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Eletricidade Estática
1.1 O Átomo
Tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço é matéria. A matéria é constituída por
partículas muito pequenas chamada de átomos. Os átomos por sua vez são constituídos por
partículas subatômicas: elétron, próton e nêutron, sendo que o elétron é a carga negativa (-)
fundamental da eletricidade e estão girando ao redor do núcleo do átomo em trajetórias
concêntricas denominadas de órbitas.
O próton é a carga positiva (+), fundamental da eletricidade e estão no núcleo do átomo.
Também no núcleo é encontrado o nêutron, carga neutra fundamental da eletricidade.
No seu estado natural um átomo está sempre em equilíbrio, ou seja, contém o mesmo
número de prótons e elétrons. Como cargas contrárias se anulam, e o elétron e próton possuem o
mesmo valor absoluto de carga elétrica, isto torna o átomo natural num átomo neutro.
É possível, porém, retirar ou acrescentar elétrons aos átomos de um corpo. Quando isso
acontece, passa a existir uma diferença de cargas elétricas no átomo. Dizemos, então, que o
átomo está eletrizado ou ionizado. Quando um átomo perde ou recebe elétrons, terá a seguinte
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classificação: se ficar com falta de elétrons, será um Íon positivo ou cátion; porem se ficar com
excesso de elétrons, será um Íon negativo ou Ânion. Para esclarecimento, vejamos os seguintes
exemplos:
Um átomo de ferro tem 26 prótons e 26 elétrons. Se ele perder 3 elétrons, ficará com 26
prótons (carga positiva) e 23 elétrons (carga negativa) e será um Íon positivo ou Cátion. Se o
átomo de ferro receber 3 elétrons, ficará com 26 prótons (carga positiva) e 29 elétrons (carga
negativa) e será Íon negativo ou Ânion.
Há vários Processos para desequilibrar as cargas elétricas dos átomos de um corpo, criando
uma diferença de potencial cuja tensão elétrica será tanto maior quanto maior for à diferença das
cargas.
1.2 O Coulomb
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é dada pela diferença entre o número
de prótons e o número de elétrons que o corpo tem.
A quantidade de carga elétrica é representada pela letra Q, e é expresso na unidade
COULOMB (C). A carga de 1C = 6,25x10¹⁸ elétrons. Dizer que um corpo possui de um Coulomb
negativo (-Q), significam que um corpo possui 6,25x1018 mais elétrons que prótons.
- Os materiais que oferecem pouca oposição à passagem da corrente elétrica são chamados
de materiais condutores.
Ex: Prata, cobre, alumínio e etc.
A razão da maior ou menor oposição oferecida à passagem da corrente elétrica tem sua
explicação na estrutura dos átomos. Em alguns materiais, os elétrons em órbitas mais afastadas
sofrem pouca atração do núcleo, tendo facilidade de se deslocar de um átomo para outro átomo,
num rodízio desordenado, sendo chamados de elétrons livres. Os elétrons livres são numerosos
nos materiais condutores e praticamente inexistentes nos materiais isolantes.
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Eletrodinâmica
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Exercícios
1. Em uma seção transversal de um fio condutor circula uma carga de 10C a cada 2s. Qual a
intensidade de corrente?
2. Um fio percorrido por uma corrente de 1A deve conduzir através da sua seção transversal
uma carga de 3,6C. Qual o tempo necessário para isto?
3. Qual a carga acumulada quando uma corrente de 5A carrega um isolante durante 5s?
5. Definir átomo.
10. Qual a unidade de medida de tensão elétrica e qual o equipamento utilizado para medir?
11. Qual a unidade de medida de corrente elétrica e qual o equipamento para medi-la?
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CAPITULO 2
Grandezas Elétricas
1- Tensão Elétrica
Sempre que há uma diferença de potencial (d.d.p.), existe uma tensão tendendo a
restabelecer o equilíbrio. Podemos demonstrar isso facilmente, pôr meio de duas vasilhas com
água, ligadas por um tubo com registro.
Na figura acima a água das vasilhas está no mesmo nível, não havendo diferença de
potencial entre as mesmas. Se abrirmos o registro, não haverá fluxo de água de uma para a
outra.
3- Corrente Elétrica
Quando um átomo está ionizado, sua tendência é voltar ao estado de equilíbrio.
