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Aula 6

Duração do trabalho: Jornada de trabalho;


Registro e controle do horário de trabalho ;
Períodos de descanso; intervalo para repou...

Eixo Temático 5 - Direito do Trabalho para


Bloco 4 do CNU

Prof. Isabella Fernandes Amorim


Prof. Isabella Fernandes Amorim
Eixo Temático 5 - Direito do Trabalho para Bloco 4 do CNU
Aula 6: Duração do trabalho: Jornada de t...

Sumário
.......................................................................................................................................................................................

JORNADA DE TRABALHO.............................................................................................................................. 3

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................................................ 3

DIFERENÇA ENTRE JORNADA DE TRABALHO E DURAÇÃO DO TRABALHO........................................................................................................ 3

GERENCIAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO.................................................................................................................................................. 3

DURAÇÃO DO TRABALHO.................................................................................................................................................................................... 4

TEMPO IN ITINERE................................................................................................................................................................................................. 4

REGIME PARCIAL................................................................................................................................................................................................... 6

TRABALHO EXTRAORDINARIO............................................................................................................................................................................. 7

ACORDO DE PRORROGAÇÃO............................................................................................................................................................................... 7

ACORDO DE COMPENSAÇÃO............................................................................................................................................................................... 8

IMPERATIVO NECESSÁRIO.................................................................................................................................................................................... 8

RECUPERAÇÃO DE TEMPO PERDIDO................................................................................................................................................................... 8

ESCALA DE 12X36.................................................................................................................................................................................................. 9

PERIODOS DE DESCANSO.................................................................................................................................................................................... 9

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA......................................................................................................................... 15

QUESTÕES COMENTADAS............................................................................................................................ 22

QUESTÕES COMENTADAS........................................................................................................................... 26

LISTA DE QUESTÕES..................................................................................................................................... 37

LISTA DE QUESTÕES..................................................................................................................................... 40

RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................ 46

RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................ 48

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JORNADA DE TRABALHO
INTRODUÇÃO
A jornada de trabalho é um aspecto fundamental nas relações laborais, delineando o tempo em que os trabalhadores
estão à disposição de seus empregadores. Essa dimensão temporal não apenas define a carga horária diária, mas
também influencia diretamente questões como remuneração, intervalos e direitos trabalhistas. Neste contexto,
exploraremos os conceitos relacionados à jornada de trabalho, como duração, intervalos intrajornada e interjornada,
escalas especiais, além de considerar as implicações legais e as transformações trazidas por reformas trabalhistas. A
compreensão adequada desse tema é essencial para a garantia dos direitos dos trabalhadores e para a construção de
ambientes laborais equilibrados e justos.

DIFERENÇA ENTRE JORNADA DE TRABALHO E DURAÇÃO DO TRABALHO


Frequentemente, usa-se a palavra "jornada" como se fosse sinônimo de "tempo de trabalho". Contudo, esses termos
têm significados distintos. Vejamos:
Duração do trabalho é uma expressão mais abrangente, incluindo diversos parâmetros (dia, semana, mês). Por
exemplo, o tempo laboral de Severino é de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 17h00, com 01 hora de intervalo.
A jornada de trabalho, por outro lado, refere-se ao período diário em que o empregado está disponível para o
empregador, aguardando ou executando ordens, em conformidade com o contrato de trabalho que os une. A palavra
"jornada" tem origem na ideia de "dia" (em italiano, giorno; em francês, jour).
Exemplo: A duração do trabalho de Ana abrange a semana inteira, das 09h00 às 18h00, com uma hora de intervalo
para o almoço. Isso significa que a extensão total do seu trabalho ao longo da semana é de 40 horas.
A jornada de trabalho de Ana, por outro lado, refere-se ao período específico em que ela está ativamente envolvida em
suas responsabilidades laborais diárias. Digamos que a jornada diária de Ana seja de 08 horas, das 09h00 às 18h00.
Nesse intervalo, ela está à disposição da empresa, cumprindo suas tarefas, aguardando ordens ou executando
atividades em conformidade com o contrato de trabalho.
Portanto, enquanto a duração do trabalho de Ana abrange toda a semana, a jornada de trabalho se refere
especificamente ao tempo diário em que ela está ativamente comprometida em suas funções profissionais.

GERENCIAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO

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Conforme estabelecido no art. 74, §2º, CLT, a marcação do ponto é obrigatória em estabelecimentos com mais de 20
trabalhadores, sendo permitida a pré-assinalação do horário de almoço. Essa anotação pode ser realizada
manualmente, mecanicamente ou eletronicamente, seguindo as orientações da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia.
Por sua vez, o §4º do mesmo art. 74, CLT, inserido pela Reforma Trabalhista, autoriza o uso do registro de ponto por
exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho. O ponto por exceção é uma prática que se baseia na ideia de que os funcionários só precisam registrar o
ponto em situações extraordinárias.

DURAÇÃO DO TRABALHO

O art. 58 da CLT é, portanto, simples e direto: jornada de oito horas. Ao se referir a outro padrão, que acaso venha a ser
fixado pela lei, tinha em mente outro padrão inferior, como as conhecidas jornadas de seis horas dos bancários e
telefonistas, ou as jornadas de quatro horas dos advogados, de cinco horas dos jornalistas e de sete horas de alguns
empregados da classe artística.
O padrão de oito horas nada tem de novidade no Brasil ou no mundo. Muito antes de encontrar assento no art. 7º, XIII,
da CF/1988, a jornada de oito horas constava da CLT e legislação esparsa anterior, bem como aparece em vários
tratados internacionais, como a própria Convenção 1 da OIT (1919). Dada a necessidade média de oito horas de
sono para o ser humano e consideradas as dificuldades de deslocamento dos trabalhadores e seus afazeres na vida
particular, não sobra espaço para muita discussão sobre outros padrões de jornada – exceto se for para diminuir a
carga diária, fenômeno sobre o qual há grandes discórdias sobre geração de postos de trabalho, obsolescência do ser
humano, avanço das máquinas, ócio criativo e mais. Portanto, o art. 58 representa o esperado padrão de oito horas. O
problema não é o padrão e, sim, suas variações, compensações e prorrogações.

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O parágrafo 1º da lei incorporou a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a desconsideração dos
poucos minutos que antecedem ou sucedem a jornada normal de trabalho. Essa norma se concentra mais na
interpretação dos registros de ponto, especialmente para aqueles que os utilizam, do que na definição exata do período
de trabalho. Ela está diretamente relacionada à dinâmica das relações de trabalho, como as filas nos relógios de ponto e
o tempo gasto pelo empregado para pegar seus pertences ou se deslocar até a saída do local de trabalho.
Além disso, visa evitar abusos na exigência de chegada muito antecipada ou saída muito prolongada do local de
trabalho, sem consideração adequada. O prazo estabelecido pelo TST e incorporado pelo legislador, de cinco minutos,
pode ser considerado muito ou pouco dependendo das circunstâncias, mas era necessário estabelecer algum critério.
O interessante é que, ao contrário do usual, essa lei foi formada com base na interpretação de uma súmula, em vez de o
contrário, que é mais comum, onde as súmulas são criadas a partir da interpretação das leis.

TEMPO IN ITINERE

A Reforma Trabalhista modificou o parágrafo 2º do artigo 58 da CLT, eliminando o conceito de "tempo in itinere", que
antes permitia incluir na jornada o tempo gasto pelo empregado para ir da sua casa ao trabalho e vice-versa. Isso valia
especialmente para locais de difícil acesso ou sem transporte público, desde que o empregador fornecesse o meio de
transporte. Atualmente, esse tempo de deslocamento não é mais considerado na jornada de trabalho.

ANTES DA REFORMA TRABALHISTA (TEMPO APÓS A REFORMA TRABALHISTA (TEMPO IN ITINERE


IN ITINERE CONSIDERADO): NÃO CONSIDERADO):

Antônio trabalha em uma fábrica localizada em


uma área remota, sem acesso fácil por transporte Com a Reforma Trabalhista de 2017, as regras mudaram.
público. Seu empregador fornece um ônibus para Agora, mesmo que Antônio continue utilizando o ônibus
levá-lo e trazê-lo do trabalho diariamente. O tempo fornecido pelo empregador para chegar ao trabalho, o tempo
gasto por Antônio no ônibus era considerado como gasto nesse deslocamento não é mais contado como parte de
parte de sua jornada de trabalho, de acordo com a sua jornada de trabalho. A alteração na legislação fez com
tradição do "tempo in itinere". que o "tempo in itinere" deixasse de ser considerado como
tempo à disposição do empregador.

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E quanto ao trabalhador intermitente?

Uma consideração importante diz respeito ao trabalho intermitente: conforme o artigo 452-A, § 5º, da CLT, o período
de inatividade NÃO será considerado tempo à disposição do empregador, principalmente porque o trabalhador pode
estar prestando serviços a outros contratantes.

De acordo com o Art. 443-A, § 3º, da CLT, considera-se intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de
serviços, com subordinação, não é contínua. Isso ocorre com uma alternância entre períodos de prestação de serviços
e inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do
empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.
Maria, por exemplo, é uma profissional que opera sob o regime de contrato intermitente em uma empresa de eventos.
Conforme o artigo 452-A, § 5º, da CLT, Maria executa trabalhos conforme a demanda da empresa, sendo convocada
para eventos específicos.
Após um grande evento em que Maria trabalhou intensivamente, ela entra em um período de inatividade, no qual não
há novas convocações por parte da empresa. Durante esse intervalo, Maria opta por prestar serviços para outra
empresa de catering, aproveitando a flexibilidade do contrato intermitente para diversificar suas fontes de renda.
É crucial observar que, de acordo com a ressalva mencionada, esse período de inatividade não será considerado tempo
à disposição do empregador. Maria não está exclusivamente disponível para a empresa inicial durante essa fase, pois
está prestando serviços a outros contratantes.
Essa ressalva destaca a natureza flexível do trabalho intermitente, permitindo que os trabalhadores explorem
oportunidades adicionais durante os períodos de inatividade, sem que esse tempo seja contabilizado como tempo à
disposição do empregador.
Pontos Negativos da Alteração no Tempo "in itinere" na Reforma Trabalhista:

1. Prejuízo aos Trabalhadores de Locais Remotos: Trabalhadores em locais de difícil acesso podem enfrentar uma
jornada efetiva mais longa sem compensação.

2. Desequilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal: A alteração pode aumentar o tempo total dedicado ao trabalho,
prejudicando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

3. Desestímulo à Oferta de Transporte pelos Empregadores: Com a não contabilização do tempo "in itinere",
empregadores podem ser desestimulados a fornecer transporte para os funcionários.

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4. Impacto Desigual em Diferentes Regiões: Trabalhadores em regiões com transporte público inadequado ou
difícil acesso podem ser mais afetados.

