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Modelagem e Simulaçao em HYSYS - Modulo1 PDF
Modelagem e Simulaçao em HYSYS - Modulo1 PDF
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(Módulo 1)
Introdução à Simulação de Processos
1. Introdução 1
3. Produção de Amónia 9
1. Introdução
Os conhecimentos inerentes à Engenharia Química podem ser divididos em quatro grupos: i) as
Ciências Básicas, que tratam da descrição e da quantificação dos fenómenos naturais; ii) os
Fundamentos, que tratam da compreensão e da representação dos fenómenos que ocorrem nos
equipamentos; iii) a Engenharia de Equipamentos, que trata da concepção, do dimensionamento
e da análise dos equipamentos da indústria química; e por último iv) a Engenharia de Processos,
que compreende a concepção, o dimensionamento e a análise dos processos industriais.
Os temas relacionados aos três primeiros grupos foram há muito estruturados sob a forma das
disciplinas clássicas encontradas nos cursos tradicionais de Engenharia Química. Tem sido
publicada extensa bibliografia básica para estes cursos desde os primórdios da profissão. Por
outro lado, os temas relacionados com a Engenharia de Processos, por diferirem em essência dos
demais e por terem sido estruturados mais recentemente, não foram objecto de ensino formal e
permaneciam ausentes dos livros de texto tradicionais. Tal situação perdurou até 1968 quando
surgiu o livro Strategy of Process Engineering (Rudd & Watson), reunindo diversos resultados
até então publicados sobre estratégias de cálculo, avaliação económica, optimização e efeitos de
incerteza. Mais tarde, em 1973, surgiu o livro Process Synthesis (Rudd, Powers & Siirola),
abordando de forma sistemática a concepção de processos químicos, incluindo o estudo de
percursos químicos assim como a concepção de sequências de separadores e de redes de
permutadores de calor. A partir de então a síntese (e a análise) de processos industriais não mais
parou de crescer, evoluindo por incorporação de novas ferramentas de cálculo que em
simultâneo sofriam enorme desenvolvimento. A utilização de computadores cada vez mais
potentes veio tornar obsoleta a utilização de correlações empíricas simples, as quais foram
progressivamente substituídas por modelos numéricos mais rigorosos (e complexos).
Actualmente, a simulação assistida por computador é uma das mais importantes ferramentas
tecnológicas de processo, a qual é amplamente utilizada não só na fase de projecto mas também
(e principalmente) durante a fase de operação das unidades.
MSUP (Módulo 1)
Uma corrente gasosa de 100 kmol/h, composta por uma mistura de 50 % de HCl, 48 % de C2H4
e 2 % de N2 (base molar), a 20ºC e 15 atm, é utilizada como alimentação fresca numa instalação
de produção de cloreto de etilo (C2H5Cl). A mistura gasosa de saída do reactor é arrefecida (para
se obter condensação parcial), sendo as fases (líquida e gasosa) separadas num separador flash
que opera a 15 atm e 40ºC.
Recycle Purge
CONDENSER
2
FLASH
3
Feed 1
REACTOR
Product
Pretende-se que o cloreto de etilo na fase líquida à saída do flash (corrente Product), possua
pureza igual ou superior a 85 % (molar), e que a fracção de vapor de saída do flash (corrente 4)
seja purgada e recirculada à entrada do reactor.
3. Na pasta Selection da “Component List View” escreva o nome de cada espécie química usando
a janela Match. Depois de cada substância ser identificada pela base de dados do simulador,
pressione o botão <ADD PURE> para adicionar o nome de cada composto à janela Selected
Components.
4. Feche a janela da “Component List View” para regressar ao “Simulation Basis Manager”, e na
pasta Fluid Pkgs pressione o botão <ADD> para adicionar o Propertie Package pretendido.
Na pasta Set Up escolha a equação de Peng Robinson (ver Capítulo 4, Notas sobre o
Fluid Package).
6. Esta acção dá acesso à interface PFD (Process Flow Diagram) na qual será implementado o
diagrama de processo.
NOTA:
Grave periódica e frequentemente os seus casos no disco rígido do computador, durante as
diversas fases de implementação. Para tal atribua a cada caso uma designação (nome) apropriada
que lhe permita identificá-lo posteriormente pelo nome.
1. Na palete de objectos (Object Palette) pisque no ícone dos General Reactors e seleccione um
reactor de Gibbs piscando duas vezes no ícone Gibbs Reactor. O simulador abre
automaticamente uma Object Window do reactor de conversão (GRB-100).
3. Na página “Parameters” do “Design” estabeleça uma queda de pressão (“Delta P”) nula.
Considere o funcionamento do reactor em “Single Phase”, e atribua 0 % para o
“Liquid Level”.
4. Feche a Object Window do GBR-100 para visualizar o PFD (Process Flow Diagram), onde
deverá aparecer um objecto com contornos amarelos que simboliza o reactor ao qual estão
ligadas a corrente 1 (entrada), a corrente 2 (saída de vapor) e a corrente Dummy (saída de
líquido), com coloração azul claro.
