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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA- A POLITÉCNICA

Ensino Superior de Estudos Universitários de Nampula- ESEUNA

Curso: Engenharia Informática e Telecomunicações, 1ºsemestre

Tema: Circuitos eléctricos simples e composto

Agostinho Soberano

Edmilton Carlos Saide


Joel João Dombole

Ronald César Júnior

Nampula, 8 de Agosto de 2022


Agostinho Soberano

Edmilton Carlos Saide


Joel João Dombole

Ronald César Júnior

Tema: Circuitos eléctricos simples e composto

Presente trabalho de pesquisa de


carácter avaliativo, da disciplina de
Física II, ensino superior 1º ano, curso
de Engenharia Informática e
Telecomunicações

Docente: Elias Guente

Nampula,13 de Junho, 2022

Índice
1.Introdução...............................................................................................................................4
1.1. Objectivos:..........................................................................................................................4
1.2.Geral.....................................................................................................................................4
1.3.Específico.............................................................................................................................4
2.Circuitos Eléctricos Simples...................................................................................................5
2.1.Fonte de tensão ideal e fonte de tensão real.........................................................................6
2.1.1Fonte de Corrente...............................................................................................................8
2.2.Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha............................................................9
Método da Energia.....................................................................................................................9
Método do Potencial................................................................................................................10
2.3.Resistência Interna.............................................................................................................11
2.4.Resistências em Série.........................................................................................................12
2.5.Aterramento de um Circuito...............................................................................................15
2.6.Circuitos com mais de uma malha.....................................................................................16
2.6.1.Circuitos com Mais de uma Malha.................................................................................17
2.7.Resistências em Paralelo....................................................................................................18
2.8.Diferença de potencial entre dois pontos...........................................................................23
3.Conclusão..............................................................................................................................24
4.Bibliografia...........................................................................................................................24
1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema Circuitos simples e compostos, para melhor
abordagem deste tema é necessário compreender que falar de Circuitos eléctricos é falar da
ligação de elementos eléctricos, tais como resistores, indutores, capacitores, díodos, linhas de
transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente, e, interruptores, de modo que formem pelo
menos um caminho fechado param a corrente eléctrica. Esses trechos fechados iniciam e
terminam num ponto comum.

1.1. Objectivos:

1.2.Geral
 Conhecer a essência dos circuitos simples e compostos.

1.3.Específico
 Mencionar o uso e características dos circuitos simples e compostos.

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2.Circuitos Eléctricos Simples
• Circuitos eléctricos que contém apenas resistores e fontes.
• A corrente eléctrica se move sempre no mesmo sentido, ou seja, são circuitos de corrente
contínua.
• Circuitos com mais de um resistor
• Associação de Resistores (série e paralelo).

Para as cargas eléctricas atravessarem um resistor é necessário aplicar uma d.d.p entre suas
extremidades, o dispositivo adequado para isto é uma fonte de tensão (fonte) que, mantendo a
tensão constante, realiza trabalho sobre as cargas movimentando-as.
Uma fonte de tensão produz uma força electromotriz (f.e.m) o que significa que ela submete
os portadores de carga à uma diferença de potencial. A fonte de tensão fornece a energia
necessária para que os portadores de carga sejam colocados em movimento. Exemplos de
fontes de energia: baterias de relógios, reactores nucleares, termopilhas, células solarem,
geradores eléctricos

Embora utilizem princípios distintos de funcionamento, todos os dispositivos mencionados


antes têm a mesma função que é a de realizar trabalho sobre os portadores de carga e manter
uma diferença de potencial entre os dois terminais.

Quando a fonte é ligada, a energia que existe em seu interior transfere os portadores de carga
do pólo positivo para o pólo negativo. Este movimento de cargas faz parte da corrente que se
estabelece no circuito.

dW
A força electromotriz da fonte é : Ɛ = →[J/C = V]
dq

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A força electromotriz da fonte é o trabalho por unidade de carga que a fonte realiza para
transferir cargas da região de baixo potencial para a região com alto potencial.

