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As doenças ocupacionais surgem como resultado da interação entre diversos fatores, incluindo as condições de
trabalho, as características individuais dos trabalhadores e os riscos presentes no ambiente laboral. Essa
complexidade torna a identificação, diagnóstico e tratamento das doenças ocupacionais um desafio significativo para
os profissionais de saúde, segurança e direito do trabalho.
Uma das principais características que aumentam a complexidade das doenças ocupacionais é o fato de que uma
doença pode ser causada por uma combinação de fatores, como exposição a substâncias químicas, movimentos
repetitivos, posturas inadequadas, estresse psicológico e outros. Essa interação de fatores dificulta identificar uma
única causa raiz, exigindo uma abordagem holística na investigação. Além disso, as doenças ocupacionais podem ter
uma apresentação clínica variada, o que muitas vezes torna o diagnóstico mais complexo. Um mesmo agente de risco
no ambiente de trabalho pode resultar em diferentes doenças ou sintomas em diferentes indivíduos,
dependendo de fatores como predisposição genética, saúde geral e outros fatores individuais. Isso exige uma
análise minuciosa e uma compreensão profunda da relação entre exposição e sintomas.
A complexidade também é agravada pelo fato de que muitas doenças ocupacionais têm um período de latência entre
a exposição e o desenvolvimento dos sintomas. Isso significa que os efeitos nocivos do ambiente de trabalho podem
levar anos para se manifestarem clinicamente. Esse atraso dificulta a associação direta entre a doença e o trabalho,
tornando necessária uma análise retrospectiva detalhada das condições de trabalho ao longo do tempo.
Além disso, a ampla gama de setores industriais e tipos de trabalho cria uma diversidade de riscos ocupacionais.
Profissões variadas estão expostas a diferentes agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais. A
colaboração entre médicos, especialistas em segurança no trabalho, ergonomistas, psicólogos ocupacionais e outros
profissionais é essencial para uma compreensão abrangente dos fatores envolvidos e para a implementação de
estratégias de prevenção eficazes.
1. História Ocupacional: Começando com uma análise detalhada da história ocupacional do paciente, os profissionais
de saúde podem identificar exposições a riscos no ambiente de trabalho que podem estar associadas ao
desenvolvimento da doença. Perguntas sobre o tipo de trabalho, duração, tarefas executadas, exposição a produtos
químicos, agentes físicos, movimentos repetitivos e outros fatores são essenciais.
2. Avaliação Ambiental: Realização de avaliações no local de trabalho para identificar potenciais agentes causadores
da doença. Isso pode incluir medições de substâncias químicas no ar, análise ergonômica do ambiente, avaliação de
ruído, entre outros.
3. Exame Físico: Um exame clínico detalhado pode revelar sinais específicos associados a doenças ocupacionais. Por
exemplo, manchas cutâneas causadas por exposição a produtos químicos ou padrões específicos de dor em doenças
musculoesqueléticas.
4. Exames Complementares: Testes laboratoriais, radiografias, exames de imagem e outros procedimentos podem
ser utilizados para confirmar o diagnóstico, avaliar a gravidade e determinar a relação com o ambiente de trabalho.
Investigar e diagnosticar doenças do trabalho requer conhecimento especializado e cooperação entre diferentes
profissionais. A detecção precoce e a prevenção eficaz são fundamentais para proteger a saúde dos trabalhadores e
criar ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
Vamos observar agora algumas formas de diagnóstico:
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1. Associação Causal: O diagnóstico das doenças ocupacionais requer a associação causal entre a exposição no
ambiente de trabalho e os sintomas apresentados. É essencial estabelecer a relação entre os fatores ocupacionais e a
condição de saúde do paciente.
2.Diferencial: Muitas doenças ocupacionais apresentam sintomas semelhantes a outras condições não ocupacionais.
Portanto, é necessário considerar um diagnóstico diferencial, excluindo outras causas possíveis dos sintomas.
3.Critérios de Diagnóstico: Algumas doenças ocupacionais têm critérios de diagnóstico específicos estabelecidos por
organizações de saúde. Os profissionais devem estar familiarizados com esses critérios para fazer um diagnóstico
preciso.
4. Avaliação Multidisciplinar: A complexidade das doenças ocupacionais muitas vezes exige uma abordagem
multidisciplinar. Médicos, enfermeiros, especialistas em segurança no trabalho, ergonomistas e psicólogos podem
contribuir para um diagnóstico abrangente.
