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Sumário

Unidade I
Cargas elétricas em repouso

Eletrização. Força elétrica

Campo elétrico

Unidade II

Cargas elétricas em movimento

Corrente elétrica

Resistores

Associação de resistores

Medidas elétricas

Geradores elétricos

Receptores elétricos

Unidade III
Eletromagnetismo

Campo magnético

Força magnética

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Indução eletromagnética

Ondas eletromagnéticas

Introdução à Física moderna

Relatividade especial

Física Quântica

Física Nuclear

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UNIDADE I
Cargas elétricas em Repouso
1. Eletrização. Força elétrica

Eletrostática
A eletrostática (eletricidade estática) estuda situações em que há interação entre
cargas elétricas contidas em corpos fixos em relação a um referencial ou, no caso de corpos
em movimentos com a condição de o movimento relativo entre esses corpos ser nulo.
Eletricidade
A maioria dos materiais é eletricamente neutra, ou seja, não apresenta efeitos
elétricos. Porém teremos a oportunidade de verificar que existem meios de carregar
eletricamente um copo tornando-o eletrizado. No nosso cotidiano convivemos com vários
fatos reais que comprovam a existência da eletricidade estática. Em dias secos, por
exemplo, nosso corpo pode ficar carregado eletricamente ao caminharmos sobre um tapete.
Em dias assim, também é comum nosso cabelo ficar eletrizado ao nos pentearmos.
Carga elétrica
Será que os corpos da natureza possuem cargas elétricas?
Sim. Hoje a carga elétrica é vista como uma propriedade física fundamental, intrínseca a
todos os corpos, ligada à estrutura atômica e, portanto, dependente das partículas
fundamentais de cada átomo.
O comportamento elétrico dos materiais
Para entender o comportamento elétrico de um material, é importante relembrar
alguns conceitos estudados em Química, como o fato de os corpos serem constituídos por
uma grande quantidade de átomos ligados entre si.
No núcleo atômico, encontramos os prótons (carga positiva) e na eletrosfera, os
elétrons (carga negativa). Para que sejam eletricamente nêutrons, o número de cargas
positivas e negativas deve ser igual, porém é possível fazer com que um objeto fique com
falta ou excesso de elétrons.

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Quando isso acontece, dizemos que ele está eletricamente carregado ou
eletrizado. Se o material apresentar falta de elétrons, dizemos que está carregado
positivamente e, se estiver com excesso de elétrons, que está carregado negativamente.
Carga Elétrica
A carga elétrica é uma propriedade das partículas elementares que constituem um
átomo, Existem dois tipos de cargas elétricas:
Prótons: carga elétrica positiva ( + )
Elétrons: carga elétrica negativa ( - )
Os nêutrons não têm carga elétrica.
Um próton ou um elétron, tem uma carga elétrica igual a 1,6.10 -19 C

Quantidade de carga elétrica


A quantidade de carga elétrica de um próton é igual à de um elétron, exceto
pelo sinal. A unidade de carga elétrica no Sistema Internacional é o Coulomb ( C ),
uma homenagem ao francês Charles Augustin Coulomb ( 1736 – 1806). Essa unidade
representa uma grande quantidade de eletricidade. Por isso, geralmente usamos o
microcoulomb, que corresponde a 10-6 C.

1 microcoulomb = 1µC = 10-6 C.

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Observações:
Uma força de intensidade 9 .109 N, entre duas cargas elétricas de 1 C,
corresponde aproximadamente ao peso de um corpo de massa igual a 1 milhão de
toneladas. Em virtude disso, são muito utilizados os submúltiplos do Coulomb:

1 milicoulomb = 1 mC = 10-3 C
1 milicroulomb = 1 µC = 10-6 C
1 nanocoulomb = 1 nC = 10-9 C
1 picocoulomb = 1 pC = 10-12 C

A carga elétrica do próton foi denominada carga elétrica elementar e seu valor
é representado pelo símbolo e.
Experimentalmente, determinou-se o valor de carga elétrica elementar: e = 1,6 .10-
19C. Para um conjunto de n elétrons, dizemos que a quantidade de eletricidade Q
desse conjunto vale:

Q = - n.e

De mesmo modo, um conjunto de n prótons apresenta uma quantidade de


eletricidade vale:

Q = + n.e

xemplo
 Se um copo inicialmente neutro é eletrizado com uma carga Q = - 56 mC, quantos
elétrons ele recebeu nesse processo? Dado: e = 1,6. 10-19C.

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Princípio da Eletrostática
Princípio da Atração e Repulsão
 Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem
 Cargas elétricas de sinais diferentes se atraem

Princípio da conservação das cargas elétricas


Quando fazemos experiências com corpos eletrizados, tomamos o devido cuidado de
isolar cada um deles. Usamos um pedestal isolante e não tocamos nas esferas metálicas.
Desse modo, o nosso sistema não perderá cargas elétricas para o meio exterior e, durante a
experiência, a soma das cargas elétricas permanecerá constante. O contato entre dois ou
mais corpos favorecerá a troca de cargas elétricas entre eles, não alterando, porém o
somatório das cargas elétricas do sistema.
Tomemos como exemplo duas esferas de metal A e B eletrizadas inicialmente com
cargas elétricas + 12 e – 4, respectivamente, fazendo um contato entre elas, verificou – se
que as novas cargas elétricas de A e B tornaram-se + 5 e + 3, respectivamente.
Observemos que:
 O somatório das cargas elétricas de A e B antes do contato era ( +12 ) + (- 4)
=+8
 O somatório das cargas elétricas de A e B após o contato passou a ser.
(+ 5) + (+ 3) = + 8

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Corpos condutores e isolantes
Materiais condutores são aqueles que apresentam cargas elétricas móveis em sua
estrutura. Quando e eletriza uma região de um condutor, a carga em excesso se espalha por
todo o corpo. É o caso dos metais, do corpo humano e do solo.
Nos condutores metálicos, os elétrons mais afastados do núcleo estão fracamente
ligados ao mesmo e, quando sujeitos a força, mesmo de pequena intensidade, abandonam o
átomo e movem-se pelos espaços interatômicos, estes são os elétrons livres responsáveis
pela condução de eletricidade nos metais.

Materiais isolantes são aqueles que não apresentam cargas elétricas móveis em sua
estrutura. Nestes materiais os elétrons estão fortemente ligados aos respectivos núcleos.
Exemplos: vidros, mica, ebonite, borracha, plástico, etc.

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Corpos eletrizados
Normalmente, os átomos que constituem um corpo apresentam mesmo número de
prótons e elétrons. Neste caso é considerado eletricamente neutro. Se acrescentarmos ou
retiramos elétrons dos átomos, o corpo ficará eletrizado:
 Positivamente quando se retiram elétrons.
 Negativamente quando se acrescentam elétrons

Processos de eletrização
Eletrização por atrito
 Ao atritarmos entre si duas substâncias diferentes, elas se eletrizam com
cargas elétricas de sinais opostos. Isso se verifica com isolantes ou condutores
de eletricidade. Como por exemplo, atritarmos um pano de lã sobre um pedaço
de vidro. Este cederá elétrons para a lã e, desse modo, ficará eletrizado
positivamente, enquanto a lã, negativamente.

Conforme o material com que determinado objeto é atritado, ele pode se eletrizar
positivamente ou negativamente, dependendo de suas eletronegatividades. A seguir,
há uma lista de substâncias, organizada em ordem crescente de eletronegatividade,
chamadas de série triboelétrica.

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Eletrização por contato
 Para eletrizarmos um corpo metálico, podemos fazer uso de um outro corpo
previamente eletrizado, encostando um no outro. Se encostarmos uma esfera
de alumínio (neutra) em outra esfera de alumínio eletrizada negativamente,
haverá passagem de elétrons da esfera eletrizada para a esfera neutra e, ao
final, estarão ambas negativas. Na eletrização por contato os corpos ficarão
com cargas elétricas de mesmo sinal.

Eletrização por indução

 A presença de um corpo eletrizado (indutor) próximo a um condutor


eletricamente neutro, faz com que ocorra no segundo uma separação de
cargas positivas e negativas. Ligando-o a Terra, as cargas de mesmo sinal que
as do indutor são neutralizadas. Desfazendo-se a ligação, o corpo fica com
excesso de cargas de sinal contrário as do indutor.

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Força entre cargas elétricas puntiformes: lei de Coulomb

Define-se carga elétrica puntiforme como sendo o corpo eletrizado cuja


dimensões podem ser desprezadas em relação às distâncias que o separam de
outros corpos eletrizados.
Considere duas cargas eletrizadas puntiformes Q1 e Q2 separadas pela
distância d e situadas no vácuo. Entre elas ocorre atração, se tiverem sinais opostos,
ou repulsão, se tiverem mesmo sinal, com forças de mesma intensidade, mesma
direção e sentidos opostos, de acordo com o princípio da ação e reação.

A intensidade da força de ação mútua entre as cargas supostas no vácuo


depende da distância d entre as cargas e dos valores das cargas Q1 e Q2.

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A influência desses fatores foi determinada experimentalmente por Charles
Coulomb, que estabeleceu o seguinte enunciado, conhecido como lei de Coulomb:
A intensidade da força de ação mútua entre duas cargas elétricas puntiformes
é diretamente proporcional ao produto dos valores absolutos das cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.

