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1 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

Autores:
Carlos Alberto Marques
Vitor Hugo Rivera Frederico

Revisão Ortográfica:
Vitor Hugo Rivera Frederico

Diagramação:
Vitor Hugo Rivera Frederico

Supervisão Editorial:
Vitor Hugo Rivera Frederico

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 2

PREFÁCIO

Anualmente temos no Brasil milhares de certificações e auditoras de órgãos que determinam a


legalidade ou não de um determinado requisito.
O Curso de Aperfeiçoamento Profissional Segurança no Sistema Elétrico de Potência - NR 10 tem
por objetivo estabelecer padrões e condições mínimas com o objetivo à implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, estejam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade. Bons estudos!

“Preparando profissionais para a era do conhecimento”.

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3 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

SUMÁRIO
ESTUDO DA NR-10 ENGENHARIA ............................................................................................ 9
CAPÍTULO 01 – NORMAS ...................................................................................................... 10
Normas Brasileiras – ABNT NBR................................................................................................. 10
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços com eletricidade ............................................... 10
NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão (1,0kV a 36,2kV) ...................................... 11
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 18
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................... 19
NOTAS: ............................................................................................................................... 20

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 21


EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO (ESCOLHA, USO, CONSERVAÇÃO,
VERIFICAÇÃO E ENSAIOS) ..................................................................................................... 21
Acessórios .................................................................................................................................. 23
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM ELETRICIDADE ............. 24
SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ...................................................................................... 24
Dispositivos de Seccionamento ................................................................................................. 25
Dispositivos de Isolação Elétrica ................................................................................................ 25
SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO ........................................................ 26
Situações de Sinalização de Segurança...................................................................................... 28
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 33
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................... 34
NOTAS: ............................................................................................................................... 34

CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS ........................................................................................... 35


ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ............................................................................................. 35
Prontuário das Instalações Elétricas e Cadastro das Instalações .............................................. 35
IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................... 41
TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO ................................................................................. 41
Técnicas utilizadas na Geração .................................................................................................. 41
Técnicas utilizadas na Transimissão........................................................................................... 42
Técnicas utilizadas na Distribuição Aérea .................................................................................. 42
Técnicas utilizadas na Distribuição Subterrânea ....................................................................... 43
Técnicas utilizadas nas Subestações .......................................................................................... 43

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 4
Trabalhos noturnos .................................................................................................................... 44
Ambientes subterrâneos............................................................................................................ 44
Técnicas utilizadas no consumo................................................................................................. 44
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 46
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................... 47
NOTAS: ............................................................................................................................... 48

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA................................................................................................... 49
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE ................................................................ 49
Organização do Sistema Elétrico de Potência (SEP) .................................................................. 49
RISCOS TÍPICOS NO SEP ....................................................................................................... 49
Proximidades e contatos com Partes Energizadas .................................................................... 49
Efeitos ........................................................................................................................................ 50
Choque Estático ......................................................................................................................... 50
Medidas de Controle do Choque Elétrico (Dinâmico e/ou Estático) ......................................... 50
Indução ...................................................................................................................................... 51
Campos Elétricos e Magnéticos ................................................................................................. 51
Descargas Atmosféricas ............................................................................................................. 51
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ........................................................................... 51
Condições do meio-ambiente externo ...................................................................................... 52
Condições da instalação............................................................................................................. 53
Condições do ferramental, acessórios, EPCs e EPIs ................................................................... 54
SEP – ASPECTOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 54
Geração ...................................................................................................................................... 54
FONTES GERADORAS DE ENERGIA ........................................................................................ 54
Energia Hidrelétrica ................................................................................................................... 54
Energia Térmica ......................................................................................................................... 55
Riscos Típicos no SEP advindos da parte de Geração ................................................................ 57
TRANSMISSÃO..................................................................................................................... 58
Sistema Elétrico Brasileiro ......................................................................................................... 58
Estrutura Tarifária ...................................................................................................................... 71
Bandeira Tarifária ...................................................................................................................... 71
Tributos aplicáveis ao setor elétrico .......................................................................................... 72
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 75
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................... 76
NOTAS: ............................................................................................................................... 76

ESTUDO DA NR-10 SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................................... 77

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CAPÍTULO 1 – NORMAS........................................................................................................ 78
Normas Regulamentadoras ....................................................................................................... 78
QUALIFICAÇÃO, HABILITAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO ............................................ 78
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 83
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................... 84
NOTAS: ............................................................................................................................... 84

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 85


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .................................................................. 85
Obrigações do empregador. ...................................................................................................... 85
Obrigações do empregado......................................................................................................... 85
Vestimentas de Trabalho ........................................................................................................... 86
Proteção para Cabeça ................................................................................................................ 87
Proteção dos Membros Superiores ........................................................................................... 88
Proteção dos Membros Inferiores ............................................................................................. 89
Óculos de proteção .................................................................................................................... 90
Creme protetor solar ................................................................................................................. 90
Proteção Contra Quedas ............................................................................................................ 90
Tipos de nós ............................................................................................................................... 91
ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 99
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 100
NOTAS: ............................................................................................................................. 100

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS ....................................................................................... 101


ASPECTOS GERAIS.............................................................................................................. 101
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................................... 101
Programação e Planejamento das Atividades ......................................................................... 101
Trabalho em Equipe ................................................................................................................. 101
Comunicação............................................................................................................................ 102
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ............................................................................. 103
Técnicas de análise de risco na Geração.................................................................................. 103
Técnicas de análise de risco na Transmissão ........................................................................... 104
Técnicas de análise de risco Distribuição Aérea ...................................................................... 104
Técnicas de análise de risco na Distribuição Subterrânea ....................................................... 105
Técnicas de análise de risco nas Subestações ......................................................................... 105
Técnicas de análise de risco no Consumo................................................................................ 106
POSTURA DE TRABALHO .................................................................................................... 106
Postura de trabalho na Geração .............................................................................................. 106

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Postura de trabalho na Transmissão ....................................................................................... 106
Postura de trabalho na Distribuição Aérea.............................................................................. 106
Postura de trabalho na Distribuição Subterrânea ................................................................... 107
Postura de trabalho nas Subestações ...................................................................................... 107
Postura de trabalho no Consumo ............................................................................................ 107
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO ........................................................................................ 107
Na etapa de Distribuição Aérea ............................................................................................... 111
Na etapa de Distribuição Subterrânea..................................................................................... 114
LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E USO ............................... 119
ACIDENTES TÍPICOS – ANÁLISE, DISCUSSÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO ............................... 122
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 126
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 127
NOTAS: ............................................................................................................................. 127

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA................................................................................................. 128


ASPECTOS GERAIS.............................................................................................................. 128
Riscos Típicos no SEP e sua prevenção .................................................................................... 128
SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ... 129
TREINAMENTO EM TÉCNICAS PARA REMOÇÃO, ATENDIMENTO E TRANSPORTE DE
ACIDENTADOS. .................................................................................................................. 131
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 137
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 138
NOTAS: ............................................................................................................................. 138

ESTUDO DA NR 10 - SAÚDE ................................................................................................ 139


CAPÍTULO 01 – NORMAS .................................................................................................... 140
Normas Regulamentadoras ..................................................................................................... 140
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade ............................................... 140
NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional .............................................. 141
Ministério da Saúde ................................................................................................................. 141
American Heart Association..................................................................................................... 141
Omissão de Socorro – Código Penal Brasileiro 135 ................................................................. 141
Conceitos e Definições ............................................................................................................. 142
Objetivo.................................................................................................................................... 142
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 144
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 145
NOTAS: ............................................................................................................................. 145

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS .......................................................................................... 146

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Luvas Descartáveis ................................................................................................................... 146


Máscaras faciais – Proteção respiratória ................................................................................. 146
Prancha .................................................................................................................................... 147
Tala para imobilização ............................................................................................................. 147
Gaze ......................................................................................................................................... 147
Atadura .................................................................................................................................... 147
Tesoura Ponta romba .............................................................................................................. 147
Manta Térmica Aluminizada .................................................................................................... 147
Ambu - Artificial manual Breathing Unit (Manual de Respiração Artificial) ............................ 147
Colete Ked ................................................................................................................................ 148
Desfibrilador ............................................................................................................................ 148
Colar Cervical ........................................................................................................................... 148
Imobilizador de Cabeça (Head Block) ...................................................................................... 148
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 149
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 150
NOTAS .............................................................................................................................. 150

CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS ......................................................................................... 151


Análise primária ....................................................................................................................... 151
Procedimento de Reanimação Cardiopulmonar RCP (RCC) .................................................... 151
A importância do RCP nos primeiros minutos da parada ........................................................ 154
Engasgamento ......................................................................................................................... 154
Hemorragias............................................................................................................................. 154
Procedimentos ......................................................................................................................... 155
Emergências Clínicas Cardiológicas ......................................................................................... 156
Derrame ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) ....................................................................... 157
Traumatismo Raquimedular (TRM) ......................................................................................... 158
Convulsão................................................................................................................................. 158
Fratura ..................................................................................................................................... 158
Entorses ................................................................................................................................... 159
Distensão ................................................................................................................................. 159
Animais Peçonhentos .............................................................................................................. 159
Queimaduras............................................................................................................................ 160
Tratamentos............................................................................................................................. 160
Colocação do Colar Cervical (02 Socorristas) ........................................................................... 161
Transporte de Vítimas.............................................................................................................. 161
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 163
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 164

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NOTAS .............................................................................................................................. 165

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA................................................................................................. 166


RESPONSABILIDADES ......................................................................................................... 166
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho ................................................................................ 167
ESTUDO DE CASO............................................................................................................... 168
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .................................................................................................... 169
NOTAS .............................................................................................................................. 169
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 170

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ESTUDO DA NR-10
ENGENHARIA

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 10
CAPÍTULO 01 – NORMAS

CAPÍTULO 01 – NORMAS trabalhadores envolvidos direta ou


NORMAS REGULAMENTADORAS indiretamente com esta atividade.
As Normas Regulamentadoras - NR, Embora todos nós estejamos sujeitos aos
relativas à segurança e medicina do riscos da eletricidade, os trabalhadores
trabalho, são de observância obrigatória que trabalham diretamente com
pelas empresas privadas e públicas e pelos equipamentos e instalações elétricas ou
órgãos públicos da administração direta e próximo delas, precisam estar aptos para
indireta, bem como pelos órgãos dos avaliar os perigos apresentados por essas
Poderes Legislativo e Judiciário, que instalações e quais as medidas a serem
possuam empregados regidos pela adotadas para minimizar os riscos
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. existentes. As consequências dos
acidentes com eletricidade são muito
Normas relacionadas à NR- 10 graves, provocam lesões físicas e traumas
(Engenharia) psicológicos e, muitas vezes, são fatais.
▪ NR-01 Disposições Gerais; Isso sem falar nos incêndios originados
▪ NR-06 Equipamentos de Proteção por falhas ou desgaste das instalações
Individual – EPI; elétricas.
▪ NR-07 Programas de Controle Este curso vai abranger vários tópicos
Médico de Saúde Ocupacional; relacionados à segurança com
▪ NR-09 Programa de Prevenção de eletricidade. Os principais riscos serão
Riscos Ambientais; apresentados e você irá aprender a
▪ NR-10 Segurança em Instalações e reconhecê-los e a adotar procedimentos e
Serviços em Eletricidade; medidas de controle, previstos na
▪ NR 12 Máquinas e Equipamentos; legislação e nas normas técnicas, para
▪ NR-17 Ergonomia; evitar acidentes. Além disso, você vai
▪ NR-33 Segurança e Saúde no estudar técnicas de primeiros socorros e
Trabalho em Espaço Confinado; saberá agir caso ocorra à necessidade de
▪ NR-35 Trabalho em altura. socorrer um colega que sofra um acidente
com eletricidade e combater um princípio
Normas Brasileiras – ABNT NBR de incêndio originado em equipamentos
Existem também as NBR’s (Normas ou instalações elétricas.
Brasileiras da Associação Brasileira de
Normas técnicas ABNT) que também estão NR 10 – Segurança em Instalações e
relacionadas à NR- 10. Serviços com eletricidade
✓ NBR 14039 – Instalações elétrica de 10.7 - Trabalhos Envolvendo Alta Tensão
média tensão (AT)
✓ NBR 5419 – Proteção contra 10.7.1 Os trabalhadores que intervenham
Descargas Atmosféricas em instalações elétricas energizadas com
✓ NBR 5413 – Luminotécnica alta tensão, que exerçam suas atividades
dentro dos limites estabelecidos como
Introdução zonas controladas e de risco, conforme
Treinar os profissionais que realizam Anexo I, devem atender ao disposto no
algum tipo de trabalho em instalações ou item 10.8 desta NR. (210.069-0/I=4)
serviços em eletricidade para terem
conhecimento dos requisitos e as medidas
de proteção necessárias para este tipo de
atividade de forma planejada, organizada
e com execução adequada, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos

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11 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

10.7.2 Os trabalhadores de que trata o religamento automático do circuito,


item 10.7.1 devem receber treinamento sistema ou equipamento. (210.075-4/I-4)
de segurança, específico em segurança no
Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em 10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos
suas proximidades, com currículo mínimo, desativados devem ser sinalizados com
carga horária e demais determinações identificação da condição de desativação,
estabelecidas no Anexo II desta NR. conforme procedimento de trabalho
(210.070-3/I=4) específico padronizado. (210.076-2/I-4)

10.7.3 Os serviços em instalações elétricas 10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e


energizadas em AT, bem como aqueles dispositivos isolantes ou equipados com
executados no Sistema Elétrico de materiais isolantes, destinados ao
Potência – SEP, não podem ser realizados trabalho em alta tensão, devem ser
individualmente. (210.071-1/I=4) submetidos a testes elétricos ou ensaios
de laboratório periódicos, obedecendo-se
10.7.4 Todo trabalho em instalações as especificações do fabricante, os
elétricas energizadas em AT, bem como procedimentos da empresa e na ausência
aquelas que interajam com o SEP, desses, anualmente. (210.077-0/I-4)
somente pode ser realizada mediante
ordem de serviço específica para data e 10.7.9 Todo trabalhador em instalações
local, assinada por superior responsável elétricas energizadas em AT, bem como
pela área. (210.072-0/I=2) aqueles envolvidos em atividades no SEP
devem dispor de equipamento que
10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em permita a comunicação permanente com
circuitos energizados em AT, o superior os demais membros da equipe ou com o
imediato e a equipe, responsáveis pela centro de operação durante a realização
execução do serviço, devem realizar uma do serviço. (210.078-9/I-4)
avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas NBR 14039 – Instalações elétricas de
de forma a atender os princípios técnicos média tensão (1,0kV a 36,2kV)
básicos e as melhores técnicas de Objetivo
segurança em eletricidade aplicáveis ao 1.1 Esta Norma estabelece um sistema
serviço. (210.073-8/I=2) para o projeto e execução de instalações
elétricas de média tensão, com tensão
10.7.6 Os serviços em instalações elétricas nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à frequência
energizadas em AT somente podem ser industrial, de modo a garantir segurança e
realizados quando houver procedimentos continuidade de serviço.
específicos, detalhados e assinados por
profissional autorizado. (210.074-6/I=3) 1.2 Esta Norma aplica-se a partir de
instalações alimentadas pelo
10.7.7 A intervenção em instalações concessionário, o que corresponde ao
elétricas energizadas em AT dentro dos ponto de entrega definido através da
limites estabelecidos como zona de risco, legislação vigente emanada da Agência
conforme Anexo I desta NR, somente Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
pode ser realizada mediante a Esta Norma também se aplica a
desativação, também conhecida como instalações alimentadas por fonte própria
bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de de energia em média tensão.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 12
CAPÍTULO 01 – NORMAS

1.3 Esta Norma abrange as instalações de concessionário quanto à conformidade


geração, distribuição e utilização de dos valores de graduação (sobre correntes
energia elétrica, sem prejuízo das temporizadas e instantâneas de
disposições particulares relativas aos fase/neutro) e capacidade de interrupção
locais e condições especiais de utilização da potência de curto-circuito.
constantes nas respectivas normas. As
instalações especiais tais como marítimas, NOTA: A Resolução 456:2000 da ANEEL
de tração elétrica, de usinas, pedreiras, define que ponto de entrega é ponto de
luminosas com gases (neônio e conexão do sistema elétrico da
semelhantes), devem obedecer, além concessionária com as instalações
desta Norma, às normas específicas elétricas da unidade consumidora,
aplicáveis em cada caso. caracterizando-se como o limite de
responsabilidade do fornecimento.
1.4 As prescrições desta Norma
constituem as exigências mínimas a que 1.8 Esta Norma não se aplica:
devem obedecer às instalações elétricas a) às instalações elétricas de
às quais se refere, para que não venham, concessionários dos serviços de geração,
por suas deficiências, prejudicar e transmissão e distribuição de energia
perturbar as instalações vizinhas ou causar elétrica, no exercício de suas funções em
danos a pessoas e animais e à conservação serviço de utilidade pública;
dos bens e do meio ambiente. b) às instalações de cercas eletrificadas;
c) trabalhos com circuitos energizados.
1.5 Esta Norma aplica-se às instalações
novas, às reformas em instalações 3 Definições
existentes e às instalações de caráter 3.5 Origem da instalação
permanente ou temporário. 3.5.1 Nas instalações alimentadas
diretamente por rede de distribuição
NOTA: Modificações destinadas a, por pública em média tensão corresponde aos
exemplo, acomodar novos equipamentos terminais de saída do dispositivo geral de
ou substituir os existentes não implica comando e proteção; no caso excepcional
necessariamente reforma total da em que tal dispositivo se encontre antes
instalação. da medição, a origem corresponde aos
terminais de saída do transformador de
1.6 Os componentes da instalação são instrumento de medição.
considerados apenas no que concerne à
sua seleção e às suas condições de 3.5.2 Nas instalações alimentadas por
instalação. Isto é igualmente válido para subestação de transformação,
conjuntos pré-fabricados de componentes corresponde aos terminais de saída do
que tenham sido submetidos aos ensaios transformador; se a subestação possuir
de tipo aplicáveis. vários transformadores não ligados em
paralelo, a cada transformador
1.7 A aplicação desta Norma não dispensa corresponde uma origem, havendo tantas
o respeito aos regulamentos de órgãos instalações quantos forem os
públicos aos quais a instalação deva transformadores.
satisfazer. Em particular, no trecho entre o
ponto de entrega e a origem da
instalação, pode ser necessário, além das
prescrições desta Norma, o atendimento
das normas e/ou padrões do

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13 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

3.5.3 Nas instalações alimentadas por 4.1.5.1 Dispositivos de parada de


fonte própria de energia em baixa tensão, emergência
a origem é considerada de forma a incluir Se for necessário, em caso de perigo,
a fonte como parte da instalação. desenergizar um circuito, deve ser
instalado um dispositivo de desligamento
3.6 Subestação de entrada de energia: de emergência, facilmente identificável e
Subestação que é alimentada pela rede de rapidamente manobrável.
distribuição de energia do concessionário
e que contém o ponto de entrega e a 4.1.5.2 Dispositivos de seccionamento
origem da instalação. Devem ser previstos meios para permitir o
seccionamento adequado da instalação
3.7 Subestação transformadora: elétrica, dos circuitos ou dos
Subestação que alimenta um ou mais equipamentos individuais, para
transformadores conectados a manutenção, verificação, localização de
equipamentos diversos. defeitos e reparos.

3.8 subestação unitária: 4.1.6 Independência da instalação


Subestação que possui e, ou alimenta elétrica
apenas um transformador de potência. A instalação elétrica deve ser disposta de
modo a excluir qualquer influência danosa
4 Princípios fundamentais e entre a instalação elétrica e as instalações
determinação das características gerais não elétricas.

4.1 Prescrições fundamentais 4.1.7 Acessibilidade dos componentes


Em 4.1.1 a 4.1.11 são indicadas Os componentes da instalação elétrica
prescrições fundamentais destinadas a devem ser dispostos de modo a permitir:
garantir a segurança de pessoas, e de a) espaço suficiente para a instalação
animais e a conservação dos bens e do inicial e eventual substituição posterior
meio ambiente contra os perigos e danos dos componentes individuais;
que possam resultar da utilização das b) acessibilidade para fins de serviço,
instalações elétricas, em condições que verificação, manutenção e reparos.
possam ser previstas.
4.3.2.1 Competência das pessoas
4.1.1 Proteção contra choques elétricos Tabela 12 – Competência das pessoas
4.1.1.1 Proteção contra contatos diretos
As pessoas e os animais devem ser
protegidos contra os perigos que possam
resultar de um contato com partes vivas
da instalação.

4.1.1.2 Proteção contra contatos


8 Manutenção e operação
indiretos
8.1 Condições gerais
As pessoas e os animais devem ser
Antes da realização de qualquer serviço de
protegidos contra os perigos que possam
manutenção e/ou operação, devem ser
resultar de um contato com massas
atendidas as prescrições de 8.1.1 a 8.1.7.
colocadas acidentalmente sob tensão.

4.1.5 Seccionamento e comando

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 14
CAPÍTULO 01 – NORMAS

8.1.1 Sempre que aplicável, a instalação a 8.1.5 Qualquer manobra, programada ou


ser verificada deve ser desenergizada após de emergência, deve ser efetuada
a manobra de desenergização, todas as somente com a autorização de pessoa
partes vivas devem ser ensaiadas quanto à qualificada (BA5), conforme tabela 12.
presença de energia mediante dispositivos
de detecção compatíveis ao nível de 8.1.6 Qualquer manobra deve ser
tensão da instalação. efetuada por no mínimo duas pessoas,
sendo que uma delas deve ser BA5.
Todo equipamento e/ou instalação
desenergizado deve ser aterrado, 8.1.7 É obrigatório o uso de EPC
conforme esquema de aterramento (equipamentos de proteção coletiva) e EPI
adotado (ver 4.2.3) e proteção contra (equipamentos de proteção individual)
contato direto e contato indireto (ver apropriados, em todos os serviços de
5.1.1 e 5.1.2). manutenção das instalações elétricas de
média tensão.
Toda instalação e/ou todo equipamento
desenergizado deve ser bloqueado e NOTA: Os envolvidos no serviço devem ter
identificado, conforme esquema de conhecimento dos procedimentos que
aterramento adotado (ver 4.2.3) e vierem a ser executados.
proteção contra contato direto e contato
indireto (ver 5.1.1 e 5.1.2). 8.3 Operação
8.3.1 Somente é admitida a operação de
NOTA: Antes de proceder ao aterramento instalações de média tensão por pessoal
de uma instalação desenergizada, deve-se qualificado (BA5).
garantir que não haja carga residual ou
cumulativa, efetuando-se primeiro a sua 8.3.2 É obrigatório o uso de EPC
descarga elétrica. (equipamentos de proteção coletiva) e EPI
(equipamentos de proteção individual)
8.1.2 Os dispositivos e as disposições apropriados em todos os serviços de
adotados para garantir que as partes vivas operação das instalações elétricas de
fiquem fora do alcance podem ser média tensão, exceto nos casos de
retirados para uma melhor verificação, operação remota, onde as medidas de
devendo ser impreterivelmente proteção contra contato direto e indireto
restabelecidos ao término da devem atender à ABNT NBR 5410.
manutenção.
9 Subestações
8.1.3 Deve-se garantir a confiabilidade dos 9.1 Disposições gerais
instrumentos de medição e do ensaio, 9.1.1 As subestações podem ser abrigadas
calibrando-os conforme orientação do ou ao tempo. Quanto à sua posição em
fabricante. relação ao solo, podem ser instaladas na
superfície, abaixo da superfície do solo
8.1.4 Os acessos de entrada e saída aos (subterrânea) ou acima da superfície do
locais de manutenção devem ser solo (aérea).
desobstruídos, sendo obrigatória a
inclusão de sinalização adequada que
impossibilite a entrada de pessoas não
BA4 e BA5, conforme tabela 12.

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15 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

9.1.2 As subestações devem ter a) externamente, nos locais possíveis de


características de construção definitiva, acesso;
ser de materiais incombustíveis e de b) internamente, nos locais possíveis de
estabilidade adequada, oferecendo acesso às partes energizadas.
condições de bem-estar e segurança aos
operadores, quando estes se fizerem 9.1.10 No interior das subestações deve
necessários. estar disponível, em local acessível, um
esquema geral da instalação.
9.1.3 As subestações devem ser
localizadas de forma a permitir fácil acesso 9.1.11 Todos os dizeres das placas e da
a pessoas, materiais e equipamentos, para documentação devem ser em língua
operação e manutenção, e possuir portuguesa, sendo permitido o uso de
adequadas dimensões, ventilação e línguas estrangeiras adicionais.
iluminação natural ou artificial compatível
com a sua operação e manutenção. 9.1.12 Nas instalações de equipamentos
que contenham líquido isolante inflamável
9.1.4 As subestações podem ou não ser com volume superior a 100 L devem ser
parte integrante de outras edificações, observadas as seguintes precauções:
deve atender a requisitos de segurança e a) construção de barreiras incombustíveis
ser devidamente protegidas contra danos entre os equipamentos ou outros meios
acidentais decorrentes do meio ambiente. adequados para evitar a propagação de
incêndio;
9.1.5 Nas instalações internas e externas, b) construção de dispositivo adequado
os afastamentos entre partes vivas devem para drenar ou conter o líquido
ser os indicados na tabela 21. Estes proveniente de eventual vazamento.
afastamentos devem ser tomados entre
extremidades mais próximas e não de 9.2 Subestações abrigadas
centro a centro. 9.2.1 Prescrições gerais
9.2.1.1 As subestações abrigadas são
9.1.6 O acesso a subestações somente é aquelas nas quais os seus componentes
permitido a pessoas BA4 e BA5, sendo estão ao abrigo das intempéries.
proibido o acesso a pessoas BA1.
9.2.1.2 Os corredores de controle e
9.1.7 Os equipamentos de controle, manobra e os locais de acesso devem ter
proteção, manobra e medição, operando dimensões suficientes para que haja
em baixa tensão, devem constituir espaço livre mínimo de circulação de 0,70
conjunto separado, a fim de permitir fácil m, com todas as portas abertas, na pior
acesso, com segurança, a pessoas condição ou equipamentos extraídos em
qualificadas, sem interrupção de circuito manutenção. Havendo equipamentos de
de média tensão. manobra, deve ser mantido o espaço livre
em frente aos volantes e alavancas. Em
9.1.8 A disposição do equipamento deve nenhuma hipótese esse espaço livre pode
oferecer condições adequadas de ser utilizado para outras finalidades.
operação, segurança e facilidade de
substituição do todo ou parte.

9.1.9 Devem ser fixadas placas com os


dizeres “Perigo de morte” e o respectivo
símbolo nos seguintes locais:

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 16
CAPÍTULO 01 – NORMAS

9.2.1.3 As subestações devem ter zincado de diâmetro 03 mm, no mínimo,


iluminação artificial, obedecendo aos ou material de resistência mecânica
níveis de iluminamento fixados pela ABNT equivalente.
NBR 5413, e iluminação natural, sempre
que possível. As janelas e vidraças 9.3.2.3 Devem ser fixadas placas com os
utilizadas para este fim devem ser fixas e dizeres “Perigo de morte” e um símbolo
protegidas por meio de telas metálicas em local bem visível do lado externo; em
resistentes, com malhas de 13 mm, no todas as faces da proteção externa e junto
máximo, e de 5 mm, no mínimo, quando ao acesso.
sujeitas a possíveis danos. O uso de vidro
aramado dispensa a tela de proteção. 9.3.2.4 A parte inferior da proteção deve
As subestações devem ser providas de ficar no máximo 10 cm acima da superfície
iluminação de segurança, com autonomia do solo.
mínima de 2 h.
9.3.3 Subestações instaladas acima da
9.2.2 Instalações na superfície e acima da superfície do solo
superfície do solo 9.3.3.1 Todas as partes vivas não
As subestações devem ser providas de protegidas em áreas de circulação de
portas metálicas, com dimensões mínimas pessoal BA1 devem estar situadas no
de 0,80 m x 2,10 m. Todas as portas mínimo a 5 m acima da superfície do solo.
devem abrir para fora. Quando não for possível observar a altura
mínima de 5 m para as partes vivas, pode
9.2.3 Subestações subterrâneas ser tolerado o limite de 3,5 m, desde que
9.2.3.1 Estas subestações devem ter o local seja provido de um anteparo
impermeabilização total contra infiltração horizontal em tela metálica ou
de água. (NOTA Nos casos em que a equivalente, devidamente ligado à terra,
impermeabilização não for viável ou não com as seguintes características:
puder evitar a infiltração de água, deve ser a) afastamento mínimo de 40 cm das
implementado um sistema de drenagem). partes vivas;
b) malha de 50 mm de abertura, no
9.3 Subestações ao tempo máximo;
9.3.1 Disposições gerais c) fios de aço zincado ou material
9.3.1.1 As subestações ao tempo são equivalente, de 03 mm de diâmetro, no
aquelas nas quais os seus componentes mínimo.
estão sujeitos à ação das intempéries.
9.3.1.2 Nas subestações ao tempo, todo 9.3.3.2 A disposição do equipamento deve
equipamento deve ser resistente às prever espaço livre de segurança, que
intempéries, em conformidade com 4.3. permita o acesso de uma pessoa BA4 ou
BA5 para fins de manobras, inspeção ou
9.3.2 Subestações instaladas na superfície manutenção, com dimensões tais que seja
do solo possível à inscrição de um cilindro reto, de
9.3.2.1 Estas instalações devem ser eixo vertical, com diâmetro mínimo de
providas, à sua volta, de elementos de 0,60 m e altura suficiente para permitir o
proteção, a fim de evitar a aproximação acesso às partes mais elevadas.
de pessoas BA1, BA2, BA3 e de animais.

9.3.2.2 Quando usada tela como proteção


externa, esta deve ter malhas de abertura
máxima de 50 mm e ser constituída de aço

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17 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

9.3.3.3 As estruturas de suporte dos


equipamentos devem oferecer condições
adequadas de operação, segurança e
manutenção.

9.3.3.4 O equipamento pode ser instalado


sobre:
a) postes ou torres de aço, concreto ou
madeira adequada, conforme ABNT NBR
5433 ou ABNT NBR 5434;
b) plataformas elevadas sobre estrutura
de concreto, aço ou madeira adequada,
conforme ABNT NBR 5433 ou ABNT NBR
5434;
c) áreas sobre a cobertura de edifícios,
inacessíveis a pessoas BA1 ou providas do
necessário sistema de proteção externa.
Neste equipamento não é permitido o
emprego de líquido isolante inflamável.

Outras normas brasileiras aplicáveis ao


segmento de energia elétrica
▪ NBR 5419:2015 → Proteção de
Estruturas contra Descargas
Atmosféricas;
▪ ABNT NBR 5410:2004 - Instalações
elétricas de baixa tensão
▪ ABNT NBR 5413:1992 - Iluminância
de interiores - Procedimento
(substituída pela NBRISO/CIE8995-1
Iluminação de ambientes de trabalho
- Parte 1: Interior)
▪ ABNT NBR 15688:2012 - Redes de
distribuição aérea de energia elétrica
com condutores nus
▪ ABNT NBR 5460:1992 - Sistemas
elétricos de potência – Terminologia

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 18
CAPÍTULO 01 – NORMAS

ESTUDO DE CASO

A equipe de manutenção de Linhas de Transmissão efetuava a substituição de cruzetas em


regime de linha desenergizada, em uma estrutura, 69 kV. Em dado momento houve a quebra
do topo do poste de concreto fazendo com que os cabos viessem a tocar na Rede Primária da
Distribuição, em cruzamento logo abaixo, levando 03 eletricistas a sofrerem choque elétrico.

1) Levando-se em conta o que diz a normalização, quais seriam as causas deste acidente:
a) Realizar manutenção acima de linha energizada e contato acidental
b) Contato intencional e quebra do poste
c) Quebra do poste e realizar manutenção acima de linha energizada
d) Falta de treinamento e utilização de ferramenta inadequada

2) O que você considera que poderia ter sido feito para prevenção. Em que item você se
baseia para isso?
a) Ferramentas isoladas – item 10.7.8
b) Desenergização – item 10.7.7
c) Não permitir o trabalho individual – item 10.7.3
d) Comunicação com o centro de operação – item 10.7.9

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19 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) A norma técnica NBR 14039 estabelece


um sistema para o projeto e execução de
instalações elétricas de média tensão,
com tensão nominal em uma faixa
correspondente, à frequência industrial,
de modo a garantir segurança e
continuidade de serviço. Essa faixa de
tensão é dada por: a) Certo
a) 0,30Kv a 22,0 Kv b) Errado
b) 0,40 Kv a 26,0 Kv
c) 0,75 Kv a 34,0 Kv
d) 1,00 Kv a 36,2 Kv 5) A Norma regulamentadora 10 (NR-10)
NÃO é aplicável a instalações elétricas
alimentadas por:
2) Os serviços em instalações elétricas a) Alta-tensão.
energizadas em AT, bem como aqueles b) Baixa-tensão e extra-baixa tensão.
executados no Sistema Elétrico de c) Baixa-tensão.
Potência – SEP podem ser realizados d) Extra-baixa tensão.
individualmente.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
6) Com base na Norma Regulamentadora
(NR) 10 do Ministério do Trabalho e
3) Os serviços em instalações elétricas Emprego. A NR-10 estabelece zonas de
energizadas em AT somente podem ser trabalho específicas nas instalações
realizados quando houver procedimentos elétricas, conforme o distanciamento
específicos, detalhados e assinados por seguro do serviço a ser executado com
profissional autorizado. eletricidade.
( ) Verdadeiro ( ) Falso a) Certo
b) Errado

4) Em consonância com a Norma


Regulamentadora n.º 10, que se referem 7) De acordo com a Norma
a trabalhos que envolvem alta tensão Regulamentadora n. 10 –NR 10–, da
(AT). Portaria n. 3.214/78, os trabalhadores
O ambiente delimitado por ZC, na figura a que intervenham em instalações
seguir, poderá ser acessado por elétricas devem fazer o treinamento de
profissionais da manutenção elétrica, segurança no Sistema Elétrico de
sem autorização da supervisão imediata. Potência –SEP– e em suas proximidades,
quando a tensão em corrente alternada
for a partir de:
a) 380 V
b) 1 KV
c) 13,8 KV
d) 34,5 KV

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 20
CAPÍTULO 01 – NORMAS

8) A NR-10 aplica-se às fases de geração, NOTAS:


transmissão, distribuição e consumo, ___________________________
incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação,
___________________________
manutenção das instalações elétricas e ___________________________
quaisquer trabalhos realizados nas suas ___________________________
proximidades, observando-se as normas ___________________________
técnicas oficiais estabelecidas pelos
órgãos competentes e, na ausência ou na
___________________________
omissão dessas, as normas internacionais ___________________________
cabíveis. ___________________________
a) Certo ___________________________
b) Errado
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________

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21 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS possíveis falhas incompatíveis com


EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE seu funcionamento;
TRABALHO (ESCOLHA, USO, ▪ Acondicionar de forma adequada,
CONSERVAÇÃO, VERIFICAÇÃO E ENSAIOS) tanto para armazenamento, como
Só se conserva o que se usa com para transporte.
frequência. Manter algo em bom estado é
natural, desde que seja uma ferramenta Bastão Garra
ou equipamento útil. Se não for assim,
trata-se de algo descartável (do tipo
“usou? jogue fora”). A conservação efetiva
só se configura quando houver verificação Utilização
das condições desse equipamento ou ▪ É utilizado para afastar os condutores
ferramenta, por meio de uma inspeção e mantê-los fora da área de trabalho,
que, no caso de materiais utilizados em ou transferi-los para novas posições;
alta tensão energizada, deve implicar em ▪ Deve ser submetido à inspeção visual
submeter essa ferramenta ou material a antes de ser utilizado.
ensaios.
Conservação
Bastões Isolantes ▪ Lavar com água e sabão neutro, bem
São confeccionados em fibra de vidro, como fazer inspeção visual, a fim de
Impregnados com resina de epóxi e detectar possíveis falhas
guarnecidos internamente de espuma de incompatíveis com seu desempenho;
"Poliuretano". ▪ As partes articuláveis devem ser
lubrificadas com pó de grafite;
Possuem características mecânicas ▪ Acondicionar de forma adequada,
adequadas a cada tipo de serviços e são tanto para armazenamento como
fabricados para resistir a uma tensão para transporte.
elétrica de até 2,5kV por centímetro, o
que equivale a dizer que para cada metro Bastão de Conexão
de bastão a tensão de isolação é 250kV,
sem que haja quaisquer danos aos
eletricistas. Existe uma grande variedade
de bastões utilizados nos serviços de linha
viva, a saber: Utilização
▪ É utilizado para interligação com
grampo de linha viva (conexões com
garra viva);
Utilização ▪ Serve também para manipular
▪ É utilizado para amarrar e desamarrar diversos equipamentos de linha viva;
condutores; ▪ Deve ser submetido à inspeção visual
▪ Deve ser submetido à inspeção visual antes de ser utilizado.
antes de ser utilizado.

Conservação
▪ Lavar periodicamente com água e
sabão neutro, bem como fazer
inspeção visual, a fim de detectar

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 22
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Conservação Cordas
▪ Lavar periodicamente com água e Utilização
sabão neutro, bem como fazer
inspeção visual, a fim de detectar
possíveis falhas incompatíveis com
seu desempenho;
▪ Acondicionar de forma adequada,
tanto para armazenamento como
para transporte. É utilizada para equipar moitões e
carretilhas.
Esses bastões isolantes devem ser
ensaiados em todo o seu comprimento, Conservação
onde se aplica de maneira gradativa ▪ As cordas devem ser lavadas com
tensões de 100kV em 30cm. Essa tensão água e sabão neutro e em seguida
deve permanecer por um tempo mínimo colocadas para secar.
de 60 segundos. O dielétrico de separação
entre o potencial de tensão e o bastão São confeccionadas em dois tipos de fibra,
isolante deve ter por norma uma classificadas quanto ao tipo, isto é,
resistência ôhmica de no mínimo 100MΩ. sintética (polipropileno, polietileno,
poliéster ou nylon) ou natural (sisal ou
Para os ensaios mecânicos, os bastões são manilha). Apesar das cordas fabricadas
submetidos a esforços de flexão a partir com fibras naturais serem de custo
de um comprimento de 2,60m. Entre o inferior, suas qualidades elétricas são bem
primeiro apoio (engaste) e o segundo inferiores que as do tipo sintético. Cordas
apoio (fulcro) a distância é de 900mm e do naturais, portanto, não devem ser
apoio 2 até o ponto da carga de teste utilizadas em trabalhos com linha viva.
1500mm. Uma carga (massa ou força-
peso) é aplicada no sentido vertical do Nas cordas, deve-se verificar o tipo de
bastão durante 60 segundos, variável em encordoamento especificado (trançado ou
relação ao diâmetro do bastão. Para torcido), bem como se a cor está
32mm de diâmetro a carga deve ser de homogênea, se a seção está uniforme,
23kgf e a flecha máxima admissível é de prestando toda a atenção se seus fios têm
0,5m. Para 51mm a carga é de 23kgf continuidade e se não há impurezas ou
também, mas a flecha só pode chegar a sinais de abrasão (desgaste ou
0,25m. Já para bastões de 76mm de “raspagem”).
diâmetro, a carga é de 68kgf e a flecha
admissível é de apenas 5cm. O mesmo Escadas
teste é repetido girando-se o bastão em
90º em torno de seu eixo longitudinal e
nas duas extremidades do bastão. O
ensaio de tração dura 180 segundos,
devendo o bastão suportar a carga a ele
aplicada sem se romper.

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23 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Assim como os andaimes e plataformas, as externo de até 34,5 kV e 600 A nominais


escadas devem ser verificadas quanto à ou 900 A máximos.
uniformidade do revestimento
antiderrapante, além das verificações já Não há necessidade de interruptores de
citadas no curso básico. Nos ensaios carga em cada dispositivo realizando a
elétricos, a escada é tratada de maneira interrupção sem formar arco externo,
análoga aos bastões. atendendo aos requisitos da OSHA para a
abertura de circuitos sob carga.
Já os ensaios mecânicos de flexão são
feitos com a escada na posição horizontal, ✓ Instrumentos de detecção de tensão
apoiada sobre roletes. Para escadas de até e ausência de tensão
3,5m a distância entre os roletes deve ser
de 1,80m com flecha admissível de 1,5cm.
Para escadas de 4,00 a 5,50m, a distância
entre os apoios deve ser de 3,40m, com
flecha admissível de 10 cm. Por fim,
escadas maiores que 5,60m devem ter
entre os roletes 5m e flecha máxima de 28
cm. A carga aplicada no centro da escada
é de 250kgf durante 180 segundos. Depois (Operação com Vara de Manobra
de decorrido esse tempo é que a flecha Seccionável ou telescópica. Exige contato
deve ser medida. Em seguida, a escada é físico com o ponto a ser testado – Até
girada em 180º sobre seu eixo, e o teste é 36kv).
repetido.

No ensaio de tração, as escadas são


testadas com carga de 750kgf, aplicada
simultaneamente nos dois olhais e no
sentido longitudinal da escada. O teste de
tração tem o mesmo tempo do de flexão,
isto é, 3 minutos.
(Operação com vara de manobra
Acessórios seccionável ou telescópica. Acionado
✓ Loadbuster (ferramenta para pelo campo magnético – Até 138 Kv).
abertura de linha sob carga) São pequenos aparelhos de medição ou
detecção acoplados na ponta da vara que
serve para verificar se existe tensão no
condutor. Antes do início dos trabalhos
em circuitos desenergizados, é obrigatória
a constatação de ausência de tensão
através desses equipamentos. Esses
aparelhos têm sinais sonoros e luminosos
A Loadbuster é a ferramenta portátil para na presença da tensão.
abertura sob carga original para ser
utilizada para abrir seccionadores, chaves
fusíveis, chaves fusíveis de potência e
limitadores de fusíveis. Ela leva a
capacidade de seccionamento de cargas
até seu sistema de distribuição para uso

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 24
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Esse equipamento sempre deve estar no conservação. A higienização e manutenção


veículo das equipes de campo. e testes deverão ser realizados
Improvisações e o não uso de aparelhos periodicamente em conformidade com
são frequentes na verificação da tensão, o procedimentos específicos.
que gera acidentes graves. Esses
instrumentos devem ser regularmente Os EPIs devem possuir Certificado de
aferidos e possuírem um certificado de Aprovação - CA, atualmente sob
aferição. responsabilidade do INMETRO, ser
selecionados e implantados após uma
São encontrados os seguintes tipos: análise criteriosa realizada por
✓ Detectores de tensão por contato; profissionais legalmente habilitados,
✓ Detectores de tensão por considerando principalmente:
aproximação; ✓ A melhor adaptação ao usuário, visando
✓ Micro amperímetro para medição de minimizar o desconforto natural pelo
correntes de fuga - para medição de seu uso;
correntes de fuga em cestas aéreas, ✓ Atender as peculiaridades de cada
escadas e andaimes isolantes nas atividade profissional;
atividades de manutenção em ✓ Adequação ao nível de segurança
instalações energizadas. requerido face à gradação dos riscos.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Para o desempenho de suas funções, os


INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM trabalhadores dos setores elétricos devem
ELETRICIDADE utilizar equipamentos de proteção
A segurança e a saúde nos ambientes de individual de acordo com as situações e
trabalho devem ser garantidas por atividades executadas, dentre os quais
medidas de ordem geral ou específica, que destacamos.
assegurem a proteção coletiva dos
trabalhadores.
Contudo, na inviabilidade técnica da SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
adoção de medidas de segurança de No desenvolvimento de serviços em
caráter coletivo, ou quando estas não instalações elétricas e em suas
garantirem a proteção total do proximidades, devem ser previstos e
trabalhador, ou ainda como uma forma adotados prioritariamente equipamentos
adicional de proteção, deve ser utilizado de proteção.
equipamento de proteção individual ou Os EPC’s são dispositivos, sistemas, fixos
simplesmente EPI, definido como todo ou móveis, de abrangência coletiva,
dispositivo ou produto individual utilizado destinados a preservar a integridade física
pelo trabalhador, destinado à proteção de e a saúde dos trabalhadores, usuários e
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança terceiros. As ferramentas utilizadas nos
e a saúde no trabalho (fundamentado na serviços em instalações elétricas e em
NR-6). suas proximidades devem ser
eletricamente isoladas, em especial
Os EPIs devem ser fornecidos aos aquelas destinadas a serviços em
trabalhadores, gratuitamente, EPI instalações elétricas energizadas.
adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento. Sua
utilização deve ser realizada mediante
orientação e treinamento do trabalhador
sobre o uso adequado, guarda e

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25 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Dispositivos de Seccionamento eletricidade) que têm por objetivo isolar


Chaves Fusíveis condutores ou outras partes da estrutura
que estão energizadas, para que os
serviços possam ser executados sem
exposição do trabalhador ao risco elétrico.
Têm de ser compatíveis com os níveis de
tensão do serviço. Normalmente são de
cor laranja esses dispositivos devem ser
São dispositivos automáticos de manobra bem acondicionados, para evitar sujeira e
(conexão/desconexão), que na ocorrência umidade, que possam torná-los
de sobre corrente (corrente elétrica acima condutivos. Também devem ser
o limite projetado) promove a fusão do inspecionados a cada uso.
elo metálico fundível (fusível) e,
consequentemente, a abertura elétrica do Outros exemplos
circuito. Dessa forma, quando há uma ▪ Calha isolante;
sobrecarga, o elo fusível se funde ▪ Mantas ou lençol de isolamento;
(queima) e o trecho é desligado. ▪ Tapetes isolantes;
▪ Coberturas isolantes para dispositivos
Normalmente, em rede de distribuição específicos.
elétrica estão instaladas em cruzetas.
Também permitem a abertura mecânica
que devem ser operadas por dispositivo
de manobra, a exemplo de vara de Manta isolante Cobertura isolante
manobra.
Utilizados na Geração
Chaves Facas A principal técnica de proteção utilizada
refere-se à desenergização, como
mencionado no item 10.5.1 da NR 10
quando da realização de manutenção.
Quando na operação da usina são
empregados dispositivos de proteção
São dispositivos que permitem a conexão como obstáculos ou barreiras evitando
e desconexão mecânica do circuito. contato por parte do trabalhador com a
Geralmente estão instaladas em cruzetas rede energizada.
e são usadas na distribuição e
transmissão. Utilizados na Transmissão
Existem dois tipos: mecânica e A desenergização elétrica também é
telecomandada. utilizada como medida principal visto que,
dependendo dos níveis de tensão, o uso
Dispositivos de Isolação Elétrica de obstáculos e barreiras não são
considerados medidas aplicáveis e eficazes
de proteção.