5. Registro e Notificação: O diagnóstico de doenças ocupacionais deve ser devidamente registrado e notificado às
autoridades competentes, conforme as leis e regulamentos locais. Isso é essencial para rastrear tendências e
implementar medidas preventivas.
1. Identificação de Riscos: Realização de avaliações de risco para identificar perigos específicos associados a
determinadas atividades, agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais presentes no ambiente de
trabalho.
2. Eliminação e Substituição: A estratégia mais eficaz é eliminar o risco em sua fonte. Se isso não for possível, deve-se
considerar a substituição de substâncias ou equipamentos perigosos por alternativas mais seguras.
3. Controle de Engenharia: Implementação de medidas de controle no próprio ambiente de trabalho, como
isolamento de áreas perigosas, ventilação adequada, instalação de barreiras de proteção, entre outros.
4.Medidas Administrativas: Estabelecimento de procedimentos operacionais seguros, treinamentos regulares,
rotatividade de tarefas, pausas regulares para descanso e conscientização dos trabalhadores sobre os riscos e medidas
de prevenção.
5.Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Quando não é possível eliminar completamente o risco, a utilização
de EPIs apropriados é essencial. Eles incluem equipamentos como máscaras, luvas, capacetes e protetores auriculares,
entre outros.
6.Ergonomia: Introdução de princípios ergonômicos para minimizar riscos associados a movimentos repetitivos,
posturas inadequadas e sobrecarga física, contribuindo para prevenir doenças musculoesqueléticas.
7.Promoção da Saúde Mental: Fomentar um ambiente de trabalho saudável do ponto de vista psicossocial, através de
programas de prevenção do estresse, incentivo à comunicação, gestão adequada de conflitos e apoio emocional aos
trabalhadores.
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8. Monitoramento e Avaliação: Implementação de sistemas de monitoramento contínuo para verificar a eficácia das
medidas de prevenção e identificar quaisquer novos riscos que possam surgir.
9. Capacitação e Treinamento: Educar os trabalhadores sobre os riscos associados às suas atividades, bem como
instruí-los sobre o uso correto de EPIs e medidas de prevenção é crucial para a prevenção de doenças ocupacionais.
10. Participação dos Trabalhadores: Incentivar a participação ativa dos trabalhadores na identificação de riscos e na
sugestão de medidas de prevenção, promovendo uma cultura de segurança no local de trabalho.
A prevenção das doenças ocupacionais não apenas protege os trabalhadores de danos à saúde, mas também contribui
para um ambiente de trabalho mais produtivo, reduzindo os custos associados a absenteísmo, tratamentos médicos e
afastamentos. É uma responsabilidade compartilhada entre empregadores, trabalhadores e autoridades
regulatórias, visando criar condições de trabalho saudáveis e seguras para todos.
1. Automação e Robótica: A introdução de máquinas e robôs em diversas indústrias reduziu a exposição dos
trabalhadores a tarefas repetitivas e monótonas, diminuindo riscos de lesões musculoesqueléticas. No entanto,
também trouxe a necessidade de operar, programar e manter essas máquinas, criando riscos de acidentes e
demandando novas competências.
2.Trabalho Remoto e Digitalização: A possibilidade de trabalhar remotamente e a digitalização de processos têm
vantagens, como a flexibilidade. Porém, também podem levar ao sedentarismo, problemas posturais, isolamento social
e aumento da carga de trabalho devido à dificuldade de separar vida pessoal e profissional.
3. Exposição a Telas e Dispositivos Eletrônicos: O uso intensivo de computadores, tablets e smartphones pode levar
à fadiga visual, dores musculares e distúrbios do sono, além de impactar negativamente a saúde mental.
4. Tecnologias na Indústria Pesada: Setores como a indústria química, petroquímica e nuclear podem envolver a
exposição a substâncias tóxicas e radioativas, exigindo medidas rigorosas de segurança e proteção.
A prevenção e intervenção diante da evolução dos ambientes laborais demanda abordagens inovadoras, incluindo a
capacitação dos trabalhadores para lidar com novos riscos e adotar posturas saudáveis, a garantia de espaços
ergonomicamente projetados para prevenir lesões, a implementação de programas de saúde mental para enfrentar o
aumento do estresse, a utilização de tecnologias para monitorar continuamente a saúde dos trabalhadores e identificar
problemas precocemente, além da adaptação das políticas de saúde e segurança para enfrentar os desafios
emergentes apresentados pelas novas tecnologias no ambiente de trabalho.
