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volume IV - número 24 - novembro/dezembro 196?

diretor responsável
Adalberto Miehe
tedator chefe íNDICE
Alfredo Fronke
secretário
Fausto P. Chermont MANIPULADOR ELETRÕNICO TRANSISTORIZADO PARA
consultores TELEGRAFIA 279
eng. Tomos Hojnol
eng. Luciano Klioss
desenhos O RECEPTOR DE TELEVISÃO 283
Alcides J. Pereira
revisão
Adouto V. B. Conde GERADORES TERMOIÕNICOS (conclusão) 287
publicidade
fotografias
Roberto Finott' O AUTO-TRANSFORMADOR 290
Fotolobor Ltdo.
dichês DOCUMENTAÇÃO nCNICA- PHILCO Mods. B-122,
Clicherio Unid:J S. A. B-123, B-124, B-196 293
servi~os gráficos
Escolas Profissionais Salesianos COMO OBTER PULSOS 296
distribui~ão
exclusiva
para todo o Brasil
MILIVOLTfMETRO DE ÁUDIO DE BANDA LARGA 297
Fernando Chinoglio Distribuidora S. A.
R. Teodoro do Silvo, 907
Rio de Janeiro
TRANSISTORES DE POTÊNCIA III 302
distribui~ão em Portugal
CONSIDERAÇÕES SõBRE FONTES DE ALIMENTAÇÃO DE
e Províncias Ultramarinas
Centro do Livro Brasileiro Ltdo.
TELEVISORES 306
R. Rodrigues Sampaio, 30-B
ALGUNS ASPECTOS EXPERIMENTAIS DA
Lisboa
proprietários e editôres RÁDIO-ASTRONOMIA 310
ETEGIL
Ed. Técnico-Gráfico Industrial Ltdo. REPARAÇõES EM RECEPTORES DE RÁDIO 312
reda~ão e administra~ão
R. Sto. lfigên'o, 180 INDICE GERAL PARA 1967 315
Tel. 35-4006 - C. P. 30 869
São Paulo - Brasil

PREÇOS T6das as apllcaç6es aqui descritas, utilizam mate-


riais f6.cllment:e encontrados no mercado nacional.
Exemplar avulso . . . . . . NCr$ 1,00 Os artigos assinados sao de exclusiva responsabilidade de seus
autores. É vedada a reproduçao dos textos e das llustracoes
ASSINATURA 1 ANO publicados nesta revista, salvo mediante autorlzaçao por escri·
Registrado . . . . . . . . . . . NCr$ 5,00 to da redaçao.
Aérea Registrada . . . . . . NCr$ 7,00
ASSINATURA 2 ANOS
Aspecto do equipamento telefônico que compõe
Registrada ... . ....... NCr$ 9,00 c: estação telefônica automática de prefixo
Aérea Registrada . . . . . . NCr$ 13,00 "239". inaugurado recentemente pela Cio. Tele-
fônica Brasileira, em São Paulo.
ASSINATURA 3 ANOS ~sse equipamento do tipo de barras cruzadas,
Registrada . . . .. . . . . . . NCr$ 13,00 semi-transistorizado, foi fabricado pela Ericsson
do Brasil, com índice de nacionalização acima
Aéreo Registrado ...... NCr$ 19,00 de 85%.
As assinaturas deverão ser enviadas A sua montagem, que durou cêrca de oito meses,
para foi feita por técnicos daquela empreza, todos
brasileiros.
ETEGIL - C. P. 30869 -S. Paulo
MANIPULADOR ~
ELETRONICO pOfi/J'
TRANSISTORIZADO
GILBERTO GANDRA

O manipulador eletrônico per- pulador eletrônico simples e ba- de oscilação. Se fôr necessano
mite ao operador de CW conse- rato. O tempo de manipulação é podemos dobrar o valor do con-
guir urna velocidade de opera- determinado pelo oscilador cons- densador C, para diminuir a velo-
ção superior a de um manipula- tituído pelo transistor T,. Quan- cidade de manipulação.
dor comum ou mesmo Vibroplex, do a alavanca é acionada para o
com uma comodidade bem lado dos traços, surgirá urna pe- Ao acionarmos a alavanca pa-
maior. Apresenta ainda a vanta- quena corrente de coletor no ra o lado dos pontos se processa-
gem de que, pela operação apro- transistor T,. Esta corrente passa rá o mesmo ciclo acima descrito,
priada, os pontos e traços são pelo condensador C, e escoa por apenas a tensão de carga no con-
auto-completados, isto é, os pon- R, através do primário do trans- densador é menor. e, conseqüen-
tos e traços têm sempre o com- formador T~, provocando um temente, a freqüência do oscila-
primento correto urna vez que a pulso negativo na base do tran- dor é aumentada. Existe ainda
alavanca do manipulador seja sistor T, e fazendo com que o um outro elemento que controla
acionada para o lado dos pontos mesmo passe a conduzir mais a velocidade de manipulação:
ou traços. intensamente. O condensador C, R, - para um certo valor de C,
então vai-se carregando, provo- conseguimos, atuando sôbre R~,
CIRCUITO cando ao fim de algum tempo o variar a velocidade de manipula-
bloqueio de T,. Uma vez o tran- ção dentro de urna determinada
Com o advento dos transisto- sistor T, bloqueado, C, se descar- faixa de valôres. O potenciôrne-
res de silício planar torna-se pos- rega até que, novamente, haja tro R, controla a relação de du-
sível a realização de um rnani- condições para se iniciar o ciclo ração dos pontos e traços.

GNTOS-(DIREITA)
TRAÇOS-
(ESQUERDA)

-----L

B
t-=-tr ~i
c2
1nF/500V
• •
: TRANSMISSOR
K' FIG. 1
F
Circuito esquemi·
tico do manipula-
dor eletrõnico tran·
sistorizado para te·
Iegrafia.
2

-12V
E ac: oe

W .

c
B

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 279


TABELA I 560kil para mudarmos a carac-
TENSõES terística de manipulação e limi-
tarmos a corrente no circuito do
amplificador. O potenciômetro
R, controla a polarização de to-
Pontos Tensões em relação ao chassis do o estágio amplificador, toman-
I do mais ou menos sensível o re-
lé K,.
rom operação A resistência R, e o condensa-
sem
dor C, protegem os contatos de
K, contra os falseamentos e per-
operação
Traço I Ponto mitem portanto aos contatos do
relé trabalharem com urna ten-
são bem mais elevada sem pro-
A -12V -11,5V -12V blemas de arco.
As tensões anotadas na tabela
I, foram medidas com um voltí-
metro 20kil/V, com os potenciô-
B -12V -1,5V -12V metros R, e R, girados para a
posição de máxima resistência e
R, todo para a direita (posição
c -l,SV ov 0,5V oposta ao lado F).
---
FONTE DE
D -SV ALIMENTAÇÃO

O manipulador utiliza uma


E -10.6V -8,3V -10,6V fonte de alimentacão de 12V,
lOOmA, bem estável. A tensão da
fonte não é crítica, o protótipo
montado funciona perfeitamente
F ov -8,3V -IV bem com tensões de 8 a 18 volts.
I CONSTRUÇÃO
G -llV -8,5V -10,8V
I O chassis é feito em alumínio
de 1,5mm de espessura e para
que a sua furação não ofereça di-
ficuldades o leitor deve usar co-
FONTE : mo referências as figuras 2 e 3
AM MR
onde se encontram especificadas
as posições dos furos necessários.
@ @ FIG. 2
Os furos maiores são de 16mm
Circuito da fonte de ali·
110V mentação do manipulador.

@ @
® ® FIG. 3
AM MR 400pF/25V Aspecto do protótipo do aparelho.
+ -
WILLKASON 6024
c3

Os transistores T, e T, formam
um amplificador de CC de aco-
plamento direto para que os pul-
sos desenvolvidos no condensador
C, possam acionar o relé K,. O
acoplamento emissor - base en-
tre os transistores nos possibilita
uma alta impedância de entrada
para o amplificador. O díodo D,
ligado em paralelo com K., serv<!
para proteger T, contrá os tran-
sientes gerados na bobina de K,
e proporciona um funcionamen-
to bem mais regular do relé. É
importante observar a polaridade
dêste diodo.
O resistor R. (33k!l) pode ser
aumentado até um valor de

::!80 REVISTA ELETRONICA


64 64 MEDIDAS EM mm
-· ·- -----. ~ --

I
I 4 FUROS DE 4!11
I
I I

~~ -+-~--+· --· I~
FIG. 4
DimeDsões da chapa-tampa do chassi,
com furação.

1 : i I ~ I VBRAR

1 I I ' : I I
L~~+-~---~~~~~~~--~
~ - ~4~0---~-------~~~50~---- 40

FUROS : A•tOmm
B•4mm
C • 3rnrn (PARA PARAFUSO COM RÔSCA SOBERBA)

58

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MEDIDAS EM mm

FIG. 5
Dimensões e furação da chapa jlo chassi do
manipulador.
FIG. 6
Disposição das pnnc1pais peças no interior do chassi,
com identificação dos terminais das pontas isoladas.

e os menores de 9,5mm. As li- te ou qualquer outro material corta-se uma tira de 1.5cm por
nhas pontilhadas indicam as do- isolante rígido de 12mm de es- Sem de acrílico ou fenolite de
bras do chassis. Os quatro furos pessura aproximadamente. A se- 3mm de espessura, fura-se con-
que contém um A internamente, guir êles são furados com brocas forme indicação com uma broca
indicam a posição dos pés do ma- de 4mm. de 3,2mm, cola-se os contatos
nipulador. Em seguida solda-se lOcm de (dois já soldados entre si e a um
A construção da alavanca ope- fio flexível aos contatos de pra- fio flexível de lOcm) e deixa-se
radora dos pontos e traços não é ta e, após retirar o excesso de secar.
complicada, bastando para isso solda, se os encaixa nos respec- Monta-se as peças do manipu-
que, se corte inicialmente três tivos furos das oeças isolantes, lador conforme o esquema e ve-
paralelepípedos de 1,5cm x 2,3cm colando-os então com araldite e rifica-se o funcionamento mecâ-
de uma chapa de acrílico, fenoli- deixando-os secar. Além disso nico.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 281


As molas M, e M, são molas
de cordinha de dia! esticadas até
atingir aproximadamente 10 fios
por centímetro; cada mola tem
aproximadamente 1,5cm.
A ordem de montagem dos
elementos pode ser estabelecida
como se segue: primeiro, os po-
tenciômetros, pontes de terminais,
os pés de borracha; a seguir, os
transformadores e o relé, e en-
tão os demais componentes. Ao
fazer as ligações do transforma-
dor TJ devem ser observadas as
polaridades e côres dos fios.

FIG, 7
Detalhe de montacem da palheta do manipulador
~-~--FIO FLEXIVEL descrito neste arligo.

LISTAS DE MATERIAIS
D, OA85
T, = AC127
CONTACTOS DE PRATA T, BC108
T, = BC108
C, = 5!J.F/ 50V
C, lnF/500V, ceranuco
R, = 50kn, potenciômetro linear
R, = 20kn, potenciômetro linear
R, 50ü, potenciômetro de fio
R. 470n; I/2W
Rs lOkü; l/2W
R, 33kü; l/2W
R1 = 200ü; l/2W
K, Relé miniatura 50mA/6V (Aerobrás)
Tr1 Transformador Driver (Willkason 6509)
DETALHE DA PEÇA 4
Fonte de Alimentação

T, Transformador Willkason 6024; 110-llV; 300mA


D, - BY126
o, = BY126
D, = BY126
Ds BY126
c, = 400!J.F/ 25V, condensador eletrolítico

DIAPOSITIVOS TÉCNICO-EDUCACIONAIS
O ensino pelo método áudio-visual provou ser de alto 1 - O lgnitron
eficiêncià. 2 - O Tiratron
Temos · o d isposição dos interessados diofilmes em côres 3 - O Díodo a gás
que facil itarão sobremane ira a explicação dos fenômenos 4 - O Díodo a cristal
presentes na técnica eletrônica. 5 - O Tetrodo e o pentodo
Cada diafilme consta de uma série de 36 até 40 "slides" 6 - A família das válvulas eletrônicas
coloridos para serem separados e montados em suportes de 7 - O díodo
metal ou plástico ou colocados em cartolina. O instrutor 8 - O t riodo
pode então, numerar os quadros e apresentá-los no seqüên-
cio que julgar conveniente. 9 - Os tubos de raios c 0 tódidos
1O - A válv•Jia de imagem do televisor (Cinescópio)
Os diafilmes são acompanhados de livretos com expli-
cações minuciosos sôbre cada "&lide". Folhetos sôbre qual- 11 - Erl' '.são Foto-e1étrica
quer diofilme poderão ser remetidos mediante solicitação. 12 - Luminescência de gases e sólidos ;
Os tltulos disponíveis são: 13 - Introduçõo à Física Nuclear.

O preço de cada diofilme é de NCr$ 14,50. Os pedidos devem ser dirigidos o ETEGIL,
acompanhado de cheque, vale postal ou car~a com velar declarado, dirigido a caixa
Postal 30.869- São Paulo.

:l82 REVISTA ELETRONICA


ENG. 0 EDSON PALADINI VEIGA
Telefunken do Brasil S/A.

Neste número IniCiamos a pu- Por expenencia prática com Varredura Horizontal e Vertical
blicação de uma série de artigos várias pessoas, chegou-se à con-
que procurarão analisar em de- clusão que para reproduzir a A análise da imagem, ou seja,
talhes tôdas as etapas de um re- sensação de movimento precisa- dos seus elementos, se fará em
ceptor de TV. Em cada artigo -se de no mínimo, apresentar 16 seqüência da esquerda para a di-
abordaremos uma determinada a 24 cenas por segundo. Porém, reita (horizontalmente) e de cima
unidade funcional, descrevendo a com esta freqüência de apresenta- para baixo (verticalmente). A
sua finalidade no sistema, o seu ção as imagens reproduzidas imagem é dividida em 525 linhas,
funcionamento e as suas princi- apresentam o efeito de cintila- cada linha sendo sub-dividida em
pais características, assim como é preciso dobrar a freqüência de cerca de 420 elementos de ima-
circuitos típicos de aplicação. ção. Para se eliminar êste efeito gem (figura 1).
Neste primeiro artigo da série, apresentação das cenas estáticas.
apresentamos o diagrama de blo- Para o cinema normalizou-se
co de um receptor de TV. então em 48 quadros por segundo
Como primeiro passo, iremos a frequência de apresentação das
;~~~~~-~-~--~-~-~--]·~
mostrar que tipo de sinal o re- cenas. Como para se ter a sensa- 43F~~~-~-~-~-~~~-~-~-~-~-~-~::j
------
ceptor deve processar e em que ção de movimento bastam 24 ir:~~==-~-~-~~~-~-~-~-~-~::j
forma êle chega ao receptor. quadros por iegundo, podemos r------------~-~-~~-~~~~
7r ------
economizar no comprimento da
fita, usando-se do seguinte arti-
Reprodução de Imagens em
IJl()VÍmento fício: cada quadro do filme é --------- . _____ _
Recordemos o princípio de
apresentado duas vêzes na tela do
cinema; assim sendo, com os 24 -----
52~ t--:-::_:-_::_-:_:-:_::_-:~:-::~=--=~~=--~=-=_-:.:_-:.._:-.:-:.:-:..-:.:-.:-j
funcionamento do cinema, que quadros fazemos uma apresenta-
produz a sensação de imagens ção de 48 cenas por segundo. Te-
em movimento, através da apre- remos assim o efeito de movimen- FIG . I
sentação rápida de várias cenas to (freqüência de quadros: 24 por
estáticas cada uma delas repre- segundo) sem efeito de cintilação
sentand~ uma fase do movimen- (freqüência de cenas: 48 por se- Para freqüência de repetição
to, diferindo muito pouco da an- gundo). da imagem escolheu-se 60Hz
(mesma freqüência da rêde de
terior.
Nesse processo nos utilizamos, alimentação), que já é suficiente
para criar o movimento, de uma Elementos de Imagem: para, além de se ter a impressão
de movimento, eliminar o efeito
característica do ôlho humano, Para a transmissão de imagens de cintilação. Com a escolha de
chamada persistência - quando por meio de sinais elétricos, não 60Hz, as exigências na filtragem
o ôlho humano é impressionado é possível, naturalmente, fazer da fonte de alimentação dos apa-
por uma fonte luminosa, esta cada tipo de imagem correspon- relhos será menor, e portanto,
impressão continua a existir, du- der a um só sinal elétrico. As- mais simples e barata.
rante algumas frações de segun- sim sendo, divide-se a imagem Como o quadro completo é
do, depois de desaparecer a fon- a ser transmitida em inúmeras formado de 525 linhas, a fre-
te luminosa. minúsculas áreas, cada urna des- qüência de linhas (horizontal) se-
Assim, se se apresenta ao ôlho
uma seqüência rápida de cenas
tas correspondendo a um elemen-
to de imagem.
ria: 525 x 60Hz 31.500Hz. =
Porém, usa-se um artifício pa-
luminosas e o intervalo de apre- Cada um dos elementos de ra diminuir esta freqüência ho-
sentação entre elas fôr menor imagem apresentará um determi- rizontal, o que facilitará a cons·
que o tempo de persistência da nado gráu de luminosidade. A trução dos circuitos de deflexão
vista, não notaremos o espaço de cada gráu de luminosidade fare- horizontal do receptor. O artifício
tempo sem informação luminosa mos então corresponder uma de- é semelhante ao usado no caso
entre duas apresentações suces- terminada tensão elétrica. Por do cinema ou seja, cada cena se-
sivas. Portanto, se as cenas repre- exemplo, I volt faremos corres- rá apresentada duas vêzes.
sentam etapas sucessivas de um ponder ao preto, O volt ao bran- O artifício usado em televisão
determinado movimento, êste se- co, 0,5 volt ao cinza médio, e consiste em se analisar primeira-
rá reproduzido por nossos órgãos qualquer outro tom de cinza cai- mente as linhas de número ím-
visuais. rá entre O e 1 volt. par (1, 3, 5, ..... 525), ou seja,