São elementos construídos com materiais


dielétricos (não condutores de

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 26
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Utilizados na Distribuição Aérea desenergização (item 10.5.1 na NR 10).


Nos trabalhos realizados a técnica de Podem ser utilizadas barreiras, obstáculos,
proteção consiste na desenergização, a placas de sinalização e sistema de
qual não é possível aplicá-las em todas as seccionamento automático, como
atividades devido ao desligamento dos também, associadas ao uso de cartões de
consumidores. Então são aplicadas impedimento, estão às travas e os
técnicas de trabalho sob tensão bloqueios que impedem acionamentos
(manutenção em linha desenergizada, acidentais ou até intencionais de
manutenção em linha energizada, método componentes das instalações elétricas ou
ao contato, método a distância). qualquer outro tipo de energia.

Utilizados da Distribuição Subterrânea SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS


É necessário um bom planejamento antes DE TRABALHO
do início das atividades passando pela A sinalização é um procedimento de
verificação do projeto existente e da segurança simples e eficiente para
identificação dos riscos. Caso o trabalho prevenir acidentes de origem elétrica.
esteja sendo realizado em ambiente
confinado, é fundamental utilização de Os materiais de sinalização constituem-se
técnicas estabelecidas pela NR 33. Nesta de adesivos, placas, luminosos, fitas de
etapa o método mais recomendado é o identificação, cartões, faixas, cavaletes,
emprego da desenergização do local de cones etc., destinados ao aviso e
trabalho. advertência de pessoas sobre os riscos ou
condições de perigo existentes, proibições
Utilizados nas Subestações de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda
A proteção coletiva é feita inicialmente aplicados para identificação dos circuitos
mantendo os trabalhadores afastados dos ou partes.
equipamentos energizados e o projeto É fundamental a existência de
também deve prever a doção de barreiras procedimentos de sinalização
e obstáculos contra contatos indesejados padronizados, documentados e que sejam
nas partes energizadas. Quando da conhecidos por todos trabalhadores
realização de tarefas onde haverá contato (próprios e prestadores de serviços),
ou proximidade com barramentos e cabos especialmente para aplicação em
nus, deve ser priorizada a desenergização, identificação de circuitos elétricos, de
sempre que possível (utilizando-se de EPI, quadros e partes, travamentos e
EPC). bloqueios de dispositivos de manobra,
restrições e impedimentos de acesso,
Utilizados no Consumo delimitações de áreas, interdição de
A etapa tem sua proteção coletiva circulação, de vias públicas.
baseada principalmente na
desenergização para tarefas que envolvam
instalações elétricas e proximidade das
mesmas. Como são realizadas uma gama
muito grande de trabalhos nesta etapa,
um profissional habilitado e responsável
pelas instalações elétricas, com base em
justificativas técnicas, pode fazer
adequações (incluir, substituir ou remover
ações) na sequência do processo de

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27 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Sinalização de Segurança utilizada na pedestres. Em dias chuvosos e sob


Geração neblina, devem ser utilizados sinalizadores
Devido ao alto custo de construção de luminosos e refletivos.
uma usina, o projeto deve prever grande
parte da sinalização necessária para Sinalização de Segurança utilizada na
advertir os trabalhadores sobre os riscos Distribuição Subterrânea
que existem no local. Essa sinalização, em Como os trabalhos realizados são em
acordo com a NR 26 (que estabelece locais onde existe grande circulação de
diretrizes para a realização da sinalização pessoas e veículos, a sinalização deve ter
de segurança), faz com que a mesma um cuidado especial. Todo cuidado deve
possa ser através de placas e demarcações fazer com que exista uma sinalização e um
no piso, advertindo as pessoas. A sala de isolamento da local de trabalho que não
operação também deve ser devidamente permitam qualquer tipo de acidente
sinalizada como o emprego de isolamento (queda de pessoas e veículos). Sendo o
de área de trabalho (cones e fitas) para mesmo realizado em via pública, deve se
evitar a aproximação de por pessoas não ter cuidado com a orientação do fluxo de
envolvidas na tarefa. veículos e posicionamento dos cones.

Sinalização de Segurança utilizada na Sinalização de Segurança utilizada nas


Transmissão Subestações
Os trabalhos realizados requerem que a Como existem vários tipos de
sinalização seja colocada no nível do solo, equipamentos operantes e ao efetuar
torres ou na própria rede. Se a rede determinada tarefa dentro seus limites
estiver energizada, a sinalização deve podem ser desligados apenas uma parte
alertar sobre o distanciamento de deles deixando outros ligados, a
segurança e identificar a rede em que se sinalização se faz muito importante, pois
faz o trabalho. Quando desenergizada visa acaba por diferenciar o que está desligado
indicar quais os limites da desenergização. com o que permanece ligado. Placas,
bandeirolas estão entre os dispositivos de
Sinalização de Segurança utilizada na sinalização utilizados em conjunto com os
Distribuição Aérea equipamentos que isolam a área de
A sinalização deve ser do tipo viário trabalho (cones e fitas).
(obedecendo ao Código Brasileiro de
Trânsito), acrescentando medidas Sinalização de Segurança utilizada no
auxiliares às tarefas e área de trabalho, Consumo
garantindo a segurança física dos A sinalização que serve de proteção
trabalhadores, motoristas e transeuntes. coletiva deve ter sua utilização como
prioridade para a proteção dos
Normalmente utilizam-se: cones, super trabalhadores como também das demais
cones, bandeirolas, fitas refletivas, pessoas que não estão envolvidas com a
cavaletes, placas orientativas devendo execução da tarefa.
estes equipamentos ter seu o correto
posicionamento. Sempre que possível
utilizar o veículo como barreira nas
atividades em via pública. E quando for
impedir completamente o passeio
(calçada) deve prever que na sinalização
um espaço seguro para a passagem de

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 28
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Sinalização e demarcação da área de equipe de manutenção. É importante


trabalho (de acordo com a NR 26) podem salientar que o controle do dispositivo de
ser completadas com uma combinação de travamento é individual por trabalhador.
textos e ícones. Sempre que possível
segregar essa área do restante da Toda ação de bloqueio ou travamento
instalação evitando acidentes com deve estar acompanhada de "etiqueta de
trabalhadores e terceiros, provenientes de sinalização", com o nome do profissional
movimentação vertical de materiais e responsável, data, setor de trabalho e
ferramentas. forma de comunicação.

Situações de Sinalização de Segurança As empresas devem possuir


A sinalização de segurança deve atender procedimentos padronizados do sistema
outras situações: de bloqueio ou travamento, documentado
✓ Identificação de Circuitos Elétricos e de conhecimento de todos os
✓ Travamentos e Bloqueios de trabalhadores, além de etiquetas,
Dispositivos e Sistemas de Manobra e formulários e ordens documentais
Comandos próprias.
✓ Restrições e Impedimentos de Acesso
✓ Delimitações de Áreas Cuidado especial deve ser dado ao termo
✓ Inspeção das áreas, serviços, "Bloqueio", que no SEP (sistema elétrico
ferramental e equipamentos. de potência) também consiste na ação de
impedimento de religamento automático
de circuito, sistema ou equipamento
elétrico. Isto é, quando há algum
problema na rede, devido a acidentes ou
disfunções, existem equipamentos
destinados ao religamento automático do
disjuntor na subestação, que reconectam
(religam) os circuitos automaticamente
tantas vezes quanto for pré-programado
e, consequentemente, podem colocar em
perigo os trabalhadores. Quando se
trabalha em linha viva, a desativação
DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO desse equipamento é obrigatória, pois se
Bloqueio ou travamento é a ação eventualmente houver algum acidente ou
destinada a manter, por meios mecânicos, um contato ou uma descarga indesejada,
um dispositivo de manobra fixa numa o circuito se desliga através da abertura
determinada posição, de forma a impedir do disjuntor da subestação,
uma ação não autorizada. Assim, desenergizando todo o trecho. Essa ação é
dispositivos de travamento são aqueles também denominada "bloqueio" do
que impedem o acionamento ou sistema de religamento automático e
religamento de dispositivos de manobra possui um procedimento especial para sua
(chaves, interruptores). adoção.

Em geral utilizam cadeados. É importante


que tais dispositivos possibilitem mais de
um bloqueio, ou seja, a inserção de mais
de um cadeado, por exemplo, para
trabalhos simultâneos de mais de uma

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29 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

ATERRAMENTO ELÉTRICO Toda instalação elétrica somente poderá


ser considerada desenergizada depois de
adotado o procedimento de aterramento
elétrico. O aterramento elétrico da linha
desenergizada tem por função evitar
acidentes gerados pela energização
acidental da rede, propiciando rápida
atuação do sistema automático de
seccionamento ou proteção. Também tem
o objetivo de promover proteção aos
trabalhadores contra descargas
atmosféricas que possam interagir ao
longo do circuito em intervenção.

O aterramento temporário deve ser


Aterramento fixo em redes e linhas realizado em todos os circuitos (cabos) em
Quando o neutro está disponível estará intervenção através de seu curto-
ligado ao circuito de aterramento. Neste circuitamento, ou seja, da
caso (frequente), o condutor neutro é equipotencialização deles (colocar todos
aterrado a cada 300m, de modo que os cabos no mesmo potencial elétrico) e
nenhum ponto da rede ou linha fica a mais conexão com o ponto de terra.
de 200m de um ponto de aterramento.
Esse procedimento deverá ser adotado a
Aterramento fixo em estais montante (antes) e a jusante (depois) do
Os estais de âncora e contra poste são ponto de intervenção do circuito, salvo
sempre aterrados e conectados ao neutro quando a intervenção ocorrer no final do
da rede se estiver disponível. O condutor trecho. Deve ser retirado ao final dos
de aterramento é instalado internamente serviços.
ao poste, sempre que possível.
Tipos de aterramento temporário
Aterramento de veículos Para cada situação existe um tipo de
Nas atividades com linha viva de aterramento temporário. O mais usado
distribuição, o veículo sempre deve ser em trabalhos de manutenção ou
aterrado com grampo de conexão no instalação nas linhas de distribuição é um
veículo, grampo no trado e cabo flexível conjunto ou 'Kit' padrão composto pelos
que liga ambos. seguintes elementos:
✓ Vara ou bastão de manobra em
Aterramento Temporário e material isolante e seus acessórios,
Equipotencialização isto é, cabeçotes de manobra;
✓ Grampos condutores - para conexão
do conjunto de aterramento com os
pontos a serem aterrados;

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 30
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

✓ Trapézio de suspensão - para equipamentos para içar e/ou arrastar.


elevação do conjunto de grampos à Nesta etapa é comum serem utilizadas
linha e conexão dos cabos de pontes rolantes para desmonte da
interligação das fases, de material unidade geradora para efetuar as
leve e bom condutor que permite manutenções.
perfeita conexão elétrica e mecânica
dos cabos de interligação das fases e Utilizados na etapa de Transmissão
descida para terra; Nas linhas de transmissão aérea os
✓ Trapézio tipo sela - para instalação do trabalhos realizados são em altura onde é
ponto intermediário de terra na fundamental o uso de equipamentos para
estrutura (poste, torre), propiciando içamento de materiais como cadeia de
o jumpeamento da área de trabalho e isoladores, treliças da estrutura etc.
eliminando, praticamente, a Nos trabalhos onde são efetuadas tarefas
diferença de potencial em que o com linhas energizadas, as ferramentas
homem estaria exposto; que estão submetidas à diferença de
✓ Grampos de terra - para conexão dos potencial necessitam testes periódicos
demais itens do conjunto com o para análise de sua capacidade de isolação
ponto de terra, estrutura ou trado; elétrica. Tais ferramentas devem ter níveis
✓ Cabos de aterramento de cobre - de isolação compatíveis coma classe de
flexível e isolado; tensão do trabalho, principalmente nas
✓ Haste de aterramento - para ligação atividades com linha viva.
do conjunto de aterramento com o No desenvolvimento das atividades com
solo, deve ser dimensionado para linha viva, as ferramentas tem papel
propiciar baixa resistência de terra e fundamental na segurança dos
boa área de contato com o solo. profissionais envolvidos. Por isso é de
grande importância que os equipamentos
Todo o conjunto deve ser dimensionado e ferramentas sejam conferidos e
considerando a tensão da rede de testados. A NR 10 em seu item 10.7.8
distribuição ou linha de transmissão; o determina que sejam ensaiados
material da estrutura (poste ou torre) e anualmente equipamentos e ferramentas.
procedimentos de operação.
Nas subestações, por ocasião da Utilizados na etapa de Distribuição Aérea
manutenção dos componentes, se conecta Além dos equipamentos de proteção
os componentes do aterramento individual e coletiva, já apresentados, os
temporário à malha de aterramento fixa, trabalhos em rede de distribuição aérea
já existente. requerem outros equipamentos
específicos: equipamentos isolados para
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE linha viva, capa de chuva ou similar,
TRABALHO vestimentas de remoção de insetos (tipo
Utilizados na etapa de Geração apicultor), coberturas protetoras isolantes
Durante a execução de atividades de de borracha e de poliuretano, conjuntos
manutenção, realizadas de modo de aterramento (alta e baixa tensão), vara
programado, são utilizados instrumentos telescópica dotada de dispositivo anti-
de ensaio elétrico avaliando as condições queda de cartucho.
dos equipamentos da usina.
Como as unidades geradoras possuem
equipamentos de grande porte, existe a
necessidade de se utilizar máquinas e

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31 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Utilizados na etapa de Distribuição aplicação de altas tensões, devem ser


Subterrânea adotados procedimentos específicos de
Os equipamentos e ferramentas utilizados segurança durante a realização dos testes,
nesta etapa são similares aos empregados evitando assim, contato com partes sob
em outras atividades da rede elétrica. tensão.
Em virtude de muitos locais serem
considerados ambientes confinados, a
verificação da presença de gás é
fundamental para a segurança dos
envolvidos. Esse equipamento leva o
nome de detector de gases e deve possuir
capacidade de medição para os seguintes Modelo de Megômetro Modelo de Hipot
gases/vapores: medidores de oxigênio,
monitores de gases combustíveis, Alguns modelos de instrumentos têm
instrumento para vapores e gases tóxicos. indicações luminosas da presença de
Ressaltando que os equipamentos tensão, a qual deve ser verificada após o
somente podem ser utilizados após desligamento do instrumento,
calibração em estado de gás padrão. É constatando-se que a tensão chegou à
importante também que os mesmos zero.
devam ser usados somente com sensores
dentro dos prazos de validade. Utilizados na etapa de Consumo
Devem ser emitidos sinais sonoros e Na realização dos trabalhos são
visuais quando a concentração de gases requeridos equipamentos e ferramentas
ultrapassarem os limites permitidos. que sejam adequadas e que devem ser
inspecionadas sempre antes do início das
Tipo de gás Tolerância atividades. Revela-se injustificável iniciar
Gases e vapores
inflamáveis
LEL < 10% ou continuar até concluir tarefas
Oxigênio
O2 > 19,5 % empregando ferramentas e equipamentos
O2 < 23 % inadequados ou em condições precárias.
Gases tóxicos/asfixiantes CO < 39 ppm
Gases tóxicos/asfixiantes H2S < 8 ppm
Fonte: NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Conforme a NR 10, as ferramentas devem
Acidentes / Procedimentos e Medidas de Proteção / NR 15
– Atividades e Operações Insalubres. Anexo nº 11
ser homologadas:
✓ 10.4.3 Nos locais de trabalho só
Utilizados na etapa de Subestações podem ser utilizados equipamentos,
Os equipamentos e ferramentas utilizados dispositivos e ferramentas elétricas
nas subestações podem variar de acordo compatíveis com a instalação elétrica
com tipo de tarefa a ser desenvolvida. Nas existente, preservando-se as
atividades de ensaio elétrico utilizam-se características de proteção,
entre outros equipamentos: megômetro respeitadas as recomendações do
(ensaio de resistência de isolação), fabricante e as influências externas.
microhmímetro (ensaio de resistência de
contato), TTR (ensaio de relação de
transformação) e Hipot (suportabilidade
de isolação mediante tensão aplicada).

Tanto o megômetro quanto o Hipot


aplicam uma elevada tensão nos
equipamentos sob ensaio avaliando suas
condições de isolação. Como existe a

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 32
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

✓ 10.4.3.1 Os equipamentos, Quanto maior a proximidade da fonte,


dispositivos e ferramentas que maior deve ser a categoria do
possuam isolamento elétrico devem equipamento (IEC – 1010):
estar adequados às tensões ✓ O equipamento CAT IV é empregado
envolvidas, e serem inspecionados e em medições na origem da
testados de acordo com as instalação, quadros de entrada e
regulamentações existentes ou respectivos alimentadores.
recomendações dos fabricantes. ✓ A CAT III é utilizada na medição dos
valores existentes na distribuição da
Deve ser também considerado, o item instalação, incluindo barramentos
anterior, para trabalhos que envolvam principais e alimentadores.
escadas e andaimes, principalmente os ✓ Para medição em tomadas e plugues
relacionados à integridade física de pode ser utilizado o equipamento
degraus e montantes, bem como sua CAT II.
estabilidade. ✓ Equipamentos CAT I são utilizados
para medição de circuitos eletrônicos
protegidos.

Extensões elétricas devem ter uma


atenção toda especial para acionamentos
em áreas úmidas ou molhadas, ou ainda
quando o piso acaba por oferecer
condições que propiciem a circulação de
corrente elétrica, utilizando-se fontes de
alimentação em extra baixa tensão.

As ferramentas e os equipamentos devem


manuseados como cuidado para que não
seja danificada ou comprometida sua
integridade física.

Na utilização de tensão, o trabalhador que


irá executar a tarefas, deve certificar-se
que os equipamentos são compatíveis e
que estão ajustados para a grandeza
avaliada.

Utilizando-se multímetros, é necessário


avaliar o ponto da instalação onde se
deseja realizar a medição (fato decisivo
para escolha da escolha da categoria de
tensão – CAT).

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33 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

ESTUDO DE CASO

Uma dupla de eletricistas estava realizando uma ligação provisória secundária para um show
na praça. Rapidamente o eletricista que iria subir pegou a escada extensível e colocando-a no
poste. Este pegou seu cinturão e talabarte, o mesmo já estava de capacete, óculos de
segurança, luvas de vaqueta. Iniciando a subida sem esperar o outro eletricista preparar os
EPC’s necessários (mantas de isolamento e lençol de borracha). Chegando próximo ao topo da
escada e frente à rede secundária, amarrou a escada. Pediu para o eletricista de baixo fornecer
a fiação provisória e puxou bruscamente, pois estes estavam enroscados. Neste momento
tocou o cotovelo esquerdo na fase “A” da secundária e a perna direita no braço de Iluminação
Pública, sofrendo fibrilação cardíaca, levando a óbito.

1) Analisando a situação, quais atitudes poderiam ser tomadas para que este acidente fatal
não ocorresse?
a) Supervisionar o eletricista posicionado no solo e trabalhar mais devagar.
b) Posicionar corretamente a escada e interação melhor entre os membros da equipe.
c) Apenas treinar os trabalhadores visto que os mesmos já tinham uma boa experiência na
área.
d) Capacitar os trabalhadores e pedir calma ao realizar o serviço.

2) Se o trabalhador que subiu na escada estava com seus EPI’s corretos, por que o mesmo
levou um choque fatal?
a) Falta de calma na realização do trabalho (puxou bruscamente a fiação provisória).
b) Falta da utilização dos EPC’s
c) Demora do trabalhador que estava no solo em atender ao pedido do colega de trabalho
d) Pressa para terminar o serviço.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 34
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ( ) Para-raios, relé de sobrecarga; óleo


mineral.
1) Complete as lacunas: os EPIs devem ( ) Tanque de óleo; gás sf6; vácuo.
possuir o __________________- CA, ( ) Nenhuma das alternativas
atualmente sob responsabilidade do
______, ser selecionados e implantados
após uma análise criteriosa realizada por 6) Qual relé de proteção desarma o
profissionais legalmente __________: disjuntor quando a tensão está abaixo de
( ) Certificado de Análise, PROCOM, valores pré-estabelecidos?
qualificados ( ) Relé de sobretensão
( ) Certificado de Aprovação, PROCOM, ( ) Relé de infratensão ou subtensão
habilitados ( ) Relé de sobrecarga
( ) Certificado de Análise, INMETRO, ( ) Nenhuma das Alternativas
qualificados
( ) Certificado de Análise, INMETRO,
capacitados NOTAS:
___________________________
2) São considerados equipamentos
___________________________
(sistemas) de proteção coletiva: ___________________________
( )Manta isolante, chaves faca, ___________________________
aterramento ___________________________
( )Carpete isolante, banqueta,
aterramento
___________________________
( )Bloqueio, manta isolante, aterramento ___________________________
( )Bloqueio, tábua seca, para-raios ___________________________
___________________________
3) São exemplos de EPI ___________________________
( ) Luva (alta tensão), óculos, cinto de ___________________________
segurança ___________________________
( ) bota de segurança, óculos, para-raios
( ) alicate, luva (alta tensão), sapato
___________________________
social ___________________________
( ) uniforme (nr10), óculos, manta ___________________________
isolante ___________________________
___________________________
4) Sinalização é um procedimento de ___________________________
segurança simples e eficiente para ___________________________
prevenir acidentes de origem elétrica. ___________________________
( ) Verdadeiro ( ) Falso

5) Os disjuntores em corrente alternada


dispõem de dispositivos corta-arco que
podem ser:
( ) Óleo mineral; gás sf6 ; vácuo.

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35 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS procedimento de trabalho, em detalhes,


ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO passo a passo, fazendo constar na ordem
De acordo com o texto da nova NR 10, em de serviço todas as etapas, a fim de
seu subitem 10.11.7., antes de iniciar conectar de modo eficiente toda a
trabalhos em equipe, os seus membros, documentação necessária (análise de
em conjunto com o responsável pela riscos, dados técnicos do trabalho e
execução do serviço, devem realizar uma características físicas e técnicas do local).
avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas Prontuário das Instalações Elétricas e
no local, de forma a atender os princípios Cadastro das Instalações
técnicos básicos e as melhores técnicas de Segundo o subitem 10.2.4 da NR 10, o
segurança aplicáveis ao serviço. P.I.E. (prontuário de instalações elétricas)
é obrigatório a todas as empresas com
Não se concebe um trabalho, qualquer carga instalada superior a 75kW (quilo-
que seja sem o mínimo de organização. E Watts). Carga instalada leva em conta
essa organização, como cita o subitem cada ponto de tomada de uso geral,
10.11.7 da NR 10, passa necessariamente iluminação, tomadas de uso específico,
pelas etapas abaixo: motores e todos os pontos de consumo,
▪ Avaliação prévia; ainda que tenham sido projetados,
▪ Estudo; executados, mesmo que subutilizados.
▪ Planejamento de atividades e ações.
A NR 10 especifica quais são os
Tratando-se de segurança em instalações documentos básicos de uma instalação
e serviços em eletricidade, basicamente, a elétrica:
primeira análise necessária é aquela que ✓ Procedimentos de instruções técnicas
procura identificar, avaliar e tratar aquilo e administrativas de segurança e
que chamamos de risco. Intrinsecamente saúde implantadas na empresa e que
existe o risco de choque elétrico, mas digam respeito a instalações e
além dele, há também os chamados riscos serviços em eletricidade;
adicionais. ✓ As inspeções e medições do sistema
de para-raios e do sistema de
Entretanto, essa avaliação, além de aterramentos elétricos instalados na
considerar os riscos envolvidos na tarefa e empresa (não apenas medições do
as medidas preventivas adotadas, deve aterramento, mas incluindo uma
forçosamente considerar quem são os inspeção na instalação física);
membros da equipe, os seus responsáveis, ✓ A especificação de todos os EPIs
o nível de tensão com o qual se vai (equipamentos de proteção
interagir, o local de trabalho, data e individual) e EPC’s (Equipamentos de
horário de início, e finalmente data e Proteção Coletiva), bem como todo o
horário de conclusão. ferramental aplicado nas instalações
elétricas da empresa;
Só após essa avaliação inicial é que se
realiza um meticuloso estudo sobre as
atividades que deverão ser realizadas.

E de uma maneira a simplificar esse


raciocínio, cabe colocar como matéria-
prima desse estudo os dados da avaliação
prévia, como também a execução de um

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 36
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

✓ Todos os comprovantes de cursos dos Especificações: descrição detalhada e


eletricistas, técnicos e engenheiros da formal de equipamento elétrico, de parte
empresa, bem como do curso básico ou de toda uma instalação elétrica,
da NR 10 e/ou do curso apontando individualmente cada
complementar da NR 10; componente, bem como suas
✓ Resultados dos testes de isolação características particulares, de modo
elétrica dos EPIs e EPC’s utilizados preciso e explícito, esmiuçando-o
pelos profissionais da empresa em integralmente.
instalações energizadas; se houver
áreas classificadas (sujeitas a Comprovantes: documento formal que
explosividade) na empresa, os corrobora, demonstra ou evidencia
equipamentos e materiais elétricos inequivocamente que uma determinada
instalados nessas áreas devem ação ou medida foi tomada, seja corretiva
possuir certificações de que atendem ou preventiva. Como no caso do item que
às normas oficiais para essa trata de cópias dos diplomas, certificados
aplicação; de treinamento, autorizações individuais e
✓ O relatório técnico de inspeções de carteiras de habilitação profissional
atualizado onde constem (CREA).
recomendações, cronograma de
adequações de tudo que diga Resultados de testes: conclusão de ensaio
respeito aos itens anteriores. de material que é submetido a
procedimento de averiguação de suas
Todos esses documentos devem ser características físicas estabelecidas em
elaborados por profissional legalmente norma técnica, na forma de um
habilitado, ou seja, que tenha qualificação documento formal, emitido por órgão
profissional em nível técnico e que tecnicamente homologado pela
disponha de inscrição no conselho de autoridade pública, que indicará se esse
classe (no caso o CREA, Conselho Regional material se presta ou não a finalidade a
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). qual se destina.

Seguem abaixo as definições das palavras Certificações: documento formal que


chaves constantes na documentação do cientifica sobre a certeza ou verdade com
Prontuário de Instalações Elétricas (PIE): respeito às características de determinado
material ou equipamento, em
Procedimentos: documento formal que conformidade com padrões que sejam
demonstra a sequência de operações a mundialmente ou nacionalmente aceitos,
serem desenvolvidas para a realização de isto é, que atesta que, de fato,
um determinado trabalho, com a inclusão determinado produto atende prescrições
dos recursos materiais e humanos, normativas.
medidas de segurança e circunstâncias
que impossibilitem a sua realização.

Inspeções: registros formais de exames,


vistorias, fiscalizações ou revisões de
equipamento ou instalação elétrica, com
base numa recomendação oficial, seja
norma técnica ou regulamentadora.

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37 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Relatório técnico de inspeções: instalações do sistema elétrico de


documento assinado por profissional potência.
habilitado e autorizado que, na forma de
uma relação escrita, exposto de maneira Além de tudo isso, a empresa é obrigada a
circunstanciada, isto é, pormenorizado, manter o projeto elétrico dentro de
pontua todos os fatos e dados especificações estabelecidas na NR 10 em
constatados e comprovados através de seu item 10.3, inclusive quanto ao
exames, vistorias, fiscalizações, ou memorial descritivo desse projeto.
revisões de documentos, equipamentos
ou instalação elétrica, sendo Ele deve ser mantido à disposição de
preferencialmente ilustrado com autoridades, dos funcionários que lidam
fotografias, e que narre as eventuais com as instalações e de outras pessoas
anomalias encontradas em confronto com autorizadas pela empresa e deve ainda ser
um padrão normativo, propondo mantido atualizado, o que subentende
recomendações para a correção dos mantê-lo em correspondência com as
desvios, oferecendo um cronograma de instalações no físico (subitem 10.3.7.),
adequação para que tudo o que estiver aliás, como já dito acima.
fora do padrão exigido seja corrigido
dentro de prazos previamente E é obrigação da empresa que o projeto
estabelecidos e factíveis. observe todas as normas técnicas oficiais
e seja assinado por profissional habilitado,
Cada um desses documentos, citados no isto é, um profissional qualificado com
item 10.2.4. da NR 10, deve ser renovado registro no CREA (subitem 10.3.8.).
periodicamente, à medida que a
instalação elétrica evolui ou venha a se Mas não se pode esquecer que há
adequar de algum modo às necessidades recomendações muito enfáticas quanto ao
dos usuários ou das normas técnicas e/ou projeto como um todo (item 10.3). Faz-se
regulamentadoras em vigor. necessário, portanto, separar bem as
coisas:
Ainda, conforme subitem 10.2.3 da NR 10, ✓ Uma coisa é montar o Prontuário de
as empresas estão obrigadas a manterem Instalações Elétricas para a empresa
esquemas unifilares atualizados das suas (isto é, confeccionar e reunir tudo o
instalações elétricas, bem como a que a empresa necessita numa
especificação do seu sistema de grande ‘pasta’, seja ela virtual ou
aterramento e de seus dispositivos de física, se situe em um ou mais de um
proteção. local na entidade);
✓ Outra coisa é elaborar, ou refazer, ou
Para o caso de uma empresa realizar atualizar o projeto elétrico, que conta
trabalhos em proximidade do sistema de desenhos, memorial etc. Porém,
elétrico de potência (S.E.P.), isto é, onde cada empresa necessita encontrar
haja geração, transmissão e distribuição seu mecanismo de gestão adequado
de energia até a medição (inclusive), é à sua realidade e cultura.
necessário, além de tudo isso já citado
acima, também acrescentar a descrição
dos procedimentos para situações de
emergência e a certificação dos EPIs e
EPC’s adquiridos e utilizados pelos seus
funcionários que trabalhem nas

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 38
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

A periodicidade pode ser trimestral (em esclarecimento, seja quanto a um


abril faz-se a atualização dos desenhos procedimento ou com respeito à causa de
que sofreram modificação no físico das um evento.
instalações entre janeiro e março; em
julho faz-se a atualização dos desenhos Autorização: é um documento que
que sofreram modificação no físico das expressa um consentimento, no qual
instalações entre abril e junho, e assim por quem é consentido está revestido de
diante), semestral, ou outra periodicidade autoridade para realizar aquilo que lhe foi
menor, não sendo recomendado um creditado; soa muito próximo do que se
espaço de tempo maior que esse, tendo define por permissão, porém é mais ampla
em vista o tamanho da tarefa de se que específica.
atualizar todos os desenhos de uma
planta, por exemplo, de natureza Permissão: é a formalização de uma
industrial e metalúrgica, que há doze licença, uma liberdade ou a possibilidade
meses não efetuou qualquer ajuste nos de uma decisão; soa muito próximo do
desenhos para que correspondessem à que se define por autorização, porém é
realidade do físico. mais restrita a uma determinada ação.

Na NR 10 fica clara a necessidade de se Ordem de serviço: é um documento que


contemplar, basicamente, duas tem poder de determinação ou mandado
necessidades prementes: primeiro a de para que um serviço seja executado
criar uma gama de documentos que segundo procedimento existente; é uma
funcionarão como provas de ocorrências disposição que, se não cumprida, submete
ou eventos (inspeções, descrição de o ordenado a sanções administrativas; é
acidentes, descrição de anomalias) e uma prescrição imperativa.
outros que desempenharão a função de
orientação (procedimento, avaliação Previsão: ação formal de prevenção, isto
prévia etc.); e segundo a de anexar ao é, algo que se formaliza com o intuito de
projeto uma série de adequações, seja em que uma situação nociva não venha a
nível de desenho, seja em nível de ocorrer.
memorial descritivo.
Configuração: é a maneira de se exprimir
A fim de contribuir na plena compreensão o aspecto de uma instalação, por meios
do propósito que cada um dos gráficos, é a representação gráfica ou
documentos tem na implantação da figurativa de uma instalação.
plenitude da NR 10, convém que seja
oferecida a definição de cada um dos Indicação: maneira formal de apontar,
termos que serão citados adiante: lembrar ou ainda fazer menção a algum
detalhe importante num projeto elétrico,
Análise: é expressão na forma de um seja na parte gráfica ou na parte
documento que decompõe um todo em descritiva.
elementos, e a partir daí é feito um exame
minucioso de cada um desses elementos,
permitindo a partir dos efeitos chegarem-
se às causas.

Instrução: é a formalização de um ensino


de algo que traga conhecimento e

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39 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Descrição: é a maneira de se exprimir o com possibilidade reenergização


aspecto de uma instalação por meios (subitem 10.5.4);
narrativos, por meio de palavras, de ✓ Procedimento de interrupção de
maneira minuciosa e enumerada; e é a serviços (subitens 10.6.3 e 10.6.5);
formalização de uma advertência ou de ✓ Instrução de serviços realizados em
um conselho acerca de uma determinada alta tensão ou realizados no SEP –
situação ou procedimento. proibição do trabalho individual
(subitem 10.7.3);
Abaixo são mencionados documentos e ✓ Instrução de ordem de serviço
ações que, juntamente com o P.I.E, são específica para serviço realizado em
necessárias à plena implantação da alta tensão ou os trabalhos realizados
regulamentação normativa da NR 10: no S.E.P (subitem 10.7.4);
✓ Procedimento de desenergização ✓ Instrução de avaliação prévia
como medida de proteção coletiva (subitem 10.7.5);
prioritária (subitens 10.2.8.2 e ✓ Instrução de autorização por
10.5.1); profissional autorizado para os
✓ Outros procedimentos, como medida trabalhos em alta tensão (subitens
de proteção coletiva: isolação de 10.7.6. e 10.11.3);
partes vivas, obstáculos, barreiras, ✓ Procedimentos gerais padronizados
sinalização, sistema de para os trabalhos, devidamente
seccionamento automático de assinados por profissional autorizado
alimentação e bloqueio do (subitem 10.11.3);
religamento automático (subitem ✓ Documentação de comprovação de
10.2.8.1.1); testes elétricos ou ensaios de
✓ Especificar vestimenta necessária laboratório de equipamentos,
adequada às atividades desenvolvidas ferramentas e dispositivos isolantes
(subitem 10.2.9.2); ou equipados com materiais isolantes
✓ Instrução quanto à proibição do uso destinados a trabalho em
de adornos pessoais nas atividades alta tensão (subitem 10.7.8);
com eletricidade (subitem 10.2.9.3); ✓ Permissão formal para serviços em
✓ Autorização formal quanto ao instalações elétricas em áreas
profissional responsável pela classificadas (subitem 10.9.5);
supervisão dos serviços (subitem ✓ Procedimentos de trabalho
10.4.1); atendendo regulamentação relativa à
✓ Relatórios periódicos de testes nos sinalização de segurança de acordo
sistemas de proteção (subitem com a NR 26;
10.4.3.1); ✓ Identificação de equipamento ou
✓ Instrução quanto à proibição da circuito impedido (subitem 10.10.1);
utilização dos locais de serviços ✓ Instrução formal a todos os
elétricos, compartimentos e trabalhadores com atividades não
invólucros de equipamentos e relacionadas às instalações elétricas
instalações elétricas para (subitem 10.8.9);
armazenamento ou guarda de
quaisquer objetos (subitem 10.4.4.1);
✓ Procedimento para reenergização
(subitem 10.5.2);
✓ Instrução de serviços em
rede/circuitos desenergizados, mas

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 40
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

✓ Incluir no plano geral de emergência ✓ Especificação das características de


da empresa as ações que envolvam proteção contra choques elétricos,
instalações e serviços com queimaduras e outros riscos
eletricidade (subitem 10.12.1); adicionais;
✓ Procedimento formal e padronizado ✓ Descrição do sistema de identificação
quanto ao método de resgate de de todos os circuitos elétricos e
vítimas (subitem 10.12.3); equipamentos;
✓ Procedimento formal de ✓ Recomendações de restrições e
fornecimento de todas as advertências quanto ao acesso de
informações necessárias aos pessoas aos componentes das
colaboradores para conhecimento instalações;
dos riscos a que estão expostos ✓ Descrição das precauções aplicáveis
(subitem 10.13.2); em face das influências externas;
✓ Procedimento formal para medidas ✓ Descrição do princípio de
preventivas e corretivas sempre funcionamento de todos os
ocorrerem acidentes de origem dispositivos de proteção que se
elétrica (subitem 10.13.3); destinam à segurança das pessoas
✓ Procedimento formal de direito de que constarem do projeto;
recusa (subitem 10.14.1); ✓ Descrição da compatibilidade dos
✓ Autorização formal por parte da dispositivos de proteção com a
empresa (subitem 10.8.4). instalação elétrica;
✓ Prever condições de trabalho seguro
Ao projeto de instalações elétricas e ao (iluminação segura e adequada e
memorial descritivo deverão ser posição de trabalho igualmente
anexados: segura).
✓ Especificação de dispositivos de
desligamento de circuitos (subitem Não há “receita de bolo” única, a gestão
10.3.1); de implantação da NR 10 numa empresa
✓ Previsão da instalação de dispositivo não vale para outra, mesmo que seja do
de seccionamento (subitem 10.3.2); mesmo segmento. O diferencial de
✓ Previsão de espaço seguro (subitem cultura, filosofia de trabalho, métodos de
10.3.3); gestão, perfil das pessoas e sua
✓ Previsão de instalação em separado localização, entre outras variáveis, fazem
de circuitos com finalidades uma diferença enorme no resultado final.
diferentes (subitem 10.3.3.1);
✓ Configuração de sistemas de
aterramento (subitem 10.3.4);
✓ Previsão do uso de dispositivos de
seccionamento que já incorporem
recursos fixos, não móveis, de
equipotencialização e aterramento
do circuito seccionado;
✓ Previsão da adoção de aterramento
temporário (subitem 10.3.5);
✓ Manter o projeto à disposição de
todos os colaboradores autorizados,
das autoridades de âmbito Municipal,
Estadual e Federal sendo mantido
atualizado (subitem 10.3.7);

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41 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Assim sendo, tendo ou não condições de b) indicação de posição dos dispositivos de


realizar sozinha essa tarefa, a empresa manobra dos circuitos elétricos: (Verde -
deve atentar tanto à questão de "D", desligado e Vermelho - "L", ligado)
consciência de sua responsabilidade social c) descrição do sistema de identificação de
em cumprir uma regra legal (na forma da circuitos elétricos e equipamentos,
NR 10, que tem seu objetivo central em incluindo dispositivos de manobra, de
promover medidas de controle e ações controle, de proteção, de
preventivas para a saúde e a segurança de intertravamento, dos condutores e os
todos os que trabalham direta ou próprios equipamentos e estruturas,
indiretamente com eletricidade), como a definindo como tais indicações devem ser
que envolve a própria necessidade de aplicadas fisicamente nos componentes
redução de custos (seguradora, eventuais das instalações.
autuações por parte de uma fiscalização
da D.R.T, necessidade de possuir As identificações de equipamentos que
certificações internacionais que a existem nas instalações elétricas
capacitem a competir com melhores necessariamente devem possuir estreita
condições no mercado globalizado, relação com o diagrama unifilar. As
redução ou eliminação dos riscos por identificações de chaves, disjuntores,
conta da adoção das medidas previstas na transformadores, representam uma
NR 10 no tocante a adicional de medida de proteção.
periculosidade aos colaboradores, entre
tantas outras questões). TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO
É a reunião das técnicas desenvolvidas,
IDENTIFICAÇÃO padronizadas e utilizadas por profissionais
Em todo projeto de instalações elétricas que interagem direta ou indiretamente
devem ser determinada a necessidade da em todo e qualquer trabalho em
implantação de identificação do s instalações elétricas energizadas, acima de
equipamentos da instalação. Em seu 1.000 Volts em corrente alternada, e
subitem 10.3.1 especifica essa orientação: acima de 1.500 Volts em corrente
É obrigatório que os projetos de contínua, em equipamentos, dispositivos
instalações elétricas especifiquem ou componentes do sistema elétrico de
dispositivos de desligamento de circuitos potência ou em suas respectivas
que possuam recursos para impedimento proximidades.
de reenergização, para sinalização de
advertência com indicação da condição Técnicas utilizadas na Geração
operativa. Via de regra a NR 10 prega que os
trabalhos sejam realizados de preferência
Já em outro subitem, 10.3.9 alíneas b e c, com as instalações desenergizadas,
especificam outras condições dos contudo na etapa geração as usinas
equipamentos: normalmente não podem ser desligadas.
O memorial descritivo do projeto deve Dentro de usina quando uma unidade
conter, no mínimo, os seguintes itens de geradora esta desligada para manutenção
segurança: podem existir outras unidades que ainda
a) especificação das características continuam produzindo energia elétrica
relativas à proteção contra choques
elétricos, queimaduras e outros riscos
adicionais;

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 42
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Técnicas utilizadas na Transimissão operação). Com a linha energizada


Desenergizar uma linha de transmissão é podem-se realizar as técnicas:
algo muito difícil de acontecer devido as ✓ Ao contato: o trabalhador fica em
cargas acopladas nela (eventualmente se contato com a rede energizada (sem
realizam trabalhos em linha viva, “entrar” no potencial da linha, pois
energizada). Nesta etapa são realizados ficam completamente isolados em
dois tipos de trabalho: a distância ou ao função do uso de EPI e EPC isolantes
potencial (devido aos altos níveis de adequados ao nível da tensão da
tensão a técnica de ao contato não é rede). Na parte de alta tensão é
comumente realizada devido à baixa utilizado o bloqueio do religamento
proteção oferecida). automático e os trabalhos não devem
✓ Método à distância – mantém o ser realizados em tempos de chuva
trabalhador a uma distância como também não são orientados a
adequada da linha devido aos fazê-los em períodos noturnos.
dispositivos e ferramentas ✓ À distância: o trabalhador realiza
intercambiáveis afixados na seus trabalhos interagindo com a
extremidade do bastão; parte energizada a uma distância
✓ Método ao potencial – o trabalhador segura (utilizando procedimentos,
que incialmente está isolado do estruturas, equipamentos,
potencial da terra acaba por “entrar” ferramentas e dispositivos isolantes
no mesmo potencial de uma única apropriados). Todos os equipamentos
fase (através de caminhão com cesta utilizados nesta etapa devem estar
aérea, cadeira suspensa ou em perfeitas condições (rigidez
helicóptero), pode realizar seu dielétrica válida, limpos, sem trincas
trabalho tomando cuidado para não etc.). A partir de cestas aéreas, as
se aproximar de nenhum outro ponto coberturas isolantes devem ser
aterrado ou de outra fase. colocadas dos condutores mais baixos
para os mais altos (posição vertical)
Técnicas utilizadas na Distribuição Aérea ou dos externos para os centrais
Os trabalhos realizados na rede de (posição horizontal) e se a colocação
distribuição devem comunicações prévias for a partir de escada ou plataformas,
e permanentes entre os membros da inverte-se o início da colocação das
equipe e a central de operações da coberturas no sentido horizontal. O
empresa (nunca ser efetuados de modo planejamento da atividade é
individualizado) podendo ser em: indispensável.
✓ Linha morta (desenergizada) – todas
as tarefas que envolvam manutenção
devem ser priorizadas a
desenergização, assim sendo, eleva-
se o nível de segurança em relação ao
risco de acidente (choque elétrico
etc.);
✓ Linha viva (energizada) – as tarefas
devem ser dotadas de procedimentos
e metodologias garantindo a
segurança dos envolvidos nelas
(bloqueio do religamento
automático, comunicação
permanente da equipe/central de

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43 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Técnicas utilizadas na Distribuição usando mangotes e luvas isolantes


Subterrânea evitando os efeitos do contato com as
Nesta etapa, os trabalhos são realizados partes energizadas. São também utilizadas
em circuitos desenergizados (excluindo-se coberturas protetoras para isolação dos
manobras e desligamentos). Antes da cabos e barramentos. O manuseio ocorre
confirmação da desenergização (item dentro da área chamada “zona de risco” e
10.5.1), as tarefas são realizadas de forma como as partes vivas estão protegidas, a
como se os circuitos estejam execução do trabalho é feita com
potencialmente energizados. É de suma segurança.
importância à existência de
procedimentos específicos que detalhem Ao potencial – sendo utilizado em
a realização da tarefa em circuitos circuitos com alimentados por tensões
energizados (itens 10.11.1 e 10.7.6), superiores ou iguais a 69Kv, o trabalhador
garantindo um bom planejamento e iguala seu potencial ao potencial da rede
análise dos riscos que envolvem a para executar a atividade usando para sua
atividade. Os religadores automáticos de proteção roupa condutiva (vestimenta
energia não são comumente instalados com fibra de aramida e fios de aço inox
em circuitos subterrâneos (grande risco de envolvendo o todo o corpo e ligado à rede
explosão de transformadores e elétrica através de um cabo – cordão
equipamentos em espaços confinados), umbilical). Todos os EPI, EPC, veículos,
porém quando da sua existência, devem- ferramental, andaimes, plataformas, etc.
se ser seguidos os itens 10.7.7 sub-item Devem ter a rigidez dielétrica testada para
10.7.7.1, evitando uma energização verificação da tensão as quais estarão
indevida. submetidos.

