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Instalações Elétricas
Material Teórico
Corrente Contínua e Alternada
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Corrente Contínua e Alternada
• Força Eletromotriz;
• Geração de Força Eletromotriz;
• Circuitos de Corrente Alternada;
• Geradores Monofásicos e Trifásicos;
• Fator de Potência.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer métodos de transformação de energia para a geração de energia elétrica,
principalmente na forma de corrente alternada.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
Força Eletromotriz
Para que um circuito elétrico funcione, é necessária uma fonte de tensão ou de
corrente. Mais especificamente, é preciso que exista um elemento que forneça car-
gas elétricas para o circuito operar. Essa fonte exerce uma força chamada de força
eletromotriz (f.e.m.), que provoca o movimento de cargas através do circuito elétrico.
A força eletromotriz exercida pela fonte, em geral, possui origem em uma ener-
gia armazenada de forma não elétrica, que é convertida em energia elétrica. Nas
baterias, por exemplo, a força eletromotriz ocorre pela conversão da energia quí-
mica em energia elétrica.
i
10 V
R 100 Ω
Em um circuito elétrico, a f.e.m. pode ser representada por uma seta com um
círculo na origem da seta, isso para diferenciar as outras setas que representam o
sentido da corrente elétrica. O sentido da f.e.m. sempre será do terminal de menor
potencial da fonte para o terminal de maior potencial. No caso de um circuito com
apenas uma fonte, o sentido da f.e.m. coincidirá com o sentido da corrente elétrica
do circuito.
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Geração de Força Eletromotriz
Um princípio básico da natureza é o da conservação de energia. Em qualquer
sistema fechado, como é o caso dos circuitos elétricos e dos geradores de energia, a
energia não pode ser criada e não pode ser destruída, apenas pode ser transformada.
Uma fruta no alto de uma árvore possui energia potencial gravitacional, que
pode se transformar em energia cinética quando se desprende do galho e desce até
o chão. Ao atingir o chão, converte a energia cinética em energia sonora e energia
de deformação.
Mas como podemos utilizar a natureza a nosso favor para obter energia elétrica? Na
verdade, já somos capazes de obter energia elétrica da maioria dessas fontes naturais.
9
9
UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
Rede Elétrica
Painel Solar
Corrente
Contínua
Corrente
Alternada
Corrente Alternada
Uma hidrelétrica aproveita o movimento das águas para mover turbinas que con-
vertem a energia mecânica em energia elétrica. Uma usina termoelétrica converte
energia química pela queima de combustíveis fósseis ou carvão vegetal em energia
mecânica, e essa em energia elétrica. Uma usina nuclear transforma a energia ar-
mazenada no núcleo de átomos em energia térmica, que é convertida em energia
mecânica e, por fim, convertida em energia elétrica. A energia eólica é a conversão
da energia cinética dos ventos em energia elétrica através da movimentação de
turbinas. Em qualquer um dos casos, há sempre um passo de transformação de
energia em forma mecânica em energia elétrica.
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x x A x x +
x B x x x
V V
x x x x Fm
x x B x x –
Mas apenas uma barra metálica fornece pouca corrente. Para otimizar esse efei-
to nos geradores, ao invés de se utilizar apenas um fio metálico, são utilizadas bo-
binas, compostas por fios enrolados várias vezes, amplificando o efeito de indução
eletromagnética, e essas bobinas giram de maneira que os fios estejam sempre em
movimento próximo ao campo magnético. A Figura 5 mostra um diagrama com
esse princípio de geração de energia.
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UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
A maioria dos geradores elétricos que utilizamos hoje seguem esse princípio
de funcionamento. Motores elétricos e geradores elétricos por indução funcionam
basicamente da mesma maneira. Ao se forçar o giro do eixo de um motor elétrico,
ele produzirá uma diferença de potencial entre seus terminais, que podem ser co-
nectados a um circuito elétrico e produzir corrente elétrica.
Explor
Contínua
0
Alternada
Vamos fazer uma analogia para facilitar a compreensão da diferença entre esses
dois tipos de corrente. Imagine que você está andando de bicicleta e está com os
pés presos aos pedais. Você é a fonte de energia, pois é você quem produz a força
suficiente para que a bicicleta (circuito) se movimente. Se você pedala da manei-
ra convencional, empurrando um pé para a frente, em seguida o outro, e assim
por diante, você está movimentando os pedais de maneira contínua, equivalente
ao que acontece em um circuito de corrente contínua. Por outro lado, você pode
pedalar com apenas um dos pés, descansando o outro, em movimento alternado,
ora pressionando o pedal para frente, ora invertendo o movimento e voltando o pé
para trás. Nesse caso, você também conseguirá locomover a bicicleta, porém, mo-
vimentando os pedais de maneira alternada, assim como acontece em um circuito
de corrente alternada.
