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EIXO TEMÁTICO 4 – SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR E DA

TRABALHADORA

1 Noções conceituais de higiene do trabalho e suas relações com o ambiente de


trabalho: 1.1 Agentes nocivos e os agravos à saúde do trabalhador.

1.2 Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da exposição ocupacional.

A antecipação de riscos
A antecipação de riscos tem como objetivo prever potenciais riscos e estabelecer medidas
de eliminação ou controle antes deles acontecerem no ambiente de trabalho. Nas etapas
de projeto, alguns exemplos de ações de antecipação incluem propostas de sistemas de
ventilação, layout diferenciado ou modificações de estrutura. Já ao atuar em conjunto com
os setores de compras e suprimentos, o Higienista Ocupacional pode estabelecer
normativas preventivas quanto a entrada de produtos químicos e equipamentos buscando
detecção precoce de fatores de risco. A partir da etapa de antecipação de riscos, é
possível reduzir custos e evitar problemas futuros com ações simples e eficazes.

O reconhecimento de riscos
Aqueles riscos que não foram antecipados anteriormente precisam ser reconhecidos. Esta
etapa trata-se do início da avaliação qualitativa e identificação dos possíveis riscos
ambientais que podem influenciar na saúde, bem-estar e na integridade dos
trabalhadores. Reconhecer é conhecer de novo por meio do estudo dos processos, das
atividades, operações, produtos, matérias-primas, energias e formas de dispersão. Para
isso utiliza-se de literaturas, análises e entrevistas com responsáveis pelos processos
para detectar possíveis agentes ambientais geradores de riscos ocupacionais. O
reconhecimento de riscos é fundamental, pois os riscos que não forem reconhecidos não
poderão ser corretamente avaliados e muito menos controlados.

A avaliação de riscos
O objetivo desta etapa é avaliar a intensidade ou concentração dos riscos ambientais
tendo como referência os limites de exposição para cada agente. No caso do Brasil, tais
limites são estabelecidos pela Norma Regulamentadora nº 15 e pela Associação
Americana de Higienistas Industriais (ACGIH) prevista na Norma Regulamentadora nº 9.
Avaliar os riscos é julgar as exposições de acordo com os critérios de tolerabilidade
adequados. Isso pode ser feito tanto por meio de avaliações quantitativas como
qualitativas. A confiabilidade dessas avaliações irá embasar o julgamento profissional e
posterior tomada de decisão para controle dos riscos.

O controle de riscos
A última etapa da Higiene Ocupacional é a de controle dos riscos ambientais. Nela visa-se
minimizar as exposições aos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no
ambiente de trabalho de modo a proteger a saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Controlar é adotar de forma hierárquica, quando aplicáveis, medidas de engenharia sobre
a fonte e/ou trajetória dos agentes, medidas administrativas como rodízio de trabalho para
diminuição do tempo de exposição, estabelecer programas de controle como PCMSO,
PPR e PPA e por último fornecer EPI’s aos trabalhadores. Todo o trabalho realizado nas
etapas anteriores visa o controle das exposições, sendo este um dos principais objetivos
da Higiene Ocupacional. Não basta elaborar um laudo, ações práticas e eficazes de
controle de riscos devem ser propostas e implementadas.

1.3 Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias.

O que são doenças ocupacionais?

Entende-se por doenças ocupacionais aquelas diretamente ligadas às condições de


trabalho exercidas, bem como o ofício realizado pelos trabalhadores.

Sendo assim, o conceito abrange qualquer complicação física ou psicológica que seja
decorrente de uma atividade profissional.

De maneira geral, existem dois tipos distintos de doenças ocupacionais que gestores e
colaboradores precisam ficar atentos:
 doenças profissionais — motivadas por movimentos repetitivos e um ambiente nocivo à
saúde;
 doenças do trabalho — são causadas por atividades específicas, tendo como agravante
a sobrecarga e os ruídos excessivos.

Além disso, conforme a Lei 8.213/91, equipara-se as doenças ocupacionais aos acidentes
de trabalho, pensando em questões fiscais e previdenciárias.
Quais são as doenças ocupacionais mais comuns?

Muito além de entender o que são as doenças ocupacionais, torna-se crucial


compreender as inúmeras condições preocupantes de um emprego nocivo à saúde.

Tendo isso em vista, preparamos abaixo uma lista com 5 principais doenças inerentes ao
trabalho que você precisa ficar de olho urgente.
1. LER (Lesão por Esforço Repetitivo)

Provavelmente, a LER é uma das doenças mais conhecidas nas empresas. Sendo que
qualquer pessoa pode estar sujeita a ter esse tipo de problema.

Ela é causada pelo exercício repetitivo e prolongado de um determinado movimento.


Como por exemplo, digitar por horas no teclado do computador.

De forma gradativa, esse tipo de doença do trabalho reduz a capacidade da pessoa


desenvolver a atividade profissional que ocupa, levando à invalidez aos poucos.

Quem sofre de LER pode apresentar síndrome do túnel do carpo, tendinites dos
extensores dos dedos, tenossinovite dos flexores dos dedos, entre outras consequências.
2. DORT (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho)

Embora seja associado à LER, os DORTs são caracterizados pela postura inadequada
no ambiente de trabalho. Muitas vezes por desrespeito às normas de ergonomia.

Caso a pessoa não trate do problema, essa doença pode desencadear dores crônicas. De
tal forma que pode agravar-se com o tempo e impossibilitar uma movimentação natural.

Um ambiente de trabalho mal projetado e em condições precárias de manutenção pode


prejudicar bastante os colaboradores e, com isso, desenvolver casos de DORT.

Vale ressaltar que nem sempre os sintomas como dor, dormência, formigamento, cansaço
dos membros, inchaço, entre outros aspectos caracterizam essa doença.
3. Perda auditiva

Podendo ser total ou parcial, a perda auditiva é outra doença ocupacional recorrente nas
empresas. Principalmente se os trabalhadores estão expostos a ruídos constantes.

Acontece de forma lenta e quase imperceptível por parte dos trabalhadores. Por isso é
importante sempre avaliar as condições clínicas e a potencialidade dos ouvidos.

Empresas de telemarketing, por exemplo, costumam programar exames de rotina


chamados de audiometria, a fim de apurar a saúde auricular de seus funcionários.

Trabalhadores da indústria e construção civil também estão sujeitos a surdez. Sendo


importante a conscientização do uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)
4. Asma ocupacional

Sendo até uma das doenças psicossomáticas, a asma também pode estar ligada aos
problemas laborais e condições agressivas à saúde.

Se as vias respiratórias começam a se estreitar e causam obstrução, existe uma forte


possibilidade de a pessoa passar a conviver com a asma.

A inalação de partículas e, principalmente, poeiras no ambiente de trabalho podem gerar


reações alérgicas desse tipo.

A asma ocupacional tende a ser rotineira em locais que expõem os trabalhadores


ao manuseio de materiais como madeira, borracha, algodão etc.
5. Transtornos mentais

Tão preocupante quanto os problemas físicos estão os psicológicos, pois podem paralisar
as pessoas e causar severos distúrbios.

Por conta de ambientes de trabalho estressantes, tem sido comum ver pessoas
desenvolvendo depressão, ansiedade, síndrome de Burnout, entre outras doenças.

A pressão exagerada para bater metas inalcançáveis, conflitos recorrentes no trabalho,


assédio moral, bullying e demais fatores podem impulsionar essas situações.
Os transtornos mentais impactam demais na percepção de bem-estar no trabalho,
influenciando assim a produtividade e motivação interna.

1.4 Fatores de risco.

Quais são as principais causas das doenças ocupacionais, quais são os fatores de
riscos?

Além dos movimentos repetitivos e da postura inadequada, existem diversas situações


que podem causar doenças ocupacionais e até outros problemas.

O sedentarismo, por exemplo, pode impactar na busca de uma vida mais saudável e criar
um cenário favorável para doenças de trabalho.

Isso porque indivíduos sedentários podem ter problemas de autoestima, depressão,


estresse, ansiedade e, ainda, lidar com possíveis lesões.

