Por padrão, o botão Desligar desliga o computador. Mas você pode alterar o que acontece
quando clica nesse botão.

1. Clique para abrir a Barra de Tarefas e as Propriedades do Menu Iniciar.

2. Clique na guia Menu Iniciar.

3. Na lista Ação do botão de energia, clique em um item e em OK.


O botão Desligar também pode assumir uma outra forma. Se você tiver configurado o
computador para receber atualizações automáticas do “Windows Update” e elas estiverem
prontas para ser instaladas, o botão Desligar terá a seguinte aparência:

O botão Desligar (instalar atualizações e desligar)

Nesse caso, ao se clicar no botão Desligar, o Windows instala as atualizações e desliga seu
computador.
A ação de iniciar o computador após seu desligamento demora mais do que iniciá-lo quando
ele está em modo de suspensão.

Usando o Modo de Suspensão


Você pode colocar seu computador em suspensão, em vez de desligá-lo. Quando o computador
está em suspensão, o vídeo se desliga e, geralmente, a ventoinha para. Geralmente, uma luz na
parte externa do gabinete do computador pisca ou fica amarela para indicar que o computador
está em suspensão. Todo o processo leva apenas alguns segundos.
Como o Windows se lembrará do que você estava fazendo, não é necessário fechar os
programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. Mas convém salvar seu
trabalho antes de colocar o computador em qualquer modo de baixo consumo de energia. Na
próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se necessário), a aparência da
tela será exatamente igual a quando você desligou o computador.
Para ativar o computador, pressione o botão de energia no gabinete do computador. Como
você não precisa esperar o Windows iniciar, o computador é ativado em segundos e você pode
voltar ao trabalho quase imediatamente.
Enquanto está em suspensão, o computador usa pouca energia para manter seu trabalho na
memória. Se você estiver usando um laptop, não se preocupe. A bateria não será descarregada.
Se o computador ficar muitas horas em suspensão ou se a bateria estiver acabando, seu trabalho
será salvo no disco rígido e o computador será desligado de vez, sem consumir energia.

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Quando Desligar
Ainda que colocar o computador em suspensão seja uma maneira rápida de desligá-lo e a
melhor opção para retomar o trabalho rapidamente, há situações em que é necessário desligá-
lo completamente:
•• Ao adicionar ou atualizar hardware no interior do computador (por exemplo, instalar
memória, disco rígido, placa de som ou placa de vídeo). Desligue o computador e
desconecte-o da fonte de energia antes de prosseguir com a atualização.
•• Ao se adicionar uma impressora, um monitor, uma unidade externa ou outro dispositivo
de hardware que não se conecta a uma porta USB ou IEEE 1394 no computador. Desligue o
computador antes de conectar o dispositivo.
Ao adicionar hardware que usa um cabo USB, não é necessário desligar o computador primeiro.
A maioria dos dispositivos mais novos usa cabos USB. Esta é a aparência de um cabo USB:

Cabo USB

Usuários de Laptop: Fechar a Tampa


Se tiver um laptop, há uma maneira mais fácil ainda de desligar o computador: fechando a
tampa. Você pode escolher se o computador será colocado em suspensão, desligará ou
entrará em outro estado de economia de energia. Se preferir, desligue o laptop pressionando o
respectivo botão de energia. Para escolher a ação abra o Painel de Controle, Opções de Energia,
no lado esquerdo você encontra a opção “Escolher a função do fechamento da tampa”.

Trabalhando com Janelas

Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma pasta, ele aparece na tela em uma
caixa ou moldura chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional Windows, que
significa Janelas em inglês). Como as janelas estão em toda parte no Windows, é importante
saber como movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las desaparecer.

Partes de uma Janela


Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as janelas têm algumas coisas em
comum. Em primeiro lugar, elas sempre aparecem na Área de Trabalho, a principal área da tela.
Além disso, a maioria das janelas possuem as mesmas partes básicas.

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Partes de uma janela típica

•• Barra de título. Exibe o nome do documento e do programa (ou o nome da pasta, se você
estiver trabalhando em uma pasta).
•• Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões permitem ocultar a janela, alargá-la
para preencher a tela inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles em
breve).
•• Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar para fazer escolhas em um
programa.
•• Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela para ver informações que estão fora
de visão no momento.
•• Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do mouse para alterar o tamanho da
janela.
Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adicionais, mas normalmente também têm
as partes básicas.

Movendo uma Janela


Para mover uma janela, aponte para sua barra de título com o ponteiro do mouse . Em
seguida, arraste a janela para o local desejado. (Arrastar significa apontar para um item, manter
pressionado o botão do mouse, mover o item com o ponteiro e depois soltar o botão do mouse).

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Alterando o Tamanho de uma Janela
•• Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão Maximizar ou clique
duas vezes na barra de título da janela.
•• Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão Restaurar
(ele é exibido no lugar do botão Maximizar), ou clique duas vezes na barra de título da
janela.
•• Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou
canto da janela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a
figura abaixo), arraste a borda ou o canto para encolher ou alargar a janela.

Arraste a borda ou o canto de uma janela para redimensioná-la

Não é possível redimensionar uma janela maximizada. Você deve primeiro restaurá-la ao
tamanho anterior.
Embora a maioria das janelas possa ser maximizada e redimensionada, existem algumas janelas
que têm tamanho fixo, como as caixas de diálogo.

Ocultando uma Janela


Minimizar uma janela é o mesmo que ocultá-la. Se você deseja tirar uma janela temporariamente
do caminho sem fechá-la, minimize-a.
Para minimizar uma janela, clique em seu botão Minimizar . A janela desaparecerá da Área
de Trabalho e ficará visível somente como um botão na Barra de Tarefas, aquela barra longa
horizontal na parte inferior da tela.

Botão da Barra de Tarefas

Para fazer uma janela minimizada aparecer novamente na Área de Trabalho, clique em seu
respectivo botão da Barra de Tarefas. A janela aparecerá exatamente como estava antes de ser
minimizada.

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Fechando uma Janela


O fechamento de uma janela a remove da Área de Trabalho e da Barra de Tarefas. Se você
tiver terminado de trabalhar com um programa ou documento e não precisar retornar a ele
imediatamente, feche-o.
Para fechar uma janela, clique em seu botão Fechar . Se você fechar um documento sem
salvar as alterações feitas, aparecerá uma mensagem dando-lhe a opção de salvar as alterações.

Alternando entre Janelas


Se você abrir mais de um programa ou documento, a Área de Trabalho poderá ficar
congestionada rapidamente. Manter o controle de quais janelas você já abriu nem sempre é
fácil, porque algumas podem encobrir, total ou parcialmente, as outras.
Usando a Barra de Tarefas. A Barra de Tarefas fornece uma maneira de organizar todas as
janelas. Cada janela tem um botão correspondente na Barra de Tarefas. Para alternar para
outra janela, basta clicar no respectivo botão da Barra de Tarefas. A janela aparecerá na frente
de todas as outras, tornando-se a janela ativa, ou seja, aquela na qual você está trabalhando no
momento.
Para identificar com facilidade uma janela, aponte para seu botão da Barra de Tarefas. Quando
você aponta para um botão na Barra de Tarefas, aparece uma visualização em miniatura dessa
janela, seja o conteúdo um documento, uma foto ou até mesmo um vídeo em execução. Esta
visualização é útil principalmente quando você não consegue identificar uma janela somente
pelo título.

Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na Barra de Tarefas exibe uma visualização da janela

Observação: Para visualizar miniaturas, seu computador deve oferecer suporte ao Aero.

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Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer
todas as janelas abertas e a Área de Trabalho, mantendo pressionada a tecla Alt e pressionando
repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.
Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas em uma pilha tridimensional para
permitir que você as percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:

1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e pressione Tab para abrir o Flip
3D.
2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Windows, pressione Tab
repetidamente ou gire a roda do mouse para percorrer as janelas abertas. Você também
pode pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo para avançar uma janela, ou
pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima para retroceder uma janela.
3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira janela da pilha ou clique em
qualquer parte da janela na pilha para exibir essa janela.

Aero Flip 3D

O Flip 3D faz parte da experiência de Área de Trabalho do Aero. Se o computador não oferecer
suporte para o Aero, você poderá exibir os programas e janelas abertos no computador
pressionando Alt+Tab. Para percorrer as janelas abertas, pressione a tecla Tab, pressione as
teclas de direção ou use o mouse.

Organizando Janelas Automaticamente


Agora que você sabe como mover e redimensionar janelas, pode organizá-las da maneira
que quiser na Área de Trabalho. Também pode fazer com que o Windows as organize
automaticamente em uma destas três formas: em cascata, lado a lado e empilhadas
verticalmente.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Organize as janelas em cascata (à esquerda), lado a lado (à direita) ou em uma pilha vertical (no centro)

Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na Área de Trabalho, clique com o botão
direito do mouse em uma área vazia da Barra de Tarefas e clique em “Janelas em cascata”,
“Mostrar janelas empilhadas” ou “Mostrar janelas lado a lado”.
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta
na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas
verticalmente ou maximizar uma janela.

Para Organizar Janelas Lado a Lado – Aero SNAP (Ajustar)


1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido
um contorno da janela expandida.
2. Libere o mouse para expandir a janela.
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado.

Arraste uma janela para o lado da Área de Trabalho para expandi-la até metade da tela.

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Para Expandir uma Janela Verticalmente - Aero SNAP
1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma
seta de duas pontas .
2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela
na altura total da Área de Trabalho. A largura da janela não é alterada.

Arraste a parte superior ou inferior da janela para expandi-la verticalmente

Para Maximizar uma Janela - Aero SNAP


1. Arraste a barra de título da janela para a parte superior da tela. O contorno da janela se
expande para preencher a tela.
2. Libere a janela para expandi-la e preencher toda a Área de Trabalho.

Arraste uma janela para a parte superior da Área de Trabalho para expandi-la totalmente

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Para Minimizar todas as Janelas menos a Janela Ativa – Aero SHAKE

1. Clique na barra de título da janela e arraste rapidamente para os dois lados. O tamanho da
janela se mantém o mesmo, mas as demais janelas são minimizadas. Isso também pode ser
feito, usando as teclas Windows +Home.

2. Para restaurar as janelas que foram minimizadas, basta repetir umas das opções acima.

Para Visualizar a Área de Trabalho através das Janelas – Aero PEEK

1. Basta apontar para a extremidade da Barra de Tarefas, para ver as janelas abertas ficarem
transparentes na hora, revelando todos os ícones e gadgets ocultos. Essa funcionalidade
também é conhecida como Visão de raio-X

Caixa de Diálogo

Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações
ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo
com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de
continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho

Ao contrário das janelas comuns, a caixa de diálogo não pode ser maximizada, minimizada ou
redimensionada, mas pode ser movida.

Trabalhando com Arquivos e Pastas

Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música.
Quando aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto ou com
uma imagem que você poderia encontrar na mesa de alguém ou em um arquivo convencional
Em seu computador, os arquivos são representados por ícones; isso facilita o reconhecimento
de um tipo de arquivo bastando olhar para o respectivo ícone. Veja a seguir alguns ícones de
arquivo comuns:

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Ícones de alguns tipos de arquivo

Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para armazenar arquivos. Se você tivesse
centenas de arquivos em papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um arquivo
específico quando você dele precisasse. É por isso que as pessoas costumam armazenar os
arquivos em papel em pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no computador
funcionam exatamente da mesma forma. Veja a seguir alguns ícones de pasta comuns:

Uma pasta vazia (à esquerda); uma pasta contendo arquivos (à direita)

As pastas também podem ser armazenadas em outras pastas. Uma pasta dentro de outra é
chamada subpasta. Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenar
qualquer quantidade de arquivos e subpastas adicionais.

Windows Explorer

Windows Explorer (literalmente do inglês “Explorador do Windows”, nome pelo qual é


encontrado na versão portuguesa de todas as versões do Windows) é um gerenciador de
arquivos e pastas do sistema operacional Windows. Ou seja, é utilizado para a cópia, exclusão,
organização, movimentação e todas as atividades de gerenciamento de arquivos, podendo
também ser utilizado para a instalação de programas.
Seu ícone é uma pasta (diretório) amarela e o nome de seu arquivo é Explorer.exe, o qual
normalmente se encontra em C:\Windows. Para encontrar esse programa, clique no botão
“Iniciar”, em seguida, em Programas e em Acessórios, lá estará o Windows Explorer. Também
pode ser aberto clicando no ícone Computador do Menu Iniciar.

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Usando Bibliotecas para Acessar Arquivos e Pastas


No Windows Explorer podemos visualizar as Bibliotecas, um conceito novo do Windows
7. Biblioteca é o local onde você gerencia documentos, músicas, imagens e outros arquivos.
Você pode procurar arquivos da mesma forma como faz em uma pasta ou exibir os arquivos
organizados por propriedades como data, tipo e autor.
Quando se trata de se organizar, não é necessário começar do zero. Você pode usar bibliotecas,
para acessar arquivos e pastas e organizá-los de diferentes maneiras. Esta é uma lista das quatro
bibliotecas padrão e para que elas são usadas normalmente:
•• Biblioteca Documentos. Use essa biblioteca para organizar documentos de processamento
de texto, planilhas, apresentações e outros arquivos relacionados a texto. Por padrão, os
arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca Documentos são armazenados na pasta
Meus Documentos.
•• Biblioteca Imagens. Use esta biblioteca para organizar suas imagens digitais, sejam elas
obtidas da câmera, do scanner ou de e-mails recebidos de outras pessoas. Por padrão, os
arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca Imagens são armazenados na pasta
Minhas Imagens.
•• Biblioteca Músicas. Use esta biblioteca para organizar suas músicas digitais, como as que
você copia de um CD de áudio ou as baixadas da Internet. Por padrão, os arquivos movidos,
copiados ou salvos na biblioteca Músicas são armazenados na pasta Minhas Músicas.
•• Biblioteca Vídeos. Use esta biblioteca para organizar e arrumar seus vídeos, como clipes
da câmera digital ou da câmera de vídeo, ou arquivos de vídeo baixados da Internet. Por
padrão, os arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca Vídeos são armazenados na
pasta Meus Vídeos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1575
Para abrir as bibliotecas Documentos, Imagens ou Músicas, clique no botão Iniciar e, em
seguida, em Documentos, Imagens ou Músicas.

É possível abrir bibliotecas padrões do Windows a partir do Menu Iniciar

Compreendendo as Partes de uma Janela


Quando você abre uma pasta ou biblioteca, ela é exibida em uma janela. As várias partes dessa
janela foram projetadas para facilitar a navegação no Windows e o trabalho com arquivos,
pastas e bibliotecas. Veja a seguir uma janela típica e cada uma de suas partes:

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Partes da janela Função


Use o painel de navegação para acessar bibliotecas, pastas, pesquisas salvas
ou até mesmo todo o disco rígido. Use a seção “Favoritos” para abrir as pastas
Painel de
e pesquisas mais utilizadas. Na seção “Bibliotecas” é possível acessar suas
navegação
bibliotecas. Você também pode expandir “Computador” para pesquisar pastas
e subpastas.

Use os botões Voltar e Avançar para navegar para outras pastas ou


Botões Voltar e bibliotecas que você já tenha aberto, sem fechar, na janela atual. Esses botões
Avançar funcionam juntamente com a barra de endereços. Depois de usar a barra de
endereços para alterar pastas, por exemplo, você pode usar o botão Voltar para
retornar à pasta anterior.
Use a barra de ferramentas para executar tarefas comuns, como alterar
a aparência de arquivos e pastas, copiar arquivos em um CD ou iniciar uma
Barra de apresentação de slides de imagens digitais. Os botões da barra de ferramentas
ferramentas mudam para mostrar apenas as tarefas que são relevantes. Por exemplo, se
você clicar em um arquivo de imagem, a barra de ferramentas mostrará botões
diferentes daqueles que mostraria se você clicasse em um arquivo de música.
Use a barra de endereços para navegar para uma pasta ou biblioteca diferente
Barra de endereços
ou voltar à anterior.
O painel de biblioteca é exibido apenas quando você está em uma biblioteca
Painel de biblioteca (como na biblioteca Documentos). Use o painel de biblioteca para personalizar
a biblioteca ou organizar os arquivos por propriedades distintas.
Use os títulos de coluna para alterar a forma como os itens na lista de arquivos
são organizados. Por exemplo, você pode clicar no lado esquerdo do cabeçalho
Títulos de coluna
da coluna para alterar a ordem em que os arquivos e as pastas são exibidos ou
pode clicar no lado direito para filtrar os arquivos de maneiras diversas.
É aqui que o conteúdo da pasta ou biblioteca atual é exibido. Se você usou a caixa
Lista de arquivos de pesquisa para localizar um arquivo, somente os arquivos que correspondam
a sua exibição atual (incluindo arquivos em subpastas) serão exibidos.
Digite uma palavra ou frase na caixa de pesquisa para procurar um item na
pasta ou biblioteca atual. A pesquisa inicia assim que você começa a digitar.
Caixa de Pesquisa
Portanto, quando você digitar B, por exemplo, todos os arquivos cujos nomes
iniciarem com a letra B aparecerão na lista de arquivos
Use o painel de detalhes para ver as propriedades mais comuns associadas
ao arquivo selecionado. Propriedades do arquivo são informações sobre
Painel de detalhes
um arquivo, tais como o autor, a data da última alteração e qualquer marca
descritiva que você possa ter adicionado ao arquivo.
Use o painel de visualização para ver o conteúdo da maioria dos arquivos. Se
você selecionar uma mensagem de email, um arquivo de texto ou uma imagem,
Painel de
por exemplo, poderá ver seu conteúdo sem abri-lo em um programa. Caso não
visualização
esteja vendo o painel de visualização, clique no botão Painel de visualização
na barra de ferramentas para ativá-lo.

Na Barra de Ferramentas, no item “Organizar”, “Opções de pasta e pesquisa”, guia “Modo de


Exibição” temos algumas opções importantes que podem ser alteradas. Por padrão as duas
abaixo estão marcadas.

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•• Ocultar as extensões dos tipos de arquivo conhecidos
•• Não mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas.
A Barra de Menus não é apresentada por padrão no Windows Explorer do Windows 7. Para
fazê-lo aparecer temporariamente pressione a tecla “ALT”. Para que a barra fique aparecendo
definitivamente, clique “Organizar”, “Layout” e marque a opção “Barra de menus”. Outras
alterações na aparência do Windows Explorer também estão disponíveis nessa opção.

Exibindo e Organizando Arquivos e Pastas


Quando você abre uma pasta ou biblioteca, pode alterar a aparência dos arquivos na janela.
Por exemplo, talvez você prefira ícones maiores (ou menores) ou uma exibição que lhe permita
ver tipos diferentes de informações sobre cada arquivo. Para fazer esses tipos de alterações,
use o botão Modos de Exibição na barra de ferramentas.
Toda vez que você clica no lado esquerdo do botão Modos de Exibição, ele altera a maneira
como seus arquivos e pastas são exibidos, alternando entre cinco modos de exibição distintos:
Ícones grandes, Lista, um modo de exibição chamado Detalhes, que mostra várias colunas de
informações sobre o arquivo, um modo de exibição de ícones menores chamado Lado a lado e
um modo de exibição chamado Conteúdo, que mostra parte do conteúdo de dentro do arquivo.
Se você clicar na seta no lado direito do botão Modos de Exibição, terá mais opções. Mova
o controle deslizante para cima ou para baixo para ajustar o tamanho dos ícones das pastas
e dos arquivos. Você poderá ver os ícones alterando de tamanho enquanto move o controle
deslizante.

As opções de Modos de Exibição

Em bibliotecas, você pode ir além, organizando seus arquivos de diversas maneiras. Por
exemplo, digamos que você deseja organizar os arquivos na biblioteca Músicas por gênero
(como Jazz e Clássico):

1. Clique no botão Iniciar e, em seguida, clique em Músicas.


2. No painel da biblioteca (acima da lista de arquivos), clique no menu próximo a “Organizar”
por e em Gênero.

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Localizando Arquivos

No Windows 7, você encontra mais coisas em mais lugares – documentos, e-mails, músicas – e
com mais rapidez na Pesquisa do Windows (Windows Search).

Comece a digitar na caixa de pesquisa do Menu Iniciar, e você verá instantaneamente uma lista
de arquivos relevantes no seu PC. Você pode pesquisar digitando o nome do arquivo ou com
base em marcas, no tipo de arquivo e até no conteúdo. Para ver ainda mais correspondências,
clique em uma categoria nos resultados, como Documentos ou Imagens, ou clique em Ver mais
resultados. Seus termos de pesquisa serão destacados para facilitar o exame da lista.
Poucas pessoas armazenam todos os seus arquivos em um lugar hoje em dia. Então, o Windows
7 também é projetado para procurar em discos rígidos externos, PCs em rede e bibliotecas. A
pesquisa mostrou muitos resultados? Agora você pode filtrá-los instantaneamente por data,
tipo de arquivo e outras categorias úteis.
Dependendo da quantidade de arquivos que você tem e de como eles estão organizados,
localizar um arquivo pode significar procurar dentre centenas de arquivos e subpastas; uma
tarefa nada simples. Para poupar tempo e esforço, use a caixa de pesquisa para localizar o
arquivo, programa ou e-mail.
A caixa de pesquisa também está localizada na parte superior de cada janela. Para localizar um
arquivo, abra a pasta ou biblioteca mais provável como ponto de partida para sua pesquisa,
clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição
atual com base no texto que você digita.

A caixa de pesquisa

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Se você estiver pesquisando um arquivo com base em uma propriedade (como o tipo do
arquivo), poderá refinar a pesquisa antes de começar a digitar. Basta clicar na caixa de pesquisa
e depois em uma das propriedades exibidas abaixo dessa caixa. Isso adicionará um filtro de
pesquisa (como “tipo”) ao seu texto de pesquisa, fornecendo assim resultados mais precisos.

Opções de pesquisa para refinar o filtro

Caso não esteja visualizando o arquivo que está procurando, você poderá alterar todo o escopo
de uma pesquisa clicando em uma das opções na parte inferior dos resultados da pesquisa. Por
exemplo, caso pesquise um arquivo na biblioteca Documentos, mas não consiga encontrá-lo,
você poderá clicar em Bibliotecas para expandir a pesquisa às demais bibliotecas.

Copiando e Movendo Arquivos e Pastas

De vez em quando, você pode querer alterar o local onde os arquivos ficam armazenados no
computador. Por exemplo, talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou copiá-los
para uma mídia removível (como CDs ou cartões de memória) a fim de compartilhar com outra
pessoa.
A maioria das pessoas copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar.
Comece abrindo a pasta que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em uma
janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o item. Posicione as janelas lado a lado
na Área de Trabalho para ver o conteúdo de ambas.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta para a segunda. Isso é tudo.

Para copiar ou mover um arquivo, arraste-o de uma janela para outra

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Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e,
outras vezes, ele é movido. Se você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão no
mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas cópias do mesmo arquivo ou pasta
não sejam criadas no mesmo local. Se você estiver arrastando o item para um pasta que esteja
em outro local (como um local de rede) ou para uma mídia removível (como um CD), o item
será copiado.
A maneira mais fácil de organizar duas janelas na Área de Trabalho é usar a função Aero Snap
(ou Ajustar).
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma biblioteca, ele será armazenado no
local de salvamento padrão da biblioteca. Para saber como personalizar o local de salvamento
padrão de uma biblioteca.
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-o da lista de arquivos para uma pasta
ou biblioteca no painel de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas distintas.

Arquivos e Extensões

Uma extensão de nome de arquivo é um conjunto de caracteres que ajuda Windows a entender
qual tipo de informação está em um arquivo e qual programa deve abri-lo. Ela é chamada de
extensão porque aparece no final do nome do arquivo, após um ponto. No nome de arquivo
meuarquivo.txt, a extensão é txt. Ela diz ao Windows que esse é um arquivo de texto que pode
ser aberto por programas associados a essa extensão, como WordPad ou Bloco de Notas.
Extensões de arquivos mais comuns:
Adobe Reader: *.pdf
Aplicativos Office: *.doc, *.docx, *.mdb, *.pps, *.ppt, *.pptx, *.xls, *.xlsx
Áudio e Vídeo: *.avi, *.mov, *.mp3, *.mp4, *.mpeg, *.wma, *.wmv
Backup: *.bak, *.bkf
Comprimidos / Zipados: *.rar, *.zip
E-mail: *.eml, *.msg, *.pst
Executáveis: *.bat, *.cmd, *.com, *.exe, *.msi
Fontes: *.ttf, *.otf
Imagem: *.bmp, *.jpg, *.jpeg, *.png, *.tif
Páginas Web: *.asp, *.htm, *.html, *.mht
Wordpad e Bloco de notas: *.rtf, *.txt

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Caracteres não Permitidos para Arquivos e Pastas
Caracteres relacionados a caminhos: | \ / : “
Caracteres curingas: * ?
Caracteres outros: < >

Criando, Renomeando e Excluindo Arquivos


O modo mais comum de criar novos arquivos é usando um programa. Por exemplo, você pode
criar um documento de texto em um programa de processamento de texto ou um arquivo de
filme em um programa de edição de vídeos.
Alguns programas criam um arquivo no momento em que são abertos. Quando você abre o
WordPad, por exemplo, ele inicia com uma página em branco. Isso representa um arquivo vazio
(e não salvo). Comece a digitar e quando estiver pronto para salvar o trabalho, clique no botão
Salvar . Na caixa de diálogo exibida, digite um nome de arquivo que o ajudará a localizar o
arquivo novamente no futuro e clique em Salvar.
Por padrão, a maioria dos programas salva arquivos em pastas comuns, como Meus Documentos
e Minhas Imagens, o que facilita a localização dos arquivos na próxima vez.
Se você criou o arquivo com o nome errado e deseja corrigir, pode fazer isso de pelo menos três
formas diferentes. Para todas as opções, será necessário localizar o arquivo na pasta onde ele
foi gravado. Uma das opções é clicar no arquivo com o botão da direita do mouse e escolher
a opção Renomear. Se preferir, selecione o arquivo e pressione a tecla F2 no teclado, ou
selecione o arquivo e clique novamente sobre ele com o mouse. Diferentemente do Windows
XP, no Windows 7, o sistema operacional sugere que você altere somente o nome do arquivo, e
mantenha a mesma extensão.

Abrindo um Arquivo Existente


Para abrir um arquivo, clique duas vezes nele. Em geral, o arquivo é aberto no programa que
você usou para criá-lo ou alterá-lo. Por exemplo, um arquivo de texto será aberto no seu
programa de processamento de texto.
Mas nem sempre é o caso. O clique duplo em um arquivo de imagem, por exemplo, costuma
abrir um visualizador de imagens. Para alterar a imagem, você precisa usar um programa
diferente. Clique com o botão direito do mouse no arquivo, clique em “Abrir com” e no nome
do programa que deseja usar.

Ferramentas do Sistema

As ferramentas do sistema podem ser localizadas diretamente através da opção Pesquisar ao


clicando no Menu Iniciar, Todos os Programas, Acessórios, Ferramentas do Sistema.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Limpeza de Disco
A Limpeza de Disco é uma forma conveniente de excluir arquivos que não são mais necessários
e liberar espaço no disco rígido do computador. Para liberar espaço no disco rígido, a Limpeza
de Disco localiza e remove arquivos temporários no computador quando você decide que não
os quer mais. Agendar a Limpeza de Disco para que seja executada regularmente evita que
você precise se lembrar de fazer isso.
Essa ferramenta só permite que você exclua arquivos que não sejam fundamentais para o
sistema operacional. Em termos gerais, você pode selecionar todas as opções apresentadas.
Observe que no topo aparece a quantidade de espaço em disco que pode ser liberada.

Com a Limpeza de Disco, também é possível entrar na ferramenta para desinstalação de


programas instalados ou limpar os pontos de restauração antigos, mantendo sempre o mais
recente.

Desfragmentador de Disco
Desfragmentação de Disco é o processo de consolidação de dados fragmentados em um volume
(como um disco rígido ou um dispositivo de armazenamento removível) para que ele funcione
de forma mais eficiente.
A fragmentação ocorre em um volume ao longo do tempo à medida que você salva, altera
ou exclui arquivos. As alterações que você salva em um arquivo geralmente são armazenadas
em um local do volume diferente do arquivo original. Isso não muda o local em que o arquivo
aparece no Windows — apenas o local em que os pedaços de informações que compõem o
arquivo são armazenados no volume em si. Com o tempo, tanto o arquivo quanto o volume
em si se tornam fragmentados, e o computador fica mais lento por ter que procurar em locais
diferentes para abrir um único arquivo.
O Desfragmentador de Disco é uma ferramenta que reorganiza os dados no volume e reúne
dados fragmentados para que o computador trabalhe de forma mais eficiente. É executado

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por agendamento para que você não tenha que se lembrar de executá-lo, embora ainda seja
possível executá-lo manualmente ou alterar o agendamento usado.

A tela acima representa o agendamento padrão (todas quartas-feiras à 01 hora). Na interface


gráfica não há uma indicação se é necessário ou não rodar a ferramenta. A recomendação é de
executar o desfragmentador se o índice de fragmentação for superior a 10%.

Firewall do Windows
Firewall é um software ou hardware que verifica informações vindas da Internet ou de uma
rede, rejeitando-as ou permitindo que elas passem e entrem no seu computador, dependendo
das configurações definidas. Com isso, o firewall pode ajudar a impedir o acesso de hackers e
software mal-intencionado ao seu computador.
O Firewall do Windows vem incorporado ao Windows e é ativado automaticamente.

Como funciona um firewall

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Se você executar um programa como o de mensagens instantâneas (Windows Live Messenger)


ou um jogo em rede com vários participantes que precise receber informações da Internet ou de
uma rede, o firewall perguntará se você deseja bloquear ou desbloquear (permitir) a conexão.
Se você optar por desbloquear a conexão, o Firewall do Windows criará uma exceção para que
você não se preocupe com o firewall quando esse programa precisar receber informações no
futuro.

Agendador de Tarefas
Agenda a execução automática de programas ou outras tarefas. Se você costuma usar um
determinado programa regularmente, poderá usar o Assistente de Agendador de Tarefas para
criar uma tarefa que abre o programa para você automaticamente de acordo com a agenda que
você escolher. Por exemplo, se você usa um programa financeiro em um determinado dia de
cada mês, poderá agendar uma tarefa que abra o programa automaticamente para que você
não corra o risco de esquecer.
Você deve estar com logon de administrador para executar essas etapas. Se não tiver efetuado
logon como administrador, você só poderá alterar as configurações que se aplicarem à sua
conta de usuário.

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Pontos de Restauração
O ponto de restauração é uma representação de um estado armazenado dos arquivos do
sistema de seu computador. Você pode usar um ponto de restauração para restaurar arquivos
do sistema do computador para um ponto anterior no tempo. Os pontos de restauração são
criados automaticamente pela Restauração do Sistema semanalmente e quando a Restauração
do Sistema detecta o começo de uma alteração no computador, como ao instalar um programa
ou driver.
Os backups de imagem do sistema armazenados em discos rígidos também podem ser usados
para Restauração do Sistema, assim como os pontos de restauração criados pela proteção do
sistema. Mesmo que os backups de imagem do sistema tenham seus arquivos de sistema e
dados pessoais, os seus arquivos de dados não serão afetados pela Restauração do Sistema.

A Restauração do Sistema pode ser configurada clicando no Menu Iniciar, Painel de Controle,
Sistema, Proteção do Sistema e envolve também a funcionalidade chamada Versões Anteriores
dos Arquivos.

Instalação de Programas

A maneira como você adiciona um programa depende de onde estão localizados os arquivos
de instalação do programa. Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD, da
Internet ou de uma rede.
Para instalar um programa de um CD ou DVD, insira o disco no computador e siga as instruções
na tela. Se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação,
digite a senha ou forneça a confirmação.
Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um assistente de instalação do programa
automaticamente. Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será exibida e você
poderá optar por executar o assistente.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Se um programa não iniciar a instalação automaticamente, consulte as informações que


o acompanham. Elas provavelmente fornecerão instruções para instalar o programa
manualmente. Se não conseguir acessar as informações, você poderá navegar pelo disco e abrir
o arquivo de instalação do programa, normalmente chamado de Setup.exe ou Install.exe.
Para instalar um programa da Internet, no navegador da Web, clique no link do programa. Para
instalar o programa imediatamente, clique em Abrir ou Executar e siga as instruções na tela. Se
você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a senha
ou forneça a confirmação.
Para instalar o programa mais tarde, clique em Salvar e baixe o arquivo de instalação para o
computador. Quando estiver pronto para instalar o programa, clique duas vezes no arquivo e
siga as instruções na tela. Essa é uma opção mais segura, pois você pode verificar se há vírus no
arquivo de instalação antes de continuar.
Para desinstalar um programa utilize o ícone “Programas e recursos” do Painel de Controle.
Selecione o programa e clique na opção “Desinstalar”.
Observação: Ao baixar e instalar programas da Internet, assegure-se de que confia no
fornecedor do programa e no site que o está oferecendo.

Introdução à Impressão
Você pode imprimir praticamente qualquer coisa no Windows: documentos, imagens, páginas
da Web ou emails.

O que é DPI?
DPI (Dots per Inch, pontos por polegada) é uma medida de resolução de uma impressora. O
DPI determina a nitidez e o detalhamento do documento ou da imagem. É um dos pontos
importantes a serem avaliados ao comprar uma nova impressora.

Impressoras a Jato de Tinta


As impressoras a jato de tinta respingam pontos de tinta sobre a página para reproduzir texto
e imagens. Esse tipo de impressora é muito popular por ser relativamente barato. Há ainda
muitos outros modelos disponíveis, incluindo os criados especificamente para a impressão de
fotos coloridas.
E as desvantagens? As impressoras a jato de tinta são mais lentas (medição em páginas por
minuto) do que as impressoras a laser e exigem substituição regular do cartucho de tinta.

Impressora a jato de tinta

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Impressoras a Laser
As impressoras a laser usam toner, uma substância fina em pó, para reproduzir texto e
elementos gráficos. Elas podem imprimir em preto e branco ou colorido, embora os modelos
coloridos sejam geralmente mais caros. Uma impressora a laser que imprime apenas em preto
e branco pode ser chamada de impressora monocromática.
As impressoras a laser geralmente têm bandejas de papel maiores do que as impressoras a
jato de tinta, de modo que não é preciso adicionar papel com tanta frequência. Elas também
imprimem mais rápido (mais páginas por minuto) do que a maioria das impressoras a jato de
tinta. Além disso, os cartuchos de toner de impressoras a laser normalmente duram mais.
Dependendo do seu volume de impressão, pode ser mais econômico comprar uma impressora
a laser.

Impressora a laser

Impressoras Multifuncionais
Uma das categorias de maior crescimento entre as impressoras é a Multifuncional (MFP),
também chamadas de impressoras tudo em um (AIO – All in one). Como o nome já diz, são
dispositivos que fazem tudo: imprimem, digitalizam fotos, fazem fotocópias e até mesmo
enviam fax.
Qual é a diferença entre AIO e MFP? Normalmente, nenhuma. Porém, alguns dispositivos
vendidos como impressoras multifuncionais são maiores e criados para uso em escritórios.
Independentemente disso, o apelo comercial dos modelos multifuncionais é a conveniência.
Operações que normalmente exigiam três equipamentos agora podem ser feitas em apenas
um. Outra vantagem: alguns recursos, como a fotocópia, não exigem uma conexão com um
computador.

Multifuncional

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Conectando a sua Impressora


As impressoras são feitas para serem conectadas a um computador executando o Windows
de maneiras diferentes, dependendo do modelo e de estarem sendo usadas em ambiente
doméstico ou comercial.
Estes são alguns dos tipos de conexão mais comuns:

Impressoras com Fio


Estes dispositivos se conectam por meio de um cabo e uma porta no computador.
A maioria das impressoras domésticas possui um conector USB, embora alguns modelos
antigos se conectem a portas paralelas ou seriais. Em um computador comum, a porta paralela
normalmente é indicada por “LPT1” ou por um pequeno ícone de impressora.
Quando você conecta uma impressora USB, o Windows tenta identificá-la e instalar o software
(chamado de driver) automaticamente para que ela funcione com seu computador.
O Windows foi projetado para reconhecer centenas de impressoras automaticamente.
Entretanto, você deve sempre consultar as instruções que acompanham a sua impressora;
algumas impressoras exigem a instalação de software do fabricante antes de serem conectadas.

Impressoras sem Fio


Uma impressora sem fio se conecta a um computador usando ondas de rádio através da
tecnologia Bluetooth ou Wi-Fi.
Para conectar uma impressora Bluetooth, pode ser necessário adicionar um adaptador
Bluetooth ao computador. A maioria dos adaptadores Bluetooth se conecta a uma porta USB.
Quando você conecta o adaptador e liga a impressora Bluetooth, o Windows tenta instalá-la
automaticamente ou pede que você a instale. Se o Windows não detectar a impressora, você
poderá adicioná-la manualmente.

Impressoras Locais X Impressoras de Rede


Uma impressora que se conecta diretamente a um computador é chamada de impressora
local. Enquanto a que se conecta diretamente a uma rede como um dispositivo autônomo é
chamada, naturalmente, de impressora de rede.

Imprimindo no Windows
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O método escolhido depende do que
você quer imprimir.

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Escolhendo Opções de Impressão
Frente e verso ou somente um lado. Monocromático ou colorido. Orientação paisagem ou
retrato. Essas são apenas algumas das opções disponíveis ao imprimir.
A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo Imprimir, que você pode acessar no menu
Arquivo em quase todos os programas.

A caixa de diálogo Imprimir no WordPad

As opções disponíveis e também como elas são selecionadas no Windows dependem do


modelo da impressora e do programa utilizado. Para obter informações específicas, consulte
a documentação que acompanha a impressora ou o software. (Para acessar algumas opções,
talvez você precise clicar em um link ou botão chamado “Preferências”, “Propriedades” ou
“Opções Avançadas” na caixa de diálogo Imprimir.)
Aqui está uma lista das opções de impressão mais comuns e o que elas significam:
•• Seleção da impressora. A lista de impressoras disponíveis. Em alguns casos, também é
possível enviar documentos como fax ou salvá-los como documentos XPS.
•• Intervalo de páginas. Use vírgulas ou hifens para selecionar páginas ou um intervalo
específico de páginas. Por exemplo, digite 1, 4, 20-23 para imprimir as páginas 1, 4, 20, 21,
22 e 23.
A opção Seleção imprime apenas o texto ou os elementos gráficos selecionados em um
documento. Página Atual imprime apenas a página atualmente exibida.
•• Número de cópias. Imprima mais de uma cópia do documento, imagem ou arquivo. Marque
a caixa de seleção Agrupar para imprimir todo o documento antes de passar para a próxima
cópia.
•• Orientação da página. Também chamada de layout da página. Escolha entre uma página na
vertical (Retrato) ou uma página na horizontal (Paisagem).
•• Tamanho do papel. Selecione tamanhos de papel diferentes.
•• Saída ou fonte de papel. Também chamada de destino de saída ou bandeja de papel.
Selecione uma bandeja de papel. Isso é principalmente útil se você carregar cada bandeja
com um tamanho de papel diferente.
•• Impressão em frente e verso. Também chamada de impressão duplex ou dos dois lados.
Selecione essa opção para imprimir nos dois lados de uma folha.
•• Imprimir em cores. Escolha entre impressão preto e branco e colorida.

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Gerenciando Dispositivos e Impressoras


Quando você quiser visualizar todos os dispositivos conectados ao seu computador, usar
um deles ou solucionar o problema de um que não esteja funcionando corretamente, abra
Dispositivos e Impressoras.
Em Dispositivos e Impressoras, você pode realizar várias tarefas que variam de acordo com o
dispositivo. Estas são as principais tarefas que você pode realizar:
•• Adicionar uma impressora ou dispositivo de rede ou sem fio ao computador.
•• Visualizar todos os dispositivos e impressoras externos conectados ao computador.
•• Verificar se um determinado dispositivo está funcionando corretamente.
•• Visualizar informações sobre os seus dispositivos, como marca, modelo e fabricante,
incluindo informações detalhadas sobre os recursos de sincronização de um celular ou
outro dispositivo móvel.
•• Realizar tarefas com um dispositivo.

Gerenciando Documentos Esperando a Impressão


Quando você imprime um documento, ele segue para a fila de impressão, onde é possível exibir,
pausar e cancelar a impressão, além de outras tarefas de gerenciamento. A fila de impressão
mostra o que está sendo impresso e o que está aguardando para ser impresso. Ela também
fornece informações úteis como o status da impressão, quem está imprimindo o que e quantas
páginas ainda faltam.

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A fila de impressão

Configurações Básicas do Windows

Neste tópico trabalharemos com as configurações de Resolução de Tela, Cores, Fontes,


Aparência, Segundo plano, Protetor de Tela. Todas estas funções podem ser acessadas pelos
menos de duas formas diferentes. Clicando com o botão da direita do mouse sobre uma
área vazia da área de Trabalho, Personalizar ou no Painel de Controle, Categoria Aparência e
Personalização, Personalização.

Resolução de Tela
Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens são exibidos na tela. Em
resoluções mais altas, como 1600 x 1200 pixels, os itens parecem mais nítidos. Também
parecem menores, para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais baixas, como
800 x 600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que seu monitor oferece suporte.
Os monitores CRT normalmente têm resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam
bem em resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de monitores de tela plana)
e telas de laptop geralmente oferecem suporte a resoluções mais altas e funcionam melhor em
uma resolução específica.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a que ele oferece suporte. Poder ou
não aumentar a resolução da tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo
de placa de vídeo instalada.

Temas (Cores, Sons, Segundo Plano e Proteção de Tela)


Você pode alterar a cor das molduras da janela, o Menu Iniciar, a Barra de Tarefas e muito mais.
Um tema é uma combinação de imagens, cores e sons em seu computador. Ele inclui um plano
de fundo de Área de Trabalho, uma proteção de tela, uma cor de borda de janela e um esquema
de som. Alguns temas podem também incluir ícones de Área de Trabalho e ponteiros de mouse.
Quando clica em um tema novo, você altera a combinação de imagens, cores e sons em seu
computador. Cada tema pode inclui uma cor de janela diferente.

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Painel de Controle

Você pode usar o Painel de Controle para alterar as configurações


do Windows. Essas configurações controlam quase tudo a respeito
do visual e do funcionamento do Windows, e você pode usá-las
para configurar o Windows da melhor forma para você. Existem
duas formas de visualizar os ícones: Por categoria ou por Ícones, e estes podem ser grandes ou
pequenos. A quantidade de ícones varia de computador para computador, pois depende dos
programas instalados. Em termos gerais, há entre 40 e 50 ícones, e estes são distribuídos em
8 categorias: Sistema e Segurança, Rede e Internet, Hardware e Sons, Programas, Contas de
Usuário, Aparência e Personalização, Facilidade de Acesso e Relógio Idioma e Região.

Principais Ícones do Painel de Controle


Backup e Restauração – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar, Todos os Programas, Acessórios,
Ferramentas do Sistema e escolher a opção “Backup”. Utilizado para criar os backups e fazer as
restaurações. A ferramenta permite fazer dois tipos de backups: Arquivos e pastas específicos
ou Cópia de todo o Sistema Operacional.
Barra de Tarefas e Menu Iniciar – Função idêntica a clicar com botão da direita na Barra de
Tarefas e escolher a opção “Propriedades”. Neste item, é possível alterar as configurações da
Barra de Tarefas e do Menu Iniciar, conteúdo já abordado nesta apostila.
* Central de Ações – Função idêntica a clicar na “bandeirinha” da Área de Notificação e escolher
“Abrir Central de Ações”. Esse ícone ativa a ferramenta que o Windows utiliza para notificar ao
usuário eventuais problemas e sugerir configurações de segurança e manutenção.

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* Central de Facilidade de Acesso – Apresenta as ferramentas de acessibilidade como: Lupa,
Teclado Virtual, Narrador e Configuração de Alto Contraste. Também aparecem opções para
ajustar a configuração do vídeo, mouse e teclado para usuários com dificuldades motoras ou
visuais.
* Central de Rede e Compartilhamento – Utilizado para realizar as configurações de rede com
fio, rede sem fio (Wireless), e ativar o compartilhamento de recursos em uma rede.
** Contas de Usuários – Tem duas principais funções: Gerenciar as contas dos usuários e
Configurar o UAC (Controle de Conta de Usuário). O gerenciamento de usuários, permite, entre
outras coisas, a criação de novos usuários (Padrão ou Administrador), Alteração da figura do
usuário que aparece na Tela de Boas Vindas e Alteração ou criação da Senha. UAC é uma nova
funcionalidade do Windows 7 (não existia no Windows XP) que notificará antes que sejam feitas
alterações no computador que exijam uma permissão no nível de administrador. A configuração
de UAC padrão o notificará quando programas tentarem fazer alterações no computador, mas
você pode alterar a frequência com que o UAC o notifica. Existem quatro níveis de configuração,
de baixo para cima (na tela de configuração), a segurança vai aumentando. A primeira desativa
a funcionalidade do UAC; a segunda irá notificar o usuário quando um programa tentar fazer
alguma alteração, sem deixar a Área de Trabalho bloqueada; a terceira é a configuração padrão,
também notifica sobre alterações e bloqueia a Área de Trabalho quando houver solicitação
de consentimento. A quarta e última configuração notifica o usuário para qualquer alteração
sugerida por programas ou pelo próprio usuário.
Data e Hora – Função idêntica a clicar no relógio na Área de Notificação e escolher a opção
“Alterar configurações de data e hora”. É possível alterar a data e hora do Windows, ajustar
o fuso horário, configurar se o computador irá modificar o relógio automaticamente para o
horário de verão e incluir relógios adicionais para outros fusos horários. Não há opção para
ocultar o relógio.
Dispositivos e Impressoras – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção
“Dispositivos e Impressoras”. Item discutido anteriormente nessa apostila.
Firewall do Windows – Utilizado para gerenciar o Firewall do Windows. Item discutido
anteriormente nessa apostila.
Fontes – Permite incluir ou remover fontes do Windows. Item discutido anteriormente nessa
apostila.
Gadgets da Área de Trabalho – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Trabalho e escolher a opção “Gadgets”. Permite incluir novos Gadgets que já estão instalados
ou fazer download de novos.
Gerenciador de Credenciais – Permite salvar ou excluir senhas previamente salvas. As senhas
são salvas em um “cofre” e isso facilita a acesso a sites que exigem senha. A senha pode ser
gravada e toda vez que for feito acesso ao site, o usuário não precisará digitá-las novamente,
pois o Windows irá apresentar as credenciais gravadas no cofre.
* Gerenciador de Dispositivos – Com esse ícone é possível visualizar e alterar os componentes
de hardware instalados no computador. As impressoras são os únicos equipamentos que não
aparecerem nesta ferramenta.

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Informática – Windows 7 – Prof. Márcio Hunecke

Ícones da Área de Notificação – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Notificação e escolher a opção Propriedades. Item discutido anteriormente nessa apostila.
* Informações e Ferramentas de Desempenho - Permite verificar o Índice de Experiência do
Windows. É uma nota atribuída ao computador baseado na configuração do hardware. A nota
vai de 1,0 até 7,9). A nota geral é sempre baseada na menor nota dos 5 componentes.
Mouse – Permite alterar algumas configurações do mouse, como inverter os botões, definir a
velocidade para o duplo clique, escolher a função da Roda (Scroll) entre outras.
* Opções da Internet – Função idêntica a clicar em Ferramentas e escolher a Opções de Internet
dentro do Internet Explorer. Os detalhes são abordados no conteúdo relacionado ao Internet
Explorer.
* Opções de Energia – Apresenta ao usuário as opções para gerenciamento de energia e
também opções em relação à bateria para notebooks. O Windows traz três planos de energia,
Equilibrado (padrão), Economia de energia e Alto desempenho (vem oculto). Em cada um destes
planos existem inúmeras configurações, como: Esmaecer vídeo (somente notebooks), Desligar
vídeo, Suspender atividade do computador e Ajustar brilho do plano (somente notebooks).
Opções de Indexação – Traz opções de configuração do Pesquisar (Windows Search) para incluir
outros locais e novos tipos de arquivos a serem indexados e então, trazer mais rapidamente os
resultados das pesquisas do Windows.
Opções de Pasta – Função idêntica a clicar Organizar e escolher a opção “Opções de pasta e
pesquisa” no Windows Explorer. Neste item podemos fazer diversas configurações no Windows
Explorer. As mais comuns são utilizadas na guia “Modo de Exibição” e são elas: “Ocultar as
extensões dos tipos de arquivos conhecidos” e “Mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas”.
* Personalização – Permite alteração nas configurações da Área de Trabalho como Temas, Plano
de Fundo, Proteção de Tela, Ícones da Área de Trabalho entre outros.
** Programas e Recursos – Esse ícone possibilita a ativação ou desativação do componentes
no Windows e a desinstalação de programas instalados. Por exemplo, o Internet Explorer que
vem com o Windows 7 é um componente, e não um programa. Desta forma, para retirá-lo do
computador é necessário desativar o recurso Internet Explorer.
* Programas Padrão – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção “Programas
Padrão”. Utilizado para escolher o programa que irá ser utilizado, quando um documento ou
link for aberto. Por exemplo, ao clicar em um arquivo com e extensão .doc, pode-se definir o
Microsoft Word ou o BrOffice Writer para abrir esse arquivo.
* Recuperação – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar, Todos os Programas, Acessórios,
Ferramentas do Sistema e escolher a opção “Restauração do Sistema”. Utilizado para solucionar
diversos problemas do sistema, permitindo restaurar o computador a um estado anterior.
* Região e Idioma – Permite configurar formato de data, hora e moeda e configuração do layout
do teclado (configurar o teclado com ou sem a letra Ç).
** Sistema – Ícone bastante importante pois traz várias informações. Permite identificar
a edição do Windows 7 (Started, Home Basic entre outras e o tipo de sistema: 32bits ou 64
bits), permite identificar se o computador pertence à uma rede corporativa ou rede doméstica
(domínio ou grupo de trabalho), traz informações sobre a quantidade de memória RAM e o

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nome do processador. Nesse ícone também temos acesso ao “Gerenciador de Dispositivos”
(traz uma lista de todos os componentes de hardware instalados no computador), ou
“Configurações remotas” (local onde se configura a Assistência Remota e Área de Trabalho
Remota, configurações que definem se o acesso remoto será permitido ou não e os usuários
que terão acesso), “Proteção do sistema” (gerenciamento das configurações da Recuperação
do Sistema, abordado anteriormente nesta apostila) e “Configurações Avançadas do sistema”
(onde existem configurações relacionadas à Desempenho, Perfis do Usuário e Inicialização e
Recuperação).
Soluções de Problemas – Permite verificar a funcionalidade de “Programas”, “Hardware e
Sons”, “Rede e Internet” e “Sistema e Segurança”. Para cada um destes 4 componentes existem
assistentes que irão conduzir o usuário para testar os itens relacionados.
Som – Ícone bem simples que contém apenas informações sobre os dispositivos de áudio e
permite testar o alto-falante e o microfone.
Teclado – Permite ajustar configurações relacionadas ao teclado como o tratamento para
repetições de caracteres, e a intermitência com que o cursor fica piscando. Não é neste ícone
que se altera o layout do teclado, isso é feito no ícone “Região e Idioma”.
Telefone e Modem – Mostra os modens instalados no computador e permite definir o código
de área (051 para Porto Alegre) e outras regras de discagem (tecla para discagem externa e
outros).
Vídeo – Traz a opção de aumentar o tamanho de todos os itens da Área de Trabalho de 100%
para 125% e eventualmente 150%. Também apresenta atalhos para os itens “Ajustar resolução”,
“Calibrar a cor”, “Alterar configurações de vídeo” e “Ajustar texto ClearType”.
* Windows Defender – O Windows 7 já vem com uma ferramenta de anti-spyware instalada,
que se chama Windows Defender. Nesse ícone podemos fazer as configurações da ferramenta.
* Windows Update – O Windows Update é o nome do processo de atualização do sistema
operacional, Nesse ícone, pode-se ativar ou desativar a instalação das atualizações e também
definir a agenda de instalação das mesmas.

1596 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

O SISTEMA OPERACIONAL GNU/LINUX

Características Gerais

O Linux surgiu por meio do Projeto GNU (GNU’s Not Unix) e é


regido pelo sistema de licenciamento GPL (General Public License).
O sistema operacional Linux é composto por duas partes principais:
Kernel – O kernel é o “núcleo” do sistema e é responsável pelas
funções de mais baixo nível, como o gerenciamento de memória,
de processos e da CPU. O kernel também é o responsável pelo
suporte aos sistemas de arquivos, dispositivos e periféricos
conectados ao computador, como placas SCSI, placas de rede,
de som, portas seriais, etc. Embora o kernel seja uma parte
importante do Linux, ele sozinho não constitui o sistema
GNU/Linux. É chamado Linux o conjunto do kernel e demais
programas, como shells, compiladores, bibliotecas de funções, etc.
Aplicações de Sistema – O kernel faz muito pouco sozinho, uma vez que ele só provê os recursos
necessários para que outros programas sejam executados. Logo, é essencial a utilização de
outros programas (chamamos de PACOTES) para implementar os vários serviços necessários ao
sistema operacional. As aplicações de sistemas são aquelas necessárias para fazer com que o
sistema funcione. Entre elas podemos citar o Samba, Apache, Bind, Postfix, Lilo, Grub, Putty,
Shell, Vi.
Uma distribuição LINUX consiste na organização do Kernel do programa e de todas as demais
aplicações que ela comporta.
Muitas destas versões são “não comerciais” (gratuitas) e outras são comerciais (pagas). Mas
todas elas têm o código fonte aberto.
Dentre as versões mais conhecidas, podemos citar:
•• Red Hat (suporte é pago e é a mais usada mundialmente em servidores)
•• Fedora (versão não comercial do Red Hat voltado para estações de trabalho)
•• CentOS (versão não comercial do Red Hat voltado para servidores)
•• Ubuntu (mais utilizada em estações de trabalho)
•• Android (desenvolvido pelo Google e voltado para dispositivos móveis)

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•• Mandriva (= Conectiva + Mandrake)
•• Kurumin (brasileira)
•• SuSE
•• Slackware
•• Debian
•• Gentoo

O ambiente gráfico

No Linux a responsabilidade pelo ambiente gráfico não é do kernel e sim de um programa


especial, o XFree86. No entanto, este programa provê apenas as funções de desenho de
elementos gráficos e interação com a placa de vídeo. A interação final do usuário com a interface
gráfica se dá por meio de programas gerenciadores de janelas (chamados de interfaces), como
o KDE, o WindowMaker X-Windows (X11) e o GNOME, responsáveis pela “aparência” do seu
Linux.

Comparativo Windows x Linux

Para compararmos os dois sistemas, vamos levar em consideração o Windows, em qualquer de


suas versões, e o Núcleo (Kernel) do sistema Operacional LINUX, já que existem várias versões
de distribuição no mercado, cada qual regida por suas próprias regras.

WINDOWS XP OU 7 LINUX
Proprietário Software Livre
Sistema Operacional Gráfico Sistema não Gráfico
Copyright CopyLeft – regido pela Licença GNU
Código Fechado Código Aberto
Software Comercial O Kernel não é comercial
Não diferencia maiúsculas e minúsculas Diferencia maiúsculas e minúsculas
Utiliza extensões para identificar tipo de Não precisa de extensões para identificar
arquivo tipo de arquivo
Sistema de Arquivos FAT e NTFS Sistema de Arquivos EXT2, EXT3* e
ReiserFS que suporta Journaling.
Identifica as partições e dispositivos com Identifica as partições e dispositivos com/
letras (C:, E:) (/bin, /Pendrive)

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Informática – Linux – Prof. Márcio Hunecke

Gerenciando Arquivos e Pastas do Linux

No Windows, temos uma estrutura baseada em letras identificando cada dispositivo,


geralmente da seguinte forma:
Arquivos do sistema: Residem em C: onde temos os diretórios: Meus Documentos, Arquivos de
Programas, etc.
“Drive de disco flexível 3,5”: É acessado em A:
Unidade de CD-ROM: É acessado geralmente em D:
O caminho até um arquivo é descrito, por exemplo, dessa forma: C:\Usuários\MarcioHunecke\
Documentos\arquivo.txt.
No GNU/Linux, não temos essa estrutura baseada em letras, mas sim baseada em pontos de
montagem.
Arquivos do sistema: A partição que contém esses arquivos é chamada de raiz e seu ponto
de montagem é o “/”. Numa estrutura padrão (aceitável para todas as versões) teríamos, pelo
menos, os seguintes diretórios:
•• /usr (de “user”) – onde fica a maior parte dos programas
•• /home – arquivos do usuário
•• /bin – armazena os executáveis de alguns comandos básicos do sistema
•• /sbin – armezena os executáveis que estão disponíveis somente para o root
•• /boot – armazena o Kernel (ou núcleo) do Sistema Operacional e os arquivos carregados
durante a inicialização do sistema.
•• /dev – armazena links para dispositivos de hardware (arquivos para placa de som,
interrupção do mouse, etc.) – semelhante ao Painel de Controle do Windows
•• /etc – Arquivos de configuração de sistema, tem a mesma função do Painel de Controle do
Windows.
•• /mnt (de “mount”) – serve de ponto de montagem para o CD-ROM (/mnt/cdrom), drive de
disquetes (/mnt/floppy)
•• /root – arquivos do usuário root

Nomes de Arquivos
Outra diferença importante para os usuários é o fato de os nomes dos arquivos no GNU/Linux
serem “case sensitive”, ou seja, as letras maiúsculas e minúsculas fazem diferença, por exemplo,
no GNU/Linux, posso ter os seguintes nomes de arquivos em um mesmo diretório:
# ls -1
teste
tesTE
TESTE
Uma última diferença diz respeito às extensões dos arquivos, que não são necessárias para
os arquivos no GNU/Linux. Enquanto no Windows, um arquivo nomeado “arquivo.exe” é um

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executável e um “texto.doc” é um documento de texto, no GNU/Linux podemos ter somente os
nomes “arquivo” e “texto”. Então como saber o tipo de arquivo se o mesmo não tem extensão?
A identificação dos arquivos é feita baseada no conteúdo do cabeçalho dos mesmos.
Nada impede que o usuário crie pastas na Raiz e armazene ali os seus arquivos, no entanto é
altamente recomendável que ele faça isso na pasta /home, evitando confusões desnecessárias.

Usuários no Linux
Tanto no Windows como no Linux, é necessário se autenticar no sistema com um usuário
válido, que podem ser nomes comuns, como Sérgio, Edgar e Pedro. Contudo, no Linux, existe
um usuário que se chama Root e que é o Administrador do Sistema, também chamado de
SuperUser (Super Usuário). Para facilitar o gerenciamento, os usuários podem ser organizados
em grupos, como RH, COMPRAS. No caso do Root, seu grupo por padrão é o Root.

Alguns Comandos do Linux


•• ls – (list) Utilizado para listar o conteúdo de um diretório
•• cp – (copy) Copia arquivos e diretórios
•• mv – (move) Move arquivos e diretórios (Cuidado com o renomear!!!)
•• rm – (remove) Apaga arquivos e diretórios
•• cd – (change directory) Troca de diretório
•• pwd – (print work directory) Mostra o diretório (Não confundir com passwd)
•• find – Procurar arquivos e diretórios
•• mkdir – (make directory) Cria diretórios
•• chown – (change owner) Troca o proprietário dos arquivos ou diretórios
•• chmod – (change mod) Troca as permissões dos arquivos e diretórios
•• cat – Cria, concatena ou imprime arquivos na tela
•• gzip e tar – Utilizado para compactar arquivos ou pastas
•• clear – Limpa a tela
•• chmod – (change mod) Troca as permissões dos arquivos e diretórios
•• useradd – Adiciona usuários
•• passwd – (password) Troca a senha
•• man – (manual) Páginas de manuais do Linux
•• kill – Encerra programa
•• touch – Altera a data de um arquivo. Se arquivo não existir, cria um arquivo vazio
•• grep – Permite fazer filtro em um arquivo texto ou log
•• tail – Mostra a parte inicial e final de um arquivo texto, respectivamente
•• diff – Compara dois arquivos, mostrando as diferenças
•• cut – Comando recortar
•• sort – Permite ordenar linhas em um arquivo texto
•• ifconfig – Apresenta configurações de rede
•• top – Similar ao Gerenciador de Tarefas do Windows
Observação: O Linux somente possui Lixeira quando é utilizado com interface gráfica.

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Informática

MICROSOFT WORD 2010

O Microsoft Word é um programa de processamento de texto, projetado para ajudá-lo a


criar documentos com qualidade profissional. Com as melhores ferramentas de formatação
de documento, o Word o ajuda a organizar e escrever seus documentos com mais eficiência.
Ele também inclui ferramentas avançadas de edição e revisão para que você possa colaborar
facilmente com outros usuários.

Janela Inicial do Word 2010

A nova interface de usuário do Office Fluent no Word 2010 parece muito diferente da interface
do usuário do Word 2003. Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa
de Opções e pelo modo de exibição Backstage. Para os novos usuários do Word, a interface é
muito intuitiva. Para os usuários do Word mais experientes, a interface requer um pouco de
reaprendizado.
A nova Faixa de Opções, um componente da interface do usuário do Office Fluent, agrupa suas
ferramentas por tarefa, e os comandos usados com mais frequência estão facilmente acessíveis.
No Word 2010, você pode até personalizar essa Faixa de Opções para que os comandos usados
com frequência fiquem juntos.

1. As guias são projetadas para serem orientadas a


tarefas.
2. Os grupos dentro de cada guia dividem uma tarefa
em subtarefas.
3. Os botões de comando em cada grupo executam
um comando ou exibem um menu de comandos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1601
A nova interface do usuário do Office Fluent orientada a resultados apresenta as ferramentas,
de uma forma clara e organizada, quando você precisa delas:
•• Economize tempo e faça mais com os recursos avançados do Word selecionando em
galerias de estilos predefinidos, formatos de tabela, formatos de lista, efeitos gráficos e
mais.
•• A interface do usuário do Office Fluent elimina o trabalho de adivinhação quando você
aplica formatação ao documento. As galerias de opções de formatação proporcionam
uma visualização dinâmica da formatação no documento antes de você confirmar uma
alteração.

Microsoft Office Backstage


A Faixa de Opções contém um conjunto de comandos de trabalho em um documento, enquanto
o modo de exibição do Microsoft Office Backstage é o conjunto de comandos que você usa para
fazer algo para um documento.
Abra um documento e clique na guia Arquivo para ver o modo de exibição Backstage. O
modo de exibição Backstage é onde você gerencia seus documentos e os dados relacionados
a eles – criar, salvar e enviar documentos, inspecionar documentos em busca de dados
ocultos ou informações pessoais, definir opções de ativação ou desativação de sugestões de
preenchimento automático, e muito mais.
A guia Arquivo substitui o Botão Microsoft Office (versão 2007) e o menu Arquivo usado nas
versões anteriores (2003, por exemplo) do Microsoft Office e está localizada no canto superior
esquerdo dos programas do Microsoft Office 2010.

Ao clicar na guia Arquivo, você vê muitos dos mesmos comandos básicos que via quando clicava
no Botão Microsoft Office ou no menu Arquivo nas versões anteriores do Microsoft Office.
Você encontrará Abrir, Salvar e Imprimir, bem como uma nova guia modo de exibição Backstage
chamada Salvar e Enviar, que oferece várias opções de compartilhamento e envio de
documentos.

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Salvar e Salvar Como


Você pode usar os comandos Salvar e Salvar Como para armazenar seu trabalho e pode ajustar
as configurações que o Microsoft Word usa para salvar os documentos.
Por exemplo, se o documento for para o seu uso pessoal e você nunca espera abri-lo em uma
versão anterior do Microsoft Word, você pode usar o comando Salvar.
Se você quiser compartilhar o documento com pessoas que usem um software diferente do
Microsoft Word 2010 ou do Microsoft Office Word 2007 ou se você planeja abrir o documento
em outro computador, será necessário escolher como e onde salvar o documento.

Se você salvar o documento no formato de arquivo padrão .docx, os usuários do Microsoft


Word 2003, Word 2002 e Word 2000 terão de instalar o Pacote de Compatibilidade do
Microsoft Office para Formatos de Arquivo Open XML do Word, Excel e PowerPoint para abrir
o documento. Como alternativa, você pode salvar o documento em um formato que possa ser
aberto diretamente nas versões anteriores do Word – mas a formatação e layout que dependem
dos novos recursos do Word 2010 podem não estar disponíveis na versão anterior do Word.

1. Clique na guia Arquivo.


2. Clique em Salvar Como.
3. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome do documento e clique em Salvar.
4. Na lista Salvar como tipo, clique em Documento do Word 97-2003 (Isso altera o formato do
arquivo para .doc).
5. Digite um nome para o documento e, em seguida, clique em Salvar.

Salvar um documento em formatos de arquivo alternativos


Se você estiver criando um documento para outras pessoas, poderá torná-lo legível e não
editável ou torná-lo legível e editável. Se quiser que um documento seja legível, mas não
editável, salve-o como arquivo PDF ou XPS ou salve-o como uma página da Web. Se quiser
que o documento seja legível e editável, mas preferir usar um formato de arquivo diferente de

www.acasadoconcurseiro.com.br 1603
.docx ou .doc, poderá usar formatos como texto simples (.txt), Formato Rich Text (.rtf), Texto
OpenDocument (.odt) e Microsoft Works (.wps).
PDF e XPS são formatos que as pessoas podem ler em uma variedade de softwares disponíveis.
Esses formatos preservam o layout de página do documento.
Páginas da Web: As páginas da Web são exibidas em um navegador da Web. Esse formato
não preserva o layout da página do seu documento. Quando alguém redimensionar a janela
do navegador, o layout do documento será alterado. Você pode salvar o documento como
uma página da Web convencional (formato HTML) ou como uma página da Web de arquivo
único (formato MHTML). Com o formato HTML, quaisquer arquivos de suporte (tais como
imagens) são armazenados em uma pasta separada que é associada ao documento. Com o
formato MHTML, todos os arquivos de suporte são armazenados junto com o documento em
um arquivo.

Abrir um novo documento e começar a digitar


1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.
3. Clique duas vezes em Documento em branco.

Iniciar um Documento de um Modelo (DOTX)

O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de documentos, incluindo
currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões de visita.
1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.
3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:
•• Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um modelo disponível em seu
computador.
•• Clique em um dos links no Office.com.
4. Clique duas vezes no modelo que você deseja.

1604 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Informações
A guia Informações exibirá comandos, propriedades e metadados diferentes, dependendo do
estado do documento e onde ele está armazenado. Os comandos da guia Informações pode
incluir Check-in, Check-out e Permissões.
Os comandos do modo de exibição Backstage serão realçados dependendo do quanto for
importante para o usuário notar e interagir com eles. Por exemplo, Permissões na guia
“Informações” é realçado em vermelho quando as permissões definidas no documento podem
limitar a edição.

Guia Página Inicial (Word 2010)


A Guia Página Inicial contempla várias ferramentas, que, em tese, são as mais utilizadas, dividida
em cinco grupos:
Fonte;
Área de Transferência;
Estilo;
Parágrafo;
Edição.

Área de Transferência
A Área de Transferência do Office permite que você colete texto e itens gráficos de qualquer
quantidade de documentos do Office ou outros programas para, em seguida, colá-los em
qualquer documento do Office. Por exemplo, você pode copiar parte do texto de um documento
do Microsoft Word, alguns dados do Microsoft Excel, uma lista com marcadores do Microsoft
PowerPoint ou texto do Microsoft Internet Explorer, voltando para o Word e organizando alguns
ou todos os itens coletados em seu documento do Word.
A Área de Transferência do Office funciona com os comandos Copiar e Colar padrão. Basta
copiar um item para a Área de Transferência do Office para adicioná-lo à sua coleção (24 itens).
Depois, cole-o em qualquer documento do Office a qualquer momento. Os itens coletados
permanecerão na Área de Transferência do Office até que você saia dele.

Você pode acessar os comandos de Recortar (CTRL + X), Copiar


(CTRL + C) e Colar (CTRL + V) no Grupo Área de Transferência
da guia Inicio.
Para acessar o painel da área de transferência clique, no canto
inferior direito do grupo Área de Transferência.

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1. Selecione o texto ou o gráfico que possui o formato que você deseja copiar.

Observação: Se quiser copiar a formatação de texto, selecione uma parte de um pa-


rágrafo. Se quiser copiar a formatação do texto e do parágrafo, selecione um parágrafo
inteiro, incluindo a marca de parágrafo (indicada com a opção ).

2. Na guia Página Inicial, no grupo Área de Transferência, clique em Pincel.


O ponteiro mudará para um ícone de pincel.

Observação: Clique duas vezes no botão Pincel se deseja alterar o formato de várias
seleções no seu documento.

3. Selecione o texto ou o gráfico que deseja formatar.


4. Para interromper a formatação, pressione ESC.

Fonte
A formatação de fontes poderá ser feita através do Grupo Fonte da guia Página Inicial no Word
2010.

Efeitos de Texto: Aplicar um efeito visual ao texto selecionado, como sombra, brilho ou
reflexo.
A maioria das formatações de fonte você encontrará no canto inferior direito do Grupo Fonte
por meio do iniciador da caixa de diálogo.

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Cuidado principalmente com os efeitos de subscrito/sobrescrito e de Caixa Alta (Versalete) e


TODAS EM MAIÚSCULAS, pois costumam cair em muitas provas.

Veja que são poucas as diferenças entre o Word 2003 e o 2010 na formatação de fonte, algumas
diferenças relevantes são as guias e especialmente os efeitos de texto que foram aprimorados.

Parágrafo

www.acasadoconcurseiro.com.br 1607
A caixa de diálogo Formatar Parágrafo permite personalizar o alinhamento, o recuo, o
espaçamento de linhas, as posições e as guias da parada de tabulação e as quebras de linha e
de parágrafo dentro dos parágrafos selecionados.

A guia “Recuos e Espaçamento” permite personalizar o alinhamento, o recuo e o espaçamento


de linha dos parágrafos selecionados.

Geral
Aqui você pode definir o alinhamento dos parágrafos:
À Esquerda: O caractere à extrema esquerda de cada linha é alinhado à margem esquerda e
a borda direita de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com
direção do texto da esquerda para a direita.
Centro: O centro de cada linha de texto é alinhado ao ponto médio das margens direita e
esquerda da caixa de texto e as bordas esquerda e direita de cada linha ficam irregulares.
À Direita: O caractere à extrema direita de cada linha é alinhado à margem direita e a borda
esquerda de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com direção
do texto da direita para a esquerda.
Justificado: O primeiro e o último caracteres de cada linha (exceto o último) são alinhados às
margens esquerda e direita e as linhas são preenchidas adicionando ou retirando espaço entre
as palavras e os caracteres. A última linha do parágrafo será alinhada à margem esquerda, se a
direção do texto for da esquerda para a direita, ou à margem direita, se a direção do texto for
da direita para a esquerda.

Recuo
O recuo determina a distância do parágrafo em relação às margens esquerda ou direita da caixa
de texto. Entre as margens, você pode aumentar ou diminuir o recuo de um parágrafo ou de
um grupo de parágrafos. Também pode criar um recuo negativo (também conhecido como

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

recuo para a esquerda), o que recuará o parágrafo em direção à margem esquerda, se a direção
do texto estiver definida como da esquerda para a direita, ou em direção à margem direita, se a
direção do texto estiver definida como da direita para a esquerda.
Margens e recuos são elementos diferentes dentro de um texto do Word. As margens
determinam a distância entre a borda do papel e o início ou final do documento. Já os recuos
determinam a configuração do parágrafo dentro das margens que foram estabelecidas para o
documento. Podemos determinar os recuos de um parágrafo através da régua horizontal ou do
grupo Parágrafo.
Existem, na régua, dois conjuntos de botões de recuo, um do lado direito, que marca o recuo
direito de parágrafo e outro do lado esquerdo (composto por três elementos bem distintos),
que marca o recuo esquerdo de parágrafo.
O deslocamento destes botões deve ser feito pelo clique do mouse seguido de arrasto. Seu
efeito será sobre o parágrafo onde o texto estiver posicionado ou sobre os parágrafos do texto
que estiver selecionado no momento.
Movendo-se o botão do recuo direito de parágrafo, todo limite direito do parágrafo será
alterado:

Já no recuo esquerdo é preciso tomar cuidado com as partes que compõem o botão. O Botão
do recuo esquerdo é composto por três elementos distintos:
•• Botão de Entrada de parágrafo ou recuo especial na 1º linha.
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, com exceção da 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, mantendo a relação entre a entrada do
parágrafo e as demais linhas.
Lembre-se que o deslocamento dos botões é válido para o parágrafo em que está posicionado
o cursor ou para os parágrafos do texto selecionado. Assim, primeiro seleciona-se o texto para
depois fazer o movimento com os botões de recuos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1609
Espaçamento entre Linhas
O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto
em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um
parágrafo. Quando você pressiona ENTER para começar um novo parágrafo, o espaçamento é
atribuído ao próximo parágrafo, mas você pode alterar as configurações de cada parágrafo.
No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos conjuntos de Estilos
Rápidos é de 1,15 entre linhas e 10 pontos após cada parágrafo. O espaçamento padrão em
documentos do Office Word 2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre
parágrafos.

1. Espaçamento entre linhas de 1,0 e nenhum espaço entre parágrafos.


2. Espaçamento entre linhas de 1,15 e 10 pontos após um parágrafo.

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento


1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o espaçamento entre linhas.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique em Espaçamento entre Linhas.

3. Siga um destes procedimentos:


•• Clique no número de espaçamentos entre linha que deseja.
Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o espaçamento
usado em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para obter um espaçamento
duplo no parágrafo selecionado. Clique em 1,15 para usar um espaçamento simples
com o espaçamento usado no Word 2010.
•• Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e selecione as opções desejadas
em Espaçamento. Consulte a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais
informações.

Opções de espaçamento entre as linhas


Simples: Essa opção acomoda a maior fonte nessa linha, além de uma quantidade extra de
espaço. A quantidade de espaço extra varia dependendo da fonte usada.
1,5 linha: Essa opção é uma vez e meia maior que o espaçamento de linha simples.
Duplo: Essa opção é duas vezes maior que o espaçamento de linha simples.
Pelo menos: Essa opção define o mínimo de espaçamento entre as linhas necessário para
acomodar a maior fonte ou gráfico na linha.
Exatamente: Essa opção define o espaçamento entre linhas fixo, expresso em pontos. Por
exemplo, se o texto estiver em uma fonte de 10 pontos, você poderá especificar 12 pontos
como o espaçamento entre linhas.
Múltiplos: Essa opção define o espaçamento entre linhas que pode ser expresso em números
maiores que 1. Por exemplo, definir o espaçamento entre linhas como 1,15 aumentará o espaço
em 15%, enquanto definir o espaçamento entre linhas como 3 aumentará o espaço em 300%
(espaçamento triplo).

Quebras de Linha e de PÁGINA


Esta guia permite controlar como as linhas em um parágrafo são formatadas em caixas de texto
vinculadas ou entre colunas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1611
Controle de linhas órfãs/viúvas As viúvas e órfãs são linhas de texto isoladas de um parágrafo
que são impressas na parte superior ou inferior de uma caixa de texto ou coluna. Você pode
escolher evitar a separação dessas linhas do restante do parágrafo.
•• Linha órfã: a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na folha anterior.
•• Linha viúva: a última linha de um parágrafo que fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo Essa caixa de seleção manterá um ou mais parágrafos selecionados
juntos em uma caixa de texto ou uma coluna.
Manter linhas juntas Essa caixa de seleção manterá as linhas de um parágrafo juntas em uma
caixa de texto ou uma coluna.
Quebrar página antes Esta opção insere uma quebra de página no parágrafo selecionado.

Tabulação
Para determinarmos o alinhamento do texto em relação ao tabulador, é preciso primeiro
selecionar o tipo de tabulador a partir do símbolo que existe no lado esquerdo da régua
horizontal.

Cada clique dado sobre este símbolo fará com que ele assuma uma das posições de alinhamento
que existem para tabuladores.

Determine a posição do tabulador antes de inseri-lo no texto. Após determinar o alinhamento


do tabulador, clique uma vez sobre o ponto da régua onde ele deverá aparecer.
Além dos tabuladores, existe ainda uma Barra, que pode ser colocada entre as colunas e as
posições de recuo esquerdo, que podem ser fixadas pela Régua Horizontal. Acrescenta uma
Barra no texto no ponto em que foi acionado. Nenhum efeito de tabulação ou marcação de
deslocamento é feito. Trata-se apenas de um elemento visual que pode ser inserido no texto do
Word (através dele pode-se criar, por exemplo, bordas que separam os diversos tabuladores).

Definir paradas de tabulação usando a caixa de diálogo Tabulações


Se você deseja que sua tabulação pare em posições precisas que não podem ser obtidas
clicando na régua, ou se deseja inserir um caractere específico (de preenchimento) antes da
tabulação, pode usar a caixa de diálogo Tabulações.
Para exibir a caixa de diálogo Tabulações, clique duas vezes em qualquer parada de tabulação
na régua ou faça o seguinte:

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

1. Clique duas vezes na régua ou clique na guia Layout


de Página, clique no Iniciador da Caixa de Diálogo
Parágrafo e clique em Tabulações.

2. Em Posição da parada de tabulação, digite o local onde


você deseja definir a parada de tabulação.

3. Em Alinhamento, clique no tipo de parada de tabulação


desejado.

4. Para adicionar pontos na parada de tabulação, ou para


adicionar outro tipo de preenchimento, clique na opção
desejada em Preenchimento.

5. Clique em Definir.

6. Repita as etapas de 2 a 5 para adicionar outra parada de


tabulação ou clique em OK.

Criar uma lista numerada ou com marcadores


Você pode adicionar com rapidez marcadores ou números a linhas de texto existentes, ou o
Word pode automaticamente criar listas à medida que você digita.
Por padrão, se você iniciar um parágrafo com um asterisco ou um número 1., o Word
reconhecerá que você está tentando iniciar uma lista numerada ou com marcadores. Se não
quiser que o texto se transforme em uma lista, clique no botão Opções de AutoCorreção
que aparece.

Listas: um ou vários níveis


Crie uma lista de apenas um nível ou uma lista de vários níveis para mostrar listas em uma lista.
Ao criar uma lista numerada ou com marcadores, você pode seguir um destes procedimentos:
•• Usar a Biblioteca de Marcadores e a Biblioteca de Numeração convenientes: Use os
formatos padrão de marcador e numeração para listas, personalize listas ou selecione
outros formatos na Biblioteca de Marcadores e na Biblioteca de Numeração.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1613
•• Formatar marcadores ou números: Formate marcadores ou números de maneira
diferente da usada no texto de uma lista. Por exemplo, clique em um número ou altere
a cor do número para a lista inteira, sem alterar o texto da lista.

•• Usar imagens ou símbolos: Crie uma lista com marcadores de imagens para tornar um
documento ou uma página da Web visualmente mais interessante.

Mover uma lista inteira para a esquerda ou direita

1. Clique em um marcador ou número na lista para realçá-la.


2. Arraste a lista para um novo local.
A lista inteira será movida à medida que você arrastar. Os níveis de numeração não são
alterados.

Transformar uma lista de um nível em uma lista de vários níveis


Você pode transformar uma lista existente em uma lista de vários níveis alterando o nível
hierárquico dos itens da lista.

1. Clique em um item que você deseja mover para um nível diferente.


2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique na seta ao lado de Marcadores ou
Numeração, clique em Alterar Nível da Lista e, em seguida, clique no nível desejado.

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Estilo

Um estilo é um conjunto de características de formatação, como nome da fonte, tamanho,


cor, alinhamento de parágrafo e espaçamento. Alguns estilos incluem até mesmo borda e
sombreamento.
Por exemplo, em vez de seguir três etapas separadas para formatar seu título como 16 pontos,
negrito, Cambria, você pode conseguir o mesmo resultado em uma única etapa aplicando o
estilo Título 1 incorporado. Não é preciso se lembrar das características do estilo Título 1. Para
cada rubrica no seu documento, basta clicar no título (você nem mesmo precisa selecionar
todo o texto) e clicar em Título 1 na galeria de estilos.

Se você decidir que quer subtítulos, use o estilo interno Título 2.

1. Os Estilos Rápidos da galeria de estilos foram criados para trabalhar juntos. Por exemplo, o
Estilo Rápido Título 2 foi criado para parecer subordinado ao Estilo Rápido Título 1.
2. O texto do corpo do seu documento é automaticamente formatado com o Estilo Rápido
Normal.
3. Estilos Rápidos podem ser aplicados a parágrafos, mas você também pode aplicá-los a
palavras individuais e caracteres. Por exemplo, você pode enfatizar uma frase aplicando o
Estilo Rápido Ênfase.
4. Quando você formata o texto como parte de uma lista, cada item da lista é automaticamente
formatado com o Estilo Rápido Lista de Parágrafos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1615
Se mais tarde você decidir que gostaria que os títulos tenham uma aparência diferente, altere
os estilos Título 1 e Título 2 e o Word atualizará automaticamente todas as suas instâncias no
documento. Você também pode aplicar um conjunto de Estilo Rápido diferente ou um tema
diferente para mudar a aparência dos títulos sem fazer alterações aos estilos.
Os estilos internos (Título 1, Título 2, etc) oferecem outros benefícios, também. Se você usar os
estilos internos de título, o Word poderá gerar uma tabela de conteúdos automaticamente. O
Word também usa os estilos internos de título para fazer a Estrutura do documento, que é um
recurso conveniente para mover-se através de documentos longos.

Edição
No Word 2010, com o Painel de Navegação, você pode localizar-se rapidamente em documentos
longos, reorganizar com facilidade seus documentos arrastando e soltando seções em vez de
copiar e colar além de localizar conteúdo usando a pesquisa incremental, para que não seja
preciso saber exatamente o que está procurando para localizá-lo.

No Word 2010 é possível:


•• Mover-se entre títulos no documento clicando nas partes do mapa do documento;
•• Recolher níveis da estrutura de tópicos para ocultar cabeçalhos aninhados, para que você
possa trabalhar facilmente com o mapa mesmo em documentos longos, profundamente
estruturados e complicados;
•• Digitar texto na caixa de pesquisa para encontrar o lugar instantaneamente;
•• Arrastar e soltar títulos no documento para reorganizar a estrutura. Você também pode
excluir, recortar ou copiar títulos e seu conteúdo;
•• Facilmente promover ou rebaixar um título específico, ou um título e todos os seus títulos
aninhados, para cima ou para baixo dentro da hierarquia;

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

•• Adicionar novos títulos ao documento para criar uma estrutura de tópicos básica ou inserir
novas seções sem ter que rolar o documento;
•• Ficar atento ao conteúdo editado por outras pessoas procurando os títulos que contêm um
indicador de coautoria;
•• Ver miniaturas de todas as páginas do documento e clicar nelas para me mover pelo
documento.

Localizar (CTRL + L)
Permite a localização de texto, fonte, tipo parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres
especiais.

Substituir (CTRL + U)
Substitui texto, fonte, parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres especiais.

Ir Para (Alt + CTRL + G)


Permite ir para uma determinada página, seção, linha, indicador, nota de rodapé, nota de fim,
tabela, etc.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1617
Guia Layout de Página

Formatar Colunas

Sempre que se formata um texto em colunas o próprio Word se


encarrega de colocar quebras de seções entre as partes que dividem o
documento. Na Guia Layout da Página, encontra-se a opção colunas.
Sua janela possibilita ao usuário modificar alguns dos critérios de
formatação das colunas, como a distância entre elas e o seu tamanho.

Configurar Página
A formatação de página define como ficará o documento ativo com relação ao tamanho da
folha e a posição do texto dentro dela (margens direita, esquerda, superior inferior, etc.).

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Alterar margens da página


As margens da página são o espaço em branco em volta das
bordas da página. Em geral, você insere texto e elementos
gráficos na área imprimível entre as margens. Quando você
alterar as margens de um documento de página, alterará o
local onde texto e gráficos aparecem em cada página.
Para configurar página no Word 2010:

1. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página,


clique em Margens. A galeria de Margens aparece.
2. Clique no tipo de margem que deseja aplicar.

Se o documento contiver várias seções, o tipo de margem novo só será aplicada à seção atual.
Se o documento contiver várias seções e você tiver várias seções selecionadas, o tipo da nova
margem será aplicada a cada seção que você escolheu.

Observação: Para alterar as margens padrão, depois de selecionar uma nova margem
clique em Margens Personalizadas e, em seguida, clique em Avançada. Na caixa de
diálogo Configurar Página, clique no botão Configurar Como Padrão. As novas confi-
gurações padrão serão salvas no modelo no qual o documento é baseado. Cada novo
documento baseado nesse modelo automaticamente usará as novas configurações de
margem.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1619
Guia Inserir

Cabeçalhos e Rodapés
Abrir Cabeçalhos e Rodapés
Use um dos três métodos:
•• Clique duas vezes na área do cabeçalho e rodapé do documento.
•• Clique com o botão direito na área do cabeçalho ou rodapé e clique Editar Cabeçalho.
•• Clique na guia Inserir e no grupo Cabeçalho e Rodapé, clique Cabeçalho, Rodapé ou
Número de Página e insira um estilo de uma destas galerias. Que abrem cabeçalhos e
rodapés.

Fechar Cabeçalhos e Rodapé


Use um dos dois métodos
•• Clique duas vezes no corpo do documento.
•• Na guia Design, clique em Fechar cabeçalho e rodapé.

Inserir Conteúdo Usando o Estilo das Galerias


As galerias contém conteúdo preexistente que foi posicionado, formatado, projetado e que
contém controles e campos.

1. Clique na fui Inserir.


2. No grupo Cabeçalho e Rodapé, clique em Cabeçalho, Rodapé ou Número de Página.
3. Para números de páginas, aponte para uma posição na página e isso abrirá a galeria.
4. Na galeria Cabeçalho, Rodapé ou Número de Página, clique em um estilo para aplicá-
lo e preencha os conteúdos conforme apropriado. Quando um estilo é aplicado, a guia
Ferramentas de Design de Cabeçalho e Rodapé abre com mais comandos para suportar
criação, navegação e edição.

Editar Propriedades do Documento


Para atualizar ou editar propriedades dos documentos com informações atuais, para os seus
cabeçalhos e rodapés. Siga esses passos.

1. Clique na guia Arquivo.


2. Na guia Info, clique na seta próxima à Propriedades, à direita da janela.
3. Clique em Propriedades Avançadas.
4. Na guia Resumo, preencha a informação desejada.
Quando você usa as Propriedades do Documento ou Campo no menu Partes Rápidas, o
Word irá buscar informações para os controles e campos Autor, Empresa e Título.
5. Clique OK para fechar a caixa de diálogo Propriedades e clique em Arquivo para fechar a
guia.

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Formatar o Número de Páginas ou Alterar o Número Inicial


Para alterar as configurações padrão para número de páginas no documento:

1. Na guia Inserir ou na guia Design com Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé, clique Número
de página, e clique em Formatar número de páginas.

2. Altere o formato do número ou o número inicial e clique em OK.


Dica para documentos com seções múltiplas: Posicione o cursor na seção desejada e complete
os passos acima.

Quebras
As quebras podem ser de página, coluna, linha ou seções. Para inserir uma quebra basta acionar
o botão de comando Quebras no Grupo Configurar Página na Guia Layout.
Ao acionarmos o botão quebras, serão exibidas as opções de quebras de página como segue:
Teclas de atalho:
Quebra de página (CTRL + ENTER);
Quebra de coluna (CTRL + SHIFT + ENTER);
Quebra automática de linha (SHIFT + ENTER).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1621
A quebra de página também poderá ser acionada por meio do botão de comando Quebra de
Página localizado no Grupo Páginas na Guia Inserir.

As Quebras de Seções
É possível usar quebras de seção para alterar o layout ou a formatação de uma página ou de
páginas do documento. Por exemplo, você pode definir o layout de uma página em coluna
única como duas colunas. Pode separar os capítulos no documento para que a numeração de
página de cada capítulo comece em 1. Também pode criar um cabeçalho ou rodapé diferente
para uma seção do documento.

1. Seção formatada como coluna única.


2. Seção formatada como duas colunas.
As quebras de seção são usadas para criar alterações de layout ou formatação em uma parte do
documento. Você pode alterar os seguintes elementos de seções específicas:
•• Margens;
•• Tamanho ou orientação do papel;
•• Fonte do papel para uma impressora;
•• Bordas da página;
•• Alinhamento vertical de um texto em uma página;
•• Cabeçalhos e rodapés;
•• Colunas;
•• Numeração de página;
•• Numerar linhas;
•• Numeração de nota de rodapé e de nota de fim.

Tipos de Quebra de Seção


Próxima Página
O comando Próxima Página insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na próxima
página.

Esse tipo de quebra de seção é especialmente útil para iniciar novos capítulos em um
documento.

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Contínuo
O comando Contínuo insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na mesma página.

Uma quebra de seção contínua é útil para criar uma alteração de formatação, como um número
diferente de colunas em uma página.

Páginas Pares ou Páginas Ímpares


O comando Páginas Pares ou Páginas Ímpares insere uma quebra de seção e inicia a nova seção
na próxima página de número par ou ímpar.

Se você quiser que os capítulos do seu documento sempre comecem em uma página par ou em
uma página ímpar, use a opção de quebra de seção Páginas pares ou Páginas ímpares.

Tabelas

Inserir uma tabela

1. Clique em Tabela, em Tabelas, na guia Inserir.

Arraste para selecionar o número de linhas e colunas necessárias para a tabela que você criará.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1623
Clique em Inserir Acima, em Linhas e Colunas, para inserir uma linha acima da célula em que
você clicou.

Se você clicar em Inserir Abaixo, Inserir à Esquerda ou Inserir à Direita, uma linha ou coluna
será inserida na posição especificada.

Se você quiser excluir uma linha ou coluna, clique em uma das células que pertencem à linha
ou coluna que deseja excluir.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.

Clique em Excluir, em Linhas e Colunas, e clique em Excluir Linhas para excluir a linha.

Se você clicar em Excluir Colunas, a coluna será excluída.

Se você clicar em Excluir Células, a caixa de diálogo Excluir Células será exibida.
Clique em um método de modo a deslocar as células restantes após uma célula selecionada ser
excluída a partir da caixa de diálogo Excluir Células e clique em OK para excluir uma célula.

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5. Se desejar mesclar as células, arraste as células que deseja mesclar.

Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.

Clique em Mesclar Células, em Mesclar, para mesclar as células.

Guia Exibição
Guia composta pelos grupos Modos de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e
Macros.

Grupo Modos de Exibição de Documentos: Alterna formas como o documento pode ser
exibido:
Layout de Impressão, Leitura em Tela, Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1625
Grupo Mostrar: Ativa ou desativa a régua, linhas de grade e Painel de Navegação.

Régua: Exibe ou oculta as réguas horizontal e vertical.


Linhas de grade: Ativa linhas horizontais e verticais que podem ser usadas para alinhar objetos.
Painel de Navegação: Ativa/desativa um painel a esquerda do documento mostrando a sua
estrutura e permitindo a navegação.
Grupo Zoom: Permite especificar o nível de zoom de um documento.

Guia Revisão

Ativar ou desativar o controle de alterações


No Word 2010, você pode personalizar a barra de status para adicionar um indicador que avise
quando o controle de alterações está ativado ou não. Quando o recurso Controlar Alterações
está ativado, você pode ver todas as alterações feitas em um documento. Quando estiver
desativado, você pode fazer alterações em um documento sem marcar o que mudou.

Ativar o controle de alterações


•• Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem de Controlar Alterações.

Para adicionar um indicador de controle de alterações na barra de status, clique com o botão
direito do mouse na barra de status e clique em Controlar Alterações. Clique no indicador
Controlar Alterações na barra de status para ativar ou desativar o controle de alterações.

Desativar o controle de alterações


Quando você desativa o controle de alterações, pode revisar o documento sem marcar as
alterações. A desativação do recurso Controle de Alterações não remove as alterações já
controladas.

Importante: Para remover alterações controladas, use os comandos Aceitar e Rejeitar na


guia Revisar, no grupo Alterações.

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•• Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem de Controlar Alterações.

Verificação de Ortografia e Gramática (7)


Por padrão, o Microsoft Word verifica ortografia e gramática ao digitar, usando sublinhado
ondulado vermelho para indicar possíveis problemas de ortografia e sublinhado ondulado
verde para indicar possíveis problemas gramaticais. Contudo, quando desejado, você pode
realizar a verificação de toda a ortografia e gramática de uma só vez.
Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Dica Você pode acessar esse comando rapidamente adicionando-o à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido clicando com o botão direito do mouse no botão Ortografia e Gramática e
depois clicando em Adicionar à Barra de Tarefas de Acesso Rápido no menu de atalho.

Você pode corrigir a ortografia e a gramática diretamente no documento enquanto a caixa de


diálogo Verificar Ortografia e Gramática estiver aberta. Digite a correção no documento e, em
seguida, clique em Reiniciar na caixa de diálogo Verificar Ortografia e Gramática.
Para obter uma explicação detalhada de um erro gramatical clique em Explicar na caixa de
diálogo Verificar ortografia e gramática.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1627
Para ignorar texto durante uma verificação de ortografia e gramática:

1. Selecione o texto que você não deseja verificar.


2. No menu Ferramentas, aponte para Idioma e, em seguida, clique em Definir idioma.
3. Marque a caixa de seleção Não verificar ortografia ou gramática.

Outras maneiras de corrigir a Ortografia e Gramática:


•• Clique com o botão direito em uma palavra sublinhada de ondulado vermelho ou verde e,
em seguida, selecione o comando ou a alternativa de ortografia que deseja.
•• O ícone Mostra o status da verificação de ortografia e gramática. Quando o Word faz a
verificação de erros, uma caneta animada aparece sobre o livro. Se nenhum erro for
encontrado, será exibida uma marca de seleção. Se um erro for encontrado, será exibido
um "X". Para corrigir o erro, clique duas vezes nesse ícone. Nesse ícone também é possível,
clicando com o botão secundário do mouse, desabilitar a correção automática do texto
durante a digitação, tanto de ortografia quanto gramática.

Para definir preferências gerais para o Word verificar ortografia e gramática:

1. Na caixa de diálogo: Verificar Ortografia e Gramática, clique em Opções e, em seguida,


clique em Revisão de texto.
2. Em Ortografia ou em Gramática, selecione as opções desejadas.

Impressão
Nos programas do Microsoft Office 2010, agora você visualizar e imprimir arquivos do Office
em um único local: na guia Imprimir do modo de exibição do Microsoft Office Backstage.
Na guia Imprimir, as propriedades de sua impressora padrão aparecem automaticamente na
primeira seção e a visualização do seu documento aparece automaticamente na segunda seção.
Clique na guia Arquivo e em Imprimir.

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Informática – Microsoft Word 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Para voltar ao seu documento e fazer alterações antes de imprimi-lo, clique na guia Arquivo. Se
as propriedades de sua impressora e seu documento forem exibidas conforme desejado, clique
em Imprimir.
Para alterar as propriedades da impressora, sob o nome da impressora, clique em Propriedades
da Impressora.

Selecionar Texto e Elementos Gráficos com o Mouse

Para selecionar: Faça o Seguinte:


Qualquer quantidade de texto Arraste sobre o texto.
Uma palavra Clique duas vezes na palavra ou duas vezes F8.
Um elemento gráfico Clique no elemento gráfico.
Mova o ponteiro para a esquerda da linha até que ele assuma a
Uma linha de texto
forma de uma seta para a direita e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda das linhas até que ele assuma
Várias linhas de texto a forma de uma seta para a direita e arraste para cima ou para
baixo.
Mantenha pressionada a tecla CTRL e clique em qualquer lugar
Uma frase
da frase ou três vezes F8.
Mova o ponteiro para a esquerda do parágrafo até que ele assuma
a forma de uma seta para a direita e clique duas vezes. Você
Um parágrafo
também pode clicar três vezes em qualquer lugar do parágrafo
ou quatro vezes F8.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1629
Mova o ponteiro para a esquerda dos parágrafos até que ele
Vários parágrafos assuma a forma de uma seta para a direita, clique duas vezes e
arraste para cima ou para baixo.
Clique no início da seleção, role até o fim da seção, mantenha
Um bloco de texto grande
pressionada a tecla SHIFT e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda de qualquer texto do documento
até que ele assuma a forma de uma seta para a direita e clique
Um documento inteiro
três vezes ou com a tecla CTRL pressionada clique apenas uma
vez ou cinco vezes F8.
Pressione e conserve pressionada a tecla ALT e inicie a seleção do
Um bloco vertical de texto
texto desejado.

Selecionar Textos e Elementos Gráficos com o Teclado

Selecione o texto mantendo pressionada a tecla SHIFT e pressionando a tecla que move o ponto
de inserção.