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 283


262,5 linhas, que constituirão o
chamado campo 1 (ímpar), e, na
varredura vertical seguinte, ana-
lisar as linhas de número par (2,
4, 6, . . . . . 524), ou seja, as res-
tantes 262,5 linhas (campo 2 -
par).
Teremos então cada quadro FIG. 2
subdividido em duas partes, cha-
madas campos. A freqüência de
campo será de 60Hz (elimina o
efeito de cintilação), e a freqüên- i%
TEMPO
cia de quadro é portanto de
30Hz, que já é suficiente para dar 1--H---j
efeito de movimento. Assim sen-
do, para a freqüência de varre-
dura horizontal, temos: dissemos, fazemos corresponder o pulso de sincronismo horizon-
fa = 262,5 . 60Hz = 15.750Hz ao grau de luminosidade de cada tal, cuja largura total é de:
ou elemento de imagem um determi-
fa = 525 . 30Hz = 15.750Hz nado nível de tensão. Assim sen- p = 0,16H
Como vimos, um campo pre- do, faremos corresponder ao ní-
enche exatamente os espaços en- vel de aproximadamente 5% da sendo que o pórtico anterior (par-
tre as linhas descritas pelo outro amplitude máxima o sinal corres- te do pedestal antes do pulso ho-
campo. A êste efeito chamamos pondente ao branco e ao nível rizontal) têm a duração de 0,02H
entre'laçamento dos campos. de 75% o sinal correspondente enquanto que o pórtico posterior
ao preto. Qualquer nível entre (parte do pedestal depois do pul-
Sincronização 5% e 75% corresponderá às di- so horizontal) tem a duração de
Naturalmente, na tela do cines- versas gradações de cinza. Por 0,06H.
cópio os elementos de imagem exemplo, um cinza claro corres- Desta forma, a intensidade do
devem ser reproduzidos na mes- ponderá a cerca de 20%, cinza feixe do cinescópio, no receptor,
ma posição relativa em que se médio a 3 5% e cinza escuro a é comandada por êste sinal en-
encontravam ao serem analisados 60%. quanto varre a tela da esquerda
na cena original, pela câmera. O nível 100% ficará reserva- para a direita, iluminando a tela
Para tanto, dizemos que o recep- do para o pulso de sincronismo mais ou menos, conforme o ní-
tor deve estar sincronizado com enviado ao fim de cada linha e vel do sinal de comando.
a estação tanto em sua varredu- de cada campo. Pouco antes de atingir o extre-
ra horizontal (freqüência horizon- Então, o sinal de vídeo corres- mo direito da tela, aparece o iní-
tal) como em sua varredura ver- pondente a uma linha terá o as- cio do pedestal de sincronismo
tical (freqüência vertical). pecto mostrado na figura 2, onde que, por estar ao nível de 75%,
Para tanto, a estação envia, ao H é o tempo correspondente à apaga o feixe, escurecendo a li-
fim de cada linha, pulsos carac- duração de uma linha de varre- nha no final da varredura. Logo
terísticos para sincronizar as li- dura horizontal e vale, portanto, em seguida vem o pulso de sin-
nhas de varredura do receptor, cronismo horizontal que faz com
bem como ao fim de cada cam- que o feixe volte ràpidamente ao
po também é enviado um pulso H = - - - - =: 63,5(.lS lado esquerdo da tela, para ini-
característico para sincronizar o 15.750Hz ciar a varredura de uma nova li-
receptor no sentido vertical de onde nha. O tempo de retômo do fei-
varredura. h é o tempo de duração de pulso xe eletrônico deve ser aproxima-
de sincronismo horizontal e equi- damente igual ao tempo (h +
Sinal Compôsto de Vídeo vale a: + pórtico posterior), para que
Vejamos então como se apre-
h =
0,08H não apareça nenhum conteúdo
de imagem durante o retômo. O
senta o sinal de vídeo que leva a p é o chamado pedestal horizon- fato do pedestal estar a 75% é
informação de imagem. Como tal, sôbre o qual está localizado exatamente para que o feixe du-

AMPLITUDE

r
H I
,____,
r
~ r
~
r
_j~h
li
~~h
11
tOO%

75%

--+--- 3H 3H
PULSO VERTICAL EQUALIZADORES

PEDESTAL VERTICAL

5%
+-------------------------------------------~
TEMPO

FIG. 3

284 REVISTA ELETRôNICA


rante o retôrno seja cortado, o
que corresponde ao preto, não PV PS .
prejudicando assim a imagem AMPLITUDE
+ +
com o aparecimento de linhas I
claras de retorno.
Desta maneira são descritas as
525 linhas dos dois campos.
No fim de cada campo deve-
mos ter então o pedestal e o pul-
so de sincronismo vertical. tan-
to um quanto o outro têm um
tempo de duração bem maior 1-0,75 4 I I FREQ . I MHz)
que os correspondentes horizon- I
I o 4,5:
tais (figura 3). -1,25 4,ys
No pórtico anterior do pedes- I
I I
tal vertical temos seis pulsos 6 MHz
equalizadores, com afastamento, --i
entre êles, de 0,5H, e largura FIG. 4
0,5h. A sua finalidade é manter
o sincronismo horizontal duran-
te êste período e ao mesmo tem- a transmissão de TV, a cada ca- terminado canal, como por exem-
po permitir situações de carga nal foi reservada uma faixa de plo, a antena Yagui, popular-
iguais no condensador do circui- 6MHz. Assim sendo, transmite-se mente chamada "espinha de
to integrador, tanto para o cam- uma faixa lateral completa, e da peixe".
po ímpar, como para o par, pos- outra transmite-se somente uma O sinal captado pela antena é
sibilitando assim que haja um parte. transportado através de uma li-
perfeito entrelaçamento dos cam- O som modula urna outra por- nha de transmissão (formada por
pos. tadora em FM, afastada 4,5MHz dois fios paralelos ou um cabo
O pulso vertical apresenta um da portadora do sinal de vídeo. coaxial) à entrada do receptor
serrilhado com largura 0,5h e Por norma, esta modulação em propriamente dita. Para maior
afastamento 0,5H, para permitir FM se fará com desvio máximo transferência de sinal da antena
sincronismo horizontal dos dois de ± 25kHz. ao receptor, é necessário que a
campos durante o retôrno verti- A figura 4 mostra a caracte- antena esteja casada com a linha,
cal do feixe do cinescópio desde rística de faixa de freqüência pa- bem como esta deve estar casa-
o lado inferior até o lado superior ra um canal, tomando a porta- da com a entrada do receptor.
da tela. dora de vídeo como referência. Em outras palavras, as impedân-
Em seguida temos novamente A faixa de 6MHz reservada cias da antena, linha de transmis-
seis pulsos equalizadores para para os canais de TV em VHF, são e enirada do receptor devem
permitir ainda sincronismo hori- conforme as normas brasileiras,
zontal para ambos os campos du- ter o mesmo valor. Caso êste não
são: seja o caso, devemos utilizar
rante o retôrno e mesmo ainda transformadores de impedância
durante as primeiras linhas do Canal 2 54 a 60MHz adequados para efetuar o casa-
nôvo campo. Canal 3 60 a 66MHz mento das mesmas.
A seguir encontramos nova- Canal 4 66 a 72MHz
mente pulsos de sincronismo ho- Um casamento de impedâncias
Canal 5 76 a 82MHz mal feito não só significa perdas
rizontal sôbre o pedestal. Estas Canal 6 82 a 88MHz na transferência do sinal, capta-
linhas são portanto descritas em Canal 7 174 a 180MHz
nível preto. Depois de algumas do pela antena, para o receptor
Canal 8 180 a 186MHz (imagem com "chuvisco") como
linhas descritas sem informação Canal 9 186 a 192MHz
de imagem, inicia-se então nova- também pode dar origem ao apa-
Canal 10 192 a 198MHz recimento de "fantasmas" na te-
mente o processo de descrever Canal 11 198 a 204MHz
linhas com informação de ima- Ia do cinescópio.
Canal 12 204. a 210MHz A etapa de RF tem por finali-
gem, da maneira como já foi Canal 13 210 a 216MHz
vista. dade prê-selecionar um determi-
O sinal que analisamos é o nado canal de TV e ampliar o si-
chamado sinal compôsto de ví- nal correspondente a êste canal
Diagrama em Blocos do introduzindo o mínimo ruído
deo, formado na câmera no estú- Receptor
dio de TV. possível ao sinal. A curva de
transferência típica dêste estágio
Vimos então o tipo de sinal é a mostrada na figura 6 e o ca-
Característica de' Transmissão que o aparelho receptor de TV nal selecionado é determinado pc-
deve processar e a forma de co- la posição da chave comutadora
Pelas normas adotadas no Bra- mo êste chega ao receptor. de canais.
sil, o sinal de vídeo contém fre- Vejamos agora o diagrama em A freqüência fo oscilador é
qüências de até cêrca de 4MHz. blocos do receptor que está re- ajustada, grosseiramente, pela
:tste sinal modula em amplitude presentado na figura 5. chave comutadora de canais, e
uma portadora de VHF ou UHF, A antena t~m por finalidade finalmente, pelo ajuste "Sintonia
que é então transmitido pela an- captar o sinal de vídeo e som. Fina" . A freqiiência fo é sempre
tena. A modulação em amplitude Pode ser de banda larga, poden- maior que a freqüência do canal
gera duas faixas laterais, cada do captar indistintamente sinais selecionado, sendo 41,25MHz
uma com 4MHz de ·largura, . em de todos os canais Qe TV, como maior que a freqüência portado-
tôrno da freqüência portadora. por exemplo, a popular "pé de ra de som f, e 45,75MHz maior
Para melhor. aproveitar a fai- galinha", ou ser seletiva, captan- que a freqüência portadora de
xa de freqüências ·reservada para do com maior intensidade um de- vídeo f•.

~OVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 285


A etapa misturadora recebe f.
de oscilador e f, e f., com respec-
1_
):( \ r ... tivas modulações, da etapa de RF,
e na sua saída fornece os pró-
prios sinais bem como a soma e
diferença dos mesmos, com as
respectivas modulações, e ainda
inúmeras harmônicas, natural-
~ "'
r- ~
mente com amplitudes cada vez
o
o-
1-
<(
menores.
:::>
"i. Uma representação gráfica
::>.
'<(
das principais freqüências que
-~ surgem está na figura 7.
Na saída do misturador temos
então a etapa de FI que seleciona
somente os sinais diferença
f. - f, e f. - f., com respecti-
vas modulações de som e vídeo.
A curva de transferência carac-
terística da etapa de FI é a mos-
trada na figura 8. Esta etapa é
quem determina preponderante-
mente a seletividade geral do
aparelho.
A localização da portadora de
...J som fica no chamado "pedestal
de som", cuja amplitude deve ser
da ordem de 5 a 10% da am-
plitude max1ma da curva de
transferência, e a portadora de
vídeo deve ficar localizada a
,_.::;:
50% da amplitude máxima. O
LLO <lN
flanco de Nyquist, medido no
Ul <l.._:
.o a: o- flanco do lado da curva do lado
· - a:
;::tw <(0 da portadora de vídeo, entre 10%
Ul> Ul:I: e 90%, deve ser preferencialmen-
te linear, ou ter a forma de um
_jo "S", simétrico em relação à por-
n_W
:::;:.~ tadora de vídeo, para compensar
I <( > a curva de transmissão que se
I
I ·t-' . N faz em banda lateral vestigial
u-
I ~a: Ula: (figura 4).
ow o o Uma vez ampliado pela etapa
L - - <i!-- -•--~----, > I
de FI o sinal atinge o detetor de
vídeo, que além de fornecer à sua
saída a envoltória da portadora
. o
1-w
de vídeo (normalmente a envol-
W,O tória negativa), que nada mais é
o-
> LL que o sinal compôsto de vídeo,
<[
(.)
fornece também os sinais soma e
diferença das portadoras de ví-
deo e som, pelo fato do díodo
detetor ser um elemenio de carac-
o terística não linear, como o era
.... w o misturador. O sinal diferença
u.·e> 1-
(45,75MHz - 41,25MHz = 4,5
MHz) possui a modulação FM
....z o também, que traz exatamente a
informação de áudio.
Já na saída do detetor podemos
separar a portadora 4,5MHz com
r-: ci a modulação em FM do som,
u Ul
<!><(
átravés · de um filtro sintonizado
Ul - <li-
uw
o ::E nesta freqüência e com largura
a:
de faixa de uns 100 a 150MHz.
Porém, se quisermos aproveitar
~ci
(.)
uma ampliação adicional através
wz do estágio de vídeo que se segue,
Ul-
Ul -poderemos aumentar o ganho de
LL
a: - '

•'
FI-som sem custo adicional. Nes-
te caso, atenção especial deve ser
dada à polarização do estágio de
vídeo para que o nível branco do

l sinal de vídeo nunca atinja a sa-


turação dêste estágio; se, por ven-
·tura, isto acontece, teremos · inter-
rupção dos 4,5MHz na saída do

J FIG. 5
· ·estágio, tôda vez que temos con-
teúdo · de branco. Esta interrup-
ção, se só se der numa freqüên-
(Cont. na pá~:. 313)
I I
GERADORES
TERMOIONICOS
CONCLUSÃO
I I
CONVERSORES na época era de quinze por cen- lizados para ionizar o gás, cuja
TERMOiôNICOS to. Desde então, ela foi aumen- pressão é baixa, no díodo de
NUCLEARES tada para cerca de dezessete por plasma. A razão principal da es-
cento e já estão sendo previstas colha do césio como gás, como
A primeira conversão direta eficiências da ordem de quaren· já foi mencionado, deve-se ao seu
em eletricidade do calor origina- ta por cento. baixo potencial de ionização. En·
do na fissão nuclear foi conse- tretanto, com a quantidade enor-
guida por meio de um díodo de Após a demonstração de Los me de agentes ionizantes presen-
plasma operando num reator de Alamos, outro díodo de plasma tes num reator, a escolha do gás
provas em Los Alamos Labora- foi experimentado nos laborató- a ser usado no conversor nuclear
tories, em 1959. Esse díodo está rios da General Atomics, o qual não se deve restringir a um gás
representado esquemàticamente operava a uma temperatura de fàcilmente ionizável. Experiên-
na figura 5. O bastão central de catodo de 2.000°C e fornecia cias bem sucedidas foram feitas
combustível nuclear era consti- uma saída de 90W. Foi consegui- com outros gases menos corrosi-
tuído de uma "solução sólida" de da uma eficiência de dez por cen- vos que o césio e, no entanto, de
carbeto de zircônio e carbeto de to, na conversão do calor de fis- ionização razoàvelmente fácil.
urânio, a cêrca de 2.200°C. O são em energia elétrica, mas já Um gás inerte como o argônio
urânio era responsável pela fis- se supunha que essa eficiência po- teria a vantagem de poder cir-
são nuclear e os outros consti- dia ser sensivelmente aumentada cular continuamente entre o dío-
tuintes foram escolhidos pelas sem muitos problemas, pelo apro- do e um purificador químico, co-
suas qualidades refratárias e bai- veitamnto do calor que era dis- mo mostra a fig. 6, para remoção
xa absorção de neutrons. Por sipado no anodo. dos produtos gasosos da fissão
ocasião de sua primeira demons- que apresentam a tendência de
tração, o conversor foi usado pa- Num reator nuclear, agentes "envenenar" o reatar (absorver
ra acender uma lâmpada de 30W. ionizantes, como raios e fragmen- neutrons excessivamente). O alto
A eficiência de conversão termo- tos oriundos da fissão, estão poder corrosivo do césio torna di-
-elétrica mais alta que se obtinha sempre presentes e podem ser uti- fícil a sua manipulação e circula-
ção dessa forma.

COMPARAÇÃO COM O
TERMOPAR(*)

Uma comparação dos dispositi-


vos de conversão direta termoiô-
nico e termoelétrico revela algu-
mas das razões da eficiência rela-
tivamente alta do termoiônico.
Consideremos o termopar da fi-
gura 7, onde os semicírculos ABC
e ADC representam diferentes
materiais termoelétricos. Uma
corrente elétrica circula no circui-
to ABCD desde que se mantenha
as junções A e C em temperatu-
ras diferentes. A tensão que gera
essa corrente é diretamente pro-
FIG. 5
( •) O termopar foi tratado no ar
Diagrama simplificado, de um conversor termoiônico incorporado num elemento tigo "Gerador Termoelétrico", Revista
combustível nuclear. Eletrõnica n.•s 20 e 21.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 287


xa que, pràticamente, não existe
COIIIBUST/VEL NUCLEAR condução de calor entre êles. Por-
tanto ,o único fluxo de calor ·do
catodo para o anodo (da junção
quente para a junção fria, na
analogia termoelétrica) se verifi-
ca por radiação, e esta pode ser
efetivamente reduzida por uma
blindagem adequada(**). Em
outras palavras, o espaço entre
P L A SIIIA -+--f'+- PURIFICADOR os eletrodos aproxima-se bastante
(ARGÔNIO OE ARGÔNIO do material terinoelétrico ideal e
IONIZADO) por essa razão é de se esperar
muito maior eficiência de uma
unidade termoiônica do que de
um termopar usando materiais
termoelétricos sólidos. De fato,
l+--1~ A NODO
como já vimos acima, eficiências
de conversão de no mínimo dezes-
sete por cento já foram conse-
guidas com unidades termoiôni-
cas.
SUPERFIÓE
EIIIISSORA
Outra vantagem do plasma, co-
(CATOOO) mo material termoelétrico, é que
com êle não se verifica uma que-
REFRIGERADOR
da da potência a altas tempe-
raturas, devido à formação de
FIG. 6 portadores de cargas positivos e
negativos em igual número, co-
Conversor termoiônico nuclear no qual o plasma (gás argônio) está continua· mo acontece com semiconduto-
mente circulando através de um purificador para remover os produtos
"envenenadores" da fissão. res. Átomos carregados positiva-
mente estão sempre presentes no
plasma em mesmo número que
elétrons mas êsses átomos têm
porcional à diferença de tempe- catodo corresponde à junção muito mais massa que os elétrons,
ratura entre as junções quente e quente e o anodo à junção fria. apresentando, portanto, menor
fria; para uma dada diferença de O espaço entre os eletrodos cor- mobilidade, sendo tôda a corren-
temperaturas essa tensão é muito responderia ao material termoe- te, transportada, pràticamente,
menor em metais que nos melho- létrico de um dos semicírculos da apenas pelos elétrons.
res materiais termoelétricos (se- figura 7 (o outro Semicírculo se-
micondutores). Além disso, como ria o circuito externo). O espaço Devido à semelhança entre
os metais são excelentes conduto- entre os eletrodos pode, como já conversores termoiônicos e ter-
res de calor, não retêm com fa- vimos, tornar-se um excelente moelétricos, o díodo de plasma é
cilidade grandes diferenças de condutor elétrico oela neutraliza-
temperatura, de forma que a ten- ção da carga de espaço, por um (••) Em principio, uma pequena
são produzida por termopares de dos meios descritos anteriormen- quantidade de calor poderia também
ser transferida através' do circuito ex·
metal é sempre muito reduzida. te. Por outro lado, a pressão do terno, mas na prática, ela é conside·
gás entre os eletrodos é tão bai- rada desprezível.
É claro que se o anel da figu-
ra 7 fôsse feito de material iso-
lante térmico poder-se-ia manter
uma grande diferença de tempe-
raturda entre A e C. Mas os iso-
lantes térmicos comuns são tam-
bém isolantes elétricos, de forma
que não poderia fluir corrente
em tal termopar.
O ideal seria algo que fôsse ao
mesmo tempo condutor elétrico
perfeito e isolante térmico per- JuNcio
feito. Tal material ideal não exis- JUNCÀO AQUECIDA
FRIA
te, embora os semicondutores re-
presentem um passo nessa dire-
ção e estejam sendo largamente
explorados no desenvolvimento
de geradores termoelétricos. Ain-
da assim, as eficiências de con- '··
versão dêsses geradores não exce-
dem, até o presente, a cinco ou
seis por cento.
, O díodo termoiônico pode ser FIG. 7
, ,-.,., ·
considerado um termopar, onde o Conversor termoiônico considerado como termopar.

