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IMPLE

MEN DA NOVA LEI DE Por Julieta Mendes Lopes


TAÇÃO LICITAÇÕES

IMPLE
MEN
TAÇÃO
DA NOVA LEI DE
LICITAÇÕES

Por Julieta Mendes Lopes


IMPLE
MEN DA NOVA LEI DE Por Julieta Mendes Lopes
TAÇÃO LICITAÇÕES

Sabe-se que em 1º de abril de 2021 entrou em vigor a Nova Lei de Licitações


– Lei nº. 14.133/2021. O legislador, ao invés de conferir à Lei nº. 14.133/2021 um
período de vacância – o que costuma ocorrer quando há transição de leis –, optou
por estabelecer um período de convivência entre elas, de modo a permitir que a
Administração Pública já fosse aplicando o novo normativo (naquilo que possível),
enquanto providenciasse a regulamentação necessária, bem como a capacitação
de seus servidores, a fim de assimilar todo o conteúdo da lei, que possui redação
bastante extensa (quase 200 dispositivos) e trouxe diversas alterações no
processamento das licitações e algumas modificações nas contratações diretas e
no regime jurídico aplicável aos contratos.

Com efeito, de acordo com a redação inicial do art. 193, da Lei 14.133/21,
as disposições da Lei nº. 8.666/93, da Lei nº. 10.520/02 e parte da Lei nº 12.462/11
só seriam revogadas após o decurso de dois anos contados de 01 de abril de 2021 –
ressalva sendo feita aos arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666/93, que disciplinavam os crimes
e as penas, bem como o processo e o procedimento judicial correspondentes, que
restaram revogados na mesma data em que passou a vigorar a Lei nº. 14.133/21.

O prazo, portanto, para obrigatoriedade da Nova Lei de Licitações era 01


de abril de 2023. Não obstante, atendendo a pressão realizada, principalmente por
parte dos Municípios, em 31 de março de 2023 foi publicada a Medida Provisória
nº. 1.167, prorrogando referido prazo para 30 de dezembro de 2023.

Já de plano, cumpre asseverar que a prorrogação diz respeito à


obrigatoriedade da lei e não a sua vigência, o que significa dizer que os órgãos
públicos que já adotaram as medidas necessárias para a implementação da Lei nº.
14.133/21 podem aplicá-la de imediato, na esteira do art. 191, que expressamente
permite que o órgão opte por licitar ou contratar diretamente de acordo com o
regime das Leis nºs 8.666/93 ou 10.520/02 ou da Lei nº. 14.133/21.

Nos termos da Medida Provisória, optando pelo regime jurídico anterior,


a publicação do edital ou da autorização da contratação direta deve ocorrer até
29 de dezembro de 2023 e a opção escolhida deve constar expressamente nestes
documentos.
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Embora a prorrogação tenha sido comemorada por alguns, representando


certo alívio diante do caos que se afigurava para os órgãos públicos que ainda
não estavam preparados para a adoção integral da Lei nº. 14.133/21, é preciso ter
em mente que, para o edital ser publicado até 29 de dezembro de 2023, toda a
fase preparatória do certame deve estar concluída. E, considerando que, salvo
rarísismas exceções, a etapa preparatória leva, em média, de quatro a cinco
meses para ser instruída, é forçoso reconhecer que o tempo não está a favor da
Administração Pública.

A situação torna-se mais complexa ainda se verificarmos que o parágrafo


único do art. 11, da Lei nº. 14.133/21, dispõe sobre a competência da alta administração
em alinhar as contratações programadas com o plano estratégico do órgão, o que
acaba revelando a efetiva necessidade de instituição de um Plano de Contratações
Anual.

Embora se reconheça que o art. 12, inciso VII, da Lei nº. 14.133/21 leva
à conclusão da faculdade, e não da obrigatoriedade, da elaboração do Plano
de Contratações Anual, é difícil vislumbrar, em nosso entender, o adequado
planejamento e a consecução dos objetivos da Nova Lei, sem a utilização desse
importante artefato, razão pela qual defendemos a necessidade de sua confecção.

O PCA tem a importante função de viabilizar a construção das leis


orçamentárias e a organização financeira para o exercício seguinte. Também
racionaliza as contratações de cada órgão e garante a transparência dos gastos, na
medida em que deve ser publicado nos sistemas informatizados.

O referido plano exige um cronograma de elaboração, que englobe o


levantamento das necessidades, a consolidação das demandas, o calendário
estratégico das contratações e a aprovação pela alta administração.

Adotada a premissa de que o PCA é necessário e considerando que a Lei nº.


14.133/21 já entrou em vigor em 01 de abril de 2021 e será obrigatória a partir de 30
de dezembro de 2023, é forçoso concluir que as contratações do exercício de 2024
devem estar previstas no referido plano.
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Nesse sentido, inclusive, a Procuradoria Geral do Estado do Paraná editou


a Resolução nº 150/2022 – PGE em que reiterou que “os órgãos/entidades da
Administração Pública estadual estarão obrigados a elaborar os respetivos Planos
de Contratações Anual a partir do ano de 2023, para implementação no ano de
2024, em consonância com as orientações emanadas da Secretaria de Estado de
Planejamento e Projetos Estruturantes. b. Não há impedimento que os órgãos/
entidades elaborem seus PCA’s a partir de 2022, porém a obrigatoriedade se dá
a partir de 2023. c. A partir de 2024 os processos licitatórios deverão, como regra,
compatibilizarse com os Planos de Contratações Anuais vigentes”. (grifou-se)

Em face do exposto, é preciso urgente mobilização


da Administração direta e autárquica, no sentido de
regulamentar minimamente a Lei nº. 14.133/21, adaptar as
minutas adotadas no certame, adequar eventuais sistemas
eletrônicos, capacitar os servidores públicos e, também,
elaborar o Plano de Contratações Anual, pois dezembro já
esta ai.
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