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AMOSTRA GRÁTIS
ANALISTA TRT
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 2
Enxuto é a qualidade de algo que não possui desperdícios. Essa é a definição perfeita dos nossos
materiais, que são focados apenas no perfil de cada prova.
Os materiais enxutos foram feitos com base na Metodologia da Aprovação Ágil, para garantir a sua
aprovação em tempo recorde. Com essa mesma técnica, o seu criador, Gustavo Nogueira de Sá,
passou em 10 concursos concorridíssimos, estudando pouco tempo.
O foco dessa ferramenta de estudos é na alta produtividade nos estudos, pois com ela você focará
apenas naquilo que é efetivamente cobrado em cada prova de concurso.
Você estudará menos e melhor que seus concorrentes, que estão presos aos gigantescos e
tradicionais PDFs de cursinhos, com conteúdos redundantes e desconectados da realidade das
provas.
Para alcançar essa finalidade, nós, do Aprovação Ágil, fazemos uma análise minuciosa do perfil de
cada disciplina em cada prova. Com esse levantamento criamos esses materiais sem desperdícios,
que farão com que você tenha até 10x mais velocidade em seus estudos.
A seguir, você verá uma breve amostra dos Materiais Enxutos, criado especificamente para o
concurso de Analista do TRT.
Para ter acesso ao nosso curso completo para esse concurso, inclusive com os
Materiais Enxutos e suas atualizações, acesse:
https://link.aprovacaoagil.com.br/trt-analista-oferta-amostra
* Todos os integrantes do nosso curso terão pleno acesso às atualizações nos materiais,
planejamentos e demais ferramentas. Para mais detalhes, você pode entrar em contato com nossa
equipe de atendimento.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 3
Direito Constitucional
O material enxuto de Direito Constitucional para o TRT possui 126 páginas e compreende os
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais
atualizações):
Quanto à forma:
Quanto à rigidez:
Nota: importante dizer que, embora a Constituição seja rígida (quórum qualificado para as Emendas
Constitucionais), tem alguns conteúdos que são consideradas cláusulas pétreas.
Quanto à origem:
Quanto à extensão:
- sintética: é aquela Constituição que trata apenas sobre matérias estritamente constitucionais;
- analítica: é a que trata sobre diversas matérias estranhas à organização constitucional (é o caso
da Constituição brasileira).
Quanto à sistematização:
Poder constituinte
De uma forma bem simples, Poder Constituinte é o poder de elaborar normas constitucionais.
O Poder Constituinte pode ser originário ou derivado:
Poder Constituinte originário é a possibilidade realizar uma nova Constituição. Diz-se que a nova
Constituição rompe com o ordenamento jurídico anterior; ou seja, o topo da pirâmide das normas
do ordenamento jurídico se altera e, com isso, todas as normas que estão abaixo da Constituição
sofrem impacto.
Características do poder originário:
- inicial: inicia nova ordem jurídica;
- incondicionado: não deve observar nenhuma forma pré-determinada;
- ilimitado: não há limites materiais ou formais;
- permanente ou latente.
“não podem ser alteradas regras de modificação da Constituição, embora não haja previsão
constitucional expressa. São limitações implícitas. Não pode ser alterado o quórum de 3/5 para
aprovação da emenda constitucional, reduzindo-o para maioria absoluta, assim como também não
pode ser revogado o rol de cláusulas pétreas, previsto no art. 60, § 4º, da Constituição Federal.
Embora não haja previsão expressa, trata-se de um corolário lógico do sistema. Permitir emendas
constitucionais sobre esse tema seria permitir a extinção da rigidez constitucional e, por
consequência, o fim da supremacia da Constituição. (…) elenca quatro limites implícitos ao poder
de reforma constitucional: a) a manutenção dos direitos fundamentais do homem (…); b)
inalterabilidade do titular do Poder Constituinte originário; c) a inalterabilidade do titular do Poder
Constituinte derivado, ou seja, a inalterabilidade de quem pode fazer a mudança da Constituição e
d) a proibição de alteração das regras que disciplinam formalmente o procedimento de alteração
constitucional” (Curso de Direito Constitucional, Flávio Martins, Ed. Saraiva, página 469).
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 6
Sugestão: na leitura dessa matéria de poder constituinte, interessante você mesmo elaborar um
mapa mental.
Fenômenos constitucionais
Recepção é o fenômeno pelo qual a nova Constituição recebe uma lei infraconstitucional anterior,
desde que sejam compatíveis.