2.1.Fonte de tensão ideal e fonte de tensão real


• Na fonte de tensão ideal não existe uma resistência interna ao movimento das cargas entre
um potencial e o outro.
• Na fonte de tensão real, existe uma resistência interna que se opõe ao movimento das
cargas.
• Quando uma fonte real não está ligada a um circuito
temos que V=f.e.m.
• Quando uma fonte real está ligada a um circuito, a fonte transfere energia aos portadores
que passam por ela e que por sua vez podem transferir esta energia para outros dispositivos.

Uma fonte de tensão ideal independente é um dipolo com capacidade para impor uma
diferença de potencial aos seus terminais, independentemente do valor da corrente que a
percorre.
A equação que caracteriza uma fonte de tensão ideal é:

Designando-se, genericamente, por E(t) a força electromotriz da fonte.


No caso de uma fonte de tensão contínua (DC), E(t) representa um valor constante.

Fig. 1.1: Exemplo de fontes de tensão contínua e não contínua

Os símbolos mais utilizados para representar uma fonte de tensão, são:

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Fig. 1.1.2: Representação de fontes de tensão

Quando se liga uma fonte de tensão a um outro elemento passivo estabelece-se um percurso
fechado onde circula a corrente

No entanto, a corrente que a fonte de tensão fornece, depende dos elementos que ela
alimenta:
 uma fonte de tensão ideal pode ser deixada em circuito aberto, isto é, sem qualquer
ligação aos seus terminais. Neste caso, são nulas a corrente i(t) que ela fornece e,
consequentemente, a potência p(t)=u(t) i(t) ;
 os terminais de uma fonte de tensão ideal não podem ser ligados entre si por um
condutor ideal (curto-circuito) pois essa situação corresponderia a anular a tensão do
gerador; enquanto a fonte de tensão impõe u(t)=E(t) , o curto-circuito impõe u(t)=0
 duas fontes de tensão só podem ser ligadas em paralelo se tiverem valores iguais de
força electromotriz; através da Lei das Malhas obtém-se E t1 =E t2, que só é uma
expressão verdadeira se as duas forças electromotrizes forem iguais.

Fig.1.3: Fonte de tensão ideal em vazio, em curto-circuito e duas fontes de tensão em paralelo

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2.1.1Fonte de Corrente
Uma fonte de corrente ideal independente é um dipolo com capacidade para impor a corrente
fornecida, independentemente da tensão que apresenta aos seus terminais.
O símbolo para representar uma fonte de corrente, é:

Fig 2: Fonte de corrente


não existindo símbolos específicos para representar uma fonte de corrente contínua (DC) ou
alternada (AC).
A equação que caracteriza uma fonte de corrente ideal é:
i (t) =I (t)
Quando se liga uma fonte de corrente a um outro elemento passivo estabelece-se um percurso
fechado onde circula a corrente i (t)

Fig 2.1: Fonte de corrente ideal a alimentar um elemento passivo


no entanto, a diferença de potencial u(t) aos seus terminais, dependerá do elemento que a
fonte alimenta:
 os terminais de uma fonte de corrente podem ser ligados entre si. Neste caso, são
nulas a tensão
aos seus terminais u(t) e, consequentemente, a potência u(t) i(t) que ela debita;
 uma fonte de corrente não pode ser deixada em circuito aberto, pois isso
corresponderia a anular a corrente que ela fornece; deve sempre existir um caminho
para que a corrente se feche; enquanto a fonte impõe i(t)=I (t) o circuito aberto impõe
i(t)=0
 duas fontes de corrente só podem ser ligadas em série se impuserem o mesmo valor
de corrente;

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através da Lei dos Nós obtém-se ( ) I t1=I 2t que só é uma expressão verdadeira se os dois
valores de corrente forem iguais.