Intensidade

F = Força elétrica
K = constante eletrostática
Q1 = carga elétrica
Q2 = carga elétrica
d = distância

Nessa fórmula Q1 e Q2, são tomadas em valor absoluto; seus sinais indicam se
a força é de atração ou de repulsão.
A constante de proporcionalidade depende do meio onde estão as cargas e do
sistema de unidades adotado. No caso do vácuo, é indicada por k o é denominada
constante eletrostática do vácuo ou simplesmente constante eletrostática.

Ko = 9 .109

Exemplo
 Dois corpos de dimensões desprezíveis têm massas iguais a 2 kg, estando
colocados no vácuo a 2 m um do outro. Cada um deles está eletrizado com
carga Q = 25µC. Calcule: a intensidade da força de atração eletrostática entre
as partículas .( Dado: K = 9.109 N.m2/C2).

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 Vamos relembrar o que aprendeu

1. Não é possível eletrizar uma barra metálica segurando-a com a mão, por que:
a) A barra metálica é isolante e o corpo humano é bom condutor.
b) A varra metálica é condutora e o corpo humano é isolante.
c) Tanto a barra metálica como o corpo humano são bons condutores.
d) A barra metálica é condutora e o corpo humano é semicondutor.

2. Quando um corpo exerce sobre o outro uma força de atração de origem elétrica,
podemos afirmar que:
a) Um corpo tem carga positiva e outro, carga negativa.
b) Pelos menos um deles está carregado eletricamente.
c) Um possui maior carga elétrica que o outro.
d) Os dois corpos são condutores.

3. “cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais contrários se atraem”.


Com base nesta lei, se fizermos as seguintes proposições:
I. Um próton atrai um elétron.
II. Um próton atrai um próton.
III. Um próton atrai um nêutron.
IV. Um próton repele um próton.
V. Um próton repele um elétron.

Podemos dizer que:


a) Apenas II e V estão corretas.
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b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.

4. Um corpo inicialmente neutro é eletrizado com carga Q = 32µC. Qual o número de


elétrons retirados do corpo?
a) 2.1014 elétrons
b) 7.1014 elétrons
c) 5.1014 elétrons
d) 4.1014 elétrons

5. Dois corpos de dimensões desprezíveis têm massas iguais a 2 kg, estando colocados
no vácuo a 4 m um do outro. Cada um deles está eletrizado com carga Q = 18 C.
Calcule: a intensidade da força de atração eletrostática entre as partículas. ( Dado: K
= 9.109 N.m2/C2).
a) 52 .109 N
b) 64 .109 N
c) 22.109 N
d) 12.109 N

2. Campo elétrico
Campo elétrico desempenha o papel de transmissor de interações entre cargas
elétricas
Campo de carga puntiforme: a carga Q, a fonte, gera um campo na sua vizinhança
cuja intensidade varia de acordo com a expressão:

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A direção do vetor E, no caso, é radial a partir da carga fonte.

O sentido do campo elétrico depende do sinal da carga geradora:


 Carga fonte positiva: sentido de afastamento da carga.
 Carga fonte negativa: sentido de aproximação da carga.

Relação entre campo e força elétrica

Exemplo
 Num ponto de um campo elétrico, o vetor campo elétrico tem direção horizontal,
sentido da direita para a esquerda e intensidade 10 5 N/C. Coloca-se, nesse ponto
uma carga puntiforme de - 2µC. Determine a intensidade da força que atua na
carga.

Fe = q . E Fe = 2.10-6 . 105 0,2N

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Campo de várias cargas puntiformes
O campo resultante, num ponto P, será a soma vetorial dos campos produzidos
por cada carga naquele ponto.

O campo resultante em P e dado pela soma

Campo elétrico de uma carga puntiforme Q fixa

Linhas de força
 São linhas tangentes ao vetor campo elétrico em cada um dos seus
pontos. Elas são orientadas no sentido do vetor campo.

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Campo elétrico uniforme
Para produzi-lo, precisamos de duas placas paralelas, carregadas com sinais
opostos e bem próximas, de modo que a distância entre elas seja muito menor que o
comprimento das placas.

 Vamos relembrar o que aprendeu

6. Uma carga de prova de módulo igual a -2,0µC é colocada em um ponto onde existe
um campo elétrico. Sabendo-se que uma força elétrica de intensidade igual a 10N
atua sobre ela, determine a intensidade do campo elétrico nesse ponto.
a) 5.106 N/C
b) 6.107 N/C
c) 2.103 N/C
d) 8.106 N/C

7. Uma carga de prova de módulo igual a -2,0µC é colocada em um ponto onde existe
um campo elétrico de módulo igual a 2,0 N/C, gerando por uma carga positiva.
Determine a intensidade, da força elétrica que atua sobre ela.
a) 3,0. 10-6N
b) 2,0. 10-6N
c) 5,0. 10-6N
d) 4,0. 10-6N

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8. Uma carga elétrica de 6µC pode produzir em um ponto, situado a 30 cm da carga, um
campo elétrico de: ( Adote k = 9.10-9 N.m2/C2)
a) 6.105 N/C
b) 9.105 N/C
c) 12.105 N/C
d) 54.105 N/C

9. A figura representa a configuração de linhas de campo elétrico produzido pro três


cargas pontuais, todas com o mesmo módulo Q.

Os sinais das cargas A, B e C são respectivamente:


a) Positivo, negativo e positivo;
b) Negativo, positivo e negativo;
c) Positivo, positivo e positivo;
d) Negativo, negativo e positivo.

10. Uma carga positiva encontra-se numa região do espaço onde há um campo elétrico
dirigido verticalmente para cima. Podemos afirmar que a força elétrica sobre ela é:
a) Para cima;
b) Para baixo;
c) Horizontal para a direita;
d) Nula.

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 Exercícios propostos de recapitulação

11. Cargas elétricas em movimento e cargas elétricas em repouso produzem,


respectivamente:
a) Somente campo elétrico; campo elétrico e campo magnético.
b) Somente campo elétrico; somente campo magnético.
c) Campo elétrico e campo magnético; somente campo elétrico.
d) Somente campo magnético; campo elétrico e magnético.
12. Um corpo eletrizado negativamente é aproximado de um condutor neutro, suspenso
por um fio leve e inextensível, sem tocá-lo. Certamente, o condutor neutro:
a) Eletriza-se;
b) Fica eletrizado positivamente;
c) Fica eletrizado negativamente;
d) É atraído pelo corpo eletrizado.
13. Os corpos eletrizados por atrito, contato e indução ficam carregados, respectivamente
com carga de sinais:
a) Iguais, iguais e iguais.
b) Iguais, iguais e contrários.
c) Contrários, iguais e iguais.
d) Contrários, iguais e contrários.

14. A Lei de Coulomb afirma que a força de interação elétrica de partículas carregadas é
proporcional:
I. Às cargas das partículas;
II. Às massas das partículas
III. Ao quadrado da distância entre as partículas
IV. À distância entre as partículas.
Das afirmativas acima:
a) Somente I é correta;
b) Somente I e III são corretas;
c) Somente II e III são corretas;
d) Somente II é correta
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15. Determine a intensidade da força de repulsão entre duas cargas elétricas iguais a 1C,
situadas no vácuo e a 1 m de distância. É dada a constante eletrostática: Ko = 9 .109

a) 8.106 N
b) 3.106 N
c) 7.106 N
d) 9.106 N
16. Atritando vidro com lã, o vidro se eletriza com carga positiva e a lã, com carga
negativa. Atritando algodão com enxofre, o algodão adquire carga positiva e o
enxofre, negativa. Porém, se o algodão for atritado com lã, o algodão adquire carga
negativa e a lã, positiva. Quando atritado com algodão e quando atritado com enxofre,
o vidro adquire, respectivamente, carga elétrica:
a) Positiva e positiva
b) Positiva e negativa
c) Negativa e positiva
d) Negativa e negativa
e) Negativa e nula.
17. Considere dois corpos sólidos envolvidos em processos de eletrização. Um dos
fatores que pode ser observado tanto na eletrização por contato quanto na por
indução é o fato de que , em ambas:
a) Torna-se necessário manter um contato direto entre os corpos.
b) Deve-se ter um dos corpos ligados temporariamente a um aterramento.
c) Ao fim do processo de eletrização os corpos adquirem cargas elétricas de sinais
opostos.
d) Um dos corpos deve, inicialmente, estar carregado eletricamente.

18. Um corpo tem 2.1018 elétrons e 4.1018 prótons. Como a carga elétrica de um elétrons (
ou de um próton) vale, em módulo, 1,6.10 -19C, podemos afirmar que o corpo está
carregado com uma carga elétrica de:
a) -0,32 C
b) + 0,64C
c) + 0,32 C
d) -0,64 C
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19. No modelo mais elementar do átomo de hidrogênio (modelo de Bohr) , o elétron gira
em órbita circular em torno do próton central. Nos cálculos de primeira aproximação,
supõe-se que o próton está em repouso num referencial inercial. Essa hipótese da
imobilidade do próton e justificada porque o próton tem:
a) Carga elétrica de sinal oposto ao da carga do elétron;
b) Carga elétrica igual em módulo à do elétron;
c) Carga elétrica muito maior, em módulo, que a do elétron;
d) A massa muito maior que a do elétron.

