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1. Comunicação oficial
A finalidade da língua é comunicar um conteúdo a alguém, seja pela fala, seja pela escrita. A
fim de que haja comunicação, alguns elementos são necessários, a saber:
No que diz respeito à redação oficial, o emissor da mensagem é sempre o Serviço Público.
Vale ressaltar que há a necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e
nos expedientes oficiais em virtude do próprio caráter público desses atos e comunicações
assim como de sua finalidade.
Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, visam a estabelecer regras
para a conduta dos cidadãos ou a regular o funcionamento dos órgãos e entidades públicos,
o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo
se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e
objetividade.
2. Redação oficial
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira por meio da qual o Poder Público
redige comunicações oficiais e atos normativos. Sua finalidade básica é comunicar com
objetividade e clareza.
clareza
precisão
concisão
coesão
coerência
impessoalidade
formalidade
padronização
2.1.1 Clareza
Um ato normativo, de qualquer natureza, não pode ser redigido de forma obscura, pois a falta
de transparência do sentido desses atos dificultaria ou até mesmo impossibilitaria sua
compreensão. Deve-se ter em mente que é inaceitável que um texto legal não possa ser
compreendido pelos cidadãos.
Para obtenção da clareza, o Manual de Redação da Presidência da República propõe as
seguintes sugestões:
Um texto é considerado claro quando permite compreensão imediata por parte de qualquer
interlocutor de inteligência média.
2.1.2 Precisão
Precisão é a habilidade de usar em um texto os termos adequados, empregando corretamente
as normas gramaticais. Um texto preciso deve apresentar as características a seguir:
Para que a precisão seja atingida, faz-se necessária a revisão minuciosa do texto, a fim de que
possíveis erros gramaticais ou trechos obscuros sejam devidamente corrigidos.
2.1.4 Coesão
Coesão é a propriedade pela qual se cria e se sinaliza toda espécie de ligação, de laço, que
dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática. Os elementos que estabelecem a coesão
textual são os conectivos ou conectores: as preposições, as conjunções, os pronomes e os
advérbios.
2.1.5 Coerência
A coerência, por sua vez, está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um
sentido lógico para o texto.
2.1.6 Impessoalidade
Um texto impessoal é aquele que não apresenta marcas de subjetividade do emissor da
mensagem, ou seja, é um texto livre de impressões individuais do emissor. Certamente não
existe texto 100% neutro, mas devem-se evitar termos que apresentem conotações muito
carregadas positivamente ou negativamente e preferir termos mais neutros.
2.1.7 Formalidade
A linguagem formal, aquela usada em situações que demandam um grau maior de
respeitabilidade, é uma exigência nas comunicações oficiais. Ela também é chamada de
linguagem culta e segue rigorosamente as regras da gramática, mas não apenas isso. A
formalidade inclui também a polidez e a civilidade na abordagem ao assunto da comunicação.
2.1.8 Padronização
A padronização refere-se à uniformidade das comunicações, tanto no que diz respeito ao texto
em si, como na sua apresentação. Para que essa qualidade seja alcançada, é necessário que
se atente ao grau de formalidade exigido, à clareza datilográfica, ao uso de papeis uniformes
e à correta diagramação.
Art. 2º. O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos
federais é “senhor”. Independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da
função ou da ocasião.
Dessa forma, esse decreto torna sem efeito o disposto na seção 4.1, do Capítulo 4, do Manual
de Redação da Presidência da República, que trata especificamente do emprego dos
pronomes de tratamento. Isso pode deixar alguns candidatos confusos sobre como proceder
na hora da prova.
Assim, é sempre prudente atentar para o enunciado da questão. Caso o enunciado verse
sobre emprego de pronomes de tratamento e mencione que a resposta deverá estar de
acordo com as orientações do Manual de Redação da Presidência da República, este deverá
ser seguido. Caso não haja essa informação, deverá ser seguido o disposto no Decreto nº
9.758/2019.
O mencionado decreto, em seu artigo 1º, § 2º, apresenta um rol das pessoas a quem suas
disposições se aplicam, ao passo que o § 3º, do mesmo artigo, arrola as pessoas a quem essas
disposições não se aplicam.
Observe a redação dos dois parágrafos:
Art. 1º
Vale ressaltar que o próprio Manual de Redação já havia abolido os seguintes tratamentos:
ilustre, ilustríssimo, digno, digníssimo, respeitável e doutor. A partir de 2019, o mencionado
decreto, em seu artigo 3º, ampliou essa vedação para incluir os tratamentos: Vossa
Excelência ou Excelentíssimo e Vossa Senhoria. Com efeito, consoante o disposto no referido
artigo 3º,
Art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas
de tratamento, ainda que abreviadas:
Art. 3º É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de
tratamento, ainda que abreviadas:
Art. 3º
§ 1º O agente público federal que exigir o uso dos pronomes de tratamento de que trata
o caput, mediante invocação de normas especiais referentes ao cargo ou carreira, deverá
tratar o interlocutor do mesmo modo.
Por fim, o artigo 4º do decreto apresenta a vedação ao uso de pronome de tratamento ou nome
do agente público a quem se destina a correspondência no endereçamento das
comunicações.
Art. 4º O endereçamento das comunicações dirigidas a agentes públicos federais não conterá
pronome de tratamento ou o nome do agente público.
Art. 4º
Nome
Edital: Instrumento de comunicação utilizado pela Administração Pública para fins de abertura
de concorrência e de concurso público, provimento de cargo público, convocação de servidor,
licitações e divulgação de atos deliberativos.
Fax: O fax não é exatamente uma comunicação oficial, mas um meio de transmissão de
mensagens, assim
como o telegrama e o correio eletrônico. Por causa da consolidação da internet, essa forma de
comunicação praticamente não é mais utilizada pelo serviço público. Por exemplo, ele era citado
no Manual de Redação da Presidência de 2002, mas foi excluído do Manual de Redação da
Presidência de 2018.
Portaria: É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a
organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência. Define
competências, estabelece normas e procedimentos, disciplina matéria não regulada em lei.
Define situações funcionais e aplica medidas de ordem disciplinar.
Convite e Convocação: O convite é o instrumento pelo qual se faz uma solicitação, pede-se o
comparecimento de alguém ou solicita-se sua presença em alguma parte ou em ato. A
convocação corresponde ao convite, mas no sentido de intimação. Origina o comparecimento,
devendo o não comparecimento ser justificado. Já o convite é somente uma solicitação.
Requerimento: Documento pelo qual o interessado, solicita ao poder público algo a que se julga
com direito, ou para se defender de ato que o prejudique. Pode ser um requerimento escolar ou
administrativo.