2.2.Cálculo da Corrente em um Circuito de uma Malha


Vamos falar agora dois métodos diferentes para calcular a corrente no circuito de uma malha
da Fig. 3.3; um dos métodos se baseia na lei de conservação da energia, e o outro no conceito
de potencial. O circuito que vamos analisar é formado por uma fonte ideal B cuja força

eletromotriz é , um resistor de resistência R e dois fios de ligação. (A menos que seja


afirmado o contrário, vamos supor que os fios dos circuitos possuem resistência desprezível.
Na maioria dos casos, os fios servirão apenas para transferir os portadores de corrente de um
dispositivo para outro.)

Método da Energia
De acordo com a Eq. 26-27 (P = i2R), em um intervalo de tempo dt, uma energia dada por
i2R dt é transformada em energia térmica no resistor da Fig. 3.1. Como foi observado no
Módulo 26-5, podemos dizer que essa energia é dissipada no resistor. (Como estamos
supondo que a resistência dos fios é desprezível, os fios não dissipam energia.) Durante o
mesmo intervalo, uma carga dq = i dt atravessa a fonte B, e o trabalho realizado pela fonte
sobre essa carga, de acordo com a Eq. 27-1, é dado por

De acordo com a lei de conservação da energia, o trabalho realizado pela fonte (ideal) é igual
à energia térmica que aparece no resistor:

Isso nos dá

A força eletromotriz é a energia por unidade de carga transferida da fonte para as cargas
que se movem no circuito. A grandeza iR é a energia por unidade de carga transferida das
cargas móveis para o resistor e convertida em calor. Assim, essa equação mostra que a
energia por unidade de carga transferida para as cargas em movimento é igual à energia por
unidade de carga transferida pelas cargas em movimento.

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Explicitando i, obtemos

Método do Potencial
Suponha que começamos em um ponto qualquer do circuito da Fig. 3.1. e nos deslocamos
mentalmente ao longo do circuito em um sentido arbitrário, somando algebricamente as
diferenças de potencial que encontramos no caminho. Ao voltar ao ponto de partida, teremos
voltado também ao potencial inicial. Antes de prosseguir, queremos chamar a atenção para o
fato de que esse raciocínio vale não só para circuitos com uma malha, como o da Fig. 3.1,
mas também para uma malha fechada de um circuito com várias malhas.

 REGRA DAS MALHAS: A soma algébrica das variações de potencial encontradas


ao longo de uma malha completa de um circuito é zero.

Va +Ɛ- iR-Va = 0
Sinais: A corrente desloca-se da direção de menor potencial para a de maior
(sentido horário).
Va +Ɛ- iR-Va = 0→ Ɛ-iR = 0
Percorrendo o mesmo circuito em sentido anti-horário.
iR- Ɛ = 0
De ambas as maneiras, encontramos:

Ɛ
 I=
R

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Figura 3.1 Um circuito de uma malha no qual uma resistência R está ligada aos terminais de

uma fonte ideal B de força eletromotriz . A corrente resultante i é a mesma em todo o


circuito.

Essa regra, também conhecida como lei das malhas de Kirchhoff (ou lei das tensões de
Kirchhoff), em homenagem ao físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, equivale a dizer que
cada ponto de uma montanha possui apenas uma altitude em relação ao nível do mar. Se
partimos de um ponto qualquer e voltamos ao mesmo ponto depois de passear pela montanha,
a soma algébrica das mudanças de altitude durante a caminhada é necessariamente zero.

 REGRA DAS RESISTÊNCIAS: Quando atravessamos uma resistência no sentido


da corrente, a variação do potencial é −iR; quando atravessamos uma resistência no
sentido oposto, a variação é +iR.
 REGRA DAS FONTES: Quando atravessamos uma fonte ideal no sentido do

terminal negativo para o terminal positivo, a variação do potencial é + ; quando

atravessamos uma fonte no sentido oposto, a variação é − .