Técnicas utilizadas nas Subestações Helicópteros não são utilizados como em


✓ Em linha viva linhas de transmissão. Quanto maiores os
Os trabalhos desenvolvidos são divididos níveis de tensão, maior o espaçamento
em três métodos (ao contato, ao entre fases. Por esse motivo que em
potencial, à distância), sendo escolhidos subestações não são utilizadas tensões
dependendo das características e níveis de menores que 69Kv, pois impossibilita a
tensão: garantia da proteção de segurança aos
trabalhadores devido ao menor
Ao Ao distanciamento entre fases e entre fase e
Nível À distância
contato potencial terra.
< 69Kv Aplicável Não se Aplicável
aplica À distância – pode ser utilizado para
≥ 69Kv Não se Aplicável Aplicável
manutenção e operação nas instalações
aplica
em qualquer nível de tensão. O contato
com a linha energizada é feito por meio de
Nota: onde se lê “aplicável” corresponde
bastões providos com ferramentas
que esse método pode ser utilizado, porém
intercambiáveis e isolantes apropriados
não significa sua obrigatoriedade de uso.
para cada nível de tensão.
Ao contato – acaba por ser utilizado em
trabalhos com circuitos alimentados por
tensões de até 34,5Kv, ondo o trabalhador
interage fisicamente com a instalação

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 44
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Algumas seccionadoras têm seu superiores a 69Kv, geralmente existem


acionamento através de dispositivos fixos redundâncias (previstas até mesmo em
de manobra ou também podem ser projeto).
através de painéis remotos. Nos trabalhos programados para horários
noturnos, um sistema iluminação adicional
Em áreas internas deve ser planejada para que as atividades
Como as subestações podem ser possam ser desenvolvidas com segurança.
abrigadas ou totalmente ao tempo, deve- Eventualmente podem surgir trabalhos
se ter o cuidado de se trabalhar com as noturnos sem planejamento. Neste caso
portas abertas e desprotegidas quando for os trabalhadores devem tomar o máximo
efetuar tarefas em sua parte abrigada, de cuidado possível redobrando a atenção
antevendo qualquer tipo de imprevisto, na verificação das condições dos
acidente ou condição repentina de perigo. equipamentos devida a baixa
luminosidade. Na ocorrência desligamento
Nas subestações construídas em alvenaria noturno em que o local esteja sem
que operam com valores tensão inferiores iluminação, deve-se adentrar com uma
a 34,5Kv, é comum a existência de partes iluminação portátil (tipo lanterna).
energizadas expostas (protegidas por
grade ou posicionadas fora do alcance), Ambientes subterrâneos
nas quais devem ser evitados contatos Nas subestações dos consumidores não é
acidentais. Nesses locais os profissionais facilmente encontrado esse tipo de
devem trabalhar com muita atenção ambiente. Já nas concessionárias de
evitando que partes do corpo ou transmissão e distribuição podem ser
ferramentas entrem em contato com encontrados com maior frequência
esses pontos. Lembrando também que principalmente nas saídas dos cabos
podem ocorrer acionamentos indevidos, condutores dos cubículos blindados e
por vezes involuntários, de seccionadoras painéis.
e disjuntores através de acesso remoto Como este local também tem sua
devendo atentar-se principalmente se classificação como sendo um espaço
esses mesmos acessos forem instalados confinado, devem-se observar todas as
em ambientes internos com espaço orientações contidas na NR 33 (Trabalhos
restrito ao número de profissionais em espaços confinados).
envolvidos na tarefa.
Técnicas utilizadas no consumo
Trabalhos noturnos Devido às muitas dificuldades surgidas
Deve ser evitado sempre que possível pela impossibilidade de desligamento de
esses tipos de trabalhos nesses ambientes. circuitos importantes, existe a
Para as concessionárias de transmissão e necessidade de intervenção em redes
distribuição, elas acabam por possuir energizadas. É feita apenas uma
circuitos de redundância, os quais diferenciação da tecnologia relacionada
facilitam o trabalho programado, que na aos equipamentos e atividade a ser
maioria das vezes é realizado durante o executada dependentes dos níveis de
dia. Nas subestações dos consumidores tensão utilizados.
abastecidos até a tensão de 69Kv,
costuma-se não existir redundância,
fazendo com que os desligamentos sejam
normalmente em finais de semana ou à
noite. Para os consumidores de tensões

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45 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

1. Em linha viva – recebem essa deve ser contemplada pelas


denominação toda e qualquer exigências da NR 33.
instalação elétrica energizada ou
sujeita a energização 7. Trabalhos ao contato – o trabalhador
independentemente de seu nível de fica em contato com a rede
tensão contempladas com as técnicas energizada e não “entra” no potencial
de trabalho ao potencial, a distância e da mesma garantindo os níveis de
ao contato. segurança do trabalho através de EPI
adequados a tensão da rede. São
2. Trabalho ao potencial – constituído desenvolvidas as ações de
pela utilização de roupa condutiva. profissional usando luvas e mangas
Na etapa de consumo não são isolantes auxiliados por andaimes ou
realizados trabalhos ao potencial plataformas permitindo que ele as
devido às reduzidas distâncias entre faça diretamente com as mãos. O
as partes condutoras (a tensão não é desligamento de dois pontos com
muito alta o que impossibilita esse diferenças de potencial não são
tipo de trabalho). permitidos com essa técnica.

3. Trabalhos em áreas internas –


devem ser comtemplados cuidados e
procedimentos específicos que não
interfiram com pessoas que não
estão envolvidas com a tarefa.

4. Trabalhos a distância – este tipo de


trabalho compreende executar
tarefas utilizando bastões isolantes
com suas extremidades utilizando
ferramentas intercambiáveis
mantendo o trabalhador sempre
afastado da rede energizada. Porém
na etapa do consumo não é
comumente utilizada esta técnica.

5. Trabalhos noturnos – ao ser realizado


em ambientes onde a acuidade visual
é diminuída pela ausência de luz, a
iluminação artificial deve ser prevista,
fato relacionado à aplicação da
Norma Regulamentadora 17
(Ergonomia) em seu item 17.5.3.

6. Trabalhos em ambientes
subterrâneos – um ambiente
subterrâneo nesta etapa tem sua
utilização restrita as caixas de
passagem e canaletas em pisos. Caso
não seja essa a realidade, a tarefa

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 46
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

ESTUDO DE CASO

Descrição do acidente a equipe de 15kV, composta por 02 eletricistas, realizava inspeção e


medição preventiva no religador. Posicionaram 02 escadas no poste, uma abaixo do painel de
controle e a outra abaixo da cinta inferior de sustentação do religador. Solicitaram a
autorização ao Centro de Operação (CO) para executar o serviço. Iniciou a execução das
tarefas sacando a proteção terra no painel de controle. Fecharam as chaves facas "By-Pass" e
abriram as chaves facas fonte e carga do religador esquecendo-se de uma chave faca fonte
(lado rua) fechada. Não realizaram o teste de ausência de tensão e não aterraram as chaves
verticais fonte/carga. Posicionando-se sobre o suporte de sustentação do religador, com a
perna esquerda encostada em uma das saias das buchas, levou a chave em direção ao terminal
da bucha fonte, lado rua, provocando a abertura de um arco elétrico e consequentemente a
condução de corrente elétrica pelo corpo do acidentado até a panturrilha da perna esquerda a
qual estava encostada na saia de uma das buchas, ficando desfalecido temporariamente,
sendo resgatado pelo outro integrante de turma.

1) O que deveria ter sido feito para que não acontecesse o ocorrido?
a) Sinalizar a área onde iram fazer o serviço.
b) Evitar o contorcionismo (o trabalhador passou a perna em uma das saias das buchas).
c) Trabalhar com atenção.
d) Cumprir os procedimentos de abertura de chaves e não trabalhar em estrutura energizada.

2) Uma das causas imediatas do acidente não é a falta de supervisão e planejamento do


serviço:
( ) Certo
( ) Errado

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47 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO subestação abaixadora de tensão,


1) Define-se linha energizada como toda inclusive.
e qualquer instalação elétrica energizada ( ) Compreendidos entre o trecho da
ou sujeita ao energizamento, subestação elevadora de tensão até a
independentemente da classe ou nível de subestação abaixadora de tensão,
tensão. exclusive.
( ) Verdadeiro ( ) Falso ( ) Destinados à produção, transmissão,
distribuição e consumo.
( ) Destinados à geração, transmissão e
2) De acordo com a NR 10, antes de distribuição de energia elétrica até a
iniciar trabalhos em equipe, os seus medição, inclusive.
membros, em conjunto com o ( ) Destinados à geração, transmissão e
responsável pela execução do serviço, distribuição de energia elétrica, exclusive
devem: a medição
( ) realizar suas atividades de qualquer
forma 7) Ao realizar seu trabalho, um
( ) realizar suas atividades visando lucro empregado entra na zona controlada do
( ) realizar uma avaliação prévia, estudar Sistema Elétrico de Potência com
e planejar as atividades e ações a serem extensão condutora representada por
desenvolvidas no local uma ferramenta que ele manipula. Nesse
caso, de acordo com a NR-10, essa
empresa deve constituir Prontuário de
3) Segundo a NR 10, o P.I.E. (prontuário Instalações Elétricas no qual conste,
de instalações elétricas) é obrigatório a dentre outros elementos,
todas as empresas com qualquer carga ( ) Atestado de capacidade técnica da
instalada. empresa em serviços semelhantes em
( ) Verdadeiro ( ) Falso quantidade e qualidade.
( ) Documentação das inspeções e
medições do sistema de proteção contra
4) O SEP é o conjunto de equipamentos e descargas atmosféricas e aterramentos
instalações destinados à geração, elétricos.
transmissão e distribuição de energia ( ) Certificações dos equipamentos e
elétrica, até a medição. materiais elétricos em áreas classificadas.
a) Verdadeiro ( ) Relatório técnico das inspeções
b) Falso atualizadas com recomendações e
cronogramas de adequações.
( ) Certificações dos equipamentos de
5) São fontes de geração de energia proteção coletiva e individual.
elétrica: Hidroelétrica; Termoelétrica;
Eólica; Solar.
a) Verdadeiro
b) Falso

6) Segundo a NR - 10, a definição de


Sistema Elétrico de Potência (SEP) é o
conjunto das instalações e equipamentos
( ) Compreendidos entre o trecho da
subestação elevadora de tensão até a

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 48
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

8) No tópico sobre segurança em NOTAS:


instalações elétricas desenergizadas, a ______________________________
norma regulamentadora n. 10 (NR10) ______________________________
estabelece que somente serão ______________________________
consideradas desenergizadas as ______________________________
instalações elétricas liberadas para
______________________________
trabalho, mediante os procedimentos
______________________________
apropriados, observada uma
determinada sequência. No tópico de ______________________________
segurança em instalações elétricas ______________________________
desenergizadas a que a norma se refere, ______________________________
qual é a sequência dos três primeiros ______________________________
procedimentos? ______________________________
( ) Seccionamento; impedimento de ______________________________
reenergização e constatação da ausência ______________________________
de tensão. ______________________________
( ) Impedimento de reenergização; ______________________________
seccionamento e constatação da
______________________________
ausência de tensão.
______________________________
( ) Impedimento de reenergização;
constatação da ausência de tensão e ______________________________
seccionamento. ______________________________
( ) Seccionamento; constatação da ______________________________
ausência de tensão e impedimento de ______________________________
reenergização. ______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________
______________________________

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49 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM Uma mesma empresa não pode atuar em
ELETRICIDADE várias fases, porém existem casos onde
Ao apresentar aspectos técnicos de um grupo empresarial composto por
segurança em atividades com eletricidade, várias empresas que atuam em cada uma
a NR 10 acaba por definir treinamentos os das diferentes fases do sistema elétrico
quais os profissionais devem realizá-los sendo consideradas concessionárias que
para que possam atuas neste ramo de tem a permissão de utilização e
trabalho. O Anexo III nos mostra dois exploração dos serviços por um
tipos: o Básico (para quem interage direta determinado período, tendo também que
ou indiretamente sem serviços com manter e operar o sistema de forma
energia elétrica em baixa tensão) e o adequada com níveis de serviços e
Complementar (para quem atua no SEP e qualidade regulados pela ANEEL (Agência
suas proximidades e que tem como pré- Nacional de Energia Elétrica).
requisito ter participado com
aproveitamento satisfatório no curso Normalmente o consumidor final do
Básico). sistema tem sua alimentação em baixa
tensão. Porém pode também ser
Organização do Sistema Elétrico de alimentação em alta tensão dependendo
Potência (SEP) de sua carga instalada (alimentado pelo
Antes de qualquer outra abordagem, cabe sistema de distribuição ao até mesmo o
apresentar a definição clássica do SEP: o sistema de transmissão), cabendo a
conjunto de equipamentos e instalações concessionária definir o padrão de
destinadas à geração, transmissão e conexão de energia (subestação), onde
distribuição de energia elétrica, até a toda infraestrutura/manutenção é de
medição, inclusive (definição firmada pela responsabilidade do consumidor.
NBR 5460:1981).
RISCOS TÍPICOS NO SEP
Proximidades e contatos com Partes
Energizadas
A invisibilidade e a ausência de cheiro,
características intrínsecas da eletricidade,
fazem com que o trabalhador fique
exposto a alguns riscos os quais somente
podem ser prevenidos diante de medidas
preventivas.

Comparando-se baixa tensão com alta


Na concepção deste sistema organizado, tensão, as atividades realizadas nesta
as empresas que atuam na geração última são acompanhadas de um alto risco
concorrem, por direito, a construir a usina em suas realizações, fazendo com que,
em leilões, nos quais a vencedora é aquela relembrar conceitos básicos dos riscos
que ofertar o menor preço de energia elétricos, seja de suma importância para a
vendida. As etapas de transmissão e segurança neste setor.
distribuição são do tipo “monopólio
natural” e as empresas estão divididos em
regiões geográficas não havendo
sobreposições de regiões (cada empresa
atua em sua área).

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 50
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Todas as partes das instalações elétricas em torno da parte condutora, não


projetadas e executadas de forma segura, segregada e acessível).
como também, as que serão operadas,
ajustadas ou examinadas devem estar de
modo que garantam o espaçamento
suficiente para a execução segura da
tarefa. Toda estrutura metálica que
pertença às instalações eletromecânicas
do SEP e não façam parte dos circuitos
elétricos devem ser aterradas.
Aterramento
Efeitos
Outra medida de controle do risco que
Choque Dinâmico
deve ser prevista durante a fase de
Evento que ocorre quando o trabalhador
projeto. Devem ser aterradas todas as
tem contato com a parte condutora
estruturas metálicas não destinada a
energizada (cabos, barramentos), também
conduzir corrente elétrica. Essa medida
podendo acontecer pelo surgimento de
visa evitar que ocorra um choque o qual
corrente de fuga para partes metálicas dos
pode ser proveniente de um contato do
equipamentos ou infraestrutura, que se
trabalhador com a estrutura metálica de
encontram acidentalmente energizadas.
qualquer equipamento que apresente
falha em sua isolação.
Choque Estático
Ocorre pelo efeito capacitivo existente nas
O sistema de aterramento deve estar
instalações elétricas. Pode surgir em várias
presente na instalação
etapas caracterizando-se de modo
independentemente da etapa em que se
distinto: na geração (existência de partes
encontra: geração (carcaça de geradores,
móveis que se atritam), na transmissão
motores, etc.), transmissão (torres,
(desligamento da linha, devido a extensão
invólucros metálicos, etc.), distribuição
da mesma e as características físicas dos
(postes, cruzetas metálicas, etc.) ou
componentes) ou na subestação (banco
consumo (partes metálicas não destinadas
de capacitores).
a conduzir corrente, quadros, etc.).
Medidas de Controle do Choque Elétrico
Invólucros, Barreiras, Obstáculos e
(Dinâmico e/ou Estático)
Anteparos
Distância de Segurança
Podem ser utilizados para prevenir o
Durante a fase de projeto das instalações
choque elétrico invólucro, barreiras,
elétricas deve ser previsto medidas que
obstáculos ou anteparos com o intuito de
atuem de modo a impeçam os efeitos do
proteger contra contatos acidentais os até
choque elétrico. Como o choque dinâmico
mesmo intencionais.
ocorre pelo contato com partes
No glossário da NR 10 encontramos
energizadas (acidental ou
algumas definições para os termos:
intencionalmente), a medida aplicada
✓ Invólucro: envoltório de partes
nesta etapa é a manutenção da distância
energizadas destinadas a impedir
de segurança dos pontos energizados de
qualquer contato com partes
acordo com o anexo III da NR 10, o qual
internas;
define zona de risco (lugar onde existe a
maior probabilidade do fechamento do
arco elétrico) e da zona controlada (lugar

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51 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ Barreiras: dispositivo que impede Medidas de Controle de Descargas


qualquer contato com partes Atmosféricas
energizadas das instalações elétricas; Por ser um evento aleatório, imprevisível
✓ Obstáculos: elemento que impede o e com probabilidade de difícil
contato acidental, mas não impede o interpretação, faz com que novas técnicas
contato direto por ação deliberada. de proteção sejam pesquisadas. A medida
de controle mais adequada é o Sistema de
Nota: os obstáculos e anteparos podem Proteção Contra Descargas Atmosféricas
ser retirados sem o auxílio de ferramentas, (o qual oferece proteção para pessoas,
porem deve ser fixado de forma que equipamentos, instalações elétricas
impeçam qualquer remoção involuntária. proporcionando redução de danos,
desligamentos e manutenções corretivas).
Indução
É o efeito eletromagnético da As descargas devem ser consideradas
eletricidade. É um dos maiores condições que impedem a realização das
causadores de acidentes para atividades. O aterramento temporário
trabalhadores que executam atividades deve ser empregado antes do início das
em sistemas desenergizados e que atividades obedecendo a especificações e
necessitem desconectar duas partes que sequências de colocação e remoção.
aparentemente estejam desenergizadas,
mas que estão sob efeito de indução CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA
proveniente de outro circuito em SERVIÇOS
operação. Em se tratando de segurança em
instalações e serviços com eletricidade, as
Campos Elétricos e Magnéticos condições impeditivas para esses serviços
Estar na proximidade de sistemas com são exatamente aquelas que se
grande diferencial de potencial elétrico ou configuram como sendo inseguras e que,
de condutores onde circula alta corrente potencialmente, podem carregar no seu
leva os trabalhadores a terem cuidado, bojo um risco, capaz de gerar um acidente
pois estes fenômenos não são muitas vezes causador de lesões graves e
perceptíveis. As medidas a serem tomadas até mesmo o óbito da vítima.
são tão somente preventivas, devido à A condição insegura, por definição é toda
complexidade que cada caso apresenta, e aquela que, presente no ambiente do
só podem ser identificados através de trabalho, põe em risco a integridade física
avaliação, treinamento e/ou informação e/ou mental do trabalhador, devido à
feita por técnico habilitado. possibilidade de vir a sofrer um acidente,
não importa se de pequenas ou de
Descargas Atmosféricas grandes proporções. Dois subitens em
Pode ser um problema sério, devido à sua especial da NR 10 estabelecem critérios
imprevisibilidade e intensidade de energia muito próprios sobre o assunto, a saber,
envolvida. Pode ser minimizada com a os subitens 10.6.3. e 10.14.1. Aqui a
utilização de aterramentos e os EPIs transcrição literal de ambos:
adequados para a realização do serviço.
Não é recomendado o início de atividades
em instalações elétricas quando há a
possibilidade de descargas atmosféricas e
sua finalização o mais rápido possível,
quando já iniciada.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 52
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Os serviços em instalações energizadas, ou mobilidade do colaborador durante


em suas proximidades, devem ser os trabalhos.
suspensos de imediato na iminência de
ocorrência que possa colocar os ✓ Chuvas: além de reduzirem a rigidez
trabalhadores em perigo. dielétrica dos bastões e de todas as
ferramentas e EPIs utilizados na
Os trabalhadores devem interromper suas tarefa também oferecem riscos
tarefas, exercendo o direito de recusa, pessoais, dificultando todos os
sempre que constatarem evidências de serviços. Em adição às chuvas, podem
riscos graves e iminentes para sua ocorrer descargas atmosféricas nos
segurança e saúde ou a de outras pessoas, equipamentos de linha.
comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as ✓ Poluição: o intenso acúmulo de
medidas cabíveis. poluentes sobre a superfície de
bastões, EPIs e ferramentas isolantes
Objetivamente, portanto, tudo o que reduzem sua rigidez dielétrica
impede que o trabalho prossiga, ou propiciando a condução da corrente
mesmo se principie pode, certamente, ser em sua superfície, principalmente se
considerado como condição impeditiva. associado à umidade.
Tudo o que possa demonstrar a iminência
de uma ocorrência (percepção antecipada, ✓ Outros fatores: umidade relativa do
em função de outros sinais, de que ar excessiva (cerração ou neblina
situações de risco estão prestes a se intensa), alta pressão atmosférica
configurar como evidente), ou a evidência (que aproxima as moléculas da
de um risco (ou seja, o risco está presente mistura do ar e o torna com rigidez
e foi inequivocamente constatado) é dielétrica baixa), e ionização do ar
considerado condição impeditiva para os (aumento do número de elétrons
serviços. livres no ar nas imediações de
equipamentos energizados que
A partir desse conceito, podemos então gerem campo eletromagnético muito
indicar quais seriam as situações nas quais intenso, gerando por vezes o
essas características podem surgir no conhecido ‘efeito corona’) também
desenvolvimento de uma tarefa em alta são fatores que afetam diretamente
tensão energizada ou próximo do S.E.P. as condições do isolamento dos
Pode-se relacionar as seguintes condições equipamentos, ferramentas e dos
que devem propiciar o impedimento da EPIs; além dessas, qualquer outra
continuidade dos serviços ou até mesmo condição ambiental que configure a
nem iniciá-los: presença de qualquer um dos riscos
adicionais mencionados na NR 10 em
Condições do meio-ambiente externo seu subitem 10.4.2.
✓ Presença de ventos: ventos fortes
provocam um grande aumento nos Além dos fatores acima especificados,
esforços mecânicos envolvidos, pode-se ainda ter algumas influências
podendo até fazer com que sejam advindas do meio ambiente.
ultrapassadas as capacidades de
trabalho para as quais os bastões e
ferramentas foram projetados. Além
disso, ocorre a dificuldade de

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53 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

As seis variáveis mais importantes nesse comprometer sua saúde e sua


campo são: temperatura ambiente, segurança ocupacional. Locais onde o
presença de água (de quedas de gotas até contorcionismo (dificuldade de
imersão), presença de substâncias acesso) for necessário, ou mesmo a
corrosivas ou poluentes, presença de flora prática de alpinismo (colaborador
e fauna e radiação solar. obrigado a escalar equipamentos) ou
da percepção extra-sensorial
Condições da instalação (colaborador obrigado a agir por
✓ Espaçamento seguro: associado à sugestão, pois não tem visão
colocação fora de alcance que é adequada do ponto onde terá que ter
somente destinada a impedir os acesso) não constituem nenhum
contatos fortuitos com as partes vivas primor de condição segura.
da instalação. Quando há o
espaçamento, este deve ser Condições gerais para desenergização
suficiente para que se evite que Em conformidade com o subitem 10.5.1
pessoas circulando nas proximidades da NR 10 deve ser observado se a
das partes ativas possam entrar em instalação dispõe de condições para que
contato com essas partes, seja todas as etapas requeridas no
diretamente ou por intermédio de procedimento de desenergização sejam
objetos que elas manipulem ou que possíveis de serem executadas. Caso não
transportem. se configurem possíveis, a liderança deve
ser notificada e o serviço interrompido até
✓ Iluminação insuficiente: tipificada que sejam tomadas ações no sentido de
como risco ergonômico, a NR 10 que o procedimento seja plenamente
prescreve em seu subitem 10.3.10. cumprido.
que o local de trabalho deve possuir
iluminação adequada. A NBR 5413, a Vale salientar que isso inclui todas as
antiga NB 57, que estabelece critérios etapas: seccionamento, impedimento de
técnicos para iluminância de reenergização, constatação da ausência de
interiores é citada no item 17.5.3.3. tensão, aterramento temporário, proteção
Alguns exemplos de fluxo luminoso de elementos energizados existentes na
mínimo em alguns locais de trabalho zona controlada e sinalização de
típico dos colaboradores envolvidos impedimento de reenergização.
em instalações e serviços com
eletricidade, sendo que 150 lux de
iluminância pode ser considerado um
valor mínimo para a maioria dos
locais citados na NBR citada.
Entretanto, caso a caso deve ser
avaliado, levando-se em conta o
exato ponto da intervenção por parte
do colaborador.

✓ Posição de trabalho: igualmente


elencada como risco ergonômico
pressupõe que a instalação deve ser
concebida para que o colaborador
tenha totais condições de prestar a
devida manutenção de maneira a não

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 54
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Condições do ferramental, acessórios, Geração


EPCs e EPIs As concessionárias de energia elétrica
✓ Ferramentas em condições precárias (empresas que possuem a concessão
ou duvidosas: qualquer que seja a estatal para produção, transmissão e
situação, não há como justificar a distribuição de energia elétrica) produzem
insistência em concluir ou mesmo a eletricidade eletrodinâmica para fins
iniciar um serviço sem que a(s) comerciais. Atualmente, no Brasil, as
ferramenta(s) esteja(m) em condição empresas concessionárias de energia
(ões) adequada(s) para o uso, elétrica têm a maior parte do seu capital
principalmente no tocante à rigidez controlado pela iniciativa privada, ficando
dielétrica de sua isolação. De igual uma pequena parte ainda nas mãos do
modo é necessário atuar sempre com Estado. O Governo Federal, através da
ferramentas homologadas quanto à ANEEL - Agência Nacional de Energia
sua rigidez dielétrica, devidamente Elétrica promove a edição de regras que
atestada em relatório periódico, visam efetuar a gestão da energia elétrica
conforme a NR 10 determina em seu em âmbito nacional.
subitem 10.7.8. É importante
salientar que a isolação original Um SEP tem sua circunscrição iniciada na
jamais pode ser reconstituída. produção dessa energia elétrica e
terminada, em tese, no ponto de consumo
✓ Acessórios em condições precárias dessa energia. A fim de garantir o
ou duvidosas: o mesmo explicitado fornecimento de energia de modo a que
no item acima vale para esses: não ocorram interrupções ou, em última
escadas, andaimes e outros análise, ocorra cada vez em menor
acessórios; aqui se trata da número, todo o sistema elétrico trabalha
estabilidade, condições de de maneira a colocar as usinas geradoras
sustentação, de aterramento (se em paralelo, em estabilidade dinâmica, a
necessário) e de isolamento. fim de evitar oscilações nas tensões
geradas.
✓ EPC’s e EPIs em condições precárias
ou duvidosas: o mesmo explicitado De todas as diferentes formas de energia
no item acima vale para esses, (as principais forças que a originam e as
devendo estar homologados quanto à suas energias derivadas), a energia é
sua rigidez dielétrica, devidamente geralmente classificada segundo as suas
atestada em relatório periódico, fontes. Utilizando a acepção mais comum
conforme a NR 10. – energia como capacidade de produzir
trabalho – pode-se distinguir três grupos
SEP – ASPECTOS ESPECÍFICOS de fontes de energia, conforme tabela
A Norma Regulamentadora 10 (NR 10) traz abaixo:
em bojo uma quantidade enorme de
exigências e requisitos os quais, de forma FONTES GERADORAS DE ENERGIA
adequada e específica, devem ser Energia Hidrelétrica
aplicadas a cada tipo de serviço do SEP. É a energia proveniente do movimento
Assim sendo, vamos destacar cada setor: das águas.
Geração, Transmissão, Distribuição Aérea,
Distribuição Subterrânea Subestações e
Consumo.

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55 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Ela é produzida por meio do transformadores abaixadores, a energia


aproveitamento do potencial hidráulico tem sua tensão levada a níveis adequados
existente num rio, utilizando desníveis para o consumo.
naturais, como quedas de água, ou
artificiais, produzidos pelo desvio do curso Produção de Energia Hidrelétrica
original do rio. ▪ A água fica armazenada em um
reservatório para ser usada nos
períodos de estiagem.
▪ Quando o reservatório já está
cheio, o excesso de água é jogado
fora através do vertedouro
(perdendo assim acúmulo de
potência);
Origem ▪ A turbina é movida por um jato de
Normalmente constroem-se diques que água. Depois do uso, a água
represam o curso da água, acumulando-a continua o seu percurso rio
num reservatório a que se chama
abaixo;
barragem. Esse tipo de usina hidráulica é ▪ O gerador possui um eixo que é
denominado Usina com Reservatório de
movido por uma turbina;
Acumulação. Em outros casos, existem
▪ A energia elétrica é produzida por
diques que não param o curso natural da
um gerador, na casa de força.
água, mas a obrigam a passar pela turbina
de forma a produzir eletricidade, Vantagens e Desvantagens da Energia
denominando-se Usinas a Fio de Água. Hídrica
▪ Vantagens: não emite poluentes,
a produção é controlada e não
influencia no efeito estufa;
▪ Desvantagens: inundação de
grandes áreas, deslocamento de
populações e a construção dessas
usinas também é cara e
demorada.

Energia Térmica
Quando se abrem as comportas da Usina Termelétrica
barragem, a água presa passa pelas Instalação que produz energia elétrica a
lâminas da turbina fazendo-a girar. A partir da queima de carvão, óleo
partir do movimento de rotação da combustível ou gás natural em uma
turbina o processo se repete, ou seja, o caldeira projetada para esta finalidade
gerador ligado à turbina transforma a específica.
energia mecânica em eletricidade.

A energia elétrica gerada é levada através


de cabos ou barras condutoras dos
terminais do gerador até o transformador
elevador, onde tem sua tensão (voltagem)
elevada para adequada condução, através
de linhas de transmissão, até os centros
de consumo. Desta forma, através de

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 56
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Funcionamento de uma Usina


Termelétrica Para minimizar os efeitos contaminantes
O funcionamento das centrais da combustão sobre as redondezas, a
termelétricas é semelhante, central dispõe de uma chaminé de grande
independentemente do combustível altura (algumas chegam a 300 m) e de
utilizado. O combustível é armazenado em alguns precipitadores que retêm as cinzas
parques ou depósitos adjacentes, de onde e outros resíduos voláteis da combustão.
é enviado para a usina, onde será As cinzas são recuperadas para
queimado na caldeira. Esta gera vapor a aproveitamento em processos de
partir da água que circula por uma extensa metalurgia e no campo da construção,
rede de tubos que revestem suas paredes. onde são misturadas com o cimento.
A função do vapor é movimentar as pás de
uma turbina, cujo rotor gira juntamente Como o calor produzido é intenso, devido
com o eixo de um gerador que produz a às altas correntes geradas, é importante o
energia elétrica. resfriamento dos geradores. O hidrogênio
é melhor veículo de resfriamento que o ar;
Essa energia é transportada por linhas de como tem apenas um quatorze avos da
alta tensão aos centros de consumo. O densidade deste, requer menos energia
vapor é resfriado em um condensador e para circular. Recentemente, foi adotado
convertido outra vez em água, que volta o método de resfriamento líquido, por
aos tubos da caldeira, dando início a um meio de óleo ou água. Os líquidos nesse
novo ciclo. processamento são muito superiores aos
gases, e a água é 50 vezes melhor que o
A água em circulação que esfria o ar.
condensador expulsa o calor extraído da
atmosfera pelas torres de refrigeração,
grandes estruturas que identificam essas
centrais. Parte do calor extraído passa
para um rio próximo ou para o mar.

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57 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

A potência mecânica obtida pela Desvantagens: alto preço do combustível


passagem do vapor através da turbina - e os impactos ambientais (como a
fazendo com que esta gire - e no gerador - poluição do ar, aquecimento das águas, o
que também gira acoplado impacto da construção de estradas para
mecanicamente à turbina - é que levar o combustível até a usina).
transforma a potência mecânica em
potência elétrica. Riscos Típicos no SEP advindos da parte
de Geração
A energia assim gerada é levada através Além dos riscos de origem elétrica, ainda
de cabos ou barras condutoras, dos existe certa particularidade de riscos
terminais do gerador até o transformador adicionais deste setor que devem ser
elevador, onde tem sua tensão elevada citados e levados em consideração:
para adequada condução, através de
linhas de transmissão, até os centros de Ruído
consumo. Este tipo de risco está presente em todo
em todo o setor elétrico e de forma mais
Daí, através de transformadores presente na geração devido à forma
abaixadores, a energia tem sua tensão construtiva das usinas geradoras. Além de
levada a níveis adequados para utilização provocar perda da audição de modo
pelos consumidores. irreversível, o ruído pode provocar
A descrição anterior refere-se às centrais também pedra de humor, estresse,
clássicas, uma vez que existe, ainda que irritabilidade, insônia, perda de
em fase de pesquisa, outra geração de concentração, problemas de comunicação
termelétricas que melhorem o entre os trabalhadores durante a
rendimento na combustão do carvão e execução das tarefas, entre outros
diminuam o impacto sobre o meio problemas.
ambiente: são as centrais de combustão
de leito fluidificado. Nessas centrais, Vibrações
queima-se carvão sobre um leito de Outro tipo de risco que os trabalhadores
partículas inertes (por exemplo, de pedra correm devido ao movimento contínuo
calcária), através do qual se faz circular das máquinas que podem provocar
uma corrente de ar que melhora a rachaduras e deslocamento de peças das
combustão. máquinas e em suas fundações fazendo
com que danos possam ser causados tanto
Uma central nuclear também pode ser às máquinas quanto a saúde das pessoas.
considerada uma central termelétrica, Este tipo de assunto é tratado pela Norma
onde o combustível é um material Regulamentadora nº 15 (Atividades e
radioativo que, em sua fissão, gera a Operações Insalubres do M.T.E
energia necessária para seu especificamente em seu Anexo VIII
funcionamento. Este tipo de risco adicional pode ser
minimizado ao máximo durante a fase de
Vantagens e Desvantagens projeto, porém existem limitações para
Vantagens: podem ser construídas onde sua eliminação total e caso esteja sendo
são mais necessárias, economizando assim fonte de afetação à saúde do trabalhador
o custo das linhas de transmissão e produz deve-se restringir ao máximo a exposição
energia elétrica a partir da queima de a esse tipo de situação.
carvão, óleo combustível ou gás natural.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 58
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

TRANSMISSÃO O Paraguai, através de quatro linhas de


Generalidades transmissão em 500 kV, que interligam a
Alguns valores de energia elétrica na saída usina hidrelétrica binacional Itaipu à
dos geradores estão situados entre 10000 subestação Margem Direita (Paraguai) e à
V e 20000V e ocorrem, em sua maioria, subestação Foz do Iguaçu (Brasil). A
longe dos centros de consumo energia produzida pelo setor paraguaio da
necessitando levar essa energia gerada usina pode ser fornecida ao Brasil, desde a
até o seu consumidor. subestação de Foz até a subestação de
Ibiúna (SP), por um sistema de
transmissão em corrente contínua de
6.300 MW de capacidade (há dois
circuitos sendo um em 500kV/60Hz e
outro em 500kV/50Hz. Esse último
alimenta uma estação conversora para
corrente contínua em 600kV que segue
Abaixo são demonstrados os valores da por cerca de 800km até Ibiúna-SP;
tensão utilizada e padronizada em linhas O Uruguai, através da estação conversora
de transmissão: de frequência de Rivera (Uruguai), com
▪ 69 kV capacidade de 70 MW, e uma linha de
▪ 88 kV transmissão em 230 kV, que interliga a
▪ 138 kV conversora à subestação Livramento
▪ 230 kV (Brasil);
▪ 345 kV O Uruguai, através da conexão entre a
▪ 440 kV subestação Candiota, localizada no sul do
▪ 500 kV Rio Grande do Sul, e a subestação
▪ 600 kV (corrente contínua) conversora Melo, no Uruguai, com
▪ 750 kV capacidade de 500 MW e linha de
▪ 800 KV (contínua) transmissão entre os dois países,
totalizando 120 quilômetros;
Sistema Elétrico Brasileiro A Argentina, através da estação
Em 2017, o Sistema Eletrobrás atingiu conversora de frequência de Uruguaiana
aproximadamente 65 mil quilômetros de (Brasil), com capacidade de 50 MW, e uma
linhas de transmissão com tensão maior linha de transmissão em 132 kV, que
ou igual a 230 kV, o que representa quase interliga a conversora a Paso de Los Libres
metade do total das linhas de transmissão (Argentina);
desse tipo no país ou cerca de 1 volta e A Venezuela, através de uma linha de
meia ao redor da Terra. Quanto à transmissão em 230 kV, com capacidade
capacidade de transformação, é de 200 MW, que interliga a cidade de Boa
responsável por 270.267 MVA de potência Vista (Brasil) à cidade de Santa Elena
distribuídos em 234 subestações em todas (Venezuela).
as regiões do país.
(Fontes: Informes das empresas Eletrobrás e Boletim
de Monitoramento do Setor Elétrico (MME) -
Dezembro/2017).

Existem hoje em operação cinco


interligações de médio e grande porte
com outros países da América do Sul:

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59 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Transmissão de Energia Elétrica independentes. Em geral, são terminadas


Basicamente está constituída por linhas de em subestações abaixadoras regionais
condutores destinados a transportar a onde a tensão é reduzida a nível para o
energia elétrica desde a etapa de geração início da distribuição a granel pelas linhas
até a etapa de distribuição, abrangendo de sub-transmissão. Em um mesmo
processos de elevação e rebaixamento de sistema pode haver, e em geral há linhas
tensão elétrica, realizados em subestações de transmissão em dois ou mais níveis de
próximas aos centros de consumo. tensão.

Linhas de Sub-Transmissão
Normalmente operam em tensões
inferiores àquelas dos sistemas de
transmissão, não sendo, no entanto,
incomum operarem com uma tensão
também existente nestes. Sua função é a
distribuição a granel da energia
transportada pelas linhas de transmissão.
Essa transmissão, que está circunscrita a Nascem nos barramentos das subestações
partir da subestação elevadora ou abaixadoras locais. Das subestações
rebaixadora (em geral a primeira) pós- regionais saem diversas linhas de sub-
geração até a próxima subestação transmissão tomando rumos diversos. Em
elevadora ou rebaixadora (em geral esta um sistema é possível também haver dois
última) que irá a partir de si distribuir a ou mais níveis de tensão de sub-
energia elétrica para consumo, via de transmissão, como ainda um sub-nível de
regra, dá-se em alta tensão, por motivo de sub-transmissão.
economia, já que quanto maior for a
tensão menor será a corrente, o que A transmissão pode ser feita em tensão
acarretará na redução da secção contínua ou em tensão alternada, que é a
transversal dos condutores, reduzindo seu mais utilizada.
peso (menor peso específico) e, por
consequência, também reduz a Características de transmissão de energia
necessidade de se ter torres de em corrente alternada corrente contínua
sustentação altamente reforçadas. A transmissão em corrente alternada é
hoje utilizada universalmente e mostrou-
Os materiais mais comuns usados nessas se adequada para transmitir e distribuir
torres são o metal (aço ou alumínio), Energia Elétrica.
concreto e madeira (aroeira, Embora isso seja verdadeiro, existem
massaranduba, ipê e cabreúva), podendo ainda alguns problemas que não foram
ainda ser do tipo rígida, semi-rígida, resolvidos mediante o emprego de
flexível ou presa por estais (estaiadas). corrente alternada, de forma técnica e
econômica.
Linhas de Transmissão ✓ A transmissão de grandes blocos de
São linhas que operam com as tensões potência a grandes distâncias de
mais elevadas do sistema, tendo como forma econômica e com o mínimo de
função principal o transporte de energia agressão ao meio ambiente.
entre os centros de produção e centros de
consumo, como também a interligação de
centros de produção e mesmo sistemas

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 60
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ Transmissão estável de potência Mas os valores de tensão da transmissão


entre sistemas assíncronos ou com não são escolhidos aleatoriamente. São
diferentes frequências. levados em conta aspectos como a
✓ Acréscimos de potência à uma dada distância entre a geração e o consumo, o
rede sem majorar o nível de potência percurso, os acidentes geográficos a
de curto-circuito desta rede. serem transpostos (montanhas, vales
✓ Transmissão subterrânea e etc.), o tipo de solo, a segurança do
subaquática a distância maiores que sistema, a altura necessária para se
30/40 km devido às severas manter os circuitos fora do alcance na
limitações impostas pela geração de maior distância possível, o acesso às
reativos do cabo CA e a consequente equipes de manutenção e a potência
necessidade de reatores em instalada.
derivação impraticável em travessias A principal razão que justifica o uso da
marítimas ou de rios, penalizando transmissão em corrente contínua é,
economicamente o uso de cabos em justamente, o aproveitamento total da
corrente alternada. secção transversal do condutor, o que
também representa economia, associada
Um fator determinante para a aplicação à redução do valor da intensidade de
de CCAT (Corrente Contínua em Alta corrente e redução do peso próprio do
Tensão) é o baixo custo das linhas aéreas condutor.
em corrente contínua. Acima de certa
distância, cerca de 700 km, a economia Riscos típicos no SEP advindos da parte
obtida nos cabos das linhas é maior do de Transmissão
que os custos extras oriundos das Além dos riscos de origem elétrica ainda
estações terminais, tornando a opção de existe uma certa particularidade de riscos
transmissão em corrente contínua adicionais deste setor que devem ser
vantajosa. citados e levados em consideração:

Observa-se que um sistema de Riscos de queda


transmissão em corrente contínua com Pelo fato de as atividades serem
dois condutores metálicos e a realizadas em torres e condutores
possibilidade do retorno pela terra na localizados na altura, esta é uma das
falta de um deles, equivale na prática a causas da maioria dos acidentes deste
um circuito duplo de corrente alternada, setor fazendo com que novas técnicas e
dispondo da mesma confiabilidade e a um equipamentos fossem desenvolvidos para
custo menor, inclusive no que tange a minimizar este risco.
uma menor utilização de faixas de O risco de quedas são agravadas por
passagem. rajadas de vento e cansaço devido a
Na transmissão de energia elétrica o exaustivas subidas em torres de grandes
material condutor mais utilizado é o dimensões, tudo isso se levando em
alumínio, por ser mais leve e mais barato consideração a falta de treinamento, uso
que o cobre. Em contrapartida, o alumínio inadequado de EPI, falta ou uso
tem 50% do peso específico do cobre. A inadequado de equipamentos de
liga utilizada é composta de alumínio, elevação, entre outros.
magnésio, ferro e silício (conhecida como
liga Aldrey). Esses cabos devem possuir a
mais alta condutibilidade possível a fim de
minimizar as perdas Joule.

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61 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Ataques de Animais desses sistemas. No seu escopo está


Este tipo de risco também pode contribuir incluído, basicamente, o estudo:
para uma eventual queda. Ao executar ✓ Das características da carga (seu
suas atividades em linhas de transmissão comportamento);
pode-se deparar com a presença de ✓ Das quedas de tensão (manutenção
animais e insetos (aranhas, cobras, da tensão nominal numa
escorpiões, formigas, abelhas, etc.) como determinada faixa, chamada de faixa
também animais de maior porte (raposa, de tensão favorável, isto é, os valores
onça, etc.) tendo em vista trabalhos em máximo e mínimo de tensão nos
locais de matas ou com pouca ocupação quais os equipamentos operam em
humana. regime normal, sem prejuízo de sua
vida útil; existe ainda a faixa de
Radiação Solar tensão tolerável, ou seja, os valores
Como a maioria dos trabalhos desta fase máximo e mínimo de tensão que os
são efetuados em áreas abertas expondo equipamentos suportam por período
os colaboradores à radiação solar, devem de tempo transitório);
ser propostas e adotadas medidas que ✓ Da regulação dessas tensões (que se
protejam desse tipo de risco adicional dá entre dois instantes no mesmo
(creme protetor solar, roupas adequadas, ponto);
etc.). ✓ Do dimensionamento de
transformadores (potência);
Afogamento ✓ Do dimensionamento dos condutores
Ao acessar aos mais variados tipos de (capacidade de condução de
locais, o trabalhador pode ter que efetuar corrente), e da confiabilidade do
a travessia de lagos, rios, braços de mar. sistema (qualidade do serviço,
Para tal tarefa é necessária a utilização de confiabilidade do serviço, isto é, qual
botes ou outros meios sendo obrigatória a o tempo médio mínimo possível para
utilização de coletes salva-vidas. interrupções no fornecimento de
energia elétrica a uma dada região e,
DISTRIBUIÇÃO AÉREA por fim, a oferta de energia, isto é, a
Generalidades quantidade oferecida diante de uma
É o segmento do setor elétrico que demanda requerida).
compreende os potenciais após a
transmissão, indo das subestações de Dos tipos de energia disponíveis
distribuição entregando energia elétrica atualmente, a energia elétrica é a de
aos clientes. maior uso pelo o homem, pois é através
dela que são movidos os grandes
conglomerados de produção industrial,
transportes, comunicação, lazer etc.

A energia elétrica se apresenta de diversas


formas.

