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Sumário

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3

Matéria Estudo do Átomo ............................................................................................................ 3

Átomo ............................................................................................................................................ 3

A Corrente Elétrica ........................................................................................................................ 4

Sentido da Corrente Elétrica ......................................................................................................... 4

Tensão Elétrica .............................................................................................................................. 5

Resistores ..................................................................................................................................... 5

Tipos de Resistores Fixos. ............................................................................................................ 5

10.1 - Percentual de tolerância ..................................................................................................... 6

10.2 - Resistores Variáveis............................................................................................................ 6

10.3 - Efeito Joule. ........................................................................................................................ 6

Características elétricas dos resistores:........................................................................................ 7

Resistores em Série: ..................................................................................................................... 7

Resistência Equivalente mista. ..................................................................................................... 9

Instrumentos de Medida. ..............................................................................................................11

Tensão Contínua ......................................................................................................................... 13

23 TENSÃO ALTERNADA. ......................................................................................................... 14

MATERIAIS ELÉTRICOS ............................................................................................................ 14

24.7 - FUSÍVEIS. ......................................................................................................................... 16

24.8 - ISOLADORES ................................................................................................................... 17

24.8.5 - TRANSFORMADORES. ................................................................................................ 17

24.8.6 - TRANSFORMADOR TRIFÁSICO .................................................................................. 18

24.9 - MOTORES ELÉTRICOS................................................................................................... 19

24.9.2 - Motores de Corrente Alternada: ................................................................................... 19

24.9.3 - Motores de Indução ou Assícronos ................................................................................ 19

PARTIDA DO MOTOR................................................................................................................. 20

24.9.6 - Instalações de Motores .................................................................................................. 21

25.0 – ANEXOS........................................................................................................................... 22

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INTRODUÇÃO

Matéria Estudo do Átomo


Os átomos são tão pequenos, que 100 mi-
lhões deles, um ao lado do outro, formarão uma
reta de 10 mm de comprimento.

100 000 000 átomos = 10 mm

Átomo A eletrosfera pode ser composta por ca-


madas, identificadas pelas letras maiúsculas K, L,
É uma partícula presente em todo matéria do
M, N, O, P e Q.
universo. O universo, a terra, os animais, as plan-
Cada camada da eletrosfera é formada por
tas... Tudo é composto de átomos. Até o início do
um número máximo de elétrons, conforme você
século XX admitia-se que os átomos eram as
pode observar na tabela abaixo.
menores partículas do universo e que não
poderiam ser subdivididas. Hoje se sabe que o
átomo é constituído de partículas ainda menores.
Estas partículas são: PRÓTONS, NEUTRONS E
ELÉTRONS.

IMPORTANTE: Todo átomo possui prótons, elé-


trons e nêutrons.

Elétrons
São partículas subatômicas que possuem
cargas elétricas negativas.

Prótons
São partículas subatômicas que possuem
cargas elétricas positivas.

Nêutrons
São partículas subatômicas que não pos-
suem cargas elétricas.
Note que nem todo átomo possui a mesma
Núcleo quantidade de camadas
É o centro do átomo, onde se encontram os
prótons e nêutrons.

Eletrosfera
São as camadas ou órbitas formadas pelos
elétrons, que se movimentam em trajetórias circula-
res em volta do núcleo. Existem uma força de atra-
ção entre o núcleo e a eletrosfera, conservando
os elétrons nas órbitas definidas camadas,
semelhante ao sistema solar.

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• O que faz uma matéria tão diferente de outra? uma unidade de carga elétrica – o COLOUMB (C) –
que corresponde a 6,28 x 10¹8 elétrons.
• Quais são as semelhanças existentes entre os A intensidade de corrente elétrica é medida
átomos? em AMPERE e corresponde à quantidade de CO-
LOUMBS que passa pôr segundo em um condutor.
• O que faz uma matéria tão diferente de outra?
Uma intensidade de 1 Coulomb pôr segundo equi-
• Quais são as semelhanças existentes entre os vale a um ampère. O instrumento que mede a inten-
átomos? sidade de corrente é o AMPERÍMETRO.
Devemos lembrar que: Corrente Elétrica é
A distribuição de prótons, nêutrons e elé- um fluxo de elétrons em movimento.
trons é que de fato diferenciará um material do Tensão Elétrica é a força que desloca os elé-
outro. trons.
Quanto mais elétrons:
• Menos camadas Sentido da Corrente Elétrica
• Mais força de atração exercida pelo núcleo.

• Menos elétrons livres. Para entendermos o sentido da corrente elé-


trica, é bom recapitularmos as condições de cargas
• Mais estável eletricamente. elétrica do átomo. Como sabemos os prótons tem
carga positiva, e os elétrons, cargas negativas. Se o
• Mais isolante o material. átomo perde elétrons, ficará com carga positiva. Se
o átomo recebe elétrons, ficará com carga negativa.
Condutores: Prata; Cobre; Alumínio; Zinco; La- Se consideramos as condições de carga dos átomos
tão; Ferro apresentados, havendo ligação entre eles, o átomo
B (-) cederá dois elétrons ao átomo A (+). Logo, o
sentido da corrente elétrica é da carga negativa (-)
Isolantes: Ar Seco; Vidro; Mica; Borracha; para a carga positiva (+). Entretanto, antes de ter al-
Amianto; Baquelite cançado esses conhecimentos sobre os átomos, o
homem já fazia uso da eletricidade e sabia que algo
Observação: Semicondutores são materiais se movimentava, produzindo a corrente elétrica, e,
que não sendo bons condutores, não são tampouco pôr uma questão de interpretação, admitiu que o
bons isolantes. O germânio e o silício são substân- sentido da corrente elétrica fosse do positivo (+) para
cias semicondutoras. Esses materiais, devido às o negativo (-). Para evitarmos dúvidas, sempre que
suas estruturas cristalinas, podem sob certas con- considerarmos o sentido da corrente como sendo
dições, se comportar como condutores e sob outras igual ao dos elétrons, diremos Sentido Eletrônico e ,
como isolantes no caso oposto, Sentido Convencional Ou Clássico.
A Corrente Elétrica Resistência Elétrica

Quando um átomo está ionizado, sua tendên- Definição: A oposição que os materiais ofe-
cia é voltar ao estado de equilíbrio. Evidentemente, recem á passagem da corrente elétrica chamamos
um corpo eletrizado tende a perder sua carga, liber- de Resistência Elétrica (R). A resistência elétrica é
tando-se dos elétrons em excesso, ou procurando de grande importância na solução dos problemas
adquirir os elétrons que lhe faltam. de eletricidade. A unidade de medida da resistên-
Concluímos, então, que basta unir corpos cia elétrica é o OHM (Ω). Quando queremos medir
com cargas elétricas diferentes para que se estabe- resistências muito grandes, usamos o MEGA OHM
leça um fluxo de elétrons, que chamamos CORRE (MΩ), que equivale a 1.000.000 de ohms, ou o QUI-
NTE ELÉTRICA. LOHM (KΩ).
Para se ter uma idéia exata da grandeza (IN- Quando queremos medir resistências mui-
TENSIDADE) de uma corrente elétrica, tornou-se to pequenas, usamos o MICROHM (µΩ) ou o
necessário estabelecer uma unidade padrão. MILIOHM(mΩ). A resistência elétrica é medida em
Falar em elétrons que passam pôr segundo instrumentos chamados OHMÍMETROS. Quando a
num condutor é impraticável, pois os números en- resistência é muito grande, o instrumento usado é o
volvidos nos problemas seriam enormes. A fim de MEGOMETRO. O inverso da resistência é a condu-
se eliminar esses inconvenientes, fez-se uso de tância (C), Que tem como unidade o MHO.