Evidentemente, um corpo eletrizado tende a perder sua carga, libertando-se dos elétrons em
excesso, ou procurando adquirir os elétrons que lhe faltam. Concluímos, então, que basta unir
corpos com cargas elétricas diferentes para que se estabeleça um fluxo de elétrons, que
chamamos CORRENTE ELÉTRICA.
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Falar em elétrons que passam pôr segundo num condutor é impraticável, pois os números
envolvidos nos problemas seriam enormes. A fim de se eliminar esses inconvenientes, fez-se uso
de uma unidade de carga elétrica – COLOUMB (C) – que corresponde a 6,28 x 1018 elétrons.
A intensidade de corrente elétrica é medida em AMPERE e corresponde à quantidade de
COLOUMBS que passa pôr segundo em um condutor. Uma intensidade de 1 Coulomb pôr segundo
equivale a um ampère (1A). O instrumento que mede a intensidade de corrente é o
AMPERÍMETRO.
NOTA:
Corrente Elétrica: É o fluxo de elétrons em movimento no condutor.
4- Resistividade Elétrica
Define-se resistência como sendo a capacidade de um fio condutor ser opor a passagem de
corrente elétrica através de sua estrutura. Verifica-se Experimentalmente que a resistência
elétrica de um resistor depende do material que o constitui e de suas dimensões.
A energia elétrica pode ser convertida em outras formas de energia. Quando os elétrons
caminham no interior de um condutor, eles se chocam contra os átomos do material de que é
feito o fio. Nestes choques, parte da energia cinética de cada elétron se transfere aos átomos que
começam a vibrar mais intensamente. No entanto, um aumento de vibração significa um
aumento de temperatura.
O aquecimento provocado pela maior vibração dos átomos é um fenômeno físico a que
damos o nome de efeito joule. É devido a este efeito joule que a lâmpada de filamento emite
luz. Inúmeras são as aplicações práticas destes fenômenos. Exemplos: chuveiro, ferro de passar
roupas, ferro de solda, fusível, etc...
O efeito joule é o fenômeno responsável pelo consumo de energia elétrica do circuito,
quando essa energia se transforma em calor. O componente que realiza essa transformação é o
resistor, que possui a capacidade de se opor ao fluxo de elétrons (corrente elétrica).
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EXERCÍCIOS.
5. Converter 8,2 KΩ em Ω.
9. Converter 12.000 KΩ em Ω.
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CAPITULO 3
Lei de Ohms
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Exercícios.
1) Calcule a corrente elétrica que circula no circuito, quando a fonte geradora for de 120V e
a resistência for de 30Ω.
3) Calcule a tensão no circuito, quando a corrente for de 3,5A e a resistência elétrica for 20Ω.
4) Uma lâmpada elétrica foi ligada em uma tensão de 120V, consome 1,0A. Qual a
resistência do filamento da lâmpada?
5) Calcule a DDP que dever ser aplicada nos terminais de um condutor de resistência igual a
100Ω para que ele seja percorrido pôr uma corrente de intensidade igual a 1,2A
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Potência elétrica
Quando ligamos um aparelho ou uma máquina elétrica a uma fonte de eletricidade, produz-
se certa quantidade de ”trabalho”, à custa da energia elétrica que se transforma.
Por exemplo: O motor de um ventilador transforma a energia elétrica em energia
mecânica, provocando um giro do hélice consequente circulação forçada do ar. O aquecimento do
ferro de passar roupa se processa porque na resistência do mesmo, se verifica uma
transformação de energia elétrica em energia térmica (calor).
Ainda como exemplo, temos a lâmpada que, através de um filamento interno, transforma a
energia elétrica em energia luminosa. Logo, Potência elétrica ou mecânica é a rapidez com
que se faz trabalho.
Podemos considerar, para facilitar o entendimento, como capacidade de produzir trabalho
que uma carga possui.
A potência de uma carga depende de outras grandezas, que são: R (resistência) e V (tensão
aplicada). Uma vez aplicada uma tensão à resistência, teremos a corrente I. Assim, podemos
dizer que a potência também depende da corrente.
Então Temos:
P = R X I²
Aprenderemos mais à segunda equação P=V x I onde:
V → volts
I → ampères
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Exercícios
1) A corrente através de um resistor de 100 Ω a ser usado num circuito é de 0,20A calcule a
potência do resistor.
2) Quantos quilowatts de potência são liberados a um circuito pôr um gerador de 240 V, que
fornece 20 A, a um determinado circuito.