O estudo da distribuição de energia


elétrica tem por objetivo o planejamento,
o projeto, a construção e a manutenção

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 62
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

A de maior uso é a energia elétrica


alternada, que se apresenta nos campos e A NBR 5410:2004 em seu item 4.2.2.1.
nas cidades através de condutores, que (esquemas de condutores vivos), letra ‘a’,
pode ser distribuída em diversos níveis de define para a corrente alternada os
tensão. sistemas:
▪ Monofásico a dois condutores (FF ou
Linhas de Distribuição Primária FN – carga somada de até 8Kw);
São linhas de tensão suficientemente ▪ Monofásico a três condutores (FFN –
baixas para ocuparem vias públicas e carga somada entre 12Kw até 25Kw);
suficientemente elevadas para ▪ Bifásico a três condutores (FFN, com
assegurarem boa regulação, mesmo para neutro derivado do centro da bobina
potências razoáveis. Às vezes do secundário do transformador
desempenham o papel de linhas de sub- monofásico - nesse caso cada fase
transmissão em pontas de sistemas. tem solenoides opostas, isto é,
quando uma atinge seu valor máximo
Linhas de Distribuição Secundárias positivo, no mesmo instante a outra
Operam com as tensões mais baixas do atinge seu valor máximo negativo –
sistema e em geral seu comprimento não geralmente chamado de “quarto
excede 200 a 300 metros. Sua tensão é fio”);
apropriada para uso direto em máquinas, ▪ Trifásico a três condutores (FFF -
aparelhos e lâmpadas. No Brasil estão em geralmente fechamento em
uso sistemas de 220/127V (fase-fase e triângulo);
fase-neutro) e 380/220V, deriváveis de ▪ Trifásico a quatro condutores (FFFN -
sistemas trifásicos com neutro, e o geralmente fechamento em estrela –
sistema 220/110V derivável de sistema carga somada de 25Kw até 75 Kw).
monofásico.
Pode-se ter o sistema trifásico a três
Estudaremos, neste capítulo, somente a condutores também num fechamento em
energia elétrica distribuída em baixa estrela, consequentemente sem o neutro.
tensão, pois é nesse nível que as De igual modo pode-se ter o sistema
concessionárias, responsáveis pelo trifásico a quatro condutores no
fornecimento, efetuam as medições de fechamento triângulo.
consumo de seus clientes, através de Neste último, o neutro deriva do
medidores de kWh (“Relógios de luz”). A enrolamento de uma das fases do
distribuição de energia elétrica aos secundário do transformador. Caso
clientes é realizada nos potenciais de 110, clássico, predominante principalmente na
127, 220 e 380 Volts até 23 kV. região da Grande São Paulo implica em
alguns cuidados práticos: entre o neutro e
Existem basicamente dois tipos de as fases ligadas ao enrolamento do qual
fornecimento de energia elétrica em baixa foi derivado existirá uma tensão igual à
tensão, a saber: metade das tensões de linha. Por esse
✓ Sistema ligado em Estrela no primário motivo não é permitido o uso do ‘quarto
e Delta no secundário (Y Δ), através fio para alimentação de cargas de luz ou
de transformadores monofásicos, utensílios domésticos.
com ou sem neutro;
✓ Sistema ligado em Delta no primário
e Estrela no secundário (Δ Y), através
de transformadores trifásicos, com
ou sem neutro.

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63 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

A tensão entre uma fase não derivada


(conhecida como ‘quarto fio’ ou ‘terceira Riscos típicos no SEP advindos da parte
fase’) e esse neutro será de Distribuição Aérea
aproximadamente 1,73 vezes maior que a Além dos riscos de origem elétrica ainda
tensão fase-neutro em uso na instalação. existe uma certa particularidade de riscos
adicionais deste setor que devem ser
Assim sendo, se a tensão entre qualquer citados e levados em consideração:
uma das fases-derivadas e o neutro for de
115 Volts, a tensão entre o quarto fio (fase Poda de Árvores
não derivada) e o neutro será de cerca de Antes do início das atividades, alguns
199 Volts: cuidados devem ser tomados: verificar
✓ Tensão entre fase-derivada e neutro: permissão do trabalho juntos aos órgãos
115 Volts; ambientais, do município e que estejam
✓ Tensão entre fase-não derivada e treinados para executar a tarefa de forma
fase-derivada: 230 Volts que não prejudique a saúde das árvores e
o equilíbrio em relação aos galhos.
Então: 115 + 230 = 345 Volts

Como se trata de uma soma não


aritmética, em função das tensões
estarem defasadas entre si, precisará ser
dividida por √3: Então: tensão entre fase-
não derivada e neutro = 345 / √3 = 199,19
Volts. Nesse sistema são utilizados
transformadores monofásicos de várias
Sempre que possível à rede elétrica deve
capacidades diferentes, sendo os mais
estar desenergizada e os trabalhadores
usados os de 5, 10, 15, 25, 37,5, 50, 75 e
devem realizar o trabalho entre pontos
100kVA de potência aparente.
aterrados. Lembrando que é comum
existir trabalhos com a rede energizada
As fases estão dispostas de duas formas
realizando procedimentos de trabalhos
básicas na distribuição de energia: a
com linha viva atentando para que os
montagem horizontal e a montagem
galhos cortados não entrem em contato
vertical. A montagem horizontal é
com partes desprotegidas da rede.
utilizada para a distribuição em tensão
primária, geralmente em 13.800 Volts de
Seguem alguns tópicos que envolvem a
tensão nominal. Tomando-se como
poda de árvores:
referência o lado da rua, no sentido da rua
✓ Manter distância segura das partes
para a calçada, a sequência das fases é D,
energizadas;
E e F.
✓ Solicitar bloqueio do religamento
automático dos circuitos;
Quanto às montagens verticais, utilizadas
✓ Providenciar remoção de animais
na baixa tensão, há alguns anos, tomando-
perigosos se houverem
se como referência o lado do consumidor,
✓ Seguir normas de segurança e
na montagem vertical a sequência era, de
procedimentos da empresa;
cima para baixo, a seguinte: fase R,
Neutro, fase S e fase T (a sequência
também é conhecida como fase A, Neutro,
fase B e fase C, justamente aquela que é
conhecida como “quarto fio”).

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 64
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ Preencher previamente a Análise dos circuitos primários (geralmente em


Preliminar de Risco (APR); 13,8 Kv ou 23 Kv) para níveis de consumo
✓ Não trabalhar sobre o baú do veículo (220v, 127v ou 110v) que circulam na rede
quando da utilização de caminhão; secundária. Ao ocorrer um desligamento
✓ Não encostar a escada nos galhos do circuito primário de tensão e a rede
utilizando sempre cestas aéreas; secundária for energizada (por outro
✓ Verificar a direção da queda dos circuito de energia ou gerador particular),
galhos. o transformador acaba por funcionar no
sentido contrário elevando-se a tensão.
Iluminação Pública Por essa característica, faz-se necessário a
A proximidade com cabos energizados constatação da ausência da tensão
sem isolação fazem com que os trabalhos sempre que houver a necessidade de
de construção e manutenção da intervenção na rede de distribuição.
iluminação pública tornem-se de alto
risco.

DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA
Esse tipo de instalação elétrica está
presente nas principais cidades do Brasil
São indicados alguns pontos importantes
onde São Paulo e Rio de Janeiro iniciaram
que devem ser observados para a
suas implantações por volta de 1900
realização deste trabalho:
tendo suas redes primárias usando
✓ Verificar a existência de animais
tensões entre 5 a 35 Kv.
peçonhentos dentro das luminárias;
Nos anos de 1980 surgiram também
✓ Avaliar a existência de resíduos
utilizando em condomínios residenciais
cortantes (reator ou lâmpadas
normalmente de alto padrão de
quebradas);
construção. Outros tipos de instalações
✓ Verificar a proximidade com partes
subterrâneas estão presentes em plantas
energizadas;
industriais (principalmente em
✓ Verificar a fixação da luminária em
consumidores do subgrupo A2 – tensões
conjunto com outros componentes;
entre 88 a 138 Kv).
✓ Retirar sempre a luminária antes de
remover o braço de suporte;
✓ Observar oxidação em pontos do
suporte do braço e parafusos;
✓ Observar a proximidade com os
jumpers de alta tensão (os modelos
atuais de luminárias tem sua abertura
de acesso para cima).

Trabalhos com Transformadores de


Distribuição
São utilizados em redes de distribuição
transformadores que rebaixam a tensão

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65 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Para termos um maior conhecimento a o perfil do trabalhador da área elétrica


respeito deste tipo de serviço, pertencente ao SEP deve contemplar as
apresentamos de forma breve seus capacitações de NR 10 (básico e
principais equipamentos e princípios de complementar) e NR 33. Para qualquer
funcionamento para mostrarmos os riscos tipo de trabalho envolvendo SEP em
provenientes do trabalho com distribuição espaços confinados é necessário
subterrânea de energia elétrica, então minimamente a presença de dois
vejamos: trabalhadores capacitados para atuar de
✓ Os transformadores devem possuir acordo com a NR 10 e um terceiro
características especiais (a principal é trabalhador que com a devida capacitação
poder operar plenamente imersos em como supervisor de entrada em espaços
água); confinados, o qual pode atuar como vigia.
✓ As chaves seccionadoras podem ter
em seus sistemas de extinção de arco Explosão de Câmara Transformadora
elétrico a óleo, gás SF6 ou vácuo Os transformadores alocados em
(esses dois últimos podem utilizados ambientes confinados estão sujeitos a
como elementos de proteção desde falhas ocasionando a explosão do
que respeitadas as limitações do equipamento e da câmara transformadora
fabricante). por condições indesejáveis. Estas
✓ As chaves submersíveis devem ser condições podem ser resultado de
operadas externamente por varas de ausência de manutenções preventivas,
manobra; preditivas ou corretivas.
✓ Os cabos elétricos são isolados e
classificados como de baixa tensão A formação de gás no interior do
(isolamento de até 1 Kv) e alta tensão transformador é aliviada através de
(geralmente com classes de tensão válvulas de alívio acabando por
entre 1 a 35 Kv); contaminar o ar da câmara
✓ As emendas elétricas devem seguir transformadora. Se esta câmara não for
as recomendações da NBR 9314 dotada de sistema de ventilação ou o
(emendas elétricas e terminação para existente não seja eficaz para eliminação
cabos de potência). dos gases, podem ocorrer duas explosões:
✓ Os desconectáveis são acessórios primeiramente do transformador e em
utilizados principalmente no sistema seguida a da câmara, sendo esta mais
plugue/tomada facilitando conexões severa que a anterior.
e desconexões de cabos de potência
em ponto de derivação ou emenda. SUBESTAÇÕES
Componentes principais e equipamentos
Riscos típicos no SEP advindos da parte Com a finalidade de transformar a energia
de Distribuição Subterrânea elétrica recebida e entregá-la, de maneira
Além dos riscos de origem elétrica ainda conveniente, aos seus consumidores, a
existe uma certa particularidade de riscos subestação compreende os seguintes
adicionais deste setor que devem ser equipamentos:
citados e levados em consideração: ✓ De manobra;
✓ De transformação;
Espaços Confinados
Como a grande maioria dos
equipamentos, acessórios e instalações do
sistema subterrâneo estão localizados em
ambientes classificados como confinados,

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 66
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ De conversão (se houver além da Interna:


modificação de tensão também Localizada dentro de construção de
houver modificação da frequência); e alvenaria, sendo facilmente acessível à
✓ De estrutura. manutenção e operação, além de possuir
proteção contra interferências externas,
Elas se subdividem em três grupos básicos proteção em tela metálica ou esquadria
que são as primárias (ou de especial para as áreas de utilização, assim
transformação), secundárias (ou de como ramal de entrada subterrâneo,
distribuição) e industriais: através de dutos. A construção que abriga
✓ Primárias: destinadas à transmissão a subestação pode ser independente ou
de energia elétrica; fazer parte do edifício do consumidor.
✓ Secundárias: transformam,
convertem ou subdividem a energia a
ser distribuída;
✓ Industriais: transformam a energia do
sistema de distribuição em energia
sob condição de utilização direta pelo
consumidor.

Tipos de subestação
De acordo com o item 9.1.1 da NBR Blindada:
14039, as subestações podem ser É uma subestação interna, na qual seus
abrigadas ou ao tempo. Quanto à sua componentes ficam abrigados em
posição em relação ao solo, podem ser invólucros, que se configuram como
instaladas na superfície, abaixo da compartimentos em chapa de aço, e que
superfície do solo (subterrânea) ou acima permite que todos os dispositivos e
da superfície do solo (aérea). manobra (disjuntor e chave seccionadora)
possam ser operados externamente. É
Existem basicamente quatro tipos muito comum quando há necessidade de
clássicos de subestação: se reduzir a influência dos campos
Aérea: eletromagnéticos a níveis mínimos;
Possui os dispositivos de proteção e
controle instalados na própria estrutura
da subestação. Normalmente é montada
em postes ou plataformas ao ar livre,
recebendo a alimentação por ramal de
entrada aéreo e está limitada a
determinadas potências, em função da
concessionária de energia.
Subterrânea:
É empregada onde a rede de distribuição
já é do tipo subterrânea e é de
propriedade do cliente, diferenciando-se
apenas em relação à subestação interna
(item 2, que possui “alimentação” oriunda
de rede aérea de distribuição).

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67 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ Após a segunda chave seccionadora,


estão ligados ao barramento da
subestação os equipamentos
destinados às medidas de energia
consumida nas instalações, ou seja, o
quiloWatt-horímetro (mede kWh) e o
medidor de quilo-Volt-Ampere-
O tipo mais comum é a industrial interna reativo-hora (mede kVArh), que
rebaixadora, tendo o seu princípio de recebem informações através dos
funcionamento descrito da seguinte transformadores de potencial (TP),
maneira: instalados entre fases e dos
✓ A alimentação em alta tensão é transformadores de corrente (TC) que
recebida de um ramal aéreo da são monofásicos (por esse motivo diz-
concessionária, em poste próximo ao se que a medição é indireta, ou seja,
local da instalação da subestação os medidores não estão diretamente
(responsabilidade da concessionária na alta tensão, mas dependem de
de energia); transformadores que rebaixam
✓ No poste são instalados os para-raios tensão e corrente para valores
e as chaves seccionadoras compatíveis com os aparelhos de
(responsabilidade da concessionária), medição);
que também são dispositivos de
proteção, quando a corrente é de até
200A (chave fusível, ou, como é
popularmente chamada, chave
Matheus);
✓ Por meio de uma mufla (dispositivo
mecânico, terminal de ligação, que
permite a conexão de um cabo a um
barramento, a uma chave ou a outro
✓ Depois da medição, outra chave
cabo, preservando os valores de
seccionadora à montante do
tensão de isolamento de linha) o
disjuntor geral de alta tensão;
cabo trifásico da subestação é
✓ Após o disjuntor geral o barramento
emendado aos fios da rede de
alimenta outra chave seccionadora
distribuição na saída da chave
que antecede o transformador
seccionadora;
rebaixador de tensão, por exemplo,
✓ Já na parte interna da subestação, a
de 13.800 para 220 Volts;
alimentação chega através do cabo
✓ Da saída do secundário do
trifásico;
transformador, parte alimentação ao
✓ Também terminado em uma mufla
barramento do quadro geral de baixa
para permitir a conexão ao
tensão (QGBT) ou quadro de
barramento interno da subestação,
distribuição geral (QDG), instalado
através de chaves seccionadoras;
fora dos limites da subestação;
✓ Entre a mufla interna e a
seccionadora interna também é
instalado um para-raios, que já é
responsabilidade do proprietário das
instalações;

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 68
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ A partir do QGBT é feita, portanto, meras 2 ou 3atm de pressão são


toda a distribuição dos circuitos em suficientes para que seu poder
baixa tensão através de fusíveis e dielétrico exceda o do óleo), muito
disjuntores. usados em alta tensão e apresentam
vantagens tais como peso reduzido
(60% menor que o de um disjuntor a
óleo equivalente), operação
silenciosa (é o mesmo nível de ruído
de um disjuntor a óleo equivalente
operando sem carga), e manutenção
simplificada;
Chave Seccionadora ✓ A vácuo (possuindo vantagens de ser
A chave seccionadora se caracteriza por mais econômico e tecnicamente
ser um dispositivo que não interrompe superior, pois possui dielétrico
circuitos sob carga, sendo necessária sua permanente, com câmaras
manobra, deve ser feita de maneira suave, herméticas, não sendo afetadas pelo
porém rápida e decisiva se estiver sob meio ambiente; possui resistência de
tensão. contato constante, não havendo
oxidação, garantindo baixíssima
A verificação das facas após a abertura é resistência de contato; pode
fundamental, pois é preciso ter certeza interromper correntes elevadíssimas
absoluta de que se abriram devido ao reduzido desgaste dos
completamente. Também no fechamento contatos).
os contatos devem ser inspecionados
devendo estar perfeitamente encaixados e Relés de sobrecarga, de curto-circuito, e
não existir qualquer tipo de faiscamento. de infratensão (ou sub-tensão).
O relé de sobrecarga é ajustável, e atua
Disjuntor geral baseado no efeito térmico causado pelo
O disjuntor geral de alta tensão possui a excesso de corrente, e de maneira
prerrogativa de ser o único dispositivo de inversamente proporcional: quanto menor
manobra em condições de ser manobrado o tempo de atuação, maior será o valor da
em carga. Os que operam em corrente corrente na sobrecarga.
contínua são conhecidos como ultra-
rápidos, a fim de não permitirem que a Já o relé de curto-circuito é um dispositivo
corrente de curto-circuito atinja valores de ação instantânea, ou ainda com
muito altos. Em corrente alternada os retardo ajustável.
disjuntores dispõem de dispositivos corta-
arco que podem ser: E o relé de infra tensão desarma o
✓ A óleo mineral (podendo ser de disjuntor por meio de dispositivo
pequeno ou de grande volume de eletromecânico acionado quando a tensão
óleo); está em níveis inferiores à nominal.
✓ A gás SF6 (hexafluoreto de enxofre,
um gás inerte e de excelentes
propriedades interruptoras e
isolantes; é um dos compostos mais
estáveis e puros sob condições
normais de serviço, sendo ainda não-
inflamável, não tóxico e inodoro;

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69 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

O transformador Possui alto preço de aquisição e sua


Outro componente importantíssimo no ligação se faz entre o tanque e o
contexto da subestação é justamente o conservador. É equipado com válvulas de
transformador de força e distribuição de retirada de amostra de gases, permitindo
energia elétrica. Construtivamente ele se assim, pela análise dos mesmos,
compõe de enrolamentos primários e determinar a sua origem. Esse relé possui
secundários, bem como do núcleo ainda indicador de nível de óleo e nível da
magnético, normalmente confeccionado quantidade de ar ou gás acumulado em
de chapas de ferro-silicioso, laminadas a sua abóbada.
frio, de perdas reduzidas. O bobinado
(enrolamentos) é isolado em papel com Todo transformador em óleo possui uma
características dielétricas especiais, válvula de respiro em sua parte superior,
principalmente se for permanecer em através da qual se processa a
contato com meio líquido. Atualmente os compensação da variação interna das
líquidos isolantes mais usados em pressões, devido à dilatação do óleo
transformadores são óleo mineral e o óleo mineral pelo efeito Joule.
vegetal. Ambos têm função isolante e
refrigerante. O tanque do transformador é o elemento
que liberta o calor transferido por meio
líquido, além de suportar o peso de toda a
sua parte ativa e dos isoladores,
principalmente quando a montagem é
feita em postes, por meio de ganchos.
Constituído em chapa reforçada, o tanque
pode ser liso em pequenos
transformadores ou dotado de radiadores,
que são tubos com ou sem aletas para
troca do calor com o meio externo. Deve
garantir perfeita estanqueidade e suportar
as pressões necessárias em condições
adversas até determinado limite. Dentro
do tanque, o óleo é aquecido pelas perdas
nos enrolamentos e no próprio núcleo,
quando assume o movimento ascendente
(o óleo se torna menos denso ao ser
aquecido). Então é conduzido aos
radiadores e toma o movimento
descendente, dissipando a caloria com o
O transformador conta ainda com o relé meio externo.
de gás, conhecido como relé Buchholz
(pronuncia-se “Búcous”), que protege o É esse tipo de movimento, conhecido por
equipamento contra defeitos internos, convecção, que garante o funcionamento
que se fazem sentir por fluxo de óleo, do transformador em condições de
indicando a formação de gases sobrecarga, quando o aquecimento da
provenientes da combustão do meio parte ativa se registra mais intensamente.
líquido.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 70
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

O resfriamento do óleo pode se dar de Na etapa de consumo é onde se


maneira natural, chamado de encontram atualmente o maior número
resfriamento natural (LN), ou por de trabalhadores no segmento do setor
ventilação forçada (LVP) quando, neste energético, assim sendo, agrega uma
último caso, a potência máxima grande quantidade de pessoas expostas
permissível é maior que no caso da ao risco do emprego da eletricidade.
natural, devendo ser observada nos dados
de placa do transformador. A carga máxima instalada de 75 Kw é
válida para consumidores residências,
Riscos típicos no SEP advindos da parte industriais e comerciais sendo
de Subestação disponibilizadas tensões entre 110 e 380v.
Além dos riscos de origem elétrica ainda Já para cargas instaladas maiores do que
existe uma certa particularidade de riscos 75 Kw, a concessionária irá fornecer alta
adicionais deste setor que devem ser tensão de alimentação e o consumo
citados e levados em consideração: normalmente é disponibilizada entre 110
e 440v, sendo a maior tensão utilizada em
Choque Elétrico/Arco Elétrico motores de grande potência.
São os maiores riscos aos quais os
trabalhadores estão expostos ao trabalhar Esta etapa tem a característica de
em subestações. O trabalho em altura apresentar enorme quantidade e
potencializa a severidade de um acidente diversidade de tarefas de trabalho
provocado por choque elétrico devido à (sistema de bombeamento de água,
eventual queda. grandes equipamentos condicionadores
de ar, máquinas de solda, fornos, etc.).
Abertura de Chaves Seccionadoras Assim sendo, traz vários riscos à saúde e
Uma abertura sob carga pode propiciar o segurança dos trabalhadores podendo
surgimento do arco elétrico que causar lesões de elevada gravidade
dependendo da proximidade dos específicas de cada atividade.
trabalhadores e intensidade pode atingir
pessoas próximas. Riscos típicos no SEP advindos da parte
de Consumo
Trabalho em Altura Além dos riscos de origem elétrica ainda
Na altura é fundamental a utilização de existe uma certa particularidade de riscos
equipamentos adequados para a adicionais deste setor que devem ser
realização da tarefa. Este risco tem seu citados e levados em consideração:
potencial aumentado devido a tensão
existente, levando em consideração que Proximidade e contato com partes
qualquer acidente ocorrido com energizadas
eletricidade, aliado à queda, pode Esta etapa tem a maioria dos serviços
aumentar consideravelmente sua realizados com circuitos energizados
gravidade. (constatação de ausência de tensão num
terminal em algum ponto ou equipamento
CONSUMO do circuito na tentativa de sanar defeitos)
Como já foi visto inicialmente o SEP tem colocando os trabalhadores em contato
sua definição que engloba várias etapas com partes vivas.
desde a geração até, inclusive, a medição.
Devemos também abordar alguns
aspectos neste campo.

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71 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Existem uma grande falta de preparo e um A Tarifa de energia é a nota fiscal que
certo descaso dos trabalhadores com apresenta a quantia total a ser paga para a
relação a necessidade do aterramento, da concessionária distribuidora de energia
equipotencialização dos circuitos e das pelo consumo de energia e prestação de
condições do acionamento do serviços, referente a um período
seccionamento automático de especificado.
alimentação. A conta de luz inclui três custos distintos:
Geração de energia, Transporte e
MEDIÇÃO E TARIFAS distribuição da energia gerada até o
Por meio dos instrumentos de medição, a consumidor e Encargos e Tributos.
concessionária de energia elétrica levanta
os dados para efetuar a cobrança do custo Bandeira Tarifária
da energia por ela fornecida. Consumo de Os custos para gerar energia diferem de
energia elétrica é a quantidade de acordo com o tipo de usina que está
potência elétrica consumida em um sendo usada para geração. As usinas
intervalo de tempo, expresso em termelétricas, por exemplo, produzem
quilowatt-hora (Kwh). Potência é a energia de um jeito mais caro do que as
quantidade de energia elétrica solicitada hidrelétricas, isso porque as termelétricas
na unidade de tempo. Essa grandeza vem são mais complexas. A bandeira tarifária
especificada nos aparelhos, sendo medida existe para passar ao consumidor essa
em watts (W) ou quilowatt (KW) que diferença de preço na geração de energia.
corresponde a 1000 W. Consumidor é a
pessoa física ou jurídica que assume as Nos tempos de pouca chuva, onde o
responsabilidades de pagamento das funcionamento das hidrelétricas não é
tarifas de energia, e as demais obrigações propício, as termelétricas entram em
previstas pela concessionaria distribuidora ação, para suprir a falta das hidrelétricas,
de energia e pela a ANEEL (Agência ocasionando em uma energia mais cara.
Nacional de Energia Elétrica). Além do Esse sistema entrou em vigor em
consumo em kWh e em kVArh, ela vale-se 01/01/2015 como forma de repassar ao
também da potência ativa (em kW), ou consumidor final os custos na geração de
demanda, potência reativa (em kVAr) e energia elétrica do país de acordo com as
fator de potência (cosseno ф ou usinas que estão sendo usadas e é
simplesmente cósф). aplicado por todas as concessionárias de
distribuição de energia conectadas ao SIN
(Sistema Interligado Nacional). Ficando de
fora apenas os estados do Amapá e
Roraima.

O funcionamento do sistema de bandeira


tarifária é muito simples: são usadas as
cores verde, vermelho e amarelo para
Estrutura Tarifária sinalizar se a energia custará mais caro ou
É Conjunto de normas e regulamentos que não, em função das condições de geração
tem por finalidade estabelecer o preço da favoráveis. Este sistema torna a conta de
eletricidade para os diferentes tipos de luz mais transparente ao consumidor.
consumidores. Regulamentada pela
ANEEL.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 72
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Muitas vezes o consumidor não leva em


consideração que as condições de geração Tributos Municipais:
recaem diretamente sobre o custo da sua A CIP (Câmara Interbancária de
conta. Esse sistema também serve para Pagamentos) estabelece entre as
conscientização sobre as condições de competências dos municípios disporem,
geração de energia, fazendo com que se conforme lei especifica e aprovada pela
tenha o uso consciente da energia Câmara Municipal, à forma de cobrança e
elétrica. A ANEEL divulga a bandeira a base de cálculo da CIP.
tarifária vigente. Basicamente, é atribuída ao Poder Público
Municipal qualquer responsabilidade
▪ Bandeira verde: Condições pelos serviços de projeto, implantação, e
adequadas e favoráveis para geração manutenção da instalação elétrica de
de energia, o consumidor não sofre iluminação pública.
acréscimo na sua conta de energia. Além dos encargos setoriais: CCC (conta
▪ Bandeira amarela: Condições menos de Consumo de Combustíveis), ECE
favoráveis à geração de energia. O (Encargo de Capacidade de Emergência),
consumidor sofre acréscimo de 0,25 RGR (Reserva Global de Reversão), TFSEE
centavos a cada Kw/h consumido. (Taxa de Fiscalização de Serviços de
▪ Bandeira vermelha: Condições não Energia Elétrica), CDE (Conta de
favoráveis à geração de energia. O Desenvolvimento Energético), ESS
consumidor sofre acréscimo de 0,055 (Encargos dos Serviços do Sistema), P&D
centavos a cada Kw/h consumido. (Pesquisa e Desenvolvimento de Energia
Elétrica), ONS (Operador Nacional do
Tributos aplicáveis ao setor elétrico Sistema), CFURH (Compensação
Além dos acréscimos feitos pelas Financeira pelo uso de recursos Hídricos).
bandeiras tarifárias, também são inclusos
na tarifa de energia, tributos estaduais, Podemos então tirar a seguinte
federais e municipais. Estes tributos são conclusão:
nada mais que impostos, que O consumidor não paga apenas o
posteriormente são repassados aos cofres consumo de energia, o consumidor paga o
públicos pelas distribuidoras de energia. consumo de energia, os custos com
geração e distribuição além de impostos
Tributos federais revertidos aos cofres públicos para
1. PIS – Programa de Interação Social. manutenção de programas públicos e
2. COFINS – Contribuição para o iluminação pública. Estes valores estão
Financiamento da Seguridade Social. dispostos na tarifa de energia, mas
geralmente, passa despercebido ao
Estes tributos são cobrados pela União, consumidor.
para manter programas voltados ao
trabalhador e programas do Governo Divisão do sistema tarifário
Federal. O sistema tarifário é dividido em diversos
grupos e subgrupos, de acordo com suas
Tributo Estadual: características específicas:
É um tributo aplicado sobre qualquer
mercadoria e serviço circulantes no
estado, cobrado pelos governos estaduais,
regulamentado pelo código tributário do
estado.

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73 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

✓ Grupo A: para consumidores de alta ✓ Subgrupo A3a para o nível de tensão


tensão de distribuição (acima de de 30 a 44 kV;
2.300 Volts ou 2,3kV); ✓ Subgrupo A4 para o nível de tensão
✓ Grupo B: para consumidores em de 2,3 a 25 kV;
baixa tensão de distribuição (entre ✓ Subgrupo AS para sistema
110 e 440 Volts). subterrâneo.

O agrupamento é definido, Os poucos prédios públicos classificados


principalmente, em função do nível de no Grupo A, em geral estão no Sub-
tensão em que são atendidos e como GrupoA4.
consequência, em função da demanda
(kW). As unidades consumidoras A tarifação do grupo B leva somente em
atendidas em tensão abaixo de 2.300 volts consideração a energia consumida no
são classificadas no Grupo B (baixa período, medida em kWh somada ao ICMS
tensão). Em geral, estão nesta classe as (imposto sobre circulação de mercadorias
residências, lojas, agências bancárias, e serviços). Como só o consumo é
pequenas oficinas, edifícios residenciais, considerado, o preço é escalonado, sendo
grande parte dos edifícios comerciais e a o valor da conta igual ao produto entre o
maioria dos prédios públicos federais, consumo medido e o valor unitário por
uma vez que, na sua maioria são kWh, e as faixas são as seguintes:
atendidos nas tensões de 127 ou 220 ✓ Até 30kWh;
volts. ✓ De 31 a 100kWh;
✓ De 101 a 200kWh;
O Grupo B é dividido em subgrupos, de ✓ De 201 a 300kWh, e
acordo com a atividade do consumidor, ✓ Acima de 300kWh.
conforme apresentados a seguir:
1. Subgrupo B1 – residencial e Vale salientar que, quanto maior a faixa,
residencial baixa renda; mais caro se torna o custo unitário do
2. Subgrupo B2 – rural e cooperativa de kWh, ou seja, quem consome até 100kWh
eletrificação rural; mensais, por exemplo, paga menos por
3. Subgrupo B3 – demais classes; kWh em relação de quem consome acima
4. Subgrupo B4 – iluminação pública. de 250kWh.
Já a tarifação do grupo A é dividida em
Os consumidores atendidos em alta dois modelos, o convencional e o horo-
tensão, acima de 2300 volts, como sazonal. No modelo convencional a conta
indústrias, shopping centers e alguns de energia é calculada levando-se em
edifícios comerciais, são classificados no consideração o consumo mensal de
Grupo A. energia elétrica em kWh e a demanda
mensal em kW, para um período médio de
Esse grupo é subdividido de acordo com a 30 dias.
tensão de atendimento, como mostrado a
seguir:
✓ Subgrupo A1 para o nível de tensão
de 230 kV ou mais;
✓ Subgrupo A2 para o nível de tensão
de 88 a 138 kV;
✓ Subgrupo A3 para o nível de tensão
de 69 kV;

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 74
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Para o modelo tarifário horo-sazonal são ✓ Tarifa azul: consumidor suprido com
considerados os seguintes parâmetros: 69kV ou mais, independente da
horário de utilização da energia elétrica, a demanda;
região do país e o período do ano. Esse ✓ Tarifa azul ou verde: consumidor
modelo se divide, no Estado de São Paulo, suprido com menos de 69kV, com
em duas sub tarifas: a azul e a verde. demanda superior a 500kW; e
✓ Tarifa azul, verde ou convencional:
Sub tarifa verde consumidor suprido com menos de
Esta opção de enquadramento somente é 69kV, com demanda inferior a
possível para as unidades consumidoras 500kW.
do Grupo A, subgrupos A3a, A4 e AS. Essa
modalidade tarifária exige um contrato O custo do kWh e do kW varia de acordo
específico com a concessionária, no qual com o horário e do período do ano.
se pactua a demanda pretendida pelo Outros parâmetros importantes no
consumidor (‘Demanda Contratada’), cenário da distribuição de energia elétrica
independentemente da hora do dia. A são:
fatura de energia elétrica desses ✓ Horário de ponta: composto por três
consumidores é composta pela soma de horas consecutivas definidas pela
parcelas referentes ao consumo (na ponta concessionária, em função do seu
e fora dela), demanda e ultrapassagem. sistema elétrico, período esse a ser
estabelecida entre 17h00 e 22h00 de
Sub tarifa azul segunda a sexta-feira. Na região da
Aos consumidores dos subgrupos A1, A2 Grande São Paulo o horário de ponta
ou A3, é obrigatório o enquadramento na é entre 17h30min e 20h30min;
estrutura tarifária horo-sazonal azul e ✓ Horário fora de ponta: são as outras
opcional para os consumidores dos vinte e uma horas diárias que
subgrupos A3a, A4 e AS. Essa modalidade complementam o horário de ponta,
tarifária exige um contrato específico com incluindo sábados e domingos;
a concessionária, no qual se pactua tanto ✓ Período úmido: são cinco meses
o valor da demanda pretendida pelo consecutivos, compreendendo os
consumidor no horário de ponta fornecimentos abrangidos pelas
(Demanda Contratada na Ponta) quanto o leituras do mês de dezembro de um
valor pretendido nas horas fora de ponta ano até o mês de abril do ano
(Demanda Contratada fora de Ponta). A seguinte (período em que as chuvas
fatura de energia elétrica desses são mais abundantes); e
consumidores é composta pela soma de ✓ Período seco: são sete meses
parcelas referentes ao consumo e consecutivos, compreendendo os
demanda e, caso exista, ultrapassagem. fornecimentos abrangidos pelas
Em todas as parcelas observa-se a leituras do mês de maio a novembro
diferenciação entre horas de ponta e do mesmo ano (período em que as
horas fora de ponta. chuvas são mais escassas).

Existem alguns aspectos a serem


considerados na escolha de qual das duas
tarifas seja a mais conveniente. O critério
para escolha da sub tarifa deve ser
estabelecido considerando os seguintes
enquadramentos:

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75 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

ESTUDO DE CASO

Um trabalhador estava realizando uma poda de uma árvore, onde existiam riscos como: a
árvore vir a tombar e choque devido à rede elétrica estar energizada, lembrando que este
trabalhador não realizou nenhum tipo de análise dos riscos existentes no local que ele iria
realizar esta poda.

1) Baseado no que foi dito indique ações de segurança que o trabalhador poderia ter
utilizado antes de iniciar seu trabalho.
a) Realizar avaliação prévia e capacitar-se em NR35.
b) Capacitar-se em NR10, NR35 e realizar a APR.
c) Realizar avaliação prévia e trabalhar com cuidado.
d) Trabalhar com calma e desligar a rede elétrica.

2) Apenas fazer uma análise preliminar de risco basta para trabalhar com segurança?
a) Certo
b) Errado

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 76
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO a) Certo


b) Errado
1) Quais são os quatro tipos básicos de
subestações:
( ) blindada, aérea, externa, 7) De acordo com a NR 10, o estado
subterrânea de instalação desenergizada deve ser
( ) fechada, de subsolo, em postes, mantido até a autorização para
externa reenergização, devendo ser
( ) blindada, subterrânea, aérea, reenergizada respeitando uma
interna sequência de procedimentos.
( ) lacrada, fechada, ao tempo, interna Assinale a alternativa que NÃO se
aplica essa sequência.
( ) Retirada das ferramentas, utensílios e
2) As descargas atmosféricas podem ser equipamentos.
anuladas com a utilização de ( ) Instalação da sinalização de
aterramentos e os EPIs adequados para a impedimento de reenergização.
realização do serviço. ( ) Remoção do aterramento temporário,
( ) Verdadeiro ( ) Falso da equipotencialização e das proteções
adicionais.
( ) Retirada da zona controlada de todos
3) Complete: As chuvas além de _______ os trabalhadores não envolvidos no
a rigidez dielétrica dos bastões e de todas processo de reenergização.
as ferramentas e EPIs utilizados na tarefa
________ oferecem riscos pessoais,
____________ todos os serviços. 8) Para a realização de serviços em
a) aumentarem, não, facilitando; instalações elétricas, devem-se priorizar
b) diminuírem, também, aumentando; medidas de proteção coletiva e a
c) reduzirem, também, dificultando; utilização da desenergização elétrica.
d) aumentarem, também, clareando; a) Certo
b) Errado

4) As emendas e derivações dos


condutores devem ser executadas de NOTAS:
modo que assegurem a resistência
___________________________
mecânica e contato elétrico adequado.
( ) Verdadeiro ( ) Falso ___________________________
___________________________
___________________________
5) As redes de alta-tensão devem ser
instaladas de modo a evitar contatos
___________________________
acidentais com veículos, equipamentos e ___________________________
trabalhadores em circulação. ___________________________
( ) Verdadeiro ( ) Falso ___________________________

6) Os quadros gerais de distribuição


deverão ser mantidos trancados, sendo
seus circuitos identificados.

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77 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

ESTUDO DA NR-10
SEGURANÇA DO TRABALHO

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 78
CAPÍTULO 01 – NORMAS

CAPÍTULO 1 – NORMAS
Normas Regulamentadoras 10.8.1 É considerado trabalhador
As Normas Regulamentadoras - NR, qualificado aquele que comprovar
relativas à segurança e medicina do conclusão de curso específico na área
trabalho, são de observância obrigatória elétrica reconhecida pelo Sistema Oficial
pelas empresas privadas e públicas e pelos de Ensino.
órgãos públicos da administração direta e
indireta, bem como pelos órgãos dos 10.8.2 É considerado profissional
Poderes Legislativo e Judiciário, que legalmente habilitado o trabalhador
possuam empregados regidos pela previamente qualificado e com registro no
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT competente conselho de classe.

Normas relacionadas a NR- 10 10.8.3 É considerado trabalhador


(Segurança): capacitado aquele que atenda às
✓ NR 17 Ergonomia seguintes condições, simultaneamente:
✓ NR 33 Espaços confinados a) receba capacitação sob orientação e
✓ NR 35 Trabalho em altura responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado; e
Existem também a NBR’ (Norma b) trabalhe sob a responsabilidade de
Brasileira da Associação Brasileira de profissional habilitado e autorizado.
Normas técnicas ABNT) que também
estão relacionadas a NR- 10. 10.8.3.1 A capacitação só terá validade
✓ NBR 14039 – Instalações elétrica de para a empresa que o capacitou e nas
média tensão condições estabelecidas pelo profissional
✓ NBR 16092 – Requisitos para cestos habilitado e autorizado responsável pela
aéreos capacitação.

QUALIFICAÇÃO, HABILITAÇÃO, 10.8.4 São considerados autorizados os


CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO trabalhadores qualificados ou capacitados
O claro objetivo desta Norma e os profissionais habilitados, com
Regulamentadora é de que possam ser anuência formal da empresa.
regulamentadas as ações de segurança
dos trabalhadores em serviços de 10.8.5 A empresa deve estabelecer
eletricidade e suas proximidades. Diante sistema de identificação que permita a
disto, uma parte desta Norma foi dedicada qualquer tempo conhecer a abrangência
à formação dos trabalhadores que operam da autorização de cada trabalhador,
neste tipo de instalação, onde o M.T.E conforme o item 10.8.4. (210.079-7/I=1)
regulamentou de modo específico a
formação dos trabalhadores, para o 10.8.6 Os trabalhadores autorizados a
atendimento dos objetivos de segurança. trabalhar em instalações elétricas devem
ter essa condição consignada no sistema
Os trabalhos desenvolvidos nas de registro de empregado da empresa.
instalações elétricas com tensão igual ou (210.080-0/I=1)
maior que 50 Volts em corrente alternada,
ou superior a 120 Volts em corrente
contínua, somente podem ser realizadas
por trabalhadores que atendam ao que
estabelece o item 10.8 da NR10:

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79 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

10.8.7 Os trabalhadores autorizados a 10.8.8.4 Os trabalhos em áreas


intervir em instalações elétricas devem ser classificadas devem ser precedidos de
submetidos a exame de saúde compatível treinamento específico de acordo com
com as atividades a serem desenvolvidas, risco envolvido. (210.089-4/I=3)
realizado em conformidade com a NR 7 e
registrado em seu prontuário médico. 10.8.9 Os trabalhadores com atividades
(210.081-9/I=3) não relacionadas às instalações elétricas
desenvolvidas em zona livre e na
10.8.8 Os trabalhadores autorizados a vizinhança da zona controlada, conforme
intervir em instalações elétricas devem define esta NR, devem ser instruídos
possuir treinamento específico sobre os formalmente com conhecimentos que
riscos decorrentes do emprego da energia permitam identificar e avaliar seus
elétrica e as principais medidas de possíveis riscos e adotar as precauções
prevenção de acidentes em instalações cabíveis. (210.090-8/I=2)
elétricas, de acordo com o estabelecido no
Anexo II desta NR. (210.082-7/I=4) NBR 14039 (Instalações elétricas de
Média Tensão), relacionado à segurança
10.8.8.1 A empresa concederá autorização temos:
na forma desta NR aos trabalhadores Proteção para garantir a segurança
capacitados ou qualificados e aos As medidas de proteção para garantir a
profissionais habilitados que tenham segurança podem ser aplicadas a uma
participado com avaliação e instalação completa, a uma parte de uma
aproveitamento satisfatórios dos cursos instalação ou a um componente. A ordem
constantes do ANEXO II desta NR. em que as medidas de proteção são
(210.083-5/I=4) descritas não implica qualquer noção de
importância relativa.
10.8.8.2 Deve ser realizado um
treinamento de reciclagem bienal e 5.1 Proteções contra choques elétricos A
sempre que ocorrer alguma das situações proteção contra choques elétricos deve ser
a seguir: (210.084-3/I=2) prevista pela aplicação das medidas
a) troca de função ou mudança de especificadas em 5.1.1 e 5.1.2.
empresa; (210.085-1/I=2)
b) retorno de afastamento ao trabalho ou 5.1.1 Proteção contra contatos diretos A
inatividade, por período superior a três proteção contra contatos diretos deve ser
meses; (210.086-0/I=2) assegurada por meio de:
c) modificações significativas nas a) proteção por isolação das partes vivas,
instalações elétricas ou troca de métodos, conforme 5.1.1.1;
processos e organização do trabalho. b) proteção por meio de barreiras ou
(210.087-8/I=2) invólucros, conforme 5.1.1.2;
c) proteção por meio de obstáculos,
10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo conforme 5.1.1.3;
programático dos treinamentos de d) proteção parcial por colocação fora de
reciclagem destinados ao atendimento das alcance, conforme 5.1.1.4.
alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2
devem atender as necessidades da
situação que o motivou. (210.088-6/I=1)

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 80
CAPÍTULO 01 – NORMAS

5.1.1.1 Proteção por isolação das partes 5.1.1.2.4 As barreiras e invólucros devem
vivas ser fixados de forma segura e possuir
A isolação é destinada a impedir todo robustez e durabilidade suficientes para
contato com as partes vivas da instalação manter os graus de proteção e a
elétrica. As partes vivas devem ser apropriada separação das partes vivas nas
completamente recobertas por uma condições normais de serviço, levando-se
isolação que só possa ser removida em conta as condições de influências
através de sua destruição. Observar que: externas relevantes.
a) para os componentes montados em
fábrica, a isolação deve atender às 5.1.1.2.5 A supressão das barreiras, a
prescrições relativas a esses componentes; abertura dos invólucros ou coberturas ou a
b) para os demais componentes, a retirada de partes dos invólucros ou
proteção deve ser garantida por uma coberturas não deve ser possível, a não
isolação capaz de suportar as solicitações ser:
mecânicas, químicas, elétricas e térmicas a) com a utilização de uma chave ou de
às quais possa ser submetida; uma ferramenta; e
c) as tintas, vernizes, lacas e produtos b) após a desenergização das partes vivas
análogos não são, geralmente, protegidas por essas barreiras, invólucros
considerados como constituindo uma ou coberturas, não podendo ser
isolação suficiente no quadro da proteção restabelecida a tensão enquanto não
contra os contatos diretos. forem recolocadas as barreiras, invólucros
ou coberturas; ou (NOTA Esta prescrição é
NOTA: Quando a isolação for feita durante atendida com utilização de
a execução da instalação, a qualidade intertravamento mecânico e/ou elétrico).
desta isolação deve ser verificada através c) que haja interposta uma segunda
de ensaios análogos aos destinados a barreira ou isolação que não possa ser
verificar a qualidade da isolação de retirada sem a desenergização das partes
equipamentos similares industrializados. vivas protegidas por essas barreiras e que
impeça qualquer contato com as partes
5.1.1.2 Proteção por meio de barreiras ou vivas.
invólucros
5.1.1.2.1 As barreiras ou invólucros são 5.1.1.3 Proteção por meio de obstáculos
destinados a impedir todo contato com as 5.1.1.3.1 Os obstáculos são destinados a
partes vivas da instalação elétrica, impedir os contatos fortuitos com partes
conforme ABNT NBR 6146. vivas, mas não os contatos voluntários por
uma tentativa deliberada de contorno do
5.1.1.2.2 As partes vivas devem estar no obstáculo.
interior de invólucros ou atrás de barreiras
que confiram pelo menos o grau de 5.1.1.3.2 Os obstáculos devem impedir:
proteção IP3X, conforme a ABNT NBR a) uma aproximação física não intencional
6146. das partes vivas (por exemplo, por meio de
corrimões ou de telas de arame);
5.1.1.2.3 As superfícies superiores das
barreiras ou dos invólucros horizontais que
sejam facilmente acessíveis devem
atender pelo menos ao grau de proteção
IP4X, conforme a ABNT NBR 6146.

