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TÓPICOS DE ELETRICIDADE:
CORRENTE CONTÍNUA
E
CORRENTE ALTERNADA
Modalidades: Integrado
Subseqüente
Proeja
Curitiba - Paraná
2014
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
ELETRICIDADE:
É a parte da Física que estuda os fenômenos que ocorrem com as Cargas Elétricas. É dividida
didaticamente em duas partes: Eletrostática, que estuda os fenômenos físicos produzidos por cargas elétricas
que se encontram em repouso e a Eletrodinâmica, que estuda os fenômenos físicos produzidos pelas cargas
elétricas que se encontram em movimento.
Carga Elétrica:
Todas as coisas que existem ao nosso redor são constituídas de moléculas, que por sua vez são
constituídas de átomos. Os átomos são constituídos basicamente por três partículas elementares: prótons,
elétrons e nêutrons.
Carga Elétrica é a propriedade física característica dos prótons e dos elétrons.
prótons → possuem carga elétrica de sinal positivo (+)
Núcleo
nêutrons → são formados por um próton e um por um elétron, apresentando carga elétrica nula
Átomo
Eletrosfera → elétrons – possuem carga elétrica de sinal negativo (-)
ELETROSTÁTICA:
Chamamos de Eletrização de um Corpo o processo pelo qual podemos adicionar ou retirar carga(s)
elétrica(s) de um corpo.
A carga elétrica que pode ser adicionada ou retirada de um corpo será sempre o elétron, visto que ele
encontra-se mais afastado do núcleo do átomo, o que “facilita” a sua transferência de um corpo para outro, quando
comparado ao próton (este se encontra no núcleo do átomo, junto aos nêutrons. Para retirá-lo do núcleo, devemos
“quebrar” o núcleo do átomo, o que é algo bastante complicado de se realizar na prática).
Assim, de maneira simplificada, temos que a quantidade mínima de carga elétrica a ser transferida
entre corpos é de um elétron, uma vez que o elétron não pode ser dividido (no Ensino Médio) sem perder suas
características elétricas.
Se um corpo apresenta número de prótons igual ao número de elétrons, dizemos que ele está
eletricamente neutro. Se um corpo apresenta quantidades diferentes de prótons e de elétrons, dizemos que o
corpo está eletrizado, sendo que isso pode ocorrer de duas formas:
- Corpo Eletrizado Positivamente: quando há falta de elétrons no corpo.
- Corpo Eletrizado Negativamente: quando há excesso de elétrons no corpo.
PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA:.
São Princípios básicos que dispõe sobre o comportamento das cargas elétricas quando elas
interagem entre si. Através da análise desses Princípios é que podemos entender melhor, por exemplo, como se
dispõe num corpo eletrizado as cargas elétricas.
I - Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários se atraem.
Este Principio é uma conseqüência da existência de linhas de campo ou de força (conteúdo abordado
mais adiante), ao redor de uma carga elétrica. Suas conseqüências estão representadas na figura abaixo:
II – Num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das suas cargas elétricas é constante.
Chamamos de sistema eletricamente isolado a todo sistema onde as cargas elétricas que pertencem
ao sistema não podem sair dele e cargas elétricas externas ao sistema não podem entrar. Assim, como não
haverá aumento ou diminuição do número de cargas elétricas no sistema, a soma das cargas elétricas positivas e
negativas será sempre uma constante.
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO:
São os processos a serem realizados para que se consiga eletrizar um corpo, seja positivamente ou
negativamente. São eles:
Eletrização por Atrito: ocorre quando o atrito entre dois corpos é o agente responsável pela
transferência de elétrons entre eles. Ao final desse processo, os corpos ficam eletrizados com cargas
elétricas iguais (em quantidades), porém de sinais contrários (um positivo e um negativo).
Para entender esse processo, imagine que um bastão de vidro será atritado com um pedaço de lã.
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Lã Vamos considerar que lã e vidro estejam inicialmente neutros. Da Química, sabemos que elétrons
que recebem energia podem “pular” para uma camada eletrônica mais externa. Ao atritarmos os dois,
Vidro a temperatura deles aumenta, pois fornecemos energia aos elétrons. Durante a mudança de camada
Antes da
eletrônica, alguns elétrons do vidro são “roubados” pela lã, fazendo com que o vidro fique com falta
Eletrização de elétrons (carga elétrica +) e a lã fique com excesso de elétrons (carga elétrica -).
Como os elétrons perdidos pelo vidro devem estar sobrando na lã, podemos considerar que ambos
ficam eletrizados com a mesma Quantidade de Cargas Elétricas, porém a lã fica com carga elétrica de sinal
Negativo (excesso de elétrons) e o vidro fica com carga elétrica de sinal Positivo (falta de elétrons).
+ +
Vidro +++ Lã
+ + → Após a Eletrização
+ +
+
Eletrização por Contato: ocorre quando um corpo que já está inicialmente eletrizado é posto em
contato (apenas encostado) com outro corpo, que pode estar neutro, por exemplo. Ao final desse processo, os
dois corpos ficam eletrizados com cargas elétricas de mesmo sinal.
Sabemos que cargas elétricas de mesmo sinal de repelem. Portanto, num corpo eletrizado as cargas
elétricas procuram estar o mais afastado possível entre si. Quando um outro corpo é posto em contato com o
corpo eletrizado, as cargas elétricas que estão se repelindo encontram um meio para ficarem ainda mais
afastadas umas das outras e, portanto, algumas cargas elétricas acabam passando para o outro corpo, fazendo
com que ele também fique eletrizado e com carga elétrica de mesmo sinal.
Para entender esse processo, analise o esquema abaixo:
Antes Durante o contato Depois
Neutro
Eletrização por Indução: ocorre quando aproximamos (SEM CONTATO) um corpo que já está
eletrizado (corpo A) de um outro corpo, que pode estar eletricamente neutro (corpo B), por exemplo. Durante este
processo, ocorre apenas uma separação entre as cargas elétricas existentes no corpo B devido à
presença do corpo A. Assim, dizemos que o corpo eletrizado induz a separação das cargas elétricas no corpo B.
Essa separação que ocorre entre as cargas elétricas do corpo que estava inicialmente neutro ocorre
devido ao fato de que cargas elétricas de sinais contrários se atraem.
Para entender o processo, analise o esquema abaixo:
Corpo neutro
→
Bastão eletrizado _
( indutor ) Esfera (induzido)
2
Se o corpo possui falta de elétrons, a Terra fornece elétrons em excesso nela para que o corpo fique
eletricamente neutro.
PROBLEMAS:
1) Os corpos eletrizados por atrito e por contato ficam carregados respectivamente com cargas elétricas de sinais:
a) iguais, iguais
b) iguais, iguais
c) contrários, contrários
X d) contrários, iguais
2) (PUC-SP) Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em
suportes isolados, todos eletricamente neutros. Atrita-se a barra de vidro com o pano de lã, a seguir coloca-se a barra de vidro
em contato com a esfera A e o pano com a esfera B. Após essas operações:
a) o pano de lã e a barra de vidro estarão neutros.
X b) o pano de lã atrairá a esfera A
c) as esferas A e B continuarão neutras.
d) a barra de vidro repelirá a esfera B.
e) as esferas A e B se repelirão.
3) (UF-SE) Dois corpos A e B são eletrizados por atrito e em seguida um corpo C, inicialmente neutro, é eletrizado por contato
com B. Sabendo-se que na eletrização por atrito B perdeu elétrons para A, pode-se afirmar que ao final desses processos as
cargas de A, B e C são, respectivamente:
a) positiva, positiva e positiva.
b) positiva, negativa e positiva.
c) negativa, negativa e negativa.
X d) negativa, positiva e positiva
e) negativa, negativa e positiva.
4) (F.Carlos Chagas-SP) Uma esfera metálica M, positivamente eletrizada, é posta em contato com outra esfera condutora N,
não-eletrizada. Durante o contato ocorre deslocamento de:
a) prótons e elétrons d e M para N.
b) prótons de N para M.
c) prótons de M para N.
X d) elétrons de N para M.
e) elétrons de M para N.
5) (FUVEST- SP) Três esferas de isopor M, N e P, estão suspensas por fios isolantes. Quando se aproxima N de P, nota-
se uma repulsão entre essas duas esferas. Quando se aproxima N de M, nota-se uma atração entre essas duas esferas. Das
possibilidades de sinais de carga dos corpos M, N e P propostas abaixo (I, II, III, IV e V), quais são compatíveis com as
observações?
I) M (+), N (+), P(-); a) I e III;
II) M (-), N (-), P(+); b) II e IV;
III) M (0), N (0), P(-); c) III e V;
IV) M (-), N (+), P(+); x d) IV e V;
V) M (+), N (-), P(-). e) I e II.
6) (Fund. C. Chagas - BA) Uma esfera metálica condutora M, negativamente eletrizada, é posta em contato com outra esfera condutora
N, não eletrizada (carga neutra). Durante o contato entre as esferas, ocorre deslocamento de:
a) prótons e elétrons de M para N; d) elétrons de N para M;
b) prótons de N para M; x e) elétrons de M para N;
c) prótons de M para N; f) nêutrons de M para N e prótons de N para M.
7) (UFRGS) Quando um bastão eletricamente carregado atrai uma bolinha condutora A, mas repele uma bolinha condutora B, conclui-
se que:
a) a bolinha B não está carregada;
b) ambas as bolinhas estão carregadas igualmente;
c) ambas as bolinhas podem estar descarregadas;
d) a bolinha B deve estar carregada positivamente;
e) a bolinha A pode não estar carregada eletricamente. X
8) Na figura abaixo, X, Y e Z são esferas metálicas e idênticas. A esfera Y está fixada em um suporte isolante e as esferas X e Z estão
suspensas por fios isolantes. As esferas estão em equilíbrio eletrostático. Nessas condições, é possível afirmar que:(0,2 p)
a) as esferas X, Y e Z possuem cargas elétricas de mesmo sinal;
b) as esferas X e Y possuem cargas elétricas de sinais iguais;
c) as esferas Y e Z possuem cargas elétricas de sinais iguais;
d) as três esferas possuem carga elétrica nula;
e) a esfera Y pode possuir carga de sinal contrário a das esferas X e Z. X
9) Associe as colunas:
(a) eletrização por atrito ( ) cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários
(b) eletrização por indução; se atraem;
(c) eletrização por contato; ( ) ocorre apenas separação entre algumas cargas elétricas do corpo;
(d) princípio da eletrostática. ( ) os corpos ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal;
( ) os corpos ficam carregados com cargas iguais, de sinais contrários
( ) num sistema eletricamente isolado, é constante a soma algébrica
das cargas elétricas;
( ) pode ocorrer sem a existência de contato entre os corpos.
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
NOTAÇÃO CIENTÍFICA:
ATENÇÃO: para padronizarmos as nossas respostas, vamos procurar “ajeitar” os números que se apresentam na frente da potência de
dez de tal maneira que o número ali apresentado seja maior do que 1 e menor do 10. Assim, se deslocarmos a vírgula para a esquerda
em x casas decimais deveremos aumentar (somar) o expoente da potência de dez com x. Se deslocarmos a vírgula Y casas decimais
para a direita, devemos diminuir (subtrair) o número da potência de Y. Exemplo:
Q = 255.10-7C → com os algarismos 255, conseguimos escrever o número 2,55, que é maior do que 1 e menor do que 10. Para tanto,
deslocamos a vírgula duas casas para a esquerda e, portanto, devemos SOMAR dois ao expoente da potência. Assim, temos:
Q = 2,55.10-7 + 2 → Q = 2,55.10-5C
Q = 0,8798.10-9C → com os algarismos 8798, conseguimos escrever o número 8,798, que é maior do que 1 e menor do que 10. Para
tanto, deslocamos a vírgula uma casa para a direita e, portanto, devemos DIMINUIR um ao expoente da potência. Assim, temos:
Q = 8,798.10-9 - 1 → Q = 8,798.10-10C
2) Se um corpo inicialmente neutro é eletrizado com uma carga Q = 56mC, quantos elétrons ele perdeu nesse
-19
processo? Dado: e = 1,6.10 C
n = 3,5.1017 elétrons em falta
3) Quantos elétrons precisam ser retirados de um corpo para que ele fique com a carga de 1C?
n = 6,25.1018 elétrons
4) Quantos elétrons foram retirados de um corpo que está eletrizado com a carga elétrica de 8µC? Dado: e =
-19
1,6.10 C.
n = 5.1013 elétrons
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7) Determine a carga elétrica de um corpo, que inicialmente neutro, perdeu 2,5.10 elétrons num processo de
-19
eletrização. Dado: e = 1,6.10 C.
Q = 4.10-6 C
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Se essas cargas elétricas são atraídas ou repelidas entre si, isso acontece devido à ação de uma
Força, que pode fazer com que as cargas elétricas se movimentem (para afastar ou aproximar). Como essa força
é de na natureza elétrica (cargas elétricas), vamos chamá-la de Força Elétrica e iremos representá-la por F.
A intensidade dessa Força Elétrica é obtida através da Lei de Coulomb, que tem por enunciado: “As
Forças de atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas puntiformes (que tem forma de ponto, ou
seja, tamanho desprezível) são diretamente proporcionais ao produto das cargas elétricas e inversamente
proporcionais ao quadrado da distância que as separa”.
A intensidade da Força Elétrica de atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas quaisquer varia
conforme o meio em que as cargas elétricas estão inseridas. Assim, na fórmula acima, o meio está representado
pela constante eletrostática (K). Cada substância possui um valor para essa constante. Especificamente se o meio
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de separação entre as cargas elétricas for o vácuo, o valor de K será: Kvácuo = 9.10 N.m / C
PROBLEMAS:
1) Duas cargas elétricas, Q1 = 1µC e Q2 = 4µC, estão separadas por uma distância de 0,3m, no vácuo. Determine
a intensidade da força elétrica de repulsão entre as cargas.
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2) Duas cargas elétricas, Q1 = 15µC e Q2 = 40µC, estão separadas por uma distância de 0,1m, no vácuo.
Determine a intensidade da força elétrica de repulsão existente entra as cargas.
F = 540N
-6 -6
3) Duas cargas elétricas, Q1 =9.10 C e Q2 = - 4.10 C, estão separadas por uma distância de 0,2m, no vácuo.
Determine a intensidade da força elétrica de atração existente entre elas.
ATENÇÃO: os sinais das cargas são utilizados para descobrirmos se a Força Elétrica é de atração ou de repulsão. Assim, você
não precisa colocá-los nas suas contas.
F = 8,1N
-6 -6
4) Duas cargas elétricas, Q1 =15.10 C e Q2 = 150.10 C, estão separadas pela distância de 0,1m, no vácuo.
Determine a intensidade da força elétrica de repulsão existente entre elas.
F = 2025N
-6 -6
5) Duas cargas elétricas, Q1 = -12.10 C e Q2 = 30.10 C, estão separadas pela distância de 0,3m, no vácuo.
Determine a intensidade da força elétrica de atração existente entre elas.
F = 36N
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
CAMPO ELÉTRICO: E
Imagine uma carga elétrica Q fixada num determinado ponto do espaço. Essa carga elétrica
puntiforme Q modifica de alguma forma a região que a envolve, de modo que, ao colocarmos uma carga
puntiforme de prova (carga de prova significa que esta carga não está fixa a um ponto qualquer, podendo se
movimentar livremente, conforme desejamos) q num ponto P desta região, será constatada a existência de uma
Força F, de origem elétrica, agindo em q. Neste caso, dizemos que a carga Q origina, ao seu redor, um Campo
Elétrico.
Fora da região achurada, Na figura ao lado, a carga Q encontra-se fixa num ponto do
a carga Q não conse- espaço e q é a carga de prova, que pode ser movimentada
gue mais influenciar
a carga q através aleatoriamente, em qualquer direção, conforme desejarmos.
da ação de uma Conforme aumentamos a distância entre as duas cargas elétricas,
Força Elétrica.
a carga de prova fica submetida a uma Força Elétrica cuja
carga Q (fixa) intensidade é dada pela Lei de Coulomb.
Assim, quanto mais afastamos as cargas elétricas, a força elétrica
carga de existente entre elas vai diminuindo de tal maneira que a partir de
prova (q) uma determinada distância a força fica tão reduzida que não seria
d
mais suficiente para movimentar a carga de prova.
Nesse limiar, dizemos que a carga q ainda está sob a influência
Região de influência da carga da carga Q. Além desse limiar, a força elétrica percebida por q
Q sobre a carga de prova q passa a ser praticamente nula, pois a distância entre elas é
(em três dimensões)
grande.
Com base no exposto e na análise dos fenômenos práticos observados, podemos definir:
Campo Elétrico: Existe uma região de influência da carga Q, onde qualquer carga de prova q, nela
colocada, estará sob a ação de uma força de origem elétrica. A essa região chamamos de Campo Elétrico.
Carga Elétrica Puntiforme: é uma carga elétrica que possui dimensões muito pequenas,
semelhantes à de um ponto na definição Matemática. Resumindo, são cargas elétricas muito pequenas.
Podemos calcular a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica puntiforme
mesclando a definição de Vetor Campo Elétrico com a Lei de Coulomb, obtendo como resultado:
E=K.Q , onde: E = Intensidade do campo Elétrico produzido pela carga puntiforme (N/C);
2
d K = Constante Eletrostática do meio onde a carga se encontra (N.m2/C2);
Q = valor da carga elétrica que está criando o campo Elétrico (C);
d = Distância da carga elétrica ao ponto onde queremos saber o campo elétrico (m).
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RELEMBRANDO: se o meio existente entre as cargas elétricas for o vácuo, o valor de K será: Kvácuo = 9.10 N.m / C
São as linhas que envolvem as cargas elétricas. Essas linhas são invisíveis a olho nu, mas seus
efeitos são percebidos com facilidade em laboratório, comprovando a sua existência.
Por convenção, essas linhas saem das cargas elétricas positivas e entram nas cargas elétricas
negativas. Assim, podemos representá-las graficamente da seguinte maneira:
CARGAS POSITIVAS CARGAS NEGATIVAS CARGAS DE MESMO SINAL CARGAS DE SINAIS CONTRÁRIOS CAMPO ELETRICO UNIFORME
- + - +
+ + + + +
ATENÇÃO: No Campo Elétrico Uniforme, a distância entre as linhas de campo elétrico são todas iguais entre si e por isso esse campo Elétrico
é chamado de Uniforme. Essa condição só acontece quando a distância de separação entre as placas é relativamente pequena, pois se
aumentarmos um pouco a distância, as linhas se deformam, assumindo o formato apresentado para duas cargas elétricas de sinais contrários.
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Analisando as figuras apresentadas acima, podemos perceber que as linhas de Campo Elétrico
produzidas por uma mesma carga elétrica nunca se cruzam. É esse fenômeno que faz surgir a Força Elétrica de
atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas (Lei de Coulomb), uma vez que ao aproximarmos as cargas
elétricas de mesmo sinal, por exemplo, as linhas de Campo Elétrico precisam se deformar para que continuem
sem se cruzar. Para acontecer essa deformação nas linhas de campo, existe a necessidade de se fornecer
Trabalho às cargas, através da aplicação de uma Força, utilizada para aproximar as cargas elétricas.
PROBLEMAS:
1) Determine a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica de 16 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,01m da carga. Como é uma Multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado
DADOS:
Q = 16 µC = 16 .10-6 C E=K.Q E = 9.16.109.10-6 E= 144 . 109+(-6)
Kvácuo = 9.109 N.m2/ C2 d2 (0,0001) (0,0001)
d = 0,01m E = 9.109. 16.10-6 E = 1440000 . 103 N/C E = 1,44.109 N/C
(0,01)2
2) Determine a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica de 8µC, localizada no vácuo,
a uma distância de 0,1m da carga.
E = 7,2.106 N/C
3) Determine a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica de 9 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,02m da carga.
E = 2,025.108 N/C
4) Determine a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica de 16µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,1m da carga.
E = 1,44.107 N/C
5) Determine a intensidade do Campo Elétrico produzido por uma carga elétrica de 18 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,02m da carga.
E = 4,050.108 N/C
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Para que uma carga elétrica se movimente dentro de um material condutor, ela deve receber uma
determinada quantidade de Energia, assim como qualquer outro objeto ou partícula. Essa energia recebida pela
carga elétrica é utilizada para que ela se movimente de um determinado ponto a outro do espaço. Se ela recebe
mais energia, pode percorrer distâncias maiores e vice-versa.
Essa energia elétrica fornecida à carga faz com que ela se movimente, uma vez que a carga elétrica
fica submetida à ação de uma Força (também de origem elétrica, dada pela Lei de Coulomb), que irá produzir um
deslocamento na carga elétrica. Assim, dizemos que essa Força, que produz deslocamento, realiza um Trabalho
sobre a carga elétrica em questão.
Assim, podemos definir como o Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica puntiforme ao
Trabalho realizado pela Força Elétrica, por unidade de carga, para deslocar a carga elétrica do ponto onde
ela se encontra até o infinito.
O Potencial Elétrico também pode ser chamado, mais tecnicamente, de Tensão Elétrica ou ainda de
Diferença de Potencial (d.d.p). No Sistema Internacional de Unidades (S.I.), a unidade do Potencial Elétrico é o
volt (V).
ATENÇÃO: popularmente, a Tensão Elétrica é conhecida como Voltagem. Esse é um termo popular, não técnico/científico, e por isso
não será utilizado neste material.
Matematicamente, após uma pequena dedução matemática, podemos calcular o Potencial Elétrico
através da equação:
V = K .Q , onde: V = Potencial Elétrico (V);
d K = Constante Eletrostática do meio (N.m2/ C2 );
Q = Carga Elétrica (C);
d = Distância da carga ao ponto onde queremos saber o Potencial (m).
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RELEMBRANDO: se o meio existente entre as cargas elétricas for o vácuo, o valor de K será: Kvácuo = 9.10 N.m / C
PROBLEMAS:
1) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 15 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,01m da carga. Como é multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado.
DADOS:
Q = 15 µC = 15 .10-6 C V=K.Q V = 9.15.109.10-6 V= 135 . 109+(-6)
Kvácuo = 9.109 N.m2/ C2 d 0,01 0,01
d = 0,01m V = 9.109. 15.10-6 V = 13500 . 103 V = 1,35.107 V
V = ??? 0,01 Esse é o Potencial Elétrico produzido
2) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 13 nC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,1m da carga. Como é multiplicação, a ordem dos fatores não altera o resultado.
DADOS:
Q = 13nC = 13 .10-9 C V=K.Q E = 9.13.109.10-9 V= 117 . 109+(-9) V = 1170. 1
Kvácuo = 9.109 N.m2/ C2 d 0,1 0,1 →
d = 0,1m V = 9.109. 13.10-9 V = 1170 . 100 V = 1170 V
V = ??? 0,1
0
RELEMBRANDO → da Matemática, temos que qualquer número elevado a zero é igual a 1. Portanto, 10 = 1
3) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 9 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,3m da carga.
V = 2,7.105 V
4) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 3 mC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,2m da carga.
V = 1,35.108 V
5) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 15 µC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,5m da carga.
V = 2,7.105 V
6) Determine a intensidade do Potencial Elétrico produzido por uma carga elétrica de 300 nC, localizada no
vácuo, a uma distância de 0,9m da carga.
V = 3000 V
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
ELETRODINÂMICA:
É a parte da Física que estuda as cargas elétricas que se encontram em movimento, compondo uma
corrente elétrica.
ELÉTRONS LIVRES: da Química, sabemos que quando um elétron recebe uma quantidade
específica de energia, chamada de quantun ou quanta de energia, esse elétron pode passar de uma camada
eletrônica mais interna para uma camada eletrônica mais externa do átomo.
Se um elétron da última camada de um átomo receber essa energia e puder realizar essa
“passagem”, poderá se desprender desse átomo e ficar, por um pequeno intervalo de tempo, livre do seu átomo.
Nessas condições, chamamos esse elétron de Elétron Livre.
Sabe-se que esse elétron permanece nessa condição de “liberdade” por intervalos de tempo muito
pequenos, uma vez que ele encontrará rapidamente um átomo onde esteja faltando um elétron e ali ele será
“requisitado”, voltando novamente a fazer parte de um átomo e perdendo, assim, a denominação de elétron livre.
MATERIAIS CONDUTORES DE ELETRICIDADE: são as substâncias que apresentam, em sua
estrutura, uma “grande” quantidade de elétrons livres (que são os responsáveis pela condução de corrente elétrica
numa substância). São exemplos: metais em geral, alguns poucos tipos de borracha, etc.
MATERIAIS ISOLANTES DE ELETRICIDADE: são as substâncias que apresentam, em sua
estrutura, uma “pequena” quantidade de elétrons livres. Assim, a substância não é boa condutora de eletricidade.
São exemplos: vidro, plásticos em geral, alguns tipos de borracha, madeira seca, etc.
CORRENTE ELÉTRICA: se inserirmos um material condutor de eletricidade num Campo Elétrico, o
movimento dos elétrons livres, que era totalmente desordenado, passa a ter a mesma orientação do campo
elétrico, tornando-se assim um movimento bem ordenado de elétrons.
Assim, podemos definir Corrente Elétrica como sendo o movimento ordenado de elétrons livres
que se estabelece num material condutor, devido à presença de um Campo Elétrico.
ddp → i
ATENÇÃO: popularmente, a Intensidade de Corrente Elétrica é conhecida como Amperagem. Esse é um termo popular, não
técnico/científico, e por isso não será utilizado neste material.
PROBLEMAS:
1) Um condutor elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 20A. Determine a carga elétrica que
atravessa a seção transversal do fio num intervalo de tempo de 10 segundos.
DADOS: i = ∆Q 20.10 = ∆Q
i = 20 A ∆t
Q = ??? 20 = ∆Q ∆Q = 200C → essa é a quantidade de carga elétrica que atravessa o condutor, nesse intervalo
∆t = 10s 10 de tempo.
10
2
2) Certo aparelho eletrônico mede a passagem de 150.10 elétrons por minuto, através de uma seção transversal
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do condutor. Sendo a carga elementar 1,6.10 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o
condutor, nesse intervalo de tempo. ∆Q = n.e
DADOS: i = ∆Q ∆Q = 150.102. 1,6.10-19 Agora que possuímos i = ∆Q
n = 150.102 elétrons ∆t → o valor de ∆Q, podemos → ∆t
∆t = 1 min = 60s Não temos ∆Q ↓ ∆Q = 2,4.10-15C calcular a intensidade de i = 2,4.10-15C
-17
e = 1,6.10-19 C ∆Q = n.e de corrente elétrica: 60 60 → i = 4.10 A
i = ??? ver página 04 i = ∆Q
∆t
3) Um fio metálico é percorrido por uma Corrente Elétrica contínua e constante de intensidade 8A. Sabe-se que
uma carga elétrica de 32C atravessa uma seção transversal do fio num intervalo de tempo ∆T. Determine o
intervalo de tempo ∆t.
DADOS: Vamos aplicar a definição de in-
i = 8A tensidade de Corrente Elétrica: → i = ∆Q → 8 = 32 → ∆t = 32 → ∆t = 4s → Esse é o intervalo de tempo
∆Q = 32C i = ∆Q ∆t ∆t 8 que está sendo analisado.
∆t = ??? ∆t
4) Um condutor elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 10A. Determine a carga elétrica que
atravessa a seção transversal do fio num intervalo de tempo de 60 segundos.
∆Q = 600C
6
5) Certo aparelho eletrônico mede a passagem de 1,95.10 elétrons por minuto, através de uma seção transversal
-19
do condutor. Sendo a carga elementar 1,6.10 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o
condutor, nesse intervalo de tempo.
∆Q = 3,12.10-13 C
i = 5,2.10-15 A
6) Um fio metálico é percorrido por uma Corrente Elétrica contínua e constante de intensidade 45A. Sabe-se que
uma carga elétrica de 4500C atravessa uma seção transversal do fio num intervalo de tempo ∆T. Determine o
intervalo de tempo ∆t.
∆t = 100s
14
7) Certo aparelho elétrico mede a passagem de 396.10 elétrons por minuto, através de uma seção transversal do
-19
condutor. Sendo a carga elementar 1,6.10 C, calcule a intensidade de corrente elétrica que atravessa o
condutor, nesse intervalo de tempo.
∆Q = 6,336.10-3 C
i = 1,056.10-4 A
11
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Em geral, todo aparelho ou equipamento Elétrico precisa de uma Fonte de Força Eletromotriz para
funcionar adequadamente. As Fontes de Força Eletromotriz são equipamentos capazes de manter e fornecer uma
Diferença de Potencial (ou Tensão) entre dois pontos, aos quais estejam ligados. Isso ocorre devido ao fato de que
a Fonte de Força Eletromotriz é um equipamento que transforma um tipo de Energia em Energia Elétrica. Estes
aparelhos são chamados de Fontes de Força Eletromotriz (f.e.m.) e fornecem Energia Elétrica, na forma de
Tensão e Corrente Elétrica, a um circuito ou equipamento elétrico externo.
Como a Força Eletromotriz é resultante de uma Diferença de Potencial (d.d.p.), na prática esta Fonte
fornece ao circuito um valor de Tensão para que ele funcione adequadamente e, portanto, a unidade de Força
Eletromotriz é o volt (V).
Em geral, estas fontes produzem força eletromotriz que podem ser Contínua (C.C. ou D.C.) ou
Alternada (C.A.) e em conseqüência, a corrente elétrica fornecida também pode ser Contínua ou Alternada.