4) Que tensão deve ser aplicada a um aquecedor de 600 W, para que solicite uma corrente de 12
A.
5) Qual é a potência de uma lâmpada ligada a uma bateria de 12 volts que consome uma
corrente de 5,5 ampères?
6) Qual é a corrente consumida em uma lâmpada de 25 Watts ligada numa bateria de 6 volts?
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO
CAPITULO 4
1- Associação de Resistores
I - Associação em Série
Neste tipo de ligação a corrente que circula tem o mesmo valor em todos os resistores da
associação, mas a tensão aplicada se divide proporcionalmente em cada resistor.
Os resistores que compõem a série podem ser substituídos por um único resistor chamado de
Resistor Equivalente.
E = E1 + E 2 + E3 IT= I1 = I2 = I3
A Req de uma associação em série é igual à soma das resistências dos resistores.
R eq R1 R2 R3
II - Associação em Paralelo
Quando a ligação entre resistores é feita de modo que o início de um resistor é ligado ao
início de outro, e o terminal final do primeiro ao termina final do segundo, caracteriza-se uma
ligação paralela.
Neste tipo de ligação, a corrente do circuito tem mais um caminho para circular, sendo
assim ela se divide inversamente proporcional ao valor do resistor. Já a tensão aplicada é a
mesma a todos os resistores envolvidos na ligação paralela.
Analisando o circuito vemos que: t 12 3 Pela Lei de Ohm temos que a corrente
elétrica é igual a tensão dividido pela resistência, então:
R R1 R2 R3
Como a tensão é a mesma, e é comum a todos os termos da igualdade, ela pode ser
simplificada, restando então:
1 1 1 1
Req R1 R2 R3
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O inverso da Req de uma associação em paralelo é igual à soma dos inversos das resistências dos
resistores.
Para dois resistores em paralelo é possível calcular a Req através de outra fórmula:
Req. R1 x R2
R1 R2
É o caso mais encontrado em circuitos eletrônicos. Neste caso há resistores ligados em série
e interligados a outros em paralelo. Para se chegar a Req, faz-se o cálculo das associações série e
paralelo ordenadamente, sem nunca “misturar” o cálculo, ou seja, associar um resistor em série a
outro esteja numa ligação paralela.
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Exercícios:
c) Dados: R1 = R5 = 4; R2 = R 3= R 4= 3
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Circuito elétrico.
I - Fonte Geradora
É o componente onde a energia elétrica é gerada.
Ex: Baterias, geradores, rede elétrica etc...
II - Condutores
São os componentes que conduzem a corrente elétrica da fonte geradora para os
receptores.
Ex: Fio de cobre.
III – Receptores
São os componentes que utilizam a corrente elétrica para produzir trabalho.
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CAPITULO 5
Tensão Alternada
A corrente elétrica que estudamos até agora é chamada corrente contínua (CC). Assim
chamamos todo tipo de corrente que não muda de sentido no decorrer do tempo.
Uma corrente alternada é uma corrente variável que percorre os condutores, tanto em um
sentido quanto no outro.
A tensão alternada é produzida girando uma bobina. À medida que a bobina corta as linhas
de força entre os pólos magnéticos, produz-se uma tensão alternada. Essa tensão varia de zero
até o valor de pico e volta a zero conforme uma senóide. Assim é produzida a eletricidade nas
usinas hidrelétricas. A geração ocorre quando um condutor se movimenta num campo magnético,
induzindo uma tensão nesse condutor. Esta tensão depende da intensidade do campo magnético,
da velocidade do condutor e da direção em que se movimenta o condutor. A senóide é obtida pelo
movimento de rotação do condutor.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO
Geração e Transmissão de Energia Elétrica.
Vantagens da corrente alternada: ela pode ser transmitida a grandes distâncias, sem grandes
perdas. Para isso, pode-se elevar e diminuir a tensão por meio de transformadores.
I - Período (T) - O tempo gasto para completar um ciclo da onda e é medido em segundos (s).
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III - Tensão e Corrente - Durante um ciclo, a corrente e a tensão tomam valores diferentes de
instante a instante: esses são ditos valores momentâneos ou instantâneos, dentre os quais
cumpre destacar o valor máximo (Imáx. ou Emax.). Entretanto, na prática, não é o valor máximo
o empregado, e sim o valor eficaz. Pôr exemplo, um motor absorve uma corrente de 5A, que é o
valor eficaz. Define-se como valor eficaz de uma corrente alternada o valor de uma corrente
contínua que produzisse a mesma quantidade de calor na mesma resistência.
