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ÍNDICE
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 4
2.3. Fatores Que Influenciam os Efeitos da Corrente Elétrica Sobre o Corpo Humano: ................. 9
2.5. Primeiros Socorros em Acidentes Pessoais Produzidos Por Correntes Elétricas: .................. 12
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 14
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 15
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INTRODUÇÃO
Este manual foi estruturado tendo em conta as horas de duração do módulo, sendo
uma base de apoio à formação.
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1.RISCOS ELÉTRICOS
A energia elétrica é a forma de energia mais utilizada na nossa sociedade industrial. Devido à sua
facilidade de transporte e de transformação noutras formas de energia, ela está bem adaptada
aos imperativos da economia moderna. Mas a eletricidade, em determinadas condições, pode
comprometer a segurança das pessoas. Ela não se vê, não se ouve, não tem odor.
Ignorar os riscos elétricos pode acarretar consequências graves para pessoas e bens. Torna-se
imprescindível, portanto, assumir procedimentos corretos quando se manipula a corrente,
comprar e instalar equipamentos elétricos adequados e seguros.
Embora seja muito difícil explicar em poucos parágrafos o que é a eletricidade é conveniente
compreender algumas das suas características para melhor perceber as medidas de prevenção.
2. CORRENTE ELÉTRICA
Um circuito elétrico simples é constituído por um gerador de corrente e um recetor ligados por
intermédio de condutores. Pode existir também um aparelho de corte de corrente (interruptor).
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A corrente elétrica consiste num movimento ordenado dos eletrões através do circuito. Este
movimento dá-se do polo negativo, onde estão em excesso, para o polo positivo, onde há
deficiência de eletrões.
No circuito simples da figura 1, a lâmpada produz luz e aquece porque a passagem dos eletrões
através do material do filamento da lâmpada (normalmente de Tungsténio) provoca o seu
aquecimento (efeito de Joule).
2.1GRANDEZAS ELÉTRICAS
Na figura 1 é a pilha o gerador de corrente, ou seja, é ela que força o movimento dos eletrões
através do circuito e isto porque ela provoca uma diferença de potencial (normalmente designa-
se apenas por d.d.p.), ou tensão.
Através duma determinada secção dum circuito, pode fluir um maior ou menor número de
eletrões por unidade de tempo. Define-se Intensidade da corrente elétrica como a quantidade de
carga elétrica que atravessa uma secção de um circuito por unidade de tempo. Normalmente,
representa-se por I e a respetiva unidade S.I. é o Ampere (A).
Curiosidade:
O ar funciona, normalmente, como isolador elétrico, isto é, é um mau condutor de eletricidade. Mas, em
determinadas condições, pode tornar-se condutor. Durante uma tempestade a diferença de potencial entre
as nuvens e o solo pode atingir os 5 000 000 Volt e nestas condições os eletrões fluem através do ar
originando um relâmpago.
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As três grandezas elétricas - tensão, intensidade e resistência elétrica - estão relacionadas pela lei
de Ohm: U=RI
Esta relação é importante quando se pretende analisar as consequências para o corpo humano do
contacto acidental com a corrente elétrica.
O tempo de contacto com a corrente, é um outro fator importante a considerar. A lei de Joule
permite analisar o efeito do tempo de contacto: W = R I2 t ou W = U I t
Onde W é a energia dissipada sob a forma de calor, que, em unidades S.I. se expressa em Joule
(J); as outras letras têm o significado descrito anteriormente.
Energia W Joule W = R I2 t ou W = U I t
A corrente que percorre o circuito da figura 1 designa-se por corrente contínua (cuja abreviatura
é c.c., em Inglês D.C. - Direct Current), uma vez que os eletrões se deslocam constantemente do
polo negativo para o polo positivo da pilha. Mas a corrente acessível nas tomadas de nossas casas
tem características diferentes: o sentido da corrente inverte-se 50 vezes por segundo, ou seja, os
eletrões são impelidos ora para a frente ora para trás, 50 vezes por segundo. Este tipo de corrente
designa-se por corrente alternada (cuja abreviatura é c.a., em Inglês A.C. - alternating Current) de
50 Hertz (ou 50 Hz). Hertz(Hz) é a unidade de frequência do S.I.
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Muito frequente.
Frequente.
Relativamente frequente.
Muito raro.
