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TRABALHADORA
A antecipação de riscos
A antecipação de riscos tem como objetivo prever potenciais riscos e estabelecer medidas
de eliminação ou controle antes deles acontecerem no ambiente de trabalho. Nas etapas
de projeto, alguns exemplos de ações de antecipação incluem propostas de sistemas de
ventilação, layout diferenciado ou modificações de estrutura. Já ao atuar em conjunto com
os setores de compras e suprimentos, o Higienista Ocupacional pode estabelecer
normativas preventivas quanto a entrada de produtos químicos e equipamentos buscando
detecção precoce de fatores de risco. A partir da etapa de antecipação de riscos, é
possível reduzir custos e evitar problemas futuros com ações simples e eficazes.
O reconhecimento de riscos
Aqueles riscos que não foram antecipados anteriormente precisam ser reconhecidos. Esta
etapa trata-se do início da avaliação qualitativa e identificação dos possíveis riscos
ambientais que podem influenciar na saúde, bem-estar e na integridade dos
trabalhadores. Reconhecer é conhecer de novo por meio do estudo dos processos, das
atividades, operações, produtos, matérias-primas, energias e formas de dispersão. Para
isso utiliza-se de literaturas, análises e entrevistas com responsáveis pelos processos
para detectar possíveis agentes ambientais geradores de riscos ocupacionais. O
reconhecimento de riscos é fundamental, pois os riscos que não forem reconhecidos não
poderão ser corretamente avaliados e muito menos controlados.
A avaliação de riscos
O objetivo desta etapa é avaliar a intensidade ou concentração dos riscos ambientais
tendo como referência os limites de exposição para cada agente. No caso do Brasil, tais
limites são estabelecidos pela Norma Regulamentadora nº 15 e pela Associação
Americana de Higienistas Industriais (ACGIH) prevista na Norma Regulamentadora nº 9.
Avaliar os riscos é julgar as exposições de acordo com os critérios de tolerabilidade
adequados. Isso pode ser feito tanto por meio de avaliações quantitativas como
qualitativas. A confiabilidade dessas avaliações irá embasar o julgamento profissional e
posterior tomada de decisão para controle dos riscos.
O controle de riscos
A última etapa da Higiene Ocupacional é a de controle dos riscos ambientais. Nela visa-se
minimizar as exposições aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no
ambiente de trabalho de modo a proteger a saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Controlar é adotar de forma hierárquica, quando aplicáveis, medidas de engenharia sobre
a fonte e/ou trajetória dos agentes, medidas administrativas como rodízio de trabalho para
diminuição do tempo de exposição, estabelecer programas de controle como PCMSO,
PPR e PPA e por último fornecer EPI’s aos trabalhadores. Todo o trabalho realizado nas
etapas anteriores visa o controle das exposições, sendo este um dos principais objetivos
da Higiene Ocupacional. Não basta elaborar um laudo, ações práticas e eficazes de
controle de riscos devem ser propostas e implementadas.
Sendo assim, o conceito abrange qualquer complicação física ou psicológica que seja
decorrente de uma atividade profissional.
De maneira geral, existem dois tipos distintos de doenças ocupacionais que gestores e
colaboradores precisam ficar atentos:
doenças profissionais — motivadas por movimentos repetitivos e um ambiente nocivo à
saúde;
doenças do trabalho — são causadas por atividades específicas, tendo como agravante
a sobrecarga e os ruídos excessivos.
Além disso, conforme a Lei 8.213/91, equipara-se as doenças ocupacionais aos acidentes
de trabalho, pensando em questões fiscais e previdenciárias.
Quais são as doenças ocupacionais mais comuns?
Tendo isso em vista, preparamos abaixo uma lista com 5 principais doenças inerentes ao
trabalho que você precisa ficar de olho urgente.
1. LER (Lesão por Esforço Repetitivo)
Provavelmente, a LER é uma das doenças mais conhecidas nas empresas. Sendo que
qualquer pessoa pode estar sujeita a ter esse tipo de problema.