288 ·REVISTA ELETRôNICA


por vezes referido como "termo- separação entre êsses eletrodos urna temperatura de cerca de
par de plasma". Deve-se lembrar pode afetar de urna maneira bas- l.100°C, à junção "quente" de
entretanto, que a fonte de elé- tante íntima a densidade de cor- um gerador terrnoelétrico, en-
trons no diodo é comandada pelo rente, e portanto, a eficiência. quanto a junção "fria", a cerca
fenômeno da emissão termoiônica de 500°C, supriria o calor ne-
Os problemas de materiais são cessário para a operação de ge-
no catodo; não há nada que cor- particularmente graves, não só
responda a isso num termopar radores convencionais. O desen-
devido à alta temPeratura de ca- volvimento dêsse sistema - que
real, de forma que a semelhan- todo, mas devido à natureza cor-
ça acaba nesse ponto. Por essa evidentemente exigiria uma fu-
rosiva do gás césio, e por esta ra- são eficiente de técnicas eletrôni-
razão as conversões termoiônicas zão, estão sob constantes inves-
e termoelétricas são freqüente- cas, de reator e de geração con-
tigações, métodos alternativos na vencional de energia poderia
mente classificadas como técni- geração do plasma. A ionização
cas separadas. muito bem proporcionar urna efi-
por fragmentos de fissão já foi ciência global de mais de sessen-
ESTADO ATUAL E mencionada como urna alternati- ta por cento (comparada com
PERSPECTIVAS FUTURAS va promissora; entretanto, os quarenta por cento, para as mais
fragmentos da fissão são, nor- eficientes estações geradoras con-
As altas eficiências consegui- malmente, absorvidos fortemen-
das com conversores termoiôni- vencionais).
te no próprio combustível onde
cos, em comparação com conver- são produzidos, e ainda não se Corno os demais dispositivos de
sores termoelétricos, decorrem sabe se poderão ser injetados em conversão descritos nesta série
da operação a altas temperaturas número suficiente no espaço en- de artigos - com excessão do
Em "Geradores Termoelétricos" tre os eletrodos. reator de plasma oscilante trata-
(Revista Eletrônica n.0 s 20 e 21), do em "Geradores MHD" - o
já assinalamos a dificuldade de Na busca de um material ade- gerador terrnoiônico é bàsica-
se fazer funcionar êsses gerado- quado para o catodo, o tungstê- mente uma fonte de baixa tensão
res em temperaturas acima de nio e os compostos de tântalo e alta corrente contínua, podería-
l.l00°C, com combustíveis con- têm recebido até agora urna aten- mos, por exemplo, considerar
vencionais; para temperaturas de ção desrnensurada por parte dos urna unidade de 1kW, fornecen-
l. 700 a 2.2000C. exigidas pelo pesquisadores. No entanto, um do 1.000 amperes a um volt.
conversor termoiônico mais efi· número considerável de compos-
ciente, estas dificuldades serão tos refratários, corno carbetos e Poder-se-ia aqui usar os méto-
proporcionalmente maiores, e nitretos, já estão sendo investiga- dos convencionais de conversão
parece assim, que para aplicações dos. Mesmo quando catodos de de corrente contínua em corrente
em larga escala se deverá em- vida longa forem desenvolvidos, alternada, mas em se tratando de
pregar combustível nuclear. Tra- sérios problemas de material ain- geradores termoiônicos, é possí-
taremos mais adiante de aplica- da existirão, com relação às par- vel, explorando-se a sua seme-
ções especiais em pequena escala. tes da estrutura, particularmen- lhança com as válvulas de rádio,
te a selagem a vácuo, que deverá obter-se a conversão para CA,
O estado atual do diodo de ser resistente à corrosão. dentro da própria unidade. Por
plasma como conversor direto de vêzes, um diodo conversor de po-
calor nuclear pode ser percebido As dificuldades são enormes, tência desenvolve aparentemente
pelas potências e eficiências aqui mas de nenhuma maneira insu- oscilações espontâneas em sua
já mencionadas: menos de cem peráveis, e estão sendo devida- corrente de saída - mas estas
watts de saída a urna eficiência mente estudadas em muitos labo- não poderão ser aproveitadas pa-
de conversões da ordem de quin- ratórios, por todo o mundo. ra geração CA, até que se conhe·
ze a vinte por cento. Além dis- ça as suas causas e se as possa
so, por razões experimentais, A grande vantagem do díodo
de plasma, corno conversor de controlar.
tais desempenhos foram manti-
dos por apenas algumas horas calor nuclear, é a sua simplici- Neste artigo, procuramos dar
cada vez. Não obstante, os testes dade básica; o bastão de com- ênfase aos geradores terrnoiôni-
foram significativos pelo fato de bustível funciona como catodo, o cos para produção de energia em
provarem ser possível ao conver- envólucro como anodo, sendo o larga escala, para fins comerciais.
sor produzir energia elétrica com espaço interior preenchido com Concluiremos com algumas con-
alta densidade de corrente e ten- plasma (figura 5). Além disso, siderações sôbre aplicações mais
sões convenientes dentro do rea- devido à temperatura de anodo especiais.
tor. relativamente elevada, o calor
absorvido pelo resfriamento (Jí. Já foi feita referência sôbre o
A otirnização das dimensões e quido) do reator poderia ser diodo de vácuo de espaçamento
temperaturas e o desenvolvimen- aproveitado, tanto em um gera- reduzido, colocado no mercado
to de materiais adequados para dor terrnoelétrico corno em um pela American Electric Company.
operação contínua num reator, a turbogerador convencional. Em Essa unidade tem urna potência
essas altas temperaturas, são os "Gerador.s Termoelétricos" ]a de saída de 1W, é aproximada-
problemas que devem ser solu- mencionamos a possibilidade de mente do tamanho de um dolar
cionados, antes que o diodo de se alimentar um turbogerador, de prata ( y:5 = 3,5cm) e pesa 85
plasma possa ser considerado utilizando o calor de exaustão de gramas. Opera a temperaturas de
corno um gerador de potência um gerador terrnoelétrico; da catodo e anodo ao redor de 1.100
competitivo. Por exemplo, em- mesma forma, o gerador termoiô- e 600°C, respectivamente. Nesse
bora as dimensões físicas do dio- nico (diodo de plasma) poderia, rnodêlo particular, somente cer-
do conversor nuclear sejam atual- ao menos, em princípio, alimen- ca de 2,5 por cento do calor de
mente limitadas, quase que ex- tar, com o calor dissipado no entrada é convertido em eletrici-
clusivamente pelo tamanho do anodo, um gerador termoelétrico. dade, embora maiores eficiências
combustível - aproximadamen- Poder-se-ia conceber uma dispo- se.jarn esperadas de uma versão
te 30crn d~ comprimento por 2,5 sição em "cascata", onde um que se utiliza de césio. Essa efi-
cm dê diâmetro - as áreas rela- conversor termoiônico nuclear ciência, entretanto, é aceitável
tivas do anodo e do catodo e a forneça o calor de seu anodo a (Cont. na pág'•. 314)

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 289


OAUlõ ·lllar4SFoRMADOR.
Os auto-transfonnadores têm, atualmente, grande aplicação, principalmente em regul:~­
dores de tensão destinados à alimentação de aparelhos elétricos e eletrônicos que depen-
dam, para seu bom funcionamento, de tensões de alimentação lazoàvelmente constantes.

A. principal vantagem do autotransformador, Na Fig. 2, utilizamos, como fonte adicional,


quando comparado aos transformadores convencio- um pequeno transformador, de tipo comum, com
nais (de enrolamentos separados para primário c enrolamentos separados. Nota-se, aqui, a perfeita
secundário) é a economia de materiais que propor-
ciona. Principalmente quando a diferença entre as
tensõ.es · de entrada e saída é pequena, a economia 3
é apreciável, já que o tamanho, neste caso será b::m
c ,-----1ÃI
A
reduzido; a quantidade de ferro do núcleo e de co-
bre dos enrolamentos será bem menor que no trans- I I
I
formador comum.
O princípio de funcionamento do auto-trans··
O,IA t 110VNI
formador ainda é bem pouco conhecido. Sabe-se D ~I
que não possui enrolamentos separados para o pri- I
mário e secundário, que estão diretamente entreli- ......
gados. No entanto, a razão porque isto é possível e
qual a vantagem, poucos o sabem; é o que vamos
~
explicar neste artigo, dando ainda, elementos para ----'~--,J
o seu cálculo.
FIG. 2
Como funciona? A ligação de um transformador convencional para
suprir a diferença de tensão.
Vamos buscar nossa explicação em dados nu-
méricos e dar um exemplo prático. Suponhamos
que na rêde, tenhamos I OOV e que desejamos ele- viabilidade da substituição de um "possante" trans-
var esta tensão para o valor nominal de llOV. O formador de IIOVA por outro, de apenas IOVA, ou
aparelho que vamos alimentar exige uma potência seja 10% do total, com o mesmo resultado.
de li OVA. Se nos servíssemos de um transforma- Nas considerações que damos a seguir, despre-
dor de enrolamentos separados, teríamos que di- zamos as perdas do transformador.
mensioná-lo para uma potência de IIOVA. Vejamos O enrolamento primário P (Fig. 2) retira da
o que se pode fazer para obter uma economia. rêde uma potência de IOVA, ou seja, uma corren-
Observando a Fig. I, fica patente que, dos 11 OV te de O, IA, à tensão de IOOV. No secundário S apa-
desejados, já existem I 00 disponíveis na própria rê- recerá então, a tensão de IOV, à corrente de IA.
de e que bastaria "gerar" apenas os I OV adicionais Tudo o que temos de fazer é cuidar para que a
requeridos. tensão de I OV realmente se adicione à tensão dispo-
A potência de 11 OVA significa, à tensão de nível na rêde, de IOOV; para isso, devemos obser-
lOOV, uma corrente de IA. Evidentemente, a fon- var com atenção as polaridades corretas, na ligação.
te para os I OV adicionais, deve também fornecer Se, por exemplo, num dado instante, o termi-
IA, correspondendo, pois, a uma potência de lOVA. nal A do primário fôr negativo, B será positivo,
fluindo uma corrente de A para B, pelo enrolamen-
to. No secundário, a corrente induzida será de sen-
3 tido contrário, isto é, fluirá de D para C. ~ste se-
cundário funciona como gerador, e o sentido no

~--------------~2
- lO V"'
IA

- IIOV"'
IA
seu interior é do positivo para o negativo*; portan-
to C será negativo, no secundário, no instante con-
siderado.
Sendo D positivo, o terminal 2 estará ligando

-
IOOV""
1,1A
o poJo negativo da rêde, ao poJo positivo da fonte
de IOV; encontrando-se pois ambas efetivamente li-
gadas em série, somam-se os valôres de tensão e o
resultado será li OV.
FIG. 1
• Como nos circuitos elétricos a corrente sempre flui
Na elevação de tensão por meio de um trans- do negativo para o positivo, no gerador. o sentido do fluxo
formador, na realidade é suficiente dimensioná-lo forçosamente será contrário, isto é, do positivo para o ne·
para a tensão ~cional. gativo.

290 REVISTA ELETRONICA


Observando--se ainda a Fig. 2, nota-se que os a saída. Nesse enrolamento, há uma queda de ten~
terminais A e D do transformador devem estar Ii- são de IOV, à corrente de IA; a potência primária
gados entre si, levando à conclusão que poderiam será portanto de I OVA. Desprezando-se as pêrdas,
ser substituídos por um único enrolamento, dotado no secundário será também encontrada uma potên-
d:) uma derivação. Redispondo os elementos, confor- cia de I OVA. Devido à relação de espiras, a tensão
me indica a Fig. 3, chegamos à representação, já nesse enrolamento será de IOOV, e a corrente, de
bastante conhecida, do autotransformador. A indi- O,IA, somar-se-á àquela de IA retirada da rêde; o
resultado será o valor requerido, de I,IA. Com
variações na carga, surge automàticamente a corren~
te adicional requerida no secundário, ao passo que
~j~--IÃ--i
a queda de tensão em P quase não sofre alteração.
Sendo as secções do fio e do núcleo suficientes (e
1A t S secundaria
10V.-v
I
I
com isto, relativamente reduzida a resistência à cor-
rente contínua dos enrolamentos) a tensão de saída
é pràticamente independente da carga, desde que a