5. Possível Aumento na Exaustão dos Trabalhadores: A jornada efetiva mais longa pode levar a um aumento da
fadiga e redução do bem-estar dos trabalhadores.

REGIME PARCIAL

Contexto histórico: O artigo 58-A foi inserido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como parte de um conjunto
de medidas relacionadas à crise econômica intensa do final dos anos 1990, conhecida como a Crise Russa. Diversas
Medidas Provisórias foram promulgadas até setembro de 2001, quando deixaram de ser renovadas devido à Emenda
Constitucional 32, que determinou a manutenção dos efeitos dessas medidas até que o Congresso Nacional as
revogasse ou as transformasse em leis ordinárias. Apesar dos anos passados, a norma ainda é chamada de provisória.
Mesmo que tivesse sido introduzida no cenário jurídico por meio dos trâmites habituais de um projeto de lei, o trabalho
em tempo parcial não foi amplamente aceito nem pelos empregados brasileiros, que o veem como uma forma de
subemprego com ganhos inadequados, nem pelos empregadores, que não consideram atrativos os benefícios de
pagamento ligeiramente menores diante da burocracia, encargos e benefícios assistenciais praticamente inalterados. O
exame dessa modalidade de contratação é desanimador.
Carga horária: De 2001 a 2017, a CLT padronizou em 25 horas a carga máxima do contrato a tempo parcial. A reforma
trabalhista de 2017 ampliou o conceito para 30 horas. O principal objetivo do trabalho a tempo parcial é, de fato, o
pagamento do salário-mínimo ou do piso normativo de salário em bases menores, proporcionais ao tempo de jornada
contratada. Assim, se o piso da categoria é de 1.000 reais, é possível contratar uma pessoa para regime de 22 horas
semanais ao custo de 500 reais mensais. O respeito ao salário-mínimo deve ser feito pelo cotejo do salário-hora e não
do salário mensal, claro está (art. 58-A, § 1º, não afetado pela reforma).

Parece contraditório contratar uma pessoa para atividade parcial e, depois, exigir que ela faça horas extras. Fica
parecendo que a pessoa estava à disposição do empregador como mão de obra barata, aguardando as oscilações da
sazonalidade. Daí por que o art. 58, § 3º, da CLT, revogado pela reforma, vedava a realização de horas extras no regime
parcial. O novo conceito permite que as horas extras sejam exigidas, mas apenas para o pessoal contratado para até 26
horas semanais, limitando-se as horas extras a seis por semana. A reforma teve ao menos o bom senso de não liberar

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irrestritamente as horas extras, que desvirtuariam o regime, e admiti-las apenas para contratações mais
baixas, com cargas inferiores a 26 horas por semana. Em resumo, um trabalhador a tempo parcial poderá chegar
a 32 h semanais – 26 regulares e seis suplementares.

Admite-se a compensação das horas extras no regime parcial até a semana seguinte. O advérbio de modo
“diretamente”, inserido no art. 58-A, § 5º, e a exigência de que a compensação seja na semana seguinte dão a entender
que não se faz necessário o acordo escrito de compensação de jornada. Essa desoneração faz algum sentido se
lembrarmos que, de fato, o contrato parcial não foi concebido para a realização de horas extras. Se essas forem
banalizadas, era melhor que o empregado houvesse sido contratado a tempo integral.

Através das modificações introduzidas pelos parágrafos 6º e 7º, resultantes da reforma trabalhista, o legislador igualou
o sistema de férias dos trabalhadores em regime de tempo parcial ao dos demais empregados. Anteriormente, para os
trabalhadores a tempo parcial, existiam regras distintas, como a redução da duração das férias e a proibição de
converter parte delas em abono pecuniário.
Com essa mudança, aqueles que trabalham em regime de tempo parcial geralmente desfrutam de 30 dias de férias e
têm permissão para converter parte desse período em compensação financeira.
Além disso, antes da Reforma Trabalhista, os trabalhadores em regime de tempo parcial não tinham direito a 30 dias de
férias. O período de férias era proporcional ao número de horas trabalhadas, limitando-se a, no máximo, 18 dias.
Atualmente, essa distinção não existe mais, uma vez que se aplica a mesma regra estabelecida para os empregados em
regime de tempo integral, conforme previsto no artigo 130 da CLT, garantindo a todos 30 dias de férias.

TRABALHO EXTRAORDINARIO
As denominadas "horas extras" referem-se ao trabalho extraordinário, também conhecido como "jornada
extraordinária" ou "sobrejornada". Isso envolve o tempo de trabalho realizado além da jornada regular. E quais são as
circunstâncias que possibilitam a extensão da jornada? A CLT contempla quatro situações que permitem a
sobrejornada: acordo de prorrogação, acordo de compensação, necessidade imperiosa e recuperação de tempo
perdido.

ACORDO DE PRORROGAÇÃO
O acordo de prorrogação consiste no ajuste em que o empregado manifesta a concordância com a prorrogação da
jornada, ou seja, concorda com a realização de horas extras.

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O acordo de prorrogação de jornada exige dois requisitos:

1) acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;

2) que a prorrogação seja de, no máximo, 02 horas por dia.

Vale destacar que o limite estabelecido é de 2 horas por dia. No entanto, mesmo que esse limite seja ultrapassado, o
empregado, embora esteja em uma situação ilegal, terá direito a receber essas horas com o adicional de horas extras.
Conforme a Súmula 376, I, do TST, a restrição legal para a jornada suplementar a duas horas diárias não isenta o
empregador da obrigação de remunerar todas as horas efetivamente trabalhadas.
Como calcular horas extras?

Ao calcular o montante das horas extras, utiliza-se o valor da data de pagamento. De acordo com a Súmula 347 do TST,
o cálculo das horas extras habituais, para efeitos de reflexos em verbas trabalhistas, leva em consideração o número de
horas efetivamente prestadas, sendo aplicado o valor do salário-hora vigente na época do pagamento dessas verbas.
É importante destacar que as horas extras habituais têm impacto em outras verbas, inclusive no cálculo das
gratificações semestrais, que são mais comuns entre os bancários, por exemplo. Conforme a Súmula 115 do TST, o
valor das horas extras habituais integra a remuneração do trabalhador para o cálculo das gratificações semestrais.
O que ocorre se as horas extras forem eliminadas?

Quando há um costume de pagar horas extras e essas horas extras são eliminadas, ou seja, não é mais necessário
trabalhar horas adicionais, o empregado terá direito a receber uma compensação equivalente ao valor de um mês das
horas eliminadas, proporcionalmente a um mês para cada ano. Essa eliminação pode ter sido total ou parcial.
Conforme a Súmula 291 do TST, a retirada total ou parcial, por parte do empregador, do trabalho suplementar
realizado de forma habitual, por no mínimo 1 (um) ano, garante ao empregado o direito à indenização correspondente
ao valor de 1 (um) mês das horas eliminadas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis
meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo considerará a média das horas extras nos últimos 12
(doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra no dia da eliminação.

ACORDO DE COMPENSAÇÃO
O §2º do art. 59 demonstra uma flexibilidade na regulamentação das horas extras, permitindo que o acréscimo salarial
seja dispensado sob certas condições. A dispensa está condicionada à existência de um acordo ou convenção coletiva
de trabalho que estabeleça a compensação do excesso de horas em um dia pela correspondente diminuição em outro
dia.

A lógica por trás dessa disposição é proporcionar uma alternativa à remuneração adicional por horas extras,
promovendo a flexibilidade na organização da jornada de trabalho. A compensação deve garantir que, ao longo de um

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ano, a soma das jornadas semanais de trabalho não ultrapasse os limites estabelecidos e que não seja excedido o limite
máximo de dez horas diárias de trabalho.
Essa abordagem visa conciliar os interesses tanto dos empregadores quanto dos empregados, possibilitando ajustes na
carga horária sem a necessidade de um pagamento adicional, desde que haja consenso através de acordos coletivos.
No entanto, é crucial que esses acordos respeitem os direitos e limites estabelecidos pela legislação trabalhista,
garantindo condições justas e equilibradas para ambas as partes.

IMPERATIVO NECESSÁRIO
A condição de "necessidade imperiosa" justifica o trabalho além da jornada regular, mesmo que não sejam seguidas
formalidades como acordos ou convenções coletivas. Uma necessidade é considerada imperiosa quando se depara
com uma das seguintes situações:
Força maior: evento imprevisível e inevitável por parte do empregador.

Não há uma limitação explícita quanto ao número de horas extras a serem realizadas, mas a doutrina sustenta a
premissa de que não deve haver abusos.

Serviços inadiáveis ou cuja não execução possa acarretar prejuízo manifesto ao trabalho que não pode ser adiado ou
deixado de ser realizado devido aos significativos prejuízos que pode ocasionar. Por exemplo, a urgência em
descarregar um caminhão com produtos perecíveis (não é possível esperar até o dia seguinte!). Nestes casos, há uma
limitação de 12 horas diárias.
Considere uma fábrica de alimentos enfrentando uma situação de força maior devido a uma inundação repentina na
região. A inundação impede o transporte de insumos e produtos acabados e causa danos à infraestrutura da fábrica.
Diante dessa situação imprevisível e inevitável, a empresa precisa adotar medidas extraordinárias para lidar com as
consequências da inundação.
Nesse contexto, a "necessidade imperiosa" possibilita que a empresa exija que seus colaboradores trabalhem além da
jornada regular para lidar com a situação de força maior. Não é exigido um acordo ou convenção coletiva formal para
autorizar o trabalho adicional, conforme estabelecido no artigo 61 da CLT.

RECUPERAÇÃO DE TEMPO PERDIDO


O mecanismo de recuperação de tempo perdido, também conhecido como "prorrogação para reposição de
paralisações empresariais", está delineado na CLT da seguinte maneira:

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Conforme o Art. 61, § 3º, CLT, sempre que houver interrupção do trabalho decorrente de causas acidentais ou de força
maior, que resultem na impossibilidade de sua execução, a duração da jornada de trabalho pode ser estendida pelo
tempo necessário, limitado a um máximo de 2 (duas) horas, ao longo do número de dias essenciais para a recuperação
do tempo perdido. Essa prorrogação não deve ultrapassar 10 (dez) horas diárias, em um período não superior a 45
(quarenta e cinco) dias por ano. Vale ressaltar que a recuperação está sujeita à prévia autorização da autoridade
competente.
Por exemplo, em caso de um incêndio que resulte no fechamento temporário de uma empresa, ao reabrir, pode haver
uma carga significativa de trabalho para recuperar o tempo perdido. Nesse cenário, os funcionários podem realizar
horas extras pelo tempo necessário, acrescentando, no máximo, 2 horas por dia, sem ultrapassar a jornada de 10 horas
diárias. Essa prática está limitada a um período máximo de 45 dias por ano e requer a autorização prévia da autoridade
competente.