Quem sofre de LER pode apresentar síndrome do túnel do carpo, tendinites dos
extensores dos dedos, tenossinovite dos flexores dos dedos, entre outras consequências.
2. DORT (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho)
Embora seja associado à LER, os DORTs são caracterizados pela postura inadequada
no ambiente de trabalho. Muitas vezes por desrespeito às normas de ergonomia.
Caso a pessoa não trate do problema, essa doença pode desencadear dores crônicas. De
tal forma que pode agravar-se com o tempo e impossibilitar uma movimentação natural.
Vale ressaltar que nem sempre os sintomas como dor, dormência, formigamento, cansaço
dos membros, inchaço, entre outros aspectos caracterizam essa doença.
3. Perda auditiva
Podendo ser total ou parcial, a perda auditiva é outra doença ocupacional recorrente nas
empresas. Principalmente se os trabalhadores estão expostos a ruídos constantes.
Acontece de forma lenta e quase imperceptível por parte dos trabalhadores. Por isso é
importante sempre avaliar as condições clínicas e a potencialidade dos ouvidos.
Sendo até uma das doenças psicossomáticas, a asma também pode estar ligada aos
problemas laborais e condições agressivas à saúde.
Tão preocupante quanto os problemas físicos estão os psicológicos, pois podem paralisar
as pessoas e causar severos distúrbios.
Por conta de ambientes de trabalho estressantes, tem sido comum ver pessoas
desenvolvendo depressão, ansiedade, síndrome de Burnout, entre outras doenças.
Quais são as principais causas das doenças ocupacionais, quais são os fatores de
riscos?
O sedentarismo, por exemplo, pode impactar na busca de uma vida mais saudável e criar
um cenário favorável para doenças de trabalho.
Nexo Técnico Previdenciário (NTP) pode ser definido como uma metodologia da
Previdência Social para avaliar a existência de relação do adoecimento ou lesão do
trabalhador com o seu trabalho, situação esta caracterizada exclusivamente pelo Perito
Médico Federal, independente da emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho
(CAT).
E o NTP foi implementado pela Previdência Social em 2007, com o objetivo de coibir as
subnotificações dos acidentes de trabalho, uma vez que com esta metodologia a Perícia
Médica do INSS caracteriza o acidente de trabalho, mediante o reconhecimento do nexo
entre a doença/lesão e o trabalho exercido pelo trabalhador
2 Acidente do Trabalho:
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o
segurado empregado (inclusive o doméstico), trabalhador avulso, médico residente, bem como com
o segurado especial (trabalhador rural), no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente da
capacidade para o trabalho.
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a
identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.
De acordo com o art. 337, § 3º do Decreto 3.048/1999, considera-se estabelecido o nexo entre o
trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e
a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do Anexo II do referido decreto.
Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica do INSS a lesão,
doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou
crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de
latência, nos termos do art. 337, § 4º do Decreto 3.048/1999.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho
e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito. Caso
contrário, não serão devidas as prestações.
RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR
A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e
segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas
sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para a
proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis,
conforme dispõe o art. 120 da Lei 8.213/1991.
O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho não exclui
a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros, nos termos do art. 121 da Lei 8.213/1991.
Na falta de comunicação por parte do empregador, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo, nestes casos, o prazo de apenas um dia útil.
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início
da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação
compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro.
O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente da percepção de auxílio-acidente, conforme dispõe o art. 118 da Lei
8.213/1991.
Infelizmente, o Brasil é um dos países que mais sofrem com acidentes de trabalho, ocupando a
quarta posição no ranking mundial de acordo com Dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Os números ficam ainda piores quando se contabiliza os acidentes de trabalho em que há
mortes: o Brasil ocupa a segunda colocação entre os países do G20 em mortalidade por acidentes no
trabalho.
Por isso, todo cuidado e atenção é válido quando o assunto é a segurança dos trabalhadores.