Você viu que uma nova Constituição é decorrente do Poder Constituinte e ele é ilimitado,
incondicionado; mas imagina se fosse necessário reescrever toda a legislação a todo momento em
que uma nova Constituição surge. Haveria uma lacuna gigantesca de legislação no âmbito de um
País.
Diante disso, há o fenômeno da recepção.
Não recepção, por outro lado, é a perda da vigência de uma Lei por nova Constituição incompatível
com o ato infraconstitucional. Por exemplo, a Constituição Federal diz que é necessária a negociação
coletiva para a redução do salário (artigo 7º, inciso VI, da Constituição Federal). Por isso, o artigo
503 da Consolidação das Leis do Trabalho não foi recepcionado pela Constituição, pois dispensa a
negociação coletiva para a redução salarial.
E a repristinação? Repristinação é o retorno de uma lei ao ordenamento jurídico, por ter a lei
revogadora deixado de existir.
Exemplo: a Lei número 1 é revogada pela Lei 2. Ocorre que posteriormente a Lei 3 simplesmente
revoga a Lei 2. A repristinação seria a volta automática da vigência da Lei 1.
No entanto, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro diz que não há repristinação
automática no Direito Brasileiro:
Art. 2º, § 3º, da LINDB – Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 7
Mas olhe atentamente: a LINDB fala “salvo disposição em contrário”, ou seja, a lei revogadora pode
restituir vigência à lei revogada, se assim dispuser expressamente.
O artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999, que dispõe: “A concessão da medida cautelar torna aplicável
a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário”.
Voltemos ao exemplo: foi editada a Lei 1; a Lei 2 revoga a Lei 1. Sobre a Lei 2, é ajuizada uma ADI,
com pedido de Medida Cautelar; a Medida Cautelar é deferida pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse
caso, a Lei 1 volta a ser aplicada até o julgamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal.
Duas observações:
1) a doutrina não chama essa disposição do artigo 11, § 2º, da Lei n. 9.868/1999 de repristinação,
mas de efeito repristinatório da Medida Cautelar.
2) Na Medida Cautelar, o Supremo Tribunal Federal pode dispor em contrário, por expresso texto
da Lei: “salvo expressa manifestação em sentido contrário”.
Controle de constitucionalidade
“Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade das leis e dos atos normativos
com a Constituição. Decorre da supremacia formal da Constituição sobre as demais leis do ordenamento
jurídico de um país. Ora, se a Constituição é a lei mais importante do ordenamento jurídico, sendo o
pressuposto de validade de todas as leis, para que uma lei seja válida precisa ser compatível com a
Constituição. Caso a lei ou o ato normativo não seja compatível com a Constituição, será inválido,
inconstitucional” (FLÁVIO MARTINS, Curso de Direito Constitucional, pagina 601).
processo legislativo para alterar a Constituição e para criar leis), não há possibilidade de controle
de constitucionalidade, por um aspecto de resultado da lógica.
Histórico do controle de constitucionalidade – controle feito na Constituição norte-americana, pelo
Chief Justice John Marshall, no caso Marbury vs. Madison.
Espécies de inconstitucionalidade:
1) inconstitucionalidade por omissão (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão –
ADO);
2) inconstitucionalidade por ação (cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI), que pode ser:
a) inconstitucionalidade material;
b) inconstitucionalidade formal, que pode ser:
b1) inconstitucionalidade formal orgânica;
b2) inconstitucionalidade formal propriamente dita.
Portanto, apenas a norma de eficácia limitada pode ser objeto de Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão.
Vejamos a Lei n. 9.868/1999 (Art. 12-B, I): “a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao
cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole
administrativa”.
1) Difuso – é o controle feito por todos os órgãos jurisdicionais. Assim, até mesmo um juiz de
primeira instância pode declarar a inconstitucionalidade de um ato normativo.
Os Tribunais podem também declarar a inconstitucionalidade de leis e atos normativos. Nesse caso,
no entanto, os Tribunais devem observar a chamada cláusula de reserva de plenário, prevista
no artigo 97 da Constituição Federal.
O Supremo Tribunal Federal não exige a cláusula de reserva de plenário quando trata de não
recepção de leis; exige apenas quando há declaração de inconstitucionalidade (AI 831.166, AdR,
Rel. Min. Gilmar Mendes).
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 10
No controle difuso, os efeitos são inter partes (entre as partes para as quais a decisão é dada) e ex
tunc.
2) Concentrado
Art. 102 da CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
Art. 125, § 2º, da CF. Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de
leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
Em regra, no controle concentrado, os efeitos são erga omnes e ex tunc. No entanto, a Lei n.
