Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS TECNOLÓGICO AVANÇADO DE SOBRAL – BLOCO I

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

TURMA 02C

CIRCUITOS ELÉTRICOS I

GEMERSON SILVA ARAUJO


MARCUS VINICIUS MAIA
THAILAN ÁLEX OLIVEIRA LUCAS

PRÁTICA 03: ANÁLISE DE MALHA E DE NÓ

SOBRAL

2023
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Montagem do circuito na placa protoboard .......................................................... 7

Figura 2 - Medição os valores do circuito com um multímetro ............................................. 8

Figura 3 – Simulação do Circuito ........................................................................................ 10


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores teóricos e medidos ................................................................................... 7

Tabela 2 - Valores teóricos e simulados............................................................................... 10


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

2 OBJETIVOS DA PRÁTICA ....................................................................................... 6

3 MATERIAL UTILIZADO...........................................................................................6

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..................................................................... 7

5 QUESTIONÁRIO ......................................................................................................... 9

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 13

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 14
5

1 INTRODUÇÃO

A compreensão do funcionamento de um circuito se dá por meio de análises que fornecem


equações e, consequentemente, valores de corrente ou tensão, por exemplo. Os principais métodos
para avaliar circuitos utilizam as Leis de Kirchhoff.
De início, temos a primeira lei que se trata da Lei dos Nós, ou LKC. Tal lei tem como
preceito que a soma algébrica de todas as correntes que entram e saem de um mesmo nó de um
circuito é igual a zero. Em primeira análise, é indispensável identificar os nós do circuito, sendo a
definição de nó, um ponto do circuito onde a corrente se divide ou se soma. Logo após fazer essa
análise, é necessário que se escolha um nó de referência, isto é, onde a tensão é zero. Para que se
faça a escolha certa, é recomendado escolher o nó aonde se interligam mais ramos do circuito.
Ademais, os nós devem ser nomeados e os sentidos das correntes devem ser traçados. Por fim,
montam-se as equações e, a depender do número de equações obtidas, tem-se um sistema com ‘n’
variáveis, necessitando de métodos matemáticos para um assertivo valor para cada variável
buscada.
Outro método muito eficiente é denominado Lei das Malhas, ou LKT, que afirma que a
soma algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer caminho fechado (malha) em um circuito
é igual à zero. A princípio, é fundamental fazer a classificação do circuito, isso porque ele pode
assumir duas modalidades: planar e não planar. Um circuito planar é aquele onde se pode desenhar
todo o circuito em um plano sem que dois ramos se cruzem, já referente ao não planar, é um
circuito onde há o cruzamento de ramos. Após aplicar esse conhecimento, se identifica todas as
malhas e determina-se uma corrente para cada malha, é válido salientar que sempre se faz
necessário identificar a polaridade das tensões de acordo com o sentido da corrente adotada. Por
fim, se faz a montagem das equações, sendo uma equação por malha, e, seguidamente, obtêm-se
os sistemas de equações, assim como no LKC. No decorrer do experimento prático, alcançaremos
o objetivo geral que é averiguar a eficiência destes métodos de análise de circuitos e, também,
compara-se os valores reais (medidos) e teóricos de tensão e corrente para cada componente que
forma os circuitos 4 analisados para que haja bons parâmetros comparativos entre os valores
analisados.
6

2 OBJETIVOS DA PRÁTICA
Verificar através das Leis de Tensões (LTK) e de Correntes (LCK), as tensões e correntes
nos elementos utilizando a análise nodal e análise de malhas

3 MATERIAL UTILIZADO

• Fonte CC;

• multímetro;

• protoboard;

• resistores.
;
7

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O procedimento experimental da prática consiste na escolha de um grupo de resistores da
Tabela 1 para a montagem do circuito exibido na Figura 4. A partir da escolha de um dos oito
grupos disponíveis, com o auxílio de um multímetro, mede-se a resistência real dos resistores
escolhidos. A medição dos resistores é acompanhada do preenchimento da Tabela 02 a seguir.

Em seguida, o circuito exibido na Figura 4 é montado em laboratório, na placa protoboard,


usando duas fontes de tensões de valores V1=7,5 V e V2=6,0 V, como mostra a Figura 1. Para
preenchimento da Tabela 1, mede-se as respectivas tensões e correntes em cada resistor. A Figura
2 mostra uma das medições, precisamente, a medição da corrente I2.

Figura 1 - Montagem do circuito na placa protoboard.

Fonte: Autores, 2023.


8

Figura 2 - Medição os valores do circuito com um multímetro.

Fonte: Autores, 2023.

Tabela 1 - Valores teóricos e medidos.

R 1 R 2 R 3 R 4 R 5 - - -

Teórico (cód. cores): 470 330 100 10 560 - - -

Medido 470 334 110 14 567 - - -


(multímetro):

Erro (%): 0 1,21 10 4 1,25 - - -

I1 I2 I3 VR 1 VR 2 VR 3 VR 4 VR 5

Medido 5,6 12,6 18,1 2,56 4,07 1,81 0,13 3,09


mA mA mA V V V V V

Fonte: Autores, 2023.


9

5 QUESTIONÁRIO

1. Para o grupo escolhido da tabela 1 e considerando o circuito da figura 4, calcule, usando


LCK ou LTK, os valores de I1, I2 e I3, calcule as quedas de tensão em R1, R2, R3, R4 e R5.
Coloque os cálculos no relatório.

Do grupo de valores de resistores elegidos da Tabela 2, determinaremos os valores de


correntes por Lei de Kirchhoff das Correntes. Para o nó superior:
10

2. Simule o circuito, coloque no relatório a simulação, comente sobre ela e preencha a tabela
3.

Figura 3 - Simulação do Circuito.

Fonte: Autores, 2023.