6. Com o rato, pisque duas vezes sobre a corrente Feed (alimentação fresca do processo) de
modo a visualizar a Object Window desta corrente. Na pasta Worksheet/Conditions, introduza
a temperatura (20°C), a pressão (15 atm), e o caudal (1 kmol/h) desta corrente. Na pasta
Composition do Worksheet coloque a composição da corrente (50 % HCl, 48 % C2H4, e 2 %
N2, percentagens molares).
10. Da Object Palette, introduza um separador flash (Separator) no PFD. Na Object Window do
flash (V-100), pasta Design/Connections, indique a corrente 3 como corrente de entrada
(Inlet), a corrente 4 como saída da fase gasosa (Vapour Outlet), e a corrente Product como
saída da fase líquida (Liquid Outlet).
11. Uma vez que a operação de separação de fases que ocorre no flash (V-100), decorre a 40°C,
introduza este valor na Object Window da corrente 3.
12. Registe no quadro seguinte os valores referentes a alguns parâmetros relevantes do processo
que acabou de simular.
13. Verifique que a fracção de cloreto de etilo na corrente Product é bastante inferior à requerida
pelo enunciado (≥ 85 %). Experimente mudar a temperatura da corrente 3 em torno dos 40°C
e verifique a influência na composição e caudal da corrente Product.
15. Introduza no PFD uma função lógica Recycle (RCY-1), ligue na entrada (Inlet) a corrente
Recycle e crie para a saída (Outlet) uma corrente Recycle*. (As particularidades inerentes à
utilização das funções lógicas, como é o caso do Recycle, serão abordadas no Módulo 2,
Unidades de Operações Lógicas).
NOTA:
De forma a que o processo de cálculo iterativo possua um critério de convergência mais rigoroso,
aconselha-se reduzir o parâmetro de sensibilidade (pasta Parameters/Variables) da função lógica
Recycle (RCY-1). Sugere-se alterar o valor 10 para 1 ou mesmo 0,1 em algumas variáveis.
16. Ligue a corrente Recycle* (corrente de saída da unidade lógica Recycle) à entrada do
misturador de correntes MIX-100.
17. Altere o caudal de purga do sistema (Splits do TEE-100, para o qual atribuiu anteriormente o
valor de 0,5) até obter uma percentagem molar de cloreto de etilo na corrente Product, igual
ou superior a 85 %. Registe no quadro seguinte os valores assumidos pelas correntes.
Caudal (kmol/h) ―
Temperatura (°C) ―
Fracção de C2H4 ―
Fracção de HCl ―
Fracção de C2H5Cl ―
Fracção de N2 ―
Energia (kW) ― ― ― ―
18. Analise os resultados obtidos por comparação das situações com e sem reciclo. Identifique e
verifique a influência de parâmetros como a percentagem de purga, temperatura da corrente 3
e pressão do sistema no consumo energético, rendimento global do processo, caudal e
composição da corrente Product.
0.55 1.00
0.50 0.95
0.45 0.90
0.40 0.85
0.35 0.80
0.30 0.75
0 0.1 0.2 0.3 0 0.1 0.2 0.3
FRA CÇÃ O DE P URGA FRA CÇÃ O DE P URGA
3. Produção de Amónia
Considere a simplificação do processo de produção de amónia representado na figura seguinte. A
transformação reactiva ocorre num reactor de Gibbs a 200 atm e 450°C.
3 H2 + N2 ―→ 2 NH3
A alimentação fresca do processo (corrente 1) possui um caudal de 100 kmol/h (74,3 % H2,
24 % N2, 0,6 % Ar e 1,1 % CH4), a 200 atm e 50°C. Antes de entrar no reactor (GBR-100), a
mistura reaccional é pré-aquecida (HEATER), até uma temperatura suficiente para que a reacção
decorra a 450°C (corrente 4). O efluente do reactor (corrente 4) é arrefecido (COOLER) até à
temperatura de – 30°C, sendo as fases resultantes da condensação separadas num flash. A
fracção gasosa (corrente 6) depois de sofrer purga (corrente Purga) recircula à entrada do
reactor (corrente 7/8). Considere perdas de carga nulas em todas as unidades do processo.
Pretende-se produzir uma solução de amónia (corrente Amónia) em fase líquida, com teor em
NH3 igual ou superior a 95 %.
4. Construa um gráfico (ou tabela) que relacione a fracção de purga com o quociente entre
a quantidade de energia necessário no processo (E1 + E2) e o caudal de NH3 na corrente
de produto (corrente Amónia). Para este estudo utilize somente a gama de condições
para as quais a concentração de NH3 na corrente Amónia é igual ou superior a 95 %.
FILTRO DESCRIÇÃO
A selecção do property package mais adequado a um dado processo está dependente do i) tipo
de espécies químicas envolvidas, ii) condições (pressão e temperatura) a que estão sujeitas ao
longo do processo, e iii) tipo de transformações que ocorrem (condensação, vaporização,
dissolução, etc.).