1.2.4. Concausa
A concausa é um conceito fundamental no campo das doenças ocupacionais, trazendo nuances e complexidades para
a compreensão das situações em que múltiplos fatores contribuem para eventos que afetam a saúde e a capacidade
laboral dos trabalhadores. De acordo com o inciso I do artigo 21 da Lei n. 8.213/1991, a concausa é equiparada ao
acidente de trabalho quando ela contribui diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda de
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sua capacidade de trabalho, ou para a ocorrência de lesões que exijam atenção médica para a recuperação. Em
resumo, a concausa é uma causa adicional que se junta à principal, exacerbando ou amplificando seus efeitos.
Essas concausas podem ser classificadas em três categorias:
1. Concausas Preexistentes: São fatores que já existiam antes do acidente de trabalho ou da exposição ao
ambiente laboral e que, quando combinados com as condições de trabalho, levam à ocorrência ou ao
agravamento do problema de saúde. Por exemplo, um trabalhador com uma condição de saúde pré-existente pode
sofrer complicações devido às exigências físicas de sua ocupação.
2.Concausas Concomitantes: São eventos que ocorrem simultaneamente ao acidente de trabalho ou à
exposição. Um exemplo é quando um trabalhador sofre um ataque cardíaco durante um evento traumático no local de
trabalho, como um assalto, que resulta em incapacidade ou morte.
3.Concausas Supervenientes: São eventos que ocorrem após o acidente de trabalho ou exposição, mas que
impactam negativamente a saúde ou a recuperação do trabalhador. Isso pode incluir intervenções médicas mal
executadas, infecções hospitalares ou falta de tratamento adequado durante a recuperação.
É importante observar que a presença de concausas não diminui a responsabilidade da empresa ou do
empregador na proteção da saúde e segurança dos trabalhadores. O foco em identificar e compreender as
concausas auxilia na tomada de decisões mais informadas para prevenir, mitigar ou tratar os riscos ocupacionais. Além
disso, essas considerações são fundamentais para a avaliação de responsabilidades legais e indenizações em casos de
acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.
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Avaliação de Riscos: Identificação e análise dos perigos existentes no ambiente de trabalho, avaliando a
probabilidade de exposição dos trabalhadores a esses perigos e os potenciais efeitos sobre sua saúde.
Monitoramento da Exposição: Utilização de equipamentos e técnicas para medir e monitorar os níveis de
exposição dos trabalhadores a agentes prejudiciais, a fim de garantir que eles não ultrapassem os limites de
segurança estabelecidos.
Controle de Riscos: Desenvolvimento e implementação de estratégias para reduzir ou eliminar os riscos
identificados. Isso pode incluir modificações no ambiente de trabalho, adoção de medidas de engenharia,
implementação de práticas seguras e uso adequado de equipamentos de proteção individual.
Educação e Treinamento: Educação dos trabalhadores sobre os riscos ocupacionais, bem como a
promoção de práticas seguras no ambiente de trabalho através de treinamentos e conscientização.
Investigação de Acidentes e Doenças: Identificação das causas de acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, a fim de implementar medidas para prevenir a ocorrência de incidentes semelhantes.
A Higiene do Trabalho não busca apenas entender, mas também controlar, os fatores que podem influenciar
adversamente a saúde do trabalhador. O enfoque preventivo é primordial, buscando promover a saúde e o conforto
do indivíduo, dissuadindo o surgimento de enfermidades que poderiam não só comprometer a saúde do trabalhador,
mas também resultar em ausências prejudiciais para a produtividade da empresa. Não se restringe somente à
esfera de ações individuais. Ela também se estende à análise e controle das condições do ambiente laboral. Buscando
a segurança do trabalhador além das normas e regulamentos. Demandando um esforço conjunto, com as empresas
desempenhando um papel fundamental. Fornecendo treinamento adequado e conscientização, permitindo que os
funcionários compreendam os perigos associados a suas tarefas e como mitigá-los de maneira eficaz.