O exagero no volume de trabalho também desencadeia prejuízos à saúde física e mental.


Fazendo com que os trabalhadores estejam fadigados e desmotivados.

Carregar pesos em excesso, expor-se a produtos químicos e biológicos, trabalhar em pé


por muito tempo, entre outros pontos tendem a levar às doenças ocupacionais.

1.6 Nexo técnico previdenciário, individual, profissional e epidemiológico.

Nexo Técnico Previdenciário (NTP) pode ser definido como uma metodologia da
Previdência Social para avaliar a existência de relação do adoecimento ou lesão do
trabalhador com o seu trabalho, situação esta caracterizada exclusivamente pelo Perito
Médico Federal, independente da emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho
(CAT).
E o NTP foi implementado pela Previdência Social em 2007, com o objetivo de coibir as
subnotificações dos acidentes de trabalho, uma vez que com esta metodologia a Perícia
Médica do INSS caracteriza o acidente de trabalho, mediante o reconhecimento do nexo
entre a doença/lesão e o trabalho exercido pelo trabalhador
2 Acidente do Trabalho:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o
segurado empregado (inclusive o doméstico), trabalhador avulso, médico residente, bem como com
o segurado especial (trabalhador rural), no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente da
capacidade para o trabalho.

O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a
identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.

De acordo com o art. 337, § 3º do Decreto 3.048/1999, considera-se estabelecido o nexo entre o
trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e
a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista C do Anexo II do referido decreto.

Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica do INSS a lesão,
doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou
crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de
latência, nos termos do art. 337, § 4º do Decreto 3.048/1999.

Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho
e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito. Caso
contrário, não serão devidas as prestações.

RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR

A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e
segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas
sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.

Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para a
proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis,
conforme dispõe o art. 120 da Lei 8.213/1991.

O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho não exclui
a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros, nos termos do art. 121 da Lei 8.213/1991.

A empresa ou o empregador doméstico deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência


Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo
do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências. A comunicação é feita
pelo sistema e-Social.

Emissão da CAT(Comunicação de Acidente do Trabalho) Deverá ser comunicado os acidentes


ocorridos com o segurado empregado (inclusive o doméstico), o trabalhador avulso, o segurado
especial e o médico-residente.

Na falta de comunicação por parte do empregador, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo, nestes casos, o prazo de apenas um dia útil.

Nesta hipótese, o empregador permanecerá responsável pela falta de cumprimento da legislação.


Caberá ao setor de benefícios do INSS comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a
aplicação e cobrança da multa devida.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início
da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação
compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA DO ACIDENTADO

O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente da percepção de auxílio-acidente, conforme dispõe o art. 118 da Lei
8.213/1991.

O que é a investigação de acidentes?


A investigação de acidentes, apesar do nome tratar apenas de acidente, é uma análise para que
se chegue a causa dessas situações tratadas acima, ou seja, deve ser realizada também em
quase acidentes e incidentes.
Ela nada mais é do que uma investigação, que tem o objetivo de identificar o que causou o
acidente, o incidente ou o quase acidente, usando o exemplo do nosso texto, seria uma
investigação para descobrir porque aquela ferramenta pesada caiu.
A investigação de acidentes é recomendada inclusive quando dos “acidentes leves e os
incidentes de trabalho que, pela sua natureza, tenham potencial para causar acidentes e
adoecimentos graves” para o trabalhador. É uma prática que visa a verificação da persistência
dos fatores de riscos no ambiente de trabalho.
Como realizar a investigação de acidentes?
Antes de tudo, em caso de um acidente mesmo, o passo zero é prestar socorro à vítima e se
necessário encaminhá-la ao atendimento médico.
Após isso, a investigação se inicia, com ela sendo igual em todos os 3 casos (Incidente, Quase
acidente ou Acidente), seguindo os seguintes passos:
Identificação do agente causador e descrição do local
O primeiro passo da investigação é identificar o agente causador dessa situação, observando o
local da ocorrência você pode identificá-lo, no nosso caso, o agente causador é a ferramenta
que caiu.
Junto com isso, o local deve ser investigado, para isso podemos isolar o local, analisá-lo e
descrever como ele estava no momento da ocorrência, supomos que no local da ocorrência
identificamos o trinco do armário onde ficava a ferramenta quebrado no chão.

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber


como agir corretamente no momento em que eles ocorrem.
Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de
transformar-se em tragédia se forem evitados e controlados com segurança
e tranquilidade por pessoas devidamente treinadas. Na maioria das vezes, o
pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas que o próprio acidente.
O primeiro passo é solicitar ao setor competente, a elaboração do Plano de
Prevenção e Combate a Incêndio (PPCIP), onde estarão detalhados os
procedimentos que deverão ser distribuídos para todos, contendo
informações sobre todas as precauções necessárias, como: os cuidados
preventivos; a conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora
do abandono do local de trabalho; a indicação de medidas práticas sobre o
combate e o abandono.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que todos
coloquem em prática as normas estabelecidas sobre os cuidados preventivos
e o comportamento diante do incidente, promovendo exercícios, através da
simulação de incêndios. Esse tipo de prática contribui suficientemente para a
prevenção e a segurança de todos. Mas para efetuar
essa operação é necessário um fator indispensável:
a existência – em perfeito estado de uso e
conservação – de equipamentos destinados a
combater incêndios.
Extintor com água pressurizada: indicado para incêndios de classe A
(madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral). A água age por
resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.

Extintor com gás carbônico: indicado para


incêndios de classe C (equipamento elétrico
energizado), por não ser condutor de eletricidade.
Pode ser usado também em incêndios de classes A
e B.

Extintor com pó químico seco: indicado para


incêndio de classe B (líquido inflamáveis). Age por
abafamento. Pode ser usado também em incêndios
de classes A e C.

