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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
Gestante ................................................................................................... 9
Demissão/Inquérito ............................................................................... 14
Prescrição ................................................................................................... 17
Prescrição intercorrente ....................................................................... 18
Decadência ................................................................................................. 18
Causas interruptivas, suspensivas e impeditivas da prescrição .................. 19
Causas Impeditivas ............................................................................... 19
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Adicionais legais ......................................................................................... 24
Hora extra ............................................................................................... 24
Noturno ................................................................................................... 25
Transferência ......................................................................................... 26
Insalubridade ......................................................................................... 27
Periculosidade ....................................................................................... 28
Penosidade ............................................................................................ 28
Referências ............................................................................................................... 43
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Vivenciamos uma fase de transição com decisiva influência nos setores sociais,
culturais, jurídicos e econômicos. Com o Direito do Trabalho não é diferente, pois se
verifica, inclusive, uma reestruturação de seus paradigmas iniciais, que sofrem a
influência direta das alarmantes taxas mundiais de desemprego. Assim, imprime-se a
este ramo do direito um caráter promotor e protetor do trabalho humano, e isso não
se refere tão somente ao trabalho subordinado, como se entendia anteriormente.
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ESTABILIDADES E GARANTIAS PROVISÓRIAS NO EMPREGO
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Estabilidades e garantias provisórias de emprego previstas por lei
Dirigente Sindical
O dirigente sindical não poderá ser impedido de prestar suas funções, nem
ser transferido para local ou cargo que lhe dificulte ou torne impossível o
desempenho de suas atribuições sindicais.
Deve ser notado que essas regras autorizam que um determinado empregado
adquira a estabilidade provisória ao registrar a sua candidatura, seja eleito, exerça o
seu cargo e, ainda no gozo da estabilidade que se prorroga por um ano após o
término de seu mandato, novamente registre a sua candidatura a um cargo sindical,
renovando essa estabilidade que, pelo menos em tese, pode viger por prazo
indeterminado. Gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo
artigo 543 da CLT os trabalhadores rurais, atendidas as condições estabelecidas
pelo artigo 1º da Lei nº 5.889/73. Note-se que, para efeito dos artigos aqui citados,
considera-se cargo de direção ou representação sindical aquele cujo exercício ou
indicação decorre de eleição prevista em lei (art. 543, § 4º, da CLT). Para Valentin
Carrion, a expressão “dirigente sindical”, strictu sensu, identifica ocupante de cargo
na diretoria de associação sindical, aceita formalmente pelo sistema jurídico vigente.
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organização sindical, estabeleceu-se grande discussão doutrinária a respeito da
vigência do artigo 522 da CLT, limitador do número de cargos de direção nos
sindicatos, frente ao novo ordenamento Jurídico, relativamente ao direito à
estabilidade provisória.
como OAB, CRC, CREA, CRM etc., não têm direito à garantia de emprego, pois,
além de a ligação que mantêm com o órgão de classe não depender do vínculo
Membro da CIPA
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Posteriormente, o artigo 10, inciso II, letra a, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias veio estabelecer que, até que se promulgue a lei
complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição Federal, fica vedada a
dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção de CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de
seu mandato.
Gestante
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à gestante aplica-se às empregadas que sejam destinatárias do preceito contido no
art. 7º, I, da Constituição Federal, por força do caput do art. 10 do ADCT.
Social, estabelece em seu artigo 118 que o segurado que sofreu acidente de
trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção de seu
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independentemente da percepção de auxílio-acidente. A referência do preceito
afastamento do trabalho.
Por isso, tem-se entendido que não dá causa à garantia provisória de emprego
o acidente de trabalho que não acarreta afastamento do trabalho por período superior
a 15 dias, e, assim, não gera direito ao auxílio-doença acidentário.
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Membro do Conselho Nacional de Previdência Social
A Lei nº 8.213/91 estabelece, em seu art. 93, que a empresa com 100 ou mais
empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com pessoas
reabilitadas ou pessoas portadoras de deficiência habilitadas. E em seu § 1º, o art. 93
do referido diploma legal preceitua que a dispensa de trabalhador reabilitado ou
deficiente habilitado ao final do contrato por prazo determinado de mais de noventa
dias, bem como a dispensa imotivada no contrato por prazo indeterminado, só
poderão ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante. Nesse
caso, o empregado reabilitado ou deficiente habilitado não é, pessoalmente, titular de
estabilidade, mas o seu empregador é que, em relação a ele, tem o exercício de seu
direito protestativo de despedida imotivada condicionado à prévia “contratação de
substituto de condição semelhante”.