EXEMPLO:
A figura mostra a corrente i em um circuito formado por uma fonte B e uma resistência R
(além de fios de resistência desprezível). (a) A seta que indica a força eletromotriz da fonte B
deve apontar para a esquerda ou para a direita? Coloque os pontos a, b, e c na ordem
decrescente (b) do valor absoluto da corrente, (c) do potencial elétrico e (d) da energia
potencial elétrica dos portadores de carga.

Outros Circuitos de uma Malha


Agora, vamos ampliar o circuito simples da Fig. 3.1. de duas formas.

2.3.Resistência Interna
A Fig. 3.2a mostra uma fonte real, de resistência interna r, ligada a um resistor externo de
resistência R. A resistência interna da fonte é a resistência elétrica dos materiais condutores

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que existem no interior da fonte e, portanto, é parte integrante da fonte. Na Fig. 3.2.a, porém,
a fonte foi desenhada como se pudesse ser decomposta em uma fonte ideal de força
eletromotriz em série com um resistor de resistência r. A ordem em que os símbolos dos dois
dispositivos são desenhados é irrelevante.

Figura 3.2. (a) Circuito de uma malha com uma fonte real de força eletromotriz e resistência
interna r. (b) O mesmo circuito, representado de outra forma para mostrar as variações do
potencial elétrico quando o circuito é percorrido no sentido horário a partir do ponto a. O
potencial Va foi tomado arbitrariamente como zero; os outros potenciais foram calculados em
relação a Va.

Aplicando a regra das malhas no sentido horário, a partir do ponto a, as variações do


potencial nos dão

Explicitando a corrente, obtemos

Observe que a Eq. 3.2 se reduz à Eq. 3.1.1 se a fonte for ideal, ou seja, se r = 0. A Fig. 3.2.b
mostra graficamente as variações de potencial elétrico ao longo do circuito. (Para estabelecer
uma ligação mais direta da Fig.3.2.b com o circuito fechado da Fig. 3.2.a, imagine o gráfico
desenhado na superfície lateral de um cilindro, com o ponto a da esquerda coincidindo com o
ponto a da direita.) Percorrer o circuito é como passear em uma montanha e voltar ao ponto
de partida; na chegada, você se encontra na mesma altitude em que estava quando partiu.

2.4.Resistências em Série
A corrente que atravessa o circuito é a mesma, ou seja, ela não se divide e a soma das d.d.p´s
em cada resistor é a diferença de potencial aplicada pela fonte.

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Ɛ-iR1-iR2-iR3=0BN

Ɛ
i=
R 1+ R 2+ R 3

Ɛ
← i=
Req

Req= R1+R2+R3

A Fig. 3.3.a mostra três resistências ligadas


em série a uma fonte ideal de força eletromotriz .
Essa descrição pouco tem a ver com o modo como
as resistências estão desenhadas. A expressão “em
série” significa apenas que as resistências são
ligadas uma após a outra e que uma diferença de
potencial V é aplicada às extremidades da
ligação. Na Fig. 3.4, as resistências estão ligadas uma após a outra entre os pontos a e b, e
uma diferença de potencial entre os pontos a e b é mantida por uma fonte. As diferenças de
potencial entre os terminais de cada resistência produzem a mesma corrente i em todas as
resistências. De modo geral,

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Figura 3.3.(a) Três resistores ligados em série entre os pontos a e b. (b) Circuito equivalente,
com os três resistores substituídos por uma resistência equivalente Req.

 Quando uma diferença de potencial V é aplicada a resistências ligadas em série, a


corrente i é a mesma em todas as resistências, e a soma das diferenças de potencial
das resistências é igual à diferença de potencial aplicada V.

Observe que as cargas que atravessam resistências ligadas em série têm um único caminho
possível. Se existe mais de um caminho, as resistências não estão ligadas em série.

 Resistências ligadas em série podem ser substituídas por uma resistência equivalente
Req percorrida pela mesma corrente i e com a mesma diferença de potencial total V
que as resistências originais.

