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CADERNO DE QUESTÕES ADMNINISTRATIVO – FUMARC – QUESTÕES QUE

NÃO SABIA

QUESTÃO 01 Q905772 – Caderno Administrativo – FUMARC


Sobre a responsabilidade do Estado por atos legislativos, NÃO está correto o que se afirma em:

A) Sua aplicação não é admitida com relação às leis de efeitos concretos constitucionais.

B) É aplicável aos casos de omissão no dever de legislar e regulamentar

C) É admitida com relação às leis declaradas inconstitucionais

D) É aceita nos casos de atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com
função normativa, mesmo em caso de vícios de inconstitucionalidade ou de legalidade.

Letra A Errado. Uma das hipóteses admitidas pela doutrina e pela jurisprudência como
configuradoras da responsabilidade civil do Estado, por atos legislativos, consiste exatamente na
edição de leis de efeitos concretos, ainda que constitucionais. Isto porque referidas leis
equivalem, do ponto de vista material, aos atos administrativos (são leis apenas em sentido
formal), na medida em que produzem efeitos específicos em relação a determinados indivíduos.
Logo, acaso gerem danos, é legítimo que toda a sociedade, por meio do Estado, arque com os
prejuízos daí advindos, à luz do princípio da repartição dos ônus e encargos sociais.

Letra B Correto. Realmente, em caso de mora legislativa considerada desproporcional, a


doutrina admite a responsabilização civil do Estado.

Letra C Correto. De fato, no caso de leis inconstitucionais, das quais sejam gerados danos a
terceiros, é legítima a imputação de responsabilidade civil ao Estado, visto que configurado ato
ilícito, nesta hipótese.

Letra D Correto. Atos normativos exarados pela Administração correspondem, do ponto de


vista material, às próprias leis, uma vez que são dotados dos atributos de generalidade e
abstração. Assim sendo, aplica-se o mesmo raciocínio atinente às leis inconstitucionais, vale
dizer, quando apresentem vícios e ocasionem danos, imputa-se responsabilidade civil ao Estado.
QUESTÃO 06 Q905764 – Caderno Administrativo – FUMARC
A Lei n. 13.303/2016, em seu artigo 3º, traz o seguinte conceito: “entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios”. A entidade da administração indireta conceituada é uma:
A
Autarquia.
Errado. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; Autarquia é Capital
Público.
B
Empresa pública.
Correto.  Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. (Ou
seja, capital exclusivamente público; pode ser Federal ou Estadual; sob qualquer forma jurídica:
S/A, Ltda... exploração de atividade econômica ou prestação de serviços públicos)
C
Fundação pública.
Errado. direito público; patrimônio integralmente público; pessoa política; atividade de interesse
social sem fins lucrativos; pressupõe a edição de lei específica; 
D
Sociedade de economia mista.
Errado. Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada
por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta. Como o próprio nome já diz, capital misto (privado e público);
Estadual; exploração de atividade econômicas ou prestação de serviços públicos.
QUESTÃO 07 Q905763 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre os princípios da Administração Pública, é CORRETO afirmar que:
A
a efetivação de pagamento de precatório em desobediência à ordem cronológica traduz violação
ao princípio da impessoalidade, à luz do qual é vedada a atuação administrativa dissociada da
moral, dos princípios éticos, da boa-fé e da lealdade.
Errado: Embora esteja correto aduzir que a efetivação de pagamento de precatório em
desobediência à ordem cronológica traduz violação ao princípio da impessoalidade, o conceito
deste postulado, em seguida apresentado, revela-se equivocado. Isto porque, na verdade, a
atuação administrativa dissociada da moral, dos princípios éticos, da boa-fé e da lealdade vem a
ser definição relativa ao princípio da moralidade administrativa, e não ao da impessoalidade.
B
em consonância com o princípio da legalidade, estatuído no artigo 37, caput, da CR/88, a
Administração Pública pode fazer tudo o que a lei não proíbe.
C
não são oponíveis às Sociedades de Economia Mista, haja vista que essas sociedades são
regidas pelo regime de direito privado.
D
o princípio da supremacia do interesse público não se radica em dispositivo específico da
CR/88, ainda que inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas dele.
Certo: De fato, o princípio da supremacia do interesse público não se mostra expresso em
nenhum dispositivo constitucional. Nada obstante, trata-se de postulado implícito, que pode ser
indiretamente extraído de diversas normas, como por exemplos aqueles que tratam de
modalidades de intervenção do Estado na propriedade, como a desapropriação e a requisição
administrativa (CRFB/88, art. 5º, XXIV e XXV).
QUESTÃO 16 Q208931 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre a extinção dos atos administrativos, é INCORRETO afrmar que

A
a anulação promovida pela própria Administração decorre do exercício de sua prerrogativa de
autotutela.

B
a revogação é forma de extinção do ato administrativo válido, de caráter vinculado ou
discricionário.

C
a validade ou não do ato de revogação é passível de exame pelo Poder Judiciário.

D
incabível a revogação dos atos cujos efeitos produzidos já restaram consolidados.

