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QUESTÕES DE DIREITO PENAL MILITAR especificamente do Artigo 136 ao artigo 354

TD 1. / Instrutor: Maj Arilson. (Crimes Militares em Tempo de Paz) e do artigo


355 ao artigo 408 (Crimes Militares em Tempo de
Obs. Este TD não substitui a leitura do módulo de
Guerra). (Errado – pelo contrário, parte especial –
Direito Penal Militar, mas direciona e facilita o
aprendizado. condutas incriminadoras, parte geral – normas
gerais não incriminadoras).
Boa sorte e conte conosco!
08) Com relação aos princípios, podemos afirmar
que os mesmos princípios aplicados ao direito
Marque certo ou errado conforme o teor das penal comum são aplicáveis ao direito penal
questões abaixo: militar. (correto)

01) As fontes do Direito Penal Militar podem ser 09) Com base no princípio da legalidade aplicável
classificadas em materiais ou formais, sendo as ao direito penal militar, podemos afirmar que
materiais também chamadas de substanciais ou de somente a lei em sentido formal pode,
produção e as formais, de conhecimento. taxativamente, estabelecer o que é crime e
(Correto). cominar as respectivas sanções. (Correto –
princípio da reserva legal).
02) Legislar sobre direito penal militar é
competência privativa da União e em nenhuma 10) O princípio da legalidade no direito penal
hipótese os estados poderão legislar sobre direito incorpora dois princípios que são o da reserva legal
penal militar. (E – poderão, desde que mediante lei e o da anterioridade da lei penal. (Correto).
complementar da União autorizando).
11) A lei penal militar não poderá retroagir em
03) Segundo a apostila do CHO, as fontes formais nenhuma hipótese, pois vigora no direito penal
do direito são a lei, os usos e costumes militares, a militar o princípio do “tempo regis actum”, ou seja,
jurisprudência, os princípios gerais do direito e a aplica-se a lei penal aos fatos ocorridos durante a
analogia. (Correto – Fontes formais diretas (lei) e sua vigência. (E – retroagirá para beneficiar o réu).
indiretas).
12) O crime é definido como toda a ação ou
04) As fontes formais indiretas do direito penal omissão, típica, antijurídica e culpável. Assim
militar, também chamadas de mediatas, são os sendo, não há necessidade de estar previsto na
usos e costumes militares (conduta reiterada, legislação penal militar. (E – princípio da
constante, notória e uniforme, na convicção de ser tipicidade).
obrigatória), jurisprudência (decisões reiteradas
dos tribunais), princípios gerais do direito e 13) Podemos dizer que o crime é a violação de
analogia. (Correto). forma mais acentuada que a transgressão militar,
aos valores e deveres militares, devendo, no
05) O código penal militar é o decreto lei entanto, a conduta criminosa estar tipificada na
1001/1969, e podemos dizer que divide-se em legislação penal militar. (C – princípio da
duas partes que são a geral e a especial. (Correto – tipicidade).
Parte Geral do art. 1º ao 135, Parte especial do Art.
136 ao 408). 14) Somente haverá crime militar quando as duas
situações seguintes acontecerem
06) A Parte Especial do código penal estabelece cumulativamente, a saber: O fato deve estar
normas não incriminadoras, explicativas e previsto na parte especial do CPM e, caso haja
permissivas. (E – parte geral do CPM). previsão, é preciso se verificar se o fato criminoso
enquadra-se em uma das hipóteses dos arts. 9º e
07) Na Parte Geral do CPM estão as normas
10º, do CPM. (Correto)
incriminadoras, descrevendo condutas puníveis e
cominando as respectivas sanções. Vão
15) Ao estudarmos os crimes militares em tempo 21) De acordo com a jurisprudência do Superior
de paz, podemos dizer que eles estão divididos da Tribunal Militar (STM), por militar em situação de
seguinte forma: Crimes contra a Segurança Externa atividade compreende-se o militar da ativa,
do País (art. 136 a 148); Crimes contra a quando em serviço, excluindo-se do conceito o
Autoridade ou Disciplina Militar (art. 149 a 182); militar de licença, de folga, à paisana ou em local
Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar não sujeito à administração militar. (E – todos
(art. 183 a 204); Crimes contra a Pessoa (art. 205 a estão incluídos no conceito de militar da ativa).
239); Crimes contra o Patrimônio (art. 240 a 267);
Crimes contra a Incolumidade Pública (art. 268 a 22) Podemos afirmar que o civil não comete crime
militar na esfera estadual. (Correto, somente na
297); Crimes contra a Administração Militar (art.
298 a 339) e Crimes contra a Administração da JMF).
Justiça Militar (art. 340 a 354). (Correto). 23) O civil não responde na JME (Justiça Militar
16) Crimes como Violência contra Superior ou Estadual), tudo em conformidade com o Art. 125, §
Militar de Serviço, Desrespeito a Superior são 4º, da CF/1988, pois a JME tem competência
crimes dito propriamente militares, porque apenas julgar o militar estadual. (C – mudança
existem somente no CPM. E mais, somente os implementada pela EC 45/2004).
militares poderão cometê-los. (Errado, violência 24) A Justiça Militar Federal tem competência
contra militar de serviço pode ser cometido por ampla, ou seja, pode processar e julgar os crimes
civil). militares definidos em lei praticados por militar
17) O Crime Militar pode ter como sujeito ativo o federal e civil. (C).
militar estadual, o militar federal e o civil. (C – 25) Segundo a apostila, são elementos
militar estadual na JME e o militar federal e o civil Constitutivos do Crime Militar: Ação; Tipicidade;
na JMF). Antijuricidade; e Culpabilidade. No entanto, em vez
18) Segundo o art. 22 do CPM, o conceito de de “ação”, o termo mais abrangente seria
militar recai sobre qualquer pessoa que, em tempo “conduta”, o qual abrangeria a ação e a omissão. (C
– Conduta engloba ação e omissão. Lembrar que o
de paz ou de guerra, seja incorporada às Forças
Armadas. Os militares estaduais compõem a Código Penal Militar é causalista, isto é, o dolo e a
reserva das forças armadas. (E – os militares culpa são analisados na culpabilidade e não dentro
estaduais são forças auxiliares e reserva do do fato típico).
exército). 26) São elementos constitutivos do crime: A
19) Os integrantes das Forças Auxiliares e Reservas qualidade de superior ou de subordinado, quando
do exército são militares por extensão, conforme não conhecida do agente e a qualidade de superior
interpretação sistêmica do art. 22 do CPM ou a de inferior, a de oficial do dia, de serviço ou
combinado com os artigos 42 e 125, § 4º da de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão,
CF/1988, o quais ampliaram o conceito de militar. quando a ação é praticada em repulsa a agressão.
(C – conceito de militar por extensão). (E – não serão considerados elementares do tipo).