4. Baixa visibilidade;
5. Pouco espaço para mobilidade, com ambientes apertados e sem vias de escape.
2. Não entre em um espaço confinado sem ter uma licença ou sem ter recibido treinamento;
O controle de acesso a qualquer área confinada é feito de forma que somente pessoas autorizadas
entrem, por tempo limitado, e que tenham um procedimento previamente formalizado antes da
entrada. Sendo assim, a NR-33 prevê a execução de medidas para bloquear o acesso aos espaços
confinados.
Além de restringir o acesso, é necessário isolar e sinalizar os espaços confinados para impedir, por
exemplo, o religamento acidental das fontes de energia com travas, bloqueios, lacres e etiquetas de
identificação.
Supervisor de entrada
Sempre deve existir um supervisor de entrada. É ele quem se encarrega de verificar as condições de
entrada, comprovar o preenchimento da autorização de entrada e anulá-la se julgar como inseguras
as condições de trabalho. Além disso, deve orientar os trabalhadores identificando os deveres de
cada um e providenciando a capacitação exigida para a realização do projeto.
PET é exigência para todos os trabalhadores
Portanto, todos os profissionais que precisem atuar nos espaços confinados precisam apresentar a
PET. Como dito acima, o supervisor de entrada é o responsável por emitir a permissão antes do
início das atividades, bem como executar testes a fim de conferir os equipamentos e procedimentos
exigidos, cancelar a PET se necessário e encerrá-la após a conclusão do serviço.
Equipe de resgate
O trabalho em espaços confinados envolve um problema de riscos que exige uma série de medidas
preventivas mais exigentes. Dessa maneira, diante de uma situação de risco em um espaço
confinado, qualquer tentativa mal concebida de salvar um parceiro pode ter resultados
verdadeiramente catastróficos, levando a ferimentos muito graves ou mesmo à morte.
Os primeiros socorros, como o nome indica, são as primeiras intervenções feitas após
uma pessoa sofrer mal súbito ou algum acidente até que o socorre especializado chegue.
"Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira rápida, logo após o acidente
ou mal súbito, que visam a evitar o agravamento do problema até que um serviço especializado de
atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes, pois podem evitar
complicações e até mesmo evitar a morte de um indivíduo.
Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o socorrista tenha em mente
a necessidade de:"
"afastar os curiosos;
"É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas para realizar os primeiros
socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra pessoa realizar os procedimentos adequados e auxiliar
de outra maneira, como, buscando socorro."
"Omissão de socorro
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, deixar de prestar assistência a uma pessoa em risco pode resultar em detenção
ou multa. Veja o art. 135 que aborda o tema:"
"Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave, e triplicada, se resulta a morte."
Os primeiros socorros consistem em lavar a área da picada com água e sabão, colocar o acidentado
em posição confortável, de preferência deixando a vítima deitada com a área afetada em um nível
abaixo do coração e levar a vítima ao atendimento médico mais rápido. É fundamental não aplicar
qualquer substância, não fazer cortes no local e nem amarrar ou fazer torniquetes. Outro ponto
importante é não deixar a vítima locomover-se por meios próprios. Caso seja possível, levar a cobra
para a identificação."
Em caso de convulsões, algumas medidas são importantes, sendo a primeira delas tentar evitar que
a vítima caia desamparadamente. Tente deitar a vítima e afastar de perto dela objetos que podem ser
perigosos. Suas roupas devem ser afrouxadas e o rosto virado para o lado para evitar engasgos.
Não se deve interferir nos movimentos, nem colocar objetos entre os dentes da vítima. Quando a
convulsão passar, mantenha a vítima deitada até a recuperação da consciência. Caso a convulsão
demore mais de 5 minutos, é essencial chamar o serviço de emergência.
"
3 Toxicologia Ocupacional:
A ABNT NBR 14725:2023 é uma norma brasileira que estabelece os termos e as diretrizes
para a classificação de perigos, rotulagem e elaboração da Ficha de Dados de Segurança
(FDS) de produtos químicos.