9.868/1999 admite a chamada modulação dos efeitos da decisão. O efeito ex tunc quer dizer que,
em regra, a declaração de inconstitucionalidade torna o ato normativo nulo, e os seus efeitos vão
até o nascimento da norma. A modulação de efeitos quer dizer que essa nulidade é trazida para
outro tempo.
[...]
Processo do Trabalho
O material enxuto de Processo do Trabalho para o TRT possui 221 páginas e compreende os
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais
atualizações):
Da defesa.
Das provas.
Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal;
da legitimidade para ajuizar
Do procedimento ordinário e sumaríssimo.
Da tutela provisória.
Da sentença e da coisa julgada: da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por
arbitramento.
Da execução: da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e
penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei nº
8.009/90 e alterações posteriores)
Dos embargos à execução.
Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução.
Dos recursos no Processo do Trabalho.
Dissídios coletivos.
Inquérito para apuração de falta grave.
Súmula nº 244 do TST.
Súmula nº 339 do TST.
Súmula nº 369 do TST.
Súmula nº 379 do TST.
Súmula nº 378 do TST.
Instrução normativa n. 38/2015 do Tribunal Superior do Trabalho.
Instrução normativa n. 39/2016.
Instrução Normativa n. 41/2018.
Notas sobre as atualizações.
Seção V
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto
no art. 94;
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
Nota: Portanto, caso não haja Vara do Trabalho em determinada comarca, a lei poderá fixar a
competência para julgamento das ações trabalhistas por juiz de direito (vinculado ao Tribunal de
Justiça Estadual). Porém, em caso de recurso, este será direcionado sempre para o TRT com
jurisdição no local.
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
Nota: Portanto, qualquer ação decorrente de relação de trabalho (por exemplo o trabalho eventual,
autônomo, avulso, etc.), e não apenas relação de emprego (aquela decorrente de contrato de
trabalho, com os requisitos caracterizadores do vínculo empregatício) é de competência para
julgamento pela Justiça do Trabalho.
Atenção! Ante o conteúdo da decisão proferida pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade
nº 3.395, está suspensa qualquer interpretação deste inciso I do art. 114 da CF/88 que inclua na
competência da Justiça do Trabalho “a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder
Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou jurídico-
administrativa”.
Portanto, de acordo com o STF, a Justiça do Trabalho não é competente para julgar ações
decorrentes de relação de trabalho de servidores estatutários (servidores regidos por estatuto). É
competente para julgamento de ações oriundas de relação de trabalho celetista (servidores regidos
pela CLT), apenas.
Observação: veja que o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, estabelece que os entes de
direito público externo também podem ser julgados pela Justiça do Trabalho, pois se inserem em
sua competência. Nesse ponto, ver que o Tribunal Superior do Trabalho tem entendimento
sumulado:
Atenção! Você pode se deparar com alguns posicionamentos do Tribunal Superior do Trabalho em
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre complementação de aposentadoria.
O Tribunal Superior do Trabalho tinha entendimento de que, após a Emenda Constitucional n.
45/2004, a era da Justiça do Trabalho a competência para tratar sobre complementação de
aposentadoria. De uma maneira bem simplória, complementação de aposentadoria é a instituição
de uma previdência privada, com contribuições autônomas do empregador para essa entidade. O
fundamento que o Tribunal Superior do Trabalho utilizava era no sentido de que a complementação
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 14
de aposentadoria decorre da relação de trabalho, ou seja, fazia uma interpretação literal e extensiva
do artigo 114, inciso I, da Constituição Federal.
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, nos RE 586.453 e 583.050 decidiu que a competência para
o julgamento de processos envolvendo complementação de aposentadoria é da Justiça Comum,
quando se tratar de entidade privada e previdência complementar. Utilizou-se como fundamento o
artigo 202, § 2º, da Constituição Federal, no sentido de que a previdência complementar não integra
o contrato de trabalho.
O Supremo Tribunal Federal modulou os efeitos da decisão: os processos que não tinham sentença
até 20.02.2013 (data do julgamento) deveriam ser remetidos à Justiça Comum.
Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal – Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações
que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas a segurança,
higiene e saúde dos trabalhadores.
Como se vê, a Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal trata sobre um tema bem abrangente,
que se relaciona diretamente com o meio ambiente do trabalho ou meio ambiente laboral. Nesse
ponto, uma das medidas mais comuns para tutelar coletivamente o ambiente do trabalho é a ação
civil pública, regida pela Lei n. 7.347/1985 e que tem aplicabilidade ampla à Justiça do Trabalho.
