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Aula 01

Fundamentos da elétrica.

Base:

 Eletrostática;
 Grandezas elétricas;
 Leis de Ohm,
 Fontes de energia;
 Potência e energia elétrica;
 Instrumentos de medida;

Eletrostática:
(A eletrostática e a área da física que abrange o estudo das cargas elétricas em repouso.)

A eletricidade é um fenômeno presente em nosso cotidiano e sem ela nossas cidades parariam,
as comunicações seriam interrompidas e nossa rotina diária seria profundamente alterada.
Como seria viver em um mundo sem a eletricidade como a conhecemos hoje?

As primeiras experiências de que se tem notícia no campo da eletricidade ocorreram na Grécia


Antiga. Numa dessas experiências, um bastão de âmbar (uma resina vegetal fossilizada) era
esfregado em um pedaço de lã e, após isso, o bastão de âmbar adquiria a capacidade de atrair
pedacinhos de palha seca. Âmbar em grego é élektron, o que explica a origem da palavra
“eletricidade”.

Mas oque e eletricidade?

1- Conjunto de fenômenos naturais que envolvem a existência de cargas elétricas


estacionárias ou em movimento.
2- Ramo da física que investiga estes fenômenos

Como sabemos, toda a matéria é constituída por átomos. Os átomos são compostos
basicamente de prótons, nêutrons e elétrons. No modelo de átomo planetário, apresentado em
1911 por Ernest Rutherford (1871-1937), prótons e nêutrons estão concentrados formando
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o núcleo em uma diminuta região central do átomo. Os elétrons, em constante movimentação,


distribuem-se ao redor do núcleo numa região denominada eletrosfera.

Prótons, nêutrons e elétrons são partículas dotadas de massa. Além de massa, os prótons e os
elétrons têm carga elétrica, uma propriedade associada às partículas fundamentais que
constituem o átomo.

Cargas elétricas:

Verifica-se que a carga elétrica do próton e a do elétron têm o mesmo valor, variando apenas o
seu sinal. Esse valor é denominado carga elétrica fundamental e costuma ser representado
por E.

O nêutron, por não apresentar efeitos elétricos, é considerado desprovido de carga elétrica.

No Sistema Internacional de Unidades, a carga elétrica é medida em coulombs (símbolo C), em


homenagem ao físico francês Charles Augustin Coulomb (1736-1806).

No SI (Sistema Internacional de Unidades), a carga elétrica fundamental e vale:

Temos então:

Normalmente, um corpo qualquer apresenta o número de prótons igual ao número de


elétrons e dizemos que o corpo está eletricamente neutro, ou simplesmente neutro. Nesse caso,
ele terá carga elétrica total nula.

Por outro lado, se o corpo apresenta número de prótons diferente do número de elétrons,
dizemos que ele se encontra eletrizado, isto é, o corpo tem carga elétrica total diferente de zero.
Assim, eletrizar um corpo significa tornar diferente o número de prótons do número de
elétrons do corpo.
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É importante destacar que podemos alterar apenas o número de elétrons do corpo, nunca o
número de prótons.

Condutores x isolantes

Neste modelo atômico podemos observar as camadas


de um átomo, os elétrons são distribuídos nas
camadas de acordo com o modelo atômico do
material a ser estudado. Para nosso estudo e
importante intendermos que quanto mais próximo ao
núcleo mais difícil será para o elétron se desprender
do átomo “se mover” e quanto mais distante mais fácil.

É importante também, estabelecermos uma distinção


entre os corpos condutores de eletricidade e os corpos
não condutores de eletricidade, também
chamados isolantes.

Nos metais – ouro, prata, cobre, alumínio, ferro – os


elétrons que ocupam a camada de valência (ultima
camada) do átomo podem se desprender do átomo com relativa facilidade. Tais elétrons são
chamados elétrons livres.

Estes elétrons livres podem transitar através do material passando de um átomo para outro
átomo vizinho. Esses materiais, cujos átomos possuem elétrons fracamente ligados ao núcleo,
são denominados condutores de eletricidade. (As soluções iônicas, os gases ionizados e o corpo
humano também são condutores de eletricidade.)

Por outro lado, os materiais que não possuem elétrons livres ou os possuem em pequeníssima
quantidade são isolantes. Como exemplo, podemos citar o vidro, os plásticos, a borracha, a
madeira seca, a lã, o ar e muitos outros.

Os princípios da eletrostática
Todo o estudo da eletricidade norteia-se por dois princípios: o princípio da atração e da
repulsão e o princípio da conservação das cargas elétricas.

 PRINCIPIO DA ATREÇÃO E REPULSÃO

Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos se atraem.

 Princípio da conservação das cargas elétricas


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Consideremos um sistema de corpos que não recebe e nem cede cargas elétricas para o
exterior. Dizemos então que este sistema de corpos é um sistema eletricamente isolado.