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Tensão Elétrica tendo facilidade de se deslocar de um átomo para
outro átomo, num rodízio desordenado, sendo cha-
Sempre que há uma diferença de potencial mados de elétrons livres. Os elétrons livres são nu-
(d.d.p.), existe uma tensão tendendo a restabelecer merosos nos materiais condutores e praticamente
o equilíbrio. Podemos demonstrar isso facilmente, inexistentes nos materiais isolantes.
pôr meio de duas vasilhas com água, ligadas pôr
um tubo com registro. Na fig.2, a água das vasilhas Resistores
está no mesmo nível, não havendo diferença de
potencial entre as mesmas. Se abrirmos o registro,
não haverá fluxo de água de uma para a outra.

Medida da Tensão Elétrica


Definição:
Vimos que sempre se modifica a estrutura Resistor é um componente formado pôr um
dos átomos de um corpo, este ficaeletrizado. Se corpo cilíndrico de cerâmica sobre o qual é deposi-
tivermos dois corpos com cargas elétricas diferen- tada uma camada de material resistivo. Esse mate-
tes, haverá entre eles uma diferença de potencial rial determina o tipo e o valor de resistência nominal
(d.d.p.) elétrico, da mesma forma que houve uma do resistor. Ele é dotado de dois terminais coloca-
diferença de potencial hidráulico no caso das va- dos nas extremidades do corpo em contato com o
silhas. É importante, em todos os campos de apli- filme resistivo.
cação da eletricidade, sabermos o valor da tensão Os resistores são utilizados nos circuitos
da d.d.p. Para isso, existe uma unidade de medida, eletrônicos para limitar a corrente elétrica e, conse-
que é o Volt, e um instrumento para medi-la, que é qüentemente, reduzir ou dividir tensões.
o voltímetro. Os resistores são componentes que formam
C= 1/R e R=1/C a maioria dos circuitos eletrônicos. Eles são fabri-
cados com materiais de alta resistividade com a fi-
Materiais Condutores, Isolantes
nalidade de oferecer maior resistência à passagem
da corrente elétrica. Dificilmente se encontrará um
Todos os materiais oferecem certa oposição
equipamento eletrônico que não use resistores.
à passagem da corrente elétrica; no entanto depen-
Este capítulo vai tratar dos resistores e de
dendo da substância do material, essa oposição é
seu código de cores. Desse modo, você vai ser
maior ou menor, sendo que alguns materiais pra-
capaz de identificar as características elétricas e
ticamente não permitem a passagem da corrente
construtivas dos resistores. Vai ser capaz também
elétrica.
de interpretar os valores de resistência expressos
Os materiais que oferecem pouca oposição a
no código de cores.
passagem da corrente elétrica chamamos de: ma-
teriais condutores. Tipos de Resistores Fixos.
Ex: Prata Cobre, Alumínio
Produtos: fio de cobre , fio de alumínio
Os materiais que praticamente não permitem Há quatro tipos de resistores, classificados
passagem da corrente elétrica chamaram de: mate- segundo sua constituição:
riais isolantes.
Ex Vidro, borracha, porcelana. Resistor de filme de carbono;
Produtos; isoladores de pino
A razão da maior ou menor oposição ofere- Resistor de filme metálico;
cida à passagem da corrente elétrica tem sua expli-
cação na estrutura dos átomos. Resistor de fio;
Em alguns materiais, os elétrons em órbitas
Resistência nominal
mais afastadas sofrem pouca atração do núcleo,

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A resistência nominal é o valor da resistência tamanhos variados como mostra a ilustração a seguir.
elétrica especificada pelo fabricante. Esse valor é Esse tipo de resistor constitui-se por um corpo cilín-
expresso em ohms (Ω), em valores padronizados drico de cerâmica que serve de base à fabricação do
estabelecidos pela norma IEC63. componente. Sobre o corpo do componente é deposi-
Dependendo do tipo de resistor e de sua apli- tada uma fina camada de filme de carbono, que é um
cação, a faixa de valores comerciais pode variar. material resistivo. A potência varia de 1/16 W a 2W.
Portanto, os manuais de fabricantes devem ser con- Resistor de fio; constitui-se de um corpo de
sultados a fim de que sejam obtidas as informações porcelana ou cerâmica, sobre este corpo enrola-se
mais específicas sobre os componentes. um fio especial, geralmente de níquel-cromo. O com-
primento e seção desse fio determinam o valor do re-
10.1 - Percentual de tolerância sistor, que tem capacidade para operar com valores
altos de corrente elétrica. A potência varia de 2W a
Em decorrência do processo de fabricação, 200 W.Aplicação em circuitos de grande potência.
os resistores estão sujeitos a imprecisões no seu
valor nominal. O percentual de tolerância indica 9.2 - Resistor de filme metálico: tem o mesmo for-
essa variação de valor que o resistor pode apresen- mato que os resistores de filme de carbono o que dife-
tar em relação ao valor padronizado de resistência rencia é o fato do material resistivo é uma película de
nominal. A diferença no valor pode ser para mais ou níquel, que resulta em valores ôhmicos mais precisos.
para menos do valor nominal. Aplicação em circuitos de precisão, computadores,
É a temperatura que o resistor atinge sem que circuitos lógicos.A potência varia em 1/16 W a 1 W.
sua resistência nominal varie mais que 1,5%, à tem-
peratura de 70ºC. O resistor pode sofrer danos se a
9.3 - Resistor SM R: resistor montado em super-
potência dissipada for maior que seu valor nominal.
fície é constituído de um minúsculo corpo de cerâ-
Em condições normais de trabalho, esse acréscimo
mica com alto grau de pureza no qual é depositada
de temperatura é proporcional à potência dissipada.
uma camada vítrea metalizada formada por uma
10.2 - Resistores Variáveis liga de cromo-silício. Aplicação em circuitos eletrô-
nicos, através de máquinas de inserção automática,
Resistor variável é aquele que possui um va- por tamanho muito pequeno.
lor de resistência mínimo até um valor máximo. Ex.:
potenciômetro. Potências menores que 1/16 W.
Dissipação nominal de potência:
Essas diferenças situam- se em quatro faixas
de valores percentuais de tolerância:
1.0 Para resistores de uso geral:

2.0 Parresistores de precisão


10.3 - Efeito Joule. +/- 2% de tolerância +/- 10% de tolerância

+/- 1% de tolerância +/- 5% de tolerância

OBSERVAÇÃO:

Empregam-se os resistores de precisão ape-


Resistor para montagem em superfície (SM R). nas em circuitos em que os valores de resistência
Cada um dos tipos tem, de acordo com sua são críticos e em aparelhos de medição.
constituição, características que o tornaram mais A tabela abaixo informa que, um resistor de
adequadas a determinada aplicação. 220Ω ±5%(valor nominal), por exemplo, pode
O resistor de filme de carbono, também conhe- apresentar qualquer valor real de resistência entre
cido como resistor de película, apresenta formatos e 232Ω e 209Ω.

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Devido à modernização do processo in- conjunto de resistores ligados em série.
dustrial, os resistores estão sendo produzido pôr A corrente elétrica possuir mais de um cami-
máquinas especiais que utilizam raios lazer para nho para circular.RESISTORES EM PARALELO:
o ajuste final da resistência nominal. Por isso, di- Resistores estão ligados em paralelo, quan-
ficilmente, são encontrados no mercado resistores do os seus terminais estiverem interligados.
para uso geral com percentual de tolerância maior A corrente elétrica possui mais de um cami-
do que +/- 5%. nho para circular.
Como sabemos a resistência diminui, quan-
Características elétricas dos resistores: do a seção (Smm²) aumenta.
Podemos notar que, quando ligamos um con-
O resistor tem características elétricas que o junto em paralelo, estamos somando as seções dos
diferenciam de outros componentes. resistores do conjunto.
Elas são:Resistência nominal; Deduzimos então, que a resistência equiva-
lente do conjunto será sempre menor que a resis-
Percentual tolerância; tência do menor resistor do conjunto. Para deter-
minarmos a resistência equivalente de um conjunto
em paralelo, podemos usar as seguintes abaixo:
Na fig.2, representamos o esquema de um con-
junto de resistores ligados em paralelo:

Dissipação nominal de potência.


É o efeito que ocorre em um resistor, onde
uma parte da energia elétrica é transformada em
calor (energia térmica). Ex.: chuveiro elétrico tor-
neira elétrica.RESITÊNCIA EQUIVALENTE
Para se determinar à resistência equivalen-
te de um conjunto de resistores, é necessário sa-
ber o modo como eles estão ligados entre si. Os
resistores podem ser ligados em Série , Paralelo
ou MISTO. Quando conjuntos em série e em para-
lelo estão interligados, são chamados Mistos ou em
Série-Paralelo.

Resistores em Série: Na fig.3, representamos um conjunto misto.

Como sabemos a resistência aumenta com o


comprimento (L). Podemos ver que quando ligamos
um conjunto em série, estamos somando os com-
primentos dos resistores. Deduzimos, então, que a
resistência equivalente (R ) do conjunto será e a
soma das resistências dos resistores (R).Resistores
estão ligados em série quando:Quando a saída de
um terminal for à entrada a entrada do outro
A resistência equivalente em série, será sem-
pre maior que qualquer resistor da associação em
série.
Na fig.1, representamos o esquema de um

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LEI DE OHM. A relação entre a tensão (E), e a intensidade de
corrente (I) e a resistência elétrica (R) foi determinada
Montando-se um circuito com uma fonte de 9 pelo cientista alemão GEORGE SIMON OHM, ficando
v e um resistor de 100 ohms, notamos que o miliam- em sua homenagem, conhecida como LEI DE OHM,
perímetro indica uma corrente de 90 mA. que pode ser enunciada da seguinte forma;
As medidas encontradas foram: A intensidade da corrente elétrica é direta-
V= 9 V mente proporcional à tensão e inversamente pro-
porcional a resistência do circuito.
R = 100

I = 90 mA

Para facilitarmos a interpretação dessas


Agora se substituirmos o resistor de 100 pelo equações, podemos apresentá-las dentro de um tri-
de 200 , a resistência do circuito torna-se maior. O ângulo (fig. 1) e proceder do seguinte modo:
circuito impõe uma oposição maior à passagem da a) Cobrir a letra que representa a unidade de-
corrente e faz com que a corrente circulante seja sejada:
menor.
As medidas encontradas foram; b) Usar a equação que se apresenta.
V = 9V
R = 200 CIRCUITO SÉRIE
I = 45 mA
À medida que aumenta o valor do resistor, au- Circuito série é aquele cujos componentes
menta também a oposição à passagem da corrente estão ligados de tal modo, que permitem um só
que decresce na mesma proporção. Substituindo o caminho à passagem de corrente elétrica. Na fig.1,
resistor de 200 pôr um de 400 OMHS, teremos os vemos conjunto de três lâmpadas formando um cir-
seguintes resultados: cuito de série.
V = 9V A tensão total de um circuito série é igual à
R = 400 soma das tensões dos seus componentes.
I = 22,5 mA

Concluímos então que:

A tensão aplicada ao circuito é sempre a


mesma; portanto, as variações da corrente são pro-
vocadas pela mudança de resistência do circuito. Devemos considerar que, havendo um só ca-
Ou seja, quando a resistência do circuito aumenta, minho para a passagem da corrente, todos os ele-
a corrente no circuito diminui. Dividindo-se o valor mentos são atravessados pela mesma intensidade
da tensão aplicada pela resistência do circuito, ob- de corrente.
tém-se o valor da intensidade da corrente. Em virtude da composição do circuito série, é
A partir dessas experiências, conclui-se que importante notar-se que:
o valor de corrente que circula em um circuito pode A – no circuito série os receptores funcionam si-
ser encontrado dividindo-se o valor de tensão apli-
multaneamente;
cada pela sua resistência. Transformando esta afir-
mação em equação matemática, teremos a B – a falta ou interrupção de um receptor não
permite o funcionamento dos demais;
LEI DE OHM.
C – a corrente de funcionamento dos receptores
deve ser igual;

D – o valor da tensão de funcionamento dos re-


ceptores pode ser diferente.