Alternativa incorreta: B
primeiro, deve-se compreender que só há possibilidade de revogação de atos discricionários. Se
o ato possui caráter vinculado, então ele é vinculado a todos seus requisitos, isto é, competência,
finalidade, forma, motivo, objeto. Ou seja, sendo o ato vinculado, não comporta ele qualquer
análise de conveniência e oportunidade, de forma que não terá como ser revogado. Revoga-se
apenas apenas os atos discricionários, porque quanto aos requisitos de motivo e objeto, há
margem para o mérito administrativo.
QUESTÃO 18 Q208929 – Caderno Administrativo – FUMARC

Dentre as assertivas abaixo, é CORRETO afirmar que

A
o Estado é pessoa jurídica e a expressão de sua vontade pode ser entendida como a decisão do
membro de cúpula de cada Poder Pertinente, ou seja, do agente político.
B
os agentes públicos são mandatários do Estado.
C
o órgão público, ainda que desprovido de personalidade jurídica, pode atuar em Juízo, na defesa
dos seus interesses, em caráter excepcional, desde que exista expressa previsão legal.
D
a vontade do órgão de representação plúrima ou colegiado deve emanar da unanimidade ou da
maioria das vontades dos agentes que o integram, mesmo em se tratando de ato de rotina
administrativa.

a) INCORRETO. O Estado é pessoa jurídica (até aí certo) e a expressão de sua vontade pode ser
entendida como a decisão do membro de cúpula de cada Poder Político Pertinente, ou seja, do
agente político (nem sempre a expressão da vontade do Estado representa a vontade do membro
de cúpula, temos como exemplo o processo legislativo na esfera federal que elabora as leis que
são expressão da vontade do Estado).

b) INCORRETO. Os agentes públicos são mandatários do Estado. A assertiva parte da Teoria


do Mandato que não é adotada no direito brasileiro. O direito brasileiro adota a Teoria do
Órgão. Assim, os agentes públicos compõem os órgãos públicos.

c) CORRETO. O órgão público, em regra, não tem capacidade processual, ou seja, não atua em
Juízo, uma vez que não tem personalidade jurídica. Excepcionalmente, entretanto, se entende
que o órgão tem capacidade processual na defesa de prerrogativas institucionais no caso de
órgãos autônomos e independentes e no caso de órgãos públicos que atuem na defesa de
interesses e direitos dos consumidores (artigo 82, III CDC).

d)INCORRETO. Nem sempre a vontade do órgão emana da unanimidade ou da maioria da


vontade dos agentes que o integram, vez que os simples atos de rotina administrativa se
processam muitas vezes pela vontade de um único agente.
QUESTÃO 19 Q208928 – Caderno Administrativo – FUMARC

Em relação à interação do direito administrativo, com os demais ramos de direito, analise


as afrmativas a seguir:

I. O direito administrativo é que dá mobilidade ao direito constitucional.

II. O direito administrativo tem vínculo com o direito processual civil e penal.

III. As normas de arrecadação de tributos podem ser tidas como de direito administrativo.

IV. A teoria civilista dos atos e negócios jurídicos têm aplicação supletiva aos atos e contratos
administrativos.

Marque a alternativa CORRETA

I. "A relação de maior intimidade do Direito Administrativo é com o Direito Constitucional. E


não poderia ser de outra maneira. É o Direito Constitucional que alinhava as bases e os
parâmetros do Direito Administrativo; este é, na verdade, o lado dinâmico daquele." (p. 8/9;
2011)

II. "Com o Direito Processual o Direito Administrativo se relaciona pela circunstância de haver
em ambos a figura do processo: embora incidam alguns princípios próprios em cada
disciplina, existem inevitáveis pontos de ligação entre os processos administrativos e judiciais."
"A relação com o Direito Penal se consuma através de vários elos de ligação." (p. 9; 2011)

III. "De outro ângulo, tem-se que as normas de arrecadação tributária se inserem dentro do
Direito Administrativo." (p. 9; 2011)

IV. "Existem, ainda, relações entre o Direito Administrativo e os Direitos Civil e Comercial (...)
À guisa de exemplo, todavia, vale notar que a teoria civilista dos atos e negócios jurídicos e a
teoria geral dos contratos se aplica supletivamente aos atos e contratos administrativos." (p. 9;
2011).
QUESTÃO 20 Q208926 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre os poderes e funções do Estado, analise as seguintes afirmativas:
I - É possível que uma função típica atribuída a qualquer dos poderes de Estado seja convertida
em atípica, e vice versa, por força de lei

II - Há exclusividade no exercício de cada função pelos Poderes de Estado

III - As linhas definidoras da competência têm caráter legal e apolítico.

Marque a alternativa CORRETA

A) as afirmativas I, II e III estão incorretas


B) apenas as afirmativas II e III estão incorretas
C) apenas as afirmativas I e III estão incorretas
D) apenas as afirmativas I e II estão incorretas

Alternativas II e III

Trecho retirado do Manual de Direito Administrativo (2014) de JOSÉ DOS SANTOS


CARVALHO FILHO: "Entretanto, não há exclusividade no exercício das funções pelos
Poderes. Há, sim, preponderância. As linhas definidoras das funções exercidas pelos Poderes
têm caráter político e figuram na Constituição. Aliás, é nesse sentido que se há de entender a
independência e a harmonia entre eles: se, de um lado, possuem sua própria estrutura, não se
subordinando a qualquer outro, devem objetivar, ainda, os fins colimados pela Constituição.”
CADERNO DE QUESTÕES ADMNINISTRATIVO – FUMARC – QUESTÕES QUE
NÃO SABIA – RAIO X DELTA FUMARC

QUESTÃO 1 Q1739570 – Caderno Administrativo – FUMARC


Analise as seguintes afirmativas e assinale a alternativa correta:

I. Ocorre delegação legal sempre que determinado serviço público é descentralizado a pessoas
jurídicas distintas do Estado, mas integrantes da própria Administração; e delegação negocial
quando a descentralização for para pessoas da iniciativa privada, mediante atos ou contratos
administrativos.

II. Em razão do regime jurídico diferenciado dos contratos de parcerias público-privadas, neles
poderão ser adotados mecanismos privados de solução de conflitos, entre os quais a arbitragem.

III. Por ficção jurídica, o consórcio público com personalidade jurídica de direito público
considera-se integrante da Administração Indireta de todos os entes federativos consorciados.
ALTERNATIVAS

A) apenas a afirmativa I é correta

B) as afirmativas II e III são corretas

C) apenas a afirmativa II é correta

D) todas as afirmativas são corretas

E) todas as afirmativas são incorretas.