A transformação necessária para alcançar níveis satisfatórios de higiene e segurança no ambiente de trabalho requer a
reavaliação dos hábitos arraigados e das práticas existentes. Esse processo de mudança não é meramente técnico, mas
profundamente humano. O valor humano, muitas vezes obscurecido pelas demandas comerciais, precisa ser
resgatado como um componente central dessa evolução. Quando a organização demonstra preocupação real pela
higiene e segurança do trabalhador, um sinal inconfundível de valorização é emitido. Ela é um compromisso com o
bem-estar humano, um esforço colaborativo para criar um ambiente onde o valor de cada trabalhador é
reconhecido e protegido. As próprias características das atividades desenvolvidas, a dinâmica organizacional, as
interações interpessoais e a exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos, podem culminar para proteção dos
trabalhadores e ambiente de trabalho salubre.
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As etapas da higiene ocupacional são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e
controle de riscos nos ambientes de trabalho. As quatro principais etapas são:
1. Antecipação: Nesta etapa, os profissionais de higiene ocupacional identificam e avaliam os riscos potenciais antes
que eles se tornem um problema real. Isso envolve a análise detalhada das atividades laborais, processos, substâncias
químicas, agentes biológicos, equipamentos e outras variáveis que possam representar um risco para a saúde dos
trabalhadores. A antecipação permite que medidas preventivas sejam planejadas e implementadas antes que os riscos
se materializem.
2. Reconhecimento: O reconhecimento dos riscos envolve a identificação precisa dos perigos presentes no ambiente
de trabalho. Nessa etapa, os profissionais buscam entender quais agentes físicos, químicos, biológicos ou outros
podem representar ameaças à saúde dos trabalhadores. Isso inclui não apenas a identificação dos riscos conhecidos,
mas também a consideração de fatores emergentes ou desconhecidos.
3. Avaliação: A avaliação dos riscos é um passo crítico que envolve a quantificação da exposição dos trabalhadores aos
agentes de risco identificados. Isso pode incluir medições de concentração de substâncias químicas, níveis de ruído,
vibrações, entre outros parâmetros. A avaliação é crucial para determinar se os níveis de exposição estão dentro dos
limites de segurança estabelecidos pelas normas e regulamentações.
4.Controle de Riscos: Com base nas informações coletadas nas etapas anteriores, os profissionais de higiene
ocupacional desenvolvem estratégias para controlar e minimizar os riscos identificados. Isso pode envolver medidas de
engenharia (modificações no ambiente de trabalho), medidas administrativas (procedimentos de segurança) e o uso
correto de equipamentos de proteção individual. O objetivo é reduzir ao máximo a exposição dos trabalhadores a
agentes prejudiciais.
A importância dessas etapas é evidente não apenas para a segurança e saúde dos trabalhadores, mas também para o
cumprimento das normas e regulamentações estabelecidas. A evolução das normas, como a transição do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), reflete o contínuo
aprimoramento das abordagens de higiene ocupacional para garantir ambientes de trabalho cada vez mais seguros e
saudáveis.
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Check List
Uma checklist ou lista de verificação é uma série de itens ou etapas que precisam ser revisados ou realizados. Essa lista
pode ser física (em papel) ou digital, e pode ser adaptada para atender às necessidades específicas de diferentes
atividades ou setores. São ferramentas valiosas usadas em várias áreas para garantir a consistência, precisão e
conformidade em processos e atividades. Elas são particularmente úteis em ambientes de trabalho para garantir que
tarefas sejam realizadas de maneira completa e correta, e para identificar potenciais problemas ou riscos.
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1.Organização e Estrutura: Uma lista de verificação ajuda a organizar as tarefas ou etapas de um processo de forma
lógica e estruturada. Isso ajuda a evitar a omissão de itens importantes.
2.Padronização: O uso de checklists garante que as mesmas etapas sejam seguidas todas as vezes, resultando em
consistência e qualidade nos resultados.
3. Eficiência: Ao seguir uma lista de verificação, os trabalhadores podem completar as tarefas de maneira mais
eficiente, uma vez que sabem exatamente o que precisa ser feito.
4. Redução de Erros: Checklists ajudam a identificar e corrigir erros antes que eles se tornem problemas maiores,
contribuindo para a prevenção de acidentes e para a melhoria da qualidade.
5. Documentação: Checklists podem servir como registros documentados de que as etapas foram concluídas ou que
os procedimentos foram seguidos, o que pode ser útil para auditorias ou para fins de conformidade.