Dessa forma, o conhecimento das alterações introduzidas pela norma ABNT NBR
14.725:2023 é essencial para profissionais, pesquisadores e empresas que lidam com produtos
químicos, visando garantir a segurança, a saúde e a conformidade ambiental no manuseio e na
sua utilização.
A nova versão da norma ABNT NBR 14725:2023 é apresentada em um único documento,
constituído de sete Seções e dezessete anexos, o que permite uma abordagem mais abrangente e
organizada sobre as informações relacionadas à classificação, à rotulagem e à elaboração
das FDS de produtos químicos.
A Ficha de Dados de Segurança (FDS) é dividida em dezesseis seções, com alterações em algumas
sessões da antiga FISPQ:
1. na Seção 1 – Identificação, o telefone de emergência da empresa responsável pelo
produto informado deve estar disponível para atendimento 24 horas por dia;
2. na Seção 2 – Identificação de perigos, quando o produto não for classificado como
perigoso de acordo com o GHS, deve ser utilizada uma das seguintes frases: “Não
classificado como perigoso de acordo com a ABNT NBR 14725” ou “Não classificado como
perigoso conforme GHS da ONU”, fornecendo, assim, informações claras aos usuários sobre
a ausência de riscos perigosos associados ao produto em pauta;
3. ainda na Seção 2 - Identificação de perigos, os critérios de inclusão e uso de pictogramas de
perigo, palavras de advertência e frases de perigo, que já eram seguidos na rotulagem,
devem ser registrados na FDS, bem como todas as frases de precaução aplicáveis ao produto
em pauta;
4. na Seção 3 – Composição e informações sobre os ingredientes, houve uma alteração em
relação às substâncias não classificadas como perigosas, mas que a elas foi estabelecido
limite de tolerância. Somente as substâncias que contribuem para o perigo devem ser
mencionadas, ou seja, os ingredientes que são classificados como perigosos para saúde
humana e meio ambiente. Não é necessário citar as substâncias que tem apenas limites de
tolerância estabelecidos.
5. na Seção 9 – Propriedades físicas e químicas, foi incluída a propriedade “Características
das partículas”, aplicável aos produtos químicos no estado sólido.
Destaca-se que a atualização da norma ABNT NBR 14.725:2023 permitirá maior harmonização dos
documentos brasileiros com as regulamentações de outros países e regiões. Além disso,
como a FISPQ vai mudar para FDS, todos os documentos existentes deverão ser atualizados.
Na prática, a FDS é um auxílio importante para o usuário do produto químico, pois apresenta seus
principais riscos e informações sobre precaução para seu manuseio, armazenamento e uso.
Ergonomia física
A ergonomia física é entendida como a relação entre as atividades desempenhadas pelos
profissionais no ambiente de trabalho e as características anatômicas da pessoa: sua fisiologia,
antropometria e biomecânica.
Neste estudo, são realizadas avaliações antropométricas (que medem as medidas do corpo humano)
com o objetivo de conhecer o biotipo dos colaboradores e, a partir disso, dimensionar os
equipamentos, máquinas e ferramentas. São analisadas também uma série de questões para manter o
melhor desempenho e saúde das pessoas na realização das suas tarefas diárias. Entre elas: a postura
dos profissionais ao executarem as suas tarefas, a forma como os equipamentos são manuseados, se
durante as atividades são feitos movimentos repetitivos, a fim de promover maior segurança no dia
a dia do trabalhador.
E é a partir disso que se torna possível escolher os melhores móveis e utensílios ergonômicos, que
ajudam as empresas a manter a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. A nossa dica é que você
consulte a Norma Regulamentadora (NR-17) e confira quais são as exigências ergonômicas quando
se vai compor o espaço físico de trabalho para, assim, proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente.
Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva está ligada a todos os processos mentais usados pelas pessoas na realização
das suas atividades e como eles afetam suas relações com outros elementos de um sistema. Sua
função é verificar a carga mental exigida nos diferentes tipos e ambientes de trabalho.
