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ESTUDO DIRIGIDO DEFESA CIVIL

DEFESA CIVIL ATÉ O ANO DE 2012 -> “Conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a
evitar ou minimizar os efeitos dos desastres, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social”.
MODELO REATIVO: Foco na gestão de desastres; Desconsidera outro elemento importante da gestão; Visão linear das ações.

LEI NACIONAL 12.608 DE 10 DE ABRIL DE 2012 Instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC);
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e o Conselho Nacional de Proteção de Defesa Civil
(CONPDEC);
PARADIGMA alinhado à Política Transnacional da ONU, por meio do Marco de Ação de Hyogo 2005 - 2015, reforçado
posteriormente pelo Marco de Sendai 2015-2030 e pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que possui principal
enfoque para REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES.

 CONCEITO ATUAL: PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL


Conjunto de ações de PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO, PREPARAÇÃO, RESPOSTA E RECUPERAÇÃO destinadas a
evitar desastres e minimizar seus impactos sobre a população e a promover o retorno à normalidade social,
econômica e ambiental.

Modelo PREVENTIVO: foco na gestão do risco de desastres; Prioriza as ações executadas com vistas à REDUÇÃO
DO RISCO DE DESASTRES, ou seja, desenvolver ações preventivas, mitigatórias e de preparação antes que o desastre
aconteça.

CONCEITOS
DESASTRE -> Resultado de eventos adversos, naturais, tecnológicos ou de origem antrópica, sobre um cenário
vulnerável exposto a ameaça, causando danos humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos
econômicos e sociais.
EVENTO ADVERSO -> Fator externo que ocorre numa comunidade vulnerável e que pode provocar o desastre,
dependendo da sua intensidade.
VULNERABILIDADE -> Exposição socioeconômica ou ambiental de um cenário sujeito a ameaça do impacto de
evento adverso natural, tecnológico ou de origem antrópica
DANO -> Resultado das perdas humanas, materiais ou ambientais infligidas às pessoas, comunidades, instituições,
instalações e aos ecossistemas, como consequência de um desastre
RISCO -> Probabilidade de ocorrência de um desastre, relacionada com a ameaça existente e o cenário vulnerável.
GESTÃO DO RISCO DE DESASTRES -> Medidas preventivas destinadas à redução dos riscos de desastres, suas
consequências e à instalação de novos riscos.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA -> Comprometimento PARCIAL da capacidade de resposta do poder público do ente
federativo atingido.
ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA -> Comprometimento SUBSTANCIAL da capacidade de resposta do poder público
do ente federativo atingido
POLÍTICA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
I - atuação articulada entre União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para redução de desastres e apoio
às comunidades atingidas; 
II - abordagem sistêmica das ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação; 
III - a prioridade às ações preventivas relacionadas à minimização de desastres; 
IV - adoção da bacia hidrográfica como unidade de análise das ações de prevenção de desastres relacionados a
corpos d’água; 
V - planejamento com base em pesquisas e estudos sobre áreas de risco e incidência de desastres no território
nacional;  
VI – participação da sociedade civil.
OBJETIVOS
I - reduzir os riscos de desastres;
II - prestar socorro e assistência às populações atingidas por desastres;
III – recuperar as áreas afetadas por desastres;
IV - incorporar a redução do risco de desastre e as ações de proteção e defesa civil entre os elementos da gestão
territorial e do planejamento das políticas setoriais;
A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), instituída pela lei nº 12.608, obrigou a todos os municípios
sujeitos a desastres e outros acidentes naturais elaborarem seus planos diretores para melhor gestão do risco.
Este marco legal modernizou permanentemente estratégias voltadas à prevenção de desastres e viabilizou formas
de melhor gerenciamento deles com participação dos entes federativos e da sociedade com a liderança da União.
A Proteção e Defesa Civil é organizada por meio de um sistema, o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil –
SINPDEC.
ART. 4º O SINPDEC É INTEGRADO:
I - pelo Conpdec;
II - pelos órgãos e entidades do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil;
III - pelos órgãos e entidades dos sistemas estaduais de proteção e defesa civil;
IV - pelos órgãos e entidades dos sistemas municipais de proteção e defesa civil;
V - por entidades privadas com atuação relevante em proteção e defesa civil;
VI - por organizações da sociedade civil;
ART. 5º A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional exercerá as
funções de órgão central do Sinpdec e de coordenação do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil, Competindo-
lhe:
I - a coordenação e o apoio técnico ao Sinpdec;
II - a articulação com os órgãos e as entidades federais para a execução das ações de gerenciamento de riscos e de
desastres no âmbito do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil.
ART. 6º Os sistemas de proteção e defesa civil estaduais, distrital e municipais serão coordenados pelos respectivos
órgãos de proteção e defesa civil ou equivalentes.
Os órgãos e as entidades integrantes dos sistemas federal, estaduais, distrital e municipais de proteção e defesa civil
atuarão de forma articulada, sem vinculação hierárquica, sob a coordenação da Secretaria Nacional de Proteção e
Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional.
ART. 11 – SÃO OBJETIVOS DO SINPDEC
I - apoiar a articulação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na redução de desastres e na
proteção das comunidades atingidas;
II - incentivar a elaboração de estudos, preferencialmente interdisciplinares, sobre a gestão de riscos e de desastres
em diferentes áreas do conhecimento;
III - fomentar a discussão, no âmbito do Sinpdec, com a finalidade de promover a compreensão das percepções dos
riscos de desastres, de maneira a ampliar e propiciar a coordenação entre estratégias destinadas ao fortalecimento
da cultura de resiliência;
IV - estimular o fortalecimento dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no desenvolvimento da cultura de
resiliência e na redução do risco de desastres;
VI - promover a atuação integrada, no âmbito do Sinpdec, para a execução de ações de prevenção, mitigação,
preparação, resposta, restabelecimento e recuperação, por meio da gestão integral dos riscos e dos desastres;
CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
FINALIDADES:
I - auxiliar na formulação, implementação e execução do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil;
II - propor normas para implementação e execução da PNPDEC;
III - expedir procedimentos para implementação, execução e monitoramento da PNPDEC;
IV - propor procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, idosos e pessoas com deficiência
em situação de desastre;
V - acompanhar o cumprimento das disposições legais e regulamentares de proteção e defesa civil.
Art. 56 - O GMG tem a seguinte estrutura orgânica básica:
II - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil; O chefe do GMG é o Coordenador Estadual de Defesa Civil
Art. 2º – O GMG tem como competência planejar, coordenar e executar atividades de transporte e segurança
governamental, proteção e defesa civil [...] Tendo como atribuições:
XIII – coordenar, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – Cedec – o Sistema Estadual de Proteção e
Defesa Civil, nas ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, em consonância com o
Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – Sinpdec;
XIV – prestar auxílio aos municípios, nas ações de resposta aos desastres, requisitando apoio dos demais órgãos do
Estado, quando necessário e observada a legislação vigente;
Art. 5º – A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil tem por atribuições:
I – em relação ao Governador:
a)prestar assessoria nos assuntos relacionados à proteção e defesa civil e às outras atividades executadas pelo GMG;