Item I: A descentralização administrativa pode ser feita por OUTORGA ou por DELEGAÇÃO.
Na descentralização por "delegação legal", também conhecida por "por serviço" ou "por
outorga", transfere-se a titularidade e a execução dos serviços públicos. É exclusiva para as
pessoas da Administração Indireta de direito Público. Realiza-se por lei. Já a
Delegação/delegação por colaboração: transfere-se somente a execução dos serviços. Podem ser
materializadas da seguinte forma: *Por lei: às pessoas jurídicas da administração indireta de
direito privado: as EP, SEM e às FP de direito privado. *Por contrato administrativo: aos
particulares, como ocorre nas concessões e permissões de serviços públicos. *Por ato
administrativo: aos particulares, como nas autorizações de serviços públicos.

Item II: O instrumento convocatório da licitação para contrato de PPP pode prever "o emprego
dos mecanismos privados de resolução de disputas, incluisve a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa[...], é o que dispõe o art. 11, inciso III, da Lei 11.079/04.

Item III: Literalmente reproduziu o que dispõe o art. 6, §1º, da Lei 11.107: § 1º O consórcio
público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos
os entes da Federação consorciados.
QUESTÃO 4 Q887281 – Caderno Administrativo – FUMARC

Considerando disciplina constitucional e legal da participação de sociedade de economia mista


na constituição de empresa privada que não seja por ela controlada, é CORRETO afirmar:

A) A Constituição vigente exige autorização legislativa prévia como requisito inafastável de


validade de tal ato constitutivo.

B) A Constituição vigente exige que sua criação se dê por lei específica, como requisito
inafastável de validade do ato constitutivo.

C) Tal empresa passaria a se submeter integralmente às mesmas sujeições impostas à referida


sociedade de economia mista.

D) Tal hipótese é vedada, uma vez que pessoas jurídicas da Administração Pública somente
podem participar de empresas na condição de controladoras.

Sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, criada mediante autorização
legal, constituída sob a forma de sociedade anônima, cujas ações em sua maioria pertencem ao
ente político ou entidade da Administração Indireta. O art. 37, inciso XIX, da Constituição
Federal dispõe que "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação". Por sua vez, o inciso XX do
mesmo artigo estabelece que "depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada".
QUESTÃO 13 Q562476 – Caderno Administrativo – FUMARC

A transferência do setor estatal para o público não estatal, da execução de serviços que não
envolvem o exercício do poder de Estado, mas devem ser subsidiados pelo Estado, como, por
exemplo, os serviços de educação, saúde e cultura, é chamada de

A) descentralização.

B) desconcentração.

C) desestatização.

D) publicização.

Publicização: é a transferência da gestão de serviços e atividades, não exclusivas do Estado,


para o setor público não-estatal, assegurando o caráter público à entidade de direito privado,
bem como autonomia administrativa e financeira. O Estado passa de executor ou prestador
direto de serviços para regulador, provedor ou promotor destes, principalmente dos serviços
sociais, como educação e saúde que são essenciais para o desenvolvimento, na medida em que
envolvem investimento em capital humano. Como provedor desses serviços, o Estado
continuará a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação
da sociedade.

Desestatização: ação ou efeito de desestatizar, de reduzir a participação ou excluir a gestão do


Estado.

Centralização é a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única


pessoa jurídica governamental. É o que ocorre, por exemplo, com as atribuições exercidas
diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Já na descentralização, as competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas


autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Exemplos: autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista. A descentralização, nos termos do art. 6º do
Decreto-Lei n. 200/67, tem natureza jurídica de princípio fundamental da organização
administrativa. O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome
de Administração Pública Indireta ou Descentralizada.

Concentração é a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos


públicos despersonalizados e sem divisões internas. Trata-se de situação raríssima, pois
pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas entre repartições públicas internas.

Na desconcentração as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma


única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica. Exemplos de desconcentração são os
Ministérios da União, as Secretarias estaduais e municipais, as delegacias de polícia, os postos
de atendimento da Receita Federal, as Subprefeituras, os Tribunais e as Casas Legislativas.
QUESTÃO 1 Q909809 – Caderno Administrativo – FUMARC
O ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a
Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização
privativa de bem público denomina-se:

A) Admissão.

B) Autorização.

C) Licença.

D) Permissão.

a) Errado. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao


particular, que preencha os requisitos legais, O DIREITO À PRESTAÇÃO DE UM
SERVIÇO PÚBLICO. É ato vinculado, tendo em vista que os requisitos para outorga da
prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos os que os satisfaçam
tenham direito de obter o benefício. São exemplos a admissão nas escolas públicas, nos
hospitais e nos estabelecimentos de assistência social. A admissão é "ato administrativo
unilateral e vinculado que faculta, a todos que preencherem os requisitos legais, o ingresso em
repartições governamentais ou defere certas condições subjetivas. Exemplo: admissão de
usuário em biblioteca pública.""

