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DEFESA CIVIL

“Conjunto de ações de PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO, PREPARAÇÃO, RESPOSTA E


RECUPERAÇÃO destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos sobre a
população e a promover o retorno à normalidade social, econômica e ambiental.
DESASTRE
“Resultado de eventos adversos, naturais, tecnológicos ou de origem
antrópica, sobre um cenário vulnerável exposto a ameaça, causando danos
humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e
sociais.”
EVENTO ADVERSO
Fator externo que ocorre numa comunidade vulnerável e que pode
provocar o desastre, dependendo da sua intensidade.
VULNERABILIDADE
“Exposição socioeconômica ou ambiental de um cenário sujeito a ameaça
do impacto de evento adverso natural, tecnológico ou de origem antrópica.”
DANO
“Resultado das perdas humanas, materiais ou ambientais infligidas às pessoas,
comunidades, instituições, instalações e aos ecossistemas, como consequência de um
desastre.”
Exemplos:
• Pessoas mortas ou feridas – danos humanos;
• Casas ou pontes destruídas – danos materiais;
• Floresta incendiada – danos ambientais.

RISCO
Probabilidade de ocorrência de um desastre, relacionada com a ameaça existente e o
cenário vulnerável.
Ex: Uma casa construída em uma encosta está sujeita a deslizamento, em períodos
de grande intensidade de chuva.
SISTEMA NACIONAL DE DEFESA SOCIAL E PROTEÇÃO
ART. 6º Os sistemas de proteção e defesa civil estaduais, distrital e municipais serão
coordenados pelos respectivos órgãos de proteção e defesa civil ou equivalentes.
Os órgãos e as entidades integrantes dos sistemas federal, estaduais, distrital e
municipais de proteção e defesa civil atuarão de forma articulada, sem vinculação
hierárquica, sob a coordenação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do
Ministério do Desenvolvimento Regional.
ART. 11 – SÃO OBJETIVOS DO SINPDEC:
I - apoiar a articulação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na
redução de desastres e na proteção das comunidades atingidas;
II - incentivar a elaboração de estudos, preferencialmente interdisciplinares,
sobre a gestão de riscos e de desastres em diferentes áreas do
conhecimento;
III - fomentar a discussão, no âmbito do Sinpdec, com a finalidade de promover a
compreensão das percepções dos riscos de desastres, de maneira a ampliar e propiciar a
coordenação entre estratégias destinadas ao fortalecimento da cultura de resiliência;
IV - estimular o fortalecimento dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no
desenvolvimento da cultura de resiliência e na redução do risco de desastres;
V - definir as áreas prioritárias para a execução de ações que contribuam para
minimizar as vulnerabilidades dos Municípios, dos Estados e do Distrito Federal;
VI - promover a atuação integrada, no âmbito do Sinpdec, para a execução de
ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta, restabelecimento e recuperação,
por meio da gestão integral dos riscos e dos desastres; e
VII - prevenir e gerir a resposta efetiva aos deslocamentos de pessoas decorrentes
de desastres, a fim de garantir a proteção das populações atingidas.

FINALIDADES:

I - auxiliar na formulação, implementação e execução do Plano Nacional de


Proteção e Defesa Civil;
II - propor normas para implementação e execução da PNPDEC;
III - expedir procedimentos para implementação, execução e monitoramento da
PNPDEC
IV - propor procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes,
gestantes, idosos e pessoas com deficiência em situação de desastre;
V - acompanhar o cumprimento das disposições legais e
regulamentares de proteção e defesa civil.

COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL - CEDEC

A Defesa Civil Estadual é o órgão central normativo, de planejamento, de coordenação,


de controle e de orientação, em âmbito estadual, de todas as medidas relacionadas à
Defesa Civil, constituindo-se no instrumento de coordenação dos esforços de todos os
órgãos estaduais com os demais órgãos públicos ou privados e com a comunidade em
geral, para o planejamento e execução de todas as medidas destinadas a prevenir ou
minimizar as consequências danosas e eventos anormais e adversos.

Art. 2º – As Redec são estruturas desconcentradas, com competência de executar e


supervisionar as políticas públicas e as ações de proteção e defesa civil em âmbito
regional, a partir das diretrizes técnicas emanadas pelo Gabinete Militar do Governador
– GMG, órgão central de proteção e defesa civil do Estado, baseadas nas premissas da
proximidade e acessibilidade ao cidadão.
O Comandante da Região da Polícia Militar é o Coordenador Regional de
Proteção e Defesa Civil.

