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Objetivo/Âmbito:
Prescrever o tratamento contabilístico (reconhecimento e mensuração) para
ativos fixos tangíveis, de modo a que os utilizadores das demonstrações financeiras
possam perceber a informação acerca do investimento (bem como das suas
alterações) efetuados por uma entidade.
Aplica-se na contabilização de AFT, exceto quando outra norma exija ou
permita um tratamento contabilístico diferente.
Assim, esta norma não se aplica a:
1. AFT classificados como detidos para venda de acordo com a NCRF 8.
2. Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola (NCRF 17).
3. Ativos relacionados com a exploração e avaliação de recursos naturais (NCRF16)
4. Direitos minerais e reservas minerais tais como petróleo, gás natural e recursos
regenerativos semelhantes. Contudo, aplica-se aos AFT usados para desenvolver
ou manter os ativos descritos nos pontos 2 a 4.
Definições:
São itens tangíveis:
• Detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos;
• Que se espera que sejam usados durante mais do que um período.
Quantia depreciável: Custo do ativo, ou outra quantia substituta do custo, menos
o seu valor residual.
Valor residual: É a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um ativo, após dedução dos custos estimados de alienação, se o ativo
já tivesse a idade e as condições esperadas no final da sua vida útil.
Vida útil: O período durante o qual uma entidade espera que um ativo esteja
disponível para uso; ou O número de unidades de produção ou similares que uma
entidade espera obter do ativo.
Perda por imparidade: É o excedente da quantia escriturada de um ativo, ou de
uma unidade geradora de caixa, em relação à sua quantia recuperável.
Quantia escriturada: É a quantia pela qual um ativo é reconhecido no balanço, após
a dedução de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por
imparidade acumuladas inerentes.
Quantia recuperável: É a quantia mais alta entre o justo valor de um ativo ou
unidade geradora de caixa menos os custos de alienação e o seu valor de uso.
Valor de uso (ou específico): É o valor presente dos fluxos de caixa que uma
entidade espera que resultem do uso continuado de um ativo e da sua alienação
no final da sua vida útil ou em que espera incorrer ao liquidar um passivo.
Justo valor: É a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que
não exista relacionamento entre elas.
Depreciação: Imputação sistemática da quantia depreciável de um ativo durante a
sua vida útil.
Subcontas:
Conta 43 – Ativos fixos tangíveis:
431 – Terrenos e recursos naturais
432 – Edifícios e outras construções
433 – Equipamento básico
434 – Equipamento de transporte
435 – Equipamento administrativo
436 – Equipamentos biológicos
437 – Outros ativos fixos tangíveis
438 – Depreciações acumuladas
439 – Perdas por imparidade acumuladas
Reconhecimento:
O custo de um item de AFT deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
− For provável que futuros bene cios económicos associados ao item fluam para
a entidade; e
− O custo do item puder ser mensurado fiavelmente.
Itens como, por exemplo, peças sobressalentes, equipamentos de reserva e
equipamentos de manutenção são reconhecidos de acordo com esta NCRF se
satisfizerem a definição de AFT. Caso contrário, são classificados como inventário.
Custos iniciais:
A aquisição de itens do AFT por razões de segurança ou ambientais não
aumentam diretamente futuros benefícios económicos. Contudo, podem ser
necessários para que a entidade obtenha futuros benefícios económicos dos seus
outros ativos. Devem ser reconhecidos como AFT porque permitem a uma entidade
obter benefícios económicos dos ativos relacionados, para além dos que teria
obtido se não tivesse adquirido esses itens.
Custos subsequentes:
• Custos de assistência diária ao item:
Incluem fundamentalmente custos de mão de obra, de consumíveis e de
pequenas peças. São reconhecidos nos resultados quando incorridos.
• Itens que representem partes e componentes de substituição a intervalos
regulares (recorrente e não frequente):
Reconhecidos como AFT quando o custo for incorrido e se os critérios de
reconhecimento forem cumpridos. A quantia escriturada das peças substituídas
deve ser desreconhecida.
Exemplos: Tijolos refratários nos fornos após uma determinada quantidade de
horas de uso; Interiores dos aviões como assentos e cozinhas de bordo.
• Inspeções importantes em busca de falhas:
O seu custo deve ser reconhecido como AFT como substituição se os critérios
de reconhecimento forem cumpridos. Qualquer quantia escriturada remanescente
do custo da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é desreconhecida.
Mensuração do custo:
Nos casos de troca de ativos, estes são mensurados ao justo valor, (de
preferência utiliza-se o JV do ativo cedido para mensurar o recebido) a não
ser que:
– a transação da troca careça de substância comercial; ou
– nem o justo valor do ativo recebido nem o justo valor do ativo cedido sejam
fiavelmente mensuráveis.
No caso do item adquirido não poder ser mensurado ao justo valor, o seu
custo é mensurado pela quantia escriturada do ativo cedido.
– O modelo do custo; ou
– O modelo de revalorização
Notas importantes:
Modelo do Custo:
Depreciação:
Deve ser imputada numa base sistemática durante a sua vida útil;
O valor residual e a vida útil devem ser revistos pelo menos no fim de cada
ano financeiro;
Se as expectativas (do VR e da VU) diferirem das anteriores, as alterações
devem ser contabilizadas como uma alteração numa estimativa
contabilística de acordo com a NCRF 4;
A depreciação é reconhecida mesmo se o justo valor exceder a quantia
escriturada, desde que esta seja superior ao valor residual.
Início da depreciação:
Método de depreciação: