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Introdução
(1)
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Ou seja, para 0, a fase do ganho em anel deve ser nula e a amplitude unitária. Esta
condição é conhecida como critério de Barkhausen.
De notar que para o circuito oscilar a uma determinada frequência, este critério deve
ser satisfeito para apenas uma frequência, caso contrário a onda resultante não será
uma simples sinusoide.
Um circuito limitador,
frequentemente usado para controlo
de amplitude em osciladores
baseados em AmpOps, é apresentado
na Fig. 2 (a).
Se vI aumentar para um valor positivo, vo fica negativo (eq. 4) e vB fica ainda mais
negativo (eq. 6), mantendo D2 off. No entanto vA fica menos positivo (eq. 5).
Continuando a aumentar vI, vA vai atingir um valor negativo que faz com D1 conduza,
ficando vA=-VD. Usando este valor, e resolvendo a equação (5) em ordem a v0, vamos
obter o valor limite negativo designado como L- dado por
(7)
Para valores negativos de vI tudo se passa de forma análoga. Agora D2 tem o papel
que tinha D1 e o valor limite positivo é dado por
(8)
Conclui-se então que o circuito da Fig. 2 (a) funciona como limitador suave com
limites L- e L+. Este tipo de limitador minimiza os efeitos de distorção não linear.
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O ganho em anel será um número real (fase nula) para uma frequência dada por
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Para termos para esta frequência uma oscilação sustentada o ganho em anel tem de
ser unitário. Esta condição é obtida para
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Para garantir que surgem oscilações, a relação (12) deve ser ligeiramente superior a
2. Nessa situação, as raízes da equação 1-L(s)=0 estarão na metade direita do plano s.
Exercício 2
Considere o circuito da Fig. 5.
a) Determine o valor do potenciómetro para a massa, para o qual se dão inicio as oscilações.
b) Determinar a frequência de oscilação.
A estrutura básica de um
oscilador de desvio de fase (phase-
shift oscillator) está representada
na figura 6. Consiste num
amplificador com ganho negativo
(–K) com uma malha RC de 3ª
ordem na realimentação. Para
existir oscilação, a fase da malha
de realimentação terá de ser de Fig. 6
180º, para perfazer 0º de
desfasamento do ganho em anel.
• Oscilador de quadratura
• Oscilador baseado em filtro ativo sintonizado
- Este processo de regeneração continua até o AmpOp saturar com a saída no seu
nível (L) positivo de saturação (v0=L+).
- Nesta situação a tensão v+ fica igual a L+(R1/(R1+R2)), que é um valor positivo e
mantém assim o AmpOp na saturação positiva. Este é um dos estados estáveis.
Fig. 9
Função de transferência
Fig. 11 Fig. 12
Para valores de vi entre βL- eβL+ a saída pode ser L+ ou L-, dependendo do estado
em que o circuito já apresentava. Assim, para esta gama de valores a saída é
determinada pelo valor do trigger (disparo) anterior (o sinal de disparo que fez com
que o circuito ficasse no estado atual). Diz-se então que o circuito tem memória. Este
circuito é também designado por Schmitt trigger.
(13)
Fig. 14
Se o estado positivo for vo=L+ e o estado negativo
vo=L-, da equação (13) verifica-se que se estivermos no
estado positivo, valores positivos de vi não têm
qualquer efeito.
Para o circuito comutar para o estado vo=L-, vi tem que tomar valores negativos de tal
forma que v+ seja inferior a zero. Substituindo em (13) v+=0, vo=L+ e vi=VTL resulta
(14)
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Fig. 15
Nessa situação o comparador exibe duas tensões lineares VTL e VTH posicionadas
simetricamente em relação a uma referência pretendida, como indicado na Fig. 17.
Normalmente VTH e VTL estão separados por uma tensão pequena da ordem de 100 mV.
A precisão das saídas de um circuito biestável pode ser aumentada acima dos níveis
de saturação do AmpOp através da introdução de circuitos limitadores. Duas dessas
montagens são mostradas na Fig. 19.