A ideia é conhecer os fatores que podem influenciar na saúde mental dos trabalhadores e fazer
intervenções (se for preciso). E o objetivo é diminuir ou eliminar qualquer possibilidade de estresse
e doenças como a depressão. Para isso, são avaliados os seguintes pontos: raciocínio, resposta
motora, percepção e memória, relacionados aos processos de tomada de decisão, ao desempenho do
profissional em determinada áreas e a forma como ocorre a interação entre o homem e as máquinas.
Ergonomia organizacional
A ergonomia organizacional tem como missão promover alterações na estrutura organizacional de
uma empresa. Estamos falando sobre a otimização dos aspectos sociotécnicos de uma organização –
que incluem pessoas como partes inerentes do sistema -, incluindo também processos e políticas.
A proposta é adaptar as condições da empresa para manter a boa saúde e o bem-estar do trabalhar.
Para isso, é feita uma intervenção ergonômica na cultura e no clima organizacional por meio de
intervenções nos processos de comunicação da companhia, nas atividades desempenhadas em grupo
com o objetivo de orientar os profissionais e melhorar a qualidade da gestão.
Conheça as nossas opções de equipamentos e mobiliário ergonômico para compor o seu ambiente
de trabalho. E continue acompanhando as nossas publicações para saber como garantir a saúde dos
seus colaboradores.
Regulamentação
No Brasil, a regulamentação sobre Biossegurança está presente na legislação como
forma de mostrar a importância de preservar a vida e oferecer segurança em qualquer
atividade, além de determinar competências e normas.
Segundo a Lei de Biossegurança, 11.105 de 24 de Março de 2015, a principal atenção
deve se dar aos riscos relativos das técnicas de manipulação de organismos
geneticamente modificados, como os alimentos transgênicos. Mas, pesquisas e o trabalho
em ambientes como, por exemplo, indústrias, hospitais, laboratórios, hemocentros e
universidades, deve também levar em consideração a Biossegurança.
Como já comentamos neste conteúdo, a Biossegurança tem que ser seguida em todas as
áreas!
Outra definição importante sobre a Biossegurança, é a dada pela Anvisa, como “condição
de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal e o meio ambiente.˜
Até agora, você já deve ter percebido que o tem tudo a ver com o nosso blog: a
segurança no trabalho e as medidas para alcançar a proteção do trabalhador. Vamos falar
mais sobre isso? Leia nosso artigo até o fim e descubra quais as principais medidas de
biossegurança que você deve tomar.
Todas as medidas de segurança e todas as ações que busquem a proteção no dia a dia,
são atitudes de Biossegurança.
Um dos exemplos mais básicos no trabalho, é o uso dos EPIs de acordo com as
atividades e riscos do trabalhador. Os EPIs são equipamentos utilizados para proteger
individualmente cada usuário a fim de combater algum risco existente. De acordo com a
NR 6, considera-se Equipamento de Proteção Individual: “todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e saúde no trabalho.”
Com o uso adequado de EPIs, os acidentes de trabalho são quase nulos no dia a dia e a
proteção faz parte da rotina dos profissionais. Por isso, certifique e analise os riscos das
suas atividades para oferecer o melhor e mais correto EPI.
As medidas de Biossegurança envolvem diferentes riscos e podem prevenir danos
ergonômicos, químicos, psicológicos e biológicos, por exemplo.
Pense na seguinte situação: um trabalhador precisa executar suas tarefas em áreas com
possibilidade de contaminação por produtos químicos ou bactérias. Ao pensar em
Biossegurança, o empregador precisa recorrer ao setor de Segurança do Trabalho e às
normas regulamentadoras para evitar qualquer acidente ou dano ao profissional.
Então, neste caso, fornecer EPIs certos – luvas resistentes, sapatos, óculos de proteção e
uniforme adequado – são responsabilidades e deveres do empregador e passam pela
aplicação do que está definido em lei e pela Anvisa como prática de Biossegurança.