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Resistência Equivalente mista. CIRCUITO PARALELO

Para determinarmos a resistência equivalen- Circuito paralelo é aquele em que os recep-


te do conjunto misto, calculamos primeiro a resis- tores estão ligados diretamente aos condutores da
tência equivalente dos resistores ligados em parale- fonte. Dessa maneira o circuito paralelo permite vá-
lo e depois somamos o resultado com os resistores rios caminhos para a passagem da corrente, sen-
ligados em série. do cada receptor um caminho independente para
Para a fig.3, teríamos: a passagem da corrente elétrica. Na fig.1, vemos
um exemplo de circuito paralelo formado com três
lâmpadas.
A intensidade total de corrente no circuito pa-
ralelo é a soma das intensidades de corrente dos
receptores.

A tensão elétrica é igual nos bornes de todos


receptores no circuito paralelo.

Em virtude da composição do circuito parale-


lo, é importante notar-se que:
RESISTIVIDADE ELÉTRICA:

É a resistência elétrica específica de um cer- A- As tensões dos receptores devem ser iguais;
to condutor com 1 metro de comprimento, 1mm² de B- As intensidades de corrente dos receptores
seção transversal, medida em temperatura ambien- podem ser diferentes;
te constante de 20 ºC.
A unidade de medida de resistividade é o C- Cada receptor pode funcionar independente-
Ωmm²/m representada pela letra grega ρ (lê-se ro). mente dos demais;
Após estas experiências OHM estabeleceu
que a sua 2º Lei:
A resistência elétrica de um condutor é dire- POTÊNCIA ELÉTRICA
tamente proporcional ao produto da resistividade
específica pelo seu comprimento, e inversamente Qualquer aparelho elétrico é caracterizado
proporcional à sua área de seção transversal. pela sua potência, a qual é função da tensão em
seus bornes e da intensidade da corrente que pôr
Equacionalmente teremos:
ele passa.
Potência Elétrica é a energia elétrica consu-
mida ou produzida na unidade de tempo.
A potência elétrica tem como unidade o Watt,
que é representado pela letra W.

A potência elétrica é calculada pela seguinte


equação:

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cer uma força eletromotriz mais alta ou uma maior
quantidade de energia do que uma só pilha forne-
ceria. Ligam-se as pilhas de dois modos, formando
baterias em série ou paralelo.

Simbologia:

20.1 - Funcionamento da Pilha:

Uma pilha funciona justamente fazendo com


que um de seus pólos o negativo possua um ex-
cesso de elétrons, enquanto que o outro pólo o
Para potências grandes e muito grandes,
positivo possua falta de elétrons. Dessa forma em
usam-se os seguintes múltiplos do Watt:
um circuito eletrônico, a pilha funciona como uma
QUILOWATT (KW) = 1.000 W e o MEGAWATT bomba, empurrando elétrons de um lado ( de seu
(MW) = 1.000.00 pólo negativo) e puxando para outro lado ( o seu
Para potências pequenas e muito pequenas, pólo positivo), passando antes pelo circuito que se
usam-se os seguintes submúltiplos: deseja alimentar.
MILWATT (mW) = 0,001 watt Quando uma pilha está alimentando um cir-
cuito, há um caminho para circulação da corrente
MICROWATT (µW) = 0,000 001 entre o pólo positivo e o negativo, criando um fluxo
de elétrons que é a corrente elétrica. Se o cami-
O instrumento empregado nas medidas de
nho for interrompido não há caminho entre o pólo
potência elétrica é o Wattímetro, que mede ao mes-
positivo e o negativo e com isso, não há corrente
mo tempo a tensão e a corrente, indicando o produ-
elétrica.
to desses dois fatores.
O tamanho da pilha diz o quanto de corrente
elétrica a pilha pode fornecer, ou seja o tempo que
a pilha dura, ou seja a autonomia da pilha, outro
fator diz respeito ao material da pilha como pilhas
em alcalina, dura mais que as pilhas carvão-zinco
(pilhas mais comuns) ou pilha seca.
Existem pilhas e baterias com varias tensões
como; 1,5V, 3V, 6V, 9V, 12V. A pilha é formada
basicamente por dois metais diferentes, que são
imersos em algum tipo de substância química.
Pilhas de acordo com o seu tamanho podem
receber a designação de AA, AAA, C, D.
As pilhas comuns não são recarregáveis, o
quer dizer que uma vez esgotadas devem ser joga-
PILHAS e BATERIA do fora, em local adequado para não contaminarem
o meio ambiente. No entanto existem pilhas que são
Definição: recarregadas são as pilhas de nicard (níquel- cád-
mio). Essas pilhas podem ser carregadas fazendo-
Bateria é a denominação dada a um conjun- se circular uma corrente através delas, utilizando
to de pilhas, ligados entre si, destinados a forne- para tal um carregador.

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20.2 - Ligações em série Instrumentos de Medida.
Na prática, geralmente necessitamos de ten-
sões maiores do que a fornecida pôr uma única21.1 - Amperímeto
pilha. Nesse caso, ligamos várias pilhas em série,
conforme ilustra a figura 13. O amperímetro é um aparelho destinado a
registrar a intensidade da corrente elétrica que per-
Obs.: Na ligação de pilhas em série a corre um trecho de circuito.
tensão da bateria é igual à soma das tensões Para fazer medições de intensidade de cor-
das pilhas que formam o conjunto, porém, a rente elétrica., de acordo com o símbolo de medi-
corrente máxima que se pode obter é à corrente ção estampado na escala. Ele pode ser em ampère
máxima que pode ser fornecida pôr uma única (A), miliampère (m A), microampère (µA), e kilo-
pilha. Em outras palavras: na ligação de pilhas ampère (KA). Quando a medição de intensidade
em série as tensões se somam e as correntes é feita em miliampère, teremos o Miliamperímetro.
não se somam. Caso a medição seja feita em kiloampère, teremos
o Kiloamperímetro.

20.3 - Ligações em paralelo

Desejando-se utilizar uma tensão igual à ten-


são dada pôr uma única pilha e uma corrente I supe-
rior à corrente de uma única pilha, as mesmas deve-
rão estar em paralelo, conforme ilustra a figura 14.

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Para que sua leitura seja correta, é necessá- elétrica do trecho em estudo e, conseqüentemente,
rio que: não alterar a correspondente DDP.
O amperímetro seja instalado em série no tre-
cho onde se deseja determinar a intensidade da
corrente elétrica.

A resistência elétrica do amperímetro seja


praticamente desprezível, a fim de não influir na
resistência elétrica do trecho.