ATRIBUIÇÕES REDEC:
-> Fomentar, coordenar, orientar e monitorar a elaboração do mapeamento de riscos e
de planos de contingência de desastres para a sua
região, em consonância com as diretrizes emanadas pelo GMG.
-> Comunicar à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e aos órgãos
competentes as ocorrências de desastres ocorridos no território sob sua
responsabilidade.
-> Apoiar tecnicamente a criação de instâncias locais de proteção e defesa
civil.

As Redec têm sede nas Regiões de Polícia Militar, subordinando-se tecnicamente ao


Coordenador Estadual de Defesa Civil e operacionalmente ao respectivo Comandante
Regional da Polícia Militar.
Serão estruturadas com servidores da Polícia Militar de Minas Gerais –PMMG e
deverão ter a composição mínima de um Coordenador Regional de Defesa Civil e um
Agente Regional de Defesa Civil.

Art. 4º – São atribuições do Coordenador Regional de Defesa Civil:


I – fomentar a implantação, no âmbito regional, da política nacional de proteção e
defesa civil, em conformidade com as normas vigentes;
II – coordenar as ações de proteção e defesa civil no âmbito da Redec;
III – encarregar-se da representação do GMG em solenidades e eventos
afetos à proteção e à defesa civil, quando recomendado;
IV – disponibilizar instalação física adequada para o funcionamento da
Redec;
V – instalar e coordenar o Gabinete de Crise nas respectivas regiões quando
da ocorrência de desastres ou eventos complexos.

Art. 5º – São atribuições do Agente Regional de Defesa Civil:


I – planejar e executar, no âmbito regional, as ações e a política
nacional de proteção e defesa civil, seguindo as diretrizes do GMG;
II – gerir os materiais e os equipamentos colocados a sua disposição
para o desempenho de suas funções;
III – manter-se informado sobre a temática de proteção e defesa civil,
pelos meios institucionais e não institucionais disponíveis;
IV – comunicar ao GMG a ocorrência de fatos relacionados à proteção e
à defesa civil ocorridos na sua área de responsabilidade;
V – replicar os alertas enviados pelo GMG ou por outros órgãos do
Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil aos municípios inseridos
na sua área de responsabilidade territorial;
VI – gerir o funcionamento e o estoque do depósito avançado de
defesa civil instalado na Redec, conforme as diretrizes do GMG;
VII – apoiar os municípios técnica e metodologicamente nas ações de:
a) criação e estruturação das Compdecs;
b) capacitação de recursos humanos para as ações de Proteção e
Defesa Civil, com o apoio do GMG;
c) mobilização social com vistas à implantação e à operacionalização
de Nupdecs;
d) identificação, avaliação e mapeamento de área de risco e recomendação de
intervenção preventiva, isolamento e evacuação da população dessas áreas e de
edificações vulneráveis;
e) produção de dados e informações estatísticos sobre a ocorrência
de desastres;
f) elaboração de relatórios e no compartilhamento de informações
com outros órgãos integrantes do Sinpdec;
g) elaboração e implementação de Planos de Contingência e outros
planos afetos à proteção e à defesa civil;
h) aplicação da metodologia de Sistema de Comando de Operações –
SCO;
i) ações de prevenção, mitigação e preparação voltadas à redução do risco
de desastres;
j) ações de resposta e recuperação voltadas à gestão do desastre;
k) atualização dos dados dos coordenadores municipais de proteção e
defesa civil no Sistema de Defesa Civil – SDC;
VIII – apoiar ou compor as comissões de recebimento de materiais de
ajuda humanitária adquiridos ou doados ao GMG;
IX – apoiar o GMG no fomento junto aos municípios, entidades de classe e
universidades a desenvolverem estudos sobre os desastres ocorridos em
sua região, tendo em vista o aprimoramento das ações de proteção e
defesa civil, com o apoio do GMG;
X – elaborar relatórios, atas e outros documentos solicitados pelo GMG;
XI – manter atualizado o banco de dados dos coordenadores municipais de proteção e
defesa civil e comunicar imediatamente ao GMG qualquer alteração de quadro;
XII – encarregar-se da representação do GMG em solenidades e
eventos afetos à proteção e à defesa civil, quando determinado.
XIII – fomentar e apoiar a mobilização e realização de reuniões, congressos,
conferências intermunicipais promovidas pelo GMG, inclusive com
ferramentas de teleconferência, buscando a maior participação local, com o
objetivo de:
a) apresentar soluções para problemas na área de proteção e defesa civil;
b) compartilhar ideias inovadoras e boas práticas na área de proteção e
defesa civil;
c) trocar informações entre os entes municipais;
d) estimular a criação de Nupdecs nos municípios pelas Compdecs;
e) estimular as Compdecs a realizarem exercícios simulados de evacuação
das áreas de risco nos municípios;
XIV – coordenar e controlar as atividades dos Auxiliares Regionais de
Defesa Civil;
XV – efetuar levantamento dos municípios de sua área de responsabilidade,
quanto aos seguintes itens, os quais deverão ser encaminhados ao GMG:
a) existência de mapeamento de Área de Risco;
b) existência e atualização de Plano de Contingência;
c) agentes com senha de acesso à plataforma do S2ID;
d) existência de sistema de monitoramento e alerta;
e) existência de cadastro da Compdec no SDC;
f) pedidos de ajuda humanitária e transporte de água inseridos no SDC, e a respectiva
prestação de contas.