Valor eficaz (Vef ) - também chamado de RMS (root mean square), é o valor que produz o
mesmo efeito que um valor em corrente contínua faria. É igual a 0,707 vezes o valor de pico
(Vm). A maioria dos instrumentos de medida é calibrada em unidades eficazes ou médio-
quadráticas, o que permite a comparação direta dos valores CC e CA.
Em C.C. (corrente contínua) verificamos que a potência em watts era igual ao produto da
tensão pela corrente (V x I). Já em C.A. (corrente alternada) o mesmo não ocorre. Em C.A.
encontramos três tipos de potência:
A. Potência aparente
B. Potência ativa
C. Potência reativa
A - Potência aparente
É a potência total absorvida da rede e é dada pelo produto da tensão pela corrente.
Pap = V x I
1 kVA = 1.000 VA
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B - Potência ativa
É a parcela da potência aparente que é utilizado pelas cargas para a transformação em
trabalho. A potência ativa é medida em watts (W).
Pat = R x I²
C - Potência Reativa
È a potência usada para a manutenção do campo magnético nas máquinas elétricas que
possuem enrolamentos de indução.
Ex: transformadores, motores, máquinas de solda, reatores, etc...
Esta potência é trocada com a rede, não sendo, portanto consumida.
3 - Fator da Potência
É a relação entre a potência ativa e a potência aparente. O fator de potência representa o
quanto da potência total (VA) está sendo usado para produzir trabalho (W).
Pode ser expresso em número ou porcentagem, assim:
FP = 92% ou 0,92
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Circuito Trifásico
A energia elétrica que mais utilizamos é gerada em corrente alternada, o que possibilita
uma geração em larga escala e a baixo custo. Os geradores usados são trifásicos, ou seja,
possuem um enrolamento com três bobinas, nas quais é gerada a energia através da indução
eletromagnética, e a cada uma destas bobinas damos o nome de fase. Como estas bobinas estão
dispostas em posição físicas separadas e equidistantes uma das outras, a geração ocorre em
momentos distintos nas mesmas, provocando desta maneira um defasamento entre as tensões
geradas.
Umas das extremidades das três bobinas são interligadas a um condutor comum o qual
damos o nome de neutro, e as extremidades restantes formam as três fases onde cada uma
representa uma bobina do gerador.
Entre uma fase e um neutro teremos uma tensão (d.d.p.) que chamamos de tensão de fase
e neutro (Vfn) ou tensão simples.
Entre duas fases a tensão (d.d.p.) que encontramos é bem maior a qual chamamos de
tensão fase-fase (Vff) ou tensão composta (tensão de linha).
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO
4 - Tensão simples e tensão composta
E um circuito trifásico encontramos 2 tipos de tensão:
a) Tensão simples (V)
b) Tensão composta (U)
A tensão simples é encontrada entre fase e neutro (tensão de uma fase).
A tensão composta é encontrada entre duas e fases (tensão fase-fase).
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO
CAPITULO 6
1 - Introdução
Quando trabalhamos com tensões ou correntes que variam no tempo, em particular correntes
alternadas, dois dispositivos eletrônicos ganham especial atenção: o capacitor e o indutor. A
importância desses dispositivos na eletrônica em geral e consagrada. Ao lado do resistor são os
elementos mais antigos, mais usados em qualquer equipamento eletrônico, e mesmo com a atual
tendência de integração em larga escala, esses dispositivos não perdem sua importância. São
insubstituíveis pelas suas próprias concepções. Vamos olhar para alguns aspectos interessantes
desses dispositivos. Não temos a pretensão de fazer uma teoria completa, mas antes a de dar
uma descrição simples de alguns processos envolvendo os mesmos. Como veremos, algumas das
propriedades desses dispositivos podem ser obtidas somente pelo uso de analise dimensional.
2 - Capacitores
Q=CxV
Essa relação de entre a grandeza C, chamada de capacitância, que e função apenas das
dimensões geométricas das placas, separação das mesmas e do material colocado entre elas.
