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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA -
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Relatório da Prática 05
Impedância

Bancada: 04
Equipe: Igor Mesquita de Melo – 364018
Thiago de Souza Duarte – 391268

Professor: Raimundo Furtado Sampaio


Turma: 02A (Terça-feira, 14h-16h)

Fortaleza
(09/04/2019)
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SUMÁRIO

1. Objetivos..........................................................................................................................................2

2. Introdução.......................................................................................................................................2

3. Material Utilizado...........................................................................................................................3

4. Procedimento Experimental..........................................................................................................4

5. Questionário..................................................................................................................................13

6. Conclusão......................................................................................................................................14

7. Bibliografia....................................................................................................................................15
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1. Objetivos

− Fixar o conceito de impedância;


− Medir ângulo de defasagem entre tensão e corrente;
− Observar a existência de componente resistiva no indutor e no capacitor;
− Fazer uso do osciloscópio com ponteiras de tensão e corrente.

2. Introdução

Impedância é a medida da capacidade de um circuito de resistir ao fluxo de uma


determinada corrente elétrica quando se aplica uma certa tensão elétrica em seus
terminais. É definida como a relação entre tensão e corrente e pode ser descrita em
diversas formas:

A tensão e a corrente podem ser representadas por fasores, porém a impedância não é
um fasor, apesar de ser descrita como um número complexo, com parte real, equivalente
à resistência R, e uma parte imaginária, dada pela reatância X. A unidade da impedância
Z é ohms [Ω], sendo utilizada para a resistência e para a reatância.
A reatância pode ser calculada através das fórmulas X L = ωL (reatância indutiva) e X C
= 1/ωC (reatância capacitiva), onde ω representa a relação 2πf.
Em circuitos CC, a frequência é nula, tornando a reatância indutiva nula (curto-
circuito) e a reatância capacitiva infinita (circuito aberto). Portanto, não há presença de
reatâncias em circuitos de corrente contínua.

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3. Material Utilizado

− Fonte de Alimentação CA 220V;


− Variac 0-240 Vrms;
− Banco de Resistores Mod. 111A432;
Valor Nominal 150 Ω +/- 10%
Tensão Nominal 80V
− Banco de Indutores Mod. 111A434;
Valor Nominal 1,47 H +/- 10%
Tensão Nominal 220V
− Banco de Capacitores Mod. 111A433;
Valor Nominal 9,22µF +/- 10%
Tensão Nominal 220V
− Voltímetro CA 0-250V;
− Amperímetro CA 0-3A;
− Amperímetro CA 0-3A;
− Osciloscópio;

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4. Procedimento Experimental

1 – Durante a realização desta prática, foram montados dois circuitos, sendo


um RL e um RC, com associações de componentes de acordo com o indicado nas
tabelas 1 e 2.
Figura 01 – Circuito utilizado na montagem

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas


2 – Com um circuito RL montado conforme a associação da Tabela 01,
foram obtidos valores utilizando a ponteira de tensão e a ponteira de corrente,
conforme orientação do roteiro da prática. Os valores foram medidos e/ou
calculados e descritos na tabela.
Tabela 01 – Valores Medidos e Calculados
Associação VF [V] I [A] θ [graus] |Z| [Ω] R [Ω] XL [Ω] ∠VR/VF
R=9 L=9 103 1,30 65,85 63,79 16,67 61,57 74,63
R=9 L=3 103 0,469 76,83 185,47 16,67 184,72 76,82
R=3 L=9 104 1,08 48,29 79,31 50,00 61,57 83,41
Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

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Figura 02 – Tensão e Corrente (R = 9 e L = 9)

Fonte: O próprio autor

Figura 03 – Tensão e Corrente (R = 9 e L = 3)

Fonte: O próprio autor

Figura 04 – Tensão e Corrente (R = 3 e L = 9)

Fonte: O próprio autor

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Cálculo do ângulo de defasagem: (Ttotal = 16,40 ms)
Figura 05 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 9 e L = 9)

Fonte: O próprio autor


θ = (360*3,0)/16,4 = 65,85 graus
Figura 06 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 9 e L = 3)

Fonte: O próprio autor


θ = (360*3,5)/16,4 = 76,83 graus
Figura 07 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 3 e L = 9)