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81 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

b) contatos não intencionais com partes desenvolvimento ou análise de projetos,


vivas por ocasião de operação de dentre outros, são recomendadas as
equipamentos sob tensão (por exemplo, seguintes condições de conforto:
por meio de telas ou painéis sobre os a) níveis de ruído de acordo com o
seccionadores). estabelecido na NBR 10152, norma
brasileira registrada no INMETRO;
5.1.1.3.3 Os obstáculos podem ser b) índice de temperatura efetiva entre
desmontáveis sem a ajuda de uma 20°C (vinte) e 23°C (vinte e três graus
ferramenta ou de uma chave, entretanto, centígrados);
devem ser fixados de forma a impedir c) velocidade do ar não superior a
qualquer remoção involuntária. 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40
5.1.1.4 Proteção parcial por colocação (quarenta) por cento.
fora de alcance
5.1.1.4.1 A colocação fora de alcance é 17.5.2.1. Para as atividades que possuam
somente destinada a impedir os contatos as características definidas no subitem
fortuitos com as partes vivas. 17.5.2, mas não apresentam equivalência
ou correlação com aquelas relacionadas
5.1.1.4.2 Quando há o espaçamento, este na NBR 10152, o nível de ruído aceitável
deve ser suficiente para que se evite que para efeito de conforto será de até 65 dB
pessoas circulando nas proximidades das (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de
partes vivas em média tensão possam valor não superior a 60 dB.
entrar em contato com essas partes, seja
diretamente ou por intermédio de objetos 17.5.2.2. Os parâmetros previstos no
que elas manipulem ou transportem. subitem 17.5.2 devem ser medidos nos
postos de trabalho, sendo os níveis de
NR 17 (Ergonomia), relacionado à ruído determinados próximos à zona
segurança (sobre as condições ambientais auditiva e as demais variáveis na altura do
de trabalho) temos: tórax do trabalhador.
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a
estabelecer parâmetros que permitam a 17.5.3. Em todos os locais de trabalho
adaptação das condições de trabalho às deve haver iluminação adequada, natural
características psicofisiológicas dos ou artificial, geral ou suplementar,
trabalhadores, de modo a proporcionar apropriada à natureza da atividade.
um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. 17.5.3.1. A iluminação geral deve ser
uniformemente distribuída e difusa.
17.5.1. As condições ambientais de
trabalho devem estar adequadas às 17.5.3.2. A iluminação geral ou
características psicofisiológicas dos suplementar deve ser projetada e
trabalhadores e à natureza do trabalho a instalada de forma a evitar ofuscamento,
ser executado. reflexos incômodos, sombras e contrastes
excessivos.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são
executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção
constantes, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 82
CAPÍTULO 01 – NORMAS

17.5.3.3. Os níveis mínimos de


iluminamento a serem observados nos
locais de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413,
norma brasileira registrada no INMETRO.

17.5.3.4. A medição dos níveis de


iluminamento previstos no subitem
17.5.3.3 deve ser feita no campo de
trabalho onde se realiza a tarefa visual,
utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho
humano e em função do ângulo de
incidência.

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o


campo de trabalho previsto no subitem
17.5.3.4, este será um plano horizontal a
0,75m (setenta e cinco centímetros) do
piso.

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83 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

ESTUDO DE CASO

Um eletricista necessita de uma preparação profissional enorme frente a gama de atribuições


que lhe é pertinente. A evolução tecnológica aliada à falta de política direta de educação e
preparação adequada desses profissionais têm colocado os mesmos a exposição excessiva aos
riscos da eletricidade (choque elétrico, arco elétrico) e a uma enorme pressão psicológica para
poder atender a contento suas tarefas. Considerando que uma empresa tem alta rotatividade
e demissão dos trabalhadores mais antigos e experientes, sendo substituídos de forma
acelerada por trabalhadores mais novos e muitas vezes com capacitação de forma insuficiente
ou inadequada.

1) Quais os problemas podem agravar ainda mais essa situação?


a) Alta rotatividade de funcionários velhos e alta experiência dos mais novos.
b) Falta de fiscalização do poder público e pressão por produtividade.
c) Falta de vontade do profissional em se dispor a aprender e pressão psicológica.
d) Extensa gama de atividades e trabalhos noturnos.

2) Nossa legislação emprega uma didática na escrita de forma a torná-la mais técnica e de
segurança, e um dos pontos chave são as exigências mínimas de capacitação desses
profissionais, além de treinamento de segurança para tentar ajudar a evitar a ocorrência de
acidentes e o aparecimento de doenças. Porém, as regras de capacitação não são
devidamente definidas, com isso, o que se vê na atualidade é um relaxamento das empresas,
que para baixar os custos, preocupam-se apenas com o certificado em si. Considerando os
riscos que os profissionais estão expostos, a empresa que age deste modo, acaba sendo, no
mínimo, irresponsável.
( ) Certo
( ) Errado

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 84
CAPÍTULO 01 – NORMAS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ___________________________


1. A capacitação só terá validade para a
___________________________
empresa que o capacitou e nas condições ___________________________
estabelecidas pelo profissional habilitado ___________________________
e autorizado responsável pela ___________________________
capacitação.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
___________________________
___________________________
___________________________
2. Relacionado à iluminação é correto ___________________________
dizer que:
( ) Não deve haver iluminação adequada, ___________________________
natural ou artificial, geral ou suplementar, ___________________________
apropriada à natureza da atividade. ___________________________
( ) Deve haver qualquer tipo de
iluminação.
___________________________
( ) Deve ser colocada se estritamente ___________________________
necessário. ___________________________
( ) Deve haver iluminação adequada, ___________________________
natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada à natureza da atividade.
___________________________
___________________________
___________________________
3. Os trabalhadores autorizados a intervir ___________________________
em instalações elétricas devem ser
submetidos: ___________________________
( ) avaliações sobre seu estado de ___________________________
embriaguez ___________________________
( ) A exames de redação.
( ) A exame de saúde compatível com as
___________________________
atividades a serem desenvolvidas. ___________________________
___________________________
___________________________
4. É considerado trabalhador qualificado
aquele que comprovar:
___________________________
( ) Habilitação em curso específico da ___________________________
área elétrica. ___________________________
( ) Conclusão de curso específico na área ___________________________
elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial
de Ensino. ___________________________
( ) Conclusão de curso em qualquer área ___________________________
reconhecido pelo Sistema Oficial de ___________________________
Ensino
___________________________

NOTAS:

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85 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS d) Tornar obrigatório o seu uso;


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO e) Substituí-lo, imediatamente, quando
INDIVIDUAL – EPI danificado ou extraviado;
Conforme Norma Regulamentadora NR 6 - f) Responsabilizar-se pela sua higienização
Equipamento de Proteção Individual - EPI e manutenção periódica;
é todo o dispositivo de uso individual g) Comunicar ao MTE qualquer
utilizado pelo empregado, destinado à irregularidade observada no EPI.
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar
a segurança e a saúde no trabalho. Obrigações do empregado
Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
A empresa é obrigada a fornecer ao a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se
empregado, gratuitamente, EPI adequado destina;
ao risco, em perfeito estado de b) Responsabilizar-se por sua guarda e
conservação e funcionamento, nas conservação;
seguintes circunstâncias: c) Comunicar ao empregador qualquer
✓ Sempre que as medidas de proteção alteração que o torne impróprio para o
gerem ou não ofereçam completa uso;
proteção contra os riscos de acidentes Lei 6514 de 22 de dezembro de 197
do trabalho ou de doenças regulamentado pela Portaria n.º 3214 de
ocupacionais. 08 de junho de 1978 – MTE
✓ Enquanto as medidas de proteção
coletiva estiverem sendo implantadas. Art. 158 – Cabe aos empregados:
✓ Para atender situações de emergência. I – Observar as normas de segurança e
medicina do trabalho, inclusive as
“Art. 166 – A empresa é obrigada a instruções de que trata o item II do artigo
fornecer aos empregados, gratuitamente, anterior;
equipamento de proteção individual II – Colaborar com a empresa na aplicação
adequado ao risco e em perfeito estado dos dispositivos deste Capítulo.
de conservação e funcionamento, sempre Parágrafo único – Constitui ato faltoso do
que as medidas de ordem geral não empregado a recusa injustificada:
ofereçam completa proteção contra os a) à observância das instruções expedidas
riscos de acidentes e danos à saúde dos pelo empregador na forma do item II do
empregados”. artigo anterior;
“Art. 167 – O equipamento de proteção só b) ao uso dos equipamentos de proteção
poderá ser posto à venda ou utilizado com individual fornecidos pela empresa.
identificação do Certificado de Aprovação
do Ministério do Trabalho – CA”. Todo EPI deverá apresentar, em
caracteres indeléveis e bem visíveis, o
Obrigações do empregador. nome comercial da empresa fabricante ou
Obriga-se o empregador, quando ao EPI, importador, e o número de CA.
a:
a) Adquirir o tipo adequado à atividade do
empregado;
b) Fornecer ao empregado somente EPI
aprovado pelo MTE e de empresa
cadastrada no DNSST/MTE;
c) Treinar o trabalhador sobre seu uso
adequado;

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 86
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

O texto da Norma regulamentadora NR 10 total do de Risco Mínimo


tecido Requerido
inclui a vestimenta como um dispositivo (g/cm2) para o EPI
de proteção complementar para os (cal/cm 2 )
empregados, incluindo a proibição de Mínimo 152,6 / 237,4 0 -
Leve 152,3, / 1 5
adornos, mesmo que não sejam metálicos. 271,3
Moderado 305,2 / 406,9 2 8
Vestimentas de Trabalho Elevado 542,7 / 567,8 3 25
Elevadíssi 813,8 / 4 40
As vestimentas utilizadas em qualquer mo 1017,3
atividade do SEP devem como já foi Fonte: National Fire Protection Association
mencionado, estar em conformidade com – (NPFA) 70E
a NR 06. Antigamente utilizam-se roupas
sem nenhuma função de proteção As vestimentas devem ter certificado de
relacionada aos perigos advindos dos aprovação (C.A) do M.T.E, sendo
trabalhos na área elétrica. Após vários submetidas a ensaios conforme normas
anos de intensa pesquisa, surgiram técnicas (Portaria nº 205 de 10/02/2011 –
soluções técnicas em que o tecido M.T.E)
utilizado acaba por retardar a sua queima
quando for submetido à altas EPI Enquadrament Norma Técnica Especificidades
o NR06 Aplicável
temperaturas. A – Proteção da cabeça

Capuz ou Riscos de ASTM F 2621 Item 1.3Arco


Neste sentido, a roupa tem a finalidade de balaclava origem térmica /06+ASTM F 1506/08 elétrico
proteger o trabalhador contra as (calor e chamas ou IEC 61482-2: 2009
E – Proteção do tronco
queimaduras causadas provenientes do
arco elétrico, caracterizando assim, a Riscos de ASTM F 2621 – Item 1.3 Arco
vestimenta com um EPI. origem térmica 06/+ASTM F elétrico e/ou
(calor e chamas 1506/08+NFPA fogo repentino
2112/07* Ou
IEC61482-2: 2009+ISO
11612:2008*
G – proteção dos membros inferiores

Calça Riscos de ASTM F 2621 - Item 1.3 Arco


origem térmica 06+ASTMF elétrico e/ou
(calor e chamas 1506/08+NFPA fogo repentino
2112/07* Ou
IEC61482-2: 2009+ISO
11612:2008*

H – Proteção do corpo inteiro


Essa vestimenta anti-chama é concebida
para suportar determinados níveis de Macacão Riscos de ASTM F 2621 - Item 1.3 Arco
origem térmica 06+ASTM F elétrico e/ou
caloria, sendo preciso conhecer, entre (calor e chamas 1506/08+NFPA fogo repentino
outras informações, a corrente de curto- 2112/07*

circuito em que o trabalhador está


desenvolvendo suas atividades. Uma vez O setor de segurança do trabalho tem
definido o tecido, são definidos também o deve analisar as condições de conforto e
tipo de vestimenta, pois o trabalhador as necessidades de trabalhador que
pode utilizar camisa e calças ou um utilizará as vestimentas definindo o
sobretudo com capacete e balaclava. modelo mais adequado.

Tabela gramatura do tecido e valor ATPV


Risco Gramatura Categoria ATPV

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87 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Características dos materiais das As características das roupas de proteção


vestimentas de proteção contra arcos para arcos elétricos devem ser diferentes
elétricos daquelas normalmente utilizadas para
De acordo com o NFPA 70 E, as fibras de proteção por efeitos térmicos das chamas.
algodão tratado retardante de chamas,
Meta-aramida, Para-aramida, Poli- A transmissão do calor liberado por arco é
Benzimidazole (PBI) são materiais com predominantemente por radiação (aprox.
características de proteção térmica em 90%) num espaço de tempo muito curto,
geral. A fibra de Para-amida, além da podendo atingir temperaturas altíssimas
proteção térmica, ainda tem uma como 20.000°C. O calor das chamas é
característica que evita o Break Open, ou transferido por convecção e radiação
seja, rachadura do material carbonizado. (50/50%) a temperatura em torno de
2.000°C, dependendo do tipo do material
Os materiais sintéticos como poliéster, combustível, e o tempo de exposição
nylon, e mistura de algodão-sintético não podem variar em função do tipo de
devem ser utilizados para proteção contra proteção requerido, por exemplo, para
arcos elétricos, pois elas derretem sobre a fuga, ou para combate a incêndio.
pele quando exposto à alta temperatura,
consequentemente agravando a Proteção para Cabeça
queimadura. Algodão e mistura algodão- Os capacetes largamente utilizados nas
poliester, seda, lã e nylon são atividades nas atividades do SEP. Podem
considerados materiais inflamáveis. ter variações de modelo em virtude das
necessidades específicas de cada
Os tecidos com fibras de algodão tratado atividade. Independentemente do
retardante de chamas, Meta-aramida, modelo, deve oferecer proteção contra
Para-aramida, Poli-Benzimidazole, podem queda de objetos e contato com partes
iniciar a ignição, mas não mantêm a energizadas (isolá-lo contra choques
combustão quando a fonte for removida. elétricos de até 30.000 Volts,
As vestimentas fabricadas com materiais caracterizados como tipo B.) Durante seu
naturais como algodão, seda e lã são uso, o trabalho deve utilizar a jugular
consideradas aceitáveis, de acordo com posicionada no pescoço evitando que caia
NFPA, se a análise determinar que o de sua cabeça.
tecido não continuará queimando nas
condições de exposição ao arco elétrico. Este EPI pode ser provido de um protetor
facial que evita o impacto de objetos
O NFPA expressa claramente que as fibras contra o rosto do usuário. Existem ainda
sintéticas puras de nylon, poliéster, rayon os que têm a possibilidade de fixar o
ou mistura destes materiais com algodão, protetor auricular onde seja necessária a
não devem ser utilizados como material utilização dos dois EPI simultaneamente.
de proteção contra arcos elétricos. Alguns
tecidos resistentes a chamas como
modacrylico não resistente à chama e
algodão tratado retardante de chamas
não duráveis, conforme critérios de teste
de durabilidade da ASTM, não são
recomendados para uso de proteção dos
trabalhadores em serviços de eletricidade.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 88
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Proteção dos Membros Superiores com uma outra luva de cobertura para
Luvas de segurança isolantes para proteção contra danos (cortes, furos).
proteção contra choques elétricos
Destinam-se a proteger o trabalhador Luvas de Vaqueta
contra a ocorrência de choque elétrico, Vaqueta é o nome dado ao couro bovino
pelo contato das mãos com instalações ou que foi preparado e curtido especialmente
partes energizadas em alta e baixa tensão. para ficar macio e ser utilizado para a
Está associada às luvas uma designação fabricação de bolsas, calçados e forrações.
(tarja colorida) que as relacionam com à Trata-se de um excelente material para a
tensão suportada durante sua utilização: confecção de luvas de proteção, um
equipamento de proteção individual (EPI)
Tabela com as classes e as respectivas essencial para proteger as mãos de
cores das tarjas pessoas que trabalham em contato com
Classe Tensão de uso (V) Cor da tarja alguma ferramenta ou produto que pode
00 500 Bege
0 1.000 Vermelha ameaçar sua saúde ou segurança, sendo
1 7.500 Branca de uso obrigatório para trabalhos com
2 17.000 Amarela
cordas, carga e descarga de materiais e
3 26.000 Verde
4 36.000 Laranja em ambientes com baixas temperaturas.

A escolha das luvas isolante depende do Luvas de raspa de couro


nível de tensão da instalação, conforme Confeccionadas em raspa de couro ou
tabela abaixo: vaqueta e com costuras reforçadas,
destinam-se a proteger as mãos do
Tabela de propriedades elétricas para trabalhador contra cortes, perfurações e
corrente alternada abrasões. O trabalhador deve usá-las
Cl.
Tensão (V) Corrente de fuga máxima
267 356 406 457
sempre que estiver manuseando materiais
Uso Ensaio Perfuração
00 500 2.500 5.000
mm
6
mm
10
mm
12
mm
14
genéricos abrasivos ou cortantes que não
0 1.000 5.000 6.000 8 12 14 16 exijam grande mobilidade e precisão de
1 7.500 10.000 20.000 - 14 16 18
2 17.000 20.000 30.000 - 16 18 20 movimentos dos dedos.
3 26.500 30.000 40.000 - 18 20 22
4 36.000 40.000 50.000 - - 22 24

Mangas de segurança (mangote)


Tabela de propriedades elétricas para Destinam-se a proteger o trabalhador
corrente contínua contra a ocorrência de contato, pelos
Classe Tensão (V) braços e antebraços, com instalações ou
Uso Ensaio Perfuração
00 750 10.000 20.000 partes energizadas. As mangas são
0 1.500 20.000 35.000 normalmente empregadas com nível de
1 11.250 40.000 60.000
isolamento de até 20kV e em vários
2 25.500 50.000 70.000
3 39.750 60.000 80.000 tamanhos. Possuem alças e botões que as
4 54.000 70.000 90.000 unem nas costas.
Devem ser usadas em conjunto com luvas
isolantes. Antes do uso, as mangas
isolantes devem sofrer vistoria e
periodicamente ensaiadas quanto ao seu
isolamento.
No início das atividades, antes da
utilização das luvas, verificar a existência
de pequenos furos, rasgos ou fissuras
(inspeção visual). Esta luva deve ser usada

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89 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Proteção dos Membros Inferiores Devem ser usadas em conjunto com


Calçados de segurança calçado apropriado para trabalhos
O calçado, sendo também um item de elétricos. Antes do uso, as perneiras
segurança, deve ser utilizado em todas as isolantes devem sofrer vistoria e
atividades do SEP. Este não deve conter periodicamente submetidas a ensaios
nenhum componente metálico e quanto ao seu isolamento.
proporcionar conforto ao andar e
proteção contra objetos perfuro VESTUÁRIOS DE TRABALHO
cortantes. Vestimenta de segurança para proteção
de todo o corpo contra arcos voltaicos e
Destinam-se a proteger os pés do agentes mecânicos, podendo ser um
trabalhador contra acidentes originados conjunto de segurança, formado por calça
por agentes cortantes, irregularidades e e blusão ou jaqueta, ou macacão de
instabilidades de terrenos, evitar queda segurança.
causada por escorregão e fornecer
isolamento elétrico até 1000 Volts (tensão Lembramos que:
de toque e tensão de passo). ✓ Para trabalhos externos, as
Normalmente de couro, com palmilha de vestimentas terão de possuir
couro e solado de borracha ou elementos refletivos e cores
poliuretano, não devem possuir adequadas;
componentes metálicos. ✓ Na ocorrência de abelhas,
marimbondos etc., em postes ou em
Normas: estruturas, deverão ser utilizados
✓ NBR 12561 - Calçado de Proteção. vestimenta adequada à remoção de
✓ NBR 12594 - Exigências técnicas para insetos e liberação da área para
construção de Calçados de Proteção serviço elétrico.
(Procedimentos).
Destina-se a proteger do trabalhador
contra efeitos do campo elétrico criado
quando em serviços ao potencial.
Compõe-se de macacão feito com tecido
aluminizado, luvas, gorro e galochas feitas
com o mesmo material, além de possuir
Calçados condutivos uma malha flexível acoplada a um bastão
Destinam-se aos trabalhos em linha "viva" de grampo de pressão, o qual será
ao potencial. Possui condutor metálico conectado à instalação e manterá o
para conexão com a vestimenta de eletricista equipotencializado em relação à
trabalho. tensão da instalação em todos os pontos.
Deverá ser usado em serviços com
Perneiras de segurança tensões iguais ou superiores a 66kV.
Destinam-se a proteger o trabalhador
contra a ocorrência de contato pelas coxas
e pernas com instalações ou partes
energizadas. As perneiras são
normalmente empregadas com nível de
isolamento de até 20kV e em vários
tamanhos.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 90
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Óculos de proteção Os mosquetões devem possuir marcas


Destinam-se a proteger o trabalhador indeléveis (gravadas em seu corpo), como
contra lesões nos olhos decorrentes da também Certificado de Aprovação (C.A),
projeção de corpos estranhos ou de acordo com os itens 6.8 e 6.9 da NR 6
exposição a radiações nocivas. Cada (Equipamento de Proteção Individual).
eletricista deve ter óculos de proteção Alguns são marcados pelos fabricantes sua
com lentes adequadas ao risco específico capacidade de resistência à forca
da atividade, podendo ser de lentes mecânica que suportam em cada ponto de
incolores para proteção contra impactos tração (KN – quilonewton). Outros
de partículas volantes, ou lentes coloridas fabricantes gravam somente o código de
para proteção do excesso de luminosidade fabricação, o qual pode ser consultado no
ou outra radiação quer solar quer por catálogo do produto, obtendo-se assim,
possíveis arcos voltaicos decorrentes de informações complementares sobre as
manobras de dispositivos ou em linha certificações do produto.
viva. Independentemente dessas informações,
as capacidades de carga e tração são
obrigatórias a sua gravação bem visível e
indelével.

A trava do mosquetão não deve ser de


fácil abertura. Se acaso sua abertura não
Creme protetor solar
for suave é sinal que indica a ocorrência
Para trabalhos externos com exposição
de deformações do material, defeito no
solar deverá ser usado creme protetor da
fecho ou na mola. Neste caso deve ser
face e outras partes expostas com filtro
inspecionado e, comprovada a
solar contra a radiação.
anormalidade, retirá-lo de uso.

Deve ser evitado todo e qualquer tipo de


impacto do equipamento. A sua utilização
deve ser precedida de minuciosa inspeção
para avaliar a existência ou não de
alongamentos ou deformações de sua
Proteção Contra Quedas
geometria, bom como no estado dos
Mosquetões
fechos, hastes, pinos, entalhes da trava e
no respectivo alinhamento.

Não são permitidas realizações de


marcações nos equipamentos
O mosquetão ou carabiner, como é empregados nos trabalhos em altura,
comumente chamado na Europa, é um elo como por exemplo, fendas, fissuras ou
composto de duralumínio ou aço, que é marcas que venham a modificar o produto
dotado de fecho constituído por trava com original desenvolvido pelo fabricante.
molas ou roscas. Seu emprego é utilizado
como acessório para ancoragem nos
trabalhos em altura pelo encaixe de
outros equipamentos.

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91 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Ao se trabalhar em altura devem ser Cuidados com o uso e conservação das


considerados os seguintes itens: cordas para trabalho em altura
▪ Se necessitar a utilização de dois ou ▪ Deixar de molho por volta de 12
mais mosquetões num mesmo ponto, horas antes do primeiro uso, assim
coloque-os paralelamente com os ficando em seu tamanho normal
fechos ou roscas alinhadas no mesmo (alguns fabricantes já fornecem as
sentido facilitando assim novas a cordas lavadas);
conexões simples ou emergenciais, ▪ Sempre que a mesma for molhada
afastando o risco de aberturas em (chuva ou lavagem), secá-la à sombra
qualquer dos lados; em local arejado, fora de sua sacola
▪ Não utilizar mais de dois mosquetões ou local de guarda e desenrolada por
em sequência num mesmo ponto, completo;
pois a ação de atrito pode aplicar ▪ Ao proceder a sua higienização fazê-
força excessiva nas travas; la com sabão neutro;
▪ Durante o uso, manter fechadas as ▪ Não forçá-la sobre arestas vivas;
travas dos mosquetões; ▪ Partes ou arestas cortantes devem
▪ Não colocar objetos nas travas; ser eliminadas envolvendo-as com
▪ Quedas ou impactos podem provocar protetores especiais evitando cortes
microfissuras internas; ou danos pela ação da forte abrasão;
▪ Descartar os equipamentos que ▪ Evitar ao máximo o contato pela
apresentarem ferrugem ou sofrerem corda com areia ou terra, pois o atrito
quedas. pode danificar mosquetões e outros
equipamentos;
Cordas ▪ Não arrastar a corda por superfícies
Existem basicamente dois tipos de cordas ásperas, devido a provável
levando-se em consideração sua danificação ou inutilização da mesma;
confecção: fibras naturais (algodão, sisal e ▪ Proteger do contato com óleos,
outras) e fibras artificiais (sintéticas – tintas, combustíveis e produtos
náilon, poliéster, polipropileno, químicos, pois diminuem em muito
polietileno). Aquelas utilizadas para sua vida útil;
trabalhos em altura são específicas para ▪ Não expor a cordas a altas
esta finalidade não devendo ser utilizadas temperaturas.
para outras atividades (içamento de
cargas, amarração de escadas). São Tipos de nós
utilizados os mesmos tipos de cordas São apresentados abaixo os tipos de nós
tanto para trabalho em altura quanto que mais comumente são utilizados em
rapel, sendo caracterizadas como trabalhos em altura. Destaca-se também
especiais, podendo ser constituídas de que todo nó promove uma redução na
poliamida, kevlar ou capa em poliamida e capacidade da corda em suportar forças
alma em polipropileno. Sua elasticidade de tração. O valor percentual de redução
pode variar entre 2% a 10%, dependendo de capacidade da corda deve ser avaliado
do tipo de corda e da condição de uso. As dependendo de cada situação onde deve
mais utilizadas possuem diâmetro que ser considerado o tipo de nó, o diâmetro
variam entre 8mm a 13mm, sendo a corda da corda entre outros.
de poliamida de 12mm a mais utilizada
para realizar trabalhos em altura.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 92
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Volta do fiel talabarte tipo Y carregando consigo a


Também conhecido como “nó de porco” é corda que será instalada num ponto
bastante utilizado em ancoragem e adequado e servirá como linha de vida e
içamento de materiais. A corda não desliza resgate. Sua ancoragem deve ser num
no ponto de ancoragem devido a ponto com resistência mecânica de no
característica de execução do nó. mínimo 1500 Kgf (conforme NR 18
subitem 18.15.56.2 – Portaria 318 de
08/05/12).

Em ambientes subterrâneos a linha de


vida é afixada num tripé ou outro ponto
de ancoragem antes do acesso dos
trabalhadores ao local. Essa situação
aplica-se num acesso por escada fixa ou
Nó Oito móvel. Porém quando o acesso não for
Esse tipo de nó é muito utilizado para provido por escada, realiza-se por
ancoragens e cabos de vida. içamento contínuo.

Linha de vida
A linha de vida, quando tem sua instalação
A linha de vida, a qual pode ter sua
na posição vertical, tem a finalidade de
instalação tanto na vertical quanto na
oferecer segurança tanto para subir
horizontal, é geralmente usada para fixar
quanto para descer, como também fazer
mosquetões ou dispositivos trava-quedas.
parte de sistema integrado para resgate. É
Usualmente tem diâmetro de 12mm e
terminantemente proibida a utilização de
constituída de poliamida, tendo a
cordas com emendas, nós de interrupção
finalidade de amparo à queda ou para
ou qualquer tipo de marcação que possa
usar em resgates.
interromper sua ação contínua. Deste
modo, sua acomodação deve ser realizada
ao pé da escada, do poste ou da torre de
transmissão, permanentemente livre de
pesos e obstáculos.

É recomendado não retirar, soltar ou


A linha de vida deve ser fixada num ponto desprender o trava-quedas de linha de
acima do local de trabalho antes do início vida ou soltar-se dele enquanto estiver em
das atividades do profissional. condição de trabalho, a qual inclui toda
subida, permanência no regime de
Dependendo da situação, como por trabalho em altura e descida.
exemplo, num trabalho em torres de
transmissão de energia, o primeiro
trabalhador faz a escalada utilizando um

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93 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Ao se realizar serviços fora de escada,


patamar ou plataforma, mesmo as que
tenha guarda-corpo, o profissional
somente poderá se soltar do trava-quedas
quando estiver já ancorado em outra linha
de vida que pode ser horizontal ou
vertical.

Trava-quedas
Este é um equipamento usualmente
empregado para trabalhos realizados na
posição vertical, ligando o cinturão tipo
paraquedista com a linha de vida. Existem
vários tipos de trava-quedas (exemplo
para uso com corda ou uso com cabo de
aço). Cuidados com o cinturão:
▪ Utilizar água e sabão neutro para
higienização;
▪ Secar a sombra após a higienização;
▪ Não utilizar escovas na limpeza, pois
podem provocar o rompimento das
costuras;
Cinturão de segurança tipo paraquedista ▪ Utilizar cinto que seja de tamanho
É um equipamento usado para sustentar o apropriado ao trabalhador;
trabalhador em um ponto de ancoragem, ▪ Ajustar sempre o cinto antes de sua
seja qualquer atividade que o coloque em utilização;
risco de queda ou que atue em uma altura ▪ Inspecionar o cinto antes de sua
superior a dois metros. utilização, detectando-o caso
encontre desgaste, costura desfiada
Este cinto de segurança possui vários ou qualquer tipo de dano que possa
pontos de apoio, suspensão e comprometer o uso.
posicionamento permitindo que o
profissional encontre uma posição Talabarte
ergonômica e confortável para a O talabarte é o dispositivo que conecta o
realização de seu trabalho. cinturão de segurança ao ponto de
ancoragem atuando com sistema anti
Tais pontos do cinturão devem ser queda. Nos trabalhos no SEP são
representados por A ou A/2, os quais utilizados, basicamente, dois tipos de
sinalizam seus pontos de ancoragem talabarte: o tipo Y e o de posicionamento.
atendendo o item 6.9.3 (da NR6 –
identificação com caracteres indeléveis e Independentemente de qual modelo, ele
bem visíveis) e também a NBR 15836 deve ter uma cinta que permita manobras
(Cinturão tipo paraquedista). e movimentações.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 94
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Talabarte tipo Y
O talabarte do tipo Y possui duas cintas. A
extremidade que reúne as duas cintas é
conectada ao cinturão de segurança. De
outro modo, as extremidades possuem
função de fixação ao ponto de ancoragem
ou na estrutura a qual esteja sendo
realizada a tarefa. Este tipo apresenta dois
pontos de ancoragem que podem ser
utilizados como apoio durante a escalada,
desde que sempre esteja,
necessariamente, um deles ancorado.

Absorvedor de energia
Este é um dispositivo que tem o objetivo
de reduzir o impacto transmitido ao corpo
Talabarte Assimétrico do trabalhador quando da ocorrência de
uma contenção de queda. É integrante do
talabarte e, no momento de queda, atua
como amortecedor atenuando a
possibilidade de alguma lesão.

Talabarte Simétrico

Talabarte de posicionamento
Este outro modelo, o de posicionamento,
é usado em atividades onde o trabalhador
não consegue ficar no ponto de equilíbrio
do seu corpo, em que necessita ficar
ancorado em uma posição
ergonomicamente adequada para ter suas
mãos livres para realizar suas tarefas,
usando como exemplo o trabalho numa Sistema de frenagem
escada apoiada num poste. Toda equipe que executa trabalho em
altura deve estar preparada para agir
Recomenda-se que o talabarte de prontamente em situações de
posicionamento tenha um regulador que emergência, retirando a vítima
permita o seu ajuste oferecendo conforto independentemente de sua estatura,
ao trabalhador, tendo também, um porte físico, altura ou distância de
limitador para que a corda não saia içamento para a descida.
acidentalmente do suporte.

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95 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Uma única pessoa, neste caso absorvedor de energia nas seguintes


denominado resgatista, a qual se localiza situações:
no solo, deve ter condições de realizar o a) fator de queda maior que 1 e
resgate, sem levar em consideração ao b) comprimento do talabarte for maior
tipo de ação se é em postes, torres de que 0,90m. Recomenda-se que a
transmissão, andaimes ou qualquer local ancoragem seja efetuada sempre acima
semelhante. do nível da cabeça para que o fator de
queda seja próximo à zero.
Em uma operação de resgate a descida da
vítima deve ser realizada de maneira
controlada utilizando-se de cordas ou
cabos já previamente instalados, de modo
a contornar os obstáculos, tanto naturais
quanto artificiais (prédios, paredões,
penhascos, declives, entre outros).

Para que esse resgate seja de forma


controlável e segura, são empregados
sistemas de frenagem que dispensam a
aplicação de esforço físico pelo resgatista,
oriundo da necessidade de parada ou
redução da velocidade na descida, sem
que haja prejuízo nas condições de
segurança na operação de resgate.

Descensor utilizado no sistema de


frenagem

Fator de queda
O fator de queda permite com que seja
avaliado o choque sofrido pelo
trabalhador que caiu em decorrência de
algum fato.

Este fator de queda (FQ) é calculado pela


seguinte fórmula: FQ = H/L, onde H é a
altura da queda e L é o comprimento do
prolongador da trava-quedas, ou
comprimento total do talabarte ou
comprimento da corda.

De acordo com o subitem 35.5.3.4 da NR


35 destaca a obrigatoriedade do uso do

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 96
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Ancoragem na linha da cintura, caso tenha uma queda, será registrada como fator de queda 1.
E a ancoragem abaixo da linha da cintura, em caso de queda, terá a anotação de fator de
queda 2.

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97 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Cestas aéreas inferiores a 1000 V a caçamba deve


Deve ser dada também especial atenção possuir isolamento garantindo o grau
para um tipo de equipamento muito de isolamento adequado, e devem
utilizado atualmente que são as chamadas ser adotadas outras medidas de
“cestas aéreas” definidas pela NR 12 proteção coletivas para a prevenção
(Segurança no Trabalho com Máquinas e do risco de choque elétrico, nos
Equipamentos – Anexo XII): termos da NR-10.

Cesta aérea: Equipamento veicular As cestas aéreas devem dispor de:


destinado à elevação de pessoas para ▪ Ancoragem para cinto de segurança
execução de trabalho em altura, dotado tipo paraquedista, conforme projeto
de braço móvel, articulado, telescópico ou e sinalização do fabricante;
misto, com caçamba ou plataforma, com ▪ Todos os controles claramente
ou sem isolamento elétrico, podendo, identificados quanto a suas funções e
desde que projetado para este fim, protegidos contra uso inadvertido e
também elevar material por meio de acidental;
guincho e de lança complementar (JIB), ▪ Controles para movimentação da
respeitadas as especificações do caçamba na parte superior e na parte
fabricante. inferior, que devem voltar para a
posição neutra quando liberados pelo
operador, exceto o controle das
ferramentas hidráulicas.

Cesto acoplado: Caçamba ou plataforma


acoplada a um guindaste veicular para
elevação de pessoas e execução de
trabalho em altura, com ou sem
Tais caçambas devem atender à alguns isolamento elétrico, podendo também
requisitos mínimos, como por exemplo: elevar material de apoio indispensável
▪ Dimensionadas para suportar e para realização do serviço.
acomodar o(s) operador (es) e as
ferramentas indispensáveis para
realização do serviço;
▪ Não deve haver aberturas nem
passagens nas caçambas de cestas
aéreas isoladas, exceto para trabalho
pelo método ao potencial;
▪ As caçambas fabricadas em material
Estes cestos devem dispor de:
não condutivo devem atender aos
▪ Ancoragem para cinto de segurança
requisitos da norma ABNT NBR
tipo paraquedista, conforme projeto
16092;
e sinalização do fabricante;
▪ A caçamba das cestas aéreas isoladas
▪ Todos os controles claramente
deve ser dotada de cuba isolante
identificados quanto a suas funções e
(linear), exceto para trabalho pelo
protegidos contra uso inadvertido e
método ao potencial.
acidental;
▪ Para serviços em linhas, redes e
instalações energizadas com tensões

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 98
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

▪ Todos os controles claramente comprovado por laudo técnico elaborado


identificados quanto a suas por profissional legalmente habilitado e
funções e protegidos contra uso mediante emissão de respectiva anotação
inadvertido e acidental; de responsabilidade técnica – ART.
▪ Controles inferiores prontamente
acessíveis e dotados de um meio Além disso, a utilização de cesto suspenso
de prevalecer sobre o controle deverá ser objeto de planejamento
superior de movimentação da formal, contemplando as seguintes
caçamba; etapas:
▪ Dispositivo de parada de ▪ Realização de análise de risco;
emergência nos comandos ▪ Especificação dos materiais e
superior e inferior, devendo ferramentas necessárias;
manter-se funcionais em ambos ▪ Elaboração de plano de
os casos. movimentação de pessoas;
▪ Elaboração de procedimentos
Cesto suspenso: Conjunto formado pelo operacionais e de emergência;
sistema de suspensão e a Caçamba ou ▪ Emissão de Permissão de Trabalho
plataforma suspensa por equipamento de (PT) para movimentação de
guindar que atenda aos requisitos de pessoas.
segurança para utilização em trabalhos em
altura. Portanto, a utilização da solução cesto
suspenso será uma situação excepcional e
deverá atender aos itens 4.1 a 4.42 do
Anexo XII da NR 12.

Nas atividades onde tecnicamente for


inviável o uso de PTA - Plataforma de
Trabalho Aéreo, Cesta Aérea ou Cesto
Acoplado, e em que não haja possibilidade
de contato ou proximidade com redes
energizadas ou com possibilidade de
energização, poderá ser utilizado cesto
suspenso içado por equipamento de
guindar que atenda aos requisitos
mínimos previstos na seção 4 do Anexo XII
da NR12, sem prejuízo ao disposto nas
demais Normas Regulamentadoras e
normas técnicas oficiais vigentes
pertinentes a tarefa.

A inviabilidade técnica de utilização de


PTA - Plataforma de trabalho aéreo, cesta
aérea ou cesto acoplado, deve ser

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99 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

ESTUDO DE CASO

Uma empresa de instalações elétricas foi condenada a pagar uma indenização, após um acidente de
trabalho que provocou a queda de um funcionário de uma altura de seis metros depois de uma descarga
elétrica. A vítima sofreu queimaduras no membro superior esquerdo e no tórax, além de uma lesão
medular e paralisação dos membros inferiores. O acidente ocorreu pela falta do fornecimento do
Equipamento de Proteção Individual (EPI) para o empregado, que estava atuando sem cinto de
segurança.

1) Somente a utilização do EPI seria suficiente para evitar o acidente?


( ) Certo
( ) Errado

2) Quais outras atitudes poderiam ser tomadas?


a) Fornecimento de EPI e pedir cuidado na realização da tarefa.
b) Fornecimento de EPI e capacitação nas normas do M.T.E (NR 10 e NR 35).
c) Fornecimento de EPI e supervisão do serviço.
d) Capacitação nas normas do M.T.E (NR10 e NR 35).

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100
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4) A respeito de equipamentos de


proteção cujo objetivo é assegurar a
1) O talabarte é um dispositivo que segurança dos profissionais que atuam
conecta o cinturão de segurança ao ponto em serviços com eletricidade. Em serviços
de ancoragem, atuando como sistema de eletricidade, ao utilizar o detector de
anti queda. Nas atividades do SEP tensão para verificar partes vivas dos
geralmente são utilizados dois tipos de circuitos e sinalizar corretamente os
talabarte, que são: locais por meio de cones e bandeirolas, o
( ) do tipo X e de posicionamento trabalhador estará fazendo uso de
( ) do tipo Y e de comportamento equipamentos de proteção individual.
( ) do tipo Y e de posicionamento ( ) Certo
( ) Errado

2) As vestimentas adequadas para


trabalhos realizado em instalações e 5) Assinale abaixo alguns exemplos de
serviços em eletricidade: Sistemas (dispositivos) de proteção
( ) Devem ser adequadas às atividades, coletiva:
não conter partes condutoras, não serem ( ) Tapete isolante
inflamáveis ou sofrerem influências ( ) Luvas isolante para alta tensão.
eletromagnéticas. ( ) Dispositivos de seccionamento
( ) Devem ser adequadas às atividades, (chaves seccionadoras).
podem conter partes condutoras, serem ( ) Vestimenta de segurança (proteção
inflamáveis e sofrerem influências efeitos do arco elétrico).
eletromagnéticas. ( ) Procedimento de desenergização.
( ) Devem ser adequadas às atividades,
não devem conter partes condutoras, mas 6) As vestimentas de trabalho devem ser
podem ser inflamáveis e sofrerem adequadas às atividades, com previsão
influências eletromagnéticas. para a condutibilidade, a inflamabilidade
e as influências eletromagnéticas.
( ) Certo
3) Conforme o item 10.7.8 da NR-10, que ( ) Errado
trata de equipamentos destinados ao
trabalho de alta tensão, o equipamento
que NÃO se enquadra na categoria de
itens que precisam ser submetidos a NOTAS:
testes elétricos ou ensaios de laboratório ___________________________
periódicos é:
( ) Luva de borracha.
___________________________
( ) Bastão de manobra. ___________________________
( ) Tapete de borracha. ___________________________
( ) Capacete de segurança. ___________________________
( ) Protetor auricular.
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________

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101 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS manutenções preventivas ou manobras


ASPECTOS GERAIS programadas, o planejamento ocorre de
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO modo mais tranquilo, fato contrário
A experiência aliada ao comportamento quando acontecem situações de
de cada profissional, as características do emergência. Mesmo sendo mais tranquilo
líder e a metodologia empregada pela não descaracteriza a importância e, muito
empresa, fazem com que exista uma séria menos, dispensa sua realização.
de técnicas e conhecimentos que
conduzem e organizam uma determinada A norma obriga a realização que algumas
atividade. Com essas características atividades para que o planejamento seja
inerentes a cada profissional e a cultura cumprido, como sendo um procedimento
organizacional da empresa acaba por ser de trabalho ou ordem de serviço.
impossibilitada a padronização nas
condutas do trabalho, principalmente Trabalho em Equipe
onde as tarefas no campo da energia A tarefa a ser desenvolvida deve ter uma
elétrica não são encaradas como sua equipe dimensionada de acordo com o
atividade fim. volume e as características da mesma.
Independentemente se a atividade tiver
Então, a NR 10 entra com o objetivo de um volume reduzido de serviço, fato que
uniformizar os aspectos de segurança no venha a possibilitar que apenas um único
desenvolvimento das tarefas neste campo, trabalhador possa desempenhá-la, a NR
de forma a padronizar, com segurança, a 10 acaba por não permitir (de acordo com
condução dos trabalhos. o item 10.7.3). Mesmo sendo uma tarefa
simples em uma instalação energizada em
Programação e Planejamento das alta tensão, outro trabalhador deve
Atividades acompanhá-lo. Pode-se considerar que
Todas as atividades realizadas em esta pessoa também tenha conhecimento
instalações elétricas podem ser e treinamento específico para poder
programadas ou contempladas com ações acessar essas instalações.
de emergência devido o surgimento de
algum problema inesperado. No SEP, As manutenções realizadas em alta tensão
devido ao fato de ser impactante ao envolvem vários trabalhadores (pelo alto
sistema a ocorrência de eventualidades, a volume de serviços) que devem ser
ação deve ser rápida. realizadas em um intervalo de tempo
reduzido. Toda equipe deve ter um líder,
Sendo possível, as intervenções devem ser pessoa destaca para exercer o comando
previamente programadas, sem levar em do grupo ou aquela que no momento tiver
conta a situação, esse planejamento deve maior nível de experiência. Por serem
constar no plano de emergência da desenvolvidas várias atividades
empresa (conforme descreve o item simultaneamente, torna-se impossível o
10.12.1). Crítica ou não, a condição de líder observar as atitudes de todos os
realização do trabalho, o planejamento envolvidos, deste modo, se faz necessário
deve ser realizado, pois uma falha pode que cada componente da equipe venha a
levar a danos as pessoas e as instalações. ter a consciência de zelar pela sua
Planejar situações de emergência nas segurança e dos demais colegas.
atividades não é perder tempo, é investir
tempo para solucioná-lo evitando agravá-
lo ou causar dano ainda maior. Para as

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102
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Comunicação realizados direta ou indiretamente no SEP.


Este item tem grande importância para a Cada trabalhador tem seu próprio com
realização dos trabalhos sendo, até comportamento, sua própria
mesmo, muito além do simples personalidade, que podem ser reduzidos
relacionamento verbal entre os ou potencializados por fatores ambientais
trabalhadores. ou de trabalho em equipe.