b) Errado. A autorização é ato discricionário, "constitutivo e precário expedido para a


realização de serviços ou a utilização de bens públicos no interesse predominantemente do
particular. A autorização é ato constitutivo, utilizado em situações transitórias, festas ou
eventos. Na autorização, o Poder Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular
em face do interesse público, para outorga ou não a autorização, como ocorre no caso de
consentimento para porte de arma Ex.: porte de arma"

c) Errado Licença é ato de polícia, aquele por meio do qual o poder público PERMITE A
REALIZAÇÃO DE DETERMINADA ATIVIDADE SUJEITA À FISCALIZAÇÃO PELO
PODER PÚBLICO. É o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração
faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre
licença e autorização na possibilidade ou não da concessão, na autorização pode haver a
negativa discricionária, já a licença uma vez preenchidos os requisitos restarão obrigada a
conceção. Na licença, cabe à autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram
preenchidos os requisitos legais exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso
afirmativo, expedir o ato, sem possibilidade de recusa; é o que se verifica na licença para
construir e para dirigir veículos automotores. A licença é ato declaratório de direito preexistente.
Exemplo: licença para construir

d) Correto: A permissão é ato discricionário e "precário que faculta o exercício de serviço de


interesse coletivo ou a utilização de bem público. A permissão tem um caráter mais
permanente ou duradouro como bancas de jornais ou férias. Difere da autorização porque a
permissão é outorga no interesse predominante da coletividade. Ex: permissão para taxista."
Atos negociais que tenham "R" no nome, serão discricionários: autorização, permissão,
renúncia, aprovação. Exceção: dispensa. Atos negociais que não tenham "R", serão vinculados:
licença, concessão, admissão, visto, homologação.
QUESTÃO 2 Q887256 – Caderno Administrativo – FUMARC

Considerando a disciplina do poder-dever de autotutela da Administração Pública, pode


ser considerada integralmente correta a afirmativa:
A) A máxima de que os atos ilegais não geram direitos oponíveis à Administração Pública
persiste incólume em face dos princípios da segurança jurídica e da boa-fé.

B) A revogação dos atos administrativos, ainda que discricionários, encontra óbice na garantia
do direito adquirido.

C) O direito da Administração Pública de invalidar seus próprios atos segue a regra geral de
imprescritibilidade da lesão ao erário.

D) Os atos ilegais não produzem efeitos válidos, portanto, sua invalidação prescinde de
oportunidade de defesa, ainda que gere repercussão sobre interesses individuais.

A): INCORRETA. Nosso ordenamento jurídico-administrativo admite a CONVALIDAÇÃO de


atos administrativos eivados de ilegalidade, Em decisão na qual se evidencie não acarretarem
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração." A convalidação de ato administrativo,
assim como a INVALIDAÇÃO, é uma forma de recompor a legalidade que foi ferida. E ao
convalidar um ato viciado, a Administração Pública deve atentar para a existência de situações
que dele surgiram e que já se encontram estabilizadas pelo Direito.

B): CORRETA. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos." Os direitos adquiridos pelo administrado não podem ser atingidos pela
revogação de determinado ato administrativo pela Administração Pública, segundo critérios de
conveniência e oportunidade. Tal norma traduz, em última análise o respeito aos princípios da
segurança jurídica e da boa-fé.

C): INCORRETA. A Administração Pública deve observar o prazo decadencial de 05 (cinco)


anos para anular seus atos administrativos. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé." Excepcionalmente, às
ações de ressarcimento ao erário, em sede de improbidade administrativa, São imprescritíveis
fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa."

D): INCORRETA. Atos ilegais, ou seja, eivados de vício de ilegalidade, podem sim, ser
convalidados pela Administração Pública, desde que não sejam produzidos prejuízos a terceiros
ou lesão ao interesse público. Caso a Administração Pública venha a afastar a ilegalidade
existente no ato, invalidando-o, no exercício de seu poder de autotutela (art. 53 da Lei nº
9784/99), não poderá proceder dessa forma sem antes garantir ao terceiro interessado que se
manifeste, conforme o devido processo legal e exercite o seu direito ao contraditório e à ampla
defesa.
QUESTÃO 6 Q379935 – Caderno Administrativo – FUMARC
Considere as seguintes afirmativas sobre o ato administrativo:

I. A finalidade do ato administrativo é definida como seu fim imediato ou seu resultado prático.

II. Competência, finalidade e forma são elementos vinculados ao ato administrativo.

III. A justificativa para a emissão da vontade expressamente indicada no ato administrativo é o


que se de- nomina motivo.

A finalidade é o resultado do ato administrativo, só que, enquanto o objeto é o efeito jurídico


imediato, a finalidade é o resultado mediato que se quer alcançar.

 COMPETÊNCIA: é o poder, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a


capacidade de praticar o ato administrativo; é VINCULADO.
 FINALIDADE: é o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo; é VINCULADO;
O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que
atribui competência ao agente para a sua prática.
 FORMA: é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o
revestimento externo do ato; é VINCULADO.
 MOTIVO: é a situação de direito que autoriza ou exige a prática do ato administrativo;
o motivação obrigatória - ato vinculado - pode estar previsto em lei (a autoridade
só pode praticar o ato caso ocorra a situação prevista);
o motivação facultativa - ato discricionário – pode ou não estar previsto em lei (a
autoridade tem a liberdade de escolher o motivo em vista do qual editará o ato);
A efetiva existência do motivo é sempre um requisito para a validade do ato. Se o
Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada à efetiva
existência desses motivos invocados para a sua prática. É a teoria dos Motivos Determinantes.
 OBJETO: é o conteúdo do ato; é a própria alteração na ordem jurídica; é aquilo que o
ato dispõe. Pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO.
o ato vinculado - o objeto já está predeterminado na lei (Ex.: aposentadoria do
servidor).
o ato discricionário - há uma margem de liberdade do Administrador para
preencher o conteúdo do ato (Ex.: desapropriação – cabe ao Administrador
escolher o bem, de acordo com os interesses da Administração).
MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos discricionários, caracterizam o que se denomina de
MÉRITO ADMINISTRATIVO. Mério Administrativo: corresponde à esfera de
discricionariedade reservada ao Administrador e, em princípio, não pode o Poder Judiciário
substituir a discricionariedade do administrador, salvo para verificar se eles efetivamente
existem e se porventura está caracterizado um desvio de finalidade.