•Extintor com pó químico especial: indicado para


incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age por
abafamento.
A prudência também é outro fator primordial no combate aos incêndios.
Todos sabem que qualquer instalação predial deve funcionar conforme as
condições de segurança estabelecidas por lei, que vão desde a
obrigatoriedade de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros,
chuveiros automáticos (sprinklers) e escadas com corrimão. Entre esses
equipamentos, o mais utilizado no combate a incêndios é o extintor, que deve
ser submetido a manutenção pelo menos uma vez por ano, por pessoas
credenciadas e especializadas no assunto. É importante também, além de
adquirir e conservar os equipamentos de segurança, saber manuseá-los.
Regras Básicas
•Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de
Bombeiros – 193;
•Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeita condições de uso e
somente as utilize em caso de incêndio;
•Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso,
devidamente carregados e devem ser revisados periodicamente, através
da utilização do cheklist de inspeção mensal;
•Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, procurando
inclusive constatar também a existência de possíveis vazamentos de
gases;
•Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis;
•Evitar a falta de ventilação;
•Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo ou
outras saídas para áreas livres. Nem obstruí-las com materiais ou
equipamentos;
•Não deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais
inadequados;
•Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) e
sobre o cuidado de atirar fósforos e pontas de cigarros acessos em
qualquer lugar;
•Aconselhar os trabalhadores para que verifiquem antes de sair de seus
locais de trabalho, ao término da jornada de trabalho, se desligaram todos
os aparelhos elétricos, como estufas, ar condicionado, exaustores, dentre
outros;
•Em caso de incêndio, informar o Corpo de Bombeiros o mais rápido
possível: a ocorrência, o acesso mais fácil para a chegada ao local e o
número de pessoas acidentadas, inclusive nas proximidades;
•Nunca utilizar os elevadores no momento do incêndio;
•Evitar aglomerações para não dificultar a ação do socorro e manter a área
junto aos hidrantes livre para manobras e estacionamento de viaturas.
Normas de Segurança
Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações
prediais, estão a conservação e a manutenção das instalações elétricas.
Existem vários tipos de sistemas de proteção das instalações elétricas, como
fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar funcionando
perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por
descargas de curto-circuíto.
Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona
tipos e números de pontos de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas
características de consumo. Quando na presença de uma sobrecarga este
circuito não dimensionado para uma corrente de curto-circuito eleva-se em
muito a temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de
um incêndio. Por este motivo cuidado com a utilização de benjamins.
Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de
segurança contra incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de
ordem e todos devem colaborar, pois é mais importante evitar incêndios do
que apagá-los.
Alarme Geral
Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame
imediatamente o Corpo de Bombeiros.
Combate ao Fogo
Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a
propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial.
Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da
edificação.
Evacuação da Edificação
Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas
escadas. Ao sair, feche todas as portas atrás de si, sem trancá-las.
Não utilize o elevador como meio de escape.
Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no
pavimento em que se encontra, aguardando a chegada do Corpo de
Bombeiros.
Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de evacuação pelo
alto, ou se a situação o exigir.
Instruções complementares
•Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e feche
as saídas de gás;
•Procure sempre manter a calma e não fume. Não tire as roupas. Dê o
alarme;
•Mantenha, se possível, as roupas molhadas;
•Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo;
•Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida
pelo lado interno e vedada com toalha ou papel molhados;
•Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço molhado;
•Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento,
proporcionadas pelo Corpo de Bombeiros. Indique sua posição no edifício
acenando para o Corpo de Bombeiros com um lenço;
•Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros;
•Em caso de incêndio, se você se encontra em lugar cheio de fumaça
procure sair, andando o mais rente possível do piso, para evitar ficar
asfixiado;
•Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo procura correr. Não o
faça: a vítima deve procurar não respirar o calor das chamas. Para o evitar,
dobre os braços sobre o rosto, apertando-os: jogue-se ao chão e role, ou
envolva-se numa coberta ou num tecido qualquer;
•Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe fazê-lo.
Obrigue-a a jogar-se ao chão e rolar lentamente;
•Use de força, se necessário, para isso;
•Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado;
•No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na vítima,
enquanto ela está rolando. Se puder, envolva o acidentado com um
cobertor ou com panos grossos;
•Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca envolva
a cabeça da vítima, pois assim você a obriga a respirar gases;
•Ao perceber um incêndio não se altere. Estando num local com muitas
pessoas ao redor, não grite nem corra. Acate as normas de prevenção e
evite acidentes;
•Trate de sair pelas portas principais ou de emergência, de maneira rápida,
sem gritos, em ordem, sem correrias. Nunca feche com chaves as portas
principais e as de emergência;
•Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cera ou outros
inflamáveis;
•Após o uso do extintor, notificar o setor responsável para recarregamento.

Os cuidados essenciais para o trabalho em


espaço confinado
Trabalhar em um espaço confinado não é uma tarefa simples. A falta de oxigênio, a presença de
gases tóxicos e ainda as dimensões limitadas, tornam esses locais altamente perigosos para a vida
dos trabalhadores. Na ausência de condições de segurança adequadas, podem ocorrer lesões,
envenenamento por produtos químicos perigosos, asfixia por baixos níveis de oxigênio ou
queimaduras por explosões, entre outros.

Infelizmente, o Brasil é um dos países que mais sofrem com acidentes de trabalho, ocupando a
quarta posição no ranking mundial de acordo com Dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Os números ficam ainda piores quando se contabiliza os acidentes de trabalho em que há
mortes: o Brasil ocupa a segunda colocação entre os países do G20 em mortalidade por acidentes no
trabalho.

Por isso, todo cuidado e atenção é válido quando o assunto é a segurança dos trabalhadores.

O que é espaço confinado?


Conforme a Norma Regulamentadora 33 (NR-33), espaço confinado é qualquer área ou ambiente
não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída cuja
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência
ou enriquecimento de oxigênio. Sendo assim, as características, de forma geral, são:

1. Pouca ou alta concentração de gás oxigênio – O percentual de oxigênio aceitável em espaços


confinados é de 19,5 % a 23 % de VOL, desde que a causa da redução ou enriquecimento de
O2 seja conhecida;

2. Alta concentração de gases tóxicos, como sulfeto de hidrogênio, metano e monóxido de


carbono;

3. Falta de ventilação natural;

4. Baixa visibilidade;

5. Pouco espaço para mobilidade, com ambientes apertados e sem vias de escape.

De acordo com a Fundacentro, alguns exemplos de espaços confinados são:

1. Construção civil – valas, poços, dutos, escavações e galerias subterrâneas;

2. Indústria agrícola – biodigestores, silos, poços, cisternas, esgotos e valas;

3. Setor alimentício – fornos, depósitos, misturadores, secadores, toneis e dutos;

4. Indústria química – dutos, lavadores de ar, reatores e colunas de destilação;

5. Metalurgia – tubulações, poços, tanques, coletores e depósitos;

6. Serviços – esgotos, digestores, incineradores e galerias;


7. Transportes – tanques de aviões, caminhões, vagões e navios que carregam combustíveis.

Cuidados essenciais para o trabalho em espaço confinado


Algumas recomendações básicas para garantir a segurança do trabalho em espaços confinados são:

1. Antes de entrar, identifique quaisquer perigos físicos;

2. Não entre em um espaço confinado sem ter uma licença ou sem ter recibido treinamento;

3. Estude, compreenda e siga os procedimentos do empregador antes de entrar no espaço


confinado com permissão e saiba como e quando entrar e sair;

4. Antes e durante a entrada, examine e controle o teor de oxigênio, inflamabilidade,


toxicidade ou riscos de explosão, conforme necessário;

5. Use proteção contra quedas, resgate, monitoramento do ar, ventilação e equipamento de


comunicação de acordo com os procedimentos de entrada.

Confira a seguir o detalhamento de algumas dessas medidas

Controle de entrada e saída

O controle de acesso a qualquer área confinada é feito de forma que somente pessoas autorizadas
entrem, por tempo limitado, e que tenham um procedimento previamente formalizado antes da
entrada. Sendo assim, a NR-33 prevê a execução de medidas para bloquear o acesso aos espaços
confinados.

Além de restringir o acesso, é necessário isolar e sinalizar os espaços confinados para impedir, por
exemplo, o religamento acidental das fontes de energia com travas, bloqueios, lacres e etiquetas de
identificação.

Supervisor de entrada

Sempre deve existir um supervisor de entrada. É ele quem se encarrega de verificar as condições de
entrada, comprovar o preenchimento da autorização de entrada e anulá-la se julgar como inseguras
as condições de trabalho. Além disso, deve orientar os trabalhadores identificando os deveres de
cada um e providenciando a capacitação exigida para a realização do projeto.
PET é exigência para todos os trabalhadores

A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento com o conjunto de medidas de


segurança e emergência previstas para o desenvolvimento de atividade segura em espaços
confinados.

Portanto, todos os profissionais que precisem atuar nos espaços confinados precisam apresentar a
PET. Como dito acima, o supervisor de entrada é o responsável por emitir a permissão antes do
início das atividades, bem como executar testes a fim de conferir os equipamentos e procedimentos
exigidos, cancelar a PET se necessário e encerrá-la após a conclusão do serviço.

Equipamentos de proteção individual e coletiva

Para atividades em espaços confinados, os trabalhadores devem utilizar os EPCs (Equipamentos de


Proteção Coletiva), EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), além de equipamentos de proteção
respiratória e de resgate. Além disso, todos devem ser testados e estarem aprovados pelo
INMETRO.

Equipe de resgate

O trabalho em espaços confinados envolve um problema de riscos que exige uma série de medidas
preventivas mais exigentes. Dessa maneira, diante de uma situação de risco em um espaço
confinado, qualquer tentativa mal concebida de salvar um parceiro pode ter resultados
verdadeiramente catastróficos, levando a ferimentos muito graves ou mesmo à morte.

Ademais, também é de responsabilidade do empregador implementar procedimentos de emergência


e resgate adequados aos espaços confinados incluindo uma equipe responsável pelos primeiros
socorros.

Os primeiros socorros, como o nome indica, são as primeiras intervenções feitas após
uma pessoa sofrer mal súbito ou algum acidente até que o socorre especializado chegue.

"Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira rápida, logo após o acidente
ou mal súbito, que visam a evitar o agravamento do problema até que um serviço especializado de
atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes, pois podem evitar
complicações e até mesmo evitar a morte de um indivíduo.

Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o socorrista tenha em mente
a necessidade de:"
"afastar os curiosos;

garantir que serviço de emergência seja chamado."

"É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas para realizar os primeiros
socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra pessoa realizar os procedimentos adequados e auxiliar
de outra maneira, como, buscando socorro."

"Omissão de socorro
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, deixar de prestar assistência a uma pessoa em risco pode resultar em detenção
ou multa. Veja o art. 135 que aborda o tema:"

"Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave, e triplicada, se resulta a morte."

"Primeiros socorros em caso de queimaduras”


Queimaduras são situações relativamente comuns no nosso dia a dia. Elas são classificadas, de
acordo com o dano causado, em queimadura de primeiro grau, queimadura de segundo grau e
queimadura de terceiro grau. A queimadura de primeiro grau afeta apenas a epiderme (camada mais
externa da pele), já a de segundo grau afeta a derme e epiderme, enquanto a de terceiro grau atinge
também o tecido abaixo da pele."

"Primeiros socorros em casos de intoxicações”


As intoxicações ocorrem em consequência à ingestão, inalação ou contato com a pele de
determinadas substâncias. Plantas tóxicas, alimentos contaminados, produtos de limpeza, remédios,
soda, inseticidas e formicidas são exemplos de produtos que podem causar intoxicações. As
intoxicações podem ser identificadas por causar, por exemplo, irritação nos olhos, garganta e nariz,
salivação abundante, vômito, diarreia, convulsões, queda de temperatura, asfixia, tontura e
sonolência.

Em caso de intoxicações, o recomendado é identificar o agente causador da intoxicação e solicitar


atendimento especializado. A pessoa, nesse momento, deve ser deixada imóvel e caso a intoxicação
seja por produtos derivados de petróleo e corrosivos, como soda cáustica, alvejantes, tira ferrugem,
amônia, gasolina, querosene e benzina, não se pode provocar vômito."

"Primeiros socorros em casos de picadas de serpentes"


Algumas serpentes são capazes de injetar toxinas que podem causar grandes danos ao organismo e
até mesmo a morte. Sendo assim, em caso de acidente com serpentes, é importante realizar alguns
procedimentos rapidamente.

Os primeiros socorros consistem em lavar a área da picada com água e sabão, colocar o acidentado
em posição confortável, de preferência deixando a vítima deitada com a área afetada em um nível
abaixo do coração e levar a vítima ao atendimento médico mais rápido. É fundamental não aplicar
qualquer substância, não fazer cortes no local e nem amarrar ou fazer torniquetes. Outro ponto
importante é não deixar a vítima locomover-se por meios próprios. Caso seja possível, levar a cobra
para a identificação."

"Primeiros socorros em caso de engasgo


O engasgo ocorre quando algum alimento ou um objeto bloqueia as vias respiratórias, impedindo a
realização da respiração. Por impedir que a vítima respire, um socorro rápido é necessário para
evitar a morte por asfixia."

"Primeiros socorros em caso de fraturas


Dizemos que ocorreu uma fratura quando o osso perde sua continuidade. A fratura pode ser exposta
quando a pele é rompida e pode-se ver o osso, e fechada quando a pele não se rompe. Em ambos os
casos, é fundamental ajuda médica profissional para que a recuperação do osso seja feita de maneira
adequada."

"Primeiros socorros em caso de desmaio


O desmaio caracteriza-se como uma perda transitória de consciência e, diferentemente do que
muitos pensam, geralmente, não é uma situação que é considerada uma ameaça à vida. O desmaio
pode ser causado por diferentes causas como, por exemplo, hipoglicemia, cansaço, fortes emoções,
calor intenso, dores e mudanças súbitas de posição. Os maiores problemas decorrentes de desmaio
estão no fato de que a queda pode levar ao desenvolvimento de lesões."

"Primeiros socorros em caso de convulsão


As convulsões podem ser definidas como crises epiléticas em que se observa um acometimento do
sistema motor, geralmente, desencadeando uma série de contrações musculares violentas, salivação,
palidez, lábios azulados e perda da consciência.

Em caso de convulsões, algumas medidas são importantes, sendo a primeira delas tentar evitar que
a vítima caia desamparadamente. Tente deitar a vítima e afastar de perto dela objetos que podem ser
perigosos. Suas roupas devem ser afrouxadas e o rosto virado para o lado para evitar engasgos.

Não se deve interferir nos movimentos, nem colocar objetos entre os dentes da vítima. Quando a
convulsão passar, mantenha a vítima deitada até a recuperação da consciência. Caso a convulsão
demore mais de 5 minutos, é essencial chamar o serviço de emergência.
"

Veja mais sobre "Primeiros socorros" em: https://brasilescola.uol.com.br/saude/primeiros-


socorros.htm

3 Toxicologia Ocupacional:

A toxicologia é a ciência que compreende a interação e a relação dos


agentes químicos com o organismo sob condições específicas de exposição
e, também serve para avaliar, acompanhar e monitorar os efeitos tóxicos
que pode vir a provocar nos organismos.
Já a toxicologia Ocupacional tem o mesmo objetivo da toxicologia. Mas, os
instrumentos de estudo são compostos químicos utilizados no local de
trabalho. Além do mais, ela ajuda na precaução do aparecimento de vários
efeitos à saúde dos trabalhadores, devido à exposição aos compostos
químicos, físicos e biológicos no local de trabalho.
Dessa forma é possível:
• Mapear os prováveis efeitos tóxicos que os compostos podem vir a
provocar aos trabalhadores a curto e a longo prazo de exposição;
• Avaliação do panorama da exposição desses trabalhadores;
• Conhecimento das interações entre os diversos agentes que são utilizados
no local de trabalho;
• Conhecimento do ambiente de trabalho para sugerir uma série de medidas
de amparo, com o propósito de prevenir que os trabalhadores adoeçam e
tenham acidentes, garantindo uma vida segura e saudável.

Qual a sua importância?


A análise da toxicologia ocupacional abrange a análise de dados
toxicológicos de uma substância ou um composto químico com o propósito
de se identificar toxicologicamente. Simultaneamente, é justificável fornecer
conhecimento a respeito da forma correta de sua ocupação, além das
medidas preventivas.
Para essa avaliação, é necessário a realização de análises, estudos in vitro e
in silico e outros processos. Após essa avaliação, conseguimos:
• Estabelecimento da estimativa da exposição no local de trabalho;
• Determinação dos perigos dos agentes químicos, por meio da avaliação da
toxicidade;
• Monitoramento dos níveis ambientais e biológicos das substâncias que os
trabalhadores estão expostos;
• Estabelecimento dos níveis de exposição humana aceitáveis para
substâncias em uso nos locais de trabalho;
• Definição da melhor matriz biológica (sangue, urina, ar exalado) a ser
analisada e métodos para análise da substância ou seu(s) metabólito(s);
• Determinar biomarcadores de exposição e efeito (Indicador BEI da ACGIH,
indicadores da NR-7, outros).
A toxicologia ocupacional dentro das empresas
Com essa avaliação de perigo dos agentes químicos, faz possível identificar
quais agentes existentes na sua empresa podem provocar efeitos nocivos e
tóxicos aos trabalhadores, no curto ou a longo prazo.
Já na toxicologia Ocupacional, os efeitos agudos e crônicos provocados pela
exposição aos produtos químicos no local de trabalho são avaliados com um
fator de suma importância para que sejam ajustados os limites de exposição
ocupacional.
Dessa forma, a instauração desses indicadores declara uma série de estudos
e avaliações de acordo com cada país e com a agência reguladora. Nota-se
que a evolução das pesquisas e dados de toxicidade faz com que os limites
sejam cada vez menores, planejando proteger a saúde dos trabalhadores.
No Brasil, a Norma Regulamentadora 15 é responsável por estabelecer os
chamados Limites de Tolerância (LTs), sendo estabelecidos como:
• Entende-se por Limite de Tolerância, a concentração ou intensidade
máxima ou mínima de um agente de risco, relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral.
As FISPQs têm como objetivo a comunicação dos perigos dos produtos
químicos aos trabalhadores, bem como informa-los quais os procedimentos
devem ser adotados em caso de acidente e quais os equipamentos de
proteção devem utilizar.
Com isso, a equipe de segurança do trabalho ao mesmo tempo com a equipe
de higiene ocupacional, terão com base nas informações adquiridas da
toxicologia ocupacional, informações suficientes para a avaliação do risco
das atividades de trabalho desenvolvida com os agentes químicos.
Por fim, diante desse contexto serão estabelecidos o limite da exposição dos
colaboradores em cada atividade e será proposta as medidas cabíveis para a
diminuição dos riscos. Além disso, é essencial a avaliação e monitoramento
das exposições.
Algumas Possíveis doenças ocupacionais provocadas por esses agentes químicos