20. A intensidade do vetor campo elétrico num ponto P é 6.105 N/C. Uma carga
puntiforme q = 3.10-6 C, colocada em P, ficará sujeita a uma força elétrica cuja
intensidade vale:
a) 1,6 N
b) 2,3 N
c) 1,8 N
d) 6,4 N

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Física – Gabarito 3º Etapa – UNIDADE I

Questão Gabarito Questão Gabarito


1 c 11 c
2 b 12 d
3 d 13 d
4 a 14 a
5 b 15 d
6 a 16 a
7 d 17 d
8 a 18 c
9 a 19 d
10 a 20 c

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UNIDADE II
Carga elétrica e movimento

1. A corrente elétrica
Em física, corrente elétrica é o movimento ordenado de partículas portadoras de
cargas elétricas. Microscopicamente as cargas livres estão em movimento aleatório em
razão da agitação térmica.
No entanto, se aplicarmos um campo elétrico na região das cargas é possível
observar que elas passam a ter movimento ordenado. Esse movimento se chama
movimento de deriva de cargas l livres.

Os condutores elétricos oferecem maior facilidade à passagem de corrente elétrica.


Quando se aplica uma tensão nos terminais de um condutor metálico origina-se um campo
elétrico que exerce força sobre os elétrons livres, que abandonam os átomos e
movimentam-se em sentido contrário ao do campo. Define-se intensidade de corrente como
sendo a razão entre a quantidade de cargas pelo intervalo de tempo, de forma que
matematicamente fica:

Onde ΔQ é a quantidade de carga. A unidade de corrente elétrica no


Sistema Internacional de Unidades (SI) é o ampère (A) em homenagem a André-Marie
Ampère, físico francês, um dos fundadores do eletromagnetismo.

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I = intensidade da corrente
Q = carga elétrica
Δt = variação do tempo

Observações:
Experimentalmente, determinou-se o valor de carga elétrica elementar: e = 1,6 .10-
19C. Para um conjunto de n elétrons.

Sua unidade no Sistema Internacional de Unidades é o Ampère (A).

Exemplo
 Uma corrente elétrica de 10 A é mantida em um condutor metálico durante dois
minutos. Pede-se a carga elétrica que atravessa uma seção do condutor.

No começo dos estudos e observações sobre a corrente elétrica, os cientistas


supunham que ela era constituída pelo movimento de um fluido elétrico positivo. Esse fluido
se deslocaria fora da pilha, do seu pólo positivo para o negativo, ou seja, contra o sentido
dos elétrons.
Após vários anos, mais precisamente no século XX, os cientistas verificaram que nos
metais a corrente elétrica estava relacionada ao movimento dos elétrons, contudo eles já
estavam habituados com o sentido de corrente de cargas positivas. Para não gerar
transtornos com uma possível mudança eles concordaram em continuar a trabalhar com o
sentido de corrente positiva, denominada agora de corrente imaginária, para substituir a
corrente de elétrons. Isso foi possível porque verificaram que as duas correntes, a de cargas
positivas e a de elétrons, eram equivalentes.
Assim sendo, a corrente de cargas positivas passou a ser conhecida como corrente
convencional. Esse sentido de corrente é contrário ao movimento dos elétrons.
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Corrente contínua e corrente alternada
 Corrente contínua as cargas elétricas que a constituem se movimentam
apenas num sentido, ou seja, do pólo positivo da fonte de tensão para o
pólo negativo, chamado de sentido convencional. Exemplo, as correntes
estabelecidas por baterias de carros e pilhas.

 Corrente alternada o que ocorre é diferente. Nesse tipo de corrente as


cargas elétricas ficam oscilando em um sentido e em outro. Nas
residências é esse o tipo de corrente elétrica. Ela é gerada a partir das
usinas nucleares, termoelétricas e das grandes usinas hidroelétricas. O
número de oscilações que essas cargas efetuam em um segundo é
denominado de frequência.

Sentido da corrente elétrica

Sentido Real: ocorre nos condutores sólidos, é o movimento dos elétrons acontece do polo
negativo para o polo positivo.
Sentido Convencional: é o sentido da corrente elétrica que corresponde ao sentido do
campo elétrico no interior do condutor, que vai do polo positivo para o negativo.

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Efeitos da corrente elétrica

 Efeito fisiológico – Corresponde à passagem da corrente elétrica por


organismos vivos. A corrente elétrica age diretamente no sistema nervoso,
provocando contrações musculares; quando isso ocorre, dizemos que houve
um choque elétrico.

 Efeito térmico – Também conhecido como efeito Joule, é causado pelo


choque dos elétrons livres contra os átomos dos condutores.

 Efeito químico – Corresponde a determinada reações químicas que ocorrem


quando a corrente elétrica atravessa soluções eletrolíticas.

 Efeito magnético – É aquele que se manifesta pela criação de um campo


magnético na região em torno da corrente.

Potencia elétrica consumida

Pot = U.i

Energia elétrica consumida

Eel = Pot .

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 Unidade de energia e potência elétrica

Recordemos as unidades Pot e em watt (W), U em volt (v) e i em ampère (A).


Os aparelhos elétricos trazem gravados a potência elétrica que eles
consomem, bem como o valor da ddp a que devem ser ligados. Assim, um aparelho
que traz a inscrição ( 60 W – 120V) consome a potência elétrica de 60W, quando
ligado entre dois pontos que apresentam uma ddp de 120V.
Em eletricidade mede-se também a potência em quilowatt (1KW = 10 3
W) e a energia elétrica em quilowatt-hora (kWh). A quantidade de energia trocada no
intervalo de tempo de 1h com potência de 1KW é 1 Kh.

1kwh = 1KW. 1h = 1.000 W. 3600s

 Vamos relembrar o que aprendeu

1. A secção transversal de um condutor é atravessada por 1,5. 10 22 elétrons, durante


1,25 minutos. Qual é o número que exprime a intensidade da corrente medida em
A? (Dado: e = 1,6.10-19 C).
a) 32,0 A
b) 52,0 A
c) 45,0 A
d) 54,0 A

2. A corrente elétrica através deum fio metálico é constituída pelo movimento de:
a) Cargas positivas no sentido da corrente;
b) Cargas positivas no sentido oposto ao da corrente;
c) Elétrons livres no sentido oposto ao da corrente.
d) íons positivos e negativos.

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3. Um fio metálico é percorrido por uma corrente elétrica contínua. Sabe-se que uma
carga elétrica De 32 C atravessa uma seção transversal do fio em 4,0 s. Sendo e
= 1,6. 10-19 C a carga elétrica elementar determine:
a) A intensidade de corrente elétrica
b) O número de elétrons que atravessa uma seção do condutor no intervalo de tempo.

4. É possível medir a passagem de 5,0. 102 elétrons por segundo através de uma
seção de um condutor com certo aparelho sensível. Sendo a carga elementar e =
1,6. 10-19 C calcule a intensidade de corrente correspondente ao movimento.
a) 2,0. 10-17
b) 7,0. 10-17
c) 4,0. 10-17
d) 8,0. 10-17
2. Resistores

Efeito térmico ou efeito Joule


Quando a corrente elétrica atravessa um condutor ocorre a transformação de
energia elétrica em energia térmica, devido à colisão dos elétrons livres com os
átomos do condutos. Esse fenômeno é denominado efeito térmico ou efeito Joule.
Em virtude das colisões, os átomos do condutor passam a vibrar mais
intensamente e, em consequência, ocorre elevação da temperatura do condutor.

Resistor
O resistor é um dispositivo cujas principais funções são: dificultar a passagem
da corrente elétrica e transformar energia elétrica em energia térmica por Efeito Joule.
Entendemos a dificuldade que o resistor apresenta à passagem da corrente elétrica
como sendo resistência elétrica. O material mais comum na fabricação do resistor é o
carbono.

Na grande maioria dos casos observamos a seguinte representação


gráfica do resistor
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Lei de Ohm. Resistência elétrica

Onde:

R – é a resistência elétrica medida em ohm (Ω) derivada do volt / ampère.


U – é a tensão medida em volt (V)
i – é a corrente elétrica medida em ampère (A)

O quociente da ddp nos terminais de um resistor pela intensidade de corrente elétrica


que o atravessa é constante e igual à resistência elétrica do resistor.

30
 Não confunda resistência elétrica e resistor elétrico

Resistor elétrico é o dispositivo que tem como principais funções dificultar a passagem da
corrente elétrica e transformar Energia Elétrica em Energia Térmica.

Resistência elétrica é a dificuldade que os materiais oferecem a passagem da corrente


elétrica.
Lei de Joule

A energia elétrica dissipada num resistor, num dado intervalo de tempo , é diretamente

proporcional ao quadrado da intensidade de corrente elétrica.