Ato Legal e Perfeito é o ato administrativo completo em seus requisitos e eficaz em produzir
seus efeitos; portanto, é o ato eficaz e exeqüível;
QUESTÃO 7 Q366324 – Caderno Administrativo – FUMARC

O ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece ao particular,


que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público denomina-
se:

A) Autorização

B) Permissão

C) Admissão

D) Licença

Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que
preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público. É ato vinculado,
tendo em vista que os requisitos para outorga da prestação administrativa são previamente
definidos, de modo que todos os que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício. São
exemplos a admissão nas escolas públicas, nos hospitais e nos estabelecimentos de assistência
social.

Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta


àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre
licença e autorização é nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse,
“caracterizando-se como ato discricionário, ao passo que a licença envolve direitos,
caracterizando-se como ato vinculado”. Na autorização, o Poder Público aprecia,
discricionariamente, a pretensão do particular em face do interesse público, para outorga ou não
a autorização, como ocorre no caso de consentimento para porte de arma; na licença, cabe à
autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram preenchidos os requisitos
legais exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo, expedir o ato,
sem possibilidade de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos
automotores. A autorização é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito
preexistente.

Aprovação: ato administrativo discricionário para controle da atividade administrativa, com


base na legalidade de ato anterior, além dos critérios de oportunidade e conveniência utilizados
pelo agente que executou a conduta controlada. Por meio da aprovação. O poder público faz o
controle da legalidade e de mérito da conduta anterior expedida pelo órgão estatal.

Homologação: configura-se ato vinculado de controle de controle de legalidade de ato


anteriormente expedido pela própria administração pública. Diferentemente do que ocorre com
a aprovação, não há controle de mérito da atuação estatal, embasada em critérios de
oportunidade e conveniência e a homologação sempre será editada posteriormente ao ato
controlado.
QUESTÃO 6 Q887272 – Caderno Administrativo – FUMARC

“O primeiro ponto relevante reside em que as competências atribuídas por lei às agências
reguladoras são retiradas da Administração direta. Ou seja, a atribuição de competências
administrativas privativas em prol das agências equivale a reduzir os poderes da Administração
centralizada. Isso significa que o Presidente da República, embora titular do mais alto posto do
Estado, não poderá deliberar sobre assuntos de competência das agências.” (JUSTEN FILHO,
2014).

Em face do fragmento supra transcrito, é CORRETO concluir que:

A) o princípio da unidade que rege a Administração Pública não alcança as pessoas da


Administração indireta.

B) a titularidade de competências atribuídas às agências reguladoras, dada a autonomia que as


caracteriza, impediria a interposição de recurso hierárquico para o Ministério de Minas e
Energia em face de decisão tomada pela ANEEL.

C) a peculiaridade explicitada pelo autor no texto, embora denote que as agências reguladoras
possuem maior autonomia, não restringe a incidência do princípio da tutela sobre tais pessoas

D) a peculiaridade das agências reguladoras explicitada no texto, embora demarque a autonomia


de tais pessoas em face do Ministério a que se vinculem, não altera a incidência do princípio da
unidade que rege a Administração Pública.

As agências reguladoras possuem natureza jurídica de autarquias em regime especial, são


criadas por lei específica, com a finalidade de absorver as matérias antes concentradas no
Executivo. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) é uma agência reguladora
vinculada ao Governo Federal, criada pela Lei nº 9.427/96. As principais atribuições da
mencionada agência reguladora são: regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica; mediar agentes do setor e consumidores de energia elétrica;
conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia elétrica.

A Advocacia-Geral da União, por meio do Parecer AGU Nº AC-51, de 12 de junho de 2006,


manifestou o entendimento no sentido de que: a) as agências se submetem às políticas públicas
elaboradas pelos Ministérios setoriais; b) cabe recurso hierárquico impróprio ou revisão ex
officio nos casos em que agências ultrapassem os limites de suas competências materiais
definidas em lei ou, ainda, violem as políticas públicas definidas para o setor regulado pela
Administração direta; c) não cabe recurso hierárquico ou revisão ministerial caso a matéria em
questão envolva a atividade finalística da agência (matéria de regulação) e ela esteja adequada
às políticas públicas setoriais.

Portanto, não é possível a interposição de recurso hierárquico para o Ministério de Minas e


Energia em face de decisão tomada pela ANEEL no âmbito de sua competência.
QUESTÃO 7 Q887271 – Caderno Administrativo – FUMARC

Sobre o denominado “contrato de gestão”, avença firmada entre a União e as Agências


Reguladoras, tal como previsto pela Lei 9.427/1996 para ser celebrado entre a Diretoria da
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e o Poder Executivo, é CORRETO afirmar que

A) decisões posteriores da ANEEL não se vinculam ao conteúdo do referido instrumento para


fins de controle.

B) pode gerar direitos e obrigações que impliquem inovação normativa.

C) seu conteúdo deriva essencialmente do exercício de competências discricionárias cujos


limites são pré-fixados em lei.

D) trata a referida avença de contrato em sentido próprio.

Lei nº 9427/96: Art. 7o A administração da ANEEL será objeto de contrato de gestão,


negociado e celebrado entre a Diretoria e o Poder Executivo no prazo máximo de noventa dias
após a nomeação do Diretor-Geral, devendo uma cópia do instrumento ser encaminhada para
registro no Tribunal de Contas da União, onde servirá de peça de referência em auditoria
operacional.

§ 1o O contrato de gestão será o instrumento de controle da atuação administrativa da autarquia


e da avaliação do seu desempenho e elemento integrante da prestação de contas do Ministério
de Minas e Energia e da ANEEL, a que se refere o art. 9o da Lei no 8.443, de 16 de julho de
1992, sendo sua inexistência considerada falta de natureza formal, de que trata o inciso II do art.
16 da mesma Lei.