Fig. 19
Um circuito multivibrador astável não apresenta estados estáveis. Não tem sinais
externos de controlo, comutando automaticamente entre os 2 meta-estados que podem
ser pré definidos. Se por exemplo os 2 meta-estados tiverem a mesma duração obtém-
se uma onda quadrada.
Com um multivibrador astável consegue-se produzir uma onda quadrada sem ter a
necessidade de uma fonte externa. Isso é possível acrescentando ao circuito uma
malha de realimentação RC (Fig. 20).
Fig. 20
Funcionamento:
- Vamos supor que a saída vo só apresenta 2 valores possíveis L+ e L- (como no
biestável), sendo estes respetivamente as tensões de saturação positiva e
negativa.
- Se vo estiver em L+ o condensador C vai carregar até esse valor de tensão
através de R.
- A tensão em C, que está a ser aplicada no terminal v_ do AmpOp, irá aumentar
exponencialmente até L+ com um constante de tempo =RC.
- A tensão em v+ do AmpOp é dada por v+=VTH=L+ com =R1/(R1+R2).
- A situação anterior mantém-se até a carga do condensador atingir VTH, altura em
que o biestável comuta para o seu estado vo=L_ e v+=L_ (VTL).
- Neste momento o condensador começa a descarregar exponencialmente para a
saída.
- A descarga mantém-se até o condensador ficar com uma tensão v-=VTL. Aqui o
biestável comuta para o seu estado vo=L+, o condensador começa novamente a
carregar, o ciclo repete-se.
Pelo exposto o circuito astável oscila e produz na sua saída uma onda quadrada.
Esse sinal de saída e os sinais nas entradas do AmpOp são apresentados na Fig. 21.
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Fig. 21
As equações (16) e (17) podem ser combinadas de forma a obter o período T=T1+T2.
Como normalmente L+=-L-, vamos obter uma onda quadrada com período dado por
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Neste tipo de gerador de forma de onda quadrada a frequência pode ser ajustada
através da variação do condensador ou da resistência.
De notar que o circuito astável não tem estados estáveis mas sim dois estados
quási-estáveis (meta-estados) e permanece em cada um deles um intervalo de tempo
definido por RC e pelas tensões limiares VTH e VTL.
A forma de onda exponencial gerada pelo circuito astável pode ser alterada para
triangular substituindo o circuito passa baixo RC por um integrador, que vai dar
origem a uma carga ou descarga linear do condensador, originando uma onda
triangular. O circuito resultante é apresentado na Fig. 22.
Funcionamento:
- Vamos admitir que inicialmente na saída do
biestável temos L+.
- Em R vai circular uma corrente I=L+/R. Essa
mesma corrente vai circular em C, dando origem
a que a saída do integrador decresça linearmente
com um declive –L+/(RC) (Fig. 23).
Fig. 23
Funcionamento:
- O processo continua até a saída do integrador atingir VTL do biestável. Neste ponto o
biestável muda de estado e a sua saída fica negativa e igual a L-.
- A corrente passa a circular em R e C no sentido inverso, sendo o seu valor dado por
|L-|/R. A saída do integrador passa a aumentar linearmente com um declive positivo
dado por |L-|/(RC).
- Este processo continua até a saída do integrador atingir VTH. Neste momento o
biestável comuta de estado para L+, repetindo-se um novo ciclo.
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Da mesma forma podemos obter T2, que é dado por
Funcionamento:
- No estado estável, no qual permanece enquanto não é
aplicado o disparo, a saída está em L+ e D1 está a
conduzir através de R3 garantindo v-=0,7 V.
- A resistência R4 é escolhida de forma ser muito maior
que R1, logo D2 conduz uma corrente muito baixa e a
tensão vC é praticamente determinada pelo divisor de
tensão R1, R2. Fig. 24
- Temos então a tensão vC=βL+, com β=R1/(R1+R2). O estado estável mantém-se, pois
βL+ é maior que VD1.
Fig. 25
Substituindo v-(T)=vB(T)=L-
De notar que o monoestável não deve ser disparado novamente antes de C1 ter
recarregado até VD1; caso contrário o impulso de saída fica mais curto. Este tempo de
recarga é designado como período de recuperação.
Fig. 26
Monoestável
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Fig. 27
Astável
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Fig. 28