Quanto maior a área das placas e menor a distancia entre elas, maior a capacitância. A unidade
de capacitância e o Coulomb/volt que recebeu o nome de Farad, em homenagem a Michael
Faraday. E uma unidade muito grande e na pratica são utilizados capacitores com capacitância
nas escalas de Pico farad (pF) até micro farad (µF). Conforme o meio material posto entre as
placas do capacitor, denominado dielétrico, eles são denominados de capacitores a óleo, de
papel, cerâmicos, de poliéster, poliestireno ou eletrolíticos. Cada tipo possui uma aplicação
especial, dependendo do regime de frequências dos sinais com os quais serão usados, e há de se
observar também a máxima tensão que suportam sem romper o dielétrico.
Para lembrar que um capacitor constituído por duas placas, seu símbolo é:
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO
Num circuito de condensadores montados em paralelo, todos estão sujeitos à mesma
diferença de potencial (tensão). Para calcular a sua capacidade total (Ceq):
Cn = C1 + C2 ....
1 = 1 + 1 ...
Cn C1 C2
3 - Transformadores
O campo magnético pode induzir uma tensão noutro indutor, se este for enrolado sobre
uma mesma forma ou núcleo. Pela Lei de Faraday, a tensão induzida será proporcional à
velocidade de variação do fluxo, e ao número de espiras deste indutor.
Aplicando aos dois enrolamentos, a lei permite deduzir a relação básica do transformador.
E1/E2 = N1/N2
I1/I2 = N2/N1
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Simbologias
4 - Motores Elétricos
- Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes potências
(devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade
invariável.
- Motor de indução: Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia
ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez
e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos
de máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível alterarmos a velocidade
dos motores de indução com o auxílio de inversores de frequência.
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ELETRICIDADE
Ementa
Conceitos básicos de eletricidade; Natureza e geração da eletricidade, frequência e valor eficaz;
Grandezas elétricas: Tensão, corrente e resistência; Corrente alternada, monofásica e trifásica.
Transmissão, distribuição e utilização; Potência elétrica, potência mecânica e rendimento;
Motores elétricos monofásicos e trifásicos; Princípio de funcionamento, tipos, aplicações,
manutenção, controladores de nível, temperatura e pressão; Degelo automático, sensores,
temporizadores; Chave magnética direta para motores trifásicos, comandada por dispositivos
especiais de comando; Análise de circuitos elétricos usados em refrigeração industrial;
Controlador lógico programável.
Objetivos
Desenvolver capacidades técnicas de interpretação de circuitos elétricos para coordenar a
execução da instalação e manutenção de sistemas de refrigeração comercial e industrial, de
acordo com normas técnicas, ambientais e de saúde e segurança no trabalho e, neste mesmo
contexto, desenvolver capacidades sociais, organizativas e metodológicas utilizando boas
práticas.
Conteúdo programático
Características dos circuitos elétricos aplicados em refrigeração comercial e industrial; Aplicações
de circuitos em refrigeração comercial e industrial; Simbologia Aplicações em refrigeração
comercial e industrial; Desenhos de diagramas elétricos para refrigeração comercial e industrial;
Circuitos elétricos de equipamentos de refrigeração comercial de pequeno porte ((máquinas de
gelo e sorveteiras); Circuitos elétricos de equipamentos de refrigeração comercial de médio porte
(câmaras frigoríficas e expositores para resfriados); Circuitos elétricos de equipamentos de
refrigeração comercial de grande porte (câmaras frigoríficas e expositores para congelados);
Circuitos elétricos de equipamentos de refrigeração industrial que utilizam amônia como fluido
refrigerante e condensador evaporativo; Circuitos de degelo por resistência, água e natural;
Componentes eletroeletrônicos e eletromecânicos em refrigeração comercial e industrial:
Definições; Tipos (boia, nível, solenoide, sensor, pressostatos de óleo, de alta e baixa pressão,
capacitivo); Características de funcionamento; Aplicações no sistema; Controladores digitais:
Definição; Tipos; Características; Parametrização; Tabela de resistência para sensor de
temperatura; Curvas de pressão para transdutor; Normalização: Normas aplicáveis às
instalações, equipamentos; e componentes elétricos aplicados em refrigeração; Resoluções
vigentes.
Bibliografia básica
VALKENBURG, MAC E. VAN. Eletricidade Básica, Vol. 1. Editora Imperial Novomilenio.
VALKENBURG, MAC E. VAN. Eletricidade Básica, Vol. 2. Editora Imperial Novomilenio.
Bibliografia complementar
CREDER, Helio. Instalações elétricas / Hélio Creder. - Rio de Janeiro. LTC, 2007.
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