RULA
A RULA, que significa "Rapid Upper Limb Assessment" ou "Avaliação Rápida dos Membros Superiores", é uma
ferramenta ergonômica utilizada para avaliar rapidamente os riscos ergonômicos associados às atividades que
envolvem movimentos repetitivos dos membros superiores, como braços, mãos e pescoço. A RULA é
frequentemente aplicada em ambientes de trabalho para melhorar a ergonomia e reduzir o risco de lesões
ocupacionais. Ela avalia as posturas do corpo e os movimentos dos membros superiores em uma tarefa
específica, atribuindo níveis de risco baseados em uma série de fatores. A avaliação é feita seguindo um processo
sistemático:
1.Análise das Posturas Iniciais: São observadas as posturas iniciais do trabalhador antes de iniciar a tarefa. Isso inclui a
posição do corpo, braços, mãos, pescoço e outras partes relevantes.
2. Avaliação dos Segmentos Corporais: Cada segmento corporal (como ombros, cotovelos, punhos, etc.) é avaliado
individualmente quanto à postura e angulação. São atribuídos níveis de risco para cada segmento.
3. Avaliação dos Movimentos: Os movimentos realizados durante a tarefa são analisados quanto à frequência e
repetitividade, bem como à carga de força aplicada.
4.Combinação de Níveis de Risco: A partir das avaliações dos segmentos corporais e movimentos, são combinados os
níveis de risco para determinar um nível geral de risco ergonômico.
5.Recomendações de Intervenção: Com base no nível de risco identificado, são feitas recomendações de intervenção
para melhorar a ergonomia da tarefa. Isso pode incluir alterações nas posturas, na organização do trabalho ou na
adoção de ferramentas ergonômicas.
A avaliação da RULA é realizada com o auxílio de uma escala de classificação que atribui valores aos segmentos
corporais e movimentos, como mostra a figura 3. Essa escala ajuda a quantificar o nível de risco ergonômico e a
priorizar as intervenções necessárias.
A RULA é uma ferramenta útil para identificar rapidamente áreas de risco ergonômico e tomar medidas para prevenir
problemas de saúde relacionados ao trabalho.
HAZOP
O HAZOP, que significa "Hazard and Operability Study" (Estudo de Perigos e Operabilidade), é uma técnica sistemática
usada principalmente na indústria para identificar potenciais riscos, perigos e deficiências em processos, sistemas e
operações. O objetivo principal do HAZOP é examinar detalhadamente as operações e os sistemas para
identificar cenários de risco e propor medidas de mitigação, melhorando a segurança, confiabilidade e
eficiência.
O HAZOP envolve a formação de uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em diferentes áreas
relevantes. A equipe segue um processo estruturado que geralmente inclui os seguintes passos:
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1. Seleção do Processo ou Sistema: O processo ou sistema a ser analisado é escolhido. Pode ser um processo de
fabricação, uma operação industrial, uma planta química, entre outros.
2.Identificação dos Parâmetros de Estudo: A equipe identifica os parâmetros críticos do processo ou sistema que
serão analisados. Isso pode incluir variáveis como temperatura, pressão, fluxo, tempo, entre outros.
3. Geração de Desvios e Cenários: A equipe começa a gerar desvios possíveis nos parâmetros selecionados e explora
cenários hipotéticos onde esses desvios podem ocorrer. Isso inclui variações acima ou abaixo dos valores normais.
4. Análise dos Desvios: Para cada cenário, a equipe analisa os possíveis efeitos adversos que podem ocorrer, bem
como suas causas e consequências. Isso envolve identificar os riscos de segurança, ambientais e operacionais.
5. Identificação de Medidas de Controle: Com base nas análises, a equipe propõe medidas de controle e mitigação
para evitar ou reduzir os riscos identificados. Isso pode incluir mudanças nos procedimentos operacionais, uso de
equipamentos de segurança, revisão de projetos, entre outras ações.
6. Documentação: O processo HAZOP é documentado em um relatório detalhado que registra todos os cenários
analisados, as análises de risco e as recomendações de controle.
