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Eletrônicos
PROFESSORA
Drª. Sheila Santisi Travessa
FICHA CATALOGRÁFICA
Revisão Textual
Cristiane Rodrigues de Oliveira
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva Impresso por:
Fotos
Shutterstock Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Reitor
Wilson de Matos Silva
Drª. Sheila Santisi Travessa
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
1
9 2
39
ASPECTOS TÉCNICAS DE
BÁSICOS TRATAMENTO
RELACIONADOS DE SINAIS
AOS SISTEMAS ANALÓGICOS E
ELETRÔNICOS DIGITAIS
3
75 4 107
INTRODUÇÃO AOS TÉCNICAS E
CIRCUITOS DE CIRCUITOS PARA
PROCESSAMENTO COMPATIBILIDADE
ELETRÔNICO DE NÍVEIS LÓGICOS
5
135
OBTENÇÃO E
PROCESSAMENTO
DE DADOS POR
SISTEMAS DE
INSTRUMENTAÇÃO
VIRTUAL
1
Aspectos Básicos
Relacionados
Aos Sistemas
Eletrônicos
Dra. Sheila Santisi Travessa
A intenção principal deste livro é servir de base para os cursos que envolvem o
conhecimento dos circuitos e sistemas eletrônicos, no seu núcleo básico, como
aqueles na área de Computação e Engenharia. Estudaremos os circuitos eletrô-
nicos, que fazem parte dos sistemas eletrônicos e seus componentes, pois são
elementos formadores de todos os dispositivos utilizados na vida cotidiana de
quem trabalha com tecnologia.
As habilidades a serem desenvolvidas relacionam-se com a capacidade de
reconhecer a eletrônica como a arte de controlar corrente, através dos diversos
dispositivos disponíveis. Logo, surgem, de imediato, duas perguntas: por que a
eletrônica é a arte de controlar corrente? Qual a diferença entre componente,
circuito e um sistema eletrônico?
Desenvolveremos a habilidade de reconhecer os principais componentes ele-
trônicos, seu funcionamento e função nos circuitos e sistemas.
Caro(a) aluno(a), acredito que já esteja pronto para entender o conceito atri-
buído a eletrônica, de ser a arte de controlar corrente. Na realidade, essa definição
é generalista e, ao mesmo tempo, simples e precisa. Os componentes eletrônicos
nasceram com o objetivo de controlar o fluxo dos sinais elétricos, logo, para
controlar a corrente elétrica que flui através deles. Tal controle tem a missão de
produzir os resultados desejados, quando da concepção de um projeto. Como
exemplo podemos citar o simples acender de um LED (diodo emissor de luz),
cuja presença de outro componente que é denominado resistor, realiza o controle
da corrente, para que o LED acenda sem se danificar e na intensidade luminosa
desejada. Outro exemplo está no controle da corrente realizado pelos dispositivos
semicondutores, que são elementos de circuito não lineares, assim, a corrente é
controlada por meio do fluxo de cargas pelo semicondutor, fluxo regulado pela
polarização deles, que ocorre com a aplicação, nos terminais disponíveis, de ten-
sões elétricas de valores específicos. Como exemplo, podemos citar a utilização
dos semicondutores, representados por transistores, na construção de uma CPU
(central única de processamento), para controlar corrente. Isso possibilita que
a CPU realize todas as operações que foram projetadas para realizar, dentro da
arquitetura de uma máquina digital.
Sugiro que, para começarmos nosso estudo sobre sistemas eletrônicos, seja
feita uma pesquisa na web sobre tensão e corrente elétrica. Além disso, aproveite
para pesquisar sobre os componentes básicos de um circuito eletrônico analógico
e digital, (fontes, resistores, capacitores, indutores, diodos e transistores), com o
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
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T - Tera 1012
G - Giga 109
M - Mega 106
K - Kilo 103
p - pico 10-12
n - nano 10-9
µ - micro 10-6
m - mili 10-3
Quadro 1: Prefixos utilizados na apresentação dos múltiplos e submúltiplos das unidades base.
Fonte: a autora.
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UNIDADE 1
loridas, que podem ser quatro (4) ou cinco (5). Caso a resistência tenha quatro (4)
cores, as duas primeiras correspondem ao valor numérico da resistência, enquanto
a terceira representa o multiplicador e a quarta a tolerância, ou o erro tolerável
entre o valor lido e o valor aferido na prática, de acordo com a Figura 2. Para as
resistências que tem cinco (5) cores, as três primeiras correspondem ao valor da
resistência, enquanto a quarta é o multiplicador e a quinta a tolerância, segundo
a Figura 2. Para ficar mais claro, vamos fazer a leitura da primeira resistência da
Figura 2. Ela tem quatro (4) cores: verde, azul, amarelo e prata. As duas primeiras
cores representam os valores numéricos: verde – 5, azul – 6, a terceira cor o mul-
tiplicador: amarelo – x 10k Ω e a quarta cor a tolerância: prata – ± 10%. O valor
da resistência juntando toda a leitura fica (56 x 10k ± 10%) Ω (NILSON, 2009).
Descrição da Imagem: A Figura 1 mostra dois segmentos de reta horizontalmente, ligados por uma
pequena sequência de dentes de serra, que caracterizam o símbolo da resistência elétrica.
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CÓDIGO DE CORES
A extremidade com mais faixas deve apontar para a esquerda
Preto 0 0 0 x1Ω
Marrom 1 1 1 x 10 Ω +/- 1%
Vermelho 2 2 2 x 100 Ω +/- 2%
Laranja 3 3 3 x 1k Ω
Amarelo 4 4 4 x 10k Ω
Verde 5 5 5 x 100k Ω +/- .5%
Azul 6 6 6 x 1m Ω +/- .25%
Violeta 7 7 7 x 10m Ω +/- .1%
Cinza 8 8 8 +/- .05
Branco 9 9 9
Dourado x. 1 Ω +/- 5%
Prateado x. 01 Ω +/- 10%
Descrição da Imagem: FA Figura 2, de cima para baixo, mostra a representação de dois resistores, da
seguinte maneira: dois segmentos de reta unidos por cilindros, que caracterizam, também, o símbolo
da resistência. A primeira resistência tem quatro (4) faixas coloridas, enquanto a segunda tem cinco (5)
faixas coloridas, cujo valor numérico de cada uma das faixas é dado pela tabela que aparece na sequência
da imagem. A Figura mostra a leitura de resistências que contém código de cores. A primeira resistência
de cima para baixo da Figura contém quatro (4) faixas coloridas, sendo a inicial o primeiro algarismo da
medida, a segunda é o segundo algarismo, a terceira é o multiplicador e a quarta faixa é a tolerância. A
segunda resistência, de cima para baixo da figura, contém cinco (5) faixas coloridas, sendo a primeira é o
primeiro algarismo da medida, a segunda é o segundo algarismo, a terceira é o terceiro algarismo, quarta
faixa é o multiplicador e a quinta faixa é a tolerância. Destaca-se que cada coluna da tabela corresponde
aos possíveis números referentes as cores
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UNIDADE 1
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Onde:
q - Quantidade de carga armazenada.
C – Capacitância.
v – Diferença de potencial entre as placas.
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UNIDADE 1
+ _
Capacitor variável
Descrição da Imagem: A Figura 3 é formada por três (3) símbolos de capacitores, encontrados em projetos
de circuitos, na forma de um triângulo invertido. Da esquerda para direita, o primeiro capacitor tem um
segmento de reta horizontal, ligado a um vertical, cuja horizontal conecta o centro do segmento vertical,
um espaço que representa o dielétrico, (isolante), e mais um segmento vertical ligado a outro segmento
horizontal, que também conecta o centro do segmento vertical. O segundo capacitor, que é polarizado,
também da esquerda para a direita, tem um segmento de reta horizontal, marcado pelo sinal de +, que
representa a polaridade positiva do componente, ligado a um segmento vertical, cuja horizontal conecta o
centro do segmento vertical, um espaço que representa o dielétrico e mais um segmento côncavo, ligado
a um horizontal, que também conecta o centro do segmento vertical, marcado com um sinal de -, que
representa a polaridade negativa do componente. O terceiro, que fica na parte de baixo da figura, como
se fosse o vértice de um triangulo invertido. É um capacitor variável, da esquerda para a direita, tem um
segmento de reta horizontal, ligado a um segmento vertical, cuja horizontal conecta o centro do segmento
vertical, um espaço, que representa o dielétrico e mais um segmento vertical, ligado a um horizontal, que
também conecta o centro do segmento vertical. Há uma flecha, apontando para cima, atravessando o
centro, o dielétrico no centro dos segmentos, os quais estão na vertical e em paralelo.
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
Indutor variável
Descrição da Imagem: A Figura 4 é formada por três (3) símbolos de indutores, encontrados em projetos
de circuitos, na forma de um triângulo invertido. O primeiro indutor encontrado da esquerda para direita
é formado por dois (2) segmentos de reta horizontal, ligados por um enrolamento, semelhante a uma
mola. O segundo indutor, também da esquerda para direita, é formado por dois (2) segmentos de reta
horizontal, ligados por um enrolamento, semelhante a uma mola, cuja parte superior do enrolamento
tem dois (2) segmentos de reta paralelos, para caracterizar a presença do núcleo de ferro. O terceiro fica
na parte de baixo da figura, como se fosse o vértice do triangulo invertido. É um indutor variável, formado
por dois segmentos de reta horizontal, ligados por um enrolamento, semelhante a uma mola. Apresenta
uma flecha apontando para cima, que atravessa o centro do enrolamento, pontuando a sua variabilidade.
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UNICESUMAR
CAPACITOR X INDUTOR
O capacitor ideal não dissipa ener- O indutor ideal não dissipa energia;
gia; logo, não produz potência logo, não produz potência média,
média, ativa ou real. ativa ou real.
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UNIDADE 1
Indutor variável
Diodo
A K
+ -
vak
Figura 5: Simbologia do diodo. / Fonte: A autora.
Descrição da Imagem: A Figura 5 traz a simbologia dos diodos semicondutores, nela, temos dois termi-
nais, ou segmentos de reta, ligados através do desenho de uma ponta de flecha, cujo vértice encontra o
centro de um pequeno segmento de reta vertical. Os diodos possuem dois terminais, representados pelos
segmentos de reta: o da esquerda é o ânodo (A) e tem polaridade positiva e o da direita, após a seta, é o
cátodo (K), que tem polaridade negativa.
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UNICESUMAR
p n
++++++ -------
++++++ -------
A ++p+++ - - - - - n- K
++++++ -------
Junção PN
Descrição da Imagem: A Figura 6 representa a estrutura interna dos diodos. Temos dois terminais, ou
segmentos de reta, ligados através do desenho de um retângulo, o qual se encontra dividido ao meio. O
lado esquerdo tem polaridade positiva, representada por sinais +. Já o direito tem polaridade negativa,
representado por sinais -; logo, essa ilustração representa a junção PN de um diodo semicondutor. Também
estão representados na Figura os dois (2) terminais, através de segmentos de reta: o da esquerda é o ânodo
(A) e tem polaridade positiva e o da direita, após o retângulo, é o cátodo (K), que tem polaridade negativa.
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UNIDADE 1
Existem também os diodos emissores de luz, os famosos LED’s, que são re-
presentados por um diodo normal mais duas pequenas flechas para fora, que
indicam a emissão de luz. Possuem as mesmas propriedades dos diodos normais,
porém, é claro, emitem luz. Vejam a representação na Figura 7 (SEDRA, 2010).
Descrição da Imagem: A Figura 7 traz a simbologia dos diodos semicondutores, os emissores de luz: os
LEDs. Temos dois terminais, ou segmentos de reta, ligados através do desenho de uma ponta de flecha,
cujo vértice encontra o centro de um pequeno segmento de reta vertical. No triangulo que representa a
ponta da flecha, existem duas pequenas flechas saindo, para representar a emissão de luz.
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UNICESUMAR
que flui entre o segundo e o terceiro terminal. Isto significa que o transistor bipolar
funciona tanto como amplificador (de corrente) quanto como interruptor (chave).
Os transistores bipolares são classificados em NPN ou PNP, de acordo com
a concentração (dopagem) contida nas suas três regiões. A Figura 8 apresenta
a estrutura simplificada dos transistores bipolares NPN e PNP (SEDRA,2010).
Base (B)
(a)
Base (B)
(b)
Figura 8: Estrutura básica dos transistores bipolares (a) NPN e (b) PNP.
Fonte: Adaptado de Sedra, 2010.
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UNIDADE 1
C (Coletor) E (Emissor)
B (Base) B (Base)
NPN PNP
E (Emissor) C (Coletor)
(a) (b)
Figura 9: Símbolos elétricos dos transistores bipolares (a) NPN e (b) PNP.
Fonte: Adaptado de Sedra, 2010.
Descrição da Imagem: Na Figura 9 há a simbologia dos transistores. Nela, temos três terminais, ou seg-
mentos de reta, ligados através de um segmento de reta vertical. No NPN, temos a base ligada ao centro
do segmento vertical, o emissor, que é uma seta, saindo do centro do mesmo segmento, apontando para
baixo e o coletor, que é um segmento direcionado para cima. No PNP, temos a base ligada ao centro do
segmento vertical, o emissor, que é uma seta, chegando ao centro do mesmo segmento e coletor, que é
um segmento direcionado para baixo.
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
Dreno / Drain
(D) Dreno / Drain
(D)
Região de
depleção Região de
depleção
Porta / Gate
(G) Porta / Gate
p+ n p+ (G)
p+ n p+
Canal n
Canal n
Fonte / Source
(S) Fonte / Source
(S)
S S S S
G G
G G
D D D
(a) (b)
Figura 11: (a) JFET canal n e seu símbolo elétrico correspondente; (b) JFET canal p,
com seu símbolo elétrico. / Fonte: Adaptado de SEDRA, 2010.