A bateria produz corrente contínua, os geradores podem produzir os dois tipos de corrente, porém em
maior escala, produzem corrente alternada, como no caso das centrais hidrelétricas do sistema elétrico brasileiro.
Na Corrente Contínua (C.C. ou D.C.), como o próprio nome já diz, o valor da Tensão fornecida ao
equipamento externo não sofre mudanças ou variações no decorrer do tempo, ou seja, ela é contínua. Assim, o
fluxo de elétrons circula em um único sentido, não sofrendo variações em seu sentido nem em sua intensidade.
Matematicamente, o gráfico de uma função contínua é uma linha reta paralela ao eixo das abcissas
(eixo x). Considerando i como o valor da Corrente Elétrica fornecida pela fonte ao circuito externo, temos:
i
Corrente (A)
0
0 2 4 6 8 10
Tempo (s)
Note que, com o passar do tempo, o valor da intensidade de corrente elétrica fornecida ao circuito
externo não sofre nenhuma variação no seu valor. Isso caracteriza uma Fonte de Corrente Contínua.
Esse tipo de Tensão é fornecido, principalmente, por pilhas ou baterias, que convertem Energia
Química em Energia Elétrica. Também existe outra possibilidade de obtenção de Tensões desse tipo a partir de
Corrente Alternada, onde a onda alternada será retificada por meio de diodos associados a capacitor(es).
Na corrente alternada, como o próprio nome já diz, os valores de Tensão e de corrente elétrica
produzidos pela Fonte sofrem variações repetidas no decorrer do tempo. Em geral, os geradores elétricos
utilizados na produção de energia elétrica fornecem uma Corrente Elétrica Alternada que possui formato de onda
12
senoidal, ou seja, a forma da onda alternada produzida obedece à função matemática seno.
Esse formato de onda causa uma alternância no fluxo de elétrons, em intervalos de tempos
constantes, invertendo o sentido da corrente elétrica: ora a corrente elétrica circula em um determinado sentido,
ora ela circula no sentido oposto.
Geralmente, a inversão no sentido da corrente elétrica alternada ocorre várias vezes por segundo. O
número de variações completas que ocorrem por segundo depende da freqüência da corrente alternada. Se a
freqüência for de 60Hz, isso significa que a corrente alternada inverte o seu sentido sessenta vezes por segundo.
Nas usinas hidrelétricas, a Energia Potencial da água é transformada em Energia Mecânica pelas
turbinas hidráulicas. As turbinas hidráulicas transferem esta Energia Mecânica aos geradores e estes a
transformam em Energia Elétrica, produzindo Força Eletromotriz.
A senóide é a forma de onda mais comum (e a também a mais simples) para a produção da Corrente
Alternada. Na ilustração abaixo, vemos como se pode gerar uma Tensão Alternada senoidal utilizando uma bobina
girante:
1,5
0,5
Corrente (A) 0
1 2 3 4 5 6 7
-0,5
-1
-1,5
Tempo (s)
0° / 360°
270°
90°
180°
À medida que a bobina gira dentro de um Campo Magnético (considere que a espira gire no sentido
anti-horário), ela corta as linhas de Campo Magnético. Esse fato induz na bobina uma Força Eletromotriz (Tensão)
capaz de produzir movimento dos elétrons livres (corrente elétrica), se a bobina for conectada a um circuito
externo fechado. Se a bobina gira com velocidade angular uniforme:
- em 0°, 180° e 360°, a bobina encontra-se paralela às linhas de Campo Magnético. Assim, nesses
13
pontos específicos, a Tensão gerada na bobina é nula, conforme se pode verificar na outra figura;
- entre 0° e 90°, a bobina se movimenta em direção contrária ao campo magnético e corta um número
cada vez maior de linhas de Campo Magnético, fazendo com que a Tensão Alternada produzida aumente
gradativamente, até atingir o seu valor máximo em 90°, onde a bobina estará perpendicular às linhas de Campo
Magnético, cortando o número máximo de linhas de Campo Magnético;
- entre 90° e 180°, a bobina se movimenta na mesma direção do Campo Magnético e corta um
número cada vez menor de linhas de Campo Magnético, fazendo com que a Tensão Alternada produzida diminua
gradativamente, até atingir o seu valor mínimo (zero) em 180°, onde a bobina estará paralela às linhas de Campo
Magnético, não gerando Tensão nesse ponto;
- entre 180° e 270°, a bobina se movimenta na mesma direção do campo magnético e corta um
número cada vez maior de linhas de Campo Magnético, fazendo com que a Tensão Alternada produzida aumente
gradativamente, até atingir o seu valor máximo negativo em 270°, onde a bobina estará perpendicular às linhas de
Campo Magnético, cortando o número máximo de linhas de Campo Magnético;
- entre 270° e 360°, a bobina volta a se movimentar na direção contrária a do campo magnético e
corta um número cada vez menor de linhas de Campo Magnético, fazendo com que a Tensão Alternada produzida
diminua gradativamente, até atingir o seu valor mínimo (zero) em 360°, onde a bobina estará paralela às linhas de
Campo Magnético, não gerando Tensão nesse ponto.
Para a onda senoidal da Corrente Alternada, precisamos conhecer algumas grandezas importantes:
- Amplitude: para corrente alternada senoidal, a amplitude corresponde à altura das cristas em
relação ao eixo de simetria da onda. São os valores de tensão (U) e/ou corrente (i), explicitados no gráfico
senoidal. Estes valores podem ser positivos (se estiverem acima da linha de simetria) ou negativos (se estiverem
abaixo da linha de simetria).
- Período (T): é o intervalo de tempo necessário para que a onda realize um ciclo completo (0º a
360º). O período (T) é medido em segundos (s), pois corresponde a um intervalo de tempo.
- Freqüência (f): é o número de ciclos completos que uma onda realiza, por unidade de tempo. É
medido em hertz (Hz). Assim, uma freqüência de 60Hz significa que ocorrem sessenta ciclos completos no
intervalo de tempo de um segundo.
Existe uma relação Física entre o Período e Freqüência para uma onda cíclica como a senoidal:
Como a Corrente Alternada varia regularmente no decorrer do tempo, os valores de Tensão a que
uma carga é submetida não são contínuos. Isso acontece devido ao fato de que os valores máximos de Tensão
são obtidos apenas nos picos da onda.
Quando medimos uma Tensão Alternada senoidal, o valor apresentado pelo instrumento não
corresponde ao valor máximo atingido e sim ao valor de Tensão eficaz. Para a corrente alternada senoidal, este é
o valor de Tensão equivalente ao valor da Tensão em Corrente Contínua, necessário para fornecer Potências
Elétricas iguais a uma mesma carga.
Para calcularmos o valor da Tensão eficaz, podemos utilizar:
Ueficaz = Umáxima
√2
14
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R): é a oposição à passagem de uma corrente elétrica que os materiais
apresentam. Essa oposição dificulta a passagem da corrente elétrica no material. Quanto maior a resistência
elétrica do material, mais difícil se torna para a corrente elétrica atravessar o corpo.
No Sistema Internacional, a unidade de Resistência elétrica é o ohm (Ω).
RESISTORES: Nos aquecedores elétricos em geral (chuveiros elétricos, torneiras elétricas, ferros
elétricos etc.), ocorre a transformação de Energia Elétrica em Energia Térmica. O fenômeno da transformação de
Energia Elétrica em Energia Térmica é denominado de Efeito Térmico ou Efeito Joule.
O elemento de circuito cuja função exclusiva é efetuar a conversão de Energia Elétrica em Energia
Térmica recebe o nome de Resistor. Esse resistor é um componente eletro-eletrônico que possui valor de
Resistência Elétrica pré-estabelecido.
Em esquemas de circuitos elétricos, um resistor é representado pelos seguintes símbolos:
R R
ou
1ª LEI DE OHM: O físico alemão George Simon Ohm verificou que num Resistor, percorrido por uma
corrente elétrica (i), quando entre seus terminais for aplicada a d.d.p. (U) e for mantida a temperatura constante, o
quociente da Tensão pela respectiva intensidade de corrente elétrica era uma constante característica do resistor.
U/i = constante = R ( Resistência Elétrica do Resistor )
Através dessa observação prática, podemos enunciar a Primeira Lei de Ohm: Para um resistor
Ôhmico, a intensidade de corrente elétrica que atravessa o resistor é diretamente proporcional à Tensão
aplicada aos seus terminais.
Um resistor que obedece à 1ͣ Lei de Ohm é denominado de Resistor Ôhmico. Para esse resistor, se
elaborarmos um gráfico da Tensão X Intensidade de Corrente Elétrica, obteremos sempre uma reta crescente,
pois existe uma relação diretamente proporcional entre as grandezas Tensão e Intensidade da Corrente Elétrica.
Matematicamente:
U = R.i , onde: U = Tensão aplicada ao resistor (V);
R = Resistência elétrica do resistor (Ω);
i = intensidade de corrente elétrica (A).
PROBLEMAS:
1) Um resistor tem resistência elétrica igual a 50Ω. Calcule a intensidade de corrente elétrica que o atravessará se
ele for submetido a uma tensão de 60V.
DADOS: Vamos aplicar a Primeira Lei de Ohm: → U = R.i Essa é a intensida-
R = 50Ω U = R.i → isolando i → 60 = i → i = 1,2A → de de Corrente Ele-
U = 60V 60 = 50.i 50 trica que irá circular
i = ??? pelo Resistor.
2) Um resistor ôhmico, quando submetido à uma tensão de 20V, é atravessado por uma corrente elétrica de
intensidade 4A. Qual é a Resistência elétrica do resistor?
DADOS: Vamos aplicar a Primeira Lei de Ohm: → U = R.i Essa é a Resistên-
U = 20V U = R.i → isolando R → 20 = R → R = 5Ω → cia elétrica do Re-
i = 4A 20 = R .4 4 sistor utilizado.
R = ???
3) Um resistor ôhmico, quando submetido à uma tensão de 100V, é atravessado por uma corrente elétrica de
intensidade 5A. Qual deve ser a tensão aplicada aos terminais desse resistor para que ele seja percorrido por uma
corrente elétrica de intensidade 1,2A?
DADOS: Primeira Lei de Ohm:
i=5A NÃO temos a resistência do Resistor. U = R.i Agora que sabemos a resistência, U = R.i
U = 100V Assim, vamos aplicar a 1ͣ Lei de Ohm → 100 = R .5 → podemos aplicar novamente a 1ͣ → U = 20 .(1,2)
R = ??? para calcularmos a sua Resistência. R = 100 Lei de Ohm para descobrir a nova U = 24V ↓
U = R.i 5 tensão aplicada ao resistor: Esta é a nova tensão que
Resistência do Resistor ← R = 20Ω U = R.i deve ser aplicada.
4) Um resistor tem resistência igual a 150Ω. Calcule a intensidade de corrente que o atravessará se ele for
submetido a uma tensão de 75V.
i = 0,5A
5) Um resistor ôhmico, quando submetido à uma tensão de 120V, é atravessado por uma corrente elétrica de
intensidade 2A. Qual é a resistência elétrica do resistor?
R = 60Ω
15
6) Um resistor ôhmico, quando submetido a uma tensão de 150V, é atravessado por uma corrente elétrica de
intensidade 15A. Qual deve ser a tensão aplicada aos terminais desse resistor para que ele seja percorrido por
uma corrente elétrica de intensidade 20A?
U = 200V
7) Durante uma aula prática de laboratório, um aluno escolhe um resistor aleatoriamente numa caixa. O seu
professor lhe dá a tarefa de descobrir se o resistor escolhido é ôhmico ou não. Para descobrir isso, o aluno é
orientado a escolher alguns valores de Tensão para aplicar no resistor e medir, respectivamente, a intensidade de
corrente elétrica para cada valor de Tensão, montando com esses valores um gráfico da Tensão versus
Intensidade de corrente elétrica (U x i).
a) Sabendo que o aluno obteve os dados indicados na Tabela abaixo, construa o gráfico e descubra se o resistor é
ôhmico ou não.
Tensão x Corrente
Tensão (V) Intensidade de corrente (A) Com os dados da 35
0 0 Tabela, lançamos no
5 1 30
plano cartesiano os
8 1,6 valores de Tensão no 25
Tensão (V)
11 2,2 eixo X e de 20
14 2,8 intensidde de 15
17 3,4
corrente elétrica no 10
20 4
23 4,6
eixo Y. assim, o 5
26 5,2 gráfico obtido é
0
29 5,8 mostrado ao lado 0 1 2 3 4 5 6 7
Inte nsidade de Corrente Elétrica (A)
b) Sabendo que o aluno obteve os dados indicados na Tabela abaixo, construa o gráfico da Tensão versus
Corrente (U x i) e descubra se o resitor utilizado é ôhmico ou não;
U (V)
Tensão (V) Intensidade de Corrente Elétrica (A)
10 1
20 2
30 3
40 5
50 9
60 14
70 19
80 27
90 37
100 50
i (A)
c) Sabendo que o aluno obteve os dados indicados na Tabela abaixo, construa o gráfico da Tensão versus
Corrente (U x i) e descubra se o resitor utilizado é ôhmico ou não;
U (V)
Tensão (V) Intensidade de Corrente Elétrica (A)
5 0,5
10 1
15 1,5
20 2
25 2,5
30 3
35 3,5
40 4
45 4,5
50 5
i (A)
16
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Aprofundando os seus estudos, George Simon Ohm verificou experimentalmente que fios condutores
metálicos, de dimensões idênticas (comprimento, formato, largura), mas fabricados com diferentes materiais,
apresentavam Resistências Elétricas diferentes, que variavam em função do material com que o fio era fabricado.
Assim, um fio fabricado com Cobre apresentaria Resistência Elétrica diferente de um fio fabricado com Prata,
mesmo ambos tendo as mesmas dimensões.
A conclusão de Ohm foi de que a Resistência Elétrica de um fio metálico condutor dependia do
material com que o condutor era fabricado. Assim, ele introduziu o conceito de Resistividade Elétrica (ρ) de um
Material, que é uma propriedade específica de cada material, pois depende da composição química dele. A
unidade, no Sistema Internacional de Unidades, da Resistividade Elétrica é o (Ω.m).
Ao estudar fios condutores metálicos fabricados com um mesmo material, Ohm percebeu que outras
grandezas físicas, além da Resistividade Elétrica do Material, influenciariam a Resistência Elétrica desse fio. São
elas:
- Comprimento (ℓ): quanto maior o comprimento do fio, maior será a sua Resistência Elétrica e vice-
versa. Isso se justifica pelo fato de que se o condutor metálico é mais comprido, maior será o caminho percorrido
pelos elétrons livres, aumentando a sua dificuldade na locomoção;
- Área de Seção Transversal (A): imagine que você corte, transversalmente, uma “fatia” do condutor
metálico. Ao olhar de frente essa “fatia”, a área que você enxergará é a Área de Seção Transversal do condutor.
Ohm percebeu que quanto maior fosse essa área, menor seria a Resistência Elétrica do fio condutor. Isso se
justifica pelo fato de que se a área é maior, uma quantidade maior de elétrons livres poderia atravessá-la
simultaneamente e vice-versa.
Fio Condutor fino: Fio Condutor Grosso:
Área de Seção
Transversal
Área de Seção
Transversal
Como a Resistividade Elétrica (ρ) depende do material de fabricação do fio, apresentamos na Tabela
abaixo alguns valores dessa grandeza física, válido para temperaturas de 20°C:
MATERIAL RESISTIVIDADE ELÉTRICA
-8
Alumínio (Al) 2,8.10 Ω.m
-8
Cobre (Cu) 1,7.10 Ω.m
-5
Carbono (C) 3,5.10 Ω.m
-7
Ferro (Fe) 1.10 Ω.m
-7
Manganina 4,4.10 Ω.m
-8
Níquel (Ni) 6,8.10 Ω.m
-8
Prata (Ag) 1,6.10 Ω.m
-7
Aço 1,8.10 Ω.m
-8
Tungstênio 5,6.10 Ω.m
ATENÇÃO: é comercialmente comum chamarmos a área de seção transversal de um fio metálico condutor de bitola. Além disso,
comercialmente as bitolas são apresentadas em mm2, portanto devemos transformar em m2 utilizando a relação:
2 -6 2
1mm = 1.10 m
17
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
PROBLEMAS:
1) Calcule a Resistência Elétrica de um fio metálico condutor de Cobre que possui 50m de comprimento e
2
tem área de seção transversal de 4mm .
DADOS:
R = ???? A área de seção transversal indicada no Vamos aplicar Regra de Três Simples:
ρcobre = 1,7.10-8 Ω.m → Cobre (Tabela) enunciado está em mm2. Precisamos
ℓ = 50m transformar esse valor para m2. Para isso, → 1mm2 → 1.10-6 m2
A = 4mm2 vamos utilizar e relação apresentada: 4mm2 → A m2
1mm2 = 1.10-6 m2 Multiplicando em x:
1.A = 4.1.10-6
Aplicando a Segunda Lei de Ohm, temos:
A = 4 . 10-6 m2
R = ρ.ℓ → R = (1,7.10-8).50 = (1,7).50.10-8 = (1,7).50 . 10-8
A 4.10-6 4.10-6 4 10-6
R = 21,25 .10-8-(-6)
R = 21,25 .10-8+6
R = 21,25 .10-2
R = 2,125.10-2+1
R = 2,125.10-1Ω = 0,2125Ω
2
2) Um condutor metálico de 200m de comprimento possui área de seção transversal de 10mm . Sabendo
que a sua resistência elétrica é de 35Ω, calcule a Resistividade Elétrica do material de que o fio condutor é
fabricado. A área de seção transversal indicada no Vamos aplicar Regra de Três Simples:
DADOS: enunciado está em mm2. Precisamos
ℓ = 200m transformar esse valor para m2. Para isso, 1mm2 → 1.10-6 m2
A = 10mm2 10mm2 → A m2
vamos utilizar e relação apresentada:
R = 35Ω
ρ = ???? 1mm2 = 1.10-6 m2 Multiplicando em x:
1.A = 10.1.10-6
Aplicando a Segunda Lei de Ohm, temos:
A = 10.10-6 m2
R = ρ.ℓ → 35 = ρ.200 → 35.10.10-6 = ρ.200 → 35.10.10-6 = ρ
A 10.10-6 200
ρ = 35.10 .10-8
200
3) Calcule a Resistência Elétrica de um fio metálico condutor de Prata que possui 250m de comprimento e
2
tem área de seção transversal de 1,5mm .
R = 2,667Ω
2
4) Um condutor metálico de 100m de comprimento possui área de seção transversal de 8mm . Sabendo que
a sua resistência elétrica é de 20Ω, calcule a Resistividade Elétrica do material de que o fio condutor é
fabricado.
ρ = 1,6.10-6 Ω.m
2
5) Um condutor metálico de 70m de comprimento possui área de seção transversal de 2,5mm . Sabendo que
a sua resistência elétrica é de 30Ω, calcule a Resistividade Elétrica do material de que o fio condutor é
fabricado.
ρ = 1,071.10-6 Ω.m
18
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
É uma grandeza física que está diretamente associada ao consumo de energia elétrica de um
aparelho. Assim, um aparelho elétrico que possui grande Potência Elétrica consome grande quantidade de energia
elétrica da fonte (ou da rede) e vice-versa.
Tecnicamente, dizemos que um equipamento elétrico que consome energia elétrica dissipa uma
Potência Elétrica. Assim, no estudo dos resistores, vamos utilizar constantemente o termo “Potência dissipada”,
em referência ao consumo de Potência Elétrica e, conseqüentemente, de Energia Elétrica, pois na prática o
resistor irá transformar a Energia Elétrica em Energia Térmica, pois sofrerá sempre um aquecimento.
Para um resistor, a Potência elétrica consumida (ou dissipada) é diretamente proporcional a Tensão
aplicada aos seus terminais e a intensidade de Corrente Elétrica que percorre o resistor nessa condição. Assim,
matematicamente podemos escrever:
P = U.i , onde: P = Potência Elétrica (W);
U = Tensão Elétrica (V);
i = intensidade da corrente elétrica (A).
P= U .i i= U
R
P = R.i .i
P = U. i
P = R.i2 , onde: P = Potência Elétrica (W);
R = Resistência Elétrica (Ω); P = U. U
i = Intensidade de Corrente Elétrica (A). R
Para efeito de cálculos, podemos escolher qualquer uma das equações matemáticas apresentadas
acima para calcular a Potência Elétrica dissipada por um resistor. Porém, a escolha da equação deve ser feita em
função das grandezas físicas envolvidas, considerando os valores conhecidos, que variam em função da situação
apresentada.
PROBLEMAS:
1) Um resistor submetido a uma Tensão de 50V é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 5A.
Calcule a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
O enunciado do problema nos
DADOS:
fornece a Tensão (U) e a
U = 50V
intensidade da Corrente Elétrica (i). P = U.i
i = 5A
Assim, para calcular a Potência
P = ??? →
Elétrica consumida pelo resistor, P = 50.5
→ Essa é a Potência Elétrica dissipada pelo resistor
devemos escolher a equação que
apresente U e i. Portanto, a P = 250W
equação escolhida é:
P = U.i
2) Um resistor é submetido a uma Tensão de 30V e possui Resistência Elétrica de 50Ω. Calcule a Potência
Elétrica dissipada pelo resistor.
O enunciado do problema nos P = U2
DADOS:
fornece a Tensão (U) e a R
U = 30V
Resistência Elétrica (R). Assim,
R = 50Ω
para calcular a Potência Elétrica P = 302
P = ??? →
consumida pelo resistor, devemos 50 → Essa é a Potência Elétrica dissipada pelo resistor
escolher a equação que apresente
U e R. Portanto, a equação P = 900
escolhida é: 50
P = 18W
P = U2
R
19
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
3) Um resistor de resistência elétrica 25Ω é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 4A. Calcule
a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
O enunciado do problema nos
DADOS:
fornece a Resistência Elétrica (R) e
R = 25Ω
a intensidade da Corrente Elétrica P = R.i2
i = 4A
(i). Assim, para calcular a Potência
P = ??? →
Elétrica consumida pelo resistor, P = 25.(4)2
→ Essa é a Potência Elétrica dissipada pelo resistor
devemos escolher a equação que
apresente R e i. Portanto, a P = 25.16
equação escolhida é:
P = 400W
P = R.i2
4) Um resistor é submetido a uma Tensão de 120V e possui Resistência Elétrica de 10Ω. Calcule a Potência
Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 1440W
5) Um resistor de resistência elétrica 250Ω é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 3A. Calcule
a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 2250W
6) Um resistor submetido a uma Tensão de 35V é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 8A.
Calcule a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 280W
7) Um resistor é submetido a uma Tensão de 100V e possui Resistência Elétrica de 15Ω. Calcule a Potência
Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 666,667W
8) Um resistor de resistência elétrica 2Ω é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 20A. Calcule
a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 800W
9) Um resistor submetido a uma Tensão de 20V é percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade 2A.
Calcule a Potência Elétrica dissipada pelo resistor.
P = 40W
20
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Circuito Elétrico:
É o caminho fechado por onde uma Corrente Elétrica pode circular e proporcionar os efeitos que são
desejados.
ASSOCIAÇÕES DE RESISTORES:
Em vários casos práticos existe a necessidade de se utilizar resistores de valores que não são
encontrados no comércio. Nestes casos, para se chegar ao valor de Resistência Elétrica que se faz necessário é
comum associar resistores até que se obtenha o valor que é desejado.
Os resistores podem ser associados de diversos modos. Basicamente, existem três modos distintos
de associá-los: em série, em paralelo e a associação mista (que envolve simultaneamente a associação em série
e em paralelo ao mesmo tempo).
Em qualquer associação de resistores, denomina-se de Resistor Equivalente (Re) ao resistor que
pode substituir todos os resistores de uma associação, proporcionando exatamente o mesmo efeito ao circuito que
todos os resistores juntos.
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE:
Vários resistores estão associados em série quando são conectados entre si de maneira seriada,
ou seja, ligados um em seguida do outro, de modo a serem percorridos pela mesma Corrente Elétrica. Abaixo,
segue um esquema simplificado que mostra um exemplo genérico de resistores associados em série. A parte
tracejada pode ser entendida como sendo uma continuação do circuito, pois podemos associar vários resistores
simultaneamente (e não apenas 3 ou 4 resistores).
R1 R2 R3 Rn O índice n representa que
podemos ter inúmeros re-
U1 U2 U3 Un sistores associados. Assim,
n seria entendido como
i sendo o número de resis-
tores que estão associa-
dos.
U
Significa que podemos ter inúmeros resistores
- a intensidade da corrente elétrica (i) em cada resistor é a mesma, pois só existe um caminho para
que os elétrons livres se movimentem. Assim, temos que:
i = i1 = i2 = i3 = ... = in
- a tensão da fonte (U) é igual a soma das tensões existentes em cada um dos resistores. Assim,
temos que:
U = U1 + U2 + U3 + .... + Un
- aplicando-se a Primeira Lei de Ohm nas propriedades acima, pode-se chegar à conclusão de que a
Resistência Equivalente (Req) de uma Associação em Série de Resistores pode ser obtida através da soma
das resistências elétricas de cada um dos resistores. Assim, temos que:
Req = R1 + R2 + R3 + .... + Rn
Vamos aplicar a Primeira Lei de Ohm na segunda característica da associação em série de resistores. Assim, temos:
U = U1 + U2 + U3 + .... + Un
Como as intensidades de corrente elétrica são todas iguais entrei si, podemos chamá-las todas de i. Assim:
Como agora temos o termo i em comum a toda a Equação, podemos colocá-lo em evidência. Assim:
21
Isolando R do lado esquerdo da igualdade, temos:
R = R1 + R2 + R3 + .... + Rn
Req = R1 + R2 + R3 + .... + Rn
PROBLEMAS:
Como temos uma associação em Série de Resistores, a intensidade da corrente elétrica que circula por todos os resistores é
igual à corrente Elétrica total. Assim, temos que: i = i1 = i2 = 4 A → resposta do item c).
ATENÇÃO: pelas propriedades da associação em série de resistores, se somarmos as tensões em cada um dos resistores (U1
e U2, neste caso) devemos obter, obrigatoriamente, o valor da Tensão da Fonte (U). Assim, temos que: U = U1 + U2
U = 20 + 80
Esta é a tensão da fonte, segundo o enunciado do problema ← U = 100V
22
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2
P = 80 + 320
P = 400W
U = 60V
a) Qual é a resistência equivalente (Req) da associação?
DADOS: Req = R1 + R2 + R3 Essa é a Resistência
R1 = 8 Ω Como só temos três resistores associados, temos: → Req = 8 + 2 + 10 → Req = 20 Ω → Equivalente da Asso-
R2 = 2 Ω Req = R1 + R2 + R3 ciação de resistores.
R3 = 10 Ω
U = 60V
Como temos uma associação em Série de Resistores, a intensidade da corrente elétrica que circula por todos os resistores é
igual à corrente Elétrica total. Assim, temos que: i = i1 = i2 = i3 = 3 A → resposta do item c).
23
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 72 + 18 + 90
P = 180W
Req = 60Ω
Ω
i = 20A
i = i1 = i2 = 20 A
U1 = 1000V ; U2 = 200V
P1 = 20000W ; P2 = 4000W
P = 24000W
U = 250V
a) Qual é a resistência equivalente da associação?
Req = 50Ω
Ω
i = 5A
24
f) Qual é a Potência Elétrica consumida da fonte?
P = 1250W
5) Um resistor R1 = 100 Ω e um resistor R2 = 80 Ω são associados em série e a essa associação aplica-se uma
tensão de 360 V. Calcule:
a) Qual a resistência equivalente da associação?
Req = 180Ω
Ω
i = 2A
U1 = 200V ; U2 = 160V
P1 = 400W ; P2 = 320W
P = 720W
U = 480V
Req = 120Ω
Ω
i = 4A
25
f) Qual é a Potência Elétrica consumida da fonte?
P = 1920W
← i = 2A
U = 80V
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 12 + 16 + 132
P = 160W
← i = 2A
U = 120V
26
a) Qual é a resistência equivalente (Req) da associação?
Req = 60Ω
Req = 30Ω
P = 240W
← i = 4A
U = 120V
Req = 30Ω
Req = 15Ω
P = 480W
27
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Todos os resistores encontrados no comércio apresentam em seu corpo a indicação do seu valor
nominal e da sua faixa de tolerância. A faixa de tolerância indica a porcentagem acima ou abaixo do valor nominal
que aquele resistor pode apresentar em condições normais. Por exemplo, um resistor que possui valor nominal de
Resistência Elétrica de 100Ω e faixa de tolerância de 10%, pode nominalmente apresentar valores de resistência
elétrica que vão de 90Ω a 110Ω.
Alguns resistores apresentam a indicação do seu valor nominal impresso em seu corpo.
Para pequenos resistores de carvão, uma das maneiras de se gravar o valor nominal do resistor em
seu corpo é utilizando o Código de Cores. Nesse código, cada faixa colorida do resistor corresponde a um número
que se encontra na Tabela de cores, apresentada abaixo.