o,,......_-_--_-..:....-_.....,..
~~~.:A
l~ ~,
1A
I
I
tensão da rêde seja constante.

1,1A I ~ O cálculo
.100V.-v 1
0,1A ' P primaria A' Um transformador convencional transfere uma
1,1A I 100V.-v I potência que pode ser expressa pela fórmula
____ _l--1t _____ j P,a, 1/ 2 P. +
I / 2 P,
P,a, = 0,5 (pot. primária + pot. secundária)
P,a, = 0,5 (V.I. + V,I,)
FIG. 3 Esta formulação é algo fora do comum, pois
usualmente se calcula, no transformador coin enro-
Outra forma de representar o circuito da Fig. 2; lamentos separados, apenas com a potência do se-
é a maneira tradicional de apresentação do
circuito do autotransformador. cundário. O valor obtido com a expressão acima é
pràticamente o mesmo, porém facilita o projeto do
autotransformador.
cação da corrente ramificada torna clara a razão Como vimos na primeira parte dêste artigo, par-
pela qual é possível dimensionar o enrolamento P te do enrolamento de um autotransformador é co-
apenas para uma intensidade de O,IA. Os sentidos mum ao primário e secundário. Nesta parte, a cor-
indicados não contradizem, de modo algum, as con- rente primária I. tem sentido opôsto à corrente se-
clusões a respeito das fases a que chegamos pela cundária I,. Essas correntes opostas neutralizam-
análise da Fig. 2. No "primário" a corrente flui de
A (negativo) para B (positivo) e tem intensidade de
O,IA. O "secundário" por outro lado, age como
gerador, e portanto, como já vimos, o fluxo de cor- +.- - - - - - /
rente é do positivo para o negativo, ou seja, de D -'Ã 1A
para C.
P primário
10V'V
E para diminuir?
B
+
Vimos, até agora, o que acontece quando a ten- ~~-----+~2
são na entrada do autotransformador é inferior à
da que desejamos na saída. No caso opôsto, isto é,
,----;:;A--l c
quando a tensão na entrada é superior a de saída I I , .
valem as mesmas considerações. jOOV"'
1,1A
h
I •IA o,
IA t S secundano
100VI\I
A Fig. 4 representa êste c.aso, para maior clare-
za, fizemos sua apresentação de modo semelhante à
da Fig. 3. A primeira vista, o autotransformador l_----- _j_lt-- ---,
parece funcionar aqui como um simples divisor de
tensão. Realmente, há uma divisão de tensão, de- FIG. 4
pendente da relação de espiras dos enrolamentos Sentidos das correntes no auto-transformador quando se
P .e S, e há uma queda de tensão no enrolamento P. trata da redução de tensão.
No mais, porém, há uma grande diferença.
Num divisor resistivo, o resistor em paralelo
com a saída tem a função de, através de sua cor- -se parcialmente, r~sultando apenas a corrente -
rente adicional, tornar a queda de tensão menos de- diferença nesta parte do enrolamento. Portanto, a
pendente das variações de carga. Quanto maior a secção do fio pode ser menor que aquela que seria
exigência de estabilidade de tensão, mais intensa de- necessário empregar se fôssemos considerar as cor-
verá ser a corrente através dêsse resistor. rentes isoladamente. Na Fig. 3, isto é, quando a
No autotransformador, no entanto, o que acon- transformação é de aumento de tensão, a corrente
tece é bem diferente. Não só é exigida uma corren- primária é maior, logo, ·
te adicional pelo enrolamento P, mas quando au-
menta a carga, êste ainda fornece a corrente adi- Id = I;. - I,
cional solicitada à saída, na transformação de · re-
dução. Se, por exemplo, num transformador dêsse tipo, a
Da Fig. 4 nota-se que são retiràdos da rêde, corrente absorvida pelo circuitç primário é de l,lA
llOV, IA, ou séjam llOVA. A corrente de IA flui e a fornecida pelo circuito secundário é .IA, tem-se
através da parte P, que funciona como primário, até Id = 1,1 - I ·= O,tA

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 291


O fio de uma bobina conjunta deve portanto ser Para o autotransformador-redutor, podemos
calculado para somente 0,1A. Para o fluxo de cor- demonstrar, de modo análogo, que
rente usual, de 3A/mm2, necessita-se uma secção L::. V
de fio PT P--
s
0,1
0,033mm'
v.
e verificamos que o denominador sempre corres-
3 ponde à maior tensão e podemos então dizer
Isto corresponde a um diâmetro pouco maior que L::. V
0,2mm, ou seja, utilizando um fio com diâmetro PT= p - - - -
normalizado, 0,224mm. Para bobinas separadas no v ....
primário e secundário seria necessário usar, no pri- Em outros têrmos, a potência de transferência
mário, 1,1 + 3 = 0,37mm2 e, no secundário, do autotransformador é sempre igual à potência teó-
1 + 3 = 0,33mm', num total de 0,7mm 2• Compa- rica (de um transformador comum, equivalente) mul-
rando êste valor com o de 0,033mm 2 no autotrans- tiplicada por um fator menor que 1.
formador, resulta para o enrolamento conjunto uma Como a potência é o fator d~terminante da secção
economia de cobre superior de 90%. Evidentemen- do núcleo, verifica-se aí, apreciável economia de
te, para a parte do enrolamento onde somente cir- ferro.
cula uma das correntes, o dimensionamento deve obe- Uma vez calculada a potência efetivamente
decer às regras normais. transferida, resta determinar a secção do núcleo e
Observa-se também que o núcleo de ferro do os números de espiras dos enrolamentos. Valem aí as
autotransformador pode ser bem mais reduzido. Ca- fórmulas normalmente usadas em transformadores
so a relação de transformação fôsse 1 : 1, o trans- comuns.
formador se reduziria a um simples reator; teorica- Para a secção do núcleo temos
mente, não consumiria potência e poderia possuir
núcleo com secç~o numérica. A potência realmente S = 1,3v'PT (cm')
transferida: no autotransformador é denominada "po- onde S é a secção do núcleo e
tência de transferência" PT, e seu valor é PT é a potência transferida
PT o,5 rv.Id + (V, - v.) LJ Para o cálculo do número de espiras usamos
0,5 [V. (1. - I,) + V,l, - Vrl,] 40
0,5 (V.I. - Vrl, + V,I, - V.I,) N, = --, para C.A. de 50Hz e
Entretanto, v.I. e V,I, correspond~m às po-
s
tência P das bobinas dos transformadores convencia· 50
nais e são iguais entre si, donde podemos simpli- - - , para C.A. de 60Hz.
ficar a expressão acima para s
onde Nv é o número de espiras por volt dos enro-
PT =0,5 [2P - 2V.I,] lamentos
e
PT =
P - v.I, S é a secção do núcleo
Não é, pois, necessário dimencionar o núcleo para a Os fios são dimensionados levando em conta
potência total P, mas para o valor PT, que é obti- um fator de 3A/mm2• A parte do enrolamento co-
do subtraindo-se V.I, de P. Mas, mum a primário e secundário pode ser enrolada
com fio correspondente a uma corrente-diferença
I, = I. (V./V,) entre I. e 1,. O restante do enrolamento necessita
e teremos, de fio adequado para o valor da corrente.

PT P - Vr - - - -
v,
V'p
PT= p -
V,
mas P = I.Vr e portanto,
I. V.' SAÍDA
PT = I.v. -
RÊDE
PT
v.
I.v. (V, - v.) FIG. 5
PT
v, Diagrama de um auto-traosformador regulável, do
tipo geralmente usado em reguladores de tensão.
P (V, - v.)
PT
v,
v, v. Em geral, os autotransformadores têm várias
PT= p - - - - - derivações, correspondentes a diversos valores de
v, tensão, com uma chave seletora e um instrumento
indicador na saída (Fig. 5). Nestes casos, o fio
e fazendo V, - v. t::. V, temos mais grosso deve ser empregado, desde a primeira
t:.V derivação até a parte superior. No cálculo, da po-
PT= p - - - tência deve ser usado o valor mais alto de tensão
v. que pode ocorrer.

292 REVISTA ELETRONICA


Ao TECNICA

TV PHILCO
CHASSIS 373/373 U

Modêlos B-122, B-123, B-124, B-196

ESPECIFICAÇõES E REFERtNCIAS

DESCRIÇÃO DO CIRCUITO: FI DE VíDEO:

O chassi 373 tem as mesmas características prá- Não houve alteração de valôres de componen·
ticas de funcionamento, calibragem e manutenção, tes, porém o 373 utiliza três novas bobinas de FI
do chassi 368, inclusive quanto às suas respectivas de vídeo, do tipo bifilar, o que garante maior uni-
curvas e freqüências. Mecânicamente, também não formidade no acoplamento e consequentemente na
há qualqu~r diferença. O chassi 373 é uma -versão
melhorada do 368, onde se projetou a fonte de ali- calibragem.
mentação, eliminou-se componentes, alterou-se va- Essas bobinas não são substituíveis pelas anti-
lores de capacitares e resistores e melhorou-se o gas, usadas no 368, sendo os seus números de re-
desempenho dos diversos estágios. ferência Philco, os seguintes (para o chassi 373).
Nas alterações, visou-se a melhoria do som na
inteligibilidade da voz humana, levando em conta t.a FI R32-1272
as programações de novelas. Com a otimização de 2.a FI B32-1272-1
valores e circuito conseguiu-se êsse objetivo, sem 3.a FI B32-1272-2
prejudica.r a qualidade da reprodução musical.
Nos· circuitos de FI de vídeo, CAG e vertical ESTÁGIO DE SOM.
foram feitas alterações tôdas visando melhoria de
funcionamento, e manutenção mais simples, Como já foi dito, foram feitas modificações,
Publicamos aqui os esq:emas dos chassis 368 entre o 368 e 373 para a melhoria da reprodução
e 373 o que possibilitará a comparação entre ambos. da voz. Essas modificações foram as seguintes: Mo-
As modificações efetuadas serão comentadas a se- dificação de alimentação de placa de V3 (já men-
guir. cionada no item "Fonte de Alimentação"); redução
do valor de C32 para 10k; eliminação de C30; re-
FONTE DE ALIMENTAÇÃO: dução da capacidade de C29 para 1k; uso de po-
tenciômetro de volume de 500k (nos modêlos B-122,
O chassi 373 eliminou o +B7 que se destinava B-123 e B-124).
a alimentar o transformador de saída de som TR,
e portanto a placa de V,. Essa tensão passou a ser C. A. G.
alimentada do +B4, ou seja, juntamente com a
grade de blindagem (pino 7) da válvula de saída. No chassi 373 foi eliminado o divisor de ten-
Assim, a tensão de placa, que no chassi 368 é de são R61-R63 de onde se alimentava a placa de trio-
245 volts, no chassi 373 é de 225 volts. do V7 que opera no C.A.G .. Na nova versão, esta
As tensões +B7 e +B4 provinham no 368 da alimentação provém do catodo (pino 1) êsse mesmo
junção D, com Tr2, portanto antes do choque de triodo, através de R62, cujo valor foi reduzido pa-
filtro. No chassi 373 o +B4 é retirado depois de. ra 8,2Mfl; o +B agora utilizado é o +B1, em lu-
choque Tr2. gar do +B4.
Assim, eliminou-se o eletrolítico E5 existentt
na fonte de Alimentação do modêlo 368, reduziu-se OSCILADOR VERTICAL
R106 para 680ohms; R16 passou a ser 1k2-10W;
R13 passou a ser de 1k-1W e é ligada em série O valor de R93 foi aumentado, no 373, para
com R16; R15 é agora de 2W e R103 foi modifi· 56k. tsse resistor acha-se ligado no catodo do trio-
cada para 2k2-1W. do de Vl2.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 293


COMO
tensão proporcional a essa cor-
rente. No caso em questão, a ten-
são através do resistor será uma
cópia exala do trem de pulsos de
corrente alternadamente positivos
e negativos, ilustrados na fig. 2.

OBTER O Diferenciador

O circuito constituído do capa-


citar em série com o resistor que
analisamos, é chamado de "cir-
cuito diferenciador", ou simples-

PULSOS mente "diferenciador". Diferen-


ciação é um têrmo matemático;
o seu significado aqui é básica-
mente o quanto varia uma certa
grandeza com o tempo, dentro de
um certo intervalo de tempo mui-
to pequeno. A "Diferença" é a
Como funciona o circuito No momento em que o pulso que exist~ entre dois valores, su-
diferenciador de tensão é aplicado sôbre o ca- cessivos de corrente ou tensão.
pacitar, circula através do cir- 'Ê maior nos flancos do pulso, e
O uso de pulsos de tensão ou cuito uma corrente de carga. Co- é exatamente quando êstes flancos
corrente é bastante freqüente nos mo o resistor e o capacitor têm ocorrem que flui no circuito a
diversos ramos da eletrônica e valores relativamente baixos, a máxima corrente. Durante o tem-
muitas das últimas conquistas corrente de carga a princípio será po em que o pulso de entrada
(por exemplo, a televisão, o ra- bem elevada, caindo, porém, rà- mantém sua máxima amplitude
dar, o telex, a telemetria) difi- pidam~nte a zero, já que um ca- não há corrente, pois não existe
cilmente teriam alcançado o grau pacitar de baixo valor se carre- diferença de tensão, em dois in-
de desenvolvimento atual, se não gará em pouco tempo. Êsse tem- tervalos sucessivos de tempo.
fizéssem uso de pulsos. po pode ser bem menor que a Em circuitos de televisão, é
Na televisão o sincronismo en- duração do pu!so de tensão apli- suficiente um estágio diferencia-
tre o feixe explorador na situação cado ao circuito de tal modo que dor, para se obter pulsos com a
de TV e o reprodutor no cin.:s- se forma um pulso de corrente largura desejada; mas para outras
cópio é assegurado por pulsos que muito rápido, que pràticamente aplicações, é por vêz~s necessá-
são transmitidos pela emissora coincidirá, com o ffanco de subi- rio prover-se duas ou mais dife-
após cada linha de vídeo. 'Êstes da do pulso de entrada (fig. 2). renciações sucessivas, para se ob-
pulsos asseguram que o oscilador ter pulsos extremamente curtos.
correspondente no receptor de TV Os pulsos obtidos por carga e
tenha freqiiência idêntica ao do descarga do capacitor podem ser
transmissor. transformados novamente em pul-
Acontece, porém, que os pulsos sos quadrados .. O trem de pulsos
para a sincronização horizontal de tensão é injetado em uma vál-
de TV não são todos da mesma vula com baixa tensão de corte, e
largura, por motivos que não po- FIG. 2 onde a corrente de grade é usad1
de~os abordar neste artigo, e para manter o potencial de grade
alem disso têm duração muito Pulsos de correntes de carga e des· automàticamente negativo. Essa
longa para a perfeita sincroniza- carga Ic que fluem através do resistor válvula só conduz quando os pi-
ção do oscilador horizontal. Para ou alternativamente os pulsos de ten· cos dos pulsos positivos chegam à
transformar êstes pulsos de dura- são V0 resultantes. grade; no restante do tempo (in-
ção excessiva e desigual em pul- cluído o de duração dos pulsos
sos de curta duração e perfeita- negativos) a válvula estará blo-
O flanco de descida do pulso
mente uniformes, aplicámos os aplicado à entrada (ou seja, a queada. A corrente de anod<Y re-
mesmos sôbre a ligação série de sultante consiste somente de pul-
queda do seu valor a zero), pro-
um capacitor e um resistor, am- sos curtos, que são pràticamente
duz um efeito semelhante. O ca-
bos de baixo valor, conforme quadrados (fig. 3).
pacitar se descarregará ràpida-
mostra a figura 1. mente devido ao baixo valor do
resistor acarretando em conse-
qüência um elevado valor de cor-
rente. A corrente de descarga
têm direção oposta à corrente de
carga; portanto, com o flanco de FIG. 3
descida da tensão surgirá um pul-
so negativo de corrente, como Remoção dos pulsos negativos da for-
ilustra a figura 2. ma de onda da figura 2; corrente de
anodo r., resultante.
Se no entanto precisarmos um
pulso de tensão ao invés de pul-
sos de corrente, basta que se con- Os pulsos negativos de tensão
FIG. 1 sidere a temão através do resistor. podem ser obtidos do resistor de
Como sabemos, quando pôr um anodo; se acrescentássemos mais
Formação de pulsos curtos em um cir·
cuito série com capacitor (C) e re· resistor, flui uma corrente, apa- uma válvula poderíamos obter
sistor (R) em baixo valor recerá entre seus extremos uma pulsos positivos de tensão.

296 REVISTA ELETRôNICA


MILIVDLTJMETRD
DE AUDID EDMUNDO P. TEIXEIRA

de banda larga
O aparelho descrito nêste arti- O a IV; de O a 3V; de O a IOV; com o aparêlho seja blindada,
go poderá ser utilizado entre ou- de O a 30V; de O a lOOV; de pois senão as leituras nas escalas
tras coisas para determinar a re- O a 300V. · mais sensíveis seriam mascara-
lação sinal/ruído ou a curva de A comutação entre as escalas das pelo ruído captado pela
ganho em amplificadores de áu- é feita por meio de uma chave ponta.
dio na faixa de 100Hz a 50Hz. de três polos e dez posições com A alim~ntação do milivoltíme-
Devido às suas características, mais uma posição sem conexão. tro é feita por meio de uma pi-
facilidade de operação, fácil A impedância de entrada é lha de 9 volts, não ficando pois
montagem e baixo preço, acre- bastante alta em se tratando de o aparêlho na dependência de co-
ditamos ser êste milivoltím<:tro um aparêlho transistorizado, sen- nexão à rêde elétrica. O consu-
um instrumento qu;!. irá atender do de 770k!l para as escalas de mo em funcionamento normal é
às necessidades de um número lOmV a IV e de 1,5M!l para as de apenas 3,15mA sendo, por-
enorme de técnicos. escalas de 3V a 300V. tanto, a vida da pilha bastante
Características do Aparêlho: Para maior versatilidade do mi- longa.
Êste instrumento permite que se livoltímetro, seu instrumento po- Funcionamento: O estágio de
meça tensões entre lO milivolts de ser calibrado em volts RMS, entrada é constituído pelos tran-
e 300 volt~ de 100Hz a lMHz volts pico a pico e em dB. Devi- sistores T, e Tz montados em du-
com a utilização de dez escalas: do à alta impedância de entrada plo seguidor de emissor, apresen-
de~ O a lOmV; de O a 30mV; de do milivoltímetro é necessário tando alta impedância de entra-
O a lOOmV; de O a 300mV; de que a ponta de prova utilizada da e boa linearidade. O sinal é

~-

9V

FIG. 1
Circuito esquemático do rnilivoltímetro de áudio transistorizado.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 297