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convencionais e legais mínimas de proteção do trabalho (artigo 114, § 2º, da
Constituição Federal). Portanto, no exercício desse seu poder normativo, a Justiça do
Trabalho pode estabelecer hipóteses de garantias de emprego, quer por sentença
normativa proferida no julgamento de dissídio coletivo, quer homologando acordos
celebrados pelas partes nos dissídios coletivos trazidos à sua apreciação. Também
podem ser fixadas modalidades de garantia de emprego mediante convenções
coletivas de trabalho ou acordos coletivos de trabalho, que nada mais são que ajustes
de caráter normativo em que se estipulam condições de trabalho aplicáveis no âmbito
das respectivas representações dos sindicatos convenientes, ou das empresas
acordantes (artigo 611, caput e parágrafo único, da CLT).
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do trabalho (artigo 444 da CLT). Assim, nada impede que as partes estipulem no
contrato individual de trabalho algum tipo de garantia de emprego contra dispensa
imotivada.
Nesse caso, a cláusula assim pactuada é “lei entre as partes”, devendo, pois,
ter seus termos cumpridos pelas partes. Interessante notar que as cláusulas prevendo
prazos determinados em contratos de trabalho fora dos casos autorizados por lei
acabam por se transformar em cláusulas de garantia de emprego para os empregados
por ela beneficiados.
Demissão/Inquérito
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Quando a reintegração do empregado for desaconselhável em razão do grau
de incompatibilidade resultante do litígio, o Judiciário Trabalhista, no julgamento do
inquérito, poderá converter a obrigação de fazer a reintegração no emprego em
obrigação de pagar a indenização prevista nos artigos 477 e 478 da CLT, em dobro,
considerado o tempo de serviço anterior a 05/10/1988 (artigo 496 da CLT). Já no caso
de força maior, a rescisão contratual do empregado estável prescinde de inquérito
judicial, e a indenização por tempo de serviço anterior a 05/10/1988 será calculada de
acordo com os artigos 477 e 478 da CLT, de modo simples, e não em dobro (artigo
502 da CLT). Para esse efeito, entende-se como força maior todo acontecimento
inevitável, em relação à vontade do empregador, para a realização do qual não
concorreu, direta ou indiretamente e que tenha afetado de maneira substancial a
situação econômica e financeira da empresa (artigo 501, caput e § 2º, da CLT).
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tais garantias (artigo 3º, § 9º, da Lei nº 8.036/90 e artigo 625B, § 1º, da CLT,
respectivamente).
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até
o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho (BRASIL, 1988).
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PRESCRIÇÃO QUINQUENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº
204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores
ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 -
inserida em 08.11.2000)
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação
trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge
pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da
CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992); (BRASIL, 2005).
Prescrição intercorrente
Decadência
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Sobre o tema, a Súmula 403 do STF (1964) dispõe que “é de decadência o
prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a contar da suspensão, por
falta grave, de empregado estável.
Causas Impeditivas
O Art. 440 da CLT (1943) dispõe que "contra os menores de 18 (dezoito) anos
não corre nenhum prazo de prescrição. Não corre prazo de prescrição total, nem
parcial".
Causas Suspensivas
O Art. 625-G da CLT (1943) dispõe que o prazo prescricional será suspenso a
partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo
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que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo
previsto no art. 625-F da CLT (1943).
Causas interruptivas
A leitura que tem sido feita é que esta é a única hipótese de interrupção da
prescrição.
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prescrição, ainda que em foro incompetente e mesmo que o processo seja extinto sem
resolução de mérito.
E, mais importante, a interrupção somente vai gerar efeitos quanto aos pedidos
formulados nesta ação. Por fim, o prazo de 5 anos será reiniciado e contato
retroativamente a partir do ajuizamento da ação.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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estão incluídos os períodos da prestação de serviços, o tempo à disposição do
empregador e os períodos de interrupção do contrato de trabalho.
O salário possui forma e prazo para pagamento podendo ser efetuado a cada
semana ou a cada 15 dias sem ultrapassar prazo maior de 30 dias, salvo disposições
expressas em comissões coletivas de trabalho que devem ser pagas em até 90 dias.
