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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA -
DEE

Relatório da Prática 07
Potência Monofásica em Circuitos CA

Bancada: 04
Equipe: Igor Mesquita de Melo – 364018
Thiago de Souza Duarte – 391268

Professor: Raimundo Furtado Sampaio


Turma: 02A (Terça-feira, 14h-16h)

Fortaleza
(30/04/2019)
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SUMÁRIO

1. Objetivos..........................................................................................................................................2

2. Introdução.......................................................................................................................................2

3. Material Utilizado...........................................................................................................................3

4. Procedimento Experimental..........................................................................................................4

5. Questionário....................................................................................................................................7

6. Conclusão........................................................................................................................................8

7. Bibliografia......................................................................................................................................9
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1. Objetivos

− Determinar a potência complexa de cargas tipicamente indutivas e capacitivas;


− Determinar o fator de potência de cargas monofásicas.

2. Introdução

A potência elétrica é uma grandeza física que mede a quantidade


de trabalho realizado em determinado período de tempo, ou seja, é a taxa de
variação da energia, de forma análoga à potência mecânica. Sua unidade de
medida no SI é o Watt.

Circuitos em corrente alternada costumam ser resolvidos através da análise


fasorial utilizando números complexos. Nesse tipo de circuito pode haver
componentes capazes de armazenar energia elétrica e criar uma defasagem de
um ângulo φ entre o fasor corrente e o fasor tensão. Podemos definir três tipos
de potência: potência ativa P [W], reativa Q [var] e aparente S [VA].

A potência ativa, representada pela letra P, corresponde à potência


dissipada em um ciclo, ou seja, corresponde à parcela da potência recebida que
se transforma em trabalho. Seu valor é dado por: P = Vef * Ief * cos φ.

A potência reativa, representada pela letra Q, corresponde à parcela da


potência que não é convertida em trabalho útil, sendo armazenada e devolvida
ao gerador. Seu valor é dado por: Q = Vef * Ief * sen φ.

Esse tipo de potência aparece quando há dispositivos capazes de armazenar


energia (indutores e capacitores), criando uma defasagem entre a tensão e a
corrente. Por convenção, a potência reativa é positiva em um circuito indutivo e
negativa em um circuito capacitivo. Em um circuito puramente indutivo ou
capacitivo (indutores e capacitores ideais) a defasagem é de ±90º, fazendo com
que a potência reativa seja máxima, não havendo conversão de energia.

A potência aparente, representada pela letra S, é a combinação da potência


ativa e reativa do circuito. Seu valor numérico é dado por: |S| = sqrt(P² + Q²) =

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Vef*Ief.

Para representar esses valores, podemos utilizar o triângulo de potência,


descrito na figura 01:
Figura 01 – Triângulo de Potência

Fonte: [5] http://www.engeletrica.com.br/fatordepotencia-manual-fatordepotencia.html


Onde φ é o ângulo de defasagem entre tensão e corrente.

3. Material Utilizado

− Fonte de Alimentação CA 220V;


− Variac 0-240 Vrms;
− Banco de Resistores Mod. 111A432;
Valor Nominal 150 Ω +/- 10%
Tensão Nominal 80V
− Banco de Indutores Mod. 111A434;
Valor Nominal 1,47 H +/- 10%
Tensão Nominal 220V
− Banco de Capacitores Mod. 111A433;
Valor Nominal 9,22µF +/- 10%
Tensão Nominal 220V
− Voltímetro CA 0-250V;
− Amperímetro CA 0-3A;
− Wattímetro escala 0-120 W coeficiente de escala igual a 5.

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4. Procedimento Experimental

1 – Durante a realização desta prática, foi montado o circuito RLC indicado


na figura 02, com associações de componentes de acordo com o indicado na tabela
1.
Figura 02 – Circuito utilizado na montagem

