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INTRODUÇÃO

A Eletrostática é uma das áreas da Eletricidade em que o seu estudo é voltado


para os fenômenos relacionados às cargas elétricas em repouso. A eletrostática é uma
parte da física, que é responsável por estudar as cargas elétricas desconsiderando seu
movimento.
A nomenclatura eletrostática vem do grego elektron, cujo significado é elétron,
e statikos, que significa estacionário, portanto elétron estacionário. Assim, o nome se dá
em razão do seu foco ser nas cargas elétricas estáticas, ou seja, cargas em repouso, com
o estudo de seu comportamento, propriedades e fenômenos relacionados.
Ela aborda propriedades e comportamentos das cargas, como força, campo e
potencial elétricos, diferentemente da eletrodinâmica, que estuda a dinâmica das cargas,
ou seja, as cargas elétricas em movimento.
É regida por dois princípios: o princípio da atração e repulsão das cargas
elétricas e o princípio de conservação das cargas.
Voltados para os grandes fenomenos da eletrostatica decidimos fazer o presente
trabalho.

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DESENVOLVIMENTO

Eletricidade estática é a definição dada ao excesso de cargas elétricas em um


corpo, estando essas cargas em repouso. Quando as cargas em excesso estão em
movimento, temos a eletricidade dinâmica. A área da física que estuda os fenômenos
associados à eletricidade estática é a eletrostática.

Esta se baseia em dois princípios:


 Princípio da conservação da carga elétrica: a carga elétrica total de um sistema
eletricamente isolado é constante;
 Princípio da atração e repulsão de cargas: cargas elétricas de mesmo sinal
repelem-se e, de sinais contrários, atraem-se.

Os fenômenos eletrostáticos ocorrem quando um corpo, após passar por um


processo de eletrização, fica carregado eletricamente. Os corpos eletrizados podem
ficar carregados de duas formas:
 Positivamente: se possui mais prótons do que elétrons;
 Negativamente: se possui mais elétrons do que prótons.

Ele ainda pode ser neutro, se tiver a mesma quantidade de prótons e elétrons.

Electrização dos corpos

Processos de eletrização são fenômenos em que elétrons são transferidos de um


corpo para outro em virtude de uma diferença na quantidade de cargas elétricas
existente entre dois ou mais corpos, ou, ainda, pela aquisição de energia advinda do
atrito entre corpos.

Existem três tipos de processos de eletrização, são eles: por atrito, por contato e
por indução. A compreensão sobre como ocorrem esses processos, por meio de suas
definições bem como pela realização de exercícios.

Eletrização por contato

Ocorre quando um corpo eletrizado é colocado em contato com um corpo


neutro. Se o corpo estiver eletrizado positivamente, suas cargas atrairão os elétrons
livres do corpo neutro, que passarão para o corpo positivo em virtude do contato.
Assim, o corpo que era neutro perde alguns elétrons, ficando com excesso de prótons,
ou seja, eletrizado positivamente.

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Mas se o corpo estiver com excesso de cargas negativas e for colocado em
contato com um corpo neutro, haverá repulsão entre os elétrons que passarão em parte
para o corpo neutro.

Sempre que ocorre a eletrização por contato, o corpo neutro eletriza-se com
carga de mesmo sinal que o corpo que estava eletrizado.

Eletrização por atrito

A eletrização por atrito ocorre ao atritarmos dois corpos eletricamente neutros


feitos de materiais diferentes. Durante esse processo, um corpo perderá elétrons, e o
outro ganhará elétrons.

Após o atrito, ambos estarão eletrizados, mas com sinais opostos, sendo que um
corpo ficará eletrizado positivamente, e o outro, negativamente, podendo assim se
atraírem, como podemos ver na imagem. Na eletrização por atrito nem todos os
materiais quando atritados são capazes de se eletrizar. Isso depende da sua afinidade
elétrica, que varia de acordo com a série triboelétrica.

Eletrização por indução

A eletrização por indução ocorre quando aproximamos um corpo eletricamente


neutro (chamado de induzido) a um corpo eletricamente carregado (chamado de
indutor), ocorrendo uma polarização das cargas elétricas, sendo que as cargas do corpo
carregado atrairão as cargas de sinal contrário e repelirão as cargas com o mesmo sinal
que pertencem ao corpo neutro.

Posteriormente, esse corpo neutro será transformado em um corpo carregado.


Para isso, é preciso que seja feita uma conexão com um fio terra, por onde fluirão os
elétrons em direção à terra ou da terra, podendo ocorrer a retirada ou adição de elétrons
ao corpo. Após o processo, cortaremos o fio e retiraremos o indutor de perto do
induzido.

