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CURSO DE ENGENHARIA MECATRÔNICA

ANA CAROLINA DELAMARE DE ALMEIDA – 2021000919


JOÃO CARLOS DE ALMEIDA GOMES – 2019015549
THIAGO CAMPOS MOREIRA -2019002999

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS:


ANÁLISE DE IMPEDÂNCIAS EM CA E CC

JUIZ DE FORA

2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

1.1 Objetivos......................................................................................................................... 3

1.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 3

2 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 4

2.1 Desenvolvimento parte teórica ....................................................................................... 4

2.2 Desenvolvimento das Simulações .................................................................................. 7

2.3 Desenvolvimento parte prática ..................................................................................... 11

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 13

4 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 15


1 Introdução

O comportamento das impedâncias resistivas, capacitivas e indutivas quando submetidas


a uma tensão alternada senoidal, dependerão da frequência angular da fonte (ω = 2πf). Em um
circuito RCL por exemplo, em baixas frequências, o circuito se comportará como resistivo-
capacitivo, em altas frequências, como resistivo-indutivo, e quando essa frequência atinge o
ponto em que as reatâncias se igualam, o circuito se torna puramente resistivo.

Quando se tem um circuito puramente resistivo, o cálculo da impedância é feito através


da equação 1, e o ângulo de defasagem entre a corrente e a tensão é de 0º. Para circuitos
puramente indutivos, a impedância é obtida através da equação 2, e o ângulo de defasagem entre
corrente e tensão é de +90°. Em circuitos puramente capacitivos, o ângulo de defasagem entre
corrente e tensão é de -90°, e o valor da impedância é obtido através da equação 3.

Por fim, quando se encontra circuitos resistivos-capacitivos, ou resistivos-indutivos, a


impedância é representada pela equação 4, onde a resistência assume o valor real e a reatância
assume o valor imaginário.

1.1 Objetivos

Essa prática tem como objetivo a avaliação do comportamento das impedâncias resistivas,
indutivas e capacitivas quando ligadas em corrente alternada e corrente contínua, através de
cálculos e simulações.

1.2 Objetivos específicos

• Validar a teoria através da medição das tensões e correntes no circuito proposto utilizando o
software PSIM e comparar com os valores obtidos pelos cálculos e dados práticos;

• Executar a montagem e medições das grandezas elétricas, como tensão, corrente e resistência
dos circuitos em laboratório;

• Validar a utilização das Impedâncias em CC e CA.


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2 Materiais e Métodos

Para a simulação, foram utilizados os seguintes materiais:

a. Fonte de tensão CA regulável em 50 V;

b. Fonte de tensão CC regulável em 50 V;

c. Fios de conexão;

d. Multímetros digitais;

e. Placa de contato com três resistores de 150 Ω em paralelo;

f. Capacitor de 30 μF;

g. Indutor de 795,2 mH;

h. Wattímetro;

i. Base de contato;

Impedâncias em CC e CA auxiliam em uma análise mais simplificada de circuitos


complexos, possibilitando a resolução dos mesmos. Tanto no circuito CC quanto no CA, o intuito
é obter os valores das tensões e correntes que passam por cada componente. A diferença quando
se adota circuito contínuo e circuito alternado é que no CC pode se utilizar o método tradicional
de cálculo com as leis da elétrica, fazendo com que o resistor obedeça a Lei de Ohm, o indutor
se comporte como curto circuito e o capacitor se comporte como circuito aberto. Já em CA, o
resistor continua obedecendo a Lei de Ohm, porém, o indutor e capacitor têm uma defasagem
entre sua corrente e tensão e necessitando ser calculado como impedâncias. Para a discussão
dessas aplicações, efetuou-se três métodos distintos de cálculos, almejando obter valores iguais,
que serão melhores descritos nos tópicos de desenvolvimento.

2.1 Desenvolvimento parte teórica

Foram utilizadas as seguintes equações para os cálculos utilizando a fonte CA, tem-se os
cálculos e os resultados demonstrados nas Figuras 1,2 e 3 a seguir.