Pot = R . i2

Eel = Eel = R . i2

Pot =

 Vamos relembrar o que aprendeu

5. Um resistor tem resistência igual a 50 Ω, sob a ddp U = 60 V. Calcule a


intensidade de corrente elétrica que o atravessa.
a) 2,3
b) 1,2
c) 4,5
d) 6,4

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6. Um resistor ôhmico, quando submetido a uma ddp de 20 V, é atravessado por
uma corrente elétrica de intensidade 4,0 A. Qual a ddp nos terminais do resistor
quando este é percorrido por uma corrente elétrica de 1,2 A?
a) 6,0
b) 5,0
c) 4,0
d) 9,0

7. Um resistor de resistência elétrica R = 20 Ω é percorrido por uma corrente elétrica


de intensidade e 3,0 A. Determine:
a) A potência consumida pelo resistor.
b) A energia elétrica consumida no intervalo de tempo de 20 s.

8. A Chave de ligação de um chuveiro pode ser colocada em três posições: iria,


morna, quente. A resistência elétrica que aquece a água varia com essas
posições, assumindo, não respectivamente, os valores média, baixa, alta. A
correspondência certa é:
a) Água quente, resistência baixa.
b) Água fria, resistência baixa.
c) Agua quente, resistência média.
d) Água morna, resistência alta.

3. Associação de resistores

Associação de Resistores

Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada


associação de resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre
os resistores, sendo seus possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.

Associação em Série

Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

32
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é
mantida por toda a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá
variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

Associação em Paralelo

Usualmente as ligações em paralelo são representadas por:

Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das
intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos
concluir que a resistência total em um circuito em paralelo é dada por:

33
Associação Mista:

Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de


associações em série e em paralelo, como por exemplo:

 Vamos relembrar o que aprendeu


9. Um resistor de 5 Ω e um resistor de 20 Ω são associados em série e à associação
aplica-se uma ddp de 100 V.
a) Qual a resistência equivalente da associação?
b) Qual a intensidade de corrente elétrica na associação?

10. Dois resistores de resistência elétrica respectivamente iguais a 4 Ω e 6 Ω ao


serem associados em série, são percorridos por uma corrente elétrica de
intensidade 2 A . Determine:
a) A resistência equivalente da associação;
b) A ddp a que a associação está submetida;

11. Associam-se em série dois resistores de resistência R1 = 7 Ω e R2 = 5 Ω e à


associação aplica-se uma ddp de 120 V.
a) Qual a resistência equivalente da associação?
b) Qual a intensidade de corrente elétrica na associação?

12. Um resistor de 5 Ω e um resistor de 20 Ω são associados em paralelo e a essa


associação aplica-se uma ddp de 100 V.
a) Qual a resistência equivalente da associação?
b) Qual a intensidade de corrente elétrica em cada resistor?
34
Medidas elétricas

O galvanômetro
O aparelho básico das medidas em circuitos elétricos é o galvanômetro. Seu
funcionamento baseia-se nos efeitos da corrente elétrica; os mais comuns funcionam
segundo o efeito magnético da corrente elétrica.

Voltímetro
Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por
esse motivo deve ser ligado sempre em paralelo com o trecho do circuito do qual se
deseja obter a tensão elétrica. Para não atrapalhar o circuito, sua resistência interna
deve ser muito alta, a maior possível.
Se sua resistência interna for muito alta, comparada às resistências do circuito,
consideramos o aparelho como sendo ideal.
Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou alternadas dependendo da
qualidade do aparelho.
Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.

Amperímetro
Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por
um fio. Pode medir tanto corrente contínua como corrente alternada. A unidade
utilizada é o ampère.
O amperímetro deve ser ligado sempre em série, para aferir a corrente que
passa por determinada região do circuito. Para isso o amperímetro deve ter sua
resistência interna muito pequena, a menor possível.
Se sua resistência interna for muito pequena, comparada às resistências do
circuito, consideramos o amperímetro como sendo ideal.
Amperímetro Ideal → Resistência interna nula
4. Geradores elétricos
Geradores elétricos é um equipamento que transforma em energia elétrica
outras formas de energia. Uma bateria de automóvel, por exemplo, transforma a
energia química em energia elétrica. Uma usina hidrelétrica utiliza a energia mecânica
transformando-a em energia elétrica.

35
Portanto, um gerador elétrico é o aparelho que realiza a transformação de uma
forma qualquer de energia em energia elétrica.
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
Polo negativo corresponde ao terminal de menor potencia elétrico.
Polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial elétrico.
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece energia potencial
elétrica para as cargas, que entram em movimento, saindo do polo negativo para o
polo positivo.
A potência elétrica total gerada (Pg) por um gerador é diretamente proporcional
à intensidade de corrente elétrica. Ou seja:

Pg = fem .i

Onde:

 fem é a constante de proporcionalidade, chamada de força eletromotriz.


 i é a intensidade de corrente elétrica entre os terminais do gerador.
.Portanto, a força eletromotriz de um gerador pode ser definida pelo quociente:

 Sabendo que a potência elétrica é dada em watts (W) e a intensidade da


corrente é da em ampère (A), temos:

36
Assim, a unidade de medida da força eletromotriz no sistema internacional é o volt
(V).

Rendimento elétrico de um gerador

 Potência elétrica lançada: é a potência elétrica fornecida pelo gerador ao circuito


externo

Onde U é a diferença de potencial ou tensão, entre os terminais do gerador.

A potência elétrica dissipada internamente é dada por :

Onde:
 r é a resistência interna do gerador.
 I é a intensidade de corrente elétrica

O rendimento (n) do gerador é a razão entre a potência lançada e a potência total gerada,
ou seja:

37
 Vamos relembrar o que aprendeu

13. Em usinas hidrelétricas, pilhas, baterias e acumuladores existem dispositivos que


aumenta a energia potencial elétrica das cargas que por ele passam, fornecendo
energia elétrica a um circuito externo, como por exemplo, carros, residências,
cidades etc. O dispositivo a que nos referimos é:
a) Um gerador elétrico, cuja função é transformar em energia elétrica qualquer outra
modalidade de energia.
b) Uma resistência que transforma energia elétrica em energia térmica.
c) Um circuito elétrico em que os elétrons circulam livremente.
d) Um receptor elétrico que transforma energia elétrica em outras modalidades de
energia que não sejam exclusivamente térmicas.

14. Um gerador de força eletromotriz 120 V e resistência interna 2 Ω, ligado a um


circuito externo, gera a potência elétrica de 600 W. Determine:
a) A intensidade da corrente elétrica que atravessa o gerador;
b) A potência elétrica lançada no circuito externo e a potência dissipada
internamente.

15. Uma resistência elétrica de 19,9 Ω é ligada a uma bateria de força eletromotriz 2V
e resistência interna 0,1 Ω. Determine a corrente que atravessa a bateria.
a) 0,3
b) 0,6
c) 0,1
d) 0,8

16. Um gerador com 36 V de fem e resistência interna de 2 Ω está operando com


corrente elétrica de intensidade 3 A. Determine a ddp nos terminais do gerador.
a) 30 V
b) 40 V
c) 50 V
d) 60 V

38
5. Receptor elétrico
Um receptor elétrico é todo elemento do circuito elétrico que transforma energia
elétrica em outra forma de energia que não seja calor. Devemos lembrar que os dispositivos
que transformam energia elétrica em energia térmica apenas são os resistores e, desta
maneira, evite confundir estes últimos com os receptores elétricos.
Bons exemplos de receptores elétricos são os motores elétricos, como os utilizados
nos ventiladores e liquidificadores. Nestes casos a energia elétrica é transformada em
energia mecânica que é a energia útil do aparelho, energia térmica e até mesmo energia
sonora que formam a energia dissipada pelo aparelho. Simbolizamos a energia dissipada
nos receptores com um resistor interno (r’).

Abaixo temos a representação de um receptor elétrico:

Onde:
 ε’ é a força contra eletromotriz.
 r’ resistência interna
 i corrente elétrica que atravessa o receptor

Observe que no receptor elétrico a corrente elétrica entra pelo pólo positivo e sai pelo
pólo negativo passando pela resistência interna. Perceber o sentido da corrente elétrica é
muito importante, em alguns exercícios, será uma das maneiras de identificarmos o receptor.
Veja também que este sentido é oposto ao do gerador.
Estabelecendo-se uma diferença de potencial (ddp) entre os terminais de um
receptor, o aparelho começa a funcionar e fazer sua função. A ddp utilizada nesta função é
denominada força contra eletromotriz (ε’), ou seja, é a ddp útil.
39
Com base nas informações que temos do receptor já podemos pensar em uma
equação característica deste elemento.
Sabemos que a ddp total é dividida em duas partes uma que é útil (ε’) e outra que é
dissipada na resistência interna (r’). Lembre-se que, pela Lei de Ohm, U=r.i, então a
equação que pensamos será:

U = ε’ + r’.i

 Vamos relembrar o que aprendeu

17. Sobre os receptores elétricos, analise as afirmativas:


I. É um dispositivo em que ocorre a conversão de energia elétrica em outras
formas de energia que não exclusivamente térmica.
II. O motor que impulsiona um ventilador e um exemplo de receptor elétrico,
uma vez que converte energia elétrica em mecânica de rotação.
III. Uma bateria de celular é sempre um exemplo de gerador elétrico.

Assinale a alternativa correta:


a) É verdadeira apenas a afirmativa I.
b) É verdadeira apenas a afirmativa II.
c) São verdadeiras as afirmativas I e II.
d) São verdadeiras as afirmativas I e III

18. Assinale a alternativa em que só existem receptores elétricos:


a) Pilha comum, motor elétrico e ventilador.
b) Televisão, computador e celular fotovoltaica.
c) Lâmpada incandescente, computador el liquidificador.
d) Bateria de celular, batedeira e televisão.