Fonte: O próprio autor


θ = (360*2,2)/16,4 = 48,29 graus

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Cálculo da Impedância |Z| e ângulo ∠VR/VF:

a) R = 9 e L = 9

R = 150/9 = 16,67 Ω

XL = 2*π*60*0,1633 = 61,57 Ω

|Z| = sqrt(R² + XL²) = 63,79 Ω

∠VR/VF = (360*3,4)/16,4 = 74,63 graus

b) R = 9 e L = 3

R = 150/9 = 16,67 Ω

XL = 2*π*60*0,49 = 184,72 Ω

|Z| = sqrt(R² + XL²) = 185,47 Ω

∠VR/VF = (360*3,5)/16,4 = 76,82 graus

c) R = 3 e L = 9

R = 150/3 = 50 Ω

XL = 2*π*60*0,1633 = 61,57 Ω

|Z| = sqrt(R² + XL²) = 79,31 Ω

∠VR/VF = (360*3,8)/16,4 = 83,41 graus

O ângulo ∠VR/VF representa o ângulo de defasagem entre entrada e saída do


circuito.

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3 – Com o terra do osciloscópio posicionado entre o indutor e o resistor do


circuito, foi capturada a onda de tensão sobre o indutor e a onda de corrente do
circuito, para a associação R = 9 e L = 3. (Figura 03)

Cálculo da componente resistiva no indutor:

|Z|*cos(θ) = 185,47*cos(76,83) = 42,25 Ω

Com a ponteira de corrente substituída por uma ponteira de tensão, foi


capturada a tensão VR:

Figura08 – Tensão VR (R = 9 e L = 3)

Fonte: O próprio autor

A defasagem entre VL e VC representa o ângulo de defasagem entre entrada e


saída do circuito.

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Figura 09 – Defasagem entre VL e VR

Fonte: O próprio autor

4 – O procedimento descrito no item 2) foi repetido para o circuito RC, com


as associações descritas na tabela 02.
Tabela 02 – Valores Medidos e Calculados
Associação VF [V] I [A] θ [graus] |Z| [Ω] R [Ω] XC [Ω] ∠VR/VF
R=3 C=6 101 1,54 43,90 69,27 50,00 47,95 48,29
R=6 C=6 102 0,196 120,73 54,07 25,00 47,95 28,53
R=6 C=3 103 1,14 79,02 99,10 25,00 95,90 15,36
Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

Figura 10 – Tensão e Corrente (R = 3 e C = 6)

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Fonte: O próprio autor

Figura 11 – Tensão e Corrente (R = 6 e C = 6)

Fonte: O próprio autor

Figura 12 – Tensão e Corrente (R = 6 e C = 3)

Fonte: O próprio autor

Cálculo do ângulo de defasagem: (Ttotal = 16,40 ms)


Figura 13 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 3 e C = 6)

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Fonte: O próprio autor


θ = (360*2,0)/16,4 = 43,90 graus
Figura 14 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 6 e C = 6)

Fonte: O próprio autor


θ = (360*5,5)/16,4 = 120,73 graus
Figura 15 – Defasagem entre tensão e corrente (R = 6 e C = 3)

Fonte: O próprio autor


θ = (360*3,6)/16,4 = 79,02 graus

Cálculo da Impedância Z e ângulo ∠VR/VF:


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a) R = 3 e C = 6

R = 150/3 = 50,00 Ω

XC = 1/(2*π*60*(9,22µF*6)) = 47,95 Ω

|Z| = sqrt(R² + XC²) = 69,27 Ω

∠VR/VF = (360*2,2)/16,4 = 48,29 graus

b) R = 6 e C = 6

R = 150/6 = 25,00 Ω

XC = 1/(2*π*60*(9,22µF*6)) = 47,95 Ω

|Z| = sqrt(R² + XC²) = 54,07 Ω

∠VR/VF = (360*5,4)/16,4 - 90 = 28,53 graus

c) R = 6 e C = 3

R = 150/6 = 25,00 Ω

XC = 1/(2*π*60*(9,22µF*3)) = 95,90 Ω

|Z| = sqrt(R² + XC²) = 99,10 Ω

∠VR/VF = (360*4,8)/16,4 - 90 = 15,36 graus

O ângulo ∠VR/VF representa o ângulo de defasagem entre entrada e saída do


circuito.