ESCALA DE 12X36
A escala 12 por 36 implica em um período de trabalho de 12 horas consecutivas, com uma hora de intervalo para
refeição e descanso. Embora ultrapasse o limite legal de 8 horas diárias, não resulta no pagamento de horas extras, pois
é seguido por um descanso prolongado de 36 horas. Essencialmente, os empregados trabalham "dia sim, dia não".

Antes da Reforma Trabalhista, a aplicação da escala 12 por 36 estava condicionada à previsão em lei, acordo coletivo ou
convenção coletiva, conforme estabelecido pela Súmula 444 do TST. Contudo, o artigo 59-A da CLT, introduzido pela
Reforma Trabalhista, agora autoriza a adoção da jornada "12 por 36" por meio de acordo individual escrito.
A Reforma Trabalhista trouxe algumas mudanças que têm gerado críticas por afetarem negativamente os
trabalhadores:

O artigo 59-A indica que os intervalos para repouso e alimentação podem ser observados ou indenizados,
possibilitando que o empregado usufrua de um tempo reduzido de intervalo, desde que devidamente
compensado financeiramente pelo empregador.
Em situações normais, o trabalho em feriados ou no descanso semanal remunerado resulta em pagamento
em dobro. No entanto, para quem trabalha na escala 12 por 36, esse pagamento em dobro não é devido,
pois presume-se que a remuneração mensal já engloba tais compensações.
A escala 12 por 36 não gera direito ao adicional noturno decorrente da prorrogação da jornada para o
período diurno, ao contrário do que ocorre em jornadas convencionais.
No caso de atividades insalubres, normalmente, a prorrogação da jornada requer licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho. Contudo, para a escala 12 por 36, essa
exigência de licença prévia não se aplica.

Estas alterações têm sido criticadas por especialistas jurídicos devido ao impacto desfavorável que podem ter sobre os
direitos e condições de trabalho dos empregados.

PERIODOS DE DESCANSO
Intervalo intrajornada

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A pausa intrajornada representa os momentos de descanso durante a jornada de trabalho, destinados ao repouso e
alimentação do trabalhador (o popular "horário de almoço"). Esses períodos não são contabilizados na jornada laboral
e, por conseguinte, não são remunerados, caracterizando-se como intervalos de suspensão contratual.

ANTES DA LEI 13.467/2017 DEPOIS DA LEI 13.467/2017

Art. 71. [...] Art. 71 [...]

§4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, §4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo
previsto neste artigo, não for concedido pelo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregador, este ficará obrigado a remunerar o empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
período correspondente com um acréscimo de no natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho. normal de trabalho.

Conforme mencionado, a extensão do descanso intrajornada varia de acordo com a duração da jornada de trabalho.
Assim, o empregado que cumprir uma jornada diária de até 4 horas não terá direito ao descanso intrajornada. Por
outro lado, aquele que trabalhar mais de 4 horas e menos de 6 horas terá direito a 15 minutos de descanso. Por fim, o
empregado que laborar mais de 6 horas por dia terá direito a um intervalo intrajornada de, no mínimo, 1 hora e, no
máximo, 2 horas.
Entretanto, existem algumas situações especiais de descanso intrajornada:

Intervalo da mulher: Anteriormente previsto no art. 384, CLT, estipulava 15 minutos de descanso
intrajornada antes do início das horas extras. Esse intervalo foi revogado pela Reforma Trabalhista.
Amamentação (art. 398, CLT): A empregada lactante terá direito a 30 minutos de intervalo, duas vezes ao
dia, por seis meses, para fins de amamentação.
Mecanografia e digitador (art. 72, CLT): Esses empregados terão direito a intervalo de 10 minutos a cada
90 minutos de trabalho. Equiparam-se aos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo)
os de digitação, conforme Súmula 346, TST.
Telefonia e telegrafia submarina (art. 229, CLT): Se a jornada desses empregados for variável (com um
máximo de 7 horas), terão direito a 20 minutos de descanso a cada 3 horas de trabalho.
Câmara frigorífica (art. 253, CLT): Os empregados de câmaras frigoríficas terão direito a intervalo de 20
minutos a cada 1 hora e 40 minutos de trabalho. Este intervalo é estendido aos trabalhos realizados em
ambientes artificialmente frios (Súmula 438, TST).
Minas e subsolo (art. 298, CLT): Os empregados de minas e subsolos terão direito a 15 minutos de intervalo
a cada 3 horas de trabalho.
Intervalo do rural (art. 5º da Lei Federal nº 5.889/73): Se o trabalho rural ultrapassar 6 horas diárias, o
intervalo será determinado pelos usos e costumes da região, mas deve ser, no mínimo, de 1 hora, conforme o
Decreto Federal nº 73.626/74.
Intervalo do doméstico (art. 13 da Lei Complementar nº 150/2015): O intervalo para o doméstico seguirá
a regra geral, mas pode ser reduzido para 30 minutos por acordo escrito. Se o doméstico residir no local de
trabalho, o intervalo pode ser fracionado em dois períodos de 1 a 2 horas cada (máximo de 4 horas por dia).
Intervalo por liberalidade do empregador (Súmula 118, TST): Se for adicionado ao final da jornada, sem
previsão legal, é considerado tempo à disposição e remunerado como serviço extraordinário.

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E se o empregador não conceder os intervalos previstos em lei ou concedê-los em período inferior ao


legalmente previsto?
Em tais circunstâncias, o empregador é obrigado a remunerar o período não concedido, acrescentando 50% ao valor
da remuneração por hora de trabalho normal. Esse pagamento é classificado como indenizatório.
De acordo com o Artigo 71, Parágrafo 4º, da CLT, a não concessão ou concessão parcial do intervalo intrajornada
mínimo para repouso e alimentação a empregados urbanos e rurais resulta no pagamento indenizatório apenas do
período não concedido, com um adicional de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Este dispositivo introduziu duas mudanças significativas com a Reforma Trabalhista:

A natureza desse pagamento, que anteriormente era considerada salarial, agora é indenizatória, implicando que não
acarretará reflexos em FGTS e INSS, por exemplo.
Antes da Reforma, o pagamento deveria corresponder ao período total do intervalo, independentemente de quantos
minutos fossem suprimidos. Atualmente, a compensação é feita apenas para o período efetivamente não concedido.
Intervalo interjornada

O intervalo interjornada refere-se ao período de descanso entre uma jornada e outra, ou seja, o intervalo "entre
jornadas", entre um dia de trabalho e o próximo. De acordo com o Artigo 66 da CLT, esse intervalo deve ser de, no
mínimo, 11 horas consecutivas.
Concretizando essa disposição, se uma jornada se suceder à outra antes de transcorridas 11 horas, o empregador deve
remunerar as horas que faltaram para completar o período mínimo como horas extras. Essa regra é respaldada pela
Orientação Jurisprudencial 355 da SDI-1 do TST.
Conforme a OJ 355, o desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas, conforme previsto no Artigo 66 da CLT, acarreta
os mesmos efeitos previstos no § 4º do Artigo 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST. Portanto, deve-se remunerar
integralmente as horas subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional, conforme o entendimento atual de
que o pagamento é de natureza indenizatória.
Na prática, isso implica que uma vez por semana, o empregado terá um descanso mínimo de 35 horas consecutivas, já
que o intervalo interjornada não se confunde com o DSR (Descanso Semanal Remunerado), devendo ser somado a
este. Assim, além do DSR de 24 horas, haverá o intervalo interjornada de 11 horas, totalizando 35 horas de descanso.
Férias

No período de férias, não ocorre a prestação de serviços, mas o salário é pago, e o tempo é considerado para todos os
efeitos, caracterizando uma interrupção do contrato de trabalho. Em uma questão da banca FCC, o objetivo das férias
foi descrito como a preservação da saúde e integridade física do empregado, visando recuperar energias para seu
retorno ao trabalho em condições físicas e mentais aprimoradas.
O direito às férias e sua duração são garantidos a todo empregado, sendo que, em geral, o período é de 30 dias,
inclusive para os empregados em regime de tempo parcial (antes da Reforma Trabalhista, esses empregados não
tinham direito a 30 dias de férias).
O Artigo 129 da CLT estabelece que todo empregado tem direito anualmente a um período de férias, sem prejuízo da
remuneração. Esse direito não pode ser reduzido ou eliminado por norma coletiva, conforme estipulado pelo Artigo
611-B da CLT.
No entanto, o período de 30 dias pode ser reduzido em razão de ausências injustificadas do empregado. Uma
tolerância de até 5 faltas é permitida, ou seja, se o empregado faltar até 5 dias sem justificativa, ele ainda manterá o
direito a 30 dias de férias.
O § 1º do Artigo 134 permite o fracionamento das férias, desde que haja concordância do empregado. Nesse
caso, as férias podem ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a quatorze
dias corridos, e os demais não podem ser inferiores a cinco dias corridos cada um.

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

CONCEITO DE PRESCRIÇÃO

O conceito de prescrição pode ser definido como um fenômeno jurídico que se materializa em virtude da inatividade
do titular de um direito, que deixa de exercê-lo ao longo do tempo estabelecido pela legislação aplicável. Esse
lapso temporal, conhecido como prazo prescricional, representa não apenas a passagem do tempo, mas também a
expectativa de que o detentor do direito o exerça dentro de um período razoável.
A prescrição surge como uma consequência da inércia do titular do direito, que, por não buscar a tutela ou satisfação
de sua pretensão, permite que o tempo transcorra até atingir o limite estabelecido por lei. Esse instituto legal tem como
finalidade promover a segurança jurídica e a estabilidade nas relações sociais, evitando que situações pendentes
perdurem indefinidamente.
Dessa forma, a prescrição não apenas reflete a passagem do tempo, mas também representa a renúncia tácita ou a
negligência do titular do direito em exercê-lo, permitindo que o ordenamento jurídico estabeleça um ponto em que a
pretensão perde sua eficácia. Essa abordagem busca equilibrar a necessidade de proteção dos direitos com a
imperativa demanda por estabilidade nas relações sociais, fornecendo um mecanismo para encerrar controvérsias e
garantir a previsibilidade no âmbito jurídico.
EXEMPLO: Vamos considerar um exemplo de prescrição no âmbito do direito do trabalho. Suponhamos que um
trabalhador tenha sido demitido injustamente em 1º de janeiro de 2018. No contexto trabalhista, existe um prazo
prescricional para ajuizar ação trabalhista em casos de rescisão do contrato de trabalho.