Empregado Público
É aquele contratado mediante concurso público, para trabalhar sob o regime da legislação
trabalhista (são os chamados celetistas).
Diferenciam-se dos servidores estatutários (regidos por determinado estatuto – por exemplo, os
servidores públicos federais são regidos pela Lei nº 8.112/90).
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
...
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
Não é mais possível a adoção do regime celetista para servidores de entes da Administração Pública
Direta (União, Estados, Distrito Federal e Município) e de autarquias e fundações públicas (estas
duas integrantes da Administração Indireta), ante o conteúdo da decisão da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2.135-4, que declarou inconstitucional a redação dada pela Emenda
Constitucional 19/1998 ao caput do art. 39 da CF/88.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.
Súmula Vinculante nº 23 do STF – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da
iniciativa privada.
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores;
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
Nota: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
...
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
Súmula 424 do TST – O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência de prova do depósito
prévio do valor da multa cominada em razão de autuação administrativa como pressuposto de
admissibilidade de recurso administrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988,
ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º.
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue
iterativamente inconstitucionais.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto
no art. 94;
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 20
O material enxuto de Direito Processual Civil para o TRT possui 222 páginas e compreende os
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais
atualizações):
Art. 5º, caput da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”
A igualdade prevista pelo referido dispositivo constitucional deve ser entendida como igualdade
material, ou seja, a igualdade aplicada no plano fático, e não apenas formalmente.
Art. 5º, LIV da CF/88: “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal”. É consagrado pela doutrina como o fundamento constitucional dos demais
princípios processuais. Neste sentido Nelson Nery Júnior (Princípios do Processo Civil na Constituição
Federal, 2000): “É, por assim dizer, o gênero do qual todos os demais princípios constitucionais do
processo são espécies”.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Art. 5º, LV da CF/88: “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
O princípio da ampla defesa proporciona à parte utilizar em juízo todos métodos previstos pelo
ordenamento jurídico para a defesa de seus interesses.
Obviamente, para julgar determinado litígio, o juiz deve ser imparcial, ou seja, não deve ter interesse
em beneficiar qualquer uma das partes. E para isso o sistema processual criou diversos mecanismos
de proteção ao juiz (as garantias dos magistrados são exemplos) e também às partes (necessidade
de fundamentação das decisões e exceções de suspeição e impedimento do juiz, por exemplo).
Art, 93, IX da CF/88: “IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação”.
Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente”.
Princípio da Investidura
Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente”.
A jurisdição só pode ser ecercida por aquele que tenha sido regularmente investido na autoridade
de juiz, conforme o dispositivo legal acima.
Art. 5º, XXXV da CF/88: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”.
Art. 5º, LXXVIII da CF/88: “LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.
PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo
as exceções previstas em lei.”.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 23
Ao autor cabe provocar o Poder Judiciário para proferir a decisão sobre determinado litígio. Sem
provocação, não pode o Judiciário determinar solução para determinado conflito (inércia da
Jurisdição).
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo
as exceções previstas em lei.”.
“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.”
“Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado
de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
O processo não é um fim em si mesmo. Ele é apenas uma forma de se alcançar a tutela de
determinado bem da vida. Portanto, ele é apenas um instrumento, e, quando alcançada a finalidade
perseguida, mesmo que presente algum vício, deve ser considerado válido.
“Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do
ato;
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público,
ao advogado dativo e ao curador especial.”
Princípio da Eventualidade
Art. 336 do CPC: “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que
pretende produzir..”
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 24
As partes devem, portanto, no momento oportuno, apresentar o conjunto de suas alegações, sob
pena de não poder mais fazê-lo (preclusão – vide abaixo).
Princípio da Preclusão
Art. 278 do CPC: “Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que
couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício,
nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.”
Art. 507 do CPC: “É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo
respeito se operou a preclusão.”
CAPÍTULO II
DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES
Seção I
Dos Deveres
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de
fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do
direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou
profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer
modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e,
no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas
no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça,
devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao
responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 25
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como
dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução
observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas
nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o.
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério
Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser
apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado
anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo
da aplicação do § 2o.
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e
da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas
nos escritos apresentados.
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz
advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam
riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das
expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
Seção II
Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com
todas as despesas que efetuou
Nota: O termo “de ofício” quer dizer que o juiz ou Tribunal pode, sem requerimento da parte, tomar
determinada decisão ou providência. Esta é uma das exceções do princípio da inércia da jurisdição
(art. 2º deste Código).