20) Compete à Justiça Militar estadual processar e 27) Dois militares de patentes diferentes, em trajes
julgar os militares dos Estados, nos crimes militares civis e após breve discussão, ingressam numa
definidos em lei e as ações judiciais contra atos briga, sendo que o de menor hierarquia agride o de
disciplinares militares, ressalvada a competência maior grau hierárquico, desconhecendo essa
do júri quando autor e vítima forem militares. (E – qualidade de militar e de superior hierárquico. No
Autor e vítima militares, a competência será da caso em tela o militar agressor não responderá por
crime militar. (E – responderá sim, só não
JME).
responderá por crime de violência contra superior,
por desconhecer essa condição).
28) A residência do militar não é considerada local através de IPM. Isto é, continuam sendo
sob a administração militar. No entanto, quando o classificados como crime militar. (C – crime militar
militar residir nas vilas militares, localizadas em sujeito à justiça comum, Tribunal do Júri. Lei
áreas militares, muito comum nas Forças Armadas, 9299/1996).
essas residências serão consideradas áreas sob a
administração militar para fins da justiça penal 35) Compete à Justiça Comum processar e julgar
militar. (Errado – Não são considerados locais sob a crimes de facilitação de fuga de preso praticado
administração militar as vilas militares). por policiais militares em estabelecimento penal da
Justiça Comum, conforme a jurisprudência
29) É da competência da Justiça Comum Estadual predominante do STJ. (C – STJ 75).
processar e julgar o delito decorrente de acidente
de trânsito envolvendo viatura da Polícia Militar, 36) Compete a Justiça Comum processar e julgar
ainda que autor e vítima sejam policiais militares militar por crime de abuso de autoridade, ainda
em situação de atividade. (E – quando a vítima for que praticado em serviço. No entanto, compete à
também militar, a competência será da Justiça Justiça Militar processar e julgar o crime de aborto.
Militar). (E – Não existe crime de aborto no CPM –
competência da justiça comum – Tribunal do Júri.
30) O patrimônio sob a Administração Militar Abuso de autoridade – STJ 172 – Justiça Comum).
abrange, todos os bens pertencentes à Força
Militar e ainda os bens de propriedade de pessoas 37) Com base no estatuto da OAB, podemos
naturais e jurídicas que, por alguma razão, afirmar que não constitui injúria ou difamação
encontrem-se sob responsabilidade da punível qualquer manifestação da parte do
advogado, no exercício de sua atividade, em juízo
Administração Militar. (C).
ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares
31) Fazem parte do patrimônio sob a perante a OAB pelos excessos que cometer,
administração militar os bens de entidades civis, permitindo a sua prisão em flagrante, por motivo
compostas por militares, como, por exemplo, do exercício da profissão, nos casos de crimes
clubes, associações, cooperativas, etc. (E – não faz afiançáveis e inafiançáveis. (E – somente por
parte). prática de crime inafiançável).

32) É competência da Justiça Comum processar e 38) O militar do serviço ativo é incompatível com o
julgar os Crimes Dolosos contra a Vida praticados exercício da advocacia (Art. 28, inciso VI do
contra Civil; O Crime de Fuga de Preso de Estatuto da OAB). A incompatibilidade permanece
Estabelecimento Penal da Justiça Comum e os na reserva remunerada, porém o reformado
Crimes de Abuso de Autoridade e de Aborto. (C – poderá exercê-la. (Errado – Não há
Art. 125 da CF e STJ, súmulas 75 e 172). incompatibilidade do militar inativo).

33) Os crimes dolosos contra a vida de civil 39) Tanto o advogado militar como o advogado
(Homicídio - Art. 205; e Genocídio - Art. 208 do civil estão sujeitos ao cometimento de crime
CPM), quer o militar esteja de serviço ou não, quer militar, mesmo no exercício da profissão, quando
utilize ou não armamento da Corporação Militar, excedam nas prerrogativas advocatícias, podendo
são processados e julgados pelo Tribunal do Juri. ambos os advogados ser processados e julgados
Ademais esses crimes passaram a ser crime comum pela JMF. Já no âmbito estadual, apenas o
e não mais crime militar. (E – continuam sendo advogado militar pode responder perante à JME,
crimes militares sujeitos ao Tribunal do Júri – devendo o advogado civil ser processado e julgado
Justiça comum). na Justiça Estadual Comum. (C – O advogado
poderá ser preso por prática de crime inafiançável,
34) Os crimes previstos nos artigos 205 e 208 do
ainda que no exercício da profissão).
CPM, homicídio e genocídio, mesmo praticados por
militares contra civis continuam sendo apurados
40) São características do crime militar próprio ser dever jurídico de agir – pode configurar crime
essencialmente militar, estar previsto somente no militar).
CPM e só poder ser praticado por militar da ativa.
O crime militar impróprio tem como características 46) Pela leitura do artigo 12 do código disciplinar
ser acidentalmente militar, estar previsto dos militares do estado do Ceará, percebe-se que o
igualmente no CPM e no CPB e poder ser praticado conceito de transgressão disciplinar foi ampliado
por militar da ativa, inativo ou ainda por civil na de tal forma que também passou a compreender
Justiça Militar da União. (Correto – Definição os crimes capitulados no CPM e CPB. Logo, todo
segundo o material da AESP). crime militar praticado pelo policial militar ou
Bombeiro militar será também transgressão
41) São crimes militares próprios a Covardia, o disciplinar, bem como toda transgressão disciplinar
Motim, a conspiração, a Revolta, a Violência contra configurará crime militar. (E – nem toda
Superior e o Desrespeito a Superior. (C – somente transgressão disciplinar será crime. A diferença
tem previsão no CPM, só podem ser praticados por entre a transgressão e o crime está na intensidade
militares e são crimes essencialmente militares). da violação do valor tutelado).