Data da Demissão Injusta: 1º de janeiro de 2018

Prazo Prescricional: 2 anos (supondo uma legislação hipotética)

De acordo com a legislação fictícia deste exemplo, o trabalhador teria até o dia 1º de janeiro de 2020 para ingressar
com uma reclamação trabalhista contra o empregador, buscando os direitos decorrentes da demissão injusta. Se o
trabalhador não tomar nenhuma medida legal até o final desse prazo, seu direito de pleitear ações relacionadas à
demissão estará prescrito.
Destaca-se a relevância de observar que o prazo prescricional tem início somente a partir da data em que se
encerra o período de aviso prévio. Assim, no cenário mencionado anteriormente, já se considera computado o
término do aviso prévio.

TIPOS DE PRESCRIÇÃO

O prazo para ajuizar reclamação trabalhista está previsto na Constituição Federal e na CLT, nos seguintes termos:

Art. 7º, CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (…)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Art. 11, CLT - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. A prescrição é um
assunto de ordem pública e seus prazos não podem ser reduzidos, tampouco suprimidos por negociação coletiva.

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Art. 611-B, CLT - Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a
supressão ou a redução dos seguintes direitos: (...) XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho
Observe que esses artigos estabelecem dois períodos distintos: 02 anos (prescrição bienal) e 05 anos (prescrição
quinquenal).

PRESCRIÇÃO BIENAL

O prazo de dois anos, conhecido como "prescrição bienal", é calculado a partir da rescisão do contrato de trabalho.
Após esse período, o direito do trabalhador de reivindicar verbas e direitos trabalhistas se extingue.
OJ 83, SDI-1,TST - A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.

A Orientação Jurisprudencial (OJ) 83 da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho (TST) estabelece que o prazo prescricional no contexto trabalhista tem seu início ao final da data de
término do aviso prévio.
Essa orientação é relevante para determinar quando se inicia o prazo para o trabalhador pleitear seus direitos perante a
Justiça do Trabalho. O aviso prévio, que é o período de antecedência comunicado pela parte que deseja rescindir o
contrato de trabalho, pode ser trabalhado ou indenizado. A OJ 83 esclarece que, em ambos os casos, o prazo
prescricional começa a contar ao final desse período.
Dessa forma, se um trabalhador pretende ajuizar uma ação relacionada a direitos trabalhistas após a rescisão do
contrato, ele deve estar ciente de que o prazo prescricional terá início após o término do aviso prévio, conforme
determinado pela jurisprudência consolidada no âmbito do TST.
Súmula 382, TST - A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato
de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.
A Súmula 382 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece uma diretriz específica relacionada à transição do
regime jurídico de celetista para estatutário no contexto trabalhista. Ela determina que essa mudança implica na
extinção do contrato de trabalho, e o prazo de prescrição bienal começa a fluir a partir do momento da alteração
de regime.
Essa súmula clarifica como a alteração no vínculo empregatício, quando um trabalhador deixa de ser regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para ingressar no regime estatutário, afeta a contagem do prazo prescricional.
A prescrição bienal é o período estabelecido por lei para que o trabalhador reivindique seus direitos decorrentes do
contrato de trabalho após a sua extinção.
Portanto, de acordo com a Súmula 382, a prescrição bienal terá início a partir da mudança de regime, ou seja, no
momento em que o trabalhador deixa o regime celetista para se submeter ao regime estatutário. Esse entendimento
busca oferecer clareza e uniformidade na interpretação das situações envolvendo a transição de regimes jurídicos e
seus reflexos nos prazos prescricionais no âmbito trabalhista.
Súmula 350, TST - O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui apenas
da data de seu trânsito em julgado.
A Súmula 350 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece uma regra específica relacionada ao prazo de
prescrição no contexto das ações de cumprimento de decisão normativa. Essa súmula esclarece que o prazo para
ajuizar a ação de cumprimento tem início apenas a partir da data em que a decisão normativa transitou em
julgado.
O trânsito em julgado de uma decisão ocorre quando não há mais a possibilidade de interposição de recursos,
tornando a decisão judicial definitiva. Em outras palavras, o prazo de prescrição para buscar o cumprimento de decisão
normativa não começa a correr imediatamente após a prolação da decisão, mas sim a partir do momento em que ela se
torna definitiva, sem possibilidade de alteração por meio de recursos.

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Essa regra tem o objetivo de conferir segurança jurídica e previsibilidade nas situações em que se busca o cumprimento
de decisões normativas trabalhistas. Ao estabelecer que o prazo prescricional se inicia apenas após o trânsito em
julgado, a Súmula 350 busca garantir que as partes envolvidas tenham um período determinado e claro para buscar a
efetivação da decisão normativa perante a Justiça do Trabalho.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

O período de cinco anos, denominado "prescrição quinquenal", é computado a partir da data em que a ação é
protocolada. Assim, o trabalhador terá a possibilidade de reivindicar os direitos referentes aos últimos cinco anos.
EXEMPLO: Suponha que um trabalhador tenha trabalhado em uma empresa por um período de 10 anos, de 2010 a
2020, e durante esse tempo, ele não recebeu corretamente o pagamento de horas extras. Se ele decide ajuizar uma
ação judicial para reivindicar esses direitos, a prescrição quinquenal estabelece que ele só pode pleitear as horas extras
dos últimos cinco anos, ou seja, do período de 2015 a 2020.

Período de Trabalho: 2010 a 2020

Prazo Prescricional (Prescrição Quinquenal): 5 anos

Nesse caso, ao entrar com a ação judicial em 2021, o trabalhador poderá exigir o pagamento das horas extras
referentes aos últimos cinco anos (2015 a 2020). Qualquer direito não reclamado no período de 2010 a 2014 estará
prescrito de acordo com a prescrição quinquenal, pois já ultrapassou o limite de cinco anos a partir do momento em
que poderiam ter sido exigidos judicialmente.

Prescrição do FGTS

Inicialmente, a prescrição do FGTS era trintenária (30 anos). Posteriormente, o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
emitiu a Súmula 362 com o intuito de esclarecer que, a partir da data da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), a prescrição para reclamações relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seria
sempre de natureza quinquenal. A Súmula detalhou como seriam tratados os prazos prescricionais que já estavam em
curso naquele momento. Vejamos:

I – Para casos nos quais a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, o direito de reclamar contra o
não-recolhimento de contribuição para o FGTS prescreverá em cinco anos, observado o prazo de dois
anos após o término do contrato;
II – Para casos nos quais o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplicar-se-á o prazo
prescricional que se completar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir
de 13.11.2014.

Dessa forma, a partir de 13/11/2014, o STF determinou que a prescrição para questões relacionadas ao FGTS
também seguiria o prazo quinquenal, alinhando-se com o tratamento aplicado a outros direitos.

PRESCRIÇÃO DAS FÉRIAS

Art. 149, CLT - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva
remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 [período concessivo] ou, se for o caso, da
cessação do contrato de trabalho.

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CAUSAS IMPEDITIVAS E SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO

As causas impeditivas e suspensivas atuam de modo direto sobre o efeito prescricional, ora inviabilizando
juridicamente a contagem do prazo da prescrição (causas impeditivas), ora sustando a contagem do prazo
prescricional (causas suspensivas).
Os arts. 197 a 199 do Código Civil disciplinam as causas impeditivas e suspensivas no Direito Civil, as quais são
também aplicáveis ao Direito do Trabalho.
Entretanto, importante ressaltar algumas adequações próprias da CLT, quais sejam:

Art. 440. Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.

Enquanto o Código Civil estabelece que a prescrição não corre apenas contra os (absolutamente)
incapazes (ou seja, menores de 16 anos), a CLT dispõe que, no âmbito trabalhista, nenhum prazo
de prescrição corre contra os menores de 18 anos, ou seja, a legislação trabalhista salvaguarda a
prescrição dos relativamente incapazes.

Merecem ainda destaque as seguintes especificidades da legislação trabalhista no que tange os prazos de prescrição:

Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de


Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da
ação quanto aos direitos nela especificados.

CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO

Existem as causas que bloqueiam o curso do prazo prescricional já iniciado, o qual volta a fluir por inteiro uma vez
expirada a causa de interrupção. São as causas interruptivas da prescrição, instituto mencionado no art. 11, § 3º da CLT:

Art.11. [...] §3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do
mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.

A Orientação Jurisprudencial (OJ) 375 da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior
do Trabalho (TST) esclarece um aspecto importante em relação à suspensão do contrato de trabalho decorrente do
recebimento de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
OJ 375, SDI-1, TST - A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do auxílio-doença ou da
aposentadoria por invalidez, não impede a fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta
impossibilidade de acesso ao Judiciário.
A OJ 375 estabelece que, em geral, a suspensão do contrato de trabalho em razão do recebimento desses benefícios
previdenciários não impede a contagem do prazo prescricional quinquenal. Isso significa que o tempo em que o
contrato de trabalho está suspenso não é computado para efeitos da prescrição quinquenal.
No entanto, a OJ faz uma ressalva importante: a suspensão do contrato não impede a fluência do prazo
prescricional, a menos que haja uma "absoluta impossibilidade de acesso ao Judiciário". Isso significa que, em
circunstâncias em que o trabalhador, devido a condições excepcionais, esteja absolutamente impossibilitado de buscar

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seus direitos na Justiça durante o período de suspensão do contrato (por exemplo, devido a grave enfermidade), o
prazo prescricional pode ser suspenso nesses casos específicos.

Portanto, a OJ 375 destaca a regra geral de que a suspensão do contrato não paralisa o prazo prescricional,
exceto em situações de absoluta impossibilidade de acesso ao Judiciário, garantindo, assim, uma proteção
mínima ao direito de ação do trabalhador em casos específicos de extrema dificuldade.

Esquematizando:

TIPO DE
EFEITO NA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL
CAUSA

Causas
Impedem o início da contagem do prazo prescricional.
Impeditivas

Suspendem o prazo prescricional; isto é, a contagem para de ocorrer durante a vigência da


Causas
causa suspensiva. Quando a causa suspensiva é removida, o prazo volta a "correr" de onde
Suspensivas
parou.

Similar às causas suspensivas, interrompem a contagem do prazo enquanto persistem. A


Causas
diferença é que, ao contrário das causas suspensivas, quando a causa interruptiva cessa, o
Interruptivas
prazo recomeça do início.

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

Art. 11-A, CLT - Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação
judicial no curso da execução.
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de
jurisdição.
A prescrição intercorrente se materializa quando o processo fica parado por dois anos, especificamente na fase de
execução, que se inicia após a prolação da Sentença.
O prazo prescricional intercorrente começa a contar quando o exequente, geralmente o empregado, deixa de cumprir
uma ordem judicial durante a execução, resultando na inatividade do processo. A declaração da prescrição
intercorrente pode ser solicitada ou determinada de ofício em qualquer instância judiciária.

AÇÃO DECLARATÓRIA

Art. 11, CLT - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.