Para determinar o valor do resistor, deve-se encontrar primeiramente a faixa colorida que se encontra
mais próxima da borda do resistor. É a partir dessa faixa que vamos iniciar o procedimento para descobrir o valor
nominal do resistor, utilizando o esquema apresentado abaixo:
CÓDIGO DE CORES:
COR Nº RESISTOR
Preto 0
Marrom 1
Vermelho 2
Laranja 3
Amarelo 4 Faixa de Tolerância
Verde 5
Azul 6 x 10 Ω ⇒ FÓRMULA
Violeta 7
Cinza 8
Branco 9
Ouro -1
Prata -2
Tabela de cores
PROCEDIMENTOS:
- a equipe receberá uma quantidade de resistores que deverá identificar o valor;
- verificar qual é a melhor maneira de identificar o valor do resistor recebido;
- realizar a determinação do valor do resistor, através da maneira escolhida pela equipe;
- anote os valores determinados experimentalmente, para cada resistor recebido, na Tabela;
- Utilizando o multímetro na escala de resistência, meça o valor de cada um dos resistores recebidos pela
equipe e anote os valores na Tabela;
- Compare os valores calculados com os valores medidos.
28
Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Faixa 5 Valor Valor
Calculado Medido
Resistor 10
Resistor 11
Resistor 12
Resistor 13
Resistor 14
Resistor 15
Resistor 16
Resistor 17
Resistor 18
Resistor 19
Resistor 20
Resistor 21
Resistor 22
Resistor 23
Resistor 24
Resistor 25
Resistor 26
Resistor 27
Resistor 28
Resistor 29
Resistor 30
Tabela
CONCLUSÕES:
29
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
U
R2
R4 R3
PROCEDIMENTOS:
- Utilizando os resistores de 100Ω, escolha 4 resistores e defina quem será o resistor R1, o resistor R2 e
assim sucessivamente;
- Através do código de cores, identificar o valor de cada um dos resistores e anotar o valor obtido na
Tabela;
- Após escolher os resistores, utilize o multímetro e meça a resistência de cada um dos resistores (R1, R2,
R3, R4) e anote os valores obtidos na Tabela;
- CUIDADO! Você deve agora utilizar o ferro de solda para soldar os resistores. Ele será ligado em
127V e IRÁ ESQUENTAR BASTANTE! MUITA ATENÇÃO E CUIDADO ao manusear o ferro de solda.
Ele não deve ser encostado na borracha da bancada. Durante o seu uso ele deve permanecer,
sempre que possível, no suporte adequado! Após desligado, ele ainda permanece QUENTE por
alguns minutos. EVITE ACIDENTES!
- Utilizando o ferro de solda e a solda de estanho, solde os resistores para que eles fiquem associados em
série, conforme o esquema de montagem;
- DESLIGUE o ferro de solda da tomada e coloque-o no seu suporte. Posicione o suporte (com o ferro de
solda ainda quente) em algum lugar da bancada onde não possam ocorrer acidentes;
30
- Com o auxílio do multímetro, meça o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores e
anote o valor na Tabela;
- Calcule o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores, baseado nos dados obtidos
através do código de cores, e anote na Tabela;
- Utilizando os valores medidos de R1, R2, R3, R4, calcule a Resistência Equivalente do circuito e anote o
valor na Tabela;
- Conecte a fonte de Tensão Contínua à tomada de energia elétrica;
- Ligue a fonte de Tensão Contínua;
- Com o auxílio do multímetro (Escala de Tensão Contínua), ajuste a Tensão de saída da fonte para o valor
de 20V;
- Conecte a associação de resistores aos terminais da Fonte de Tensão Continua;
- Utilizando o multímetro, verifique se a Tensão da fonte permanece no valor definido. Talvez seja
necessário fazer algum pequeno ajuste novamente. Anote esse valor na Tabela;
- Insira no circuito o Amperímetro, regulado na maior escala para medir intensidade de Corrente Elétrica
(Contínua – C.C.);
- Meça a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o resultado na Tabela;
- Calcule a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o valor na Tabela;
- Com o multímetro na Escala de Tensão Contínua, meça a tensão em cada um dos resistores e anote os
valores obtidos na Tabela;
- Calcule a Tensão em cada um dos resistores e anote os valores obtidos na Tabela;
- Compare todos os valores calculados com os valores medidos;
- Anote todas as conclusões obtidas pela equipe.
R1 R2 R3 R4
Cor das Faixas Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom
Código de cores
Resist. Medida
Resistência Equivalente medida
Resistência Equivalente calculada
pelo Código de Cores
Resistência Equivalente calculada
Tensão medida da Fonte C.C.
Intens. de Corrente Elétrica medida
Intens. De Corrente Elétrica calculada
Tensão medida
Tensão Calculada
Tabela
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES:
31
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Vários resistores estão associados em paralelo quando são conectados entre si de maneira a que
fiquem dispostos paralelamente, ou seja, ligados um ao lado do outro, de modo a serem percorridos, cada um, por
uma intensidade de corrente elétrica. Abaixo, segue um esquema simplificado que mostra um exemplo genérico
de resistores associados em paralelo. A parte traceja pode ser entendida como sendo uma continuação do circuito,
pois podemos associar vários resistores simultaneamente (e não apenas 3 ou 4 resistores).
A A A A A
i i1 i2 i3 in O índice n representa que
podemos ter inúmeros re-
U R1 R2 R3 Rn sistores associados. Assim,
n seria entendido como
sendo o número de resis-
B B B B B tores que estão associados.
Significa que podemos ter inúmeros resistores
Olhando para o circuito apresentado acima, percebe-se que todos os resistores (R1, R2, R3, Rn) estão
conectados aos pontos A e B, caracterizando assim uma associação em paralelo de resistores.
- a tensão da fonte (U) é igual à tensão em cada um dos resistores, pois cada um deles está
conectado diretamente à fonte de tensão, através dos pontos A e B. Assim, temos que:
U = U1 = U2 = U3 = .... = Un
- como cada resistor está sendo submetido à tensão (U) da fonte, cada um dos resistores será
percorrido por uma corrente elétrica. Para determinarmos a intensidade da corrente elétrica total que sai da fonte
(i), basta somarmos as intensidades das correntes elétricas em cada um dos resistores. Assim, temos:
i = i1 + i2 + i3 + ... + in
- aplicando-se a Primeira Lei de Ohm nas propriedades acima, podemos obter a fórmula geral para
calcular a Resistência Equivalente de uma Associação em Paralelo de Resistores:
Vamos aplicar esse resultado na segunda característica da associação em paralelo de resistores. Assim, temos:
i = i1 + i2 + i3 + ....+ in
U = U1 + U2 + U3 + .... + Un
R R1 R2 R3 Rn
Como agora as Tensões são todas iguais entrei si, podemos chamá-las todas de U. Assim:
U = U + U + U + .... + U
R R1 R2 R3 Rn
Como agora temos o termo U em comum a toda a Equação, podemos colocá-lo em evidência. Assim:
R (
U = U. 1 + 1 + 1 + ... + 1
R1 R2 R3 Rn )
Como temos U nos dois lados da igualdade, podemos simplificá-lo. Assim:
1 = 1 + 1 + 1 + ... + 1
R R1 R2 R3 Rn
Esse resultado é a fórmula para calcularmos a Resistência Equivalente de uma associação em paralelo de resistores. Assim:
32
1 = 1 + 1 + 1 + .... + 1 Essa é a Fórmula geral que pode ser
Req R1 R2 R3 Rn utilizada em TODOS os casos.
CASOS PARTICULARES:
Devem ser utilizados sempre que for possível, pois facilitam as contas, uma vez que não há
necessidade de aplicar a fórmula geral, tirar mínimo múltiplo comum, etc.
I) CIRCUITOS COM APENAS DOIS RESISTORES (R1 e R2) , DE QUAISQUER VALORES (DIFERENTES):
Podemos utilizar quando estiverem associados apenas dois resistores de valores diferentes. Para
situações que contemplem mais de dois resistores associados em paralelo, deve-se utilizar a fórmula geral já
apresentada.
Apresentamos abaixo a dedução matemática da fórmula que deve ser utilizada nesse caso particular:
Como teremos apenas dois resistores associados, vamos utilizar a fórmula geral:
1 = 1 + 1
Req R1 R2
Como temos um soma de frações, vamos tirar o mínimo múltiplo comum (neste caso, literalmente). Assim, temos:
M.M.C. → R1.R2
1 = R2 + R1
Req R1.R2
Req = R1.R2
R2.+ R1
II) VÁRIOS RESISTORES, TODOS DE MESMO VALOR (TODOS COM VALORES IGUAIS):
R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = .... = Rn
Como os resistores são todos de mesmo valor, vamos simplificar a nomenclatura, chamando todos os resistores de R. Assim:
R = R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = .... = Rn
1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ... 1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ...
Req R1 R2 R3 R4 R5 Req R R R R R
Como temos um soma de frações, vamos tirar o mínimo múltiplo comum, que neste caso é igual a R. Assim, temos:
M.M.C. → R
1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + ...
Req R
Se analisarmos com calma o numerador à direita da igualdade, vamos perceber que a soma total será sempre igual ao número
total de resistores associados. Como podemos ter n resistores associados, vamos substituir essa soma por n. Assim:
1 = n
Req R
33
Multiplicando cruzado, temos:
Req.n = 1. R
ATENÇÃO: no primeiro caso particular, os dois resistores DEVEM ser de valores diferentes, pois se forem de valores iguais podemos utilizar o
segundo caso particular, que é mais simples para realizarmos as contas.
PROBLEMAS:
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2
P = 2000 + 500
P = 2500W
34
2) Associam-se em paralelo dois resistores de resistências R1 = 20 Ω e R2 = 30 Ω e a essa associação aplica-se
uma tensão de 120 V. Calcule:
a) Qual a resistência equivalente da associação?
Req = 12 Ω
U1 = 120V e U2 = 120V
i1 = 6A e i2 = 4A
P1 = 720W ; P2 = 480W
P = 1200W
35
e) Qual é a Potência consumida por cada resistor da associação?
Como é uma associação em série de P1 = R1.(i1)2 P2 = R2.(i2)2 P3 = R3.(i3)2
DADOS:
resistores, a intensidade da corrente elétrica é
R1 = 30 Ω igual a 3A nos dois resistores. Assim, temos R P1 = 30.(3)2 P2 = 30.(3)2 P3 = 30.(3)2
R2 = 30Ω e i em cada um dos resistores. Assim, a →
i = 9A equação da Potência Elétrica utilizada será: P1 = 30.9 P2 = 30.9 P3 = 30.9
P1 = ???
P2 = ??? P = R.i2 P1 = 270W P2 = 270W P3 = 270 W
R3 = 30Ω
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 810W
Req = 40Ω
U = U1 = U2 = U3 = 240V
i1 = 2A ; i2 = 2A ; i3 = 2A
i = 6A
P = 1440W
36
a) A resistência Equivalente da Associação:
Req = 4Ω
U = U1 = U2 = U3 = 48V
i1 = 4A ; i2 = 4 A; i3 = 4 A
i = 12A
P = 576W
37
e) Qual é a Potência consumida por cada resistor da associação?
Como é uma associação em série de P1 = R1.(i1)2 P2 = R2.(i2)2 P3 = R3.(i3)2
DADOS:
resistores, a intensidade da corrente elétrica é
R1 = 210 Ω igual a 3A nos dois resistores. Assim, temos R P1 = 210.(1)2 P2 = 210.(1)2 P3 = 210.(1)2
R2 = 210Ω e i em cada um dos resistores. Assim, a →
i = 3A equação da Potência Elétrica utilizada será: P1 = 210.1 P2 = 210.1 P3 = 210.1
P1 = ???
P2 = ??? P = R.i2 P1 = 210W P2 = 210W P3 = 210 W
R3 = 210Ω
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 630W
1 = 11 Multiplicando cruzado
Req 60
11.Req = 1.60
11.Req = 60
Req = 60
11
Req = 5,454Ω
38
d) Qual a intensidade de corrente elétrica total na associação?
DADOS: Como queremos a corrente TOTAL, devemos considerar ATENÇÃO:
Req = 5,454 Ω o circuito todo, através da sua Resistência Equivalente. → U = Req . i Note que se somarmos as correntes
U = 100V Assim, aplicando a Primeira Lei de Ohm, temos: 100 = (5,454) .i em cada um dos resistores, obtemos
U = Req . i i = 100 a corrente total i.
5,454 i = i1+i2+i3 → i =10+5+3,333 → i = 18,333A
i = 18,335A
ATENÇÃO: a pequena diferença nos valores apresentados existe por causa do arredondamento de três casas decimais que foi
utilizado nas contas acima. Se não utilizássemos o arredondamento, os valores seriam iguais entre si.
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 1833,27W
ATENÇÃO: a pequena diferença nos valores apresentados existe por causa do arredondamento de três casas decimais que foi
utilizado nas contas acima. Se não utilizássemos o arredondamento, os valores seriam iguais entre si.
1 = 11 Multiplicando cruzado
Req 300
11.Req = 1.300
11.Req = 300
Req = 300
11
Req = 27,273Ω
39
b) Qual é a tensão em cada um dos resistores?
DADOS: Não temos a Tensão da fonte e ainda não sabemos a Tensão em nenhum dos resistores.
R1 = 50Ω Porém, analisando os dados fornecidos pelo enunciado do problema, verifica-se que temos
R2 = 100Ω a Resistência Elétrica (R3) e a intensidade da Corrente Elétrica (i3) no Resistor R3. Assim,
R3 = 150Ω podemos aplicar a Primeira Lei de Ohm no resistor R3, obtendo a Tensão elétrica nele.
i3 = 2A Assim:
U3 = R3. i3
U3 = 150.2
U3 = 300V
Como os resistores estão associados em Paralelo, isto significa que a Tensão em cada um
dos resistores é igual entre si e também é igual à Tensão da fonte. Portanto:
U = U1 = U2 = U3 = 300V
ATENÇÃO: a pequena diferença nos valores apresentados existe por causa do arredondamento de três casas decimais que foi
utilizado nas contas acima. Se não utilizássemos o arredondamento, os valores seriam iguais entre si.
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 3300W
ATENÇÃO: a pequena diferença nos valores apresentados existe por causa do arredondamento de três casas decimais que foi
utilizado nas contas acima. Se não utilizássemos o arredondamento, os valores seriam iguais entre si.
40
9) Para o circuito ao lado, determine:
DADOS: i3 = 5A ; R1 = 20Ω; R2 = 30Ω ; R3 = 40Ω
U R1 R2 R3
i = 21,666A
P = 4333,175W
i = 15,333A
P = 1533,300W
Req = 8,108Ω
41
b) Qual é a tensão em cada um dos resistores?
U = U1 = U2 = U3 = 200V
i = 24,667A
Req = 40Ω
U = U1 = U2 = U3 = 480V
i1 = 4A ; i2 = 4A ; i3 = 4A
i = 12A
P = 5760W
42
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
U R1 R2 R3 R4
A Associação de Resistores em Paralelo tem por principal característica o fato de que a Tensão
Elétrica da fonte é aplicada igualmente a cada um dos resistores. Assim, a intensidade da Corrente Elétrica que é
fornecida pela fonte pode ser calculada através da soma das intensidades de Corrente Elétrica em cada um dos
resistores.
ESQUEMA DE MONTAGEM:
U R1 R2 R3 R4
PROCEDIMENTOS:
- Utilizando os resistores de 100Ω, escolha 4 resistores e defina quem será o resistor R1, o resistor R2 e
assim sucessivamente;
- Através do código de cores, identificar o valor de cada um dos resistores e anotar o valor obtido na
Tabela;
- Após escolher os resistores, utilize o multímetro e meça a resistência de cada um dos resistores (R1, R2,
R3, R4) e anote os valores obtidos na Tabela;
- CUIDADO! Você deve agora utilizar o ferro de solda para soldar os resistores. Ele será ligado em
127V e IRÁ ESQUENTAR BASTANTE! MUITA ATENÇÃO E CUIDADO ao manusear o ferro de solda.
Ele não deve ser encostado na borracha da bancada. Durante o seu uso ele deve permanecer,
sempre que possível, no suporte adequado! Após desligado, ele ainda permanece QUENTE por
alguns minutos. EVITE ACIDENTES!
- Utilizando o ferro de solda e a solda de estanho, solde os resistores para que eles fiquem associados em
Paralelo, conforme o esquema de montagem;
- DESLIGUE o ferro de solda da tomada e coloque-o no seu suporte. Posicione o suporte (com o ferro de
solda ainda quente) em algum lugar da bancada onde não possam ocorrer acidentes;
- Com o auxílio do multímetro, meça o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores e
anote o valor na Tabela;
43
- Calcule o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores, baseado nos valores obtidos
através do código de cores;
- Utilizando os valores medidos de R1, R2, R3, R4, calcule a Resistência Equivalente do circuito e anote o
valor na Tabela;
- Conecte a fonte de Tensão Contínua à tomada de energia elétrica;
- Zere o botão de ajuste da Fonte de Tensão e ligue a fonte de Tensão Contínua;
- Com o auxílio do multímetro (Escala de Tensão Contínua), ajuste a Tensão de saída da fonte para o valor
de 5V;
- Conecte a associação de resistores aos terminais da Fonte de Tensão Continua;
- Utilizando o multímetro, verifique se a Tensão da fonte permanece no valor definido. Talvez seja
necessário fazer algum pequeno ajuste novamente. Anote esse valor na Tabela;
- Meça a Tensão em cada um dos resistores e anote os valores obtidos na Tabela;
- Desligue os resistores da fonte de Tensão e insira no circuito o Amperímetro (para medir a intensidade
de Corrente Elétrica total do circuito), regulado na maior escala para medir intensidade de Corrente
Elétrica (Contínua – C.C.). Pode ser necessário mudar a escala, para se ter mais precisão na medida;
- Meça a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o resultado na Tabela;
- Calcule a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o valor na Tabela;
- Compare todos os valores calculados com os valores medidos;
- Anote todas as conclusões obtidas pela equipe;
- Entregue para o professor os resistores soldados. Eles serão utilizados pela equipe no futuro.
R1 R2 R3 R4
Cor das Faixas Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom
Código de cores
Resist. Medida
Resistência Equivalente medida
Resistência Equivalente Calculada
pelo Código de Cores
Resistência Equivalente Calculada
com valores medidos de cada resist.
Tensão da fonte (medida)
Tensão medida
nos resistores
Intensidade de
Corrente Elétrica
total (medida)
Intensidade de
Corrente Elétrica
total (calculada)
Tabela
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES:
44
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
As associações mistas de resistores são chamadas assim, pois contêm associações em Paralelo e
associações em Série de resistores, simultaneamente, no mesmo circuito. Qualquer associação mista pode ser
substituída por um resistor equivalente, que se obtém considerando-se que cada associação parcial (série ou
paralelo) equivale a apenas um resistor, simplificando aos poucos o circuito da associação.
Para entender melhor, vamos aos problemas.
PROBLEMAS:
1) Para a associação de resistores do circuito ao lado, calcule: R1
45
f) Qual é a Potência Elétrica dissipada pela fonte (P)?
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 270 + 45 + 45
P = 360W
Para a associação em paralelo entre os resistores R2 e R3, se somarmos as intensidades das correntes elétricas em cada um dos
resistores temos a intensidade da corrente elétrica que circula no resistor R1, que neste caso, é igual à intensidade da corrente
elétrica que sai da Fonte. Assim:
i1 = i2 + i3
i1 = 3 + 3
46
c) a tensão em cada resistor (U1 = ?? ; U2 = ??; U3 = ??);
Analisando o circuito inicial, vemos que os
resistores R2 e R3 estão associados em U3 = R3 . i3
paralelo. Assim, estarão submetidos a uma Aplicando a Primeira Lei de Ohm para o resistor R1,
mesma Tensão. temos:
U3 = 50.3
Como o enunciado nos fornece a → → U1 = R1.i1
intensidade da corrente elétrica no resistor U3 = 150V
R3 (i3), vamos aplicar a Primeira Lei de U1 = 40.6
Ohm no resistor R3 e o resultado obtido U3 = U2 = 150V
valerá também para o resistor R2. Assim: U1 = 240V
U3 = R3 . i3 e U3 = U2
U = U1 + Ueq1
U = 240 + 150
U = 390V
DADOS:
R1 = 40 Ω Como já calculamos a Tensão, a intensidade P1 = R1.(i1)2 P2 = R2.(i2)2 P3 = R3.(i3)2
R2 = 50Ω de Corrente Elétrica e temos também a →
i = 6A Resistência Elétrica em cada um dos P1 = 40.(6)2 P2 = 50.(3)2 P3 = 50.(3)2
P1 = ??? resistores, podemos utilizar qualquer uma das
P2 = ??? fómulas apresentadas para Potência Elétrica. P1 = 40.36 P2 = 50.9 P3 = 50.9
R3 = 50Ω Assim:
U = 390V P = R.i2 P1 = 1440W P2 = 450W P3 = 450 W
ATENÇÃO: se somarmos todas as Potências Elétricas consumidas por cada um dos resistores associados no circuito,
também obtemos a Potência Elétrica total consumida da fonte. Assim:
P = P1 + P2 + P3
P = 2340W
Req = 15Ω
47
d) a intensidade de corrente elétrica em cada resistor:
i1 = 4A ; i2 = 2 A ; i3 = 2 A
Req = 100Ω
i = 2A
Req = 10Ω
i = 2A
i1 = 2 A ; i2 = 1 A ; i3 = 1 A
48
6) Para a associação de resistores do circuito ao lado, calcule: R1
Req = 40Ω
i1 = 8A; i2 = 4A ; i3 = 4A
Req = 60Ω
i1 = 4A; i2 = 2A ; i3 = 2A
49
8) Para a associação de resistores do circuito ao lado, calcule: R1
Req = 800Ω
Req = 110Ω
Req = 240Ω
R5
Req = 135Ω
50
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
ESQUEMA DE MONTAGEM:
R1
U R2 R3
R4
PROCEDIMENTOS:
- Utilizando os resistores de 1000Ω, escolha 4 resistores e defina quem será o resistor R1, o resistor R2 e
assim sucessivamente;
- Através do código de cores, identificar o valor de cada um dos resistores e anotar o valor obtido na
Tabela;
- Após escolher os resistores, utilize o multímetro e meça a resistência de cada um dos resistores (R1, R2,
R3, R4) e anote os valores obtidos na Tabela;
- CUIDADO! Você deve agora utilizar o ferro de solda para soldar os resistores. Ele será ligado em
127V e IRÁ ESQUENTAR BASTANTE! MUITA ATENÇÃO E CUIDADO ao manusear o ferro de solda.
Ele não deve ser encostado na borracha da bancada. Durante o seu uso ele deve permanecer,
sempre que possível, no suporte adequado! Após desligado, ele ainda permanece QUENTE por
alguns minutos. EVITE ACIDENTES!
- Utilizando o ferro de solda e a solda de estanho, solde os resistores para que eles fiquem associados
conforme o esquema de montagem;
- DESLIGUE o ferro de solda da tomada e coloque-o no seu suporte. Posicione o suporte (com o ferro de
solda ainda quente) em algum lugar da bancada onde não possam ocorrer acidentes;
- Com o auxílio do multímetro, meça o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores e
anote o valor na Tabela;
- Calcule o valor da Resistência Equivalente da associação de resistores, baseado nos valores obtidos
através do código de cores;
- Utilizando os valores medidos de R1, R2, R3, R4, calcule a Resistência Equivalente do circuito e anote o
valor na Tabela;
- Conecte a fonte de Tensão Contínua à tomada de energia elétrica;
51
- Zere o botão de ajuste da Fonte de Tensão e ligue a fonte de Tensão Contínua;
- Com o auxílio do multímetro (Escala de Tensão Contínua), ajuste a Tensão de saída da fonte para o valor
de 5V;
- Conecte a associação de resistores aos terminais da Fonte de Tensão Continua;
- Utilizando o multímetro, verifique se a Tensão da fonte permanece no valor definido. Talvez seja
necessário fazer algum pequeno ajuste novamente. Anote esse valor na Tabela;
- Meça a Tensão em cada um dos resistores e anote os valores obtidos na Tabela;
- Desligue os resistores da fonte de Tensão e insira no circuito o Amperímetro (para medir a intensidade
de Corrente Elétrica total do circuito), regulado na maior escala para medir intensidade de Corrente
Elétrica (Contínua – C.C.). Pode ser necessário mudar a escala, para se ter mais precisão na medida;
- Meça a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o resultado na Tabela;
- Calcule a intensidade de Corrente Elétrica total do circuito e anote o valor na Tabela;
- Compare todos os valores calculados com os valores medidos;
- Anote todas as conclusões obtidas pela equipe;
- Entregue para o professor os resistores soldados. Eles serão utilizados pela equipe no futuro.
R1 R2 R3 R4
Cor das Faixas Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom Marrom, Preto, Marrom
Código de cores
Resist. Medida
Resistência Equivalente medida
Resistência Equivalente Calculada
pelo Código de Cores
Resistência Equivalente Calculada
com valores medidos de cada resist.
Tensão da fonte (medida)
Tensão medida
nos resistores
Intensidade de
Corrente Elétrica
total (medida)
Intensidade de
Corrente Elétrica
total (calculada)
Tabela
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES:
52
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
LEIS DE KIRCHHOFF:
Um circuito elétrico envolvendo fontes de Tensão (C.C.) e resistores pode ser composto por várias
malhas, sendo que cada uma dessas malhas pode ser constituída por elementos que geram (fontes) ou absorvem
(resistores) energia elétrica. Para calcular as intensidades de corrente elétrica (i) nesses resistores ou nessas
fontes, podemos utilizar as Leis de Kirchhoff.
Antes de enunciar as Leis de Kirchhoff, vamos definir alguns conceitos importantes que serão
utilizados na aplicação dessas Leis:
- Malha: é todo circuito fechado constituído por fontes e/ou resistores. Assim, um único circuito elétrico
pode ser formado por várias malhas. Exemplo:
- Nó: é o conjunto de três ou mais conexões elétricas que não possuem resistência elétrica. Exemplo:
A
R1 R3 Analisando o circuito apresentado ao lado, podemos identificar apenas dois pontos
U1 U2 onde existem três (ou mais) conexões elétricas. Tais pontos estão indicados no
R2 circuito pelas letras A (nó A, que une os resistores R1, R2 e R3) e B (nó B, que une o
resistor R2 aos terminais negativos das fontes de Tensão U1 e U2).
B
- Ramo: são os trechos do circuito que estão compreendidos entre dois nós que são consecutivos.
Exemplo:
Analisando o circuito apresentado ao lado, podemos identificar nele três Ramos:
R1 A R2 - Ramo I, composto pelo trecho à esquerda do circuito, entre os nós A e B (nó A,
resistor R1, fonte de Tensão U1 e nó B);
U1 R3 U2 - Ramo II, composto pelo trecho do meio do circuito, entre os nós A e B (nó A,
resistor R3 e nó B);
B - Ramo III, composto pelo trecho à direita do circuito, entre os nós A e B (nó A,
resistor R2, fonte de Tensão U2 e nó B);
Agora que conhecemos as definições apresentadas acima, podemos enunciar as Leis de Kirchhoff:
1ª LEI DE KIRCHHOFF:
2ª LEI DE KIRCHHOFF:
FONTES DE TENSÃO:
Definimos por Fonte de Tensão a todo equipamento capaz de produzir e fornecer a um circuito elétrico
uma Diferença de Potencial (d.d.p. – também chamada de Tensão Elétrica) constante entre os seus terminais.
São exemplos de Fontes de Tensão: pilhas, baterias, Fontes de Tensão Contínua (C.C.), etc.
Para representar Fontes de Tensão, é usual utilizar os seguintes símbolos:
53
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE – Professor: Ronald Wykrota (wykrota@uol.com.br)
U U U
Fonte de Tensão Contínua Fonte de Tensão Contínua Fonte de Tensão Alternada (C.A.)
Pilhas, Baterias, etc.
FONTE DE CORRENTE:
Definimos por Fonte de Corrente a todo equipamento capaz de produzir e fornecer a um circuito
elétrico uma intensidade de Corrente Elétrica constante entre os seus terminais. Essa corrente elétrica que será
fornecida pela Fonte de Corrente será forçada a circular pelo circuito todo ou por apenas uma determinada parte
dele.
Para representar Fontes de Corrente elétrica, é usual utilizar os seguintes símbolos, onde as setas
indicam o sentido da corrente elétrica que será “forçada” no circuito:
i i
Fonte de Corrente Fonte de Corrente
Sentido da corrente elétrica: Sentido da Corrente elétrica:
de baixo para cima de cima para baixo
Para entender como aplicar essas Leis na resolução de circuitos elétricos envolvendo várias fontes e
resistores, analise os problemas resolvidos apresentados abaixo.
PROBLEMAS E EXERCÍCIOS:
1) (Apostila de Eletricidade – João Carlos de Carvalho – pg 36 - 2012). Determine as correntes elétricas que
circulam em cada um dos resistores do circuito abaixo:
R1 = 5Ω i1 A i2 R3 = 16Ω
i3
R2 = 8Ω
36V 48V
I3 = i1 + i2
8i1 + 24.i2 = 48
54
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Como possuímos duas equações e duas incógnitas (i1 e i2), podemos resolver o Sistema entre as
duas Equações obtidas.