Descrição da Imagem: A Figura 11 representa da esquerda para direita dois JFETs canal n e p, simulta-
neamente. No primeiro desenho, Figura 11a, temos a representação do JFET canal n, canal esse que liga o
terminal fonte ao terminal dreno. O terminal porta ou gate é um semicondutor tipo p fortemente dopado
p+. Ao redor da região p+, temos a região de depleção, responsável por regular a largura do canal. Na parte
de baixo do desenho do JFET canal n, temos os símbolos, que o representam nos circuitos eletrônicos. No
segundo desenho, Figura 11b, à direita, temos a representação do JFET canal p, canal que liga o terminal
fonte ao terminal dreno. O terminal porta ou gate é um semicondutor tipo n fortemente dopado n+. Ao
redor da região n+, temos a região de depleção, responsável por regular a largura do canal. Na parte
de baixo do desenho do JFET canal p, temos os símbolos que o representam nos circuitos eletrônicos.
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UNICESUMAR
p+ p p+
n
Metal
Óxido
Semicondutor
Substrato / Body (SS)
(a)
n+ n n+
n
Metal
Óxido
Semicondutor
Substrato / Body (SS)
(b)
Figura 12: (a) MOSFET depleção canal p; (b) MOSFET depleção canal n.
Fonte: Adaptado de SEDRA, 2010.
Descrição da Imagem: A Figura 12 representa da esquerda para direita dois (2) MOSFETs canal p e n,
simultaneamente. No primeiro desenho, Figura 12a, temos a representação do MOSFET canal p, canal
que conecta duas (2) regiões semicondutoras fortemente dopadas p+, do mesmo tipo do canal, nas quais
estão conectados os terminais S (fonte) e D (Dreno). Acima do canal, a porta de controle (G) é formada
por uma placa condutora sobre uma camada dielétrica. Um quarto terminal (SS) conecta o substrato, n,
a fim de também polarizá-lo. No segundo desenho, Figura 12b, temos a representação do MOSFET canal
p, canal esse que conecta duas regiões semicondutoras fortemente dopadas n+, do mesmo tipo do canal,
nas quais estão conectados os terminais S (fonte) e D (Dreno). Acima do canal, a porta de controle (G)
é formada por uma placa condutora sobre uma camada dielétrica. Um quarto terminal (SS) conecta o
substrato, p, a fim de também polarizá-lo.
29
UNIDADE 1
Com relação à estrutura física do MOSFET, ela é simétrica em relação ao canal. Entre-
tanto, muitas vezes, é conveniente que haja uma distinção entre os terminais do canal.
Nos MOSFETs, essa distinção é feita normalmente pela conexão do substrato
(SS) a um dos terminais do canal, passando então a ser denominado o terminal
fonte (S). Na Figura 13, temos os símbolos dos MOSFETs canal p e n.
Canal n Canal p
D/S D/S
SS SS
G G
S/D S/D
D D
G G
S S
D D
G G
S S
Descrição da Imagem: N Figura 13, temos os símbolos que representam os MOSFETs nos circuitos ele-
trônicos. Os símbolos à esquerda representam os MOSFETs canal n, os da direita os símbolos do canal p.
Tanto o MOSFET canal n como o canal p, apresentam três (3) terminais, a S (fonte), o D (Dreno), a porta
de controle (G) e um quarto terminal (SS) o substrato que é conectado a um dos terminais para definir
o dreno e a fonte.
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UNICESUMAR
Canal n Canal p
D/S D/S
SS SS
G G
S/D S/D
D D
G G
S S
D D
G G
S S
Figura 14: Símbolos dos MOSFETs intensificação, canal tipo p e n. / Fonte: Adaptado de SEDRA, 2010.
Descrição da Imagem: Na Figura 14, temos os símbolos que representam os MOSFETs, tipo intensificação
nos circuitos eletrônicos. Os símbolos à esquerda representam os MOSFETs canal n, os da direita os sím-
bolos do canal p. Tanto o MOSFET canal n como o canal p, tem (3) três terminais, a S (fonte), o D (Dreno),
a porta de controle (G) e um quarto terminal (SS) o substrato, que é conectado a um dos terminais para
definir o dreno e a fonte.
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UNIDADE 1
Vale destacar que, além dos dispositivos que usam as tecnologias PMOS e NMOS,
existe a tecnologia CMOS (MOS complementar), que consiste no emprego de
transistores MOS de ambas as polaridades (p e n) em uma única pastilha.
A disponibilidade desses dispositivos MOS torna possível o uso de técnicas
de projeto extremamente poderosas, pois a tecnologia CMOS é mais rápida e
consome menos potência que outros elementos da família MOS.
Vale comentar que a evolução dos transistores MOSFET, especialmente uti-
lizando a tecnologia CMOS, proporcionou o desenvolvimento de técnicas de in-
tegração, LSI (grande escala de integração), VLSI (escala de integração muito
grande) e ULSI (escala ultra grande de integração), as quais permitem colocar
muito mais funções dentro de um único CI.
As características dos transistores JFET e MOSFET foram verificadas. Com-
parando com os transistores BJT estudados, os FETs apresentam:
■ alta impedância de entrada, bem mais alta que os BJT,
■ as correntes de entrada são muito mais baixas que os BJT,
■ o ganho é bem menor que um BJT,
■ baixa dissipação de potência;
■ tamanho reduzido,
■ facilidade de fabricação.
Os JFETs são usados nos casos em que um BJT não funcione de forma conve-
niente, quando a corrente de fuga para a base de um BJT é muito alta.
Para aplicações de lógica digital, o uso de FETs é importante, já que eles
podem ser muito mais rápidos e dissipem menos potência.
A maioria dessas aplicações, contudo, usa MOSFETs que possuem impedân-
cias de entrada ainda maiores que os JFETs (SEDRA, 2010).
Depois de conhecermos os componentes que fazem parte dos circuitos e
sistemas eletrônicos, sejam eles analógicos ou digitais, vale destacar as caracte-
rísticas dos circuitos analógicos e digitais. Agora vem a pergunta a qual vocês
devem estar se fazer neste momento. Por que particionar em analógico e digital?
Dessa forma, começaremos explicando as diferenças entre as eletrônicas ana-
lógica e digital, de modo que elas fiquem bem claras. Primeiro, enfatiza-se que,
independentemente dos equipamentos serem classificados como analógicos ou
digitais, encontraremos os dois tipos de circuitos, como é o caso dos computado-
res, processadores, equipamentos de telecomunicações, instrumentação e outros.
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UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
Muito bem, caro(a) aluno(a), agora que você estudou e pudemos contextualizar a dife-
rença entre componente, circuito e sistema eletrônico, nosso entendimento pode tomar
a seguinte direção: componente é a unidade básica de um circuito e a junção de circuitos
formam um sistema eletrônico. O LED, por exemplo, pode e é classificado como um com-
ponente, a sua ativação necessita de um circuito, (formado por um resistor e uma fonte de
tensão elétrica), não que a ativação de um LED não possa ser feita através de uma saída
de um circuito digital, como um microcontrolador.
33
UNIDADE 1
COMPONENTES
ELETRÔNICOS
CIRCUITOS
ELETRÔNICOS
SISTEMAS
ELETRÔNICOS
Descrição da Imagem: A Figura 15 apresenta três (3) retângulos, construídos como um fluxo, que apa-
recem em ordem de complexidade, de cima para baixo. Começando com os componentes eletrônicos,
(unidades básicas), que estão ligados aos circuitos eletrônicos, (conjunto de componentes), que, por sua
vez, ligam-se aos sistemas eletrônicos, (conjunto de circuitos).
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UNICESUMAR
Caro(a) aluno(a), estamos chegando ao fim desta unidade. Aqui, você teve a
oportunidade de conhecer e até mesmo relembrar alguns conceitos relacionados
a componentes, circuitos e sistemas eletrônicos.
No início da unidade, foi proposto na “Experimentação e Reflexão”, ou seja,
que você pesquisasse sobre sistemas eletrônicos. Além disso, foi sugerido que a
pesquisa tivesse alicerce sobre os componentes básicos de um circuito eletrônico
analógico ou digital: fontes, resistores, capacitores, indutores, diodos e transis-
tores, com o objetivo de entender o funcionamento básico deles e aplicações em
circuitos simples, presentes em nossas vidas. Vimos que os componentes suge-
ridos na pesquisa fazem parte dos sistemas eletrônicos de forma direta e são os
elementos principais e fundamentais na construção de um sistema eletrônico,
seja ele analógico ou digital. Mas vamos relembrar! Conforme mencionado, a
função principal dos componentes eletrônicos é o de controle da corrente, desde
os componentes mais simples, como os resistores até os transistores BJT, FET,
JFET e MOSFET, que são a semicondutores.
35
Caro(a) aluno(a), depois de aprender sobre conceitos e componentes básicos que
formam os sistemas eletrônicos, leia as questões abaixo e responda com base no
que foi visto até aqui. Vamos lá?
1. Considere a tensão elétrica que está relacionada com a energia necessária para o
deslocamento de cargas elétricas, e o que foi trabalhado nessa unidade. Assim é
correto afirmar que:
2. No que diz respeito à resistência elétrica, ela trata da oposição dos materiais à pas-
sagem da corrente elétrica, ou mais precisamente, ao movimento de cargas elétricas
e, com isso, viabiliza o controle da corrente. Baseado nos conceitos aprendidos nesta
unidade, no que se refere à resistência, pode-se afirmar que:
36
3. Levando-se em consideração as características marcantes, no funcionamento do
capacitor e indutor, quando presentes em um circuito eletrônico, energizado com
uma fonte de tensão e corrente contínua. Marque (F) para as afirmações falsas e (V)
para as verdadeiras, na sequência escolha a alternativa correta.
37
5. Considerando os tipos de transistores existentes, marque a resposta que contém
todos os tipos mencionados no estudo dessa unidade.
7. As características dos transistores BJT e FET foram verificadas nessa unidade. Com
suas palavras, faça uma comparação entre os transistores FET e BJT.
38
2
Técnicas de
Tratamento de
Sinais Analógicos
e Digitais
Dra. Sheila Santisi Travessa
Continuamos a intenção principal deste livro, que é servir de base para os cursos
que envolvem o conhecimento dos circuitos e sistemas eletrônicos, como os das
áreas de Computação e de Engenharia. Estudaremos agora os conversores digital/
analógico (CDA) e analógico/digital (CAD), pois são elementos básicos formadores
dos sistemas digitais utilizados na vida cotidiana de quem trabalha com tecnologia.
As habilidades a serem desenvolvidas se relacionam com mais um passo na
direção da compreensão dos sistemas eletrônicos e a sua capacidade de reconhe-
cer a eletrônica como a arte de controlar corrente por meio dos diversos disposi-
tivos disponíveis. Poderão surgir perguntas, tais como: qual é a diferença entre o
sinal analógico e o digital? Qual é a necessidade de converter um sinal analógico
para digital e um digital para analógico? Qual é a importância da digitalização
nos sistemas eletrônicos digitais?
Na primeira unidade, desenvolvemos a habilidade de reconhecer os principais
componentes eletrônicos, seu funcionamento e sua função nos circuitos e sistemas.
Caro(a) aluno(a), acreditamos que você já esteja pronto para entender o con-
ceito de classificar um sinal como digital ou analógico. Na realidade, podemos
traçar a diferença entre os dois tipos de sinais de forma simples e precisa: o sinal
analógico apresenta uma variação contínua de uma variável. Grandezas físicas,
como velocidade, pressão, temperatura, corrente elétrica, tensão, resistência e
outras, podem variar de maneira analógica, isto é, para alcançar um valor dese-
jado de uma grandeza qualquer, é necessário que ela passe por todos os valores
intermediários de maneira contínua.
Já no sinal digital as variáveis evoluem de maneira discreta, ou seja, a passa-
gem de um valor para outro ocorre por saltos. Uma conclusão imediata que po-
demos tirar, comparando a variação analógica com a digital, é que, na primeira,
entre um valor e outro, existem infinitos valores, já na segunda é apresentado
um número finito de valores. Como exemplo, podemos citar dois dispositivos:
um apresenta variação analógica, o potenciômetro, que é um resistor variável,
cuja posição do cursor define o valor da resistência. Vale destacar que a evolução
desses valores é contínua. Já na variação digital, acontece uma chave seletora que
troca de um valor, mas sem ter que passar por valores intermediários. Como
outros exemplos de variações digitais, podemos citar os códigos digitais, pois
neles passamos de um estado para outro sem infinitos valores intermediários:
é o caso do BCD 8421, que é um código binário decimal de 4 bits, que assume
valores de 0000 (010) a 1001 (910), de aplicação mais comum em conversores.
40
UNIDADE 2
41
UNIDADE 2
42
UNIDADE 2
20
15
10
Entre dois pontos existem infinitos valores
0 10 20 30 40
Tempo
Descrição da Imagem: figura mostra um gráfico representativo de uma grandeza física analógica, pois
ele é uma curva, com a variação contínua entre os valores. O eixo horizontal é representado pelo tempo
e varia de 0 a 40, já o eixo vertical corresponde a uma grandeza física qualquer (temperatura, pressão,
umidade, entre outras) e varia de 0 a 20. Podemos observar que, em função da variação contínua entre
um valor e outro do gráfico, a grandeza pode assumir infinitos valores.
43
UNIDADE 2
A R B
(a)
R AB
Posição do cursor
(b)
44
UNIDADE 2
vE
R
R
Rs
Vs = V
Rs + k R E
VS
onde k é o número
RS de resistores com
valor R.
(a)
R ES
0 1 2 3 4 Posição da
chave seletora
(b)
Figura 3 – (a) chave seletora; (b) gráfico do sinal digital, produzido pela posição da chave.
Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: a figura é dividida em A e B. A Figura 3(a) mostra uma chave seletora na qual a
mudança de posição da seta, que representa um cursor, muda o valor da resistência total e da tensão de
saída (Vs) para mais ou para menos, conforme o número de resistências envolvidas. A Figura 3(b) mostra
o gráfico da variação da resistência da chave em função da posição do cursor da chave seletora, sendo
esta última dada por degraus, representados no gráfico pelos segmentos de reta vermelha. A posição um
da chave seletora corresponde à seleção da primeira resistência Rs, visualizando de baixo para cima a
posição dois Rs com R, na três Rs, R e R e na quatro Rs, R, R, R, conforme o gráfico. A mudança dos valores
das resistências não é contínua, e sim é feita por degraus de valores.
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UNIDADE 2
20
15
Grandeza Física
10
0 10 20 30 40
Tempo
Descrição da Imagem: A figura traz um gráfico que representa duas grandezas físicas de naturezas dife-
rentes: uma digital (representada pela cor vermelha), e a outra é analógica (representada pela cor azul).