42) Os crimes propriamente militares, também 47) Com relação ao crime de Abandono de Posto
conhecidos como essencialmente militares, são de Serviço, na hipótese do militar ter se ausentado,
aqueles definidos de modo diverso na Lei Penal mantendo o tempo todo vigilância visual sobre o
comum. (C – propriamente militares = local que deveria permanecer, ainda assim resta
essencialmente militares). configurado o crime, por ter se ausentado do local,
sem a devida permissão, de onde não deveria sair.
43) O crime propriamente militar também é
(E – Não configura crime de abandono de posto,
chamado de acidentalmente militar. Ele passa a ser
apenas transgressão disciplinar).
crime militar em razão da condição militar do
culpado, ou pela espécie militar do fato, ou pela 48) Considere que um fato criminoso está em
natureza militar do lugar, ou, finalmente, pela apuração ou já foi apurado, estando em fase de
anormalidade do tempo em que é praticado, persecução criminal ou julgamento judicial, isto é,
acarretando dano à segurança ou à economia, ao sem haver trânsito em julgado. Neste caso, a
serviço ou à disciplina das instituições militares. (E Administração deverá aguardar prudentemente
– impropriamente militar = acidentalmente para apreciar o aspecto disciplinar referente ao
militar). fato por questões de segurança. (E – princípio da
independência das 3 esferas: penal, cível e
44) O Homicídio simples (Art. 205 do CPM), a Lesão administrativo-disciplinar).
Corporal (Art. 209 do CPM), o Furto (Art. 240 do
CPM) e a concussão (Art. 305 do CPM) são crimes 49) Com relação ao Controle Jurisdicional da
propriamente militares. (E – crimes Sanção Disciplinar, parte da doutrina entende que
impropriamente militares – tem previsão também o Poder Judiciário poderá examinar uma punição
no CPB) administrativa, que nada mais é do que um ato
administrativo punitivo, porém sua atuação deverá
45) Segundo a doutrina, os crimes militares em estar adstrita à legalidade do ato disciplinar,
razão do dever jurídico de agir, embora não excluindo-se da apreciação o denominado mérito
elencados expressamente nas alíneas do art. 9° do administrativo. (C – Principio da independência dos
CPM, representam uma espécie de crime militar.
poderes).
Trata-se de situações em que o militar estadual, à
paisana ou de folga, e mesmo com armamento 50) Caso falte à punição disciplinar razoabilidade
particular, vem a cometer fato delituoso diante de ou haja desproporcionalidade, o Poder Judiciário
ocorrência policial ou bombeirística, em que se poderá anulá-la, sem que necessariamente isso
colocou em serviço. (C – quando acobertado pelo signifique uma invasão do mérito administrativo.
Isso só poderá ocorrer em situações em que a instalações e equipamentos militares. (C – Art. 149,
decisão tomada pela autoridade militar se mostre I, II, III, IV do CPM).
de plano incabível ao caso concreto, por ser
evidente a sua inadequação àquela situação de 58) O crime de motim consiste em um crime
fato. (C – Doutrina e Jurisprudência do STF). plurissubjetivo, sendo delito de concurso
necessário, devendo existir pelo menos 03 (três)
51) Conforme a CF/1988 não caberá Habeas militares. (E – Pelo menos dois militares já
Corpus em relação a punições disciplinares configura o crime).
militares. (C – Art. 142, §2º da CF).
59) o sujeito passivo no crime de motim é o
52) Cabe à justiça Militar Estadual a competência próprio Estado, através da Administração Militar
para as ações judiciais contra atos disciplinares Estadual ou Federal e o objeto jurídico é a
militares, conforme a EC nº 45/2004. (C – Art. 125, autoridade e a disciplina militar. (C – S.P. – Adm
§4º da CF). Militar. O.J. – Autoridade e a disciplina militar).