§ 2o Além de estabelecer parâmetros para a administração interna da autarquia, os


procedimentos administrativos, inclusive para efeito do disposto no inciso V do art. 3º, o
contrato de gestão deve estabelecer, nos programas anuais de trabalho, indicadores que
permitam quantificar, de forma objetiva, a avaliação do seu desempenho.

§ 3o O contrato de gestão será avaliado periodicamente e, se necessário, revisado por ocasião da


renovação parcial da diretoria da autarquia, sem prejuízo da solidariedade entre seus membros.

A Lei de Criação da ANEEL determina que a administração da Agência seja objeto de Contrato
de Gestão, que deve ser negociado e celebrado entre a Diretoria e o Ministério de Minas e
Energia.

O contrato é um instrumento de controle da atuação administrativa da autarquia e parâmetro


para avaliação do desempenho institucional. Até 2014 foi um elemento integrante da Prestação
de Contas Anual da Agência.
QUESTÃO 16 Q200460 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre a realização de consórcios públicos, regulados pela Lei nº. 11.107, de 06 de abril de 2005,
todas as afirmativas são verdadeiras, EXCETO:

A) Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio responderão pessoalmente pelas


obrigações contraídas pelo consórcio público e pelos atos praticados em desconformidade com a
lei ou com as disposições dos respectivos estatutos.

B) Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de


arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou
outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica,
pelo ente da Federação consorciado.

C) O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração


indireta de todos os entes da Federação consorciados. Contudo, é nula a cláusula do contrato de
consórcio que preveja determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente da
Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou
imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de
serviços públicos.

D) O consórcio público é a associação pública ou pessoa jurídica de direito privado, na qual a


União somente participa se também fizerem parte todos os Estados em cujos territórios estejam
situados os Municípios consorciados.

A- Incorreta. Art. 10, Parágrafo único da Lei 11.107/2005: “Os agentes públicos incumbidos da
gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas obrigações contraídas pelo consórcio
público, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou com as
disposições dos respectivos estatutos.”

B- Correta. Art. 2º, § 2º da Lei 11.107/2005: “Os consórcios públicos poderão emitir
documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos
pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles
administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.”

C- Correta. Art. 6º, § 1º da Lei 11.107/2005: “O consórcio público com personalidade jurídica
de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.”

Art. 4º, § 3º da Lei 11.107/2005: “É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja
determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio
público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as
transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços
públicos.”

D- Correta. Art. 1º, § 1º da Lei 11.107/2005: “O consórcio público constituirá associação


pública ou pessoa jurídica de direito privado.” Art. 1º, § 2º da Lei 11.107/2005: “A União
somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em
cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.”
QUESTÃO Q1236548– Caderno Administrativo – FUMARC
Relativamente à prescrição, assinale a alternativa INCORRETA:

A)Ocorre em cinco anos a prescrição para obter reparação de danos causados por agentes de
pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de
serviços públicos.

B) Ocorre em cinco anos a prescrição para que o Poder Público possa propor a ação de
indenização em face de seu agente, com o fito de garantir o ressarcimento pelos prejuízos que o
mesmo lhe causou.

C) Ocorre em cinco anos a prescrição para a ação de execução fiscal.

D) Verificada a existência da prescrição contra ou a favor da fazenda pública, o juiz poderá


reconhecê-la de ofício.

A ação de regresso do Estado em face do AGENTE é imprescritível (Art. 37, §6º da CF/88),
mas por outro lado, em face do AGENTE, no caso do dano ocasionado por TERCEIRO
ALHEIO a administração o prazo é o comum de três anos.

1º) Ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrentes de ilícito civil é


PRESCRITÍVEL (STF RE 669069/MG).

2º) Ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade administrativa praticado com


CULPA é PRESCRITÍVEL (devem ser propostas no prazo do art. 23 da LIA).

3º) Ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade administrativa praticado com


DOLO é IMPRESCRITÍVEL (§ 5º do art. 37 da CF/88).

Há três casos de imprescritibilidadeda pretensão de reparação civil, quais sejam: a)


ressarcimento do erário; b) ressarcimento de dano ambiental; c) ressarcimento de danos por
perseguição política, prisão e tortura durante a ditadura militar.
QUESTÃO Q903385– Caderno Administrativo – FUMARC
Acerca das pessoas da Administração Pública, das atividades de gestão e do regime aplicável:

A) A aplicação de penalidades a terceiros, no exercício de atividade de polícia, é atividade


passível de ser desenvolvida por agente público sujeito a vínculo de emprego.

B) As atividades de polícia administrativa podem ser desenvolvidas licitamente por pessoas de


direito privado, desde que previsto em lei.

C) O regime de contratação das pessoas jurídicas de direito privado que explorem atividade
econômica em sentido estrito admite prerrogativas próprias de Estado.

D) Uma pessoa jurídica de direito público responde por danos conforme o regime de
responsabilidade objetiva, independentemente da atividade que exerça.

Alternativa "a": Errada. A doutrina majoritária é no sentido da impossibilidade de delegação do


poder de polícia, propriamente dito, inclusive para pessoas jurídicas de direito privado da
Administração Indireta. Nesses casos, é possível transferir somente o poder de fiscalizar e
emanar atos de consentimento, não podendo haver transferência da atividade de legislar acerca
da matéria e aplicar sanções a particulares.

Alternativa "b": Errada. É pacífico o entendimento da doutrina e jurisprudência que os atos de


Polícia Administrativa, atividade típica de Estado, somente podem ser exercidos pelas pessoas
jurídicas de direito público componentes da Administração Direta ou Indireta.

Alternativa "c": Errada. Os agentes que atuam na prestação de serviços na estrutura das
empresas estatais são empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho,
mediante a celebração de contrato de emprego.