RESOLVENDO O SISTEMA, TEMOS:
13.i1 + 8.i2 = 36 (-3). 13.i1 + 8.i2 = 36 - 39.i1 – 24.i2 = - 108
8.i1 + 24.i2 = 48 → 8.i1 + 24.i2 = 48 → 8.i1 + 24.i2 = 48
i1 = - 60
- 31
i1 = 1,935 A
OU
25,155 + 8.i2 = 36 15,480 + 24.i2 = 48
8.i2 = 36 – 25,155 24.i2 = 48 – 15,480
8.i2 = 10,845 24.i2 = 32,520
i2 = 10,845 i2 = 32,520
8 24
i2 = 1,356 A i2 = 1,355 A
CALCULANDO i3 :
i3 = i1 + i2
i3 = (1,935) + (1,355)
i3 = 3,290 A
2) (Apostila de Eletricidade – João Carlos de Carvalho – exercício pg 39, adaptado - 2012). Para o circuito a
seguir, calcule o que se pede:
a) a intensidade da corrente elétrica no resistor R1 = 6Ω;
b) a intensidade da corrente elétrica que circula no resistor R2 = 5Ω;
c) a Tensão Elétrica no resistor de R1 = 6Ω;
d) a Tensão elétrica no resistor R2 = 5Ω;
e) a intensidade de corrente elétrica que a fonte de 12V fornece ao circuito;
f) a intensidade de corrente elétrica que a fonte de 6V fornece ao circuito;
g) a Potência nos resistores R1 = 6Ω e R2 = 5Ω;
h) a Potência total.
R1 = 6Ω A
i1 i2
12 V 6V
R2 = 5Ω
55
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
- 12 + R1. i1 + 6 = 0 - 6 + R2. i2 = 0
- 12 + 6.i1 + 6 = 0 - 6 + 5.i2 = 0
6.i1 + 6 – 12 = 0 5.i2 = 6
6.i1 - 6 = 0 i2 = 6
5
6.i1 = 6
i2 = 1,2 A
i1 = 6
6
i1 = 1 A
3) (Apostila de Eletricidade – João Carlos de Carvalho – exercício pg 40 – 2012 - adaptado) Para o circuito a
seguir, calcule o que se pede:
a) a intensidade da corrente elétrica que a fonte de 12V fornece ao circuito;
b) a intensidade da corrente elétrica que a fonte de 18V fornece ao circuito;
c) a Tensão Elétrica no resistor de R2 = 4Ω;
d) a Potência nos resistores R1 = 6Ω e R3 = 5Ω;
e) a Potência total.
R1 = 6Ω
i1 A i2
i3
18V
R3 = 5Ω
12V
R2 = 4Ω
{ 10.i1 – 4.i2 = - 6
- 4.i1 + 9.i2 = 18
→
{
9. 10.i1 – 4.i2 = - 6 →
4. - 4.i1 + 9.i2 = 18 { 90.i1 – 36.i2 = - 54
-16.i1 + 36.i2 = 72
90.i1 – 16i1 = 72 - 54
74.i1 = 18
i1 = 18
74
b) Para calcular a intensidade de corrente elétrica fornecida pela fonte de 18V (i2), devemos
continuar resolvendo o sistema formado pelas duas equações apresentadas acima. Para
tanto, vamos substituir o valor já calculado de i1 numa das equações do sistema:
{ 10.i1 – 4.i2 = - 6
- 4.i1 + 9.i2 = 18
→ 10.i1 – 4.i2 = - 6
10.(0,243) - 4.i2 = - 6
2,43 - 4.i2 = - 6
- 4.i2 = - 6 – 2,43
- 4 i 2 = - 8,43
i2 = - 8,43
-4
c) Para calcular a Tensão (U2) no resistor R2 = 4Ω, precisamos da corrente i3 indicada no circuito.
Utilizando a Lei dos nós no nó A, temos:
i1 = i2 + i3
0,243 = 2,108 + i3
0,243 - 2,108 = i3 → i3 = - 1,865 A ↓
ATENÇÃO: O sinal negativo indica que o sentido adotado não está correto, ou seja, na verdade a
corrente i3 esta subindo, e não descendo.
Agora, podemos calcular U2, mas não precisamos considerar o sinal negativo da corrente:
Ptotal = 36,487 W
4) (Fundamentos de Eletricidade – Matheus Teodoro da Silva Filho – exemplo pg 46, 2007 - adaptado). Para
o circuito a seguir, calcule o que se pede:
a) a intensidade da corrente elétrica que a fonte de 120V fornece ao circuito;
b) a intensidade da corrente elétrica que a fonte de 90V fornece ao circuito;
c) a intensidade da corrente elétrica no resistor R2 = 30Ω ;
d) a Tensão Elétrica em cada um dos resistores.
R1 = 10Ω R3 = 5Ω
i1 i2
I3
R2=30Ω
i1 i2
120V R4 = 15Ω
90V
57
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
a) Para calcular a corrente elétrica fornecida pela fonte de 120V (i1), devemos resolver o
sistema formado pelas duas equações apresentadas acima. Assim:
{ 40.i1 – 30.i2 = 30 →
- 30.i1 + 50.i2 = 90 {
5. 40.i1 – 30.i2 = 30 →
3. -30.i1 + 50.i2 = 90 { 200.i1 – 150.i2 = 150
- 90.i1 + 150.i2 = 270
110.i1 = 420
i1 = 420
110
b) Para calcular a intensidade de corrente elétrica fornecida pela fonte de 90V (i2), devemos
continuar resolvendo o sistema formado pelas duas equações apresentadas acima. Para
tanto, vamos substituir o valor já calculado de i1 numa das equações do sistema:
{ 40.i1 – 30.i2 = 30
-30.i1 + 50.i2 = 90
→ 40.i1 – 30.i2 = 30
40.(3,818) - 30.i2 = 30
152,72 - 30.i2 = 30
- 30.i2 = 30 – 152,72
- 30 i 2 = - 122,72
i2 = - 122,72
- 30
c) Para calcular a Corrente elétrica no resistor R2 = 30Ω (i3), precisamos da corrente i3 indicada no
circuito. Utilizando a Lei dos nós no nó A, temos:
i1 = i2 + i3
3,818 = 4,091 + i3
3,818 – 4,091 = i3 → i3 = - 0,273 A ↓
ATENÇÃO: O sinal negativo indica que o sentido adotado não está correto, ou seja, na verdade a
corrente i3 esta subindo, e não descendo.
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i
18 V
R3 = 100Ω 12 V
ATENÇÃO: O CIRCUITO NÃO APRESENTA NENHUM NÓ, PORTANTO NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI DOS NÓS.
1000.i – 30 = 0
1000.i = 30
i = 30 . → i = 0,030 A
1000
Como só existe a malha externa nesse circuito, todas as
correntes são iguais entre si. Assim:
i = i1 = i2 = i3 = 0,030A
U1 = 18 V U2 = 9 V U3 = 3 V
d) Pfonte 18v = Ufonte 18V.i Pfonte 12v = Ufonte 12V.i P1+P2+P3 = 0,54+0,27+0,09 = 0,900W
120V R3 =150Ω
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Em R2, a corrente i1 vai da dir. p/ esq. e a Em R2, a corrente i2 vai da esq. p/ dir. e
corrente i2 vai da esq. p/ direita. Assim: a corrente i1 vai da dir. p/ esq.. Assim:
↓ ↓
- 180 + R1.i1 + R2.(i1 – i2) = 0 - 120 + R2.(i2 – i1) + R3.i2 = 0
a) Para calcular as correntes elétricas fornecidas pelas fontes (i1, i2 e i3), devemos resolver o sistema
formado pelas duas equações apresentadas acima. Assim:
Para calcular a intensidade de corrente elétrica fornecida pela fonte de 120V (i2), devemos
continuar resolvendo o sistema formado pelas duas equações apresentadas acima. Para tanto,
vamos substituir o valor já calculado de i1 numa das equações do sistema:
{ 400.i1 – 300.i2 = 180
-300.i1 + 450.i2 = 120
→ 400.i1 – 300.i2 = 180
400.(1,300) – 300.i2 = 180
520 - 300.i2 = 180
- 300.i2 = 180 – 520
- 300 i 2 = - 340
i2 = - 340
- 300
Para calcular a Corrente elétrica no resistor R2 = 300Ω (i3), precisamos da corrente i3 indicada no
circuito. Utilizando a Lei dos nós no nó A, temos:
i1 = i2 + i3
1,3 = 1,133 + i3
1,3 – 1,133 = i3 → i3 = 0,167 A ↓
ATENÇÃO: Como o sinal da corrente elétrica é positivo, isto indica que o sentido adotado está
correto, ou seja, a corrente i3 esta indo da direita para a esquerda mesmo.
d) Pfonte 180V = Ufonte 180V.ifonte 180V Pfonte 120V = Ufonte 120V.ifonte 120V
60
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
1,5 V i2
i1 3V
R3 = 180Ω i2 R5 = 100Ω
i3
12 V
R2 = 100Ω
9V 4,5 V R6 = 470Ω
Equação da Malha I:
300.i1 - 100.i2 + 12 – 6 = 0
300.i1 - 100.i2 + 6 = 0
300.i1 - 100.i2 = - 6
‘
Equação da Malha II:
– 100.i1 + 1000.i2 + 6 – 15 = 0
– 100.i1 + 1000.i2 – 9 = 0
– 100.i1 + 1000.i2 = 9
61
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a) Para calcular as correntes elétricas fornecidas pelas fontes (i1, i2 e i3), devemos resolver o sistema
formado pelas duas equações apresentadas acima. Assim:
{ 300.i1 - 100.i2 = - 6 →
- 100.i1 + 1000.i2 = 9
10.
{ 300.i1 – 100.i2 = - 6 →
- 100.i1 + 1000.i2 = 9 { 3000.i1 – 1000.i2 = - 60
- 100.i1 + 1000.i2 = 9
2900.i1 = - 51
i1 = - 51 .
2900
Para calcular a intensidade de corrente elétrica que circula ma Malha II (i2), devemos continuar
resolvendo o sistema formado pelas duas equações apresentadas acima. Para tanto, vamos substituir o
valor já calculado de i1 numa das equações do sistema:
300.i1 – 100.i2 = - 6 → 300.i1 – 100.i2 = - 6
{ -100.i1 + 1000.i2 = 9 300.(- 0,017586206) – 100.i2 = - 6
- 5,2758618 - 100.i2 = - 6
- 100.i2 = - 6 + 5,2758618
- 100 i 2 = - 0,7241382
i2 = - 0,7241382
- 100
Para calcular a Corrente elétrica i3, precisamos da corrente i3 indicada no circuito. Utilizando a Lei dos
nós no nó A, temos: i1 = i2 + i3
- 0,017586206 = 0,007241382 + i3
- 0,017586206 – 0,007241382 = i3 → i3 = - 0,024827588 A ou i3 = – 24,827588 mA
ATENÇÃO: Como o sinal da corrente elétrica é negativo, isto indica que o sentido da corrente elétrica i3
adotado está incorreto, ou seja, a corrente i3 esta subindo, e não descendo como indicado inicialmente.
d) Pfonte 1,5V = Ufonte 1,5V.ifonte 1,5V Pfonte 3V = Ufonte 3V.ifonte 3V Pfonte 4,5V = Ufonte 4,5V.ifonte 4,5V
Pfonte 9V = Ufonte 9V.ifonte 9V Pfonte 6V = Ufonte 6V.ifonte 6V Pfonte 12V = Ufonte 12V.ifonte 12V
62
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
R4 = 22Ω
R2 = 56Ω
i3
i2
R6 = 10Ω
{ 179.i1 – 124.i2 = 1
- 124.i1 + 152.i2 = 1
2V 1V i1 = 23,32657 mA
R3 = 68Ω i2 = 25,60851763 mA
i3 = 2,28194763 mA
3V 1V
10V i1 i2
R2 = 220Ω
i3
R1 = 100Ω R4 = 22Ω
2V
R3 = 180Ω R5 = 68Ω
RESPOSTAS:
a)
{ 500.i1 – 220.i2 = 12
- 220.i1 + 310.i2 = 2
i1 = 20,45231072 mA
i2 = 20,96615599 mA
i3 = 513,84527 µA
b) i3 = 513,84527 µA
3) Determine as correntes elétricas que circulam em cada um dos resistores do circuito abaixo:
R1 = 15Ω i1 A I2 R3 = 20Ω
RESPOSTAS:
I3
R2 = 9Ω
45V 60V { 24.i1 + 9.i2 = 45
9.i1 + 29.i2 = 60
i1 = 1,243902 A
i2 = 1,682928 A
i3 = 2,92683 A
63
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e) Ptotal = 50,8163265 W
c) i3 = - 0,192307693 A
d) U1 = 37,6923077 V
U2 = 7,69230772 V
U3 = 20,76923078 V
U4 = 41,53846156 V
i c) P1 = 15,43209707 W
30 V P2 = 9,259258241 W
P3 = 3,086419414 W
64
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
TEOREMA DE THEVENIN:
Em 1883, o engenheiro francês Léon Charles Thévenin publicou seus estudos sobre a resolução de
circuitos elétricos que continham vários resistores e várias fontes de Tensão, utilizando uma metodologia
diferenciada em relação às Leis de Kirchhoff.
Em seus estudos, Thévenin propôs que todo circuito elétrico composto por fontes de tensão e
elementos lineares (por exemplo, resistores ôhmicos) pode ser substituído por um gerador de Força Eletromotriz
em série com um resistor. A esse conjunto da fonte de Força Eletromotriz em série com o resistor ele chamou de
Circuito Equivalente, que mais tarde ficou conhecido como Equivalente de Thévenin, sendo que esse Circuito
Equivalente pode ser obtido para dois pontos quaisquer de um circuito elétrico.
Para o Equivalente de Thévenin, o valor da Força Eletromotriz corresponde à Tensão Elétrica
existente entre os dois pontos de um componente específico do circuito, que será retirado dele. A resistência
elétrica em série com a fonte, que pode ser entendida como a resistência interna da fonte de força eletromotriz,
corresponde a resistência equivalente do circuito elétrico em questão, considerando-se os pontos escolhidos
inicialmente.
Assim, podemos representar o equivalente de Thévenin para dois pontos quaisquer de um circuito
elétrico da seguinte maneira:
A
Vth Rth → Circuito Equivalente de Thevenin
Um circuito fechado, contendo resistores e fontes de Tensão, pode ser visto por dois pontos
quaisquer desse circuito e então substituído por um equivalente que contenha uma única fonte de Tensão
em série com um resistor.
Para o Teorema acima, o valor de Tensão elétrica da fonte é chamado de Tensão Equivalente de
Thévenin (representada por Vth) e a Resistência Elétrica que se encontra em série com a fonte de Tensão é a
Resistência de Thévenin (representado por Rth).
Na resolução de problemas envolvendo circuitos elétricos, devemos obter a o circuito equivalente de
Thévenin. Para tanto, devemos proceder da seguinte maneira:
Ao seguirmos estes passos, estamos basicamente substituindo um circuito que envolve vários
resistores e várias fontes de Tensão por uma única fonte de Tensão (Vth) e um único resistor equivalente (Rth), o
que permite calcular as intensidade de corrente elétrica e as tensões em todos os resistores do circuito.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: (ARREDONDAMENTO COM 3 CASAS DECIMAIS)
1) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 =
9Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R1 = 5Ω R3 = 16Ω
36V R2 = 9Ω 48V
65
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R1 = 5Ω R3 = 16Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R2), trocando-o por um circuito A
aberto. Entre os terminais do resistor que foi retirado, Vth
segundo o Teorema de Thévenin, temos a Tensão de 36V B 48V
Thévenin (Vth), como indicado no circuito ao lado.
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha Externa e que a corrente elétrica (i)
circule no sentido horário. Assim, temos:
- 36 + R1.i + R3.i + 48 = 0
- 36 + 5.i + 16.i + 48 = 0
21.i + 48 - 36 = 0
21.i + 12 = 0
21.i = - 12
i = - 12
21
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos agora
considerar Malha que se encontra à esquerda (Malha I) e que a corrente elétrica (i) circule no
sentido horário. Assim, temos:
- 36 + R1.i + Vth = 0
- 36 + 5.i + Vth = 0
- 36 – (2,855) + Vth = 0
- 36 – 2,855 + Vth = 0
- 38,855 + Vth = 0
Req = 3,810 + 9
Req = 12,810 Ω
66
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Vth = Req.i2
38,855 = (12,810).i2
38,855 = i2
12,810
U2 = 27,297 V
Aplicando agora a Primeira Lei de Ohm, podemos calcular facilmente a
Tensão a que o resistor R2 está submetido. Assim: i2 = 3,033 A
U = R.i
U2 = R2.i2
U2 = 9.(3,033)
ATENÇÃO: como sabemos a intensidade de corrente elétrica que circula por cada um dos resistores,
podemos calcular facilmente a Tensão em cada um dos resistores bem como a Potência Elétrica dissipada
em cada um dos resistores.
2) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 =
7Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R1 = 6Ω R3 = 12Ω
42V R2 = 7Ω 54V
R1 = 6Ω R3 = 12Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R2), trocando-o por um circuito A
aberto. Entre os terminais do resistor que foi retirado, Vth
segundo o Teorema de Thévenin, temos a Tensão de 42V B 54V
Thévenin (Vth), como indicado no circuito ao lado.
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha Externa e que a corrente elétrica (i)
circule no sentido horário. Assim, temos:
- 42 + R1.i + R3.i + 54 = 0
- 42 + 6.i + 12.i + 54 = 0
18.i + 54 - 42 = 0
18.i + 12 = 0
18.i = - 12
i = - 12
18
67
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Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos agora
considerar Malha que se encontra à esquerda (Malha I) e que a corrente elétrica (i) circule no
sentido horário. Assim, temos:
- 42 + R1.i + Vth = 0
- 42 + 6.i + Vth = 0
- 42 – (4,002) + Vth = 0
- 42 – 4,002 + Vth = 0
- 46,002 + Vth = 0
Rth = 4Ω
Agora que já calculamos a Tensão de A
Thévenin (Vth) e a Resistência de
Thévenin (Rth) , podemos montar o circuito
Equivalente de Thévenin, conforme Vth = 46,002 V
indicado ao lado:
B
Equivalente de Thévenin
Req = 4 + 7
Req = 11 Ω
Como o Resistor Equivalente da Associação está conectado a uma
fonte de tensão cujo valor é a tensão de Thévenin (Vth), pode-se
calcular a intensidade de corrente elétrica que circula pelo resistor R2
(i2):
U = R.i
Vth = Req.i2
46,002 = 11.i2
46,002 = i2
11
U2 = R2.i2
U2 = 7.(4,182)
68
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
3) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 =
10Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R1 = 20Ω R3 = 15Ω
R4 = 12Ω R5 = 17Ω
R1 = 20Ω R3 = 15Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R2), trocando-o por um circuito A
aberto. Entre os terminais do resistor que foi retirado, Vth
segundo o Teorema de Thévenin, temos a Tensão de 20V B 15V
Thévenin (Vth), como indicado no circuito ao lado.
R4 = 12Ω R5 = 17Ω
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha Externa e que a corrente elétrica (i)
circule no sentido horário. Assim, temos:
64.i – 5 = 0
64.i = 5
i= 5.
64
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos agora
considerar Malha que se encontra à esquerda (Malha I) e que a corrente elétrica (i) circule no
sentido horário. Assim, temos:
Vth + (2,496) - 20 = 0
Vth – (17,504) = 0
Req2 = 32Ω
69
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Rth = 16Ω
Agora que já calculamos a Tensão de A
Thévenin (Vth) e a Resistência de
Thévenin (Rth) , podemos montar o circuito
Equivalente de Thévenin, conforme Vth = 17,504 V
indicado ao lado:
B
Equivalente de Thévenin
Agora que já temos o circuito Equivalente de
Thévenin, devemos devolver a esse circuito o
resistor (R2 = 10Ω) que inicialmente foi retirado do
circuito, conectando-o aos terminais indicados Rth = 16 Ω
pelas letras A e B, conforme indica o circuito ao A
lado.
Após fazer isso, temos uma associação em série
de dois resistores (Rth e R2), cuja Resistência Vth = 17,504V R2 = 10Ω
Equivalente pode ser calculada:
B
Req = Rth + R2
Req = 16 + 10
Req = 26 Ω
Vth = Req.i2
17,504 = 26.i2
17,504 = i2
26
U2 = 6,730 V
Aplicando agora a Primeira Lei de Ohm, podemos calcular facilmente a
Tensão a que o resistor R2 está submetido. Assim: i2 = 0,673 A
U = R.i
U2 = R2.i2
U2 = 10.(0,673)
4) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R5 =
800Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R2 = 300Ω
15V
5V R5 = 800Ω
R1 = 120Ω
R3 = 80Ω
R4 = 500Ω
R2 = 300Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R5), trocando-o por um circuito 15V
aberto. Entre os terminais do resistor que foi retirado, R1 = 120Ω 5V A
segundo o Teorema de Thévenin, temos a Tensão de B Vth
Thévenin (Vth), como indicado no circuito ao lado. R3 = 80Ω
R4 = 500Ω
70
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha I e que a corrente elétrica (i) circule no
sentido horário. Assim, temos:
1000.i - 10 = 0
1000.i = 10
i = 10 .
1000
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos agora
considerar Malha Externa e que a corrente elétrica (i) circule no sentido horário. Assim, temos:
- 15 + 3 + Vth + 5 + (1,200) = 0
Vth + 3 + 5 + (1,200) – 15 = 0
Vth + (9,200) - 15 = 0
Vth – (5,800) = 0
Rth = 73,6Ω
Agora que já calculamos a Tensão de A
Thévenin (Vth) e a Resistência de
Thévenin (Rth) , podemos montar o circuito
Equivalente de Thévenin, conforme Vth = 5,8 V
indicado ao lado:
B
Equivalente de Thévenin
Req = 873,600 Ω 71
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Vth = Req.i5
5,8 = (873,6).i5
5,8 = i5
873,6
U5 = 5,311 V
Aplicando agora a Primeira Lei de Ohm, podemos calcular facilmente a
Tensão a que o resistor R5 está submetido. Assim: i5 = 6,639 mA
U = R.i
U5 = R5.i5
U5 = 800.(6,639.10-3)
5) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R1 =
2500Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R1 = 2500Ω
8V
- Vth +
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor A B
indicado (nesse caso, R1), trocando-o por um circuito
aberto. Entre os terminais do resistor que foi retirado, if = 3mA R3 = 7500Ω R2 = 1250Ω
segundo o Teorema de Thévenin, temos a Tensão de 8V
Thévenin (Vth), como indicado no circuito ao lado.
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha I e que a corrente elétrica (i) circule no
sentido horário. Tome cuidado, pois no resistor R3 circula a corrente que é
forçada pela fonte de corrente (if). No resistor R2, a corrente será nula (i = 0),
pois ele está num circuito aberto, que não permite a passagem de corrente
elétrica. Assim, temos:
- 8 + 7500.(3.10-3) - Vth + 0 =0
- 8 + 7500.(3.10-3) - Vth = 0
- 8 + (22,5) - Vth = 0
- Vth = 8 – 22,5
72
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Rth = 8750Ω
Rth = 8750 Ω
Agora que já calculamos a Tensão de A
Thévenin (Vth) e a Resistência de
Thévenin (Rth) , podemos montar o circuito
Equivalente de Thévenin, conforme Vth = 14,5 V
indicado ao lado:
B
Equivalente de Thévenin
Req = 11250 Ω
Vth = Req.i1
14,5 = 11250.i1
14,5 = i1
11250
U1 = 3,222 V
Aplicando agora a Primeira Lei de Ohm, podemos calcular facilmente a
Tensão a que o resistor R1 está submetido. Assim: i1 = 1,289 mA
U = R.i
U1 = R1.i1
U1 = 2500.(1,289.10-3)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
73
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1) (Apostila de Eletricidade – João Carlos de Carvalho – pg 43 - 2012) Para o circuito abaixo, calcule a
Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 = 8Ω, utilizando o Teorema de
Thévenin:
R1 = 5Ω R3 = 16Ω i = - 0,571 A
Vth = 38,855V
Rth = 3,810Ω
i2 = 3,290 A
36V R2 = 8Ω 48V U2 = 26,32 V
2) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 =
6Ω, utilizando o Teorema de Thévenin:
R1 = 4Ω R3 = 15Ω
i = - 0,526 A
Vth = 42,105V
Rth = 3,158Ω
40V R2 = 6Ω 50V i2 = 4,598 A
U2 = 27,586 V
R4 = 20Ω R5 = 20Ω
i = 9 mA
12V Vth = 3,9V
3V R5 = 910Ω Rth = 90Ω
R1 = 100Ω i5 = 3,9 mA
R3 = 100Ω U5 = 3,549V
R4 = 470Ω
4V
74
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
TEOREMA DE NORTON:
Em 1926, o engenheiro norte-americano Edward L. Norton publicou seus estudos sobre a resolução
de circuitos elétricos que continham vários resistores e várias fontes de tensão, utilizando uma metodologia
diferenciada em relação às Leis de Kirchhoff e o Teorema de Thévenin.
Em seus estudos, Norton propôs que todo circuito elétrico composto por fontes de Tensão e resistores
pode ser substituído, levando-se em conta dois pontos quaisquer desse circuito, por uma fonte de Corrente
Elétrica em Paralelo com um resistor “equivalente”. A esse conjunto da fonte de Corrente Elétrica em paralelo com
o resistor ele chamou de Circuito Equivalente, que mais tarde ficou conhecido como Equivalente de Norton (ou
circuito equivalente de Norton), sendo que esse Circuito Equivalente pode ser obtido para dois pontos quaisquer
de um circuito elétrico.
Para o Equivalente de Norton, o valor da Corrente Elétrica da fonte de Corrente é a Corrente
equivalente de Norton (iN), que indica a máxima corrente elétrica que poderá circular num curto-circuito feito
entre os terminais previamente escolhidos no circuito. A resistência elétrica em paralelo com a fonte de corrente
corresponde à Resistência de Thévenin (Rth), considerando-se os pontos escolhidos inicialmente.
Assim, podemos representar o equivalente de Norton para dois pontos quaisquer de um circuito
elétrico da seguinte maneira:
Um circuito fechado contendo resistores e fontes de Tensão, pode ser visto por dois pontos
quaisquer desse circuito e então substituído por um equivalente que contenha uma única Fonte de
Corrente em Paralelo com o resistor de Thévenin.
Ao seguirmos estes passos, estamos basicamente substituindo um circuito que envolve vários
resistores e várias fontes de Tensão por uma única fonte de Corrente (iN) e um único resistor equivalente (Rth), o
que permite calcular as intensidade de corrente elétrica e as tensões em todos os resistores do circuito.
1) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 = 9Ω,
utilizando o Teorema de Norton:
R1 = 6Ω C R3 = 15Ω
35V R2 = 9Ω 50V
75
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
R1 = 6Ω C R3 = 15Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R2), trocando-o por um curto- i1 A i2
circuito, como indicado no circuito ao lado. Calcula-se iN
a corrente elétrica que circula nesse curto-circuito, 35V B 50V
que a Corrente Equivalente de Norton (iN).
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha I e que a corrente elétrica (i1) circule no
sentido horário. Assim, temos:
- 35 + R1.i1 = 0
- 35 + 6.i1 = 0
6.i1 = 35
i1 = 35
6
i1 = 5,833 A
Vamos aplicar novamente a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos
agora considerar Malha que se encontra à direita (Malha II) e que a corrente elétrica (i2)
circule no sentido anti-horário. Assim, temos:
- 50 + R3.i2 = 0
- 50 + 15.i2 = 0
15.i2 = 50
i2 = 50
15
iN = i1 + i2
iN = (5,833) + (3,333)
76
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
U = R.i
iN = 9,166A
Ueq = Req.iN
Req = 2,903Ω
Ueq = (2,903).(9,166)
Ueq = 26,609 V
U = R.i
U2 = R2.i2
26,609 = 9.i2
26,609 = i2
9
ATENÇÃO: como sabemos a intensidade de corrente elétrica que circula por cada um dos resistores,
podemos calcular facilmente a Tensão em cada um dos resistores bem como a Potência Elétrica dissipada
em cada um dos resistores.
2) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 =
7Ω, utilizando o Teorema de Norton:
R1 = 6Ω R3 = 12Ω
42V R2 = 7Ω 54V
R1 = 6Ω C R3 = 12Ω
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor
indicado (nesse caso, R2), trocando-o por um curto- i1 A i2
circuito, como indicado no circuito ao lado. Calcula-se iN
a corrente elétrica que circula nesse curto-circuito, 42V B 54V
que a Corrente Equivalente de Norton (iN).
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha I e que a corrente elétrica (i1) circule no
sentido horário. Assim, temos:
- 42 + R1.i1 = 0
- 42 + 6.i1 = 0
6.i1 = 42
i1 = 42
6
i1 = 7 A
77
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Vamos aplicar novamente a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos
agora considerar Malha que se encontra à direita (Malha II) e que a corrente elétrica (i2)
circule no sentido anti-horário. Assim, temos:
- 54 + R3.i2 = 0
- 54 + 12.i2 = 0
12.i2 = 54
i2 = 54
12
iN = i1 + i2
iN = 7 + (4,5)
Equivalente de Norton
78
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
U = R.i
iN = 11,5 A
Ueq = Req.iN
Req = 2,545Ω
Ueq = (2,545).(11,5)
Ueq = 29,268 V
U = R.i
U2 = R2.i2
29,268 = 7.i2
29,268 = i2
7
ATENÇÃO: como sabemos a intensidade de corrente elétrica que circula por cada um dos resistores,
podemos calcular facilmente a Tensão em cada um dos resistores bem como a Potência Elétrica dissipada
em cada um dos resistores.