Para estender uma seleção: Pressione:


Um caractere para a direita SHIFT + SETA À DIREITA
Um caractere para a esquerda SHIFT + SETA À ESQUERDA
Até o fim ou início da próxima palavra CTRL + SHIFT + SETA À DIREITA
Até o início de uma palavra CTRL + SHIFT + SETA À ESQUERDA
Até o fim de uma linha SHIFT + END
Até o início de uma linha SHIFT + HOME
Uma linha para baixo SHIFT + SETA ABAIXO
Uma linha para cima SHIFT + SETA ACIMA
Até o fim de um parágrafo CTRL + SHIFT + SETA ABAIXO
Até o início de um parágrafo CTRL + SHIFT + SETA ACIMA
Uma tela para baixo SHIFT + PAGE DOWN
Uma tela para cima SHIFT + PAGE UP
Até o início de um documento CTRL + SHIFT + HOME
Até o final de um documento CTRL + SHIFT + END

Nota: A partir da versão Word XP 2002, é possível a seleção de blocos alternados de texto
utilizando o mouse em combinação com a tecla CTRL que deverá ser pressionada durante todo
o processo de seleção.

1630 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática
Matéria
Aula XX

LIBREOFFICE WRITER RESUMIDO

Informações do Produto

LibreOffice é uma suíte de aplicativos livre para escritório e disponível para Windows, Unix,
Solaris, Linux e Mac OS X. A suíte utiliza o formato OpenDocument (ODF – OpenDocument
Format) — formato homologado como ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300 — e é também
compatível com os formatos do Microsoft Office, além de outros formatos legados.
O LibreOffice surgiu como uma ramificação do projeto original OpenOffice.org, que, por sua
vez, é oriundo do StarOffice 5.1, adquirido pela Sun Microsystems com a compra da Star
Division em agosto de 1999. O código-fonte da suíte foi liberado para que fosse possível a
participação de contribuintes para desenvolvê-lo, dando início ao projeto de desenvolvimento
de um software de código aberto em 13 de outubro de 2000, o OpenOffice.org. O principal
objetivo era fornecer uma alternativa de baixo custo, de alta qualidade e de código aberto.
O download do LibreOffice está disponível no site http://www.libreoffice.org.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Libreoffice.org

Tela Inicial

•• A Tela Inicial da versão 5 do LibreOffice Writer possui Barra de Título (1), Barra de Menu
(2), Barra de Ferramenta Padrão (3), Barra de Ferramenta Formatação (4), Régua (5), Barra
lateral (6) e Barra de status (7).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1631
Menus e as principais opções

Arquivo

Opção Tecla de atalho Descrição


Novo Ctrl + N Cria um novo documento do LibreOffice.
Abrir Ctrl + O Abre ou importa um arquivo.
Salvar Ctrl + S Salva o documento atual.
Salva o documento atual em outro local ou com um
Salvar como Ctrl + Shift + S
nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
Salva o documento atual em outro local ou com um
Exportar como PDF nome de arquivo em formato PDF. Permite configurar
diversas opções.
Visualizar impressão Ctrl + Shift + O Visualizar uma página antes de imprimir.
Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
Imprimir Ctrl + P
que você especificar.
Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
Sair do LibreOffice Ctrl + Q
salvar as modificações.

Editar

Opção Tecla de atalho Descrição


Desfazer Ctrl + Z Desfaz o último comando ou a última entrada digitada.
Refazer Ctrl + Y Reverte a ação do último comando "Desfazer".
Repetir Ctrl + Shift + Y Repete o último comando ou a última entrada digitada.
Recortar Ctrl + X Remove e copia a seleção para a área de transferência.
Copiar Ctrl + C Copia a seleção para a área de transferência.
Insere o conteúdo da área de transferência no local do
Colar Ctrl + V
cursor, e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou objeto
Selecionar tudo Ctrl + A
de texto atual.
Procura ou substitui textos ou formatos no documento
Localizar e substituir Ctrl + H
atual.
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear
Registrar alterações as alterações em seu arquivo e também a opção para
"Comparar documento".

1632 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Exibir

Opção Tecla de atalho Descrição


Normal Exibe a forma que terá o documento quando este for impresso.
Exibe o documento como seria visualizado em um navegador
Web
da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos HTML.
Barras de
Mostra ou oculta as Barras de ferramentas.
ferramentas
Caracteres não Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como marcas de
Ctrl + F10
imprimíveis parágrafo, quebras de linha, paradas de tabulação e espaços.
Mostra ou oculta a barra lateral (Sidebar). Ela disponibiliza
Barra lateral ferramentas utilizadas mais frequentemente, agrupadas em
painéis.
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para acessar
rapidamente diferentes partes do documento e para inserir
Navegador F5
elementos do documento atual ou de outros documentos
abertos, bem como para organizar documentos mestre.
Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas no Writer
Tela inteira Ctrl + Shift + J ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira, clique no botão
Ativar/Desativar tela inteira.
Zoom Especifica o fator de zoom da exibição da página atual.

Inserir

Opção Tecla de atalho Descrição


Quebra de página Ctrl + Enter Insere uma quebra manual de página.
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de
Quebra manual
página na posição atual em que se encontra o cursor.
Insere um hyperlink a partir do URL atual em seu
Hyperlink Ctrl + K
documento.
As notas de rodapé fazem referência a mais informações
Nota de rodapé /
sobre um tópico na parte inferior da página, e as notas de
Nota de fim
fim fazem referência a informações no fim do documento.
Insere um índice ou um índice geral na posição atual do
Sumário e Índice cursor. Para editar um índice, posicione o cursor no índice
e escolha "Inserir" – "Índices e sumários".
Adiciona um cabeçalho ou rodapé ao estilo de página
atual. Um cabeçalho é uma área na margem superior da
Cabeçalho e
página à qual você pode adicionar texto ou figuras. Um
Rodapé
rodapé é uma área na margem inferior da página à qual
você pode adicionar texto ou figuras.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1633
Formatar

Opção Tecla de atalho Descrição


Remove a formatação direta e a formatação por estilos de
Limpar formatação
Ctrl + M caracteres da seleção. A formatação direta é a formatação
direta
que você aplica sem o uso de estilos.
Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres
Caractere
selecionados.
Modifica o formato do parágrafo atual, como por exemplo,
Parágrafo
alinhamento e recuo.
Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual e
Marcadores e
permite que você edite o formato da numeração ou dos
numerações
marcadores.
Permite a definição de layouts de página para documentos
Página com uma e várias páginas, assim como formatos de
numeração e de papel.
Colunas Permite a configuração do formato das colunas.

Estilos

Opção Tecla de atalho Descrição


Permite alterar as configurações do estilo atualmente em
Editar estilo
uso.
Novo estilo Shift + F11 Permite criar um novo estilo.
Estilos e Abre a janela "Estilos e formatação", que permite ajustar
F11
formatação as configurações dos estilos.

Tabela

Opção Tecla de atalho Descrição


Inserir tabela Ctrl + F12 Permite inserir uma tabela nova.
Permite inserir uma linha ou coluna em tabelas já
Inserir
existentes.
Excluir Permite excluir uma tabela, uma linha ou uma coluna.
Selecionar Permite selecionar Tabela, Linhas, Colunas ou Células.
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabela
Mesclar células
em uma única célula.
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou
Dividir células
verticalmente em um número especificado de células.

1634 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Combina duas tabelas consecutivas em uma única tabela.


Mesclar tabela As tabelas devem estar lado a lado, e não separadas por
um parágrafo vazio.
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na
Dividir tabela
posição do cursor.
Estilos de Permite ajustar automaticamente linhas e colunas das
autoformatação tabelas de várias formas diferenciadas.
Converte o texto selecionado em tabela ou a tabela
Converter
selecionada em texto e vice-versa.
Fórmula F2 Insere uma fórmula na tabela atual.

Ferramentas

Opção Tecla de atalho Descrição


Verifica o documento ou o texto selecionado em busca
Ortografia e de erros de ortografia. Se uma extensão de correção
F7
gramática gramatical estiver instalada, a caixa de diálogo também
verifica erros gramaticais.
Verificação Ativa ou desativa a verificação ortográfica à medida que
ortográfica Shift + F7 você digita e, então, sublinha os erros. Configuração
automática ativada por padrão.
Abre uma caixa de diálogo para substituir a palavra atual
Dicionário de por um sinônimo ou termo relacionado. O suporte para
Ctrl + F7
sinônimos o dicionário de sinônimos não está disponível para todos
os idiomas.
Contagem de Conta as palavras e caracteres da seleção atual e do
palavras documento inteiro.
Define as opções para a substituição automática de texto
Autocorreção
à medida que você digita.
Adiciona ou remove e formata números de linha no
documento atual. Para desativar a numeração de linhas
Numeração de em um parágrafo, clique no parágrafo, escolha Formatar
linhas – Parágrafo, clique na guia Numeração e, em seguida,
desmarque a caixa de seleção "Incluir este parágrafo na
numeração de linhas".
Notas de rodapé e Especifica as configurações de exibição de notas de
notas de fim rodapé e notas de fim.
Assistente de mala Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-modelo
direta ou enviar mensagens de e-mail a vários destinatários.
Faz a classificação alfabética ou numérica dos parágrafos
selecionados. Você pode definir até três chaves de
Classificar
classificação e combinar chaves de classificação
alfanuméricas e numéricas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1635
Janela

Opção Tecla de atalho Descrição


Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da janela atual.
Nova janela Você pode, agora, ver diferentes partes do mesmo documento
ao mesmo tempo.
Ctrl + W
Fechar janela Fecha a janela atual.
Ctrl + F4

Ajuda

Opção Tecla de atalho Descrição


Ajuda do
F1 Abre a ajuda do LibreOffice.
LibreOffice
Sobre o
Mostra a versão e os Termos de licença do LibreOffice.
LibreOffice

Extensões dos arquivos

•• Microsoft Word
DOCX (documento Word)
DOCM (documento com macro Word)
DOTX (modelo Word)
DOTM (modelo com macro Word)
DOC (documento do Word 2003)
•• OpenOffice, BrOffice ou LibreOffice Writer (formato ODF)
ODT (documento Writer)
OTT (modelo Writer)
•• Diferentemente do OpenOffice e BrOffice Writer, o LibreOffice Writer permite abrir e
salvar arquivos com extensão DOCX. O Microsoft Word abre e salva com extensão ODT.

Copiar e colar e seleção

•• O Writer tem Modos Seleção, Padrão (PADRÃO), Estender seleção (EXT) – F8 ou SHIFT,
Adicionar seleção (ADIC) – SHIFT+F8 ou CTRL, Seleção em bloco (BLOCO) configurável na
barra de status.

1636 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Formatação de Fonte / Caractere

•• O grupo "Fonte" da "Página Inicial" do Word está em menu "Formatar" – "Caractere".


•• No Writer, "Formatar" – "Caractere" tem algumas opções diferentes do Word: "Intermi-
tente", "Tachado" (com mais opções) e "Sobrelinha" na guia "Efeitos da fonte" e, na guia
"Posição", há uma opção para rotação (em graus) da fonte.

Formatação de Parágrafo

•• O grupo "Parágrafo" da guia Página "Inicial" do Word está em menu "Formatar" –


"Parágrafo".
•• O Writer não tem "Recuo Especial" – "Deslocamento". Para conseguir o mesmo efeito,
pode-se usar o recuo "Primeira Linha" com valores negativos.
•• Espaçamento entrelinhas no Word: Simples, 1,5 linha, Duplo, Pelo menos (Pt), Exatamente
(Pt) e Múltiplos. No Writer: Simples, 1,5 linhas, Duplo, Proporcional (%), No mínimo (cm),
Entrelinha (cm), Fixo (cm).
•• Na guia "Alinhamento", o Writer traz opções que não aparecem no Word. Ao selecionar
o alinhamento "Justificado", é possível escolher o alinhamento para a última linha com
as opções "À Esquerda", "No meio" ou "Justificado". Se houver apenas uma palavra, essa
pode ser expandida por toda a linha marcando a opção "Expandir palavra única".
•• O Writer permite controlar separadamente "Controle de linhas órfãs" e "Controle de linhas
viúvas". No Word, esta configuração é tratada em uma única opção: "Controle de linhas
órfãs/viúvas".

Formatação de Página

•• O grupo "Configurar Página" da guia "Layout da Página" do Word está em menu "Formatar"
– "Página".
•• No Writer, não há a necessidade de inserir "Quebras de seção" para alterar a configuração
de página – isso por ser feito por meio dos "Estilos e formatação" (F11).

Teclas de atalho

•• As teclas de atalho do Word normalmente usam a primeira letra da palavra em português


com a tecla CTRL. No Writer, normalmente usam a primeira letra da palavra em inglês e a
tecla CTRL.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1637
•• No Word três (3) cliques selecionam o parágrafo; no Writer selecionam a frase. Com quatro
(4) cliques, o Writer seleciona o parágrafo.
•• No Word, posso selecionar linha antes da margem. Um (1) clique seleciona a linha, dois
(2) selecionam o parágrafo e três (3) cliques, o texto todo. No Writer, o ícone não muda
o formato, mas as funções de dois (palavra), três (frase) e quatro (parágrafo) cliques
funcionam como se o usuário estivesse clicando no texto.

Tabelas

•• Somente no Word posso clicar fora da Tabela (extremidade direita) e pressionar ENTER
para criar uma nova linha.
•• Somente no Word, ao clicar no início da tabela, aparece um sinal de "+" que pode ser usado
para deslocar a tabela para baixo.

Modos de exibição

•• O Writer só tem dois modos de exibição – Normal e Web, enquanto o Word tem cinco.

Gerais

•• Writer tem um botão para "Exportar diretamente como PDF". Se quiser exportar
detalhadamente, há uma opção no menu Arquivo.

Guia Referência do Word

•• Os itens mais importantes da guia "Referências" do Word estão no menu "Inserir" –


"Sumário e Índice".

Guia Correspondências do Word

•• As opções de Mala Direta estão no menu "Ferramentas" – "Assistente de mala direta".

Guia Revisão do Word

•• Os itens mais importantes da guia "Revisão" do Word estão no menu "Ferramentas". Ex.:
"Ortografia e Gramática" (F7), "Idiomas" e "Contar Palavras". As opções "Comparar" e
"Controlar alterações" estão no menu "Editar", na opção "Registrar alterações".

1638 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Guia Exibição do Word

•• Com exceção do item "Macros", que está no menu "Ferramentas", as opções da guia
"Exibição" estão disponíveis no menu "Exibir".

Ícones da Barra de Ferramentas Padrão

Obs.: o desenho e a descrição dos ícones podem variar um pouco de uma versão para outra.
Para as informações abaixo, utilizou-se a versão 5.1.6.2 do LibreOffice Writer.

Tecla de Atalho e
Botão Função
Local no Menu
NOVO
Cria um novo documento do Writer CTRL + N
Obs.: ao clicar na seta ao lado, é possível criar um novo Menu Arquivo – Novo
documento de outras aplicações do LibreOffice.
ABRIR
Abre um documento do Writer ou um documento com
formato reconhecido pelo BrOffice. Obs.: a partir de
qualquer aplicativo do BrOffice é possível abrir arquivos com CTRL + O
formato compatível, pois o BrOffice ativará seu aplicativo Menu Arquivo – Abrir
correspondente. Ex.: dentro do Writer é possível abrir um
arquivo com a extensão XLS e o BrOffice ativará o CALC para
editá-lo.
SALVAR
Salva um documento com o padrão ODT ou outro formato
CTRL + S
disponível escolhido pelo usuário. Ex.: .DOC, .OTT.
Menu Arquivo –
Obs.: se o documento não tiver sido salvo, no Barra de Status
Salvar ou Salvar Como
aparecerá um asterisco Vermelho e o ícone "Salvar" mostrará
uma estrela verde.
EXPORTAR COMO PDF
Menu Arquivo –
Salva o arquivo atual no formato Portable Document Format
Exportar como PDF
(PDF).
IMPRIMIR CTRL + P
Clique para imprimir o documento ativo com as configurações Menu Arquivo –
de impressão padrão. Imprimir
VISUALIZAR IMPRESSÃO CTRL + SHIFT + O
Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a Menu Arquivo –
visualização. Visualizar Página
RECORTAR CTRL + X
Remove e copia a seleção para a área de transferência. Menu Editar – Recortar
COPIAR CTRL + C
Copia a seleção para a área de transferência. Menu Editar − Copiar

www.acasadoconcurseiro.com.br 1639
COLAR
CTRL + V
Insere o conteúdo da área de transferência no local do cursor,
Menu Editar − Colar
e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
CLONAR FORMATAÇÃO
Copia e cola recursos de formatação de caracteres e
parágrafos. Pode ser utilizado com dois cliques para colar a
formatação em múltiplos locais.
DESFAZER
CTRL + Z
Desfaz ações anteriores mesmo depois do documento já
Menu Editar − Desfazer
salvo. Desativa só após fechar documento.
REFAZER
Refaz ações desfeitas. Continua ativo após o salvamento do CTRL + Y
documento, porém, após fechar o documento, o recurso é Menu Editar – Refazer
desativado.
CTRL + H
LOCALIZAR E SUBSTITUIR
Menu Editar –
Procura ou substitui textos ou formatos no documento atual.
Localizar e Substituir
F7
ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA
Menu Ferramentas –
Verifica a ortografia no documento atual ou na seleção.
Ortografia e Gramática
CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS
CTRL + F10
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como marcas
Menu Exibir − Caracteres
de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabulação e
não Imprimíveis
espaços.
INSERIR TABELA
CTRL + F12
Insere uma tabela no documento. Você também pode clicar
Menu Tabela –
na seta e arrastar o mouse para selecionar o número de linhas
Inserir Tabela
e colunas a serem incluídas na tabela.
FIGURA
Abre uma janela para escolher uma imagem a ser inserida no Menu Inserir – Figura
documento.
GRÁFICO
Insere um gráfico com dados provenientes de células no Calc
ou Writer e esses gráficos são atualizados automaticamente
Menu Inserir – Gráfico
quando houver alteração dos dados de origem. Insira um gráfico
com um conjunto de dados padrão e, em seguida, utilize a caixa
de diálogo Tabela de dados para inserir seus próprios dados.
CAIXA DE TEXTO
Menu Inserir –
Adiciona uma barra de ferramentas para inserção da uma
Caixa de texto
Caixa de texto.
INSERIR QUEBRA DE PÁGINA
Insere uma quebra de página manual e move o texto CTRL + ENTER
encontrado à direita do cursor para o início da próxima Menu Inserir –
página. A quebra de página inserida será indicada por uma Quebra de página
borda não imprimível em cima da nova página.

1640 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

INSERIR CAMPO
Clique para abrir a caixa de diálogo "Campos". Clique na seta
ao lado do ícone para abrir um submenu e adicionar Número Menu Inserir – Campo
de página, Total de páginas, Data, Hora, Título, Autor, Assunto
e Campos adicionais.
CARACTERE ESPECIAL Menu Inserir –
Insere caracteres especiais a partir das fontes instaladas. Caractere especial
HIPERLINK
CTRL + K
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e edite
Menu Inserir − Hiperlink
hiperlinks.
As notas de rodapé fazem referência a mais informações Inserir – Nota de rodapé
sobre um tópico na parte inferior da página. e nota de fim
Inserir – Nota de rodapé
As notas de fim fazem referência a mais informações sobre
e nota de fim
um tópico no fim do documento.

INDICADOR
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Navegador
Inserir – Indicador
para saltar rapidamente para a posição indicada em outra
hora.
ANOTAÇÃO
Insere uma anotação na posição atual do cursor. Uma caixa CTRL + ALT + C
de anotação será mostrada na margem da página, para digitar Inserir – Anotação
sua anotação.
CTRL + SHIFT + E
GRAVAR ALTERAÇÕES
Menu Editar –
Utilizado para gravar ou mostrar as alterações no seu
Registrar alterações –
documento de texto.
Gravar alterações
LINHA
Abre a barra de ferramentas "Desenho" para definir as opções Menu Inserir –
de formatação para a linha selecionada ou para a linha que Forma – Linha
deseja desenhar.
FORMAS SIMPLES
Menu Inserir –
Abre a barra de ferramentas "Formas simples" para inserir
Forma – Básicas
figuras em seu documento.
MOSTRAR FUNÇÕES DE DESENHO
Menu Exibir – Barras de
Clique para abrir ou fechar a barra Desenho, para adicionar
Ferramentas – Desenho
formas, linhas, texto e textos explicativos ao documento atual.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1641
Ícones da Barra de Ferramentas Formatação

Tecla de Atalho e
Botão Função
Local no Menu
APLICAR ESTILO DE PARÁGRAFO
Permite o acesso a estilos já criados e também
Menu Estilos –
que você atribua um estilo ao parágrafo atual,
Estilos e formatação
aos parágrafos selecionados ou a um objeto
selecionado.
CTRL + SHIFT + F11
ATUALIZAR ESTILO
Menu Estilos –
Atualiza o estilo com base no texto selecionado.
Atualizar estilos
NOVO ESTILO SHIFT + F11
Permite criar um novo estilo para parágrafos, Menu Estilos –
caracteres, quadros, páginas ou listas. Novo estilo
NOME DA FONTE Menu Formatar −
Permite o acesso a tipos de fontes. Caracteres – Fonte
TAMANHO DA FONTE
Permite escolher um tamanho de fonte que Menu Formatar −
pode ser aplicado a uma palavra ou texto Caracteres – Fonte
selecionado.
NEGRITO CTRL + B
Aplica negrito à palavra ativa ou ao texto Menu Formatar −
selecionado. Caracteres – Fonte
ITÁLICO CTRL + I
Aplica itálico à palavra ativa ou ao texto Menu Formatar −
selecionado. Caracteres – Fonte
CTRL + U
SUBLINHADO
Menu Formatar −
Aplica sublinhado à palavra ativa ou ao texto
Caracteres –
selecionado.
Efeitos de fonte
TACHADO Menu Formatar –
Aplica tachado à palavra ativa ou ao texto Caracteres –
selecionado. Efeitos de Fonte
SOBRESCRITO CTRL + SHIFT + P
Aplica sobrescrito à palavra ativa ou ao texto Menu Formatar –
selecionado. Caracteres – Posição
SUBSCRITO CTRL + SHIFT + B
Aplica subscrito à palavra ativa ou ao texto Menu Formatar –
selecionado. Caracteres – Posição
Remove a formatação direta e a formatação por
CTRL + M
estilos de caracteres da seleção. A formatação
Menu Formatar – Limpar
direta é a formatação que você aplica sem o
formatação direta
uso de estilos.

1642 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Writer Resumido – Prof. Márcio Hunecke

COR DA FONTE Menu Formatar –


Permite aplicar uma cor à palavra ativa ou ao Caracteres –
texto selecionado. Efeitos de Fonte
COR DE REALCE Menu Formatar –
Aplica cor de fundo ao texto. Caracteres – Realce
ATIVAR / DESATIVAR MARCADORES SHIFT + F12
Ativa ou desativa marcadores ao parágrafo Menu Formatar –
ativo ou parágrafos selecionados. Marcadores e Numeração
ATIVAR / DESATIVAR NUMERAÇÃO F12
Ativa ou desativa numeração ao parágrafo ativo Menu Formatar –
ou parágrafos selecionados. Marcadores e Numeração
ALINHAR À ESQUERDA CTRL + L
Alinha à esquerda parágrafo ativo ou parágrafos Menu Formatar –
selecionados. Parágrafo – Alinhamento
CENTRALIZAR HORIZONTALMENTE CTRL + E
Centraliza o parágrafo ativo ou os parágrafos Menu Formatar –
selecionados. Parágrafo – Alinhamento
ALINHAR À DIREITA CTRL + R
Alinha à direita o parágrafo ativo ou os Menu Formatar −
parágrafos selecionados. Parágrafo – Alinhamento
JUSTIFICADO CTRL + J
Justifica o parágrafo ativo ou os parágrafos Menu Formatar –
selecionados. Parágrafo – Alinhamento
Menu Formatar –
ENTRELINHAS Parágrafo –
Recuos e Espaçamento
Menu Formatar –
AUMENTAR ESPAÇAMENTO ENTRE
Parágrafo – Recuos e
PARÁGRAFOS
Espaçamento
Menu Formatar –
DIMINUIR ESPAÇAMENTO ENTRE
Parágrafo – Recuos e
PARÁGRAFOS
Espaçamento
AUMENTAR RECUO Menu Formatar –
Aumenta o afastamento do parágrafo em Parágrafo – Recuos e
relação à margem esquerda. Espaçamento
DIMINUIR RECUO Menu Formatar –
Reduz o espaço entre o parágrafo em relação à Parágrafo – Recuos e
margem esquerda. Espaçamento

www.acasadoconcurseiro.com.br 1643
Ícones da Barra Lateral

Tecla de Atalho e
Botão Função
Local no Menu
PROPRIEDADES
Mostra uma janela lateral com praticamente todas as opções
de formatação para caractere e parágrafo.
ESTILOS E FORMATAÇÃO
Permite criar ou acessar estilos de parágrafos, caracteres, F11
quadros, páginas ou listas.
GALERIA
Exibe uma série de opções que podem ser inseridas em um
documento. Semelhante aos cliparts do Word.
NAVEGADOR
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para acessar
rapidamente diferentes partes do documento e para inserir F5
elementos do documento atual ou de outros documentos
abertos.

1644 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

MICROSOFT EXCEL 2010

Inserindo Informações na Célula

Células
Dá-se o nome de Célula à interseção entre uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto que as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, no encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar as teclas ENTER, TAB, as SETAS, MOUSE ou digitar, na caixa de nome, o
endereço da célula desejada.

Tipos de Informações que uma Célula Poderá Conter


Conteúdo: o dado propriamente dito.
Formato: recurso aplicado ao conteúdo de uma célula, como, por exemplo, definir cor, tamanho
ou tipo de fonte ao conteúdo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1645
Tipos de Conteúdo
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).
Observação – Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel, toda data é internamente um número, ou seja, por padrão, a
data inicial é 01/01/1900 que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2 e, assim, consecutivamente.

Formatar Células
Use a caixa de diálogo Formatar Células para formatar o conteúdo de células selecionadas.

Número
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número específico aos números
nas células da planilha. Para digitar números em células da planilha, você pode usar as teclas
numéricas ou pode pressionar NUM LOCK e então usar as teclas numéricas no teclado numérico.

•• Categoria: Clique em uma opção na caixa Categoria e selecione as opções desejadas


para especificar um formato de número. A caixa Exemplo mostra a aparência das células
selecionadas com a formatação que você escolher. Clique em Personalizado se quiser criar
os seus próprios formatos personalizados para números, como códigos de produtos. Clique
em Geral se quiser retornar para um formato de número não específico.
•• Exemplo: Exibe o número na célula ativa na planilha de acordo com o formato de número
selecionado.
•• Casas decimais: Especifica até 30 casas decimais. Esta caixa está disponível apenas para as
categorias Número, Moeda, Contábil, Porcentagem e Científico.

1646 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

•• Usar separador de milhar: Marque esta caixa de seleção para inserir um separador de
milhar. Esta caixa de seleção está disponível apenas para a categoria Número.
•• Números negativos: Especifica o formato no qual os números negativos sejam exibidos.
Esta opção está disponível apenas para as categorias Número e Moeda.
•• Símbolo: Selecione o símbolo da moeda que você deseja usar. Esta caixa está disponível
apenas para as categorias Moeda e Contábil.
•• Tipo: Selecione o tipo de exibição que deseja usar para um número. Essa lista está disponível
apenas para as categorias Data, Hora, Fração, Especial e Personalizado.
•• Localidade (local): Selecione um idioma diferente que deseja usar para o tipo de exibição
de um número. Esta caixa de listagem está disponível apenas para as categorias Data, Hora
e Especial.

Alinhamento

Use as opções do grupo alinhamento, na


guia início ou na caixa de diálogo Formatar
Células. A guia Alinhamento permite alterar o
alinhamento do conteúdo da célula, posicionar
o conteúdo na célula e alterar a direção desse
conteúdo.

Alinhamento de Texto
•• Horizontal: Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical: Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1647
•• Recuo: Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação: Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.
•• Graus: Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.

Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente: Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber: Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células: Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.

Direita para a esquerda


•• Direção do Texto: Selecione uma opção na caixa Direção do Texto para especificar a ordem
de leitura e o alinhamento. A configuração padrão é Contexto, mas você pode alterá-la
para Da Esquerda para a Direita ou Da Direita para a Esquerda.

Bordas
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.

1648 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

•• Linha: Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições: Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor: Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda: Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.

Fonte
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.

•• Fonte: Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte: Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho: Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.
OBSERVAÇÃO: Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.
•• Sublinhado: Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1649
•• Cor: Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão
é Automático.
•• Fonte Normal: Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos: Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização: Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.

Preenchimento
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.

•• Plano de Fundo: Selecione uma cor de


plano de fundo para células selecionadas
usando a paleta de cores.
•• Efeitos de Preenchimento: Selecione este
botão para aplicar gradiente, textura e
preenchimentos de imagem em células
selecionadas.
•• Mais Cores: Selecione este botão para
adicionar cores que não estão disponíveis
na paleta de cores.
•• Cor do Padrão: Selecione uma cor de
primeiro plano na caixa Cor do Padrão para
criar um padrão que usa duas cores.

•• Estilo do Padrão: Selecione um padrão na caixa Estilo do Padrão para formatar células
selecionadas com um padrão que usa as cores que você seleciona nas caixas Cor de Plano
de Fundo e Cor Padrão.
•• Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que
selecionar.

1650 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Selecionar Células, Intervalos, Linhas ou Colunas

Para selecionar Faça o seguinte


Uma única célula Clique na célula ou pressione as teclas de direção para ir até a célula.
Clique na primeira célula da faixa e arraste até a última célula, ou
mantenha pressionada a tecla SHIFT enquanto pressiona as teclas de
direção para expandir a seleção.
Um intervalo de células
Você também pode selecionar a primeira célula do intervalo e pressionar
F8 para estender a seleção usando as teclas de direção. Para parar de
estender a seleção, pressione F8 novamente.
Clique na primeira célula do intervalo, e mantenha a tecla SHIFT
Um grande
pressionada enquanto clica na última célula do intervalo. Você pode rolar
intervalo de células
a página para que a última célula possa ser vista.
Clique no botão Selecionar Tudo.

Todas as células
de uma planilha
Para selecionar a planilha inteira, você também pode pressionar CTRL + T.
Observação: Se a planilha contiver dados, CTRL + T selecionará a região
atual. Pressione CTRL + T uma segunda vez para selecionar toda a planilha.
Selecione a primeira célula, ou o primeiro intervalo de células, e
mantenha a tecla CTRL pressionada enquanto seleciona as outras células
ou os outros intervalos.
Você também pode selecionar a primeira célula ou intervalo de células
Células ou intervalos de e pressionar SHIFT + F8 para adicionar outra seleção de células ou de
células não adjacentes intervalo de células não adjacentes. Para parar de adicionar células ou
intervalos à seleção, pressione SHIFT + F8 novamente.
Observação: Não é possível cancelar a seleção de uma célula ou de um
intervalo de células de uma seleção não adjacente sem cancelar toda a
seleção.
Clique no título da linha ou coluna.

1. Título da linha
Uma linha ou 2. Título da coluna
coluna inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou coluna
selecionando a primeira célula e pressionando CTRL + SHIFT + tecla de
DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL + SHIFT + tecla de
DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna até a última célula utilizada.
Pressione CTRL + SHIFT + tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para
selecionar toda a linha ou coluna.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1651
Arraste através dos títulos de linha ou de coluna, ou selecione a primeira
Linhas ou colunas
linha ou coluna; em seguida, pressione SHIFT enquanto seleciona a última
adjacentes
linha ou coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha ou coluna de sua
Linhas ou colunas
seleção; pressione CTRL enquanto clica nos títulos de linha ou coluna de
não adjacentes
outras linhas ou colunas que você deseja adicionar à seleção.
A primeira ou a última Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em seguida, pressione
célula de uma linha ou CTRL+tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA ou SETA PARA A ESQUERDA
coluna para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
A primeira ou a última Pressione CTRL + HOME para selecionar a primeira célula na planilha ou
célula em uma planilha em uma lista do Excel.
ou em uma tabela do Pressione CTRL + END para selecionar a última célula na planilha ou em
Microsoft Office Excel uma lista do Excel que contenha dados ou formatação.
Células até a última Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione CTRL + SHIFT + END
célula usada na planilha para estender a seleção de células até a última célula usada na planilha
(canto inferior direito) (canto inferior direito).
Células até o Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione CTRL + SHIFT +
início da planilha HOME para estender a seleção de células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última célula que deseja
Mais ou menos células
incluir na nova seleção. O intervalo retangular entre a célula ativa e a
do que a seleção ativa
célula em que você clicar passará a ser a nova seleção.

Introdução de uma Fórmula na Planilha


Ao olharmos para uma planilha, o que vemos sobre as células são RESULTADOS, que podem
ser obtidos a partir dos CONTEÚDOS que são efetivamente digitados nas células. Quer dizer, o
conteúdo pode ou NÃO ser igual ao resultado que está sendo visto.
Os conteúdos podem ser de três tipos:
• Strings (numéricos, alfabéticos ou alfanuméricos);
• Fórmulas matemáticas;
• Funções matemáticas.

FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.

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Partes de uma fórmula

1. Funções: a função PI() retorna o valor de pi: 3.142...


2. Referências: A2 retorna o valor na célula A2.
3. Constantes: números ou valores de texto inseridos
diretamente em uma fórmula como, por exemplo, o 2.
4. Operadores: o operador ^ (acento circunflexo) eleva um número a uma potência e o
operador * (asterisco) multiplica.

Usando Constantes em Fórmulas


Uma constante é um valor não calculado. Por exemplo, a data 09/10/2008, o número 210 e o
texto "Receitas trimestrais" são todos constantes. Uma expressão, ou um valor resultante de
uma expressão, não é uma constante. Se você usar valores de constantes na fórmula em vez
de referências a células (por exemplo, =30+70+110), o resultado se alterará apenas se você
próprio modificar a fórmula.

Usando Operadores de Cálculo em Fórmulas


Os operadores especificam o tipo de cálculo que você deseja efetuar nos elementos de uma
fórmula. Há uma ordem padrão segundo a qual os cálculos ocorrem, mas você pode mudar
essa ordem utilizando parênteses.

Tipos de Operadores
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.

Operadores Aritméticos
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.

Operador aritmético Significado Exemplo


+ (sinal de mais) Adição 3+3
Subtração 3–1
– (sinal de menos)
Negação –1
* (asterisco) Multiplicação 3*3
/ (sinal de divisão) Divisão 3/3
% (sinal de porcentagem) Porcentagem 20%
^ (acento circunflexo) Exponenciação 3^2

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Operadores de Comparação
Você pode comparar dois valores com os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores, o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.

Operador de comparação Significado Exemplo


= (sinal de igual) Igual a A1=B1
> (sinal de maior que) Maior que A1>B1
< (sinal de menor que) Menor que A1<B1
>= (sinal de maior ou igual a) Maior ou igual a A1>=B1
<= (sinal de menor ou igual a) Menor ou igual a A1<=B1
<> (sinal de diferente de) Diferente de A1<>B1

Operador de Concatenação de Texto


Use o 'E' comercial (&) para associar, ou concatenar, uma ou mais sequências de caracteres de
texto para produzir um único texto.

Operador de texto Significado Exemplo


Conecta ou concatena dois va-
& (E comercial) lores para produzir um valor de "Norte"&"vento"
texto contínuo

Operadores de Referência
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.

Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que pro-
duz uma referência para todas
: (dois-pontos) as células entre duas referên- B5:B15
cias, incluindo as duas referên-
cias
Operador de união, que combi-
; (ponto e vírgula) na diversas referências em uma SOMA(B5:B15;D5:D15)
referência
Operador de interseção, que
(Espaço) produz uma referência a células B7:D7 C6:C8
comuns a duas referências

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Usando as Funções

Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em uma determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser
usadas para executar cálculos simples ou complexos.

A sintaxe de Funções
O seguinte exemplo da função ARRED para arredondar um número na célula A10 ilustra a
sintaxe de uma função.

Estrutura de uma Função

1. Estrutura. A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome
da função, um parêntese de abertura, os argumentos da função separados por ponto e
vírgulas e um parêntese de fechamento.

Principais Funções do Excel

Matemáticas

SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.
Exemplos:
=SOMA(A1;A3) é igual a 10

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=SOMA(B1:C2)

Observação: Intervalo só funciona dentro de função.

=SOMA(A1)

=SOMA(A1+A2)

=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)

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Observação: Primeiro se resolve a equação matemática e depois, a função.

=A1:A2 (Erro de Valor)

=SOMA(A1:A3/B1:B2) (Erro de Valor)

Observação: Não é possível ter um operador matemático entre dois intervalos.

=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)

=SOME(A1:A3) (Erro de Nome)

Observação: O texto no Excel deve ser colocado entre “aspas” para não ser confundido
com um intervalo nomeado. Entretanto, não será possível fazer soma, média, etc.,
entre um “texto” colocado como argumento em uma função e os demais argumentos.

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MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.
A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.
Exemplo:

ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Exemplo:

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RAIZ
Retorna uma raiz quadrada positiva.
Sintaxe
=RAIZ(núm)
Núm é o número do qual você deseja obter a raiz quadrada.
Comentários: Se núm for negativo, RAIZ retornará o valor de erro #NÚM!.
Exemplo:

POTÊNCIA
Fornece o resultado de um número elevado a uma potência.
Sintaxe
=POTÊNCIA(núm;potência)
Núm é o número base. Pode ser qualquer número real.
Potência é o expoente para o qual a base é elevada.
Comentários: O operador "^" pode substituir POTÊNCIA para indicar a potência pela qual o
número base deve ser elevado, tal como em 5^2.
Exemplo:

MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui dois argumentos (valor a ser dividido: divisor)
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.
Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2

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INT
Arredonda um número para baixo até o número inteiro mais próximo.
Sintaxe
=INT(núm)
Núm é o número real que se deseja arredondar para baixo até um inteiro.
Exemplo:

ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de dígitos. Por exemplo,
se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar esse valor para duas casas decimais,
poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1;2)
O resultado dessa função é 23,78.
Sintaxe
=ARRED(número;núm_dígitos)
A sintaxe da função ARRED tem os seguintes argumentos:
número (Necessário). O número que você deseja arredondar.
núm_dígitos (Necessário). O número de dígitos para o qual você deseja arredondar o
argumento número.
Exemplo:

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TRUNCAR
Trunca um número para um inteiro, removendo a parte fracionária do número.
Sintaxe
=TRUNCAR(núm;núm_dígitos)
Núm é o número que se deseja truncar.
Núm_dígitos é um número que especifica a precisão da operação. O valor padrão para num_
digits é 0 (zero).
Comentários: TRUNCAR e INT são semelhantes pois os dois retornam inteiros. TRUNCAR
remove a parte fracionária do número. INT arredonda para menos até o número inteiro mais
próximo de acordo com o valor da parte fracionária do número. INT e TRUNC são diferentes
apenas quando usam números negativos: TRUNCAR(-4,3) retorna -4, mas INT(-4,3) retorna -5,
porque -5 é o número menor.
Exemplos:

SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;">5")
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;"John";C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a "John".
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula,
texto ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem
ser expressos como 32, ">32", B5, 32, "32", "maçãs" ou HOJE().

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Importante
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos
deve estar entre aspas duplas ("). Se os critérios forem numéricos, as aspas duplas não
serão necessárias.

intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).
Exemplos:

Estatísticas

CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.

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Exemplo:

=CONT.NÚM(C1:E2)

Observação: R$ 4,00 é igual a 4, pois esse é o formato do número.

CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)

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MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números que somou.
Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até no máximo 255.
Exemplos:

=MÉDIA(C1:E2)

=MÉDIA(C1:E2;3;5)

=SOMA(C1:E2)/CONT.NÚM(C1:E2) => equivalente à função média.

=MÉDIA(JAN;FEV) => média de intervalos nomeados.

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CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que um
número que você especificar. Por exemplo, suponha uma planilha que contenha uma lista de
tarefas na coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a
função CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;"Nancy")
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;"critério")
intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, "32", ">32", "maçãs" ou B4.
Exemplos:

MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.

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Exemplos:

=MÁXIMO(A1:C5)

MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MINIMO(núm1;núm2;...até 30)
Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)

MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz e o segundo é a posição em
relação ao maior número.

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Sintaxe
MAIOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:

=MAIOR(A3:D4;3)
2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23

=MAIOR(A1:C5;3)

MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)

Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6

=MENOR(A1:C5;5)

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=MENOR(A1:C5;19)

MODO
Retorna o valor que ocorre com mais frequência em uma matriz ou intervalo de dados.
Sintaxe
=MODO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os quais você deseja calcular o modo. Você
também pode usar uma única matriz ou referência a uma matriz em vez de argumentos
separados por ponto e vírgula.
Exemplos:

DATA
HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:

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=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade da pessoa.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é 31/08/12.

AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatadas como data e hora. Não possui argumentos.
Se o formato da célula era Geral antes de a função ter sido inserida, o Excel irá transformar
o formato dessa célula no mesmo formato de data e hora especificado nas configurações
regionais de data e hora do Painel de Controle. Você pode alterar o formato de data e hora da
célula usando os comandos no grupo Número da guia Início, na Faixa de Opções.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é 31/08/12 às 13h.

Texto

CONCATENAR
Agrupa duas ou mais cadeias de caracteres em uma única cadeia de caracteres.
Sintaxe
=CONCATENAR (texto1;texto2;...)
Texto1; texto2; ... são de 2 a 255 itens de texto a serem agrupados em um único item de texto.
Os itens de texto podem ser cadeia de caracteres, números ou referências a células únicas.
Comentários: Você também pode usar o operador de cálculo de 'E' comercial, em vez da função
CONCATENAR, para agrupar itens de texto. Por exemplo, =A1&B1 retornará o mesmo valor que
=CONCATENAR(A1;B1).

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Exemplo:

MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.
Exemplo:

MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:

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PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras para minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:

Lógicas

SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;"Mais que 10";"10 ou menos") retornará "Mais que 10" se A1 for maior que 10 e
"10 ou menos" se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto "Dentro do orçamento" e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto "Dentro do orçamento". Se o teste_lógico for considerado

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VERDADEIRO e o argumento valor_se_verdadeiro for omitido (ou seja, há apenas um ponto e
vírgula depois do argumento teste_lógico), a função SE retornará 0 (zero). Para exibir a palavra
VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento valor_se_verdadeiro.
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento teste_
lógico for considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia de
texto "Acima do orçamento" e o argumento teste_lógico for considerado FALSO, a função SE
retornará o texto "Acima do orçamento". Se teste_lógico for considerado FALSO e o argumento
valor_se_falso for omitido (ou seja, não há vírgula depois do argumento valor_se_verdadeiro),
a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se teste_lógico for considerado FALSO e o valor do
argumento valor_se_falso for omitido (ou seja, na função SE, não há ponto e vírgula depois do
argumento valor_se_verdadeiro), a função SE retornará o valor 0 (zero).
Exemplos:

Matemática Financeira

EFETIVA

Descrição
Retorna a taxa de juros anual efetiva, dados a taxa de juros anual nominal e o número de
períodos compostos por ano.
Sintaxe
=EFETIVA(taxa_nominal; npera)
A sintaxe da função EFETIVA tem os seguintes argumentos:
Taxa_nominal – Obrigatório. A taxa de juros nominal.
Npera – Obrigatório. O número de períodos compostos por ano.
Comentários:
•• Npera é truncado para que apareça como um número inteiro.
•• Se qualquer um dos argumentos não for numérico, EFETIVA retornará o valor de erro
#VALOR!.
•• Se taxa_nominal ≤ 0 ou se npera < 1, EFETIVA retornará o valor de erro #NÚM!.

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A função EFETIVA é calculada da seguinte maneira:

Exemplo:

PGTO

Descrição
Retorna o pagamento periódico de uma anuidade de acordo com pagamentos constantes e
com uma taxa de juros constante.
Sintaxe
=PGTO(taxa; nper; vp; [fv]; [tipo])
A sintaxe da função PGTO tem os seguintes argumentos:
Taxa – Obrigatório. A taxa de juros para o empréstimo.
Nper – Obrigatório. O número total de pagamentos pelo empréstimo.
Vp – Obrigatório. O valor presente, ou a quantia total agora equivalente a uma série de
pagamentos futuros; também conhecido como principal.
Vf – Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter após o último pagamento. Se vf
for omitido, será considerado 0 (zero), ou seja, o valor futuro de um empréstimo é 0.
Tipo – Opcional. O número 0 (zero) ou 1, e indica o vencimento dos pagamentos.

Comentários:
•• O pagamento retornado por PGTO inclui o principal e os juros e não inclui taxas, pagamentos
de reserva ou tarifas, às vezes associados a empréstimos.

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•• Certifique-se de que esteja sendo consistente quanto às unidades usadas para especificar
taxa e nper. Se fizer pagamentos mensais por um empréstimo de quatro anos com juros de
12% ao ano, utilize 12%/12 para taxa e 4*12 para nper. Se fizer pagamentos anuais para o
mesmo empréstimo, use 12% para taxa e 4 para nper.
Dica: Para encontrar o total pago no período da anuidade, multiplique o valor PGTO retornado
por nper.
Exemplos:

Você pode utilizar PGTO para determinar pagamentos para anuidades em vez de empréstimos.

TIR (Função TIR)

Descrição
Retorna a taxa interna de retorno de uma sequência de fluxos de caixa representada pelos
números em valores. Estes fluxos de caixa não precisam ser iguais como no caso de uma
anuidade. Entretanto, os fluxos de caixa devem ser feitos em intervalos regulares, como mensal
ou anualmente. A taxa interna de retorno é a taxa de juros recebida para um investimento
que consiste em pagamentos (valores negativos) e receitas (valores positivos) que ocorrem em
períodos regulares.
Sintaxe
=TIR (valores; [suposição])
A sintaxe da função TIR tem os seguintes argumentos:

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Valores: Uma matriz ou uma referência a células que contêm números cuja taxa interna de
retorno se deseja calcular.
•• Valores devem conter pelo menos um valor positivo e um negativo para calcular a taxa
interna de retorno.
•• TIR usa a ordem de valores para interpretar a ordem de fluxos de caixa. Certifique-se de
inserir os valores de pagamentos e rendas na sequência desejada.
•• Se uma matriz ou argumento de referência contiver texto, valores lógicos ou células em
branco, estes valores serão ignorados.
Estimativa. Um número que se estima ser próximo do resultado de TIR.
•• O Microsoft Excel usa uma técnica iterativa para calcular TIR. Começando por estimativa,
TIR refaz o cálculo até o resultado ter uma precisão de 0,00001 por cento. Se TIR não puder
localizar um resultado que funcione depois de 20 tentativas, o valor de erro #NÚM! será
retornado.
•• Na maioria dos casos, não é necessário fornecer estimativa para o cálculo de TIR. Se a
estimativa for omitida, será considerada 0,1 (10 por cento).
•• Se TIR fornecer o valor de erro #NÚM!, ou se o resultado não for próximo do esperado,
tente novamente com um valor diferente para estimativa.
Exemplo:

VPL (Função VPL)

Descrição
Calcula o valor líquido atual de um investimento utilizando a taxa de desconto e uma série de
futuros pagamentos (valores negativos) e receita (valores positivos).
Sintaxe
=VPL(taxa;valor1;[valor2];...)

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A sintaxe da função VPL tem os seguintes argumentos:
Taxa – Obrigatório. A taxa de desconto sobre o intervalo de um período.
Valor1; valor2; ... Valor1 é necessário, valores subsequentes são opcionais. Argumentos de 1 a
254 que representam os pagamentos e a receita.
•• Valor1; valor2;...devem ter o mesmo intervalo de tempo entre eles e ocorrer ao final de
cada período.
•• VPL utiliza a ordem de valor1; valor2;... para interpretar a ordem de fluxos de caixa.
Certifique-se de fornecer os valores de pagamentos e receita na sequência correta.
•• Argumentos que são células vazias, valores lógicos ou representações de números em
forma de texto, valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números são
ignorados.
•• Se um argumento for uma matriz ou referência, somente os números dessa matriz ou
referência serão contados. Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro da matriz
ou referência serão ignorados.
Exemplo:

NPER
Retorna o número de períodos para investimento de acordo com pagamentos constantes e
periódicos e uma taxa de juros constante.
Sintaxe
=NPER(taxa;pgto;vp;[vf];[tipo])
A sintaxe da função NPER tem os seguintes argumentos:
Taxa Necessário. A taxa de juros por período.
Pgto Necessário. O pagamento feito em cada período; não pode mudar durante a vigência da
anuidade. Geralmente, pgto contém o capital e os juros, mas nenhuma outra tarifa ou taxas.
Vp Necessário. O valor presente ou atual de uma série de pagamentos futuros.
Vf Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se
vf for omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Tipo Opcional. O número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento.

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Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Definir tipo para Se os vencimentos forem


0 ou omitido No final do período
1 No início do período

Exemplo:

Taxa
Retorna a taxa de juros por período de uma anuidade.
Sintaxe
TAXA(nper;pgto;vp;[vf];[tipo];[estimativa])
A sintaxe da função TAXA tem os seguintes argumentos:
Nper Obrigatório. O número total de períodos de pagamento em uma anuidade.
Pgto Obrigatório. O pagamento feito em cada período e não pode mudar durante a vigência
da anuidade. Geralmente, pgto inclui o principal e os juros e nenhuma outra taxa ou tributo. Se
pgto for omitido, você deverá incluir o argumento vf.
Vp Obrigatório. O valor presente – o valor total correspondente ao valor atual de uma série de
pagamentos futuros.
Vf Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se
vf for omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Tipo Opcional. O número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento.
Estimativa Opcional. A sua estimativa para a taxa.
Se você omitir estimativa, este argumento será considerado 10%.

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Exemplo:

Usando Referências em Fórmulas

Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha onde procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.
O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão Por padrão, o Calc usa o estilo de referência A1, que se refere a
colunas com letras (A até AMJ, para um total de 1.024 colunas) e a linhas com números (1 até
1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna. Para referir-se
a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo, B2 se refere à
célula na interseção da coluna B com a linha 2.

Para se referir a Use


A célula na coluna A e linha 10 A10
O intervalo de células na coluna A e linhas 10 a 20 A10:A20
O intervalo de células na linha 15 e colunas B até E B15:E15
Todas as células na linha 5 5:5
Todas as células nas linhas 5 a 10 05:10
Todas as células na coluna H H:H
Todas as células nas colunas H a J H:J
O intervalo de células nas colunas A a E e linhas 10 a 20 A10:E20

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Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Fazendo referência a uma outra planilha No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA calcula
o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta de trabalho.

Referência a um intervalo de células em outra


planilha na mesma pasta de trabalho
1. Refere-se a uma planilha denominada Marketing
2. Refere-se a um intervalo de células entre B1 e
B10, inclusive
3. Separa a referência de planilha da referência do
intervalo de células

Referências Absolutas, Relativas e Mistas


Referências relativas Uma referência relativa em uma fórmula, como A1, é baseada na posição
relativa da célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência. Se a posição da célula que
contém a fórmula se alterar, a referência será alterada. Se você copiar ou preencher a fórmula
ao longo de linhas ou de colunas, a referência se ajustará automaticamente. Por padrão, novas
fórmulas usam referências relativas. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência
relativa da célula B2 para a B3, ela se ajustará automaticamente de =A1 para =A2.

Fórmula copiada com referência relativa

Referências absolutas Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1, sempre
se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a fórmula se
alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas fórmulas
usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas. Por
exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula B3,
ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.

Fórmula copiada com referência absoluta

Referências mistas Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao longo
de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente e a referência absoluta
não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da célula A2
para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.

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Fórmula copiada com referência mista

Uma maneira simples de resolver questões que envolvem referência é a seguinte:


Na célula A3 há a seguinte fórmula =soma(G$6:$L8) e foi copiada para a célula C5. A
questão solicita como ficou a Função lá:
Monte da seguinte maneira:
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=
E então copie a Função acertando as referências:
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=SOMA(
Para acertar as referências faça uma a uma copiando da fórmula que está na A3 e
aumentando a mesma quantidade de letras e números que aumentou de A3 para C5.
Veja que do A para C aumentou 2 letras e do 3 para o 5 dois números. Então aumente
essa quantidade nas referências mas com o cuidado de que os itens que tem um cifrão
antes não se alteram.
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=SOMA(I$6:$L10)
Vejam que o G aumentou duas letras e foi para o I e o 8 aumentou dois números e foi
para o 10. No resto não mexemos porque há um cifrão antes.

Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.

1. As funções MÉDIA e SOMA são aninhadas na função SE.


Retornos válidos Quando uma função aninhada é usada como argumento, ela deve retornar
o mesmo tipo de valor utilizado pelo argumento. Por exemplo, se o argumento retornar um
valor VERDADEIRO ou FALSO, a função aninhada deverá retornar VERDADEIRO ou FALSO. Se
não retornar, a planilha exibirá um valor de erro #VALOR!

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Limites no nível de aninhamento Uma fórmula pode conter até sete níveis de funções
aninhadas. Quando a Função B for usada como argumento na Função A, a Função B será
de segundo nível. Por exemplo, as funções MÉDIA e SOMA são de segundo nível, pois são
argumentos da função SE. Uma função aninhada na função MÉDIA seria de terceiro nível, e
assim por diante.

GRÁFICOS
O Microsoft Excel não fornece mais o assistente de gráfico. Como alternativa, crie um gráfico
básico clicando no tipo desejado na guia Inserir do grupo Gráficos. Para criar um gráfico que
exiba os detalhes desejados, continue nas próximas etapas do seguinte passo a passo.
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em uma
planilha. Em seguida, faça a plotagem desses dados em um gráfico selecionando o tipo de
gráfico que deseja utilizar na guia Inserir, no grupo Gráficos.

1. Dados da planilha
2. Gráfico criado a partir de dados da planilha
O Excel oferece suporte para vários tipos de gráficos com a finalidade de ajudá-lo a exibir dados
de maneiras que sejam significativas para o seu público-alvo. Ao criar um gráfico ou modificar
um gráfico existente, você pode escolher entre uma grande variedade de tipos de gráficos
(como gráfico de colunas ou de pizza) e seus subtipos (como gráfico de colunas empilhadas ou
gráfico de pizza em 3D). Também pode criar um gráfico de combinação usando mais de um tipo
de gráfico.

Exemplo de gráfico de combinação que utiliza um tipo de gráfico de coluna e linha.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1681
Conhecendo os elementos de um gráfico
Um gráfico possui vários elementos. Alguns deles são exibidos por padrão, enquanto outros
podem ser adicionados conforme necessário. É possível alterar a exibição dos elementos do
gráfico movendo-os para outros locais no gráfico, redimensionando-os ou alterando seu
formato. Também é possível remover os elementos que você não deseja exibir.

1. A área do gráfico.
2. A área de plotagem do gráfico.
3. Os pontos de dados da série de dados
que são plotados no gráfico.
4. O eixo horizontal (categoria) e o eixo
vertical (valor) ao longo dos quais os
dados são plotados no gráfico.
5. A legenda do gráfico.
6. Um título de gráfico e eixo que você pode
utilizar no gráfico.
7. Um rótulo de dados que você pode usar para identificar os detalhes de um ponto de dados
em uma série de dados.
Depois de criar um gráfico, você pode modificar qualquer um de seus elementos. Por exemplo,
pode alterar a forma como os eixos são exibidos, adicionar um título ao gráfico, mover ou
ocultar a legenda ou exibir elementos adicionais do gráfico.

Criar um gráfico básico

Na maioria dos gráficos, como os de colunas e barras, você pode plotar neles os dados
organizados em linhas ou colunas de uma planilha. Entretanto, alguns tipos de dados (como os
de pizza e de bolhas) exigem uma organização específica dos dados.

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1. Na planilha, organize os dados que você deseja plotar em um gráfico.


Os dados podem ser organizados em linhas ou colunas – o Excel determina automaticamente
a melhor maneira de plotá-los no gráfico. Alguns tipos de gráfico (como gráficos de pizza e de
bolhas) exigem uma organização específica dos dados.

2. Selecione as células que contêm os dados que você deseja usar no gráfico.

3. Na guia Inserir, no grupo Gráficos, siga um destes procedimentos:


•• Clique no tipo de gráfico e, em seguida, clique no subtipo de gráfico que deseja usar.
•• Para visualizar todos os tipos de gráficos disponíveis, clique em um tipo de gráfico, clique
em para iniciar a caixa de diálogo Inserir Gráfico e clique nas setas para rolar pelos tipos
de gráficos disponíveis.

4. Por padrão, o gráfico é colocado na planilha como um Gráfico Inserido. Para colocá-lo em
planilha de gráfico separada, altere a sua localização fazendo o seguinte:

1. Clique em qualquer local do gráfico inserido para ativá-lo.


Isso exibe as Ferramentas de Gráfico, adicionando as guias Design, Layout e Formatar.
2. Na guia Design, no grupo Local, clique em Mover Gráfico.

3. Em Escolha o local onde o gráfico deve ser posicionado, execute um dos seguintes
procedimentos:
•• Para exibir o gráfico na planilha de gráfico, clique em Nova planilha.
•• Para exibir o gráfico como um gráfico incorporado em uma planilha, clique em
Objeto em e, em seguida, clique em uma planilha na caixa Objeto em.

5. O Excel atribuirá automaticamente um nome ao gráfico, como Gráfico1 se este for o


primeiro gráfico criado em uma planilha. Para alterar esse nome, faça o seguinte:

1. Clique no gráfico.

2. Na guia Layout, no grupo Propriedades, clique na caixa de texto Nome do Gráfico.

3. Digite um novo nome.

4. Pressione ENTER.

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Observação: Para criar rapidamente um gráfico que se baseie no tipo de gráfico
padrão, selecione a data que você deseja usar para o gráfico e pressione ALT + F1 ou
F11. Quando você pressiona ALT + F1, o gráfico é exibido como um gráfico incorporado;
quando você pressiona F11, o gráfico é exibido em uma planilha de gráfico separada.

Etapa 2: alterar o layout ou o estilo de um gráfico


Depois de criar um gráfico, é possível alterar instantaneamente a sua aparência. Em vez de
adicionar ou alterar manualmente os elementos ou a formatação do gráfico, é possível aplicar
rapidamente um layout e um estilo predefinidos ao gráfico. O Excel fornece uma variedade de
layouts e estilos úteis e predefinidos (ou layouts e estilos rápidos) que você pode selecionar,
mas é possível personalizar um layout ou estilo conforme necessário, alterando manualmente
o layout e o formato de elementos individuais.

APLICAR UM LAYOUT DE GRÁFICO PREDEFINIDO


1. Clique em qualquer local do gráfico que você deseja formatar usando um layout de gráfico
predefinido.

2. Na guia Design, no grupo Layouts de Gráfico, clique no layout de gráfico que deseja usar.

Observação: Quando o tamanho da janela do Excel for reduzido, os layouts de gráfico


estarão disponíveis na galeria Layout Rápido no grupo Layouts de Gráfico.

APLICAR UM ESTILO DE GRÁFICO PREDEFINIDO

1. Clique em qualquer local do gráfico que você deseja formatar usando um estilo de gráfico
predefinido.

2. Na guia Design, no grupo Estilos de Gráfico, clique no estilo de gráfico a ser usado.

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ALTERAR MANUALMENTE O LAYOUT DOS ELEMENTOS DO GRÁFICO


1. Clique no elemento de gráfico cujo layout você deseja alterar ou siga este procedimento
para selecioná-lo em uma lista de elementos:
1. Clique em qualquer local do gráfico para exibir as Ferramentas de Gráfico.
2. Na guia Formatar, no grupo Seleção Atual, clique na seta na caixa Elementos de Gráfico
e selecione o elemento de gráfico desejado.

2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, Eixos ou Plano de Fundo, clique no botão do elemento
de gráfico que corresponde ao elemento que você selecionou e clique na opção de layout
desejada.

ALTERAR MANUALMENTE O FORMATO DOS ELEMENTOS DO GRÁFICO


1. Clique no elemento de gráfico cujo estilo você deseja alterar ou siga este procedimento
para selecioná-lo em uma lista de elementos:
1. Clique em qualquer local do gráfico para exibir as Ferramentas de Gráfico.
2. Na guia Formatar, no grupo Seleção Atual, clique na seta na caixa Elementos de Gráfico
e selecione o elemento de gráfico desejado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1685
2. Na guia Formato, siga um ou mais destes procedimentos:
•• Para formatar qualquer elemento do gráfico selecionado, no grupo Seleção Atual,
clique em Seleção de Formato e, em seguida, selecione as opções de formato que
deseja.
•• Para formatar a forma de um elemento do gráfico selecionado, no grupo Estilos de
Forma, clique no estilo que deseja ou clique em Preenchimento de Forma, Contorno
da Forma ou Efeitos de Forma e, em seguida, selecione as opções de formato que
deseja.
•• Para formatar o texto de um elemento do gráfico selecionado utilizando o WordArt,
no grupo Estilos de WordArt, clique em um estilo. Também é possível clicar em
Preenchimento do Texto, Contorno do Texto ou Efeitos de Texto e selecionar as opções
de formato que desejar.

Observações: Depois de aplicar um estilo de WordArt, não é difícil remover o formato


desse WordArt. Se não quiser o estilo de WordArt selecionado, escolha outro ou clique
em Desfazer na Barra de Ferramentas de Acesso Rápido para retornar ao formato de
texto anterior.

3. Dica Para utilizar a formatação de texto normal com o objetivo de formatar o texto nos
elementos do gráfico, clique com o botão direito ou selecione o texto e clique nas opções
de formatação desejadas na Minibarra de ferramentas. Também é possível usar os botões
de formatação da faixa de opções (guia Página Inicial, grupo Fonte).

Etapa 3: adicionar ou remover títulos ou rótulos de dados


Para facilitar o entendimento de um gráfico, é possível adicionar títulos, como um título de
gráfico e títulos de eixo. Os títulos de eixo estão geralmente disponíveis para todos os eixos
que podem ser exibidos em um gráfico, incluindo eixos de profundidade (série) em gráficos
3D. Alguns tipos de gráfico (como os gráficos de radar) possuem eixos, mas não podem exibir
títulos de eixos. Os tipos de gráfico que não possuem eixos (como gráficos de pizza e de roscas)
também não exibem títulos de eixo.

ADICIONAR UM TÍTULO DE GRÁFICO

1. Clique em qualquer lugar do gráfico em que você deseja adicionar um título.


2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, clique em Título do Gráfico.

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3. Clique em Título de Sobreposição Centralizado ou Acima do Gráfico.


4. Na caixa de texto Título do Gráfico exibida no gráfico, digite o texto desejado.
5. Para formatar o texto, selecione-o e clique nas opções de formatação desejadas na
Minibarra de ferramentas.

ADICIONAR TÍTULOS DE EIXO

1. Clique em qualquer lugar do gráfico em que você deseja adicionar títulos de eixo.
2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, clique em Títulos dos Eixos.

3. Siga um ou mais destes procedimentos:


•• Para adicionar um título a um eixo horizontal (categoria) principal, clique em Título do Eixo
Horizontal Principal e selecione a opção desejada.
•• Para adicionar um título ao eixo vertical principal (valor), clique em Título do Eixo Vertical
Principal e selecione a opção desejada.
•• Para adicionar um título a um eixo de profundidade (série), clique em Título do Eixo de
Profundidade e selecione a opção desejada.

4. Na caixa de texto Título do Eixo exibida no gráfico, digite o texto desejado.

5. Para formatar o texto, selecione-o e clique nas opções de formatação desejadas na


Minibarra de ferramentas.

Etapa 4: mostrar ou ocultar uma legenda


Quando você cria um gráfico, uma legenda é exibida, mas depois é possível ocultá-la ou
modificar o seu local.

1. Clique no gráfico em que você deseja mostrar ou ocultar uma legenda.

2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, clique em Legenda.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1687
3. Siga um destes procedimentos:
•• Para ocultar a legenda, clique em Nenhum.
•• Para exibir uma legenda, clique na opção de exibição desejada.
•• Para ver opções adicionais, clique em Mais Opções de Legenda e selecione a opção de
exibição desejada.

Etapa 5: exibir ou ocultar eixos ou linhas de grade do gráfico


Quando você cria um gráfico, os eixos principais são exibidos para a maioria dos tipos de
gráficos. É possível ativá-los ou desativá-los conforme necessário. Ao adicionar eixos, você
pode especificar o nível de detalhes que eles devem exibir. Um eixo de profundidade é exibido
quando um gráfico 3D é criado.

EXIBIR OU OCULTAR EIXOS PRINCIPAIS

1. Clique no gráfico no qual você deseja exibir ou ocultar eixos.

2. Na guia Layout, no grupo Eixos, clique em Eixos e siga um destes procedimentos:


•• Para exibir um eixo, clique em Eixo Horizontal Principal, Eixo Vertical Principal ou Eixo
de Profundidade (em um gráfico 3D) e clique na opção de exibição de eixo desejada.
•• Para ocultar um eixo, clique em Eixo Horizontal Principal, Eixo Vertical Principal ou
Eixo de Profundidade (em um gráfico 3D). Em seguida, clique em Nenhum.
•• Para exibir opções detalhadas de dimensionamento e exibição de eixos, clique em Eixo.
•• Horizontal Principal, Eixo Vertical Principal ou Eixo de Profundidade (em um gráfico
3D). Em seguida, clique em Mais Opções de Eixo Horizontal Principal, Mais Opções de
Eixo Vertical Principal ou Mais Opções de Eixo de Profundidade.

Etapa 6: mover ou redimensionar um gráfico


É possível mover um gráfico para qualquer local de uma planilha ou para uma planilha nova ou
existente. Também é possível alterar o tamanho do gráfico para ter um melhor ajuste.

MOVER UM GRÁFICO
Para mover um gráfico, arraste-o até o local desejado.

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REDIMENSIONAR UM GRÁFICO
Para redimensionar um gráfico, siga um destes procedimentos:
•• Clique no gráfico e arraste as alças de dimensionamento até o tamanho desejado.
•• Na guia Formato, no grupo Tamanho, digite o tamanho nas caixas Altura da Forma e
Largura da Forma.

Dica: Para ver mais opções de dimensionamento, na guia Formato, no grupo Tamanho, clique
em para iniciar a caixa de diálogo Formatar Área do Gráfico. Na guia Tamanho, é possível
selecionar opções para dimensionar, girar ou ajustar a escala do gráfico. Na guia Propriedades,
é possível especificar como você deseja mover ou dimensionar esse gráfico com as células na
planilha.

Etapa 7: salvar um gráfico como modelo


Para criar outro gráfico como o recém-criado, salve o gráfico como um modelo que pode ser
usado como base para outros gráfico semelhantes

1. Clique no gráfico que deseja salvar como um modelo.


2. Na guia Design, no grupo Tipo, clique em Salvar como Modelo.

3. Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para o modelo.


Dica A menos que uma pasta diferente seja especificada, o arquivo modelo (.crtx) será salvo na
pasta Gráficos e o modelo ficará disponível em Modelos na caixa de diálogo Inserir Gráfico (na
guia Inserir, grupo Gráficos, Iniciador de Caixa de Diálogo ) e na caixa de diálogo Alterar
Tipo de Gráfico (guia Design, grupo Tipo, Alterar Tipo de Gráfico).

Observação: Um modelo de gráfico contém a formatação do gráfico e armazena as


cores que estão em uso quando este é salvo como modelo. Quando você usa um
modelo para criar um gráfico em outra pasta de trabalho, o gráfico novo usa as cores
do modelo – não as cores do tema de documento atualmente aplicadas à pasta de
trabalho. Para usar as cores do tema de documento em vez das cores do modelo
de gráfico, clique com o botão direito na área do gráfico e, em seguida, clique em
Redefinir para Coincidir Estilo.

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CLASSIFICAR DADOS
A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira
colocar uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de
produtos do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação
de dados ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, organizar
e localizar dados desejados e por fim tomar decisões mais efetivas.

Classificar texto
1. Selecione uma coluna de dados alfanuméricos em um intervalo de células ou certifique-se
de que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados alfanuméricos

2. Na guia Início, no grupo Edição e, em seguida, clique em


Classificar e Filtrar.

3. Siga um destes procedimentos:


•• Para classificar em ordem alfanumérica crescente, clique em Classificar de A a Z.
•• Para classificar em ordem alfanumérica decrescente, clique em Classificar de Z a A.
4. Como opção, você pode fazer uma classificação que diferencie letras maiúsculas de
minúsculas.

Classificar números
1. Selecione uma coluna de dados numéricos em um intervalo de células ou certifique-se de
que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados numéricos.

2. Na guia Início, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga um


destes procedimentos:
•• Para classificar de números baixos para números altos, clique em Classificar do Menor
para o Maior.
•• Para classificar de números altos para números baixos, clique em Classificar do Maior
para o Menor.

Classificar datas ou horas


1. Selecione uma coluna de data ou hora em um intervalo de células ou certifique-se de que a
célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha data ou hora.
2. Selecione uma coluna de datas ou horas em um intervalo de células ou tabelas.
3. Na guia Início, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga um destes
procedimentos:
•• Para classificar de uma data e hora anterior para uma data ou hora mais recente, clique
em Classificar da Mais Antiga para a Mais Nova.
•• Para classificar de uma data e hora recente para uma data ou hora mais antiga, clique
em Classificar da Mais Nova para a Mais Antiga.

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Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar outro

Aviso: Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para fora de
outras células na mesma linha.

1. Selecione uma coluna em um intervalo de células contendo duas ou mais colunas.


2. Para selecionar a coluna que deseja classificar, clique no título da coluna.
3. Na guia Início, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e siga um destes
procedimentos:
4. A caixa de diálogo Aviso de Classificação é exibida.
5. Selecione Continuar com a seleção atual.
6. Clique em Classificar.
7. Selecione outras opções de classificação desejadas na caixa de diálogo Classificar e, em
seguida, clique em OK.

Ordens de classificação padrão


Em uma classificação crescente, o Microsoft Office Excel usa a ordem a seguir. Em uma
classificação decrescente, essa ordem é invertida.

Valor Comentário
Números Os números são classificados do menor número negativo ao maior número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
O texto alfanumérico é classificado da esquerda para a direita, caractere por caractere.
Por exemplo, se uma célula contiver o texto "A100", o Excel a colocará depois de uma
célula que contenha a entrada "A1" e antes de uma célula que contenha a entrada
"A11".
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto, são classificados
na seguinte ordem:
•• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! " # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ + < = >
Texto ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
•• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
sequências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela fizesse
distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo Opções de
Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a seguinte: a A b B c C d D e
EfFgGhHiIjJkKlLmMnNoOpPqQrRsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são sempre exibidas
Células em por último.
branco Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de uma célula
com um ou mais caracteres de espaço.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1691
CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.

1. Selecione uma coluna de dados em um intervalo de células ou certifique-se de que a célula


ativa esteja em uma coluna da tabela.
2. Na guia Início, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, clique em
Personalizar Classificação.
A caixa de diálogo Classificar é exibida.
3. Em coluna, na caixa Classificar por ou Em seguida por, selecione a coluna que deseja
classificar. Se for necessário adicione mais níveis.

4. Em Ordenar, selecione o método desejado.


5. Clique em OK.

CONFIGURAR PÁGINA

Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.

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Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Definir uma ou mais áreas de impressão

1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Área de Impressão e, em


seguida, clique em Definir Área de Impressão.

Adicionar células a uma área de impressão existente

1. Na planilha, selecione as células que deseja adicionar à área de impressão existente.

Observação: Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área
de impressão existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de
impressão em uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as
células adjacentes podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Área de Impressão e, em


seguida, clique em Adicionar à Área de Impressão.

Limpar uma área de impressão

Observação: Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de
impressão removerá todas as áreas de impressão na planilha.

1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Limpar Área de Impressão.

Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica.
Uma planilha consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada
em uma pasta de trabalho.) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere
quebras de página automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem,
nas opções de escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você.
Para imprimir uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de
página na planilha antes de imprimi-la.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1693
Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.

Para Inserir uma quebra de página

1. Selecione a planilha que você deseja modificar.


2. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição da Planilha, clique em Visualização da Quebra
de Página.

Dica Também é possível clicar em Visualizar Quebra de Página na barra de status.

Observação: Se você obtiver a caixa de diálogo Bem-vindo à Visualização de Quebra


de Página, clique em OK. Para não ver essa caixa de diálogo sempre que você for para
o modo de exibição Visualização de Quebra de Página, marque a caixa de seleção Não
mostrar esta caixa de diálogo novamente antes de clicar em OK.

3. Siga um destes procedimentos:


•• Para inserir uma quebra de página horizontal, selecione a linha abaixo da qual você
deseja inseri-la.
•• Para inserir uma quebra de página vertical, selecione a coluna à direita da qual você
deseja inseri-la.
4. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Quebras.

5. Clique em Inserir Quebra de Página.


Dica Também é possível clicar com o botão direito do mouse na linha abaixo da qual ou na
coluna à direita da qual você deseja inserir uma quebra de linha e clicar em Inserir Quebra de
Página.

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Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados serão rotulados corretamente.

1. Selecione a planilha que deseja imprimir.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Imprimir Títulos.

Observação: O comando Imprimir Títulos aparecerá esmaecido se você estiver em


modo de edição de célula, se um gráfico estiver selecionado na mesma planilha ou se
você não tiver uma impressora instalada.

3. Na guia Planilha, em Imprimir títulos, siga um destes procedimentos ou ambos:


•• Na caixa Linhas a repetir na parte superior, digite a referência das linhas que contêm
os rótulos da coluna.
•• Na caixa Colunas a repetir à esquerda, digite a referência das colunas que contêm os
rótulos da linha.
Por exemplo, se quiser imprimir rótulos de colunas no topo de cada página impressa, digite
$1:$1 na caixa Linhas a repetir na parte superior.

Dica Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo na extremidade direita
das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda e selecionar as
linhas ou colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de concluir a seleção das
linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de Diálogo novamente para
voltar à caixa de diálogo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1695
Observação: Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir
na parte superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa
de diálogo Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique
em qualquer planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver
visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique
em Desagrupar Planilhas no menu de atalho.

IMPRESSÃO

É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.
Imprimir uma planilha ou pasta de trabalho inteira ou parcial

1. Siga um destes procedimentos:


•• Para imprimir uma planilha parcial, clique na planilha e selecione o intervalo de dados
que você deseja imprimir.
•• Para imprimir a planilha inteira, clique na planilha para ativá-la.
•• Para imprimir uma pasta de trabalho, clique em qualquer uma de suas planilhas.
2. Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.
Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + P.

3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.

Observação: Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá


apenas essas áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão
definida, marque a caixa de seleção Ignorar área de impressão.

Imprimir várias planilhas de uma vez


1. Selecione as planilhas que você deseja imprimir.

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Informática – Microsoft Excel 2010 – Prof. Márcio Hunecke

Para selecionar Faça o seguinte


Clique na guia da planilha.

Uma única planilha Caso a guia desejada não seja exibida, clique nos botões de rolagem de
guias para exibi-la e clique na guia.

Clique na guia da primeira planilha. Em seguida, mantenha pressionada


Duas ou mais
a tecla SHIFT enquanto clica na guia da última planilha que deseja
planilhas adjacentes
selecionar.
Clique na guia da primeira planilha. Em seguida, mantenha pressionada
Duas ou mais planilhas
a tecla CTRL enquanto clica nas guias das outras planilhas que deseja
não adjacentes
selecionar.
Todas as planilhas de uma Clique com o botão direito do mouse em uma guia de planilha e clique
pasta de trabalho em Selecionar Todas as Planilhas.

2. Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.


Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + P.

Imprimir várias pastas de trabalho de uma vez


Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.

1. Clique no Arquivo e clique em Abrir.


Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + A.

2. Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.

3. Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.

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Informática

LIBREOFFICE CALC RESUMIDO

Informações do Produto

LibreOffice é uma suíte de aplicativos livre para escritório disponível para Windows, Unix,
Solaris, Linux e Mac OS X. A suíte utiliza o formato OpenDocument (ODF – OpenDocument
Format) – formato homologado como ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300 – e é também
compatível com os formatos do Microsoft Office, além de outros formatos legados.
O LibreOffice surgiu como uma ramificação do projeto original OpenOffice.org, que, por sua
vez, é oriundo do StarOffice 5.1, adquirido pela Sun Microsystems com a compra da Star
Division em agosto de 1999. O código fonte da suíte foi liberado para que fosse possível a
participação de contribuintes para desenvolvê-lo, dando início ao projeto de desenvolvimento
de um software de código aberto em 13 de outubro de 2000, o OpenOffice.org. O principal
objetivo era fornecer uma alternativa de baixo custo, de alta qualidade e de código aberto.
O download do LibreOffice está disponível no site http://www.libreoffice.org.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Libreoffice.org

Tela Inicial

* A Tela Inicial da versão 5 do LibreOffice Calc possui Barra de Título (1), Barra de Menu (2),
Barra de Ferramenta Padrão (3), Barra de Ferramenta Formatação (4), Barra de fórmulas (5),
Barra lateral (6) e Barra de status (7).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1699
Menus e as principais opções

Arquivo

Opção Tecla de atalho Descrição


Novo Ctrl + N Cria um novo documento do LibreOffice.
Abrir Ctrl + O Abre ou importa um arquivo.
Salvar Ctrl + S Salva o documento atual.
Salva o documento atual em outro local ou com um
Salvar como Ctrl + Shift + S
nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente.
Salva o documento atual em outro local ou com um
Exportar como PDF nome de arquivo em formato PDF. Permite configurar
diversas opções.
Visualizar impressão Ctrl + Shift + O Visualizar uma página antes de imprimir.
Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas
Imprimir Ctrl + P
que você especificar.
Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para
Sair do LibreOffice Ctrl + Q
salvar as modificações.

Editar

Opção Tecla de atalho Descrição


Desfazer Ctrl + Z Desfaz o último comando ou a última entrada digitada.
Refazer Ctrl + Y Reverte a ação do último comando “Desfazer”.
Repete o último comando ou a última entrada
Repetir Ctrl + Shift + Y
digitada.
Recortar Ctrl + X Remove e copia a seleção para a área de transferência.
Copiar Ctrl + C Copia a seleção para a área de transferência.
Insere o conteúdo da área de transferência no local
Colar Ctrl + V do cursor, e substitui qualquer texto ou objeto
selecionado.
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou
Selecionar tudo Ctrl + A
objeto de texto atual.
Procura ou substitui textos ou formatos no documento
Localizar e substituir Ctrl + H
atual.
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear
Registrar alterações
as alterações em seu arquivo.
Comparar Compara o documento atual com um documento que
documento você seleciona.

1700 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Calc Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Exibir

Opção Tecla de atalho Descrição


Normal Mostra a exibição normal da planilha.
Exibe as quebras de página e intervalos de impressão
Quebra de página
na planilha.
Abre um submenu para mostrar e ocultar barras de
Barras de ferramentas. Uma barra de ferramentas contém
ferramentas ícones e opções que permitem acessar rapidamente
os comandos do LibreOffice.
Mostra ou oculta a barra de fórmulas, utilizada para
Barra de fórmulas
inserir e editar fórmulas.
Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior
Barra de status
da janela.
Divide a planilha no canto superior esquerdo da célula
Congelar linhas e
ativa. A área localizada na parte superior esquerda
colunas
não será mais deslizável.
Mostra ou oculta a barra lateral (Sidebar). Ela dispo-
Barra lateral nibiliza ferramentas utilizadas mais frequentemente,
agrupadas em painéis.
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para
acessar rapidamente diferentes partes do documento
Navegador F5 e para inserir elementos do documento atual ou de
outros documentos abertos, bem como para organizar
documentos mestre.
Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas
no Calc. Para sair do modo de tela inteira, clique no
Tela inteira Ctrl + Shift + J
botão Ativar/Desativar tela inteira ou pressione a
tecla ESC.
Zoom Especifica o fator de zoom da exibição da página atual.

Inserir

Opção Tecla de atalho Descrição


Figura Selecione a origem da figura que deseja inserir.
Permite inserir uma tabela dinâmica que fornece um
resumo de uma grande massa de dados. Você pode
Tabela dinâmica
visualizar a tabela dinâmica para observar diferentes
resumos dos dados.
Abre o Assistente de funções, que ajuda a criar
Função Ctrl +F2
fórmulas de modo interativo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1701
Permite que você nomeie as diferentes seções de
Intervalos nomeados
uma planilha.
Insere uma anotação na posição atual do cursor.
Anotação Ctrl + Alt + C Uma caixa de anotação será mostrada na margem da
página, para digitar sua anotação.
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie
Hyperlink Ctrl + K
e edite hiperlinks.
Adiciona um cabeçalho ou rodapé ao estilo de página
atual. Um cabeçalho é uma área na margem superior
Cabeçalho e Rodapé da página à qual você pode adicionar texto ou figuras.
Um rodapé é uma área na margem inferior da página
à qual você pode adicionar texto ou figuras.

Formatar

Opção Tecla de atalho Descrição


Remove a formatação direta e a formatação por
Limpar formatação
Ctrl + M estilos de caracteres da seleção. A formatação direta
direta
é a formatação que você aplica sem o uso de estilos.
Permite que você especifique diversas opções de
Células Ctrl + 1
formatação e aplique atributos às células selecionadas.
Define a altura da linha e oculta ou mostra as linhas
Linha
selecionadas.
Define a largura da coluna e oculta ou mostra as
Coluna
colunas selecionadas.
Combina as células selecionadas em uma única célula
Mesclar células ou divide células mescladas. Centraliza o conteúdo da
célula.
Escolha Formatação condicional para definir os
Formatação
estilos de formatação dependentes de condições
condicional
especificadas.

Planilha

Opção Tecla de atalho Descrição


Permite inserir células deslocando outras para baixo,
Inserir células Ctrl + +
para direita, linha inteira ou coluna inteira.
Inserir linhas Permite inserir linhas acima ou abaixo da linha atual.
Permite inserir colunas à esquerda ou à direita da
Inserir colunas
coluna atual.
Permite excluir células deslocando outras para cima,
Excluir células Ctrl + -
para esquerda, linha inteira ou coluna inteira.

1702 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – LibreOffice Calc Resumido – Prof. Márcio Hunecke

Excluir linhas Permite exclui a linha atual.


Excluir colunas Permite exclui a coluna atual.
Referências relativas/ Altera entre “sem referência”, “referência relativa” e
F4
absolutas “referência absoluta”.
Renomear planilha Permite alterar o nome padrão “Planilha1”.

Dados

Opção Tecla de atalho Descrição


Faz a classificação alfabética ou numérica dos parágrafos
selecionados. Você pode definir até 3 chaves de classifi-
Classificar
cação e combinar chaves de classificação alfanuméricas
e numéricas.
Os campos de texto são classificados em ordem
Classificar em ordem
alfabética (de A a Z) e os campos numéricos, em ordem
crescente
crescente (de 0 a 9).
Os campos de texto são classificados em ordem
Classificar em ordem
alfabética (de Z a A) e os campos numéricos em ordem
decrescente
numérica decrescente (de 9 a 0).
Filtra os registros, com base no conteúdo do campo de
Autofiltro
dados selecionado.

Ferramentas

Opção Tecla de atalho Descrição


Ortografia F7 Verifica o documento em busca de erros de ortografia.
Verificação Ativa ou desativa a verificação ortografia à medida
ortográfica Shift + F7 que você digita e, então, sublinha os erros. Configura-
automática ção ativada por padrão.
Abre um caixa de diálogo para substituir a palavra atu-
Dicionário de al por um sinônimo, ou termo relacionado. O suporte
Ctrl + F7
sinônimos para o dicionário de sinônimos não está disponível
para todos os idiomas.
Opções da Define as opções para a substituição automática de
autocorreção texto à medida que você digita.
Utilizado para resolver uma equação com uma variá-
vel. Após uma pesquisa bem-sucedida, uma caixa de
Atingir meta diálogo será aberta com os resultados, permitindo
que você aplique o resultado e o valor de destino di-
retamente dentro da célula.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1703
O objetivo do processo de resolução do solver é
encontrar os valores das variáveis de uma equação que
resultem em um valor ótimo na célula alvo, também
Solver
conhecida por "objetivo". Você pode escolher se o
valor na célula alvo deve ser um máximo, um mínimo,
ou se aproximar de um dado valor.
Protege as células da planilha atual contra modifica-
Proteger planilha
ções.
Macros Permite criar e executar macros e diversos formatos.

Janela

Opção Tecla de atalho Descrição


Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da
Nova janela janela atual. Você pode agora ver diferentes partes
do mesmo documento ao mesmo tempo.
Fechar janela Ctrl + W
Ctrl + F4 Fecha a janela atual.

Ajuda

Opção Tecla de atalho Descrição


Ajuda do LibreOffice F1 Abre a ajuda do LibreOffice
Sobre o LibreOffice Mostra a versão e os Termos de licença do LibreOffice.
Ctrl + F4 Fecha a janela atual.

Extensões dos arquivos


* Microsoft Excel
XLSX (Pasta de Trabalho do Excel)
XLS (Pasta de Trabalho do Excel 97–2003)
XLSM (Pasta de Trabalho Habilitada para Macro do Excel)
XLTX (Modelo do Excel)
XLTM (Modelo Habilitado para Macro do Excel)
* LibreOffice ou BrOffice Calc (formato UDF)
ODS (Planilha ODF)

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OTS (Modelo de Planilha ODF)


* Diferentemente do OpenOffice e BrOffice Calc, o LibreOffice Calc permite abrir e salvar
arquivos com extensão XLSX. O Microsoft Excel abre e salva com extensão ODS.

Modos de seleção

* O Calc tem Modos Seleção, Padrão (PADRÃO), Estender seleção (EXT) – F8 ou SHIFT, Adicionar
seleção (ADIC) – SHIFT + F8 ou CTRL, Seleção em bloco (BLOCO) configurável na barra de status.

Teclas de atalho

As teclas de atalho do Excel normalmente usam a primeira letra da palavra em português com
a tecla CTRL, no Calc, normalmente usam a primeira letra da palavra em inglês e a tecla CTRL.

Intersecção

No Excel a intersecção usada na soma, por exemplo, é representada com (espaço). No Calc com
ponto de exclamação. Exemplo:
Calc: =SOMA(A1:C3!B2:C4)
Excel: =SOMA(A1:C3 B2:C4)

Referência a outras planilhas

No Excel a referência a outras planilhas é realizada com o nome da planilha seguido do ponto
de exclamação. No Calc é feito com ponto. Exemplo:
Calc: =Planilha1.A1
Excel: =Plan1!A1

Nome das Funções

O Excel corrige automaticamente a acentuação das funções. No Calc, se o acento não foi
digitado, aparece a mensagem de erro “#NOME?”. Exemplo:
Calc não aceita: =MEDIA(A1)
Excel aceita: =MEDIA(A1)

www.acasadoconcurseiro.com.br 1705
Formatação Moeda e Contábil

O Calc não tem formatação Contábil (R$ 100,00), utiliza somente o formato Moeda (R$ 100,00).

Alça de Preenchimento

No Excel ao arrastar a alça de preenchimento com apenas um número ou texto selecionado,


o Excel copia o mesmo conteúdo. Se quiser fazer sequência para números, pressionar junto a
tecla CTRL. O Calc automaticamente faz sequência.
No Excel ao arrastar com a alça de preenchimento um “número + texto”, ele faz sequência, mas
o número não fica negativo, volta a ser positivo. No Calc o número fica negativo. Exemplo:
Calc: TEXTO1, TEXTO0, TEXTO-1, TEXTO-2.....
Excel: TEXTO1, TEXTO0, TEXTO1, TEXTO2.....

Barra de Status

Na Barra de Status do Excel, podemos incluir até 6 operações. Já vem com 3 (média, contagem
e soma) e posso incluir (Contagem numérica, Mínimo e Máximo). No Calc temos as mesmas
opções, mas só é possível exibir uma operação de cada vez.

Mesclar

Ao escolher a opção de “Mesclar e centralizar” o Excel apresenta a mensagem abaixo e mantém


somente o conteúdo da primeira célula (superior-esquerdo).

O Calc também apresenta uma mensagem, mas com a opção de mover o conteúdo de todas as
células para a única célula que será criada.

1706 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Conteúdo oculto

No Excel, quando o texto de uma célula não pode ser apresentado por ser maior que a largura
da coluna, não aparece nenhuma indicação. No Calc, uma seta vermelha apontando para direi-
ta (conforme abaixo) é apresentada. Se o conteúdo for um número, nos dois produtos a célula
é preenchida com sinais #.

Datas

No Excel o dia 1 é 01/01/1900, mas o Calc considera o dia como sendo 31/12/1899. Isso acon-
tece, pois, o Excel considera que o ano 1900 foi bissexto, que houve o dia 29/02/1900 (dia 60),
mas pelas regras do calendário Gregoriano (calendário que utilizamos atualmente) este ano
não foi bissexto. Desta forma, a diferença entre Excel e Calc acontecem apenas nos primeiros
60 dias.

Ícones da Barra Padrão

Obs.: O desenho e a descrição dos ícones podem variar um pouco de uma versão para outra.
Para as informações abaixo, utilizou-se a versão 5.1.6.2 do LibreOffice Calc.

Tecla de Atalho
Botão Função
e Local no Menu
NOVO
Cria uma nova planilha do Calc CTRL + N
Obs.: ao clicar na seta ao lado é possível criar um novo Menu Arquivo − Novo
documento de outras aplicações do LibreOffice
ABRIR
Abre uma nova planilha do Calc ou um documento com
formato reconhecido pelo LibreOffice. Obs.: a partir de
qualquer aplicativo do LibreOffice é possível abrir arquivos com CTRL + O
formato compatível, pois o LibreOffice ativará seu aplicativo Menu Arquivo − Abrir
correspondente. Ex.: Dentro do Writer é possível abrir um
arquivo com a extensão XLS e o LibreOffice ativará o CALC para
editá-lo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1707
SALVAR
Salva um documento com o padrão ODS ou outro formato CTRL + S
ou disponível escolhido pelo usuário. Ex.: .XLS, .XLSX, .OTS Menu Arquivo – Salvar
Obs.: Se o documento não tiver sido salvo, no Barra de Status ou Salvar Como
aparecerá um asterisco Vermelho e o ícone da Barra de (CTRL_SHIFT + S)
Ferramentas mostra uma estrela verde
EXPORTAR COMO PDF
Menu Arquivo –
Salva o arquivo atual no formato Portable Document Format
Exportar como PDF
(PDF).
IMPRIMIR
CTRL + P
Clique no ícone para imprimir o documento ativo com as
Menu Arquivo − Imprimir
configurações de impressão padrão.
VISUALIZAR IMPRESSÃO CTRL + SHIFT + O
Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a Menu Arquivo –
visualização. Visualizar Impressão
RECORTAR CTRL + X
Remove e copia a seleção para a área de transferência. Menu Editar − Recortar
COPIAR CTRL + C
Copia a seleção para a área de transferência. Menu Editar − Copiar
COLAR
CTRL + V
Insere o conteúdo da área de transferência no local do cursor,
Menu Editar − Colar
e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
CLONAR FORMATAÇÃO
Copia e cola recursos de formatação de caracteres e
parágrafos. Pode ser utilizado com 2 cliques para colar a
formatação em múltiplos locais.
DESFAZER
CTRL + Z
Desfaz ações anteriores mesmo depois do documento já salvo.
Menu Editar − Desfazer
Desativa só após fechar documento.
REFAZER
Refaz ações desfeitas. Continua ativo após o salvamento do CTRL + Y
documento, porém, após fechar o documento, o recurso é Menu Editar − Refazer
desativado.
CTRL + H
LOCALIZAR E SUBSTITUIR
Menu Editar –
Procura ou substitui textos ou formatos no documento atual.
Localizar e substituir
F7
ORTOGRAFIA
Menu Ferramentas –
Verifica a ortografia no documento atual ou na seleção.
Ortografia
INSERIR LINHAS ACIMA Menu Planilhas – Inserir
Insere uma linha acima da linha atual. linhas – Linhas acima
Menu Planilhas – Inserir
INSERIR COLUNAS À ESQUERDA
colunas – Colunas à
Insere uma coluna à esquerda da coluna atual.
esquerda

1708 www.acasadoconcurseiro.com.br
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EXCLUIR LINHAS Menu Planilhas –


Permite exclui a linha atual ou as linhas selecionadas. Excluir linhas
EXCLUIR COLUNAS Menu Planilhas –
Permite exclui a coluna atual ou as colunas selecionadas. Excluir colunas
CLASSIFICAR
Faz a classificação alfabética ou numérica dos parágrafos
Menu Dados – Classificar
selecionados. Você pode definir até 3 chaves de classificação e
combinar chaves de classificação alfanuméricas e numéricas.
CLASSIFICAR EM ORDEM CRESCENTE
Menu Dados – Classificar
Classifica a seleção do maior ao menor valor, ou do menor ao
em ordem crescente
maior valor, utilizando a coluna que contém o cursor.
AUTOFILTRO
Filtra os registros, com base no conteúdo do campo de dados Menu Dados – Autofiltro
selecionado.
FIGURA
Abre uma janela para escolher uma imagem a ser inserida no Menu Inserir – Figura
documento.
GRÁFICO
Insere um gráfico com dados provenientes de células no Calc
Menu Inserir – Gráfico
e esses gráficos são atualizados automaticamente quando
houver alteração dos dados de origem.
INSERIR TABELA DINÂMICA
Permite inserir uma tabela dinâmica que fornece um resumo Menu Inserir –
de uma grande massa de dados. Você pode visualizar a tabela Tabela dinâmica
dinâmica para observar diferentes resumos dos dados.
CARACTERE ESPECIAL Menu Inserir –
Insere caracteres especiais a partir das fontes instaladas. Caractere especial
HIPERLINK
CTRL + K
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e edite
Menu Inserir − Hiperlink
hiperlinks.
ANOTAÇÃO
Insere uma anotação na posição atual do cursor. Uma caixa de CTRL + ALT + C
anotação será mostrada na margem da página, para digitar sua Menu Inserir – Anotação
anotação.
CABEÇALHOS E RODAPÉS Menu Inserir –
Adiciona um cabeçalho ou rodapé ao estilo de página atual. Cabeçalhos e rodapés
DEFINIR ÁREA DE IMPRESSÃO
Menu Formatar –
Define uma célula ativa ou uma área de células selecionada
Intervalos de impressão
como o intervalo de impressão.
CONGELAR LINHAS E COLUNAS
Divide a planilha no canto superior esquerdo da célula ativa. Menu Exibir – Congelar
A área localizada na parte superior esquerda não será mais linhas e colunas
deslizável.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1709
DIVIDIR JANELA
Menu Exibir –
Divide a janela na horizontal e vertical baseando-se no canto
Dividir janela
superior esquerdo da célula ativa.
MOSTRAR FUNÇÕES DE DESENHO
Menu Exibir – Barras de
Clique para abrir ou fechar a barra Desenho, para adicionar
ferramentas – Desenho
formas, linhas, texto e textos explicativos ao documento atual.