Alternativa "d": Correta. A responsabilidade civil do Estado está disciplinada no art. 37, § 6º, da
Constituição Federal: "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa".
Dessa forma, as pessoas jurídicas de direito público respondem por danos conforme o regime de
responsabilidade objetiva, independentemente da atividade que exerçam.
QUESTÃO Q1739628 – Caderno Administrativo – FUMARC
Assinale a proposição INCORRETA:

A) o servidor público em estágio probatório vinculado ao Estado de Minas Gerais é segurado


obrigatório do regime próprio de previdência social estadual;

B) o tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e o tempo de


5(cinco) anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria exigidos nos termos do art. 40,
§1º, inciso III, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 deve ser cumprido
integralmente na unidade federada em que o servidor se aposentar;

C) o abono de permanência é direito do servidor público, que vinculado ao regime próprio de


previdência social, tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária
estabelecidas no art. 40, §1º, inciso III, alínea “a”, da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 e que opte por permanecer em atividade;

D) aos empregados públicos aplica-se o Regime Geral de Previdência Social;

E) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 não define quem são os


dependentes do segurado do regime próprio de previdência social dos servidores públicos
cabendo à lei de cada unidade federada defini-los.

Dos 25 anos totais exigidos de tempo de contribuição para aposentadoria do RPPS, 10 anos são
de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo em que se der a aposentadoria (art. 10,
§1º, inciso I, “b” da EC); EC 103/2019.
QUESTÃO Q1739571 – Caderno Administrativo – FUMARC
Partindo da premissa de que as atividades abaixo relacionadas sejam, de fato, competências
legalmente estabelecidas, exemplos de expressão do poder de polícia administrativa no âmbito
do Estado de Minas Gerais, assinale a alternativa que NÃO se enquadra nesse contexto:

A) Por parte do Instituto Mineiro de Agropecuária, exercer a inspeção animal e vegetal e o


controle de produtos de origem animal e vegetal, na produção e na industrialização, podendo
fixar multas em casos como a não aplicação, em rebanhos, das vacinas obrigatórias.

B) Por parte do Instituto Estadual de Florestas, fiscalizar e supervisionar a execução das


atividades de gestão florestal no território do Estado, em articulação com o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, cabendo-lhe conceder
licenciamento ambiental.

C) Por parte da Polícia Civil, órgão administrativo autônomo, subordinado ao Governador do


Estado, investigar e apurar, no território estadual, infrações criminais, exceto as militares.

D) Por parte da do Instituto de Pesos e Medidas, fiscalizar, em todo o Estado, diversos


instrumentos, tais como bombas medidoras de combustíveis líquidos, instrumentos de pesar e de
medir, taxímetros, hidrômetros, cuja não observância dos parâmetros técnicos de funcionamento
poderá ensejar lacre ou apreensão.

E) Por parte da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento


Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG, supervisionar, controlar e avaliar os
serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, podendo aplicar sanções legais em
caso de descumprimento das diretrizes técnicas e econômicas.

Não se confunde polícia administrativa x Polícia judiciária

A polícia judiciária recai sobre crimes e contravenções, enquanto a polícia administrativa recai
sobre bens direitos.

Esquema:

• POLÍCIA ADMINISTRATIVA É DESEMPENHADA POR ÓRGÃOS


ADMINISTRATIVOS

• POLÍCIA JUDICIÁRIA É EXECUTADA POR CORPORAÇÕES ESPECÍFICAS (A


POLÍCIA CIVIL E A

POLÍCIA FEDERAL E AINDA, EM ALGUNS CASOS, A POLÍCIA MILITAR.

• PODER DE POLÍCIA: LIMITA OU DISCIPLINA DIREITOS, INTERESSES OU


LIBERDADES INDIVIDUAIS;

REGULA A PRÁTICA DO ATO OU ABSTENÇÃO DE FATO, EM RAZÃO DO


INTERESSE PÚBLICO.

É APLICADA AOS PARTICULARES. (CHAMADO DE PODER NEGATIVO).

• POLÍCIA JUDICIÁRIA A CONCERNENTE AO ILÍCITO DE NATUREZA PENAL.


QUESTÃO Q1739569 – Caderno Administrativo – FUMARC
Assinale a alternativa INCORRETA:

A) O princípio da impessoalidade, aplicado no âmbito da função administrativa do Estado, não


tem valor absoluto, razão pela qual se admite, por exemplo, tratamento parcialmente
diferenciado a micro e pequenas empresas em processos de licitação.

B) O princípio da razoabilidade expressa noção jurídica correlata ao devido processo legal


substantivo.

C) O princípio da juridicidade, concebido para parte da doutrina como estágio evolutivo atual
do princípio da legalidade, exige do administrador público atuação em conformidade não apenas
com a lei, em sentido formal, mas com todo o direito.

D) O princípio da publicidade poderá ter sua aplicação diferida no tempo nos casos em que a
Constituição ou a lei admitir o sigilo.

E) O princípio da eficiência fundamenta a informalidade ou o formalismo moderado dos atos


administrativo de menor repercussão, mas que ficam sujeitos ao controle de resultados.

O formalismo racional ou razoável, mais frequentemente denominado de informalismo ou


informalidade, ou ainda, formalismo moderado, no processo administrativo significa que os atos
independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir , ou seja,
estabelece que no processo administrativo são obrigatórias somente as formalidades
indispensáveis à segurança jurídica do cidadão, não se exigindo do particular formalidades
como, por exemplo, cópias autenticadas.
QUESTÃO Q1739568 – Caderno Administrativo – FUMARC
Quanto ao regime jurídico constitucional dos servidores públicos, assinale a alternativa correta:

A) O servidor titular de cargo efetivo aprovado em estágio probatório somente poderá perder o
cargo nas seguintes hipóteses: por força de sentença judicial transitada em julgado; mediante
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; mediante procedimento de
avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

B) Desde a promulgação da Constituição de 1988 sempre foi pacífico o entendimento de que ao


servidor colocado em disponibilidade é assegurada remuneração proporcional.