Interação dos corpos carregados

Força elétrica é força que uma carga elétrica exerce sobre outra. Ela é repulsiva


para cargas de mesmo sinal e atrativa para cargas de sinais opostos. Além disso, é
uma grandeza vetorial, proporcional ao módulo das cargas e inversamente proporcional
à distância que as separa.
Essa força faz os átomos se repelirem ou se atraírem, dando origem, assim, aos
diferentes tipos de ligações químicas, por exemplo. A compreensão sobre a forma como
a força elétrica funciona é fundamental para entendermos diversos fenômenos naturais,
bem como o grande número de tecnologias que dispomos hoje em dia e que funcionam
com base na eletricidade.

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E isso ocorre precisamente pelo fato de que as cargas elétricas são formadas por
partículas elementares que constituem os átomos, conhecidas como prótons (carga
positiva), elétrons (carga negativa) e nêutrons (carga neutra).

Força elétrica é a interação exercida entre cargas elétricas. Cargas elétricas de


mesmo sinal repelem-se quando aproximadas, e cargas elétricas de sinais diferentes são
atraídas. A força elétrica que uma carga exerce sobre outra carga é proporcional ao
produto do módulo de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância
que as separa.

A força elétrica é também uma grandeza vetorial, pois apresenta módulo, direção
e sentido. A unidade de medida da força elétrica é o newton. Além disso, é importante
lembrar que, independentemente do módulo das cargas que interagem, a força elétrica
exercida sobre ambas as cargas é igual, em decorrência da terceira lei de Newton,
chamada lei da ação e reação.

A lei usada para quantificar a intensidade da força elétrica que uma carga produz
sobre outras cargas é a lei de Coulomb, que foi nomeada como forma de homenagem a
seu descobridor, o físico francês Charles Augustin Coulomb (1736-1806) pelas suas
contribuições nos estudos da eletricidade.

Por meio de uma balança de torção, criada por ele mesmo, Charles Coulomb foi
capaz de determinar a intensidade da força entre cargas de forma precisa. Com base em
seus resultados experimentais, ele deduziu a lei matemática que explica a força de
interação entre cargas elétricas. A força de atração entre cargas elétricas é proporcional
ao produto de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as
separa.

Carga Elétrica Puntiforme

As chamadas cargas elétricas puntiformes correspondem aos corpos eletrizados


cujas dimensões e massa são desprezíveis, se comparadas às distâncias que os afastam
de outros corpos eletrizados.

Átomos
Os átomos são unidades fundamentais da matéria, formados por um núcleo com
carga elétrica positiva, chamada de prótons, e os nêutrons, partículas de carga neutra.
O núcleo atômico, que carrega quase toda a massa (99,9%) do átomo, é envolvido por
uma nuvem de elétrons de carga negativa, localizados na eletrosfera.
A carga elétrica é uma propriedade física intrínseca à matéria e pode ser positiva
ou negativa, sendo o que as diferencia apenas o sinal algébrico. Por convenção,
representamos a carga do elétron como sendo de sinal negativo e a carga do próton com
sinal positivo .

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Como são apenas representações, não há problema algum em invertê-las,
contudo é necessário lembrar que possuem sinais diferentes e, devido a isso, serão
atraídas uma pela outra.
Prótons (p+)

Os prótons são partículas eletrizadas de carga positiva, as quais, junto aos


nêutrons, constituem o núcleo dos átomos. Possuem o mesmo valor da carga dos
elétrons, e por isso, os prótons e os elétrons tendem a se atrair eletricamente.
O valor da carga do próton e do elétron é chamado de quantidade de carga
elementar (e) e possui o valor de e = 1,6 .10-19 C.

Elétrons (e-)

Os elétrons são minúsculas partículas eletrizadas de carga negativa e massa


desprezível (cerca de 1840 vezes menor que a massa do núcleo atômico). Diferente dos
prótons e dos nêutrons, os elétrons encontram-se na eletrosfera, os quais circundam o
núcleo atômico, a partir da força eletromagnética.

Nêutrons (n0)

Os nêutrons são partículas de carga neutra, ou seja, não possuem carga; junto aos
prótons, constituem o núcleo dos átomos. Possui grande importância no núcleo dos
átomos, uma vez que proporciona estabilidade ao núcleo atômico, já que a força nuclear
faz com que seja atraído por elétrons e prótons.

Força elétrica e campo elétrico

A força elétrica e o campo elétrico são grandezas intimamente relacionadas.


Toda carga elétrica produz um campo ao seu redor, chamado campo elétrico. O campo
elétrico é um local onde há uma forte concentração de força elétrica, é um tipo força que
as cargas elétricas geram ao seu redor.