3) Para o circuito abaixo, calcule a Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R5 =
900Ω, utilizando o Teorema de Norton:
R2 = 300Ω
C
15 V 4V
R1 = 90Ω R5 = 900Ω
R4 = 110Ω
i1
R3 = 500Ω R2 = 300Ω iN
C
Inicialmente, devemos retirar do circuito o resistor 15V 4V
indicado (nesse caso, R5), trocando-o por um curto-
circuito, como indicado no circuito ao lado. Calcula-se R1 = 90Ω R4 = 110Ω
a corrente elétrica que circula nesse curto-circuito,
que a Corrente Equivalente de Norton (iN). R3 = 500Ω i2
Vamos aplicar a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o novo circuito. Para tanto,
vamos considerar inicialmente a Malha I e que a corrente elétrica (i1) circule no
sentido horário. Assim, temos:
1000.i1 - 110.i2 – 11 = 0
79
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Vamos aplicar novamente a Lei das Malhas, de Kirchhoff, para o circuito. Para tanto, vamos
agora considerar Malha que se encontra à direita (Malha II) e que a corrente elétrica (i2)
circule no sentido horário. Assim, temos:
- 4 + R4.(i2 – i1) = 0
- 4 + 110.(i2 – i1) = 0
- 4 + 110.i2 – 110.i1 = 0
- 110.i1 + 110.i2 - 4 = 0
Como possuímos duas equações e duas incógnitas (i1 e i2), podemos resolver o Sistema entre as duas Equações obtidas.
Resolvendo o Sistema de duas Equações, temos:
1000.i1 - 110.i2 = 11
- 110.i1 +110.i2 = 4
i1 = 15 .
890
1000.(0,017) - 110.i2 = 11
17 - 110.i2 = 11
-110.i2 = 11 – 17
- 110.i2 = - 6
i2 = - 6 .
- 110
iN = i1 + i2
iN = (0,017) + (0,055)
iN = 0,072 A
Req1 = 890 Ω
80
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
B
Equivalente de Norton
U = R.i
iN = 0,072A
Ueq = Req.iN
Req=88,295Ω
Ueq = (88,295).(0,072)
Ueq = 6,357 V
U = R.i
U5 = R5.i5
6,357 = 900.i5
6,357 = i5
900
ATENÇÃO: como sabemos a intensidade de corrente elétrica que circula por cada um dos resistores,
podemos calcular facilmente a Tensão em cada um dos resistores bem como a Potência Elétrica dissipada
em cada um dos resistores.
R2 = 8Ω
50V
R3 = 20Ω
B
81
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
R1 = 10Ω R4 = 10Ω
Devemos curto-circuitar os terminais A e B, como A
indicado no circuito ao lado. Calcula-se a corrente i1 R2 = 8Ω
elétrica que circula nesse curto-circuito, que é a
Corrente Equivalente de Norton (iN). 50V
R3 = 20Ω
B
Req1 = R2 + R3
Req1 = 8 + 20
Req1 = 28 Ω
50V
Req1 = 28Ω
R1 = 10Ω
Req = R1 + Req2
Req = 10 + (7,368)
Para calcular a intensidade total de corrente elétrica, basta a aplicar a Primeira Lei de Ohm:
U = R.i
U = Req.i
50 = (17,368).i
50 = i
17,368
82
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
A corrente de Norton (iN) será a corrente elétrica que circula pelo curto-circuito que foi realizado e, neste caso, será igual à
corrente elétrica que circula pelo resistor R4, conforme pode ser percebido através da análise do circuito.
Para calcularmos a corrente que circula por R4, precisamos da Tensão no resistor R4, que é mesma Tensão sobre o resistor
Req2. Assim:
Ueq2 = U4
Ueq2 = Req2 .i
Ueq2 = (7,368).(2,879)
Como temos a Tensão no Resistor R4, fica fácil calcular a intensidade de corrente elétrica que circula nesse resistor, que nesse
caso é igual á corrente de Norton:
U4 = R4.i4
→ a corrente iN é igual à corrente i4
U4 = R4.iN
21,212 = 10.iN
21,212 = iN
10
Req1 = R2 + R3 R3 = 20Ω
B
Req1 = 8 + 20
Req1 = 28 Ω
Rth = Req2 + R4
Rth = (7,368) + 10
Equivalente de Norton
83
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1) (Apostila de Eletricidade – João Carlos de Carvalho – pg 46 - 2012) Para o circuito abaixo, calcule a
Tensão e a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo resistor R2 = 8Ω, utilizando o Teorema de
Norton:
R1 = 5Ω R3 = 16Ω i1 = 7,2 A
i2 = 3 A
iN = 10,2 A
Rth = 3,809 Ω
36V R2 = 8Ω 48V Req = 2,580 Ω
U2 = 26,316 V
i2 = 3,290 A
12 V
C
3V
{
- 1000.i1 + 100.i2 = - 9
100.i1 - 100.i2 = - 3
R1 = 100Ω R5 = 910Ω iN = 43,34 mA
R4 = 100Ω
Rth = 90 Ω
R3 = 470Ω Req = 81,9 Ω
U5 = 3,55 V
I5 = 3,9 mA
84
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
CAPACITORES:
Capacitor é o dispositivo eletro-eletrônico que tem por finalidade acumular cargas elétricas num
circuito. Ele está presente em vários equipamentos eletrônicos que conhecemos: aparelhos de TV, aparelhos de
som, amplificadores, câmeras fotográficas e equipamentos eletrônicos em geral.
Para entender o seu funcionamento, vamos imaginar a seguinte situação:
Conectando-se as chapas metálicas (paralelas) apresentadas ao lado a uma fonte de
+ E -
tensão, fazemos com que uma das placas fique carregada eletricamente com
+ --
excesso de elétrons (carga de sinal negativo) e a outra com falta de elétrons (carga
+ ---
de sinal positivo). Assim, surge um Campo Elétrico de intensidade E entre as placas
+ --
metálicas.
+ -
Ao desligarmos a fonte de tensão das placas, elas ainda permanecem
d
eletrizadas com cargas elétricas de sinais contrários. Levando-se em conta os
Princípios da Eletrostática, percebemos que essas cargas elétricas ainda devem
U
realmente permanecer nas placas metálicas. Isso acontece por causa do Campo
Elétrico que surgiu entre as placas metálicas.
Como as cargas elétricas ficaram acumuladas nas placas metálicas, podemos perceber que esse
dispositivo acumulou uma determinada quantidade de cargas elétricas. Devido a esse fenômeno é que se verifica
que o capacitor pode acumular cargas elétricas.
Uma aplicação bastante comum desse dispositivo acontece em máquinas fotográficas, no flash.
Dentro da máquina fotográfica existe um capacitor que está conectado à bateria, ficando carregado e, portanto,
acumulando cargas elétricas. Ao tirarmos a foto, o capacitor, depois de carregado, é conectado à lâmpada do
flash, que utiliza essa corrente elétrica para fazer o flash acender, descarregando o Capacitor.
Em circuitos eletrônicos, os capacitores são bastante utilizados como filtros e em retificadores de
tensão alternada.
SÍMBOLO DO CAPACITOR
c
CAPACITÂNCIA DE UM CAPACITOR (C):
Também conhecida como Capacidade de um Capacitor. Pode ser definida como sendo a relação
entre a Quantidade de Carga elétrica (Q) que o capacitor acumula e a respectiva Tensão elétrica (U) aplicada aos
seus terminais.
A unidade de Capacitância no Sistema Internacional (S.I.) é o farad (F).
Para aumentarmos a Capacitância de um Capacitor, é comum inserirmos entre as placas metálicas
um material isolante elétrico chamado de Dielétrico. A presença desse material entre as placas do capacitor
permite que um maior número de linhas de Campo Elétrico seja concentrada nessa região. Se mais linhas de
campo podem existir ali, mais cargas elétricas podem se alojar nas placas do capacitor, aumentando assim a sua
Capacitância.
A existência do dielétrico entre as placas do capacitor não permite que a corrente elétrica circule entre
as placas do capacitor.
Experimentalmente, pode-se comprovar que a Quantidade de Carga Elétrica (Q) acumulada pelo
capacitor é diretamente proporcional à tensão aplicada aos seus terminais e a Capacitância do capacitor. Assim,
podemos escrever matematicamente:
Q = C. U ; onde: Q = Quantidade de carga elétrica acumulada pelo capacitor (C);
C = Capacitância do capacitor (F);
U = Tensão elétrica aplicada aos terminais do capacitor (V).
PROBLEMAS:
1) Determine a Quantidade de Carga Elétrica acumulada num Capacitor de Capacitância 25µF, quando ele é
submetido a uma tensão de 20V.
Dados:
C = 25µF = 25 .10-6 F Q = C.U
U = 20V Q = 25 .10-6 . 20 ajeitando
Q = ??? Q = 25. 20 . 10-6 C Q = 5 .10-4C → Essa é a Quantidade de Carga elétrica acu-
Q = 500.10-6 mulada pelo capacitor, nessas condições.
2) Determine a Quantidade de Carga Elétrica acumulada num Capacitor de Capacitância 70µF, quando ele é
submetido a uma tensão de 150V.
Q = 1,05 .10-2C
85
3) Determine a quantidade de carga elétrica acumulada num capacitor de capacitância 1000µF, quando ele é
submetido a uma tensão de 63V.
PROBLEMAS:
2
1) Um capacitor de placas paralelas é formado por duas placas metálicas que possuem área total de 0,05m e que
se encontram separadas por uma distância de 0,01m. Sendo o dielétrico existente entre as placas metálicas o
vácuo, calcule a Capacitância (C) desse Capacitor.
DADOS:
A = 0,05m2 Como trata-se de um capacitor de C = ξ. A C = 44,25.10-12 F
d = 0,01m placas paralelas, vamos aplicar: → d ↓
ξ = 8,85.10-12F/m → o dielétrico é o Vácuo C = ξ. A C = (8,85.10-12). 0,05 → “ajeitando”
C = ??? d 0,01 ↓
C = 0,4425.10-12 C = 4,425.10-11F
0,01
2
2) Um capacitor de placas paralelas é formado por duas placas metálicas que possuem área total de 0,6m e
que se encontram separadas por uma distância de 0,001m. Sendo o dielétrico existente entre as placas
metálicas o vácuo, calcule a Capacitância (C) desse Capacitor.
C = 5,310.10-9 F
2
3) Um capacitor de placas paralelas é formado por duas placas metálicas que possuem área total de 2,5 m
e que se encontram separadas por uma distância de 0,0001m. Sendo o dielétrico existente entre as placas
metálicas o vácuo, calcule a Capacitância (C) desse Capacitor.
C = 2,2125.10-7 F
Quando um capacitor é ligado a uma fonte de corrente contínua com Tensão nominal, inicia-se o
processo chamado de Carga de um Capacitor. Nesse momento, as cargas elétricas positivas e negativas
distribuem-se pelas placas do capacitor: uma fica com excesso de elétrons e a outra fica com falta de elétrons.
Assim, cria-se um Campo Elétrico entre as placas do capacitor, que é responsável por manter e armanezar as
86
cargas elétricas no capacitor.
Porém, esse processo acontece durante um intervalo de tempo relativamente curto (poucos
segundos). Isso acontece devido ao fato de que as placas do capacitor só conseguem armazenar uma
determinada quantidade de carga elétrica. Assim, logo no momento da conexão da fonte de Tensão ao Capacitor,
a quantidade de cargas elétricas movimentando-se em direção às placas é máxima e, com o passar do tempo, a
quantidade de cargas elétricas em movimento diminui até chegar a zero.
Conseqüentemente, se medirmos com um amperímetro a intensidade da corrente elétrica que chega
ao capacitor, ela será máxima no instante em que conectamos a fonte e rapidamente cairá a zero no momento em
que o capacitor esteja totalmente carregado. A intensidade de corrente elétrica cai a zero devido ao fato de que o
movimento das cargas elétricas cessa após o capacitor estar completamente carregado, pois existe um isolante
(dielétrico) entre as placas do capacitor.
Abaixo, apresentamos um gráfico de como se comporta a Tensão nas placas do capacitor durante o
processo de carga:
18
Tensão (V)
12
0
0 0,01 0,02 0,03
segundos
Tempo (s)
Analisando o gráfico, podemos perceber que conforme o capacitor é carregado, a Tensão entre os
seus terminais aumenta, até atingir o valor nominal.
DESCARGA DE UM CAPACITOR:
Depois de finalizado o processo de carga de um bom capacitor, as cargas elétricas permanecem nele
acumuladas até que dele sejam retiradas. O processo de retirada das cargas elétricas acumuladas num capacitor
é chamado de descarga de um capacitor.
Se conectarmos um resistor aos terminais de um capacitor previamente carregado, as cargas
elétricas acumuladas nas suas placas irão se movimentar pelo resistor. Como a quantidade de cargas elétricas
acumuladas no capacitor é limitada, num pequeno intervalo de tempo elas irão se esgotar. Conseqüentemente, se
medirmos com um amperímetro a intensidade da corrente elétrica que circula pelo resistor, ela será máxima logo
no instante que o resistor for conectado e rapidamente cairá a zero no momento em que o capacitor esteja
totalmente descarregado. A corrente elétrica cai a zero devido ao fato de que todas as cargas elétricas
acumuladas numa das placas já foram neutralizadas pelas cargas elétricas da outra placa.
Abaixo, apresentamos um gráfico de como se comporta a Tensão nas placas do capacitor durante o
processo de descarga:
18
Tensão (V)
12
0
0 0,01 0,02 0,03
segundos
Tempo (s)
87
Analisando o gráfico, podemos perceber que conforme o capacitor é descarregado, a Tensão entre os
seus terminais diminui, até atingir o valor zero quando o capacitor esta totalmente descarregado.
Quando o capacitor é conectado a uma fonte de corrente alternada, ele é constantemente carregado
no semi-ciclo positivo da onda senoidal e constantemente descarregado no semi-ciclo negativo da onda senoidal.
Isso acontece devido ao fato de que a onda senoidal alterna constantemente os valores positivos e negativos
aplicados aos terminais do capacitor. Assim, mesmo existindo um material isolante entre as placas do capacitor, se
conectarmos um amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica que circula pelo capacitor, ele indicará
uma leitura fixa, devido ao fato do capacitor estar sendo carregado e descarregado constantemente.
A intensidade da corrente elétrica medida nesse caso é a corrente elétrica média que está sendo
utilizada para carregar e descarregar o capacitor constantemente, uma vez que as placas do capacitor encontram-
se isoladas pelo dielétrico, que não permite a passagem de corrente elétrica entre as placas.
ASSOCIAÇÕES DE CAPACITORES:
1 = 1 + 1 + 1 + ... + 1 → o índice n representa que podemos ter n capacitores (vários) associados simultaneamente
Ceq C1 C2 C3 Cn
Ceq = C1 + C2 + C3 + ... + Cn → o índice n representa que podemos ter n capacitores (vários) associados simultaneamente
Considere um capacitor conectado a uma fonte de Tensão alternada. Quando o capacitor encontra-se
totalmente carregado, uma das suas placas encontra-se com excesso de elétrons e a outra placa encontra-se com
falta de elétrons.
Conforme a Tensão alternada inverte a sua polaridade nos terminais do capacitor, ocorre os seguintes
fenômenos:
- a placa que estava com excesso de elétrons (pois estava anteriormente conectada ao pólo negativo
da fonte) passa agora a ser conectada ao pólo positivo da fonte. Quanto mais elétrons saem dessa placa em
direção ao pólo positivo da fonte, mais cargas positivas “sobrarão” na placa;
- a placa que estava com falta de elétrons (pois estava anteriormente conectada ao pólo positivo da
fonte) passa agora a ser conectada ao pólo negativo da fonte. Quanto mais elétrons chegam a essa placa vindos
da fonte, mais cargas negativas sobrarão na placa;
- com a nova mudança do ciclo da onda senoidal, o pólo negativo da fonte tenta repelir os elétrons
que se movimentam em direção á placa negativa. Também, quanto maior for o excesso de elétrons na placa, mais
difícil ficará para que novos elétrons tenham acesso à placa, devido à força de repulsão entre eles.
- quanto maior a quantidade de cargas elétricas acumuladas nas placas do capacitor, mais lenta será
a variação da Tensão nos terminais do capacitor.
Estes fenômenos somados fazem com que ocorra um retardamento no crescimento da Tensão nas
88
placas do capacitor. Por este motivo, num circuito de corrente alternada que contenha somente capacitores, a
capacitância faz com que a corrente elétrica fique adiantada de 90° em relação a Tensão, conforme mostram
os gráficos abaixo:
A tensão
A Tensão inicia
Inicia em
em 90°
90º
10
AA corrente
corrente inicia em 0°
inicia em 0º 200
100
5
Corrente (A)
Tensão (V)
0 0
0° 90 ° 180° 270 ° 360° 450 °
0° 90 ° 180 ° 270° 360 ° 450°
-5 -100
-10 -200
Graus
Tempo (s) Graus(s)
Tempo
Quando um capacitor é ligado à corrente alternada, a Tensão Elétrica produzida entre as suas placas
limita a intensidade da corrente elétrica que circula pelo capacitor, uma vez que essa diferença de Potencial tem
sentido oposto ao da força eletromotriz fornecida pela fonte ao capacitor.
Assim, a Reatância Capacitiva é a grandeza física que limita a intensidade de corrente elétrica
num capacitor conectado a corrente alternada, produzindo um efeito análogo ao efeito de uma resistência
elétrica em série com o capacitor.
Como o efeito produzido pela Reatância Capacitiva é análogo ao efeito de um resistor ligado em série
ao capacitor, a unidade no Sistema Internacional da Reatância Capacitiva é o Ohm (Ω).
Podemos calcular a Reatância Capacitiva de um capacitor através da fórmula:
Xc = -
( 2.π.f.C
1
), onde: Xc = Reatância Capacitiva (Ω);
π = número pi (3,14.....);
f = freqüência da onda senoidal da rede (Hz);
C = Capacitância do capacitor (F).
Como os cálculos que envolvem as reatâncias capacitivas são feitos utilizando corrente alternada, se
faz necessária à utilização dos Números Complexos nesses cálculos. Assim, precisamos levar em conta a unidade
imaginária i, da matemática. Porém, em Eletricidade utilizamos a letra i para representar intensidade de corrente
elétrica. Por esse motivo, nós também vamos utilizar nesse material a unidade imaginária, mas para diferenciar da
intensidade de corrente elétrica vamos representá-la pela letra j. Assim, em termos de Números Complexos,
podemos escrever a Reatância capacitiva como:
j.Xc = - j.
(2.π.f.C
1
) , onde: Xc = Reatância Capacitiva (Ω);
π = número pi (3,14.....);
f = freqüência da onda senoidal da rede (Hz);
C = Capacitância do capacitor (F).
j = unidade imaginária
ATENÇÂO: para efeitos de cálculos, a unidade imaginária j deverá ser repetida até o fim dos cálculos.
89
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
ELETROMAGNETISMO:
As propriedades magnéticas dos materiais foram percebidas na Grécia antiga. Sabia-se que uma
pedra, chamada de Magnetita, conseguia atrair para si pequenos pedaços de ferro.
Inicialmente, esse fenômeno causou grande curiosidade entre a população da época e logo surgiram
várias explicações (algumas até absurdas) para o fenômeno.
Hoje em dia sabemos que a Magnetita é um material dotado naturalmente de propriedades
magnéticas. Chamamos de ímã ao material que apresenta propriedades magnéticas e, por isso, pode gerar um
Campo Magnético ao seu redor. Os ímãs podem ser naturais (como a magnetita, por exemplo) ou artificiais, os
quais são processados artificialmente em laboratórios e passam a apresentar características magnéticas (algumas
vezes, bem acentuadas).
Todo ímã é composto por dois pólos, chamados de Pólos Magnéticos. Esses pólos recebem os
nomes de Pólo Norte e Pólo Sul de um ímã. Experimentalmente, verifica-se que os pólos magnéticos de
mesmo nome se repelem e pólos magnéticos de nomes diferentes se atraem.
Pólos magnéticos de mesmo nome se REPELEM Pólos Magnéticos de nomes diferentes se ATRAEM
-F F F -F
N S S N N S N S
Se cortarmos um ímã ao meio, separando-o em dois novos pedaços, teremos dois novos ímãs, cada
um com seus pólos Norte e Sul, respectivamente. Se tornarmos a cortar esses dois pedaços do ímã inicial ao
meio, teremos quatro novos ímãs, cada um com seus respectivos pólos Norte e Sul. Esse fenômeno irá se repetir
sempre que cortarmos um ímã em pedaços. Assim, podemos dizer que não podemos separar os pólos
magnéticos de um ímã, mesmo que esse ímã seja cortado em pedaços muito pequenos.
Na prática, verifica-se que quando cortamos pedaços muito, muito pequenos de um ímã, onde se
pensaria em separar os pólos magnéticos dele, a substância acaba perdendo as suas propriedades magnéticas,
deixando assim de ser um ímã e possuir pólos magnéticos.
CAMPO MAGNÉTICO:
É a região do espaço, ao redor de ímã, onde os seus efeitos magnéticos são percebidos.
O Campo Magnético criado por um ímã é composto por Linhas de Campo Magnético, que também
são chamadas de Linhas de Indução Magnética. Essas Linhas de Campo Magnético (ou de Indução Magnética)
são invisíveis a olho nu, mas podemos perceber e comprovar facilmente a sua existência jogando limalhas de
ferro (pó de ferro) em cima de um ímã coberto por uma fina folha de papel. Fazendo isso podemos perceber que
as linhas de campo magnético apresentam a característica de serem linhas fechadas, que por convenção saem
do pólo Norte e entram no pólo Sul.
Podemos representar as linhas de Campo Magnético conforme a figura abaixo, lembrando que elas
encontram-se em três dimensões.
INDUÇÃO MAGNÉTICA:
Todas as substâncias que conhecemos apresentam em sua estrutura ímãs muito pequenos,
chamados de Ímãs Elementares. Naturalmente, esses ímãs elementares encontram-se posicionados de maneira
aleatória, dentro da substância.
Quando uma substância é submetida à presença de um Campo Magnético, podem ocorrer,
simplificadamente, duas situações:
- se a grande maioria dos ímãs elementares da substância sofrerem mudanças em sua distribuição,
que era aleatória, passando agora a ficarem alinhados de acordo com a orientação do Campo Magnético, essa
substância apresentará agora propriedades magnéticas bem mais intensas do que antes. A essas substâncias
chamamos de materiais Ferros-magnéticos, pois elas são intensamente atraídas por um ímã que esteja em suas
proximidades. São exemplos de substâncias ferro-magnéticas: ferro, ferro doce, aço, vários tipos de metais, etc.
- se apenas uma pequena quantidade dos ímãs elementares da substância ficar alinhada com o
Campo Magnético, essa substância não apresentará propriedades magnéticas intensas. A essas substâncias
chamamos de materiais Paramagnéticos, pois elas não são atraídas por um ímã que esteja em suas
proximidades. São exemplos de substâncias paramagnéticas: Alumínio, madeira, plástico, borracha, cimento,
tecidos, vidro, etc.
90
Em 1820, através da realização de um experimento simples, Hans C. Oersted descobriu que a
Corrente Elétrica que percorre um fio metálico produz um Campo Magnético ao redor do fio. Apesar de parecer um
fenômeno simples, essa descoberta revolucionou o meio científico da época, pois a partir de sua descoberta
surgiram novas possibilidades de estudo sobre a interação de uma Corrente Elétrica com um Campo Magnético,
culminando com a descoberta de conceitos Físicos que deram origem a vários equipamentos elétricos que
utilizamos diariamente em nossas casas, como motores elétricos, bobinas, transformadores, reatores, dentre
outros.
CAMPO MAGNÉTICO CRIADO AO REDOR DE UM CONDUTOR METÁLICO RETILÍNEO:
As Linhas do Campo Magnético produzido ao redor do fio são circulares e concêntricas ao fio
(possuem como centro da circunferência o centro do fio). Assim, podemos representá-las da seguinte maneira,
considerando que o fio encontra-se perpendicular ao plano da folha:
O sentido das Linhas de Campo Magnético
Linhas de Campo Magnético produzidas pela corrente elétrica que atravessa o fio
Fio → ao redor do fio metálico, con- metálico foi estudado por Ampère, que estabeleceu uma
siderando o fio perpendicular regra prática para a sua obtenção. Essa regra prática ficou
ao plano da folha.
conhecida como Regra da Mão Direita.
REGRA DA MÃO DIREITA Para aplicar a Regra da Mão Direita, devemos fazer
o seguinte: com a mão direita espalmada, deve-se
posicionar o seu dedo polegar de tal maneira que ele
i i indique o sentido da corrente elétrica que circula no fio.
Feito isso, se “girarmos” os outros dedos como se
fossemos fechar a mão, esse movimento coincidirá com o
sentido do Campo Magnético ao redor do fio metálico,
conforme nos apresenta a figura ao lado.
2) Um fio metálico retilíneo ligado a um circuito elétrico é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade
15A. Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido pela corrente elétrica a uma distância de
0,02m do fio, que se encontra no vácuo.
B = 1,5.10-4 T
-6
3) A 0,4m de distância de um fio metálico retilíneo a intensidade do campo magnético é de 4.10 T. Calcule a
intensidade da Corrente elétrica que percorre o fio, que se encontra no vácuo.
DADOS: Vamos aplicar a fórmula
r = 0,4m para calcular a intensida- B = µ0.i 4.10-6 . 2.(0,4) = 4.10-7.i
B = 4.10-6 T de da corrente elétrica: → 2.π.r → → 3,2.10-6 = i → i = 8A
µ0 = 4.π.10-7 (T.m)/A B = µ0.i 4.10-6 = 4.π.10-7.i 4.10-6 . 2.(0,4) = i 4.10-7
i = ??? 2.π.r 2.π.(0,4) 4.10-7
-6
4) A 0,3m de distância de um fio metálico retilíneo a intensidade do campo magnético é de 28.10 T. Calcule
a intensidade da Corrente elétrica que percorre o fio, que se encontra no vácuo.
i = 42A
91
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
2) Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido por uma espira circular de raio 0,01m, sabendo que
ela é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 50A e que está localizada no vácuo.
B = 2.π.10-3 T
3) Calcule a intensidade do Campo Magnético produzido por uma espira circular de raio 0,004m, sabendo
que ela é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 75A e que está localizada no vácuo.
B = 3,75.π.10-3 T
92
PROBLEMAS:
1) Uma bobina chata é composta por 250 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,05m.
Estando a bobina no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 15A,
calcule a intensidade do Campo Magnético produzida.
DADOS: B = N.µ0.i
N = 250 espiras Como temos uma bobina 2.R
R = 0,05m chata, devemos utilizar: → B = 250. 4.π.10-7.15 → B = 15000 .π.10-7
µ0 = 4.π.10-7 (T.m/A) B = N.µ0.i 2.(0,05) 0,1 → B = 1,5.π.10-2 T
i = 15A 2.R B = 250.4.15.π.10-7 B = 150000 .π.10-7 O número pi (π) fica
B = ??? 0,1 apenas indicado na
resposta final.
2) Uma bobina chata é composta por 2000 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,005m.
Estando a bobina no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 30A,
calcule a intensidade do Campo Magnético produzida.
B = 2,4.π T
3) Defina Espira.
4) Defina Bobina.
5) Explique porque o Campo Magnético produzido por uma Bobina é mais intenso do que o produzido por
uma espira.
6) Para uma mesma bobina, explique o que acontece com o Campo Magnético produzido quando
aumentamos a intensidade da Corrente Elétrica que a atravessa.
7) Uma bobina chata é composta por 4000 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,1m.
Estando a bobina no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 15A,
calcule a intensidade do Campo Magnético produzida.
B = 1,2.π.10-1 T
8) Uma bobina chata é composta por 600 espiras de fio metálico, tendo formato circular de raio 0,02m.
Estando a bobina no vácuo e sabendo que ela é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 4A,
calcule a intensidade do Campo Magnético produzida.
B = 2,4.π.10-2 T
93
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Ao contrário de uma bobina chata, é comum que as bobinas presentes em equipamentos elétricos
possuam comprimentos relativamente consideráveis (sem exageros).
Quando uma bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica, ela automaticamente se transforma num
ímã, pois apresenta um Campo Magnético. Quando a Corrente Elétrica deixa de circular pela bobina, esta deixa
imediatamente de produzir um Campo Magnético, perdendo também as suas características magnéticas. Assim,
uma bobina só se comporta como um ímã quando ela é percorrida por uma Corrente Elétrica. Sem a
Corrente Elétrica, a bobina comporta-se como um objeto qualquer, sem características magnéticas.
Em face do exposto, podemos chamar uma bobina de Eletroímã, ou seja, ela é um ímã que funciona
exclusivamente através da Energia Elétrica.
Assim como num Capacitor, podemos melhorar o desempenho de uma bobina inserindo em seu
interior um material que permita que mais linhas de Campo Magnético sejam produzidas. Na bobina, geralmente
isso é feito inserindo-se um núcleo de material metálico, chamado de Núcleo da Bobina.