b) propor a Política Estadual de Proteção e Defesa Civil;


c) propor a decretação ou a homologação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública;
c) exercer a função de órgão central de proteção e defesa civil, em âmbito estadual, coordenando a elaboração e o
estabelecimento da Política Estadual de Proteção e Defesa Civil;
d) articular-se com os demais entes que compõem o Sinpdec para prestar assistência às vítimas de desastre no
âmbito estadual, em suplementação aos esforços locais;
e) requisitar, aos órgãos ou entidades estaduais, pessoal e meios materiais necessários às atividades de proteção e
defesa civil;
f) celebrar convênios ou outros instrumentos congêneres destinados à consecução das suas atribuições, com ou sem
a transferência de recursos financeiros;
COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL – CEDEC
A Defesa Civil Estadual é o órgão central normativo, de planejamento, de coordenação, de controle e de
orientação, em âmbito estadual, de todas as medidas relacionadas à Defesa Civil, constituindo-se no instrumento de
coordenação dos esforços de todos os órgãos estaduais com os demais órgãos públicos ou privados e com a
comunidade em geral, para o planejamento e execução de todas as medidas destinadas a prevenir ou minimizar as
consequências danosas e eventos anormais e adversos.
Art. 2º – As Redec são estruturas desconcentradas, com competência de executar e supervisionar as políticas
públicas e as ações de proteção e defesa civil em âmbito regional, a partir das diretrizes técnicas emanadas pelo
Gabinete Militar do Governador – GMG, órgão central de proteção e defesa civil do Estado, baseadas nas premissas
da proximidade e acessibilidade ao cidadão.
O COMANDANTE DA REGIÃO DA POLÍCIA MILITAR É O COORDENADOR REGIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL.
ATRIBUIÇÕES:
Fomentar, coordenar, orientar e monitorar a elaboração do mapeamento de riscos e de planos de contingência de
desastres para a sua região, em consonância com as diretrizes emanadas pelo GMG.
Comunicar à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e aos órgãos competentes as ocorrências de desastres
ocorridos no território sob sua responsabilidade.
Apoiar tecnicamente a criação de instâncias locais de proteção e defesa civil.
AS REDEC TÊM SEDE NAS REGIÕES DE POLÍCIA MILITAR, SUBORDINANDO-SE TECNICAMENTE AO COORDENADOR
ESTADUAL DE DEFESA CIVIL E OPERACIONALMENTE AO RESPECTIVO COMANDANTE REGIONAL DA POLÍCIA MILITAR.
Serão estruturadas com servidores da Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG e deverão ter a composição mínima
de um Coordenador Regional de Defesa Civil e um Agente Regional de Defesa Civil.
Poderá ser instituída, no âmbito das Redec, a função do Auxiliar Regional de Defesa Civil, que será exercida,
preferencialmente, por servidor cedido pelos municípios da área atendida, em colaboração interfederativa, ou por
particular em colaboração com o poder público. Tal função também poderá ser exercida por militar ou por servidor
civil da PMMG.
As Unidade Regionais de Defesa Civil – REDEC, atuam dentro da respectiva região de Policia Militar, sendo
responsáveis pela coordenação das ações de planejamento, treinamento, orientação e apoio às Coordenadorias
Municipais de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) nos municípios de suas respectivas áreas de atuação.

• Responsabilidade da COMPDEC:
Coordenação
Mobilização
Planejamento
Articulação
Gestão das Ações

Características do Coordenador/ Secretário Executivo


Profissional experiente;
Capacidade técnica em gestão de riscos e gerenciamento de desastres;
Ter acesso ao prefeito, secretários para ajudá-lo nas ações relacionadas à redução de riscos;
Competência e autoridade para tomar decisões em situações de crise;
Os demais integrantes da COMPDEC deverão ser servidores efetivos da Administração Pública Municipal com
dedicação exclusiva nas atividades de Defesa Civil. Uma estratégia é o remanejamento de pessoal de outros
órgãos, para exercerem suas funções na COMPDEC. (MELHOR CENÁRIO: CARGO EFETIVO DE AGENTE DE DEFESA
CIVIL);
A seleção de recursos humanos para compor o quadro de servidores da COMPDEC deverá observar as
características dos desastres que ocorrem no município, dando preferência aos profissionais que possam atuar
nessas circunstâncias de desastres.
Para que a gestão de risco funcione de forma sistêmica,
conforme previsto na PNPDEC, é preciso que todo o
município esteja estruturado em forma de SISTEMA,
como na figura abaixo:

ÓRGÃO CENTRAL: Coordenadoria Municipal de Proteção


e Defesa Civil, responsável pela articulação, coordenação
e operacionalização do Sistema Municipal de Proteção e
Defesa Civil;
ÓRGÃOS SETORIAIS: órgãos e entidades da administração pública municipal, estadual e federal sediados no
município, os quais se responsabilizam pelas ações integradas do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil. Ex.:
Agências de Serviços Públicos; Assistência Social, Comunicações; Corpo de Bombeiros; Forças Armadas; Guarda
Municipal, Polícia Rodoviária, Polícia Militar, Polícia Civil, entre outros;
ÓRGÃOS DE APOIO: organizações comunitárias de caráter voluntário ou outras entidades com atuação significativa
nas ações locais de Proteção e Defesa Civil;
ÓRGÃO CONSULTIVO: Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil, de caráter consultivo, com representantes dos
órgãos setoriais (municipais, estaduais, federais sediados no município), iniciativa privada e sociedade civil.
PERÍODO DE ALERTA (PERÍODO DE ANORMALIDADE)
Organização do Posto de Comando;
Mobilização do Sistema de Comunicações;
Chamada geral de pessoal e voluntários;
Formação das brigadas e equipes, por Áreas de Atuação;
Prontidão nos serviços de saúde – ambulâncias e hospitais.