(1)
𝑍𝑅 = 𝑅 (𝛺)

𝑋𝐿 = 𝑗𝜔𝐿 (𝛺) (2)


5

−𝑗 (3)
𝑋𝐶 = (𝛺)
𝜔𝐶

𝑍 = 𝑅 ± 𝑗𝑋 (4)

Figura 1: Circuito resistivo puro em CC e CA e circuito indutivo puro em CA e CC.


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Figura 2: Cálculo circuito capacitivo puro em CA e CC e circuito RL.

Fonte: Próprio autor.


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Figura 3: Cálculo circuito RC em CA e CC.

Fonte: Próprio autor.

2.2 Desenvolvimento das Simulações

No desenvolvimento das simulações, os circuitos foram montados no PSIM conforme as


figuras abaixo, as correntes e tensões foram medidas, e os valores de pico foram usados para
calcular o valor RMS, que estão descritos nas tabelas. Montou-se os circuitos propostos e buscou-
se simular o que se obteve através da teoria. Tem-se representado nas simulações os efeitos de
cargas indutivas e capacitivas em um circuito com fonte de corrente alternada, pode-se observar
o desfasamento de +90º e -90º. Também se observou o comportamento dos componentes
capacitivos e indutivos em circuito com alimentação CC, pode-se observar o comportamento de
circuito aberto no capacitor e curto circuito no indutor, quando alimentado por uma fonte de
tensão CC. Segue demonstrado as simulações e os resultados para cada circuito.

Figuras 4 e 5: Circuito resistivo em CA e gráfico.


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Figuras 5 e 6- Circuito e gráfico do Resistivo puro CC.

Figuras 7 e 8 - Circuito e gráfico do Indutivo puro CA.

Figuras 9 e 10 - Circuito e gráfico do Indutivo puro CC.


9

Figuras 11 e 12 - Circuito e gráfico do Capacitivo puro CA.

Figuras 13 e 14 - Circuito e gráfico do Capacitivo puro CC.

Figuras 15 e 16 - Circuito e gráfico RL em CA.

Figuras 17 e 18 - Circuito e gráfico RL em CC.


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Figuras 19 e 20 - Circuito e gráfico RC em CA.

Figura 21 e 22 - Circuito e gráfico RC em CC.

Aplicando-se os circuitos em simulador, pode-se observar o comportamento dos


componentes quando ligados a fonte de tensão CA e CC, também ficou-se claro o comportamento
que eles obedecem quando ligados a fontes de tensão CC e CA. Deste modo, aplicou-se os
conceitos em laboratório para ratificar este comportamento em um circuito real.
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2.3 Desenvolvimento parte prática

Replicou-se todos os conceitos, aportes teóricos e circuitos simulados acima em


laboratório. Utilizou-se os componentes e matérias listados acima em materiais e métodos. Todos
os circuitos que se montou em laboratório, tomou-se o cuidado de seguir o passo a passo do
preparatório, a fim de evitar algum dano aos materiais que se utilizou, e buscou-se não correr
risco. Aplicando-se a teoria simulada dos circuitos com impedâncias em CC e CA, se obteve o a
montagem dos circuitos representados nas Figuras a seguir.

Utilizou-se um Varivolt a fim de diminuir a tensão disponibilizada pela rede elétrica para
até que chegasse a 50V, para verificação utilizou-se o voltímetro. Para esta prática se teve um
bloco de três resistores de 150Ω, precisou-se utilizar o conceito de resistências em paralelo na
montagem a fim de se obter uma resistência equivalente de 50Ω. Diante disso, utilizou-se o
wattímetro para medir as grandezas em CA, se obteve os valores de tensão, corrente, fator de
potência e potência.