O gráfico da grandeza analógica é uma curva, com a variação contínua entre os valores. O eixo horizontal
é representado pelo tempo e varia de 0 a 40, já o vertical corresponde a uma grandeza física qualquer
(temperatura, pressão, umidade, entre outras) e varia de 0 a 20. Podemos observar que, em função da
variação contínua entre um valor e outro do gráfico, a grandeza pode assumir infinitos valores. A gran-
deza digital é representada por degraus, o que significa que apresenta variações bem definidas, isto é,
vai de um valor para outro na forma de um degrau, conforme podemos perceber no gráfico vermelho.
Caro(a) aluno(a), é preciso destacar alguns aspectos que nos possibilitaram en-
tender de forma mais exata e completa as conversões digital/analógica e analó-
gica/digital, que são largamente utilizadas em processos de medida, instrumen-
tação e controle eletrônico. Para isso, faremos um paralelo entre as grandezas
analógicas e digitais.
Uma quantidade digital terá seu valor definido entre duas possibilidades,
como 0 ou 1, baixo ou alto, verdadeiro ou falso. Na prática, uma quantidade di-
gital como uma tensão tem um valor que está dentro de faixas, e definimos que
valores dentro de determinada faixa têm o mesmo valor digital. Por exemplo,
para a lógica TTL, sabemos que:
46
UNIDADE 2
■ de 0 a 0,8 V = 0 lógico;
■ de 2 a 5 V = 1 lógico.
47
UNIDADE 2
Assim, vemos que CAD e CDA funcionam como interfaces entre um sistema
digital e o mundo analógico. Essa função se tornou cada vez mais importante
à medida que os computadores de baixo custo passaram a ser usados em áreas
de controle de processos onde antes não era praticável o controle por meio do
computador (TOCCI; WIDMER; MOSS, 2019).
Entrada Saída
analógica analógica
elétrica
Sistemas digital
Transdutor (por exemplo um Atuador
CAD microcontrolador CDA
Para o controle
Variável ou computador) da variável física
física
Entradas Saídas
digitais digitais
Descrição da Imagem: A figura mostra, em um diagrama de cinco blocos, o processo de coleta e con-
versão do sinal de uma variável física, conforme a necessidade de trabalharmos com um sinal analógico
ou digital em sistemas eletrônicos. No primeiro bloco, que é um transdutor, coletamos a variável física
e ela passa a ser representada por um sinal elétrico analógico. Na sequência, no segundo bloco, temos
o CAD, onde o sinal é convertido, para ser processado, pelo sistema digital, que é o bloco três. O quarto
bloco é o CDA, onde a saída digital é convertida. Na sequência, a saída analógica obtida é passada para
um atuador, no quinto bloco, para o controle de uma variável física.
48
UNIDADE 2
Agora, caro(a) aluno(a), estamos prontos para começar o estudo dos principais
tipos de conversores A/D e D/A. A conversão D/A é o processo em que o valor
representado em código digital (como binário direto ou BCD) é convertido em
tensão ou corrente proporcional ao valor digital. A Figura 6 mostra o diagrama
de blocos para um conversor D/A típico de 4 bits. Na sequência, trabalharemos
os circuitos internos.
Vref
MSB
D
Entradas C
digitais Conversor D/A Vout
B (CDA) Saída
analógica
A LSB
Descrição da Imagem: A figura mostra o diagrama de bloco genérico de um conversor D/A com a entrada
digital, de 4 bits de entrada, representados pelos quatro segmentos de reta do lado esquerdo, e a saída,
analógica, representada do lado direito, também por um segmento de reta. O bloco, representado por
um quadrado, significa a presença de um circuito digital, que faz a integração das entradas para produção
da saída analógica. Também é representado o valor de referência, que é o valor-base para a produção da
saída analógica, por um segmento de reta na parte superior do bloco.
Vale destacar que a conversão D/A é geralmente realizada com código BCD 8421,
que é definido até 910 (1001, em binário); entretanto, se aplicarmos os outros
casos remanescentes do sistema binário comum, teremos da mesma forma a
saída convertida para o correspondente nível analógico.
A partir deste momento, estudaremos as topologias dos circuitos de conver-
são D/A e começaremos com o esquema básico (Figura 7). Analisando a figura,
podemos observar que a tensão de saída, que é analógica, é obtida pelo somatório
das tensões presentes em cada entrada digital. Esse procedimento de cálculo é
possível em função da linearidade do circuito e a consequente aplicação do teo-
rema da superposição, que pode ser enunciado da seguinte forma: “a corrente
49
UNIDADE 2
A B C D
R 2R 4R 8R
Saída analógica
RS VS
Rs Rs Rs Rs
Vs = VA + VB + VC + VD
Rs + R Rs + 2R Rs + 4R Rs + 8R
R
Vs ~ Rs V A + Rs V B + s V C + Rs V D
= R 2R 4R 8R
Descrição da Imagem: A figura mostra o esquema básico do conversor digital/analógico, com quatro
resistências, que recebem a entrada digital. Elas têm valores proporcionais a R, 2R, 4R e 8R. Na saída,
temos a resistência de saída RS, cujo valor é muito menor que R, para não influenciar o valor da saída.
Também temos ilustradas na figura as equações de cálculo da saída, com e sem RS, em que a primeira
equação de Vs leva em consideração Rs, e a segunda equação não contempla Rs, pois o seu valor é por
definição muito menor que R, logo, pode ser desconsiderado
50
UNIDADE 2
V+ +Vcc
+
Vo
V- _
-Vcc
51
UNIDADE 2
RS
+Vcc
RE
VE
-
VS
+
-Vcc
Ganho de tensão –
Configuração inversora
VS RS
VE RE
Descrição da Imagem: a figura mostra a configuração básica do amplificador operacional como ampli-
ficador inversor e ilustra a equação que calcula o ganho. Temos uma resistência de entrada RE e uma
resistência de realimentação (RS), que liga a saída à entrada. A tensão de entrada (VE) aparece na saída
multiplicada pelo ganho de tensão da configuração inversora, de acordo com o que está representado
pela equação da figura.
52
UNIDADE 2
saída e no final; após obter a saída correspondente a cada fonte, realizamos a soma
algébrica, que nos dá o resultado final. Vale destacar que as variáveis de entrada
A, B, C e D assumem valores binários, ou seja, estarão em nível lógico 0 ou em
1: as entradas que estiverem em nível 1 entram no cálculo conforme fórmula de
cálculo de Vs (Figura 10), e as que estiverem em 0 não participam do cálculo. A
tensão VE corresponde ao nível 1.
10K
+Vcc
10K
A -
20K
B + VS
C
40K Vs =
Rs
V (
A B C D
+ + +
R E 1 2 4 8 )
80K -Vcc
D
Figura 10 – Conversor D/A com ampop. / Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: a figura mostra o esquema básico do conversor digital/analógico, com amplifi-
cador operacional, no qual quatro resistências recebem a entrada digital. Elas têm valores proporcionais
a R, 2R, 4R e 8R, que para esse circuito correspondem aos valores 10k, 20k, 40k e 80k, respectivamente.
Temos a resistência (RS) que, para essa topologia, tem o valor de 10k, que liga a saída à entrada. Também
temos ilustrada na figura a equação de cálculo da saída analógica em função das entradas digitais, A, B,
C e D. A alimentação do componente amplificador operacional também é representada, por meio das
conexões +Vcc e –Vcc.
Para que possamos ter uma noção prática do que foi dito até agora sobre o cálculo
da tensão analógica em função da entrada digital, podemos observar na Figura
11 como ele é feito. Na sequência, no Quadro 1, mostraremos todos os estados
possíveis para cada conjunto de entrada (com quatro variáveis booleanas) e a sua
tensão analógica correspondente, destacando que cada tensão analógica é obtida
da mesma forma que mostramos no exemplo da Figura 11.
53
UNIDADE 2
10K A
Tensão em nível 1 igual a VE = 8 V
10K Vs =
10K
10K
8 ( 0
1
+ 12 0 1
+4 +8 = 8) 5
8
A -
20K
B + VS Vs = 5V
40K
C
-Vcc
80K
D
Descrição da Imagem: a figura mostra um cálculo utilizando o esquema básico do conversor digital/
analógico, com amplificador operacional, no qual quatro resistências recebem a entrada digital (01012).
Essas resistências têm valores proporcionais a R, 2R, 4R e 8R que, para esse circuito, correspondem aos
valores 10k, 20k, 40k e 80k, respectivamente. Temos a resistência (RS) que, para essa topologia, tem
o valor de 10k, que liga a saída à entrada. Também temos ilustrada na figura a equação de cálculo da
saída analógica em função das entradas digitais, A, B, C e D. A alimentação do componente amplificador
operacional também é representada, por meio das conexões +Vcc e -Vcc. O cálculo é demonstrado pela
equação para o cálculo de Vs, e a saída obtida é 510 segundo o esperado, em função de a entrada digital
corresponder ao valor 5, em binário 01012
54
UNIDADE 2
A B C D Vs
0 0 0 0 0
0 0 0 1 -1
0 0 1 0 -2
0 0 1 1 -3
0 1 0 0 -4
0 1 0 1 -5
0 1 1 0 -6
0 1 1 1 -7
1 0 0 0 -8
1 0 0 1 -9
1 0 1 0 -10
1 0 1 1 -11
1 1 0 0 -12
1 1 0 1 -13
1 1 1 0 -14
1 1 1 1 -15
Caro(a) aluno(a), até agora vimos topologias de conversão D/A, com os resistores
dispostos da forma esquemática básica. Entretanto, também podemos utilizar a
malha resistiva R – 2R como entrada para o sinal digital: esse circuito faz a con-
versão digital/analógica, com a vantagem de utilizar somente resistores como
componentes, de forma eficiente (Figura 12). Vale destacar que, para obtermos
o sinal analógico em função do sinal digital, colocado como entrada, o caminho
mais simples é a utilização do teorema da superposição, no qual calculamos para
cada entrada ativa o sinal analógico correspondente. Caso haja mais de uma
entrada ativa, basta somar os valores obtidos algebricamente.
55
UNIDADE 2
Rede R - 2R
R R R
2R 2R 2R 2R 2R A 2R Vs
D
B
C
Figura 12 – Rede de conversão D/A R–2R. / Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: a figura mostra a conversão digital analógica utilizando a malha R – 2R, na qual
temos três resistores centrais (R) e seis resistores (2R) que completam a malha. As entradas digitais A,
B, C e D são os pontos de entrada do sinal digital. A saída analógica é obtida pela tensão sobre o último
resistor 2R, à direita. A malha R – 2R apresenta os dois extremos referenciados à terra.
Para completar a nossa narrativa sobre a rede R – 2R, será mostrado o Quadro 2
com todos os estados possíveis para cada conjunto de entrada de quatro variáveis
e a sua tensão analógica correspondente (Figura 13).
56
UNIDADE 2
Rede R – 2 R – exemplo
VCC = 6 V R R R
2R 2R 2R 2R 2R 2R Vs VCC VCC
Vs = +
6 24
6 6
Vs = +
6 24
D
A
B
C
Vs = 1,25V
Entrada = 01012 = 510
A = 0; B = 1; C = 0; D = 1
Descrição da Imagem: a figura mostra um exemplo de conversão digital analógica utilizando a malha
R – 2R, em que temos três resistores centrais (R) e seis resistores (2R) que completam a malha. As en-
tradas digitais A, B, C e D são os pontos de entrada do sinal digital, neste caso, representado pelo sinal
binário 01012. A saída analógica é obtida pela tensão sobre o último resistor 2R à direita. A malha R – 2R
apresenta os dois extremos referenciados à terra. A saída analógica produzida é 510, conforme o cálculo
demonstrado.
57
UNIDADE 2
0000 0 0
0001 0,25 1
0010 0,50 2
0011 0,75 3
0100 1,00 4
0101 1,25 5
0110 1,50 6
0111 1,75 7
1000 2,00 8
1001 2,25 9
1010 2,50 10
1011 2,75 11
1100 3,00 12
1101 3,25 13
1110 3,50 14
1111 3,75 15
Da mesma forma que foi implementado um conversor D/A com ampop e a ma-
lha resistiva esquemática básica, podemos implementar o conversor D/A com
ampop, sendo a entrada feita por meio de uma malha R – 2R (Figura 14). A Fi-
gura 15, para completar, traz um exemplo do cálculo do valor analógico para essa
topologia. Podemos observar que, para uma entrada digital igual a 01012 (510),
existe uma saída analógica de –5 V. Vale lembrar que o mesmo procedimento de
58
UNIDADE 2
cálculo para o valor analógico (Figura 15) pode ser usado para todos os estados
possíveis das variáveis digitais de entrada.
VE +VCC
R R R 2R
-
2R 2R 2R 2R 2R + VS
-VCC
A
D
B
C
C D
Vs =
Rs
2R ( Vcc
3
+
Vcc
6
+
Vcc
12
+
Vcc
24 )
Descrição da Imagem: A figura mostra a topologia utilizada na conversão digital analógica utilizando
a malha R – 2R, com ampop, em que na entrada do ampop negativo (-) temos a malha R – 2R. Ligando
a saída à entrada (-), temos o resistor RS (realimentação), e a alimentação do componente amplificador
operacional também é representada, por meio das conexões +Vcc e -Vcc. As entradas digitais A, B, C e D
são os pontos de entrada do sinal digital. O sinal analógico é obtido na saída do amplificador operacional
(Vs). Também temos ilustrada na figura a equação de cálculo da saída analógica (Vs).
59
UNIDADE 2
VE +VCC
R R R 2R
-
2R 2R 2R 2R 2R + VS
-VCC
A
D
B
C
Vcc = 6V
2R ( 3 6 12 24 (
R 0 6 0 0
V =-
S
s
+ + +
V = -5V
Figura 15 – Exemplo do cálculo de conversão D/A para rede R – 2Rscom ampop.