Ícones da Barra de Formatação

Tecla de Atalho
Botão Função
e Local no Menu
NOME DA FONTE Menu Formatar −
Permite o acesso a tipos de fontes. Caractere – Fonte
TAMANHO DA FONTE
Permite escolher um tamanho de fonte que Menu Formatar −
pode ser aplicado a uma palavra ou texto Caractere – Fonte
selecionado.
NEGRITO
Menu Formatar −
Aplica negrito à palavra ativa ou ao texto
Caractere – Fonte
selecionado.
ITÁLICO
Menu Formatar −
Aplica itálico à palavra ativa ou ao texto
Caractere – Fonte
selecionado.
SUBLINHADO
Menu Formatar −
Aplica sublinhado à palavra ativa ou ao texto
Caractere – Efeitos de fonte
selecionado.
COR DA FONTE Menu Formatar –
Permite aplicar uma cor a palavra ativa ou ao Caracteres – Efeitos de
texto selecionado. fonte
COR DO PLANO DE FUNDO Menu Formatar – Células –
Aplica cor de fundo ao texto. Plano de fundo
ALINHAR À ESQUERDA CTRL + L
Alinha à esquerda parágrafo ativo ou parágrafos Menu Formatar – Alinhar –
selecionados. À esquerda
CENTRALIZAR HORIZONTALMENTE CTRL + E
Centraliza o parágrafo ativo ou os parágrafos Menu Formatar – Alinhar –
selecionados. Centralizado
ALINHAR À DIREITA CTRL + R
Alinha à direita o parágrafo ativo ou os Menu Formatar – Alinhar –
parágrafos selecionados. À direita

1710 www.acasadoconcurseiro.com.br
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MOLDAR TEXTO
Permite que o texto seja apresentado em várias Menu Formatar – Texto –
linhas dentro da célula e não fique oculto pela Moldar texto
largura da coluna.
MESCLAR E CENTRALIZAR CÉLULAS
Combina as células selecionadas em uma única Menu Formatar –
célula ou divide células mescladas. Centraliza o Mesclar células
conteúdo da célula.
ALINHAR EM CIMA
Menu Formatar – Alinhar –
Alinha verticalmente às bordas superiores da
Em cima
célula.
CENTRALIZAR VERTICALMENTE
Menu Formatar – Alinhar –
Centraliza verticalmente os objetos seleciona-
No meio
dos.
ALINHAR EMBAIXO
Menu Formatar – Alinhar –
Alinha verticalmente às bordas inferiores da
Embaixo
célula.
FORMATAR COMO MOEDA CTRL + SHIFT + 4
Aplica o formato de moeda padrão às células Menu Formatar – Formato
selecionadas. numérico – Moeda
FORMATAR COMO PORCENTAGEM CTRL + SHIFT + 5
Aplica o formato de porcentagem às células Menu Formatar – Formato
selecionadas. numérico – Porcentagem
FORMATAR COMO NÚMERO
CTRL + SHIFT + 1
Aplica o formato de número às células
Menu Formatar – Formato
selecionadas, incluindo o separador de milhar
numérico – Número
e duas casas depois da vírgula.
FORMATAR COMO DATA
CTRL + SHIFT + 3
Aplica o formato de data às células selecionadas,
Menu Formatar – Formato
representado DD/MM/AA (todos com dois
numérico – Data
caracteres)
ADICIONAR CASA DECIMAL
Menu Formatar – Células –
Adiciona uma casa decimal aos números das
Números
células selecionadas.
EXCLUIR CASA DECIMAL
Menu Formatar – Células –
Remove uma casa decimal dos números das
Números
células selecionadas.
AUMENTAR RECUO Menu Formatar –
Aumenta o afastamento do parágrafo em Espaçamento – Aumentar
relação a margem esquerda. recuo
DIMINUIR RECUO Menu Formatar –
Reduz o espaço entre o parágrafo em relação a Espaçamento – Diminuir
margem esquerda. recuo

www.acasadoconcurseiro.com.br 1711
BORDAS
Menu Formatar – Células –
Modifica a borda de uma área da planilha ou
Borda
de um objeto.
ESTILO DA BORDA
Menu Formatar – Células –
Permite a escolha do estilo da borda (traço
Borda
fino, pontilhado entre outros).
COR DA BORDA
Menu Formatar – Células –
Permite que você altere a cor da borda de uma
Borda
ou mais células
FORMATAÇÃO CONDICIONAL: CONDIÇÃO
Você pode definir tantas condições quanto Menu Formatar –
quiser. Especifique se a formatação condicional Formatação condicional –
depende de uma das entradas de uma lista Condição
predefinida.
FORMATAÇÃO CONDICIONAL: ESCALA DE
CORES
Menu Formatar –
Aplica uma escala de cores a um intervalo
Formatação condicional –
consistindo em exibir gradientes de duas ou
Escala de cores
três cores, dependendo do valor de cada
célula.
FORMATAÇÃO CONDICIONAL: BARRA DE
DADOS Menu Formatar –
Aplica uma barra de dados mais longa ou mais Formatação condicional –
curta para representar facilitar a visualização Barra de dados
das valores em comparação com os outros.
FORMATAÇÃO CONDICIONAL: CONJUNTO DE
ÍCONES
Menu Formatar –
Pretende-se calcular a posição de um valor em
Formatação condicional –
relação a outro. O conjunto de ícones ajuda-
Conjunto de ícones
nos a indicar os valores e escolher o tipo de
ícones.

1712 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

NAVEGADORES: CONCEITOS GERAIS

Navegador ou Browser é o principal programa para acesso à internet. Permite aos


usuários visitarem endereços na rede, copiar programas e trocar mensagens de web
mail.
Os navegadores mais utilizados são: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome,
Apple Safari, Opera.

Nesta apostila iremos trabalhar com os navegadores Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome.

BARRA DE FERRAMENTAS

O Internet Explorer possui diversas barras de ferramentas, incluindo a “Barra de menus”, a “Barra
de Favoritos”, a “Barra de comandos” e a “Barra de status”. Há também a Barra de Endereços,
na qual você pode digitar um endereço da Web. A “Barra de status” exibe mensagens como o
progresso do download da página. A única barra visível na configuração padrão é a Barra de
Endereços, todas as outras estão ocultas quando o navegador é instalado.

Internet Explorer 11

O Mozilla Firefox em sua versão 50 possui a “Barra de menus” e a “Barra de favoritos”. O local
para digitação do endereço do site é chamado de “Barra de endereço” e diferentemente dos
outros navegadores ainda apresenta a “Barra de Pesquisa”.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1713
Mozilla Firefox 50

O Google Chrome na versão 55 apresenta apenas um Barra de Ferramentas, a “Barra de


favoritos. É o navegador que tem menos ícones na sua configuração padrão.

Google Chrome 55

Obs: Os ícones apresentados serão sempre na ordem: Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome e as teclas de atalhos aplicam-se ao Internet Explorer.

Botões Voltar (Alt + ←) e Avançar (Alt + →)


Esses dois botões permitem recuar ou avançar nas páginas que foram abertas no Internet
Explorer e Google Chrome. O Mozilla Firefox apresenta apenas o botão Voltar.

Barra de endereços
A “Barra de endereços” é um espaço para digitar o endereço da página que você deseja acessar.
Pesquisar na web é mais fácil com a “Barra de endereços” que oferece sugestões, histórico e
preenchimento automático enquanto você digita. Você pode também alterar rapidamente os
provedores de pesquisa (“Mecanismos de pesquisa” no Firefox e Chrome), clicando na seta à
direita da “lupa” e escolhendo o provedor que você quer usar. No Internet Explorer, se quiser
adicionar novos provedores, basta clicar no botão “Adicionar”.

1714 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

No Mozilla Firefox a opção de gerenciar Mecanismos de Pesquisa é muito parecida com o


Internet Explorer, basta clicar na seta da Barra de Pesquisa e depois em “Alterar configurações
de pesquisa”.

No Google Chrome o gerenciamento de Mecanismos de pesquisa é realizado clicando no botão


Menu, opção “Configurações” e no botão “Gerenciar mecanismos de pesquisa”, ou clicando
com o botão da direita na Barra de endereços e selecionando “Editar mecanismos de pesquisa”.

Botão Atualizar (F5)


Recarrega a página atual. No Internet Explorer 8 a representação gráfica era diferente . No
Internet Explorer e Moziila Firefox este botão fica à direita da URL digitada e no Google Chrome
está localizada à esquerda.

Botão Ir para
Com a mesma função da tecla ENTER, esse botão inicia a pesquisa ou a abertura do conteúdo do
site digitado na barra de endereços. Esse botão fica disponível apenas quando algum caractere
está sendo digitado na barra de endereços do Internet Explorer ou Mozilla Firefox. O Chrome
não mostra esse botão.

Modo de exibição de Compatibilidade (exclusividade do Internet Explorer)


Às vezes, o site que você está visitando não é exibido da forma correta porque foi projetado
para uma versão mais antiga do Internet Explorer.
Quando o Modo de Exibição de Compatibilidade é ativado, o site que está visualizando será
exibido como se você estivesse usando uma versão mais antiga do Internet Explorer, corrigindo
os problemas de exibição, como texto, imagens ou caixas de texto desalinhados.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1715
Botão Interromper (Esc)
Interrompe a exibição da página que está sendo aberta. Isso evita que o usuário termine de
carregar uma página que não deseja mais visualizar.

Nova guia / aba


Para abrir uma nova guia, clique no botão “Nova guia” na linha de guias ou pressione
CTRL+ T. Para alternar entre as guias abertas pressione CRTL + TAB (para avançar) ou CTRL+SHIFT
+TAB (para retroceder). No Firefox as guias são chamadas de abas e a opção para criar uma
nova guia é representada por um sinal de mais . No Google Chrome, chama-se guias e tem
uma representação diferente .
No Internet Explorer ao clicar no botão “Nova guia” será apresentada a janela abaixo. A página
apresenta algumas diferenças de uma versão para outra do navegador, mas em geral traz os
itens abaixo destacados.

Frequentes: Mostra os 10 sites recentemente utilizados.


Reabrir guias fechadas: Permite abrir novamente guias que foram fechadas desde a abertura
desta janela do Internet Explorer.
Iniciar Navegação InPrivate: é uma opção para abrir uma nova janela para navegação InPrivate.
Ocultar sites: Permite ocultar os sites recentemente utilizados.
No Mozilla Firefox a “Nova aba” mostra os sites mais acessados (a quantidade depende do
zoom aplicado na página e da resolução, mas varia de 1 a 15). No canto superior direito à um
botão para personalização que permite alterar a página “Nova aba” para mostrar uma
página em branco.

1716 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

No Google Chrome a página “Nova guia” apresenta uma barra de pesquisa do Google e os 8
sites mais visitados. No canto superior direito aparecem atalhos para abrir o “Gmail”, para
alterar a barra de pesquisa do Google para “Imagens” e também atalhos para os aplicativos do
Google .

Guias Rápidas (exclusividade Internet Explorer)


No Internet Explorer 8, aparece um botão bem à esquerda das guias abertas. Nas versões
9 e 10 a funcionalidade vem desabilitada por padrão e só pode ser acessada através das teclas
de atalho. Na versão 11 não há mais essa opção. Quando há várias páginas da Web abertas ao
mesmo tempo, cada uma é exibida em uma guia separada. Essas guias facilitam a alternância
entre os sites abertos. As Guias Rápidas fornecem uma exibição em miniatura de todas as guias
abertas. Isso facilita a localização da página da Web que você deseja exibir.

Para ativar “Guias Rápidas” no IE 9 e IE 10, clicar no botão Ferramentas, Opções da Internet,
guia Geral, botão Guias.

Para abrir uma página da Web usando guias rápidas clique na miniatura da página da Web que
você deseja abrir.

Home Page (Alt + Home)


A Home Page (ou página inicial) é exibida quando você inicia o navegador ou clica neste
botão. No Firefox e no Chrome o botão da página inicial pode estar visível ou não. Todos os
navegadores permitem a configuração de mais de uma página inicial.

Exibição em tela cheia e Zoom


Nos três navegadores a tecla F11 ativa ou desativa o modo de exibição em tela cheia. Para
alterar o zoom, podemos utilizar as teclas Ctrl + +, (aumenta o zoom), Ctrl + - (diminui o zoom)
ou Ctrl + 0 (volta ao zoom 100%).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1717
Exibir Favoritos, Feeds e Histórico (Alt + C)

Favoritos (CTRL + I)
Os favoritos do Internet Explorer são links para sites que você visita com frequência. Para
adicionar o site que você estiver visualizando à lista de favoritos clique no Botão Favoritos e
depois em “Adicionar a favoritos” ou pressione as teclas CTRL + D. Para gerenciar Favoritos no
Mozilla Firefox, clicar no botão , escolher a opção “Exibir todos os favoritos” (CTRL + SHIFT +
B) e então será apresentada uma nova janela denominada “Biblioteca”. Para adicionar o site
aberto na lista de favoritos, clicar no botão . No Google Chrome a adição de sites é realizada
através do botão que fica bem à direita da Barra de Endereços. Para organizar os Favoritos,
clicar no botão Menu e escolher a opção “Favoritos” → “Gerenciador de Favoritos”.

Feeds RSS (CTRL + G)


Os feeds RSS fornecem conteúdo frequentemente atualizado publicado por um site. Em geral,
são usados por sites de notícias e blogs, mas também para distribuir outros tipos de conteúdo
digital, incluindo imagens, áudios (normalmente no formato MP3) ou vídeos.
Um feed pode ter o mesmo conteúdo de uma página da Web, mas em geral a formatação é
diferente. Quando você assina, o Internet Explorer verifica automaticamente o site e baixa o
novo conteúdo para que possa ver o que foi acrescentado desde a sua última visita ao feed.
O acrônimo RSS significa Really Simple Syndication (agregação realmente simples) é usado para
descrever a tecnologia usada para criar feeds.
Quando você visita uma página da Web o botão Feeds , da Barra de Comandos do Internet
Explorer muda de cor, informando que há Feeds disponíveis. Para exibir clique no botão Feeds
e, em seguida, clique no feed que deseja ver.
No Firefox e no Google Chrome, para utilização de Feeds ou Web Slices é necessário adicionar
uma extensão ou complemento.

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Histórico (CTRL + H)
Para exibir o histórico de páginas da Web visitadas no Internet Explorer clique no botão
Favoritos e, em seguida, clique na guia Histórico. Clique no site que deseja visitar. A lista do
histórico pode ser classificada por data, nome do site, páginas mais visitadas ou visitadas mais
recentemente, clicando na lista que aparece na guia Histórico e é armazenada, por padrão por
20 dias no Internet Explorer. Os outros navegadores armazenam por diversos meses.
Durante a navegação na Web, o navegador armazena informações sobre os sites visitados,
bem como as informações que você é solicitado a fornecer frequentemente aos sites da Web
(como, por exemplo, nome e endereço). O Internet Explorer armazena os seguintes tipos de
informações:
•• Arquivos de Internet temporários;
•• Cookies;
•• Histórico dos sites visitados;
•• Informações inseridas nos sites ou na barra de endereços;
•• Senhas da Web salvas;
O armazenamento dessas informações acelera a navegação, mas você pode excluí-las se, por
exemplo, estiver usando um computador público e não quiser que as informações pessoais
fiquem registradas.
Mesmo quando seu histórico de navegação for excluído, sua lista de favoritos ou Feeds
assinados não o será. Você pode usar o recurso Navegação InPrivate do Internet Explorer para
não deixar histórico enquanto navega na Web.
No Firefox, ao clicar no botão Menu, aparece a opção que permite verificar o histórico. No
Chrome também há uma forma rápida de acessar. Basta clicar no botão Menu e escolher a
opção “Histórico” e novamente “Histórico”.

BARRA DE FAVORITOS

A Barra de Favoritos inclui não apenas seus links favoritos, mas também Feeds e Web Slices.
Você pode arrastar links, tanto da Barra de endereços quanto de páginas da Web, para a Barra
de Favoritos de modo que suas informações favoritas estejam sempre ao alcance de um clique.
Você também pode reorganizar os itens na sua barra Favoritos ou organizá-los em pastas. Além
disso, você pode usar Feeds ou Web Slices para verificar se há atualizações de conteúdo em
seus sites favoritos sem precisar navegar por eles.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1719
Adicionar a barra de favoritos
A opção adiciona o site atual à barra de favoritos do Internet Explorer. Para adicionar um site
na Barra de Favoritos do Mozilla Firefox, é necessário clicar com botão da direita sobre a Barra
de Favoritos e escolher a opção “Novo Favorito”. No Chrome funciona da mesma forma, mas a
opção se chama “Adicionar página”.

BARRA DE COMANDOS (exclusividade Internet Explorer)

Quando visível, a barra de Comandos oferece acesso fácil a praticamente qualquer configuração
ou recurso no Internet Explorer.

Feeds ou Web Slices


Um Web Slices é uma porção específica de uma página da Web que você pode assinar, e que
permite que você saiba quando um conteúdo atualizado (como a temperatura atual ou a
alteração do preço de um leilão) está disponível em seus sites favoritos. Após sua assinatura
do Web Slices, ele será exibido como um link na barra Favoritos. Quando o Web Slices for
atualizado, o link na Barra de Favoritos será exibido em negrito. Você pode, então, clicar no link
para visualizar o conteúdo atualizado.

Botão Segurança

1720 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Navegação InPrivate, Navegação privativa, Navegação Anônima


A Navegação InPrivate permite que você navegue na Web sem deixar vestígios no Internet Ex-
plorer. Isso ajuda a impedir que as outras pessoas que usam seu computador vejam quais sites
você visitou e o que você procurou na Web. Para iniciar a Navegação InPrivate, acesse a página
Nova Guia ou clique no botão Segurança.
Quando você inicia a Navegação InPrivate, o Internet Explorer abre uma nova janela do navega-
dor. A proteção oferecida pela Navegação InPrivate só terá efeito enquanto você estiver usando
a janela. Você pode abrir quantas guias desejar nessa janela e todas elas estarão protegidas
pela Navegação InPrivate. Entretanto, se você abrir outra janela do navegador ela não estará
protegida pela Navegação InPrivate. Para finalizar a sessão da Navegação InPrivate, feche a ja-
nela do navegador.
Quando você navegar usando a Navegação InPrivate, o Internet Explorer armazenará algumas
informações, como cookies e arquivos de Internet temporários, de forma que as páginas da
Web visitadas funcionem corretamente. Entretanto, no final da sua sessão da Navegação InPri-
vate, essas informações são descartadas.

Filtragem InPrivate (IE 8), Proteção contra Rastreamento (IE 9 e superiores), Não me
rastreie, Enviar uma solicitação “Não rastrear”.
A Filtragem InPrivate ajuda a evitar que provedores de conteúdo de sites coletem informações
sobre os sites que você visita.
A Filtragem InPrivate analisa o conteúdo das páginas da Web visitadas e, se detectar que o mes-
mo conteúdo está sendo usado por vários sites, ela oferecerá a opção de permitir ou bloquear
o conteúdo. Você também pode permitir que a Filtragem InPrivate bloqueie automaticamente
qualquer provedor de conteúdo ou site de terceiros detectado.

Filtragem ActiveX (somente Internet Explorer 9 e superiores)


A Filtragem ActiveX no Internet Explorer impede que os sites instalem e utilizem esses aplicati-
vos. Sua navegação fica mais segura, mas o desempenho de alguns sites pode ser afetado. Por
exemplo, quando a Filtragem ActiveX está ativada, vídeos, jogos e outros tipos de conteúdo
interativo podem não funcionar.
Os controles ActiveX são pequenos aplicativos que permitem aos sites apresentar conteúdo,
como vídeos e jogos. Eles também permitem a você interagir com o conteúdo, como barras de
ferramentas e cotações da bolsa, ao navegar na Internet. Entretanto, esses aplicativos às vezes
não funcionam adequadamente ou não mostram o conteúdo desejado. Em alguns casos, esses
aplicativos podem ser usados para coletar informações, danificar os dados e instalar software
no computador sem o seu consentimento, ou ainda permitir que outra pessoa controle remo-
tamente o seu computador.

Filtro SmartScreen (Internet Explorer), Proteção contra Phishing (Firefox e Chrome)


O Filtro SmartScreen ajuda a detectar sites de Phishing. O Filtro SmartScreen também pode
ajudar a proteger você da instalação de softwares mal-intencionados ou malwares, que são

www.acasadoconcurseiro.com.br 1721
programas que manifestam comportamento ilegal, viral, fraudulento ou mal-intencionado. O
Mozilla Firefox tem essa funcionalidade, mas não há um nome definido, quatro opções estão
disponíveis, conforme abaixo.

No Google Chrome também não há um nome para essa funcionalidade e ela é ativada ou
desativada, não permitindo configurações.

Ferramentas (Alt + X) no Internet Explorer e Menu nos outros navegadores


Essas opções permitem a configuração das diversas opções do navegador, pois as outras barras
não estão visíveis na configuração original. As configurações serão detalhadas abaixo.

OPÇÕES DA INTERNET (INTERNET EXPLORER)

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

GUIA GERAL

Home Page
Permite configurar a página que será exibida ao iniciar o navegador ou ao clicar o botão home.
Pode-se ter mais de uma página configurada, nesse caso o navegador exibirá cada uma delas
em uma guia, na ordem em que forem incluídas.
Existem também as opções usar padrão (Home Page da Microsoft) ou usar em branco (inicia o
navegador com uma página em branco).

Histórico de Navegação
Arquivos temporários da internet: As páginas da Web são armazenadas na pasta Arquivos de
Internet Temporários quando são exibidas pela primeira vez no navegador da Web. Isso agiliza
a exibição das páginas visitadas com frequência ou já vistas porque o Internet Explorer pode
abri-las do disco rígido em vez de abri-las da Internet.

Pesquisa
Permite adicionar ou remover os sites provedores de pesquisa e, ainda, definir qual deles será
o padrão.

Guias
Permite alterar as configurações da navegação com guias, como por exemplo, habilitar ou
desabilitar a navegação com guias, avisar ao fechar várias guias e habilitar guias rápidas.

Aparência
Permite alterar configurações de cores, idiomas, fontes e acessibilidade.

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GUIA PRIVACIDADE

Cookies: Um arquivo de texto muito pequeno colocado em sua unidade de disco rígido por
um servidor de páginas da Web. Basicamente ele é seu cartão de identificação e não pode ser
executado como código ou transmitir vírus.
Os sites usam cookies para oferecer uma experiência personalizada aos usuários e reunir
informações sobre o uso do site. Muitos sites também usam cookies para armazenar
informações que fornecem uma experiência consistente entre seções do site, como carrinho de
compras ou páginas personalizadas. Com um site confiável, os cookies podem enriquecer a sua
experiência, permitindo que o site aprenda as suas preferências ou evitando que você tenha
que se conectar sempre que entrar no site. Entretanto, alguns cookies, como aqueles salvos
por anúncios, podem colocar a sua privacidade em risco, rastreando os sites que você visita.
Os cookies temporários (ou cookies de sessão) são removidos do seu computador assim que
você fecha o Internet Explorer. Os sites os usam para armazenar informações temporárias,
como itens no carrinho de compras.
Bloqueador de Pop-ups: O Bloqueador de Pop-ups limita ou bloqueia pop-ups nos sites que
você visita. Você pode escolher o nível de bloqueio que prefere, ative ou desative o recurso
de notificações quando os pop-ups estão bloqueados ou criar uma lista de sites cujos pop-ups
você não deseja bloquear.

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

OPÇÕES (MOZILLA FIREFOX)

Grande quantidade de configurações do Firefox são acessadas através do “Menu” e botão


“Opções”.
O guia Geral permite a você configurar quais páginas o Firefox deve abrir quando você iniciar
o navegador ou quando clicar no botão Página inicial e configurar o que o Firefox deve fazer
quando estiver baixando arquivos.

As outras guias importantes do Firefox são: Conteúdo (opção “Bloquear janelas popup”),
Privacidade (opção “Não me rastreie” e gerenciamento dos Cookies) e Segurança (Proteção
contra Phishing), conforme figuras abaixo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1725
CONFIGURAÇÕES (GOOGLE CHROME)

A maior parte das configurações do Chrome são acessadas através do “Menu” e opção “Con-
figurações”.
Os principais grupos de configuração são: Inicialização, Pesquisar e Privacidade.

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www.acasadoconcurseiro.com.br 1727
Planilha Comparativa dos Navegadores

Navegador Internet Explorer 8 Internet Explorer 9 a 11 Mozilla Firefox Mozilla Firefox

1728
Versão em outubro de 2017 8 9, 10 e 11 50.1 55

Barra de Endereços/Navegação Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços - Omnibox

Barra de Favoritos Opcional Opcional Opcional Opcional

Barra de Menus Sim Opcional Opcional Não

Barra de Pesquisar e Nome Sim – Provedor de Pesquisa Não – Provedor de Pesquisa Sim – Mecanismo de Pesquisa Não – Mecanismo de Pesquisa

Filtragem ActiveX Não Sim Não Não

Proteger você e seu dispositivo de sites


Filtro SmartScreen/Phishing Filtro SmartScreen Filtro SmartScreen Sim, tem 4 oções mas não tem um nome
perigosos

Gerenciador de Dowloads Não Sim (Ctrl + J) Sim (Ctrl + J) Sim (Ctrl + J)

Navegação em Abas/Guias Guias Guias Abas Guias

Navegação Privada Navegação InPrivate Navegação InPrivate Navegação Privativa Navegação anônima

Configurações de Bloqueador de Pop- Ferramentas → Opções da Ferramentas → Opções de Internet Pop-ups → Conteúdo Configurações → Privacidade →
ups e Cookies Internet → Guia Privacidade → Guia Privaciade Cookies → Privacidade Configurações de conteúdo

Enviar uma solicitação para "Não rastre-


Rastreamento/Filtragem InPrivate Filtragem InPrivate Proteção contra Rastreamento Não me rastreie
ar" com seu tráfego

Sincronização das configurações Não Não Sim, através do Sync Sim, fazendo login no Chrome

Armazewnamento do Histórico 20 dias 20 dias Vários meses Vários meses

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Fabricante Microsoft Microsoft Mozilla Foundation Google

Versão para Linux e Mac OS Não Não Sim Sim

Versão para Windows 7 Sim Sim Sim Sim

Versão para Windows XP Sim Não Sim Sim

* Barra de tarefas (arrastando a * Área de Trabalho (arrastar ícone * Área de trabalho (Menu - mais ferra-
Criação de atelhos para Sites Não guia) da barra de endereço) mentas)
* Menu Iniciar (Opções da Internet)

* Temas (Menu - personalizar) * Temas (Menu - Configurações)


* Navegador padrão do Windows
* Feeds precisam de extensão * Feeds precisam de extenção
7 * FIltragem Activex
* Abas de aplicativos – "Fixar aba" * Guia como Apps – "Fixar guia"
* Modo de compatibilidade * Modo de compatibilidade
Observações/Particularidades * "Abrir tudo em abas" * Gerenciador de Tarefas
* Guias rápidas * Barra de Comandos
* Biblioteca (gerenciar Histórico, Favo- * Google Cloud Print
* Barra de Comandos * Barra de Status
ritos, Tags) * Nâo tem modo Offline
* Barra de Status
* Sync * Pesquisa por voz no Google
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Onde configurar as opções de Segurança e Privacidade

Navegação InPrivate / Anônima


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Navegação InPrivate.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Navegação InPrivate.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Nova janela privativa.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Nova janela anônima.

Filtro SmartScreen / Phishing


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Filtro do SmartScreen.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Ativar / Desativar Filtro
SmartScreen.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Segurança → 4 primeiras opções.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas →
“Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos” no grupo “Privacidade”.

Filtragem InPrivate / Proteção contra Rastreamento


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Filtragem InPrivate.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Proteção contra
Rastreamento.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Privacidade → “gerenciar as configurações
Não me rastreie”.
d) Google Chrome 37: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas
→ Enviar solicitação para “Não Rastrear” com seu tráfego de navegação no grupo
“Privacidade”.

Filtragem ActiveX
a) Internet Explorer 8: Funcionalidade não disponível.
e) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Filtragem ActiveX.
b) Mozilla Firefox 50: Funcionalidade não disponível.
c) Google Chrome 55: Funcionalidade não disponível.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1729
Bloqueador de Pop-ups
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade → “Ativar
Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade
→“Ativar Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
c) Mozilla Firefox 50: Menu → Opções → Conteúdo → Bloquear janelas popup.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas
→ Configurações de Conteúdo → “Não permitir que nenhum site mostre pop-ups
(recomendado)” no grupo “Pop-ups”.

Página Inicial
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar uma URL
em cada linha.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar
uma URL em cada linha.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Geral → Digitar as URLs separadas por |
(pipe).
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → “Abre uma página específica ou um
conjunto de páginas” no grupo “Inicialização”.

1730 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

E-MAIL: CONCEITOS GERAIS

O correio eletrônico tornou-se popular devido a sua grande facilidade em quebrar barreiras
geográficas. Pessoas que estão em diferentes continentes podem se comunicar livremente
(desde que possuam computadores ou qualquer outro dispositivo com tal funcionalidade
conectados à Internet), enviando e recebendo mensagens a qualquer hora do dia e para
qualquer parte do mundo.
Formato padrão para um endereço de e-mail no Brasil: nomedousuario@nomedaempresa.
com.br. Ex.: marcio@acasadoconcurseiro.com.br

Webmail e Aplicativos de e-mail

O acesso ao e-mail pode ser realizado através do navegador de internet (Webmail) ou através de
aplicativos/ferramentas especializadas para acesso ao correio eletrônico. A principal vantagem
dos webmails é a mobilidade, pois é necessário apenas um computador com navegador e
acesso à internet. A utilização de aplicativos traz a possibilidade de acesso aos e-mails sem
a necessidade de conexão com a internet (modo off-line) e normalmente as ferramentas
disponibilizam mais recursos de organização e pesquisa dos e-mails.
As principais ferramentas do mercado são:
•• Mozilla Thunderbird – Aplicativo baseado em software livre, gratuito e disponível para
Windows, Linux e Mac OS.
•• Microsoft Outlook – Aplicativo baseado em software proprietário, comercializado
juntamente com o pacote Microsoft Office e disponível para Windows e Mac OS.
•• Outlook Express – Aplicativo baseado em software proprietário que vinha com o Windows
XP. Não tem versões para Windows 7 ou superiores. Produto descontinuado desde 8 de
abril de 2014 juntamente com o Windows XP.
•• Windows Live Mail – Aplicativo baseado em software proprietário, gratuito e parte de um
pacote de softwares da Microsoft chamado Windows Essentials. A Microsoft descontinuou
esse pacote e fornecerá/forneceu somente até 10 de janeiro de 2017.
•• Eudora – Software gratuito, disponível para Windows e Mac OS. Foi descontinuado em 10
de novembro de 2006.
•• Outlook ou E-mail – Aplicativo interno do Windows 8, Windows 8.1 e Windows 10.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1731
As duas principais empresas com soluções mundialmente utilizadas de webmail são o Google
e a Microsoft. A solução do Google se chama Gmail.com e a solução do Microsoft se chama
Outlook.com. Anteriormente se chamava Hotmail.com.

Protocolos de e-mail

Ao todo, 4 protocolos são utilizados nas soluções de correio eletrônico:


1) SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo responsável pelo envio de mensagens
eletrônicas, é o protocolo mais importante e fundamental para o funcionamento de
soluções de e-mail.
2) IMAP4 (Internet Message Access Protocol): é um protocolo de recebimento de mensagens.
O IMAP não move, apenas copia os e-mails para o computador. Desta forma, permite que
o usuário possa acessar de qualquer lugar do mundo as mesmas mensagens que foram
copiadas para o seu computador. Permite também que o usuário possa escolher quais os
anexos que serão copiados com a mensagem. O IMAP é um protocolo mais atual e com
mais recursos em relação POP.
3) POP3 (Post Office Protocol): protocolo simples utilizado para obter mensagens contidas em
caixa postal remota, portanto, é um protocolo de recebimento de mensagens eletrônicas.
Quando o usuário utiliza POP3 para acessar a caixa postal, ele move todo o seu conteúdo
para o computador, deixando a caixa postal no provedor vazia.
4) HTTP(s) (Hypertext Transfer Protocol): Utilizado quando se acessa a caixa postal através do
navegador (webmail).

Acima o fluxo de mensagens quando remetente e destinatário utilizam webmail. Envio e


recebimento são feitos usando HTTP(s).

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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Acima o fluxo de mensagens quando remetente e destinatário utilizam aplicativos para e-mail.
Envio utiliza sempre SMTP e o recebimento pode ser com POP ou com IMAP.

Principais pastas

As pastas são utilizadas para organizar as mensagens. Todas as soluções possuem as pastas
abaixo e também permitem a criação de novas, para atender as necessidades de cada usuário.
•• Entrada: também chamada de Caixa de Entrada. Nesta caixa, são armazenadas todas as
mensagens recebidas, sem exceção.
•• Saída: quando uma mensagem é composta e o aplicativo está em modo off-line, a
mensagem é armazenada nesta caixa até a conexão ser feita e aplicativo receber o
comando para a mensagem ser enviada ou, conforme a configuração, ela pode ser
enviada automaticamente quando o programa se tornar on-line. É possível escrever várias
mensagens em Modo off-line e depois se conectar para enviá-las todas de uma só vez.
•• Enviados: toda vez que uma mensagem é enviada, ela vai para o destinatário e também
fica armazenada na caixa de Enviados ou também chamada de Itens Enviados.
•• Lixeira: quando uma mensagem é excluída de uma pasta, ela vai para a Lixeira. Para
restaurar uma mensagem, é necessário movê-la para a caixa original. Quando se apaga
uma mensagem dessa pasta, ela será excluída permanentemente.
•• Rascunhos: pasta onde se pode manter uma mensagem que não se deseja enviar. Para
colocar uma mensagem nesta pasta, deve-se salvá-la, em vez de enviá-la.
•• Lixo eletrônico: pasta para onde as mensagens são movidas quando as ferramentas
detectarem ela como SPAM ou lixo eletrônico.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1733
Campos utilizados

Ao redigir uma nova mensagem, diversos campos estão disponíveis. Alguns são obrigatórios e
outros opcionais.

Janela Nova mensagem do Mozilla Thunderbird

Campo DE: já vem preenchido automaticamente com a conta padrão configurada. Se houver
mais de uma conta cadastrada, o remetente poderá alterar a conta padrão e enviar com outro
e-mail. Esse campo é o único que precisa estar preenchido.
Campo PARA: utilizado para o identificar o destinatário principal da mensagem. Campo pode
conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja incluído em
outro campo (CC ou CCO).
Campo CC: (com cópia ou cópia carbonada) utilizado para identificar o destinatário que deve
tomar conhecimento da mensagem ou também conhecido como destinatário secundário.
Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja
incluído em outro campo (PARA ou CCO).
Campo CCO: (com cópia oculta ou cópia carbonada oculta) este campo permite que o usuário
envie mensagens para um ou mais destinatários sem que os que receberam, por intermédio de
Para e Cc, fiquem sabendo. Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde
que algum destinatário seja incluído em outro campo (PARA ou CC).
Campo Assunto: digite um título para a mensagem. Campo opcional, mas se não for preenchido,
provavelmente será alertado ao enviar a mensagem.

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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Campo Anexar: Clique no botão “Anexar”, normalmente representado por um clips , selecione
o arquivo a ser anexado e clique “Abrir”. Em seguida, clique em Anexar. O tamanho máximo de
cada arquivo anexo, pode variar de uma solução para outra, mas atualmente o tamanho
“máximo” aceitável fica em outro de 20Mb.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1735
Informática

CONCEITOS DE REDES E INTERNET

Uma rede de computadores é um conjunto de equipamentos interligados de maneira a


trocar informações e a compartilhar recursos como arquivos de dados gravados, impressoras,
modems, softwares e outros equipamentos.
Redes locais foram criadas para que estações de trabalho, compostas basicamente de
computadores do tipo PC (personal computer), pudessem compartilhar impressoras, discos
rígidos de alta capacidade de armazenamento de dados e, principalmente, compartilhar
arquivos de dados.
Antes da conexão dos computadores em rede, as empresas possuíam computadores
independentes com diversas bases de dados (arquivos de dados) espalhados em duplicidade
pela empresa. Esta situação gera problemas devido ao fato de que, nem sempre, os dados em
duplicidade são iguais, pois um usuário pode alterar seus arquivos e outro não, passando a
haver divergência entre as informações.

ALGUNS CONCEITOS
ENDEREÇO IP – Cada host, ou seja, cada computador ou equipamento que faz parte de uma
rede deve ter um endereço pelo qual é identificado nela. Em uma rede TCP/IP, todos os hosts
têm um endereço IP. A atribuição do endereço IP poderá ser fixo ou dinâmico.
IP FIXO – Será um IP Fixo quando o administrador da rede atribuir um número ao equipamento.
Esse número permanecerá registrado no equipamento mesmo quando ele estiver desligado.
IP DINÂMICO – Este IP não será atribuído pelo administrador da rede e sim por meio de
um software chamado DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) que tem como função
a atribuição de IP a cada equipamento que se conectar à rede. Neste tipo de IP, quando
o equipamento for desconectado da rede, perderá o seu número e só obterá um novo ou o
mesmo número quando se conectar novamente. É o tipo de IP utilizado pelos provedores
quando um usuário se conecta à Internet.
IPV4 – O endereço contém 32 bits (binário) e é dividido em quatro octetos (4 X 8 bits) separados
por um ponto. Cada octeto é representado em binário por ter números entre 0 e 255. Exemplos:
10.10.10.10, 192.168.1.0.
IVP6 – O endereço contém 128 bits (binário) e é dividido em oito partes representadas em
hexadecimal separadas por dois pontos. Exemplo: fe80:0000:0000:0000:4c5b:7bcc:ce79:ab64.
O IPV6 é a solução para dois problemas atuais: falta de endereços IPV4 na Internet e o baixo
nível de segurança padrão das comunicações IPV4.

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Observação:
O endereço IPV4 e IPV6 de cada host na mesma rede deverá ser exclusivo; pois, caso
contrário, gerará um conflito de rede.

LOGIN – A cada usuário será atribuída pelo administrador da rede uma identificação também
chamada de LOGIN (nome de usuário). O login deverá ser exclusivo; pois, caso contrário, gerará
um conflito de rede.
LOGON – É o processo de se conectar a uma rede. Iniciar uma sessão de trabalho em uma rede.
LOGOFF OU LOGOUT – É o processo de se desconectar de uma rede. Encerrar uma sessão de
trabalho em uma rede.

INTERNET
Internet é uma rede mundial de computadores. Interliga desde computadores de bolso até
computadores de grande porte.
Browser ou Navegador: é um programa que permite a fácil navegação na Internet para acessar
todos os serviços. O programa permite o acesso e a navegação por interfaces gráficas (ícones),
traduzindo-as em comando de forma transparente para o usuário.
Os navegadores mais comuns são: Internet Explorer; Mozilla Firefox; Google Chrome; Apple
Safari; Opera.

TIPOS DE CONEXÃO À INTERNET


Linha discada: conexão discada ou dial-up que utiliza como dispositivo um modem. Esse meio
de acesso é o mais barato e também o mais lento. Sua taxa de transmissão máxima é de 56 Kbps
(kilobits por segundo). Enquanto em conexão, o telefone fica indisponível para outras ligações.
ADSL: dispositivo utilizado é um modem ADSL. Utiliza a linha telefônica, mas não ocupa a linha,
permitindo o acesso à internet e o uso simultâneo do telefone. A versão 2.2+ pode alcançar
velocidade de 25 Mbps. Para este tipo de conexão, o computador deverá possuir uma placa de
rede ou porta USB. Padrão atual é de 10 Mbps.
TV a cabo: dispositivo utilizado é um cable modem. Utiliza o cabo da TV a cabo e não a linha
telefônica. A velocidade padrão atual é de 10 Mbps. Pode alcançar 150 Mbps.
Rádio: a conexão é feita via ondas de rádio. Neste tipo de conexão, tanto o provedor quanto
o usuário deverão possuir equipamento para transmissão e recepção (antenas). Temos, neste
caso, as modalidades WI-FI e WI-MAX. Velocidade de 100 Mbps.
Satélite: nesta conexão, são usadas antenas especiais para se comunicar com o satélite
e transmitir ao computador que deverá possuir um receptor interno ou externo. Inviável

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Informática – Internet/Intranet – Prof. Márcio Hunecke

comercialmente para usuários domésticos pelo seu alto custo, porém muito útil para áreas
afastadas onde os demais serviços convencionais não estão disponíveis. Velocidade padrão é
de 1Mbps.
Celular: o dispositivo utilizado é um modem. Tecnologia 3G (3ª geração), que funciona através
das antenas de celular e velocidade de 3 Mbps. A grande vantagem desse tipo de conexão é a
mobilidade, ou seja, enquanto estamos conectados poderemos nos deslocar dentro de uma
área de abrangência da rede, sem a necessidade de ficarmos em um lugar fixo. 4G é a sigla
para a Quarta Geração de telefonia móvel para prover velocidades de acesso entre 100 Mbit/s
em movimento e 1 Gbit/s em repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a
ponta (ponto-a-ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a
qualquer momento e em qualquer lugar.
FTTH: (Fiber To The Home): é uma tecnologia de interligação de residências através de fibra
ópticas para o fornecimento de serviços de TV digital, radio digital, acesso à Internet e telefonia.
A fibra óptica é levada até as residências, em substituição aos cabos de cobre ou cabos coaxiais
(utilizados em televisão a cabo). As residências são conectadas a um ponto de presença da
operadora de serviços de telecomunicações. Em 2013, algumas operadoras passaram a oferecer
velocidade de 150 Mbps a custos bem acessíveis.

DNS
DNS, abreviatura de Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínio), é um sistema de
gerenciamento de nomes de domínios, que traduz o endereço nominal digitado no navegador
para o endereço numérico (IP) do site. O nome de domínio foi criado com o objetivo de facilitar
a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar
os endereços IPs.
O registro de domínios no Brasil é feito pela entidade Registro.br (Registro de Domínios para a
Internet no Brasil). Quando o site é registrado no Brasil utiliza-se a sigla BR. Quando não tem o
código do país significa que o site foi registrado nos EUA.
Alguns tipos de domínio:
•• .com – instituição comercial.
•• .gov – instituição governamental.
•• .net – empresas de telecomunicação.
•• .edu – instituições educacionais
•• .org – organizações não governamentais.
•• .jus – relacionado com o Poder Judiciário.
•• Outros exemplos de domínios: adv; inf; med; nom.
Domínio é uma parte da rede ou da internet que é de responsabilidade de alguém e dá o direito
e a responsabilidade para de usar alguns serviços na internet.

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TIPOS DE SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS NA INTERNET
WWW (World Wide Web) – significa rede de alcance mundial e é um sistema de documentos
em hipermídia que são interligados e executados na internet. Os documentos podem estar
na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, utiliza-se um
programa de computador chamado navegador.
E-MAIL – é um serviço que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
eletrônicos de comunicação.
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de arquivos) – serviço para troca de
arquivos e pastas. Permite copiar um arquivo de uma máquina para outra.

PROTOCOLOS
Na ciência da computação, um protocolo é uma convenção ou padrão que controla e possibilita
uma conexão, comunicação ou transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De
maneira simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe,
semântica e a sincronização da comunicação. Os protocolos podem ser implementados pelo
hardware, software ou por uma combinação dos dois.
HTTP (Hypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos) – permite a
transferência de documentos da Web, de servidores para seu computador.
HTTPS: é uma combinação do protocolo HTTP sobre uma camada de segurança, normalmente
SSL (Secure Sockets Layer). Essa camada adicional faz com que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada, porém para que o site seja considerado seguro, deve
ter também um certificado digital válido, que garante a autenticidade e é representado por um
pequeno cadeado no Navegador.
HTML: É uma linguagem de programação para produzir sites.

INTERNET, INTRANET E EXTRANET


INTERNET: é uma rede pública de acesso público.
INTRANET: utiliza os mesmos conceitos e tecnologias da Internet, porém é uma rede privada,
ou seja, restrita ao ambiente interno de uma organização. Os mesmos serviços que rodam na
Internet podem rodar na Intranet, mas são restritos ao ambiente Interno. Exemplo disso é o
serviço de e-mail, que pode ser utilizado somente na rede Interna, para comunicação entre os
funcionários, sem a necessidade da Internet.
EXTRANET: algumas bancas consideram a Extranet como a "Intranet que saiu da empresa".
É a Intranet acessível aos funcionários da Instituição, via Internet, de fora da empresa, mas
ainda assim restrita ao público de interesse. A Extranet também pode ser considerada como
um sistema corporativo, acessível via Web (navegador), de fora da instituição. Um exemplo
seria um sistema de vendas que seja acessível via navegador, onde o vendedor pode acessar de
qualquer local para realizar uma venda.

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Informática

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO – CONCEITOS GERAIS

Triade CIDA

A Segurança da Informação se refere à proteção existente sobre as informações de uma


determinada empresa ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corporativas quanto
às informações pessoais. Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado que
tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou
exposta ao público para consulta ou aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de ferramentas) para a definição do nível
de segurança existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou
piora da situação de segurança existente. A segurança de uma determinada informação pode
ser afetada por fatores comportamentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou
infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal-intencionadas que têm o objetivo de furtar,
destruir ou modificar tal informação.
A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availability) – Confidencialidade, Integridade e
Disponibilidade – representa os principais atributos que, atualmente, orientam a análise, o
planejamento e a implementação da segurança para um determinado grupo de informações
que se deseja proteger. Outros atributos importantes são a irretratabilidade e a autenticidade.
Com a evolução do comércio eletrônico e da sociedade da informação, a privacidade é também
uma grande preocupação.
Portanto, os atributos básicos, segundo os padrões internacionais (ISO/IEC 17799:2005), são os
seguintes:
Confidencialidade – propriedade que limita o acesso a informação tão somente às entidades
legítimas, ou seja, àquelas autorizadas pelo proprietário da informação. A criptografia é a
principal técnica utilizada para proteger a confidencialidade.
Integridade – propriedade que garante que à informação manipulada mantenha todas as
características originais estabelecidas pelo proprietário da informação, incluindo controle de
mudanças e garantia do seu ciclo de vida (nascimento, manutenção e destruição). A assinatura
digital é a principal técnica utilizada para proteger a integridade.
Disponibilidade – propriedade que garante que a informação esteja sempre disponível para
o uso legítimo, ou seja, por aqueles usuários autorizados pelo proprietário da informação. O
backup (becape) é uma das técnicas utilizadas para proteger a disponibilidade.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1741
Autenticidade – propriedade que garante que a informação é proveniente da fonte anunciada
e que não foi alvo de mutações ao longo de um processo. A assinatura digital é utilizada para
proteger a integridade.
Irretratabilidade ou não repúdio – propriedade que garante a impossibilidade de negar a
autoria em relação a uma transação anteriormente feita.

Autenticação, Autorização e Auditoria (AAA)

Autenticação é o ato de estabelecer ou confirmar algo (ou alguém) como autêntico, isto é,
que reivindica a autoria ou a veracidade de alguma coisa. A autenticação também remete à
confirmação da procedência de um objeto ou pessoa, neste caso, frequentemente relacionada
com a verificação da sua identidade.
Mecanismos ou Fatores de Autenticação:

1. Autenticação baseada no conhecimento (SABER) – Login e senha

2. Autenticação baseada na propriedade (TER) – Token / Smart card com PIN (senha do cartão)

3. Autenticação baseada na característica (SER) – Digital / Palma da mão / Íris


Cada mecanismo possui suas vantagens e desvantagens, devendo ser os mesmos aplicados
de modo a atender à necessidade do negócio visando garantir a autenticidade das entidades
envolvidas. O que vai definir qual dos métodos será adotado é o valor da informação a ser
protegida para as entidades envolvidas, cujo o risco deverá ser aceito em níveis aceitáveis.
Frequentemente é utilizada uma combinação de dois ou mais métodos.
Autorização é o mecanismo responsável por garantir que apenas usuários autorizados
consumam os recursos protegidos de um sistema computacional. Os recursos incluem arquivos,
programas de computador, dispositivos de hardware e funcionalidades disponibilizadas por
aplicações instaladas em um sistema. Podem ser consideradas consumidores de recursos as
pessoas que utilizam um sistema através de uma interface, programas e outros dispositivos de
um computador.
O processo de autorização decide se uma pessoa, programa ou dispositivo X tem permissão
para acessar determinado dado, programa de computador ou serviço Y. A maioria dos sistemas
operacionais modernos possuem processos de autorização. Após um usuário ser autenticado,
o sistema de autorização verifica se foi concedida permissão para o uso de determinado
recurso. As permissões são normalmente definidas por um administrador do sistema na forma
de "políticas de aplicação de segurança", como as ACLs (listas de controle de acesso) ou uma
"capacidade", com base no "princípio do privilégio mínimo": os consumidores terão permissão
apenas para acessar os recursos necessários para realizar a sua tarefa.
Auditoria é uma referência à coleta da informação relacionada à utilização de recursos de
rede pelos usuários. Esta informação pode ser utilizada para gerenciamento, planejamento,
cobrança, etc. A auditoria em tempo real ocorre quando as informações relativas aos usuários
são trafegadas no momento do consumo dos recursos. Na auditoria em batch as informações

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Informática – Segurança da Informação – Prof. Márcio Hunecke

são gravadas e enviadas posteriormente. As informações que são tipicamente relacionadas


com este processo são a identidade do usuário, a natureza do serviço entregue, o momento em
que o serviço se inicia e o momento do seu término.

Contas e senhas

Uma conta de usuário, também chamada de "nome de usuário", "nome de login" e username,
corresponde à identificação única de um usuário em um computador ou serviço. Por meio das
contas de usuário, é possível que um mesmo computador ou serviço seja compartilhado por
diversas pessoas, pois permite, por exemplo, identificar unicamente cada usuário, separar as
configurações específicas de cada um e controlar as permissões de acesso.
A sua conta de usuário é de conhecimento geral e é o que
permite a sua identificação. Ela é, muitas vezes, derivada
do seu próprio nome, mas pode ser qualquer sequência
de caracteres que permita que você seja identificado
unicamente, como o seu endereço de e-mail. Para garantir
que ela seja usada apenas por você, e por mais ninguém, é
que existem os mecanismos de autenticação.
Existem três grupos básicos de mecanismos de autenticação,
que se utilizam de: aquilo que você é (informações
biométricas, como a sua impressão digital, a palma da sua mão, a sua voz e o seu olho), aquilo
que apenas você possui (como seu cartão de senhas bancárias e um token gerador de senhas)
e, finalmente, aquilo que apenas você sabe (como perguntas de segurança e suas senhas).
Uma senha, ou password, serve para autenticar uma conta, ou seja, é usada no processo de
verificação da sua identidade, assegurando que você é realmente quem diz ser e que possui
o direito de acessar o recurso em questão. É um dos principais mecanismos de autenticação
usados na Internet devido, principalmente, à simplicidade que possui.
Se uma outra pessoa souber a sua conta de usuário e tiver acesso à sua senha ela poderá usá-
las para se passar por você na Internet e realizar ações em seu nome, como:
•• Acessar a sua conta de correio eletrônico e ler seus e-mails, enviar mensagens de spam e/
ou contendo phishing e códigos maliciosos, furtar sua lista de contatos e pedir o reenvio
de senhas de outras contas para este endereço de e-mail (e assim conseguir acesso a elas);
•• Acessar o seu computador e obter informações sensíveis nele armazenadas, como senhas
e números de cartões de crédito;
•• Utilizar o seu computador para esconder a real identidade desta pessoa (o invasor) e,
então, desferir ataques contra computadores de terceiros;
•• Acessar sites e alterar as configurações feitas por você, de forma a tornar públicas
informações que deveriam ser privadas;
•• Acessar a sua rede social e usar a confiança que as pessoas da sua rede de relacionamento
depositam em você para obter informações sensíveis ou para o envio de boatos, mensagens
de spam e/ou códigos maliciosos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1743
Algumas das formas como a sua senha pode ser descoberta são:
•• Ao ser usada em computadores infectados. Muitos códigos maliciosos, ao infectar um
computador, armazenam as teclas digitadas (inclusive senhas), espionam o teclado pela
webcam (caso você possua uma e ela esteja apontada para o teclado) e gravam a posição
da tela onde o mouse foi clicado;
•• Ao ser usada em sites falsos. Ao digitar a sua senha em um site falso, achando que está no
site verdadeiro, um atacante pode armazená-la e, posteriormente, usá-la para acessar o
site verdadeiro e realizar operações em seu nome;
•• Por meio de tentativas de adivinhação;
•• Ao ser capturada enquanto trafega na rede, sem estar criptografada;
•• Por meio do acesso ao arquivo onde a senha foi armazenada, caso ela não tenha sido
gravada de forma criptografada;
•• Com o uso de técnicas de engenharia social, como forma a persuadi-lo a entregá-la
voluntariamente;
•• Pela observação da movimentação dos seus dedos no teclado ou dos cliques do mouse em
teclados virtuais.

Cuidados a serem tomados ao usar suas contas e senhas:


•• Certifique-se de não estar sendo observado ao digitar as suas senhas;
•• Não forneça as suas senhas para outra pessoa, em hipótese alguma;
•• Certifique-se de fechar a sua sessão ao acessar sites que requeiram o uso de senhas. Use a
opção de sair (logout), pois isso evita que suas informações sejam mantidas no navegador;
•• Elabore boas senhas;
•• Altere as suas senhas sempre que julgar necessário;
•• Não use a mesma senha para todos os serviços que acessa;
•• Ao usar perguntas de segurança para facilitar a recuperação de senhas, evite escolher
questões cujas respostas possam ser facilmente adivinhadas;
•• Certifique-se de utilizar serviços criptografados quando o acesso a um site envolver o
fornecimento de senha;
•• Procure manter sua privacidade, reduzindo a quantidade de informações que possam ser
coletadas sobre você, pois elas podem ser usadas para adivinhar a sua senha, caso você
não tenha sido cuidadoso ao elaborá-la;
•• Mantenha a segurança do seu computador;
•• Seja cuidadoso ao usar a sua senha em computadores potencialmente infectados ou
comprometidos. Procure, sempre que possível, utilizar opções de navegação anônima.

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Informática – Segurança da Informação – Prof. Márcio Hunecke

•• Uma senha boa, bem elaborada, é aquela que é difícil de ser descoberta (forte) e fácil
de ser lembrada. Não convém que você crie uma senha forte se, quando for usá-la, não
conseguir recordá-la. Também não convém que você crie uma senha fácil de ser lembrada
se ela puder ser facilmente descoberta por um atacante.

Alguns elementos que você não deve usar na elaboração de suas senhas são:
Qualquer tipo de dado pessoal: evite nomes, sobrenomes, contas de usuário, números de
documentos, placas de carros, números de telefones e datas (estes dados podem ser facilmente
obtidos e usados por pessoas que queiram tentar se autenticar como você).
Sequências de teclado: evite senhas associadas à proximidade entre os caracteres no teclado,
como "1qaz2wsx" e "QwerTAsdfG", pois são bastante conhecidas e podem ser facilmente
observadas ao serem digitadas.
Palavras que façam parte de listas: evite palavras presentes em listas publicamente conhecidas,
como nomes de músicas, times de futebol, personagens de filmes, dicionários de diferentes
idiomas, etc. Existem programas que tentam descobrir senhas combinando e testando estas
palavras e que, portanto, não devem ser usadas.

Alguns elementos que você deve usar na elaboração de suas senhas são:
Números aleatórios: quanto mais ao acaso forem os números usados melhor, principalmente
em sistemas que aceitem exclusivamente caracteres numéricos.
Grande quantidade de caracteres: quanto mais longa for a senha, mais difícil será descobri-
la. Apesar de senhas longas parecerem, a princípio, difíceis de serem digitadas, com o uso
frequente elas acabam sendo digitadas facilmente.
Diferentes tipos de caracteres: quanto mais "bagunçada" for a senha mais difícil será descobri-
la. Procure misturar caracteres, como números, sinais de pontuação e letras maiúsculas e
minúsculas. O uso de sinais de pontuação pode dificultar bastante que a senha seja descoberta,
sem necessariamente torná-la difícil de ser lembrada.

Algumas dicas práticas que você pode usar na elaboração de boas senhas são:
Selecione caracteres de uma frase: baseie-se em uma frase e selecione a primeira, a segunda
ou a última letra de cada palavra. Exemplo: com a frase "O Cravo brigou com a Rosa debaixo de
uma sacada" você pode gerar a senha "?OCbcaRddus" (o sinal de interrogação foi colocado no
início para acrescentar um símbolo à senha).
Utilize uma frase longa: escolha uma frase longa, que faça sentido para você, que seja fácil de
ser memorizada e que, se possível, tenha diferentes tipos de caracteres. Evite citações comuns
(como ditados populares) e frases que possam ser diretamente ligadas a você (como o refrão
de sua música preferida). Exemplo: se quando criança você sonhava em ser astronauta, pode
usar como senha "1 dia ainda verei os anéis de Saturno!!!".

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Faça substituições de caracteres: invente um padrão de substituição baseado, por exemplo,
na semelhança visual ("w" e "vv") ou de fonética ("ca" e "k") entre os caracteres. Crie o seu
próprio padrão pois algumas trocas já são bastante óbvias. Exemplo: duplicando as letras "s"
e "r", substituindo "o" por "0" (número zero) e usando a frase "Sol, astro-rei do Sistema Solar"
você pode gerar a senha "SS0l, asstrr0-rrei d0 SSisstema SS0larr".
Existem serviços que permitem que você teste a complexidade de uma senha e que, de acordo
com critérios, podem classificá-la como sendo, por exemplo, "muito fraca", "fraca", "forte"
ou "muito forte". Ao usar estes serviços, é importante ter em mente que, mesmo que uma
senha tenha sido classificada como "muito forte", pode ser que ela não seja uma boa senha
caso contenha dados pessoais que não são de conhecimento do serviço, mas que podem ser
de conhecimento de um atacante. Apenas você é capaz de definir se a senha elaborada é
realmente boa!

Ameaças e Riscos

Acesso a conteúdo impróprios ou ofensivos: ao navegar você pode se deparar com páginas
que contenham pornografia, que atentem contra a honra ou que incitem o ódio e o racismo.
Contato com pessoas mal-intencionadas: existem pessoas que se aproveitam da falsa sensação
de anonimato da Internet para aplicar golpes, tentar se passar por outras pessoas e cometer
crimes como, por exemplo, estelionato, pornografia infantil e sequestro.
Furto de identidade: assim como você pode ter contato direto com impostores, também pode
ocorrer de alguém tentar se passar por você e executar ações em seu nome, levando outras
pessoas a acreditarem que estão se relacionando com você, e colocando em risco a sua imagem
ou reputação.
Furto e perda de dados: os dados presentes em seus equipamentos conectados à Internet
podem ser furtados e apagados, pela ação de ladrões, atacantes e códigos maliciosos.
Invasão de privacidade: a divulgação de informações pessoais pode comprometer a sua
privacidade, de seus amigos e familiares e, mesmo que você restrinja o acesso, não há como
controlar que elas não serão repassadas. Além disso, os sites costumam ter políticas próprias
de privacidade e podem alterá-las sem aviso prévio, tornando público aquilo que antes era
privado.
Divulgação de boatos: as informações na Internet podem se propagar rapidamente e atingir
um grande número de pessoas em curto período de tempo. Enquanto isto pode ser desejável
em certos casos, também pode ser usado para a divulgação de informações falsas, que podem
gerar pânico e prejudicar pessoas e empresas.
Dificuldade de exclusão: aquilo que é divulgado na Internet nem sempre pode ser totalmente
excluído ou ter o acesso controlado. Uma opinião dada em um momento de impulso pode ficar
acessível por tempo indeterminado e pode, de alguma forma, ser usada contra você e acessada
por diferentes pessoas, desde seus familiares até seus chefes.
Dificuldade de detectar e expressar sentimentos: quando você se comunica via Internet não
há como observar as expressões faciais ou o tom da voz das outras pessoas, assim como elas

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Informática – Segurança da Informação – Prof. Márcio Hunecke

não podem observar você (a não ser que você esteja utilizando webcams e microfones). Isso
pode dificultar a percepção do risco, gerar mal-entendidos e interpretações dúbias.
Dificuldade de manter sigilo: no seu dia a dia é possível ter uma conversa confidencial com
alguém e tomar cuidados para que ninguém mais tenha acesso ao que está sendo dito. Na
Internet, caso não sejam tomados os devidos cuidados, as informações podem trafegar ou ficar
armazenadas de forma que outras pessoas tenham acesso ao conteúdo.
Uso excessivo: o uso desmedido da Internet, assim como de outras tecnologias, pode colocar
em risco a sua saúde física, diminuir a sua produtividade e afetar a sua vida social ou profissional.
Plágio e violação de direitos autorais: a cópia, alteração ou distribuição não autorizada
de conteúdos e materiais protegidos pode contrariar a lei de direitos autorais e resultar em
problemas jurídicos e em perdas financeiras.

Criptografia

A palavra criptografia tem origem grega e significa a arte de escrever em códigos de forma
a esconder a informação na forma de um texto incompreensível. A informação codificada é
chamada de texto cifrado. O processo de codificação ou ocultação é chamado de cifragem,
e o processo inverso, ou seja, obter a informação original a partir do texto cifrado, chama-se
decifragem.
A cifragem e a decifragem são realizadas por programas de computador chamados de cifradores
e decifradores. Um programa cifrador ou decifrador, além de receber a informação a ser cifrada
ou decifrada, recebe um número-chave que é utilizado para definir como o programa irá se
comportar. Os cifradores e decifradores se comportam de maneira diferente para cada valor da
chave. Sem o conhecimento da chave correta não é possível decifrar um dado texto cifrado.
Assim, para manter uma informação secreta, basta cifrar a informação e manter em sigilo a
chave.
Atualmente existem dois tipos de crip-
tografia: a simétrica e a de chave pú-
blica. A criptografia simétrica realiza a
cifragem e a decifragem de uma infor-
mação por meio de algoritmos que uti-
lizam a mesma chave, garantindo sigilo
na transmissão e armazenamento de
dados. Como a mesma chave deve ser
utilizada na cifragem e na decifragem,
a chave deve ser compartilhada entre
quem cifra e quem decifra os dados. O
processo de compartilhar uma chave é
conhecido como troca de chaves. A tro-
ca de chaves deve ser feita de forma segura, uma vez que todos que conhecem a chave podem
decifrar a informação cifrada ou mesmo reproduzir uma informação cifrada.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1747
Os algoritmos de chave pública operam com duas chaves distintas: chave privada e chave
pública. Essas chaves são geradas simultaneamente e são relacionadas entre si, o que possibilita
que a operação executada por uma seja revertida pela outra. A chave privada deve ser mantida
em sigilo e protegida por quem gerou as chaves. A chave pública é disponibilizada e tornada
acessível a qualquer indivíduo que deseje se comunicar com o proprietário da chave privada
correspondente.

Assinatura Digital

Existem diversos métodos para assinar digitalmente documentos, os quais estão em


constante evolução. Porém de maneira resumida uma assinatura típica envolve dois processos
criptográficos: o hash (resumo criptográfico) e a encriptação deste hash.
Em um primeiro momento, é gerado um resumo criptográfico da mensagem por meio de
algoritmos complexos (exemplos: MD5, SHA-1, SHA-256) que reduzem qualquer mensagem
sempre a um resumo de mesmo tamanho. A este resumo criptográfico se dá o nome de hash.
O mesmo método de autenticação dos algoritmos de criptografia de chave pública operando
em conjunto com uma função resumo, também conhecido como função de hash, é chamado
de assinatura digital.
O resumo criptográfico é o resultado retornado por uma função de hash. Este pode ser
comparado a uma impressão digital, pois cada documento possui um valor único de resumo e
até mesmo uma pequena alteração no documento, como a inserção de um espaço em branco,
resulta em um resumo completamente diferente.
A vantagem da utilização de resumos criptográficos no processo de autenticação é o aumento
de desempenho, pois os algoritmos de criptografia assimétrica são muito lentos. A submissão
de resumos criptográficos ao processo de cifragem com a chave privada reduz o tempo de
operação para gerar uma assinatura por serem os resumos, em geral, muito menores que o
documento em si. Assim, consomem um tempo baixo e uniforme, independentemente do
tamanho do documento a ser assinado.

1748 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Segurança da Informação – Prof. Márcio Hunecke

Na assinatura digital, o documento não sofre qualquer alteração e o hash cifrado com a chave
privada é anexado ao documento.
Para comprovar uma assinatura digital, é necessário inicialmente realizar duas operações:
calcular o resumo criptográfico do documento e decifrar a assinatura com a chave pública
do signatário. Se forem iguais, a assinatura está correta, o que significa que foi gerada pela
chave privada corresponde à chave pública utilizada na verificação e que o documento está
íntegro. Caso sejam diferentes, a assinatura está incorreta, o que significa que pode ter havido
alterações no documento ou na assinatura pública.
A semelhança entre a assinatura digital e a assinatura manuscrita restringe-se ao princípio de
atribuição de autoria a um documento. Na manuscrita, as assinaturas seguem um padrão, sendo
semelhantes entre si e possuindo características pessoais e biométricas de cada indivíduo.
Ela é feita sobre algo tangível, o papel, responsável pela vinculação da informação impressa
à assinatura. A veracidade da assinatura manuscrita é feita por uma comparação visual a uma
assinatura verdadeira tal como aquela do documento de identidade oficial.

Firewall

Firewall é um software ou hardware que verifica informações


vindas da Internet ou de uma rede, rejeitando-as ou permitindo
que elas passem e entrem no seu computador, dependendo
das configurações definidas. Com isso, o firewall pode ajudar
a impedir o acesso de hackers e software mal-intencionado ao
seu computador.
O Firewall do Windows vem incorporado ao Windows e é
ativado automaticamente.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1749
Se você executar um programa como o de mensagens
instantâneas (Skype) ou um jogo em rede com vários
participantes, que precise receber informações da
Internet ou de uma rede, o firewall perguntará se
você deseja bloquear ou desbloquear (permitir) a
conexão. Se você optar por desbloquear a conexão,
o Firewall do Windows criará uma exceção para que
você não se preocupe com o firewall quando esse
programa precisar receber informações no futuro.

VPN

Rede Privada Virtual (VPN) é uma rede de comunicações privada normalmente utilizada por
uma empresa ou um conjunto de empresas e/ou instituições, construída em cima de uma rede
de comunicações pública (como, por exemplo, a Internet). O tráfego de dados é levado pela
rede pública utilizando protocolos padrão, normalmente seguros.
Uma VPN é uma conexão es-
tabelecida sobre uma infraes-
trutura pública ou comparti-
lhada, usando tecnologias de
tunelamento e criptografia
para manter seguros os da-
dos trafegados. VPNs seguras
usam protocolos de cripto-
grafia por tunelamento que
fornecem confidencialidade,
autenticação e integridade ne-
cessárias para garantir a priva-
cidade das comunicações requeridas. Quando adequadamente implementados, estes protoco-
los podem assegurar comunicações seguras através de redes inseguras.

Políticas de Segurança

De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Handbook), uma política de segurança consiste
num conjunto formal de regras que devem ser seguidas pelos utilizadores dos recursos de uma
organização.
As políticas de segurança devem ter implementação realista e definir claramente as áreas
de responsabilidade dos utilizadores, do pessoal de gestão de sistemas e redes e da direção.
Deve também se adaptar às alterações na organização. As políticas de segurança fornecem um
enquadramento para a implementação de mecanismos de segurança, definem procedimentos
de segurança adequados, processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base para
procedimentos legais na sequência de ataques.

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Informática – Segurança da Informação – Prof. Márcio Hunecke

O documento que define a política de segurança deve deixar de fora todos os aspectos técnicos
de implementação dos mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ao
longo do tempo. Deve ser também um documento de fácil leitura e compreensão, além de
resumido.
Algumas normas definem aspectos que devem ser levados
em consideração ao elaborar políticas de segurança. Entre
essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British
Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão
brasileira desta primeira). A ISO começou a publicar a
série de normas 27000, em substituição à ISO 17799 (e
por conseguinte à BS 7799), das quais a primeira, ISO
27001, foi publicada em 2005.
Existem duas filosofias por trás de qualquer política de segurança: a proibitiva (tudo que não
é expressamente permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).

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Informática

BACKUP

Em informática, cópia de segurança (em inglês: backup) é a cópia de dados de um dispositivo


de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso da perda dos dados
originais, o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção de dados.
Meios difundidos de cópias de segurança incluem CD (700 Mb), DVD (4,7 Gb ou 9,4 Gb), BlueRay
(25 Gb ou 50 Gb), disco rígido (até 4 Tb), disco rígido externo (até 4 Tb), Pendrive (até 1 Tb),
fita magnética (até 350 Gb) e cópia externa (backup online). Esta transporta os dados, por uma
rede como a Internet, para outro ambiente, geralmente para equipamentos mais sofisticados,
de grande porte e alta segurança.

Tipos de backup
Os utilitários de backup oferecem geralmente suporte a cinco métodos para backup de dados
no computador ou na rede.

Backup de cópia
Um backup de cópia copia todos os arquivos selecionados, mas não os marca como arquivos
que passaram por backup (ou seja, o atributo de arquivo não é desmarcado). A cópia é útil caso
você queira fazer backup de arquivos entre os backups normal e incremental, pois ela não afeta
essas outras operações de backup.

Backup diário
Um backup diário copia todos os arquivos selecionados que foram modificados no dia de
execução do backup diário. Os arquivos não são marcados como arquivos que passaram por
backup (o atributo de arquivo não é desmarcado).

Backup diferencial
Um backup diferencial copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou
incremental. Ele não marca os arquivos como arquivos que passaram por backup (o atributo de
arquivo não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação dos backups normal
e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá o último backup normal e o último
backup diferencial.

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Backup incremental
Um backup incremental copia somente os arquivos criados ou alterados desde o último backup
normal ou incremental e os marca como arquivos que passaram por backup (o atributo de
arquivo é desmarcado). Se você utilizar uma combinação dos backups normal e incremental,
precisará do último conjunto de backup normal e de todos os conjuntos de backups incrementais
para restaurar os dados.

Backup normal
Um backup normal copia todos os arquivos selecionados e os marca como arquivos que
passaram por backup (ou seja, o atributo de arquivo é desmarcado). Com backups normais,
você só precisa da cópia mais recente do arquivo ou da fita de backup para restaurar todos os
arquivos. Geralmente, o backup normal é executado quando você cria um conjunto de backup
pela primeira vez.
O backup dos dados que utiliza uma combinação de backups normal e incremental exige menos
espaço de armazenamento e é o método mais rápido. No entanto, a recuperação de arquivos
pode ser difícil e lenta porque o conjunto de backup pode estar armazenado em vários discos
ou fitas.
O backup dos dados que utiliza uma combinação dos backups normal e diferencial é mais
longo, principalmente se os dados forem alterados com frequência, mas facilita a restauração
de dados, porque o conjunto de backup geralmente é armazenado apenas em alguns discos ou
fitas.

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Informática

PRAGAS VIRTUAIS

Malware, ou praga virtual é todo e qualquer software que tem objetivos maliciosos. Em
malware, se incluem todos os trojans, vírus e spywares.
Esse grupo é muito genérico e é mais recomendado usar um dos grupos mais específicos como
os citados. Na maioria das vezes, malware será apenas tratado como um grupo que engloba
spywares e adware.
As principais áreas são as seguintes:
(Textos retirados do site: http://cartilha.cert.br. Recomendo o acesso a essa cartilha para
mais informações sobre segurança na Internet e sobre créditos e licença).

VÍRUS
Vírus é um programa ou parte de um programa de
computador, normalmente malicioso, que se propaga
inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros
programas e arquivos.
Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo
de infecção, o vírus depende da execução do programa ou
arquivo hospedeiro, ou seja, para que o seu computador
seja infectado é preciso que um programa já infectado seja
executado.
O principal meio de propagação de vírus costumava ser os
disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em
desuso e começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail.
Atualmente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o principal meio de propagação, não
mais por disquetes, mas, principalmente, pelo uso de pen-drives.
Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer ocultos, infectando arquivos
do disco e executando uma série de atividades sem o conhecimento do usuário. Há outros
que permanecem inativos durante certos períodos, entrando em atividade apenas em datas
específicas. Alguns dos tipos de vírus mais comuns são:
Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo anexo a um e-mail cujo conteúdo tenta
induzir o usuário a clicar sobre este arquivo, fazendo com que seja executado. Quando entra
em ação, infecta arquivos e programas e envia cópias de si mesmo para os e-mails encontrados
Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript e JavaScript, e recebido ao aces-
sar uma página Web ou por e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail

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escrito em formato HTML. Pode ser automaticamente executado, dependendo da configuração
do navegador Web e do programa leitor de e-mails do usuário.
Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em linguagem de macro, que tenta
infectar arquivos manipulados por aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo,
os que compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre outros).
Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular para celular por meio da tecnologia
bluetooth ou de mensagens MMS (Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando um
usuário permite o recebimento de um arquivo infectado e o executa. Após infectar o celular,
o vírus pode destruir ou sobrescrever arquivos, remover ou transmitir contatos da agenda,
efetuar ligações telefônicas e drenar a carga da bateria, além de tentar se propagar para outros
celulares.

WORM
Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente pelas
redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador.
Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da inclusão
de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, mas sim
pela execução direta de suas cópias ou pela exploração automática
de vulnerabilidades existentes em programas instalados em
computadores.
Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos recursos,
devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que costumam
propagar e, como consequência, podem afetar o desempenho de
redes e a utilização de computadores.

BACKDOORS
Backdoor é um programa que permite o
retorno de um invasor a um computador
comprometido, por meio da inclusão de
serviços criados ou modificados para este
fim.
Pode ser incluído pela ação de outros códigos
maliciosos, que tenham previamente
infectado o computador, ou por atacantes,
que exploram vulnerabilidades existentes
nos programas instalados no computador
para invadi-lo.
Após incluído, o backdoor é usado para
assegurar o acesso futuro ao computador comprometido, permitindo que ele seja acessado
remotamente, sem que haja necessidade de recorrer novamente aos métodos utilizados na
realização da invasão ou infecção e, na maioria dos casos, sem que seja notado.

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Informática – Pragas Virtuais – Prof. Márcio Hunecke

A forma usual de inclusão de um backdoor consiste na disponibilização de um novo serviço


ou na substituição de um determinado serviço por uma versão alterada, normalmente
possuindo recursos que permitem o acesso remoto. Programas de administração remota,
como BackOrifice, NetBus, SubSeven, VNC e Radmin, se mal configurados ou utilizados sem o
consentimento do usuário, também podem ser classificados como backdoors.
Há casos de backdoors incluídos propositalmente por fabricantes de programas, sob alegação
de necessidades administrativas. Esses casos constituem uma séria ameaça à segurança de um
computador que contenha um destes programas instalados pois, além de comprometerem a
privacidade do usuário, também podem ser usados por invasores para acessarem remotamente
o computador.

CAVALO DE TRÓIA

Cavalo de troia1, trojan ou trojan-horse, é um programa que, além de executar as funções


para as quais foi aparentemente projetado, também executa outras funções, normalmente
maliciosas, e sem o conhecimento do usuário.
Exemplos de trojans são programas que você recebe ou obtém desites na Internet e que
parecem ser apenas cartões virtuais animados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela,
entre outros. Estes programas, geralmente, consistem de um único arquivo e necessitam ser
explicitamente executados para que sejam instalados no computador.
Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após invadirem um computador,
alteram programas já existentes para que, além de continuarem a desempenhar as funções
originais, também executem ações maliciosas.

COMO UM CAVALO DE TRÓIA PODE SER DIFERENCIADO DE UM VÍRUS OU DE UM

1
 O “Cavalo de Troia”, segundo a mitologia grega, foi uma grande estátua, utilizada como instrumento de guerra pelos
gregos para obter acesso à cidade de Troia. A estátua do cavalo foi recheada com soldados que, durante a noite, abriram
os portões da cidade possibilitando a entrada dos gregos e a dominação de Troia

www.acasadoconcurseiro.com.br 1757
WORM?
Por definição, o cavalo de tróia distingue-se de vírus e de worm por não se replicar, infectaroutros
arquivos, ou propagar cópias de si mesmo automaticamente.
Normalmente um cavalo de tróia consiste de um único arquivo que necessita ser explicitamente
executado.
Podem existir casos onde um cavalo de tróia contenha um vírus ou worm. Mas, mesmo nestes
casos, é possível distinguir as ações realizadas como conseqüência da execução do cavalo de
tróia propriamente dito daquelas relacionadas ao comportamento de um vírus ou worm.

SPYWARE
Spyware é um programa projetado para monitorar
as atividades de um sistema e enviar as informações
coletadas para terceiros.
Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa,
dependendo de como é instalado, das ações realizadas,
do tipo de informação monitorada e do uso que é feito
por quem recebe as informações coletadas. Pode ser
considerado de uso:
Legítimo: quando instalado em um computador pessoal,
pelo próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de verificar se outras pessoas o
estão utilizando de modo abusivo ou não autorizado.
Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a privacidade do usuário e a
segurança do computador, como monitorar e capturar informações referentes à navegação do
usuário ou inseridas em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha).
Alguns tipos específicos de programas spyware são:
Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas pelo
usuário no teclado do computador. Sua ativação, em muitos casos, é
condicionada a uma ação prévia do usuário, como o acesso a umsite
específico de comércio eletrônico ou de Internet Banking.

Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a posição do


cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em que o mouse
é clicado, ou a região que circunda a posição onde o mouse é clicado. É
bastante utilizado por atacantes para capturar as teclas digitadas pelos
usuários em teclados virtuais, disponíveis principalmente em sites de
Internet Banking.

ADWARE
Projetado especificamente para apresentar propagandas. Pode ser
usado para fins legítimos, quando incorporado a programas e serviços,

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Informática – Pragas Virtuais – Prof. Márcio Hunecke

como forma de patrocínio ou retorno financeiro para quem desenvolve programas livres ou
presta serviços gratuitos. Também pode ser usado para fins maliciosos, quando as propagandas
apresentadas são direcionadas, de acordo com a navegação do usuário e sem que este saiba
que tal monitoramento está sendo feito.

Bot e botnet
Bot é um programa que dispõe de mecanismos de comunicação com o invasor que permitem
que ele seja controlado remotamente. Possui processo de infecção e propagação similar ao
do worm, ou seja, é capaz de se propagar automaticamente, explorando vulnerabilidades
existentes em programas instalados em computadores.
A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo bot pode ocorrer via canais de
IRC, servidores Web e redes do tipo P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode
enviar instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como desferir ataques, furtar
dados do computador infectado e enviar spam.
Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de zumbi (zombie computer),
pois pode ser controlado remotamente, sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser
chamado de spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor de e-mails e o
utiliza para o envio de spam.
Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de computadores zumbis e que permite
potencializar as ações danosas executadas pelos bots.
Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela será. O atacante que a controlar,
além de usá-la para seus próprios ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou
grupos que desejem que uma ação maliciosa específica seja executada.
Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas por intermédio de botnets são:
ataques de negação de serviço, propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot),
coleta de informações de um grande número de computadores, envio de spam e camuflagem
da identidade do atacante (com o uso de proxies instalados nos zumbis).
O esquema simplificado apresentado a seguir exemplifica o funcionamento básico de uma
botnet:
a) Um atacante propaga um tipo específico de bot na esperança de infectar e conseguir a
maior quantidade possível de zumbis;
b) os zumbis ficam então à disposição do atacante, agora seu controlador, à espera dos
comandos a serem executados;
c) quando o controlador deseja que uma ação seja realizada, ele envia aos zumbis os
comandos a serem executados, usando, por exemplo, redes do tipo P2P ou servidores
centralizados;
d) os zumbis executam então os comandos recebidos, durante o período predeterminado
pelo controlador;
e) quando a ação se encerra, os zumbis voltam a ficar à espera dos próximos comandos a
serem executados.

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SPANS
São e-mails enviados em massa sem autorização. Geralmente usados em: propagandas,
correntes de fé, falsas ideologias, ajuda a outrem, entre muitos.

HOAXES (brincadeiras)
São boatos espalhados por e-mail que servem para assustar o usuário de computador.
Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo, nunca visto
anteriormente, que está circulando na rede e que infectará o microcomputador do destinatário
enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou
link. Quem cria a mensagem hoax, normalmente, costuma dizer que a informação partiu de
uma empresa confiável como IBM e Microsoft e que tal vírus poderá danificar a máquina do
usuário. Desconsidere a mensagem.

Phishing SCAM
O phishing online (pronuncia-se fíchin) é uma maneira de enganar os usuários de computador
para que eles revelem informações pessoais ou financeiras através de uma mensagem de
email ou site fraudulento. Um scam típico de phishing online começa com uma mensagem de
email que parece uma nota oficial de uma fonte confiável como um banco, uma empresa de
cartão de crédito ou um comerciante online de boa reputação. No email, os destinatários são
direcionados a um site fraudulento em que são instruídos a fornecer suas informações pessoais,
como número de conta ou senha. Em seguida, essas informações são geralmente usadas para o
roubo de identidade.

Antivírus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os antivírus são programas de computador concebidos para prevenir, detectar e eliminar vírus
de computador.

Métodos de identificação
‘Escaneamento de vírus conhecidos’ - Quando um novo vírus é descoberto seu código é
desmontado e é separado um grupo de caracteres (uma string) que não é encontrada em
outros softwares não maliciosos. Tal string passa a identificar esse vírus, e o antivírus a utiliza
para ler cada arquivo do sistema (da mesma forma que o sistema operacional), de forma que
quando a encontrar em algum arquivo, emite uma mensagem ao usuário ou apaga o arquivo
automaticamente.
‘Sensoriamento heurístico’ - O segundo passo é a análise do código de cada programa em
execução quando usuário solicita um escaneamento. Cada programa é varrido em busca de
instruções que não são executadas por programas usuais, como a modificação de arquivos

1760 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Pragas Virtuais – Prof. Márcio Hunecke

executáveis. É um método complexo e sujeito a erros, pois algumas vezes um executável precisa
gravar sobre ele mesmo, ou sobre outro arquivo, dentro de um processo de reconfiguração, ou
atualização, por exemplo. Portanto, nem sempre o aviso de detecção é confiável.
‘Checagem de Integridade’ - Checagem de integridade cria um banco de dados, com o registro
dos dígitos verificadores de cada arquivo existente no disco, para comparações posteriores.
Quando for novamente feita esta checagem, o banco de dados é usado para certificar que
nenhuma alteração seja encontrada nesses dígitos verificadores. Caso seja encontrado algum
desses dígitos diferentes dos gravados anteriormente, é dado o alarme da possível existência
de um arquivo contaminado.
Os antivírus são programas que procuram por outros programas (os vírus) e/ou os barram,
por isso, nenhum antivírus é totalmente seguro o tempo todo, e existe a necessidade de sua
manutenção (atualização) e, antes de tudo, fazer sempre uso do backup para proteger-se
realmente contra perda de dados importantes.

Antispyware
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os AntiSpywares são programas cujo objetivo é tentar eliminar do sistema, através de uma
varredura, spywares, adwares, keyloggers, trojans e outros malwares. As funções destes
programas são semelhantes aos do antivírus, embora ele sempre deve ter cuidado para não
confundi-los.
Exemplo de programas antispyware: Windows Defender, Spybot, Spyware Terminator, Ad-
Aware, Spy Sweeper.

Firewall
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um firewall é um dispositivo de uma rede de


computadores que tem por objetivo aplicar uma
política de segurança a um determinado ponto da
rede. O firewall pode ser do tipo filtros de pacotes,
proxy de aplicações, etc. Os firewalls são geralmente
associados a redes TCP/IP.
Este dispositivo de segurança existe na forma
de software e de hardware, a combinação de
ambos normalmente é chamado de “appliance”.
A complexidade de instalação depende do tamanho da rede, da política de segurança, da
quantidade de regras que controlam o fluxo de entrada e saída de informações e do grau de
segurança desejado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1761
Informática

MECANISMOS DE BUSCA

Os principais sites utilizados como mecanismos de buscas atualmente são Google, Yahoo e Bing
(Microsoft). A forma de pesquisar varia de navegador para navegador. No Internet Explorer 9,
10 e no Google Chrome, não existe a Barra de Pesquisa. Nestes navegadores, a pesquisa pode
ser realizada diretamente na Barra de Endereços. Para escolher onde fazer a pesquisa, definir
o Provedor de Pesquisa padrão no item “Gerenciar Complementos” do Internet Explorer 9, por
exemplo.
Geralmente, todas as palavras inseridas na consulta serão usadas.

Noções básicas:
As pesquisas nunca diferenciam o uso de maiúsculas e minúsculas.
Geralmente, a pontuação é ignorada, incluindo @ # $ % ^ & * ( ) = + [ ] \ e outros
caracteres especiais.
Para garantir que as pesquisas do Google retornem os resultados mais relevantes,
existem algumas exceções às regras citadas acima.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1763
O objetivo dos buscadores é oferecer a você resultados que sejam claros e de fácil leitura. O
resultado básico de uma pesquisa incluirá o título com o link para a página, uma descrição curta
ou um trecho real da página da web e do URL da página.

Recursos Mais Avançados da Pesquisa na Web

O operador OR: Por padrão, o Google considera todas as palavras em uma pesquisa. Se você
deseja que qualquer uma das palavras pesquisadas retorne resultados, poderá usar o operador
OR (observe que você precisará digitar OR em LETRAS MAIÚSCULAS). Por exemplo, [campeão
brasileiro 1994 OR 2005] retornará resultados sobre qualquer um desses anos, enquanto [
campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem OR) mostrará páginas que incluam ambos os anos na
mesma página.
Pesquisa de frase (“texto”): Ao colocar conjuntos de palavras entre aspas, você estará dizendo
ao Google para procurar exatamente essas palavras nessa mesma ordem, sem alterações.
Termos a serem excluídos (-): Colocar um sinal de menos antes de uma palavra indica que você
não deseja que apareçam nos resultados as páginas que contenham essa palavra. O sinal de
menos deve aparecer imediatamente antes da palavra, precedida por um espaço. Por exemplo,
na consulta [ couve-flor ], o sinal de menos não será interpretado como um símbolo de exclusão,
enquanto que a consulta [ couve -flor ] pesquisará por ocorrências de “couve” em sites que não
apresentem a palavra flor. Você poderá excluir quantas palavras desejar, usando o sinal - antes
de todas, como, por exemplo [ universal -studios -canal -igreja ]. O sinal - pode ser usado para
excluir mais do que palavras. Por exemplo, coloque um hífen antes do operador “site:” (sem
espaço) para excluir um site específico dos resultados de pesquisa.
Pesquisa exata (+): O Google emprega sinônimos automaticamente, de maneira que sejam
encontradas páginas que mencionem, por exemplo, “catavento” nas consultas por [ cata vento
] (com espaço), ou prefeitura de Porto Alegre para a consulta [ prefeitura de poa ]. No entanto,
às vezes o Google ajuda um pouco além da conta, fornecendo um sinônimo quando você não
o deseja. Colocar um sinal + antes de uma palavra, sem deixar um espaço entre o sinal e a
palavra, você estará informando ao Google que está procurando por resultados idênticos ao
que digitou. Colocar palavras entre aspas também funcionará do mesmo modo.
Pesquisa em um site específico (site): O Google permite que se especifique de qual site deverão
sair os resultados de pesquisa. Por exemplo, a consulta [ iraque site:estadao.com.br ] retornará
páginas sobre o Iraque, mas somente dentro do site estadao.com.br.
SafeSearch (Google) ou Filtro Familiar (Yahoo) ou Pesquisa Segura (Bing) : Muitas pessoas
preferem não ter conteúdo adulto em seus resultados de pesquisa (especialmente quando
compartilham com crianças o mesmo computador). Os filtros do SafeSearch fornecem
a capacidade de alterar as configurações de seu navegador a fim de impedir que sites com
conteúdo adulto apareçam em seus resultados de pesquisa. Nenhum filtro é 100% preciso, mas
o SafeSearch ajuda a evitar grande parte desse tipo de conteúdo. Para ativar ou desativar, visite
a página “Configurações de pesquisa”.
Pesquisas avançadas: Os buscadores normalmente permitem pesquisas avançadas. Para
acessar as pesquisas avançadas do Google, clicar na “engrenagem”, bem à direita da página.

1764 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Buscadores – Prof. Márcio Hunecke

Você pode usar qualquer um dos filtros a seguir quando visitar a página “Pesquisa avançada”:
•• Idioma
•• Região (por país)
•• Data da última atualização (último dia, semana, mês ou ano)
•• Onde os termos de pesquisa aparecem na página (título, texto, URL, links)
•• Tipo de arquivo (PDF, PPT, DOC, XLS...)
•• Direitos de uso (sem restrição, compartilhado, comercial)
Outras funcionalidades (em 13/09/2014 eram 47 ao todo)
•• Encontre páginas relacionadas (related:<URL>)
•• Pesquisa por números em uma faixa (TV Sony R$300..R$500)
•• Faça conversões numéricas (miles to km)
•• Faça conversões monetárias (usd para reais)
•• Verifique o clima (clima Porto Alegre)
•• Calcule qualquer coisa (100*3,14-cos(83))
Lista completa: http://www.google.com/intl/pt-BR/insidesearch/tipstricks/all.html

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Atualidades

Professor Cássio Albernaz

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POLÍTICA INTERNACIONAL

Exercito sírio controla alepo

O exército sírio tomou controlo na madrugada desta segunda-feira de Sheikh Saeed, o principal
distrito de Alepo, que tem estado sob domínio dos rebeldes anti-regime.
As forças de Bashar al-Assad estão a poucos dias de conseguir o controlo total da cidade,
depois de meses de bombardeamentos intensos pelas aviações síria e russa, prosseguindo uma
ofensiva brutal que conta com o apoio do Hezbollah e das milícias treinadas pelo Irão.
Segundo o ministério da Defesa da Rússia, 728 rebeldes entregaram as armas nas últimas 24
horas, enquanto mais de 13 mil civis deixaram os bairros controlados pelas forças anti-Assad.
Mais de 10 mil civis abandonaram os bairros rebeldes de Alepo, nas últimas 24 horas, informou
esta segunda-feira a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Pelo menos 413 civis foram mortos na zona oriental de Alepo desde o início da ofensiva em 15
de novembro, enquanto pelo menos 139 outros foram mortos por tiros de morteiros rebeldes
nos bairros ocidentais da cidade.
Enquanto Alepo é reconquistada, Palmira está de novo sob controlo dos radicais sunitas do
Daesh, depois de o exército sírio de ter retirado do sul da cidade.
O conflito sírio já provocou mais de 300 mil mortos desde março de 2011, tendo obrigado mais
de metade da população a abandonar as suas habitações.

EUA e Rússia longe do consenso para o fim da crise síria

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que as negociações para encontrar uma solução
para a crise síria continuam em Genebra. Mas as divergências, entre norte-americanos e russos,
continuam.
Grupos rebeldes afirmaram, à agência Reuters, ter recebido uma proposta prometendo, aos
seus combatentes e famílias, uma retirada “segura” e “honrosa” da cidade de Alepo, que teria
saído, alegadamente, das negociações.

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O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência de notícias russa RIA, veio
negar que se tenha chegado a um acordo sobre a matéria porque os EUA insistem “em termos
inaceitáveis”.
Os rebeldes ainda não responderam à proposta dos EUA, com ou sem a Rússia, mas caso a
aceitem ela permitiria ao presidente sírio, Bashar al-Assad, recuperar o controlo total sobre
as áreas mantidas pelos rebeldes no leste de Alepo, o que representaria a sua maior vitória na
guerra civil que tem vindo a destruir a Síria.

Turquia fecha fronteira com Síria, e zona vira "faixa da morte"

Riham Alkousaa e Maximilian Popp


Na fronteira entre Síria e Turquia
12/12/201606h02

1.nov.2016 - Unidade patrulha muro na fronteira entre a Turquia e Síria, próximo ao vilarejo turco de Besarslan

Assad e a Rússia estão destruindo Aleppo, e dezenas de milhares de sírios deixaram a cidade
em busca de segurança. Mas a Turquia, sofrendo pressão da Europa, fechou sua fronteira com a
Síria. Aqueles que tentam atravessá-la muitas vezes não sobrevivem.
Bashar Mustafa, 14, guiava uma família de Aleppo pela área do limite entre a Síria e a Turquia,
e ainda estava a algumas centenas de metros da fronteira quando ele ouviu soldados turcos
gritando através de seus megafones: "Parem!"
De repente, Bashar ouviu o barulho de disparos de metralhadora e se jogou no chão. Ele viu
seu primo Ali, 15, caído imóvel na poeira a alguns metros de distância, com sangue escorrendo
pelo rosto. Ele havia sido atingido na cabeça por uma bala e Bashar queria correr para ajudá-lo,
mas os soldados continuaram disparando. Ele foi obrigado a passar várias horas se escondendo
entre arbustos espinhosos, e só quando os guardas da fronteira pararam de atirar na manhã
seguinte é que ele foi capaz de recuperar o corpo de seu primo.

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Enquanto se senta à sombra de uma oliveira nos campos do norte da Síria, ele relata a história
de sua dramática experiência, que aconteceu no começo do verão de 2016. Seu cabelo é curto
e preto, e ele usa uma camisa polo velha. Seus olhos se enchem de lágrimas enquanto ele conta
a história do que aconteceu com ele e Ali. É o tipo de coisa que tem acontecido com as pessoas
na fronteira entre Síria e Turquia quase todos os dias, nos últimos meses.
Em seu quinto ano, a guerra na Síria alcançou um novo nível de brutalidade. Com a ajuda da
Rússia e do Irã, o ditador Bashar Assad intensificou seus bombardeios contra a população
civil da Síria, e seu regime está prestes a assumir controle do que restou de Aleppo. Milhares
de pessoas fugiram da cidade nos últimos dias, mas os caminhos para países vizinhos estão
bloqueados em sua maior parte. O embaixador da França para a ONU até alertou recentemente
que esse é "um dos maiores massacres de civis desde a Segunda Guerra Mundial."
A Turquia, que recebeu quase 3 milhões de refugiados sírios nos últimos anos, selou suas
fronteiras após o acordo de refugiados da primavera de 2016 com a União Europeia. Os sírios
que tentam entrar na Turquia de avião ou navio a partir de um terceiro país, como o Líbano ou
a Jordânia, precisam de um visto, mas raramente os oficiais os emitem. E a rota por terra está
bloqueada.

Exército ucraniano e separatistas retiram tropas do leste do país

Retirada obedece acordos de paz assinados em setembro em Minsk.


Soldados deixaram Zolotoie e sairão de Stanitsa Luganskaia e Petrovskoie.
Da France Presse
O Exército ucraniano e os separatistas pró-russos anunciaram neste sábado (1º) a retirada de
suas respectivas tropas dos arredores da pequena cidade de Zolotoie, no leste do país, como
determina o acordo de desmilitarização firmado em setembro passado.
Segundo o porta-voz militar ucraniano Valentin Shevchenko, "o Exército ucraniano e os
separatistas pró-russos retiraram suas unidades a dezenas de quilômetros de distância de
Zolotoie", na região de Lugansk.
"Algumas etapas do processo de retirada das forças e os meios militares perto da cidade
de Zolotoie terminaram. Representantes da missão de observação da OSCE constataram a
retirada", relatou.
A agência de notícias oficial dos separatistas também anunciou a retirada dos combatentes
pró-russos dessa área.
"Não resta um único soldado armado nas posições que ocupavam antes, como exigem os
acordos de paz de Minsk", declarou o comandante separatista Mikhail Filimonenko, citado pela
agência.
Segundo esses acordos, essas forças deverão abandonar três cidades: Zolotoie, Stanitsa
Luganskaia e Petrovskoie. A retirada nessas duas últimas ainda não aconteceu.

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Apesar de nova trégua, três soldados são mortos no leste da Ucrânia

Nova trégua havia entrado em vigor no dia 1º de setembro.


Conflitos na Ucrânia deixaram quase 10 mil mortos desde 2014.
Da France Presse

Conflitos na Ucrânia deixaram quase 10 mil mortos desde 2014 (Foto: Alexander Ermochenko/Reuters)

Três soldados ucranianos morreram em combates com os separatistas pró-Rússia no leste do


país, apesar de uma nova trégua ter entrado em vigor no início de setembro.
"Nas últimas 24 horas, três soldados ucranianos morreram e 15 ficaram feridos. Outro soldado
está desaparecido", afirmou o porta-voz militar ucraniano, Olexandre Motuziannyk.
Dois soldados morreram em combates perto de Stanitsa Luganska, na região de Lugansk, e
outro perto de Chermalyk, a 70 quilômetros do reduto rebelde de Donetsk.
Outro soldado morreu na semana passada, o primeiro após o início do novo cessar-fogo.
Desde 1º de setembro está em vigor uma nova trégua no leste da Ucrânia, cenário de um
conflito entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia que deixou quase 10 mil mortos
desde 2014.
Este é o terceiro cessar-fogo anunciado em 2016, o que não impediu a continuidade dos
combates.
No relatório mais recente, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE)
registra um "aumento considerável das violações do cessar-fogo na região de Donetsk em 10 e
11 de setembro", ao contrário da região de Lugansk.

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Guia para entender como funciona a eleição do presidente dos EUA

O processo tem várias etapas. Saiba quais são e o passo-a-passo do processo eleitoral
Otros

Broches para seguidores de Trump em um posto de venda em Iowa. BRENDAN HOFFMAN AFP

CRISTINA F. PEREDA
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Washington 8 NOV 2016 - 19:02 CET
MAIS INFORMAÇÕES
•• Republicanos atacam Hillary Clinton
•• A direita americana agita a bandeira do ‘politicamente incorreto’
•• Hillary Clinton chega às eleições primárias em Iowa sem magia
•• Os candidatos democratas miram na esquerda com medidas progressistas
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O processo de escolha dos candidatos à presidência dos EUA tem várias etapas. Entenda como
funciona a eleição nos Estados Unidos:

Objetivo do processo
Os votos dos cidadãos servem para dizer aos delegados de seu partido qual candidato à
presidência dos EUA devem apoiar na Convenção Nacional do partido, que acontece durante o
verão no hemisfério norte. Cada Estado tem um número diferente de delegados e um processo
de designação. O objetivo dos candidatos é acumular o maior número de delegados o mais
rapidamente possível.

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Caucus (convenções partidárias) e primárias
Existem duas formas de escolher os delegados. Os caucus são assembleias de cidadãos em
que se debate quem é o melhor candidato. Os participantes devem ser filiados ao partido
correspondente e, na noite da votação, podem debater e tentar convencer outros votantes.
No caso das primárias, no entanto, o voto é secreto. As primárias podem ser abertas –o
participante pode votar independentemente do partido ao qual está filiado – ou fechadas,
quando é exigida filiação partidária para participar. Nos dois casos, os votantes só podem
participar da primária democrata ou da republicana, mas nunca de ambas.