Para que sua leitura seja correta, é necessá-


rio que:

O amperímetro seja instalado em série no tre-


cho onde se deseja determinar a intensidade da
corrente elétrica.
OBSERVAÇÕES:
A resistência elétrica do amperímetro seja
praticamente desprezível, a fim de não influir na Voltímetro ideal é aquele que possui resistên-
resistência elétrica do trecho. cia elétrica interna tão elevada (resistência infinita)
que pôr ele não passa praticamente qualquer cor-
OBSERVAÇÕES: rente elétrica. Assim. VOLTÍMETRO ideal a resis-
tência é infinita.
A maior intensidade de corrente que um apa-
relho medidor pode registrar é denominada fundo 21.3 - OHMÍMETRO
de escala desse aparelho. Assim , pôr exemplo um
amperímetro que tenha fundo de escala de 100 A Ohmímetro é um aparelho que permite medir
pode registrar intensidade de correntes elétrica de a resistência elétrica de um elemento ou de um cir-
até 100 A. cuito, indicando o valor da referida resistência elé-
Amperímetro ideal é aquele que possui re- trica numa escala calibrada em ohms. É também
sistência elétrica interna desprezível, em compara- usado no teste de continuidade, no valor de resis-
ção com as resistências elétricas dos elementos do tências ou de fugas de circuitos ou de componentes
circuito no qual ele se encontra inserido. defeituosos.

21.2 - VOLTÍMETRO 21.4 - WATTÍMETRO.

O voltímetro é um aparelho destinado a re- Este aparelho possibilita a medição do núme-


gistrar a diferença de potencial entre os terminais ro de watts ou a energia absorvida pôr um circuito.
de um trecho de circuito elétrico. Para medir a energia, os enrolamentos estão isola-
dos entre si; um deles trabalha com uma bobina de
Para que sua leitura seja correta, é necessá- tensão e outro trabalha com uma bobina de corren-
rio que: te. A bobina de corrente, está em série com o circui-
to (amperimétrico) a bobina de tensão pôr sua vez
O voltímetro seja instalado em paralelo com em paralelo com o circuito como se fosse um voltí-
o trecho onde se deseja determinar a diferença de metro. Um bom exemplo de wattímetro é o medidor
potencial. de quilowatt-hora, também conhecido como relógio,
A resistência elétrica do voltímetro seja pra- usados em todas as residências, lojas e indústria
ticamente infinita, a fim de não desviar corrente (ver fig. 8.3).

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21.5 - Multímetro Vejamos como o multímetro mede cada uma
dessas grandezas e onde ele pode ser útil para o
O multímetro ou multiteste ou VOM sempre eletricista:
foi um aparelho típico do reparador de televisores,
ou seja, do técnico eletrônico. 21.6 - ALICATES AMPERÍMETRO
No entanto, a queda constante do preço des-
te tipo de instrumento e a entrada no mercado de O amperímetro-alicate, além de medir a inten-
tipos populares indicados para os mais diversos tra- sidade de corrente elétrica, mede outras grandezas
balhos, tornaram- no também indispensável para o e tem também múltipla escala. A sua ligação dife-
eletricista, mesmo o amador. Com a possibilidade rencia dos outros instrumentos apresentados, pois a
de medir e testar instalações elétricas, componen- sua garra deve envolver um condutor energizado.
tes de aparelhos eletrodomésticos, o multímetro é
de grande importância para todos os que desejam Tensão Contínua
fazer trabalhos elétricos.
A tensão elétrica, que é o fluxo de elétrons se
deslocando de um local para outro, só existe quan-
do há diferença de potencial entre dois pontos, isto
é quando um ponto está com excesso de elétrons
e o outro está com falta de elétrons. A diferença de
potencial ou a força que move os elétrons de um
ponto ao outro é chamado de tensão elétrica.
A tensão fornecida por meio de produtos quí-
micos como, por exemplo, uma pilha é chamada de
tensão contínua. Esse nome vem do fato de que a
Na fig. 223 temos um exemplo de multímetro
pilha fornece sempre a mesma tensão, de maneira
de baixo custo, indicado para uso de eletricista.
fixa (é claro que essa tensão vai abaixando à medi-
Conforme podemos ver, este multímetro con-
da que a pilha vai ficando fraca ).
tém um indicador com um ponteiro que corre em
O gráfico da figura abaixo mostra o compor-
diversas escalas. Estas escalas correspondem às
tamento de uma pilha de 1,5 V ao longo do tempo.
grandezas elétricas que o multímetro pode medir e
Qualquer circuito capaz de fornecer tensão
que são:
elétrica é chamado fonte de tensão ou fonte de ten-
a) resistências são contínua. Uma pilha é, portanto uma fonte de
b) tensões contínuas alimentação.
Vale lembrar que se a fonte de tensão é con-
c) tensões alternadas tinua a corrente também é contínua.

d) correntes Simbologia:

Alguns tipos sofisticados podem medir outras


grandezas como, pôr exemplo, fazer o teste de con-
tinuidade, teste de transistores, medir capacitân-
cias, indutâncias, freqüências, etc. Evidentemente,
quanto mais coisas o multímetro puder medir, maior
será o seu custo, e mais preparo do usuário é exigi-
do para explorar todos os seus recursos.

14
23 TENSÃO ALTERNADA. duzisse a mesma quantidade de calor na mesma
resistência.
Quando a corrente sai ora pôr um, ora pôr
outro borne. Na fonte geradora, circula ora em um,
ora em outro sentido, no circuito a fonte geradora
de corrente alternada chama-se alternador .
Se representássemos, num gráfico, os valo-
res da corrente num eixo vertical e o tempo hori-
zontal obteriam uma curva, como a da fig.1, para a
representação da variação da Corrente alternada. Tanto o voltímetro como amperímetro para
corrente alternada medem valores eficazes.
Vale lembrar que se a fonte de corrente for
alternada a corrente será alternada, de mesmo
modo se a fonte de corrente for contínua a corrente
será contínua.
PM PO – Potência Máxima do Pico de Opera-
ção.

RM S – é a abreviatura de Root Mean Square,


que podemos traduzir Raiz Média Quadrática,
que tem como definição:

Vemos ai que, no instante inicial, a corren-


te tem valor nulo, crescendo até um valor máximo,
caindo novamente à zero; nesse instante, a cor-
rente muda de sentido, porém seus valores são os
mesmos da primeira parte. O mesmo acontece com
a tensão.
A essa variação completa, em ambos os sen-
tidos, sofrida pela corrente alternada, dá-se o nome
de ciclo. O número de ciclos descritos pela corrente
alternada, na unidade de tempo, chama-se freqüên- MATERIAIS ELÉTRICOS
cia. Sua unidade é o Hertz. É medida em instrumen-
tos chamados frequencímetros.
24.1 - MATERIAS DE SECCIONAMENTO DE CIR-
CUITO

São dispositivos cuja função é seccionar um


circuito, ou seja, cortá-lo, com a finalidade de sepa-
rar um trecho para manutenção, desenergizar um
aparelho ou cortar a energia de alimentação de um
trecho em condição de curto-circuito.