Quer saber quais as principais medidas de Biossegurança a serem adotadas na rotina
profissional? Na lista a seguir, você confere os itens que mais são adotados e entende
mais na prática como a Biossegurança pode ser aplicada na Segurança do Trabalho:
•Descarte correto de materiais contaminados com os recipientes adequados;
•Sinalização das áreas de risco por meio de placas de identificação das áreas;
•Orientação sobre uso de maçanetas, botões, telefones e outros objetos de uso
coletivo para evitar contaminação;
•No caso de uso de radiação, fornecimento adequado de EPI e sinalização das
áreas;
•Fornecimento acessível de luvas, óculos de proteção, jalecos, uniformes,
capacetes e outros EPIs.
Estes são apenas alguns exemplos de como a Biossegurança faz parte da rotina de suas
atividades. A adoção destas medidas são fundamentais para as empresas evitarem os
acidentes e proteger a saúde dos profissionais. O investimento nesta área é importante e
essencial para o crescimento das empresas de forma adequada.
Se você quer saber mais sobre Segurança do Trabalho, Normas
Regulamentadoras e Equipamentos de Proteção Individual, acesse mais conteúdos e
artigos do nosso blog. Encontre a informação que precisa, entenda as necessidades e
entre em contato com a gente, para solucionar dúvidas e fornecer o conhecimento para
fornecer ainda mais segurança e qualidade para cada trabalhador.
Exposição ao Calor;
Entenda um pouco mais a utilização e alguns dos equipamentos e medidas mais utilizadas
pela segurança do trabalho para que não haja incidentes inesperados em locais de trabalho.
Ficou fácil entender que os EPC’s não são medidas que precisam ser executadas diariamente.
Uma vez feitos, os efeitos são efetivos para várias pessoas por um determinado tempo,
geralmente longos períodos, até que seja necessária a manutenção das medidas ou
implementação de novas.
De acordo com a Norma Regulamentadora de número 6, o empregador deve seguir uma série
de normas para proteger seus funcionários e é passível de multa em caso de descumprimento.
Entre as obrigações da empresa estão adquirir os equipamentos adequados ao risco de cada
atividade que será desenvolvida em seu ambiente, exigir o uso por parte dos colaboradores,
fornecer somente equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente, substituir EPI’s
quando danificados ou extraviados, responsabilizar-se pela manutenção e higienização
periódica, além de orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado
Os acidentes são eventos inesperados que podem ocorrer em qualquer lugar, até mesmo no
trabalho. A conscientização e formação dos trabalhadores no local de trabalho são a melhor
forma de prevenir acidentes, como já foi explicitado. Porém, além disso, podemos acrescentar
também a aplicação de medidas de segurança que será então parte da prevenção.
Os especialistas em segurança no trabalho descrevem algumas dicas, entre elas estão: manter
as áreas de circulação desobstruídas para a livre circulação dos funcionários e evitar
esbarrões, e a não execução de atividades que não está habilitado e isto compreende todas as
pessoas que trabalham na empresa. Além disso, é recomendado não improvisar ferramentas,
mas, sim, solicitar a compra de ferramentas adequadas para cada tarefa.
A prevenção inclui até detalhes do ambiente como os tapetes, que devem ser também evitados
em áreas de circulação, assim como correr ou andar apressadamente em todos os ambientes
deve ser evitado. Objetos caídos no chão também representam perigo para os funcionários.
Em relação aos equipamentos, há normas que aumentam a segurança dos operadores, mas, de
forma geral, é recomendado conferir as máquinas ou equipamentos antes de iniciar as
atividades através do check list que, geralmente, é disponibilizado para cada máquina.
Nunca é demais lembrar que em caso de acidentes, as primeiras medidas a se tomar são
prestar os primeiros socorros caso você seja habilitado para isto. Senão, chame o serviço de
emergência e informe aos responsáveis na sua empresa.