O princípio da conservação das cargas elétricas estabelece que:

Em um sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas positivas e negativas é sempre
constante.

Os processos de eletrização:

Sabemos que eletrizar um determinado corpo significa tornar diferentes o número de elétrons e
o número de prótons do corpo. Podemos eletrizar um corpo por três processos distintos: por
atrito, por contato e por indução.

A eletrização por atrito;

No início deste capítulo dissemos que já na Grécia Antiga se observavam fenômenos elétricos:
após esfregar um bastão de âmbar em um pedaço de tecido, o bastão de âmbar adquiria a
capacidade de atrair pedacinhos de palha seca. Isso ocorria porque o bastão de âmbar se
eletrizava.

Para provocar uma eletrização que dois corpos de materiais diferentes, inicialmente neutros,
sejam esfregados um no outro.

Série triboelétrica

A série triboelétrica é uma tabela que indica se os corpos ficarão positivos ou negativos após o
atrito. Cada material irá perder elétrons se for atritado com qualquer outro material que
possuir posição inferior na tabela.
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A eletrização por contato;

Na eletrização por contato, a eletrização é conseguida pelo simples contato


de um corpo neutro, o corpo A, com um corpo previamente eletrizado, o
corpo B. Verifica-se que após esse contato, o corpo neutro acaba por
eletrizar-se com carga de mesmo sinal da do corpo previamente eletrizado.

Esse processo de eletrização é particularmente importante no caso de os


corpos serem condutores de eletricidade.

Consideremos, por exemplo, duas esferas metálicas idênticas, A e B,


com A neutra e B eletrizada negativamente e, portanto, com excesso de
elétrons.

Quando do contato da esfera B com a esfera A, parte dos elétrons em


excesso da esfera B passam para a esfera A. Após a separação das esferas,
ambas estarão eletrizadas negativamente.

Note que, durante seu contato com a esfera A, se a esfera B estivesse


eletrizada positivamente (com falta de elétrons) elétrons passariam da
esfera A para a esfera B. Assim, a esfera A acabaria por se eletrizar
positivamente.

Convém ressaltar que, pelo princípio da conservação das cargas elétricas:

Dessa maneira, se os corpos A e B são esferas condutoras idênticas, então,


a carga inicial do sistema distribui-se igualmente entre elas e, ao final, cada
esfera terá uma carga elétrica igual à metade da carga total inicial.
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A eletrização por indução;

A indução eletrostática é o fenômeno de


“separação” das cargas elétricas de um corpo.
Vamos analisar com mais detalhes este fenômeno
elétrico.

Consideremos uma esfera A, previamente


eletrizada, e uma esfera B, metálica e inicialmente
neutra, na qual provocaremos a indução
eletrostática. A esfera A, que provocará a indução
na esfera B, é denominada indutor; a esfera B que
sofrerá a indução eletrostática é
denominada induzido.

Quando essas esferas são aproximadas uma da


outra, mas sem que haja contato entre elas,
elétrons da esfera neutra são atraídos ou repelidos,
dependendo da carga do indutor.

A esfera que recebera a indução e conectada a


terra por um condutor de forma que a carga
elétrica da terra sobem e eletrizam o induzido
(podendo ser positivamente ou negativamente
dependendo da carga elétrica do indutor.)

No processo de eletrização por indução a carga


elétrica final do condutor (induzido) que
inicialmente estava neutra sempre terminará
oposta a carga do indutor.

Grandezas elétricas:

Tensão elétrica;
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Tensão elétrica e a diferença de potencial (DDP) entre dois corpos, ela mede o quanto um
corpo está eletricamente carregado em relação ao outro.

Simbologia: V, E OU U;

Unidade de medida: Volt (V);

EX1:

EX2:
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EX3:

Corrente elétrica:

E a circulação de cargas elétricas, por um meio material (condutor), ou fluxo ordenado dos
elétrons por um condutor.

Simbologia: I;

Unidade de medida: Ampère (A);

OBS: “Como a corrente elétrica e um fluxo de cargas, devemos medir este fluxo por uma
unidade de tempo, logo, ampère significa fluxo de cargas por segundo.”

Resistencia elétrica:

Resistencia é a oposição que um material apresenta à passagem de corrente elétrica.

Simbologia: R;
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Unidade de medida: OHM (Ω)

Leis de OHM:
Primeira lei de Ohm:
A primeira lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência constante)
mantido à temperatura constante, a intensidade de corrente elétrica (i) será
proporcional à diferença de potencial (DDP) aplicada entre suas extremidades.
Ou seja, sua resistência elétrica é constante. Ela é representada pela seguinte formula:

Exercícios:

1- Um determinado circuito elétrico está alimentado por uma tensão (DDP) de 220 V,
encontra-se neste mesmo circuito um resistor ôhmico de 100 Ω. Determine a corrente
elétrica que percorre este circuito.

Resposta: I = V / R I = 220 / 100 R I = 2,2 A

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