Durante um ciclo, a corrente e a tensão to-


mam valores diferentes de instante a instante: esses
são ditos valores momentâneos ou instantâneos,
dentre os quais cumpre destacar o valor máximo (I 24.2 - CHAVES SEPARADORAS.
máx.). Entretanto, na prática, não é o valor máximo
o empregado, e sim o valor eficaz. Pôr exemplo, um São as dimensionada para interromper ape-
motor absorve uma corrente de 5A, que é o valor nas pequenas correntes (devem ser abertas com o
eficaz. Define-se como valor eficaz de uma corrente circuito desenergizado), apesar de poderem condu-
alternada o valor de uma corrente contínua que pro- zir a corrente nominal para a qual foram fabricadas.

15
24.4 - CHAVE SECCIONADORA.

As chaves seccionadoras devem ser robus-


tas com contatos que devem permitir a passagem
de altas correntes sem sofrer aquecimento. Encon-
tramos este tipo de chaves nas subestações de A
T que em sua maioria são de acionamento auto-
mático. Nas linhas de distribuição existem chaves
seccionadoras de acionamento manual.

24.5 - CONTATORES.

Os contatores, também chamados de ou teler-


ruptores, são chaves magnéticas que permitem o co-
mando de um circuito à distância, ligando ou desligan-
24.3 - DISJUNTORES. do um circuito sob carga. Podem ser acompanhados
de relés de proteção contra sobrecarga, vindo então a
São dispositivos de seccionamento com capa- constituir um disjuntor. Possuem contatos auxiliares
cidade para interromper não apenas corrente nomi- para comando, sinalização e outras funções.
nal mais também corrente muito superior, em condi-
ções de falta (curto-circuito).São utilizados em baixa
tensão ou alta tensão com abertura em ar ou óleo.
Os disjuntores termomagnéticos de baixa
tensão são os mais utilizados atualmente em qua-
dros de distribuição, em lugar de chaves de faca
com fusíveis. Tais disjuntores cumprem três fun-
ções bem distintas:
• Abrir e fechar os circuitos.

• Proteger a fiação ou os aparelhos contra sobre-


carga, através de dispositivo térmico.

• Proteger a fiação contra curto-circuito, através


de dispositivo magnético.

24.6 - CHAVE FIM DE CURSO.

Um equipamento eletro-mecânico automático


que utiliza uma ferramenta que deve repetir a opera-
ção no local onde desejamos que a operação fosse
interrompida, atua uma chave que desliga o equipa-
mento ou inverte a operação.Por esta chave estar
localizada exatamente no ponto de inversão da ope-
ração ou parada, é chamada de chave fim de curso.

16
24.7 - FUSÍVEIS. 24.7.3 - FUSÍVEL CARTUCHO.

É composto de um corpo de material isolante • São de dois tipos: cartucho tipo virola e cartu-
dentro do qual encontra-se o elemento de fusão (ou cho tipo faca.
seja o elo de fusão) que tem a função de interrom-
per o circuito em condições anormais. • Cartucho tipo virola são fabricados desde 10 a
Pode ser do tipo: rolha, cartucho, faca, dia- 60 Ampères .
zed, NH.
• Cartucho tipo faca são fabricados desde 80 a
Especificação do fusível: 600 Ampères .

a) Tensão nominal é o valor da tensão máxima


onde o fusível será empregado.

b) Corrente nominal, é o valor da corrente ao


qual o fusível não deve apresentar aquecimento
excessivo.

c) Corrente de curto-circuito, é a corrente máxi-


ma que pode circular no circuito, e que deve ser
desligada instantaneamente.

d) Resistência de contato depende do material


e da pressão exercida. A resistência de conta-
to entre a base e o fusível é a responsável por
eventual aquecimento, devido à resistência ofe-
recida na passagem da corrente.

24.7.4 - FUSÍVEL DIAZED.

Os fusíveis limitadores de corrente diazed


devem ser utilizados preferencialmente na prote-
ção dos condutores de redes de energia elétrica
e circuito de comando. São fusíveis retardados e
24.7.1 - Classificação dos fusíveis: apresentam elevada capacidade de ruptura. Cor-
rente nominal varia de 2 a 63 A e corrente de curto-
circuito de até 70.000 A. Podemos ter dois tipos de
Fusível rápido e retardado. fusível diazed:
Diazed tipo rápido: o elemento fusível funde
a) Fusível rápido é empregado onde o circuito rapidamente com a passagem da corrente de
não ocorre variação considerável de corrente curto-circuito.
entre a fase partida e o regime normal de funcio-
namento. Ex. lâmpadas. Diazed tipo retardado: possui um tempo de
fusão em função da corrente de curto-circuito,
b) Fusível retardado é utilizado em circuito onde maior do que o diazed rápido.
ocorre variação de corrente considerável. Ex.
partida de motores. 24.7.5 - FUSÍVEL NH.

24.7.2 - FUSÍVEL TIPO ROLHA. São limitadores de corrente, reúnem as ca-


racterísticas de fusível retardado, para corrente de
São fabricados desde 6 a 30 Ampères. Atu- sobrecarga, e de fusível rápido para corrente de
almente vem sendo desativado, devido a sua subs- curto-circuito.
tituição por disjuntores.

17
24.8.3 - ISOLADORES DE PINO.

São usados para ampla faixa de tensões de


serviço, para uso ao tempo ou abrigado. São usa-
dos em linhas aéreas fixadas a postes ou torres
metálicas.

24.8.4 - ISOLADORES DE CADEIA.

Em linhas de transmissão, nas quais a tensão


é muita elevada, usam-se pencas de isoladores de
Protegem os circuitos contra curto-circuito e suspensão que podem ter vários metros e ser cons-
também contra sobrecargas de curta duração, como truídas de mais de dez isoladores. Esses isoladores
acontece na partida de motores de indução. são de porcelana ou de vidro temperado e podem
Fabricam-se fusíveis de 6 até 1000 A. Não ser associados em série, formando as pencas.
devem ser retirados ou colocados, com a linha em
carga. 24.8.5 - TRANSFORMADORES.
Para remover o fusível do circuito, existe uma
ferramenta chamada punho.
Aplicação:
24.8 - ISOLADORES
Quando se torna necessário modificar os va-
Nas linhas abertas, nas quais os condutores lores da tensão e da corrente de uma FEM ou rede
não são contidos em eletrodutos, calhas, ou cana- de energia elétrica, usamos um transformador.
letas, há necessidade de fixá-los às estruturas por Símbolo Geral, norma ANSI, IEC e ABNT.
isoladores. Estes são de variados tipos e tamanhos,
a fim de melhor cumprirem sua finalidade; apoiarem
e fixarem os condutores às estruturas e isola-los
eletricamente das mesmas.