§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção
de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte
contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez)
vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado
por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 27
O material enxuto de LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO para o TRT possui 14 páginas e
compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de
eventuais atualizações):
Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética e democracia: exercício da cidadania. Ética e função
pública.
Lei nº 8.112/1990 e alterações posteriores: Provimento, vacância, remoção, redistribuição e
substituição; Direitos e vantagens; Regime disciplinar: deveres, proibições, acumulação,
responsabilidades, penalidades, processo administrativo disciplinar
Lei nº 8.429/1992, e alterações: disposições gerais; atos de improbidade administrativa.
Ética e moral
A palavra ética tem origem da palavra grega "ethos", que significa aquilo que pertence ao "bom
costume". Pode ser classificada como o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral
de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Moral pode ser definida como o "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas,
quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa
determinada"(definição contida no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 28
Diferenciação:
Ética, como um conceito, diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência
a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais
exclusivamente pela razão. A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa
frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas,
nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto
a questões abrangidas no escopo da ética. (trecho extraído de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética)
Para aprofundar o estudo destes conceitos, recomendo a leitura dos seguintes artigos:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ética
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
Princípios éticos são diretrizes imprescindíveis que balizam a conduta ética do ser humano, que
refletem os valores abrigados pelo consciente humano.
Ética e cidadania
...
II - a cidadania
[...]
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
O material enxuto de Direito Previdenciário para o TRT possui 187 páginas e compreende os
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais
atualizações):
Constituição Federal
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com
base nos seguintes objetivos:
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 31
Nota: Universalidade da cobertura e do atendimento– significa que a seguridade social tem por
objetivo atender a todos infortúnios previstos na legislação, tais como o falecimento do segurado,
acidente de trabalho, idade avançada, entre outros. Permite-se o acesso de todas pessoas às
prestações oferecidas pela seguridade, quando atendidos os requisitos legais (especialmente em
relação à previdência social).
Distributividade – este princípio trata da distribuição de renda. Enfatiza a face social da seguridade,
que deve priorizar pessoas com menor renda.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
Nota: os benefícios devem preservar seu valor real (vide §4º do art. 201 da CF/88 - que trata da
preservação dos valores reais dos benefícios previdenciários).
Nota: Diversidade na base de financiamento - o custeio da seguridade deve advir de várias fontes
– neste sentido o art. 195 abaixo.
Nota: Caráter democrático – conforme previsto pelo próprio inciso que trata deste princípio, a
seguridade será gerida de forma democrática, com a participação de todos interessados:
trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
Nota: "É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário." (Súmula 688 do
STF)
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Modificado pela
Emenda Constitucional nº 103/2019)
Nota: concurso de prognósticos – são os sorteios com números: as loterias e demais jogos.
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei,
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Atenção! “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita
ao princípio da anterioridade." (Súmula 669 do STF)
Nota: Portanto, não é qualquer entidade beneficente de assistência social que será isenta. É
necessário ainda atender aos requisitos estabelecidos em lei ordinária.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte
da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção
de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput.
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados
para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na
forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103/2019)
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes.
I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º;
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal;
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde
e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. .
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes
para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e
agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do
referido piso salarial.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de
comercialização.
Nota: Art. muito cobrado nos concursos. Fique atento!O Plenário do STF, no julgamento da ADI
3.510, declarou a constitucionalidade do art. 5º da Lei 11.105/2005 (Lei de Biossegurança), por
entender que as pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida ou o princípio
da dignidade da pessoa humana.
[...]
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 36
DIREITO DO TRABALHO
O material enxuto de Direito do Trabalho para o TRT possui 251 páginas e compreende os seguintes
tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações):
As fontes do Direito do Trabalho podem ser divididas quanto à sua origem em fontes autônomas e
fontes heterônomas.
Fontes autônomas são elaboradas pelos próprios agentes sociais que atuam no Direito do Trabalho,
utilizando-se dos poderes a eles conferidos pelo ordenamento jurídico para regular as relações de
trabalho (art. 7º, XXVI c/c art. 114, §1º da Constituição Federal). São exemplos as normas coletivas
(Convenções Coletivas de Trabalho e Acordos Coletivos de Trabalho).
Fontes heterônomas são aquelas originárias do Estado e por estas impostas aos atores sociais (são
exemplos a Constituição Federal, leis ordinárias, decretos, e sentença normativa – §2º do art. 114
da Constituição Federal).