GERENCIAMENTO DE RISCO
Área de Risco: Áreas de risco são regiões onde é recomendada a não construção de casas ou instalações, pois são
muito expostas a desastres naturais, como deslizamentos e inundações. Essas regiões vem crescendo
constantemente nos últimos anos, principalmente devido à própria ação humana.
Mapeamento de Área de Risco: É a identificação dos locais em que há probabilidade significativa de ocorrência de
um desastre, devido ao grau de vulnerabilidade do cenário e a evolução histórica da região.
Movimento de massa é o movimento do solo, rocha e/ou vegetação ao longo da vertente sob a ação direta da
gravidade.
Fatores que influenciam no movimento
Declividade e a estabilidade das encostas (corte, estrutura); Intemperismo e Clima; Conteúdo de água contida nos
materiais; Vegetação; Sobrecarga.
podem ser divididos em quatro grandes grupos: Rastejo; Escorregamento/deslizamento; Quedas; Corridas
Principais Riscos Hidrológicos: Inundações; Enxurradas; Alagamentos

INUNDAÇÃO -> Submersão de áreas fora dos limites normais de um curso de água em zonas que normalmente não
se encontram submersas. O transbordamento ocorre de modo gradual, geralmente ocasionado por chuvas
prolongadas em áreas de planície.

ALAGAMENTO -> Extrapolação da capacidade de escoamento de sistemas de drenagem urbana e consequente


acúmulo de água em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas, em decorrência de precipitações intensas.

ENXURRADA -> Escoamento superficial de alta velocidade e energia, provocado por chuvas intensas e concentradas,
normalmente em pequenas bacias de relevo acidentado. Caracterizada pela elevação súbita das vazões de
determinada drenagem e transbordamento brusco da calha fluvial. Apresenta grande poder destrutivo.

MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS


Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas-de-lobo;
Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas, etc.;
Incentivar a criação de grupos de cooperação entre os moradores em locais de risco;
Preservar as matas ciliares.

COMO MAPEAR OS RISCOS?


O primeiro passo é catalogar as informações sobre o histórico de desastres da região, utilizando um levantamento
bibliográfico, buscando informações sobre registros passados de ocorrências.

PLANO DE CONTINGÊNCIA
CONTINGÊNCIA: é a situação de incerteza quanto a um determinado evento, fenômeno ou acidente, que pode se
concretizar ou não, durante um período de tempo determinado.
O Plano de Contingência - PLANCON - funciona como um planejamento da resposta e por isso, deve ser elaborado
na normalidade, quando são definidos os procedimentos, ações e decisões que devem ser tomadas na ocorrência
do desastre.
O objetivo de um plano de contingência é o de possibilitar que preparação e resposta sejam eficazes, protegendo a
população e reduzindo danos e prejuízos.
Plano de Contingência é o documento que registra o planejamento elaborado a partir da percepção do risco de
determinado tipo de desastres e estabelece os procedimentos e responsabilidades.
Documento que registra o planejamento elaborado a partir da percepção e análise de um ou mais cenários de risco
de desastres e estabelece os procedimentos para ações de monitoramento (acompanhamento das ameaças), alerta,
alarme, fuga, socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais”

FINALIDADE
Possibilitar a compreensão clara e objetiva sobre o CENÁRIO;
Organizar e direcionar os esforços, DE TODOS OS ENVOLVIDOS, para a resposta ao incidente;
Funciona como um ACORDO entre os envolvidos atribuindo responsabilidades a cada um deles;
Garante a EFICÁCIA e EFETIVIDADE na resposta ao desastre.

ANÁLISE DO CENÁRIO
Este é momento em que se deve organizar dois resultados a partir da análise dos documentos disponíveis: cenário
(s) de risco, e cadastro de recursos
Análise de Risco: deve prever aspectos como: número de pessoas afetadas; necessidades prioritárias de
atendimento humanitário; demandas logísticas; qualidade de acesso e geografia local; escala de resposta
(comunitária, governamental, agências especializadas); e serviços afetados (comércio, escolas, infraestrutura, etc.).
Cadastro de Recursos: deve definir como cada instituição pode contribuir para o momento de resposta, informações
de descrição, quantidade, pessoa responsável e contato.

Plano de Ação
Identificação e cadastramento do contato dos envolvidos
Cadastramento dos recursos logísticos e humanos que podem ser utilizados
Definição dos pontos de encontro, rotas de evacuação, locais das instalações SCO
Elaboração do Plano de Ação de Resposta
O DOCUMENTO FINAL DO PLANO DE CONTINGÊNCIA DEVE SER DE CONHECIMENTO PÚBLICO, EM ALINHAMENTO ÀS
DIRETRIZES DE TRANSPARÊNCIA.
A operacionalização do plano ocorre a cada simulado ou ocorrência de desastre, devendo seguir os procedimentos
e ações previstos no documento final.
O plano deve especificar a frequência das revisões e seus responsáveis, atualizando informações como:
Contatos de emergência da equipe e dos órgãos de resposta (telefone fixo, celular, e-mail, etc.);
Dados de transporte e logística;
Disponibilidade das estruturas de emergência
Listas de recursos disponíveis.
A revisão de um plano também pode ser feita uma vez que tenha sido aplicado em uma situação real ou simulada,
de maneira que sua eficácia tenha sido testada, bem como os procedimentos e ações verificados se estão de acordo
com a realidade.
RESUMO:
Contingência significa uma situação de incerteza quanto a um determinado evento, que pode ou não se
concretizar, durante um período determinado.
Plano de Contingência -> É o planejamento tático, elaborado a partir de uma determinada hipótese de desastre.
Deve ser elaborado com grande antecipação, objetivando:
Facilitar as atividades de Preparação;
Otimizar as atividades de Resposta aos Desastres.
ELABORAÇÃO
Elaborado com antecedência;
Participação na elaboração de todos os setores, secretarias, diretorias, etc;
Conferência de todos os materiais disponíveis para fazer frente ao desastre;
Inclusão de todos os órgãos públicos ou privados que poderão / deverão ser acionados no momento do desatre
DIFUSÃO
O Plano de Contingência deverá ser difundido para todos os órgãos internos, realizando reuniões para acerto de
detalhes;
Difusão obrigatória para órgãos externos, ministrando instruções.
SIMULADO / TREINAMENTO
É imprescindível que haja treinamento com todos os órgãos internos e externos do plano de contingência;
Depois de encerrado os treinamentos é fundamental que se faça um simulado total ou por “ partes ”.
SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO E ACIONAMENTO
O Plano de Contingência deverá ser bem específico quanto ao sistema de monitorização e acionamento;
Importante saber quem será acionado de todos os órgãos internos e externos.