Quando uma partícula eletricamente carregada com carga positiva é abandonada


em uma região onde há campo elétrico, sobre ela surge uma força elétrica proporcional
ao módulo de sua carga. Entretanto, quando uma carga elétrica de sinal negativo é
abandonada nas mesmas condições, ela se move no sentido oposto ao sentido do campo
elétrico. O campo elétrico é, por definição, a força elétrica produzida por unidade de
carga.

Trabalho da força elétrica

Trabalho da força elétrica é a quantidade de energia que uma carga elétrica


ganha ou perde ao se deslocar ao longo de uma região de campo elétrico não nulo. Para
que algum trabalho seja exercido sobre a carga elétrica, é necessário que ela se
desloque, mesmo que parcialmente, na  direção das linhas do campo elétrico.

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Corpos bons e maus condutores de cargas eléctricas
A condutividade elétrica é uma propriedade dos materiais que descreve a sua
capacidade de transportar corrente elétrica. Trata-se de uma grandeza que depende da
quantidade de cargas elétricas livres que as substâncias possuem: quanto mais cargas
livres um determinado material apresenta, maior é a sua condutividade elétrica; mas
quanto menor a quantidade de cargas livres, menor é a condutividade elétrica de um
material.
Os condutores são materiais elétricos que conduzem as cargas elétricas com o
mínimo de resistência quando submetidos a uma diferença de potencial elétrico (tensão
elétrica), como pilhas, baterias ou tomadas. 

Isso acontece devido à enorme presença de elétrons em sua camada de valência


(última camada do átomo a receber elétrons), denominados elétrons livres, que
apresentam uma baixa força de atração com o núcleo do seu átomo, o que concede
grande liberdade de movimentação dos elétrons (corrente elétrica) através do condutor.

Os fios condutores de eletricidade são feitos de cobre, um dos materiais com


melhor condução elétrica. Os condutores são materiais que apresentam pouca
resistência à passagem de corrente elétrica em seu interior quando sujeitos a uma tensão
elétrica, em razão da baixa força atrativa entre os seus elétrons livres e o seu núcleo
atômico, permitindo uma ótima condução de energia. Alguns exemplos de condutores
são a prata, o ouro, o aço e o alumínio.

Condutores e Isolantes

Condutores e isolantes são materiais elétricos que se comportam de maneiras


opostas no que respeita à passagem de corrente elétrica. Enquanto os condutores
permitem a movimentação dos elétrons ou íons, os isolantes dificultam essa
movimentação, ou seja, a passagem da eletricidade.

É o mesmo que dizer que os condutores conduzem as cargas, ou facilitam, a sua


passagem e que os isolantes a isolam. Isso acontece em decorrência da estrutura atômica
das substâncias, ou melhor, dos elétrons que os materiais apresentam na sua camada de
valência. A camada de valência é aquela que fica mais distante do núcleo atômico.

Condutores

Condutores elétricos são materiais de baixa resistividade. A resistividade é uma


propriedade dos materiais, que caracteriza o quão fácil os portadores de carga podem se
movimentar através deles. Nos materiais condutores, as cargas elétricas se movimentam
com mais liberdade em função dos elétrons livres presentes na sua camada de valência.

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A ligação dos elétrons livres com o núcleo atômico é bastante fraca. Assim,
esses elétrons têm tendência para serem doados, movimentam-se e espalham-se
facilitando a passagem da eletricidade.

São exemplos de condutores elétricos os metais em geral, tais como cobre, ferro,
ouro e prata.
Os condutores ainda podem ser de segunda espécie: soluções eletrolíticas, e
soluções aquosas de ácidos, bases ou sais. Nestes condutores os portadores de cargas
são íons negativos ou positivos.

Os condutores de terceira espécie são gases ionizados onde os portadores de


carga podem ser íons positivos, negativos e elétrons livres.

Isolantes

Isolantes elétricos são materiais de alta resistividade, de modo que os portadores


de carga (elétrons e íons) têm dificuldade de se movimentarem através dos mesmos.
Nos materiais isolantes, também chamados dielétricos, verifica-se a ausência ou pouca
presença de elétrons livres. Isso faz com que os elétrons dos isolantes estejam
fortemente ligados ao núcleo, inibindo a sua movimentação. São exemplos de isolante
elétricos: borracha, isopor, lã, madeira, plástico e papel, vácuo, vidro.

Resistividade e condutividade

Resistividade e condutividade são propriedade dos materiais, inversamente


proporcionais, que indicam o quão bem um material conduz eletricidade. Materiais com
alta resistividade, possuem baixa condutividade, e vice-versa.
A resistividade também é afetada pela temperatura, portanto, a condutividade
também, e a resistividade aumenta com o aumento da temperatura.

Tipos de condutores

Condutores sólidos
Os condutores sólidos, ou condutores metálicos, são aqueles caracterizados pela
facilidade em doar elétrons e pelo deslocamento dos elétrons livres, que são atraídos
pelo polo positivo e repelidos pelo polo negativo, conduzindo rapidamente a energia.