Delegados e superdelegados
Os delegados das eleições nos Estados Unidos são os membros do partido presentes à
Convenção Nacional, votando em função do que foi decidido pelos eleitores de cada Estado.
Os Superdelegados, no entanto, não têm seu voto vinculado a um candidato. São membros do
Comitê Nacional do partido, membros da Câmara dos Representantes e senadores.

Como são distribuídos?


No Partido Democrata, a designação dos delegados é proporcional, isto é, a porcentagem
de delegados atribuídos a cada candidato corresponde ao número de votos recebidos em
cada Estado. Num Estado com 10 delegados e três candidatos, se 60% dos votantes apoiam
o candidato A, 20% apoiam o candidato B e 20% o candidato C, o candidato A receberá seis
delegados e os candidatos B e C dois cada um.
No Partido Republicano, cada Estado pode decidir como são designados os delegados, pelo
sistema proporcional ou pelo chamado winner take all [o vencedor pega tudo, em tradução
livre], que concede todos os delegados ao candidato com mais votos. Os Estados que usam este
último sistema de designação, como Flórida, Ohio ou Illinois, adquirem mais peso nas primárias
por sua capacidade de poder provocar uma reviravolta na corrida presidencial.

Quantos são?
No Partido Republicano há 2.470 delegados em jogo e um candidato precisa de metade
dos delegados mais um para conseguir a indicação: 1236. O partido também tem 150
superdelegados.
No Partido Democrata existem cerca de 4.491 delegados –o total ainda não foi confirmado. Um
candidato precisa de 2.246 delegados para a indicação. Há, além disso, 718 superdelegados.

A Convenção Nacional
Tradicionalmente, cada partido chega à sua Convenção com um candidato vencedor depois do
processo das primárias. Se isso não aconteceu, as candidaturas podem ser submetidas a uma
nova votação pelos delegados e superdelegados, cujo poder ganha um peso especial em tais
circunstâncias.

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Por que Iowa é tão importante?


Apesar de o número de delegados atribuídos através dos caucus ser minoritário -10% no caso
dos democratas e 15% entre os republicanos- a importância dos caucus de Iowa se remonta
a 1976, quando a vitória do candidato democrata Jimmy Carter demonstrou que um bom
resultado nesta votação pode catapultar qualquer aspirante à presidência dos EUA. Desde então,
os cidadãos de Iowa converteram-se em protagonistas absolutos do começo da campanha: são
os primeiros interrogados sobre sua intenção de voto, os primeiros espectadores dos anúncios
eleitorais em televisão e os primeiros a receber a visita dos candidatos à presidência dos
Estados Unidos a suas cidades.

Sul-coreanos voltam às ruas após aprovação do processo de impeachment

12/12/2016 08h53
Seul
Da Agência Xinhua
Os sul-coreanos voltaram às ruas no fim de semana para dizer que o impeachment não
é tudo que querem. A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, teve seu processo de
impeachmentaprovado pelo Parlamento na semana passada.
O processo de impeachment de Park foi aprovado pela Assembleia Nacional na sexta-feira por
234 votos a favor e 56 contra, 7 nulos e 2 abstenções. Ele superou as expectativas à medida
que a pressão popular aumentava na Assembleia unicameral, especialmente dentro do próprio
partido de Park, que a pressionou a deixar o cargo.
Eleitores enviaram milhares de mensagens de texto, chamadas "bombas de texto", para
que os legisladores não hesitassem em votar a favor do impeachment, paralisando alguns
smartphones. As manifestações arrancaram os votos de sim do Partido Saenuri.
Quase metade dos 128 legisladores do partido no poder votaram a favor do impeachment na
sexta-feira.
“O impeachment não é o fim. É apenas o começo, “disse um homem de 73 anos que não
quis ser identificado. Ele falou em uma praça no centro de Seul, onde participou de todas as
manifestações nos fins de semana desde que o escândalo presidencial surgiu em outubro.
A sétima vigília de velas foi realizada na praça Gwanghwamun, a pouco mais de um quilômetro
da Casa Azul Presidencial, onde estão localizados o gabinete e a residência de Park.
Park mantém o título de presidente, mas está afastada de todo o Poder Executivo, que agora
está nas mãos do primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn. Seu afastamento permanente requer a
aprovação da medida por dois terços do Tribunal Constitucional, formado por nove juízes, que
têm até 180 dias para deliberar sobre a saída definitiva da presidente.
“É apenas o começo. A decisão do tribunal permanece, os cidadãos devem continuar a ir às
ruas", disse Kim Su-bin, uma estudante universitária de 22 anos.
Ela está preocupada com as incertezas deixadas até que uma conclusão final seja alcançada
para retirar permanentemente a presidente do cargo, dizendo que é hora de as pessoas
manifestarem seu poder.

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O que as pessoas na ruas querem é a a chegada da “Primavera de Seul”, em que a primavera
implica o início de uma nova era.
Na história moderna, os sul-coreanos viram suas esperanças de uma nova era serem roubadas
por ditadores militares.
Em 1960, o ex-presidente Rhee Syngman, o primeiro presidente do país, renunciou diante das
manifestações populares contra seu governo corrupto e autocrático, aumentando a esperança
de uma nova era.
A esperança foi destruída cerca de um ano depois, quando o ex-presidente Park Chung-hee
assumiu o poder em um golpe militar. O pai da presidente Park Geun-hye foi assassinado em
1979, terminando a ditadura de 18 anos e desencadeando manifestações em massa para
inaugurar uma nova era.
A segunda esperança foi interrompida novamente quando as manifestações terminaram com
um massacre na cidade de Gwangju, no Sudoeste do país, comandado pelo ex-presidente Chun
Doo-hwan, que usurpou o poder em um golpe militar em 1979.
"O círculo vicioso da história deve ser interrompido", disse o homem de 73 anos. Ele afirma que
a consciência cívica deve deter todas as tentativas de repetir o ciclo vicioso.
A estudante, de 22 anos, disse que sentiu forte solidariedade nas recentes vigílias à luz de velas,
acrescentando que confiar um no outro é a única maneira de ganhar impulso nas ruas.

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, morre aos 90 anos

Anúncio foi feito pelo irmão Raúl; país declarou 9 dias de luto oficial.
Líder da Revolução Cubana foi figura internacional polêmica por décadas.
Do G1, em São Paulo

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado (26),
aos 90 anos, na capital Havana. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em
pronunciamento na TV estatal cubana.
"Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e
do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução
Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl Castro.

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"Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas
primeiras horas" deste sábado, prosseguiu o irmão.
Na segunda e na terça, a população da capital cubana poderá render homenagens a Fidel no
Memorial Martí. Na própria terça, as cinzas de Fidel partem para a caravana de quatro dias pelo
país. No dia 4 de dezembro, a cerimônia para enterrar as cinzas no cemitério Santa Ifigenia, em
Santiago de Cuba, começa às 7h, pela hora local.

Figura controversa
Visto como um grande líder revolucionário por uns, e como ditador implacável por outros,
Fidel foi saindo de cena progressivamente ao longo da última década, morando em lugar não
divulgado e fazendo aparições esporádicas nos últimos anos.
As últimas imagens de Fidel Castro são do dia 15, quando recebeu em sua residência o
presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Antes, ele foi visto em um ato público foi no dia 13 de
agosto, na comemoração de seu 90º aniversário. A festa reuniu mais de 100 mil pessoas. Na
época, Fidel apresentou um semblante frágil, vestido com um moletom branco e acompanhado
pelo seu irmão Raúl e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Despedida
Em abril, durante o XVII Congresso do Partido Comunista de Cuba, Fidel reapareceu e fez um
discurso que soou como uma despedida, onde reafirmou a força das ideias dos comunistas.
"A hora de todo mundo vai chegar, mas ficarão as ideias dos comunistas cubanos, como prova
de que neste planeta se trabalha com fervor e dignidade, é possível produzir os bens materiais e
culturais que os seres humanos necessitam, e devemos lutar sem descanso para isso", afirmou
Fidel Castro na ocasião.
Desde que ficou doente, em julho de 2006, e cedeu o poder ao seu irmão Raúl Castro, o líder
cubano se dedicou a escrever artigos, assim como livros sobre sua luta na Sierra Maestra e a
receber personalidades internacionais em sua residência, no oeste de Havana.

Doença e saída do poder


Na noite de 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu Cuba e o mundo com o anúncio de
que cedia o poder ao irmão Raúl, em caráter provisório, depois de sofrer hemorragias. Foi a
primeira vez que saiu do poder.
Sem revelar qual doença o afetava, Fidel admitiu que esteve à beira da morte. Perdeu quase 20
quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou por várias cirurgias e dependeu por muitos meses
de cateteres.
Em dezembro de 2007, o comandante cubano já havia expressado em uma mensagem escrita
que não estava aferrado ao poder, nem obstruiria a passagem das novas gerações, mas em
janeiro foi eleito deputado e ficou tecnicamente habilitado para uma reeleição – o que não
ocorreu.

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Desde março de 2007, já afastado do cenário público, sendo visto apenas em vídeos e fotos,
Fidel Castro se dedicava a escrever artigos para a imprensa sob o título de "Reflexões do
Comandante-em-Chefe".
Fidel deixou o poder definitivamente em fevereiro de 2008. Em um texto publicado no jornal
estatal “Granma”, ele anunciou sua renúncia.

Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto: Adalberto
Roque/AFP)

Trajetória
Fidel nasceu em 13 de agosto de 1926, na província de Holguín, sul de Cuba, e foi batizado
durante a infância de Fidel Hipólito. Sua mãe trabalhava para a mulher de seu pai, o bem
sucedido latifundiário espanhol Ángel Castro.
Apenas quando Fidel era adolescente seu pai se separou da primeira mulher e assumiu a família
com a mãe de Fidel, Lina Ruz Gonzalez, com quem teve outros cinco filhos. Nesta época, Fidel
foi assumido oficialmente pelo pai e recebeu o nome de Fidel Alejandro Castro Ruz.
Apesar de não ter sido registrado pelo pai na infância, Fidel cresceu estudando em escolas
particulares e em meio a um ambiente de riqueza bastante diferente da pobreza do povo
cubano.
Bastante inteligente, o jovem era mais interessado nos esportes do que nos estudos. Mesmo
assim, o líder cubano iniciou seus estudos na Universidade de Havana em 1945, onde conheceu
o nacionalismo político cubano, o anti-imperalismo e o socialismo, e se formou em direito em
1950.

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GNews - Fidel Castro (Foto: Reprodução/GloboNews)

Em 1948, Fidel viajou para a República Dominicana em uma expedição para tentar derrubar o
ditador Rafael Trujillo, que foi fracassada.
Ao voltar para a faculdade, ele se juntou ao Partido Ortodoxo, fundado para acabar com a
corrupção no país.

Casamentos
No mesmo ano, Fidel se casou com Mirta Diaz Balart, de uma rica família cubana. Eles tiveram
apenas um filho, Fidelito. O casamento com Mirta acabou em 1955. Durante a união, ele teve
um relacionamento com Naty Revuelta, com quem teve uma filha, Alina Fernández-Revuelta.
Em 1993, ela fugiu da ilha se fazendo passar por uma turista espanhola. Alina pediu asilo nos
Estados Unidos e passou a fazer fortes críticas a seu pai.
Com sua segunda mulher, Dalia Soto del Valle, Fidel teve outros cinco filhos homens cujos
nomes começam com a letra "A": Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel.
Além da filha Alina, uma das irmãs de Fidel, Juanita Castro, também se mudou para os EUA, no
início da década de 1960.

A amizade entre Castro e Chávez era antiga (Foto: ENRIQUE DE LA OSA / POOL / AFP)

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Revolução
Durante o casamento com Mirta Diaz, Fidel teve contato com as famílias ricas de Cuba, e se
candidatou a um posto no parlamento. Entretanto, o golpe do general Fulgêncio Batista
derrubou o governo da época e cancelou as eleições.
Junto com outros membros do Partido Ortodoxo, Fidel organizou uma insurreição. Em 26 de
julho de 1953, cerca de 150 pessoas atacaram o quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, em
uma tentativa de derrubar Batista. O ataque falhou e Fidel foi capturado. Após julgamento, ele
foi condenado a 15 anos de prisão. Entretanto, o incidente o tornou famoso no país.
Em 1955, Fidel foi anistiado, e fundou o movimento 26 de Julho, de oposição ao governo. Nessa
época, ele se encontrou pela primeira vez com o revolucionário Ernesto ‘Che’ Guevara e se
exilou no México.
Em 1957, junto com Guevara e mais 79 expedicionários, chegou a Cuba a bordo de um navio e
tentou derrubar o presidente, mas foi surpreendido pelo Exército e derrotado. Fidel, seu irmão
Raúl e Che conseguiram escapar e se refugiaram na Sierra Maestra, onde travaram combates
com o governo.
Em 30 e 31 de dezembro de 1958, as vitórias revolucionárias assustaram Batista, que fugiu de
Cuba e foi para a República Dominicana. Aos 32 anos, Fidel conseguiu o controle do país.

Reforma para o comunismo


Um novo governo foi criado, e Fidel assumiu como primeiro-ministro em 1959, após a renúncia
de Jose Miro Cardona. Nesta época, foram iniciadas as relações com a então União Soviética.
O líder passou então a sua reforma para o comunismo. Em 1960, Fidel nacionalizou a indústria
açucareira de Cuba, sem pagar indenizações. Três anos depois ele estatizaria as fazendas,
ampliando a reforma agrária.
Em 1961, o governo proclamou seu status socialista. Houve uma fuga em massa dos ricos do
país para Miami, nos Estados Unidos, que rompem as relações diplomáticas com Cuba.

Fidel com Che Guevara, em foto de 1960 (Foto: AP Foto/Prensa Latina via AP Images)

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Crise com os EUA


Em abril, Castro formalizou Cuba como um estado socialista. No dia seguinte, cerca de 1,3 mil
exilados cubanos apoiados pela CIA atacaram a ilha pela Baía dos Porcos, em uma tentativa de
derrubar o governo.
O ataque foi um fracasso – centenas de pessoas foram mortas e quase mil capturadas. Os EUA
negaram seu envolvimento, mas revelaram que os exilados foram treinados pela CIA. Décadas
depois, o país confirmou que a ação vinha sendo planejada desde 1959.
O incidente fez Castro consolidar seu poder. Em maio do mesmo ano, ele anunciou o fim das
eleições democráticas no país e denunciou o imperialismo americano. Che Guevara assumiu o
Ministério da Indústria.
Em 1962, os EUA ordenaram o bloqueio econômico total à ilha, isolando o regime, uma política
que se seguiu até a atualidade.
Fidel passou a intensificar sua relação com a União Soviética, aceitando financiamento e ajudas
militares. Em outubro de 1962, o país concebeu a ideia de implantar misseis nucleares em
Cuba, gerando uma crise com os EUA e quase uma guerra nuclear.
Dias depois, o premiê soviético concordou em remover os mísseis com o comprometimento
americano de não invadir Cuba. Castro foi deixado de lado nas negociações.

Camilo Cienfuegos era um dos colaboradores mais próximos de Castro (Foto: Prensa Latina/AFP)

Governo
Em 1965, Che deixa o país para expandir a revolução. Dois anos depois, ele foi assassinado na
Bolívia, deixando Fidel como único rosto da revolução.
Ainda em 1965, Fidel se posicionou como líder do Partido Comunista cubano. Pouco a pouco,
ele começou uma campanha para apoiar a luta armada contra o imperialismo na América
Latina e na África.
Apesar do comprometimento dos EUA de não invadir a ilha, houve ataques de outras formas,
como o bloqueio econômico e centenas de tentativas de assassinato contra Fidel ao longo
dos anos. Fidel chegou a dizer que se escapar de tentativas de assassinato fosse um esporte
olímpico, ele teria ganhado medalhas de ouro.

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Durante seu governo, Fidel investiu na educação – foram criadas cerca de 10 mil novas escolas,
e a alfabetização atingiu 98% da população. Os cubanos têm um sistema de saúde universal,
que reduziu a mortalidade infantil para 11 a cada mil nascidos vivos.

Execuções e prisões
Entretanto, as liberdades civis foram confiscadas. Sindicatos perderam o direito de realizar gre-
ves, jornais independentes foram fechados e instituições religiosas perseguidas. Castro remo-
veu seus opositores com execuções e prisões, além do exílio forçado.
Centenas de milhares de cubanos fugiram do país ao longo das décadas, muitos seguindo para
a Flórida, bastante próxima da costa da ilha. A maior saída ocorreu em 1980, quando o governo
anunciou a autorização de saída, e 125 mil pessoas deixaram Cuba – 15 mil delas se jogaram ao
mar amarradas e canoas, pneus e botes.
Em 1986, instituições de defesa dos direitos humanos realizaram em Paris o “Tribunal de Cuba”,
onde ex-prisioneiros da ditadura deram seu testemunho. Entidades calculam que cerca de 12
mil pessoas morreram nas mãos do governo.
Em 1989, com a queda do muro de Berlin, a União Soviética retira seus 7 mil militares da ilha e
acaba com a ajuda comercial à Cuba.
Em 1996, Cuba bombardeia dois aviões civis pilotados por exilados cubanos em Miami, reto-
mando as tensões com os EUA. No ano seguinte, Fidel apontou seu irmão, Raúl, como seu su-
cessor.
Em 2002, os EUA criam uma prisão para suspeitos de terrorismo em uma base militar Guantá-
namo, no território cubano. O então presidente George W. Bush inclui o país na lista dos que
apoiam o terrorismo.

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro (centro), participa de festa de gala celebrando seu aniversário de 90 anos,
acompanhado de seu irmão, Raúl (ao fundo) e do presidente da Velezuela, Nicolas Maduro (direita), no teatro
Karl Marx em Havana (Foto: Ismael Francisco/Cubadebate/AP)

Segredos
Desde que caiu doente e entregou o poder provisoriamente a Raúl, Fidel deixou claro que sua
doença era um assunto delicado e não um assunto de domínio público.

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"Devido aos planos do império (EUA), meu estado de saúde se converte em um segredo de
Estado a respeito do qual não se pode ficar constantemente divulgando informações", afirmou.
Os segredos em torno do ex-dirigente são guardados com tanto afinco que não se conhecia
nem mesmo o local onde Fidel se recuperava.
Conta-se que, durante anos, Fidel jamais dormiu duas noites no mesmo lugar.
Ele circulava por Cuba em uma caravana com três carros Mercedes Benz pretos idênticos, e
a presença dele nas cúpulas realizadas no exterior nunca está 100% confirmada antes de sua
chegada.
Até a ideologia comunista dele foi objeto de mistério nos primeiros anos da revolução.
Diferentemente de outros líderes mundiais, a vida privada de Fidel não comparece aos jornais.
O único dos filhos dele que ocupou um cargo público é Fidel Castro Diaz-Balart, o "Fidelito", um
engenheiro nuclear que trabalhou como assessor científico do Conselho de Estado.
Fidel nunca abandonou suas ideias sobre estratégia militar. Em 1953, quando organizou o
ataque contra o quartel Moncada, em Santiago de Cuba, sua primeira e desastrosa ação militar,
quase todos os seus companheiros só ficaram sabendo do objetivo da investida no último
minuto.

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Morte de Fidel Castro gera diferentes reações entre os líderes europeus

Muitos líderes destacaram a incontestável relevância histórica de Fidel. Papa Francisco pediu
conforto para a família Castro e todo o povo cubano.
A morte de Fidel Castro provocou declarações bem diferentes de líderes mundiais. Os
correspondentes Ilze Scamparini e Pedro Vedova acompanharam essas reações.
Os socialistas franceses lembraram do homem que criou esperanças, mas também desilusões.
O presidente da França, François Hollande, relembrou os abusos de direitos humanos em Cuba,
mas também destacou a defesa de Fidel Castro contra pressões externas a Cuba. Em especial, o
embargo econômico americano, chamado por François Hollande de “inaceitável”.
O chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, declarou que esse é o “fim de uma era para
Cuba e recomeço para o povo cubano”.
Quando uma figura histórica sai de cena, passado e presente falam ao mesmo tempo. O
presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que a “memória de Fidel viverá no coração dos
russos”. E o último líder da União Soviética Mikhail Gorbachev disse que a amizade continuou
até o fim. As declarações recordam a união entre o comunismo cubano e o soviético.
A memória chinesa é de reconciliação. Xi Jinping, presidente chinês, lembrou “do esforço do
cubano para reestabelecer as relações com a China e com os soviéticos, abaladas na década de
1950.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, agradeceu a Fidel pela “ajuda na luta contra o apartheid”,
o regime que tratava negros como cidadãos de segunda classe.
Muitos líderes mundiais optaram por não fazer críticas ou elogios, mas destacaram a
incontestável relevância histórica de Fidel. Uma neutralidade que deixou estes políticos imunes
a reclamações. Essa polarização sobre o que o cubano de fato representou ficou clara nas
embaixadas cubanas mundo afora.
Na embaixada em Madri, houve confronto entre grupos a favor e contra Fidel. A Espanha é lar
de muitos dissidentes expulsos pela ditadura cubana.
Fidel Castro é a representação do debate acalorado de ideologias. Em comum a comunistas e
capitalistas, a atenção - jamais a indiferença.
Fidel Castro foi um ateu amigo de três papas que, mesmo no auge da repressão à igreja cubana,
nunca foi excomungado. Com o fim da guerra fria, Cuba voltou a sorrir para o catolicismo e, em
1992, aboliu o ateísmo de estado e restabeleceu a liberdade de religião.
No encontro fundamental, com João Paulo II em 1998, o papa pediu o fim do embargo à Cuba.
Karol Wojtyla foi o primeiro a pregar que Cuba se abrisse ao mundo e o mundo se abrisse à
Cuba. A amizade entre os dois líderes foi muito forte. Em 2012, quando Bento XVI foi à Havana,
Fidel agradeceu a ele por ter beatificado João Paulo II.
Em setembro do ano passado, vestido com uma cômoda roupa de ginástica, Fidel teve a honra
de receber Francisco na sua casa, por 40 minutos. O que estava em jogo era a reaproximação
entre Cuba e os Estados Unidos.

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O Vaticano ofereceu território neutro para as discussões e o presidente americano, Barack


Obama, reconheceu a ajuda do papa argentino.
A nenhum dos três pontífices que visitaram Cuba foi permitido conversar com dissidentes
políticos, durante a viagem.
No telegrama que mandou ao irmão Raúl, presidente de Cuba, o Papa Francisco falou da sua
tristeza pela morte de Fidel, e pediu à padroeira de Cuba, Nossa Senhora da Caridade do Cobre,
conforto para a família Castro e todo o povo cubano. Uma repercussão discreta no Vaticano,
mas que ganhou grande espaço nos jornais italianos. Um deles afirmou: “o século XX termina
agora”.

Morte de Fidel Castro amplia dúvidas sobre reaproximação com os EUA

Ausência do líder revolucionário representa outra incógnita no futuro das relações com Cuba
na era Trump
Otros
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Washington 26 NOV 2016 - 12:43 CET

Barack Obama e Raúl Castro em Havana em março REUTERS

A morte de Fidel Castro acrescenta mais uma incógnita ao processo de normalização das
relações entre os Estados Unidos e Cuba, já colocado em xeque pela vitória eleitoral do
republicano Donald Trump, que será responsável por manter – ou interromper – o diálogo
aberto há quase dois anos com Havana por seu antecessor democrata, Barack Obama.
Apesar de o histórico líder revolucionário nunca ter ocultado suas reticências quanto ao
processo iniciado pelo presidente Raúl Castro, seu irmão, o fato de não fazer oposição frontal
ao degelo foi considerado como uma aprovação implícita a essa iniciativa diplomática, que não
necessariamente contava com o respaldo de toda a cúpula cubana.

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Quis o acaso que a morte de Fidel Castro surpreendesse Trump em Mar-a-Lago, a mansão
da Flórida onde o magnata costuma passar férias. Esse Estado é o mais tradicional reduto
cubano nos EUA, um lugar outrora claramente anticastrista, mas que, sobretudo nos últimos
anos, passou a apoiar a política conciliadora de Obama, incluindo a decisão de restabelecer as
relações interrompidas durante mais de meio século.
Obama fez de tudo para consolidar essa política antes de deixar a Casa Branca, o que acontecerá
em menos de dois meses. Não só reabriu, já há mais de um ano, a embaixada norte-americana
em Havana, gesto replicado por Cuba em Washington, como se tornou, em março, no primeiro
presidente dos EUA em quase um século a pisar em solo cubano. A menos de um mês das
eleições que definiria seu sucessor, Obama emitiu uma ordem executiva (espécie de medida
provisória) com a qual pretendia, nas suas palavras, tornar “irreversíveis” os avanços obtidos
nas relações bilaterais.
Tudo, porém, se tornou um enorme ponto de interrogação após a vitória do republicano
Trump, um bilionário pragmático que no passado foi acusado de violar o embargo econômico
a Cuba em busca de negócios lucrativos na ilha. Durante a campanha eleitoral, no entanto, ele
prometeu reverter a aproximação com Havana.
Trump não se contentou apenas em cortejar o voto mais abertamente anticastrista em Miami. Já
eleito presidente, parece confirmar suas promessas ao incluir em sua equipe de governo figuras
proeminentes do lobby pró-embargo, como o advogado Mauricio Clever-Carone, membro
da influente organização Democracia Cuba-EUA, que defende uma “transição incondicional
de Cuba à democracia e ao livre mercado”. Ele irá trabalhar com Trump no Departamento do
Tesouro, uma peça-chave na aplicação – ou flexibilização – do embargo econômico a Cuba e
das sanções contra quem o viola.
Foi esse ministério, junto com o do Comércio, o principal responsável por analisar, nos últimos
23 meses, até onde seria possível flexibilizar os limites impostos pelo embargo, cuja eliminação
está nas mãos do Congresso. Em minoria na Câmara e no Senado, a estratégia do Governo
Obama foi tentar facilitar ao máximo as transações comerciais e os intercâmbios pessoais entre
os dois países. Embora as principais restrições continuem vigentes, é cada vez mais fácil para os
cidadãos norte-americanos fazer transações comerciais com Cuba ou viajar à ilha.
Antes que a morte de Fidel Castro monopolizasse todas as manchetes da imprensa cubana – e
mundial –, os meios de comunicação estatais comemoravam justamente o restabelecimento,
na próxima segunda-feira, dos voos comerciais regulares e diretos entre os EUA e Havana,
suspensos durante mais de 50 anos.
São medidas como esta as que também impulsionaram, por sua vez, a continuação das
reformas iniciadas com a chegada de Raúl Castro ao poder em Cuba, embora não ao ritmo
desejado por Washington, como reconheceu o próprio Obama. Uma mudança na atitude de
Washington poderia ter, neste sentido, adverte López-Levy, mais impacto ainda que a morte
de Fidel Castro. “Enquanto exista incerteza no assunto Trump, a direção cubana vai atuar com
grande cautela, mas isso não tem a ver com o fato de que Fidel esteja ou não porque já tinha
um papel mais simbólico, era uma espécie de força moral, de patriarca revolucionário mais que
líder dos assuntos do governo”.

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Crise na Venezuela se agrava com derrocada do setor de petróleo

The New York Times


Nicholas Casey e Clifford Krauss*
Em El Furrial (Venezuela) e Houston (EUA)
21/09/2016 - 06h01

Manifestante segura cartaz parecendo nota de 100 bolívares e que diz "fome", enquanto polícia tenta impedir
protesto, em Caracas, na Venezuela

Uma plataforma de petróleo ficou inativa durante semanas porque faltava uma peça do
equipamento. Outra foi atacada por bandos armados que fugiram com tudo o que puderam
carregar. Muitos trabalhadores do petróleo disseram que ganham tão pouco que quase não
comem e precisam vigiar uns aos outros quando sobem nas plataformas, temendo desmaiar.
A indústria de petróleo da Venezuela, cujas vastas receitas já alimentaram a revolução de
inspiração socialista do país, subsidiando tudo, da habitação à educação, está em derrocada.
Para aumentar o problema, o governo venezuelano foi obrigado a pedir ajuda a seu maior
inimigo, os EUA.
"Vocês os chamam de império", disse Luis Centeno, um líder sindical dos trabalhadores do
petróleo, referindo-se a como o governo chama os EUA, "no entanto, estão comprando seu
petróleo."
O declínio da indústria do petróleo talvez seja o capítulo mais urgente da crise econômica da
Venezuela. O petróleo representa a metade das receitas do governo venezuelano, o que o ex-
presidente Hugo Chávez chamou certa vez de "instrumento do desenvolvimento nacional". A
companhia estatal de petróleo despejou seus lucros, mais de US$ 250 bilhões ao todo de 2001
a 2015, nos programas sociais do país, incluindo importações de alimentos.
Mas esses lucros evaporaram com a má administração e a queda dos preços globais do produto
nos últimos dois anos. Hoje, até as remessas de petróleo subsidiadas para seu aliado vital,
Cuba, estão sendo lentamente reduzidas, afirmam executivos do setor que operam no país,
forçando Havana a recorrer à Rússia para obter petróleo barato.
Para Chávez e seu sucessor escolhido a dedo, o presidente Nicolás Maduro, a riqueza do
petróleo da Venezuela foi essencial para a identidade e soberania nacionais, o poder financeiro
por trás de suas ambições regionais e seu irado desafio aos EUA.

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Turquia ameaça abrir portas para saída de refugiados caso não entre na
União Europeia

Em Istambul
25/11/201612h26
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan ameaçou nesta sexta-feira abrir as fronteiras para
permitir a passagem dos migrantes que desejarem seguir para a Europa, um dia depois de uma
votação no Parlamento Europeu que pede a interrupção das negociações de adesão da Turquia
à UE.
"Quando 50.000 migrantes se reuniram no posto de fronteira de Kapikule (fronteira turco-
búlgara) vocês pediram ajuda. E começaram a perguntar: o que faremos se a Turquia abrir suas
fronteiras?", destacou Erdogan.
"Ouçam bem. Se vocês seguirem adiante, as fronteiras serão abertas, tenham isto em mente",
declarou Erdogan em um discurso em Istambul.
Este aviso acontece a poucos meses das eleições presidenciais na França e federais na
Alemanha, onde a questão migratória terá um papel central.
Em março, Turquia e União Europeia (UE) fecharam um acordo que permitiu conter o fluxo de
refugiados em direção às ilhas gregas.
O pacto com com a Turquia sobre os migrantes permitiu reduzir a algumas dezenas o número
de pessoas que chegam diariamente às ilhas gregas do Egeu, frente às milhares que faziam isso
em 2015.
"Consideramos o acordo entre a Turquia e a União Europeia como um sucesso comum e
continuação desse acordo interessa a todos", declarou Ulrike Demmer, porta-voz da chanceler
alemã Angela Merkel.
"As ameaças de ambos os lados não levam a lugar algum", acrescentou.
Em uma resolução não vinculante aprovada por ampla maioria, os eurodeputados pediram
na quinta-feira uma "congelamento temporário" do processo de adesão iniciado em 2005 por
causa da repressão "desproporcional" das autoridades turcas após a tentativa de golpe de
Estado de 15 de julho.
O texto, apoiado pelos quatro principais grupos do Parlamento - conservadores, socialistas,
liberais e verdes -, foi aprovado com 479 votos a favor, 37 contrários e 107 abstenções.
A votação aconteceu em um momento de grande tensão entre Turquia e União Europeia. A
relação piorou após a tentativa frustrada de golpe de estado e dos expurgos do governo, que
afetaram todos todos os setores da sociedade considerados não leais ao Executivo.
Nas últimas semanas a repressão se tornou mais intensa contra jornalistas e opositores curdos.
O presidente turco também mencionou este mês a possibildiade de convocar um refererendo
sobre a continuação das negociações de adesão à UE, se não se avançar sobre a questão dos
vistos para os turcos até o final do ano.

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As declarações de Erdogan aumentam as preocupações de alguns governantes, que temem


que a Turquia deixe de aplicar o acordo assinado em março com a UE para bloquear em seu
território o fluxo de migrantes que tentam avançar pela Europa.
Atualmente a Turquia dá abrigo a 2,7 milhões de refugiados sírios.
O pacto sobre a migração prevê o fim da exigência de vistos para os cidadãos turcos que viajam
ao espaço europeu de livre circulação Schengen.
Erdogan já ameaçou diversas vezes romper o acordo, caso este item do pacto não seja aplicado.

As milícias anti-imigrantes que se expandem e preocupam a Europa

BBC
04/12/2016 - 15h47

A União Militar Búlgara Vasil Levski e o Movimento Nacional Búlgaro Shipka se apresentam como 'guardas de
fronteiras voluntários'

Um estudo divulgado esta semana pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia
(FRA, do nome em inglês) constata que a violência contra imigrantes aumentou nos últimos
doze meses no bloco e a tendência coincide com a expansão de milícias urbanas que se
apresentam como uma alternativa ante a "imobilidade" das autoridades locais.
"O perigo de estruturas emergentes de extrema-direita está crescendo. Grupos vigilantes
recentemente criados surgiram em muitos países e se descrevem como organizações que
promovem a segurança pública patrulhando as ruas", afirma o relatório.
A proliferação desses coletivos se explicaria por um crescente sentimento xenófobo, alimentado
pela recente onda migratória e pelos atentados terroristas de Paris, há um ano, e de Bruxelas,
em março passado.
Não por acaso, seu principal alvo são imigrantes de origem árabe, "normalmente percebidos
como autores ou simpatizantes de ataques terroristas ou como parte de um movimento de
refugiados visto como uma ameaça à segurança" europeia, explica a FRA.
No entanto, ativistas de direitos humanos, jornalistas e políticos que se posicionam a favor de
refugiados também estão sendo ameaçados e hostilizados.

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Alemanha
Um caso emblemático é o do que está sendo chamado pelas autoridades da Alemanha de
"Grupo Freital", em referência ao nome da cidade onde atuava, no leste do país.
Oito supostos membros do bando estão sendo julgados por tentativa de assassinato de
imigrantes e três ataques com bombas cometidos contra residências de refugiados em 2015.
Os acusados são considerados como fundadores de uma "organização terrorista de extrema-
direita" que teria reunido até 1.200 simpatizantes com idades entre 18 e 39 anos.
Suas ações visam os 2.200 candidatos a asilo que se instalaram no ano passado entre os 40 mil
habitantes de Freital.
Em conversas em vários canais abertos em diferentes redes sociais, algumas delas
criptografadas, membros do grupo se referiam a estrangeiros como "entidades biológicas
defeituosas que devem ser aniquiladas", ameaçavam com "pendurá-los no primeiro poste" e se
descreviam como "nazistas até o osso".

Oito supostos membros do Freital estão sendo julgados por tentativa de assassinato de imigrantes e três ataques
com bombas cometidas contra residências de refugiados

Hungria
Na Hungria, a FRA detectou atividades de "grupos vigilantes" nas fronteiras com a Sérvia entre
julho e agosto passados.
Esses coletivos, dos quais ainda não há registro de nomes, se organizam para bloquear a
passagem de imigrantes e empurrá-los de volta ao lado sérvio da fronteira, infringindo a
legislação da União Europeia em matéria de asilo.
De acordo com essa lei, nenhum imigrante pode ser repelido em uma fronteira europeia.
"Organizações não governamentais registraram múltiplos casos de violência nos quais
candidatos a asilo e refugiados que tentavam entrar na Hungria, incluindo mulheres e crianças,
eram golpeados, ameaçados e expostos a práticas humilhantes por esses grupos paramilitares
antes de ser repelidos até a Sérvia", afirma a FRA.

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Bulgária
Ao menos dois grupos similares foram identificados na Bulgária.
A União Militar Búlgara Vasil Levski e o Movimento Nacional Búlgaro Shipka se apresentam
como "guardas de fronteiras voluntários" dedicados à proteção das entradas do país frente à
"invasão descontrolada de milhões de imigrantes do Oriente Próximo, África e Ásia".
Formados por cerca de 800 ex-policiais e militares, ambas organizações são acusadas de
perseguir, deter violentamente, hostilizar e expulsar ilegalmente imigrantes que atravessam
algum ponto dos 249 quilômetros de fronteira búlgara com a Turquia.
Em sua página de internet, os "patrulheiros voluntários" afirmam que a atual onda migratória
"ameaça a segurança e a economia dos países europeus", "mina suas estruturas sociais", e
"conduzirá à assimilação étnica-religiosa das nações europeias".
Os dois grupos dizem ser associados à formação alemã Pegida, à britânica Britain First e ao
Knights Templar International, que têm em comum uma orientação islamofóbica e xenófoba.
A organização de defesa de direitos humanos Anistia Internacional acusa o governo búlgaro de
tolerar e incentivar as atividades desses "guardas de fronteiras voluntários".
União Militar Búlgara Vasil Levski/Shipka

A Anistia Internacional acusa o governo búlgaro de tolerar e incentivar as atividades desses 'guardas de fronteiras
voluntários'

Franquia europeia
Mas o grupo mais conhecido é Soldados de Odin, que se apresenta como um coletivo
determinado a proteger as cidades onde atua da "crescente insegurança" provocada pelos
"intrusos islâmicos".
Criado na Finlândia, em outubro de 2015, por Mika Ranta, um autoproclamado defensor da
"supremacia branca", a organização tem atualmente braços na Bélgica, França, Holanda, Suécia,
Noruega, Suécia, Dinamarca, Irlanda, Estônia e outros países.
Vestidos com jaquetas pretas estampadas com um capacete viking, símbolo do grupo, seus
membros patrulham as ruas e intimidam indivíduos flagrados em atitudes que consideram
suspeitas.

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"Se vemos alguém que se comporta mal, intervimos, dentro do respeito da lei", explica Ronald
Kiewiet, líder de um braço holandês do grupo, que admite que as ações visam principalmente
imigrantes de origem árabe.
"Os candidatos a asilo aqui têm um comportamento intimidante com as mulheres", justificou
em entrevista a um jornal belga.
Não há registros de crimes cometidos por Soldados de Odin, mas a organização está na mira
das autoridades europeias.
"Documentos internos identificam candidatos a asilo e refugiados como grupos contra os quais
eles devem lutar", afirma a FRA.
Nas páginas públicas em redes sociais, a maioria das filiais internacionais do grupo rejeita
acusações de tendências neonazistas, xenófobas ou ligação com o crime organizado e publica
fotos realizando campanhas de ações cívicas, como limpeza de margens de rios e distribuição
de comida a sem-tetos.
Só na Finlândia o grupo reúne mais de 500 integrantes e quase 47 mil simpatizantes em sua
página no Facebook.

Responsabilidade
O relatório da FRA não estabelece uma relação direta de culpa, mas revela numerosos episódios
de violência contra imigrantes nos países onde as milícias urbanas estão presentes.
Em 2015, 47 ataques contra centros de recepção de refugiados foram registrados na Finlândia e
50 na Suécia, incluindo lançamento de granadas, incêndios voluntários, vandalismo e ameaças
diretas a indivíduos. A maioria deles teria sido coordenada em grupos de discussão de extrema-
direita na rede social Facebook.
Na Alemanha, os ataques contra centros de refugiados aumentaram de 203 em 2014 para
1.031 em 2015. Este ano já somam 735, de acordo com dados publicados pelo Parlamento.
Já na Holanda, a polícia nacional notificou 53 incidentes discriminatórios contra refugiados no
ano passado.
A FRA ressalta que a realidade pode ser ainda pior, já que muitos incidentes não são denunciados
e a maioria dos países não reúne estatísticas sobre crimes de ódio ou especifica quando os
ataques visam imigrantes.
A agência acusa a classe política de fomentar o atual clima de ódio com uma "retórica sobre
imigrantes que faz referência a sua suposta religião muçulmana e o risco que isso representaria
para os valores e tradições europeus".
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que exerce até janeiro a presidência semestral da
UE, repetiu em diversas ocasiões este ano que "o Islã não tem lugar" em seu país.

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Turquia ameaça Europa com abertura das fronteiras a três milhões de


refugiados

Parlamento Europeu quer congelar a adesão por causa do retrocesso democrático no país
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ANDRÉS MOURENZA
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Istambul 25 NOV 2016 - 19:41 BRST

O presidente de Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em 24 de novembro. ADEM ALTAN AFP

As relações entre a Turquia e a União Europeia ficam cada dia mais tensas de uma forma não
vista há anos, o que ameaça romper o acordo antimigratório firmado por ambas as partes em
março. “Se forem mais longe, abriremos as portas (das fronteiras); Isso vocês têm de saber”,
advertiu nesta sexta-feira o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um discurso. Ape-
sar de as autoridades turcas terem enfatizado que a decisão adotada pelo Parlamento Europeu,
instando a congelar temporariamente as negociações de adesão da Turquia, não tem caráter
vinculante, o certo é que não caiu nada bem em um país que se considera injustamente tratado
pela União Europeia, em cujas portas bate desde 1963.
Já na noite de quinta para esta sexta-feira, Erdogan denunciou que a decisão do Parlamento
Europeu é uma “crítica injusta” à situação da Turquia e acusou a Europa de “estar do lado dos
terroristas”. Dura reprovação que na manhã desta sexta-feira completou com sua ameaça de
abrir as fronteiras para que os refugiados e imigrantes que se encontram em solo turco pos-
sam passar livremente a território europeu. “Quando as crianças mortas atingiram as costas
mediterrâneas vocês não decidiram cuidar delas. Quando os barris-bombas choveram sobre
essas pessoas, nós não os abandonamos à sua sorte. Nós os ajudamos sem perguntar se viria
ou não ajuda da UE. Nós alimentamos 3 milhões de refugiados neste país e não abrimos as
portas (fronteiriças) esperando que nos chegasse apoio da UE. Mas vocês não cumpriram suas
promessas”, arremeteu o líder turco.

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Não é a primeira vez que Erdogan recorre a esse tipo de ameaça. Nos últimos meses utilizou
constantemente a questão dos refugiados como pressão sobre Bruxelas para que permita aos

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cidadãos turcos viajarem sem visto a território comunitário, algo com que a UE se havia com-
prometido em troca do acordo antimigratório e que Ancara também cumprisse uma série de 72
medidas. Praticamente todas elas tinham sido acertadas quando em maio Erdogan irrompeu
nas negociações e afirmou que seu país não modificaria a lei antiterrorista, e forçou a demissão
de seu primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, que era o encarregado das conversações com os
europeus, por não considerá-lo suficientemente leal.

ÁUSTRIA IMPÕE UM EMBARGO À VENDA DE ARMAS À TURQUIA

ANDRÉS MOURENZA
O Parlamento da Áustria voltou na quinta-feira por unanimidade a imposição de um embargo
à venda à Turquia de todo tipo de armamento bélico ou de duplo uso, incluindo químicos e
tecnologia que possam ser utilizados por civis e militares, e instou a União Europeia a fazer o
mesmo.
Os partidos austríacos apontaram a “ameaça de conflitos armados” e a situação dos direitos
humanos na Turquia – em especial de jornalistas e políticos oposicionistas, bem como a
repressão à população curda – como razões que justificam tal restrição à venda de armas.
O ministro turco da Defesa, Fikri Isik, não deu importância à medida – na verdade, a Áustria
não vendeu material bélico à Turquia nos últimos anos – e disse que “na prática não afetará” o
país. “Além disso, utilizaremos isso como uma oportunidade para desenvolver nossos próprios
modelos de armas nacionais”, acrescentou.
“Durante 53 anos, a UE não nos abriu a porta. O que aconteceu? Nós afundamos? Olhem
para onde levamos a Turquia em 14 anos (de governo islamista). É o Ocidente que precisa da
Turquia, e não o contrário!”, afirmou Erdogan, que nas últimas semanas tem flertado com a
ideia de convocar um referendo, “como o do Brexit”, para que seu povo decida se prossegue ou
não com as negociações de adesão.
“A Europa é acusada de fazer chantagem com a Turquia, mas também seria preciso perguntar
à parte turca: isto é uma negociação e as 72 medidas estavam sobre a mesa, por que não as
cumpriu?”, questionou Vakur Kaya, diretor do site AB Haber (Notícias da UE), entrevistado pela
CNN-Türk. Segundo Kaya, ambas as partes são culpadas pelo descarrilamento do processo.
Ele instou a “diplomacia” a assumir posições na questão: “De outro modo, a disputa adquirirá
maiores dimensões”.
Já no início deste mês, o ministro da Defesa austríaco, Hans Peter Doskozil, alertou para a
possibilidade de que o acordo antimigratório fosse suspenso e exortou a UE a elaborar um
plano de contingência. Embora algumas fontes diplomáticas consultadas por este jornal se
queixem de que o pactuado no passado não está sendo totalmente cumprido — a Turquia está
recebendo menos imigrantes devolvidos a partir da Grécia do que o previsto —, o certo é que
a cifra de cruzamentos da fronteira se reduziu enormemente: 211.000 refugiados chegaram
às costas gregas procedentes de território turco em outubro de 2015, e nos últimos meses o
número passou a 3.000. Portanto, uma abertura de fronteiras poderia significar um duro golpe
para uma Grécia que se mostrou incapaz de manter em condições dignas os cerca de 60.000
refugiados que se encontram no país.

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Contudo, alguns analistas turcos alertam também que talvez não interesse a Erdogan deixar
sair da Turquia todos que quiserem, já que entre os refugiados e imigrantes poderiam ocultar-
se aqueles que escapam da repressão desencadeada no país depois do golpe de Estado de 15
de julho. Não é à toa que mais de 56.000 passaportes foram cancelados para evitar que seus
donos fugissem da Turquia.
No caso de finalmente cumprir sua advertência, Erdogan terá firmes aliados, como o presidente
da companhia de transportes Metro, Galip Öztürk, um dos empresários próximos ao poder na
Turquia. “Se o chefe (Erdogan) ordenar — afirmou recentemente Öztürk — estamos prontos
para enviar os refugiados à fronteira, com nossos milhares de ônibus.”

Em três dias, ‘Selva’ dos migrantes em Calais, na França, fica quase vazia

Dezenas de ocupantes incendiaram suas tendas de campanha antes de partir


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GABRIELA CAÑAS
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Paris 26 OUT 2016 - 18:29 BRST

Pessoas observam as chamas nesta quarta-feira em Calais. EMILIO MORENATTI AP

A Selva de Calais já está praticamente vazia, apenas três dias depois do início da sua desocupa-
ção. Segundo cifras fornecidas pela prefeitura de Pas de Calais, até as 15h (11h em Brasília) des-
ta quarta-feira já haviam sido retirados 4.404 migrantes e 1.200 menores não acompanhados.
O censo de 10 dias atrás mostrava a presença de 6.484 pessoas neste inóspito lugar, que era
naquele momento o maior campo de refugiados e imigrantes da Europa. Fica na costa nordeste
da França, à beira do canal da Mancha, no principal acesso por via marítima à Grã-Bretanha.
A transferência para centros de acolhida começou na segunda-feira às 8h (hora local). No dia
seguinte, vários operários começaram a demolir à mão as improvisadas instalações. Nesta
quarta, precisaram mudar de sistema por causa dos incêndios no local. Pelo menos 30 tendas
de campanha arderam na Selva. Segundo a prefeita de Pas de Calais, Fabienne Buccio, que fis-
caliza de perto todas as operações, trata-se de um costume dos migrantes: queimar o lugar que
devem abandonar.

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Esses incêndios não perturbaram o ordenado desalojamento maciço iniciado pelo Governo
francês, mas causou algumas situações de risco. Alguns migrantes precisaram deixar o local às
pressas, e muitos, com a ajuda de voluntários, se desfizeram dos botijões de gás, para evitar
explosões. A polícia interpelou quatro pessoas pelos incêndios intencionais. As autoridades
precisaram dissolver a fila dos menores não acompanhados, por causa de pequenos distúrbios,
mas asseguraram que os poucos que ainda restam no campo seriam protegidos. A ONG
França Terra de Asilo acredita que o total de menores desacompanhados em Calais antes da
desocupação era de 1.291.
Dado o ritmo de retirada, Buccio declarou no começo da tarde que ainda nesta quarta-feira a
Selva poderá ficar definitivamente vazia. Quando as instalações improvisadas forem destruídas,
este buraco negro da migração europeia estará apagado do mapa — ao menos por um tempo.
Os migrantes (a maioria com direito ao status de refugiados) foram retirados sempre de ônibus
e voluntariamente.
Na manhã desta quarta saíram de lá 27 ônibus com destino a nove regiões da França. Os que
desconfiam das autoridades preferiram deixar o local para se esconder à espera de realizar o
sonho de chegar clandestinamente ao Reino Unido. Com essa intenção, alguns grupos já haviam
deixado o acampamento a pé nos últimos dias. Muitos outros decidiram embarcar nos ônibus
quando viram os incêndios. Outros esperaram até se convencerem do que as autoridades e os
voluntários das organizações humanitárias lhes diziam.

Crise na Venezuela: veja a cronologia do agravamento da situação do país

Vizinho está em estado de emergência econômica.


Oposição faz campanha por referendo para tirar Maduro do poder.
Marina FrancoDo G1, em São Paulo

Opositores protestam nesta quarta-feira (25) em Caracas, na Venezuela, contra decisão que restringe protestos
diante do Conselho Nacional Eleitoral e a favor do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro
(Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Inflação, insegurança e escassez de produtos básicos já eram o contexto da Venezuela em 2014,


quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás Madu-
ro que acabaram em confrontos violentos e a morte de 42 pessoas.
Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”,
segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”. O
racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade au-
mentaram o descontentamento social, os protestos e saques.
Uma série de fatores agravou os problemas sociais e econômicos, como a alta dependência da
importação de bens, a queda do preço do petróleo – maior fonte de suas divisas - e o controle
estatal de produção e distribuição de produtos básicos.

Moradores de El Hatillo, nas proximidades de Caracas, fazem fila em uma padaria para comprar pão em dia de
corte de energia (Foto: Foto AP/Fernando Llano)

Neste contexto, a oposição obteve a maioria do Parlamento nas eleições legislativas de dezem-
bro, e a convocação de um referendo para revogar o mandato de Maduro se torna sua principal
campanha.
A oposição culpa o modelo socialista pela atual crise. Já o presidente a atribui à queda dos pre-
ços do petróleo e a uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar seu
governo. É com esse argumento que ele declarou estado de emergência no país.
Veja a seguir a cronologia do agravamento da crise na Venezuela:

8 de dezembro de 2015: vitória da oposição nas eleições legislativas

Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da
oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição,
reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo
e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma
plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.
Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição
alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.

10 de dezembro: 'maior inflação do mundo'


Dados so Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as projeções mundiais "apontam que a
Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, ao redor de 160%".

5 de janeiro: posse do novo Congresso

Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para a cerimônia
de posse dos novos legisladores (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

Nova Assembleia Nacional toma posse. Novo presidente é Henry Ramos Allup, que tem apoio
de 109 deputados da coalizão de oposição MUD.

11 de janeiro: anulação de posse de deputados impugandos


Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou nulas decisões do Legislativo devido à posse de três
deputados da opsição impugnados (afetados pela medida cautelar) pelo governo.

15 de janeiro: emergência econômica

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Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do
país. O poder executivo passa a ter direito, entre outras coisas, a tomar uma série de medidas
para garantir o abastecimento de bens básicos à população; a fixar "limites máximos de entra-
da e saída" de bolívares; a determinar outras medidas "de ordem social, econômica ou política
que considere conveniente".

15 de fevereiro: campanha contra Maduro


A aliança opositora MUD se declara "em campanha social" para promover "a mudança de go-
verno" na Venezuela.

26 de janeiro: crise humanitária


Diante da grave escassez de medicamentos e insumos médicos, o Parlamento declara "uma cri-
se humanitária em saúde", o que considera "a pior crise da história". O texto exige que o gover-
no garanta acesso a uma lista de medicamentos básicos e restabeleça a publicação do boletim
epidemiológico.

17 de fevereiro: novas medidas econômicas


Maduro anuncia uma série de medidas econômicas, entre elas o o aumento de 20% no salário
mínimo (de 9.600 para 11.520 bolívares); aumento do preço da gasolina, pela primeira vez em
20 anos; a desvalorização de 37% do bolívar reservada à importação de alimentos e medica-
mentos; e um novo regime de câmbio, que passa de três a duas taxas de câmbio.

18 de fevereiro: 180,9% de inflação


O Banco Central divulga que o país registrou inflação de 180,9% em 2015, uma das mais altas
do mundo, e um retrocesso em seu PIB de 5,7%.

14 de março: prorrogação do estado de emergência

Pessoas formam fila em frente a mercado na Venezuela (Foto: REUTERS/Marco Bello)

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Maduro emite decreto para prorrogar por 60 dias da emergência econômica em vigor há dois
meses. No texto, o presidente afirma que há "uma crise estrutural do modelo rentista pela
queda abrupta dos preços do petróleo", à qual acrescenta um suposto "boicote econômico e
financeiro nacional e internacional" contra a Venezuela.

22 de março: circulação de jornais interrompida


O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS) anuncia que 17 jornais venezuelanos,
sendo sete da região de Caracas, não circularão durante a Semana Santa por falta de papel, e
que 45 jornais estão "em crise" de papel.

7 de abril: feriados às sextas-feiras


Maduro decreta feriado nas sextas-feiras pelo próximos dois meses como parte de um
"plano especial" para poupar energia elétrica. Segundo o presidente, o motivo é a severa
seca provocada pelo fenômeno El Niño. Maduro também amplia para nove horas diárias o
racionamento elétrico para shoppings e hotéis.

11 de abril: 'holocausto da saúde'


A associação médica do país denuncia um "holocausto da saúde" devido à escassez de
medicamentos e materiais hospitalares, e convoca manifestação porque "pessoas estão
morrendo", acrescentou. De acordo com Douglas Leon, presidente da Federação Médica
venezuelana, os hospitais sofrem com "mais de 95% de falta de medicamentos", enquanto "nas
prateleiras das farmácias" a escassez é de 85%.

11 de abril: lei de anistia 'inconstitucional'

Lilian Tintori, mulher do líder da oposição Leopoldo López, que está preso, pede anistia no Parlamento da
Venezuela momentos antes do juramento dos novos deputados (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declara "inconstitucional" a lei de anistia sancionada


pela Assembleia Nacional em 29 de março para libertar 75 opositores políticos presos sob a
acusação de incitar à violência nos protestos de 2014 que exigiam a saída de Maduro do poder.
A decisão é divulgada quatro dias após Maduro pedir à Sala Constitucional do órgão que declare
a lei ilegal, alegando que sua aprovação deixaria impunes violações dos direitos humanos e
desataria uma espiral de violência no país.

12 de abril: entrega de assinaturas


A oposição entrega mais de 2 mil assinaturas para iniciar o trâmite para a convocação de um
referendo revogatório do mandato de Maduro.

21 de abril: racionamento de eletricidade


O governo anuncia racionamento no fornecimento de energia elétrica nos 10 estados mais
populosos e industrializados do país, incluindo a região de Caracas. Os cortes de energia, de
quatro horas diárias, começa quatro dias depois. O reservatório da hidrelétrica Guri, que gera
70% da eletricidade do país, está a ponto de entrar em colapso.

27 de abril: três dias de folga


Maduro ordena estender de um (sexta-feira) para três dias por semana (quarta, quinta e sexta-
feira) a folga do setor público, para enfrentar a severa crise de eletricidade. Também determina
que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem às sextas-feiras.

29 de abril: fechamento de cervejaria por falta de moeda internacional

Fábrica da Cerveceria Polar, maior favricante de cervejas da Venezuela (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)

A Cervejaria Polar, pertencente ao maior grupo empresarial da Venezuela e principal fabricante


de cervejas, que produz cerca de 80% da cerveja consumida no país, paralisa a última de

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suas quatro unidades no país. A empresa já havia anunciado que só tinha "cevada maltada
para produzir cerveja até 29 de abril", devido à falta de moeda internacional para pagar seus
fornecedores estrangeiros, provocada pelo controle estatal do câmbio no país.

30 de abril: aumento do salário mínimo


O governo anuncia o aumento de 30% no salário mínimo - incluindo funcionalismo público,
aposentados e militares - e nas pensões. Também sobe o bônus de alimentação, concedido a
todos os trabalhadores e que pode ser usado em farmácias e supermercados.
Na ocasião, o governo afirma que a "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três
dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos
e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.

1º de maio: novo fuso horário


Para enfrentar a crise energética, os venezuelanos adiantam em 30 minutos seus relógios,
voltando ao fuso horário vigente até 2007. A mudança de fuso horário de meia hora tinha sido
uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.

2 de maio: 1,85 milhão contra Maduro

Oposição venezuelana coleta assinaturas para buscar referendo contra Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

A oposição apresenta 1,85 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pedindo a
convocação de um referendo revogatório contra o presidente. O CNE exige 195.721 assinaturas
(1% do padrão eleitoral) para pedir que se inicie o processo.

14 de maio: ampliação do decreto de emergência


Maduro amplia os alcances do decreto de emergência econômica em vigor desde janeiro ao
decretar "estado de exceção e de emergência econômica" por 3 meses para "neutralizar e

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derrotar a agressão externa" que, segundo ele, afeta o país. O novo decreto é "mais completo,
mais integral, de proteção do nosso povo, de garantia de paz, de garantia de estabilidade, que
nos permita (...) recuperar a capacidade produtiva", disse.

14 de maio: intervenção em fábricas paralisadas


Maduro ordena intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos
empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país", no âmbito de estado
de exceção e de emergência econômica.

20 e 21 de maio: treinamentos militares


520 mil militares e civis fazem exercícios de defesa em sete estados, com o objetivo de garantir
a ordem interna e a defesa do país diante de um suposto desembarque de tropas inimigas e de
ataques a instalações de distribuição do sistema elétrico.

24 de maio: sem Coca-Cola por falta de açúcar


A Coca-Cola interrompe a produção de refrigerantes por falta de estoque de açúcar refinado de
uso industrial. As bebidas que não levam açúcar seguem em operação.

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Atualidades

ECONOMIA INTERNACIONAL

Crise Econômica

Fundamentos e desdobramentos da crise econômica mundial

Desequilíbrio na Economia EUA

Fundamentos da Crise em 15 etapas:


1. A partir de 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma fase de
expansão acelerada.
2. Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir a
taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores.
3. Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam
seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir.

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4. Em meio à febre de comprar imóveis ou hipotecá-los, as companhias hipotecárias
passaram a atender clientes do segmento subprime (de baixa renda, às vezes com histórico
de inadimplência). Contudo, como o risco de inadimplência desse setor é maior, os juros
cobrados também eram maiores.
5. Diante da promessa de retornos altos aos empréstimos, os bancos compravam esses títulos
subprime das companhias hipotecárias e liberavam novas quantias de dinheiro, antes de o
primeiro empréstimo ser pago.
6. Ao mesmo tempo, esses títulos lastreados em hipotecas eram vendidos a outros
investidores, que, por sua vez, também emitiam seus próprios títulos, igualmente
lastreados nos subprime, passando-os, a seguir, para frente.
7. Todos se esqueceram, no entanto, de que se o primeiro tomador do empréstimo não
consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal
maneira que todo o mercado passa a ter medo de continuar emprestando dinheiro ou
comprando novos títulos subprime.
8. A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e
afastaram os compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda, o
valor dos imóveis passou a cair.
9. Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das
hipotecas), o que aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito também
diminuísse.
10. Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro
disponível, compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados.
11. Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas
congelou cerca de 2 bilhões de euros de alguns fundos.
12. O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre
empréstimos havia sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata.
13. A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras apostavam
nos títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência. E se descobriu que,
com a globalização, o sistema financeiro internacional estava contaminado e sofreria graves
consequências.
14. Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando a
economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego.
15. Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então,
tomado diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que o
sistema financeiro volte a emprestar.

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Desdobramentos da Crise nos EUA


Diminuição das exportações; Importações mais caras;
Juros elevados; Crédito parado; Recessão Econômica; Desemprego
Crise do Neoliberalismo? Um Desdobramento da crise é o abalo da crença dogmática na
autoregulação dos mercados ou seja, de que os mercados se corrigem por si próprios, o que se
revelou ser falso, quando houve intervenção das autoridades nos mercados financeiros.
•• EUROPA: Impactos da crise americana sobre a zona do Euro
Principais afetados: PIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha)
•• Crise Grega:
Dificuldades de sanear as finanças
evasão fiscal + endividamento externo
desconfiança do mercado = elevado risco país
Medidas de austeridade (aumento de imposto + contenção de gastos públicos) = recessão
Greves e manifestações públicas
Queda dos premiês: Berlusconi e Papandreau
Expõe a vulnerabilidade do EURO
Fundo de Resgate/Aumento da liquidez bancária

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A Crise Grega
Elevados gastos públicos/endividamento
A dívida pública grega é de 350 bilhões de euros, o equivalente a 165% do PIB. É a maior relação
déficit/PIB entre os países europeus, sendo que o limite de endividamento estabelecido na
zona do euro é de 60%.

Crise Financeira dos EUA de 2008


Crise de Crédito ligada perda de liquidez do sistema bancário tendo sua origem na construção
civil (bolha da economia americana)

Crise Europeia
Crise de Crédito liga a perda de liquidez do sistema bancário e o enfraquecimento do EURO
tendo como origem o descompasso das contas públicas dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália,
Grécia, e Espanha)!

Alguns Desdobramentos

França
Impacto da crise econômica: plano econômico que prevê corte de 30 bilhões de euros em
impostos
Governo François Hollande: Impopularidade, escândalos pessoais

Escócia/Reino Unido (líder escocês primeiro ministro Alex Salmond)


Crise econômica movimenta movimentos separatistas (Catalunha, etc..)

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Setembro de 2014 referendo para a independência do reino unido, o primeiro ministro inglês
pede a população que vote contra. População rejeitou o separatismo (55,3%)!

Espanha
Separatismo Catalão
Movimento Indignados
Elevado Desemprego e medidas de austeridade

O Brexit

•• O que é 'Brexit'?
'Brexit' é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a
saída do Reino Unido da União Europeia.
•• O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012
- à época, estava em voga a palavra Grexit.
•• No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da
discussão.
•• A alternativa Bremain (trocadilho com a palavra remain, permanecer) nunca gozou da
mesma popularidade.
•• Qual é a pergunta do referendo?
•• Os eleitores responderam à seguinte pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido
permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?"

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•• As duas únicas respostas possíveis eram "permanecer" e "sair".
•• Inicialmente, o governo britânico queria uma formulação diferente, perguntando
aos eleitores se queriam continuar na União Europeia. Mas as autoridades eleitorais
consideraram que dessa forma a pergunta poderia induzir respostas pró-UE.
•• Tecnicamente, o plebiscito não é vinculante.
•• o primeiro-ministro, David Cameron, ficou sobre intensa pressão para implementar a
vontade da maioria por isso anunciou a renuncia.

•• Em tese, os parlamentares também poderiam bloquear a saída do bloco, mas analistas


consideram que contrariar os eleitores seria um suicídio político para muitos conservadores
- que atualmente controlam o Legislativo.
•• Por que realizar o plebiscito?
•• Cameron prometeu realizar o plebiscito se vencesse as eleições parlamentares de 2015.
•• Foi uma resposta à pressão crescente, inclusive dentro do seu próprio partido, para
que o projeto europeu fosse levado a voto popular. Muitos dos chamados eurocéticos
argumentam que a UE cresceu demasiadamente nas últimas décadas, exercendo cada vez
mais controle sobre a vida cotidiana dos britânicos.
•• As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, que
defende a saída da UE.

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•• Mas as origens da oposição à União Europeia remontam a tensões históricas entre o


Reino Unido, que segundo historiadores nunca abraçou uma identidade europeia como
Alemanha ou França, e seus vizinhos no continente.
•• Entre as novas e velhas tensões, estão, entre outras, a defesa da soberania nacional, o
orgulho pela identidade britânica, desconfiança com a burocracia de Bruxelas, o controle
de fronteiras e questões de segurança interna e defesa.
•• Qual é a situação do Reino Unido na União Europeia?
•• A União Europeia é uma união econômica e política de 28 países. Suas origens remontam
à Comunidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 por seis países que assinaram o
Tratado de Roma.
•• O Reino Unido aderiu à CEE em 1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições,
realizou um referendo sobre a sua permanência.
•• A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Numa época em que o Reino Unido sofria
com o declínio industrial, inflação e distúrbios decorrentes de greves trabalhistas, o então
premiê Harold Wilson conseguiu vender o projeto europeu como benéfico para a economia
do país.
•• Mas quando a área de Schengen, estabelecendo uma fronteira comum, foi criada, em 1985,
o Reino Unido optou por manter-se à margem.
•• E apesar de integrar desde 1993 o mercado único e a livre circulação de bens e pessoas, o
Reino Unido optou por não adotar o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina.
•• Há anos, o país mantém com a UE uma relação complexa, permeada por temas como
centralização versus controle nacional.
•• O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela
separação, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica
que a dos anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de
Bruxelas.
•• No início deste ano, o premiê David Cameron renegociou "condições especiais" para o
Reino Unido dentro da união.
•• Entre outros privilégios, o país recebeu garantias de que não será discriminado por não
integrar a zona do euro, obteve proteções para a City londrina - o mercado financeiro mais
importante da Europa - frente a regulações financeiras do bloco, e ganhou o direito de
limitar os benefícios que imigrantes europeus podem pedir no país.
•• David Cameron sustenta que as novas condições permitirão ao Reino Unido ficar na União
Europeia dentro dos seus próprios termos. Mas os críticos afirmam que as condições
ficaram aquém das expectativas, e que só a saída total da União Europeia permitirá aos
britânicos ditar suas próprias regras.
http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2016/brexit/

•• Quem defende a permanência na UE?

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•• David Cameron concordou com a realização do plebiscito, mas sua posição é favorável à
permanência do país no bloco comum. Por outro lado, ele permitiu que integrantes do seu
gabinete adotassem sua própria posição política - cinco se declararam a favor da saída.
•• Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid
Dymru também se dizem a favor da permanência na UE.
•• Entre os líderes estrangeiros, o presidente Barack Obama atraiu acusações de ingerência
ao defender a permanência do Reino Unido na UE. França e Alemanha, assim como
organizações multilaterais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - também
preferem que os britânicos permaneçam no bloco.
•• Quem defende a saída da UE?
•• Os defensores mais vocais da saída são os membros do partido nacionalista Ukip, em
especial seu líder, Nigel Farage. Nas últimas eleições, o Ukip obteve 13% dos votos, embora
sua representação no Parlamento seja ínfima devido ao sistema eleitoral britânico.
•• Cerca de metade dos parlamentares conservadores também se posicionaram contra a UE,
contrariando a vontade de David Cameron.
•• Alguns parlamentares trabalhistas também apoiam a saída, ecoando críticas de algumas
vozes da esquerda descontentes com as políticas de austeridade e liberalismo econômico
promovidas pelo bloco.
•• O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, também já expressou a opinião de
que o Reino Unido estará melhor fora da UE, e lamentou os efeitos da imigração na Europa.
•• Que consequências teria a Brexit para o Reino Unido?
•• O mercado único, sem impostos nem tarifas comerciais, é o grande pilar da economia
europeia. No coração dele, está o movimento de bens, pessoas e capitais.
•• Embora seja possível integrar o mercado único e não a União Europeia, como é o caso da
Noruega, isto dependeria de acordos a serem assinados se for confirmada a saída do bloco.
•• Os partidários da campanha pela saída dizem que tal entendimento poderia ser firmado
até 2020. Eles alegam que a economia britânica é forte e dela dependem muitos países da
UE, incluindo a França, que exporta boa parte de sua produção agrícola para o outro lado
do Canal da Mancha.
•• Por outro lado, muitos creem que outros países da UE seriam praticamente obrigados a
"punir" o Reino Unido para evitar que outros países da união sigam exemplo semelhante.
•• Há ainda grandes divergências sobre os efeitos econômicos da separação. Uma análise do
Tesouro britânico afirma que os prejuízos seriam "permanentes" e levariam a uma redução
do PIB de 6% até 2030.
•• O ministro da Economia, George Osborne, disse que a saída deixaria um rombo nas
contas públicas de 30 bilhões de libras (quase R$ 150 bilhões), que teria de ser coberto
com aumentos de impostos, cortes na saúde, educação e defesa, e anos de políticas de
austeridade.
•• Que consequências teria a Brexit para a União Europeia?

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•• Embora seja consenso que o mais afetado pela separação seria o próprio Reino Unido,
também deve haver consequências em outras partes da Europa.
•• A consultoria britânica Global Counsel disse que a UE se tornaria um parceiro comercial
menos atraente em nível mundial e perderia poder globalmente.
•• As projeções foram duramente criticadas por parlamentares do próprio partido
Conservador, que acusaram o ministro de fazer uma campanha do medo com ameaças
vazias.
•• Porém, a consultoria observou que estes fatores poderiam ser compensados com maior
coesão dos países restantes, já que o Reino Unido é um dos membros do bloco que mais se
opõem ao aprofundamento da integração.
•• Não se sabe quanto uma saída britânica acenderia movimentos populistas e nacionalistas
que já existem nos países do bloco.
•• Além do quê, o processo de implementação da saída estaria repleto de incertezas, o
que em geral prejudica as economias nacionais. A Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento da Europa (OCDE) espera uma queda do Produto Interno Bruto regional
se a saída do Reino Unido for aprovada.

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EUA

Economia dos EUA cresce 2,4% em 2015


•• Em dólares, PIB do país alcançou US$ 17,9 trilhões. No quarto trimestre, crescimento da
economia perdeu fôlego.
O resultado veio abaixo da última estimativa do FMI, de 2,6%.
O crescimento no ano passado foi puxado pelo pela maior expansão nos gastos dos
consumidores em uma década, com uma alta de 3,1% (só perde para o crescimento de 3,5%

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em 2005). Houve aceleração também nos gastos residenciais fixos (8,7%) e nos gastos dos
governos estaduais e locais (1,4%).
Na contramão, ajudaram a conter a alta do Produto Interno Bruto (PIB) a desaceleração das
exportações (1,1%, abaixo da taxa de 3,4% do ano anterior) e a aceleração das importações
(alta de 5%), além de uma pequena queda nos gastos do governo federal (-0,3%).
Sete anos após congelar os juros perto de zero, o Federal Reserve (banco central dos Estados
Unidos) iniciou um temido e esperado ciclo que pode causar abalos nos mercados globais, e
elevou a taxa – no piso histórico desde 2008 – para entre 0,25% e 0,5%.
o efeito positivo da elevação dos juros nos EUA é a confirmação de que a maior economia do
mundo se recuperou e a política monetária do país pode normalizar
•• Juros negativos existem quando o retorno para investir é menor que o dinheiro aplicado.
Com juros perto de zero e alguma inflação, o ganho real é negativo. Isso acontece em
economias consideradas extremamente seguras como os EUA (livres de calotes), quando o
investidor prefere “perder dinheiro” em troca dessa segurança.
•• a volatilidade dos mercados mundiais é possivelmente o efeito mais imediato da decisão
do Fed.

Por que os juros dos EUA estavam próximos a zero?


A taxa básica de juros dos EUA (equivalente à Selic brasileira) vinha sendo mantida no piso
histórico desde o final de 2008. Naquele ano, a economia dos EUA passava pela crise mais grave
desde 1929, por conta do estouro da bolha imobiliária.
A estratégia do Fed, então, foi incentivar a economia colocando mais dinheiro no mercado. Isso
aconteceu diretamente e por meio da redução da taxa de juros para entre 0 e 0,25%.
Esses juros são pagos como recompensa – os chamados yields – a investidores que aplicam seu
dinheiro em títulos do Tesouro norte-americano (a dívida do governo). Se os juros são muito
baixos, não há incentivo para deixar o dinheiro "parado" nesse tipo de aplicação, o que estimula
o consumo e o investimento em produção

Por que o Fed decidiu subir os juros?


Há alguns meses, o BC dos EUA vem comunicando que a economia norte-americana deu sinais
de recuperação, o que justificaria uma elevação das taxas. O crescimento da economia dos EUA
foi revisado para um ritmo anual de 1,5% no terceiro trimestre.
O resultado ficou abaixo do trimestre anterior, quando chegou a 3,9%, mas a demanda
doméstica sólida continuou a alimentar a expectativa de que o Fed pudesse elevar a taxa em
dezembro. Ao longo do ano, também ajudaram o aumento das exportações, dos gastos dos
governos locais e estaduais, dos investimentos residenciais e a desaceleração das importações.
Os gastos dos consumidores também cresceram e o mercado de trabalho fortaleceu-se.

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Como a decisão do Fed pode afetar a economia global?
O mercado acredita que boa parte do dinheiro investido no mundo pode migrar para os EUA,
fazendo com que destinos considerados menos seguros (com maior risco de calote) fiquem
mais vulneráveis.
Os EUA estão entre as economias consideradas mais seguras do mundo para investir. Por esse
motivo, uma taxa maior que zero, mesmo que baixa, torna esse mercado altamente atrativo.
Isso pode "roubar" recursos de países como o Brasil – que recentemente perdeu o selo de bom
pagador pela Standard and Poor’s (S&P) – também motivando a valorização do dólar frente a
moedas como o real.
Economistas do Banco Mundial (Bird) acreditam que uma mudança na política econômica pelo
Fed pode estimular uma "tempestade" nas economias emergentes, particularmente as mais
vulneráveis.
A mudança aconteceria em momento de menor crescimento do comércio mundial, somado à
queda dos preços das matérias-primas, que tem castigado vários emergentes, diz o Bird. "Dado
que o ajuste foi amplamente antecipado e será feito de forma gradual em um contexto de uma
economia americana robusta, espera-se que tenha um impacto benigno nos fluxos de capitais
em direção aos países emergentes", argumentou o Bird.
Entretanto, no pior dos casos, prevê, "uma volatilidade dos mercados financeiros durante o
ciclo de ajuste pode ser combinada com fragilidades domésticas, em uma tormenta perfeita
que pode levar a uma brusca redução nos fluxos de capitais a países mais vulneráveis".

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Atualidades – Economia Internacional – Prof. Cássio Albernaz

Europa

•• o resultado de 2015 do PIB da Espanha. A economia do país cresceu cresceu 3,2% em


2015, depois de avançar 1,4% em 2014, o que confirma a consolidação da recuperação
econômica do país após uma profunda crise, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas
(INE).
•• Já a economia da França no ano de 2015 cresceu 1,1%, em linha com a estimativa do
governo e o ritmo mais rápido desde 2011, segundo a Reuters. Enquanto isso, a economia
da Alemanha cresceu 1,7% em 2015, uma leve melhora ante o ano anterior e a taxa
mais forte em quatro anos, de acordo com estimativa preliminar da Agência Federal de
Estatísticas.
A economia da Grã-Bretanha encerrou 2015 com fraqueza depois que o ritmo anual de
crescimento atingiu o patamar mais fraco em quase três anos. O PIB do quarto trimestre
cresceu 0,5%, informou a Agência Nacional de Estatísticas. Em 2015 como um todo, a economia
britânica cresceu 2,2%, contra 2,9% em 2014

Inflação na Eurozona continua muito baixa


Os preços no consumidor desceram 0,2% em fevereiro, no conjunto da Zona Euro, em
comparação com o mesmo mês do ano passado, confirmando as previsões para uma descida
generalizada dos preços. 
A inflação na eurozona continua muito fraca, paira mesmo o fantasma da deflação, o que vai
contra os objetivos do Banco Central Europeu, que recentemente baixou a taxa diretora para
zero por cento.

Refugiados vão fazer crescer a economia europeia


FMI fez contas ao impacto da chegada massiva de refugiados. Os efeitos são reduzidos, mas
globalmente o PIB europeu vai aumentar, sobretudo nos países onde mais estrangeiros
procuram asilo.
Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os "Desafios Económicos da Vaga
de Refugiados na Europa" afirma que esta até pode ser boa para a Economia. Os técnicos
responsáveis pelo trabalho foram ver exemplos do que aconteceu no passado com outras
situações de grandes fluxos migratórios e fizeram contas.
Nos anos mais próximos, a vaga de migrantes levará a um "ligeiro aumento do crescimento do
PIB, em resultado das despesas do Estado para apoiar os refugiados, bem como da maior oferta
de mão-de-obra no mercado de trabalho".
O FMI admite, no entanto, que o crescimento da riqueza produzida nos países europeus devido
aos refugiados é "modesto", rondando os 0,05% em 2015, 0,09% em 2016 e 0,13% em 2017. O
ganho será maior nos países que mais abriram as fronteiras: +0,5% do PIB em 2017 na Áustria;
+0,4% na Suécia e +0,3% na Alemanha.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1819
Noticiário Europa
União Europeia aceita afrouxar neste ano sua política de austeridade
Crise de refugiados na Alemanha, despesa militar na França e redução de impostos na
Espanha reconfiguram a política fiscal
A Alemanha e os países nórdicos elevarão seu gasto público em 2016 com a chegada de milhares
derefugiados. A França aumentará o orçamento em defesa e segurança após os atentados de
Paris, e Itália e Espanha acabam de aprovar reduções de impostos. Bruxelas prevê “acomodar”
sua política fiscal para permitir esse conjunto de medidas, que em conjunto constituirão o
primeiro miniestímulo para a zona do euro desde o início da crise de dívida, em 2010, segundo
fontes da União Europeia. Esse tímido incentivo pode ser suficiente para compensar riscos
como a instabilidade política e, sobretudo, os problemas da China e dos emergentes.
Grécia continua a ponto de deixar o euro apesar do novo resgate
As receitas do programa europeu complicam o crescimento do país
A negociação do terceiro resgate financeiro para a Grécia abriu a caixa de pandora dos tabus
europeus. Os Governos dos países do euro negociam agora o maior resgate financeiro de sua
história. E será o terceiro para a Grécia,depois do fracasso dos dois planos anteriores. Mas as
bases de negociação mudaram. Se até agora tudo parecia voltado a preservar a integridade
da união monetária, agora o abandono temporário do euro se transformou em arma de
negociação.
“O abandono da moeda única é possível. No futuro, a irreversibilidade da associação ao euro
em tempos de crise será posta em questão”, advertiram os economistas da Goldman Sachs em
um informe
“A ideia de Grexit [saída da Grécia da zona do euro] ganhou legitimidade como forma de
remediar o fato de que a dívida da Grécia disparou e a evidência de que necessita de um
perdão, um tipo de reestruturação que não é permitida sob o Tratado de Maastricht”, explicou
o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), o lobby dos maiores bancos privados do mundo, em
sua nota semanal aos associados.
O novo programa negociado por Atenas com os demais sócios também não ajuda. “O ajuste
fiscal é pronunciado demais se levarmos em conta que a Grécia ainda está presa a uma forte
recessão econômica. Esta política possivelmente terá um efeito de contração, e tornará ainda
mais difícil alcançar os objetivos fiscais acordados com os credores”
União Europeia aceita afrouxar neste ano sua política de austeridade
Crise de refugiados na Alemanha, despesa militar na França e redução de impostos na
Espanha reconfiguram a política fiscal
A Alemanha e os países nórdicos elevarão seu gasto público em 2016 com a chegada de milhares
derefugiados. A França aumentará o orçamento em defesa e segurança após os atentados de
Paris, e Itália e Espanha acabam de aprovar reduções de impostos. Bruxelas prevê “acomodar”
sua política fiscal para permitir esse conjunto de medidas, que em conjunto constituirão o
primeiro miniestímulo para a zona do euro desde o início da crise de dívida, em 2010, segundo
fontes da União Europeia. Esse tímido incentivo pode ser suficiente para compensar riscos
como a instabilidade política e, sobretudo, os problemas da China e dos emergentes.

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União Europeia tenta evitar a saída do Reino Unido em reuniões com David Cameron
O presidente do Conselho admite que “ainda há muito por fazer” para se chegar a um acordo
Os dirigentes da União Europeia (UE) conseguiram realizar apenas “alguns avanços” nas
negociações com o Reino Unido para se chegar a um acordo que permita evitar a retirada
britânica do bloco econômico. Ainda restam inúmeras e intensas horas de reuniões bilaterais,
nesta sexta-feira, para procurar estabelecer um compromisso satisfatório para todos. As
intensas conversações entre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dirigentes
dos outros 27 membros da UE se prolongaram madrugada adentro. O encontro registrou as
divergências que ainda persistem quanto às exigências de Londres para conseguir a aprovação
dos britânicos no referendo sobre a saída (movimento que tem sido chamado de Brexit) que
Cameron deve convocar para junho.
Grécia continua a ponto de deixar o euro apesar do novo resgate
As receitas do programa europeu complicam o crescimento do país
A negociação do terceiro resgate financeiro para a Grécia abriu a caixa de pandora dos tabus
europeus. Os Governos dos países do euro negociam agora o maior resgate financeiro de sua
história. E será o terceiro para a Grécia,depois do fracasso dos dois planos anteriores. Mas as
bases de negociação mudaram. Se até agora tudo parecia voltado a preservar a integridade
da união monetária, agora o abandono temporário do euro se transformou em arma de
negociação.
“O abandono da moeda única é possível. No futuro, a irreversibilidade da associação ao euro
em tempos de crise será posta em questão”, advertiram os economistas da Goldman Sachs em
um informe
“A ideia de Grexit [saída da Grécia da zona do euro] ganhou legitimidade como forma de
remediar o fato de que a dívida da Grécia disparou e a evidência de que necessita de um
perdão, um tipo de reestruturação que não é permitida sob o Tratado de Maastricht”, explicou
o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), o lobby dos maiores bancos privados do mundo, em
sua nota semanal aos associados.
O novo programa negociado por Atenas com os demais sócios também não ajuda. “O ajuste
fiscal é pronunciado demais se levarmos em conta que a Grécia ainda está presa a uma forte
recessão econômica. Esta política possivelmente terá um efeito de contração, e tornará ainda
mais difícil alcançar os objetivos fiscais acordados com os credores”

Merkel diz que Brexit é um 'golpe contra a Europa’


A vitória da "Brexit" – a saída do Reino Unido do bloco europeu – é um "golpe contra a Europa,
um golpe contra o processo de unificação europeia", afirmou nesta sexta-feira (24) a chanceler
alemã, Angela Merkel.
•• Ela convidou o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo
Renzi, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para uma reunião em Berlim na
segunda-feira (27).
•• "Tomamos nota com pesar da decisão da maioria da população britânica", declarou Merkel.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1821
•• Parlamento Grego aprova orçamento que prevê crescimento depois de sete anos de
recessão
•• O Parlamento da Grécia aprovou o orçamento para 2017, que prevê um regresso ao
crescimento depois de sete anos de recessão, mas também novas medidas de austeridade.
•• Alexis Tsipras disse que o país “está a mover-se na direção do terceiro ano consecutivo no
qual os objetivos do governo serão cumpridos. O objetivo de mais 1,75 por cento do PIB,
incluído no acordo de assistência financeira para 2017, deverá também ser ultrapassado.
Espera-se que excedente primário alcance os 2 por cento”.
•• O orçamento prevê mais de ummilhão de euros em novos impostos e outros um milhão de
euros de poupança em vários setores.
•• O correspondente da euronews, Stamatis Giannisis, afirma que “a coligação governamental
conseguiu aprovar o orçamento de 2017 com uma maioria confortável. Mas os problemas
que precisa de resolver continuam tão difíceis como antes. A continuação da austeridade
está a provocar reações fortes por parte de muitos grupos profissionais e sociais que, ano
após ano, sofrem reduções adicionais nos seus rendimentos”.

Noticiário EUA
•• A elevação da taxa básica de juros norte-americana é uma das principais preocupações no
cenário econômico mundial para 2017. O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados
Unidos, decidiu no fim de 2016 aumentar a taxa e informou que prevê mais três aumentos
da taxa em 2017. A subida torna mais atrativas as aplicações no mercado norte-americano
em relação a outros países, principalmente entre os emergentes, incluindo o Brasil.
•• A elevação anunciada em meados de dezembro mudou os juros da faixa de 0,25% a 0,5%
para 0,5% a 0,75%. A mudança ocorreu depois que o Comitê Federal de Mercado Aberto
(Fomc, na sigla em inglês) sinalizou que a economia local registrava inflação e nível de
desemprego baixos.
•• Se aumenta lá, sempre há um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição de recursos
internacionais. No caso do Brasil, há um volume de recursos aqui por causa da atratividade
do preço do dinheiro [taxas elevadas de juros]. Mas se a taxa americana sobe, isso criará
atratividade lá, já que as poupanças internacionais passam a ser alocadas para os Estados
Unidos”, explica o economista Paulo Dantas da Costa, ex-presidente do Conselho Federal
de Economia (Cofecon).
•• Com taxas melhores no mercado dos EUA, segundo o especialista, os investidores
internacionais mudam suas posições, principalmente quando se trata dos títulos do Tesouro
americano, de baixíssimo risco. “Agora, além da segurança, tem-se a rentabilidade”, afirma
Costa.
•• Além da variação da taxa básica de juros, a mudança de comando nos Estados Unidos, com
a chegada de Donald Trump à presidência, também deve ter reflexos diretos na economia
mundial no próximo ano. “Tenho visto com certa apreensão a variável Trump”, avalia Costa,
principalmente por causa de declarações do presidente eleito em defesa de empresas
norte-americanas.

1822 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Economia Internacional – Prof. Cássio Albernaz

Economia mundial
•• Para o PIB global, o órgão projeta um crescimento de 2,7% em 2017, graças à recuperação
de grandes mercados emergentes como Brasil e Rússia, e devido ao maior estímulo
fiscal esperado em economias avançadas como os Estados Unidos.
•• Este número deixa para trás os 2,3% de expansão global registrados em 2016, o menor
desde a crise financeira de 2008, segundo a organização. "Após anos de um crescimento
global desalentador, estamos encorajados por vermos projeções econômicas mais fortes
no horizonte", disse Jim Yong Kim, presidente do BM, em um comunicado de imprensa.
•• O boletim semestral "Perspectivas Econômicas Globais", do BM, projetou um panorama de
riscos complexo, com uma possível alta do crescimento caso se concretizem os planos de
estímulo fiscal nos Estados Unidos no novo governo do presidente eleito Donald Trump e
crescentes dúvidas geradas pela queda nos investimentos nos mercados emergentes

Expansão nos EUA


•• Para os EUA, maior economia global, o BM prevê uma expansão de 2,2% em 2017,
após a de 1,6% do ano passado. Trump prometeu notáveis cortes de impostos nos EUA
e um multimilionário plano de investimentos em infraestrutura, assim como a aplicação
de políticas comerciais protecionistas.
•• Devido ao enorme papel que os Estados Unidos possuem na economia global, as mudanças
em seu rumo político podem ter efeitos de contágio. Uma maior política fiscal expansiva
pode gerar mais crescimento tanto dentro como fora do país a longo prazo, mas as
mudanças em política comercial podem equilibrar estes benefícios", afirmou Ayhan Kose,
diretor do relatório.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1823
•• O México deve crescer 1,8%, abaixo do esperado para este ano, como consequência da
diminuição nos investimentos em meio à incerteza política nos EUA. A economia Argentina
deve avançar 2,7%, diz o Bird.
•• Na Ásia, os dois grandes motores China e Índia mantêm sólidas tendências. A primeira,
imersa em processo de reequilíbrio do modelo econômico, crescerá 6,5% neste ano, e a
segunda continuará com taxas superiores a 7,5% nos próximos dois anos.
•• Por sua vez, a Rússia também deve retornar ao caminho positivo após dois anos de retração,
com ganho de 1,5%, segundo o Banco Mundial.

Europa e China
•• Para a Europa, a expectativa para o próximo ano é que a região mantenha o desempenho
econômico fraco registrado em 2016. No relatório da Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em novembro, o crescimento estimado
para o continente em 2017 é de 3,3%, apenas 0,1 ponto percentual acima da avaliação
anterior da organização. “Acho que a Europa não acompanha o resto do mundo no
desempenho econômico. Especialmente quando se compara com a economia chinesa e
americana
•• No caso da China, os indicadores mostram que o crescimento econômico do país
deve desacelerar em 2017, com uma política monetária mais restritiva. A projeção de
crescimento é de 6,5% ante os 6,7% que devem ser registrados em 2016.
•• Chega em um ponto que vai à exaustão porque não existem fatores econômicos que deem
sustentação a crescimentos de 6%, 7% ao ano. Mas no caso chinês a gente faz uma ressalva
porque é um país que tem um mercado interno de mais de 1,4 bilhão de pessoas.

China

Na China, o PIB teve crescimento de 6,9% em 2015, o mais baixo desde 1990, segundo os
dados oficiais do Escritório Nacional de Estatísticas em Pequim. A segunda maior economia do
mundo, acostumada com crescimentos acima dos dois dígitos nas últimas décadas, cresceu
6,8% no quarto trimestre de 2015 no comparativo com o mesmo período de 2014.
Os mercados ao redor do planeta estavam agitados pela contínua desaceleração da segunda
maior economia mundial, que em 2014 registrou crescimento de 7,3%.
No quarto trimestre de 2015, o PIB chinês progrediu 6,8%, o que representa um leve retrocesso
na comparação com o trimestre anterior (6,9%) e o pior resultado desde a explosão da crise
financeira em 2008.
As autoridades chinesas, que projetavam um avanço "por volta de 7%", atribuem a
desaceleração de uma economia que há pouco tempo ostentava crescimentos de dois dígitos
à "nova normalidade" de um crescimento menor, porém mais estável, baseado no consumo
interno, inovação e serviços, em detrimento das indústrias pesadas, dos investimentos
estimulados pelo endividamento e as exportações.

1824 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Mesmo debilitado, o gigante asiático continua sendo um dos principais motores do crescimento
planetário, o personagem mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor
de matérias-primas. A afirmação é comprovada pela queda nas bolsas ao redor do mundo no
início de janeiro, após os sobressaltos registrados nos mercados chineses.
Ao longo de 2015, os indicadores permaneceram no vermelho: contração da atividade
manufatureira, enfraquecimento do setor imobiliário e queda do comércio exterior, todos
pilares tradicionais do crescimento chinês.
A desaceleração teve um impacto severo nos países emergentes como o Brasil, que se
transformaram nos últimos anos em grandes fornecedores de matérias-primas para a China
Esse é projeto que os dados parecem ratificar, pois o setor de serviços representou 50,5% do
PIB em 2015, superando pela primeira vez mais da metade do total, segundo a agência oficial
Xinhua.
Os investimentos em bens de capital, que refletem sobretudo os gastos nas infraestruturas,
aumentaram 10% em 2015, menos do que a previsão do mercado (10,2%) e em forte
desaceleração.
O Partido Comunista da China deve reduzir as previsões para este ano, conforme analistas, que
recordam que o presidente Xi Jinping já afirmou que uma expansão do PIB de 6,5% deveria ser
suficiente para responder às necessidades do país.
Lagarde defende que abertura da economia chinesa é essencial.
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu que a abertura
da economia chinesa, entre outras reformas estruturais, é essencial para que a China alcance
um crescimento mais sustentável.
No Fórum de Desenvolvimento da China, que reúne empresários e líderes locais em Pequim,
Lagarde destacou que o país asiático deve encontrar mais sustentabilidade e avançar nas
“reformas necessárias”, segundo um comunicado publicado na página do FMI.
Lagarde sugere três “políticas imperativas”, como a abertura da economia chinesa, a redução
das diferenças entre pobres e ricos e entre zonas urbanas e rurais e investimento em
Investigação e Desenvolvimento.

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Atualidades – Economia Internacional – Prof. Cássio Albernaz

Por que a China está crescendo Menos?


Com o forte avanço do PIB chinês nos últimos anos, a China tentou mudar o perfil de sua
economia de um modelo predominantemente exportador para uma economia voltada ao
consumo interno.
O Banco Central da China se comprometeu a apoiar o crescimento ‘sustentável’ do país e
passou a limitar investimentos do exterior. As exportações, que apoiavam a economia chinesa,
passaram a cair e o governo precisou desvalorizar o iuan.
Para o FMI, a desaceleração da China e a forte queda de seu mercado acionário não é o anúncio
de uma crise, mas um ajuste "necessário".
Com o crescimento menor que o esperado na China, a demanda por commodities (petróleo,
minério de ferro, soja, açúcar) no mundo cai e isso afeta todos os países, especialmente o Brasil,
que tem o país asiático como principal destino de suas mercadorias.
Os grandes afetados neste panorama são os países emergentes que se alinharam à China,
principalmente depois da crise de 2008”. "A expectativa é sobre como a China irá se inserir nesse
novo cenário de crescimento mais modesto e como os países que se tornaram dependentes da
China vão se comportar a partir disso.

O que tem acontecido com a Bolsa de Valores Chinesa?


As ações chinesas vêm perdendo valor pois os dados da economia chinesa não têm sido muito
positivos ultimamente, e isso vem gerando temor entre os investidores sobre a "saúde" do
país. O PIB do primeiro trimestre, por exemplo, apesar de ter crescido 7%, mostrou o pior ritmo
em seis anos.
Na China, diferentemente dos mercados europeus ou dos Estados Unidos, 80% dos investidores
são cidadãos, pessoas físicas. Muitos deles são inexperientes e seguem rumores ao tomar
decisões. Assim, o mercado é mais vulnerável a reviravoltas repentinas, como num rebanho.

Noticiário Economia Geral


O principal “freio” do ano de 2016, segundo especialistas, serão os países emergentes. Ao
considerar os crescentes riscos econômicos nos últimos seis meses, analistas destacam
a importância de uma política qualificada a ser realizada pelos bancos centrais na esfera
monetária, e pelos governos na área fiscal.
É preciso entender a China: não é crise - é política econômica
O Banco Mundial reduziu as previsões de crescimento da economia mundial em 2016 de 3,3%,
previstos em julho, para 2,9%, informou o relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado
pela instituição.   O banco, entretanto, destaca que a economia mundial está aumentando o
ritmo de crescimento, em comparação com o resultado de 2,4% de 2015.
Os países em desenvolvimento crescerão em 4,8%, os EUA em 2,7%, a zona do euro em 1,7% e
a China em 6,7%, prevê o banco. 

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Fraco crescimento dos mercados emergentes
O principal “freio” do crescimento econômico mundial serão os países emergentes, informa o
banco.
“O fraco crescimento nos grandes mercados emergentes exercerá influência negativa sobre o
crescimento global em 2016. No entanto, a atividade econômica deverá sofrer um leve aumento
até 2,9%, comparando com o de 2,4% em 2015, a medida que as economias desenvolvidas
acelerarem”, explica o relatório.  Ainda em 2015, o crescimento foi menor do que o esperado,
em função da queda do preço das matérias primas, do encolhimento do comércio internacional
e do fluxo de capitais, bem como da volatilidade financeira, destaca o banco.
Índia ultrapassa China em crescimento econômico no 3º trimestre “Segundo a previsão,
as economias emergentes crescerão 4,8% em 2016, ou seja, menos do que o esperado, após o
menor nível de crescimento das mesmas desde a crise, em 4,8% no ano que passou. Também
segundo a previsão, o crescimento novamente será reduzido na China, enquanto a Rússia e o
Brasil permanecerão em recessão em 2016”, alerta o relatório.  
Os riscos aumentaram nos últimos seis meses e será necessária uma política qualificada a ser
implementada pelos bancos centrais na área monetária e pelos governos na área fiscal.