Bobina Longa com Núcleo A intensidade do Campo Magnético produzido no interior de uma
Bobina longa que possui N espiras e que tem comprimento ℓ pode ser
calculada através da equação:
PROBLEMAS:
1) Uma bobina de comprimento 0,8m é fabricada com 500 espiras de um fio metálico de cobre. Quando
conectada à rede elétrica, é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 8A. Estando essa bobina
localizada no vácuo, calcule a intensidade do Campo Magnético produzido no seu interior.
DADOS:
ℓ = 0,8m Temos uma bobina longa. B = µ0.N.i B = 16000 .π.10-7
N = 500 espiras Vamos aplicar: → ℓ → 0,8 → B = 2.π.10-3 T ↓
i = 8A B = µ0.N.i B = 4.π.10-7.500.8 B = 20000 .π.10-7
µ0 = 4.π.10-7 (T.m/A) ℓ 0,8 Essa é a intensidade do Campo
B = ??? B = 4.500.8.π.10-7 Magnético produzido pela bobi-
0,8 na, no seu interior.
2) Uma bobina de comprimento 0,6m é fabricada com 1500 espiras de um fio metálico de cobre. Quando
conectada à rede elétrica, é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade 20A. Estando essa
bobina localizada no vácuo, calcule a intensidade do Campo Magnético produzido no seu interior.
B = 2.π.10-2 T
3) Uma bobina que possui comprimento de 0,6667m produz, em seu interior, um Campo Magnético de
-7
intensidade 9.π.10 T. Sabendo que essa bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade
0,5A e que ela localiza-se no vácuo, calcule o número de espiras (N) que essa bobina possui.
DADOS:
ℓ = 0,6667 m Temos uma bobina longa. B = µ0.N.i simplificando
B = 9.π.10-7 T Vamos isolar N em: → ℓ
i = 0,5A B = µ0.N.i 9.π.10-7 = 4.π.10-7.N.(0,5) → isolando N → 6,0003.π.10-7 = N → N = 3 espiras
µ0 = 4.π.10-7 (T.m/A) ℓ 0,6667 2.π.10-7
N = ??? 9.(0,6667).π.10-7 = 4.(0,5).N. π.10-7 6,0003 = N
6,0003.π.10-7 = 2.N. π.10-7 2
4) Uma bobina que possui comprimento de 1,3334m produz, em seu interior, um Campo Magnético de
-7
intensidade 18.π.10 T. Sabendo que essa bobina é percorrida por uma Corrente Elétrica de intensidade
1A e que ela localiza-se no vácuo, calcule o número de espiras (N) que essa bobina possui.
N = 6 espiras
94
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
FORÇA MAGNÉTICA QUE ATUA SOBRE CARGAS ELÉTRICAS EM MOVIMENTO NUM CAMPO
MAGNÉTICO:
Considere uma Carga Elétrica que se movimente livremente no espaço. Como ela está em
movimento, a carga elétrica produz ao seu redor um Campo Magnético, conforme já vimos.
Se no seu caminho essa Carga Elétrica encontrar um Campo Magnético (não produzido por essa
carga elétrica em questão), os dois Campos Magnéticos irão interagir entre si e devido a esse fenômeno a Carga
Elétrica ficará submetida à ação de uma Força de origem magnética, chamada de Força Magnética (Fm). Essa
Força Magnética também é conhecida como Força de Lorentz.
Como a Carga Elétrica agora está submetida à ação de uma Força, a sua trajetória pode sofrer
alterações, dependendo de algumas condições.
Para determinarmos as características da Força Magnética a que a Carga Elétrica ficará submetida,
podemos aplicar a regra prática conhecida como Regra da Mão Esquerda. Para utilizar essa regra, a nossa mão
esquerda deve estar com os dedos polegar, indicador e médio perpendiculares entre si. O dedo polegar irá indicar
o sentido da Força Magnética sofrida pela carga elétrica. O dedo indicador indicará o sentido do Campo Magnético
e o dedo médio deverá indicar a velocidade do movimento da Carga Elétrica em relação ao Campo Magnético.
Para entender melhor, vamos analisar as figuras:
REGRA DA MÃO ESQUERDA:
Uma Carga Elétrica q se movimenta em di-
reção a um Campo Magnético Uniforme: m
V θ
q Figura 1 Figura 2
Na Figura 1, apresentamos um Campo Magnético com direção horizontal e sentido da direita para a
esquerda. A carga q movimenta-se verticalmente de baixo para cima, em direção ao Campo Magnético.
Na Figura 2, apresentamos um esquema de como devemos posicionar os dedos da mão esquerda
com as grandezas físicas que eles indicariam o sentido. Dedo polegar indica o sentido da Força Magnética (Fm), o
dedo indicador deve indicar o sentido do Campo Magnético (B) e o dedo médio indica o sentido da velocidade V
com que a carga elétrica se movimenta.
Aplicando a Regra da Mão Esquerda na Figura 1, podemos determinar a direção da Força Magnética
que irá atuar sobre a carga q.
V
Para aplicarmos a Regra da Mão Esquerda na Figura 1, o nosso
dedo indicador de apontar horizontalmente da direita para a esquerda e o
dedo médio deverá apontar verticalmente de baixo para cima. Assim,
nosso dedo polegar indicará a direção e o sentido da Força Magnética,
que neste caso está saindo do plano da folha.
B A Figura ao lado, apesar de não possibilitar uma visão perfeita em
três dimensões, nos mostra que a Força Magnética (Fm) a que a carga é
Fm submetida está saindo do plano da folha.
A intensidade da Força Magnética que atua sobre uma Carga Elétrica em movimento num Campo
Magnético pode ser calculada através da equação:
CASOS PARTICULARES:
95
I) Carga Elétrica em repouso em relação ao Campo Magnético:
Se a Carga Elétrica encontra-se em repouso em relação ao Campo Magnético, ela possui velocidade
de 0m/s (está parada). Se substituirmos esse valor na fórmula apresentada acima, teremos que a Força Magnética
sofrida pela carga será nula (zero).
Fm = q.V .B.senθ → Fm = q.0.B.senθ → Fm = 0N → qualquer número multiplicado por zero é igual a zero
Se a Carga Elétrica é lançada na mesma direção do Campo Magnético, o ângulo que ela descreve
com o Campo Magnético será de 0°. Se substituirmos θ pelo valor 0° na fórmula apresentada, temos que sen 0° =
0. Assim, a Força Magnética sofrida pela Carga Elétrica também será nula.
Se a Carga Elétrica é lançada perpendicularmente ao Campo Magnético, o ângulo que ela descreve
com o Campo Magnético (θ) será de 90°. Se substituirmos θ pelo valor de 90° na fórmula apresentada, temos que
o sen 90° = 1. Assim, a intensidade da Força Magnética sofrida pela Carga Elétrica será de:
PROBLEMAS:
1) Ao se movimentar numa determinada região do espaço, uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 2µC
2
encontra um Campo Magnético de intensidade 5.10 T. A partícula movimenta-se com velocidade de 90m/s e
penetra no Campo Magnético com um ângulo de 30° (em relação ao Campo Magnético). Calcule a
intensidade da Força Magnética que atuará sobre a partícula.
DADOS:
q = 2µC = 2.10-6C Vamos aplicar a equação: Fm = q.V .B.senθ
B = 5.102 T Fm = q.V .B.senθ → → Fm = 450.10-4 N
V = 90m/s Fm = (2.10-6).(90).(5.102).(sen 30°)
Θ = 30° Fm = 4,5.10-2 N
Fm = ??? Fm = 2.90.5.10-6.102.(sen 30°)
Esta é a intensidade da Força Magnética
Fm = 900. 10-4 . (0,5) sofrida pela carga. Sua direção e seu sen-
tido são obtidos pela Regra da Mão Esquerda.
2) Ao se movimentar numa determinada região do espaço, uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 45nC
3
encontra um Campo Magnético de intensidade 9.10 T. A partícula movimenta-se com velocidade de 250m/s e
penetra no Campo Magnético com um ângulo de 45° (em relação ao Campo Magnético). Calcule a
intensidade da Força Magnética que atuará sobre a partícula.
Fm = 7,159.10-2 N
3) Uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 2µC penetra, perpendicularmente, num Campo Magnético de
intensidade 3T com velocidade de 20000m/s. Calcule a intensidade da Força Magnética que atuará sobre a
partícula.
Fm = 0,12 N ou Fm = 1,2.10-1 N
4) Uma partícula eletrizada com Carga Elétrica de 35µC penetra, paralelamente, num Campo Magnético de
intensidade 5T com velocidade de 30000m/s. Calcule a intensidade da Força Magnética que atuará sobre a
partícula.
Fm = 0N
96
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
FORÇA MAGNÉTICA QUE ATUA SOBRE UM CONDUTOR RETILÍNEO INSERIDO NUM CAMPO MAGNÉTICO:
Considere um fio metálico de comprimento ℓ, percorrido por uma Corrente Elétrica de intensidade i.
Sabemos que a Corrente Elétrica que circula pelo fio metálico produz um Campo Magnético ao seu
redor. Se esse fio estiver inserido num Campo Magnético de intensidade B, haverá interação entre esses dois
Campos Magnéticos e fio metálico ficará submetido à ação de uma Força de origem magnética que tenta, em
alguns casos, modificar a posição inicial do fio.
Em termos práticos, é a existência dessa Força de natureza magnética que provoca vibração e/ou
zunido em equipamentos elétricos que utilizam bobinas, como campainhas, motores elétricos, transformadores,
válvulas, etc.
Para visualizar esse fenômeno, analise a figura abaixo:
Agora temos um fluxo de Cargas Elétricas que
constituem a Corrente Elétrica. Então podemos
θ substituir, na Regra da Mão Esquerda, a velocidade
ℓ B da carga elétrica V pelo sentido da Corrente Elétrica,
i indicado na figura por i.
Então, aplicando a Regra da Mão Esquerda
na Figura, percebemos que a Força Magnética a que
o fio fica submetido está saindo do plano da folha
(não perpendicularmente).
Podemos calcular a intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio através da equação:
CASOS PARTICULARES:
I) Se a Corrente Elétrica for paralela ao Campo Magnético:
Se a Corrente Elétrica for paralela ao Campo Magnético, o ângulo existente entre a Corrente Elétrica
e o Campo Magnético será de 0°. Assim, temos que a intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio é nula, pois:
PROBLEMAS:
1) Um condutor metálico retilíneo possui 0,3m de comprimento. Tal fio é percorrido por uma Corrente Elétrica
-4
de Intensidade 5A e encontra-se fixo dentro de um Campo Magnético de intensidade 6.10 T.
Considerando que o fio possua uma inclinação de 30° em relação ao Campo Magnético, calcule a
intensidade da Força Magnética sofrida pelo fio, nessas condições.
DADOS:
ℓ = 0,3m Vamos aplicar a Equação: Fm = B.i.ℓ.senθ Fm = 6.5.(0,3).(0,5)10-4
i = 5A Fm = B.i.ℓ.senθ →
B = 6.10-4 T Fm = 6.10-4.5.(0,3).sen30° → Fm = 4,5.10-4 N
Θ = 30° RELEMBRANDO: ↓ Essa é a intensidade da Força Magnética sofrida
Fm = ??? sen 30° = 0,5 Fm = 6.5.(0,3).10-4. (0,5) pelo fio. Sua direção e o seu sentido são obtidos
através da Regra da Mão Esquerda.
2) Um condutor metálico retilíneo possui 0,5m de comprimento. Tal fio é percorrido por uma Corrente Elétrica
-1
de Intensidade 15A e encontra-se fixo dentro de um Campo Magnético de intensidade 560.10 T.
Considerando que o fio esteja perpendicular (90°) em relação ao Campo Magnético, calcule a intensidade
da Força Magnética sofrida pelo fio, nessas condições.
Fm = 420N
97
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
LEI DE FARADAY:
Em seus estudos sobre campo magnéticos e bobinas ligados em corrente alternada, Michael Faraday
introduziu o conceito de Fluxo Magnético, que representa o número de linhas de campo magnético que atravessa
uma determinada superfície (ou área). Quanto mais forte o Campo Magnético, maior será a intensidade do Fluxo
Magnético e vice-versa.
A Lei da Indução de Faraday afirma que a intensidade da corrente elétrica induzida numa espira (ou
bobina) é originada pela variação do Fluxo Magnético que atravessa essa espira (ou bobina), somente existindo
corrente elétrica induzida se houver movimento relativo entre a bobina e o Fluxo Magnético (bobina parada e Fluxo
Magnético em movimento, bobina em movimento e Fluxo Magnético parado, bobina e Fluxo Magnético em
movimento entre si).
LEI DE LENZ:
Em 1834, o físico alemão Heinrich Friederich Lenz, que estudava a Lei da Indução de Faraday,
enunciou uma Lei que determina o sentido da corrente elétrica induzida numa espira. Essa Lei afirma que a
corrente elétrica induzida tem um sentido que sempre se opõe (por seus efeitos) à variação do Fluxo Magnético a
que uma bobina é submetida. O seu enunciado pode ser escrito como:
O sentido da Força Eletromotriz induzida numa bobina é tal que ela se opõe, por seus efeitos, à causa que
a produziu.
O sentido da corrente elétrica induzida numa bobina é tal que, por seus efeitos, ela se opõe à causa que
lhe deu origem.
INDUTORES:
São equipamentos elétricos constituídos por bobinas (ou solenóides), por onde circulam correntes
elétricas, e por núcleos magnéticos, por onde circulam Fluxos Magnéticos. Transformam a energia elétrica que
consomem em Campos Magnéticos para os mais variados fins, principalmente para produção de Fluxo Magnético.
Símbolo do Indutor
Antes de ser conectado a uma fonte de Tensão, pela bobina do indutor não circula corrente elétrica.
Conseqüentemente, não existe produção de Campo Magnético nem de Fluxo Magnético. Quando o indutor é
conectado a uma fonte de Corrente Contínua, começa a circular a corrente elétrica pela bobina e ocorre produção
de Campo Magnético. Neste caso, o Campo Magnético não existia e agora aumenta gradativamente (e
rapidamente) até atingir um valor máximo, onde se torna constante (ou seja, sem variação).
Assim, a bobina irá produzir um Campo Magnético que só varia no momento em que a bobina é
ligada ou desligada da fonte de tensão. Fora dessas situações, o Campo Magnético produzido, bem como o Fluxo
Magnético, são constantes.
Antes de ser conectado a uma fonte de Tensão, pela bobina do indutor não circula corrente elétrica.
Conseqüentemente, não existe produção de campo magnético nem de fluxo magnético. Quando o indutor é
conectado a uma fonte de Corrente Alternada, começa a circular a corrente elétrica alternada pela bobina e ocorre
produção de Campo Magnético oscilante. Neste caso, o Campo Magnético não existia e agora aumenta
gradativamente (e rapidamente) até atingir um valor máximo e conforne os valores de Tensão alternada variam, o
Campo Magnético e o Fluxo Magnético também variam. Assim, o Fluxo Magnético produzido varia constantemente
no decorrer do tempo.
Assim, a bobina irá produzir um Campo Magnético que varia constantemente enquanto a bobina
estiver ligada á fonte de Tensão. Nessas condições, devido a Fluxo Magnético variável, pode-se induzir uma
corrente elétrica variável (alternada) numa bobina (ou espira) que esteja inserida no Fluxo Magnético produzido.
98
APLICAÇÃO DOS INDUTORES:
INDUTÂNCIA DE UM INDUTOR: L
Num indutor conectado a corrente alternada, a indução magnética produzida é variável, assim como o
Fluxo Magnético e a intensidade da corrente elétrica que o atravessa. Devido a isso, surge nas bobinas do indutor
uma autoindução de Força Eletromotriz, que será oposta a causa que a originou, devido a Lei de Lenz.
A constante de proporcionalidade entre a intensidade de Corrente elétrica que circula pela
bobina e o Fluxo Magnético produzido é chamada de Indutância (L). A Indutância de um indutor pode ser
entendida também como sendo a propriedade que um condutor (metálico, enrolado na forma de uma bobina)
possui de fazer surgir nele próprio ou em outro condutor uma força eletromotriz induzida.
A unidade de Indutância no sistema internacional é o henry (H).
ASSOCIAÇÕES DE INDUTORES:
L2
L3
A indutância equivalente (Leq) é dada pela soma das indutâncias de cada um dos Indutores. Assim:
Leq = L1 + L2 + L3 + ... Ln
L1 L2 L3
1 = 1 + 1 + 1 + ... + 1 → o índice n representa que podemos ter n capacitores (vários) associados simultaneamente
Leq L1 L2 L3 Ln
REATÂNCIA INDUTIVA: XL
Nos circuitos compostos por indutores conectados a corrente alternada ocorre uma variação da
corrente elétrica no decorrer do tempo. Assim, é induzida uma força eletromotriz autoinduzida que se opõe, por
seus efeitos, a Tensão alternada da fonte. Isso faz com que o crescimento da intensidade da corrente elétrica
que circula pelo indutor seja retardado de 90° em relação à Tensão, conforme apresentam os gráficos abaixo:
° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° ° °
Assim, a Reatância Indutiva (XL) é a grandeza física que limita a intensidade da corrente elétrica
que circula por bobina conectada a uma fonte de Tensão Alternada. Em outras palavras, a Reatância Indutiva
99
é a oposição que a força contra-eletromotriz oferece à variação da Intensidade de Corrente elétrica numa bobina.
Como o efeito produzido pela Reatância Indutiva é análogo ao efeito de um resistor ligado em série
com a bobina, a unidade no Sistema Internacional da Reatância Indutiva é o Ohm (Ω).
Podemos calcular a Reatância Indutiva de uma bobina (ou associação de bobinas) através da
fórmula:
XL = 2.π.f.L , onde: XL = Reatância Indutiva (Ω);
π = número pi (3,14.....);
f = freqüência da rede alternada (Hz);
L = Indutância do Indutor (H).
Como os cálculos que envolvem as reatâncias indutivas são feitos utilizando corrente alternada, se
faz necessária à utilização dos Números Complexos nesses cálculos. Assim, precisamos levar em conta a unidade
imaginária i, da matemática. Porém, como já foi dito anteriormente, em Eletricidade utilizamos a letra i para
representar intensidade de corrente elétrica. Por esse motivo, nós também vamos utilizar nesse material a unidade
imaginária, mas para diferenciar da intensidade de corrente elétrica vamos representá-la pela letra j. Assim, em
termos de Números Complexos, podemos escrever a Reatância indutiva como:
ATENÇÂO: para efeitos de cálculos, a unidade imaginária j deverá ser repetida até o fim dos cálculos.
O Fator de Potência é uma grandeza Física que está relacionada à eficiência energética de um
circuito (ou carga). Quanto mais próximo ele for de 1, significa que temos um circuito (ou carga) que consome da
rede praticamente só Potência Ativa. À medida que o valor do Fator de Potência se afasta de 1, significa que o
circuito (ou carga) está consumindo cada vez mais Potência Reativa (capacitiva ou indutiva) da rede, além da
Potência Ativa.
Isso faz com que o consumo de energia elétrica da rede aumente consideravelmente. É por esse
motivo que as concessionárias de Energia Elétrica estipulam regras, que devem ser seguidas pelos seus
consumidores, estipulando uma faixa de valores permitidos para o Fator de Potência de um consumidor
(principalmente se for uma indústria).
I – CIRCUITOS RESISTIVOS:
100
Para circuitos puramente resistivos, o ângulo de defasagem entre a Tensão e a intensidade de
corrente elétrica no resistor é igual a 0°, pois a Tensão e a intensidade de corrente elétrica encontram-se em fase
(ou seja, sem defasagem nenhuma). Assim, neste caso, podemos simplificar a fórmula acima para:
P = U.i.cosφ
φ = 0°
P = U.i. cos 0°
P = U.i. 1
Para circuitos resistivos, essa Potência é utilizada para realizar aquecimento, iluminação, etc. Enfim,
essa Potência realiza Trabalho, pois é dissipada diretamente na(s) resistência(s) do circuito e, por isso, é chamada
de Potência Ativa, que é obtida através da multiplicação entre a Tensão aplicada ao resistor e a Intensidade de
corrente elétrica que por ele circula.
No Sistema Internacional de Unidades (S.I.), a unidade de Potência é o watt (W).
II – CIRCUITOS INDUTIVOS:
Em circuitos que contém indutores conectados em corrente alternada, a onda senoidal da corrente
está atrasada de 90° da onda senoidal da Tensão. Se fizermos um gráfico da Potência consumida pelo indutor em
função do tempo, obteremos uma onda senoidal.
Se analisarmos essa onda senoidal da Potência, vamos descobrir que a Potência apresentada acima
do eixo de referência é a Potência fornecida pela fonte e acumulada no indutor, para produzir Campo Magnético e
Fluxo Magnético. Já a Potência apresentada abaixo do eixo de referência é aquela que o indutor devolve à fonte,
quando o campo magnético produzido por ele está se extinguindo.
Nessas condições, essa Potência é originada pela Reatância Indutiva do circuito, não produzindo luz,
calor ou Trabalho, mesmo exigindo uma parcela da corrente elétrica que circula pelo circuito. Assim, a Potência
consumida pelos indutores é chamada de Potência Reativa Indutiva (QL).
A unidade de Potência Reativa Indutiva (QL) no Sistema Internacional de Unidades (S.I.) é o volt-
ampère reativo (v.a.r.).
Podemos calcular a Potência Reativa (Q) de um circuito indutivo utilizando a equação:
ATENÇÃO: em circuitos com fator de potência indutivo, o resultado final da Potência Reativa Indutiva será sempre um valor positivo,
devido as características matemáticas da função seno.
Em circuitos que contém capacitores conectados em corrente alternada, a onda senoidal da corrente
está adiantada de 90° da onda senoidal da Tensão. Se fizermos um gráfico da Potência consumida pelo indutor
em função do tempo, obteremos uma onda senoidal.
Se analisarmos essa onda senoidal da Potência, vamos descobrir que a Potência apresentada acima
do eixo de referência é a Potência fornecida pela fonte e acumulada no capacitor, para produzir Campo Elétrico e
armazenar cargas elétricas no capacitor. Já a Potência apresentada abaixo do eixo de referência é aquela que o
capacitor devolve à fonte, quando o campo elétrico nas placas do capacitor está se extinguindo e o capacitor está
sendo descarregado.
Nessas condições, essa Potência é originada pela Reatância Capacitiva do circuito, não produzindo
luz, calor ou Trabalho, mesmo exigindo uma parcela da corrente elétrica que circula pelo circuito. Assim, a
Potência consumida pelos capacitores é chamada de Potência Reativa Capacitiva (QC).
A unidade de Potência Reativa Capacitiva (QC) no Sistema Internacional de Unidades (S.I.) é o volt-
ampère reativo (v.a.r.)
Podemos calcular a Potência Reativa (Q) de um circuito capacitivo utilizando a equação:
101
Q = U.i.sen φ , onde: Q = Potência Reativa (volt-ampère reativo – v.a.r.);
U = Tensão eficaz (V);
i = intensidade de corrente elétrica eficaz (A);
φ = ângulo de defasagem entre a Tensão e a corrente elétrica (°).
ATENÇÃO: em circuitos com fator de potência capacitivo, o resultado final da Potência Reativa Capacitiva será sempre um valor
Negativo, devido as características matemáticas da função seno.
POTÊNCIA APARENTE: S
Como vimos anteriormente, circuitos que apresentam resistores consomem da fonte Potência Ativa.
Circuitos que envolvem capacitores e/ou indutores consomem da fonte Potência Reativa (Q). Então, se num
circuito conectado a uma fonte de corrente alternada co-existirem resistores, capacitores e indutores (em qualquer
combinação), esse circuito consumirá da fonte uma Potência total que será composta por uma Potência Ativa
(devido aos resistores) e uma Potência Reativa (devido aos capacitores e/ou aos indutores).
Essa nova Potência, que “agrupa” a Potência Ativa e a Potência Reativa de um circuito é chamada de
Potência Aparente. Ela é representada pela letra S e a sua unidade no Sistema Internacional de Unidades (S.I.) é
o volt-ampère (V.A.).
Em termos de números Complexos, na forma Polar, ela pode ser calculada através da equação:
ATENÇÃO: como esta será uma conta realizada com números complexos, o asterisco (*) na corrente elétrica significa que devemos
utilizar o conjugado da corrente elétrica, ou seja, que devemos trocar o sinal do ângulo da corrente elétrica (se ele for positivo,
devemos trocar para negativo e vice-versa) para calcularmos a Potência Aparente.
ATENÇÃO:
Na forma Agébrica, SEMPRE a parte real da Potência Aparente será numericamente igual à Potência Ativa
consumida pelo circuito e a parte imaginária SEMPRE corresponderá a Potência Reativa consumida pelo circuito da
fonte de corrente alternada. O sinal ± que aparece na Equação significa que a Potência Reativa pode ter valor positivo
(se for Potência Reativa Indutiva) ou negativo (se for Potência Reativa Capacitiva).
IMPEDÂNCIA DE UM CIRCUITO: Z
Em nosso cotidiano, é muito comum um determinado aparelho elétrico ser fabricado com a utilização
simultânea de resistores, capacitores e indutores.
Como já vimos, capacitores e indutores apresentam um efeito semelhante ao da Resistência Elétrica
de um resistor, que é chamado de Reatância (Capacitiva e Indutiva, respectivamente). Como esses componentes
podem estar dispostos nos circuitos elétricos de várias maneiras, pois podem estar associados em série, em
paralelo ou ainda de maneira mista, o conjunto de resistores, capacitores e indutores de um circuito elétrico
apresentará uma grandeza física que terá efeito semelhante ao de uma Resistência Equivalente numa associação
de resistores. A essa grandeza física chamamos de Impedância do circuito.
A impedância de um circuito será representada pela letra Z e a sua unidade no Sistema Internacional
de Unidades (S.I.) é o ohm (Ω).
A Impedância de um circuito (ou carga) contempla todos os valores equivalentes dos resistores, bem
como as Reatâncias Capacitivas e Indutivas que estajam presentes no circuito (ou carga), numa única grandeza.
Assim, podemos calcular a Impedância de um circuito (ou carga) utilizando:
ATENÇÃO: ao calcularmos o valor da Reatância Capacitiva de um capacitor utilizando Números Complexos, sempre
obteremos um valor negativo para a sua parte imaginária. Assim, devemos utilizar as regras de sinais matemáticos para efetuarmos
os cálculos relativos à Impedância com exatidão.
102
CIRCUITOS ELÉTRICOS ENVOLVENDO RESISTORES, CAPACITORES E INDUTORES LIGADOS EM
CORRENTE ALTERNADA:
Assim como nos circuitos que utilizavam somente resistores, podemos ter uma grande variedade de
circuitos com a utilização simultânea de resistores, capacitores e indutores conectados em corrente alternada.
Esses componentes podem ser associados em série, em paralelo e de forma mista (onde teremos elementos do
circuito associados em série simultaneamente a elementos do circuito associados em paralelo).
Cada circuito desse pode possuir uma nomenclatura específica. Para entendermos essa
nomenclatura, vamos representar os resistores do circuito pela letra R, os capacitores do circuito pela letra C e os
indutores pela letra L. Assim, os circuitos que envolvem resistores, capacitores e indutores são chamados de
circuitos R.L.C..
Além das letras, o circuito indicará se associação é em série ou em paralelo. Damos alguns exemplos
abaixo:
- circuito R.C. Série: circuito contendo resistores e capacitores que estão associados em série;
- circuito R.L. Série: circuito contendo resistores e indutores que estão associados em série;
- circuito R.L.C. Série: circuito contendo resistores, indutores e capacitores associados em série;
- circuito R.C. Paralelo: circuito contendo resistores e capacitores que estão associados em
paralelo;
- Circuito R.L. Paralelo: circuito contendo resistores e indutores associados em paralelo;
- Circuito R.L.C. Paralelo: circuito contendo resistores, indutores e capacitores associados em
paralelo;
- Circuito R.L.C. Misto: circuito contendo resistores, indutores e capacitores associados de maneira
mista.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE:
R R R
U U C U C
L L
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO:
U U U
R L R C R C L
ASSOCIAÇÃO MISTA:
103
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DISCIPLINA: ELETRICIDADE
i↑ L = 40 mH
U = 100 | 0° V
f = 60Hz
R = 10Ω
Z = R + jxL
104
e) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
S = U.i*
A Potência Aparente (S) é calculada por:
→ S = 100 |0º . 5,527 |+ 56,450°
S = U.i*
S = 100.(5,527) |0° + 56,450°
* → significa que devemos trocar o sinal
do ângulo da Corrente Elétrica. S = 552,700 | 56,450° VA → forma Polar
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Item f) → P = 305,458 W
i↑
C = 132,629 µF
U = 200 | 0° V
f = 60 Hz
R = 20Ω
105
b) a impedância da carga (Z);
e) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa (que neste caso é negativa,
pois é uma Potência Reativa Capacitiva) consumida pelo circuito.
106
g) a Potência Reativa consumida pela carga;
Item f) → P = 999,990 W
107
d) o fator de potência do circuito;
f) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Neste caso, a Potência ativa é igual a zero (P = 0 W), o que significa que o circuito não consome Potência Ativa
da fonte. Isso acontece pelo fato de que não existem resistores nesse circuito e, portanto, a Potência
ativa não será consumida da fonte.
Assim, esse circuito consome da fonte apenas Potência Reativa.
