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CURSO DE ENGENHARIA MECATRÔNICA

ANA CAROLINA DELAMARE DE ALMEIDA – 2021000919


JOÃO CARLOS DE ALMEIDA GOMES – 2019015549
THIAGO CAMPOS MOREIRA -2019002999

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS:


RESPOSTA DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM

JUIZ DE FORA

2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

1.1 Objetivos......................................................................................................................... 4

1.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 4

2 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 4

2.1 Desenvolvimento parte teórica ....................................................................................... 5

2.2 Desenvolvimento das Simulações .................................................................................. 7

2.3 Desenvolvimento parte prática ....................................................................................... 8

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 11

4 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 14


1 Introdução

Um circuito RLC de segunda ordem possui dois elementos armazenadores de energia,


um indutor e um capacitor, e um elemento dissipador, o resistor. Por conseguinte, seus modelos
matemáticos são equações diferenciais, modelo no domínio do tempo, e função de
transferência, modelo no domínio da frequência, de segunda ordem.

Inicialmente os estudos de equações diferenciais iniciou-se junto ao estudo do Cálculo


diferencial no século XVII. Dois matemáticos que mais se destacam nessas pesquisas são Isaac
Newton (1643 - 1727) e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 - 1716). No final do século XVIII já
haviam surgido diversas formas de resolu9ao de equa9oes diferenciais.

Um dos estudos feitos na area de circuitos elétricos envolve a análise de sistemas


contendo elementos armazenadores de energia; as varia9oes de tensão e corrente nesses
elementos são escritas na forma de taxas. Com isso, o comportamento das grandezas elétricas
no sistema pode ser representado por equações diferenciais.

Figura 1 - Circuito RLC serie

Fonte: Autor

Na Figura 1, pode ser visto o circuito mais conhecido quando se trata de sistema de
segunda ordem, o circuito RLC serie. Nele e possível examinar sua resposta no tempo através
de fontes de impulso, com resposta ao impulso, e fonte de degrau, com resposta ao degrau (este
e o que será analisado). Como o objetivo deste relat6rio e analisar esse sistema apenas em
regime transiente, basta analisar apenas a Equação Diferencial Ordinária Homogênea, que será
melhor especificada no tópico do Desenvolvimento Teórico.
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1.1 Objetivos

Este relatório tem como objetivo apresentar e comparar os valores encontrados a partir
da resposta de um circuito de Segunda Ordem, utilizando resoluções por meios teóricos, de
simulações em softwares de simulação e práticas realizadas em laboratório

1.2 Objetivos específicos

• Avaliar os circuitos e aferir os valores propostos pela teoria de circuitos elétricos;

• Avaliar a elaboração e execução dos circuitos em ambiente de simulação;

• Executar a montagem e medições das grandezas elétricas, como tensão, corrente


e resistência dos circuitos em laboratório;

• Aferir os resultados alcançados de forma crítica e sucinta para assim validar a


utilização dos Circuitos de Segunda Ordem;

• Testar o conhecimento obtido na disciplina de circuitos elétricos para a execução


das práticas em laborat6rio.

2 Materiais e Métodos

a. Fios de contato/ligação;

b. Multímetro;

c. Gerador de Sinais;

d. Osciloscópio;

e. Base de contato;

f. Resistores de l0kΩ, 18kΩ, 22kΩ, 36kΩ, 5 kΩ e 130kΩ;

g. Indutor de 3,3 mH;

h. Capacitor cerâmico de 10pF.

Os circuitos de segunda ordem, são formados por resistores e equivalentes de dois


elementos armazenadores de energia, e, são caracterizados por equações diferenciais de
segunda ordem. Para descrever seu funcionamento livre e necessário determinar a corrente que
surge nos elementos armazenadores de energia com a liberação de energia armazenada no
indutor e no capacitor quando não se tem a presença da fonte de tensão
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2.1 Desenvolvimento parte teórica

Nestes dois métodos foi necessário seguir alguns passos para os cálculos, sendo eles:

• Para o circuito RLC serie, e necessário encontrar a Equação Diferencial, que neste caso,
apenas a Homogênea basta. Para isto, foram utilizados os conceitos de Circuitos
Elétricos 2 e aplicada as tensões em cima de cada componente, em função da corrente.
Para chegar a Equação 1, deve-se aplicar os métodos de derivação, organizar a equação
e, por fim, deixar o índice de maior grau sozinho, deixando tudo igual a zero. Após isto,
se aplicou o conceito da equação característica, adaptando-a para um polinômio de
segundo grau igualado a zero.

• Para o cálculo das resistências, a partir da equação característica, se obtém uma equação
de amortecimento geral e, para o maior valor de R , chega-se a curva de amortecimento
supercrítico. Já para o menor R, chega-se à curva de subamortecido, como pode ser visto
nas equações situadas na equação 3.

Figura 2: Equação característica do circuito.


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2.2 Desenvolvimento das Simulações

Para a execução da simulação, utilizamos no laboratório de circuitos elétricos o


programa simulador PSIM, no qual o mesmo proporcionou a construção e a execução dos
circuitos contínuos e alternados com cada impedância para que, dessa forma, fosse possível
alcançar os valores ideais dos circuitos utilizando amperímetros e voltímetros.

● De início, foi implementado no PSIM o circuito RLC série com a fonte de tensão sendo a de
um degrau. Com base nos valores calculados na parte teórica, foi utilizado, inicialmente, o valor
da resistência de 36kΩ, resultando no amortecimento crítico.

● Feito o circuito e havendo os valores das resistências, basta substituir pelas que têm valores
maiores (amortecimento supercrítico) e menores (subamortecimento) que 36kΩ, para assim,
verificar as curvas de amortecimento.