1

"'....

190

FIG. 3
Dimcnsõ~s da chapa-tampa traseira do
chassi. Dimensões e furação da chapa do chassi.

aplicado por intermédio de uma tro. Para as escalas de menor êle possua uma alta impedância
resistência de 1kil (R,) à seção sensibilidade, 3V, IOV, 30V, de entrada, daí o fato de nos
1 da chave seletora de escalas. 100V e 300V, o sinal é aplicado utilizarmos do circuito seguidor
As seções 1 e 2 desta chave apre- a um divisor de tensão consti- de emissor que é o que apresen-
s~ntam duas possibilidades de co- tuído por R, C, R, e C,, êste ta maior impedância de entrada.
mutação do sinal. Para tensões atenuador introduzindo nas cin- Para que a impedância de entra-
até 1 volt, isto é, nas escalas de co últimas escalas uma atenuação da fôsse seguramente alta empre-
10mV, 30mV, 100mV, 300mV e de 50dB, isto é, de 316 vêzes. gamos não um seguidor de emis-
1V, o sinal passa diretamente Do ponto de união dêstes quatro sor, mas sim dois ligados em sé-
sem atenuação para a entrada do componeates retiramos o sinal rie, constituídos por dois tran-
duplo seguidor de emissor (base aplicando-o à entrada do duplo sistores tipo AF117. A realimen-
do transistor T,), por intermédio seguidor de emissor pelo conden- tação feita por intermédio dos
do capacitar de acoplamento elo sador C,. condensadores C, e C, aumenta
que apresenta baixa reatância Cabe aqui uma ressalva: para a linearidade do circuito.
mesmo nas freqüências mais bai- que um voltímetro não afete o A terceira seção da chave co-
xas de operação do milivoltíme- circuito em teste, é necessário que mutadora está conectada a um se-

298 REVISTA ELETRONICA


-------------... I
;
c2 1

0,4711
C6

A1 +PIL.HA

FIG. 4
Diagrama de ligações na chapa de fenolite.

®
AO TERMINAL DE ENTRADA

8~

KNOB

FIG. 5
Ligações da chave seletora de faixa do aparelho.

gundo divisor de tensão resistivo plificador constituído pelos tran- O amplificador constituído pe-
constituído de três resistências e sistores T, e T., também do tipo los transistores Tl e T. deve pos-
um potenciómetro. Com somente AF117. O condensador de entra- suir uma banda passante larga.
estas quatro resistências ligadas da do amplificador é de l~J.F, de apresentando por conseguinte
como indica o esquema, obtemos poliestcr. Se êste condensador não uma forte realimentação negati-'
as dez faixas de sensibilidade do fôr encontrado no mercado, po- va, que é obtida ·no nosso caso
instrumento. de-se usar em seu lugar conden- entre o ponto de medida da pon-
O sinal retirado dêste atenua- sadores de 470nF também de po- te a diodos e o emissor do tran-
dor é aplicado à entrada do' am- liester, em paralelo. sistor Tl, pelo condensador de

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 299


CHH1-++-•

CHAPA C/ CIRCUITO

FIG. 6
Disposição das peças na parte interna do chassi, bem
como a fixação da chapa do circuito.

1J.lF (C"). As resistências RIS e tência interna do instrumento. A Lista de Materiais


R" determinam o ponto de fun- vantagem de empregarmos um RESIST~NCIAS
cionam:mto do transistor T,, O instrumento de maior sensibilida-
elo de realimentação que estabi- de e uma resistência shunt, é que R, lk!l, 1/2 watt
liza o amplificador diminui o -seu a corrente que passará pelos dio- R, 1M!l, 1/2 watt
ganho, mas esta perda é compen- dos da ponte será maior do que R, 3,3k!l 1/2 watt
sada pelo aumento de estabilida- a que passa pelo instrumento, e R, 47k!l 1/2 watt
de e linearidade de respostas. A passando maior corrente pelos R, 33k!l 1/2 watt
tensão de saída em R, é retifica- diodos, êstes funcionarão na re- R6 47k!l 1/2 watt
da pela ponte a diodos e aplica- gião linear de sua curva caractl!- R1 10k!l 1/2 watt
da ao instrumento. Utilizamos rística. R, - potenciômetro carvão de
no milivoltímetro um instrumen- A curva característica de um 2k!l linear
to de 100J.lA, de procedência ja- díodo só se torna retilínea para R, 150!1 1/2 watt
ponesa e de pequeno tamanho. correntes maiores. No comêço de R, 0 - 47!1 1/2 watt
Poderíamos nos utilizar de um cada faixa, estando os diodos ain- R 11 - 22!1 1/2 watt
instrumento de tamanho maior, da na região quadrática devido a R 12 - 470k!l 1/2 watt
com o que teríamos uma maior pequena corrente que os atraves- R 13 - 4,7k!l 1/2 watt
facilidade de leitura, aumentan- sa:; produzir-se-á uma compres- R,. - 33!1 1/2 watt
do, no entanto, em contrapartida são· da escala, não sendo isto RIS - 68k!l 1/2 watt
o preço do aparelho. Se o leitor uma desvantagem, já que a par- R, 6 - 10k!l 1/2 watt
possuir um instrumento mais sen- te da escala que é comprimida é R17 - 4,7k!l 1/2 watt
sível, êste poderá ser shuntado justamente aquela que é co~rta R,. - 1k!l 1/2 watt.
por meio -do resistor R,., que deve pela escala imediatamente ante- R, - reostato de 1OO!l
ser escolhido em função da resis- rior. R,., - Shunt. (veja texto)

300 REVISTA ELETRONICA


CONDENSADORES
1,2
C, - trimmer a ar 3 - 27pF ..,:!:
C, - stiroflex 3,3nF >"'
~ ~ 10
C, - poliester lOOnF og .
C,
Cs
-
-
eletrolítico lOO!J,F/lOV
poliester 1!J.F ou
(470nF + 470nF)
..,.
o
<f
<I
õ '
08 lL NOTA-FORAM. FEITAS
_Jc~ MEDIDAS ATE 50kHz
APENAS
C, - poliester 1[J.F ou ;j ~ 0,6
(470nF + 470nF) f!}~ i
C, - eletrolítico 1O[J.F/1 OV <I ... 04 I
C, - poliester 1OOnF z <I •
C, - eletrolítico 1OOO!J,FI 1OV oo
'<I
Cto - eletrolítico 200[J.F/10V ~.~0.2
C11 - eletrolítico 20!J.F11 OV u<>
õ§
Cu - poliester 1[J.F ou ~ ... o
(470nF + 470nF) f 100Hz 1kHz 10kHz 100kHZ
-- FREQUÊNCIA
TRANSISTORES
FIG. 7
T, - AF 117 Dependência da leitura do medidor da tensão medida.
T, - AF 117
T, - AF 117
T, - AF 117
de sensibilidade de 30mV uma Desempenho do aparelho: O
DIVERSOS vez êstes 30mV aplicados à en- desempenho do aparelho pode
trada do milivoltimetro. ser avaliado pela figura 7, onde
M. - Miliamperímetro de foram feitas medidas com o
1mA. Depois disto podemos fabricar
a escala que será colocada no aparelho já calibrado, na escala
A bobina móvel foi trocada mostrador do microamperíme- de O - 1 volt variando-se a fre-
por firma especializada, alteran- tro para fazermos a leitura qüência. Pelo gráfico verificamos
do a sua sensibilidade para cliretamente. que o aparelho tem resposta
1OO!J,A para deflexão total. entre ±3dB, desde 100Hz até
S,, ' · , - Chave de onda de 3 Como já foi mencionado an- 50kHz, isto é, até onde foram
pólos 11 posições. teriormente a escala não será feitas as medidas. Não foram
B, - Pilha 9 volts linear mas apresentará uma feitas medições acima de 50kHz
Pontas de provas compressão no comêço da faixa. pois, para fins comuns em áudio,
Knob Deverão ser feitas duas escalas: geralmente não se chega até esta
uma com divisões de O a 1 e freqüência.
MONTAGEM outra com divisões de O a 3. A título de ilustração damos
Primeiramente colocamos o algumas medidas feitas com o
Chassis: O chassis é com- miliamperímetro com sua escala protótipo, em função do ângulo
posto de duas peças de alumínio original e injetando à entrada do de deflexão do ponteiro. A es-
em forma de U que se encaixam aparelho um sinal conhecido, cala foi dividida em 20 divisões
uma na outra, conforme as fi- por exemplo de 1 em lmV na iguais, cada divisão valendo
guras 2 e 3. faixa 1, anotamos a indicação no 0,05 . Foram feitas medidas até
Instruções para montagem: instrumento. Repetimos a ope- a quinta escala pois essa era a
Começamos por preparar a ração para a faixa 2. Com êstes saída máxima do gerador de
chapa fenólica que servirá de dados estamos aptos a construir áudio, empregado para calibrar
base para os componentes per- a escala do instrumento. o aparelho.
furando-a conforme a figura 4
com broca de mais ou menos
2mm de diâmetro e colocando
ilhóses nos orifícios. Colocamos
primeiro os condensadores, de-
pois as resistências e por último
os transistores. Depois de ter-
minada esta parte, a chapa é
presa ao chassis por meio de
quatro parafusos. A seguir co-
locamos a chave seletora sendo
então realizadas as ligações ne-
cessárias. A pilha é presa por
meio de um suporte especial
conforme a figura, e são feitas
as ligações da chave liga-desliga
e do instrumento. ·
Calibração: Para calibrarmos
o milivoltimetro injetamos 10mV
a 1OkHz na base do transistor
T, e ajustamos R,, para deflexão
total do microamperímetro. A
resistência Ra serve para ajus- FIG. 8
tarmos o fim da escala da faixa Vista geral do milivoltímetro de áudio de banda larga, transistorizado.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 301


Transistores de Potência
III

PROTEÇÃO DE AMPLIFICADORES TRANSISTORIZADOS


E RESPECTIVAS FONTES

A superioridade do transistor
sôbre a válvula já é fato consu-
mado no que concerne ao de-
sempenho que deS"!jamos obter
de um amplificador de alta-fide-
lidade.
Contudo, ao utilizarmos o
transistor, devemos ter em men- FIG. 1
te que sua constante de tempo No caso de curto-circuito em
térmica é muito reduzida. Esta R1 existe o perigo de que a
"fraqueza" do transistor, se é que corrente dos transistores de
poderíamos chamá-la assim, po- saída seja limitada apenas pe·
de ser compensada, prevendo, no los resistores de emissor.
amplificador e na parte de ali-
mentação, dispositivos de prote-
ção convenientes. Tais disposi-
tivos serão objeto dêste artigo.

No entanto, observando os es-


quemas de certos amplificado-
res mesmo de alguns de marcas ------------4-------~--~~eo v
mundialmente conhecidas, nota-
mos a mais absoluta ausência de
qualquer dispositivo de proteção
dêsse tipo. Veremos, entretanto, sas e ignorando a razão do silên- mesmo fenômeno acontece em T,
que êstes dispositivos são de fá- cio em que caiu o amplificador, quando um sinal de amplitude
cil realização e que, na maioria gira o botão de volume a fim de relativamente forte é aplicado sô-
dos casos, o amplificador fica procurar aumentá-lo. Com isso, bre a base de T 2•
protegido pelo simples acréscimo a dissipação se torna excessiva e
de algumas resistências suplemen- os transistores de saída são des- Pode-se conceber, evidente-
tares, o que não é tão caro assim. truídos, levando também com êles mente, uma fonte de alimentação
os semicondutores da fonte de para o amplificador capaz de des-
Estas precauções não têm sido
alimentação. ligar automàticamente quando o
suficientemente divulgadas, tudo
leva a crêr que êste artigo inte- consumo de corrente ultrapassar
ressará todos os nossos leitores O esquema da figura 1 se des- um nível determinado. Esta me-
que lidam com amplificadores d~ tina a estudar as conseqüências dida, no entanto, não é totalmen-
potência. de um curto circuito dos termi- te suficiente, pois quando corta-
nais de ligação do alto falante; mos a alimentação o capacitar C
em repouso, o capacitar C se en- conserva ainda a sua carga.
PROTEÇÃO DO contra carregado a uma tensão
AMPLIFICADOR que é igual à metade da. tensão Esta carga pode ser suficiente
de alimentação, no exemplo, 20V. para destruir T, e T,, se a inten-
A Sobrecarga sidade da corrente de coletor de
Se, no entanto, durante rim es- T, se ache limitada exclusivamen-
Na maioria das vêzes, os tran- paço de tempo bem curto para te por Rz. Tudo se torna parti-
sistores de potência de um am- que C conserve a sua carga, o cularmente perigoso quando o
plificador podem ser destruídos transistor T, recebe uma corren- curto circuito em RL ocorre em
por efeito de um curto circuito te de base razoàvelmente alta, a um amplificador que trabalha em
dos terminais de saída do estágio . intensidade de corrente de coletor classe B, em um momento em
final. Quando trabalhamos com do transistor T 3 se acha limitada que estando bloqueados T 1 e TJ,
um nível muito baixo de saída, unicamente por R" caso RL esteja a corrente de alimentação é nula.
não é entretanto o curto circuito curtocircuitado. Como o valor de O disjuntor da fonte não poderá
propriamente dito que é perigoso R, é geralmente pequeno (um dé- funcionar senão na alternância
e sim o operador, o qual não ten- cimo de RL), a dissipação em TJ seguinte, quando então S1)rá tarde
do grande conhecimento de cau- aumenta consideràvelmente. O demais.

302 REVISTA ELETRONICA


A limitação de Corrente em R12
Transistores de Saída 2,2kCl

ALIM.
Para evitar que correntes ex-
cessivas passem pelos transistores
de saída, pode-se prever, nos es-
tágios que precedem ao que foi
reproduzido na figura I, um dis-
positivo de limitação que impede
que a intensidade de corrente
máxima de pico correspondente à
potência nominal seja ultrapas-
sada.
ENTRADA
Apesar que a maioria dos pro-
jetistas não se utilizem dêsses dis-
positivos, êles são fáceis de serem
realizados como veremos à seguir.
Vamos estudar, inicialmente, só Rg
os efeitos provocados por uma 10kn
limitação da intensidad; de cor-
+ -
rente, e através de um exemplo ~~--~-------4--4---~~--~~--._.
numérico. 40V

No esque ma da figura 1, supo- FIG. 2


mos que o capacitar C se carrega Nêste amplificador, uma escolha judiciosa dos valores de R 5 e R 12 permite limitar
até a tensão Vcc/ 2 =
20V e se a intensidade da corrente de curto·circuito à observada em funcionamento normal,
comporte como um acumulador. nas cristas do sinal.
Em funcionamento normal a cor-
rente máxima que circula por T,
ou T, será igual a: Chamando de ~. o ganho de Devemos ainda observar que,
corrente de T, e ~' o de T,, ob- num estudo preliminar, consta-
temos a seguinte expressão: tou-se que a corrente de fuga
Vcc dêsses transistores a uma tensão
- V sac IM de alimentação de 40V era ain-
2 IB I = ----, que nos dá o
da razoável; além disso, o res-
I max 3,45A friamento dos transistores de saí-
RL + R,
nível ao qual devemos limitar a
da era assegurado por radiado-
res de aletas com uma superfíci~
corrente de base de T,. Para T,
onde Vcc = 40V é a tensão de e T, o procedimento de cálculo é
total de 200cm' por transistor, o
alimentação e V,., = 1V é a ten- o mesmo. que está bem longe de ser sufi-
ciente para fornecer uma potên-
são de saturação de T 3, T,. A
potência de saída teórica dêste cia nominal contínua de 20W.
Circuito de um Amplificador
amplificador seria de: Projetado Os transistores T, e T, são do
tipo PNP de germânio enquanto
A figura 2 mostra o circuito que T , e T, são do tipo NPN de
p 30W de um amplificador que foi pro- silício, não tendo sido tomada
2 jetado de acôrdo com as consi- nenhuma precaução quanto ao
derações feitas anteriormente. casamento dêsses diversos tran-
Destinado a ensaios sôbre condi- sistores.
Graças à boa lin ~ aridade do ções de destruição de transistores, No entanto, algumas precau-
transistor, será suficiente, para êle foi realizado de maneira a res- ções "positivas" foram tomadas
obter a potência útil com cêrca p$itar o menos possível os crité- no projeto. A primeira foi a de
de 2% de distorção, qu e se di- rios habituais de confiabilidade. se construir as resistências Rn e
minua 2dB dêste resultado. Che- Assim, nenhuma margem de se- R, 4 utilizando fio de 0, 12mm.
gamos assim a uma potência no- gurança foi considerada no proje- Aquecendo-se sob o efeito da cor-
minal de 20W, que correspon- to, cujos únicos dados exigidos rente que por elas circula, estas
de a uma intensidade máxima para os transistores de saída fo- resistências têm seu valor aumen-
I" = 2,83A. ram os de possuir uma intensida- tado a medida que a dissipação
do transistor correspondente au-
de máxima de corrente de 3A e
D evendo-se acrescentar a essa menta.
uma tensão de coletor de 30V.
corrente, a corrente de repouso
do estágio de saída (cêrca de 50
a IOOmA), observa-se que o fato
de limitar a corrente IM a 3A sa-
tisfaz plenamente os dados do
problema. FIG. 3

Se o ganho de corrent~ de T, Curva de resposta do ampli·


(~,) é igual a aproximadamente ficador da fig . 2, a uma po·
20, para essa intensidade de cor- tência de saída de 2W.
rente, é necessário que se limit·e
a corrente de base de T, em
150mA.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 303


r---------~--------------------40V

~--------~----~-------4---ov

FIG. 4
Um limitador a diodos pode também impedir
uma corrente de intensidade perigosa para c~
transistores de saída.
FIG. 5
Uma outra precaução contra a Para a determinação desta curva de distorção (a l!JO
sobrecarga instantânea dos tran- Hz). O amplificador da fig. 2 foi alimentado pelo
sistores de saída consistiu na es- circuito da fig. 7.
colha de um valor relativamente
pequeno para o capacitar de saí-
da C,. A pessima resposta em FIG. G
freqüências baixas que resulta O comportamento par
desse fato é compensada p~lo ca- ticular da corrente dP
pacitar C., onde vemos que a va- alimentação de um
amplificador simétrico.
riação de magnitude entre 15Hz série·paralelo obriga "
e 20kHz é de 2dB aproximada- uma perfeita distinção
mente. entre às intensidades
de pico, eficaz e
média.
Prote·ção de Alimentação

Antes de determinar as carac- centar que, no caso de ondas qua- um consumo de IM/ 2 =
1,5A,
terísticas da fonte de alimentação, dradas, teremos: Im = I,r = teremos uma dissipação, em cur-
é conveniente salientar, pelas pe-
culiaridades que apresentam, as