108
h) a Potência Reativa consumida pela carga;
Item f) → S = (0 + j 1613,260) VA
Item g) → P = 0W
109
d) o fator de potência do circuito;
O fator de Potência (F.P.) é F.P. = cos φ
calculado através do cosseno
do ângulo da Impedância → F.P. = cos 50,194°
Equivalente (Zeq). Assim:
F.P. = 0,640 (Indutivo)
F.P. = cos φ
f) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Item g) → P = 264,401 W
110
4) Para o circuito abaixo, calcule:
i↑ iR ↓ ↓ iL
1600 | 90°
Z= .
20 + j 80
1600 | 90°
Z= .
82,462 | 75,964°
111
d) a corrente elétrica que sai da fonte (i);
iR = 11 | 0° A → forma Polar
ATENÇÃO: como temos um circuito em Paralelo, podemos obter a corrente elétrica que sai da fonte
somando as correntes elétricas que circulam pelo resistor e pelo indutor. Assim:
i = iR + iL
i = (11 + j 0) + (0 – j 2,750)
i = (11 + 0) + j (0 – 2,750)
112
g) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Item h) → P = 2419,887 W
i↑ iR ↓ ↓ iC
113
b) a impedância da carga (Z);
1000 | - 90°
Z= .
50 - j 20
1000 | - 90°
Z= .
53,852 | - 21,801°
i = (2 + j 5) A → forma Algébrica
iR = 2 | 0° A → forma Polar
iR = (2 + j 0) A → forma Algébrica
114
f) a corrente elétrica que circula no Capacitor (iC);
ATENÇÃO: como temos um circuito em Paralelo, podemos obter a corrente elétrica que sai da fonte
somando as correntes elétricas que circulam pelo resistor e pelo capacitor. Assim:
i = iR + iC
i = (2 + j 0) + (0 + j 5)
i = (2 + 0) + j (0 + 5)
i = (2 + j 5) A → forma Algébrica
g) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
115
i) a Potência Reativa consumida pela carga;
Item h) → P = 199,990 W
116
d) a corrente elétrica que circula no Capacitor (iC);
i = iR + iC + iL
i = (7,333 + 0 + 0) + j (0 + 11 – 5,5)
117
‘
i) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Item j) → P = 1613,193 W
15Ω 20Ω
Vef = 150 І 0° V
f = 60Hz
C = 132,629µF L = 79,578mH
118
a) a Reatância Capacitiva (jxC);
d) a reatância indutiva;
119
f) a intensidade da corrente elétrica que circula pelo indutor (iL);
Zeq = ZC . ZL .
ZC + ZL ↓ ↓ ↓
Zeq = ZC. ZL
ZC +ZL
901,400 | 3,180°
Zeq = .
(35 + j 10)
901,400 | 3,180°
Zeq = .
36,401 | 15,945°
120
i) a intensidade de corrente elétrica total (i) que a fonte fornece ao circuito;
ATENÇÃO: como temos um circuito em Paralelo, também podemos obter a corrente elétrica que sai da fonte
somando as correntes elétricas que circulam pelas impedâncias ZC e ZL. Assim:
i = iC + iL
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
121
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente (S) na forma Algébrica, temos: S = (P ± j Q)
Assim, na forma Algébrica, a parte Real da Potência Aparente nos fornece a Potência Ativa (P) e a parte
Imaginária da Potência Aparente nos fornece a Potência Reativa (Q).
Se compararmos os itens d), e) e f), temos:
Item l) → P = 886,095 W
U = 300 | 0° V
f = 60 Hz L = 53,051mH C = 132,629 µF
122
c) a impedância equivalente (Zeq) do circuito;
Zeq1 = jxL. jxC
As duas impedâncias (jxL e jxC) jxL +jxC
encontram-se associadas em
paralelo. Assim, podemos calcular 20 | 90° . 20 | - 90° Matematicamente, não existe
a impedância equivalente (Zeq1) Zeq1 = . divisão por zero. Assim,
através do produto pela soma. (0 + j 20) + (0 - j 20) podemos pensar que a
Assim: Impedância Zeq1 não existe,
→ 20 . 20 | 90° + (- 90°) pois não possui valor
Zeq1 = jxL . jxc . Zeq1 = . numérico.
jxL + jxC (0 + 0) + j ( 20 - 20) Na prática, o que acontece é
que a Reatância Indutiva
400 | 90° - 90° acaba por anular a Reatância
Zeq1 = . Capacitiva, pois ambas
(0 + j 0) possuem o mesmo módulo,
neste caso.
400 | 0° Assim, seria como se o
Zeq1 = . capacitor e o indutor não
0 | 0° estivessem presentes no
circuito, pois não causariam
Zeq1 = 400 | 0° - 0° efeito algum nele, uma vez que
0 os seus efeitos se anulam
Assim: mutuamente.
Zeq = R + Zeq1
Zeq = 100 | 0° Ω
ATENÇÃO: nesse caso, como a Reatância Indutiva anula os efeitos da Reatância Capacitiva (e
vice-versa), a Impedância Equivalente será dada pela Resistência Elétrica do Resistor que está
presente no circuito:
i = (3 + j 0) A → forma Algébrica
123
f) a Potência aparente que a fonte fornece ao circuito, na forma algébrica.
S = U.i* → S = 300 | 0° . 3 | 0°
P Q
ATENÇÃO: se escrevermos a Potência Aparente consumida por um circuito na forma Algébrica, a parte Real
indicará o valor da Potência Ativa e a parte imaginária indicará a Potência Reativa consumida pelo circuito.
Item g) → P = 900 W
Item h) → → → Q = 0 var
Respostas:
i↑ L = 53,052 mH
a) jxL = j 20 Ω
U = 150 | 0° V b) Z = (30 + j 20) Ω
f = 60Hz c) F.P. = 0,832 (indutivo)
R = 30Ω d) i = 4,160 | - 33,690° A
e) S = 624 | 33,690° VA
f) P = 519,200W
a) a reatância indutiva (jxL); g) Q = 346,132 var (indutivo)
b) a Impedância da Carga (Z);
c) o Fator de Potência da carga;
d) a Corrente elétrica que sai da fonte (i);
e) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
f) a Potência Ativa consumida da fonte, pela carga;
g) a Potência Reativa consumida da fonte, pela carga;
124
2) Para o circuito abaixo, calcule:
Respostas:
i↑
C = 50 µF a) jxC = ( - j 53,052) Ω
U = 220 | 0° V b) Z = (50 - j 53,052) Ω
f = 60 Hz c) F.P. = 0,686 (capacitivo)
R = 50Ω d) i = 3,018 | 46,696° A
e) S = 663,960 | - 46,6960° VA
f) P = 455,390 W
g) Q = - 483,180 var (capacitivo)
a) a reatância capacitiva (jxC);
b) a Impedância da Carga (Z);
c) o Fator de Potência da carga;
d) a Corrente elétrica que sai da fonte (i);
e) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
f) a Potência Ativa consumida da fonte, pela carga;
g) a Potência Reativa consumida da fonte, pela carga;
125
d) o fator de Potência da carga;
e) a corrente elétrica que sai da fonte (i);
f) a Potência Aparente (S) consumida da fonte, pela carga, nas formas Algébrica e Polar;
g) a Potência Ativa consumida pela Carga;
h) a Potência Reativa consumida pela carga;
126
Respostas:
9) Para o circuito abaixo, calcule:
a) jxC = (- j 20) Ω
i↑ iC ↓ iL↓ b) ZC = 28,284 | - 45° Ω
20Ω 20Ω c) iC = 3,536 | 45° A
U = 100 І 0°V d) jxL = ( j 20) Ω
f = 60Hz e) ZL = 28,284 | 45° Ω
C = 132,629µF L = 53,052 mH f) iL = 3,536 | - 45° Ω
g) Zeq = 20 | 0° Ω
h) F.P. = 1
i) i = 5 | 0° A
a) a Reatância Capacitiva (jxC); j) S = 500 | 0° VA
k) P = 500 W
b) a Impedância da malha onde se encontra o Capacitor (ZC); l) Q = 0 var
c) a corrente elétrica que circula pelo capacitor (iC);
d) a reatância indutiva;
e) a impedância da malha onde se encontra o indutor (ZL);
f) a intensidade da corrente elétrica que circula pelo indutor (iL);
g) a impedância equivalente (Zeq) do circuito;
h) o fator de potência do circuito;
i) a intensidade de corrente elétrica total (i) que a fonte fornece ao circuito;
j) a Potência aparente que a fonte fornece ao circuito, na forma algébrica.
k) a Potência Ativa consumida pela Carga;
l) a Potência Reativa consumida pela carga;
RESPOSTA:
Vef = 200І 0° V 4Ω 25Ω
f = 60Hz Zeq = 52,249 | - 29,018° Ω
C = 75,788µF L = 92,84mH
127
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A), a diferença de Potencial aplicada as
placas do Capacitor faz com que uma corrente elétrica circule pelo capacitor. A intensidade dessa Corrente
Elétrica é limitada pela Reatância Capacitiva do Capacitor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
j.xC =
( 2.π.f.C
-1
) , onde: jxC = Reatância Capacitiva (Ω);
π = Número pi (3,14.......)
f = Freqüência da Tensão Elétrica aplicada ao Capacitor (Hz);
C = Capacitância do Capacitor (F).
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A), a diferença de Potencial aplicada à
bobina do indutor faz com que uma corrente elétrica circule pelo Indutor. A intensidade dessa Corrente Elétrica é
limitada pela Reatância Indutiva do Indutor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
ESQUEMAS DE MONTAGEM:
A A
Reatância Capacitiva Reatância Indutiva
PROCEDIMENTOS:
- primeiramente, tome todo o cuidado durante a aula prática para evitar acidentes e danos aos
equipamentos/instrumentos;
- ANTES de iniciar qualquer procedimento, verifique visualmente os componentes a serem manuseados para
certificar-se de que não existem rebarbas, pontas afiadas ou fios descascados que poderão causar acidentes;
- caso encontre algo que possa causar acidentes/ferimentos, suspenda imediatamente os procedimentos e avise
seu professor;
- realize, com cuidado e atenção, todas as conexões elétricas indicadas no esquema de montagem. Elas devem
ser feitas uma a uma, para evitar confusões e ligações incorretas/mau-contato;
REATÂNCIA CAPACITIVA:
- sem ligar o capacitor à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o
esquema de montagem;
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- ligue o Amperímetro ao circuito e conecte o Voltímetro em paralelo com o capacitor;
128
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica que passa pelo Capacitor e anote o Valor na Tabela, na coluna do
meio;
- meça a Tensão no Capacitor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- Repita os procedimentos anteriores utilizando a Tensão de 220V;
- utilizando a fórmula apresentada na Fundamentação teórica, calcule a reatância Capacitiva do Capacitor e
anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- utilizando a fórmula i = U/JxC, calcule a intensidade da Corrente Elétrica que circula no Capacitor e anote o
resultado na Tabela, coluna da direita (valor calculado), para as duas tensões utilizadas (127 e 220V);
- utilizando a fórmula JxC = U/i (considerando os valores de tensão e de corrente elétrica medidos), calcule a
reatância do Capacitor e anote o resultado na Tabela, coluna da direita (para as duas tensões utilizadas);
- some as duas reatâncias capacitivas calculadas (para 127V e 220V) e faça a média entre elas (some as duas e
divida por dois). Esse é o valor de reatância Capacitiva que será utilizado para o circuito R.L.C. série.
- escreva a impedância do Capacitor na forma Polar e na forma Algébrica (utilizando a Reatância Capacitiva
média) e anote os valores na Tabela.
- compare os valores medidos e os valores calculados;
REATÂNCIA INDUTIVA;
- sem ligar o indutor à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o esquema
de montagem;
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- ligue o Amperímetro no circuito e o conecte o Voltímetro em paralelo com o indutor;
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: Evite acidentes!
- conecte o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica que passa pelo Indutor e anote o Valor na Tabela, coluna do meio;
- meça a Tensão no indutor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- utilizando a fórmula jxL = U/i (considerando os valores de tensão e de corrente elétrica medidos), calcule a
reatância do Indutor e anote o resultado na Tabela, coluna da direita. Esse é o valor de Reatância Indutiva que será
utilizado para o circuito R.L.C. série.
- utilizando a fórmula apresentada na Fundamentação teórica, calcule a Indutância do Indutor (L) e anote o
resultado na Tabela, coluna da direita;
- utilizando a Reatância Indutiva calculada, escreva a impedância do indutor na forma Algébrica e na forma Polar
e anote os resultados na Tabela;
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES: (PODE SER UTILIZADO O VERSO DESTA FOLHA)
.
.
.
.
129
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
ESQUEMA DE MONTAGEM:
U C
- utilizando o Multímetro na Escala de Resistência, meça a Resistência Elétrica do Resistor e anote o valor na
Tabela;
- utilizando os valores de Reatância Indutiva e de Reatância Capacitiva, já calculados na aula prática anterior,
calcule a impedância do circuito na forma Polar e na forma Algébrica e anote os resultados na Tabela;
- calcule o Fator de Potência do circuito a note o resultado na Tabela;
- sem ligar o circuito à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o esquema
de montagem;
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- ligue o Amperímetro e o Voltímetro;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a Tensão da Fonte de Corrente Alternada (tomada) e anote o valor na Tabela;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica que passa pelo circuito e anote o Valor na Tabela, coluna do meio;
- Calcule a intensidade da Corrente Elétrica que passa pelo circuito e anote o valor na Tabela, coluna da direita;
- meça a Tensão no Resistor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- meça a Tensão no Capacitor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- meça e Tensão no Indutor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
ATENÇÃO: Desligue o circuito da tomada, desligue o disjuntor da régua e desligue os instrumentos de medida. Não
desconecte o circuito ainda, pois pode ser necessário realizar novas medições. LEMBRE-SE DE QUE O RESISTOR
AINDA ESTARÁ QUENTE! CUIDADO!
- calcule a Intensidade de Corrente Elétrica que circula pelo circuito
- calcule a Tensão no resistor e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a Tensão no Capacitor e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a tensão no Indutor e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a potência Aparente do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a Potência Ativa do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a potência Reativa do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita.
130
- compare os valores medidos e os valores calculados;
131
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A.), a diferença de Potencial aplicada as
placas do Capacitor faz com que uma corrente elétrica circule pelo capacitor. A intensidade dessa Corrente
Elétrica é limitada pela Reatância Capacitiva do Capacitor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
(2.π.f.C
j.XC = - j. 1
) , onde: jxC = Reatância Capacitiva (Ω);
π = Número pi (3,14.......)
f = Freqüência da Tensão Elétrica aplicada ao Capacitor (Hz);
C = Capacitância do Capacitor (F).
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A), a diferença de Potencial aplicada à
bobina do indutor faz com que uma corrente elétrica circule pelo Indutor. A intensidade dessa Corrente Elétrica é
limitada pela Reatância Indutiva do Indutor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
ESQUEMA DE MONTAGEM:
A
Fase AR AC AL
Neutro iR iC iL
PROCEDIMENTOS:
- primeiramente, tome todo o cuidado durante a aula prática para evitar acidentes e danos aos
equipamentos/instrumentos;
- ANTES de iniciar qualquer procedimento, verifique visualmente os componentes a serem manuseados para
certificar-se de que não existem rebarbas, pontas afiadas ou fios descascados que poderão causar acidentes;
- caso encontre algo que possa causar acidentes/ferimentos, suspenda imediatamente os procedimentos e avise
seu professor;
- realize, com cuidado e atenção, todas as conexões elétricas indicadas no esquema de montagem. Elas devem
ser feitas uma a uma, para evitar confusões, ligações incorretas ou com mau-contato;
- utilizando o Multímetro na Escala de Resistência, meça a Resistência Elétrica do Resistor e anote o valor na
Tabela;
- olhe no seu Roteiro sobre a Reatância Indutiva e Reatância Capacitiva e anote na Tabela os valores que foram
calculados para a reatância capacitiva e para a reatância indutiva e anote-os na Tabela. Esses valores são os mesmos da aula
passada, pois vocês estão utilizando o mesmo capacitor e o mesmo indutor e não há necessidade de calcular tudo novamente;
- sem ligar o circuito à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o Esquema
de Montagem;
- na primeira montagem, o Amperímetro deverá estar posicionado para medir a intensidade da Corrente Elétrica
total do circuito, ou seja, na posição indicada pela letra A, no Esquema de Montagem;
132
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- ligue o Amperímetro e o Voltímetro;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a Tensão da Fonte de Corrente Alternada (tomada) e anote o valor na Tabela;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica total que passa pelo circuito e anote o Valor na Tabela, coluna do meio;
- meça a Tensão no Resistor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- meça a Tensão no Capacitor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- meça a Tensão no Indutor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- DESLIGUE O DISJUNTOR DA RÉGUA. Desconecte os terminais do circuito da tomada;
- retire o Amperímetro da sua posição, refaça as conexões elétricas e instale o Amperímetro para medir a
intensidade da Corrente Elétrica no Resistor, indicada pela letra AR no Esquema de Montagem;
ATENÇÃO: o Amperímetro deverá estar posicionado na escala adequada à medição em questão (Amperímetro na
escala 20A, para corrente Alternada). CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- ligue o Amperímetro e o Voltímetro;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica no Resistor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- DESLIGUE O DISJUNTOR DA RÉGUA. Desconecte os terminais do circuito da tomada;
- retire o Amperímetro da sua posição, refaça as conexões elétricas e instale o Amperímetro para medir a
intensidade da Corrente Elétrica no Capacitor, indicada pela letra AC no Esquema de Montagem;
ATENÇÃO: o Amperímetro deverá estar posicionado na escala adequada à medição em questão (Amperímetro na
escala 20A, para corrente Alternada). CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- ligue o Amperímetro e o Voltímetro;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica no Capacitor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- DESLIGUE O DISJUNTOR DA RÉGUA. Desconecte os terminais do circuito da tomada;
- retire o Amperímetro da sua posição, refaça as conexões elétricas e instale o Amperímetro para medir a
intensidade da Corrente Elétrica no Indutor, indicada pela letra AL no Esquema de Montagem;
ATENÇÃO: o Amperímetro deverá estar posicionado na escala adequada à medição em questão (Amperímetro na
escala 20A, para corrente Alternada). CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
- com um cabo, faça um curto-circuito nos terminais do Amperímetro;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- ligue o Amperímetro e o Voltímetro;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada (127V) e ligue o disjuntor existente na régua;
- retire o curto-circuito colocado no Amperímetro;
- meça a intensidade da Corrente Elétrica no Indutor e anote o valor na Tabela, coluna do meio;
- DESLIGUE O DISJUNTOR DA RÉGUA. Desconecte os terminais do circuito da tomada;
ATENÇÃO: Desligue o circuito da tomada, desligue o disjuntor da régua e desligue os instrumentos de medida. Não
desconecte o circuito ainda, pois pode ser necessário realizar novas medições. LEMBRE-SE DE QUE O RESISTOR
AINDA ESTARÁ QUENTE! CUIDADO!
- calcule a Impedância Equivalente do circuito na forma Polar e na forma Algébrica e anote os resultados na
Tabela;
- calcule o Fator de Potência do circuito a note o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade total da Corrente Elétrica que sai da fonte e anote o valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade da Corrente Elétrica que circula pelo resistor e anote o valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade da Corrente Elétrica que circula pelo Capacitor e anote o valor na Tabela, coluna da
direita;
- calcule a intensidade da Corrente Elétrica que circula pelo Indutor e anote o valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a potência Aparente do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a Potência Ativa do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita;
- calcule a potência Reativa do circuito e anote o resultado na Tabela, coluna da direita.
- compare os valores medidos e os valores calculados;
133
Grandeza Física Valor Medido Valor Calculado
Resistência Elétrica XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Reatância Indutiva XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Reatância Capacitiva XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Impedância Equivalente Algeb→ Polar→
Fator de Potência XXXXXXXXXXXXXXXXX
Tensão da fonte (127V) XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Corrente Elétrica total (127V)
Tensão no Resistor XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Tensão no Capacitor XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Tensão no Indutor XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Corrente Elétrica no resistor
Corrente Elétrica no Capacitor
Corrente Elétrica no Indutor
Potência Aparente XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Potência Ativa XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Potência Reativa XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Tabela
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES: (PODE SER UTILIZADO O VERSO DESTA FOLHA)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
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.
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.
.
.
.
.
134
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
SISTEMAS TRIFÁSICOS:
O sistema trifásico foi criado em 1890 por Nikola Tesla, um cientista de origem sérvia, e passou a ser
utilizado em 1896. Suas vantagens em relação ao sistema monofásico são:
- entre motores e geradores do mesmo tamanho, os trifásicos têm maior potência que os
monofásicos;
- as linhas de transmissão trifásicas empregam menos material que as monofásicas para
transportarem a mesma Potência elétrica;
- os motores elétricos trifásicos podem partir sem sistema auxiliar, o que não acontece com os
motores monofásicos comuns;
- o circuitos trifásicos proporcionam flexibilidade na escolha das tensões aplicadas sobre a carga e
também podem ser utilizados para alimentar cargas monofásicas, utilizando-se o neutro.
Um sistema trifásico é chamado assim por permitir simultaneamente a utilização de três fases, além
do neutro. As ondas geradas em um sistema trifásico estão defasadas de 120°, ou seja: a onda de tensão da fase
A está 120° defasada da onda de tensão da fase B, a onda de tensão da fase B está 120° defasada da onda de
tensão da fase C, conforme indica a figura abaixo:
Devido à existência dessa defasagem de 120° entre as Tensões em cada um das fases, também
ocorrerá uma defasagem entre as correntes elétricas que circulam por cada uma das fases. Isso se constitui numa
vantagem, por exemplo, para o funcionamento de um motor elétrico. Um motor elétrico monofásico necessita de
um sistema auxiliar de partida para provocar a defasagem entre a Tensão e a Corrente elétrica, o que eleva o seu
custo de construção e manutenção. Já num motor elétrico trifásico, o próprio sistema de alimentação já
proporciona essa defasagem, eliminando a necessidade de um sistema auxiliar de partida.
Para uma instalação elétrica (residencial, industrial, etc), o sistema trifásico apresenta a vantagem de
permitir uma melhor distribuição de carga entre as fases. Assim, pode-se distribuir de maneira mais uniforme a
demanda de Potência Elétrica necessária ao bom funcionamento da instalação.
Em Sistemas Trifásicos, as formas mais comuns para realizar a ligação de cargas é a Ligação em
Estrela (Ү) e a Ligação em Triângulo (∆). Dependendo dos equipamentos a serem instalados, das suas
características nominais e de características de funcionamento, pode-se utilizar uma ou outra dessas ligações.
TENSÃO DE LINHA: VL
Para um sistema trifásico qualquer, chama-se de Tensão de Linha a toda Tensão que é medida
diretamente entre duas fases quaisquer (VL = VAB , VBC ou VCA).
TENSÃO DE FASE: VF
Para um sistema trifásico qualquer, chama-se de Tensão de Fase a toda Tensão que é medida
diretamente entre qualquer uma das fases e o Neutro (VF = VAN , VBN ou VCN).
VCA VAB
VAN
VCN VBN
VBC
135
Analisando a Figura, podemos perceber que existe uma defasagem de 30° entre as Tensões de Fase
e de Linha.
Aplicando conceitos de Matemática na figura, podemos concluir que a relação entre os módulos:
CORRENTE DE LINHA: iL
CORRENTE DE FASE: iF
É a corrente elétrica que percorre cada uma das impedâncias que compõe a carga conectada ao
sistema trifásico.
LIGAÇÃO EM ESTRELA: Ү
iA
iA ZA
iN
iB
ZB ic ZC
iB
iC
Na Ligação em Estrela, além da três fases, pode-se utilizar o Neutro na ligação da carga. Em geral, a
utilização do neutro na ligação proporciona ao sistema trifásico uma melhor proteção contra eventuais curtos-
circuitos, tornando esta ligação mais segura para as pessoas e para os equipamentos (quando comparada com a
Ligação em Triângulo).
Nesta ligação, o neutro também pode (ou não) ser aterrado (ou seja, conectado à Terra).
Como as Tensões de Linha são as Tensões entre duas fases quaisquer, podemos chamar as Tensões
de Linha por: VAB , VBC, VCA.
Como as Tensões de Fase são as Tensões entre qualquer uma das fases e o Neutro, podemos
chamar as Tensões de Fase por: VAN , VBN , VCN.
Na ligação trifásica em Estrela, as correntes elétricas que circulam pelas impedâncias são iguais as
correntes que circulam pelos condutores, entre o gerador e as cargas. Assim, temos que a Corrente Elétrica de
Fase é igual à Corrente Elétrica na linha. Então: iF = iL
136
LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO: ∆
LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO: ∆
iA
VAB iAB iCA
Z Z
Z
iB VCA iBC
VBC
iC
Na Ligação em Triângulo, não se pode utilizar o Neutro na ligação da carga. Por este motivo, a
Tensão de Linha será igual a Tensão de Fase. Assim: VL = VF
Como as Tensões de Linha são as Tensões entre duas fases quaisquer, podemos chamar as Tensões
de Linha por: VAB , VBC, VCA.
Como as Tensões de Fase são iguais as Tensões de Linha, temos: VAB , VBC , VCA.
Na ligação trifásica em Triângulo, as correntes de linha são as correntes elétricas que circulam pelos
condutores entre o gerador e as cargas. Assim, podemos chamar as correntes de linha: iA , iB, iC
Na ligação trifásica em Triângulo, as correntes que circulam pelas impedâncias são as correntes de
fase. Assim, podemos chamar as correntes de fase: iAB , iBC, iCA
Na ligação em triângulo, a relação entre os módulos das correntes de linha e de fase é calculada
utilizando:
SEQÜÊNCIA DE FASES:
É de grande importância definir corretamente a ordem da seqüência de fase para poder proceder com
os cálculos das tensões e correntes no circuito. Na prática, a ordem da seqüência de fase deve ser devidamente
observada para eventuais associações de geradores (mais de um gerador trabalhando simultaneamente), sentido
de rotação do motor elétrico trifásico, etc.
No alternador trifásico, os módulos das Tensões são iguais (em valor absoluto) para cada uma das
fases. Porém, as Tensões encontram-se defasadas de 120° entre si, obedecendo a uma Seqüência de Fase, de
acordo com a disposição dos enrolamentos (bobinas) no induzido e o sentido giratório do indutor (rotor). Assim, as
três tensões citadas acima não alcançam seus valores máximos no mesmo instante, mas sim, numa seqüência
definida como Seqüência Positiva ou Seqüência Negativa:
As três Tensões são defasadas de 120° entre si e isso se deve ao fato que os três enrolamentos do
gerador trifásico, responsáveis por cada uma das três tensões, estão defasados fisicamente de 120°.
Para definir uma seqüência qualquer como Positiva deve-se reescrever a seqüência dada e verificar a
presença do termo A B C, nesta ordem. Se isto ocorrer, a seqüência será determinada como Positiva (ou direta).
Pode-se tomar qualquer tensão como referência e acrescentar 120° ao ângulo da Tensão seguinte,
137
conforme a ordem da seqüência de fases.
Vamos convensionar que os fasores que representam as Tensões de Linha e de Fase girem no
sentido anti-horário. Após isso, observe a figura abaixo:
N
VCN VBN
VBC
Essa ordem deverá ser levada em conta na resolução de problemas, pois as Tensões apresentarão
ângulos e defasagens que precisarão obedecer a essa ordem.
Com a seqüência de fases, se soubermos o valor do módulo e do ângulo de uma das Tensões, é
possível determinar os ângulos das outras Tensões do sistema trifásico em questão.
EXEMPLO:
Considere um sistema trifásico onde a Tensão VAN = 127 І 0° V. Considerando a seqüência Positiva,
calcule o valor das outras Tensões de Fase.
As três Tensões são defasadas de 120° entre si e isso se deve ao fato que os três enrolamentos do
gerador trifásico, responsáveis por cada uma das três tensões, estão defasados fisicamente de 120°.
Para definir uma seqüência qualquer como Negativa deve-se reescrever a seqüência dada e verificar
a presença do termo C B A, nesta ordem. Se isto ocorrer, a seqüência será determinada como Negativa (ou
indireta).
Pode-se tomar qualquer tensão como referência e acrescentar 120° ao ângulo da tensão seguinte,
conforme a ordem da seqüência de fases.
Vamos convensionar que os fasores que representam as Tensões de Linha e de Fase girem agora no
sentido horário. Após isso, observe a figura abaixo:
138
Seqüência Negativa (-) ou CBA:
N
VCN VBN
VBC
C B
Essa ordem deverá ser levada em conta na resolução de problemas, pois as Tensões apresentarão
ângulos e defasagens que precisarão obedecer a essa ordem.
EXEMPLO:
Considere um sistema trifásico onde a Tensão VAN = 127 І 0° V. Considerando a seqüência Negativa,
calcule o valor das outras Tensões de Fase.
Chamamos de Sistema Trifásico Equilibrado a todo sistema trifásico cuja impedância é igual
simultaneamente nas três fases. Se a impedância conectada a cada uma das fases é a mesma (ZA = ZB = ZC), as
correntes elétricas apresentarão intensidades (módulos) iguais entre si.
POTÊNCIA ATIVA: P
Representa a Potência elétrica que é efetivamente convertida em Trabalho pelo sistema trifásico.