Condutores líquidos
Os condutores líquidos, ou condutores eletrolíticos, são aqueles caracterizados
pelo deslocamento dos ânios (íon negativos) e dos cátions (íons positivos) em sentidos
opostos, gerando uma corrente elétrica e, consequentemente, energia.

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Condutores gasosos
Os condutores gasosos, ou condutores de terceira classe, são aqueles
caracterizados pelo deslocamento dos ânions (íon negativos) para o polo positivo e dos
cátions (íons positivos) para o polo negativo, gerando energia por meio das suas
colisões.
Exemplos de condutores:
No estado sólido: prata, cobre, alumínio, ouro, aço, alumínio, ferro.
No estado líquido: sódio, mercúrio, cálcio, potássio, soluções básicas ácidas ou salinas.
No estado gasoso: todos os gases que podem ser ionizados (aqueles que ganham ou
perdem elétrons).
Semicondutores
Os materiais semicondutores são materiais sólidos que apresentam uma
condutividade elétrica intermediária, fazendo com que eles se comportem ora como
isolantes, ora como condutores de acordo com as condições ambientais, como
temperatura e estado elétrico. Alguns exemplos de semicondutores são o silício e o
germânio, usados na produção de componentes eletrônicos.

O Electroscópio
O eletroscópio é um instrumento cujo funcionamento se baseia nos princípios da
eletrização e da atração e repulsão de cargas elétricas. Ele permite verificar se um corpo
está eletrizado ou não. Para essa verificação, coloca-se o corpo em questão aproximado
da extremidade superior do eletroscópio, que consiste no nosso experimento de uma
bolinha de papel alumínio amassada. Essa bolinha está ligada a duas pequenas folhas de
papel alumínio localizadas no interior do aparelho através de uma haste metálica. Se
ocorrer o afastamento dessas folhas, poderemos afirmar que o corpo está eletrizado.
O eletroscópio é um dos primeiros instrumentos científicos usados para detectar
a presença de carga elétrica em um corpo, ou seja, identificar se um corpo está
eletrizado como já dito. Ele detecta carga pelo movimento de um objeto de teste devido
à força eletrostática de Coulomb sobre ele. A quantidade de carga em um objeto é
proporcional à sua voltagem. O acúmulo de carga suficiente para ser detectado com um
eletroscópio requer centenas ou milhares de volts, portanto, os eletroscópios são usados
com fontes de alta tensão, como eletricidade estática e máquinas eletrostáticas.

Um eletroscópio pode dar apenas uma indicação aproximada da quantidade de


carga; um instrumento que mede a carga elétrica quantitativamente é chamado de
eletrômetro. O eletroscópio foi o primeiro instrumento de medição elétrica . O primeiro
eletroscópio foi uma agulha pivotante (chamada de versório ), inventada pelo médico
britânico William Gilbert por volta de 1600. O eletroscópio de bola de medula e
o eletroscópio de folha de ouro são dois tipos clássicos de eletroscópio, que são ainda
usado no ensino de física para demonstrar os princípios da eletrostática . Um tipo de
eletroscópio também é usado no dosímetro de radiação de fibra de quartzo.
Eletroscópios foram usados pelo cientista austríaco Victor Hess na descoberta dos raios
cósmicos.

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CONCLUSÃO
A eletricidade está presente no nosso dia a dia como, por exemplo, nos carros,
computadores, celulares e lâmpadas. A eletricidade é importante não só para o nosso
bem-estar e lazer, mas também para o desenvolvimento da sociedade em que vivemos.
Em grande parte, o estudo da eletricidade se ocupa em aprender formas de se controlar a
energia elétrica.

Quando controlada corretamente, a eletricidade pode fazer muito do trabalho


exigido para manter nossa sociedade em pleno funcionamento. Sem ela, nossa vida seria
bem diferente e muito mais difícil do que realmente é no cotidiano. 

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REFERÊNCIAS

SANTOS, Kelly Vinente dos. Fundamentos de Eletricidade: Curso Técnico em


Manutenção e Suporte em Informática. [S. l.], 2011.  FOWLER, Richard.
Fundamentos de Eletricidade: corrente contínua e magnetismo. 7. ed. [S. l.]: AMGH
editora LTDA, 2013. FILHO, Christovam Paschoal.
Eletricidade básica: fundamentos, cálculos e elementos utilizados em circuitos. 1º. ed.
[S. l.]: Editora Saraiva, 2019. ISBN 9788536531779.
http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aula-pratica-construcao-um-
eletroscopio-folhas.htm
http://pesquisandoaprendendo.blogspot.com.br/2009/03/eletroscopio-de-folha.html

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