=v IM/ 2. Êste é o regime que to-circuito, de 75W sôbre o tran-
sistor de potência da fonte, o que
deveremos sempre considerar co-
modalidades de consumo de um mo "de acidente"; pois, mesmo é excessivo. Desta forma, fica
amplificador simétrico série-para- que o amplificador esteja traba- afastada a possibilidade de utili-
lelo. Com efeito, o estágio de saí- lhando em nível médio, o curf;) zar a limitação de corrente como
da de tal amplificadar (fig. 2) circuito do alto-falante, supri- meio de proteção, r~stando so-
não demanda corrente da font= mindo a realimentação do ampli- mente focalizar o método da dis-
senão durante os semi-ciclos em ficador, ocasiona um acentuado junção automática. Esta disjun-
que T, está em condução. Na al- corte de sinal ("clipping"). ção, todavia, não precisará S·er
ternância seguinte, a energia re- completa; bastará que ela redu-
querida por T, e T, é fornecida Existem dois métodos bisicos za a corrente de saída a um va-
pela carga acumulada, no capa- de proteger uma fonte estabiliza- lor inferior a um quinto do no-
citar C,. da: o primeiro é o da limitação minal.
de corrente e o segundo o da dis-
A curva de variação da cor- junção. A limitação do valor de
rente solicitada à fonte é portan- IM é, obviamente, inútil, uma vez Fonte protegida, com três
to uma sucessão de semi-ciclos que essa intensidade põe em ris- transistores
positivos de uma senóide (fig. 6) co os transistores do amplifica-
comparável à curva de variação dor. A IimitaçãJ da corrente efi- A fonte da fig. 7 tem limiar
da corrente qu= se obtém à saída caz (l,r) seria viável, desde qu! de disjunção e de relação variá-
de um retificador de meia-onda. a fonte estabilizada fôsse seguida vel, sem qne isso implique um
Nestas condições, o valor da cor- de um capacitar de valor sufi- grande aumento de componentes
rente eficaz fornecida pela fonte cientemente elevado pJra manter em relação aos tipos usuais. Uma
é igual a IM/2, diferindo, por- um consumo contínuo de corr·en- fração da tensão de saída é apli-
tanto, do valor indicado por um te de carga. Isto, porém, ainda cada, através do divisor constituí-
medidor universal intercalado na não bastaria, conforme se pode do por R., R, e Rw, à base de T,
linha de alimentação, pois êsse comprovar considerando a hipó- (p-n-p), cujo coletor está conec-
medidor acusará o valor médio: tese de um curto-circuito à saí- tado à base de um transistor
da da fonte (todos os que já lida- n-p-n (T,). O coletor de T, está,
ram com amplificadores de potên- por sua vez, ligado à base de um
cia sabem que êsse acidente tam- p-n-p (T1), através do resistor de
bém pode ocorrer e que demanda proteção R, , muito eficaz no ca-
Como estas relações não são proteção). Com efeito, uma fon- so de certos curto-circuitos no
válidas senão para o caso de regi- te que fornece 40V deve r·eceber interior da fonte. Como os três
me senoidal, é conveniente acres- cêrca de 50V na entrada. Sob transistores constituem uma cas-

304 REVISTA ELETRôNICA


efetuar uma regulação suficiente-
mente rápida. Dever-se-á, então,
ajustar R, de maneira que a dis-
junção se produza quando a cor-
rente atinge o valor máximo. Por
outro lado, C, não deverá ultra-
passar 500!J.F pois, de outra for-
ma a constante de tempo de dis-
junção tornar-se-ia perigosamen-
te grande para OS' transistor~s do
amplificador.
Todavia, um capacitar de
500!J.F permite reduzir um pouco
a distorção do amplificador em
baixas freqüências, pois êsse ca-
pacitor tenderá a compensar as
imperfeições de regulação provo-
cadas pelas constantes térmicas de
tempo dos semicondutores da
fonte.
FIG. 7
O ajuste de R, poderá, então,
situar-se em tôrno de 0,6IM.
Sem ser mais complicada que as outras, esta fonte é, porém, protegida Os componentes da fonte da
por um disjuntor de religação automática, integrado ao seu circuito.
fig. 7 foram calculados segundo
as indicações apresentadas em
cata complementar, a corrente provoca a diminuição da corren- "Le Transistor au Laboratoire et
aumenta em cada um dêles quan- te de coletor de T, que por sua dans !'Industrie". Dêstes cálculos
do aumenta a corr-ente solicitada vez reduz a tensão de alimenta- verifica-se que T1 e T, devem po-
à fonte. ção, resultando numa nova dimi- der suportar uma tensão de cole-
A tensão de referência presen- nuição da tensão de emissor de tor de pelo menos, 70V, poden-
te em D, está aplicada ao emis- T, e assim por diante. do a dissipação máxima de T1
sor de T,, sendo fornecida de um Quando uma sobrecarga faz (15W) ser reduzida a cêrca de
lado pela tensão de saída, via R,, atuar êste dispostivo de proteção 5W se considerarmos que o am-
R, e de outro pela tensão de co- a queda de tensão nos terminais plificador funcionará exclusiva-
letor de T, via R,, R,. da fonte torna-se pequena e o mente para reprodução musical.
Quando aumenta a corrente emissor de T, recebe corrente via Pelas mesmas razões a monta-
fornecida pela fonte, aumenta R,, R,. Daí resulta uma corrente gem da fig. 7 foi realizada re-
também a corrente de emissor de de saída que pode ser ajustada, nunciando-se a qualquer margem
T, (que provém essencialmente de por meio de R, a 1/5 ou 1/10 de segurança, notadamente para
R, + R,), o mesmo acontecendo do valor nominal, deixando por- T~o o que, todavia, não afeta as
à queda de tensão sôbre :R,; se tanto de apresentar perigo para características de regulação: má-
bem que a partir de uma certa o amplificador sobrecarregado, xima variação de tensão (entre o
intensidade, a corrente que cir- sem embargo do fato de que es- funcionamento sem carga e o fun-
cula em R, + R, s~ encontre au- sa corrente possa ser superior à cionamento com carga máxima)
mentada do valor daquela que corrente quiescente do amplifica- igual a ± 1%. Esta é também a
escoa, através de R, + R. do dor. Bastará, então, suprimir a variação máxima para uma varia-
emissor de T, para o coletor causa da sobrecarga para obter ção de 10% da tensão da rêde.
de T,. a volta ao estado normal de fun- Graças à compensação efetua-
Chega então um momento em cionamento. da por Rn e R12 a ondulaçãO' re-
que a tensão de emissor de T, A capacitância C, deve ser de sidual pode ser reduzida a me-
se torna inferior à de referência pelo menos 1O!J.F a fim de que nos de 3mV (rms) c-om carga
(sôbre D,). Como isso implica a resistência de saída permaneça máxima.
uma redução da corrent~ de co- pequena em freqüências elevadas Para utilização não experi-
letor de T, a queda de tensão para as quais os transistores da mental será vantajoso utilizar
sôbre R; torna-se menor, o que fonte não são mais capazes de unicamente transistores de silício.

TV a Côres no Brasil
Estudo sôbre sistema de televisão o côres elabo- os principais sistemas existentes com ênfase nos
rado pelos engenheiros N. Zuonello, O. C. M. diferenças entre êles, o estabelecimento de cri-
Borrados, E. P. Veiga e A. H. Guerra Vieira. tér'os de comparação, o aplicação dêstes critérios
A resolução n.o 20/67 do Conselho Nocional de levando em conto os característicos de princípio
Telecomunicações acabo de odotor poro o Brasil
o sistema de TV o côres NTSC/PAL que abriu operacionais de cada sistema, tonto do ponto de
o cominho poro a introdução dêste aperfeiçoa- visto técnico como económico. Inclue também
mento de televisão no nosso país. considerações sôbre o situação brasileiro. reco-
A decisão do CONTEL foi baseado principalmen- mendando finalmente o odoção do sistema
te no estudo mencionado acima, quz descreve NTSC/PAL.

ETEGIL tem à disposição dos interessados uma limitada quantidade dêste


estudo de 144 páginas ao prêço de NCr$ 16,00. Os pedidos, acompanhados
de cheque, devem ser dirigidos à caixa postal, 30.869 - São Paulo.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 305


Co:n.sideraoões sôbre
FONTES DE ALJ:MENTAÇAO
de televisores .·
ENG. 0 T. HAJNAl

H. LANDSHUT

O projeto dá fonte d~ alimen- tão ligados em série e chamamos Oa resistores R, e R, destinam-


tação de um televisor deve levar a atenção para o fato de que a -se a complementar as respectivas
em conta as especificações de fim de proteger a válvula de saí- cadeias de filamentos e também
consumo do circuito completo e da horizontal, a válvula oscila- à proteção das válvulas, dimi-
de "ondulação" de cada estágio dora horizontal deve sempre ser nuindo a corrente de pico pelos
em particular. Num TV de tela ligada na mesma cadeia que aque- filamentos, os quais, como sabe-
grande, por exemplo, o consumo la. No caso particular do TV em mos, têm resistência a frio menor
é da ordem de 350mA. questão, o cinescópio e as válvu- que a quente.
Quanto aos filamentos, podem las do seletor tinham corrente Os estágios alimentados a par-
ser alimentados em série, a partir de filamento especificada em tir das diversas tensões CC dispo-
da tensão da rêde, ou em parale- 450mA, diferente, portanto da in- níveis são os seguintes:
lo, através de um transformador. dicada para as demais válvulas
Casos existem ainda em que ela do televisor. A solução consistiu B, (+135V) - placa da válvula
é feita das duas maneiras (alimen- em utilizarmos duas cadeias, uma de saída de áudio
tação série-paralela). de 300mA e outra de 150mA, B, (+ 128V) - seletor, FIV-1,
A figura 1 ilustra o circuito de ambas ligadas entre si em para- FN-2, FIS; saída horizontal
uma fonte de alimentação de um lelo (figura 1), a série composta (damper e saída) e placa da
TV de 28cm a válvulas, sendo pelos filamentos das válvulas do válvula de saída vertical.
utilizado um circuito retificador seletor e do cinescópio estando B, C+123V)- ceifadora de sin-
de meia onda para a tensão de conectada ao ponto de junção das cronismo e pré-amplificado-
rêde de 11 OV. Os filamentos es- cadeias de 300mA e 150mA. ra de áudio

25J/

lh~~UEOE
FILTRO

FIG. 1

Fonte de alimentação
de TV de 28cm, usan·
do retificação de meia· 5n
~5W
·onda. Características
do choque: L = lH,
R = 30!1 (CC) Ice =
400mA. Os símbolos
V12 , V13 e V14 denotam
os filamentos das vil· 110/220V
50/60Hz
vulas do seletor e do
cinescópio.

1
OS CAPACITORE§.. ENTRE FILAMENTO E MASSA SÃ!> DE 1,5nF

306 REVISTA ELETRONICA


B, (+120V) - saída de víd® e -ciclo positivo do sinal da rêde, 50Hz, a qual pode modular o es-
grade 2 da válvula de sáída cuja soma com a carga positiva tágio de saída vertical, resultan-
vertical de Ch acumulada no semi-ciclo do no que se convencionou cha-
Bs (+115V) - osciladora hori- negativo, resultará numa tensão mar de b1mboleio da imagem. Is-
zontal positiva aproximadamente igual to pod-e ser corrigido pela dispo-
O oscilador vertical é alimenta- do dôbro do valor de pico da sição física cuidadosa do choque
do a partir da tensão de "Boas- tensão de rêde, com a qual será de filtro e do transformador de
ter". O resistor de 3!1/IOW ser- carregado o capacitor Cz. fôrça (caso seja usado) em rela-
ve como proteção do díodo du- O circuito da figura 2 permite ção aos componentes d~ deflexão
rante o primeiro semi-ciclo positi- o uso de válvulas com filamentos vertical (transformador de saída
vo da tensão de rêde quándo a alimentados em série a partir da vertical, bobina de deflexão ver-
corrente de carga de C 1 é muito tensão da rêde mas tal não acon- tical, etc.). Poderá ser necessária
elevada. tece com o da figura 3, dobrador uma melhor filtragem de +B pa-
Outro cuidado a ser tomado de onda completa. Isto porque ra os estágios oscilador horizon-
com a fonte é a ondulação ("rip- através de Ct e Cz existe tensão tal, saída de vídeo e saída verti-
ple") da tensão retificada, qu-e alternada de rêde superposta à cal.
apresenta as seguintes caracterís- tensão contínua. Se os filamentos
ticas: forem alimentados em série, a PROJETO DE UMA FONTE
máxima tensão catodo-filamento DE ALIMENTAÇÃO PARA
• o aumento da corrente de das válvulas será ultrapassada.
consumo é diretamente proporcio- TELEVISORES
Neste caso a solução é usar um
nal ao da amplitude da ondula-
transformador de filamento com Apresentaremos, a seguir, uma
ção;
secundário de 6,3V, ou com de- descrição completa d~ fonte de
• quanto menor o valor do rivação central, ou seja, 6,3-0- alimentação de um televisor, num
capacitar de filtro, maior será a -6,3V. caso prático.
amplitude da ondulação;
• para um mesmo valor da
ct!OQUE DE
corrente de consumo e do capaci- FILTRO
tor de filtro, um retificador de
meia onda apresenta maior' ondu- +B
lação que um de onda completa.
Os estágios do televisor que
são mais sensíveis às ondulações
da fonte e cujas tensões de ali-
mentação devem ser cuidadosa-
mente filtradas são as seguintes:
• pré-amplificador de áudio
e grade 2 do pentodo de saída de
áudio;
• saída de vídeo;
• saída vertical.

FONTES DOBRADORAS
DE TENSÃO
FIG. 3
A figura 2 ilustra uma fonte Fonte dobradora de tensão (onda completa) .
dobradora de tensão, circuito ês-
te que é utilizado pela maioria
dos fabricantes de televisores. O receptor funciona sem trans-
formador de alimentação, poden-
CHOQUE DE do ser ligado tanto em rêdes de
FILTRO
220V como de llOV, a mudan-
f F "YV"V"\'----•
-~ e+Bi ça d ) tensão de rêde sendo efe-
tbc 2 tbc3 tuada por meio de uma chave.

I I Quando em 220V, a fonte de


+B consiste num retificador de
meia onde constituído pelo díodo
FIG. 2
Dt. Quando a chave seletora de
Fonte dobradora de tensão (meia-onda).
tensão de rêde é colocada na po-
sição llOV é acrescentado mais
Durante o semi-ciclo negativo da O circuito da figura 3 é cons- um díodo (Dz) e o capacitar
tensão de entrada, a tensão em A tituído por dois retificadores de eletrolítico eh o circuito passan-
é negativa em relação ao ponto meia onda com filtros ligados em do a constituir um dobrador de
B, o díodo D 1 conduz e carrega o série. Cada condensador (C 1 e Cz) meia onda (figura 4).
capacitar Ct com o valor de pico se carrega ao valor de pico da Qualquer que seja a tensão de
da tensão da rêde. Durante o se- tensão de entrada. Observe-se rêde, a tensão de +B geral, após
mi-ciclo positivo, Dt fica cortado, que nem o ponto A nem o ponto o filtro, é de 238V. A corrente
Dz conduz e a queda de tensão B estão aterrados. total é de 380mA.
entre E e F é nula. No ponto F No caso de rêdes de 50Hz de- ·o · dimensionamento dos com-
haverá uma tensão positiva, pro- vem s!r tomadas precauções no ponentes do filtro deve levar em
veniente da retificação do semi- que diz respeito à ondulação de conta que o circuito operará tan-

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 307


50!J.F, o que representa uma re-
.------....jA
dução qa tensão de ripple de qua-
D~
BY~27 CH• ~H se 9 vêzes.
R
Para a filtragem da alimenta-
220/HOV ção do oscilador horizontal e se-
parador de sincronismo, foi usa-
1 do um resistor de l.OOO!l e um
capacitor de 50!J.F.
A tabela abaixo resume o que
foi mencionado com respeito ao
ripple da tensão de alimentação
dos estágios que requerem filtra-
gem adicional. As tensões de rip-
ple indicadas na tabela são valô-
res medidos e se referem unica-
mente às tensões provenientes da
fonte de alimentação. Se os ca-
pacitores também forem usados
para retôrno de CA de seus res-
pectivos circuitos poderão estar
FIG. 4 presentes outras tensões de CA
Fonte para tensões de 110/220V. superpostas.
Quando em 220V, o circuito
to em rêdes de 60Hz como de R = 2.200.{} e C, calculado a de filamentos consiste numa série
que totaliza 178, 7V, os 41,3V
50Hz. partir da expressão abaixo:
restantes ficando por conta de
A filtragem do +B geral é fei- Ein wCRe um resistor de 137!l/12,4W.
ta pelos capacitores c2 e c, e por = 4 = ------- Quando a chave seletora de ten-
Eout e são de rêde é colocada na posi-
um choque de filtro. Os valôres
(R+-). I ção 11 OV a referida cadeia fica
pico a pico das tensões de ripple I
em Cz e C, são de 25V e IV, res- dividida em duas, ligadas entre
resulta em C = 5,18 . to-• === si em paralelo (figura 5).
pectivamente, êste último sendo =< 8!J.F, onde w =
27tf, R
adequado para os estágios de saí- = 2.200.{}, e =
220V e I A sequência de ligação dos fi-
da horizontal, FI de vídeo e pla- = 0,008A. lamentos deve obedecer certo
ca da válvula de saída de áudio. critério, determinado pela tensão
Os demais estágios necessitam fil- Para a filtragem da alimenta- catodo-filamento máxima permi-
tragem adicional da tensão de ção da placa da válvula de saí- sível de cada válvula e a susceti-
+B, a fim de que sejam satisfei- da de vídeo e do estágio de saí- bilidade de cada circuito a indu-
tos os requisitos abaixo especifi- da vertical foram usados resisto- ção de zumbido na freqüência da
cados: res de 4 70!l e capacitores de rêde. Assim sendo os filamen-

1 - O conteúdo de ripple da
tensão de alimentação do pré- VALOR PICO A
-amplificador de áudio e da grade
PONTO
v I PICO DO RIPPLE ESTÁGIOS
2 da válvula de saída de áudio (V) (MA) DA FONTE ALIMENTADOS
não deve ser superior a 0,25V (V)
(valor pico a pico).
2 - Na placa da válvula de A 238 283 1 Saída horiz.; placa
saída de vídeo e no estágio de saída áudio; FI
saída vertical a tensão de ripple,
pico a pico, pode ser de, no má-
ximo, 0,15V e na grade 2 não