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Atualidades

POLÍTICA NACIONAL

•• reforma da previdência:
Como a reforma na Previdência pode significar um alívio à crise econômica. Especialistas
explicam por que combater o rombo do INSS pode equilibrar as contas públicas e melhorar a
economia do país
O Ministério do Planejamento divulgou na última semana um aumento de mais de R$ 6 bilhões
na estimativa para o déficit da Previdência para 2016. O rombo passou de R$ 129,6 bilhões para
R$ 136 bilhões. Com mais postos de trabalho sendo fechados e o desemprego em alta (o IBGE
revelou que já são 9,6 milhões de desocupados), há uma significativa queda na arrecadação
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), administrado pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). Desse modo, o déficit na previdência social tende a aumentar para poder atender
a toda a massa de aposentados pelo regime geral.
O assunto é importante, mas, diante de um cenário político conturbado, vem sendo deixado de
lado. Confira abaixo as explicações de especialistas sobre o atual momento do regime e como
as reformas nessa área poderiam ajudar o Brasil a melhorar a situação econômica.
Por que o déficit na previdência é um assunto crítico para o Brasil?
Porque ele reduz a capacidade do governo de investir onde é preciso. A explosão do déficit
no orçamento federal se deve em grande parte à queda na arrecadação do INSS em razão da
crise econômica e do desemprego. Para se ter uma ideia, em 1988, quando a Constituição
foi aprovada, a despesa da previdência correspondia a 2,5% do PIB. Em 2016, a participação
aumentou para 8%. “Estamos falando de um dado que quase triplicou seu peso relativo num
contexto em que o processo de envelhecimento demográfico da população mal começou.
Daqui para frente tende a se agravar”, diz Fábio Giambiagi, economista e um dos maiores
especialistas do Brasil nas áreas de Finanças Públicas e Previdência Social.
Deste modo, a despesa primária do governo, aquela que ele dispõe para executar suas políticas
públicas, só faz aumentar. Se ela cresce muito, altera o endividamento líquido do país. Em 1991,
ela correspondia a 14% do PIB. Hoje já está em 23% - aumento de nove pontos percentuais em
um espaço de tempo relativamente curto.
Como uma solução do déficit da previdência impactaria positivamente na economia?
A reforma na previdência poderia criar um ambiente mais estável, capaz de trazer segurança
e confiança aos investidores em relação à economia brasileira e para a tomada de decisões de
longo prazo – entre cinco e dez anos. Com as contas em ordem, o governo estaria mais apto
a investir em áreas que necessitam de reforço, como saúde, educação e segurança pública.
Entretanto, segundo especialistas, há poucas chances de esta reforma acontecer no governo
atual. Giambiagi alerta para o fato de que próprio ministro do Trabalho e Previdência Social,

www.acasadoconcurseiro.com.br 1829
Miguel Rossetto, deu sinais de ser contra uma reforma na área. Em um quadro de mudança e
instalação de um novo governo, há espaço para algumas reformas, especialmente em relação a
alterações na idade mínima da aposentadoria.
Até que ponto a redução da idade mínima para aposentar pode resolver esse problema?
Mesmo sendo um aspecto extremamente impopular, é consenso entre os estudiosos do
assunto que não há mais condições de manter os trabalhadores se aposentando como as regras
atuais. Pelo regime antigo, ainda vigente, há duas opções: a aposentadoria por idade (homens
aos 65 anos e mulheres aos 60 anos), e a aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos
para homens e 30 anos para as mulheres). Já pelo novo sistema, a chamada fórmula 85/95, a
conta é feita pela soma entre a idade e o tempo de contribuição (85 para mulheres e 95 para
homens). Mesmo, assim estes modelos ainda exigem um piso considerado baixo de tempo de
contribuição para requerer o benefício.
Este cenário piora com o envelhecimento da população. Segundo dados do IBGE, a faixa
com 60 anos ou mais deve passar para 58,4 milhões (26,7% do total) em 2060. No período, a
expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. “Hoje,
no Brasil, um beneficiário do INSS recebe aposentadoria por até 25 anos, quando o ideal é que
este tempo esteja entre 18 e 20 anos”, diz José Roberto Savóia, Professor de finanças da FEA-
USP.
Assim, mesmo com o pagamento do benefício por mais tempo, durante os anos de crescimento
econômico, a despesa com a previdência aumentou, mas praticamente não foi percebida.
Quando a crise se agravou, os gastos seguiram a trajetória de alta, mas sem a mesma atividade
econômica observada anteriormente. Assim, o rombo foi ampliado.
Por mais que este formato de aposentadoria esteja na Constituição, o pacto social precisa ser
revisto para que o déficit público possa ser pago. “Estamos passando para a fase do canibalismo
do gasto social. Vamos continuar a assistir a tragédia do ano passado com quedas em gastos
em educação e saúde em nome de um suposto direito adquirido de se aposentar com 52
anos. É isso que a gente quer? Do ponto de vista dos interesses nacionais isso é uma grande
insensatez”, afirma Giambiagi.
Outros países já passaram pelo mesmo problema?
Em alguns países, depois de vários anos de desequilíbrio nessa área, o governo precisou assumir
atitudes drásticas, como na Grécia e na Argentina, onde o valor dos benefícios foi reduzido
pela metade. “As pessoas acreditam que o estado tem uma capacidade infinita de continuar
pagando. Mantendo essa visão, ficará impossível manter o sistema. É melhor que se faça um
ajuste progressivo para se evitar um dano maior lá na frente”, diz Savóia.
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/03/reforma-na-previdencia-poderia-significar-
um-alivio-na-crise-economica.html
Cenário político pode adiar reforma da Previdência, diz Fazenda. Expectativa inicial da Fazenda
era enviar proposta em abril deste ano. Esse prazo será reavaliado após fim do fórum da
Previdência em 8 de abril.
Por conta da piora da crise política, o Ministério da Fazenda já admite que a proposta de
reforma da Previdência Social poderá não ser mais enviada ao Congresso no mês de abril - que
era o compromisso inicial do governo.

1830 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Política Brasileira – Prof. Cássio Albernaz

A ideia da equipe econômica é aguardar o fim das reuniões do fórum da Previdência, no dia 8
do mês que vem, quando o contexto político já estará mais definido, para reavaliar o cenário e
depois decidir o que fazer.
"Diante do cenário político conturbado que a gente vive hoje, o governo vai avaliar melhor
momento de enviar proposta. Existe consenso de que é preciso enviar reforma da Previdência.
Obviamente, todos sabemos que vivemos contexto político conturbado e essa decisão de
quando enviar tem que atentar ao cenário político. As discussões técnicas continuam", declarou
o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
Além do cenário político turbulento, com o avanço da Operação Lava Jato e de pressões políticas
para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o próprio Partido dos Trabalhadores é
contra as mudanças na Previdência, apesar de a presidente Dilma ter dito que o tema teria de
ser encarado.
No início deste mês, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que não queria "nem ouvir falar"
da reforma da Previdência. A declaração foi feita antes de reunião com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
Fórum da Previdência Social
O fórum da Previdência Social é composto por representantes do governo, dos trabalhadores
(centrais sindicais), dos aposentados e dos empregadores. Suas reuniões começaram em 17 de
fevereiro e se estendem até 8 de abril.
O governo propôs a discussão de sete temas no fórum: demografia e idade média das
aposentadorias; financiamento da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação
de créditos; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; previdência
rural; financiamento e regras de acesso; regimes Próprios de Previdência; e convergência dos
sistemas previdenciários.
A avaliação do governo é de que a idade média de aposentadoria no Brasil é muito baixa,
próxima de 58 anos. Fica perto do que ocorre em Luxemburgo e abaixo de todos os demais
países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - cuja idade
média de aposentadoria é de 64,2 anos.
Um dos objetivos da reforma seria aumentar a idade média de aposentadoria no Brasil, o
que poderia ser implementado por meio da instituição de uma idade mínima para requerer o
benefício.
Rombo da Previdência Social
Enquanto as regras de aposentaria no Brasil não são reformadas, o rombo da Previdência
Social vai aumentando. Para este ano, o governo estima um déficit do INSS da ordem de R$
129,95 bilhões - o que, se confirmado, representará um crescimento de 51% em relação ao ano
passado, quando o rombo somou R$ 85,81 bilhões, ou 1,5% do PIB.
Em 2014, ainda de acordo com números oficiais, o déficit da Previdência Social havia somado
56,69 bilhões, o equivalente a 1% do PIB. De 2014 para 2015, portanto, o rombo do INSS já
havia avançado 51%, uma piora de R$ 29,12 bilhões.
Para o longo prazo, os números também são desfavoráveis. Segundo o projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, enviado pelo governo ao Congresso Nacional em maio

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do ano passado, o déficit do INSS deverá avançar para mais de R$ 1 trilhão em 2040 e para um
valor acima de R$ 7 trilhões em 2060 (mais de 9% do PIB).
Essa projeção foi feita pelos ministérios da Previdência Social, da Fazenda e do Planejamento
antes da instituição da fórmula 85/95 progressiva, confirmada pelo Congresso Nacional e
sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro de 2015.
Fórmula 85/95 progressiva já impacta contas
Números mais recentes do governo já mostram que a fórmula 85/95 progressiva, em vigor, já
está ajudando a aumentar o rombo nas contas do INSS.
Números do Ministério do Trabalho e da Previdência Social mostram que, entre julho de 2015
e fevereiro deste ano, o valor médio das aposentadorias por tempo de contribuição, com
incidência da fórmula 85/95, subiu para R$ 2.792,29. Este valor é 57% superior à média das
aposentadorias por tempo de contribuição com aplicação da regra anterior, o chamado "fator
previdenciário" (R$ 1.779,88).
Regras vigentes
O fator previdenciário é uma fórmula matemática que, antes das mudanças das regras, tinha o
objetivo de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima de 60 anos para
mulheres e 65 anos para homens, e incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo.
Quanto menor era a idade no momento da aposentadoria, maior era o redutor do benefício.
No ano passado, o Congresso Nacional instituiu a fórmula 85/95 - no qual a mulher poderia
ter aposentadoria integral quando a soma do tempo de contribuição e da idade fossem 85 e o
homem poderia obter o benefício quando a mesma soma fosse 95.
O governo concordou com essa fórmula, porém, com uma progressividade. A partir de 31 de
dezembro de 2018, entra mais um ponto nesse cálculo, que aumenta com o passar dos anos.
No fim de 2018, por exemplo, mulheres precisarão de 86 pontos e homens, de 96 – ou seja,
há a soma de um ponto. Em dezembro de 2026, serão 5 pontos a mais – com as mulheres
precisando de 90 pontos para se aposentar e os homens de 100 pontos.
Caso queiram se aposentar antes de atingir os pontos necessários, os trabalhadores têm essa
opção. Entretanto, acabam caindo novamente no fator previdenciário, fórmula que visa evitar
o que o governo considera de “aposentarias precoces”, e que limita o valor do benefício a ser
recebido.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/cenario-politico-pode-adiar-reforma-da-
previdencia-diz-fazenda.html
•• reforma política:
Reforma política pode ser solução para crise política? Especialistas debatem.
Especialistas dizem que país vive crise institucional e de representatividade, mas que o
momento não é favorável à reforma.
O Brasil tem enfrentado uma grave crise política nos últimos meses. Diante do atual contexto,
a reforma política poderia ser a solução para a atual crise? Para discutir todas as questões as

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Rádios Nacional Brasília, Rio de Janeiro, MEC AM do Rio de Janeiro, Rádio Nacional da Amazônia
e Alto Solimões realizaram, nesta quinta-feira (24), uma mesa redonda.
O debate contou com a participação do professor, Sociólogo e Cientista Político da Universidade
de Brasília (UnB), Antônio Flávio Testa; o advogado, doutor em Sociologia pela Universidade de
Brasília (UnB), professor do Mestrado em Poder Legislativo da Câmara dos Deputados, Júlio
Roberto de Souza Pinto; e o filósofo e membro do Colegiado de Gestão do Instituto de Estudos
Socioeconômicos (INESC), José Antônio Moroni.
Para o cientista político Antônio Testa, este momento não é propício para que se avancem as
discussões dentro do Congresso sobre uma possível Reforma Política. “A preocupação que se
tem no Congresso hoje é sobre o impeachment, alguns alegam que é golpe, outros dizem que
não é golpe, ainda tem o desdobramento da Lava-Jato (...), tudo isso aí vai fazer com que haja
uma movimentação interna de sobrevivência, não vai avançar”.
O advogado e professor, Júlio Roberto, explica que além de estarmos diante de uma crise
institucional, estamos diante de uma crise de representatividade. “Essa ideia de representação
política que prevaleceu nos últimos 200 anos parece que não convence mais. As pessoas talvez
sejam mais ou menos na linha do Carl Smith que dizia que representar, na verdade, é apresentar
um ausente ou apresentar ninguém. De maneira que a percepção é que as pessoas não estão se
sentindo representadas diante de um parlamento cada vez mais voltada para si mesmo, diante
de partidos políticos que estão interessados muito mais em valores e bens menores”, conclui.
Já para o filósofo José Moroni, um dos pontos importantes dentro de uma possível Reforma
Política seria o fim do financiamento empresarial das campanhas dos partidos políticos e a
implementação de um financiamento público das campanhas. “Um dos pilares da corrupção é o
financiamento empresarial, porque ninguém ‘dá lanche de graça’ (...) Então é um investimento
que as empresas fazem e criam essa promiscuidade entre a relação público e privado. (...) Mas
por si só ele não resolve a questão toda, a gente tem que discutir também a influência do poder
econômico nas decisões e na definição das políticas públicas”.
Durante a mesa os especialistas falaram ainda sobre o fortalecimento da democracia, uma
possível mudança para o regime parlamentarista e da participação popular na política brasileira.
http://radios.ebc.com.br/revista-brasil/edicao/2016-03/reforma-politica-seria-solucao-para-
crise-politica-brasileira
Fim do financiamento privado é base da reforma.
Depois da divulgação, na semana passada, de lista com mais de uma centena de políticos de
diversos partidos que receberam doações da Odebrecht, sendo 11 deles do Grande ABC, a
discussão sobre mudanças na legislação eleitoral volta à tona. Para especialistas ouvidos pelo
Diário, o fim do financiamento empresarial de campanha é chave para reforma política efetiva
e democrática do sistema político brasileiro.
Não há provas concretas de que as planilhas da empreiteira, apreendidas na casa de um dos
integrantes do alto escalão da Odebrecht, o executivo Benedicto Barbosa Silva Junior, indicam
doações ilegais, ou seja, por meio de caixa 2 ou pagamento de propinas. Contudo, as altas
quantias depositadas aos candidatos evidenciam como o sistema eleitoral é caro, segundo o
cientista político e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Paulo Douglas Barsotti.

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“Eu sou do tempo em que se fazia militância boca a boca, com comícios, visitas nos bairros, e
todo esse processo foi desmontado pelo palanque eletrônico, midiático, caríssimo e sustentado
pelas empresas privadas. Então, como vamos ter campanhas políticas agora? É incógnita. A
militância combativa será vantagem para alguns partidos, porque é ela que vai para a rua fazer
campanha.”
Aprovada no ano passado e já reconhecida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entre vários
pontos, a reforma política contempla o fim de doações de pessoas jurídicas (empresas) para
campanhas eleitorais a partir do pleito deste ano. De acordo com a nova regra, o financiamento
pode ser feito apenas por pessoas físicas e através de repasses do fundo partidário.
Outro ponto contemplado pela reforma política é a não caracterização como campanha
antecipada a divulgação de “ideias, objetivos e propostas partidárias”. Barsotti sugere
que, com as novas normas, os pré-candidatos sejam mais contundentes ao apresentar suas
propostas. “Há agravamento da crise política e, de certa maneira, isso gera cobrança de mais
posicionamento ideológico dos candidatos. Eles terão que ter mais firmeza naquilo que dizem.”
Cientista política e professora da UFABC (Universidade Federal do ABC), Tatiana Berringer
considera o fim do financiamento empresarial de campanha como ponto inicial para
transformação da política brasileira. “A suspensão do financiamento empresarial de campanhas
é fundamental para o avanço da democracia. Muitas coisas a que assistimos hoje decorrem
da má-formação do sistema político que foi forjado na questão democrática, mas por pessoas
comprometidas com o regime ditatorial. Além disso, é forma de inibir o caixa 2, porque coloca
o militante junto ao partido por meio do financiamento de pessoa física.”
GASTOS EM 2014
Na eleição de 2014, as bancadas de dois deputados federais e seis estaduais eleitos no Grande
ABC gastaram R$ 15 milhões em suas campanhas. Dividindo esse montante ao número de votos
recebidos por todos eles juntos (902.606 sufrágios), esses políticos desembolsaram, em média,
R$ 16,75 por eleitor.
Punição a empreiteiro coibirá caixa 2, analisa cientista político
Para o cientista político e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Paulo Douglas Barsotti,
a punição atribuída ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, condenado a 19 anos e quatro meses
de prisão no âmbito da Operação Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e associação
criminosa, deverá coibir o caixa 2 nas campanhas eleitorais, já que o financiamento empresarial
de campanhas não existirá.
“Vai haver mais cautela e cuidado (por parte dos políticos) porque, quando se condena um
executivo da maior empreiteira deste País a 19 anos de cadeia, isso pode e deve assustar. Muita
gente vai colocar as barbas de molho”, avalia.
Já a cientista política Tatiana Berringer acredita que a reforma política deve ir além. Ela defende
que haja constituinte popular específica para “reformar aspectos que regem a vida política”.
“Precisamos apresentar para a sociedade uma constituinte exclusiva e soberana em que não
vamos abrir mão da Constituição (Federal da República) de 1988, mas vamos reformar os
aspectos que regem a vida política, a organização dos partidos, o processo eleitoral e priorizar a
participação popular por intermédio de delegados para que não se reproduza o que aconteceu
em 1988”, defende, ao se referir aos membros da Constituinte de 1988, quando deputados e

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senadores eleitos dois anos antes elaboraram a nova Constituição, em vez de representantes
serem eleitos exclusivamente para isso. “Temos que eleger delegados populares e se começaria
uma assembleia específica que modificaria pontos da política (estabelecidos na Constituição de
1988)”, pontua.
http://www.dgabc.com.br/Noticia/1936515/fim-do-financiamento-privado-e-base-da-reforma
Reforma política é única saída para combater a corrupção, por Gustavo Freire.
Em uma crônica sobre a globalização e seus efeitos no meio ambiente, Eduardo Galeano revela
o que está por trás do falacioso chavão de que somos todos os grandes responsáveis pelo
exaurimento dos recursos naturais do planeta. Atenta o escritor uruguaio para o fato de que a
brutal maioria desses recursos é explorada pelos grandes conglomerados empresariais, desde
a água usada no agronegócio baseado na monocultura extrativista voltada à exportação até
o minério extraído das minas do leste do Congo, cujo comércio é intermediado por milícias
que vendem matéria prima para a fabricação de produtos de alta tecnologia como laptops e
aparelhos celulares.
Uma vez que nós, bem nutridos consumidores e consumidoras, estamos na escala de consumo,
tendemos a ignorar ou a ver com desinteresse as condições em que as mercadorias que
adquirimos foram produzidas, como bem explicou um velho filósofo alemão em sua principal
obra: assim como o sabor do trigo não nos diz nada sobre quem o plantou, tampouco esse
processo nos revela sob quais condições ele se realiza; se sob o açoite brutal do feitor de
escravos ou sob o olhar ansioso do capitalista.
Seguindo essa a lógica, o geógrafo britânico David Harvey costuma fazer em suas palestras
e livros a seguinte reflexão: por qual razão nos regemos pelo imperativo moral de nos
preocuparmos com o bem-estar das pessoas ao nosso redor mas somos indiferentes àquelas
que produziram os bens que consumimos, não nos interessando, por exemplo, se foram feitos
sob condições de trabalho escravo e de desrespeito a sua dignidade?
A ocultação dessas estruturas, de onde brota e se desenvolve a cadeia de acontecimentos que
na ponta da lança nos chega aos sentidos, leva à conclusão certeira de Galeano: responsabilizar
todos de forma indiscriminada é uma maneira de, simplesmente, não responsabilizar
ninguém. Em outras palavras, joga-se na conta do micro para safar o macro. Não interessa se o
agronegócio e a indústria e mineração concentram juntos 82% do consumo de água, restando
apenas 4% para o consumo direto, é você o responsável pela escassez de água no mundo por
não fazer xixi durante o banho.
A fórmula é semelhante no que diz respeito à narrativa dos processos eleitorais no Brasil. A
Operação Lava-Jato vem nesse sentido sendo bastante pedagógica ao demonstrar as evidências
de uma democracia sequestrada pelo poder econômico, onde as três maiores candidaturas
nas últimas eleições presidenciais receberam vultosas somas dos mesmos conglomerados
empresariais e 70% da Câmara dos Deputados foi financiada por apenas dez empresas –
incluindo a OAS, Andrade Gutierrez, Odebrecht, UTC e Queiroz Galvão, todas investigadas e
acusadas de repassar propinas em troca de contratos junto à Petrobrás.
Enquanto menos de uma dúzia de empresas elegem mais da metade da Câmara dos Deputados,
boa parte da população brasileira segue sub-representada. É o caso de indígenas e quilombolas,
trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos, mulheres, integrantes do segmento LGBT, etc.
É natural e esperado que o poder econômico não se interesse em financiar bandeiras que

www.acasadoconcurseiro.com.br 1835
não se alinhem à satisfação de sua sanha predatória por lucros cada vez maiores. Cientes de
que disputar o Estado é uma estratégia essencial para seus desígnios, enchem os alforjes de
campanhas de candidatos que, uma vez diplomados, se prestam à inglória e anti-republicana
função de cães de guarda dos interesses de seus patrocinadores.
A Lava-Jato expôs as entranhas de esquemas que, segundo informações de delatores e de
planilhas do departamento financeiro da Odebrecht, tiveram início ainda na década de
80, abrangendo um sem número de parlamentares das mais diversas siglas e acabando por
mostrar o óbvio: a corrupção é um problema sistêmico e estrutural que se baseia, sobretudo,
na forma de organização do nosso sistema político, eleitoral e administrativo que permite até
certo ponto ingerências nada democráticas por parte de oligopólios empresariais financiadores
de campanhas políticas.
Em nota, a própria Odebrecht reconheceu, no contra-fluxo dos nossos meios de comunicação
empresariais, o trunfo da Lava-Jato em revelar “a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de
financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”. A lista da empreiteira apreendida por
ocasião da 23ª fase da operação contendo nomes de mais de duzentos agentes políticos de
diferentes partidos e cores ideológicas seguidos dos respectivos valores que teriam recebido
indica exatamente a dimensão estrutural da corrupção em nosso país, por mais que a lista em si
esteja longe de incriminá-los de alguma maneira.
Assim, não há solução efetiva para lidar com a corrupção endêmica que não passe por
uma reforma política que, além da inegociável proibição do financiamento empresarial de
campanhas, possibilite a criação de novas institucionalidades de modo a, no mínimo, mitigar a
crise de representatividade que assola as relações entre o parlamento e a sociedade.
Paralelamente, como forma de intensificar o processo de legitimação social de nossas
instituições democráticas, é imprescindível a adoção de medidas democratizantes do Poder
Judiciário, quebrando com privilégios e paradigmas elitizados de membros da magistratura e
possibilitando o acesso à justiça em suas dimensões sócio-culturais, integrando-a ao mundo
real e a retirando do fetiche manualesco dos dogmas de gabinete. Talvez seja esta a melhor
maneira de trazer ao Poder Judiciário uma real compreensão sobre a importância do respeito a
direitos e garantias fundamentais, vilipendiados com uma frequência preocupante no cotidiano
do nosso sistema de justiça e também pela Lava-Jato, conforme vem apontando juristas,
estudiosos e mais recentemente os ministros Marco Aurélio Mello e Teori Zavascki.
É por essa razão que criticar a condução da Lava-Jato, que vem tratando garantias fundamentais
com um preocupante menoscabo, espetacularizando o processo penal e promovendo o
populismo judiciário ao expressamente condicionar a atuação jurisdicional às reações da
opinião pública, não significa o posicionamento favorável a práticas corrupção e tampouco
o não-reconhecimento de suas virtudes. Como já colocado, a Lava-Jato trata sobretudo das
nefastas influências do poder econômico no nosso sistema político, eleitoral e administrativo,
ainda que setores da sociedade, direcionados pelos meios de comunicação hegemônicos, ainda
não tenham percebido. Arrancar os frutos podres da árvore e manter suas raízes sob o esgoto
não irá trazer qualquer modificação substancial. Não há futuro alvissareiro se a seiva que lhe
chega à copa continuar a ser o chorume de um sistema servil aos interesses mesquinhos de
uma casta de privilegiados que têm o poder de transformar o Congresso Nacional no seu covil
particular de gárgulas.
Portanto, empunhar um discurso moralista contra a corrupção – expediente trágico, ineficiente
e até desonesto, segundo nos mostram experiências históricas como a de Carlos Lacerda -

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ignorando as origens estruturais de sua prática e a necessidade de uma reforma política que a
ataque em sua gênese, será tão útil quanto uma bicicleta para um peixe. Dificilmente veremos
da mídia comercial o comprometimento com a implantação de uma agenda que objetive abrir
mão do verniz moral e individualista conferido cotidianamente a propinas, caixas dois e contas
em paraísos fiscais, mirando no micro para livrar o macro e, consequentemente, mantendo em
pleno funcionamento as engrenagens responsáveis por todas estas distorções.
Da Operação Mãos Limpas, declarada inspiração de Sérgio Moro para a Lava-Jato, abriu-se
espaço para a eleição de um dos mais corruptos, caricatos e fanfarrões políticos conservadores
dos últimos tempos, o magnata Sílvio Berlusconi. É muito provavelmente o que nos aguarda
se não deixarmos de encarar a Lava-Jato como a guilhotina da redenção e ignorarmos a
oportunidade que temos para franquear ao debate um grau de politização até então inexistente,
demonstrando que o potencial transformador do sistema passa indiscutivelmente por uma
reforma política que se preocupe com o futuro e não só com o presente.
Gustavo Henrique Freire Barbosa é advogado e professor substituto da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte.
http://www.planetaosasco.com/cidades/conjuntura/32103-reforma-politica-e-unica-saida-
para-combater-a-corrupao-por-gustavo-freire
•• Lava Jato:
Procurador da Lava Jato diz que a corrupção não é privilégio de um só partido.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava
Jato na Justiça Federal de Curitiba, afirmou nesta terça-feira (29) que espera das pessoas 'atos
concretos' contra a corrupção e disse que o mal não é exclusividade de um único partido.
Dellagnol também afirmou que a Lava Jato é um órgão técnico e se mantém neutro na disputa
política sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Nós somos neutros em relação ao impeachment. Não somos a favor ou contra. Somos um
órgão técnico que tem um papel constitucional de atuar contra a corrupção", disse.
"A corrupção é apartidária. Ela não é privilégio ou ônus de um partido A ou B. A nossa luta é
luta contra corrupção, não contra pessoas", afirmou o procurador.
Dellagnol participou nesta terça-feira (29), em Brasília, de evento da campanha "10 medidas
contra a corrupção", apoiada pelo MPF (Ministério Público Federal). As declarações foram feitas
ao responder perguntas de jornalistas sobre se a campanha contra a corrupção dava força ao
movimento pelo impeachment da presidente.
Na entrevista, o procurador deu um tom patriótico ao combate à corrupção.
"Se você diz que ama o país, não diga, mostre que você ama o país. Nós esperamos que as
pessoas todas, inclusive os parlamentares, amem o seu país com atos concretos contra a
corrupção, mais do que palavras", afirmou.
A campanha "10 medidas contra a corrupção" começou em julho de 2015 e contou com o
apoio de mais de mil instituições em todo o país, incluindo universidades, organizações não
governamentais e igrejas.

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Foram coletadas assinaturas em apoio a anteprojetos de lei que preveem medidas de combate
à corrupção como o aumento das penas, formas de aceleração dos processos e conscientização
sobre o tema.
Após a coleta das assinaturas, as medidas devem se tornar projetos de lei de iniciativa popular,
a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa.
São necessárias 1,5 milhão de assinaturas para um projeto de iniciativa popular, mas a
campanha já conta com o apoio de pouco mais de dois milhões de pessoas.
A maior parte dos anteprojetos de lei foi elaborada pelo MPF. Segundo Dellagol, a iniciativa
nasceu da percepção da força-tarefa da Lava Jato de que apenas a operação não traria as
mudanças desejadas pela sociedade.
"Essas medidas surgiram quando a Lava Jato percebeu que expectativa que sociedade
colocava sobre nós de transformação não seria alcançada com o nosso trabalho. O que a Lava
Jato pode alcançar é a recuperação do dinheiro desviado num caso concreto e a punição dos
responsáveis", disse Dellagnol.
"Mas a sociedade espera que os escândalos de corrupção parem de se suceder, semana após
semana", afirmou o procurador.
No evento desta terça-feira, Dellagnol entregou simbolicamente as assinaturas ao voluntário da
campanha de coleta, que representou a sociedade civil.
Movimentos sociais que apoiam as propostas do MPF vão entregar na tarde de hoje os
anteprojetos de lei no Congresso.
"As medidas atuam em três focos. O primeiro é a prevenção, o segundo é trazer uma punição
adequada e fazer com que ela saia do papel, e em terceiro lugar precisamos de instrumentos
para recuperar o dinheiro desviado", afirmou o procurador.
Dellagnol disse ainda esperar que a mobilização da sociedade sobre o tema pressione os
parlamentares a aprovarem as medidas. Hoje, ao menos 38 deputados e senadores respondem
a inquéritos e ações penais relacionadas às investigações da Lava Jato, que apura um esquema
de corrupção envolvendo obras governamentais e grandes empreiteiras.
"Nós não temos dúvida de que eles [parlamentares] se movimentam em favor de apoio popular,
de seus votos. Nós vemos o amplo apoio da sociedade e acreditamos que isso os sensibilizará,
como já os sensibilizou anteriormente na Ficha Limpa", afirmou Dellagnol.
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/03/29/procurador-da-lava-jato-diz-
que-o-mal-nao-e-privilegio-de-um-so-partido.htm
Petrobrás já demitiu 170 mil funcionários desde o início da Lava Jato
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/03/1755010-pos-lava-jato-petrobras-ja-
demitiu-170-mil-funcionarios.shtml
Lula compara Lava Jato a ‘Big Brother’
Em um encontro com jornalistas estrangeiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou
nesta segunda-feira a Operação Lava Jato por sua "pirotecnia" e ressaltou os efeitos negativos

1838 www.acasadoconcurseiro.com.br
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da operação sobre a economia. O ex-presidente chegou a comparar a operação ao programa


Big Brother.
"Do ponto de vista do imaginário da sociedade brasileira é importante que estejamos apurando
corrupção. Agora, é necessário fazer disso um espetáculo? Fazer disso um Big Brother? Ou
isso pode ser feito de forma silenciosa. Alguém já parou para fazer as contas dos efeitos dessa
pirotecnia na economia brasileira? Quanto do PIB já caiu por causa disso?", questionou o ex-
presidente no encontro, do qual participaram mais de 20 veículos estrangeiros – entre eles a
BBC.
Lula criticou o que ele considera o uso de prisões preventivas para se "pressionar" os acusados
a fazerem delações premiadas, os vazamentos seletivos e o que vê como "cumplicidade entre
determinados agentes da Polícia Federal, do Ministério Público e da imprensa brasileira".
Também disse que, apesar de "inteligente e competente", o juiz Sérgio Moro, responsável pela
Lava Jato, poderia estar sentindo os efeitos de uma picada da "mosca azul" – expressão que se
refere a pessoas deslumbradas com o poder.
"Quando uma instituição é muito forte, seus membros têm de ser mais responsáveis. Não é
todo mundo que suporta o sucesso da câmera de televisão. Vocês são jornalistas e sabem o
que é 15 minutos de sucesso. Quanta gente boa e promissora, de um simples lutador de boxe,
a um jogador de futebol ou político, se perdeu no caminho por conta da pirotecnia, dos cinco
minutos ou cinco segundos de sucesso. Nesse aspecto eu acho que o poder judiciário tem de
ser exemplar. Não é a manchete de um jornal que tem de absolver ou condenar alguém, mas
sim os autos do processo (...) O que estamos vendo é o exagero das pessoas serem execradas
publicamente antes de terem cometido um crime", afirmou o ex-presidente.
Questionado sobre o papel das empreiteiras brasileiras no esquema descoberto pela Lava
Jato, Lula disse que, "as que fizeram coisa errada, pagarão", mas que tem muito "orgulho" das
empresas de engenharia brasileira e quer que elas "continuem crescendo", não quebrem ou
sejam substituídas por estrangeiras.
O encontro com jornalistas estrangeiros foi marcado após uma série de veículos internacionais
publicarem editoriais apoiando uma saída de Dilma Rousseff da presidência.
Repercussão
Há cerca de uma semana o jornal britânico The Observer, edição dominical do The Guardian,
de linha editorial de centro-esquerda, por exemplo, defendeu que a melhor opção para o Brasil
seria a renúncia de Dilma ou novas eleições.
A revista conservadora Economist também defendeu a renúncia da presidente e o jornal
americano The New York Times escreveu recentemente que as justificativas de Dilma para
nomear Lula para o ministério da Casa Civil seriam "ridículas".
Na semana passada, a própria presidente também organizou um encontro com jornalistas
estrangeiros.
Nesta segunda-feira, Lula anunciou que seus assessores devem divulgar todo final de semana
um "resumo das coisas que estão certas e erradas (no Brasil)" do seu ponto de vista.
"Muitas vezes, por falta de conversarmos, nem sempre as informações veiculadas lá fora
condizem com a realidade que vivemos aqui dentro", disse Lula.

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'Golpe'
Falando sobre o processo de impeachment, o ex-presidente defendeu que um afastamento
de Dilma seria um "golpe", uma vez que não foi provado que ela cometeu "crime de
responsabilidade". Lula comparou a atual situação brasileira a de Honduras em 2009 e do
Paraguai em 2012.
"Impeachment sem base legal, sem crime de responsabilidade, é golpe. Essa é a palavra
correta", defendeu.
"Não podemos aceitar que em um país com o tamanho do Brasil e da importância do Brasil se
faça o que foi feito com o (ex-presidente paraguaio Fernando) Lugo."
Segundo Lula, a estratégia do governo para evitar um impeachment incluiria tentar atrair
senadores e deputados do PMDB para sua causa, ainda que o partido oficialize seu rompimento
com a gestão Dilma nesta terça-feira.
O ex-presidente afirmou, inclusive, que estaria indo para Brasília para conversar sobre o tema
com alguns políticos – entre eles, o vice-presidente Michel Temer.
"Acho que vai acontecer o que aconteceu em 2003. O governo vai construir uma base com
parlamentares do PMDB no Senado e na Câmara e vamos ter uma espécie de coalisão sem a
concordância da direção (do partido)."
Investimento
Para ajudar a recuperar a popularidade do governo, Lula também defendeu a necessidade de
iniciativas para a retomada do crédito e do investimento e disse que se ofereceu a Dilma para
coordenar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão.
"É preciso dizer a esse povo que a gente vai parar de falar em corte e vai falar em investimento",
afirmou.
"Se a gente garantir crédito para o povo trabalhador e investimento para infraestrutura, pode
fazer com que o país volte a dar um salto de qualidade no crescimento econômico. Este pais é
grande e tem capacidade de endividamento, tem US$ 372 bilhões (R$ 1,36 trilhão) de reservas."
Ao falar das manifestações contra o governo, o ex-presidente adotou um tom relativamente
conciliador após garantir que hoje teria voltado a ser o "lulinha paz e amor".
"Se a gente gosta de pessoas que vão na rua bater palma para a gente tem de suportar com o
mesmo humor as pessoas que vão falar contra. Essas pessoas amanhã podem ser favoráveis
outra vez. (...) Não é correto transformar essas divergências em ódio. Em uma coisa insuportável
(...) Como se nós estivéssemos vivendo um Apartheid", disse o ex-presidente.
"Eu não quero dividir o Brasil entre periferia e centro da cidade. Entre aqueles que tem os olhos
verdes da elite branca e os pobres. Brancos ou negros ou pardos. Quero que todos sejamos
brasileiros e possamos frequentar o mesmo bar, o mesmo restaurante, a mesma praça, jardim,
escola."
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160325_lula_entrevista_ru_rb

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Atualidades – Política Brasileira – Prof. Cássio Albernaz

Moro encaminha investigações da 23ª e 26ª fases da Lava Jato ao STF. Entre os documentos
estão planilhas apreendidas com Benedicto Barbosa. Despacho com a decisão foi assinado pelo
juiz federal nesta segunda (28).
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância,
decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações da 23ª e 26ª fases da
Operação Lava Jato, batizadas de Acarajé e Xepa. O despacho com a decisão foi assinado por
Moro na manhã desta segunda-feira (28).
A 23ª fase da operação deu origem à 26ª. As investigações de documentos apreendidos
chegaram a ser divulgadas pela imprensa, mas depois foram colocadas em sigilo pelo juiz.
Entre os documentos estão planilhas apreendidas na residência de Benedicto Barbosa da Silva
Júnior, presidente da Construtora Norberto Odebrecht, e alvo da 23ª fase.
Segundo Moro, os documentos identificam pagamentos a autoridades com foro privilegiado,
mas ainda é prematura qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos
que fazem parte da planilha.
"De todo modo, considerando a apreensão e identificação de tal planilha com Benedicto
Barbosa da Silva Júnior, que retratam pagamentos do Grupo Odebrecht a autoridades com foro
privilegiado, talvez lícitos, é o caso de remeter este processo", argumentou o juiz.
Ao G1, a Odebrecht informou que "Benedicto Junior prestou todos os esclarecimentos em sua
oitiva".
Moro disse ainda que "o ideal seria antes aprofundar as apurações para remeter os processos
apenas diante de indícios mais concretos de que esses pagamentos seriam também ilícitos.
A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Egrégio Supremo
Tribunal Federal".
Ao enviar as investigações, o juiz Sérgio Moro também pediu urgência para a análise dos
documentos e disse que o material apreendido deverá permanecer na sede Polícia Federal
(PF), em Curitiba, à disposição do STF, Ministério Público Federal (MPF), defesas e autoridades
policiais.
Em nota, o advogado Fábio Toffic, que representa Mônica Moura e João Santana, disse acreditar
que a investigação deva ficar mesmo com o STF. “Essa investigação deveria ter sido enviada ao
STF há mais tempo. Pelo menos desde quando se cogitou a relação dos fatos com as eleições
presidenciais de 2014”, disse o jurista.
Avanço nas investigações
Ainda sobre a 23ª fase, o juiz relatou que "a investigação está mais avançada em relação ao seu
objeto inicial, ou seja, aos pagamentos efetuados por Zwi Skornicki e pelo Grupo Odebrecht a
João Cerqueira de Santana Filho e a Mônica Regina Cunha de Moura, bem como aos pagamentos
de Zwi Skornicki a Pedro José Barusco Filho e Eduardo Costa Vaz Musa".
Ele também argumentou que houve avanços nas investigações contra Hilberto Mascarenhas
Alves da Silva Filho, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Fernando Migliaccio da Silva, Olivio
Rodrigues Júnior, e Marcelo Rodrigues.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1841
No despacho, Moro explicou que, apesar dos investigados da 23ª não possuírem foro
privilegiado, as planilhas que envolvem os que tem foro foram apreendidas na referente etapa.
E que, por isso, foram encaminhadas juntamente com as da 26ª ao STF.
O juiz ressaltou ainda que quanto às investigações sobre os pagamentos efetuados por Zwi
e pelo Grupo Odebrecht a João Santana e a Mônica Moura, bem como aos pagamentos de
Zwi Skornicki a Pedro José Barusco Filho e Eduardo Costa Vaz Musa, caberá ao STF separar as
apurações ou até mesmo devolvê-las para a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
Denúncia do MPF
Na decisão desta segunda, Moro também informou ao STF que houve uma recente apresentação
de denúncia do MPF contra Zwi Skornicki, João Santana, Mônica Moura e outros em uma ação
penal da 23ª fase.
Entenda a operação Acarajé
A 26ª fase foi deflagrada como decorrência das investigações da 23ª etapa, denominada
"Acarajé". Segundo as investigações, essa palavra era um dos codinomes utilizados por
funcionários da Odebrecht para o pagamento de propina em espécie. Além de funcionários da
empreiteira, também foram presos o marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica
Moura.
O casal é suspeito de receber dinheiro desviado da Petrobras em uma conta não declarada
no exterior, e também no Brasil. Santana é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da
presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2006.
As investigações apontaram que Santana e Moura receberam em conta não declarada no
exterior US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht. Já no Brasil, os investigadores
encontraram uma planilha com Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empreiteira, que faz
referências a pagamentos de R$ 22,5 milhões a alguém de codinome "Feira".
Segundo a ex-funcionária, que também foi presa nesta fase e virou delatora da operação, "Feira"
era o codinome utilizado para Monica Moura, em um jogo de palavras com o sobrenome do
marqueteiro e a cidade de Feira de Santana. João Santana e Monica Moura seguem presos
preventivamente em Curitiba.
Foi nesta fase, também, que a PF prendeu o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior
e apreendeu, na residência dele, uma planilha com referências a pagamentos para políticos de
diversos partidos. Esta é a planilha a que Moro faz referência ao justificar o envio ao STF.
Entenda a Operação Xepa
A delação de Maria Lúcia Tavares embasou a deflagração da fase "Xepa", que descobriu o
“Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht. De acordo com a polícia, se tratava de um
departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de valores
ilícitos.
O MPF afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e
serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da
Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

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Atualidades – Política Brasileira – Prof. Cássio Albernaz

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este


valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada
como pertencente à contabilidade paralela da empresa.
Além do estádio, a operação também investiga irregularidades no Canal do Sertão, na Supervias,
no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.
“Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para outro em dinheiro em espécie”, disse a
procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais
ocorreram já com mais de um ano da Lava Jato em curso.
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/03/moro-encaminha-investigacoes-da-26-fase-
da-lava-jato-ao-stf.html
PF apreende planilhas da Odebrecht com valores destinados a políticos. Tabelas mostram
doações a mais de 200 políticos de 24 partidos. Não é possível afirmar se são doações legais ou
caixa dois de campanha.
A Polícia Federal encontrou planilhas que mostram doações feitas pela Odebrecht a mais de
200 políticos de 24 partidos.
Os documentos foram apreendidos na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura,
Benedicto Barbosa da Silva Junior, que foi preso temporariamente na 23ª fase da Operação
Lava Jato e liberado posteriormente pela Justiça.
Políticos cujos nomes aparecem nas planilhas negam ter cometido irregularidades.

Nesta quarta-feira (23), depois de as planilhas terem sido divulgadas na imprensa, o juiz federal
Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, determinou o
sigilo sobre os documentos.
De acordo com as tabelas, os repasses foram feitos pela empreiteira para as campanhas
municipais de 2012 e para as eleições de 2010 e de 2014. As planilhas foram apreendidas pela
PF durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, que teve como alvo principal o marqueteiro João
Santana, que trabalhou em diversas campanhas do PT.

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Não é possível, porém, afirmar que se tratam de doações legais de campanha ou feitas por
meio de caixa 2, já que os documentos não detalham se os valores, de fato, foram repassados e
se foram pagos em forma de doação oficial.
Nas tabelas que relacionam o nome de políticos, os valores repassados ultrapassariam os R$ 55
milhões.

Em depoimento à Polícia Federal no último dia 24 de fevereiro, o presidente da Odebrecht


Infraestrutura explicou que as doações da empreiteira nunca eram destinadas a políticos, mas
sempre para os partidos "de modo a evitar pressões e constrangimentos de candidatos". No
depoimento, Benedicto Barbosa nega ter repassado vantagens ilícitas a políticos.
Na lista, estão políticos de diversos partidos, tanto da base aliada ao governo federal quanto de
oposição. Entre os políticos citados estão o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
(MG), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto durante a campanha
presidencial de 2014, e o os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Jaques Wagner (Chefia
de Gabinete da Presidência).
Também são citados como destinatários de doações da empreiteira o senador José Serra (PSDB-
SP), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, os governadores tucanos Beto Richa (Paraná) e Geraldo
Alckmin (São Paulo) e o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT).
Apelidos
Ao lado de alguns nomes, a Odebrecht utiliza apelidos para se referir a políticos. É o caso do ex-
presidente da República José Sarney (PMDB), apelidado de "Escritor". Outros peemedebistas,
como os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL),
também têm apelidos. Cunha é tratado como "Caranguejo" e, Renan, como "Atleta".

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Atualidades – Política Brasileira – Prof. Cássio Albernaz

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), é apelidado de "Nervosinho", de acordo


com a tabela de repasses da Odebrecht. O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) é tratado
como "Bruto".
Outras figuras conhecidas e que recebem apelidos são os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), o
"Lindinho"; o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), o "Drácula"; e a deputada
estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), apelidada de "Avião".

'Setor de Operações Estruturadas'


Segundo o juiz Sérgio Moro, as tabelas apreendidas pela PF que citam políticos não têm, em
princípio, relação com o que a força-tarefa da Lava Jato chama de "estrutura profissional" de
pagamento de propina em dinheiro no Brasil.
A empresa, ainda conforme a investigação, tinha funcionários dedicados a uma espécie
de contabilidade paralela que visava pagamentos ilícitos. A área era chamada de "Setor de
Operações Estruturadas".
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão
atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais.
Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos
Santos Lima.
A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Esse
valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada
como pertecente à contabilidade paralela da empresa.
Além do estádio, a operação também investiga irregularidades no Canal do Sertão, na Supervias,
no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1845
De acordo com a força-tarefa, o setor da Odebrecht responsável pelas vantagens indevidas
tinha um sistema informatizado próprio utilizado para armazenar os dados referentes ao
processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os
executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas.
Outro sistema, no qual os envolvidos usavam codinomes, permitia a comunicação secreta entre
executivos, funcionários da Odebrecht e os doleiros responsáveis por movimentar os recursos
irregulares.

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Atualidades

Banco Mundial prevê alta de 0,5% para o PIB brasileiro em 2017


Projeção vem em linha com expectativas do mercado financeiro desta semana; em novembro,
governo estimou crescimento de 1%.
Por G1
10/01/2017 20h24 Atualizado 10/01/2017 20h57

Projeções do Bird para o PIB em 2017 (Foto: Arte/G1)

O Banco Mundial (Bird) previu nesta terça-feira (10) que a economia brasileira vai crescer 0,5%
em 2017, mesma projeção feita por economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco
Central nesta segunda-feira (9). Em novembro, o governo estimou que o PIB do país crescerá
1% este ano.
Para 2018, o Bird projeta crescimento de 1,8% para a economia brasileira, e avanço de 2,2% em
2019. A alta esperada de 0,5% para o Brasil em 2017 ajudará a puxar o crescimento de 1,2% da
América Latina após dois anos de recessão, prevê o órgão.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1847
Economia mundial
Para o PIB global, o órgão projeta um crescimento de 2,7% em 2017, graças à recuperação de
grandes mercados emergentes como Brasil e Rússia, e devido ao maior estímulo fiscal esperado
em economias avançadas como os Estados Unidos.
Este número deixa para trás os 2,3% de expansão global registrados em 2016, o menor
desde a crise financeira de 2008, segundo a organização. "Após anos de um crescimento
global desalentador, estamos encorajados por vermos projeções econômicas mais fortes no
horizonte", disse Jim Yong Kim, presidente do BM, em um comunicado de imprensa.
O boletim semestral "Perspectivas Econômicas Globais", do BM, projetou um panorama de
riscos complexo, com uma possível alta do crescimento caso se concretizem os planos de
estímulo fiscal nos Estados Unidos no novo governo do presidente eleito Donald Trump e
crescentes dúvidas geradas pela queda nos investimentos nos mercados emergentes.

Expansão nos EUA


Para os EUA, maior economia global, o BM prevê uma expansão de 2,2% em 2017, após
a de 1,6% do ano passado. Trump prometeu notáveis cortes de impostos nos EUA e um
multimilionário plano de investimentos em infraestrutura, assim como a aplicação de políticas
comerciais protecionistas.

Protecionismo e expansão fiscal prometidos por Donald Trump geram incertezas para a economia
(Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

"Devido ao enorme papel que os Estados Unidos possuem na economia global, as mudanças
em seu rumo político podem ter efeitos de contágio. Uma maior política fiscal expansiva pode
gerar mais crescimento tanto dentro como fora do país a longo prazo, mas as mudanças em
política comercial podem equilibrar estes benefícios", afirmou Ayhan Kose, diretor do relatório.
O México deve crescer 1,8%, abaixo do esperado para este ano, como consequência da
diminuição nos investimentos em meio à incerteza política nos EUA. A economia Argentina
deve avançar 2,7%, diz o Bird.

1848 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

Na Ásia, os dois grandes motores China e Índia mantêm sólidas tendências. A primeira, imersa
em processo de reequilíbrio do modelo econômico, crescerá 6,5% neste ano, e a segunda
continuará com taxas superiores a 7,5% nos próximos dois anos.
Por sua vez, a Rússia também deve retornar ao caminho positivo após dois anos de retração,
com ganho de 1,5%, segundo o Banco Mundial.
* Com informações da Efe

Baixo crescimento marcará economia em 2017, preveem especialistas


Por Agência Brasil | 26/12/2016 12:38
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Baixo crescimento marcará economia em 2017, preveem especialistas. Expectativa é que o PIB
cresça tímidos 0,5% no próximo ano

Perspectivas da economia para 2017

Economistas preveem melhor cenário para o ano de 2017, entretanto, a retomada de produção
e consumo ainda pode ser problemática. Virene Matesco, professora de economia da Fundação
Getúlio Vargas (FGV), o Produto Interno Bruto (PIB), não crescerá mais que 0,5%. Segundo os
especialistas, os meios para a recuperação da economia brasileira está em diversos setores.
Entre os itens citados peloa analistas entrevistados está a melhora no cenário político, ainda
muito abalado, a volta da confiança tanto entre empresário quanto em consumidores, e a
aprovação de algumas medidas estabelecidas pelo legislativo.
+Índice de confiança na indústria termina o ano com queda de 10,7%
Virene compara em sua declaração o Congresso como um trator que irá tirar o carro atolado –
Brasil – da atual situação negativa. Por outro lado, enfatiza que o trator se encontra quebrado.
A Professora da FGV indica que a tão falada reforma da Previdência é apenas um sinal para
o mercado e para os investidores, pois o impacto da medida se acarretará a médio e a longo
prazo na economia.
Se as notícias de Virene Matesco não são tão animadoras, André Perfeito, economista-chefe
da Gradual Investimentos tem uma tese mais pessimista. Para ele, dificilmente investidores –

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tanto internacionais quanto nacionais – colocarão dinheiro no Brasil por conta da crise política
que ocorre. André enxerga essa como a origem de todas as outras.
+BC aponta queda do PIB em 3,49% no ano e inflação dentro da meta
Divergindo ainda mais de Virene Mateso, Perfeito estima que o próximo PIB não será maior
que 0,2%. O aumento em gastos da União para estimular a economia provavelmente resultaria
em um resultado mais animador, para o economista. Todavia, ele reconhece que não existe
condições políticas necessárias para tal ação, por causa de erros de governos antecedentes que
tomaram esse tipo de medida.

Impacto internacional
André Perfeito ainda expande suas observações para o cenário internacional, já que a
problemática recuperação da economia brasileira também se deve ao aumento de juros, em até
três vezes, dos Estados Unidos, indicado pelo Fereral Reserve (Banco Central norte-americano)
a fim de barrar resultados de uma política de cortes de impostos e do aumento dos futuros
gastos do Presidente recém-eleito, Donald Trump.
A Confederação Nacional da Industria (CNI) também não têm boas projeções, e ela é de apenas
de 0,5% de crescimento esperado para o PIB. A instituição ainda estima que o investimento
cresça 2,3% no ano de 2017, após a queda de 11,2% em 2016.
O gerente-executivo da CNI, Flávio Castleo Branco, identifica que as negativas do setor industrial
se deve aos problemas financeiros das famílias e das empresas, refletindo no alto grau de
estoques cheios e na condição ociosa das indústrias.
+Setor de serviços tem queda de 7,6%
O desenvolvimento de empregos, para Castelo Branco, giram a economia. Consequentemente
aumentando os salários que posteriormente geram consumo e produção. O gerente vê como
positiva as reformas trabalhistas e da Previdência. O Ministério da Fazenda, comandado por
Henrique Meireles, tem uma projeção mais positiva do que a de mercado: 1% de crescimento
da economia em 2017.
Fonte: Economia - iG @ http://economia.ig.com.br/2016-12-26/economistas-preveem-pib-2017.html

Cepal prevê crescimento de 0,4% da economia brasileira em 2017


14/12/2016 19h35
Brasília
Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), organismo regional da


Organização das Nações Unidas (ONU), projeta crescimento de 0,4% para o Produto Interno
Bruto (PIB) braseileiro em 2017. O PIB é a soma dos bens e riquezas produzidos em um país.
A previsão está no Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2016,
divulgado hoje (14).

1850 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

A estimativa é mais pessimista do que a projeção do governo brasileiro para o PIB. No fim de
novembro, o Ministério da Fazenda reduziu de 1,6% para 1% a previsão de crescimento da
economia em 2017. Já a projeção mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco
Central com instituições financeiras, prevê aumento de 0,7% do PIB do país no ano que vem.
O relatório da Cepal calcula ainda contração de 3,6% do PIB brasileiro em 2016. O resultado
fica atrás apenas dos calculados para o Suriname (contração de 10,4%) e Venezuela (queda de
9,7%).

América do Sul
No cenário mais amplo, a Cepal projeta 0,9% de crescimento do PIB na América do Sul em
2017, que deve ser beneficiada por uma melhora nos preços das matérias-primas. O Caribe,
segundo os especialistas do organismo, crescerá 1,3% principalmente pela atividade turística. A
América Central, por sua vez, irá expandir em 3,7%.
Para 2016, a previsão ainda é de contração do PIB da América do Sul, que deve encolher 2,4%,
enquanto o Caribe terá uma queda de 1,7%. A América Central terá um crescimento de 3,6%.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que o crescimento da região será
“moderado” e “sem motores claros” que o impulsionem. “Sua recuperação será frágil
enquanto sejam mantidas as incertezas do contexto econômico, particularmente as tendências
protecionistas recentemente observadas”, declarou a secretária em coletiva de imprensa em
Santiago, capital chilena.
Na avaliação da Cepal, os países da região devem reduzir a evasão fiscal, atuar com cautela no
gasto público e revisar a concessão de subsídios e incentivos (especialmente nos combustíveis),
além de reorientar a promoção de investimentos e o gasto social.

OCDE prevê queda maior do PIB no Brasil em 2016 e estagnação em 2017


Economia brasileira só voltaria a crescer em 2018, estima a organização.
Previsão é que PIB global cresça mais com política expansionista de Trump.
Do G1, em São Paulo, com informações da Reuters

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê uma queda


maior da economia brasileira em 2016 e uma retomada do crescimento apenas em 2018. A
instituição revisou nesta segunda-feira (28) suas projeções de crescimento para a economia
global.
Antes, a OCDE projetava uma queda de 3,3% no PIB brasileiro em 2016, número que foi ampliado
para 3,4%. Para 2017, a estimativa melhorou: a instituição passou a projetar a estagnação da
economia no ano que vem, contra uma previsão anterior de queda de 0,3% no PIB. Para 2018, a
expectativa é de crescimento de 1,2% no PIB.

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PIB - LInha de produção parada (Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo)

A OCDE espera uma aceleração do crescimento global em um ritmo superior ao que projetava
anteriormente. Em seu Panorama Econômico, a organização estimou que o crescimento global
será de 2,9% este ano, 3,3% em 2017 e chegará a 3,6% em 2018.
Um dos motivos para a revisão foi a vitória de Donald Trump nas eleições americanas. Os cortes
de impostos planejados pela administração de Donald Trump e os gastos públicos devem aque-
cer a economia dos Estados Unidos, disse a OCDE.

Projeções para 2016 (Foto: G1)

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Brasil é destaque negativo do G20


O relatório pervê que o Brasil tenha o pior desempenho entre o G20 (grupo das maiores
economias do mundo) em 2016 e em 2017. Já o país com a previsão de pior desempenho do
G20 depois do Brasil será a Argentina, cujo PIB deve cair 1,7%.
Na outra ponta está a Índia (7,4%), que lidera o ranking, seguida por China (6,7%), Indonésia
(5%) e Espanha (3,2%). No que vem, de acordo com a organização, a Índia deve continuar na
liderança (7,6%). Completam o topo da lista China (6,4%), Indonésia (5%) e Turquia (3,3%).

Operários trabalham na linha de montagem de fiação de carros em uma fábrica em Noida, Índia
(Foto: Anindito Mukherjee / Índia)

O que esperar da agenda econômica brasileira em 2017


Em meio a anúncios de pacotes e projetos de lei, a agenda econômica do próximo ano deve
continuar movimentada
Por Ana Laura Prado
access_time23 dez 2016, 06h00 - Atualizado em 23 dez 2016, 09h45

Ilustração indica passagem do ano de 2016 para 2017 (Thinkstock)

www.acasadoconcurseiro.com.br 1853
São Paulo – 2017 será decisivo para o país, que teve reformas como a PEC do Teto aprovadas e
agora encaminha outras questões.
As últimas duas semanas foram movimentadas, com anúncio de pacotes e projetos de lei pelo
governo. Veja a seguir os principais temas da agenda econômica de 2017:

Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa Selic, terá sua pri-
meira reunião do ano nos dias 10 e 11 de janeiro.
A taxa foi cortada em 0,25 ponto percentual nas duas últimas reuniões e o Banco Central (BC)
tem sinalizado que pode intensificar o corte nas próximas.
A decisão chegou inclusive a ser discutida no último encontro. O último Boletim Focus projeta
que a taxa, hoje em 13,75%, vai chegar a 10,5% no final de 2017.
Uma aceleração no ritmo de corte da taxa poderia ajudar a recuperação da economia.

Reforma da Previdência
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a Reforma da Previdência “será o principal
item da agenda do governo no próximo ano”.
A PEC que trata da reforma foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados no último dia 15.
O próximo passo é a instalação de uma comissão especial para discuti-la, o que deve ocorrer
em fevereiro – após a eleição para a presidência da Câmara, prevista para o dia 1º.
A possibilidade de uma candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à reeleição na Casa tem gerado
conflito e os desdobramentos no comando podem influenciar no trâmite da reforma.
Isso porque o novo presidente será responsável por indicar os parlamentares que comandarão
a comissão que discutirá a reforma.
Se aprovada, ela deverá ser votada em dois turnos na Casa para, então, passar pelo mesmo
processo no Senado.
Para Alex Agostini, economista chefe da Austin Ratings, a reforma provavelmente não será
aprovada com a força que espera o Governo Temer.
“Será algo que dará um fôlego, mas de curto prazo. A ideia de uma reforma que dê sustentabili-
dade em longo prazo é pouco provável”, explica.
Segundo ele, as pressões do sindicato e da população, assim como a própria fragilidade do go-
verno em meio a escândalos, podem pesar.

1854 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

Indicadores econômicos
Entre os indicadores mais esperados para o início do ano estão o IPCA referente a dezembro,
que sai em janeiro, e o PIB do 4º trimestre de 2016, que sai em março.
Com eles, será possível ter uma ideia de como a economia fechou 2016 e do que esperar para
2017.
Até agora, a prévia da inflação divulgada pelo Banco Central (BC) em dezembro ficou em 6,5% –
no teto da meta de inflação para 2016. Para 2017 a previsão é que ela fique no centro, em 4,5%.
Segundo Agostini, o dado do IBGE deve indicar um PIB em trajetória negativa, entre -3,5% e
-4% no balanço do ano.
Para 2017, as projeções apontadas pelo Boletim Focus da penúltima semana de dezembro
apontam um crescimento de 0,58% – abaixo do 0,7% projetado anteriormente.
O Instituto Internacional de Finanças (IIF) também cortou suas previsões, de 1,5% para 1%.

Pacote de medidas econômicas


No ano que vem, o governo deve continuar a encaminhar o pacote de medidas microeconômicas
anunciado em dezembro.
Elas abrangem desde áreas de financiamento e crédito até mudanças nas regras de meios de
pagamento – que podem inclusive afetar cartões menores, como o Nubank.
Até agora, foi anunciada a mudança no saque de recursos do FGTS, pela qual os trabalhadores
poderão retirar integralmente os recursos de contas inativas. Os juros do cartão de crédito
também devem ser reduzidos pela metade.
Segundo o presidente Michel Temer, o principal objetivo é “ativar a economia”, reduzindo o
endividamento, incentivando o crédito e estimulando o emprego.

Dívidas dos estados


Temer sinalizou que, no próximo ano, deve sancionar o projeto de renegociação das dívidas dos
estados.
Ela foi aprovada pela Câmara em dezembro. Entre outras questões, o projeto aumenta em até
20 anos o prazo para renegociação geral das dívidas dos estados e do Distrito Federal.
O principal problema apontado pelo governo foi a retirada das contrapartidas que seriam
exigidas dos estados para que o dinheiro fosse liberado. Temer diz que vai manter exigências
mesmo que elas não estejam cravadas na lei.
A decisão irá determinar como a situação nos estados se comportará ao longo de 2017 e qual
será o papel da União nesse processo.

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Reforma trabalhista
Segundo Temer, a intenção é que uma reforma trabalhista seja a terceira bandeira de seu
governo – atrás apenas da PEC do Teto e da Reforma da Previdência.
Algumas delas já foram sinalizadas ontem, como aumento no prazo da contratação de trabalho
temporário e renovação do programa de Seguro-Emprego.
A principal proposta, que terá que ser aprovado pelo Congresso, é que os termos acordados
em negociações coletivas entre trabalhadores e empresas possam prevalecer sobre a legislação
atual em 11 pontos.
Alguns dos pontos que poderão entrar em negociação são o parcelamento das férias anuais em
até 3 vezes, participação nos lucros, remuneração por produtividade, trabalho remoto, registro
de ponto e banco de horas e o intervalo entre jornadas.

Lenta, mas em recuperação


“2017 surge como um ano para colocar a casa em ordem”, define Agostini, prevendo um
crescimento de 0,7% para o PIB do ano.
Apesar do baixo crescimento, o fato de a economia não continuar a piorar já é um bom sinal.
“Com isso abre-se uma perspectiva muito positiva para 2018, quando poderemos começar a
falar de crescimentos mais próximos de 2 a 3%”.
Para o economista, o conjunto das reformas propostas pelo governo deve tornar o cenário
econômico mais propício a uma recuperação – inclusive de credibilidade e confiança.
Mas ainda há incertezas pela frente. Os desdobramentos da Operação Lava Jato, por exemplo,
podem ter um impacto indireto pois atingem empresas com grande peso na economia.
Os problemas políticos relacionados ao Governo Temer – como seu suposto envolvimento
em um esquema de caixa 2 na chapa com Dilma, o que pode levar a sua cassação pelo TSE –
também são apontados por Agostini.
No cenário externo, a “incógnita” Trump também gera dúvidas para o Brasil, já que o comércio
exterior é uma das vias de recuperação da economia do país.

Governo baixa de 1,6% para 1% projeção de alta do PIB em 2017


Dificuldade em retomada do crescimento levou à mudança na previsão.
Estimativa para encolhimento da economia em 2016 passou de 3% para 3,5%.
Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O Ministério da Fazenda admitiu oficialmente nesta segunda-feira (21) que a economia


brasileira vai crescer menos em 2017 e anunciou a revisão de sua estimativa de alta do Produto
Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, de 1,6% para 1%.

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Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

O governo também anunciou que prevê um ecolhimento ainda maior da economia em 2016. A
previsão, que era de queda de 3%, passou para 3,5%.
"O que realmente causou essa recessão foi uma queda de confiança causada por questões
fiscais [problemas nas contas públicas]. O empresário retrai investimento. O mais importante
que a gente tem de resolver é a questão fiscal. É o âmago de tudo", declarou o secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk.

PIB do Brasil em 2017


Projeções oficiais do governo federal
1,21,61%AbrilAgostoNovembro0,911,11,21,31,41,51,61,7
Ministério da Fazenda

As novas previsões do governo para o PIB estão em linha com o que projeta o mercado
financeiro, conforme mostra o mais recente levantamento feito pelo Banco Central e divulgado
nesta segunda. A expectativa do mercado é que a economia encolha 3,4% em 2016 e cresça 1%
em 2017.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente
da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia
brasileira.

Impacto no orçamento
Quando uma economia cresce menos que o previsto o governo também arrecada menos im-
postos que o esperado. Portanto, a mudança na projeção para o desempenho do PIB também
deve afetar os cálculos do governo para suas receitas em 2017.
Essa situação é especialmente complicada para o Brasil, que vem registrando seguidos déficits
fiscais (despesas acima da arrecadação), justamente uma das razões para a crise econômica.
Para o próximo ano, o governo já propôs que seus gastos superem a arrecadação com impostos
em até R$ 139 bilhões. Entretanto esse valor, que se confirmado já será o segundo maior rom-
bo fiscal da série histórica, leva em conta o crescimento de 1,6% do PIB em 2017.
Nesta segunda, o secretário de Política Econômica, Fabio Kanczuk, não quis fazer uma projeção
sobre a arrecadação de 2017. Segundo ele, esse número será divulgado somente no fim do pri-
meiro trimestre do próximo ano.
“Se tudo mais está constante e o PIB tem uma projeção menor, a projeção de receita cai. Mas
tem um monte de outros fatores acontecendo ao mesmo tempo, como [mudanças no patamar
do] câmbio, inflação, massa salarial. Tem um monte de detalhes que a gente tem de apurar
com cuidado para ver o que vai acontecer”, declarou ele.

Demora no enfrentamento da crise


Na semana passada, em Nova York (Estados Unidos), onde se reuniu com investidores, o minis-
tro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a economia crescerá menos do que o previsto
anteriormente em 2017 porque houve demora no enfrentamento da crise financeira.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1857
"Essa crise, começamos a enfrentá-la a partir de maio, quando entramos no governo [quando
Michel Temer assumiu a Presidência, ainda interinamente]. Isso fez com que a saúde geral da
economia já estivesse afetada, empresas negociando com bancos. Por tudo isso, demora mais
um tempo para recuperar, mas já está em andamento", declarou o ministro.
Meirelles afirmou, porém, que a recuperação é "sólida". "Gradualmente vai aumentar a taxa de
crescimento, porque estamos trabalhando em outras reformas para aumentar o nível de pro-
dutividade da economia, como, por exemplo, nos investimentos em infraestrutura", declarou
ele na semana passada.

PIB do Brasil em 2016


Projeções oficiais do governo federal
1,30,2-2,94-3,05-3,8-3,1-3-3,5%abr/15ago/15fev/16mar/16mai/16jul/16set/16nov/16-5-4-3-2-1012
Ministério da Fazenda

Inflação em 2017
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda também informou que o governo
baixou de 4,8% para 4,7% a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.
Com isso, a estimativa oficial do governo para o comportamento da inflação no próximo ano
permanece abaixo do teto de 6% fixado pelo sistema de metas. O objetivo central, porém, é de
inflação de 4,5% em 2017.
Para a inflação deste ano, o Ministério da Fazenda informou que baixou a previsão de 7,2% para
6,8%. Com isso, apesar da queda, o governo segue projetando que o IPCA ficará acima do teto
do sistema de metas de inflação pelo segundo ano seguido. Em 2015, somou 10,67%, ficando
acima do teto de 6,5%.

Copom intensifica corte na Selic, e juros caem a 13% ao ano


Após primeira reunião de 2017, comitê anuncia redução de 0,75 p.p. na Selic, superior à
esperada pelo mercado. Decisão vem em meio à desaceleração da inflação e demora para a
retomada do crescimento econômico.
Por Laís Lis, G1, Brasília
11/01/2017 18h21 Atualizado há 18 horas

Banco Central reduz taxa básica de juros para 13% ao ano


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (11) o
terceiro corte seguido na taxa básica de juros da economia brasileira, de 13,75% para 13% ao
ano.

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O corte, de 0,75 ponto percentual, é o maior em quase cinco anos - a última vez que a Selic teve
queda semelhante foi em abril de 2012, quando passou de 9,75% para 9% ao ano. A decisão
mostra que o BC decidiu acelerar o ritmo de redução da taxa de juros em meio às previsões de
que a retomada do crescimento da economia brasileira pode demorar mais para acontecer e
aos sinais de desaceleração da inflação.
Mais cedo nesta quarta, o IBGE divulgou que a inflação fechou o ano de 2016 em 6,29%, abaixo
do teto da meta perseguida pelo Banco Central, que era de 6,5%.
Com a decisão, a Selic recua ao menor patamar desde o fim de abril de 2015, quando estava
em 12,75% ao ano. O corte promovido pelo BC foi maior que o esperado pela maioria dos
economistas do mercado financeiro, que apostava em 0,50 ponto percentual. Os analistas
das instituições financeiras ouvidos pelo BC preveem que, nos próximos meses, o Copom
continuará a reduzir a Selic, que chegaria a 10,25% ao ano no final de 2017.
Após o anúncio do Copom, o presidente Michel Temer disse, em nota,que a redução dos juros
para 13% ao ano cria as condições necessárias para a retomada do crescimento do país. Veja a
repercussão da decisão do BC.

Evolução da taxa Selic, decidida pelo Copom, do Banco Central (Foto: Arte/G1)

Decisão
Segundo o Banco Central, a decisão do comitê foi unânime e sem viés. Em comunicado divulga-
do logo após a reunião, o Copom informou que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de
juros para 13,25% e sinalizar uma intensidade maior de queda para a próxima reunião, mas que

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o cenário atual de inflação e de atividade econômica aquém do esperado tornou apropriado
antecipar o ciclo.
“Entretanto, diante do ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o Comitê entende
que o atual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e atividade econômica
aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política mone-
tária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização”, diz o comunicado.
Para o comitê, a convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2017 e 2018 é compatível
com intensificação da flexibilização monetária em curso.
O BC afirmou ainda que a extensão do ciclo e possíveis revisões no ritmo de flexibilização “con-
tinuarão dependendo das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de
risco”, como as incertezas do mercado externo, o processo de desinflação de alguns componen-
tes do IPCA e o processo de aprovação e implementação das reformas e ajustes necessários na
economia.
O comunicado afirma, no entanto, que a inflação recente continuou mais favorável que o es-
perado e que a atividade econômica mais fraca pode produzir desinflação mais rápida que as
previstas nas projeções.
A autoridade monetária cita que o Focus – pesquisa do BC com economistas do mercado finan-
ceiro – recuou a previsão de inflação de 2017 para 4,8% e a manteve ancoradas ao redor de
4,5% para 2018 e horizontes mais distantes.
O BC menciona ainda que o processo de encaminhamento e aprovação das reformas fiscais
têm sido positivos até o momento.

Inflação x atividade
O aumento da Selic, ou sua manutenção em um patamar elevado, é o principal mecanismo
usado pelo BC para frear a inflação. O objetivo é encarecer o crédito para reduzir o consumo no
país.
Juros altos, no entanto, prejudicam a atividade econômica e, consequentemente, inibem a ge-
ração de empregos. Quando o Banco Central julga que a inflação está compatível com as metas
preestabelecidas, pode baixar os juros.
Isso aconteceu a partir de outubro, quando o Copom passou a promover cortes na Selic tendo
em vista as indicações de que o IPCA, a inflação oficial do país, caminhava para dentro da meta
de 2016 perseguida pelo BC.
Segundo o IBGE, o IPCA, que em 2015 havia acumulado alta de 10,67%, desacelerou para 6,29%
em 2016. Apesar da queda, a inflação ficou próxima do teto da meta do ano passado persegui-
da pelo Banco Central (6,5%) e ainda distante do centro da meta, que era de 4,5%.

Recessão
A desaceleração da inflação em 2016, e a previsão do governo de que ela deve cair um pouco
mais em 2017, abre espaço para que o BC continue a fazer cortes na Selic, o que pode favorecer
a retomada do crescimento da economia brasileira.

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Os indicadores mais recentes do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) apontam que a
economia pode demorar mais que o previsto para voltar a crescer, o que aumentou as pressões
para que o Banco Central acelere a redução da Selic. A expectativa é que isso leve ao baratea-
mento do crédito e, consequentemente, incentive o consumo de bens e serviços no país.
No final de novembro, o Ministério da Fazenda admitiu oficialmente que a economia brasileira
vai crescer menos em 2017 e anunciou a revisão de sua estimativa de alta do PIB, de 1,6% para
1%. Na época, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atribuiu a condição à demora no en-
frentamento da crise financeira.
Também no final de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou
que, no terceiro trimestre de 2016, o PIB recuou 0,8% em relação ao trimestre anterior - a sé-
tima retração seguida nessa base de comparação e a mais longa de toda a série histórica do
indicador, que teve início em 1996.
Em outubro, primeiro mês do quarto trimestre de 2016, a atividade economica continuou no
vermelho, de acordo com o Banco Central. O chamado Índice de Atividade Econômica do BC, o
IBC-Br, um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, teve queda de 0,48% em
outubro, na comparação com setembro.
Em dezembro, o presidente Michel Temer anunciou que pretende adotar duas novas medidas
para tentar ajudar no reaquecimento da economia. Uma delas é a liberação do saque de di-
nheiro de contas inativas do FGTS, que deve ocorrer a partir de fevereiro. Com esse dinheiro
extra, avalia o governo, os trabalhadores poderão quitar dívidas e também consumir novos pro-
dutos. A outra medida visa reduzir os juros do cartão, que hoje chegam a 482% ao ano.

Entenda o que é a taxa Selic e qual sua previsão para 2017


28/12/2016 / Por ATIVA Investimentos / Sem comentários

Se você já parou, por um minuto que seja, para prestar atenção no noticiário econômico, certa-
mente já ouviu falar da taxa Selic. Basta abrir um jornal, ligar a televisão ou o rádio, ou mesmo
navegar na internet, para saber que as notícias sobre esse índice estarão lá. Mas, afinal de con-
tas, o que é a taxa Selic? E como ela afeta a nossa vida?

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Vamos por partes: neste artigo, você vai entender o que é o índice, como ele funciona e quem é
responsável pela sua regulação. Depois, vamos ver como a nossa economia é sensibilizada pela
Selic e qual é a previsão para 2017.

Taxa Selic: significado


Selic é a abreviatura de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Trata-se da taxa básica de
juros da economia brasileira. É a Selic quem determina qual o piso dos juros cobrados no Brasil
para as operações financeiras.
O cálculo é feito por meio de uma média ponderada dos juros existentes nas operações realiza-
das entre os bancos, que utilizam títulos públicos como garantia. Entendeu? Ainda não? Então,
vamos detalhar um pouco mais.

Operações de curto prazo entre bancos


Para fomentar a infraestrutura do país, o Governo emite títulos públicos que, em geral, são
adquiridos pelos bancos. Estes, por sua vez, são obrigados a destinar um percentual de suas
operações em uma conta no Banco Central, para controlar o excesso de dinheiro que circula
pela economia.
Ao final do dia, os bancos podem precisar de algum dinheiro emprestado para conseguir reali-
zar este depósito. Dessa forma, eles pegam empréstimos em outros bancos e dão como garan-
tia os títulos públicos que possuem.
Esses empréstimos curtos, de menos de 24 horas, têm uma taxa balizada pelo Governo. Essa
taxa é a meta da Selic, que serve de base também para outras operações do mercado financei-
ro.

A definição da taxa Selic


A cada 45 dias, a meta da taxa Selic é revista pelo Copom (Comitê de Política Monetária), um
colegiado criado em 1996 com o objetivo de regular a economia brasileira. O Copom estabe-
lece a meta para a Selic e o mercado a adota como referência para suas atividades financeiras.

O sobe e desce da Selic


Quando a meta da taxa Selic é aumentada, os bancos também aumentam as taxas que cobram
para emprestar dinheiro para os clientes. Com isso, eles diminuem a quantidade de dinheiro
em circulação, as vendas caem e a inflação diminui, já que os comerciantes são obrigados a
abaixar os preços dos produtos.
Por outro lado, os investidores que aplicam em renda fixa conseguem melhores oportunidades
de investimentos, com remuneração mais alta, pois elas são atreladas à Selic. remunerações
em seus investimentos, pois elas são atreladas à Selic.

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Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

A taxa Selic em 2017


A taxa Selic hoje está girando em cerca de 13%. Para o próximo ano, o cenário esperado é de
queda dos juros, com a Selic variando em torno de 10%. Porém, especialistas trabalham com
um cenário de cerca de 12% da taxa básica, com tendência de queda ao longo do ano.

Inflação de 2016 fortalece aposta de economistas de queda maior dos


juros
IPCA fechou o ano em 6,29%, abaixo do teto da meta da inflação do Banco Central. Copom se
reúne nesta quarta-feira para decidir a nova taxa de juros.
Por Anay Cury, Marta Cavallini e Laís Lis, G1
11/01/2017 11h47 Atualizado 11/01/2017 14h07

A forte desaceleração da inflação oficial, divulgada nesta quarta-feira (11), fortalece a aposta
dos economistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai acelerar o ritmo de redu-
ção da taxa básica de juros (Selic). Depois de duas reduções de 0,25 ponto, o grupo se reúne
nesta tarde, quando deverá anunciar mais um corte. Hoje, os juros estão em 13,75% ao ano.

Em novembro de 2016, Copom fez segundo corte seguido na taxa Selic (Foto: Arte/G1)

Rogério Mori, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV),
considera que a taxa Selic deverá cair nesta quarta-feira e seguir ritmo ao longo do ano. Em
2016, a inflação fechou em 6,29%, abaixo do teto de metas em vigor no país. A estimativa mais
recente dos economistas dizia que o IPCA chegaria no final do ano a 6,35%.

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“A queda deve ficar em meio ponto percentual, o que levará a taxa Selic para 13,25% ao ano.
Essa queda se alinha, de um lado, com a convergência da inflação para o centro da meta, de
4,5%, e, por outro, com o debilitado ritmo da atividade econômica brasileira. Nesse sentido, a
queda recente da inflação abriu espaço para cortes na taxa de juros por parte do Banco Central,
o que estimulará a demanda e a produção no médio prazo”, diz.
Segundo ele, se o comportamento da inflação for mesmo de queda e se a economia brasileira
continuar debilitada, pode haver cortes mais agressivos na taxa básica de juros. “Há ainda
o cenário externo, não sabemos como será a economia americana com Donald Trump”, diz.
Segundo Mori, o mercado trabalha com taxa de juros de 10,5% até o final de 2017.
Apesar da queda nos juros, Mori recomenda cautela para os consumidores. “O ritmo da
atividade econômica brasileira segue fraco e a tendência do desemprego é de elevação
no primeiro trimestre do ano. Nesse sentido, não é recomendável que novas dívidas sejam
assumidas nesse cenário. Ao mesmo tempo, a queda da Selic traz algum alívio marginal para
quem está endividado, uma vez que as taxas de juros devem registrar algum recuo. De qualquer
forma, o quadro atual inspira conservadorismo em termos de gastos e de dívidas".
Para o professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Alexandre Cabral, o
"problema" da inflação está bem encaminhado, o que deverá pressionar o Copom a baixar mais
os juros.
"Estamos com juros reais (descontada a inflação) na casa de 8%, que é considerado um valor
muito alto para qualquer economia", afirma.
O problema da inflação está bem encaminhado, portanto, está na hora de o Banco Central
acelerar a queda dos juros. Como esse atual mandato está se demonstrando conservador,
acredito em quedas sequenciais de 0,50%", diz Cabral.
O economista do Mackenzie Pedro Raffy Vartanian acha que a tendência é que a inflação convirja
para a meta de 4,5% no decorrer deste ano, o que abre espaço para o Banco Central reduzir
mais a taxa de juros. “Até porque a política monetária já mostrou os resultados esperados”, diz.
Segundo ele, a manutenção de uma alta taxa de juros ao longo de 2016 ajudou na queda
da inflação, pois impactou a atividade econômica, o crédito, os gastos dos consumidores
e investimentos dos empresários em novos negócios. “Isso gerou queda na demanda da
economia, o que provocou queda nos preços. É o efeito colateral da política monetária”, afirma.
Para Vartanian, o processo de redução da taxa de juros será gradual. Sua aposta é que a
atividade econômica continuará enfraquecida neste primeiro semestre, com possibilidade de
melhorar só a partir do segundo semestre e retomada um pouco mais contundente no ano que
vem.
“A taxa de juros menor estimula o crédito, pois facilita as condições para financiar bens como
carro e imóveis, o que estimula mais o consumo. Os empresários, por sua vez, passam a
investir mais em novos negócios com o ambiente econômico mais positivo”, diz.
Vartanian estima que a taxa de juros deve ficar entre 9% a 10,5% até o final do ano.
Marcos Mollica, sócio gestor de portfólio da Rosenberg Investimentos, acha que o Copom
vai acelerar o corte de juros em 2017, chegando muito próximo de 10% no final do ano. “Vai
depender de como evoluirá a atividade econômica e se essa queda da inflação vai se confirmar
no próximo mês”, diz.

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Atualidades – Economia Nacional – Prof. Cássio Albernaz

Para ele, a inflação de 2016 veio ligeiramente abaixo do que se esperava. Segundo Mollica,
ajudaram muito no índice de dezembro o item alimentação e principalmente o setor de
serviços, que vem apresentando desaceleração. “Assim aumentam as chances de 2017 ter uma
inflação que deve convergir para a meta de 4,5% até o final do ano”, diz.

Cortes
Em outubro, o BC realizou o primeiro corte na Selic em quatro anos, quando ela passou de
14,25% para 14%. Em novembro, o comitê fez o segundo corte, e a taxa foi para 13,75%,
patamar atual. O mercado espera que o Copom anuncie nesta quarta um corte mais agressivo,
de 0,50 ponto percentual, o que levaria a Selic para 13,25% ao ano.
Alguns economistas apostam num corte ainda maior, de 0,75 ponto percentual. Em relatório
divulgado para clientes, o Itaú afirma que “a queda na inflação corrente (mais intensa e
difundida do que o esperado) e a perspectiva de retomada econômica ainda mais lenta do
que se antecipava sugerem um corte mais agressivo na taxa de juros. Acreditamos que o
Copom irá reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual, que nos parece ser consistente com a sua
comunicação atual, bem como com os últimos indicadores econômicos”.

Como é ação do BC
O aumento dos juros, ou sua manutenção em um patamar elevado, é o principal mecanismo
usado pelo BC para frear a inflação. O objetivo é encarecer o crédito e reduzir o consumo no
país.
Juros altos, no entanto, prejudicam a atividade econômica e, consequentemente, inibem a
geração de empregos. Quando o Banco Central julga que a inflação está compatível com as
metas preestabelecidas, pode baixar os juros.
No mais recente Boletim Focus, os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram suas
estimativas para a inflação. Para este ano, o mercado espera uma inflação de 4,81%.
Para 2016, 2017 e 2018, a meta central é de inflação em 4,5%. Entretanto, o sistema prevê um
piso e um teto, que é de inflação em 6,5%, em 2016, e em 6% em 2017 e 2018.

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Atualidades

SOCIEDADE

Imigração africana no Brasil aumenta 30 vezes entre 2000 e 2012

Entidades assistencialistas criticam demora e burocracia na obtenção de documentos


Palco dos maiores eventos esportivos do mundo nesta década, o Brasil não só concentrou a
atenção de órgãos internacionais e de grandes investidores, mas também se fortaleceu como
destino das tradicionais rotas de emigração do continente africano.
Dados da PF (Polícia Federal) aos quais a agência EFE teve acesso apontam que, entre 2000 e
2012, o número de residentes e refugiados africanos no Brasil cresceu mais de 30 vezes — mas
os números podem ser ainda maiores, se forem levados em conta os imigrantes ilegais, sobre
os quais não se têm registros oficiais.
O relatório da PF diz que, em 2000, viviam no Brasil 1.054 africanos regularizados de 38
nacionalidades, mas o número saltou em 12 anos para 31.866 cidadãos legalizados provenientes
de 48 das 54 nações do continente.

Navio sem rumo


A maioria das rotas de imigração é por via aérea. Outras são pelo mar e, em alguns casos, há
quem vá primeiro a países da fronteira norte para depois fazer a travessia para o território
brasileiro por terra.
"Conheço alguns casos raros de pessoas que fugiram do Congo escondidas em navios e sem
saber seu destino, que muitas vezes era o porto de Santos", no litoral paulista, afirmou o
padre Paolo Parise, diretor da Casa do Imigrante de São Paulo, principal centro de amparo dos
africanos.
O abrigo da pastoral recebe imigrantes desde 1978, em 90% dos casos estrangeiros e com
status de refugiados. De acordo com Parise, antes havia predominância de latino-americanos e,
agora, de africanos e haitianos.
A maioria dos africanos, segundo a PF, é de países lusófonos, como Angola e Cabo Verde,
com 11.027 e 4.257 cidadãos respectivamente até 2012 — ano dos dados consolidados mais
recentes — seguidos pela Nigéria, com 3.072 imigrantes que regularizaram sua situação.
Segundo o coordenador de Políticas para Imigrantes da Secretaria de Direitos Humanos da
Prefeitura de São Paulo, Paulo Illes, o aumento da corrente imigratória africana é "mais visível"
após 2010, quando o fluxo passou a ser "contínuo".

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Illes, que trabalha com o tema da imigração há 15 anos, afirmou que a crise financeira de 2008
foi um dos fatores que fez muitos africanos optarem pelo Brasil e não por países da Europa, que
por sua vez ficaram mais estritos com as normas migratórias.
A imagem de nação emergente no cenário internacional levou o Brasil a ser visto pelos africanos
de lugares mais pobres como "o país do futuro e dos sonhos" e um destino "mais atraente" em
termos de fácil receita e direitos trabalhistas em comparação à Europa, ressaltou Illes.

Guerras
A congolesa Cathy, por exemplo, deixou sua terra natal devido à guerra civil entre o governo e
forças rebeldes no norte do país e depois de seu marido, membro de um partido de oposição,
ser preso.
"Saí por questões de segurança, e como na África é difícil conseguir vistos, me disseram que
para o Brasil seria fácil e que, como país emergente, precisava de mão de obra para o trabalho",
contou ela, que chegou a São Paulo em dezembro do ano passado com os filhos e espera
regularizar seus documentos para conseguir trabalho.
Parise lamentou que, apesar de a PF outorgar um documento provisório para acesso ao País
nas fronteiras, o status de refugiado e as autorizações para trabalhar podem demorar meses.
— Pessoas que chegaram em março têm entrevista marcada para dezembro. Isso quer dizer
que a vida delas fica parada até essa data, com uma série de consequências e problemas.
Cathy questionou a burocracia para obter os documentos e rotulou como "mito" a fama de
receptividade dos brasileiros.
— Mudei de ideia, pois aqui se pedem documentos para tudo, até para comprar alguma coisa.
A xenofobia e as demonstrações de racismo, como o preconceito contra os africanos no
transporte público e por parte dos órgãos de segurança, também são relatados por alguns
imigrantes que chegam ao abrigo da pastoral.
Apesar de o Brasil ser mais "acolhedor" do que a Europa com os imigrantes, Parise explicou que
a taxa de imigração comparada com a dos países europeus é "baixa".
"Se os imigrantes representassem 10% da população, gostaria de ver como a sociedade
brasileira reagiria", concluiu o sacerdote, que lembrou que os imigrantes representam apenas
1% do total de habitantes do Brasil.

Ministério do Trabalho resgatou mais de 2 mil em situação de escravidão


em 2013

Maioria foi encontrada no meio urbano e 41% trabalhavam na construção civil


O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) divulgou nesta semana os dados das operações
realizadas para fiscalizar a situação do trabalho escravo no Brasil. Foram realizadas 179
operações no último ano, que resultaram no resgate de 2.063 pessoas.

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Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Mais da metade dos trabalhadores resgatados estavam no meio urbano — 1.068. Esta foi a
primeira vez que o número ultrapassa o de encontrados em péssimas condições em áreas
rurais.
Do total de resgatados, 41% trabalhavam na construção civil. As operações aconteceram em
todo o País, mas em cinco estados os resgates foram maiores: MG (446), SP (419), PA (141), BA
(135) e GO (133).
Além das más condições de trabalho fiscalizadas na construção civil, os setores da agricultura e
da pecuária também apresentam números significativos de funcionários em situação análoga a
de escravo. Respectivamente, 16% e 13% dos resgatados estavam nessas áreas.
O aumento da fiscalização resultou no crescimento dos resgates nas cidades. Em Minas Gerais,
por exemplo, todos os trabalhadores resgatados no meio urbano realizavam atividades na área
da construção civil. Já em São Paulo, os números se dividem entre as indústrias da construção
e confecção.

Governo cria diretrizes para tentar controlar imigração de haitianos

Plano é incentivar que interessados em trabalhar no Brasil já cheguem com vistos em


mãos
Haitianos estão ficando num abrigo do governo de São Paulo Sebastião Moreira/EFE.
Após a confusão e troca de acusações entre os governo de São Paulo e do Acre, o governo
brasileiro criou três diretrizes para tentar controlar a imigração de haitianos no País.
A primeira delas é incentivar que todos os interessados em viver e trabalhar no Brasil já venham
com visto para evitar a ação de coiotes e do crime organizado. A segunda é a inserir os haitianos
no mercado de trabalho e em programas sociais do governo.
Na próxima semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverá se reunir com os
governadores do Acre, Tião Viana, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir meios de
inserção dos haitianos nas políticas públicas do País, como trabalho e educação.
Por último, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) entrará em contato com os países de
trânsito para que auxiliem na entrada regular no Brasil.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cerca de trinta
haitianos entram por dia no Brasil ilegalmente e a Embaixada brasileira no Haiti tem emitido
mil vistos por mês.
O ministro disse ainda que a intenção não é restringir a entrada de haitianos, mas legalizar a
entrada no País. Em 2010, haitianos começaram a entrar no Brasil pelas fronteiras no Norte do
país, principalmente, pelo Acre.
Em 2012, o governo daquele Estado passou a abrigá-los num alojamento na cidade de Basileia,
na fronteira com a Bolívia. Como chegavam sem visto, os imigrantes permaneciam ali até
retiraren os documentos para trabalhar legalmente no País.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1869
No início deste mês, por conta das enchentes que atingiram o Estado, o governo do Acre
resolveu fechar o abrigo e transferir parte dos imigrantes à capital Rio Branco. Foram enviados
a São Paulo outros quatrocentos estrangeiros.

O rolezinho como revelador do racismo e de estigmas eufemizados no


cotidiano

A resposta dada pelos empresários dos shoppings não é racional, é cultural. Eles se
expressaram com a única convenção social que possuem em mente: a da exclusão
histórica de pobres e pretos
Por Le Monde Diplomatique Brasil

Ao som de muito funk, acessórios e roupas de marcas, adolescentes e pré-adolescentes se


identificam como “nós somos as rolezeiras”. “Rolezeira? Eu sou rolezeira”, responde a jovem
à repórter do UOL. “Rolê? Rolê, para mim, é curtição, é sair, beijar na boca.” Na miríade de
significados atribuídos ao “rolezinho” que encontramos na mídia, evocamos uma cena clássica
a título de reflexão: a praça central das cidades natais de nossos pais e avós, pelo interior do
país. A praça era dividida: em uma parte, as pessoas do “morro”; na outra, geralmente diante
dos casarões que a circundam, os jovens filhos dos proprietários desses imóveis. A princípio,
flertavam em convivência harmoniosa em torno do footing – uma espécie de “rolezinho de
antigamente”.
O frisson causado pela atualização desses eventos em shoppings não deixa de evidenciar o que
as antropólogas Rosana Pinheiro-Machado e Milene Mizrahy destacaram sobre eles. A primeira
se concentrou nos elementos estruturais dessa transformação, realçando as assimetrias sociais
e, novamente, a falácia da democracia brasileira, muitas vezes tendo como consequência o
próprio racismo. Já Milene Mizrahy destacou a atuação dos atores e dessa “velha prática” a
partir do consumo, em um “novo” uso social do shopping, chamando a atenção para o fato de
que, ao contrário do que alguns defendem, o uso de marcas e a presença no shopping são feitos
de modo ostensivo pelos participantes. Estes agiriam assim para se fazerem diferentes dos
“outros” que cerceiam sua presença em espaços destinados às elites, mas que “são cobiçados e
igualmente desprezados”. Trata-se de outro mundo, que não é, e não pretende ser, decalque do
mundo dos frequentadores ordinários dos shoppings.
Muitos já presenciaram os aglomerados de adolescentes em corredores de shoppings,
concentrados nas entradas auxiliares, geralmente perto dos pontos de transporte coletivo que
dão acesso ao centro comercial. Tal fenômeno nunca ganhou a dimensão que teve nos últimos
tempos, diante da reação à proibição de tal prática por parte de alguns administradores que
logo se reuniram em peso para tentar coibi-la. Com a retaliação, os efeitos, segundo alguns,
tiveram relação com os protestos de junho contra as tarifas, que mobilizaram parte da sociedade
brasileira. Ainda que pela teoria oficial precisassem ser identificados, enquadrados, foi a partir
das manifestações de crítica à proibição dos rolezinhos que se desencadeou a retaliação por
parte da sociedade contra a criminalização da prática. Esta assumiu uma dimensão política,
talvez um pouco distante das práticas das próprias rolezeiras, incrementadas, em relação ao
footing, por novas relações criadas com usos específicos de aparelhos celulares, de aplicativos
como o WhatsApp e do próprio shopping.

1870 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Sobre os eventos, seria importante destacar a multiplicidade de significados reatualizados,


buscando não o monopólio de um ponto de vista, que se dá sempre a posteriori, e sim a
complexidade dos fenômenos, dos agentes envolvidos e de suas transformações, a objetificação
de pessoas, coisas e lugares, como as praças, os shoppings, os celulares, os produtos de marca,
por exemplo, que constroem novas relações sem deixar de expressar, contudo, atualizações de
variantes estruturais da sociedade brasileira, como o preconceito de classe e o racismo.

A herança racial no Brasil como variante estrutural


Nesse sentido, o rolezinho nos shoppings do Brasil é um fenômeno social que consegue
desmascarar nossa pretensa democracia racial e as disputas de classe. Além disso, podemos
desvendar os mecanismos ocultos no processo da chamada distinção social à brasileira, que se
coloca bem mais complexa do que a dita distinção social à la française.
Podemos exemplificar esse processo quando caracterizamos alguns grupos sociais e seus
estilos de vida, a saber, um executivo superior na França teria como disposições ou em um
agir cotidiano num final de semana as seguintes atividades: ir ao teatro clássico, tipos de
comportamento como o ato diferenciado de como pegar na taça de vinho, a escolha do tipo
de vinho a ser degustado (Romanée-Conti) e compras nas lojas mais elegantes da Galeries
Lafayette. É exatamente a “desenvoltura irônica”, a “elegância preciosa” e a “segurança
estatutária” dos dominantes que permitem classificá-los como elite e desclassificar os demais
como outsiders. As classes populares substituem alguns produtos consumidos pelas classes
dominantes − como caviar, uísque, champanhe, cruzeiros − por espumante, corino em vez de
couro, reproduções no lugar dos quadros etc.
Há, portanto, uma vida que reconhece o desapossamento, e este último não é somente
econômico, mas duplica-se no desapossamento cultural, que por sua vez fornece a melhor
justificativa para o desapossamento econômico. Desprovidos de cultura oficial (aquela
transmitida via escola), que é a condição da apropriação conformista do capital cultural
objetivado nos objetos técnicos.
Os dominados tendem a se atribuir o que a distribuição lhes atribui, recusando o que lhes é
recusado, contentando-se com o que lhes é concedido, avaliando suas expectativas segundo
suas oportunidades, definindo-se como a ordem estabelecida os define e reproduzindo o
veredicto da economia sobre eles. Existe um “conformismo lógico”, como diria Émile Durkheim,
ou seja, a orquestração de categorias do mundo social que, por estarem ajustadas a divisões
da ordem estabelecida (e aos interesses dos que dominam), se impõe com aparência de
necessidade objetiva.
No caso do Brasil, vemos a raça acompanhada de elementos de posição de classe como
componente fundamental de privação (daquele que não o tem), e este fato é percebido como
uma mutilação que atinge a pessoa em sua identidade e dignidade humanas, condenando-a
ao silêncio em todas as situações oficiais em que precisa aparecer em público, mostrar-se
diante dos outros com seu corpo, sua maneira de ser e sua linguagem. No caso do fenômeno
dos rolezinhos, esse silêncio é quebrado por meio do desejo de comprar, de ser visto e de
compartilhar um espaço destinado simbolicamente aos membros da elite, em geral constituída
por pessoas brancas.
Inserimos, portanto, uma questão que torna esse jogo mais complexo, pois as classificações
ditas sociais e raciais se travestem de classificações espaciais. Os shoppings sempre foram um

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espaço de elite, dos grandes agentes endinheirados (como cita Jessé Souza em suas entrevistas),
que têm como objetivo agregar a um ambiente de consumo elementos de socialização de um
grupo que se distingue pelo dinheiro, por condições fenotípicas e pela dimensão simbólica de
como portar-se nesses espaços, de como vestir-se e de como socializar-se com outras pessoas.
Para além da questão do preconceito fenotípico − pois fica muito evidente que a maioria dos
jovens que aderem ao movimento do rolezinho é negra − e para além de uma discriminação de
classe − pois também é evidente que esses indivíduos não possuem a marca de distinção social
das elites frequentadoras dos shoppings, como o estilo das roupas, o modo de socializar entre
si e de se comportar socialmente −, devemos levar em conta o traço da distinção que se dá pela
segregação espacial.
Esses acontecimentos tornam explícito o fato de: (1) habitarmos um país que não vive uma
verdadeira democracia racial, como assinalava Gilberto Freyre em Casa-grande & senzala – o que
o senso comum replica, perpetuando essa ideia desde os anos 1930 –; (2) a questão de classe
ter se tornado muito mais complexa em razão da abertura proporcionada pela gestão petista
para reverter o quadro social por meio do empoderamento econômico dos ditos “batalhadores
do Brasil”; e (3) a questão espacial transcender a da criação de espaços livres para o lazer (como
acentua o sociólogo João Clemente Neto, da Universidade Presbiteriana Mackenzie), mas tocar
na questão da segregação espacial e da criação de verdadeiras trincheiras simbólicas, diante
das quais aqueles que fogem ao padrão heteronormativo da família burguesa, branca, elegante
e distinta (modelo do período da Revolução Francesa) se encontram completamente fora.