Principais EPC’s
Sabemos que os EPC’s são equipamentos para o uso comum no ambiente de trabalho, entre
eles podemos citar:
• Placas de Sinalização;
• Sensores de presença;
• Cavaletes;
• Fita de Sinalização;
• Chuveiro Lava-Olhos;
• Sistema de Ventilação e Exaustão;
• Proteção contra ruídos e vibrações;
• Sistema de Iluminação de Emergência
Principais EPI’s
Quando aplicada na Saúde e Segurança no Trabalho (SST), por exemplo, a ciência das
epidemias foca nos riscos ocupacionais (químico, físico, fisiológico, ergonômicos e de
acidentes) e também seus efeitos sobre a saúde da população trabalhadora.
A epidemiologia faz com que a gestão de saúde seja mais focada na prevenção e promoção de
vida saudável do que no tratamento de doenças. É o que podemos chamar produção de saúde,
que, por sua vez, gera aumento da produtividade e redução dos custos com saúde suplementar
e afastamentos.
10 A psicopatologia do trabalho:
Antes de tudo, é interessante entender o conceito de psicopatologia. Este termo é usado pra se
referir tanto à área do conhecimento, como às patologias em si. Isto é, a área do conhecimento a que
se denomina psicopatologia estuda as afecções ou alterações psicológicas, como os transtornos
psicológicos, suas causas, sintomas, tratamentos, etiologia, etc.
Quando se pretende fazer referência a uma patologia psicológica é utilizado este termo, assim como
para se referir a uma patologia celular é utilizado o termo histopatologia e assim por diante.
Como foi mencionado, o termo psicopatologia é utilizado para se referir tanto à ciência quando à
própria doença, dessa forma a psicopatologia relacionada ao trabalho também pode ser usada como
sinônimo de doença psicológica relacionada ao trabalho.
Com isso, tal campo de estudo seguiu evoluindo e recebendo contribuições de diferentes autores. O
primeiro autor a utilizar o termo psicopatologia do trabalho foi Paul Sivadon e atualmente o
pioneiro desta área é o francês Christophe Dejours, que se dedicou a investigar as relações que o
trabalho tem com o sofrimento psíquico.
Psicopatologias que têm o trabalho como causa necessária: este tipo, o trabalho é um fator que
causa o sofrimento psíquico e diversas conseqüências graves. Exemplo: Síndrome de Burnout.
Psicopatologias que têm o trabalho como um fator desencadeante: neste caso, o trabalho é associado
a outros fatores, mas sem ele a doença não seria desenvolvida. Exemplo: estresse, ansiedade,
distúrbios decorrentes de assédio moral, estresse pós-traumático, dependência química, etc.
Psicopatologias que têm o trabalho como agravante do quadro: neste caso a pessoa já possui um
quadro de sofrimento psíquico que pode estar ou não latente e o trabalho contribui com o despertar
ou com a piora dos sintomas. Exemplo: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobias, etc.
O trabalho é um fator causal de uma psicopatologia do trabalho quando este é cenário de muita
pressão, cobrança, comunicação inadequada, má distribuição de tarefas, espaço físico inadequado,
remuneração baixa, percepção de injustiça, liderança mal formada, falta de reconhecimento e
valorização, maus tratos psicológicos e físicos, etc.
Dessa forma, quando não há ergonomia na empresa, isto é, quando as condições do ambiente de
trabalho estão desfavoráveis, é provável que seja desenvolvida alguma psicopatologia do trabalho
ou que algum quadro já existente seja agravado.
Em síntese, a psicopatologia do trabalho vem para dar a devida atenção à saúde do trabalhador,
promovendo medidas de prevenção e tratamento. A ergonomia é uma forma de prevenção e o
tratamento consiste no encaminhamento à clinica psicológica.
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1 Comentário
César Porto Viegas 15 de julho de 2017 às 9:42
Qual as bibliografias recomendadas para nos aprofundarmos sobre a piscopatologias?
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