Para se montar os circuitos em CC, utilizou uma fonte de tensão de duas saídas, onde se
curto circuitou a mesma a fim de se obter uma saída de 50V, ou seja, +25V em cada saída da
fonte. Neste caso, as conexões serão feitas no positivo de uma com o negativo da outra, para
efetivar a soma. Feito a correção da fonte, efetuou-se a montagem dos circuitos proposto, porém
agora alimentados em CC.

Figura 23 e 24 – Circuito RC em CC e CA.

Figura 25 e 26 – Circuito RL em CC e CA.


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3 Resultados e Discussões

Na análise dos resultados, é possível observar que os valores calculados são iguais aos
simulados, isso acontece por conta de os valores dos resistores, indutores e capacitores serem
ideais. Nota-se que em CC a corrente nos circuitos com capacitores é nula, isso se deve ao fato
dos capacitores se comportarem com um circuito aberto nessa situação. Já os circuitos com
indutores, apresentam corrente infinita, pois se comportam como um curto circuito, dessa forma,
no 4° caso, é considerado apenas o valor da resistência para a análise da corrente.

Segue demonstrado nas Tabelas a seguir, os dados que se obteve em laboratório e que
comprovam o comportamento de componentes indutivos e capacitivos em circuitos elétricos,
quando alimentados em CA e CC respectivamente.

Tabela 1 – Valores práticos calculados em corrente alternada.

ANÁLISE EM CORRENTE ALTERNADA


CASO V I Ꝋ
1 49,9 0,92A COS^-1(0.99)
2 51 0,48A COS^-1(0.50)
3 50 0,13A COS^-1(0.63)

Tabela 2 – Valores práticos calculados em corrente contínua.

ANÁLISE EM CORRENTE CONTÍNUA


CASO V I V/I
1 50,1 0,96 52,19
2 50 0 0,00
3 50 0,21 238,10

Na Tabela 2, onde se montou os circuitos em corrente contínua, pode-se observar o


comportamento de cada componente. Por exemplo, tem-se demonstrado no caso 2 um circuito
com componente capacitivo, ou seja, um capacitor. Pode -se observar que a corrente do circuito
é nula, isto se dá pelo fato do capacitor estar como uma chave aberta no circuito. Por outro lado,
no caso 3, pode-se observar o curto circuito do indutor no circuito, onde retorna como resistência
um valor próximo ao que se mediu para o indutor utilizado. O indutor que se utilizou possui uma
resistência de 232,1Ω, está pequena diferença se dá por uma precisão da ferramenta de medida,
multímetro, e também é influenciada devido a fatores externos.
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4 Conclusão

Comparando os resultados obtidos na teoria e nas simulações, conclui-se que não


houveram discrepâncias nos resultados encontrados em ambos os circuitos, como já comentado
anteriormente, isso se deve aos valores das impedâncias serem teóricas. Dessa forma, as equações
propostas pela teoria são válidas para a análise de circuitos elétricos.

Com isso, avaliou-se os circuitos propostos na parte teórica, na simulação e também na


prática. Então, pode-se concluir que mesmo com as pequenas alterações dos valores obtidos, os
circuitos funcionam adequadamente, respeitando um limite aceitável de variações e
demonstrando validação em todos os métodos que foram executados. Além de testar em prática
todo conhecimento adquirido na disciplina de circuitos elétricos.

Desse modo, nota-se a importância de todas as etapas de um planejamento elétrico, desde


o momento do cálculo à mão, para um programador até a prática, mas o principal, o conhecimento
consumido da teoria para a se executar todos os passos deste processo. Afirma-se que o
comportamento foi o que se esperava diante do aporte teórico desta prática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JOHNSON, D. E. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. 4ª. ed. Rio de Janeiro:


Prentice Hall do Brasil, 2008.
L. BOYLESTAD, R. Introdução à análise de circuitos. 12ª. ed. São Paulo: Pearson
Education, 2012.
RESENDE, M. D. O. et al. Apostila de laboratório de circuitos elétricos. Juiz de fora: [s.n.],
2020.

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