Fonte: adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: A figura mostra um exemplo numérico da conversão digital analógica utilizando a
malha R – 2R, com ampop, em que na entrada negativa (-) do ampop temos a malha R – 2R, onde R é 1k25^e
2R é 2k5^. Ligando a saída à entrada (-), temos o resistor RS, de 10k^, de realimentação, e a alimentação
do componente amplificador operacional também é representada, por meio das conexões +Vcc e -Vcc,
com valores entre ± 5 e ± 15. As entradas digitais A, B, C e D, de valor 01012, são os pontos de entrada do
sinal digital. O sinal analógico é obtido na saída do amplificador operacional (Vs). Também temos ilustrada
na figura a equação de cálculo da saída analógica (Vs), valor 510, para esse exemplo de entrada digital.
60
UNIDADE 2
61
UNIDADE 2
V ref
MSB
A
VE
B
Conversor A/D Saídas digitais
Entrada C
analógica (CAD)
LSB
D
Descrição da Imagem: A figura mostra o diagrama de bloco genérico de um conversor A/D com a saída
digital, tendo 4 bits de saída, representados pelos quatro segmentos de reta, do lado direito, e a entrada,
analógica, representada do lado esquerdo, também por um segmento de reta. O bloco do conversor, re-
presentado por um quadrado, significa a presença de um circuito digital, que faz a integração da entrada
para produção das saídas digitais. Também é representado o valor de referência, que é o valor-base para
a produção da saída digital, por um segmento de reta, na parte superior do bloco.
5
Clear A
D Q
MSB
2 3
Clk
Contador de
década B
1 D Q
Entrada V
analógica E - A´ B´
Saída
digital
+ C´
Vref C
D´ D Q
Conversor D/A
4
D
D Q
LSB
Figura 17 – Esquema básico em blocos do CAD. / Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: A figura mostra o esquema básico, em blocos, do CAD. O bloco 1 é o comparador,
no qual o elemento de comparação é o amplificador operacional, o 2 é a chave digital, construída por uma
porta AND (multiplicação digital), o 3 corresponde ao contador de década, que faz contagens de 0 a 10,
o 4 o conversor D/A, que gera o sinal de referência, e o 5 é o responsável pela passagem da informação
digital para saída por meio de flip-flops D, que são buffers.
62
UNIDADE 2
Conversor DA
Saída digital
Vref
+
Contador crescente /
_ decrescente
VE
Descrição da Imagem: A figura mostra, de modo resumido, o conversor A/D por rastreamento, corres-
pondendo a um diagrama: nos blocos, temos o comparador, o conversor e a saída digital, de acordo com
o conversor A/D padrão. Entretanto, em vez de termos apenas um contador crescente, nesse tipo de
conversor temos o contador crescente e decrescente, no qual não precisamos resetar o sistema a cada
ciclo de conversão, o que é um ganho de desempenho.
Outra hipótese que vale ser analisada se refere à precisão do conversor D/A.
Podemos ter um número decimal de mais de um algarismo, representado pelo
código BCD 8421. Para aumentar a precisão, representamos algarismo por al-
garismo por meio do código.
Na conversão de um número decimal de mais de um algarismo, utilizamos
os circuitos básicos ampliados para receber outros números paralelamente. Na
Figura 19, temos o conversor D/A ampliado, que utiliza o esquema resistivo
básico para dois algarismos. Já na Figura 20, temos o conversor D/A ampliado,
com a entrada pela rede R–2R também para dois algarismos.
63
UNIDADE 2
Rs
R
A _
2R
Algarismo B
mais
+ Vs
significativo 4R
C
8R
D
10R
A´
20R
Algarismo B´
menos
significativo 40R
C´
80R
D´
Rs
[ ( 1 + 2 + 4 + 8 + ( 10´ + 20´ + 40´ + 80´
VA VB VC VD VA VB VC VD
Vs =
( [(
R
Figura 19 – Conversor D/A para dois algarismos, com esquema resistivo básico estendido,
acompanhado da fórmula de cálculo estendida.
Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: Fa figura mostra o esquema básico do conversor digital/analógico com amplifi-
cador operacional para dois algarismos. As entradas digitais têm previsão para 8 bits: 4 bits do algarismo
mais significativo e 4 bits para o menos significativo. Oito barramentos com resistências proporcionais
recebem a entrada digital. Essas resistências têm valores R, 2R, 4R e 8R para o primeiro algarismo binário,
mais significativo, e 10R, 20R, 40R e 80R para o segundo algarismo, menos significativo. Temos a resis-
tência RS, que liga a saída à entrada. Também temos ilustrada na figura a equação de cálculo da saída
analógica estendida (Vs).
64
UNIDADE 2
Rede R – 2R Ro
V1
R R R 2R
_
2R 2R 2R 2R 2R +
V10
D C B A
10R 10R 10R 20R
D´ C´ B´ A´
Vs =
Rs
2R (V + V10 )
1
10
Figura 20 – Conversor D/A para dois algarismos, com a rede R – 2R, acompanhado da fórmula
de cálculo estendida. / Fonte: Adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Com relação à obtenção de maior precisão dos conversores A/D, uma das
características que deve ser previamente estudada, dependendo da aplicação do
circuito, é a sensibilidade, pois o circuito, como foi apresentado (Figura 17), ar-
redonda o valor analógico, resultando na saída apenas números inteiros. Quando
a entrada analógica for um valor fracionário, ele é arredondado para o número
imediatamente superior e, na saída, temos o valor convertido em digital na forma
do código BCD 8421. Podemos perceber que, dependendo do valor analógico de
65
UNIDADE 2
D Q
CK
CLR D Q
CK LSB
CK CONTADOR CONTADOR D Q
MÓDULO 10 MÓDULO 10
CK
A´ B´ C´ D´ A” B” C” D”
D Q
CK
D Q
CK
D Q
_ CONVERSOR DA
+ CK MSB
D Q
Vin
CK
D Q
CK
Figura 21 – Circuito adaptado, com contador de 0 a 99. / Fonte: Zuim (2021, p. 7).
66
UNIDADE 2
VA (referência)
Contador de 0 a 99
30 3
Contador de 0 a 9
20 2
10 1
Contador de t
0 a 99
Contador de
0a9
Descrição da Imagem: A figura mostra o gráfico da diferença de precisão para números fracionários,
com contadores de 0 a 9 e de 0 a 99, que podemos observar com a evolução dos degraus. Quando o
contador é de 0 a 9, a troca de valores ocorre de um valor para outro de forma direta, o que causa uma
perda expressiva de precisão, quando da utilização de números fracionários. Já no contador de 0 a 99,
temos dez vezes mais números, o que viabiliza a conversão de números fracionários com mais precisão.
Muito bem, caro(a) aluno(a), até agora contextualizamos o sinal analógico digital,
os principais conversores digital/analógico (CDA) e analógico/digital (CAD) e
como proceder para obter CAD de precisão. Agora chegou a hora de conhecer-
mos alguns conceitos teóricos básicos sobre a digitalização de sinais.
Como já vimos, a maioria dos sinais encontrados na natureza é contínuo.
Para processá-los digitalmente, devemos converter o sinal analógico para a forma
digital (conversão A/D), processar o sinal digitalmente e, na sequência, converter
o sinal digital processado de volta à forma analógica (conversão D/A).
Começaremos falando sobre os processos de amostragem e quantização.
Vale destacar que as diferenças entre o sinal digital e o analógico estão alicerçadas
no fato de que o sinal digital é obtido nos processos de amostragem e quantiza-
ção, e ambos os processos restringem a quantidade de informação presente no
sinal digital (Figura 23). Surgem de imediato duas perguntas: qual é a informa-
67
UNIDADE 2
ção necessária presente no sinal analógico? Qual dado pode ser descartado para
determinada aplicação? Sabemos que a perda por amostragem se dá pelo fato
de que os valores de um sinal contínuo são armazenados apenas em instantes
discretos de tempo. A quantização envolve a discretização do sinal em amplitu-
de, podendo representar os sinais amostrados em um computador digital. Esse
processo é realizado pelo quantizador. Logo, quanto melhor for a amostragem,
melhor também será a quantização do sinal a ser digitalizado, sendo possível
reconstruir exatamente o sinal analógico a partir das amostras. Assim, a amos-
tragem foi realizada de forma adequada (OPPENHEIM; SCHAFER, 2013).
Sinal analógico
Amostragem
Sinal
Quantização
digital
Descrição da Imagem: A figura mostra o diagrama em dois blocos do processo de digitalização: o primeiro
recebe o sinal analógico, fazendo a amostragem do sinal, e o segundo faz a quantização/ digitalização em
amplitude. Os dois processos concluem a conversão de um sinal analógico em digital, como podemos
observar nos gráficos de amostragem e quantização que estão ao lado do diagrama.
68
UNIDADE 2
Saída digital
111
110
Por ex.:
101 a. 1,4 -1,0 - 001
100 b. 2,2 - 2,0 - 010
011 c. 3,4 - 3,0 - 011
010 d. 5,8 - 6,0 - 110
001 e. 6,9 - 7,0 - 111
Entrada
1 2 3 4 5 6 7 analógica
Descrição da Imagem: A figura mostra o erro de quantização em função da conversão de valores fracio-
nários. Nas letras a. 1,4 (001), b. 2,2 (010), c. 3,4 (011), d. 5,8 (110) e e. 6,9 (111), podemos observar que o
erro é maior à medida que temos valores fracionários mais centrais.
69
UNIDADE 2
Caro(a) aluno(a), estamos chegando ao fim desta unidade. Aqui você teve a
oportunidade de conhecer e até mesmo relembrar alguns conceitos relacionados
a mais tipos de circuitos e sistemas eletrônicos.
No início da unidade, propomos na “Experimentação e Reflexão” que você
pesquisasse sobre sinais elétricos analógicos, digitais, técnicas e topologias de
conversão e sinais elétricos. Além disso, sugerimos que você aproveitasse para
pesquisar sobre os conversores analógico/digital e digital/analógico, fundamen-
talmente presentes em sistemas eletrônicos digitais. Vimos que temas sugeridos na
pesquisa fazem parte dos sistemas eletrônicos de forma direta e são os elementos
fundamentais na construção de um sistema eletrônico digital, mas vamos relem-
brar: a função principal de analisar os tipos de sinais é compreendê-los e saber
diferenciá-los. A partir do momento que compreendemos os tipos de sinais e
entendemos que o sinal analógico existe de forma natural, podemos partir para os
métodos de conversão que se fazem necessários quando da implementação de um
sistema eletrônico digital e, com isso, saber aplicar a melhor técnica de conversão,
evitando erros que comprometam o funcionamento dos sistemas projetados.
Caro(a) aluno(a), depois de aprender os conceitos dos sinais analógicos e
digitais presentes nos sistemas eletrônicos, do conversor digital/analógico e suas
principais topologias, do conversor analógico/digital e suas estruturas-padrão e
os principais componentes e conceitos, e dos CAD de precisão e seus conceitos
básicos de digitalização e quantização, leia as questões a seguir e responda com
base no que foi visto até aqui. Vamos lá?
70
1. Em nosso estudo sobre os sinais, começamos com a formalização dos conceitos
sobre o que são os sinais analógicos e os digitais. Entendemos por analógica toda
variação contínua de uma variável, ou seja, toda passagem de um valor para o ou-
tro se dá de forma contínua. Como exemplos, focando no nosso estudo, temos a
corrente elétrica, a tensão e resistência. Já por digital, compreendemos como sendo
toda variação discreta na qual podemos observar que a passagem de um valor para
o outro se dá por saltos.
71
3. No que se refere ao estudo do conversor A/D, o processo de conversão analógico/
digital consiste, basicamente, em entrar com a informação de maneira analógica e
recolher, na saída, essa mesma informação de forma digital. O circuito que efetua
essa conversão é um pouco mais sofisticado que o do CDA, pois necessita de um con-
tador e um conversor digital/analógico para efetuar a conversão. Vale pontuar que,
no circuito desse tipo de conversor, também utilizamos o ampop como ferramenta
de comparação. No que se refere ao CAD por realimentação, ele é utilizado para:
5
Clear A
D Q
MSB
2 3
Clk
Contador de
década B
1 D Q
Entrada V
analógica E - A´ B´
Saída
digital
+ C´
Vref C
D´ D Q
Conversor D/A
4
D
D Q
LSB
Figura 17 – Esquema básico em blocos do CAD / Fonte: adaptada de Idoeta e Capuano (2012).
Descrição da Imagem: a figura mostra o esquemático básico, em blocos, do CAD: o bloco 1 é o comparador,
em que o elemento de comparação é o amplificador operacional, o 2 é a chave digital, construída por uma
porta AND (multiplicação digital), o 3 corresponde ao contador de década, que faz contagens de 0 a 10, o 4
o conversor D/A, que gera o sinal de referência, e o 5 é o responsável pela passagem da informação digital
para saída por meio de flip-flops D, que são buffers.
72
5. Utilizando a figura da questão 4, continue fazendo a análise por blocos e descreva
as funções dos blocos 3 e 4. Baseie as suas respostas no conteúdo detalhadamente
trabalhado nesta unidade sobre conversor A/D básico.
6. Baseando-se nas teorias que foram desenvolvidas nesta unidade no que diz respei-
to aos tipos e às topologias de conversor A/D, marque a alternativa que contém a
característica de um CAD por rastreamento.
73
3
Introdução Aos
Circuitos de
Processamento
Eletrônico
Dra. Sheila Santisi Travessa
Continuando a intenção principal deste livro, que é servir de base para os cursos
que envolvem o conhecimento dos circuitos e sistemas eletrônicos, como os das
áreas de Computação e Engenharia, estudaremos agora os dispositivos lógicos
programáveis, os microcontroladores e os microprocessadores, pois eles são ele-
mentos estruturantes de sistemas digitais de quem trabalha com tecnologia. Além
dos hardwares referentes aos dispositivos mencionados, trataremos das lingua-
gens de descrição de hardware, que se tornaram uma metodologia largamente
utilizada no projeto de circuitos na atualidade por permitirem a descrição de
circuitos com maior portabilidade e robustez.
As habilidades a serem desenvolvidas se relacionam com mais um passo em
direção à compreensão dos sistemas eletrônicos e à sua capacidade de reconhecer
a eletrônica como a arte de controlar corrente por meio dos diversos dispositivos
disponíveis. Logo, podem surgir perguntas, como: o que é um PLD? Quais são as
principais diferenças entre os microcontroladores e microprocessadores? Quais são
a estrutura das linguagens de descrição de hardware e os seus principais comandos?
Na primeira unidade, desenvolvemos a habilidade de reconhecer os principais
componentes eletrônicos, seu funcionamento e sua função nos circuitos e sistemas.