40
19. Um motor, percorrido pela corrente elétrica de intensidade 10 A, transforma 80 W
de potência elétrica em mecânica. Calcule a fcem desse motor.
a) 2 V
b) 3 V
c) 4 V
d) 8 V

20. Um motor elétrico transforma potência elétrica útil 1500 W quando percorrido por
uma corrente de 50 A. Determine a sua fcem.
a) 20 V
b) 30V
c) 25 V
d) 45 V

Exercícios de recapitulação
21. Um condutor é percorrido por uma corrente de intensidade 20 A. Calcule o número
de elétrons por segundo que passam por uma seção transversal do condutor e =
1,6. 10-19C.
a) 1,25. 1020
b) 2,23. 1020
c) 1,55. 1020
d) 1,75. 1020

22. Na descarga de um relâmpago típico,uma corrente de 2,5 .10 4 ampère flui durante
2,0 .10-5 segundos. Que quantidade de carga é transferida pelo relâmpago?
a) 0,50 C
b) 0,25 C
c) 0,50 A
d) 100 A

41
23. Um resistor ôhmico, quando submetido a uma ddp de 40 V, é atravessado por
uma corrente elétrica de intensidade 20 A. Quando a corrente que o atravessa for
4 A, a ddp em V, nos seus terminais será:
a) 8
b) 12
c) 16
d) 20

24. Associam-se em paralelos dois resistores de resistência R1 = 20 Ω e R2 = 30Ω, e a


essa associação aplica-se a ddp de 120 V.
a) Qual a resistência equivalente da associação?
b) Quais as intensidades de corrente elétrica em cada resistor?

25. Um aparelho elétrico alimentado sob ddp de 120 V consome uma potência de 60
W. Calcule:
a) A intensidade de corrente que percorre o aparelho;
b) A energia elétrica que ele consome em 8h, expressa em kWh

26. Em um chuveiro elétrico a ddp em seus terminais vale 220 V e a corrente que o
atravessa tem intensidade 10 A. Qual a potência elétrica consumida pelo
chuveiro?
a) 1,3. 103 W
b) 2,2. 103 W
c) 3,4. 103 W
d) 9,5. 103 W
27. A respeito dos condutores elétricos s atualmente utilizados, afirma-se que:
I . Têm resistência elétrica diretamente proporcional ao comprimento;
II. Têm resistência elétrica inversamente proporcional à área da secção
transversal III. Transformam energia elétrica em calor.

a) Somente I é correta;
b) Somente II é correta;
c) Somente I e II são corretas
d) I , II e III são corretas
42
28. Aplicando-se uma diferença de potencial de 100 V a um motor elétrico de
resistência interna 20 Ω, passa a circular no motor uma corrente elétrica de 0,2 A.
Qual o valor da força contra-eletromotriz desse motor?
a) 85 V
b) 45 V
c) 78 V
d) 96 V

29. Por um chuveiro elétrico circula uma corrente de 20 A quando ele é ligado a uma
tensão de 220 V. Determine a potência elétrica recebida pelo chuveiro.
a) 4800 W
b) 5201 W
c) 1500 W
d) 4400 W
e)
30. Um motor elétrico é um receptor revessível de força contra-eletromotriz e
resistência interna r. Determine a corrente, em ampères, para que um motor opere
em 100 V, tendo força contra- eletromotriz = 90 V e r = 1Ω:
a) 10 A
b) 11 A
c) 12,5 A
d) 15 A

43
Física – Gabarito 3º ano. Módulo II
Questão Gabarito Questão Gabarito

1 a 16 a

2 c 17 c

3 a) 8,0 b)2,0.1020 18 d

4 d 19 d

5 b 20 b

6 a 21 a

7 a) 180 b) 3600 22 a

8 a 23 a

9 a) 25 b) 4 24 a)12 b) 6 e 4

10 a) 10 b) 20 25 a) 0,5 b) 0,48

11 a) 12 b) 10 26 b

12 a) 4 b) 20 e 5 27 d

13 a 28 d

14 a) 5 b) 550 W e 50 W 29 d

15 c 30 a

44
UNIDADE III
Eletromagnetismo

1. Campo magnético

Magnetismo é o fenômeno de atração ou repulsão observado entre determinados


corpos, chamados ímãs, entre ímãs e certas substâncias magnéticas (como ferro, cobalto ou
níquel) e também entre ímãs e condutores que estejam conduzindo correntes elétricas. Todo
ímã apresenta duas regiões distintas, em que a influência magnética se manifesta com
maior intensidade. Essas regiões são chamadas de polos do ímã. Esses polos possuem
comportamentos diferentes na presença de outros ímãs, e são denominados Norte (N) e Sul
(S).

Tem-se a impressão de que os polos do ímã são idênticos, mas isso não é verdade,
pois, suspendendo-se o ímã horizontalmente por um fio atado ao seu centro, verifica-se que,
após uma série de oscilações, ele volta sempre à mesma extremidade sensivelmente para o
norte e a outra para o sul. Denomina-se por isso polo norte a extremidade que se volta para
o norte, e polo sul a outra.
Chamamos de ímã temporário aquele que se comporta como um ímã somente
quando em contato ou nas proximidades de outro ímã.

Atrações e Repulsões

A diferente natureza dos polos de um ímã, já posta em evidência devido à sua


orientação particular, evidencia-se mais ainda quando se notam as ações que os polos de
um ímã exercem sobre os polos de outro ímã.
Aproximando-se do polo norte de um ímã o polo sul de outro ímã, nota-se uma
atração. A partir da figura acima, podemos enunciar a lei da força magnética: Polos da
mesma natureza se repelem e de naturezas diferentes se atraem.

45
Campo magnético

Assim como a força gravitacional e a força elétrica, a força magnética é uma interação
à distância, ou seja, não necessita de contato. Dessa forma, associamos aos fenômenos
magnéticos a ideia de campo, assim como nos fenômenos elétricos. Consequentemente,
dizemos que um ímã gera no espaço ao seu redor um campo que chamamos de Campo
Magnético (B→B→). O campo magnético interage com outros ímãs, com as substâncias
magnéticas e com correntes elétricas.

Linhas de Campo Magnético

Para se evidenciar a extensão de um campo magnético, espalha-se limalha de ferro


em uma folha de papel sob a qual se encontra um ou mais ímãs. Os pedacinhos de limalha
de ferro dispõem-se segundo linhas curvas que ligam os polos norte e sul, chamadas linhas
de campo ou linhas de força.
Por convenção, considera-se que, no campo exterior a um ímã, as linhas de campo
saem pelo polo norte e entram pelo polo sul do ímã.

Propriedades dos Ímãs

Os polos de um ímã são inseparáveis. Não é possível partir um ímã em duas partes
para separar o polo norte do polo sul. Serrando-se um imã transversalmente, obtêm-se dois

46
novos imãs completos, isto é, surgem na secção de corte polos contrários aos das
respectivas extremidades.
Quando partimos ao meio um ímã em barra, obtemos dois novos ímãs.

Quando aquecemos um ímã acima de uma determinada temperatura, ele deixa de gerar
campo magnético. Os ímãs de níquel perdem sua capacidade quando aquecidos a 350ºC,
os de ferro a 770ºC e os de cobalto a 1.100ºC. Essas temperaturas são chamadas de
temperaturas de Curie.

Quando aquecemos um ímã ele perde suas propriedades magnéticas.


Linhas de indução

Bússolas
São aparelhos que servem para a orientação dos viajantes, que usam como ponteiro uma
agulha magnetizada, ou seja, se comportando como um ímã.

47
Uma bússola sempre tende a orientar-se paralelamente ao campo magnético aplicado sobre
ela, com o polo norte da bússola apontando no sentido do campo.

Magnetismo terrestre

A Terra exerce sobre uma agulha magnética a mesma ação que um poderoso ímã. A
Terra pode ser então considerada como um grande ímã, cujos polos magnéticos estão
próximos dos polos geográficos.
A Terra exerce sobre uma agulha magnética uma ação que tende a fazer a agulha
orientar-se paralelamente ao campo magnético. Chama-se polo norte de uma agulha
magnética (bússola) a extremidade que sempre está voltada para o polo norte da Terra e
polo sul a extremidade que se dirige para o polo sul da Terra. Observe que, como o polo
Norte Geográfico da Terra atrai a extremidade norte da bússola, ele deve ter as
características de um polo sul magnético.
O campo magnético da Terra protege o planeta dos chamados raios cósmicos, feixes
de partículas de altas energias que vêm do Sol. Ao se aproximar da Terra, as partículas
carregadas eletricamente são desviadas, devido à interação magnética, em direção aos
polos. Essas partículas são desaceleradas ao entrar na atmosfera, emitindo radiação. A
visualização desse fenômeno é chamada de AURORA, que pode ser Boreal (Norte) ou
Austral (Sul).