As Unidade Regionais de Defesa Civil – REDEC, atuam dentro da respectiva região de


Policia Militar, sendo responsáveis pela coordenação das ações de planejamento,
treinamento, orientação e apoio às Coordenadorias Municipais de Proteção
e Defesa Civil (COMPDEC) nos municípios de suas respectivas áreas de atuação.

Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil – COMPDEC


Órgão responsável pela proteção global da população. Poder executivo municipal deve
incentivar sua criação e implantação.
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES:
-Conhecer e identificar os riscos de desastres;
-Preparar-se para enfrenta-los com a elaboração de planos específicos
ATOS PARA A FORMALIZAÇÃO DA COMPDEC:
Oficio a câmara municipal encaminhando o projeto de lei de criação da COMPDEC;
Projeto de lei da criação da COMPDEC;
Decreto de regulamentação da lei que cria a COMPDEC;
Portaria de nomeação dos membros da COMPDEC;
Portaria de nomeação dos membros do CONSELHO MUNICIPAL DE PROTEÇAO E
DEFESA CIVIL.

Responsabilidade da COMPDEC:
Coordenação
Mobilização
Planejamento
Articulação
Gestão das Ações

CARACTERISTICAS DO COORDENADOR MUNICIPAL DE PROTEÇAO E


DEFESA CIVIL:
Profissional experiente;
Capacidade técnica em gestão de riscos e gerenciamento de desastres;
Ter acesso ao prefeito, secretários para ajudá-lo nas ações relacionadas à redução
de riscos;
Competência e autoridade para tomardecisões em situações de crise;

->Os demais integrantes da COMPDEC deverão ser servidores efetivos da


Administração Pública Municipal com dedicação exclusiva nas atividades de
Defesa Civil. Uma estratégia é o remanejamento de pessoal de outros órgãos,
para exercerem suas funções na COMPDEC. (MELHOR CENÁRIO: CARGO
EFETIVO DE AGENTE DE DEFESA CIVIL);
A seleção de recursos humanos para compor o quadro de servidores da
COMPDEC deverá observar as características dos desastres que ocorrem no
município, dando preferência aos profissionais que possam atuar nessas
circunstâncias de desastres.

GERENCIAMENTO DE RISCO
Mapeamento de Área de Risco: É a identificação dos locais em que há probabilidade
significativa de ocorrência de um desastre, devido ao grau de vulnerabilidade do
cenário e a evolução histórica da região.
Área de Risco: Áreas de risco são regiões onde não é recomendada a construção
de casas ou instalações, pois são muito expostas a desastres
naturais, como deslizamentos e inundações. Essas regiões vêm crescendo
constantemente nos últimos anos, principalmente devido à própria ação humana.
Conceito do SCO

O Sistema de Comando em Operações é uma ferramenta gerencial, de concepção


sistêmica e contingencial, que padroniza as ações de resposta em situações
críticas de qualquer natureza ou tamanho.

1. Desastres naturais como inundação, deslizamento de terra, granizo, furacão,


terremoto, incêndio.
2. Rompimento de barragem.
3. Rebelião em presídio.
4. Emergência com vazamento de produtos perigosos.
5. Repressão a ações criminosas e investigação de cena de crimes.
6. Incidente terrorista, incluindo o uso de armas de destruição em massa.
7. Evento especial como visitas presidenciais e finais de campeonato.
8. Evento envolvendo multidões como manifestações e passeatas.
9. Missão de busca e salvamento, captura de fugitivos em mata, etc.

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