Pode ser calculada multiplicando-se por três a Potência Ativa de uma das fases. Assim, se utilizarmos as Tensões
e Correntes de Fase, podemos escrever:
139
Se utilizarmos as Tensões e Correntes de Linha, podemos escrever:
Representa a Potência elétrica que é consumida por Capacitores e/ou Indutores. Essa Potência não é
convertida em Trabalho pelo sistema trifásico. Pode ser calculada multiplicando-se por três a Potência Reativa de
uma das fases. Assim, se utilizarmos as Tensões e Correntes de Fase, podemos escrever:
POTÊNCIA APARENTE: S
Representa a vetorialmente a soma da Potência Ativa e da Potência Reativa consumidas pelo
sistema trifásico. Seu módulo pode ser calculado utilizando:
Z A = ZB = ZC = Z
iA
iA ZA
iN
iB
ZB ic ZC
iB
iC
140
PROPRIEDADES:
- como o Neutro está sendo utilizado, as Tensões aplicadas as Impedâncias são as Tensões de Fase
(VAN, VBN, VCN);
- as correntes de linha são iguais as correntes de fase (iA, iB, iC);
- as correntes de fase (e as de linha também) podem ser calculadas utilizando a primeira Lei de Ohm.
Assim:
iA = VAN iB = VBN iC = VCN
ZA ZB ZC
- se aplicarmos as Leis de Kirchhoff, é fácil perceber que a corrente no Neutro (iN) pode ser obtida
através da soma das correntes de fase. Aliás, como o sistema é equilibrado, a corrente elétrica no neutro deve ser
igual a zero. Assim:
iN = iA + iB + iC = 0
1) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 10 І45° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VAN = 120 І 30° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
141
e) as Correntes de Linha;
DADOS: Na ligação em Estrela (Ү), podemos calcular as correntes de linha utilizando:
VAN = 120 І 30° V
VBN = 120 І 270° V iA = VAN iB = VBN iC = VCN
VCN = 120 І 150° V Z Z Z
Z = 10 І 45° Ω
Assim, podemos calcular:
iN = iA + iB + iC
iN = ( 0 + j 0) A
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é Positivo, o Fator de Potência é indutivo. Se o ângulo da Impedância fosse Negativo,
o Fator de Potência seria Capacitivo.
P= 3 .(207,846).(12).(0,707)
P = 3054,239 W
142
O módulo da Potência Reativa consumida da rede pode ser calculada utilizando:
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(207,846).(12).(sen 45,009°)
Q= 3 .(207,846).(12).(0,707)
S = P ± jQ
S = (3054,239 + j 3054,239)
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(207,846).(12)
S = 4319,998 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 45°. Assim:
CUIDADO: os dois valores apresentados estão corretos, apesar de apresentarem uma diferença bem pequena. A pequena
diferença entre os valores obtidos nos dois resultados deve-se ao uso do arredondamento com três casas decimais. Se
usássemos os valores calculados sem arredondamento, os valores obtidos seriam totalmente iguais.
2) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 10 І 20° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VCN = 120 І 40° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
143
d) as Tensões de Linha (módulos e ângulos);
DADOS: Levando-se em conta a seqüência
Vamos considerar a Tensão VCN
Positiva e partindo de VCN, a Assim:
Z = 10 І 20° Ω como referência. Conforme já foi
VCN = 120 І 40° V → dito anteriormente, existe uma → primeira Tensão de Linha a → ↓
Seq. Positiva “aparecer” na seqüência é a VCA = 207,846 І 40° + 30°
defasagem de 30° entre as
Tensão VCA. Assim, basta escrever
Tensões de Fase e de Linha nesse
o seu módulo e acrescentar 30° VCA = 207,846 І 70° V
sistema.
ao ângulo de VCN.
e) as Correntes de Linha;
DADOS: Na ligação em Estrela (Ү), podemos calcular as correntes de linha utilizando:
VAN = 120 І 280° V
VBN = 120 І 160° V iA = VAN iB = VBN iC = VCN
VCN = 120 І 40° V Z Z Z
Z = 10 І 20° Ω
Assim, podemos calcular:
iN = iA + iB + iC
iN = ( 0,001 - j 0,001) A
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é Positivo, o Fator de Potência é indutivo. Se o ângulo da Impedância fosse Negativo,
o Fator de Potência seria Capacitivo.
144
h) a Potência Ativa Trifásica;
DADOS: O módulo da Potência Ativa consumida da rede pode ser calculada utilizando:
VL = 207,846 V
iL = 12 A
cos φ = 0,940 P= 3 .VL.iL.cos φ
P= 3 .(207,846).(12).(0,940)
P = 4060,798 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(207,846).(12).sen (19,948°)
Q= 3 .(207,846).(12).(0,341)
DADOS: Como vimos anteriormente, a Potência Aparente Trifásica pode ser obtida
P = 3054,238W através da soma, em termos complexos, das Potências Ativa e Reativa Trifásicas
Q = 3054,238 v.a.r. do sistema. Assim:
S = P ± jQ
S = (4060,798 + j 1473,119)
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(207,846).(12)
S = 4319,998 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 20°. Assim:
CUIDADO: os dois valores apresentados estão corretos, apesar de apresentarem uma diferença bem pequena. A pequena
diferença entre os valores obtidos nos dois resultados deve-se ao uso do arredondamento com três casas decimais. Se
usássemos os valores calculados sem arredondamento, os valores obtidos seriam totalmente iguais.
3) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 20 І 15° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VBN = 220 І 0° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
145
a) as outras Tensões de Fase (módulos e ângulos);
d) as Correntes de Linha;
DADOS: Na ligação em Estrela (Ү), podemos calcular as correntes de linha utilizando:
VAN = 220 І 240° V
VBN = 220 І 0° V iA = VAN iB = VBN iC = VCN
VCN = 220 І 120° V Z Z Z
Z = 20 І 15° Ω
Assim, podemos calcular:
146
e) a corrente elétrica no Neutro;
DADOS: Se aplicarmos As Leis de Kirchhoff para a Ligação em Estrela, temos que
iA = ( - 7,778 – j 7,778) A a corrente elétrica que circula no Neutro (iN) é igual à soma, em termos
iB = ( 10,625 - j 2,847) A complexos, das correntes elétricas que circulam pelas impedâncias.
iC = ( - 2,847 + j 10,625) A Assim:
iN = iA + iB + iC
iN = ( 0 + j 0) A
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é Positivo, o Fator de Potência é indutivo. Se o ângulo da Impedância fosse Negativo,
o Fator de Potência seria Capacitivo.
P= 3 .(381,051).(11).(0,966)
P = 7013,157 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(381,051).(11).sen (14,984°)
Q= 3 .(381,051).(11).(0,259)
S = 7013,157 + j 1880,339)
147
ATENÇÃO: a Potência Aparente trifásica também pode ser calculada utilizando-se:
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(381,051).(11)
S = 7259,997 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 20°. Assim:
CUIDADO: os dois valores apresentados estão corretos, apesar de apresentarem uma diferença bem pequena. A pequena
diferença entre os valores obtidos nos dois resultados deve-se ao uso do arredondamento com três casas decimais. Se
usássemos os valores calculados sem arredondamento, os valores obtidos seriam totalmente iguais.
4) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 5,500 І 100° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VBC = 219,970 І 110° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
VF = 127V ↓
↓ ↓ ↓ ↓ ↓
148
Partindo agora de VCN, se Como num sistema trifásico as
Assim:
considerarmos a Seqüência Tensões de Linha estão todas
→ Negativa (pg 139), a próxima → defasadas de 120° entre si, para → VAN = 127 І 260° + 120°
Tensão de Fase que aparece no sabermos o ângulo de VAN basta
sentido horário é a Tensão VAN. somarmos 120° da defasagem ao
VAN = 127 І 380° V
ângulo já existente em VCN.
ATENÇÃO: da matemática, o ângulo de 380° equivale a uma volta completa (360°) mais 20°. Assim, o ângulo de 380°
pode ser escrito apenas como 20°, que seria o seu ângulo equivalente, portanto:
VAN = 127 І380° V é equivalente (ou igual) a escrevermos VAN = 127 І 20° V
d) as Correntes de Linha;
DADOS: Na ligação em Estrela (Ү), podemos calcular as correntes de linha utilizando:
VAN = 127 І 380° V
VBN = 127 І 140° V iA = VAN iB = VBN iC = VCN
VCN = 127 І 260° V Z Z Z
Z = 5,500 І 100° Ω
Assim, podemos calcular:
iN = iA + iB + iC
iN = ( 0,001 + j 0,001) A
DADOS: Para cargas equilibradas como esta, o fator de Potência é obtido através do cosseno do ângulo da Impedância.
Z = 5,500 І 100° Ω
F.P. = cos φ
F.P. = cos 100°
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é Positivo, o Fator de Potência é Indutivo. Se o ângulo da Impedância fosse Negativo,
o Fator de Potência seria Capativo.
149
g) a Potência Ativa Trifásica;
DADOS: O módulo da Potência Ativa consumida da rede pode ser calculada utilizando:
VL = 219,971 V
iL = 23,091 A
cos φ = - 0,174 P= 3 .VL.iL.cos φ
P= 3 .(219,971).(23,091).(- 0,174)
P = - 1530,799 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(219,971).(23,091). (0,985)
S = (- 1530,799 + j 8665,728)
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(219,979).(23,091)
S = 8798,013 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 100°. Assim:
CUIDADO: os dois valores apresentados estão corretos, apesar de apresentarem uma diferença bem pequena. A pequena
diferença entre os valores obtidos nos dois resultados deve-se ao uso do arredondamento com três casas decimais. Se
usássemos os valores calculados sem arredondamento, os valores obtidos seriam totalmente iguais.
150
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
PROBLEMAS PROPOSTOS:
1) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 25,400 І 80° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VAN = 127 І 60° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
d) as Correntes de Linha;
iA = 5 І - 20° A → iA = (4,698 - j 1,710) A
iB = 5 І 220° A → iB = (- 3,830 - j 3,214) A
iC = 5 І 100° A → iC = (- 0,868 + j 4,924) A
2) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 5 І 0° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VCN = 220 І 90° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
151
d) as Correntes de Linha;
iA = 44 І 330° A → iA = (38,105 - j 22,000) A
iB = 44 І 210° A → iB = (- 38,105 - j 22,000) A
iC = 44 І 90° A → iC = ( 0,000 + j 44,000) A
3) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 63,509 І 45° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VBN = 127,017 І 100° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
d) as Correntes de Linha;
iA = 2 І 295° A → iA = (0,845 - j 1,813) A
iB = 2 І 55° A → iB = ( 1,147 + j 1,638) A
iC = 2 І 175° A → iC = (- 1,992 + j 0,174) A
152
4) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 11 І 145° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VCA = 381,051 І 110° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
d) as Correntes de Linha;
5) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 30 І - 60° Ω por fase é ligada em Estrela (Ү) a um sistema
trifásico onde VAN = 127 І 25° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
d) as Correntes de Linha;
iA = 4,233 І 85° A → iA = (0,369 + j 4,217) A
iB = 4,233 І 205° A → iB = (- 3,836 - j 1,789) A
iC = 4,233 І 325° A → iC = ( 3,467 - j 2,428) A
153
f) o Fator de Potência da Carga;
P = 806,385 W
154
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
REATÂNCIA CAPACITIVA: jxC
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A), a diferença de Potencial aplicada as
placas do Capacitor faz com que uma corrente elétrica circule pelo capacitor. A intensidade dessa Corrente
Elétrica é limitada pela Reatância Capacitiva do Capacitor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
jxC = -
(2.π.f.C
1
) , onde: jxC = Reatância Capacitiva (Ω);
π = Número pi (3,14.......)
f = Freqüência da Tensão Elétrica aplicada ao Capacitor (Hz);
C = Capacitância do Capacitor (F).
SISTEMAS TRIFÁSICOS:
Os sistemas de geração de energia elétrica alternada de grande Potência geralmente são trifásicos.
Dessa maneira, deseja-se que a distribuição e o consumo de energia elétrica apresente um certo equilíbrio entre o
consumo de Potência em cada uma das fases, o que torna bastante viável a ligação de cargas consumidoras
simultaneamente nas três fases (A, B e C).
Uma das maneiras de se conectar uma carga simultaneamente nas três fases é a chamada Ligação
em Estrela (Ү). Nela, temos a vantagem de poder ou não conectar o neutro ao sistema, o que possibilita ligar o
sistema a duas tensões diferentes (Tensão de Fase ou Tensão de Linha), conforme as necessidades e
especificações de tensão nominal da carga.
Chamamos de Tensão de Fase (VF) à Tensão Elétrica medida entre uma Fase qualquer e o Neutro
(VAN, VBN, VCN).
Chamamos de Tensão de Linha (VL) à Tensão Elétrica medida entre duas Fases quaisquer (VAB,
VBC, VCA).
A relação entre a Tensão de Linha e a Tensão de Fase é dada por: VL = 3 .VF
155
ESQUEMA DE MONTAGEM:
R = 180Ω
, onde:
C = 10µF
PROCEDIMENTOS:
- primeiramente, tome todo o cuidado durante a aula prática para evitar acidentes e danos aos
equipamentos/instrumentos;
- ANTES de iniciar qualquer procedimento, verifique visualmente os componentes a serem
manuseados para certificar-se de que não existem rebarbas, pontas afiadas ou fios descascados que poderão
causar acidentes;
- caso encontre algo que possa causar acidentes/ferimentos, suspenda imediatamente os
procedimentos e avise seu professor;
- realize, com cuidado e atenção, todas as conexões elétricas indicadas no esquema de montagem.
Elas devem ser feitas uma a uma, para evitar confusões, ligações incorretas ou com mau-contato;
- dentre os resistores e os capacitores recebidos, escolha aleatoriamente um resistor e um capacitor
para comporem a Impedância A e os separe. Faça o mesmo para as Impedâncias B e C;
- utilizando o Multímetro na Escala de Resistência, meça a Resistência Elétrica de cada um dos
Resistores e anote o valor na Tabela;
- o valor da Reatância Capacitiva dos capacitores já foi determinado em outra aula prática e será aqui
utilizado. Vamos considerar que os capacitores sejam absolutamente idênticos ao já utilizado para poupar tempo.
A sua Reatância Capacitiva já está anotada na Tabela;
- utilizando o valor da Resistência do Resistor A e da Reatância Capacitiva do Capacitor A, calcule a
Impedância A (ZA) e anote este valor na Tabela, na forma Polar e na Forma Algébrica. Faça o mesmo para a
Impedância B (ZB) e para a Impedância C (ZC);
- sem ligar o circuito à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o
Esquema de Montagem. Não esqueça de conectar o neutro às cargas também;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- meça a Tensão entre A Fase a e o neutro, ou seja, VAN. Anote o valor na Tabela. Considere que esta
Tensão está na sua referência e, portanto, ela possuirá um ângulo de 0º;
- considerando a Seqüência Positiva (sentido anti-horário), meça a Tensão entre a Fase C e o
neutro, ou seja, VCN. Anote o valor na Tabela, com o seu respectivo ângulo;
- considerando ainda a Seqüência Positiva (sentido anti-horário), meça a Tensão entre a Fase B e o
neutro, ou seja, VBN. Anote o valor na Tabela, com o seu respectivo ângulo;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases A e B (VAB) e anote o valor na Tabela, com o seu respectivo
ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto. Anote esse
valor na Forma Algébrica;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases C e A (VCA) e anote o valor na Tabela, com o seu respectivo
ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto. Anote esse
valor na Forma Algébrica;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases B e C (VBC) e anote o valor na Tabela, com o seu respectivo
ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto. Anote esse
valor na Forma Algébrica;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada, tomando o cuidado de conectar corretamente as fases
A, B e C conforme a ordem já estabelecida, juntamente com o neutro;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica na Linha A (iA);
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
156
- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula na linha
A (iA) e anote esse valor na Tabela, coluna do meio;
- Desligue o disjuntor da Régua;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica na Linha B (iB);
- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula na linha
B (iB) e anote esse valor na Tabela, coluna do meio;
- Desligue o disjuntor da Régua;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica na Linha C (iC);
- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula na linha
C (iC) e anote esse valor na Tabela, coluna do meio;
- Desligue o disjuntor da Régua;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica no neutro (iN);
- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula no
Neutro (iN) e anote esse valor na Tabela, coluna do meio. Se tudo correu bem, esse valor deve ser igual a zero ou muito
próximo disso;
- desligue o disjuntor da régua;
ATENÇÃO: CUIDADO: o resistor ainda estará quente! Evite acidentes!
- calcule a intensidade da corrente elétrica na linha A (iA) e anote esse valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade da corrente elétrica na linha B (iB) e anote esse valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade da corrente elétrica na linha C (iC) e anote esse valor na Tabela, coluna da direita;
- calcule a intensidade da corrente elétrica no neutro (iN) e anote esse valor na Tabela, coluna da direita. Se tudo
correu bem, esse valor deve ser igual a zero ou muito próximo disso;
- compare os valores medidos de corrente elétrica nas fases A, B, C e no neutro com os valores calculados. Se
tudo correu bem, todos esses valores devem próximos entre si;
- se não forem necessárias novas medições, desconecte todo o material e o devolva ao almoxarifado para que
seja guardado em seu lugar;
- escreva as conclusões obtidas pela equipe após a realização da experiência.
157
ANÁLISE DOS DADOS E CONCLUSÕES: (PODE SER UTILIZADO O VERSO DESTA FOLHA)
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158
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
Nessa Ligação em estrela, as impedâncias que serão conectadas a cada uma das fases são iguais
entre si. Isso significa que:
Z A = ZB = ZC = Z
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
PROPRIEDADES:
- como o Neutro NÂO está sendo utilizado, as Tensões aplicadas as Impedâncias são as Tensões de
Linha (VAB, VBC, VCA). Também, nessa ligação as Tensões de Linha são iguais as Tensões de Fase;
- as correntes de Fase são aquelas que circulam pelas impedâncias (iAB, iBC, iCA). Podem ser
calculadas utilizando a primeira Lei de Ohm. Assim:
- a relação entre os módulos das correntes de Linha e de Fase na Ligação em triângulo pode ser
calculada utilizando-se:
- para calcularmos as correntes de Linha, basta aplicarmos a Lei de Kirchhoff para cada um dos nós
apresentados no esquema acima. Assim, temos:
Para o nó A, temos: Para o nó B, temos: Para o nó C, temos:
∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem
PROBLEMAS:
1) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 10 І 20° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um sistema
trifásico onde VCA = 220 І 50° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
159
a) as outras Tensões de Linha (módulos e ângulos);
iAB = 220 І 170° - 20° iBC = 220 І 290° - 20° iCA = 220 І 50° - 20°
10 10 10
∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem
iA = (- 19,053 + j 11,000) – (19,053 + j 11,000) iB = (0,000 - j 22,000) – (- 19,053 + j 11,000) iC = (19,053 + j 11,000) – ( 0,000 - j 22,000)
iA = (- 19,053 – 19,053) + j (11,000 – 11,000) iB = (0,000 + 19,053) + j (- 22,000 - 11,000) iC = (19,053 - 0,000) + j (11,000 + j 22,000)
DADOS: Para cargas equilibradas como esta, o fator de Potência é obtido através do cosseno do ângulo da Impedância.
Z = 10 І 20° Ω
F.P. = cos φ
F.P. = cos 20°
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é Positivo, o Fator de Potência é Indutivo. Se o ângulo da Impedância fosse Negativo,
o Fator de Potência seria Capativo.
160
e) a Potência Ativa Trifásica;
DADOS: O módulo da Potência Ativa consumida da rede pode ser calculada utilizando:
VL = 220 V
iL = 38,105 A
cos φ = 0,940 P= 3 .VL.iL.cos φ
P= 3 .(220).(38,105).(0,940)
P = 13648,758 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(220).(38,105). (0,341)
S = (13648,758 + j 4951,305)
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(220).(38,105)
S = 14519,955 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 20°. Assim:
CUIDADO: os dois valores apresentados estão corretos, apesar de apresentarem uma diferença bem pequena. A pequena
diferença entre os valores obtidos nos dois resultados deve-se ao uso do arredondamento com três casas decimais. Se
usássemos os valores calculados sem arredondamento, os valores obtidos seriam totalmente iguais.
2) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 40 І 0° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um sistema
trifásico onde VAB = 220 І 0° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
161
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem
iA = (5,500 + j 0,000) – (- 2,750 - j 4,763) iB = (- 2,750 + j 4,763) – (5,500 + j 0,000) iC = (- 2,750 – j 4,763) – (- 2,750 + j 4,763)
iA = [5,500 – (- 2,750) ] + j [ 0,000 – (- 4,763) ] iB = (- 2,750 – 5,500) + j (4,763 - 0,000) iC = [- 2,750 – (- 2,750)] + j (- 4,763 – 4,763)
162
d) o Fator de Potência da carga;
DADOS: Para cargas equilibradas como esta, o fator de Potência é obtido através do cosseno do ângulo da Impedância.
Z = 40 І 0° Ω
F.P. = cos φ
F.P. = cos 0°
F.P. = 1 resistivo
ATENÇÃO: como o ângulo da Impedância é igual a zero, o Fator de Potência é igual a 1. Assim, a impedância não apresenta
indutores nem capacitores, pois é composta apenas por resistores. Assim, o Fator de Potência é Resistivo.
P= 3 .(220).(9,526).(1)
P = 3629,894 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(220).(9,526).sen (0°)
Q= 3 .(220).(9,526) .0
Q = 0 v.a.r. indutivo
S = (3629,894 + j 0)
S = 3629,894 І 0° V.A.
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(220).(9,526)
S = 3629,894 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 0°. Assim:
S = 3629,894 І 0° V.A.
163
3) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 110 І 30° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um sistema
trifásico onde VBC = 220 І 30° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
iAB = 220 І 150° - 30° iBC = 220 І 30° - 30° iCA = 220 І 270° - 30°
110 110 110
∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem ∑correntes q chegam = ∑correntes que saem
iA = (- 1,000 + j 1,732) – (- 1,000 - j 1,732) iB = (2,000 + j 0,000) – (- 1,000 + j 1,732) iC = (- 1,000 – j 1,732) – ( 2,000 + j 0,000)
iA = [- 1,000 – (- 1,000) ] + j [ 1,732 – (- 1,732)] iB = [2,000 – (- 1,000)] + j (0,000 – 1,732) iC = (- 1,000 – 2,000) + j (- 1,732 + 0,000)
164
d) o Fator de Potência da carga;
DADOS: Para cargas equilibradas como esta, o fator de Potência é obtido através do cosseno do ângulo da Impedância.
Z = 110 І 30° Ω
F.P. = cos φ
F.P. = cos 30°
P= 3 .(220).(3,464).(0,866)
P = 1143,086 W
Q= 3 .VL.iL.sen φ
Q= 3 .(220).(3,464). (0,500)
S = (1143,086 + j 659,981)
S= 3 .VL.iL
S= 3 .(220).(3,464)
S = 1319,961 V.A.
O ângulo da Potência Aparente é numericamente igual ao ângulo da Impedância do sistema, que nesse caso é de 30°. Assim:
165
PROBLEMAS PROPOSTOS:
1) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 22 І 80° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um sistema
trifásico onde VAB = 220 І 60° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
2) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 19 І 60° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um sistema
trifásico onde VBC = 380 І - 30° V. Considerando a seqüência Negativa, calcule:
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
166
b) as Correntes de Fase (iAB, iBC, iCA);
iAB = 20 І 150° A → (- 17,321 + j 10,000) A
iBC = 20 І - 90° A → (0,000 - j 20,000) A
iCA = 20 І 30° A → (17,321 + j 10,000) A
3) Uma carga trifásica equilibrada de impedância Z = 4,400 І 45° Ω por fase é ligada em Triângulo (∆) a um
sistema trifásico onde VCA = 220 І 120° V. Considerando a seqüência Positiva, calcule:
iA A
iAB iCA
Z Z
iB
Z
B iBC C
iC
φ = 45,009°
Q = 23330,854 v.a.r. indutivo
167
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE
MATERIAIS UTILIZADOS:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Quando conectado a uma fonte de Corrente Alternada (C.A), a diferença de Potencial aplicada as
placas do Capacitor faz com que uma corrente elétrica circule pelo capacitor. A intensidade dessa Corrente
Elétrica é limitada pela Reatância Capacitiva do Capacitor (medida em ohms), que pode ser assim calculada:
jxC = -
( 2.π.f.C
1
) , onde: JxC = Reatância Capacitiva (Ω);
π = Número pi (3,14.......)
f = Freqüência da Tensão Elétrica aplicada ao Capacitor (Hz);
C = Capacitância do Capacitor (F).
SISTEMAS TRIFÁSICOS:
Os sistemas de geração de energia elétrica alternada de grande Potência geralmente são trifásicos.
Dessa maneira, deseja-se que a distribuição e o consumo de energia elétrica apresente um certo equilíbrio entre o
consumo de Potência em cada uma das fases, o que torna bastante viável a ligação de cargas consumidoras
simultaneamente nas três fases (A, B e C).
Uma das maneiras de se conectar uma carga simultaneamente nas três fases é a chamada Ligação
em TRIÂNGULO (∆). Nela, não podemos conectar o neutro ao sistema, o que significa que temos de ligar o
sistema a apenas uma Tensão disponível que é a Tensão de Linha.
Chamamos de Tensão de Linha (VL) à Tensão Elétrica medida entre duas Fases quaisquer (VAB,
VBC, VCA).
Ao resolvermos um problema envolvendo um sistema trifásico, podemos considerar a Seqüência de
Fases como sendo Positiva ou Negativa. Se a considerarmos como Positiva, devemos utilizar o sentido anti-
horário para determinar as Tensões de Fase ou Linha, a partir de uma Tensão de Referência escolhida. Se a
considerarmos com Negativa, devemos utilizar o sentido horário. Ambas as seqüências devem tomar como
referência a figura abaixo:
168
ESQUEMA DE MONTAGEM:
R = 180Ω
iAB iCA
Z Z , onde:
iB C = 10µF
Z
B iBC C
iC
PROCEDIMENTOS:
- primeiramente, tome todo o cuidado durante a aula prática para evitar acidentes e danos aos
equipamentos/instrumentos;
- ANTES de iniciar qualquer procedimento, verifique visualmente os componentes a serem
manuseados para certificar-se de que não existem rebarbas, pontas afiadas ou fios descascados que poderão
causar acidentes;
- caso encontre algo que possa causar acidentes/ferimentos, suspenda imediatamente os
procedimentos e avise seu professor;
- realize, com cuidado e atenção, todas as conexões elétricas indicadas no esquema de montagem.
Elas devem ser feitas uma a uma, para evitar confusões, ligações incorretas ou com mau-contato;
- dentre os resistores e os capacitores recebidos, escolha aleatoriamente um resistor e um capacitor
para comporem a Impedância A e os separe. Faça o mesmo para as Impedâncias B e C;
- utilizando o Multímetro na Escala de Resistência, meça a Resistência Elétrica de cada um dos
Resistores e anote o valor na Tabela abaixo;
- o valor da Reatância Capacitiva dos capacitores já foi determinado em outra aula prática e será aqui
utilizado. Vamos considerar que os capacitores sejam absolutamente idênticos ao já utilizado para poupar tempo.
A sua Reatância Capacitiva já está anotada na Tabela abaixo;
- utilizando o valor da Resistência do Resistor A e da Reatância Capacitiva do Capacitor A, calcule a
Impedância A (ZA) e anote este valor na Tabela, na forma Polar e na Forma Algébrica. Faça o mesmo para a
Impedância B (ZB) e para a Impedância C (ZC);
- sem ligar o circuito à fonte de Corrente Alternada (tomada), realize as conexões elétricas conforme o
Esquema de Montagem. Não esqueça de conectar o neutro às cargas também;
- chame o professor e peça para que ele verifique se as conexões estão corretas;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases A e B (VAB) e anote o valor na Tabela abaixo, com o seu
respectivo ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto.
Anote esse valor na Forma Algébrica;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases C e A (VCA) e anote o valor na Tabela, com o seu respectivo
ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto. Anote esse
valor na Forma Algébrica;
- meça a Tensão de Linha entre as Fases B e C (VBC) e anote o valor na Tabela abaixo, com o seu
respectivo ângulo, que deve ser obtido conforme os conceitos abordados nas aulas teóricas sobre o assunto.
Anote esse valor na Forma Algébrica;
- ligue o circuito à fonte de Corrente Alternada, tomando o cuidado de conectar corretamente as fases
A, B e C conforme a ordem já estabelecida;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica na Linha A (iA);
ATENÇÃO: os instrumentos deverão estar posicionados em escalas adequadas às medições em questão (Voltímetro
na escala de 200 para 127V e de 750 para 220V e o Amperímetro na escala 20A, ambos para corrente Alternada).
CUIDADO: o resistor irá aquecer! Evite acidentes!
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- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula na linha
B (iB) e anote esse valor na Tabela abaixo, coluna do meio;
- Desligue o disjuntor da Régua;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica na Linha C (iC);
- Ligue o disjuntor existente na régua;
- utilizando o Amperímetro (ou Amperímetro Alicate), meça a intensidade da Corrente Elétrica que circula na linha
C (iC) e anote esse valor na Tabela abaixo, coluna do meio;
- Desligue o disjuntor da Régua;
- posicione o Amperímetro para medir a intensidade da corrente elétrica no neutro (iN);
- Ligue o disjuntor existente na régua;
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REFERÊNCIAS:
- GUSSOW, MILTON. Eletricidade Básica. 2ª Edição. Coleção Schaum. São Paulo. Pearson Makron Books. 1997.
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