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§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social.
Ações declaratórias de direitos são consideradas imprescritíveis, sendo um exemplo destacado o direito às
anotações na Carteira de Trabalho. Conforme o Art. 11 da CLT, a pretensão relacionada a créditos oriundos das relações
de trabalho prescreve em cinco anos para trabalhadores urbanos e rurais, limitando-se a dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
É importante observar que essa prescrição não se aplica às ações que tenham como objetivo realizar anotações para
fins de comprovação junto à Previdência Social. Portanto, se um empregado consegue comprovar um vínculo de
emprego após o término do prazo prescricional, ele não terá mais direito aos pagamentos decorrentes desse vínculo,
mas manterá o direito às anotações do registro na carteira de trabalho. Esse direito é considerado imprescritível, o que
significa que não está sujeito à prescrição.
Dessa forma, a ação declaratória é, por conseguinte, um direito imprescritível, garantindo ao trabalhador a
possibilidade de buscar a devida anotação na carteira de trabalho mesmo após o transcurso do prazo prescricional para
outros créditos trabalhistas.

DECADÊNCIA

Vimos que a prescrição afeta a pretensão do trabalhador, significando que o direito ainda persiste, mas não pode mais
ser demandado judicialmente.
A decadência, por outro lado, encerra o próprio direito devido à passagem do tempo. Ela incide especialmente sobre
direitos potestativos, que são aqueles que envolvem uma faculdade, ou seja, a liberdade individual de exercer ou não
determinado direito.
Art. 853, CLT - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com
estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias,
contados da data da suspensão do empregado.
Súmula 403, STF - É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a contar da
suspensão, por falta grave, de empregado estável.

30 dias para o empregador ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de
emprego.

Súmula 62, TST - O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que
incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao
serviço.

02 anos para ajuizar ação rescisória (contados do trânsito em julgado da última decisão proferida na
causa, seja de mérito ou não. No caso de acordo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua
homologação judicial).

Súmula 100, TST, I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subsequente ao
trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. (…)
V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT.

Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial.

120 dias para ajuizar mandado de segurança.

05 dias para opor embargos à execução.

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QUESTÕES COMENTADAS
CESPE / CEBRASPE - 2023 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa (Reaplicação)

Thiago reside na capital e gasta, diariamente, em média, uma hora e trinta minutos para se deslocar do seu domicílio até
a empresa onde trabalha, que está localizada em uma região metropolitana.
Nessa situação hipotética, de acordo com as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o tempo de
deslocamento despendido por Thiago desde seu domicílio até a empresa
A. Será computado na jornada de trabalho, se a empresa oferecer serviço de transporte a Thiago.

B. Será computado na jornada de trabalho, porque a empresa se localiza em região metropolitana e Thiago reside na
capital.
C. Não será computado na jornada de trabalho, mas será remunerado se a empresa se situar em local de difícil acesso.

D. Será computado na jornada de trabalho, já que é superior a sessenta minutos.

E. Não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

RESOLUÇÃO: Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de
ponto não excedentes de 5 (cinco) minutos, observado o limite máximo de 10 (dez) minutos diários.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador
GABARITO: Letra E

2) Prova: FEPESE - 2023 - EMASA-SC - Analista de Recursos Humanos

Assinale a alternativa correta considerando a legislação trabalhista.

A. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, por meio de transporte fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho, por ser
considerado tempo à disposição do empregador.
B. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, será computado
na jornada de trabalho e compensado na forma de banco de horas.
C. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, por meio de transporte fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho, no caso de o
empregador pertencer a categorias de mineradoras, garimpos e limpeza urbana.
D. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

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E. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho para trabalhadores que assinaram contrato de trabalho a partir do ano 2017, ano
em que ocorreu a denominada reforma trabalhista.
Parte superior do formulárioRESOLUÇÃO: CLT. Art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador.
GABARITO: Letra D

3) Prova: FEPESE - 2023 - EMASA-SC - Analista de Recursos Humanos

Analise as afirmativas abaixo considerando a legislação trabalhista.

O trabalho aos domingos é permitido, desde que haja acordo entre as partes ou aprovação por convenção
coletiva de trabalho.
O trabalho aos domingos e feriados deve ser remunerado com acréscimo de, no mínimo, 100% sobre o valor
da hora normal de trabalho.
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais,
com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas suplementares semanais.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A. É correta apenas a afirmativa 1.

B. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.

C. São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.

D. São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

E. São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

Parte superior do formulárioRESOLUÇÃO: A afirmativa 1 está de acordo com a Lei 11.603/2007, que dispõe que é
permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de
trabalho e observada a legislação municipal.
A afirmativa 2 está incorreta, pois o acréscimo para o trabalho aos domingos e feriados é de 50%, e não de 100%, sobre
o salário-hora normal, conforme o artigo 7º da Lei 605/49.
A afirmativa 3 está de desacordo com a Lei 13.467/2017, que alterou o artigo 58-A da CLT e estabeleceu duas formas de
contratação em regime de tempo parcial: uma de até 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas extras, e outra de
até 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas extras por semana.
GABARITO: Letra A

4) Prova: IADES - 2023 - CRF-TO - Advogado

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Assinale a alternativa que indica direito dos trabalhadores urbanos e rurais, expressamente dispostos na Constituição
Federal.
A. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos.

B. Garantia de salário, nunca inferior a 50% do salário mínimo, para os que percebem remuneração variável.

C. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário ou pedido de demissão.

D. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei.

E. Gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos 50% a mais do que o salário normal.

RESOLUÇÃO: A) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos. (R = Art. 7º, XV, da CF -
repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;)
B) Garantia de salário, nunca inferior a 50% do salário mínimo, para os que percebem remuneração variável. (R = Art.
7º, VII, da CF - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;)
C) Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário ou pedido de demissão. (R = Art. 7º, II, da CF - seguro-
desemprego, em caso de desemprego involuntário;)
D) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei. (R = Art. 7º, XXI, da
CF - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;)
E) Gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos 50% a mais do que o salário normal. (R = Art. 7º, XVII, da CF -
gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;)
GABARITO: Letra D

5) FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário - Área Administrativa – 2018

Valéria, empregada da empresa “R”, está preocupada com as mudanças ocorridas na Consolidação das Leis do
Trabalho, notadamente com o seu intervalo para repouso ou alimentação. Considerando que ela possui jornada de
trabalho diária de cinco horas, o seu intervalo para repouso ou alimentação
a) continua sendo obrigatório de, no mínimo, quinze minutos.

b) continua sendo obrigatório de, no mínimo, trinta minutos.

c) continua sendo obrigatório de, no mínimo, vinte minutos.

d) passou a ser obrigatório de, no mínimo, uma hora.

e) passou a ser obrigatório de, no mínimo, trinta minutos.

RESOLUÇÃO: Como a jornada de Valéria é de 05 horas, ela faz jus a 15 minutos de intervalo intrajornada. Trata-se de
intervalo
obrigatório, previsto no artigo 71 da CLT.

Art. 71, CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de

um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou

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contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)

minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

Gabarito: Letra A

6) CC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário - Área Judiciária – 2017

Durante o período aquisitivo das férias 2016/2017, Perseu ausentou-se do serviço por 1 dia para acompanhar filho de
cinco anos em consulta médica, por 2 dias consecutivos em razão de falecimento do seu irmão e 2 dias realizando
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. Nessa situação hipotética, em relação ao
referido período Perseu terá direito ao gozo de férias na seguinte proporção:
a) 18 dias corridos.

b) 20 dias corridos.

c) 30 dias corridos.

d) 24 dias corridos.

e) 25 dias corridos.

RESOLUÇÃO: O empregado que falta ao serviço até 5 vezes gozará de 30 dias de férias. A ausência de Perseu em
razãode falecimento do seu irmão, de realização de exame vestibular bem como para conduzir seu filho à consulta
médica não são consideradas faltas.
Art. 130, CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá

direito a férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;

Art. 131, CLT - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:

I - nos casos referidos no art. 473; Art. 473, CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo
do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que,
declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior.
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.

Gabarito: Letra C

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QUESTÕES COMENTADAS
1. CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Advogado

K promoveu reclamação trabalhista em face de JJ S/A, sendo seu pedido julgado procedente. Iniciada a
execução, constata-se que a ré não possui patrimônio. O processo veio a ser suspenso por um ano. Após o
período de suspensão, manteve-se inalterada a situação patrimonial da executada.
Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, pode ser declarada a prescrição intercorrente, não cumprida
pelo exequente da ordem judicial, sendo o prazo estabelecido de inércia de, no mínimo:
A. três meses

B. seis meses

C. nove meses

D. um ano

E. dois anos

RESOLUÇÃO: O artigo 11-A da CLT nos informa que ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no
prazo de dois anos. O parágrafo 1º deste dispositivo complementa que a fluência do prazo prescricional intercorrente
se inicia quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução.
GABARITO: Letra E

2. CESGRANRIO - 2018 - Petrobras - Advogado Júnior

Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no
prazo de:
A. 1 ano

B. 2 anos

C. 3 anos

D. 4 anos

E. 5 anos

RESOLUÇÃO: Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação
judicial no curso da execução.
§ 2ºA declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de
jurisdição.
GABARITO: Letra B

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3. CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal

A prescrição trabalhista é conceituada como a perda do direito de ação ocasionada pelo transcurso do tempo,
em razão de seu titular não o ter exercido.
Em relação a esse tema, considere as afirmativas a seguir:

I - A prescrição trabalhista é sempre de 2 anos a partir do término do contrato de trabalho, atingindo as parcelas
relativas aos 5 anos anteriores, ou de 5 anos durante a vigência do contrato de trabalho.
II - A prescrição implica a decadência trabalhista, já que na prescrição o direito sequer chegou a “nascer” e na
decadência o direito existe, mas não pode ser exigido.
III - O prazo para o empregador apresentar reclamação por escrito à Junta ou ao Juízo de Direito para abertura
de inquérito judicial para apurar falta grave cometida por empregado estável é de 60 dias, contados da data da
suspensão do empregado.
É correto o que se afirma em:

A. I, apenas.

B. I e II, apenas.

C. I e III, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

RESOLUÇÃO: I - A prescrição trabalhista é sempre de 2 anos a partir do término do contrato de trabalho, atingindo as
parcelas relativas aos 5 anos anteriores, ou de 5 anos durante a vigência do contrato de trabalho.

II - Decadência é a extinção do direito pela inércia do seu titular quando sua eficácia foi, na origem, subordinada à
condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado e este se esgotou sem que o exercício se verificasse. Costuma-
se distinguir prescrição e decadência dizendo que aquela refere-se ao direito de ação e esta ao direito propriamente
dito. Em outras palavras: na prescrição o direito existe mas não pode ser exigido; na decadência o direito sequer
chegou a "nascer".