Sob a ótica da NR 10, é determinado que Excesso de confiança pode ser atribuído
existam equipamentos que permitem a como causa provável de acidentes no SEP,
comunicação permanente entre os a qual é oriunda da tendência de
membros da equipe com o centro de subestimar o perigo da tarefa pelo longo
operações (item 10.7.9). tempo exercendo a mesma atividade,
mesmo que tenha alto índice de perigo.
Esta questão é muito difundida nas Podemos ainda incluir nesta lista:
empresas de geração, transmissão e distração ou perda de concentração,
distribuição de energia onde existem um brincadeiras no local de serviço, descaso
centro de operações que também com as orientações normativas de
monitora as atividades dos trabalhadores segurança, desrespeito aos procedimentos
para prevenir a ocorrência de acidentes de de trabalho.
origem elétrica, inibindo até a atitudes dos
trabalhadores envolvendo mudança do Como visto a escolha de um profissional
planejamento ou até redução de passos e para desempenhar as atividades não é
itens previstos em procedimentos de tarefa fácil, mesmo que o equipamento de
trabalho. segurança individual e coletivo tenha a
sua necessidade real e utilizada, deve-se
É estabelecida pela norma a existência de também considerar que o “estado de
aparelhos de comunicação, porém não espírito” e o comportamento de equipe
especifica qual seja apenas refere-se que a tem um papel fundamental neste
comunicação deva ser permanente. A contexto.
comunicação verbal pode também
complementada pela utilização de A pressa, a distração, a agressividade, a
comunicação visual e sinalização irritação, e a competitividade somadas a
objetivando o alerta dos perigos aos estados psicológicos alteradas (comoção,
trabalhadores. Os dispositivos de depressão, insegurança), vão certamente
bloqueio, os cones, as fitas, são também interferir nas execuções dos trabalhos ou
outro tipo de auxílio. quando da ocorrência de acidentes de
pequenas ou grandes proporções. Outros
Aspectos Comportamentais fatores podem ser: uso de medicação que
Todos aqueles que desenvolvem suas altera a percepção, deficiências (visual e
atividades em instalações elétricas, seja motora), sono, cansaço, fadiga.
qualquer nível de tensão utilizado, devem
estar conscientes que ao desenvolverem o
trabalho acabam por ficar expostos aos
riscos elétricos e os adicionais. Aliados à
estes estão os agravantes relacionados ao
estresse proveniente dos trabalhos

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103 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Perfil do Trabalhador informar os empregados sobre os riscos a


Dentro da NR 10 tem a tipificação de que estarão expostos.
quatro perfis de trabalhadores:
qualificado (aquele que realizou na área A empresa deve implantar medidas
elétrica, reconhecido pelo sistema oficial preventivas e corretivas sempre da
de ensino), habilitado (previamente ocasião de acidentes (atividades
qualificado com registro no CREA), comumente executadas pela CIPA –
capacitado (capacitado por alguém Comissão Interna de Prevenção de
habilitado e trabalha sob as orientações Acidentes – e SESMT – Serviço
de alguém também habilitado) e Especializado de Segurança e Medicina do
autorizado (possui um dos três perfis Trabalho). Aos empregados cabe a
anteriores (tem anuência formal da responsabilidade às suas ações ou
empresa). omissões e ao cumprimento dos
procedimentos de segurança.
Quem é autorizado também deve
atender mais alguns requisitos: TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP
▪ Dispor de sistema de identificação Um risco pode estar presente, mas devido
dessa autorização; às precauções tomadas pode haver baixo
▪ Essa autorização deve estar nível de perigo. Por exemplo, um
discriminada no sistema de registro transformador de alta tensão apresenta
de empregados (prontuário do um perigo inerente, o de choque elétrico,
profissional); já que está energizado. Há um alto nível
▪ Ser submetido a exame de saúde de risco caso esteja desprotegido, isto é,
compatível com as atividades (NR 7 – não haja invólucros ou obstáculos, e
PCMSO); encontrar-se numa área com pessoas. O
▪ Ter realizados o treinamento básico e mesmo perigo estará presente quando o
complementar referentes aos riscos transformador estiver trancado num
do trabalho com eletricidade (Anexo cubículo no subsolo. Entretanto, para as
III – NR 10). pessoas o risco será mínimo.

Responsabilidades Técnicas de análise de risco na Geração


A NR 10 compartilha do entendimento Nesta etapa, a análise é muito abrangente
vindo da Constituição Federal onde traz a devido à diversidade de tarefas e também
orientação da solidariedade na das características particulares de cada
responsabilidade trabalhista tanto para modelo de usina. Dentro das salas de
quem contrata quanto para quem é comando as atividades possuem uma
contratado. Ressalta-se que as característica menos perigosa, sob o
responsabilidades não se resumem ao ponto de vista de segurança do trabalho,
cumprimento da NR 10 e Constituição relacionados a outras tarefas realizadas na
Federal, mas também à Consolidação das unidade geradora.
Leis do Trabalho (CLT) e os Códigos Civil e
Penal.

Quando do início da prestação dos


serviços se faz necessária uma integração
dos profissionais contratados, sendo desta
forma, o empregador responsável por

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104
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Os trabalhos desenvolvidos nas unidades também devem ser executadas mediante


geradoras podem ser tanto numa turbina análise de risco da tarefa a ser efetuada.
em movimento (inspeção rotineira) como Esta análise deve-se buscar medidas de
numa parada (em manutenção controle coletivas e individuais
preventiva). Quando a turbina estiver em necessárias, lembrando que essa atividade
operação, geralmente tem suas partes deve ser desenvolvida em equipe e com a
enclausuradas ou de difícil acesso. Mesmo participação de todos.
assim a presença da vibração pode
acarretar uma eventual queda. Como as linhas transmissão áreas de
mata, a análise de risco deve considerar a
Em sua unidade de saída, a tensão gerada possibilidade da aproximação de animais
pode variar entre 12Kv a 20Kv (podendo que porventura estejam próximos ao
ter valores menores em usinas de local. Também deve ser objeto dessa
pequeno porte). Essa energia gerada é análise, devido ao nível de tensão, a
transmitida até o transformador elevador distância de a proximidade com o circuito
através de cabos ou barramentos energizado para que seja evitado um
(blindados ou protegidos por tela). Neste choque elétrico indesejado por indução.
caso devem ser adotados cuidados para
que nenhum objeto possa ser introduzido Técnicas de análise de risco Distribuição
através da tela ocasionando choque Aérea
elétrico. Todas as tarefas nesta etapa que envolva
aproximação ou contato coma rede de
Quando da parada da unidade geradora distribuição aérea devem ser precedidas
para manutenção, uma análise prévia por medidas que previnam os riscos
deve ser feita para constatação de que elétricos e os demais riscos inerentes as
todos os dispositivos de desligamento da atividades desenvolvidas sempre tendo
unidade estejam bloqueados e sinalizados procedimentos documentados dos
evitando qualquer acionamento indevido. trabalhos auxiliando na prevenção de
Devem ser verificados todos os tipos de acidentes e a gestão dos trabalhos. Todas
bloqueios, tanto mecânicos quanto essas medidas devem ser somadas ao
elétricos, para evitar que ocorra uma controle dos riscos ambientais e demais
energização acidental provinda da ações adotadas em âmbito corporativo
subestação que está conectada a junto à pelas empresas.
saída da usina.
É fundamental a realização da Análise
Os equipamentos de uma usina são de Preliminar de Risco (APR) antes do início
grandes dimensões e necessitam de maior da atividade mapeando os riscos
atenção para movimentação, precedida existentes quando da execução dos
sempre de uma análise da capacidade e trabalhos.
condições dos equipamentos de içamento
e arraste. Os trabalhadores devem estar
atentos aos movimentos evitando
esmagamentos.

Técnicas de análise de risco na


Transmissão
Assim como toda a atividade realizada na
área elétrica, na etapa de transmissão

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CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Técnicas de análise de risco na seu nível e temperatura, mesmo que a


Distribuição Subterrânea tarefa não envolva trabalhos neste tipo de
Todo trabalhador que atua em instalações equipamento, pois o fato de ocorrer
elétricas devem adotar medidas que algum tipo de problema em seu
previnam o risco elétrico e dos riscos funcionamento pode acarretar acidentes
adicionais. Tais riscos estão associados ao ao trabalhador que estiver dentro da
choque elétrico, arco elétrico, campo subestação.
eletromagnético, enquanto os adicionais Na análise também deve contemplar
são considerados trabalhos em ambientes observação e o alerta dos trabalhadores
confinados, acentuando risco de incêndio que estejam realizando tarefas em
ou explosão. equipamentos que podem ser acionados
manual/automaticamente, os quais
Técnicas de análise de risco nas provocam ruídos que podem assustar os
Subestações envolvidos (a operação de um disjuntor)
As análises de risco devem ser começadas ou causar acidentes quando forem ligados
antes de se adentrar nas subestações. Do (ventilador de resfriamento do
lado de fora, devem ser iniciadas as transformador).
inspeções de modo geral identificando Isoladores, cabos, para-raios e demais
qualquer situação que possa colocar o equipamentos energizados devem ter suas
trabalho em perigo. Essa situação fica condições observadas. Mesmo que os
exemplificada se houver, por exemplo, maiores riscos venham de equipamentos
fogo na subestação, o qual pode ser visto energizados em alta tensão, aqueles que
do lado de fora. Isso não significa que o trabalham em baixa tensão não podem ser
trabalhador não deva adentrar no local, ignorados (painéis de serviço auxiliar,
porém serve para que medidas banco de baterias).
preventivas sejam tomadas para não o Outros riscos adicionais típicos também
expor o eventual acidente. devem ser observados: presença de óleo
Contudo, não é possível realizar toda no chão que pode causar quedas, animais
análise de risco somente do lado fora, dentro dos limites da subestação,
havia visto que na existência de grandes infiltrações de água que podem causar
subestações fica muito difícil fazê-la a diminuição das características de isolação
partir de um único ponto. Afinal, realizar dos equipamentos etc.
uma boa análise, deve-se ter uma A análise deve ser realizada e
inspeção visual detalhada de todo documentada sempre antes do início das
ambiente. atividades sendo elaborada,
Numa subestação, a análise deve preferencialmente, pelo líder da equipe
transcorrer observando e avaliando-se ou pelo trabalhador com maior
alguns fatores e condições externas, tais experiência.
como rotas de fuga desobstruídas, Este documento deve ser assinado por
condições meteorológicas, sinalização, todos os envolvidos, permanecendo na
condições do trânsito, entre outros. subestação durante toda a realização da
Adentrando a subestação, é de grande atividade, protegido de intempéries e a
importância a verificação das condições disposição para esclarecimento de
operativas e de conservação de eventual dúvida.
disjuntores e chaves seccionadoras, os
quais são os principais elementos de
manobra. Quando se tratar do
transformador a óleo, deve-se observar

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106
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Técnicas de análise de risco no Consumo acordo com a NR 17 - Ergonomia, de


A maioria das empresas que se situam na forma a permitir que ele disponha dos
fase de consumo do SEP comumente membros superiores livres para a
possuem grandes instalações, realização das tarefas.
independentemente de seu tipo, assim
sendo possuem técnicos de segurança ou Entende-se adequada como sendo
até mesmo uma área completa de minimamente segura, haja vista que a NR
segurança (SESMT). Estes profissionais 10 estabelece requisitos e condições
que atuam em grande tempo de suas mínimas. Assim sendo, não apenas devem
atividades de segurança relacionados ser previstos em projeto, como também
diretamente com a atividade fim da refletir no físico das instalações essas
empresa podendo não ter domínio dos condições de trabalho.
riscos associados ao SEP e as respectivas
medidas de controle. Postura de trabalho na Geração
Tendo em vista o porte das usinas e de
Então a análise de risco acaba requerendo seus equipamentos é muito importante a
especial atenção e estudo de suas preocupação com a postura de trabalho,
medidas de controle e técnicas mais de acordo com a NR 17, com a iluminação
apropriadas para a prevenção de que deve ser adequada, se as posições de
acidentes. trabalho são seguras, se os membros
superiores estão livres, dentre outras
POSTURA DE TRABALHO situações.
São significativos, nas atividades
realizadas no SEP, que os riscos Postura de trabalho na Transmissão
ergonômicos, os quais são relacionados à A realização das tarefas na etapa de
fatores como: biomecânicos, posturas não transmissão aérea requer dos
fisiológicas de trabalho provocadas pela trabalhadores e empresas envolvidos a
exigência de ângulos e posições análise com o objetivo de decidir qual a
inadequadas dos membros superiores e melhor postura de trabalho que será
inferiores para realização das tarefas, adotada ante as diversidades das
principalmente em altura, sobre postes e instalações. Condições adversas devem
apoios inadequados, levando a intensas ser analisadas e integrar os procedimentos
solicitações musculares, levantamento e e as análises de riscos, sempre observando
transporte de carga, etc. as orientações da NR 17 – Ergonomia.

Deve-se levar em consideração a definição Postura de trabalho na Distribuição


da Norma Regulamentadora 10 (em seu Aérea
item 10.3.10) que os projetos devem Os diversos trabalhos realizados nas redes
assegurar que as instalações de distribuição aérea podem ser
proporcionem aos trabalhadores desenvolvidos tanto no solo quanto no
iluminação adequada e uma posição de alto das escadas ou em cestas aéreas. Em
trabalho segura, de acordo com a NR 17 – todas essas situações, a condição de
Ergonomia (vide item 17.1.1). Para as postura e ergonomia deve ser observada.
instalações existentes (NR 10 item 10.4.5)
é prescrito que as atividades em
instalações elétricas devem ser garantidas
ao trabalhador iluminação adequadas e
uma posição de trabalho segura, de

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107 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Em determinadas situações existe a devem ser previstas fontes auxiliares para


movimentação de equipamentos pesados adequar o nível de iluminamento.
(postes e transformadores) exigindo força Iluminação deficiente afeta a
necessária para sustentá-los com o auxílio produtividade, a qualidade, aumenta o
de dispositivos mecânicos instalados em risco de acidentes. O contrário, o excesso
veículos. Em outras situações o de iluminação, também é prejudicial.
trabalhador necessita manter a posição
correta dos equipamentos através de Uma postura segura é aquela onde os
cordas, exigindo força adicional por parte membros superiores estão livres para a
do profissional, podendo ocasionar algum execução das tarefas, mesmo
tipo de lesão se o mesmo não estiver desempenhando esse trabalho na altura.
devidamente posicionado.
A equipe, de modo geral, deve estar
Postura de trabalho na Distribuição atenta para situações que impõe
Subterrânea condições inseguras, as quais decorrem de
Para as atividades realizadas nos sistemas espaçamentos insuficientes para a
de distribuição subterrânea podem ser realização da tarefa. Acidentes graves
identificados riscos ergonômicos nos podem ocorrer em resultado dos
acessos a poços e galerias dos trabalhos em redes elétricas onde o
transformadores onde os materiais têm trabalhador deve se esticar no alto de
sua introdução feita de modo manual. escadas devido à inexistência de espaço
Outras cargas mais pesadas, como por adequado ou interferências causadas por
exemplo, bombas d’água para máquinas ou equipamentos existentes no
esgotamento deve ser introduzidas com o local.
auxílio de tripés e guinchos evitando as
lesões por excesso de peso. Contata-se a importância do
planejamento e a método utilizado na fase
Postura de trabalho nas Subestações de projeto das instalações. Em sua grande
Nas subestações exige-se que o maioria, as tarefas realizadas na etapa de
trabalhador atue em diversas situações consumo, podem existir falhas de projeto
em condições ergonômicas diferentes. As e de execução. Assim, os esforços para
tarefas podem ser desenvolvidas no alto solucionar os inconvenientes, devem
de escadas, no solo como até mesmo em garantir a segurança e a saúde dos
ambientes subterrâneos. trabalhadores envolvidos.
Independentemente qual o local e a
condição de trabalho, aspectos PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
ergonômicos e de postura devem ser Na etapa de Geração
observados. Os procedimentos de trabalho devem
ser feitos de maneira individualizada
Postura de trabalho no Consumo para cada tipo de tarefa em cada usina,
Além de uma iluminação adequada, deve sendo que cada uma tem sua
ser garantida ao trabalhador uma postura particularidade, mesmo tendo
que permita desempenhar suas atividades características muito próximas em suas
de forma segura. Essa iluminação pode ser operações.
natural, artificial ou ainda de fontes
usadas em iluminação de emergência. No
interior de painéis, galerias de cabos,
caixas de passagem e outras instalações,

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108
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Abaixo um exemplo de procedimento de atividade para uma usina.


PROCEDIMENTO 001: SUBSTITUIÇÃO DE UM
LOGO REV. 0
AMPERÍMETRO DA UNIDADE GERADORA
1. OBJETIVO
Fazer a substituição de um amperímetro, localizado no painel da sala de controle, de uma usina
geradora.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Painel de instrumentos da sala de controle da usina X.

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.
Diagrama unifilar e trifilar atualizado do painel.
Normas regulamentadoras - 6, 10, 17 e 26.

4. COMPETÊNCIAS
Os profissionais devem ter conhecimentos de eletricidade e serem autorizados pela empresa
conforme item 10.8.8.1 da NR 10.

5. RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela execução do serviço é do setor de manutenção da usina.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS
Amperímetro de painel para substituição.

7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Ferramentas diversas, alicate amperímetro.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


Cartões de sinalização padronizados.
Cones e fita para isolamento da área

9. MEDIDAS DE CONTROLE
Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança.
Identificar o equipamento nos diagramas elétricos.

10. SEQUÊNCIA DE TAREFAS


Identificar o amperímetro a ser substituído.
Sinalizar o local de trabalho.
Com o uso de um alicate amperímetro, identificar se há corrente elétrica.
Localizar a chave de aferição.
Abrir o circuito com a chave de aferição que alimenta o amperímetro a ser substituído.
Verificar, com o alicate amperímetro, se a corrente foi reduzida a zero.
Identificar a polarização dos fios que alimentam o amperímetro.
Soltar os fios do amperímetro.
Retirar o amperímetro do painel.
Fixar o novo amperímetro.
Conectar os fios no novo amperímetro.
Fechar o circuito da chave de aferição.
Verificar se o novo amperímetro passou a medir a corrente elétrica.
Retirar a sinalização

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109 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

11. DISPOSIÇÕES GERAIS


Informar aos operadores da usina presentes na sala de controle sobre o serviço que será realizado.

12. ORIENTAÇÕES FINAIS


Ao término do serviço deve ser feita uma verificação se o valor da corrente que está sendo
apresentada no amperímetro está coerente com o valor real, através de uma medição com o alicate
amperímetro, projetada para o primário do transformador de corrente através da multiplicação pela
relação de transformação, que deve constar nos diagramas elétricos.

Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT


(nome e assinatura) (nome e assinatura)

Na etapa de Transmissão
Da mesma maneira que a análise preliminar de risco, o procedimento de trabalho também
é parte integrante das atividades do SEP, assim como determina a NR 10 em seu item
10.7.6.

A seguir é apresentado um modelo de procedimento para a etapa de transmissão.


PROCEDIMENTO 002: MANUTENÇÃO EM LINHAS DE
LOGO REV. 0
TRANSMISSÃO AÉREA DE 138KV DESENERGIZADAS
1. OBJETIVO
Padronizar os procedimentos, materiais e ferramentas utilizados nos trabalhos preliminares de
manutenção de linhas aéreas, em 138Kv, com o circuito desenergizado.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Manutenção de linha de transmissão aérea de 138 Kv.

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para a execução da tarefa.
Diagrama unifilar atualizado da área ou sistema local.
Devem ser consultado as instruções internas da empresa específicas de:
a) “Aterramento Temporário de Linhas de Transmissão e Barramentos Aéreos de Subestações”;
b) “Solicitação e Confirmação de Impedimento Operativo”;
c) “Segurança na Operação do Sistema”;
d) “Lei nº 6514, de 22/12/1977 (relativa à Segurança e Medicina do Trabalho);
e) Portaria n] 3214, de 08/06/1978, e as seguintes Normas Regulamentadoras:
NR-04: Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho;
NR-06: Equipamento de Proteção Individual;
NR-07: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
NR-09: Programa de prevenção de Riscos Ambientais:
NR-10: Instalações e Serviços em Eletricidade:
NR-12: Máquinas e Equipamentos;
NR-18: Condições e Meio de Trabalho na Indústria da Construção;
NR-24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR-26: Sinalização de Segurança
NR-35: Trabalho em Altura;
f)Portaria nº 2, de 20/05/1992 (Classificação de Cadeira Suspensa e Trava-quedas como EPI);
g)Portaria nº 26, de 29/12/1994 (Classificação dos Cremes Protetores como EPI).

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110
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

4. COMPETÊNCIAS
Os profissionais devem ter conhecimentos de eletricidade e serem autorizados pela empresa
conforme item 10.8.8.1 da NR 10.

5. RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela elaboração e revisão deste documento é do engenheiro responsável pelo
setor de Manutenção Elétrica de linhas de transmissão aérea.
A responsabilidade pela execução é do profissional da manutenção de linhas aéreas autorizado,
obedecendo à ordem de serviço.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS

7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Detector de tensão.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


Dois conjuntos de aterramento temporário.
Detector de tensão.
Cadeado e cartões de sinalização padronizados.
Fita refletiva para demarcação de área.
Bandeira para sinalização.
Cone de sinalização.

9. MEDIDAS DE CONTROLE
Seguir o procedimento estabelecido.
Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança.
Verificar as condições operativas dos equipamentos, conforme instruções do setor de Engenharia da
empresa.

10. SEQUÊNCIA DE TAREFAS


No setor de trabalho (centro de manutenção)
a) Analisar as condições de acesso do local a ser trabalhado;
b) Separar e inspecionar as materiais, ferramentas e EPI a serem utilizados;
c) Verificar as condições dos materiais de primeiros socorros;
d) Testar o veículo e equipamentos de comunicação antes da saída para o campo;
e) Testar a isolação dos bastões a serem utilizados no aterramento e para o gancho de escalada da
torre;
f) Testar a isolação da corda de escalada a ser conectada no gancho de escalada da torre;
g) Testar o funcionamento do detector de tensão;
h) Embalar os bastões e as cordas de segurança de modo que eles não se contaminem com a
umidade e poeira;
i) Acomodar todos os materiais na viatura.

No campo (local de trabalho)


Após a chegada da equipe ao local, devem ser adotadas as seguintes providências:
a) Identificar no diagrama unifilar o equipamento com o qual será feita a manutenção.
b) Testar a comunicação entre os integrantes da equipe e o centro da operação.
c) Certificar que o veículo está em local adequado e seguro, de modo a não prejudicá-lo
desenvolvimento das tarefas, observando:
-Queda de objetos sobre o veículo.
- Dificuldade de circulação do pessoal da manutenção no local.

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111 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

d) Observar possíveis condições impeditivas do local.


e) O responsável pelo serviço deve efetuar um detalhamento da atividade, comentando as etapas da
tarefa, conforme programação, ressaltando os cuidadosa serem tomadas e enfatizando os pontos
críticos da tarefa.
f) A equipe deve efetuar limpeza para colocação das ferramentas de trabalho, tomando cuidado
principalmente próximo das bases da torre, quanto à presença de cobras ou insetos.
g) Estender uma lona sobre o local limpo e descarregar do veículo as ferramentas, EPI, EPC e os
equipamentos de escalada a face da interna da torre, a fim de verificar a existência de colmeias ou
eventualmente animais.
i) Certificar no centro de operação o desligamento da linha, obtendo o número da OIE (Ordem de
Impedimento de Equipamento).
j) Montar equipamentos para trabalho de escalada. Observação: A escalada da estrutura deve ser
efetuada pela face transversal ao eixo da linha, mantendo as distâncias de segurança para as partes
energizadas.
k) Executar o teste de ausência de tensão iniciando pela fase inferior.
l) Conectar o terminal do cabo de aterramento na estrutura, escolhendo um local adequado sem a
presença de tintas, sujeira que podem isolar o aterramento.
m) Conectar os grampos de aterramento aos cabos condutores com o auxílio do bastão isolante.
n) Instalar a sinalização de “liberada” para o trabalho.
o) Repetir os itens i,j,k,l,m,n para as outras fases.
p) Desenvolver o trabalho de manutenção previsto.
q) Repetir a sequência inversa para finalizar o trabalho.
11. DISPOSIÇÕES GERAIS
Somente após a conclusão do aterramento e a sinalização de equipamento liberado é que a equipe
pode começar a manutenção.
12. ORIENTAÇÕES FINAIS
Cada usuário deve se responsabilizar pelo correto uso e manutenção dos equipamentos de
segurança e de escalada. Havendo eventuais dúvidas, deve ser consultado o Técnico de Segurança
do Trabalho ou o Engenheiro Supervisor.

Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT


(nome e assinatura) (nome e assinatura)

Na etapa de Distribuição Aérea


Toda atividade deve ser planejada antes de sua execução. Aquelas as quais são rotineiras
devem possuir um descritivo passo a passo que, recomenda-se, que sejam realizados
treinamentos formais sobre o método empregado em sua execução. As atividades fora da
rotina de trabalho devem possuir procedimentos específicos desenvolvidos por profissionais
habilitados e autorizados. Após isso, toda equipe deve ser reunida para discutir o modo de
execução antes do início da tarefa e preencher um formulário evidenciando o planejamento
realizado.
O exemplo abaixo exemplifica a realização de um trabalho num banco de capacitores instalado
na rede de distribuição aérea. A utilização destes bancos visa manter o adequado fator de
potência das redes de distribuição em alta tensão sendo instalados em pontos previamente
avaliados, fazendo com que surja uma energia reativa capacitiva na rede reduzindo
proporcionalmente a energia reativa indutiva.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

112
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 003: INSPEÇÃO EM BANCO DE CAPACITOR


LOGO REV. 0
INSTALADO EM POSTE
1. OBJETIVO
Fazer uma inspeção das condições de operação de um banco de capacitor que está instalado no alto
de um poste de rede de distribuição aérea.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Banco de capacitores existentes nos postes das redes de distribuição aérea.

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.
Diagrama unifilar atualizado da rede de distribuição.
Normas regulamentadoras - 6, 10, 17 e 26.

4. COMPETÊNCIAS
Os profissionais devem ter conhecimentos de eletricidade e serem autorizados pela empresa
conforme item 10.8.8.1 da NR 10.

5. RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela elaboração e revisão deste documento é do engenheiro do setor de
distribuição aérea.
A responsabilidade pela execução do serviço é do líder da equipe, obedecendo à ordem de serviço.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS

7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Detector de tensão, conjunto de chaves fixas.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


- Dois conjuntos de aterramento temporário.
- Cartões de sinalização padronizados.
- Cones, fitas e bandeirolas.

9. MEDIDAS DE CONTROLE
Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança.
Identificar o equipamento no diagrama unifilar.
Verificar as condições operativas dos equipamentos, conforme instruções do fabricante e setor de
Engenharia da empresa.
Utilizar o Load Buster para realizar a abertura das chaves fusíveis.

10. SEQUÊNCIA DE TAREFAS

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113 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Verificar condições das estruturas, conexões, postes, condutores, fusíveis, galhos de árvores, objetos
estranhos etc.
Comunicar a Central de Operações e aguardar autorização.
Reunir a equipe para planejar a realização da tarefa, documentado através do preenchimento de
formulário específico.
Posicionar o veículo com equipamento de forma adequada e sinalizar o local.
Aterrar o veículo.
Posicionar a escada ou cesta aérea.
Abrir a chave fusível que alimenta o banco de capacitor.
Retirar os cartuchos da chave fusível.
Desconectar os conectores de linha viva utilizando o bastão isolante.
Aguardar aproximadamente 15 minutos para dissipar a energia acumulada nos elementos
capacitivos.
Realizar teste de ausência de tensão na parte inferior da chave fusível.
Isolar, com protetores isolantes, a rede de distribuição e de iluminação pública.
Realizar a inspeção no banco de capacitor.
Retirar os protetores isolantes da rede.
Retirar a sinalização da rede.
Retirar o conjunto de aterramento temporário.
Reconectar os conectores de linha viva.
Instalar os cartuchos dos fusíveis.
Fechar a chave fusível.
Retirar o aterramento do veículo.
Retirar a sinalização ao redor do veículo.

11. DISPOSIÇÕES GERAIS


Sempre utilizar carretilha para içamento de materiais, ferramentas,

12. ORIENTAÇÕES FINAIS


Ao término do serviço deve ser feita uma verificação se o valor da corrente que está sendo
apresentada no amperímetro está coerente com o valor real, através de uma medição com o alicate
amperímetro, projetada para o primário do transformador de corrente através da multiplicação pela
relação de transformação, que deve constar nos diagramas elétricos.

Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT


(nome e assinatura) (nome e assinatura)

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114
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Na etapa de Distribuição Subterrânea identificação de riscos existentes ou


Abaixo é mostrado um exemplo atmosfera IPVS, o espaço confinado
didático para um procedimento com ou restrito somente poderá ser
o objetivo de ilustrar uma das muitas acessado por equipe especializada,
tarefas numa rede de distribuição utilizando-se de máscara autônoma
subterrânea, considerando um de pressão positiva ou com
trabalho a ser realizado em condições respirador de linha de ar comprimido
não de IPVS (Imediatamente Perigosa com cilindro auxiliar para escape,
à Vida ou à Saúde). conforme orientações do NR 33 em
seu item 33.3.4.10.
Deve ser ressaltado que quando
existe a impossibilidade da

PROCEDIMENTO 004: CONFECÇÃO DE EMENDAS


DESCONECTÁVEIS TDR – TERMINAL DESCONECTÁVEL RETO,
LOGO TDC – TERMINAL DESCONECTÁVEL COTOVELO E TBB – REV. 0
TERMINAL BÁSICO BLINDADO EM ESPAÇO CONFINADO DE
UM REDE DE DISTRIBUIÇÃOMSUBTERRÂNEA
1. OBJETIVO
Confeccionar emendas desconectáveis dos seguintes tipos:
✓ TDR – Terminal Desconectável Reto
✓ TDC – Terminal Desconectável Cotovelo
✓ TBB –Terminal Básico Blindado

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Caixa de emenda e/ou câmaras subterrâneas de distribuição de energia elétrica

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.
Diagrama unifilar atualizado da instalação.
Normas regulamentadoras - 6, 10, 17 e 26.
Manual de confecção de emendas.

4. COMPETÊNCIAS
Requisitos mínimos de treinamento para cada componente que realizará a tarefa:
Curso de NR 10 – Segurança em instalações e Serviços em Eletricidade
Curso de NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
Curso de Eletricidade Básica
Curso de Trabalhos em Redes de Distribuição Subterrânea
Curso de Confecção de Emenda Desconectável

5. RESPONSABILIDADES
O responsável técnico deve identificar a necessidade de participação de órgãos externos à empresa.
Esses órgãos de apoio podem ser autoridades de trânsito, prefeitura, polícia, entre outros. Ainda
deve reunir a equipe e providenciar equipamentos entre eles EPI, EPC, ferramentas, materiais e
veículos necessários: verificar o estado de conservação, validade do ensaio, disponibilidade e
quantidade.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS
Panos para limpeza, solvente para limpeza de cabo etc.

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CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Chave de abertura de tampões, ferramentas diversas (alicates, lanternas intrinsecamente segura,
soprador térmico, chaves de fenda, alicate de compressão hidráulica, chaves inglesas, chaves de
boca, rena etc.).

8. MEDIDAS DE CONTROLE
Riscos Medidas de Controle
Abalroamento, colisão ou atropelamento Sinalizar via e/ou local de trabalho; usar EPC
Lesão, impacto, batida e escoriações

Explosão, falta de oxigenação Verificar presença de gases, usar EPI


Queimadura Usar EPI
Ruídos Utilizar protetor auricular
Queda do eletricista Observar as condições de piso; usar EPI
Ergonômico Manter postura ergonômica
Choque elétrico Desenergizar o circuito
EPI padrão definidos pela área de segurança:
✓ Uniforme (de acordo com o risco da atividade);
✓ Botina de segurança;
✓ Capacete de segurança com jugular;
✓ Luva isolante de borracha (de acordo com o nível de tensão);
✓ Luva de cobertura;
✓ Óculos de segurança (lente incolor).

9. SEQUÊNCIA DE TAREFAS
Estacionar veículo e sinalizar via e/ou canteiro de trabalho.
Analisar a tarefa antecipadamente à execução.
Efetuar análise preliminar de risco.
Preencher a Permissão de Entrada e Trabalho (PET), realizando o procedimento de detecção de gás.
Comunicar ao responsável e/ou a Central de Operação a início das atividades.
Verificar e confirmar o bloqueio do circuito ao centro de operações.
Analisar as condições de trânsito, veículos e pedestres.
Após a liberação, os serviços seguintes devem ser executados, conforme treinamentos específicos
para cada atividade:
Inspeções nos equipamentos, cabos primários e secundários.
Confecção de emenda desconectável
✓ TDR – Terminal Desconectável Reto
✓ TDC – Terminal Desconectável Cotovelo
✓ TBB –Terminal Básico Blindado
Retirar a sinalização da via e do canteiro de trabalho.
Comunicar a Central de Operações e/ou o responsável, informando a respeito do fim das atividades.

10. DISPOSIÇÕES GERAIS


A quantidade mínima de integrantes da equipe deve ser de três eletricistas. É importante destacar
que um dos três eletricistas terá a função de vigia, conforme estabelece a NR 33, devendo
permanecer fora do espaço confinado.

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116
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

11. ORIENTAÇÕES FINAIS


Para acesso aos locais de trabalho em espaço confinado ou restrito através de escadas, andaimes,
tripés com guincho ou outros meios devem ser utilizados cinto de segurança do tipo paraquedista
com trava-quedas e linha de vida.

Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT


(nome e assinatura) (nome e assinatura)

Na etapa de Subestações
As atividades energizadas em alta tensão, conforme NR 10 devem ser executadas como base
em procedimentos de trabalho. Nas subestações, os trabalhos podem ser realizados com as
instalações energizadas ou desenergizadas, independentemente de qual situação, o
procedimento deve ser elaborado.

Sua elaboração deve ser efetuada antes do início da tarefa e por profissionais da área de
segurança do trabalho, conjuntamente com os especialistas em subestação; afinal, é
fundamental ter o conhecimento e domínio do assunto para o desenvolvimento do
procedimento, permitindo a execução das tarefas de modo seguro, observando sempre os
critérios técnicos exigidos.

O exemplo a seguir mostra um procedimento para realização do ensaio de resistência de


isolação de um transformador alimentado em 13,8Kv, da subestação de um consumidor de
energia elétrica.

PROCEDIMENTO 005: ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE


LOGO REV. 0
ISOLAÇÃO NO TRANSFORMADOR
1. OBJETIVO
Fazer ensaio de resistência de isolação no transformador desenergizado.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Transformadores existentes nas subestações da empresa X.

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.
Diagrama unifilar e trifilar atualizado da instalação.
Normas regulamentadoras - 6, 10, 17 e 26.
Manual do equipamento de ensaio.

4. COMPETÊNCIAS
Os profissionais devem conhecer subestações e serem autorizados pela empresa conforme item
10.8.8.1 da NR 10.

5. RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela elaboração e revisão deste documento é do engenheiro responsável pelo
setor de Manutenção Elétrica.
A responsabilidade pela execução da manobra é do profissional da manutenção autorizado,
obedecendo à ordem de serviço.

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117 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS
Cabos para a ligação do megôhmetro.

7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Detector de tensão, megôhmetro.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


- Dois conjuntos de aterramento temporário.
- Cartões de sinalização padronizados.

9. MEDIDAS DE CONTROLE
Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança.
Ter em mãos os dispositivos de bloqueio para aplicação nos disjuntores.
Identificar o equipamento no diagrama unifilar.
Verificar as condições operativas dos equipamentos, conforme instruções do fabricante e setor de
Engenharia da empresa.

10. SEQUÊNCIA DE TAREFAS


Desligar os disjuntores de cargas de baixa tensão.
Desligar o disjuntor geral de baixa tensão
Desligar o disjuntor geral de alta tensão.
Verificar ausência de corrente elétrica no amperímetro.
Abrir as chaves secciconadoras.
Bloquear as chaves secciconadoras.
Verificar a ausência de tensão com o detector de tensão.
Instalar conjunto de aterramento temporário antes e após o transformador.
Sinalizar os equipamentos desligados.
Realizar o ensaio de resistência de isolação conforme procedimento XPTO.
Retirar a sinalização.
Retirar os aterramentos temporários.
Religar as chaves secciconadoras.
Religar o disjuntor geral de alta tensão.
Religar o disjuntor geral de baixa tensão.
Religar os disjuntores das cargas de a baixa tensão.

11. DISPOSIÇÕES GERAIS


Informar os setores afetados pelo desligamento.

12. ORIENTAÇÕES FINAIS


Os valores anotados dos resultados do ensaio devem ser transcritos em relatório específico.
Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT
(nome e assinatura) (nome e assinatura)

Na etapa de Consumo
Abaixo é descrito um modelo de procedimento para realizar o reaperto das conexões do cabo
de alimentação do motor elétrico de um conjunto moto bomba de grande capacidade,
alimentado por 2,5Kv.

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118
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

PROCEDIMENTO 006: REAPERTO DAS CONEXÕES DO CABO


LOGO DE ALIMENTAÇÃO DE MOTOBOMBA ALIEMNTADO EM REV. 0
2,5Kv.
1. OBJETIVO
Fazer o reaperto dos parafusos de fixação do cabo de alimentação de energia elétrica do conjunto de
bombeamento de água, alimentado em 2,5Kv.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Moto bombas da estação de tratamento de água XPTO.

3. BASE TÉCNICA
Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.
Diagrama unifilar atualizado.
Normas regulamentadoras - 6, 10, 17 e 26.
Manual do fabricante da moto bomba.

4. COMPETÊNCIAS
Os profissionais devem ter conhecimento do trabalho dom SEP e serem autorizados pela empresa
conforme item 10.8.8.1 da NR 10.

5. RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela elaboração e revisão deste documento é do engenheiro responsável pelo
setor de Manutenção Elétrica.
A responsabilidade pela execução é do profissional da manutenção autorizado, obedecendo à ordem
de serviço.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS
.....
7. FERRAMENTAL NECESSÁRIO
Conjunto de chaves fixas.

8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


Conjunto de aterramento temporário.
Cartões de sinalização padronizados.
Detector de tensão.

9. MEDIDAS DE CONTROLE
Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança.
Ter em mãos os dispositivos de bloqueio para aplicação nos disjuntores.
Identificar os equipamentos no diagrama unifilar.
Verificar as condições operativas dos equipamentos, conforme instruções do fabricante e setor de
Engenharia da empresa.

10. SEQUÊNCIA DE TAREFAS

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CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Conferir que a moto bomba está liberada para intervenção.


Conferir que o disjuntor da moto bomba está desligado.
Verificar a ausência de corrente elétrica no amperímetro.
Abrir a chave seccionadora de alimentação.
Bloquear a chave seccionadora e/ou disjuntor.
Verificar ausência de tensão com o detector de tensão.
Instalar o aterramento temporário.
Sinalizar os equipamentos desligados.
Realizar o reaperto das conexões.
Retirar as ferramentas do local.
Retirar a sinalização.
Retirar o aterramento temporário.
Religar a chave seccionadora.
Religar o disjuntor da moto bomba.

11. DISPOSIÇÕES GERAIS


Informar os setores afetados pela indisponibilidade de uso da moto bomba.

12. ORIENTAÇÕES FINAIS


Deve ser elaborado relatório específico do serviço realizado.
Profissional aut. Resp. pelo procedimento Profissional do SESMT
(nome e assinatura) (nome e assinatura)

LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA A liberação dos trabalhos na transmissão


SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E USO somente pode ocorrer após a autorização
Na etapa de Geração vinda de central de operações e também
Para a liberação dos trabalhos nesta etapa do líder da equipe, o qual somente irá
devem ser observados os aspectos de fazê-la após o planejamento detalhado
segurança para trabalhos tanto com as das tarefas que serão desenvolvidas,
turbinas em movimento quanto parada sempre alertando a equipe dos riscos
para manutenção como a ciência do existentes, destacando as medidas de
centro de operações. Para as atividades prevenção que devem ser adotadas.
também deve ser dado atenção aos níveis
de tensão gerados (entre 12Kv a 20Kv), os Caso o método de trabalho exija a
quais podem ocasionar acidentes devido desenergização da rede, essa etapa deve
contatos acidentais. ser efetuada no início dos trabalhos
liberando o desenvolvimento das tarefas.
Bloqueios e sinalização são alguns dos Se as tarefas forem em linhas energizadas,
métodos utilizados para evitar somente poderão realizá-las com a
acionamentos indevidos. O mesmo inspeção dos equipamentos e dispositivos
cuidado deve ser atribuído às peças e isolantes e que apresentem condições de
equipamentos que precisam ser uso.
movimentados, protegendo os
trabalhadores contra esmagamentos.

Na etapa de Transmissão

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120
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Na etapa de Distribuição Aérea o responsável pela emissão desta


Para a realização dos trabalhos em redes permissão (item 33.3.4.5 alínea “a”).
de distribuição aérea, a liberação somente
pode ocorrer após autorização por parte Conclui-se que para os trabalhos em
da central de operações e do líder da câmaras de distribuição subterrânea, além
equipe, o qual irá planejar a tarefa com da APR (estabelecida pela NR 10), existe a
todos os envolvidos, alertando sobre os obrigatoriedade ao atendimento da NR
riscos existentes, destacando as medidas 33, na forma correta do preenchimento da
de prevenção a serem adotadas. PET e a respectivo treinamento dos
trabalhadores envolvidos num ambiente
Caso o método de trabalho adotado exija confinado.
a desenergização da rede, esse
procedimento deve ser realizado no início Na etapa de Distribuição nas Subestações
das atividades para que, somente assim, Anteriormente a liberação para trabalhar,
seja desenvolvida a tarefa. Existem deve-se realizar uma análise do diagrama
determinadas situações em que a unifilar da subestação, pois podem existir
liberação ocorre somente após a vários circuitos por onde a corrente
instalação da sinalização, a qual alerta os elétrica pode fluir, e a observação deste
envolvidos que existem trechos na rede diagrama faz com que se tenha um
que estão ainda energizados, ou conhecimento detalhado das condições do
destacando os limites de atuação dos local.
trabalhadores. Portanto, um trabalhador bem treinado
poderá conhecer exatamente o que deve
Na etapa de Distribuição Subterrânea ser feito para liberação da subestação
As atividades realizadas na etapa de para trabalho ou operação.
distribuição subterrânea requerem a
realização da análise preliminar de risco Em se considerando uma as instalações de
avaliando as situações onde os uma subestação nova, a sua liberação
trabalhadores estarão expostos a para energização somente poderá ser feita
acidentes, e assim, planejar as medidas de após alguns ensaios que atentem a sua
contenção do risco. conformidade. São recomendados alguns
testes:
Pelas características do trabalho nessa 1. Funcionamento dos disjuntores;
etapa serem realizadas em ambientes 2. Operação dos intertravamentos;
confinados, as tarefas somente podem ser 3. Medição de resistência de isolação no
efetuadas mediante a elaboração de disjuntor;
documento requerido pela NR 33 como 4. Medição de resistência de isolação
Permissão de Entrada e Trabalho (PET): nas chaves seccionadoras;
✓ “33.5.3 É vedada a entrada e a 5. Medição de resistência de isolação
realização de qualquer trabalho em nas terminações dos cabos de alta
espaços confinados sem a emissão da tensão;
Permissão de Entrada e Trabalho”. 6. Medição de resistência de isolação
nos transformadores;
Somente após a liberação de entrada é 7. Medição de resistência de isolação os
que os trabalhos podem ser iniciados. barramentos;
Lembrando ainda que somente o 8.
Supervisor de Entrada, que deve ter no
mínimo quarenta horas de treinamento, é

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121 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

1. Análise de óleo do transformador; Todos os equipamentos desligados devem


2. Verificação do TAP do ser bloqueados. Seccionadoras são mais
transformador; facilmente bloqueadas devido possuírem
3. Ensaio de relação de transformação dispositivos especiais para essa tarefa.
do transformador; Alguns disjuntores permitem seu
4. Ensaio de tensão aplicada no bloqueio, fato esse o qual deve se
barramento; possível, ser efetuado.
5. Medição de resistência de
aterramento; A constatação da ausência de tensão deve
6. Continuidade da fiação de ser realizada através da utilização de
comando, medição e proteção; detectores de tensão fixados na ponta de
7. Atuação dos relés. bastões de manobra. Como existem vários
pontos com chave amanto abertos, há a
No caso de ser uma subestação de necessidade da verificação da presença de
entrada de energia de um consumidor, tensão em vários pontos e nas três fases.
onde a concessionária irá fazer a conexão,
outros documentos podem ser exigidos a Comprovada a ausência de tensão, devem
critério da distribuidora. instalados os aterramentos temporários,
os quais devem ser planejados de forma a
Em posse de todos os ensaios realizados e manter os trabalhadores posicionados
com a documentação de resultados entre os aterramentos.
satisfatórios, é possível obter o atestado
de que as instalações estão em condições Inicia-se essa instalação pela conexão do
de operação. Para liberar a subestação terminal no ponto de aterramento e
para operação, se faz necessária a depois nas três fases (sempre com om
certificação de que não haja nenhum auxílio de bastões isolantes). Sua retirada
trabalhador, equipamento, material ou deve ser realizada na sequência inversa,
dispositivo no local. ou seja, primeiro a conexão das fases e
posteriormente a do ponto de
Em se tratando de uma subestação que já aterramento.
está em operação, a liberação para
realização de qualquer atividade num A conexão com o ponto de aterramento
ponto que esteja energizado, somente deve ser observada atentamente. Esse
pode ocorrer mediante o procedimento local deve ser o mais próximo possível da
de desenergização do local. Um malha de aterramento da subestação,
planejamento prévio identifica a preferencialmente, sem passar por
necessidade de um desligamento nenhuma emenda. Jamais conectá-la as
completo ou de somente um cordoalhas de portas ou grades, pois se
desligamento parcial (seguindo os passos ocorrer uma energização acidental, a
constantes na NR 10 em seu item 10.5.1). passagem da corrente pode ser elevada
fazendo com que provoque o rompimento
Ao considerar um desligamento completo, dessa cordoalha.
é recomendado o desligamento dos
disjuntores de carga (sendo de baixa ou
alta tensão) para posteriormente o
disjuntor geral.