O Sistema de Comando em Operações é uma ferramenta gerencial, de concepção sistêmica e contingencial, que
padroniza as ações de resposta em situações críticas de qualquer natureza ou tamanho.
Concepção sistêmica
O planejamento e as ações de resposta ao desastre tendem a ser realizados a partir de um entendimento integral
da realidade por meio de fluxos sucessivos de ações (planejamento, organização, direção e controle) em vez de
apenas por meio de ações lineares de causa e efeito
Contingencial:
A estrutura organizacional de resposta aos desastres deve ser capaz de adaptar-se ao ambiente (se expandido ou
diminuído) de acordo com cada situação. Tal modelo é garantido mediante o emprego de estruturas administrativas
modulares e flexíveis de comando e comunicação que fazem com que a estrutura se adapte de acordo com os
objetivos estratégicos de cada situação.
Ferramenta gerencial:
Sistema padronizado para comandar, controlar e coordenar as ações de resposta numa situação crítica. Insere
métodos e procedimentos padronizados para a resposta, trazendo agilidade e segurança para as equipes envolvidas
na operação.
Principais situações críticas ou desastres onde o SCO pode ser utilizado
Desastres naturais como inundação, deslizamento de terra, granizo, furacão, terremoto, incêndio.
Rompimento de barragem.
Rebelião em presídio.
Emergência com vazamento de produtos perigosos.
Repressão a ações criminosas e investigação de cena de crimes.
Princípios do SCO
Concepção sistêmica.
Concepção contingencial.
Concepção para todos os riscos e operações.
Características do SCO
Emprego de terminologia comum.
Uso de formulários padronizados.
Estabelecimento e transferência formal de Comando.
Cadeia e Unidade de Comando*.
Comando Único ou Unificado.
CADEIA DE COMANDO
linha de autoridade ordenada dentro dos níveis estabelecidos pelo sistema;
conecta e subordina os níveis mais inferiores aos mais elevados.
UNIDADE DE COMANDO
significa que cada indivíduo está designado para apenas um supervisor a quem se reporta na operação.
O número de pessoas ou recursos sob a responsabilidade de um supervisor deve ser compatível com a sua
capacidade de gerenciá-los.
Não deve, em princípio, ser inferior a 3 nem superior a 7.
O Plano de Comunicações deve contemplar
Rede de Comando
Integra as comunicações entre o comando e sua assessoria (staff de comando e o staff principal).
Rede Tática
integra as comunicações entre o coordenador de operações e as pessoas e equipes subordinadas.
Rede Administrativa
integra as comunicações não operacionais entre o comando e sua assessoria com órgãos externos que estão
cooperando com o SCO.
Rede Logística
integra as comunicações da logística para tratar de assuntos referentes a suprimentos, serviços e instalações.
Rede de Operações Aéreas
integra as comunicações do pessoal de operações aéreas.

ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL DE SEGURANÇA


Avaliar o risco potencial da operação e identificar os requisitos gerais de segurança.
Recomendar medidas para gerenciamento dos riscos relacionados à operação.
Manter registro das situações inseguras constatadas.
Participar da elaboração do plano de ação visando a estabelecer medidas de segurança.

ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL DE LIGAÇÕES


Estabelecer um ponto de contato para os órgãos que estão auxiliando e cooperando com a operação.
Identificar um representante de cada órgão, incluindo meio de contato.
Atender às solicitações do comando para estabelecer contato com os órgãos que estão auxiliando e cooperando com
a operação, inclusive monitorando possíveis conflitos.

ATRIBUIÇÕES DO OF. DE INF. AO PÚBLICO


Estabelecer um local para a divulgação de informações, com controle de acesso, e organização das coletivas.
Preparar um informe inicial (a ser aprovado pelo comando) sobre a situação crítica assim que possível.
Estabelecer um contato regular com a mídia para as coletivas.Observar as restrições para a divulgação de
informações estabelecidas pelo comando.
ATRIBUIÇÕES DO SECRETÁRIO
Organizar o Posto de Comando.
Preparar as reuniões do Posto de Comando.
Registrar as decisões em reunião (Ata).
Resolver problemas relativos ao funcionamento e operacionalidade do Posto de Comando

ZONA QUENTE
Local que sofreu mais intensamente os efeitos do evento que causou a situação crítica.
Operações de maior risco e complexidade.
ZONA MORNA
É uma área intermediária entre a área quente (de maior risco) e a área fria (totalmente segura);
Propicia que os profissionais se equipem, repassem orientações e façam as últimas verificações de segurança antes
de adentrar a área quente;
Em local envolvendo produtos perigosos é local do corredor de descontaminação.
ZONA FRIA
As exigências de segurança são menores;
Onde ficam localizadas as instalações:
Posto de Comando
Área de Espera
Área de Concentração de Vítimas
Base de Apoio
Informação ao Público
Acampamento
 Abriga as instalações e recursos que darão suporte às atividades;
 Apresenta um pequeno risco relacionado à situação crítica e às operações que serão desenvolvidas;