Os circuitos RC e RL tem em sua composição elementos armazenadores de


energia, capacitores e indutores, respectivamente. Os capacitores armazenam
energia na forma de campo elétrico, e os indutores na forma de campo magnético.
Cada um tem suas particularidades de funcionamento, de acordo com o tipo de
circuito a que ele pertence.

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5. Questionário

1 – Calcule a potência complexa para os arranjos de circuito:

a) R = 9 e L = 9

S = V*I = 103*1,30 = 133,9 VA

P = V*I*cosθ = 103*1,30*cos(65,85) = 54,78 W

Q = V*I*senθ = 103*1,30*sen(65,85) = 122,18 VAr

b) R = 9 e L = 3

S = V*I = 103*0,469 = 48,31 VA

P = V*I*cosθ = 103*0,469*cos(76,83) = 11,01 W

Q = V*I*senθ = 103*0,469*sen(76,83) = 47,04 VAr

c) R = 3 e L = 9

S = V*I = 104*1,08 = 112,32 VA

P = V*I*cosθ = 104*1,08*cos(48,29) = 74,73 W

Q = V*I*senθ = 104*1,08*sen(48,29) = 83,85 VAr

d) R = 3 e C = 6

S = V*I = 101*1,54 = 155,54 VA

P = V*I*cosθ = 101*1,54*cos(43,90) = 112,07 W

Q = V*I*senθ = 101*1,54*sen(43,90) = 107,85 VAr

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e) R = 6 e C = 6

S = V*I = 102*0,196 = 19,99 VA

P = V*I*cosθ = 102*0,196*cos(120,73 - 90) = 17,18 W

Q = V*I*senθ = 102*0,196*sen(120,73 - 90) = 10,21 VAr

f) R = 6 e C = 3

S = V*I = 103*1,14 = 117,42 VA

P = V*I*cosθ = 103*1,14*cos(79,02) = 22,36 W

Q = V*I*senθ = 103*1,14*sen(79,02) = 115,27 VAr

2 – O que é efeito pelicular? Explique o fenômeno.

“Efeito pelicular é um efeito caracterizado pela repulsão entre


linhas de corrente eletromagnética, criando a tendência de esta fluir na
superfície do condutor elétrico.” [5]

Este efeito é proporcional à intensidade de corrente e aumenta com


a raiz quadrada da frequência, com a permeabilidade magnética e com a
condutividade elétrica do condutor. É somente encontrado em condutores
submetidos à corrente alternada.

6. Conclusão

Tendo em vista os aspectos observados durante a realização da prática, foi


possível obter algumas informações relevantes acerca do conteúdo estudado.
Através do uso do osciloscópio foram observadas os valores e formas de onda dos
arranjos RC e RL com diferentes associações.
A ocorrência de mal contato nas chaves e variação nos valores dos
componentes utilizados gerou algumas variações nas leituras durante a realização da
prática, porém foram contornadas e acabaram contribuindo com o desenvolvimento

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do aprendizado.
Os resultados obtidos foram satisfatórios, dentro do esperado e cumpriram a
expectativa em relação aos objetivos propostos.

7. Bibliografia

[1] LEÃO, R. P. S. Roteiro de Aulas Práticas Nº 03 – Fasores e Álgebra de


Números Complexos. Fortaleza: DEE-UFC, 2019.

[2] NILSSON, J. W., REIDEL, S. A. Circuitos Elétricos.8ª Edição. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2008.

[3] Números Complexos, Fasores e Impedância: FEE-Unicamp. Disponível


em: <http://www.dsee.fee.unicamp.br/~mjrider/teaching/joined_document.pdf>.
Acesso em 13/04/2019.

[4] HAYT, Jr., W.H., KEMMERLY, J.E. Análise de Circuitos em Engenharia.


São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1990.

[5] Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 22, no. 2, Junho, 2000 . Efeito
Pelicular (On the Skin Effect): DE-UFPR. Disponível em:
<http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v22_285.pdf> Acesso em 13/04/2019.

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