III- Inquérito para apuração de falta grave:


O prazo para abertura de inquérito judicial para apuração de falta grave cometida por empregado estável, nos termos
do que disposto no art. 853 da CLT: Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado
garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30
(trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
GABARITO: Letra A

4. CESGRANRIO - 2011 - FINEP - Analista - Jurídica

A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração,


conforme o art. 149 da CLT, é contada do
A. término do primeiro período aquisitivo de férias.

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B. término do gozo das férias das quais se pretende reclamar em Juízo.

C. término da relação de emprego, independentemente do gozo anual de férias.

D. término do período concessivo, quando o empregador fica em mora quanto à concessão ou pagamento das férias.

E. término do período aquisitivo, quando o empregador fica em mora quanto à concessão ou pagamento das férias.

RESOLUÇÃO: CLT. Art. 149. A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva
remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de
trabalho.
CLT. Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito [= período concessivo].
GABARITO: Letra D

5. VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município

Sobre prescrição no direito do trabalho, nos termos da CLT, assinale a alternativa correta.

A. Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de descumprimento do


pactuado, a prescrição é parcial.
B. A interrupção da prescrição ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, salvo se em juízo incompetente,
ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito.
C. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos.

D. A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.

E. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em dois anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho.
RESOLUÇÃO: A) Art. 11, § 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de
alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também
assegurado por preceito de lei.
B) Art. § 3 A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em
juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
C) Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

D) Art. 11-A. § 2 A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau
de jurisdição.
E) Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
GABARITO: Letra D

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6. PROMUN - 2023 - Câmara de Roseira - SP - Procurador Jurídico

O direito de reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS tem prescrição:

A. Quinquenal, observando-se os casos em que o prazo prescricional já estava em curso até 13.11.2014.

B. Quinquenal, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho, para os casos em que a ciência
da lesão ocorreu até 13.11.2014.
C. Quinquenal, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho, para os casos em que a ciência
da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014.
D. Trintenária, observando-se os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014.

RESOLUÇÃO: Súmula nº 362 do TST: FGTS. Prescrição.

I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de
reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do
contrato;
II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se
consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-
709212/DF).
GABARITO: Letra C

7. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Marília - SP - Procurador Jurídico

Sobre prescrição, assinale a alternativa de acordo com a CLT.

A. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
B. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de um ano.

C. A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando as partes deixam de movimentar o processo no
prazo de doze meses.
D. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, desde que em juízo
competente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos
idênticos.
E. A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida em qualquer grau de jurisdição, não podendo ser
declarada de ofício.
RESOLUÇÃO: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social.
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou
descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por
preceito de lei.

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§ 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação
judicial no curso da execução.
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de
jurisdição.
GABARITO: Letra A

8. Prova: VUNESP - 2023 - CAMPREV - SP - Procurador

Conforme entendimento do TST, sobre prescrição e decadência no Direito do Trabalho, é correto afirmar que

A. será conhecida a prescrição, ainda que não arguida na instância ordinária.

B. a prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.

C. o prazo que o empregador tem para ajuizar inquérito em face de conduta do empregado que abandona o emprego é
decadencial e se conta a partir do primeiro ato considerado como faltoso.
D. a prescrição para reclamar contra anotação de carteira profissional, ou omissão dessa, flui da data de admissão no
contrato de trabalho.
E. se conta o prazo decadencial da ação rescisória após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do
recurso extraordinário, ainda que não tenha esgotado todas as vias recursais ordinárias.
RESOLUÇÃO: A - Súmula 153 do TST: Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária

B - OJ 83 da SDI-1 do TST: A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.

C - súmula 62 do TST: O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado
que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao
serviço.
D - Art. 11, da CLT: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social.
E - Súmula 100, X, do TST: Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal previsto
para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias
GABARITO: Letra B

9. VUNESP - 2022 - PRUDENCO - Advogado Pleno

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Considerando expressa previsão na CLT, assinale a alternativa que trata corretamente sobre prescrição e
decadência.
A. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, desde que em juízo
competente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos em relação a todos os pedidos.
B. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

C. A declaração da prescrição intercorrente não pode ser declarada de ofício.

D. O prazo decadencial para a propositura de inquérito judicial para apuração de falta grave é de até 60 (sessenta) dias,
contados da data da suspensão do empregado.
E. Não há que se falar em prescrição intercorrente no processo do trabalho, por falta de previsão legal.

RESOLUÇÃO: LETRA A - ERRADA

Ocorrerá a interrupção da prescrição ainda que o juízo seja incompetente, conforme art. 11, §3º, da CLT:

"Art. 11 [...]

§ 3 A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos."
LETRA B - CERTA

Conforme art. 11-A da CLT:

"Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos."

LETRA C - ERRADA

Conforme §2º do art. 11-A da CLT:

"Art. 11-A [...]

§ 2 A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição."

LETRA D - ERRADA

O prazo é de 30 dias, conforme art. 853 da CLT:

"Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade,
o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da
data da suspensão do empregado."
LETRA E - ERRADA

Conforme demonstrado acima, o art. 11-A, introduzido na CLT pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista), admite a
prescrição intercorrente no processo do trabalho. Por consequência, fica superada a Súmula 114 do TST, que assim
dispõe:
"SÚMULA 114. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente."

GABARITO: Letra B

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10. VUNESP - 2022 - Docas - PB - Advogado

De acordo com a CLT, assinale a alternativa que trata corretamente de decadência e prescrição no direito do trabalho.

A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos.

B. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
C. A prescrição intercorrente não pode ser declarada de ofício.

D. Em período de recesso forense, os prazos decadenciais ficam suspensos.

E. A prescrição intercorrente não é cabível em processos trabalhistas.

RESOLUÇÃO: LETRA A (ERRADA): Art. 11-A DA CLT: Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no
prazo de dois anos.
LETRA B (CERTA): Art. 11 § 3DA CLT: A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo
efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.
LETRA C (ERRADA): Art. 11-A § 2 DA CLT: A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada
de ofício em qualquer grau de jurisdição.
LETRA D (ERRADA): "Em relação à decadência, não se aplicam as normas que impedem, suspendem ou interrompem
a prescrição, salvo disposição legal em contrário (art. 207 do Código Civil)." (MARTINS, 2023, p.1005)
LETRA E (ERRADA): Art. 11-A DA CLT: Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois
anos.
GABARITO: Letra B

11. FCC – TRT 3ª Região – Técnico Judiciário – 2015)

Afonso, nascido em 16/01/1998, trabalhou como empregado, exercendo a função de Ajudante Geral de
31/01/2014 a 18/11/2014, tendo pedido demissão, cumprido o prazo do aviso prévio trabalhando. Deseja ingressar
com Reclamação Trabalhista logo após a sua saída contra sua ex-empregadora para requerer o registro em
Carteira de Trabalho e Previdência Social − CTPS para comprovação de seu tempo de serviço, além do
pagamento de diferenças de horas extras. Neste caso:
a) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para ambos os direitos.

b) o prazo final para Afonso ajuizar a referida ação é 18/11/2016, tendo em vista a prescrição do direito de ação, para
ambos os pedidos.
c) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para o pedido de registro em CTPS,
aplicando-se somente para o pedido de diferenças de horas extras.
e) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para as diferenças de horas extras,
aplicando-se para o pedido de registro em CTPS.
e)Afonso não poderá ingressar com Reclamação Trabalhista, pois a sua contratação é nula.

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RESOLUÇÃO: A – Correta. Afonso tinha apenas 16 anos quando trabalhou na referida empresa. Sendo assim, não se
aplica o prazo prescricional, pois contra os menores de idade não corre prescrição – é uma causa impeditiva de
prescrição.
Art. 440, CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.

B – Errada. Em razão da menoridade deAfonso, não corre o prazo prescricional até que ele complete 18 anos.

C – Errada. Não há prazo prescricional para a anotação na CTPS porque se trata de ação declaratória, que é
imprescritível. Quanto às horas extras, deve ser considerado que, por ter Afonso apenas 16 anos, não corre o prazo
prescricional.
D – Errada. Afonso tinha apenas 16 anos quando trabalhou na referida empresa. Sendo assim, para ambos os direitos
mencionados, não se aplica o prazo prescricional, pois contra os menores de idade não corre prescrição – é uma causa
impeditiva de prescrição.
E – Errada. Afonso poderá ingressar com Reclamação Trabalhista, por meio de seu representante legal. Sua
contratação não é nula. É lícita a contratação de maiores de 16 anos, desde que não seja em trabalho noturno, perigoso
ou insalubre.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (…)

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores
de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
GABARITO: Letra A

12. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário OJAF – 2015

O direito de ação que tenha por objeto anotações do contrato de trabalho em razão de reconhecimento de
vínculo de emprego para fins de prova junto à Previdência Social,
a) prescreve em 2 anos após a dispensa sem justa causa pelo empregador.

b) não prescreve.

c) prescreve em 3 anos após o pedido de demissão do empregado.

d) prescreve em 5 anos após a extinção do contrato seja qual for a modalidade de ruptura.

e) prescreve em 2 anos para o trabalhador maior de 18 anos e 5 anos para o menor de 18 anos, após a rescisão.

RESOLUÇÃO: As ações declaratórias direitos são imprescritíveis. O principal exemplo é o direito às anotações na
Carteira de Trabalho:
Art. 11, CLT - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social.
Gabarito: Letra B

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13. FCC – TRE/AP – Analista Judiciário Área Judiciária – 2015

Beth foi admitida em março de 2001 para exercer a função de costureira em uma empresa que fabrica bolsas.
Em março de 2009, Beth foi surpreendida com uma dispensa sem justa causa. Beth ficou tão surpresa com a
dispensa que não conferiu o pagamento das verbas rescisórias. Em julho de 2015, ao conversar com um
advogado, Beth verificou que referidas verbas não haviam sido pagas integralmente. Diante dessa situação,
Beth, em face a empresa.
a) não pode mais promover ação trabalhista, pois o limite para sua propositura é de até dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
b) não pode mais promover ação trabalhista, pois o direito de ação precluiu em decorrência de não ter sido efetuada a
conferência no momento da homologação realizada pelo sindicato da sua categoria ou pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
c) pode promover ação trabalhista, porém a reclamação deverá ser feita apenas no que pertine aos últimos cinco anos
trabalhados, já que esse é o prazo prescricional da ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho.
d) pode promover ação trabalhista a qualquer tempo, pois o direito ao trabalho é um direito fundamental e, portanto,
imprescritível.
e) pode promover ação trabalhista, pois tem direito adquirido, uma vez que trabalhou no local por mais de 5 anos,
porém somente pode reclamar os créditos resultantes das relações de trabalho referentes aos dois últimos anos
trabalhados, já que esse é o prazo prescricional desse tipo de ação.
RESOLUÇÃO:

A – Correta. Beth deixou transcorrer mais de dois anos após a ruptura contratual, de modo que ocorreu a prescrição
bienal.
B – Errada. Houve prescrição do direito de exigir os direitos violados em razão do decurso do tempo, e não por causa de
procedimentos no momento da homologação.
C – Errada. Não basta observar o prazo quinquenal contado da lesão do direito, é preciso observar também o prazo
bienal a contar da extinção do contrato.
D – Errada. Apenas no que tange a ações declaratórias (anotação na Carteira de Trabalho) há imprescribilidade. Para os
demais direitos trabalhistas, opera-se a prescrição normalmente.
E – Errada. Não é sobre os últimos 2 anos trabalhados que se conta a prescrição. Além de ser observado o prazo de 5
anos da lesão ao direito, deve ser respeitado o prazo bienal a partir da rescisão contratual.
Súmula 308, I, TST - Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne
às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às
anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato.
Gabarito: Letra A

14. FCC – TRT 20ª Região – Técnico Judiciário – 2016

Athenas trabalhou por oito anos na empresa Netuno Produções como secretária. Em razão de crise econômica,
o contrato foi extinto após o aviso prévio trabalhado até 10/10/2015, sem receber as verbas da rescisão
contratual, incluindo diferenças de depósitos do FGTS com a multa rescisória de 40%. Nesse caso, o prazo
prescricional para ajuizar reclamação trabalhista termina em 10 de outubro de:
a) 2017, exceto quanto às diferenças de FGTS com 40%, cuja prescrição é trintenária.