O pagamento deve ser realizado em moeda corrente nacional até o 5º dia útil do mês
subsequente, devendo ser obrigatório o recibo deste, salvo convenção ou acordo
coletivo, a abertura da conta salário no banco não tem custo.
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Existem proteções legais para impedir a irredutibilidade, ou seja, a redução do
salário do empregado, além de ser dotado de inalteridade que impede a alteração na
forma de pagamento, exceto em acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de
trabalho.
Horas Extras;
Adicional Noturno;
Adicional de Periculosidade;
Adicional de Insalubridade;
DSR;
Comissões;
Gratificação
Quebra-caixa;
Gorjetas;
Abonos;
Prêmios (assiduidade, triênio, anuênio, biênios, quinquênios);
Ajuda de custos (qualquer valor);
Abonos habituais Salário in Natura – fornecimento habitual de qualquer
vantagem concedida ao empregado (aluguel de casa, carros, escola de
filhos, etc.).
Diárias para viagem, ainda que excedam a 50% (cinquenta por cento)
do salário recebido pelo empregado.
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O que não tem natureza jurídica de salário, tem natureza jurídica indenizatória.
Tudo o que for salário gera um efeito expansionista circular salarial, chamado
vulgarmente de reflexos. Ou seja, tudo que é salário gera reflexos.
Alguns empregadores pagam valores “por fora”, isto é, valores que não
constam na carteira de trabalho, justamente para evitar esses reflexos. A CLT dispõe
em seu Art. 9º que “serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação”. Exemplo clássico de reflexo: FGTS – Tudo que é salário, atrai a
incidência de FGTS.
Adicionais legais
Hora extra
A hora extra está prevista no art. 7º, XVI, da Constituição Federal e no art. 59,
§ 1º, da CLT e, acrescenta a importância mínima de 50% quando o empregado urbano
ou rural estende seu período de trabalho, não podendo aumentá-lo mais que duas
horas por acordo individual, convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de
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trabalho. Se for hora extra realizada no domingo ou feriado aumenta-se 100%, salvo
trabalhador de turnos de 12X36.
Noturno
Para empregados rurais prevê art. 7º da Lei 5.889/73 o adicional noturno (60
minutos) de 25% sobre o salário-base, sendo considerado horário noturno das 20
horas às 4 horas para aqueles que trabalham na pecuária e das 21 horas às 5 horas
para aqueles que executam o labor na pecuária, sem a resolução da hora (60
minutos).
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De acordo com Ricardo Resende (2016, p. 651), o próprio adicional noturno é
devido somente em relação às horas noturnas trabalhadas, consequentemente a sua
integração em outras parcelas também deverá respeitar esta regra.
Transferência
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Na ocasião em que a transferência tornar-se definitiva é devida a ajuda de custo
para a mudança do empregado.
Insalubridade
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A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas,
considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido
de adicional de insalubridade.
Periculosidade
Penosidade
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Nessas situações justrabalhistas especiais encontram-se o trabalho da
mulher, o trabalho do adolescente (a CLT vale-se da expressão “trabalho do
menor”), o trabalho em circunstâncias insalubres, perigosas e penosas, e,
finalmente, o trabalho pactuado mediante contratos empregatícios especiais.
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o limite de duas horas da duração diária do trabalho, sendo estas horas extraordinárias
convencionadas por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
Segundo a CLT, art. 458, parágrafo 2 (alterado pela Lei 10.243/2001), não
serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo
empregador:
FÉRIAS
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As férias têm a finalidade de eliminar as toxinas originadas pela fadiga e que
não foram liberadas com os repousos semanais e descansos entre e intrajornadas,
haja vista que o trabalho exercido de forma contínua, sem descanso, gera desgaste
de ordem física e intelectual.
§ 2º. O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo
de serviço.
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Certas faltas não comprometem a aquisição às férias, conforme previsto no
artigo 131 da Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473;
II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-
maternidade custeado pela Previdência Social;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV
do art. 133;
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver
determinado o desconto do correspondente salário;
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou
absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso
III do art. 133. (BRASIL, 1943).