• Desenvolvimento de silicose –desenvolvida por causa da exposição à sílica


cristalina.
• Desenvolvimento de pneumoconiose –desenvolvida devido a inalação de
poeiras inorgânicas, associada ao trabalho em metalúrgicas, construtoras,
mecânicas ou minas.
• Asbestose –desenvolvida devido à inalação de poeira de asbesto (amianto).
• Beriliose –desenvolvida devido à inalação de poeira do berílio.
• Antracnose –desenvolvida devido a inalação de poeira de carvão, comum
em mineradores.
• Benzeno – desenvolvimento de leucemia mieloblástica.
• Formaldeído – desenvolvido de câncer nasofaríngeo.
• Inalação de alguns tipos de gases e vapores irritantes: dióxido de enxofre,
cloro, amônia, fosgênio, outros, podem provocar algumas doenças, tais
como rinite, bronquite, alveolite, enfisema, asma, alveolite, outras.
• Alguns gases podem provocar asfixia química, como gás cianídrico,
monóxido de carbono, anilina, nitrobenzeno e outros.
• Doenças de pele atentadas pela exposição a agentes químicos.
• Desenvolvimento de desordens pigmentares, como hiperpigmentação
(escurecimento da pele) ou alteração da cor da pele, devido à exposição a
metais pesados.
Neste cenário, é necessário observar como é importante a Toxicologia
Ocupacional para a manutenção e monitoramento da saúde dos
trabalhadores e garantia de um ambiente de trabalho saudável, por meio da
avaliação, controle e prevenção.
As regulamentações e medidas devem ser adotadas, com uma consultoria
especializada em toxicologia ocupacional, para visar a saúde e segurança
ocupacional, podendo auxiliar a sua empresa.

4 Ficha de Informações sobre Produtos Químicos (FISPQ)/Ficha com dados de segurança, e


cuidados com fabricação, preparação, armazenamento, transporte, uso e eliminação de
resíduos tóxicos.

A ABNT NBR 14725:2023 é uma norma brasileira que estabelece os termos e as diretrizes
para a classificação de perigos, rotulagem e elaboração da Ficha de Dados de Segurança
(FDS) de produtos químicos.

Essa norma abrange a aplicação do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos (GHS); define critérios de classificação de perigos físicos, à
saúde humana e ao meio ambiente relacionados aos produtos químicos e especifica as
informações sobre segurança, saúde e meio ambiente que devem se incluídas nos rótulos desses
produtos.

Dessa forma, o conhecimento das alterações introduzidas pela norma ABNT NBR
14.725:2023 é essencial para profissionais, pesquisadores e empresas que lidam com produtos
químicos, visando garantir a segurança, a saúde e a conformidade ambiental no manuseio e na
sua utilização.
A nova versão da norma ABNT NBR 14725:2023 é apresentada em um único documento,
constituído de sete Seções e dezessete anexos, o que permite uma abordagem mais abrangente e
organizada sobre as informações relacionadas à classificação, à rotulagem e à elaboração
das FDS de produtos químicos.

Na Seção 7 – Comunicação de Perigos – FDS, estão apresentados os critérios e instruções para


elaboração das FDS (Anexo A), e um modelo de FDS, para servir de referência (Anexo B).
A nova versão da norma ABNT NBR 14725: 2023, como destacado, introduziu outras mudanças
significativas, além da incorporação do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) e da alteração do nome da FISPQ para FDS. Destaca-se:
1. a adição de duas novas classes de perigo para produtos químicos: explosivos
dessensibilizados e produtos perigosos à camada de ozônio;
2. alteração dos critérios de classificação dos produtos químicos nas várias classes de perigo;
3. inclusão de novas frases de identificação de perigo e de frases de precaução;
4. atualização das regras para rotulagem de pequenas embalagens e produtos de uso interno.

A Ficha de Dados de Segurança (FDS) é dividida em dezesseis seções, com alterações em algumas
sessões da antiga FISPQ:
1. na Seção 1 – Identificação, o telefone de emergência da empresa responsável pelo
produto informado deve estar disponível para atendimento 24 horas por dia;
2. na Seção 2 – Identificação de perigos, quando o produto não for classificado como
perigoso de acordo com o GHS, deve ser utilizada uma das seguintes frases: “Não
classificado como perigoso de acordo com a ABNT NBR 14725” ou “Não classificado como
perigoso conforme GHS da ONU”, fornecendo, assim, informações claras aos usuários sobre
a ausência de riscos perigosos associados ao produto em pauta;
3. ainda na Seção 2 - Identificação de perigos, os critérios de inclusão e uso de pictogramas de
perigo, palavras de advertência e frases de perigo, que já eram seguidos na rotulagem,
devem ser registrados na FDS, bem como todas as frases de precaução aplicáveis ao produto
em pauta;
4. na Seção 3 – Composição e informações sobre os ingredientes, houve uma alteração em
relação às substâncias não classificadas como perigosas, mas que a elas foi estabelecido
limite de tolerância. Somente as substâncias que contribuem para o perigo devem ser
mencionadas, ou seja, os ingredientes que são classificados como perigosos para saúde
humana e meio ambiente. Não é necessário citar as substâncias que tem apenas limites de
tolerância estabelecidos.
5. na Seção 9 – Propriedades físicas e químicas, foi incluída a propriedade “Características
das partículas”, aplicável aos produtos químicos no estado sólido.

Destaca-se que a atualização da norma ABNT NBR 14.725:2023 permitirá maior harmonização dos
documentos brasileiros com as regulamentações de outros países e regiões. Além disso,
como a FISPQ vai mudar para FDS, todos os documentos existentes deverão ser atualizados.
Na prática, a FDS é um auxílio importante para o usuário do produto químico, pois apresenta seus
principais riscos e informações sobre precaução para seu manuseio, armazenamento e uso.

A norma ABNT NBR 14725:2023 é aplicável aos fabricantes, importadores e distribuidores de


produtos químicos (substância ou mistura), que têm um prazo de até dois anos para sua adequação.

5 Noções conceituais em ergonomia relacionadas a ergonomia física, cognitiva e


organizacional.

Ergonomia física, cognitiva e


organizacional: o que você sabe sobre
elas?
A ergonomia é uma ciência que procura desenvolver a integração perfeita entre as pessoas e o
trabalho. Sua principal função é criar técnicas e estratégias por meio da adaptação de elementos no
ambiente organizacional para garantir a saúde de todos colaboradores e seu foco é prevenir
acidentes e também assegurar a produtividade nas empresas.
Para isso, o estudo ergonômico é divido em três ramos: a ergonomia física, cognitiva e
organizacional. O que você sabe sobre cada uma deles? Entenda tudo sobre o assunto, a seguir:

Ergonomia física
A ergonomia física é entendida como a relação entre as atividades desempenhadas pelos
profissionais no ambiente de trabalho e as características anatômicas da pessoa: sua fisiologia,
antropometria e biomecânica.
Neste estudo, são realizadas avaliações antropométricas (que medem as medidas do corpo humano)
com o objetivo de conhecer o biotipo dos colaboradores e, a partir disso, dimensionar os
equipamentos, máquinas e ferramentas. São analisadas também uma série de questões para manter o
melhor desempenho e saúde das pessoas na realização das suas tarefas diárias. Entre elas: a postura
dos profissionais ao executarem as suas tarefas, a forma como os equipamentos são manuseados, se
durante as atividades são feitos movimentos repetitivos, a fim de promover maior segurança no dia
a dia do trabalhador.
E é a partir disso que se torna possível escolher os melhores móveis e utensílios ergonômicos, que
ajudam as empresas a manter a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. A nossa dica é que você
consulte a Norma Regulamentadora (NR-17) e confira quais são as exigências ergonômicas quando
se vai compor o espaço físico de trabalho para, assim, proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente.

Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva está ligada a todos os processos mentais usados pelas pessoas na realização
das suas atividades e como eles afetam suas relações com outros elementos de um sistema. Sua
função é verificar a carga mental exigida nos diferentes tipos e ambientes de trabalho.
A ideia é conhecer os fatores que podem influenciar na saúde mental dos trabalhadores e fazer
intervenções (se for preciso). E o objetivo é diminuir ou eliminar qualquer possibilidade de estresse
e doenças como a depressão. Para isso, são avaliados os seguintes pontos: raciocínio, resposta
motora, percepção e memória, relacionados aos processos de tomada de decisão, ao desempenho do
profissional em determinada áreas e a forma como ocorre a interação entre o homem e as máquinas.

Ergonomia organizacional
A ergonomia organizacional tem como missão promover alterações na estrutura organizacional de
uma empresa. Estamos falando sobre a otimização dos aspectos sociotécnicos de uma organização –
que incluem pessoas como partes inerentes do sistema -, incluindo também processos e políticas.
A proposta é adaptar as condições da empresa para manter a boa saúde e o bem-estar do trabalhar.
Para isso, é feita uma intervenção ergonômica na cultura e no clima organizacional por meio de
intervenções nos processos de comunicação da companhia, nas atividades desempenhadas em grupo
com o objetivo de orientar os profissionais e melhorar a qualidade da gestão.
Conheça as nossas opções de equipamentos e mobiliário ergonômico para compor o seu ambiente
de trabalho. E continue acompanhando as nossas publicações para saber como garantir a saúde dos
seus colaboradores.

6 Biossegurança Vigilância e Promoção da saúde do trabalhador:

Podemos definir a Biossegurança como o conjunto de ações voltadas para a prevenção,


proteção do trabalhador e até mesmo de pacientes, com o objetivo de minimizar os riscos
em segmentos como os ambientais e biotecnológicos. Biossegurança no trabalho, então,
já deu pra perceber: é assunto muito sério!
Buscamos entender um pouco mais sobre o tema, vamos pensar na própria palavra: “bio”
significa vida e, portanto, podemos entender que o segmento abrange toda a segurança e
proteção à vida em diferentes atividades.
Em todos os aspectos, a Biossegurança deve estar presente. Das atividades de pesquisa
e exploração, até mesmo a rotina diária de trabalho. Por isso, um dos itens a serem
observados na Biossegurança do trabalhador, por exemplo, é a utilização dos EPI’s
adequados.

Regulamentação
No Brasil, a regulamentação sobre Biossegurança está presente na legislação como
forma de mostrar a importância de preservar a vida e oferecer segurança em qualquer
atividade, além de determinar competências e normas.
Segundo a Lei de Biossegurança, 11.105 de 24 de Março de 2015, a principal atenção
deve se dar aos riscos relativos das técnicas de manipulação de organismos
geneticamente modificados, como os alimentos transgênicos. Mas, pesquisas e o trabalho
em ambientes como, por exemplo, indústrias, hospitais, laboratórios, hemocentros e
universidades, deve também levar em consideração a Biossegurança.
Como já comentamos neste conteúdo, a Biossegurança tem que ser seguida em todas as
áreas!
Outra definição importante sobre a Biossegurança, é a dada pela Anvisa, como “condição
de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal e o meio ambiente.˜
Até agora, você já deve ter percebido que o tem tudo a ver com o nosso blog: a
segurança no trabalho e as medidas para alcançar a proteção do trabalhador. Vamos falar
mais sobre isso? Leia nosso artigo até o fim e descubra quais as principais medidas de
biossegurança que você deve tomar.

Biossegurança e Segurança do Trabalho

Todas as medidas de segurança e todas as ações que busquem a proteção no dia a dia,
são atitudes de Biossegurança.
Um dos exemplos mais básicos no trabalho, é o uso dos EPIs de acordo com as
atividades e riscos do trabalhador. Os EPIs são equipamentos utilizados para proteger
individualmente cada usuário a fim de combater algum risco existente. De acordo com a
NR 6, considera-se Equipamento de Proteção Individual: “todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e saúde no trabalho.”
Com o uso adequado de EPIs, os acidentes de trabalho são quase nulos no dia a dia e a
proteção faz parte da rotina dos profissionais. Por isso, certifique e analise os riscos das
suas atividades para oferecer o melhor e mais correto EPI.
As medidas de Biossegurança envolvem diferentes riscos e podem prevenir danos
ergonômicos, químicos, psicológicos e biológicos, por exemplo.
Pense na seguinte situação: um trabalhador precisa executar suas tarefas em áreas com
possibilidade de contaminação por produtos químicos ou bactérias. Ao pensar em
Biossegurança, o empregador precisa recorrer ao setor de Segurança do Trabalho e às
normas regulamentadoras para evitar qualquer acidente ou dano ao profissional.
Então, neste caso, fornecer EPIs certos – luvas resistentes, sapatos, óculos de proteção e
uniforme adequado – são responsabilidades e deveres do empregador e passam pela
aplicação do que está definido em lei e pela Anvisa como prática de Biossegurança.
Quer saber quais as principais medidas de Biossegurança a serem adotadas na rotina
profissional? Na lista a seguir, você confere os itens que mais são adotados e entende
mais na prática como a Biossegurança pode ser aplicada na Segurança do Trabalho:
•Descarte correto de materiais contaminados com os recipientes adequados;
•Sinalização das áreas de risco por meio de placas de identificação das áreas;
•Orientação sobre uso de maçanetas, botões, telefones e outros objetos de uso
coletivo para evitar contaminação;
•No caso de uso de radiação, fornecimento adequado de EPI e sinalização das
áreas;
•Fornecimento acessível de luvas, óculos de proteção, jalecos, uniformes,
capacetes e outros EPIs.
Estes são apenas alguns exemplos de como a Biossegurança faz parte da rotina de suas
atividades. A adoção destas medidas são fundamentais para as empresas evitarem os
acidentes e proteger a saúde dos profissionais. O investimento nesta área é importante e
essencial para o crescimento das empresas de forma adequada.
Se você quer saber mais sobre Segurança do Trabalho, Normas
Regulamentadoras e Equipamentos de Proteção Individual, acesse mais conteúdos e
artigos do nosso blog. Encontre a informação que precisa, entenda as necessidades e
entre em contato com a gente, para solucionar dúvidas e fornecer o conhecimento para
fornecer ainda mais segurança e qualidade para cada trabalhador.

7 Conceitos de insalubridade e periculosidade, sua caracterização e controle.


Insalubridade e periculosidade. Entenda as
principais diferenças, suas características,
atividades envolvidas, entre outros detalhes
importantes.
Os termos insalubridade e periculosidade são bastantes parecidos, mas possuem
diferenças que precisam ser de conhecimento dos gestores para o momento de
prevenção de riscos ambientais, além, é claro, para o registro e o contracheque.
Especialmente ao se levar em conta que muitos funcionários hoje em dia trabalham
nestas condições perigosas, sejam elas insalubres ou de periculosidade.
Segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a insalubridade é
caracterizada pela exposição do empregado durante as atividades de
sua rotina no trabalho, como a agentes nocivos à saúde, como produtos
químicos, ruídos, exposição ao calor ou frio, entre outros. Por outro lado,
a periculosidade é classificada segundo o risco de vida que o
trabalhador se expõe ao realizar as atividades de seu cargo. A seguir
você confere mais detalhes e exemplos sobre os termos!
O que é periculosidade?