Cuidado: a FCC, em 2016 (Prova de Analista do TRT 14) considerou, corretamente, a Sentença
Normativa como uma fonte formal heterônoma. Importante você diferenciar: Acordo Coletivo de
Trabalho e Convenção Coletiva de Trabalho são normas autônomas e Sentença Normativa é norma
heterônoma.
A sentença normativa é uma fonte formal heterônoma, pois o Poder Judiciário é que “impõe” a
decisão em um processo de dissídio coletivo. Lembrando que a sentença normativa é o fim de um
dissídio coletivo, em que o Tribunal põe fim ao conflito coletivo, criando novas condições de
trabalho. A doutrina evidencia na Sentença Normativa o chamado poder normativo da Justiça
do Trabalho.
Verifica-se, então, que apesar de ser uma decisão do Poder Judiciário, há criação de regras gerais,
abstratas e impessoais.
As fontes do Direito do Trabalho podem ainda ser divididas em duas classes: fontes materiais e
fontes formais.
Fontes materiais referem-se aos fatos históricos que marcaram e originaram a criação das normas
que regem o Direito do Trabalho.
Constituição;
Sentenças Normativas;
Jurisprudência;
Sentença Arbitral;
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 38
Regulamento da empresa;
Contrato de Trabalho;
Princípios Jurídicos;
Usos e Costumes.
Com relação aos Acordos Coletivos e Convenções Coletivas, verifica-se que existe mais de uma
teoria aplicável. Vamos nos atentar apenas à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho e à lei.
O artigo 8º, § 2º, da CLT, dispõe que Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo
Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir
direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
Lembrar que o artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal tem uma cláusula de abertura: autoriza o
Brasil a celebrar tratados internacionais e tais tratados são inseridos no ordenamento jurídico. No
ponto, é bom se lembrar que a Organização Internacional do Trabalho tem diversas Convenções
que foram ratificadas pelo Brasil, ingressando no ordenamento jurídico.
A Súmula 277 diz o seguinte: “As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções
coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou
suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho”.
Explicando a Súmula: se o empregado tem um direito garantido por uma norma coletiva, por
exemplo, adicional de horas extras de 70% e essa norma coletiva tem validade até janeiro de 2014;
contudo, não tem negociação de uma nova norma coletiva dentro do prazo. Ou seja, a norma
coletiva não se renova. Nesse caso, o que o Tribunal Superior do Trabalho entende é no sentido de
que o direito previsto em norma coletiva continua valendo, até que venha nova norma coletiva. Ou
seja, no exemplo, mesmo depois de janeiro de 2014, o empregado continua tendo direito ao
adicional de 70%. A isso se dá o nome de ultratividade, ou seja, a norma coletiva vale além da
previsão de sua validade.
Que fique claro que esse é o entendimento da Súmula, que foi liminarmente suspensa na ADPF
323 pelo Supremo Tribunal Federal.
O que vale atualmente, no entanto, é a Consolidação das Leis do Trabalho depois da Reforma
Trabalhista. O que a lei diz?
Artigo 614, § 3º, da CLT – Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho superior a 2 anos, sendo vedada a ultratividade.
O que está na lei. A norma coletiva não pode valer além de 2 anos e não pode haver ultratividade.
Sobre fontes, também temos que salientar o seguinte: se eu tiver duas normas (ou mais) sobre um
mesmo tema, você já viu que se aplica a norma mais favorável. Contudo, existe divergência na
doutrina como é feita essa aplicação: se aplica uma norma em bloco ou se é possível escolher cada
dispositivo de cada norma:
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 39
E a Consolidação das Leis do Trabalho pode ser aplicada fora do território brasileiro?
Você bem sabe que as leis brasileiras podem ser aplicadas, em princípio, apenas no território
brasileiro, por uma questão de soberania (a norma, em regra, não vai ser aplicada no território de
outros países).
No entanto, existe uma principal hipótese em que as normas trabalhistas podem ser aplicadas no
exterior. Trata-se da Lei n. 7.064/1982. Em primeiro lugar, essa Lei era aplicável apenas em relação
a empregados de engenharia e consultoria, mas houve alteração da redação, sendo possível,
atualmente, a sua aplicação a qualquer trabalhador que se enquadre.