Abrindo possibilidades para a reflexão


Em termos analíticos, o fenômeno rolezinho mostra que os empresários brasileiros não
estão preparados para o novo grupo social que ascende socialmente e que por sua vez passa
a frequentar os espaços ditos de classe média, como os shoppings. Esse grupo, em grande
parte desempregados estruturais na década de 1990 ou herdeiros destes, ascenderam
economicamente nos últimos dez anos por meio de políticas de distribuição de renda e geração
de empregos, sobretudo na base da pirâmide social.
O episódio nos faz lembrar depoimentos de gerentes da Caixa Econômica Federal – por ocasião
de uma pesquisa sobre o Bolsa Família realizada por autores deste texto – que afirmaram
que, com a introdução do programa, tiveram de preparar seus funcionários para que estes
atendessem os beneficiários do programa, afinal, o público atingido pelo Bolsa Família não é
costumeiramente o cliente que frequenta bancos, possui conta bancária e domínio cultural das
ferramentas das finanças. Com o Bolsa Família, os funcionários foram preparados para falar
com o grupo. Não somente tecnicamente preparados, mas emocionalmente. Eles tiveram de
se acostumar com outros hábitos linguísticos, outras vestimentas, outros odores, distintos do
público que tradicionalmente frequenta o banco.
Portanto, a chegada dos beneficiários do Bolsa Família ao banco (os quais chamamos
provocativamente de miseráveis) exigiu uma alteração cognitiva dos funcionários da Caixa.
Alteração essa que não acontece em curto prazo, pois exige convencimento, mudança real no
plano das ideias. Logo, é uma alteração que está em processo.
Mas quais são as relações entre os beneficiários do programa Bolsa Família e o fenômeno do
rolezinho?

1872 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Como já dito, esse grupo de jovens faz parte de uma geração resultante de diversos programas
sociais, inclusive o Bolsa Família. Como mostra Marcelo Neri, o Brasil criou nos últimos dez
anos “uma nova classe média”. Independentemente das classificações (nova classe média?
Batalhadores? Ascensão dos miseráveis?), é fato que nos últimos anos um grupo historicamente
excluído do acesso ao banco e ao consumo passou a fazer parte desses espaços. No plano
macro, tivemos diversas políticas públicas que possibilitaram essa “recomposição dos grupos
sociais”: Bolsa Família, microcrédito, Prouni, Enem...
Essa mudança macro, via políticas públicas e projetos sociais, obviamente repercute no nível
micro, nos indivíduos de carne e osso, os quais jamais foram apreendidos com exatidão pelas
Ciências Sociais. E são esses indivíduos que passam a circular em outros espaços sociais,
fazendo-se notar. Trata-se de uma guerra simbólica muito mais do que uma guerra material.
E, como toda guerra, essa é também política. Trata-se de uma disputa política e simbólica por
símbolos e representações, que por sua vez reflete as lutas entre as classes e os grupos sociais
no Brasil contemporâneo.
No caso específico do rolezinho, de um lado da trincheira estão os grupos de classe popular,
com seus hábitos e habitus particulares, seus ritmos, seus hábitos alimentares, linguísticos
e de vestimenta. Do outro estão os empresários dos shoppings (e seus funcionários, assim
como os clientes ditos oficiais desse espaço e alguns segmentos da imprensa), que assim
como os funcionários da Caixa não estão preparados para falar e dialogar com esse grupo de
“transgressores sociais”, que querem entrar no templo do consumo e da ostentação.
A resposta dada pelos empresários dos shoppings não é racional, é cultural. Eles se expressaram
com a única convenção social que possuem em mente: a da exclusão histórica de pobres e
pretos; os funcionários, idem; assim como determinados segmentos da imprensa. Essa
convenção social de exclusão não é mais uma prática individual, e sim uma prática incorporada
nos corpos e nas mentes, um habitus coletivo do grupo dominante. Quando fazemos um
retrocesso e olhamos historicamente para os programas sociais e as políticas públicas de
inclusão dos pobres no Brasil, encontramos uma convenção social que pressupõe direitos
sociais como “favor”, assistencialismo. O que é oferecido ao pobre não é visto como direito no
Brasil. Portanto, uma análise aprofundada dos direitos sociais no país nos mostra a cristalização
do habitus de exclusão do pobre e preto.
Contudo, o fenômeno do rolezinho nos sinaliza questionamentos desse habitus, dessas
convenções sociais. Remetendo a Erving Goffman, diríamos que esses adolescentes e jovens
estão quebrando o sense of one’s place, ou seja, o lugar predefinido para eles. Claro que
mudanças provocam conflitos no plano das ideias, sobretudo as mudanças culturais. Assim,
poderíamos dizer que, agindo “fora do lugar de origem”, fora do esperado, esses jovens
incomodam diversos segmentos. Tanto o empresariado do setor de shopping como os
funcionários e “clientes tradicionais” – frequentadores desse espaço de distinção – sentem-se
fortemente ameaçados pelos “miseráveis” em ascensão.
Nesse sentido, são interessantes as propostas que estão emergindo dos empresários e como
essas disputas estão circunscritas no plano político. Em São Paulo, o presidente da Associação
dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyon, reuniu-se com o governador Geraldo Alckmin,
que prometeu disponibilizar para os jovens espaços, chamados “rolezódromos”, os quais
poderiam abrigar shows com patrocínios das lojas. O prefeito Fernando Haddad diz haver um
exagero na repressão, pois se trata de jovens com menos de 18 anos, que querem namorar e se

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encontrar para conversar, e que estava sendo estabelecida uma gestão compartilhada nos CEUs
e clubes comunitários para disponibilizar esses espaços.
Finalmente, a forma como a imprensa, os empresários e a política reagiram ao rolezinho foi
apenas uma indicação cultural de que “as coisas estão fora do lugar”. Isso seria resultado da
recomposição dos grupos sociais no Brasil, que por sua vez é resultante das políticas públicas
de redistribuição de renda. O fenômeno é revelador de que mudanças econômicas acontecem,
mas as transformações culturais ainda estão por vir. E, para nós, são estas últimas que têm
realmente a capacidade de uma “revolução simbólica”, como diria o sociólogo Pierre Bourdieu.
Transformação econômica sem transformação cultural deixa um grande impasse para os grupos
menos favorecidos economicamente, e o rolezinho é exemplo disso.

As cotas raciais chegam aos concursos públicos


Por ANDRE FIORAVANTI em 17/jun/2014

Foi publicada na semana passada a Lei nº 12.990/14, que reserva 20% das vagas dos concursos
do Poder Executivo federal e de sua respectiva Administração Indireta (autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações) para candidatos negros, sempre que
o número de cargos oferecidos for igual ou superior a três. Vale destacar que, por ora, a lei
não alcança os concursos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e os certames estaduais
e municipais. A tendência, todavia, é a expansão dessa política para as demais esferas da
Federação.
Não é de hoje que o governo lança mão de ações afirmativas para tentar reduzir desigualdades
históricas no mercado de trabalho (já conversamos sobre algumas delas aqui no blog). Depois
das universidades federais, é a hora e a vez dos concursos públicos.
Naturalmente, as mesmas polêmicas surgirão, mormente por se tratar de medida que reduz
as vagas destinadas à ampla concorrência: a cota racial se soma à reserva para portadores de
necessidades especiais, totalizando 25% de cargos restritos a esses grupos. Não se pode negar,
por outro lado, que, na mesma toada da necessidade de garantir o acesso a universidades,
as barreiras do racismo realmente dificultam a inserção dos negros no mercado de trabalho
formal e principalmente em postos de maior estatura.
Contudo, não é porque a nova lei tem boas intenções que não é passível de críticas. O governo
insiste em adotar o critério da auto declaração: para concorrer às vagas reservadas aos negros,
basta que o candidato se declare preto ou pardo (termos utilizados no censo do IBGE). A norma
diz ainda que, em caso de “declaração falsa”, será anulada a nomeação e instaurado processo
administrativo para a punição do candidato.
Ora, mas o que seria uma “declaração falsa”? Qual o requisito para ser pardo? Se, de um lado,
temos pessoas que, apesar da obviedade, afirmam que não são negros (como Neymar), de
outro, pessoas de pele clara que possuem qualquer ancestralidade negra (como um bisavô,
por exemplo) e comprovem isso serão consideradas pardas, como na one-drop rule norte-
americana?
Ademais, penso que é hora de começarmos a cobrar a mesma política inclusiva do Governo
Federal em relação a seus cargos de confiança. Claro que as universidade e cargos públicos
merecem atenção, mas o que dizer do alto escalão da Administração Pública? Com a

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Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

aposentadoria de Joaquim Barbosa, será um juiz negro a ocupar sua cadeira no STF? E por que
só há uma ministra negra dentro dos 39 Ministérios e Secretarias com status de Ministério,
justamente a Ministra da Igualdade Racial? Será que o racismo está tão imbricado em nossa
sociedade que nem mesmo aqueles que lutam pelo seu fim percebem-no em suas ações?

E não é que teve Copa?


por HENRIQUE SUBI em 13/jul/2014

No fim das contas, teve Copa. Que bom!


Não sei dizer se foi a Copa das Copas, como querem os marketeiros do Governo Federal. Vi
poucas delas e somente nas últimas podia entender minimamente o que se passava. Mas,
sem dúvidas, foi uma boa Copa, como reconheceram, inclusive, diversos veículos de imprensa
internacionais.
Não podemos negar que foi uma Copa “à la” Brasil: tudo mais ou menos pronto de última
hora, na correria, estádios padrão Fifa circundados por canteiros de obra; melhorias de
mobilidade urbana que ficaram só na promessa; arquibancadas provisórias para garantir que
todos que compraram ingresso teriam onde sentar. Ficou um pouco aquela sensação de teatro
mambembe (no melhor sentido do termo), mas que funcionou, funcionou.
O povo, por seu turno, deu exemplo de receptividade. Continuou a fazer o que sabe fazer de
melhor: festa! Garantiu uma vez mais uma legião de estrangeiros apaixonados por nossa terra.
Americanos, alemães, colombianos, coreanos certamente não esquecerão o bom humor e a
alegria do brasileiro.
As manifestações anticopa foram perdendo sua força a partir da abertura. Segundo algumas
estatísticas, o número de manifestantes nas ruas caiu 40% na primeira semana do Mundial.
Parece que o #nãovaitercopa cedeu à paixão que o futebol desperta em nossos corações, ainda
que para muitos seja somente a cada 4 anos.
Até os aeroportos funcionaram! O esperado caos aéreo não veio. Não vieram também os
aeroportos prometidos, as melhorias em nossa infraestrutura, ficaram os “puxadinhos” do
Ministro espalhados por aí e alguns estádios que serão transformados em arenas de evento
multiuso, porque nem todo Estado brasileiro movimenta milhões com o futebol.
A imprensa, definitivamente, acompanhou o sentimento do povo. Do pessimismo derrotista
da véspera, afirmando que as manifestações atrapalhariam o Mundial, que os estádios
não estariam prontos etc., só se falou de futebol. Os poucos incidentes foram mostrados
rapidamente e voltamos à Granja Comary para falar da seleção. O mesmo se deu nas rodinhas
de conversa, nas mesas de bar e nos encontros familiares.
A corrupção? Bem, a corrupção continua sendo nosso maior mal. Ao menos a Fifa está aí
para mostrar que ela não é o monstro que assola somente o lado de baixo do Equador. Uma
instituição europeia, formada majoritariamente por europeus, prova que o dinheiro compra
sedes de Copa (Catar-2022) e ingresso a preço de ouro (cambistas “oficiais).
Pena que a seleção brasileira não correspondeu a tudo isso (quer dizer, talvez tenha se
espelhado nas obras inacabadas…). Fico com duas frases que me marcaram na acachapante
derrota para a Alemanha: “Eu preferia que fosse 1 a 0 para a Alemanha por uma falha minha

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do que 7 a 1″ (Júlio César); e “Eu só queria dar uma alegria ao povo brasileiro que sofre tanto”
(David Luiz).
Sim, amigos, dentre tantas mazelas, contamos com o futebol para fazer festa. Sempre foi assim
e sempre será. Que venha 2018!

Às vésperas da Copa, grupos retomam protestos e buscam apoio


internacional

Manifestações simultâneas contra o evento ocorrem em todo o País


Grupos contrários aos gastos com a Copa dizem que terão apoio de ativistas internacionais.
A menos de 30 dias da Copa do Mundo, uma série de ações marcadas para esta quinta-feira (15)
buscam dar impulso a um eventual retorno dos grandes protestos às vésperas do megaevento.
E além de saírem às ruas das capitais brasileiras, os manifestantes contam agora com apoio
internacional – em ao menos oito países foram confirmados atos de solidariedade aos
manifestantes no momento em que o mundo está de olho no Brasil.
Organizados por dezenas de movimentos sociais, grupos de estudantes, sindicatos e diferentes
entidades, os protestos estão sendo coordenados pelo Comitê Popular da Copa de São Paulo
e de outros locais. Eles contariam com apoio do Movimento Passe Livre (que iniciou a onda de
protestos no ano passado), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), e ao menos no Rio
de Janeiro teriam apoio dos adeptos da tática Black Bloc.
Seus idealizadores prometeram ações em 15 cidades, entre elas a capital paulista, Rio de
Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
A expectativa é de que em São Paulo ocorram ações simbólicas e paralisações no trânsito desde
o início da manhã, além do protesto marcado para o final da tarde.
Já no exterior, os organizadores dizem que haverá atos em Santiago do Chile, Buenos Aires,
Londres, Paris, Berlim, Barcelona, San Francisco, Nova York e Bogotá — outras cidades
aguardavam confirmação até a noite de quarta-feira.
Para Juliana Machado, do Comitê Popular da Copa de São Paulo, o apoio internacional ao '15M',
como está sendo chamado o dia de mobilizações, é resultado de um esforço de divulgação.
— Está acontecendo um tour de ativistas brasileiros por algumas capitais do mundo, alertando
para as nossas lutas. Além disso, traduzimos o manifesto para inglês, alemão, francês, italiano,
espanhol, dentre outros idiomas, e disseminamos por nossas redes de contatos e articulações
de movimentos.
Ela diz que houve a sugestão de que os protestos ocorressem diante das embaixadas brasileiras,
mas que há total autonomia local quanto ao formato, lugar e horário das manifestações.
A ativista diz que a mobilização internacional conta tanto com ativistas brasileiros vivendo
no exterior como estrangeiros que integram movimentos sociais em seus países e que se
solidarizam com as demandas.

1876 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Dentre os 11 itens constantes do manifesto defendido pelo grupo e assinado por dezenas de
organizações constam o passe livre, o direito à livre manifestação, a realocação das famílias
removidas pelas obras da Copa, a indenização às famílias dos nove mortos durante as obras,
dentre outras.

Impacto internacional
O geógrafo americano Christopher Gaffney, professor-visitante de pós-graduação na UFF
(Universidade Federal Fluminense) que vem analisando as mudanças em curso no Brasil devido
aos grandes eventos, diz que o embate dos diferentes atores sociais terá impactos diretos em
como o mundo vai ver o Brasil nas próximas semanas.
— O que ocorrer aqui terá impacto direto lá fora. Se a polícia for violenta no Brasil, você terá
reações no exterior. Mais ou menos protestos vai depender do que acontecer daqui para frente.
Quanto aos reflexos para a imagem do país no exterior, Gaffney diz que depende de quem se
está tentando convencer.
— Para os executivos e grandes corporações internacionais, agrada ver que o Estado brasileiro
está disposto a usar a força para defender seus interesses. Para o turismo e para mostrar
que aqui se vive um estado democrático de direito, no entanto, será péssimo se as cenas de
violência de junho do ano passado se repetirem agora.

Movimentação e outro lado


Após meses de especulação de especialistas, sociólogos e da imprensa, que buscaram prever a
intensidade das mobilizações populares durante a Copa, o '15M' pode ser um primeiro teste de
como as ruas vão, de fato, reagir ao megaevento.
'Eu tendo a achar que a linha é essa mesmo, do recomeço dos protestos de grande impacto.
Acredito que deve haver um fluxo regular agora de manifestações, ações emblemáticas, e de
grandes protestos', diz Gustavo Mehl, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, no Rio de
Janeiro.
Ele diz que deve haver a confluência entre as demandas dos movimentos sociais e dos
trabalhadores que devem intensificar as greves que já estão ocorrendo.
— Muitos trabalhadores tiveram o custo de vida aumentado, os aluguéis subiram. Há o
sentimento de revolta de que os eventos trazem oportunidades de negócios para os grandes
empresários, e agora as pessoas querem sua parte. O trabalhador está cobrando a conta da
Copa.
Na visão dos organizadores, os protestos, embora legítimos, devem ser adiados para depois do
Mundial. Tanto a Fifa quanto o Ministério do Esporte apostam no clima de festa e comemoração
e pedem que as manifestações sejam 'adiadas'.
Em entrevista à reportagem, em Londres, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse em março
deste ano que a Copa do Mundo "não é um momento de nós fazermos protestos, porque
teremos todo o tempo para reivindicar e para melhorar as coisas no nosso país [depois do
Mundial]".

www.acasadoconcurseiro.com.br 1877
Pouco antes, o secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, disse que a Copa "é a hora errada
de protestar, porque é a hora que o Brasil deveria curtir esse momento único, um momento
que eles não puderam ter desde 1950. É um direito protestar. Para eles (os manifestantes), é o
melhor momento. Para mim, é a hora errada".

Polícia e segurança pública


Consultadas pela reportagem, as corporações de polícia das duas maiores cidades do país
dizem estar preparadas para os protestos desta quinta-feira, mas se recusaram a comentar o
assunto em maiores detalhes.
"A Polícia Militar se preparou especialmente para atuar nesses eventos, porém o esquema
de policiamento, por questões estratégicas, não será comentado neste momento. Após as
operações, deveremos fazer um balanço e comentar os resultados", disse, em nota, a Polícia
Militar do Estado de São Paulo.
No Rio, a nota cita vandalismo e detenções.
— A Polícia Militar estará presente em toda e qualquer manifestação garantindo o direito
constitucional. Se houver atos de vandalismo e dano ao patrimônio público, as pessoas serão
detidas e conduzidas para as delegacias.
E a Secretaria de Estado de Segurança diz reconhecer "a importância de manifestações
democráticas e que é dever e papel das polícias prover a segurança e preservar o direito de ir e
vir de todos".

Censo 2010: Síntese dos principais resultados e acesso à publicação


completa
17 de novembro de 2011 Sem categoria

Segundo os resultados do Censo Demográfico, os emigrantes brasileiros residiam em 193


países do mundo, sendo a maioria mulheres (53,8%). O principal destino dos emigrantes foi os
Estados Unidos, especialmente daqueles oriundos de Minas Gerais. São Paulo era a principal
origem dos emigrantes(aproximadamente 106 mil pessoas ou 21,6%). É a primeira vez que o
IBGE investiga essa informação, que permite detectar a origem, o destino e o perfil etário e por
sexo dos emigrantes.
O Censo 2010 detectou, ainda, que, embora muitos indicadores tenham melhorado em dez
anos, as maiores desigualdades permanecem entre as áreas urbanas e rurais. O rendimento
médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento1, ficou em R$ 1.202.
Na área rural, o valor representou menos da metade (R$ 596) daquele da zona urbana (R$
1.294). O rendimento das mulheres (R$ 983) alcançou cerca de 71% do valor dos homens (R$
1.392), percentual que variou entre as regiões.
A taxa de analfabetismo, que foi de 9,6% para as pessoas de 15 anos ou mais de idade, caiu em
relação a 2000 (13,6%). A maior redução ocorreu na faixa de 10 a 14 anos, mas ainda havia,
em 2010, 671 mil crianças desse grupo não alfabetizadas (3,9% contra 7,3% em 2000). Entre as
pessoas de 10 anos ou mais de idade sem rendimento ou com rendimento mensal domiciliar
per capita de até ¼ do salário mínimo, a taxa de analfabetismo atingiu 17,5%, ao passo que na
classe que vivia com 5 ou mais salários mínimos foi de apenas 0,3%.

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Apesar de a infraestrutura de saneamento básico ter apresentado melhorias entre 2000 e


2010, mesmo nas regiões menos desenvolvidas, estas não foram suficientes para diminuir as
desigualdades regionais no acesso às condições adequadas. A região Sudeste se destacou na
cobertura dos três serviços (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo), ao
passo que o Norte e o Nordeste, apesar dos avanços, estão distantes dos patamares da primeira.
Um exemplo é o abastecimento de água por rede geral, que atingiu 90,3% dos domicílios do
Sudeste, bem acima dos 54,5% na região Norte.O Censo 2010 detectou também mudanças na
composição por cor ou raça declarada. Dos 191 milhões de brasileiros em 2010, 91 milhões se
classificaram como brancos, 15 milhões como pretos, 82 milhões como pardos, 2 milhões como
amarelos e 817 mil indígenas. Registrou-se uma redução da proporção brancos, de 53,7% em
2000 para 47,7% em 2010, e um crescimento de pretos pardos e amarelos. Foi a primeira vez
que um Censo Demográfico registrou uma população branca inferior a 50%.
Ao investigar a possibilidade de haver mais de uma pessoa considerada responsável pelo
domicílio, observou-se que cerca de 1/3 deles tinha mais de um responsável. Nos demais, o
homem foi apontado como único responsável em 61,3% das unidades domésticas. A mulher
mostrou-se mais representativa como cônjuge ou companheira (29,7%), enquanto apenas 9,2%
dos homens aparecem nessa condição.
Além destes, os resultados do Universo do Censo Demográfico 2010 apresentam dados sobre
crescimento e composição da população, unidades domésticas, óbitos, registro de nascimento,
entre outros. As informações, coletadas em todos os 57.324.167 domicílios, estão disponíveis
para todos os níveis territoriais, inclusive os bairros de todos os municípios do país. A exceção
fica por conta das informações sobre rendimento que, por serem ainda preliminares, não estão
sendo divulgadas para níveis geográficos mais desagregados. A publicação completa pode ser
acessada AQUI.

Brasileiros residem em 193 países estrangeiros


O número estimado de brasileiros residentes no exterior chegou a 491.645 mil em 193 países
do mundo em 2010, sendo 264.743 mulheres (53,8%) e 226.743 homens (46,1%); 60% dos
emigrantes tinham entre 20 e 34 anos de idade em 2010. Este resultado não inclui os domicílios
em que todas as pessoas podem ter emigrado e aqueles em que os familiares residentes no
Brasil podem ter falecido. O principal destino era os Estados Unidos (23,8%), seguido de Portugal
(13,4%), Espanha (9,4%), Japão (7,4%), Itália (7,0%) e Inglaterra (6,2%), que, juntos, receberam
70,0% dos emigrantes brasileiros. A origem de 49% deles é a região Sudeste, especialmente São
Paulo (21,6%) e Minas Gerais (16,8%), respectivamente primeiro e segundo estados do país de
onde saíram mais pessoas (106.099 e 82.749, respectivamente).
Os EUA foram o principal destino da população oriunda de todos os estados, especialmente
de Minas Gerais (43,2%), Rio de Janeiro (30,6%), Goiás (22,6%), São Paulo (20,1%) e Paraná
(16,6%). O Japão é o segundo país que mais recebe os emigrantes de São Paulo e Paraná,
respectivamente 20,1% e 15,3%. Portugal surge como segunda opção da emigração originada
no Rio de Janeiro (9,1%) e em Minas Gerais (20,9%). As pessoas que partiram de Goiás
elegeram a Espanha como o segundo lugar preferencial de destino, o que representou 19,9% da
emigração. Esse país aparece como segunda ou terceira opção de uma série de outras unidades
da federação, o que permite inferir que a proximidade do idioma estaria entre as motivações
da escolha.

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Goiás foi o estado de origem da maior proporção de emigrantes (5,92 pessoas para cada mil
habitantes), seguido de Rondônia (4,98 por mil), Espírito Santo (4,71 por mil) e Paraná (4,39
por mil). Sobrália, São Geraldo da Piedade e Fernandes Tourinho, todas em Minas Gerais,
foram as cidades brasileiras com maiores proporções de emigrantes (88,85 emigrantes por mil
habitantes; 67,67 por mil; e 64,69 por mil, respectivamente). Entre as capitais, Rio Branco (AC)
destaca-se com uma proporção de 12,82 emigrantes por mil habitantes, estando em 42º lugar
no ranking nacional. Em seguida, Macapá (AP), com 4,30 por mil (37ª posição), Boa Vista, com
3,42 por mil (38ª posição), e Brasília, com 2,89 por mil (41ª posição).

Censo contabiliza 133,4 mortes de homens para cada 100 óbitos de mulheres
Em 2010, o Censo também introduziu a investigação sobre a ocorrência de óbitos de pessoas
que haviam residido como moradores do domicílio. Entre agosto de 2009 e julho de 2010 foram
contabilizados 1.034.418 óbitos, sendo 591.252 homens (57,2%) e 443.166 mulheres (42,8%).
O maior número de óbitos masculinos resultou numa razão de sexo de 133,4 mortes de homens
para cada grupo de 100 óbitos do sexo feminino.
A maior sobremortalidade masculina foi em Rondônia, 165,7 óbitos de homens para 100 mortes
de mulheres, fruto de dois fatores: uma maior participação masculina na população total (razão
de sexo para a população total de 103,4 homens para cada grupo de 100 mulheres, a segunda
mais elevada do país) e uma maior mortalidade da população masculina em relação à feminina.
Já a menor razão de óbitos pertenceu ao Rio de Janeiro, 116,7 falecimentos masculinos para
cada grupo de 100 femininos. Esse fato pode ser explicado por ser o estado com a menor
participação de homens na população total, 47,7%.
A sobremortalidade masculina ocorre em quase todos os grupos de idade, principalmente entre
20 a 24 anos de idade, 420 óbitos de homens para cada 100 de mulheres. Neste grupo, 80,8%
do total de óbitos (32.008) pertenceram à população masculina. A partir desta faixa etária,
este indicador começa a declinar até atingir no grupo de 100 anos ou mais, o valor mais baixo,
43,3 óbitos de homens para cada 100 óbitos de mulheres. Aos 81 anos o número de óbitos da
população feminina já começa a superar o da masculina, em função de um maior contingente
de mulheres.
Valores elevados também foram encontrados nos grupos de 15 a 19 anos (350 homens para
cada 100 mulheres) e de 25 a 29 anos (348 homens para cada 100 mulheres). Isso se deve
ao alto número de óbitos por causas externas ou violentas, como homicídios e acidentes de
trânsito, que atingem mais a população masculina.
Na faixa de 20 a 24 anos, o menor valor pertence ao Amapá, 260 óbitos masculinos para cada
grupo de 100 mortes da população feminina. No outro extremo, Alagoas apresenta a relação
de 798 óbitos de homens para cada 100 mulheres mortas. Com exceção de Maranhão (397,7
homens para cada 100 mulheres) e Piauí (391,7 homens para cada 100 mulheres), todos os
demais estados da região Nordeste estavam acima da média nacional (419,6 homens para
cada 100 mulheres). Na região Centro-Oeste, somente Goiás (421,7 homens para cada 100
mulheres) se encontrava acima dessa média. Na Sudeste, os estados do Rio de Janeiro (476,7
homens para cada 100 mulheres) e Espírito Santo (466,9 homens para cada 100 mulheres)
apresentaram razões acima da encontrada para o Brasil.

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3,4% dos óbitos são de crianças menores de um ano e 43,9% são de idosos
No Brasil, 3,4% dos óbitos ocorreram antes do primeiro ano de vida. Esse valor, segundo as
Estatísticas do Registro Civil de 1980, era de 23,3%, um declínio de 85,4% em 30 anos. A menor
participação foi encontrada no Rio Grande do Sul (2,1%), seguido do Rio de Janeiro (2,3%),
Minas Gerais (2,7%), São Paulo (2,7%) e Santa Catarina (2,8%). No outro extremo, Amazonas
(8,5%), Amapá (7,9%), Maranhão (7,1%) e Acre (7,0%). Todos os estados das regiões Sudeste
e Sul estão abaixo da média nacional, além de Paraíba (3,2%), Rio Grande do Norte (3,3%),
Pernambuco (3,3%) e Goiás (3,4%).
O grupo de 70 anos ou mais de idade, que representava 2,3% da população em 1980, passou em
2010 para 4,8% do total. A consequência desse processo de envelhecimento populacional é o
aumento da participação dos óbitos desse grupo no total de mortes. Para o Brasil, a participação
dos óbitos da população de 70 anos ou mais de idade foi de 43,9%. Roraima possui a mais baixa
participação, 30,4%, seguido do Amapá (31,9%) e Pará (34,3%). As maiores participações foram
encontradas no Rio Grande do Norte (50,2%), Paraíba (48,8%) e Rio Grande do Sul (48,4%).

Participação nos óbitos na faixa de 1 a 4 anos é 118,9% maior na área rural


Os padrões de mortalidade das áreas urbana e rural são próximos. As maiores diferenças são
observadas até os 15 anos. Enquanto na área urbana o grupo de menores de 1 ano concentra
3,1% do total de óbitos, na área rural este percentual é de 5,4%. A maior diferença foi encontrada
no grupo de 1 a 4 anos, onde o percentual da área rural (1,6%) foi mais que o dobro do da
área urbana (0,7%). Em contraste com a área urbana, a participação dos óbitos de menores
de 1 ano em relação à população total, na área rural, assume valores bem significativos no
Amazonas (16,0%), Amapá (15,0%), Acre (12,6%), Pará (11,1%) e Maranhão (10,2), os únicos
que apresentaram percentuais acima de 10%.

Idade média é de 31,3 anos para homens e 32,9 para mulheres


Em 2010, a idade média da população foi de 32,1 anos, sendo 31,3 anos para os homens e 32,9
para as mulheres. A maior diferença foi no Rio de Janeiro, 2,5 anos em favor das mulheres. As
idades médias mais altas estavam nas regiões Sul (33,7 anos) e Sudeste (33,6), seguidas do
Centro-Oeste (31,0), Nordeste (30,7) e Norte (27,5). Sete estados possuíam idade média acima
da nacional: Rio Grande do Sul (34,9 anos), Rio de Janeiro (34,5), São Paulo (33,6), Minas Gerais
(33,3), Santa Catarina (33,0), Paraná (32,9) e Espírito Santo (32,4). A menor encontrava-se no
Amapá, 25,9 anos.
A idade média da população urbana era de 27,1 anos em 1991, atingindo 32,3 anos em 2010, um
acréscimo de 5,2 anos. Na área rural, este valor, que era de 24,8 anos em 1991, alcançou 30,6
anos em 2010. Os diferenciais das idades médias segundo a situação do domicílio diminuíram
de 2,3 anos em favor da área urbana para 1,7 ano em 2010. O maior aumento entre 1991 e
2010 se deu na área rural da região Sul: 7,5 anos, onde a idade média passou de 27,4 para 34,9
anos. O Rio Grande do Sul apresentou a maior idade média da população rural, 37,2 anos, o
Amazonas teve a menor, 24,0 anos. Goiás apresentou o maior incremento na idade média na
área rural entre 1991 e 2010, passando de 25,7 anos para 33,6 anos (7,8 anos).

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Diminui pela primeira vez o número de pessoas que se declararam brancas
Dos cerca de 191 milhões de brasileiros em 2010, 91 milhões se classificaram como brancos, 15
milhões como pretos, 82 milhões como pardos, 2 milhões como amarelos e 817 mil indígenas.
Registrou-se uma redução da proporção brancos de 53,7% em 2000 para 47,7% em 2010, e um
crescimento de pretos (de 6,2% para 7,6%) e pardos (de 38,5% para 43,1%).

Cerca de 30% da população indígena de até 10 anos não tem registro de nascimento
O Censo 2010 mostra que 98,1% das crianças com até 10 anos eram registradas em cartório.
Dentre os menores de 1 ano de idade, a cobertura do registro civil de nascimento foi de 93,8%,
elevando-se para 97,1% para as pessoas com 1 ano completo e aumentando, consecutivamente,
para as demais idades. A pesquisa considerou a existência de registro público feito em cartório,
a Declaração de Nascido Vivo (DNV) ou o Registro Administrativo de Nascimento Indígena
(RANI).
A região Norte foi a que teve as menores proporções de pessoas com o registro de nascimento
por grupo etário. Entre os menores de 1 ano, 82,4% tinham registro civil de nascimento, número
inferior ao da região Nordeste (91,2%). Em ambas, o percentual ficou abaixo do observado em
todo o país (93,8%). A região Sul teve o melhor resultado, com 98,1%. Nessa faixa etária, as
menores proporções foram no Acre (83,1%), Maranhão (83,0%), Pará (80,6%), Roraima (80,2%)
e Amazonas (79,0%). No Amazonas (87,9%) e em Roraima (85,5%), mesmo entre as crianças
com 1 ano completo, o percentual das que tinham registro civil foi significativamente inferior à
média do país (97,1%).
Era menor a proporção de registro civil de nascimento para a população indígena em relação
às demais categorias de cor ou raça. Enquanto brancos, pretos, amarelos e pardos tiveram
percentuais iguais ou superiores a 98,0%, a proporção entre os indígenas foi de 67,8%. Para
os menores de 1 ano, as proporções nas regiões Centro-Oeste (41,5%) e Norte (50,4%) são
inferiores aos demais grupos, todos acima de 80%.

Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais cai de 13,6% para 9,6% entre
2000 e 2010
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi de 9,6% em 2010, uma
redução de 4 pontos percentuais em relação a 2000 (13,6%). O indicador diminuiu de 10,2%
para 7,3%, na área urbana, e de 29,8% para 23,2%, na rural. Entre os homens, declinou de
13,8% para 9,9%, e de 13,5% para 9,3%, entre as mulheres.
Regionalmente, as maiores quedas em pontos percentuais se deram no Norte (de 16,3%
em 2000 para 11,2% em 2010) e Nordeste (de 26,2% para 19,1%), mas também ocorreram
reduções nas regiões Sul (de 7,7% para 5,1%), Sudeste (de 8,1% para 5,4%) e Centro-Oeste
(de 10,8% para 7,2%). A menor taxa encontrada foi no Distrito Federal (3,5%), e a maior foi de
24,3%, em Alagoas.
No contingente de pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento mensal domiciliar
per capita de até ¼ do salário mínimo, a taxa de analfabetismo atingiu 17,5%. Nas classes de
mais de ¼ a ½ e de ½ a 1 salário mínimo domiciliar per capita, a taxa caía de patamar, atingindo

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12,2% e 10,0%, respectivamente, mas ainda bastante acima daquela da classe de 1 a 2 salários
mínimos (3,5%). Nas faixas seguintes, a taxa de analfabetismo prosseguiu em queda, passando
de 1,2%, na classe de 2 a 3 salários mínimos, a 0,3%, na de 5 salários mínimos ou mais.

3,9% das crianças de 10 a 14 anos ainda não estavam alfabetizadas em 2010


Na faixa de 10 a 14 anos, havia, em 2010, 671 mil crianças não alfabetizadas (3,9%). Em
2000, este contingente atingia 1,258 milhão, o que representava 7,3% do total. No período
intercensitário, a proporção diminuiu de 9,1% para 5,0%, no segmento masculino, e de 5,3%
para 2,7%, no feminino. A proporção baixou de 4,6% para 2,9%, na área urbana, e de 16,6%
para 8,4%, na rural.
Na faixa entre 15 e 19 anos, a taxa de analfabetismo atingiu 2,2% em 2010, mostrando uma
redução significativa em relação a 2000, quando era de 5%. Por outro lado, no contingente de
pessoas de 65 anos ou mais, este indicador ainda é elevado, alcançando 29,4% em 2010.

Distribuição de rendimento permanece desigual


Em 2010, o rendimento médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento
foi R$ 1.202. Na área rural, representou 46,1% (R$ 596) daquele da zona urbana (R$ 1.294). O
rendimento médio mensal das mulheres (R$ 983) representou 70,6% dos homens (R$ 1.392),
sendo que esse percentual variou de 70,3% na região Sul (R$ 1.045 para as mulheres e R$ 1.486
para os homens) a 75,5% na região Norte (R$ 809 das mulheres contra R$ 1.072 dos homens).
Em termos regionais, Centro-Oeste (R$ 1.422) e Sudeste (R$ 1.396) tiveram os rendimentos
mais elevados, vindo em seguida o Sul (R$ 1.282). A região Nordeste teve o menor rendimento
(R$ 806), 56,7% do verificado no Centro-Oeste, enquanto o segundo mais baixo foi o da Norte
(R$ 957,00), que representou 67,3% do valor do Centro-Oeste.
A parcela dos 10% com os maiores rendimentos ganhava 44,5% do total e a dos 10% com os mais
baixos, 1,1%. Já o contingente formado pelos 50% com os menores rendimentos concentrava
17,7% do total.
O Índice de Gini, que mede o grau de concentração dos rendimentos, ficou em 0,526. Ele varia
de zero, a igualdade perfeita, a um, o grau máximo de desigualdade. Nas regiões, o mais baixo
foi o da Sul (0,481) e o mais alto, da Centro-Oeste (0,544). O Índice de Gini da área urbana
(0,521) foi mais elevado que o da rural (0,453).
A distribuição das pessoas de 10 anos ou mais por classes de rendimento mostrou que, na área
rural, os percentuais de pessoas nas classes sem rendimento (45,4%) e até um salário mínimo
(15,2%) foram maiores que os da urbana (35,6% e 4,8%, respectivamente). Já a parcela que
ganhava mais de cinco salários mínimos mensais ficou em 1,0% na área rural e 6,0% na urbana.
Os percentuais da parcela feminina foram maiores que os da masculina nas classes sem
rendimento (43,1% e 30,8%), até ½ salário mínimo (8,0% e 4,6%) e até 1 salário mínimo (21,5%
e 20,8%).
O percentual de pessoas sem rendimento na população de 10 anos ou mais de idade foi mais
elevado nas regiões Norte (45,4%) e Nordeste (42,3%) e mais baixo na Sul (29,9%), ficando

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próximos os da Sudeste (35,1%) e Centro-Oeste (34,8%). Quanto ao contingente que recebia
mais de cinco salários mínimos mensais, os percentuais das regiões Nordeste (2,6%) e Norte
(3,1%) ficaram em patamar nitidamente inferior ao das demais. O indicador alcançou 6,1%, na
região Sul; 6,7%, na Sudeste; e 7,3%, na Centro-Oeste.

Média de moradores por domicílio diminui conforme a renda aumenta


O rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento
foi de R$ 2.222, alcançando R$ 2.407, na área urbana, e R$ 1.051 na rural. Entre as regiões,
os mais altos foram os do Centro-Oeste (R$ 2.616) e Sudeste (R$ 2.592), seguidos da Sul (R$
2.441). Em patamares mais baixos ficaram as regiões Nordeste (R$ 1.452) e Norte (R$ 1.765). O
maior distanciamento entre os rendimentos médios domiciliares das áreas urbana e rural foi o
da região Nordeste (R$ 2.018 contra R$ 910) e o menor, da Sul (R$ 2.577 contra R$ 1.622).
Entre as unidades da federação, o rendimento médio mensal dos domicílios com rendimento
do Distrito Federal foi destacadamente o mais elevado (R$ 4.635), seguido pelo de São Paulo
(R$ 2.853). No outro extremo, ficaram Maranhão (R$ 1.274) e Piauí (R$ 1.354).
Do conjunto dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, os 10%
com os rendimentos mais altos detiveram 42,8% do total, e os 10% com os menores, 1,3%. Os
50% com os menores rendimentos ficaram com 16,0% do total. O rendimento médio mensal
domiciliar dos 10% com os maiores rendimentos foi R$ 9.501 e dos 10% com os menores,
R$ 295.
O Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal dos domicílios com rendimento
domiciliar foi de 0,536. Ele foi mais baixo na região Sul (0,480) e mais alto no Nordeste (0,555).
Em todas as regiões, o Índice de Gini da área urbana foi sensivelmente mais alto que o da rural.
A comparação das distribuições dos domicílios por classes de rendimento mensal domiciliar per
capita mostrou que a concentração dos domicílios rurais nas classes sem rendimento (7,2%), até
1/8 do salário mínimo (13,1%), até ¼ do salário mínimo (14,5%) e até ½ salário mínimo (24,0%)
foi substancialmente maior que a dos urbanos (3,8%, 2,1%, 5,5% e 16,1%, respectivamente).
No agregado destas classes, encontravam-se 27,6% dos domicílios urbanos e 58,8% dos rurais.
Por outro lado, 11,8% dos domicílios urbanos tinham rendimento domiciliar per capita de mais
de três salários mínimos, enquanto que para os rurais esse percentual ficou em 1,7%.
O número médio de moradores em domicílios particulares permanentes ficou em 3,3. Nos
domicílios com rendimento, esta média mostrou declínio com o aumento do rendimento
domiciliar per capita. Na classe de até 1/8 do salário mínimo, o número médio de moradores
foi de 4,9 e na de mais de 10 salários mínimos atingiu 2,1. Este comportamento foi observado
em todas as regiões, tanto nas áreas urbanas como nas rurais.

38,7% dos responsáveis pelas unidades domésticas são mulheres


Segundo o Censo 2010, havia no Brasil cerca de 57 milhões de unidades domésticas, com um
número médio de 3,3 moradores cada uma. Do total de indivíduos investigados, 30,2% eram
responsáveis pela unidade doméstica. Desses, 61,3% eram homens (35 milhões) e 38,7%,
mulheres (22 milhões). A maioria dos responsáveis (62,4%) tinha acima de 40 anos de idade.

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A distribuição do total de unidades domésticas pelos diferentes tipos de constituição mostra


que, em 2010, 65,3% eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo
diferente (37,5 milhões de unidades). O Censo 2010 abriu a possibilidade de registro de cônjuge
ou companheiro de mesmo sexo do responsável, o que se verificou em algo em torno de 60.000
unidades domésticas no país, 0,1% do total.
Entre as unidades domésticas compostas por responsável e cônjuge, em 68,3% havia pelo
menos um filho do responsável e do cônjuge (44,6% do total de unidades domésticas). Já os
tipos constituídos por pelo menos um filho somente do responsável ou ao menos um filho
somente do cônjuge (enteado do responsável) corresponderam, respectivamente, a 4,8%
e 3,6% do total de unidades domésticas. Na distribuição das pessoas residentes, destaca-se
a importância dos netos (4,7%), um contingente mais expressivo que o de outros parentes
ou conviventes, revelando a existência de uma convivência inter-geracional no interior das
unidades domésticas.
O Censo 2010 também investigou a possibilidade de haver mais de uma pessoa responsável
pela unidade doméstica. Em caso afirmativo, foi solicitado que se elegesse uma delas para
o preenchimento dos dados de relação de parentesco dos demais membros da unidade
doméstica. No Brasil, cerca de 1/3 das unidades domésticas tinha mais de um responsável. Ao
se segmentar por sexo, o homem aparece de forma mais recorrente como a pessoa responsável
pela unidade doméstica (37,7%). A mulher, por sua vez, é mais representativa como cônjuge ou
companheira (29,7%), enquanto apenas 9,2% dos homens aparecem nessa condição.

Domicílios próprios predominam nas áreas urbana e rural


O Censo 2010 mostra um Brasil com predomínio de domicílios particulares permanentes
(99,8%) do tipo casa (86,9%) e apartamento (10,7%). Dependendo da localização, há distinções
marcantes na sua forma de ocupação. Entre os urbanos, predominam os próprios (72,6%) e os
alugados (20,9%). Nas áreas rurais, apesar de a maioria dos domicílios serem próprios (77,6%),
há um percentual significativo de cedidos (18,7%).

Rede geral de abastecimento de água avança mais na zona rural


No Brasil, 82,9% dos domicílios eram atendidos por rede geral de abastecimento de água
em 2010, um incremento de 5,1 pontos percentuais em relação a 2000. Na área urbana, o
percentual passou de 89,8% para 91,9%, ao passo que na rural, subiu de 18,1% para 27,8%.
Este avanço ocorreu em todas as regiões, embora de forma desigual. Sudeste e Sul continuaram
sendo, em 2010, as regiões que tinham os maiores percentuais de domicílios ligados à rede
geral de abastecimento de água (90,3% e 85,5%, respectivamente), em contraste com o Norte
(54,5%) e Nordeste (76,6%) que, apesar dos avanços, continuaram com os percentuais mais
baixos.
A expansão da rede geral de abastecimento de água se deu de forma significativa em direção
às áreas rurais. No Sul, a proporção de domicílios rurais com abastecimento por rede passou
de 18,2% em 2000 para 30,4% em 2010. No Nordeste, o crescimento foi ainda maior (18,7% e
34,9%, respectivamente). A região Norte, com a menor proporção (54,5%), teve um aumento
proporcional mais acelerado na área rural do que na urbana: no rural foi um aumento de 7,9
pontos percentuais e de 3,7 pontos percentuais no urbano.

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Esgotamento sanitário adequado cai na região Norte
Entre 2000 e 2010, a proporção de domicílios cobertos por rede geral de esgoto ou fossa séptica
(consideradas alternativas adequadas e esgotamento sanitário) passou de 62,2% para 67,1%
em todo o país. O mesmo se deu em quatro das cinco regiões, com exceção da Norte, onde o
aumento de 2,0 pontos percentuais na área rural (de 6,4% em 2000 para 8,4% em 2010) não foi
suficiente para compensar a queda de 6,1 pontos percentuais ocorrida nas áreas urbanas (de
46,7% para 40,6%). O Sudeste continuou sendo a região com as melhores condições, passando
de uma cobertura de 82,3% dos domicílios, em 2000, para 86,5%, em 2010. Segue-se a região
Sul, que passou de 63,8% para 71,5%. A região Centro-Oeste apresentou o maior crescimento
de domicílios com rede geral ou fossa séptica no período, acima de 10%. A despeito da
melhoria das condições de esgotamento sanitário, o Centro-Oeste tinha pouco mais da metade
de seus domicílios com saneamento adequado (51,5%) e o Norte (32,8%) e Nordeste (45,2%)
apresentaram patamares ainda mais baixos. Nessas regiões, as fossas rudimentares eram a
solução de esgotamento tanto para domicílios urbanos quanto rurais.

Lixo é queimado em 58% dos domicílios rurais


Como os demais serviços de saneamento, a coleta de lixo aumentou no período entre os Censos,
passando de 79,0% em 2000 para 87,4% em 2010, em todo o país. A cobertura mais abrangente
se encontrava no Sudeste (95%), seguida do Sul (91,6%) e do Centro-Oeste (89,7%). Norte
(74,3%) e Nordeste (75,0%%), que tinham menores coberturas (57,7% e 60,6%), apresentaram
os maiores crescimentos em dez anos, de 16,6 e 14,4 pontos percentuais respectivamente.
Nas áreas urbanas o serviço de coleta de lixo dos domicílios estava acima de 90%, variando
de 93,6% no Norte a 99,3% no Sul. Nas áreas rurais, o serviço se ampliou na comparação com
2000, passando de 13,3% para 26,0%, em média.
Em relação às demais formas de destino do lixo, há melhoras em 2010, principalmente nas
áreas rurais, porém, a dificuldade e o alto custo da coleta do lixo rural tornam a opção de
queimá-lo a mais adotada pelos moradores dessas regiões. Essa alternativa cresceu em torno
de 10 pontos percentuais, passando de 48,2% em 2000 para 58,1% em 2010. A solução de jogar
o lixo em terreno baldio, que em 2000 era adotada por moradores de 20,8% dos domicílios
rurais, reduziu para 9,1% em 2010.

Energia elétrica chega a 97,8% dos domicílios


Em 2010, dos serviços prestados aos domicílios, a energia elétrica foi a que apresentou a maior
cobertura (97,8%), principalmente nas áreas urbanas (99,1%), mas também com forte presença
no Brasil rural (89,7%). Com exceção das áreas rurais da região Norte, onde apenas 61,5% dos
domicílios tinham energia elétrica fornecida por companhias de distribuição, as demais regiões
apresentaram uma cobertura acima de 90%, variando de 90,5% no Centro-Oeste rural a 99,5%
nas áreas urbanas da região Sul.
Em 2010 havia 1,3% de domicílios sem energia elétrica, com maior incidência nas áreas rurais
do país (7,4%). A situação extrema era a da região Norte, onde 24,1% dos domicílios rurais
não possuíam energia elétrica, seguida das áreas rurais do Nordeste (7,4%) e do Centro-Oeste
(6,8%).

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Cresce índice de jovens de 25 a 34 anos que vivem com os pais, diz IBGE
Proporção aumentou de 20% para 24% entre 2002 e 2012, aponta IBGE.
"Geração canguru" está mais presente em famílias com rendas maiores.
A proporção de brasileiros entre 25 e 34 anos de idade que ainda vivem na casa dos pais
aumentou de 20% para 24% entre 2002 e 2012, aponta uma análise feita pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) de 2012, divulgada nesta sexta-feira (29). Cerca de 60% dos jovens nesta condição eram
homens e 40%, mulheres.
A “geração canguru” (como é conhecida esta parcela de pessoas entre 25 e 34 anos que
moram com os pais) apresenta altas taxas de ocupação, embora um pouco inferiores àquelas
observadas para os demais jovens.
Saiba mais
Quatro estados concentram metade dos internautas do Brasil, diz Pnad;
Apenas 10% das brasileiras jovens com filhos estudam, aponta IBGE;
Diferença de renda entre homens e mulheres é maior em cargos de chefia;
Saúde no Brasil evolui, mas ainda precisa melhorar qualidade, diz IBGE;
37,4% de jovens pretos e pardos estão no ensino superior, diz IBGE;
70,3% dos domicílios do país têm saneamento adequado, aponta IBGE.
Em contrapartida, o estudo aponta que a geração tem uma maior escolaridade média. Em 2012,
14% das pessoas desta faixa etária que não deixaram o lar materno e paterno continuavam
estudando, contra 9% para as que saíram de casa.
É possível ainda perceber uma diferença na presença de jovens que moram com os pais por
classes de rendimento.
A pesquisa feita no ano passado aponta que cerca de 11,5% das famílias com relações de
parentesco possuíam integrantes de 25 a 34 anos de idade na condição de filhos. Para os
arranjos familiares com renda familiar per capita de até meio salário mínimo, esta proporção
foi de 6,6%. A proporção é maior para as famílias com renda mais elevada, chegando a 15,3%
naquelas com renda de 2 a 5 salários mínimos per capita.
Apesar do aumento da "geração canguru", a proporção de pessoas de todas as idade morando
sozinhas no Brasil aumentou de 9,3% em 2002 para 13,2% em 2012.
Jovens “nem-nem”
Além da “geração canguru”, a análise do IBGE também destacou a presença dos jovens "nem-
nem" (que nem trabalham, nem estudam) no país. Na semana em que a pesquisa foi feita em
2012, 19,6% das pessoas de 15 a 29 anos se enquadravam neste perfil. Para aqueles entre 15
a 17 anos, a proporção é menor (9,4%). O índice aumenta quando são considerados apenas
jovens entre 18 e 24 anos (23,4%).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1887
A presença das mulheres entre os brasileiros que nem trabalham, nem estudam, é elevada e
cresce com a idade. No grupo entre 15 e 17 anos, 59,6% são do sexo feminino. O índice aumenta
para 76,9% entre as pessoas de 25 a 29 anos.
Entre as mulheres “nem-nem”, destaca-se ainda a proporção daquelas que tinham pelo menos
um filho: 30% entre as jovens de 15 a 17 anos, 51,6% entre 18 e 24 anos, e 74,1% entre 25 a 29
anos
A análise também destaca o nível de escolaridade dos adolescentes de 15 a 17 anos de
ambos os sexos que não frequentavam escola e não trabalhavam. 56,7% não tinham o ensino
fundamental completo, sendo que, com essa idade, normalmente já deveriam estar cursando o
ensino médio. Entre as pessoas de 18 e 24 anos, somente 47,4% completaram o ensino médio.
O índice é ainda mais baixo para a faixa etária de 25 a 29 anos de idade (39,2%). Quanto ao
ensino superior, somente 9,3% de "nem-nem" nessas idades tinha este nível incompleto ou
completo.
Baixa remuneração
O IBGE também destaca a baixa remuneração dos jovens brasileiros no geral. Entre aqueles de
15 a 29 anos que trabalham, 39,6% tinham rendimento de até um salário mínimo em 2012.
Somente 18,2% tinham rendimento superior a dois salários mínimos.

DADOS POPULAÇÃO

População Brasileira
A distribuição da população brasileira caracteriza o Brasil como um país pouco povoado.
Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a população total do Brasil é de 190.755.799 habitantes. Esse elevado
contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo. O Brasil ocupa hoje
o quinto lugar dentre os mais populosos, sendo superado somente pela China (1,3 bilhão), Índia
(1,1 bilhão), Estados Unidos (314 milhões) e Indonésia (229 milhões).
A população brasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente
povoadas e outras com baixa densidade demográfica. A população brasileira estabelece-
se de forma concentrada na Região Sudeste, com 80.364.410 habitantes; o Nordeste abriga
53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 milhões. As regiões menos povoadas são: a
Região Norte, com 15.864.454, e o Centro-Oeste, com pouco mais de 14 milhões de habitantes.
A irregularidade na distribuição da população fica evidente quando alguns dados populacionais
de regiões ou estados são analisados. Somente o estado de São Paulo concentra cerca de 41,2
milhões de habitantes, sendo superior ao contingente populacional das regiões Centro-Oeste e
Norte juntas.
A população brasileira está distribuída em um extenso território, com 8,5 milhões de
quilômetros quadrados. Em virtude disso, a população relativa é modesta, com cerca de 22,4

1888 www.acasadoconcurseiro.com.br
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hab./km². O dado apresentado classifica o país como pouco povoado, apesar de ser populoso
diante do número da população absoluta.
O Sudeste é a região mais populosa do país por ter ingressado primeiramente no processo
de industrialização, encontrando-se hoje bastante desenvolvido industrial e economicamente.
O surgimento da indústria no Sudeste foi primordial para a urbanização e a concentração
populacional na região, pois se tornou uma área de atração para trabalhadores de diversos
pontos do país.
Em relação à densidade demográfica, a região Sul ocupa o segundo lugar. As causas dessa
concentração devem-se principalmente pelo fato de a região ser composta por apenas três
estados e pela riqueza contida neles, o que proporciona um elevado índice de urbanização.
O Nordeste é a segunda região mais populosa, no entanto, a densidade demográfica é baixa,
proveniente da migração ocorrida para outros pontos do Brasil, ocasionada pelas crises
socioeconômicas comuns nessa parte do país.
O Centro-Oeste ocupa o quarto lugar quando se trata de população relativa. Isso é provocado
pelo tipo de atividade econômica vinculada à agropecuária e que requer pouca mão de obra.
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-populacao-brasileira.htm

População Brasileira
Demografia do Brasil, dados, etnias, taxas de natalidade e mortalidade, crescimento
populacional
A população brasileira atual é de 203,2 milhões de habitantes (Pnad 2014 – IBGE). Segundo as
estimativas, no ano de 2025, a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes.
A população brasileira distruibui-se pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (85,3 milhões),
Nordeste (56,2 milhões), Sul (29 milhões), Norte (17,2 milhões) e Centro-Oeste (15,3 milhões).

Taxa de Natalidade e de Mortalidade


Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de
natalidade tem diminuído nas últimas décadas. Isto ocorre, em função de alguns fatores. A
adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A
entrada da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu para a diminuição no número
de filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6
filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois filhos, em média.
A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de
medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto
no começo da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2013 foi para 74,9 anos
(dados do IBGE).
A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado
mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga
e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta

www.acasadoconcurseiro.com.br 1889
características de equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características,
nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um
problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na Europa.

Mortalidade Infantil
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995,
a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil. Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Já
no íltimo Censo feito pelo IBGE em 2010, o índice verificado foi de 15,6 por mil.
Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil
é de, aproximadamente, 5 por mil.
Este índice tem caído no Brasil em função, principalmente, de alguns fatores: melhorias no
atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene (saneamento
básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, etc.
Outros dados da População brasileira
– Crescimento demográfico: 1,17% ao ano (2000 a 2010) **
– Expectativa de vida: 73,4 anos **
– Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 *
– Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 *
– Taxa de fecundidade total: 1,74 ***
– Estrangeiros no Brasil: 0,23% **
– Estados mais populosos: São Paulo (41,2 milhões), Minas Gerais (19,5 milhões), Rio de Janeiro
(15,9 milhoes), Bahia (14 milhões) e Rio Grande do Sul (10,6 milhões). **
– Estados menos populosos: Roraima (451,2 mil), Amapá (668,6 mil) e Acre (732,7 mil). **
– Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (228,2 mil).**
– Cidade mais populosa: São Paulo-SP (11,2 milhões). **
– Proporção dos sexos: 98,4 milhões de homens e 104,7 milhões de mulheres. (Pnad 2014 –
IBGE)
– Vivem na Zona Urbana: 172,8 milhões de habitantes, enquanto que na Zona Rural vivem 30,3
milhões de brasileiros. (Pnad 2014 – IBGE).
– Pessoas que vivem sozinhas: 14,4% ***
Fontes: IBGE * 2005 , ** Censo 2010, *** IBGE (Síntese de Indicadores Sociais 2015, referente
ao ano de 2014)
Etnias no Brasil (cor ou raça)
Pardos: 43,1%

1890 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Brancos: 47,7%
Negros: 7,6%
Indígenas: 0,4%
Amarelos: 1,1%
Fonte: Censo IBGE 2010
http://www.suapesquisa.com/geografia/populacao_brasileira.htm

Brasil tem mais de 204 milhões de habitantes, diz IBGE.


O Brasil tem uma população de 204.450.649 habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), publicados nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da
União. Os dados são estimativas de população feitas com base no dia 1º de julho de 2015.
Do ano passado para cá, a população cresceu cerca de 0,87% – em 2014, segundo o IBGE, o
Brasil havia chegado a 202.768.562 de habitantes.
O Estado mais populoso, São Paulo, tem 44,4 milhões de habitantes – 21,7% da população total
do país. Já no Estado menos populoso, Roraima, vivem 505,6 mil pessoas – 0,2% da população
total.
Além de São Paulo, cinco Estados têm mais de 10 milhões de habitantes: Minas Gerais (20,86
milhões), Rio de Janeiro (16,55 milhões), Bahia (15,2 milhões), Rio Grande do Sul (11,24
milhões) e Paraná (11,16 milhões).
A lista das unidades da federação com mais de 5 milhões de pessoas traz outros seis Estados:
Pernambuco (9,34 milhões), Ceará (8,9 milhões), Pará (8,17 milhões), Maranhão (6,9 milhões),
Santa Catarina (6,81 milhões) e Goiás (6,61 milhões).
As demais unidades federativas têm as seguintes populações: Paraíba (3,97 milhões), Espírito
Santo (3,92 milhões), Amazonas (3,93 milhões), Rio Grande do Norte (3,44 milhões), Alagoas
(3,34 milhões), Mato Grosso (3,26 milhões), Piauí (3,2 milhões), Distrito Federal (2,91 milhões),
Mato Grosso do Sul (2,65 milhões), Sergipe (2,24 milhões), Rondônia (1,76 milhão) e Tocantins
(1,51 milhão).
Além de Roraima, outros dois Estados têm menos de 1 milhão de habitantes: Amapá (766,6
mil) e Acre (803,5 mil).
Com 12 milhões de pessoas a cidade de São Paulo se mantém como a mais populosa do país e
tem mais habitantes que 22 Estados e o Distrito Federal, a exceção São Paulo, Minas Gerais, Rio
de Janeiro e Bahia.
Já a menor cidade do país é a mineira Serra da Saudade, com 818 habitantes.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/08/28/brasil-tem-mais-de-204-milhoes-de-
habitantes-diz-ibge.htm

www.acasadoconcurseiro.com.br 1891
ENVELHECIMENTO

Envelhecimento da população ameaça desequilibrar sistema de saúde


suplementar.
Diante da preocupação do setor em assegurar a sua sustentabilidade, a presidente da
FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, alerta sobre a necessidade de enfrentar hoje os
impactos do aumento da longevidade para garantir o futuro da saúde privada.
O aumento da expectativa de vida dos brasileiros e a tendência de crescimento da população
idosa no futuro preocupa o sistema de saúde suplementar. Em dezembro, segundo dados da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mais de 6,1 milhões de clientes tinham 60
anos ou mais de idade: 12,3% do total. Cinco anos antes, no mesmo mês, a proporção era
de 10,7%. Para ter ideia da evolução desse quadro ao longo do tempo, há 15 anos, para cada
beneficiário com 60 anos ou mais de idade existiam outros três entre 0 e 19 anos. Em 2015, a
relação diminuiu para dois jovens a cada idoso, segundo a análise da Federação Nacional de
Saúde Suplementar (FenaSaúde).
Em entrevista exclusiva ao site do CVG-SP, Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente
da FenaSaúde, admite que essa situação é muito preocupante diante da necessidade de
assegurar a sustentabilidade do setor. “Esse desequilíbrio impacta o sistema de solidariedade
intergeracional – faixas etárias iniciais subsidiando as dos mais longevos, que tendem a
usar com constância cada vez maior os serviços médicos”, diz. Ela explica que dentro desse
pacto de mutualismo – princípio básico que rege o funcionamento dos planos de saúde –, os
consumidores mais novos, que estão na vida ativa, pagam um pouco mais do que o custo médio
de sua faixa etária, para que os idosos possam manter o plano.
Mas, neste cenário de desequilíbrio do sistema e aumento da longevidade, a tendência é que
as despesas com saúde fiquem cada vez mais altas – fenômeno que ocorre em todo o mundo.
“O envelhecimento da população brasileira certamente impactará as despesas assistenciais,
porque, com a idade, aumenta a prevalência das doenças crônicas, levando o cidadão a
necessitar de mais assistência médica e novas tecnologias. Esses recursos se tornam cada vez
mais onerosos”, confirma Solange Beatriz.
Ela analisa que se não houver um reequilíbrio do sistema, a viabilidade do setor de saúde
suplementar estará ameaçada. “Temos que resolver essa equação hoje para garantir o futuro
da saúde privada, ou seja, o amanhã de um bem tão valioso para o brasileiro, como o plano
de saúde”, diz. Apostando na recuperação do cenário econômico, Solange Beatriz espera
que o panorama atual se reverta. “É preciso, portanto, enfrentar o impacto do aumento da
longevidade no sistema de saúde brasileiro – esse fator, sim, algo que será perene”, afirma.
Segundo Solange Beatriz, a FenaSaúde vem dialogando continuamente com o Governo
e as entidades de defesa do consumidor sobre esse tema. “Os diversos agentes de saúde
precisarão se adaptar às mudanças já previstas”, diz. Entre as mudanças fundamentais, ela cita
a necessidade de restruturação da infraestrutura física de todos os serviços, principalmente os
de assistência à saúde, além de uma nova composição das especialidades profissionais, com
mais ênfase em Geriatria, por exemplo.

1892 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Em outra frente, também será requerido das políticas de financiamento dos sistemas de saúde
e da infraestrutura o acompanhamento dessas transformações. A começar pelas regulações
adequadas para que tanto o setor público quanto o privado sejam viáveis diante do aumento
das despesas médicas e previdenciárias. “Obviamente, as associadas à FenaSaúde já vêm se
preparando para esse desafio, debatendo o tema setorialmente e também levando essas
questões ao órgão regulador, aos legisladores e ao Executivo. Todas essas ações propiciam o
fortalecimento do sistema de saúde suplementar”, diz.

Controle de reajustes não é solução


São muitas as amarras que impedem o setor de saúde suplementar de progredir e proporcionar
produtos ainda mais adequados aos consumidores. A presidente da FenaSaúde elenca, entre
as principais, questões como a regulação excessiva que inibe a livre iniciativa; a incorporação
de procedimentos obrigatórios ao Rol, como é feita hoje, sem a análise crítica da relação
custo-benefício; o modelo de remuneração dos prestadores de serviços que incentiva a
superutilização dos recursos de medicina no Brasil e os desperdícios são pautas urgentes e que
precisam ser discutidas pela sociedade.
Para Solange Beatriz, diante dos gargalos do setor, “mais do que mudanças em formatos dos
planos de saúde é necessário enfrentar tais desafios, que são amplos e complexos”. Segundo
ela, dados do Ministério da Saúde mostram, por exemplo, que um marca-passo pode custar R$
20.523,06, no Brasil, e R$ 3.518,98, na Alemanha, para produtos com a mesma especificação.
Somente um gerador do marca-passo CDI (cardioversor desfibrilador implantável) varia de R$
29 mil a R$ 90 mil, dependendo da região do país.
Uma prótese de joelho, por exemplo, sai de fábrica por R$ 2.096. Após o implante no paciente
– sem contar gastos com internação e atendimento médico – esse item chega a custar ao plano
de saúde R$ 18.362. “Os exemplos apresentam distorções consideráveis que precisam ser
corrigidas em benefício de toda a sociedade, principalmente dos beneficiários. Os desperdícios
são exorbitantes e se refletem nos custos dos planos de saúde”, afirma.
Outro aspecto que ela menciona é a necessidade urgente de equacionamento da regulação
dos planos individuais – tema sobre o qual a FenaSaúde vem alertando há tempos. “As atuais
políticas – em especial, as que se referem às definições dos índices de reajuste dos planos
individuais – não contribuem em nada para a expansão da oferta”, diz. Daí porque, entende que
o desequilíbrio nas despesas assistenciais – e que, inevitavelmente, se reflete nas mensalidades
– não encontra solução pelo controle dos reajustes. “Há inúmeros exemplos de fracasso no país
dessa prática, que não faz sentindo em mercados em que prevalece a livre concorrência, como
foi a trágica experiência do Sistema Financeiro da Habitação”, diz.
Por isso, de acordo com Solange Beatriz, a Federação entende que o foco deve ser nas causas
que impulsionam o crescimento dos gastos, e não no seu efeito – reajuste das mensalidades. O
aumento das despesas assistenciais em patamares superiores às receitas dos planos é contínuo
e, na visão da dirigente, acentuam cada vez mais a pressão sobre a sustentabilidade do sistema.
Ela explica que nesse cenário, o efeito do excesso de regulação, em especial a que objetiva
o controle dos reajustes, é oposto. “Cria incertezas quanto à capacidade de as mensalidades
cobrirem as despesas, inibindo ainda investimentos das operadoras de planos em ofertar
determinados produtos”, diz.
http://www.segs.com.br/seguros/14356-envelhecimento-da-populacao-ameaca-desequilibrar-sistema-de-saude-
suplementar.html

www.acasadoconcurseiro.com.br 1893
Em palestra, demógrafo da UFMG discute as consequências do envelhecimento da população
brasileira.
“A população brasileira está ficando velha, e isso vai afetar profundamente a estrutura do nosso
país.” Esse alerta foi dado pelo professor emérito da UFMG José Alberto Magno de Carvalho
[em foto de Silvia Dalben/divulgação], um dos pioneiros dos estudos populacionais no país.
Amparado por dados do censo e de outras pesquisas, ele abordou as consequências desse
envelhecimento na palestra O novo padrão demográfico brasileiro, realizada na manhã desta
quarta-feira, 11 de fevereiro, no Conservatório UFMG.
A fecundidade no Brasil sempre foi muito precoce. Segundo Carvalho, as mulheres brasileiras
costumavam constituir proles numerosas ainda muito jovens, na faixa de 15 a 24 anos. Com o
surgimento da pílula anticoncepcional e de outros métodos contraceptivos, as mulheres, no
entanto, passaram a postergar a gravidez para se dedicar aos estudos e ao trabalho. Não ter
filhos também se tornou comum.
Com isso, a partir da década de 1970, já é possível observar um declínio da taxa de fecundidade
no país. “Na década de 1960, era comum ter muitos filhos; a média era de 5,8 nascidos vivos
por mulher. Em 2010, esse número caiu para 1,9 filho, e a projeção para 2030 é de que cada
mulher tenha apenas 1,51 filho”, estimou o professor.
Ele ressaltou ainda que, apesar da crença de que apenas a classe média está reproduzindo
menos, o declínio é generalizado e irreversível e indica mudança de grande impacto na estrutura
etária da população. “As pessoas estão vivendo mais, isso é fato. Mas como ninguém mais quer
ter muitos filhos, o número de jovens está cada vez menor. As gerações estão diminuindo a
cada ano, a ponto de não conseguirem repor a população. Se há algumas décadas o medo era
acolher uma superpopulação, hoje a preocupação é com a falta dela”, alertou.
Economia em crise
Magno de Carvalho explicou que, apesar da alta longevidade ser um bom indicativo de
qualidade de vida, o envelhecimento da população afeta a estrutura do país em vários aspectos.
“Um exemplo é o aumento no número de aposentados e pensionistas, que acaba pesando no
orçamento nacional e afetando o sistema de previdência social.”
De acordo com o professor, a geração atual é a mais prejudicada pela nova realidade, pois terá
de se esforçar muito mais para viver bem. “Eles não podem sonhar com a mesma vida dos pais
porque não terão acesso aos mesmos benefícios, como aposentadoria. Outro problema é que
a taxa de desemprego está baixa agora porque o número de jovens que ingressam no mercado
de trabalho é menor, mas ainda faltam vagas para os novos profissionais”, disse.
Apesar dos problemas ocasionados pela mudança na concentração etária da população
brasileira, Carvalho ressaltou que os números podem indicar novos caminhos para o
desenvolvimento do país. “A demografia é uma ciência estável, permite que sejam pensadas
políticas públicas em longo prazo. Como o número de crianças e adolescentes está diminuindo,
agora é uma grande oportunidade para investir na juventude e formar gerações de profissionais
mais capacitados. É tudo uma questão de planejamento”, finalizou o professor.
http://adunb.org.br/novo/2016/02/02/em-palestra-demografo-da-ufmg-discute-as-consequencias-do-
envelhecimento-da-populacao-brasileira/

1894 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Envelhecimento populacional e o impacto na qualidade de vida dos


indivíduos.
Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o
envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das condições de vida.
De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) “uma em cada 9 pessoas
no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de
2050”.
Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos (SDH). No
Brasil considera-se idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos, representando
aproximadamente 12,6% da população brasileira total (IBGE, 2013). Uma das consequências
do processo de envelhecimento é a redução da massa e força muscular conhecido com o
termo “sarcopenia”; o aumento de massa gorda intramuscular e diminuição da massa óssea
(osteopenia/osteoporose).
A sarcopenia é considerada uma síndrome geriátrica caracterizada pela redução da massa
muscular esquelética, força muscular e desempenho físico, podendo diminuir a capacidade
funcional e a qualidade de vida do idoso. Os fatores associados à sarcopenia são: o declínio
dos hormônios sexuais (testosterona e estrogênio); o declínio no gasto de energético; a
redução da ingestão alimentar devido a fatores como perda do apetite, redução do paladar
e do olfato, saúde oral prejudicada, saciedade precoce, fatores psicossociais, econômicos e
medicamentosos e ainda, ingestão reduzida de proteínas e baixo nível de atividade física, entre
outros fatores. Reconhecer a presença dessa síndrome é fundamental para reduzir os impactos
negativos na qualidade de vida dos indivíduos.
Os principais comprometimentos para o idoso estão relacionados à dificuldade para se
movimentar, andar, além de aumentar o risco de quedas e fraturas, dificuldades para realizar
as atividades do dia-a-dia diminuindo a independência funcional. Para avaliar a presença da
sarcopenia deve-se procurar um profissional da área da saúde tal como médico; profissional
de educação física; fisioterapeuta; nutricionista.O profissional da saúde habilitado poderá
mensurar a circunferência da panturrilha que deve ser > 31cm; a força muscular por meio do
teste de preensão manual (FPM),sendo adequados valores ? 17 kg para mulheres e ? 29 kg
para homens; e a velocidade da marcha que deve ser maior do que 0,8m/s. Valores abaixo dos
citados podem indicar quadro de sarcopenia. Para prevenir a sarcopenia tem sido recomendado
a suplementação nutricional ou a melhora na qualidade da alimentação e a prática da atividade
física.
Um dos fatores mais importantes da perda de massa muscular com o envelhecimento é
a alimentação. Um nutriente frequentemente reduzido na dieta de idosos é a proteína
animal (carnes, leites, ovos). A redução na ingestão de proteína por tempo prolongado pode
comprometer a massa celular e muscular. Novas evidências demonstram que idosos precisam
ingerir mais proteínas do que os adultos para manutenção de uma boa saúde, promoção e
recuperação de doenças e manter a funcionalidade. Consensos atuais sugerem a ingestão de
1,0 a 1,2g de proteína/kg de peso por dia.
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2016/02/11/envelhecimento-populacional-e-o-impacto-na-
qualidade-de-vida-dos-individuos/

www.acasadoconcurseiro.com.br 1895
MIGRAÇÕES E IMIGRAÇÃO

Migração interna no Brasil


Fatores de ordem econômica são os principais expoentes para a ocorrência da migração interna
no Brasil.
Migração consiste no ato da população deslocar-se espacialmente, ou seja, pode se referir
à troca de país, estado, região, município ou até de domicílio. As migrações podem ser
desencadeadas por fatores religiosos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos e ambientais.
A migração interna corresponde ao deslocamento de pessoas dentro de um mesmo território,
dessa forma pode ser entre regiões, estados e municípios. Tal deslocamento não provoca
modificações no número total de habitantes de um país, porém, altera as regiões envolvidas
nesse processo.
No Brasil, um dos fatores que exercem maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem
econômica, uma vez que o modelo de produção capitalista cria espaços privilegiados para
instalação de indústrias, forçando indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em busca
de melhores condições de vida e à procura de emprego para suprir suas necessidades básicas
de sobrevivência.
Um modelo de migração muito comum no Brasil, que se intensificou nas últimas cinco décadas,
é o êxodo rural, ou seja, a migração do campo para a cidade. O modelo econômico que
favorece os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades agrícolas têm como
consequência a expulsão da população rural.
A região Sudeste do Brasil, até o final do século XX, recebeu a maior quantidade de fluxos
migratórios do país, principalmente o estado de São Paulo, pelo fato de fornecer maiores
oportunidades de emprego em razão do processo de industrialização desenvolvido.
No entanto, nas últimas décadas, as regiões Centro-Oeste e Norte têm sido bastante atrativas
para os migrantes, pois após a década de 1970, a estagnação econômica que atingiu e ainda
atinge a indústria brasileira afetou negativamente o nível de emprego nas grandes cidades
do Sudeste, gerando pouca procura de mão de obra, ocasionando a retração desses fluxos
migratórios. Assim, as regiões Norte e Centro-Oeste, que já captavam alguma parcela desse
movimento, tornaram-se destinos da migração interna do Brasil.
As políticas públicas para a ocupação do oeste brasileiro foram determinantes para esse
redirecionamento dos fluxos migratórios no Brasil. A construção de Brasília, os investimentos
em infraestrutura, novas fronteiras agrícolas, entre outros fatores, contribuíram para essa nova
distribuição.
O Sudeste continua captando boa parte dos migrantes brasileiros. A região recebe muito mais
gente do que perde. O Centro-Oeste também recebe mais migrantes do que perde, sendo,
atualmente, o principal destino dos fluxos migratórios no Brasil. O Sul e o Norte são regiões
onde o volume de entrada e saída de migrantes é mais equilibrado. A Região Nordeste tem
recebido cada vez mais migrantes, sendo a maioria proveniente do Sudeste (retorno), porém,
continua sendo a região que mais perde população para as demais.
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/migracao-interna-no-brasil.htm

1896 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Migração
O Censo 2010 mostrou que 35,4% da população não residia no município onde nasceu, sendo
que 14,5% (26,3 milhões de pessoas) moravam em outro estado. São Paulo (8 milhões de
pessoas), Rio de Janeiro (2,1 milhões), Paraná (1,7 milhão) e Goiás (1,6 milhão) acumularam a
maior quantidade de pessoas residentes que não nasceram lá. Enquanto isso, Minas Gerais (3,6
milhões de pessoas), Bahia (3,1 milhões), São Paulo (2,4 milhões) e Paraná (2,2 milhões) foram
os estados com os maiores volumes de população natural que foi morar em outras unidades da
federação.
Em relação à migração entre países, em 2010, o país recebeu 268,5 mil imigrantes internacionais,
86,7% a mais do que em 2000 (143,6 mil). Os principais países de origem dos imigrantes foram
os Estados Unidos (51,9 mil) e Japão (41,4 mil). Verificou-se que o Brasil está recebendo de
volta muitos brasileiros que estavam no exterior. Do total de imigrantes internacionais, 174,6
mil (65,0%) eram brasileiros e estavam retornando; já em 2000, foram 87,9 mil imigrantes
internacionais de retorno, 61,2% do total dos imigrantes.

Deslocamento
Algumas pessoas se deslocam do município onde moram para trabalhar ou estudar. O Censo
também contou esses casos e em 2010 foi possível pesquisar em separado quem se deslocava
para o trabalho e para o estudo. Em 2000, essas duas informações foram pesquisadas junto.

Deslocamento para estudo


Hoje sabemos que do total de 59,6 milhões de pessoas que frequentavam escola ou creche,
55,2 milhões (92,7%) estudavam no próprio município onde moravam.
O Sudeste foi a região com maior número de pessoas que se deslocavam para outro município
para estudar: 2,0 milhões (8,5%) de estudantes, a maioria em São Paulo: 1,1 milhão de pessoas
(57,0% do total do Sudeste).Veja na tabela a seguir a quantidade de pessoas que estuda num
município diferente daquele onde mora e que precisam se deslocar para estudar:

Deslocamento para o trabalho


No Brasil, do total de 86 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas em 2010,
87,1% trabalhavam no mesmo município onde moravam, sendo que 20 milhões (26,6%)
trabalhavam no próprio domicílio e 55 milhões, fora dele. Já os que trabalhavam em outro
município atingiram 11,8% da população ocupada (10,1 milhões). Outra informação pesquisada
pelo Censo 2010 foi o tempo de deslocamento entre a residência e o trabalho. O resultado foi
que, no Brasil, 32,2 milhões de pessoas (52,2% do total de trabalhadores que trabalhavam fora
do domicílio) levavam de seis a 30 minutos para chegar ao trabalho em 2010 e 7,0 milhões
(11,4%) levavam mais de uma hora.
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-povo/migracao-e-deslocamento.html

www.acasadoconcurseiro.com.br 1897
Imigrações atuais no Brasil
As imigrações atuais no Brasil vêm expandindo-se exponencialmente ao longo dos últimos
anos, revelando um novo cenário demográfico no país.
A história sempre narrou diversos ciclos de imigrações para o Brasil, seja durante o período de
colonização, seja durante os tempos posteriores. Ao longo dos séculos, vários povos ocuparam
o nosso país, a maioria formada por europeus, mas também chineses, japoneses, latino-
americanos, entre outros. No entanto, podemos dizer que o Brasil vive um novo momento no
que diz respeito ao tema das imigrações internacionais.
Ao longo dos últimos anos, houve um movimento crescente de grupos estrangeiros no Brasil,
advindos tanto de países desenvolvidos quanto de países subdesenvolvidos. Segundo dados do
Conare (Comitê Nacional para Refugiados) e do Ministério da Justiça, só entre os anos de 2010
e 2012, o número de pessoas pedindo refúgio para o Brasil triplicou.
A tendência é que as imigrações atuais no Brasil continuem aumentando, sobretudo de
populações advindas de países subdesenvolvidos ou com uma precária situação econômica,
além de povos de regiões marcadas por grandes conflitos, com destaque para povos da
Palestina.
Nos últimos anos, uma grande leva de haitianos veio para o Brasil, através da Amazônia, em
busca de emprego e melhores condições de vida. Durante a Copa do Mundo de 2014, o mesmo
processo ocorreu, destacando-se os imigrantes oriundos de Gana, que se deslocaram para o
Brasil em função do torneio, mas não retornaram para o seu país de origem. Outros países que
se destacaram no envio de imigrantes foram Bangladesh, Senegal, Angola, entre outros.
Da mesma forma que o número de estrangeiros no Brasil vem aumentando, o número de
brasileiros no exterior vem diminuindo. Entre 2004 e 2012, a presença de brasileiros fora do
país caiu pela metade, de 4 milhões para 2 milhões, com o principal destino de moradia sendo
Portugal.
O que se percebe é que as recentes evoluções do Brasil no cenário econômico, além da relativa
prosperidade dos países emergentes frente à crise financeira no mundo desenvolvido, vêm
contribuindo para que países em desenvolvimento – principalmente os do grupo do BRICS –
tornem-se lugares atrativos para as rotas migratórias internacionais.
Mas a expansão das imigrações atuais no Brasil vem acompanhada por uma série de fatores, a
saber:
a) aumento da xenofobia: o Brasil, apesar de sua internacionalmente reconhecida receptividade,
vem aumentando os casos de xenofobia, sobretudo para com as populações advindas de
países subdesenvolvidos. Para parte da população, os grupos estrangeiros trazem doenças,
“roubam” vagas de empregos e “ameaçam” a identidade cultural do país. O curioso é que esses
argumentos são semelhantes aos impostos aos brasileiros no exterior, notadamente na Europa.
b) condições de vida precárias: muitos dos estrangeiros no Brasil sofrem com as precárias
condições de vida que aqui encontram, sobretudo no momento em que chegam, quando ainda
não dispõem de emprego, moradia, comida e dinheiro, além de sequer conhecerem o idioma
português. Isso demanda maiores esforços das autoridades para atender as necessidades
básicas desses povos, a fim de que condições básicas de direitos humanos sejam cumpridas.

1898 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Não são poucos os casos de trabalhos análogos ao escravo praticados no país, sobretudo com
migrantes haitianos na região Norte.
c) aumento do tráfico de pessoas: com o Brasil tornando-se um novo centro de atração de
imigrantes ilegais, aumenta o número de tráfico de pessoas. Atualmente, os principais esforços
do governo brasileiro é de investigar e punir a prática desses grupos, que além de cobrarem alto
pela “ajuda” na imigração ilegal, cometem vários crimes contra os direitos humanos durante o
percurso.
Muitas pessoas imaginam que os imigrantes sejam prejudiciais para a economia, sobretudo
no sentido de elevar o desemprego, mas isso não é totalmente uma verdade. Em muitos
casos, registra-se a presença de imigrantes com formação em nível superior ocupando cargos
que muitas vezes ficam ociosos por aqui por falta de capacitação técnica, embora o número
de pessoas com formação superior no Brasil tenha aumentado significativamente na última
década. Além disso, mesmo com o aumento de imigrantes, o desemprego no Brasil vem caindo
nos últimos tempos.
Apesar de ser necessário o estabelecimento de um maior controle sobre o número de
imigrações atuais no Brasil, além de um maior empenho no combate a quadrilhas de tráfico de
pessoas, é preciso também atender as necessidades básicas daqueles que aqui chegam. Um
exemplo é o caso dos migrantes advindos do Haiti: eles não poderiam permanecer no Brasil
segundo nossas leis de imigração, mas muitos receberam vistos humanitários, haja vista que
uma deportação em massa e imediata poderia transformar-se em um terrível crime de violação
aos Direitos Humanos.
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/imigracoes-atuais-no-brasil.htm

Crise e violência no Brasil aumentam imigração de judeus para Israel


Lei do Retorno dá aos judeus o direito de se tornarem cidadãos israelenses. Governo oferece
ainda aula de hebraico de graça e até ajuda financeira.
No Brasil, a crise econômica e a violência urbana têm provocado uma onda de migração de
judeus brasileiros pra Israel.
A sensação de segurança dessa nova moradora de Ashdod é porque, fora do conflito entre
israelenses e palestinos, ela nunca ouviu falar de violência urbana por lá. “Uma coisa é o que
dizem, outra coisa é você estar aqui, vivendo no dia a dia, se sentindo segura. Aqui, ninguém
chega pra te assaltar”, afirma a jornalista Fabie Spivack.
Outro motivo que fez a jornalista Fabie deixar o Brasil foi uma debandada nos clientes da
assessoria de imprensa. “Comecei a ficar com menos trabalho até que chegou um ponto em
que eu pensei: por que não Israel?”, conta.
As bandeiras de Israel e do Brasil só aparecem juntas no restaurante por que o dono, um
israelense, se apaixonou pelo Brasil. Mas a imagem, agora, tem tudo a ver: jamais se viu em
Israel uma imigração brasileira como agora.
No ano passado, 486 brasileiros passaram a ser também israelenses; 58% mais do que no ano
anterior; e mais que o dobro de 2013.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1899
Com o objetivo de aumentar a população judaica no país em conflito, há mais de 60 anos foi
criada em Israel a chamada “Lei do Retorno”, que dá aos judeus nascidos em qualquer lugar do
mundo o direito de se tornarem cidadãos israelenses no momento em que eles pisam no país.
A aula de hebraico é difícil, mas é de graça. São seis meses pra aprender a nova língua, com a
possibilidade de morar num centro de absorção, onde o aluguel é muito mais barato do que na
cidade.
O imigrante recebe também ajuda financeira, escola boa e de graça pras crianças, aposentadoria
imediata pros idosos e um sistema de saúde pública de alto nível que pra um jovem custa o
equivalente a R$ 60 por mês.
A comunidade brasileira em Israel ainda é pequena. Mas agora já tem até boteco com samba
na periferia de Tel Aviv.
“Sabia que o Brasil estava em crise e tal e aí, de repente, comecei a ver uma grande quantidade
de brasileiros que eu não tinha visto nunca aqui em Israel. Falei: ‘nossa, que bacana. Tá indo
legal”, diz Yuval Yonayoff, dono do bar.
Está indo tão bem, que o Zé chegou de Curitiba há quatro meses e não para de assar pão de
queijo.
“Eu dava aula de muay thai no Brasil, totalmente diferente do que eu faço aqui em Israel”,
conta.
O problema do Zé é o mesmo de todo imigrante. Uma falta danada de quem ficou no Brasil.
"É difícil deixar uma filha. Tem três aninhos só. Mas com o salário que eu tenho, aqui eu posso
ajudar ela muito mais do que eu estava ajudando no Brasil. Isso me deixa bastante feliz”, afirma.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/02/crise-e-violencia-no-brasil-aumentam-imigracao-de-
judeus-para-israel.html

(jan– 2016) Nº de haitianos que entram no Brasil pelo Acre cai 96% em 12 meses

Emissão de vistos permitiu a imigrantes entrarem legalmente por RJ e SP.


Embaixadas em Porto Príncipe, Quito e Lima passaram a fornecer documento.
O Acre tem deixado de ser a principal rota para entrada de imigrantes haitianos no país desde
que o Brasil ampliou a emissão de vistos pelas embaixadas em Porto Príncipe (Haiti), Quito
(Equador) e Lima (Peru). Em 2015, houve uma queda de 96% no número de haitianos ilegais
que chegaram ao Brasil pelo estado.
Enquanto em janeiro houve o registro de 1.393 imigrantes, em dezembro esse número
despencou para 54, segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh).
Dados da Divisão de Imigração do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) apontam que
a emissão de vistos a haitianos subiu 1.537% de 2012 a 2015. Isso mostra que os imigrantes
têm entrado no país regularizados por capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, em vez de fazer
a longa e cara viagem para entrar ilegalmente pelo Acre.

1900 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Vistos
Nos últimos quatro anos, foram emitidos 38.065 vistos permanentes para haitianos pelas
embaixadas do Brasil – 30.385 em Porto Príncipe, 7.655 em Quito, e 25 em Lima, segundo o
Itamaraty. Enquanto em 2012 foram emitidos 1.255 vistos, em 2015 o número saltou para
20.548.
No abrigo montado em Rio Branco, o cenário é muito diferente do registrado anos anteriores,
quando o estado recebia até 100 haitianos diariamente. Segundo o secretário de Justiça e
Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, atualmente, o abrigo tem recebido no máximo
duas pessoas por dia.
"Chegamos a receber 100 por dia. Por isso, quando as viagens [dos imigrantes para outros
estados] não ocorriam, chegamos a um número de 2,2 mil pessoas em Brasileia e 1,5 mil em
Rio Branco", afirma.
Até a noite desta terça-feira (5), de acordo com o secretário, estavam no abrigo apenas dez
imigrantes – entre haitianos, dominicanos e senegaleses.
Desde 2010, quando passou a ser rota de imigração, o Acre recebeu mais de 43 mil pessoas,
conforme a secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos.
"O Acre se tornou uma rota vegetativa, mas nada disso garante que vai continuar assim
por mais tempo. Numa frequência de cinco meses tem se mantido assim, mas não temos
garantias. Estamos na fase de observação. Agora, eles estão vindo [ao Brasil] pela rota legal,
desembarcando em São Paulo e Rio de Janeiro", explica Mourão.

Sonho da casa própria no Brasil


O haitiano Wilner Estime, de 40 anos, diz que deixou os três filhos e a esposa na República
Dominicana em busca de uma vida melhor e do sonho de ter a casa própria no Brasil. Ele conta
que está no Acre desde o dia 4 deste mês, mas que saiu de sua terra natal em setembro de
2015.
Estime contou ainda que decidiu se aventurar e vir pela rota ilegal, pois a prioridade para
retirada do visto em seu país era para grupos que estavam com famílias completas. Como ele
vinha sozinho e não sabia quando conseguiria o visto, resolveu fazer a rota pelo Acre.
O dominicano diz que a saudade já começou a doer, mas que no fim, a espera e a distância da
família vai valer a pena. Estime informou que até que ele consiga um emprego, a família vai
ficar mandando dinheiro para que ele possa seguir para Santa Catarina, estado escolhido para
firmar residência no Brasil.
"Quero uma residência em Santa Catarina e depois mando buscar minha família. Demorei
muito para chegar no Brasil porque não conseguia tirar o visto e não queria chegar sem visto.
As pessoas aqui são muito atenciosas", diz.

Mais segurança e custo menor


Para entrar no país de forma legal, o imigrante retira o visto em Porto Príncipe e, por via aérea,
consegue chegar diretamente ao Brasil, por um custo que não chega a US$ 2 mil, segundo o
secretário Nilson Mourão.

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"Como foi facilitada a tiragem do visto, eles pegam um avião, gastam menos, vêm em segurança
e tranquilos", afirma.
Pela rota ilegal, os haitianos faziam uma viagem de 15 dias, que poderia custar entre US$ 3,5
mil e US$ 5 mil, segundo o secretário. "Essa diferença de valores, de US$ 1,5 mil, dependia do
grupo, que podia ser mais ou menos explorado, principalmente, no interior do Peru, Equador e
por taxistas brasileiros em Assis Brasil", diz Mourão.
Os imigrantes saiam do Haiti e iam até a República Dominicana. De avião, seguiam até o
Equador. Depois, por terra, cruzavam a fronteira e entravam no Peru, por onde chegavam ao
município acreano de Assis Brasil e seguiam para Brasileia.
Ao anunciar a ampliação da emissão de vistos nas embaixadas brasileiras, o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, disse que um dos objetivos era justamente combater a atuação de
grupos exploradores em rotas clandestinas.

Emissão de vistos
Segundo o Itamaraty, em 28 de setembro de 2015 foi inaugurado em Porto Príncipe, em
parceria entre a Embaixada do Brasil no Haiti e a Organização Mundial para a Imigração, um
novo centro de atendimento para demandas de vistos de haitianos que querem ir ao Brasil.
Ainda segundo o órgão, em 2015, a média diária de vistos para haitianos foi de aproximadamente
78. As emissões de vistos têm prazos estipulados e seguem as resoluções normativas do
Conselho Nacional de Imigração (CNIg).

Abrigo deve ser mantido


Mesmo com queda na quantidade de imigrantes instalados no abrigo de Rio Branco, Mourão
explicou ao G1 que o local não deve ser desativado. Ele afirma que o governo possui um
contrato a cumprir até o final do mês de junho.
"Temos que aguardar pelo menos até o final de junho para ver se esses números se estabilizam.
Caso isso aconteça, é porque a rota foi desativada", afirmou.
Desde 2010, o Acre se tornou porta de entrada no Brasil para imigrantes ilegais, que utilizam
a fronteira do Peru com a cidade de Assis Brasil, distante 342 km da capital. Os haitianos são
maioria entre os que utilizaram a rota. Os grupos deixaram sua terra natal depois que um forte
terremoto que matou mais de 300 mil pessoas e devastou parte do país em 2010.
http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/01/n-de-haitianos-que-entram-no-brasil-pelo-acre-cai-96-em-12-
meses.html

UM PORTO SEGURO
13/05/2016
O Brasil contabiliza 8.863 refugiados de 79 nacionalidades. Nos últimos cinco anos as
solicitações de refúgio no Brasil cresceram 2.868%, passando dos 966 casos registrados em
2010, para 28.670 em 2015.

1902 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Os sírios já são mais de um quarto dos refugiados reconhecidos no Brasil, totalizando 2.298
pessoas, segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), divulgados nesta
terça-feira (10/05).
Atualmente, 8.863 refugiados de 79 nacionalidades distintas vivem no Brasil. Após a Síria, os
principais países de origem são Angola (1.420), Colômbia (1.100) e República Democrática do
Congo (968).
Como antecipado pela DW Brasil, o relatório mostra também que o número de solicitações de
refúgio ficou praticamente estável em 2015, após uma explosão dos pedidos desde 2010.
Em 2015, 28.670 pessoas solicitaram refúgio no país, somente 285 a mais do que em 2014. Nos
anos anteriores, o crescimento havia sido superior a 2.000%, segundo o comitê. Em 2014, o
Brasil foi o país da América Latina com a maior quantidade de solicitações.
De acordo com o Conare, a desaceleração dos pedidos se explica por uma alteração no fluxo de
migração do Haiti. Antes, a entrada era realizada majoritariamente por terra, através do Acre.
Agora os haitianos chegam, na maioria dos casos, pelos aeroportos.
Apesar de não serem considerados refugiados pelo governo brasileiro, mas imigrantes, os
haitianos entravam com pedidos de refúgio, o que fez os números dispararem. Com a mudança
da rota, eles já chegam ao país com vistos humanitários, emitidos na embaixada em Porto
Príncipe.

Acordo com a União Europeia


Durante a apresentação do relatório, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, falou sobre a
proposta brasileira de cooperação com a Alemanha e União Europeia para o reassentamento
de refugiados.
O objetivo seria aumentar a entrada de sírios no Brasil, contribuindo para amenizar a maior
crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo o Conare, a União Europeia
custearia as viagens e, posteriormente, políticas de integração dos reassentados no Brasil.
“A ideia era receber refugiados diretamente dos acampamentos na Síria, Líbano e Jordânia,
para diminuir essa pressão [migratória], que produziu um spillover para a Europa”, afirmou
Aragão.
O ministro disse ainda que não há uma definição sobre o número de refugiados que viriam ao
país por meio desse programa.
“Não estamos falando em escalas parecidas com a negociação entre a Turquia e a União
Europeia. Se trata de uma escala bem mais modesta. Até porque a distância do Brasil do centro
do conflito nos coloca em uma posição diferenciada.”
Ainda assim, o ministro disse que havia a previsão inicial de trazer cerca de cem mil refugiados
ao país, em um ritmo de 20 mil por ano. Aragão destacou, entretanto, que isso só seria possível
com a cooperação e o financiamento internacional.
“Esse não é um esforço exclusivamente brasileiro, é internacional, por isso o Brasil precisa de
ajuda. Que não é somente em recursos materiais, é também de know-how e ativos técnicos. O
Brasil precisa saber lidar com fluxos maiores de refugiados”, afirmou.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1903
As crises econômica e política também teriam prejudicado as negociações sobre o assunto, de
acordo com o ministro. “Nós temos um ano extremamente complicado e agora agravado pela
crise política, que levou à paralisação de todos esses esforços.”

Política de Estado
Perguntado sobre a possível mudança de governo, que pode ocorrer com impeachment da
presidente Dilma Rousseff, Aragão disse que não haveria mudanças significativas na política
para imigrantes.
Segundo ele, as demandas por refúgio vão continuar existindo, e o Brasil vai precisar atuar
como forma de se colocar estrategicamente no cenário internacional.
“Nossa posição sobre refúgio é uma posição de Estado, não de governo. Que tem, aliás, uma
longa tradição. E a posição do Brasil no mundo depende muito do seu grau de solidariedade.
Esse é um compromisso que o Brasil vai ter que firmar, mais cedo ou mais tarde.”

Angola e Venezuela
Segundo o Conare, houve um aumento no número de imigrantes angolanos no final de 2015 e
no início de 2016. Eles buscaram se estabelecer principalmente na cidade de São Paulo.
“Iniciou-se um processo de verificação em todo o fluxo migratório, desde a origem, em Luanda,
até a entrada, para tentar identificar se havia ou não algum tipo de atuação de organizações
criminosas. Esse trabalho coube e cabe à Polícia Federal”, disse o secretário nacional de Justiça,
Beto Vasconcelos.
O secretário afirmou que a maioria dos angolanos que chegaram nesse período eram mulheres,
algumas gestantes, e crianças. De acordo com Vasconcelos, o acolhimento aos imigrantes foi
providenciado, e o fluxo já diminuiu.
O Conare também identificou, nos últimos meses, um crescimento no número de pedidos de
refúgio de venezuelanos no norte do Brasil, perto da fronteira com o país.
https://oestrangeiro.org/2016/05/13/um-porto-seguro/

ALFABETIZAÇÃO

MEC divulga dados da ANA 2014 (25 de setembro de 2015)


Avaliação é censitária, faz parte do Pnaic, mas foi cancelada em 2015.
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) divulgaram os dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), realizada em 2014.
Participaram do exame alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas de todo o
País. Eles foram avaliados em leitura, escrita e matemática.