deve ultrapassar o valor de 0,5V. B 220 8 0,16 gz saída áudio; pré
de áudio
3 - A tensão de ripple no os-
cilador horizontal e saparador de
sincronismo está limitada em
0,2V.
Conforme já enunciado, o con-
c 214 24
I
0,06
I= ho<;
sep. sine.

teúdo de ripple na tensão de +B


geral é de 1V (valor pico a pico) D 228 22 0,12 placa saída de vídeo
e, portanto, terá que ser reduzida
por um fator de 4 para qu~ o
primeiro ítem seja satisfeito. O
consumo de corrente é da ordem 42,5
de 8mA, sendo permitida uma E 213 0,12 saída vertical
perda de tensão de 15 a 20V, o
que resulta num filtro RC onde

308 REVISTA ELETRONICA


FIG•. 5
Comutação
110/220V.

FIG. 6
Circuito completo da
fonte.

56/3W

AO~~·----·

1\0ZZ---

tos da válvula de áudio, ci- v!O separadora de sincro- gem (cêrca de um segundo após
nescop!O, osciladora horizontal nismo ligar a chave), pois os filamen-
e as válvulas do seletor devem Vu CAF horizontal tos já estão pré-aquecidos.
ficar o mais próximo possível do v,2 oscilador horizontal A figura 7 mostra um exemplo
ponto de ligação à massa. Os Vu saída horizontal dêste tipo de fonte. Quando a
filamentos das válvulas de defle- V,. = amortecedora ("damper") chave está desligada o resistor R
xão horizontal e FI devem estar V" osciladora e saída verti- está conectado em série com o
localizadas na outra extremidade cal primário do transformador d~
da série, isto é, onde a tensão é fôrça, mas somente os filamen-
mais elevada. Entretanto, não é FONTE DE AL~TAÇÃO tos estão sendo alimentados por-
possível estabelecer uma diretriz COM SISTEMA DE PRÉ· que o restante da fonte acha-se
muito rígida a êste respeito, pois -AQUECIMENTO DOS desconectada pela outra seção da
a sensibilidade ao zumbido de- FILAMENTOS ("STAND-BY") chave. Os filamentos permane-
pende também de outros fatôres. cem aquecidos e dissipam cêrca
A figura 6 mostra o circuito A vantagem da operação de 60% da potência nominal
completo da fonte, a sequência de "stand-by" é o aparecimento (cêrca de 30W para o caso aqui
filamentos, sendo a seguinte: quase que instantâneo da ima- apresentado).
V, amplificadora de RF (se- 2xBY~27
letor)
V2 = osciladora e conversora
(seletor)
V, 1.0 amplificador de FIV
v. 2.0 amplificadora de FIV
v, 3.0 amplificadora de FIV
e CAG
amplificadora de saída
de vídeo e canceladora
de ruído
v, cinescópio
v. amplificadora - limita-
dora de FIS e CAG re-
tardado para o seletor FIG. 7
v. pré-amplificador e saída Exemplo de fonte de alimentação com sistema de pré·aquecimento dos
de áudio filamentos.

.NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 309


Alguns aspectos experimentais da
RADIO- ASTRONOMIA
por PeteT F ANTO (')

Descrevem-se os princlpios da rádio-astronomia e as peculiaridades dos


instrumentos mais comuns, fazendo-se menção dos aparelhos em fun-
cionamento no Rádio Observatório Umuarama, Campos do Jordão, SP,
dependência do Grupo de Rádio-Astronomia da Universidade Macken·
zie (GRAM).

1. INTRODUÇÃO la_ç~o à existê~cia de uma raia emitida pelo hidro-


gemo neutro mterestelar,. confirmada em 1951 por
1. 1 - Histórico observadores americanos. Nos últimos anos também
uma segunda raia devida ao radical OH foi identi-
O pioneiro da rádio-astronomia foi Karl Jansky, ficada.
engenheiro da Bell Telephone, USA, que, em 1932,
ao realizar uma série de medidas de interferências
de ruído atmosférico nas comunicações de rádio em 1. 2 - Ondas electromagnéticas usadas em
20MHz, descobriu existirem ondas de rádio, tam- rádio-astronomia
bém em forma de ruído, cuja origem era cósmica.
Na revista Proceedings of I.R.E. dezembro de 1932, Astronomia e rádio-astronomia estudam o mundo
Jansky relatou suas experiências e concluiu que a externo à Terra. Enquanto a astronomia vale-se da
intensidade máxima era observada ao dirigir as an- radiação luminosa, a rádio-astronomia faz uso das
tenas à Via Láctea. ondas hertzianas. A luz visível, ondas de calor on-
Somente em 1940 outro engenheiro de rádio, das de rádio, raios X e raios y são radiações 'elec-
Grote Reber, como amador em Chicago, interes- tromagnéticas, tôdas presentes no espaço e irradia-
sou-se pelos trabalhos de Jansky. das por corpos celestes. Tôda esta radiação propaga-
Instalou um refletor parabólico de 10m de diâ- -se através do espaço a uma vlocidade constante
metro no quintal de sua casa, tendo no foco uma que é a velocidade da luz (c = ). . =
f 300.000
antena ligada a um receptor sensível de radiotele- km/ seg.). A_atmosfera terrestre deixa passar apenas
fonia em 160MHz, e, a partir de 1944 a um outro pequenas faixas do espectro electromagnético, sendo
receptor em 480MHz - confirmando as observa- opaca para a parte restante - constituindo assim
ções de Jansky, e construindo assim o primeiro rá- verdadeiras "janelas" para a observação do Univer-
dio-telescópio propriamente dito. so da Terra: a "janela ótica" e a "janela rádio".
~stes trabalhos iniciais originaram muitas ou- A janela ótica abrange a faixa da luz visível
tras experiências feitas em vários países e que le- do espectro, limitada pelos comprimentos de onda de
varam a uma grande quantidade de resultados dos 7,5 x to-s a 3,5 x 10- s centímetros (ou seja d.::
quais pode-se destacar o descobriment9 de fontes 3.500 a 7.500 angstroms*). A janela rádio inclui as
isoladas de radiação maior do que o "background" faixas de VHF, UHF e ondas centimétricas, com-
(as rádio-estrêlas), dependendo do comprimento de preendendo aproximadamente a faixa de 30MHz até
onda ).. Em 1940 Hey, na Inglaterra, descobriu a 30GHz** (). de 10m até lcm), ficando os limites
primeira destas fontes, e atualmente mais de 2.000 d_ependentes _das condições ionosféricas e troposfé-
são conhecidas, para as quais foram determinadas ncas, respectivamente.
suas coordenadas celestes, distância que as separa Na tabela I estão relacionadas as denomina-
da Terra, densidades de fluxo, espectro e polariza- ções, abreviaturas e correspondentes limites em fre-
ção. Muitas delas foram associadas a astros identi- quência e comprimento de onda das faixas que cons-
ficados opticamente. tituem o espectro electromagnético, indicando-se
Durante o períodco da 2.a guerra mundial, ope- também a "transparência" da atmosfera para cer-
tas faixas.
radores de radar na Inglaterra descobriram que o
Sol era um importante transmissor cósmico. Por Podem ser observadas rádio-ondas oriundas da
fim merecem destaque as previsões teóricas estabe- nossa galáxia, de galáxias externas, do Sol, da Lua,
lecidas pelos holandeses na mesma época, com re- de planêtas e cometas. As radiações extra-terres·
tres são tôdas contínuas, com exceção das duas
(1) Grupo de Rádio-Astronomia, Universidade Macken·
zie, São Paulo. Encarregado do Rádio-Observatório Umuara· • 1 angstrom.
ma, Campos áo Jordão, SP. 1 GHz = l.OOOMHz.

310 REVISTA ELETRONICA


Reparações em receptores de rádio.
ADAUTO CONDE
II

PRODUÇÃO DE RONCO NO Estamos, nesta sene de artigos reduzin·


ALTO-FALANTE do ao mínimo o uso de instrumentos, já que
a maioria dos que se iniciam em reparações,
Dando prosseguimento à sene não dispõem, geralmente, senão de um mul-
de artigos sôbre rádio reparações, ti-tester e eventualmente de um oscilador de
apresentamos as técnicas de pes- RF.
c;:uisa do segundo defeito mais
comum, a produção de ronco no A disponibifidade de outros aparelhos adi·
alto-falante. cionais poderá provocar o uso de técnicas de
A técnica inicial de localização localização de defeito diferentes das aqui in·
do estágio defeituoso, seguida na dicadas, contudo o conhecimento do sistema
pesquisa de defeito em recepto- sem instrumental esJ>ecializad•l que apresen·
res sem som, será aqui, também tamos será de grande valia na aplicação de
adotada. técnicas melhor alicerçadas com instrumentos.
A verificação é efetuada, cur-
to-circuitando-se as grades de
contrôle das diversas válvulas, Se, ao se colocar em curto a serão os primeiros componentes-
partindo-se da válvula de saída. grade de contrôle da válvula de tes a serem testados. Uma veri-
Entre a última grade, que ao ser saída, o ronco continuar existin- ficação rápida, pode ser feita,
ligada a terra, provocar desapare- do, a causa será, quase que com colocando-se em paralelo com o
cimento do ronco, e a grade em certeza, deficiência de filtragem capacitar duvidoso um outro ca-
que êste ainda persistir, estará da tensão + B. Os capacitares pacitar de mesmas características
localizado o defeito. eletrolíticos C12, C13 na figura 1, (observando-se naturalmente a po-

VI V2 V3 V4

12BE6 12BA6 12AV6 50C5

R2

C5 2M
1 .05

1tOV

V5
35W4
35W4 50C5 12BA6 12BE6 t2AV6

~A(•Bl

FIG. 1
Receptor para C.A. e C.C. típico. As funções das válvulas são as mesmas da figura 1. Nestes
receptores quando uma das válvulas "queima", interrompe-se a alimentação de filamento em tõdas
as válVulaS do receptor (nenhuma das válvulas "acende").

312 REVISTA ELETRONICA


!aridade); se o ronco desaparecer plificadora de FI; se ainda assim, melhor isolação entre entrada e
o capacitor deve ser substituído. a oscilação persistir, experimenta- a saída.
Se não se dispõe de um capa- -se elevar o valor do resistor de
catodo. Como indicação final na locali-
citor extra para o teste, desliga- zação de causas de ronco, dire-
-se um dos terminais do capacitor Alguns receptores, com entra-
da para toca-discos, utilizam no mos que, um rápido exame, que
e com o auxílio de um ohmíme- se efetua ajustando-se o contrôle
tro, verifica-se o seu estado*. estágio pré-amplificador, duas ou de volume para as posições má-
Alguns defeitos apresentados mais válvulas (geralmente um
duplo-triodo). Nesse caso, o desa- xima e mínima, dirá se o defei-
por válvulas de saída poderão to se encontra ou não nos estágios
também, dar origem a ronco. Se coplamento incorreto de uma des-
sas válvulas, poderá dar origem de RF; se com mínimo volume o
os componentes do filtro se apre- ronco fôr ainda ouvido, os está-
sentarem satisfatórios, essa válvu- ao ronco. Os eletrolíticos adicio- gios conversor e amplificador de
la deve ser testada. nais de filtro deverão ser então FI estarão excluídos.
verificados. Outra causa de ronco
Os defeitos mais comuns apre- nesses estágios são as oscilações, A prática adquirida com os
sentados no estágio pré-amplifi- que se mantém por acoplamentos consertos que vão sendo efetua-
cador (V3) são os seguintes: ma- indesejáveis entre conexões de dos, possibilitará ao técnico, na
lha de fio blindado desligada da placa e grade; um encurtamento maioria das vêzes, determinar, pe-
massa e utilização de fio não de fios e a blindagem das liga- las características do ronco, o
blindado em ligações de grade ções de grade, assegurarão uma ponto de sua origem.
muito longas. Válvulas com fuga
entre filamento e catodo pode-
rão também ser responsáveis (ês- -//-
te defeito é mais comum em re-
ceptores C.A.-C.C.).
O ronco originado nas etapas
O RECEPTOR DE TELEVISÃO
de RF ou FI quase sempre se de- (Cont. da pág. 286)
ve a capacitores de desacopla-
mento de grande auxiliar inter- AMP~ITUOE
rompidos e raramente a defeitos P.V. P.S.
de válvulas do estágio. Uma
causa muito freqüente de rQneo, .t t
geralmente acompanhado de api-
tos, se deve a oscilações da vál-
vula amplificadora de FI (V2).
Essas oscilações se verificam, ge-
ralmente com bobinas de alto Q,
quando existe acoplamento maior
do que um mínimo permissível, FREQ.
entre o circuito de placa e grade
de contrôle da válvula. Quando FIG. 6
êsse acoplamento se dá através
das ligações externas da válvula,
um encurtamento de fios sustará
OSC. LOCAL
a oscilação. Quando o acopla-
mento se verifica através da ca-
SINAIS DIFERENÇA
pacidade placa-grade da válvula, Ft-ViOEO CANAL SINTONIZADO 1
SINAIS SOMA
a - s~b..§tituição da segunda bobina ,------"'\ r--------, ~

de FI (FI-B) por uma unidade _J'~--_:•.__.__'-+--:i---''--:---;:;-~-;-- f (MHzJ


com fator Q menor** ou talve:?:, a 'v t, +t t +t
10 t0 5 0 11

substituição da válvula por outra


do mesmo tipo, mas com menor FIG. 7
capacidade placa-grade, serão as
soluções mais práticas para o ca-
so; poderão também ser usados (Cont. da pág. 286) terrupção da FI-Som, 4,5MHz,
circuitos neutralizadores, mas ês- cia audível, ocasionará uma inter- aparecendo, assim, um ronco no
tes são de difícil ajuste, principal- rupção do som nesta mesma fre- alto-falante, que varia com o con-
mente para aquêles que ora se qüência, resultando um "ronco" teúdo de imagem.
iniciam em reparações. Outro re- no som. Para evitar saturação dos últi-
curso, que por vêzes dá bom re- mos estágios no caso de têrmos
sultado, consiste em retirar do cir- ~ste mesmo ronco pode ser sinais mais fortes na antena, te-
cuito, o capacitor de desacopla- ocasionado pela estação trans- mos um circuito de Contrôle Au·
mento do catodo da válvula am- missora, se esta levar a modula- tomático de Ganho (CAG). ~ste
ção do branco ao nível zero; isto circuito fornece na sua saída uma
implicará no desaparecimento da tensão CC proporcional à inten-
• Um rápido avanço do ponteiro portadora de vídeo nestes mo- sidade do sinal captado ""~ela an-
até alguns oluns e um retômo l]lais mentos. Desta forma, ao chegar tena. Esta tensão CC atua então
lento até alguns megoluns, indica b01'1 o sinal no detetor de vídeo, de- nos estágios de FI (geralmente
estado.
saparece nas regiões de branco a só no primejro estágio) e no es-
•• Como essas oscilações verüicam-
se, geralmente, com alguns tipos de freqüência 45,75MHz (portado- tágio de RF, ocasionando então
bobina antigos, que possuiam um Q ra de vídeo na FI), e, portanto, uma redução no ganho dêstes es-
elevado, pràticamente qualquer bobi- não haverá o batimento desta tágios, evitando assim a satura-
na de FI nova poderá ser USAda na com os 41,25MHz, não surgindo ção de qualquer estágio amplia-
substituição, já que as mesmas apre-
sentam Q muito mais baixo. os 4,5MHz, ou seja, haverá in- dor do sinal de vídeo.

-NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 313


GERADORES
AMPL

tOO% TERMOIONICOS
90%

(Cont. da pág. 289)

nas aplicações espec1a1s para as


quais o dispositivo se destina.
Tais aplicações incluem sensibi-
lização ao calor e produção de
10% corrente para dispositivos de con-
5%.4r------~----------------+---~-----4- trôle e proteção; e provisão de
I t tMHl) uma fonte de alimentação leve e
41.25
P.S.
compacta para veículos espaciais.
Em qualquer gerador para veí-
FIG. 8
culos espaciais, pequenas dimen-
sões e segurança de funciona-
O estágio misturador ainda suficientemente alta (acima de mento são as características mais
contribui decisivamente para o 50:1). importantes; a eficiência de con-
ruído próprio do aparelho, que Para melhor compreendermos versão apresenta ainda interêsse,
aparece na tela do cinescópio sob o que foi dito acima, façamos um porém mais como um meio de se
a forma de "chuvisco". Podemos exemplo: suponhamos que a eta- obter baixa relação pêso/potên-
considerar que o chuvisco pràti- pa de RF produza um ruído equi- cia do que para redução de cus-
camente não interfere mais na valente a 2!J.V e a etapa mistura- tos na geração. Se o equipamen-
imagem quando tivermos na tela dora produza um ruído equiva- to associado com um diodo de
a relação sinal/ruído maior que lente a 10!J.V. Seja 10 o ganho plasma incluísse um reator nu-
50. Assim sendo, podemos dizer da etapa de RF, sem o CAG doar, estar-se-ia contrariando o
que a partir da relação sinal/ruí- atuando. Desta forma, a relação interêsse em se manter o pêso
do = 50 na entrada da mistura- sinal/ruído = 50 na entrada da abaixo áe um nível razoável. Pro-
dora, o chuvisco já não mais pre- misturadora só será atingida vàvelmente não se incluiria um
judica a imagem. quando o sinal de entrada for reator num veículo espacial, es-
150!J.V, pois então: pecialrnente para essa finalidade,
Para que a relação sinal! ruído Sinal entrada misturadora mas se por alguma razão fôsse
na entrada da misturadora não
seja prejudicada ainda para sinais
= 150!-LV . 10 = 1.500!J.V
Ruído entrada misturadora
instalado um reator - digamos,
para propulsão do veículo - um
relativamente fracos, quando já
há geração de tensão de CAG,
= 2!J.V . 10 + 10!J.V
Portanto:
= 30!J.V diodo de plasma seria uma for-
colocamos um circuito de retar- ma eficiente de se transformar
Sinal 1.500!J.V parte do calor nuclear em ener-
do entre a etapa de CAG e o es- =50
tágio de RF. Assim procedendo, gia elétrica, para equipamentos
Ruído 30!J.V de contrôle e comando, comuni-
o CAG só começa a atuar no es- Ou seja, com CAG retardado pa-
tágio de RF, reduzindo o seu ga- cações, etc ..
ra RF, sinais de entrada acima
nho, a partir de intensidade de de 150!-LV não apresentarão mais Outra possibilidade seria a
sinal na entrada do receptor. "chuvisco" na tela. utilizaçlo de calor solar para ali-
quando a relação sinal/ruído na mentaçlo do diodo conversor; is-
entrada da misturadora já seja (Cont. no próximo número)
so está sendo seriamente exami-
nado, tanto no que se refere a
aplicações espaciais como terres-
LEIA EM ELECTRON n. 0 24: tres. Em aplicações espaciais,
constitui obviamente uma vanta-
gem, ter-se uma fonte de calor
