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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA -
DEE

Relatório da Prática 11
Circuitos Trifásicos Equilibrados

Bancada: 04
Equipe: Igor Mesquita de Melo – 364018
Thiago de Souza Duarte – 391268

Professor: Raimundo Furtado Sampaio


Turma: 02A (Terça-feira, 14h-16h)

Fortaleza
(28/05/2019)
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SUMÁRIO

1. Objetivos..........................................................................................................................................2

2. Introdução.......................................................................................................................................2

3. Material Utilizado...........................................................................................................................4

4. Procedimento Experimental..........................................................................................................5

5. Conclusão........................................................................................................................................9

6. Bibliografia....................................................................................................................................10
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1. Objetivos

− Verificar as relações entre tensões e correntes de linha e de fase em circuito


trifásico equilibrado;
− Verificar a equivalência entre circuitos delta ou triangulo (Δ) e estrela (Y).

2. Introdução

Os sistemas elétricos de potência são alimentados por geradores trifásicos,


que são máquinas rotativas que produzem três tensões senoidais com a mesma
frequência angular e a mesma amplitude, defasadas entre si de 120º. Os
geradores podem ser conectados em Y (estrela) ou Δ (delta), conforme
mostrados nas figuras 01 e 02. Na conexão em estrela, as correntes de linha e de
fase são iguais, e na conexão delta, as tensões de fase e de linha são iguais.

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Figura 01 – Gerador Trifásico conectado em Y

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

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Figura 02 – Gerador Trifásico conectado em Δ

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

As cargas trifásicas são alimentadas pelos geradores trifásicos, e também


são conectadas em Y (estrela) ou Δ (delta), conforme mostrado na figura 03. Os
dois circuitos serão equivalentes se suas respectivas impedâncias de entrada, saída
e transferência forem iguais, sendo possível obter uma transformação Y-Δ ou Δ-Y.

Figura 03 – Cargas Trifásicas Equilibradas

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

A potência total do sistema trifásico é a soma das potências de cada fase,


conforme mostrado nas equações abaixo, para as cargas em Y e em Δ:

SY = VaIa*+VbIb*+VcIc* e SΔ = VabIab*+VbcIbc*+VcaIca*.

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3. Material Utilizado

− Fonte de Alimentação CA 220V;


− Variac 0-240 Vrms;
− Banco de Resistores Mod. 111A432;
Valor Nominal 150 Ω +/- 10%
Tensão Nominal 80V
− Voltímetro CA 0-250V;
− Osciloscópio.

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4. Procedimento Experimental

1 – O circuito descrito na figura 04 foi montado e energizado conforme


orientação do roteiro, e foram medidos os valores de tensão e corrente descritos na
Tabela 01.
Figura 04 – Carga resistiva em Y

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas


Tabela 01 – Valores Medidos para o circuito em Y
Tensão Eficaz de Linha Tensão Eficaz de Fase Corrente Eficaz (mA)
Vab Vbc Vca Va Vb Vc Ia Ib Ic In
80 80 80 46 47 48 97,3 98,4 99,0 2,8
Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas

a) Determinar a relação entre a tensão de linha 𝑉𝐿 (média de 𝑉𝑎𝑏, 𝑉𝑏𝑐 e 𝑉𝑐𝑎) e a tensão de fase
𝑉𝐹 (média de 𝑉𝑎, 𝑉𝑏 e 𝑉𝑐). Comparar com o valor teórico esperado.

Tensão de Linha Medida: 80V

Tensão de Fase Medida: 47V

Tensão de Fase Calculada (Valor teórico): 80/sqrt(3) = 46,18 V

Podemos observar que o valor medido foi muito próximo ao valor calculado, com uma
pequena variação que pode ter sido causada até mesmo por possíveis erros de leitura nos
instrumentos analógicos.

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b) Houve alguma diferença entre as correntes 𝐼𝑎, 𝐼𝑏 e 𝐼𝑐? Por quê?

Houve uma pequena diferença, que podemos considerar desprezível. Por se tratar de
um circuito trifásico equilibrado, o esperado é que essas correntes sejam iguais.

c) O que pode ser concluído ao ser observada a corrente 𝐼𝑛?

Podemos observar que é um valor muito próximo de zero, comprovando que o circuito
montado está em equilíbrio.

d) Desenhar um único diagrama fasorial para as tensões de fase e de linha e correntes da carga.
Figura 05 – Diagrama Fasorial das tensões e correntes, ligação Estrela

Fonte: [5] MOURA, A.P.M., A.A.F.M, E.P.R. Análise de Circuitos em Corrente Alternada para Sistemas de
Potência. São Paulo: Artliber Editora, 2018

e) Determinar a potência trifásica da carga.