Já na segunda unidade entendemos o conceito de classificação de um sinal
como sendo digital ou analógico. Na realidade, pudemos entender a diferença
entre os dois tipos de sinais: o analógico apresenta variação contínua da variável,
e o digital, cujas variáveis evoluem de maneira discreta. Outro aspecto relevante
que foi abordado na Unidade 2 foi a importância da conversão de sinais para que
a informação, em forma de sinal elétrico, possa circular pelos mais variados tipos
de sistemas digitais, desde os mais simples aos mais complexos.
Dando sequência aos nossos estudos de forma progressiva, chegamos aos
dispositivos PLDs, microcontroladores, microprocessadores e linguagens de des-
crição de hardware. Muitos autores citam que a verdadeira virada no mercado
eletrônico do século XX foi a criação dos circuitos de aplicação específica e o
aperfeiçoamento do hardware reconfigurável dos PLDs.
Estudaremos também os microcontroladores, que surgiram como uma evolu-
ção natural dos circuitos e sistemas digitais devido ao aumento da sua complexi-
dade. Chegou-se a um ponto em que é mais simples, mais barato e mais compacto
substituir a lógica das portas digitais por um conjunto de processador e software.
76
UNICESUMAR
77
UNIDADE 3
78
UNICESUMAR
79
UNIDADE 3
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UNICESUMAR
81
UNIDADE 3
SPLD HCPLD
FPGAs CPLDs
Fusível EPROM EEPROM
Figura 1 – Árvore de classificação e tipos de PLDs / Fonte: adaptada de Tocci, Widmer e Moss (2011).
Descrição da Imagem: a figura mostra uma árvore de classificação e os tipos de PLDs. O grande grupo
é o PLD, genérico, que à esquerda da árvore de classificação temos os PLDs simples (os SPLDs), e à di-
reta, os PLDs de alta capacidade (os HCPLDs). O grupo dos PLDs simples se dividem em fusível, EPROM
e EEPROM, que podemos ver à esquerda da árvore. Já os PLDs de alta capacidade se dividem em FPGAs
(field programmable gate array) e CPLDs (complex programmable logic devices), que estão à direita da
árvore de classificação. Os FPGAs, por sua vez, dividem-se em SRAM, FLASH e antifusível; já os CPLDs em
EPROM, EEPROM e FLASH.
82
UNICESUMAR
A B
Fusível Fusível
intacto queimado
A A B B
AB
AB
AB
AB
AB
AB
AB
AB
Conexão permanente
Sem conexão O1 O2 O3 O4
Figura 2 – Simbologia simplificada dos PLDs / Fonte: Tocci, Widmer e Moss (2011, p. xx).
Descrição da Imagem: a figura mostra a simbologia simplificada dos PLDs. Temos duas matrizes, AND e
OR, sendo que a matriz AND tem conexão permanente, cujo símbolo é um “ponto”, e a matriz OR é progra-
mável a partir de fusíveis, simbolizados por um “X”. Vale destacar que as entradas de dados, A e B, estão
ligadas a buffers inversores e não inversores, logo cobrem todas as possibilidades de soma de produtos.
Vamos entender os SPLDs do tipo PLA, que pode ser visto no circuito da Figura 3,
tem a estrutura semelhante ao da PROM, mas com duas diferenças: dispõe de me-
nor quantidade de portas AND, tem duas matrizes de conexão das portas (AND
e OR) programáveis (para compensar o número menor de portas AND). Um
PLA é estruturado de forma que cada saída do plano AND pode corresponder a
qualquer produto das entradas. Da mesma forma, cada saída do plano OR pode
ser configurada para produzir a soma lógica de quaisquer saídas do plano AND.
83
UNIDADE 3
A B
O1 O2
Descrição da Imagem: a figura mostra a estrutura simplificada do PLA mencionado no texto. Temos duas
matrizes, AND e OR: a matriz AND e a OR programáveis, as matrizes são programáveis a partir de fusíveis,
simbolizados por um “X”. Vale destacar que as entradas de dados, A e B, estão ligadas a buffers inversores
e não inversores, logo cobrem todas as possibilidades de soma de produtos.
84
UNICESUMAR
implementada com essa PAL, teria de ser usada uma PAL com mais entradas
OR. Outra possibilidade é termos menos de quatro termos-produto necessários,
cuja solução é fazer o termo não usado igual a ‘0’ (Figura 4).
D C B A Matriz OR D C B A
(permanente)
1 1 AB
2 2 CD
3 3 0
4 4 0
5 5 ABC
6 6 0
7 7 0
8 8 0
9 9 ABCD
10 10 ABCD
11 11 0
12 12 0
13 13 A
14 14 BD
15 15 CD
16 16 0
Matriz AND 3 2 1 0 O3 = AB + CD 3 2 1 0
(programável) O2 = ABC
o3 o2 o1 o0 O1 = ABCD + ABCD o3 o2 o1 o0
(a) Saídas O0 = A + BD + CD
(b)
Figura 4 – (a) Arquitetura típica de uma PAL; (b) a mesma PAL programada para implementar
determinadas funções / Fonte: Tocci, Widmer e Moss (2011, p. 758).
Descrição da Imagem: a Figura 4(a) mostra a arquitetura típica de uma PAL. Temos duas matrizes, AND
e OR, a matriz AND, programável, a partir de fusíveis, simbolizados por um “X”. A matriz OR é fixa, cujo
símbolo de conexão é um “ponto”. Na figura 4(b), temos a mesma PAL programada para implementar
determinadas funções. Vale destacar que as entradas de dados A, B, C e D estão ligadas a buffers inver-
sores e não inversores, logo cobrem todas as possibilidades de soma de produtos.
85
UNIDADE 3
86
UNICESUMAR
O segundo recurso que proporciona aos CIs GAL uma vantagem significa-
tiva sobre os dispositivos PAL é sua macrocélula de lógica de saída (output logic
macrocell, OLMC) programável.
Além das portas AND e OR usadas para fornecer a soma de funções de
produto, as GALs contêm flip-flops opcionais para aplicações de registrador e
contador, buffers tristate para as saídas e multiplexadores de controle usados para
selecionar os vários modos de operação (Figura 5).
CLK
OLMC
pino
MUX I/O
4- para -1
Pinos D Q
de
entrada
MUX
Retorno 2- para -1
para a matriz
Matriz programável
Figura 5 – Diagrama em bloco para matriz programável AND e OLMC em dispositivos GAL
Fonte: Tocci, Widmer e Moss (2011, p. 760).
Descrição da Imagem: a figura mostra um diagrama em bloco para matriz programável AND e OLMC em
dispositivos GAL. A primeira parte do diagrama, da esquerda para direita, simboliza os buffers inversores
e não inversores ligados aos pinos de entrada, que se conectam a matriz programável, cuja saída corres-
ponde a duas entradas distintas do multiplex 4x1, sendo uma delas invertida, conforme representação
simbólica do inversor, visto de cima para baixo. As duas outras entradas do multiplex 4x1 recebem as
saídas invertidas e não invertidas do flip-flop D. A saída do multiplex se conecta a um pino I/O por meio
de um buffer tristate, cujo controle é feito pela matriz programável por meio de uma porta AND, na parte
superior esquerda do diagrama. A saída do buffer tristate é uma das entradas do multiplex 2x1, a outra
entrada recebe a saída invertida do flip-flop D. A saída do multiplex 2x1, por sua vez, liga-se a um buffer
inversor e a outro não inversor, que retorna o sinal para matriz programável.
87
UNIDADE 3
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UNICESUMAR
de um bloco lógico para as entradas deste ou de outro bloco. Cada bloco lógico
é equivalente a um SPLD, contendo suas macrocélulas com suas interconexões.
Diferentemente das interconexões configuráveis do SPLD, as interconexões entre
os blocos lógicos do CPLD podem não ser totalmente conectáveis, ou seja, algumas
conexões entre um bloco e outro, teoricamente, podem ser possíveis, mas na prática
não podem ser executadas. Com isso, torna-se difícil utilizar 100% das macrocéculas.
Podemos ver a estrutura básica de um CPLD na Figura 6 (VAHID, 2008).
PLD 2
Drivers de I/O
PLD 3
PLD n
Descrição da Imagem: a figura mostra a estrutura básica de uma CPLD, sendo representados da esquerda
para a direita os drivers de I/O, ligados aos barramentos de conexão e os blocos lógicos programáveis, que
estão interligados entre si e com o barramento de interconexão.
89
UNIDADE 3
90
UNICESUMAR
Linhas de roteamento
Descrição da Imagem: a figura mostra a arquitetura básica dos FPGAs, ressaltando a granulação de um
FPGA, com seus blocos lógicos configuráveis e internos a matriz de roteamento e os blocos de entrada
e saída de sinais.
91
UNIDADE 3
FPGA CPLD
HCPLD. HCPLD.
São produzidos pelas mesmas com- São produzidos pelas mesmas com-
panhias, muitas vezes. panhias, muitas vezes.
Podem ser usados em projetos gran- Estão restritos a projetos bem meno-
des e complexos. res.
Quadro 2 – Diferenças básicas entre CPLD e FPGA / Fonte: elaborado pela autora.
Muito bem, caro(a) aluno(a), até agora falamos sobre os PLDs. Dando sequência
aos nossos estudos, realizaremos agora uma análise sobre os microcontroladores,
fazendo um paralelo com os microprocessadores.
Um microcontrolador é, em última análise, um computador em um único
chip. Esse chip contém: um processador (unidade lógica e aritmética – ULA),
memória, periféricos de entrada e de saída, temporizadores, dispositivos de co-
municação serial, entre outros. Os microcontroladores surgiram como uma evo-
lução natural dos circuitos digitais devido ao aumento da complexidade desses
circuitos. Chega um ponto em que é mais simples, mais barato e mais compacto
substituir a lógica das portas digitais por um conjunto de processador e software.
Microcontroladores são elementos complexos da eletrônica digital e um dos
responsáveis por dar vida aos sistemas embarcados. Estes são sistemas digitais
completos e independentes com o objetivo de executar uma determinada tare-
fa repetidamente e abrangem aplicações domésticas, industriais e hospitalares,
como máquina de lavar, balança, calculadora, sistemas veiculares, diversos equi-
pamentos industriais, equipamentos hospitalares, entre outras.
92
UNICESUMAR
Microprocessadores Microcontroladores
93
UNIDADE 3
Bus de dados
Bus de controle
Bus de endereços
Descrição da Imagem: a figura mostra a arquitetura von Neuman, em que o bloco central representa
a memória de dados e programa. No bloco da esquerda, está o microprocessador (CPU), e no da direita
as interfaces de entrada e saída (I/O). Podemos ver pela figura que, como é característica da arquitetura
de von Neuman, o bus de dados serve para fluir dados e instruções dos processos a serem executados.
94
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a figura mostra a arquitetura Harvard, na qual o bloco central representa o micro-
processador (CPU), o da esquerda a memória de programa e o da direita a memória de dados. A memória
de programa tem seus próprios barramentos de endereçamento e fluxo de instruções, bus de endereços e
bus de códigos. A memória de dados tem seus próprios barramentos de endereçamento e fluxo de dados,
da CPU para a memória de dados e da memória de dados para CPU, bus de endereços e bus de dados.
95
UNIDADE 3
mesmo tempo, tornando o processamento muito mais rápido, sendo isso possível
devido a um tipo de tecnologia chamada de pipeline (STALLINGS, 2010).
Terminando a nossa contextualização, falaremos das linguagens de descri-
ção de hardware. No início, os projetos envolviam apenas algumas portas. De-
vido a essa baixa complexidade, era possível verificar estes circuitos em papel ou
com placas de simulação (protótipos), Figura 10(a). Conforme os projetos foram
ficando maiores e mais complexos, os projetistas começaram a usar modelos em
nível de porta descritos em HDL para ajudar na verificação e simulação antes da
fabricação, Figura 10(b).
96
UNICESUMAR
(a)
(b)
Descrição da Imagem: a Figura 10(a) mostra circuitos de baixa complexidade (baixa densidade de portas
lógicas), onde temos menos que 600 portas. A Figura 10(b) mostra circuitos mais complexos (alta densi-
dade de portas), mais de 600 portas lógicas. Ambas as figuras são somente ilustrações que justificam a
necessidade de termos sistemas digitais microprocessados e microcontrolados.
97
UNIDADE 3
Documentação
Definições de l/O
Descrição funcional
Figura 11 – Formato do arquivo HDL / Fonte: Tocci, Widmer e Moss (2011, p. 88).
Descrição da Imagem: a figura mostra o formato do arquivo HDL. A representação é feita por três níveis:
o primeiro, de cima para baixo, é a documentação, seguida pelas definições de entrada e saída I/O e por
fim a descrição funcional do hardware.
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UNICESUMAR
99
UNIDADE 3
Nível de abstração
comportamental
SISTEMA
ALGORITMO
VHDL
VERILOG
RTL
LÓGICO
GATE
Capacidade de
modelagem HDL
PENSANDO JUNTOS
Muito bem, caro(a) aluno(a), até agora definimos os circuitos de processamento eletrôni-
co, fazendo a diferenciação entre eles. Na sequência, abordaremos os PLDs, os seus tipos
e suas funcionalidades. Apresentaremos também os microcontroladores e microproces-
sadores e suas diferenças principais. Finalizaremos com uma introdução as linguagens de
programação e/ou descrição de hardware.
Agora que você estudou, já é possível contextualizar a diferença entre PLDs, microcontro-
ladores e microprocessadores, além de entender a importância das linguagens de progra-
mação ou da descrição de hardware.
100
UNICESUMAR
101
UNIDADE 3
102
Caro(a) aluno(a), depois de aprender sobre conceitos dos sistemas digitais integra-
dos como microcontroladores, microprocessadores e PLDs, presentes nos sistemas
eletrônicos, e das teorias básicas das linguagens de descrição de hardware, leia as
questões a seguir e responda com base no que foi visto até aqui. Vamos lá?
I - Os SPLDs, no que se refere aos seus circuitos internos, têm uma estrutura ba-
seada em um conjunto de portas AND/OR.
II - Os SPLDs são a categoria de todos os pequenos PLDs, cujas características mais
importantes são o baixo custo e o desempenho médio.