48
 Vamos relembrar o que aprendeu

21. Considere as afirmações:


I. Determinados minérios de ferro podem atrair pequenos pedaços de ferro.
II. É impossível isolar um dos pólos magnéticos de um írmã.
III. Um fio condutor percorrido por uma corrente elétrica produz efeitos
magnéticos.
São corretas
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas

22. Quando uma ímã em forma de barra é partido ao meio observa-se que:
a) Separamos o pólo norte do pólo Sul.
b) Obtemos ímãs unipolares.
c) Damos origem a dois novos ímãs.
d) Os corpos não mais possuem a propriedade magnética.

23. Serrando transversalmente um ímã em forma de barra:


a) As duas partes se desmagnetizam.
b) Obtém-se um pólo norte e um pólo sul isolados.
c) Na seção de corte, surgem pólos contrários àqueles das extremidades das partes.
d) O pólo norte conserva-se isolado, mas o pólo sul desaparece,

24. Levando-se em consideração as propriedade magnéticas do ímãs, assinale a


alternativa errada:
a) Polos de mesmo nome se repelem.
b) Um ímã cortado ao meio dá origem a dois novos ímãs.
c) Polos de nomes contrários se atraem.
d) Um imã cortado ao meio perde as propriedades magnéticas.

49
25. Um bloco de ferro é colocado nas proximidades de um ímã. Com relação à força
magnética, é correto afirmar que:
a) É o ímã que atrai o ferro;
b) É o ferro que atrai o ímã.
c) A atração dos ímãs pelo ferro é mais intensa que a atração do ferro pelo ímã.
d) O ímã e o ferro se atraem com forças de mesma intensidade.

2. Força magnética

Um campo magnético não atua sobre cargas elétricas em repouso, mas se pegarmos
esta carga e lançarmos com uma velocidade v em direção a uma área onde há um campo
magnético B pode aparecer uma força F atuando sobre esta carga, denominada força
magnética. As características desta força magnética foram determinadas pelo físico
Hendrick Antoon Lorentz (1853-1920).
A intensidade da força magnética pode ser obtida por:

F = q . B. v . sen

Onde é o ângulo entre os vetores v e B. No SI a unidade de intensidade do campo

magnético é o tesla representado pelo símbolo T.

A força magnética que age sobre a carga móvel é sempre perpendicular ao plano
formado pelos vetores v e B.

Observando a equação acima veremos que quando =0 ou a=180º a força magnética

será nula, portanto quando o lançamento for paralelo ao campo não teremos a força
magnética atuando sobre esta carga, assim descrevendo um movimento retilíneo uniforme.

50
O sentido da força é dada pela regra da mão esquerda, como mostra a figura abaixo:

 Vamos relembrar o que aprendeu

26. Suponha que uma carga elétrica de 4 μC seja lançada em um campo magnético
uniforme de 8 T. Sendo de 60º o ângulo formado entre v e B, determine a força
magnética que atua sobre a carga supondo que a mesma foi lançada com velocidade
igual a 5 x 103 m/s.( sen 60º = 0,86)

a) Fmag = 0,0014. 10-1 N.


b) Fmag = 1,4. 10-3 N.
c) Fmag = 1,2. 10-1 N.
d) Fmag = 1,4. 10-1 N

27. Imagine que 0,12 N seja a força que atua sobre uma carga elétrica com carga de 6 μC
e lançada em uma região de campo magnético igual a 5 T. Determine a velocidade
dessa carga supondo que o ângulo formado entre v e B seja de 30º. (sen 30 = 0,5)
a) v = 8 m/s
b) v = 800 m/s
c) v = 8000 m/s
d) v = 0,8 m/s

51
8. Julgue os itens abaixo

I. Uma carga elétrica submetida a um campo magnético sofre sempre a ação de uma força
magnética.
II. Uma carga elétrica submetida a um campo elétrico sofre sempre a ação de uma força
elétrica.
III. A força magnética que atua sobre uma carga elétrica em movimento dentro de um campo
magnético é sempre perpendicular à velocidade da carga.

Aponte abaixo a opção correta:

a) Somente I está correta.


b) Somente II está correta.
c) Somente III está correta.
d) II e III estão corretas.·.

3. Indução eletromagnética

Corrente induzida. Fem induzida


 A energia elétrica é gerada pelo trabalho realizado por um agente externo.

e = B . L .v

52
Considere, conforme a figura a seguir, uma superfície de área S totalmente imersa em
um campo magnético B→B→. Define-se o fluxo de campo magnético como o produto do
módulo da componente do campo magnético perpendicular à superfície pela área desta.

A unidade de fluxo no Sistema Internacional de unidades é , chamado de weber


(Wb).

Lei de Faraday - Lenz

Michael Faraday foi um cientista inglês. Nascido em 1791, realizou trabalhos


basicamente experimentais, pois não possuía conhecimentos em matemática avançada.
Após as descobertas de Oestered, publicou alguns trabalhos sobre o Eletromagnetismo, nos
quais descrevia uma série de experimentos. Um deles segue descrito a seguir.

Faraday observa que sempre que existe um movimento relativo entre espira e imã,
independente de quem se mova, surge uma corrente elétrica, chamada de corrente induzida,
na espira. Através desse e de outros resultados, nos quais nota que a corrente elétrica
induzida é mais intensa quanto maior a área da espira e quanto mais rápido é o movimento,
enuncia o seguinte resultado:
A variação do fluxo magnético em uma superfície provocava o aparecimento de uma
corrente induzida na espira, o que equivale ao aparecimento de uma força eletromotriz
(fem.), ou voltagem, induzida na espira.
Heinrich Friedrich Emil Lenz, em 1833, observou que a corrente induzida em uma
espira por um fluxo magnético variável tem um sentido tal que o campo magnético que ela
cria tende a contrariar a variação do fluxo magnético através da espira. Assim, na figura
53
acimã, a corrente induzida gera um campo magnético nesta, de forma a atrair o imã que está
se afastando e repelir o imã que está se aproximando.
A relação que dá a força eletromotriz induzida numa espira devido à variação do
fluxo magnético é conhecida como Lei de Faraday-Lenz:

A indução eletromagnética possui várias aplicações práticas. A geração de corrente


alternada, o funcionamento de motores elétricos, de transformadores e de alguns exames
médicos são explicados através desse fenômeno.
É importante ressaltar que não é a presença de campo magnético nas proximidades
de um condutor que gera uma corrente elétrica induzida, mas sim a variação do fluxo de
campo magnético nesse condutor. Assim, é necessário que uma ou várias grandezas que
definem o fluxo variem. Uma variação do valor do campo magnético, da área do condutor
imersa nesse campo ou da inclinação do condutor em relação ao campo é necessária para o
surgimento da corrente induzida.

Corrente alternada e o transformador

Nas usinas de eletricidade, a voltagem e, por consequência, a corrente elétrica são


geradas através de bobinas inseridas em turbinas dentro de um campo magnético, que
giram, graças a um agente externo (queda de água, vento, fluxo de vapor). Isso faz com que
o fluxo de campo magnético oscile no tempo, gerando uma voltagem também oscilante.
Essa voltagem é chamada de voltagem alternada. Por isso, a corrente elétrica que flui
pela fiação de nossas casas é chamada de corrente alternada (AC). No Brasil, a corrente
oscila com uma frequência de 60 Hz, ou seja, 60 oscilações por segundo. Como essa
frequência é muito alta, não percebemos variação no brilho de lâmpadas, por exemplo.
Isso possibilita a construção de um equipamento capaz de alterar ou transformar os
valores de voltagem e corrente que chegam e saem dele. Esse equipamento é chamado de
transformador.

54
Nele, um fio é enrolado em uma região de um núcleo de material ferromagnético,
dando um número de voltas N1 e criando uma voltagem alternada V1. Isso faz com que seja
estabelecido, graças à passagem de corrente elétrica nessa bobina, um campo magnético
no metal. Como a corrente é variável, o campo magnético também será. Isso gera uma
variação do fluxo magnético em outra bobina, feita com outro fio enrolado com N2 voltas em
outra região. A variação do fluxo nesse enrolamento gera nela uma voltagem alternada V2.
Como o campo é proporcional ao numero de voltas da bobina, isso faz com que as
voltagens também sejam proporcionais ao número de voltas, ou seja:

Como a energia se conserva, as potências em cada enrolamento, chamados de primário e


secundário, devem ser iguais, ou seja:
U1 . i1 = U2 . i2

Exemplo
 Um transformador que fornece energia elétrica a um computador está
conectado a uma rede elétrica de tensão eficaz igual a 120 V. A tensão eficaz
no enrolamento secundário é igual a 10 V, e a corrente eficaz no computador é
igual a 1,2 A. Estime o valor eficaz da corrente no enrolamento primário do
transformador.
Substituindo pelos valores apresentados, temos:

UP . ip = Us . is
120. ip = 10 . 1,2 120 ip = 12
Ip = 0,1 A

55
 Vamos relembrar o que aprendeu

9. Suponha que uma espira retangular de área igual a 2,4 x 10 -1 m2 imersa em uma
região onde existe um campo de indução magnética B, cuja intensidade é igual a 3
x 10-2 T, perpendicular ao plano da espira. De acordo com as informações,
determine o fluxo magnético através da espira.

a) Ф= 7,2 x 10-3 Wb
b) Ф = 2,7 x 10-3 Wb
c) Ф = 2,4 x 10-3 Wb
d) Ф = 2,7 x 10-5 Wb
e) Ф = 7,2 x 10-5 Wb

10. Determine o valor da tensão elétrica induzida entre as extremidades de um fio


condutor de 60 cm de comprimento que se move com velocidade constante de 40
m/s perpendicularmente às linhas de indução magnética de um campo de 12 T.

a) ε= 288 V
b) ε = 2,88 V
c) ε = 28,8 V
d) ε = 8,28 V
e) ε = 88,2 V

11. A corrente elétrica induzida em uma espira circular será:

a) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante


b) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo
c) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético
d) tanto maior quanto maior for a resistência da espira
e) sempre a mesma, qualquer que seja a resistência da espira.