INSTALAÇÕES PADRONIZADAS -> São espaços físicos (móveis ou fixos), onde um conjunto de atividades pré-
determinadas do SCO são desenvolvidas;
O termo instalação não necessariamente significa edificação ou construção
PRINCIPAIS INSTALAÇÕES
*Posto de Comando (PC);
Base de Apoio (B);
Acampamento (A);
Informações ao Público (I);
Helibases (H);
Heliponto (H1)
Posto de Comando
Instalado todas as vezes que for utilizado o SCO;
Independente do tamanho e da complexidade da situação crítica.
É o local onde o Comando desenvolve as suas atividades de coordenar as ações na operação
Deve ser de fácil localização;
Preferencialmente deve estar abrigado dos elementos naturais;
Propiciar possibilidade de reuniões;
Deve conter exposição de placas de identificação, folhas de papel, canetas, mapas, etc;
BASE DE APOIO
É uma instalação estabelecida e gerenciada pelo setor de logística;
Sua instalação depende do espaço no teatro de operações
Onde instalar:
Local seguro (ZONA FRIA);
Fácil acesso;
Distância equilibrada (nem perto nem longe demais);
As bases potencializam o uso dos materiais, equipamentos;
Só deve ser usada quando o evento realmente o exigir;
Vigilância continuada dos equipamentos e materiais armazenados.
ACAMPAMENTO
DESTINADAS AO APOIO DE PESSOAL:
Alojamento;
Banho;
Atendimento médico;
Psicológico;
Religioso
QUANDO INSTALAR:
Sempre que as situações forem mais prolongadas;
Necessidade de revezamento de equipes em vários turnos;
Impossibilidade de dispensá-las a cada final de turno;
Quando há equipes de outras localidades que precisam ser alojadas nos momentos em que não estão sendo
empregadas;
INFORMAÇÃO AO PÚBLICO
Onde instalar:
Local seguro (ZONA FRIA);
Fácil acesso às informações;
Distância equilibrada (nem perto nem longe demais);
Estrutura ideal:
Edificações com facilidade de acesso à energia elétrica, comunicações, sala de reuniões para entrevistas coletivas.
HELIBASE
É o local onde o centro de operações aéreo é conduzido.
Geralmente utilizadas numa base por um longo prazo e inclui serviços como o de abastecimento e de manutenção.
HELIPONTO
São locais mais temporários no incidente, onde os helicópteros podem pousar e decolar com segurança.
Múltiplos helipontos podem ser instalados e utilizados em um evento.
ÁREA DE ESPERA
Onde os recursos humanos e materiais permanecem aguardando para o pronto emprego;
Os recursos operacionais na Área de Espera estão sempre na condição disponível;
Nesta área é realizado o procedimento de recepção (cadastramento / controle) para o SCO.
Pode haver mais de uma Área de Espera;
Deve estar localizada perto o suficiente para um tempo de resposta adequado, mas afastada o suficiente da zona de
impacto imediato
Facilita o controle e o compartilhamento dos recursos operacionais;
Preserva a unidade de comando;
Em eventos maiores os procedimentos de recepção (check-in) poderão ser realizados por meios diferenciados de
comunicação.
Deve ter apenas uma entrada e saída, facilitando a criação de um fluxo seguro dos veículos;
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE VÍTIMAS
Lugar onde estarão as vítimas, aguardando o momento exato para serem transportadas ao hospital;
As vítimas são constantemente monitoradas e reclassificadas pela equipe de atendimento médico.
A equipe de atendimento começa a sua atuação conduzindo as vítimas de maneira ordenada, de acordo com a sua
gravidade, para a área de concentração de vítimas;
ÁREAS E INSTALAÇÕES PADRONIZADAS FACILITAM:
Mobilização (utilização apenas quando acionados);
Controle de pessoal de uma forma mais adequada saber exatamente quantas pessoas estão envolvidas, o que estão
fazendo e por quanto tempo representa um fator de segurança.
Além disso, sendo as pessoas um recurso valioso em qualquer operação, o controle de sua disponibilidade e uso
também representa uma vantagem operacional na busca da eficiência.
PLANO DE AÇÃO X PLANO DE CONTINGÊNCIA
Plano de Contingência: é o documento que registra o planejamento elaborado a partir do estudo de uma
determinada hipótese de desastre.
Plano de Ação: é o resultado do processo de planejamento, que expressa os objetivos da operação para um
determinado período, bem como as estratégias operacionais e táticas recomendadas na alocação de recursos (pós
desastre).
PRIORIDADES DO SCO/ PLANO DE AÇÃO
1. Salvar e preservar vidas.
2. Estabilizar a situação crítica (evento).
3. Preservar o meio ambiente e os sistemas coletivos.
4. Preservar o patrimônio.

PLANO DE AÇÃO
Momento de elaboração:
Após o recebimento das informações necessárias.
Elaboração:
Setor de Documentação, dentro da seção de Planejamento.
SCO NA PRÁTICA
1 – Etapa da Resposta Imediata.
2 – Etapa de elaboração do Plano de Ação.
3 – Etapa de Desmobilização

ABRIGO
Art. 8º Compete aos Municípios:
VIII - organizar e administrar abrigos provisórios para assistência à população em situação de desastre, em
condições adequadas de higiene e segurança;
É o local ou a instalação que proporciona hospedagem a pessoas necessitadas.
ACIONAMENTO
Primeiro contato ainda na fase de alerta, com a equipe de gerenciamento do abrigo para informá-la da possível
necessidade de mobilizar os recursos;
proceder a verificação do local que será utilizado

QUEM ORGANIZA
A responsabilidade de organizar um abrigo é do (Compdec);
PODENDO, SOB FORMA DE COOPERAÇÃO (CONSIDERANDO DESPREPARO DA COMPDEC) ser organizado pelos
órgãos estaduais e/ou federais de proteção e defesa civil.

A ORGANIZAÇÃO DE ABRIGOS TEMPORÁRIOS DEVE TER INÍCIO NO PERÍODO DE NORMALIDADE;


elaboração dos Planos de Trabalho, de Contingência e de operações para implementação do abrigo.

EQUIPE DE SEGURANÇA/VIGILÂNCIA -> responsável pela segurança das pessoas e do patrimônio.


COMPOSIÇÃO
PM
GM
Voluntários
Deve funcionar de forma preventiva ou repressiva, caso seja necessário.