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§ 3º. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12
(doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a
férias, na seguinte proporção:
I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22
(vinte e duas) horas, até 25 (vinte e cinco) horas;
II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho semanal superior a
20 (vinte) horas, até 22 (vinte e duas) horas;
III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15
(quinze) horas, até 20 (vinte) horas;
IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10
(dez) horas, até 15 (quinze) horas;
V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 (cinco)
horas, até 10 (dez) horas;
VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5
(cinco) horas. (BRASIL, 2015)
Importante salientar que a contagem para as férias não é feita por ano civil,
mas sim por aniversário da data de admissão.
Em relação à perda das férias, conforme dicção do artigo 130 e incisos (acima
transcritos), em que as faltas injustificadas ocorridas no período aquisitivo reduzem a
quantidade de dias de gozo de férias, o artigo 133 da Consolidação das Leis do
Trabalho também prevê o seguinte:
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo:
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I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias
subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais
de 30 (trinta) dias;
Art. 135. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado,
com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o
interessado dará recibo. (meu grifo)
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§ 1º. O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente
ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela
seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º. A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas
de registro dos empregados.
Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
§ 1º. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período,
se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º. O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer
coincidir suas férias com as férias escolares.
Art. 138. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro
empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de
trabalho regularmente mantido com aquele. (BRASIL, 1943)
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A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será
calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação
ou, se for o caso, na da extinção do contrato.
Caso as férias sejam concedidas fora do prazo previsto no artigo 134 (acima
transcrito), o empregador deverá pagar a remuneração das férias em dobro, conforme
previsto no artigo 137 da Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o
art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º. Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as
férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por
sentença, da época de gozo das mesmas.
§ 2º. A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário
mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida.
§ 3º. Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão
local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter
administrativo.
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§ 1º. O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do
término do período aquisitivo. (meu grifo)
§ 2º. Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo
deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato
representativo da respectiva categoria profissional, independendo de
requerimento individual a concessão do abono (BRASIL, 1943).
Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa,
será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o
caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses
de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa,
terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo
com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou
fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato
de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12
(doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período
incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
(BRASIL, 1943)
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Prescrição das férias:
Conforme ensina Vólia Bonfim Cassar que “o prazo prescricional das férias
(cinco anos durante a vigência) conta-se a partir do último mês para a concessão de
cada período e não de cada mês que completou o período aquisitivo, já que o prazo
flui a partir da lesão e não do direito em si – artigo 149 da Consolidação das Leis do
Trabalho”:
Férias coletivas:
As férias coletivas são reguladas pelos artigos 139 a 141 da Consolidação das
Leis do Trabalho:
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AVISO PRÉVIO
É comunicação que uma parte do contrato deve fazer à outra de que pretende
rescindir o referido pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob
pena de pagar uma indenização substitutiva.
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É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso
prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. S. 230, TST
O aviso prévio não rescinde o contrato de trabalho, apenas marca prazo para
sua terminação. Portanto, a parte concedente, pode reconsiderar o aviso prévio. Neste
caso, a outra parte poderá ou não concordar com a reconsideração (art. 489, in fine,
CLT). Se reconsiderar é como se o aviso prévio não tivesse sido concedido.
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TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No atual momento que muito se discute o direito do trabalho e a crise que esse
segmento do ordenamento jurídico vem atravessado frente a realidade econômica, a
reforma legislativa representa insegurança jurídica.
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REFERÊNCIAS
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São Paulo: Método, 2017.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 16 ed. São Paulo: Ltr,
2017.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa, Curso de Direito do Trabalho, 3. ed. rev., atual. e
ampl., Rio de Janeiro : Forense; São Paulo : MÉTODO, 2009
GOMES, Orlando e Elson Gottschalk – Curso de Direito do Trabalho – 18ª Ed. Rio
de Janeiro : Forense, 2008.
HINZ, Henrique Macedo, Direito Coletivo do Trabalho, São Paulo : Saraiva 2005.
Martins, Sergio Pinto – Direito do Trabalho- 24ª Ed. – São Paulo : Atlas, 2008.
NAHAS, Thereza Cristina, Legitimidade ativa dos sindicatos, São Paulo : Atlas,
2001.
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PINTO, Sergio Martins. Direito do trabalho. 34 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
ROMAR, Carla Tereza Martins. Direito do trabalho. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
SANTOS, Luiz Alberto Matos dos Santos – A liberdade sindical como direito
fundamental – São Paulo : LTr, 2009.
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