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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS
CAMPUS MONTES CLAROS-MG

PRÁTICA nº 10 - CAMPOS MAGNÉTICOS E O EXPERIMENTO


DE OERSTED

Relatório da prática experimental nº 10, apresentado como


requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina
Laboratório de Eletromagnetismo do curso de Engenharia
Química Bacharelado do IFNMG - Campus Montes Claros.

Montes Claros, 16 de Outubro de 2019


SUMÁRIO

RESUMO 2

1 INTRODUÇÃO 2

2 MATERIAIS E MÉTODOS 6

2.1 Materiais 6

2.2 Métodos 6

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 7

4 CONCLUSÃO 10

REFERÊNCIAS 11

Resumo

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Chama-se campo magnético a região que envolve uma massa magnética e exerce
uma força em partículas carregadas (em movimento) ou em ímãs permanentes. Foi
o físico Oersted em 1819 quem relacionou a eletricidade com o magnetismo pela
primeira vez por meio de experimentos. O procedimento utilizado na prática foi
baseado no efeito das linhas de indução do ímãs nas limalhas de ferro, como
também pelo experimento de Oersted para se assimilar a ideia da interação do
magnetismo com a eletricidade. No experimento de Oersted observou-se que antes
de ligar o circuito a agulha da bússola apontava para o norte-sul por causa do
campo magnético da terra, porém quando a corrente elétrica fluía pelo fio a agulha
mudou de direção. Conclui-se que materiais magnéticos e eletrificados geram um
campo que atua sobre outros materiais, resultando numa força que pode implicar
num trabalho, mudando, por exemplo, a posição do sistema que sofre a atuação do
campo.

1. INTRODUÇÃO

Tomando como base o campo elétrico, que produz uma força elétrica em um
corpo eletricamente carregado, tem -se o campo magnético, que produz uma força
magnética em um corpo eletricamente carregado (em movimento) ou em um corpo
com propriedades magnéticas especiais, como um ímã permanente, por exemplo. O
campo magnético é uma propriedade básica de muitas partículas elementares, do
mesmo modo corno a massa e a carga elétrica (quando existe) são propriedades
básicas. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2011)
Todo ímã apresenta duas regiões distintas, que são denominadas de polo
norte e polo sul. O campo magnético de um ímã de barra é muito mais intenso em
suas extremidades, como pode-se observar na Figura 1 através da representação
por linhas de campo. Por convenção, considera-se que as linhas de campo saem
pelo polo norte e entram pelo polo sul do ímã.

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Figura 1 - Ímã de barra e seu campo magnético

Fonte: site Estudo Prático (2014).

O campo magnético é representado por um vetor chamado de vetor indução

magnética( ). A unidade de campo magnético, pelo SI, é Tesla(T). A direção do


vetor indução é aquela em que a pequena agulha da bússola aponta, e o sentido do
deste vetor é aquele para onde o polo norte da agulha da bússola aponta.

Inicialmente, eletricidade e magnetismo foram estudados de maneira


separadas, pois não havia sido descoberta nenhuma relação entre esses dois
ramos da física. Porém, em 1819 o físico dinamarquês Oersted observou que,
quando a agulha de uma bússola é colocada próxima de uma corrente elétrica, essa
agulha é desviada de sua posição. O deslocamento da agulha se explica pela
formação de um campo magnético ao redor do condutor percorrido pela corrente
elétrica. Estabeleceu-se então a relação entre eletricidade e magnetismo.
As linhas de força do campo magnético ,criado pelo condutor retilíneo (nesse
caso um fio), são circunferências concêntricas, com o centro no próprio condutor,
observe na Figura 2. A intensidade desse campo pode ser determinada pela lei de
Biot-Savart:
μ𝑖
B= (1)
2π𝑅
Onde R é a distância do centro do fio até a linha de campo onde se deseja
achar o valor do campo magnético, μ é a permeabilidade magnética do meio em que

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o condutor está imerso e i é o valor da corrente elétrica que passa pelo condutor. A
direção e sentido do campo magnético é dada pela regra da mão direita.

Figura 2 - Fio retilíneo condutor e seu campo magnético

Fonte: site Física Ilustrada (2017).

Agora com um fio condutor longo e enrolado, de forma que se pareça com
um tubo formado por espiras circulares igualmente espaçadas, chamado de bobina
longa ou solenóide, o campo magnético é gerado ao se aplicar corrente elétrica
nesse fio. Esse campo é produzido ao redor e no interior da bobina, sendo que o
campo interno é uniforme (igual em intensidade, direção e sentido em todos os
pontos), e quanto mais comprido for o solenoide, mais uniforme será o campo
magnético interno e mais fraco o campo magnético externo.

Figura 3 - Solenóide e seu campo magnético

Fonte: site Os Fundamentos Da Física (2011).

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No interior da bobina, onde o campo magnético é uniforme, a intensidade
desse campo é dada por:
𝑁
B=μ ⅰ (2)
𝐿
Onde N/L representa o número de espiras por unidade de comprimento do
solenóide, ⅰ é a corrente que passa pelo fio, e μ é a permeabilidade magnética do
meio. A direção e sentido do campo magnético é dada pela regra da mão direita.

Já em uma espira circular (ou bobina chata), que representa um conjunto de


N espiras que estão justapostas, o módulo do campo magnético é:
μ𝑁𝑖
B= (3)
2𝑅
Onde R representa o raio da bobina, μ é a permeabilidade magnética do meio
e a corrente elétrica é representada por i. Confere-se na Figura 4.