C) No Estado de Minas Gerais o teto remuneratório vigente no âmbito do Poder Executivo, por
força do art. 37, XI, da Constituição Federal, é o subsídio do Governador.

D) O servidor público estadual da administração direta, autárquica e fundacional, que exercer o


cargo de Deputado Estadual, será necessariamente afastado do seu cargo, emprego ou função,
podendo optar pela remuneração ou subsídio de maior valor.

E) Além dos casos em que a Constituição determina o regime de subsídio, a remuneração dos
servidores públicos que tiverem seus cargos organizados em carreira poderá,
discricionariamente, ser assim fixada por meio de lei.

a) Errado. Ficou faltando falar da hipótese do art. 169, §§ 3º e 4º da Constituição, segundo os


quais, atingindo-se o limite global de despesas com pessoal, os cargos públicos objeto de
redução serão extintos e só poderão ser criados após 4 (quatro) anos, respeitado o limite de
gastos com pessoal.

RESUMINDO: O que diz o Artigo 169 da CF => Extrapolação dos Limites com despesas de
pessoal ativo e inativo da U/E/DF/M. 1) Redução em pelo menos 20% das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança. 2) Exoneração dos servidores NÃO estáveis. Se essas
medidas não forem suficientes, aí sim, 3) O servidor estável poderá perder o cargo, desde que
ato normativo motivado de cada um dos poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Esse servidor, que perde o cargo, fará jus à
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

b) Errado. Somente se pacificou definitivamente a questão com a Emenda Constitucional 19/98.

c) Errado. Segundo o art. 37, XI, o teto remuneratório nos Estados e no Distrito Federal vai
depender: será o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais, no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, no âmbito do Judiciário. Contudo, especificamente, a
Constituição de MG fala que o teto remuneratório é o subsídio do desembargador em qualquer
caso (art. 24, § 1º, CEMG).

d) Errado. A Constituição só dá essa opção de optar pela remuneração na hipótese de ter sido
eleito para prefeito (art. 38, II). Complementando, o inciso III dispõe que, se for eleito vereador,
havendo compatibilidade de horários, vai receber a remuneração dos 2 (cargo ocupado
anteriormente e cargo eletivo). Se não houver compatibilidade de horários, segue a regra do
prefeito.

e) Certo. O § 4º do art. 39 prevê essa possibilidade, embora o dispositivo não diga


expressamente "discricionariamente".
QUESTÃO Q903379 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre as prerrogativas dos bens públicos é CORRETO afirmar:

A) A impenhorabilidade não pode ser invocada em favor de bens aplicados à prestação de


serviço público, se a prestadora for pessoa jurídica de direito privado.

B) A imprescritibilidade aplica-se apenas aos bens públicos afetados.

C) A imprescritibilidade dos bens dominicais do Estado torna-se questionável em razão da crise


do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.

D) Inalienabilidade dos bens públicos do domínio público é absoluta no Direito Brasileiro.

Alternativa "a": Errada. Em virtude da garantia de impenhorabilidade, os bens públicos não


podem ser penhorados em juízo para a garantia de uma execução. Ressalte-se que, embora não
haja impedimento para a constrição de bens de pessoa jurídica de direito privado, os bens
afetados à prestação de serviços são impenhoráveis.

Alternativa "b": Errada. A imprescritibilidade significa que os bens públicos não podem ser
adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço de tempo continuado, nos
moldes da legislação civil. Cabe destacar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não
afetados.

Alternativa "c": A banca examinadora apontou esta alternativa como correta. Todavia, a Súmula
340 do STF estabelece que “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião". A vedação absoluta da
aquisição por usucapião de bem público, tem como premissa o princípio da supremacia do
interesse público, em que se tem como base, a ideia de que conflitos entre interesses individuais
e coletivos devem resultar, em regra, da prevalência do coletivo em detrimento do interesse
individual.

Alternativa "d": Errada. Ao contrário do que afirma a assertiva, os bens públicos possuem uma
alienabilidade condicionada, ou seja, os bens públicos podem ser alienados desde que atendidos
os requisitos estampados no art. 17 da Lei 8.666/93.
QUESTÃO Q903380 – Caderno Administrativo – FUMARC
Sobre a inadimplência da Administração Pública no âmbito dos contatos administrativos, é
INCORRETO afirmar que

A) atrai na integralidade a aplicação da denominada exceção do contrato não cumprido em


favor do contratado.

B) não é ilidida pela declaração de nulidade do contrato em relação ao objeto efetivamente


executado.

C) não obstante a relativização da exceção do contrato não cumprido, gera para o contatado
direito de rescisão do contrato.

D) o dever de pagar pela parte executada do contrato persiste ainda que o contratado tenha dado
causa, com culpa, à rescisão unilateral do contrato.

Alternativa "a": Incorreta. Em caso de inadimplemento da Administração, o particular pode


suspender a execução do contrato pela exceção de contrato não cumprido. Todavia, o direito de
paralisar a execução do contrato somente surge ao particular caso a Administração Pública seja
inadimplente por mais de noventa dias.

Alternativa "b": Correta. O artigo 59, parágrafo único, da Lei 8.666/93, estabelece que "A
nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados,
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu
causa".

Alternativa "c": Correta. Na hipótese de inadimplência da Administração Pública, o particular


pode suspender a execução do contrato (exceção de contrato não cumprido) ou requerer,
judicialmente, a rescisão do contrato.

Alternativa "d": Correta. O particular deve ser remunerado pelos serviços efetivamente
prestados, caso contrário, estaria se admitindo o enriquecimento sem causa do ente público.

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