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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS
CAMPUS MONTES CLAROS-MG

PRÁTICA nº 9 - INVESTIGAÇÕES EM CIRCUITOS RL E RLC


ALIMENTADOS POR TENSÃO ALTERNADA

Relatório da prática experimental nº 09, apresentado como


requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina
Laboratório de Eletromagnetismo do curso de Engenharia Química
Bacharelado do IFNMG - Campus Montes Claros.

Montes Claros, 9 de Outubro de 2019

1
SUMÁRIO

RESUMO 3

1 INTRODUÇÃO 3

2 MATERIAIS E MÉTODOS 6

2.1 Materiais 6

2.2 Métodos 6

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 8

4 CONCLUSÃO 12

REFERÊNCIAS 13

Resumo

2
O circuitos RL e RLC, são arranjos com usos particulares com indutores, que por
sua vez possuem características indutivas e de ressonância, podendo alterar alguns
parâmetros, como as defasagens entre corrente e tensão ,como nos circuitos
estudados. Para a realização da prática foram utilizados um resistor R = 1,2 kΩ, um
indutor L = 220 μH e um capacitor C = 5,6 nF. Além de gerador de sinais ajustado
numa forma de onda quadrada de frequência f = 5 kHz e amplitude V0 = 5 V e um
osciloscópio. Foi possível montar um gráfico com os dados experimentais, obtendo 3
medidas específicas, de tensão máxima, metade da tensão e 37% da mesma, para
cálculos específicos do τ(tau), e mais 7 medidas aleatórias para compor o gráfico,
juntamente com seu ajuste polinomial, coeficiente de determinação e chi2. A
compreensão do comportamento de um arranjo de resistor, capacitor e indutor, com
o auxílio de um osciloscópio, permitiu que o experimento ocorresse de forma
satisfatória.

1. INTRODUÇÃO

1.1 - Circuitos RL

Os circuitos chamados RL, são operados basicamente com os resistores e os


indutores, sendo alimentados em uma fonte de tensão. A vantagem deste arranjo é
devido a dificuldade que o indutor oferece às variações bruscas de corrente, devido
sua indutância, o que pode ser apropriado quando se deseja manter uma corrente
constante quando possui uma tensão com flutuações. A figura abaixo ilustra o
circuito:

Figura 1 – Circuito RL

3
Fonte: KhanAcademy (2017)

Segundo Young e Freedman (2009), a equação que descreve o decaimento


da corrente no circuito RL após o circuito atingir uma corrente um valor final I0 é:

(1)

Considerando a constante de tempo de descarga do indutor:


τ = 𝐿/𝑅 (2)

quando a corrente diminui para 1/e ou 37% da corrente inicial, manipula-se então as
equações de forma que neste instante a equação representativa é dada apenas por:

(3)
De forma quase que análoga, os comportamentos de tensão no indutor e na
resistência nesse tipo de circuito funcionam de forma diferentes, podemos observar
as representações nas equações abaixo, sendo a equação 4 representando no
indutor e equação 5, no resistor:

(4)

(5)

1.2 - Circuitos RLC

4
O circuito RLC é um circuito cujo é composto por um resistor, um indutor e um
capacitor, este circuito por sua vez é caracterizado por ser um circuito ressonante,
ou seja, um circuito sintonizado. O arranjo do circuito pode ser observado na figura
abaixo:

Figura 2 – Circuito RLC

Fonte: KhanAcademy (2017)

A tensão total desse tipo de circuito é dada pela soma vetorial de cada
componente do circuito, ou seja cada elemento, seja ele resistivo, indutivo ou
capacitivo, possuem comportamentos diferentes com relação a tensão. Estas
diferenças podem ser interpretadas pelas equações abaixo:

(6)

(7)

(8)
Sendo que a eq. 6 representa o comportamento da tensão no resistor, a eq.
7 no capacitor e a eq. 8 no indutor.
Como se pode interpretar, o circuito RLC possui algumas defasagens entre
tensões e correntes em cada dispositivo do arranjo. Em circuitos alimentados com
tensões senoidais, as defasagens funcionam da seguinte forma: no resistor a
corrente e tensão estão em fase, no capacitor a corrente está adiantada em 90º com
relação à tensão e por último, no indutor, que a corrente se atrasa 90º com relação à
tensão.

5
O objetivo geral do experimento foi a análise didática do funcionamento de
um arranjo no circuito com o uso de resistor, capacitor e indutor, as análises foram
feitas através do uso de um osciloscópio.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais

● Osciloscópio;
● Gerador de sinais;
● Resistor com R = 1,2 kΩ;
● Indutor com L = 220 μH;
● Capacitor com C = 5,6 nF.

2.2. Métodos

Foi realizada a montagem do circuito da Figura 3, empregando um resistor R


= 1,2 kΩ e um indutor disponível no laboratório com 220 μH. Ajustado o gerador de
sinais numa forma de onda quadrada de frequência f = 5 kHz e amplitude V0 = 5 V.