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Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

De acordo com os critérios do MEC, 77,79% dos alunos brasileiros têm proficiência considerada
adequado em leitura, 65,54% em escrita e 42,93% em matemática. Pela primeira vez o
ministério declarou quais são os níveis que considera adequados (veja abaixo explicação sobre
os níveis de proficiência), dos quais especialistas divergem (veja mais aqui). Quando divulga os
resultados da Prova Brasil, o MEC não faz essa distinção. A ANA faz parte das ações do Pacto
Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), lançado em 2013.
Os dados de 2013 não foram divulgados na íntegra – apenas as médias de leitura e matemática
por nível. O MEC afirma que a aplicação de 2013 serviu de “teste do instrumento”. O ministério
alega que, a partir de agora, será possível um “acompanhamento regular”. No entanto, a prova
foi cancelada em 2015. Durante a coletiva de imprensa que anunciou os dados da avaliação,
o ministro Renato Janine Ribeiro disse que se a avaliação ocorresse novamente agora, “não
haveria tempo de fazer mudanças necessárias” e que a frequência ideal é realizar a prova
a cada dois anos. A resolução que instituiu a ANA, porém, determina que ela seja realizada
anualmente.
Assim como no caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Inep divulgou os dados
da ANA acompanhados de outros indicadores, como o de Nível Socioeconômico (INSE) e o de
Adequação da Formação Docente.
O presidente do Inep, José Francisco Soares, ressaltou que o instituto optou pela divulgação
por níveis porque, para a ANA, o importante é o diagnóstico. “Independentemente da faixa
em que o aluno se encontra, ele deve ser atendido por uma proposta pedagógica adequada”,
explicou. “A lógica da ANA é dar para a escola e para as redes a oportunidade de intervenção
relevante para cada criança.”
Sobre os dados, Janine Ribeiro ressaltou que há exemplos de sucesso em todas as unidades da
federação.

Níveis
As escalas da ANA são divididas em níveis de proficiência, assim como ocorre na Prova Brasil e
no Saeb. Em leitura e matemática, são quatro níveis, sendo o nível 1 o mais baixo e o nível 4, o
mais alto. Em escrita são 5 níveis de desempenho. O MEC considera que o aluno está proficiente
quando atinge o nível 2 em leitura e o nível 3 em escrita e em matemática.

Leitura
Os dados mostram que 22,21% dos alunos estão no nível mais baixo de leitura. Isto significa
que eles só são capazes de ler palavras, mas não de compreender frases e textos. Em 2013,
24,13% estavam nesse nível – os dados apresentam, portanto, uma pequena evolução.
No segundo nível, os alunos conseguem localizar informações explícitas em textos curtos, bem
como reconhecer a finalidade deles, entre outras competências. Em 2014, 33,96% das crianças
do 3º ano estavam nessa faixa de aprendizagem, contra 33,1% do ano anterior.
No nível 3, em que o aluno já infere sentidos em relações mais complexas (como a de causa e
consequência), estão 32,63% das crianças. Na primeira edição da prova, 32,85% estavam nesse
ponto da escala.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1905
O nível mais alto de proficiência, o quarto, em que o aluno já domina relações de tempo
em texto verbal e identifica os participantes de um diálogo em uma entrevista ficcional, por
exemplo, tem 11,2% das crianças brasileiras. Houve evolução em relação a 2013, quando eram
9,92%.
Como em outras avaliações e dados educacionais, as desigualdades entre as regiões brasileiras
são grandes. No caso de leitura, por exemplo, 44% dos estudantes se encontram no nível 1 no
Amapá e no Maranhão. Em Santa Catarina e em Minas Gerais essa taxa é de 9%. As Regiões
Norte e Nordeste têm as maiores concentrações de crianças no primeiro nível da proficiência
em leitura (35% e 36%, respectivamente) e as menores no nível 4, o mais alto (5% e 6%).

Escrita
A escala de proficiência de escrita tem cinco níveis. O primeiro concentra os alunos que não
conseguiram produzir um texto, entregaram a prova em branco ou apenas com desenhos. Do
total de crianças do 3º ano de escolas públicas que fizeram a ANA, 11,64% estão no nível 1.
A faixa de proficiência subsequente agrega os alunos que ainda trocam as letras das palavras e,
portanto, não produzem textos legíveis. O nível 2 concentra 15,03% dos alunos brasileiros.
Já o nível 3 tem 7,79% das crianças, cuja pontuação na prova mostra que elas conseguem
escrever palavras com sílabas canônicas (consoante-vogal), mas com erros. A produção textual
desses alunos é considerada inadequada à proposta da avaliação.
O nível 4 é o que concentra a maioria dos alunos: 55,66%. É nele, segundo o MEC, que começa
a aquisição do texto por parte do aluno, já que conectam as partes do texto e conseguem dar
continuidade a uma narrativa – porém, ainda existem inadequações como erros de pontuação.
A taxa do nível mais alto, o 5, revela que apenas 9,88% das crianças já’ escrevem de acordo com
o que se espera ao fim do ciclo de alfabetização.
Assim como em leitura, na escrita as desigualdades regionais se mostram presentes. A Região
Nordeste tem uma quarto dos alunos no nível 1 e a menor taxa, junto aos estados do Norte,
para o nível 5: 4%. Por sua vez, a Região Sul tem a menor concentração de alunos no primeiro
nível (5%), enquanto o Sudeste tem o melhor índice para o nível 5: 15% das crianças.

Matemática
No nível 1 da escala em matemática, as crianças do fim do ciclo de alfabetização conseguem
ler as horas em relógios digitais e medidas em instrumentos (como termômetros e réguas ), por
exemplo. Segundo os dados da ANA, 24,29% das crianças estão nesse nível, contra 23,7% da
edição passada da prova.
No nível 2 estão 32,78% dos alunos (em 2013, eram 34,16%). Nessa faixa de proficiência, as
crianças conseguem fazer as operações de adição (com até 3 algarismos) ou subtração (com até
2 algarismos), mas sem reagrupamento. Elas também reconhecem figuras geométricas planas
por seus nomes, entre outras competências.
O nível subsequente é o dos alunos que já são capazes de completar sequências numéricas
decrescentes (de números não consecutivos) e identificar frequências iguais em gráfico de
colunas. Nele, estão 17,78% das crianças que fizeram a ANA. Em 2013, eram 18,23%.
No ponto mais alto da escala estão 25,15% dos alunos (23,91% na edição anterior da prova).
No nível 4, os alunos identificam categorias associadas a frequências específicas em gráficos

1906 www.acasadoconcurseiro.com.br
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de barra e também calculam operações de adição de duas parcelas de até 03 algarismos (com
mais de um reagrupamento – na unidade e na dezena).
Entre as regiões, novamente o Nordeste tem os piores resultados, concentrando 39% das
crianças no nível 1. O Norte apresenta a menor no melhor nível, o 4, com 12%.
Já o Sudeste tem a menor taxa no nível 1 (14%) e a maior no 4 (36%) do Brasil.
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/35337/mec-divulga-dados-da-ana-2014/

Analfabetismo ainda atinge 27% dos brasileiros e desafios são grandes


Apesar dos avanços nos últimos anos, o desafio da alfabetização vai muito além de assinar o
nome. Um deles é levar de volta alunos para a escola.
Para muitos brasileiros, a volta às aulas tem um significado ainda mais importante. Hoje, 27%
dos brasileiros não sabem ler, nem escrever e muitos mal conhecem o significado das palavras.
Apesar dos avanços nos últimos dez anos, como a inclusão de gente nas escolas, não basta só
assinar o nome, o desafio da alfabetização vai muito além. É a nossa garantia do futuro.
E um dos desafios é levar de volta alunos para a sala de aula. Jovens e adultos que vivem
realidades muito diferentes e que precisam ser incluídos.
Um levantamento do Instituto Paulo Montenegro em parceria com o Ibope acompanha a
redução do analfabetismo e chama atenção para os brasileiros que estudam até oito anos e,
mesmo assim, têm dificuldades de entender o que é uma ironia e diferenciar notícia de opinião.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/02/analfabetismo-ainda-atinge-27-dos-brasileiros-e-desafios-
sao-grandes.html

MOVIMENTOS SOCIAIS

http://imguol.com/c/noticias/2013/06/29/29jun2013---o-chargista-luiz-fernando-cazo-retrata-o-contexto-das-
reunioes-entre-politicos-e-movimentos-sociais-1372554282478_956x500.jpg

www.acasadoconcurseiro.com.br 1907
Em ato na Paulista, movimentos sociais dizem não reconhecer governo Temer
Segundo Frente Povo Sem Medo, ação não é em defesa da presidenta afastada pelo golpe, mas
da democracia e dos direitos sociais
Brasília – Em manifestação no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) desde o fim da
tarde de hoje (12), movimentos sociais da Frente Povo Sem Medo disseram não reconhecer
como legítimo o governo do presidente interino Michel Temer e prometeram intensificar a
mobilização nas ruas do país.
O coordenador do movimento, Guilherme Boulos, disse que a ação não é em defesa da
presidenta afastada Dilma Rousseff, mas da democracia e dos direitos sociais.
"Não estivemos na rua defendendo a Dilma, estivemos nas ruas defendendo a democracia
contra o golpe e defendendo direitos sociais. Permanecemos mais do que nunca agora nas ruas,
porque o que hoje se estabeleceu no país é algo muito grave. A partir do dia de hoje, temos
um presidente ilegítimo na cadeira da Presidência da República", disse. "Não reconhecemos a
legitimidade de um governo que não seja um governo eleito", completou.
Os manifestantes pretendem percorrer em passeata a Avenida Paulista até a sede da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e, depois seguir até o escritório na Presidência da
República em São Paulo, também na Paulista.
"Aqueles que acham que o ato do Senado, consumado na manhã de hoje, vai pacificar o país –
eu não sei se alguém ainda acredita nessa fábula – se alguém acredita nisso, vai ter a resposta
nas ruas. Isso, seguramente, vai intensificar as mobilizações pelo país", destacou Boulos.

Equipe ministerial
O coordenador da frente, que reúne mais de 30 movimentos nacionais, criticou a política social
e econômica do governo Temer. Segundo Boulos, o ministério do presidente interino é formado
por "corruptos notáveis" e deverá servir à retirada de direitos sociais. "Disseram que iria ser um
ministério de notáveis, o que nós estamos vendo é que é um ministério de corruptos notáveis",
disse.
"É um retrocesso democrático, uma ferida na democracia brasileira quando se dá um golpe
como esse, um golpe institucional. Ainda há iminência de retrocessos maiores quando se tenta
aplicar um programa desastroso, de terra arrasada, de regressão social que ataca direitos
sociais, que busca atacar programas sociais. Não vamos admitir isso", acrescentou.

Fiesp
Por volta das 19 horas, os manifestantes, que chegavam a 30 mil, segundo os organizadores,
concentraram-se perto da sede da Fiesp. Um cordão de policiais impediu, no entanto, que o
grupo alcançasse a frente do prédio. Membros dos movimentos sociais gritaram palavras de
ordem, como "Fora Temer" e "A verdade é dura, a Fiesp apoiou a ditadura, e ainda apoia". Um
pato de papel foi queimado, em referência ao símbolo utilizado pela federação em campanha
contra impostos.

1908 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

Mais cedo, em discurso feito no microfone do carro de som, o coordenador da Frente Sem
Medo, Guilherme Boulos, fez duras críticas à federação. Boulos ressaltou que a Fiesp apoiou o
"golpe" e articula-se para que o povo mais pobre agora fique com o prejuízo da crise, "pague
o pato". "Hoje estamos tranquilos. Mas vai chegar o dia em que vamos tomar aquele prédio e
tirar o Skaf [Paulo Skaf, presidente da federação] pelo colarinho", disse.
Boulos ainda voltou a fazer críticas a retirada de direitos sociais, e destacou que se isso ocorrer,
o movimento social irá reagir. "Se mexerem nos recursos dos programas sociais, esse país vai
pegar fogo. Essa é a receita para virar o país", disse.
Às 19h40, os manifestantes ocupavam todas as oito faixas de cerca de dois quarteirões da
Avenida Paulista e seguiam em passeata até ao escritório da Presidência da República.
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/05/em-ato-na-paulista-movimentos-sociais-dizem-nao-
reconhecer-governo-temer-6127.html

Ministro diz que combaterá "atitudes criminosas" de movimentos sociais.


O novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, disse hoje (12) que apoiará a
Operação Lava Jato e incentivará o combate à corrupção. "Combate total à corrupção. A Lava
Jato hoje é o simbolo desse combate à corrupção", afirmou Moraes a um grupo de jornalistas,
após participar da cerimônia de posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Gilmar Mendes.
"Se é que é possível melhorar a operação, ampliar com mais celeridade, mais efetividade, se é
que é possível, é uma belíssima operação, com muita estratégia", acrescentou.
A pasta comandada por Moraes incorporou o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e
Direitos Humanos, que foi extinto. O ministro deixou a Secretaria de Segurança Pública de São
Paulo para assumir a pasta. Algumas controvérsias envolveram a gestão.
Em janeiro, Moraes foi alvo de críticas de movimentos sociais após negar abusos da Polícia
Militar na dispersão de manifestantes em protestos contra o aumento de passagens na capital
paulista. Na ocasião, os manifestantes foram encurralados pela tropa de choque. Diversas
imagens publicadas em redes sociais mostraram cidadãos e jornalistas sendo agredidos por
policiais.
Perguntado sobre as críticas que recebeu, o ministro negou: "Não fui bastante questionado
não. São dois, três jornalistas que questionam, não a população". Diante da insistência na
pergunta, questionou: "Qual movimento social? Me diga um."
"Como todo movimento social, o MTST [Movimento dos Trabalhadores sem Teto] tem todo o
direito de se manifestar. Mas o MTST, ABC ou ZYH serão combatidos a partir do momento em
que deixam o livre direito de se manifestar para queimar pneus, colocar em risco as pessoas,
que são atitudes criminosas", adiantou.
Em seu discurso de posse na secretaria, Moraes defendeu o uso de balas de borracha por
policiais no controle de multidões. O recurso chegou a ser proibido por uma lei aprovada pela
Assembleia Legislativa de São Paulo, mas que acabou vetada pelo governador Geraldo Alckmin.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1909
Outro tema que gerou fortes críticas de juristas e especialistas foi a decisão da secretaria,
que, em fevereiro, resolveu tornar sigilosos por 50 anos todos os boletins de ocorrência
registrados pela polícia em São Paulo. Foram classificados como secretos também os manuais e
procedimentos da Polícia Militar paulista. A decisão foi assinada por Geraldo Alckmin.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-05/justica-ministro-diz-que-combatera-atitudes-
criminosas-de-movimentos

Dilma teme que governo Temer use violência contra movimentos sociais.
A presidente afastada Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (13), em entrevista para veículos de
comunicação estrangeiros, no Palácio da Alvorada, que teme o uso de "mecanismos ilegítimos"
por parte do governo Temer contra movimentos sociais que farão oposição a ele. Cerca de 30
veículos estavam presentes.
"Não sei se não existe risco de reações violentas [a protestos]. Um governo ilegítimo sempre
precisa de mecanismos ilegítimos para se manter no poder", afirmou a petista, em trecho
divulgado pela agência Reuters.
A exemplo do que disse nos dois discursos que deu na última quinta, dia que foi confirmado seu
afastamento, Dilma ressaltou que o governo federal, sob seu comando, não reprimiu nenhum
ato de oposição.

Wall Street Journal


Outro veículo presente na entrevista coletiva, o norte-americano Wall Street Journal deu
destaque ao trecho em que a petista diz estar confiante para reverter a decisão provisória do
Senado Federal no julgamento definitivo, a ser realizado novamente na Casa.
"Acredito na minha defesa. Viajarei para qualquer lugar que me convidarem para explicar os
pontos do meu caso", declarou. "O processo não tem base legal, é um golpe de Estado. É um
mecanismo político pelo qual pessoas que não foram eleitas conseguiram chegar ao poder".
Durante o período de afastamento de Dilma Rousseff por até 180 dias, o vice da chapa que
venceu as eleições de 2014, Michel Temer (PMDB-SP), ficará no cargo interinamente.
O Wall Street Journal ainda relata que Dilma criticou a reforma ministerial promovida por
Temer, que reduziu para 23 (antes eram 32) o número de pastas e nomeou apenas homens
brancos para os cargos, logo no dia de sua posse.
"Lamento que não tenham mulheres ou negros na administração depois de tantos anos [a
última vez havia sido no governo militar de Ernesto Geisel, entre 1974 e 1979]. Discriminações
raciais e de gênero são um problema sério no Brasil", disse.
"É um governo que reflete um lado bastante claro, será um governo liberal na economia e
extremamente conservador na área cultural, social. Está mostrando isso na sua formação",
avaliou Dilma na entrevista.
Segundo sua agenda, a presidente afastada deixará Brasília rumo a Porto Alegre ainda nesta
sexta-feira, onde tirará alguns dias de descanso para depois voltar a defender o seu mandato.

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"Teremos que nos defender também politicamente, porque esse é um juízo jurídico e político".
O novo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta acreditar que as medidas
adotadas pelo governo do presidente interino Michel Temer em "resposta à sociedade"
vão assegurar que o peemedebista seja confirmado no cargo definitivamente. "Nós temos
convicção que vamos fazer um trabalho como governantes que vai nos assegurar que o governo
que hoje é provisório se torne definitivo antes dos 180 dias. Fruto da resposta que possamos
dar à sociedade", afirmou Padilha, ao responder a pergunta de uma jornalista sobre o motivo
de um governo interino estudar medidas de longo prazo, como a reforma da Previdência.
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/13/dilma-teme-que-governo-temer-use-violencia-
contra-movimentos-sociais.htm

GRÁFICOS:

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/piramide-etaria-brasileira-atual.jpg

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%C3%A0s-05.17.52.png

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populacional-nesta-semana-1-10-2013-18-23-4-936.jpg

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a%CC%80s-17.21.15.png

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DEBATES: FAMÍLIA

Família: Sociedade coloca conceito do fenômeno em disputa.


Qual é a definição correta de família? Existe um conceito correto? As definições antigas dão
conta da diversidade que a sociedade contemporânea vivencia em suas relações?
Para muitos essa é uma questão polêmica. No Brasil, o tema ganhou destaque após o site da
Câmara dos Deputados colocar no ar uma enquete que questiona se você é a favor ou contra o
conceito de família como núcleo formado “a partir da união entre homem e mulher”, prevista
no projeto de Lei 6583/13, do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), que cria o Estatuto da
Família.
O deputado argumenta que “a família vem sofrendo com as rápidas mudanças ocorridas
em sociedade” e, no texto do projeto, apresenta diretrizes de políticas públicas voltadas
para a entidade familiar e obriga o poder público a garantir as condições mínimas para a
“sobrevivência” desse núcleo. A proposta dele define família como o núcleo formado a partir da
união entre homem e mulher, por meio de casamento, união estável ou comunidade formada
pelos pais e seus descendentes.
A família é um fenômeno social presente em todas as sociedades e um dos primeiros ambientes
de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e
influências culturais; se define em um conjunto de normas, práticas e valores que têm seu
lugar, seu tempo e uma história.
Muitos fatores contribuem para dar forma ao que reconhecemos como família: as normas e
ações impostas pelo Estado (quando ele beneficia determinado tipo de família em questões
legais, previdenciárias, acaba legitimando este tipo e desestimulando outros) , as relações
trabalhistas (quando as oportunidades no mundo do trabalho moldam as escolhas feitas
pelos indivíduos na vida pessoal), o âmbito da sexualidade e afetos, as representações dos
papéis sociais de mulheres e homens, da infância e das relações entre adultos e crianças, a
delimitação do que é pessoal e privado por práticas cotidianas, e as leis. Tudo isso interfere na
vida doméstica e molda os papéis de homens e mulheres dentro e fora de casa.
No Brasil, o conceito de família teve diferentes abordagens. Na Constituição Federal de 1967,
anterior ao regime democrático, o artigo 167 descrevia que “a família é constituída pelo
casamento". Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 o conceito de família foi
ampliado e passou a ser entendido como “a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes”.
Pelo Novo Código Civil Brasileiro, instituído em 2003, a família deixou de ser aquela constituída
unicamente através do casamento formal, ou seja, composta de marido, mulher e filhos. No
Código de 1916, em vigência anteriormente, o casamento definia a família legitima e legitimava
os filhos comuns.
O novo código reconhece que a família abrange as unidades familiares formadas pelo
casamento civil ou religioso, união estável ou comunidade formada por qualquer dos pais ou
descendentes, ou mãe solteira. O conceito de família passou a ser baseado mais no afeto do
que apenas em relações de sangue, parentesco ou casamento.

1916 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Já o IBGE, para realizar o Censo em 2010, definiu como família o grupo de pessoas ligadas por
laços de parentesco que vivem numa unidade doméstica. Essa unidade doméstica pode ser de
três tipos: unipessoal (quando é composta por uma pessoa apenas), de duas pessoas ou mais
com parentesco ou de duas pessoas ou mais sem parentesco entre elas.
O levantamento fez um retrato da família brasileira: na maioria das unidades domésticas
(87,2%) as famílias são formadas por duas ou mais pessoas com laços de parentesco. As pessoas
que vivem sozinhas representam 12,1% do total e as pessoas sem parentesco são 0,7%. Na
comparação entre 2000 e 2010, houve um crescimento na proporção pessoas morando sozinhas
(antes de 9,2%) e de famílias tendo a mulher como responsável (de 22,2% para 37,3%), fato que
ocorre, principalmente, pela emancipação e ingresso da mulher no mercado de trabalho.
Especialistas e intelectuais afirmam que não há um conceito único de família e que ele
permanece aberto, em construção, e deve acompanhar as mudanças de comportamento,
religiosas, econômicas e socioculturais da sociedade. Alas mais conservadoras da sociedade e
de diferentes religiões não compartilham dessa visão e mantém o entendimento de que o fator
gerador da família é o casamento entre homem e mulher, os filhos gerados dessa união e seus
demais parentes.
Mas, com o passar do tempo, novas combinações e formas de interação entre os indivíduos
passaram a constituir diferentes tipos de famílias contemporâneas: a nuclear tradicional
(um casal de homem e mulher com um ou dois filhos, sendo a relação matrimonial ou não);
matrimonial; informal (fruto da união estável); homoafetiva; adotiva; anaparental (sem a
presença de um ascendente); monoparental (quando apenas um dos pais se responsabiliza pela
criação dos filhos); mosaico ou pluriparental (o casal ou um dos dois têm filhos provenientes
de um casamento ou relação anterior); extensa ou ampliada (tem parentes próximos com os
quais o casal e/ou filhos convivem e mantém vínculo forte); poliafetiva (na qual três ou mais
pessoas relacionam-se de maneira simultânea); paralela ou simultânea (concomitância de duas
entidades familiares), eudomonista (aquela que busca a felicidade individual), entre outras.
O principal desafio é reconhecer a legitimidade desses novos tipos de famílias, que precisam
dessa oficialização para ter seus direito jurídicos, previdenciários, entre outros, garantidos.
Quando o Estado e a sociedade não reconhecem essas famílias como legítimas (por diferentes
motivos), devido ao conflito entre os valores antigos e o estabelecimento de novas relações,
acabam estimulando alguns modos de vida e desestimulando outros. No entanto, isso acaba
oferecendo proteção e vantagens para uns em detrimento de outros.
“A ideia de que a família corresponde ao casamento, heterossexualidade e procriação
determinou por muito tempo a fronteira da legitimidade das famílias”, comenta a autora Flávia
Biroli no livro Família – Novos Conceitos, ao falar da noção moderna de família.
Segundo ela, a ruptura, ainda que parcial dessa idealização do conceito de família é resultado
da ação de movimentos sociais, feministas e LGBT, e de juristas e políticos que entenderam que
os direitos individuais incluem o direito de casar-se e o serem beneficiados com as vantagens
relacionadas ao casamento nas nossas sociedades.
Além da diversidade de tipos de família na nossa sociedade, ainda precisamos compreender a
realidade de outros países e culturas (principalmente as não ocidentais), onde muitas vezes um
comportamento que é proibido em nosso território, é permitido. Entre esses comportamentos
estão a exogamia (união de membros de grupos diferentes, como japonês com alemã, italiano

www.acasadoconcurseiro.com.br 1917
com africana, etc), a endogamia (união entre parentes ou pessoas com a mesma ascendência),
a bigamia, o incesto, a poligamia, entre outros.
Se voltássemos a Idade Média, veríamos que não eram incomuns casos de reis e rainhas
europeus que se casando com primos e irmãos para manter unidos seus reinos e fortunas. No
caso da poligamia, um casamento que engloba dois ou mais parceiros, trata-se de uma prática
que vem de culturas e religiões antigas, em muitos casos, iniciada pelo fato de existirem mais
mulheres do que homens.
Na África, por exemplo, a poligamia para os homens é permitida e reconhecida legalmente em
muitos países, como Líbia, Marrocos, Quênia, entre outros. Na África do Sul a poligamia é um
direito que está na Constituição. Qualquer homem sul-africano pode ser casado com até quatro
mulheres. Todas recebem o sobrenome do marido e têm os mesmos direitos perante a lei.
No caso da poligamia para mulheres (chamada poliandria), por muitos séculos ela foi praticada
no isolado Vale Lahaul, no Himalaia, na Índia. Ali, era muito comum o casamento de irmãos
com a mesma mulher, por exemplo. Essas famílias eram pequenas, como o trabalho não era
distante não havia muito contato com outras aldeias. Hoje, com o desenvolvimento do local,
o crescimento econômico e os avanços tecnológicos, o vale antes isolado ganhou estradas,
telefones, e a população pode se deslocar, trabalhar longe e almejar outra vida. As famílias
poliândricas começam a desaparecer.
O mais importante nesta questão é que a diversidade da vida afetiva e familiar seja abordada de
maneira que seu contexto e papel sejam compreendidos antes de serem julgados e que garanta
a igualdade dos indivíduos – no acesso a recursos e ao reconhecimento social, e também na
sua autonomia para tomar decisões sobre a própria vida.
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/familia-sociedade-coloca-conceito-do-
fenomeno-em-disputa.htm

O Estatuto da Família
Muito discutido nas últimas semanas, um projeto de lei aprovado pela Comissão Especial do
Estatuto da Família define como família o núcleo social surgido de união entre um homem e
uma mulher, por meio de casamento ou união estável. Assim, ficam excluídos da definição
de família desse projeto, alegam pessoas contrárias ao projeto, uniões entre homossexuais,
de famílias formadas por pais e mães solteiros, além de outras possibilidades alternativas de
arranjos familiares.
Afinal, o que é esse estatuto e por que ele está sendo discutido?
O que é o Estatuto da Família
O Projeto de Lei 6.583 de 2013, que cria o Estatuto da Família, tem muita importância para toda
a população brasileira, uma vez trata dos direitos da família, que é reconhecida no artigo 226
da Constituição como a “base da sociedade” e que, por isso, “tem proteção especial do Estado”.
O estatuto trata das políticas públicas voltadas para atender a família em áreas como saúde,
segurança e educação.
A controvérsia está justamente no conceito de família trazido pelo estatuto. Ronaldo Fonseca,
deputado que foi um dos relatores da comissão especial do estatuto, afirma que limitar o

1918 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Sociedade e Movimentos Sociais – Prof. Cássio Albernaz

conceito de família apenas às uniões entre homem e mulher e seus descendentes é justificável
porque “… apenas da família, há a presunção do exercício desse relevante papel social que a faz
ser base da sociedade”. Ou seja, a família deve ser definida, segundo esses deputados, apenas
segundo sua capacidade de gerar filhos, capacidade restrita a casais heterossexuais.
Mas que diferença faria?
Ainda não se sabe ao certo quais os efeitos do Estatuto. Para alguns, como o Instituto Brasileiro
de Direito da Família, essa lei causaria a anulação de milhares de adoções e casamentos. Já
para outros, como o presidente da comissão de Direito da Família da OAB-SP, essas anulações
não poderiam ocorrer. Ele discorda inclusive da necessidade de se criar um estatuto desse tipo,
defendendo uma atualização do Direito de Família no Código Civil, que já trata do mesmo tema
do Estatuto.
Inconstitucional?
O Estatuto da Família parece estar dessincronizado com recentes decisões do Supremo Tribunal
Federal, o que pode levar o projeto a ser considerado inconstitucional. Em 2011, os ministros
admitiram a união estável entre pessoas do mesmo sexo, com os mesmos efeitos de uma união
estável heterossexual. O STF fez sua decisão baseado nos princípios de não discriminação
baseado em etnia, religião ou orientação sexual.
Depois disso, foi a vez do Conselho Nacional de Justiça, em resolução de 2013, regulamentar o
casamento homoafetivo, obrigando todos os cartórios a celebrar esses casamentos.
Além disso, juristas afirmam que o Código Civil também não exclui a possibilidade de proteção
legal de casais homoafetivos.
Alternativa: o Estatuto das Famílias
Enquanto o Estatuto da Família é discutido na Câmara, tramita em paralelo no Senado o Projeto
de Lei 470/2013. De iniciativa da senadora Lídice da Mata, o projeto pretende criar o Estatuto
das Famílias – e o uso do plural faz toda a diferença nesse caso. Em análise desde 2013 na
Comissão de Direitos Humanos do Senado, esse projeto reconhece a relação homoafetiva como
entidade familiar, assim como outros arranjos familiares, como famílias fora do casamento, de
casamentos anteriores e aquelas formadas por enteados, padrasto ou madrasta. Portanto, esse
projeto contradiz o Estatuto da Família.
A ideia, segundo a senadora, é criar uma cultura de paternidade responsável, responsabilizando
aqueles que mantêm famílias paralelas. Além disso, o reconhecimento de arranjos homoafetivos
garantiria a elas um amparo legal ainda pouco estruturado atualmente. O projeto ainda deve
ser discutido em audiências públicas.
Próximas etapas
Note que ainda falta um longo caminho para que o Estatuto da Família (o projeto criado na
Câmara) vire mesmo lei (aprenda mais sobre o processo de criação de leis aqui). O Estatuto foi
aprovado em caráter conclusivo pela comissão especial da família na Câmara dos Deputados.
Isso significa que ele nem precisa passar pela votação do Plenário da Câmara para ir ao Senado,
a não ser que 51 deputados peçam recurso ao Plenário. Se aprovado também no Senado, o
projeto ainda passa pela sanção presidencial. Se a presidente vetar o projeto, esse veto ainda
pode ser derrubado pelo Congresso.

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Mesmo que sobreviva a todas essas etapas, é provável que o projeto ainda seja levado ao
Supremo Tribunal Federal, onde deve ser considerado inconstitucional, pelos motivos citados
acima. É por isso que muitos consideram que essa lei já nascerá morta.
http://www.politize.com.br/leis/politize-explica-o-estatuto-da-familia/

Projeto de lei prevê aumento de pena para aborto em caso de


microcefalia
Deputado quer aumentar em um terço até a metade a pena quando o aborto for cometido
em razão da microcefalia ou qualquer outra anomalia do feto, provocado ou consentido pela
gestante ou por terceiros, com ou sem o aval da mulher.
Autor do projeto do Estatuto da Família, já aprovado em comissão na Câmara, o deputado
federal Anderson Ferreira (PR-PE) apresentou outra proposta polêmica à Casa. O projeto
aumenta a pena no caso de aborto cometido em razão da microcefalia ou outra anomalia do
feto.
Para o deputado, não é o aborto que resolve os problemas da sociedade, mas sim o Estado dar
condições para uma vida digna. “Sou autor do projeto Estatuto da Família, que já foi aprovado
na Câmara dos Deputados. A intenção foi justamente criar um instrumento para as famílias
poderem cobrar e ter acesso às políticas públicas. Quando uma criança nasce tem direito à
saúde, educação, segurança, alimentação. Está na Constituição”, diz Ferreira.
O Projeto de Lei 4.396/2016, que altera o artigo 127 do Código Penal, prevê o aumento da pena
em um terço até a metade quando o aborto for cometido em razão da microcefalia ou qualquer
outra anomalia do feto, provocado ou consentido pela própria gestante ou por terceiros, com
ou sem o aval da mulher.
A apresentação do projeto, segundo Ferreira, é uma reação “à tentativa de um movimento
feminista, que quer se aproveitar de um momento dramático e de pânico das famílias, para
retomar a defesa do aborto em nosso país”. A circulação do vírus Zika no Brasil e a associação
da infecção em gestantes a casos de microcefalia em bebês reacendeu no país o debate sobre
o aborto. Mas, para o deputado, a melhor forma de evitar o surto de microcefalia é combater
o mosquito Aedes aegypti com medidas efetivas e criar mecanismos de prevenção junto à
sociedade.
Um grupo composto por advogados, acadêmicos e ativistas prepara uma ação, a ser entregue
ao Supremo Tribunal Federal (STF), que cobra o direito de a mulher de interromper a gravidez
em casos de infecção pelo vírus Zika. “O que queremos garantir é que haja o acesso ao aborto
livre de estigma, combinado ao acesso à informação sobre a infecção e a epidemia, para que as
mulheres possam tomar a melhor decisão para si”, disse a antropóloga e pesquisadora Debora
Diniz, que está à frente do trabalho.
Segundo ela, a ação está sendo preparada e deve ser proposta em breve, mas os detalhes sobre
como seria estruturado o atendimento ao aborto legal nesses casos devem ser definidos pela
política pública de saúde, assim como é hoje para as demais situações. O aborto é permitido no
Brasil nos casos de anencefalia do feto, estupro ou se a gestante corre risco de vida.
Para o deputado Anderson Ferreira, o movimento não leva em conta que o diagnóstico da
microcefalia só ocorre do sexto ao oitavo mês de gestação, quando a criança já está formada.
“Há vidas em jogo. em vez de querer matar o mosquito, os defensores do aborto querem

1920 www.acasadoconcurseiro.com.br
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matar a criança. E acrescentei no projeto outras anomalias porque há vários outros tipos de
problemas que afetam os fetos.”
Segundo ele, há vários casos de crianças que nasceram com microcefalia e hoje levam vida
normal. “Quem defende aborto nestes casos defende uma seleção de seres humanos, que só
tenha direito a nascer quem for perfeito fisicamente.”
A tentativa do deputado é inibir o aborto. “Quis deixar de uma forma clara o crime gravíssimo
que são [os abortos] em casos de microcefalia e outras anomalias, por haver ausência deste
termo no Código Penal. E para que não haja interpretação nova no STF, justamente pela
ausência da clareza”, disse o parlamentar.
Débora Diniz destacou que, além de dar o direito de escolha às gestantes infectadas pelo vírus
Zika, a ação no STF vai pedir, para as mães de bebês com deficiência, políticas sociais mais
abrangentes, a fim de aumentar o apoio às necessidades de saúde, de educação, de inclusão
social das crianças.
Para a antropóloga, o deputado age de má-fé ao propor aumentar a pena para aborto em
caso de “qualquer outra anomalia do feto”. “O projeto de lei ignora deliberadamente o direito
ao aborto legal em caso de anencefalia garantido por decisão do STF. O deputado pretende
retroceder ainda mais no acesso ao aborto legal sem dizê-lo abertamente. Propostas como essas
só evidenciam que o Congresso Nacional não está comprometido com a defesa dos direitos das
mulheres. Nós acreditamos que o STF, diferente do Congresso, será capaz de analisar a questão
sob a ótica de proteção de direitos, como é sua função”, disse.
Além da maior punição a quem pratica o aborto, o deputado Anderson Ferreira defende que haja
a ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para a pessoa com deficiência, para
que mais famílias possam ser atendidas pelo programa. Famílias de crianças com microcefalia
com renda até um quarto de salário mínimo per capita têm direito ao benefício. Segundo
Ferreira, também tramita um projeto na Câmara dos Deputados prevendo indenizações para os
casos de microcefalia.
Sobre os casos de mulheres que morrem ao recorrer a clínicas clandestinas para conseguir o
aborto, o deputado disse que isso é caso para a polícia.
O Código Penal prevê pena de detenção de um a três anos para a mulher que causar aborto
em si mesma ou consentir que outra pessoa provoque a interrupção da gestação. Se o aborto
for provocado por terceiros sem o consentimento da gestante, a pena é reclusão de três a dez
anos. Se houver consentimento, a pena é reclusão de um a quatro anos.
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/projeto-de-lei-preve-aumento-de-pena-para-aborto-em-caso-de-
microcefalia/

Brasil terá que escolher entre combater pobreza ou manter privilégios


fiscais, alerta Banco Mundial.
Gastos do governo com assistência social aos mais pobres são menores que um terço das
despesas com previdência para brasileiros em melhor situação. Benefícios previdenciários
ultrapassam também gastos primários com saúde e educação.
Banco Mundial destaca que a atual crise revelou necessidade de enfrentar problemas
estruturais da economia, como a baixa produtividade.

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Em relatório publicado na segunda-feira (16), o Banco Mundial alerta que a desvalorização
das commodities no mercado mundial desde 2011 e a resposta pouco eficiente do governo
brasileiro para contornar a queda dos lucros das exportações estão entre as causas da recessão
enfrentada pelo Brasil desde 2015.
A crise, porém, não precisa significar o abandono das políticas de redução da pobreza que
retiraram 24,6 milhões de brasileiros da miséria de 2001 a 2013, mesmo porque os programas
de transferência de renda custam relativamente pouco e são comprovadamente eficazes,
segundo o Diagnóstico Sistemático de País para o Brasil — documento elaborado pelo
organismo internacional.
Em 2014, iniciativas de assistência social direta aos pobres representaram 7,7% dos gastos
primários do governo brasileiro. Consideradas as despesas com saúde básica, pré-escola e
ensino fundamental, o valor sobe para 16,4%.
O percentual, no entanto, continua bem abaixo do montante de benefícios previdenciários
concedidos aos não pobres (28,9%) — recursos que movimentam um sistema de gastos rígidos
e considerado “explosivo” pelo Banco Mundial. A proporção do orçamento público dedicada
à previdência ultrapassa as fatias dedicadas a educação, saúde e ensino superior somadas
(28,6%).
Para o organismo financeiro, o momento atual exige reformas capazes de renovar o ciclo de
combate à pobreza e solucionar problemas estruturais da economia brasileira, como a baixa
produtividade e o gargalo da infraestrutura — mascarados pela alta global das matérias-primas
na última década.
Alta das commodities impulsionou renda, emprego e assistência
De acordo com o Banco Mundial, o período entre 2003 e 2013 foi marcado por uma valorização
mundial dos preços de commodities como a soja e o minério de ferro — o que permitiu ao
Brasil investir em assistência social, aumentar o nível de emprego e os salários.
As conquistas do país na luta contra a miséria representam quase 50% da redução da pobreza
em toda a região da América Latina e Caribe.
Dados do Banco Mundial indicam que, de 2004 a 2013, a geração de empregos e a redução da
informalidade foram os principais responsáveis pelo declínio da pobreza — condição de quem
vive com 140 reais por mês.
No entanto, quando considerada a queda de 62% da pobreza extrema — 70 reais mensais
per capita — para o mesmo período, o relatório destaca que esta teria sido provocada por
rendimentos não salariais, principalmente por programas de transferência de renda como o
Bolsa Família.
Apesar dos avanços, entre 2003 e 2014, enquanto os salários mínimo e real cresceram em
média 68% e 38%, respectivamente, a produtividade por trabalhador aumentou apenas 21%.
Para o Banco Mundial, a baixa produtividade do Brasil — ainda não superada — se configura
como um dos principais entraves ao crescimento econômico no período pós-2013, quando as
matérias-primas passaram a registrar forte desvalorização no mercado mundial.

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Para tentar contornar a depreciação, o governo apostou em subsídios a alguns setores da


economia, incentivos fiscais, controle de preços e crédito adicional oferecido pelos bancos
estatais.
Mas a estratégia, além de pouco eficiente para estimular o crescimento, contribuiu para
gerar um clima de incerteza que desestimulou investimentos e aumentou o déficit nas contas
públicas. Como resultado desse processo e de uma economia externa em baixa, a queda na
atividade econômica brasileira fez o PIB do país contrair 3,8% em 2015.
‘Ajuste fiscal e progresso social não são contraditórios’
O Banco Mundial aponta que, somente em 2016, o Brasil constatou a necessidade de um
doloroso ajuste macroeconômico e fiscal que, no entanto, ainda não chegou a resolver os
conflitos distributivos entre gastos com combate à pobreza e despesas previdenciárias com os
não pobres.
O organismo alerta para transferências a empresas — inclusive renúncias e transferências
fiscais implícitas por intermédio dos bancos estaduais e por meio de isenções fiscais pouco
transparentes e eficientes — que ultrapassaram 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ou quase
14% dos gastos primários.
Caso esses benefícios fossem reduzidos, mais recursos seriam liberados para melhorar os
serviços públicos e as políticas voltadas à população desfavorecida. A gestão mais eficiente de
recursos públicos e investimentos em saúde, educação e moradia poderiam avançar o combate
à pobreza.
“Brasil enfrenta o dilema de solucionar as injustiças nos gastos públicos, reduzindo as
transferências para aqueles em melhor situação, ou contemplar a necessidade de desativar
programas sociais e reverter algumas das conquistas da década de ouro”, aponta relatório.
Em março, um estudo das Nações Unidas já havia chamado atenção para injustiças fiscais no
Brasil que beneficiavam com isenção os chamados super-ricos.
Para o Banco Mundial, a crise trouxe à tona também outros desafios já existentes, como os
baixos produtividade e dinamismo associados ao “estado de abandono da infraestrutura física
do país e à limitação da concorrência resultante de regulamentações domésticas”.
De 2000 a 2013, apenas a agricultura apresentou aumento expressivo na sua produtividade
(105,6%), ao passo que a indústria registrou queda (-5,5%) e serviços verificaram uma taxa
quase constante. Curiosamente, o setor industrial registrou o maior aumento de vagas de
trabalho — o que sugere que a maior parte dos postos não têm um rendimento tão alto quanto
poderiam.
O organismo internacional destaca ainda os fracos incentivos à inovação, inclusive à adaptação
de tecnologias, devido a uma série de intervenções governamentais ineficientes.
A superação dessas obstáculos exigirá o aprimoramento de formas de gestão e a capacitação
da mão de obra que poderia utilizar novas tecnologias nas cadeias produtivas, tornando-as
mais dinâmicas e competitivas.
Mesmo com o aumento dos investimentos públicos em Pesquisa & Desenvolvimento, iniciativas
ainda não se traduziram em transformações significativas da produção do Brasil, ainda uma
país de tecnologia média.

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Atualidades

Uma crise prisional que já extrapola as prisões brasileiras


Quase 60.000 pessoas são mortas no Brasil anualmente, parte delas por causa da guerra entre
facções

pulsa en la fotoFamiliar de um preso em frente à Cadeia Pública de Manaus. RAPHAEL ALVES AFP
AFONSO BENITES
Brasília 15 JAN 2017 - 21:43 CET

Um inquietante documento interno da polícia brasileira circula há dias pelas delegacias de


São Paulo: “Para conhecimento e demais providências: um comunicado entre os membros do
PCC (Primeiro Comando da Capital) dá conta de que armas de fogo foram distribuídas entre os
membros do grupo para possível ataques. Consta que no próximo 17 de janeiro o PCC ordenará
aos executores o tipo de ataque e o local no qual terá de ocorrer”. O Governo de São Paulo afir-
ma “desconhecer” a ameaça e nem confirma, nem desmente. Alguns policiais, sob anonimato,
asseguram que os ataques (a policiais? a delegacias? quem sabe?) caso venham a acontecer,
sejam uma resposta a uma iminente transferência de líderes desse grupo presos a prisões mais
incômodas.

MAIS INFORMAÇÕES
•• Maior facção criminosa do Brasil lança ofensiva empresarial no Rio
•• Assassinato do “rei do tráfico” na fronteira deixa em alerta autoridades brasileiras
•• Funk, futebol, cocaína e as FARC: o que se sabe sobre a Família do Norte
•• Do Carandiru a Manaus, Brasil lota presídios para combater tráfico sem sucesso
•• PCC movimenta mais de 100 milhões de reais nos EUA e na China
Para além da ameaça real que o documento implica, ele deixa transparecer a realidade de um
poder em geral oculto no Brasil: as máfias que controlam o narcotráfico em grande escala,

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transformadas em verdadeiros exércitos armados, íntimas do Estado e capazes de sacudir o
país inteiro quando se enfrentam. Em maio de 2006, o PCC — também segundo a versão ofi-
cial, por conta de uma transferência de presos importante — declarou guerra ao Governo de
São Paulo e à polícia. A cidade se transformou em um campo de batalha aterrorizado no qual
morreram mais de 500 pessoas, entre agentes, narcotraficantes e transeuntes. Não há um só
morador de São Paulo que não se lembre daqueles dias de escolas fechadas antes da hora e
ruas solitárias por medo de ficar no meio de um fogo cruzado.
No dia 2 de janeiro, o Brasil despertou com outro pesadelo, o assassinato e decapitação de
mais de 56 presos no presídio Anísio Jobim, em Manaus, ligados ao PCC, por parte de membros
de um grupo rival, a Família do Norte. Quatro dias depois, a vingança foi executada em Rorai-
ma. Desta vez, foram 33 os decapitados e esquartejados. Neste sábado, um novo alerta. Os de-
tentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do Rio Grande do Norte, se rebelaram e o
motim levou à morte de pelo menos mais 27 pessoas — outros nove presos foram transferidos
para um pronto-socorro por conta de ferimentos graves.
O temor das autoridades é que essa guerra de três facções pelo controle das rotas da droga (de
um lado o paulista PCC, de outro a amazonense Família do Norte, aliada ao Comando Verme-
lho, do Rio de Janeiro) saia dos presídios para a cidade. Pode acontecer a qualquer momento. A
polícia investiga uma denúncia de que alguns dos assassinos dos presos de Roraima receberam
a ordem de seus superiores para deixar que os inimigos fugirem e serem abatidos nas ruas.
“Ver alguém morto na casa de sua vizinha é muito mais impactante do que vê-lo dentro de uma
prisão”, afirma um agente de Roraima que trabalha nas investigações.
O Brasil é um país violento. A taxa de homicídios é de 26 para cada 100.000 habitantes (na Es-
panha não passa de 0,7%). E cresce ano após ano. Em 1980 esse mesmo índice se situava em
torno de 11. O fácil acesso aos armamentos pelas fronteiras, as guerras entre facções pelo con-
trole das rotas do tráfico de drogas, a disputa por pontos de venda de maconha, crack e cocaína
nos principais centros urbanos e a simples intenção de demonstrar poder e obter mais recursos
financeiros em regiões nas quais a Polícia simplesmente não está presente são algumas das
causas dessa porcentagem.

"Os presos no Brasil são tratados como animais perigosos", afirma a socióloga Julita
Lemgruber
Muitos especialistas também apontam a falta de iniciativa de um Estado que olhou para outro
lado em vez de focar nos problemas penitenciários. De fato, a origem desses três grupos crimi-
nosos, tanto o PCC como o Comando Vermelho e a Família do Norte, tem de ser procurada nos
presídios de São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, respectivamente.
“No Brasil os presos são tratados como animais perigosos. E quando as pessoas são tratadas de
forma desumana, reagem com extrema violência. É o que vemos hoje, não só nas prisões, mas
também nas ruas”, afirma a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do Centro de Estudos de
Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.
Lemgruber afirma que a culpa é da União e dos Governos estaduais, mas também do Ministério
Público e do Poder Judiciário. “Todo mundo colabora com essa política de encarceramento a
todo custo.” Quatro em cada dez presos brasileiros estão detidos à espera de julgamento em
prisões abarrotadas, onde se juntam ladrões de galinhas com assassinos em série.
O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz assegura que uma das causas desse abandono do Estado
em relação a seus presos e dessa falta de compaixão quanto à situação carcerária vem de uma

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sociedade farta do crime: “Quando se fala de presos, a opinião pública pensa: deixe que se
matem entre eles, não são pessoas como nós”.

"Quando se fala de presos, a opinião pública pensa: deixa que se matem, eles não
são gente como a gente", diz o sociólogo Julio Waiselfisz
Waiselfisz acrescenta que a sociedade brasileira deve enfrentar essa crise, além disso, com um
Governo que impôs um teto de gastos públicos e instituiu uma onda de cortes sociais devido à
crise econômica que o país atravessa.
O PCC e o Comando Vermelho chegaram há anos a um pacto de não agressão rompido agora,
depois da irrupção da Família do Norte. Foram anos de relativa calma. Uma calma que pode
estourar a qualquer momento. Há especialistas que preveem que, ao declarar-se a guerra
aberta, esta não acontecerá antes do Carnaval, que é a época em que mais se vende e se
consome drogas no Brasil. Mas ninguém está em condições de afirmar nada. Há outros que
dizem que a violência pode estourar a qualquer momento. E quem considere, como Waiselfisz,
que pode voltar a se repetir o que aconteceu em meados de 2006, quando São Paulo se
paralisou de terror. Outra hipótese aventada é que uma vez iniciada a guerra aberta, ela não
terminará até que se recoloquem as peças de xadrez da droga, afetando ou não a população.

Brasil. Razões e saídas para a crise do sistema carcerário


O número de presos e de mortes dentro das penitenciárias cresce a cada ano, enquanto fora
das celas a violência no País tampouco diminui. Afinal, o que há de errado com nossas prisões?
15/01/2017
NOTÍCIA11 COMENTÁRIOS
Letícia Alvesleticiaalves@opovo.com.br

Crise no sistema carcerário brasileiro colocou medidas em discussão


Com a quarta população prisional do mundo, que só cresce a cada ano, o sistema penitenciário
brasileiro não está perto de entrar em colapso: ele já entrou, de acordo com estudiosos do
assunto e servidores que lidam no dia a dia com os detentos.

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De olho em penitenciárias que deram certo, dentro e fora do País, eles discutem as razões e
chaves do problema, que veio à tona na última semana após penitenciárias dos estados do
Amazonas e de Roraima serem palco de massacres.
“O estado prende, porém prende muito mal”, sentencia o advogado criminalista Márcio Vitor
de Albuquerque, presidente da Comissão de Direito Penitenciário da OAB-CE. Ele acredita que,
enquanto não houver “a criação de mais espaços onde haja efetivamente a recuperação do
detento, com trabalho, estudo, religião, cursos, aproximação com a família e a sociedade de um
modo geral”, não haverá a redução “dessa tensão nas unidades”.
Os massacres, no entanto, não são o problema, mas uma de suas consequências, explica Geo-
vani Jacó, pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Conflitualidade e Violência da
Uece. Para ele, a crise é decorrente desde fatores culturais até a estrutura das próprias unida-
des prisionais e o funcionamento do Poder Judiciário.
“Nós temos uma cultura punitiva no Brasil muito vinculada ao encarceramento. As punições
alternativas são quase ausentes, causando uma superlotação nas penitenciárias”, analisa. De
acordo com dados do Departamento Penitenciário Nacional, colhidos em dezembro de 2014,
a taxa de ocupação das unidades prisionais brasileiras é de 161%. O número de presos tem au-
mentado, em média, 33% a cada ano.
Ambos destacam a importância da pena alternativa para “desafogar” o sistema, além de garan-
tir menos reincidência. “A prisão só deve ser usada em última instância, em casos graves”, diz
Albuquerque, em referência à Lei de Execução Penal.
“É para aqueles que representam uma alta periculosidade”, fala Jacó.
Além disso, a ausência de divisão entre os presos, seja por idade ou por tipo de crime cometi-
do, facilitaria o andamento do crime organizado. “Dentro do presídio se formam novos grupos,
arregimentam pessoas para o crime organizado, constroem uma disputa territorial, de poder,
do tráfico, transformando-o numa panela de pressão”, explica Jacó.
Os especialistas também destacam a importância do investimento em ações de ressocialização,
principalmente na oportunidade de trabalho. “Não é transformá-los (os detentos) em escravos,
mas ter o trabalho como processo de formação e de mudança. Assim, cada presídio poderia ser
autossustentável”, destaca Jacó.
O professor César Barreira, coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da UFC,
acredita que as penitenciárias deveriam ser “mais humanizadas”. “O preso no Brasil é visto
como um não-cidadão. No imaginário da população, eles não podem ser tratados como gente”,
analisa.
Barreira também defende a criação de política de segurança pública no País, em que as secreta-
rias de Justiça, responsáveis pelas prisões, trabalhem em conjunto com as secretarias de segu-
rança. “A chave é evitar que se cometam delitos”.

Prisões-modelo

CARACTERÍSTICAS
As penitenciárias consideradas “modelo” no Brasil e no mundo investem em trabalho,
educação e religião para os presos. Atendimento psicológico e boa estrutura física, com celas

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ocupadas pela quantidade ideal de detentos, além de certa “liberdade” para eles realizarem
atividades dentro da prisão, também servem como forma de garantir ressocialização e diminuir
a reincidência.

EXEMPLOS
1. Minas Gerais: Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs)
Presente em 40 municípios do interior de Minas Gerais, a Apac é um tipo de penitenciária
onde não há registros de rebeliões ou mortes. O modelo, importado dos EUA, não permite
superlotação. Os funcionários andam desarmados e não há câmeras, e os presos têm de
trabalhar e estudar. Para cumprir pena nas Apacs, eles devem já deve ter passado por
penitenciárias tradicionais e não terem perfil violento. As Apacs funcionam a partir de Parcerias
Público-Privadas (PPPs) e custam cerca de R$ 2,7 mil por preso, valor similar ao custo de
detentos em penitenciárias tradicionais.
Espírito Santo
Estado que vivia, há pouco mais de dez anos, situação de caos, há dois anos não
contabiliza assassinatos dentro dos seus presídios. O investimento em ações de educação,
profissionalização, boa alimentação, atendimento de saúde física e psicológica e assistência
religiosa são apontados como os responsáveis pela melhora. Além disso, foram construídos
presídios em que os presos ficam divididos em três galerias de celas e não se comunicam. Os
detentos com alta periculosidade são mantidos em unidades de segurança máxima. Apesar
disso, o Estado ainda sofre com a superlotação em algumas unidades.
Noruega
Considerado o melhor país para ser preso, a Noruega conta com unidades prisionais em que
os presos trabalham, estudam e praticam esportes. Alguns presídios ficam em ilhas, onde
os detentos têm uma praia particular própria. Os presos podem cozinhar e manusear facas
de cozinha afiadas, além de trabalhar com serrotes em consertos e construções. A taxa de
reincidência criminal na País é de 20%, a mais baixa do mundo
Holanda
País que fechou 19 prisões nos últimos anos e deve fechar ainda mais em 2017, a Holanda tem
presos de menos e tem alugado celas para detentos de outros países. Lá, os presos trabalham,
estudam, praticam esportes e também podem cozinhar e manusear facas na cozinha. Alguns
detentos podem sair para trabalhar fora e outros, que praticaram crimes mais leves, cumprem
pena em casa.
Ceará
No Estado, 2,3 mil detentos se matricularam na Educação de Jovens e Adultos em 2016. Há cinco
indústrias instaladas nas unidades prisionais cearenses. Juntas, elas somam 45 funcionários.
Uma sexta empresa está em processo de instalação em mais uma unidade prisional da RMF.

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Jornais estrangeiros apontam violência e crise penitenciária no Brasil
Estadão Conteúdo
15.01.17 - 21h06

A rebelião que deixou ao menos 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região me-
tropolitana de Natal, repercutiu nos principais jornais estrangeiros, que deram destaque aos
requintes de violência e à superlotação dos presídios.
As decapitações e mutilações foram destacadas pelo The New York Times, que afirmou que
este tipo de violência é comum nas penitenciárias brasileiras. O diário norte-americano tam-
bém ressaltou que 40% dos presos no Brasil ainda aguardam sentença da Justiça e que na Peni-
tenciária de Alcaçuz há cerca de 1,1 mil detentos, quando a capacidade é para 620.
O britânico The Guardian afirmou também que a rebelião no Rio Grande Norte alimenta a crise
do sistema penitenciário brasileiro, que teve início em Manaus, na primeira semana de 2017, e
já soma cerca de 140 mortes.
Segundo informações apuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o motim teve início na noite
de sábado, 14, e só foi controlado na manhã de domingo, 15, após 14 horas.
O secretário de Justiça e Cidadania do Estado, Wallber Virgolino Ferreira da Silva, disse que esta
foi a maior rebelião já registrada no complexo prisional de Alcaçuz, criado no fim da década de
1990. As autoridades atribuem o massacre a seis homens ligados ao Primeiro Comando da Ca-
pital (PCC), facção criminosa de São Paulo.
O PCC, inclusive, foi citado pelo site da rede de televisão CNN. A reportagem diz que a rebelião
teve início após uma briga entre a facção paulista e uma facção local chamada Sindicato do
Crime do RN. A CNN lembrou também que o PCC estaria envolvido nos outros massacres ocor-
ridos em penitenciárias brasileiras em 2017, no Amazonas e em Roraima.
Outro site que também noticiou o caso foi o da rede de televisão britânica BBC. Além de divul-
gar o número de mortes e as falas de autoridades sobre o caso, a reportagem do site afirma
que motins não são incomuns em prisões superlotadas do Brasil, em grande parte controladas
por poderosos grupos criminosos.

Entenda a crise no sistema penitenciário brasileiro


Massacre em Manaus (AM) mostra a situação precária das prisões no país

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Atualidades – Segurança – Prof. Cássio Albernaz

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), é palco frequente de rebelião de


detentos devido às péssimas condições de encarceramento (foto: Mario Tama/Getty Images)
Uma briga entre facções rivais no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus
(AM), terminou com a morte de 56 detentos na segunda-feira, 2 de janeiro. Foi o maior massa-
cre em prisões no Brasil desde outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia
Militar no presídio do Carandiru, em São Paulo.
A matança na rebelião de Manaus chocou o país e repercutiu no mundo todo. Contudo, o epi-
sódio está longe de ser um caso isolado nas prisões brasileiras. Em média, uma pessoa é assas-
sinada por dia nos presídios do país.
A morte dos 56 detentos no Compaj evidenciou a grave crise do sistema prisional no Brasil. De-
vido ao elevado número de crimes, a políticas públicas equivocadas e à insuficiência de inves-
timentos governamentais em segurança, as prisões no país vivem superlotadas. O Brasil é um
dos países que mais prendem pessoas, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de detentos triplicou entre
1999 e 2014, ano em que a população carcerária somou 579.423 pessoas. Como o número de
vagas existentes é menor, 375.892, faltam 203.531 vagas nas prisões do país. Em outras pala-
vras, é 1,5 preso para cada vaga, e em alguns estados esse índice sobe ainda mais.
Além disso, a lentidão e a ineficiência da Justiça agrava a superlotação dos presídios. Entre
os mais de 500 mil detentos estão 222 mil sem julgamento ou condenação à prisão, devido à
morosidade da justiça. Essas duas centenas de pessoas estão presas com a chancela de “provi-
sórios”.
>> Veja também: 5 fatos para entender a violência no Brasil
A superlotação agrava a precariedade das penitenciárias. Celas lotadas, falta de condições sa-
nitárias, entre outros problemas, contribuem para a violência interna e o crescimento das fac-
ções criminosas, ao facilitar o contato entre presos perigosos e os detidos por delitos leves, em
vez de proporcionar sua recuperação para a sociedade.
A superlotação das prisões brasileiras é apontada como uma grave violação dos direitos huma-
nos pela organização internacional Human Rights Watch (HRW). “O fracasso absoluto do Estado
nesse sentido viola os direitos dos presos e é um presente nas mãos das facções criminosas,
que usam as prisões para recrutar seus integrantes”, afirma Maria Laura Canineu, diretora do
escritório da HRW em São Paulo.

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Organizações cobram do governo acesso a informações e ao presídio de
Alcaçuz
Agência Brasil
24.01.17 - 06h34

Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte-


Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados
Organizações de classe e movimentos de direitos humanos que formam a Frente de Apoio aos
Familiares e de Acompanhamento do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte, criada re-
centemente, cobram do governo o acesso a informações e a participação no planejamento de
ações para contribuir na solução da crise prisional do estado.
O grupo é formado por 24 entidades, entre instituições nacionais como o Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais e a Associação Brasileira de Psicologia Social, departamentos da Universida-
de Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), conselhos regionais de classe, a Ordem dos Advoga-
dos do Brasil (OAB), o Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania e movimentos como
a Pastoral Carcerária. Eles lançaram um manifesto, ontem (23) à noite, com quatro pedidos
direcionados ao governo estadual.
Um deles é o acesso da Pastoral ao interior da penitenciária de Alcaçuz. Ao longo do conflito
instalado na unidade, desde o dia 14 de janeiro, integrantes da organização – que já realizava
um trabalho com os detentos antes da crise – tentaram acesso ao presídio, sem sucesso.
“Devido à dificuldade de informações, os familiares acabam por não acreditar nos que eles
[agentes penitenciários, policiais, governo] dizem. E o fato de não acreditar prejudica o próprio
trabalho deles, então a sociedade civil estando presente é mais uma voz sincera que vai mos-
trar a situação para reduzir os problemas que a rebelião gerou”, afirma o padre Hugo Galvão,
coordenador estadual da Pastoral Carcerária. “Nós, como estamos mais próximos das famílias,
temos uma atuação periódica dentro do presídio, podemos contribuir”.
O acesso à informação também é cobrado em relação aos nomes de presos transferidos e mor-
tos, ao andamento de buscas, à regularidade da alimentação dos detentos de Alcaçuz e a ou-
tros dados que podem auxiliar as organizações a prestar assistências aos familiares e propor

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Atualidades – Segurança – Prof. Cássio Albernaz

ações para resolver a crise. “Temos dificuldade para receber, por exemplo, a lista dos presos
transferidos de Alcaçuz. As famílias não sabem onde eles estão”, lembra Daniela Rodrigues,
presidente do Conselho Regional de Psicologia e representante da entidade no Conselho Esta-
dual de Direitos Humanos do Rio Grande do Norte.
Daniela argumenta que a redução do problema a uma briga entre duas facções ignora que den-
tro do presídio existe uma população carcerária que não é participante de nenhum dos dois
grupos e acaba ficando de fora do planejamento de solução da crise. “Temos um contingente
de presos que não estão envolvidos diretamente nesse conflito, e as famílias desses presos pre-
cisam da ação de tutela garantida pelo Estado”, defende.
As organizações pedem também o acompanhamento dos trabalhos do Instituto Técnico-Cientí-
fico de Perícia (Itep) pelo Observatório da Violência (Obvio/RN), que poderia, segundo a Frente,
auxiliar na identificação e contagem de mortos.
“A gente está se colocando em uma postura colaborativa. Não é para afrontar o Estado ou ba-
ter de frente. É uma tentativa e intermediar e, por outro lado, dar legitimade, a partir de uma
análise imparcial, ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governo”, defende Gabriel Bu-
lhões, presidente da Comissão de Advogados Criminalistas da OAB/RN e coordenador estadual
do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.
Segundo Bulhões, o grupo pretende ainda reunir informações sobre “possíveis abusos e erros
técnicos que poderão subsidiar, eventualmente, alguma representação institucional junto aos
órgãos responsáveis pela fiscalização do sistema prisional estadual”.

Entenda a crise no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte


Caos carcerário
por Redação — publicado 19/01/2017 17h07, última modificação 19/01/2017 18h39

Caos na penitenciária de Nísia Floresta mostra a incapacidade do País de cuidar de sua


população carcerária
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Andressa Anholete / AFP

Confronto de presos em Alcaçuz, nesta quinta-feira 19

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Há seis dias, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), é símbolo do caos
carcerário existente no Brasil e que, nos primeiros dias de 2017, em meio a uma aguda crise,
deixou mais de 130 presos mortos. Nesta quinta-feira 19, o tenso cenário no presídio escalou
a um novo patamar, com uma batalha campal entre detentos, observada de longe por policiais
incapazes de tomar controle da situação.
Alcaçuz entrou no noticiário por ter sido palco, no sábado 14, do terceiro maior massacre do
ano dentro de presídios. Naquele fim de semana, integrantes do Primeiro Comando da Capital
mataram 26 homens do Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte (SDC), dissidência do PCC
surgida em 2015. Desde então, o presídio está em rebelião constante, sendo que na terça-feira
17, integrantes do PCC e do SDC montaram barricadas com grades, chapas de ferro, armários e
colchões para manter afastados seus rivais.

O que está acontecendo no presídio de Alcaçuz nesta quinta-feira 19?


Desde as primeiras horas do dia, presos de duas facções rivais, o PCC e o SDC, estão se
enfrentando com paus, pedras e barras de ferro, em uma aparente disputa pelo controle do
presídio.
De acordo com o major da Polícia Militar Eduardo Franco, os detentos também carregam armas
de fogo. “Os presos estão armados e se matando”, disse ele ao portal G1. “Está todo mundo
armado. A sorte é que eles não estão atirando contra as guaritas, senão teríamos que revidar",
disse.
Ainda segundo a PM, policiais nas guaritas da prisão dispararam tiros para tentar evitar o
confronto. Do lado de fora, forças especiais e um helicóptero monitoram a situação para tentar
evitar fugas.
Facilita a ação dos presos o fato de eles circularem livremente no presídio, uma vez que as celas
da prisão estão sem grades desde uma rebelião ocorrida em março de 2015.

Qual é o motivo do confronto entre os presos?


O clima na penitenciária de Alcaçuz se acirrou nesta quinta-feira 19 por conta da transferência
de 220 presos ligados ao Sindicato do Crime RN, realizada na quarta-feira 18 pelo governo de
Robinson Faria (PSD).
A retirada dos presos teria sido um pedido dos líderes do PCC, que foram contatados por dois
negociadores designados pelo governo estadual, uma delegada da Polícia Civil e um oficial da
PM, segundo o jornal O Globo.

Por que a transferência de presos acirrou os ânimos?


De acordo com o próprio secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber
Virgolino, a transferência reduziu a diferença entre o número de presos ligados ao SDC e a
quantidade de membros do PCC, aumentando a possibilidade de conflito.

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Em entrevista à revista Época, Virgolino afirmou que a decisão do governador Robinson Faria
desrespeitou as recomendações feitas por ele e pelos serviços de inteligência policiais, que era
retirar o PCC do presídio, e não o SDC. "Não foi levado em consideração o que o secretário de
Justiça e a inteligência disseram. Sugeri que tirassem o PCC do presídio”, afirmou.
A recomendação do secretário, entretanto, é discutível. Em entrevista ao jornal El País Brasil,
parentes de presos do PCC temiam que a transferência os deixasse vulneráveis a massacres
em outros presídios, tendo em vista que o SDC domina as principais cadeias do Rio Grande do
Norte.

O caos no presídio chegou às ruas do Rio Grande do Norte?


Sim, após o anúncio da transferência do presos do SDC, a facção criminosa local realizou uma
série de ataques, principalmente em Natal. Ao todo, 21 veículos, incluindo ônibus, microônibus
e um carro oficial do governo estadual foram incendiados.
Além disso, uma rebelião iniciada no fim da tarde de quarta-feira no Presídio Estadual do Seridó,
em Cairó, no interior do estado, deixou um detento morto e cinco feridos.
Também houve confronto nas cercanias do presídio, entre os familiares dos presos. Conforme
relato da Folha de S.Paulo, as mulheres dos presos também se separaram seguindo as divisões
de seus companheiros.

Mulher parente de preso encarcerado em Alcaçuz corre para longe de barricada incendiada, na quarta-feira 18,
em protesto contra transferência de presos (Foto: Andressa Anholete / AFP)

"Elas acham que porque os maridos delas são do PCC, podem tomar partido deles. Acho errado,
mas se elas vierem, a gente vai se defender", disse ao jornal uma mulher cujo marido na ala do
SDC. "A gente não ousa pisar no lado delas, mas não aceitamos elas aqui. A regra deles [presos]
vale para nós. É matar ou morrer", afirmou a mulher de um integrante do PCC.
Contra a transferência dos presos, familiares de membros do SDC montaram barricadas com
fogo em uma rua próxima ao presídio e foram reprimidos por policiais militares, com tiros de
bala de borracha.

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A transferência dos presos foi concluída?
Parcialmente. A ideia inicial era realizar uma permuta de presos, levando os 220 homens
de Alcaçuz para três presídios diferentes, todos no Rio Grande do Norte. Alcaçuz, por sua
vez, receberia 116 detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim, também na Região
Metropolitana de Natal.
A juíza corregedora de Alcaçuz, Maria Nilvalda Torquato, proibiu, no entanto, a entrada de
novos presos no presídio. "Os presos foram retirados à revelia e transferidos para Alcaçuz,
correndo sérios riscos de morte, em especial porque a rebelião na unidade não foi controlada",
afirmou a magistrada.
Os 116 homens que saíram de Parnamirim foram parar na Cadeia Pública de Natal, que tem
capacidade para acomodar até 216 presos e tinha, até a semana passada, 560 detentos. Agora,
o presídio tem 676 homens, mais de três vezes mais que o limite.

O que o governo estadual e o federal vão fazer agora?


A intenção do governo estadual é retomar o controle do presídio por meio de uma intervenção
policial de larga escala. "A curto prazo agora é evitar uma nova briga, uma nova matança
entre eles. Em um segundo momento vamos transferir os presos das facções para presídios
separadamente", disse o governador Robinson Faria.
Policiais militares do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do
Rio Grande do Norte já invadiram a penitenciária para retomar o controle. Faria afirmou que
pretende construir "uma parede física para separar o PCC do Sindicato do RN”. Enquanto a
barreira não é erguida, a PM vai formar uma espécie de “paredão humano”.
O governo federal, por sua vez, autorizou o envio das Forças Armadas para Natal para reforçar a
segurança nas ruas da cidade.

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Atualidades

EDUCAÇÃO

GERAL:

Educação é mais um dos temas investigados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
– PNAD. A investigação deste tema capta anualmente um conjunto de características sobre a
escolarização alcançada pela população e, em especial, sobre os estudantes, o que permite
acompanhar ao longo do tempo a situação do analfabetismo e da escolarização no País, assim
como do nível de educação da população.
No período de 2007 a 2014 foi mantida a tendência de declínio das taxas de analfabetismo e de
crescimento da taxa de escolarização do grupo etário de 6 a 14 anos e do nível de educação da
população. O diferencial por sexo persistiu em favor da população feminina.
O nível de instrução cresceu de 2007 para 2014, sendo que o grupo de pessoas com pelo menos
11 anos de estudo, na população de 25 anos ou mais de idade, passou de 33,6% para 42,5%. O
nível de instrução feminino manteve-se mais elevado que o masculino. Em 2014, no contingente
de 25 anos ou mais de idade, a parcela com pelo menos 11 anos de estudo representava 40,3%,
para os homens e 44,5%, para as mulheres.
http://brasilemsintese.ibge.gov.br/educacao.html

Educação no Brasil melhora, mas país continua entre os piores do mundo.


Sai novo relatório internacional sobre rendimento escolar no mundo.
Brasil está entre os piores em matemática, leitura e ciências.
Saiu novo relatório internacional sobre o rendimento escolar no mundo. O Brasil melhorou o
desempenho, mas ainda está entre os 10 piores países.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde), o Brasil
aparece entre os 10 países que têm mais alunos com baixo rendimento escolar em matemática,
leitura e ciências. Na América Latina, além do Brasil, Peru, Colômbia e Argentina também
tiveram resultados ruins.
A Ocde avaliou 64 países. Nos países pesquisados, 4,5 milhões de estudantes até 15 anos
de idade não atingiram o nível básico de aprendizado. Isso equivale a um em cada quatro
estudantes. O Peru e a Indonésia são os países com maior porcentagem de estudantes neste
quesito.

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Uma boa notícia em relação ao Brasil é que o país conseguiu reduzir a quantidade de estudantes
com baixo rendimento no período entre 2003 a 2012.
Os orientais, como de costume, conseguiram os melhores resultados. China, Cingapura e Coréia
do Sul estão no topo da lista , com as melhores notas.
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/02/educacao-no-brasil-melhora-mas-pais-continua-entre-os-
piores-do-mundo.html

Educação no Brasil
Espera-se que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país. No entanto,
é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos
professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século
XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento,
em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Com isso posto, podemos nos voltar aos dados nacionais:
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Mesmo com o
programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil
crianças ainda estão fora da escola (IBGE). O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64
anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de
escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem
o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da
escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).
Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até se indagar com questões a respeito dos
avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o
bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evolução da
sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de
maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.
Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o
profissional docente. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de
muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As críticas externas ao sistema
educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha,
tivesse que resolver todos os problemas sociais.
Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros
e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada
à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o
ensino determina o que o professor faz quando ensina.
O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e,
em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros.
Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.

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Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida


em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma
mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos.
Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de
aprendizagem.
Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um
processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de
aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.
Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário.
Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por
parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ainda sem citar o corporativismo
das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das
unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar
dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem
problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis
não as exigem”.
Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até
os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB. Com o índice de
aprovação na média de 0 a 10, os estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A
meta do país é de chegar a 6 em 2022.
http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm

OCUPAÇÃO DE ESCOLAS:

Desocupadas as últimas duas escolas estaduais de SP, diz secretaria. E. E. Godofredo Furtado,
e Anhanguera ficam em Pinheiros e na Lapa. Alunos queriam melhorias nas unidades e fim da
reorganização. (Janeiro 2016)
As duas últimas escolas ocupadas pelos alunos da rede estadual de São Paulo foram
desocupadas nesta terça-feira (19), segundo a Secretaria da Educação. Os alunos das escolas
estaduais Godofredo Furtado, em Pinheiros, e Anhanguera, na Lapa, reivindicavam melhorias
na estrutura das unidades.
Ao longo das manifestações contra a proposta de reorganização escolar, iniciadas no começo
de novembro, o Sindicato dos Professores (Apeoesp) chegou a afirmar que 213 escolas foram
ocupadas. A Secretaria Estadual da Educação confirmou 200.
A reposição de aulas referentes ao ano letivo de 2015 já tinha começado em escolas da região.
Os alunos da escola Anhanguera estavam na escola estadual Alexandre Von Humboldt, e os da
Godofredo Furtado, na escola estadual Alfredo Bresser.
Em 4 de janeiro, um mês após o anúncio da suspensão da reorganização escolar feita pelo
governador Geraldo Alckmin (PSDB), houve a desocupação da Escola Estadual Fernão Dias Paes.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1939
Os estudantes entregaram as chaves e deixaram o prédio após 55 dias de ocupação. A escola foi
a primeira a ser ocupada na cidade durante as manifestações contra a reorganização da rede de
ensino.
Veja como tudo aconteceu desde o anúncio da reorganização:
ANÚNCIO
23/09 – Secretaria da Educação anuncia uma nova organização da rede estadual de ensino
paulista a partir de 2016, com a implantação de unidades de um único ciclo de educação e com
a possiblidade de fechamento de escolas para reorganização
ATOS E TUMULTO
15/10 – Estudantes de escolas públicas fazem um protesto por vias da capital paulista
contra a reestruturação da rede de ensino estadual. Ao final da manifestação, no Palácio dos
Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, houve tumulto.
PROTESTOS PRÉ-LISTA
27/10 – Professores da rede estadual de ensino viram de costas para o secretário estadual de
Educação, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, durante discussão do projeto
de lei do Plano Estadual de Educação.
DIVULGAÇÃO DA LISTA
28/10 – Secretaria da Educação divulga a lista das 94 escolas da rede estadual de 35 municípios
que serão fechadas como escola da educação básica e que terão seus prédios reaproveitados
para outro uso educacional.
PROTESTOS PÓS-LISTA
29/10 – No primeiro dia de aula após a divulgação da lista, pais e alunos reclamaram da
reorganização e relatam “desespero” e “preocupação” com a reorganização. Um grupo de
professores e alunos também bloqueia algumas vias do Centro de São Paulo em protesto contra
a reorganização da rede de ensino estadual.
OCUPAÇÕES DE ESCOLAS
9/11 – Alunos começam a ocupar escolas estaduais da Grande São Paulo em protesto contra a
reestruturação. A primeira a ser ocupada é a Escola Estadual Diadema, no ABC. O movimento
também ganha força pela capital paulista e região metropolitana.
PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO E OCUPAÇÃO MTST
13/11 – O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupa, em protesto contra a
reestruturação do ensino, o prédio de três escolas estaduais. Duas delas, em Santo André e
em Embu das Artes, não serão afetadas pela reorganização. No mesmo dia, a Justiça pede a
reintegração de posse da E.E. Fernão Dias e de Diadema, mas os pedidos são suspensos. Uma
outra escola, a E. E. Pio Telles, é desocupada.
DIA “E”
14/11 – Secretaria de Educação faz reunião entre pais, alunos, professores e diretoria de ensino
em todas as 5 mil escolas do estado para explicar a reorganização escolar.

1940 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

LIBERAÇÃO DA ESCOLA
17/11 – Justiça fecha acordo com grupo estudantil e dá 24 horas para que seja encerrada a
ocupação na E.E. Diadema. O último balanço do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial
do Estado de São Paulo (Apeoesp) diz que 37 escolas estão ocupadas. A Secretaria Estadual da
Educação, porém, confirma a ocupação de 26 escolas.
SEM ACORDO
19/11 – Audiência no Tribunal de Justiça reúne estudantes, Secretaria da Educação e Defensoria
Pública. Depois de mais de quatro horas, a audiência termina sem acordo.
SARESP
24/11 – Cento e cinquenta escolas estaduais não fizeram o Sistema de Avaliação de Rendimento
Escolar de São Paulo (Saresp). Elas estão ocupadas por estudantes, que protestam contra a
reestruturação da rede escolar. Em uma escola na Mooca, Zona Leste de São Paulo, teve
confusão e a Polícia Militar foi chamada.
FUVEST
26/11 – Fuvest substituiu oito das dez escolas que receberiam a prova nos dias 28 e 29/11.
NÚMERO DE ESCOLAS OCUPADAS
Ao longo das manifestações, o Sindicato dos Professores (Apeoesp) chegou a afirmar que 213
escolas foram ocupadas. A Secretaria Estadual da Educação confirmou 200.
SUSPENSÃO DA REORGANIZAÇÃO ESCOLAR
04/12 – Governador Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou a suspensão da reorganização escolar.
No mesmo dia, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo.
REVOGAÇÃO DA LEI
07/12 – Mesmo com o anúncio da suspensão, algumas escolas continuam ocupadas. Os
estudantes pedem a revogação da lei
PROTESTO
21/12 – Grupo de estudantes fazem protesto na Av. Paulista.
ESCOLAS DESOCUPADAS
22/12 – Com a suspensão da reorganização escolar, aos poucos, as escolas foram sendo
desocupadas. Secretaria Estadual de Educação contabilizava 28 escolas ocupadas. A Apeoesp
não divulgava mais esse número.
PREJUÍZOS
29/12 – O Governo do Estado de São Paulo estima em R$ 1 milhão os prejuízos em 72 das 81
escolas estaduais que registraram incidentes como furto ou depredações durante ou após as
ocupações.

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DESOCUPADAS PELA PM
30/12 – Na madrugada desta quarta-feira, três escolas foram desocupadas à força pela Polícia
Militar: João Dória, no Itaim Paulista, João Alves, na Vila Madalena e Ida Pena, em Guarulhos,
segundo estudantes. Bombas foram usadas e parte dos estudantes levados para o 50º DP. A
assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informa que não houve nenhuma
desocupação violenta.
DESOCUPAÇÃO FERNÃO DIAS
04/01 – Depois de 55 dias de ocupação, estudantes da Escola Estadual Fernão Dias Paes
entregam as chaves. Essa foi a primeira escola da capital paulista a ser fechada pelos estudantes.
Perícia avalia que prédio está em boas condições para retomada das aulas.
http://g1.globo.com/sao-paulo/escolas-ocupadas/noticia/2016/01/desocupadas-ultimas-duas-escolas-estaduais-
de-sao-paulo.html

RJ tem 14 escolas ocupadas, diz secretaria de educação. Chico Anysio, no Andaraí, é a mais
recente ocupação dos alunos. Colégio foi tomado na sexta-feira; os estudantes pedem
melhorias. (Abril/2016)
A Escola Chico Anysio é o 14º colégio ocupado na Região Metropolitana do Rio, informou a
Secretaria de Estado de Educação neste sábado (9). O espaço foi tomada por alunos nesta
sexta-feira (8) e houve confusão na porta durante protesto.
Segundo a PM, Policiais do 6º BPM coibiram a entrada no local de pessoas estranhas que se
aglomeraram na porta, impedindo a saída dos alunos e congestionando o trânsito na Rua Amaral.
Ainde de acordo com a polícia, "houve uma tentativa de agressão por parte de manifestantes
(não alunos) ao diretor e a quatro professores", gerando um boletim de ocorrência da PM.
Na quinta-feira (7), outras duas haviam sido tomadas por estudantes: C.E. Doutor Francisco
de Paula Paranhos, em Niterói, e Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, em Iguaba
Grande, na Região dos Lagos.
De acordo com informações da GloboNews, já são 18 colégios em todo o estado ocupados
por alunos. Entre as reivindicações, os estudantes pedem melhorias no ensino e defendem a
greve dos professores, que completou 34 dias nesta terça. Na quarta, servidores fizeram uma
manifestação em frente ao Palácio Guanabara.
Em uma das escolas, a Visconde de Cairu, no Méier, Subúrbio da cidade, os cerca de três
mil estudantes pedem reformas nos espaços pedagógicos da escola, novos aparelhos de ar-
condicionado nas salas e que nenhuma turma tenha mais de 35 alunos. Hoje, segundo os
estudantes, algumas classes têm mais de 60 alunos.
Outra reivindicação é a segurança. De acordo com os estudantes, profissionais de segurança da
unidade de ensino foram demitidos e, assim, a escola fica desprotegida. Por isso, eles pedem
que sejam contratados mais funcionários.
Embora estejam ocupadas, os alunos dizem que seguem tendo aulas nas escolas. Os professores
estão trabalhando e quem irá fazer o vestibular não será prejudicado, segundo dizem.
Em nota, a secretaria afirmou que as turmas da unidade têm no máximo 40 alunos, e que o
quantitativo de alunos por turma "está previsto em legislação para atendimento de regiões
com grande densidade demográfica, como é o caso daquela localidade".

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Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

Nno entanto, a Seeduc ressaltou que "trabalha para ampliar a oferta de vagas no Ensino Médio
no horário diurno, no qual a situação foi relatada" e acrescentou ainda que – com relação à
climatização – "todas as salas da unidade contam com aparelhos de ar-condicionado".
A respeito das obras no colégio, a secretaria afirmou que "há licitações da Empresa de Obras
Públicas (Emop) em andamento para a realização das intervenções em escolas".
E em relação ao serviço de portaria, a Seeduc declarou que "a empresa que prestava esse
serviço não quis renovar o contrato, interrompendo-o unilateralmente. A empresa queria uma
mudança no índice de reajuste contratual, o que seria ilegal. Como esse procedimento não foi
aprovado, ela optou pelo rompimento do contrato".
A secretaria esclareceu ainda que para o controle do acesso de entrada e saída de alunos, "as
Diretorias Regionais, junto aos diretores das escolas, elaboram um planejamento específico.
Profissionais que já atuam nas unidades serão remanejados para essa função, até que uma
nova licitação aconteça".
'Fugiu ao controle da Seeduc', diz secretário
Segundo a secretaria, os casos específicos de cada unidade escolar serão analisados após a
desocupação.
Em nota enviada neste sábado (9), o secretário de Estado de Educação, Antonio Neto, afirmou
que a situação "fugiu ao controle da Seeduc". "Não há mais o que fazer. Não sabemos, sequer,
com quem negociar. Tenho certeza de que colegas professores e alunos não agem como agiram
os invasores, ofendendo e agredindo colegas de trabalho."
A Secretaria de Estado de Educação esclarece que o secretário de Estado de Educação, Antonio
Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do Sindicato, com o
objetivo de ouvir as reivindicações. Algumas medidas foram acordadas (veja a íntegra da nota
abaixo).
A secretaria diz não vêr nos "líderes do movimento" a intenção em desocupar as unidades>
Segundo a secretaria, "há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar". "Diante
da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que
são os estudantes sem aulas os mais prejudicados", diz o texto.
Nota da Seeduc:
"A Secretaria de Estado de Educação esclarece que o secretário de Estado de Educação, Antonio
Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do Sindicato, com o
objetivo de ouvir as reivindicações.
Entre os assuntos tratados com os estudantes, ficou estabelecido que, após a suspensão do
movimento e liberação dos espaços, serão tomadas as seguintes medidas:
– Visando a maior participação estudantil nas decisões escolares, a Seeduc se comprometeu a
conversar com a direção das duas unidades escolares para que organizem o grêmio estudantil
e fortaleçam os conselhos escolares.
– Quanto à infraestrutura, será encaminhada uma equipe para as correções que se fizerem
necessárias.
– Tão logo as aulas sejam retomadas, o secretário fará uma visita às unidades.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1943
– Em relação ao currículo, a Seeduc esclareceu que há uma discussão nacional em andamento
sobre o tema, que prevê a elaboração de uma Base Nacional Comum Curricular. Os alunos
também receberam informações sobre a importância da realização do Saerj, que é a avaliação
anual realizada nas escolas estaduais, para a melhoria do ensino público.
– Com referência à convocação de professores concursados, a Secretaria informou que, desde
2007, foram chamados 71 mil novos docentes, sendo 2.500 em 2015, e 465 neste ano.
Os casos específicos de cada unidade escolar serão analisados após a desocupação.
A Secretaria, no entanto, não vê nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades,
pois há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. Diante da intransigência, a
Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudantes sem
aulas os mais prejudicados."
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/04/rj-tem-14-escolas-ocupadas-diz-secretaria-de-educacao.html

Chega a dez o número de escolas ocupadas por estudantes no Ceará


Iniciado há uma semana, o movimento estudantil que reivindica melhorias na educação do
Estado ganhou adesões em mais quatro escolas de Fortaleza e uma de Juazeiro do Norte.
O movimento estudantil que tem ocupado escolas da rede estadual ganhou adesões nesta
quinta-feira, 5, e já são dez as unidades de educação ocupadas no Estado – oito delas em
Fortaleza e duas em Juazeiro do Norte, no Cariri. As escolas de Ensino Fundamental e Médio
Irapuan Cavalcante Pinheiro, no bairro Conjunto Esperança, a Jader Moreira de Carvalho, na
Serrinha, a Dom Lustosa, no Edson Queiroz, a de Ensino Médio Mariano Martins, no Henrique
Jorge, e a Dona Maria Amélia, em Juazeiro se juntaram às outras quatro escolas que, desde a
última quinta-feira, 28 de abril, vêm sendo ocupadas por alunos.
As novas ocupações foram informadas pela professora estadual Cícera Barbosa, que também
é membro do Conselho de Leitores do O POVO, e têm feito acompanhamento das ocupações,
além de participar da programação que vêm sendo realizada dentro das escolas. A assessoria
da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) confrimou as ocupações.
Os alunos reivindicam passe livre no transporte urbano, melhorias estruturais nas escolas,
melhorias na merenda escolar, além da recontratação de funcionários e professores que foram
cortados recentemente por portarias do Governo Estadual.
“Há um mês nós temos nos reunido e feito assembleias estudantis. Com a primeira escola
ocupada, nós fomos até lá para entender como era a ocupação. Hoje, nos reunimos com os pai
e pedimos apoio. Vamos ocupar e buscar melhorias para a nossa escola”, detalha a estudante
Andréa Katharina Brito de Matos, 16, aluna do 3º ano da Irapuan Cavalcante.
A primeira escola a ser ocupada, na última quinta-feira, 28 de abril, foi o Centro de Atenção
Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) Maria Alves, no Bom Jardim. Outras três escolas em
Fortaleza, a Escola Estadual Castelo Branco, no bairro Damas, e a João Matos, no Montese,
além da Adauto Bezerra, foram ocupadas. A Escola Presidente Geisel, no bairro Santa Tereza,
em Juazeiro do Norte, também aderiu ao movimento estudantil.

1944 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

A professora Cícera afirma que a categoria, que está em greve desde o último dias 25 de abril,
tem apoiado o movimento dos estudantes. “Eles têm limpado as escolas, feito jardinagem, a
comida também é feita por eles, ou trazida por pessoas que estão apoiando à causa. Somente
os alunos dormem na escola, mais ninguém de fora. Eles estão se mobilizando em comissões,
sem líderes, num movimento muito horizontal. E os professores têm contribuindo com a
programação. Fizemos rodas de debate sobre direitos da juventudes, racismo, feminismo. Eles
fazem saraus, oficinas de música, teatro”, detalha a professora, que convida para que outras
pessoas também proponham atividades nas escolas ocupadas.
Seduc
Sobre as ocupações, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará, por meio de nota afirmou
“que está aberta ao diálogo com professores e alunos. A Seduc não impedirá o acesso de alunos
à escola desde que haja respeito ao patrimônio. De acordo com o Código Civil, os pais são
responsáveis legais por quaisquer atos de seus filhos".
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Seduc afirmou que "não procede a informação
de que há fechamento de laboratórios de informática e química nas escolas estaduais".
Já sobre a merenda escolar, a secretaria informa que ela é financiada pelo Governo Federal
por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), cujo valor é estabelecido pelo
Ministério da Educação.
O passe livre, a Seduc aponta que não é de sua competência, e sim prefeituras municipais. Sobre
a greve dos professores, a nota reforça que "o Governo do Estado está em permanente diálogo
com os representantes dos profissionais do magistério e lembra que o Ceará vem honrando
todos os compromissos assumidos com todas as categorias, sobretudo com os professores"
"Sobre a reivindicação de reajuste, há recursos específicos para a valorização da remuneração
dos profissionais do magistério. Uma posição a respeito está prevista para divulgação no dia 6
de junho de 2016".
http://www.opovo.com.br/app/fortaleza/2016/05/05/noticiafortaleza,3610760/chega-a-dez-o-numero-de-
escolas-ocupadas-por-estudantes-no-ceara.shtml

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS:

Maioria dos professores já sofreu violência na escola.


O primeiro estudo realizado pela Frente Parlamentar Contra a Violência nas Escolas, da Câmara
de Vereadores de Porto Alegre, foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira. A pesquisa,
realizada em 15 escolas da rede municipal, com 211 profissionais dos estabelecimentos de
ensino, entre eles 195 professores, teve os dados coletados durante o ano passado.
Entre os resultados mais preocupantes está o fato de que 76% dos entrevistados afirmaram já
ter sofrido algum tipo de violência dentro do colégio, sendo 21% dos casos de violência física.
Das situações relatadas, 40% ocorreram dentro da sala de aula. A rede municipal da Capital

www.acasadoconcurseiro.com.br 1945
é composta por 54 escolas e 4.102 professores. As 15 escolas selecionadas possuem 16.325
estudantes.
O presidente da Frente Parlamentar, vereador Prof. Alex Fraga (P-Sol), explicou que duas
situações, ocorridas em 2014, motivaram a pesquisa. A primeira aconteceu com um professor
de um estabelecimento de ensino na zona Norte, que levou uma pedrada no rosto dentro da
sala de aula. O agressor era familiar de um aluno. O segundo caso ocorreu no bairro Lomba do
Pinheiro, quando a mãe de uma aluna agrediu duas vice-diretoras da instituição dentro da sala
delas.
"Entendemos que a escola reflete a sociedade, que existe um contexto de violência em muitas
comunidades e que isso aparece em sala de aula. A questão do tráfico é bem preocupante, pois
uma ameaça de morte a um professor pode realmente se concretizar", afirma o vereador.
Segundo ele, a escolha das escolas foi pensada por região da cidade, e as reuniões com os
profissionais ocorreram conforme essa divisão. Ficou constatado que as escolas de Ensino
Médio são as que concentram o maior número de situações de violência. Quando questionados
sobre o tipo de ato violento que sofreram, os funcionários relaram como os mais comuns as
agressões verbais (34%) e os gritos (21%). Os alunos foram identificados também como os
principais autores das agressões, com 66% das respostas, seguidos pelos pais deles, com 20%.
"As consequências disso são inúmeras, como afastamento das atividades por trauma violento.
Existem professores que não conseguem mais enfrentar a sala de aula. Nos foram relatados
casos de estudantes com armas, principalmente armas brancas, dentro das escolas", conta
Fraga.
Presença da Guarda Municipal é fator diferencial
A presença da Guarda Municipal nas escolas é um fator diferencial no que tange à criminalidade,
pois reduz a incidência de atos violentos. Nos relatos dos professores, a vigilância foi considerada
fator que inibe as agressões.
Segundo o vereador Prof. Alex Fraga, o órgão informou que conta com 632 guardas, sendo
que 140 vagas estão abertas, mas não preenchidas. O ideal seriam pelo menos 1,2 mil
agentes na cidade. A presença deles nas escolas também foi questionada aos profissionais dos
estabelecimentos de ensino.
De acordo com 35% dos entrevistados, não existe a presença da Guarda Municipal ou da Polícia
Militar na portaria do colégio. Para os que responderam afirmativamente, existe uma variante,
que é a presença em apenas um dos turnos ou em dias intercalados.
"Nós não podemos naturalizar a violência. Pretendemos realizar mais um estudo para verificar a
violência sofrida pelos alunos. Temos leis que podem dar mais segurança nos espaços escolares
e cobraremos para que sejam cumpridas. Entregaremos os dados para os gestores para que se
trabalhe com a criação de programas de mediação de conflitos e de assistência também aos
alunos agressores", explica o vereador.
Entre as recomendações da Frente Parlamentar Contra a Violência nas Escolas está ainda a
contratação, por concurso público, de, no mínimo, um agente da Guarda Municipal em cada
escola da rede, cobrindo todos os turnos escolares.
http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/05/geral/497407-maioria-dos-professores-ja-sofreu-violencia-na-escola.
html

1946 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

MEC: Escolas devem respeitar e dar acolhida a quem tenha pensamento


e orientações diferentes. Intenção é acolher alunos sem distinção de
pensamento ou orientação.
O Ministério da Educação destaca que nos últimos anos tem investido na construção de uma
política educacional acolhedora. Nesse modelo, o respeito às diferenças e às opções religiosas,
sexuais e culturais tem sido o caminho para a inclusão social e o fim do preconceito e da
violência física, psicológica e moral. A inclusão de alguns desses temas na segunda versão
do texto da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um exemplo dessa política adotada
pelo MEC. Outro é a adoção, desde 2015, do nome social, em vez do nome de registro, por
estudantes transexuais nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Mesmo que alguns não queiram, algumas crianças têm pai e mãe; outras crianças são filhos
de pais separados e outras são criadas por parentes”, diz o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante. “Há crianças na escola que vivem em orfanato, e nós temos também as crianças
que são criadas por pais homoafetivos ou mães homoafetivas.”
Mercadante defende ainda que a escola respeite e acolha o diferente. Para ele, é indispensável
o apoio pedagógico ao professor para que ele possa trabalhar com as mais diversas realidades.
“É só andar pelas escolas do Brasil para vermos quando adolescentes vão para casa chorando e
constrangidos porque não conseguem lidar com sua sexualidade.”
De acordo com o ministro, quanto mais perto os pais estiverem da vida escolar, melhor para
escola e para o aprendizado dos filhos.
“Os pais têm todo direito de discutir com a escola a formação de seus filhos, principalmente,
quando se trata de temas sensíveis”, afirma. “Não é com a violação da constituição e da
liberdade de aprender e ensinar que nós vamos construir uma boa prática educacional em sala
de aula.”
Ação
Ainda sobre o assunto, o Ministério da Educação acionou a Advocacia Geral da União (AGU) para
entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra uma iniciativa, denominada
Escola Livre, aprovada na Assembleia Legislativa de Alagoas. A norma proíbe que professores
da rede pública daquele estado opinem sobre diversos temas e determina que mantenham a
“neutralidade” política, ideológica e religiosa na sala de aula. O MEC também acompanha o
desdobramento de processos semelhantes que estão em andamento em outros estados.
“Vejo com muita preocupação essa legislação aprovada no estado de Alagoas, mas fico feliz
que o governador tenha vetado”, diz o ministro. Para ele, não se deve impedir o docente de ter
opinião. “O que temos de buscar é uma formação que assegure aos professores a pluralidade
das ideias e visões de mundo a partir do princípio da liberdade.”
http://www.brasil.gov.br/educacao/2016/05/ministerio-investe-em-politica-educacional-para-incentivar-
respeito-as-diferencas

www.acasadoconcurseiro.com.br 1947
Escola X Violência
A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta
de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer,
pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos,
professores ou demais funcionários.
Porém, o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos
professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos
conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula.
Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios,
os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade
quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em
iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.
Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes
que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos
propostos no projeto político pedagógico da instituição.
Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa
guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto para se revogar a mesma.
As próprias instituições públicas se utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o
motivador para a falta de engajamento dessas ações.
Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com
um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que
auxiliarão na transformação social.
Com recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas, desenhos animados, notícias
televisivas, dentre outros, os professores podem levantar discussões acerca do tema numa
possível forma de criar um ambiente de respeito ao próximo, considerando que todos os
envolvidos no processo educativo devem participar e se engajar nessa ação, para que a
mesma não se torne contraditória. E muito além das discussões e momentos de reflexão, os
professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os
alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos.
Afinal, a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para crianças e jovens
que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta.
http://brasilescola.uol.com.br/educacao/escola-x-violencia.htm

BASE NACIONAL COMUM:

MEC revê Base Nacional Comum Curricular e muda educação infantil e


ensino médio.
Com 2 mil contribuições, texto segue para discussão; previsão é de que até 24 de junho a versão
definitiva esteja pronta.