III - Os SPLDs do tipo PLA têm a estrutura semelhante ao da PROM.
IV - Os SPLDs têm duas diferenças no que se refere à estrutura da PROM: dispõem
de maior quantidade de portas AND e têm duas matrizes de conexão das portas
(AND e OR) programáveis.
a) As afirmativas II e III estão corretas.
b) As afirmativas I e III estão corretas.
c) As afirmativas I e II estão corretas.
d) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Apenas a afirmativa IV está correta.
2. No que diz respeito aos conversores CPLDs, que são dispositivos de implementação
de circuitos e sistemas digitais, podemos afirmar que:
103
d) Apenas a afirmativa I está correta.
a) Apenas a afirmativa II está correta.
4. Um computador pode ter um set de instrução mais complexo, CISC (complex instruc-
tion set computer) ou um conjunto reduzido de instruções, RISC (reduced instruction
set computer). Descreva cada um dos conjuntos de instruções, tendo como foco o
desempenho da máquina.
a) C++.
b) Python.
104
c) VHDL.
d) VERILOG.
e) Java.
7. Segundo a pesquisa realizada em 2016 pelo Wilson Research Group Functional Ve-
rification Study, qual é a linguagem de descrição de hardware mais utilizada para o
desenvolvimento de ASIC e CI? Qual é a linguagem de verificação mais utilizada para o
desenvolvimento de ASIC e CI? Encontre a alternativa que responda respectivamente
as duas perguntas.
a) C++ e SystemVerilog.
b) VHDL e C++.
c) VERILOG e VHDL.
d) VERILOG e Python.
e) SystemVerilog e VERILOG.
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4
Técnicas e
Circuitos para
Compatibilidade
de Níveis Lógicos
Dra. Sheila Santisi Travessa
Continuando a intenção principal deste livro, que é servir de base para os cursos
que envolvem o conhecimento dos circuitos e sistemas eletrônicos, como os das
áreas de Computação e Engenharia, estudaremos, agora, os dispositivos lógicos
programáveis, os microcontroladores e os microprocessadores, focando no intui-
to de apresentar uma introdução à implementação física de CIs, tecnologia de CIs
manufaturados, tecnologia de CIs programáveis, estudos acompanhados de uma
comparação implícita entre as tecnologias no decorrer de nossas considerações.
Faremos ainda uma abordagem direta sobre os aspectos principais relacionados
à implementação física dos circuitos integrados manufaturados e programáveis.
As habilidades a serem desenvolvidas relacionam-se com mais um passo
na direção da compreensão dos sistemas eletrônicos e na sua capacidade de re-
conhecer a Eletrônica como a arte de controlar corrente, através dos diversos
dispositivos disponíveis. Logo surgem perguntas, tais como: quais as tecnologias
utilizadas na implementação física de um CI? Existem diferenças na tecnologia
de implementação de CIs manufaturados e CIs programáveis?
Na primeira Unidade, desenvolvemos a habilidade de reconhecer os principais
componentes eletrônicos, o funcionamento e a função nos circuitos e sistemas.
Já na segunda Unidade, entendemos o conceito de classificação de um sinal
como sendo digital ou analógico. Na realidade, pudemos entender a diferença
entre os dois tipos de sinais: o sinal analógico, que apresenta variação contínua
da variável; e o sinal digital, cujas variáveis evoluem de maneira discreta. Outro
aspecto relevante que foi abordado na Unidade 2 foi a importância da conversão
de sinais, para que a informação, em forma de sinal elétrico, possa circular pelos
mais variados tipos de sistemas digitais, desde os mais simples aos mais complexos.
Dando sequência aos nossos estudos de forma progressiva, na Unidade 3 che-
gamos aos dispositivos PLDs, ASICs, microcontroladores, microprocessadores e
linguagens de descrição de hardware.
Estudaremos, agora, os dispositivos lógicos programáveis, os microcontro-
ladores e os microprocessadores, do ponto de vista da implementação física dos
CIs, que abrigam os microcontroladores, microprocessadores ou qualquer CI
manufaturado. Isso acompanhado por uma comparação implícita entre as tecno-
logias, na qual faremos uma abordagem direta sobre os aspectos principais relaciona-
dos à implementação física dos circuitos integrados manufaturados e programáveis.
Sugiro para começarmos nosso estudo, que façam uma pesquisa abordando
a implementação física dos CIs que abrigam os microcontroladores, micropro-
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
óxido espesso aparecem entre os transistores (Figura 3c). Esse óxido espesso
é necessário para isolar os transistores, permitindo, também, que camadas de
interconexão sejam feitas sobre ele sem formar acidentalmente uma região de
canal condutivo na superfície do silício, como em um transistor MOS.
A próxima etapa é a formação da porta de silício policristalino (Figura 3d).
Esse é um dos momentos mais críticos do processo CMOS. A fina camada de óxi-
do da região ativa é primeiramente removida, usando corrosão líquida, seguida
do crescimento de um óxido fino de porta de altíssima qualidade. Os processos
atuais de 0,25 μm e 0,5 μm utilizam óxidos de 200 Á (1 angstrom = 0,1 nm = 10-7
mm). Uma camada de silício policristalino, usualmente dopada com arsênio
(tipo n), é depositada e tem seu traçado delineado. A fotolitografia é mais crítica,
nessa etapa, por precisar definir as menores dimensões de todo o processo MOS.
A menor dimensão necessária é representada pela tira de silício policristalino
mais fina que se deseja produzir. A porta de silício policristalino é uma estrutura
autoalinhada e é preferida em relação ao modelo antigo da porta metálica.
Uma implantação de arsênio de alta dopagem pode ser usada para formar as
regiões n+ de dreno e fonte dos MOSFETs tipo n. A porta de silício policristalino
também atua como uma barreira contra essa implantação, protegendo a região
de canal. Uma camada de fotorresiste pode ser usada para bloquear as regiões
em que MOSFETs tipo p serão formados (Figura 3e). O óxido espesso de campo
barra a implantação e evita que regiões n+ sejam formadas fora da região ativa.
Uma etapa fotolitográfica reversa (complementar) pode ser usada para pro-
teger os MOSFETs tipo n durante a implantação de boro p+ de dreno e fonte
(Figura 3f). Observe que em ambos os casos a separação entre as difusões de
fonte e dreno – isto é, o comprimento do canal – é definido pelo tamanho da
porta de silício policristalino, daí o termo autoalinhado.
115
UNIDADE 4
Antes das janelas de contato serem abertas, uma camada espessa de óxido CVD é
depositada sobre toda a lâmina. Uma fotomáscara é usada para definir as janelas
de contato (Figura 3g), seguida de uma corrosão úmida ou seca do óxido. Uma
fina camada de alumínio é evaporada ou depositada por espirramento (sputte-
ring) sobre a lâmina. Uma etapa final de mascaramento e corrosão é utilizada
para delinear as interconexões (Figura 3h).
Não foi mostrada na sequência do processo a eta-
pa final de passivação realizada antes do encapsulamento e sol-
dagem de fios (wire bonding). Um óxido CVD, (Chemical Vapor
Deposition), espesso ou vidro pyrox é usualmente depositado sobre a lâmina para
servir como camada de proteção (SEDRA, 2010).
Dispositivos CMOS, além dos MOSFETs canal-n e canal-p, entre outros,
podem ser fabricados pela manipulação das diversas camadas de mascaramento.
Isso inclui diodos de junção pn, capacitores MOS e resistores.
116
UNIDADE 4
Fotoresistente
SiO2
n+ n+ SiO2
Cavidade n
Cavidade n
Substrato p
Substrato p
SiO2
n+ n+ p+ p+
Cavidade n Cavidade n
Substrato p Substrato p
SiO2 n+ n+ SiO2 p+ p+
Cavidade n Cavidade n
Substrato p Substrato p
Descrição da Imagem: Na Figura 3 temos a análise do processo CMOS Cavidade n. Mostrando da figura
3a até a figura 3h, o passo a passo da difusão, definição da região ativa, oxidação, as portas de polisilício,
as difusões p+ e n+, os pontos de contato e metalização. Na letra (a) é definida a difusão da cavidade n,
difusão de fósforo e substrato de silício tipo p. Na (b) são definidas as regiões ativas, substrato p e cavidade
n. Na (c) a Oxidação LOCOS, substrato p e cavidade n. Na (d) porta de silício, porta de silício policristalino,
substrato p e cavidade n. Na (e), a difusão n+, implantação de arsênio, fotorresistente, substrato p e
cavidade n. Na (f), a difusão P+, implantação de boro, fotorresistente, substrato p e cavidade n; Na (g),
janelas de contato, óxido CVD, substrato p e cavidade n, e na (h) metalização, substrato p e cavidade n.
117
UNIDADE 4
n-MOSFET p-MOSFET
W
SiO2
n+ n+ p+ p+
STI L
cavidade p cavidade n
substrato p
Descrição da Imagem: Na Figura 4, temos o diagrama transversal para transistores MOSFET canal-n e
canal-p, fabricados pelo processo CMOS de cavidade gêmea. Note onde estão demonstradas as cavida-
des p, formadas por cristal de silício dopado positivamente, com um elemento químico como o Boro; e
n formada por cristal de silício dopado negativamente, com um elemento químico como o Fósforo, da
esquerda para direita; e o substrato p, como base do MOSFET, na configuração CMOS. O parâmetro W,
que é um elemento construtivo, representa a profundidade do transistor MOSFET. O parâmetro L é a
largura do canal do MOSFET, n, para o nMOSFET, e p, para o pMOSFET.
118
UNIDADE 4
No que se refere aos resistores na forma integrada, não são muito precisos. Eles
podem ser feitos a partir de vários tipos de difusões, como mostrado na Figura
5. Regiões com diferentes difusões possuem resistividades diferentes. A cavidade
n normalmente é usada para resistores de valores médios, enquanto as regiões de
difusão n+ e p+ são usadas para resistores de valores baixos. O valor dos resistores
pode ser definido ajustando-se o comprimento e a largura das regiões de difu-
são. A tolerância obtida para os resistores é muito ruim (20% a 50%), porém, a
coincidência de valores (ou casamento) para resistores similares é razoavelmente
boa (5%). Logo, projetistas devem utilizar circuitos que explorem o casamento
dos resistores e evitar circuitos que dependam de valores específicos de resistores.
Observe também que o coeficiente de temperatura desses resistores costuma ser
elevado (SEDRA,2010).
Descrição da Imagem: Na Figura 5, temos seções transversais de vários tipos de resistores disponíveis,
a partir de um processo CMOS de cavidade n típico. Note onde estão demonstradas de cima para bai-
xo, começando da esquerda para direita: o resistor poli, resistor de difusão n+, resistor de cavidade n,
resistor de difusão p+, silício poli n+, cavidade n+, substrato p e capacitância parasitária. Observe onde
estão demonstradas as cavidades p, formadas por cristal de silício dopado positivamente, com um ele-
mento químico como o boro; e a cavidade n formada por cristal de silício dopado negativamente, com
um elemento químico como o fósforo, da esquerda para direita e o substrato p; como base do MOSFET,
na configuração CMOS.
119
UNIDADE 4
120
UNIDADE 4
Descrição da Imagem: Na Figura 6, temos capacitores MOS fabricados em um processo CMOS de subs-
trato p. Note onde estão demonstradas de cima para baixo, começando da esquerda para direita: o
capacitor de interpolação, capacitor MOS e o Capacitor MOS com implante, poli 1 e poli 2. A cavidade n
com implante n+ e capacitância parasitária entre a cavidade n e o substrato p. A cavidade n formada por
cristal de silício dopado negativamente, com um elemento químico como o fósforo, da esquerda para
direita e o substrato p, como base do capacitor MOS, na configuração CMOS.
121
UNIDADE 4
Diodo de junção pn
Cavidade n
Substrato p
Figura 7: Diodo de junção pn em um processo CMOS cavidade n. / Fonte: SEDRA, 2009, p. 1410.
Descrição da Imagem: Na Figura 7, temos diodo de junção pn em um processo CMOS cavidade n. Note
onde estão demonstradas de cima para baixo, começando da esquerda para direita: o diodo de junção pn,
cavidade n, e substrato p. A cavidade n formada por cristal de silício dopado negativamente, com um ele-
mento químico como o fósforo, e o substrato p, formada por cristal de silício dopado positivamente, com
um elemento químico como o Boro, como base do diodo de junção pn, em um processo CMOS, cavidade n.
122
UNIDADE 4
Camada enterrada n+
Substrato p
Devido ao fato de a maioria dos processos BiCMOS não ter transistores pnp oti-
mizados, os projetos de circuito se tornam mais difíceis. No entanto, em situações
pouco críticas, um transistor pnp lateral parasitário pode ser utilizado, figura 9.
Nesse caso, a cavidade n serve como a região n de base, com as difusões p+
servindo de coletor e emissor. A largura da base é determinada pela separação
entre as duas difusões p+. Já que os perfis de dopantes não são otimizados para
formar as junções de coletor-base e a largura da base é limitada pela resolução da
etapa fotolitográfica, o desempenho desse dispositivo não é muito bom e, tipica-
mente, β fica em torno de 10 com uma baixa frequência de corte (SEDRA, 2010).
123
UNIDADE 4
Cavidade n
Substrato p
Descrição da Imagem: Na Figura 9, temos o transistor pnp lateral. Note onde estão demonstradas de
cima para baixo, começando da esquerda para direita: o transistor pnp lateral, a cavidade n formada
por cristal de silício dopado negativamente, com um elemento químico como o fósforo, e o substrato p,
formado por cristal de silício dopado positivamente, com um elemento químico como o boro.
124
UNIDADE 4
Camada enterrada n+
Descrição da Imagem: Na Figura 10, temos resistores de base p, formado por cristal de silício dopado
positivamente, com um elemento químico como o boro e de base estrangulada, também de base p,
indicados na parte superior da figura da esquerda para direita. O resistor de base p está na cavidade da
base e a cavidade n, o resistor de base estrangulada está entre a cavidade n, formada por cristal de silício
dopado negativamente, com um elemento químico como o fósforo, a cavidade da base p e a cavidade n.
Entre a cavidade da base e o substrato está a camada enterrada n+.
125
UNIDADE 4
o projetista procura optar pelo layout que melhor otimize a ocupação de área.