Obtemos

A extensão para n resistores é imediata e nos dá

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Observe que, no caso de duas ou mais resistências ligadas em série, a resistência equivalente
é maior que a maior das resistências.

EXEMPLO
Na Fig. 27-5a, se R1> R2> R3, coloque as três resistências na ordem decrescente (a) da
corrente que passa pelas resistências e (b) da diferença de potencial entre os terminais das
resistências.

Figura 3.4. Existe uma diferença de potencial entre os pontos a e b, que são os terminais de
uma fonte real.

2.5.Aterramento de um Circuito
Aterrar um circuito significa definir o potencial de um dado ponto como
sendo nulo

A Fig. 3.5.a mostra o mesmo circuito da Fig. 3.4., exceto pelo fato de que o ponto a está
ligado diretamente à terra, o que é indicado pelo símbolo . Aterrar um circuito pode
significar ligar o circuito à superfície da Terra (na verdade, ao solo úmido, que é um bom
condutor de eletricidade). Neste diagrama, porém, o símbolo de terra significa apenas que o
potencial é definido como zero no ponto em que se encontra o símbolo. Assim, na Fig. 3.5.a,
o potencial do ponto a é definido como Va = 0. Nesse caso, conforme a Eq. 3.9, o potencial
no ponto b é Vb = 8,0 V.

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Figura 3.5. (a) O ponto a está ligado diretamente à terra. (b) O ponto b está ligado
diretamente à terra.

A Fig. 3.5.b mostra o mesmo circuito, exceto pelo fato de que agora é o ponto b que está
ligado à terra. Assim, o potencial do ponto b é definido como Vb = 0; nesse caso, de acordo
com a Eq. 3.9, o potencial no ponto a é Va = −8,0 V.

2.6.Circuitos com mais de uma malha


Quando duas ou mais resistências estão em paralelo, elas são submetidas à mesma diferença
de potencial. A resistência equivalente de uma associação em paralelo de várias resistências é
dada por

Figura 3.7. Circuito com mais de uma malha, formado por três ramos: o ramo da esquerda
bad, o ramo da direita bcd e o ramo central bd. O circuito também contém três malhas: a
malha da esquerda badb, a malha da direita bcdb e a malha externa badcb.

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2.6.1.Circuitos com Mais de uma Malha
A Fig. 3.7 mostra um circuito com mais de uma malha. Para simplificar a análise, vamos
supor que as fontes são ideais. Existem dois nós no circuito, nos pontos b e d, e três ramos
ligando os nós: o ramo da esquerda (bad), o ramo da direita (bcd) e o ramo central (bd).
Quais são as correntes nos três ramos?

Vamos rotular arbitrariamente as correntes, usando um índice diferente para cada ramo. A
corrente i1 tem o mesmo valor em todos os pontos do ramo bad, i2 tem o mesmo valor em
todos os pontos do ramo bcd, e i3 tem o mesmo valor em todos os pontos do ramo bd. Os
sentidos das correntes foram escolhidos arbitrariamente.

Considere o nó d. As cargas entram no nó pelas correntes i1 e i3 e deixam o nó pela corrente


i2.

Como a carga total não pode mudar, a corrente total que chega tem que ser igual à corrente
total que sai:

Podemos verificar facilmente que a aplicação dessa condição ao nó b leva à mesma equação.
A Eq. 3.9- 18 sugere o seguinte princípio geral:

 REGRA DOS NÓS: A soma das corrente que entram em um nó é igual à soma das
correntes que saem do nó.

Essa regra também é conhecida como lei dos nós de Kirchhoff (ou lei das correntes de
Kirchhoff). Tratase simplesmente de outra forma de enunciar a lei de conservação da carga: a
carga não pode ser criada nem destruída em um nó. Nossas ferramentas básicas para resolver
circuitos complexos são, portanto, a regra das malhas (baseada na lei de conservação da
energia) e a regra dos nós (baseada na lei da conservação da carga).

