Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – ​CAMPUS​ DE ITABIRA

CIRCUITO RL - REGIME PERMANENTE E TRANSITÓRIO

Laboratório de Circuitos Elétricos I – Relatório da prática

Professor: Geraldo Rodrigues Silveira Neto


Turma 01

BRAYAN DEYVID DOS SANTOS FREITAS


GABRIEL HENRIQUE LEITE MENDES
PAULO SÉRGIO MOREIRA FERREIRA

Itabira
2019
1. INTRODUÇÃO

De um forma geral os Indutores se assemelham muito à um capacitor, mas


diferentemente do capacitor, um indutor pode ser substituído em um curto circuito sob
condições de estado estacionário. De forma bem semelhante os indutores armazenam energia
fornecida a eles em forma de campo elétrico. Neste relatório será visto de forma prática um
funcionamento do indutor em um circuito real.
Veremos que a em um circuito indutivo, o indutor causará um atraso no sinal da
corrente em relação ao sinal da fonte de alimentação. E quanto maior a frequência aplicada,
maior será a defasagem do sinal.

2. OBJETIVOS

Avaliar o comportamento de circuitos compostos por indutores e resistores em regime


transitório e permanente.

3. MATERIAIS

1 Gerador de Sinais
1 Resistor de 1kΩ;
1 Indutor de 1000µH;
1 Osciloscópio;
1 Multímetro.

4. MÉTODOS

Analisando a figura 1, percebemos que na figura 1(a) temos representado o processo


de carga de um capacitor no período de 0 a 5τ, já que este armazena energia na forma de
campo elétrico (tensão) e entre 5 e 10τ, este descarrega-se. Já na figura 1(b) vemos a carga de
um indutor de 0 a 5τ e sua descarga de 5 a 10τ, este armazena energia na forma de campo
magnético (corrente).

(a) (b)
Figura 1.​ Medições em duas cargas.

Na figura 2 é apresentada a configuração de circuito usada para a análise do

2
comportamento do circuito RL, alimentado por uma onda quadrada de 4V de tensão de pico,
frequência de 3kHz e valor médio aproximadamente nulo.

Figura 2.​ Circuito RL alimentado por onda quadrada.

Duas pontas de prova do osciloscópio devem ser posicionadas, da forma como é


indicado na figura 2, para a obtenção das curvas de da tensão de entrada V​in e a tensão sobre o
resistor V​r​, e também no osciloscópio, usando sua função matemática, obtêm-se a curva de
tensão no indutor V​L​ considerando

V​L​= V​in​-V​R​ ​(1)

Equação 1. ​Cálculo experimental de tensão sobre o indutor.

No gerador de função, variando-se a frequência para 30kHz e depois para 300kHz, o


procedimento descrito anteriormente, foi-se realizado novamente. Foi-se calculada então a
constante tempo 𝜏 do circuito, sabendo que

𝜏 = L/R

Equação 2. ​Constante de tempo do circuito RL.

O procedimento foi-se repetido também, incluindo obtenção das curvas com


frequência em 30kHz e 300kHz, para uma onda senoidal, configurada no gerador de funções
com valor de amplitude de 4V e valor médio aproximadamente nulo, a configuração se
apresenta na figura 3.

3
Figura 3. ​Circuito RL alimentado por onda senoidal.

5. RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

As curvas obtidas para a configuração de circuito presente na figura 2 são mostradas


abaixo, nas figuras 4,5 e 6.

Figura 4. ​Onda quadrada com freqûencia de 3kHz.

Figura 5. ​Onda quadrada com freqûencia de 30kHz.

4
Figura 6. ​Onda quadrada com freqûencia de 300kHz.

Destacando que a onda em azul, é a curva de tensão V​in​, a a amarela é V​R e a em


vermelho, obtida matematicamente pelo osciloscópio é V​L​.
Analisando a onda obtida matematicamente, percebemos a defasagem gerada pelo
indutor, condizente com o esperado de ciclos de carga e descarga.A constante de tempo
calculada para o circuito foi de 1µs.
Para a configuração de circuito alimentado com onda senoidal, na figura 3, as curvas
de tensão estão dispostas nas figuras 7,8 e 9.

Figura 7. ​Onda senoidal com freqûencia de 3kHz.

5
Figura 8. ​Onda senoidal com freqûencia de 30kHz.

Figura 10. ​Onda senoidal com freqûencia de 300kHz.

Assim como para a configuração anterior, a onda azul refere-se à V​in​, a amarela à V​R e
a vermelha a V​L​.
Percebemos um desfasamento entre as curvas com o aumento da frequência,
totalmente visível na figura 9, este que também já era de se esperar, assim como as diferenças
entre as amplitudes de tensão de entrada e no resistor.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar das pequenas variações obtidas em relação ao valor teórico e prático, já


esperados, pois há erros humanos e até mesmo dos componentes usados, pode-se perceber que
o aumento da frequência gerou uma aumento considerável no valor RMS da onda senoidal.
Logo o experimento foi um sucesso.

6
REFERÊNCIAS

BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos. 12ª Edição. São Paulo : Pearson
Prentice Hall, 2012.

Você também pode gostar