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Intensidade da corrente:
Para o ser humano o limiar de sensação (limiar de perceção) da corrente alternada de frequência
industrial (50/60 Hz) é da ordem de 1 mA (1miliampere = 0,001 Ampere) e para a corrente
contínua é da ordem dos 5 mA.
No quadro seguinte apresentam-se vários limiares, para corrente alternada de 50/60 Hz.
Quadro 3 - Valores de intensidade de corrente com efeitos notórios sobre o corpo humano (valores em miliampere,
sendo 1 mA = 0,001 A)
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Tal como qualquer material, o corpo humano também oferece alguma resistência à passagem da
corrente elétrica, ou seja, possui uma determinada resistência elétrica. Normalmente o valor
dessa resistência situa-se entre os 1 000 ~ 2 000.
Mas, para um mesmo indivíduo, a resistência do corpo não é constante e varia em função de
vários fatores. Vamos considerar a resistência própria do corpo por um lado, e a resistência
cutânea por outro.
Resistência própria do corpo - varia em função da distância dos dois pontos de contacto.
Normalmente, quanto mais distantes se encontrarem maior é a resistência.
O trajeto da corrente através do corpo humano desempenha um papel crucial nas consequências
do choque elétrico. Quando a corrente elétrica flui através do corpo humano, normalmente,
toma o trajeto mais curto entre os dois pontos de contacto. Se nesse percurso atravessar órgãos
vitais como por exemplo o coração, as consequências podem ser dramáticas.
Tensão:
Analisando a lei de Ohm, para um corpo com uma determinada resistência e supondo que essa
resistência é constante:
U U
R= I = I
Quanto maior for a tensão ou diferença de potencial aplicada num condutor, maior será a
intensidade da corrente que circula nesse condutor. Por isso as instalações com tensões elevadas
são mais perigosas porque são suscetíveis de fazer passar pelo corpo humano correntes de maior
intensidade.
Assim, uma tensão baixa aplicada a uma pessoa mal isolada pode ser mais perigosa do que uma
mais elevada aplicada a uma pessoa bem isolada.
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Frequência da corrente:
A frequência é outro fator que influi nas consequências dos contactos com a corrente.
A corrente alterna mais utilizada a nível industrial e doméstico, com frequências de 50/60 Hz é a
mais perigosa.
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Medidas informativas:
Visam de algum modo dar a conhecer a existência dos riscos da eletricidade e consistem em:
Medidas de proteção:
- Plataformas isolantes;
- Tapetes isolantes;
- Ferramentas isolantes;
- Luvas isolantes;
- Capacetes;
- Botas para eletricista.
Para proteção nas instalações contra contactos diretos utilizam-se as seguintes medidas:
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2. Isolar-se da Terra, antes de tocar na vítima, colocando-se sobre uma superfície isolante,
constituída por panos ou peças de vestuário secas, tapete de borracha, ou por qualquer outro
meio equivalente (tábuas, barrotes ou caixas de madeira secas).
3. Afastar a vitima dos condutores, isolando as mãos por meio de luvas de borracha, panos ou
peças de vestuário secos ou utilizando varas compridas de madeira bem seca, cordas bem secas,
etc.
Logo que a vítima tenha sido afastada dos condutores e enquanto não chega o médico, é da
maior importância prestar-lhe os socorros a seguir indicados, sem a mínima perda de tempo:
Desapertar todas as peças de vestuário que comprimam o seu corpo: colarinho, cinto, casaco,
colete, etc.
Retirar da boca qualquer corpo estranho (por exemplo, placa de dentes artificiais) e limpar a
boca e as narinas de sujidades.
Aplicar, sem demora, a respiração artificial, que deverá ser mantida até que a natural se
restabeleça regularmente, devendo, porém, ainda depois disso, a vítima continuar vigiada até à
chegada do médico.
Caso não se restabeleça a respiração natural, deve manter-se a artificial, mesmo que ao fim de
várias horas a vítima não dê sinais de vida.
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CONCLUSÃO
No final do estudo do módulo de Eletricidade e Riscos, os formandos deverão estar
conscientes que tal como noutras profissões também o cabeleireiro tem grandes riscos
profissionais associados a si e deverão ser capazes de enunciar conceitos básicos de
eletricidade e riscos que poderão afetar o exercício das funções de um cabeleireiro bem
como saber proceder no caso de assistência de acidentes elétricos.
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BIBLIOGRAFIA
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