53) Pelo critério da ratione materiae, Os crimes 60) Um grupo de militares estaduais que se reúne
militares dividem-se em crimes militares em tempo nos portões de acesso de determinada OPM/OBM
de paz e crimes militares em tempo de Guerra. (E – e fica impedindo a saída das viaturas e dos
ratione temporis) militares de serviço configura o crime de
insubordinação. (E – crime de motim – Art. 149 do
54) O motim é um crime militar próprio tipificado
CPM).
no artigo 149 do CPM que se traduz em uma
manifestação da insurreição de militares contra 61) O crime de revolta consiste na forma
autoridade hierarquicamente superior, qualificada de motim. Distingue-se do crime de
caracterizando-se por demonstrações inequívocas motim, unicamente pelo fato dos militares
de desobediência e ocupação indevida de amotinados utilizarem armamento. (C – Art. 149 do
instalações e equipamentos militares. É um crime CPM).
militar que tem como objeto jurídico a
Administração da Justiça Militar. (E – Objeto 62) O Motim e a Revolta, são manifestações da
jurídico defendido: A Autoridade e a disciplina insurreição de militares contra autoridade
hierarquicamente superior, caracterizando-se por
militar).
demonstrações inequívocas de desobediência e
55) Constitui crime de revolta a reunião de ocupação indevida de instalações e equipamentos
militares, agindo contra a ordem recebida de militares. Assim sendo, a revolta caracteriza-se
superior, ou negando-se a cumpri-la. (E – Art. 149 quando os militares amotinados fazem o uso
do CPM - Motim). efetivo das armas. (E –Basta que os militares
estejam armados, não necessariamente que façam
56) Militares ou assemelhados reunidos assentindo uso efetivo dessas armas. É suficiente que as armas
em recusa conjunta de obediência, ou em
estejam a seu dispor).
resistência ou violência, em comum, contra
superior constitui crime de motim. (C – Art. 149, I, 63) Tanto o crime de motim como o crime de
II, III, IV do CPM). revolta são delitos de concurso necessário. (Sim,
são crimes plurissubjetivos).
57) Com relação ao crime de motim, podemos
afirmar que é crime militar próprio que se traduz 64) Constitui o delito militar de incitamento, a
em uma manifestação da insurreição de militares conduta de Incitar à desobediência, à indisciplina
contra autoridade hierarquicamente superior, ou à prática de crime militar. É crime propriamente
caracterizando-se por demonstrações inequívocas militar. (E – Art. 155 do CPM. Não é crime
de desobediência e ocupação indevida de propriamente militar. O CPB prevê a mesma
conduta delituosa no seu art. 286).
65) Incorrerá também em crime de incitamento questão têm como objeto jurídico a autoridade e a
aquele que introduz, afixa ou distribui, em lugar disciplina militar).
sujeito à administração militar, impressos,
manuscritos ou material mimeografado, 73) Constitui caso de aumento de pena no crime
fotocopiado ou gravado, em que se contenha de desrespeito a superior, se o fato é praticado
incitamento à prática dos atos de Incitar à contra o comandante da unidade a que pertence o
desobediência, à indisciplina ou à prática de crime agente, oficial general, oficial de dia, de serviço ou
militar. (C – Art. 155, parágrafo único do CPM). de quarto. (C – Art. 160, parágrafo único do CPM –
aumenta-se até a metade)
66) O delito militar de fazer apologia a fato
criminoso ou ao seu autor significa elogiar, louvar 74) Para a verificação do crime militar de
defender. Somente resta consumado o delito desrespeito a superior, é necessário que a conduta
quando a apologia ocorre em local sujeito à tenha sido cometida dentro de um quartel.
administração militar. (C – Art. 156, caput, do CPM, Ademais o delito em alusão é crime militar próprio.
(E – Não necessariamente a conduta desrespeitosa
parte final).
deve ser praticada dentro de um quartel)
67) O crime de violência contra superior é crime
militar próprio que consiste em uma agressão física 75) Constitui crime de desobediência o militar que
contra superior hierárquico, podendo haver recusa-se a obedecer a ordem do superior sobre
empurrões, tapas, puxões de orelha, pontapés, etc. assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a
(C – Art. 157 do CPM. Só militar inferior hierárquico dever imposto em lei, regulamento ou instrução. (E
poderá cometer). – Crime de recusa à obediência – Art. 163 do CPM).

68) No delito de violência contra superior, se o Chegamos ao final do nosso TD.


superior é comandante da unidade a que pertence No próximo, focaremos nas normas
o agente, ou oficial general o crime é qualificado. incriminadoras da parte especial do CPM, ou seja,
(C – Art. 157, §1º do CPM). nos demais crimes militares cometidos em tempo
69) Um Coronel PM/BM que agride outro Coronel de paz.
mais moderno, mas que está na função de Esperamos ter ajudado na compreensão do
Comandante Geral da Corporação, comete o crime assunto, com este Trabalho Dirigido!
de violência contra superior. (C – Art. 157 do CPM).
Forte abraço!
70) Praticar violência contra oficial de dia, de
serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou Maj Arilson.
plantão configura o crime de violência contra
superior. (E – Crime de violência contra militar em
serviço – Art. 158 do CPM).

71) Tanto no crime de violência contra superior


como no crime de violência contra militar de
serviço, haverá agravação de pena de 1/3 quando a
violência for praticada utilizando-se arma. C – Arts.
157, §2º e 158, §1º do CPM).

72) O crime de violência contra superior é delito


contra a autoridade e a disciplina militar, enquanto
que o crime de violência contra militar de serviço
tem como objeto jurídico a ser defendido
Administração militar. (E – ambos os delitos em

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