A Eq. 3.9-18 envolve três incógnitas. Para resolver o circuito (ou seja, para determinar o
valor das três correntes), precisamos de mais duas equações independentes que envolvam as
mesmas variáveis.

Podemos obtê-las aplicando duas vezes a regra das malhas. No circuito da Fig. 27-9, temos
três malhas: a malha da esquerda (badb), a malha da direita (bcdb) e a malha externa (badcb).
A escolha das duas malhas é arbitrária; vamos optar pelas malhas da esquerda e da direita.

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Percorrendo a malha da esquerda no sentido anti-horário a partir do ponto b, obtemos

Percorrendo a malha da direita no sentido anti-horário a partir do ponto b, obtemos

Agora dispomos de três equações (Eqs. 27-18, 27-19 e 27-20) tendo como incógnitas as três
correntes; esse sistema de equações pode ser resolvido por várias técnicas.

Se tivéssemos aplicado a regra das malhas à malha externa, teríamos obtido (percorrendo a
malha no sentido anti-horário a partir do ponto b) a seguinte equação:

Esta equação pode parecer uma informação nova, mas é, na verdade, a soma das Eqs. 3.16 e
16-20 e, portanto, não constitui uma terceira equação independente obtida a partir da regra
das malhas. (Por outro lado, poderia ser usada para resolver o problema em combinação com
a Eq. 27-18 e a Eq. 27-19 ou a Eq. 27-20.)

2.7.Resistências em Paralelo
Quando todas as resistências estão sujeitas à mesma diferença de potencial, elas estão
associadas em paralelo. A corrente elétrica em um circuito com resistências associadas em
paralelo se divide.
A Fig. 3.10.a mostra três resistências ligadas em paralelo a uma fonte ideal de força
eletromotriz. O termo “em paralelo” significa que as três resistências estão ligadas entre si
nas duas extremidades.

Assim, todas estão sujeitas à mesma diferença de potencial aplicada pela fonte. No caso
geral,

 Quando uma diferença de potencial V é aplicada a resistências ligadas em paralelo,


todas as resistências são submetidas à mesma diferença de potencial V.

Na Fig. 3.10a, a diferença de potencial aplicada V é mantida pela fonte. Na Fig. 3.10b, as três
resistências em paralelo foram substituídas por uma resistência equivalente Req.

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 Resistências ligadas em paralelo podem ser substituídas por uma resistência
equivalente Req com a mesma diferença de potencial V e a mesma corrente total i que
as resistências originais.

Figura 3.10 (a) Três resistores ligados em paralelo entre os pontos a e b. (b) Circuito
equivalente, com os três resistores substituídos por uma resistência equivalente Req.

Para determinar o valor da resistência Req da Fig. 27-10b, escrevemos as correntes nas
resistências da Fig. 3.10a na forma

em que V é a diferença de potencial entre a e b. Aplicando a regra dos nós ao ponto a da Fig.
3.10a e substituindo as correntes por seus valores, tem

Quando substituímos as resistências em paralelo pela resistência equivalente Req (Fig. 3-


10b), obtemos

Comparando as Eqs. 3.21 e 3.22, temos

Generalizando esse resultado para o caso de n resistências, temos

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No caso de duas resistências, a resistência equivalente é o produto das resistências dividido
pela soma, ou seja,

Note que, se duas ou mais resistências estão ligadas em paralelo, a resistência equivalente é
menor que a menor das resistências. A Tabela 3.12 mostra as relações de equivalência para
resistores e capacitores em série e em paralelo.

Exemplo Resistores em paralelo e em série


A Fig. 27-11a mostra um circuito com mais de uma malha formado por uma fonte ideal e
quatro resistências com os seguintes

valores:

R1 = 20 Ω, R2 = 20 Ω, = 12 V,

R3 = 30 Ω, R4 = 8,0 Ω.

(a) Qual é a corrente na fonte?

IDEIA-CHAVE
Observando que a corrente na fonte é a mesma que em R1, vemos que é possível determinar a
corrente aplicando a regra das

malhas a uma malha que inclui R1, já que a diferença de potencial entre os terminais de R1
depende dessa corrente.