56
12. A respeito do fluxo de indução, concatenado com um condutor elétrico,
podemos afirmar que a força eletromotriz induzida:
a) será nula quando o fluxo for constante;
b) será nula quando a variação do fluxo em função de tempo for linear;
c) produz uma corrente que reforça a variação do fluxo;
d) produz uma corrente permanente que se opõe à variação do fluxo, mesmo quando
o circuito estiver aberto;

4. Ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são pulsos energéticos capazes de se propagar no vácuo.


Elas são criadas a partir da interação entre um campo elétrico e um campo magnético.
O ser humano e outros animais (à exceção de uns poucos) possuem um mecanismo
corpóreo essencial à sua sobrevivência: a visão. Para cada ser vivo, a forma e as funções
do olho são as mais diversificadas.
No entanto, o fator comum a todos é a forma de impressão deste órgão: a luz. Nossos
olhos não vêem a radiação infravermelha, mas a pele detecta: quando nos expomos ao Sol,
na praia, por exemplo, o ardor que sentimos na pele é a ação da radiação infravermelha.
A percepção do visível varia muito de uma espécie animal para a outra. Os cachorros
e os gatos, por exemplo, não vêm todas as cores, apenas azul e amarelo, mas de maneira
geral, em preto e branco numa nuance de cinzas. Nós humanos vemos numa faixa que vai
do vermelho ao violeta, passando pelo verde, o amarelo e o azul. Mesmo entre os humanos
pode haver grandes variações (leia:daltonismo). As cobras vêm no infravermelho e as
abelhas no ultravioleta, cores para as quais somos cegos.
A frequência da luz visível cresce do vermelho para o violeta, consequentemente a
energia da radiação também cresce.
A luz violeta por ter o menor comprimento de onda é a mais energética. A luz
vermelha, ao contrário, é a menos energética, pois seu comprimento de onda é o maior na
faixa do visível. Por este motivo é perigosa a exposição à radiação ultravioleta.
Na pele, um dos efeitos imediatos da radiação ultravioleta são a queimadura solar
(eritema) e o bronzeamento (melanogênese). Os efeitos tardios são o fotoenvelhecimento e
o câncer de pele.

57
A luz é uma energia radiante que impressiona os olhos e é chamada, de forma mais
técnica, de onda eletromagnética.
Chamamos de onda eletromagnética o tipo de onda formada por um campo
elétrico e outro magnético que são perpendiculares entre si e que se deslocam em uma
direção perpendicular às duas primeiras. Por esta característica, a onda eletromagnética é
dita onda transversal.

Os dois campos (elétrico e magnético) oscilam em fase, ou seja, o comportamento


matemático da oscilação destes campos pode ser descrito por uma equação senoidal onde
os valores máximos de uma função coincidem com os valores mínimos da outra.
O fato de serem formadas por dois tipos de campo que oscilam no tempo confere à
esta onda a capacidade de se propagar no vácuo.
Como exemplo de ondas eletromagnéticas, podemos citar as ondas de rádio,
as ondas de televisão, as ondas luminosas, as microondas, os raios X e outras. Essas

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denominações são dadas de acordo com a fonte geradora dessas ondas e correspondem a
diferentes faixas de frequências.
Maxwell foi o cientista que trouxe ao homem à magnitude de abrangência deste tipo de
onda. James Clerk Maxwell (831-1879), desde jovem estava decido a colocar as idéias de
Faraday e seus antecessores em uma formulação matemática.
Nesse esforço acabou propondo, sem nenhuma evidência experimental prévia, que
a lei de Faraday, que qualitativamente diz “um campo magnético variável no tempo gera um
campo elétrico”, seria complementada por uma lei análoga que diz “um campo elétrico
variável no tempo gera um campo magnético”.
A máxima velocidade alcançada por uma onda eletromagnética é c (3.108m/s)
segundo a Teoria da Relatividade de Albert Einstein. O valor de c pode ser calculado a
partir de um dos resultados possíveis das Equações de Maxwell:

onde o termo µ0 representa a permeabilidade magnética no vácuo e ε0 é a constante


dielétrica no vácuo.
Um dos argumentos utilizados para comprovar a Teoria da Relatividade e confirmar
que c é um valor limite e invariante foram os experimentos de Michelson e Morley com
o interferômetro.

O espectro eletromagnético
No espectro eletromagnético podemos encontrar o intervalo completo de todos os
possíveis comprimentos de onda de radiação eletromagnética. Nele estão representadas as
ondas de rádio de grandes comprimentos de onda, e consequentemente baixas frequências,
até os raios gama, que possuem altíssima energia e frequência. Observe na figura abaixo o
espectro eletromagnético:

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O espectro eletromagnético representa todos os comprimentos de ondas existentes

 Vamos relembrar o que aprendeu

13. Os fornos de micro-ondas funcionam com base em um magnético, uma bobina


magnética extremamente forte. O magnétron opera quase na mesma frequência
utilizada pelos tefefones sem fio e pelas redes de computadores wireless (sem
fio). Assinale as seguintes afirmações:
I . Mediante o processo de ressonância, as mincro-ondas emitidas no forno são
absorvidas pelas mólecuals de água existentes nos alimentos aumentando sua
energia de vibração, produzindo o aquecimento dos alimentos.
II. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas de alta frequência e pequeno
comprimento de onda, em comparaçaõ com as ondas de rádio
III. Com o aumento de temperatura do aliento esta passa a emitir parte da energia
que recebeu das micro-ondas, na faixa do infravermelho, em frequência maiores do
que as das micro-ondas.
Esta(ão) correta (s) apenas a(s) afirmativa (s):
a) I, II e III
b) II e III
c) I e III
d) III

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14. Analise as assertivas abaixo e a seguir escolha a alternativa correta.
I. Elétrons em movimento vibratório podem fazer surgir ondas de rádios e ondas
de luz.
II. Ondas de rádio e ondas de luz são ondas eletromagnéticas.
III. Ondas de luz são ondas eletromagnéticas e ondas de rádio são mecânicas.
a) Somente a I é verdadeira.
b) Somente a II é verdadeira.
c) Somente a III é verdadeira.
d) Somente a I e a II são verdadeiras.

15. Analise as afirmações abaixo, com relação ás ondas eletromagnéticas.


I. Os raios gama são radiações eletromagnéticas de frequência maior do que a
luz visível.
II. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas que se propagam, no ar, com
velocidade maior do que as ondas de rádio.
III. Os campos elétricos e magnéticos em uma radiação infravermelha vibram
paralelamente à ireção de propagação da radiaçaõ.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.

16. Identifique a alternativa que preenche corretamente as lacunas do parágrafo


abaixo.
As emissoras de rádio emitem ondas________ que são sintonizadas pelo
radiorreceptor. No processo de transmissão, essas ondas devem sofrer modulação. A
sigla FM adotada por certas emissoras de rádio significa _________ modulada.
a) Eletromagnéticas – frequência.
b) Sonoras – faixa
c) Sonoras – fase
d) Sonoras – frequência.

61
Introdução à física moderna
5. Física Clássica
Isaac Newton e Galileu Galilei estabeleceram as bases para o estudo da Física. Eles
demonstraram que a verdade deve ser alcançada através da lógica e de experiências
controladas e não somente através do pensamento como acreditavam os gregos e romanos
da antiguidade. Quando Newton formulou a suas teorias estava estabelecendo
um programa para a Ciência: Determinar as forças que regem o universo e as suas leis.
Dúvidas

Na época de Newton e após as suas teorias predominava a ideia mecanicista: o


universo funcionava de maneira organizada e previsível, como uma máquina. Se alguma
inteligência pudesse conhecer a posição e a velocidade de todos os corpos e estivesse
informada sobre as forças que agem neles, seria capaz de determinar o passado e futuro de
qualquer objeto.
Porém alguns fatos começaram a abalar a simplicidade e previsibilidade destes
pensamentos. Alguns surgiram com o estudo da luz. Afinal o que seria a luz? As
experiências começaram a mostrar que hora ela se comportava como partícula, hora como
onda. Qual a velocidade da luz? Porque essa velocidade é sempre constante?
Outras questões surgiram com o estudo da eletricidade e de outras áreas. Qual a
origem deste fenômeno que tem carga positiva ou negativa? E quanto ao magnetismo? De
onde vem? Como explicar as reações químicas ou o calor do sol? Algumas dessas questões
possuíam respostas e outras só levavam a novas perguntas.
Enquanto isso a matemática desenvolveu novas ferramentas. Avançou o estudo
da probabilidade. O estudo da geometria levava a imaginar o espaço de maneira
inteiramente nova enquanto certas teorias eram extremamente difíceis de imaginar.
Soluções

Numa época em que a ciência mergulhava em profunda crise e as mentes mais


talentosas do mundo duvidavam de suas próprias convicções, um jovem funcionário de uma
biblioteca suíça publica várias teorias. Em uma delas explica o Movimento Browniano, a
misteriosa trajetória de partículas (por exemplo) sobre a água parada.
Em outra, mostra como ocorre o efeito fotoelétrico, a geração de eletricidade a partir
da luz, que varia conforme a sua frequência. Lança também a Teoria da Relatividade,
segundo a qual o tempo e o espaço dependem do referencial em que o objeto é observado.