SY = VaIa*+VbIb*+VcIc* = (46)(0,0973)+(47)(0,0984)+(48)(0,0990)

SY = 13,85 W

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2 – O circuito descrito na figura 05 foi montado e energizado conforme


orientação do roteiro, e foram medidos os valores de tensão e corrente descritos na
Tabela 02.

Figura 06 – Carga resistiva em Δ

Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas


Tabela 02 – Valores Medidos para o circuito Δ
Tensão Eficaz de Linha Corrente Eficaz de Linha Corrente Eficaz de Fase (mA)
Vab Vbc Vca Ia Ib Ic Iab Ibc Ica
80 80 80 96,8 98,2 97,8 56,7 56,3 56,7
Fonte: [1] Roteiro de Aulas Práticas
a) Determinar a relação entre a corrente de linha 𝐼𝐿 (média de 𝐼𝑎, 𝐼𝑏 e 𝐼𝑐) e a corrente de fase 𝐼𝐹
(média de 𝐼𝑎𝑏, 𝐼𝑏𝑐 e 𝐼𝑐𝑎). Comparar com o valor teórico esperado.

Valor medido de IL = 97,6 mA

Valor medido de IF = 56,6 mA

Valor calculado de IF = 97,6/sqrt(3) = 56,3 mA

Podemos observar que o valor medido foi muito próximo ao valor calculado,
com uma pequena variação que pode ter sido causada até mesmo por possíveis erros
de leitura nos instrumentos analógicos.

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b) Comparar os valores de corrente de linha do circuito da Figura 5 (carga em Δ) e do circuito
da Figura 4 (carga em Y). Comentar o resultado.

Podemos observar que são valores bem semelhantes, conforme o esperado para um
circuito equilibrado, já que os circuitos possuem características semelhantes, diferindo apenas
no arranjo da carga.

c) Desenhar um único diagrama fasorial para as correntes de fase e de linha e tensões da carga.
Figura 07 – Diagrama Fasorial das tensões e correntes, ligação Delta

Fonte: [5] MOURA, A.P.M., A.A.F.M, E.P.R. Análise de Circuitos em Corrente Alternada para Sistemas de
Potência. São Paulo: Artliber Editora, 2018

d) Determinar a potência trifásica da carga em Δ e comparar com a carga em Y.


Comentar o resultado.

SΔ = VabIab*+VbcIbc*+VcaIca* = (80)(0,0567)+(80)(0,0563)+(80)(0,0567)

SY = 13,58 W

Podemos observar que o resultado foi semelhante ao encontrado no arranjo em


Y do circuito, comprovando o esperado para o circuito equilibrado com
características semelhantes.

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5. Conclusão

Tendo em vista os aspectos observados durante a realização da prática, foi


possível obter algumas informações relevantes acerca do conteúdo estudado.
Através do uso de instrumentos analógicos (voltímetro e amperímetro) e do
osciloscópio, foram observados os valores de tensão, corrente e potência dos
arranjos de circuitos trifásicos equilibrados com associações delta e estrela,
permitindo compreender o conceito e analisar o funcionamento destes circuitos.
A ocorrência de mal contato nas chaves, resistência nos cabos e variação nos
valores dos componentes utilizados gerou algumas variações nas leituras durante a
realização da prática, porém foram contornadas e acabaram contribuindo com o
desenvolvimento do aprendizado.
Os resultados obtidos foram satisfatórios, dentro do esperado e cumpriram a
expectativa em relação aos objetivos propostos.

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6. Bibliografia

[1] LEÃO, R. P. S. Roteiro de Aulas Práticas de Circuitos Elétricos. Fortaleza:


DEE-UFC, 2019.

[2] NILSSON, J. W., REIDEL, S. A. Circuitos Elétricos.8ª Edição. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2008.

[3] Circuitos CA: Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto - PT.


Disponível em: < https://def.fe.up.pt/eletricidade/circuitos_ca.html>. Acesso em
29/05/2019.

[4] Circuitos de Corrente Alternada I: USP. Disponível em :


<http://www.ifsc.usp.br/~strontium/Teaching/CircuitosdeCorrenteAlternada-I.pdf>
Acesso em 29/05/19.

[5] MOURA, A.P.M., A.A.F.M, E.P.R. Análise de Circuitos em Corrente


Alternada para Sistemas de Potência. São Paulo: Artliber Editora, 2018

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