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b) 2020 para todos os direitos trabalhistas.

c) 2020, exceto quanto às diferenças de FGTS com 40%, cuja prescrição é decenal.

d) 2018 para todos os direitos trabalhistas.

e) 2017 para todos os direitos trabalhistas.

RESOLUÇÃO: Quando houve a lesão ao direito de Hera receber depósitos do FGTS, já havia ocorrido a declaração de
inconstitucionalidade da prescrição trintenária do FGTS. Portanto, ao FGTS, assim como às verbas rescisórias, é
quinquenal. Deste modo, a alternativa A está incorreta.
Súmula 362, TST:

I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de
reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do
contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se
consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014.
O enunciado questiona apenas acerca da prescrição bienal, isto é, quando Athenas poderá ajuizar reclamação
trabalhista. Considerando que o contrato findou em 10/10/2015, a reclamação poderá ser ajuizada até 10/10/2017.
Gabarito: Letra E

15. FCC – PGE/AP – Procurador – 2018

A prescrição ocorre em razão da inércia do titular do direito não exercido e do decurso do tempo. No campo do
Direito do Trabalho, nos termos da legislação vigente e entendimento sumulado do Tribunal Superior do
Trabalho:
a) no caso de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do
pactuado, a prescrição é parcial e quinquenal, exceto quando o direito à parcela esteja assegurado por lei.
b) ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos, cuja fluência se inicia quando o
exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução.
c) as regras sobre prescrição previstas na Consolidação das Leis do Trabalho se aplicam às ações que tenham por
objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
d) observado o prazo de dois anos após a extinção contratual para propositura de ação, prescrevem os créditos
trabalhistas relativos aos cinco anos anteriores à data da extinção do contrato.
e) respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões
imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação.

RESOLUÇÃO: A – Errada. Neste caso, a prescrição é total.

Art. 11, § 2º, CLT - Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou
descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por
preceito de lei.
B – Errada. O prazo da prescrição intercorrente é de 02 anos. O restante da alternativa está correto.

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Art. 11-A, CLT - Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

C – Errada. O direito às anotações para fins de prova junto à Previdência Social é imprescritível.

Art. 11, CLT - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social.
D – Errada. Prescrevem os créditos trabalhistas relativos aos cinco anos anteriores à data do ajuizamento da
reclamação trabalhista.
Súmula 308, I, TST - Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne
às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às
anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato.
E – Correta, conforme Súmula 308, I, TST, transcrita acima.

Gabarito: Letra E

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LISTA DE QUESTÕES
1) CESPE / CEBRASPE - 2023 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa (Reaplicação)

Thiago reside na capital e gasta, diariamente, em média, uma hora e trinta minutos para se deslocar do seu domicílio até
a empresa onde trabalha, que está localizada em uma região metropolitana.
Nessa situação hipotética, de acordo com as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o tempo de
deslocamento despendido por Thiago desde seu domicílio até a empresa
A. Será computado na jornada de trabalho, se a empresa oferecer serviço de transporte a Thiago.

B. Será computado na jornada de trabalho, porque a empresa se localiza em região metropolitana e Thiago reside na
capital.
C. Não será computado na jornada de trabalho, mas será remunerado se a empresa se situar em local de difícil acesso.

D. Será computado na jornada de trabalho, já que é superior a sessenta minutos.

E. Não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

2) Prova: FEPESE - 2023 - EMASA-SC - Analista de Recursos Humanos

Assinale a alternativa correta considerando a legislação trabalhista.

A. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, por meio de transporte fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho, por ser
considerado tempo à disposição do empregador.
B. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, será computado
na jornada de trabalho e compensado na forma de banco de horas.
C. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, por meio de transporte fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho, no caso de o
empregador pertencer a categorias de mineradoras, garimpos e limpeza urbana.
D. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
E. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho para trabalhadores que assinaram contrato de trabalho a partir do ano 2017, ano
em que ocorreu a denominada reforma trabalhista.

3) Prova: FEPESE - 2023 - EMASA-SC - Analista de Recursos Humanos

Analise as afirmativas abaixo considerando a legislação trabalhista.

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O trabalho aos domingos é permitido, desde que haja acordo entre as partes ou aprovação por convenção
coletiva de trabalho.
O trabalho aos domingos e feriados deve ser remunerado com acréscimo de, no mínimo, 100% sobre o valor
da hora normal de trabalho.
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais,
com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas suplementares semanais.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A. É correta apenas a afirmativa 1.

B. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.

C. São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.

D. São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.

E. São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

4) Prova: IADES - 2023 - CRF-TO - Advogado

Assinale a alternativa que indica direito dos trabalhadores urbanos e rurais, expressamente dispostos na Constituição
Federal.
A. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos sábados e domingos.

B. Garantia de salário, nunca inferior a 50% do salário mínimo, para os que percebem remuneração variável.

C. Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário ou pedido de demissão.

D. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei.

E. Gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos 50% a mais do que o salário normal.

5) FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário - Área Administrativa – 2018

Valéria, empregada da empresa “R”, está preocupada com as mudanças ocorridas na Consolidação das Leis do
Trabalho, notadamente com o seu intervalo para repouso ou alimentação. Considerando que ela possui jornada de
trabalho diária de cinco horas, o seu intervalo para repouso ou alimentação
a) continua sendo obrigatório de, no mínimo, quinze minutos.

b) continua sendo obrigatório de, no mínimo, trinta minutos.

c) continua sendo obrigatório de, no mínimo, vinte minutos.

d) passou a ser obrigatório de, no mínimo, uma hora.

e) passou a ser obrigatório de, no mínimo, trinta minutos.

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6) CC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário - Área Judiciária – 2017

Durante o período aquisitivo das férias 2016/2017, Perseu ausentou-se do serviço por 1 dia para acompanhar filho de
cinco anos em consulta médica, por 2 dias consecutivos em razão de falecimento do seu irmão e 2 dias realizando
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. Nessa situação hipotética, em relação ao
referido período Perseu terá direito ao gozo de férias na seguinte proporção:
a) 18 dias corridos.

b) 20 dias corridos.

c) 30 dias corridos.

d) 24 dias corridos.

e) 25 dias corridos.

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LISTA DE QUESTÕES

1. CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR - Advogado

K promoveu reclamação trabalhista em face de JJ S/A, sendo seu pedido julgado procedente. Iniciada a
execução, constata-se que a ré não possui patrimônio. O processo veio a ser suspenso por um ano. Após o
período de suspensão, manteve-se inalterada a situação patrimonial da executada.
Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, pode ser declarada a prescrição intercorrente, não cumprida
pelo exequente da ordem judicial, sendo o prazo estabelecido de inércia de, no mínimo:
A. três meses

B. seis meses

C. nove meses

D. um ano

E. dois anos

2. CESGRANRIO - 2018 - Petrobras - Advogado Júnior

Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no
prazo de:
A. 1 ano

B. 2 anos

C. 3 anos

D. 4 anos

E. 5 anos

3. CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal

A prescrição trabalhista é conceituada como a perda do direito de ação ocasionada pelo transcurso do tempo, em
razão de seu titular não o ter exercido.
Em relação a esse tema, considere as afirmativas a seguir:

I - A prescrição trabalhista é sempre de 2 anos a partir do término do contrato de trabalho, atingindo as parcelas
relativas aos 5 anos anteriores, ou de 5 anos durante a vigência do contrato de trabalho.

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II - A prescrição implica a decadência trabalhista, já que na prescrição o direito sequer chegou a “nascer” e na
decadência o direito existe, mas não pode ser exigido.
III - O prazo para o empregador apresentar reclamação por escrito à Junta ou ao Juízo de Direito para abertura de
inquérito judicial para apurar falta grave cometida por empregado estável é de 60 dias, contados da data da suspensão
do empregado.
É correto o que se afirma em:

A. I, apenas.

B. I e II, apenas.

C. I e III, apenas.

D. II e III, apenas.

E. I, II e III.

4. CESGRANRIO - 2011 - FINEP - Analista - Jurídica

A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração,


conforme o art. 149 da CLT, é contada do
A. término do primeiro período aquisitivo de férias.

B. término do gozo das férias das quais se pretende reclamar em Juízo.

C. término da relação de emprego, independentemente do gozo anual de férias.

D. término do período concessivo, quando o empregador fica em mora quanto à concessão ou pagamento das férias.

E. término do período aquisitivo, quando o empregador fica em mora quanto à concessão ou pagamento das férias.

5. VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município

Sobre prescrição no direito do trabalho, nos termos da CLT, assinale a alternativa correta.

A. Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de descumprimento do


pactuado, a prescrição é parcial.

B. A interrupção da prescrição ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, salvo se em juízo incompetente,
ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito.
C. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos.

D. A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.

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E. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em dois anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho.

6. PROMUN - 2023 - Câmara de Roseira - SP - Procurador Jurídico

O direito de reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS tem prescrição:

A. Quinquenal, observando-se os casos em que o prazo prescricional já estava em curso até 13.11.2014.

B. Quinquenal, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho, para os casos em que a ciência
da lesão ocorreu até 13.11.2014.
C. Quinquenal, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho, para os casos em que a ciência
da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014.
D. Trintenária, observando-se os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014.