Tabela 2 - Valores teóricos e simulados

Valores I
1 I 2 I 3 I4 VR 1 VR 2 VR 3 VR 4 VR 5

Teórico 17,9 -12,38 5,54 0,12 4,08 -2,6 1,79 -0,123 3,10
(calculado) mA mA mA mA V V V V V

Simulado 16,9 12,1 -4,84 0,12 5,69 -1,6 1,69 -0,12 2,71
mA mA mA mA V V V V V

Fonte: Autores, 2023.

3. Compare os valores de tensão e corrente das tabelas 2 e 3 e comente sobre as diferenças


nos valores de corrente e tensão e os motivos disso.

As eventuais diferenças entre os valores considerados ideais na simulação e nos cálculos e


os reais se dá, em primeira impressão, pela imprecisão da medição de resistência. A Tabela 2 exibe
os erros percentuais com relação ao valor teórico, de modo que estes erros são replicados durante
a medição de tensões e correntes e acabam influenciando o final. Outro motivo também são os
efeitos de resistência interna tanto do multímetro, como da protoboard e seus terminais, de modo
que há perda também de exatidão na medida.
11

4. Com base no grupo escolhido, analise o circuito da figura XX e calcule os valores de I1, I2
e I3. Calcule as quedas de tensão em R1, R2, R3, R4 e R5. Todos os cálculos devem estar no
relatório.
Figura XX: Circuito 2 para análise das leis de tensões e correntes de
Kirchhoff.

Fonte: Guia da prática.


É conveniente utilizar tensão de nós, pois saberemos as correntes que interessam saindo do
nó superior e adotando o nó inferior como referência. Além de que só será necessário resolver uma
equação, diferente se optássemos por LKT.
Seja V a tensão no nó superior, considerando a corrente que entra como positiva e a que sai como
negativa, temos que:
I1-I2-I3=0
Convencionamos que a queda ou ganho de potencial recebe sinal do polo onde a corrente passa
primeiro. Portanto:
(7,5 − 𝑉) (𝑉 − 6) (𝑉 − 5)
− − = 0 (𝑥 35020)
560 + 470 330 + 10 100
340(7,5 − 𝑉 ) − 1030(𝑉 − 6) − 3502(𝑉 − 5) = 0
2550 − 340𝑉 − 1030𝑉 + 6180 − 3502𝑉 + 17510 = 0
4872𝑉 = 26240
𝑉 = 5,3858 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑠
Calculando as correntes:
7,5 − 5,3858
𝐼1 = = 2,0526 𝑚𝐴
1030
5,3858 − 6
𝐼2 = = −1,8064 𝑚𝐴
340
5,3858 − 5
𝐼3 = = 3,8580 𝑚𝐴
100
12

Calculando as quedas de tensão nos resistores:


𝑉𝑅1 = 𝑅1 𝑥 𝐼1 = 470 𝑥 2,0526 = 964,722 𝑚𝑣
𝑉𝑅2 = 𝑅2 𝑥 𝐼2 = 330 𝑥 1,8064 = 596,122 𝑚𝑣
𝑉𝑅3 = 𝑅3 𝑥 𝐼3 = 100 𝑥 3,8580 = 385,800 𝑚𝑣
𝑉𝑅4 = 𝑅4 𝑥 𝐼2 = 10 𝑥 1,8064 = 18,064 𝑚𝑣
𝑉𝑅5 = 𝑅5 𝑥 𝐼1 = 560 𝑥 2,0526 = 1149,456 𝑚𝑣

5. Comente a influência da fonte de 5 V nos resultados do cálculo das tensões das malhas da
figura 4 e 5.
Com a adição da fonte de 5 V, permanece o sentido original das correntes I 2 e I3. Além
disso, o valor das correntes caiu drasticamente, logo, as tensões nas malhas caiu
proporcionalmente. As fontes de 7,5 V e 6 V continuam fornecendo. A fonte de 5 V, dada a forma
como sua polaridade foi inserida, se comporta como absorvedor de energia, no sistema.

6. Com essa nova fonte, ficou mais fácil ou difícil de analisar os dados? Comente as
dificuldades.
De certa forma dificulta a prática da matemática e cálculos envolvidos, pois é necessário
subtrair 5 V do potencial V em LKC, por exemplo, para expressar a corrente I 3. Em LKT, é um
tanto quanto indiferente a resolução do sistema. A única pontuação mais relevante é o tratamento
com dados de valores menores, o que pode, teoricamente, dificultar erros de cálculo.
13

6 CONCLUSÃO

Em vista dos resultados obtidos, tanto em medições quanto simulações, a aplicação dos
métodos de análise se provou consistente e satisfatória para circuitos resistivos simples e lineares.
Ficou nítido também a influência que a adição de uma fonte pode causar, em termos numéricos,
no sistema. O erro entre resultados teóricos e medidos foi mínimo (<5%) e se deu graças a margem
de erro que se espera dos resistores, que impactará proporcionalmente na tensão sobre eles e
inversamente nas correntes que os percorrem, assim como a direção.
As Leis de Kirchhoff das malhas e dos nós expressam definições simples e que permitem
diferentes formas de resolução desde que obedeçam a definição. Vimos que a depender do circuito
uma análise pode vir a ser mais eficiente, pois exigirá menos equações. Elas se provaram de uso
essencial ao engenheiro e abre portas para ademais tipos de configurações, com capacitores e/ou
indutores, serão respeitadas.
Em suma, os objetivos da prática foram alcançados com satisfação, sem grandes
dificuldades de
14

REFERÊNCIAS

INSTRUSUL. Para que serve o osciloscópio: conheça 3 aplicações!. 2018.


Disponível em: <http://blog.instrusul.com.br/para-que-serve-o-osciloscopio/>

Você também pode gostar