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas


2 – Com um circuito RLC montado conforme a associação da Tabela 01,
foram obtidos valores utilizando Amperímetro analógico e Wattímetro, conforme
orientação do roteiro da prática. Os valores foram medidos e/ou calculados e
descritos na tabela.
Tabela 01 – Valores Medidos e Calculados
Condição V [V] I [A] S [VA] P [W] FPD Q [var] Potência
de Carga Complexa
3R 1,65 132 140 ~ 1,0 ~0 140 + j0
6L 0,60 48 0 +j 48 0 + j48
6C 1,90 152 0 -j 152 0 – j152
3R//6L 80 1,80 144 140 0,97 33,70 140 + j33,70
3R//6C 2,45 196 140 0,71 137,17 140 – j137,17
3R//6L//6C 2,10 168 140 0,83 92,86 140 + j92,86
Ressonânci 1,80 144 140 0,97 ~0 140 + j0
a

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

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Figura 03 – Leitura no Wattímetro

Fonte: O próprio autor

Figura 04 – Componentes utilizados na montagem do circuito

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Fonte: O próprio autor

Figura 05 – Instrumentos analógicos utilizados na medição

Fonte: O próprio autor

Os circuitos RLC tem em sua composição elementos armazenadores de


energia, capacitores e indutores, respectivamente. Os capacitores armazenam
energia na forma de campo elétrico, e os indutores na forma de campo magnético.
Os dois são elementos que influenciam no fator de potência, de acordo com sua
associação e valores.

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5. Questionário

1 – Comente os valores de potência ativa P para as condições de carga 6L e


6C.

Nas condições de carga 6L e 6C, a leitura do Wattímetro foi zero


(potencia ativa = 0), pois no circuito havia somente potência reativa,
pois havia somente a presença de componentes que demandam reativos
da rede.

2 – Compare e analise as diferenças entre as componentes imaginárias da


potência complexa S para a condição de carga em paralelo (3R//6L//6C)
e as condições individuais 3R, 6L e 6C.

Na condição 3R, não há componente imaginária, pois não há a presença


de energia reativa no circuito. Já nas condições 6L e 6C ocorre o
inverso, há somente a presença da componente imaginária. Já na
condição 3R//6L//6C, há a presença das componentes real e imaginária,
por causa da presença dos resistores, capacitores e indutores, que
demandam energia ativa e reativa para funcionarem.

3 – Com a ajuda da curva de ressonância mostrada na figura 06, os valores


de L e C na opção 3R//xL//yC (x e y representam número de dispositivos
associados) foram ajustados para que o fator de potência FPD seja igual a
um. Compare os resultados obtidos para a condição de ressonância e para
a condição 3R.

Através da variação no número de componentes utilizando as


chaves dos módulos, chegamos ao uso da associação 4C//6L//3R, que foi
possível chegar a um fator de potência 0,97, que podemos considerar
unitário, por causa da dificuldade de ajustes nos componentes, atingindo
assim a condição de ressonância proposta, e com fator de potência
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praticamente igual a condição 3R.

Figura 06 – Curva de Ressonância

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

6. Conclusão

Tendo em vista os aspectos observados durante a realização da prática, foi


possível obter algumas informações relevantes acerca do conteúdo estudado.
Através do uso do Wattímetro e instrumentos analógicos (voltímetro e amperímetro)
foram observados os valores de tensão, corrente e potência dos arranjos RLC com
diferentes associações.
A ocorrência de mal contato nas chaves, resistência nos cabos e variação nos
valores dos componentes utilizados gerou algumas variações nas leituras durante a
realização da prática, porém foram contornadas e acabaram contribuindo com o
desenvolvimento do aprendizado.
Os resultados obtidos foram satisfatórios, dentro do esperado e cumpriram a
expectativa em relação aos objetivos propostos.

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7. Bibliografia

[1] LEÃO, R. P. S. Roteiro de Aulas Práticas Nº 03 – Fasores e Álgebra de


Números Complexos. Fortaleza: DEE-UFC, 2019.

[2] NILSSON, J. W., REIDEL, S. A. Circuitos Elétricos.8ª Edição. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2008.

[3] Números Complexos, Fasores e Impedância: FEE-Unicamp. Disponível


em: <http://www.dsee.fee.unicamp.br/~mjrider/teaching/joined_document.pdf>.
Acesso em 13/04/2019.

[4] HAYT, Jr., W.H., KEMMERLY, J.E. Análise de Circuitos em Engenharia.


São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1990.

[5] Fator de Potência. Disponível em:


<http://www.engeletrica.com.br/fatordepotencia-manual-fatordepotencia.html> Acesso
em 01/05/19.

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