7. VUNESP - 2023 - Prefeitura de Marília - SP - Procurador Jurídico

Sobre prescrição, assinale a alternativa de acordo com a CLT.

A. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
B. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de um ano.

C. A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando as partes deixam de movimentar o processo no
prazo de doze meses.
D. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, desde que em juízo
competente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos
idênticos.
E. A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida em qualquer grau de jurisdição, não podendo ser
declarada de ofício.

8. Prova: VUNESP - 2023 - CAMPREV - SP - Procurador

Conforme entendimento do TST, sobre prescrição e decadência no Direito do Trabalho, é correto afirmar que

A. será conhecida a prescrição, ainda que não arguida na instância ordinária.

B. a prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.

C. o prazo que o empregador tem para ajuizar inquérito em face de conduta do empregado que abandona o emprego é
decadencial e se conta a partir do primeiro ato considerado como faltoso.

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D. a prescrição para reclamar contra anotação de carteira profissional, ou omissão dessa, flui da data de admissão no
contrato de trabalho.
E. se conta o prazo decadencial da ação rescisória após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do
recurso extraordinário, ainda que não tenha esgotado todas as vias recursais ordinárias.

9. VUNESP - 2022 - PRUDENCO - Advogado Pleno

Considerando expressa previsão na CLT, assinale a alternativa que trata corretamente sobre prescrição e
decadência.
A. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, desde que em juízo
competente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos em relação a todos os pedidos.
B. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

C. A declaração da prescrição intercorrente não pode ser declarada de ofício.

D. O prazo decadencial para a propositura de inquérito judicial para apuração de falta grave é de até 60 (sessenta) dias,
contados da data da suspensão do empregado.
E. Não há que se falar em prescrição intercorrente no processo do trabalho, por falta de previsão legal.

10. VUNESP - 2022 - Docas - PB - Advogado

De acordo com a CLT, assinale a alternativa que trata corretamente de decadência e prescrição no direito do trabalho.

A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos.

B. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos
pedidos idênticos.
C. A prescrição intercorrente não pode ser declarada de ofício.

D. Em período de recesso forense, os prazos decadenciais ficam suspensos.

E. A prescrição intercorrente não é cabível em processos trabalhistas.

11. FCC – TRT 3ª Região – Técnico Judiciário – 2015)

Afonso, nascido em 16/01/1998, trabalhou como empregado, exercendo a função de Ajudante Geral de
31/01/2014 a 18/11/2014, tendo pedido demissão, cumprido o prazo do aviso prévio trabalhando. Deseja ingressar
com Reclamação Trabalhista logo após a sua saída contra sua ex-empregadora para requerer o registro em
Carteira de Trabalho e Previdência Social − CTPS para comprovação de seu tempo de serviço, além do
pagamento de diferenças de horas extras. Neste caso:
a) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para ambos os direitos.

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b) o prazo final para Afonso ajuizar a referida ação é 18/11/2016, tendo em vista a prescrição do direito de ação, para
ambos os pedidos.
c) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para o pedido de registro em CTPS,
aplicando-se somente para o pedido de diferenças de horas extras.
e) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para as diferenças de horas extras,
aplicando-se para o pedido de registro em CTPS.
e)Afonso não poderá ingressar com Reclamação Trabalhista, pois a sua contratação é nula.

12. FCC – TRT 4ª Região – Analista Judiciário OJAF – 2015

O direito de ação que tenha por objeto anotações do contrato de trabalho em razão de reconhecimento de
vínculo de emprego para fins de prova junto à Previdência Social,
a) prescreve em 2 anos após a dispensa sem justa causa pelo empregador.

b) não prescreve.

c) prescreve em 3 anos após o pedido de demissão do empregado.

d) prescreve em 5 anos após a extinção do contrato seja qual for a modalidade de ruptura.

e) prescreve em 2 anos para o trabalhador maior de 18 anos e 5 anos para o menor de 18 anos, após a rescisão.

13. FCC – TRE/AP – Analista Judiciário Área Judiciária – 2015

Beth foi admitida em março de 2001 para exercer a função de costureira em uma empresa que fabrica bolsas.
Em março de 2009, Beth foi surpreendida com uma dispensa sem justa causa. Beth ficou tão surpresa com a
dispensa que não conferiu o pagamento das verbas rescisórias. Em julho de 2015, ao conversar com um
advogado, Beth verificou que referidas verbas não haviam sido pagas integralmente. Diante dessa situação,
Beth, em face a empresa.
a) não pode mais promover ação trabalhista, pois o limite para sua propositura é de até dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
b) não pode mais promover ação trabalhista, pois o direito de ação precluiu em decorrência de não ter sido efetuada a
conferência no momento da homologação realizada pelo sindicato da sua categoria ou pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
c) pode promover ação trabalhista, porém a reclamação deverá ser feita apenas no que pertine aos últimos cinco anos
trabalhados, já que esse é o prazo prescricional da ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho.
d) pode promover ação trabalhista a qualquer tempo, pois o direito ao trabalho é um direito fundamental e, portanto,
imprescritível.
e) pode promover ação trabalhista, pois tem direito adquirido, uma vez que trabalhou no local por mais de 5 anos,
porém somente pode reclamar os créditos resultantes das relações de trabalho referentes aos dois últimos anos
trabalhados, já que esse é o prazo prescricional desse tipo de ação.

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14. FCC – TRT 20ª Região – Técnico Judiciário – 2016

Athenas trabalhou por oito anos na empresa Netuno Produções como secretária. Em razão de crise econômica,
o contrato foi extinto após o aviso prévio trabalhado até 10/10/2015, sem receber as verbas da rescisão
contratual, incluindo diferenças de depósitos do FGTS com a multa rescisória de 40%. Nesse caso, o prazo
prescricional para ajuizar reclamação trabalhista termina em 10 de outubro de:
a) 2017, exceto quanto às diferenças de FGTS com 40%, cuja prescrição é trintenária.

b) 2020 para todos os direitos trabalhistas.

c) 2020, exceto quanto às diferenças de FGTS com 40%, cuja prescrição é decenal.

d) 2018 para todos os direitos trabalhistas.

e) 2017 para todos os direitos trabalhistas.

15. FCC – PGE/AP – Procurador – 2018

A prescrição ocorre em razão da inércia do titular do direito não exercido e do decurso do tempo. No campo do
Direito do Trabalho, nos termos da legislação vigente e entendimento sumulado do Tribunal Superior do
Trabalho:
a) no caso de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do
pactuado, a prescrição é parcial e quinquenal, exceto quando o direito à parcela esteja assegurado por lei.
b) ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de cinco anos, cuja fluência se inicia quando o
exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução.
c) as regras sobre prescrição previstas na Consolidação das Leis do Trabalho se aplicam às ações que tenham por
objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
d) observado o prazo de dois anos após a extinção contratual para propositura de ação, prescrevem os créditos
trabalhistas relativos aos cinco anos anteriores à data da extinção do contrato.
e) respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões
imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação.

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RESUMO DIRECIONADO
COMPUTADO NA
NÃO COMPUTADO NA JORNADA
JORNADA

Tempo
efetivamente Variações de até 5 minutos (limite diário: 10 minutos)
trabalhado

Tempo à disposição
(aguardando ou
Proteção pessoal (insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas)
executando
ordens)

Atividades particulares (práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação,


Intervalos não
atividades de relacionamento social, higiene pessoal, troca de roupa ou uniforme,
previstos em lei
quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa)

Tempo de deslocamento

Escala Valor da
Modalidade Descrição Local
Máxima Hora

1/3 da
Empregado fica em casa, Em
Sobreaviso 24 horas hora
aguardando ordens. casa
normal

2/3 da
Empregado fica na empresa,
Prontidão Na empresa 12 horas hora
aguardando ordens.
normal

Aspectos Escala 12 por 36

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Duração da Jornada 12 horas consecutivas.

Intervalo para Refeição 1 hora.

Descanso Prolongado 36 horas após a jornada de 12 horas.

Limite Legal Ultrapassa o limite de 8 horas diárias.

Pagamento de Horas Extras Não resulta em pagamento de horas extras por ultrapassar 8 horas diária.

Frequência de Trabalho Trabalho a cada dois dias ("dia sim, dia não").

ARTIGO EXPLICAÇÃO

Art. Este artigo estabelece que as férias devem ser concedidas pelo empregador em um único período
134, nos 12 meses seguintes à aquisição do direito pelo empregado. Ou seja, o empregador tem até um
CLT ano para proporcionar o período de férias ao trabalhador após este ter adquirido o direito a elas.

Caso as férias sejam concedidas após o prazo definido no Art. 134, o empregador é obrigado a
Art. 137 pagar em dobro a remuneração correspondente ao período de férias. Isso serve como uma
penalidade por não cumprir o prazo estabelecido para a concessão das férias.

Se o empregador não conceder as férias dentro do prazo previsto, o empregado tem o direito de
§ 1º entrar com uma reclamação. Essa reclamação busca a fixação, por sentença judicial, da época em
que as férias serão usufruídas.

A sentença resultante da reclamação estabelecerá uma penalidade diária de 5% do salário


§ 2º mínimo regional, devida ao empregado até que as férias sejam efetivamente concedidas. Isso visa
compensar o empregado pelos prejuízos causados pela demora na concessão das férias.

Uma cópia da decisão judicial final será enviada ao órgão local do Ministério do Trabalho. Essa
§ 3º medida visa a aplicação de uma multa administrativa pela autoridade competente como uma
forma adicional de penalidade ao empregador.

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RESUMO DIRECIONADO

TIPO PRAZO CONCEITO

Estabelece o prazo máximo de dois anos para o trabalhador ajuizar uma ação na
Justiça do Trabalho, contados a partir da data em que ocorreu a lesão ao seu
PRESCRIÇÃO
2 anos direito. Esse prazo refere-se à busca de reparação para eventuais violações aos
BIENAL
direitos trabalhistas, como, por exemplo, o não pagamento de verbas rescisórias
após o término do contrato de trabalho.

PRESCRIÇÃO Se refere ao prazo de cinco anos para reclamar direitos decorrentes das relações
5 anos
QUINQUENAL de trabalho.

Ocorre quando o processo trabalhista fica parado (inativo) por um determinado


2 anos período, geralmente dois anos, na fase de execução, após a prolação da
PRESCRIÇÃO
(fase de sentença. Durante esse tempo, se o exequente (quem busca a execução) não
INTERCORRENTE
execução) toma as providências necessárias para o andamento do processo, a prescrição
intercorrente pode ser alegada, resultando na extinção da ação.

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Prof. Isabella Fernandes Amorim
Eixo Temático 5 - Direito do Trabalho para Bloco 4 do CNU
Aula 6: Duração do trabalho: Jornada de t...

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