Não existe nenhum método numérico universal que permita reproduzir rigorosamente o
comportamento de todas as espécies, em todas as condições e para todas as transformações.
Assim, na selecção do fluid package mais adequado é necessário ter em consideração as
especificidades particulares de cada método e ponderar a sua aplicabilidade ao processo que
pretendemos construir.
Todos os métodos baseados em equações de estado e suas aplicações específicas são descritos no
quadro seguinte.
EOS DESCRIÇÃO
(Continuação)
MODELO
DESCRIÇÃO
CHAO SEADER
MODELOS DE
DESCRIÇÃO
PRESSÃO DE VAPOR
4.5. Miscellaneous
O grupo “Miscellaneous” contém “Property Packages” únicos e que portanto não se enquadram
em nenhum dos grupos mencionados anteriormente.
PROPERTY
DESCRIÇÃO
PACKAGE
Sistemas Binários A A A A A
Sistemas Multicomponente AL AL A A A
Sistemas Azeotrópicos A A A A A
Equilíbrio Líquido-Liquido A A NA A A
Sistemas Diluídos Q Q A A A
Polímeros NA NA NA NA A
Extrapolações Q Q B B B
Visualizando a pasta “Binary Coeffs” poderemos ver os valores assumidos para os parâmetros de
interacção do modelo de actividade, correspondentes ao sistema água-acetona. O facto deles
aparecerem aqui representados, indica que estão referenciados na base de dados do simulador,
caso não apareçam teremos de os obter por outra via, como por exemplo através de modelos de
previsão como o UNIFAC.
Nalguns casos, existem os parâmetros para umas espécies mas para outras não. Isto é sinal que a
base de dados do simulador não contém todos os parâmetros obtidos por via experimental (ou
tendo como base determinações experimentais), mas permite utilizarmos os que temos mediante
a opção “Unknows Only” (só desconhecido). Também é possível utilizar a estimativa UNIFAC,
mas neste caso teremos de distinguir entre equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor (desafia-se
o aluno a descobrir que os parâmetros são diferentes para ambos os casos).
Como exemplo criemos no HYSYS um sistema formado por dois componentes típicos na
fabricação de cumeno, como são o cumeno e o AMS (alfa-metil-estireno). No Fluid Package
escolhendo a equação UNIQUAC, veremos que os coeficientes binários possuem os campos
vazios (em branco), não existem valores. Isto deve-se ao facto de não constarem na base de
dados do simulador e portanto é necessário estimá-los. Isto é efectuado através da opção
ALL Binaries, tendo anteriormente seleccionado a opção UNIFAC VLE.
exemplificou anteriormente. Tente alterar a equação que descreve uma dada propriedade e
avaliar (através da representação gráfica da pasta Plots) o grau de concordância entre os valores
de referência (experimentais) e os numéricos produzidos pelo modelo.
2. Quando se adiciona um novo grupo hipotético, o HYSYS abre uma janela “Tabular
Hypothetical Input”, onde se adiciona e definem os componentes para o grupo. Nesta janela
altere o nome do grupo para “HypoAlcool” por exemplo. Repare que o “default” do HYSYS
na célula “Component Class” são os hidrocarbonetos. Para este exemplo altere a selecção para
álcool.
5. O simulador pode estimar para o composto hipotético, propriedades por nós desconhecidas
somente com o NBP e a massa específica. No entanto os resultados da estimativa serão mais
exactos se introduzirmos a estrutura molecular do componente. Carregue no botão “UNIFAC”
para aceder ao “UNIFAC Component Builder”.
6. A fórmula química do etanol é C2H5OH, e é composta por grupos funcionais CH3, CH2 e OH.
Seleccione o grupo CH3 da lista de “Available UNIFAC Groups”. Carregue depois no botão
“Add”. Repare que aparece 1 na primeira célula da coluna “Sub Groups” da “UNIFAC
Structure”. Por “default” o simulador atribui o valor 1 na célula da coluna “How Many”. O
número de ligações livres aumentou para 1 com a adição do grupo funcional CH3. De igual
forma adicione os grupos CH2 e OH à “UNIFAC Structure” a partir da lista de “Available
UNIFAC Groups”.
7. Uma vez completa a estrutura UNIFAC, o simulador calcula as propriedades críticas. Feche a
janela do “UNIFAC Component Builder” de modo a voltar à janela do “Tabular Hypothetical
Input”.
8. O HYSYS pode agora usar mais informação (ponto de ebulição normal, massa específica e
estrutura UNIFAC) para estimar as restantes propriedades para o composto hipotético.
Podemos examinar os métodos de estimativa utilizados pressionando o botão “Estimation
Methods” para abrir uma janela de “Property Estimation”. Se pretender pode mudar o método
de estimativa de qualquer propriedade. Neste exemplo usaremos os métodos de “default”.
Feche a janela para voltar à “Tabular Hypothetical Input”.
10. Por fim, compare o valor das propriedades do composto hipotético criado com as
propriedades do etanol existente na base de dados do simulador (utilize por exemplo a
equação de Wilson).