Figura 3 – Diagrama de um circuito RL com uma fonte de onda quadrada e


osciloscópio em paralelo com o resistor

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Fonte : roteiro da prática (2019).

Depois da montagem do circuito foi registrada a forma de onda apresentada


no osciloscópio. Em seguida, o osciloscópio foi ligado em paralelo com o indutor. O
mesmo foi ajustado de forma a visualizar o processo de oscilação de tensão no
indutor. Logo depois, as escalas do osciloscópio foram reguladas de modo a colocar
na tela apenas um patamar da onda quadrada, de forma a ocupar o maior espaço
possível, e medidos os valores de t1/2 e τ, conforme ilustrados na Figura 4.

Figura 4 – Exemplo de tensão no indutor com medidas de t1/2 e τ

Fonte : roteiro da prática (2019).

7
Na mesma tela, obtivesse mais oito medidas diferentes de V(t), organizadas
em uma tabela e, em seguida, por meio de um programa (como o SCILAB) montado
um gráfico de dispersão, além de um ajuste exponencial e apresentação dos dados
do ajuste na mesma figura do gráfico e comparado o resultado com o modelo
teórico.
Em seguida adicionou-se mais um resistor para a que a resistência ficasse
maior e feita uma análise da onda em função do aumento da resistência.
Logo depois, foi colocado um capacitor em série no circuito e registrado as
formas de onda no osciloscópio por meio da ligação do mesmo: a) em paralelo com
o resistor, b) com o capacitor e c) com o indutor, implantando uma onda quadrada e
uma onda senoidal no circuito. Posteriormente foi coletado os registros de tela e
discutido os resultados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Realizando a montagem do circuito fizemos o registro da onda obtida no


osciloscópio. Essa montagem permite a medida da voltagem no indutor em relação à
terra (VL ).

Figura 5 – Onda quadrada do circuito RL

Fonte : acervo dos autores (2019).

Para medir os valores de t1/2 e τ, fizemos as regulações de escala do


osciloscópio de modo a colocar na tela apenas um patamar da onda quadrada,
conforme a figura abaixo.

Figura 6 – Patamar da onda quadrada

8
Fonte : acervo dos autores (2019).

A tabela e gráfico a seguir foram manipuladas no software SciDAVis:

Tabela 1 – Tensão x Tempo


V (V) t (ns) Erro V(V) Erro t (ns)

5,3 0 0,5 50

4,46 108 0,5 50

3,7 156 0,5 50

3,26 184 0,5 50

2,65 (0,5 tensão) 224 0,5 50

2,5 236 0,5 50

1,96 (𝜏) 272 0,5 50

1,58 308 0,5 50

0,74 396 0,5 50

0,46 436 0,5 50


Fonte: acervo dos autores (2019).

Gráfico 1 –Tensão por tempo no indutor

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Fonte: acervo dos autores (2019).

𝑉𝑅1= 2,65±0,50 V

𝑉𝑅2= 1,96±0,50 V

τ= [(272 ± 50) e-9 s - (224 ± 50) e-9 s]/ln[(2,65±0,50)V/(1,96±0,50)V]


τ= 1,59e-7 s

Introduzindo um capacitor em série no circuito obtemos as formas de onda


registradas nas figuras abaixo.
Adiante, temos as forma de onda quadrada e senoidal do capacitor em
paralelo com o resistor.

Figura 7 – Onda quadrada do capacitor em paralelo com o resistor

10
Fonte : acervo dos autores (2019).

Figura 8 – Onda senoidal do capacitor em paralelo com o resistor

Fonte : acervo dos autores (2019).

Abaixo, obtemos as formas de onda quadrada e senoidal do capacitor em


paralelo com o capacitor.

Figura 9 – Onda quadrada do capacitor em paralelo com capacitor

Fonte : acervo dos autores (2019).

Figura 10 – Onda senoidal do capacitor em paralelo com capacitor

11
Fonte : acervo dos autores (2019).

E também foram obtidas as formas de onda quadrada e senoidal de um


capacitor em paralelo com o indutor.

Figura 11 – Onda quadrada do capacitor em paralelo com indutor

Fonte : acervo dos autores (2019).

Figura 12 – Onda senoidal do capacitor em paralelo com o indutor

Fonte : acervo dos autores (2019).

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4. CONCLUSÃO

A prática realizada proporcionou a compreensão inicial do funcionamento de


um circuito resistor-indutor-capacitor (RLC), visto que esse foi primeiro contato com
esse tipo de circuito.
2
Por meio de um ajuste polinomial no Gráfico 1 foi possível determinar o 𝑅
(0,987), que pode ser considerado uma distância relativamente pequena entre os
pontos experimentais com a curva associada a eles. Observou-se ainda, através dos
pontos obtidos e da representação gráfica do osciloscópio na Figura 6, que a relação
Tensão versus Tempo no indutor foi realizada conforme a teoria.

REFERÊNCIAS

[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física:


Eletromagnetismo. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. v. 3.

[2] YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: Eletromagnetismo. 12. ed.
São Paulo: Pearson, 2009.

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