24.8.1 - Tipos de isoladores:

24.8.2 - ISOLADORES DE CARRETEIS

São isoladores de porcelana para uso ao


tempo ou abrigado em instalação de baixa tensão Definição:
As armações verticais possibilitam as fixações em
parede ou poste. O transformador é um aparelho estático,
constituído essencialmente de dois enrolamentos
isolados entre si, montados em torno de um núcleo
de chapas de ferro.
O enrolamento que se liga à rede ou fonte
de energia é chamado primário; o outro, no qual
apareçam os valores da tensão e da corrente modi-
ficados, é chamado secundário.

18
Funcionamento dos transformadores:

As variações da corrente alternada aplicada


ao primário produzem um fluxo magnético variável,
que induz no enrolamento secundário uma FEM
que será proporcional ao número de espiras do
primário (N) e do secundário (N). Essa proporção
é chamada RELAÇÃO DE TRANSFORM AÇÃO. A
tensão, a corrente e as espiras entre o primário e o Como a perda I²R (perda no cobre ou perda
secundário de um transformador são determinadas de joule), com o transformador sem carga, é menor
pelas seguintes igualdades: que 1/400 da perda com carga total, consideramos
irrelevante essa perda. A corrente indicada no am-
perímetro representa a perda no núcleo e é normal-
mente inferior a 5% da corrente com carga total,
quando o núcleo é de boa qualidade. A perda no
núcleo é também chamada PERDA NO FERRO.
O ensaio do transformador com carga total é
feito da seguinte maneira (fig.3).

Ep – tensão no primário

Es – tensão no secundário

Np – número de espiras no primário

Ip – corrente no primário Liga-se um amperímetro em curto-circuito ao


secundário e alimenta-se o primário com uma fonte,
Is – corrente no secundário usando-se um reostato ou um varivolt, e um voltí-
metro, que indicará a tensão aplicada ao primário.
Ns – número de espiras no secundário
Opera-se o reostato ou o varivolt, até que o amperí-
metro indique a corrente de carga total.
Já vimos a grande importância dos transfor-
Um transformador não gera energia elétri- madores no transporte de energia elétrica a grande
ca. Ele simplesmente transfere energia de um en- distância. Entretanto os transformadores têm larga
rolamento para outro, pôr indução magnética. As aplicação em outros campos de eletricidade e da
perdas verificadas nessa transferência são relati- eletrônica.
vamente baixas, principalmente nos grandes trans- POTÊNCIA DO TRANSFORMADOR
formadores.
A percentagem de rendimento de um transfor- TRANSFORM ADOR MONOFÁSICO P = VI
mador é determinada pela seguinte equação: (VA)

TRANSFORMADOR TRIFÁFÁSICO P = 1,
732VI (VA)

24.8.6 - TRANSFORMADOR TRIFÁSICO


Quando desejamos comprovar a boa quali-
dade de um transformador, devemos submetê-lo a
vários ensaios. Neste capítulo trataremos apenas Definição
dos ensaios de FU NCIONAMENTO A VAZIO (sem
carga) e em curto-circuito de FUNCIONAMENTO Transformador trifásico é um grupo de trans-
COM CARGA TOTAL (plena carga). formadores monofásicos com o núcleo comum.
No ensaio de funcionamento a vazio, o pri- O uso de um transformador trifásico em lugar
mário do transformador é ligado a uma fonte com de 03 monofásicos tem vantagens e desvantagens,
tensão e freqüência indicadas pelo fabricante. Um que devem ser consideradas no projeto da sua apli-
voltímetro é ligado ao primário e outro ao secundá- cação. O transformador trifásico tem as vantagens
rio. As indicações desses instrumentos nos darão de ocupar menos espaço e de ser sua construção
a razão do número de espiras entre o primário e mais econômica; no entanto, para tensões muito al-
o secundário. Um amperímetro ligado ao primário tas, a sua construção oferece maiores problemas de
indicará a corrente a vazio (fig.2). isolamento, em comparação com a do monofásico.

19
Motor série: as bobinas de campo ficam em sé-
rie com o enrolamento da armadura.

Motor Shunt: as bobinas de campo ficam em pa-


Um grupo de 3 transformadores monofási- ralelo com o enrolamento da armadura.
cos tem a vantagem de, no caso de um apresentar Motor Compound: é uma composição do motor
avaria, os outros poderem funcionar em regime de série com o motor shunt.
emergência, fornecendo uma potência reduzida,
além de se tornar mais econômica a sua substitui- Os Motores de Corrente Contínua são aplicados
ção, pois em vez de se substituir toda a unidade, em instalações especiais tais como metrô, trem,
como no caso de um trifásico, substitui-se apenas o ônibus, etc.
transformador que estiver defeituoso.

24.8.7 - TIPOS DE TRANSFORMADORES: 24.9.2 - Motores de Corrente Alternada:

Transformadores Abaixadores: a tensão do Símbolo Geral Motor CA norma ANSI, IEC:


primário é maior que a do secundário.
Ex: 13.800 V – 220/127 V, 127 V – 12 V.
Transformadores Elevadores: a tensão do
secundário é maior que a tensão primária.
Ex: 13.800 V – 138.000 V, 12, 200 v –30.000V
(flyback) Motores de Corrente Alternada podem ser:
Transformadores Isoladores: a tensão do pri- Síncronos: São aqueles que acompanham a
mário é igual ad o secundário. velocidade ou freqüência. Assíncronos: não acom-
Tem a função de isolar o circuito primário do panham nenhuma freqüência e operam pôr indução.
circuito secundário. Ex: 60 V – 60 V. Os Motores de Corrente Alternada são amplamente
utilizados na indústria e podem ser encontrados em
24.9 - MOTORES ELÉTRICOS. diversas potências, formatos e aplicações.
Devido o nosso curso ser votado mais para
Definição: indústria, dará mais ênfase no estudo dos motores
de indução ou assíncronos.
Motores são máquinas que convertem ener-
gia elétrica em energia mecânica. 24.9.3 - Motores de Indução ou Assícronos
Símbolo Geral, norma ANSI, IEC:
Introdução.

O motor de indução é o tipo de motor ca mais


usado por ser sua construção simples e de boas
características de funcionamento.

Os motores podem ser classificados em dois


tipos:

24.9.(1 - Motores de Corrente Contínua, sendo


ainda subdividido em: motor Série, Shunt) e
Compound (série + paralelo).

Símbolo Geral Motor CC norma ANSI, IEC:

20
O motor de indução consiste de duas partes: Motor de Rotor Bobinado ou Enrolado.
o estator (parte estática) e o rotor (parte rotativa).
O estator se encontra ligado à fonte de alimenta- O rotor de um motor com rotor bobinado é
ção ca. O rotor não se está ligado eletricamente à envolvido por um enrolamento isolado semelhante
alimentação. O tipo de motor mais importante de ao enrolamento do estator.
indução é motor trifásico. Os motores trifásicos
possuem três enrolamentos e fornecem uma saí-
da entre os vários pares de enrolamentos. Quan-
do o enrolamento do estator é energizado através
de uma alimentação trifásica, cria-se um campo
magnético rotativo. À medida que o campo varre
os condutores do rotor, é induzida uma fem nes-
ses condutores ocasionando o aparecimento de
um fluxo de corrente nos condutores. Os conduto-
res do rotor transportando corrente no campo do
estator possuem um torque exercido sobre eles
que fazem o rotor girar.