Os MOSFETs são definidos pelas áreas ativas sobrepostas pela camada “poli 1”. O
comprimento e a largura do canal MOS são definidos pela largura da tira “poli1”
e pela largura da região ativa, respectivamente (SEDRA, 2010).
Porta 2
Cavidade n
Região ativa (LOCOS)
Porta 1
Poli 1 (porta de silício
policristalino)
Difusão n+
Difusão p+
Janelas de contato
Metal 1
Descrição da Imagem: FNa Figura 11, temos o diagrama esquemático de um inversor CMOS, no canto
superior esquerdo, e seu layout, na sequência, à direita. O esquemático contém dois MOSFETs o primeiro
tipo n e o segundo tipo p, olhando de cima para baixo do esquemático. Na sequência, da parte esquerda
da Figura, temos os componentes da legenda do layout: Cavidade n, Região ativa (LOCOS), Poli 1 (porta
de silício policristalino), Difusão n+, Difusão p+ Janelas de contato e Metal 1. A sequência da Figura cor-
responde ao layout do esquemático, conforme legenda.
126
UNIDADE 4
127
UNIDADE 4
Substrato p
Cavidade n
Descrição da Imagem: Na Figura 12, temos a seção transversal para o plano AA’ de um inversor CMOS.
Ote onde estão demonstradas de cima para baixo, começando da esquerda para a direita: o substrato p,
que engloba a cavidade n, na qual podemos observar os semicondutores fortemente dopados p+ e n+. Do
lado esquerdo do substrato p, podemos observar os semicondutores fortemente dopados p+ e n+. Essa
figura corresponde ao corte AA’, na vertical, delimitado, por x y na horizontal, conforme layout da Figura 11.
128
UNIDADE 4
(g) Metal 1
Descrição da Imagem: Na Figura 13, temos um conjunto de fotomáscaras para o inversor CMOS cavidade
n. Observe que cada camada necessita de uma máscara separada. Fotomáscaras (a), (d), (e) e (f) são de
campo escuro, fotomáscaras (b), (c) e (g) são de campo claro. Note onde estão demonstradas de cima
para baixo, começando da esquerda para a direita: na letra (a) a cavidade n, na (b) a região ativa, na (c)
o policristalino 1, na (d) a difusão n+, na (e) a difusão p+, na (f) as janelas de contato e na (g) o metal 1.
Essa imagem complementa a Figura 11, apresentando as fotomáscaras que dão sequência ao projeto
do inversor CMOS.
129
UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
Muito bem, caro(a) aluno(a), até agora apresentamos uma introdução a implementação
física de CIs, tecnologia de CIs manufaturados, tecnologia de CIs programáveis, focando
nos que foram estudados na Unidade 3, e foi feita uma comparação implícita entre essas
tecnologias. Fizemos, também uma abordagem direta sobre os aspectos principais rela-
cionados à implementação física dos circuitos integrados manufaturados e programáveis.
No nosso entendimento, os sistemas integrados têm em sua base comportamental estru-
turada pelos conceitos analógicos, explicado pela presença das tecnologias a transistor na
construção dos circuitos integrados.
Fonte: A autora.
130
UNIDADE 4
TTL ECL
CMOS Pseudo Transistor de Lógica
complementar NMOS passagem dinâmica
lógico
Descrição da Imagem: A Figura 5 mostra um diagrama das tecnologias de circuitos integrados digitais e
as famílias dos circuitos lógicos. Da esquerda para direita, temos CMOS, Bipolar, BiCMOS e GaAs. Abaixo
da tecnologia CMOS, temos as famílias CMOS complementar, Pseudo NMOS, transistor de passagem lógico
e lógica dinâmica. Já como famílias abaixo da tecnologia bipolar, temos TTL e ECL.
131
UNIDADE 4
132
Caro(a) aluno(a), depois de aprender sobre conceitos dos sistemas digitais integra-
dos como: microcontroladores, microprocessadores e PLDs, presentes nos sistemas
eletrônicos, além dos conceitos básicos das linguagens de descrição de hardware.
Assim sendo, leia as questões abaixo e responda-as com base no que foi visto até
aqui. Vamos lá?
133
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I e III estão corretas.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
3. Sabemos que em relação aos circuitos integrados, eles são utilizados em uma enorme
variedade de dispositivos. Enumere cinco (5) desses dispositivos.
134
5
Obtenção e
Processamento de
Dados por Sistemas de
Instrumentação Virtual
Dra. Sheila Santisi Travessa
Continuando a intenção principal deste livro, que é servir de base para os cur-
sos que envolvem o conhecimento dos circuitos e sistemas eletrônicos, como os
cursos na área de Computação e Engenharia. Apesentaremos uma introdução a
sobre o significado da instrumentação virtual, abordando as principais técnicas
de aquisição de sinais e apresentar noções sobre o processamento de dados feito
por softwares disponíveis para instrumentação virtual, estudos acompanhados
por uma correlação implícita e até mesmo explicita, entre as tecnologias de ins-
trumentação, aquisição e processamento de sinais no decorrer de nossas consi-
derações. Procuraremos, portanto, fazer uma abordagem direta sobre os aspectos
principais relacionados ao tema instrumentação virtual.
As habilidades a serem desenvolvidas relacionam-se com mais um passo na di-
reção da compreensão dos sistemas eletrônicos, do ponto de vista da aquisição e do
tratamento de dados, a partir de técnicas virtuais. Logo surgem perguntas, tais como:
■ O que é instrumentação virtual?
■ Quais as tecnologias utilizadas, na aquisição e no tratamento de sinais, a
partir de ferramentas virtuais?
136
UNICESUMAR
Agora, nesta unidade, para fechar o ciclo dos circuitos e sistemas eletrônicos,
estudaremos a instrumentação virtual, focando na aquisição e no processamento
de sinais por softwares de instrumentação virtual.
Sugiro para começarmos nosso estudo, que façam uma pesquisa abordando o
significado da instrumentação virtual, as principais técnicas de aquisição de sinais
e noções sobre o processamento de dados por softwares de instrumentação virtual.
Trace como objetivo, entender o que representa a instrumentação virtual,
dentro do contexto dos circuitos e sistemas eletrônicos. Observe, também, quais
as técnicas mais eficientes, quando se trata da aquisição de sinais. Por fim, apre-
sente as noções sobre o processamento de dados por software de instrumentação
virtual. Lembre-se de utilizar o Diário de Bordo para a resolução da sua pesquisa.
Uma pesquisa de campo com um profissional da área
Você deve ter notado, em sua pesquisa, que conceitos e componentes, con-
forme pontuamos anteriormente, nas unidades 1, 2 e 3, formam a estrutura dos
circuitos e sistemas digitais, bem como a base do funcionamento e construção
deles. Agora, com a pesquisa sobre instrumentação virtual, dentro do contexto
de aquisição de sinais e noções sobre o processamento de dados por softwares
de instrumentação virtual, é possível entender o processo de aferição dos parâ-
metros que fazem parte de um circuito ou sistema digital, quais sejam: corrente
alternada ou contínua, tensão alternada ou contínua, formas de onda geradas
pelos mais variados tipos de componentes, dentro do contexto de cada sistema
eletrônico abordado, até aqui.
Pudemos notar, também, que componentes como: resistores, transistores:
BJT, FET, JFET, MOSFET, produzem sinais quando fazem parte de um circui-
to, estejam eles em um circuito ou sistema eletrônico analógico ou digital. Vale
destacar, também, que a instrumentação virtual e o processamento de dados por
softwares de instrumentação virtual servem para mensurar e analisar sinais digi-
tais e analógicos, produzidos na experimentação e construção de circuitos digitais
integrados, tais como: PLDs, ASICs, microcontroladores, microprocessadores.
Aproveite este momento para anotar em seu Diário de Bordo suas reflexões
e pontos de atenção identificados até aqui.
137
UNIDADE 5
138
UNICESUMAR
139
UNIDADE 5
Interface do usuário
Barramento PCI Barramento PCI/PXI
e controle (FPGA)
Temporalização
Temporalização
e controle
Subsistema Hardware
de medição modular
(a) (b)
Descrição da Imagem: A Figura 1(a) mostra a arquitetura de um instrumento convencional, na qual temos
de cima para baixo, o bloco da esquerda representando o processador com o firmware gravado pelo fabri-
cante; na sequência, temos o bloco que cuida da temporização e controle. Ao lado, temos o subsistema de
medição; o último bloco da esquerda é o da fonte de alimentação. À direita, temos o bloco que representa
a interface com o usuário que é fixa. A Figura 1(b) mostra a arquitetura de um instrumento virtual, na qual
temos de cima para baixo, o bloco da esquerda representando o processador do PC cujo funcionamento
é orquestrado pelo SO. Na sequência, temos o bloco que cuida da temporização e do controle, através de
um FPGA; ao lado, temos o hardware modular, adaptável as necessidades de medição, o último bloco da
esquerda é o da fonte de alimentação compartilhada. À direita, temos o bloco que representa a interface
com o usuário. Temos, fora da região de representação da arquitetura do instrumento virtual, um bloco
mais a esquerda, na região superior que destaca a existência de um ambiente gráfico de desenvolvimento
do Instrumento virtual.
140
UNICESUMAR
141
UNIDADE 5
Onde:
■ fs – é a representação da frequência de amostragem;
■ fs /2 – corresponde a frequência de Nyquist;
■ fmax – é a representação da frequência máxima do sinal a ser processado.
Descrição da Imagem: Descrição de Imagem: A Figura 2 mostra a ocorrência do Aliasing, onde o sinal
original, em vermelho, no topo da figura, é amostrado em uma taxa inferior à de Nyquist. O segundo
gráfico, de cima para baixo, corresponde ao sinal original e a parte em azul, corresponde aos pontos
contemplados em função da frequência de amostragem utilizada. O terceiro gráfico são os picos dos
pontos amostrados, para a frequência utilizada. O gráfico azul, na parte inferior, é o sinal resultante, que
foi reconstruído em baixa frequência, devido à ocorrência do Aliasing.
142
UNICESUMAR
■ Excel da Microsoft.
■ DeltaCOM da Vishay Precision Group.
EXPLORANDO IDEIAS
143
UNIDADE 5
144
UNICESUMAR
145
UNIDADE 5
146
UNICESUMAR
147
UNIDADE 5
Caracterizar o ace-
lerômetro ADXL202,
através de uma função
polinomial, relacionan-
Experimento 1:
do as tensões de saída
Medição de incli- Acelerômetro ADXL202.
do sensor nos eixos
nação.
X e Y, com os ângulos
de inclinação obtidos
em um transferidor de
180º.
Caracterizar o sensor
LDR através de uma
função polinomial, rela-
cionando a tensão nos
Experimento 2:
Sensor Light Dependent terminais do sensor
Medição de lumi-
Resistor (LDR). com a luminosidade
nosidade.
obtida no interior de
uma câmara escura,
confeccionada com um
tubo de PVC.
Observar o compor-
tamento térmico do
atuador módulo de
Peltier, levantando sua
curva característica a
Experimento 3:
Sensor LM35/ Módulo de partir do sensor LM35;
Medição de tem-
Peltier. e encontrar as cons-
peratura.
tantes de tempo de
subida e descida, para
os modos de aqueci-
mento e resfriamento
do atuador.
148
UNICESUMAR
Medir a deformação
em uma barra de
alumínio, causada pela
fixação de pesos na sua
Experimento 4:
Extensômetro extremidade, e obter
Medição de defor-
(Strain Gauge) uma função polinomial
mação.
que relacione a força
aplicada na barra com
a deformação ocasio-
nada.
Monitorar a atividade
Experimento 5: elétrica do coração, a
Monitoramento Eletrodos partir da visualização
cardíaco. do sinal de eletrocar-
diograma (ECG).
Definir a duração do
pulso que determina
o ângulo de posiciona-
mento do eixo de um
Experimento 6:
servomotor, a partir
Controle de posi- Servomotor
da aplicação de um
cionamento.
sinal de modulação por
pulso (do inglês, Pulse
Width Modulation -
PWM).
Na Figura 4, pode ser observado o painel frontal de um dos VIs dos experimentos
desenvolvidos nessa versão de plataforma.
149
UNIDADE 5
Descrição da Imagem: A Figura 4 mostra a tela do instrumento virtual, proposto para o experimento três,
na primeira versão de plataforma de instrumentação virtual. Corresponde ao módulo Peltier; à esquerda,
temos o módulo de ligação; no centro do painel à esquerda, caminho da medida, na parte superior do
módulo de ligação e parada do processo, através do botão stop. Na sequência, temos o termômetro frio,
no centro, e o termômetro quente, à direita, com seus respectivos valores.
150
UNICESUMAR
Figura 5: Foto dos subsistemas (a) 1; (b) 2; (c) 3; (d) 4; (e) 5 da segunda versão da plataforma de
instrumentação virtual. / Fonte: Adaptado de OMENA, 2011.
151
UNIDADE 5
Nessa versão, cada experimento era realizado por meio da interligação via cabo
flat do subsistema um com apenas um dos demais subsistemas, como indicado
nas Figuras 5(a) e 5(b), dependendo do fenômeno físico em análise. A conexão
do subsistema um com o PC foi mantida como na primeira versão, porém, os
VIs (instrumentos virtuais), dos experimentos foram aperfeiçoados, contendo
mais controles e indicadores do tipo booleano, numérico e/ou string, no intuito
de fornecer maiores informações ao aluno sobre o processo em estudo, conforme
exemplificado na Figura 6.
152
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: A Figura 6 mostra a tela do instrumento virtual, proposto para o experimento três
(3), na segunda versão de plataforma de instrumentação. Corresponde ao módulo Peltier e a tela gráfica,
em que à esquerda, temos o módulo de ligação do sistema e ligação do módulo Peltier; na sequência,
temos no centro, na parte superior, o termômetro frio e o termômetro quente. Temos no centro, na
parte inferior o módulo gráfico, com o gráfico da temperatura em função do tempo, em que observamos
a evolução do termômetro frio (branco), com o tempo e a evolução do termômetro quente (vermelho),
com o tempo. À esquerda do gráfico, temos algumas temperaturas pontuais: a TMFQ, a TMFF, a TS1 e TS2,
a TFQD e a TFFD. Na parte inferior do instrumento virtual, temos o tempo de atividade dos termômetros
Peltier e o tempo total de atividade do instrumento.