RECEPÇÃO DOS DESABRIGADOS (TRIAGEM)


primeira atividade a ser desenvolvida no abrigo e deve ser priorizada.
são realizados o cadastro, o acautelamento dos bens a disposição das famílias e dos animais na estrutura do abrigo.
O alojamento deve ser organizado por famílias.
É importante manter, quando possível, a relação de vizinhança.
TRÂNSITO DE PESSOAS NO ABRIGO
Definição de único local de entrada e saída;
Pessoal responsável;
Entrada e saída livre dos desabrigados;
Não deve ser permitida a entrada de pessoas estranhas no abrigo;
As pessoas que trabalham no abrigo devem ser identificadas por crachás ou uniformes;
DESMOBILIZAÇÃO E ENCERRAMENTO
COMPDEC
é o responsável por determinar o momento de desmobilização e encerramento das atividades do Abrigo
Temporário.
Propiciar o retorno ao local de moradia.
Propor e facilitar o acolhimento das famílias em residências de familiares, amigos, entre outras redes.
Encaminhar as famílias a abrigos permanentes ou a residências disponibilizadas pelo poder público.

ALERTA
Dispositivo de vigilância.
Situação em que o perigo ou risco é previsível a curto prazo.
O dispositivo operacional evolui da situação de sobreaviso para a de prontidão, em condições de emprego imediato
(ECDEI).
SISTEMAS DE ALERTA
Equipamentos tecnológicos dispostos para avisar a população vulnerável sobre o risco de ocorrência de um evento
adverso (antes de acontecer o evento).
ALARME
Sinal, dispositivo ou sistema que tem por finalidade avisar sobre um perigo ou risco iminente.
O dispositivo operacional passa da situação de prontidão “em condições de emprego imediato” (ECDEI) para a de
início ordenado das operações de socorro (o evento está ocorrendo).

DISPOSITIVO OPERACIONAL
Conjunto de meios, equipes técnicas dispostos de forma planejada em condições de atendimento.
Situação de Sobreaviso:
Dispositivo operacional da equipe de proteção e defesa civil pronta para responder a um desastre no menor tempo
possível.
Situação de Prontidão:
Dispositivo operacional da equipe de proteção e defesa civil pronta para responder a um desastre imediatamente.

VANTAGENS DA PREVISÃO DO DESASTRE


Permite a preparação de recursos logísticos para o socorro, assistência da população e reabilitação do cenário. Ex:
barcos, tratores, equipamentos de salvamento etc.
Possibilita o remanejamento de agentes do estado (bombeiros, policiais e técnicos do meio ambiente etc.) de outras
regiões.
 Dependendo do tempo de previsão, possibilita o resgate dos bens patrimoniais.
 Possibilita o acionamento dos profissionais que responderão ao desastre.

Vistoria e interdição preventiva de edificações


Os principais fenômenos relacionados a desastres no Brasil são os deslizamentos de encostas e as inundações, que
estão associados a eventos pluviométricos intensos e prolongados, repetindo-se a cada periodo chuvoso de maneira
mais severa. Apesar das inundações serem os processos que produzem as maiores perdas econômicas e os impactos
mais significativos na saúde pública, são os DELIZAMENTOS QUE GERAM O MAIOR NÚMERO DE VÍTIMAS FATAIS.
Os deslizamentos de encostas são fenômenos naturais, que podem ocorrer em qualquer área de alta declividade,
por ocasião de chuvas intensas e prolongadas.

Plano Preventivo de Defesa Civil


Corresponde a uma ação de convivência com os riscos geológicos, associados a deslizamentos de encostas
(escorregamentos), presentes nas áreas de ocupação de encostas, em razão da gravidade do problema e da
impossibilidade de eliminação, no curto prazo, dos riscos identificados.
O PPDC tem por objetivo principal dotar as equipes técnicas municipais de instrumentos de ação, de modo a, em
situações de risco, reduzir a possibilidade de perdas de vidas humanas decorrentes de deslizamentos.

FLUXOGRAMA DAS VISTORIAS DE CAMPO E SUAS AÇÕES


As vistorias de campo, em busca dos sinais de movimentação ou feições de instabilidade são feitas, a princípio, por
equipes técnicas locais, treinadas por técnicos pertencentes ao Sistema Estadual de Defesa Civil. Seu resultado é a
base para a tomada de decisão de retirada dos moradores.

O AGENTE PÚBLICO DE DEFESA CIVIL PODE BASEAR-SE NO CASO FORTUITO OU MOTIVO DE FORÇA MAIOR?
Entretanto, é necessário ter cuidado quanto a essa definição pois, mesmo que o homem não consiga controlar as
forças da natureza, as ações resultantes destas são previsíveis, mediante a utilização dos conhecimentos científicos
até hoje produzidos, bem como da tecnologia disponível.

S2ID
O S2iD é a plataforma do Sistema Nacional e Proteção e Defesa Civil que integra diversos produtos da Sedec, com o
objetivo de qualificar e dar transparência à gestão de riscos e desastres no Brasil, por meio da informatização de
processos e disponibilização de informações sistematizadas.

No S2ID é possível:
• Registrar desastres ocorridos no município/estado;
• Consultar e acompanhar os processos de reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado
de calamidade pública;
• Consultar e acompanhar os processos de transferência de recursos para ações de RESPOSTA;
• Consultar e acompanhar os processos de transferência de recursos para ações de RECONSTRUÇÃO;
• Buscar informações sobre ocorrências e gestão de riscos e desastres com base em fontes de dados oficial.

OBJETIVOS DO S2ID (Art. 2º da Portaria Nº 3.234/2020


I - definir procedimentos para solicitação de reconhecimento de Situação de Emergência ou de Estado de
Calamidade Pública pelos estados e municípios;
II - definir procedimentos de transferências de recursos federais para ações de defesa civil para os estados e
municípios;
III - definir procedimentos para apresentação e análise da prestação de contas dos recursos transferidos;
IV - aumentar a produtividade e a celeridade na tramitação dos processos;
V - aprimorar a segurança e a confiabilidade dos dados e das informações;
VI - criar condições mais adequadas para a produção e a utilização de informações;
VII - facilitar o acesso às informações e às instâncias administrativas;
VIII - reduzir o uso de papel e os custos operacionais e de armazenamento da documentação; e
IX - reduzir o tempo entre o pedido do ente solicitante e o parecer final da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil.

PORTARIA Nº 260, DE 02/02/2022 - MDR


Estabelece procedimentos e critérios para a decretação de situação de emergência - SE ou estado de calamidade
pública - ECP pelos Municípios, Estados e pelo Distrito Federal, e para o reconhecimento federal das situações de
anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá outras providências.