SISTEMA GLOBAL DE COMUNICAÇÕES POR SATÉLITES -- que não necessita ser transporta-
SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS -- Eng. da; as aplicações em Terra, se-
Carlos Henriqut Moreira. riam feitas nos países tropicais,
com poucas reservas de combus-
SINTONIZADOR DE FM COM TRANSISTORES DE SIUCIO -- tíveis fósseis ou com dificuldades
Salomão Gawendo. económicas para instalações de
reatores nucleares. mas, com luz
rRANSMISSÃO EM MULTIPLEX ATRAVÉS DE RADIODIFUSORAS solar em abundância. A alta tem-
peratura de catodo exigida pode-
DE FM - Alvaro de Macedo Jr..
ria ser obtida pela focalização
b QUE SÃ OS LDRs - Eng. Danitl Mendes. adequada da radiação solar, mas
os espelhos usados para êsse pro-
CONTROLE DE VELOCIDADE DE PEQUENOS MOTORES DE IN- pósito devem ser mantidos den-
tro de tamanho e custo razoáveis.
DUÇÃO POR MEIO DE SCR - A. Walraven.
Outra tentativa de aproximação
PROTEÇÃO DOS TRANSISTORES DO CIRCUITO DE SAlDA EM que está sendo considerada é o
desenvolvimento de materiais de
PONTE - Eng . Algirdas ldika. cak>do para operar eficientemen-
te a baixas temperaturas.

314 REVISTA ELETRONICA


íNDICE GERAL
PARA 1967
ÁUDIO Televisores

Amplificadores Philco B117, Bl18, B119, 193, 193CR,


Rev. Pág. B195, 195CR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
Amplificador simples de 3 válvulas . . 23 251 Philco B122, B123, B124, B-196 24 293
Estágio de áudio para auto-rádio . . . . 22 191 INSTRUMENTAL DE TESTE
Estereofônico EASA AM 1015 . . . . . . 19 48
Pré-amplificador misturador . . . . . . . . . 21 147 Gerador de áudio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 21
9/14W sem transformadores . . . . . . . . 19 37 Gerador de RF, FI e áudio . . . . . . . . . . 23 221
13W transistorizado . . . . . . . . . . . . . . . . 21 131 Milivoltímetro de áudio de · banda larga 24 297
20W transistorizado . . . . . . . . . . . . . . . . 23 234 Pesquisador de sinais de RF (Amplissonda) 21 123
Pesquisador de sinais transistorizado 19 65
Diversos Simulador de duplo feixe p/ osciloscópio 22 177
Voltímetro CA-CC c/ neon . . . . . . . . . . 21 138
Alto-falante ....................... 19 50 Voltímetro de M.A.T. . . . . . . . . . . . . . . . . 23 245
Associação em paralelo de transistores
de potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 237 MONTAGENS DIVERSAS
Auriculares (fones) . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 52
Estabilização térmica de amplificadores Labirinto Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 43
de potência transistorizados . . . . . . 21 120 Metrônomo transistorizado . . . . . . . . . . . 22 185
Gerador de áudio freqüência·· . . . . . . . . 19 21 Transmissor p/ contrôle remoto 19 9
Gravadores de fita magnética . . . . . . . . 21 140 Transmissor p/ O. M. c/ 3 válvulas . . 20 83
Milivoltímetro de áudio de banda larga 24 297
Resfriamento de transistores de potência 22 201 OFICINA
Secção de som de televisores híbridos
com transistores de silício 20 61 Diversos
Técnica de medidas em amplificadores 19 24
Eliminadores de bateria p/ rádios transis-
torizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 113
COMPONENTES Gerador de áudio . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 21
Alto-falante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 50 Gerador de RF, FI e áudio . . . . . . . . . . 23 221
Auriculares (fones) . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 52 Milivoltímetro de áudio de banda larga 24 297
Auto-transformador ................ 24 290 Pesquisador de sinais de RF (Amplissonda) 21 123
Pesquisador de sinais transistorizado . . 20 65
DIVERSOS Reparações em receptores de rádio I . . 23 231
Reparações em receptores de rádio II 24 312
Alguns aspectos experimentais do rádio Simulador de duplo feixe para osciloscópib 22 171
astronomia .................... 24 310 Técnica de medida, em amplificadores de
Alto-falantes ...................... 19 50 áudio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 177
Auriculares (fones) . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 52 Voltímetro CA-CC com neon . . . . . . . . 21 138
Como nasce um cinescópio . . . . . . . . . . 22 195 Voltímetro de M.A.T. . . . . . . . . . . . . . . . 23 245
Constanta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 145
Eletrônica e espionagem industrial . . . . 22 181 Esquemas de aparelhos comerciais
Eliminadores de bateria para rádios tran-
-- -Sistorizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 113 Estereofônico EASA AM-1015 . . . . . . . 19 48
FM estéreo (I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 13 Receptor-amplificador Philips F6-R81-A 22 193
FM estéreo (II) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 149 Receptor Semp TR 1002-K, L, M . . . . 20 81
Geradores MHD de energia elétrica (I) 19 32 Receptor Zilomag EZ 535 . . ... ... .. . .
GeraÇores MHD de energia elétrica (II) 20 87 TV Philco B117, B118, B119, 193,
Gravadores de fita magnética . . . . . . . . 21 140 193CR, B195, 195CR . . . . . . . . . . . 19 19
Labirinto elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 43 TV Philco B122, . B123, B124, B196 . . 24 293
Metrônomo transistorizado . . . . . . . . . . . 22 185
Nova simbologia de eletrônica . . . . . . . . 22 175 PULSOS
Philco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 256
73 Como obter pulsos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 296
Régua de Cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Multivibrador estável . . . . . . . . . . . . . . . . 20 86
Transmissor para contrôle remoto . . . . 19 9 117
83 Multivibrador bi-estável . . . . . . . . . . . . . . 21
Transmissor para O. M. com 3 válvulas 20 Multivibrador monoestável . . . . . . . . . . . 22 197
Oscilador de bloqueio . . . . . . . . . . . . . . . 19 17
DOCUMENTAÇÃO fi:CNICA
SEMICONDUTORES
Amplificadores
Estereofônico EASA AM-1015 19 48 Aplicações Práticas

Rádio-receptores Amplificador de áudio 9/ 14W sem trans-


formadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 37
Philips F6 - R81-A .. .. .. .. .. .. .. .. 22 193 Amplificador de áudio 20W . . . . . . . . . . 23 234
Semp TR 1002-K, L, M . . . . . . . . . . . . . . 20 81 Amplificador de áudio p/ rádio de auto-
Zilomag EZ 535 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 254 móvel ........................ 22 191

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1967 315


Gerador de RF, FI e áudio . . .. .. , ... . 23 221
Metrônomo Transistorizado . .. .. . ... . 22 185
Milivoltímetro de áudio de banda larga 24 297
Pesquisador de sinais . .... . . ... .. . .. . 20 65
Pesquisador de sinais de RF . . ...... . .
Pré-amplificador misturador ......... .
Transmissor p/ contrôle remoto . . . .. .
Voltímetro de M.A.T. . ....... . . . . . . .
21
21
19
23
123
147
9
245
Instrumentos ..•~
Teoria
Associação em paralelo de transistores de
potência ............. ... ..... .
Corrente de saturação entre coletor e ba-
23 237 ~o t=;9)
se Ocoo) . . ..... ... .. . . . .... . . . . . 22 200
Estabilizaçã~ t.érmica de amplificadores
de potencia .. . ....... . ...... . . . 21 200
GERADOR DE ÁUDIO E
Freqüências de corte e transição .. . .. . 20 91 FREQüENCIMETRO
Ganho de corrente do transistor . . ... . 23 248
Multivibrador e transistores . .. . ..... . 23 258 MO DUO GA-1 O
Proteção de amplificadores e fontes .. 24 302
Resfriamento. O problema do ....... . 22 201
Resistência de saída do transistor ... .. . 22 199
Tensão de saturação do coletor .. . .... . 22 200

TELEVISÃO
Reparações
Philco B117, Bl18, B119, B193, 193CR,
B195, 195CR .. . .. .. .. .. .. .. .. . 19 19
Philco B122, B123, B124, Bl96 . . . . . . 24 293
Voltímetro de M.A.T. . . . . . . . . . . . . . . . . 23 245
Teoria
Fontes de alimentação de televisores . . 24 306
Orthicon de imagem . . . . . . . . . . . . . . . . 19 45
Oscilador de bloqueio . . . . . . . . . . . . . . . 19 17
Receptor de Televisão . . . . . . . . . . . . . . . 24 283 a) Gerador de onda senoidal
Receptor TV-59cm . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 167
Secção de som p/ televisores híbridos c/ Faixa de freqüência: 1O Hz a 1 00 kHz
transistores de silício . . . . . . . . . . . . 20 61 em 4 faixas
Vidicon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 76
2 Precisão da indicação de saído:
TEORIA ± 5%
Alto-falante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 50 3 - Distorção menor que 1,5%
Auriculares (fones) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 52
Conversores termoiônicos nucleares . . . . 24 287 entre 20 Hz e 20 kHz
Disparador SCHMITT . . . . . . . . . . . . . . 23 236
FM estéreo (I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 13 b) Geradar de onda quadrada
FM estéreo (II) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 149
Geradores MHD (I) . . . . . . . . . . . . . . . . 19 32 1 - Faixa de freqüêncio: de 1O Hz a 100 kHz
Geradores MHD (II) . . . . . . . . . . . . . . . . 20 87
Geradores termoelétricos (I) . . . . . . . . . . 21 134 2 Amplitude de saída: 0-2 VPP
Geradores termoelétricos (II) . . . . . . . . . . 22 179 sôbre Z =
1O k ohms
Geradores termoiônicos (I) . . . . . . . . . . . 23 241
Geradores termoiônicos (II) . . . . . . . . . . 24 287 c) Freqüêncímetra
Matemática p/ o técnico-algebra . . . . . . 19 39
Multivibrador a transistores . . . . . . . . . . 23 258 Faixa de freqüência: 1O Hz a 1 00 kHz
Multivibrador astável . . . . . . . . . . . . . . . . 20 86
Multivibrador bi-estável . . . . . . . . . . . . . 21 117 2 Precisão: ± 3,5%
Multivibrador monoestável . . . . . . . . . . . 22 197 3 Sensibilidade: 0,2 V rms
Orthicon de imagem . . . . . . . . . . . . . . . . 19 45
Oscilador de bloqueio . . . . . . . . . . . . . . . 19 17
Receptores superheterodinos . . . . . . . . . . 23 23!!
Régua de cálculo (I) . . . . . . . . . . . . . . . . 20 77 INSTRUMENTOS EUTRICOS
Régua de cálculo (II) . . . . . . . . . . . . . . . 21 126
Trigonometria ... .................. 22 187 ENGRO S. A.
Vídicon .......................... 20 76
TELECO~CAÇõES Rua das Margaridas, 221
Interferência de transmissores em TV (II) 19 31 Telefones: 61-8566; 267-0964;
Intertferência de transmissores em TV ()II) 20 96
Manipulador eletrônico transistorizado 24 279 267 -1186; 267-2604.
Transmissor p/ O. M. .. . .. .. .. .. .. . 20 83 Caixa Postal, 930 - São Paulo

316 REVISTA ELETRONICA


O QUE EXISTE DE NôVO EM
CIRCUITOS DE AUDIO!
PARTE 11 - O ESTÁGIO DE SAlDA EM PONTE

No porte I desta série analisamos os principais !idades essencooos, o linearidade, a largura de faixo
requisitos dos amplificadores de 6udio poro r6dios e e o potência de soldo. No que toco o esta última,
eletrolos, apresentando uma solução simples e pr6- nem sempre serão suficientes os 3,5 watts que .po-
tico poro o est6gio de soldo: o "push-pull" comple- derlomos obter do por complementar AC187/ AC188,
mentar simétrico. no circuito apresentado no primeiro parte.
Prosseguindo o onólise iniciado, trotaremos agora Nesta altura o leitor já estará imaginando um
dos retôrno às válvulas ou o emprêgo de alguns transis-
tores "porrudos", capazes de "conduzir" vários am-
AMPLIFICADORES ALIMENTADOS PELA RIDE peres e "dissipar" inúmeros "cruzeiros novos". Antes
Aqui o consumo deixo de constituir o principal de experimentar qualquer um dêsses cominhos, con-
preocupação do projetisto, prevalecendo, como quo- sidere o circuito abaixo:

AJUSTE OE: POlARIZAC.io - Q[V[ $(1'1


AEGULAOO PAR4 OU( A TOISÃO ICC .l
[NTR( OS PONTO$@ [ @ SlJA DE
ZERO OIQI.TS NA AUSÉMC14 O( $1N.&L
ICONTRÔI..E OE \IOLUW[ TO ULIII[Nl [

·-''_'_"'_''-'-------·______j

: I'IESISTOAE$ EN 0101-tlll$), CAPACITOIIE S [ 11 f(rAitAQ$)


r~ .,
$..1.l.VO INOICACÂO til) CONTA41'110, OS RESISTOAES $io OE: V2 WATT
OS TRANSISTORES 00 [S'lÂGIO UCnAOOII l11Ct2:1) E OS O( I"OTÍNCIA (ACII7111C!IIl O(y[ lll
SER PftOYIDOS OE: Al[T&S DE ACSFRI.t.MENTO . bTES dl.T IIIIOS IESTÂGIO FINAl I rrlliio E$$.1$
.t.l[!:.S ~PAitl,flJ$4C.l.$ A Ulol OISStPr.,Oillt T(MUCO.

o estágio de saído emprego somente dois pores cargo, o potência seró de 7 W, o que torno êste
complementore: AC187/AC188, no configuração co- amplificador especialmente recomend6vel poro um
nhecido como ·'circuito ponte". O acoplamento dês te sistema estereofónico (7W + 7W) de alto qualidade.
estágio ao excitador (2 AC 128) e à cargo (oito-fa- A. impedância de entrado do primeiro estógio (300kn)
lante de 160) é direto: foi eliminado até o capacitar é adequado a maioria dos c6psulos fonográficos.
em série com o alto-falante. O estógio de saído apresenta ainda o vantagem
Além do economia, h6 substancial alargamento de eliminar o zumbido proveniente da fonte. Desta
do faixo de frequências: sõmente os carocterlsticas formo, qualquer circuito retificodor convencional,
do alto-falante limitarão o resposta nos extremos do capaz de fornecer 750mA sob ISV, poder6 ser uti-
gomo audível. lizado poro alimentar todo o amplificador.
Respeitados os valores do diagrama, inclusive Poro dados técnicos e demais informações, di-
os referentes à tensão de +
B e impedância de rijo-se à

I BRAPE Indústria Brasileiro de Produtos Eletrônicos e Elétricos S. A.


CAIXA POSTAL 7. 3 8 3 SÃO PAULO S. P.

NOVEMBRO/DEZEMBRO, 1~7 317


DOCUMENTAÇAO TÉCNICA
(Cont. da pág. 295)

O CHASSI 373-U (110/220)


O chassi 373 é para 110 volts, 50 ou 60 hertz.
O chassi 373-U permite receber tensões de rêde de
110 ou 220 volts, 50 ou 60 hertz conforme a posi-
SAr:CO
ção da chave CH2.
O esquema do 373-U é o mesmo do 373 e a CONDENSADORES
ponte opcíonal, 110!220 volts, aparece no diagrama.
Os componentes modificados ou adicionais que ELETROLíTICOS
constam da fonte 110!220 são:
TR1 c/ primário 110/220 volts B32-7119 PARA CIRCUITOS TRANSISTORIZADOS
Chave CH2 110/220 volts B42-1061 Até 5.000 microfarads . . . . . . . . . . . . 50 Volts
Rl14. 20 ohms - 15 watts B33-5030-34/ 35
Os diodos adicionais são iguais aos diodos D 1 PARA CIRCUITOS DOBRADORES
e 02. DE TENSAO
PRECAUÇÕES 100 - 150 - 200 - Microfarads
O chassi 373, assim como o 368 não é isola- PARA FILTRAGEM - ALTA TENSAO
do da rêde de CA e por esta razão, nos casos de Até 500 Volts - qualquer capacidade
manutenção, a alimentação deve ser feita através de Solicitem catálogos à
um transformador isolador. Na falta dêste transfor-
mador, o técnico deve estar prevenido contra cho-
ques elétricos. Nos casos de instrumentos de medi- SAFCO S/A. INDÚSTRIA E
ção com blindagem ligada à terra, ou ferro de sol-
dar com isolação deficiente, deve-se tomar cuidado COMÉRCIO
para evitar "curto~', providenciando para que os
chassis dos aparelhos estejam ligados no mesmo po- RUA CAPITÃO MACEDO, 60
Jo da rêde. FONES : 70-73-65 ou 71-14-16
CX. POSTAL 12.819 - S. PAULO
CONSIDERAÇõES GERAIS
Os testes realizados com o chassi 373 em re-
giões de sinais de repetidores e áreas ruidosas sa-
tisfizeram plenamente as exigências, tendo-se obtido
sensibilidade normal, dentro da faixa de operação ,
do contrôle de sensibilidade (VR4), com boa respos-
ta às variações da intensidade do sinal, e portanto R E L E S
com perfeito funcionamento do C.A .G., e estabili-
dades satisfatórias dos sincronismos vertical e ho-
rizontal.
Nos casos de sinais muito pobres ou excessiva-
mente ruidosos pode-se tentar a modificação de R70
(separador de sincronismos), do valor de 2M2, re-
duzindo-se até um mínimo de 870kn, usando-se o
maior valor possível, para que não haja deforma-
ções da imagem no sentido horizontal. Assim, con-
seguir-se-á obter estabilidade nos sincronismos, ape-
sar das condições desfavoráveis do sinal.
A cada tentativa de modificação R70 deve-se
fazer nôvo ajuste do contrôle de sensibilidade, pro- TIPO AB 1 TIPO OP 2
curando-se o valor ótimo de R70, dentro da faixa 1, 2 e 3 pólos 2 pólos reversíveis
de operação de VR4. revers i veis TIPO OP 3
3 pólos reversíveis
Um método simples para encontrar o valor de
R70, consiste em se substituí-Ia por um potenciô- Os relés sensíveis da série AB e OP, são de alta quali -
metro de 2Míl, girando-o em conjunto com VR4 e dade do tipo miniatura. As bobinas são enroladas com
depois de encontrado o valor ótimo, substituir o fio especial e impregnadas para resistir quaisquer con-
dições climáticas. As aplicações principais são: relés
potenciômetro experimental por uma resistência fi- de placa em circuitos com válvulas, com transistores,
xa de carvão com valor igual ou aproximado ao para comandos eletrônicos em geral, para corrente con-
valor encontrado no potenciômetro. tínua e alternada.
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AOS TÉCNICOS BRASILEIROS PRODUTOS ELETRONICOS METALTEX LTDA .
O chassi 373 foi projetado e experimentado pa-
ra as necessidades brasileiras. Para conseguí-lo, a
Philco coletou e avaliou as informações dos técni-
cos do interior e capitais do Norte, Centro e Sul
do Brasil, a quem nos pede transmitir os seus agra-
METALTEX
R. JOAQUIJ\f FLORIANO, 307 - SAO PAULO
decimentos. As informações, orientando as pesqui- TeL : 81-6850
sas da Philco, continuarão sendo gratas e apreciada~.

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