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SOCIOLOGIA – Questões de 1 a 10
5)
Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a
função de seus textos:
“Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo
somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente
por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na
míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados
para a situação da miséria no Nordeste.”
6) Celso Furtado foi um dos sociólogos mais importantes do Brasil por fazer uma
pesquisa profunda da História brasileira procurando estabelecer as causas
para o subdesenvolvimento brasileiro. Para ele, são causas do
subdesenvolvimento brasileiro EXCETO:
II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela
razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto
das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é
outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta
própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.
8) Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi
extraído da crônica .A alegria de ser brasileiro., do dramaturgo Nelson
Rodrigues, publicada naquele ano pelo jornal Última Hora.
9) Leia
Brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
― Sois cristão?
― Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
― Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval
(Oswald de Andrade)
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi
a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e
até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de
convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu
poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo
de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi
que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que
conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)
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