O CHEFE DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL, ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAl, integrantes do Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), PODERÁ DECRETAR SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (SE) OU ESTADO DE
CALAMIDADE PÚBLICA (ECP) quando for necessária a adoção de medidas administrativas excepcionais no território
afetado por desastre.
O Estado poderá declarar a situação de anormalidade, nos municípios em seu território, quando mais de um
município for afetado concomitantemente por desastre resultante do mesmo evento adverso, ou quando o
município estiver com sua capacidade administrativa prejudicada pelo evento adverso .
O PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA É DE 180 DIAS.
OS DESASTRES DEVERÃO SER REGISTRADOS NO S2ID.
No caso de ocorrência simultânea de dois ou mais eventos adversos, o registro do tipo do desastre deverá indicar
aquele que gerou danos e prejuízos mais relevantes.

Quanto a intensidade, os desastres são classificados em 3 níveis:


Nível 1 ou de pequena intensidade
Em que há danos humanos, materiais e ambientais, além de prejuízos econômicos e sociais;
A situação de normalidade pode ser restabelecida com recursos locais, por meio de emprego de medidas
administrativas excepcionais previstas na ordem jurídica;
Nestes casos, a declaração de situação de emergência não terá o reconhecimento estadual e/ou reconhecimento
federal.
Há necessidade de efetuar o registro do evento no S2ID (federal).

NÍVEL 2 OU média intensidade


Há danos humanos, materiais e ambientais, além de prejuízos econômicos e sociais expressivos;
A normalidade precisa ser restabelecida com os recursos mobilizados em nível local, e complementados com
recursos dos demais entes federativos (Estado e União).
O registro do desastre deve ser realizado no sistema S2ID (federal), assim como, o encaminhamento para
reconhecimento.

Nível 3 ou de grande intensidade


Vultosos danos humanos, materiais e ambientais, além de prejuízos econômicos e sociais, com sério
comprometimento do funcionamento das instituições públicas locais ou regionais;
O restabelecimento da situação de normalidade depende da mobilização e da ação coordenada pelas 3 esferas de
atuação do SINPDEC (município, estado e união) e em alguns casos de ajuda internacional;
O registro do desastre deve ser realizado no sistema S2ID (federal), assim como, o encaminhamento para
reconhecimento.

RECONHECIMENTO FEDERAL
O Poder Executivo Federal poderá reconhecer, por meio de portaria, o decreto do Prefeito, Governador do Estado
ou Distrito Federal quando for necessária a adoção de medidas administrativas excepcionais para execução das
ações de resposta e recuperação em áreas atingidas por desastre.
O reconhecimento federal terá validade pelo prazo estabelecido no decreto que declarou a situação de
anormalidade.
Obs.: O reconhecimento também poderá ser realizado no âmbito estadual, por meio de decreto do Governador.
Onde solicitar?
O requerimento deverá ser realizado somente via sistema S2ID (federal).
Existe prazo?
• 10 dias contados da data do desastre (eventos súbitos);
• 10 dias contados da data da publicação do decreto que declarou a situação de anormalidade (eventos
graduais);
Em casos excepcionais, e mediante a apresentação de justificativas, poderão ser aceitos requerimentos após
o decurso dos prazos mencionados.

Quais documentos serão necessários?


1) FIDE – Formulário de Informações do Desastre (preenchido via sistema S2ID);
2) DMATE – Declaração Municipal de Atuação Emergencial (preenchida via sistema S2ID);
3) Relatório Fotográfico (preenchido via sistema S2ID);
4) Decreto que declarou a situação de anormalidade, devidamente publicado;
5) Ofício de solicitação de reconhecimento federal;
6) Parecer do órgão de Proteção e Defesa Civil (municipal ou estadual), contendo os danos decorrentes do
evento, bem como fundamentando a necessidade de decretação;
7) Outros documentos que possam instruir a análise técnica (laudos comprobatórios de danos e prejuízos),
devidamente datados e assinados pelo responsável.
Em casos excepcionais, a critério da SEDEC, poderá ser solicitada documentação complementar, ou
específica que comprove os danos/prejuízos, tornando-se obrigatório o atendimento.
Obs.: os mesmos documentos solicitados para o reconhecimento federal são exigidos para o reconhecimento
estadual.

Verificações que são realizadas pela SEDEC:


I. Cumprimento do prazo para solicitação;
II. Apresentação e conformidade da documentação obrigatória recebida via S2ID;
III. Enquadramento às normas vigentes;
IV. Informações oficiais de monitoramento e relatório de mídia (sempre que houver).
Em casos excepcionais, deliberados pela autoridade competente, será realizada visita ao ente federado
onde ocorreu o desastre, para apoio a análise técnica.

Análise:
Todos os apontamentos realizados na análise, serão inseridos no Folha de Verificação Documental (FVD), onde são
registradas eventuais pendências e ajustes necessários.
Quando do registro de alguma pendência, será estipulado um prazo de 7 (sete) dias, a contar da remessa do
processo ao ente federado, para o devido atendimento.
O documento poderá ser visto em “Detalhes do processo”.

Análise – Decretos Estaduais:


A análise da solicitação de reconhecimento federal para decretos estaduais estará sujeita aos critérios e condições
estabelecidas na Portaria Nº 260, de 02/02/2022 - MDR.
Caso algum município contido em declaração estadual não cumpra os requisitos essenciais ao reconhecimento
federal, conforme o procedimento de análise técnica estabelecido, ele será desagrupado do processo estadual e da
portaria de reconhecimento federal, sem prejuízo aos demais municípios.
Toda a documentação enviada poderá ser providenciada pelo Órgão Estadual de Proteção e Defesa Civil, à exceção
dos Formulários de Informações dos Desastres municipais agrupados, os quais são de responsabilidade de cada
Município.
O Fide Estadual deve consolidar as informações municipais, para fins de propiciar celeridade à análise técnica.

Indeferimento da Solicitação de Reconhecimento:


O ente federado que discordar do indeferimento do pedido de reconhecimento poderá apresentar recurso
administrativo por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, dirigido ao Secretário Nacional de
Proteção e Defesa Civil, no prazo de 10 (dez) dias úteis do recebimento da notificação oficial.
O recurso administrativo deverá ser fundamentado, indicando a legislação, as razões e
justificativas, bem como outros documentos comprobatórios do pedido de reexame.
Caso o Secretário não reconsidere a decisão no prazo de 5 (cinco) dias úteis, o recurso será encaminhado para
decisão do Ministro de Estado do Desenvolvimento Regional.