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Figura 7 – Pedalar uma bicicleta de maneira contínua ou alternada
Fonte: Wikimedia Commons
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Circuito
rcuito 1
Responsabilidade da Responsabilidade do
concessionária cliente
Circuito
rcuito 2
QDC
Circuito 3
Circuito 4
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Outra grande vantagem de se transmitir energia em corrente alternada é a facilidade
de transformação de níveis de tensão. Utilizando um transformador (Figura 9), é possí-
vel transformar uma corrente de alta tensão em uma de baixa tensão e vice-versa. Isso é
importante, pois a energia transmitida a longas distâncias precisa possuir tensões altas,
para vencer a resistência dos cabos e forçar o fluxo de cargas através deles. No entanto,
essas tensões são perigosas para uso residencial e industrial. Portanto, para a utilização
final dessa energia transmitida, a alta tensão deve ser transformada em baixa tensão,
que costuma ser de 127V ou 220V por fase.
10 V
R 100 Ω
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UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
A tensão nominal da fonte alternada é de 10V. Isso quer dizer que a tensão real
da fonte vai variar entre 0V e 10V segundo a equação:
V V0 .cos .t
it i0 .cos .t Equação 2
R R
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Fase 1 Fase 2 Fase 3
COMUM
TEMPO
R
S
T
N
Na Figura 12, vemos como pode ser utilizada a rede trifásica, considerando que
o gerador dessa rede possui tensão nominal de 220V e as indicações R, S e T se
referem aos terminais fase, e a N se refere ao terminal neutro dessa rede.
Voltando ao gráfico da Figura 11, se analisarmos apenas uma das fases, o valor
de tensão nominal será igual à diferença entre o valor real da tensão e o valor da
tensão do terminal neutro, que é 0V, quando essa diferença é máxima.
Agora, se tomarmos duas fases quaisquer, a maior diferença entre elas será
maior do que considerando uma fase e o neutro. Assim, podemos obter tensões
mais elevadas que os 220V nominais do gerador.
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UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
Fator de Potência
Para circuitos elétricos em corrente contínua, podemos calcular a potência dissi-
pada pelo circuito, ou por elementos desse, através da equação:
P = V .i Equação 3
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Podemos reescrever a Equação 3 para corrente alternada de um sistema monofásico:
V0 .i0 V .i
.cos 0 0 .cos 2..t Equação 4
2 2
A soma vetorial da potência real (P), ou potência ativa, com a potência reativa
nos fornece um valor de potência aparente (N), ou potência total, que representa o
valor de potência que é drenado pela rede elétrica para alimentar o sistema. Pode-
mos indicar essa soma vetorial conforme a Figura 13, em um triângulo retângulo
onde a potência aparente representa a hipotenusa, as potências ativa e reativa
representam os catetos e o ângulo φ=θ−δ.
Pot
ênc
ia a
Potência reativa (Q)
par
ent
e (N
)
P2 Q2 N 2 Equação 5
P N .cos Equação 6
Q N .sin Equação 7
O fator de potência (FP) é um valor definido pela razão entre a potência real (P) e
a potência aparente (N). O fator de potência indica a eficiência de determinado equi-
pamento, mostrando quanto da potência fornecida pela rede elétrica é convertida em
trabalho efetivamente. Quanto maior o valor de FP, maior será a eficiência energética
do sistema ou equipamento. Podemos calcular o FP da seguinte maneira:
P
FP = Equação 8
N
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UNIDADE Corrente Contínua e Alternada
onde FP é o fator de potência, P é a potência ativa medida em Watt (aquela que efe-
tivamente produz trabalho) e N é a potência aparente medida em Volt-Ampere (VA).
P 50
FP 0, 96indutivo
N 52, 2
A potência ativa, para casos onde não temos apenas cargas resistivas no circuito
e estamos trabalhando com circuitos elétricos de corrente alternada monofásicos,
pode ser calculada da seguinte maneira:
P = N .FP Equação 9
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Fundamentos de Física
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física.
v. 3. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Instalações Elétricas
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
Leitura
Circuito elétrico
https://bit.ly/2Hl8fl5
Eletricidade
https://bit.ly/2XV8r2L
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Referências
CIRCUITO ELÉTRICO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wiki-
media Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.
php?title=Circuito_el%C3%A9trico&oldid=53797201>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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