Método eficaz: Uma tática muito melhor é simplificar o circuito da Fig. 27-11b usando
resistências equivalentes. Observe que R1 e R2 não estão em série e, portanto, não podem ser
substituídas por uma resistência equivalente; entretanto, R2 e R3 estão em paralelo, de modo
que podemos usar a Eq. 27-24 ou a Eq. 27-25 para calcular o valor da resistência equivalente
R23.

De acordo com a Eq. 27-25,

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Podemos agora desenhar o circuito como na Fig. 27-11c; observe que a corrente em R23 deve
ser i1, já que as mesmas cargas que passam por R1 e R4 também passam por R23. Para esse
circuito simples, com uma única malha, a regra das malhas (aplicada no sentido horário, a
partir do ponto a, como na Fig. 27-11d), nos dá

Substituindo os valores dados, obtemos

e, portanto,

(b) Qual é a corrente i2 em R2?

(1) Podemos começar com o circuito equivalente da Fig. 3-11d, no qual R2 e R3 foram
substituídas por R23. (2) Como R2 e R3 estão em paralelo, elas estão submetidas à mesma
diferença de potencial, que também é a mesma de R23.

Cálculos: Sabemos que a corrente em R23 é i1 = 0,30 A. Assim, podemos usar a Eq. 26-8 (R
= V/i) e a Fig. 3.11e para calcular a diferença de potencial V23 em R23:

Isso significa que a diferença de potencial em R2 também é 3,6 V (Fig. 27-11f). De acordo
com a Eq. 26-8 e a Fig. 27-11g, a corrente i2 em R2 é dada por

(c) Qual é a corrente i3 em R3?

Podemos encontrar a resposta de duas formas: (1) Usando a Eq. 26-8, como no item (b). (2)
Usando a regra dos nós, segundo a qual, no ponto b da Fig. 27-11b, a corrente que entra, i1, e
as correntes que saem, i2 e i3, estão relacionadas pela equação

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Cálculo: Explicitando i3 na equação anterior, obtemos o resultado que aparece na Fig. 27-
11g:

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Figura 3.11 (a) Circuito com uma fonte ideal. (b) Escolha de nomes e sentidos para as
correntes. (c) Substituição de resistores em paralelo por um resistor equivalente. (d)-(g)
Substituição inversa para determinar as correntes nos resistores em paralelo.

2.8.Diferença de potencial entre dois pontos


Para determinar o potencial entre dois pontos de um circuito, começamos em um dos pontos e
percorremos o circuito até o outro pronto somando todas as d.d.p’s que encontramos no
percurso.

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3.Conclusão
Chegando ao término do trabalho concluiu-se que os circuitos eléctricos simples e compostos
são formados por vários elementos interligados que viabilizam a passagem da corrente
eléctrica, ou seja, em um circuito eléctrico simples ou composto encontramos no mínimo um
caminho que permite o livre acesso dos correntes eléctricos nele existente. Também foi
denotado que esses circuitos têm utilidade de ligar dispositivos eléctricos e electrónicos de
acordo com as suas especificações de funcionamento, referente á tensão eléctrica de operação
e á corrente eléctrica suportada pelo dispositivo.

4.Bibliografia
HALLYDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de FÍSICA Eletromagnetismo-
10ª Ed. LTC. vol 3

TIPLER, Paul A. Física Para cientistas e engenheiros, vol 3, 3ªEd. Rio de Janeiro: Guanabara
Kogan, 1994.

24
ALBUQUERQUE, R.O, Análise de Circuitos de Corrente Contínua, São Paulo: Editora
Erica, 1987.

ORSINI, L.Q- Circuitos eléctricos, Lisboa, Editora Edgard Blücher, 1975, 5ª Edição

SEIXAS, Falcondes José M, Máquinas Eléctricas II, São Paulo, 2016, 3ª Edição

25

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