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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Laboratório de Eletrônica

Experimento # 3

OSCILADOR SENOIDAL – Osciladores senoidais com amplificadores


operacionais

Aluna: Thamiles Rodrigues de Melo. (Matrícula: 20821264)


Professor: Gutemberg Lira
Turma: 03

Campina Grande, 11 de Maio de 2011


Experimento 3: Oscilador senoidal – Osciladores senoidais com amplificadores
operacionais

1. Objetivos

1.1 Objetivos Gerais

Este experimento tem como objetivo a montagem e verificação das


condições de oscilação (Barkhausen) para circuitos osciladores senoidais
utilizando amplificadores operacionais. Durante a montagem devem-se fazer
observações das características do oscilador projetado (freqüência,
amplitude, distorção e estabilidade). Os experimentos de laboratório aqui
apresentados tem a finalidade de implementar osciladores senoidais por
deslocamento de fase e tipo Ponte de Wien com controle automático de
amplitude.

1.2 Objetivos Específicos

Após completar estas atividades de laboratório, pretende-se estar


habilitado a:

 Projetar um oscilador senoidal por deslocamento de fase;


 Projetar um circuito oscilador tipo Ponte de Wien com controle
automático de amplitude.

2. Introdução Teórica

Os osciladores senoidais são circuitos eletrônicos capazes de gerar um


sinal senoidal de saída sem a necessidade de um sinal de entrada. Isto é possível
devido ao uso de realimentação positiva, que pode ser esquematizada conforme
a Figura 1.

Observação: Como há apenas a tensão de alimentação do Amp Op como


excitação externa no circuito, os osciladores senoidais podem ser vistos como
conversores de tensão DC/AC.
Figura 1: Realimentação positiva

A função de transferência do esquema acima é dada por:

(1)

Já o ganho de malha realimentada é:

(2)

Para que o circuito oscile, é necessário obedecer aos critérios de Barkhausen,


sendo estes:

e (3) e (4)

Sendo w 0 a freqüência de oscilação do circuito, que é garantida pelas condições


de Barkhausen, tem-se que os pólos da função de transferência serão alocados em cima
do eixo imaginário, fazendo com que ocorram oscilações (circuito instável), mas que
não crescem indefinidamente, como mostradas na Figura 2 abaixo.

Figura 2: Localização dos pólos de um sinal senoidal


Na realidade, o circuito é projetado de modo que os pólos estejam perto do eixo
jw . Quando a amplitude das oscilações alcança o nível desejado, uma rede não linear
entra em ação e faz o ganho de malha ser reduzido a unidade. A ação da rede não linear
causa distorção. Entretanto, esta distorção é reduzida pela ação da rede seletora de
freqüências na malha de realimentação.

3. Material utilizado

 CI – TL084;

 Capacitor de 10 nF;

 Resistores de 3k3Ω e 10kΩ;

 Potenciômetros de 47 kΩ e 500kΩ;

 Diodos;

 Fonte de tensão contínua (+ ou – 12V);

 Osciloscópio;

 Multímetro;

 Gerador de Sinais.

4. Desenvolvimento experimental

4.1 Montagem 1: Oscilador por deslocamento de fase de três secções

Montado o circuito da Figura 3 abaixo, ajustou-se o potenciômetro de


500kΩ até obter um sinal senoidal na saída (Figura 4). Feito isso, mediu-se o
valor da resistência variável e a frequência de oscilação, que foram
respectivamente 303,6kΩ e 613,5Hz. Os valores obtidos tiveram boa
aproximação dos valores calculados por meio das equações (7) e (8), que são
290kΩ e 649,7Hz, respectivamente.
Além disso, notou-se que a cada estágio, não ocorria apenas o defasamento
do sinal mas também a inversão e diminuição da amplitude da senóide. Por isso

a necessidade de dar um ganho tão alto ( ) através do Amp Op inversor.


Equações:

(5)

(6)

(7)
R F=29 R (8)

Figura 3: Oscilador por deslocamento de fase – Três Seções

Figura 4: Sinal Senoidal gerado


4.2 Montagem 2: Oscilador por deslocamento de fase de duas secções

Montado o circuito da Figura 5 abaixo, ajustou-se o potenciômetro de 47kΩ


até obter um sinal senoidal em V0 (Figura 6). Feito isso, mediu-se a frequência
de oscilação ( f 0 = 1,56kHz), que teve boa aproximação do valor calculado por
meio da equação (10), que é igual a f 0 = 1,59kHz.
Além disso, notou-se que os estágios se cancelam, isto é, o defasamento
provocado pelo circuito CR é cancelado pelo circuito RC de adiantamento.
Entretanto, o sinal de saída é atenuado sem haver inversão do mesmo. Por isso, o
uso de um Amp Op não-inversor para dar ganho ( ) a senóide gerada.
Equações:

(9)

(10)

Figura 5: Oscilador por deslocamento de fase – Duas Seções


Figura 6: Sinal Senoidal gerado

4.3 Montagem 3: Oscilador Ponte de Wien com controle automático de


amplitude

Montado o circuito da Figura 7 abaixo, ajustou-se o potenciômetro de 47kΩ


até obter um sinal senoidal em V0 (Figura 8). Feito isso, mediu-se a frequência
de oscilação ( f 0 = 4,65kHz), que teve boa aproximação do valor calculado por
meio da equação (10), que é igual a f 0 = 4,82kHz.
Além disso, notou-se que a associação em paralelo do resistor com os diodos
levam a uma resistência variável r D em função da corrente que circula pelos
mesmos. Análogo a montagem anterior, obteve-se um sinal de saída atenuado
sem haver inversão do mesmo; por isso, utilizou-se um Amp Op não-inversor
para dar ganho ( ) a senóide gerada.

Figura 7: Oscilador Ponte de Wien com controle automático de amplitude


Figura 8: Sinal Senoidal gerado

Colocando-se na saída V0 um circuito comparador e em seguida um circuito


integrador, pode-se obter uma onda quadrada e uma onda triangular com mesma
freqüência da senóide.

5. Conclusões

A partir da realização destes experimentos, pode-se aprender mais uma


importante aplicação com o uso de amplificadores operacionais, que foi a elaboração e
implementação de circuitos osciladores. Esses circuitos, por exemplo, nos permitem
projetar um gerador de sinais de baixo custo e com a frequência de oscilação desejada,
apenas calculando a função de transferência do circuito e escolhendo adequadamente os
valores dos componentes a serem utilizados.

Em âmbito geral, os resultados obtidos para cada experimento foram


satisfatórios, pois além de estarem dentro do que foi previsto teoricamente (com uma
porcentagem de erro 4,7% para resistência da montagem 1 e 5,6%, 1,9% e 3,5% para a
frequência de oscilação das montagens 1, 2 e 3, respectivamente), permitiram fixar
melhor os assuntos vistos em sala de aula e ampliaram cada vez mais nosso
conhecimento para entendimento do mundo eletrônico.

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