Figura 4 - Espira circular e seu campo magnético

Fonte: site Os Fundamentos Da Física (2011).

O objetivo do experimento foi visibilizar as linhas de força magnética


produzida por ímãs e corrente elétrica e reproduzir o experimento de Oersted.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais
● Osciloscópio;
● Cabos condutores;
● Fonte de tensão contínua;
● Ímãs: circular, cilíndrico (neodímio), paralelepípedo;
● Bússola;
● Limalha de ferro;
● Placa de acrílico;
● Placa com solenóide;
● Placa com espira vertical;
● Balanço magnética.

2.2. Métodos
Primeiramente, foram separados os materiais, por ordem de uso na prática.
Foram despejadas algumas limalhas de ferro na placa de acrílico para uma melhor
observação do experimento. Os ímãs circular e de neodímio foram colocados no
outro verso da placa para evitar o contato dos materiais, somente a observação da
das linhas de indução.
Posteriormente foi avaliado o comportamento das limalhas em proximidade
com o solenóide didático. Conectou-se os cabos nos terminais da placa e
regulou-se a corrente elétrica para aproximadamente 3,10A.
A segunda etapa deste experimento, foi utilizada uma placa didática com uma
espira, substituindo a placa com solenóide e espalhou-se uma certa quantidade de
limalhas de ferro, após a agitação foi observada as linhas de indução.
Por fim, realizou-se o experimento de Oersted com a utilização do balanço
magnético, a bússola e os condutores conectados aos terminais. Foram observadas
as alterações na orientação da bússola quando se permitia a passagem de corrente
elétrica no arranjo.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No primeiro procedimento, após espalhar limalhas de ferro sobre a placa de


acrílico colocou um ímã em forma de cilindro (neodímio), cilindro vazado e também
um ímã em formato de paralelepípedo no verso. Como mostra as figuras X, Y e Z
respectivamente.

Figura 5 - Comportamento das limalhas de ferro sobre um ímã


cilíndrico de neodímio

Fonte : acervo dos autores (2019).

Figura 6 - Comportamento das limalhas de ferro sobre um ímã


cilíndrico vazado

7
Fonte : acervo dos autores (2019).

Figura 7 - Comportamento das limalhas de ferro sobre um ímã em


forma de paralelepípedo

Fonte : acervo dos autores (2019).

O ímã gera um campo magnético ao redor de si. Podemos observar na figura


5 que a ação magnética de um ímã é mais intensa em suas extremidades ou polos,
isso é evidenciado quando as limalhas de ferro se concentram apenas nas pontas
do ímã cilíndrico. As linhas de campo magnético, chamadas de linhas de indução,
se originam no polo norte e se direcionam ao polo sul do ímã.
Limalhas de ferro foram espalhadas na placa com solenóide e o proceder
dessa ação está disposto na figura x. Uma corrente elétrica percorre pelos fios
condutores do solenóide e gera ao seu redor um campo magnético. Pode-se
observar que as linhas de indução são paralelas entre si, devido a forma como as

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limalhas se espalharam pelo interior do solenóide. O campo magnético nesse
interior é considerado uniforme.

Figura 8 - Comportamento das limalhas na placa com solenóide

Fonte: acervo dos autores (2019)

Novamente as limalhas de ferro foram espalhadas em uma espira circular


plana presente na figura x. Na espira as linhas do campo magnético são
circunferências perpendiculares ao seu plano, concêntricas com o condutor.

Figura 9 - Comportamento das limalhas na placa com espira

9
Fonte: acervo dos autores (2019)

No experimento de Oersted, verifica-se na figura 10 abaixo a alteração na


bússola quando aplicou uma fonte no circuito.

Figura 10 - Experimento de Oersted

a) Antes b) Depois

Fonte : acervo dos autores (2019).

Antes de ligar o circuito a agulha da bússola apontava para o norte-sul por


causa do campo magnético da terra, porém quando a corrente elétrica fluía pelo fio
a agulha mudou de direção. Desse modo, verifica-se que cargas elétricas em

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movimento eram capazes de criar um campo magnético, à vista disso o fio condutor
de eletricidade atua como um imã.

4. CONCLUSÃO

Conclui-se pela análise qualitativa dos experimentos que o comportamento


magnético e elétrico contribuem para a formação de um campo e uma força
resultante, que atua sobre a limalha de ferro, assumindo uma disposição sobre a
placa de acrílico de acordo com a geometria de origem do campo. Sendo radial para
o ímã cilíndrico, por exemplo. E que a resultante dos campos, apesar de partirem de
diferentes meios, são cumulativas, podendo um atuar sobreposto ao outro.

REFERÊNCIAS
[1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física:
Eletromagnetismo. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. v. 3.

[2] MELO, Priscila. "Campo Magnético": Estudo Prático. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-gerado-por-um-fio-condutor.h
tm. Acesso em 21 de outubro de 2019

[3] "Corrente elétrica e campo magnético": Física Ilustrada. Disponível em:


http://fisicailustrada.blogspot.com/2017/02/corrente-eletrica-e-campo-magnetico.html
. Acesso em 21 de outubro de 2019

[4] Borges e Nicolau. "Primeiro fenômeno eletromagnético": Os Fundamentos Da


Física. Disponível em:
https://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2019/10/cursos-do-blog-eletricidade_16
.html. Acesso em 22 de outubro de 2019

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