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Relatório da Prática 10

Teorema de Thévenin

Bancada: 04

Equipe: Thiago de Souza Duarte – 391268

Igor Mesquita de Melo – 364018

Professor: Raimundo Furtado

Turma: 02A (Terça-feira, 14h – 16h)

Fortaleza

21/05/2019
SUMÁRIO

1. Objetivos ................................................................................................................. 02

2. Introdução ............................................................................................................... 02

3. Material utilizado .................................................................................................... 03

4. Procedimentos experimentais ................................................................................. 04

5. Questionário ........................................................................................................... 12

6. Conclusão ............................................................................................................... 13

7. Bibliografia ............................................................................................................. 13
1. OBJETIVOS

 Testar experimentalmente o teorema de Thévenin.

2. INTRODUÇÃO

Em alguns casos pode acontecer de um determinado elemento em um circuito


ser variável (normalmente, denominado carga), enquanto outros elementos são fixos.
Cada vez que o elemento variável for alterado, todo o circuito tem de ser analisado por
completo novamente. Para evitar refazer a análise para a nova configuração, é utilizado
um método pelo qual a parte fixa do circuito é substituída por um circuito equivalente,
chamado teorema de Thévenin.
O teorema de Thévenin afirma que um circuito linear de dois terminais pode ser
substituído por um circuito equivalente formado por uma fonte de tensão VTh em série
com um resistor RTh, onde VTh é a tensão de circuito aberto nos terminais e RTh, a
resistência de entrada ou equivalente nos terminais quando as fontes independentes
forem desativadas. A figura 1 ilustra esse conceito.
Figura 1 – Representação as condições de aplicação do teorema de Thévenin.

Fonte: ALEXANDRE, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013.
O teorema de Thévenin possui um dual também aplicável a circuitos lineares: o
teorema de Norton. Esse teorema afirma que um circuito linear de dois terminais pode
ser substituído por um circuito equivalente formado por uma fonte de corrente IN em
paralelo com um resistor RN, em que IN é a corrente de curto-circuito através dos

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terminais e RN é a resistência de entrada ou equivalente nos terminais quando as fontes
independentes forem desligadas, conforme ilustrado na figura 2.

Figura 2 – Representação as condições de aplicação do teorema de Norton.

Fonte: ALEXANDRE, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013.
Dessa forma, os teoremas de Thévenin e de Norton podem ser relacionados
através das seguintes equações:
V Th
RTh =R N e I N =
RTh

3. MATERIAL UTILIZADO
 Variac 0-240VCA.
 Banco de Resistores Mod. 111A432
Valor Nominal 125Ω ± 10%
Tensão de Alimentação 80V
 Banco de Capacitores Mod. 111A433
Valor Nominal 9,22μF ± 10%
Tensão de Alimentação 220V
 Voltímetro C.A.: 0-250V
 Amperímetro C.A.: 0-3 A
 Osciloscópio
Ponteira de tensão e ponteira de corrente

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 Multímetro
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
1. Inicialmente, o circuito mostrado na figura 3 foi montado com a chave fechada e as
seguintes grandezas foram aferidas: corrente IT, ângulo de defasagem entre a tensão e a
corrente de alimentação, corrente I C, tensão VAB do banco capacitivo, potência aparente
ST vista da fonte e a potência reativa capacitiva do banco Q C. Os valores obtidos são
mostrados na Tabela 1.
Figura 3 – Circuito para ensaio em laboratório.

Fonte: Roteiro de Aulas Práticas Nº 10 – Teorema de Thévenin.

Tabela 1 – Determinação das características do circuito para ensaio em laboratório.

V IT θ VAB IC ST = PT + jQT QC
Carga FPD
[V] [A] [º] [V] [A] [VA] [var]
9C 100 0,7 11 18,9 0,65 S = 68,7 – j13,4 0,98 13,4
Fonte: o próprio autor.

1.1 Comparar e comentar sobre a componente imaginária da potência total S T e a


potência capacitiva QC.

A componente imaginária da potência aparente total ST e a potência capacitiva QC são


iguais, já que o banco capacitivo é o único elemento de natureza reativa presente no
circuito.