Art. 1o Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus
empregadores para prestar serviço no exterior. (Redação da pela Lei nº 11.962, de 20090)
Parágrafo único. Fica excluído do regime desta Lei o empregado designado para prestar serviços de
natureza transitória, por período não superior a 90 (noventa) dias, desde que:
b) receba, além da passagem de ida e volta, diárias durante o período de trabalho no exterior, as
quais, seja qual for o respectivo valor, não terão natureza salarial.
CAPÍTULO II - Da Transferência
I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território
brasileiro;
II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que
mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro;
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 40
III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior.
Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira
sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração
Social - PIS/PASEP.
§ 1º - O salário-base ajustado na forma deste artigo fica sujeito aos reajustes e aumentos
compulsórios previstos na legislação brasileira.
§ 2º - O valor do salário-base não poderá ser inferior ao mínimo estabelecido para a categoria
profissional do empregado.
§ 1º - Por opção escrita do empregado, a parcela da remuneração a ser paga em moeda nacional
poderá ser depositada em conta bancária.
Art. 6º - Após 2 (dois) anos de permanência no exterior, será facultado ao empregado gozar
anualmente férias no Brasil, correndo por conta da empresa empregadora, ou para a qual tenha
sido cedido, o custeio da viagem.
§ 1º - O custeio de que trata este artigo se estende ao cônjuge e aos demais dependentes do
empregado com ele residentes.
§ 2º - O disposto neste artigo não se aplicará ao caso de retorno definitivo do empregado antes da
época do gozo das férias.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 41
DIREITO CIVIL
O material enxuto de Direito Civil para o TRT possui 108 páginas e compreende os seguintes tópicos
(números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais atualizações):
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 42
CAPÍTULO I
Da Personalidade e da Capacidade
CAPÍTULO II
Dos Direitos da Personalidade
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis
e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma
estabelecida em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no
todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou
a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações
que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou
a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo
da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 44
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado,
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Para consolidar a compreensão acerca do tema pelos Tribunais Superiores e pela Doutrina, mister
a leitura, sem pretensão de decorar, mas internalizar, os Enunciados das Jornadas de Direito Civil
do Conselho da Justiça Federal, as teses do STJ e STF, assim como seus entendimentos sumulados.
Os Enunciados (e já fica combinado que sempre que vir a abreviação "En/CJF”, estaremos nos
referindo a tais enunciados) que destacamos são:
139. Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas
em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé
objetiva e aos bons costumes.
531. A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao
esquecimento.
532. É permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusivamente científicos,
nos termos dos arts. 11 e 13 do Código Civil.
O STJ, por meio da ferramenta “jurisprudência em teses" destacou, em sua primeira edição, 11
teses envolvendo a temática dos direitos da personalidade, confira:
1. O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja
permanente nem geral. (Enunciado 4 da I Jornada de Direito Civil do CJF)
2. A pretensão de reconhecimento de ofensa a direito da personalidade é imprescritível.
3. A ampla liberdade de informação, opinião e crítica jornalística reconhecida constitucionalmente à
imprensa não é um direito absoluto, encontrando limitações, tais como a preservação dos direitos
da personalidade.
4. No tocante às pessoas públicas, apesar de o grau de resguardo e de tutela da imagem não ter a
mesma extensão daquela conferida aos particulares, já que comprometidos com a publicidade,
restará configurado o abuso do direito de uso da imagem quando se constatar a vulneração da
intimidade ou da vida privada.
5. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de
pessoa com fins econômicos ou comerciais. (Súmula 403/STJ)
6. A divulgação de fotografia em periódico (impresso ou digital) para ilustrar matéria acerca de
manifestação popular de cunho político-ideológico ocorrida em local público não tem intuito
econômico ou comercial, mas tão-somente informativo, ainda que se trate de sociedade empresária,
não sendo o caso de aplicação da Súmula 403/STJ.
7. A publicidade que divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda
que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da
personalidade. (Enunciado 278 da IV Jornada de Direito Civil do CJF)
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 45
11. Não se exige a prova inequívoca da má-fé da publicação (actual malice), para ensejar a
indenização pela ofensa ao nome ou à imagem de alguém.
12. Os pedidos de remoção de conteúdo de natureza ofensiva a direitos da personalidade das
páginas de internet, seja por meio de notificação do particular ou de ordem judicial, dependem da
localização inequívoca da publicação (Universal Resource Locator - URL), correspondente ao
material que se pretende remover.
Por fim, o STF julgou a ADI 4815 afastando a exigência prévia de autorização para biografias,
decidindo, por unanimidade, a inexigibilidade de autorização prévia para a publicação de biografias.