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122
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Para completar o processo de Na etapa de Geração


desenergização, deve ser realizada a Os ambientes que compõem esta etapa e
sinalização do local. Recomendam-se onde se desenvolvem as atividades são
sinalizações dos locais ou trechos da caracterizados, principalmente, pela
subestação que estão desenergizados, existência de ruído em níveis acima do
alertando os trabalhadores para que não permitido, vibração e calor constantes
adentrem trechos ou locais energizados (até 43 graus nas proximidades das
inadvertidamente. Também devem ser máquinas) provocados pelo
sinalizados os equipamentos que foram funcionamento ininterrupto das U.G
desligados evitando que possam ser (Unidades Geradoras).
religados inadvertidamente.
No interior das usinas hidroelétricas nem
Contatada a desenergização da instalação, toda a tecnologia digital implantada, a
é possível a liberação para que seja qual se destina a substituir os
realizado o que foi previamente planejado equipamentos de tecnologia analógica /
para a realização da tarefa. eletrônica pelos de tecnologia digital para
o controle do processo produtivo, tem
Na etapa de Distribuição no Consumo sido capaz de contribuir para sanear os
Devido ao alto número de atividades que ambientes de trabalho, em termos da
envolvem as instalações elétricas nesta diminuição dos níveis de ruído, da
etapa, para executá-las os envolvidos regulação da temperatura ambiente e da
devem cumprir o definido na NR 10 item diminuição da vibração.
10.8 (qualificação, habilitação, capacitação
e autorização). Esses elementos de risco variam de
As tarefas devem ser executadas intensidade nos diferentes postos de
mediante ordens de serviço e trabalho, mas estão sempre presentes e
procedimentos de trabalho. Outro atingem indistintamente os trabalhadores,
requisito é que as instalações, objetos das porque são provocadas pelo
intervenções, devam possuir funcionamento constante das UG. Não há
procedimentos de desenergização e dispositivos para amenizar os efeitos da
energização. Deve ser lembrado também vibração e são insuficientes aqueles que
da necessidade de procedimentos regulam a temperatura ambiente.
específicos para cada instalação e
atividade desenvolvida. As UG são circundadas por inúmeras
galerias que dão acesso ao seu interior,
Assim, a liberação da instalação para os onde se encontra instalado o maquinário
serviços ocorre após o cumprimento do das turbinas.
processo da sequência de desenergização,
o qual é realizado após a emissão de
ordem de serviço e o preenchimento de
análise de risco que adota as medidas de
controle para execução dos mesmos. Ao
se concluírem as tarefas de intervenção e
baseado no procedimento de energização,
ocorrem a liberação das instalações para o
uso.
ACIDENTES TÍPICOS – ANÁLISE,
DISCUSSÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

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123 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Há ainda as galerias que se localizam do a intensas solicitações musculares etc),


lado externo da represa, lugares sombrios, psicossociais (elevada exigência cognitiva
úmidos e quentes, onde é comum a necessária ao exercício das atividades
presença de animais peçonhentos (cobras, associada à constante presença do risco
escorpiões e outros), abelhas, morcegos e de vida devido à exposição ao risco de
até mesmo animais que habitam as queda) e ambientais (representado pela
florestas que margeiam as barragens, tais exposição ao calor, radiação, intempéries
como gatos selvagens, grandes lagartos, da natureza, agentes biológicos etc.).
gambás e tamanduás.
Além do treinamento em serviços em
Destaca-se que a utilização de eletricidade para os profissionais deste
equipamentos de proteção, sejam eles segmento, devem ser efetivadas palestras
individuais e/ou coletivos, fará com que os e adequações de procedimentos de
trabalhadores envolvidos nas atividades trabalho.
nesta etapa as desenvolvam com
segurança. Na etapa de Distribuição Aérea
Nos serviços em redes de distribuição de
Na etapa de Transmissão energia elétrica, o ambiente de trabalho é
Analisando esta etapa, podemos constatar constituído pelas ruas. O trabalho ao ar
fatos que levam a acidentes. As livre, como alguns costumam chamar, faz
ocorrências de quedas constituem-se com que, além dos riscos inerentes às
numa das principais causas de acidentes atividades, o trabalhador se exponha a
no setor elétrico, sendo característico de todas as outras variáveis que influenciam
diversos ramos de atividade, mas muito a vida normal de qualquer pessoa,
representativo nas atividades de inclusive por manifestações da natureza.
construção e manutenção do setor de São apontados três fatores permanentes
transmissão de energia elétrica. no trabalho das equipes nos serviços em
redes aéreas de distribuição como
Acidentes com insetos tais como abelhas e condicionantes para o nível de risco da
marimbondos, ocorrem em grande parte atividade: o trabalho em altura, o trabalho
na execução de serviços em torres, por com eletricidade e o trabalho nas ruas.
exemplo. Outros tipos de animais também
podem originar acidentes, sobretudo nas Para os dois primeiros, existem condições
atividades de construção, supervisão e de controle que se não eliminam os riscos,
manutenção em redes de transmissão em pelo menos diminuem sua intensidade.
regiões silvícolas e florestais. Atenção Para o trabalho nas ruas, praticamente
especial deve ser dada à possibilidade de não existe nenhuma forma de controle,
picadas de animais peçonhentos nessas ficando por conta de recomendações de
regiões. caráter geral.
Mesmo existindo normas e padrões de
Devem ser ressaltadas também situações controle para o trabalho em altura e o
geradoras de acidentes nesta etapa, tais trabalho com eletricidade, a característica
como os fatores biomecânicos (posturas física de cada local não permite, algumas
não fisiológicas de trabalho que são vezes, o cumprimento das regras
provocadas pela exigência de ângulos e estabelecidas.
posições inadequadas dos membros
superiores e inferiores para realizar
tarefas principalmente em altura, levando

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124
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Tal fato faz com que os eletricistas Da avaliação sobre o ambiente confinado,
improvisem procedimentos por conta podem ser observados os riscos
própria. O próprio treinamento para as específicos: insuficiência de oxigênio,
atividades envolve as situações-padrões atmosferas tóxicas e incêndios ou
estabelecidas nas normas, considerando explosões. O acesso ao espaço confinado
que os postes, equipamentos e acessórios somente é permitido após a emissão da
das redes de distribuição permanecem, Permissão de Entrada de Trabalho (PET).
em cada local, de acordo com os padrões Essa permissão é válida somente para
de engenharia e que não existe nenhum cada entrada e é exigida legalmente,
fator externo de interferência. sendo a sua emissão feita pelo supervisor
de entrada, antes do início das atividades.
Mas a situação na prática é bem diferente.
Os postes, na realidade, se constituem em Cabe aos trabalhadores envolvidos neste
elementos que fazem parte da paisagem tipo de atividade conhecer todas as etapas
urbana e são utilizadas paralelamente inerentes ao desenvolvimento do serviço,
para outras finalidades, autorizadas ou levando em consideração, inclusive, as
não. O poste pode conter, além das redes possíveis alterações das condições iniciais
elétricas, também cabos telefônicos e de de trabalho. Este é um trabalho que deve
televisão, condutores, luminárias e outros ser realizado somente em equipe.
equipamentos de iluminação pública,
placas de identificação das ruas e de Na etapa de Subestações
sinalização do trânsito, cartazes e faixas O maior risco que o trabalhador que atua
de propagandas, condutores clandestinos, nas atividades nesta etapa está
etc. É também muito comum encontrar o relacionado ao choque elétrico, como
posicionamento das estruturas e também a possibilidade de ficar exposta a
equipamentos fora das especificações ocorrência de um arco elétrico. Nos
estabelecidas pelos padrões para trabalhos em altura, o agravamento de
montagem e construção de redes aéreas. um acidente por choque elétrico pode ser
maior devido a sua eventual queda.
Na etapa de Distribuição Subterrânea
Como nesta etapa os trabalhos são Outro risco típico está ligado à abertura de
efetuados em ambientes subterrâneos, os chaves seccionadoras sob carga que pode
principais acidentes nesses espaços são os causar arco elétrico, o qual dependendo
riscos atmosféricos, químicos, físicos, sua intensidade e proximidade do
biológicos, mecânicos, elétricos e trabalhador pode atingir as pessoas
ergonômicos. Por esse motivo, os próximas.
profissionais devem ter conhecimento
para reconhecer, avaliar e controlar os Para que possa evitado este tipo de
riscos inerentes aos trabalhos realizados. situação, primeiramente deve-se efetuar o
desligamento dos disjuntores existentes, e
Os trabalhadores devem ser informados após as seccionadoras.
sobre a localização e os perigos por meio
de sinalização; além disso, devem ser
adotadas medidas para impedir que os
funcionários despreparados acessem ou
trabalhem nestes espaços.

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CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Após o desligamento efetuado, deve-se constatar a efetiva abertura das três fases do circuito
que pode ser realizado verificando a Portanto, as medidas de proteção
corrente medida no amperímetro, que aplicáveis estão relacionadas
depois de aberto, deve apresentar diretamente à postura dos profissionais,
corrente igual à zero. Existem também níveis de conhecimento, capacitações e
mais algumas outras formas de verificar treinamentos, investimentos e
essa efetiva abertura, porém o mais atualizações das instalações e
importante, independentemente da equipamentos, atendendo a normas
forma, é ter certeza de que o técnicas e regulamentadoras.
desligamento foi efetivo.
No caso se trabalhar em altura, é
fundamental a utilização de
equipamentos apropriados para essa
tarefa. O risco da atividade é
potencializado pela presença da tensão
elétrica, que na ocorrência de um
acidente com eletricidade, o trabalhador
pode cair, fato que aumenta a gravidade
do ocorrido.

Na etapa de Consumo
Esta etapa é caracterizada por acidentes
ocorridos por contato com partes vivas
da instalação, e do arco elétrico que
resulta da manobra que equipamentos
sem câmara de extinção. Com o
agravamento de se trabalha em altura,
tais acidentes podem ser atribuídos a
fatores comportamentais, ambientais e
qualidade das instalações.

Aquilo que pode ser relacionado ao


trabalhador, especificamente falando,
são decorrentes do uso de drogas,
álcool, medicamentos, cansaço,
problemas familiares e financeiros,
disputas com colegas de trabalho,
desconhecimento dos riscos envolvidos,
entre outros.

A qualidade dos componentes está


relacionada com expiração da vida útil,
fadiga dos materiais, procedimentos da
manutenção e conservação da instalação
elétrica, os quais podem resultar em
acidentes.

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126
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

ESTUDO DE CASO

Dia 21 de maio de 1980, 9h30, Rua Gonçalves Dias, esquina com Rua da Assembleia, RJ. O
eletricista N.J.S, ao confeccionar uma emenda reta de cabo, manuseava uma fase já energizada
e sem isolamento, quando veio a tocar com o cotovelo direito em uma emenda de chumbo.
Como suas luvas estavam rasgadas, sofreu choque elétrico e veio a bater com a cabeça e as
costas na parede do local em que trabalhava, ficando semi inconsciente até a prestação da
assistência médica chegar ao local

1) Uma das prováveis causas do acidente é:


a) Falta de procedimento
b) Falha de material
c) Falha humana
d) Excesso de confiança

2) Quais medidas poderiam ser utilizadas para que o acidente não ocorresse e que não
possa se repetir?
a) Verificar os EPI/EPC antes da utilização.
b) Trabalhar com atenção.
c) Equipar o trabalhador.
d) Capacitar e equipar o trabalhador.

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CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ( ) Verdadeiro ( ) Falso

1) Quais são os quatros perfis do


trabalhador determinados pela NR10: 5) Assinale UMA única alternativa que
( ) Qualificado, Habilitado, Equilibrado e completa corretamente a frase abaixo.
Autorizado. Os profissionais autorizados para a
( ) Qualificado, Comedido, Capacitado e execução dos serviços somente estarão
Autorizado. ___________após devidamente
( ) Qualificado, Habilitado, Capacitado e orientados e mediante a utilização dos
Autorizado. _____________de proteção e
____________ apropriado.

2) Na análise de risco na etapa de a) Liberados, procedimentos,


consumo, sobre questões ergonômicas, a ferramental;
NR10 diz que: b) Prontos, equipamentos, ferramental;
( ) os projetos não devem assegurar que c) Liberados, equipamentos,
as instalações proporcionem aos ferramental.
trabalhadores iluminação adequada e uma
posição de trabalho segura.
( ) o importante é que o serviço seja 6) Um trabalhador autorizado, de acordo
efetuado independentemente como é com a NR- 10, foi indicado para realizar a
realizado. troca de lâmpadas em uma luminária.
( ) os projetos devem assegurar que as Qual a primeira providência relativa à
instalações proporcionem aos prevenção de acidentes contida na NR-
trabalhadores iluminação adequada e uma 10, que o trabalhador deve realizar?
posição de trabalho segura. a) Troca da lâmpada.
b) Desenergização.
c) Religar o disjuntor
3) A postura de trabalho nas Subestações d) Mapa de riscos.
_______ o trabalhador atue em diversas e) Análise de riscos.
situações em condições ___________
diferentes. As tarefas podem ser
desenvolvidas no alto de escadas, no solo NOTAS:
como até mesmo em ambientes ___________________________
____________.
( ) não exige, trabalhistas, subterrâneos. ___________________________
( ) exige, ergonômicas, submarinos. ___________________________
( ) exige, ergonômicas, subterrâneos. ___________________________
___________________________
4) Na Distribuição Subterrânea, somente ___________________________
após a liberação de entrada é que os ___________________________
trabalhos podem ser iniciados. ___________________________
Lembrando ainda que somente o
Supervisor de Saída, que deve ter no
mínimo quarenta horas de treinamento,
é o responsável pela emissão desta
permissão.

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128
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA Nota: O Trabalhador deverá permanecer


ASPECTOS GERAIS conectado ao Sistema de Ancoragem
São considerados como riscos aqueles durante todo o tempo de permanência à
que, além dos elétricos, são específicos de exposição do Risco de Queda.
cada ambiente ou processo de trabalho
que, direta ou indiretamente, possam
afetar segurança dos que trabalham com
eletricidade.

Nos trabalhos envolvendo eletricidade


existem diversos riscos e estes podem ser
identificados por meios da Análise de
Riscos (APR). A seguir alguns riscos
comuns nos trabalhos em instalações
elétricas.

Riscos Típicos no SEP e sua prevenção


Trabalho em Altura
Consiste nos trabalhos ou atividades Trabalho em Ambientes Confinados
realizados acima do nível do solo. Nas atividades que exponham os
trabalhadores a riscos de asfixia, explosão,
Nos trabalhos realizados com energia intoxicação e doenças do trabalho,
elétrica há o risco de queda que causam medidas especiais de proteção devem ser
lesões e traumas. adotadas:
1. Treinamento e orientação quanto aos
Para a realização dos trabalhos em altura riscos, à forma de prevenir e os
devem ser observadas as instruções de procedimentos adotados em situação
segurança descritas abaixo: de risco;
1. Os trabalhadores devem possuir 2. Nos serviços em que se utilizem
treinamento e orientação sobre os produtos químicos, as atividades
riscos envolvidos e possuir exames de deverão ser realizadas somente com
saúde específicos da função; um programa de proteção
2. Obrigatório o uso do cinto de respiratória;
segurança tipos paraquedista e com 3. Trabalhos em recintos confinados
trava-quedas e do capacete com devem ser precedidos de inspeção
jugular; prévia e elaboração de ordem de
3. O cinto de segurança e o capacete serviço com os procedimentos
devem ser inspecionados pelo adotados;
trabalhador antes do seu uso no que
concerne a defeito nas costuras, Monitoramento permanente de
rebites, argolas, mosquetões, molas e substância que cause asfixia, explosão ou
travas bem como quanto à intoxicação no interior de locais
integridade da carneira e da jugular; confinados, realizado por trabalhador
4. Ferramentas, peças e equipamentos qualificado sob a supervisão de
devem ser levados para o alto apenas responsável técnico.
em bolsas especiais, evitando o seu
arremesso.

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129 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

SEGURANÇA COM VEÍCULOS E


TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E Seu operador deve ter treinamento para
EQUIPAMENTOS que possa operá-lo. Ao se trabalhar com
este equipamento em circuitos
Na Etapa de Geração desenergizados (desligado, testado,
O aspecto com maior destaque refere-se à aterrado e sinalizado), o operador deve
movimentação de peças e equipamentos utilizar os EPI: capacete isolante, óculos de
de grande porte. Na usina temos os segurança, cinto de segurança
geradores que chegam a pesar centenas (paraquedista), luva de vaqueta, botina de
de toneladas requerendo um cuidado segurança e vestimenta adequada.
enorme em sua movimentação, fato que
ocorre quando da manutenção da unidade Por outro lado, em circuitos energizados
geradora. usar: capacete isolante, óculos de
Há a necessidade de se verificar se a segurança, cinto de segurança
capacidade dos dispositivos de içamento é (paraquedista), luva de cobertura, luva
compatível com a carga a ser isolante de borracha de acordo com a
movimentada, sempre da ocasião de classe de tensão, manga isolante de
qualquer tipo de movimentação. Também borracha de acordo com a classe de
verificar as condições das cintas, cabos de tensão, botina de segurança e vestimenta
aço, olhais e outros acessórios. adequada.

Na Etapa de Transmissão Regras básicas para trabalho com cesta


Como os trabalhos realizados nesta etapa aéreo:
são em sua maioria em lugares de difícil 1. Nunca movimentar o veículo com o
acesso (florestas, rios e regiões de mata operador dentro da cesta;
fechada), o transporte de pessoas e 2. Nunca subir duas pessoas no mesmo
materiais acaba por se tornar uma tarefa compartimento da cesta aérea;
crítica, podendo ser realizado através de 3. Nunca apoiar escadas dentro do
veículos, helicópteros, animais e até compartimento de pessoas da cesta
mesmo a pé. aérea;
Em função desses motivos, existe a 4. Respeitar o limite de peso estipulado
recomendação da utilização de veículos pelo fabricante do equipamento;
que possuam características de 5. Os niveladores de piso devem ser
trafegarem em terrenos irregulares acionados e apoiados firmemente no
(tração nas quatro rodas, entre outras solo.
funcionalidades). A amarração dos
equipamentos deve ser reforçada para
que não provoque acidentes.

Na Etapa de Distribuição Aérea


Além de transportar os trabalhadores para
tarefas na rede de distribuição aérea,
devem ser seguidas as boas práticas de
segurança orientadas pelas leis de trânsito
e o cuidado com o veículo. Atenção
especial deve ser prestada ao trabalho
com veículos providos com as chamadas
“cestas aéreas”.

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130
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Ao se efetuar trabalhos próximos ou ao Para se transportar pessoas devem ser


contato com redes energizadas, aterrar seguidas as regras de trânsito vigentes e
sempre o veículo prevenindo contra os limites do veículo (carga suportada e
choques elétricos acidentais de partes número de passageiros).
metálicas do veículo com os pontos
energizados. O aterramento deve ser Em relação aos materiais e equipamentos
conectado com o neutro geral do circuito ponderações devem ser feitas
de distribuição, e na falta deste, através relacionadas às particularidades desta
do “trado” (haste provisória de etapa:
aterramento) que facilita a passagem de 1. Equipamentos sensíveis podem ser
corrente elétrica quando surgir uma danificados ou perderem a precisão
resistência dielétrica muito baixa, durante devido a fortes impactos;
diminuindo o risco do choque elétrico das 2. Alguns equipamentos não são
pessoas que trabalham no solo, próximas projetados e nem fabricados para
ao veículo ou em contato com ele. trabalharem ao tempo (devem ser
transportados em veículos fechados);
A cesta aérea tem seu funcionamento 3. A carga dos equipamentos deve ser
dependente do sistema hidráulico. Deve adequadamente posicionada de
ser feita inspeção rotineira no mesmo forma simétrica de acordo com o
para que se tenha confiabilidade no espaço disponível.
funcionamento deste equipamento, como
também no estado geral do veículo, para Na Etapa de Consumo
que esteja em condições plenas de Ao se transportar pessoas e equipamentos
trabalho. devem-se considerar os riscos
característicos das vias e veículos
Em manobras, verificar sempre a utilizados. É requisito fundamental a
proximidade com árvores, cabos, túneis, observação do centro de gravidade dos
passagens baixas, etc. Na operação da equipamentos e materiais, bem como sua
cesta aérea, devem ser observados a correta fixação. Se for necessário, um
correta sinalização da via quanto à reforço deve ser utilizado evitando o
projeção do braço da cesta, de fios e funcionamento da carroceria do veículo.
árvores no local de trabalho. Também é
recomendado que houvesse um segundo O transporte de componentes especiais
operador próximo aos comandos de (bobinas de cabo, transformadores,
emergência localizados na base da cesta, disjuntores a óleo, etc.) devem receber
para no caso de falha, possa ser iniciada atenção especial relacionada as
prontamente uma manobra no solo. amarrações, deslocamentos involuntários,
ou ainda vazamentos de óleo isolante.
Na Etapa de Distribuição Subterrânea Podem existir situações que agravem a
Devem ser seguidas as regras de trânsito condição de risco ao dirigir alterando
vigentes. Um cuidado especial deve ser percepção e coordenação motora do
observado é providenciar fixação dos motorista (cansaço, ingestão de bebidas
equipamentos objetivando a não ou drogas, medicamentos).
movimentação dos mesmos durante o
transporte, os quais, se movimentando,
podem atingir os ocupantes do veículo.

Na Etapa de Subestações

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131 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Seja a distância pequena de deslocamento ser montado de acordo com o sugerido


é proibido o transporte de pessoas em abaixo:
caçambas ou carrocerias, aquelas Com a escada ainda no chão e com o
destinadas exclusivamente ao transporte auxílio do bastão ou vara telescópica,
de cargas, conforme as leis de trânsito. fazer a ancoragem num ponto fixo acima
Outro fato é ser dada atenção especial do local de trabalho. Este ponto pode ser
também aos transportes de ferramentas e constituído de um acessório ou
equipamentos de proteção individual e abraçadeira previamente analisado
coletiva, os quais devem sempre estar conforme PTA (Permissão para Trabalho
acondicionados em caixas específicas, em Altura), o qual deve suportar peso e
protegidos e fixados, evitando assim impacto caso ocorra uma queda.
danos físicos e das características de
isolação dos mesmos.

TREINAMENTO EM TÉCNICAS PARA


REMOÇÃO, ATENDIMENTO E
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS.

Sistema integrado de integrado de


Resgate Após essa etapa, a corda deverá ser
Conforme é estabelecido pela NR 35, toda passada no mosquetão que está fixo no
atividade a ser realizada com uma ponto de ancoragem descendo
diferença de nível maior ou igual a 2,0m novamente de tal forma que uma de suas
em relação ao piso, onde haja risco de pontas fique acomodada na sacola e outra
queda, devem ser adotadas técnicas de fixa na escada. A extremidade da corda
resgate para o trabalhador. deve ser fixada no segundo degrau de
Em atendimento a esta obrigatoriedade baixo para cima, usando um nó do tipo
da NR 35 (Trabalho em altura), é fiel, não realizando nenhum outro tipo de
verificada a necessidade de se empregar nó sobreposto a este, conduzindo assim, a
um método normalmente denominado corda através de um mosquetão fixado na
“sistema integrado de resgate”, que parte superior do montante da escada por
contempla a ancoragem superior e meio de uma fita de ancoragem e
inferior, corda para retirada da vítima, mosquetão.
além de equipamento para descida ou Então a escada deve ser levantada
subida, aliviando o peso em relação à acomodando-a no poste de forma
distância. Estes equipamentos devem adequada e conforme procedimento
estar montados e terem condições de uso descrito na APR da empresa. Sua
antes do início dos trabalhos, bom como inclinação adequada é realizada
cada trabalhador também estar treinado verificando-se o afastamento de um
para aplicação do método. quarto da altura da escada entre a base do
A seguir temos alguns exemplos da poste e o ponto de apoio da escada no
aplicação deste sistema em situações solo.
diversas de trabalho em altura.

Resgate em Escada
Antes do início da subida, o sistema
integrado de linha de vida e resgate deve

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132
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

O equipamento de frenagem deve ser


instalado na parte inferior do poste de O resgate
modo que fique ergonomicamente Um dos primeiros passos é o acionamento
confortável o seu manuseio pelo da equipe de emergência médica, pois
resgatista, por meio de fita tubular de enquanto o resgate é realizado, o socorro
ancoragem e mosquetão, deixando a já estará a caminho. Em seguida é a
corda de segurança ou linha de vida certificação de que o ambiente está
tracionada, ficando deste modo, um seguro para a subida, se assim for
sistema integrado de resgate. necessário para o resgate.

Para se realizar o trabalho, somente um O único momento em que é permitida a


único trabalhador deverá fazê-lo, permanência de dois trabalhadores
ressaltando a necessidade de que o simultaneamente em uma mesma escada
mesmo esteja devidamente treinado é quando da necessidade de descida de
(conforme subitem 35.3.2 da NR 35). Este um integrante da equipe em função da
profissional, portando cinturão ocorrência de algum acidente. Neste
paraquedista, já no início de sua subida momento o integrante da equipe que está
deverá conectar-se com a linha vida ou no solo passa a ser denominada resgatista.
corda de segurança juntamente com o uso Caso haja a necessidade do acesso à
de um dispositivo trava-quedas para vítima para a remoção de algum obstáculo
corda, utilizando esse dispositivo sempre que venha a impedir a sua descida, então
acima do ponto de ancoragem de seu o resgatista deverá subir após sua conexão
cinturão (como por exemplo, a altura do com a linha de vida.
seu ombro), fazendo com seu fator de
queda seja próximo a zero. Um exemplo desta situação é quando
houver a necessidade de desenroscar a
Ao chegar à altura adequada para realizar perna de uma vítima do degrau da escada
suas tarefas, deve manter-se ancorado ao ou soltar o talabarte de posicionamento,
trava-quedas, também se posicionando deste modo à vítima fica somente
num fator de queda próximo à zero, ancorada pelo trava-quedas no sistema
utilizando-se de talabarte de integrado de resgate.
posicionamento para dar o início à sua
atividade. O talabarte de posicionamento O resgatista quando chega ao solo e
não deve ser trançado entre os degraus da liberando-se da linha de vida, começa a
escada, pois este dispositivo tem a função descida da vítima através do sistema de
de proporcionar uma postura adequada e frenagem ancorado no poste, mantém
inclinação segura para a realização da também a velocidade contínua e lenta, e
tarefa. Ele pode circundar o poste ou os de forma segura, faz com que a vítima
montantes da escada, pois não possui esteja totalmente no solo. Em seguida,
função de amparo a queda. libera a vítima dos equipamentos e realiza
as primeiras ações de socorro, de acordo
O integrante da equipe que permanece no com procedimentos da empresa até a
solo tem a obrigação de estar vestido com chegada do atendimento especializado.
o cinturão paraquedista e também o
trava-quedas, pois assim estará pronto
para agir em caso de emergência, porém
não deve portar o talabarte de
posicionamento.

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CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Resgate em Andaime
De acordo com a NR 18 (Trabalhos na É imprescindível que, antes do início da
Indústria da Construção) estabelece atividade, seja montado o sistema
características específicas para trabalhos integrado de resgate com linha de vida,
em andaimes. O destaque fica por conta conforme deve ser estabelecido na APR
da existência de escada de acesso dos dois como também na PTA.
lados, oferecendo assim facilidade para
subir ou descer. Sua montagem deve ser Independentemente de o circuito estar ou
manual, não empregando o uso de não energizado, após a realização todos os
ferramentas, a qual pode ser horizontal ou procedimentos que antecedem a escalada
vertical. ou a subida do primeiro trabalhador,
tomando como referência que o primeiro
Atualmente as emergências para o trabalhador irá fazer a escalada, deva
trabalho em altura estão vinculadas à NR levar presa a seu cinturão a corda que será
35, seguindo-se também da PTA usada exclusivamente para montar o
(Permissão de Trabalho em Altura) e do sistema integrado de resgate.
treinamento das equipes de acordo com o
cenário de trabalho. Esse profissional deve escalar a torre, de
acordo com o definido na APR e na PTA,
que será por meio de das pedaleiras
fixadas no canto da torre, ou por outro
ponto de acesso, utilizando cinturão
paraquedista e seu talabarte tipo Y. sua
escalada deve ser iniciada sempre
ancorando-se em dois pontos distintos
Ressalta-se que em qualquer atividade com a técnica de somente desprender um
que envolva trabalho em altura utilizando gancho do talabarte depois que o outro
andaime devem ser usados o sistema esteja ancorado, mantendo-os sempre
integrado e a técnica para resgate como que possível acime da conexão do seu
mostrado acima. cinturão paraquedista.

Resgate em Torre de Transmissão


Em face de particularidade dos trabalhos
em linhas de transmissão, ainda mais
agravada por geometria e localização das
torres, o resgate de uma vítima passa a
requerer cuidados peculiares, incluindo
até mesmo o tempo para o resgate desta
vítima. Existem situações adversas
advindas da configuração das torres de
transmissão como mostrado abaixo.

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134
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Esse trabalhador deverá estar portando o Segundo passo: verificar se o ambiente


seu talabarte de posicionamento e o seu está seguro para a realização do resgate
trava-quedas, porém não o usar na subida, ou se é necessário tomada de uma outra
o qual deverá ser orientado pela equipe ação de emergência para proporcionar
de trabalho quanto ao seu condições apropriadas.
posicionamento e direcionando-o até o
ponto em quem será realizada a Neste momento, o integrante da equipe
ancoragem para montagem do sistema que está no solo passa a ter uma
integrado de resgate. Realizada através de fundamental importância, pois o
técnicas especiais, esta ancoragem deve sincronismo com o outro trabalhador que
ficar acima do ponto de trabalho fará a ancoragem é essencial. O
utilizando equipamentos que resistam às trabalhador que está na torre, neste caso,
abrasões e suportem impactos com a vítima conecta o trava-quedas da
intermitentes e contínuos. No solo, deve vítima com o sistema integrado de resgate
ser fixado o sistema de frenagem, criando soltando qualquer outro equipamento que
um desvio de necessário. possa estar usando como ancoragem.

Os demais trabalhadores que não farão a Os outros componentes da equipe


escalada, após a fixação de todo sistema localizados no solo devem permanecer
integrado de linha de vida e resgate, atentos à manobra realizada na torre, e
deverão utilizar todos os seus quando estiver certificado que a vítima
equipamentos de segurança para está ancorada somente pelo trava-quedas,
deslocamento e trabalho de acordo com deve iniciar a descida.
sua atividade.
Um dos trabalhadores do solo deve descer
O resgate a vítima usando sistema de resgate
Normalmente as equipes que integrado e frenagem. Deve ser mantida
desenvolvem as atividades nas linhas de uma velocidade contínua e lenta, através
transmissão são compostas minimamente de um equipamento apropriado,
por quatro profissionais. A técnica controlando a descida até a chegada total
mostrada a seguir leva em consideração da vítima ao solo.
este número.
Outro trabalhador, o qual também está no
Nesta situação existem dois deles no solo solo, com a sobra da corda traciona-a para
e os outros estão no alto da torre realizar algum desvio de obstáculo
realizando seus trabalhos. Ao ocorrer à durante a descida, se necessário. Em
necessidade de um resgate de um dos seguida libera os equipamentos da vítima
trabalhadores no alto da torre, devem ser e realiza os primeiros socorros, sempre de
observadas as orientações a seguir, acordo com os procedimentos de
mobilizando-se a equipe de acordo com o empresa, até a chegada do serviço
procedimento da empresa realizando a especializado.
descida/resgate do trabalhador:

Primeiro passo: acionamento da equipe


de emergência médica que estará a
caminho enquanto o resgate é realizado.

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CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

provendo um ponto de ancoragem. Este


equipamento deve ter travas nos pés para
evitar seu fechamento, mesmo tombado,
e um ponto de ancoragem para colocação
do guincho de resgate.

Resgatem em Trabalho Subterrâneo


Conforme visto anteriormente, para poder
executar atividades em espaços
confinados, se faz necessário a adoção de O guincho de resgate deve ser acoplado
medidas que visam mitigar condições ao tripé dispondo de corda provida de
inseguras as quais existem neste tipo de gancho ou mosquetão para içamento. No
local de trabalho. Para tanto, os mecanismo deve haver a instalação do
trabalhadores devem ser qualificados e sistema de travas retrocedam no
possuir treinamento em NR 33 (Trabalhos momento de suspensão. Em se tratando
em Espaços Confinados). de instalações elétricas, a linha de vida
será realizada com corda de poliamida
(esta fibra é má condutora de
eletricidade). Pode ser ainda considerada
a utilização de escada para acessar o
espaço confinado, evitando assim, a
suspensão contínua dos profissionais
envolvidos na entrada ou saída.
Para os trabalhos em redes de distribuição
subterrânea de energia elétrica nos A corda do guincho deve ser conectada ao
trabalhos realizados no SEP em espaços cinturão paraquedista do trabalhador
confinados devem ser contar com a através do mosquetão ou gancho para
participação de, no mínimo, três descer ou subir apenas para
trabalhadores, sendo que um deles deve acompanhamento da ação, pois quem
atuar como vigia ficando do lado de fora ampara a queda é a linha de vida e o
do espaço confinado com a função trava-quedas. O guincho para resgate
exclusiva de monitorar o trabalho dos deve acompanhar o acesso do
demais componentes da equipe. Assim há trabalhador, pois se o mesmo tiver um
a existência de dois trabalhadores que são mal súbito num desses momentos, o vigia
autorizados e o terceiro atua como vigia. fará o resgate, içando-o para o ambiente
Todos devem estar aptos a atuar, em uma externo.
emergência, como resgatista.

Anteriormente a entrada no espaço


confinado, um sistema de ancoragem, que
deve ficar acima do ponto de acesso, deve
ser montado, sendo capaz de suportar as
ações de queda, suspensão, abrasão e
impacto. É utilizado neste exemplo um
tripé apropriado para esse tipo de acesso

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136
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

Aqueles trabalhadores autorizados a


ficarem no espaço confinado devem
portar seus EPI, neste caso, o cinturão
paraquedista e o trava-quedas. Porém o
vigia não deverá usar estes equipamentos,
pois independentemente do que ocorra
no espaço confinado, ele, em hipótese
alguma, deve acessar o local.

Finalizado o processo de descida e ao


chegar ao local de trabalho, os
profissionais podem desconectar o
guincho ou mosquetão do cinturão
paraquedista, do mesmo modo o trava-
quedas, tendo uma maior mobilidade para
iniciar suas atividades.

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137 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

ESTUDO DE CASO
Um homem ficou gravemente ferido após levar um choque elétrico. De acordo com o Corpo de
Bombeiros a descarga elétrica de 13,8Kv atingiu o braço e saiu pela perna esquerda da vítima.
Ele trabalhava preso ao poste por uma corda improvisada. “Provavelmente isto evitou a queda
que poderia ter sido fatal nesta altura”, informou uma testemunha. Como medida de
segurança, a rede foi desligada para o salvamento. Ele foi socorrido ao hospital.

1) Analisando o caso, o improviso de equipamento de proteção individual, mesmo evitando


a queda fatal do trabalhador, foi adequada para a realização da atividade?
( ) Certo
( ) Errado

2) Quais medidas podem ser efetuadas para que esse tipo de ocorrência não venha a se
repetir?
a) Procedimento de trabalho e trabalhar com calma
b) Supervisão e treinamento em NR 33.
c) Somente capacitação.
d) Capacitação, uso correto do EPI

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

138
CAPÍTULO 04 – SEGURANÇA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO fatores que podem levar a riscos de


acidentes nos serviços em eletricidade.
1) Assinale os trabalhos associados à ( ) Verdadeiro
distribuição aérea: ( ) Falso
( ) verificação da presença de gás na
câmara de transformação
( ) poda de árvore 6) No que diz respeito aos sistemas de
( ) manutenção de transformadores em distribuição de energia elétrica.
postes Conforme a norma regulamentadora NR-
( ) inspeção de linhas por termo visão 10, é vedado o uso de adornos pessoais
em helicóptero nos trabalhos com instalações elétricas
( ) instalação de medidores de energia ou em suas proximidades.
elétrica em residências ( ) Certo
( ) Errado

2) Considerando as técnicas para análise


de risco no SEP, podemos afirmar que 7) Suponha que um trabalhador
áreas confinadas e/ou sujeitas a experiente em serviço com eletricidade
acentuado riscos de explosão ou incêndio constate evidências de riscos graves e
são riscos adicionais estabelecidos pela iminentes para sua saúde na execução de
NR10. determinado trabalho que realiza em
( ) verdadeiro ( ) falso uma instalação elétrica. Apesar desse
fato, por ser experiente e conhecedor da
instalação, o trabalhador continuou com
3) Para execução de tarefas na o trabalho, até a sua conclusão, quando
distribuição de energia elétrica então comunicou as constatações a seu
subterrânea, pertencentes ao SEP, supervisor imediato. Nessa situação, é
assinale a alternativa correta que correto afirmar que o trabalhador
estabelece as capacitações que o deveria ter interrompido a execução do
profissional deve possuir: serviço, exercendo o direito de recusa ao
( ) NR 10 básico serviço em função dos perigos iminentes
( ) NR 10 complementar a sua integridade física.
( ) NR 33 ( ) Certo
( ) todas as alternativas ( ) Errado

4) Conforme é estabelecido pela NR 35, NOTAS:


toda atividade a ser realizada com uma ___________________________
diferença de nível maior ou igual a 2,0m
em relação ao piso.
___________________________
( ) Verdadeiro ( ) Falso ___________________________
___________________________
___________________________
5) Os aspectos comportamentais, tais
como; fofoca; stress; pressão da
___________________________
liderança; problemas familiares, não são ___________________________

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139 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

ESTUDO DA NR 10 - SAÚDE

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

140
CAPÍTULO 01 – NORMAS

CAPÍTULO 01 – NORMAS
Normas Regulamentadoras Um atendimento de emergência deve ser
As Normas Regulamentadoras - NR, prestado sempre que uma vítima não tiver
relativas à segurança e medicina do condições de cuidar de si própria evitando
trabalho, são de observância obrigatória que fique em risco de morte ou
pelas empresas privadas e públicas e pelos agravamento da situação enquanto não
órgãos públicos da administração direta e chega à ajuda específica. A rapidez no
indireta, bem como pelos órgãos dos atendimento é o fator principal e o
Poderes Legislativo e Judiciário, que socorrista imediato deve estar preparado
possuam empregados regidos pela e consciente disso fornecendo, deste
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT modo, um atendimento adequado.

Normas relacionada a NR- 10 (Saúde): NR 10 – Segurança em instalações e


✓ NR 07 serviços em eletricidade
✓ NR 17 Na NR 10 em seu tópico 10.12 (Situações
de emergência), são definidos que as
Introdução empresas devem criar ações em seu plano
Em qualquer situação ou atividade as de emergência as quais sejam voltadas
pessoas estão expostas aos riscos e para a área elétrica. Essas ações incluem o
também sujeitas a ferimentos e atendimento ao acidentado e o método
traumatismos causados por acidentes. de resgate padronizado e adequado à sua
Várias vítimas de acidentes acabam atividade.
morrendo ou sofrendo danos irreversíveis
por não terem recebido os devidos De acordo com seu item 10.8 (Habilitação,
cuidados a tempo ou por não terem Qualificação, Capacitação e Autorização
recebido atendimento de forma dos trabalhadores), os profissionais devem
adequada. estar aptos a prestarem esses primeiros
socorros ao acidentado, especificamente
Por essa razão é de suma importância que por meio de reanimação
os profissionais devam receber cardiorrespiratória, assim como também o
orientações e treinamentos sobre os resgate:
cuidados e os procedimentos que visam
evitar os acidentes de trabalho. Destaca- 10.12.1 As ações de emergência que
se também que quanto maior a ênfase na envolva as instalações ou serviços com
prevenção, menor será o número de eletricidade devem constar do plano de
acidentes. emergência da empresa.

Para auxiliar uma pessoa que é vítima de 10.12.2 Os trabalhadores autorizados


acidentes, é necessário saber prestar devem estar aptos a executar o resgate e
socorro adequado e eficaz, dominando as prestar primeiros socorros a acidentados,
técnicas de primeiros socorros. Esses especialmente por meio de reanimação
primeiros socorros são definidos como cardiorrespiratória.
sendo os procedimentos de emergência
que devem ser aplicados na pessoa cujo
estado coloca sua própria vida em perigo.
Visa manter os sinais vitais e evitar que
seja agravado seu estado até que possa
receber assistência especializada.

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141 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

10.12.3 A empresa deve possuir métodos Eles são conhecidos por publicar diretrizes
de resgate padronizados e adequados às sobre doenças cardiovasculares e
suas atividades, disponibilizando os meios prevenção, padrões de suporte básico de
para a sua aplicação. vida e suporte cardíaco avançado de vida
(ACLS) e, em 2014, publicaram suas
NR 07 – Programa de Controle Médico de primeiras diretrizes para a prevenção de
Saúde Ocupacional derrames em mulheres. Eles são
De acordo com a Norma regulamentadora conhecidos também por operar uma série
nº 7 em seu item 7.5.1, relacionado aos de campanhas de serviço público
primeiros socorros, recomenda que: altamente visíveis a partir da década de
1970, e também operam uma série de
Todo estabelecimento deverá estar eventos de angariação de fundos. Em
equipado com material necessário à 1994, o Chronicle of Philanthropy, uma
prestação dos primeiros socorros, publicação do setor, divulgou um estudo
considerando-se as características da que mostrou que a American Heart
atividade desenvolvida; manter esse Association foi classificada como a quinta
material guardado em local adequado e "instituição de caridade / organização sem
aos cuidados de pessoa treinada para esse fins lucrativos mais popular da América".
fim.
A associação foi listada como a 22ª maior
Ministério da Saúde instituição de caridade pela Forbes em
É o órgão do Poder Executivo Federal 2018. A missão da organização, atualizada
responsável pela organização e elaboração em 2018, é "Ser uma força implacável
de planos e políticas públicas voltados para um mundo de vidas mais longas e
para a promoção, prevenção e a saudáveis".
assistência à saúde dos brasileiros.

American Heart Association


A American Heart Association (AHA) é
Omissão de Socorro – Código Penal
uma organização sem fins lucrativos dos
Brasileiro 135
Estados Unidos que financia a pesquisa
Art. 135 - Deixar de prestar assistência,
médica cardiovascular, educa os
quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
consumidores sobre uma vida saudável e
à criança abandonada ou extraviada, ou à
promove cuidados cardíacos apropriados
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
em um esforço para reduzir incapacidades
ou em grave e iminente perigo; ou não
e mortes causadas por doenças
pedir, nesses casos, o socorro da
cardiovasculares doença e acidente
autoridade pública:
vascular cerebral. Originalmente formado
Pena - detenção, de um a seis meses, ou
na cidade de Nova York em 1924 como a
multa.
Associação para a Prevenção e Alívio da
Doença Cardíaca, atualmente está sediada
em Dallas, Texas. A American Heart
Association é uma agência nacional de
saúde voluntária.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

142
CAPÍTULO 01 – NORMAS

Parágrafo único - A pena é aumentada Objetivo


de metade, se da omissão resulta lesão Ter conhecimento e orientações básicas
corporal de natureza grave, e triplicada, na prestação de atendimento
se resulta a morte. temporário e imediato de uma pessoa
Condicionamento de atendimento que está ferida ou adoeceu
médico-hospitalar emergencial (Incluído repentinamente.
pela Lei nº 12.653, de 2012).

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota


promissória ou qualquer garantia, bem
como o preenchimento prévio de
formulários administrativos, como
condição para o atendimento médico-
hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei
nº 12.653, de 2012). Socorrista
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 A função do socorrista é:
(um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº ▪ Manter a vítima viva até a
12.653, de 2012). chegada do socorro.
Parágrafo único. A pena é aumentada ▪ Evitar causar o chamado 2º
até o dobro se da negativa de trauma, isto é, não ocasionar
atendimento resulta lesão corporal de outras lesões ou agravar as já
natureza grave, e até o triplo se resulta a existentes.
morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de
2012). Suporte básico de vida
Maus-tratos

Conceitos e Definições
Os Primeiros Socorros constituem-se no
Riscos imediatos à vida que devem ter
primeiro atendimento prestado à vítima
atuação rápida do socorrista
em situações de acidentes ou mal súbito,
▪ Paradas cardiorrespiratórias
por um Socorrista, no local do acidente.
▪ OVACE (Obstrução das vias
áreas)
▪ Grandes hemorragias
▪ Estado de choque

Perigos de uma parada


cardiorrespiratória
▪ Morte Clínica (começa após 3
min)
▪ Morte Cerebral (irreversível)

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143 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

Abordagem à vítima
▪ Acione os sistemas de
emergência
▪ Verifique a segurança
▪ Realize a análise primária
▪ Não mexa nas vítimas
desnecessariamente
▪ Acalme e converse com a vítima
▪ Não administre líquidos ou
medicamentos
▪ Aguarde a chegada do socorro

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144
CAPÍTULO 01 – NORMAS

ESTUDO DE CASO
Na garantia do bem estar e da saúde humana, foram desenvolvidos uma série de
procedimentos básicos que podem garantir pronto atendimento aos pacientes que sofrem de
determinados problemas. Considerando casos simples como cortes, queimaduras, desmaios,
entre outros sintomas e condições de saúde, os primeiros socorros foram elaborados com
intenção de auxilio rápido, sendo aplicados nestes e em outros casos de saúde para garantir o
bem estar dos pacientes.
Considerando alguns procedimentos mais populares, os primeiros socorros são processos de
emergência que devem ser aplicados a vítimas para manter sinais vitais, evitando o
agravamento de diferentes quadros de saúde.
Seu principal objetivo é realizar um atendimento inicial de emergência que pode preparar o
mesmo para um atendimento especializado, evitando um mal súbito durante o caminho até
um hospital ou clínica especializada.
Os primeiros socorros são aplicados principalmente a vítimas de acidentes, mal súbito ou em
perigo de vida.