Entre as atividades e operações perigosas que condizem com a periculosidade, é

possível citar as que lidam com inflamáveis, explosivos, energia elétrica,

substâncias radioativas, etc.

A periculosidade pode ser definida por um ambiente de trabalho perigoso. Ou seja,


ela é determinada de acordo com o risco eminente de morte durante o
trabalho. Neste caso, não se leva em consideração o tempo de exposição constante
ou a habitualidade, pois poucos minutos em tais condições perigosas podem ser
suficientes para que o empregado corra risco de morte ou fique inválido. Temos um
artigo que trata sobre os “Conceitos de Atos e Condições Inseguras nas causas de
acidentes”. Vale a leitura.
Entre as atividades e operações perigosas que condizem com a periculosidade, é
possível citar as que lidam com inflamáveis, explosivos, energia elétrica, substâncias
radioativas, etc. Aqui também entram certos tipos de violência física em atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
O que é insalubridade?
A insalubridade ocorre quando o trabalho põe em risco a saúde, o bem-estar e a
integridade física e psíquica do funcionário. Ela é regulamentada pelos artigos 189
e 192 da CLT e pela Norma Regulamentadora (NR-15) do Ministério do Trabalho e
Emprego.

São consideradas operações ou atividades insalubres aquelas:

São consideradas atividades insalubres aquelas acima dos limites de tolerância

previstos nos anexos à NR-15 de número 3 – Limites de Tolerância para

Exposição ao Calor;

– Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15 de números:


1.Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente;
2.Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto;
3.Limites de Tolerância para Exposição ao Calor;
4.Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes;
5.Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e
Inspeção no Local de Trabalho;
6.Limites de Tolerância para Poeiras Minerais.
– Nas atividades mencionadas nos anexos da NR-15:
Anexo 6 – Trabalho sob Condições Hiperbáricas;
Anexo 13 – Agentes Químicos;
Anexo 14 – Agentes Biológicos.

– Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes


dos anexos da NR-15:
Anexo 7 – Radiações Não Ionizantes;
Anexo 8 – Vibrações;
Anexo 9 – Frio;
Anexo 10 – Umidade.
Prevenção nos trabalhos perigosos e insalubres
Tanto a insalubridade quanto a periculosidade colocam os trabalhadores em
condições de riscos. Cabe ao gestor estar ciente disso, assegurando e verificando a
utilização de equipamentos de segurança. Além disso, ele deve tomar medidas que
diminuam ou eliminem as ameaças no ambiente de trabalho.
Para que isso seja possível, recomenda-se a implementação de uma ferramenta de
análise de riscos e a preparação de uma equipe especializada em Segurança e
Medicina do Trabalho. Assim, será possível identificar as atividades e classificar o grau
de periculosidade ou insalubridade de cada uma delas.
Vale lembrar ainda que os riscos se encontram presentes em todos os ambientes
laborais, mesmo nos que sequer imaginamos que existam. Portanto, é obrigação dos
gestores estarem cientes dos perigos e poderem reduzir tais ameaças, assegurando a
produtividade da organização.

8 Noções conceituais em engenharia da segurança no trabalho relacionadas a proteção


coletiva e individual do trabalho:

Proteção Coletiva e Individual: Qual a diferença na Segurança do Trabalho?


Equipamentos de segurança devem ser usados corretamente para prevenir incidentes no
local de trabalho. Entenda os riscos e escolha as melhores opções para seu trabalho.
Equipamentos de proteção são usados para diminuir o risco de acidentes, aumentando a
segurança do trabalhador enquanto desempenha suas tarefas individualmente ou em conjunto
com um grupo de trabalhadores.

A segurança do trabalho oferece diferentes recursos para garantir a proteção dos


funcionários contra os riscos existentes no ambiente de trabalho. Entre as medidas, está a
implementação do EPI e EPC. Mas o que seria isso?

A proteção pode ser dividida em Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), ambos com o mesmo objetivo,
implementadas e sugeridas por profissionais da segurança no trabalho para prevenir
acidentes.

Entenda um pouco mais a utilização e alguns dos equipamentos e medidas mais utilizadas
pela segurança do trabalho para que não haja incidentes inesperados em locais de trabalho.

Equipamentos de proteção coletiva

Os EPC’s são utilizados no ambiente de desenvolvimento de atividades para proteger todos os


funcionários dos riscos inerentes aos processos.

Os riscos inerentes de um processo não englobam exatamente as atividades desempenhadas


individualmente por cada colaborador, mas, sim, riscos a que o conjunto está exposto. Isolar
acusticamente fontes de barulho em ambiente de trabalho, aumentar ventilação, proteger
partes móveis de máquinas e equipamentos, assim como executar pinturas de sinalizações de
segurança, são todos exemplos de medidas tomadas para diminuição dos riscos de todos os
funcionários de uma empresa.

Ficou fácil entender que os EPC’s não são medidas que precisam ser executadas diariamente.
Uma vez feitos, os efeitos são efetivos para várias pessoas por um determinado tempo,
geralmente longos períodos, até que seja necessária a manutenção das medidas ou
implementação de novas.

Equipamentos de proteção individual

Ao contrário dos EPC’s, os equipamentos individuais são utensílios disponibilizados para


cada funcionário individualmente. Uma vez entregues, serão responsabilidade do colaborador,
tanto seu uso como manutenção e solicitações de trocas ou reparos. Os EPI’s são destinados à
proteção contra riscos capazes de ameaçar a saúde e segurança ao desempenhar atividades.
Utilizar estes equipamentos se faz necessário quando não é possível tomar medidas que
permitem eliminar completamente os riscos do ambiente em que a atividade desempenhada
está envolvida. Isso quer dizer que, mesmo após todos os EPC’s serem executados, os
funcionários que trabalham naquele ambiente ainda estão submetidos a perigos, iminentes ou
não, pois não foi viável, eficiente ou suficiente eliminá-los apenas com a proteção coletiva.

Quer saber mais ainda? Conheça o nosso Checklist de EPI’s e não


deixe nenhum passar desapercebido!
Os equipamentos são fornecidos, mas sua utilização é de responsabilidade do funcionário.
Sendo assim, todos devem ser conscientizados do uso e cuidados com os equipamentos
individuais. É necessário, então, que todos entendam o conceito de prevenção de acidentes,
bem como utilizem de fato os EPI’s. Apesar disso, é de responsabilidade do empregador
exigir o uso dos equipamentos e fiscalizar seus funcionários.

O empregador e os equipamentos de segurança

De acordo com a Norma Regulamentadora de número 6, o empregador deve seguir uma série
de normas para proteger seus funcionários e é passível de multa em caso de descumprimento.
Entre as obrigações da empresa estão adquirir os equipamentos adequados ao risco de cada
atividade que será desenvolvida em seu ambiente, exigir o uso por parte dos colaboradores,
fornecer somente equipamentos aprovados pelo órgão nacional competente, substituir EPI’s
quando danificados ou extraviados, responsabilizar-se pela manutenção e higienização
periódica, além de orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado

Os profissionais de segurança do trabalho são agentes muito importantes nas empresas,


principalmente quando há grande número de funcionários. Os agentes são capazes, entre
outras coisas, de identificar possíveis riscos, alertar colaboradores sobre o uso dos EPI’s,
planejar e executar EPC’s e, mais importante, conscientizar e alertar sobre a importância da
prevenção de acidentes.

Conceito de prevenção de acidentes

Os acidentes são eventos inesperados que podem ocorrer em qualquer lugar, até mesmo no
trabalho. A conscientização e formação dos trabalhadores no local de trabalho são a melhor
forma de prevenir acidentes, como já foi explicitado. Porém, além disso, podemos acrescentar
também a aplicação de medidas de segurança que será então parte da prevenção.

Os especialistas em segurança no trabalho descrevem algumas dicas, entre elas estão: manter
as áreas de circulação desobstruídas para a livre circulação dos funcionários e evitar
esbarrões, e a não execução de atividades que não está habilitado e isto compreende todas as
pessoas que trabalham na empresa. Além disso, é recomendado não improvisar ferramentas,
mas, sim, solicitar a compra de ferramentas adequadas para cada tarefa.
A prevenção inclui até detalhes do ambiente como os tapetes, que devem ser também evitados
em áreas de circulação, assim como correr ou andar apressadamente em todos os ambientes
deve ser evitado. Objetos caídos no chão também representam perigo para os funcionários.