A análise HAZOP (Hazard and Operability Study) envolve a análise sistemática de desvios nas condições normais de
operação de um sistema e a avaliação dos impactos desses desvios. As palavras-guia usadas na análise HAZOP são
fundamentais para guiar a identificação dos desvios e suas consequências. Algumas palavras-guia importantes
incluem:
Essas palavras-chave são empregadas para explorar cenários potenciais de risco e desvio nos processos
industriais durante uma análise HAZOP. Elas ajudam a equipe a considerar diferentes ângulos e variações,
identificando assim uma ampla gama de possíveis perigos e vulnerabilidades.
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indesejado, muitas vezes referido como "modo de falha". Ela é uma ferramenta especialmente adequada para a
análise de riscos em sistemas complexos devido à sua capacidade de incorporar conceitos estatísticos nas
modelagens. Essa abordagem não apenas permite a identificação de possíveis falhas em um sistema, mas
também quantifica a probabilidade associada a essas falhas, proporcionando uma base estatística para a tomada
de decisões relacionadas ao risco e sua taxa de ocorrência. A FTA envolve a criação de um diagrama de árvore que
descreve as relações entre os eventos que podem levar ao evento indesejado. O processo geralmente segue os
seguintes passos:
1.Identificação do Evento Indesejado (Top Event): O primeiro passo é identificar o evento indesejado que se deseja
analisar. Pode ser um acidente, uma falha crítica ou outro resultado negativo.
2.Identificação das Causas Básicas (Eventos Primários): Em seguida, são identificadas as causas mais básicas que
podem contribuir para o evento indesejado. Essas são representadas como "eventos primários" na parte inferior do
diagrama.
3. Identificação das Causas Intermediárias e Finais: A partir dos eventos primários, as causas intermediárias e finais
são identificadas e adicionadas à árvore. Isso cria uma representação hierárquica das relações entre os eventos.
4. Avaliação das Probabilidades e Consequências: Para cada evento na árvore, são avaliadas a probabilidade de o
evento ocorrer e as consequências caso ele ocorra. Isso pode ser feito por meio de análises quantitativas ou
qualitativas.
5. Determinação dos Valores de Risco: Com base nas avaliações de probabilidade e consequências, os valores de risco
são atribuídos a cada evento na árvore. Isso ajuda a identificar os eventos de maior risco e priorizar ações de mitigação.
6. Identificação de Medidas de Controle: Com base na análise da árvore, medidas de controle são identificadas para
prevenir ou reduzir as causas dos eventos indesejados. Isso pode envolver alterações de projeto, melhorias nos
procedimentos, treinamento adicional, entre outras ações.
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A RCA é amplamente usada em várias indústrias, incluindo saúde, manufatura, aviação, engenharia e gestão de
projetos. Ela é uma ferramenta poderosa para promover melhorias contínuas, aumentar a segurança, a qualidade e a
eficácia, além de prevenir a repetição de eventos indesejados. Ao abordar as causas raízes, as organizações podem
criar ambientes mais seguros, eficientes e confiáveis.
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4. Identificação das Causas Raízes: A análise busca identificar as causas raízes que contribuíram para o evento crítico.
Isso envolve explorar as falhas nos sistemas, processos, procedimentos e comportamentos que levaram ao evento.
5.Avaliação de Fatores Contribuintes: Além das causas raízes, são identificados fatores contribuintes que também
desempenharam um papel no evento. Isso pode incluir erros de comunicação, falta de treinamento, pressão do tempo,
entre outros.
6.Identificação de Lições Aprendidas: Com base na análise, são identificadas as lições aprendidas e as áreas de
melhoria. Isso ajuda a informar as medidas preventivas e ações corretivas necessárias.
7. Desenvolvimento de Medidas Preventivas e Corretivas: São propostas ações preventivas e corretivas para evitar a
recorrência de eventos semelhantes. Essas ações podem envolver melhorias nos processos, treinamento adicional,
mudanças de procedimentos, entre outras medidas.
8. Implementação das Ações: As ações identificadas são implementadas, monitoradas e revisadas para garantir que
sejam eficazes e levem a melhorias reais.
A CEA é uma ferramenta importante para promover a aprendizagem organizacional a partir de eventos críticos. Ao
analisar detalhadamente esses eventos, as organizações podem identificar oportunidades para melhorar processos,
sistemas e comportamentos, reduzindo o risco de recorrência de eventos adversos significativos. Ela é frequentemente
usada em áreas como segurança, saúde, gestão de riscos e qualidade para impulsionar a melhoria contínua e a
prevenção de incidentes graves.
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