Seguindo o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, a decisão dá interpretação conforme a
Constituição da República aos artigos 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos
fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a
obras biográficas literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
[...]
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 47
DIREITO ADMINISTRATIVO
O material enxuto de Direito Administrativo para o TRT possui 302 páginas e compreende os
seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações, em decorrência de eventuais
atualizações):
Art. 37 da Constituição Federal. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…).
Nota: O Supremo Tribunal Federal fixou a seguinte tese, em repercussão geral: “É constitucional
a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes
da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial” (RE
6.33782, Relator Ministro Luiz Fix, julgamento em 23.11.2020, Tema 532).
Princípio da moralidade – a atuação administrativa deve ser legal e também moral, de acordo com
probidade, boa-fé e lealdade.
O Supremo Tribunal Federal já fixou a seguinte tese em sede de ADI: “É inconstitucional a fixação
de critério de desempate em concursos que favoreça candidatos que pertencem ao serviço público
de um determinado ente federativo” (ADI 5.358, Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em
30.11.2020).
Segundo a doutrina, embora “não se identifique com a legalidade (porque a lei pode ser imoral e
a moral pode ultrapassar o âmbito da lei), a imoralidade administrativa produz efeitos jurídicos,
porque acarreta a invalidade do ato, que pode ser decretada pela própria Administração ou pelo
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 49
Poder Judiciário. A apreciação judicial ficou consagrada pelo dispositivo concernente à ação popular
(art. 5º, LXIII, da Constituição) e implicitamente pelos já referidos arts. 15, V, 37, § 4º e 85, V,
este último considerando a improbidade administrativa como crime de responsabilidade” (Maria
Sylvia Zanella Di Pietro). Portanto, pela citação da doutrina, também o ato que ofende o princípio
da moralidade pode ser anulado (tema já cobrado no TRT 22ª Região, FCC, Analista Judiciário, em
2010).
Princípio da publicidade – a atuação administrativa não pode ser secreta, para que possa haver o
controle dos atos da Administração Pública. Daqui decorre o dever de transparência da
Administração Pública.
A publicidade ocorre com a publicação dos atos administrativos. Em alguns casos, a publicidade
pode ser restringida quando o sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (art.
5º, XXXIII, da CF).
Três aspectos da publicidade:
- o direito de petição aos órgãos integrantes da Administração Pública;
- o direito de obtenção de certidões;
- a divulgação de ofício de informações pela Administração Pública.
Nota: o Supremo Tribunal Federal fixou a seguinte tese em Repercussão Geral: “É legítima a
publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela administração pública, dos nomes dos seus
servidores e o valores dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias” (ARE 652.777,
Relator Ministro Teori Zavascki, julgamento em 23.04.2015, Tema 483).
Princípio da eficiência – a atividade pública deve buscar o melhor resultado possível, alcançando a
finalidade pública da forma mais eficaz que for possível.
Súmula 346 do Supremo Tribunal Federal – A Administração Pública pode declarar a nulidade de
seus próprios atos.
Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal – A administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 50
Obs.: para a anulação de ato administrativo que tenha repercutido na esfera de interesses
individuais, é necessário processo administrativo, com garantia de contraditório e ampla defesa,
antes de anular o ato (como o Superior Tribunal de Justiça decidiu, por exemplo, no RMS 29.222
e RMS 24.091).
O material enxuto de NOÇÕES SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA para o TRT
possui 100 páginas e compreende os seguintes tópicos (números e tópicos sujeitos a alterações,
em decorrência de eventuais atualizações):
Inclusão, direitos e garantias legais e constitucionais das pessoas com deficiência (Lei nº
13.146/2015; Lei nº 11.126/2005 e Constituição Federal)
Normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida (Lei nº 10.098/2000 e Decreto 5.296/2004)
Prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência (Lei nº 10.048/2000 e Decreto
5.296/2004)
Direitos no sistema de transporte coletivo (Lei nº 8.899/1994 e Decreto 3.691/2000)
Símbolo de identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva (Lei nº 8.160/1991)
Normas de apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social (Lei nº 7.853/1989 e
Decreto 3.298/1999).
Nota sobre as atualizações
Em primeiro lugar iremos elencar as disposições constitucionais quanto ao tema, para melhor
organização do conteúdo e do fluxo de ideias.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
...
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 52
...
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
...
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
...
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente
submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
...
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
...
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 53
...
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
...
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
...
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de
fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência.
...
APROVAÇÃO ÁGIL – AMOSTRA GRÁTIS – TRT 54
Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos
de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
[...]
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