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Instituto Federal do Piauí – IFPI Curso: Tec.

Eletrônica
Disciplina: Eletrônica de Potência Professor: Eutrópio
Aluno: Antônio César Pereira da Mata

1º EXPERIMENTO: CIRCUITO DIMMER COM SCR

22/03/2023
Teresina-PI
Introdução:
A eletrônica de potência pode ser definida como uma ciência dedicada
ao estudo e desenvolvimento dos conversores estáticos de energia elétrica,
como os inversores de frequência, retificadores e conversores CC-CC, visando
a máxima eficiência e qualidade nos processos de transformação da energia
elétrica. Portanto, diminuindo o número de perdas e interferências nos
processos de conversão de energia, além de tecnologias ligadas as fontes de
energia limpa em termos de impacto ambiental, como fotovoltaica e eólica.
O termo Eletrônica de Potência (EP) é utilizado desde a década de 1960
com a invenção do SCR (Silicon Controlled Rectifer – retificador controlado de
silício). Para o controle de dispositivos é usualmente utilizado componentes
constituídos por materiais semicondutores empregados como chaves, capazes
de promover a operação dessas cargas de potência:
● Diodos;
● Transistores bipolares de junção (BJT), transistores de efeito de
campo metal-óxido-semicondutor (MOSFET);
● Retificador controlado de silício (SCR);
● Diodo para Corrente Alternada (DIAC);
● Triodo de Corrente Alternada (TRIAC);
● Tiristores de desligamento por porta (GTO).
Estes dispositivos exemplificados na figura 01 e figura 02, são operados
no modo de chaveamento, geralmente em alta frequência, a fim de converter e
controlar a energia elétrica com alta eficiência e alta resolução.

Figura 01 – TBJ, MOSFET e SCR.

Figura 02 – DIAC, TRIAC e GTO.


Desenvolvimento:
Observa-se que os componentes de chaveamento eletrônico são
amplamente utilizados para o controle de dispositivos de potência, como
metodologia de ensino na disciplina de Eletrônica de Potência, desenvolveu-se
em ambiente laboratorial a pratica, circuito dimmer com SCR com o objetivo de
aplicar a teoria abordada nas aulas teóricas e verificar o funcionamento
controlado dos dispositivos eletrônicos, principalmente o SCR. Dessa forma,
comparar os resultados obtidos por meios de analises de circuitos eletrônicos
com o auxílio de cálculos matemáticos e o real valor apresentado pelas
ferramentas de medição.

Roteiro e pratica, circuito dimmer com SCR:


1. Realizar a montagem do circuito esquemático na protoboard figura-03:

Figura 03 – Esquemático.

Montagem do circuito com base no esquemático apresentado figura-04:

Figura 04 – Prototipagem.

2. Verificar a forma de onda na fonte secundaria do transformador:

A figura 05 e figura 06 demonstram o comportamento senoidal da


fonte enérgica do circuito além disso é possível denotar a capacidade do
transformador promover o abaixamento da tensão de 220V proveniente
da concessionária em uma tensão RMS de 12.1V para o circuito
eletrônico.
Fornecendo dessa forma uma tensão apropriada para o
funcionamento efetivo do circuito, na figura 07 é possível destacar a real
operação do circuito onde o a tensão de pico a pico atinge o valor de
34V, dessa forma realizando o cálculo matemático utilizando a equação
01 é possível inferir o valo de pico da tensão que é aproximadamente
17V:

Figura 05 – Acionamento da carga.

Figura 06 – Demonstração do comportamento da tensão na fonte secundaria do


transformador por meio do osciloscópio.

Equação 01.

Figura 07 – Calculo.
3. Verificar a forma de onda na carga (Lâmpada):

Da mesma maneira que o tópico 2, é verificado o comportamento


gráfico do circuito com o auxílio do osciloscópio, figura 09, no entanto é
verificado o comportamento da carga após a retificação do circuito
realizada pelo SCR. Observa-se que através do potenciômetro
analógico, componente esse capaz de variar a resistência de maneira
pratica, possui a capacidade de alterar a senoide e por consequência
realizar o controle de luminosidade da carga elétrica que no experimento
praticado é a lâmpada de 12V.
Além disso verifica-se mais uma vez o valor da tensão de pico a
pico que no momento se apresentava em 11V e realizando o cálculo
através da equação 01 obtém se o valor de 5,6V, apresentada na figura
10, comprovando de fato o a taxa de variação entre as tensões de RMS
e tensão de pico.

Figura 08 – Controle de luminosidade da carga.

Figura 09 – Demonstração do comportamento da tensão na carga do circuito por


meio do osciloscópio.

Figura 10 – Calculo.

4. Verificar o limite ângulo de disparo.

No decorrer do experimento é possível perceber a variação de


luminosidade da lâmpada de acordo com a variação da resistência do
potenciômetro. Contudo é possível inferir uma limitação com relação a
esse tipo de circuito proposto, uma vez que a variação de luminosidade
só é possível em determinada faixa de giro do potenciômetro. Realizada
a análise no osciloscópio é percebe-se a limitação, onde o início do
senoide só é possível numa faixa angular de 0º a 90 º, demostrando na
figura 11 e figura 12, evidenciando uma limitação nesse tipo de
circuito de controle.

Figura 11 – Limite Superior <= 90º.

Figura 12 – Limite Superior >= 0º.

Conclusão:
Conclui-se, portanto a capacidade dos circuitos de controle de potencia
realizarem a capacidade de intervir no funcionamento de cargas elétricas, além
disso foi perceptível a aplicação teórica da bibliografia abordada no percorrer
da disciplina em sala de aula na realização da pratica em laboratório, sendo
possível analisar os resultados matemáticos com os reais valores obtidos
através das ferramentas de medição como o osciloscópio multímetro e
calculadora.
O circuito proposto teve como fundamento o controle angular da parte
positiva senoidal do comportamento da fonte, através dele observou-se o
ajuste da luminosidade da carga. Por meio de um potenciômetro, dispositivo
capaz de alterar sua resistência, evidenciou-se esse fenômeno e por
conseguinte também foi possível identificar uma das limitações do projeto,
onde o acionamento do circuito só é possível através de uma faixa de
resistência e por meio do osciloscópio mediu-se a o ângulo de operação desse
circuito.
Em suma, é evidente a necessidade de empregar o auxílio da pratica à
metodologia teórica uma vez que é possível demonstrar com mais clareza a
propriedades dos dispositivos eletrônicos a aplicação dos cálculos
matemáticos, e comportamento dos circuitos de controle. Por conseguinte, a
pratica experienciada revelou-se a capacidade do SCR em regular o
acionamento da lâmpada demonstrando suas vantagens e limitações.

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