Rafael que estava de plantão em sua empresa, era brigadista, numa sexta-feira aconteceu um
grave acidente com um operador de máquinas, onde imediatamente Rafael foi comunicado a
prestar o primeiro atendimento e temporário até a chegada de um socorro profissional.

Essas providências são:


I - Fazer uma rápida avaliação da vítima.
II - Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a
utilização de técnicas simples.
III- Acionar corretamente um serviço de emergência local.

Está correto o que se afirma em:


a) III, apenas;
b) I e II, apenas;
c) I e III, apenas;
d) II e III, apenas;
e) I, II e III.

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145 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 01 – NORMAS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ___________________________


1) Complete a frase com as alternativas
___________________________
abaixo; ___________________________
Os primeiros socorros constituem-se na ___________________________
_______ e assistência médica imediata, ___________________________
no primeiro atendimento prestado à
pessoa (vítima) em situações de
___________________________
________ ou mal súbito, por um _______, ___________________________
no local do acidente até chegada de ___________________________
ajuda _________. ___________________________
a) Prestação, emergência, atendente,
voluntária ___________________________
b) Prestação, acidentes, socorrista, ___________________________
profissional ___________________________
c) Constatação, acidentes, atendente,
voluntária
___________________________
d) Constatação, emergência, socorrista, ___________________________
profissional ___________________________
___________________________
2) Qual é o órgão do Poder Executivo
___________________________
Federal responsável pela organização e ___________________________
elaboração de planos e políticas públicas ___________________________
voltados para a promoção, prevenção e a ___________________________
assistência à saúde dos brasileiros?
a) Organização Mundial da Saúde ___________________________
b) Sistema Único de Saúde ___________________________
c) ACGIH ___________________________
d) Ministério da Saúde
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
__________________________

NOTAS:

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146
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS socorrista, todas são descartáveis e de uso


Os materiais de primeiros socorros, único.
podem diferenciar entre as empresas, por
conta de suas funções e características das
atividades desenvolvidas, porém, não as
desobrigas de manter um Kit de primeiros
socorros em seu estabelecimento.

Óculos de Segurança
Devem ser utilizados para evitar o contato
de gotas e partículas contaminadas da
vítima com os olhos do socorrista e a
transmissão de algumas doenças. Caso o
socorrista utilize óculos de grau, deverá
continuar utilizando-o com a ressalva de
Luvas Descartáveis não proteger igualmente, os óculos
Luvas descartáveis são luvas de uso único encontrados no mercado para segurança
geralmente utilizadas para manipulação com C.A. (Certificado de Aprovação)
com material de risco. Existem diversos transparentes são os mais indicados.
tipos de luvas descartáveis, podendo ser
utilizadas por profissionais que trabalham
com produtos de limpeza ou por
profissionais da área da saúde.

As luvas descartáveis são produzidas a


partir de diferentes materiais,
Máscaras faciais – Proteção respiratória
como látex, nitrila e vinil.
Existem diversos tipos de máscaras faciais
Existem luvas descartáveis de diversos
que são utilizadas de acordo com os
tamanhos. As luvas descartáveis de uso
tamanhos das partículas que o socorrista
médico possuem uma numeração que
estará exposto. Em trauma utiliza-se
estabelece o tamanho da luva.
máscaras cirúrgicas devido as gotículas
Outra característica que diferencia as
serem “grandes” não passando pela
luvas descartáveis é a presença de talco.
máscara cirúrgicas comuns. Já em doenças
As luvas com esse material possuem a
transmissíveis é aconselhado o uso de
vantagem de serem vestidas com
máscaras com melhor poder de filtração,
mãos suadas sem dificuldades. No
de acordo com a patologia e a sua
entanto, essa substância pode
transmissão.
causar alergias.

Um dos EPI’s mais importantes e


utilizados, geralmente confeccionada em
Látex para procedimentos gerais. São
ambidestras e possuem diversos
tamanhos para serem calçadas bem
justas. Não são esterilizadas, pois a
principal finalidade é a proteção do

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CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Prancha a pele durante o procedimento. Curvatura


A prancha de madeira para resgate é um que facilita o corte agilizando o processo.
equipamento que pode ser utilizado em
diversas situações.

Manta Térmica Aluminizada


Cobertor térmico aluminizado utilizado
para manutenção do calor corpóreo na
Tala para imobilização prevenção do estado de choque ou
A Tala é um dispositivo utilizado para queimaduras.
corpo visando evitar agravamento de uma
lesão manter a estabilidade de alguma
parte do corpo visando evitar
agravamento de uma lesão.

Ambu - Artificial manual Breathing Unit


(Manual de Respiração Artificial)
O produto também é conhecido como
Reanimador Manual. Esse equipamento é
Gaze composto por um balão, uma válvula
A gaze é utilizado para limpeza de unidirecional, válvula para reservatório,
ferimentos, compressas, etc. máscara facial e um reservatório.
Normalmente é confeccionado em vinil ou
silicone e em diversas cores. Também é
produzido em vários tamanhos sendo:
Neonato, Infantil e Adulto. As máscaras
podem ser prematuro, infantil,
adolescente e adultos
Atadura
Material versátil para enfaixar e imobilizar O equipamento tem finalidade de
as áreas com lesões. Podem ou não conter promover a ventilação artificial enviando
elástico na sua confecção, é um dos ar comprimido ou enriquecido de oxigênio
materiais mais utilizados em para o pulmão. Tais situações requerem
atendimentos para imobilização de da utilização do equipamento: parada
membros e realização de curativos, respiratória, asfixia, afogamento, infarto e
possuindo marcas com diversas larguras e tudo que pode levar o paciente a ter uma
comprimentos. parada cardiorrespiratória. Sua utilização
é após as compressões torácicas
auxiliando na ventilação.

Tesoura Ponta romba


Tesoura para cortar as vestes da vítima a
fim de identificar lesões ocultas que
necessitem de um pronto atendimento.
Ponta romba com protetor para não lesar

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148
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

Colete Ked permitem a Rádio Transparência em Raio


Ked é um dispositivo que é usado para “X”.
retirar as vítimas de colisões de trânsito
de veículos a automotor. Ked é usado em
conjunto com um colar cervical, o Ked é
uma sinta semi-rígida que prende a
cabeça, pescoço e tronco numa posição
anatomicamente neutra.

Imobilizador de Cabeça (Head Block)


Material utilizado em conjunto com as
pranchas rígidas. Geralmente
confeccionado em espuma de poliuretano
expandida, emborrachada. Possui dois
cintos imobilizadores reguláveis para testa
e queixo do paciente. São presos em
Desfibrilador
velcro ao tecido que veste a tábua
O desfibrilador é o equipamento que tem
(prancha) de resgate, deve possuir orifício
como função descarregar cargas elétricas
auricular para verificação de sangramento.
na parede torácica (se for externo) ou nas
Deverá ser usado em conjunto com o colar
fibras musculares do coração (se interno)
cervical de resgate.
de um paciente que se encontra em
quadro de arritmia cardíaca. Seu objetivo
é reverter este quadro em tempo hábil, de
maneira que não haja perda ou danos em
funções cardíacas e cerebrais.

Colar Cervical
Indicado para a imobilização da coluna
cervical (pescoço), para resgate,
transporte e socorro de pacientes vítimas
de trauma, devendo ser em plástico rígido
e do tamanho adequado ao paciente, não
podendo ser maior com o risco de
hiperextensão do pescoço e menor com o
risco de compressão da cervical.

Preferencialmente não deve possuir


botões ou apoio de metal, ferro, alumínio
ou outro material que não seja de
plásticos ou de outro material que

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149 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

ESTUDO DE CASO

Omissão de Socorro – Código – Código Penal Brasileiro 135


Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653,
de 2012).

Antonio, estava transitando em uma via com seu veículo quando se deparou com um acidente
na via envolvendo carro e moto, como ele possuía o Curso de Primeiros Socorros e estava com
o seu kit em seu veículo, parou para ajudar a vítima que estava caída na pista após colidir com
um outro veículo, a vítima apresentava sangramento de pequena intensidade na perna direita.

Diante desta situação ao auxiliar a vítima de acidente de trânsito que apresenta sangramento
de pequena intensidade na perna direita, é aconselhável que a Antonio:
a) Realize torniquete em ambas pernas da vítima.
b) Realize torniquete na perna direita da vítima.
c) Utilize luvas de borracha ou similar para evitar contato com o sangue da vítima.
d) Faça a paramentação cirúrgica, antes de manipular a vítima.
e) Proceda a antissepsia da ferida com solução de formaldeído.

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150
CAPÍTULO 02 – EQUIPAMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4) Ligue os itens da coluna A com as


1) Em um acidente com vítimas, é correto descrições a coluna B;
afirmar:
a) Aquecer a vítima é um procedimento Coluna A
que impede o agravamento de seu estado. A) Imobilizador de cabeça
b) Movimentar a vítima é importante B) Manta Aluminizada
para que ela preserve sua consciência. C) Prancha
c) Aplicar torniquetes para estancar D) Ambu
hemorragias externas é condição para E) Tala
garantir sua sobrevida.
d) Fazer com que a vítima beba muito Coluna B
líquido é vital para que ela possa se ( ) Equipamento para o transporte
manter hidratada. manual de vítimas
e) Retirar o capacete do motociclista ( ) Promove a ventilação artificial a
acidentado é um procedimento vítima
indispensável para verificar possíveis ( ) propicia a imobilização para a cabeça
lesões no crânio e posteriormente acionar e cervical
o serviço de ambulância. ( ) Imobilização de mão, antebraço,
braço, perna
( ) Mantem o calor do corpo
2) De acordo com a NR 7...“Os materiais
de primeiros socorros, não podem
diferenciar entre as empresas, por conta 5) Assinale a alternativa que completa a
de suas funções e características das frase abaixo;
atividades desenvolvidas, porém, não as Tem a finalidade de promover a
desobrigas de manter um Kit de ventilação_______, enviando ar
primeiros socorros em seu comprimido ou enriquecido de ______
estabelecimento.” Esta afirmação é; para o pulmão do paciente, sendo
a) Verdadeira utilizado após as __________ torácicas
b) Falsa auxiliando na ventilação.
a) Natural, Oxigênio, Compressões
b) Artificial, Oxigênio, Compressões
3) Dos equipamentos de Primeiros c) Artificial, Nitrogênio, Compressões
Socorros, qual deles tem a utilidade de
transportar as vítimas?
a) Imobilizador de cabeça NOTAS
b) Tala __________________________________
c) Manta Aluminizada __________________________________
d) Ambu __________________________________
e) Prancha __________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________

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151 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS
Suporte Básico de Vida ▪ Verificar circulação. Em adultos
Para ajudar o leigo a reconhecer uma PCR (e sempre verificar na artéria carótida.
iniciar o atendimento), bastam apenas os
seguintes critérios: a vítima não ter resposta, Procedimento de Reanimação
ou não respirar, ou ter uma respiração Cardiopulmonar RCP (RCC)
anormal (gasping). O treinamento do leigo O procedimento de VER, OUVIR e SENTIR se
deve ser para reconhecer esses padrões, sem há respiração foi removido do algoritmo.
precisar checar pulso. Para um leigo não Devo ver a respiração? Como?
treinado, ele pode ser orientado facilmente
por telefone;
O algoritmo foi modificado para que o
socorrista ative o Serviço Médico de
Emergência sem sair do lado da vítima
(usando celular);
Tendo reconhecido a PCR, o socorrista leigo
que não tiver treinamento deve realizar Gasping agônico, sorocóca, estrebuchando,
apenas compressões torácicas até a chegada etc.
de um DEA ou de outros socorristas treinados, Tempo de ação para o início da compressão:
ou ainda até que a vítima começa a se Cerca de 56 a 74% dos ritmos de PCR, no
movimentar espontaneamente; âmbito pré-hospitalar, ocorrem em fibrilação
A orientação para o leigo não treinado é: ventricular. A cada minuto transcorrido do
“comprimir com força e rapidez no centro do início do evento arrítmico súbito sem
tórax”; desfibrilação, as chances de sobrevivência
diminuem em 7 a 10%. Com a RCP, essa
Leigo treinado redução é mais gradual, entre 3 e 4% por
Para o leigo treinado, foi reforçada a minuto de PCR.
sequência C – A – B para atendimento Tempo de ação para o início da compressão:
(circulation – airway – breathing). Portanto o
socorrista deve começar pelas compressões C=Circulação
torácicas antes de realizar abertura de vias (pulso carotídeo) adulto - 10 segundos
aéreas e ventilações. A proporção permanece
de 30 compressões para 2 ventilações; ou
compressões diretas quando não houver
equipamentos adequados.

Análise primária
▪ Verificar se a vítima está consciente
Houve uma alteração na sequência
(chamar 03 vezes) “Ei, você está
recomendada para o socorrista que atua
bem”?
sozinho.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

152
CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Dedo médio na linha dos mamilos


(imaginários).
Parte hipotênar da mão (Calcanhar da
mão) no centro do peito.
Compressões de 100 a 120/minuto
(atualizado).
Profundidade da compressão é de 5 cm
não podendo ultrapassar 6 cm
(atualizado).

Compressões torácicas (profundidade)


Socorristas – características

Parar quando?

Pág.8 AHA 2015

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153 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Crianças 1 a 8 anos

Abaixo de 1 ano.
Compressão de 4 cm.

Adulto: Mais de 8 anos (Gestantes) Neonato: menos de 28 dias.


1 ou 2 Socorristas: 30 X 2. 1 ou 2 socorristas: 3 x 1 e 15 x 2 em pcr
cardiopata

Observe a postura, os braços estão


estendidos e durante as compressões
Criança: Entre 1 a 8 Anos. deve-se usar o peso do corpo para
1 Socorrista: 30 X 2. pressionar, evitando dobrá-los.
2 Socorristas: 15 X 2
É fundamental que a vítima não esteja em
locais como sofás ou camas, ela deve estar
em uma superfície sólida para que a
compressão cardíaca funcione.

Bebê: Entre 28 dias a 1 ano.


1 Socorrista: 30 X 2.
2 Socorristas 15 X 2

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154
CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

A cada 5 ciclos ou 2 minutos, verificar o ▪ Passe os seus braços pela cintura da


pulso carotídeo em 10 segundos. pessoa e feche a uma das mãos
fazendo um punho;
A importância do RCP nos primeiros ▪ Posicione a mão, entre (boca do
minutos da parada estômago) e o umbigo;
Cada minuto que passa sem receber a ▪ Com a outra mão, envolva a mão
massagem diminui até 10% as chances de posicionada;
sobrevivência. ▪ Realize cinco compressões para
▪ Tempo é músculo cardíaco. dentro e para cima no estômago,
▪ Tempo é cérebro. repita a manobra quantas vezes for
necessária e chame socorro.

Tratamento de Vítima Inconsciente


Adulta:
▪ Deite a pessoa de costa no chão;
▪ Abra a boca da pessoa, e tente
enxergar algum objeto estranho
Engasgamento dentro da boca;
É causado pela obstrução respiratória ▪ Realize cinco compressões; posição
causada por corpos estranhos, exemplo: de RCP lateral; 5 repetições;
bala, pão, carne, prótese dentária, ▪ Verifique a saída do objeto pela boca.
líquidos, etc., impedindo a passagem do ar
para o pulmão.

Engasgamento – Obesos e Gestantes


Quando não é possível abraçar a vítima
por trás ou quando isso for contraindicado
Como saber se a pessoa está engasgada? (no caso de gestantes ou pós-operados,
▪ Pode ficar consciente ou por exemplo), realizar as compressões
inconsciente; sobre o externo (o mesmo local onde se
▪ Parar ou ter dificuldade para respirar; realiza massagem cardíaca)
▪ Palidez no rosto e os lábios azulados
e paralisação dos movimentos no
tórax ou abdômen.

Se a vítima estiver com as mãos no


pescoço, devemos perguntar:
▪ Você está engasgado?
▪ Pedir para tossir!
Hemorragias
Definições
Tratamento de vítima consciente adulta
A hemorragia é definida como uma perda
▪ Posicione-se atrás da pessoa
aguda de sangue circulante.
lateralmente;

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CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Consequências das hemorragias Hemorragia capilar


Uma grande hemorragia não tratada pode Sangramento contínuo com fluxo lento,
conduzir a vítima a um estado de choque como visto em arranhões e cortes
e consequentemente a morte. Já superficiais da pele.
sangramentos lentos e crônicos podem
causar anemia (baixa quantidade de
glóbulos vermelhos).

Classificação hemorragia externa


Sangramento "exterior ao corpo";
normalmente é facilmente visualizada.
Tratamento de Hemorragias Externas
Pode ser oriunda de estruturas
▪ Comprimir o local com um pano
superficiais, ou mesmo de áreas mais
limpo;
profundas através de aberturas ou
▪ Comprimir os pontos arteriais
orifícios artificiais (comuns nos traumas).
▪ Prevenir o estado de choque;
Normalmente pode ser controlada
▪ Aplicar torniquete (amputação,
utilizando-se técnicas de primeiros
esmagamento de membro) em
socorros.
circunstâncias extremas;
▪ Encaminhar para atendimento
Hemorragia arterial
hospitalar
O sangramento ocorre em jatos
intermitentes, no mesmo ritmo das
Procedimentos
contrações cardíacas. Sua coloração é um
A hemorragia externa, visível ao exame
vermelho claro. A pressão arterial torna
primário do paciente, deve ser
este tipo de hemorragia mais grave que
prontamente controlada pela pressão
um sangramento venoso devido à
direta sobre o local do sangramento em
velocidade da perda sanguínea.
ferimentos superficiais.
Nos ferimentos profundos com
hemorragia devemos tomar as seguintes
medidas:

Hemorragia venosa
Sangramento contínuo de coloração
vermelho escuro, pobre em oxigênio e rico ▪ Deitar a Vítima;
em gás carbônico. ▪ Cobrir o ferimento com gaze ou
pano limpo;
▪ Pressionar o local com firmeza;
▪ Se o ferimento for aos membros,
elevar o membro ferido;

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156
CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Hemorragia interna Prevenção do estado de choque no caso


Hemorragia das estruturas mais profundas de hemorragia
podendo ser oculta ou exteriorizada, Cubra a vítima com um cobertor para
como ocorre em sangramento no evitar a queda de temperatura do corpo
estômago, em que a vítima expele o da mesma, que pode levar ao estado de
sangue pela boca. choque.

Suspeitar quando existe Hemorragia nos pulmões


▪ Ferimento por projétil de arma de O sinal principal é tosse com golfadas de
fogo, faca ou estilete, principalmente sangue vermelho rutilante. Não há nada
no tórax e abdome; que se possa fazer a não ser encaminhar
▪ Forte choque de partes do corpo com vítima ao médico o mais rápido possível.
objetos;
▪ Forte queda de mesmo nível; Hemorragia no estômago
▪ Queda de altura. Geralmente a vítima apresenta náusea e
enjoo. O sangue expelido se parece com
Sintomas borra de café, pelo fato de ter sido
▪ Manchas roxas na pele, pulsação digerido. Coloque a vítima deitada sem
fraca, suor excessivo, perda de cor, travesseiro, não lhe dê nada pela boca e
tontura, desmaio, náuseas e vômitos. aplique compressa de gelo na altura do
▪ pulso rápido e fraco; estômago. Chame um médico urgente.
▪ pele fria e pegajosa;
▪ palidez da pele e mucosas; Emergências Clínicas Cardiológicas
▪ sudorese intensa; Sinais e sintomas
▪ cianose (palidez); ▪ Dor opressora no peito
▪ sede; ▪ Irradiação da dor para o ombro e
▪ tonturas. mandíbula no lado esquerdo e
estômago
O que fazer: ▪ A dor não desaparece em repouso
Imobilizar a vítima e procurar ▪ Falta de ar, náuseas, debilidade e
atendimento médico imediatamente. sudorose.

O que não fazer:


Movimentar a vítima.

Cuidados
Não ministrar nenhum medicamento ou
bebidas a vítima, para não alterar
coagulação sanguínea da mesma ou
contaminação de outros órgãos.

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CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

▪ Inadequado recebimento de
circulação e oxigênio no cérebro
▪ Dor intensa
▪ E outras causas

Sinais e sintomas
▪ Palidez (pele descorada)
Tratamento ▪ Pulso rápido e fraco
▪ Colocar em posição semi-reclinada. ▪ Sudorese (suor)
▪ Priorizar o transporte ▪ Perda dos sentidos
▪ Dar suporte emocional
▪ monitorar os sinais vitais Atendimento
▪ Prevenir choque. ▪ Arejar o ambiente, ou transportar a
vítima para um local com melhor
Derrame ou AVC (Acidente Vascular ventilação.
Cerebral) ▪ Posicionar a vítima em decúbito
Sinais e sintomas dorsal (de costas)
▪ Dor de Cabeça ▪ Liberar as vias aéreas
▪ Enjoo vômitos ▪ Virar a cabeça para o lado, evitando
▪ Hemorragia nasal que a vítima venha a vomitar e possa
▪ Formigamento paralisia se asfixiar.
▪ Distúrbios Visuais ▪ Afrouxar as vestes para melhorar a
circulação sanguínea da vítima.
Tratamento ▪ Aguardar Socorro.
▪ Posição semi-sentada
▪ Liberar as vias aéreas Caso o desmaio passe
▪ Tranquilizar ▪ Após o desmaio ter passado, não dê
▪ Prevenir choque água imediatamente, para evitar que
▪ Encaminhar para socorro médico a vítima se afogue, pois ainda não
▪ Monitorar sinais vitais está com seus reflexos recuperados
totalmente.
▪ O mesmo em relação a deixá-la
caminhar sozinha imediatamente
após o desmaio. Faça-a sentar e
respirar fundo, após auxilie-a a dar
Desmaios uma volta, respirando fundo e
devagar.
▪ Com isso, o organismo se readapta a
posição vertical e evita que ela possa
desmaiar novamente, o que pode
“É a diminuição da circulação e
ocorrer se ela levantar bruscamente.
oxigenação cerebral”
▪ Após esses procedimentos, pode dar
água a vítima.
Causas
▪ Ambientes com muitas pessoas, sem
uma adequada ventilação
▪ Emoções fortes
▪ Fome
▪ Insolação

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158
CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Amputação de membros Causas variadas: epilepsia, febre alta,


Em caso de amputação, a prioridade é traumatismo craniano, etc.
estancar a hemorragia sem gastar o
tempo valioso procurando o membro Sinais e sintomas
amputado. ▪ Inconsciência;
▪ Queda abrupta da vítima;
▪ Salivação abundante e vômito;
▪ Contração brusca e involuntária dos
músculos;
▪ Enrijecimento da mandíbula,
travando os dentes;
Traumatismo Raquimedular (TRM) ▪ Relaxamento dos esfíncteres (urina
Compreende as lesões dos componentes e/ou fezes soltas);
da coluna vertebral em quaisquer ▪ Esquecimento.
porções: ósseas, ligamentar, medular, ▪ Colocar a vítima em local arejado,
discal, vascular ou radicular. A lesão da calmo e seguro;
medula espinal ocorre em cerca de 15 a ▪ Proteger a cabeça e o corpo de modo
20% das fraturas da coluna vertebral e a que os movimentos involuntários não
incidência desse tipo de lesão apresenta causem lesões;
variações nos diferentes países. Nos ▪ Afastar objetos existentes ao redor
Estados Unidos, aproximadamente 15% da vítima;
dos pacientes com trauma de coluna ▪ Lateralizar a cabeça em caso de
vertebral terão comprometimento vômitos;
neurológico, persistindo como melhor ▪ Afrouxar as roupas e deixar a vítima
conduta a prevenção principalmente debater-se livremente;
quando ligada a acidentes em altura. ▪ Nas convulsões por febre alta
Pode ocorrer o priapismo (Ereção diminuir a temperatura do corpo,
involuntária do pênis) devido o TRM, não envolvendo-o com pano embebido
maltrate este paciente, pois o mesmo por água;
pode estar a um milímetro em voltar a ▪ Encaminhar para atendimento
andar ou passar o resto de seus dias em hospitalar.
uma cama.
Fratura
Fratura é o rompimento total ou parcial de
qualquer osso. Existem dois tipos de
fratura:
▪ Fechadas: sem exposição óssea;
▪ Expostas: o osso está ou esteve
exposto.

Convulsão
Perda súbita da consciência acompanhada
de contrações musculares bruscas e
involuntárias, conhecida popularmente
Fratura fechada Fratura exposta
como “ataque”.

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CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Em caso de fratura exposta Animais Peçonhentos


▪ Não tente voltar o osso no lugar Animais peçonhentos são aqueles que
▪ Proteja o local lesionado com introduzem no organismo humano
pano substâncias tóxicas. Por exemplo, cobras
▪ Na necessidade de remoção, venenosas, aranhas e escorpiões.
imobilize o membro afetado sem Se possível deve-se capturar ou identificar
movimentar o osso o animal que picou a vítima, mas sem
perda de tempo com esse procedimento.
Entorses Na dúvida, tratar como se o animal fosse
Entorse é a separação momentânea das peçonhento.
superfícies ósseas articulares, provocando
o estiramento ou rompimento dos Os pontos importantes na identificação,
ligamentos; são características básicas, como;
▪ Cor
▪ Tamanho
▪ E mais alguns detalhes que você
conseguiu observar

Porém, não devemos tentar identificar por


si mesmos qual é a espécie. Pois há o
Distensão
perigo de fazer o diagnóstico errado e a
▪ Distensão é o rompimento ou
vítima não ser medicada corretamente.
estiramento anormal de um
músculo ou tendão;
Podendo por isso entrar em óbito
(morrer).

Sinais e sintomas
▪ Marcas da picada;
▪ Dor, inchaço;
▪ Manchas roxas, hemorragia;
▪ Febre, náuseas;
▪ Sudorese, urina escura;
▪ Calafrios, perturbações visuais;
Luxação
▪ Eritema, dor de cabeça;
▪ É a perda de contato permanente
▪ Distúrbios visuais;
entre duas extremidades ósseas
▪ Queda das pálpebras;
numa articulação.
▪ Convulsões;
▪ Dificuldade respiratória.

Tratamento
▪ Imobilizar a articulação luxada e
encaminhar a vítima ao Pronto
Socorro.

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160
CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

Cuidados ▪ Hiperemia (Vermelhidão)


▪ Deixe a vítima em repouso absoluto. ▪ Dolorosa
▪ Mantenha a parte afetada em
posição mais alta que o corpo, para 2º Grau
dificultar a difusão do veneno. ▪ Atinge a epiderme e a derme;
▪ Lave o local com água e sabão. ▪ Apresenta dor local, vermelhidão e
▪ Afrouxe as roupas da vítima, procure bolhas d’água.
retirar acessórios que dificultem a
circulação sanguínea da vítima. 3º Grau
▪ Tranquilize a vítima. ▪ Atinge a epiderme, derme e alcança
▪ Dirigir-se urgentemente a um serviço os tecidos mais profundos.
médico. Procure socorro,
principalmente após trinta minutos
em que ocorreu o acidente.
▪ A vida do acidentado depende da
rapidez com que se fizer o
tratamento pelo soro no hospital
mais próximo.
▪ Torniquete, garrote, incisões e
sucções na picada NÃO devem, sob
nenhuma hipótese, serem realizadas 4° Grau
porque bloqueiam a circulação e ▪ Chega até a parte Óssea.
podem causar infecção, necrose e
gangrena na vítima. Tratamentos
▪ Infusões e fazer a vítima beber álcool ▪ Isolar a vítima do agente agressor;
ou gasolina, em nada ajudam a ▪ Diminuir a temperatura local,
melhora da vítima. banhando com água fria (1ºGrau);
▪ Fazer com que a vítima se movimente ▪ Proteger a área afetada com plástico;
e ou corra, pode fazer com que o ▪ Não perfurar bolhas, colocar gelo,
veneno se espalhe pelo corpo, aplicar medicamentos, nem produtos
agravando o estado da vítima. caseiros;
▪ Retirar parte da roupa que esteja em
Queimaduras volta da área queimada;
Queimadura é uma lesão produzida no ▪ Retirar anéis e pulseiras, para não
tecido de revestimento do organismo, por provocar estrangulamento ao inchar.
agentes térmicos, elétricos, produtos ▪ Encaminhar para atendimento
químicos, irradiação ionizante e animais hospitalar;
peçonhentos.
Queimaduras nos olhos
1º Grau ▪ Lavar os olhos com água em
▪ Atinge somente a epiderme; abundância durante vários minutos;
▪ Dor local e vermelhidão da área ▪ Vedar o(s) olho(s) atingido(s) com
atingida. pano limpo;
▪ Encaminhar para atendimento
Detalhes hospitalar.
▪ Não sangra, geralmente seca
▪ Rosa e toda inervada
▪ Queimadura de Sol (exemplo)

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161 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Corpo estranho nos olhos ▪ Examinar o pescoço da vítima antes de


▪ É a introdução acidental de poeiras, colocar o colar;
grãos diversos, etc. Na cavidade dos ▪ Fazer o alinhamento lentamente da
glóbulos oculares. cabeça e manter firme com uma leve
tração para cima;
Sinais e sintomas
▪ Dor; Socorrista 2
▪ Ardência; ▪ Escolher o colar cervical apropriado;
▪ Vermelhidão; ▪ Passar a parte posterior do colar por
▪ Lacrimejamento. trás do pescoço da vítima;
▪ Colocar a parte anterior do colar
Tratamento cervical, encaixando no queixo da
▪ Não esfregar os olhos; vítima de forma que esteja apoiado
▪ Lavar o olho com água limpa; firmemente;
▪ Não remover o corpo estranho ▪ Ajustar o colar e prender o velcro,
manualmente; mantendo uma discreta folga (um
▪ Se o corpo estranho não sair com a dedo) entre o colar e o pescoço da
lavagem, cobrir os dois olhos com vítima;
pano limpo; ▪ Manter a imobilização lateral da
▪ Encaminhar para atendimento cabeça até que a mesma seja
hospitalar. imobilizada (apoio lateral, preso pelas
correias da maca).
Colocação do Colar Cervical (02
Socorristas) Transporte de Vítimas
Escolha do tamanho ▪ Evite transportar a vítima ou mesmo
Com o pescoço da vítima em posição movimentá-la sem necessidade.
anatômica, medir com os dedos da mão a ▪ Chame uma ambulância e fique
distância entre a base do pescoço prestando o atendimento de acordo
(músculo trapézio) até a base da com a avaliação primária e secundária
mandíbula. e as orientações recebidas.
Em seguida comparar a medida obtida ▪ Avalie a situação, só em casos onde
com a parte de plástico existente na não há como chegar socorro (local de
lateral do colar, escolhendo assim o difícil acesso e/ou sem telefone) e
tamanho que se adapta ao pescoço da desde que tomadas as devidas
vítima. providências em relação à segurança
da vítima e imobilização adequada é
que devemos transportá-la, ou em
casos em que não haja necessidade de
uma ambulância (pequenas lesões)
desde que avaliadas e que o transporte
por carro comum não interfira para
agravar a situação.
▪ Comprovada a não contraindicação e
Socorrista 1 conforme a situação, (desmaio,
inalação de gases, entorses, etc.),
▪ Retirar qualquer vestimenta e adorno transporte a vítima de acordo com o
em torno do pescoço da vítima; que melhor se adequar a cada caso.

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162
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

Em caso de fraturas, ou suspeita de


fraturas, imobilizá-la antes do
transporte, de acordo com o capítulo:
Fraturas.

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163 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 - PROCEDIMENTOS

ESTUDO DE CASO
Sua coluna é composta de ossos individuais chamados vértebras. Fraturas na coluna vertebral
ocorrem mais comumente no meio e parte inferior das costas. Essas fraturas tendem a ser
causadas por trauma de alta energia, como um acidente de carro, queda de grande altura,
acidentes desportivos ou de violência, como ferimentos de bala. Fraturas nessas áreas podem
causar danos na medula espinhal, que podem afetar a função dos nervos da medula ou do
cérebro. Outras causas possíveis de fraturas da coluna vertebral são a osteoporose (doença
óssea progressiva), os tumores e outras condições subjacentes que enfraquecem os ossos e
podem causar fratura de vértebras durante as atividades diárias normais.
Fraturas vertebrais são mais comuns em pacientes mais velhos, que estão em risco devido ao
enfraquecimento dos ossos pela osteoporose. As fraturas são classificadas baseando-se no
padrão de lesão, o que ajuda a determinar o tratamento adequado.
Se você tem uma fratura vertebral, o principal sintoma que você vai experimentar é dor de
grau moderado a severo, alombalgia, que é agravada pelos movimentos. Se a fratura afeta a
medula espinhal, você pode sentir dormência, formigamento, fraqueza, disfunção no intestino
ou bexiga e choque na área afetada. Lesões na medula espinhal média e inferior são
suscetíveis de afetar a função dos nervos da medula espinhal e do cérebro, bem como a área
genital e extremidades inferiores.

João estava realizando uma troca de lâmpada em uma escada quando veio a cair após ter um
mal súbito.
Marcelo colega de trabalho que estava também executando e auxiliando João nesta
manutenção, afirmou que João bateu sua costa no chão.

1) Analise as afirmativas que seguem sobre o(s) procedimento(s) a serem adotados em caso
de fratura de coluna.
I- Não remover a vítima e não deixar ninguém tocar sem cuidados específicos.
II- Não virar a pessoa com suspeita de fratura de coluna e observar atentamente a respiração e
o pulso.
III- Usar uma maca, tábua, bagagito ou qualquer objeto plano rígido para remover a vítima e
evitar balanços e freadas bruscas.

Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa( s) correta(s):


a) I, II e III.
b) Apenas I.
c) Apenas II.
d) Apenas I e II.

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164
CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) Caracteriza queimadura de terceiro 5) A vítima de um acidente de trânsito


grau: sofreu um corte profundo na perna
( ) Vermelhidão e dor no local sem esquerda e está perdendo sangue em
formação de bolhas. quantidade moderada. Para estancar o
( ) Atinge a epiderme, derme e alcança sangramento deve- se fazer:
os tecidos mais profundos. ( ) Torniquete no membro superior
( ) Vermelhidão, dor e formação de esquerdo para dificultar a chegada do
bolhas na camada superficial, com sangue arterial nas pernas.
posterior descamação. ( ) Torniquete logo abaixo da lesão e
( ) Atinge a epiderme e a derme e cobrir a vítima para evitar perda de calor.
apresenta dor local, vermelhidão e bolhas ( ) Compressão direta no ferimento com
d’água. gaze ou pano limpo.
( ) Compressão direta no ferimento com
pó de café que é um coagulante natural.
2) São fraturas abertas ou expostas: ( ) Compressão direta no ferimento com
( ) Aquelas em que as pontas do osso uma pasta de vaselina e açúcar.
fraturado perfuram a pele.
( ) Aquelas em que as pontas do osso
fraturado NÃO perfuram a pele. 6) Com relação aos procedimentos
( ) Lesões que apresentam apenas adotados em primeiros socorros, julgue
luxações no local do ferimento. os itens subsequentes.
( ) Lesões que apresentam apenas cortes A vítima de parada cardiorrespiratória
profundos no local do ferimento. deve ser transportada para o pronto-
socorro da forma mais rápida possível,
independentemente da chegada do
3) Em caso de acidente, o socorrista ao socorro especializado, pois, quanto mais
tentar conter uma hemorragia externa rapidamente ela chegar ao pronto-
deve: socorro, maior será a possibilidade de se
( ) Aplicar pressão direta sobre o evitarem lesões cerebrais.
ferimento, com uma compressa. ( ) Certo
( ) Aplicar compressa fria ou saco de ( ) Errado
gelo no local afetado.
( ) Fazer um curativo local com anti-
sépticos.
( ) Imobilizar o local com uma tala.

4) Em caso de fratura, é INCORRETO:


( ) Movimentar a vítima o mínimo
possível.
( ) Colocar talas para sustentar o
membro atingido.
( ) Encaixar os ossos fraturados o mais
rápido possível.
( ) Impedir o deslocamento das partes
para evitar maiores danos.

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165 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 03 – PROCEDIMENTOS

7) Em caso de fratura no braço, os _________________________________


atendimentos imediatos em primeiros _________________________________
socorros compreendem _________________________________
( ) Emergência após imobilizar e _________________________________
manter enfaixamento compressivo. _________________________________
( ) Realinhar e imobilizar o membro _________________________________
afetado, e, em seguida, encaminhar a _________________________________
vítima ao Serviço de Emergência. _________________________________
( ) Movimentar o membro afetado, a _________________________________
fim de avaliar o tipo de imobilização _________________________________
adequada, para que não haja prejuízo na _________________________________
circulação local, e ministrar um _________________________________
analgésico. _________________________________
( ) Imobilizar o membro afetado na _________________________________
posição encontrada, após a remoção de _________________________________
adornos, como anéis, relógios ou _________________________________
pulseiras. _________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________

NOTAS

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

166
CAPÍTULO 04 - SEGURANÇA

CAPÍTULO 4 – SEGURANÇA procedimentos e medidas de controle


RESPONSABILIDADES contra os riscos elétricos a serem
É a obrigação de responder pelos próprios adotados.
atos ou pelos de outrem.
Em sentido geral exprime: obrigação de 10.13.4 Cabe aos Trabalhadores
responder por alguma coisa, obrigação de a) zelar pela sua segurança e saúde e a de
satisfazer. outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho;
Responsabilidade Civil b)responsabilizar-se junto com a empresa
O Código Civil trata-se da responsabilidade pelo cumprimento das disposições legais e
do empregador, para com: regulamentares, inclusive quanto aos
• Acidente de Trabalho; procedimentos internos de segurança e
• Doença do Trabalho. saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável
Garante ainda o direito de reembolso ao pela execução do serviço as situações que
acidentado se comprovada à culpa do considerar de risco para sua segurança e
empregador ou preposto. saúde e a de outras pessoas.

Responsabilidade Criminal CAT – Comunicação de Acidente do


O Código Penal trata da responsabilidade Trabalho
criminal do empregador e/ou preposto, Na ocorrência do acidente de trabalho o
para com: trabalhador deve levar o fato ao
• Condições de Trabalho; conhecimento da empresa. Esta por sua
• Acidente de Trabalho; vez deve comunicar o fato à Previdência
• Doença do Trabalho; Social através da CAT.
• Exposição do trabalhador ao risco.
A Lei 8.213/91 em seu artigo 22, obriga
Comprovada a culpa do empregador ou que todo acidente de trabalho ou doença
preposto caberá processo criminal. profissional seja comunicado pela
empresa ao Instituto Nacional de
10.13 – Responsabilidades - NR-10 Previdência Social – INSS, sob pena de
10.13.1 As responsabilidades quanto ao multa em caso de omissão:
cumprimento desta NR são solidárias aos
contratantes e contratados envolvidos. Art. 22. A empresa ou o empregador
doméstico deverão comunicar o acidente
10.13.2 É de responsabilidade dos do trabalho à Previdência Social até o
contratantes manter os trabalhadores primeiro dia útil seguinte ao da
informados sobre os riscos a que estão ocorrência e, em caso de morte, de
expostos, instruindo-os quanto aos imediato, à autoridade competente, sob
procedimentos e medidas de controle pena de multa variável entre o limite
contra os riscos elétricos a serem mínimo e o limite máximo do salário de
adotados. contribuição, sucessivamente aumentada
nas reincidências, aplicada e cobrada
10.13.2 É de responsabilidade dos pela Previdência Social. (Redação dada
contratantes manter os trabalhadores pela Lei Complementar nº 150, de 2015).
informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos

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167 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 - SEGURANÇA

§ 1º Da comunicação a que se refere este CLT – Consolidação das Leis do Trabalho


artigo receberão cópia fiel o acidentado Art. 160 – Nenhum estabelecimento
ou seus dependentes, bem como o poderá iniciar suas atividades sem prévia
sindicato a que corresponda a sua inspeção e aprovação das respectivas
categoria. instalações pela autoridade regional
competente em matéria de segurança e
§ 2º Na falta de comunicação por parte medicina do trabalho.
da empresa, podem formalizá-la o
próprio acidentado, seus dependentes, a Além das obrigações regidas pela NR 10, a
entidade sindical competente, o médico Consolidação das Leis do Trabalho, em seu
que o assistiu ou qualquer autoridade artigo 181, também estabelece que os
pública, não prevalecendo nestes casos o trabalhadores da área elétrica devam
prazo previsto neste artigo. estar familiarizados com os métodos de
socorro em acidentes por choque elétrico:
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º
não exime a empresa de responsabilidade Art. 181 - Os que trabalharem em serviços
pela falta do cumprimento do disposto de eletricidade ou instalações elétricas
neste artigo. devem estar familiarizados com os
métodos de socorro a acidentados por
§ 4º Os sindicatos e entidades choque elétrico.
representativas de classe poderão
acompanhar a cobrança, pela Previdência Tanto a NR 10 quanto a CLT definem a
Social, das multas previstas neste artigo. necessidade do conhecimento das
técnicas de primeiros socorros, porém
§ 5º A multa de que trata este artigo não somente o conhecimento não significa
se aplica na hipótese do caput do art. 21- que efetivamente o socorro será prestado.
A. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006). No código penal, existe a penalização
aplicável a omissão de socorro:
Este tipo de comunicado serve para
cadastrar a CAT no INSS, facilitando e Art. 135 - Deixar de prestar assistência,
agilizando o registro dos acidentes de quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
trabalho e das doenças ocupacionais por à criança abandonada ou extraviada, ou à
parte do empregador, havendo ou não pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
afastamento do trabalhador pelo ou em grave e iminente perigo; ou não
acidentado. O formulário da CAT traz pedir, nesses casos, o socorro da
informações como dados do empregador, autoridade pública:
do acidentado, do acidente e também do
atestado médico. Pena - detenção, de um a seis meses, ou
multa.
Relatórios de Acidentes
A empresa deverá elaborar relatório de Parágrafo único. A pena é aumentada de
investigação e análise de acidente, metade, se da omissão resulta lesão
conduzido e assinado pelo SESMT e a corporal de natureza grave, e triplicada, se
CIPA, com todo detalhamento necessário resulta a morte.
ao perfeito entendimento da ocorrência.

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

168
CAPÍTULO 04 - SEGURANÇA

ESTUDO DE CASO

Responsabilidades
É a obrigação de responder pelos próprios atos ou pelos de outrem.
Em sentido geral exprime: obrigação de responder por alguma coisa, obrigação de satisfazer.

1) O Código Civil trata-se da responsabilidade do empregador, para com:


a) Acidente do trabalho e Doença do Trabalho
b) Empregador e o Empregado
c) Empregador e empresas terceiras
d) Nenhuma das alternativas

2) O Código Penal trata da responsabilidade criminal?


a) Verdadeiro
b) Falso

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169 NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO

CAPÍTULO 04 - SEGURANÇA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO NOTAS


__________________________________
1) Uma pessoa foi atropelada e está caída __________________________________
no meio da rua. Assinale a alternativa __________________________________
que indica o que fazer em primeiro lugar: __________________________________
( ) Remover a pessoa para a calçada. __________________________________
( ) Anotar a placa ou correr atrás do __________________________________
carro que a atropelou. __________________________________
( ) Sinalizar o local para evitar outros __________________________________
acidentes. __________________________________
( ) Iniciar imediatamente o atendimento __________________________________
no local. __________________________________
__________________________________
2) Na ocorrência do acidente de trabalho __________________________________
o trabalhador deve levar o fato ao __________________________________
conhecimento da empresa? __________________________________
a) Sim __________________________________
b) Não __________________________________
__________________________________
__________________________________
3) A empresa deverá elaborar relatório __________________________________
de investigação e análise de acidente, __________________________________
conduzido e assinado pelo SESMT e a __________________________________
CIPA, com breve detalhamento para o __________________________________
entendimento da ocorrência de acidente. __________________________________
a) Verdadeiro __________________________________
b) Falso __________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
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__________________________________
__________________________________
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__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________

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NR-10 SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - FORMAÇÃO 170
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
de São Paulo

Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências -


Secretaria de Estado da Saúde

Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

Norma Regulamentadora N° 10 – Segurança em


Instalações e Serviços em Eletricidade

Norma Regulamentadora N° 17 – Ergonomia

Norma Regulamentadora N° 33 – Trabalho em


Espaço Confinado

Norma Regulamentadora N° 35 – Trabalho em


Altura

Segurança nos serviços emergenciais em redes


elétricas: os fatores ambientais.
Luiz Antonio Melo, M.Sc.I; Gilson Brito Alves Lima,
D.Sc.II; Nelson Damieri Gomes, M.Sc.III; Rui Soares,
M.Sc.IV

Privatização, reestruturação e mudanças nas


condições de trabalho: o caso do setor de
energia elétrica.
http://www.revistas.usp.br/cpst/article/view/258
35 acesso em 28/09/18.

BARROS, B. F de; SANTOS, D. B. dos; CARLOS, M.


V.; BROCHINI, M.; BORELLI, R.; GEDRA, R. L.
Sistem Elétrico de Potência – SEP. Guia Prático:
Conceitos, Análises e Alpicações da NR-10. São
Paulo/ Erica, 2012.

BARROS, B.F. de; GUIMARÃES, E. C. de A.;


BORELLI, R.; GEDRA, R, L.; PINHEIRO, S. R. NR 10 –
Guia Prático de análise e aplicação. São Paulo /
Érica. 2017.

Manual de orientação e interpretação do Anexo


XII da NR12. https://docplayer.com.br/2633732-
Manual-de-orientacao-sobre-o-anexo-xii-da-
nr12.html acessado em 04/03/19.

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