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1.2 Analisar, com base no valor do fator de potência calculado, a característica do
circuito. O reativo capacitivo é muito significativo no circuito?

O fator de potência do circuito é de 0,98, o que faz com que o circuito seja de natureza
resistiva. O capacitivo tem pouca influência sobre o fator de potência. IT*

1.3 Determinar de forma indireta a corrente eficaz no resistor de 150 Ω (relação


entre VAB e o resistor de 150 Ω).

V AB 18 , 9
I 150= = ∴ I 150 =0,126 A
R150 150

1.4 Determinar o fasor corrente que circula pelo resistor de 150 Ω e comparar seu
módulo com o valor de corrente determinada de forma indireta.

− j Xc − j 30 21 ∠−79 º
I 150= I= 0 , 70∠11º =
R− j X C 150− j30 153 ∠−11, 3 º

I 150=0,137 ∠−67 ,7 º

Comparando o valor do módulo do fasor corrente e o valor calculado de forma indireta,


observa-se que eles são bastante próximos, com um erro percentual de
aproximadamente 8,7%.

1.5 Desenhar um diagrama fasorial, mostrando todos os fasores de corrente do


circuito (utilizar VAB, com ângulo de fase igual a 0º, como referência).

V AB = V −V R 1 −V R 3 = 100−R1 I T −R3 I T = 100−50 ∠ 11º −50∠ 11º

V AB = 19 , 2 ∠−84 ,5 º

V AB 18 , 9 ∠−84 , 5 º
IC = = → I C = 0,630 ∠ 5 , 50 º
ZC 30 ∠−90 º

A figura 4 mostra o diagrama fasorial com as correntes I T, IC e I150 e a tensão VAB como
referência.

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Figura 4– Diagrama fasorial de Vab

Fonte: o próprio autor.

Figura 4.1 – Diagrama fasorial com corrente IT

Fonte: o próprio autor.

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Figura 4.2 – Diagrama fasorial com correntes IC

Fonte: o próprio autor.

Figura 4.3 – Diagrama fasorial com corrente I150.

Fonte: o próprio autor.

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2. Em seguida, o banco capacitivo foi desabilitado e a tensão V TH entre os pontos A e B
foi medida. Após isso, a fonte foi substituída por um curto-circuito e a resistência R TH
entre os pontos A e B foi aferida com um ohmímetro. Os valores encontrados estão na
Tabela 2.

Tabela 2 – Valores medidos de VTH e Rth.

VTH [V] 52
RTH [Ω] 75

Fonte: o próprio autor.

3. Por fim, foi verificada a associação necessária para estabelecer o valor de R TH medido
e o circuito mostrado na figura 5 foi montado, conforme os valores de V TH e RTH
medidos. Então, as mesmas grandezas foram medidas novamente e os valores estão na
Tabela 3.

Tabela 3 – Determinação das características do circuito equivalente de Thévenin.

VTH ITH θ VAB ST = PT + jQT QC


Carga FPD
[V] [A] [º] [V] [VA] [var]
9C 52 0,65 11,5 19 S = 33,1 – j6,74 0,98 6,74
Fonte: o próprio autor.

Figura 5 – Circuito equivalente Thévenin.

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Fonte: Roteiro de Aulas Práticas Nº 10 – Teorema de Thévenin.

3.1 Comparar os valores de tensão e corrente da carga capacitiva (9C), obtidos nos
circuitos das figuras 3 e 4. O que pode ser concluído?

Observa-se que os valores de tensão e corrente da carga capacitiva permanecem


aproximadamente os mesmos no circuito equivalente de Thévenin.

3.2 Analisar o comportamento dos circuitos das figuras 3 e 5, tendo como base a
comparação entre as potências complexas totais e o fator de potência de cada
circuito. Houve modificação no comportamento do circuito? O que pode ser
concluído?