1948 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

Após sofrer uma série de críticas de especialistas e 2 mil novas contribuições, o Ministério da
Educação (MEC) lançou na terça-feira (3) a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular,
atendendo às críticas em várias áreas, como História e Língua Portuguesa, e dando um novo
perfil aos ensinos infantil e médio. O texto agora segue para discussão e a previsão é de que até
24 de junho a versão definitiva esteja pronta.
Se o cronograma for seguido à risca, a versão final poderá começar a ser adotada no próximo
ano. Mas, no primeiro momento, apenas pontos específicos seriam colocados em prática, com
mudanças pedagógicas pontuais. O conteúdo do documento deverá estar totalmente presente
nos currículos das escolas somente em 2018.
Prevista no Plano Nacional de Educação, a Base Nacional Comum Curricular tem como meta
preparar conteúdos mínimos para serem ministrados a alunos de todo o País e, com isso,
reduzir as desigualdades de ensino. O plano foi preparado por um grupo de 116 integrantes, de
secretarias municipais e estaduais e de 38 universidades.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, avalia que a nova versão é muito mais avançada
do que o texto inicial, apresentado há oito meses. Ele destacou as mudanças na educação
infantil. "Uma das críticas, bastante pertinente, defendia a necessidade de integrar melhor a
educação infantil e alfabetização", disse o ministro.
Na nova proposta, a educação infantil é separada em três faixas etárias (0 a 18 meses, 18 meses
a 4 anos, e de 4 a 6 anos), alteração também feita depois das críticas durante o período de
consulta pública.
Ele citou ainda mudanças no ensino médio. Pela proposta, dois terços do currículo serão
constituídos por determinações da Base Nacional. O terço restante será preenchido por quatro
áreas temáticas, compostas por 13 eixos tecnológicos, com maior ênfase ao ensino profissional.
O ministro observou que oito em cada dez estudantes que concluem o ensino médio vão para
o mercado de trabalho. Só dois ingressam em universidades. "Daí a proposta que traz maior
flexibilidade." A nova versão segue agora para debates em redes estaduais e municipais de
ensino.

Críticas
O primeiro texto apresentava uma série de "omissões" em diversas disciplinas, segundo
especialistas, que só agora foram revistas. As revoluções Industrial e Francesa, por exemplo, e a
história das civilizações grega e egípcia não constavam no texto. Isso foi alterado. "O currículo é
pensado em unidades curriculares. Algo que dá mais liberdade para compor o conteúdo", disse
Mercadante.
O segundo avanço citado pelo ministro está na Língua Portuguesa, que na parte de Gramática
foi alvo de queixas anteriores até de Mercadante. "Críticas haviam sido feitas de que a
Literatura Portuguesa não estava presente. Isso foi mudado." Ele também elogiou a articulação
entre leitura, oralidade, escrita e norma culta e a discussão sobre o que deve ser lido. "Há uma
integração maior entre gramática e aprendizagem. Há uma visão mais integrada."

Despedida
O evento de lançamento da Base Curricular teve tom de despedida do ministro. "Não deixe esse
processo morrer", afirmou Mercadante ao presidente do Conselho Nacional de Secretários de

www.acasadoconcurseiro.com.br 1949
Educação (Consed), Eduardo Deschamps. "Não vai ter golpe na Base Comum Curricular. E se
tentar, vai ter luta", disse.
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2016-05-04/mec-reve-base-nacional-comum-curricular-e-muda-
educacao-infantil-e-ensino-medio.html

2ª versão da Base Curricular revisa polêmicas de história e de português.


Versão preliminar foi questionada, sobretudo por lacunas em história. Base passará por
seminários e terá novo texto antes de votação.
O Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta terça-feira (3) a segunda versão da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento tem a meta de determinar conteúdos
mínimos que os alunos das 190 mil escolas do país terão que aprender a cada etapa da
educação básica.
A BNCC é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e países
desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais. A proposta preliminar
foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do
Brasil e gerou polêmica por causa das lacunas deixadas em áreas como história e literatura.O
documento inicial tinha pouco mais de 300 páginas.
As revoluções Industrial e Francesa, por exemplo, e a história das civilizações grega e egípcia
não constavam no texto. O mesmo acontecia com a literatura portuguesa, que não aparecia
no conteúdo programático. Segundo o MEC, as falhas foram preenchidas na nova versão. O
segundo documento tem 676 páginas.
Contribuições e próximos passos
O documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi apresentado em 16 de
setembro de 2015. Ele ficou disponível para envio de sugestões até 15 de março e recebeu mais
de 12 milhões de contribuições de instituições, educadores e público em geral.
O prazo final para que o documento final esteja pronto e aprovado é junho de 2016, segundo
a lei do Plano Nacional de Educação. A segunda versão da BNCC precisa agora ser submetida a
seminários nas redes estaduais e municipais de ensino. Depois disso, a partir das contribuições
dos seminários será elaborada a versão final que será, enfim, discutida e votada no Conselho
Nacional de Educação (CNE).
"Estamos na segunda versão, não é a versão final. Essa versão soube dialogar e construir um
grande avanço em relação à primeira, especialmente nos temas mais sensíveis", afirmou o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Mudanças incorporadas
O ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a maior parte das críticas feitas
ao documento foi incorporada à nova versão: ele relembrou, por exemplo, que até mesmo o
atual ministro se queixou da falta de conteúdos sobre gramática na área de Linguagens.

1950 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

Também citou as discordâncias que surgiram em relação à falta de literatura de Portugal


na proposta curricular – ambas as observações foram consideradas. “É fabuloso vermos
contribuições tão grandes na educação”, afirma Janine.
O ministro Mercadante ressaltou que a segunda versão resolve falhas no conteúdo de
Linguagens. "A escrita, a leitura, a oralidade e a língua culta estão mais bem articuladas nessa
nova versão, inclusive com o resgate da Literatura Portuguesa", disse o ministro.
Sobre o conteúdo de história, Mercadante também ressaltou avanços e admitiu que a disciplina
é um espaço de disputa. "A história sempre será um espaço de disputa da interpretação de
cada fato histórico", disse, afirmando, na sequência, que há espaço para convergência.
"Evidente que precisamos dar ênfase à História Clássica, ao nosso pertencimento ao Ocidente.
O que não é possível é, no meio dessa indispensável reflexão sobre nossa inserção no mundo,
abdicar de abrir espaço para discutir o que já é lei e é direito. Nós temos 174 línguas indígenas
nesse país. Temos o terceiro país de maior diversidade étnica e racial do planeta, e essa cultura
não tem tido espaço nas salas de aula", disse Mercadante.

História: a polêmica nas Ciências Humanas


O professor Marcelos Burgos, da PUC-RIO, que representou a área de Ciências Humanas na
apresentação dos destaques da nova versão, disse que o conteúdo de história sofreu mudanças
e manteve conquistas da nova abordagem, que considera um "salto de qualidade".
“O mais importante a falar da história é que, ao mesmo tempo em que avança para evitar o viés
eurocêntrico, ela consegue valorizar a história da África, o protagonismo das culturas indígenas
e afro-brasileiras, mas sem abrir mão dos processos históricos do Ocidente e do Brasil”, disse o
assessor da BNCC para a área de Ciências Humanas e professor da PUC do Rio, Marcelo Burgos.
Ainda segundo Burgos, nos anos iniciais da educação, houve uma integração maior entre as
disciplinas de geografia e história e, nos finais, o destaque na ênfase à formação sociocultural e
territorial do Brasil.
Sobre o ensino médio, Burgos considera que é a segunda versão é “um momento definitivo de
incorporação da sociologia e filosofia na educação básica”. Segundo o professor, isso representa
o enriquecimento da capacidade de contato entre diferentes culturas pelo aluno. Por fim, o
professor destacou que o ensino religioso, que aparecia inicialmente dentro das Ciências
Humanas, agora é apresentado como uma área isolada.
Retorno da gramática e da literatura portuguesa
De acordo com os envolvidos na revisão do conteúdo de português, a partir das contribuições
não houve dúvidas sobre a necessidade de tornar presente os temas gramática, literatura e "o
que ler na sala de aula". No caso da gramática, houve solicitações específicas para manter a
gramática presente a partir do 6º ano.
Segundo os revisores, para atender as demandas foi incluído um novo "eixo organizador dos
objetivos de aprendizagem" no documento da segunda versão da BNCC. Ele prevê etapas mais
específicas sobre o conhecimento da língua e sobre a norma padrão (regras, usos e gramática
normativa).

www.acasadoconcurseiro.com.br 1951
Outra polêmica envolveu o que ler e quando ler, sobretudo no ensino médio. Os professores
cobraram – através da consulta pública – a inclusão da literatura regional, autores brasileiros
e estrangeiros contemporâneos, além de cobrar especificamente a presença da literatura
portuguesa. Na segunda versão, os professores responsáveis pela revisão dizem ter
contemplado essas contribuições, embora digam que optaram por não nomear autores, mas
indicar parâmetros para o uso dessas referências.
Na novo documento da base agora está descrito como objetivo para o ensino médio:
"Compreender a presença do cânone ocidental, principalmente da literatura Portuguesa, no
processo de constituição da literatura brasileira, a partir da leitura de Autores dessas literaturas,
percebendo assimilações e rupturas."

Matemática: detalhamento de conteúdos


De acordo com professores que participaram do processo, o trabalho de revisão buscou dar mais
clareza para os conteúdos e objetivos de aprendizagem. Segundo o professor de matemática
Marcelo Câmara, os docentes que enviaram contribuições através da página da Base na internet
pediam clareza e proximidade do conteúdo com o dia dia da sala de aula. De acordo com ele, a
proposta ganhou detalhamento que atenderam as demandas dos professores.

Ciências da Natureza
A professora Edenia Maria do Amaral, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ressaltou
que a principal mudança em ciências da natureza é especificar com mais clareza os objetivos de
cada item da proposta curricular.
Foram pensados, de acordo com ela, temas que exijam demandas cognitivas maiores e
menores. “Diversificamos os estudos das ciências no ensino fundamental”, afirma. Ela também
ressaltou a importância de haver relação entre os temas abordados. “No ensino médio, fizemos
uma proposta de unidades curriculares que abra a possibilidade de fazer arranjos flexíveis entre
elas”, explica.

Críticas necessárias
Para o secretário estadual de educação do Amazonas, Rossieli Silva, a primeira versão do
documento foi fundamental para o debate sobre os rumos da educação no país. “A primeira
versão foi muito importante porque recebeu muitas críticas e através delas chegamos a um
documento muito mais forte e com a cara da sociedade brasileira”, afirmou
Em seu discurso, o ministro da educação Aloizio Mercadante destacou o método de construção
da Base Nacional Comum Curricular, feito em conjunto com universidades, entidades científicas
e professores. “Aqueles que estão comendo pó de giz têm o direito de comentar e interferir.
O portal foi feito para assegurar que aqueles que fazem a educação no dia a dia pudessem
participar dessa construção”, afirmou. Também citou a transparência e liberdade de opiniões
do processo.
Sobre o documento, afirmou que a segunda versão “soube dialogar e construir um grande
avanço em relação à primeira”, estabelecendo uma melhor divisão na educação infantil e
estímulo ao questionamento e pesquisa nas ciências da natureza. "Na educação infantil,

1952 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

estabelecer e articular as três faixas etárias foi fundamental para esse entendimento, que não
estava bem construído na primeira versão", disse Mercadante.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/mec-apresenta-segunda-versao-da-base-nacional-comum-curricular.ghtml

EDUCAÇÃO SUPERIOR:

Cresce em 80% total de alunos que concluíram curso superior no Brasil.


Segundo dados do MEC, programas de incentivo à educação superior estão ligados ao aumento
de formandos.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), em 12 anos, o Brasil apresentou
um crescimento de 80% no número de estudantes que concluíram o Ensino Superior. Em 2002,
o total de concluintes em instituições públicas e privadas era de apenas 466,2 mil alunos. Em
2014, o número subiu para 837,3 mil estudantes.
Um dos motivos apontados pelo MEC foi o crescimento de programas que incentivam o
acesso à educação superior, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o ministério,
graças a esses programas, o País passou de um total de 2,4 milhões de concluintes entre 1995 e
2002 para 9,2 milhões de profissionais formados entre 2003 e 2014.

Mestres e doutores no Brasil


Com o aumento no número de alunos que concluíram o curso superior, o total de mestres e
doutores também cresceu. Entre 2002 e 2014, o número de titulados no Brasil, por ano, mais
que dobrou, indo de 31,3 mil em 2002 para 66,9 mil em 2014.
Além disso, o aumento de investimentos melhorou as condições de formação de mestres e
doutores em estados que antes contavam com pouca estrutura de especialização. Roraima
e Tocantins, por exemplo, nem sequer contavam com cursos de pós-graduação. Atualmente,
apenas quatro estados da região norte continuam com índices a desejar, devido, principalmente,
à baixa densidade populacional.
http://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2016/04/27/1138755/cresce-80-total-alunos-concluiram-
curso-superior-brasil.html

Inscrições para 105 mil vagas em cursos de licenciatura terminam hoje.


Interessados em complementar sua formação deverão acessar a Plataforma Freire.
O prazo para inscrições na Universidade do Professor termina nesta quinta-feira (5). A nova
iniciativa do Ministério da Educação (MEC) é voltada para a formação de professores efetivos
da rede pública que não atuam em sua área de formação.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1953
São 105 mil vagas para o segundo semestre de 2016 nas instituições federais de educação,
sendo 81 mil na modalidade educação a distância, por meio do sistema Universidade Aberta do
Brasil, e 24 mil vagas presenciais remanescentes.
Os professores interessados em complementar sua formação poderão se inscrever nos cursos
por meio da Plataforma Freire. No momento da inscrição, o professor poderá escolher entre a
modalidade a distância ou presencial. Depois de inscritos, as secretarias estaduais e municipais
de educação terão de 6 de maio a 6 de junho para validar as inscrições dos docentes.
O resultado será divulgado até 30 de junho, e os cursos a distância terão início no segundo
semestre deste ano, com prioridade para a formação de primeira licenciatura.
A proposta da Rede Universidade do Professor é reduzir o número de professores que lecionam
disciplinas para as quais não têm a formação adequada. Baseado em informações do Censo
Escolar 2015, o Ministério da Educação verificou que entre os 709.546 professores efetivos que
lecionam nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 334.717 têm a formação
para a disciplina que ensinam em sala de aula, enquanto 374.829 precisam complementar a
formação superior. Esses casos representam docentes que não têm a licenciatura nas disciplinas
que aplicam ou não têm o grau de bacharel na área.
Os professores só poderão se inscrever para o curso correspondente à disciplina que lecionam
na rede pública. As vagas são reservadas para docentes que atuam nas seguintes disciplinas:
matemática, química, física, biologia, português, ciências, história e geografia. A inscrição pode
ser feita por professores sem nível superior, em busca da primeira licenciatura; professores
licenciados, mas que atuam fora da área de formação, em busca da segunda licenciatura;
professores graduados não licenciados, em busca da formação pedagógica.

Parfor Presencial
Além das vagas pelo sistema UAB e das vagas presenciais remanescentes, os professores
também poderão optar pelo Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor Presencial)
que oferecerá, durante as férias escolares, cursos presenciais intensivos para docentes da
rede pública de educação básica. As vagas serão oferecidas no primeiro semestre de 2017.
Os professores também só poderão se inscrever para o curso correspondente à disciplina que
lecionam na rede pública.
O calendário com a montagem das turmas e o início das atividades letivas do Parfor Presencial
será divulgado em breve, informa o MEC.

UAB
Criada em 2005, o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um sistema integrado por
universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população
que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da
educação a distância.
O público em geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm
prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica
dos Estados, municípios e do Distrito Federal. Hoje, o Sistema é coordenado pela Diretoria de
Educação a Distância (DED) da Capes.

1954 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

Pelo sistema UAB são ofertados os seis mestrados no formato semipresencial do País: o
Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), criado em
2010; o Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras) e o Programa de Mestrado
Nacional Profissional em Ensino de Física – MNPEF (ProFis), lançados em 2013; e os Programas
de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Artes (ProfArtes), Administração Pública
(ProfiAP) e Ensino de História (ProfHistória).
http://www.brasil.gov.br/educacao/2016/05/inscricoes-para-105-mil-vagas-em-cursos-de-licenciatura-terminam-hoje

Mesmo com maior escolaridade das mulheres, desigualdades na


educação persistem.
Estudos que avaliam apenas a presença das mulheres nas instituições de ensino tornam
invisíveis as desigualdades de acesso entre as próprias mulheres, avalia pesquisadora.
São Paulo – O fato de as mulheres brasileiras terem mais anos de estudos do que os homens na
média nacional não pode significar que as desigualdades de gênero na educação tenham sido
superadas. Isso porque só garantir o acesso a escolas e universidades não quer dizer que as
mulheres mais pobres tenham aumentado sua escolaridade, nem que tenha deixado de existir
desigualdades entre homens e mulheres no acesso e na permanência escolar.
"Garantir o acesso ainda é importante, mas não se pode dizer que situação da mulher foi
resolvida. Senão, poderíamos dizer que, por termos uma presidenta, as questões de gênero
estão superadas. Precisamos saber quem são as mulheres com alta escolaridade e que
condições têm para alcançar isso", avaliou Ingrid Leão, integrante do Comitê Latino Americano e
do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), que participou do seminário nacional
Gênero nas Políticas Educacionais: ameaças, desafios e ação política, ontem (3), em São Paulo.
O Comitê é uma das instituições responsáveis por avaliar como as políticas de educação do
Brasil são descritas para a Organização das Nações Unidas nos relatórios oficiais. "Houve
mudanças nas informações, o que representa mudanças nas políticas internas, mas ainda é
tudo muito novo. A lei Maria da Penha, por exemplo, mudou a forma de fazer política. E ela só
apareceu nos relatórios a partir de 2006, quando foi criada", explicou.
No Brasil, as mulheres estudam por mais tempo que os homens. Em 2010, 12,5% das mulheres
com 25 anos ou mais tinham completado o ensino superior. Entre os homens, o percentual era
de 9,9%. Entre as jovens de 18 a 24 anos, 15,1% frequentava um curso de graduação contra
11,4% dos homens na mesma idade, de acordo com o estudo Estatísticas de Gênero 2014 –
uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
"O foco das pesquisas é ainda a educação das mulheres, mas isso não significa que ela está
avaliando gênero. Quando eu falo só de educação de mulheres, eu torno as desigualdades
entre mulheres e entre homens e mulheres invisíveis. Precisamos de indicadores que meçam
quantitativa e qualitativamente essas desigualdades", reiterou. "Não se trata de desqualificar
a informação que existe, mas de atentar para a necessidade de também sistematiza-las, com
foco em desigualdade de gênero, para saber quem são as que não alcançam (a escolaridade
plena) e por que?".

www.acasadoconcurseiro.com.br 1955
Como o problema é comumente verificado nos países que enviam dados para a ONU, o órgão
está editando uma recomendação geral para meninas e mulheres na educação. O documento,
que deve ser aprovado em três anos, trará diretrizes para que os países membros possam
combater as desigualdades de gênero dentro dos processos educativos.
Os Estados membros da ONU que se comprometeram a alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio – uma série de metas para ampliar direitos básicos – teriam até
2015 para implantar ações que eliminassem as desigualdades entre os gêneros no ensino
primário e secundário. O Brasil alcançou a meta quantitativa, segundo o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Os demais países também avançaram, porém em algumas regiões do mundo as mulheres
continuam minoria nas escolas, nos cargos de chefia e na vida política. A média global de
mulheres no parlamento é de apenas 20%, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano
de 2013.
http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2016/05/escolaridade-entre-mulheres-aumenta-mas-
desigualdades-na-educacao-persistem-6019.html

ENEM:

Enem será indicador em avaliação do ensino superior.


Notas serão comparadas com o Enade para medir o quanto o aluno evoluiu no curso.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará a contar na avaliação de cursos e de
instituições de ensino superior. O desempenho servirá como marco zero da avaliação do
estudante, que será feita também no final do curso. A mudança faz parte de uma série de
alterações nos critérios de avaliação do ensino superior que estão sendo desenvolvidas pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Em coletiva no Ministério da Educação (MEC), o Inep anunciou que criará o chamado Indicador
da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que será calculado com base
na comparação dos resultados dos estudantes no Enem, quando ingressam nos cursos, e no
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado no último ano da graduação.
A intenção é medir o que o estudante aprendeu na instituição de ensino. Atualmente, a
avaliação é feita apenas com o Enade, no final do curso. Com o Enem, será possível saber como
o estudante ingressou na universidade e depois medir o quanto aprendeu.
"Às vezes, a instituição pegou um aluno em um padrão melhor que outra e o que agregou de
conhecimento é muito pouco diante daquilo que outra instituição, que pegou aluno com nível
muito mais baixo, elevou no final. Estamos avaliando o quanto o estudante cresceu naquele
curso, o quanto ele aprendeu", diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Ao contrário do Enade, necessário para que o estudante receba o diploma, o Enem não é um
exame obrigatório. O MEC acredita, no entanto, que este não será um problema, uma vez que
a maior parte dos estudantes que ingressa no ensino superior atualmente faz o exame, mesmo
que não o utilize como forma de ingresso.

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Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

O Inep pretende também revisar o Enade. Hoje as notas são calculadas por comparação com
o desempenho de outros cursos. A autarquia quer criar níveis de proficiência para medir o
desempenho dos alunos. "Atualmente, mesmo que a instituição tenha um resultado muito
positivo, o desempenho pode ser totalmente relativizado se outra instituição teve desempenho
superior a ela. Mesmo que faça um esforço para melhorar, se outras melhorarem mais, ela
pode até cair no ranking", explica o presidente do Inep, Luiz Roberto Curi. A classificação em
níveis, que ainda serão definidos, segundo ele, resolveria a questão.
http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/enem-sera-indicador-avaliacao-ensino-superior-947041.shtml

Enem: 7 em cada 10 candidatos com nota alta são de classe AB.


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 para avaliar a qualidade do
ensino médio nacional e, em 2009, transformou-se na principal porta de entrada para o ensino
superior. A análise inédita a seguir aponta que o resultado do Enem é um reflexo do impacto
da desigualdade social na formação dos jovens brasileiros. O estudo foi feito pelo Mundo
Vestibular (www.mundovestibular.com.br), portal de referência em Educação, em parceria com
a Educa Insights, empresa especializada em pesquisas educacionais, a partir de dados dos 8,7
milhões de participantes do Enem 2014.
De acordo com a pesquisa, dentre as notas acima de 600 pontos no Enem, 73% eram alunos
das classes A e B, contra 27% oriundos das classes C, D e E. A proporção se inverte quando
se avaliam os resultados abaixo de 450 pontos: 76.5% das classes C, D e E, contra 23.5% das
classes A e B.
Quando se leva em conta se os estudantes vêm de escolas públicas ou privadas, a diferença não
é tão gritante entre os melhores resultados, com 56% das privadas versus 44% das públicas.
Porém, a desigualdade se torna alarmante entre as notas mais baixas, uma vez que 94% de
todos que fizeram menos de 450 pontos cursaram o ensino médio em escolas estaduais ou
municipais.
"Os dados provam que não só o estudo, mas também todo o background do aluno influencia
seu desempenho no Enem. Olhando os dados do exame, é possível perceber o abismo de
oportunidades que existe hoje no Brasil", diz Fernanda Lapidus Hecht, gestora do Mundo
Vestibular.
Outro dado interessante encontrado na análise é a parcela de alunos que trabalham ou já
trabalharam entre os melhores e piores desempenhos. De todos aqueles que fizeram mais de
600 pontos, apenas 32% já passaram pelo mercado de trabalho, índice que sobe para 52% entre
os que tiraram menos de 450. Além disso, os mais novos também se saem melhor. A média de
idade dos que tiraram as notas mais altas é de 20 anos. Quem tirou as notas mais baixas, por
sua vez, tem, em média, 23 anos.
A pesquisa traz um desafio. "Como um todo, o desempenho dos alunos brasileiros no Enem
ainda não é satisfatório. Apenas 9% deles pontuaram além dos 600, enquanto 69% ficaram
abaixo dos 450 pontos. Temos muito trabalho pela frente para reverter isso", comenta Daniel
Infante, diretor da Educa Insights. Hoje, o exame é responsável por selecionar mais de 20%
dos estudantes que ingressam em faculdades e universidades pelo país, tanto públicas quanto
privadas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1957
1958 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Educação – Prof. Cássio Albernaz

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http://www.progresso.com.br/caderno-a/brasil-mundo/enem-7-em-cada-10-candidatos-com-nota-alta-sao-de-classe-ab

1960 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades

SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE:

Ministro da Saúde diz que Samu e Farmácia Popular só têm recursos até
agosto.
As verbas da Saúde destinadas ao programa Farmácia Popular e ao Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu) só vão durar até agosto. A informação foi divulgada ontem pelo
ministro da Saúde em exercício, Agenor Álvares da Silva, ao jornal “Estado de S. Paulo’’.
Segundo o ministro, a dificuldade de pagamento se deve à redução de R$ 5,5 bilhões no
orçamento previsto para o Ministério da Saúde este ano. O ministro afirmou que a falta de
dinheiro afetaria o Aqui Tem Farmácia Popular, resultado do programa inicial, que consiste na
venda subsidiada de remédios para várias doenças à população.
No início desta semana, o Ministério do Planejamento já havia publicado uma série de portarias
no Diário Oficial modificando o orçamento em vários programas, entre eles o Farmácia Popular,
que perdeu R$ 315 milhões dos R$ 2,7 bilhões previstos para este ano. Ao “Estado de S. Paulo”,
Agenor afirmou que, “a partir de setembro, vamos ver como esse repasse terá de ser feito para
as farmácias credenciadas”.
O EXTRA questionou o Ministério da Saúde sobre como esse corte de verba afetaria o Farmácia
Popular: se seriam reduzidos os descontos ou reduzida a quantidade de medicamentos
disponibilizados à população. A reportagem também perguntou quais as verbas disponíveis,
hoje, para o programa, desde quando tem havido redução e se o Farmácia Popular e o Samu
serão suspensos. O ministério não respondeu a nenhuma das perguntas.
Em nota, a pasta afirmou apenas que “o orçamento do Ministério da Saúde aprovado para
este ano foi da ordem de R$ 118,5 bilhões, valor 8% superior aos recursos executados no ano
passado”. Sobre o contingenciamento, o ministério alegou que ele “alcança todas as áreas do
Poder Executivo’’.
Hoje, o Farmácia Popular fornece medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma,
além de outros, com 90% de desconto, para tratar outras doenças.
http://extra.globo.com/noticias/economia/ministro-da-saude-diz-que-samu-farmacia-popular-so-tem-recursos-
ate-agosto-19253652.html

www.acasadoconcurseiro.com.br 1961
HOSPITAIS:

Radiografia de um hospital em crise: Uma volta pelo Hospital Pedro


Ernesto mostra a pior face da crise na saúde do Rio.
No dia em que não consegue levar sua própria agulha ao hospital, Jorge Pereira, de 54 anos,
sabe que lhe espera um procedimento longo e doloroso. Jorge convive há quatro anos com os
rins e o fígado transplantados e hoje depende de um tratamento semanal para retirar líquidos
do seu abdômen. “Os hospitais deixaram de comprar agulhas tão grandes porque são mais
caras, mas as pequenas, depois de determinada quantidade de líquido, se dobram e tem que
trocar. Assim acabo furado até cinco vezes”, lamenta na recepção do Hospital Universitário
Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
A crise nos hospitais do Rio chegou a um limite em que os pacientes levam as fraldas e as
agulhas de casa. O Pedro Ernesto, referência em radioterapia e quimioterapia, maternidade
de alto risco, cirurgia cardíaca, hemodiálises e transplantes, funciona hoje na precariedade. O
principal problema é que os serviços de limpeza, lavanderia, manutenção, segurança e cozinha
deixaram de funcionar regularmente porque os funcionários terceirizados, que ganham pouco
mais que um salário mínimo, não recebem há dois meses. Assim, as lâmpadas que quebram não
são trocadas, os aparelhos médicos não são consertados, as pias ficam entupidas, os banheiros,
sujos e as lixeiras, cheias.
À falta de pagamento do Estado, que reconhece dever 1,4 bilhão ao sistema de saúde e arrasta
uma media de atraso nos pagamentos às empresas de até quatro meses, somam-se os atrasos
da Prefeitura, denuncia a diretoria do hospital. Ela é responsável por depositar cerca de 20%
do orçamento do centro, repassado a ela pelo SUS, e que corresponde aos procedimentos
realizados pelo centro. “A justificativa é que os recursos estão sendo destinados às emergências
dos hospitais municipais [sobrecarregadas com as dificuldades dos centros estaduais]”,
afirma o diretor Edmar Santos, recém empossado. A Prefeitura, que não informa das datas
específicas de quando os repasses devem ser feitos, afirma que os pagamentos estão "dentro
do cronograma".
É com esse dinheiro, cerca 3,5 milhões de reais mensais, que se compram os insumos, hoje
em falta na enfermaria de doenças infecciosas, onde não há fraldas, à de pediatria, onde não
há gazes esterilizadas para fazer curativos. Uma lista na central de distribuição de material do
centro já avisa no balcão: “Não há: fraldas, torneirinhas [que permitem a infusão intravenosa
de várias soluções], Transofix [dispositivo para mistura de medicamentos em frascos], Jelco
[cateteres], Nasodrem [para o tratamento da sinusites], lâminas de bisturi, coletor fechado [de
urina]...” “Sempre vivemos momentos cíclicos em que falta alguma coisa, mas chegar a zerar
as gazes é chegarmos a uma situação limite”, explica uma das responsáveis pelo serviço de
enfermaria.
Os tapumes para tampar algumas janelas, goteiras, sacos de lixo em algumas esquinas e falta
de manutenção geral de paredes e do sistema elétrico e hidráulico revelam que a crise não é
de hoje. “Isto já vem acontecendo há anos, mas a situação hoje é crítica”, revela um veterano
doutor. “Esse hospital, por ser universitário, tem que ter um tratamento diferente dentro
do poder público, e ele, apesar de ser referência da rede, está sendo tratado como mais um
centro”, reclama seu diretor.

1962 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Saúde – Prof. Cássio Albernaz

Nos corredores, a calma se estende enquanto o hospital se esvazia. O centro, que conta com
cerca de 480 médicos, 380 enfermeiros e mais de 1.100 técnicos de enfermagem, resolveu
suspender no sábado novas internações. As cerca de 25 cirurgias realizadas por dia também
foram canceladas na sexta-feira, porque o teto desabou devido à infiltração da chuva. Nenhum
aparelho foi danificado, mas, sem faxineiras, a limpeza das salas estava sendo feita só nesta
quinta-feira, quase uma semana depois. Os professores e doutores chegaram a discutir a
possibilidade de eles limparem para retomar os procedimentos, mas finalmente a empresa
responsável pelo serviço enviou funcionários de fora do hospital. “Está todo contaminado,
vamos demorar muito mais em acondicionar todo de novo”, lamentavam os técnicos de
enfermagem na correria do mutirão de limpeza. Não há previsão para voltar à normalidade e a
sala de cirurgias, se for possível funcionar na semana que vem, será apenas para procedimentos
de urgência.
Sem receber, a auxiliar de serviços gerais Ana Lucia Alla dos Santos resolveu formar parte da
escala de serviços mínimos que atende o hospital, enquanto muitos dos seus colegas, como
já fizeram no mês de setembro também por falta de pagamento, estão na entrada de braços
cruzados ou com um microfone na mão reclamando seus direitos. Ela faz o básico, recolhe o
lixo, passa um paninho, mas não limpa as paredes do banheiro nem lava o chão. Tem 59 anos e
recebe 980 reais por mês. "Estou devendo o aluguel, a luz e já cortaram meu celular”, lamenta
Ana Lucia, que diz não ter recebido o salário de dezembro, nem metade do décimo terceiro.
“Eu tive essa consideração com os pacientes, mas isto não pode continuara assim".
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/21/politica/1453410402_869229.html

Tribunal de Justiça do RJ obriga repasse de R$ 3,5 milhões a hospital.


A crise financeira atingiu diversas áreas do Rio de Janeiro, principalmente a da Saúde. Há meses,
hospitais estão lotados, medicamentos faltando, entre outros problemas. Não é diferente com
o Hospital Universitário Pedro Ernesto – Hupe, que desde o começo do ano está passando por
dificuldades financeiras. Dessa forma, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – TJ/RJ, após a
Defensoria Pública ingressar com ação civil pública contra o Estado, obrigou o repasse de R$ 3,5
milhões à Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ para manutenção do Hupe.
O Hospital é referência em tratamentos neurológicos, inclusive em relação à Síndrome de
Guillan-Barré, associada ao Zika Vírus. A decisão foi dada pela juíza Mabel Christina Castrioto
Meira de Vasconcellos, que destacou que por falta de pagamento por parte do governo,
fornecedores e prestadores de serviços estão em vias de suspender o cumprimento de suas
prestações. A liminar informa que os pagamentos devem ser realizados em 24 horas para
complementar outro repasse de R$ 3,5 milhões feito no último dia 29 de abril.
Na petição elaborada pela Defensoria Pública, o diretor do hospital informou que pararia as
atividades, pois se não recebessem o repasse corretamente o Hupe não teria condições de
atender os pacientes. Se a decisão for descumprida, o governo pagará multa diária de R$ 10 mil.
Além disso, a juíza determinou que os pagamentos fossem feitos ao Hupe, no valor integral, no
dia 27 de cada mês.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1963
Suspensão de pagamento na licitação
Conforme o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, como é sabido
por todos aqueles que atuam com licitações, o atraso no pagamento não é causa automática
para a suspensão dos contratos.
“Conforme destaca o art. 78, inc. XV, da Lei 8.666/1993, é motivo para rescisão do contrato o
atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado
o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada
a situação”, explica.
Segundo o professor, no entanto, ocorre que a situação do Rio de Janeiro já se estende desde o
final do ano passado, com sucessivos atrasos no cumprimento das obrigações do estado.
“E a situação do Rio de Janeiro não é isolada. Diversos estados se encontram em situação de
dificuldade financeira, o que exige uma atuação conjunta com os demais entes federados a fim
de buscar soluções para a superação da crise econômica”, conclui Jacoby Fernandes.
http://www.n3w5.com.br/politica/2016/05/tribunal-justica-rj-obriga-repasse-35-milhoes-hospital

ZIKA:

Brasil terá vacina contra zika vírus em 5 anos, diz Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, esse tempo poderá ajudar a atual geração de meninas, que daqui há cinco
anos estará atingindo puberdade e já terá um medicamento para evitar os casos de microcefalia.
A expectativa é que o Brasil tenha uma vacina contra o zika vírus daqui a cinco anos, informou
o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Reginaldo Prata,
nesta quinta-feira (5), durante audiência pública. Para isso, a pasta tem apoiado o Instituto
Butantan e a unidade Bio-manguinhos da Fiocruz no desenvolvimento do medicamento.
"Se a gente conseguir que a vacina fique pronta em cinco ou seis anos, a atual geração de
meninas, por exemplo, que daqui a esses cinco ou seis anos vai estar atingindo a puberdade, a
idade da reprodução, já terá um instrumento para evitar que essa tragédia da microcefalia se
repita", exemplificou.
Prata também revelou que será lançado, nos próximos dias, um edital para uma chamada
pública de pesquisa em zika vírus. Para ele, é importante que toda prioridade seja dada para a
questão da doença, uma vez que ela compromete gerações futuras.

Cobrança de ações
O deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que preside a comissão externa, cobrou respostas
concretas da Fiocruz e do Ministério da Saúde sobre o que tem sido feito para combater à

1964 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Saúde – Prof. Cássio Albernaz

epidemia de zika. O parlamentar reclamou do ritmo das pesquisas e questionou se o governo


está realmente tratando a epidemia como uma questão de saúde pública emergencial.
O parlamentar também criticou a falta de um kit diagnóstico e da vacina contra o vírus. "O
governo, apesar dos discursos de prioridade, que não vai faltar recursos, não está fazendo nada
de efetivo até para mapear a doença”, reclamou.
O deputado também ressaltou que o governo tem dados sobre a microcefalia, mas hoje se
sabe que o problema não é só essa malformação, pois também há lesões cerebrais severas
das crianças e do feto. “Nós estamos falando às cegas; não há uma informação adequada para
acompanhar a velocidade da epidemia, até para atacar os pontos onde existem maior risco.
Kit diagnóstico não tem. Pode estar sendo transmitido pelo sangue, transfusão de sangue,
pode estar sendo transmitido de várias formas, mas a gente não sabe, não tem informação
adequada", afirmou.

Kits diagnóstico
O infectologista do Instituto Evandro Chagas, José Cerbino Neto, informou que as pesquisas
em relação ao kit diagnóstico já estão bem avançadas. Segundo ele, existem dois kits sendo
desenvolvidos, que devem passar pela aprovação da Anvisa e ser disponibilizados na rede
pública.
"O zika vírus é uma questão de emergência de saúde pública e a resposta da pesquisa é muito
mais urgente do que em uma pesquisa habitual de saúde. O parlamento pode ajudar acelerando
os instrumentos de financiamento e fomento à pesquisa para que a gente possa acelerar as
pesquisas e ter resultados mais rápidos para trazer respostas para a sociedade."
http://ultimosegundo.ig.com.br/igvigilante/saude/2016-05-05/brasil-tera-vacina-contra-zika-virus-em-5-anos-
diz-ministerio-da-saude.html

ONU estabelece fundo para ajudar no combate ao zika vírus.


Dinheiro será utilizado para que países implementem planos para responder à epidemia.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon estabeleceu um
fundo da ONU para ajudar a financiar prioridades urgentes no combate ao zika vírus. A iniciativa
foi anunciada nesta sexta-feira (6).
O dinheiro será utilizado para ajudar países a implementar seus planos nacionais para responder
à epidemia de zika "e lidar com os desafios sociais e econômicos mais amplos pela frente", diz
a ONU em comunicado.
O vírus se dissemina por meio do mosquito Aedes aegypti. Na maioria dos casos ele causa
apenas sintomas leves, mas no ano passado médicos no Brasil registraram um dramático
aumento no número de crianças nascidas com cabeças menores que o normal e problemas
neurológicos, de mães que haviam contraído a doença na gravidez.
Desde janeiro de 2015, a ONU diz que 61 países e territórios registraram transmissão local do
vírus. Segundo a entidade, tem havido "uma alta sem precedentes" nos casos de microcefalia
em bebês.
http://noticias.r7.com/saude/onu-estabelece-fundo-para-ajudar-no-combate-ao-zika-virus-06052016

www.acasadoconcurseiro.com.br 1965
Golfista da Austrália desiste da Rio 2016 por temer o zika vírus.
A epidemia é uma das grandes vilãs do evento que está prestes a começar.
Uma das grandes preocupações dos organizadores das Olimpíadas do Rio de Janeiro 2016
continua sendo o zika vírus. Ontem, 5, o golfista que representaria a Austrália, Marc Leishman,
o número 35 do mundo, anunciou que desistiu de viajar para a cidade do Rio de Janeiro para
defender o seu país nas Olimpíadas desse ano porque está temendo a epidemia de zika vírus
em que o Brasil atualmente se encontra. Isso porque a sua esposa, que viria com ele, está
debilitada e qualquer outra complicação poderia afetar ainda mais o seu estado de saúde.
Existem dois grandes nomes do golf na Austrália e Leishman é o segundo principal. À frente
dele está Adam Scott, número sete do mundo, que também havia desistido de participar dos
Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, não por causa do zika vírus, mas sim, porque atualmente
se encontra sobrecarregado, com um calendário repleto de compromissos e, segundo ele, é
exatamente na época dos jogos que sua agenda têm uma grande quantidade de compromissos.
A mulher de Leishman, no entanto, está se recuperando de uma enfermidade. Ela havia
contraído uma infecção no mês de abril, que a deixou bastante debilitada, precisando de
cuidados médicos e da atenção do seu marido, que é o número 35 do mundo no golf. Ela quase
foi a óbito por causa disso e seu médico afirmou que ela precisa se recuperar. Caso ela fosse
para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, poderia ter sua situação agravada, já que existe uma
chance de que ela pegue o zika vírus no Brasil.
“Informei com grande pesar à Golfe Austrália que não poderei representar o meu país nos
próximos Jogos Olímpicos de Verão no Brasil”, conta Leishman ao povo australiano. Ele justificou
que esteve em reunião com o médico de sua esposa e ele o contou que ela precisa de repouso
e de sua atenção nesse momento delicado de sua vida.
Por outro lado, ainda no início desse ano de 2016, a própria presidente do Brasil, Dilma Rousseff,
disse em coletiva que o combate ao zika vírus seria ainda mais intensificado, exatamente para
que, além de não trazer mais consequências graves ao povo brasileiro, não deixasse uma
má imagem para as delegações que aqui virão. O zika vírus, até então, tornou-se a maior
preocupação da saúde pública brasileira.
http://br.blastingnews.com/esporte/2016/05/golfista-da-australia-desiste-da-rio-2016-por-temer-o-zika-
virus-00908523.html

H1N1:

H1N1: vacinação na rede pública começa em 30 de abril.


Clínicas particulares já têm disponível vacina trivalente de 2016.
Campanha de vacinação contra influenza vai de 30 de abril a 20 de maio.
A campanha nacional de vacinação contra influenza começa no dia 30 de abril e vai até 20
de maio, segundo o Ministério da Saúde. Nesta segunda-feira (28), o estado de São Paulo
pediu para o governo federal antecipar a campanha diante do aumento de casos de H1N1.

1966 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Saúde – Prof. Cássio Albernaz

O ministério afirmou, porém, que isso não é possível já que o produto só é entregue pelo
laboratório produtor nos meses que antecedem o inverno. Na rede privada, a vacina já está
disponível.
De acordo com a pasta, até o dia 19 de março, já foram registrados 46 óbitos por H1N1 em todo
o país, 10 mortes a mais do que no ano passado inteiro, quando 36 morreram pelo vírus.
Na rede pública, a vacinação contra influenza é destinada a alguns grupos prioritários: crianças
de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas
portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade.

Vacina muda todo ano


Enquanto a campanha nacional não começa, algumas cidades do noroeste do estado de São
Paulo – onde o número de casos de H1N1 cresceu muito este ano – estão vacinando os grupos
prioritários com lotes da vacina de 2015 solicitados ao Ministério da Saúde.
A vacina de gripe é atualizada todos os anos para adequá-la aos vírus circulantes naquela
estação e sua composição é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No entanto, a vacina de 2016 não sofreu mudanças em relação ao H1N1 em comparação à do
ano passado, por isso os lotes de 2015 são eficazes contra a H1N1. A proteção contra os outros
dois vírus da gripe – H3N2 e Influenza B – fica comprometida.
“Como o H1N1 está predominando e com um comportamento mais agressivo, vale a pena fazer
isso para bloquear o vírus nessa comunidade, é uma medida de saúde pública válida”, diz a
médica Flávia Bravo, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – Regional RJ.
Porém, a população que recebeu a vacina do lote de 2015 deverá se vacinar novamente durante
a campanha nacional para garantir também a proteção contra os vírus H3N2 e Influenza B.
Flávia explica que não é possível adiantar a produção da vacina justamente pela variação de sua
composição.

Rede particular já tem vacina


Em clínicas particulares, já está disponível a vacina trivalente contra influenza de 2016. Já a
vacina tetravalente – que além de proteger contra o H1N1, o H3N2 e a Influenza B também
protege contra uma segunda cepa da Influenza B – ainda está começando a ser distribuída.
Segundo Flávia, as sociedades médicas recomendam a vacina para todas as pessoas a partir
dos 6 meses de idade. “Quanto mais cedo vacinar, melhor para que quando o vírus começar a
circular com força, as pessoas já estejam imunizadas”
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/03/h1n1-vacinacao-na-rede-publica-comeca-em-30-de-abril.html

Brasil já teve 290 mortes por H1N1 este ano, diz balanço de ministério.
Foram 60 mortes a mais em relação a boletim da última semana.
21,3 milhões já se vacinaram contra gripe nacionalmente este ano.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1967
O Brasil já registrou 290 mortes por H1N1 este ano até o dia 23 de abril, segundo boletim
divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (3). Em relação ao relatório divulgado na
semana anterior, foram 60 mortes a mais notificadas.
Ao todo, foram 1.571 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1
até 23 de abril. A SRAG é uma complicação da gripe -- o total de casos no período, incluindo
todos os tipos, foi de 15.513.
O estado de São Paulo, o mais populoso do país, teve também o maior número de óbitos por
H1N1: 149. Somente oito estados do Norte e Nordeste ainda não tiveram mortes por causa do
influenza A/H1N1 este ano.
Outro balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça indica que 21,3 milhões de pessoas
já se vacinaram contra gripe neste ano, o que equivale a cerca de 43% das 49,8 milhões de
pessoas consideradas de risco para complicações por gripe no país. O objetivo do ministério é
que pelo menos 80% desse público-alvo sejam vacinados.
Para a campanha de vacinação, que vai até 20 de maio, foram adquiridas 54 milhões de doses
da vacina que protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) para 2016: A/H1N1, A/H3N2 e influenza B.
Segundo o balanço, lideram a vacinação até o momento o Amapá (78,11%), Distrito Federal
(64,7%), Goiás (63,5%) e São Paulo (61,6%).
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/05/brasil-ja-teve-290-mortes-por-h1n1-este-ano-segundo-
ministerio.html

MP vai investigar supostas vendas de atestados para vacina no RS.


Médicos teriam vendido atestados para vacina contra gripe em 2 cidades.
Procurados, dois clínicos negaram o fornecimento de receitas sem consulta.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul informou que investigará denúncias de que médicos
teriam vendido atestados médicos para quem não pertence aos grupos de risco receber a vacina
contra a gripe na rede pública de saúde. Os casos teriam acontecido em Vacaria, nos Campos
de Cima da Serra, e Jaguari, na Região Central, como mostra reportagem do RBS Notícias (veja
no vídeo).
A balconista Milena Domênico mora em Jaguari e conta que, apesar de fazer parte do grupo
de risco, relata que médicos estariam vendendo atestados. "Um cobrou R$ 25. Outro, R$ 30. E
as pessoas não têm doença nenhuma, só vão ao consultório, dão o nome e eles estão dando a
receita", denuncia.
A reportagem da Rádio Gaúcha ligou para dois consultórios no município. Em um deles, a
secretária diz que é possível conseguir o documento mesmo que a pessoa não tenha a doença.
"Levando um atestado, você consegue. Não importa o que ela tenha: rinite, asma, sei lá... Você
não consegue com o doutor? É o mesmo valor, a mesma coisa, uma tabela pra todos. Pelo
convênio, é R$ 30", diz a atendente à repórter.

1968 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Saúde – Prof. Cássio Albernaz

Avisada pela repórter que o atestado seria para uma criança que não tem doença alguma, a
funcionária de outro consultório diz que basta dar o nome da pessoa que ela será vacinada.
"Receita a gente consegue. É R$ 25 a receita. E aí passo o nome dele, pego a receita e fica
prontinha aqui. É só você pegar", diz.
Procurados pela RBS TV, os médicos responsáveis pelos atestados negaram o fornecimento de
receitas sem consulta. Um deles, o clínico geral Joelton da Silva, disse que alguns documentos
foram cedidos para pessoas com outras enfermidades. "Sempre orientando que, nesses casos,
elas teriam que conseguir a vacina de forma particular, por conta própria. Nunca foi orientado
buscar [em] posto", garante.
O outro médico, João Francisco da Silveira, também afirma que só fornecia receita para quem
fazia parte do grupo de risco ou quem pretendia se imunizar em uma clínica particular, mas em
outras cidades. O clínico geral explica que o valor de R$ 30 foi estipulado para que não fosse
cobrado o valor de consulta, de R$ 200.
"Foi combinado assim. Como era só para ver se a pessoa precisava de vacina ou não, pagaria
apenas R$ 30 ao invés de R$ 200, mas nós não mandamos no posto. [Se] conseguiu na rede
pública, que bom", justifica.
Em Jaguari, a vacinação é feita somente pela rede pública. De acordo com secretario municipal
de saúde, em alguns atestados entregues pelos pacientes não estava escrito o tipo de doença
e nem se faria parte do grupo de risco. Neste caso, o secretário disse que o paciente era
questionado e, se possuía algum tipo de risco, recebia a imunização.
"[Eram] bastante atestados realmente, e nós pensamos que a autoridade para determinar se
o paciente precisa ou não é o médico, e todos que vieram com suas receitas foram vacinados",
disse o secretário municipal de saúde, Anizio Feliciani.
O município recebeu cerca de 3 mil doses da vacina contra a gripe, mas todos já terminaram.
Quem está nos grupos prioritários e não foi vacinado discorda da atitude dos médicos. "[É]
um absurdo porque tira a oportunidade de quem realmente precisa", comenta a agricultora
Angelita Ecort.
O delegado seccional do Conselho Médico do estado considera esse tipo de prática
absolutamente antiética e afirma que uma sindicância vai apurar o caso. A Secretaria Estadual
de Saúde lembra que, nos postos, é necessário constar nos atestados a prescrição médica,
especificando o motivo da indicação da vacina.
(....)
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/05/mp-vai-investigar-supostas-vendas-de-atestados-
para-vacina-no-rs.html

FOSFOETALONAMINA:

Dilma sanciona lei que autoriza uso da fosfoetanolamina contra o câncer.


A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (14) a lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina
sintética por pacientes diagnosticados com câncer e definiu a permissão como de relevância

www.acasadoconcurseiro.com.br 1969
pública. O texto da lei, publicado no Diário Oficial da União, ressalta, entretanto, que a opção
pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras
modalidades de tratamento contra o câncer.
A ingestão da substância, conhecida popularmente como “pílula do câncer”, poderá ser feita
por livre escolha do paciente, que precisa ter um laudo médico que comprove o diagnóstico e
assinar um termo de consentimento e responsabilidade.
Apesar de a posse e o uso da fosfoetanolamina estarem autorizados mesmo sem o registro da
substância na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os laboratórios só poderão fazer
a produção, manufatura, importação, distribuição e prescrição da fosfoetanolamina sintética
mediante permissão da Anvisa.
A autorização de uso é em caráter excepcional, enquanto estiverem sendo feitos estudos
clínicos acerca da substância.

Testes
Diante da expectativa gerada em torno do efeito antitumoral da fosfoetanolamina, o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação criou, no ano passado, um grupo de trabalho para testar
a chamada pílula do câncer. O objetivo é investigar os efeitos da substância e esclarecer se a
fosfoetanolamina é efetiva no combate à doença.
No último dia 30 de março, o ministério divulgou os primeiros testes, informando que o
composto produzido pela Universidade de São Paulo (USP) não é tóxico, se administrado
na quantidade estabelecida pela USP, três cápsulas de 330 miligramas cada, por dia. Por
isso, sugeriu que a pílula fosse legalizada como suplemento alimentar para evitar também o
contrabando e a venda no mercado paralelo.
O governo tem R$ 10 milhões em recursos para serem usados nas pesquisas – R$ 2 milhões já
foram gastos. A fase de testes com a substâncias em animais está sendo concluída e deve seguir
para as análises pré-clínicas e clínicas, em seres humanos.

Histórico
Sintetizada há mais de 20 anos, a fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor
aposentado Gilberto Orivaldo Chierice, quando ele era ligado ao Grupo de Química Analítica
e Tecnologia de Polímeros da USP, campus de São Carlos. Algumas pessoas tiveram acesso
gratuito às cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, porém sem aprovação
da Anvisa. Esses pacientes usavam a pílula como se fosse um medicamento contra o câncer.
Em junho de 2014, uma portaria da USP determinou que substâncias em fase experimental
deveriam ter todos os registros antes de serem distribuídas à população. Desde então,
pacientes que tinham conhecimento das pesquisas passaram a recorrer à Justiça para ter
acesso às pílulas.
No dia 22 de março, o Senado aprovou o projeto de lei, sancionado hoje pela presidenta,
para resolver essa questão do acesso e garantir aos pacientes com câncer o direito de usar a
fosfoetanolamina, mesmo antes de a fosfoetanolamina ser registrada e regulamentada pela
Anvisa.

1970 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Saúde – Prof. Cássio Albernaz

No início deste mês, a USP denunciou o professor Chierice por crimes contra a saúde pública
e curandeirismo. A universidade também fechou o laboratório em que eram produzidas
as pílulas, já que o servidor técnico que produzia a pílula foi cedido à Secretaria Estadual de
Saúde para auxiliar na produção da substância para testes sobre seu possível uso terapêutico.
O Laboratório PDT Pharma, de Cravinhos (SP), é o laboratório autorizado pelo governo de São
Paulo para sintetizar a substância.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a interrupção do fornecimento da pílula do
câncer pela universidade após o fim do estoque. A Corte analisou um pedido feito pela USP
contra uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que determinava o fornecimento
da substância a pacientes de câncer, sob pena de multa. Na decisão, o presidente do STF,
Ricardo Lewandowski, disse que ao obrigar a universidade a fornecer a substância, as decisões
já tomadas sobre o tema estariam desviando a instituição de sua finalidade e destacou que não
há estudos que atestem que a fosfoetalolamina seja inofensiva.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/dilma-sanciona-lei-que-autoriza-uso-da-
fosfoetanolamina-contra-o-cancer

Fosfoetanolamina não deveria ser testada em humanos, afirma Anvisa.


Diretor diz que pesquisas prévias 'desastrosas' não credenciam substância.
Laboratório de Cravinhos (SP) liberou 1º lote para testes em pacientes.
A liberação do uso da fosfoetanolamina para pacientes com câncer no Brasil pulou etapas e não
deveria ter chegado à fase de testes em humanos, afirmou ao Jornal da EPTV neste sábado (30)
o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fernando Mendes Garcia Neto.
"A gente não sabe efetivamente se ela até tem efeito sobre essa patologia. As pesquisas foram
muito ruins, foram feitas em três locais diferentes, elas foram desastrosas, o que não credencia
a fosfoetanolamina a passar para a fase 1, que é a utilização em humanos", disse.
Em 13 de abril, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei n.º 13.269 que autorizou o uso
da fosfoetanolamina sintética por pacientes com tumores malignos. A determinação afirma
que poderão fazer uso da substância, por livre escolha, aqueles que possuam laudo médico
comprovando o diagnóstico, e que assinem um termo de consentimento e responsabilidade.
Esta semana, um laboratório de Cravinhos (SP) autorizado a produzir a fosfoetanolamina
para análises clínicas confirmou que entregará à Fundação para o Remédio Popular (Furp), na
próxima segunda-feira (2), o primeiro lote da substância conhecida como "pílula do câncer".
Na Furp, 35 quilos do princípio ativo serão transformados em 70 mil cápsulas, destinadas ao
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), responsável por coordenar a distribuição do
medicamento aos hospitais que farão o estudo clínico pelos próximos seis meses.
Na primeira fase, dez pacientes serão avaliados para determinar a segurança das doses. Caso
a fosfoetanolamina não apresente efeitos colaterais graves, os testes passarão a ser realizados
com mais 21 pacientes em cada grupo de tumor diferente.
Serão estudados efeitos em pacientes com tumores na cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon
e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1971
Fosfoetanolamina preocupa, diz Anvisa
Segundo Garcia Neto, o protocolo adotado por países como Estados Unidos e Canadá para
registrar uma substância como medicamento comercializável depende de um cronograma de
cinco fases, incluindo a pesquisa pré-clínica.
Apesar disso, a fosfoetanolamina foi liberada para uso sem ter passado por todas as etapas
necessárias, argumentou o diretor da Anvisa.
"Cumprindo todas essas etapas, aí então o medicamento está credenciado a se tornar
utilizável pelo público, pela população. Como isso não foi com a fosfoetanolamina, a gente
tem uma preocupação muito grande, porque a gente não sabe efetivamente o que isso pode
representar", afirmou.
O diretor disse que o órgão encaminhou ao governo federal uma série de considerações
técnicas sugerindo que a presidente vetasse integralmente o projeto de lei, ainda na fase de
discussão, mas a liberação foi autorizada.
"Isso nos causa uma preocupação muito grande, uma vez que foi criada uma área livre ou uma
exceção regulatória. A partir da publicação dessa lei, todas as pessoas que quiserem fazer uso
da fosfoetanolamina como possível medicamento para a neoplasia maligna o farão sem ter a
garantia da segurança e da eficácia dessa substância."

'Pílula do câncer'
Desenvolvida no campus de São Carlos para o tratamento de tumor maligno, a substância é
apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes
em humanos e não tem eficácia comprovada. Por isso, não é considerada remédio.
A fosfoetanolamina não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes ainda são
desconhecidos.
A substância estava sendo fornecida pela USP por meio de liminares na Justiça. Em abril, o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, determinou que
a Universidade fornecesse somente enquanto houvesse estoque do composto.
Entretanto, no fim de março, o pesquisador Salvador Claro Neto, químico responsável pela
produção, já havia comunicado o fim da substância no laboratório da universidade, mas
advogados disseram que uma última remessa seria entregue.
Em 1º de abril, a USP fechou o laboratório que produzia a substância e informou que não
produziria mais porque não é dona da patente e não é uma indústria para produção em larga
escala.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/04/fosfoetanolamina-nao-deveria-ser-testada-em-
humanos-afirma-anvisa.html

1972 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades
Aula XX

POLÍTICAS PÚBLICAS
ONGs

Pesquisa retrata cooperação das ONGs nas políticas públicas


Resultados apontam que os gestores atribuem às organizações civis funções e competências
que a burocracia não poderá substituir no curto e médio prazo
por Portal Brasil

Já está disponível a pesquisa ‘A Participação das ONGs nas Políticas Públicas: o Ponto de Vista
de Gestores Federais’, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em
parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), a respeito das percepções
de gestores da alta burocracia federal quanto à decisão de implementar políticas públicas por
meio da cooperação com organizações não governamentais (ONGs).
A pesquisa procurou sistematizar os motivos que animam a cooperação, as vantagens e
desvantagens da implementação por meio de ONGs em face da burocracia pública e, por fim,
os papéis relativos atribuídos ao Estado/burocracia e às ONGs nas políticas.
Com base em 53 entrevistas, os resultados apontam que os gestores entrevistados atribuem
às organizações civis funções e competências que a burocracia não poderá substituir no curto
e médio prazo, tais como expertise, capilaridade, flexibilidade e engajamento nas políticas
relacionadas aos convênios celebrados.
As organizações captam de forma mais próxima e segura as demandas dos beneficiários,
desenvolvem métodos e formas originais para alcançar os objetivos definidos nas ações
governamentais e, com isto, alimentam a inovação nas políticas públicas.
Estas são algumas das razões que talvez expliquem porque as organizações civis têm se tornado
um ator cada vez mais relevante nas políticas estatais, em particular nos níveis subnacionais de
governo, em uma conjuntura de forte expansão do leque de direitos e públicos beneficiários de
políticas governamentais.
A pesquisa mostra que também é relevante a avaliação de que a burocracia é indispensável
à implementação bem-sucedida das políticas, por ter quadros permanentes e melhor
infraestrutura, condição considerada crucial para a continuidade e a institucionalização das
políticas.
Há uma certa divisão de papéis entre ONGs e Estado. A este cabe dar continuidade e abrangência
às políticas, estruturando-as e tornando-as estáveis no tempo, seja com a cooperação de ONGs
ou não. Esta competência é exclusiva do Estado também por seu monopólio da regulação e
capacidade de obrigar à execução das políticas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1973
Às ONGs cabe o papel primordial – mas não exclusivo – de: formular e desenvolver alternativas
para tornar as políticas efetivas; colaborar para a sua disseminação, alargando e qualificando
o raio de alcance da burocracia federal; ampliar a legitimidade e aprimorar os objetivos das
políticas públicas formuladas pelas burocracias.
Essas distinções, em geral, retratam visões que diferem daquelas que constituíram o arcabouço
do modelo neoliberal, nos anos 1990, no qual os apelos à eficiência, pela via da delegação
estatal, integraram o núcleo das reformas legislativas visando maior engajamento das
organizações civis nas políticas. Hoje, as organizações são consideradas uma via para reforçar
ou fortalecer políticas do Estado, não um substituto a elas.
A pesquisa contribui com as discussões do Marco Regulatório das Organizações da SOciedade
Civil, agenda prioritária da Secretaria-Geral da Presidência da República, cujo objetivo é
aperfeiçoar o ambiente jurídico e institucional relacionado às OSCs e suas relações de parceria
com o Estado.

A complexa relação entre Estado e ONGs


pós denúncias de supostas irregularidades com verbas públicas, o debate sobre o papel das
ONGs ganhou destaque na agenda nacional. O centro da questão diz respeito às fronteiras
entre a esfera pública e a privada
Ao longo de 2011 a atuação das chamadas organizações não governamentais (ONGs) ganhou
destaque na mídia. Os motivos centrais foram denúncias de possíveis irregularidades nos
repasses de verbas ministeriais para entidades desse tipo, que levantaram mais uma vez o
debate sobre a porosidade da fronteira entre as esferas pública, privada e estatal no Brasil.
Embora não se possa generalizar, convênios entre o governo federal e tais entidades estariam
sendo utilizados como forma de desviar dinheiro público. Ministros foram afastados,
investigações estão em curso e o Executivo tomou providências drásticas.
Em 31 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff emitiu decreto em que determinava a suspensão
por 30 dias dos repasses federais a ONGs. Todos os contratos passariam por uma detalhada
análise e novas regras para os convênios seriam elaboradas.
Até meados de fevereiro deste ano, um grupo de trabalho formado por integrantes do Ministério
da Casa Civil, Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério do Planejamento analisou 1.403
convênios. Destes, 917 estavam regulares, 305 demandavam mais esclarecimentos e 181 foram
cancelados.
Em dezembro, outro decreto federal determinou a realização de chamamentos públicos para
a celebração de convênios entre instituições públicas e ONGs e a obrigação de que todos os
órgãos governamentais passem a integrar o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de
Repasse do governo federal (Sinconv).
SEM CONTROLE As denúncias chamaram a atenção de muitos críticos pela inexistência de
controles e fiscalização claros sobre a atuação dessas instituições e pelo aumento considerável
nos últimos anos do número de ONGs que lidam com montantes significativos de verbas
públicas. O problema mais de fundo seria uma espécie de terceirização de atividades próprias
do Estado e de suas responsabilidades perante a cidadania.

1974 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – ONG`s – Prof. Cássio Albernaz

“Por muito tempo as ONGs foram vistas de forma virtuosa, pois durante o período militar elas
reivindicaram e carregaram a esperança de democratização e resolução das questões sociais.
Porém, assim como nas organizações privadas ou públicas, há problemas de gestão de recursos
nesse universo”, analisa a professora da Universidade Paulista (Unip) Olívia Perez, doutora em
Ciência Política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São
Paulo (FFLCH/USP) e estudiosa do tema.
Na opinião do sociólogo Rudá Ricci, diretor-geral do Instituto Cultiva e membro da Executiva
Nacional do Fórum Brasil do Orçamento, os casos de desvios de verbas públicas por meio de
convênios podem ser explicados pela lógica político-partidária de uma parte das entidades
supostamente sem fins lucrativos. “Mas não só por isso. Várias ONGs que assumiram a direção
de conselhos de gestão pública que possuem fundos especiais passaram a apresentar projetos
de suas organizações para acessarem recursos desses fundos. Algo como colocar a raposa
para cuidar do galinheiro. Totalmente antiético. Ao aceitarmos a lógica das Oscips e OSs na
terceirização da gestão pública-estatal, incorremos nesse risco”, alerta.
Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) e OSs (Organizações Sociais) são
figuras jurídicas criadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) no âmbito do
processo de reforma de Estado. Na prática, são entidades de direito privado que assumem a
gestão de bens públicos como hospitais, creches e parques, entre outros. “Precisamos de um
marco regulador mais objetivo e nítido e que apresente sistemas de transparência e controle
sobre as ONGs”, defende Ricci.
Cândido Gryzbowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase),
entidade filiada à Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong), explicita
a lógica político-partidária presente em algumas organizações. Ele lembra que as Comissões
Parlamentares de Inquérito (CPIs) já instaladas para investigá-las “param de funcionar” sempre
quando entidades controladas por políticos passam a ser o alvo. “Porque quase todo deputado
tem sua ONG. As emendas parlamentares são para isso. É uma forma de se criar o curral
eleitoral. Não vou dizer que todas desviam dinheiro. Mas servem, no mínimo, para criar seu
reduto”.
HISTÓRICO NO BRASIL No artigo ONGs e governo: autonomia x dependência, publicado no
final de 2009, a professora Olívia Perez lembra que a atuação das ONGs (denominação surgida
no contexto de criação da Organização das Nações Unidas, no pós-Segunda Guerra Mundial)
no Brasil começou a se consolidar durante o período da ditadura civil-militar (1964-1985). “O
regime ditatorial fechou diversos canais de comunicação entre a população e o governo, levando
setores da sociedade a organizar-se paralelamente na luta por seus direitos. Os chamados
‘novos movimentos sociais’ lutavam pela ampliação da atuação dos cidadãos na condução
das políticas governamentais e na resolução das carências sociais. E as ONGs auxiliavam os
movimentos sociais por meio de apoios e assessorias.”
Os projetos tornaram-se duradouros e passaram a ser financiados, principalmente, pela
cooperação internacional, exigindo a constituição jurídica dessas entidades. “No seu estágio
inicial, as ONGs pautavam suas práticas e discursos contra o assistencialismo e na defesa da
emancipação humana”, explica o artigo.
Candido Gryzbowski, em artigo recente, lembra que “a democracia no Brasil deve muito às
ações não governamentais das Pastorais Sociais (da Criança, da Terra, Urbana...), às redes e
fóruns (economia solidária, catadores de lixo, segurança alimentar, Articulação do Semiárido,
Agroecologia, Reforma Urbana...), aos movimentos sociais e suas entidades (Sem Terra,

www.acasadoconcurseiro.com.br 1975
Atingidos por Barragens, Sem Teto Urbanos, Favelados, UNE e entidades de juventude...), às
feministas e suas entidades, aos movimentos negros e suas entidades, aos movimentos dos
GLBT, às entidades cidadãs de comunicação e iniciativas de inclusão cultural, às Apaes, às Santas
Casas, aos movimentos cidadãos como o Ficha Limpa e tantas e tantas outras iniciativas”.
Em 1988, muitas reivindicações dos novos movimentos sociais e das entidades vinculadas
a eles foram incorporadas na nova Constituição Federal, que estabeleceu a ampliação da
participação cidadã na gestão pública, garantindo “o caráter democrático e descentralizado
da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados”. No final dos anos 1980 e
começo dos anos 1990, tal prerrogativa, reservada na Carta Magna para a gestão da seguridade
social, logo foi extrapolada para outras áreas, como saúde e educação, por meio da formação
de Conselhos Gestores.
No entanto, ainda na década de 90 a relação entre governos e entidades sem fins lucrativos foi
alterada, explica a professora Olívia Perez em seu artigo. De acordo com ela, parte das ONGs se
distanciou dos movimentos sociais e da atuação em oposição ao Estado e assumiu um papel de
interlocução com este. “De denúncias e mobilizações, muitas ONGs passaram a prestar serviços
assistenciais e emergenciais, muitos em parceria com o Estado.”
“No início, a intenção das
ONGs era colocar a cidadania
na rua, pressionando para que
as políticas de Estado fossem
implementadas. Mas, ao se
adotar uma agenda liberal no
Brasil, criaram-se certas figuras
jurídicas que reduziram o Estado.
É um modelo do liberalismo
clássico, não o de uma sociedade
democrática com justiça social”
Cândido Gryzbowski,
diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
Isso se deveu, em grande parte, pela chamada Reforma do Estado elaborada em 1995 pelo
então ministro da Administração e Reforma do Estado Luiz Carlos Bresser-Pereira. Ele propôs a
transferência de serviços como escolas, hospitais e centros de pesquisas para o chamado setor
público não-estatal. Os argumentos centrais seriam o aumento de eficiência na execução desses
serviços e a diminuição dos custos governamentais. O Estado ainda teria a responsabilidade de
formulação das políticas públicas e fiscalizaria a atuação das entidades.
No bojo da Reforma do Estado, viriam a Lei das Organizações Sociais, em 1998, e a Lei das
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, em 1999. No ano seguinte, seria

1976 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – ONG`s – Prof. Cássio Albernaz

aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal, que teria como consequência a limitação de gastos
com pessoal e a adoção de uma disciplina mais rígida na relação entre arrecadação e gastos.
Dessa maneira, a saída encontrada pelos governos de todo o país foi a de terceirizar parte dos
serviços prestados pelo Estado, o que não esbarraria nas limitações impostas pela lei.
RECURSOS PÚBLICOS Os anos 1990 assistiram a um aumento significativo do número de
entidades sem fins lucrativos no país. Em 2008, o Ipea publicou, em parceria com a Associação
Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong), o estudo As Fundações Privadas
e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil 2005, que mostrou que entre 1996 e 2005 o
crescimento desse tipo de organização havia sido de 215,1%; de 107,3 mil para 338,2 mil em
todo o Brasil. O mesmo estudo revelou que, em 2005, a idade média das ONGs era de 12,3
anos, sendo que a maior parte delas, 41,5%, havia sido criada na década anterior.
“De fato, a partir da década de 1990 houve uma expansão de diversas organizações civis,
inclusive daquelas que executam serviços governamentais junto ao poder público. Esse
crescimento pode ser explicado pelas novas diretrizes dos governos pós- democratização – que
se abriram às parcerias com organizações civis – e também pela multiplicação de iniciativas da
sociedade civil”, opina a professora Olívia Perez.
Ainda de acordo com o levantamento do Ipea, em 2005 as 338 mil organizações sem fins
lucrativos existentes representavam 5,6% do total de entidades públicas e privadas de todo o
país e empregavam 5,3% dos trabalhadores brasileiros. Ou seja, um contingente de 1,7 milhão
de pessoas que ganhavam, em média, R$ 1.094,44 por mês. “Esse valor equivalia a 3,8 salários
mínimos daquele ano, isto é, uma remuneração ligeiramente superior à média nacional, que
era de 3,7 salários mínimos mensais naquele mesmo ano”, explica o estudo.
O que também cresceu significativamente ao longo dos últimos anos foi a dependência
das ONGs de recursos governamentais. Dados publicados em 2010 pela Abong revelaram
que enquanto 16,7% de suas pouco mais de 200 associadas tinham de 41% a 100% de seus
orçamentos oriundos de recursos públicos federais em 2003, em 2007 esse percentual passou
para 37,4%.
“Em 2007, 60,4% das associadas possuíam recursos públicos federais em seus orçamentos,
30,2% contavam com recursos municipais e 28,3% afirmaram ter recursos estaduais”, relatava
a publicação lançada pela associação. De acordo com ele, os recursos federais eram, naquele
ano, o segundo tipo de fonte mais acessado pelas entidades vinculadas à Abong; 78,3% das
associadas contavam com verbas vindas da cooperação internacional.
O sociólogo Rudá Ricci explica que nos últimos anos os recursos internacionais se dirigiram
a outros países, uma vez que o Brasil, hoje a sexta maior economia mundial, foi se tornando,
gradualmente, um doador em potencial, não mais receptor de recursos.
Logo, as entidades sem fins lucrativos começaram a buscar fontes alternativas de financiamento.
“O impacto dessa nova realidade sobre as ONGs é imenso. Vou citar dois. O primeiro: as
organizações que vivem de convênios perdem o vigor ideológico e autonomia política porque,
na prática, assumem a terceirização do serviço público, principalmente nas áreas sociais.
Em segundo lugar, altera-se a estrutura de poder interno nas entidades. Agora, gerentes de
projetos – que possuem conta própria, como se exige na maioria dos convênios – acabam tendo
maior poder que os diretores (que, no Brasil, não podem receber nenhum pagamento por essa
função). Assim, as ONGs se tornam mais empresariais e muito menos militantes”, analisa Ricci.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1977
ESTUDO DO IPEA Em dezembro do ano passado, o Ipea divulgou, em seu Comunicado número
123, Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010). De acordo
com o levantamento, esse tipo de repasse aumentou entre 1999 e 2002, com pico em 2001.
De 2004 a 2006, observou-se uma tendência mais acentuada de crescimento de transferências,
que decresceu até 2009, para aumentar novamente em 2010. Se em 1999 o valor total dos
repasses federais a entidades sem fins lucrativos foi de R$ 2,2 bilhões, em 2010 era de R$ 4,1
bilhões.
O próprio comunicado, no entanto, faz a ressalva: “Diante da proporção de recursos repassados
às ESFLs [entidades sem fins lucrativos] no orçamento anual como um todo – especialmente
quando comparada com transferências a entes subnacionais e com a expansão dos gastos
orçamentários globais ao longo do período analisado –, verifica-se que essa forma de repasse
tem peso bastante reduzido no orçamento federal”. Segundo o documento, ao se considerar as
transferências obrigatórias e voluntárias, o repasse a ONGs nunca foi responsável por mais de
2,5% do total de transferências, alcançando 1,8% em 2010. Ainda de acordo com o documento
do Ipea, apesar desse percentual pequeno, chama a atenção o crescimento do número de
organizações como as Oscips e as OSs, assim como o aumento da dotação de recursos a elas.
MODALIDADE DE ONGs Cândido Gryzbowski, do Ibase, frisa que a cooperação internacional era
fundamental para se garantir a autonomia das organizações. “Se a gente conseguia dizer coisas
para o governo era porque a gente não dependia dele. E isso está acabando”.
No entanto, ele chama a atenção para a generalização que se faz para se tratar dos casos
de desvios de recursos públicos e terceirização do papel do Estado. Segundo Gryzbowski, o
universo das entidades sem fins lucrativos é bastante amplo. O diretor do Ibase reforça
que as filiadas à Abong, entre outros exemplos, não tomam o lugar do Estado nem adotam
ações assistencialistas; ao contrário: defendem direitos e promovem políticas estruturais e
emancipatórias. “No início, a intenção das ONGs era colocar a cidadania na rua para pressionar
para que as políticas de Estado fossem implementadas. Mas, ao se adotar uma agenda liberal
no Brasil, criou-se certas figuras jurídicas que reduziram o Estado. É um modelo do liberalismo
clássico, não o de uma sociedade democrática com justiça social.”
Para a professora Olívia Perez, entretanto, a parceria entre organizações civis e os governos
para a concretização de políticas públicas pode oferecer benefício, como a redução dos custos
dos serviços para o Estado, mais eficiência – pela boa capilaridade das entidades –, menos
burocracia e a possibilidade de interferência da sociedade civil organizada em questões
importantes. “Um Estado forte não exclui uma sociedade civil ativa. É possível e desejada a
junção de diferentes forças e formas de trabalho na atenção de questões públicas e também no
controle de ambas as esferas”, opina.
Orçamento público e ONGs

Principais constatações do comunicado número 123 do Ipea


A alocação de recursos públicos federais para entidades sem fins lucrativos sofre forte variação
anual, com alguma tendência de crescimento nos 12 anos analisados (1999 a 2010)
O valor real do orçamento global da União – que exclui despesas financeiras – aumentou mais
de 80% entre 2002 e 2010, enquanto o crescimento do orçamento destinado às ONGs foi de
45% no mesmo período

1978 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – ONG`s – Prof. Cássio Albernaz

As fatias do orçamento federal anual repassadas como transferências voluntárias para


estados e municípios apresentam leve trajetória de crescimento a partir de 2006, enquanto as
transferências para entidades sem fins lucrativos sofreram pequena queda entre 2006 e 2010
Especialmente a partir de 2006, gastos com saúde e, em menor medida, com educação – por
meio de transferências federais a ONGs – perdem espaço para gastos com ciência e tecnologia
Nos últimos quatro anos, o percentual de recursos destinado a Oscips e OSs vem se ampliando,
embora ainda seja pequeno se comparado ao valor global das transferências.
MARCO REULATÓRIO PARA O SETOR A revisão da legislação que trata das ONGs por parte do
governo federal vem sendo comandada pela Secretaria Geral da Presidência. Uma proposta
estava prevista para ser apresentada em março. De acordo com o ministro Gilberto Carvalho,
o financiamento público às entidades será mantido. Além disso, tramita na Câmara dos
Deputados um projeto de lei que visa a estabelecer normas mais rígidas para a realização de
convênios entre ONGs e os governos.
Segundo Cândido Gryzbowski, a Abong tem defendido desde os anos 1990 um marco regulatório
para o setor que classifique os diversos tipos de entidades sem fins lucrativos e defina critérios
republicanos para seu funcionamento, como transparência e prestação de contas. A associação
propõe, também, a criação de um fundo – com recursos das estatais – que financie as ONGs,
para que, desse modo, elas sejam independentes em relação aos governos.

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Atualidades

ECOLOGIA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

DESMATAMENTO É MAIOR EM 'ÁREAS DE PROTEÇÃO’


GOVERNO ADMITE FALTA DE FISCALIZAÇÃO

Derrubada mais que dobrou; ministério admite falha de fiscalização


Criadas para preservar e conter a destruição de florestas, as áreas de proteção e de conservação
declaradas pelo governo são alvo de grande devastação, assim como as terras indígenas. Em
132 Unidades de Conservação observadas pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), o desmatamento mais do que dobrou entre 2000 e 2010, passando de 5.036
para 11.463 quilômetros quadrados – aumento de 127,6%. Nessas regiões, a maior parte na
Amazônia Legal, o desmate é feito aos poucos, e o estrago só é detectado quando alcança
grandes proporções. O Brasil tem hoje 310 Unidades de Conservação, que ocupam 75 milhões
de hectares – ou 8,5% de todo o território nacional. O Instituto Chico Mendes, vinculado ao
Ministério do Meio Ambiente, admite que a fiscalização é deficiente.

Unidades de Conservação são ameaçadas por grileiros, fazendeiros e ocupações


O Brasil tem atualmente 310 Unidades de Conservação (UC), que ocupam hoje 75 milhões de
hectares, o equivalente a 8,5% do território nacional. Só nos últimos três anos, 6,168 milhões
de hectares foram declarados como UC, dos quais 5,8 milhões estão na área da Amazônia
Legal. Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, admite que o controle dessas áreas,
criadas para preservar a biodiversidade, é difícil e requer tempo de implementação.
– O tempo de assinar um decreto e o tempo de implementar uma Unidade de Conservação
são muito diferentes – diz Mello, acrescentando que o ICMBio foi criado apenas em 2007
justamente com o objetivo de implantar efetivamente os diferentes modelos de conservação.
Há dois tipos de unidades. As protegidas não podem ser exploradas e devem ser usadas para
ecoturismo, pesquisa e educação ambiental. Nas demais, é possível explorar a natureza, mas
de forma controlada, em pequena quantidade. É esse controle que ainda é incipiente no país,
conforme demonstram os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
– Precisamos de fiscalização mais intensa, implementar planos de manejo e promover a
regularização fundiária – afirma Mello.
Nos últimos três anos, o Instituto Chico Mendes elaborou 60 planos de manejo, e outros cem
estão sendo construídos, afirma ele.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1981
De acordo com Mello, justamente por serem criadas por decreto, quando o instituto chega
ao local das Unidades de Conservação constata que já há ali uma ocupação, seja por grileiros,
grandes fazendeiros ou simplesmente comunidades que moram no local há anos.
A saída, acrescenta, é promover a regularização fundiária dessas áreas, o que nem sempre
ocorre. Um dos exemplos de área de conflito é a Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão,
onde uma força-tarefa de 170 pessoas, incluindo Ibama e Força Nacional, está agindo para
impedir o trabalho de madeireiras ilegais.
– A reserva se sobrepõe à área indígena, e ainda há de posseiros a grandes fazendeiros. Em
áreas como essa, o nível de implementação é muito difícil – diz Mello.
Ele admite problemas também na Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo Mello, parte
da reserva foi ocupada por criadores de gado. Por isso, foi criado um grupo de trabalho,
envolvendo os seringueiros, para discutir a nova ocupação.
– Não vai ser num estalar de dedos que vamos sair de um passivo ambiental elevado. Mas
garanto que, para preservar, mesmo com todos os problemas, é melhor criar uma Unidade de
Conservação do que não criar. Sem elas, a situação seria muito pior – afirma.

Meio Ambiente

Entenda a polêmica envolvendo o novo Código Florestal


O Congresso chegou a um impasse na votação do projeto de lei que altera o Código Florestal
brasileiro. Os ruralistas defendem as alterações propostas pelo governo, que irão beneficiar
os pequenos agricultores, enquanto os ambientalistas temem o risco de prejuízos ao meio
ambiente.
O Projeto de Lei no 1.876/99, elaborado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB), tramita
há 12 anos na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele foi aprovado em julho do ano passado
por uma comissão especial e colocado em pauta para ser votado no último dia 12 de maio.
Porém, prevendo uma derrota, a bancada governista retirou o projeto de pauta, que agora não
tem prazo definido para voltar ao plenário.
O Código Florestal reúne um conjunto de leis que visam à preservação de florestas, como
limites para exploração da vegetação nativa e a definição da chamada Amazônia Legal (área
que compreende nove Estados brasileiros). O primeiro código data de 1934 e o atual (Lei no
4.771), de 1965.
O documento adquiriu maior importância nos últimos anos por conta das questões ambientais.
Ao mesmo tempo, precisa ser atualizado para se adequar à realidade socioeconômica do Brasil.
Estima-se que 90% dos produtores rurais estejam em situação irregular no país, pois não
seguiram as especificações do código de 1965. Eles plantam e desmatam em locais proibidos
pela legislação. É o caso, por exemplo, de plantações de uvas e café nas encostas de morros e
de arroz em várzeas, em diversas regiões do país.
Para regularizar a condição dessas famílias, o novo Código Florestal propõe, entre outras
mudanças, a flexibilização das regras de plantio à margem de rios e de reflorestamento.

1982 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Ecologia – Prof. Cássio Albernaz

Os ambientalistas, no entanto, contestam o projeto. Segundo eles, haverá incentivo ao


desmatamento e impactos no ecossistema.
O desafio será equacionar a necessidade de aumentar a produtividade agrícola no país e, ao
mesmo tempo, garantir a preservação ambiental.

Pontos de discórdia
Entre os principais pontos polêmicos do novo Código Florestal estão os referentes às APPs
(Áreas de Preservação Permanente), à Reserva Legal (RL) e à "anistia" para produtores rurais.
Áreas de Preservação Permanente são aquelas de vegetação nativa que protege rios da erosão,
como matas ciliares e a encosta de morros. O Código Florestal de 1965 determina duas faixas
mínimas de 30 metros de vegetação à margem de rios e córregos de até 10 metros de largura. A
reforma estabelece uma faixa menor, de 15 metros, para cursos d'água de 5 metros de largura,
e exclui as APPs de morros para alguns cultivos.
Entidades ambientalistas reclamam que a mudança, caso aprovada, aumentará o perigo de
assoreamento e afetará a fauna local (peixes e anfíbios), além de incentivar a ocupação irregular
dos morros, inclusive em áreas urbanas. Já os ruralistas acreditam que a alteração vai ajudar
pequenos produtores, que terão mais espaço para a lavoura.
Um segundo ponto diz respeito à Reserva Legal, que são trechos de mata situados dentro de
propriedades rurais que não podem ser desmatados. Cerca de 83 milhões de hectares estão
irregulares no Brasil, segundo a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
A lei determina que todo dono de terreno na zona rural deve manter a vegetação nativa em
proporções que variam de acordo com o bioma de cada região. Na Amazônia é de 80%, no
cerrado, 35%, e nas demais regiões, 20%.

Anistia
O projeto exclui a obrigatoriedade para pequenos proprietários (donos de terras com até
quatro módulos fiscais, ou, aproximadamente, de 20 a 400 hectares) de recuperarem áreas
que foram desmatadas para plantio ou criação de gado. Para os médios e grandes proprietários
são mantidos os porcentuais, com a diferença de que eles poderão escolher a área da RL a ser
preservada. O dono de uma fazenda em Mato Grosso, por exemplo, poderia comprar terras
com vegetação natural em Minas para atender aos requisitos da lei.
Para a oposição, há pelo menos dois problemas. Fazendeiros podem dividir suas propriedades
em lotes menores, registrados em nome de familiares, para ficarem isentos da obrigação
de reflorestamento. E, caso possam comprar reservas em terrenos sem interesse para a
agricultura, poderão criar "bolsões" de terras áridas. A bancada ruralista, ao contrário, acredita
que a medida vai favorecer produtores que não têm condições de fazer reflorestamento.
O terceiro ponto de discórdia diz respeito à anistia para quem desmatou, tanto em Áreas
de Preservação Permanente quanto em Reserva Legal. O Código Florestal prevê que serão
multados proprietários que desmataram em qualquer época. O texto em debate isenta os
produtores de multas aplicadas até 22 de julho de 2008 – data em que entrou em vigor o

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decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais. Os contrários à proposta acham que a
anistia criará precedente que irá estimular a exploração predatória das florestas.

Desmatamento na Amazônia aumenta

Da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil (EBC) Publicado em: 18/11/2013

O desmatamento na Amazônia subiu 28% segundo números do Projeto de Monitoramento


da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes) e do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais
(Inpe). Os dados apresentados hoje (14), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, são
equivalentes ao período de agosto de 2012 a julho de 2013 e mostram que a área desmatada
foi 5.843 quilômetros quadrados.
Apesar do aumento, a ministra assegurou que essa é a “segunda menor taxa de desmatamento
já registrada em toda a história” desde que o monitoramento começou a ser feito pelo Inpe.
Entre os estados que mais desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o
cálculo é feito em quilômetros os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará,
com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.
Izabella também confirmou que retornará mais cedo da Conferência Mundial do Clima, em
Varsóvia, na Polônia, para participar de uma reunião com todos secretários estaduais de meio
ambiente da Região Amazônica, onde cobrará explicações sobre os desmatamentos em cada
estado.

Devastação da Amazônia deve crescer 20% este ano

Desmatamento em alta
Autor(es): Danilo Fariello
O Globo – 12/11/2013

Governo prevê que devastação na Amazônia Legal, em um ano, tenha aumentado


até 20%
BRASÍLIA – Após quatro anos em queda, o desmatamento na Amazônia Legal deverá voltar a
crescer este ano, principalmente puxado pela derrubada da floresta em grandes áreas do Pará
e do sul do Amazonas, onde havia uma trajetória de redução da devastação há anos. A área
ambiental do governo ainda não possui os cálculos fechados sobre o período de agosto de 2012
a julho deste ano — quando se encerra o ano-base para o cálculo —, mas prevê um aumento
de até 20% da área devastada em relação ao período anterior, quando se chegou a uma mínima
histórica desde 1988, com supressão de apenas 4,57 mil quilômetros quadrados da floresta.
O número oficial deverá ser anunciado até o fim deste mês. Apesar da provável alta, o volume
de área devastada não deverá superar a marca de 2011, quando foram desmatados 6,41 mil
quilômetros quadrados, e ficará certamente abaixo da média dos anos anteriores a 2008. É

1984 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Ecologia – Prof. Cássio Albernaz

essa redução estrutural na área desmatada por ano que deverá ser divulgada pelo governo
Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral do próximo ano, em que o tema ambiental deverá
voltar à pauta com a participação de Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, ao lado do
governador Eduardo Campos (PSB-PE).
A previsão de aumento do desmatamento tem base, principalmente, na apuração feita por
satélite (do sistema Deter) que indicou um aumento de 35% nas áreas com problemas, de 2012
para 2013. O número oficial a ser divulgado (com base no sistema Prodes, do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais), porém, é mais abrangente.

ONG FALA EM AVANÇO DE 92% NA DEVASTAÇÃO


A ONG Imazon, que também analisa dados de satélites, denuncia que, de um ano-base para o
outro, a área devastada avançou 92% — muito acima das estimativas oficiais, portanto. Mas
esse percentual de aumento é descartado pelo governo federal. Como forma de mostrar que a
ação contra o desmatamento permanece na ordem do dia, o governo federal deverá mostrar em
breve os esforços que têm sido feitos por Ibama, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança
Pública para identificar as motivações para a ampliação da devastação em grandes áreas.
No ano passado, os autos de infração do Ibama somaram R$ 1,6 bilhão em ações contra
desmatamento, valor que subiu ainda mais este ano. O governo também tem usado a
inteligência policial e da fiscalização para conter máfias que acabam reduzindo o impacto das
ações de contenção do avanço do desmatamento. Neste ano, por exemplo, a superintendência
regional do Ibama em Barra do Garça, em Mato Grosso, teve afastados todos os seus servidores
após denúncias de envolvimento em irregularidades que colaboravam para o avanço do
desmatamento.

GOVERNO DIZ QUE HÁ SERVIDORES ENVOLVIDOS


Segundo fontes do próprio governo federal, ou– tros servidores do governo estariam vendendo
o “desembargo” de áreas que já haviam sido em– bargadas pelo órgão ambiental federal, e por
is– 50 estão sob investigação. — Esperamos que possa haver algum tipo de oscilação natural. O
que meu pessoal no campo me diz é que voltaram a ocorrer no Pará grandes desmatamentos,
em áreas acima de mil hectares, onde não havia mais — admitiu a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira.
Segundo ela, por isso também as ações do governo federal têm sido mais ostensivas,
principalmente nos eixos que envolvem o trajeto da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) e
também no eixo da rodovia Transgarimpeira, no Pará. Apesar da indicação ruim dos números
desse último ano, as primeiras impressões do próprio Deter já são positivas para o novo
período de análise que se iniciou em agosto, segundo Francisco Oliveira, diretor de Políticas
para Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente.
No trimestre, o volume de área sob risco caiu 24%, segundo ele. — Com esse indicativo de
redução, já estamos voltando para o patamar de antes, em sinal positivo para se chegar à
meta de 2020, que pode até ser antecipada — disse Oliveira. A meta do governo exibida na
apresentação do balanço do ano passado era de uma redução média de 4% ao ano até 2020,

www.acasadoconcurseiro.com.br 1985
quando se pretende reduzir a área de desmatamento a menos de 4 mil quilômetros quadrados
por ano.
Segundo Beto Veríssimo, pesquisador do Imazon, aumentou em 2013 o chamado desmatamento
especulativo, que ocorre nessas áreas de fronteiras novas no oeste do Pará e no sudeste do
Amazonas, onde o governo está melhorando a infraestrutura de estradas.

DEVASTAÇÃO MAIOR EM ÁREAS DE CONSERVAÇÃO


Além disso, segundo Veríssimo, também há maior devastação em unidades de conservação
ambiental, como Floresta Nacional do Jamanxim (PA). Ele aponta ainda um outro possível
motivo para o aumento da devastação: as mudanças no Código Florestal aprovadas pelo
Congresso.
– O Código Florestal sinalizou para alguns agentes que a lei se acomoda à realidade, que
depois de um tempo eles podem ser anistiados, embora o texto em si não aponte, nem o
governo tenha indicado isso. Em 2004, o governo lançou plano de combate ao desmatamento;
depois, um segundo plano entre fim de 2007 e início de 2008, quando houve um repique do
desmatamento, que assustou o governo, lembra Veríssimo.
– De lá para cá, o escopo do combate tem sido mantido, mas, se o desmatamento, defato subir,
está claro que o governo vai ter que fechar todas as torneiras para evitar especulação com
áreas de fronteira agrícola.

Leilão de Libra põe Petrobras diante de seu maior desafio

Petrobras será testada até o limite com Libra


Correio Braziliense – 23/10/2013

Especialistas vão monitorar, com lupa, números da estatal, que vem sofrendo diante do
congelamento dos preços dos combustíveis e do elevado endividamento. Ontem, depois da
euforia, as ações caíram. Dilma diz que manterá o sistema de partilha.

SÍLVIO RIBAS
Um dia depois do leilão do Campo de Libra, o primeiro do pré-sal dentro das regras da partilha,
os olhos de analistas e investidores se voltaram para a capacidade de a Petrobras responder ao
seu maior desafio. Como operadora legal da área e sócia majoritária do consórcio vencedor,
com 40%, a estatal terá de redobrar os esforços para conciliar as atuais dificuldades de caixa
e o seu elevado endividamento com o atual plano de investimentos e a participação no novo
projeto, que custará US$ 80 bilhões até 2024.
O sintoma da emergente preocupação veio da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).
Após a euforia da véspera, com o anúncio da parceria entre a Petrobras e as europeias Shell e
Total, quando as ações da estatal subiram mais de 5%, ontem, os papéis preferenciais recuaram
1,6% e os ordinários (com direito a votos), 1%. As indefinições em torno da política de reajuste

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Atualidades – Ecologia – Prof. Cássio Albernaz

de combustíveis, que têm minado os cofres da empresa, e os compromissos mais urgentes da


empreitada na maior reserva petrolífera do país começaram a ser colocadas na mesa.
Até então, valia o otimismo com a composição do grupo vencedor no leilão de Libra, que revela
apoio à liderança técnica da petroleira brasileira, e alívio com a redução da presença chinesa,
representada pelas estatais CNPC e CNOOC. Apesar do ágio zero resultante da ausência de
competição, especialistas consideraram favorável à Petrobras a vitória com o lance mínimo de
41,65% em óleo excedente que terá de ser entregue à União.
Para a presidente da Petrobras, Graça Foster, houve uma solução “bastante razoável” para o
leilão de Libra. “Ficamos muito satisfeitos”, assinalou. Em relação ao grupo do qual a estatal
faz parte, disse “que as estratégias vão se afinando, grupos entram, grupos saem. O que é mais
incrível é a complementaridade das competências. Foi fantástico, algo de que eu não abriria
mão”, enfatizou

Superavit primário
A primeira pressão direcionada contra a estratégia da empresa, depois da ressaca com as
notícias de segunda-feira, veio da dúvida sobre a sua engenharia financeira para depositar, até
o fim de novembro, os R$ 6 bilhões equivalentes a sua parcela dos R$ 15 bilhões do bônus de
assinatura do contrato de partilha.
Esses recursos são esperados, desesperadamente, pelo governo federal para engordar o
minguado superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) deste
ano.
“A companhia não terá dificuldade em cumprir a sua parte, tendo feito o lance que analisou
estar condizente com as suas possibilidades. O governo também não está cogitando fazer aporte
do Tesouro na empresa. Se for o caso, o mercado está aberto para fazer novos empréstimos a
ela”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Para ele, a Petrobras terá condições
de suportar o peso das despesas no desenvolvimento de Libra até 2019, quando a extração
começará a ressarcir os investimentos.
Em reforço, o diretor de Gás da Petrobras, Alcides Santoro, declarou que o desembolso para
a aquisição da jazida recorde na Bacia de Santos (RJ) não vai reduzir o apetite da estatal pela
próxima rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP), envolvendo a exploração de gás
em terra firme e também a programada para o mês que vem. “O interesse no certame está
mantido, não diminuiu em nada. Avaliamos o custo e o uso de gás e isso faz parte da nossa
estratégia para a 12ª rodada”, resumiu.
Em menor grau de receio, o mercado também acompanha os desdobramentos jurídicos do
leilão de Libra. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que a Justiça ainda precisa analisar
quatro ações, de um total de 27 que questionam a privatização do pré-sal. Na avaliação de
advogados, apesar de não terem sido concedidas liminares para suspender a disputa, ainda há
risco de anulação.
O diretor da ANP Helder Queiroz avisou que o próximo leilão do pré-sal deve ter mais de uma
área em oferta e os blocos serão de porte menor que o de Libra. A recomendação da agência
é de que não haja nenhum outro leilão na área onde se acredita existir grandes reservas de
petróleo, no prazo de dois anos, dada a demanda de investimentos em Libra. “Não há nenhum

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outro Libra conhecido. Mas, com o estado de informação que temos hoje, a tendência é de
que num próximo leilão surjam maior número de oportunidades de menor porte e de risco
variado”, avaliou.

Gigante, usina de Belo Monte enfrenta polêmica e guerra de liminares no


Pará
O Globo – 24/12/2013

Maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com custo estimado em R$ 29

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