Os circuitos montados e simulados referentes ao RLC série estão na Figura 3. As curvas


citadas acima referentes aos resistores utilizados estão todos identificados no gráfico da Figura
4. os resultados.

Figura 3 – RLC série

Fonte: Autor

Figura 4 – Curva das resistências


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2.3 Desenvolvimento parte prática

Para a realização da prática no laboratório, tivemos contato com os aparelhos de


medição, fonte de alimentação e todo o aparato necessário para a montagem dos circuitos. Foi
utilizado o gerador de funções como a fonte e(t), configurada em uma onda quadrada de 2 V de
pico-a-pico e frequência de 1 kHz, a fim de calcular a resistência que corresponde ao circuito.
(𝑅 e compará-la com as demais resistências, assim como classificá-las. 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜) após as
instruções do professor, iniciamos:

• Para dar início a prática utilizamos um gerador de funções, onde o mesmo apresenta
uma onda quadrada de 2 V pico-a-pico e frequência igual a 1 kHz.

• Para começar a montagem do circuito RLC série de segunda ordem proposto pelo
professor, foi necessário colocar um osciloscópio ligado a protoboard e ao multímetro.

• Na etapa supracitada, uma ponteira do osciloscópio foi ligada ao capacitor e a outra


ponteira conectada com a tensão total da fonte, tendo referência das duas ponteiras no
negativo do gerador de função.

• Seguimos a prática do circuito RLC série de segunda ordem, encontrando o 𝑅𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜


equivalente a 36kΩ. Dessa forma, com a resistência do sistema crítico encontrada,
podemos classificar os demais circuitos como: superamortecido, criticamente
amortecido e subamortecido, substituindo as resistências oferecidas pelo professor.

• Em seguida, foi necessário fazer a troca de cada resistência na protoboard, para que
pudéssemos observar e classificar os gráficos no osciloscópio.
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Abaixo temos as imagens da prática do circuito RLC série de Segunda Ordem, na


Figuras 5 e os gráficos de cada sistema nas Figuras 6, 7, e 8.

Figura 5 – Circuito RLC série

Fonte: Autor.

Figura 6 – Circuito RLC série R = 36kΩ (criticamente amortecido)

Figura 7 – Circuito RLC R = 150kΩ (Superamortecido)


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Figura 8 – Circuito RLC R =10kΩ (Supercrítico)

Note que com a variação dos resistores se obteve uma resposta diferente. Para a figura
6, se pode observar o comportamento do sistema crítico, onde se utilizou resistor de 36kΩ. Já
para o circuito montado com o resistor de 150kΩ, se observou o sistema superamortecido, note
que este circuito leva mais tempo para que a saída seja de mesmo módulo da entrada, observe
a distância entre os dois gráficos gerados. E já para R = 10kΩ se tem o sistema supercrítico,
onde o sinal de saída oscila na vertical e horizontal até que com o passar do tempo ele retorna
para a função do sinal de entrada.
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3 Resultados e Discussões

A partir dos dados medidos, calculados e obtidos na prática, foi observado que os valores
dos cálculos teóricos e dos cálculos do simulador foram similares. Já as pequenas discrepâncias
obtidas no laboratório, ocorreram apenas nas resistências reais, havendo variações em
arredondamentos decimais. Isso ocorre pelo fato de os componentes utilizados na prática serem
valores inexatos, diferentemente da teoria.

As variações no osciloscópio e no multímetro aplicados na base de contato não foram


de grande relevância para serem consideradas como dissipações. Assim como, há tolerância nas
resistências apresentadas, o que não é considerado nos cálculos.

Para os desenvolvimentos teóricos, simulados e práticos, nos Circuitos RLC série de


segunda ordem, foi adotado um resistor como base de comparação, R𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 36𝑘Ω acordo
com o valor dos demais resistores ofertados: Resistência de 150kΩ, Resistência de 10kΩ,
Resistência de 56kΩ, Resistência de 22kΩ e Resistência de 18kΩ, foram feitas as

classificações.

A Tabela 1 apresenta um comparativo dos resultados obtidos nos cálculos teóricos, nas
simulações realizadas no PSIM, os valores obtidos nas práticas realizadas em laboratório e as
classificações do circuito de acordo com cada valor de resistência.
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4 Conclusão

Após a realização de todos os cálculos para os Circuitos RLC série de segunda ordem,
é possível notar pequenas variações dos valores obtidos na prática, devido aos reais valores das
resistências. Contudo, nada que impeça o funcionamento habitual do circuito para as
demonstrações primordiais e as validações dos métodos utilizados com um passo a passo
detalhado e demonstrado no relatório todas as etapas necessárias para os cálculos do circuito.

Com isso, avaliamos os circuitos propostos tanto em teoria quanto na simulação e na


prática e, concluímos que mesmo com as pequenas alterações dos valores obtidos, os circuitos
funcionam adequadamente, respeitando um limite aceitável de variações e demonstrando
validação em todos os métodos que foram executados. Além de testar em prática todo
conhecimento adquirido na disciplina de circuitos elétricos na classificação de um circuito de
segunda ordem.

Desse modo, nota-se a importância de todas as etapas de um planejamento elétrico,


desde o momento do cálculo à mão, para um programador até a prática, mas o principal, o
conhecimento consumido da teoria para a execução de todos esses passos. essa parte deve-se
apresentar as conclusões referentes aos objetivos propostos para o trabalho de forma clara para
mostrar o que se obteve com o trabalho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOHNSON, D. E. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Prentice
Hall do Brasil, 2008.
L. BOYLESTAD, R. Introdução à análise de circuitos. 12ª. ed. São Paulo: Pearson Education,
2012.
RESENDE, M. D. O. et al. Apostila de laboratório de circuitos elétricos. Juiz de fora: [s.n.],
2020.

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