A SEDEC poderá reconhecer sumariamente a situação de anormalidade decretada, com base no ofício de
requerimento, no relatório do órgão de proteção e defesa civil local e no Decreto do ente federado, devidamente
publicado, acrescido, além do Fide, de pelo menos um dos seguintes subsídios:
I. informação técnica de monitoramento do desastre;
II. informação técnica da equipe de campo ou do Grupo de Apoio a Desastres (Gade); e
III. relatório de mídia.
O ente federado deverá apresentar a documentação necessária para a formalização do pleito no Sistema Integrado
de Informações sobre Desastres, contemplando no preenchimento do Fide, a data da ocorrência e a classificação
do desastre, observada a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade).

Importante:
Constatada, a qualquer tempo, a presença de vícios nos documentos apresentados, ou a inexistência da situação de
anormalidade declarada, a portaria de reconhecimento perderá seus efeitos, assim como o ato administrativo que
tenha autorizado a realização de transferências obrigatórias, ficando o ente federado beneficiário obrigado a
devolver os valores repassados, atualizados monetariamente, sem prejuízo da eventual aplicação das demais
penalidades legais.

SOLICITAÇÃO DE RECURSOS
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) trabalha essencialmente com a modalidade de transferência
de recursos denominada transferências obrigatórias.
As transferências obrigatórias são realizadas a estados e municípios em situação de emergência (SE) ou estado de
calamidade pública (ECP), bem como para a execução de ações de prevenção em áreas de risco de desastres. Essa
modalidade atende aos entes, de forma complementar, em ações de resposta e recuperação, conforme
estabelecido na Lei Federal nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010.

Ações de Resposta
As ações de resposta compreendem socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. São
medidas emergenciais que objetivam o atendimento à população.
A execução dos recursos federais para ações de resposta é realizada exclusivamente por meio do  CARTÃO DE
PAGAMENTO DE DEFESA CIVIL (CPDC).
AS AÇÕES DE RESPOSTA SE DIVIDEM EM:
• 22BO - Ações de Proteção e Defesa Civil - Socorro e Assistência Humanitária
• 22BO - Ações de Proteção e Defesa Civil - Restabelecimento de Serviços Essenciais

Cartão de Pagamento de Defesa Civil


O Cartão de Pagamento de Defesa Civil é destinado ao pagamento de despesas com os recursos transferidos pela
União, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Regional, aos órgãos ou entidades dos estados, Distrito
Federal e municípios, para a execução de ações de resposta em áreas atingidas por desastres, nos termos da Lei n.
12.340, de 1º de dezembro de 2010, e do Decreto n. 7.257, de 4 de agosto de 2010.
 Consideram-se ações de resposta as ações de socorro, ações de assistência às vítimas e ações de
restabelecimento de serviços essenciais.

Ações de Recuperação
As ações de recuperação compreendem, de forma resumida, a reconstrução das áreas destruídas por desastres.
Para o recebimento desse tipo de recurso é exigido, além do reconhecimento federal da situação de emergência ou
estado de calamidade pública, a apresentação de plano de trabalho no prazo de 90 dias contados da ocorrência do
desastre, conforme o disposto na Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012.

Ações de Prevenção
As ações de prevenção têm caráter mitigador e características diferenciadas de urgência e agilidade. São realizadas
antes dos desastres e visam reduzir, com ações estruturais, a ocorrência e sua intensidade. Essas ações referem-se à
execução de obras e serviços relacionados com intervenções em áreas de risco de desastres.
Abrangem obras de engenharia com o objetivo de estabilizar uma área susceptível à desastres, com intervenções
para estabilização de encostas e barragens, contenção de erosões, proteção do patrimônio público e demais ações
emergenciais que visem evitar ou reduzir os danos decorrentes de possíveis desastres. A aplicação destes recursos
reduz a vulnerabilidade da população e complementa à atuação municipal e estadual.

Ações de Fortalecimento
Medidas e atividades, anteriores à ocorrência do desastre destinadas a otimizar as ações de resposta e minimizar
os danos e as perdas decorrentes do desastre.
Estas ações buscam desenvolver as capacidades necessárias para o gerenciamento eficiente de todos os tipos de
emergência e alcançar uma transição ordenada entre as ações de Defesa Civil.
São atividades como: Planejamento de contingências; desenvolvimento de rotinas para a comunicação de riscos;
capacitações e treinamentos e exercícios simulados

O Marco de Ação de Hyogo (MAH) foi o instrumento mais importante para a implementação da redução de riscos de
desastres que adotaram os Estados Membros das Nações Unidas. Seu objetivo geral era aumentar a resiliência das
nações e das comunidades frente aos desastres ao alcançar, para o ano de 2015, uma redução considerável das
perdas que ocasionaram os desastres, tanto em termos de vidas humanos quanto aos bens sociais, econômicos e
ambientais das comunidades e dos países.
O Marcos de Ação de Sendai foi definido na Assembleia do Escritório de Redução de Riscos de Desastres da ONU,
realizada no cidade de Sendai, no Japão, em 2015.
O Marco dá continuidade às ações definidas pelo Marco de Ação de Hyogo, estabelecendo diretrizes para que os
governos locais possam investir no desenvolvimento da resiliência.
MARCO DE AÇÃO DE SENDAI – RESULTADO ESPERADO
Redução substancial nos riscos de desastres e nas perdas de vidas, meios de subsistência e saúde, bem como de
ativos econômicos, físicos, sociais, culturais e ambientais de pessoas, empresas, comunidades e países.

MARCO DE AÇÃO DE SENDAI - OBJETIVO


Prevenir novos riscos de desastres e reduzir os riscos de desastres existentes, através da implementação de medidas
econômicas, estruturais, jurídicas, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e
institucionais integradas e inclusivas que previnam e reduzam a exposição a perigos e a vulnerabilidade a desastres,
aumentar a preparação para resposta e recuperação, e, assim, aumentar a resiliência.

PRIORIDADES
I-Compreender o risco de desastres.
II - Fortalecer a governança do risco de desastres para gerenciar o risco de desastres.
III - Investir na redução do risco de desastres para a resiliência.
IV - Melhorar a preparação para desastres para uma resposta efetiva e "reconstruir melhor” (Build Back Better) na
recuperação, reabilitação e reconstrução.

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