24.9.4 - Classificação dos motores de indução:


Os enrolamentos de fase do rotor são trazi-
Motor de Gaiola dos para o exterior aos três anéis coletores monta-
dos no eixo do motor. O enrolamento do rotor não
O núcleo do estator é um pacote de lâminas está ligado à fonte de alimentação. Os anéis coleto-
ou folhas de aço provido de ranhuras. Os enrola- res e as escovas constituem uma forma de se ligar
mentos são dispostos nas ranhuras do estator para um reostato externo ao circuito do rotor.
formar os três conjuntos separados de pólos. O ro- A finalidade do reostato é controlar a corrente
tor de um motor de gaiola tem um núcleo de lâminas e a velocidade do motor.
de aço com os condutores dispostos paralelamente
ao eixo e entranhados nas fendas em volta do pe-
PARTIDA DO MOTOR
rímetro do núcleo. Os condutores do rotor não são
Um motor de grande potência não consegue
isolados do núcleo.
partir sozinho devido o conjugado de partida daí
ser necessários equipamentos auxiliares de partida
dentre estes destacamos:
Chave estrela / triangula.

Autotransformador.

VARIAÇÃO DE VELOCIDADE:

Atualmente usa-se o CLP.

Em cada terminal do rotor, os condutores do INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO:


rotor são todos curto-circuitados, através de anéis
terminais contínuos. Se as laminações não estives- No caso de motor trifásico fixamos uma fase
sem presentes, os condutores do rotor e os seus a R, por exemplo, e invertemos a fase S com a
terminais se pareceriam com uma gaiola giratória. fase T.

PROTEÇÃO:

O circuito de comando e proteção do motor


deverá ser constituído por: Fusível, Contator, relé
térmico.

ESPECIFICAÇÃO DO MOTOR

Tipo de Motor: monofásico, bifásico, trifásico.

Tensão Nominal: Exemplo Residencial 110 v,

21
220 v. Industrial 380 v, 440 v, 13.800 V, 88.000 sico contém três bobinas no estator) e posteriormen-
V, 138.000 V. te efetuar tal ligação, conforme ilustra a figura 15.

Potência Nominal: 1 HP, 20 CV, 15 KW

Corrente Nominal: A KA.

Freqüência Nominal: 50 Hz, 60 Hz, etc.

Tipo de isolamento.

Grau de proteção.

OBS:

CV = cavalo a vapor que é a força de elevar um


peso de 75 kg a uma altura de 1 m no tempo de
1 segundo.
Referente às bobinas do estator, estas estão
HP do inglês Horse Power. identificadas no motor através de números, ou ain-
da, marcadas pôr letras. Para saber “quem é quem”
das bobinas utiliza-se um multímetro em escala de
24.9.6 - Instalações de Motores ohms, ou outro circuito à parte, de forma que se
consiga verificar a continuidade (resistência) exis-
As duas formas de ligações nos motores tri-
tente nas bobinas.
fásicos são: ligação estrela e ligação triângulo.
Na figura 16 ilustramos um procedimento
O estator é o “local” onde se aplica a tensão,
para teste de identificação das bobinas, caso estas
e este pôr sua vez é constituído de três bobinas
não estejam marcadas no motor.
(trifásico). Dependendo da forma de ligação des-
sas três bobinas é que se consegue obter a ligação
estrela (Y) ou a ligação triângulo. A ligação estrela
na maioria dos casos é efetuada apenas para dar
partida ao motor (fazer o motor girar), pois, a cor-
rente de pico do motor é baixa (corrente de pico é
a corrente registrada pôr um medidor quando o mo-
tor é ligado. Essa corrente é de intensidade maior
que a corrente normal), mas, pôr conseguinte, a
potência fornecida à carga, também é menor. Na
ligação triângulo ( ) ocorre o contrário da estrela,
pois a corrente de pico é alta e a potência forneci-
da à carga é máxima. A finalidade da corrente de
pico ser baixa é evitar que ocorra um alto consumo
de energia elétrica. Pôr exemplo: se tivermos dois
motores ligados em nossa residência e estes fun-
cionarem permanentemente durante trinta dias, no
final do mês quando formos pagar a conta de luz
referente aos dois motores, a conta mais “cara” do
motor ligado em triângulo.
Pôr isso é que freqüentemente liga-se um Mantém-se fixada a ponta vermelha em qual-
motor em estrela e, depois que o motor atinge sua quer um dos seis pontos existentes e, com a outra
velocidade constante (corrente normal de consu- ponta, toca-se os outros cinco pontos restantes.
mo), muda-se o para triângulo (artifício utilizado pôr Quando a lâmpada acender, estará identi-
contadores) para mantê-lo com máxima potência ficada uma das bobinas desconhecidas (a resis-
em corrente normal de funcionamento. Os motores tência da bobina é tão baixa que é considerada
monofásicos são de apenas uma única fase (110 v, praticamente curta). No caso acima, supondo que
pôr exemplo) e são ligados diretamente à rede elé- a lâmpada acenda nos pontos 1 e 2, esta será, por-
trica. Porém, o mesmo não ocorre com os motores tanto, a nossa primeira bobina.
trifásicos, que podem ser ligados de duas formas Identificada a primeira bobina, parte-se às
distintas, o que dificulta o modo de ligação. duas restantes. Seguindo o mesmo princípio, mude
Primeiramente ao lidarmos com os motores a ponta vermelha para qualquer outro ponto e iden-
trifásicos, devemos saber as duas formas de ligação, tifique, com a outra ponta, a outra bobina. Após se-
como estão distribuídas às bobinas no estator (trifá- rem encontradas as três bobinas efetua-se a liga-

22
ção que se deseja (estrela ou triângulo).
Na figura 17 temos um exemplo de ligação estrela e na figura 18 uma ligação triângulo

Os fios marcados pôr R, S, T são as fases da cro, é importante saber o que ocorre ao se inverter
rede trifásica. Normalmente, no invólucro do motor uma das bobinas. Na ligação correta, o motor gira
vem explicada em “chapetas” a forma de ligação no sentido horário.
do motor (estrela ou triângulo), para que o mesmo Se ocorrer “ronco” no motor e este girar no
trabalhe satisfatoriamente e gire no sentido horário. sentido horário, significa que uma das bobinas foi
Porém, quando não existem “chapetas” no invólu- ligada invertida.

25.0 – ANEXOS

25.1 - TABELA DE SIMBOLOGIA

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