Comparando os dois circuitos, observa-se que a potência aparente do circuito


equivalente de Thévenin diminuiu. Isso ocorreu devido à redução da potência ativa
causada pela diminuição das resistências presentes no circuito, enquanto que a potência
reativa permaneceu constante. Essa redução da potência ativa também provocou o
aumento do ângulo de defasagem, diminuindo, consequentemente, o fator de potência.

Apesar de as resistências do circuito terem sido modificadas, provocando variação na


potência aparente, a tensão e a corrente entre os pontos A e B obtidas no circuito
equivalente de Thévenin foram as mesmas obtidas no circuito original. Isso mostra que
não houve modificações consideráveis no comportamento do circuito entre os pontos A
e B.

3.3 Determinar o fasor tensão no resistor R TH e comparar seu módulo com o valor
medido pelo osciloscópio (CH2). Desenhar um diagrama fasorial, mostrando todos os
fasores de tensão do circuito da Figura 5 (utilizar o fasor corrente I TH com ângulo de
fase igual a 0º, como referência).

R TH 75 3500 ∠−21 , 8º
V Rth = × V TH = × 52 ∠−21, 8 º= = 43 ,3 ∠0 º
RTH − j X C 75− j 30 80 ,8 ∠−21 , 8º

− jX C − j 30 1550 ∠−1 11 , 5º
VC = × V TH = × 52 ∠−21, 8 º= = 18 , 6 ∠−90 º
RTH − j X C 75− j 30 80 , 8 ∠−21.8 º

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A figura 6 mostra o diagrama fasorial com as tensões V TH, VRth e VC e a corrente ITH
como referência (VTH e ITH estão sobrepostas, mas para facilitar a visualização foi
colocada uma pequena distência entre os fasores).

Figura 6 – Diagrama fasorial de ITH

Fonte: o próprio autor.

Figura 6.1 – Diagrama fasorial de VTH

Fonte: o próprio autor.

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Fonte: o próprio autor.

Figura 6.3 – Diagrama fasorial de VC.

Fonte: o próprio autor.

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5. QUESTIONÁRIO

1. Apresentar na introdução do relatório a equivalência que existe entre o teorema de


Thévenin e o teorema de Norton.

Olhar Introdução.

2. Apresentar dois outros procedimentos para cálculo da impedância de Thévenin.

Além do método de substituir as fontes independentes por curtos-circuitos e medir a


resistência entre os pontos A e B, a impedância de Thévenin pode ser determinada pelos
seguintes procedimentos:

 Desligam-se as fontes independentes, mas mantêm-se as fontes dependentes


ligadas (se houver). Em seguida, aplica-se uma tensão V o conhecida aos
terminais A e B, e determina-se a corrente I o. Então, a resistência de Thévenin
será dada por RTH = Vo / Io.
 De maneira alternativa, após adotar o mesmo procedimento em relação às
fontes, aplica-se uma fonte de corrente Io com valor conhecido aos terminais A e
B e encontra-se o valor da tensão V o. Então, usa-se novamente a relação R TH =
Vo / Io.

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6. CONCLUSÃO

Após a realização dessa atividade prática, foi possível entender melhor as


características e o princípio de funcionamento dos circuitos equivalentes de Thévenin
através da análise e comparação do comportamento das diferentes grandezas de um
circuito quando este é substituído por um equivalente Thévenin. Além disso, esse
experimento prático demonstrou que o teorema de Thévenin é uma poderosa ferramenta
em projetos elétricos e eletrônicos, pois contribui para a simplificação de circuitos
muito complexos por meio da substituição por uma única fonte de tensão independente
e um único resistor.

Portanto, considerando os objetivos iniciais pretendidos para este experimento


prático, pode-se concluir que todos foram atingidos com êxito.

7. BIBLIOGRAFIA

[1] LEÃO, R. P. S. Roteiro de Aulas Práticas Nº 10 – Teorema de Thévenin. Fortaleza:


DEE-UFC, 2018.

[2] ALEXANDRE, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos


Elétricos. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.

[3] Teorema de Thevenin. Teoria de Circuitos - UFRGS. Disponível em:

< http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_06/thevenin.html>. Acesso em 25 de


maio de 2019, 20h20min

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