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O Jovem se chamava Albert Einstein, recém-formado na Escola Politécnica de Zurique.
Pouco antes, Max Planck havia solucionado o problema da radiação do corpo negro.
Um corpo que não reflete luz emite radiação de acordo com sua temperatura. Porém
essa radiação não variava conforme previam as teorias clássicas. Para explicar essa
contradição, Planck supôs que a energia era emitida de maneira quantizada, quer dizer, em
quantidades bem definidas, como se fossem pequenos pacotes de energia.

Revolução

As teorias do início do século tiveram grande impacto sobre o desenvolvimento da


Física. A partir delas, chegamos a diversas outras conclusões que revolucionaram a Ciência
e cujo impacto experimentemos até hoje no desenvolvimento do eletrônica, das
telecomunicações, na medicina e em muitas outras áreas. O estudo dessas teorias e suas
consequências denominaram a Física Moderna.
Entre os resultados obtidos com o estudo da Física Moderna temos:

Matéria e Energia são equivalentes

A matéria pode ser considerada uma grande quantidade de energia organizada.


Algumas das provas de que isso é verdade são as usinas nucleares e as bombas
atômicas que utilizam a energia contida em pequenas quantidades de matéria. A fórmula
proposta por Einstein que demonstra essa equivalência é:
E = mc²

Onde:

 E = Energia
 m = Massa
 c = Velocidade da Luz

Tempo e Espaço dependem do referencial

As medidas de tempo e espaço não são iguais para todos. Se um observador move-
se em velocidade próxima a da luz, o tempo se dilata e o espaço se comprime em relação a
um outro observador em repouso. Hoje em dia satélites do sistema GPS possuem correção
dos seus relógios devido aos efeitos da relatividade.

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A Mecânica Quântica

Se a energia se propaga de maneira quantizada, a matéria e energia são equivalentes


e o tempo-espaço é relativo às teorias de Newton deixam de ser aplicáveis a muitos
fenômenos, principalmente em corpos muito pequenos como átomos e moléculas. A partir
daí surge a Mecânica Quântica para estudar alguns destes casos.

O princípio da Incerteza de Heisenberg

No estudo da Mecânica Quântica descobre-se que quanto maior a precisão para


definir a velocidade de uma partícula, menor será a precisão para identificar sua posição e
vice-versa. Isso não se deve a erros de medição: é uma lei da natureza. Este é, de maneira
simplificada, o princípio da incerteza de Heisenberg.

Atualmente

O maior desafio da Física Moderna é formular teorias que reúnam a Mecânica


Quântica e a Relatividade de Einstein, formando uma espécie de "Teoria do Tudo" criando
a base para entender todos os fenômenos do Universo.

 Vamos relembrar o que aprendeu

17. A Teoria da Relatividade Especial ou Restrita prediz que existem situações nas
quais dois eventos que acontecem em instantes diferentes, para um observador

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em um dado referencial, podem acontecer no mesmo instante, para outro
observador que está em outro referencial. Ou seja, a noção de simultaneidade é
relativa e não absoluta. A relatividade da simultaneidade é consequência do fato
que:

a) a Teoria da Relatividade Especial só é válida para velocidades pequenas em comparação


coma velocidade da luz.
b) a velocidade de propagação da luz no vácuo depende do sistema de referência inercial
em relação ao qual é medida.
c) a Teoria da Relatividade Especial não é válida para sistemas de referência inerciais
d) a velocidade de propagação da luz no vácuo não depende do sistema de referência
inercial em relação ao qual ela é medida.

Exercícios de recapitulação

18. A corrente elétrica induzida em uma espira circular será:


a) nula, quando o fluxo magnético que atravessa a espira for constante;
b) inversamente proporcional à variação do fluxo magnético com o tempo;
c) no mesmo sentido da variação do fluxo magnético;
d) tanto maior quanto maior for a resistência da espira;

19. Num condutor fechado, colocado num campo magnético, a superfície determinada
pelo condutor é atravessada por um fluxo magnético. Se por um motivo qualquer o
fluxo variar, ocorrerá:
a) curto circuito
b) interrupção da corrente
c) o surgimento de corrente elétrica no condutor
d) a magnetização permanente do condutor

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20. As figuras abaixo representam uma espira e um imã próximos.

Das situações abaixo, a que NÃO corresponde à indução de corrente na espira é aquela em
que:
a) a espira e o imã se afastam;
b) a espira está em repouso e o imã se move para cima;
c) a espira se move para cima e o imã para baixo;
d) a espira e o imã se movem com a mesma velocidade para a direita.

21. Com relação às linhas de campo magnético, assinale a alternativa correta:


a) Fora do ímã, elas estão orientadas do polo norte para o polo sul.
b) Fora do ímã, elas estão orientadas do polo sul para o polo norte.
c) Dentro do ímã, elas estão orientadas do polo norte para o polo sul.
d) São linhas abertas, ou seja, elas têm inicio, mas não tem fim.

22. O polo norte magnético da agulha de uma bússola aponta aproximadamente para
o Polo Norte geográfico da Terra. Isso ocorre porque:
a) Próximo do Polo Norte geográfico está o polo norte magnético da Terra.
b) Próximo do Polo Norte geográfico está o polo sul magnético da Terra;
c) Próximo do Polo Sul geográfico está o polo sul magnético da Terra;
d) Exatamente no Polo Norte geográfico se encontra o polo norte magnético da Terra.

23. Um bloco de ferro é colocado nas proximidades de um ímã. Com relação à força
magnética, é correto afirmar que:
a) É o ímã que atrai o ferro;
b) É o ferro que atrai o ímã.
c) A atração do ímãs pelo ferro é mais intensa que a atração do ferro pelo ímã.
d) O ímã e o ferro se atraem com forças de mesma intensidade.

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24. A diferença entre ondas mecânicas, como o som, e eletromagnéticas, como a luz
consiste no fato de que:
a) A velocidade de propagação, calculada pelo produto do comprimento de onda pela
frequência, só é assim obtida para ondas eletromagnéticas.
b) As ondas eletromagnéticas podem assumir um configuração mista de propagação
transversal e longitudinal.
c) Apenas as ondas eletromagnéticas, em especiala luz, os sofrem o fenômeno
denominado difração.
d) Somente as ondas eletromagnéticas podem propagar-se em meios materiais ou
não materiais.

25. Nos dias atuais, há um sistema de navegação de alta precisão que depende de
satélites artificiais em órbita em torno da Terra. Para que não haja erros
significativos nas posições fornecidas por esses satélites, é necessário corrigir
relativisticamente o intervalo de tempo medido pelo relógio a bordo de cada um
desses satélites. A Teoria da Relatividade Especial prevê que, se não for feito
esse tipo de correção, um relógio a bordo não marcará o mesmo intervalo de
tempo que outro relógio em repouso na superfície da Terra, mesmo sabendo-se
que ambos os relógios estão sempre em perfeitas condições de funcionamento e
foram sincronizados antes do o satélite se lançado.Se não for feita a correção
relativística para o tempo medido pelo relógio de bordo:

a) ele se adiantará em relação as relógio em Terra enquanto ele for acelerado em relação à
Terra.
b) ele ficará cada vez mais adiantado em relação ao relógio em Terra.
c) ele atrasará em relação ao relógio em Terra durante metade de sua órbita e se adiantará
durante a metade da outra órbita.
d) ele ficará cada vez mais atrasado em relação ao relógio em Terra.

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26. A teoria da Relatividade Restrita, proposta por Albert Einstein (1879 – 1955) em
1905, é revolucionária porque mudou as idéias sobre o espaço e o tempo, mas em
perfeito acordo com os resultados experimentais. Ela é aplicada, entretanto,
somente a referenciais inerciais. Em 1915, Einstein propôs a Teoria Geral da
Relatividade, válida não só para referenciais inerciais, mas também para
referenciais não inerciais.

Sobre os referenciais inerciais, considere as seguintes afirmativas:

I. São referenciais que se movem, uns em relação aos outros, com velocidade constante.

II. São referenciais que se movem, uns em relação aos outros, com velocidade variável.

III. Observadores em referenciais inerciais diferentes medem a mesma aceleração para o


movimento de uma partícula.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.


b) Apenas a afirmativas II é verdadeira.
c) As afirmativas I e II são verdadeiras.
d) As afirmativas I e III são verdadeiras.

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Física – Gabarito 3º ano. Módulo III
Questão Gabarito Questão Gabarito

1 d 14 d

2 c 15 b

3 c 16 a

4 d 17 d

5 d 18 a

6 d 19 c

7 c 20 d

8 d 21 a

9 a 22 b

10 a 23 d

11 a 24 d

12 a 25 d

13 a 26 d

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