Em relação aos experimentos cinco e seis, não foram obtidos subsistemas, uma
vez que caíram em desuso no laboratório. Dessa forma, novos ensaios foram
propostos nessa versão para substituí-los, conforme descritos no Quadro 2.
Quadro 2: Experimentos propostos na segunda versão da plataforma de ins-
trumentação virtual.
153
UNIDADE 5
EXPERIMENTOS OBJETIVOS
154
UNICESUMAR
Figura 7: Imagem do gerador de funções Agilent 33220A: (a) painel físico; (b) painel virtual
disponibilizado pelo fabricante. / Fonte: O autor.
Descrição da Imagem: FA Figura 7 mostra a imagem do gerador de funções Agilent 33220A: (a) painel
físico; (b) painel virtual. O painel físico, letra (a), fica na parte de cima da figura e o painel virtual letra (b),
fica na parte de baixo.
155
UNIDADE 5
Descrição da Imagem: A Figura 8 mostra a tela do instrumento virtual, proposto para o experimento
três (3) na atual versão de plataforma de instrumentação virtual. Corresponde ao módulo Peltier e a tela
gráfica, em que à esquerda, parte superior, temos o módulo de ligação do sistema correspondente a turma
um e, na sequência, o da turma dois, mais à direta, também, na parte superior, temos o módulo Peltier,
com os termômetros frio e quente; na sequência, temos no centro, na parte inferior o módulo gráfico,
com a temperatura em função do tempo, em que observamos a evolução do termômetro frio (azul), com
o tempo e a evolução do termômetro quente (vermelho), com o tempo. À esquerda do gráfico, temos
algumas temperaturas pontuais: a TMFQ, a TMFF, a TS1 e TS2, a TFQD e a TFFD.
156
UNICESUMAR
Caracterizar os sen-
sores NTC e PTC,
Termistores Negative
Experimento 7: Carac- traçando suas curvas
Temperature Coefficient
terização de sensores características e obter
(NTC) e Postive Tempera-
termo-resistivos. uma função polinomial
ture Coefficient (PTC)
correspondente a cada
curva.
157
UNIDADE 5
158
UNICESUMAR
159
Caro(a) aluno(a), depois de aprender sobre o significado da instrumentação virtual,
entender as principais técnicas de aquisição de sinais e visualizar as noções sobre o
processamento de dados por softwares de instrumentação virtual. Leia as questões
abaixo e responda com base no que foi visto até aqui. Vamos lá?
a) MATLAB.
b) Multisim.
c) Python.
d) Java.
e) C++.
160
I - Os instrumentos convencionais, apesar de serem poderosos e robustos, têm a
desvantagem de serem caros e projetados para desempenhar tarefas definidas
pelo fabricante.
II - Os instrumentos convencionais proporcionam ao usuário a liberdade de ampliar
ou personalizar as tarefas definidas pelo fabricante.
III - A instrumentação virtual, por ser baseada em computadores, retira os benefícios
das plataformas comerciais e conseguem suprir as lacunas dos instrumentos
convencionais com o uso dos processadores e sistemas operacionais diversos.
IV - A instrumentação virtual, quando usada em notebooks, torna possível fazer uso
da sua portabilidade natural.
a) As afirmativas II e III estão corretas.
b) As afirmativas II, IV estão corretas.
c) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I e II estão corretas.
e) Apenas a afirmativa II está correta.
4. Marque a alternativa que não está de acordo com as especificidades dos instrumen-
tos convencionais e virtuais.
161
5. Qual o ambiente de desenvolvimento aberto que satisfaz a maior parte das aplicações
no que se refere à instrumentação virtual?
a) Eagle.
b) Multisim.
c) CircuitMaker.
d) LabView.
e) Proteus.
162
Unidade 1
TOCCI, R. J. Sistemas digitais: princípios e aplicações. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
UNIDADE 2
IDOETA, I. V.; CAPUANO, F. G. Elementos de eletrônica digital. 41. ed. São Paulo: Érica, 2012.
NILSSON, J. W.; RIEDEL, S. A. Circuitos elétricos. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2016.
TOCCI, R. J. WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Sistemas digitais: princípios e aplicações. 12. ed. São
Paulo: Pearson, 2019.
ZUIM, E. Eletrônica digital: conversores – analógico-digital (AD). Eze Website, 2021. Disponível
em: https://www.ezuim.com/pdf/cnv_ad.pdf. Acesso em: 19 dez. 2021.
UNIDADE 3
CODÁ, L. M. R. Dispositivos lógicos programáveis. São Paulo: USP, 2020. Disponível em: ht-
tps://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5314894/mod_resource/content/1/DISPOSITIVOS%20
L%C3%93GICOS%20PROGRAM%C3%81VEIS_2020.pdf. Acesso em: 29 jun. 2022.
DIGITAL design using Verilog. [S. l.: s. n.], 2005. Disponível em: http://csg.csail.mit.edu/6.884/
handouts/lectures/L02-Verilog.pdf. Acesso em: 29 jun. 2022.
163
PEREIRA, R. VERILOG vs VHDL: precisamos falar sobre esse assunto. Embarcados, 2018. Dispo-
nível em: https://www.embarcados.com.br/verilog-vs-vhdl. Acesso em: 29 jun. 2022.
SILVA, G. P. Dispositivos lógicos programáveis. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009. Disponível em: ht-
tps://dcc.ufrj.br/~gabriel/circlog/DispLogPro.pdf. Acessado em: jan. 2022.
TOCCI, R. J. WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Sistemas digitais: princípios e aplicações. 11. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2011.
VAHID, F. Sistemas digitais: projeto, otimizações e HDLs. Porto Alegre: Bookman, 2008.
UNIDADE 4
ALMA DE HERRERO. Obleas de silicio. Blogspot, 19 out. 2010. Disponível em: http://alma-
deherrero.blogspot.com/2010/10/obleas-de-silicio.html?m=1. Acesso em: 27 jun. 2022.
HEYWANG W.; ZAININGER K. H. Silicon: the semiconductor material, in Silicon: evolution and
future of a technology, P. Siffert, E. F. Krimmel eds., Springer Verlag, 2004.
SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. 5. ed. São Paulo: Pearson / Prentice‐Hall, 2010.
______. Microelectronic and circuits. 6th. ed. The Oxford Series in Electrical and Computer
Engineering), 2009.
TECLAB. Tecnologia da TSMC facilita a construção de placas de vídeo com duas GPUs. Blogs-
pot, maio 2018. Disponível em: https://teclab.net.br/tecnologia-da-tsmc-facilita-a-fabricacao-
-de-placas-de-video-com-duas-gpus . Acesso em: 5 jun. 2022.
UNIDADE 5
JEROME, J. Virtual Instrumentation using LabVIEW. India: PHI Learning Pvt. Ltd., 2010.
164
LOPES, V. J. S. Instrumentação Virtual Aplicada ao Ensino Experimental de Engenharia
Elétrica. Dissertação (M em Tecnologia). 2007. Universidade de São Paulo, São Paulo. Dispo-
nível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-09012008-150802/pt-br.php.
Acesso em: 15 nov. 2020.
MELO T. R.; NETO J. S. R.; DA SILVA J. J. Evolução da plataforma de instrumentação virtual de-
dicada ao ensino de instrumentação eletrônica. In: CONGRESSO NACIONAL DE ENSINO E PES-
QUISA EM CIÊNCIAS. 4., 2019, Campina Grande. Anais... Campina Grande: CONAPESC, 2019.
Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/56845. Acesso: 22 abr. 2022.
MORAIS, E. V.; et al. Evolução dos laboratórios experimentais de engenharia elétrica: premissas
para o ensino à distância e pesquisa coorporativa. Visão Universitária, 1(1): 45-58, 2014.
SMIESKO, V.; KOVÁC, K. Virtual Instrumentation and Distributed Measurement Systems. Jour-
nal of ELECTRICAL ENGINEERING, 55 (1-2): 50-56, 2004. ISSN 1335-3632.
165
UNIDADE 1
Nas questões espera-se que o aluno consiga ter uma boa compreensão sobre os
ensinamentos passados ao longo da unidade. As respostas esperadas são:
4. Aqui o aluno é livre para escrever com suas próprias palavras. Entretanto, espera-se
que seja próximo da resposta a seguir: O diodo só deixa passar a corrente em um
certo sentido (ânodo-cátodo), sendo o contrário impossível, exceto nos diodos zener,
que nessa condição deixam passar uma tensão constante.
Quando a tensão ânodo-cátodo for positiva (Vak>0), o diodo fica polarizado diretamente
e entra em condução, comportando-se praticamente como um curto-circuito (tensão
nula entre ânodo e cátodo). Assim, a corrente fluirá de anodo para catodo. Na prática,
a diferença de potencial na junção não é nula, sendo de aproximadamente 0,7 V para
diodos de silício.
O diodo irá bloquear quando a corrente que circula por ele cessar. No caso em que a
tensão ânodo-cátodo for negativa (Vak<0), o diodo não conduz, se comportando como
um circuito aberto.
166
do e não requerida, em relação às tecnologias de construção dos transistores MOS.
6. As técnicas de integração que foram surgindo com a evolução dos transistores são:
LSI (grande escala de integração), VLSI (escala de integração muito grande) e ULSI
(escala ultra grande de integração), que permitem colocar muito mais funções dentro
de um único CI.
7. Aqui o aluno é livre para escrever com suas próprias palavras. Entretanto, espera-se
que seja próximo da resposta a seguir. Comparando com os transistores BJT estuda-
dos, os FETs apresentam: alta impedância de entrada, bem mais alta que os BJT, as
correntes de entrada são muito mais baixas que os BJT, o ganho é bem menor que
um BJT, baixa dissipação de potência, tamanho reduzido, facilidade de fabricação.
Os JFETs são usados nos casos em que um BJT não funciona de forma conveniente,
como quando a corrente de fuga para a base de um BJT é muito alta.
Para aplicações de lógica digital, o uso de FETs é importante, já que eles podem ser
muito mais rápidos e dissipam menos potência. A maioria dessas aplicações, contudo,
usa MOSFETs, que possuem impedâncias de entrada ainda maiores que os JFETs.
UNIDADE 2
Nas questões, espera-se que o aluno consiga ter uma boa compreensão sobre os
ensinamentos passados ao longo da unidade. As respostas esperadas são:
4. O bloco 1 é formado por um ampop, atuando como comparador, que tem, em sua
entrada não inversora, o sinal analógico a ser convertido (VE), e, na outra entrada, o
167
sinal de referência fornecido pelo circuito conversor digital/analógico (Vref). A compa-
ração desses sinais resulta na saída do comparador uma tensão de nível 1, quando
Vref for menor que VE, e sinal ‘0’, quando o Vref for maior do que VE. A saída do bloco 1
também gera o clock dos flip-flops, que formam o bloco 5.
UNIDADE 3
Nas questões, espera-se que o aluno consiga ter uma boa compreensão sobre os
ensinamentos passados ao longo da unidade. As respostas esperadas são:
168
memória na qual são armazenados dados e instruções. Arquitetura de Harvard: a
unidade central de processamento é interligada à memória de dados e à memória
de programa por barramentos diferentes, de dados e de endereço.
4. Em um computador com set de instrução mais complexo, CISC (complex instruction set
computer), quanto maior a complexidade da instrução que deve ser executada, mais
espaço ela ocupa no chip. Desse modo, chegará um momento que passaremos a ter
um set de instruções tão grande, que começará a afetar o desempenho, dificultando
a possibilidade de implementar outras funções importantes. Ter um complexo (gran-
de), set de instruções CISC nem sempre é interessante para um bom desempenho do
processador. Em uma análise feita pelo laboratório da IBM sobre como estavam sendo
usados os diversos tipos de instruções, concluíram que em um microprocessador que
usava um set de instruções de, por exemplo, 200 instruções, a maior parte do proces-
samento era feita apenas com aproximadamente 10 instruções. Uma grande parte
das instruções era pouco usada, às vezes até uma única vez em um longo programa,
de modo que elas poderiam ser implementadas pelas instruções básicas mais usadas.
169
UNIDADE 4
Nas questões acima, espera-se que o aluno consiga ter uma boa compreensão sobre
os ensinamentos passados ao longo da Unidade. As respostas esperadas são:
2. A alternativa correta é (B), pois “As afirmativas II e IV estão corretas”. A afirmativa I está
incorreta, a versão correta é: “A oxidação é um processo químico de reação do silício
com o oxigênio para formar o dióxido de silício. Para acelerar a reação, é necessário
aquecer a lâmina a temperaturas na faixa de 1000°C a 1200°C”. A afirmativa IV está
incorreta, pois a versão correta é: “Na fotolitografia, a geometria do traçado de vários
componentes é definida por um processo fotolitográfico, que consiste em revestir a
superfície do silício com uma camada de um material fotossensível”.
4. Podem ser: bipolar, pMOS – substrato do tipo p, nMOS – substrato do tipo n, de fácil
integração como a BiCMOS, CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor), que
permite um processo do tipo n, e do tipo p e a definição de tubos finos de um desses
tipos, BiCMOS e GaAs.
170
UNIDADE 5
Nas questões acima, espera-se que o aluno consiga ter uma boa compreensão sobre
os ensinamentos passados ao longo da unidade. As respostas esperadas são:
4. A alternativa correta é a (C), pois ela não está de acordo com as especificidades dos
instrumentos convencionais e virtuais. Com relação aos custos, as soluções baseadas
em instrumentação virtual produzem um aumento nos custos de adaptação, desen-
volvimento de sistemas, manutenção. A expressão “produzem um aumento” deve ser
substituída por “permitem a diminuição”, para que a afirmativa esteja de acordo com
as especificidades dos instrumentos citados.
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6. Falando do processo de aquisição de sinais, podemos resumir como sendo a medição
de uma grandeza e, em geral, sua conversão para o meio digital, para que, assim, possa
ser tratada e interpretada. São diversas as ocasiões em que sinais das mais diversas
naturezas necessitam ser amostrados, tais como valores de corrente elétrica, tensão,
temperatura, distância, velocidade, aceleração, posição etc. Em projetos embarcados,
os responsáveis pela aquisição e processamento de sinais são os microprocessadores
e microcontroladores.
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