Em relação aos equipamentos, há normas que aumentam a segurança dos operadores, mas, de
forma geral, é recomendado conferir as máquinas ou equipamentos antes de iniciar as
atividades através do check list que, geralmente, é disponibilizado para cada máquina.

Nunca é demais lembrar que em caso de acidentes, as primeiras medidas a se tomar são
prestar os primeiros socorros caso você seja habilitado para isto. Senão, chame o serviço de
emergência e informe aos responsáveis na sua empresa.

Principais EPC’s

Sabemos que os EPC’s são equipamentos para o uso comum no ambiente de trabalho, entre
eles podemos citar:

• Placas de Sinalização;
• Sensores de presença;
• Cavaletes;
• Fita de Sinalização;
• Chuveiro Lava-Olhos;
• Sistema de Ventilação e Exaustão;
• Proteção contra ruídos e vibrações;
• Sistema de Iluminação de Emergência

Principais EPI’s

Os EPI’s disponibilizados mais comuns são:

• Proteção da cabeça: capacete de segurança, capuz, balaclava, etc;

• Proteção dos olhos e face: óculos de proteção, máscaras;


• Proteção auditiva: protetor auricular, abafadores de ruídos;
• Proteção respiratória: respirador;
• Proteção do tronco: coletes;
• Proteção dos membros superiores: luvas de segurança, braçadeiras;
• Proteção dos membros inferiores: calçados de segurança, calças.

9 Gestão epidemiológica no trabalho:


Lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho
(LER/Dort) são considerados epidemias no Brasil, por afastarem cerca de 100 mil
profissionais de suas funções a cada ano. Para combater esse problema de forma definitiva é
preciso ações assertivas, sem gerar prejuízos aos setores produtivos. O desafio é grande e
requer informações, inteligência e estratégias de saúde embasadas no dia a dia do
trabalhador. A boa notícia é que existe uma ciência que faz isso: a epidemiologia.
Dedicada ao estudo dos determinantes e das distribuições das doenças que afetam uma
determinada população, como por exemplo a ocorrência de LER/Dort em trabalhadores
brasileiros, a epidemiologia tem como objetivo produzir conhecimento e tecnologia capazes de
promover a saúde individual através de medidas coletivas de prevenção, de controle ou
mesmo de erradicação de doenças.

Quando aplicada na Saúde e Segurança no Trabalho (SST), por exemplo, a ciência das
epidemias foca nos riscos ocupacionais (químico, físico, fisiológico, ergonômicos e de
acidentes) e também seus efeitos sobre a saúde da população trabalhadora.

Os estudos epidemiológicos ocupacionais podem ser realizados a partir de bancos de dados


populacionais de saúde e segurança dos trabalhadores públicos, como o DATASUS, e de
plataformas digitais de gestão de SST. Os relatórios gerados por esses estudos auxiliam as
empresas na melhor gestão de recursos, serviços e programas de SST para a prevenção e até
erradicação da incidência de doenças ocupacionais.

A epidemiologia faz com que a gestão de saúde seja mais focada na prevenção e promoção de
vida saudável do que no tratamento de doenças. É o que podemos chamar produção de saúde,
que, por sua vez, gera aumento da produtividade e redução dos custos com saúde suplementar
e afastamentos.

10 A psicopatologia do trabalho:

O que é Psicopatologia do Trabalho?


Por: Blog Segurança do Trabalho23 de agosto de 2021

Antes de tudo, é interessante entender o conceito de psicopatologia. Este termo é usado pra se
referir tanto à área do conhecimento, como às patologias em si. Isto é, a área do conhecimento a que
se denomina psicopatologia estuda as afecções ou alterações psicológicas, como os transtornos
psicológicos, suas causas, sintomas, tratamentos, etiologia, etc.

Quando se pretende fazer referência a uma patologia psicológica é utilizado este termo, assim como
para se referir a uma patologia celular é utilizado o termo histopatologia e assim por diante.

A psicopatologia é classificada em diferentes perspectivas, isto é, há a psicopatologia clínica,


forense, do trabalho, enfim, este texto se direciona à psicopatologia do trabalho.
Conceito de Psicopatologia do Trabalho
Entende-se como psicopatologia do trabalho o estudo do sofrimento psíquico que tem o trabalho
como um fator importante no desenvolvimento, isto é, o trabalho pode ser um fator que contribui,
que causa ou que piora um quadro psicopatológico.

Como foi mencionado, o termo psicopatologia é utilizado para se referir tanto à ciência quando à
própria doença, dessa forma a psicopatologia relacionada ao trabalho também pode ser usada como
sinônimo de doença psicológica relacionada ao trabalho.

História da Psicopatologia do Trabalho


Foi na frança dos anos 50 em que surgiu o movimento que daria origem ao campo da psicopatologia
do trabalho, era um período de pós-guerra e além deste marco que foi a I Guerra Mundial, este
campo de pesquisa teve ouras influências históricas, a saber: a modernização da indústria na frança,
a evolução da psiquiatria, da psicologia do trabalho e da medicina do trabalho.

Com isso, tal campo de estudo seguiu evoluindo e recebendo contribuições de diferentes autores. O
primeiro autor a utilizar o termo psicopatologia do trabalho foi Paul Sivadon e atualmente o
pioneiro desta área é o francês Christophe Dejours, que se dedicou a investigar as relações que o
trabalho tem com o sofrimento psíquico.

Tipos de Psicopatologias do Trabalho


As psicopatologias do trabalho, por mais que tenham o trabalho como um fator comum, elas afetam
indivíduos diferentes, por isso suas manifestações podem ser classificadas de formas distintas:

Psicopatologias que têm o trabalho como causa necessária: este tipo, o trabalho é um fator que
causa o sofrimento psíquico e diversas conseqüências graves. Exemplo: Síndrome de Burnout.
Psicopatologias que têm o trabalho como um fator desencadeante: neste caso, o trabalho é associado
a outros fatores, mas sem ele a doença não seria desenvolvida. Exemplo: estresse, ansiedade,
distúrbios decorrentes de assédio moral, estresse pós-traumático, dependência química, etc.
Psicopatologias que têm o trabalho como agravante do quadro: neste caso a pessoa já possui um
quadro de sofrimento psíquico que pode estar ou não latente e o trabalho contribui com o despertar
ou com a piora dos sintomas. Exemplo: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobias, etc.
O trabalho é um fator causal de uma psicopatologia do trabalho quando este é cenário de muita
pressão, cobrança, comunicação inadequada, má distribuição de tarefas, espaço físico inadequado,
remuneração baixa, percepção de injustiça, liderança mal formada, falta de reconhecimento e
valorização, maus tratos psicológicos e físicos, etc.

A relação entre a Ergonomia e Psicopatologia do Trabalho


A ergonomia é o estudo da interação do homem com o sistema ocupacional no qual está inserido,
em seu sentido físico, psicológica e emocional. Isto é, a ergonomia busca melhorar as condições do
ambiente físico, melhorar as relações humanas no ambiente de trabalho, bem como promover
condições favoráveis para a sanidade mental do trabalhador.

Dessa forma, quando não há ergonomia na empresa, isto é, quando as condições do ambiente de
trabalho estão desfavoráveis, é provável que seja desenvolvida alguma psicopatologia do trabalho
ou que algum quadro já existente seja agravado.

Em síntese, a psicopatologia do trabalho vem para dar a devida atenção à saúde do trabalhador,
promovendo medidas de prevenção e tratamento. A ergonomia é uma forma de prevenção e o
tratamento consiste no encaminhamento à clinica psicológica.
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1 Comentário
César Porto Viegas 15 de julho de 2017 às 9:42
Qual as bibliografias recomendadas para nos aprofundarmos sobre a piscopatologias?

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Fonte: Blog Segurança do Trabalho -


https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/psicopatologia-trabalho/

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